Prévia do material em texto
Verifique se seu caderno está completo, sem repe-
tição de questões ou falhas. Caso contrário, noti-
fique imediatamente o Fiscal da Sala, para que
sejam tomadas as devidas providências;
Confira seus dados pessoais, especialmente nome,
número de inscrição e documento de identidade
e leia atentamente as instruções para preencher
o cartão-resposta;
Use somente caneta esferográfica, fabricada em
material transparente, com tinta preta ou azul;
Assine seu nome apenas no(s) espaço(s)
reservado(s);
Confira sua cor e tipo do caderno de questões.
Caso tenha recebido caderno de cor ou tipo
diferente do impresso em seu cartão-resposta,
o fiscal deve ser obrigatoriamente informado
para o devido registro na Ata da Sala;
Reserve tempo suficiente para o preenchimento
do seu material. O preenchimento é de sua res-
ponsabilidade e não será permitida a troca do
cartão-resposta ou folha de texto definitivo em
caso de erro;
Para fins de avaliação, serão levadas em considera-
ção apenas as marcações realizadas no cartão-
-resposta e na folha de texto definitivo;
Os candidatos serão submetidos ao sistema de
detecção de metais quando do ingresso e
da saída de sanitários durante a realização
das provas.
Boa sorte!
INFORMAÇÕES GERAIS
As questões objetivas têm cinco alternativas de
resposta (A, B, C, D) e somente uma delas
está correta;
Além deste caderno de questões, contendo
setenta questões objetivas, você receberá do
Fiscal de Sala:
o cartão-resposta das questões objetivas.
SUA PROVA
Você dispõe de 4h para a realização da prova, já
incluído o tempo para a marcação do cartão-res-
posta e preenchimento da folha de texto definitivo;
3 horas após o início da prova é possível retirar-se
da sala, sem levar o caderno de questões;
Faltando 30 minutos para o final da prova é
possível retirar-se da sala levando o caderno
de questões.
TEMPO
Qualquer tipo de comunicação entre os candidatos
durante a aplicação da prova;
Levantar da cadeira sem autorização do
Fiscal de Sala;
Usar o sanitário ao término da prova, após
deixar a sala.
NÃO SERÁ PERMITIDO
Ordem dos Advogados do Brasil
ORDEM DO GRAN CURSOS ONLINE
SIMULADO PREPARATÓRIO
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1ª FASE DO 41º EXAME (PÓS-EDITAL)
Tipo – GRAN
Livro Eletrônico
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas.
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
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o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho
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marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste
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Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
em caso de respostas erradas.
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marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É
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PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
GRANCURSOSONLINE.COM.BR
CÓDIGO:
2405248224M
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
1º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Ordem dos Advogados do Brasil
OAB
CARGO:
1ª Fase do 41º Exame
MODELO/BANCA:
OAB 2022
EDITAL:
(Pós-Edital)
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
06/2024
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Ética Profissional
Maria Christina
1
Marcus Vinícius, advogado recém inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, protocolou junto à prefeitura do
município X o reconhecimento dos seus serviços profis-
sionais como de natureza técnica e singular, requerendo
a inexigibilidade de licitação. Diante dos fatos, assinale a
opção correta.
(A) Todo e qualquer serviço advocatício é considerado
notório e singular.
(B) Somente os serviços de advogado autônomo podem
ser considerados notórios e singulares.
(C) Serviço exercido por sociedade individual de advoga-
dos não pode ser considerado como de notória espe-
cialização.
(D) O serviço advocatício, para ser considerado de notó-
ria especialização, deve ser devidamente comprova-
do em desempenho anterior.
2
Diante das prerrogativas atribuídas aos advogados pelo
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, assinale a
alternativa correta.
(A) É direito do advogado dirigir-se diretamente aos
magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, de-
pendentemente apenas de horário previamente
marcado.
(B) É direito do advogado usar da palavra, pela ordem,
em comissão parlamentar de inquérito, mediante
intervenção pontual e sumária, para esclarecer equí-
voco ou dúvida surgida em relação a fatos, a docu-
mentos ou a afirmações que influam na decisão.
(C) É direito do advogado reclamar necessariamente por
escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autorida-
de, contra a inobservância de preceito de lei, regula-
mento ou regimento.
(D) É direito do advogado falar, sentado ou em pé, em
juízo apenas em órgãos do Poder Judiciário.
3
João é advogado e ingressou com uma ação anulatória
de débito fiscal para seu cliente com o objetivo de can-
celar o auto de infração expedido pela União. No entan-
to, a sentença foi improcedente e houve a necessidade
de interposição de recurso de apelação para o tribunal.
Distribuído para a turma, o desembargador negou segui-
mento ao recurso de forma monocrática e o advogado
requereu seu direito à sustentação oral. Assinale a alter-
nativa correta.
(A) Não será cabível sustentação oral de agravo interno.
(B) Será cabível sustentação oral de agravo interno.
(C) É cabível sustentação oral de qualquer recurso.
(D) Toda e qualquer sustentação oral deverá ser realiza-
da em 15 minutos.
4
Maria Cecília, brasileira nata, formou-se em direito na
Itália tendo sido regularmente aprovada no exame de
ordem com inscrição na Ordem dos Advogados italia-nos. No entanto, deseja voltar ao seu País de origem
para exercer a profissão. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) Por ser brasileira nata, Maria Cecília poderá vir ad-
vogar no Brasil sem necessidade de revalidação do
diploma e aprovação no exame de ordem.
(B) Ainda que seja brasileira nata, Maria Cecília somente
poderá vir advogar no Brasil se revalidar seu diploma
e for aprovada no exame de ordem.
(C) Por ser brasileira nata, Maria Cecília poderá vir ad-
vogar no Brasil sem necessidade de revalidação do
diploma e aprovação no exame de ordem desde que
esteja em dia com as obrigações eleitorais.
(D) Ainda que seja brasileira nata, Maria Cecília somente
poderá vir advogar no Brasil se revalidar seu diploma
e for aprovada no exame de ordem sem a necessida-
de de comprovação das obrigações eleitorais já que
residia fora do País.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
5
Maria Clara foi aprovado no exame de ordem ainda no
9º semestre da faculdade. Ao colar grau, dirigiu-se à sec-
cional do seu domicílio residencial para requerer a sua
inscrição na ordem. Diante dos fatos, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Sua inscrição principal necessariamente deverá ser
requerida no local do domicílio profissional.
(B) Sua inscrição principal poderá ser requerida no local
do domicílio residencial.
(C) Maria Clara, diante de impossibilidade devidamen-
te comprovada, poderá prestar o compromisso por
meio de procuração outorgada a terceiro.
(D) Maria Clara somente poderá requerer sua inscrição
na ordem mediante apresentação do diploma.
6
Maria Fernanda, advogada inscrita na OAB do DF, tomou
posse como deputada distrital. Diante dos fatos, assinale
a opção correta.
(A) Maria Fernanda se tornará incompatível definitiva
para o exercício da advocacia.
(B) Maria Fernanda se tornará incompatível provisória
para o exercício da advocacia.
(C) Maria Fernanda se tornará impedida de advogar con-
tra o ente que lhe remunera.
(D) Maria Fernanda se tornará impedida de advogar con-
tra a administração pública, concessão, permissão e
entidade paraestatal.
7
Pedro Henrique, advogado inscrito na OAB do CE, foi
contratado como agente escriturário do 2º Cartório de
Notas de seu estado. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) Se tornará incompatível definitivo para o exercício da
advocacia.
(B) Se tornará incompatível provisório para o exercício
da advocacia.
(C) Se tornará impedido de advogar contra o ente que
lhe remunera.
(D) Se tornará impedido de advogar contra a administra-
ção pública, concessão, permissão e entidade para-
estatal.
8
Diante do cancelamento da inscrição como advogado,
assinale a opção correta.
(A) Diante de pedido de nova inscrição por incompatibi-
lidade definitiva, será restaurado o número anterior.
(B) Diante de falecimento, o pedido de cancelamento
deverá ser necessariamente requerido.
(C) Diante do cancelamento da inscrição por aplicação
de penalidade de exclusão e pedido de nova inscri-
ção por incompatibilidade definitiva, será restaurado
o retorno do advogado e deverá estar acompanhado
de provas de reabilitação.
(D) Diante de doença mental incurável será decretada a
licença para o exercício da advocacia.
Filosofia do Direito
Odair José
9
“... durante o tempo em que os homens vivem sem um
poder comum capaz de os manter a todos em respei-
to, eles se encontram naquela condição a que se chama
guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra
todos os homens”. HOBBES, Thomas. O Leviatã. São Pau-
lo: Abril Cultural, 1983, p. 75.
A condição de guerra de todos contra todos somente
é resolvida com o contrato social, mas para que esse
contrato ocorra, impõem-se, segundo Hobbes, algumas
condições.
Assinale a alternativa que, segundo Thomas Hobbes na
obra em referência, apresenta uma dessas condições
para a celebração do contrato social.
(A) Que todos os homens concordem entre si em renun-
ciar a lei natural que obriga a todos a protegerem a
própria liberdade.
(B) Que um homem concorde, quando outros também o
façam, em renunciar a liberdade natural, impondo a
todos a lei civil.
(C) Renunciar a condição de natureza a fim de viver sob
égide do direito natural de liberdade.
(D) Submeter-se apenas ao direito natural.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
10
Para Jonh Locke, o objetivo grande e principal da união
dos homens em comunidades, colocando-se eles sob
governo, é a preservação da propriedade, ou seja, para
mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens.
Sob a ótica de Jonh Locke, acerca do contrato social, é
correto o que se afirma em
(A) a ordem social é um direito sagrado, por isso sua im-
plementação, ainda que pela violência, é necessária
e não arbitrária.
(B) para realização do contrato social é necessária a re-
núncia da liberdade, submetendo a todos ao poder
soberano e absoluto do rei.
(C) o objetivo principal do pacto é garantir a paz, motivo
pelo qual se impõe a todos uma ordem absoluta e
restrição quanto às liberdades individuais.
(D) por meio do trabalho, o homem adquire a proprieda-
de e as leis civis devem garantir a sua proteção.
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11
O Presidente da República editou a Medida Provisória n.
Y, disciplinando alguns aspectos do contrato de compra
e venda de semoventes, estabelecendo ainda as garan-
tias passíveis de serem exigidas para a sua celebração. A
iniciativa decorreu do fato de haver profunda discordân-
cia em relação ao teor do Projeto de Lei n. X, que fora
aprovado pelo Congresso Nacional e estava pendente de
sanção pelo Chefe do Poder Executivo.
Irresignado com o teor da Medida Provisória n. Y, o par-
tido político Beta solicitou que sua assessoria analisasse
a sua compatibilidade com a Constituição da Repúbli-
ca, sendo-lhe corretamente respondido que o referido
ato normativo
(A) não apresenta qualquer incompatibilidade com a or-
dem constitucional.
(B) somente apresenta incompatibilidade com a ordem
constitucional em relação ao seu objeto.
(C) somente apresenta incompatibilidade com a ordem
constitucional em relação ao aspecto circunstancial
do momento em que foi editada.
(D) apresenta incompatibilidade com a ordem constitu-
cional tanto em relação ao seu objeto como ao as-
pecto circunstancial do momento em que foi editada.
12
O município Alfa, capital de um grande estado brasilei-
ro, editou a Lei n. X, com o objetivo de suplementar a
legislação federal e a estadual na integração das pessoas
com deficiência. Para a surpresa do prefeito municipal, a
Lei n. X vinha sendo constantemente descumprida, com
decisões judiciais e administrativas, sob o argumento de
que o tratamento diferenciado dispensado a essa cama-
da da população afrontava a isonomia.
Irresignado com esse estado de coisas, o prefeito mu-
nicipal consultou a Procuradoria-Geral do município a
respeito da possibilidade de a matéria ser submetida ao
controle concentrado de constitucionalidade, perante
o Supremo Tribunal Federal, para que seja reconheci-
da a compatibilidade da Lei n. X com a Constituição da
República.
Foi então corretamente informado ao prefeito municipal
que o objetivo almejado
(A) não pode ser alcançado.
(B) pode ser alcançado com a interposição de recurso
extraordinário.
(C) pode ser alcançado com o ajuizamento de reclama-
ção constitucional.
(D) pode ser alcançado com o ajuizamento de arguição
de descumprimento de preceito fundamental.
13
Em conversa com diversos eleitores, João,deputado no
estado Alfa, foi informado sobre o intenso trânsito exis-
tente nas estradas do ente federativo. Desta forma, ao
retornar à Assembleia Legislativa, o parlamentar passou
a analisar a viabilidade jurídica de proceder à apresen-
tação de um projeto de lei estadual que versasse sobre
trânsito e transporte.
Nesse cenário, considerando as disposições da Consti-
tuição Federal, assinale a afirmativa correta.
(A) Compete privativamente à União legislar sobre trân-
sito e transporte, sendo certo que lei complementar
poderá autorizar os estados a legislar sobre questões
específicas desta matéria.
(B) Compete privativamente à União legislar sobre trân-
sito e transporte, não se admitindo que lei comple-
mentar autorize os estados a legislar sobre questões
específicas desta matéria.
(C) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios legislar sobre trânsito e transporte,
sendo certo que a União Federal limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
(D) Compete aos estados, ao Distrito Federal e aos muni-
cípios legislar sobre trânsito e transporte, sendo cer-
to que os estados federais limitar-se-ão a estabelecer
normas gerais.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
14
O casal de lavradores Maria e João é proprietário de
uma pequena propriedade rural. Apesar de não contar
com empregados, a eficiência das técnicas utilizadas na
propriedade não só permitia que suas necessidades de
subsistência fossem atendidas como ainda possibilitava
a comercialização do excedente. Em razão dos débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, o que ocorrera
em razão de intempéries climáticas, tinha receio da pos-
sibilidade de sua propriedade ser penhorada.
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que a penhora:
(A) é possível, já que o débito decorreu da atividade
produtiva.
(B) é possível, considerando que a produção não é desti-
nada apenas à subsistência.
(C) não é possível, considerando a natureza e a dimensão
da propriedade, bem como a mão de obra utilizada.
(D) não é possível, o que decorre apenas da natureza da
propriedade, independentemente da natureza do
débito.
15
Anne e Johan, de nacionalidade originária alemã e que
se naturalizaram brasileiros, passaram a trabalhar em
um consulado marroquino com sede na Itália. Duran-
te o período em que estavam em solo italiano, nasceu
Andreas, que foi registrado perante a repartição italiana
competente. Ao completar dezoito anos de idade, An-
dreas passou a morar no território brasileiro.
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que Andreas é
(A) brasileiro nato.
(B) estrangeiro, mas pode optar a qualquer tempo pela
nacionalidade brasileira.
(C) estrangeiro, mas pode se naturalizar brasileiro caso
resida por um ano ininterrupto no território brasilei-
ro e tenha idoneidade moral.
(D) estrangeiro, mas será considerado brasileiro nato se
ingressar com a ação cabível, perante a justiça fe-
deral, no primeiro ano em que residir no território
nacional.
16
A imunidade parlamentar serve para, dentro da ló-
gica da coexistência de mais de um poder, viabilizar a
independência do Poder Legislativo e a harmonia com
os demais.
Sobre tal instituto, analise as afirmativas a seguir e assi-
nale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) � �A ordem jurídica constitucional brasileira posi-
tiva a imunidade material que protege apenas
os congressistas da responsabilidade penal por
opiniões, palavras e votos.
( ) � �O foro especial por prerrogativa de função é
considerado uma imunidade parlamentar for-
mal e se aplica ao suplente do parlamentar.
( ) � �A imunidade formal relativa à prisão tem início
com a expedição do diploma do congressista,
mas não a impede em caso de flagrante de cri-
me inafiançável.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) V, V e V.
(B) F, F e V.
(C) V, V e F.
(D) V, F e F.
Direitos Humanos
Alice Rocha
17
Antônio Gutierrez é um perseguido político de naciona-
lidade argentina que recentemente chegou ao Brasil e
requisitou asilo político. O direito ao asilo político está
previsto na Declaração Universal de Direitos Humanos, e
de acordo com esse instrumento, é correto afirmar que:
(A) este direito rege-se pelo princípio da autodetermina-
ção dos povos.
(B) este direito pode ser invocado independentemente
da causa que motiva a perseguição.
(C) este direito só pode ser invocado se a perseguição
for motivada por atos contrários aos objetivos e prin-
cípios das Nações Unidas.
(D) este direito não poderá ser invocado em caso de
perseguição legitimamente motivada por crimes de
direito comum.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
18
Mike é um jovem de 17 anos que cometeu um crime
muito grave, sendo condenado à pena de morte em
cumprimento de sentença final de tribunal competente
e em conformidade com a lei de seu país. Desesperados,
os familiares de Mike contratam você como advogado(a)
para tentar uma comutação da pena para o jovem com
base na Convenção Americana de Direitos Humanos.
Com base nesse instrumento, você deve orientá-los que:
(A) não será possível a comutação da pena, visto que só
seria possível se o crime fosse de menor potencial
ofensivo.
(B) toda pessoa condenada à morte tem direito a soli-
citar anistia ou indulto, não cabendo a comutação
da pena.
(C) não se deve impor a pena de morte à Mike, por ser
menor de dezoito anos no momento da perpetração
do delito.
(D) a pena de morte deve ser abolida em todos os casos.
Direito Internacional
Alice Rocha
19
O Brasil tem expandido suas ações de cooperação jurídi-
ca internacional, dedicando capítulo específico ao tema
em seu Código de Processo Civil (CPC). A respeito deste
tema e com base no CPC brasileiro, podemos considerar
que o advogado pode se valer da cooperação jurídica in-
ternacional para:
(A) citação, intimação e notificação judicial e extra-
judicial.
(B) qualquer medida judicial ou extrajudicial.
(C) obtenção de dados em demandas exclusivamente ju-
diciais.
(D) assistência jurídica nacional.
20
Arnaldo e Ana são dois jovens equatorianos que acabam
de chegar ao Brasil em busca de melhores condições de
vida. Para buscar orientações sobre direitos ofertados
aos migrantes pela política migratória brasileira, o casal
foi orientado a ter acesso a serviços públicos de saúde,
de assistência social e previdência social. Em relação a
tal orientação, podemos considerar que:
(A) o casal só terá acesso a tais serviços se regularizar
sua condição migratória.
(B) o casal terá acesso a tais serviços independente da
condição migratória.
(C) o casal só terá acesso a tais serviços se houver reci-
procidade entre Brasil e Equador.
(D) o casal não terá acesso a tais serviços sem contribui-
ção mínima estabelecida para estrangeiros.
Direito Tributário
Maria Christina
21
Uma fábrica de cigarros foi autuada pela cobrança de
imposto seletivo criado mediante medida provisória do
Presidente República incidente sobre todas as etapas
da cadeia de consumo. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) É possível a cobrança de imposto seletivo por meio
de medida provisória sobre produtos nocivos à saú-
de e ao meio ambiente conforme previsto no texto
da reforma tributária.
(B) O imposto seletivo será plurifásico, incidindo sobre
todas as etapas da cadeia de consumo.
(C) O imposto seletivo é inconstitucional, pois deverá ser
criado por meio de lei complementar.
(D) O imposto seletivo é inconstitucional, pois deverá ser
instituído pelos estados e DistritoFederal.
22
João, biólogo formado pela Universidade do estado da
Bahia, é dono de uma embarcação de pesca para fins
exclusivamente científicos no litoral. No mês de maio de
2024, foi autuado por não recolhimento de IPVA de sua
embarcação. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Não incidirá IPVA sobre embarcações.
(B) Não incidirá IPVA sobre a embarcação por ter
imunidade.
(C) Não incidirá IPVA sobre a embarcação por ter
isenção.
(D) Incidirá IPVA sobre a embarcação.
23
O estado do Rio Grande do Sul, visando o aumento da
arrecadação diante dos desastres naturais ocorridos
pelas enchentes, instituiu por meio de lei ordinária a
contribuição social sobre a preservação de logradouros
públicos como forma de reconstrução do estado. Diante
dos fatos, assinale a opção correta.
(A) A contribuição somente poderá ser cobrada pelos
municípios e pelo DF.
(B) A contribuição é constitucional, e terá fato gerador
vinculado e a despesa que lhe deu causa.
(C) A contribuição não poderá ser cobrada em conjunto
com a fatura de consumo de energia.
(D) A contribuição, se for criada, deverá ser feita por
meio de lei complementar.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
24
O município de Pedra Grande editou lei estabelecendo
os critérios que devem ser levados em consideração
para estipulação da base de cálculo de seu IPTU. Partin-
do dessa premissa, assinale a opção correta.
(A) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálcu-
lo poderá ser alterada por portaria do município.
(B) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálcu-
lo somente poderá ser alterada por outra lei ordiná-
ria municipal.
(C) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálculo
somente poderá ser alterada por lei complementar.
(D) A estipulação dos critérios da base de cálculo deveria
ser feita por lei complementar.
25
A empresa de correios e telégrafos foi autuada pelo es-
tado do Rio de Janeiro por não recolhimento de IPVA de
suas vans. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.
(A) Os correios, por serem empresas públicas explo-
radoras da atividade econômica, não possuem
imunidade.
(B) Os correios, por serem empresas públicas explorado-
ras da atividade econômica, possuem imunidade.
(C) Os correios, por serem empresas públicas prestado-
ras de serviços públicos, não possuem imunidade.
(D) Os correios, por serem empresas públicas prestado-
ras de serviços públicos, possuem imunidade.
Direito Administrativo
Gustavo Brígido
26
Em razão das fortes enchentes no estado do Rio Grande
do Sul, as prefeituras dos municípios de Canoas e Porto
Alegre, em razão de iminente perigo público, determi-
naram a utilização dos ginásios de escolas privadas para
abrigar as pessoas cujas casas haviam sido destruídas.
No estudo das formas de intervenção do estado na pro-
priedade privada, fez-se uso do(a):
(A) desapropriação, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro.
(B) requisição administrativa, mediante indenização ul-
terior, se houver dano.
(C) limitação administrativa, mediante justa e prévia in-
denização em dinheiro.
(D) servidão administrativa, mediante indenização ulte-
rior, se houver dano.
27
Marcos, servidor público do município de Fortaleza,
permitiu que Lúcio, seu irmão, utilizasse o caminhão da
prefeitura para transportar os móveis de sua mudança
de endereço. O caso chegou ao conhecimento do Minis-
tério Público, que ajuizou ação de improbidade adminis-
trativa. Marcos procurou você, advogado(a) especialista
em direito administrativo, para saber das possíveis pe-
nalidades. A orientação correta deve ser no sentido de
que, nos termos da Lei n. 8.429/1992,
(A) Marcos se enriqueceu ilicitamente, estando sujeito,
dentre outras penalidades, à suspensão dos direitos
políticos até 14 (catorze) anos.
(B) Marcos causou lesão ao erário, estando sujeito, den-
tre outras penalidades, à suspensão dos direitos po-
líticos até 12 (doze) anos.
(C) Marcos atentou contra os princípios da administra-
ção pública, estando sujeito, dentre outras penalida-
des, à suspensão dos direitos políticos até 10 anos.
(D) Marcos não praticou ato de improbidade adminis-
trativa, pois foi José, seu irmão, que se enriqueceu
ilicitamente.
28
O estado do Ceará pretende realizar uma parceria pú-
blico-privada para a construção de um estádio de fu-
tebol para um grande evento esportivo. Decidiu pela
concessão patrocinada, destinando 75% da remunera-
ção ao parceiro privado. Os parlamentares de oposição
questionaram vultosa transferência e o procuraram, na
qualidade de advogado(a) especialista em direito admi-
nistrativo, para saber da viabilidade desta pretensão. A
resposta correta deve ser que
(A) as concessões patrocinadas em que mais de 40%
(quarenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(B) as concessões patrocinadas em que mais de 50%
(cinquenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(C) as concessões patrocinadas em que mais de 60%
(sessenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(D) as concessões patrocinadas em que mais de 70% (se-
tenta por cento) da remuneração do parceiro priva-
do for paga pela administração pública dependerão
de autorização legislativa específica.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
29
Maria e sua família ocuparam um espaço público desti-
nado por lei a uma praça pública e construíram sua casa.
Já ocupam ininterruptamente o local por 48 anos. Maria
o(a) procurou, na qualidade de advogado(a) especialista
em direito administrativo, para saber da possibilidade de
realizar a usucapião do terreno. A resposta correta deve
ser no sentido de que
(A) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são imprescritíveis.
(B) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são impenhoráveis.
(C) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são inalienáveis.
(D) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são não oneráveis.
30
Pouco antes das enchentes de 2024, o município de Por-
to Alegre realizou procedimento de desapropriação para
fins de construção de uma escola municipal, mas aca-
bou destinando para casas populares, de modo a abri-
gar a população afetada pelas chuvas. Os opositores ao
prefeito o(a) procuraram para saber da legalidade desta
mudança. A resposta correta deve ser no sentido de que
(A) a tredestinação foi lícita, pois manteve o interesse
público.
(B) a tredestinação foi ilícita, mesmo tendo mantido o
interesse público.
(C) não é possível tal mudança, pois o decreto de desa-
propriação configura ato vinculado.
(D) a tredestinação foi lícita, embora tenha desviado o
interesse público.
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
31
Segundo estabelece a Lei n. 6.938/1981, o proprietá-
rio ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,
pode, por instrumento público ou particular ou por ter-
mo administrativo firmado perante órgão integrante do
Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de
parte dela para preservar, conservar ou recuperar os re-
cursos ambientais existentes, instituindo servidão am-
biental.
Interessado no tema, João consulta um advogado espe-
cialista na área para esclarecer suas dúvidas sobre servi-
dões ambientais.
Em resposta, o advogado lheinformou que:
(A) a servidão ambiental é aplicável às Áreas de Preser-
vação Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.
(B) A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da
área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal.
(C) É permitida, durante o prazo de vigência da servi-
dão ambiental, a alteração da destinação da área,
desde que tenha havido a transmissão do imóvel a
qualquer título, desmembramento ou retificação dos
limites do imóvel.
(D) A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita,
temporária ou perpétua e o prazo mínimo da servi-
dão ambiental temporária é de 10 (dez) anos.
32
Em uma palestra na área ambiental, José teve contato
com o denominado “Sistema de Informações sobre Re-
cursos Hídricos”, o qual constitui-se como um sistema
de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação
de informações sobre recursos hídricos e fatores inter-
venientes em sua gestão.
Ficou sabendo, ainda, que os dados gerados pelos ór-
gãos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos serão incorporados ao Sistema Na-
cional de Informações sobre Recursos Hídricos.
Querendo obter ainda mais informações sobre o tema,
consultou um advogado especialista na área, o qual lhe
informou que:
(A) a centralização da obtenção e produção de dados e
informações é um princípio básico para o funciona-
mento do Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos.
(B) o acesso aos dados e informações é garantido a to-
das as pessoas jurídicas responsáveis pela outorga
do direito de uso de recursos hídricos.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
(C) o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
Hídricos tem como um de seus objetivos reunir, dar
consistência e divulgar os dados e informações sobre
a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hí-
dricos no Brasil.
(D) o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
Hídricos tem como um de seus princípios a atualiza-
ção temporária das informações sobre disponibilida-
de e demanda de recursos hídricos em todo o terri-
tório nacional.
Direito Civil
Roberta Queiroz
33
Pedrito Pedro é proprietário de um terreno situado na
área central de uma cidade próxima de Recife. O terre-
no possui uma área de aproximadamente 500 metros
quadrados, e está localizado em uma região com grande
valor imobiliário.
Por motivos pessoais, Pedrito decidiu se mudar para
outra cidade e deixou o terreno abandonado por vários
anos. Durante esse período, Mariazitazita, uma morado-
ra da região, percebeu que o terreno estava desocupado
e decidiu utilizá-lo para a criação de um pequeno jardim
com flores e plantas ornamentais.
Mariazitazita começou a cuidar do terreno, realizando a
limpeza periódica do local, o plantio de árvores e a insta-
lação de um sistema de irrigação. Ela também construiu
um pequeno pergolado, pois em dias frios, é um bom
lugar para ler um livro. Ainda, fez uma cerca de madeira
para delimitar o terreno. Pouco tempo depois, estava re-
sidindo no local com seus filhos.
Passados 12 anos, Pedrito nunca retornou ao terreno
nem manifestou qualquer oposição à ocupação de Ma-
riazitazita. Além disso, a comunidade local reconhece
Mariazitazita como a pessoa responsável pelo cuidado e
preservação do terreno.
Diante dessa situação, marque a alternativa correta.
(A) Mariazitazita adquire a propriedade do terreno por
usucapião extraordinária, se a posse for exercida de
forma mansa e pacífica, sem oposição do proprietá-
rio, pelo prazo de 15 anos, mediante justo título.
(B) Mariazitazita não adquire a propriedade do terreno,
pois não houve registro da posse no cartório e a au-
sência de Pedrito não configura abandono.
(C) Mariazitazita pode adquirir a propriedade do terreno
por usucapião extraordinária, se completar 10 anos
de posse ininterrupta, sem oposição do proprietário.
(D) Mariazitazita não adquire a propriedade do terreno,
pois Pedrito é o proprietário registrado e a posse por
si só não é suficiente para transferir a propriedade.
34
Jackyssonvile adquiriu um imóvel de Brizabele através
de um contrato de compra e venda com cláusula mui-
to peculiar. No contrato, ficou estabelecido que a com-
pradora teria o prazo de 2 anos para reaver o imóvel,
mediante o pagamento do valor atualizado da venda.
No entanto, após 1 ano da venda, Jackyssonvile decide
revender o imóvel para terceiros.
Considerando o caso narrado e a referida cláusula, mar-
que a alternativa correta.
(A) É uma cláusula que permite revender o imóvel para
terceiros, pelo mesmo valor da compra, no prazo es-
tabelecido no contrato e é válida.
(B) É uma cláusula que estabelece que Brizabele tem o
direito de reaver o imóvel vendido, mediante o paga-
mento do valor atualizado da venda, no prazo esta-
belecido no contrato.
(C) É uma cláusula que permite a Jackyssonvile devolver o
imóvel a Brizabele, mediante o pagamento do valor ori-
ginal da compra, no prazo estabelecido no contrato.
(D) É uma cláusula que estabelece que Jackyssonvile tem
o direito de adquirir outro imóvel de Brizabele, me-
diante o pagamento do valor atualizado da venda, no
prazo estabelecido no contrato.
35
Alcebird é proprietário de uma loja de eletrônicos. Ele
decide contratar uma empresa de segurança para ins-
talar um sistema de alarme e monitoramento em seu
estabelecimento, a fim de proteger seus produtos. No
entanto, após a instalação do sistema, ocorre um furto
na loja e diversos produtos são roubados.
Alcebird entra com uma ação judicial contra a empresa
de segurança, alegando responsabilidade civil pelos da-
nos causados pelo furto.
Considerando o caso, assinale a alternativa que apresen-
ta corretamente os elementos necessários para configu-
rar a responsabilidade civil de terceiros, nesse caso.
(A) A existência de um dano causado a terceiro, a rela-
ção de causalidade entre a conduta da empresa de
segurança e o dano, e a comprovação da culpa da
empresa de segurança.
(B) A existência de um contrato entre Alcebird e a em-
presa de segurança, a relação de causalidade entre
a conduta da empresa de segurança e o dano, e a
comprovação da culpa de Alcebird.
(C) A existência de um contrato entre Alcebird e a em-
presa de segurança, a relação de causalidade entre o
furto e o dano, e a comprovação da culpa da empre-
sa de segurança.
(D) A existência de um dano causado a terceiro, a rela-
ção de causalidade entre o furto e o dano, e a com-
provação da culpa de Alcebird.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
36
Caso hipotético: alimentos devidos pelos avós ao neto.
Lupito é um menino de 10 anos que vive com sua mãe,
Bananeia de Oliveira, após o divórcio de seus pais. O pai
de Lupito, Waldisnei Broduey, contribuía financeiramen-
te até perder o emprego recentemente. Diante dessa
situação, Lupito e Bananeia decidem entrar com uma
ação judicial para requerer os alimentos devidos pelos
avós paternos.
O juiz do caso fixa imediatamente alimentos provisórios
contra os avós. Com base nesse caso hipotético, assinale
a alternativa correta.
(A) Os avós não possuem obrigação de contribuir com
os alimentos de Lupito, pois a responsabilidade recai
apenas sobre os pais.
(B) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentos de Lupito, pois, no caso, o pai está desem-
pregado.
(C) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentos de Lupito, independentemente da impossibi-
lidade financeira do pai.
(D) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentosde Lupito, apenas se comprovada a impossi-
bilidade financeira do pai, posto que são alimentos
subsidiários e complementares.
37
Imagine que Jurubibo tem um carro que ele não usa
mais e decide doá-lo para uma organização de caridade
que ajuda famílias em situação de vulnerabilidade. No
entanto, depois de completar a doação, Jurubibo desco-
bre que a organização vendeu o carro e usou o dinheiro
para despesas administrativas, ao invés de diretamente
ajudar as famílias como ele esperava. Isso deixou Jurubi-
bi frustrado, pois ele queria que sua doação tivesse um
impacto direto nas vidas das famílias necessitadas.
Considerando a situação descrita, marque a alternativa
que corretamente descreve o que Jurubibo deve fazer.
(A) Parar de fazer doações para evitar decepções no
futuro.
(B) Não é possível doar para pessoa jurídica.
(C) Poderia ter instituído uma doação com encargo, ago-
ra não poderá achar ruim a destinação do bem.
(D) Pelo desvirtuamento do objeto da doação, poderá
haver revogação da liberalidade.
38
Rafael, menor impúbere, pediu mil reais emprestados
de Rogério do Direito do Trabalho para comprar uma
bicicleta. Na data do pagamento, porém, Rogério não
obtém êxito com a cobrança e Rafael é inadimplente.
Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
(A) O representante de Rafael deverá responder perante
a dívida.
(B) Rogério não poderá cobrar o que emprestou para
Rafael.
(C) A obrigação deverá ser objeto de ratificação pelo re-
presentante de Rafael e, somente assim, poderá Ro-
gério cobrar a dívida.
(D) O prazo prescricional para que Rogério possa cobrar
a dívida somente começará a contar a partir dos 16
anos de Rafael, caso o representante deste não rati-
fique a obrigação.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Patrícia Dreyer
39
A professora Leila fotografou uma criança sendo humi-
lhada por fazer xixi na roupa em escola de educação in-
fantil particular e, por conta disso, a polícia investiga de-
núncias de maus-tratos. Novos casos vieram à tona após
terem descoberto que a professora escondia o celular
e gravava episódios que poderiam levar as crianças ao
constrangimento. A polícia pediu à justiça prisão tem-
porária dos donos da escola. Procurados, os responsá-
veis pela escola não foram encontrados. Considerando
o pressuposto, uma professora recém-contratada se es-
candalizou com o que presenciou, apesar de não ser a
única funcionária da instituição. Diante do caso, os pais
das crianças matriculadas nessa escola procuram você,
que responde acertadamente que:
(A) a conduta descrita revela infração administrativa a
ser punida com multa.
(B) o Conselho Tutelar poderia ser acionado para repre-
sentar à autoridade judiciária e requerer a proposi-
tura de ação cautelar de antecipação de produção
de prova.
(C) a conduta descrita revela crime a ser punido com
pena de detenção.
(D) somente os pais ou responsáveis teriam atribuição
de denunciar as informações relativas à prática de
violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante
ou de formas violentas de educação, correção ou dis-
ciplina contra a criança e o adolescente.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
40
Marcinho, adolescente com 12 anos de idade, praticou
ato infracional equiparado a roubo contra seu vizinho de
87 anos de idade, razão pela qual foi aplicada a ele me-
dida socioeducativa de internação. Nessa situação, con-
forme prevê o ECA, você na qualidade de advogado(a)
responde adequadamente que:
(A) a medida de internação, aplicada depois da sentença,
será aplicada pelo prazo máximo de 6 (seis) meses.
(B) a medida de internação, aplicada antes da sentença,
pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias.
(C) a prestação de serviços comunitários, consistente na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período de, no mínimo, seis meses.
(D) a liberdade assistida fixada pelo prazo máximo de
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorroga-
da, revogada ou substituída por outra medida, ouvi-
do o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Direito do Consumidor
Patrícia Dreyer
41
Após comprar um smartphone importado em uma loja
de eletrodomésticos, Robertina da Silva constatou que
o manual de instruções estava em chinês e, como não
sabia o idioma, não soube nem como ligar o aparelho.
Esse caso caracteriza o desrespeito ao seguinte direito
básico do consumidor, conforme o CDC:
(A) a informação acerca dos preços dos produtos por
unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por
metro ou por outra unidade, conforme o caso.
(B) a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a ale-
gação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.
(C) a proteção contra a publicidade enganosa e abusi-
va, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impos-
tas no fornecimento de produtos e serviços.
(D) informação adequada e clara sobre diferentes pro-
dutos e serviços.
42
Jovi contratou um plano de saúde há 1 mês. O contra-
to do plano tinha uma cláusula de carência de 180 dias
para internações em geral. Porém, Jovi teve um AVC de-
pois de 30 dias da contratação e foi levado para a emer-
gência de um hospital particular que fazia parte da rede
de cobertura do plano de saúde. Ao chegar lá, ele soube
por intermédio de seus familiares que o acompanha-
vam que o plano se recusou ao atendimento por conta
do período de carência. Os familiares de Jovi procuram
você com advogado(a), que orienta acertadamente que
a conduta do plano é:
(A) permitida, pois o plano de saúde pode estabelecer a
seu critério as condições para o uso do contrato.
(B) ilegal, porque o plano não pode exigir nenhum pra-
zo de carência para situações de emergência ou
urgência.
(C) válida, pois a questão da cobertura pode ser resolvi-
da depois com uma possível indenização por danos.
(D) ilícita, porque, em situações de urgência ou emer-
gência, a carência máxima deve ser de 24 horas da
contratação.
Direito Empresarial
Lorraine Bonadio
43
Assinale a opção correta acerca dos conceitos de empre-
sa e empresário no âmbito do direito empresarial.
(A) Empresa é considerada a sociedade, com ou sem
personalidade jurídica; empresário é o indivíduo,
pessoa jurídica, que integra a sociedade como sócio,
com responsabilidade ilimitada ao valor das quotas
integralizadas.
(B) Empresa é a atividade econômica organizada para a
produção e/ou circulação de bens e serviços; empre-
sário é o sujeito titular dessa atividade, que a desem-
penha de forma profissional.
(C) Empresa refere-se à atividade econômica voltada
para a produção de bens; empresário individual é o
indivíduo pessoa física que exerce profissionalmente
atividade econômica, organizada ou não, para pro-
dução ou circulação de bens e serviços.
(D) Empresa é o local em que se exerce a atividade eco-
nômica organizada (estabelecimento); empresário é
o sujeito que exerce essa atividade, que a desempe-
nha de forma profissional.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
44
Timão explora sua principal profissão, com habitualida-
de, de empresa rural voltada para a produção de trigo.
Considerando-se a condição de empresário rural de Ti-
mão, é correto afirmar, quanto ao registro na Junta Co-
mercial, que o empresário rural
(A) Timão está obrigado à inscrição na Junta Comercial,e, caso não o faça, será considerado irregular para
todos os fins de direito.
(B) Timão não está obrigado à inscrição na Junta Comer-
cial, pois essa obrigação se aplica apenas à sociedade
rural com no mínimo quatro sócios.
(C) Timão só é obrigado a se inscrever na Junta Comer-
cial se for enquadrado como empresa de peque-
no porte.
(D) Timão não está obrigado a se inscrever na Junta Co-
mercial, mas se optar por fazê-lo, será equiparado ao
empresário registrado para todos os fins de direito.
45
A veterinária Maria Alice possui um consultório onde re-
aliza atendimentos, além de oferecer serviços de atendi-
mento domiciliar. A dra. Maria Alice é auxiliada por uma
secretária e mantém um site dedicado exclusivamente à
marcação de consultas e comunicação com seus clien-
tes. Com base nessas informações, assinale a afirmati-
va correta.
(A) Trata-se de empresária individual em razão do exer-
cício de profissão intelectual com emprego de ele-
mento de empresa pela manutenção da página na
internet.
(B) Trata-se de empresária individual em razão do exer-
cício de profissão liberal e prestação de serviços com
finalidade lucrativa.
(C) Não se trata de empresária individual, em razão de
o exercício de profissão intelectual só configurar em-
presa com o concurso de colaboradores.
(D) Não se trata de empresária individual, em razão do
exercício de profissão intelectual de natureza cien-
tífica, haja ou não a atuação de colaboradores e au-
xiliares.
46
Marcondes, com apenas 16 anos, foi emancipado pela
concessão dos pais. Ele deseja ter sua própria fonte de
renda ao entrar no ramo de confecção de roupas. So-
bre a capacidade de Marcondes para exercer a atividade
empresária, assinale a alternativa correta.
(A) Marcondes poderá exercer a atividade empresária,
pois está em pleno gozo da capacidade civil.
(B) Marcondes não poderá exercer atividade empresá-
ria, considerando que é menor de idade e não está
em pleno gozo da capacidade civil.
(C) Marcondes poderá exercer a atividade empresária,
desde que autorizado de forma específica pelos seus
responsáveis legais.
(D) Marcondes não poderá exercer atividade empresária
de forma independente, mas poderá exercê-la desde
que devidamente assistido por seus representantes
legais.
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
47
Manuela contraiu um empréstimo com o banco Mone-
tários, dando como garantia hipotecária um dos seus
imóveis alugados. Posteriormente, contratou um novo
empréstimo com o banco Money Free, dando o mesmo
imóvel como garantia hipotecária de segundo grau. Con-
siderando o vencimento da segunda obrigação, diante
da inadimplência de Manuela, o banco Money Free pro-
moveu uma execução autônoma contra a executada,
indicando à penhora o referido bem. Todavia, o banco
Monetários não foi intimado da referida penhora, ape-
sar de sua preferência, diante da prioridade do registro
de sua hipoteca. Por conseguinte, assim que tomar ciên-
cia deste ato, o banco Monetários poderá:
(A) opor embargos à execução, alegando penhora in-
correta.
(B) opor embargos de terceiro diante do desrespeito
a sua preferência e falta de intimação no referido
processo.
(C) apresentar oposição para reivindicar o bem pe-
nhorado.
(D) ajuizar ação de reintegração de posse.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
48
Júlio casou-se com Margareth pelo regime da separa-
ção obrigatória de bens, em 2020, em virtude de o casal
ser septuagenário. Todavia, na presente data (junho de
2024), querem alterar o regime do casamento para co-
munhão universal de bens, com efeitos retroativos, uma
vez que seus filhos já são maiores e capazes, além de
gozarem de confortável situação financeira. Assim, que-
rem unir seus patrimônios e viajar para os mais variados
destinos do planeta, aproveitando a vida e a companhia
um do outro. A partir desta realidade, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Neste caso não é possível a alteração do regime de
bens em virtude da idade avançada do casal.
(B) Neste caso é possível a alteração do regime de bens
por meio de procedimento especial de jurisdição vo-
luntária, com efeitos ex tunc.
(C) Neste caso é possível a alteração do regime de bens
por meio de procedimento especial de jurisdição vo-
luntária, com efeitos ex nunc.
(D) Neste caso a alteração pode ser promovida extrajudi-
cialmente.
49
Valesca, dois anos de idade, devidamente representada
por sua mãe Mikaela, promoveu uma ação de alimen-
tos em face de seu pai, perante a vara de família de seu
domicílio. Em sua contestação, o pai incidentalmente
negou a paternidade, sem pedido reconvencional, afir-
mando ter sido induzido a erro, pleiteando inclusive a
realização do exame de DNA. Em réplica, a autora con-
cordou com a realização do DNA e afirmou que as ale-
gações do réu eram inverossímeis. Ocorre que, após o
DNA negativo, o juiz manifestou-se sobre a ausência de
vínculo entre autora e réu, e julgou improcedente o pe-
dido de alimentos. Ressalte-se que da decisão não foi
interposto recurso, operando-se o trânsito em julgado.
A partir desta realidade, assinale a alternativa correta.
(A) Somente a questão principal será alcançada pela coi-
sa julgada material.
(B) A questão principal e a incidental serão alcançadas
pela coisa julgada material.
(C) Somente a questão incidental e prejudicial será al-
cançada pela coisa julgada material.
(D) A questão relacionada à paternidade/filiação só po-
deria fazer coisa julgada material se houvesse pedi-
do reconvencional, convertendo a questão incidental
em questão principal.
50
Márcia, brasileira, residente e domiciliada em Brasília-
-DF, promoveu uma ação indenizatória em face de uma
empresa de turismo estrangeira, em Orlando, nos Esta-
dos Unidos. Após o devido processo legal, Márcia obteve
o acolhimento de todos os seus pedidos, tendo a deci-
são transitada em julgado. Posteriormente, Márcia des-
cobriu que havia uma filial da referida empresa no Brasil,
razão pela qual deseja executar a referida decisão em
seu país, uma vez que a executada tem bens no Brasil.
A partir desta realidade, assinale a alternativa correta.
(A) O advogado de Márcia poderá promover imediata-
mente o cumprimento de sentença no juízo cível de
seu domicílio.
(B) A execução só poderá ocorrer após a concessão do
exequatur da carta rogatória, pelo STJ.
(C) A execução do título poderá ocorrer no Brasil, justiça
comum estadual, após a homologação da sentença
estrangeira pelo STJ.
(D) A execução do título poderá ocorrer no Brasil, justiça
comum federal, após a homologação da sentença es-
trangeira pelo STJ.
51
Suzana promoveu uma demanda de cobrança em face
de Nelson, perante o juizado especial da Barra da Tijuca-
-RJ, cujo valor da causa era de R$ 15 mil. Ressalte-se que
Suzana não estava patrocinada por advogado ou defen-
sor público. Após a tramitação do procedimento, com a
revelia de Nelson, foi proferida sentença acolhendo par-
cialmente os pedidos de Suzana. Inconformada, Suzana
deseja impugnar a referida decisão. Assim, a partir des-
tes fatos, assinale a opção correta.
(A) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso de apelação.
(B) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso inominado, dotado de
efeito apenas devolutivo.
(C) Suzana poderá interpor recurso inominado no prazo
de dez dias, independentemente de advogado ou de-
fensor público, devido ao valor da causa.
(D) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso inominado, sem a necessi-
dade de recolhimento do preparo.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
52
Cecílio foi demandado em uma ação indenizatória por
sua ex-mulher Lívia, tendo sido condenado ao paga-
mento de indenização no valor de cem mil reais. Após
a confirmação da decisão, por meio de acórdão que jul-
gou a apelação do réu, foi promovido o cumprimento de
sentença. Diante do não pagamento do débito no prazo
legal, foi promovida a execução forçada, com a penhora
online do valor de R$ 80.000,00, encontrado na conta
corrente do executado. Inconformado, Cecílio alegou a
impenhorabilidade do valor, por meio de petição sim-
ples, apresentando demonstrativo de seu salário no va-
lor de R$ 75.000,00. A partir deste contexto, assinale a
opção correta.
(A) O juiz deverá acolher a alegação de Cecílio, manten-
do a penhora apenas de R$ 5.000,00 reais.
(B) Como sua remuneração é superior a cinquenta sa-
lários mínimos, a quantia excedente pode ser pe-
nhorada.
(C) Todo valor penhorado deverá ser liberado, uma vez
que a remuneração do sujeito só pode ser atingida
para o pagamento de pensão alimentícia.
(D) Tal alegação só pode ser feita por meio da impugna-
ção ao cumprimento de sentença.
Direito Penal
Michelle Tonon
53
Mateus, 25 anos, estava sentindo dor de dente e não
conseguiu um horário para agendamento com seu den-
tista, Dr. Godofredo. Por esse motivo, em uma terça-fei-
ra, às 15h, resolveu invadir o consultório do Dr. Godofre-
do, aos gritos, para pressioná-lo a fazer o atendimento.
Mateus entrou abruptamente na sala comercial, não
deu ouvidos à secretária, que tentou impedi-lo, e in-
vadiu o consultório, enquanto o dentista atendia Dona
Maria, idosa de 78 anos, lá permanecendo, mesmo após
pedidos reiterados para que saísse. Diante da situação
hipotética, é possível afirmar que a conduta de Mateus:
(A) não constitui crime, já que o consultório odontoló-
gico é local aberto ao público, acessível a qualquer
pessoa.
(B) constitui crime de invasão de domicílio.
(C) constitui crime de exercício arbitrário das próprias
razões.
(D) constitui crime de invasão de estabelecimento co-
mercial.
54
Marcela, 28 anos, está sendo investigada e possui ações
penais em curso pela prática de diversos crimes de este-
lionato. Determinado dia, Marcela tenta aplicar mais um
golpe, em uma joalheria, quando é presa em flagrante
por uma equipe policial que estava monitorando a ação
da estelionatária. Levada à delegacia de polícia, Marcela
se apresenta à autoridade policial como Manuela, sua
irmã gêmea que reside em Portugal, buscando ocultar a
sua real identidade. Diante da situação hipotética narra-
da, é possível afirmar que a conduta de Marcela:
(A) caracteriza o crime de falsa identidade, previsto no
Código Penal.
(B) caracteriza o crime de falsidade ideológica, previsto
no Código Penal.
(C) não caracteriza crime, vez que Marcela tem o direito
constitucional a não se autoincriminar.
(D) caracteriza o crime de uso de documento falso.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
55
Camilo, cidadão brasileiro, comissário de bordo da Via-
je Mais, uma companhia área brasileira, durante voo
comercial que partiu do aeroporto internacional de
Guarulhos-SP com destino a Lisboa, capital de Portugal,
desentende-se com uma passageira francesa, Marie,
provocando na mulher lesões corporais. No exato mo-
mento do crime, a aeronave sobrevoava o espaço aéreo
correspondente ao alto-mar, no Oceano Atlântico. Acer-
ca da aplicação da lei penal brasileira à situação hipoté-
tica narrada, assinale a alternativa correta.
(A) Não se aplica a lei penal brasileira, considerando que
a aeronave estava fora do território nacional, sobre-
voando o alto-mar.
(B) Não se aplica a lei penal brasileira, pois a vítima do
crime é cidadã francesa.
(C) Aplica-se a lei penal brasileira, considerando se tratar
de hipótese de extraterritorialidade incondicionada.
(D) Aplica-se a lei penal brasileira, vez que o crime ocor-
reu em aeronave privada, de bandeira brasileira, so-
brevoando o alto-mar, considerada território brasi-
leiro por extensão.
56
Augusto, 19 anos, e Jonatan, 21 anos, decidem praticar
crimes de furto na cidade em que residem, para compra-
rem novas roupas e sapatos. Determinado dia, ficam sa-
bendo que haverá um grande evento religioso no estádio
municipal, sendo que dezenas de carros estão estaciona-
dos nas proximidades do estádio, em ruas com pouca
iluminação. Aproveitando-se dessas facilidades, os dois
amigos conseguem subtrair, na mesma noite, as rodas
de sete carros, pertencentes a sete vítimas distintas, va-
lendo-se do mesmo modo de agir e na mesma localida-
de. Nessa situação, contratado(a) como advogado(a) de
defesa, um dos argumentos em benefício dos rapazes é:
(A) a aplicação do concurso material de crimes, soman-
do-se as penas dos sete furtos praticados.
(B) o reconhecimento do concurso material de crimes,
aplicando-se a pena de apenas um dos furtos, com
aumento de metade na terceira fase da dosimetria.
(C) o reconhecimento do concurso formal de crimes,
aplicando-se a pena de apenas um dos furtos, com
aumento de 1/6 na terceira fase da dosimetria.
(D) o reconhecimento da continuidade delitiva, aplican-
do-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de um sexto a dois terços.
57
Jackson praticou, em maio de 2024, crime de cárcere pri-
vado contra Isabela, 17 anos. Ulisses, por sua vez, pra-
ticou tentativa de estupro de vulnerável em agosto de
2023. Acerca das condutas imputadas a Jackson e Ulis-
ses e as previsões da Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes
Hediondos), assinale a alternativa correta.
(A) Apenas Ulisses praticou crime definido como
hediondo.
(B) Apenas Jackson praticou crime definido como
hediondo.
(C) Jackson e Ulisses praticaram crimes hediondos, in-
suscetíveis de graça, anistia, indulto e fiança.
(D) Jackson e Ulisses praticaram crimes hediondos, im-
prescritíveis e inafiançáveis.
58
Frederico, Presidente da República, valendo-se de com-
petência estabelecida na Constituição Federal, editou
um decreto extinguindo a punibilidade de mulheres
condenadas a pena privativa de liberdade não superior
a oito anos, por crime praticado sem violência ou grave
ameaça a pessoa, que tenham filho ou filha menor de
dezoito anos ou, de qualquer idade, com doença crônica
grave ou com deficiência e que tenham cumprido, até a
data de edição do decreto, um quinto da pena, se não
reincidentes, ou um quarto da pena, se reincidentes.
Assinale a alternativa que contém o nome do instituto
jurídico em questão.
(A) Comutação de penas.
(B) Indulto.
(C) Anistia.
(D) Livramento condicional.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
59
Marcos foi preso em flagrante pela suposta prática de
vários furtos. De acordo com as informações obtidas,
na cidade de Belo Horizonte, Marcos cometeu três fur-
tos. Na cidade de Patos de Minas, cometeu dois furtos.
Na cidade de Paracatu, cometeu um furto. Ocorre que
o autor do fato foi localizado e preso em flagrante por
policiais em Unaí, antes de chegar em sua residência. Os
crimes mencionados são conexos. Considerando ape-
nas as informações narradas, indique qual comarca terá
competência para o processamento e julgamento de to-
dos os crimes conexos pelos quais Marcos foi indiciado.
(A) Belo Horizonte.
(B) Patos de Minas.
(C) Paracatu.
(D)Unaí.
60
Jonas, domiciliado em Brasília, durante uma viagem a
passeio para São Paulo, efetuou a compra de um no-
tebook de propriedade de Maria, emitindo um cheque
sem fundo, de sua conta corrente, para pagar o objeto.
Considerando que Maria é domiciliada em Campinas e
que a agência bancária de Jonas está localizada em Bra-
sília, é correto afirmar que a competência territorial para
julgar o delito de estelionato será:
(A) de Brasília.
(B) de São Paulo.
(C) de Campinas.
(D) pela prevenção.
61
Bruno é investigado pela prática do crime de homicí-
dio culposo na direção de veículo automotor (art. 302,
CTB – pena: detenção, de 2 a 4 anos, e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou habilitação para
dirigir veículo automotor). No curso das investigações,
o Ministério Público encontra dificuldades para ofere-
cer a denúncia, mas constam informações de que Bru-
no conversa ao telefone e ri da situação com os amigos,
admitindo o crime. Diante disso, o delegado representa
pela interceptação de comunicações telefônicas. Sobre
os fatos narrados, é correto afirmar que a interceptação:
(A) não deverá ser decretada, pois ainda está na fase de
inquérito policial.
(B) poderá ser decretada, mas não poderá ultrapassar o
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período.
(C) não deverá ser decretada em razão da pena prevista
ao delito investigado.
(D) poderá ser decretada e a divulgação de seu conteúdo
sem autorização judicial configura crime.
62
Bernardo, suposto autor de crime de furto, e o Ministé-
rio Público assinaram proposta de Acordo de Não Perse-
cução Penal. O juiz, em seguida, recusou homologação
ao pactuado. Nesse cenário, considerando as disposi-
ções do Código de Processo Penal e considerando que
você é o(a) advogado(a) de Bernardo, poderá ser feito:
(A) não caberá a interposição de qualquer recurso, de-
vendo a proposta ser encaminhada diretamente ao
procurador-geral de justiça.
(B) não caberá a interposição de qualquer recurso, de-
vendo o Ministério Público dar prosseguimento ao
processo penal.
(C) caberá a interposição de recurso em sentido estrito.
(D) caberá a interposição de recurso de apelação.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
63
Gabriel é denunciado pelo Ministério Público pela su-
posta prática de infração penal de menor potencial ofen-
sivo, no contexto da Lei n. 9.099/1995. Não se obtém
êxito na citação do acusado, sendo certo que a resposta
negativa do mandado é juntada aos autos do processo.
O juiz titular do juizado especial criminal verifica, ainda,
a impossibilidade de o acusado ser encontrado para ser
citado pessoalmente. Nesse cenário, considerando as
disposições da Lei n. 9.099/1995 e do Código de Proces-
so Penal, é correto afirmar que:
(A) o juiz determinará a citação por edital do acusado,
dando prosseguimento ao processo.
(B) o juiz determinará a citação por edital do acusado,
suspendendo o processo e o prazo prescricional.
(C) as peças existentes serão encaminhadas ao juízo co-
mum, âmbito no qual o processo obedecerá ao pro-
cedimento comum ordinário.
(D) as peças existentes serão encaminhadas ao juízo co-
mum, âmbito no qual o processo obedecerá ao pro-
cedimento comum sumário.
64
João, José, Paulo e Pedro são pronunciados pela prática
do crime de homicídio duplamente qualificado, sendo
certo que cada acusado possui um advogado diferente,
que integra os quadros de escritórios de advocacia dis-
tintos. No dia da sessão plenária, encerrada a instrução
processual, passa-se à fase dos debates entre o Minis-
tério Público e as defesas. Considerando as disposições
do Código de Processo Penal, assinale abaixo o tempo
correto para debates considerando o número de réus.
(A) O Ministério Público terá três horas e meia, mais
duas horas para a réplica. Cada defesa, por sua vez,
terá duas horas e meia, mais uma hora e meia para a
tréplica.
(B) O Ministério Público e as defesas reunidas terão,
cada um, duas horas e meia, mais duas horas para a
réplica da acusação e duas horas para a tréplica das
defesas.
(C) O Ministério Público e as defesas reunidas terão,
cada um, três horas e meia, mais duas horas para a
réplica da acusação e duas horas para a tréplica das
defesas.
(D) O Ministério Público terá duas horas e meia, mais
uma hora e meia para a réplica. Cada defesa, por
sua vez, terá uma hora e meia, mais uma hora para a
tréplica.
Direito do Trabalho
Rogério Dias
65
Roberta Civilista era sócia da Bevilaqua School desde
o ano 2000. Em janeiro de 2023, Roberta se retirou da
sociedade, com a devida modificação contratual e aver-
bação. Em julho de 2023, Odair Invejoso ajuizou ação
trabalhista em face da escola, requerendo suas verbas
rescisórias, bem como indenização por danos morais.
Nessa situação,
(A) Roberta tem responsabilidade solidária.
(B) Roberta não tem responsabilidade.
(C) Roberta tem responsabilidade subsidiária.
(D) A responsabilidade será ato discricionário do juiz.
66
Patrícia Consumerista trabalhou para a empresa Dreyer
& Dreyer Ltda., de 2 de abril de 2005 a 23 de dezembro
de 2022. Apesar de ter recebido suas verbas rescisórias,
Patrícia pretende ajuizar ação por danos morais em face
da ex-empregadora, pois entende ter direito à equipara-
ção salarial com Eugênio. Com isso,
(A) a ação deverá ser proposta até o dia 22 de dezembro
de 2024.
(B) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2024.
(C) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2027.
(D) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2025.
67
Raquel foi contratada pelo regime de teletrabalho, por
jornada. Lorena foi contratada pelo regime de teletraba-
lho, por produção. Nilton foi contratado pelo regime de
teletrabalho, por tarefa. Nessas hipóteses,
(A) todos não têm direito a horas extras.
(B) somente Raquel não tem direito a horas extras.
(C) Lorena e Nilton têm direito a horas extras.
(D) somente Raquel tem direito a horas extras.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
68
A empresa Brugger Ltda. tem 60 empregados, lotados
em 10 estabelecimentos. Cada estabelecimento tem 6
empregados. O proprietário, com dúvida, procura você,
na qualidade de advogado(a), para saber se precisa ou
não controlar a jornada de seus empregados. Com isso,
você informa que
(A) sim, pois a empresa tem mais de 20 empregados.
(B) não, pois cada estabelecimento tem menos de 20
empregados.
(C) não, pois nunca se exige controle de jornada.
(D) sim, pois independe da quantidade de empregados
para o controle.
69
Michele, em janeiro de 2024, tomou ciência de que usu-
fruirá suas férias em setembro de 2024. No dia 23 de
maio de 2024, a empregada requereu ao empregador o
seu abono pecuniário. Nesse caso,
(A) o abono pecuniário é pago no retorno das férias.
(B) a empregada pode requerer até 15 dias antes do tér-
mino do período concessivo.
(C) o abono pecuniário é ato discricionário do em-
pregador.
(D) o abono deve ser requerido até 15 dias antes do tér-
mino do período aquisitivo.
Direito Processual do Trabalho
Aryanna Linhares
70
A partir da Lei n. 13.467/2017, o incidente de desconsi-
deração da personalidade jurídica passou a ser expressa-
mente previsto na CLT, sendo INCORRETO afirmar:
(A) em incidente instaurado originariamente no tribu-
nal, da decisão interlocutória proferida pelo relator
que rejeitar o incidente não caberá agravo interno.
(B) não cabe recurso de imediato da decisão do inciden-
te de desconsideração da personalidade jurídica na
fasede cognição.
(C) na fase de execução, sem a garantia do juízo, caberá
agravo de petição da decisão interlocutória que rejei-
tar o incidente.
(D) na fase de conhecimento, da decisão interlocutória
que rejeitar o incidente não caberá recurso ordinário
de imediato.
71
No processo do trabalho, não se pode afirmar que:
(A) tratando-se de ação que envolva pedido de presta-
ções sucessivas decorrente de alteração do pactua-
do, a prescrição é total, exceto quando o direito à
parcela esteja também assegurado por preceito
de lei.
(B) respeitado o biênio subsequente à cessação contra-
tual, a prescrição da ação trabalhista concerne às
pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação, e
não às anteriores ao quinquênio da data da extinção
do contrato.
(C) opera a prescrição bienal o ajuizamento de reclama-
ção trabalhista após o prazo de dois anos, contados
da extinção do contrato de trabalho.
(D) não se aplica prescrição intercorrente no processo
do trabalho.
72
Compete à justiça do trabalho processar e julgar:
(A) crimes contra a organização do trabalho.
(B) os conflitos de competência entre o TST e o STJ.
(C) as ações sobre representação sindical, entre sindica-
tos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindica-
tos e empregadores.
(D) as ações oriundas da relação de trabalho, não abran-
gidos os entes de direito público externo e da admi-
nistração pública direta e indireta da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios.
73
Sobre as audiências na justiça do trabalho, NÃO se
pode afirmar:
(A) ausente o reclamado na audiência, ainda que pre-
sente seu advogado, não serão aceitos a contestação
apresentada nem os documentos que a acompa-
nham, devendo o juiz determinar que sejam exclu-
ídos dos autos.
(B) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de
comparecimento da parte na audiência.
(C) a ausência do reclamante na audiência una importa
arquivamento do processo.
(D) se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o
juiz não houver comparecido, os presentes poderão
retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de re-
gistro das audiências.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
74
No processo do trabalho, está correto afirmar que:
(A) o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em
qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na
fase recursal, seja o requerimento formulado no pra-
zo alusivo ao recurso.
(B) no inquérito judicial para apuração de falta gra-
ve o número máximo de testemunhas é de 3 para
cada parte.
(C) não é permitido ao empregador fazer-se substituir
por gerente no ato da audiência.
(D) não há prova pericial no procedimento sumaríssimo.
Direito Previdenciário
Fernando Maciel
75
Fábio Meireles exerce a atividade de eletricista há mais
de 7 anos, atuando como empregado da empresa RX
Reparos Elétricos Ltda. Na hipótese de Fábio sofrer um
acidente de trabalho que lhe acarrete uma incapacidade
parcial e permanente (sequela), assinale a alternativa
correta em matéria do benefício de auxílio-acidente.
(A) Na hipótese de estar recebendo o benefício de pen-
são por morte em virtude do falecimento de sua es-
posa, Fábio não poderá receber cumulativamente o
auxílio-acidente.
(B) Considerando sua natureza remuneratória, haverá
incidência de contribuição social sobre o valor rece-
bido a título de auxílio-acidente.
(C) A renda mensal do auxílio-acidente será de 91% do
salário-de-benefício de Fábio.
(D) A ocorrência de danos funcionais ou redução da ca-
pacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa não dará direito ao auxílio-acidente.
76
Joana foi contratada para realizar atividades domésticas
na residência da família Soares. Levando-se em consi-
deração o que dispõe a legislação brasileira, assinale a
alternativa correta.
(A) Se Joana trabalhar terças e quintas, o seu enquadra-
mento previdenciário será como empregada doméstica.
(B) Se Joana trabalhar segundas, quartas e sextas, o seu
enquadramento previdenciário será como contri-
buinte individual (diarista).
(C) Se Joana tiver 17 anos de idade e trabalhar mais de
dois dias na semana, o seu enquadramento previ-
denciário será como empregada doméstica.
(D) Se Joana trabalhar mais de dois dias na semana e
desenvolver atividade sem fins lucrativos para a fa-
mília contratante, o seu enquadramento será como
empregada doméstica.
Direito Financeiro
Anderson Ferreira
77
Suponha que o Poder Executivo da União esteja elabo-
rando projeto de lei que, entre outras atribuições, dis-
põe sobre alterações na legislação tributária.
Diante desse cenário, é correto afirmar que o instrumen-
to legislativo em elaboração é chamado de
(A) Plano Plurianual – PPA.
(B) Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
(C) Código Tributário Nacional – CTN.
(D) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
78
No orçamento público brasileiro, uma das classificações
da receita orçamentária mais difundidas é a classifica-
ção por natureza da receita. O primeiro nível se refere
à categoria econômica que, em geral, pode ser receita
orçamentária corrente ou de capital.
Com base nisso, assinale a opção que apresenta uma re-
ceita classificada como corrente.
(A) Produto da alienação de bens.
(B) Produto de arrecadação tributária.
(C) Produto de operação de crédito.
(D) Superávit do orçamento corrente.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direito Eleitoral
Odair José
79
Os partidos Alfa e Delta resolveram celebrar coligação
para as eleições municipais deste ano, mas estão com
algumas dúvidas quanto ao alcance da coligação e as
obrigações que importam aos partidos, razão pela qual
consultaram um advogado a respeito do tema.
O advogado consultado respondeu corretamente que
(A) a coligação terá denominação própria, sendo a ela
atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido
político no que se refere ao processo eleitoral e ao
exercício do mandato eletivo.
(B) é admitida a coligação apenas para as eleições do sis-
tema proporcional, sendo vedada para as eleições de
prefeito e vice-prefeito.
(C) a coligação limita-se ao sistema majoritário e deve-
rá funcionar como um só partido no relacionamento
com a justiça eleitoral e no trato dos interesses inter-
partidários.
(D) os partidos reunidos em coligação deverão permane-
cer a ela filiados por, no mínimo, 4 (quatro) anos.
80
João foi reeleito prefeito da cidade Beta. Ocorre que, a
pouco mais de um ano para o término do seu segundo
mandato, ele veio a óbito. Nas pesquisas para as elei-
ções municipais que se avizinhavam, o nome de Maria,
viúva de João, apareceu em primeiro lugar, mas ela tinha
dúvidas quanto à viabilidade de sua candidatura em ra-
zão da inelegibilidade reflexa.
Ao consultar um advogado a respeito do tema, Maria foi
informada corretamente que
(A) a morte de titular do Poder Executivo extingue o pa-
rentesco para fins de incidência da causa de inelegi-
bilidade reflexa.
(B) o fim da sociedade ou do vínculo conjugal, ainda que
em razão de morte, no curso do mandato, não afasta
a inelegibilidade reflexa.
(C) é inadmissível a alternância de cônjuges no exercício
do mesmo cargo por três mandatos consecutivos,
ainda que em face da morte do titular.
(D) somente se João estivesse no exercício do primeiro
mandato de prefeito a candidatura de Maria seria
viável.
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GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D B B B B D A C B D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C D A C C B D C A B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C B A A D B B D A A
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
B C C B A D C B C B
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
D D B D D A B B B D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B B B A D D C B A C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C C D B C B D B D A
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
D C A A D D D B C A
1º Simulado
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Ética Profissional
Maria Christina
1
Marcus Vinícius, advogado recém inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, protocolou junto à prefeitura do
município X o reconhecimento dos seus serviços profis-
sionais como de natureza técnica e singular, requerendo
a inexigibilidade de licitação. Diante dos fatos, assinale a
opção correta.
(A) Todo e qualquer serviço advocatício é considerado
notório e singular.
(B) Somente os serviços de advogado autônomo podem
ser considerados notórios e singulares.
(C) Serviço exercido por sociedade individual de advoga-
dos não pode ser considerado como de notória espe-
cialização.
(D) O serviço advocatício, para ser considerado de notó-
ria especialização, deve ser devidamente comprova-
do em desempenho anterior.
Letra d.
Assunto abordado: Advocacia.
(A) Errada. Deve ser devidamente comprovado.
(B) Errada. Os serviços de advogados autônomos e so-
ciedades podem ser considerados de notória especiali-
zação desde que haja a devida comprovação.
(C) Errada. Os serviços de advogados autônomos e so-
ciedades podem ser considerados de notória especiali-
zação desde que haja a devida comprovação.
(D) Certa.
Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são,
por sua natureza, técnicos e singulares, quando com-
provada sua notória especialização, nos termos da lei.
Parágrafo único. Considera-se notória especialização
o profissional ou a sociedade de advogados cujo con-
ceito no campo de sua especialidade, decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências, publica-
ções, organização, aparelhamento, equipe técnica ou
de outros requisitos relacionados com suas ativida-
des, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação
do objeto do contrato.
2
Diante das prerrogativas atribuídas aos advogados pelo
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, assinale a
alternativa correta.
(A) É direito do advogado dirigir-se diretamente aos
magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, de-
pendentemente apenas de horário previamente
marcado.
(B) É direito do advogado usar da palavra, pela ordem,
em comissão parlamentar de inquérito, mediante
intervenção pontual e sumária, para esclarecer equí-
voco ou dúvida surgida em relação a fatos, a docu-
mentos ou a afirmações que influam na decisão.
(C) É direito do advogado reclamar necessariamente por
escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autorida-
de, contra a inobservância de preceito de lei, regula-
mento ou regimento.
(D) É direito do advogado falar, sentado ou em pé, em
juízo apenas em órgãos do Poder Judiciário.
Letra b.
Assunto abordado: Direitos dos advogados.
(A) Errada. É um direito do advogado conversar com o
magistrado independentemente de horário previamen-
te agendado.
(B) Certa. Art. 7º, X, do EOAB.
(C) Errada. Em qualquer órgão do Poder Judiciário ou da
administração pública.
(D) Errada. Em qualquer órgão do Poder Judiciário ou da
administração pública.
3
João é advogado e ingressou com uma ação anulatória
de débito fiscal para seu cliente com o objetivo de can-
celar o auto de infração expedido pela União. No entan-
to, a sentença foi improcedente e houve a necessidade
de interposição de recurso de apelação para o tribunal.
Distribuído para a turma, o desembargador negou segui-
mento ao recurso de forma monocrática e o advogado
requereu seu direito à sustentação oral. Assinale a alter-
nativa correta.
(A) Não será cabível sustentação oral de agravo interno.
(B) Será cabível sustentação oral de agravo interno.
(C) É cabível sustentação oral de qualquer recurso.
(D) Toda e qualquer sustentação oral deverá ser realiza-
da em 15 minutos.
Letra b.
Assunto abordado: Direitos dos advogados.
(A) Errada. É cabível, conforme o art. 7º, § 2º-B, do EOAB.
(B) Certa. Art. 7º, § 2º-B, do EOAB:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Poderá o advogado realizar a sustentação oral no
recurso interposto contra a decisão monocrática de
relator que julgar o mérito ou não conhecer dos se-
guintes recursos ou ações.
(C) Errada. Somente será cabível sustentação oral de re-
cursos com previsão em lei.
(D) Errada. Somente será cabível sustentação oral de re-
cursos pelo prazo previsto em lei.
4
Maria Cecília, brasileira nata, formou-se em direito na
Itália tendo sido regularmente aprovada no exame de
ordem com inscrição na Ordem dos Advogados italia-
nos. No entanto, deseja voltar ao seu País de origem
para exercer a profissão. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) Por ser brasileira nata, Maria Cecília poderá vir ad-
vogar no Brasil sem necessidade de revalidação do
diploma e aprovação no exame de ordem.
(B) Ainda que seja brasileira nata, Maria Cecília somente
poderá vir advogar no Brasil se revalidar seu diploma
e for aprovada no exame de ordem.
(C) Por ser brasileira nata, Maria Cecília poderá vir ad-
vogar no Brasil sem necessidade de revalidação do
diploma e aprovação no exame de ordem desde que
esteja em dia com as obrigações eleitorais.
(D) Ainda que seja brasileira nata, Maria Cecília somente
poderá vir advogarno Brasil se revalidar seu diploma
e for aprovada no exame de ordem sem a necessida-
de de comprovação das obrigações eleitorais já que
residia fora do País.
Letra b.
Assunto abordado: Requisitos para se tornar advogado.
(A) Errada. Art. 8º, § 2º, do EOAB:
O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em
direito no Brasil, deve fazer prova do título de gradu-
ação, obtido em instituição estrangeira, devidamente
revalidado, além de atender aos demais requisitos
previstos neste artigo.
(B) Certa. Art. 8º, § 2º, do EOAB:
O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em
direito no Brasil, deve fazer prova do título de gradu-
ação, obtido em instituição estrangeira, devidamente
revalidado, além de atender aos demais requisitos
previstos neste artigo.
(C) Errada. Todo brasileiro deve, para se inscrever na or-
dem, comprovar a quitação com as obrigações eleitorais
e militares.
(D) Errada. Todo brasileiro deve, para se inscrever na or-
dem, comprovar a quitação com as obrigações eleitorais
e militares.
5
Maria Clara foi aprovado no exame de ordem ainda no
9º semestre da faculdade. Ao colar grau, dirigiu-se à sec-
cional do seu domicílio residencial para requerer a sua
inscrição na ordem. Diante dos fatos, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Sua inscrição principal necessariamente deverá ser
requerida no local do domicílio profissional.
(B) Sua inscrição principal poderá ser requerida no local
do domicílio residencial.
(C) Maria Clara, diante de impossibilidade devidamen-
te comprovada, poderá prestar o compromisso por
meio de procuração outorgada a terceiro.
(D) Maria Clara somente poderá requerer sua inscrição
na ordem mediante apresentação do diploma.
Letra b.
Assunto abordado: Advogado.
(A) Errada. Poderá ser requerida no domicílio residencial
se não houver domicílio profissional.
(B) Certa. Poderá ser requerida no domicílio residencial
se não houver domicílio profissional.
(C) Errada. Compromisso é ato personalíssimo que não
admite procuração.
(D) Errada. Poderá apresentar diploma ou certificado de
conclusão de curso com histórico escolar devidamente
autenticado.
6
Maria Fernanda, advogada inscrita na OAB do DF, tomou
posse como deputada distrital. Diante dos fatos, assinale
a opção correta.
(A) Maria Fernanda se tornará incompatível definitiva
para o exercício da advocacia.
(B) Maria Fernanda se tornará incompatível provisória
para o exercício da advocacia.
(C) Maria Fernanda se tornará impedida de advogar con-
tra o ente que lhe remunera.
(D) Maria Fernanda se tornará impedida de advogar con-
tra a administração pública, concessão, permissão e
entidade paraestatal.
Letra d.
Assunto abordado: Incompatibilidade e impedimento.
Os membros do Poder Legislativo possuem um impedi-
mento (proibição parcial) de advogar contra a adminis-
tração pública, concessão, permissão e entidade paraes-
tatal. Art. 30 do EOAB.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
7
Pedro Henrique, advogado inscrito na OAB do CE, foi
contratado como agente escriturário do 2º Cartório de
Notas de seu estado. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) Se tornará incompatível definitivo para o exercício da
advocacia.
(B) Se tornará incompatível provisório para o exercício
da advocacia.
(C) Se tornará impedido de advogar contra o ente que
lhe remunera.
(D) Se tornará impedido de advogar contra a administra-
ção pública, concessão, permissão e entidade para-
estatal.
Letra a.
Assunto abordado: Incompatibilidade e impedimento.
O exercício do cargo dentro de cartório, ainda que não
seja de tabelião, gera uma incompatibilidade definitiva,
devendo a OAB ser cancelada – art. 28 do EOAB.
8
Diante do cancelamento da inscrição como advogado,
assinale a opção correta.
(A) Diante de pedido de nova inscrição por incompatibi-
lidade definitiva, será restaurado o número anterior.
(B) Diante de falecimento, o pedido de cancelamento
deverá ser necessariamente requerido.
(C) Diante do cancelamento da inscrição por aplicação
de penalidade de exclusão e pedido de nova inscri-
ção por incompatibilidade definitiva, será restaurado
o retorno do advogado e deverá estar acompanhado
de provas de reabilitação.
(D) Diante de doença mental incurável será decretada a
licença para o exercício da advocacia.
Letra c.
Assunto abordado: Cancelamento de inscrição.
(A) Errada. Será deferido novo número de inscrição.
(B) Errada. Pode ser mediante requerimento ou de ofício
pela própria OAB.
(C) Certa. Art. 11, § 3º, do EOAB:
Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido
de inscrição também deve ser acompanhado de pro-
vas de reabilitação.
(E) Errada. Doença mental incurável gera o cancelamen-
to da inscrição e a curável a licença.
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I – assim o requerer;
II – sofrer penalidade de exclusão;
III – falecer;
IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade
incompatível com a advocacia;
V – perder qualquer um dos requisitos necessários
para inscrição.
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III
e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício,
pelo conselho competente ou em virtude de comuni-
cação por qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que
não restaura o número de inscrição anterior – deve o
interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V,
VI e VII do art. 8º.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pe-
dido de inscrição também deve ser acompanhado de
provas de reabilitação.
Filosofia do Direito
Odair José
9
“... durante o tempo em que os homens vivem sem um
poder comum capaz de os manter a todos em respei-
to, eles se encontram naquela condição a que se chama
guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra
todos os homens”. HOBBES, Thomas. O Leviatã. São Pau-
lo: Abril Cultural, 1983, p. 75.
A condição de guerra de todos contra todos somente
é resolvida com o contrato social, mas para que esse
contrato ocorra, impõem-se, segundo Hobbes, algumas
condições.
Assinale a alternativa que, segundo Thomas Hobbes na
obra em referência, apresenta uma dessas condições
para a celebração do contrato social.
(A) Que todos os homens concordem entre si em renun-
ciar a lei natural que obriga a todos a protegerem a
própria liberdade.
(B) Que um homem concorde, quando outros também o
façam, em renunciar a liberdade natural, impondo a
todos a lei civil.
(C) Renunciar a condição de natureza a fim de viver sob
égide do direito natural de liberdade.
(D) Submeter-se apenas ao direito natural.
Letra b.
Assunto abordado: Contratualismo – Thomas Hobbes.
(A) Errada. Não é possível renunciar a lei natural, por-
que ela se impõe ao homem para além da sua capacida-
de volitiva.
(B) Certa. O direito natural, na concepção hobbesiana,
corresponde à liberdade natural, está no âmbito da vo-
lição humana, por isso o homem pode prescindir desse
direito a fim de garantir sua paz.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
(C) Errada. A afirmação não faz qualquer sentido, como
seria possível renunciar a condição de natureza e viver
sob a égide do direito natural? A própria afirmação é
contraditória.
(D) Errada. Se o homem resolve celebrar um contrato
social, então estará criando e se submetendo a outra or-
dem de direito, o direito positivo.
10
Para Jonh Locke, o objetivo grande e principal da união
dos homens em comunidades, colocando-se eles sob
governo, é a preservação da propriedade, ou seja, para
mútua conservação da vida, da liberdadee dos bens.
Sob a ótica de Jonh Locke, acerca do contrato social, é
correto o que se afirma em
(A) a ordem social é um direito sagrado, por isso sua im-
plementação, ainda que pela violência, é necessária
e não arbitrária.
(B) para realização do contrato social é necessária a re-
núncia da liberdade, submetendo a todos ao poder
soberano e absoluto do rei.
(C) o objetivo principal do pacto é garantir a paz, motivo
pelo qual se impõe a todos uma ordem absoluta e
restrição quanto às liberdades individuais.
(D) por meio do trabalho, o homem adquire a proprieda-
de e as leis civis devem garantir a sua proteção.
Letra d.
Assunto abordado: Contratualismo – Jonh Locke.
(A) Errada. Contrato não comporta violência.
(B) Errada. A afirmação se refere ao pensamento de Tho-
mas Hobbes.
(C) Errada. A afirmação se refere ao pensamento de Tho-
mas Hobbes.
(D) Certa. O trabalho é a forma pela qual os frutos des-
sa atividade se vinculam ao homem, tornando-os a sua
propriedade e as leis civis são a forma de lhes garantir
a proteção.
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11
O Presidente da República editou a Medida Provisória n.
Y, disciplinando alguns aspectos do contrato de compra
e venda de semoventes, estabelecendo ainda as garan-
tias passíveis de serem exigidas para a sua celebração. A
iniciativa decorreu do fato de haver profunda discordân-
cia em relação ao teor do Projeto de Lei n. X, que fora
aprovado pelo Congresso Nacional e estava pendente de
sanção pelo Chefe do Poder Executivo.
Irresignado com o teor da Medida Provisória n. Y, o par-
tido político Beta solicitou que sua assessoria analisasse
a sua compatibilidade com a Constituição da Repúbli-
ca, sendo-lhe corretamente respondido que o referido
ato normativo
(A) não apresenta qualquer incompatibilidade com a or-
dem constitucional.
(B) somente apresenta incompatibilidade com a ordem
constitucional em relação ao seu objeto.
(C) somente apresenta incompatibilidade com a ordem
constitucional em relação ao aspecto circunstancial
do momento em que foi editada.
(D) apresenta incompatibilidade com a ordem constitu-
cional tanto em relação ao seu objeto como ao as-
pecto circunstancial do momento em que foi editada.
Letra c.
Assunto abordado: Processo legislativo.
CF/1988 Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o
Presidente da República poderá adotar medidas pro-
visórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre
matéria:
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo
Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do
Presidente da República.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
12
O município Alfa, capital de um grande estado brasilei-
ro, editou a Lei n. X, com o objetivo de suplementar a
legislação federal e a estadual na integração das pessoas
com deficiência. Para a surpresa do prefeito municipal, a
Lei n. X vinha sendo constantemente descumprida, com
decisões judiciais e administrativas, sob o argumento de
que o tratamento diferenciado dispensado a essa cama-
da da população afrontava a isonomia.
Irresignado com esse estado de coisas, o prefeito mu-
nicipal consultou a Procuradoria-Geral do município a
respeito da possibilidade de a matéria ser submetida ao
controle concentrado de constitucionalidade, perante
o Supremo Tribunal Federal, para que seja reconheci-
da a compatibilidade da Lei n. X com a Constituição da
República.
Foi então corretamente informado ao prefeito municipal
que o objetivo almejado
(A) não pode ser alcançado.
(B) pode ser alcançado com a interposição de recurso
extraordinário.
(C) pode ser alcançado com o ajuizamento de reclama-
ção constitucional.
(D) pode ser alcançado com o ajuizamento de arguição
de descumprimento de preceito fundamental.
Letra d.
Assunto abordado: Controle de constitucionalidade.
Relativo à Lei municipal que viola dispositivo da CF, ape-
nas é cabível ADPF (arguição de descumprimento de
preceito fundamental).
13
Em conversa com diversos eleitores, João, deputado no
estado Alfa, foi informado sobre o intenso trânsito exis-
tente nas estradas do ente federativo. Desta forma, ao
retornar à Assembleia Legislativa, o parlamentar passou
a analisar a viabilidade jurídica de proceder à apresen-
tação de um projeto de lei estadual que versasse sobre
trânsito e transporte.
Nesse cenário, considerando as disposições da Consti-
tuição Federal, assinale a afirmativa correta.
(A) Compete privativamente à União legislar sobre trân-
sito e transporte, sendo certo que lei complementar
poderá autorizar os estados a legislar sobre questões
específicas desta matéria.
(B) Compete privativamente à União legislar sobre trân-
sito e transporte, não se admitindo que lei comple-
mentar autorize os estados a legislar sobre questões
específicas desta matéria.
(C) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios legislar sobre trânsito e transporte,
sendo certo que a União Federal limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
(D) Compete aos estados, ao Distrito Federal e aos muni-
cípios legislar sobre trânsito e transporte, sendo cer-
to que os estados federais limitar-se-ão a estabelecer
normas gerais.
Letra a.
Assunto abordado: Organização político-administrativa.
CF/1988, Art. 22. Compete privativamente à União
legislar sobre:
XI – trânsito e transporte
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar
os estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
14
O casal de lavradores Maria e João é proprietário de
uma pequena propriedade rural. Apesar de não contar
com empregados, a eficiência das técnicas utilizadas na
propriedade não só permitia que suas necessidades de
subsistência fossem atendidas como ainda possibilitava
a comercialização do excedente. Em razão dos débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, o que ocorrera
em razão de intempéries climáticas, tinha receio da pos-
sibilidade de sua propriedade ser penhorada.
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que a penhora:
(A) é possível, já que o débito decorreu da atividade
produtiva.
(B) é possível, considerando que a produção não é desti-
nada apenas à subsistência.
(C) não é possível, considerando a natureza e a dimensão
da propriedade, bem como a mão de obra utilizada.
(D) não é possível, o que decorre apenas da natureza da
propriedade, independentemente da natureza do
débito.
Letra c.
Assunto abordado: Direitos e garantias.
CF/1988 Art. 5º, XXVI – a pequena propriedade rural,
assim definida em lei, NÃO SERÁ OBJETO DE PENHO-
RA para pagamentos de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento.
15
Anne e Johan, de nacionalidade originária alemã e que
se naturalizaram brasileiros, passaram a trabalhar em
um consulado marroquino com sede na Itália. Duran-
te o período em que estavam em solo italiano, nasceu
Andreas, que foi registrado perante a repartição italiana
competente. Ao completar dezoito anos de idade, An-
dreas passou a morar no território brasileiro.
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que Andreas é
(A) brasileiro nato.
(B) estrangeiro, mas pode optar a qualquer tempo pela
nacionalidade brasileira.
(C) estrangeiro, mas pode se naturalizar brasileiro caso
resida por um ano ininterrupto no território brasilei-
ro e tenha idoneidade moral.
(D) estrangeiro, mas será consideradobrasileiro nato se
ingressar com a ação cabível, perante a justiça fe-
deral, no primeiro ano em que residir no território
nacional.
Letra c.
Assunto abordado: Nacionalidade.
CF/1988:
Art. 12. São brasileiros:
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
mãe brasileira, desde que sejam registrados em re-
partição brasileira competente ou venham a residir
na República Federativa do Brasil e optem, em qual-
quer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
16
A imunidade parlamentar serve para, dentro da ló-
gica da coexistência de mais de um poder, viabilizar a
independência do Poder Legislativo e a harmonia com
os demais.
Sobre tal instituto, analise as afirmativas a seguir e assi-
nale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) � �A ordem jurídica constitucional brasileira posi-
tiva a imunidade material que protege apenas
os congressistas da responsabilidade penal por
opiniões, palavras e votos.
( ) � �O foro especial por prerrogativa de função é
considerado uma imunidade parlamentar for-
mal e se aplica ao suplente do parlamentar.
( ) � �A imunidade formal relativa à prisão tem início
com a expedição do diploma do congressista,
mas não a impede em caso de flagrante de cri-
me inafiançável.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) V, V e V.
(B) F, F e V.
(C) V, V e F.
(D) V, F e F.
Letra b.
Assunto abordado: Poder legislativo.
CF/1988 Art. 53. Os deputados e senadores são in-
violáveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
V – A imunidade formal relativa à prisão tem início
com a expedição do diploma do congressista, mas não
a impede em caso de flagrante de crime inafiançável.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os au-
tos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de
seus membros, resolva sobre a prisão.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direitos Humanos
Alice Rocha
17
Antônio Gutierrez é um perseguido político de naciona-
lidade argentina que recentemente chegou ao Brasil e
requisitou asilo político. O direito ao asilo político está
previsto na Declaração Universal de Direitos Humanos, e
de acordo com esse instrumento, é correto afirmar que:
(A) este direito rege-se pelo princípio da autodetermina-
ção dos povos.
(B) este direito pode ser invocado independentemente
da causa que motiva a perseguição.
(C) este direito só pode ser invocado se a perseguição
for motivada por atos contrários aos objetivos e prin-
cípios das Nações Unidas.
(D) este direito não poderá ser invocado em caso de
perseguição legitimamente motivada por crimes de
direito comum.
Letra d.
Assunto abordado: Sistema global de proteção dos di-
reitos humanos – DUDH.
Com base no artigo 14 da DUDH:
Artigo 14º
1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito
de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso
de processo realmente existente por crime de direi-
to comum ou por atividades contrárias aos fins e aos
princípios das Nações Unidas.
Sendo assim, a única alternativa certa é a letra D, que
expressa a literalidade do art. 14.2.
18
Mike é um jovem de 17 anos que cometeu um crime
muito grave, sendo condenado à pena de morte em
cumprimento de sentença final de tribunal competente
e em conformidade com a lei de seu país. Desesperados,
os familiares de Mike contratam você como advogado(a)
para tentar uma comutação da pena para o jovem com
base na Convenção Americana de Direitos Humanos.
Com base nesse instrumento, você deve orientá-los que:
(A) não será possível a comutação da pena, visto que só
seria possível se o crime fosse de menor potencial
ofensivo.
(B) toda pessoa condenada à morte tem direito a soli-
citar anistia ou indulto, não cabendo a comutação
da pena.
(C) não se deve impor a pena de morte à Mike, por ser
menor de dezoito anos no momento da perpetração
do delito.
(D) a pena de morte deve ser abolida em todos os casos.
Letra c.
Assunto abordado: Sistema interamericano de proteção
dos direitos humanos – Pena de morte.
De acordo com o artigo 4.6 da Convenção Americana de
Direitos Humanos:
Toda pessoa condenada à morte tem direito a solici-
tar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais
podem ser concedidos em todos os casos.
(A) e (B) Erradas. Sendo assim, as alternativas A e B es-
tão erradas.
(C) Certa. Com base no art. 4.5 da Convenção Americana
de Direitos Humanos:
Não se deve impor a pena de morte a pessoa que,
no momento da perpetração do delito, for menor de
dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a
mulher em estado de gravidez.
(D) Errada. Visto que a Convenção Americana de Direitos
Humanos não prevê a abolição da pena de morte, isso
foi estabelecido em protocolo adicional.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direito Internacional
Alice Rocha
19
O Brasil tem expandido suas ações de cooperação jurídi-
ca internacional, dedicando capítulo específico ao tema
em seu Código de Processo Civil (CPC). A respeito deste
tema e com base no CPC brasileiro, podemos considerar
que o advogado pode se valer da cooperação jurídica in-
ternacional para:
(A) citação, intimação e notificação judicial e extra-
judicial.
(B) qualquer medida judicial ou extrajudicial.
(C) obtenção de dados em demandas exclusivamente ju-
diciais.
(D) assistência jurídica nacional.
Letra a.
Assunto abordado: Direito Internacional Privado – Coo-
peração jurídica internacional.
De acordo com o artigo 27 do CPC:
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por
objeto:
I – citação, intimação e notificação judicial e extra-
judicial;
II – colheita de provas e obtenção de informações;
III – homologação e cumprimento de decisão;
IV – concessão de medida judicial de urgência;
V – assistência jurídica internacional;
VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial
não proibida pela lei brasileira.
Sendo assim, somente a letra A está certa.
20
Arnaldo e Ana são dois jovens equatorianos que acabam
de chegar ao Brasil em busca de melhores condições de
vida. Para buscar orientações sobre direitos ofertados
aos migrantes pela política migratória brasileira, o casal
foi orientado a ter acesso a serviços públicos de saúde,
de assistência social e previdência social. Em relação a
tal orientação, podemos considerar que:
(A) o casal só terá acesso a tais serviços se regularizar
sua condição migratória.
(B) o casal terá acesso a tais serviços independente da
condição migratória.
(C) o casal só terá acesso a tais serviços se houver reci-
procidade entre Brasil e Equador.
(D) o casal não terá acesso a tais serviços sem contribui-
ção mínima estabelecida para estrangeiros.
Letra b.
Assunto abordado: Direito Internacional Público – Políti-
ca Migratória Brasileira.
De acordo com o artigo 4º, VIII, da Lei n. 13.445/2017:
Acesso a serviços públicos de saúde e de assistência
social e à previdência social, nos termos da lei, sem
discriminação em razão da nacionalidade e da condi-
ção migratória;
Sendo assim, independente da condição migratória, o
casal teria acesso a tais serviços.
Direito Tributário
Maria Christina
21
Uma fábrica de cigarros foi autuada pela cobrança de
imposto seletivo criado mediante medida provisória do
Presidente República incidente sobre todas as etapas
da cadeia de consumo. Diante dosfatos, assinale a op-
ção correta.
(A) É possível a cobrança de imposto seletivo por meio
de medida provisória sobre produtos nocivos à saú-
de e ao meio ambiente conforme previsto no texto
da reforma tributária.
(B) O imposto seletivo será plurifásico, incidindo sobre
todas as etapas da cadeia de consumo.
(C) O imposto seletivo é inconstitucional, pois deverá ser
criado por meio de lei complementar.
(D) O imposto seletivo é inconstitucional, pois deverá ser
instituído pelos estados e Distrito Federal.
Letra c.
Assunto abordado: Imposto seletivo.
(A) Errada. No caso do comando, a tributação é inconsti-
tucional por violação ao princípio da legalidade.
(B) Errada. O imposto seletivo incidirá de forma monofá-
sica (apenas no início da cadeia produtiva).
(C) Certa. O imposto seletivo é matéria reservada por lei
complementar – art. 153, VIII, da CF.
(D) Errada. O imposto seletivo é de competência exclusi-
va da União – art. 153, VIII, da CF.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
22
João, biólogo formado pela Universidade do estado da
Bahia, é dono de uma embarcação de pesca para fins
exclusivamente científicos no litoral. No mês de maio de
2024, foi autuado por não recolhimento de IPVA de sua
embarcação. Diante dos fatos, assinale a opção correta.
(A) Não incidirá IPVA sobre embarcações.
(B) Não incidirá IPVA sobre a embarcação por ter
imunidade.
(C) Não incidirá IPVA sobre a embarcação por ter
isenção.
(D) Incidirá IPVA sobre a embarcação.
Letra b.
Assunto abordado: Imunidade de IPVA.
(A) Errada. Possui imunidade.
(B) Certa. As embarcações de pesca possuem imunidade
– art. 155, § 6º, III, b, da CF.
(C) Errada. Possui imunidade.
(D) Errada. Possui imunidade.
23
O estado do Rio Grande do Sul, visando o aumento da
arrecadação diante dos desastres naturais ocorridos
pelas enchentes, instituiu por meio de lei ordinária a
contribuição social sobre a preservação de logradouros
públicos como forma de reconstrução do estado. Diante
dos fatos, assinale a opção correta.
(A) A contribuição somente poderá ser cobrada pelos
municípios e pelo DF.
(B) A contribuição é constitucional, e terá fato gerador
vinculado e a despesa que lhe deu causa.
(C) A contribuição não poderá ser cobrada em conjunto
com a fatura de consumo de energia.
(D) A contribuição, se for criada, deverá ser feita por
meio de lei complementar.
Letra a.
Assunto abordado: Contribuição.
(A) Certa. A COSIP é de competência exclusiva dos muni-
cípios e do DF – art. 149-A da CF.
(B) Errada. É inconstitucional por violação à competência.
(C) Errada. Poderá ser cobrada em conjunto com a fatura
de consumo – art. 149-A, § único, da CF.
(D) Errada. Matéria de lei ordinária.
24
O município de Pedra Grande editou lei estabelecendo
os critérios que devem ser levados em consideração
para estipulação da base de cálculo de seu IPTU. Partin-
do dessa premissa, assinale a opção correta.
(A) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálcu-
lo poderá ser alterada por portaria do município.
(B) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálcu-
lo somente poderá ser alterada por outra lei ordiná-
ria municipal.
(C) Com a estipulação em lei municipal, a base de cálculo
somente poderá ser alterada por lei complementar.
(D) A estipulação dos critérios da base de cálculo deveria
ser feita por lei complementar.
Letra a.
Assunto abordado: IPTU.
(A) Certa. Art. 156, § 1º, III, da CF:
Ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executi-
vo, conforme critérios estabelecidos em lei municipal.
(B), (C) e (D) Erradas. Após a estipulação dos critérios por
lei ordinária municipal, poderão ter a base de cálculo do
IPTU alterada por meio de ato do Poder Executivo.
25
A empresa de correios e telégrafos foi autuada pelo es-
tado do Rio de Janeiro por não recolhimento de IPVA de
suas vans. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.
(A) Os correios, por serem empresas públicas explo-
radoras da atividade econômica, não possuem
imunidade.
(B) Os correios, por serem empresas públicas explorado-
ras da atividade econômica, possuem imunidade.
(C) Os correios, por serem empresas públicas prestado-
ras de serviços públicos, não possuem imunidade.
(D) Os correios, por serem empresas públicas prestado-
ras de serviços públicos, possuem imunidade.
Letra d.
Assunto abordado: Imunidade.
Os correios, por serem empresas públicas que prestam
serviços públicos, possuem imunidade recíproca e não
irão pagar impostos sobre patrimônio, renda e serviços
– art. 150, § 2º, da CF.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direito Administrativo
Gustavo Brígido
26
Em razão das fortes enchentes no estado do Rio Grande
do Sul, as prefeituras dos municípios de Canoas e Porto
Alegre, em razão de iminente perigo público, determi-
naram a utilização dos ginásios de escolas privadas para
abrigar as pessoas cujas casas haviam sido destruídas.
No estudo das formas de intervenção do estado na pro-
priedade privada, fez-se uso do(a):
(A) desapropriação, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro.
(B) requisição administrativa, mediante indenização ul-
terior, se houver dano.
(C) limitação administrativa, mediante justa e prévia in-
denização em dinheiro.
(D) servidão administrativa, mediante indenização ulte-
rior, se houver dano.
Letra b.
Assunto abordado: Intervenção estatal na propriedade
– desapropriação, requisição, servidão administrativa,
ocupação, tombamento.
Art. 5º, XXV – no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ul-
terior, se houver dano;
27
Marcos, servidor público do município de Fortaleza,
permitiu que Lúcio, seu irmão, utilizasse o caminhão da
prefeitura para transportar os móveis de sua mudança
de endereço. O caso chegou ao conhecimento do Minis-
tério Público, que ajuizou ação de improbidade adminis-
trativa. Marcos procurou você, advogado(a) especialista
em direito administrativo, para saber das possíveis pe-
nalidades. A orientação correta deve ser no sentido de
que, nos termos da Lei n. 8.429/1992,
(A) Marcos se enriqueceu ilicitamente, estando sujeito,
dentre outras penalidades, à suspensão dos direitos
políticos até 14 (catorze) anos.
(B) Marcos causou lesão ao erário, estando sujeito, den-
tre outras penalidades, à suspensão dos direitos po-
líticos até 12 (doze) anos.
(C) Marcos atentou contra os princípios da administra-
ção pública, estando sujeito, dentre outras penalida-
des, à suspensão dos direitos políticos até 10 anos.
(D) Marcos não praticou ato de improbidade adminis-
trativa, pois foi José, seu irmão, que se enriqueceu
ilicitamente.
Letra b.
Assunto abordado: Improbidade administrativa – Lei n.
8.429/1992, com alterações da Lei n. 14.230/2021.
LEI N. 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa
que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão
dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, per-
da patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades re-
feridas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação
dada pela Lei n. 14.230, de 2021)
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou
jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valo-
res integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis
à espécie;
Art. 12. Independentemente do ressarcimentointe-
gral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções
penais comuns e de responsabilidade, civis e admi-
nistrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às se-
guintes cominações, que podem ser aplicadas isolada
ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do
fato: (Redação dada pela Lei n. 14.230, de 2021)
II – na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pú-
blica, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze)
anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor
do dano e proibição de contratar com o poder públi-
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.429-1992?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
co ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio ma-
joritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos;
(Redação dada pela Lei n. 14.230, de 2021)
28
O estado do Ceará pretende realizar uma parceria pú-
blico-privada para a construção de um estádio de fu-
tebol para um grande evento esportivo. Decidiu pela
concessão patrocinada, destinando 75% da remunera-
ção ao parceiro privado. Os parlamentares de oposição
questionaram vultosa transferência e o procuraram, na
qualidade de advogado(a) especialista em direito admi-
nistrativo, para saber da viabilidade desta pretensão. A
resposta correta deve ser que
(A) as concessões patrocinadas em que mais de 40%
(quarenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(B) as concessões patrocinadas em que mais de 50%
(cinquenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(C) as concessões patrocinadas em que mais de 60%
(sessenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela administração pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
(D) as concessões patrocinadas em que mais de 70% (se-
tenta por cento) da remuneração do parceiro priva-
do for paga pela administração pública dependerão
de autorização legislativa específica.
Letra d.
Assunto abordado: Serviços públicos – Serviços dele-
gados, convênios e consórcios – Agências reguladoras
– Alterações da Lei n. 13.848/2019 – Parcerias públi-
co-privadas.
LEI N. 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004:
DA LICITAÇÃO
Art. 10. A contratação de parceria público-privada
será precedida de licitação na modalidade concor-
rência ou diálogo competitivo, estando a abertura do
processo licitatório condicionada a: (Redação dada
pela Lei n. 14.133, de 2021)
§ 3º As concessões patrocinadas em que mais de
70% (setenta por cento) da remuneração do parceiro
privado for paga pela Administração Pública depen-
derão de autorização legislativa específica.
29
Maria e sua família ocuparam um espaço público desti-
nado por lei a uma praça pública e construíram sua casa.
Já ocupam ininterruptamente o local por 48 anos. Maria
o(a) procurou, na qualidade de advogado(a) especialista
em direito administrativo, para saber da possibilidade de
realizar a usucapião do terreno. A resposta correta deve
ser no sentido de que
(A) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são imprescritíveis.
(B) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são impenhoráveis.
(C) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são inalienáveis.
(D) os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois
são não oneráveis.
Letra a.
Assunto abordado: Domínio público – afetação e desa-
fetação, regime jurídico, aquisição e alienação, utilização
dos bens públicos pelos particulares.
DOS BENS PÚBLICOS
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares,
estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da adminis-
tração federal, estadual, territorial ou municipal, in-
clusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas en-
tidades.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os
de uso especial são inalienáveis, enquanto conserva-
rem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alie-
nados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 11.079-2004?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
30
Pouco antes das enchentes de 2024, o município de Por-
to Alegre realizou procedimento de desapropriação para
fins de construção de uma escola municipal, mas aca-
bou destinando para casas populares, de modo a abri-
gar a população afetada pelas chuvas. Os opositores ao
prefeito o(a) procuraram para saber da legalidade desta
mudança. A resposta correta deve ser no sentido de que
(A) a tredestinação foi lícita, pois manteve o interesse
público.
(B) a tredestinação foi ilícita, mesmo tendo mantido o
interesse público.
(C) não é possível tal mudança, pois o decreto de desa-
propriação configura ato vinculado.
(D) a tredestinação foi lícita, embora tenha desviado o
interesse público.
Letra a.
Assunto abordado: Intervenção estatal na propriedade
– desapropriação, requisição, servidão administrativa,
ocupação, tombamento.
É possível tal tredestinação, desde que se mantenha o
interesse público.
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
31
Segundo estabelece a Lei n. 6.938/1981, o proprietá-
rio ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,
pode, por instrumento público ou particular ou por ter-
mo administrativo firmado perante órgão integrante do
Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de
parte dela para preservar, conservar ou recuperar os re-
cursos ambientais existentes, instituindo servidão am-
biental.
Interessado no tema, João consulta um advogado espe-
cialista na área para esclarecer suas dúvidas sobre servi-
dões ambientais.
Em resposta, o advogado lhe informou que:
(A) a servidão ambiental é aplicável às Áreas de Preser-
vação Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.
(B) A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da
área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal.
(C) É permitida, durante o prazo de vigência da servi-
dão ambiental, a alteração da destinação da área,
desde que tenha havido a transmissão do imóvel a
qualquer título, desmembramento ou retificação dos
limites do imóvel.
(D) A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita,
temporária ou perpétua e o prazo mínimo da servi-
dão ambiental temporária é de 10 (dez) anos.
Letra b.
Assunto abordado: Lei n. 6.938/1981 – Política nacional
domeio ambiente – Servidão ambiental.
Art. 9º-A, § 2º A servidão ambiental não se aplica às
Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal
mínima exigida.
Art. 9º-A, § 3º A restrição ao uso ou à exploração
da vegetação da área sob servidão ambiental deve
ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reser-
va Legal.
Art. 9º-A, § 6º É vedada, durante o prazo de vigência
da servidão ambiental, a alteração da destinação da
área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer
título, de desmembramento ou de retificação dos li-
mites do imóvel.
Art. 9º-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa
ou gratuita, temporária ou perpétua.
§ 1º O prazo mínimo da servidão ambiental temporá-
ria é de 15 (quinze) anos.
32
Em uma palestra na área ambiental, José teve contato
com o denominado “Sistema de Informações sobre Re-
cursos Hídricos”, o qual constitui-se como um sistema
de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação
de informações sobre recursos hídricos e fatores inter-
venientes em sua gestão.
Ficou sabendo, ainda, que os dados gerados pelos ór-
gãos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos serão incorporados ao Sistema Na-
cional de Informações sobre Recursos Hídricos.
Querendo obter ainda mais informações sobre o tema,
consultou um advogado especialista na área, o qual lhe
informou que:
(A) a centralização da obtenção e produção de dados e
informações é um princípio básico para o funciona-
mento do Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos.
(B) o acesso aos dados e informações é garantido a to-
das as pessoas jurídicas responsáveis pela outorga
do direito de uso de recursos hídricos.
(C) o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
Hídricos tem como um de seus objetivos reunir, dar
consistência e divulgar os dados e informações sobre
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hí-
dricos no Brasil.
(D) o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
Hídricos tem como um de seus princípios a atualiza-
ção temporária das informações sobre disponibilida-
de e demanda de recursos hídricos em todo o terri-
tório nacional.
Letra c.
Assunto abordado: Lei n. 9.433/1997 – Política nacional
de recursos hídricos – Sistema de informações sobre re-
cursos hídricos.
Art. 26. São princípios básicos para o funcionamento
do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos:
I – descentralização da obtenção e produção de da-
dos e informações;
III – acesso aos dados e informações garantido à toda
a sociedade.
Art. 27. São objetivos do Sistema Nacional de Infor-
mações sobre Recursos Hídricos:
I – reunir, dar consistência e divulgar os dados e in-
formações sobre a situação qualitativa e quantitativa
dos recursos hídricos no Brasil;
II – atualizar permanentemente as informações sobre
disponibilidade e demanda de recursos hídricos em
todo o território nacional;
Direito Civil
Roberta Queiroz
33
Pedrito Pedro é proprietário de um terreno situado na
área central de uma cidade próxima de Recife. O terre-
no possui uma área de aproximadamente 500 metros
quadrados, e está localizado em uma região com grande
valor imobiliário.
Por motivos pessoais, Pedrito decidiu se mudar para
outra cidade e deixou o terreno abandonado por vários
anos. Durante esse período, Mariazitazita, uma morado-
ra da região, percebeu que o terreno estava desocupado
e decidiu utilizá-lo para a criação de um pequeno jardim
com flores e plantas ornamentais.
Mariazitazita começou a cuidar do terreno, realizando a
limpeza periódica do local, o plantio de árvores e a insta-
lação de um sistema de irrigação. Ela também construiu
um pequeno pergolado, pois em dias frios, é um bom
lugar para ler um livro. Ainda, fez uma cerca de madeira
para delimitar o terreno. Pouco tempo depois, estava re-
sidindo no local com seus filhos.
Passados 12 anos, Pedrito nunca retornou ao terreno
nem manifestou qualquer oposição à ocupação de Ma-
riazitazita. Além disso, a comunidade local reconhece
Mariazitazita como a pessoa responsável pelo cuidado e
preservação do terreno.
Diante dessa situação, marque a alternativa correta.
(A) Mariazitazita adquire a propriedade do terreno por
usucapião extraordinária, se a posse for exercida de
forma mansa e pacífica, sem oposição do proprietá-
rio, pelo prazo de 15 anos, mediante justo título.
(B) Mariazitazita não adquire a propriedade do terreno,
pois não houve registro da posse no cartório e a au-
sência de Pedrito não configura abandono.
(C) Mariazitazita pode adquirir a propriedade do terreno
por usucapião extraordinária, se completar 10 anos
de posse ininterrupta, sem oposição do proprietário.
(D) Mariazitazita não adquire a propriedade do terreno,
pois Pedrito é o proprietário registrado e a posse por
si só não é suficiente para transferir a propriedade.
Letra c.
Assunto abordado: Usucapião.
Artigo 1.238 do CC:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem inter-
rupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel,
adquire-lhe a propriedade, independentemente de
título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim
o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágra-
fo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-
-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido
no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado
obras ou serviços de caráter produtivo.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
34
Jackyssonvile adquiriu um imóvel de Brizabele através
de um contrato de compra e venda com cláusula mui-
to peculiar. No contrato, ficou estabelecido que a com-
pradora teria o prazo de 2 anos para reaver o imóvel,
mediante o pagamento do valor atualizado da venda.
No entanto, após 1 ano da venda, Jackyssonvile decide
revender o imóvel para terceiros.
Considerando o caso narrado e a referida cláusula, mar-
que a alternativa correta.
(A) É uma cláusula que permite revender o imóvel para
terceiros, pelo mesmo valor da compra, no prazo es-
tabelecido no contrato e é válida.
(B) É uma cláusula que estabelece que Brizabele tem o
direito de reaver o imóvel vendido, mediante o paga-
mento do valor atualizado da venda, no prazo esta-
belecido no contrato.
(C) É uma cláusula que permite a Jackyssonvile devol-
ver o imóvel a Brizabele, mediante o pagamento do
valor original da compra, no prazo estabelecido no
contrato.
(D) É uma cláusula que estabelece que Jackyssonvile tem
o direito de adquirir outro imóvel de Brizabele, me-
diante o pagamento do valor atualizado da venda, no
prazo estabelecido no contrato.
Letra b.
Assunto abordado: Contrato de compra e venda.
É a chamada cláusula de retrovenda.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-
-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de de-
cadência de três anos, restituindo o preço recebido
e reembolsando as despesas do comprador, inclusive
as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as
quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o di-
reito de resgate, as depositará judicialmente.
Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito
judicial, não será o vendedor restituído no domínio
da coisa, até e enquanto não for integralmente pago
o comprador.
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e trans-
missível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido
contra o terceiro adquirente.Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito
de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o exercer,
poderá o comprador intimar as outras para nele acor-
darem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja
efetuado o depósito, contanto que seja integral.
35
Alcebird é proprietário de uma loja de eletrônicos. Ele
decide contratar uma empresa de segurança para ins-
talar um sistema de alarme e monitoramento em seu
estabelecimento, a fim de proteger seus produtos. No
entanto, após a instalação do sistema, ocorre um furto
na loja e diversos produtos são roubados.
Alcebird entra com uma ação judicial contra a empresa
de segurança, alegando responsabilidade civil pelos da-
nos causados pelo furto.
Considerando o caso, assinale a alternativa que apresen-
ta corretamente os elementos necessários para configu-
rar a responsabilidade civil de terceiros, nesse caso.
(A) A existência de um dano causado a terceiro, a rela-
ção de causalidade entre a conduta da empresa de
segurança e o dano, e a comprovação da culpa da
empresa de segurança.
(B) A existência de um contrato entre Alcebird e a em-
presa de segurança, a relação de causalidade entre
a conduta da empresa de segurança e o dano, e a
comprovação da culpa de Alcebird.
(C) A existência de um contrato entre Alcebird e a em-
presa de segurança, a relação de causalidade entre o
furto e o dano, e a comprovação da culpa da empre-
sa de segurança.
(D) A existência de um dano causado a terceiro, a rela-
ção de causalidade entre o furto e o dano, e a com-
provação da culpa de Alcebird.
Letra a.
Assunto abordado: Responsabilidade civil.
Nesse caso, para configurar a responsabilidade civil de
terceiros, é necessário comprovar que houve um dano
causado a terceiro (no caso, o roubo na loja de Alcebird),
que existe uma relação de causalidade entre a conduta
da empresa de segurança (falha na instalação do sistema
de alarme e monitoramento) e o dano ocorrido, e que
a empresa de segurança agiu com culpa, ou seja, não
tomou as medidas adequadas para evitar o furto.
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36
Caso hipotético: alimentos devidos pelos avós ao neto.
Lupito é um menino de 10 anos que vive com sua mãe,
Bananeia de Oliveira, após o divórcio de seus pais. O pai
de Lupito, Waldisnei Broduey, contribuía financeiramen-
te até perder o emprego recentemente. Diante dessa
situação, Lupito e Bananeia decidem entrar com uma
ação judicial para requerer os alimentos devidos pelos
avós paternos.
O juiz do caso fixa imediatamente alimentos provisórios
contra os avós. Com base nesse caso hipotético, assinale
a alternativa correta.
(A) Os avós não possuem obrigação de contribuir com
os alimentos de Lupito, pois a responsabilidade recai
apenas sobre os pais.
(B) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentos de Lupito, pois, no caso, o pai está desem-
pregado.
(C) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentos de Lupito, independentemente da impossibi-
lidade financeira do pai.
(D) Os avós possuem obrigação de contribuir com os ali-
mentos de Lupito, apenas se comprovada a impossi-
bilidade financeira do pai, posto que são alimentos
subsidiários e complementares.
Letra d.
Assunto abordado: Alimentos.
Súmula n. 596 do STJ:
A obrigação alimentar dos avós tem natureza com-
plementar e subsidiária, somente se configurando no
caso de impossibilidade total ou parcial de seu cum-
primento pelos pais.
37
Imagine que Jurubibo tem um carro que ele não usa
mais e decide doá-lo para uma organização de caridade
que ajuda famílias em situação de vulnerabilidade. No
entanto, depois de completar a doação, Jurubibo desco-
bre que a organização vendeu o carro e usou o dinheiro
para despesas administrativas, ao invés de diretamente
ajudar as famílias como ele esperava. Isso deixou Jurubi-
bi frustrado, pois ele queria que sua doação tivesse um
impacto direto nas vidas das famílias necessitadas.
Considerando a situação descrita, marque a alternativa
que corretamente descreve o que Jurubibo deve fazer.
(A) Parar de fazer doações para evitar decepções no
futuro.
(B) Não é possível doar para pessoa jurídica.
(C) Poderia ter instituído uma doação com encargo, ago-
ra não poderá achar ruim a destinação do bem.
(D) Pelo desvirtuamento do objeto da doação, poderá
haver revogação da liberalidade.
Letra c.
Assunto abordado: Contrato de doação.
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma
pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio
bens ou vantagens para o de outra.
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encar-
gos da doação, caso forem a benefício do doador, de
terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encar-
go, o Ministério Público poderá exigir sua execução,
depois da morte do doador, se este não tiver feito.
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão
do donatário, ou por inexecução do encargo.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
38
Rafael, menor impúbere, pediu mil reais emprestados
de Rogério do Direito do Trabalho para comprar uma
bicicleta. Na data do pagamento, porém, Rogério não
obtém êxito com a cobrança e Rafael é inadimplente.
Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
(A) O representante de Rafael deverá responder perante
a dívida.
(B) Rogério não poderá cobrar o que emprestou para
Rafael.
(C) A obrigação deverá ser objeto de ratificação pelo re-
presentante de Rafael e, somente assim, poderá Ro-
gério cobrar a dívida.
(D) O prazo prescricional para que Rogério possa cobrar
a dívida somente começará a contar a partir dos 16
anos de Rafael, caso o representante deste não rati-
fique a obrigação.
Letra b.
Assunto abordado: Empréstimo.
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia
autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode
ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente:
I – se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mu-
tuário para contrair o empréstimo, o ratificar poste-
riormente;
II – se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu
obrigado a contrair o empréstimo para os seus ali-
mentos habituais;
III – se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho.
Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes po-
derá ultrapassar as forças;
IV – se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Patrícia Dreyer
39
A professora Leila fotografou uma criança sendo humi-
lhada por fazer xixi na roupa em escola de educação in-
fantil particular e, por conta disso, a polícia investiga de-
núncias de maus-tratos. Novos casos vieram à tona após
terem descoberto que a professora escondia o celular
e gravava episódios que poderiam levar as crianças ao
constrangimento. A polícia pediu à justiça prisão tem-
porária dos donos da escola. Procurados, os responsá-
veis pela escola não foram encontrados. Considerando
o pressuposto, uma professora recém-contratada se es-
candalizou com o que presenciou, apesar de não ser a
única funcionária da instituição. Diante do caso, os pais
das crianças matriculadas nessa escola procuram você,
que responde acertadamente que:
(A) a conduta descrita revela infração administrativa a
ser punida com multa.
(B) o Conselho Tutelar poderia ser acionado para repre-
sentar à autoridade judiciária e requerer a proposi-
tura de ação cautelar de antecipação de produção
de prova.
(C) a conduta descrita revela crime a ser punido com
penade detenção.
(D) somente os pais ou responsáveis teriam atribuição
de denunciar as informações relativas à prática de
violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante
ou de formas violentas de educação, correção ou dis-
ciplina contra a criança e o adolescente.
Letra c.
Assunto abordado: Crimes e infrações administrativas.
A resposta está de acordo com os seguintes arti-
gos do ECA:
Art. 232 do ECA. Submeter criança ou adolescente
sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou
a constrangimento:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
XIX – receber e encaminhar, quando for o caso, as in-
formações reveladas por noticiantes ou denunciantes
relativas à prática de violência, ao uso de tratamento
cruel ou degradante ou de formas violentas de edu-
cação, correção ou disciplina contra a criança e o ado-
lescente;
XX – representar à autoridade judicial ou ao Minis-
tério Público para requerer a concessão de medidas
cautelares direta ou indiretamente relacionada à efi-
cácia da proteção de noticiante ou denunciante de in-
formações de crimes que envolvam violência domés-
tica e familiar contra a criança e o adolescente.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
40
Marcinho, adolescente com 12 anos de idade, praticou
ato infracional equiparado a roubo contra seu vizinho de
87 anos de idade, razão pela qual foi aplicada a ele me-
dida socioeducativa de internação. Nessa situação, con-
forme prevê o ECA, você na qualidade de advogado(a)
responde adequadamente que:
(A) a medida de internação, aplicada depois da sentença,
será aplicada pelo prazo máximo de 6 (seis) meses.
(B) a medida de internação, aplicada antes da sentença,
pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias.
(C) a prestação de serviços comunitários, consistente na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período de, no mínimo, seis meses.
(D) a liberdade assistida fixada pelo prazo máximo de
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorroga-
da, revogada ou substituída por outra medida, ouvi-
do o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Letra b.
Assunto abordado: Medidas socioeducativas.
(A) Errada.
Art. 121. A internação constitui medida privativa da
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excep-
cionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades exter-
nas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo
expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, de-
vendo sua manutenção ser reavaliada, mediante de-
cisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de in-
ternação excederá a três anos.
(B) Certa.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cin-
co dias.
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada
e basear-se em indícios suficientes de autoria e ma-
terialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da
medida.
(C) Errada.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários con-
siste na realização de tarefas gratuitas de interesse
geral, por período não excedente a seis meses, junto
a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como em progra-
mas comunitários ou governamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme
as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas
durante jornada máxima de oito horas semanais, aos
sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de
modo a não prejudicar a frequência à escola ou à jor-
nada normal de trabalho.
(D) Errada.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre
que se afigurar a medida mais adequada para o fim
de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para
acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada
por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mí-
nimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser
prorrogada, revogada ou substituída por outra me-
dida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o
defensor.
Direito do Consumidor
Patrícia Dreyer
41
Após comprar um smartphone importado em uma loja
de eletrodomésticos, Robertina da Silva constatou que
o manual de instruções estava em chinês e, como não
sabia o idioma, não soube nem como ligar o aparelho.
Esse caso caracteriza o desrespeito ao seguinte direito
básico do consumidor, conforme o CDC:
(A) a informação acerca dos preços dos produtos por
unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por
metro ou por outra unidade, conforme o caso.
(B) a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a ale-
gação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.
(C) a proteção contra a publicidade enganosa e abusi-
va, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impos-
tas no fornecimento de produtos e serviços.
(D) informação adequada e clara sobre diferentes pro-
dutos e serviços.
Letra d.
Assunto abordado: Direitos básicos do consumidor.
A resposta só tem um fundamento cabível: CDC, art. 6º,
inciso III:
São direitos básicos do consumidor: a informação de
que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser
acessível à pessoa com deficiência, observado o dis-
posto em regulamento.
Acrescentado pela Lei n. 13.146/2015.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
42
Jovi contratou um plano de saúde há 1 mês. O contra-
to do plano tinha uma cláusula de carência de 180 dias
para internações em geral. Porém, Jovi teve um AVC de-
pois de 30 dias da contratação e foi levado para a emer-
gência de um hospital particular que fazia parte da rede
de cobertura do plano de saúde. Ao chegar lá, ele soube
por intermédio de seus familiares que o acompanha-
vam que o plano se recusou ao atendimento por conta
do período de carência. Os familiares de Jovi procuram
você com advogado(a), que orienta acertadamente que
a conduta do plano é:
(A) permitida, pois o plano de saúde pode estabelecer a
seu critério as condições para o uso do contrato.
(B) ilegal, porque o plano não pode exigir nenhum pra-
zo de carência para situações de emergência ou
urgência.
(C) válida, pois a questão da cobertura pode ser resolvi-
da depois com uma possível indenização por danos.
(D) ilícita, porque, em situações de urgência ou emer-
gência, a carência máxima deve ser de 24 horas da
contratação.
Letra d.
Assunto abordado: Proteção contratual.
A resposta está de acordo com o diz a Súmula n. 597 do
STJ e a Lei n. 9.656, de 1998:
Súmula n. 597-STJ – A cláusula contratual de plano de
saúde que prevê carência para utilização dos serviços
de assistência médica nas situações de emergência
ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassa-
do o prazo máximo de 24 horas contado da data da
contratação.
Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vi-
gência dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º
do art. 1º desta Lei, nas segmentações previstas nos
incisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas
amplitudes de cobertura definidas no plano-referên-
cia de que trata o art. 10, segundo as seguintes exi-
gências mínimas:
(...)
V – quando fixar períodos de carência:
c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a co-
berturados casos de urgência e emergência;
Direito Empresarial
Lorraine Bonadio
43
Assinale a opção correta acerca dos conceitos de empre-
sa e empresário no âmbito do direito empresarial.
(A) Empresa é considerada a sociedade, com ou sem
personalidade jurídica; empresário é o indivíduo,
pessoa jurídica, que integra a sociedade como sócio,
com responsabilidade ilimitada ao valor das quotas
integralizadas.
(B) Empresa é a atividade econômica organizada para a
produção e/ou circulação de bens e serviços; empre-
sário é o sujeito titular dessa atividade, que a desem-
penha de forma profissional.
(C) Empresa refere-se à atividade econômica voltada
para a produção de bens; empresário individual é o
indivíduo pessoa física que exerce profissionalmente
atividade econômica, organizada ou não, para pro-
dução ou circulação de bens e serviços.
(D) Empresa é o local em que se exerce a atividade eco-
nômica organizada (estabelecimento); empresário é
o sujeito que exerce essa atividade, que a desempe-
nha de forma profissional.
Letra b.
Assunto abordado: Empresa e empresário.
Fundamentação legal:
Artigo 966, CC:
• Considera-se empresário quem exerce profissional-
mente atividade econômica organizada para a produção
ou a circulação de bens ou de serviços.
• Considera-se empresa a atividade econômica
organizada.
• Considera-se estabelecimento comercial todo com-
plexo de bens materiais e imateriais organizados para o
exercício da atividade empresarial. Vamos explorar um
pouco mais sobre esse tema.
De acordo com o Código Civil Brasileiro de 2002, o es-
tabelecimento comercial é definido no artigo 1.142 da
seguinte forma:
Considera-se estabelecimento todo complexo de
bens organizado, para exercício da empresa, por em-
presário, ou por sociedade empresária.
Vejamos todas as alternativas:
(A) Errada. Empresa é a atividade econômica organiza-
da exercida pelo empresário, que é o sujeito titular da
atividade.
(B) Certa. Empresa é a atividade econômica organiza-
da para a produção e/ou circulação de bens e serviços;
Empresário é quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção e/ou a circula-
ção de bens ou de serviços. Art. 966, CC.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
(C) Errada. Empresa é a atividade econômica organiza-
da exercida pelo empresário, que é o sujeito titular da
atividade; empresário individual é o indivíduo pessoa
física que exerce profissionalmente atividade econômi-
ca organizada, para produção e/ou circulação de bens e
de serviços.
(D) Errada. Empresa é a atividade econômica organiza-
da exercida pelo empresário, e não o local onde se exer-
ce a atividade, o qual é considerado parte do estabeleci-
mento. Estabelecimento é o conjunto de bens materiais
e imateriais utilizados para o exercício da atividade
econômica organizada (empresa). Empresário é aquele
que exerce profissionalmente uma atividade econômica
organizada para a produção e/ou circulação de bens ou
serviços, conforme o Art. 966 do Código Civil.
44
Timão explora sua principal profissão, com habitualida-
de, de empresa rural voltada para a produção de trigo.
Considerando-se a condição de empresário rural de Ti-
mão, é correto afirmar, quanto ao registro na Junta Co-
mercial, que o empresário rural
(A) Timão está obrigado à inscrição na Junta Comercial,
e, caso não o faça, será considerado irregular para
todos os fins de direito.
(B) Timão não está obrigado à inscrição na Junta Comer-
cial, pois essa obrigação se aplica apenas à sociedade
rural com no mínimo quatro sócios.
(C) Timão só é obrigado a se inscrever na Junta Comer-
cial se for enquadrado como empresa de peque-
no porte.
(D) Timão não está obrigado a se inscrever na Junta Co-
mercial, mas se optar por fazê-lo, será equiparado ao
empresário registrado para todos os fins de direito.
Letra d.
Assunto abordado: Empresa rural.
Institui o Código Civil.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua
sua principal profissão, pode, observadas as forma-
lidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos,
requerer inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
Ao empresário rural fica facultado o registro no órgão
competente, caso realize ficará equiparado, para todos
os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Vejamos todas as alternativas:
(A) Errada. Não está obrigado ao registro.
(B) Errada. A obrigação do registro não se aplica ao rural.
(C) Errada. Ao empresário rural fica facultado o registro
no órgão competente.
(D) Certa. Conforme o artigo 971 do CC.
45
A veterinária Maria Alice possui um consultório onde re-
aliza atendimentos, além de oferecer serviços de atendi-
mento domiciliar. A dra. Maria Alice é auxiliada por uma
secretária e mantém um site dedicado exclusivamente à
marcação de consultas e comunicação com seus clien-
tes. Com base nessas informações, assinale a afirmati-
va correta.
(A) Trata-se de empresária individual em razão do exer-
cício de profissão intelectual com emprego de ele-
mento de empresa pela manutenção da página na
internet.
(B) Trata-se de empresária individual em razão do exer-
cício de profissão liberal e prestação de serviços com
finalidade lucrativa.
(C) Não se trata de empresária individual, em razão de
o exercício de profissão intelectual só configurar em-
presa com o concurso de colaboradores.
(D) Não se trata de empresária individual, em razão do
exercício de profissão intelectual de natureza cien-
tífica, haja ou não a atuação de colaboradores e au-
xiliares.
Letra d.
Assunto abordado: Empresária individual.
Fundamentação legal:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce pro-
fissionalmente atividade econômica organizada para
a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxi-
liares ou colaboradores, salvo se o exercício da pro-
fissão constituir elemento de empresa.
Vejamos todas as alternativas:
(A) Errada. Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, ter página na
internet não configura o profissional como empresário.
(B) Errada. Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica.
(C) Errada. Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou cola-
boradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa.
(D) Certa.
Art. 966, CC. Parágrafo único. Não se considera
empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com
o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo
se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
46
Marcondes, com apenas 16 anos, foi emancipado pela
concessão dos pais. Ele deseja ter sua própria fonte de
renda ao entrar no ramo de confecção de roupas. So-
bre a capacidade de Marcondes para exercer a atividade
empresária, assinale a alternativa correta.
(A) Marcondes poderá exercer a atividade empresária,
pois está em pleno gozo da capacidade civil.
(B) Marcondes não poderá exercer atividade empresá-
ria, considerando que é menor de idade e não está
em pleno gozo da capacidade civil.
(C) Marcondespoderá exercer a atividade empresária,
desde que autorizado de forma específica pelos seus
responsáveis legais.
(D) Marcondes não poderá exercer atividade empresária
de forma independente, mas poderá exercê-la desde
que devidamente assistido por seus representantes
legais.
Letra a.
Assunto abordado: Empresa e emancipação.
Fundamentação legal:
Art. 972, CC. Podem exercer a atividade de empresá-
rio os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil e não forem legalmente impedidos.
Assim, exige-se capacidade civil e ausência de impedi-
mentos legais para ser empresário.
Na hipótese do enunciado, Marcondes, muito embora
tenha 16 anos de idade, foi emancipado, de maneira
que nos termos do art. 5º, parágrafo único, I, do CC, é
considerada plenamente capaz para os atos da vida civil,
inclusive, para o exercício da atividade de empresa:
Art. 5º [...]
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a inca-
pacidade:
I – Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do
outro, mediante instrumento público, independente-
mente de homologação judicial, ou por sentença do
juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos.
Vejas todas as alternativas:
(A) Certa. Podem exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil, con-
forme o artigo 972 do CC.
(B) Errada. Podem exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil, Mar-
condes foi emancipado.
(C) Errada. Podem exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil. Não
necessitará de autorização específica.
(D) Errada. Podem exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil. Não
precisará ser assistido por seus representantes legais.
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
47
Manuela contraiu um empréstimo com o banco Mone-
tários, dando como garantia hipotecária um dos seus
imóveis alugados. Posteriormente, contratou um novo
empréstimo com o banco Money Free, dando o mesmo
imóvel como garantia hipotecária de segundo grau. Con-
siderando o vencimento da segunda obrigação, diante
da inadimplência de Manuela, o banco Money Free pro-
moveu uma execução autônoma contra a executada,
indicando à penhora o referido bem. Todavia, o banco
Monetários não foi intimado da referida penhora, ape-
sar de sua preferência, diante da prioridade do registro
de sua hipoteca. Por conseguinte, assim que tomar ciên-
cia deste ato, o banco Monetários poderá:
(A) opor embargos à execução, alegando penhora in-
correta.
(B) opor embargos de terceiro diante do desrespeito
a sua preferência e falta de intimação no referido
processo.
(C) apresentar oposição para reivindicar o bem pe-
nhorado.
(D) ajuizar ação de reintegração de posse.
Letra b.
Assunto abordado: Procedimento especial de jurisdição
contenciosa.
CPC – Art. 674. Quem, não sendo parte no processo,
sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens
que possua ou sobre os quais tenha direito incompa-
tível com o ato constritivo, poderá requerer seu des-
fazimento ou sua inibição por meio de embargos de
terceiro.
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos
embargos:
IV – o credor com garantia real para obstar expropria-
ção judicial do objeto de direito real de garantia, caso
não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos
expropriatórios respectivos.
Art. 799. Incumbe ainda ao exequente:
I – requerer a intimação do credor pignoratício, hipo-
tecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora
recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, an-
ticrese ou alienação fiduciária;
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Art. 804. A alienação de bem gravado por penhor, hi-
poteca ou anticrese será ineficaz em relação ao credor
pignoratício, hipotecário ou anticrético não intimado.
Art. 889. Serão cientificados da alienação judicial,
com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência:
V – o credor pignoratício, hipotecário, anticrético,
fiduciário ou com penhora anteriormente averbada,
quando a penhora recair sobre bens com tais grava-
mes, caso não seja o credor, de qualquer modo, parte
na execução;
48
Júlio casou-se com Margareth pelo regime da separa-
ção obrigatória de bens, em 2020, em virtude de o casal
ser septuagenário. Todavia, na presente data (junho de
2024), querem alterar o regime do casamento para co-
munhão universal de bens, com efeitos retroativos, uma
vez que seus filhos já são maiores e capazes, além de
gozarem de confortável situação financeira. Assim, que-
rem unir seus patrimônios e viajar para os mais variados
destinos do planeta, aproveitando a vida e a companhia
um do outro. A partir desta realidade, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Neste caso não é possível a alteração do regime de
bens em virtude da idade avançada do casal.
(B) Neste caso é possível a alteração do regime de bens
por meio de procedimento especial de jurisdição vo-
luntária, com efeitos ex tunc.
(C) Neste caso é possível a alteração do regime de bens
por meio de procedimento especial de jurisdição vo-
luntária, com efeitos ex nunc.
(D) Neste caso a alteração pode ser promovida extrajudi-
cialmente.
Letra b.
Assunto abordado: Procedimento especial de jurisdição
voluntária.
A ação de modificação do regime de bens do casamen-
to é um procedimento especial de jurisdição voluntária,
ou seja, ainda não é possível promover tal alteração
de forma extrajudicial. Ademais, considerando o julga-
mento do Tema n. 1.236 do STF, mesmo na hipótese do
casamento dos septuagenários, tal modificação agora é
autorizada.
CPC – Art. 734. A alteração do regime de bens do ca-
samento, observados os requisitos legais, poderá ser
requerida, motivadamente, em petição assinada por
ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões
que justificam a alteração, ressalvados os direitos de
terceiros.
TEMA n. 1.236 STF – Decisão: o Tribunal, por unani-
midade, apreciando o tema 1.236 da repercussão ge-
ral, negou provimento ao recurso extraordinário, nos
termos do voto do Relator, Ministro Luís Roberto Bar-
roso (Presidente). Em seguida, foi fixada a seguinte
tese: "Nos casamentos e uniões estáveis envolvendo
pessoa maior de 70 anos, o regime de separação de
bens previsto no art. 1.641, II, do Código Civil, pode
ser afastado por expressa manifestação de vontade
das partes, mediante escritura pública". Plenário,
1º.2.2024.
STJ – RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO. ALTERAÇÃO DO
REGIME DE BENS DE SEPARAÇÃO TOTAL PARA CO-
MUNHÃO UNIVERSAL. RETROAÇÃO À DATA DO MA-
TRIMÔNIO. EFICÁCIA "EX TUNC". MANIFESTAÇÃO
EXPRESSA DE VONTADE DAS PARTES. COROLÁRIO LÓ-
GICO DO NOVO REGIME. RECURSO ESPECIAL PROVI-
DO. 1. Nos termos do art. 1.639, § 2º, do Código Civil
de 2002, "é admissível alteração do regime de bens,
mediante autorização judicial em pedido motivado
de ambos os cônjuges, apurada a procedência das ra-
zões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros".
2. A eficácia ordinária da modificação de regime de
bens é "ex nunc", valendo apenas para o futuro, per-
mitindo-se a eficácia retroativa ("ex tunc"), a pedido
dos interessados, se o novo regime adotado amplia
as garantias patrimoniais, consolidando, ainda mais,
a sociedade conjugal.
3. A retroatividade será corolário lógico do ato se o
novo regime for o da comunhão universal, pois a co-
municação de todos os bens dos cônjuges, presentes
e futuros, é pressuposto da universalidade da comu-
nhão, conforme determina o art. 1.667 do Código
Civil de 2002.
4. A própria lei já ressalva os direitos de terceiros
que eventualmente se considerem prejudicados, de
modo que a modificação do regime de bens será con-
siderada ineficaz em relação a eles (art. 1.639, § 2º,
parte final).5. Recurso especial provido, para que a alteração do
regime de bens de separação total para comunhão
universal tenha efeitos desde a data da celebração do
matrimônio ("ex tunc"). (REsp n. 1.671.422/SP, rela-
tor Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em
25/4/2023, DJe de 30/5/2023.)
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
49
Valesca, dois anos de idade, devidamente representada
por sua mãe Mikaela, promoveu uma ação de alimen-
tos em face de seu pai, perante a vara de família de seu
domicílio. Em sua contestação, o pai incidentalmente
negou a paternidade, sem pedido reconvencional, afir-
mando ter sido induzido a erro, pleiteando inclusive a
realização do exame de DNA. Em réplica, a autora con-
cordou com a realização do DNA e afirmou que as ale-
gações do réu eram inverossímeis. Ocorre que, após o
DNA negativo, o juiz manifestou-se sobre a ausência de
vínculo entre autora e réu, e julgou improcedente o pe-
dido de alimentos. Ressalte-se que da decisão não foi
interposto recurso, operando-se o trânsito em julgado.
A partir desta realidade, assinale a alternativa correta.
(A) Somente a questão principal será alcançada pela coi-
sa julgada material.
(B) A questão principal e a incidental serão alcançadas
pela coisa julgada material.
(C) Somente a questão incidental e prejudicial será al-
cançada pela coisa julgada material.
(D) A questão relacionada à paternidade/filiação só po-
deria fazer coisa julgada material se houvesse pedi-
do reconvencional, convertendo a questão incidental
em questão principal.
Letra b.
Assunto abordado: Coisa julgada.
A questão principal refere-se aos alimentos, e a questão
incidental e prejudicial diz respeito à paternidade ques-
tionada pelo réu (filiação). Assim, há o fenômeno da coi-
sa julgada material de questões incidentais, conforme o
artigo abaixo reproduzido:
CPC – Art. 503. A decisão que julgar total ou parcial-
mente o mérito tem força de lei nos limites da ques-
tão principal expressamente decidida.
§ 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de
questão prejudicial, decidida expressa e incidente-
mente no processo, se:
I – dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II – a seu respeito tiver havido contraditório prévio e
efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III – o juízo tiver competência em razão da matéria
e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo
houver restrições probatórias ou limitações à cogni-
ção que impeçam o aprofundamento da análise da
questão prejudicial.
50
Márcia, brasileira, residente e domiciliada em Brasília-
-DF, promoveu uma ação indenizatória em face de uma
empresa de turismo estrangeira, em Orlando, nos Esta-
dos Unidos. Após o devido processo legal, Márcia obteve
o acolhimento de todos os seus pedidos, tendo a deci-
são transitada em julgado. Posteriormente, Márcia des-
cobriu que havia uma filial da referida empresa no Brasil,
razão pela qual deseja executar a referida decisão em
seu país, uma vez que a executada tem bens no Brasil.
A partir desta realidade, assinale a alternativa correta.
(A) O advogado de Márcia poderá promover imediata-
mente o cumprimento de sentença no juízo cível de
seu domicílio.
(B) A execução só poderá ocorrer após a concessão do
exequatur da carta rogatória, pelo STJ.
(C) A execução do título poderá ocorrer no Brasil, justiça
comum estadual, após a homologação da sentença
estrangeira pelo STJ.
(D) A execução do título poderá ocorrer no Brasil, justiça
comum federal, após a homologação da sentença es-
trangeira pelo STJ.
Letra d.
Assunto abordado: Homologação de sentença
estrangeira.
CPC – Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos pre-
vistos neste Título:
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Supe-
rior Tribunal de Justiça;
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será cita-
do no juízo cível para o cumprimento da sentença ou
para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será
requerida por ação de homologação de decisão es-
trangeira, salvo disposição especial em sentido con-
trário prevista em tratado.
Art. 961. A decisão estrangeira somente terá eficácia
no Brasil após a homologação de sentença estrangeira
ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, sal-
vo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
Art. 965. O cumprimento de decisão estrangeira far-
-se-á perante o juízo federal competente, a requeri-
mento da parte, conforme as normas estabelecidas
para o cumprimento de decisão nacional.
Parágrafo único. O pedido de execução deverá ser ins-
truído com cópia autenticada da decisão homologa-
tória ou do exequatur, conforme o caso.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
51
Suzana promoveu uma demanda de cobrança em face
de Nelson, perante o juizado especial da Barra da Tijuca-
-RJ, cujo valor da causa era de R$ 15 mil. Ressalte-se que
Suzana não estava patrocinada por advogado ou defen-
sor público. Após a tramitação do procedimento, com a
revelia de Nelson, foi proferida sentença acolhendo par-
cialmente os pedidos de Suzana. Inconformada, Suzana
deseja impugnar a referida decisão. Assim, a partir des-
tes fatos, assinale a opção correta.
(A) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso de apelação.
(B) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso inominado, dotado de
efeito apenas devolutivo.
(C) Suzana poderá interpor recurso inominado no prazo
de dez dias, independentemente de advogado ou de-
fensor público, devido ao valor da causa.
(D) Suzana deverá constituir um advogado ou defensor
público e interpor recurso inominado, sem a necessi-
dade de recolhimento do preparo.
Letra b.
Assunto abordado: Recursos nos juizados especiais.
Lei n. 9.099/1995 – Art. 9º Nas causas de valor até
vinte salários mínimos, as partes comparecerão pes-
soalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas
de valor superior, a assistência é obrigatória. (OBS.:
Para a interposição de recursos nos juizados espe-
ciais, é sempre necessária a presença do advogado
ou defensor público)
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o
próprio Juizado. = RECURSO INOMINADO.
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez
dias, contados da ciência da sentença, por petição
escrita, da qual constarão as razões e o pedido do re-
corrente.
§ 1º O preparo será feito, independentemente de in-
timação, nas quarenta e oito horas seguintes à inter-
posição, sob pena de deserção.
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo,
podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar
dano irreparável para a parte.
52
Cecílio foi demandado em uma ação indenizatória por
sua ex-mulher Lívia, tendo sido condenado ao paga-
mento de indenização no valor de cem mil reais. Após
a confirmação da decisão, por meio de acórdão que jul-
gou a apelação do réu, foi promovido o cumprimento de
sentença. Diante do não pagamento do débito no prazo
legal, foi promovida a execução forçada, com a penhora
online do valor de R$ 80.000,00, encontrado na conta
corrente do executado. Inconformado, Cecílio alegou a
impenhorabilidade do valor, por meio de petição sim-
ples, apresentando demonstrativo de seu salário no va-
lor de R$ 75.000,00. A partir deste contexto, assinale a
opção correta.
(A) O juiz deverá acolher a alegação deCecílio, manten-
do a penhora apenas de R$ 5.000,00 reais.
(B) Como sua remuneração é superior a cinquenta sa-
lários mínimos, a quantia excedente pode ser pe-
nhorada.
(C) Todo valor penhorado deverá ser liberado, uma vez
que a remuneração do sujeito só pode ser atingida
para o pagamento de pensão alimentícia.
(D) Tal alegação só pode ser feita por meio da impugna-
ção ao cumprimento de sentença.
Letra b.
Assunto abordado: Execução.
CPC – Art. 833. São impenhoráveis:
(...)
IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os sa-
lários, as remunerações, os proventos de aposenta-
doria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de ter-
ceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os ho-
norários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se
aplica à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua
origem, bem como às importâncias excedentes a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a
constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e
no art. 529, § 3º .
Ressalte-se que a impenhorabilidade da remuneração
pode ser alegada por meio de petição simples, na im-
pugnação ao cumprimento de sentença e por meio da
exceção de pré-executividade.
Salário mínimo atual – R$ 1.412,00 (50X = R$ 70.600).
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
Direito Penal
Michelle Tonon
53
Mateus, 25 anos, estava sentindo dor de dente e não
conseguiu um horário para agendamento com seu den-
tista, Dr. Godofredo. Por esse motivo, em uma terça-fei-
ra, às 15h, resolveu invadir o consultório do Dr. Godofre-
do, aos gritos, para pressioná-lo a fazer o atendimento.
Mateus entrou abruptamente na sala comercial, não
deu ouvidos à secretária, que tentou impedi-lo, e in-
vadiu o consultório, enquanto o dentista atendia Dona
Maria, idosa de 78 anos, lá permanecendo, mesmo após
pedidos reiterados para que saísse. Diante da situação
hipotética, é possível afirmar que a conduta de Mateus:
(A) não constitui crime, já que o consultório odontoló-
gico é local aberto ao público, acessível a qualquer
pessoa.
(B) constitui crime de invasão de domicílio.
(C) constitui crime de exercício arbitrário das próprias
razões.
(D) constitui crime de invasão de estabelecimento co-
mercial.
Letra b.
Assunto abordado: Direito penal – Parte especial – Cri-
mes contra a liberdade individual – invasão de domicílio.
Segundo o Código Penal, constitui crime de invasão de
domicílio:
Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astu-
ciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita
de quem de direito, em casa alheia ou em suas de-
pendências:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Nos termos do § 4º, a expressão "casa" compreende:
I – qualquer compartimento habitado;
II – aposento ocupado de habitação coletiva;
III – compartimento não aberto ao público, onde al-
guém exerce profissão ou atividade.
Assim sendo, o consultório odontológico não é local
aberto ao público, sendo equiparado ao domicílio.
Não se cogita de incidência na figura do art. 202 do Có-
digo Penal, a invasão de estabelecimento comercial, pois
se trata de crime contra a organização do trabalho, não
correspondendo ao dolo de Mateus.
Art. 202 Invadir ou ocupar estabelecimento indus-
trial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir
ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o
mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas
nele existentes ou delas dispor.
54
Marcela, 28 anos, está sendo investigada e possui ações
penais em curso pela prática de diversos crimes de este-
lionato. Determinado dia, Marcela tenta aplicar mais um
golpe, em uma joalheria, quando é presa em flagrante
por uma equipe policial que estava monitorando a ação
da estelionatária. Levada à delegacia de polícia, Marcela
se apresenta à autoridade policial como Manuela, sua
irmã gêmea que reside em Portugal, buscando ocultar a
sua real identidade. Diante da situação hipotética narra-
da, é possível afirmar que a conduta de Marcela:
(A) caracteriza o crime de falsa identidade, previsto no
Código Penal.
(B) caracteriza o crime de falsidade ideológica, previsto
no Código Penal.
(C) não caracteriza crime, vez que Marcela tem o direito
constitucional a não se autoincriminar.
(D) caracteriza o crime de uso de documento falso.
Letra a.
Assunto abordado: Direito penal – Parte especial – Cri-
mes contra a fé pública – Falsa identidade.
Marcela praticou o crime previsto no art. 307 do Có-
digo Penal:
Falsa identidade
Art. 307 Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa iden-
tidade para obter vantagem, em proveito próprio ou
alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa,
se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
O crime se caracteriza ainda que a falsa identidade seja
informada em alegada autodefesa, nos termos da Súmu-
la n. 522 do STJ:
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante au-
toridade policial é típica, ainda que em situação de
alegada autodefesa.
Vale registrar que não se cogita de falsidade ideológica
ou de uso de documento falso, pois Marcela declarou
verbalmente a identidade falsa, não apresentando do-
cumento algum à autoridade policial.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
55
Camilo, cidadão brasileiro, comissário de bordo da Via-
je Mais, uma companhia área brasileira, durante voo
comercial que partiu do aeroporto internacional de
Guarulhos-SP com destino a Lisboa, capital de Portugal,
desentende-se com uma passageira francesa, Marie,
provocando na mulher lesões corporais. No exato mo-
mento do crime, a aeronave sobrevoava o espaço aéreo
correspondente ao alto-mar, no Oceano Atlântico. Acer-
ca da aplicação da lei penal brasileira à situação hipoté-
tica narrada, assinale a alternativa correta.
(A) Não se aplica a lei penal brasileira, considerando que
a aeronave estava fora do território nacional, sobre-
voando o alto-mar.
(B) Não se aplica a lei penal brasileira, pois a vítima do
crime é cidadã francesa.
(C) Aplica-se a lei penal brasileira, considerando se tratar
de hipótese de extraterritorialidade incondicionada.
(D) Aplica-se a lei penal brasileira, vez que o crime ocor-
reu em aeronave privada, de bandeira brasileira, so-
brevoando o alto-mar, considerada território brasi-
leiro por extensão.
Letra d.
Assunto abordado: Direito penal – Parte geral – Territo-
rialidade – Território brasileiro por extensão.
Segundo dispõe o Código Penal:
Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con-
venções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
§ 1º Para os efeitos penais, consideram-se como
extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a ser-
viço do governo brasileiro onde quer que se encon-
trem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar.
56
Augusto, 19 anos, e Jonatan, 21 anos, decidem praticar
crimes de furto na cidade em que residem, para compra-
rem novas roupas e sapatos. Determinado dia, ficam sa-
bendo que haverá um grande evento religioso no estádiomunicipal, sendo que dezenas de carros estão estaciona-
dos nas proximidades do estádio, em ruas com pouca
iluminação. Aproveitando-se dessas facilidades, os dois
amigos conseguem subtrair, na mesma noite, as rodas
de sete carros, pertencentes a sete vítimas distintas, va-
lendo-se do mesmo modo de agir e na mesma localida-
de. Nessa situação, contratado(a) como advogado(a) de
defesa, um dos argumentos em benefício dos rapazes é:
(A) a aplicação do concurso material de crimes, soman-
do-se as penas dos sete furtos praticados.
(B) o reconhecimento do concurso material de crimes,
aplicando-se a pena de apenas um dos furtos, com
aumento de metade na terceira fase da dosimetria.
(C) o reconhecimento do concurso formal de crimes,
aplicando-se a pena de apenas um dos furtos, com
aumento de 1/6 na terceira fase da dosimetria.
(D) o reconhecimento da continuidade delitiva, aplican-
do-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de um sexto a dois terços.
Letra d.
Assunto abordado: Direito penal – Parte geral – Concur-
so de crimes – Crime continuado.
A hipótese é de crime continuado, nos exatos termos do
art. 71 do Código Penal:
Crime continuado
Art. 71 Quando o agente, mediante mais de uma ação
ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira
de execução e outras semelhantes, devem os subse-
quentes ser havidos como continuação do primeiro,
aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idên-
ticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
57
Jackson praticou, em maio de 2024, crime de cárcere pri-
vado contra Isabela, 17 anos. Ulisses, por sua vez, pra-
ticou tentativa de estupro de vulnerável em agosto de
2023. Acerca das condutas imputadas a Jackson e Ulis-
ses e as previsões da Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes
Hediondos), assinale a alternativa correta.
(A) Apenas Ulisses praticou crime definido como
hediondo.
(B) Apenas Jackson praticou crime definido como
hediondo.
(C) Jackson e Ulisses praticaram crimes hediondos, in-
suscetíveis de graça, anistia, indulto e fiança.
(D) Jackson e Ulisses praticaram crimes hediondos, im-
prescritíveis e inafiançáveis.
Letra c.
Assunto abordado: Direito penal – Legislação especial –
Lei dos crimes hediondos.
Jackson e Ulisses praticaram crimes hediondos. A con-
duta de Jackson foi inserida no rol da Lei n. 8.072/1990
pela Lei n. 14.811/2024, que entrou em vigor em janei-
ro de 2024.
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes cri-
mes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados
ou tentados:
VI – estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o,
2o, 3o e 4o);
XI – sequestro e cárcere privado cometido contra me-
nor de 18 (dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso IV); (In-
cluído pela Lei 14.811, de 2024).
Os crimes hediondos são insuscetíveis de graça, anistia
indulto e fiança., conforme o art. 2º da Lei n. 8.072/1990:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o ter-
rorismo são insuscetíveis de:
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança.
Porém, não são imprescritíveis. Os crimes imprescri-
tíveis estão na Constituição Federal, que dispõe, em
seu art. 5º:
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançá-
vel e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático;
58
Frederico, Presidente da República, valendo-se de com-
petência estabelecida na Constituição Federal, editou
um decreto extinguindo a punibilidade de mulheres
condenadas a pena privativa de liberdade não superior
a oito anos, por crime praticado sem violência ou grave
ameaça a pessoa, que tenham filho ou filha menor de
dezoito anos ou, de qualquer idade, com doença crônica
grave ou com deficiência e que tenham cumprido, até a
data de edição do decreto, um quinto da pena, se não
reincidentes, ou um quarto da pena, se reincidentes.
Assinale a alternativa que contém o nome do instituto
jurídico em questão.
(A) Comutação de penas.
(B) Indulto.
(C) Anistia.
(D) Livramento condicional.
Letra b.
Assunto abordado: Direito penal – Parte geral – Extinção
da Punibilidade – Indulto.
Segundo o art. 84 da CF:
Compete privativamente ao Presidente da República:
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiên-
cia, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
O art. 107 do Código Penal, por sua vez, prevê:
Art. 107 – Extingue-se a punibilidade:
II – pela anistia, graça ou indulto;
O indulto é causa extintiva da punibilidade, que tem por
objeto crimes comuns. É a clemência concedida a um
grupo indeterminado de indivíduos que atendam aos re-
quisitos objetivos e subjetivos enumerados no decreto.
A graça, por sua vez, é o chamado “indulto individual”,
pois é concedida por decreto presidencial a indivíduo
determinado. Já a anistia é concedida pelo Congresso
Nacional, por meio de lei. Em regra, tem relação a cri-
mes políticos, militares ou eleitorais. A comutação de
pena é o mesmo que indulto parcial ou redutório, isto é,
a pena é reduzida, sem que haja a extinção por completo
da punibilidade.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14811.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14811.htm#art7
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Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
59
Marcos foi preso em flagrante pela suposta prática de
vários furtos. De acordo com as informações obtidas,
na cidade de Belo Horizonte, Marcos cometeu três fur-
tos. Na cidade de Patos de Minas, cometeu dois furtos.
Na cidade de Paracatu, cometeu um furto. Ocorre que
o autor do fato foi localizado e preso em flagrante por
policiais em Unaí, antes de chegar em sua residência. Os
crimes mencionados são conexos. Considerando ape-
nas as informações narradas, indique qual comarca terá
competência para o processamento e julgamento de to-
dos os crimes conexos pelos quais Marcos foi indiciado.
(A) Belo Horizonte.
(B) Patos de Minas.
(C) Paracatu.
(D) Unaí.
Letra a.
Assunto abordado: Competência – conexão.
A questão afirma que todos os crimes são conexos, razão
pela qual apenas uma comarca terá competência para
processamento e julgamento de todos os furtos.
O art. 78 do Código de Processo Penal estabelece a regra
para definição da competência:
Art. 78. Na determinação da competência por cone-
xão ou continência, serão observadas as seguintes
regras:
(...)
Il – no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for co-
minada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o
maior número de infrações, se as respectivas penas
forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos
outros casos;
Dessa forma, tendo em vista se tratar de crimes de mes-
ma gravidade (todos são furtos), o segundo critério é da
comarca em que ocorreu o maior número de infrações,
razão pela qual deve ser respondida a comarca de Belo
Horizonte.
60
Jonas, domiciliado em Brasília, durante uma viagem a
passeio para São Paulo, efetuou acompra de um no-
tebook de propriedade de Maria, emitindo um cheque
sem fundo, de sua conta corrente, para pagar o objeto.
Considerando que Maria é domiciliada em Campinas e
que a agência bancária de Jonas está localizada em Bra-
sília, é correto afirmar que a competência territorial para
julgar o delito de estelionato será:
(A) de Brasília.
(B) de São Paulo.
(C) de Campinas.
(D) pela prevenção.
Letra c.
Assunto abordado: Competência territorial – crime de
estelionato.
A Lei n. 14.155/2021 inseriu no CPP o seguinte
dispositivo:
Art. 70. A competência será, de regra, determinada
pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso
de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último
ato de execução.
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei
n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
quando praticados mediante depósito, mediante
emissão de cheques sem suficiente provisão de fun-
dos em poder do sacado ou com o pagamento frus-
trado ou mediante transferência de valores, a compe-
tência será definida pelo local do domicílio da vítima,
e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência
firmar-se-á pela prevenção.
Dessa forma, no caso em questão, por se tratar de este-
lionato praticado mediante depósito, a competência é
fixada pelo domicílio da vítima.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
61
Bruno é investigado pela prática do crime de homicí-
dio culposo na direção de veículo automotor (art. 302,
CTB – pena: detenção, de 2 a 4 anos, e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou habilitação para
dirigir veículo automotor). No curso das investigações,
o Ministério Público encontra dificuldades para ofere-
cer a denúncia, mas constam informações de que Bru-
no conversa ao telefone e ri da situação com os amigos,
admitindo o crime. Diante disso, o delegado representa
pela interceptação de comunicações telefônicas. Sobre
os fatos narrados, é correto afirmar que a interceptação:
(A) não deverá ser decretada, pois ainda está na fase de
inquérito policial.
(B) poderá ser decretada, mas não poderá ultrapassar o
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período.
(C) não deverá ser decretada em razão da pena prevista
ao delito investigado.
(D) poderá ser decretada e a divulgação de seu conteúdo
sem autorização judicial configura crime.
Letra c.
Assunto abordado: Meios de prova – interceptação
telefônica.
(A) Errada. A interceptação telefônica pode ser decreta-
da tanto na fase de inquérito policial quanto na fase de
ação penal, conforme o art. 1º da Lei n. 9.296/1996. Esse
não é o fundamento correto.
(B) Errada. Não pode ser decretada, tendo em vista a na-
tureza da pena prevista ao delito investigado (detenção),
conforme o art. 2º da Lei n. 9.296/1996. Se pudesse ser
decretada, o prazo da interceptação telefônica seria de
até 15 dias, podendo ser prorrogado.
(C) Certa. Conforme prevê o art. 2º da Lei n. 9.296/1996,
não será admitida a interceptação de comunicações te-
lefônicas quando o fato investigado constituir infração
penal punida, no máximo, com pena de detenção.
(D) Errada. Não pode ser decretada, tendo em vista a na-
tureza da pena prevista ao delito investigado (detenção),
conforme o art. 2º da Lei n. 9.296/1996.
62
Bernardo, suposto autor de crime de furto, e o Ministé-
rio Público assinaram proposta de Acordo de Não Perse-
cução Penal. O juiz, em seguida, recusou homologação
ao pactuado. Nesse cenário, considerando as disposi-
ções do Código de Processo Penal e considerando que
você é o(a) advogado(a) de Bernardo, poderá ser feito:
(A) não caberá a interposição de qualquer recurso, de-
vendo a proposta ser encaminhada diretamente ao
procurador-geral de justiça.
(B) não caberá a interposição de qualquer recurso, de-
vendo o Ministério Público dar prosseguimento ao
processo penal.
(C) caberá a interposição de recurso em sentido estrito.
(D) caberá a interposição de recurso de apelação.
Letra c.
Assunto abordado: Acordo de não persecução penal –
recursos criminais.
Prevê o art. 581, inciso XXV, do Código de Processo Pe-
nal, que caberá a interposição de recurso em sentido es-
trito quando o juiz recusar a homologação da proposta
de acordo de não persecução penal.
63
Gabriel é denunciado pelo Ministério Público pela su-
posta prática de infração penal de menor potencial ofen-
sivo, no contexto da Lei n. 9.099/1995. Não se obtém
êxito na citação do acusado, sendo certo que a resposta
negativa do mandado é juntada aos autos do processo.
O juiz titular do juizado especial criminal verifica, ainda,
a impossibilidade de o acusado ser encontrado para ser
citado pessoalmente. Nesse cenário, considerando as
disposições da Lei n. 9.099/1995 e do Código de Proces-
so Penal, é correto afirmar que:
(A) o juiz determinará a citação por edital do acusado,
dando prosseguimento ao processo.
(B) o juiz determinará a citação por edital do acusado,
suspendendo o processo e o prazo prescricional.
(C) as peças existentes serão encaminhadas ao juízo co-
mum, âmbito no qual o processo obedecerá ao pro-
cedimento comum ordinário.
(D) as peças existentes serão encaminhadas ao juízo co-
mum, âmbito no qual o processo obedecerá ao pro-
cedimento comum sumário.
Letra d.
Assunto abordado: Procedimento comum sumaríssimo
– juizado especial criminal – Lei n. 9.099/1995.
Dispõe o art. 66, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995,
que não encontrado o acusado para ser citado, o juiz en-
caminhará as peças existentes ao juízo comum para ado-
ção do procedimento previsto em lei. Dessa forma, não
é possível de ser determinada e realizada a citação por
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
edital do acusado no juizado especial criminal. Os autos
serão remetidos ao juízo comum, no âmbito do qual o
processo obedecerá ao procedimento comum sumário,
conforme previsto expressamente no art. 538, do Códi-
go de Processo Penal.
64
João, José, Paulo e Pedro são pronunciados pela prática
do crime de homicídio duplamente qualificado, sendo
certo que cada acusado possui um advogado diferente,
que integra os quadros de escritórios de advocacia dis-
tintos. No dia da sessão plenária, encerrada a instrução
processual, passa-se à fase dos debates entre o Minis-
tério Público e as defesas. Considerando as disposições
do Código de Processo Penal, assinale abaixo o tempo
correto para debates considerando o número de réus.
(A) O Ministério Público terá três horas e meia, mais
duas horas para a réplica. Cada defesa, por sua vez,
terá duas horas e meia, mais uma hora e meia para a
tréplica.
(B) O Ministério Público e as defesas reunidas terão,
cada um, duas horas e meia, mais duas horas para a
réplica da acusação e duas horas para a tréplica das
defesas.
(C) O Ministério Público e as defesas reunidas terão,
cada um, três horas e meia, mais duas horas para a
réplica da acusação e duas horas para a tréplica das
defesas.
(D) O Ministério Público terá duas horas e meia, mais
uma hora e meia para a réplica. Cada defesa, por
sua vez, terá uma hora e meia, mais uma hora para a
tréplica.
Letra b.
Assunto abordado: Procedimento especial – tribu-
nal do júri.
De regra, o tempo destinado à acusação e à defesa será
de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a
réplica e outro tanto para a tréplica, conforme dispõe o
caput do art. 477 do Código de Processo Penal.
No entanto, considerando se tratar de mais de um acu-
sado (João, José, Paulo e Pedro), o tempo para a acusa-
ção e para a defesa será acrescidode 1 hora e elevado ao
dobro o da réplica e da tréplica.
Dessa forma, o Ministério Público e as defesas terão
duas horas e meia, mais duas horas para a réplica e duas
horas para a tréplica.
Direito do Trabalho
Rogério Dias
65
Roberta Civilista era sócia da Bevilaqua School desde
o ano 2000. Em janeiro de 2023, Roberta se retirou da
sociedade, com a devida modificação contratual e aver-
bação. Em julho de 2023, Odair Invejoso ajuizou ação
trabalhista em face da escola, requerendo suas verbas
rescisórias, bem como indenização por danos morais.
Nessa situação,
(A) Roberta tem responsabilidade solidária.
(B) Roberta não tem responsabilidade.
(C) Roberta tem responsabilidade subsidiária.
(D) A responsabilidade será ato discricionário do juiz.
Letra c.
Assunto abordado: Sócio retirante.
O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obri-
gações trabalhistas da sociedade relativas ao período
em que figurou como sócio, somente em ações ajuiza-
das até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato, conforme o art. 10-A da CLT.
66
Patrícia Consumerista trabalhou para a empresa Dreyer
& Dreyer Ltda., de 2 de abril de 2005 a 23 de dezembro
de 2022. Apesar de ter recebido suas verbas rescisórias,
Patrícia pretende ajuizar ação por danos morais em face
da ex-empregadora, pois entende ter direito à equipara-
ção salarial com Eugênio. Com isso,
(A) a ação deverá ser proposta até o dia 22 de dezembro
de 2024.
(B) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2024.
(C) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2027.
(D) a ação deverá ser proposta até o dia 23 de dezembro
de 2025.
Letra b.
Assunto abordado: Prescrição.
A pretensão quanto a créditos resultantes das relações
de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalha-
dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho, com base no art.
11 da CLT.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
67
Raquel foi contratada pelo regime de teletrabalho, por
jornada. Lorena foi contratada pelo regime de teletraba-
lho, por produção. Nilton foi contratado pelo regime de
teletrabalho, por tarefa. Nessas hipóteses,
(A) todos não têm direito a horas extras.
(B) somente Raquel não tem direito a horas extras.
(C) Lorena e Nilton têm direito a horas extras.
(D) somente Raquel tem direito a horas extras.
Letra d.
Assunto abordado: Duração do trabalho.
Os empregados em regime de teletrabalho que prestam
serviço por produção ou tarefa não têm direito a horas
extras, pois estão excluídos do controle de jornada, con-
forme o art. 62, III, da CLT.
68
A empresa Brugger Ltda. tem 60 empregados, lotados
em 10 estabelecimentos. Cada estabelecimento tem 6
empregados. O proprietário, com dúvida, procura você,
na qualidade de advogado(a), para saber se precisa ou
não controlar a jornada de seus empregados. Com isso,
você informa que
(A) sim, pois a empresa tem mais de 20 empregados.
(B) não, pois cada estabelecimento tem menos de 20
empregados.
(C) não, pois nunca se exige controle de jornada.
(D) sim, pois independe da quantidade de empregados
para o controle.
Letra b.
Assunto abordado: Jornada de trabalho.
Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) traba-
lhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada
e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
de acordo com o art. 74, § 2º, da CLT.
69
Michele, em janeiro de 2024, tomou ciência de que usu-
fruirá suas férias em setembro de 2024. No dia 23 de
maio de 2024, a empregada requereu ao empregador o
seu abono pecuniário. Nesse caso,
(A) o abono pecuniário é pago no retorno das férias.
(B) a empregada pode requerer até 15 dias antes do tér-
mino do período concessivo.
(C) o abono pecuniário é ato discricionário do em-
pregador.
(D) o abono deve ser requerido até 15 dias antes do tér-
mino do período aquisitivo.
Letra d.
Assunto abordado: Férias.
O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo, consoante
disposto no art. 143, § 1º, da CLT.
Direito Processual do Trabalho
Aryanna Linhares
70
A partir da Lei n. 13.467/2017, o incidente de desconsi-
deração da personalidade jurídica passou a ser expressa-
mente previsto na CLT, sendo INCORRETO afirmar:
(A) em incidente instaurado originariamente no tribu-
nal, da decisão interlocutória proferida pelo relator
que rejeitar o incidente não caberá agravo interno.
(B) não cabe recurso de imediato da decisão do inciden-
te de desconsideração da personalidade jurídica na
fase de cognição.
(C) na fase de execução, sem a garantia do juízo, caberá
agravo de petição da decisão interlocutória que rejei-
tar o incidente.
(D) na fase de conhecimento, da decisão interlocutória
que rejeitar o incidente não caberá recurso ordinário
de imediato.
Letra a.
Assunto abordado: Incidente de desconsideração da
personalidade jurídica.
(A) Errada. A opção A deve ser marcada, pois o enuncia-
do da questão pede a resposta incorreta. De acordo com
o art. 855-A, § 1º, III, da CLT, em incidente instaurado
originariamente no tribunal, da decisão interlocutória
proferida pelo relator que rejeitar o incidente cabe, sim,
agravo interno.
(B) Certa. Com base no art. 855-A, § 1º, I, da CLT, não
cabe recurso de imediato da decisão do incidente de
desconsideração da personalidade jurídica na fase
de cognição.
(C) Certa. Com base no art. 855-A, § 1º, II, da CLT, na
fase de execução, sem a garantia do juízo, caberá agra-
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
vo de petição da decisão interlocutória que rejeitar o
incidente.
(D) Certa. Com base no art. 855-A, § 1º, I, da CLT, na fase
de conhecimento, da decisão interlocutória que rejeitar
o incidente não caberá recurso ordinário de imediato.
Art. 855-A, CLT. Aplica-se ao processo do trabalho o
incidente de desconsideração da personalidade jurí-
dica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei n. 13.105, de
16 de março de 2015 – Código de Processo Civil.
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar
o incidente:
I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato,
na forma do § 1º do art. 893 desta Consolidação;
II – na fase de execução, cabe agravo de petição, inde-
pendentemente de garantia do juízo;
III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em
incidente instaurado originariamente no tribunal.
71
No processo do trabalho, não se pode afirmar que:
(A) tratando-se de ação que envolva pedido de presta-
ções sucessivas decorrente de alteração do pactua-
do, a prescrição é total, exceto quando o direito à
parcela esteja também assegurado por preceito
de lei.
(B) respeitado o biênio subsequente à cessação contra-
tual, a prescrição da ação trabalhista concerne às
pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação, e
não às anteriores ao quinquênio da data da extinção
do contrato.
(C) opera a prescrição bienal o ajuizamento de reclama-
ção trabalhista após o prazo de dois anos, contados
da extinção do contrato de trabalho.
(D) não se aplica prescrição intercorrente no processo
do trabalho.
Letra d.
Assunto abordado: Atos, termos e prazos – Reclamação
trabalhista – Respostas do réu, contestação.
(A) Certa. O enunciado pede que seja apontado o item
INCORRETO. A opção A está certa, pois é exatamente o
texto da Súmula n. 294 do TST. O fundamento está tanto
na Súmula quanto no art. 11, § 2º, da CLT.
(B) Certa. O prazo de prescrição das verbas trabalhistas
é de5 anos (art. 11, CLT, art. 7º, XXIX, CF), contados da
data do ajuizamento da ação (Súmula n. 308, I, TST).
(C) Certa. A prescrição bienal está prevista nos arts. 11
da CLT, e 7º, XXIX, da CF. Esses dispositivos estabelecem
que o empregado tem o prazo de 2 anos, contados da
extinção do contrato de trabalho (Súmula n. 308, I, TST)
para pleitear qualquer verba resultante dessa relação
jurídica. Sendo assim, uma reclamação trabalhista ajui-
zada após o decurso desse prazo está prescrita.
(D) Errada. Com base no disposto no Art. 11-A da
CLT, aplica-se a prescrição intercorrente no processo
do trabalho.
Art. 11 CLT. A pretensão quanto a créditos resultan-
tes das relações de trabalho prescreve em cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
§2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido
de prestações sucessivas decorrente de alteração ou
descumprimento do pactuado, a prescrição é total,
exceto quando o direito à parcela esteja também as-
segurado por preceito de lei.
Súmula n. 294, TST. Tratando-se de ação que envolva
pedido de prestações sucessivas decorrente de alte-
ração do pactuado, a prescrição é total, exceto quan-
do o direito à parcela esteja também assegurado por
preceito de lei.
Súmula n. 308, TST. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL.
I – Respeitado o biênio subsequente à cessação con-
tratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às
pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação e,
não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção
do contrato.
Art. 11-A, CLT. Ocorre a prescrição intercorrente no
processo do trabalho no prazo de dois anos.
72
Compete à justiça do trabalho processar e julgar:
(A) crimes contra a organização do trabalho.
(B) os conflitos de competência entre o TST e o STJ.
(C) as ações sobre representação sindical, entre sindica-
tos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindica-
tos e empregadores.
(D) as ações oriundas da relação de trabalho, não abran-
gidos os entes de direito público externo e da admi-
nistração pública direta e indireta da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios.
Letra c.
Assunto abordado: Competência da Justiça do Trabalho
– em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar.
(A) Errada. A Justiça do Trabalho não é competente para
processar e julgar crimes (ADI 3684). É da Justiça Federal
a competência para processar e julgar crimes contra a
organização do trabalho (art. 109, VI, CF).
Art. 109, CF. Aos juízes federais compete processar e
julgar:
(...)
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos
casos determinados por lei, contra o sistema financei-
ro e a ordem econômico-financeira;
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
(B) Errada. Compete ao STF julgar conflitos de competên-
cia envolvendo tribunais superiores (art.102, I, “o”, CF).
Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
ral, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe:
(...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribu-
nal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
(C) Certa. Compete à Justiça do Trabalho processar e jul-
gar as ações sobre representação sindical, entre sindica-
tos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos
e empregadores (Art. 114, III, CF).
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar
e julgar:
(...)
III – as ações sobre representação sindical, entre sin-
dicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sin-
dicatos e empregadores;
(D) Errada. A competência da justiça do trabalho ABRAN-
GE os entes de direito público externo e da administra-
ção pública direta e indireta da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios (art. 114, I, CF).
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar
e julgar:
(...)
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangi-
dos os entes de direito público externo e da adminis-
tração pública direta e indireta da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios;
73
Sobre as audiências na justiça do trabalho, NÃO se
pode afirmar:
(A) ausente o reclamado na audiência, ainda que pre-
sente seu advogado, não serão aceitos a contestação
apresentada nem os documentos que a acompa-
nham, devendo o juiz determinar que sejam exclu-
ídos dos autos.
(B) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de
comparecimento da parte na audiência.
(C) a ausência do reclamante na audiência una importa
arquivamento do processo.
(D) se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o
juiz não houver comparecido, os presentes poderão
retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de re-
gistro das audiências.
Letra a.
Assunto abordado: Audiência.
(A) Errada. O enunciado pede para que seja marcado
o que NÃO se pode afirmar. Sendo assim, a opção A é
a resposta, já que ausente o reclamado na audiência,
ainda que presente seu advogado, SERÃO, SIM, aceitos
os documentos e a contestação apresentados (art. 844,
§ 5º, CLT).
(B) Certa. A opção B pode ser afirmada e, por isso, não
deve ser marcada. Ela está de acordo com a OJ 245, SDI-
1, TST, uma vez que inexiste previsão legal que tolere
atraso para as partes na audiência.
(C) Certa. A opção C pode ser afirmada e, por isso, não
deve ser marcada. Conforme o caput do art. 844 da CLT,
a ausência do reclamante em audiência una importa ar-
quivamento do processo.
(D) Certa. A opção D pode ser afirmada e, por isso, não
deve ser marcada. Considerando o que dispõe o § 1º do
art. 815 da CLT, se, até 15 (quinze) minutos após a hora
marcada, o juiz não houver comparecido, os presentes
poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro
de registro das audiências.
Art. 844, CLT. O não-comparecimento do reclamante
à audiência importa o arquivamento da reclamação,
e o não-comparecimento do reclamado importa reve-
lia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o ad-
vogado na audiência, serão aceitos a contestação e os
documentos eventualmente apresentados.
OJ 245, SDI-1, TST. REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA.
Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de
comparecimento da parte na audiência.
Art. 815, CLT. À hora marcada, o juiz ou presidente
declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secre-
tário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas
e demais pessoas que devam comparecer.
§ 1º Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada,
o juiz ou presidente não houver comparecido, os pre-
sentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido cons-
tar do livro de registro das audiências.
74
No processo do trabalho, está correto afirmar que:
(A) o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em
qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na
fase recursal, seja o requerimento formulado no pra-
zo alusivo ao recurso.
(B) no inquérito judicial para apuração de falta gra-
ve o número máximo de testemunhas é de 3 para
cada parte.
(C) não é permitido ao empregador fazer-se substituir
por gerente no ato da audiência.
(D) não há prova pericial no procedimento sumaríssimo.
Letra a.
Assunto abordado: Justiça gratuita – Testemunhas –
Prova pericial.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
(A) Certa. De acordo com a OJ 269, SDI-1, TST, está cor-
reto afirmar que o benefício da justiça gratuita pode ser
requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição,
desde que, na fase recursal, sejao requerimento formu-
lado no prazo alusivo ao recurso. Por isso, essa é a op-
ção correta.
(B) Errada. No inquérito judicial para apuração de falta
grave, o número máximo de testemunhas não é de 3,
mas de 6 para cada parte (art. 821, CLT).
(C) Errada. É facultado ao empregador fazer-se substituir
pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha co-
nhecimento do fato (art. 843, § 1º, CLT). E mais, o pre-
posto não precisa ser empregado (art. 843, § 3º, CLT).
(D) Errada. Há, sim, prova pericial no procedimento su-
maríssimo (art. 852-H, § 4º, CLT).
OJ 269, SDI-1-TST. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMEN-
TO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MO-
MENTO OPORTUNO.
I – O benefício da justiça gratuita pode ser requerido
em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que,
na fase recursal, seja o requerimento formulado no
prazo alusivo ao recurso;
II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita for-
mulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo
para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º,
do CPC de 2015).
Art. 821, CLT. Cada uma das partes não poderá indicar
mais de três testemunhas, salvo quando se tratar de
inquérito, caso em que esse número poderá ser ele-
vado a seis.
Art. 843, CLT. Na audiência de julgamento deverão
estar presentes o reclamante e o reclamado, inde-
pendentemente do comparecimento de seus repre-
sentantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas
ou Ações de Cumprimento, quando os empregados
poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua
categoria.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir
pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão
o proponente.
(...)
§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não
precisa ser empregado da parte reclamada.
Art. 852-H, CLT. Todas as provas serão produzidas na
audiência de instrução e julgamento, ainda que não
requeridas previamente.
(...)
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for
legalmente imposta, será deferida prova técnica, in-
cumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto
da perícia e nomear perito.
Direito Previdenciário
Fernando Maciel
75
Fábio Meireles exerce a atividade de eletricista há mais
de 7 anos, atuando como empregado da empresa RX
Reparos Elétricos Ltda. Na hipótese de Fábio sofrer um
acidente de trabalho que lhe acarrete uma incapacidade
parcial e permanente (sequela), assinale a alternativa
correta em matéria do benefício de auxílio-acidente.
(A) Na hipótese de estar recebendo o benefício de pen-
são por morte em virtude do falecimento de sua es-
posa, Fábio não poderá receber cumulativamente o
auxílio-acidente.
(B) Considerando sua natureza remuneratória, haverá
incidência de contribuição social sobre o valor rece-
bido a título de auxílio-acidente.
(C) A renda mensal do auxílio-acidente será de 91% do
salário-de-benefício de Fábio.
(D) A ocorrência de danos funcionais ou redução da ca-
pacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa não dará direito ao auxílio-acidente.
Letra d.
Assunto abordado: Auxílio-acidente.
(A) Errada. Conforme o art. 86, § 3º, da Lei n. 8.213/1991:
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de ou-
tro benefício, exceto de aposentadoria, observado o
disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do
recebimento do auxílio-acidente.
(B) Errada. Conforme o art. 86 da Lei n. 8.213/1991:
O auxílio-acidente possui natureza indenizatória, mo-
tivo pelo qual não há incidência de contribuição so-
bre ele.
(C) Errada. De acordo com o art. 86, § 1º, da Lei n.
8.213/1991:
A renda mensal corresponderá a 50% do salário-de-
-benefício.
(D) Certa. Reproduz os termos do art. 104, § 4º, I, do
Dec. n. 3.048/1999.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
76
Joana foi contratada para realizar atividades domésticas
na residência da família Soares. Levando-se em consi-
deração o que dispõe a legislação brasileira, assinale a
alternativa correta.
(A) Se Joana trabalhar terças e quintas, o seu enqua-
dramento previdenciário será como empregada do-
méstica.
(B) Se Joana trabalhar segundas, quartas e sextas, o seu
enquadramento previdenciário será como contri-
buinte individual (diarista).
(C) Se Joana tiver 17 anos de idade e trabalhar mais de
dois dias na semana, o seu enquadramento previ-
denciário será como empregada doméstica.
(D) Se Joana trabalhar mais de dois dias na semana e
desenvolver atividade sem fins lucrativos para a fa-
mília contratante, o seu enquadramento será como
empregada doméstica.
Letra d.
Assunto abordado: Empregado doméstico.
(A) Errada. O enquadramento como empregado domés-
tico pressupõe trabalho em mais de dois dias na semana
(art. 9º, II, Dec. n. 3.048/1999).
(B) Errada. O exercício de atividades domésticas em
menos de 3 dias na semana acarreta o enquadramento
como contribuinte individual (art. 9º, § 15, VI, Dec. n.
3.048/1999).
(C) Errada. A contratação como empregado doméstico
pressupõe idade mínima de 18 anos (art. 1º, p.ú., Lei
Complementar n. 150/2015).
(D) Certa. Reproduz os requisitos previstos no art. 9º, II,
do Dec. n. 3.048/1999.
Direito Financeiro
Anderson Ferreira
77
Suponha que o Poder Executivo da União esteja elabo-
rando projeto de lei que, entre outras atribuições, dis-
põe sobre alterações na legislação tributária.
Diante desse cenário, é correto afirmar que o instrumen-
to legislativo em elaboração é chamado de
(A) Plano Plurianual – PPA.
(B) Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
(C) Código Tributário Nacional – CTN.
(D) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
Letra d.
Assunto abordado: Orçamento na CF/1988 – PPA,
LDO e LOA.
A partir das alternativas da referida questão, a que deve
ser assinalada é a letra D.
O fundamento é o texto do § 2º do art. 165 da Consti-
tuição. Veja:
Art. 165.
(...)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreende-
rá as metas e prioridades da administração pública
federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal
e respectivas metas, em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomen-
to. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 109,
de 2021)
Assim, cabe à LDO dispor sobre as alterações na legisla-
ção tributária, o que torna a alternativa D correta.
As demais alternativas, por consequência, estão incorre-
tas, pois dispor sobre as alterações na legislação tributá-
ria não está nas atribuições das demais leis.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
78
No orçamento público brasileiro, uma das classificações
da receita orçamentária mais difundidas é a classifica-
ção por natureza da receita. O primeiro nível se refere
à categoria econômica que, em geral, pode ser receita
orçamentária corrente ou de capital.
Com base nisso, assinale a opção que apresenta uma re-
ceita classificada como corrente.
(A) Produto da alienação de bens.
(B) Produto de arrecadação tributária.
(C) Produto de operação de crédito.
(D) Superávit do orçamento corrente.
Letra b.
Assunto abordado: Lei n. 4.320/1964 (Receita Pública).
A alternativa certa é a letra B, nos termos do art. 11, §
1º, da Lei n. 4.320, de 1964.
Veja:
Art. 11 A receita classificar-se-á nas seguintes cate-
gorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de
Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei n. 1.939,
de 1982)
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributária,de
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial,
de serviços e outras e, ainda, as provenientes de re-
cursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a aten-
der despesas classificáveis em Despesas Correntes.
(Redação dada pelo Decreto Lei n. 1.939, de 1982)
O produto de operações de crédito e de alienação de
bens são receitas de capital (letras A e C erradas).
Por último, o superávit do orçamento corrente não cons-
titui item de receita orçamentária (letra D errada).
Assim, a alternativa a ser assinalada é a letra B.
Direito Eleitoral
Odair José
79
Os partidos Alfa e Delta resolveram celebrar coligação
para as eleições municipais deste ano, mas estão com
algumas dúvidas quanto ao alcance da coligação e as
obrigações que importam aos partidos, razão pela qual
consultaram um advogado a respeito do tema.
O advogado consultado respondeu corretamente que
(A) a coligação terá denominação própria, sendo a ela
atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido
político no que se refere ao processo eleitoral e ao
exercício do mandato eletivo.
(B) é admitida a coligação apenas para as eleições do sis-
tema proporcional, sendo vedada para as eleições de
prefeito e vice-prefeito.
(C) a coligação limita-se ao sistema majoritário e deve-
rá funcionar como um só partido no relacionamento
com a justiça eleitoral e no trato dos interesses inter-
partidários.
(D) os partidos reunidos em coligação deverão permane-
cer a ela filiados por, no mínimo, 4 (quatro) anos.
Letra c.
Assunto abordado: Coligação – Eleições municipais.
(A) Errada. O erro está em “exercício do mantado eleti-
vo”, porque a coligação limita-se ao processo eleitoral
(Lei n. 9.504/1997, art. 6º, § 1º).
(B) Errada. É exatamente o contrário, admite-se coliga-
ção apenas para o sistema majoritário (CRFB/1988, art.
17, § 1º).
(C) Certa. Disposição prevista na CRFB/1988, art. 17, §
1º, e Lei n. 9.504/1997, art. 6º, § 1º.
(D) Errada. A afirmação se refere, na verdade, à federa-
ção partidária, conforme dispõe a Lei n. 9.096/1995, art.
11-A, § 3º, inc. II.
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1º Simulado – OAB – 1ª Fase do 41º Exame (Pós-Edital)
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João foi reeleito prefeito da cidade Beta. Ocorre que, a
pouco mais de um ano para o término do seu segundo
mandato, ele veio a óbito. Nas pesquisas para as elei-
ções municipais que se avizinhavam, o nome de Maria,
viúva de João, apareceu em primeiro lugar, mas ela tinha
dúvidas quanto à viabilidade de sua candidatura em ra-
zão da inelegibilidade reflexa.
Ao consultar um advogado a respeito do tema, Maria foi
informada corretamente que
(A) a morte de titular do Poder Executivo extingue o pa-
rentesco para fins de incidência da causa de inelegi-
bilidade reflexa.
(B) o fim da sociedade ou do vínculo conjugal, ainda que
em razão de morte, no curso do mandato, não afasta
a inelegibilidade reflexa.
(C) é inadmissível a alternância de cônjuges no exercício
do mesmo cargo por três mandatos consecutivos,
ainda que em face da morte do titular.
(D) somente se João estivesse no exercício do primeiro
mandato de prefeito a candidatura de Maria seria
viável.
Letra a.
Assunto abordado: Inelegibilidade reflexa.
(A) Certa. Entendimento firmado no Ac.-TSE, de
30.11.2021, no AgR-REspEl n. 060040351; Ac.-TSE, de
12.9.2017, no AgR-REspe n. 17.720 e, de 28.3.2017, no
REspe n. 12.162.
(B) Errada. A Súmula Vinculante n. 18 trata de dissolução
da sociedade conjugal como ato de vontade das partes,
e não o fim dessa sociedade em razão da morte.
(C) Errada. A morte do titular encerra o vínculo conjugal
em definitivo, Ac.-TSE, de 12.9.2017, no AgR-REspe n.
17720 e, de 28.3.2017, no REspe n. 12.162.
(D) Errada. A morte do titular encerra o vínculo conjugal
em definitivo, Ac.-TSE, de 12.9.2017, no AgR-REspe n.
17720 e, de 28.3.2017, no REspe n. 12.162.
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