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FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Identifi car, compreender e analisar aspectos relevantes sobre a diversidade dos fenômenos de natureza elétrica, presentes no cotidiano, e estabelecer as bases teóricas para prosseguir com os estudos em Eletricidade. ELETROSTÁTICA Capítulo 1 Carga elétrica 2 Capítulo 2 Força e campo elétrico 22 Capítulo 3 Potencial elétrico 44 Capítulo 4 Capacitores 66 w h it e h o u n e /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 1 4/5/18 12:16 PM ► Compreender a propriedade carga elétrica, defi nida em razão do número de partículas elementares. ► Verifi car atração e repulsão entre elementos carregados. ► Identifi car os diferentes processos de eletrização. ► Estabelecer relações entre os processos de eletrização e as situações do cotidiano. Principais conceitos que você vai aprender: ► Carga elétrica ► Eletrização por atrito ► Eletrização por contato ► Indução 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO Yuri K orchm ar/S h u tte rsto ck Et_EM_3_Cad9_Fis_cap1_f003 Com essa questão, é possível levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre os demais pro- cessos de eletrização. Acrescente informações sobre a época do ano em que a eletrização por atrito é mais propensa. Fale um pouco sobre a infl uência da umidade do ar nesse processo, como fator de redução dessa ocorrência. 1 CARGA ELÉTRICA A eletricidade está presente em diversas situações do cotidiano. Uma melhor com- preensão dos fenômenos de natureza elétrica possibilitou o desenvolvimento de diversos instrumentos, cujas aplicações contribuíram signifi cativamente para o desenvolvimento científi co, tecnológico e humano. Alguns exemplos são: a automatização de processos, o fornecimento de iluminação pública, além de diversos itens de conforto. Os ambientes que utilizam algumas das aplicações citadas acima requerem uma série de cuidados para que a eletricidade não se torne um problema. Nos grandes parques gráfi cos, a eletricidade se faz presente não só a fi m de gerar energia para o funcionamento das impressoras rotativas, como também no processo de impressão. A eletricidade estática é a base do funcionamento que permite à tinta aderir ao papel. O atrito constante do papel com os componentes da impressora gera cargas elétricas estáticas em grandes quantidades, as quais devem ser escoadas com segurança por meio de um aterramento, deslocamento de cargas de um corpo para a Terra, evitando choques e descargas elétricas no ambiente de trabalho. Não só a eletrização por atrito como também os demais processos de eletrização ocor- rem em inúmeras situações vivenciadas no cotidiano. • Procure se lembrar de situações em que tomou um pequeno choque tocando em al- gum objeto ou em outra pessoa. Como você explicaria a origem desses choques? Pro- cure recordar e listar os materiais envolvidos nessas situações. A n d re y B u rm a k in /S h u tt e rs to ck Professor, neste caderno voc• conta com mais de 255 atividades. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 2 4/5/18 12:16 PM 3 FÍ S IC A Introdu•‹o Os fenômenos de natureza elétrica intrigam o homem desde sua mais remota existên- cia. Os antigos habitantes das cavernas se assustavam e cultivavam uma grande curio- sidade ao presenciarem o ofuscante fl ash de um raio seguido de um ensurdecedor es- trondo de trovão. Nesse período, esses fenômenos eram interpretados como atitudes dos deuses mitológicos. Não se conheciam as causas desse tipo de evento. Foi um longo período de elaboração de hipóteses para tentar explicar os fenômenos naturais, até que, no século VI a.C., o fi lósofo grego Tales de Mileto iniciou alguns ques- tionamentos sobre os fenômenos da natureza, procurando compreendê-los por meio da razão, e não como responsabilidade de seres divinos e sobrenaturais. Uma das contribuições de Tales foi a descoberta de que alguns objetos, ao serem atri- tados, adquirem a propriedade de atrair objetos leves, como sementes e pedaços de fo- lhas. Alguns dados históricos relatam que ele descobriu essa propriedade atritando um pedaço de âmbar contra um tecido de lã, o que também resultou no nome “eletricidade”, pois a palavra “âmbar” deriva do grego élektron. No entanto, uma melhor compreensão dos fenômenos elétricos só foi desenvolvida no período do Renascimento. Na virada do século XVIII, o cientista inglês Stephen Gray (1666-1736) mostrou que a eletricidade podia ser transferida de um objeto para outro. Pouco tempo depois, o francês Charles du Fay (1698-1739) constatou que havia dois ti- pos diferentes de eletricidade, e o cientista e político estadunidense Benjamin Franklin (1706-1790) descobriu que os raios eram fenômenos elétricos e atribuiu a notação de si- nais (+ ou −) para designar corpos “positivamente eletrizados” e corpos “negativamente eletrizados”, respectivamente. Carga elétrica Alguns cientistas, como J. J. Thomson (1856-1940) e Ernest Rutherford (1871-1937), da área denominada Física moderna ao desenvolver suas pesquisas sobre a estrutura da matéria propuseram um modelo para a estrutura dos átomos, no qual eles são compos- tos de duas regiões, o núcleo, no qual se encontram prótons e nêutrons, e a eletrosfera, na qual “orbitam” os elétrons. Núcleo Eletrosfera Esquema da estrutura de um átomo: prótons e nêutrons se localizam no núcleo e os elétrons giram ao redor do núcleo na eletrosfera. O âmbar (do grego Žlektron) é uma resina fóssil, translúcida e alaranjada, muito utilizada na manufatura de objetos ornamentais, como colares, anéis e pulseiras. P h o to I n c /S c ie n c e S o u rc e /G e tt y I m a g e s Tales de Mileto (640 a.C.-550 a.C.). F a lk K ie n a s /S h u tt e rs to ck g e n e ra l- fm v /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 3 4/5/18 12:16 PM 4 CAPÍTULO 1 Atualmente sabemos que os prótons e os elétrons podem interagir entre si, por meio de forças de atração ou repulsão elétricas. A essa propriedade dá-se o nome de carga elétrica, que será simbolizada matematicamente pela letra Q. Verifi cações experimentais mostraram que os prótons e os elétrons têm cargas elétri- cas de sinais opostos, com mesmo valor absoluto. Assim, se convencionou que os prótons têm carga elétrica positiva (+) e os elétrons têm carga elétrica negativa (−). Atualmente, o valor absoluto das cargas do próton e do elétron é denominado de carga elementar (e) e vale aproximadamente: e = 1,6 · 10−19 C • Próton w carga elétrica positiva w Q próton = +1,6 · 10−19 C • Elétron w carga elétrica negativa w Q elétron = −1,6 · 10−19 C • Nêutron w carga elétrica nula w Q nêutron = 0 Como um coulomb representa um número grande comparado ao valor da carga des- sas partículas, é comum utilizarmos os seguintes submúltiplos: • 1 mC (milicoulomb) = 10−3 C • 1 µC (microcoulomb) = 10−6 C • 1 nC (nanocoulomb) = 10−9 C • 1 pC (picocoulomb) = 10−12 C Consideramos que a matéria é constituída por um grande número de átomos; assim, para determinarmos se um objeto qualquer está eletrizado ou não, devemos comparar o número de prótons n p e o número de elétrons n e presentes nesse objeto. Sabendo que os prótons e os elétrons têm cargas elétricas de sinais opostos, mas de mesmo valor e = 1,6 · 10−19 C, temos: • n p = n e → o objeto está eletricamente neutro (Q = 0) • n p . n e → o objeto está eletrizado positivamente (Q . 0) • n p , n e → o objeto está eletrizado negativamente (Q , 0) O valor da carga elétrica Q do objeto pode ser calculado pela expressão a seguir: Q = n · e em que n é o número de prótons ou elétrons em excesso. Princ’pios b‡sicos da Eletrost‡tica O avanço nos estudos sobre o comportamento dos corpos eletrizados permitiu aos cientistas estabelecer dois princípios básicos da Eletrostática: o princípio da atração e repulsão das cargas elétricas e o princípio da conservação das cargas elétricas. Como ve-remos ao longo do estudo sobre a eletricidade, a explicação e a descrição dos fenômenos eletrostáticos estão baseadas nesses dois princípios. Atra•‹o e repuls‹o entre cargas elŽtricas A partir das observações da interação entre os corpos eletrizados, tem-se que as car- gas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos se atraem, conforme esquematizado na fi gura a seguir. – + + – + – Defi nição Carga elétrica (Q): propriedade fundamental da matéria, responsável pelas forças elétricas de atração e repulsão à distância que ocorrem entre partículas. No Sistema Internacional (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos se atraem. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 4 4/5/18 12:16 PM 5 FÍ SI CA Conservação das cargas elétricas Outra característica observada no comportamento das cargas é que, em um sistema eletricamente isolado, a carga elétrica total do sistema se conserva, ou seja, a carga elé- trica total do sistema antes de qualquer evento (Q antes ) será igual à carga elétrica total do sistema após o evento (Q após ). Q antes = Q após Interação Os princípios de conservação se repetem no comportamento da natureza, como nas leis de conservação da Física e da Química. O cientista francês Antoine Laurent de Lavoisier (1746-1794), por exemplo, demonstrou que, durante uma reação química, a massa total dos reagentes deve ser igual à massa total dos produtos, princípio que fi cou conhecido como lei da conser- vação das massas. Já as leis da Mecânica, propostas por Isaac Newton (1643-1727), garantem que, em um sistema isolado, a quantidade de movimento do sistema se conserve. Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês que mostrou que a massa total em uma reação química se conserva. Condutores e isolantes elŽtricos Os materiais possuem a estrutura atômica descrita acima, ou seja, são cons- tituídos de cargas. Essa cargas podem ser transferidas de um corpo para outro, como veremos nos processos de eletrização, ou se deslocarem dentro do corpo. O movimento de cargas elétricas dentro do corpo pode ocorrer com maior fa- cilidade em razão do arranjo dessas cargas em seu interior. No cotidiano, podemos ouvir que alguns metais são bons condutores de eletricidade, en- quanto outros como a borracha são isolantes elétrico. A capacidade que os materiais têm de conduzir ou não eletricidade em seu interior pode ser medida por uma grandeza denominada resistividade elétrica, que estuda- remos posteriormente. Por enquanto, vamos nos restringir a uma descrição qualitativa. 1 A partir da estrutura de um átomo, podemos observar que os elétrons giram ao redor do núcleo distribuídos em camadas. Esse movimento ocorre sob a infl uên- cia de uma força entre os corpos carregados, o físico Charles Coulomb (1736-1806) mediu quantitativamente essa força, obtendo uma expressão matemática para determiná-la. De acordo com a lei de Coulomb, a intensidade da força de atração entre os elétrons e os prótons do núcleo diminui com a distância entre eles. Com isso, quanto mais afas- tados os elétrons estiverem do núcleo, menor será a força de atração que os mantém presos ao átomo. Nos materiais condutores de eletricidade, os elétrons da última camada eletrônica são fracamente atraídos pelo núcleo e, por isso, podem escapar do átomo com maior facilidade. Esses elétrons, conhecidos como elétrons livres, existem em grande abundância nos metais, fazendo com que estes sejam bons condutores de eletricidade. De forma análoga, os materiais isolantes de eletricidade, como a borracha, o plástico, a madeira e algumas cerâmicas, possuem todos os elétrons, até mesmo os da última camada eletrônica, fortemente ligados ao núcleo, não havendo, portanto, elétrons livres que possam escapar do átomo. N ic k u /S h u tt e rs to ck Exemplos de materiais condutores e isolantes de eletricidade: (A) fi ta isolante e (B) fi os de cobre. A B Yu ry K o so u ro v/ S h u tt e rs to ck ratmaner/iStockphoto/Getty Images Observação 1 Na Química, os condutores de eletricidade são caracterizados como materiais que possuem átomos de 1 a 3 elétrons na última camada eletrônica (camada de valência). Nesse caso, esses elétrons são fracamente ligados ao núcleo, e, durante uma ligação química, a tendência do átomo é doar elétrons. Por outro lado, os isolantes de eletricidade são caracterizados como materiais que possuem átomos de 5 a 7 elétrons na última camada eletrônica. Esses elétrons estão fortemente ligados ao núcleo, e, durante uma ligação química, a tendência do átomo é receber elétrons. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 5 4/5/18 12:16 PM 6 CAPÍTULO 1 Atividades 1. (PUC-MG) Assinale a afi rmativa correta sobre o conceito de carga elétrica. a) É a quantidade de elétrons em um corpo. b) É uma propriedade da matéria. c) É o que é transportado pela corrente elétrica. d) É o que se converte em energia elétrica em um circuito. A carga elétrica de um corpo está associada ao número de partículas elementares. Alternativa b 2. (UEL-PR) Os corpos fi cam eletrizados quando perdem ou ganham elétrons. Imagine um corpo que tivesse um mol de átomos e que cada átomo perdesse um elétron. Esse corpo fi caria eletrizado com uma carga, em coulombs, igual a: (Dados: carga do elétron = 1,6 ∙ 10−19 C e 1 mol = 6,0 ∙ 1023) a) 2,7 ∙ 10−43 b) 6,0 ∙ 10−14 c) 9,6 ∙ 10−4 d) 9,6 ∙ 104 e) 3,8 ∙ 1042 Q = n ∙ e s Q = 6 ∙ 1023 ∙ 1,6 ∙ 10−19 s Q = 9,6 ∙ 104 C Alternativa d 3. Num processo de transferência de elétrons de um corpo A para um corpo B, 2,5 ∙ 1020 elétrons passam de A para B. Considere que inicialmente ambos estão neutros. Após a transferência, podemos afi rmar que: a) as cargas de A e B são as mesmas. b) a carga de A é positiva e a de B é negativa. c) a carga de A é negativa e a de B é positiva. d) os módulos das cargas de A e B são diferentes. Quando A cede elétrons, fi ca positivo. Quando B recebe elé- trons, fi ca negativo. Alternativa b 4. A carga elétrica de um corpo é quantizada, ou seja, ela ocorre em múltiplos inteiros da unidade fundamental de carga e. Entre as alternativas apresentadas a seguir, indique aquela que não pode corresponder à carga elétrica de um corpo. (Dado: e = 1,6 ∙ 10−19 C) a) 1,6 ∙ 10−19 C b) 2,0 ∙ 10−6 C c) 6,4 ∙ 10−12 C d) 4,0 ∙ 10−19 C e) 3,2 ∙ 10−18 C Dos valores apresentados, o único que não é múltiplo inteiro da unidade fundamental de carga elétrica (1,6 ∙ 10−19 C) é o 4,0 ∙ 10−19 C. Alternativa d 5. (Unitau-SP) Uma esfera metálica tem carga elétrica nega- tiva de valor igual a 3,2 ∙ 10–4 C. Sendo a carga do elétron igual a 1,6 ∙ 10–19 C, pode-se concluir que a esfera contém: a) 2 ∙ 1015 elétrons. b) 200 elétrons. c) um excesso de 2 ∙ 1015 elétrons. d) 2 ∙ 1010 elétrons. e) um excesso de 2 ∙ 1010 elétrons. Se a carga da esfera é negativa, já podemos concluir que ela tem elétrons em excesso. Calculando a quantidade de elétrons, temos: Q = n ∙ e s 3,2 ∙ 10−4 = n ∙ 1,6 ∙ 10−19 s n = 2 ∙ 1015 elétrons Alternativa c 6. (FMJ-SP) O cobalto é um elemento químico muito utilizado na Medicina, principalmente em radioterapia. Seu número atô- mico é 27 e cada elétron tem carga elétrica de −1,6 ⋅ 10−19 C. A carga elétrica total dos elétrons de um átomo de cobalto é, em valor absoluto e em C, igual a: a) 1,68 ∙ 10−18 b) 4,32 ∙ 10−19 c) 4,32 ∙ 10−20 d) 4,32 ∙ 10−18 e) 1,68 ∙ 10−19 Como o número atômico do cobalto é 27, ele tem 27 elétrons em seu átomo. Como Q = n ∙ e, temos: Q = 27 ∙ 1,6 ∙ 10–19 s Q = 43,2 ∙ 10–19 s Q = 4,32 ∙ 10–18 C Alternativa d 7. (Vunesp) De acordo com o modelo atômico atual, os prótons e nêutrons não são mais considerados partículas elementares. Eles seriam formados de três partículas ainda menores, os quarks. Admite-se a existência de 12 quarks na natureza, mas só dois tiposformam os prótons e nêu- trons, o quark up (u), de carga elétrica positiva, igual a 2 3 do valor da carga do elétron, e o quark down (d), de carga elétrica negativa, igual a 1 3 do valor da carga do elétron. A partir dessas informações, assinale a alternativa que apre- senta corretamente a composição do próton e do nêutron. Próton Nêutron a) d + d + d u + u + u b) u + d + d u + u + d c) u + u + d u + d + d d) u + u + u d + d + d e) d + d + d d + d + d O próton (carga +e) deve ser formado por dois quarks up e um quark down, assim: u + u + d = + 2 3 e + 2 3 e − 1 3 e = + e O nêutron (carga nula) deve ser formado por um quark up e dois quarks down, pois: u + d + d = + 2 3 e – 1 3 e – 1 3 e = 0 Alternativa c Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 6 4/5/18 12:16 PM 7 FÍ SI CA 8. +Enem [H21] Como se sabe, o cobre é um metal muito empregado na fabricação de fi os para instalações elétri- cas. Os metais são condutores de eletricidade, pois neles há os chamados “elétrons livres”, que são os elétrons mais afastados do núcleo e, por isso, fracamente ligados a ele. Esses elétrons se deslocam com facilidade dentro do material. Além disso, sabe-se que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem mutuamente, buscando fi car o mais afastadas possível entre si, e cargas elétricas de sinal contrário se atraem mutuamente. Assinale a alternativa que descreve a distribuição de car- gas elétricas dentro de um material condutor. T A D D E U S /S h u tt e rs to ck a) Os elétrons saem do material. b) Os elétrons não se movimentam. c) Os elétrons fi cam distribuídos de maneira uniforme sobre toda a superfície do material. d) Os elétrons fi cam localizados no centro geométrico do material. e) Os elétrons livres se ligam a um átomo ionizado positivamente. Uma vez que os elétrons livres buscam fi car mais afastados entre si, a confi guração mais favorável para que isso ocorra será quando eles se distribuem de maneira uniforme na su- perfície do material. Se os elétrons fossem ejetados do mate- rial, eles fi cariam mais afastados ainda. Entretanto, esse caso ocorre somente se os elétrons adquirem energia cinética o sufi ciente. Alternativa c Complementares Tarefa proposta 1 a 11 9. (Esam-RN) As palavras que completam corretamente as lacunas do texto abaixo são, respectivamente: Se a um corpo eletricamente neutro acrescentarmos partículas negativas, desaparece o equilíbrio de cargas. O efeito total das partículas negativas supera o das posi- tivas e podemos dizer que o corpo está carregado nega- tivamente. Podemos também carregar positivamente um objeto partículas e deixando, portanto, um excesso de cargas . a) acrescentando; negativas; positivas b) retirando; negativas; positivas c) retirando; positivas; negativas d) acrescentando; positivas; negativas e) retirando; positivas; positivas 10. (UFPE) Considere os materiais: 1. Borracha 2. Porcelana 3. Alumínio 4. Nylon 5. Vidro 6. Ouro 7. Mercúrio 8. Madeira Assinale a alternativa abaixo, na qual os três materiais ci- tados são bons condutores: a) 5, 7 e 8 b) 3, 5 e 6 c) 3, 4 e 6 d) 3, 6 e 7 11. (PUC-PR) Um corpo possui 5 ∙ 1019 prótons e 4 ∙ 1019 elétrons. Considerando a carga elementar igual a 1,6 ∙ 10–19 C, este corpo está: a) carregado negativamente com uma carga igual a 1 ∙ 10–19 C. b) neutro. c) carregado positivamente com uma carga igual a 1,6 C. d) carregado negativamente com uma carga igual a 1,6 C. e) carregado positivamente com uma carga igual a 1 ⋅ 10–19 C. 12. (UPE) Duas esferas isolantes, A e B, possuem raios iguais a R A e R B e cargas, uniformemente distribuídas, iguais a Q A e Q B , respectivamente. Sabendo-se que 5Q A = 2Q B e ainda que 10R A = 3R B , qual a relação entre suas densidades volumétricas de cargas ρ ρ A B ? (Dado: ρ = Q V ) a) 100 9 b) 15 8 c) 200 6 d) 400 27 e) 280 9 Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 7 4/5/18 12:16 PM 8 CAPÍTULO 1 Processos de eletrização De acordo com o que foi visto até o momento, podemos afi rmar que um objeto cons- tituído pelo mesmo número de prótons e elétrons possui carga elétrica total nula. Para eletrizar esse objeto, é necessário desequilibrar suas cargas, ou seja, fazer com que ele tenha mais prótons do que elétrons, ou vice-versa. Como não podemos alterar o número de prótons dos átomos, pois eles não se movem no átomo, a eletrização deve ser realizada adicionando-se ou retirando-se elétrons. Estudaremos agora os três principais processos para eletrizar um corpo: a eletrização por atrito, a eletrização por contato e a eletrização por indução. Eletrização por atrito Na clássica experiência realizada por Tales de Mileto, uma pedra de âmbar e um pe- daço de lã, ambos inicialmente neutros, foram atritados. Em razão das diferentes confi - gurações atômicas dos dois materiais, haverá uma transferência de elétrons da lã para o âmbar. Com isso, o pedaço de lã, ao perder elétrons, fi ca eletrizado positivamente, e o âmbar, recebendo esses elétrons, fi cará eletrizado negativamente. 1 A eletrização por atrito pode ser observada em situações cotidianas. A criança da ima- gem a seguir escorregou por diversas vezes no brinquedo infl ável. A cada descida, o atrito do material emborrachado do brinquedo com suas roupas promove eletrização. Na ima- gem em destaque, observe os cabelos da criança. Por ter sido carregado, cada fi o, com carga de mesmo sinal, se repele. O processo de eletrização por atrito ocorre com maior facilidade em materiais iso- lantes de eletricidade, pois nesses corpos as cargas transferidas permanecem neles. Nos condutores as cargas podem escoar, ou seja, o corpo pode descarregá-las ao entrar em contato com outro corpo, como nossas mãos. 1 Eletrização por contato O processo de eletrização por contato ocorre preferencialmente em objetos condutores de eletricidade, em presença de um objeto inicialmente eletrizado. Considere duas esferas metálicas, A e B, em que uma delas está eletrizada negati- vamente e a outra está neutra. Ao colocarmos essas esferas em contato, uma parte do excesso de elétrons da esfera A é transferida para a esfera B, que adquire carga elétrica negativa. Observação 1 Se ocorrer eletrização por atrito entre dois corpos inicialmente neutros, as cargas elétricas adquiridas por esses corpos serão de mesmo módulo, porém de sinais contrários. Curiosidade 1 Ao pentearmos nossos cabelos, ocorre eletrização, que pode ser acentuada de acordo com o tipo de material do pente e a umidade do ar. Algumas pessoas, ao usar escova ou pentes de náilon, encontram difi culdade para se pentear, pois a escova passa a atrair os cabelos. Isso deixará os fi os eletrizados com cargas elétricas de sinais iguais, levando-os a se repelir e deixando o cabelo eriçado. Para que isso não aconteça, é mais adequado utilizar um pente de madeira, pela menor eletrização entre esse material e os fi os de cabelo. Após cada descida, o cabelo se eletrizou pelo atrito com o brinquedo. O le g M ik h a y lo v /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 8 4/5/18 12:16 PM 9 FÍ S IC A Assim, ao final do processo, ambas as esferas estarão eletrizadas com cargas elé- tricas de mesmo sinal. Elétrons A B AAntes − − − − − − − − Q A < 0 AApós − − − − Q’ A < 0 B Q B = 0 B − − − − Q’ B < 0 Caso a esfera A estivesse carregada positivamente, durante o contato haveria transfe- rência de elétrons da esfera B para a esfera A. Ao perder parte dos seus elétrons, a esfera B fi cará eletrizada positivamente. Já a esfera A, mesmo recebendo elétrons, continua com excesso de prótons, o que resulta em uma carga positiva. 1 Elétrons A B AAntes + + + + + + + + Q A > 0 B Q B = 0 AApós + + + + Q’ A > 0 B + + + + Q’ B > 0 Para um sistema eletricamente isolado, a carga elétricatotal se conserva. Q antes = Q após s Q A + Q B = Q' A + Q' B Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Suportes isolantes: Observe que esta condição é fundamental para que a análise sobre o fl uxo de cargas de uma esfera para outra ocorra apenas pelo fi o condutor. Conservação da carga total: Lembre-se de que a carga total do sistema é sempre constante. Carga elementar: A carga elétrica adquirida por cada uma das esferas dependerá dessa carga. Atenção: Apenas os elétrons se movimentam. Durante uma experiência para observar os efeitos eletrostáticos, um aluno coloca duas es- feras condutoras idênticas, A e B, apoiadas em suportes isolantes. Inicialmente, a esfera A estava eletrizada positivamente com carga elétrica Q A = +16 µC, e a esfera B estava neutra, como representado na fi gura A. Com um fi o condutor, o aluno ligou as duas esferas, como representado na fi gura B e observou que, após alguns segundos, ambas estavam eletrizadas. B Q A = +16 μC Q B = 0 A Fio condutor BA Para essa situação, estime a quantidade de elétrons que passaram pelo fi o e em que sentido. Resolução Após a ligação, a esfera B adquire carga elétrica positiva ao perder elétrons para a esfera A. Como as esferas são idênticas, elas fi carão com cargas iguais: Q’ A = Q’ B = Q’ Pelo princípio da conservação das cargas, temos: 16 0 16 2 8A ' B ' A B ' ' ' ' Q Q Q Q Q Q Q Q C+ = + + = + + = = + ⋅ µ ⋅s s s Considerando que a carga elementar é e = 1,6 ∙ 10−19 C, podemos estimar o número de elétrons perdidos pela esfera B. 8 10 1,6 10 8 10 1,6 10 5 10 elétrons6 19 6 19 13 Q n e n n= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ − − − − s s Observação 1 Na eletrização por contato, os corpos fi cam eletrizados com cargas elétricas de mesmo sinal; se as esferas forem condutoras com mesmo formato e dimensões, a carga adquirida será de mesmo valor. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 9 4/5/18 12:16 PM 10 CAPÍTULO 1 Eletrização por indução O processo de eletrização por indução difere dos processos estudados anteriormente pelo fato de que para que ele ocorra os objetos não necessitam estar em contato. Considere uma esfera condutora, inicialmente neutra, que será eletrizada; para isso dispomos de um bastão eletrizado positivamente e um fi o de aterramento. O processo da eletrização por indução ocorre em quatro etapas descritas a seguir. Aproximamos um bastão eletrizado (indutor) de uma esfera inicialmente neutra, que se eletrizará (induzido). Observe que a presença do indutor provocará uma redistribuição da carga no corpo induzido. + – – – – + + + + + + Corpo neutroCorpo eletrizado + + + + Q = 0 1 Mantendo o indutor próximo ao induzido, corta-se o fi o de ligação com a Terra, impossibilitando que os elétrons recebidos voltem para a Terra. + + + + + + + – – – – Q < 0 Terra 3 Após a redistribuição da carga no corpo induzido, este é ligado à Terra por um fi o condutor. Como o indutor tem carga positiva, ele vai atrair elétrons da Terra para a esfera, eletrizando-a negativamente. + + + + + + + – – – – Q < 0 Terra – – 2 Afasta-se o indutor da esfera e se obtém um corpo eletrizado com carga de sinal oposto ao da carga do indutor. – – – – – – Q < 0 4 Gerador de Van de Graaff Um dispositivo que pode gerar um excesso de cargas em sua ex- tremidade é denominado gerador eletrostático e foi construído por Robert Jemison van de Graaff (1901-1967) no início de 1931. O equipa- mento é constituído de um sistema de correia de borracha e escovas metálicas. Ao serem atritadas, as escovas retiram elétrons da correia. Esses elétrons carregam eletricamente uma esfera grande; uma esfera menor compõe o sistema para aterrar e descarregar a esfera maior. O gerador de Van de Graaff é usado para carregar outros corpos por contato ou para demonstrar o processo de eletrização por indução. Receptor Voltagem Correia ColetorEsfera met‡lica Na primeira imagem, a adolescente toca a esfera metálica com o gerador desligado; logo depois, quando em contato com a esfera com o gerador ligado, parte da carga elétrica que se concentra na superfície externa se transfere para a jovem, causando o efeito dos cabelos arrepiados. Vista interna de um gerador de Van de Graaff. F O T O S : T e d K in s m a n /S c ie n c e S o u rc e /D io m e d ia Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 10 4/5/18 12:16 PM 11 FÍ S IC A Eletroscópio Identifi car um corpo carregado de eletricidade não pode ser feito visualmente. Quan- do há necessidade de avaliar a eletrização de um objeto, utiliza-se um aparelho denomi- nado eletroscópio. O eletroscópio é constituído por uma esfera metálica, fi xada na extremidade de uma haste também metálica, e duas tiras de papel-alumínio ou fi nas lâminas de ouro na extre- midade oposta da haste. Esfera metálica Haste metálica Tiras metálicas Recipiente de vidro Eletroscópio, do grego élektron, que signifi ca “eletricidade”, e skopeuo, “observar”. A extremidade da haste que contém as tiras fi ca imersa em uma garrafa transparente. Dessa forma, as tiras não sofrem infl uências externas, como das correntes de ar. Considere o eletroscópio do esquema anterior eletricamente neutro, ou seja, o núme- ro de elétrons é igual ao número de prótons. Em certo instante, um corpo eletricamente carregado se aproxima da esfera do eletroscópio sem tocá-la. Como todas as partes do eletroscópio são metálicas, vai ocorrer uma indução eletrostática. – – – – –– – – – – ++ + + + + Um corpo carregado positivamente induz na esfera do eletroscópio carga elétrica ne- gativa. Os elétrons em excesso na esfera são provenientes da região do eletroscópio mais afastada do corpo, as tiras, que passam agora a armazenar cargas elétricas positivas e se repelem provocando o afastamento entre elas observado na imagem. Assim, quando um corpo for aproximado da esfera de um eletroscópio neutro, podem ocorrer duas situações: • se as tiras não se afastarem, signifi ca que o corpo se encontra eletricamente neutro; • se as tiras se afastarem, signifi ca que o corpo está eletricamente carregado. 1 Observação 1 Dois corpos se repelem eletricamente quando ambos estiverem carregados com cargas de sinais iguais. Dois corpos se atraem quando ambos estiverem carregados com cargas elétricas de sinais contrários, ou quando um corpo estiver carregado e o outro, neutro. h a ry ig it /S h u tt e rs to ck h a ry ig it /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 11 4/5/18 12:16 PM 12 CAPÍTULO 1 Pêndulo eletrostático Existe um outro aparelho que pode ser utilizado nas experiências com cargas elétri- cas, os pêndulos eletrostáticos – esferas condutoras muito leves e presas em um suporte vertical por fi os fi nos, fl exíveis e isolantes elétricos. Para se obter uma esfera nessas condi- ções, pode-se pintar uma esfera de isopor com uma tinta metálica, tornando-a condutora de eletricidade. − − − − − − − − − − − − − − + + Contextualize As máquinas copiadoras As copiadoras surgiram para facilitar o trabalho de escritórios por todo o mundo. Apesar de, inicialmente, terem sido consi- deradas uma invenção desacreditada, concebida pelo físico americano Chester Floyd Carlson (1906-1968), em 1937, ganharam força quando uma pequena empresa, a Haloid, resolveu bancar seu desenvolvimento 13 anos depois. A partir desse momento, o sucesso de vendas foi tão signifi cativo que a empresa se expandiu pelo mundo, já com um novo nome, tornando-se uma referên- cia em copiadoras e até confundindo seu nome com o do próprio equipamento, a Xerox. Um equipamento revolucionário com um princípio físico simples, relacionado com a atração e a repulsão de cargas elétricas. Abaixo do vidro, no local em que colocamos a folha de papel para copiar, existe uma placa metálica ou um cilindro fotocondutor que se carrega positivamente ao ser ligado.Quando acionado o procedimento de cópia, uma luz percorre toda a folha de papel, refl etindo nas partes em branco e sendo absorvida nas partes escuras. Essa luz refl etida retorna para a placa ou cilindro fotocondutor anulando a carga positiva dessa região. Dessa forma, o cilindro, contendo regiões carregadas e descarregadas, está pronto para a parte fi nal do processo. Na sequência, entra em cena o toner, um pó preto, carregado previamente com carga negativa, que é lançado sobre o cilindro fotocondutor. Então, um mecanismo puxa o papel em que será feita a cópia, o qual entra em contato com o cilindro, atraindo as cargas opostas. Após esse processo, o papel sofre um pequeno aquecimento, realizado pelo chamado fusor, sufi ciente para a perfeita fi xação do pó preto na folha. A evolução desses equipamentos é constante; pesquise um pouco mais sobre os novos modelos e identifi que as possíveis diferenças existentes no processo físico da aquisição da imagem para a fi xação no papel. Na presença de um corpo carregado de eletricidade, a esfera que está eletricamente neutra sofre indução, sendo atraída pelo indutor se deslocando de sua posição de equilíbrio. Atividades 13. (Cefet-MG) Um corpo A fi ca eletrizado positivamente quando atritado em um corpo B e, em seguida, são colocados em suportes isolantes. Quando as barras metálicas C e D tocam, respectivamente, A e B, ocorre transferência de: a) elétrons de C para A e de B para D. b) prótons de A para C e de D para B. c) elétrons de C para A e prótons de D para B. d) prótons de A para C e elétrons de B para D. Na eletrização por atrito, os corpos adquirem cargas de mesmo módulo e de sinais opostos. Assim, se o corpo A é eletrizado posi- tivamente, o corpo B é eletrizado negativamente. Considerando que as barras metálicas C e D estão inicialmente neutras, passarão elétrons de C para A e de B para D. Alternativa a Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 12 4/5/18 12:16 PM 13 FÍ S IC A 14. (Fatec-SP) Analise as afi rmações a seguir: I. Todo objeto que tem grande quantidade de elétrons está eletrizado negativamente. II. Eletrizando-se por atrito dois objetos neutros, obtêm- -se, ao fi nal deste processo de eletrização, dois obje- tos eletrizados com carga de mesmo sinal. III. Encostando-se um objeto A, eletrizado negativamen- te, em um pequeno objeto B, neutro, após algum tempo o objeto A fi cará neutro. Deve-se concluir, da análise dessas afi rmações, que: a) apenas I é correta. b) apenas II é correta. c) apenas II e III são corretas. d) I, II e III são corretas. e) não há nenhuma correta. I. (F) Mesmo tendo grande quantidade de elétrons, o cor- po pode ter quantidade igual ou maior de prótons e estar ele- trizado positivamente, ou neutro. II. (F) No atrito há passagem de elétrons de um corpo para outro, portanto as cargas obtidas são iguais em módulo, mas têm sinais opostos. III. (F) Depois de atingido o equilíbrio eletrostático, ambos permanecerão eletrizados negativamente. Alternativa e 15. (IFSC) Eletrizar um corpo signifi ca deixá-lo com uma di- ferença entre o número de cargas positivas e negativas. Um corpo carregado positivamente signifi ca que tem mais cargas positivas do que negativas. Um corpo carregado ne- gativamente tem mais cargas negativas do que positivas. É CORRETO afi rmar que os três processos de eletrização são: a) condução, radiação e convecção. b) atrito, contato e condução. c) indução, condução e radiação. d) atrito, contato e indução. e) evaporação, ebulição e calefação. Alternativa d 16. (Fuvest-SP) Três esferas metálicas iguais, A, B e C, estão apoiadas em suportes isolantes, tendo a esfera A carga elétrica negativa. Próximas a ela, as esferas B e C estão em contato entre si, sendo que C está ligada à terra por um fi o condutor, como na fi gura. A partir dessa confi guração, o fi o é retirado e, em seguida, a esfera A é levada para muito longe. Finalmente, as esferas B e C são afastadas uma da outra. Após esses procedimentos, as cargas das três esferas satisfazem as relações a) Q A , 0 Q B . 0 Q C . 0 b) Q A , 0 Q B = 0 Q C = 0 c) Q A = 0 Q B , 0 Q C , 0 d) Q A . 0 Q B . 0 Q C = 0 e) Q A . 0 Q B , 0 Q C . 0 O conjunto forma a confi guração de uma eletrização por indu- ção, em que A atua como indutor, assim ao retirar o fi o conec- tado à Terra A não se altera, e B e C fi cam com carga positiva. Alternativa a 17. (UEL-PR) Na fi gura a seguir, está representado um ele- troscópio de lâminas eletrizado. Um eletroscópio, nessas condições, fi ca com suas lâminas móveis separadas devido à repulsão eletrostática. Como é sabido, o eletroscópio é um detector de cargas. Ele é constituído por condutores de eletricidade, e uma parte desses condutores é envolvida por um isolante. O que ocorre ao se aproximar da cabeça do eletroscópio eletrizado um bastão eletrizado de mesma carga que a desse eletroscópio? Isolante Cabeça Lâminas móveis a) As lâminas do eletroscópio permanecerão como estão, pois o aparelho já se encontra eletrizado. b) As lâminas do eletroscópio se aproximarão, pois o bas- tão eletrizado atrairá as cargas de sinal oposto. c) As lâminas do eletroscópio se aproximarão, pois as cargas do bastão eletrizado serão repelidas pelas car- gas do aparelho. d) As lâminas do eletroscópio irão se separar mais, pois as cargas distribuídas pela cabeça e lâminas vão se concentrar mais nestas últimas. e) As lâminas do eletroscópio permanecerão como estão, pois as cargas do bastão eletrizado serão repelidas pe- las cargas do aparelho. A aproximação de um objeto eletrizado com a mesma carga do eletroscópio faz com que haja maior concentração de car- gas desse sinal nas lâminas do eletroscópio, aumentando a repulsão entre elas. Alternativa d R e p ro d u ç ã o /F U V E S T, 2 0 0 2 . Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 13 4/5/18 12:16 PM 14 CAPÍTULO 1 18. +Enem [H17] A série triboelétrica é ordenada de acordo com dois critérios. Cada material é eletrizado negativamente ou positivamente se atritado com qualquer outro material que o antecede ou sucede na série. Considere a seguinte série: SŽrie triboelŽtrica Pele de coelho Vidro Mica Lã Pele de gato Seda Algodão Madeira Âmbar Ebonite Cobre Enxofre Celuloide Tendência de eletrização + − Atrita-se um pano de lã em uma barra de vidro, inicial- mente neutros. Posteriormente, coloca-se uma esfera de cobre em contato com o pano de lã, separando-os logo em seguida. No fi nal desse processo, os sinais das cargas elétricas do pano de lã, da esfera de cobre e da barra de vidro serão, respectivamente: a) negativo, positivo e positivo. b) positivo, negativo e positivo. c) negativo, positivo e negativo. d) positivo, positivo e negativo. e) negativo, negativo e positivo. No primeiro processo, a barra de vidro adquire carga positiva, enquanto o pano de lã, carga negativa. No segundo processo, a esfera de cobre, inicialmente neutra, adquire carga negativa oriunda do pano de lã. A sequência correta é negativo, nega- tivo e positivo. Alternativa e 19. (UEPG-PR) Com o experimento da gota de óleo realizado pelo físico Robert Andrews Millikan (1868-1953), foi pos- sível observar a quantização da carga elétrica e estabelecer numericamente um valor constante para a mesma. Sobre a carga elétrica e o fenômeno de eletrização de corpos, assinale o que for correto. (01) A carga elétrica é uma propriedade de natureza ele- tromagnética de certas partículas elementares. (02) Um corpo só poderá tornar-se eletrizado negativa- mente se for um condutor. (04) Quando atrita-se um bastão de vidro com um pano de lã, inicialmente neutros, ambos poderão fi car eletrizados. A carga adquirida por cada um será igual em módulo. (08) Qualquer excesso de carga de um corpo é um múl- tiplo inteiro da carga elétrica elementar. 01. Verdadeira. 02. Falsa. Os não condutores de eletricidadetambém po- dem ser eletrizados. Como exemplos: um balão de borracha, uma régua ou um pente de plástico. 04. Verdadeira. 08. Verdadeira. Soma 13 (01 + 04 + 08) 20. (PUC-RJ) Dois bastões metálicos idênticos estão carregados com a carga de 9 µC. Eles são colocados em contato com um terceiro bastão, também idêntico aos outros dois, mas cuja carga líquida é zero. Após o contato entre eles ser estabelecido, afastam-se os três bastões. Qual é a carga líquida resultante, em µC no terceiro bastão? a) 3,0 b) 4,5 c) 6,0 d) 9,0 e) 18 Pelo processo de eletrização por contato e, considerando o princípio da conservação de carga, temos: Q t = Q 1 + Q 2 + Q 3 sendo Q t = constante Assim, a carga total é: 9 µC + 9 µC = 18 µC Ao colocá-las em contato simultâneo, temos: Q Q Q 3 18 3 6 C3 t 3= = = µs Alternativa c Complementares Tarefa proposta 12 a 31 21. (Mack-SP) Uma esfera metálica A eletrizada com carga elétrica igual a − 20 µC, é colocada em contato com outra esfera idêntica B, eletricamente neutra. Em seguida, encosta-se a esfera B em outra C, também idêntica eletrizada com carga elétrica igual a 50,0 µC. Após esse procedimento, as esferas B e C são separadas. A carga elétrica armazenada na esfera B, no fi nal desse processo, é igual a: a) 20,0 µC b) 30,0 µC c) 40,0 µC d) 50,0 µC e) 60,0 µC Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 14 4/5/18 12:16 PM 15 FÍ SI CA 22. (UFRGS-RS) Em uma aula de Física, foram utilizadas duas esferas metálicas idênticas, X e Y. X está suspensa por um fi o isolante na forma de um pêndulo e fi ca sobre um suporte isolante, conforme representado na fi gura abaixo. As esferas encontram-se inicialmente afastadas, estando X positivamente carregada e Y eletricamente neutra. Considere a descrição abaixo de dois procedimentos simples para demonstrar possíveis processos de eletriza- ção e, em seguida, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados, na ordem em que aparecem. I. A esfera Y é aproximada de X sem que elas se to- quem. Nesse caso, verifi ca-se experimentalmente que a esfera X é pela esfera Y. II. A esfera Y é aproximada de X sem que elas se to- quem. Enquanto mantida nessa posição, faz-se uma ligação da esfera Y com a terra, usando um fi o condu- tor. Ainda nessa posição próxima de X interrompe-se o contato de Y com a terra e, então, afasta-se nova- mente Y de X. Nesse caso, a esfera Y fi ca . a) atraída – eletricamente neutra b) atraída – positivamente carregada c) atraída – negativamente carregada d) repelida – positivamente carregada e) repelida – negativamente carregada 23. (Fuvest-SP) Três esferas metálicas, M 1 , M 2 e M 3 , de mesmo diâmetro e montadas em suportes isolantes, estão bem afastadas entre si e longe de outros objetos. Inicialmente M 1 e M 3 têm cargas iguais, com valor Q, e M 2 está descarregada. São realizadas duas operações, na sequência indicada: I. A esfera M 1 é aproximada de M 2 até que ambas fi - quem em contato elétrico. A seguir, M 1 é afastada até retornar à sua posição inicial. II. A esfera M 3 é aproximada de M 2 até que ambas fi - quem em contato elétrico. A seguir, M 3 é afastada até retornar à sua posição inicial. Após essas duas operações, as cargas nas esferas serão cerca de M 1 M 2 M 3 a) Q 2 Q 4 Q 4 b) Q 2 3Q 4 3Q 4 c) 2Q 3 2Q 3 2Q 3 d) 3Q 4 Q 2 3Q 4 e) Q zero Q 24. (Fazu-MG) Tem-se quatro corpos – X, Y, Z e W – ini- cialmente neutros. Atrita-se X com Y. Eles se eletrizam. O corpo Z é, a seguir, eletrizado por contato com X, e W é eletrizado por indução, utilizando-se Y como indutor. Os sinais das cargas elétricas que X, Y, Z e W poderiam ter adquirido são: X Y Z W a) + + – – b) – – + + c) + – – + d) + – + + e) – + + + Tarefa proposta 1. (Uece) Um condutor elétrico metálico, de formato irregular e isolado, está carregado com uma carga positiva total +Q. Pode-se afi rmar corretamente que a carga +Q: a) é o somatório das cargas dos prótons que compõem o condutor. b) está distribuída uniformemente por toda a superfície externa do condutor. c) está distribuída uniformemente por todo o condutor, exceto pela sua superfície. d) é o saldo do balanço entre as cargas dos prótons e dos elétrons que compõem o condutor. 2. (UFMG) Um isolante elétrico: a) não pode ser carregado eletricamente. b) não contém elétrons. c) tem de estar no estado sólido. d) tem, necessariamente, resistência elétrica pequena. e) não pode ser metálico. R e p ro d u ç ã o /U F R G S -R S , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /F U V E S T, 2 0 0 8 . Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 15 4/5/18 12:16 PM 16 CAPÍTULO 1 3. (FGV-SP) Deseja-se eletrizar um objeto metálico, inicial- mente neutro, pelos processos de eletrização conhecidos, e obter uma quantidade de carga negativa de 3,2 µC. Sabendo-se que a carga elementar vale 1,6 ∙ 10-19 C, para se conseguir a eletrização desejada será preciso: a) retirar do objeto 20 trilhões de prótons. b) retirar do objeto 20 trilhões de elétrons. c) acrescentar ao objeto 20 trilhões de elétrons. d) acrescentar ao objeto cerca de 51 trilhões de elétrons. e) retirar do objeto cerca de 51 trilhões de prótons. 4. (Fuvest-SP) A lei de conservação da carga elétrica pode ser enunciada como segue: a) A soma algébrica dos valores das cargas positivas e negativas em um sistema isolado é constante. b) Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons ao ser aterrado. c) A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um número inteiro multiplicado pela carga do elétron. d) O número de átomos existentes no Universo é constante. e) As cargas elétricas do próton e do elétron são, em mó- dulo, iguais. 5. (UFC-CE) Uma esfera de cobre com raio da ordem de mi- crômetros possui uma carga da ordem de dez mil cargas elementares, distribuídas uniformemente sobre sua su- perfície. Considere que a densidade superficial é mantida constante. Assinale a alternativa que contém a ordem de grandeza do número de cargas elementares em uma es- fera de cobre com raio da ordem de milímetros. a) 1019 b) 1016 c) 1013 d) 1010 e) 101 6. (Unifor-CE) Sabemos que eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso. A história nos conta que grandes cientistas como Tales de Mileto conseguiram verificar a existência das cargas elétricas. Analise as afirmações abaixo acerca do assunto. I. Um corpo é chamado neutro quando é desprovido de cargas elétricas. II. A eletrostática é descrita pela conservação de cargas elétri- cas, a qual assegura que, em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante. III. A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na natureza. IV. No processo de eletrização por atrito, a eletrização não depende da natureza do material. É CORRETO apenas o que se afirma em: a) I e II b) III e IV c) I e IV d) II e III e) II e IV 7. (UFPB/PSS) A carga elétrica é conhecida pela humanidade desde o ano de 600 a.C. O estudo de suas propriedades possibilitou o controle da sua manipulação e, consequen- temente, o entendimento da eletrização da matéria. Esse enorme progresso no estudo da carga elétrica ensejou ex- traordinários avanços tecnológicos, tais como as recentes telas de toque (touch screen) dos computadores atuais. Sobre as propriedades das cargas elétricas, identifique as afirmativas corretas. I. A carga elétrica é uma propriedade intrínseca das par- tículas fundamentais que compõem a matéria. II. A carga elétrica é uma grandeza quantizada. III. A carga elétrica dá origem a uma força exclusivamen- te de repulsão, chamada de força elétrica. IV. A eletrização da matéria pode ocorrer quando um cor- po perde ou recebe elétrons. V. A conservação da carga elétrica é sempre verificada em um sistemaisolado de cargas elétricas que interagem. 8. (PUCC-SP) Os relâmpagos e os trovões são consequência de descargas elétricas entre nuvens ou entre nuvens e o solo. A respeito desses fenômenos, considere as afirma- ções que seguem. I. Nuvens eletricamente positivas podem induzir cargas elétricas negativas no solo. II. O trovão é uma consequência da expansão do ar aquecido. III. Na descarga elétrica, o relâmpago é consequência da ionização do ar. Dentre as afirmações: a) somente I e II são corretas. b) I, II e III são corretas. c) somente I é correta. d) somente II é correta. e) somente III é correta. 9. (UFRGS-RS) Considere dois balões de borracha, A e B. O balão B tem excesso de cargas negativas; o balão A, ao ser aproximado do balão B, é repelido por ele. Por outro lado, quando certo objeto metálico isolado é aproximado do balão A, este é atraído pelo objeto. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu- nas do enunciado a seguir, na ordem em que aparecem. A respeito das cargas elétricas líquidas no balão A e no objeto, pode-se concluir que o balão A só pode e que o objeto só pode . a) ter excesso de cargas negativas − ter excesso de car- gas positivas b) ter excesso de cargas negativas − ter excesso de cargas positivas ou estar eletricamente neutro c) ter excesso de cargas negativas − estar eletricamen- te neutro d) estar eletricamente neutro − ter excesso de cargas po- sitivas ou estar eletricamente neutro e) estar eletricamente neutro − ter excesso de cargas positivas Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 16 4/5/18 12:16 PM 17 FÍ S IC A 10. (UFTM-MG) Em uma festa infantil, o mágico resolve fazer uma demonstração que desperta a curiosidade das crianças ali presentes. Enche uma bexiga com ar, fecha-a, e, a seguir, após esfregá-la vigorosamente nos cabelos de uma das crianças, encosta o balão em uma parede lisa e perfeitamente vertical. Ao retirar a mão, a bexiga permanece fixada à parede. Qual foi a “mágica”? a) O ar da bexiga interage com a parede, permitindo o repouso da bexiga. b) Ao ser atritada, a bexiga fi ca eletrizada e induz a distri- buição das cargas da parede, o que permite a atração. c) O atrito estático existente entre a bexiga e a parede é sufi ciente para segurá-la, em repouso, na parede. d) A bexiga fi ca eletrizada, gerando uma corrente elétrica que a segura à parede. e) Por ser bom condutor de eletricidade, o ar no interior da bexiga absorve energia elétrica da parede, permi- tindo a atração. 11. (UEM-PR) Sobre os fenômenos da eletrização e da indução eletrostática, assinale o que for correto. (01) Um corpo metálico não eletrizado possui núme- ro igual de cargas elétricas positivas e de cargas elétricas negativas. (02) Um corpo metálico eletrizado positivamente possui excesso de prótons. (04) A indução eletrostática é a separação de cargas que acontece em um condutor eletricamente neutro, quando um corpo eletrizado é aproximado desse condutor, fazendo com que cargas induzidas se acu- mulem em suas extremidades. (08) Um dielétrico não pode ser polarizado por indu- ção eletrostática. (16) Quando dois corpos são atritados, prótons são des- locados de um corpo para outro fazendo com que esses corpos fi quem eletrizados. 12. (UFTM-MG) A indução eletrostática consiste no fenô- meno da separação de cargas em um corpo condutor (induzido), devido à proximidade de outro corpo ele- trizado (indutor). Preparando-se para uma prova de física, um estudante anota em seu resumo os passos a serem seguidos para eletrizar um corpo neutro por indução, e a conclusão a respeito da carga adquirida por ele. Passos a serem seguidos: I. Aproximar o indutor do induzido, sem tocá-lo. II. Conectar o induzido à Terra. III. Afastar o indutor. IV. Desconectar o induzido da Terra. Conclusão: No fi nal do processo, o induzido terá adquirido cargas de sinais iguais às do indutor. Ao mostrar o resumo para seu professor, ouviu dele que, para fi car correto, ele deverá: a) inverter o passo III com IV, e que sua conclusão está correta. b) inverter o passo III com IV, e que sua conclusão está errada. c) inverter o passo I com II, e que sua conclusão está errada. d) inverter o passo I com II, e que sua conclusão está correta. e) inverter o passo II com III, e que sua conclusão está errada. 13. (Unifesp) Uma estudante observou que, ao colocar sobre uma mesa horizontal três pêndulos eletrostáticos idênticos, equidistantes entre si, como se cada um ocupasse o vértice de um triângulo equilátero, as esferas dos pêndulos se atraíram mutuamente. Sendo as três esferas metálicas, a estudante poderia concluir corretamente que: a) as três esferas estavam eletrizadas com cargas de mes- mo sinal. b) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de mes- mo sinal e uma, com carga de sinal oposto. c) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de mes- mo sinal e uma, neutra. d) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de sinais opostos e uma, neutra. e) uma esfera estava eletrizada e duas, neutras. 14. +Enem [H21] Na pilha de Volta, utilizam-se cobre e zinco para gerar uma corrente elétrica, ambos materiais metálicos. Se cada átomo de cobre libera 2 elétrons para a pilha de Volta, o raio ocupado por cada átomo é de 140 ∙ 10−12 m, o volume da placa de cobre é de 1 cm3 e a carga elétrica do elétron é de 1,6 ∙ 10−19 C, qual é a quantidade de carga dessa placa? (Considere π = 3 e o formato do átomo esférico.) a) 6,2 ∙ 108 C b) 7,8 ∙ 103 C c) 3,4 ∙ 104 C d) 4,3 ∙ 106 C e) 5,4 ∙ 105 C 15. (UFPB) Uma esfera condutora A, carregada positivamente, é aproximada de uma outra esfera condutora B, que é idêntica à esfera A, mas está eletricamente neutra. Sobre processos de eletrização entre essas duas esferas, identifi - que as afi rmativas corretas: ( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, uma força de atração surgirá entre essas esferas. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e em seguida separando-as, as duas esferas sofrerão uma força de repulsão. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e em seguida afastando-as, a esfera A fi cará neutra e a esfera B fi cará carregada positivamente. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, e em seguida aterrando a esfera B, ao se desfazer esse aterramento, ambas fi carão com cargas elétri- cas de sinais opostos. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, e em seguida afastando-as, a confi guração inicial de cargas não se modifi cará. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 17 4/5/18 12:16 PM 18 CAPÍTULO 1 16. (PUC-SP) A mão da garota da fi gura toca a esfera eletrizada de uma máquina eletrostática conhecida como gerador de Van der Graaff. A respeito do descrito são feitas as seguintes afi rmações: I. Os fi os de cabelo da garota adquirem cargas elétricas de mesmo sinal e por isso se repelem. II. O clima seco facilita a ocorrência do fenômeno obser- vado no cabelo da garota. III. A garota conseguiria o mesmo efeito em seu cabelo, se na fi gura sua mão apenas se aproximasse da esfera de metal sem tocá-la. Está correto o que se lê em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 17. (IFSP) A tabela a seguir mostra a série triboelétrica. Pele de coelho + Ð Vidro Cabelo humano Mica Lã Pele de gato Seda Algodão Âmbar Ebonite Poliéster Isopor Plástico Através dessa série é possível determinar a carga elé- trica adquirida por cada material quando são atritados entre si. O isopor ao ser atritado com a lã fi ca carrega- do negativamente. O vidro ao ser atritado com a seda fi cará carregado: a) positivamente, pois ganhou prótons. b) positivamente, pois perdeu elétrons. c) negativamente, pois ganhou elétrons. d) negativamente, pois perdeu prótons. e) com carga elétrica nula, pois é impossívelo vidro ser eletrizado. 18. (Ceeteps-SP) O transporte de grãos para o interior dos silos de armazenagem ocorre com o auxílio de esteiras de borra- cha, conforme mostra a fi gura, e requer alguns cuidados, pois os grãos, ao caírem sobre a esteira com velocidade diferente dela, até assimilarem a nova velocidade, sofrem escorregamentos, eletrizando a esteira e os próprios grãos. Essa eletrização pode provocar faíscas que, no ambiente repleto de fragmentos de grãos suspensos no ar, pode acarretar incêndios. Nesse processo de eletrização, os grãos e a esteira fi cam carregados com cargas elétricas de sinais: a) iguais, eletrizados por atrito. b) iguais, eletrizados por contato. c) opostos, eletrizados por atrito. d) opostos, eletrizados por contato. e) opostos, eletrizados por indução. 19. (UFRJ) Um aluno montou um eletroscópio para a feira de ciências da escola, conforme ilustrado na fi gura a seguir. Na hora da demonstração, ele atritou um pedaço de cano plástico com uma fl anela, deixando-o eletriza- do positivamente, e em seguida encostou-o na tampa metálica e retirou-o. + + + + + + Tampa isolante Cano plástico Tampa de lata (metálica) Fio de cobre Fita de alumínio O aluno observou, então, um ângulo de abertura α 1 na fi ta de alumínio. a) Explique o fenômeno físico ocorrido com a fita metálica. b) O aluno, em seguida, tornou a atritar o cano com a fl anela e o reaproximou do eletroscópio sem en- costar nele, observando um ângulo de abertura α 2 . Compare α 1 e α 2 , justifi cando sua resposta. R e p ro d u ç ã o /C e e te p s -S P, 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /P u c -S P, 2 0 0 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 18 4/5/18 12:16 PM 19 FÍ S IC A 20. (UEPG-PR) Considere quatro esferas metálicas idênticas e isoladas uma da outra. Três esferas (A, B, C) estão, ini- cialmente, descarregadas, e a quarta esfera (D) está ele- trizada com carga igual a Q. A seguir, a esfera D é posta sucessivamente em contato com as esferas A, B e C. Por fi m, todas as esferas estão eletrizadas. Sobre as cargas adquiridas pelas esferas, ao fi nal do processo, assinale o que for correto. (01) As quatro esferas estarão igualmente eletrizadas. (02) A esfera A estará eletrizada com carga igual a Q 2 . (04) As esferas C e D estarão eletrizadas com cargas iguais a Q 8 . (08) As esferas A, B e C estarão eletrizadas com cargas iguais a Q 3 . (16) A esfera B estará eletrizada com carga igual a Q 4 . Dê a soma dos números dos itens corretos. 21. (Acafe-SC) Utilizado nos laboratórios didáticos de Física, os eletroscópios são aparelhos geralmente usados para detectar se um corpo possui carga elétrica ou não. Considerando o eletroscópio da fi gura anterior, carrega- do positivamente, assinale a alternativa correta que com- pleta a lacuna da frase a seguir. Tocando-se o dedo na esfera, verifi ca-se que as lâminas se fecham, porque o eletroscópio . a) perde elétrons b) ganha elétrons c) ganha prótons d) perde prótons 22. (Uespi) Uma pequena esfera condutora A, no vácuo, possui inicialmente carga elétrica Q. Ela é posta em contato com outra esfera, idêntica a ela, porém neutra, e ambas são separadas após o equilíbrio eletrostático ter sido atingido. Esse procedimento é repetido mais 10 vezes, envolvendo outras 10 esferas idênticas à esfera A, todas inicialmente neutras. Ao fi nal, a carga da esfera A é igual a: a) Q 29 b) Q 210 c) Q 211 d) Q 10 e) Q 11 23. (CN) Analise a fi gura abaixo. Na fi gura acima temos uma esfera AB, maciça, de ma- terial isolante elétrico, dividida em duas regiões con- cêntricas, A e B. Em B há um excesso de carga elétrica Q de sinal desconhecido. A região A está eletricamente neutra. No pêndulo eletrostático temos a esfera metá- lica C aterrada por um fi o metálico. Ao se aproximar a esfera isolante AB da esfera metálica C pela direita, conforme indica a fi gura, qual será a inclinação Φ do fi o metálico? a) Negativa, se Q , 0 b) Nula, se Q , 0 c) Positiva, independente do sinal de Q d) Negativa, se Q . 0 e) Nula, independente do sinal de Q 24. (PUC-SP) Uma caixa contem n esferas metálicas idênti- cas, neutras e apoiadas em suportes isolantes. Um aluno separa essas esferas em três agrupamentos que contem quantidades iguais de esferas; os agrupamentos estão distantes entre si e foram nomeados por A, B e C. Nos agrupamentos A e B, as esferas estão todas enfi leiradas e encostadas umas com as outras. No agrupamento C, as esferas também estão enfi leiradas, porém bem distan- tes umas das outras. Após esse procedimento, o mesmo aluno, segurando pelo suporte isolante uma outra esfera metálica, inicialmente eletrizada com carga Q e idêntica as n esferas metálicas contidas nos agrupamentos A, B e C, faz o contato sucessivo dessa esfera eletrizada com as esferas do agrupamento A, depois com as esferas do agrupamento B e, fi nalmente, com cada esfera individual- mente do agrupamento C. Ao fi nal desse procedimento, podemos afi rmar que a carga fi nal da esfera que estava inicialmente eletrizada com carga Q, será: a) 9 Q (n + 3) 2 2 3 n⋅ ⋅ d) 3 Q (n + 3) 22 3 n ⋅ ⋅ b) 9 Q (n 3) 22 3 n ⋅ + ⋅ e) 9 Q (n + 3) 2 3 n ⋅ ⋅ c) 3 Q (n + 3) 2 3 n ⋅ ⋅ R e p ro d u ç ã o /A c a fe -S C , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /E N , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 19 4/5/18 12:16 PM 20 CAPÍTULO 1 25. (Ufscar-SP) Considere dois corpos sólidos envolvidos em processos de eletrização. Um dos fatores que podem ser observados tanto na eletrização por contato quanto na por indução é o fato de que, em ambas: a) torna-se necessário manter um contato direto entre os corpos. b) deve-se ter um dos corpos ligado temporariamente a um aterramento. c) ao fi m do processo de eletrização, os corpos adquirem cargas elétricas de sinais opostos. d) um dos corpos deve, inicialmente, estar carregado ele- tricamente. e) para ocorrer, os corpos devem ser bons condutores elétricos. 26. (Cefet-MG) Três esferas idênticas, A, B e C, encontram-se separadas e suspensas por fi os isolantes conforme ilustração. As seguintes ações e observações são, então, realizadas: Ações Observações Aproxima-se A de B Aproxima-se B de C Das possibilidades apresentadas na tabela seguinte, Possibilidades Cargas Das Esferas A B C 1ª + + 0 2ª 0 0 + 3ª – – 0 4ª – + – Aquelas que estão em conformidade com as observações são: a) 1ª e 2ª b) 1ª e 3ª c) 2ª e 4ª d) 3ª e 4ª 27. (Ufal) Um estudante dispõe de um kit com quatro pla- cas metálicas carregadas eletricamente. Ele observa que, quando aproximadas sem entrar em contato, as placas A e C se atraem, as placas A e B se repelem, e as placas C e D se repelem. Se a placa D possui carga elétrica negativa, ele conclui que as placas A e B são, respectivamente: a) positiva e positiva. b) positiva e negativa. c) negativa e positiva. d) negativa e negativa. e) neutra e neutra. 28. (Ufl a-MG) Duas esferas condutoras descarregadas e iguais, 1 e 2, estão em contato entre si e apoiadas em uma superfície isolante. Aproxima-se de uma delas um bastão eletrizado po- sitivamente sem tocá-la, conforme fi gura adiante. Em seguida, as esferas são afastadas e o bastão eletrizado é removido. + + + + + + 1 2 É correto afi rmar que: a) as esferas permanecem descarregadas, pois não há transferência de cargas entre bastão e esferas. b) a esfera 1, mais próxima do bastão, fi ca carregada po- sitivamente e a esfera 2, carregada negativamente. c) as esferas fi cam eletrizadas com cargas iguais e de si- nais opostos. d) as esferas fi cam carregadas com cargas de sinais iguais e ambas de sinal negativo, pois o bastão atrai cargas opostas. 29. (Cefet-MG) O eletroscópio da fi gura, eletrizado com car- ga desconhecida, consiste de umaesfera metálica ligada, através de uma haste condutora, a duas folhas metálicas e delgadas. Esse conjunto encontra-se isolado por uma rolha de cortiça presa ao gargalo de uma garrafa de vidro transparente, como mostra a fi gura. Sobre esse dispositivo, afi rma-se: I. As folhas movem-se quando um corpo neutro é apro- ximado da esfera sem tocá-la. II. O vidro que envolve as folhas delgadas funciona como uma blindagem eletrostática. III. A esfera e as lâminas estão eletrizadas com carga de mesmo sinal e a haste está neutra. IV. As folhas abrem-se ainda mais quando um objeto, de mesma carga do eletroscópio, aproxima-se da esfera sem tocá-la. Estão corretas apenas as afi rmativas: a) I e II b) I e IV c) II e III d) III e IV R e p ro d u ç ã o /C F T- M G , 2 0 1 0 R e p ro d u ç ã o /C F T- M G , 2 0 1 0 Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 20 4/5/18 12:16 PM 21 FÍ S IC A 30. (UFTM-MG) Na época das navegações, o fenômeno conhe- cido como “fogo de santelmo” assombrou aqueles que atravessavam os mares, com suas espetaculares manifes- tações nas extremidades dos mastros das embarcações. Hoje, sabe-se que o fogo de santelmo é uma consequência da eletrização e do fenômeno conhecido na Física como o “poder das pontas”. Sobre os fenômenos eletrostáticos, considerando-se dois corpos, é verdade que: a) são obtidas cargas de igual sinal nos processos de ele- trização por contato e por indução. b) toda eletrização envolve contato físico entre os corpos a serem eletrizados. c) para que ocorra eletrização por atrito, um dos corpos necessita estar previamente eletrizado. d) a eletrização por indução somente pode ser realizada com o envolvimento de um terceiro corpo. e) um corpo não eletrizado é também chamado de corpo neutro, por não possuir carga elétrica. 31. (CEFSA-SP) O conhecimento da eletricidade não se deu de forma defi nida. Fenômenos conhecidos antes de Cristo somente foram retomados a partir do século XVII, com a construção das primeiras máquinas eletrostáticas. No iní- cio, as máquinas eletrostáticas eram baseadas no processo de eletrização por atrito. Máquina de Guericke (1663). Foi somente no século IX que as primeiras máquinas ele- trostáticas baseadas na indução eletrostática foram cons- truídas, as chamadas máquinas de indução ou infl uência. Essa defasagem é bastante coerente, visto que o processo de eletrização por indução consiste em um procedimento que guarda determinada complexidade e ordem. α m’ m K L R’R L’ B A S’ H n α F α Máquina de Wimshurst (1883). De fato, para podermos eletrizar um corpo, contando com um segundo corpo eletricamente carregado, pelo processo da indução, devemos essencialmente reproduzir os passos descritos. São eles: a) Afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen- do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ele- trizado é aproximado do corpo neutro; o corpo ini- cialmente neutro fi ca com carga de sinal oposto à do corpo previamente eletrizado. b) Afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen- do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ele- trizado é aproximado do corpo neutro; o corpo ini- cialmente neutro fi ca com carga de sinal oposto à do corpo previamente eletrizado. c) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro; o corpo neutro é aterrado, sendo em seguida desfeito o aterramento; afastam-se os corpos; o corpo inicial- mente neutro fi ca com carga de sinal oposto à do cor- po previamente eletrizado. d) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro; afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen- do em seguida desfeito o aterramento; o corpo inicial- mente neutro fi ca com carga de mesmo sinal que a do corpo previamente eletrizado. e) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro; afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen- do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ini- cialmente neutro fi ca com carga de sinal oposto à do corpo previamente eletrizado. Vá em frente Acesse O vídeo disponível no site no MEC conta como os cientistas pioneiros quebraram os mistérios da Eletricidade. A história da eletricidade – A faísca Disponível em: ,https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/a-historia-da-eletricidade.. Acesso em: 28 fev. 2018. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. Et_EM_3_Cad9_Fis_c01_01a21.indd 21 4/5/18 12:16 PM ► Compreender as relações entre carga elétrica nos fenômenos de atração e repulsão. ► Compreender e aplicar a relação da intensidade da força elétrica com a distância de separação. ► Identifi car as cargas elétricas que geram campos elétricos. ► Avaliar as interações entre partículas carregadas e campo elétrico. ► Identifi car as múltiplas aplicações no cotidiano da ação da força elétrica e do campo elétrico. Principais conceitos que você vai aprender: ► Lei de Coulomb ► Força elétrica ► Campo elétrico ► Linhas de força ► Carga de prova ► Condutores e isolantes de eletricidade 22 OBJETIVOS DO CAPÍTULO yevgeniy11 /S h u tte rsto ck 2 FORÇA E CAMPO ELÉTRICO Atualmente temos ao alcance diversas formas para se realizar a impressão de um documento. Desde que os computadores e as impressoras substituíram a máquina de es- crever, com apenas um comando podemos observar uma folha saindo por uma bandeja de impressão. No início, as primeiras impressoras, chamadas matriciais, utilizavam basicamente a mes- ma estrutura das máquinas de escrever. Numa esfera metálica, os caracteres em alto relevo entravam em contato com uma fi ta de tecido, impregnada de tinta para marcar o papel. O movimento da fi ta era sempre no sentido de percorrer toda a linha a ser impressa, retornando ao lado esquerdo e novamente percorrendo a linha seguinte. Nesse processo as impressões eram demoradas e, nas recomendações do fabricante, havia, inclusive, a sugestão: “aproveite para tomar um cafezinho enquanto seu trabalho é impresso”. Esses equipamentos evoluíram signifi cativamente, tanto na velocidade quanto na qualidade da impressão a ser obtida. Com os avanços tecnológicos, desenvolveu-se a impressora jato de tinta, cuja principal característica é a maior rapidez e qualidade, principalmente para as impressões de imagem. Desenvolvidas pela empresa japonesa Epson, em 1990, que dominava o mercado das ma- triciais, as impressoras jato de tinta apresentavam como inovação em um dos seus itens um mineral ou um cristal Pizo elétrico, que altera seu formato ao receber um sinal elétrico. Um outro componente desse tipo de impressora é o transdutor que, ao receber um sinal elétrico, como é constituído pelo cristal, sofre deformação e produz uma pressão mecânica que ejeta gotículas de tinta por determinados orifícios localizados na cabeça de impressão. Essas gotículas carregadas passam entre duas placas defl etoras nas quais existe um campo elétrico. Este, por sua vez, promoverá desvios de trajetória ao aplicar uma força elétrica nas gotículas, para levá-las aos pontos determinados na folha de papel. Com alta velocidade e pulsos elétricos extremamente curtos, esse tipo de impressão apresentou uma grande me- lhoria na qualidade dos detalhes, principalmente em imagens coloridas. • Existem diversos tipos de impressora, além da jato de tinta, como os modelos a laser. Do ponto de vista dos fenômenos físicos, quais diferenças existem entre as impresso- ras jato de tinta e a laser? Há vantagens na utilização de uma em relação à outra? Com essa questão, os alunos podem pesquisar as novas ten- dências na área da impressão, principalmente impressão a laser, que também utiliza princípios da Eletricidade e do Magnetismo (estudados posteriormente), porém com algumas diferenças. Coloque em questão a diferença de custo e, se possível, peça aos alunos que apontem a relação de custo e benefício entre os modelos de im- pressoras existentes no mercado.Impressora jato de tinta com detalhes dos cartuchos de impressão em contato, na parte inferior, com as cabeças de impressão. D e n is D ry a s h k in /S h u tt e rs to ck P io tr A d a m o w ic z/ S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 22 4/5/18 12:17 PM 23 FÍ S IC A Lei de Coulomb Na virada do século XIX, a ciência estava em um processo de grande desenvolvimento, e os estudos experimentais e qualitativos sobre os fenômenos elétricos avançavam cada vez mais. No entanto, as pesquisas deparavam com a difi culdade de formalizar matemati- camente tais fenômenos. Nesse contexto, o engenheiro e físico francês Charles A. Coulomb (1736-1806) desenvolveu uma lei para comportamento de cargas elétricas em contato. Coulomb publicou uma série de tratados, entre os quais se destacam suas experiên- cias sobre a força elétrica. Em 1785, utilizando um dispositivo para medir forças, conheci- do como balança de torção, estabeleceu a lei matemática que quantifi ca a força elétrica entre dois corpos eletrizados. Os resultados experimentais obtidos por Coulomb indica- ram que a força eletrostática entre duas cargas elétricas é diretamente proporcional ao valor das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa, resultado que fi cou conhecido como lei de Coulomb. 1 Esferas carregadas Fio de tor•‹o Considere duas cargas elétricas puntiformes, Q A e Q B , separadas por uma distância r. De acordo com o princípio da atração e repulsão, se as cargas elétricas tiverem mesmo sinal (Q A · Q B . 0), elas se repelem e, se tiverem sinais opostos (Q A · Q B , 0), se atraem, como representado na fi gura a seguir. • Cargas elétricas de mesmo sinal (Q A · Q B . 0) Q A Q B r F ABF BA • Cargas de sinais opostos (Q A · Q B , 0) r Q A Q BF AB F BA A força eletrostática F r AB , que a carga Q A aplica na carga Q B , tem a mesma intensidade da força eletrostática F r BA , que a carga Q B aplica na carga Q A , ou seja, F AB r = F BA r = F. A intensidade dessa força, de acordo com a lei de Coulomb, é dada por: = ⋅F k= ⋅F k= ⋅ Q QQ QQ Q⋅Q Q r A BA BA B Q Q A B Q QQ Q A B Q Q A B 2 em que k é a constante eletrostática do meio, que depende do meio no qual as cargas estão inseridas. Particularmente para o vácuo, o valor da constante eletrostática é deno- minado de k 0 e, em unidades do Sistema Internacional, vale: 1 = ⋅k 9 1= ⋅9 1= ⋅ 0 N m⋅N m C 0 9 2 2 Curiosidade 1 A balança de torção foi usada pela primeira vez pelo cientista inglês Henry Cavendish (1731- -1810), para medir a força de atração gravitacional entre duas pequenas esferas de chumbo. Essa memorável experiência permitiu estimar o valor da constante universal da gravitação (G H 6,7 · 10−11 N · m2/kg2) e a massa da Terra. Décadas depois, Coulomb usou o mesmo arranjo experimental para medir a intensidade da força elétrica entre esferas eletrizadas. Balança de torção. Observação 1 Uma carga elétrica puntiforme é aquela em que as dimensões do corpo que contém a carga podem ser desprezadas, ou seja, o corpo pode ser considerado como um ponto material. Y u ri K o rc h m a r/ S h u tt e rs to c k Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 23 4/5/18 12:17 PM 24 CAPÍTULO 2 Observe que a expressão obtida por Coulomb depende do quadrado da distância que separa as cargas, análoga à lei da gravitação universal de Newton, para atração entre mas- sas. A partir da expressão, podemos afi rmar que, se a distância dobrar, a força será quatro vezes menor; se a distância triplicar, a força será nove vezes menor, e assim sucessivamen- te. Essa característica pode ser representada em um gráfi co da intensidade da força F em função da distância r, como na fi gura. F F 1 2 3 r F 4 F 9 0 For•a resultante Quando um objeto eletrizado com carga elétrica q se encontra em uma região em que há diversas cargas, Q 1 , Q 2 , ..., Q n , ele estará sujeito à ação de várias forças elétricas: F r 1 , F r 2 , ..., F r n . Nesse caso, a força resultante F r R sobre o objeto deve ser determinada da mesma forma como em mecânica, ou seja, somando-se vetorialmente todas as forças que atuam na carga. F F F F= +F F= +F F F F+F F r r r r R 1 F F R 1 F F= + R 1 = +F F= + R 1 F F R 1 = + 2 n F F 2 n F FF F+F F 2 n +... 2 n F F...F F 2 n ... q Q 2 Q 1 Q n q F R F 1 F n F 2 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Atenção às unidades de medida: Tome como referência as unidades da constante a ser utilizada nos cálculos, k 0 . Observe que as cargas devem ser utilizadas em módulo para o cálculo. Identifi que se as forças são de atração ou repulsão pelos sinais das cargas envolvidas. Em um átomo de hidrogênio, a distância média entre o próton e o elétron é de aproxima- damente 30 pm. Determinar a intensidade da força elétrica de atração entre o próton e o elétron, em newtons. (Dados: carga elementar: e = 1,6 ⋅ 10–19 C; 1 pm (picômetro) = 10–12 m; constante elétrica do vácuo: 9 10 N m C 0 9 2 2 k = ⋅ ⋅ Resolu•‹o Pela lei de Coulomb, temos: 9 10 1,6 10 1,6 10 (30 10 ) 2,56 10 N p e 2 9 19 19 12 2 7 F k Q Q r F F= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ − − − − s s Carga elétrica sujeita à ação de diversas forças. Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 24 4/5/18 12:17 PM 25 FÍ S IC A Atividades 1. Uma das principais contribuições para os estudos sobre ele- tricidade foi a compreensão da natureza da força elétrica realizada, principalmente, pelos trabalhos de Charles Au- gustin de Coulomb (1736-1806). Coulomb realizou diver- sos experimentos para determinar a força elétrica existente entre objetos carregados, resumindo suas conclusões em uma relação que fi cou conhecida como lei de Coulomb. Considerando a lei de Coulomb, assinale a alternativa correta. a) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- regados é diretamente proporcional ao produto das cargas e ao quadrado da distância entre esses corpos. b) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- regados é inversamente proporcional ao produto das cargas e diretamente proporcional ao quadrado da distância entre esses corpos. c) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- regados é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional à constante ele- trostática do meio em que os corpos estão inseridos. d) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- regados é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre esses corpos. e) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carre- gados é inversamente proporcional à distância entre esses corpos e ao produto das cargas. Pela lei de Coulomb, expressa matematicamente abaixo. F k Q Q d 0 1 2 2 = ⋅ ⋅ Temos que a força é diretamente proporcional às cargas e in- versamente proporcional ao quadrado da distância. Alternativa d 2. Duas partículas, carregadas com cargas elétricas de 8 ⋅ 10–6 C e 4 ⋅ 10–6 C, respectivamente, são colocadas no vácuo a uma distância de 30 cm uma da outra. Sendo a constante eletrostática k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, calcule a intensidade da força de interação eletrostática entre essas cargas. Lembre-se de que a distância r é em metros. F k Q Q r 9 10 8 10 4 10 0,3 1 2 2 9 6 6 2( ) = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ − − ∴ F = 3,2 N 3. (Ulbra-RS) Considere duas cargas, Q A = 4 μC e Q B = –5 μC, separadas por 3 cm no vácuo. Elas são postas em contato e, após, separadas no mesmo local, por 1 cm. Qual o sentido e o valor da força eletrostática entre elas, após o contato? Considere: 1 C 10 C, k 9 10 N m c 6 0 9 2 2 μ = = ⋅ ⋅− a) Atração: 0,2 N b) Atração: 2,5 N c) Atração: 200,0 N d) Repulsão: 0,2 N e) Repulsão: 22,5 N A carga total é dada por: Q 4 C 5 C 1 Ctotal μ − μ = − μ= Considerando as cargas idênticas, após o contato, temos que: Q Q Q Q Q 2 1 2 0,5 CA ' B ' totalA ' B '= = = = − = − μs Calculando a força elétrica, temos: F k Q Q d F k Q d F F A B 9 10 0,5 10 1 10 22,5 N 0 2 0 2 2 9 6 2 2 2 ( ) ( ) = ⋅ = = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = − − s s s s Como as cargas são de mesmo sinal, elas se repelem. Alternativa e 4. Em um átomo de hidrogênio, a distância entre o elétron e o próton é denominada raio de Bohr e corresponde a aproximadamente 0,5 angstrom (0,5 Å). Sabe-se que 1 Å equivale a 10–10 m e que a carga elétrica do próton é igual à carga elétrica do elétron em módulo e vale e = 1,6 ⋅ 10–19 C. Assim, se a constante eletrostática do vácuo é igual a k 0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, qual das alternativas a seguir melhor representa a intensidade da força elétrica de atração entre o próton e o elétron em um átomo de hidrogênio? a) 2,3 ⋅ 10–3 N b) 9,2 ⋅ 10–8 N c) 1,6 ⋅ 10–9 N d) 2,8 ⋅ 10–12 N e) 5,6 ⋅ 10–15 N F = k ⋅ q q d | | | |1 2 2 ⋅ s s F = 9 ⋅ 109 ⋅ 1,6 10 1,6 10 0,5 10 –19 –19 –10 2 ( ) ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = 23 10 0,25 10 –29 –20 ⋅ ⋅ s s F = 92 ⋅ 10−9 = 9,2 ⋅ 10−8 N Alternativa b Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 25 4/5/18 12:17 PM 26 CAPÍTULO 2 5. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que preenche correta- mente as lacunas no fim do enunciado que segue, na ordem em que aparecem. Três esferas metálicas idên- ticas, A, B e C, são montadas em suportes isolantes. A esfera A está positivamente carregada com carga Q, enquanto as esferas B e C estão eletricamente neutras. Colocam-se as esferas B e C em contato uma com a outra e, então, coloca-se a esfera A em contato com a esfera B, conforme representado na figura. A B C Depois de assim permanecerem por alguns instantes, as três esferas são simultaneamente separadas. Consi- derando-se que o experimento foi realizado no vácuo (k 0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) e que a distância final d entre as esferas A e B é muito maior que seu raio, a força eletrostática entre essas duas esferas é e de inten- sidade igual a . a) repulsiva – k Q 9d 0 2 2 )( b) atrativa – k Q 9d 0 2 2 )( c) repulsiva – k Q 6d 0 2 2 )( d) atrativa – k Q 4d 0 2 2 )( e) repulsiva – k Q 4d 0 2 2 )( Considerando um sistema eletricamente isolado e que as es- feras são idênticas, pode-se afirmar que, após o contato, as esferas terão cargas elétricas iguais de valor Q Q ' 3 = e de mesmo sinal. Portanto, a força eletrostática entre as esferas A e B será de repulsão e terá intensidade dada pela lei de Coulomb. F k Q Q d F k Q Q d F k Q d ' ' 3 3 9 0 2 0 2 0 2 2 = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ s s Alternativa a 6. (EEAR-SP) Duas cargas são colocadas em uma região onde há interação elétrica entre elas. Quando separadas por uma distância d a força de interação elétrica entre elas tem módulo igual a F. Triplicando-se a distância entre as cargas, a nova força de interação elétrica em relação à força inicial, será: a) diminuída 3 vezes. b) diminuída 9 vezes. c) aumentada 3 vezes. d) aumentada 9 vezes. Na primeira condição, temos: F k q q d 1 1 2 2 = ⋅ ⋅ Na segunda condição, temos: F k q q d F k q q d(3 ) 1 9 2 1 2 2 2 1 2 2 = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ s Comparando as duas situações, temos que: F F 1 9 2 1= ⋅ Alternativa b 7. (PUC-RS) Para responder à questão a seguir considere as informações que seguem. Três esferas de dimensões desprezíveis A, B e C estão eletricamente carregadas com cargas elétricas respectiva- mente iguais a 2q, q e q. Todas encontram-se fixas, apoia- das em suportes isolantes e alinhadas horizontalmente, como mostra a figura abaixo: O módulo da força elétrica exercida por B na esfera C é F. O módulo da força elétrica exercida por A na esfera B é: a) F 4 b) F 2 c) F d) 2F e) 4F Calculando a força elétrica entre as esferas B e C, temos: F k q q F k q F k q F (2 10 ) 4 10 4 BC 2 2 BC 2 4 BC 2 = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ = − − s s Calculando a força elétrica entre as esferas A e B, temos: F k q q F k q F k q2 (4 10 ) 2 16 10 8 10 AB 2 2 AB 2 4 AB 2 4 = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ − − − s s Ao comparar os dois resultados: F k q k q F F 8 10 1 2 4 10 1 2 AB 2 4 2 4 AB= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ − − s Alternativa b R e p ro d u ç ã o /P u c -R S , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 26 4/5/18 12:17 PM 27 FÍ SI CA 8. +Enem [H21] Dispõe-se de uma placa metálica M e de uma esfera metálica P, de peso 0,2 N, suspensas por um fi o isolante, ambas inicialmente neutras e isoladas, como mostra a fi gura 1. Um feixe de luz violeta é lançado sobre a placa, retirando elétrons dela, como mostra a fi gura 2. Com isso, a esfera é atraída, entrando em contato com a placa, como mostra a fi gura 3, e, em seguida, é repelida, como indicado na fi gura 4. 1 2 3 4 m D θ 11. (PUC-RJ) Duas cargas pontuais q 1 e q 2 são colocadas a uma distância R entre si. Nesta situação, observa-se uma força de módulo F 0 sobre a carga q 2 . Se agora a carga q 2 for reduzida à metade e a distância entre as cargas for reduzida para R 4 , qual será o módulo da força atuando em q 1 ? a) F 32 0 b) F 2 0 c) 2 F 0 d) 8 F 0 e) 16 F 0 12. (UFJF-MG) Duas pequenas esferas condutoras idênticas estão eletrizadas. A primeira esfera tem uma carga de 2Q e a segunda uma carga de 6 Q. As duas esferas estão separadas por uma distância d e a força eletrostática entre elas é F 1 . Em seguida, as esferas são colocadas em contato e depois separadas por uma distância 2d. Nessa nova confi guração, a força eletrostática entre as esferas é F 2 . Pode-se afirmar sobre a relação entre as forças F 1 e F 2 que: a) F 1 = 3F 2 b) F 1 = F 12 2 c) F 1 = F 3 2 d) F 1 = 4F 2 e) F 1 = F 2 Complementares Tarefa proposta 1 a 17 9. (Mack-SP) Duas cargas elétricas puntiformes, Q 1 e Q 2 , atraem-se mutuamente com uma força de intensida- de F = 5,4 ⋅ 10–2 N quando estão no vácuo, a 1 m de distância uma da outra. Se Q 1 = 2 μC, Q 2 vale: a) –3 μC b) – 0,33 μC c) 0,5 μC d) 2 μC e) 3 μC 10. Duas cargas elétricas, Q 1 = +2 nC e Q 2 = +18 nC, estão fi xas em dois pontos de um plano cartesiano x0y, como mostra a fi gura. y x0 Q 2 Q 1 3 42 1 Uma terceira carga elétrica, Q 3 = +1 nC, será colocada em um dos pontos 1, 2, 3 e 4. A força elétrica resultante sobre a carga Q 3 será nula quando ela for colocada: a) somente no ponto 1. b) somente no ponto 2. c) somente nos pontos 1 e 2. d) somente nos pontos 3 e 4. e) nos pontos 1, 2, 3 e 4. Sendo θ = 60°, assinale a alternativa que indica correta- mente o sinal da carga elétrica que a esfera tem e o valor da força de tração no fi o. a) Positivo e 0,8 N b) Negativo e 0,1 N c) Positivo e 0,2 N d) Negativo e 0,3N e) Positivo e 0,4 N Quando a luz retira elétrons da placa, esta fi ca eletrizada po- sitivamente, atraindo a esfera. No contato entre a esfera e a placa, a esfera perde elétrons para a placa e fi ca eletrizada positivamente e repele a placa. As forças que atuam na esfera são tração, peso e força elétrica. Uma vez que a esfera está em equilíbrio, os vetores formam um polígono fechado. P T T P Tcos cos 0,2 0,5 0, 4 Nθ = = θ = =s s Alternativa e Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 27 4/5/18 12:17 PM 28 CAPÍTULO 2 Campo elétrico Uma das maiores contribuições de Isaac Newton, publicada em sua obra Princípios matemáticos de fi losofi a natural, é a lei da gravitação universal, que afi rma que a inten- sidade da força de atração gravitacional entre duas massas é inversamente proporcio- nal ao quadrado da distância entre elas. Como vimos, no fi m do século XVIII, Coulomb demonstrou que a força eletrostática de atração e repulsão entre cargas elétricas segue um comportamento análogo à lei da gravitação de Newton. Para descrever matematica- mente como ocorrem as forças que interagem a distância, foi introduzido o conceito de campo, um dos mais importantes para a Física contemporânea. Esse conceito pode ser desenvolvido considerando ofato de que toda massa gera uma região de influência no espaço ao seu redor, um campo de forças, deno- minado campo gravitacional. Esse campo faz com que qualquer outro corpo, com massa, colocado nessa região fique sujeito a uma força de atração gravitacional. Analogamente, todo objeto eletrizado cria à sua volta um campo de forças, deno- minado campo elétrico. A existência desse campo pode ser detectada ao se colocar uma carga de prova nessa região, em que se verificará que ela sofre a ação de uma força de origem elétrica. Considere um objeto com carga elétrica Q colocado num dado ponto do espaço, geran- do ao seu redor um campo elétrico, como mostra a fi gura A. Colocando-se uma carga de prova q em um ponto P dessa região, ela fi cará sujeita a uma força elétrica F � , como mostra a fi gura B. Q P Campo elétrico gerado pela carga Q Q P q Campo elétrico gerado pela carga Q A B F Para caracterizar matematicamente o campo elétrico nesse ponto do espaço, determi- na-se uma grandeza física vetorial, denominada de vetor campo elétrico E � , defi nida como a razão entre a força elétrica F � e a carga de prova q. =E F q � � em que a unidade de campo elétrico no Sistema Internacional é N/C (newton/coulomb). Dessa forma, a cada ponto da região de campo elétrico se associa um vetor campo elétrico, caracterizado por uma intensidade, uma direção e um sentido. Considerando que existem infi nitos pontos, temos infi nitos vetores campo elétrico, que dá origem ao deno- minado campo vetorial. Para uma dada carga no espaço temos que, ao se conhecer o vetor campo elétrico E � num dado ponto, pode-se determinar a força elétrica F � que age na carga elétrica q qual- quer colocada nesse ponto. Módulo Direção mesma que a do vetor Sentido 0 mesma que o do vetor 0 oposto ao do vetor . , • = ⋅ • • w w w w w F F q E E q E q E � � i � i � Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 28 4/5/18 12:17 PM 29 FÍ S IC A Campo elétrico gerado por cargas puntiformes As características (módulo, direção e sentido) do campo elétrico E � num dado ponto do espaço dependem do valor e da posição das cargas elétricas que geram esse campo elétri- co. Inicialmente vamos considerar o campo elétrico gerado por uma única carga elétrica puntiforme Q em um ponto P a uma distância r desse ponto. Nesse caso, o vetor campo elétrico E � no ponto P tem as seguintes características: Módulo Direção reta que liga ao ponto Sentido 0 "afastamento" 0 "aproximação" 2 . , • = ⋅ • • w w w w w E E k Q r Q P Q Q � i i As fi guras a seguir ilustram essa regra; na fi gura A, observa-se que o vetor campo elé- trico E � , em um ponto P, gerado por uma carga elétrica positiva (Q . 0), é de afastamento; e a fi gura B apresenta uma carga elétrica negativa (Q , 0) que gera um campo com sentido contrário, de aproximação. r Q > 0 P Carga geradora r Q < 0 P Carga geradora A B E E Para calcular o módulo do campo, vamos imaginar uma carga elétrica de prova q colo- cada no ponto P. A intensidade da força elétrica sofrida pela carga de prova devida à carga geradora Q segue a lei de Coulomb. Portanto, pela defi nição de campo elétrico, temos: sE F q k Q q r q 2 = = ⋅ ⋅ E k Q r2 = ⋅E k= ⋅E k Vale ressaltar que, independentemente do sinal da carga de prova q, o sentido do cam- po elétrico será de afastamento, quando Q . 0, e de aproximação, quando Q , 0, como representado nas situações a seguir. – + Q q E F Q q + + E F + – Q q EF – – Q q E F Para uma carga positiva, o campo é de afastamento, e para um carga negativa, de aproxima•‹o. Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 29 4/5/18 12:17 PM 30 CAPÍTULO 2 Considere agora o caso em que temos duas cargas elétricas geradoras, Q 1 e Q 2 , para determinar o vetor campo elétrico E r num dado ponto P. Nesse caso, as cargas Q 1 e Q 2 ge- ram, independentemente, campos elétricos E 1 r e E 2 r no ponto P, como no caso de uma única carga geradora. O campo elétrico resultante, E R r , no ponto P é dado pela soma vetorial de E 1 r e E 2 r , como representado na fi gura. P Q 1 > 0 Q 2 < 0 E 1 E 2 E R E E E R 1 2 r r r = + O mesmo raciocínio pode ser utilizado para determinar o campo de várias cargas gera- doras Q 1 , Q 2 , …, Q n que geram campos elétricos E 1 r , E 2 r , ... E n r . Assim: E E E E... R 1 2 n r r r r = + + + Linhas de campo elŽtrico (linhas de for•a) Conforme descrito anteriormente, em uma região do espaço há um campo elétrico, e nela existem infi nitos pontos, estando cada um deles associado a um vetor campo elétri- co; então, são infi nitos vetores campo elétrico, o que é impossível de desenhar. Desse modo, o cientista inglês Michael Faraday (1781-1867), no século XIX, propôs uma ferramenta geométrica para representar esses infi nitos vetores: as linhas de campo elé- trico ou linhas de força. (A) Faraday, o cientista inglês que introduziu o conceito de linhas de força para representar geometricamente o campo elétrico. (B) Linhas de força geradas por dois condutores cilíndricos carregados com cargas opostas. A B Linhas de força > EA EA EB EB A B Defi nição Linhas de campo elétrico: linhas imaginárias orientadas que representam geometricamente o campo elétrico numa região do espaço. As propriedades das linhas de campo elétrico são: ► o vetor campo elétrico em cada ponto do espaço é tangente à linha de força que passa por esse ponto e orientado no mesmo sentido; ► a intensidade do campo elétrico numa dada região é proporcional à densidade de linhas de campo da região; ► as linhas de campo nunca se cruzam. O vetor campo elétrico é tangente à linha de campo e orientado no sentido da linha. Na região em que se encontra o ponto B, as linhas de campo estão mais concentradas do que na região em que se encontra o ponto A. P h o to s .c o m /T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s B e tt m a n n /C O R B IS /L a ti n s to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 30 4/5/18 12:17 PM 31 FÍ S IC A Casos especiais de linhas de força As linhas de força geradas por uma carga elétrica puntiforme positiva, em qualquer ponto, terão um vetor campo elétrico que aponta para o sentido de afastamento da carga geradora (campo de afastamento). + A B E A E B O campo gerado por uma carga elétrica puntiforme negativa, em qualquer ponto, terá o vetor campo elétrico que aponta para a carga geradora (campo de aproximação). − A B E B E A As linhas de forças de duas cargas de mesmo módulo e sinais contrários se originam na carga positiva e se dirigem em direção à carga negativa. + – +Q −Q A B E B E A As linhas de campo geradas por duas placas planas e paralelas eletrizadas com cargas opostas são paralelas, conforme representado na fi gura a seguir. A B C + + + + + + + + + + − − − − − − − − − − E E E Nesse último caso, o campo elétrico tem mesma intensidade, mesma direção e mesmo sentido em qualquer ponto entre as placas. Esse tipo de campo é denominado de campo elétrico uniforme. Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 31 4/5/18 12:17 PM 32 CAPÍTULO 2 Conexões Gaiola de Faraday Aos 13 anos de idade, Faraday teve a necessidade de abandonar os estudos para ajudar a família. Começou a traba- lhar em uma livraria e se interessou pelos livros científi cos. Depois de adquirir alguns conhecimentos das ciências, ele realizou experiências com a distribuição de cargas elétricas nos condutores de eletricidade. Uma das experiências realizadas por Faraday consistia em analisar o campo elétrico no interior de um condutor de eletricidade, eletricamente carregado com as cargas em equilíbrio, ou seja, quando elas já estavam distribuídas no condutor. As cargas elétricas, em razão da repulsão elétrica, sempre se distribuem pela superfíciedo condutor e nunca permanecem fi xas em seu interior. Dessa forma, o campo elétrico no interior de um condutor é sempre nulo. Isso foi comprovado quando Faraday estruturou uma armação metálica (parecida com uma gaiola) e colocou um ele- troscópio no seu interior. Ao eletrizar a armação metálica, observou que nada acontecia com as folhas do eletroscópio. Se o eletroscópio não sofria infl uência das cargas elétricas armazenadas na estrutura metálica, signifi cava que no local onde esse aparelho se encontrava não havia campo elétrico. A roupa metalizada (gaiola de Faraday) não gera campo elétrico em seu interior, por isso o usuário não recebe uma descarga elétrica. O resultado da experiência de Faraday passou a ser utiliza- do no desenvolvimento de alguns aparelhos tecnológicos. Quando desejamos isolar determinado objeto ou meio da ação de campos elétricos, usamos um condutor elétrico oco ao seu redor. Um exemplo prático disso é o cabo coaxial. Esses ca- bos são amplamente empregados para transmitir sinais de te- levisão, pois evitam que campos elétricos externos interfi ram nas imagens produzidas. Uma experiência que pode ser feita em casa para testar o cam- po elétrico no interior de um condutor de eletricidade é a seguinte: Material • Rádio • Folha de jornal • Papel-alumínio Ligue o rádio e sintonize em uma emissora que emita um som de boa qualidade. Embrulhe o rádio ligado na folha de jornal. Em seguida, retire o papel e embrulhe o rádio, e também a antena, na folha de papel-alumínio. Responda às perguntas a seguir. 1. Existe diferença entre os dois casos? 2. Sendo o papel-alumínio um condutor, elabore uma explicação para o funcionamento, ou não, do rádio nas duas situações. Este cabo é composto de uma camada dupla de condutores: fi o de cobre no interior do cabo; isolante ao redor desse fi o; fi os fi nos e trançados de cobre, em forma de rede, ao redor do isolante; capa isolante para proteger o cabo do meio externo. S h e n g L i/ R E U T E R S /L a ti n s to ck Z w o la F a s o la /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 32 4/5/18 12:17 PM 33 FÍ SI CA Interação O campo elétrico é utilizado em diversas áreas tecnológicas como a Bioquímica. A eletroforese é um fenômeno eletrocinético, observado pela primeira vez em 1807, por Ferdinand Fréderic Reuss (1778-1852), da Universidade de Moscou. Ele notou que, ao aplicar um campo elétrico a uma mistura de argila e água, partículas dispersas da argila se movimen- tavam. Diante desse fato, concluiu que a movimentação era resultado da presença de uma interface carregada entre a superfície das partículas e o líquido. Amostras aplicadas em gel de eletroforese. Anos mais tarde, a técnica desenvolvida pelo químico Arne Tiselius, com base na eletroforese, lhe renderia o prêmio Nobel de Química, em 1948. A técnica desenvolvida por Tiselius consistia em separar moléculas previamente carregadas, como DNA e proteínas, quando dissolvidas ou suspensas em um eletrólito, gel feito de agarose ou poliacrilamida, sujeitos a um campo elétrico, originário de uma fonte de tensão conectado à cuba que contém o gel. Atualmente a eletroforese é utilizada em processos de Biologia molecular como: Ciência fo- rense, Genética, Microbiologia e Bioquímica. E se fosse possível? Tema integrador Educa•‹o em direitos humanos O sistema penitenciário brasileiro, além da sua função social de reabilitar os detentos para retornar à vida em sociedade, é construí- do com base em diversos conceitos e princípios físicos para manter a segurança do local. Com frequência são veiculadas pelos jornais televisivos ou nos diversos canais de mídia notícias sobre fugas e rebeliões nos presídios brasileiros. Tais fatos estão diretamente relacionados com organizações internas e externas desses locais e, principalmente, com a comunicação entre detentos e integrantes de facções que não estão detidos. Essa comunicação deveria ser monitorada e/ou con- trolada pelo sistema. Porém, a entrada de forma ilícita de celulares e smartphones no interior do prédio não é totalmente vetada. A fi scalização existente é, em parte, inefi ciente para evitar a comunicação dos detentos com o meio externo. Empresas de telefonia móvel oferecem ao Estado bloqueadores sofi sticados a custos extremamente altos para a segurança pública, que nem sempre ob- tém aprovação na licitação pública. E se fosse possível tornar cada um dos presídios uma gaiola de Faraday? A aplicação de um campo elétrico nessas construções se apresenta uma ferramenta facilitadora para impedir que tal comunicação ocorra. É fato que a não geração de um campo elétrico no interior de uma gaiola de Faraday bloquearia naturalmente todas as comunicações por telefonia móvel nos dois sentidos, impe- dindo que a equipe de segurança se comunicasse. Como se poderia resolver essa questão? s c ie n c e p h o to /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 33 4/5/18 12:17 PM 34 CAPÍTULO 2 Atividades 13. (Ufscar-SP) Na fi gura estão representados uma linha de força de um campo elétrico, um ponto P e os vetores A, B, C, D e E. E A C D P B Se uma partícula de carga elétrica positiva, sufi ciente- mente pequena para não alterar a confi guração desse campo elétrico, for colocada nesse ponto P, ela sofre a ação de uma força F, melhor representada pelo vetor: a) A b) B c) C d) D e) E O vetor campo elétrico é sempre tangente à linha de força. Como a carga de prova é positiva, o vetor tem mesmo sentido da linha de força. Alternativa a 14. Uma carga de 6 μC, colocada em uma região do espaço, fi ca submetida a uma força elétrica de intensidade 12 ⋅ 10–3 N. Calcule a intensidade do campo elétrico na região onde essa carga foi colocada. 6 μC = 6 ⋅ 10−6 C. 12 10 6 10 2 10 N C 3 6 3sE F q E= = ⋅ ⋅ = ⋅ − − 15. (PUC-SP) Seja Q (positiva) a carga geradora do campo elé- trico e q a carga de prova em um ponto P, próximo de Q. Podemos afi rmar que: a) o vetor campo elétrico em P dependerá do sinal de q. b) o módulo do vetor campo elétrico em P será tanto maior quanto maior for a carga q. c) o vetor campo elétrico será constante, qualquer que seja o valor de q. d) a força elétrica em P será constante, qualquer que seja o valor de q. e) o vetor campo elétrico em P é independente da carga de prova q. O campo elétrico depende da carga geradora do campo, e não da carga de prova. Alternativa e 16. (UFC-CE) Quatro cargas, todas de mesmo valor, q, sendo duas positivas e duas negativas, estão fi xadas em um se- micírculo, no plano xy, conforme a fi gura a seguir. Assinale a opção que pode representar o campo elétrico resultante, produzido por essas cargas, no ponto O. a) w b) q c) vetor nulo d) r e) e Cargas positivas geram campo elétrico de afastamento, e car- gas negativas, de aproximação, portanto, as cargas geram os seguintes campos. O x y −q +q −q +q Fazendo uma soma vetorial, temos a fi gura: Alternativa a R e p ro d u ç ã o /U F C -C E , 1 9 9 9 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 34 4/5/18 12:17 PM 35 FÍ S IC A 17. (UFU-MG) A fi gura abaixo representa uma carga Q e um ponto P do seu campo elétrico, onde é colocada uma carga de prova q. Analise as afi rmativas abaixo, observando se elas repre- sentam corretamente o sentido do vetor campo elétrico em P e da força que atua sobre q. I. se Q . 0 e q , 0. II. se Q . 0 e q . 0. III. se Q , 0 e q , 0. IV. se Q , 0 e q . 0. São corretas: a) todas as afi rmações. b) apenas I, II e III. c) apenas II, III e IV. d) apenas III e IV. e) apenas I e III. I. Verdadeira. Força para esquerda (atração) e campo para di- reita (saindo da carga geradora). II. Verdadeira. Força para direita (repulsão) e campo para direi- ta (saindo da carga geradora). III. Verdadeira. Força para direita (repulsão) e campo para es- querda (indo para a carga geradora). IV. Verdadeira. Força para esquerda (atração) e campopara esquerda (indo para a carga geradora). Alternativa a 18. (Faap-SP) Sabendo-se que o vetor campo elétrico no ponto A é nulo, a relação entre d 1 e d 2 é: 4q A q d 1 d 2 a) d d 1 2 = 4 b) d d 1 2 = 2 c) d d 1 2 = 1 d) d d 1 2 = 1 2 e) d d 1 2 = 1 4 Para que o vetor campo elétrico seja nulo, os campos gera- dos pelas cargas devem ter o mesmo módulo; sendo assim, temos: E 1 = E 2 s k ∙ 4 1 2 q d ⋅ = k ∙ 2 2 q d s 1 2 d d = 2 Alternativa b 19. (Uern) Os pontos P, Q, R e S são equidistantes das cargas localizadas nos vértices de cada fi gura a seguir. Sobre os campos elétricos resultantes, é correto afi rmar que: a) é nulo apenas no ponto R. b) são nulos nos pontos P, Q e S. c) são nulos apenas nos pontos R e S. d) são nulos apenas nos pontos P e Q. O campo elétrico é calculado por meio de: 2 E F q k Q d = = ⋅ Considerando que as cargas em cada um dos vértices são iguais e que em cada caso a distância do vértice ao ponto seja igual, a força elétrica que cada uma das cargas exercerá no ponto será igual a F. Assim, analisando o ponto P, temos as seguintes forças atuan- do nele: Fcos (30°) Fcos (30°) 2 · Fsen (30°) = F P F FF Sendo a força no ponto P nula, consequentemente, o campo elétrico também será nulo. Analogamente chegamos à mesma conclusão para o ponto Q. Para o ponto R, temos: R FF FF Nesse caso, a força no ponto R não será nula e, portanto, existe campo elétrico não nulo. Para o ponto S, temos: S FF FF Nesse caso, as forças se anulam e, portanto, o campo elétrico também será nulo. Assim, nos pontos P, Q e S os campos elétricos são nulos. Alternativa: b R e p ro d u ç ã o /U F U -M G , 2 0 1 0 R e p ro d u ç ã o /U e rn , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 35 4/5/18 12:17 PM 36 CAPÍTULO 2 20. +Enem [H21] No ano de 1913, o dinamarquês especialista em Físi- ca atômica Niels Bohr (1885-1962) estabeleceu o modelo atômico semelhante ao sistema planetário que é usado atualmente. Bohr chegou a esse modelo baseando-se no dilema do átomo estável. Ele acreditava na existência de princípios físicos que descrevessem os elétrons existentes nos átomos. Esses princípios ainda eram desconhecidos e graças a esse físico passaram a ser usados. […] Com essas conclusões Bohr aperfeiçoou o modelo atômico de Rutherford e chegou ao modelo do átomo como sistema planetário, onde os elétrons se organizam na eletrosfera na forma de camadas. Líria Alves de Souza. Química geral. Disponível em: www.mundoeducacao.com O átomo de hidrogênio, proposto por Niels Bohr, é com- posto de um núcleo, contendo um único próton (carga +e), ao redor do qual gira um elétron (carga – e) em uma órbita circular de raio r 0 , sujeito à força de atração coulombiana. Sendo k 0 a constante eletrostática do vácuo e consi- derando-se que a massa do elétron é m e , a expressão que fornece a velocidade v do elétron é: a) v = k e m r 0 2 e 0 ⋅ ⋅ b) v = k r m e 0 0 e 2 ⋅ ⋅ c) v = k m r e 0 e 0 2 ⋅ ⋅ d) v = k m r e 0 e 0 2⋅ ⋅ e) v = k m r e 0 e 0 2 2 ⋅ ⋅ A força elétrica faz o papel de força centrípeta. Portanto, te- mos: F elét. = m e ∙ a cp s 0 2 k e e d + − = m e ∙ 2 0 v r s 0 2 0 2 k e r ⋅ = m e ∙ 2 0 v r s s v = 0 2 e 0 k e m r ⋅ ⋅ Alternativa a Complementares Tarefa proposta 18 a 32 21. (UFGD-MS) Uma carga elétrica A é colocada próximo de uma carga elétrica B – ilustradas na fi gura a seguir –, for- mando um padrão para as linhas do campo elétrico. A B O sinal das cargas para que isso seja possível é: a) positivo e negativo. b) negativo e negativo. c) negativo e positivo. d) positivo e positivo. e) 1 2 positivo e 3 2 negativo. 22. (UFPB) O planeta Terra pode ser considerado um grande condutor elétrico, com um número imenso de elétrons distribuídos homogeneamente na sua superfície. Portanto, o planeta Terra gera um campo elétrico. O campo elétrico terrestre nas proximidades da sua superfície é da ordem de 100 N/C. Admita que: • a Terra é uma esfera de raio 6 ⋅ 106 m; • a área da superfície terrestre seja de 4 ⋅ 1014 m2; • a carga elétrica de 1 C equivale a, aproximadamente, 6 ⋅ 1018 cargas elementares. Nesse contexto, e considerando k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, é correto afi rmar que o número de elétrons por metro quadrado, distribuídos homogeneamente na superfície do planeta Terra, é de: a) um bilhão. b) dois bilhões. c) três bilhões. d) seis bilhões. e) doze bilhões. 23. (Fuvest-SP) Os centros de quatro esferas idênticas, I, II, III e IV, com distribuições uniformes de carga, formam um quadrado. Um feixe de elétrons penetra na região deli- mitada por esse quadrado, pelo ponto equidistante dos centros das esferas III e IV, com velocidade inicial r v na direção perpendicular à reta que une os centros de III e IV, conforme representado na fi gura. A trajetória dos elétrons será retilínea, na direção de r v e eles serão acelerados com velocidade crescente dentro da região plana delimitada pelo quadrado, se as esferas I, II, III e IV estiverem, respectivamente, eletrizadas com cargas. Note e adote: Q é um número positivo. a) + Q, – Q, – Q, + Q b) + 2Q, – Q, + Q, – 2Q c) + Q, + Q, – Q, – Q d) – Q, + 2Q, – 2Q, – Q e) + Q, + 2Q, – 2Q, – Q R e p ro d u ç ã o /F u v e s t, 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 36 4/5/18 12:17 PM 37 FÍ SI CA 24. (EsPCEx-SP) Uma partícula de carga q e massa 10–6 kg foi colocada num ponto próximo à superfície da Terra onde existe um campo elétrico uniforme, vertical e ascendente de intensidade E = 105 N/C. Sabendo que a partícula está em equilíbrio, consi- derando a intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s2, o valor da carga q e o seu sinal são res- pectivamente: a) 10–3 μC negativa b) 10–5 μC positiva c) 10–5 μC negativa d) 10–4 μC positiva e) 10–4 μC negativa 1. (FEI-SP) Duas cargas elétricas puntiformes positivas e iguais a Q estão situadas no vácuo a 3 m de distância. Sabe-se que a força de repulsão entre as cargas tem in- tensidade 0,1 N. Qual é o valor de Q? (Dado: k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) a) 1 ⋅ 10–3 C b) 1 ⋅ 10–8 C c) 3 ⋅ 10–8 C d) 3 ⋅ 108 C e) 1 ⋅ 10–5 C 2. (UFTM-MG) Charles Coulomb, físico francês do século XVIII, fez um estudo experimental sobre as forças que se manifestam entre cargas elétricas. Analise as afi rmações a seguir: I. Duas cargas fi xas exercem entre si forças de natureza eletrostática de igual intensidade. II. As forças eletrostáticas são de natureza atrativa, se as cargas forem de sinais contrários, e de natureza repul- siva, se forem do mesmo sinal. III. A intensidade da força eletrostática é inversamente proporcional às cargas e diretamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Pode-se afi rmar que está correto o contido em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 3. (Mack-SP) Dois corpos eletrizados com cargas elétricas puntiformes + Q e – Q são colocados sobre o eixo x nas posições + x e – x, respectivamente. Uma carga elétrica de prova – q é colocada sobre o eixo y na posição + y como mostra a fi gura acima. Tarefa proposta A força eletrostática resultante sobre a carga elétrica de prova: a) tem direção horizontal e sentido da esquerda para a direita. b) tem direção horizontal e sentido da direita para a esquerda. c) tem direção vertical e sentido ascendente. d) tem direção vertical e sentido descendente. e) é um vetor nulo. 4. (UEM-PR) Considere as duas possíveis confi gurações, A e B, dadas abaixo. As cargas positivas Q são mantidas fi xas nas posições in- dicadas e a carga q pode ser deslocada por um agente externo. Os deslocamentos, tanto horizontal (A) como vertical (B), são de 1 cm. Assinale o que for correto. (01) Naconfi guração A se q for positiva, ela tende a re- tornar à origem. (02) Na confi guração A se q for negativa, ela tende a se deslocar para a direita. (04) Se o valor de q for positivo, o módulo da força elé- trica sobre ela é menor em A do que em B. (08) Se q for negativa em B, ela tende a se deslocar no sentido positivo de y. (16) No diagrama A, se q for positiva, ela atinge a origem com velocidade nula permanecendo em repouso nesse ponto. R e p ro d u ç ã o /E s p c e x , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /U E M -P R , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 37 4/5/18 12:17 PM 38 CAPÍTULO 2 5. (UFJF-MG) Em 1785, Charles Augustin de Coulomb, com um auxílio de uma balança de torção, investigou a intera- ção entre cargas elétricas. A balança é composta por uma haste isolante, com duas esferas em suas extremidades, sendo uma isolante (contrapeso) e outra condutora, como mostram as figuras abaixo. Todo o conjunto é suspenso por um fio de torção. Quando o sistema entra em equilí- brio, a esfera condutora é carregada com uma carga q 1 e outra esfera, com carga q 2 é aproximada da esfera metá- lica. O sistema sofre uma torção, que depende do sinal e intensidade das cargas. Com isso, é possível determinar a força de interação entre as esferas carregadas em função do ângulo de rotação. Assim, assinale a alternativa que descreve a Lei de Coulomb. a) A força elétrica é proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. b) A força elétrica é proporcional ao produto das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. c) A força elétrica é proporcional ao somatório das car- gas e inversamente proporcional à distância entre elas. d) Independentemente dos sinais das cargas, a torsão no fio não irá mudar de direção. e) Quanto maior a massa das esferas, maior a aceleração causada pela força Coulombiana. 6. (Unesp-SP) Em um experimento de eletrostática, um estudante dispunha de três esferas metálicas idênticas, A, B e C, eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e – 2Q, respectivamente. Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultaneamente em contato e, depois de separá- -las, suspende A e C por fios de seda, mantendo-as pró- ximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente, permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d uma da outra. Sendo k a constante eletrostática do ar, assinale a alternativa que contém a correta representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas. a) e F 10kQ d 2 2 = b) e F 4 kQ d 2 2 = c) e F 10kQ d 2 2 = d) e F 2kQ d 2 2 = e) e F 4 kQ d 2 2 = 7. (UFPI) Considere duas partículas de material metálico conecta- das por uma mola leve de constante elástica k mola = 100 N/m e comprimento natural 0 = 0,300 m. O sistema repousa sobre uma superfície horizontal com atrito desprezível. Uma carga Q é adicionada lentamente ao sistema, dividindo-se igualmente entre as duas partículas, fazendo a mola esticar até o com- primento final f = 0,400 m. Pode-se afirmar que a carga Q adicionada vale aproximadamente: (Dado: constante eletrostática k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) a) 15,2 μC b) 20,0 μC c) 26,7 μC d) 32,5 μC e) 40,8 μC 8. (UFPR) Uma esfera condutora, indicada pelo número 1 na figura, tem massa m = 20 g e carga negativa – q. Ela está pendurada por um fio isolante de massa desprezível e inextensível. Uma segunda esfera condutora, indicada pelo número 2 na figura, com massa M = 200 g e carga positiva Q = 3 μC, está sustentada por uma haste isolante. Ao apro- ximar a esfera 2 da esfera 1 ocorre atração. Na situação de equilíbrio estático, o fio que sustenta a esfera 1 forma um ângulo θ = 27° com a vertical e a distância entre os centros das esferas é de 10 cm. Calcule a carga – q da esfera 1. Para a resolução deste problema considere g = 10 m/s2, k = 9 ∙ 109 N ∙ m2/C2 e tg 27° = 0,5. R e p ro d u ç ã o /U FJ F- M G , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /U n e s p , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U n e s p , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U F P R , 2 0 1 4 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 38 4/5/18 12:17 PM 39 FÍ S IC A 9. (UFPE) O gráfi co a seguir mostra a intensidade da força eletrostática entre duas esferas metálicas muito pequenas, em função da distância entre os centros das esferas. 40 30 20 10 2,0 4,0 6,0 8,0 r (m) F (µN) 0 Se as esferas têm a mesma carga elétrica, qual o valor desta carga? a) 0,86 μC b) 0,43 μC c) 0,26 μC d) 0,13 μC e) 0,07 μC 10. (UFSE) Duas cargas puntiformes, Q 1 e Q 2 , se atraem, no vácuo, com uma força elétrica de intensidade 4,0 ⋅ 10–2 N, quando estão separadas por uma distância de 3,0 cm. Se Q 1 = 2,0 ⋅ 10–8 C, então Q 2 , em coulombs, vale: (Dado: constante eletrostática do vácuo = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) a) 2,0 ⋅ 10–8, positiva. b) 2,0 ⋅ 10–7, positiva. c) 2,0 ⋅ 10–6, positiva. d) 2,0 ⋅ 10–7, negativa. e) 2,0 ⋅ 10–8, negativa. 11. (UPE) Duas cargas elétricas pontuais, Q = 2,0 μC e q = 0,5 μC, estão amarradas à extremidade de um fi o isolante. A carga q possui massa m = 10 g e gira em uma trajetória de raio R = 10 cm, vertical, em torno da carga Q que está fi xa. Sabendo que o maior valor possível para a tração no fi o durante esse movimento é igual a T = 11 N, determine o módulo da velocidade tangencial quando isso ocorre. A constante eletrostática do meio é igual a 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. a) 10 m/s b) 11 m/s c) 12 m/s d) 14 m/s e) 20 m/s 12. (Fameca-SP) A fi gura 1 mostra três pequenas esferas idên- ticas – A, B e C – eletrizadas com cargas elétricas iguais a 9 μC, 15 μC e –7 μC, respectivamente. As esferas A e C estão fi xas, e B pode mover-se livremente sobre a reta que liga A e C. As três estão apoiadas sobre uma superfície isolante. 10 cm Figura 1 A B C Na situação inicial, a esfera B é mantida em repouso na posição indicada na fi gura 1 e, quando abandonada, mo- ve-se no sentido C até tocá-la, quando as cargas de B e C se redistribuem. Agora, com uma nova confi guração de cargas, B é repelida por C e o sistema se estabiliza na posição fi nal de equilíbrio mostrada na fi gura 2. x A B C Figura 2 Pode-se afi rmar que o valor de x, em cm, vale: a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8 13. +Enem [H21] Uma molécula de água é considerada um dipolo elétrico, ou seja, um lado é negativo e o outro é positivo, pois os átomos não estão alinhados em linha reta, mas em um ângulo de 105°, como na fi gura. H H O 105o Lado A Lado B Sendo o núcleo do oxigênio mais eletronegativo que o do átomo de hidrogênio e considerando-se a lei de Cou- lomb, quais são o lado negativo e o positivo em uma mo- lécula de água? Como se explica essa polaridade? a) A e B, os prótons do hidrogênio são atraídos para o núcleo do oxigênio, gerando uma variação na distri- buição de carga na molécula. b) B e A, os prótons do oxigênio são atraídos para o nú- cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri- buição de carga na molécula. c) B e A, os elétrons do oxigênio são atraídos para o nú- cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri- buição de carga na molécula. d) A e B, os elétrons do oxigênio são atraídos para o nú- cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri- buição de carga na molécula. e) B e A, os elétrons do hidrogênio são atraídos para o núcleo do oxigênio, gerando uma variação na distri- buição de carga na molécula. R e p ro d u ç ã o /U P E , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 39 4/5/18 12:17 PM 40 CAPÍTULO 2 14. (Ifsul-RS) Considere duas cargas elétricas pontuais, sendo uma delas Q 1 localizada na origem de um eixo x e a outra Q 2 localizada em x = L. Uma terceira carga pontual, Q 3 , é colocadaem x = 0,4 L. Considerando apenas a interação entre as três cargas pontuais e sabendo que todas elas possuem o mesmo sinal, qual é a razão Q Q 2 1 para que Q 3 fique submetida a uma força resultante nula? a) 0,44 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,25 15. (FEI-SP) Duas cargas elétricas puntiformes, Q 1 = 2 μC e Q 2 = –6 μC, estão fixas e separadas por uma distância de 600 mm no vácuo (k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2). Uma terceira carga q = 3 μC é colocada no ponto médio do segmento que une as cargas Q 1 e Q 2 . Qual o módulo da força elé- trica resultante a que a terceira carga q ficará submetida devido à presença de Q 1 e Q 2 ? a) 1,2 N b) 2,4 N c) 3,6 N d) 1,2 ⋅ 10–3 N e) 3,6 ⋅ 10–3 N 16. (AFA-SP) Uma pequenina esfera vazada, no ar, com carga elétrica igual a 1 μC e massa 10 g é perpassada por um aro semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num plano vertical. Uma partícula carregada eletricamente com carga igual a 4 μC é fixada por meio de um suporte isolante, no centro C do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a figura abaixo. Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a ace- leração da gravidade constante. Ao abandonar a esfera, a partir do repouso, na extremidade A, pode-se afirmar que a intensidade da reação normal, em newtons, exercida pelo aro sobre ela no ponto mais baixo (ponto D) de sua trajetória é igual a: a) 0,20 b) 0,40 c) 0,50 d) 0,60 17. (PUC-RJ) Dois objetos metálicos esféricos idênticos, con- tendo cargas elétricas de 1 C e de 5 C, são colocados em contato e depois afastados a uma distância de 3 m. Considerando a constante de Coulomb k = 9 ∙ 109 N ⋅ m2/C2, podemos dizer que a força que atua entre as cargas após o contato é: a) atrativa e tem módulo 3 ⋅ 109 N. b) atrativa e tem módulo 9 ⋅ 109 N. c) repulsiva e tem módulo 3 ⋅ 109 N. d) repulsiva e tem módulo 9 ⋅ 109 N. e) zero. 18. (UFG-GO) A umidade relativa do ar no inverno de 2010, em Goiânia, atingiu níveis muito baixos. Essa baixa umida- de pode provocar descargas elétricas nas pessoas quando elas aproximam seus dedos de superfícies condutoras de eletricidade. Considere que a descarga ocorre quando uma pessoa aproxima seu dedo a uma distância de 3 mm da superfície metálica e a carga elétrica na ponta do dedo corresponda à metade daquela que deve estar uniforme- mente distribuída em uma pequena esfera de raio 6 mm. Nessas condições, a carga acumulada na ponta do dedo, em coulomb, será de: (Dados: campo de ruptura do ar = 3 ⋅ 106 V/m; k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) a) 1,50 ⋅ 10–9 b) 6,00 ⋅ 10–9 c) 1,20 ⋅ 10–8 d) 1,35 ⋅ 10–8 e) 2,70 ⋅ 10–6 19. (PUC-RS) Para responder à questão, considere a figura abaixo, que representa as linhas de força do campo elétrico gerado por duas cargas pontuais Q A e Q B . A soma Q A e Q B é necessariamente um número: a) par. b) ímpar. c) inteiro. d) positivo. e) negativo. 20. (FEI-SP) Duas cargas puntiformes, q 1 = +6 μC e q 2 = –2 μC, estão separadas por uma distância d. Assinale a alternativa que melhor represente as linhas de força entre q 1 e q 2 . a) +6 −2 b) +6 −2 c) +6 −2 d) +6 −2 e) −2+6 R e p ro d u ç ã o /A FA , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /P u c -R S , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 40 4/5/18 12:17 PM 41 FÍ S IC A 21. (Ciesp) Há pouco mais de 60 anos não existiam microchips, transistores ou mesmo diodos, peças fundamentais para o funcionamento dos atuais eletroeletrônicos. Naquela época, para controlar o sentido da corrente elétrica em um trecho de circuito, existiam as válvulas de diodo. Grade Emissor Z Y X Nesse tipo de válvula, duas peças distintas eram se- ladas a vácuo: o emissor, de onde eram extraídos elétrons, e a grade, que os recebia. O formato do emissor e da grade permitia que entre eles se esta- belecesse um campo elétrico uniforme. O terno dos eixos desenhado está de acordo com a posição da válvula mostrada na figura anterior. Para que um elé- tron seja acelerado do emissor em direção à grade, deve ser criado entre estes um campo elétrico orien- tado na direção do eixo: a) X, voltado para o sentido positivo. b) X, voltado para o sentido negativo. c) Y, voltado para o sentido positivo. d) Z, voltado para o sentido positivo. e) Z, voltado para o sentido negativo. 22. (Acafe-SC) Em uma atividade de eletrostática, são dis- postas quatro cargas pontuais (de mesmo módulo) nos vértices de um quadrado. As cargas estão dispostas em ordem cíclica seguindo o perímetro a partir de qualquer vértice. A situação em que o valor do campo elétrico no centro do quadrado não será nulo é: a) | q |, | q |, | q |, | q |+ − + − b) | q |, | q |, | q |, | q |+ + + + c) | q |, | q |, | q |, | q |+ + − − d) | q |, | q |, | q |, | q |− − − − 23. (UPF-RS) Uma pequena esfera de 1,6 g de massa é eletri- zada retirando-se um número n de elétrons. Dessa forma, quando a esfera é colocada em um campo elétrico unifor- me de 1 ⋅ 109 N/C, na direção vertical para cima, a esfera fi ca fl utuando no ar em equilíbrio. Considerando que a aceleração gravitacional local g é 10 m/s2 e a carga de um elétron é 1,6 ⋅ 10–19 C, pode-se afi rmar que o número de elétrons retirados da esfera é: a) 1 ⋅ 1019 b) 1 ⋅ 1010 c) 1 ⋅ 109 d) 1 ⋅ 108 e) 1 ⋅ 107 24. (Acafe-SC) O diagrama a seguir representa as linhas de força de um campo elétrico geradas por duas cargas pun- tiformes, 1 e 2. 21 Os sinais das cargas 1 e 2, respectivamente, são: a) – e –. b) – e +. c) + e +. d) + e –. e) impossíveis de serem determinados. 25. (UEG-GO) A fi gura a seguir descreve um anel metálico, de raio a, carregado positivamente com carga Q, no ponto P, o campo elétrico é dado pela expressão. E kQx (a x ) p 2 2 3 2 = + No limite de x .. a (leia-se x muito maior que a), a ex- pressão do campo elétrico E p é equivalente: a) ao campo elétrico de uma carga pontual com a carga do anel. b) a aproximação de a .. x que leva a um valor nulo nas duas situações. c) à mesma expressão apresentada no enunciado do problema. d) à equação E p salvo uma correção necessária no valor de Q. 26. (Uece) Imediatamente antes de um relâmpago, uma nuvem tem em seu topo predominância de moléculas com cargas elétricas positivas, enquanto sua base é carregada negativamente. Considere um modelo sim- plificado que trata cada uma dessas distribuições como planos de carga paralelos e com distribuição unifor- me. Sobre o vetor campo elétrico gerado por essas cargas em um ponto entre o topo e a base, é correto afirmar que: a) é vertical e tem sentido de baixo para cima. b) é vertical e tem sentido de cima para baixo. c) é horizontal e tem mesmo sentido da corrente de ar predominante no interior da nuvem. d) é horizontal e tem mesmo sentido no norte magnético da Terra. R e p ro d u ç ã o /U E G , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 41 4/5/18 12:17 PM 42 CAPÍTULO 2 27. (Mack-SP) A intensidade do vetor campo elétrico gerado por uma carga Q puntiforme, positiva e fixa em um ponto do vácuo, em função da distância (d) em relação a ela, varia conforme o gráfico dado. A intensidade do vetor campo elétrico, no ponto situado a 6 m da carga, é: 0 E (N/C) 18 · 105 2 6 d (m) a) 2 ⋅ 105 N/C b) 3 ⋅ 105 N/C c) 4 ⋅ 105 N/C d) 5 ⋅ 105 N/C e) 6 ⋅ 105 N/C 28. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora a jato de tinta. Esse tipo de impressora usa pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após atraves- sar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel.(O campo elétrico uniforme está representado por apenas uma linha de força.) Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e a 3 estão, respectivamente: a) carregada negativamente, neutra e carregada positi- vamente. b) neutra, carregada positivamente e carregada nega- tivamente. c) carregada positivamente, neutra e carregada negati- vamente. d) carregada positivamente, carregada negativamente. e) neutra. 29. (UFV-MG) A figura a seguir ilustra uma partícula com car- ga elétrica positiva (Q), inicialmente mantida em repouso no ponto B, presa a uma linha isolante inextensível. Esse conjunto está em uma região onde há um campo elétrico uniforme representado pelo E r . Q B D C Arco do círculo A E Supondo que, depois de a partícula ser abandonada, as únicas forças que atuam sobre ela são a força elétrica e a tensão na linha, é correto afirmar que a partícula: a) se moverá ciclicamente entre os pontos B e D, percor- rendo a trajetória pontilhada da figura. b) se moverá do ponto B para o ponto C, percorrendo a trajetória pontilhada, e então permanecerá em repou- so no ponto C. c) se moverá do ponto B para o ponto D, percorrendo a trajetória pontilhada, e então permanecerá em repou- so no ponto D. d) se moverá em linha reta do ponto B para o ponto A e então permanecerá em repouso no ponto A. e) permanecerá em repouso no ponto B. 30. (UFJF-MG) Duas cargas elétricas, q 1 = + 1 μC e q 2 = – 4 μC, estão no vácuo, fixas nos pontos 1 e 2, e separadas por uma distância d = 60 cm, como mostra a figura abaixo. Com base nas informações, determine: a) a intensidade, a direção e o sentido do vetor campo elétrico resultante no ponto médio da linha reta que une as duas cargas. b) o ponto em que o campo elétrico resultante é nulo à esquerda de q 1 . 31. +Enem [H21] O átomo de hidrogênio, proposto por Niels Bohr, é composto de um núcleo, contendo um único próton (e = 1,6 ∙ 10–19 C), ao redor do qual gira um elétron (e = –1,6 ∙ 10–19 C) em uma órbita circular de raio r 0 = 5 ∙ 10–11 m, sujeito à força de atração cou- lombiana. Sendo k 0 a constante eletrostática do vácuo, qual é o valor do módulo do vetor campo elétrico no ponto médio do raio do átomo de hidrogênio? a) 5,4 ∙ 1012 N/C b) 6,6 ∙ 1012 N/C c) 7,5 ∙ 1012 N/C d) 4,6 ∙ 1012 N/C e) 3,2 ∙ 1012 N/C R e p ro d u ç ã o /U F R N , 2 0 0 0 R e p ro d u ç ã o /U E G , 2 0 1 7 Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 42 4/5/18 12:17 PM 43 FÍ S IC A 32. (Vunesp) Uma partícula de massa m, carregada com carga elétrica q e presa a um fi o leve e isolante de 5 cm de comprimento, encontra-se em equilíbrio, como mostra a fi gura, em uma região onde existe um campo elétrico uniforme de intensidade E, cuja direção, no plano da fi gura, é perpendicular à do campo gravitacional de intensidade g. 3 cm 4 cm 5 cm Fio leve Partícula m, q g Sabendo que a partícula está afastada 3 cm da vertical, podemos dizer que a razão q m é igual a: a) 5 3 g E ⋅ b) 4 3 g E ⋅ c) 5 4 g E ⋅ d) ⋅ 3 4 g E e) 5 4 g E ⋅ Vá em frente Acesse Forças e campos – O simulador permite identifi car, pelo comportamento de uma carga de prova, campos elétricos e for- ças elétricas atuantes. Disponível em: ,https://phet.colorado.edu/sims/html/charges-and-fi elds/latest/charges-and-fi elds_pt_BR.html.. Acesso em: 7 jan. 2018. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. Et_EM_3_Cad9_Fis_c02_22a43.indd 43 4/5/18 12:17 PM ► Compreender que o trabalho realizado por uma partícula carregada está associado a uma diferença de potencial, não nula. ► Analisar o movimento de partículas em um campo elétrico. ► Compreender que a movimentação de cargas elétricas tem como pré- -requisito uma diferença de potencial elétrica. ► Identifi car fenômenos ligados à concentração de cargas elétricas em superfícies pontiagudas. Principais conceitos que você vai aprender: ► Potencial elétrico ► Energia potencial elétrica ► Trabalho da força elétrica ► Diferença de potencial ► Nas páginas 54 e 55, trazemos um infográfi co detalhado sobre eletricidade e suas manifestações. 44 OBJETIVOS DO CAPÍTULO R om aset/S h u tte rsto ck 3 POTENCIAL ELÉTRICO Os carros elétricos já são realidade nas ruas e avenidas de alguns países. São carros que contribuem signifi cativamente para melhor qualidade do meio ambiente, pelo fato de não emitirem gases poluentes. Além disso, esses veículos são silenciosos e apresentam o mesmo conforto dos carros convencionais com motores à combustão. Apesar dos avan- ços na indústria de carros elétricos, uma das maiores difi culdades enfrentadas é conse- guir elevar rapidamente o potencial elétrico durante o carregamento das baterias. Outra questão é o tamanho das baterias que ainda ocupam um espaço signifi cativo nos carros, representando de 10% a 20% de seu peso. A energia utilizada para que esses carros se movimentem é proveniente das estações de carregamento. Ao serem conectados nas estações, estas deslocam cargas elétricas para que sejam armazenadas nas baterias instaladas no interior dos carros. Quando o car- ro está em movimento, temos a transformação de energia potencial elétrica em energia cinética. Essa transformação de energia depende da diferença de potencial proporciona- da pelas baterias, bem como da quantidade de carga disponível. Em média, para se carre- garem essas baterias é necessário conectar o carro a elas por um período de 7 a 12 horas, o que permite uma autonomia média de 500 km. A movimentação de cargas elétricas é a base de funcionamento de diversos equipa- mentos elétricos e pode ocorrer quando se aplica a elas uma diferença de potencial. • Essa diferença de potencial pode ser encontrada também em alguns fenômenos da natureza. Em que situações se pode observar a ação da diferença de potencial? Essa questão permite apresentar para os alunos fenômenos da natureza que envolvem esse conceito da eletricidade, principalmente as causas das descargas elétricas que se observam em dias de tempestade. Pode-se comentar também que a quantidade de energia nesses eventos ainda é muito difícil de reaproveitar. A n d e r D y la n /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 44 4/5/18 12:18 PM 45 FÍ S IC A Energia potencial elétrica Na Mecânica, estudou-se que os objetos em movimento possuem energia cinética. E quando esses objetos são elevados a uma determinada altura em relação ao solo, ou uma mola quando está comprimida, possuem energia potencial armazenada. 1 Quando consideramos a situação de uma carga elétrica Q fi xa que gera ao seu redor um campo elétrico, e então se coloca uma carga elétrica q a uma distância r da carga Q, ela sofrerá a ação de uma força elétrica e, se for abandonada, poderá se movimentar. Q r E pot. elét. q Campo elétrico Dizemos então que o sistema composto pelas duas cargas possui energia potencial de natureza elétrica (E pot. elét. ), dada pela expressão: E k Q q rpot.elet E k pot.elet E k . = ⋅E k= ⋅E k Q q⋅Q q em que k é a constante eletrostática do meio. Da mesma forma que a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica, a energia potencial elétrica é uma energia “armazenada” pelo sistema, a qual pode se transformar em energia cinética (movimento). Além disso, como as demais energias cita- das, a energia potencial elétrica é uma grandeza escalar (expressa por um número e uma unidade) e no SI é medida em J (joules). 1 Potencial elétrico O campo elétrico gerado pela presença de uma carga, em cada ponto do espaço, é de- nominado vetor campo elétrico E r , que é um campo vetorial. Vimos que as características do vetor campo elétrico em um dado ponto nos permitem determinar a força elétrica que uma carga elétrica sofre quando colocada nessa região. Esse campo possui uma grandeza física que se pode associar a ele, denominadapotencial elétrico, a qual, assim como o campo, está associada a cada ponto do espa- ço. No entanto, o potencial elétrico é definido como uma grandeza escalar que permi- te determinar a energia potencial elétrica armazenada por uma carga em um ponto qualquer da região sob interferência do campo elétrico. Considere que uma carga elétrica de prova q seja colocada num dado ponto do espaço, em que há um campo elétrico, e por isso ela adquire uma energia potencial elétrica E pot. elét. . O potencial elétrico V desse ponto é defi nido como a razão: V E q pot.elét. = No SI, o potencial elétrico é medido em joules/coulomb (J/C), que é denominado de volt (V), ou seja, 1 V = 1 J/C. Observação 1 Energia cinética (E c ) de uma partícula com massa m que se move com velocidade v é defi nida por E m v 1 2c 2 = ⋅ ⋅ . No SI, temos: m medido em kg; v em m/s; energia cinética em joules (J). Atenção 1 A energia potencial elétrica de um par de cargas elétricas pode ser positiva ou negativa, de acordo com os sinais das cargas. ► cargas elétricas de mesmo sinal: Q · q > 0 w E pot. elét. > 0 ► cargas elétricas de sinal oposto: Q · q < 0 w E pot. elét. < 0 Defi nição Potencial elétrico: mede a energia potencial elétrica por unidade de carga em um determinado ponto do espaço em que exista um campo elétrico. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 45 4/5/18 12:18 PM 46 CAPÍTULO 3 O potencial elétrico num dado ponto depende das cargas elétricas que geram esse campo elétrico. Para elucidar esse conceito, vamos analisar a situação em que uma única carga elétrica Q gera um campo elétrico no espaço ao seu redor e que existe um ponto P a uma distância r dessa carga, como representado na fi gura. P Q r V Se uma carga de prova q for colocada no ponto P, vai adquirir uma energia potencial E pot. elét . Pela defi nição, o potencial elétrico V desse ponto será: sV E q k Q q r q pot.elét. = = ⋅ ⋅ V k Q r = ⋅V k= ⋅V k A partir da expressão defi nida, podemos afi rmar que o potencial elétrico V pode ser positivo ou negativo, de acordo com o sinal da carga Q, que gerou o campo elétrico, e varia com o inverso da distância r. • carga geradora positiva: Q . 0 w V . 0 • carga geradora negativa: Q , 0 w V , 0 Assim, o gráfi co do potencial elétrico possui um comportamento como representado na curva a seguir. V Q > 0 Q < 0 0 r Quando o campo elétrico é gerado por diversas cargas Q 1 , Q 2 , …, Q n , o potencial elétrico V em um ponto é obtido pela soma algébrica dos potenciais elétricos V 1 , V 2 , …, V n gerados por cada uma das cargas. 1 Q 1 r 1 r 2 r n P V Q 2 Q n V = V 1 + V 2 + ... + V n V = k Q r 1 1 ⋅ + k Q r 2 2 ⋅ + ... + k Q r n n ⋅ Curiosidade 1 A unidade volt (V), utilizada para a tensão elétrica gerada por pilhas e baterias, é uma homenagem ao físico italiano Alessandro Volta (1745-1827), que, após uma longa batalha intelectual com seu compatriota Luigi Galvani (1737-1798) nos estudos que investigavam a origem da eletricidade nos seres vivos, mostrou que era possível gerar corrente elétrica a partir de dois metais diferentes e assim inventou a primeira pilha elétrica. Alessandro Volta (1745-1827) e uma réplica da primeira pilha elétrica. N ic k u /S h u tt e rs to c k G io .t to /S h u tt e rs to c k Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 46 4/5/18 12:18 PM 47 FÍ S IC A . Atividades Desenvolva H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. Os carros mais antigos apresentavam partes com sinais de ferrugem e bolhas na pintura. Elas apareciam, normalmente, nas partes em que a proximidade com o solo era maior, em regiões em que a água suja podia entrar em contato. Com a evolução da indústria automobilística, principalmente com as tecnologias de revestimento de superfícies e pinturas, os carros atuais não apresentam tais manchas. Uma técnica importante de pintura utilizada atualmente é a pintura eletrostática ou eletropintura. Esse tipo de pintura pode ser feita de duas maneiras: com tintas líquidas ou em pó. A tecnologia que utiliza o pó têm apresentado maior efi ciência e resultados mais satisfatórios. A diferença entre as técnicas está na condição da peça que receberá a tinta. Quando a pintura é realizada com a tinta líquida, a peça é carregada com cargas negativas; já na pintura a pó, a peça é aterrada. Relacione os conceitos estudados até o momento, para explicar como se pode garantir a efi ciência do processo descrito. Nos dois tipos de pintura, com tinta líquida ou em pó, ocorre a geração de um campo elétrico que tem a função de criar uma diferença de potencial e, assim, promover o movimento de partículas carregadas da fonte de tinta, com cargas de sinais opostos ao da peça a ser pintada, o que possibilitará obter total aderência em sua superfície. 1. Duas pequenas partículas, eletrizadas positivamente, estão a uma distância d entre si, no vácuo. Ao serem abandona- das, a partir do repouso, elas passam a se mover sob ação exclusiva das forças elétricas. Com isso, pode-se afi rmar que a energia potencial do sistema: a) aumenta e as energias cinéticas das partículas aumentam. b) diminui e as energias cinéticas das partículas diminuem. c) diminui e as energias cinéticas das partículas permane- cem constantes. d) aumenta e as energias cinéticas das partículas diminuem. e) diminui e as energias cinéticas das partículas aumentam. Como as partículas têm cargas de mesmo sinal, elas se repe- lem, e a distância entre elas vai aumentar. Com isso, a energia potencial do sistema diminui e é convertida em energia cinéti- ca, que aumentará. Alternativa e 2. (UEG-GO) Considere uma esfera condutora carregada com carga Q que possua um raio R. O potencial elétrico dividi- do pela constante eletrostática no vácuo dessa esfera em função da distância d, medida a partir do seu centro, está descrito no gráfi co a seguir. Qual é o valor da carga elétrica em Coulomb? a) 2,0 ∙ 104 b) 4,0 ∙ 103 c) 0,5 ∙ 106 d) 2,0 ∙ 106 De acordo com o gráfi co, o potencial se mantém constante até que a distância seja igual ao raio da esfera. Nas proximida- des da superfície, temos d = R = 0,20 m. Isolando a carga na expressão do potencial elétrico, temos: 1 10 0,20 2 10 C 0 5 4 s sQ V k d Q Q= ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ Alternativa a 3. Uma carga elétrica Q = 160 µC é fi xada na origem de um sistema cartesiano x0y como mostra a fi gura. O meio é o vácuo, cuja constante eletrostática é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. Considere os pontos A (3 m; 4 m) e B (8 m; 0) representados. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7 80 x (m) y (m) A Q B Determine os potenciais elétricos dos pontos A e B. V A = k Q dA = 9 ∙ 109 ∙ 160 10 4 3 6 2 2 ⋅ + − = 9 ∙ 109 ∙ 160 10 5 6 ⋅ − s s V A = 2,88 ∙ 105 V V B = k Q dB = 9 ∙ 109 ∙ 160 10 8 0 6 2 2 ⋅ + − = 9 ∙ 109 ∙ 160 10 8 6 ⋅ − s s V B = 1,80 ∙ 105 V 4. (Udesc) Ao longo de um processo de aproximação de duas partículas de mesma carga elétrica, a energia potencial elétrica do sistema: a) diminui. b) aumenta. c) aumenta inicialmente e, em seguida, diminui. d) permanece constante. e) diminui inicialmente e, em seguida, aumenta. A energia potencial elétrica é dada por: pE k Q q d = ⋅ ⋅ Podemos concluir que, se a distância entre as partículas dimi- nui, a energia potencial elétrica aumenta. Alternativa b R e p ro d u ç ã o /U E G , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 47 4/5/18 12:18 PM 48 CAPÍTULO 3 5. Duas cargas elétricas puntiformes, Q A e Q B , estão fixas nos pontos A e B, respectivamente, como representado na figura. 2 m Q A = −4 μC Q B = +6 μC A B Determine, entre A e B, a que distância de A está o ponto onde o potencial é nulo. Chamaremos de P o ponto cujo potencial elétrico é nulo. Sen- do assim, temos: V P =V A + V B V P = k A A Q d + k B B Q d Sendo d A a distância entre A e P, substituiremos d B por (2 – d A ); assim: V P = 9 ⋅ 109 –4 10–6 Ad ( ) ⋅ + 9 ⋅ 109 6 10 (2 – ) –6 Ad ⋅ = 0 s s 6 10 (2 – ) –6 Ad ⋅ = 4 10–6 Ad ⋅ s 6 ∙ d A = 4 ∙ (2 – d A ) s s 10 ∙ d A = 8 s d A = 0,8 m 6. (Fuvest-SP) A energia potencial elétrica U de duas partículas em função da distância r que as separa está representada no gráfico da figura adiante. 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 12 U ( 1 0 − 1 8 J ) r (10−10 m) Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto a outra se move apenas devido à força elétrica de interação entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de r i = 3 ⋅ 10−10 m a r f = 9 ⋅ 10−10 m, a energia cinética da partícula em movimento: a) diminui 1 ⋅ 10−18 J. b) aumenta 1 ⋅ 10−18 J. c) diminui 2 ⋅ 10−18 J. d) aumenta 2 ⋅ 10−18 J. e) não se altera. Pelo princípio da conservação da energia, temos que a energia total (energia cinética + energia potencial) deve permanecer constante. c fE + p fE = c iE + p iE Reordenado, temos c fE – c iE = p iE – p fE s ∆E c = p iE – p fE Pelo gráfico, temos: ∆E c = 3 ⋅ 10–18 – 1 ⋅ 10–18 = +2 ⋅ 10–18 J. Portanto, a energia cinética sofre um aumento de 2 ⋅ 10–18 J. Alternativa d 7. (UEG-GO) Uma carga Q está fixa no espaço, a uma distân- cia d dela existe um ponto P no qual é colocada uma carga de prova q 0 . Considerando-se esses dados, verifica-se que no ponto P: a) o potencial elétrico devido a Q diminui com inverso de d. b) a força elétrica tem direção radial e aproximando de Q. c) o campo elétrico depende apenas do módulo da carga Q. d) a energia potencial elétrica das cargas depende do in- verso de d2. Da expressão do potencial elétrico 0V k Q d = ⋅ podemos con- cluir que a distância aumenta e o potencial diminui, ou seja, diminui com o inverso de d. Alternativa a 8. +Enem [H21] Em uma aula de laboratório, para ilustrar o conceito de potencial elétrico, um professor de Física faz a seguinte montagem: coloca duas pequenas esferas, carre- gadas eletricamente com cargas q 1 e q 2 a uma distância D entre elas, como representado na figura. Tampo da mesa (vista superior) P D Dq 1 q 2 Em seguida, com medidas experimentais, os alunos verifi- caram que o potencial elétrico do ponto P a uma distância D da carga q 2 é nulo. Finalmente, o professor coloca no quadro a expressão que permite calcular o potencial elétrico V gerado por uma car- ga elétrica Q em um ponto a uma distância r da carga: V k Q r = ⋅ em que k é constante eletrostática do meio. Com isso, os alunos concluem corretamente que a razão 1 2 q q entre as cargas elétricas das esferas vale aproximadamente: a) +2,1 b) +1,7 c) +1,0 d) −1,4 e) −1,0 V P = 1 1 k q r ⋅ + 2 2 k q r ⋅ s 0 = 2 1k q D ⋅ + 2k q D ⋅ s 2 1k q D ⋅ = – 2k q D ⋅ s s 1 2 q q = – 2 s 1 2 q q H –1,4 Alternativa d Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 48 4/5/18 12:18 PM 49 FÍ SI CA Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas I e III. 11. (CN) Analise a fi gura abaixo. Uma casca esférica metálica fi na, isolada, de raio R = 4,00 cm e carga Q produz um potencial elétrico igual a 10,0 V no ponto P distante 156 cm da superfície da casca (ver fi gura). Suponha agora que o raio da casca esférica foi alterado para um valor quatro vezes menor. Nessa nova confi guração, a ddp entre o centro da casca e o ponto P, em quilovolts, será: a) 0,01 b) 0,39 c) 0,51 d) 1,59 e) 2,00 12. (Unesp-SP) Três esferas puntiformes, eletrizadas com car- gas elétricas q 1 = q 2 = + Q e q 3 = − 2Q, estão fi xas e dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C em uma região onde a constante eletrostática é igual a k 0 conforme representado na fi gura. Considere V C o potencial eletrostático e E C o módulo do campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valo- res de V C e E C são, respectivamente, a) 0 e 4 k Q r 0 2 ⋅ ⋅ b) 4 k Q r 0 2 ⋅ ⋅ e k Q r 0 2 ⋅ c) zero e zero d) 2 k Q r 0⋅ ⋅ e 2 k Q r 0 2 ⋅ ⋅ e) zero e 2 k Q r 0 2 ⋅ ⋅ 9. (PUC-RS) Uma carga elétrica pontual Q está colocada em um ponto P, como mostra a fi gura. 1 2 3 4 5 P Q + Os pontos que se encontram no mesmo potencial elétrico são, respectivamente: a) 1 e 2 b) 1 e 5 c) 3 e 4 d) 1 e 4 e) 2 e 3 10. (UFSM-RS) Entre as modernas tecnologias de impressão, as impressoras por jato de tinta estão bastante disse- minadas. Nesse tipo de impressora, pequenas gotas de tinta são eletrizadas, passam entre duas placas metálicas (P 1 e P 2 ) e atingem o papel, conforme ilustra a fi gura. O potencial elétrico em P 1 é maior que o potencial elé- trico em P 2 . “Fonte” de gotículas eletrizadas P 1 P 2 B A C Papel Sobre esse sistema, é possível afi rmar: I. Existe um campo elétrico com sentido que vai da placa P 1 para a placa P 2 . II. As gotas com trajetórias A, B e C têm cargas positiva, nula e negativa, respectivamente. III. Se o campo elétrico entre as placas fosse uniforme, as trajetórias A e C seriam parábolas entre as placas. Complementares Tarefa proposta 1 a 17 R e p ro d u ç ã o /E N , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U n e s p , 2 0 1 7 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 49 4/5/18 12:18 PM 50 CAPÍTULO 3 Trabalho da força elétrica Quando uma carga elétrica se desloca entre dois pontos de uma região em que há um campo elétrico, a força elétrica que atua sobre ela pode reali- zar trabalho, e modifi car sua energia potencial elétrica. Como a força elétrica é conservativa, o trabalho realizado por ela não depende da trajetória e pode ser determinado pelo teorema da energia potencial. Considere que uma carga elétrica q que se encontra inicialmen- te em um ponto A de um campo elétrico, cujo potencial elétrico é V A , armazena uma energia potencial elétrica E p(A) = q · V A . Ao ser deslocada para o ponto B, cujo potencial elétrico é V B , a força elétrica realiza traba- lho, alterando sua energia potencial elétrica para um valor E p(B) = q · V B , como representado na fi gura. De acordo com o teorema da energia potencial, o trabalho τ Fe realizado pela força elé- trica é dado pela diferença entre a energia potencial inicial e a energia potencial fi nal. • E Eτ = − Fe p(A) p(B) • q V q Vτ = ⋅ − ⋅ Fe A B • q V Vτ = ⋅ −( ) Fe A B O termo V A – V B é denominado diferença de potencial elétrico (ddp) e é simbolizado por U AB , assim se pode escrever que: τ Fe = q · U AB Portanto, o trabalho realizado pela força elétrica para transportar uma carga elétrica entre dois pontos é dado pelo produto entre a carga e a diferença de potencial entre os pontos. 1 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que o fenômeno que ocorre na situação descrita é a transformação de energia elétrica em energia de movimento, e assim, pode-se utilizar o teorema da energia cinética. Atenção na identifi cação do maior e do menor potencial. Elétrons partem do menor para o maior potencial, por serem cargas negativas. Sendo assim, partem do cátodo em direção ao ânodo. Importante identifi car que o esquema se refere à base de funcionamento dos equipamentos de raios X que encontramos em hospitais e centros de radiologia. Em um tubo de raios catódicos para a produção de raios X, os elétrons, liberados inicial- mente em repouso no cátodo, são acelerados por uma diferença de potencial de 18 kV, atingindo o ânodo e emitindo fótons de raios X. Ânodo Cátodo Alvo de tungstênio Feixe de elétrons Raios XRaios X Fonte de alta-tensão U + − Sendo m a massa do elétron no valor de 9 ⋅ 10−31 kg e considerando a carga elementar como 1,6 ⋅ 10−19, determinar a velocidade com que eles atingem o ânodo. Resolução 1 2 1 2 1,6 10 18 10 9 10 2 0 64 10 8 10 m s Fec final c inicial 2 0 2 19 3 31 2 14 7 τ = ∆ = − ⋅ = ⋅ ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ − = ⋅ = ⋅ − − E E E Q U m v m v v v v c s s s s Observação 1 Elétron-volt (1 eV) é a unidade de energia defi nida como o trabalho realizado sobre um elétron que se desloca entre dois pontos de um campo elétrico com diferença de potencial de um volt. 1 eV = 1,6 · 10−19 J q A V A V B B Campo elŽtrico Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 50 4/5/18 12:18 PM 51 FÍ S IC A Superfícies equipotenciais Considere que uma carga elétrica Q gera um campo elétrico ao seu redor em uma su- perfície esférica de raio r centrada nela. Para essa situação, pode-se notar que todos os pontos da superfície terão potenciais elétricos iguais a: V k Q r = ⋅ Essa superfície em que os pontos apresentam o mesmo potencial elétrico é denomi- nada superfície equipotencial, dependendo do valor do potencial elétrico dos pontos da superfície esférica de seu raio r. Podemos, portanto, imaginar infi nitas superfícies equipo- tenciais, em que cada uma delas corresponde a um potencial elétrico diferente. As propriedades das superfícies equipotenciais são: • as linhas de força de um campo elétrico sempre “cortam” as superfícies equipoten- ciais sob um ângulo normal (90°); • ao longo de uma linha de força e no sentido da linha, o potencial elétrico decresce. V 3 Superfícies equipotenciais V 1 V 2 Linha de for•a Retornando ao exemplo anterior, para o caso de um campo elétrico gerado a partir de uma única carga puntiforme isolada, as superfícies equipotenciais são esferas concêntri- cas com a carga no centro, como representado nas fi guras. V 3 V 1 . V 2 . V 3 V 2 V 1 + V 1 , V 2 , V 3 V 3 V 2 V 1 − Caso duas cargas elétricas, de sinais opostos, estejam próximas, as linhas de campo se curvam, divergindo a partir da carga positiva e convergindo para a negativa, como na fi gura. +Q −Q + − V 1 . V 2 . V 3 . V 4 . V 5 V 1 . 0 V 2 . 0 V 3 = 0 V 4 , 0 V 5 , 0 Defi nição Superfície equipotencial: superfície geométrica no espaço de uma região de um campo elétrico na qual todos os pontos têm o mesmo potencial elétrico. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 51 4/5/18 12:18 PM 52 CAPÍTULO 3 Para um campo elétrico uniforme, as superfícies equipoten- ciais são planos paralelos entre si perpendiculares às linhas de forças, como representado na fi gura. Para o caso particular do campo elétrico uniforme, o potencial decresce linearmente com a distância ao longo de uma linha de força. Em outras palavras, a diferença de potencial elétrico U entre duas superfícies equipotenciais em um campo elétrico uniforme de intensidade E é proporcional à distância d entre elas. E ⋅ d = U Na equação, se a ddp for expressa em V (volt) e a distância em m (metro), a unidade do campo elétrico é expressa em V/m (volt/ metro). Dessa forma, verifi ca-se que N/C é equivalente a V/m. Condutores em equil’brio eletrost‡tico Até o momento, analisamos o campo elétrico gerado por uma carga elétrica puntifor- me, quando suas dimensões são desprezíveis comparadas às demais cargas envolvidas. No momento, vamos analisar o campo elétrico gerado por um objeto condutor esférico eletrizado, em que suas dimensões não são desprezíveis. Considere uma esfera condutora de raio R eletrizada com uma carga elétrica Q . 0. Ao atingir o equilíbrio eletrostático, as cargas elétricas vão se distribuir uniformemente pela sua superfície, como representado na fi gura. + + + + + + + + + + + + + + + + Q R r0 A análise para entender a característica do campo elétrico gerado por essa esfera deve consi- derar três regiões: • interior da esfera (r , R): o campo elétrico é nulo, o potencial elétrico é igual em todos os pontos e igual ao potencial de um ponto na su- perfície. Portanto, temos: E V k Q R = = ⋅0; int . int . • superfície da esfera (r = R): o potencial elétrico é igual ao potencial interno, mas o campo elétri- co não é nulo, dado pela expressão: E k Q R V k Q R = ⋅ ⋅ = ⋅ 1 2 ; sup. 2 sup. • exterior da esfera (r . R): o campo elétrico e o potencial elétrico são determinados conside- rando-se toda a carga da esfera. E k Q r V k Q r = ⋅ = ⋅; ext. 2 ext. O gráfi co ao lado representa o comportamento do campo elétrico em função da distância. V 1 . V 2 . V 3 V 1 d V 2 V 3 E r R r E O 0 P int. P próx. E ext. = k 0 · E int. = 0 P sup. E próx. = k 0 · Q R2 Q r2 E sup. = · k 0 · Q R2 1 2 + + + + ++ P ext. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 52 4/5/18 12:18 PM 53 FÍ SI CA Quando o objeto condutor não for esférico, as cargas elétricas também se distribuem na sua superfície externa, e o campo elétrico no seu interior será nulo. Na região externa ao condutor, as linhas de força serão normais (perpendiculares) à sua superfície, forman- do uma superfície equipotencial. Além disso, se o objeto apresentar alguma região mais pontiaguda, haverá maior concentração de cargas nessa região, e o campo elétrico, exter- namente ao condutor, será mais intenso na ponta, como representado na fi gura. Linhas de força E int = 0 V int = cte BA −−− −− − − − − − − − − − − − − − − − − − − E B > E A Esse fenômeno é conhecido como poder das pontas e explica o funcionamento dos para- -raios. Em dias quentes, as camadas de ar se movem rapidamente (convecção) e o atrito entre o ar e as nuvens e entre as próprias nuvens eletriza-as com cargas elétricas positivas ou negativas. Nos dias chuvosos, o para-raios, devidamente aterrado, sofre indução e se eletriza com carga elétrica de sinal contrário ao da nuvem. No momento em que o ar não consegue mais suportar o campo elétrico entre as nuvens e o para-raios, quando o campo elétrico supera a rigidez dielétrica, ocorre uma troca de cargas entre as nuvens e o para-raios, a qual é denominada descarga elétrica ou raio. A luz emitida pelo raio, relâmpago, ocorre pelo efeito Joule, o ar se aquece a milhares de graus Celsius e emite luz, e o som emitido, trovão, é provocado pela expansão do ar durante o aquecimento. Defi nição Rigidez dielétrica: o maior campo elétrico que um isolante pode suportar sem que passe a conduzir eletricidade. S te fa n o G a ra u /S h u tt e rs to c k Campo elétrico Campo elétrico mais intenso E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia Alguns meses do ano, quando a estiagem atinge várias regiões do país, a diminuição dos níveis de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas pode afetar a produção de energia. O Brasil é um dos países com maior produção de energia proveniente de matriz hidrelétrica, e nos períodos de seca o abastecimento de eletricidade pode fi car comprometido. Por outro lado, nos períodos de chuvas, o Brasil apresenta índices elevados de incidências de raios. E se fosse possível capturar e armazenar a energia proveniente das descargas elétricas dos raios? Para realizar esse armazenamento, seria necessário desenvolver sistemas complexos capazes de controlar as descargas intensas. Em 2007, durante uma tentativa, um cientista da Universidade de Harvard desenvolveu um sistema capaz de capturar um raio. Com isso, ele conseguiu manter uma lâmpada de 60 W funcionando por 20 segundos. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 53 4/5/18 12:18 PM INFO + ENEM 54 CAPÍTULO 3 Eletricidade D ifi cilmente há um transtorno comparável ao de passar por um corte de energia elétrica em nosso lar. Sem luz fi camos sem geladeira, televisor, computador, ar-condicionado e, em alguns casos, também sem bomba de água; provavelmente seja o único momento no qual reparamos na importância de uma das formas de energia mais difundidas e utilizadas. O primeiro a observar a energia elétrica com olhos de cientista foi Tales de Mileto, na Grécia, há 27 séculos, apesar de estar muito longe de imaginar as implicações do fenômeno que tanto chamousua atenção. Questão de elétrons O fenômeno da eletricidade tem sua origem em escala atômica e se relaciona com o comportamento e movimento dos elétrons livres (elétrons separados dos núcleos atômicos) em um determinado meio. Eletricidade estática Conhecemos essa forma de eletricidade ao sermos surpreendidos, de modo incômodo, por uma pequena descarga elétrica que recebemos ao tocar algumas vezes na pele de outra pessoa, em um objeto metálico ou em uma peça de roupa. Geralmente, os objetos têm uma carga neutra, ou seja, as cargas positivas dos prótons são equivalentes às cargas negativas dos elétrons. Ao esfregar um objeto contra o outro, os elétrons passam de um para o outro (um cede e o outro recebe) e se produz um desequilíbrio. O corpo que cede se carrega positivamente. O que ganha se carrega negativamente. Um corpo carregado negativamente pode atrair um corpo neutro. Nesse caso, a régua se carrega (recebe elétrons) ao ser esfregada contra um tecido. Logo, colocada diante de um papel neutro, a régua carregada negativamente repele as cargas negativas do papel em direção ao lado oposto, deixando as cargas positivas do lado que dá para a régua. Como as cargas negativas e positivas se atraem, o papel fi ca “grudado” à régua. Benjamin Franklin Nascido em 1706, é difícil defi nir o perfi l multifacetado de uma das existências mais ricas da história. Político, jornalista, inventor, assim como também um dos líderes independentistas dos Estados Unidos, foi pioneiro no estudo da Eletricidade. É lembrado, além disso, como o autor de uma famosa experiência durante a qual elevou uma pipa com uma estrutura metálica durante uma tormenta, demonstrando que os raios são descargas elétricas e as nuvens estão carregadas de eletricidade. Inventou o para-raios, as lentes bifocais e o hodômetro, entre outros numerosos engenhos. Morreu idoso, em 1790. Corrente elétrica Assim como a água de um rio, que corre de um ponto para o outro, os elétrons livres circulam através dos materiais condutores, como os metais, manifestando- -se como um tipo de energia com infi nitas aplicações úteis para a humanidade. Quando uma diferença de potencial é aplicada entre os extremos de um condutor (por exemplo, um cabo), os elétrons circulam gerando uma corrente elétrica. Essa corrente permite que a eletricidade seja transportada, inclusive a distâncias de milhares de quilômetros, para depois ser distribuída e utilizada. Régua Régua Tecido Tecido Corpo carregado negativamente Corpo neutro Se um objeto carregado entra em contato com algo que esteja em contato com o solo (como um corpo humano), produz-se uma descarga elétrica. Nesse caso, o dedo, carregado positivamente, se aproxima de um metal carregado negativamente (com excesso de elétrons). Se a pessoa não está isolada eletricamente, funciona como condutora e uma desagradável faísca é produzida. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 54 4/5/18 12:18 PM Acesse a questão Info + Enem e mais conteúdos do exame utilizando seu celular. Saiba mais em <www.plurall.net>. © S o l 9 0 I m a g e s 55 Os raios No interior das nuvens de tempestade chamadas cumulonimbos, as partículas de gelo em movimento são carregadas por fricção. Aquelas carregadas positivamente tendem a se localizar na parte superior da nuvem. Aquelas carregadas negativamente tendem a se localizar na base. Dentro da nuvem são produzidas descargas. A descarga pode ser de nuvem a nuvem. 48 horas Ininterruptas funcionou a primeira lâmpada elétrica, invento atribuído ao norte- -americano Thomas Alva Edison, em 1879. Algumas vezes acontece uma poderosa descarga entre a base da nuvem (carregada negativamente) e a superfície da Terra, sempre disposta a aceitar elétrons (carregada positivamente). Condutores e isolantes Os materiais podem ser capazes de conduzir ou não a eletricidade. Os primeiros mostram diversos índices de condutividade, já que nem todos realizam isso com a mesma efi ciência. Efeitos da eletricidade Como toda forma de energia, a eletricidade pode se transformar em outras formas úteis para determinadas aplicações. Efeito térmico Quando uma corrente elétrica atravessa um material condutor, parte da energia elétrica se converte em calor. É utilizado em aquecedores elétricos. Efeito luminoso Alguns materiais sólidos e gasosos produzem luz ao ser atravessados por uma corrente elétrica. Efeito magnético A corrente elétrica gera magnetismo e vice-versa. Por exemplo, guindaste eletromagnético ou trens de levitação magnética. Efeito químico A eletricidade pode ser utilizada para modifi car a estrutura química de alguns materiais. É o caso da eletrólise para purifi car elementos ou para galvanizar aço e, assim, deixá-lo menos corrosivo. Os isolantes Nos isolantes, a união entre o núcleo e os elétrons dos átomos é forte, assim, o trânsito de elétrons é muito mais complicado ou, diretamente, nulo. 600 volts Uma enguia elétrica pode gerar durante uma de suas descargas. Os condutores Nos átomos de materiais condutores, os elétrons estão unidos de forma fraca com seus núcleos. Isso permite aos elétrons circular facilmente como energia elétrica. Os metais são bons condutores já que, em termos atômicos, a união dos núcleos com os elétrons das últimas camadas é fraca. Isso permite que tais elétrons circulem livremente. Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 55 4/5/18 12:18 PM 56 CAPÍTULO 3 Conexões OS NÚMEROS (SURPREENDENTES) DE MORTES POR RAIOS NO BRASIL No Brasil, ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta po- sição de fatalidade entre os países com estatísticas con� áveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto por idosos. Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior. […] Na década passada, no Brasil, morreram 1 321 pessoas atingidas por raios, número muito acima das estimativas disponíveis antes do estudo (as menos conservadoras indicavam cerca de cem raios). O que essas vítimas tinham em comum eram as atividades que praticavam quando foram atingidas pelas descargas. Exatos 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estarem próximas aos meios de transportes (14%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga. Aqui convém ressaltar que refugiar-se no interior de um veículo, como um automóvel ou avião, é seguro. A sorte de um piloto e seu copiloto em 2008, no interior de São Paulo, poderia ter sido diferente se eles tivessem seguido essa recomendação. Ambos perceberam a aproximação de uma tempestade com o avião pousado em uma fazenda e buscaram abrigo sob uma das asas e morreram atingidos por um raio. Scienti� c American Brasil, jul. 2011. Empregando o conceito do poder das pontas, cite algumas medidas para se proteger em uma tempestade com raios. Atividades 13. (UEL-PR) Uma carga elétrica positiva Q gera um campo elétrico à sua volta. Duas superfícies equipotenciais e o percurso de uma carga elétrica q = 2 µC, que se desloca de A para B, estão representados na fi gura. Q 5 V A B 3 V O trabalho realizado pelo campo elétrico de Q sobre a carga q nesse deslocamento de A até B vale: a) +4 ⋅ 10−6 J b) +6 ⋅ 10−6 J c) +1 ⋅ 10−5 J d) −4 ⋅ 10−6 J e) −6 ⋅ 10−5 J τ E = q ⋅ U = q ⋅ (V A − V B ) = 2 ⋅ 10−6 (5 − 3) s τ E = 4 ⋅ 10−6 J Alternativa a 14. (Mack-SP) O sistema representado pelo esquema está no vácuo, cuja constante eletrostática é k 0 . A carga Q está fi xa e os pontos A e B são equidistantes de Q.Se uma carga q for deslocada de A até B, o trabalho realizado pelo campo elétrico, nesse deslocamento, será igual a: r r A Q B a) zero b) k q Q r 0 ⋅ ⋅ c) k Q r 0 ⋅ d) 2 k q Q r 0⋅ ⋅ ⋅ e) 1 2 k q Q r 0⋅ ⋅ ⋅ Se os pontos A e B são equidistantes de Q, o potencial elétri- co gerado em cada um deles terá o mesmo valor, ou seja, a diferença de potencial (U) entre eles é zero. Sendo o trabalho da força elétrica calculado por: τ = Q ⋅ U Sendo U = 0, o trabalho também terá seu valor igual a zero. Alternativa a 15. (UFRGS-RS) Na fi gura, estão representadas, no plano XY, linhas equipotenciais espaçadas entre si de 1V. Considere as seguintes afi rmações sobre essa situação. I. O trabalho realizado pela força elétrica para mover uma carga elétrica de 1 C de D até A é de –1 J. II. O módulo do campo elétrico em C é maior do que em B. III. O módulo do campo elétrico em D é zero. R e p ro d u ç ã o /U F R G S , 2 0 1 4 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 56 4/5/18 12:18 PM 57 FÍ S IC A Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. I. Correta. Calculando o trabalho para levar a carga de D até A, temos: V V q( ) ( )τ = − ⋅ = − ⋅ τ = −→ →0 1 1 1 J.D A D A D As II. Correta. O vetor campo elétrico é mais intenso, quanto mais próximas estiverem as superfícies. II. Incorreta. O potencial é nulo. Se o campo fosse nulo, não haveria diferença de potencial. Alternativa c 16. (Mack-SP) Uma carga elétrica de intensidade Q = 10,0 μC no vácuo gera um campo elétrico em dois pontos A e B, conforme fi gura acima. Sabendo-se que a constante eletrostática do vácuo é k 0 = 9 ∙ 109 N · m2/C2 o trabalho realizado pela força elétrica para transferir uma carga q = 2,00 µC do ponto B até o ponto A é, em mJ, igual a: a) 90,0 b) 180 c) 270 d) 100 e) 200 Conforme o teorema da energia potencial, temos: E E k Q q d k Q q d k Q q d d mJ F F F F F 1 1 9 10 10 10 2 10 1 1 1 2 90 10 90 Pot B Pot A 0 B 0 A 0 B A 9 6 6 3 r r r r r τ = − = ⋅ ⋅ − ⋅ ⋅ τ = ⋅ ⋅ − τ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ − τ = ⋅ τ = − − − s s s s s s Alternativa a 17. (Unilavras-MG, adaptada) A fi gura a seguir representa um campo elétrico uniforme cuja ddp entre suas placas, distantes 4 cm uma da outra, é de V AB = 12 000 V. 4 cm A B E E + + + + + + + – – – – – – – Abandonando-se uma partícula de massa 1,0 ⋅ 10−27 kg, eletrizada positivamente com carga q = +1,0 ⋅ 10−19 C no ponto A, esta será submetida a uma aceleração de: a) 3 ⋅ 1013 cm/s2 b) 3 ⋅ 1013 m/s2 c) 48 ⋅ 1013 m/s2 d) 30 ⋅ 1013 m/s2 e) 9,8 m/s2 E ⋅ d = U s E ⋅ 0,04 = 12 000 s E = 3 ⋅ 105 V/m Como F = q ⋅ E, temos: m ⋅ a = q ⋅ E 1 10 3 10 1 10 19 5 27 a q E m as= ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ − − s a = 3 ⋅ 1013 m/s2 Alternativa b Professor, o peso da partícula é desprezível em relação à força elétrica. 18. (Fuvest-SP) A região entre duas placas metálicas, planas e paralelas está esquematizada na fi gura abaixo. As linhas tracejadas representam o campo elétrico uniforme existen- te entre as placas. A distância entre as placas é 5 mm e a diferença de potencial entre elas é 300 V. As coordenadas dos pontos A, B e C são mostradas na fi gura. Determine: a) os módulos E A , E B e E C do campo elétrico nos pontos A, B e C respectivamente; b) as diferenças de potencial V AB e V BC entre os pontos A e B e entre os pontos B e C respectivamente; c) o trabalho τ realizado pela força elétrica sobre um elé- tron que se desloca do ponto C ao ponto A. Note e adote: O sistema está em vácuo. Carga do elétron = − 1,6 ∙ 10–19C a) Calculando a intensidade do campo elétrico uniforme com os dados fornecidos, temos: E d V E V d E⋅ = = = ⋅ = ⋅ = ⋅− 300 5 10 60 10 6 10 V/m 3 3 4 s s b) De acordo com a fi gura, x A = 1 mm e x B = 4 mm. Assim, o potencial V AB será: V E d E x x V ( ) ( )= ⋅ = ⋅ − = ⋅ − ⋅ = −6 10 4 1 10 180 V AB AB B A 4 3 AB s s Já o potencial V BC tem os pontos B e C na mesma equipoten- cial. Portanto: V BC = 0 c) Da fi gura temos: V V V= = − = −180 VCA BA AB Então o trabalho realizado pela força elétrica será: q V ( )τ = ⋅ = − ⋅ ⋅ − τ = ⋅− −1,6 10 180 2,88 10 JCA 19 17 s R e p ro d u ç ã o /F u v e t, 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 57 4/5/18 12:18 PM 58 CAPÍTULO 3 19. (EEAR-SP) São dadas duas cargas, conforme a fi gura: Considerando E 1 o módulo do campo elétrico devido à carga Q 1 . E 2 o módulo do campo elétrico devido à carga Q 2 · V 1 o potencial elétrico devido à carga Q 1 e V 2 o po- tencial elétrico devido à carga Q 2 . Considere E p o campo elétrico e V p o potencial, resultantes no ponto P. Julgue as expressões abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) E E Ep 1 2= + ( ) V V Vp 1 2= + ( ) E E Ep 1 2 r r r = + ( ) V V Vp 1 2 r r r = + Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) V − V − F − F b) V − F − F − V c) F − F − V − V d) F − V − V − F Sabendo-se que o campo elétrico é uma grandeza vetorial e o potencial elétrico, uma grandeza escalar, temos: E E E r r r = +p 1 2 V V V= +p 1 2 Alternativa d 20. +Enem [H21] Uma das maiores invenções tecnológicas do século passado foi a televisão. Em sua versão original, esse dispositivo era composto por um tubo evacuado dentro do qual elétrons eram acelerados por meio de uma tensão elétrica V, atingindo uma tela com material fosforescente, para formar a imagem. Considere que um elétron, com massa de 9 ∙ 10−31 kg e carga elétrica de 1,6 ∙ 10−19 C, em valor absoluto, seja acelerado no interior de um tubo de TV com uma tensão de 4,5 kV. Partindo do repouso, sua velocidade, ao atingir a tela, será de, aproximadamente: a) 1 ∙ 104 m/s b) 2 ∙ 105 m/s c) 3 ∙ 106 m/s d) 4 ∙ 107 m/s e) 5 ∙ 108 m/s τ Fe = E c s q ∙ V = 1 2 ∙ m ∙ v2 – 1 2 ∙ m ∙ 0 2v s s 1,6 ∙ 10–19 ∙ 4,5 ∙ 103 = 9 10 2 31 2v⋅ ⋅ − s v = 16 1014 ⋅ s s v = 4 ∙ 107 m/s Alternativa d Complementares Tarefa proposta 18 a 32 21. Consideremos o campo elétrico criado por duas cargas elétricas puntiformes de +6 μC e −6 μC fi xas a 20 cm do ponto A e a 12 cm e 8 cm, respectivamente, do ponto B, no vácuo. Sabe-se que a constante eletrostática do vácuo é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. −6 µC +6 µC A B 20 cm 12 cm 8 cm 20 cm a) Determine os potenciais elétricos dos pontos A e B. b) Qual é o trabalho das forças elétricas quando uma carga q = 2 ⋅ 10−9 C é transportada do ponto A para o ponto B? 22. (PUC-PR) Um sistema de cargas pontuais é formado por duas cargas positivas + q e uma negativa − q todas de mesma intensidade, cada qual fi xa em um dos vértices de um triângulo equilátero de lado r. Se substituirmos a carga negativa por uma positiva de mesma intensidade, qual será a variação da energia potencial elétrica do sistema? A constante de Coulomb é denotada por k. a) 2kq r 2 b) 2kq r 2 − c) 4kq r 2 − d) 4kq r 2 e) kq r 2 23. (Unirio-RJ) Michael Faraday, um dos fundadores da moder- na teoria da eletricidade, introduziu o conceito de campo na fi losofi a natural. Uma de suas demonstrações da exis- tência do campo elétrico se realizou da seguinte maneira: Faraday construiu uma gaiola metálica perfeitamente con- dutora e isolada do chão e a levou para uma praça. Lá ele se trancou dentro da gaiola e ordenou a seus ajudantes que a carregassem de eletricidade e se afastassem. Com a gaiola carregada, Faraday caminhava sem sentir qual- quer efeito da eletricidade armazenada em suas grades, enquanto quem de fora encostasse nas grades sem estar devidamente isolado sofria uma descarga elétrica dolorosa. Por que Faraday nada sofreu, enquanto as pessoas fora da gaiola podiam levar choques? a) O potencial elétrico dentro e fora da gaiola é diferente de zero,mas dentro da gaiola esse potencial não reali- za trabalho. b) O campo elétrico no interior de um condutor em equi- líbrio eletrostático é nulo; no entanto, fora da gaiola, existe um campo elétrico não nulo. c) O campo elétrico não é capaz de produzir choques em pessoas presas em lugares fechados. d) O valor do potencial elétrico e o do campo elétrico são constantes dentro e fora da gaiola. e) A diferença de potencial elétrico entre pontos dentro da gaiola e entre pontos da gaiola com pontos do exterior é a mesma, mas, em um circuito fechado, a quantidade de carga que é retirada é igual àquela que é posta. R e p ro d u ç ã o /E e a r, 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 58 4/5/18 12:19 PM 59 FÍ SI CA 24. (Fuvest-SP) Em uma aula de laboratório de Física, para estudar propriedades de cargas elétricas, foi realizado um experimento em que pequenas esferas eletrizadas são injetadas na parte superior de uma câmara, em vá- cuo, onde há um campo elétrico uniforme na mesma direção e sentido da aceleração local da gravidade. Ob- servou-se que, com campo elétrico de módulo igual a 2 ⋅ 103 V/m, uma das esferas, de massa 3, 2 ⋅ 10–15 kg, permanecia com velocidade constante no interior da câmara. Essa esfera tem: Note e adote: • carga do elétron = –1,6 ∙ 10–19 C • carga do próton = +1,6 ∙ 10–19 C • aceleração da gravidade = 10 m/s2 a) o mesmo número de elétrons e de prótons. b) 100 elétrons a mais que prótons. c) 100 elétrons a menos que prótons. d) 2 000 elétrons a mais que prótons. e) 2 000 elétrons a menos que prótons. Tarefa proposta 1. (OBF) Duas cargas elétricas puntiformes, +q e −q, localiza- das no vácuo, estão separadas por uma distância fi xa D, como ilustra a fi gura. D P +q Ðq O ponto P está localizado na posição média entre as duas cargas. Assinale a alternativa correta: a) A força elétrica resultante sobre uma terceira carga co- locada no ponto P é nula. b) O campo elétrico resultante no ponto P é nulo. c) O potencial elétrico resultante no ponto P é zero. d) Como temos duas cargas de mesmo módulo e sinais contrários, o valor do campo elétrico ao longo da reta que as une é constante. e) Como temos duas cargas de mesmo módulo e sinais contrários, o valor do potencial elétrico ao longo da reta que as une é sempre zero. 2. (Mack-SP) A intensidade do campo elétrico (E) r e do po- tencial elétrico (V) em um ponto P gerado pela carga puntiforme Q são, respectivamente, 50 N/C e 100 V. A distância d que a carga puntiforme se encontra do ponto P imersa no ar, é: a) 1,0 m b) 2,0 m c) 3,0 m d) 4,0 m e) 5,0 m 3. (UFSJ-MG) Um gerador de Van der Graaff é uma máquina eletrostática capaz de produzir, por atrito, um potencial eletrostático muito alto em sua esfera metálica oca. Uma vez carregado, esse equipamento pode ser usado para eletrizar outros materiais. Em dias secos, se uma estudante de cabelos lisos e longos, que está sob uma plataforma de isopor, coloca uma de suas mãos na esfera do gerador e este é ligado, após o gerador se carregar, o cabelo da estudante fi ca em pé. Esse fenômeno acontece porque: a) cada fi o de cabelo fi ca carregado com carga oposta à da esfera. b) cada fi o de cabelo fi ca carregado com a mesma carga da esfera. c) existem alguns fi os de cabelo com carga positiva e ou- tros com carga negativa. d) a queratina contida nos fi os de cabelo tem a proprie- dade de enrijecer-se quando eletrizada. 4. (Fepar-PR) O ano de 2014 entrou para a história de São Paulo como o ano da seca. Os níveis dos reservatórios de todo o Esta- do caíram, e em muitas cidades os moradores enfrenta- ram torneiras secas e falta de água. Outro fenômeno que se acentua com a baixa umidade do ar é a eletrização estática por atrito: muitas pessoas podem sentir um choque elétrico ao tocar a carroceria de um carro ou a maçaneta de uma porta (principalmente em cômodos de piso recoberto por carpete). Centelhas ou faíscas elétri- cas de aproximadamente um centímetro de comprimento podem saltar entre os dedos das pessoas e esses objetos. Entre dois corpos isolados no ar, separados por uma de- terminada distância, uma faísca elétrica ocorre quando existe uma diferença de potencial sufi ciente entre eles. Considere essas informações e avalie as afi rmativas. ( ) O choque elétrico é sentido por uma pessoa em ra- zão da passagem de corrente elétrica por seu corpo. ( ) No processo de eletrização por atrito, quando a pes- soa toca a maçaneta da porta, os choques elétricos podem ser fatais, já que cargas estáticas acumulam grande quantidade de energia. ( ) O processo de eletrização por indução é o principal responsável pelo surgimento do fenômeno descrito no texto. ( ) O ar é um excelente condutor de eletricidade e favo- rece a eletrização em qualquer situação. ( ) O valor absoluto do potencial elétrico da carroceria de um carro aumenta em consequência do armaze- namento de cargas eletrostáticas. R e p ro d u ç ã o /F e p a r, 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 59 4/5/18 12:19 PM 60 CAPÍTULO 3 5. (UEM-PR) Considere duas esferas condutoras, com raios iguais a 10 cm e cargas de +10 C e −10 C, respectivamente. As esferas se encontram separadas por uma distância de 10 m. Usando k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, assinale o que for correto. (01) A intensidade da força elétrica, que atua sobre cada uma das esferas, vale, aproximadamente, 9,0 ⋅ 109 N. (02) A intensidade do campo elétrico resultante, no pon- to médio da distância entre as esferas condutoras, vale, aproximadamente, 7,2 ⋅ 109 N/C. (04) O potencial elétrico, no ponto médio da distância entre as esferas condutoras, é nulo. (08) Ao dobrar-se o raio das esferas, a intensidade da for- ça eletrostática entre elas aumentará quatro vezes. (16) Ao se retirar 5 C de carga da esfera negativamente carregada e depositar-se sobre a esfera positivamen- te carregada, a intensidade da força eletrostática passará a valer, aproximadamente, 2,25 ⋅ 109 N. (32) Considerando o enunciado desta questão, se uma ter- ceira esfera for colocada no ponto médio da distância entre as duas já existentes, possuindo, também, uma carga de +10 C, a força elétrica resultante sobre essa esfera valerá, aproximadamente, 7,2 ⋅ 1010 N. Dê a soma dos números dos itens corretos. 6. (Uerj) Admita que a distância entre os eletrodos de um campo elétrico é de 20 cm e que a diferença de potencial efetiva aplicada ao circuito é de 6 V. Nesse caso, a intensidade do campo elétrico, em V/m, equivale a: a) 40 b) 30 c) 20 d) 10 7. (UFPI) Em condições ideais, o ar consegue suportar um campo elétrico máximo de intensidade 3,0 ⋅ 106 V/m antes de sofrer ionização e haver faíscas. Esse valor é denomi- nado rigidez dielétrica do ar. A melhor estimativa para o maior potencial com que se pode carregar uma esfera metálica de raio r = 10 cm, no ar, é: (Dado: constante eletrostática: k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) a) 1,0 ⋅ 105 V b) 1,5 ⋅ 105 V c) 2,0 ⋅ 105 V d) 3,0 ⋅ 105 V e) 4,0 ⋅ 105 V 8. (UFPE) O gráfico mostra o potencial elétrico em função da distância ao centro de uma esfera condutora carregada de 1,0 cm de raio, no vácuo. d (cm) 186 1,0 2,0 3,0 V (V) 0 Calcule o potencial elétrico a 3,0 cm do centro da esfera, em volts. 9. (Ifsul-RS) Analise as seguintes afirmativas, relacionadas aos conceitos e aos fenômenos estudados em Eletrostática. I. O potencial elétrico aumenta, ao longo de uma linha de força e no sentido dela. II. Uma partícula eletrizada gera um campo elétrico na região do espaço que a circunda. Porém, no ponto onde ela foi colocada, o vetor campo elétrico, devido à própria partícula, é nulo. III. Uma partícula eletrizada com carga positiva, quando abandonada sob a ação exclusiva de um campo elé- trico, movimenta-se no sentido da linha de força, diri- gindo-se para pontos de menor potencial.IV. A diferença de potencial elétrico (ddp) entre dois pon- tos quaisquer de um condutor em equilíbrio eletrostá- tico é sempre diferente de zero. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e III b) II e IV c) II e III d) I e IV 10. (UFV-MG) Uma esfera condutora de raio R está carregada com uma carga elétrica negativa. O gráfico que representa corretamente o potencial elétrico da esfera em equilíbrio eletrostático em função de uma coordenada x definida ao longo de um eixo que passa pelo centro da esfera, com origem no centro desta, é: a) R R V x b) R R V x c) R R V x d) R R V x Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 60 4/5/18 12:19 PM 61 FÍ S IC A 11. (Mack-SP) Uma pequena partícula de massa m e carga elétrica q positiva é lançada com velocidade v 0 no campo elétrico representado pelas linhas de força da fi gura. A B V 0 Então: a) nos pontos A e B a carga possui acelerações iguais. b) a aceleração da carga no ponto A é menor que no ponto B. c) a aceleração da carga no ponto A é maior que no ponto B. d) a velocidade da carga em A é maior que no ponto B. e) a velocidade da carga é a mesma em A e B. 12. (EFOMM) Em um experimento de Millikan (determinação da carga do elétron com gotas de óleo), sabe-se que cada gota tem uma massa de 1,60 pg e possui uma carga ex- cedente de quatro elétrons. Suponha que as gotas são mantidas em repouso entre as duas placas horizontais separadas de 1,8 cm. A diferença de potencial entre as placas deve ser, em volts, igual a: Dados: carga elementar e = 1,6 ⋅ 10–19 C; 1 pg = 10–12 g e g = 10 m/s2 a) 45,0 b) 90,0 c) 250 d) 450 e) 600 13. (UFPR) Verifi cou-se que, numa dada região, o potencial elétrico V segue o comportamento descrito pelo gráfi co V × r acima. (Considere que a carga elétrica do elétron é −1,6 ⋅ 10–19 C) Baseado nesse gráfi co, considere as seguintes afi rmativas: 1. A força elétrica que age sobre uma carga q −4 µC colocada na posição r = 8 cm vale 2,5 ⋅ 10–7 N. 2. O campo elétrico, para r = 2,5 cm, possui módulo E = 0,1 N/C. 3. Entre 10 cm e 20 cm o campo elétrico é uniforme. 4. Ao se transferir um elétron de r = 10 cm para r = 20 cm a energia potencial elétrica aumenta de 8,0 ∙ 10–22J. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afi rmativas 1 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afi rmativas 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afi rmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afi rmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. e) As afi rmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 14. (FGV-SP) Muitos experimentos importantes para o desen- volvimento científi co ocorreram durante o século XIX. Entre eles, destaca-se a experiência de Millikan, que determinou a relação entre a carga q e a massa m de uma partícula eletrizada e que, posteriormente, levaria à determinação da carga e da massa das partículas elementares. No interior de um recipiente cilíndrico, em que será produzido alto vácuo, duas placas planas e paralelas, ocupando a maior área pos- sível, são mantidas a uma curta distância d e entre elas é estabelecida uma diferença de potencial elétrico constante U. Variando-se d e U é possível fazer com que uma partícula de massa m eletrizada com carga q fi que equilibrada, man- tida em repouso entre as placas. No local da experiência, a aceleração da gravidade é constante de intensidade g. Nessas condições, a relação q m será dada por: a) d U g 2 ⋅ b) g U d 2 ⋅ c) d g U2 ⋅ d) d U g ⋅ e) d g U ⋅ 15. (IFSP) Na fi gura a seguir, são representadas as linhas de força em uma região de um campo elétrico. A partir dos pontos A, B, C e D situados nesse campo, são feitas as seguintes afi rmações: I. A intensidade do vetor campo elétrico no ponto B é maior que no ponto C. II. O potencial elétrico no ponto D é menor que no ponto C. III. Uma partícula carregada negativamente, abandona- da no ponto B, se movimenta espontaneamente para regiões de menor potencial elétrico. IV. A energia potencial elétrica de uma partícula positiva diminui quando se movimenta de B para A. É correto o que se afi rma apenas em: a) I b) I e IV c) II e III d) II e IV e) I, II e III R e p ro d u ç ã o /I F S S P, 2 0 11 R e p ro d u ç ã o /F G V , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /U F P R , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 61 4/5/18 12:19 PM 62 CAPÍTULO 3 16. (Uece) Os aparelhos de televisão que antecederam a tec- nologia atual, de LED e LCD, utilizavam um tubo de raios catódicos para produção da imagem. De modo simplifi- cado, esse dispositivo produz uma diferença de potencial da ordem de 25 kV entre pontos distantes de 50 cm um do outro. Essa diferença de potencial gera um campo elé- trico que acelera elétrons até que estes se choquem com a frente do monitor, produzindo os pontos luminosos que compõem a imagem. Com a simplificação acima, pode-se estimar correta- mente que o campo elétrico por onde passa esse feixe de elétrons é: a) 0,5 kV/m b) 25 kV c) 50 000 V/m d) 1,250 kV/cm 17. +Enem [H17] O gráfico a seguir representa o potencial elétrico dos pontos de um eixo x com origem no centro de uma esfera condutora eletrizada com uma carga elé- trica Q . 0. O meio que envolve a esfera é o vácuo, cuja constante eletrostática é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. x (cm) 450 V’ 50 90 V (volts) 0 Sendo assim, pode-se dizer que a carga Q da esfera e o potencial elétrico V’ de um ponto a 90 cm de seu centro são, respectivamente: a) 25 nC e 450 V b) 25 nC e 250 V c) 50 nC e 100 V d) 90 nC e 90 V e) 450 nC e 150 V 18. (Uerj) O esquema abaixo representa um campo elétrico uniforme E r no qual as linhas verticais correspondem às superfícies equipotenciais. Uma carga elétrica puntiforme, de intensidade 400 µC colocada no ponto A, passa pelo ponto B após algum tempo. 100 V 20 V A B E Determine, em joules, o trabalho realizado pela força elé- trica para deslocar essa carga entre os pontos A e B. 19. (PUC-RS) Uma esfera condutora, oca, encontra-se ele- tricamente carregada e isolada. Para um ponto de sua superfície, os módulos do campo elétrico e do potencial elétrico são 900 N/C e 90 V. Portanto, considerando um ponto no interior da esfera, na parte oca, é correto afirmar que os módulos para o campo elétrico e para o potencial elétrico são respectivamente: a) zero N/C e 90 V b) zero N/C e zero V c) 900 N/C e 90 V d) 900 N/C e 9,0 V e) 900 N/C e zero V 20. (Ufop-MG) O campo elétrico em uma dada região é cons- tante e uniforme e tem módulo E = 100 N/C, como mostra a figura. 0,10 m A B C 0,050 m E a) Determine a diferença de potencial entre os pontos A e B (U AB ), entre os pontos B e C (U BC ) e entre os pon- tos A e C (U AC ). b) Determine a força elétrica que age sobre a carga pontual q = 3 ⋅ 10−6 C, colocada no ponto A deste campo elétrico. c) Determine o trabalho realizado pelo campo elétrico quando a carga pontual do item b for transportada do ponto A até o ponto B. 21. (UFV-MG) Na figura a seguir estão representadas algu- mas linhas de força do campo elétrico criado por carga q. Os pontos A, B, C e D estão sobre circunferências cen- tradas na carga. q B A C D Assinale a alternativa falsa: a) Uma carga elétrica positiva colocada em A tende a se afastar da carga q. b) O campo elétrico em B é mais intenso do que o campo elétrico em A. c) Os potenciais elétricos em A e C são iguais. R e p ro d u ç ã o /U e rj , 2 0 1 6 R e p ro d u ç ã o /U F O P -M G , 2 0 1 0 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 62 4/5/18 12:19 PM 63 FÍ S IC A d) O potencial elétrico em A é maior do que o potencial elétrico em D. e) O trabalho realizado pelo campo elétrico para deslocar uma carga de A para C é nulo. 22. (UEM-PR) Uma molécula é formada por dois íons, um positivo e outro negativo, separados por uma distância de 3,00 ∙ 10–10 m. Os módulos da carga elétrica do íon positivoe do íon negativo são iguais a 1,6 ∙ 10–19 C. Considere k = 9 ∙ 109 N ∙ m2/C2 e assinale a(s) alterna- tiva(s) correta(s). (01) A força elétrica de atração entre estes íons é de 2,56 nN (n = 10–9). (02) Se a molécula é inserida em um campo elétrico exter- no uniforme de intensidade 2,00 ∙ 1010 V/m, a inten- sidade da força elétrica sobre a carga positiva devido a este campo é de aproximadamente 3,20 nN. (04) O módulo do campo elétrico na posição do íon negati- vo, devido à carga do íon positivo, é de 1,60 ∙ 1010 N/C. (08) Se o módulo da carga elétrica do íon positivo e a distân- cia entre os íons dobrarem, a força entre os íons dobra. (16) Se a molécula for deslocada 1,0 µC em um caminho perpendicular ao campo elétrico uniforme de intensida- de 2,00 ∙ 1010 V/m, o trabalho realizado será de 1,0 mJ. 23. (UFC-CE) Coloca-se uma carga puntiforme no interior de uma esfera condutora oca, em uma posição deslocada do centro da esfera. Nas fi guras a seguir, a carga puntiforme é representada por um ponto preto no interior da esfera. Assinale a alternativa que melhor representa a distribui- ção das linhas de campo elétrico no exterior da esfera. a) b) c) d) e) 24. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) corretas(s): (01) O campo elétrico, no interior de um condutor eletri- zado em equilíbrio eletrostático, é nulo. (02) O campo elétrico, no interior de um condutor eletri- zado, é sempre diferente de zero, fazendo com que o excesso de carga se localize na superfície do condutor. (04) Uma pessoa dentro de um carro está protegida de raios e descargas elétricas, porque uma estrutura metálica blinda o seu interior contra efeitos elétricos externos. (08) Em uma região pontiaguda de um condutor, há uma concentração de cargas elétricas maior do que em uma região plana, por isso a intensidade do campo elétrico próximo às pontas do condutor é muito maior do que nas proximidades de regiões mais planas. (16) Como a rigidez dielétrica do ar é 3 ⋅ 106 N/C, a carga máxima que podemos transferir a uma esfera de 30 cm de raio é 10 microcoulombs. (32) Devido ao poder das pontas, a carga que podemos transferir a um corpo condutor pontiagudo é me- nor que a carga que podemos transferir para uma esfera condutora que tenha o mesmo volume. (64) O potencial elétrico, no interior de um condutor car- regado, é nulo. Dê a soma dos números dos itens corretos. 25. (Unesp-SP) Modelos elétricos são frequentemente uti- lizados para explicar a transmissão de informações em diversos sistemas do corpo humano. O sistema nervoso, por exemplo, é composto por neurônios (fi gura 1), cé- lulas delimitadas por uma fi na membrana lipoproteica que separa o meio intracelular do meio extracelular. A parte interna da membrana é negativamente carregada e a parte externa possui carga positiva (fi gura 2), de ma- neira análoga ao que ocorre nas placas de um capacitor. A fi gura 3 representa um fragmento ampliado dessa mem- brana, de espessura d que está sob ação de um campo elé- trico uniforme, representado na fi gura por suas linhas de força paralelas entre si e orientadas para cima. A diferença de potencial entre o meio intracelular e o extracelular é V. Considerando a carga elétrica elementar como e, o íon de potássio K+ indicado na fi gura 3, sob ação desse campo elétrico, fi caria sujeito a uma força elétrica cujo módulo pode ser escrito por: a) e V d⋅ ⋅ b) e d V ⋅ c) V d e ⋅ d) e V d⋅ e) e V d ⋅ R e p ro d u ç ã o /U n e s p , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 63 4/5/18 12:19 PM 64 CAPÍTULO 3 26. (UPE) Na figura a seguir, considere o campo elétrico originado por duas cargas puntiformes Q 1 = 8,0 C e Q 2 = −8,0 C. Adote d = 8,0 cm. (Dado: constante eletrostática no vácuo: k 0 = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) d 4 Q 1 Q 2 d D d d 4 d 4 d 4 A B C Julgue (V ou F): I. A energia potencial elétrica do sistema das duas car- gas vale 7,2 J. II. O potencial elétrico no ponto A vale 2,4 ⋅ 106 V. III. O potencial elétrico no ponto B e o potencial elétrico no ponto D são nulos. IV. O trabalho da força elétrica sobre uma carga q = 2,0 ⋅ 10−9 C que se desloca do ponto D ao pon- to A vale 2,4 ⋅ 10−3 J. V. Ao se colocar a carga elétrica q = 2,0 ⋅ 10−9 C no ponto D, a energia potencial elétrica do sistema composto pelas três cargas elétricas vale −7,2 J. 27. (Vunesp) Quando a atmosfera está em condições de estabili- dade – não se avizinham tempestades, por exemplo – existe um campo elétrico uniforme nas proximidades da superfície terrestre de intensidade 130 V/m, aproximadamente, tendo a Terra carga negativa e a atmosfera carga positiva. a) Faça uma linha horizontal para representar a superfí- cie da Terra, atribuindo a essa linha o potencial 0,0 V. Represente as linhas equipotenciais acima dessa linha, correspondentes às alturas 1,0 m, 2,0 m, 3,0 m, 4,0 m e 5,0 m, assinalando, de um lado de cada linha, a altura e, do outro, o respectivo potencial elétrico. b) Qual deveria ser a carga elétrica de um corpo de massa 1,3 kg para que ele ficasse levitando graças a esse campo elétrico? (Adote g = 10 m/s2.) Isso seria possível na prática? Considere que uma nuvem de tempestade tem algumas dezenas de coulombs e jus- tifique sua resposta. 28. (UFRGS-RS) Seis cargas elétricas iguais a Q estão dispos- tas, formando um hexágono regular de aresta R conforme mostra a figura abaixo. Com base nesse arranjo, sendo k a constante eletrostáti- ca, considere as seguintes afirmações. I. O campo elétrico resultante no centro do hexágono tem módulo igual a 6 k Q R2 ⋅ ⋅ . II. O trabalho necessário para se trazer uma carga q, desde o infinito até o centro do hexágono, é igual a 6 k Q q R ⋅ ⋅ ⋅ . III. A força resultante sobre uma carga de prova q, colo- cada no centro do hexágono, é nula. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 29. +Enem [H21] Duas superfícies condutoras planas e paralelas estão eletrizadas com cargas opostas, crian- do-se entre elas um campo elétrico uniforme, como mostra a figura. Sabe-se que a diferença de potencial entre as placas é de 6 000 V e que a distância entre elas é de 20 cm. Abandona-se entre as placas uma pequena partícula de massa 4 ⋅ 10−5 kg e eletrizada com carga elétrica q = +8 ⋅ 10−8 C. Desprezando-se a ação de outras forças que não a elétrica, pode-se dizer que a aceleração adquirida pela partícula será de: + − + − + − + − + − + − E 20 cm a) 3 m/s2 b) 30 m/s2 c) 45 m/s2 d) 60 m/s2 e) 90 m/s2 30. (UFJF-MG) A figura a seguir mostra o esquema de um equipamento usado para determinar massas molecu- lares denominado espectrômetro por tempo de voo. Esse equipamento possui uma placa onde a amostra é injetada e ionizada para formar íons positivos que são acelerados por um campo elétrico, uniforme, mantido entre a placa e a grade, que estão separadas por uma distância d = 10 cm, como mostra a figura. Em seguida, penetram em uma região sem campo elétrico e deslo- cam-se com velocidade constante até atingir o detector, colocado a uma distância D = 50 cm, como indica a figura. O tempo entre o acionamento do campo elétrico e a detecção do íon é medido e a massa é determinada em função desse tempo. R e p ro d u ç ã o /U F R G S -R S , 2 0 1 7 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 64 4/5/18 12:19 PM 65 FÍ S IC A Despreze os efeitos do campo gravitacional da Terra e calcule: 10 cm 50 cm Região livre de campos Placa Grade Detector+ + + + + − − − − − E a) o valor do campo elétrico quando se aplica uma dife- rença de potencial V = 1 250 V entre a placa e a grade; b) a aceleração de um íon H+ no trecho entre a placa e a grade. 31. (Uerj) Entre duas placas condutoras, planas e paralelas, separadas por uma distância d = 4,0 ⋅ 10−2 m, existeum campo elétrico uniforme de intensidade E = 6,0 ⋅ 104 V/m. d Situação A d Situação B +++++++++++++ + + + + + + + + + + + + + + − − − − − − − − − − − − − − −−−−−−−−−−−−− As placas podem ser colocadas na horizontal (situação A) ou na vertical (situação B), em um local em que g = 10 m/s2. Uma pequena esfera, de massa m = 8,0 ⋅ 10−3 kg e carga elétrica positiva q = 1,0 ⋅ 10−6 C, encontra-se suspensa entre as placas por meio de um fi o isolante, inextensível e de massa desprezível. a) Determine a diferença de potencial elétrico entre as placas. b) Calcule a razão entre as trações nos fi os para as situa- ções A e B. 32. (Unifesp) Uma carga elétrica puntiforme Q > 0 está fi xa em uma região do espaço e cria um campo elétrico ao seu redor. Outra carga elétrica puntiforme q, também positiva, é colocada em determinada posição desse campo elétrico, podendo mover-se dentro dele. A malha quadriculada representada na fi gura está conti- da em um plano xy que também contém as cargas. Quando na posição A, q fi ca sujeita a uma força eletros- tática de módulo F exercida por Q. a) Calcule o módulo da força eletrostática entre Q e q em função apenas de F quando q estiver na posi- ção B. b) Adotando 2 1, 4= e sendo k a constante eletrostá- tica do meio onde se encontram as cargas, calcule o trabalho realizado pela força elétrica quando a carga q é transportada de A para B. Vá em frente Leia Conheça a biografi a de Michael Faraday, um importante físico da área experimental que produziu diversos conteúdos na área de Eletricidade, na obra intitulada: DION, S. M. Michael Faraday e o manuscrito Matter: uma solução metafísica para o problema da ação a distância. Scientiae Studia, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 615-620. 2016. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o /U n if e s p , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c03_44a65.indd 65 4/5/18 12:19 PM ► Compreender a função dos processos de carga e descarga dos capacitores em equipamentos em que esses dispositivos são utilizados. ► Avaliar e analisar a intensidade da capacitância de capacitores de placas paralelas. ► Identifi car os tipos de associação de capacitores e calcular as capacitâncias equivalentes. Principais conceitos que você vai aprender: ► Capacitor plano ► Dielétrico ► Carga e descarga de capacitores ► Energia e carga no capacitor 66 OBJETIVOS DO CAPÍTULO D anny Iaco b /S h u tte rsto ck 4 CAPACITORES O primeiro capacitor da história foi a garrafa de Leiden, dispositivo criado em 1745, por Von Musschenbroek (1692-1761), em Leiden (ou Leyden) na Holanda, quando desenvolvia estudos sobre armazenamento de cargas. Com o avanço da tecnologia, ao longo do tempo, os capacitores sofreram diversas transformações em sua forma, tamanho e tipo de material. O impulso para o desenvolvi- mento desses dispositivos é o fato de eles terem uma função importante, principalmente em equipamentos eletrônicos, pois podem ser utilizados em circuitos do mais simples ao mais complexo, sendo observados nas placas dos circuitos dos aparelhos. Equipamentos como fl ash de máquinas fotográfi cas e desfi briladores fazem uso de capacitores que se encontram em seu interior e podem armazenar carga elétrica. Ao se ativar o circuito, há uma descarga rápida, fornecendo energia para o caso de o fl ash pro- duzir uma luminosidade intensa; no desfi brilador, por exemplo, promove-se uma descarga intensa para ajustar o batimento cardíaco de um coração. Com diversas aplicações, os capacitores se tornaram dispositivos imprescindíveis para os circuitos elétricos. • No corpo humano, temos um tipo de célula que funciona semelhante a um capacitor. Qual seria ela? De maneira simplifi cada, como agem essas células? Desfi brilador utilizado para restabelecer o ritmo cardíaco. Nessa introdução, podem-se apresentar alguns disposi- tivos que fazem parte de uma placa de circuito. Se possível, mostrar uma placa antiga em que se pode iden- tifi car alguns capacitores. Quanto à célula, a questão se refere aos neurônios. De maneira simplifi cada, os neurônios convertem estímulos em impulsos elé- tricos, semelhante às des- cargas promovidas por um capacitor. G ra h a m F re n ch /M a s te rfi l e /L a ti n s to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 66 4/5/18 12:22 PM 67 FÍ S IC A Capacitor de placas paralelas Um capacitor pode ser obtido colocando-se dois condutores que podem armazenar cargas ao serem ligados a uma fonte. A forma mais simples de um capacitor consiste em duas placas condutoras (armaduras) planas e paralelas entre si, separadas por um meio isolante. Quando submetidas a uma diferença de potencial elétrico U, as placas adquirem cargas opostas +Q e –Q, como representado na fi gura. + + − + + + U − − − − +Q −Q Experimentalmente, observou-se que a quantidade de carga Q armazenada em qualquer uma das armaduras é diretamente proporcional à tensão U entre elas. Com isso, pôde-se defi nir a razão entre a carga armazenada e a tensão como capacitância C de um capacitor. C Q U = No SI, a unidade de capacitância é coulomb/volt (C/V), denominada de farad (F), ou seja, 1 F 1 C V = . Os principais submúltiplos do farad são: • 1 mF (milifarad) = 10–3 F • 1 μF (microfarad) = 10–6 F • 1 nF (nanofarad) = 10–9 F • 1 pF (picofarad) = 10–12 F Com base nessa definição, conhecendo a capacitância de um capacitor e a di- ferença de potencial entre suas armaduras, podemos determinar a carga elétrica armazenada: Q = C ⋅ U Para o caso particular de um capacitor de placas planas e paralelas, particularmente, podemos demonstrar que sua capacitância C é diretamente proporcional à área A das pla- cas e inversamente proporcional à distância d entre elas. d C A C A d = ε⋅ A grandeza ε é uma característica do material entre as placas, denominada de permis- sividade elétrica, cujo valor no vácuo é: 8,85 10 F m 12ε = ⋅ − Além disso, entre as placas de um capacitor plano carregado, há um campo elétrico, aproximadamente, uniforme. Representação de um capacitor em um circuito + − U Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 67 4/5/18 12:22 PM L a n e V . E ri c k s o n /S h u tt e rs to c k 68 CAPÍTULO 4 Haste de bronze Jarro de vidro Folha de chumbo interna Folha de chumbo externa Fonte de alimentação elétrica (máquina estática) Fio terra Assim, podemos determinar a intensidade do campo elétrico E, da região, a partir da diferença de potencial U entre as placas e da distância d entre elas, por meio da relação: 1 E U d = + – + – + – + – + – + – + – + – + – E d + − U Energia armazenada em um capacitor O trabalho realizado para separar as cargas elétricas nas armaduras de um capa- citor é armazenado na forma de energia elétrica potencial; então, o capacitor é um dispositivo que armazena energia elétrica. Uma maneira de calcular essa energia é pelo gráfico da tensão U nos terminais do capacitor em função da carga elétrica Q que ele armazena. 0 U U Q Q A 1 C U = Q Nesse gráfi co, a área entre a curva e o eixo da carga elétrica corresponde à energia potencial elétrica armazenada no capacitor. A E Q U = = ⋅ Área 2pot.elét. Considerando a relação Q = C · U, temos: E C U Q C = ⋅ = ⋅2 2pot.elét. 2 2 Curiosidade 1 A construção do primeiro capacitor é usualmente creditada ao cientista holandês Pieter van Musschenbroek, da Universidade de Leyden. Constituída por uma garrafa cujas faces interna e externa são revestidas por folhas de chumbo, a garrafa de Leyden, como fi cou conhecido o dispositivo, impulsionou as pesquisas sobre a Eletricidade durante os séculos XVIII e XIX. Esquema de uma garrafa de Leyden. Nos dispositivos de fl ash das máquinas fotográfi cas, a energia elétrica armazenada em um capacitor se transforma em energia luminosa. Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd68 4/5/18 12:22 PM 69 FÍ S IC A Contextualize Entre as inúmeras aplicações dos capacitores, po- demos citar a utilização nos comandos do teclado de um computador, que está envolvido com a variação da capacitância. Cada uma das teclas de um computador funciona como um pequeno capacitor. Na parte de baixo da tecla, há uma minúscula placa, que não é visível; essas placas se encontram na base do teclado e possuem, entre si, uma distância de alguns milímetros. Sem o acionamento da te- cla, a distância entre as placas não se altera, não alterando sua capacitância. Ao pressioná-la, o circuito eletrônico de seu computador detecta uma variação na capacitância, reconhecendo que aquela determinada tecla foi acionada e o símbolo a que ela corresponde aparece na tela. Normalmente o espaço entre as placas é preenchido por um material fl exível. Vamos encontrar a capacitância de uma tecla de computador utilizando as seguintes informações: ε = 3,01.10–11 C2/(N ∙ m2), permissividade elétrica Área da tecla = 9,5 ∙ 10–5 m2 Alteração na distância de separação entre as placas = 0,15.10–3 m Para realizarmos essa cálculo, basta utilizarmos a equação para a capacitância. Sendo assim, temos: C A d C= ε ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ ⋅C⇒ ⋅⇒ ⋅C ;⇒ ⋅⇒ ⋅; − − − 3,01 10⋅ ⋅1010⋅ ⋅ 9,− −9,9,− −5 1⋅5 15 1⋅ − −5 15 1− −0− −00− − 0,15 10 1,⇒ ⋅1,1,⇒ ⋅9 1⇒ ⋅9 19 1⇒ ⋅ 0 o−0 o0 o− u 19 pF 11− −1111− −5 3 110 o11110 o Desenvolva H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e(ou) do Eletromagnetismo. Existem vários tipos de raios que podem ser observados quando há temporais. Os menos perigosos para nós são aqueles que ocorrem entre uma nu- vem e outra e representam cerca de 70% dos raios que ocorrem em nosso planeta. Podem parecer perigosos para os aviões, mas estes são equipa- dos com para-raios, além das orientações e dos treinamentos dados aos pilotos, caso sejam atingidos por uma descarga elétrica. Já os raios entre nuvens e solo podem ocorrer nos dois sentidos e pro- vocar descargas elevadas, sendo, por isso, perigosos. Estudos apontam que, no Brasil, anualmente ocorrem cerca de 100 milhões de raios nuvem-solo, principalmente no território da re- gião da Amazônia. As descargas nuvem-solo representam 99% e as descargas solo-nuvem são mais raras, ocorrendo no alto de monta- nhas ou em edifícios muito altos. A ocorrência dessas descargas também pode ser sentida nas grandes cidades, onde a concentração de poluentes aumenta a incidência de raios. Sejam nuvem-solo ou solo-nuvem, essas formações se assemelham bastante aos capacitores de placas paralelas. Elabore um mapa, identifi cando as áreas de maior incidência de raios no Brasil, com destaque para as capitais. Após esse levantamento, faça um comparativo entre onde a incidência é maior, estabelecendo uma relação com ambientes onde a concentração de gases poluentes é maior. As pesquisas devem ser apresentas para a turma. Cada trabalho, como sugestão, poderia ser compartilhado com os alunos da turma por algum canal digital (sugestão: <www.padlet.com>). o n e in ch p u n ch /S h u tt e rs to ck D e n e s M e s za ro s /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 69 4/5/18 12:22 PM 70 CAPÍTULO 4 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Fique atento às unidades de medida antes de iniciar os cálculos. Quando necessário, utilize um dos submúltiplos. Observe que, para uma análise correta das grandezas envolvidas, deve-se considerar que o campo elétrico entre a nuvem e o solo seja uniforme. Lembre-se das operações com potências de 10, muito importantes para esse tipo de resolução. (UFPE) Uma nuvem eletrizada está situada a 1 000 m de altura, paralelamente à superfície da Terra, formando com esta um capacitor plano de 15 nF. Quando o campo elétrico no ar (entre a nuvem e a Terra) atinge o valor de 3,0 ∙ 106 N/C, ocorre um relâmpago. Calcule a carga elétrica, em C, que se encontrava armazenada na nuvem, no instante da des- carga elétrica. Resolução Considerando o campo elétrico entre a nuvem e o solo uniforme, podemos calcular a diferença de potencial no momento do relâmpago. U = E ∙ d s U = 3 ∙ 106 ∙ 1 000 s U = 3 ∙ 109 V Sendo a capacitância do sistema nuvem-solo C = 15 nF = 15 ∙ 10–9 F, temos: Q = C ∙ U s Q = 15 ∙ 10–9 ∙ 3 ∙ 109 s Q = 45 C Atividades 1. A função de um capacitor ligado em um circuito elétrico é a de: a) transformar energia. b) armazenar carga elétrica. c) armazenar energia química. d) aumentar a energia do circuito. e) criar energia para o circuito. Alternativa b 2. Um condutor eletrizado com carga elétrica de 4,0 μC apre- senta um potencial elétrico de 200 V. a) Qual é a capacitância desse condutor? C Q U C= = ⋅ = ⋅ − −4,0 10 200 2,0 10 F 6 8 s b) Qual será a quantidade de carga elétrica no condutor quando o potencial elétrico for de 600 V? Como a capacitância do condutor é constante, temos: Q = C ⋅ U = 2,0 ⋅ 10–8 ⋅ 600 s Q = 12 ⋅ 10–6 C = 12 μC 3. (Uema) Uma das aplicações dos capacitores é no circuito eletrônico de um fl ash de máquina fotográfi ca. O capacitor acumula carga elétrica por um determinado tempo (alguns segundos) e, quando o botão para tirar a foto é acionado, toda carga acumulada é “despejada” sobre a lâmpada do fl ash, daí o seu brilho intenso, porém de curta duração. Se nesse circuito houver um capacitor de dados nominais 315 V e 100 μF corresponderá a uma carga, em coulomb, máxima, acumulada de a) 3,1500 b) 0,3175 c) 0,3150 d) 0,0315 e) 3,1750 Podemos encontrar a carga elétrica por meio de: Q C U Q Q= ⋅ = ⋅ ⋅ =−100 10 F 315 V 0,0315 C6 s s Alternativa d 4. (Uespi) O desfi brilador é um aparelho capaz de liberar rapidamente energia armazenada para combater a fi brila- ção nas vítimas de ataques cardíacos. Considere um des- fi brilador portátil contendo um capacitor de capacitância 80 μF. Se esse capacitor for carregado a uma diferença de potencial de 4 000 V, que quantidade de energia po- tencial elétrica o desfi brilador terá armazenado? (Dado: 1 μF = 10−6 F) a) 80 J b) 160 J c) 320 J d) 640 J e) 800 J 2 2 E C U = ⋅ s 80 10 4 10 2 6 3 2 E ( ) = ⋅ ⋅ ⋅− s E = 640 J Alternativa d 5. (Ifsul-RS) Analise as seguintes afi rmativas, referentes a um capacitor de placas planas e paralelas: I. A capacitância do capacitor depende da carga armazena- da em cada uma de suas placas em determinado instante. II. A diferença de potencial elétrico entre as placas do capa- citor depende da capacitância e da carga de cada placa. III. Quando as placas do capacitor se aproximam, sem que outros fatores sejam alterados, a sua capacitância aumenta. Está(ão) correta(s) a(s) afi rmativa(s) a) I e III apenas. b) III apenas. c) II e III apenas. d) I, II e III. I. Incorreta. A capacitância depende da área das placas, da distância entre elas e do material do dielétrico em seu interior C A d = ε ⋅ . II. Correta. A ddp no capacitor é U Q C = . III. Correta. A capacitância é inversamente proporcional à dis- tância entre as placas; diminuindo a distância entre elas, a capacitância aumenta. Alternativa c Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 70 4/5/18 12:22 PM 71 FÍ SI CA 6. (Unifor-CE, adaptada) Um circuito possui um capacitor de capacidade C = 6,0 ∙ 10–12 F ligado a uma fonte ideal de força eletromotriz E = 1,5 V. Pode-se afi rmar que a carga do capacitor é de: a) 1,5 ∙ 10–12 C b) 3,0 ∙ 10–12 C c) 4,0 ∙ 10–12 C d) 7,5 ∙ 10–12 C e) 9,0 ∙ 10–12 C Q = C ∙ U s Q = 6 ∙ 10–12 ∙ 1,5 s Q = 9 ∙ 10–12 C Alternativa e 7. (Ueba) Um capacitor de um circuito de televisão tem uma capacitância de 1,2μF. Sendo a diferença de potencial en- tre seus terminais de 3 000 V, a energia que ele armazena é de: a) 6,7 J b) 5,4 J c) 4,6 J d) 3,9 J e) 2,8 J A energia armazenada pode ser encontradapor: E C U E ( ) = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ = − 2 1,2 10 3 10 2 5, 4 J 2 6 3 2 Alternativa b 8. +Enem [H17] Um aluno de Física recebeu o trabalho de montar um capacitor de placas paralelas. Pesquisando em um livro de Eletricidade, ele encontrou a seguinte equação, que fornece a capacitância C de um capacitor de placas planas: = ε ⋅ C A d em que A é a área de cada placa, d é a distância entre elas e ε é a permissividade elétrica do meio entre elas. Após fazer um rápido levantamento sobre o material disponível no laboratório da escola, ele conseguiu montar três capa- citores diferentes, como mostra a tabela a seguir. Capacitância Permissividade elétrica do material entre placas Área de cada placa Distância entre as placas C 1 ε 4A 2d C 1 2ε 3 A 4d C 3 3ε 2A 6d A relação entre as capacitâncias C 1 , C 2 e C 3 é: a) C 1 . C 2 . C 3 b) C 3 . C 2 . C 1 c) C 2 . C 3 . C 1 d) C 3 . C 1 . C 2 e) C 1 . C 3 . C 2 Pela relação fornecida, temos: C 1 = 4 2 A d ε ⋅ ⋅ = 2 A d ⋅ ε ⋅ ; C 2 = 2 3 4 A d ⋅ ε ⋅ = 6 A d ε ⋅ C 3 = 3 2 6 A d ⋅ ε ⋅ ⋅ = A d ε ⋅ Portanto, temos: C 1 . C 3 . C 2 Alternativa e Complementares Tarefa proposta 1 a 18 9. (UEG-GO) A quantidade de carga armazenada em um ca- pacitor em função do tempo é dada pelo gráfi co a seguir, no qual a letra C representa a capacitância do capacitor e V a diferença de potencial entre as suas placas. Qual é o gráfi co que representa a diferença de potencial no capacitor no processo de carga? a) b) c) d) R e p ro d u ç ã o /U e g , 2 0 1 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 71 4/5/18 12:22 PM 72 CAPÍTULO 4 10. (Unilavras-MG) A energia armazenada em um capacitor de 10 000 μF, submetido a uma ddp de 16 V, se descarrega em um motor sem atrito, arranjado para erguer um bloco de 0,10 kg de massa. Qual é a altura máxima atingida pelo bloco? (Dado: g = 10 m/s²) 11. (EBMSP-BA) A era digital acabou por alterar hábitos da comunicação dentro da família. Se por um lado a internet rompe barrei- ras da comunicação e permite a interação com pessoas de partes distintas do país e do mundo, por outro ela quebra diálogos rotineiros. Filhos que antes sentavam à mesa com os pais, hoje preferem a internet e o “bate-papo” de amigos. Disponível em: <www.lagoinha.com/ibl-noticia/ familias-do-seculo-xxi-nao-sao-mais-as-mesmas/>. Acesso em: 6 out. 2015. Sabe-se que as teclas de computadores utilizadas para di- gitar mensagens se comportam como os capacitores de placas planas e paralelas imersas no ar. Considerando • a área média de cada tecla de um computador igual a 1,0 cm2; • a distância entre uma tecla e a base do seu teclado igual a 1,0 mm; • a permissividade do ar, ε 0 igual a 9,0 ⋅ 10–12 F/m; • a tensão aplicada em cada tecla igual a 6,0 V no ins- tante que uma tecla é empurrada para baixo cerca de 0,4 mm da sua posição de origem. Determine a carga armazenada na armadura do capacitor. 12. (ITA-SP) Um capacitor de capacitância igual a 0,25 ⋅ 10−6 F é carregado até um potencial de 1,00 ⋅ 105 V, sendo então descarregado até 0,40 ⋅ 105 V em um intervalo de tempo de 0,10 s, enquanto se transfere energia para um equipamento de raios X. A carga total, Q, e a energia E, fornecidas ao tubo de raios X, são mais bem representadas, respectiva- mente, por: a) Q = 0,005 C e E = 1 250 J b) Q = 0,025 C e E = 1 250 J c) Q = 0,025 C e E = 1 050 J d) Q = 0,015 C e E = 1 250 J e) Q = 0,015 C e E = 1 050 J Associa•‹o de capacitores Alguns circuitos elétricos devido a sua complexidade apresentam diversos capacito- res associados. Essas associações de capacitores podem ter várias finalidades dentro do circuito, entre elas obter uma capacitância específica, menor ou maior do que as capaci- tâncias dos capacitores associados. Associa•‹o de capacitores em sŽrie Dizemos que dois ou mais capacitores estão ligados em série quando não há bifurca- ção (nó) no circuito entre eles. Na figura a seguir, temos três capacitores com capacitân- cias C 1 , C 2 e C 3 ligados em série. + + − − C 1 Q U 1 + + − − C 2 Q U 2 + + − − C 3 Q U 3 + − U Nesse tipo de associação, quando uma tensão U é aplicada entre os extremos do con- junto, todos os capacitores armazenam a mesma carga elétrica Q, e a soma das tensões U 1 , U 2 e U 3 em cada capacitor é igual à tensão total U. Para calcularmos a capacitância equi- valente C eq(s) dessa associação, imaginamos um capacitor único que, submetido à mesma tensão U, obtém a mesma carga elétrica Q. U U U U Q C Q C Q C Q C C C C C = + + = + + = + + 1 1 1 1 1 2 3 eq(s) 1 2 3 eq(s) 1 2 3 s s Quando temos apenas dois capacitores C 1 e C 2 em série, a equação anterior pode ser simplificada para: C C C C C C C C = + = + ⋅ 1 1 1 1 eq(s) 1 2 eq(s) 1 2 1 2 s Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 72 4/5/18 12:22 PM 73 FÍ S IC A Quando temos n capacitores de capacitância C ligados em série, a capacitância equivalente é: C C C C = + + + 1 1 1 ... 1 eq(s) 1 2 n Se a capacitância dos n capacitores for igual, pode-se calcular sua capacitância equivalente pela expressão simplifi cada abaixo: C C C C n = ⋅ = 1 n 1 1 eq(s) eq(s) s Associação de capacitores em paralelo Capacitores estão ligados em paralelo quando seus terminais estão ligados na mesma polaridade, ou seja, as arma- duras positivas estão ligadas entre si e o mesmo ocorre com as negativas. Na fi gura, temos três capacitores com capaci- tâncias C 1 , C 2 e C 3 ligados em paralelo. + + − − C 1 Q 1 + + − − C 2 Q 2 + + − − C 3 Q 3 + − U Nesse tipo de associação, todos os capacitores fi cam submetidos à mesma diferença de potencial U, mas armazenam cargas elétricas diferentes, Q 1 , Q 2 e Q 3 , que, somadas, resultam na carga elétrica total Q da associação. A partir dessas características, pode-se calcular a capacitância equivalente C eq(p) da associação. Q = Q 1 + Q 2 + Q 3 s C eq(p) · U = C 1 · U + C 2 · U + C 3 · U s C eq(p) = C 1 + C 2 + C 3 Quando temos n capacitores de capacitância C ligados em paralelo, a capacitância equivalente é: C eq(p) = C 1 + C 2 + C 3 +...+ C n Atividades 13. (Uece) Considere dois capacitores, C 1 = 2 μF e C 2 = 3 μF, ligados em série e inicialmente descarregados. Supondo que os terminais livres da associação foram conectados aos polos de uma bateria, é correto afi rmar que, após cessar a corrente elétrica, a) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão elétrica é maior em C 2 . b) a carga é maior em C 2 e a tensão elétrica é igual nos dois. c) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão elétrica é maior em C 1 . d) a carga é maior em C 1 e a tensão elétrica é igual nos dois. Na associação em série, a carga é a mesma para os capacito- res. Sendo assim: Q Q C U C U U U C C U U U = ⋅ = ⋅ = = = > 3 2 1,5 U 1 2 1 1 2 2 1 2 2 1 1 2 1 2 s s s s s Alternativa c 14. (UFGD-MS) Na fi gura a seguir, os capacitores C 1 , C 2 e C 3 apresentam, respectivamente, os valores de 10 μF, 10 μF e 4 μF. Qual deve ser o valor do capacitor equivalente que substitui o circuito dessa fi gura? C 1 C 2 C 3 a) 2,20 μF b) 3,33 μF c) 2,45 μF d) 2,44 μF e) 0,41 μF Os capacitores 1 e 2, associados em paralelo, fornecem: C 1-2 = C 1 + C 2 s C 1-2 = 10 + 10 s C 1-2 = 20 μF Esse capacitor está em série com o capacitor 3. Assim: C e = 20 4 20 4 ⋅ + s C e = 80 24 = 3,33 μF Alternativa b Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 73 4/5/18 12:22 PM 74 CAPÍTULO 4 15. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C 1 = 4 μF e C 2 = 6 μF são associados em paralelo e conectados a uma fonte de tensão constante de 60 V. Calcule: a) a capacidade eletrostática equivalente do circuito; C eq. = C 1 + C 2 = 4 + 6 s C eq . = 10 μF s C eq. = 10⋅ 10– 6 F b) a carga elétrica armazenada em cada capacitor. Q 1 = C 1 ⋅ U = 4 ⋅ 10– 6 ⋅ 60 s Q 1 = 240 ⋅ 10– 6 C s Q 1 = 240 μC Q 2 = C 2 ⋅ U = 6 ⋅ 10– 6 ⋅ 60 s Q 2 = 360 ⋅ 10– 6 C s Q 2 = 360 μC 16. (Ifsul-RS) Capacitores são componentes eletrônicos que têm por função básica armazenar cargas elétricas e, con- sequentemente, energia potencial elétrica. Em circuitos elétricos compostos apenas por capacitores, eles podem ser associados em série, em paralelo ou de forma mista. Em relação às características desses tipos de associação, quando associados em série: a) os capacitores armazenam cargas iguais. b) os capacitores submetem-se sempre à mesma diferen- ça de potencial. c) a carga total estabelecida na associação é igual à soma das cargas de cada capacitor. d) a capacitância equivalente da associação é igual à soma das capacitâncias individuais. Em uma associação em série de capacitores, todos estão liga- dos em um único ramo do circuito. Nesse tipo de associação, a carga elétrica armazenada em cada capacitor é a mesma. Alternativa a 17. (UEPG-PR) As afirmativas abaixo dizem respeito à grandeza potencial elétrico. Nesse âmbito, marque o que for correto. (01) O potencial elétrico é uma grandeza escalar. (02) O potencial elétrico pode ser medido em coulomb/ segundo, grandeza esta que no sistema internacio- nal é chamada de joule (J). (04) O potencial elétrico num ponto localizado a uma certa distância de uma carga elétrica negativa, é também negativo e independe do valor das cargas de prova que por ventura sejam aí colocadas. (08) Nas associações em série de capacitores, cada capa- citor será submetido à mesma diferença de poten- cial da associação. Soma = 5 (01 + 04) 01. Correta. 02. Incorreta. O potencial elétrico é medido em volt, que repre- senta a razão entre a energia potencial elétrica, em joules, e a carga elétrica de prova, dada em coulombs, portanto: =volt joule coulomb . 04. Correta. 08. Incorreta. Essa característica ocorre na associação em paralelo. 18. +Enem [H5] Um dos componentes mais importantes nos circuitos eletrônicos é o capacitor. Entre muitas funções, esse dispositivo é capaz de armazenar carga elétrica, quan- do submetido a uma diferença de potencial. Matematica- mente, um capacitor é descrito pela equação Q = C · U em que Q é a carga elétrica armazenada, U é a tensão elétrica e C é a capacitância do capacitor. Na associa- ção de capacitores do trecho AB de um circuito, repre- sentado na figura, quando S está aberta, a capacitân- cia equivalente vale 6 μF. O valor da capacitância C e a capacitância equivalente quando S está fechada são, respectivamente: C s 6 μF 4 μF 2 μF A B a) 2 μF e 1,5 μF b) 2 μF e 8 μF c) 1 μF e 1,5 μF d) 3 μF e 1,5 μF e) 3 μF e 8 μF Quando a chave está aberta, a expressão da capacitância equi- valente é: 6 6 C C ⋅ + + 4 = 6 s 6 · C = 12 + 2 · C s C = 3 μF Quando a chave está fechada, a expressão da capacitância é: C eq = 6 3 6 3 ⋅ + + 4 + 2 s C eq = 8 μF Alternativa e 19. (Enem) Um cosmonauta russo estava a bordo da estação espacial MIR quando um de seus rádios de comunicação quebrou. Ele constatou que dois capacitores do rádio de 3 μF e 7 μF ligados em série estavam queimados. Em fun- ção da disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores defeituosos por um único capacitor que cumpria a mesma função. Qual foi a capacitância, medida em μF, do capacitor utili- zado pelo cosmonauta? a) 0,10 b) 0,50 c) 2,1 d) 10 e) 21 A capacitância equivalente para a associação é calculada por: C C C C C C= ⋅ + = ⋅ + ⇒ = μ 3 7 3 7 2,1 Feq 1 2 1 2 eq Alternativa c Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 74 4/5/18 12:22 PM 75 FÍ SI CA 20. Três capacitores, de capacitâncias 30 μF, 20 μF e 12 μF, associados em série, estão submetidos a uma ddp de 100 V. Podemos afi rmar que: a) a capacitância equivalente da associação vale 62 μF. b) a ddp no capacitor de 12 μF é 50 V. c) a ddp no capacitor de 30 μF é maior do que nos outros dois. d) a carga elétrica é diretamente proporcional à capacitância de cada capacitor. e) o potencial elétrico é o mesmo para os três capacitores. Complementares Tarefa proposta 19 a 32 21. (PUC-PR) Fibrilação ventricular é um processo de contração desordenada do coração que leva à falta de circulação san- guínea no corpo, chamada parada cardiorrespiratória. O des- fi brilador cardíaco é um equipamento que aplica um pulso de corrente elétrica através do coração para restabelecer o ritmo cardíaco. O equipamento é basicamente um circuito de carga e descarga de um capacitor (ou banco de capacitores). Dependendo das características da emergência, o médico controla a energia elétrica armazenada no capacitor dentro de uma faixa de 5 a 360 J. Suponha que o gráfi co dado mostra a curva de carga de um capacitor de um desfi brilador. O equipamento é ajustado para carregar o capacitor através de uma diferença de potencial de 4 kV. Qual o nível de ener- gia acumulada no capacitor que o médico ajustou? a) 100 J b) 150 J c) 200 J d) 300 J e) 400 J 22. (UPE) Um capacitor de capacitância C é ligado, em série, a outro de capacitância 2 C. O conjunto é ligado aos termi- nais de uma bateria que fornece uma ddp U. Qual a ddp do capacitor de capacitância 2 C? a) U 3 b) 2 U 3 c) U 2 d) 3 U 2 e) 2U 23. (UFPR) No circuito esquematizado abaixo, deseja-se que o capacitor armazene uma energia elétrica de 125 μJ. As fontes de força eletromotriz são consideradas ideais e de valores 10 V1ε = e 5 V.2ε = Assinale a alternativa correta para a capacitância C do capacitor utilizado. a) 10 μF b) 1 μF c) 25 μF d) 12,5 μF e) 50 μF 24. (Mack-SP) No circuito representado a seguir, o gerador de força eletromotriz 10 V é ideal e todos os capacitores estão inicial- mente descarregados. Giramos inicialmente a chave Ch para a posição (1) e esperamos até que C 1 adquira carga máxima. A chave Ch é então girada para a posição (2). A nova dife- rença de potencial entre as armaduras de C 1 será igual a: a) 8 V b) 6 V c) 5 V d) 4 V e) zero A capacitância equivalente da associação vale: 1 1 30 1 20 1 12 1 4 6 10 120eq eqC C s s= + + = + + C eq = 6 μF A carga elétrica da associação é: Q = C eq ⋅ U = 6 ⋅ 100 s Q = 600 μC (igual para os três capacitores) • U 12 = 600 12 12 Q C = μ μ s U 12 = 50 V • U 20 = 600 20 20 Q C = μ μ s U 20 = 30 V • U 30 = 600 3030 Q C = μ μ s U 30 = 320 V Alternativa: b R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 1 9 9 6 R e p ro d u ç ã o /U F P R , 2 0 1 4 R e p ro d u ç ã o /P u c -P R , 2 0 1 4 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 75 4/5/18 12:22 PM 76 CAPÍTULO 4 Tarefa proposta 1. (Uespi) A fi gura à esquerda ilustra um capacitor eletrolí- tico do tipo bastante usado em dispositivos elétricos em geral, tais como placas-mães (fi gura à direita) e placas de vídeo de computadores. A sua função é essencialmente armazenar pequenas quantidades de energia, de modo a absorver variações na corrente elétrica, protegendo os demais componentes eletrônicos do circuito ligados a ele. Qual a quantidade de energia elétrica armazenada por um capacitor eletrolítico de capacitância 100 μF = 10−4 F, submetido a uma tensão de 60 V entre os seus terminais? a) 0,09 J b) 0,18 J c) 0,27 J d) 0,36 J e) 0,42 J 2. (Unifal-MG) Duplicando-se a diferença de potencial entre as placas de um capacitor, é correto afi rmar que: a) a carga e a capacitância do capacitor também são duplicadas. b) a carga e a capacitância do capacitor permanecem constantes. c) a carga do capacitor é duplicada, mas sua capacitância permanece constante. d) a carga do capacitor é reduzida à metade do valor inicial. e) a carga do capacitor é duplicada e sua capacitância é reduzida àmetade. 3. (PUC-MG) Um capacitor ideal de placas paralelas está li- gado a uma fonte de 12 V. De repente, por um processo mecânico, a distância entre as placas dobra de valor. A fonte é mantida ligada em todos os instantes. Nes- sa nova situação, pode-se afi rmar, em relação àquela inicial, que: a) O campo elétrico dobra e a carga acumulada também. b) O campo elétrico dobra e a carga fi ca reduzida à metade. c) O campo elétrico e a carga não mudam de valor. d) O campo elétrico e a carga fi cam reduzidos à metade do valor inicial. e) O campo elétrico fi ca reduzido à metade, mas a carga não muda. 4. (UEG-GO) Embora as experiências realizadas por Millikan tenham sido muito trabalhosas, as ideias básicas nas quais elas se apoiam são relativamente simples. Em suas experiências, R. Millikan conseguiu determinar o valor da carga do elétron equilibrando o peso de gotículas de óleo eletrizadas, colocadas em um campo elétrico vertical e uniforme, produzido por duas placas ligadas a uma fonte de voltagem, conforme ilustrado na fi gura a seguir. Placa A Placa B Gotícula V AB d + − Supondo que cada gotícula contenha cinco elétrons em excesso, fi cando em equilíbrio entre as placas separadas por d = 1,50 cm e submetendo-se a uma diferença de potencial V AB = 600 V, a massa de cada gota vale, em kg: a) 1,6 ⋅ 10–15 b) 3,2 ⋅ 10–15 c) 6,4 ⋅ 10–15 d) 9,6 ⋅ 10–15 5. (ITA-SP) Uma esfera de massa m e carga q está suspensa por um fi o frágil e inextensível, feito de um material ele- tricamente isolante. A esfera se encontra entre as placas paralelas de um capacitor plano, como mostra a fi gura. A distância entre as placas é d, a diferença de potencial entre elas é V e o esforço máximo que o fi o pode suportar é igual ao quádruplo do peso da esfera. d g Para que a esfera permaneça imóvel, em equilíbrio está- vel, é necessário que: a) q V d 15 m g 2⋅ < ⋅ b) q V d 4 m g 2 2( )⋅ < ⋅ c) q V d 15 m g 2 2( )⋅ < ⋅ d) q V d 16 m g 2 2( )⋅ < ⋅ e) q V d 15 m g 2⋅ > ⋅ 6. (EFOMM) Os capacitores planos C 1 e C 2 mostrados na fi - gura têm a mesma distância d e o mesmo dielétrico (ar) entre suas placas. Suas cargas iniciais eram Q 1 e Q 2 res- pectivamente, quando a chave CH 1 foi fechada. Atingido o equilíbrio eletrostático, observou-se que a tensão V 1 mostrada na fi gura não sofreu nenhuma variação com o fechamento da chave. Podemos afi rmar que os dois capa- citores possuem: R e p ro d u ç ã o /U e s p i, 2 0 11 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 76 4/5/18 12:22 PM 77 FÍ S IC A a) a mesma energia potencial elétrica armazenada. b) a mesma carga elétrica positiva na placa superior. c) a mesma carga elétrica, em módulo, na placa superior. d) a mesma capacitância. e) o mesmo valor do campo elétrico uniforme presente entre as placas. 7. (UFU-MG) Um capacitor, de capacidade desconhecida, tem sido usado para armazenar e fornecer energia a um aparelho de tevê. O capacitor é carregado com uma fonte de 1 000 V, armazenando uma carga de 10 C. O televisor funciona num intervalo de diferença de potencial entre 80 V e 260 V. Quando ocorre falta de energia, liga-se o ca- pacitor ao televisor, e este consegue funcionar durante cerca de 5 minutos. A carga que fi ca armazenada no capacitor, no instante em que o televisor deixa de funcionar, é de: a) 1 C b) 10 C c) 2,6 C d) 0,8 C e) 42 C 8. (UFU-MG) Considere as seguintes afi rmações: I. Uma molécula de água, embora eletricamente neutra, produz campo elétrico. II. A energia potencial elétrica de um sistema de cargas puntiformes positivas diminui ao ser incluída uma car- ga negativa no sistema. III. A capacitância de um capacitor de placas planas e paralelas depende da diferença de potencial à qual o capacitor é submetido. Estão corretas: a) II e III, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) I, II e III, apenas. 9. +Enem [H21] Uma pequena esfera de isopor, de massa 0,576 g, está em equilíbrio entre as armaduras de um capacitor de placas paralelas, sujeito às ações exclusivas do campo elétrico e do campo gravitacional local. + − 1,00 cm ε = 360 V Considerando g = 10 m/s2, pode-se dizer que essa peque- na esfera tem: a) um excesso de 1,0 ∙ 1012 elétrons, em relação ao nú- mero de prótons. b) um excesso de 6,4 ∙ 1012 prótons, em relação ao nú- mero de elétrons. c) um excesso de 1,0 ∙ 1012 prótons, em relação ao nú- mero de elétrons. d) um excesso de 6,4 ∙ 1012 elétrons, em relação ao nú- mero de prótons. e) um excesso de carga elétrica, porém impossível de ser determinado. 10. +Enem [H21] As imagens nos televisores de plasma são geradas pela luz emitida pela descarga elétrica em gases contidos em pequenas células, que funcionam como ca- pacitores de placas planas e paralelas. Sabe-se que nesse tipo de capacitor, a capacitância C é dada por 0 = ε ⋅ C A d , em que ε 0 = 8,9 ∙ 10–12 F/m é a permissividade elétrica, A é a área das placas e d é a distância entre elas, como mostra a fi gura. d + − V A A capacitância C de um capacitor é defi nida como a razão entre a carga elétrica Q armazenada e a tensão V a que ele está submetido, ou seja, =C Q V . Sendo assim, consi- dere uma célula na qual a área das placas é 1,5 ∙ 10–7 m2 e a distância entre elas é de 0,1 mm. Se uma tensão aplicada entre as placas for de 200 V, a carga elétrica armazenada será de: a) 8,9 ∙ 10–10 C b) 6,4 ∙ 10–11 C c) 2,6 ∙ 10–12 C d) 1,3 ∙ 10–13 C e) 3,1 ∙ 10–14 C 11. (UFF-RJ) Um elétron é retirado de uma das placas de um ca- pacitor de placas paralelas e é acelerado no vácuo, a partir do repouso, por um campo elétrico constante. Esse campo é produzido por uma diferença de potencial estabelecida entre as placas e imprime no elétron uma aceleração cons- tante, perpendicular às placas, de módulo 6,4 ⋅ 103 m/s2. A intensidade do campo elétrico é grande o sufi ciente para que se possam desprezar os efeitos gravitacionais sobre o elétron. Depois de 2 ms (2 ⋅ 10–3 s), a polaridade da diferença de potencial estabelecida entre as placas é bruscamente invertida, e o elétron passa a sofrer uma força de mesmo módulo que o da força anterior, porém de sen- tido inverso. Por causa disso, o elétron acaba por retornar à placa de onde partiu, sem ter alcançado a segunda placa do capacitor. a) Esboce, em um plano cartesiano, o gráfi co da veloci- dade do elétron em função do tempo, desde o instan- te em que ele é retirado da placa até o instante em que ele retorna à mesma placa. R e p ro d u ç ã o /E F O M M , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 77 4/5/18 12:22 PM 78 CAPÍTULO 4 b) Determine a distância mínima que deve existir entre as placas do capacitor de modo que o elétron não atinja a segunda placa, conforme foi relatado. c) Calcule o tempo que o elétron levou no percurso des- de o instante em que ele é retirado da placa até o instante em que retorna ao ponto de partida. d) Determine o módulo do campo elétrico responsável pela aceleração do elétron, sabendo-se que sua massa é 9,0 ⋅ 10–31 kg e que sua carga é 1,6 ⋅ 10–19 C. 12. (UEPG-PR) Um capacitor plano a vácuo é constituído por duas placas metálicas com área de 0,10 m2 cada e separadas por uma distância de 5 cm. Este capacitor é ligado a uma bateria de 500 V. Sobre o assunto, assinale o que for correto. Dados: 8, 85 10 F m0 12 ε = ⋅ − (01) Umas das funções básicas de um capacitor é o ar- mazenamento de energia elétrica. (02) O valor da carga armazenada no capacitor será igual a 8,85 . 10–9 C. (04) Mantendo as condições apresentadas no enuncia- do, se for colocado entre as placas do capacitor um material dielétrico de constante elétrica igual a 2 e que irá preencher totalmente a região entre as pla- cas, o valor da carga elétrica armazenada nas placas irá dobrar emrelação ao valor sem dielétrico. (08) Uma das consequências da introdução de um material dielétrico entre as placas de um capacitor é o aumento do valor do campo elétrico na região entre as placas. (16) A capacitância do capacitor a vácuo, apresentado no enunciado, é 3 ⋅ 10–11 F. Texto para as questões 13 e 14. Quando um rolo de fita adesiva é desenrolado, ocorre uma transferência de cargas negativas da fita para o rolo, conforme ilustrado na figura a seguir. Quando o campo elé- trico criado pela distribuição de cargas é maior que o campo elétrico de ruptura do meio, ocorre uma descarga elétrica. Foi demonstrado recentemente que essa descarga pode ser usada como uma fonte econômica de raios X. 13. (Unicamp-SP) Para um pedaço da fita de área A = 5,0 ⋅ 10–4 m2 mantido a uma distância constante d = 2,0 mm do rolo, a quantidade de cargas acumuladas é igual a Q = C ⋅ V, sendo V a diferença de potencial entre a fita desenrolada e o rolo e C A d 0 = ε ⋅ , em que ε 0 H 9,0 ⋅ 10–12 C/(V ⋅ m). Nesse caso, a diferença de potencial entre a fita e o rolo para Q = 4,5 ⋅ 10–9 C é de: a) 1,2 ⋅ 102 V b) 5,0 ⋅ 10–4 V c) 2,0 ⋅ 103 V d) 1,0 ⋅ 10–20 V 14. (Unicamp-SP) Com base na questão anterior, considere que, no ar, a ruptura dielétrica ocorre para campos elétri- cos a partir de E = 3,0 ⋅ 106 V/m. Suponha que ocorra uma descarga elétrica entre a fita e o rolo para uma diferença de potencial V = 9 kV. Nessa situação, pode-se afirmar que a distância máxima entre a fita e o rolo vale: a) 3 mm b) 27 mm c) 2 mm d) 37 mm 15. (CN) Analise a figura abaixo. O capacitor C 1 encontra-se inicialmente com uma tensão constante V = 4 volts. Já o capacitor C 2 estava descarre- gado. Fechando-se a chave CH 1 o sistema atinge o equi- líbrio com uma tensão de 4 3 volts e redução de 8 3 joule da energia armazenada. A carga inicial Q, em coulombs, é igual a: a) 4 3 b) 3 2 c) 5 3 d) 2 e) 7 3 16. (AFA-SP) Duas grandes placas metálicas idênticas, P 1 e P 2 , são fixadas na face dianteira de dois carrinhos, de mesma massa, A e B. Essas duas placas são carregadas eletricamente, consti- tuindo, assim, um capacitor plano de placas paralelas. Lançam-se, simultaneamente, em sentidos opostos, os carrinhos A e B, conforme indicado na figura abaixo. Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do sis- tema e considerando que as placas estão eletricamente isoladas, o gráfico que melhor representa a d.d.p., U, no capacitor, em função do tempo t contado a partir do lan- çamento é: a) b) c) d) R e p ro d u ç ã o /A F A , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /E N , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U n ic a m p , 2 0 11 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 78 4/5/18 12:22 PM 79 FÍ S IC A 17. (UFPR) Considere um capacitor composto por duas placas paralelas que está sujeito a uma diferença de potencial de 100 V, representado na fi gura a seguir: B A ++ −−−−−−−− ++++++ É correto afi rmar: (01) O potencial elétrico na placa A é maior que na placa B. (02) Entre as placas há um campo elétrico cujo sentido vai da placa B para a placa A. (04) Se a capacitância desse capacitor for igual a 1,00 μF, a carga elétrica em cada placa terá módulo igual a 10,0 μC. (08) Um elétron que estiver localizado entre as placas será acelerado em direção à placa A. (16) Se a distância entre as placas for reduzida à metade, a capacitância do capacitor irá duplicar. (32) Esse capacitor pode ser usado como um elemento para armazenar energia. D• a soma dos nœmeros dos itens corretos. 18. (UFC-CE) Três capacitores idênticos, quando devidamente associados, podem apresentar uma capacitância equiva- lente máxima de 18 μF. A menor capacitância equivalente que podemos obter com esses mesmos três capacitores é, em μF: a) 8 b) 6 c) 4 d) 2 e) 1 19. (Uern) O capacitor equivalente de uma associação em sé- rie, constituída por 3 capacitores iguais, tem capacitância 2 μF. Utilizando-se 2 destes capacitores para montar uma associação em paralelo, a mesma apresentará uma capa- citância de: a) 3 μF b) 6 μF c) 12 μF d) 18 μF 20. (ITA-SP) No circuito da fi gura há três capacitores iguais, com C = 1 000 μF inicialmente descarregados. Com as cha- ves (2) abertas e as chaves (1) fechadas, os capacitores são carregados. Na sequência, com as chaves (1) abertas e as chaves (2) fechadas, os capacitores são novamente descarregados e o processo se repete. Com a tensão no resistor R variando segundo o gráfi co da fi gura, a carga transferida pelos capacitores em cada descarga é igual a: a) 4,8 ∙ 10–2 C b) 2,4 ∙ 10–2 C c) 1,2 ∙ 10–2 C d) 0,6 ∙ 10–2 C e) 0,3 ∙ 10–2 C 21. (Furg-RS) Três capacitores de capacitância C 1 = 20 μF, C 2 = 40 μF e C 3 = 40 μF estão associados em série. Essa associação é ligada a uma ddp U, conforme a fi gura. Sabendo-se que a carga em uma das placas do capacitor C 1 é q = 30 μC, a ddp U tem o valor de: C 1 C 2 C 3 q U a) 24 V b) 12 V c) 6,0 V d) 4,5 V e) 3,0 V 22. (UEM-PR) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). (01) Duas chapas metálicas planas de formato retan- gular são posicionadas de forma paralela entre si e mantidas a uma distância d no vácuo. Estas duas chapas são conectadas a uma bateria de 12 V. Uma é conectada ao polo positivo e a outra é conectada ao polo negativo da bateria. Em se- guida, uma carga de – 4,0 μF é abandonada nas proximidades da chapa ligada ao polo negativo da bateria e se desloca para a chapa ligada no polo positivo da bateria. Para que este desloca- mento ocorresse, a força elétrica realizou um tra- balho de + 48 μJ. (02) Um capacitor está inicialmente conectado a uma bateria de 6,0 V. Este capacitor é desconectado des- ta bateria e então conectado a uma bateria de 12 V e, por isso, dobra a sua capacitância. (04) Em um determinado experimento é necessário qua- druplicar a capacitância de um capacitor de placas paralelas. Para que isso ocorra deve-se reduzir a dis- tância entre as suas placas pela metade. (08) Um material que possui constante dielétrica k é in- serido entre as placas de um capacitor que está co- nectado a uma bateria. Após a inserção do material a carga elétrica armazenada pelo capacitor aumenta. (16) Três capacitores com capacitâncias C 1 , C 2 e C 3 são associados em paralelo e ligados a uma bateria. Com esta confi guração todos os capacitores pos- suem a mesma diferença de potencial. R e p ro d u ç ã o /I ta , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 79 4/5/18 12:22 PM 80 CAPÍTULO 4 23. (Mack-SP) Nas figuras a seguir, estão ilustradas duas asso- ciações de capacitores, as quais serão submetidas a uma mesma ddp de 12 V, assim que as respectivas chaves, k A e k B , forem fechadas. As relações entre as cargas elétricas (Q) adquiridas pelos capacitores serão: a) Q 1 = Q 3 e Q 2 = Q 4 b) Q 1 = Q 3 e Q 2 = 1 5 Q4⋅ c) Q 1 = 4 ∙ Q 3 e Q 2 = 4 ∙ Q 4 d) Q 1 = 5 4 Q3⋅ e Q 2 = 5 ∙ Q 4 e) Q 1 = 1 4 Q3⋅ e Q 2 = 1 4 Q4⋅ 24. (FEI-SP) Associando-se quatro capacitores de mesma capa- cidade de todas as maneiras possíveis, as associações de maior e de menor capacidade são, respectivamente: a) dois a dois em série ligados em paralelo e dois a dois em paralelo ligados em série. b) dois a dois em série ligados em paralelo e os quatro em série. c) os quatro em paralelo e dois a dois em paralelo ligados em série. d) os quatro em série e os quatro em paralelo. e) os quatro em paralelo e os quatro em série. 25. (FEI-SP) Dispõe-se de cinco condensadores de capacidade C = 1,0 μF cada um. Eletriza-se um deles com uma dife- rença de potencial de 1 000 volts. Coloca-se o segundo em paralelo com o primeiro, separando-os. Depois, o terceiro em paralelo com o segundo, separando-os. Assim, suces- sivamente, até colocar o quinto em paralelo com o quarto. Calcule as cargas Q1 , Q 2 , Q 3 , Q 4 e Q 5 dos condensadores. 26. (UFJF-MG) Uma garrafa de Leyden é um capacitor de alta tensão, inventado por volta do ano de 1745. Consiste num pote cilíndrico de material altamente isolante com folhas metálicas fixadas nas superfícies interna e externa do frasco, como mostra a figura. Um terminal elétrico, atravessando a tampa do pote, faz contato com a folha interior; e um terminal externo faz contato com a folha exterior. Ligando os terminais a uma bateria, pode-se acumular carga nas superfícies metálicas. A ideia de usar pote tampado veio da teoria antiga de que a eletricidade era um fluido, e que poderia ser armazenado na garrafa. Num experimento de eletrostática, Ana quer construir garrafas de Layden com frascos de vidro. Ela usa dois frascos de maionese, A e B, de tamanhos iguais, mas a espessura das paredes de vidro do frasco A é 4,0 mm e a espessura das paredes do frasco B é de 2,0 mm. Os terminais dos dois frascos são sub- metidos a uma tensão de 12,0 V com o uso de baterias, durante bastante tempo. Considere que área total das folhas metálicas em cada uma das garrafas é de 0,02 m2. a) Considerando a garrafa de Layden como capacitores de placas paralelas, calcule o campo elétrico entre as paredes dos condutores para as garrafas A e B. b) Sabe-se que o campo elétrico entre as placas do ca- pacitor é calculado aproximadamente por E = σ ε Nesta equação, σ é a densidade superficial de carga acumulada no capacitor e tem unidades de Coulomb por metro quadrado, e 4,5 10 C N m11 2 2 ε = ⋅ ⋅ − é a permeabilidade elétrica do meio. Com base nestas in- formações, calcule a capacitância de cada garrafa. c) Depois disso, Ana montou um circuito em série com os dois capacitores de Layden A e B. Calcule a capacitân- cia equivalente do circuito. 27. (FMABC-SP) Dois capacitores planos a vácuo, de capaci- dades C 1 = 2,0 μF e C 2 = 6,0 μF, inicialmente isolados, estão eletrizados com cargas Q 1 = 400 μC e Q 2 = 600 μC, respectivamente. Se os capacitores forem ligados entre si, conforme mostra a figura, suas novas cargas Q 1 e Q 2 valerão, respectivamente (em μC): C 1 C 2 a) 250; 750 b) 400; 600 c) 500; 500 d) 200; 800 e) 400; 1 000 28. (UEM-PR) Considere dois capacitores de placas paralelas geo- metricamente idênticos, um preenchido com vácuo e outro com um dielétrico ideal de constante dielétrica K, associados em série e submetidos a uma diferença de potencial V 0 . Ana- lise as alternativas a seguir e assinale o que for correto. (01) Nessa configuração, o módulo da carga em todas as placas dos capacitores é o mesmo. (02) As diferenças de potencial entre as placas dos capa- citores individuais são as mesmas. (04) A capacitância do capacitor preenchido com o dielé- trico é maior que a capacitância do capacitor preen- chido com vácuo. (08) K indica quantas vezes a capacitância do capacitor preenchido com o dielétrico é maior que a capaci- tância do capacitor preenchido com vácuo. R e p ro d u ç ã o /U FJ , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /M a ck e n zi e , 2 0 0 5 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 80 4/5/18 12:22 PM 81 FÍ S IC A (16) O campo elétrico e a densidade de energia poten- cial elétrica no interior do capacitor preenchido com o dielétrico diminuem de um fator de 1 K, quando comparados com o capacitor preenchido com vácuo. Dê a soma dos números dos itens corretos. 29. (UFPA) Uma partícula de massa m e carga q (negativa) pe- netra num capacitor plano com velocidade V paralela, no ponto médio entre as placas que são quadradas de área A e separadas de uma distância d, conforme mostra a fi gura a seguir. O capacitor está carregado com uma tensão U, com cargas positivas na placa de cima e negativas na de baixo. Considere o efeito da força gravitacional da Terra sobre a massa m, como sendo desprezível diante do efeito da força elétrica. Com base nos dados, a alternativa que contém a relação correta para velocidade de maneira que a carga q atraves- se o capacitor sem tocar nas placas é: a) V 1 d UqA m > b) V 1 d UqA m2 > c) V U d qA m > d) V A d Uq m > e) V 1 dm UqA> 30. (Acafe-SC) Três capacitores iguais, com ar entre suas placas, são ligados a uma bateria, como mostra a fi gura adiante. Em seguida, é inserida mica (k = 6) entre as placas do capacitor C 2 e, entre as placas do capacitor C 3 , é inseri- do vidro (k = 8), sendo k a constante do material isolante. Nessa nova situação, apenas uma alternativa está ade- quada. Qual é? a) O capacitor C 1 armazena mais energia. b) O capacitor C 1 acumula mais cargas que C 2 e C 3 . c) A capacitância equivalente torna-se cinco vezes maior. d) A ddp entre as placas de C 3 é maior do que a ddp entre as placas de C 1 e C 2 . e) Com a introdução do dielétrico, C 2 e C 3 deixam de se comportar como capacitores. 31. (ITA-SP) Uma diferença de potencial eletrostático V é estabelecida entre os pontos M e Q da rede cúbica de capacitores idênticos mostrada na fi gura. A diferença de potencial entre os pontos N e P é: a) V 2 b) V 3 c) V 4 d) V 5 e) V 6 32. (IME-RJ) Um circuito é composto por capacitores de mesmo valor C e organizado em três malhas infi nitas. A capacitância equivalente vista pelos terminais A e B é: a) (3 7) C 6 1 2 + b) (3 1) C 3 1 2 + c) (3 1) C 6 1 2 + d) (3 5) C 2 1 2 + e) (3 1) C 2 1 2 + Et_EM_3_Cad9_Fis_cap4_f028 Vá em frente Acesse No link abaixo, pode-se acessar um simulador para visualizar melhor seu funcionamento de forma mais dinâmica. Capacitor. Disponível em: ,https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/capacitor-lab.. Acesso em: 11 jan. 2018. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o /I M E , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /I T A , 2 0 11 R e p ro d u ç ã o /A c a fe , 2 0 1 5 R e p ro d u ç ã o /U F P A , 2 0 1 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 81 4/5/18 12:22 PM 82 GabaritoooGabarito Capítulo 1 Complementares 9. b 10. d 11. c 12. d 21. a 22. c 23. b 24. d Tarefa proposta 1. d 2. e 3. c 4. a 5. d 6. d 7. V – V – F – V – V 8. b 9. b 10. b 11. Soma 07 (01 + 02 + 04) 12. b 13. d 14. c 15. V – V – F – V – V 16. b 17. b 18. c 19. a) Ao encostar o cano na tampa, a parte metálica do eletroscópio fi ca carregada positivamente, isto é, elétrons migram da tampa para o cano, e as duas metades da fi ta de alumínio se repelem. b) Por indução, cargas negativas (elé- trons) se deslocaram para a tampa, fi cando as lâminas de alumínio ain- da mais carregadas positivamente, afastando-se mais, logo α 1 , α 2 . 20. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 21. b 22. c 23. c 24. b 25. d 26. b 27. a 28. c 29. b 30. d 31. c Capítulo 2 Complementares 9. a 10. b 11. d 12. a 21. d 22. d 23. c 24. d Tarefa proposta 1. e 2. b 3. a 4. Soma = 03 (01 + 02) 5. a 6. b 7. c 8. 37 nC 9. d 10. d 11. a 12. c 13. e 14. d 15. b 16. b 17. d 18. d 19. d 20. c 21. a 22. c 23. d 24. d 25. a 26. b 27. a 28. c 29. a 30. a) E = 5 ∙ 105 N/C (horizontal para direita) b) d = 60 cm 31. d 32. d Capítulo 3 Complementares 9. b 10. e 11. d 12. e 21. a) 2,25 ∙ 105 V b) – 4,5 ∙ 10–4 J 22. d 23. b 24. b Tarefa proposta 1. c 2. b 3. b 4. V – F – F – F – V 5. Soma = 55 (01 + 02 + 04 + 16 + 32) 6. b 7. d 8. 62 V 9. c 10. a 11. b 12. d 13. d 14. e 15. b 16. c 17. b 18. 32 · 10–3 J 19. a 20. a) U AB = 10 V e U AC = 14 V U BC = 0 V b) 3 ∙ 10–4 N c) 3 ∙ 10–5 J 21. b 22. Soma = 7 (01 + 02 + 04) 23. a 24. Soma = 45 (01 + 04 + 08 + 32) 25. e 26. F – V – V – F – V 27. a) V 5 = 650 V 5,0 m V 4 = 520 V 4,0 m V 3 = 390 V 3,0 m V 2 = 260 V 2,0 m V 1 = 130 V 1,0 m V 0 = 0,0 V 0,0 mE b) q = – 0,10 C 28. d 29. d 30. a) 1,25 ∙ 104 N/C b) 1,25 ∙ 1012 m/s2 31. a) 2,4 · 103 V b) 7 5 A B = T T 32. a) ' 2 =F F b) 3 40 ABτ = ⋅ ⋅ ⋅k Q q d Capítulo 4 Complementares 9. d 10. h = 1,28 m 11. 9 10 F 5, 4 10 C 13 12 = ⋅ = ⋅ −C Q 12. e 21. c 22. a 23. a 24. a Tarefa proposta 1. b 2. c 3. d 4. b 5. c 6. e 7. d 8. b 9. a 10. c 11. a) t V V a b) 2,56 ∙ 10–2 m c) 6,8 ⋅ 10–3 s d) 3,6 ⋅ 10–8 N/C 12. Soma = 07 (01 + 02 + 04) 13. c 14. a 15. d 16. a 17. Soma = 57 (01 + 08 + 16 + 32) 18. d 19. c 20. c 21. e 22. Soma = 25 (01 + 08 + 16) 23. d 24. e 25. Q 1 = 5 ∙ 10–4 C; Q 2 = 2,5 ∙ 10–4 C; Q 3 = 1,25 ∙ 10–4 C; Q 4 = Q 5 = 6,25 ∙ 10–5 C 26. a) 3 10 V/m 6 10 V/m A 3 B 3 = ⋅ = ⋅ E E b) 2, 25 10 F 4,5 10 F A 10 B 10 = ⋅ = ⋅ − − C C c) 1,5 10 Feq 10 = ⋅ −C 27. a 28. Soma = 13 (01 + 04 + 08) 29. a 30. c 31. d 32. a Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 82 4/5/18 2:58 PM REVISÃO1-2 Nome: Data: Turma:Escola: 83 Física – Eletrostática Capítulo 1 – Carga elétrica Capítulo 2 – Força e campo elétrico H21 Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e/ou do eletromagnetismo. 1. Mais de dois milênios atrás, no século 6 a.C., o fi lósofo e matemático grego Tales de Mileto notou que, ao se atritar um bastão de âmbar com um pedaço de lã, o bastão adquiria a propriedade de atrair pequenos corpos, como sementes ou pedaços de folhas. Atualmente, esse fenômeno pode ser entendido lembrando-se de que os prótons e os elétrons, dois constituintes dos átomos, têm cargas elétricas de sinais opostos, mas de mesmo valor absoluto, estimado em 1,6 ∙ 10–19 C. Se, durante a ex- periência realizada por Tales, o pedaço de lã perdeu 20 trilhões de elétrons para o bastão de âmbar, estime a carga elétrica adquirida por cada objeto, em μC. Considerando-se que o bastão de âmbar e o pedaço de lã estavam inicialmente neutros, o bastão, ao receber elétrons, fi ca eletrizado negativamente e a lã, ao perder elétrons, fi ca eletrizada positivamente. Q = n ∙ e = 20 ∙ 1012 ∙ 1,6 ∙ 10–19 s Q = 3,2 ∙ 10–6 C = 3,2 μC Q bastão = –3,2 μC e Q lã = +3,2 μC Ig o r B o ld yr e v/ iS to ck p h o to / G e tt y Im ag e s fr a n c e s c o d e m a rc o /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 83 4/5/18 12:22 PM 8484 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. 2. (Fuvest-SP) Uma pequena esfera, com carga elétrica positiva Q = 1,5 ⋅ 10–9 C, está a uma altura D = 0,05 m acima da su- perfície de uma grande placa condutora, ligada à Terra, induzindo sobre essa superfície cargas negativas, como na fi gura 1. O conjunto dessas cargas estabelece um campo elétrico que é idêntico, apenas na parte do espaço acima da placa, ao campo gerado por uma carga +Q e uma carga –Q, como se fosse uma “imagem” de Q que estivesse colocada na posição representada na fi gura 2 a) Determine a intensidade da força F, em N, que age sobre a carga +Q, devida às cargas induzidas na placa. b) Determine a intensidade do campo elétrico E 0 , em V/m, que as cargas negativas induzidas na placa criam no ponto onde se encontra a carga +Q. c) Represente, no diagrama da folha de resposta, no ponto A, os vetores campo elétrico E + e E − , causados, respectivamen- te, pela carga +Q e pelas cargas induzidas na placa, bem como o campo resultante, E A . O ponto A está a uma distância D do ponto O da fi gura e muito próximo à placa, mas acima dela. d) Determine a intensidade do campo elétrico resultante E A , em V/m, no ponto A. NOTE E ADOTE F k Q Q r 1 2 2 = ⋅ ⋅ ; E k Q r2 = ⋅ ; onde k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2 1 V/m = 1 N/C a) Usando a lei de Coulomb, temos: F k Q Q r F k Q ( ) ( )D( )( )D ( ) = ⋅F k= ⋅= ⋅F k Q Q⋅⋅Q Q = ⋅F k= ⋅= ⋅F k ( )⋅⋅( ) = ⋅ ⋅ = ⋅ ( )−−( ) ( )22( ) 9 1= ⋅9 19 1= ⋅ 0 ( )1,1,( )( )5 15 1( )( )⋅⋅( )5 15 1( )⋅5 1⋅( )( )00( ) 4 0( )4 04 0( )⋅4 04 0⋅ ( ), 0,0( )( )55( ) 2,= ⋅2,2,= ⋅0 1= ⋅0 10 1= ⋅ 0 N−0 N0 N− 1 2Q Q1 21 2Q QQ Q⋅⋅Q Q1 21 2Q Q⋅1 2⋅Q Q 2 2 2 9 ( )99( ) 2 2 60 N660 N s s b) Da relação entre força e campo elétricos, temos: F Q E E= ⋅F Q= ⋅= ⋅F Q = ⋅ = ⋅ − − 2,025 10 1,5 1⋅5 15 1⋅ 0 1,= ⋅1,1,= ⋅35= ⋅3535= ⋅ 10 V mV m0 0E E0 00 0E E 6 9 3 E EssE EE E0 00 0E EssE E0 00 0s0 0E Es0 0E E c) +Q D D A 45° 45° O D 2 E ’ E A E + d) Calculando o campo E A , temos: E E k Q d E E k Q D E E E E r r r r r r r r ( ) = = ⋅ = = ⋅ ⋅ = = ⋅ ⋅ ⋅ = = ⋅ + − + − + − + − 2 9 10 1,5 10 2. 0,05 2,7 10 V m 2 9 9 2 3 s s s s s Assim, para o campo E A , temos: E E E E E E r r r r = + = ⋅ ⋅ + − + 2 3,8 10 V m A 2 2 2 A 2 A 3 s s s H R e p ro d u ç ã o /F u v e s t, 2 0 0 6 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 84 4/5/18 12:22 PM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 85 3-4 Física – Eletrostática Capítulo 3 – Potencial elétrico Capítulo 4 – Capacitores H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 1. (Fuvest-SP) A determinação da massa da molécula de insulina é parte do estudo de sua estrutura. Para medir essa massa, as moléculas de insulina são previamente ionizadas, adquirindo, cada molécula, a carga de um elétron. Esses íons (I) são liberados com velocidade inicial nula a partir de uma amostra submetida a um potencial V = –20 kV. Os íons são acelerados devido à diferença de potencial entre a amostra e um tubo metálico, em potencial nulo, no qual passam a se mover com velocidade constante. Para a calibração da medida, adiciona-se à amostra um material padrão cujas moléculas também são ionizadas, adquirindo, cada uma, a carga de um elétron; esses íons (P) têm massa conhecida igual a 2 846 u. A situação está esquematizada na fi gura. a) Determine a energia cinética E dos íons, quando estão dentro do tubo. O gráfi co a seguir mostra o número N de íons em função do tempo t despendido para percorrerem o comprimen- to L do tubo. Determine: b) a partir dos tempos indicados no gráfi co, a razão R v v v I P = entre os módulos das velocidades V I de um íon de insulina, e V P de um íon P, em movimento den- tro do tubo; c) a razão R m m m I P = entre as massas m I e m P respectiva- mente, de um íon de insulina e de um íon P; d) a massa m I de um íon de insulina, em unidades de massa atômica (u). Note e adote: A amostra e o tubo estão em vácuo. u = unidade de massa atômica. Carga do elétron: e 1,6 10 C19e 1= −= −= −e 1 × − 1 s 10 s6μ =1 sμ =μ =μ =1 s − a) Se as trajetórias das partículas são retilíneas, a única força responsável pela aceleração é a força elétrica, que é então a força resultante. Como os dois tipos de íons têm mesma carga e são acelerados na mesma tensão, eles adquirem a mesma energia cinética que pode ser calculada pelo teorema da energia cinética: E q U E E E J( )τ = ∆ ⋅ = − − ⋅ ⋅ − ⋅ − = = ⋅− −1,6 10 20 10 0 3,2 10res cin 0 19 3 15 s s b) No gráfi co, lê-se que os tempos gastos pelos íons (P) e pelos íons (I) na travessia do tubo de comprimento L são t∆ =t∆ =∆ =t μ35 sP∆ =PP∆ = e t∆ = μ50 s,I respectivamente. Como no interior do tubo as velocidades são constantes, vem: v L t v L t v v t t v v = ∆ = ∆ ∆ ∆ = 35 50 7 10 0,7 I I P P I P P I I P s ss ss ss s=s ss s= = =s ss s= == =s ss s= =I s ss s I P s ss s P c) Como as energias cinéticas são iguais, têm-se: E m v m v m m v v m m = =E= == =E = = =E 2 2 10 7 100 49I PEI PI PE= =I PI P= =E= == =EI PI PE= == =I P= =EI P= =E I Im vI II Im v2 P Pm vP PP Pm v 2 I P P I 2 2 I P s ss s= =s ss s= == =s ss s= =I I s ss s I I P P s ss s P P s d) É dada a massa do íon (P): m = 2849 u.P Do item anterior: m m m m= == = 100 49 100 49 100 49 2 846 u 5mu 5u 5m ≅u 5u 5≅ 808 uI P I Pm mI PI Pm m 49I PI P49 Iu 5IIu 5s sm ms ss sm m= =s ss s= =m m= == =m ms ss sm m= == =s s= =m ms s= =m m = ⋅s ss s= ⋅= ⋅s ss s= ⋅ 2s ss s2 846s ss s846 u 5s ss su 5I Ps ss sI Pm mI PI Pm ms ss sm mI PI Ps sI Pm ms sI Pm mm mI PI Pm ms ss sm mI Ps sI Pm mm m= == =m mI PI Pm m= == =I P= =m mI P= =m ms ss ss sm ms sm m= == =m mm mI PI Ps sI Pm ms sI Pm m= == =s sI P= =m ms sI P= =m m R ep ro du çã o/ Fu ve st , 2 01 7 Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 85 4/5/18 12:22 PM 8686 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 2. A fi gura a seguir ilustra um conjunto de garrafas de Leyden, precursora dos capacitores modernos, ligadas em paralelo entre si. Submetendo o conjunto a uma diferença de potencial U, ele armazena uma carga elétrica total Q. Considere agora que essas mesmas garrafas sejam associadas em série e que o novo conjunto seja submetido à mesma diferença de potencial U. Qual será o valor da carga elétrica armazenada nessa nova situação, em função de Q? De acordo com a fi gura, temos nove garrafas (capacitores) associadas em paralelo. Sendo C a capacitância de cada uma, a capaci- tância equivalente será C eq(p) = 9 · C. Na nova montagem, as garrafas são ligadas em série e, portanto, a capacitância equivalente será C eq(s) = 9 C . A razão entre as cargas Q p e Q s armazenadas nos dois arranjos é: s p Q Q = eq(s) eq(p) C Ueq(C UC Ueq(s)C UC Us) C Ueq(p)C UC Ueq(p) C U⋅⋅C U C U⋅⋅C U = 9 9 C C⋅ = 1 81 s Q s = 81 pQ = 81 Q Portanto, a carga armazenada na nova montagem será 81 Q . Esta atividade é voltada para o aluno ler e interpretar informações em outros formatos, levantar dados e hipóteses. M o rp h a rt C re a ti o n /S h u tt e rs to ck Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 86 4/5/18 12:22 PM 87 FÍ S IC A Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Autoavaliação Carga elétrica 4 3 2 1 Compreendeu que a carga elétrica é uma propriedade relacionada ao número de partí- culas de um elemento? 4 3 2 1 Identifi cou os processos de eletrização e assimilou o sinal da carga dos elementos após cada processo? 4 3 2 1 Compreendeu o signifi cado do aterramento no processo de indução? Força e campo elétrico 4 3 2 1 Identifi cou a ocorrência de forças de atração e/ou repulsão em função das cargas envol- vidas? 4 3 2 1 Compreendeu que a força varia com o inverso do quadrado da distância? 4 3 2 1 Conseguiu identifi car o sentido do campo elétrico em função da carga geradora? Potencial elétrico 4 3 2 1 Conseguiu compreender a energia potencial elétrica relacionada a uma partícula carrega- da num ponto do espaço? 4 3 2 1 Compreendeu o signifi cado de potencial elétrico e diferença de potencial? 4 3 2 1 Compreendeu que a movimentação de cargas ocorre somente se houver uma diferença de potencial não nula? Capacitores 4 3 2 1 Conseguiu identifi car um capacitor em circuitos elétricos diversos? 4 3 2 1 Compreendeu que a função básica do capacitor é carregar e descarregar? 4 3 2 1 Compreendeu que a capacitância pode sofrer variações com a distância de separação entre as placas ou com a inserção de um dielétrico? Et_EM_3_Cad9_Fis_c04_66a88.indd 87 4/5/18 12:22 PM 88 Revise seu trabalho com este caderno. Com base em sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira, Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Claudia Bertolazzi (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Roberto Silva (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.), Liliane Rodrigues, Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos), Erika Ramires e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Luis Moura Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. 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