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Queremos nos referir a um proble-
ma que causa, de vez em quando,
sérios problemas ü Loja e, em particu-
lar, ao Venerável , que em última análi-
se, é sempre o mais atingido. Isto por-
que. na maioria das vezes, um Irmão
que deposita uma bola preta, quando
do escrutínio secreto, o faz para de-
monstrar o seu desagrado em razão de
algum interesse contrariado ou pleito
não atendido, ou mesmo, embora rara-
mente, antipatia pessoal.
Assim como criticamos as sin-
dicáncias mal elaboradas, também não
aceitamos o fato de um Irmão se es-
conder no anonimato de uma esfera
negra. É legal, mas não é mo-
ral. ..
Temos participado de inu-
meras sindicáncias. Procuramos,
todas as vezes, conhecer pessoal-
mente o procedimento do profa-
no no inundo dos negócios, pre-
ferentemente junto a outros Irmã-
os que exerçam as atividades do
pesqu isado.
Importante, da mesma t(lr-
ma. é a sondagem junto às enti-
dades sociais e esportivas fre-
qüentadas pelo candidato e seus
familiares.
Em nossos regulamentos tam-
hém é determinado que seja registrada
a manifestação da esposa do candidato
a respeito de sua concordância ao in-
gresso do marido na Maçonaria. lsto,
obviamente, sCl é possível se os sindi-
cantes forem Ü residência do profano.
É impressionante a expectativa
de toda a t~II11Ília. A forma como os
xindicantes são recebidos no lar de
cada candidato chega a emocionar. É
criada uma aura de enorme expectati-
va, que não pode ser frustrada, sob
pena de serem causados males, em
certos casos ir reversíveis, até na que-
hra de amizade com o proponente, que
na maioria das vezes, também apresen-
ta laços tamil iares. O profano, por não
conhecer o esquema do escrutínio se-
creto, acha que o padrinho é quem to-
IllOU a iniciativa de impedir a sua ini-
ciacão.
o PRUMO - NQ 98
A BOLA PRETA
Ir:. Umberto Fernandes
Ames da expedição das sindi-
câncias, é afixada a proposta no qua-
dro apropriado. Se algum Irmão tiver
conhecimento de qualquer restrição,
deve, como é sabido, procurar o Vene-
rável para colocá-lu a par de suas oh-
jecões, que muitas vezes podem até ser
juxtificadas, já que toda a "estória"
como a moeda, tem duas faces.
Depois, há ainda a publicação
no Boletim Oficial, dando-se novo pra-
zo para impugnacão, em termos de
toda a Federação, além da puhl icacão
nos boletins dos Grandes Orientes Es-
taduaix.
O que não pode acontecer é a
«O que não pode acontecer é
a ausência de qualquer
manifestação e, no dia do
escrutinio, surgirem várias
esferas negras, inabilitando o
cidadão proposto»
ausência de qualquer manifestação e,
no dia do escrutínio, surgirem várias
esferas negras, inabilitando o cidadão
proposto.
É uma forma inquisitorial de
condenar sem dar direito à defesa.
Afirma-se assim que o macorn está
acima de qualquer erro, como se fosse
intalível e que por ser humano, não o
é.
Acreditamos ser necessário um
trabalho para que haja mudança na
forma como são escrutinados os postu-
lantes. Não se pode continuar jogando
com a honorabil idade dos candidatos,
sem que seja dado o direito de defesa.
ão sabemos de que forma, mas algo
precisa ser feito.
A renovação do processo após
um ano representa um período, julga-
mos. muito longo. ão estamos consi-
derando aqueles candidatos que devam
ser inscritos no Livro Negro. Neste
caso, punido deve ser o padrinho pela
indicação de candidato indigno. "Diz-
tne com quem andas e dir-te-ei quem
és", justifica procedimento mais seve-
ro com o proponente.
Mas, recusar um candidato por
pura retaliação não é um procedimento
correto, nem mesmo no mundo profa-
no, onde os 'interesses em jogo, muitas
vezes, servem de justificativa para
ações torpes.
O estado de espírito do Venerá-
vel e dos sindicantes - que se expuse-
ram - deve ser de desencanto, até de
revolta, porque se houvesse qualquer
manifestacão prévia ao Venerável, ou-
tro poderia ser o desfecho do es-
crutínio, pelos esclarecimentos
que poderiam ser dados, pelo
adiamento para melhor estudo ou
mesmo pela retirada da proposta.
Felizmente, por duas vezes
no desempenho do cargo de Ve-
nerável, jamais tivemos o despra-
zer de ver um candidato recusa-
do, porque procurávamos manter
sempre acesa a chama da respon-
sabil idade entre os Obreiros,
através de wn diálogo franco,
responsável e aberto.
Esperamos que algwna altera-
cão possa ser feita, obrigando a que os
depositários das esferas de recusa se
manifestem em Loja aberta, a respeito
do seu procedimento. Que cada wn,
de maneira responsável, assuma o seu
ato, numa verdadeira demonstração de
sua condição de Maçom, que não
pode, embora os regulamentos lhe per-
mitam, esconder-se nwna oportunida-
de de tanta relevância. Pode ser legal,
mas não é moral, repetimos.
Que seja estudada uma forma
de dar maiores garantias aos candida-
tos e principalmente à sua respeitabili-
dade, quando em risco, o que infeliz-
mente não tem acontecido. Conhece-
mos vários e tristes casos. Aqui fica a
sugestão. Que algo seja feito, pois a
Maçonaria não pode ficar exposta ao
livre arbítrio de alguns e poucos Irmã-
os que, infelizmente, não foram recu-
sados nas devidas oportunidades. +
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