Prévia do material em texto
RODRIGO GUALASSI ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO Coordenador(a) de Conteúdo Luciano Santana Pereira Projeto Gráfico e Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Caroline Casarotto Andujar Design Educacional Patrícia Ramos Peteck Revisão Textual Elaine Machado Ilustração Eduardo Aparecido Alves Fotos Shutterstock e Envato Impresso por: Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722. Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Núcleo de Educação a Distância. GUALASSI, Rodrigo. Estudo contemporâneo e transversal: administração de conflito / Rodrigo Gualassi. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024. 40 p. ISBN digital 978-65-6083-993-9 1. Administração 2. Conflito 3. EaD. I. Título. CDD - 658.315 EXPEDIENTE FICHA CATALOGRÁFICA N964 RECURSOS DE IMERSÃO Utilizado para temas, assuntos ou con- ceitos avançados, levando ao aprofun- damento do que está sendo trabalhado naquele momento do texto. APROFUNDANDO Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Aqui você terá indicações de filmes que se conectam com o tema do conteúdo. INDICAÇÃO DE FILME Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Aqui você terá indicações de livros que agregarão muito na sua vida profissional. INDICAÇÃO DE LIVRO Utilizado para desmistificar pontos que possam gerar confusão sobre o tema. Após o texto trazer a explicação, essa interlocução pode trazer pontos adicionais que contribuam para que o estudante não fique com dúvidas sobre o tema. ZOOM NO CONHECIMENTO Este item corresponde a uma proposta de reflexão que pode ser apresentada por meio de uma frase, um trecho breve ou uma pergunta. PENSANDO JUNTOS Utilizado para aprofundar o conhecimento em conteúdos relevantes utilizando uma lingua- gem audiovisual. EM FOCO Utilizado para agregar um con- teúdo externo. EU INDICO Professores especialistas e con- vidados, ampliando as discus- sões sobre os temas por meio de fantásticos podcasts. PLAY NO CONHECIMENTO PRODUTOS AUDIOVISUAIS Os elementos abaixo possuem recursos audiovisuais. Recursos de mídia dispo- níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem. 4 ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO 6 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 CAUSAS E TIPOS DE CONFLITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 ABORDAGENS PARA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 5 SUMÁRIO ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO Skill: Inteligência Emocional, Social e Negociação. Conquista: conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- preendendo a diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas de modo assertivo e saudável. Práticas: Pensamento crítico. Pensamento analítico. Tomada de decisão. Resolução de problemas. Ética Autorregulação T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1 6 INICIE SUA JORNADA Estudante, no emocionante e imprevisível palco da vida real, os conflitos frequentemente assumem o protagonismo, nos surpreendendo em nossas jornadas pessoais e profissionais. Sem aviso prévio, eles se manifestam, desa- fiando nossa capacidade de lidar com situações conflituosas. Em momentos de tensão, em que interesses se chocam e as emoções fervem, é fundamental a habilidade de administrar conflitos. Imagine a seguinte situação: você está em uma reunião de equipe, em que opiniões divergentes fervilham como um vulcão prestes a entrar em erupção. Os ânimos se acirram e a atmosfera fica tensa. Nesse cenário, como você rea- ge? Essa é uma cena que muitos de nós vivenciamos no dia a dia, e como a abordamos faz toda a diferença. Nessa imersão na administração de conflitos, exploraremos as causas e conse- quências desses confrontos. Vamos descobrir estratégias, ações e condutas que nos ajudarão a navegar por essas situações tempestuosas e transformá-las em vantagem, pois, acredite, conflitos também são oportunidades de crescimento e aprendizado. Vamos embarcar em uma jornada que envolve, além da emoção e razão, estra- tégias e técnicas para gerenciar conflitos de forma construtiva. Afinal, dia após dia, somos desafiados a encarar esses conflitos de frente, transformando-os em mo- mentos de superação e construção de relacionamentos mais sólidos e fortalecidos. Pronto para essa aventura? Vamos lá! O trabalho remoto está em ascensão, mas como lidar com os conflitos que sur- gem nesse ambiente? Descubra como a comunicação eficaz e a empatia podem transformar conflitos em oportunidades de crescimento. Vamos explorar causas e soluções para os conflitos em equipes virtuais. Prepare-se para mergulhar no uni- verso das equipes virtuais, em que conflitos podem surgir a qualquer momento! Você está pronto para dominar a administração de conflitos em equipes virtuais? Acesse agora o podcast e aprenda a transformar conflitos em colaboração nas equipes virtuais. Não perca! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem PLAY NO CONHECIMENTO 7 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 8 DESENVOLVA SEU POTENCIAL INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS Sabe quando a família está reunida em um almoço de domingo? Todos estão se divertindo, mas, de repente, uma discussão sobre política entre dois membros da família surge. As palavras são afiadas, os ânimos se exaltam e o clima fica tenso. Essa cena é familiar para muitos de nós. Os conflitos familiares, pessoais e profis- sionais são comuns e podem ocorrer em qualquer lugar e momento. Começam devido a mal-entendidos, diferenças de opinião ou até mesmo rivalidades antigas. Aqui entra a administração de conflitos, a qual desempenha um papel funda- mental na resolução ou, até mesmo, em transformar essa situação em uma oportu- nidade para o crescimento e a compreensão mútua, em vez de uma ruptura nas rela- ções. Afinal, ninguém merece sair da mesa antes de comer maionese, não é mesmo? A administração de conflitos é um conjunto de habilidades e estratégias uti- lizadas para identificar, lidar e resolver divergências que surgem em diversos contextos da vida pessoal e profissional. Estudante, em tempos de constantes desafios e interações humanas (físicas e virtuais), a habilidade de administrar conflitos se torna vital. Afinal, conflitos bem gerenciados não são apenas obstáculos, mas oportunidades para crescimento e aprendizado mútuo. Este material é um verdadeiro convite para você que de- seja aprender mais como gerir conflitos, por isso embarque nessa jornada co- nosco e venha ampliar seus conhecimentos sobre esse universo das relações humanas. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem APROFUNDANDO 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 Essas frases lhe soam familiares? Em algum momento, tanto pessoal quanto pro- fissionalmente, você já ouviu algo parecido? Os conflitos são uma parte inevitável da interação humana, e a capacidade de gerenciá-los de forma eficaz é fundamen- tal para a construção de relacionamentos saudáveis e para o bom funcionamento de equipes e organizações. Para Tajra (2014), a perspectiva contemporânea da gestão reconhece que os conflitos são inescapáveis e, em alguns casos, até benéficos, pois permitem que a organização identifique áreas de aprimoramento. Nessa abordagem, os conflitos são vistos como disfuncionais quando causam danos à organização e como fun- cionais quando contribuem para o aprimoramento da empresa. De acordo com Martinelli (2020), o conflito não se limita a ocorrer exclusiva- mente entre duas pessoas; ele pode surgir entredois grupos, entre um grupo e um indivíduo, entre uma organização e um grupo, e assim por diante. Nesse contexto, fica evidente que o conflito está intrinsecamente relacionado à frustração, que pode ser seu gatilho. Reconhecendo esse processo, torna-se claro que o fenômeno do conflito pode ter resultados construtivos ou destrutivos, dependendo de como é gerenciado. Martinelli (2020) destaca ainda que em uma pesquisa evidenciada por Weeks, em seus seminários e Workshops, foram identificados pensamentos traduzidos em palavras frequentemente associadas ao termo conflito. É o que podemos ver a seguir. “Não foi o que ele falou, foi o jeito como ele falou.” “Não aguento mais! Ele é falso, e aquela cara de anjo pode enganar os outros, mas não a mim, não mais!” “Chega! Eu tentei, eu realmente tentei fazer as coisas da maneira certa.” “Por que eles fizeram isso comigo? Não é justo!” “Bom, eu sei qual é o jogo deles e agora eles vão ver do que eu sou capaz, custe o que custar!” (BURBRIDGE; BURBRIDGE, 2012, p. 11). APROFUNDANDO 1 1 Palavras mais frequentemente associadas ao termo “conflito”: de st ru iç ão ev ita r feito errado gu er ra ódio erro pâ ni co controle prejuízoru im te m or combate pe rd a im pa ss e raiva Fonte: Weeks (1992 apud MARTINELLI, 2020 p. 65). Perceba que, por isso, a administração de conflitos desempenha um papel crucial em várias esferas da vida, tanto pessoal quanto profissional, devido à sua impor- tância em promover relacionamentos saudáveis cultivados no ambiente pessoal (familiar e social) e no ambiente corporativo (convívios e interações no trabalho) visando construir e alcançar soluções mais assertivas. CAUSAS E TIPOS DE CONFLITOS Como vimos, os conflitos podem surgir como parte intrínseca do indivíduo ou manifestar-se em interações entre eles, entre indivíduos e grupos, entre grupos dentro da mesma organização e até mesmo entre empresas etc. Em um escritório, dois funcionários competem pelo mesmo projeto. Ambos acreditam que são os mais adequados para o trabalho e discordam fortemente. Essa competição é uma fonte comum de conflito no ambiente de trabalho. Pode levar a tensões e prejudicar o desempenho da equipe. Tajra (2014) elenca algumas fontes como as principais no que diz respeito aos conflitos: 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 RECURSOS ESCASSOS Em organizações, os conflitos surgem devido à competição por recursos limitados, como espaço, funcionários e financiamento. Por exemplo, a disputa por espaço físico, a concorrência por funcionários entre gestores de diferentes áreas e a distribuição de recursos financeiros podem desencadear conflitos internos. DIFERENTES PERCEPÇÕES NA BUSCA DOS OBJETIVOS Esse tipo de conflito é comum entre áreas com objetivos distintos. Por exemplo, a área financeira busca reduzir custos, enquanto as áreas de vendas e marketing veem seus gastos como investimentos, o que leva a desacordos. INTERDEPENDÊNCIA DOS PROCESSOS DE TRABALHO Nesse cenário, um departamento só pode começar suas tarefas quando outro conclui as suas. Por exemplo, a equipe de produção depende da liberação de projetos pela equipe de planejamento, levando a conflitos entre eles. Além disso, é comum ocor- rerem disputas entre as equipes de vendas e operações devido a compromissos de vendas que são difíceis de serem cumpridos. DIFERENÇAS DE VALORES E PERCEPÇÕES A falta de clareza nos valores da organização pode levar a conflitos, já que diferentes funcionários podem ter percepções distintas acerca da ética e legalidade das ações de seus colegas. ESTILOS INDIVIDUAIS Nesse contexto, o conflito surge de diferenças pessoais, quando uma pessoa não se identifica ou se não relaciona bem com outra, devido a abordagens conflitantes na resolução de problemas e tomada de decisões. 1 1 Além desses, é preciso ressaltar que os conflitos podem surgir também da frus- tração originada por diferenças de opiniões, valores, interesses, expectativas e ne- cessidades entre indivíduos ou grupos. Essas diferenças podem surgir de fatores como: culturais, sociais, econômicos e psicológicos. Para Martinelli (2020), alguns fatores são mais promissores no desencadea- mento dos conflitos, dentre eles: ■ diferenças de personalidade; ■ existência de atividades interdependentes no trabalho; ■ metas diferentes; ■ recursos compartilhados; ■ diferenças de informação e percepção. Tipos de conflitos Os conflitos podem ser classificados em diferentes categorias com base em suas origens e impacto. De acordo com Schermerhorn Jr., Hunt e Osborn (2007), os conflitos podem ser: intrapessoal, interpessoal, intergrupo e interorganizacional. Intrapessoal Os conflitos intrapessoais, que envolvem a pessoa individualmente, podem ser classificados em três tipos principais: 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 CONFLITO DE APROXIMAÇÃO-APROXIMAÇÃO Ocorre quando uma pessoa precisa escolher entre duas alternativas positivas igual- mente atraentes, como decidir entre uma promoção valorizada na organização e um novo emprego interessante em outra empresa. CONFLITO DE EVITAÇÃO-EVITAÇÃO Ocorre quando uma pessoa precisa escolher entre duas alternativas negativas igual- mente desagradáveis. CONFLITO DE APROXIMAÇÃO-EVITAÇÃO Ocorre quando uma pessoa precisa tomar uma decisão sobre algo que tem conse- quências tanto positivas quanto negativas, como receber uma oferta de emprego com um salário maior, mas que exige uma carga horária de trabalho muito maior. O conflito interpessoal é caracterizado por desentendimentos entre duas ou mais pessoas posicionadas em lados opostos, podendo envolver elementos de natureza substantiva, emocional ou ambos. Um exemplo de conflito interpessoal substantivo ocorre quando duas pessoas debatem de forma acalorada sobre a conveniência de contratar um terceiro para uma posição de emprego. Por outro lado, um exemplo de conflito interpessoal emocional se manifesta quando duas pessoas frequentemente discordam quanto à maneira de realizar tarefas ou trabalhar juntas. Intergrupo Dentro das organizações, os conflitos entre grupos também são uma realidade, podendo ser influenciados por fatores tanto substanciais quanto emocionais. O conflito intergrupos é uma ocorrência frequente e pode representar um desafio significativo na coordenação e integração das atividades. 1 4 Interorganizacional Geralmente, o conflito interorganizacional é associado à competição e rivalida- de entre empresas que operam nos mesmos mercados, no entanto, ele abrange uma gama mais ampla de questões do que apenas a competição de mercado. Por exemplo, a resolução criativa de conflitos entre corporações e seus sindicatos pode servir como base para o sucesso contínuo. Conflito como força transformadora Imagine, estudante, que o conflito é como uma chama, uma energia intensa que pode ser destrutiva ou construtiva, dependendo de como a usamos. Quando as pessoas têm diferentes ideias, opiniões ou interesses, é comum que ocorra um conflito. Isso pode ser no trabalho, em casa, na escola ou em qualquer lugar onde as pessoas interajam. Agora, aqui está o ponto chave: em vez de ver o conflito apenas como algo ruim, podemos também enxergá-lo como uma oportunidade de mudança e cres- cimento. Quando enfrentamos um conflito de maneira construtiva, isso pode nos impulsionar a pensar em novas soluções, a entender melhor os pontos de vista das outras pessoas e a melhorar as relações. É importante compreender que nem todos os conflitos são prejudiciais; alguns podem ser construtivos e levar a soluções inovadoras, como apresentado a seguir: • melhoria das relações interpessoais; • fomento da criatividade e inovação; • aumento da produtividade; • tomada de decisão melhorada; • prevenção de problemas futuros; • fortalecimento de equipes; • promoção da diversidade e inclusão; • redução do estresse e do desgaste emocional; • negociação eficaz; • manutenção da paz em nível global. APROFUNDANDO 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM1 Lembre-se, nesse momento, do seu melhor amigo ou melhor amiga. Alguma vez já aconteceu entre vocês uma discussão? Às vezes, você e seu amigo podem dis- cordar de algo. Se vocês conseguirem conversar sobre isso de maneira respeitosa e encontrar um compromisso, a amizade pode ficar mais forte. O conflito, nesse caso, foi uma força que transformou a relação para melhor, mas, em outros casos, a amizade pode até acabar. Os conflitos positivos são aqueles que podem ser direcionados e até enco- rajados para impulsionar transformações nas organizações, contanto que sejam gerenciados de forma oportuna, evitando que a situação de desequilíbrio se pro- longue (TAJRA, 2014). No mundo das relações internacionais, por exemplo, como um diplomata lida com conflitos entre países em que a tensão é muito alta e qualquer decisão pode culminar ou em um acordo comercial favorecendo o seu povo ou em uma situação de guerra? Mesmo lá, os conflitos podem ser transformadores. Quando as nações em desacordo se sentam à mesa de negociações e encontram soluções pacíficas, isso pode melhorar as relações globais e promover a paz. Além dos mencionados anteriormente, Brown (1991 apud MARTINELLI, 2020, p. 50) cita como positivo “a expansão do entendimento dos assuntos, mobilização dos recursos e energia das partes, esclarecimento das soluções competitivas e busca criativa de alternativas e maior habilidade para trabalhar em conjunto no futuro”. Então, o conflito como força transformadora significa que os conflitos não precisam ser destrutivos. Eles podem ser uma oportunidade para aprender, crescer e encontrar soluções melhores. É como usar a energia de uma chama para iluminar o caminho em vez de queimar tudo ao redor. ABORDAGENS PARA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS Abordagem da competição A abordagem da competição envolve a busca pelos próprios interesses, muitas vezes, sem considerar as necessidades da outra parte. Imagine uma reunião de equipe em uma empresa de tecnologia. Dois engenheiros talentosos têm ideias conflitantes sobre como abordar um projeto crucial. Ambos são apaixonados por suas visões e estão determinados a fazer prevalecer a sua abordagem. 1 6 Essa situação ilustra a abordagem da competição. Cada engenheiro está foca- do em seus próprios interesses e na vitória pessoal. A competitividade pode ser vantajosa quando decisões rápidas são necessárias, mas pode prejudicar a cola- boração a longo prazo na equipe. “ Esse estilo foi inicialmente apresentado como contestador. Verifi- ca-se que esse comportamento combina assertividade com falta de cooperação, sendo orientado pelo poder. Ao competir, persegue seus próprios interesses às custas da outra pessoa, usando qualquer po- der para ganhar posição. Competir significa defender seus direitos, sua posição, ou vencer. Seu comprometimento é com seus objetivos, e não com o oponente (MARTINELLI, 2020, p. 116). Pode ser útil em situações de urgência ou quando decisões rápidas são necessá- rias, mas pode prejudicar relações de longo prazo. Abordagem da colaboração A colaboração busca encontrar solu- ções que atendam aos interesses de ambas as partes. Envolve comunica- ção aberta, troca de ideias e esforço conjunto para alcançar um resultado mutuamente benéfico. Novamente em um ambiente fa- miliar, imagine um casal discutindo a melhor maneira de planejar suas férias de verão. Um quer relaxar na praia, enquanto o outro está animado para explorar a montanha. Em vez de com- petir por sua preferência, eles optam pela colaboração. Eles começam a conversar abertamente, compartilhando suas ex- pectativas e desejos. Juntos, encontram uma solução que envolve dias na praia e alguns na montanha, criando uma experiência equilibrada e satisfatória para ambos. A abor- dagem colaborativa fortaleceu seu relacionamento e resultou em férias memoráveis. 1 7 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 “ Esse comportamento combina assertividade e cooperação. Ao cola- borar, o indivíduo trabalha com a outra pessoa de maneira conjunta para encontrar uma solução que satisfaça ambos os lados. Dessa for- ma, o colaborativo busca aprofundar uma questão para identificar as preocupações subjacentes de ambos e encontrar uma alternativa satisfatória. Ao buscar a colaboração, as partes envolvidas no conflito podem aprender com as ideias uns dos outros, resolvendo algumas condições, ou ao se confrontar tentariam encontrar uma solução cria- tiva para equacionar o conflito (MARTINELLI, 2020, p. 116). Essa abordagem é ideal para resolver conflitos de maneira construtiva e promover relações positivas. Abordagem da conciliação (compromisso) A abordagem do compromisso visa encontrar um meio-termo entre as partes, em que ambos fazem concessões para alcançar um acordo. Na empresa Global Solutions, uma renomada líder no setor de tecnologia, um cenário de conflito se desenrolou entre dois diretores de setores distintos. Essa história nos oferece um vislumbre da dinâmica desafiadora da gestão de conflitos no ambiente corporativo e a importância de encontrar soluções equilibradas. De um lado, temos Sandra, a diretora de expansão de mercado, responsável por impulsionar o crescimento da empresa no mercado nacional. Ela é uma líder apaixonada, com uma equipe talentosa sob seu comando, ansiosa para conquistar uma fatia maior do mercado doméstico. Sandra está determinada a aumentar a participação da empresa no mercado interno. Do outro lado, encontra-se Alan, o diretor de estratégia internacional. Ele lidera uma equipe dedicada a explorar oportunidades globais para a empresa. Alan acredita que a expansão internacional é a chave para o futuro da Global So- lutions e está comprometido em conquistar novos mercados ao redor do mundo. O conflito entre Sandra e Alan se intensifica à medida que a empresa se vê dividida entre essas duas visões estratégicas opostas. As reuniões de diretoria se tornam palcos de debates acalorados e divergentes. A alta administração percebe rapidamente que a resolução desse impasse é essencial para evitar consequências prejudiciais para a empresa. 1 8 Ao invés de permitir que a rivalidade escalasse, a alta administração toma uma decisão estratégica. Opta por buscar uma abordagem de compromisso, re- conhecendo que tanto a expansão nacional quanto a internacional são cruciais para o sucesso contínuo da Global Solutions. As partes envolvidas concordam em encontrar um meio-termo que equilibre essas metas aparentemente conflitantes. Nesse novo cenário, Sandra e Alan trabalham juntos para alocar recursos e esforços de maneira mais equilibrada. Uma parte dos recursos da empresa é destinada a expandir a presença no mercado nacional, enquanto a outra parte é direcionada para explorar oportunidades internacionais. Embora essa solução represente um compromisso, ela permite que ambas as direções estratégicas se- jam perseguidas, evitando um confronto direto e mantendo a harmonia dentro da organização. “ O estilo do compromisso representa um ponto intermediário entre a assertividade e a cooperação. O objetivo é encontrar uma solução conveniente e mutuamente aceitável que satisfaça as partes, o que pode significar dividir a diferença, trocar concessões ou buscar um meio-termo rápido. O estilo do compromisso estabelece em um meio-termo entre competir e acomodar, tratando uma questão mais diretamente do que evitar, mas não explora com tanta profundidade quanto na colaboração (MARTINELLI, 2020, p. 116). É uma estratégia útil quando ambas as partes têm interesses igualmente impor- tantes, mas pode resultar em soluções que não são totalmente satisfatórias. ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS Comunicação eficaz e assertiva A comunicação desempenha um papel crucial na administração de conflitos. A escuta ativa, a clareza na expressão de sentimentos e pontos de vista, e a capacida- de de fazer perguntas abertas são elementos essenciais para evitar mal-entendidos e promover a compreensão mútua. 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 Acomunicação assertiva envolve não apenas expressar suas opiniões e ne- cessidades de maneira direta e respeitosa, mas fazer isso sem ser agressivo ou passivo. Essa habilidade promove um ambiente de diálogo aberto e favorece a resolução colaborativa de conflitos. Capacidade de liderança e mediar com inteligência emocional Líderes e mediadores, com inteligência emocional, desempenham um papel vital na resolução de conflitos. Eles facilitam o diálogo entre as partes, visando garantir que o processo seja conduzido de maneira imparcial em busca do melhor resultado pos- sível. A liderança eficaz, aliada à inteligência emocional, se torna uma poderosa fer- ramenta que pode ajudar a canalizar a energia do conflito para soluções produtivas. Correta utilização das técnicas de negociação As técnicas de negociação envolvem a busca de um acordo mútuo por meio da exploração de interesses compartilhados e da identificação de áreas em que as partes podem ceder. Para contribuir e ampliar o tema, Chris Neck e Charles Manz (1995 apud OLIVEIRA, 2010) elaboraram pesquisas que identificam seis habilidades es- senciais complementares às apresentadas neste tema, com enfoque no ambiente organizacional. Para os pesquisadores, elas podem nos levar a uma situação de oportunidades ou ameaças. São elas: ■ Criar e manter o vínculo: isso inclui a capacidade de interagir, até mesmo com o adversário, mesmo que não seja necessário gostar dele, mas sim respeitá-lo e, acima de tudo, compartilhar um objetivo ou resultado comum a ser alcançado. ■ Estabelecer um diálogo interessante e saber negociar: isso envolve a in- clusão de negociações e concessões. ■ Saber levantar, no momento certo, uma questão polêmica e difícil: sem adotar uma postura agressiva ou hostil. ■ Entender a causa do conflito: isso pode envolver diferentes objetivos, in- teresses e valores pessoais. ■ Saber usar a lei da reciprocidade: ou seja, compreender que o que você dá é o que você recebe. 1 1 ■ Construir uma relação positiva: enquanto trabalha em direção a objetivos compartilhados. Além das habilidades mencionadas cabe ressaltar ainda que existe uma que, tam- bém, é de fundamental importância: trata-se da habilidade de prever conflitos potenciais. Uma abordagem proativa envolve a identificação de potenciais fontes de conflito antes que eles se intensifiquem. Isso pode ser alcançado por meio de um ambiente de trabalho aberto à comunicação, estratégias de resolução anteci- pada e desenvolvimento de normas e políticas claras. Técnicas de negociação e mediação de conflitos A negociação e a mediação desempenham um papel central em inúmeras facetas da vida, tanto no âmbito pessoal quanto profissional, e antes de explorarmos as téc- nicas, é fundamental destacar que em um processo de negociação: os dois ganham; os dois perdem; ou, então, um ganha e o outro perde. O ideal é buscar um caminho que seja salutar para ambos os lados, visando alcançar o chamado ganha-ganha. Esses processos são conduzidos por pessoas que precisam desempenhar tal papel com maestria, visando resultados benéficos para ambos os lados. Numa negociação, alguns fatores precisam ser observados pelos agentes envolvidos. Vasconcelos (2023) destaca sete elementos da negociação: RELACIONAMENTO Construa um relacionamento profissional e colaborativo com os outros negociadores. COMUNICAÇÃO Estabeleça uma comunicação bidirecional e acessível. Seja confiável e claro em suas mensagens. 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 INTERESSES Respeite os interesses das outras pessoas e informe claramente os seus interesses, sem a necessidade de revelar valores específicos. OPÇÕES Promova debates criativos para encontrar soluções que atendam aos interesses legíti- mos de todos os envolvidos, sem compromissos rígidos. LEGITIMIDADE Utilize padrões externos de equidade que sejam persuasivos para todos os envolvidos na negociação. MAAN (MELHOR ALTERNATIVA A UM ACORDO NEGOCIADO) Analise suas alternativas e as dos outros negociadores. Reconheça que qualquer acor- do é melhor do que sair da negociação sem nada. COMPROMISSOS Formule compromissos justos e realistas de ambos os lados da negociação. Nesse contexto, negociadores e mediadores desempenham papéis cruciais em processos de resolução de conflitos, fornecendo as bases para comunicação e acordo entre partes em disputa. A importância desses profissionais transcende a simples negociação de termos e condições. Eles atuam como facilitadores, cons- trutores de pontes e gestores de tensões. 1 1 Técnicas de negociação Negociar eficazmente requer entender princípios básicos, como por exemplo, separar pessoas do problema, focar em interesses em vez de posições, gerar op- ções de ganho mútuo e usar critérios objetivos para chegar a um acordo justo. A seguir, conforme proposto por Filardi e Murad (2014), serão apresentadas algumas técnicas utilizadas em situação de negociação de conflitos: ADIAR Adiar é interromper ou não iniciar um processo para retomá-lo posteriormente. AMEAÇA OU INTIMIDAÇÃO Técnica de ameaça visa enfraquecer o outro negociador, muitas vezes com base no poder, usando ameaças que podem ser de diferentes naturezas. Geralmente, a parte mais poderosa ameaça, podendo ser de forma física, psicológica ou moral. É impor- tante mostrar as consequências das perdas se o outro não ceder e, se necessário, sustentar a ameaça. AUTORIDADE LIMITADA Esperar o outro negociador posicionar-se e, em seguida, alegar a necessidade de aprovação de uma autoridade superior é uma técnica que valoriza concessões e minimiza desgastes na relação. Pode ser usada mesmo quando se tem autoridade, destacando a luta para conceder o que está sendo pedido. BAJULAÇÃO E CHARME Elogiar, sorrir e valorizar as propostas do outro pode conquistar simpatia e abrir espaço para futuras concessões, no entanto, deve ser feito com moderação, pois elogios em excesso podem ser desvalorizados por pessoas que entendem a tática ou gerar des- confiança em quem raramente recebe elogios. 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 BALÃO DE ENSAIO É uma maneira de testar o interesse e opiniões da outra parte acerca dos elementos da negociação, ajudando a avaliar sua postura. BOM E MAU A estratégia de ter um membro da equipe agindo como durão e outro como acessível, alternando os papéis ao longo da negociação, é eficaz para gerar simpatia e pressão, desde que não seja percebida pela outra parte. Em negociações prolongadas, é possí- vel surpreender ao inverter os papéis em torno de temas específicos. BREVE INTERRUPÇÃO A técnica ocorre durante a negociação, geralmente com uma pausa para café ou almoço. COBERTOR Envolve apresentar uma série de informações de uma vez só, confundindo a outra par- te e dispersando o que realmente é importante entre várias demandas, no entanto, é fundamental incluir muitas demandas que sejam dispensáveis para que a outra parte acredite que obteve várias concessões valiosas. COLCHETE Envolve negociar cada elemento separadamente, o que é eficaz em situações de conflito e ruptura de contrato. Isso ajuda a abordar as questões de maneira mais racio- nal, separando o componente emocional. Além disso, a sequência na utilização dos argumentos é crucial para um negociador eficaz. CONTROLE DE AGENDA Permite controlar o cronograma, a frequência dos encontros e o tempo dedicado a cada negociação. Geralmente, é vantajosa para as partes com mais poder, muitas vezes combi- nada com normas e padrões estabelecidos, sendo comum em empresas de grande porte. 1 4 DATA LIMITE Conhecer a data limite do outro negociador pode ser usado para criar urgência e pres- sionar a outra parte a tomar decisões rápidas para manter condições acordadas, como preço ou prazo de entrega. Esta tática pode ser combinada com a estratégia de adiar ou interromper, gerando impacto na negociação. DEBILITAR Significa aguardar a posição do outro negociador, fazendo objeções genéricas e se posicionando pouco. Estatática é eficaz quando se tem o poder de barganha, mas pode levar a acordos desfavoráveis quando usada em excesso, como deixar o forne- cedor esperando por horas antes de negociar. DRIBLE OU BLEFE É usada para aparentar interesse em uma proposta quando, na verdade, se busca ou- tra. Deve-se ter cuidado ao escolher o momento certo para mudar o foco e conquistar o que se deseja de fato. FALSO MEIO-TERMO Busca aparentar equilíbrio nas negociações, mas, na realidade, direciona os elementos de forma a beneficiar uma parte e impor maiores obrigações à outra. Ao elaborar contratos, é importante analisar os detalhes e cláusulas de ruptura, considerando os impactos para ambas as partes. FATO CONSUMADO Visa fazer com que o outro aceite a situação conforme apresentada, sem considerar mudanças, desencorajando qualquer esforço de negociação. Geralmente, é utilizada por quem possui maior poder de barganha, impondo condições, especialmente em negociações com empresas menores ou clientes pessoa física. 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 INTÉRPRETES Um intérprete pode atuar como tradutor de idiomas em negociações internacionais ou ser um especialista na equipe que analisa a proposta da outra parte e traduz questões técnicas. Por exemplo, alguém do departamento jurídico pode avaliar se os termos contratuais atendem aos interesses da empresa, embora sua autoridade seja limitada. LINGUAGEM CORPORAL Suas expressões faciais, linguagem corporal e vestimenta comunicam mensagens, portanto, aproveite-as para demonstrar poder ou fraqueza conforme necessário. Além disso, compreender a linguagem corporal dos outros auxilia na identificação de suas verdadeiras intenções e interesses, tornando-o um hábil leitor de pessoas. LOCAL DAS REUNIÕES A escolha do local das reuniões desempenha um papel crucial. Pode ocorrer em seu ambiente, no ambiente do outro ou em um local neutro. Em seu ambiente, você tem controle, pode impressionar, mas também está vulnerável. No ambiente do outro, a dinâmica se inverte, permitindo observações valiosas. Locais neutros são ideais para conflitos ou primeiros encontros. MANTER A INICIATIVA Quem inicia a negociação tem vantagens, definindo o tom e ritmo, mas também ex- pondo estratégias. Manter a iniciativa circunscreve aos seus interesses. NORMAS E PADRÕES São modelos de contrato, regras, e regulamentos que determinam o ritmo e as condi- ções da negociação, como as leis de licitação governamental. PRECEDENTE Uma forma de fundamentar sua argumentação é com base em fatos anteriores, como negociações anteriores entre as partes ou casos públicos de referência. 1 6 PROMESSAS Evite promessas vazias, pois prometer algo implica em um compromisso real. Promes- sas podem ser usadas como parte de uma troca na negociação, mas é importante cumprir o que foi prometido para manter a credibilidade. Tenha cuidado para não criar conflitos internos entre a equipe de vendas e a equipe de execução. PROTELAR A procrastinação pode ser usada para ganhar tempo e refletir sobre o rumo da nego- ciação. Isso pode ser feito pedindo mudanças no projeto, detalhamentos financeiros adicionais ou agendando novas apresentações para membros da empresa que esta- rão disponíveis no futuro. REVERSÃO A reversão estratégica visa surpreender a outra parte ao apresentar uma proposição oposta à esperada. Isso pode revelar o que é verdadeiramente relevante para eles e proporcionar oportunidades para obter concessões importantes. RETIRADA APARENTE OU IMPASSE Envolve fazer a outra parte acreditar que não estamos dispostos a manter o acordo, levando-os a fazer concessões. É mais eficaz quando se tem mais poder na relação, mas é importante deixar uma âncora para a possibilidade de ceder sem contradição. SALAME A técnica de conquistar necessidades fatia por fatia envolve abordar a negociação em etapas, obtendo o que é necessário gradualmente em vez de buscar tudo de uma só vez. SILÊNCIO Envolve esperar o momento certo para responder. Frequentemente, respondendo com outra pergunta. É útil em situações de tensão ou quando a outra parte recorre a ameaças ou intimidação. 1 7 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 SUBSTITUIÇÃO DE NEGOCIADORES Usar um impasse estrategicamente pode ser uma maneira eficaz de substituir a ne- gociação quando necessário, no entanto, é crucial empregar essa tática com cautela, reservando-a para situações em que pode gerar vantagens claras. SURPRESA Surpreender e antecipar. Como um jogador de xadrez, um bom negociador prevê movimentos e surpreende com informações inesperadas, evitando previsibilidade. Preparação e pesquisa são essenciais. TORRENTE DE INFORMAÇÕES Tática do foco nas informações: similar à tática do cobertor, mas com ênfase em infor- mações sobre produtos, serviços e diferenciais. Comum em negociações de vendas. Conforme proposto por Miklos e Miklos (2021), são apresentadas algumas téc- nicas utilizadas em situação de negociação de conflitos. Vamos identificar cada uma delas? ■ Identificação do problema: neste estágio, é essencial definir claramente o objetivo da resolução de conflitos. Isso requer a coleta de informações relevantes acerca do problema e a diferenciação entre fatos reais e supo- sições. Por exemplo, em uma disputa entre colegas de trabalho, identificar o problema específico, como a falta de comunicação eficaz. ■ Reformulação: a reformulação envolve uma mudança na perspectiva con- ceitual ou emocional do problema. Significa atribuir um novo significado à situação, não aos fatos em si. Por exemplo, em um conflito entre mem- bros de uma equipe, reformular o problema como uma oportunidade para aprimorar as habilidades de colaboração em vez de uma disputa de egos. ■ Conotação positiva do conflito: essa técnica visa transformar conflitos em temas de interesse comum, destacando as qualidades positivas das pes- 1 8 soas envolvidas. Por exemplo, ao resolver um desacordo entre colegas, enfo- car as habilidades individuais de cada um e como podem se complementar. ■ Foco nos conflitos, não nas pessoas: é importante evitar que as questões pessoais se sobressaiam em uma negociação de resolução de conflitos. Isso significa concentrar-se na resolução do problema em si, não em quem está envolvido. Por exemplo, em uma disputa familiar sobre herança, evitar acusações pessoais e focar nas opções de partilha justa. ■ Concentrar-se nos interesses: aqui é crucial identificar os interesses subjacentes das partes envolvidas, em vez de suas posições iniciais rígi- das. Por exemplo, em uma negociação entre um cliente e um fornecedor, descobrir que o interesse principal do cliente é garantir um fornecimento estável, não apenas reduzir os custos. ■ Encontrar critérios objetivos: encontrar critérios objetivos ajuda a al- cançar um acordo justo e razoável. Por exemplo, ao negociar prazos de entrega de um projeto, usar benchmarks da indústria para determinar um prazo realista. ■ Busca de opções de ganhos mútuos: promover opções que beneficiem todas as partes facilita a resolução de conflitos. Por exemplo, em uma ne- gociação salarial, explorar a possibilidade de oferecer benefícios adicionais que sejam valorizados tanto pelo empregador quanto pelo empregado. Técnicas de mediação A mediação é um processo que envolve uma terceira pessoa, imparcial, com obje- tivo de facilitar a comunicação entre as partes envolvidas no conflito, ajudando-as a explorar interesses e encontrar soluções. Dentre as principais características, destacamos os seguintes aspectos: saber ouvir atentamente, fazer perguntas aber- tas e manter o foco na resolução, não na culpa. A fim de extrair o melhor resultado possível do processo de mediação, a organização requer que seja dividida em etapas, o que torna a administração dos conflitos mais didática, uma vez que as dificuldades causadas pelo desgaste emocional podem complicar sua gestão. Isso ressalta a importância do mediador e das técnicas de mediação nesse contexto.1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 PRÉ-MEDIAÇÃO Primeiro contato. Estabelecem-se as regras e a confiança. ABERTURA Esclarecimentos e conhecimento das formas de comunicação. INVESTIGAÇÃO Formulação de perguntas para conhecer em pro- fundidade o problema. AGENDA Organização dos temas inerentes ao conflito. CRIANDO OPÇÕES Busca de eventuais soluções para o conflito AVALIANDO OPÇÕES Avaliação acerca da viabilidade das opções. ESCOLHA DE OPÇÕES Escolha das opções visando à solução do conflito. SOLUÇÕES Final do processo. Resolução e transformação. Quadro 1 – Técnicas de Mediação Fonte: Miklos e Miklos (2021, p. 30). No ambiente organizacional, gestores, frequentemente, dedicam uma parte signi- ficativa de seu tempo à resolução de conflitos entre seus subordinados. Por vezes, atuam como mediadores, desempenhando o papel de terceiros que intervêm para facilitar a solução de desentendimentos entre outras pessoas. Uma intervenção adequada por parte de terceiros, quando realizada de maneira eficaz, pode re- sultar em melhorias nas relações de trabalho e auxiliar as partes envolvidas a aprimorar suas habilidades em gestão de conflitos, comunicação e resolução de problemas (BATEMAN; SNELL, 2012). Vantagens e desvantagens de contar com uma terceira parte para solucionar conflitos: 1 1 Quadro 2 – Vantagens e desvantagens da mediação Fonte: Lewicki et al. (2002 apud MARTINELLI, 2020). Vamos retornar ao caso da empresa Global Solutions, e entender como a media- ção ajudou no processo de resolução do conflito. Como vimos, a rivalidade entre Sandra e Alan chegou a um ponto crítico, ameaçando a harmonia da empresa. A alta administração percebeu que era necessário intervir e optou por trazer um mediador experiente para gerenciar a crise. O mediador, chamado Roberto, era conhecido por suas habilidades excep- cionais em comunicação eficaz e assertiva. Ele era líder reconhecido no campo da inteligência emocional e tinha um profundo entendimento das técnicas de negociação e mediação de conflitos. VANTAGENS DESVANTAGENS As partes ganham tempo para se acalmar. Potencial enfraquecimento da imagem das partes. Melhoria na comunicação. Perda de controle do processo ou resultados. Ajuda na priorização de questões importantes. Melhora o clima organizacional. Facilita a busca por melhorar relacionamentos. Estabelecimento de uma estrutura de tempo. Controle de custos crescentes do conflito. Aprendizado sobre como resolver disputas. Possibilidade de alcançar resoluções efetivas. 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 Ele iniciou identificando claramente o problema subjacente: as metas conflitantes de Sandra e Alan e a ameaça que isso representava para a empresa. Ele reformulou a situação, destacando que essa divergência poderia ser vista como uma oportu- nidade para a empresa diversificar suas estratégias. Roberto também promoveu uma conotação positiva do conflito, enfati- zando as qualidades individuais de Sandra e Alan e como suas perspectivas poderiam se complementar. Durante as reuniões de mediação, Roberto focou nas questões em jogo, não nas personalidades envolvidas. Ele incentivou Sandra e Alan a expressarem seus interesses e ajudou a identificar pontos em que poderiam ceder para alcançar um compromisso satisfatório. O mediador trouxe critérios objetivos para a discussão, usando benchmar- ks do setor para determinar metas realistas tanto para a expansão nacional quanto internacional. Ao adotar a busca por opções de ganhos mútuos, ajudou Sandra e Alan a explorar alternativas que beneficiassem ambas as equipes e a empresa como um todo. Eles começaram a ver a possibilidade de colaborar em projetos específicos que atendessem às necessidades de ambas as direções estratégicas. Graças às habilidades de Roberto como mediador, o conflito entre Sandra e Alan foi resolvido de maneira construtiva. Eles concordaram em alocar recursos de forma equilibrada entre a expansão nacional e internacional, reconhecendo que ambas as estratégias eram vitais para o sucesso da organização. Administração, prevenção e gestão de crises Estudante, ao longo deste tema ficou claro que a administração de conflitos é uma habilidade crucial no mundo empresarial e social. A partir de agora, vamos explorar um pouco mais as formas de gerenciar conflitos. Hampton (1991 apud MARTINELLI, 2020) identifica quatro modos distintos de abordar conflitos, cada um com suas características e aplicabilidades. Vamos analisar esses modos adicionando exemplos práticos. 1 1 Relacione a frase com o exemplo que se encaixe: a) A acomodação envolve minimizar o conflito, muitas vezes escondendo problemas, o que pode ser prejudicial. b) Na dominação, uma parte impõe sua solução preferida de forma intensa, ignorando as preocupações dos outros. c) O compromisso envolve ceder um pouco de cada lado para resolver o conflito, no entanto, nem sempre satisfaz completamente ambas as partes. d) A solução integrativa de problemas busca atender completamente aos interesses de ambas as partes. É baseada na colaboração e na busca por uma solução “ganha-ganha”. ) ( Imagine um colega que não concorda em como você executa de maneira incorreta uma tarefa, mas, em vez de expressar suas preocupações, ele fica em silêncio para evitar conflitos. Isso pode resultar em erros não detecta- dos e insatisfação não resolvida. ) ( Um gerente que impõe regras estritas sem ouvir as sugestões de sua equi- pe pode causar ressentimento e insatisfação. ) ( Imagine dois sócios de um negócio com visões diferentes do futuro da empresa. Eles podem concordar em fazer algumas mudanças, mas ambos terão que abrir mão de suas visões ideais, ceder para resolver. ) ( Dois colegas que discordam sobre a configuração de uma sala podem encontrar uma solução integrativa ao abrir uma janela ao lado, atendendo às necessidades de ambos. É claro que administrar conflitos é crucial para nossa vida, tanto pessoal quanto profissional, porém, acima disso, é muito importante desenvolver a capacidade de identificar sinais precoces de possíveis crises. Esse é um passo crucial para evitar conflitos em estágios avançados. A observação de mudanças de comportamento, comunicação não usual e tensões latentes pode ajudar na prevenção. 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 “ A prevenção é um dos pilares do que se convencionou chamar de gestão de riscos. O objetivo da boa gestão de riscos é evitar que a crise aconteça. No entanto, se ela ocorrer, assumir o controle da situação para minimizar o potencial de dano causado ao negócio e à reputação da organização (FORNI, 2022, p. 57). Quando as crises ocorrem, é fundamental ter um plano de ação claro. Isso inclui definir papéis e responsabilidades, manter a comunicação transparente e trabalhar para soluções rápidas. No contexto da gestão da crise, oito passos são considerados essenciais para a resolução de conflitos, segundo Weeks (1992 apud MARTINELLI, 2015, p. 42), a saber: “ • criar uma atmosfera efetiva; • esclarecer as percepções; • concentrar-se em necessidades individuais e compartilhadas; • construir um poder positivo compartilhado; • olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado; • gerar opções; • desenvolver “degraus”: as “pedras dos passos” para a ação; • estabelecer acordos de benefícios mútuos. O gerenciamento adequado pode minimizar os danos e restaurar a confiança. Por esse motivo, complementando o assunto, Forni (2022) destaca, além dos já supracitados aqui, outros fatores básicos para o gerenciamento de crises: ■ um plano de crise simples e flexível; ■ liderança forte e decisiva; ■ porta-voz preparado com mensagens-chave prontas; ■ identificação e estabelecimento de relação com diversos stakeholders, es- pecialmente os envolvidos na crise; ■ timing da resposta, que deve ser rápida e esclarecedora, especialmente nas redes sociais; ■ plano de comunicação, com ênfase na comunicação interna e na relação com a mídia. 1 4 As crises oferecem oportunidadesde aprendizado valiosas. Analisar o que deu errado, como foi gerenciado e o que pode ser melhorado ajuda a fortalecer a preparação para o futuro e a construir resiliência organizacional. Livro: Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas Organizador: Dale Carnegie Editora: Companhia Editora Nacional Ano: 2012 Sobre o livro: para aprimorar suas competências na gestão de conflitos, recomendamos a leitura de um livro de Dale Car- negie. Este guia aborda tópicos cruciais, como comunicação, empatia, estratégia, negociação e resolução de conflitos. Ele destaca a importância da comunicação eficaz e da empatia, elementos essenciais na gestão de conflitos. A capacidade de comunicar-se claramente e compreender perspectivas alheias é fundamental para resolver conflitos construtivamente. Além disso, o livro oferece orientações sobre influenciar pessoas de forma positiva, algo relevante na negociação e colaboração para resolver conflitos. INDICAÇÃO DE LIVRO Após pensar e analisar criticamente a importância da administração de conflitos, bem como suas diferentes formas de manifestação, abordagens e estratégias aplicadas ao processo de negociação e administração de conflitos, convidamos você a assistir o vídeo Prosperando no caos: a importância da negociação para gerenciar situações de conflitos. Aperte o play e aproveite! Recursos de mídia dis- poníveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem EM FOCO 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 NOVOS DESAFIOS Ao longo deste tema, estudante, você pode perceber que a administração de confli- tos é uma habilidade de valor incalculável, que ultrapassa todos os aspectos da vida pessoal e profissional. Mergulhamos na esfera dos conflitos, desde suas raízes até as táticas que nos permitem lidar com eles de maneira construtiva. À medida que você avança em sua jornada, adquire um conjunto essencial de habilidades (skills), como a capacidade de se conhecer, se apreciar e cuidar de sua inteligência emocional. Ao compreender as nuances dos conflitos, é possível entender que a com- preensão da diversidade humana e reconhecimento das suas próprias emoções e as dos outros, demonstrando autoconsciência e a capacidade de lidar com essas situações de maneira assertiva e saudável, torna-se parte essencial e fundamental do processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Afinal, o pensamento crítico e analítico que você desenvolveu durante essa jornada lhe permite, agora, avaliar, melhor ainda, conflitos sob diversas perspectivas, enquan- to busca a melhor opção para tomada de decisão e a resolução de problemas. Mais do que isso, sua capacidade ética e autorregulação garantem que você lide com conflitos de maneira justa e igualitária: isenta. Mantendo seus princípios e valores inalterados. Ao concluir essa jornada em sua vida, você se torna não apenas um “apagador de incêndios” em conflitos, mas também um construtor de ambientes saudáveis em sua vida pessoal e profissional. Por meio do desenvolvimento de habilidades, como comunicação eficaz, inteligência emocional, negociação e mediação, você estará preparado para enfrentar os desafios que os conflitos apresentam. À medida que avançamos em nossas jornadas pessoais e profissionais, devemos utilizar esses conhecimentos e habilidades para cultivar ambientes de convívio e de trabalho saudáveis, construir relacionamentos positivos e contribuir para o crescimento e sucesso tanto no que diz respeito ao pessoal, bem como ao profissional. Agora, é com você! Leve consigo essas habilidades e competências profissio- nais, aplicando-as em sua jornada contínua. Cultive relacionamentos positivos, promova ambientes saudáveis e contribua para o crescimento e sucesso, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Lembre-se de que a administração de conflitos é mais do que uma habilidade, é uma ferramenta poderosa para moldar um futuro mais harmonioso e produtivo. 1 6 1. A perspectiva contemporânea da gestão reconhece que os conflitos são inescapáveis e, em alguns casos, até benéficos, pois permitem que a organização identifique áreas de aprimoramento. Nessa abordagem, os conflitos são vistos como disfuncionais quando cau- sam danos à organização e como funcionais quando contribuem para o aprimoramento da empresa. Em uma organização que adota a perspectiva contemporânea da gestão, os conflitos são vistos como: a) Inevitáveis e sempre prejudiciais à organização. b) Inevitáveis e úteis para identificar áreas de aprimoramento. c) Totalmente evitáveis e, portanto, não relevantes para a empresa. d) Sempre benéficos, independentemente de suas consequências. e) Funcionais apenas quando não causam danos à organização. 2. Os conflitos são uma realidade inerente às dinâmicas organizacionais, podendo assumir diferentes formas e níveis de complexidade. De acordo com a literatura sobre gestão de conflitos, podemos identificar quatro principais categorias de conflitos nas organizações: intrapessoal, interpessoal, intergrupo e interorganizacional. Diante do exposto, avalie as afirmativas a seguir: I - Os conflitos intrapessoais, que envolvem a pessoa individualmente, podem ser classifi- cados em três tipos principais: conflito de aproximação-aproximação, conflito de evita- ção-evitação e conflito de aproximação-evitação. II - O conflito de aproximação-evitação ocorre quando uma pessoa precisa tomar uma deci- são sobre algo que tem consequências tanto positivas quanto negativas, como receber uma oferta de emprego com um salário maior, mas que exige uma carga horária de trabalho muito maior. III - O conflito interpessoal é caracterizado por desentendimentos entre duas ou mais pes- soas posicionadas em lados opostos, podendo envolver elementos de natureza subs- tantiva, emocional ou ambos. IV - Dentro das organizações, os conflitos entre grupos também são uma realidade, podendo ser influenciados por fatores tanto substanciais quanto emocionais. ATIVIDADES 1 7 É correto o que se afirma em: a) a) I, apenas. b) b) II e III, apenas. c) c) II e IV, apenas. d) d) I, III e IV apenas. e) e) I, II, III e IV. 3. O conflito não se limita a ocorrer exclusivamente entre duas pessoas; ele pode surgir entre dois grupos, entre um grupo e um indivíduo, entre uma organização e um grupo e assim por diante. Nesse contexto, fica evidente que o conflito está intrinsecamente relacionado à frustração, que pode ser seu gatilho. Reconhecendo esse processo, torna-se claro que o fenômeno do conflito pode ter resultados construtivos ou destrutivos, dependendo de como é gerenciado. Conflitos organizacionais podem envolver diversos atores, incluindo grupos, indivíduos e organizações, e estão intrinsecamente relacionados à frustração como possível gatilho. Considerando essa perspectiva, é correto afirmar que: a) a) Os conflitos organizacionais são sempre destrutivos e não têm resultados construtivos. b) b) Os conflitos organizacionais, geralmente, ocorrem apenas entre indivíduos. c) c) Os conflitos organizacionais são sempre construtivos, independentemente de suas causas. d) d) Os conflitos organizacionais podem ter resultados construtivos ou destrutivos, depen- dendo de como são gerenciados. e) e) A frustração não está relacionada ao surgimento de conflitos organizacionais. ATIVIDADES 1 8 REFERÊNCIAS BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração. Porto Alegre: Grupo A, 2012. BURBRIDGE, R. M.; BURBRIDGE, A. Gestão de conflitos: desafio do mundo corporativo. São Paulo: Saraiva, 2012. FILARDI, F.; MURAD, E. G. Negociação empresarial: estratégias, técnicas e ferramentas práticas para melhorar seus resultados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. FORNI, J. J. Gestão de crises e comunicação. São Paulo: Atlas, 2022. MARTINELLI, D. P. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha-ganha com o me- lhor estilo. São Paulo: Atlas, 2020. MIKLOS, J.; MIKLOS, S. Mediação de conflitos. São Paulo: Érica, 2021. OLIVEIRA, D. de P. R. de. Gestãopara resultados: atuação, conhecimentos, habilidades. São Paulo: Atlas, 2010. SCHERMERHORN JR., J. R.; HUNT, J. G.; OSBORN, R. N. Fundamentos de comportamento orga- nizacional. Porto Alegre: Grupo A, 2007. SCHERMERHORN JR., J. R.; HUNT, J. G.; OSBORN, R. N. Negociação empresarial: enfoque sistê- mico e visão estratégica. Barueri: Manole, 2015. TAJRA, S. F. Comunicação e negociação: conceitos e práticas organizacionais. São Paulo: Érica, 2014. VASCONCELOS, C. E. de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. 1 9 1 Opção B Correta – Inevitáveis e úteis para identificar áreas de aprimoramento. De acordo com a perspectiva contemporânea da gestão, os conflitos são vistos como inescapáveis, o que significa que eles são inevitáveis e podem ocorrer em qualquer organização. Além disso, essa abordagem considera os conflitos como úteis para identificar áreas de aprimoramento na organização, destacando sua função construtiva. a) Esta opção afirma que os conflitos são sempre prejudiciais à organização, o que não é o entendimento da perspectiva contemporânea da gestão. c) Esta opção afirma que os conflitos são totalmente evitáveis, o que não está alinhado com a perspectiva contemporânea que reconhece sua inevitabilidade. d) Esta opção afirma que os conflitos são sempre benéficos, independentemente de suas consequências, o que não é uma visão realista da gestão de conflitos. e) Esta opção afirma que os conflitos são funcionais apenas quando não causam danos à organização, o que não reflete o entendimento de que eles podem ser úteis para identificar áreas de aprimoramento, mesmo que possam causar algum dano temporário. 2 Opção E Conforme material de estudos, de acordo com Schermerhorn Jr., Hunt e Osborn (2007) todas as alternativas estão corretas. 3 Opção D O texto base afirma que o conflito organizacional pode ter resultados construtivos ou des- trutivos, dependendo de como é gerenciado. Isso implica que o gerenciamento adequado do conflito pode levar a resultados construtivos. a) Esta opção afirma que os conflitos organizacionais são sempre destrutivos, o que não é verdade, como mencionado no texto. b) Esta opção afirma que os conflitos organizacionais, geralmente, ocorrem apenas entre indivíduos, o que não está alinhado com a afirmação do texto de que os conflitos podem envolver grupos, organizações etc. c) Esta opção afirma que os conflitos organizacionais são sempre construtivos, o que não reflete a compreensão do texto de que eles podem ser destrutivos dependendo de como são gerenciados. e) Esta opção nega a relação entre frustração e surgimento de conflitos organizacionais, o que é mencionado no texto como um possível gatilho para o conflito, portanto, está incorreta. GABARITO 4 1 ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO