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Autoconhecimento e equilíbrio humano
Apresentação
Uma das maneiras para se ter uma vida mais equilibrada, nos aspectos físicos e emocionais, é 
desenvolver o autoconhecimento, pois, assim, é possível saber o que afeta uma pessoa, como esta 
reage perante as situações inesperadas, os conflitos cotidianos e as pressões que a cercam na 
esfera pessoal e profissional. Assim, para conseguir entender o significado de sua vida e sentir-se 
bem em relação a ela, cabe ao homem essa busca pelo autoconhecimento e pelo equilíbrio de seus 
fatores físicos e emocionais.
Toda vez que existe um desequilíbrio em um desses aspectos, pode ocorrer a perda de qualidade 
de vida e, em muitos casos, problemas com a saúde mental. Isso pode acontecer nos casos de 
obesidade, anorexia e/ou outros transtornos alimentares e de autoimagem, bem como em casos de 
depressão, ansiedade e estresse. Dessa forma, cabe ao homem conscientizar-se de que precisa 
buscar o equilíbrio. Entretanto, isso exige esforços e tempo para reflexão, o que, na maioria das 
vezes, é algo difícil na rotina agitada em que as pessoas vivem.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre o autoconhecimento e o equilíbrio 
humano, compreendendo sua importância e conhecendo práticas que contribuem para a 
concretização desses conceitos. Você também aprenderá sobre os aspectos da vida cotidiana que 
costumam limitar a busca pelo equilíbrio físico, emocional e pelo autoconhecimento.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir autoconhecimento e equilíbrio humano.•
Descrever práticas voltadas ao autoconhecimento e ao equilíbrio físico e emocional.•
Identificar aspectos do cotidiano que limitam o autoconhecimento e o equilíbrio.•
Desafio
O autoconhecimento é um dos fatores fundantes do ser humano, por isso é alvo de estudos desde 
a filosofia antiga até os dias atuais. Quanto ao equilíbrio, é um tema cada vez mais debatido na 
sociedade contemporânea, principalmente através da concepção de que seu sinônimo é a 
felicidade. Nesse sentido, não é possível pensar em equilíbrio sem o autoconhecimento, estes 
construtos andam juntos na direção de uma vida com maior bem-estar. 
No entanto, é preciso tomar cuidado com noções propagadas cotidianamente pelo senso comum, 
de que seria possível atingir o equilíbrio pleno de todos os fatores da vida. A noção de equilíbrio 
está relacionada com o desenvolvimento e bem-estar físico, mental e social, mas tomados como um 
percurso a ser percorrido durante toda vida e não um lugar de chegada. 
Quando há déficits em um ou mais desses âmbitos, em geral os outros também são afetados, por 
exemplo quando há um problema de saúde ou ausência de laços sociais, é possível que se possa ter 
também problemas de ordem emocional, visto que estes fatores estão em constante ligação, não 
caminham de modo autônomo. 
Com base no conteúdo da UA e do panorama acima descrito, resolva a problemática a seguir: 
Diego é um jovem de 35 anos que está em ascensão na empresa onde trabalha. Sua atuação como 
gestor tem agradado a diretoria da organização, que requisita cada vez mais sua presença em 
reuniões, na tomada de decisões, mas também em confraternizações e jantares de negócio. A 
empresa do ramo da agropecuário também está crescendo e por isso solicita dedicação máxima de 
seus colaboradores. Diego trabalhou nos últimos dois anos sem férias e muitas vezes sem descanso 
aos finais de semana. Tudo estava correndo aparentemente bem, porém Diego começou a adoecer 
e manifestar sintomas de esgotamento que passaram a se tornar cada dia mais preponderantes. 
Caso você fosse convocado a apontar dois fatores que podem estar gerando este problema, 
relacionando com a temática da UA, qual você apontaria? 
Infográfico
Na busca pelo autoconhecimento e pelo equilíbrio, nos aspectos físicos, sociais e emocionais, o 
homem se depara com fatores típicos, que caracterizam a sociedade contemporânea e que atuam 
como limitadores desse processo. 
Neste Infográfico, você conhecerá seis desses fatores limitantes ao autoconhecimento e ao 
equilíbrio humano.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6ce1d175-76f3-4109-870b-5b97de1f8765/a9a61c1e-e5d0-486e-afef-719876a3d9bd.jpg
Conteúdo do livro
O homem procura desde o início de sua existência compreender o seu propósito nesta vida e busca 
incessantemente entender e perseguir as maneiras que possam fazer com que ele venha a ser feliz. 
Na contemporaneidade, alguns fatores que se aliam com a racionalidade predominante, como o 
individualismo, a mercantilização das coisas, a exigência por aprimoramento constante e as 
mudanças frequentes no mundo do trabalho, fizeram com que as possibilidades de exercício do 
autoconhecimento fossem dificultadas pelos conflitos diários que ocupam a vida das pessoas.
Cabe ao homem entender que precisa empreender esforços para poder refletir, buscando 
conhecer-se, pois este é um processo individual e subjetivo. Da mesma forma, equilibrar os 
aspectos físicos e emocionais também é necessário para que se possa viver uma vida plena.
No capítulo Autoconhecimento e equilíbrio humano, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, 
você verá a abordagem dos conceitos do autoconhecimento e do equilíbrio humano, aprendendo 
sobre práticas que podem conduzir a eles e sobre os fatores limitantes que a sociedade costuma 
enfrentar nesses aspectos.
Boa leitura.
FELICIDADE E
BEM-ESTAR NA
VIDA PROFISSIONAL
Pablo Rodrigo Bes
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir autoconhecimento e equilíbrio humano.
 > Descrever práticas voltadas ao autoconhecimento e ao equilíbrio físico e
emocional.
 > Identificar aspectos do cotidiano que limitam o autoconhecimento e o
equilíbrio.
Introdução
Vivemos hoje em dia numa corrida desenfreada contra o tempo, buscando satisfazer 
necessidades que se confundem com a própria realização e a felicidade. Expostos 
aos conflitos que decorrem da configuração de nosso tempo atual — sobretudo 
estimulados pela lógica do consumo, da competição, da concorrência, do em-
presariamento de si e do individualismo —, muitas vezes perdemos o controle 
de nossos sentimentos e emoções, tendo atitudes que nos distanciam cada vez 
mais de uma condição de equilíbrio físico e emocional. Para que o ser humano 
possa compreender o próprio conceito de felicidade e o que dá sentido à sua 
existência, precisa desenvolver a capacidade de se autoconhecer, reservando 
tempo e aplicando técnicas que propiciem a reflexão sobre si, sobre os modos 
como reage aos fatores externos, como funciona em relação a suas experiências 
passadas e suas projeções futuras. Pela prática desse autoconhecer, aliada à busca 
do bem-estar e do equilíbrio de aspectos físicos e emocionais, o ser humano pode 
se sentir pleno e, consequentemente, feliz.
Neste capítulo, você vai aprender sobre a importância da busca do autoconhe-
cimento e do equilíbrio físico e emocional para o ser humano, conhecendo práticas 
que podem conduzir a isso e reconhecendo os aspectos de nosso cotidiano que 
acabam por limitar esse processo.
Autoconhecimento 
e equilíbrio humano
Autoconhecimento e equilíbrio humano: 
possíveis definições
Na sociedade contemporânea, as pessoas vivem em constante busca pela 
felicidade, que normalmente costuma ser associada com fatores externos 
a si próprio, como a aquisição de algum bem material, a conquista de um 
emprego, uma nova experiência pessoal, um relacionamento, etc. Esses 
eventos influenciados unicamente por aspectos externos podem distorcer o 
entendimento e a importância de aspectos internos a nós mesmos, pois ser 
feliz está muito relacionado com o quão equilibrado nós somos em relação 
aos aspectos físicos que nos constituem e aos aspectos emocionais com os 
quais lidamos diariamente. Assim, podemos inferir que, quanto maior o grau de 
conhecimento do ser humano sobre si próprio,maior serão as possibilidades 
de viver uma vida equilibrada e, consequentemente, feliz.
Ao analisar o conceito de felicidade sob a lógica conhecida como o “mito 
da chegada”, Abreu (2016, documento on-line) acrescenta que muitas pessoas 
passam a vida à espera do tão almejado “final feliz” que aprenderam que 
ocorreria desde a infância. Esse mito está atrelado aos aspectos externos que 
citamos, levando as pessoas a esquecerem ou relegarem ao segundo plano 
as questões pessoais, subjetivas, sobre as quais teriam maior possibilidade 
de controle. “Devemos entender que, para se sentir bem, basta começar a 
cuidar de si mesmo e se empenhar na realização daquilo que pontualmente 
nos faz bem, pois sobre isso, sim, temos controle” (ABREU, 2016, documento 
on-line). Dessa forma, entendemos que o sentir-se bem, que pode levar 
a uma felicidade plena, passa obrigatoriamente pelo autoconhecimento, 
que, mediante práticas diárias, pode ser capaz de produzir em nossa vida o 
equilíbrio físico e emocional que precisamos.
Dentro do entendimento da psicologia positiva, conforme definido por 
Seligman e Csikszentmihalyi (2000), a felicidade seria uma das muitas expe-
riências subjetivas positivas, ao lado do bem-estar, otimismo, satisfação, 
contentamento e esperança, sem contar com o chamado flow, que seria aquilo 
que é possível conquistar da vida, em termos de positividade, ao envolver-
-se de forma total ou plena com as experiências que ela proporciona. Ao
relacionar a psicologia positiva com o conceito de saúde mental, Seligman
(2008, documento on-line), esclarece que:
[...] ao formular a estrutura conceitual da psicologia positiva, pegamos a noção 
cientificamente complicada de ‘felicidade’ e a dividimos em vários aspectos mais 
quantificáveis: emoção positiva (a vida agradável), envolvimento (a vida engajada) 
e propósito (a vida significativa).
Autoconhecimento e equilíbrio humano2
Assim, o autoconhecimento se associa diretamente com a capacidade de 
produzir essas emoções positivas, esse engajamento e sentido de propósito 
na vida, os quais, por sua vez, se associam com o modo como pensamos, 
sentimos e vivemos nossas vidas de forma única e particular.
O autoconhecimento está associado com a comunicação estabelecida pelos 
indivíduos consigo mesmos e com os outros ao seu redor. Algumas práticas 
ou técnicas podem facilitar sua percepção, reflexão e consciência sobre si 
próprios. O autoconhecer leva ao mapeamento e à percepção de nossas 
habilidades e capacidades, bem como daquilo que nos fragiliza, nos afeta e 
produz efeitos diversos em nossa personalidade e emoções. Logo, quanto 
melhor for nosso autoconhecimento, maior poderá ser nossa autoestima e 
nosso autocontrole perante momentos difíceis e conflitos que nos desafiam 
diariamente. Para esclarecer melhor o que envolve o autoconhecimento, 
listamos algumas de suas características e pontos que costumam tangenciar 
seu conceito (ABREU, 2016; SELIGMAN; CSIKSZENTMIHALYI, 2000; BARROS FILHO; 
KARNAL, 2017):
 � comunicação;
 � experiencial;
 � reflexão;
 � processo;
 � subjetivo;
 � percepção;
 � qualidade de vida;
 � autoestima;
 � autocontrole;
 � equilíbrio.
A partir desses elementos, podemos verificar que o autoconhecimento 
é processual e experiencial e deve ocorrer de forma contínua, uma vez que 
se trata de fator subjetivo, interno e inerente a cada pessoa em particular. 
Assim, relaciona-se com a percepção que temos a respeito dos fatos e 
fenômenos que nos cercam no dia a dia, sobre os quais produzimos nossas 
representações mentais, agindo a partir deles. A percepção sobre nós mes-
mos e sobre o sentido e a utilidade de nossas vidas pode afetar diretamente 
nossa autoimagem e nossa autoestima, que também se refinam a partir 
do autoconhecimento.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 3
A reflexão também é fundamental para o autoconhecimento, pois 
permite que analisemos a forma como temos agido perante as situações 
cotidianas, principalmente quando envolvem aspectos de nossa perso-
nalidade, como nosso humor e o controle de nossas emoções e percep-
ções acerca dos sentimentos alheios, conforme estabelece o conceito de 
inteligência emocional.
O conceito de inteligência emocional foi difundido internacionalmente 
pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman (1995) na década de 
1990. Envolve a busca pelo conhecimento e controle das emoções individuais, 
bem como o desenvolvimento da capacidade de observação e consideração das 
emoções daqueles que fazem parte de nossas relações interpessoais.
Ao associarmos o autoconhecimento com a qualidade de vida, nos 
cabe conhecer a definição de qualidade de vida da Organização Mundial 
de Saúde (OMS) na contemporaneidade, que envolve “[...] a percepção 
do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de 
valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectati-
vas, padrões e preocupações” (WHO, 1998, documento on-line). Assim, a 
qualidade de vida proposta por esse grupo de estudos da OMS aborda-a 
pelo seu caráter multidimensional, que abrange aspectos subjetivos, 
contextuais e culturais. Sob esse prisma, para que possam ter qualidade 
de vida, as pessoas devem possuir um equilíbrio em algumas áreas, 
que envolvem os domínios f ísicos, psicológicos, a independência, rela-
ções sociais, o ambiente e os aspectos espirituais, religiosos e crenças 
pessoais existentes. Numa dimensão simplificada da qualidade de vida 
proposta com o projeto denominado World Health Organization Quality 
of Life, conhecido pela sigla WHOQOL-bref, a OMS estabelece que, para 
a existência de qualidade de vida, devem ser consideradas ao menos 
quatro áreas específicas: domínio f ísico, domínio psicológico, relações 
sociais e meio ambiente (THE WHOQOL GROUP, 1998)
No Quadro 1 podemos perceber mais detalhadamente os 24 componen-
tes que fazem parte de cada um dos quatro domínios da qualidade de vida 
propostos pela OMS e suas conexões com a busca pelo autoconhecimento e 
equilíbrio na vida humana.
Autoconhecimento e equilíbrio humano4
Quadro 1. Os domínios da qualidade de vida segundo a OMS
Domínio físico Domínio psicológico Relações sociais Meio ambiente
 � Dor e 
desconforto
 � Energia e 
fadiga 
 � Sono e 
repouso 
 � Mobilidade 
 � Atividades 
da vida 
cotidiana 
 � Dependência 
de 
medicação 
ou de 
tratamentos 
 � Capacidade 
de trabalho
 � Sentimentos 
positivos 
 � Pensar, aprender, 
memória e 
concentração 
 � Autoestima 
 � Imagem corporal e 
aparência 
 � Sentimentos 
negativos 
 � Espiritualidade/ 
religião/crenças 
pessoais
 � Relações 
pessoais 
 � Suporte 
(Apoio) social 
 � Atividade 
sexual
 � Segurança física 
e proteção 
 � Ambiente no lar 
 � Recursos 
financeiros 
 � Cuidados de 
saúde e sociais: 
disponibilidade 
e qualidade 
 � Oportunidades 
de adquirir 
novas 
informações e 
habilidades 
 � Participação em, 
e oportunidades 
de recreação/
lazer 
 � Ambiente físico: 
(poluição/ruído/
trânsito/clima)
 � Transporte
Fonte: Adaptado de The WHOQOL-Bref (1998).
Acompanhando o quadro acima, podemos perceber que, para o ser hu-
mano atingir um estado pleno de felicidade e realização em sua vida, é preciso 
necessariamente equilibrar esses campos físicos, psicológicos, ambientais/
contextuais e de relacionamento, pois todas categorias possuem aspectos 
que favorecem o desenvolvimento de uma vida considerada saudável e repleta 
de emoções positivas. Na próxima seção, vamos aprender sobre as práticas 
que podem favorecer a busca pelo autoconhecimento e pelo equilíbrio físico 
e emocional.
Desenvolvimento de autoconhecimento 
e equilíbrio físico e emocional 
As tentativas de relacionar o conhecimento com a busca por uma vida plena, 
com sentido e virtuosa — como diriam os pensadores da filosofia clássica — e 
ainda repleta de qualidade — como sugerido mais recentemente, como vimos 
no tópico anterior — acompanham a própria evolução do ser humano na so-
Autoconhecimento e equilíbrio humano 5
ciedade. Nessa trajetória, o ser humanofoi produzindo sua subjetividade ao 
se apropriar das características contextuais e dos discursos que iam surgindo 
em cada época específica. Cabe lembrar que, segundo Platão (1999), Sócrates 
já propunha, inspirado nos dizeres no portão do Templo de Delfos, a máxima 
“Conhece-te a ti mesmo” como forma de marcar a atitude que o ser humano 
deveria ter ao longo de sua vida, isto é, a consciência de que somos inacabados 
e devemos estar em plena busca pelo autoconhecimento, para que possamos 
então atingir um estado de vida boa, ou mais bem-sucedida e equilibrada. 
Conforme destacam Barros Filho e Karnal (2017), cabe ao ser humano 
superar a noção de que a felicidade virá ao se obter aquilo que falta, aquilo 
que ainda não se possui, com uma ênfase constante em um futuro projetado, 
quando então possuirá ou se tornará aquilo que almeja. O remédio para isso 
seria a aceitação de si próprio, pelo reconhecimento da potência e da força 
internas, pelo desenvolvimento do amor próprio, da autoestima e do amor à 
vida em todos os instantes, reforçando a situação presente, o hoje, o agora. 
Para isso, porém, devemos perseguir uma vida equilibrada nos aspectos físicos 
(fisiológicos, nutricionais, motores) e nos aspectos emocionais (sentimentos, 
percepção, julgamento, relacionamentos, etc.), o que é possível a partir do 
emprego de algumas técnicas que exploraremos neste tópico. 
O velho ditado popular “não tenho tudo que amo, mas amo tudo que 
tenho” pode ser interpretado como uma analogia dessas ideias. Na vida 
contemporânea, o amor se relaciona diretamente com o que temos, com a 
posse, com a propriedade de algum bem específico, ou ainda com o desejo de 
conseguir algo no futuro. Assim, caímos na armadilha de focar nossa energia 
e empenho naquilo que não temos, quando devíamos nos dedicar a conhe-
cer e amar quem já somos e quem participa das nossas vidas e das nossas 
relações. Mas quando devemos fazer isso? Agora, a partir deste instante. 
Devemos buscar viver intensamente o presente.
A busca pelo autoconhecimento implica empenho individual, pois não 
podemos delegar aos outros essa questão, que nos exige dedicação diária e 
cotidiana. Ainda assim, podemos utilizar alguns procedimentos, ferramentas e 
técnicas para nos ajudar nessa busca, resumidos a seguir (ABREU, 2016; BARROS 
FILHO; KARNAL, 2017; MOSCOVICI, 1997; SELIGMAN; CSIKSZENTMIHALYI, 2000):
 � refletir;
 � conversar a respeito;
 � esperar para agir;
 � pedir feedback;
 � meditar;
Autoconhecimento e equilíbrio humano6
 � praticar o silêncio;
 � contemplar;
 � viver o ócio;
 � praticar atividades físicas;
 � comer alimentos saudáveis;
 � fazer uso das emoções positivas;
 � conviver.
Já sabemos que o autoconhecimento deve ser processual, exigindo que 
encontremos uma pausa nas atividades rotineiras que tanto nos afligem e 
que acabam por roubar a totalidade de nosso tempo, fazendo com que nos-
sos pensamentos se tornem plenos de preocupações, angústias, ansiedade 
e estresse. Em grande parte das vezes, esses sentimentos se encontram 
associados a metas que nos propomos a atingir, a objetos que gostaríamos 
de adquirir, a experiências que pretendemos viver. Perceba que essa rotina 
diária acaba nos privando da possibilidade de reflexão, pois nos falta, às 
vezes, um dos recursos mais valiosos da contemporaneidade: o tempo. 
Autoconhecimento nos exige tempo ocioso, para contemplar aquilo que 
nos cerca, o que somos, permitindo que possamos desenvolver o pensamento 
reflexivo, que pode nos levar a mapear algumas respostas para alguns ques-
tionamentos: “Como ocorre o funcionamento de nosso corpo?”, “O que ocorre 
quando reagimos a algo que surge em nosso cotidiano?”, “Como acabamos 
tendo atitudes que não condizem com o que gostaríamos de ter feito?”, “Por 
que acabamos magoando as pessoas que convivem conosco?”, “O que nos 
faz amar ou odiar algumas pessoas?” e “O que me faz feliz e traz sentido à 
minha vida?”.
Uma estratégia para buscar o autoconhecimento é ter alguém com quem 
se abrir sobre a própria vida interior, o que pode explicar o grande sucesso 
que alguns gurus contemporâneos têm obtido, bem como o uso de terapias 
de grupo, meditação, ioga ou mesmo a conversa com um amigo. Quando nos 
permitimos elaborar o que pensamos, compartilhando com o outro aquilo que 
nos afeta, conseguimos perceber mais minuciosamente quais os mecanismos 
que nos movem diariamente e as origens de nossas emoções e atitudes. Aqui 
se encaixa a busca por feedback, conforme define Moscovici (1997, p. 53):
No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um 
processo de ajuda para mudanças de comportamento; é comunicação a uma pessoa, 
ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está 
afetando outras pessoas. Feedback eficaz ajuda o indivíduo (ou grupo) a melhorar 
seu desempenho e assim alcançar seus objetivos.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 7
Assim, é oportuno em nosso processo de autoconhecimento que possamos 
contar com alguém que nos descreva aspectos de nossas atitudes que podem 
estar afetando as relações que desenvolvemos com outras pessoas, pois, 
em boa parte das vezes, não as percebemos ou não conseguimos mapear 
sozinhos os seus efeitos ou impactos produzidos.
Moscovici (1997) propõe a utilização da técnica conhecida como 
Janela de Johari para que as pessoas possam entender a persona-
lidade humana em suas relações interpessoais. Nessa técnica, desenha-se um 
quadrado dividido em quatro quadrantes. No primeiro quadrante, encontra-se 
o “Eu aberto”, associado às expressões: “Conhecido pelo Eu / Conhecido pelos 
outros”. No segundo quadrante, encontra-se o “Eu cego”, associado à expressão: 
“Não conhecido pelo Eu”. No terceiro quadrante, encontra-se o “Eu secreto”, 
associado à expressão: “Não conhecido pelos outros”. Por fim, no quarto qua-
drante encontra-se o “Eu desconhecido”, associado à expressão: “Não conhecido 
pelos outros”. Essa técnica suscita um fluxo de informações entre os membros 
de um grupo, permitindo que existam momentos de busca por feedback, bem 
como de autoexposição dos participantes.
Como nosso corpo funciona de forma integrada e sistêmica, para termos 
equilíbrio precisamos também ter cuidados em relação aos aspectos físicos, 
o que facilita e contribui para que possamos ter uma vida emocional mais 
plena e bem resolvida. Assim, ao menos dois pontos são fundamentais nesse 
aspecto: o desenvolvimento de algum tipo de atividade física habitual e a 
busca por uma alimentação saudável. 
As atividades físicas podem contribuir para minimizar fatores que limitam 
nosso equilíbrio emocional, como o estresse e a ansiedade, permitindo que 
possamos nos tornar mais ativos e capazes em lidar com as demandas coti-
dianas, a partir do bom funcionamento das questões fisiológicas que se de-
senvolvem quando executamos tais práticas, como a produção de hormônios 
específicos que nos fornecem a sensação de bem-estar. Além disso, algumas 
atividades físicas específicas podem ser utilizadas como técnicas para que 
possamos nos autoconhecer e nos desenvolver social e emocionalmente, 
como ocorre com as Técnicas de Expressão Corporal (TEC), que podem ser 
realizadas de forma individual, em dupla, trio ou grupos maiores. Conforme 
comenta Marques (2007, documento on-line), a TEC costuma envolver “[...] 
jogos de integração social e de criatividade: motores, rítmicos, dramáticos, 
de relaxamento e que trabalhem os sentidos. Além de exercício corporal, a 
TEC inclui um tempo de reflexão e de feedback”.
Autoconhecimento e equilíbrio humano8
Assim, a TEC une a ludicidade proposta pelos jogos com o exercício da 
reflexividade sobre si e a troca de vivências e informações com os demais 
participantes, permitindo que se amplie o potencial de autoconhecimento e 
de equilíbrio. A seguir são destacados alguns tipos de jogos que podem ser 
utilizados na TEC (MARQUES, 2007):
 � Jogos motores — exercícios que melhoram a coordenação, as habi-
lidades físicas e o alongamento, por meiode ginásticas corretivas 
promovem o autoconhecimento, a autoestima e a integração social.
 � Jogos rítmicos — exercícios que desenvolvem capacidade rítmica, 
atenção, memória, noções espaço-temporais, criatividade, autoco-
nhecimento, integração em grupo e autoestima.
 � Jogos dramáticos — exercícios que desenvolvem capacidade lúdica, 
criatividade, arte dramática, expressão do corpo e dos sentimentos 
e representação.
 � Jogos sensoriais — exercícios indoor e outdoor que trabalham a percep-
ção dos sentidos olfativo, auditivo, visual, gustativo e tátil, bem como a 
integração com o meio ambiente, o autoconhecimento e a autoestima.
 � Relaxamento — exercícios que promovem a consciência corporal, a 
imaginação, a memória, o autoconhecimento e a autoestima. Atividade 
que trabalha a respiração e a descontração física.
O mesmo ocorre com os aspectos nutricionais que fazem parte de nosso 
cotidiano mais básico, que igualmente podem contribuir ou limitar nossa 
qualidade de vida, conforme contextualiza Deloroso (2007, p. 204):
O homem moderno maltrata constantemente seu corpo. Pensemos nos efeitos 
combinados de atos que podem se repetir no nosso dia a dia, como dirigir, assistir 
televisão, acomodar o corpo à mobília e aos equipamentos mal projetados e ainda 
o dano fisiológico causado por calçados inadequados, de roupas íntimas muito 
apertadas, de hábitos como sentar com pernas cruzadas ou ficar em pé por muito 
tempo com o peso apoiado numa só perna. Pensemos por um momento em tudo 
que o corpo precisa suportar num ‘dia normal’. O homem está ficando cada vez 
mais acomodado, ou permanece grande parte do seu tempo sentado, favorecendo 
o aparecimento do estresse e contribuindo para o surgimento dos encurtamentos 
musculares e do aumento de peso, prejudicando sua postura atual e a futura também.
Assim, nosso dia a dia sedentário, típico da sociedade contemporânea, 
associado com a falta de cuidados com a alimentação balanceada, acaba 
produzindo efeitos nocivos apontados por Deloroso (2007), como problemas 
posturais e obesidade. Nesse sentido, segundo o autor, “[...] a implemen-
Autoconhecimento e equilíbrio humano 9
tação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida depende 
muito do incentivo para à prática de atividade física e da adoção de hábitos 
alimentares saudáveis” (DELOROSO, 2007, p. 204). E para que possamos ter 
hábitos alimentares saudáveis, precisamos ao menos saber como deveria ser 
composta nossa alimentação cotidiana. Convém, nesse caso, conhecermos 
o “prato saudável” desenvolvido por especialistas em nutrição da Harvard 
T. H. Chan (2020, documento on-line), ilustrado na Figura 1.
Figura 1. Distribuição recomendada de alimentos para uma alimentação saudável.
Fonte: Harvard T. H. Chan (2020, documento on-line). 
Analisando a constituição do prato saudável proposto, podemos verificar 
como se encontra nossa própria alimentação, identificando se apresenta o 
nível de balanceamento entre proteínas, grãos, frutas, vegetais e líquidos 
que precisaríamos ingerir para ter um corpo saudável e, consequentemente, 
um melhor funcionamento de nossos processos mentais, psicológicos e 
sociais. Na Figura 1, cabe salientar ainda a expressão “mantenha-se ativo!”, 
que associa diretamente a alimentação à atividade física que comentamos 
anteriormente. Ainda que possa parecer simples entender esses aspectos 
que contribuem para o aumento de nosso autoconhecimento e para nosso 
equilíbrio físico e emocional, muitos são os fatores que podem obstaculizar 
suas práticas cotidianas, conforme analisaremos na próxima seção.
Autoconhecimento e equilíbrio humano10
Limitações ao autoconhecimento 
e ao equilíbrio
Podemos admitir que a vida contemporânea apresenta inúmeros empeci-
lhos para que possamos buscar nosso autoconhecimento e o tão desejado 
e necessário equilíbrio físico e emocional. Tais impedimentos se alinham 
com os próprios hábitos cotidianos e com a racionalidade que pauta os 
estilos de vida hoje existentes. Basta analisarmos alguns dos fatores que 
compõem a racionalidade neoliberal, conforme apontam Harvey (2014) 
e Dardot e Laval (2016), que se coloca hoje de forma predominante no 
mundo, para percebermos como o individualismo, a competição, a trans-
formação de tudo (organizações e pessoas) em mercadorias e empresas, 
a perda de liberdade em prol da segurança, a distorção do espaço-tempo 
pelas tecnologias digitais e as pressões da sociedade de hiperconsumo 
acabam produzindo obstáculos à nossa busca pelo autoconhecimento e 
pelo equilíbrio.
Ao analisar as tendências de estilos de vida na sociedade contemporânea 
que acabam se contrapondo à própria busca da felicidade, Barros Filho e 
Karnal (2017, p. 77) citam os motes do nosso cotidiano: 
É preciso trabalhar de segunda a sexta para que cheguem o sábado e o domingo; 
É preciso trabalhar durante quarenta anos para que eu possa me aposentar e 
finalmente aproveitar a vida; É preciso suportar isto para que aquilo possa advir 
no futuro; É preciso poupar, porque quem poupa conquista o que a vida tem de 
melhor; e assim por diante. Vamos nos acostumando a admitir que, no momento 
em que a vida é vivida, temos que suportar inconvenientes para que alguma coisa 
melhor advenha. Mas não tem advindo.
Da mesma forma, podemos perguntar como teremos oportunidade de 
buscar nos conhecer e assumir uma atitude de busca de equilíbrio se mal 
conseguimos tempo para refletir sobre isso? A busca incessante por ganhos 
futuros em investimentos que fazemos no dia a dia parece nos afastar daquilo 
que seria mais importante e significativo para nossa vida, como as experi-
ências junto àqueles que amamos e convivemos, o reconhecimento de quem 
somos e do potencial de nossa constituição e as diferenças que compõem 
nossa subjetividade e identidade.
 Com isso não se quer dizer que não devemos ter sonhos ou projetar 
objetivos futuros. É claro que essas atividades devem pautar nossa vida, mas 
não deveríamos colocar essa espera como o centro de nossa vida, como a 
máxima que poderia vir a nos tornar felizes e plenos um dia. Isso também diz 
Autoconhecimento e equilíbrio humano 11
respeito a nossas experiências passadas, que não deveriam servir para nos 
restringir a viver intensamente a vida com medo de que algo que nos tenha 
ferido, magoado ou entristecido possa voltar a ocorrer.
Para que possamos analisar os fatores que nos limitam na busca pelo 
autoconhecimento e pelo equilíbrio físico e emocional, vejamos uma síntese 
deles (ABREU, 2016; BARROS FILHO; KARNAL, 2017):
 � estresse;
 � ansiedade;
 � depressão;
 � deficiências;
 � crenças limitadoras;
 � pressão do tempo;
 � consumismo/dinheiro;
 � mundo do trabalho;
 � sedentarismo;
 � individualismo.
Partindo dessa lista — que não tem a pretensão de esgotar todos os pos-
síveis fatores que nos limitam ou nos impedem de desenvolvermos nosso au-
toconhecimento e que contribuem para nos privar, muitas vezes, do equilíbrio 
em nossas vidas —, podemos perceber que ela inclui aspectos relacionados 
à saúde mental, bem como a outras questões biológicas, sociais e culturais 
que fazem parte fundamental da vida atual em sociedade.
Convém trazermos para nossa análise o conceito de saúde da OMS, pre-
sente em sua constituição datada de 1946, segundo o qual “A saúde é um 
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas 
na ausência de doença ou de enfermidade” (OMS, 2020, documento on-line) 
A partir desse entendimento amplo do conceito de saúde, a saúde mental 
passa a ter maior importância na sociedade contemporânea, principalmente 
pelo seu caráter interdisciplinar e relacionado à constituição de políticas 
públicas. Amarante (2013, p. 16), em um esforço de análise acerca do conceito 
de saúde mental, problematiza, destacando que ela:
Autoconhecimento e equilíbrio humano12
[...] não pode ser reduzida ao estudo e tratamento das doenças mentais.[...] Na comple-
xa rede de saberes que se entrecruzam na temática da saúde mental estão, além da 
psiquiatria,a neurologia e as neurociências, a psicologia, a psicanálise [...], a fisiologia, 
a filosofia, a antropologia, a filologia, a sociologia, a história, a geografia (esta última 
nos forneceu, por exemplo, o conceito de território, de fundamental importância 
para as políticas públicas). Mas, se estamos falando em história, em sujeitos, em 
sociedades, em culturas, não seria equivocado excluir as manifestações religiosas, 
ideológicas, éticas e morais das comunidades e povos que estamos lidando? 
Isso nos leva a refletir sobre como se constituem os aspectos atuais que 
se relacionam com a falta de saúde mental na população mundial, como 
depressão, transtornos de ansiedade, bipolaridade, dependência química, 
transtornos alimentares diversos, entre outros. Além disso, aspectos cultu-
rais específicos citados pelo autor também podem contribuir tanto para o 
equilíbrio quanto para o desequilíbrio dos indivíduos ao se depararem com 
conflitos diversos, incluindo violência, drogadição, preconceitos e discrimi-
nações de toda a ordem, etc. 
Seligman (2008) agrega ao conceito de saúde mental os aspectos de 
sua psicologia positiva, estabelecendo três variáveis independentes que 
contribuem para a busca da saúde global positiva: subjetiva, biológica e 
funcional. Assim, as ações voltadas para a saúde mental devem conside-
rar em suas iniciativas tanto os aspectos biológicos que se apresentam 
na constituição física dos indivíduos quanto seu funcionamento geral, 
bem como os seus aspectos subjetivos fortemente relacionados com a 
forma como as emoções são percebidas e manifestadas. Por esse prisma, 
possuir alguma deficiência (motora, neurológica ou global) pode limi-
tar os indivíduos, mas não impossibilita que busquem o equilíbrio e o 
autoconhecimento.
Quando um indivíduo vive de forma equilibrada, sendo capaz de de-
senvolver suas habilidades e lidar com as tensões cotidianas que a vida 
lhe impõe, sendo produtivo nos espaços em que participa e gerando 
contribuições para as comunidades com que se envolve, dizemos então 
que ele possui saúde mental. Acompanhe o exemplo a seguir e perceba 
a correlação entre saúde mental e alguns aspectos de nossa vida coti-
diana, analisando como limitam as possibilidades de autoconhecimento 
e equilíbrio das pessoas.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 13
Rodrigo tem 40 anos de idade e é visto por aqueles que o conhecem 
como uma pessoa amargurada e infeliz. Na verdade, ele mesmo culpa 
o seu “destino” por se sentir assim, como se sua vida não tivesse sentido. Ocorre 
que Rodrigo passou por algumas más experiências no início de sua vida adulta, 
como a perda precoce e inesperada dos pais, seguida da perda do emprego 
que tanto lhe realizava e, na sequência, viu seu casamento se desfazer. Esses 
eventos fizeram com que ele passasse a ter insônia e uma tristeza profunda, 
que fez com que buscasse no álcool e em outras drogas a fuga para esse estado 
de infelicidade em que se encontrara.
 Com o passar do tempo, Rodrigo foi ficando mais introspectivo e isolou-se 
do convívio com familiares e amigos, chegando ao extremo de pensar em tirar 
sua própria vida. Com a ajuda de um primo que percebeu que ele estava com 
sua saúde mental fragilizada, Rodrigo procurou ajuda clínica e psiquiátrica, com 
o que conseguiu reestabelecer o equilíbrio necessário para retomar sua vida. 
Agora, segue em busca do seu autoconhecimento para que novos incidentes 
que ocorram em sua vida não venham a lhe causar tantos prejuízos.
Alguns dos aspectos antropológicos, sociais e culturais que afligem os 
indivíduos atualmente, fazendo com que se distanciem do seu equilíbrio 
físico, emocional e social, dizem respeito às características da sociedade 
contemporânea, entre elas o individualismo, o empreendedorismo de si e 
o consumismo. O individualismo, impulsionado pelas lógicas da concorrên-
cia, da competição e da meritocracia, costuma fazer com que as pessoas 
abandonem ou diminuam seu convívio social, entendendo que devem 
dedicar o máximo de tempo investindo em si próprios, procurando obter 
uma vantagem futura. Assim, muitas pessoas vivem reclusas, dedicando-
-se quase que exclusivamente à busca de aperfeiçoamento e esquecendo 
de outros fatores igualmente importantes que já comentamos, como a 
realização de atividades físicas, cuidados com a alimentação e o próprio 
convívio social. 
Soma-se a esse aspecto a ampla utilização das redes sociais digitais que, 
de acordo com Abreu (2016, documento on-line), em alguns casos pode ser 
vista como um mecanismo de fuga ou automedicação emocional dos conflitos 
cotidianos, uma vez que: 
[...] à medida que experimentamos certas doses de sofrimento e de angústia, bus-
camos, sem perceber, atividades que nos distanciam das dificuldades cotidianas. 
Dessa forma, a internet se torna uma porta de fuga alternativa, permitindo que 
nos anestesiemos de nós mesmos e da realidade conflitante. 
Autoconhecimento e equilíbrio humano14
Assim, ao invés de aprendermos a lidar com os problemas, abrindo espaço 
para o autoconhecimento, acabamos, por meio das redes sociais, envolvendo 
nossa atenção em busca de distrações. É fato, inclusive, que as redes sociais 
tem oportunizado que seus usuários possam, em busca de atenção, construir 
perfis falsos e criar novas identidades nesse processo de imersão, ao invés se 
concentrarem em seu autoconhecimento e equilíbrio também por esses canais.
Além disso, vivemos sob a lógica da economia subjetiva neoliberal, 
que, segundo Lazzarato (2011, p. 29) procura intervir no social a partir do 
empresariamento tanto das organizações quanto dos sujeitos, passando a 
“[...] incitar, solicitar e forçar cada indivíduo a se tornar empresário de sim 
mesmo, a se tornar ‘capital humano’”. Assim, isso se associa tanto com o 
consumo quanto com a busca por qualificação profissional permanente. 
Sob a lógica do consumo, os sujeitos contemporâneos apresentam uma forte 
necessidade de consumir, de poder passar por experiências de compra, que, 
inclusive se encontra aliada ao conceito de sucesso contemporâneo. Sobre 
esse aspecto sedutor e devastador do consumismo, Abreu (2016, documento 
on-line) acrescenta:
Atingindo cerca de 3% da população, a compra compulsiva, ou oniomania, pode 
levar famílias e suas contas bancárias à total devastação. Talvez seja muito difícil 
lidar com o apelo do comércio para garantir que seus produtos sejam vendidos: 
folhetos, cartazes em shoppings, e-mails, televisão — sem falar nos canais de 
compras. Viramos uma sociedade em que comprar é sinônimo de recreação. Es-
tamos sempre ‘dando uma olhada’ nas vitrinas. Em alguns casos, porém, esse 
comportamento se torna incontrolável.
Além disso, reforça a ideia do consumo o fato das pessoas serem julgadas 
atualmente pelo que possuem, como sinal de serem alguém bem-sucedido na 
vida, não é mesmo? Assim, quando não conseguem consumir e não alcançam 
objetivos de consumo que gostariam, muitos sentem-se frustrados, infelizes 
e desmotivados com sua trajetória.
Outro aspecto que pode prejudicar o autoconhecimento e a busca 
pelo equilíbrio são as crenças que as pessoas passam a possuir e 
que as limitam. O fato de acreditarem, por exemplo, que alguma habilidade 
específica “não nasceu com elas”, que “não possuem esse dom ou talento”, 
ou ainda acreditar no “destino” ao invés de procurarem planejar seu percurso 
nessa vida, pode fazer com que não se esforcem em seu autodesenvolvimento. 
O autoconhecimento ajuda também na percepção dessas crenças limitantes e 
na sua superação.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 15
De modo similar, as mudanças no mundo do trabalho nas últimas três 
décadas, principalmente após a globalização, têm exigido um perfil profis-
sional cada vez mais abrangente em termos de competências que se renovam 
constantemente, pressionando profissionais a lutarem para manter sua 
empregabilidade. Enquanto isso, aqueles que se encontram desempregados 
ou exercem algum tipo de atividade autônoma, ou ainda que executam algum 
tipo de trabalhointermitente, veem-se igualmente imersos nesse mar de 
preocupação com os fatores macroeconômicos e contextuais, sobre os quais 
não possuem controle algum.
De modo geral, a busca do ser humano por um estado de felicidade e 
plenitude nessa vida é algo que o acompanhou ao longo da história, sob 
influência de condições contextuais econômicas, políticas, sociais e cultu-
rais que produziram discursos, ciências e ações voltadas para o estudo dos 
aspectos biológicos, sociais e emocionais. Na sociedade contemporânea, 
reconfigurada pelas mudanças radicais das últimas décadas da globalização, 
as pessoas encontram uma gama de fatores limitantes para a busca de seu 
autoconhecimento, que as distanciam de seu equilíbrio físico e emocio-
nal. Quando desiquilibradas, elas podem se tornar violentas, agressivas 
e amarguradas, provocando prejuízos à sua própria saúde, percebidos na 
obesidade e na hipertensão, por exemplo, ou ainda na sua saúde mental, 
podendo vir a desenvolver ansiedade, depressão e transtornos de humor e 
de comportamento diversos.
 Cabe a cada indivíduo buscar espaços e momentos em que possa exercer 
a reflexão sobre o tempo presente, em que possa colocar em prática técnicas 
que o levem a perceber como pensa, sente e reage perante os fatos cotidia-
nos, contemplando e valorizando a vida. Esse movimento, associado com a 
busca por atividades físicas regulares, alimentação balanceada e cuidados 
com o corpo, pode contribuir para que se encontre o equilíbrio na vida e, 
consequentemente, seu sentido e a felicidade plena. 
Referências
ABREU, C. N. de. Psicologia do cotidiano: como vivemos, pensamos e nos relacionamos 
hoje. Porto Alegre: Artmed, 2016. (E-book).
AMARANTE, P. Saúde mental e atenção psicossocial. 4. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2013.
BARROS FILHO, C. de; KARNAL, L. Felicidade ou morte. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2017.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. 
São Paulo: Boitempo, 2016.
Autoconhecimento e equilíbrio humano16
DELOROSO, F. T. Ações de qualidade de vida sobre a postura e a obesidade. In: VILARTA, 
R. et al. Alimentação saudável, atividade física e qualidade de vida. Campinas, SP: IPES 
Editorial, 2007. p. 203–214.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser 
inteligente. São Paulo: Objetiva, 1995.
HARVARD T. S. CHAN. School of Public Health. Prato: alimentação saudável (portuguese). 
New York: Harvard, 2020. Disponível em: https://www.hsph.harvard.edu/nutrition-
source/healthy-eating-plate/translations/portuguese/. Acesso em: 2 out. 2020.
HARVEY, D. O Neoliberalismo: história e implicações. 5. ed. São Paulo: Edições Loyola, 
2014.
LAZZARATO, M. O governo das desigualdades: crítica da insegurança neoliberal. São 
Carlos, SP: EdUFSCar, 2011.
MARQUES, I. M. Atividade física e bem-estar na perspectiva da psicologia positiva. 
2007. Dissertação (Mestrado em Psicologia) — Pontifícia Universidade Católica do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. Disponível em: https://repositorio.pucrs.br/dspace/
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MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. 7. ed. Rio de 
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OMS. Constituição da Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO) — 1946. São Paulo: 
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SELIGMAN, M. E. P. Positive health. Applied psychology: an international review, v. 
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https://apps.who.int/iris/handle/10665/67246. Acesso em: 2 out. 2020.
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testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
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declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 17
Dica do professor
As atitudes pessoais, perante as cobranças que a sociedade contemporânea faz constantemente 
sobre as pessoas, podem determinar o nível de bem-estar na vida de cada uma. Assim, a resiliência 
e a habilidade de superação tornam-se fundamentais, pois podem contribuir para que se 
desenvolva o equilíbrio.
Nesta Dica do Professor, você verá dois aspectos fundamentais para o equilíbrio humano: a 
resiliência e a superação.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) “É preciso trabalhar de segunda a sexta para que cheguem o sábado e o domingo”; “É preciso 
trabalhar durante quarenta anos para que eu possa me aposentar e finalmente aproveitar a 
vida”; “É preciso suportar isto para que aquilo possa advir no futuro”; “É preciso poupar, 
porque quem poupa conquista o que a vida tem de melhor”; e assim por diante. A sociedade 
vai se acostumando a admitir que, no momento em que a vida é vivida, tem-se que suportar 
inconvenientes para que alguma coisa melhor advenha. Mas não tem advindo.
A partir da citação dos autores e de seus estudos desta Unidade de Aprendizagem, é 
possível entender que:
A) as pessoas colocam a esperança de uma vida feliz e plena no futuro, projetando o que 
gostariam que ocorresse, deixando de aproveitar a vida no presente.
B) as pessoas somente terão um futuro pleno e feliz se conseguirem suportar as situações 
indesejadas ao longo de sua trajetória cotidiana.
C) se precisa viver baseado em suas próprias metas e objetivos, pois são eles que fornecem 
condições de obter, quem sabe um dia, um pouco de felicidade.
D) o ponto central da existência está justamente em projetar, planejar o que se quer atingir, pois 
o presente tem menor importância.
E) se ilude o homem que pensa que ser feliz a cada dia é possível, pois essa é uma conquista que 
somente virá com o tempo, com a espera.
O conceito de autoconhecimento envolve uma série de ações e características específicas. 
Analise estes aspectos a seguir e relacione a primeira e a segunda colunas de forma a 
estabelecer a relação correta entre elas:
I. Comunicação
II. Experiencial
III. Reflexão
IV. Processual
V. Subjetivo
2) 
( ) Os indivíduos são seres singulares e únicos, assim, cada um tem um caminho próprio de 
autoconhecer-se.
( ) O autoconhecimento ocorre ao longo de toda a vida, pois, a cada dia, há vivências 
inéditas na trajetória das pessoas.
( ) Através do autoconhecimento, um indivíduo pode declarar a si mesmo e aos outros aquilo 
que o constitui.
( ) A partir daquilo que uma pessoa experiencia em seu cotidiano é que possui condições de 
vir a se conhecer minuciosamente.
( ) Reservar um tempo para pensar sobre as coisas, analisando as atitudes individuais e 
emoções é essencial.
A sequência correta é: 
A) I, II, III, IV, V.
B) IV, V, II, III, I.
C) V, IV, I, II, III.
D) II, III, IV, I, V.
E) III, I, V, II, IV.
O autoconhecimento e o equilíbrio do ser humano merecem investimento por parte dos 
sujeitos para que venham a ocorrer. Assim, existemalgumas atitudes e técnicas que facilitam 
esse processo de conhecer-se e equilibrar-se, como: falar sobre; esperar para agir; pedir 
feedback; atividades físicas; e alimentação saudável. Sobre esses fatores, analise as 
afirmativas e marque as que são verdadeiras (V) e as falsas (F):
( ) Quando os indivíduos falam sobre seus problemas, angústias e anseios, acabam 
elaborando melhor a forma como percebem esses problemas em suas vidas, buscando 
maneiras de solucioná-los.
( ) É coerente que, dentro de um processo de busca por autoconhecimento e equilíbrio, se 
procure esperar para agir em vez de seguir os primeiros impulsos que vêm à mente.
( ) Como o feedback costuma ser algo imposto, o fato de pedir acaba prejudicando o sujeito 
e aqueles que são importunados com tal pedido, sendo descartado nesse processo.
( ) As atividades físicas regulares são importantes para que se mantenha o corpo saudável, 
mas dissociam-se do equilíbrio emocional por serem fisiológicas.
3) 
( ) Ter bons hábitos nutricionais contribui para que os indivíduos possam equilibrar-se ao 
longo de suas vidas, melhorando sua saúde e, consequentemente, sua performance física, 
social e emocional.
A sequência correta é: 
A) F, V, F, V, F.
B) F, F, V, V, V.
C) V, F, V, F, F.
D) V, V, V, F, V.
E) V, V, F, F, V.
4) A sociedade contemporânea vive em busca da felicidade plena, que, porém, muitas vezes se 
associa distorcidamente com aspectos relacionados ao mercado, como o consumo, a 
competição, o empreendedorismo e o individualismo, entre outros. Sobre esse fenômeno 
contemporâneo, analise as asserções a seguir e marque a alternativa que apresenta uma 
correta relação entre elas:
I. Embora exista na contemporaneidade um discurso muito forte em prol da busca pela 
felicidade humana, inclusive sendo comercializado a partir de inúmeros livros de autoajuda e 
de “gurus” que prometem a partir de suas técnicas aplicadas que as pessoas possam atingir 
plenamente esse estado tão almejado, isso acaba não se constituindo.
PORQUE
II. O processo de autoconhecimento e busca do equilíbrio é subjetivo e segue rumos 
diferentes para cada sujeito, não sendo possível estabelecer regras ou fórmulas gerais que se 
apliquem a todos. Assim, ainda que se utilize de literatura e líderes nesta área, o processo de 
construir-se e equilibrar-se é individual e único.
A) As asserções I e II são proposições falsas e sem complementação.
B) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma proposição verdadeira.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma proposição falsa.
D) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
E) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa incorreta da I.
5) João estabeleceu um plano para sua vida, pois entende que “não dará conta de tudo”: 
aproveitar cada minuto do seu tempo para estudar, aperfeiçoando sua formação superior, 
aprendendo um idioma novo, lendo vários livros de sua área e realizando todas as visitas 
técnicas que a sua universidade propôs. Inclusive, avisou seus amigos e familiares que iria 
deixar de visitá-los e que o desculpassem por não comparecer nas comemorações e eventos 
rotineiros neste período. Em conversa com sua namorada, acabou rompendo com ela, pois, 
como justificou, “iria priorizar os estudos”.
Pela descrição do plano que João estabeleceu para sua vida e por seus estudos da disciplina 
sobre as limitações à busca do equilíbrio humano, pode-se afirmar que:
A) com esse planejamento João poderá atingir o sucesso no campo profissional que escolheu e, 
assim, estará aberto ao autoconhecimento e a atingir tudo o que queira conquistar após isso.
B) João fundamenta este seu plano na racionalidade neoliberal contemporânea presente no 
mundo do trabalho, que o faz entender que o mais importante e prioritário é investir em seu 
capital humano.
C) o plano de João apresenta aspectos importantes que demonstram o quanto ele se afasta das 
questões do individualismo muito presentes no cotidiano da atualidade.
D) ao estabelecer que deixaria o convívio da família e dos amigos, João reforça a sua crença 
limitante de que não pode dar conta de tudo, projetando no futuro sua realização, o que é 
exemplar.
E) uma vez que João assumiu o planejamento de seu futuro, ele demonstra que o tempo não 
exerce nenhuma pressão nas decisões que compõem a sua trajetória pessoal e profissional.
Na prática
A busca pelo equilíbrio passa pelo autoconhecimento e pelo dimensionamento entre às exigências 
externas e o respeito a subjetividade de cada um. Nesse sentido, é preciso abdicar de fórmulas 
prontas e procurar construir o próprio trajeto em prol de uma vida com mais equilíbrio e bem-estar.
Neste Na prática você conhecerá um exemplo de como é possível se desvincular de noções pré-
estabelecidas sobre o equilíbrio. Por meio do autoconhecimento, Ricardo conseguiu iniciar seu 
próprio caminho na busca por mais equilíbrio.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Arteterapia com crianças na separação dos pais
Neste artigo, as autoras descrevem os benefícios da terapia que se vale das artes plásticas para que 
as crianças consigam lidar melhor com o conflito originado pela separação dos pais, reforçando seu 
equilíbrio emocional.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A Importância do autoconhecimento para o desenvolvimento 
do repertório de autocontrole
Neste artigo, as autoras exploram as relações existentes entre o autoconhecimento dos sujeitos 
para que possam desenvolver seu autocontrole perante os agentes externos com que se deparam 
no cotidiano.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO 
EMOCIONAL E COMO ADQUIRIR ESTA HABILIDADE
Neste site você vai conhecer a importância do autoconhecimento.
http://www.filologia.org.br/rph/ANO25/73/COMPLETO.pdf#page=100
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2311/3643
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.ibccoaching.com.br/portal/mudanca-de-vida/importancia-do-autoconhecimento-emocional-e-como-adquirir-esta-habilidade/

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