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Leishmanioses UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE TRIPANOSOMATIDAE KINETOPLASTIDA LeishmaniaCrithidia Leptomonas HerpetomonasBlastocrithidia Sauroleishmania Trypanosoma Phytomonas Endotrypanum Leishmania L. donovani L. tropica L. major L. aethiopica L. mexicana L. archibaldi L. chagasi* L. donovani L. infantum L. tropica L. major L. aethiopica L. amazonensis* L. garnhami L. mexicana* L. pifanoi L. venezuelensis L. enrietti L. aristidesi Viannia L. braziliensis L. guyanensis L. braziliensis* L. peruviana L. lainsoni* L. naiffi* L. shawi* L. guyanensis* L. panamensis L. hertigi L. hertigi L. deanei Adaptado de Lainson & Shaw, 1979 Taxonomia Histórico ❑ Século I d.C.: descrições de lesões (botão do oriente) / pré- inca ❑ Oviedo (1535) e Pizarro (1571) Lesões com destruição do nariz na região cocaleira ❑ Cunningham (1885) observou parasitos (Índia) em casos de leishmaniose visceral ❑ Wright (1903) descobre o agente etiológico do botão do oriente (L. tropica). ❑ No Brasil: Gaspar Viana (1911) descobre parasitos na úlcera de bauru. (L braziliensis) ❑ Gaspar Viana: Tártaro emético Epidemiologia Notificação obrigatória ❑ Em 32 dos 88 países onde as leishmanioses são prevalentes Reservatórios Morfologia ❑Amastigotas ✓ Ovóides (4 m de comp) ✓ Núcleo grande ✓Anaeróbicos Promastigotas ✓ 15-25 m ✓Aeróbicos, adaptam-se a condições de baixa tensão de O2. ✓Presença de moléculas responsáveis pela invasão de macrófagos • Ciclo antroponótico: LTA e LV (L. donovani) • Ciclo Zoonótico: LV (L. infantum; L. chagasi) Costa, 2012 Vetor ❑ Família Psychodidae ➢ Duas subfamílias: ✓ Psychodinae: mosquitinho-da-latrina Gêneros Psychoda e Telmatoscopus: Envolvidos em casos de pseudomiíases. ✓ Phlebotominae: mosquito-palha, cangalhinha ✓Das 554 espécies americanas, ~40 podem estar envolvidas na veiculação de Leishmania; • ✓ Várias espécies são ecléticas, (Lu. longipalpis alimenta-se de aves e vários mamíferos) No novo mundo, Gênero Lutzomyia Atraído pela luz, fêmeas hematófagas (sangue p/ oviposição) (2-4 mm) Machos (sucos vegetais) A variação de densidade do inseto (chuvas, multiplicação), segundo os meses do ano – curva de incidência da doença. No velho mundo, Gênero Phlebotomus Vetor Vetor Patogenia e sintomas ❑ Parasitas DE CÉLULAS DO SISTEMA FAGOCÍTICO MONUCLEAR ❑Manifestações clínicas: ✓ Leishmaniose tegumentar • Cutânea • Mucocutânea ✓ Leishmaniose visceral Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) ❑ Leishmaniose cutânea (benigna) ✓ Leishmania (Leishmania) amazonensis ✓Leishmania (Leishmania) mexicana ✓Leishmania (Viannia) braziliensis NÓDULO ULCERAÇÃO INICIAL ÚLCERA ESTABILIZADA COM LESÃO SATÉLITE LESÃO CICATRIZADA epiderme intacta forte infiltrado de macrófagos numerosos parasitos ulceração superficial linfocitos e macrófagos numerosos parasitos úlcera profunda processo inflamatório ativo na periferia lesões satélites poucos parasitos leve depressão na pele epiderme fina fibrose dérmica ausência de parasitos Leishmaniose mucocutânea ✓ Leishmania (Viannia) braziliensis ✓Leishmania (V.) guyanensis ❑ Úlcera de Bauru ✓ Lesão cutânea inicial: pápula ou nódulo no local da picada (área inflamatória na derme, com infil. Monoc.) ✓ Ulceração crônica, indolor com contornos regulares e fundo granuloso (necrose e ulceração da epiderme e derme com mo, PMN, infiltrado difuso celular ou granulomatoso, poucos parasitas). ✓ Lesão ulcerosa mais típica (cura espontânea, meses) 15-20% dos casos após anos (e 2% após um diagnóstico rápido e tratamento) evoluem para Leishmaniose MC (lesão secundária na mucosa naso-faríngea = Espundia ou ferida brava) ❑ Inicialmente: congestão e edema do nariz ❑ Destruição tissular progressiva do septo nasal (linfócitos, plasmócitos, fibrose). ❑ Cartilagem destruída. ❑ Poucos parasitas ✓ Via linfática ou hematogênica ✓Podem ocorrer problemas respiratórios ✓Infecções secundárias Leishmaniose mucocutânea Evolução da Leishmaniose mucocutânea Leishmaniose visceral (Kala-azar) ❑ L (L) chagasi; L (L) donovani ❑ Lesão cutânea primária em alguns casos ❑ período de incubação (dias-meses) ❑ Febres regulares (40,6 C) ✓Hepato e esplenomagalia (dor abdominal) ✓Albumina/globulina: relação invertida ✓Anemia (+grave em crianças) ✓ Granulocitopenia Aguda—morte em poucas semanas subaguda—1 ano crônica—2-3 anos Morte: complicações hemorrágicas, anemia profunda Por que há diversidade de patologia? ❑ Tropismo (temperatura) ❑ Diferenças nos genótipos das espécies (aprox. 15% nas seq. DNA) ❑ Complexidade das interações entre o parasita e SI ❑ Espécies Hipótese para explicar a cura espontânea da leishmaniose cutânea Diagnóstico LTA Gontijo et al., 2003 LTA ❑ Clínico: Aspecto da lesão ❑ Detecção direta do parasita ✓ Biópsia (material corado; cultura; inóculo em animais) ✓ Cutânea: lesões recentes mais facilmente encontrado ✓ Mucosa (-) ✓ Difusa (++) ❑ Testes sorológicos (reação cruzada com DC) ✓ RIFI Cutânea: títulos baixos (70%) o Mucosa: títulos mais altos (100%) o Lesões recentes (1 a 6 meses): RIFI negativa ✓ Reação de hipersensibilidade tardia (teste de Montenegro) ✓ Positiva após 4 meses ✓Cutânea ( + ) lesões mais antigas ✓ Mucosa ( + ) estado hiperreativo ❑ Leishmaniose Visceral: ✓ Demonstração do parasita (punção esplênica ou crista ilíaca, aspiração de linfonodos ✓(material corado; cultura; inóculo em animais) ❑ Testes sorológicos: RIFI e ELISA (rK39) Infection Drug Adult dosage Pediatric dosage LEISHMANIASIS Drug of choice: Sodium stibogluconate* 20 mg Sb/kg/d IV or IM x 20-28d 20 mg Sb/kg/d IV or IM x 20-28d OR Meglumine antimonate* 20 mg Sb/kg/d IV or IM x 20-27d 20 mg Sb/kg/d IV or IM x 20-28d OR Amphotericin B 0.5 to 1 mg/kg IV daily or every 2d 0.5 to 1 mg/kg IV daily or every 2d for up to 8 wks for up to 8 wks OR Liposomal 3 mg/kg/d (days 1-5) and 3 mg/kg/d 3 mg/kg/d (days 1-5) and 3 mg/kg/d Amphotericin B days 14, 2142 days 14, 2142 Alternatives: Pentamidine 2-4 mg/kg daily or every 2d IV or IM 2-4 mg/kg daily or every 2d IV or IM for up to 15 doses43 for up to 15 doses43 OR Paromomycin Topically 2x/d x 10-20d The Medical Letter - April 2002 www.medletter.com TRATAMENTO Profilaxia ❑ Humano / Vacinas ❑ Vetores (Deltametrina) ❑ Reservatórios 2009 2009