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Suporte Ventilatório Invasivo e Não Invasivo Professor(a): Luíz Henrique de Paula Melo 2022 É o método de ventilar artificialmente os pacientes que se encontram incapacitados de manter a ventilação pulmonar espontânea e as trocas gasosas adequadas. Também chamada de suporte ventilatório, consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. Ventilação Mecânica Definição PÓS-GRADUAÇÃO § Manutenção das trocas gasosas por meio da correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia; § Alívio do trabalho da musculatura respiratória (em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado); § Reversão ou prevenção da fadiga da musculatura respiratória; § Diminuição do consumo de oxigênio (reduzindo o desconforto respiratório); § Permitir a aplicação de terapêuticas específicas. Objetivos da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO Na ventilação invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea, isto é, um tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou uma cânula de traqueostomia Classificação da Ventilação Mecânica Ventilação Invasiva (VI) PÓS-GRADUAÇÃO Classificação da Ventilação Mecânica Ventilação Invasiva (VI) PÓS-GRADUAÇÃO Administração de qualquer forma de suporte ventilatório utilizando-se de técnicas que não requerem uma via aérea artificial, como tubo endotraqueal, máscara laríngea ou traqueostomia Classificação da Ventilação Mecânica Ventilação Não Invasiva (VNI) PÓS-GRADUAÇÃO Interfaces Classificação da Ventilação Mecânica Ventilação Não Invasiva (VNI) PÓS-GRADUAÇÃO A ventilação mecânica (VM) se faz através da utilização de aparelhos que, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com volumes de ar O movimento do gás para dentro dos pulmões ocorre devido à geração de um gradiente de pressão entre as vias aéreas superiores e o alvéolo, podendo ser conseguido por um equipamento que diminua a pressão alveolar (ventilação por pressão negativa) ou que aumente a pressão da via aérea proximal (ventilação por pressão positiva) Princípios da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO § Reanimação devido à parada cardiorrespiratória; § Hipoventilação e apnéia; § Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia; § Falência mecânica do aparelho respiratório; § Prevenção de complicações respiratórias; § Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular Indicações da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO Incapacidade do sistema respiratório em manter a função de eliminar CO2 do organismo e captar O2 para a célula Sistema respiratório + SNC + = Perfeita troca gasosa Sistema osteoneuromuscular + Sistema Circulatório Insuficiência Respiratória Aguda PÓS-GRADUAÇÃO Desequilíbrio da relação V/Q § V/Q ideal = 1 ventilação proporcional a perfusão § V > Q nos ápices = efeito espaço morto § V < Q nas bases = efeito shunt Causas de Hipoxemia PÓS-GRADUAÇÃO Desequilíbrio da relação V/Q § Condições não fisiológicas que aumentam o desequilíbrio (pneumonia, atelectasia, edema pulmonar, embolia pulmonar) Causas de Hipoxemia PÓS-GRADUAÇÃO Sinais e Sintomas de IRpA § Não existem sintomas exclusivos § Dispnéia – principal sintoma (distúrbios respiratórios e cardiovasculares) § Apesar da severidade e rapidez de progressão indicarem iminência de IRpA, não é um índice confiável de oxigenação deficiente ou retenção de CO2 Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Sinais e Sintomas de IRpA § Febre e tosse (pneumonia) § Tosse produtiva, espirro, ortopnéia (DPOC) § Dispnéia paroxística noturna (ICC ou asma) § Cianose: sinal de hipoxemia grave Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Sinais e Sintomas de IRpA § Alterações no padrão respiratório (uso de mm acessória da ventilação) § Batimento de asa do nariz § Respiração paradoxal § Sinais inespecíficos: edema de extremidades, baqueteamento digital, ruídos adventícios e taquipnéia Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Exames Laboratoriais Gasometria arterial § PH = 7.35 a 7.45 § PCO2 = 35 a 45 mmHg § PO2 = 80 a 100 mmHg § HCO3- = 22 a 26 mEq/L Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO § Índice de Oxigenação (IO): relação entre a PaO2 e a FiO2 § IO > 400 (normal) § Entre 300 e 200 – distúrbio hipoxêmico (LPA) § IO < 200 – distúrbio hipoxêmico grave (SDRA) Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Radiografia de tórax § Complementa a avaliação § Hipotransparência (pneumonia e atelectasia) § Hipertransparência (enfisema pulmonar) Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO Avaliação da Necessidade de VM PÓS-GRADUAÇÃO § Volume corrente (Vt) § Fração Inspirada de oxigênio (FiO2) § Frequência respiratória (Fr) § Fluxo inspiratório § Relação inspiração expiração (I:E) § Pressão expiratória positiva final (PEEP) § Sensibilidade Parâmetros Ventilatórios PÓS-GRADUAÇÃO § Volume de ar que insufla os pulmões em cada ciclo respiratório § Vt adequado – 6 a 8 ml/kg de peso ideal (pulmão normal) 4 a 6 ml/kg (LPA, SDRA) § Peso ideal – homens: peso (kg) = 50 + 0,9x(alt – 152) mulheres : peso (kg) = 45,5 +0,9x(alt – 152) § Excesso de volume injetado – volutrauma Volume Corrente (Vt) PÓS-GRADUAÇÃO § Recomendável iniciar VM com 100% § Posteriormente ajustar com base na gasometria arterial e na oximetria de pulso (SpO2) § Objetivo – FiO2 < 50 e uma PaO2 > 60 mmHg § SpO2 > 90% § FiO2 (desejada) = PaO2 (desejada) x FiO2 (conhecida) PaO2 (conhecida) Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) PÓS-GRADUAÇÃO § Nº de ciclos respiratórios que serão enviados ao paciente § Recomenda-se entre 12 e 16 rpm § Frequências altas – pode ocorrer aprisionamento de ar § FR (desejada) = PaCO2 (conhecida) x FR (conhecida) PaCO2 (desejada) Frequência Respiratória (Fr) PÓS-GRADUAÇÃO § Indica a velocidade (deslocamento) com que o ar passa pelos tubos, ou a quantidade de gás que passa em um determinado tempo Fluxo Inspiratório PÓS-GRADUAÇÃO Onda de fluxo pode ser: § Quadrada: permite a realização da monitoração da mecânica respiratória § Descendente: proporciona uma melhor distribuição do ar inspirado § Sinusoidal § Ascendente Fluxo Inspiratório PÓS-GRADUAÇÃO § Proporção da duração do ciclo inspiratório em relação ao ciclo expiratório § Respiração espontânea – 1:2 com Ti de 0,8 a 1,2s. Nessa relação, o Ti será 1/3 do tempo total do ciclo e o Te 2/3 do total do ciclo § Na VM depende do Vt, da Fr e do fluxo Relação Inspiração Expiração (I:E) PÓS-GRADUAÇÃO § Pressão acima da atmosférica, aplicada no final da expiração § Usada para melhorar a oxigenação arterial , através do recrutamento e estabilização dos alvéolos e pequenas vias aéreas § Aumenta a CRF e diminui o shunt intrapulmonar § Inicia-se com valores entre 3 e 5 cmH2O § Pacientes hipoxêmicos: altos níveis de PEEP (implicações hemodinâmicas) Pressão Expiratória Positiva Final (PEEP) PÓS-GRADUAÇÃO Pressão Expiratória Positiva Final (PEEP) PÓS-GRADUAÇÃO § Esforço despendido pelo paciente para disparar uma inspiração assistida pelo ventilador § O ventilador pode ser sensível ao nível de pressão (cmH2O) ou a fluxo (L/min) § Sensibilidade muito baixa: pode gerar autociclagem § Sensibilidade muito alta: pode requerer muito esforço do paciente Sensibilidade PÓS-GRADUAÇÃO 1. Fase inspiratória: fase do ciclo em que o ventilador realiza a insuflação pulmonar 2. Mudança de fase (ciclagem): transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória; 3. Fase expiratória: Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador; 4. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória (disparo):Fase em que termina a expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula ins) do ventilador, iniciando nova fase inspiratória. Sensibilidade PÓS-GRADUAÇÃO Início da inspiração é determinado pelo ajuste da frequência respiratória Início do ciclo independe do esforço do paciente Ajuste da Fr determina a I:E Ti Te Fr = 12 rpm Ti = 1s 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Te = 4s I:E = 1:4 Ciclo total Disparo a Tempo PÓS-GRADUAÇÃO Pressão (cmH2O): início da inspiração ocorre com queda da pressão das vias aéreas, gerada pela contração dos mm inspiratórios Fluxo (L/min): início da inspiração ocorre quando o paciente gera um deslocamento de ar Disparo a Pressão e a Fluxo PÓS-GRADUAÇÃO Disparo a Pressão e a Fluxo PÓS-GRADUAÇÃO § Volume: ventilador interrompe a inspiração quando o volume programado é atingido § Pressão: ventilador interrompe a inspiração quando o pressão programada é atingida Ciclagem PÓS-GRADUAÇÃO § Tempo: a ciclagem se dá ao término do tempo inspiratório ajustado § Fluxo: a ciclagem se dá quando o fluxo gerado pelo ventilador cai a uma porcentagem pré-programada Ciclagem PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO § Controlados: disparados, controlados e ciclados pelo ventilador § Assistidos: disparados pelo paciente, controlados e ciclados pelo ventilador § Espontâneos: disparados pelo paciente que respira espontaneamente ligado ao ventilador Tipos de Ciclos Ventilatórios PÓS-GRADUAÇÃO Tipos de Ciclos Ventilatórios PÓS-GRADUAÇÃO Tipos de ciclos oferecidos pelo ventilador: - Modos básicos A/C, SIMV, CPAP Tipos de controle sobre os ciclos: - Modos de controle Volume ou pressão controlada Modos Ventilatórios Básicos PÓS-GRADUAÇÃO MODALIDADES CONVENCIONAIS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA Ventilação assisto/controlada (VCV, PCV) SIMV (SIMV-P, SIMV-V) PSV Modos Ventilatórios Básicos PÓS-GRADUAÇÃO § Ciclagem: volume § Pressão variável § Ajuste de fluxo inspiratório § Possibilidade de ajuste de pausa inspiratória estática § Fluxo, frequência respiratória determinam relação I:E Ventilação Controlada a Volume (VCV) PÓS-GRADUAÇÃO § Vantagens: - volume garantido - cálculo de complacência e resistência § Desvantagens: - pressão de vias aéreas variável - na presença de auto – peep: risco de barotrauma Ventilação Controlada a Volume (VCV) PÓS-GRADUAÇÃO Ventilação Controlada a Volume (VCV) PÓS-GRADUAÇÃO § Pressão constante nas vias aéreas durante toda fase inspiratória. § Ciclagem: tempo § Fluxo livre e decrescente § Volume variável § Tempo inspiratório e frequência determinam relação I:E Ventilação Controlada a Pressão (PCV) PÓS-GRADUAÇÃO § Vantagens: - controle da pressão nas vias aéreas - melhor estabilização alveolar (pressão constante) - fluxo livre desacelerado - pausa dinâmica - segurança em realizar relação invertida § Desvantagens: - volume variável - impossibilidade de cálculo de complacência e resistência Ventilação Controlada a Pressão (PCV) PÓS-GRADUAÇÃO Ventilação Controlada a Pressão (PCV) PÓS-GRADUAÇÃO § O ventilador oferece ciclos mandatórios a uma freqüência pré-determinada, permitindo que o disparo dos ciclos mandatórios ocorra em sincronia com pressão negativa ou fluxo positivo realizado pelo paciente § Pode ocorrer com volume controlado ou com pressão controlada § Permite que ciclos espontâneos (ciclos ventilatórios disparados e ciclados pelo paciente) ocorram entre eles Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) PÓS-GRADUAÇÃO Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) PÓS-GRADUAÇÃO § Modo de ventilação mecânica espontânea § Ventilador assiste à ventilação através da manutenção de uma pressão positiva pré- determinada durante a inspiração § Ocorre ciclagem quando o fluxo inspiratório do paciente reduz-se a um nível crítico, normalmente 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) PÓS-GRADUAÇÃO § Paciente controla a Fr e o Ti e, dessa forma, o volume de ar inspirado. § Vt depende do esforço inspiratório, da pressão de suporte pré-estabelecida e da mecânica do sistema respiratório. § Desvantagem: modo funciona apenas quando o paciente apresenta drive respiratório Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) PÓS-GRADUAÇÃO Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) PÓS-GRADUAÇÃO § Retirar o paciente da ventilação mecânica pode ser mais difícil que mantê-lo § Processo de retirada do suporte ventilatório ocupa ao redor de 40% do tempo total de ventilação mecânica Desmame da Ventilação Mecânica e Extubação PÓS-GRADUAÇÃO § Protocolos de identificação sistemática de pacientes em condições de interrupção da ventilação mecânica podem reduzir significativamente sua duração § Busca por índices fisiológicos capazes de predizer, acurada e reprodutivelmente, o sucesso do desmame ventilatório ainda não chegou a resultados satisfatórios Desmame da Ventilação Mecânica e Extubação PÓS-GRADUAÇÃO § Desmame: processo de transição da ventilação artificial para a espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por tempo superior a 24 h § Interrupção da ventilação mecânica: refere-se aos pacientes que toleraram um teste de respiração espontânea (TRE) e que podem ou não ser elegíveis para extubação Desmame da Ventilação Mecânica e Extubação PÓS-GRADUAÇÃO § Extubação e Decanulação: extubação é a retirada da via aérea artificial. No caso de pacientes traqueostomizados, utiliza-se o termo decanulação § Reintubação ou fracasso de extubação: necessidade de reinstituir a via aérea artificial. É considerada precoce quando ocorre em menos de 48 h após a extubação (ou decanulação) Desmame da Ventilação Mecânica e Extubação PÓS-GRADUAÇÃO § Identificar pacientes elegíveis para o teste de respiração espontânea § Interrupção diária da sedação § Estabelecer estratégias para identificar sistematicamente os pacientes elegíveis para TRE § Refletem julgamentos clínicos e estilos individualizados Estratégias e Protocolos PÓS-GRADUAÇÃO § Empirismo aplicado ao desmame prolonga o tempo de ventilação mecânica § Pacientes sob ventilação mecânica recebendo sedativos devem ter sedação guiada por protocolos e metas que incluam interrupção diária da infusão § Administração contínua de sedativos é um preditor independente de maior duração da ventilação mecânica, maior permanência na UTI e no hospital Estratégias e Protocolos PÓS-GRADUAÇÃO § Avaliação para iniciar o teste de respiração espontânea deve ser baseada primariamente na: üEvidência de melhora clínica üOxigenação adequada üEstabilidade hemodinâmica Interrupção da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO § Para se considerar o início do processo de desmame é necessário que: 1) A doença que causou ou contribuiu para a descompensação respiratória encontre-se em resolução, ou já resolvida 2) Paciente deve apresentar-se com estabilidade hemodinâmica: üBoa perfusão tecidual ü Independência de vasopressores üAusência de insuficiência coronariana descompensada ou disritmias Interrupção da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO 3) Adequada troca gasosa: üPaO2 ≥ 60 mmHg com FIO2 ≤ 0,4 üPEEP ≤ 5 a 8 cmH2 O) üSer capaz de iniciar os esforços inspiratórios Interrupção da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO § Uma vez bem sucedido o teste de respiração espontânea, outros fatores deverão ser considerados antes de se proceder a extubação: üNível de consciência üGrau de colaboração do paciente üSua capacidade de eliminar secreções respiratórias Interrupção da Ventilação Mecânica PÓS-GRADUAÇÃO § TER com duração de 30 a 120 min é útil para selecionar os pacientes prontos para extubação § Taxa de reintubação em torno de 15% a 19% nos pacientes extubados Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO § A desconexão da ventilação mecânica deve ser realizadaoferecendo oxigênio suplementar § Manter taxas de saturação de oxigênio no sangue arterial (SaO2 ) acima de 90% § Suplementação de O2 deve ser feita com uma FIO2 até 0,4, não devendo ser aumentada durante o processo de desconexão Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO § Tubo T Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO § Pacientes em desmame devem ser monitorados de forma contínua quanto: § Às variáveis clínicas § Às alterações na troca gasosa § Às variáveis hemodinâmicas Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO § Avaliação contínua e próxima é fundamental para identificar precocemente sinais de intolerância e mecanismos de falência respiratória § Caso os pacientes apresentem algum sinal de intolerância, o teste será suspenso e haverá o retorno às condições ventilatórias prévias Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO § Pacientes que não apresentarem sinais de intolerância deverão ser avaliados quanto à extubação e observados (monitorados) por 48h na UTI § Se, após 48 horas, permanecerem com autonomia ventilatória, o processo estará concluído com sucesso § Se neste período necessitarem do retorno à ventilação mecânica serão considerados como insucesso Teste de Respiração Espontânea PÓS-GRADUAÇÃO Critérios de Interrupção do TRE PÓS-GRADUAÇÃO Repouso da musculatura § Pacientes que falharam no teste inicial deverão retornar à ventilação mecânica § Permanecer por 24 h em um modo ventilatório que ofereça conforto § Neste período serão reavaliadas e tratadas as possíveis causas de intolerância Conduta no Paciente que não passou no TRE PÓS-GRADUAÇÃO § Desequilíbrio entre a carga imposta ao sistema respiratório e a habilidade em responder a essa demanda § Aguardar 24h antes de novas tentativas de desmame § Recuperação funcional do sistema respiratório e de outras causas que possam ter levado à fadiga muscular respiratória Conduta no Paciente que não passou no TRE PÓS-GRADUAÇÃO Nova tentativa após 24 h § Se o paciente permanecer elegível e as causas de intolerância forem revistas, novo TRE deverá ser realizado após 24 h § Há evidências de que a realização diária de TRE abrevia o tempo de ventilação mecânica, em relação aos protocolos em que o teste não é realizado diariamente. Conduta no Paciente que não passou no TRE PÓS-GRADUAÇÃO § Paciente passou no TRE, pode ou não ser elegível para extubação no mesmo dia, dependendo de outros fatores Conduta no Paciente que não passou no TRE PÓS-GRADUAÇÃO § Uso do modo de ventilação com pressão de suporte (PSV) § Redução dos valores da pressão de suporte de 2 a 4 cmH2O, de 2 a 4x ao dia, tituladas conforme parâmetros clínicos § Até atingir 5 a 7 cmH2O, níveis compatíveis com os do TRE Redução gradual da pressão de suporte PÓS-GRADUAÇÃO § Mais de 50 índices descritos § Somente alguns auxiliam significativamente, com mudanças em relação à tomada de decisões clínicas quanto à probabilidade de sucesso ou fracasso de desmame Índices fisiológicos preditivos de fracasso de desmame e extubação PÓS-GRADUAÇÃO Cuidados pré-extubação: § A cabeceira do paciente deve ser elevada, mantendo-se uma angulação entre 30 e 45° § Indicado que se aspire a via aérea do paciente antes de extubá-lo Extubação Traqueal PÓS-GRADUAÇÃO § Aspirar as vias aéreas antes da extubação tem como objetivos: üDiminuir a quantidade de secreção nas vias aéreas baixas üRetirar a secreção que se acumula acima do balonete da cânula traqueal, evitando a sua aspiração para os pulmões Extubação Traqueal PÓS-GRADUAÇÃO § A elevação da cabeceira visa, por sua vez, a diminuir a chance do paciente aspirar conteúdo gástrico § Dessa forma pretende-se diminuir as possibilidades de infecção respiratória Extubação Traqueal PÓS-GRADUAÇÃO