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1 
 
Secretaria Geral de Educação e Cultura 
Biblioteca Virtual do GOB 
 
TEMPLO MAÇÔNICO – ABÓBADA 
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO 
 
 
I – INTRODUÇÃO 
 
ABÓBADA – Substantivo feminino (do latim: volvita = 
revirada) – é entre outras coisas, o teto arqueado e tudo o que é convexo e 
arredondado, na superfície exterior, e côncava e arqueada na parte interior. Para 
alguns Ritos Maçônicos o teto de uma Loja é normalmente arqueado para 
simbolizar o firmamento, já que o Templo representa simbolicamente e 
invariavelmente uma sessão da Terra, mais precisamente localizado sobre o 
equador terrestre e é representado por um quadrilongo1, cujo comprimento 
(longitudinal) é orientado de Leste para Oeste ou do Oriente para o Ocidente e 
a sua largura de Norte a Sul (Colunas do Norte e do Sul), determinada pelo eixo 
longitudinal representado pelo equador que divide a Terra em dois hemisférios. 
A abóbada representa exatamente o céu ou firmamento sob o ponto de vista 
daquele que do hemisfério norte terrestre olha para céu. 
Em se tratando de um Templo Escocês, a decoração do 
teto ou abóbada é geralmente estelar e esse costume tem como base originária 
o Antigo Egito, onde o exemplo mais belo e evidente dessa decoração pode ser 
observado no Templo de Carnac (Luxor). Todas as formas das partes 
arquitetônicas dos Templos Egípcios eram determinadas mais pelo seu aspecto 
simbólico do que propriamente pela sua função estética, já que os Templos 
representavam uma imagem simbólica do mundo, com o teto representando o 
firmamento, e o piso a Terra da qual brotavam colunas, como gigantescos 
papiros. 
Atenção: A citação acima procura demonstrar apenas a 
origem do hábito de se estelar o teto, portanto não se está 
aqui afirmando que existisse Maçonaria, e muito menos 
Rito Escocês no Antigo Egito nessa época. Essa 
exposição tem apenas o caráter de explicar a origem de 
um costume que, pelo ecletismo maçônico acabou 
fazendo parte do arcabouço doutrinário da Ordem, 
levando-se sempre em consideração que a Franco-
Maçonaria surgiu apenas na Idade Média cujas origens e 
elos estão dispostos entre as Associações Monásticas 
Medievais e posteriormente às Confrarias Leigas. Já o Rito 
Escocês Antigo e Aceito, teve sua origem no século XVIII, 
mas nunca como o nome definido de Rito Escocês, o que 
 
1 Quadrilongo (Adjetivo quadri + longo) – Que tem quatro lados, paralelos dois a dois, sendo 
dois dos paralelos mais longos que os outros dois. 
 
 
2 
 
Secretaria Geral de Educação e Cultura 
Biblioteca Virtual do GOB 
ocorreria somente em 31 de maio de 1.801 na cidade de 
Charleston, na Carolina do Sul nos Estados Unidos da 
América do Norte sobre o paralelo 33 da Terra. 
A despeito dessas considerações e embora muitos 
Templos Maçônicos tenham o seu teto estrelado a esmo, fato considerado 
errado, o mesmo deve ser decorado, além das representações específicas como 
veremos adiante, obedecendo à posição relativa ao hemisfério norte, isso pelo 
simples fato de que a Maçonaria nasceu no referido hemisfério e, pelo seu 
aspecto apenas simbólico deve assim obedecer a essa orientação. Querem 
alguns tratadistas imaginosos, considerar que para aqueles Templos localizados 
no hemisfério sul, seja obedecido o mapa estelar do respectivo hemisfério. Ora, 
em primeiro lugar a Maçonaria Universal (Simbólica) não pode ser considerada 
diferenciada se praticada nesse ou naquele hemisfério, pois ela é única, 
exclusivamente simbólica e, sobretudo racional, diferenciando-se apenas pelas 
particularidades inerentes a cada Rito praticado, porém, igual em essência. 
Dessa forma, não há a necessidade de invenções fantasiosas, místicas e 
ocultas que buscam amparo em qualquer tipo de influência dos astros ou coisa 
parecida. Destarte, deve se observar a “liberdade” como princípio basilar da 
Ordem, que nesse caso, refere-se à crença pessoal de cada Irmão. Em segundo 
lugar, qualquer inversão de posições dentro de um Templo, implicaria na 
inversão total do seu conteúdo simbólico, afetando diretamente o arcabouço 
moral e doutrinário do Rito em questão, colocando em risco as orientações que 
primam pela racionalidade, a despeito daquelas repletas de imaginação e 
fantasia. 
Nota importante: A presente Peça de Arquitetura refere-
se ao Rito Escocês Antigo e Aceito apenas nos Graus 
Simbólicos, todavia, esses conceitos podem ser 
aplicados à Maçonaria Simbólica Universal de uma 
forma geral, desde que sejam respeitadas as 
particularidades de cada Rito na sua tradição e essência 
doutrinária, bem como aqueles que por ventura também 
façam uso do conjunto simbólico em questão. 
 
II - CONTEÚDO ESTELAR DA ABÓBADA 
 
Quanto à cor da abóbada, esta deve ser azul celeste, 
podendo, entretanto, nela haver uma gradativa mudança da tonalidade mais 
clara para o Oriente e mais escura para o Ocidente – representação da aurora 
e do ocaso do Sol. 
Estarão representados na abóbada o Sol e a Lua, as 
constelações de Orion, Híadas, Plêiades e Ursa Maior, os planetas Mercúrio, 
Vênus, Júpiter e Saturno e as cinco estrelas: Arcturus (da constelação Bootes), 
Spica (da constelação Virgem), Aldebaran (da constelação Taurus), Régulus (da 
 
 
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constelação Leão) e Fomalhaut (da constelação Piscis Austrinus), além da 
estrela Antares (na constelação de Scorpius). 
 
II.1 – LUMINÁRIAS 
 
O SOL e a LUA – o primeiro estará no Oriente e a segunda 
no Ocidente, mostrando com isso a transição do dia (Oriente) para a noite 
(Ocidente). É importante se observar que o Sol estará próximo ao dossel do 
Altar ocupado pelo Venerável Mestre, mas não propriamente sobre o zênite2 e 
sim levemente deslocado para sudeste, considerando-se o ponto de vista do 
hemisfério norte onde nasceu a Sublime Instituição e o Sul (Meio-dia), mais 
iluminado que o norte (ver plano do teto do Templo em anexo). Quanto a Lua, 
em quarto - crescente, estará na abóbada, sobre a mesa ocupada pelo Primeiro 
Vigilante no Ocidente (ver plano do teto do Templo). 
Nota: Observe-se que é o Venerável que abre a Loja enquanto o 
Segundo Vigilante observa o Sol na sua passagem pelo meridiano 
e o informa que é Meio-Dia. O Primeiro Vigilante, que o ocaso do 
Sol – Meia-Noite - fecha a Loja, paga os Obreiros e os despede 
contentes e satisfeitos. Notar a marcha aparente do Sol e a sua 
representação simbólica. 
ATENÇÃO – Não confundir com o Sol e a Lua do Retábulo do 
Oriente.3 
 
II.2 – CONSTELAÇÕES 
 
ORION – Localizada na porção mediana entre a estrela 
Aldebaran e o meridiano do Meio-Dia, do zênite para o quadrante Sul (ver plano 
do teto do Templo em anexo). Essa constelação composta por três estrelas 
alude, dentre outros, ao número correspondente ao Grau de Aprendiz. 
HÍADAS – Localizada no quadrante Norte - Nordeste, 
próxima ao horizonte boreal4 e da estrela Arcturus (ver plano do teto do Templo 
em anexo). Essa constelação composta por cinco estrelas alude, dentre outros, 
ao número correspondente ao Grau de Companheiro. 
 
2 Zênite – O ponto em que a vertical de um lugar encontra a esfera celeste acima do 
horizonte. O ponto mais elevado da abóbada. 
3 Retábulo do Oriente – A parede localizada imediatamente atrás do altar que é ocupado 
pelo Venerável Mestre onde se encontram as luminárias terrestres e o Delta Radiante. 
4 Boreal – Do lado do norte; setentrional. Relativo ou pertencente às regiões limítrofes com a 
zona ártica. 
 
 
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PLÊIADES - Localizadas no quadrante Norte, entre o 
zênite a linha do horizonte boreal, perpendicular à constelação de Orion e um 
pouco próxima à estrela Aldebaran (ver plano do teto do Templo em anexo). 
Essa constelação composta por sete estrelas que contornam uma central (sete 
ou mais) alude, dentre outros, ao número correspondente ao Grau de Mestre. 
Nota: Três governam a Loja (Orion), cinco a compõem 
(Híadas) e sete ou mais a completam e a tornam perfeita 
(Plêiades).URSA MAIOR – É a constelação visível apenas no 
hemisfério norte e exprime um sentido de orientação tal qual o Cruzeiro do Sul 
está para o hemisfério sul. Partindo-se da premissa de que nosso ponto de 
observação é o do hemisfério norte, obviamente a sua representação encontra-
se presente. Composta por seis estrelas encontra-se localizada bem próxima à 
linha do horizonte boreal, no quadrante Norte – Noroeste da abóbada (ver plano 
do teto do Templo em anexo). 
 
II.3 – PLANETAS 
 
MERCÚRIO – Planeta que é representado por uma estrela 
que está localizada na abóbada na sua porção oriental, quadrante nordeste, 
próximo ao Sol (ver plano do teto do Templo em anexo). Por ser o planeta que 
mais rapidamente circula em torno do Sol, cujo nome corresponde a um deus 
mitológico veloz e astuto, representa o Mestre de Cerimônias, pois esse Oficial 
maçônico, sempre circulando pelo Templo, como elemento de ligação, imita o 
planeta. 
JÚPITER – Planeta também representado por uma estrela 
que se encontra localizada na abóbada em sua porção oriental, quadrante 
sudeste, entre o Sol e a linha do horizonte austral5, entretanto mais afastada da 
linha do horizonte oriental do que Mercúrio (ver plano do teto do Templo em 
anexo). Júpiter no panteão dos deuses babilônicos representava o régio senhor 
dos homens, associado à força, simboliza o Primeiro Vigilante. 
VÊNUS – Representada por uma estrela, o planeta 
encontra-se situado no zênite da abóbada, na porção ocidental próximo a linha 
do horizonte (ver plano do teto do Templo em anexo). Vênus, feminilizado na 
mitologia babilônica e sendo a deusa mágica da fertilidade e do amor, simboliza 
a beleza, por conseguinte o Segundo Vigilante. 
 
SATURNO – O planeta é representado com os seus anéis 
e circundado pelos nove satélites naturais (luas). Está situado na porção 
 
5 Austral - Do lado do sul, meridional. Relativo ou pertencente às regiões limítrofes com a zona 
antártica. 
 
 
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ocidental da abóbada, próximo ao Oriente entre o zênite e a linha do horizonte 
austral, próximo da estrela Spica, (ver plano do teto do Templo em anexo). 
Corresponde ao deus babilônico frio e cruel; com seus “anéis”, simboliza a 
riqueza (metais), por conseguinte, por esse aspecto, simboliza o Tesoureiro. 
Observação: A despeito de que a representação do 
planeta Saturno na abóbada demanda de uma arte mais 
apurada, o que muitas vezes se torna bastante 
dispendioso, é tolerada a sua representação através de 
uma estrela, obviamente que nesse caso, sem os anéis e 
as respectivas luas (satélites naturais). 
 
II.4 – ESTRELAS 
 
ARCTURUS – Situada o mais próximo possível da linha do 
horizonte boreal a Norte – Nordeste. É também conhecida como Estrela Polar 
(ver plano to teto do Templo em anexo). 
SPICA – Situada no zênite da abóbada em sua porção 
inicial do Ocidente, o mais próximo possível de uma linha imaginária que se 
projeta da entrada do Oriente do Templo e perpendicular ao zênite (ver plano do 
teto do Templo em anexo). 
ALDEBARAN – Essa estrela está situada no Ocidente e 
próxima à constelação de Órion, mais precisamente no eixo longitudinal da 
abóbada (zênite), mais próxima ao meridiano do Meio-Dia em sua porção 
anterior ao meridiano citado observado a marcha aparente do Sol (ver plano do 
teto do Templo em anexo). 
RÉGULUS – Situada no quadrante noroeste da abóbada, 
próxima a Lua e quase sobre a mesa ocupada pelo Primeiro Vigilante (ver plano 
do teto do Templo em anexo). 
FOMALHAUT – Situada próxima à linha do horizonte 
austral, mais precisamente a Sul - Sudoeste da abóbada, próximo ao meridiano 
do Meio-Dia, aproximadamente a retaguarda do Segundo Vigilante (ver plano 
do teto do Templo em anexo). 
ANTARES – Situada no Ocidente entre o horizonte austral 
e a linha do zênite, sudoeste da abóbada, aproximadamente a esquerda do 
Segundo Vigilante (ver plano do teto do Templo em anexo). 
Atenção – Não se deve confundir a estrela Fomalhaut com 
a Estrela Flamejante, pois entre ambas, o significado é 
bastante distinto, já que a primeira é realmente uma estrela 
descrita pela astronomia e se encontra visível no 
firmamento, enquanto que a segunda, apesar de possuir 
um elevado significado simbólico, principalmente para o 
Grau de Companheiro, não tem qualquer relação 
 
 
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astronômica, devendo, portanto ser considerada como 
símbolo especulativo de origem pitagórica, embora para 
ela, exista um lugar definido na abóbada, como se verá 
mais adiante. 
As primeiras cinco estrelas (Arcturus, Spica, Aldebaran, 
Régulus e Fomalhaut) representam as cinco Dignidades de uma Loja (Três 
Luzes – Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilante - Orador e Secretário), 
já que três governam, cinco a compõe e sete ou mais a completam. A sexta 
estrela (Antares) representa um dos Oficiais imprescindíveis na Loja – o 
Cobridor Interno, a despeito dos outros cargos não menos importantes e dentre 
os quais o Mestre de Cerimônias imperativo no Rito em questão para o 
funcionamento de uma Loja simbólica escocesa, que em hipótese alguma, 
poderia trabalhar sem a presença de pelo menos esses Oficiais. Daí uma das 
determinações de que uma Loja só pode ser aberta na presença de sete 
Mestres, observados o preenchimento dos respectivos cargos necessários para 
esse fim. 
Nota Importante – O Grande Oriente do Brasil, por força 
de dispositivo constitucional e regimental, atualmente 
considera sete as Dignidades e não cinco como preceitua 
a Maçonaria tradicional. Levando em conta os cargos 
eletivos, considera-os todos como Dignidades de uma 
Loja. Entretanto, apesar de que o correto seriam cinco e 
não sete, enquanto persistir a errônea determinação, há 
que se obedecer às leis que emanam da Constituição. 
 
 
II.5 - A ESTRELA FLAMEJANTE 
 
Como anteriormente comentado, essa estrela não tem 
qualquer significado astronômico, entretanto, ela não deve ser posicionada a 
esmo na abóbada, já que, se não possui significado astronômico, ao contrário, 
ela possui um profundo conteúdo simbólico, principalmente para o Grau de 
Companheiro, a despeito de que a própria senha de reconhecimento do referido 
Grau é diretamente relacionada a ela. De origem pitagórica, também 
denominada como Estrela Hominal ou Pentalfa, ela possui a característica de 
conter em seu centro a letra “G” correspondente a inicial da palavra 
“GEOMETRIA” ou “QUINTA CIÊNCIA” e deve ser sempre posicionada com 
apenas um ápice para cima, o que lhe dá o sentido da “teurgia” como Obra da 
Luz. Por esses aspectos e além de muitos outros inerentes ao Segundo Grau 
Maçônico, a Estrela Flamejante assume uma postura de Luz Intermediária, 
portanto, deve ser posicionada entre a Luz Ativa (Sol - Sabedoria) e a Luz 
Passiva ou Reflexa (Lua - Efeitos). Dessa forma, a mesma deve se posicionar 
no meridiano do Meio-Dia, sobre a mesa ocupada pelo Segundo Vigilante, mas 
um pouco à frente deste e, se possível, deve ser iluminada por uma luz cálida, 
todavia suave (ver plano do teto do Templo em anexo). 
 
 
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Esses são os elementos decorativos da Abóbada Celeste 
que representa o firmamento nos Templos Maçônicos, observado o Rito 
praticado. Todavia, não existe a obrigatoriedade de que o Templo possua uma 
abóbada tradicional, principalmente se considerado o dispêndio financeiro para 
a sua execução. Se não for possível a sua construção, é perfeitamente 
admissível um teto plano, desde que o mesmo seja obrigatoriamente pintado na 
cor azul celeste e nele contenha pelo menos o Sol, a Lua e a Estrela Flamejante, 
se observado as suas posições de acordo com o que preceitua as nossas 
normas e tradições. 
Quanto às nuvens, estas são perfeitamente dispensáveis, 
pois são meros elementos decorativos, portanto, desprovidos de qualquer 
significado simbólico. 
 
II.6 - AS ESTRELAS QUANTO A SUA FORMA,COR E TAMANHO. 
 
a) QUANTO A SUA FORMA – Obedecem ao padrão universal de 
representação (cinco pontas). 
b) QUANTO A SUA COR – Para a Maçonaria, não existe qualquer 
padrão definido nem diversificado. Embora alguns ocultistas assim 
queiram determiná-las, correlacionando-as às suas interpretações, 
esse procedimento está em total desacordo e não encontra 
qualquer sustentação no basilar sentido racional da Sublime 
Instituição. Entretanto, o aconselhável, é que se determine uma cor 
mais próxima possível da realidade visível, o que nos leva a sugerir 
uma cor prateada que, além da sua discrição, obedece a um 
padrão estético de equilíbrio e bom gosto. Essa regra só não se 
aplica à Estrela Flamejante que, pela sua característica particular, 
deve diferenciar-se das demais. Embora a própria letra “G” já faça 
essa diferença, é interessante que a mesma possua uma cor 
diferenciada, pelo que sugerimos uma tonalidade de azul escuro, 
contrastando com o fundo azul celeste da abóbada, de modo que 
a letra “G” seja doirada. 
c) QUANTO AO SEU TAMANHO – Aqui existem algumas regras a 
serem observadas: Determinar o seu tamanho seria impossível, 
pois esta deve obedecer a uma proporção à área da abóbada, 
entretanto essa área só pode ser obtida quando se sabem as 
dimensões do Templo. Como medida paliativa, deve-se observar 
a regra pela qual o aspecto decorativo não assuma uma forma 
carregada e nem tão pouco, em oposição, se perca pelo seu 
tamanho por demais reduzidos. Resumindo: o decorador deve 
usar o bom senso do equilíbrio. Agora, o que deve sim existir, é 
uma diferenciação no tamanho quanto a sua representação, ou 
seja: as seis estrelas denominadas Arcturus, Spica, Aldebaran, 
 
 
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Régulus Antares e Fomalhaut e também aquelas que representam 
os planetas – Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno (se for o caso) - 
devem ser maiores na proporção de dois para um, do que 
àquelas que formam as constelações de Órion, Híadas, Plêiades 
(excetuando-se a estrela central dessa constelação) e Ursa Maior. 
Deve existir também uma diferenciação entre as seis 
estrelas (Arcturus, Spica, Aldebaran, Régulus Antares e Fomalhaut) e àquelas 
que representam os planetas; não em tamanho, mas no seu conteúdo de 
preenchimento. Essa diferenciação é obtida da seguinte forma: as estrelas que 
representam os planetas devem ter o interior do pentágono inscrito - formado 
pelos vértices internos da estrela – “vazado”, isto é, sem a cobertura da cor 
correspondente, aparecendo como fundo, o azul celeste da abóbada, fazendo 
com isso que essas estrelas tenham apenas as suas respectivas pontas 
cobertas pela cor que lhes é característica, aspecto esse que as diferenciará 
das demais, assumindo com isso, um caráter distinto quanto à finalidade da sua 
representação (ver a forma diferenciada no plano do teto do Templo em anexo). 
Outra observação a ser feita, é quanto à estrela central da 
constelação Plêiades. Essa estrela deve ser um pouco maior do que as que a 
circundam, te tal forma, a diferenciá-la destas, todavia, deve-se tomar o cuidado 
de não torná-la demasiadamente grande, a ponto de ser comparada em 
tamanho com as estrelas isoladas (Arcturus, Aldebaran, Spica, etc.), bem como 
com as que representam os planetas. 
Quanto a Estrela Flamejante e o seu tamanho, esta deve 
ser representada como a maior dentre todas as estrelas, de tal maneira à bem 
diferenciá-la de todas as outras, observado o cuidado de não se praticar o 
exagero. 
O caráter proporcional deve ser também observado quanto 
às luminárias terrestres – o Sol e a Lua – principalmente relacionado-as ao 
tamanho da abóbada a ser decorada, aspecto esse que determinará em 
segunda instância a proporção no tamanho da estrela, se bem observada essa 
relação. 
Nota ao Arquiteto ou Decorador – Para a execução do 
trabalho de decoração da abóbada, o mesmo deverá fazer 
uso do anexo incluso ao final dessa peça de arquitetura, 
devendo proceder da seguinte maneira: Em primeiro lugar 
deve-se observar que o respectivo desenho tem o seu 
ponto de vista de cima para baixo, portanto para a sua 
execução, este deve ser estendido no centro do Templo, 
sobre o eixo (equador), observando a sua correta 
orientação. Como segunda etapa, basta que o decorador 
faça a projeção mais aproximada possível e proporcional 
ao tamanho da abóbada, ou forro se for o caso, dos 
respectivos astros nele contidos. Qualquer dúvida, o zênite 
coincide com o equador do Templo em sua projeção 
 
 
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vertical, além das próprias paredes, oriental, ocidental, 
norte e sul, também coincidirem com as respectivas linhas 
do horizonte, observado a característica dos limites de 
cada Templo no seu particular. Finalmente, alertamos que 
o referido desenho é apenas esquemático, portando não 
possui escala, pois sua finalidade tem apenas o caráter de 
orientação. 
Apenas a título de sugestão, deve-se evitar a 
representação arcaica e medieval do Sol e da Lua assumindo feições humanas, 
estilizadas por expressões faciais compostas por olhos, nariz, boca, etc. Essa 
prática, além do mau gosto, acaba dando margem para que os especuladores e 
inventores de plantão acabem imaginando algum simbolismo nessas obscuras 
e fantasiosas representações. 
 
III – CONCLUSÃO. 
 
Finalizando, cabe observar a importância da exegese 
simbólica da Maçonaria e em particular ao Rito Escocês Antigo e Aceito, 
lembrando que a despeito das nossas tradições, usos e costumes, também é 
muito importante lembrar que a razão se sobrepõe as ilações fantásticas, na 
mesma proporção em que o Espírito se sobrepõe à matéria, levando o 
verdadeiro maçom à preferência pelo real ao aparente, quando a verdade e a 
ciência desmistificam a tradição inconcebível muitas vezes fundada nos velhos 
erros dos próprios sentidos humanos, perfectíveis, portanto, passíveis de erro. 
Se a Abóbada Celeste conduz o Obreiro à enigmática 
observação do “Infinito” elevando o pensamento ao transcendental, é certo 
também que as noções de espaço, tempo, energia, matéria, dimensão e tantas 
outras, superaram as hipóteses do passado. Se na atualidade não se pode mais 
admitir a eternidade do Universo e o simples conceito do Infinito já não encontra 
guarita na ciência; quando a energia tende a esgotar-se e, com ela, o próprio 
ambiente que se nos apresenta, é incrível, mas verdadeira, a confirmação das 
velhas revelações iniciáticas estudadas pela tradição maçônica e expressadas 
pelas idéias que resultaram no conceito dual do Princípio e Fim, Alfa e Omega. 
 
 
 PEDRO JUK 
 SECRETÁRIO GERAL P/REAA – 
GOB/PODER CENTRAL 
 
 SECRETÁRIO ESTADUAL DE ORIENTAÇÃO 
RITUALÍSTICA 
 
 GRANDE ORIENTE DO BRASIL – 
PARANÁ 
 
 
10 
 
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 MEMBRO CORRESPONDENTE DA QUATUOR 
CORONATI 2.076 – LONDRES 
 
 jukirm@hotmail.com – (0XX) 41 3415-1140 
 
 
 
ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO 
 
 
 
CASTELLANI, José. O Rito Escocês Antigo e Aceito. “A TROLHA”, 
Londrina, 1.988. 
____________. Dicionário Etimológico Maçônico. “A TROLHA”, Londrina, 
1995. 
____________. Maçonaria e Astrologia. “Editora Landmark”, São Paulo, 2.ª 
edição, 2002. 
____________. Consultório Maçônico IX. “A Trolha”, Londrina, 2004. 
____________. Consultório Maçônico XI. “A Trolha”, Londrina, 2011. 
____________. Consultório Maçônico V. “A Trolha”, Londrina, 1.997. 
JUK, Pedro, Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom, Tomo I, “A 
TROLHA”, Londrina, 2007. 
VAROLI F.º, Theobaldo. Curso de Maçonaria Simbólica Tomo I. “GAZETA 
MAÇÔNICA”, São Paulo. 
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maç. “A TROLHA”, 
Londrina, 1.996. 
CARVALHO, Assis. Símbolos Maçônicos e Suas Origens. “A TROLHA”, 
Londrina, 1.990. 
MELLOR, Alec. Dic. da Franco-Maçonaria e dosFranco Maçons. “MARTINS 
FONTES”, São Paulo, 1.989. 
HORNE, Alex. O Templo do Rei Salomão na Tradição Maçônica. 
“PENSAMENTO”, São Paulo, 1.991. 
PERNAMBUCO, Grande Oriente de. Ritual de Aprendiz Maçom - 
REAA. Recife, 1.994. 
MICHAELIS, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, 1998. 
CARR, Harry, Freemasons at Work, Londres, 1979. 
NESSAS OBRAS OBSERVAR AS RESPECTIVAS BIBLIOGRAFIAS 
CORRESPONDENTES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE – A DECORAÇÃO DA ABÓBADA 
 
 
SU
DE
ST
E
SUDOESTE
ESTRELA FLAMEJANTE
G
ESTRELAS
PLANETAS
CONVENÇÕES
N
FOMALHAUT
LINHA DO HORIZONTE AUSTRAL
SUL - MERIDIÃO
PLÊIADES
PLANO DO TETO DO TEMPLO MAÇÔNICO
LUA
RÉGULUS
L
IN
H
A
 D
O
 H
O
R
IZ
O
N
T
E
 O
C
ID
E
N
T
A
L
O
C
ID
E
N
T
E
 -
 O
E
S
T
E
VÊNUS
G
ESTRELA FLAMEJANTE
SATURNO
ZÊNITE
NO
RO
ES
TE
M
E
R
ID
IA
N
O
 D
O
 M
E
IO
-D
IA
URSA MAIOR
P
R
O
J
E
Ç
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O
 D
O
 L
IM
IT
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ÓRION
ALDEBARAN SPICA
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RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
NORTE - SETENTRIÃO
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ZÊNITE
NORDESTE
DECORAÇÃO DA ABÓBADA
ANTARES
 
 
PEDRO JUK 
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