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1 TERAPIA MANUAL DOS MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 FISIOTERAPIA ............................................................................................................... 4 COLUNA CERVICAL .................................................................................................. 17 MÚSCULOS DA REGIÃO CERVICAL....................................................................... 20 PLEXO BRAQUIAL ...................................................................................................... 21 CERVICOBRAQUIALGIA ........................................................................................... 21 HÉRNIA DE DISCO ...................................................................................................... 22 ARTROSE ...................................................................................................................... 23 TÉCNICAS DA TERAPIA MANUAL ......................................................................... 24 EFEITO DE UM PROTOCOLO DE TERAPIA MANUAL NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM LOMBALGIA CRÔNICA ........................................... 32 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 34 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 INTRODUÇÃO A fisioterapia faz parte de uma grande revolução na área da medicina e da filo- sofia, onde percebe-se ser uma ciência que estuda, previne e trata os distúrbios cinético funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gera- dos por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. O crescimento do número de especialistas em ortopedia irá levar a um maior reconhecimento da fisioterapia como um componente vital na equipe de saúde, num momento em que a inter-relação desta equipe atravessa uma fase inquie- tante. FISIOTERAPIA Com o aumento do custo e da competição dentro do sistema de saúde é rele- vante que os fisioterapeutas realizem tratamentos baseados em evidências. A terapia manual é uma área que vem conquistando espaço na fisioterapia. O principal motivo deste interesse é o sucesso de suas técnicas que, quando bem indicadas, promovem melhora em curto prazo, como nos pacientes com problemas na coluna vertebral, por exemplo, lombalgia e cervicalgia. A cervicalgia se caracteriza pela dor ao nível da coluna cervical alta. Quando a dor nessa região se irradia para o ombro, braço e mão passa a se denominar cervicobraquialgia, admitindo-se que o plexo braquial formado das terminações C2 a C8 tenha sido alterado. Esta patologia atualmente tem sido de grande incidência e atinge tanto jovens e adultos quanto idosos. A escolha de técnicas da terapia manual como forma de intervenção fisiotera- pêutica, neste estudo, foi motivada pelo fato de que as mesmas têm um baixo custo e um grande interesse clínico. 5 A terapia manual é uma área da fisioterapia que foi implantada como alternativa de tratamento fisioterápico, que busca de diversas formas, contribuir no trata- mento de forma eficaz, sendo uma importante ferramenta na intervenção de tra- tamentos fisioterápicos. A terapia manual pode se referir a diferentes métodos de tratamento fisiotera- pêuticos (HOFFMAN; TEODOROSK, 2003). Segundo Andrade e Frare (2008) a terapia manual se tornou um importante com- ponente nos tratamentos fisioterápicos e aos longos dos anos foi se expandindo e novas práticas foram surgindo. Os primeiros registros documentados sobre as técnicas manuais foram encon- trados na China Antiga, e também em escritos que constam em paredes do Egito, que tem cerca de 15 mil anos, e teve como embasamento para a maioria das técnicas atuais. Vários métodos da terapia manual evoluíram com o passar dos anos e foram sendo aperfeiçoadas com o surgimento de novas técnicas como massagem, pompage e tração manual na fisioterapia, como também, em terapias comple- mentar. Estudos mostram que as terapias complementares de toque são a imposição das mãos que gerado pelo método não tradicional tem se mostrado cada vez mais presente na vida das pessoas e aplicação dessas técnicas, trazem resulta- dos positivo de imediato e consequentemente melhora da qualidade de vida (CA- LAIS; ANDRADE; LIPP, 2003). Segundo Cassar (2001) o estresse pode causar diversas alterações no orga- nismo, e essas alterações, por meio de fatores de teor positivo ou negativo. Vivemos em um mundo que nos proporciona diversos estímulos tendo como consequência nas pessoas, a variação no estilo de vida e em consequência disso tais alterações como ocorre acaba comprometendo sua saúde devido às alterações no organismo. 6 O fisioterapeuta realiza duas formas de comunicação: a verbal que é a consci- ente e a outra, que é inconsciente corporal, o toque e a comunicação corporal entre terapeuta e paciente, e que deverá ter firmeza e precisão. Tocando o pa- ciente dessa forma, passa tranquilidade e confiança (ALMEIDA, 2006). Segundo Cassar (2001) é essencial que haja uma boa integração entre paciente e terapeuta durante o tratamento. Isso faz com que o profissional passe a conviver melhor com algum tipo de rea- ção que o paciente venha a ter, pois o tratamento fisioterápico cria um vínculo. Isso se deve ao fato de normalmente ser realizado em vários atendimentos apro- ximando assim profissional e paciente, é de suma importância que o terapeuta tenha uma empatia com o paciente, pois assim haverá uma melhor compreensão entre profissional e paciente. Dentre os principais fatores que possibilitam essa aproximação pode-se desta- car o toque. Almeida (2006), afirma que o contato físico entre duas pessoas, é classificado na área da saúde de instrumental e expressivo: o contato físico deliberado, ne- cessário ao desempenho de uma tarefa especifica. O toque expressivo e espontâneo e afetivo, não estando obrigatoriamente ligado a uma tarefa física. Sendo considerada uma ferramenta no tratamento, o toque, é um procedimento que faz com que o paciente venha a aceitar melhor sua situação depositando sua confiança no outro e, consequentemente, aceitando a si mesmo, sendo a massagem fundamental para combater a ansiedade e produzir efeitos fisiológi- cos para combater o estresse. A pompage, de acordo com Souza et al, (2008) é uma técnica de terapia manual que foi desenvolvida por Cathie, e Marcel Bienfait recuperou esse procedimento para utilizaçãoem fisioterapia. 7 Sendo uma técnica simples de ser aplicada, suas vantagens se devem aos re- sultados serem normalmente de imediato que são articulação e musculatura e melhora da circulação, tendo também efeito calmante. É importante mencionar que por meio do ganho de conhecimento na área atra- vés deste trabalho poder-se-á comprovar e ou demonstrar através de análises e avaliações a eficácia da terapia manual dando ao público, acesso a informações sobre a mesma e possibilitando que estes saibam que se trata de uma terapia extremamente simples, eficaz e saudável. Para tanto, foi selecionado um con- junto específico de artigos, que foram pesquisados na Biblioteca Virtual da Sa- úde (BVS). As técnicas de terapia manual se tornaram um importante componente nos tra- tamentos fisioterápicos enfatizando sua atuação nas terapias complementares podendo assim referir-se a diferentes métodos, a prática da terapia manual se expandiu muito nos últimos 30 anos, sendo os princípios da terapia manual muito útil para os fisioterapeutas (RUPPENTHAL et al, 2011). A terapia manual trata-se de uma modalidade terapêutica sendo compostas por vários procedimentos aplicados nos tratamentos das disfunções músculo esque- léticos as técnicas de tratamentos fisioterápicos utilizadas nesse estudo como a tração manual que consiste na aplicação de uma força de distração longitudinal para promover o alongamento dos tecidos moles (PERES; RISSO; OLIVEIRA, 2011). A manipulação pode ser diferenciada conforme a amplitude de movimento onde ela está sendo executada passiva e terapias através de técnicas manuais e mas- sagens nos tecidos moles, aplicada pelas mãos do fisioterapeuta com o intuito de separar os seguimentos, causando assim no paciente, efeitos fisiológicos como a descompressão das estruturas articulares, tração que proporciona aos pacientes alivio de dor e sensação de bem-estar, evitando assim possíveis pa- tologias (SMITH; RUSSEL, 2007). As vantagens da tração manual incluem repouso e efeitos fisiológicos incluindo a descompressão das estruturas articulares vasculares e neurológicas, propici- ando ao paciente alivio de dor e redução tônus (MORELLI; REBELATTO, 2007). 8 Os métodos de terapia manual incluem mobilização e manipulação que se refere a diferentes técnicas de terapia manual, mobilização refere-se a movimentos passivos que serão executados com baixa velocidade pelo terapeuta, que deve- rão ser aplicadas as técnicas e ajustadas conforme o conforto do paciente. Já na manipulação os movimentos são realizados com mais velocidade na apli- cação da técnica (HALL, 2007). A outra modalidade das técnicas manuais como a pompage implica, portanto, em tocar o paciente, advinda da osteopatia que age diretamente no tecido con- juntivo causando vários efeitos fisiológicos em circulação e musculatura cau- sando assim efeito tranquilizante, que pode ser usado em pacientes depressivos que tem como objetivo melhorar a percepção de se próprio, aumentando a efe- tividade e assim atua na melhora da circulação causando relaxamento muscular (GIL, 2003). Há um grande número de técnicas de terapia manual, entre elas, a pompage que é considerada a mais simples de ser aplicada e quando mencionamos a pom- page, somos levados a falar sobre a ação no tecido conjuntivo. Sua aplicação quando direcionada nas articulações produz uma melhora signifi- cativa nas cartilagens ao seu redor, além de proporcionar relaxamento e melhora na circulação (SMITH, 2007). Esta técnica é recomendada para o alívio das dores musculares, retrações, con- traturas sendo aplicada distintamente em três etapas: tensionamento, manuten- ção e retorno, sendo observada rigorosamente essa ordem de aplicação, a pom- page; portanto, pode ser vista como uma técnica inicial para um tratamento mais completo, pois ela vai preparar o tecido conjuntivo e os músculos para ações futuras, além disso, é recomendada para o fim das sessões, uma vez que tem ação relaxante para o paciente (BIENFAIT, 2000). A técnica de pompage é dividida em três partes tensionamento, manutenção e retorno, para realizar o procedimento no segmento desejado o terapeuta alonga de forma lenta e regular e progressivamente a fascia no limite do seu alonga- mento fisiológico por 15 a 20 segundos, o tempo de retorno se faz no momento 9 em que permite as fascias deslizar lentamente ao ponto de origem, portanto para realizar o alongamento do tecido facial, o tempo de retorno se faz em 2\3 do tempo de tensionamento, feito no início e segue inicialmente prosseguindo todas as fases com no mínimo de 10 repetições (MORELLI; REBELATTO, 2007). Segundos Almeida, (2006) dentre as formas de aplicação das técnicas utilizadas nesse estudo, podemos demonstrar como são aplicadas nas estruturas mais afetadas pela disfunção músculo esquelética nos tratamentos fisioterápicos como: a pompage do esternocleidomastoide (ECOM) o paciente fica em decúbito dorsal com a cabeça em rotação para o lado oposto ao ECOM a ser tratado enquanto o fisioterapeuta fica sentado a cabeceira do paciente o qual ficará com a mão do lado a ser tratado espalmando a base do crânio. A outra mão apoia-se no esterno. Obter-se-á a tensão por meio de uma pressão para baixo da mão esternal, que acompanha a expiração do paciente. No que se refere à pompage dos escalenos o paciente deve ficar em decúbito dorsal ao mesmo tempo em que o fisioterapeuta ficará a cabeceira do paciente sentado; o paciente posicionará os antebraços apoiando-os sobre a mesa. A mão do lado oposto a tratar entra em contato com a base do crânio. O polegar da outra mão apoia e pressiona a face superior da primeira costela (à frente do trapézio superior a base do pescoço). Durante algumas expirações, pressiona-se a primeira costela para baixo, para frente e medialmente, e mantém-se durante as inspirações. A tensão é obtida pela tração da mão que recebe a base do crânio, enquanto o polegar mantém a primeira costela. A pompage do elevador da escapula, se dá de forma em que o paciente fica em decúbito dorsal e o fisioterapeuta ficará atrás do mesmo. A mão do paciente que se apoia sobre o ombro coloca seu polegar posterior- mente, apoiando sobre a porção interna da escapula (BIENFAIT, 2000). 10 A outra técnica realizada nesse estudo de massagem que segundo Hipócrates (O Pai da medicina, que viveu por volta de 480 a.C) afirmou que dentre os be- nefícios da massagem, 656 podem-se destacar melhorias na função das articu- lações e aumento do tônus muscular. Para este estudioso, a massagem garante uma firme posição entre outras tera- pias complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência, sua evolução continuará enquanto continuar explorada e pesquisada por estudantes profissi- onais não apenas como o objetivo de relaxar, mas também para evitar possíveis patologias advindas do estresse. Vivemos em um mundo moderno onde as pessoas apresentam um alto nível de estresse (SMITH, 2007). Segundo Gil, (2003) a massagem terapêutica tem vários benefícios tais como, liberação da fascia, alivio da dor muscular, relaxamento dos músculos tensos, melhoria da circulação sanguínea, sendo ainda um importante instrumento no combate ao estresse que é tão comum entre as pessoas na atualidade. Todos esses efeitos benéficos são proporcionados por técnicas que se desen- volveram e aperfeiçoaram ao longo do tempo. Segundo Morelli e Rebelatto (2007) a massagem, é uma técnica manual que vai atuar sobre aspectos fisiológicos como circulação, articulações e a nível muscu- lar. É uma técnica fácil de ser aplicada e os benefícios são considerados satisfatórios como alternativas de um tratamento fisioterápico. Marcondes, Ludovichi e Cera (2010) ressaltam que a massagem através de mo- vimentos superficiais, uma vez que é de suma importância para o relaxamento, queenvolve os tecidos superficiais que através do toque são estimulados cau- sando um relaxamento através do sistema nervoso parassimpático, e vai melho- rar a circulação local e sistêmica. 11 Kisner e Colby (2007) ressaltam que a massagem cervical foi realizada através de movimentos superficiais, uma vez que é de suma importância para o relaxa- mento, que envolve os tecidos superficiais que através do toque são estimulados causando um relaxamento através do sistema nervoso parassimpático, e vai me- lhorar a circulação local e sistêmica. A técnica deslizamento superficial e profundo são realizadas com o paciente em decúbito dorsal com o fisioterapeuta na cabeceira do paciente e os movimentos serão realizados de dentro para fora e terá uma sequência de 10 repetições (BI- ENFAIT, 2000). Segundo Whiting e Zernicke (2001, p. 15) “[...] uma boa compreensão da orga- nização básica dos tecidos do corpo é essencial para o reconhecimento da fun- ção normal do sistema musculoesquelético e das sequelas das lesões. ” Fazendo parte deste contexto, “[...] a coluna vertebral é uma estrutura verdadei- ramente única e surpreendente” (ALTER, 1999, p. 256). A visão de uma fisioterapia voltada aos distúrbios circulatórios (fisioterapia vas- cular) ainda é recente, a exemplo da doença venosa crônica (DVC), sendo ainda escassa sua descrição na literatura. Apesar da grande escassez de estudos investigativos sobre a atuação da fisio- terapia nessa doença, alguns deles vêm mostrando seu papel fundamental tanto na prevenção, evitando a incapacidade na realização de tarefas simples em vir- tude de uma acentuação do quadro álgico, quanto no tratamento, proporcio- nando melhoria da qualidade de vida (QV) dos indivíduos. Autores destacam alguns recursos fisioterapêuticos que podem compor seu tra- tamento: cinesioterapia vascular (com exercícios de alongamento, metabólicos, de fortalecimento, aeróbicos e proprioceptivos), exercícios respiratórios, drena- gem linfática manual (DLM), pressoterapia, posicionamento de incentivo vascu- lar, como também orientações vasculares. A DVC é uma anormalidade de funcionamento do sistema venoso, causada por incompetência valvular, afetando o sistema venoso superficial, profundo ou am- bos e podendo ser resultado de uma desordem congênita ou adquirida. 12 Está entre as condições mais comuns que acometem os membros inferiores (MMII), sendo considerada um problema funcional e não somente estético. A DVC tornou-se um problema de saúde pública por suas complicações, como a úlcera de estase venosa. Essa doença afeta a capacidade produtiva de trabalho, reduzindo de forma sig- nificativa a qualidade de vida dos acometidos, podendo provocar alterações psi- cológicas e isolamento social. Atualmente, o exercício físico é considerado uma medida efetiva de prevenção e tratamento da DVC, tendo a prática da caminhada como destaque. Com os exercícios de fortalecimento, o treinamento da musculatura da panturri- lha é colocado em evidência como atividade capaz de diminuir o refluxo sanguí- neo, por aprimorar a competência das veias e promover redução dos desconfor- tos e malefícios causados pela doença. O fisioterapeuta tem ampla atuação no processo de prevenção e recuperação de danos causados por essa doença. O tratamento precoce destinado a prevenir a hipertensão venosa, o refluxo e a inflamação podem aliviar os sintomas de DVC e reduzir o possível risco de úl- cera, maior complicação da doença. Dessa forma, este estudo visa a elaborar um protocolo de tratamento fisiotera- pêutico vascular, mostrando evidências e benefícios das técnicas da fisioterapia vascular e propondo como podem ser utilizadas no tratamento da DVC. Do resultado do processo de pesquisa junto às bases de dados e no acervo da biblioteca, foram selecionadas publicações relacionadas diretamente com insu- ficiência venosa, o restante esteve relacionado com procedimentos endovascu- lares, testes com medicamentos e agregação plaquetária. Os demais materiais utilizados foram obtidos a partir de pesquisa não sistemá- tica em bibliotecas locais e revistas eletrônicas. 13 A fisioterapia vascular vem ganhando espaço, pelo tratamento não invasivo da DVC, baseado em exercícios terapêuticos. Devido a isso, buscou-se a elaboração de um protocolo de tratamento fisiotera- pêutico vascular, para uso como suporte no atendimento fisioterapêutico ao in- divíduo com DVC. O alongamento é utilizado para recuperar a amplitude de movimento, melhorar a função corporal e como aquecimento antes de um programa de exercícios, com o objetivo de reduzir o risco de lesões. Para o protocolo, a técnica de alongamento eleita foi a estática, mantendo a po- sição de alongamento muscular por 20 segundos em quatro repetições, como descrito por Lima et al. (Figuras 1). Figura 1. Alongamento de extensores de joelho De acordo com Meyer et al., o exercício combinado do tornozelo e dos movimen- tos subtalares por 5 minutos, causa aumento do fluxo sanguíneo através da es- timulação da bomba muscular da panturrilha (BMP), associado a postura em elevação de MMII, a fim de promover a ação da gravidade, favorecendo uma maior mobilidade desse fluxo. 14 Sochart e Hardinge enfatizam que a associação entre a cinesioterapia vascular e a postura em elevação de MMII é capaz de evitar o aparecimento da dor e de complicações decorrentes de DVC. Outro benefício do movimento ativo dessas articulações é a melhoria da hemo- dinâmica venosa, que é mantida por até 30 minutos após o término do exercício. Figura 2. Alongamento de flexores de joelho Em estudo de Azoubel et al., onde foi avaliada a hemodinâmica muscular da panturrilha submetida a exercício supervisionado, observou-se significativa me- lhora da ejeção do volume venoso, da função do volume residual e aumento da resistência muscular da panturrilha. Segundo estudos de Alberti et al., o exercício físico aumenta o tônus muscular dos MMII e, consequentemente, pode melhorar sua ação no sistema venoso, com consequente queda da pressão de deambulação e elevação do retorno san- guíneo. Assim, o exercício resistido (ou de fortalecimento) contribui para o tratamento da DVC, fazendo parte do protocolo de tratamento elaborado. Com relação aos exercícios aeróbicos, percebe-se que o objetivo da caminhada, segundo Lima et al., é produzir um maior aproveitamento da musculatura da panturrilha, facilitando o retorno venoso e promovendo melhor mobilização das articulações metatarso-falangeanas, ativando a BMP. 15 Alguns estudos demonstraram que indivíduos que praticam atividade física obti- veram redução do aparecimento de complicação da DVC em relação aos que não praticavam nenhum tipo de atividade física. No estudo de Silva et al., o treinamento da musculatura da panturrilha é colocado em evidência como uma atividade capaz de diminuir o refluxo sanguíneo, apri- morar a competência das veias e causar redução dos desconfortos e malefícios promovidos pela DVC. Por isso, a caminhada foi escolhida para compor o protocolo com duração de 10 minutos na esteira ergométrica, variando com a evolução do treino, o compri- mento dos passos e a velocidade. Segundo Godoy et al., nos princípios dos exercícios miolinfocinéticos, estão a contração muscular e a diminuição do efeito da gravidade nos vasos. Quando a contração muscular vence uma pressão gravitacional menor, melhora o retorno venolinfático, pelo fato de os MMII estarem posicionados no mesmo nível do coração. Por isso, a modalidade de exercício adaptado na bicicleta ergométrica realizado em decúbito dorsal (bicicleta adaptada ou camicleta), está inserido neste proto- colo. De acordo com Baldaço et al., a propriocepção é um mecanismo de percepção corporal em que os receptores periféricos enviam informações ao sistema ner- voso central(SNC), a fim de manter o controle postural. O comprometimento desse sistema acarreta déficit na estabilização articular, o que pode contribuir para a desestabilização postural. Na DVC, o aumento do volume articular devido ao edema provoca limitação da amplitude de movimento, diminuição da propriocepção articular, afetando assim, a capacidade funcional do indivíduo. 16 Alguns estudos demonstraram que os exercícios proprioceptivos podem melho- rar a estabilidade do equilíbrio articular. Justifica-se assim a inclusão dos exer- cícios proprioceptivos no protocolo. Figueiredo afirma que a cinesioterapia se mostrou eficaz para a aquisição de equilíbrio e mobilidade tíbio-társica, melhorando o desempenho na marcha. Em seu estudo, Tanaka e Revagnani diz que a melhora da amplitude de movi- mento do tornozelo está relacionada com a ativação do mecanismo da BMP, facilitando o retorno venoso, pela contração dos músculos locais. Como recurso de relevância, Tanaka et al. enfatizam o exercício respiratório de incentivo à inspiração máxima, pois promove diferentes gradientes pressóricos, torácicos e abdominais alternadamente, transmitindo-os mecanicamente aos grandes vasos e potencializando o fluxo sanguíneo a esse nível. Esse tipo de exercício é considerado um ativador da bomba toraco-abdominal (diafragmática), favorecendo um melhor retorno sanguíneo e ajudando na oxige- nação sanguínea. Devido à sua importância, os exercícios respiratórios foram inseridos no proto- colo de tratamento. Chaves et al. ressaltam que a educação em saúde é reconhecida pelo seu po- tencial, por favorecer a promoção do autocuidado e o desenvolvimento da res- ponsabilidade do paciente sobre decisões relacionadas à saúde. As orientações vasculares são consideradas como a parte mais importante do tratamento, devendo ser seguidas pelos indivíduos acometidos, e por esse mo- tivo foram inseridas no protocolo. Araújo diz que em qualquer atividade física ocorrem respostas fisiológicas du- rante e após a sua realização, como alteração da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA) em relação aos valores de repouso que podem perdurar por até 24 a 48 horas. 17 Corroborando com esse autor, Paula et al. afirmam que durante o exercício de força, tanto a PA sistólica quanto a PA diastólica tendem a se elevar, ocasio- nando um aumento na PA (média), mesmo que por um período curto de tempo. Segundo Nóbrega, a FC aumenta durante o exercício devido aos mecanismos autonômicos, que ficam evidentes em exercícios intensos. Devido a esses fatores, ressalta-se que, na proposta deste protocolo de trata- mento fisioterapêutico vascular, devem ser mensurados sinais vitais como PA e FC, antes e após a aplicação do protocolo. COLUNA CERVICAL Diversas da coluna lombar e dorsal. As necessidades funcionais são diferentes e, uma vez mais, são elas que deter- minam a anatomia e a fisiologia (BIENFAIT, 2000). “A coluna cervical possui três funções: (1) provê suporte e estabilidade à cabeça; (2) suas superfícies articulares dão mobilidade à cabeça (3) abriga e conduz a medula espinhal e artéria vertebral” (HOPPENFELD, 1999, p. 110). Considerando um conjunto, a coluna cervical está constituída em duas partes anatômica e funcionalmente diferentes: a) na coluna cervical superior, também denominada coluna suboccipital, contém a primeira vértebra cervical (atlas), e a segunda vértebra cervical (áxis). b) na coluna cervical inferior, que se estende do platô inferior do áxis até o platô superior da primeira vértebra torácica (KAPANDJI, 2000). Na área relativamente pequena da coluna cervical, existem 35 articulações. 18 Contudo, para fins de descrição de seu movimento, o pescoço pode ser dividido em coluna cervical superior, que compreende as articulações atlanto-occipital e atlantoaxial, e em coluna cervical inferior que corresponde de C3 a C7 (CORRI- GAN; MAITLAND, 2000). Na articulação atlanto-occipital ocorrem dois movimentos fisiológicos: flexão ex- tensão e inclinação lateral. Durante a flexão-extensão do occipital sobre o Atlas obtém-se o deslizamento dos côndilos occipitais sobre as massas laterais do atlas, na flexão os côndilos occipitais recuam sobre as massas laterais do Atlas. Na extensão os côndilos occipitais se deslizam para frente sobre as massas la- terais do atlas, a amplitude total da flexão-extensão é de 15° (KAPANDJI, 2000). “A inclinação lateral ocorre quando o occipúcio desliza sobre o processo articular superior côncavo da massa lateral do atlas [...]” (CORRIGAN; MAITLAND, 2000, p. 362) e possui uma amplitude total de 3° (KAPANDJI, 2000). Aceita-se que na articulação atlanto-occipital não ocorra rotação ativa, mas de- vido à forma de suas facetas articulares, uma pequena rotação passiva é possí- vel (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). As articulações atlantoaxiais são compostas por duas articulações atlantoaxiais laterais e uma articulação central, que se forma entre o arco anterior do atlas e o processo odontóide do áxis. Dois movimentos fisiológicos ocorrem nessas articulações: a rotação e a flexão- extensão (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). O principal movimento da articulação atlantoaxial é o de rotação, que ocorre de- vido ao movimento pivotante do atlas ao redor do odontóide imóvel e é acompa- nhado por um movimento nas articulações atlantoaxiais laterais, de modo que uma se move para frente e a outra para trás. Quando o atlas gira, o mesmo ocorre com as articulações atlanto-occiptais e com a cabeça. 19 Esse movimento é limitado pelos ligamentos alares, que vão do processo odon- tóide ao occipúcio (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). O outro movimento da articulação atlantoaxial é o de flexão-extensão que ocorre nas articulações atlantoaxiais laterais, e são incomuns, pois ambas as faces são convexas, de modo que esse movimento envolve rolamento e deslizamento das duas faces articulares (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Nas articulações cervicais inferiores (C3 à C7) é possível realizar três movimen- tos: flexão-extensão, rotação e inclinação lateral. No momento em que ocorre uma inclinação, o corpo vertebral superior inclina- se e desliza anteriormente sobre o corpo vertebral inferior e, como na coluna lombar, é acompanhado por um movimento apropriado da articulação apofisária. De maneira semelhante, durante a extensão, o corpo vertebral superior inclina- se e desliza posteriormente, sendo acompanhado por um movimento da articu- lação apofisária (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Na inclinação lateral e na rotação das vértebras cervicais inferiores são, na ver- dade, movimentos combinados, pois um não pode ocorrer sem a existência de certo grau do outro. A razão para isso é que, com apenas alguns graus de flexão, as articulações apofisárias ficam em aposição e, assim, forçam as vértebras para a rotação para o mesmo lado (CORRIGAN; MAITLAND, 2000), onde a amplitude total de incli- nação lateral pode ser de aproximadamente 45° (KAPANDJI, 2000). Durante a flexão o corpo vertebral suprajacente se inclina e se desliza para di- ante, o que diminui a espessura da porção anterior do disco intervertebral e des- loca o núcleo para trás, fazendo com que as fibras posteriores do anel fibroso entrem em tensão. Já durante a extensão o corpo vertebral suprajacente se inclina e se desliza para trás, o espaço entre os platôs vertebrais se estreita mais para trás que para di- ante, o núcleo pulposo se desloca levemente para diante e, deste modo, as fibras anteriores do anel fibroso entram em tensão (KAPANDJI, 2000). 20 Os movimentos de flexão-extensão ocorrem nas articulações atlanto-occipitais, atlantoaxiais, e cervicais inferiores. A amplitude total de flexão é de aproximadamente 45° e de extensão é de 60°, dos quais 50° ocorrem na parte superior da coluna cervical (CORRIGAN; MAITLAND,2000). A rotação ocorre nas articulações atlantoaxiais e cervicais inferiores, a amplitude total é de aproximadamente 80° para qualquer um dos lados, dos quais cerca de 25° ocorrem na parte superior da coluna cervical (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). As últimas cinco vértebras cervicais se diferenciam do resto das vértebras da coluna por possuírem apófises unciformes, as quais se articulam entre si por meio das articulações uncovertebrais (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). Entre as patologias mais freqüentes encontradas na região cervical, encontra- mos a cervicalgia mecânica e a neuralgia cervicobraquial ou cervicobraquialgia (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). MÚSCULOS DA REGIÃO CERVICAL Na região cervical, podemos encontrar dois grupos musculares: os anteriores e os posteriores. Fazem parte dos músculos cervicais anteriores: músculo reto anterior da cabeça e reto lateral da cabeça, longo da cabeça e longo do pescoço, escalenos, ester- noclidomastóideos e flexores cervicais acessórios, o platisma, os músculos su- pra-hióideos e infra-hióideos. Já o grupo muscular posterior é formado pelos músculos suboccipitais, transver- soespinhais (rotadores, semiespinhal da cabeça e do pescoço) e eretor da espi- nha ou sacroespinhais (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997). 21 PLEXO BRAQUIAL O plexo braquial é responsável pela inervação sensitiva e motora do membro superior, onde é formado pelos nervos espinhais ou raízes (C5, C6, C7, C8 e D1). Quando a raiz C4 contribui externamente para o plexo braquial este é chamado de prefixado. Quando essa contribuição é de D2, denomina-se pós-fixado (CARMO; MURILLO; COSTA, 1996). As raízes C5 e C6 formam o tronco superior responsável, de forma simplificada, pelos movimentos do ombro e flexão do cotovelo. A raiz de C7 forma o tronco médio que é responsável pelo comando do grupo muscular extensor do cotovelo, punho e extrínseco do polegar e dedos. As raízes C8 e D1 conferem a inervação motora de boa parte do grupo flexor extrínseco e musculatura intrínseca, são responsáveis pela maior parte da mo- tricidade e capacidade preensora da mão (CARMO; MURILLO; COSTA, 1996). Na sua trajetória, desde a região cervical até a axilar, os elementos do plexo braquial ficam sujeitos a diversos tipos de lesões por tração ou compressão. Esse fato torna-se evidente quando se relembra que o nervo espinhal, desde seus componentes intraforaminais, até a formação dos diversos nervos na peri- feria, passam por numerosos acidentes osteoligamentar - aponeuróticos existen- tes em região de ampla mobilidade e fulcro de movimentos, como o segmento cervicobraquial (CARMO; MURILLO; COSTA, 1996). CERVICOBRAQUIALGIA A cervicobraquialgia caracteriza-se por dor na região cervical com irradiação para o membro superior, onde a causa dela é por compressão de uma ou várias raízes nervosas (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001), e poderá ser unilateral ou bilateral (TAUBE, 2002). 22 As compressões acontecem por estenoses nos canais de conjugação, sejam determinadas por saliências do anel fibroso, hérnias discais ou osteófitos, exer- cem ação sobre as raízes, pois elas são fixas nos canais de conjugação, de modo que pequenas estenoses reduzem seu “espaço vertebral” (HEBERT, 2003). HÉRNIA DE DISCO O núcleo pulposo tem as características de um gel, sendo capaz de receber e distribuir as pressões que são contidas pelo ânulo, e o disco atua, em conjunto, como amortecedor. Com as modificações bioquímicas que se iniciam na terceira década de vida e que podem ser precipitadas por vários fatores, como as sobrecargas em geral, ocorre a perda da condição de gel do núcleo e de sua capacidade de distribuir adequadamente as cargas. Estas passam a se concentrar de forma desigual no disco intervertebral, levando à formação de fissuras nas camadas por onde se insinua o material nuclear; progressivamente, e a partir disso poderá ocorrer hérnia discal (HEBERT, 2003). A hérnia discal é uma protusão do núcleo pulposo do disco intervetebral que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas, dando lugar a sintomatologia radicular sensitivo-motora (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). Na cervical, a hérnia é menos frequente que na região lombar e pode produzir- se em C5-C6 ou então entre C6-C7. Isto obedece a certa sobrecarga em tais níveis por ser neles que se estabelece a transição entre a mobilidade livre da coluna cervical e a imobilidade relativa da coluna torácica (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). 23 O paciente com protusão discal na cervical apresenta dor intensa, geralmente sentida no pescoço, na escápula e no membro superior, mas no início pode sen- tir apenas na distribuição segmentar do nervo. Pode haver história de crises de dor e rigidez interescapular e no pescoço (COR- RIGAN; MAITLAND, 2000). ARTROSE O termo artrose na região cervical também pode ser encontrado como osteoar- trose cervical, osteoartrite cervical, espondilose cervical entre outros (ADAMS; HAMBLEN, 1994). De acordo com Pallis et al apud Greve e Amatuzzi (1999, 136 p.) referem que: 75% dos pacientes com idade acima de 50 anos, que deram entrada no hospital por motivos não relacionados com ou sistema nervoso, mostraram alterações radiológicas compatíveis com artrose cervical. Cerca de 75% destes pacientes apresentavam estreitamento do forame interver- tebral, 50% sinais objetivos de comprometimento medular e 40% de comprome- timento radicular. Elias refere que a artrose cervical aumenta a partir dos 50 anos e é universal após 70 anos. Pode ser conceituada como uma das variadas formas de reumatismo que en- volve progressiva perda da cartilagem articular, aposição de formações ósseas nas trabéculas subcondrais e formação de nova cartilagem e novo osso nas mar- gens articulares (osteófitos). A artrose cervical é causada por alterações degenerativas nos discos, vértebras e articulações apofisárias, que levam a excrescências osteofíticas que reduzem o tamanho do forame intervertebral e, assim, podem comprometer as raízes ner- vosas (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). 24 A degeneração do disco deve-se ao fato de que a coluna cervical possuir maior amplitude de movimento do que as colunas lombar e dorsal (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). TÉCNICAS DA TERAPIA MANUAL A terapia manual existe há séculos. Os primeiros documentos nos chegam do Egito faraônico, nos papiros descobertos por Edwin Smith (5000, 4.700 a.C.) e o papiro número 5 do Ramesseum (4.150, 3.560 a.C.) são as provas (RICARD; SALLÉ, 2002). A palavra terapia deriva do grego “therapeuein”, cujo significado é “cuidar”; “the- rapon” quer dizer “atendente”, uma pessoa viva. “Terapêutico” significa o poten- cial de cura de uma pessoa em relação a outra (LENDERMAN, 2001). A terapia manual, portanto, tem o objetivo de promover o retorno à função normal de seus pacientes (ESCOLA DE TERAPIA MANUAL E POSTURAL, 2004). Dentro da terapia manual existem diversas técnicas, onde podemos citar: mani- pulação articular, mobilização articular, mobilização do sistema nervoso, massa- gem, mobilização fascial, pompage e etc... Manipulação articular A manipulação articular é uma técnica da terapia manual envolvendo o movi- mento de uma superfície articular em relação a outra, realizada sobre uma es- trutura articular que apresenta disfunção ao exame físico (EDMOND, 2000). A terapia de manipulação é uma técnica de movimento passivo que pode ser classificada como manipulação ou mobilização. A manipulação articular é uma técnica de movimento passivo em que o fisiote- rapeuta imprime um movimento repentino ou arremetida nos limites normais da amplitude da articulação. 25 Esse movimento é de curta duração e amplitude, mas é realizada com tal rapidez que o paciente é incapaz de impedi-lo. A mobilização é definida como uma técnica de movimentospassivos de uma forma em que o paciente tenha em todo o tempo o controle sobre os movimentos (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). A manipulação articular faz parte da medicina desde o conhecimento de seu re- lato histórico. Há evidências de que técnicas manuais eram usadas na Tailândia em 2000 a.C., assim como no Egito antigo. Hipócrates usava a tração manual no tratamento de deformidades da coluna ver- tebral. Nos Estados Unidos e na Europa, durante os anos de 1800, os práticos chama- dos de bonesetters (“os que colocam ossos no lugar”), desenvolveram toda uma prática de técnicas de manipulação articular. Embora ignorassem muitas das bases anatômicas e fisiológicas da manipulação, esses práticos usavam uma série de técnicas que frequentemente eram bem- sucedidas no alívio da dor e na regressão da deformidade (EDMOND, 2000). Durante a manipulação articular ocorre um estalido, conforme foi estudado por Unsworth, Dowson e Wright (1971), sobre bioengenharia, fizeram análise de ga- ses nas articulações periféricas mostraram que a tensão nos procedimentos ar- ticulares produz um sistema de baixa pressão no líquido sinovial que permite a vaporização do gás, que a seguir é liberado, abrindo o espaço articular. Essa bolha de gás forma-se e se rompe novamente em 0,01 segundos, e é o colapso da bolha de vapor, e não a sua formação, que produz o som de explo- são. São necessários cerca de 20 minutos para que a articulação esteja pronta novamente para produzir o ruído. O gás que se forma é o dióxido de carbono e não o nitrogênio como se acreditava (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). 26 Um dos principais efeitos da manipulação é a ampliação da mobilidade devido ao aumento de amplitude de movimento de um segmento de articulação inter- vertebral, com restauração dos movimentos fisiológicos e acessórios e o alívio da dor (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Segundo Maigne (1996) as manipulações agem fortemente sobre certos meca- norreceptores, criando um potente reflexo de inibição que corta os circuitos pa- rasitas. Trata-se sem dúvida da inibição pré-sináptica dos influxos aferentes nociceptivos ao nível do corno posterior da medula. O thrust é um movimento que é realizado em uma pequena amplitude com uma grande velocidade. Na descrição de Ricard e Sallé (2002), as técnicas com thrust não devem ser feitas fora dos limites fisiológicos das amplitudes dos movimentos + + +. Nas técnicas indiretas é realizada uma velocidade suficiente, para que a sepa- ração das facetas articulares possa ser obtida na metade das amplitudes articu- lares e sem provocar traumatismos. O thrust é aplicado paralelamente ou perpendicularmente ao plano articular, con- tra a barreira da articulação lesada. Surpreendendo as defesas fisiológicas articulares, a brusca separação das su- perfícies surpreende também o sistema nervoso central e provoca um black out sensorial local. O círculo vicioso irritativo que mantém os músculos monoarticulares é desfeito e o tônus se normaliza. É possível que após ocorrer a separação a 90° das facetas articulares, o novo contato se realizará com uma melhor congruência das superfícies articulares. Seja qual for o tipo de thrust, os limites das articulações são sempre respeitados. Os objetivos das técnicas com thrust são: liberar as aderências; fazer deslizar as facetas articulares e restaurar a função articular, normalizar o sistema vascular 27 local; provocar um reflexo aferente + + +; estimular os centros simpáticos ou parassimpático para obter a ruptura do arco reflexo neurovegetativo patológico; dar comodidade ao paciente. O estiramento da cápsula articular ao separar as facetas, estimula os receptores de Pacini. A informação sensitiva caminha pelas fibras aferentes até o corno posterior da medula espinhal. Nesse nível existe uma inibição dos motoneurônios alfa e gama, portanto, uma inibição do espasmo muscular que mantém a disfunção articular. Mobilização articular Além dos movimentos angulares, as superfícies articulares também podem ser movidas passivamente uns poucos milímetros em movimentos translatórios, es- tes movimentos são chamados de movimentos acessórios. Um exemplo é a tração ou separação das superfícies articulares na articulação metacarpofalangiana. Além da tração, as superfícies das articulações livremente móveis podem sofrer deslizamento lateral, deslizamento anteroposterior e rotação. Os movimentos acessórios não podem ser efetuados voluntariamente pelo paci- ente, mas em vez disso exigem relaxamento da musculatura e aplicação de mo- vimento passivo por um examinador (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997). A mobilização articular é uma técnica de movimento passivo, no a qual articula- ção é movida de modo rítmico dentro de sua amplitude normal e em velocidade que o paciente possa resistir ou impedir voluntariamente o movimento (CORRI- GAN; MAITLAND, 2000). Os movimentos que são feitos nas articulações devem ser sentidos e não vistos. 28 Se a oscilação implicada em uma técnica for muito rápida ou muito lenta é im- possível ter a sensação apropriada do movimento na articulação, e o movimento parece um estiramento ou tremor. Não há uma velocidade determinada, mas o comum são duas ou três oscilações por segundo (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). A quantidade de movimento utilizada no tratamento de mobilização articular deve ser modificada de acordo com a dor, com a restrição de movimento e com o espasmo muscular. Os movimentos podem ser graduados de acordo com sua amplitude e com a posição que tem dentro da amplitude que ocupam (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). No grau I o movimento é de pequena amplitude, realizado na posição de início da amplitude. O grau II seu movimento é de grande amplitude que tem bom desempenho den- tro dessa amplitude. Pode ocupar qualquer parte da amplitude, mas não atinge seu limite. O grau III também é um movimento de grande amplitude dentro de seu limite, e no grau IV é um movimento de pequena amplitude no final dessa amplitude (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Mobilização neural São movimentos realizados por um terapeuta ou pela própria pessoa em que visa estressar o sistema nervoso e que quando realizado pelo terapeuta também serve como ferramenta para diagnóstico de alguma disfunção nervosa (BU- TLER, 2003). Segundo Butler (2003), a mobilização do sistema nervoso (MSN) é sem dúvida um eficaz método para testar a mecânica e a fisiologia normal do sistema ner- voso (SN), possibilitando desse modo identificar alterações nesse sistema como 29 comprometimento do movimento e elasticidade, podendo possivelmente originar sintomas de seus próprios tecidos. O sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP) são considerados como uni- tário ou um só, já que formam um tecido contínuo. Sua continuidade se apresenta de três maneiras: Primeiro, ele é contínuo meca- nicamente através da transmissão de forças de movimentos pelos seus envoltó- rios conectivos, embora em diferentes formatos, como o epineuro e a dura mater. Com a associação de um simples axônio, a um grande número destes tecidos conjuntivos. Em segundo os neurônios são contínuos eletricamente. O impulso gerado no pé atinge o cérebro. Terceiro, o sistema nervoso pode ser visto como contínuo quimicamente. Os neurotransmissores periféricos e centrais, são os mesmos e existe o fluxo axo- plasmático de substâncias dentro dos axônios. Não existe nenhuma outra estrutura no corpo com tamanha interligação. Estresses impostos sobre o sistema nervoso periférico durante o movimento são transmitidos para o sistema nervoso central. Por outro lado, uma tensão pode ser transmitida do SNC para o SNP (BUTLER, 2003). Há importante diferença entre os aspectos mecânicos do sistema nervoso (SN) e de outras estruturas do corpo. Como a função de carregar impulsos proveni-entes de e para aquelas estruturas. Neste aspecto é notável a importância da mecânica normal do tecido neural e dos tecidos associados (BUTLER, 2003). Mesmo com o sistema nervoso alongado ou relaxado, estático ou dinâmico, os seres humanos são capazes de movimentos amplamente especializados (BU- TLER, 2003). 30 O sistema nervoso não somente tem que conduzir impulsos através de notáveis amplitudes e variedades de movimentos, mas também tem que se adaptar me- canicamente durante os movimentos (BUTLER, 2003). Devido ao trato tecidual contínuo, todos os movimentos que são realizados em qualquer um dos membros têm consequências mecânicas nos troncos nervosos e neuroeixos. Quando o sistema nervoso central (SNC) é considerado em seu comprimento, sem levar em conta suas curvas e dobras, consideramos a esse termo como neuroeixo, segundo Bowsher (1988 apud BUTLER, 2003). Quando os nervos são alongados dentro de seus limites fisiológicos (normais), um fluxo sanguíneo neural adequado é mantido, mas apenas enquanto os me- canismos protetores vasculares normais estiverem preservados. A manutenção do fluxo sanguíneo intraneural durante o alongamento neural é realizada pelos vasos sanguíneos através das ondulações e curvas dos nervos. Quando os nervos estão frouxos (sem tensão), estas circunvoluções vasculares estão acentuadas. Porém, se o nervo é estirado, as curvaturas dos vasos acompanham o alonga- mento e são colocadas em tensão. Além disso, a luz dos vasos é reduzida e pode ocorrer uma oclusão, principal- mente quando o nervo é estirado além do limite de proteção. Os vasos sanguíneos são, então, estrangulados, o fluxo sanguíneo intraneural é comprometido e a função nervosa deteriorada. Se o alongamento ultrapassar ligeiramente o limite de proteção, por um período breve, é provável que a função do nervo retorne ao normal rapidamente. Mas, se a tensão sobre o nervo é particularmente severa ou sustentada, as alterações na função do nervo serão permanentes. 31 É relevante a compreensão do fluxo sanguíneo intraneural porque um stress me- cânico excessivo pode causar anóxia e lesão do nervo, levando a uma mecano- cepção aumentada e dor. Nestas condições, movimentos que estressam mecanicamente os tecidos neu- rais podem provocar sintomas (BUTLER, 2003). Os tecidos que circundam as estruturas neurais são chamados de interface me- cânica. Esses tecidos adjacentes são os que se movem independentemente do sistema nervoso. A tensão neural pode ser desenvolvida por qualquer patologia neste sistema que produzirá anormalidades no movimento do nervo. As causas podem ser: mecânicas como a invasão de nervo por protusão do disco ou contato de osteófitos, constrição do túnel carpal; química ou inflamatória como a fibrose interneural que leva à redução da elasticidade e ao aumento de tensão assim causando restrições mecânicas internas das estruturas neurais (GUELFI, 2004). Observado que os movimentos em uma parte do corpo podem ser transmitidos para outro local através de movimentos ou tensões, a mobilização do sistema nervoso procura restaurar seu movimento e elasticidade. Promove assim o retorno de suas funções normais, já que o comprometimento do sistema nervoso pode resultar em outras disfunções nele próprio ou em es- truturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação (SANTOS, 2004). Alguns estudos recentes demonstram a efetividade da técnica de mobilização do sistema nervoso em diversos tipos de patologias do sistema nervoso. Um estudo de Showalter e Van Doorme (1999 apud SANTOS 2004), a respeito do papel da neurodinâmica em pacientes com síndrome do túnel do carpo, reco- menda o tratamento de mobilização do sistema nervoso como uma técnica con- servadora capaz de diminuir a compressão, restaurar o fluxo sanguíneo e nor- malizar o fluxo axoplasmático. 32 EFEITO DE UM PROTOCOLO DE TERAPIA MA- NUAL NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM LOMBALGIA CRÔNICA É notório o aumento do número de pacientes que procuram por tratamentos me- dicamentosos e fisioterapêuticos devido aos problemas na coluna. Tal situação gera consequências negativas, em virtude da incapacidade e o afastamento dos sujeitos de suas tarefas de vida diárias (CÂMARA; BEVILAQUA; MORAES, 2008). A lombalgia, uma das afecções que acometem a coluna vertebral, pode ser des- crita como a presença de toda e qualquer dor na região lombar da coluna, que se situa inferiormente ao dorso, em uma área entre o último arco costal e a prega glútea (BARROS, 2004). Acomete ambos os sexos, podendo variar de uma dor súbita à dor intensa e prolongada, geralmente de curta duração, porém com padrão de recorrência da dor em 30% a 60% dos casos quando relacionados ao trabalho (Marras, 2000). Trata-se de uma das patologias mais comuns do mundo ocidental atual, atin- gindo cerca de 70% a 80% da população em pelo menos um episódio de sua vida (SOUZA, 2005; NOVAES, 2006). Aproximadamente 10 milhões de brasileiros ficam inativos em função de acome- timentos de dores na região lombar (SILVA, 2004). As dores lombares afetam cerca de 80% da população em algum momento de sua vida, representando um alto custo no seu tratamento para o sistema de sa- úde e para a previdência social, devido aos altos índices de afastamento, invali- dez e incapacidade para o trabalhador (WASSERSTEIN et al.,2005). 33 A lombalgia apresenta forte influência na qualidade de vida de seus portadores, uma vez que quadros dolorosos crônicos e incapacitantes em virtude desse qua- dro álgico geralmente seguem relacionados com a presença de problemas psi- cológicos ou outros distúrbios emocionais como as depressões. Muitos pacientes portadores de lombalgia passam pelos efeitos da depressão devido à restrição da sua mobilidade e do seu bem-estar geral, impedidos, em muitos casos, de exercer a sua atividade profissional e de vida diária (Smith et al., 2004). O tratamento da lombalgia é complexo, multidisciplinar, preciso, quando compa- rado a outros quadros patológicos, sendo a Fisioterapia um dos recursos essen- ciais para o tratamento do paciente portador da lombalgia, seja esta, na fase aguda ou crônica, agindo diretamente sobre a dor, incapacidade e qualidade de vida (MACEDO; BRIGANÓ, 2005). Entre os diversos tratamentos para a lombalgia, a terapia manual se diferencia por ser um recurso de uso exclusivo das mãos, de forma metódica, treinada e científica, a partir de uma avaliação detalhada do paciente visando finalidades terapêuticas e preventivas sobre tecidos musculares, ósseos, conjuntivos e ner- vosos que equilibrem e normalizem as diversas alterações musculares, osteoar- ticulares e orgânicas (ESCOLA DE TERAPIA MANUAL E POSTURAL, 2004). A qualidade de vida é considerada como a somatória das características funcio- nais e mentais, isto é, as percepções do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e em relação a as- pectos sociais, éticos e religiosos, além do estilo de vida, da satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias (VECCHIA, 2005; GALISTEU et al., 2006). 34 REFERÊNCIAS ADAMS, J. C.; HAMBLEN, D. L. Manual de ortopedia. 11. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1994. 465 p. ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. BIENFAIT, M. Estudo e tratamento do esqueleto fibroso: fáscias e pompages. Tradução Angela Santos. 3. ed. São Paulo: Summus, 1999. 107 p. BUTLER, D. S. Mobilização do sistema nervoso. Tradução Dra Juliana Frare. São Paulo: Manole, 2003, 265 p. CARMO, J. M. de M.; MURILLO, J. E. V.; COSTA, J. R. B. Lesões do plexo braquial: analise do tratamento cirúrgico de 50 casos. 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