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ÍNDICE AGRADECIMENTOS PREFÁCIO PREFÁCIO DO AUTOR PRÓLOGO 1. INTRODUÇÃO O calendário lunissolar judaico O conhecimento do ano solar inferido no relato diluviano O calendário solar gregoriano Alguns importantes equívocos cronológicos 2. CRONOLOGIA BÍBLICA DA REDENÇÃO Os Patriarcas O Êxodo e a promulgação da Lei A conquista da Terra Prometida O período dos Juízes O período dos Reis A destruição de Jerusalém e o descanso da terra A anunciação do nascimento do precursor do Senhor A encarnação do Verbo de Deus O nascimento do Menino Jesus A data da redenção da humanidade mediante a imputação de seus pecados no imaculado Cordeiro de Deus 3. MÉTODO DE CONVERSÃO DA DATAÇÃO BÍBLICA PARA A SECULAR (GREGORIANA) 4. COMPARAÇÃO ENTRE DATAÇÕES DE ALGUMAS CRONOLOGIAS BÍBLICAS 5. CONCLUSÃO POST SCRIPTUM ANEXO 1 - PANORAMA ANEXO 2 - VERIFICAÇÃO EMPÍRICA DA CONVERSÃO DOS ANOS “PROFÉTICOS” DE DANIEL PARA ANOS “GREGORIANOS” SOBRE O AUTOR LIVROS DO AUTOR NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cronologia Bíblica da Redenção Uma relação concisa dos principais fatos desde Adão até ao Messias conforme o sentido comum das Escrituras Sagradas M. A. Cesaretti, MSc. Todos os direitos reservados. Copyright © 2017, Marcos de A. Cesaretti mcesaretti@outlook.com Agradecimentos Ao DEUS TRIÚNO ( Pai | Filho | Espírito Santo ), por graciosamente me conceder iluminação, saúde e disposição para a realização do presente trabalho, à minha mui amada esposa Luciana, por tudo o que ela é, ao Prof. Adauto Lourenço pela atenção, incentivo e pelos preciosos comentários dispensados ao meu trabalho quando ainda insipiente, à Prof.ª Laura C. S. Cruz pela revisão do texto, e a todos os demais que, de um modo ou de outro, incentivaram e/ou colaboraram com este trabalho. (Caso haja alguma incorreção de qualquer natureza, o autor é o único responsável). Prefácio A leitura do tempo é algo que muito nos fascina, principalmente quando associamos dados a ela. Por meio dela celebramos datas especiais que estão relacionadas com o mundo todo e datas especiais que somente nós estamos interessados. Celebramos datas nacionais e outras que são puramente religiosas. Desde os tempos mais remotos, nós humanos, temos usado a marcação de dias, semanas, meses e anos para deixar um registro da nossa história. Assim também o faz a Escritura Sagrada, a Bíblia. Nela encontramos datas relacionadas com os nossos primeiros pais, Adão e Eva. Nela encontramos datas com eventos globais como o dilúvio. Nela encontramos ainda datas que continuam sendo observadas pelos povos judeu e cristão. Mas todas essas datas e histórias apontam para algo maior que a simples história de homens e mulheres, reis e reinos, eventos e acontecimentos. Marcos Cesaretti, por intermédio desta obra, aponta para esse “algo maior” que transcende os meros cálculos decorrentes de genealogias e de datas históricas mencionadas na Bíblia. Aponta para a cronologia da maior história jamais contada. Aponta para o Deus que transcende o tempo e o espaço, entrando no tempo e no espaço, fazendo história ao tornar-se como um de nós. Espero que, ao ler esta obra, você possa ver que ela trata não da simples história humana, mas da história do único Deus verdadeiro que passou a fazer parte da nossa história… da minha história, da história do Marcos e da história de tantos outros… Espero que Ele faça parte da sua também! Adauto J. B. Lourenço Prefácio do Autor Havendo muitos estudiosos se debruçado sobre as Santas Escrituras para empreender uma ordenação de datas, épocas e eventos ocorridos na história do povo de Deus nos tempos bíblicos, a mim igualmente me pareceu bem, após cuidadosa análise dos Escritos Sagrados, apresentar uma relação concisa das principais datas, personagens e fatos históricos desde Adão até ao Messias para que o leitor da Bíblia Sagrada possa se apoiar na certeza das verdades em que foi instruído quanto à relevância e importância dos períodos e acontecimentos bíblicos na demonstração do modo exato e maravilhoso com que Deus manifestou, na História, o conselho de sua soberana providência em Cristo para a redenção da humanidade. Não que sejamos capazes de examinar as Santas Escrituras por nós mesmos como se fosse algo que procedesse de nós, pois nenhuma profecia das Escrituras provém de particular elucidação humana; pelo contrário, a nossa suficiência para isso vem de Deus, que nos ilumina por meio do seu Santo Espírito, cujo domínio permanece por todas as gerações, cujas obras são perfeitas, os caminhos retos e os pensamentos profundos (Sl 92.5; 106.2; 145.13; Lc 1.1-4; Jo 15.5; 2Co 3.5-6; 2 Pe 1.20). Soli DEO Gloria! M. A. Cesaretti, outubro de 2016. Prólogo Por meio das semanas proféticas de Daniel (Dn 9.24,25) é possível saber com exatidão [1] o dia da entrada triunfal do SENHOR Jesus em Jerusalém, aclamado pela multidão como o Ungido Rei dos Reis (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44; Jo 12.12-16). Tudo foi feito por intermédio de Cristo, o qual foi constituído herdeiro e ponto de convergência de todas as coisas (nos céus e na terra) na superintendência da consumação dos tempos (Jo 1.3; Rm 11.36; Ef 1.10; Hb 1.2) [2] . Deus escolheu seus filhos [3] em Cristo antes da fundação do mundo, antes dos tempos eternos (Jo 15.16; 17.24; Ef 1.4; 2.10; Rm 8.28, 29; 2Tm 1.9; 1Pe 1.20; Ap 13.8). Após a fundação do mundo, Deus prometeu aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, que enviaria o descendente (a semente) da mulher para esmagar aquele que tinha o poder da morte (Gn 3.15; Hb 2.14,15); dois milênios depois de Adão o SENHOR Deus ratificou sua Aliança em Cristo com Abraão (Gn 15.6,18; 17.7; Lc 1.72,73; Gl 3.17); outros dois milênios após esta aliança Deus Pai finalmente enviou seu Filho Unigênito em cumprimento a tudo quanto a Ele fora referido nas Santas Escrituras (Lc 24.44) para, em Cristo, reconciliar consigo o mundo, não imputando aos homens os seus pecados (2Co 5.19; Ef 4.32). Pois, tendo sido aquela aliança com Abraão sancionada por Deus em Cristo, a lei dada 430 anos depois não a invalidou de forma a abolir a promessa em Cristo, que foi concedida também às famílias de todas as nações pelo evangelho preanunciado a Abraão conforme o eterno propósito que Deus estabeleceu em Cristo Jesus nosso SENHOR de reconciliar consigo o mundo (Gn 12.1-3; 22,18; At 3.25; Gl 3.6,8,11,17). E, agora, pela redenção que há no sangue de Cristo Jesus, os que estavam longe foram trazidos para perto (Ef 2.13) de modo que todos quantos venham a receber a Cristo Jesus como SENHOR e Salvador de suas vidas serão justificados gratuitamente pela sua graça (Rm 3.24) mediante a fé nele (Rm 5.1; Gl 2.16). Todavia, isto não se constitui em mérito do homem, mas sim, numa dádiva de Deus para que ninguém se glorie por obra alguma, nem mesmo glorie-se pelo fato de ter crido (Ef 2.8,9; Fl 3.9); porque Deus provou seu grande e eterno amor com que nos amou, mediante a riqueza de sua misericórdia, pelo fato de ter Cristo morrido por nós sendo nós ainda pecadores (Jr 31.3; Rm 5.8; Ef 2.4). Aos que acolhem essa mensagem de salvação, Deus já lhes operou a ressurreição juntamente com Cristo e os fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus (Ef 2.6); pois são criação dele, formados em Cristo Jesus para as boas obras que Deus previamente preparou para as realizarem (Ef 2.10; Cl 2.11-15). A condição de ser filho de Deus se dá apenas e tão somente pela fé em Cristo Jesus. Pelo que, tantos quantos são batizados nele, são revestidos de Cristo de modo que todas as distinções desaparecem (quer seja judeu ou grego, servo ou livre, homem ou mulher, etc), pois todos são um em Cristo Jesus (Gl 3.26-28). E, em Cristo Jesus, tanto a circuncisão quanto a incircuncisão não possuem vantagem alguma, mas sim, o ser nova criatura (Gl 6.15). E quem está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17; Ap 21.5). Pois não há condenação alguma para os que estão vivendosegundo o Espírito Santo em Cristo Jesus (Rm 8.1); pois a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2). Sendo assim, somos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso SENHOR (Rm 6.11), de modo que nem altura, nem profundidade, nem qualquer criatura poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso SENHOR (Rm 8.39). Dessarte, se vivemos, para o SENHOR vivemos; se morremos, para o SENHOR morremos. Quer vivamos ou morramos, somos do SENHOR Jesus (Rm 14.8). Apesar de muitos, todos os que verdadeiramente creem em Cristo: formam um só corpo nele; individualmente são membros uns dos outros (Rm 12.5); são santificados nele (1Co 1.2); e são conduzidos por Deus nele sempre em triunfo para manifestar em todo lugar a fragrância do conhecimento de Cristo (2Co 2.14), o qual é tudo em todos (Cl 3.11) [4] . Todos os que dormiram em Cristo serão vivificados no último dia (Jo 6.39-54; 1Co 15.20-24). No seu grande e glorioso Dia (At 2.16-21; Ap 6.17), o SENHOR descerá do céu com grande brado, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os que ainda estiverem vivos em Cristo serão arrebatados para o encontro com o SENHOR nos ares e, assim, ficarão todos com Ele para sempre (1Co 15.51,52; 1Ts 4.16,17). Glória, pois, a Ele eternamente. Amém! 1. Introdução O presente trabalho reuniu e sintetizou dados cronológicos das Sagradas Escrituras desde a criação do homem [5] até ao Ungido (o Cristo) [6] conforme a metodologia mencionada mais adiante. Os gráficos dão uma visão geral da cronologia bíblica e as tabelas (que dão origem aos respectivos gráficos) fornecem os detalhes. Foi adotado o sistema de datação Anno Mundi (AM), expressão em latim que no presente trabalho significa a idade do mundo desde a criação do homem. Para ajudar na percepção da razoabilidade desta cronologia, cabe já destacar aqui que, em meio a outros arrazoados, estabeleceu-se uma correspondência matemática da datação bíblica AM com a datação gregoriana (amplamente utilizada nos dias atuais), em que se usa a nomenclatura Ante Christum (AC) e Anno Domini (AD), cujas expressões latinas significam “antes de Cristo” e “ano do Senhor” (ou seja, depois de Cristo), respectivamente. Conforme poderá ser visto mais adiante, notar-se-á que a maioria das datas gregorianas calculadas referentes aos eventos bíblicos-históricos aqui relacionados vai ao encontro da respectiva datação feita pela História secular. Por exemplo, num trabalho científico de cunho eminentemente geológico [7] que visava obter mais informações sobre um evento sísmico que ocorrera no início do primeiro século de nossa era, três pesquisadores tabularam dados cronológicos de camadas anuais de sedimentos rochosos (ou de rochas sedimentares) de uma região da costa ocidental do Mar Morto. Foi calculado como data de ocorrência desse (até então desconhecido) terremoto o ano de 31 AD com uma incerteza de ± 5 anos. Para descobrir que terremoto foi esse, os pesquisadores apresentaram os seguintes candidatos, tidos como os mais plausíveis: 1) o sismo relatado no capítulo 27 do Evangelho de Mateus; 2) um terremoto que ocorreu algum tempo antes ou depois da crucificação, mas que ainda estava em ação e teria sido “tomado de empréstimo” pelo autor do Evangelho de Mateus; 3) um terremoto local que teria ocorrido dentro da faixa de incerteza cronológica estimada, cuja intensidade do abalo foi forte o suficiente para deformar sedimentos mas não o foi para produzir um registro histórico extrabíblico ainda existente. Segundo os autores (sendo que o principal declarou não ser estudioso das Escrituras), caso este último candidato tenha sido o terremoto estudado na pesquisa, o relato do sismo em Mateus 27 seria uma alegoria. Esta afirmação de que o relato bíblico da crucificação seria uma alegoria deixa bem claro o não compromisso desses pesquisadores com os Escritos Sagrados. Apesar disso (ou talvez por isso mesmo), pode-se dizer que essa pesquisa secular permite estimar com alto grau de plausibilidade que a crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo aconteceu entre 26 e 36 AD. Essa estimativa científica geológica vai ao encontro do resultado desta presente pesquisa nos Escritos Sagrados sobre a cronologia da redenção, pois será visto neste estudo que é possível afirmar que as Santas Escrituras profetizaram com exatidão o dia do sacrifício vicário (substitutivo) do Cordeiro de Deus. O sequenciamento genealógico adâmico registrado em Gênesis é de caráter cronológico porque o modo de relacionamento das gerações constantes nos capítulos 5 e 11 fixa de tal maneira a ordem sucessiva de ocorrência dos fatos que é plenamente garantido a elaboração de uma cronologia fiável independentemente da quantidade de omissões que se creia ou se entenda que (pré ou pós) supostamente possam existir. Por exemplo, se Sete foi ou não filho de Adão, isto não muda o fato de que Adão era da idade de 130 anos quando Sete nasceu, nem o fato de que este era de 105 anos de idade quando Enos nasceu, etc, de acordo com sentido comum e histórico- gramatical do texto sagrado! Cabe lembrar que o próprio Espírito Santo confirma na Epístola de Judas que o piedoso Enoque foi o sétimo patriarca desde Adão [8] . Pois, ao tentar encontrar uma interpretação que adote outras linhas hermenêuticas em vez de examinar a intenção das palavras e do autor sacro, oculta-se o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras [9] . Portanto, acredita-se estar minimamente esclarecido que a sequência genealógica do livro de Gênesis é de caráter cronológico independentemente da quantidade de lacunas que eventualmente existam. Conforme pode ser visto na Tabela 1 a seguir, vários estudiosos [10] já elaboraram uma cronologia a partir de dados bíblicos, cujas datas da criação do homem que obtiveram oscilam entre 5501 AC e 3836 AC. Tabela 1 – Relação de cronologistas, datas que calcularam com respeito à criação do homem e ano de publicação do trabalho. Cronologista Data AD de publicação do trabalho Data AC, calculada, da criação do homem Julius Africanus c. 240 5501 George Syncellus c. 810 5492 John Jackson 1752 5426 Dr William Hales c. 1830 5411 Eusebius c. 330 5199 Marianus Scotus c. 1070 4192 L. Condomanus n/a 4141 R. Anderson 1895 4141 Thomas Lydiat c. 1600 4103 M. Michael Maestlinus c. 1600 4079 J. Ricciolus n/a 4062 Jacob Salianus c. 1600 4053 H. Spondanus c. 1600 4051 Martin Anstey 1913 4042 W. Lange n/a 4041 E. Reinholt n/a 4021 J. Cappellus c. 1600 4005 J. Ussher 1658 4004 E. Greswell 1830 4004 E. Faulstich 1986 4001 D. Petavius c. 1627 3983 Frank Klassen 1975 3975 Becke n/a 3974 Krentzeim n/a 3971 W. Dolen 2003 3971 Reusnerus n/a 3970 J. Claverius n/a 3968 C. Longomontanus c. 1600 3966 P. Melanchthon c. 1550 3964 J. Haynlinus n/a 3963 A. Salmeron d. 1585 3958 J. Scaliger d. 1609 3949 M. Beroaldus c. 1575 3927 A. Helwigius c. 1630 3836 Nota: AD - Anno Domini (depois de Cristo); AC - antes de Cristo; c - cerca de; n/a – desconhecido. Elaborada a partir de: ANDERSON, The Coming Prince, p. 245-247; JONES, Chronology of the Old Testament, p.26; HAM, The New Answers Book 2, p.184,185. No presente trabalho, no cálculo de tal data foi obtido o ano de 4156 AC, o qual ficou mais próximo dos resultados calculados pelos seguintes cronologistas: Scotus (que obteve 4192 AC), Condomanus (4141 AC) e Anderson (também 4141 AC). As diferenças entre os resultados desses cálculos são devidas principalmente ao modo como certas passagens bíblicas foram interpretadas (em comparação ou não com outras) pelos diversos cronologistas. Para efeito comparativo, vale mencionar que a cronologia indiana dataria a criação do homem em 6174 AC, a babilônica em 6158 AC, a chinesa 6157 AC, a grega 6138 AC, a egípcia 6081 AC e a persa 5507 AC. A maioria dos escritores judeus datam esse evento entre 4000 e 3760 AC [11] . O calendário lunissolar judaico Os judeus sempre elaboraram seu calendário em termos da idade do mundo.Já nos tempos do Êxodo o calendário hebraico anual tinha o formato empregado na época de Cristo: baseava-se nos ciclos do sol e da lua, ou seja, era um calendário anual lunissolar [12] . O ano iniciava-se com a lua nova do equinócio da primavera, que determinava o primeiro dia do primeiro mês, chamado Abibe ou Nisã. O ano era composto por 12 meses alternados em 29 e 30 dias, totalizando 354 dias, sendo 11 dias e 6 horas menor que o tempo da rotação da Terra em torno do Sol relativamente ao início das estações. Hoje sabermos que o período dessa rotação dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Para corrigir essa defasagem entre os ciclos do calendário adotado e o início das estações, o ajuste era feito mediante a adição de um 13º mês (chamado adar 2) no 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º ano dentro de um período de 19 anos [13] . Considerando esse período de 19 anos, o ano tinha em média 365 dias [14] como se dá no calendário gregoriano [15] . A diferença entre esses calendários é de apenas 3 dias decorridos 19 anos. À semelhança do primeiro mês do ano, os demais meses também começavam na lua nova [16] , cujo surgimento no céu era anunciado ao som de trombetas por homens de confiança que realizavam suas observações em determinados lugares de Jerusalém. O Senado Judaico (San’hedrin) aguardava a confirmação do surgimento da lua nova para fixar os inícios dos meses e das festas (como a Páscoa, que começava no 14º dia do primeiro mês, conforme Lv 23.5; Nm 28.16; Dt 16.6). Atualmente os judeus adotam um calendário “civil” que começa com a lua nova do equinócio de outono, que é o dia primeiro de Tisri [17] . O conhecimento do ano solar inferido no relato diluviano O relato do dilúvio sugere que o conhecimento do ano solar é bem antigo. No dia 17 do 2º mês do ano 600 da vida de Noé, as fontes do grande abismo se romperam e as comportas do céu se abriram ocasionando copiosa chuva por 40 dias (Gn 7.11,12). Somente no dia 27 do 2º mês do ano seguinte (601) foi que Noé, sua família e os animais saíram da arca (Gn 8.14-19), totalizando 12 meses (lunares) e mais 11 dias o tempo que permaneceram na arca. Esses 11 dias são exatamente o que falta para igualar o ano de 12 meses lunares (de 354 dias) com o ano solar (de 365 dias). Esse modo de contabilizar o tempo de ação do dilúvio e suas consequências posteriores teve o objetivo de mostrar que tudo isso ocorreu precisamente em um ano solar. No mesmo contexto, a comparação entre Gn 7.11,24 e 8.3-4, indica que 5 meses totalizam 150 dias, que são 5 meses egípcios de 30 dias. Assim, tais versículos referentes ao dilúvio e seus efeitos subsequentes deixam bem claro a correspondência do ano solar com o ano lunar. A “conciliação” entre eles dá o efeito supracitado do calendário lunissolar (ou lunar retificado) para regular a vida religiosa e cotidiana dos judeus [18] . O calendário solar gregoriano Por sua vez, o calendário gregoriano é adotado em praticamente todo mundo atualmente. Trata-se de um calendário solar cujo nome faz referência ao Papa Gregório que em 1582 reformulou o calendário instituído por Júlio César em 45 AC. Devido às diferentes concepções entre os calendários hebraico e gregoriano, há uma variação contínua e não linear na relação entre os dias dos meses de um calendário para outro. Por exemplo, a lua nova (a qual determina o dia 1º de Nisã no calendário hebraico) no ano 1983 de nosso calendário foi em 15 de março, em 1986 o 1º de Nisã correspondeu a 10 de abril e em 2013 foi em 12 de março [19] . Ou seja, não é possível fazer uma equivalência direta de uma data (expressa em termos de dia, mês e ano) bíblica/hebraica para uma data gregoriana. Pelo contrário, em cada caso devem ser feitas as devidas análises e considerações [20] . Alguns importantes equívocos cronológicos Robert Anderson em The Coming Prince [21] , publicado em 1881, apontou em seu trabalho um importante equívoco que o Bispo Anglicano James Ussher cometeu em seu livro Annals of the World [22] , publicado em 1658. Em sua cronologia, Ussher empregou os 480 anos mencionados em 1 Reis 6.1 sem levar em conta a cronologia deste mesmo período indicada em Atos 13.18-22, a qual Anderson resumiu da seguinte forma: 40 anos do êxodo (At 13.18), mais 450 anos do período dos juízes (At 13.20), mais 40 anos de reinado de Saul (At 13.21), mais 40 anos de reinado de Davi (2 Sm 5.4) e mais três anos completos de reinado de Salomão (o templo começou a ser edificado no 2º mês do 4º ano de seu reinado, cf. 1 Rs 6.1), chegando a um total de 573 anos. Se forem observados os tempos mencionados no livro de Juízes [23] e no começo do 1º livro de Samuel, notar-se-á que os filhos de Israel estiveram sob servidão estrangeira por 93 anos. Subtraindo esses anos de servidão dos 573, chega-se aos 480 anos de liberdade mencionados em 1 Reis 6.1, uma “era mística” em que foram eliminados todos os períodos durante os quais o povo de Israel esteve subjugado pelos povos estrangeiros circunvizinhos como disciplina do SENHOR Deus [24] . Em sua contabilidade, Anderson deixou de apontar os 47 anos [25] de liderança de Josué na conquista e divisão das terras de Canaã (At 13.19), o que totaliza, então, 620 anos entre a saída do Egito e o início dos trabalhos de edificação do 1º Templo. Cabe destacar que Anderson [26] afirmou que Fynes Clinton e Flávio Josefo obtiveram 612 anos no cálculo desse período entre o Êxodo e a fundação do 1º Templo. Anderson faz um interessante comentário sobre esse período descontínuo de 93 anos de servidão, dizendo que uma vida sem Deus é como se estivesse morta, que a justiça divina pode julgar com severidade, mas a graça pode perdoar (Is 60.10). E, se Deus perdoa, Ele também remove o pecado (Hb 10.17) considerando em branco o período de trevas daqueles que se arrependem de suas más obras, ou seja, os dias de servidão ao mal são ignorados na “cronologia” divina [27] . Ussher e Anderson consideraram em seus trabalhos que a aliança do SENHOR Deus com Abraão ocorreu quando este foi chamado para sair de Ur dos Caldeus, aos 75 anos de idade, após a morte de seu pai Tera (At 7.4). Ussher data este evento como tendo ocorrido em 2083 Anno Mundi (AM) / 1922 antes de Cristo (AC) [28] , e Anderson como 2086 AM / 2055 AC [29] . No entanto, naquela ocasião houve apenas uma promessa além do chamado, e não uma aliança. A aliança que o SENHOR fez com Abraão ocorreu 10 anos após esse chamado, por meio de um ato solene e de uma sanção irrevogável em seu importe; confirmando a justificação forense recebida (Gn 15.5-18) [30] . Desse modo, pelo levantamento das informações bíblicas feito no presente trabalho, tal aliança ocorreu em 2093 AM (ou 2063 AC, de acordo com o método de conversão entre a datação bíblica e a “gregoriana”, mencionado mais adiante). Essa aliança foi central em relação ao plano redentor efetuado pelo SENHOR Jesus Cristo na Cruz do Calvário (para a salvação de todo o que nele crê), pelo fato de ela ter sido sancionada por Deus em Cristo. E quem é de Cristo também é descendente de Abraão e herdeiro segundo a promessa (Gl 3.16,17,29). Por sua vez, desde a Aliança até a crucificação do descendente prometido (Gn 17.7; 22.18; Lc 1.72,73; Gl 3.16,17), tem-se mais 2093 anos, culminando em 4186 AM como o ano da Crucificação do Messias prometido. Nas seções posteriores são apresentados os dados bíblicos e respectivas análises que dão fundamento a essa afirmação. 2. Cronologia Bíblica da Redenção “Tudo quanto aprouve ao SENHOR ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos”. Salmo 135.6 Nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação humana; no entanto, os escritores sagrados falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo (2Pe 1.20) para apresentarem ao homem natural o dom da vida eterna mediante a fé em Cristo Jesus por sua obra redentora levada a efeito por meio do seu precioso sangue vertido na Cruz do Calvário. Foi adotada neste trabalho a seguinte metodologia hermenêutica [31] : Observara intenção das palavras e de seu autor sacro de acordo com o sentido comum e histórico-gramatical do Texto Sagrado [32] considerando que este deve ser compreensível para qualquer pessoa provida de senso comum que crê nas boas novas da salvação em Cristo Jesus. Assim, como é propósito mostrar essa redenção de modo cronológico conforme registrado na Bíblia Sagrada, sempre que possível procurar-se-á deixar que Ela própria fale por si, evitando auxílios externos [33] . A seguir é apresentada a Tabela 2 com os principais dados cronológicos (segundo a datação bíblica) desde a criação do homem até a morte vicária do SENHOR Jesus na Cruz do Calvário em termos de idade do mundo (Anno Mundi). Nesta tabela, a partir do período do reino dividido de Israel a cronologia se dirige para a ocasião da destruição de Jerusalém, segundo informado resumidamente em Ez 4.1-7 sobre o Reino do Norte (dez tribos de Israel). Com o intuito de “aferir” ou “validar” a contagem feita na Tabela 2, em tópico posterior foi elaborada a Tabela 3 contendo mais detalhes cronológicos, cuja cronologia usou os dados do Reino do Sul (as tribos de Judá e Benjamin) após o período da monarquia unificada, o que se deu por meio de referências extraídas do Livro dos Reis e das Crônicas. As únicas diferenças cronológicas possíveis de haver entre ambas tabelas são nas co- regências [34] do reino de Judá. Tabela 2 – Dados bíblicos cronológicos simplificados desde a criação do homem até sua redenção em Cristo. Fatos AM Referência Bíblica 1) Criação do homem (Adão). 0 Gn 2.4-7 2) Set nasceu quando Adão tinha 130 anos. 130 Gn 5.3 3) Enos nasceu quando Set tinha 105 anos. 235 Gn 5.6 4) Cainã nasceu quando Enos tinha 90 anos. 325 Gn 5.9 5) Maalalel nasceu quando Cainã tinha 70 anos. 395 Gn 5.12 6) Jarede nasceu quando Maalalel tinha 65 anos. 460 Gn 5.15 7) Enoque nasceu quando Jarede tinha 162 anos. 622 Gn 5.18 8) Metusalém nasceu quando Enoque tinha 65 anos. 687 Gn 5.21 9) Lameque nasceu quando Metusalém tinha 187 anos. 874 Gn 5.25 10) Noé nasceu quando Lameque tinha 182 anos. 1056 Gn 5.28 11) Sem nasceu quando Noé tinha 502 anos. 1558 Gn 5.32; 11.10 12) Dilúvio ocorreu quando Noé tinha 600 1656 Gn 7.6,11,17 anos. 13) Arfaxade nasceu 2 anos após o Dilúvio, quando Sem tinha 100 anos. 1658 Gn 11.10 14) Salá nasceu quando Arfaxade tinha 35 anos. 1693 Gn 11.12 15) Heber nasceu quando Salá tinha 30 anos. 1723 Gn 11.14 16) Pelegue nasceu quando Heber tinha 34 anos. 1757 Gn 11.16 17) Reú nasceu quando Pelegue tinha 30 anos. 1787 Gn 11.18 18) Serugue nasceu quando Reú tinha 32 anos. 1819 Gn 11.20 19) Naor nasceu quando Serugue tinha 30 anos. 1849 Gn 11.22 20) Tera nasceu quando Naor tinha 29 anos. 1878 Gn 11.24 21) Abrão nasceu quando Tera tinha 130 anos. 2008 Gn 11.32; 12.4; At 7.4 22) Com o falecimento de Tera, o SENHOR Deus chamou Abrão para sair de Harã aos 75 anos de idade. 2083 Gn 12.4; At 7.4 23) O SENHOR Deus sancionou sua aliança em Cristo com Abraão 10 anos após o chamado. 2093 Gn 15.1- 16.3 24) A Lei veio 430 anos após a aliança que o SENHOR Deus fez, em Cristo, com Abraão: Êxodo. 2523 Ex 12.40- 51; Gl 3.17 25) Do Êxodo à entrada em Canaã transcorreram 40 anos. 2563 Dt 2.7,14; At 13.18 26) Josué liderou por 47 anos a conquista de Ex 33.11; Nm 10.11; Canaã destruindo sete nações dela, a qual distribuiu por sortes entre as tribos de Israel. Após sua morte começou o período dos juízes. 2610 14.29-34; Dt 2.14,15; 7.1,22,23; Js 5.6; 14.7,10; 24.29; At 13.19 27) O período dos juízes durou 450 anos. Em seguida começou o período dos reis com Saul como primeiro rei. 3060 At 13.20 28) Saul reinou por 40 anos. Após sua morte Davi começou a reinar. 3100 At 13.21 29) Davi, um homem segundo o coração de Deus, reinou por 40 anos. A sucessão do reino coube ao seu filho Salomão. 3140 2Sm 5.4,5; 1Rs 2.11 30) Salomão reinou por 40 anos. Depois seu filho Roboão assumiu o trono e já no primeiro ano o reino foi divido. 3180 1Rs 11.42; 2Cr 9.30 31) Da divisão do reino à destruição de Jerusalém (o descanso da terra, iniciado em 586 AC) se passaram 390 anos. 3570 Jr 39.2,8; Ez 4.1-7 32) A terra repousou todos os dias de suas assolações, até que os 70 anos se cumpriram. 3640 Lv 25.3,4,8; 26.33-35; 2Cr 36.21; Jr 29.10; Zc 7.9 33) Saída da ordem para reedificação de Jerusalém (20º ano de Artaxerxes I, em 445 AC), cerca de 70 anos após o descanso da terra. 3710 Ne 2.1-8 34) Da saída da ordem... até ao Ungido, que é Cristo [35] , 476 anos. 4186 Lv 25.8; Dn 9.24-27; Ne 2.1-8 Da criação do homem até a aliança com Abraão 2093 Anos Da criação do homem até o dilúvio 1656 Anos Do dilúvio até a aliança com Abraão 437 Anos Da aliança com Abraão até a Lei 430 Anos Da Lei até Cristo 1663 Anos Da aliança com Abraão até Cristo 2093 Anos As datas à direita dos eventos indicam quando se iniciaram (coluna AM: Anno Mundi), a qual é obtida pelo dado contido na descrição do evento, somado com a data da coluna AM da linha imediatamente acima. Pelos apontamentos feitos, há uma considerável simetria cronológica do evento “aliança do SENHOR Deus com Abraão” em relação à criação do homem, ao dilúvio, à lei e à crucificação. Pode-se afirmar que isto ocorre porque aquela aliança foi feita em Cristo (cf. Gl 3.17) [36] . Há apenas dois “desvios” nesses eventos, ambos de 7 anos: um entre o período “Da criação do homem até o dilúvio” e o período “Da Lei até Cristo” (1656 anos contra 1663); e outro entre “Do dilúvio até a aliança com Abraão” e “Da aliança com Abraão até a Lei” (437 anos contra 430). Algumas prováveis razões para isso são: algum problema de apuração na datação secular (melhoria da precisão/metodologia cronológica) ou na presente datação bíblica; alguma combinação desses fatores e outros desconsiderados; ou a diferença é essa mesma, conforme apresentada (o que parece mais provável em vista do exposto no presente trabalho). Tomando-se apenas os valores numéricos do ano da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor (586 AC [37] ) e do ano da autorização para sua reconstrução (445 AC [38] ) para calcular o período entre eles chega-se ao resultado de 141 anos. Ao subtrair 70 anos referentes ao descanso da terra iniciados após a destruição da Cidade Santa sobram 71 anos compreendidos entre o fim desse descanso e a saída da ordem para sua reedificação. Em outras palavras, Jerusalém foi tomada aos 9 dias do 4º mês do 11º ano de Zedequias (Jr 39.2) e a posterior saída da ordem para restaurá-la foi logo no começo do 1º mês do 20º ano do reinado de Artaxerxes I (Ne 2.1-8). O período compreendido entre o “fim do descanso da terra” e a “Saída da ordem” pode ser arredondado [39] para 70 anos, pois os meses excedentes ou faltantes na contabilização tanto desse quanto dos demais períodos dos eventos apresentados nas tabelas a seguir podem ter sido “compensados” devido a, por exemplo, ajustes nos calendários decorrentes de diferenças entre estações do ano em relação aos anos lunares e anos solares. Essa suposta problemática de meses aparentemente não contabilizados [40] ocorre em toda a cronologia presentemente proposta. Porém, existem três datas bíblicas que servem como “aferidores” (ou “calibradores”; ou “validadores”) da cronologia: 1656 AM, 2093 AM e 3570 AM, os quais serão explicados posteriormente. Em certos dados poder-se-á ter a impressão de que os números sofreram um “cozimento” até chegarem no “ponto desejado”. Na verdade, o que houve foi uma conciliação deles (como em procedimentos contábeis) à luz de outras passagens bíblicas. Pois este tipo de cronologia não se resume a uma mera divisão de tempos e ordenação de datas [41] , mas é, também, uma questão de discernimento espiritual (conforme 1Co 2.12-14) na contabilidade e harmonização dos dados bíblicos [42] . O Gráfico 1 abaixo apresenta uma visão panorâmica da cronologia bíblica apresentada de modo resumido na Tabela 2 e mais pormenorizadamente na Tabela 3. A barra horizontal preenchida representa o tempo de duração do eventorelacionado à esquerda e, à sua direita, consta a duração desse tempo. Nos eventos intitulados “Dilúvio”, “Aliança com Abraão” e “Veio a Lei” não consta essa barra horizontal de suas durações, apenas um par de linhas (preenchidas por uma penumbra) cujo término à direita indica o ano em que ocorreram. Gráfico 1 – Panorama da genealogia e dos eventos que prepararam o caminho para a vinda do Salvador. A partir do gráfico acima e do detalhamento da Tabela 3 e da Tabela 4 é possível notar que Lameque, o pai de Noé, foi contemporâneo de Adão assim como Tera, o pai de Abraão, foi contemporâneo de Noé. Este morreu dois anos antes de Abraão ter nascido. Sem, o filho de Noé, viveu até aos dias de Abraão e Isaque, vindo a falecer 10 anos antes do nascimento de Jacó. A Tabela 3 apresenta uma cronologia bíblica mais detalhada dos principais personagens e eventos, desde Adão até ao sacrifício vicário do SENHOR Jesus Cristo na Cruz do Calvário, pelos quais a promessa da redenção “caminhou”. As datas das ocorrências também são Anno Mundi (AM), Ante Christum (AC) e Anno Domini (AD). Nessa tabela são apresentados os prováveis significados dos nomes de Adão até Tera, o pai de Abraão. Nas ocorrências “Aliança com Abraão” e “Veio a Lei” foram apontados apenas os respectivos anos de “acontecimento”. Na ocorrência “Do Ungido até aos dias atuais” foi feita apenas uma estimativa para situar os períodos bíblicos com os dias atuais. O período dos Juízes pode ser visto em detalhes na Tabela 7 e o dos Reis na Tabela 8. Tabela 3 – Dados cronológicos dos principais personagens e eventos bíblicos que culminaram com a redenção do gênero humano. AM AC Fatos Início Duração Fim Início Duração Fim Ref. Bíblicas Adam: a terra vermelha [43] 0 930 930 4156 930 3226 Gn 2.4-7; 5.3-5 Sheth: compensação 130 912 1042 4026 912 3114 Gn 5.3,6-8 Enowsh: homem mortal 235 905 1140 3921 905 3016 Gn 5.6,9-11 Qeynan: possessão 325 910 1235 3831 910 2921 Gn 5.9,12-14 Mahalal’el: louvor de Deus 395 895 1290 3761 895 2866 Gn 5.12,15- 17 Yared: descida/descendente 460 962 1422 3696 962 2734 Gn 5.15,18- 20 Enoch: dedicado 622 365 987 3534 365 3169 Gn 5.18,21- 24 M^ethuwShelach: ao morrer, haverá derramamento 687 969 1656 3469 969 2500 Gn 5.21,25- 27 Lemek: poderoso 874 777 1651 3282 777 2505 Gn 5.25,28- 31 Noach: descanso 1056 950 2006 3100 950 2150 Gn 5.28,29,32; 9.29 Shem: nome 1558 600 2158 2598 600 1998 Gn 5.32; 11.10,11 Dilúvio 1656 40 dias 1656 2500 40 dias 2500 Gn 7.6,11,17 Arphaxad: baluarte dos caldeus 1658 438 2096 2498 438 2060 Gn 11.10,12,13 Shelach: projétil/rebento 1693 433 2126 2463 433 2030 Gn 11.12,14,15 `Eber: região além de ou oposta à 1723 464 2187 2433 464 1969 Gn 11.14,16,17 Peleg: canal/divisão 1757 239 1996 2399 239 2160 Gn 11.16,18,19 R^e`uw: pastagem/alimento amigo 1787 239 2026 2369 239 2130 Gn 11.18,20,21 S^eruwg: ramo/entrelaçado 1819 230 2049 2337 230 2107 Gn 11.20,22,23 Nachowr: resfolegante 1849 148 1997 2307 148 2159 Gn 11.22,24,25 Terach: estação/parada para acampar 1878 205 2083 2278 205 2073 Gn 11.24,32- 12.4; At 7.4 Abraão 2008 175 2183 2148 175 1973 Gn 21.5; 25.7 Aliança em Cristo com Abraão 2093 --- 2093 2063 --- 2063 Gn 15.1-16.3 Isaque 2108 180 2288 2048 180 1868 Gn 21.5; 25.26; 35.28 Jacó 2168 147 2315 1988 147 1841 Gn 25.26; 47.9,28 José [44] 2259 110 2369 1897 110 1787 Gn 37.2; 41.46,53; 45.6; 50.26 Moisés 2443 120 2563 1713 120 1593 Ex 7.7; Dt 34.7; At 7.22-36 Veio a Lei 2523 --- 2523 1633 --- 1633 Ex 12.40-51; 19.1 e ss; Nm 33.1-4; Gl 3.17 Êxodo 2523 40 2563 1633 40 1593 Dt 1.3; 2.7,14; Ex 16.35; Js 5.6; At 13.18; Hb 3.17 Josué lidera conquista de Canaã 2563 47 2610 1593 47 1546 Ex 33.11; Nm 10.11; 14.29-34; Dt 2.14,15; 7.1,22,23; Js 5.6; 14.7,10 22.1-4; 23.1- 3; 24.29; At 13.19 Período dos juízes 2610 450 3060 1546 450 1096 At 13.20; vide Tabela 7 Período dos reis 3060 510 3570 1096 510 586 Vide Tabela 8 Era das desolações: o descanso da terra 3570 70 3640 586 70 516 Lv 25.1-8; 26.33-35,43- 45; 2Cr 36.21; Jr 25.9,12; 29.10; Ez 33.21; Dn 1.1,2; 9.2,11,13,17; Zc 7.9 Saída da ordem... até ao Ungido 3710 476 4186 445 476 32 AD Lv 25.8; Dn 9.24-27; Ne 2.1-8 Simetria entre alguns eventos supracitados Da criação do homem até a aliança com Abraão 0 2093 2093 4156 2093 2063 --- Da criação do homem até o dilúvio 0 1656 1656 4156 1656 2500 --- Do dilúvio até a aliança com Abraão 1656 437 2093 2500 437 2063 --- Da aliança com Abraão até a Lei 2093 430 2523 2063 430 1633 --- Da Lei até Cristo 2523 1663 4186 1633 1663 32 AD --- Da aliança com Abraão até Cristo 2093 2093 4186 2063 2093 32 AD --- Alguns períodos em destaque Período dos Juízes 2610 450 3060 1546 450 1096 Vide Tabela 7 Período dos Reis 3060 510 3570 1096 510 586 Vide Tabela 8 Da aliança com Gn 15.1- 16.3; 2Sm Abraão até ao início do reinado de Davi 2093 1007 3100 2063 1007 1056 5.4,5; 1Rs 2.11; 1 Cr 29.26,27 Do Êxodo à fundação do 1º Templo 2523 620 3143 1633 620 1013 Dt 1.3; 2.7,14; Ex 16.35; 1Rs 6.1 Da consagração do 1º Templo à do 2º 3150 490 3640 1006 490 516 1Rs 6.38; Ed 3.8,11-13; 6.15 Da entrada em Canaã até ao início da monarquia 2563 497 3060 1593 497 1096 Dt 1.3; 2.14; At 13.18,19 Da entrada em Canaã ao fim da monarquia 2563 1007 3570 1593 1007 586 Dt 1.3; 2.14; 2 Rs 24.17- 19; 2 Cr 36.10-12; Jr 52.1,2; At 13.18,19 Do início da monarquia ao 1º sítio a Jerusalém 3060 490 3550 1096 490 606 At 13.18,19; Dn 1.1,2 Do Ungido até aos dias atuais (2014 AD) [45] 4186 1982 6168 32 AD 1982 2014 AD --- Os Patriarcas O protoevangelho anunciado no Éden pelo SENHOR Deus foi o fundamento das demais promessas que Ele fez para que fossem salvos todos quantos viessem a crer no evangelho das insondáveis riquezas de Cristo: “Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste (...) porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça” (Gn 3.14,15). E mostrou qual seria o método da salvação: sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados (Gn 3.21; Hb 9.22). “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram [46] (...). Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm 12,17). Abraão, Isaque e Jacó habitaram juntos em tendas (Gn 25.27; Hb 11.9). A partir dessa simples contemporaneidade, é possível afirmar que Adão testemunhou até ao pai de Noé sobre a vinda do descendente prometido pelo Senhor Deus no Éden e, daí por diante, tal promessa foi mantida viva pelos demais patriarcas. Em 2500 anos a promessa do Éden passou por apenas 10 transmissores desde Adão até Moisés [47] , o qual registrou no Pentateuco este e outros relatos sob a mais alta fidedignidade aos acontecimentos passados [48] . A Tabela 4 abaixo apresenta algumas contemporaneidades [49] . Nela verifica-se que o pai de Noé tinha 56 anos quando Adão faleceu. Noé foi contemporâneo do pai de Abraão por 128 anos! Abraão conviveu com seu neto Jacó até aos 15 anos de idade deste. Tabela 4 – Exemplos de algumas contemporaneidades entre alguns personagens bíblicos importantes. Quando o Patriarca morreu em AM com a idade de o seu descendente era da idade de Adão 930 930 Lameque (pai de Noé) 56 Noé 2006 950 Tera (pai de Abraão) 128 Sem 2158 600 Isaque 50 Abraão 2183 175 Jacó 15 Isaque 2288 180 José 29 Elaborada a partir de: Gn 5.3-5,21-32; 11.10,11,24,32; 21.5; 25.7,26; 35.28; 47.9,28; At 7.4. Quantas são as promessas de Deus, tantas têm em Cristo o sim (2Co 1.20). Antes dEle, aqueles que creram nas promessas de Deus foram aprovados por Ele (Hb 11.2). “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Foiassim que Abel ofereceu a Deus um superior sacrifício, sendo aprovado e justificado pelo SENHOR quanto às suas ofertas e, mesmo depois de morto, sua fé ainda fala (Hb 11.4). Deus concedeu outro filho ao primeiro casal em lugar de Abel, morto por seu irmão Caim (Gn 4.25): Sete, o qual teve um filho chamado Enos e, a partir deste, passou-se ao uso de uma liturgia como forma de cultuar publicamente ao SENHOR Deus (Gn 4.26). Enoque obteve testemunho de haver agradado a Deus por meio de sua fé nas promessas divinas e, por isso, esteve fora da esfera de pensamentos deste mundo [50] . E não foi achado porque Deus o trasladara para não ver a morte (Hb 11.5); batizou seu filho de Metusalém (687 – 1656 AM / 3469 – 2500 AC), cujo significado é “quando morrer haverá um derramamento” [51] . Em Gn 5.27 diz que “todos os dias de Metusalém foram 969 anos; e morreu”. Interessante é notar que Metusalém tinha 187 anos quando gerou Lameque (Gn 5.25). Este tinha 182 anos quando gerou Noé (Gn 5.28), e este era de 600 anos quando as águas do dilúvio cobriram a terra (Gn 7.6). Fazendo a somatória destes tempos: 187 + 182 + 600, o resultado confere [52] com a exata idade de Metusalém ao falecer pouco antes do dilúvio: 969 anos. Então, logo após a morte de Metusalém, em 1656 AM aconteceu o maior derramamento já conhecido: o dilúvio. Esta situação em que o período de vida de um patriarca termina quando um evento inicia ocorre só com Metusalém. Assim, por estes dados de Metusalém, tem-se que 1656 AM é o primeiro ponto de “validação” da cronologia. O dilúvio iniciou-se no ano 600 da vida de Noé, aos 17 dias do 2º mês (Gn 7.6,11), e ele, sua família e os animais só desceram da arca no ano 601 (de Noé), aos 27 dias do 2º mês (Gn 8.13,14). Conforme dito anteriormente, Noé e seus familiares ficaram dentro da arca exatos 365 dias [53] , mas a duração do dilúvio foi de apenas 40 dias (Gn 7.17). Aos 100 anos de idade, Sem gerou Arfaxade dois anos após o Dilúvio (Gn 11.10). Como este ocorreu no ano 600 de Noé (1656 AM), Arfaxade nasceu quando Noé era de 602 anos de idade (1658 AM). Portanto, Sem nasceu em 1558 AM (1658 - 100). Ou seja, Noé tinha 502 anos de idade quando Sem nasceu. Este é o primeiro (e mais simples) caso em que faz-se necessário analisar outras referências bíblicas para a correta apuração dos dados cronológicos. No entanto, há situações em que é preciso buscar referências em outros livros bíblicos (principalmente do Novo Testamento - NT) como, por exemplo: a idade de Tera na época em que Abraão veio ao mundo e o tempo em que Josué esteve à frente do povo na conquista e repartição das terras de Canaã. Tais casos exemplificam o fato de que “a Bíblia interpreta-se a si mesma”. Para saber a idade correta de Tera quando Abraão nasceu, faz-se necessário observar o relato de Estevão em At 7.2-4 junto com a informação de Gn 12.4. Aquele relato diz que Abraão foi chamado para sair de sua parentela quando ainda estava na Mesopotâmia (ou Ur dos Caldeus), antes de habitar em Harã (Gn 11.31, At 7.2-4). Mas ele só deixou esse local após a morte de seu pai Tera, que faleceu em ali aos 205 anos (Gn 11.32; 12.4; At 7.4) que, pela presente cronologia, foi em 2083 AM; esse chamado não se constituiu numa aliança, necessariamente. Portanto, quando Abraão nasceu Tera tinha 205 - 75 = 130 anos [54] . Apesar de ser relacionado entre os filhos de Tera, Abraão foi o mais jovem (pelo menos não foi o mais velho). Tera tinha 70 anos quando seu filho mais velho nasceu (provavelmente Harã, pois foi o primeiro a morrer, cf. Gn 11.28, estando seu pai vivo ainda), e ele teve três filhos: Harã, Naor e Abraão (Gn 11.26). Isso, por exemplo, esclarece a grande deferência que Abraão tinha por Ló. Apesar de ser sobrinho de Abraão, Ló deveria ser da mesma faixa etária, ou possivelmente mais velho. Além disso, como filho do irmão mais velho de Abraão, Ló era o chefe nominal da casa (família) de Tera (Gn 13.8,9) [55] . Foi somente na ocasião de Gn 15.1-16.3 que se consumou o fato de que Abrão “creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça (...). Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão” (Gn 15.6). Essa crença de Abraão se deu num contexto de aliança e é onde há a 1ª ocorrência de “aliança” com Abraão (Gn 15.18). Abraão só recebeu a justificação forense (perdão eterno) porque sua crença se deu dentro da aliança da Redenção. Fora dela, até os demônios creem e tremem (Tg 2.19). Por isso, a aliança propriamente dita do Senhor Deus com Abraão não aconteceu quando ele fora chamado para deixar sua parentela aos 75 anos de idade (em 2083 AM, como considerado por Robert Anderson [56] e James Ussher [57] , os quais basearam-se em Gn 12.1-4), pois ali houve apenas um chamado e uma promessa, mas sim, 10 anos depois (Gn 16.3), aos 85 anos de idade em 2093 AM. Este ano é muito importante na cronologia bíblica por tratar-se de um evento que aponta para a redenção da humanidade na Cruz do Calvário. Sua obtenção é relativamente simples, o que o torna um importante ponto de validação da presente cronologia, conforme já explicado. Desde o início a justificação sempre foi por fé, e não por obras (Hc 2.4; Rm 1.17; 3.28-31; 5.1; 10.17; Gl 3.11; Ef 2.8,9; Hb 10.38). As obras confirmam a fé (Tg 2.22). Abraão, “pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera. Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça. E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta, mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4.20-25). Pela fé, Abraão obedeceu ao chamado do Senhor peregrinando como estrangeiro pela terra que haveria de receber por herança, habitando junto com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Assim também Isaque pela fé abençoou a Jacó e a Esaú sobre acontecimentos futuros. Por sua vez, próximo de seu falecimento, Jacó abençoou os filhos de José firmado nas promessas do Senhor Deus. Do mesmo modo José, prestes a morrer, falou do êxodo dos filhos de Israel e deu ordens quanto aos seus próprios ossos (conf. Hb 11.8-22). A aliança do Senhor Deus com Abraão (2093 AM / 2063 AC) foi fundamental no plano da redenção do gênero humano por ter sido feita em Cristo (cf. Gl 3.17 - ACF [58] )! Pelos dados levantados, é possível afirmar que houve uma centralidade cronológica desta aliança em relação à criação do homem (ocorrida 2093 anos antes) e em relação à sua redenção realizada na Cruz do Calvário (2093 anos depois), conforme visualização do Gráfico 2 abaixo. Gráfico 2 – Destaque de alguns eventos “simétricos” para mostrar a centralidade do plano redentor do SENHOR Deus em relação à aliança com Abraão confirmada em Cristo. Segundo Dt 15.1,2 e Ne 10.31, ao fim de cada 7 anos [59] ocorria a remissão de dívidas como apregoação do SENHOR. A crucificação de Nosso Senhor deve ter ocorrido em ano múltiplo de sete [60] porque ali houve o cancelamento do escrito de dívida que era contra a humanidade (Jo 19.30; Cl 2.13-15). E, por sua vez, o ano da Aliança com Abraão também deve ser múltiplo de 7 pelo fato de ela ter sido realizada em Cristo, ou seja, apontava para a redenção na Cruz. Nota-se que 2093 AM cumpre tal requisito [61] , o que se constitui no segundo ponto de validação bíblico-cronológico. Dos filhos de Jacó, o SENHOR Deus escolheu Judá (2249 – 2379 AM / 1907 – 1777 AC) para a linhagem do Cristo prometido [62] . O Êxodo e a promulgação da Lei Veio a Lei (2523 AM / 1633 AC) 430 anos após a aliança com Abraão (Ex 12.41) “para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo” (Rm 5.20,21) mostrando quão maligno é o pecado e quão pecadoré o homem (Sl 130.3,4; Ec 7.20; 1Jo 1.8-10). A lei jamais tornará perfeito qualquer ofertante por meio de sacrifícios realizados de ano em ano porque ela teve somente a sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas. Nos sacrifícios prescritos pela lei aconteciam apenas recordações de pecados, pois jamais foi possível que o sangue de animais pudesse remover pecados de alguém. Por inspiração divina, o Rei Davi orou a Deus referindo-se ao objetivo da primeira vinda de Cristo: “Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado”. Assim, em sua tolerância, Deus deixou impunes os pecados cometidos anteriormente para puni-los em seu Filho Amado tendo em vista a manifestação futura de sua justiça por meio do sangue de Cristo, conforme testemunhada pela própria lei e pelos profetas para que Deus mesmo fosse justo e o justificador de todo aquele que confiar no sacrifício vicário de Jesus (Sl 40.6-8; Hc 2.4, Rm 3.21-26; Gl 3.11, Hb 10.1-9,38). Pois o cumprimento da lei se deu em Cristo, para imputação de justiça a todo aquele que nele crê com o coração e com a boca confessa-o a respeito da salvação, uma vez que o SENHOR é rico para salvar todos os que o invocam em conformidade com o seu Evangelho (Rm 10.1-13). Há um interessante comentário do Rabino Meir Melamed sobre os 430 anos mencionados em Ex 12.41. Ele argumenta que Coate, filho de Levi, desceu com seu avô Jacó ao Egito (Gn 46.11). Mesmo somando sua idade com a de seu filho Anrão (Ex 6.18,20) e com os 80 anos de seu neto Moisés, o período dos filhos de Israel no Egito não chega a 400 anos. Por isso, ainda segundo Melamed, os comentaristas judeus “foram obrigados a dizer que desde o pacto de Deus com Abraão até a saída do Egito passaram-se 430 anos (...)” [63] . Pois é exatamente o que o apóstolo Paulo informa em sua epístola aos Gálatas (Gl 3.17): transcorreram 430 anos desde a aliança em Cristo com Abraão até a lei, e não desde a entrada de Jacó e sua família no Egito até a lei. Este evento da entrada de Jacó e toda sua casa foi usado para dar início à contagem das gerações que seriam reduzidas à escravidão, que terminou na quarta [64] (Gn 15.13-16). A lei foi dada logo nos primeiros meses após o Êxodo (vide Ex 12.40,41; 19.1 e ss.). As Sagradas Escrituras previram que Deus justificaria pela fé os gentios, por isso foi preanunciado o evangelho a Abraão: “Em ti, serão abençoados todos os povos”. Por isso, os da fé são abençoados com o crente Abraão. Ninguém pode ser justificado diante de Deus por meio da lei, pois o justo viverá pela fé. Cristo resgatou seus filhos da maldição da lei ao fazer-se a si mesmo maldição no lugar deles, conforme está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”, para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por meio dele e que recebessem o Espírito prometido por meio da fé. As promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente, que é Cristo, e não aos descendentes como se falando de muitos. E uma aliança já anteriormente sancionada por Deus em Cristo, a lei vinda 430 anos depois não a invalida de forma a desfazer a promessa. Pois, ou a herança provém de lei, ou de promessa; contudo foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão. A lei foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa. Mas a lei não é contrária às promessas de Deus porque, se fosse promulgada uma lei que concedesse vida, então a justiça procederia de lei. Todavia a Escritura confinou tudo sob o pecado a fim de que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem. Desse modo, não pode haver nem escravo nem liberto; ninguém superior nem inferior; nem um nem outro, porque todos são um em Cristo Jesus. E os que são de Cristo, também são descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa (conf. Gl 3.8-29). Do modo como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto, assim o Filho de Deus foi levantado para conceder vida eterna a todo o que vier a crer nele (Jo 3.13-16). O SENHOR Deus guiou o seu povo pelo deserto por exatos [65] 40 anos para saber o que estava em seus corações, se guardariam ou não os seus mandamentos, para os humilhar, para os provar e, por fim, lhes fazer bem. Tiveram fome e foram sustentados com o maná para dar-lhes a entender que não só de pão o homem viverá, mas de toda palavra que procede da boca do SENHOR [66] (Dt 8.2,3,16). Todos eles comeram do mesmo manjar espiritual e beberam da mesma pedra espiritual que os seguia, que era Cristo. Porém, Deus se desagradou de grande parte deles e deixou escrito para as gerações vindouras como alerta para abandonarem as más cobiças, idolatrias, práticas imorais, murmurações, etc. e para quem pensa estar em pé tomar cuidado para não cair (1Co 10.3- 12). Quando estavam prestes a entrar na terra prometida, Moisés advertiu a todo o povo dizendo que a única coisa que SENHOR requeria de cada um era que andasse em seus santos e retos caminhos e que servisse-O de todo o coração e de toda a alma guardando seus mandamentos. Pois, fazendo assim, diversas bênçãos viriam sobre eles. Porém, se não dessem ouvidos à voz do SENHOR, não tendo o cuidado em cumprir seus mandamentos, muitas e terríveis maldições os alcançariam. Dentre as quais, o SENHOR levantaria contra eles uma nação mui distante, cuja língua seria desconhecida; nação feroz, que não se apiedaria nem de moços, nem de idosos; que não lhes deixaria o fruto de seus animais, nem o da terra, até que fossem todos consumidos; seriam sitiados até cair os altos e fortes muros em toda a terra, afligindo-os sobremaneira no cerco e no aperto com que os seus inimigos os oprimiriam (Lv 26.14-35; Dt 10.12; 26.16; 28.1,2,15,36,49-53). Foi-lhes proposto: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt 30.15-20). A conquista da Terra Prometida Após o falecimento de Moisés, Josué passou a liderar o povo na conquista da terra prometida, expulsou gradualmente as nações e dividiu entre as tribos de Israel a terra prometida ao longo de 47 anos até que o SENHOR Deus lhes deu repouso. Após a morte de Josué, Deus lhes providenciou juízes até ao profeta Samuel durante 450 anos [67] (Dt 7.1,22,23; Js 21.43-45; 22.1-5; At 13.19; 13.20). É certo que houve um período entre o fim das peregrinações no deserto e o início do período dos juízes, que é o tempo que Josué e os anciãos que viverem muito tempo depois dele estiveram à frente do povo de Israel (Js 2.7) na conquista da terra prometida. Para facilitar a indicação desse intervalo de tempo, o mesmo será referido apenas como “tempo de liderança de Josué”. Tal período intermediário é relatado resumidamente em At 13.18-20 [68] . No capítulo 14 do livro de Josué encontra-se a narrativa do início da divisão das terras de Canaã após serem lançadas fora algumas nações. Nessa ocasião, Calebe se dirigiu a Josué para receber a parte que lhe tocava. É dito que se passaram 45 anos desde aquela espionagem feita quando ainda estavam no deserto fazia já 2 anos [69] . Fazendo45 anos (Js 14.7,10) menos 38 (Dt 2.14), tem-se 7 anos sob o comando de Josué desde que entraram em Canaã até esse dia em que se começou a dividir as terras. Calebe era de 40 anos quando voltou de espiar a terra de Canaã com Josué e os demais príncipes de Israel (Js 14.7), menos 2 anos de permanência no deserto (Dt 2.14) resulta que Calebe tinha 38 anos quando o povo saiu do Egito. Como Josué era moço nesse episódio (Ex 19.1; 33.11) e foi um dos príncipes aptos (para a guerra) que foi espiar a terra de Canaã (Ex 30.11-14; Nm 1.3,18; 13.16; 14.29,30; Dt 2.14), então sua idade era de, no mínimo, 20 anos. Ele não poderia ser mais velho que Calebe. Desse modo, a máxima idade possível que Josué poderia ter no Êxodo era de 38 anos (ainda que exagerando, pois alguém que esteja com 38 anos de idade dificilmente poderia ser considerado moço). Abaixo é apresentada a Tabela 5 com dados bíblicos para a descoberta/estimativa de seu tempo total de liderança sobre o povo. Tabela 5 – Dados e variáveis bíblicas para estimar o tempo de liderança de Josué na conquista de Canaã. Ocorrência Saída do Egito Averiguação das terras Entrada em Canaã Divisão das terras Morte de Josué Liderança de Josué Idade de Calebe 38 40 78 85 k k - 78 Saída do Egito 0 2 40 47 e e - 40 Idade de Josué x x + 2 x + 40 x + 47 110 70 - x Elaborada a partir de: Ex 33.11; Dt 2.14; 7.1,22,23; Js 14.7,10; 24.29; At 13.19. A partir da tabela acima, foi elaborada a Tabela 6, a seguir, com algumas estimativas de idade de Josué. Tabela 6 – Estimativas do tempo de liderança de Josué na conquista de Canaã. Supostas idades de Josué Saída do Egito Averiguação das terras Entrada em Canaã Divisão das terras Morte de Josué Liderança de Josué x = 20 20 22 60 67 110 50 x = 23 23 25 63 70 110 47 x = 27 27 29 67 74 110 43 x = 30 30 32 70 77 110 40 x = 33 33 35 73 80 110 37 x = 38 38 40 78 85 110 32 Por essas tabelas é possível notar que, na excessiva condição de máxima idade de Josué ao sair do Egito, há um período mínimo de 32 anos em que ele esteve à frente do povo na conquista das prometidas terras de Canaã. E o máximo possível é de 50 anos, pois ele não poderia ter idade inferior à 20 quando saiu do Egito. No original em hebraico, a palavra traduzida em português como “moço/jovem” (נער – na´ ar) [70] sempre foi associada a alguém muito novo (15-16 anos conforme 2Cr 34.1-3), mas cuja extensão vai desde um bebê (Ex 2.6) até, pelo menos, alguém com 30 anos (Gn 41.12,46). Mesmo considerando jovem uma pessoa com 41 anos [71] , é praticamente certo que a idade de Josué quando saiu do Egito fosse algo entre 20 e 30 anos porque nessa época ele foi tido como moço (conforme Ex 30.11- 14; Nm 1.3,18; 14.29,30) e em nenhum momento Calebe foi descrito como tal, mas como tendo 40 anos de idade quando estavam há 2 anos no deserto (Dt 2.14; Js 14.7,10). Desse modo, a faixa de incerteza do tempo de liderança de Josué diminui para algo entre 40 e 50 anos. Como na ocasião da repartição das terras Calebe tinha 85 anos (Js 14.10), subtraindo 7 (anos de liderança de Josué) descobre-se que Calebe tinha a idade de 78 anos na época da entrada na terra prometida e, pelas tabelas acima, Josué deveria ter algo em torno de 60 anos. Sendo a morte deste aos 110 anos, subtraindo 63, tem-se 47 anos [72] de liderança que Josué exerceu sobre os israelitas desde que entrou em Canaã, expulsou pouco a pouco as nações, repartiu-lhes a terra prometida (Dt 7.1,22,23; At 13.19) durante longo tempo até que o SENHOR Deus lhes deu repouso em redor (Js 21.43-45; 22.1-5) e viveu ainda por muito tempo desde tal repouso (Js 23.1-3) até falecer aos 110 anos (Js 24.29). Note que são dois períodos que duraram longo tempo. E, depois disto, Deus lhes deu juízes até ao profeta Samuel ao longo de 450 anos (At 13.20) [73] . O período dos Juízes A Tabela 7 apresenta os eventos relacionados ao período dos juízes de Israel. As datas das ocorrências são Anno Mundi (AM). As linhas em negrito representam os períodos em que os israelitas estiveram sob servidão estrangeira. Tabela 7 – Período dos Juízes, AM. Fatos Início Duração Fim Referência Bíblica Nota Após Josué, fizeram mal; serviram à Cusã- Risataim. 2610 8 2618 Jz 3.8 Otiniel livrou; paz. 2618 40 2658 Jz 3.11 Tornaram ao mal; serviram à Eglom. 2658 18 2676 Jz 3.14 Eliúde libertou; paz. 2676 80 2756 Jz 3.30 1 Mal; serviram à Jabim. 2756 20 2776 Jz 4.3 Débora e outros livraram; paz. 2776 40 2816 Jz 5.32 Mal; serviram aos midianitas. 2816 7 2823 Jz 6.1 Gideão livrou 2823 40 2863 Jz 8.28 Mal; mas o opressor foi o Jz filho de Gideão 2863 3 2866 8.33;9.1,22 Tola julgou 2866 23 2889 Jz 10.1,2 Jair julgou 2889 22 2911 Jz 10.3 Mal; mas só os israelitas d'além do Jordão serviram aos filisteus. 2911 18 2929 Jz 10.8 Jefté julgou 2929 6 2935 Jz 12.7 Ibsão julgou 2935 7 2942 Jz 12.9 Elon julgou 2942 10 2952 Jz 12.11 Abdon julgou 2952 8 2960 Jz 12.14 Mal; desta vez todo Israel serviu aos filisteus 2960 40 3000 Jz 13.1 Sansão julgou estando Israel sob domínio dos filisteus 2980 20 3000 Jz 15.20; 16.31 Eli julgou 3000 40 3040 1 Sm 4.15,18 Samuel julgou; A arca foi levada para Quiriate Jearim 3040 20 3060 1 Sm 5.1; 6.1; 7.1,2; At 13.20 Total do período 2610 450 3060 -- 2 Notas da tabela: 1) Em Jz 3.31 é mencionado que Sangar feriu 600 filisteus depois de Eliúde e também libertou a Israel, sem dar maiores detalhes. Tomando por base a forma com que Paulo menciona em At 13.18 o tempo que os israelitas peregrinaram no deserto após o Êxodo [74] , o mesmo pode ser aplicado na contabilização geral do período dos juízes que ele fez a seguir em At 13.20. Assim, como Paulo totaliza esse período em 450 anos, e os versículos mencionados na tabela em questão também chegam nesse montante, é bem provável que o tempo em que Sangar julgou (se é que julgou) a Israel deve ter sido inferior a um ano. 2) O total não considera o período de Sangar (é bem provável que tenha julgado por apenas alguns meses) nem o período de Sansão, pois este último julgava quando Israel ainda estava sob domínio dos filisteus. O Gráfico 3 apresenta de maneira panorâmica os dados bíblicos cronológicos da Tabela 7. Gráfico 3 – Período dos Juízes. O período dos Reis Saul reinou 40 anos em Israel. Após a morte deste, Davi iniciou seu reinado aos 30 anos de idade. Como o episódio da primeira prevaricação de Saul aconteceu já em seu primeiro ano de reinado, ocasionando a não confirmação dele como rei de Israel, isto significa que o homem (Davi) que Deus já havia buscado para reinar sobre Israel levaria ainda 9 ou 10 anos para nascer (1Sm 13.1,13,14; 2Sm 5.4). O Rei Davi, um homem segundo o coração de Deus, começou a reinar 1007 anos (3100 – 3140 AM / 1056 – 1016 AC) [75] após a aliança com Abraão (2093 AM / 2063 AC). “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (At 13.22; 1Sm 13.13-14; 16.12; Sl 89.20). Os 390 anos [76] mencionados em Ez 4.1-7 (Tabela 2) começam a contar a partir da divisão da monarquia ocasionada pela insensatez de Roboão, já no início de seu reinado, porque nesta passagem são mencionados em separado o reino de Judá e o de Israel, sendo que tais anos são referentes ao longo período de obstinação deste último já desde seu início sob a direção de Jeroboão [77] . Assim, o “caminho cronológico” da Tabela 2 foi feito pelo reino de Israel. A Tabela 3, mais detalhada, foi elaborada usando os dados dos reis de Judá. A somatória simples de todos os períodos do reino unido de Israel e de reinado em Judá totaliza 513,5 anos. Visto que do início do reino unido de Israel até sua divisão passaram-se 120 anos (2Sm 5.4,5; 1Rs 2.11; 11.42; 2Cr 9.30; At 13.20,21), somando com os 390 anos entre sua divisão e a destruição de Jerusalém chega-se ao total de 510 anos de período dos reis [78] . Disso decorre que houve um total aproximado de 4 (513,5 – 510 = 3,5 anos) anos de co-regência entre alguns reis com seus antecessores/sucessores, quais sejam: Josafá (1 Rs22.41-43; 2 Cr 17.1,3; 20.31), Jeorão (2 Rs 8.16-18; 2 Cr 21.5,6,20), Uzias e Jotão (2 Rs 15.32-34; 2 Cr 27.1,2,8). Josafá terminou seu reinado com seu filho já reinando, pois em 2 Rs 1.17 é dito que “no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá”. O outro período de co-regência foi entre Uzias e Jotão, pois Uzias contraiu lepra e seu filho Jotão passou a ter a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra (2 Rs 15.5; 2 Cr 26.16-23). No período dos reis a Palavra do SENHOR foi anunciada muitas vezes ao povo pela boca de seus servos, os profetas, para que se convertesse de seus maus caminhos: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi” (Is 55.3; At 13.34); “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.5,6); “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais (...). Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei (...). Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr 31.31-34). Devido à sua importância, esta promessa é lembrada duas vezes na epístola aos Hebreus: em 8.8-12 e em 10.16,17. A nova aliança não seria “da letra (da lei), mas do Espírito; porque a letra mata, porém o Espírito vivifica (...). Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando porém, algum deles se converte ao SENHOR, o véu lhe é retirado” (2Co 3.6,15,16). “Quando teus dias (de Davi) se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; (...) a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.12-16). Esta promessa é lembrada pelo ezraíta Etã no Salmo didático 89 (Sl 89.4,21,29,36,37) e o escritor aos Hebreus deixa bem claro que o descendente mencionado é Cristo Jesus (Hb 1.5). A Tabela 8 apresenta os eventos relacionados ao período dos reis de Israel. As datas das ocorrências são Anno Mundi (AM). O número após o nome do rei indica sua idade quando começou a reinar. Tabela 8 – Período dos Reis, AM. Fatos Início Duração Fim Referência Bíblica Nota Saul 3060 40 3100 At 13.21 Davi, 30 3100 40 3140 2 Sm 5.4,5; 1Rs 2.11; 1 Cr 29.26,27 Salomão 3140 40 3180 1 Rs 6.1,37,38; 11.42; 2 Cr 9.30 Roboão, 41 3180 17 3197 1 Rs 14.21; 2 Cr 12.13 1 Abias 3197 3 3200 1 Rs 15.1-3; 2 Cr 13.1 Asa 3200 41 3241 1 Rs 15.8- 11; 2 Cr 14.1; 16.13 Josafá, 35 3241 25 3266 1 Rs 22.41- 43; 2 Cr 17.1,3; 20.31 Jeorão, 32 3264 8 (-2) 3272 2 Rs 8.16- 18; 2 Cr 21.5,6,19,20 2, 3 Jeoacaz/Acazias, 22 3272 1 3273 2 Rs 8.25- 27; 2 Cr 21.17; 22.2-4 2 Rs 10.31,35; Atalia, mãe de Acazias 3273 6 3279 11.3,4,20,21; 2 Cr 22.10- 12 Joás, 7 3279 40 3319 2 Rs 11.2,21; 12.1-3; 2 Cr 24.1,2,21 Amazias, 25 3319 29 3348 2 Rs 14.1-3, 17; 2 Cr 25.1,2 Uzias/Azarias, 16 3348 52 3400 2 Rs 14.21; 15.1-3,5; 2 Cr 26.3,4 Jotão, 25 3399 16 (-1) 3415 2 Rs 15. 5,32-34; 2 Cr 27.1,2,8 2 Acaz, 20 3415 16 3431 2 Rs 16.1,2; 2 Cr 28.1 Ezequias, 25 3431 29 3460 2 Rs 18.1-3; 2 Cr 29.1,2 Manassés, 12 3460 55 3515 2 Rs 20.21; 21.1,2; 2 Cr 33.1,2,13 Amom, 22 3515 2 3517 2 Rs 21.19,20; 2 Cr 33.20-22 Josias, 8 3517 31 3548 2 Rs 21.26; 22.1,2; 2 Cr 34.1,2 Joacaz, 23 3548 0,25 3548 2 Rs 23.30- 33; 2 Cr 36.1,2 Eliaquim/Jeoaquim, 25 3548 11 3559 2 Rs 23.36,37; 2 Cr 36.4,5 Joaquim/Jeconias, 18 3559 0,25 3559 2 Rs 24.8,9,17; 2 Cr 36.8,9; Jr 24.1; 37.1 Zedequias/Matanias, 21 3559 11 3570 2 Rs 24.17- 19; 2 Cr 36.10-12; Jr 52.1,2 Período 3060 510 3570 Obs: Os reis destacados em negrito são os que andaram nos caminhos do SENHOR, com a ressalva de uma ou outra situação particular de cada um. Notas da tabela: 1) O reino unido sobre as tribos de Israel foi dividido a partir de Roboão. Para a elaboração da cronologia bíblica a partir do Livro dos Reis e de Crônicas foram considerados os dados sobre o reino de Judá. 2) O número entre parênteses informa a quantidade de anos de co-regência com seu antecessor. Além disso, a possível co-regência entre Davi e Salomão não foi considerada no presente trabalho em função de versículos como 1Rs 1.27-30,35; 2.10-12; 1Cr 22.5,17-19; 23.1,31; 29.1,22,27. 3) Em 2 Rs 1.17 é dito que “no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá” [79] . Apesar de algumas dificuldades iniciais na cronologia dos reis [80] , não é difícil perceber que o período total de reinado em Judá totaliza 510 anos ao invés de 514 devido a dois fatos: 1) à centralidade cronológica da aliança feita em Cristo com Abraão (Gl 3.17); 2) aos 390 anos apontados em Ez 4.1- 7 para o período entre a divisão do reino (o período do reino unido durou 120 anos) e o exílio. Os cerca de 4 anos excedentes mui provavelmente foram anos de co-regências entre Josafá e Jeorão e entre Uzias e Jotão, conforme indicado entre parênteses. O Gráfico 4 apresenta uma visão panorâmica dos dados bíblicos cronológicos da Tabela 8. Gráfico 4 – Período dos Reis. A destruição de Jerusalém e o descanso da terra “A terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação” (Lv 26.34). “Até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os 70 anos se cumpriram” (Lv 25.1-8; 26.33-35; 2 Cr 36.21, Dn 9.11,13). Segundo Anderson, antes desta era das desolações (iniciada em 586 AC com a destruição de Jerusalém por Babilônia) houve duas outras: a era do exílio iniciada no 8º ano de Nabucodonosor (2 Rs 24.12); e, antes desta última, a era da servidão iniciada no 3º ano de Jeoaquim (3550 AM / 606 AC) quando Jerusalém foi colocada sob servidão por Nabucodonosor (Dn 1.1,2) [81] . Por outro lado, há quem considere que estas três eras foram as três fases do exílio (ou cativeiro, ou desterro) [82] . Apesar de haver 490 anos entre o início do reinado de Israel (3060 AM / 1096 AC) e a ocasião em que Jerusalém foi sitiada pela primeira vez por Nabucodonosor, a terra só começou a descansar a partir da destruição do templo junto com toda a cidade de Jerusalém em 586 AC, conforme 2 Cr 36.21. Assim, esta foi a data usada no presente trabalho para o cômputo inicial dos 70 anos sabáticos (um ano em cada sete) para o descanso da terra, pelo que o restante do povo de Israel foi exilado (490/7 = 70) em Babilônia. A despeito da advertência de Moisés (Lv 26.14-35) e do que fora proposto pouco antes de adentrarem na terra prometida, a escolha geral dos principais sacerdotes e do povo foi a morte ao invés da vida, pois aumentaram cada vez mais suas transgressões e contaminaram a Casa que o SENHOR houvera santificado em Jerusalém. Geralmente os sacerdotes ensinavam apenas o que lhes era conveniente e os profetas “tinham visões” de acordo com o dinheiro que lhes era oferecido e falavam ao povo apenas o que agradava, deixando de lhe manifestar as iniquidades que cometia. O que era profetizado serviu apenas para que o povo continuasse a oferecer sacrifícios de louvor daquilo que era mau. Os príncipes de Israel abominavam o juízo e pervertiam o que era direito aceitando suborno; edificavam a Jerusalém com mortes e iniquidade. Por isso, muitos dentre eles e do povo foram levados para o exílio e Jerusalém foi transformada em montões de ruínas (Lm 2.14; Am 4.4;Mq 3.10-12). Apesar disso, o SENHOR se compadecia do seu povo e da Casa da sua habitação, advertindo-lhes por intermédio de seus mensageiros. Contudo, oferecia-se apenas sacrifícios do gosto geral ao invés de fazê-lo obedientemente em amor. O povo e seus líderes civis e religiosos em geral ridicularizavam os mensageiros que Deus lhes enviava, menosprezavam as suas palavras e escarneciam dos verdadeiros profetas até que o furor do SENHOR subiu contra o seu povo a tal ponto que não houve mais como remediar.. Então, o SENHOR enviou Nabucodonosor contra eles, o qual não tinha qualquer sombra de piedade por quem quer que fosse. Todos os utensílios e tesouros da Casa do SENHOR, os tesouros do rei e dos seus príncipes foi levado para Babilônia. Derrubaram os muros de Jerusalém, queimaram seus palácios e a Casa de Deus. E os que escaparam da espada foram levados cativos para Babilônia, para cumprir a Palavra do SENHOR, proferida por Moisés e por Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os 70 anos se cumpriram (2Cr 36.11-21; Os 8.13; Dn 9.2,11-13 conforme Lv 26.14-35). Pela presente cronologia, a era dos reis terminou em 3570 AM. A partir daí a terra passou a gozar os anos sabáticos (um em cada sete, conforme Lv 25.3,4,8; 26.33-35) dos quais fora privada. O povo começou a pagar com o exílio a dívida [83] de descanso que tinha para com a terra; o que foi reconhecido por Daniel durante o exílio (Dn 9.11-13 conforme Lv 26.14-35) e por todo o povo após o exílio (Ne 10.31). Dividindo 3570 por 7, o resultado é o exato período dos reis: 510 anos. Porquanto, tem-se que 3570 AM é o terceiro ponto de validação. A anunciação do nascimento do precursor do Senhor Nos dias do rei Herodes havia na Judeia um sacerdote chamado Zacarias, que era do turno de Abias, turno este que ocorria nas duas semanas finais do quarto mês judaico (Lc 1:5; 1 Cr 24:1,10). Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel. Depois do encerramento dos dias de seu ministério, Zacarias retornou para casa. Nesses dias, sua mulher Isabel concebeu e ocultou-se por cinco meses (Lc 1:5-25). Assim, João Batista, o primo de Jesus Cristo, foi concebido no início do quinto mês do calendário hebraico. Após ter concebido, a mãe de João se ocultou até ao nono mês (Lc 1:23,24) do calendário (ou seja, ficou 6 meses afastada: do 5º até o 9º mês do ano). A encarnação do Verbo de Deus Entre o fim do nono e começo do décimo mês (Lc 1:26,27), o anjo Gabriel foi até Maria em Nazaré e lhe disse que o poder do Altíssimo a envolveria e, por isso, também o ente santo que haveria de nascer deveria ser chamado de Filho de Deus. Nesse dia, sua parente Isabel já estava no sexto mês de gestação (Lc 1.28-36). Então, na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho Amado à Belém-Efrata, Cidade de Davi (Mq 5.2; Is 9.6-7; Lc 2.4), onde havia pastores que guardavam o seu rebanho durante as vigílias noturnas. Um anjo veio da parte do Senhor para onde eles estavam e lhes disse: vim trazer para vocês boas-novas de grande alegria: hoje nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Este será o sinal: haverá uma criança enrolada em faixas num estábulo (Lc 2.8-14). O nascimento do Menino Jesus Após conceber, pelo Espírito Santo, Maria foi encontrar-se com sua parenta Isabel, mãe de João, e ficou três meses com ela, ou seja, até por volta do primeiro mês do calendário hebraico (Lc 1.36,39,42,56). Como no primeiro mês do ano Maria já estava no terceiro mês de gravidez, o ciclo de gestação terminou no sétimo mês do calendário judeu, o mês de Tisri (ou Etanim). Desse modo, em nosso calendário, o nascimento de Nosso Senhor se deu entre o final de setembro e começo de outubro [84] . Sendo o relato bíblico o de que Cristo nasceu num local aberto (Lc 2.7), Ele não poderia ter nascido muito depois do sétimo mês hebraico (que seria após meados de outubro em nosso calendário), pois no hemisfério norte já seria frio e chuvoso, conforme a narrativa de Esdras 10.9,13 e Cantares 2.11. Mesmo nos dias atuais chove regularmente quando é inverno naquela região [85] . Por isso, não seria possível numa estação fria naquele local mediterrâneo que no dia natalício de Jesus pastores estivessem nos campos com seus rebanhos durante as vigílias da noite (conf. Lc 2.8-13). Assim, é possível afirmar que o Natal tenha se dado em fins de setembro ou nos primórdios de outubro, ou seja, em meados de Tisri. Entre o dia 15 e o dia 23 deste mês acontecia a Festa dos Tabernáculos, instituída por Deus ao povo judeu como prescrição e memorial eterno (Lv 23.33-44; Nm 29.12-39) por terem eles habitado em cabanas (ou tabernáculos) no deserto junto com Deus, que os livrara da opressão do Egito. O Evangelho de João diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). No texto original, a palavra grega traduzida por “habitou” é skenoo, a qual significa “armou seu tabernáculo”, ou seja, residiu entre nós, segundo afirmou o profeta Isaías: “eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e Lhe chamará Emanuel”, que quer dizer Deus conosco (Is 7.14; Mt 1.23). O cumprimento da Festa dos Tabernáculos se deu no Natal de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que “tabernaculou” conosco. A data da redenção da humanidade mediante a imputação de seus pecados no imaculado Cordeiro de Deus Por fim, a Redenção da humanidade mediante o sacrifício que o Senhor Jesus fez de si mesmo na Cruz do Calvário foi datado com exatidão [86] pelas semanas proféticas de Daniel (Dn 9.24,25): “Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido (...) 70 semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem [87] para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe [88] , 7 semanas e 62 semanas [89] ; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das 62 semanas, será morto o Ungido [90] e já não estará” (Dn 9.23-26). Quando diz “até ao Ungido, ao Príncipe” trata-se do dia da entrada triunfal do SENHOR Jesus em Jerusalém, aclamado pela multidão como o Ungido Rei dos Reis (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44; Jo 12.12-16). O calendário gregoriano tem 97 anos de 366 dias (que são os anos bissextos) a cada 400 anos. Assim, neste calendário o ano é considerado como sendo de 365 + 97/400 dias (ou 365,2425 dias). Por esta razão, os anos bissextos são regidos pelo seguinte conjunto de regras [91] : 1- Todo ano divisível por 4 será de 366 dias (bissexto). 2- Todo ano divisível por 100 será de 365 dias (não bissexto). 3- Todo ano divisível por 400 será bissexto. 4- O item 3 prevalece sobre o 2 que, por sua vez, prevalece sobre o 1. O calendário judaico é lunissolar por isso, ao longo do tempo, os anos variam de 354 a 385 dias [92] . Isto ocorre para harmonizar os anos lunares e solares com os ciclos das estações (primavera, verão, outono e inverno). Conforme explicado anteriormente, o ano profético possui 360 dias [93] , no entanto a quantidade de dias consecutivos é a mesma em qualquer calendário; a diferença reside no modo da reunião deles para compor os meses e anos. Abaixo é apresentada em dois quadros a forma de conversão de anos proféticos em gregorianos mediante a contabilização de todos os dias decorridos ao longo das 69 semanas de anos (69 x 7 = 483 anos proféticos, segundo registrado em Daniel 9.23-27) desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém (445 AC) até ao Ungido, o Príncipe (32 AD), que é o cálculo de Robert Anderson [94] : 483 anos x 360 dias [95] = 173.880 dias de 445 AC até 32 A.D = 476 anos 476 anos x 365 dias = 173.740 dias + 116 dias dos anos bissextos do período [96] + 24 dias de 14 março 32 AD até 06 abril 32 AD Total = 173.880 dias No primeiro quadro tem-se a primeiracontabilização dos dias. O segundo é uma “expansão” do primeiro, apresentando alguns detalhes da contabilização desses dias. Na Tabela 11 há uma expansão em maior detalhamento, em que é feito um apontamento ano a ano dos 173.880 dias. Temos, então, que o período entre a saída da ordem para restaurar Jerusalém até ao Ungido é de 483 anos proféticos. Porém, pela contagem do calendário gregoriano, tal período equivale a 476 anos cronológicos (de 445 AC até 32 AD). Assim, o período profético de 483 anos equivale a 476 anos em nosso calendário. Para chegar-se ao ano 3710 AM foram consideradas as seguintes informações extrabíblicas[97] : 1) a destruição de Jerusalém e de seu Templo ocorreu em 586 AC[98] (3570 AM). De acordo com Jr 39.2,8 isto foi aos 9 dias do 4º mês do 11º ano de reinado de Zedequias, dando início ao período de 70 anos das desolações (o descanso da terra, conforme Lv 26.34,35; 2Cr 36.21; Jr 29.10) que se estendeu, então, até cerca de 516 AC; 2) A datação histórica secular para o 20º ano de reinado de Artaxerxes I é 445 AC[99] . Segundo Ne 2.1-8 no 1º mês desse ano do calendário hebraico foi promulgada a autorização para restaurar e reedificar Jerusalém. Por não mencionar o dia do mês, subentende-se [100] que foi no 1º dia (1º de Nisã). O tempo compreendido entre o evento de 586 AC e o de 445 AC é de 140 anos e 9 meses (a partir do 4º mês até ao 12º são 9 meses). Subtraindo os 70 anos das desolações, sobram cerca 70 anos entre o fim das desolações e a saída da ordem [101] . Desse modo, a data bíblica para a saída da ordem é 3570 + 70 + 70 = 3710 AM. De acordo com Levítico 25.8, o período profético das 69 (7 + 62) “semanas” de anos entre a restauração de Jerusalém (destruída pelos babilônios) e o Ungido (Cristo) é múltiplo de sete anos, ou seja, cada “semana de anos” equivale a sete anos, perfazendo um total de 483 anos proféticos [102] (69 semanas x 7 anos por semana). Como essas “semanas” são de caráter profético, do livro de Apocalipse [103] depreende-se que o ano profético possui 360 dias [104] . Desta feita, os 483 anos proféticos resultam em 173.880 dias [105] desde a saída da ordem para restaurar Jerusalém até ao Ungido, quando este fez sua entrada triunfal como Rei em Jerusalém (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.28-40; Jo 12.12-16). Agrupando esses dias segundo os critérios do calendário gregoriano, chega-se a 476 anos “gregorianos”. Esse período profético das 69 semanas pode ser visto de modo esquemático na figura abaixo baseada nos cálculos de Robert Anderson [106] e na ilustração de Clarence Larkin [107] . Figura 1 – Representação esquemática do período das 69 semanas proféticas de Daniel e sua correspondência com o calendário gregoriano, segundo Robert Anderson e Clarence Larkin. A ordem a que o anjo se referiu em sua profecia a Daniel foi para reedificar e restaurar praças e arredores (prédios, muros, etc.). A reconstrução do templo já fora autorizada antes pelo rei Ciro, logo em seu primeiro ano de reinado sobre o império que tomara de Babilônia (Ed 1.1-4). Um ano depois foram lançados os fundamentos do templo (Ed 3.8,11-13) em 536 AC. Houve uma interrupção de 16 anos nos trabalhos (Ed 4.4-7; 21-24), até que foram retomados em 520 AC e no sexto ano de reinado de Dario (516 AC) a obra de reconstrução do templo foi concluída (Ed 6.15) [108] . O que Esdras e um grupo de famílias fizeram no 7º ano de Artaxerxes I (em 458 AC) foi apenas levar a prata e o ouro que o rei, seus conselheiros e outros deram para utilização no templo (Ed 7.1-19), além do propósito que Esdras fez de ensinar em Israel os estatutos e as ordenanças do SENHOR (Ed 7.10). Segundo a história secular, os reis persas sucederam-se na seguinte ordem: Ciro (560-530 AC), Cambises (530-522), Smérdis (522), Dario I (522-486), Assuero (486-465), Artaxerxes I (465-424), Dario II (423-405) e Artaxerxes II (405-358) [109] . Apesar de os reis persas terem divulgado alguns decretos permitindo o retorno dos Israelitas à própria terra (Ed 1.1-2; 6.3; 7.11-28), somente um decreto autorizou a restauração e edificação de Jerusalém: o do 20º ano de Artaxerxes I, no mês de Nisã (Ne 2.1-8). Têm sido amplamente aceito pelos historiadores, cronologistas e comentaristas bíblicos como Júlio Africanus, Petavius, James Ussher, Lloyd, Marshall, Robert Anderson, McClain, Walvoord, D. Pentecostes, Hoehner, Unger e outros que somente o decreto emitido no 20º ano de Artaxerxes I concedeu permissão para a reconstrução da cidade de Jerusalém, juntamente com suas ruas praças e muros, preenchendo as condições da profecia [110] . Como não é citado nenhum dia, segundo a prática comum entre os judeus, o dia em questão é 1º de Nisã [111] . Assim, os 173.880 dias do período profético das 69 semanas devem ser contabilizados a partir do dia 1º de Nisã do 20º ano de Artaxerxes I, o qual equivale em nosso calendário a 14 de março de 445 A.C [112] . Pela Figura 1 e pela Tabela 11, que se baseiam no cálculo de Anderson [113] , nota-se que o último dia desse período foi 6 de abril de 32 AD, um domingo, o exato dia da entrada triunfal do Ungido, o Rei dos Reis (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44; Jo 12.12-16) em Jerusalém. Em virtude da chegada do último dia das 69 semanas, se Cristo não fosse assim aclamado pela multidão dos discípulos, as pedras o fariam (Lc 19.40)! Os habitantes de Jerusalém deveriam alegrar-se muito porque o seu Rei finalmente houvera chegado montado sobre um jumentinho, humilde, justo e salvador. Mas eles não conheceram o que à sua paz lhes pertencia naquele exato [114] dia por estar aquilo encoberto aos seus olhos (Zc 9.9; Lc 19.42) [115] . Assim como no caso dos 40 anos no deserto, este é mais um exemplo de predição e cumprimento rigorosamente pontual de um período de tempo! Vale lembrar que a Páscoa judaica era regulada pela lua nova [116] (a “lua eclesiástica” que deveria ser confirmada por observadores credenciados). Seu surgimento no céu determinava o 1º dia do 1º mês (Nisã) do ano [117] . A festa da Páscoa começava no crepúsculo da tarde do 14º dia desse mês [118] , cujo modo de observação do tempo para realiza-la era seguido na época do Novo Testamento [119] . Em 32 AD a lua nova “eclesiástica” de 1º de Nisã correspondeu a 29 de março no calendário gregoriano [120] . Assim, sendo este o 1º dia do 1º mês hebraico, o dia da preparação da Páscoa (o 14º de Nisã) se deu em 11 de abril, uma sexta-feira, exatamente como registrado pelos evangelhos (Lc 23.54; Mc 15.33-45; Jo 18.28; 19.14,31), poucos dias após [121] o término dos 173.880 dias representados pelas 69 “semanas” (que são 483 anos proféticos). Para ajudar a visualizar os dias desses eventos, a Figura 2 abaixo apresenta os meses de março e abril de 32 AD com suas respectivas fases da lua sobre a localidade de Jerusalém. Figura 2 – Meses de março e abril e respectivas fases da lua em Jerusalém em 32 AD, segundo informado em Time and Date AS: http://www.timeanddate.com/calendar/?year=0032&country=34. Na próxima figura são destacados no calendário gregoriano o dia correspondente a 1º de nisan no calendário hebraico, o dia correspondente a 14 de nisan (Páscoa) e o último dia das 69 semanas proféticas. Figura 3 – Indicação no calendário gregoriano dos dias correspondentes a 1º e 14 de nisan (do calendário hebraico) e o último dia das 69 semanas proféticas. Note que o Cordeiro (Pascal) de Deus foi sacrificado numa 6.a feira (Mc 15.42; Jo 19.14,31) à tarde em que estava para se iniciar a Páscoa dos judeus (conforme Lc 23.44,54; Mc 15.33-45; Jo 19.31). Este evento começava no 14º dia do 1º mês (nisan) do ano judaico (Lv 23.5; Nm 28.16; Dt 16.6). A lua nova era o que determinava quando seria o 1º de nisan (Nm 28.11-15). Pelo calendário gregoriano acima, a lua nova imediatamente anterior ao fim do período profético de Daniel foi em 29 março de 32 AD. Sendo este o 1º dia de nisan, o 14º (o dia da Páscoa) cai exatamente em 11 de abril, a sexta-feira [122] em que Cristo foi sacrificado para remoção dospecados de todo aquele que nele crê. Para melhor compreensão, as semanas proféticas poderiam ser reescritas do seguinte modo: Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até a entrada triunfal do Rei Jesus Cristo no Domingo de Ramos em Jerusalém, transcorrerão 69 vezes 7 anos, que são 483 anos proféticos; ou 173.880 dias, que são 476 anos cronológicos; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Cinco dias após o fim dos 173.880 dias, o Cristo será morto e três dias depois será levantado dentre os mortos para o céu.” (Dn 9.25,26a). Tais semanas podem ser visualizadas de modo mais simplificado que a Figura 1 por meio do seguinte “infográfico”: Figura 4 – Visualização simplificada do período compreendido pelas 69 semanas proféticas de Daniel. Vale lembrar que esse período profético é o período destacado no Gráfico 1, o qual, incluindo o período da Igreja (aqui considerado como o tempo decorrido desde Cristo, passa pelos dias atuais e vai até a parousia) pode ser resumido do seguinte modo: Gráfico 5 - Cronologia Bíblica da Redenção simplificada, com destaque para o período de 476 anos cronológicos, que equivale aos 483 anos profético, e para o período que vai de Cristo aos dias atuais. Então, no domingo 6 de abril de 32 AD, 4186 anos após a criação do homem, o Rei Jesus fez sua entrada triunfal em Jerusalém em cumprimento à profecia de Sofonias (Sf 3.15b,16), Zacarias (Zc 9.9), Daniel (Dn 9.23-27) e outras. Na mesma semana civil, na sexta-feira 11 de abril de nosso calendário, Cristo se fez maldição (Dt 21.22,23) na Cruz do Calvário 5 dias depois dos 69 setes para que a bênção de Abraão chegasse também aos gentios (Gl 3.13), manifestando a justiça de Deus que fora testemunhada pela Lei de Moisés, pelos Profetas e pelos Salmos (Lc 24.44) de modo que essa justiça fosse procedente do próprio Deus por meio da fé em Cristo Jesus para todos os crentes em sua obra redentora [123] (Rm 5.21,22; Fp 3.9): “porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (Mt 26:28)”. A nova aliança prometida no tempo de Jeremias foi cumprida. O mistério outrora oculto dos séculos e das gerações foi manifesto àqueles a quem Deus quis revelar a riqueza de sua glória (Cl 1.26,27): “Aquele (Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21) [124] . 3. Método de Conversão da Datação Bíblica para a Secular (gregoriana) Não há a pretensão de que todas as datas seculares encontradas no presente trabalho sejam definitivas e/ou absolutamente exatas. Há questões quanto à forma com que os anos foram contados ao longo do tempo em função de ajustes no calendário para as mais diversas necessidades (como adequação aos ciclos solares e lunares e às estações do ano); um evento terminado num mesmo ano em que outro começou e tal ano tenha sido computado uma ou duas vezes (ou não foi computado); meses que foram ou não considerados; metodologia e/ou precisão de datação secular; modo de conversão entre calendários (como a escolha do ponto/data de correlação entre calendários, conforme explicado mais adiante); etc. Porém, à medida que tais questões são melhor elucidadas, poder-se-á diminuir as imprecisões cronológicas. De 4156 AC até 2014 AD são 6168 anos: 4156 (conforme explicado a seguir) + 2014 (ano de referência) – 1 (pela inexistência do ano zero no calendário gregoriano) – 1 (pelo fato de se ter escolhido como data de correlação bíblica/gregoriana aquela que envolveu o arredondamento dos 70 anos e alguns meses do período entre o fim das desolações em 586 AC e a saída da ordem em 445 AC). Para realizar a conversão da datação “bíblica” para a datação empregada no calendário gregoriano escolhe-se um evento antes de Cristo (AC) cuja datação secular tenha a menor incerteza cronológica possível para servir como “data de correlação”. Soma-se ao seu valor anno mundi (AM) o valor da data gregoriana. O resultado corresponde ao ano gregoriano do surgimento de Adão. Assim, o momento histórico escolhido como data de correlação foi o início da Era das desolações (ou descanso da terra), o qual ocorreu justamente com a destruição de Jerusalém por parte de Nabucodonosor em 586 AC [125] , cuja data é amplamente reconhecida e aceita. Então, tem-se: 3570 + 586 = 4156. Este valor corresponde inicialmente à data gregoriana da criação do homem. A partir daí pode-se estabelecer a correspondência entre a datação bíblica e a gregoriana dos demais eventos relacionados. Para isto deve-se proceder à subtração de 4156 do valor anno mundi de cada um dos eventos pois trata-se apenas de um valor de correlação. Por exemplo, a aliança com Abraão foi estimada em 2093 AM. Fazendo 2093 menos 4156 resulta em “– 2063”. O valor negativo indica que o evento é antes de Cristo. Quando o evento é posterior a Cristo deve-se subtrair dois do resultado: “um” pelo o arredondamento dos 70 anos e alguns meses do período entre o fim das desolações e a saída da ordem; e “um” pelo fato da inexistência de ano zero no calendário gregoriano. Dependendo da escolha da data de correlação, pode haver certa variação nas datações dos eventos além e/ou aquém do ponto de correlação escolhido, mas com pouca diferença em relação ao comumente estabelecido pela cronologia histórica secular. 4. Comparação Entre Datações de Algumas Cronologias Bíblicas A título de comparação com os dias atuais, ano de 2014 AD corresponde a 6168 AM pelos cálculos do presente trabalho e a 5774 AM segundo o calendário hebraico oficial, o que dá 394 anos de diferença entre a datação proposta neste trabalho (P) e a hebraica (H). A Tabela 9 apresenta uma discriminação das fontes dessa diferença. Na coluna “P – H” encontram- se os valores de cada diferença em particular. Foi realizada também uma comparação com os respectivos dados de Ussher e de Anderson. Tabela 9 – Diferenças de duração (em anos) de certos períodos entre a datação bíblica de Ussher, Anderson, a oficial hebraica (H) e a proposta (P). Evento Ussher Anderson Hebraica Proposta P - H Da criação do homem ao nascimento de Abrão 2008 2011 1948 2008 60 Do nascimento de Abrão ao Êxodo 505 505 500 515 15 Do Êxodo à fundação do 1º Templo no 4º ano de Salomão 480 611 480 620 140 Da fundação do 1º Templo à consagração do 2º Templo em 516 AC 497 499 480 497 17 Da consagração do 2º Templo à destruição por Tito em 70 AD 584 584 420 585 165 Da criação do homem à destruição de Jerusalém por Tito 4074 4210 3828 4225 397 Dias atuais: 2014 AD 6017 6153 5774 6168 394 Elaborada a partir de: Gn 11.26; Ex 12.40-51; 1Rs 6.1,38; Ed 3.8,11-13; 6.14-22; ANDERSON, The Coming Prince, p. 245-247; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 370; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 112; JONES, Floyd Nolen in USSHER, The Annals of the Word (Appendix G), p. 931. Pelas informações obtidas, 5771 AM seria a data hebraica correspondente à data gregoriana 2014 AD; os 3 anos que faltaram para atingir 5774 AM devem-se basicamente a diferenças de fundamentação astronômica entre calendários (hebraico lunissolar e gregoriano solar) e ajustes e correções ao longo dos anos para adequar os ciclos do sol e da lua às estações do ano. 5. Conclusão Foi exposto aqui algo a respeito do qual estou convencido, mas sei que há a possibilidade de haver equívocos em qualquer parte do que propus. No entanto, não se pode negar que há significativa razoabilidade no que foi apresentado e, se os contra-argumentos forem somente pedras, não vejo como elas não se constituirão nos degraus que podem me conduzir a um convencimento cada vez maior daquilo que estudei e contemplei... A genealogia e a cronologia de Genesis 5 e 11 envolvem questões de natureza e aspectos distintos. Elas não devem ser confundidas. Se esses capítulos forem interpretados literalmente tal qual Calvino, Lutero, os judeus e os cristãos em geral o fazem, as datas do relato bíbliconão corresponderão às (pré)suposições de certos cientistas e teólogos que tentam interpretar as Sagradas Escrituras sob a ótica secular vigente pois, ao “tentar encontrar uma interpretação seguindo outras linhas hermenêuticas” ao invés de “observar a intenção das palavras e de seu autor”, encobre-se o “sentido comum e histórico-gramatical” das Escrituras, pois o “próprio texto da Escritura foi dado para que ‘todas as pessoas dotadas de senso comum’ pudessem entender o que estava ali escrito” [126] . Por isso é que a interpretação mais “natural e óbvia” para os primeiros capítulos do livro de Gênesis é a não interpretação. Mesmo havendo diversas lacunas naquelas genealogias, isto não afeta de modo algum a informação cronológica ali registrada devido ao modo pelo qual os descendentes de Adão estão relacionados: A tinha y anos quando B nasceu. Lacunas em genealogias não provam lacunas em cronologias. Além disso, o Espírito Santo confirma em sua epístola de Judas que Enoque foi o sétimo patriarca desde Adão. Assim, conforme a observação do significado natural e óbvio das palavras e do Autor do Texto Sagrado, a genealogia de Gênesis é cronológica e sem lacunas. Em virtude disso, as tabelas e gráficos apresentados permitem visualizar situações como a de que Sem foi contemporâneo de Abraão e Isaque. A aliança com Abraão foi fundamental no plano da salvação porque ela fora realizada primeiramente em Cristo e posteriormente ratificada com Abraão de modo a ser simétrica do seguinte ponto de vista cronológico: da criação do homem até esta aliança transcorreram 2093 anos; desta aliança até a redenção mediante a crucificação e ressurreição de Nosso SENHOR, outros 2093 anos. A crucificação de Nosso Senhor cancelou o escrito de dívida que era contra a humanidade (Jo 19.30; Cl 2.13-15). Segundo Dt 15.1,2 e Ne 10.31, esse pagamento de dívida aconteceu em ano múltiplo de 7. Devido ao fato dessa remissão em Cristo ter sido sancionada naquela aliança com Abraão, tal aliança também deve ocorrido em ano múltiplo de 7. Conforme a Tabela 2, é possível verificar que é relativamente fácil obter as informações bíblicas que mostram que a Aliança em Cristo com Abraão ocorreu em 2093 AM, um ano múltiplo de 7. E, devido à centralidade desta aliança, somando outros 2093 chega-se em 4186 AM como o ano da redenção da humanidade mediante o ato voluntário de Cristo. Três pontos cronológicos de validação ajudam na confirmação e ajuste dos apontamentos de toda a cronologia: 1656 AM (dilúvio), 2093 AM (a aliança em questão) e 3570 AM (fim do período dos reis). De todos os livros do Antigo Testamento, aproximadamente metade dizem respeito ao período dos reis, um período cronológico relativamente pequeno em que a Palavra do SENHOR foi anunciada muitas vezes ao povo de Israel, o que evidencia que esse período foi espiritualmente importante. A conversão dos ditos 483 anos “proféticos” do livro de Daniel em 476 anos gregorianos ou os pontos de validação cronológicos talvez pareçam algo um tanto quanto contrários ao bom senso ou à razão humana. No entanto, vale ressaltar que a intenção do presente estudo foi apresentar uma cronologia segundo registrado na Bíblia Sagrada, e não conforme a lógica ou filosofia humana [127] . O período posterior às 69 semanas (após o Ungido, ou seja, depois de Cristo) é um período que Deus manteve oculto em épocas passadas reservando-o para “o enxerto” da Igreja na “boa oliveira” (Rm 11.17,27), ou seja, a benção concedida inicialmente a Abraão e à sua descendência genealógica seria posteriormente estendida para as famílias de todos os povos mediante a crença nas Boas Novas da Salvação em Cristo, o descendente prometido a Abraão. Aquele que crê em Cristo passa a pertencer-lhe e, sendo dele, torna-se descendência espiritual de Abraão e herdeiro segundo a promessa (Gl 3.16,17,29). Assim, Deus reservou o tempo após as 69 semanas para inclusão (enxerto) de todos os crentes [128] em Cristo na descendência abraâmica (a boa oliveira) mediante a fé (Gl 3.7; Jo 8.39; Rm 4.16), para que a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida por meio da Igreja segundo o eterno propósito que Ele estabeleceu em Cristo (Ef 3.5-11) para a redenção do homem; pois houve um endurecimento parcial a Israel até a entrada da plenitude dos gentios (1Ts 4.13-18; 5:9-11) e a volta do Messias em poder e glória (Ap 19.11ss). Então, todo o Israel será salvo segundo foi escrito: “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades, porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Is 59.20; Dn 9.24- 27; 11.31; 12.11; Mt 24.15-31; Rm 11.25-27,29). Não houve a pretensão de se obter todas as datas seculares absolutamente exatas devido ao fato de existirem certas questões, concernentes à datação de fatos históricos antigos, que afetam sua precisão cronológica. No entanto, à medida que tais questões são esclarecidas, é possível obter uma datação com grau de apuração cada vez melhor. O ponto cronológico mais difícil de observar na Bíblia Sagrada foi o período da conquista de Canaã sob a liderança de Josué, estimado no presente trabalho em 47 anos. Dentre todos os dados bíblicos, este é o único que não é notado “objetivamente” nos Escritos Sagrados. Ao somar todos os demais dados após a aliança com Abraão (430 + 40 + 450 + 510 + 70 + 70 + 476) tem-se 2046 como resultado. Como a aliança com Abraão foi sancionada em Cristo e o tempo de liderança de Josué situa-se num valor entre 40 e 50 anos, parece ser bastante razoável “arbitrar” 47 anos pois, assim, são harmonizados todos os dados cronológicos, com especial destaque para o ano da destruição de Jerusalém (3570 AM) e o da crucificação de Nosso Senhor (4186 AM). Deste modo, devem ser acrescentados 47 anos aos 573 que Anderson obteve da fala do apóstolo Paulo no livro de Atos, totalizando um período de 620 anos [129] desde o Êxodo até o início da edificação da Casa do SENHOR sob responsabilidade do rei Salomão. A partir do fim do reinado de Judá em Jerusalém, nota-se que este e os demais anos dos eventos consecutivamente relacionados na Tabela 2 são múltiplos de 7. De certo modo, ao fim de cada período houve um pagamento de dívidas até que chegasse a plenitude dos tempos para a realização do cancelamento do escrito de dívida que era contra toda a humanidade: a consumação em 4186 AM [130] na Cruz do Calvário da obra que Deus Pai havia dado ao seu mui amado Filho Unigênito para realizá-la, proporcionando eterna salvação a todos quantos lhe dão ouvidos à Palavra (Lc 13.32; Jo 17.4; 19.30; Hb 5.9; 9.26b). Assim, quando alguma informação cronológica não era suficientemente clara em certa passagem bíblica, buscou-se o auxílio de outras de modo que os próprios dados se harmonizassem. Por envolver contagem de tempo, alguma álgebra se fez necessária. Porém, por se tratar de uma cronologia bíblica sobre a redenção da humanidade, tal cronologia não se resume apenas à uma mera soma de períodos e datas, mas, antes disso, envolve questões de discernimento espiritual (1Co 2.12-14). Todos aqueles que viveram antes de Cristo e obtiveram bom testemunho por sua fé não alcançaram a realização da promessa pelo fato de haver Deus providenciado algo superior para aqueles que vieram depois do cumprimento (em Cristo) das promessas para que, tanto uns quanto outros não fossem aperfeiçoados. Jesus, todavia, ao oferecer de uma vez por todas um único sacrifício de si mesmo pelos pecados de todos, assentou-se à destra de Deus (...). Pois, por esta única oferta, aperfeiçoou para sempre todos os que estão sendo santificados (Hb 10.12-14; 11.39,40). O Deus que fez os céus, a terra e tudo o que neles há não habita em templos feitos por mãos humanas e nem mesmo pode ser servido por elas como se precisasse de algo. Pelo contrário, de um só Ele fez todas as raças dos homens para habitarem sobre o mundo todo, demarcando-lhes os tempos e os limites da sua habitação. Sendo geração de Deus, ninguém pense que a divindade seja semelhante ao que é produzido pela arte e imaginação humana. No entanto,Deus notifica a todos os homens de todo lugar que se arrependam, pois Ele não considerou os tempos da ignorância, porquanto estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça por intermédio do Senhor Jesus, dando ciência disto a todos pela ressurreição dele dentre os mortos (At 17.24-31). A morte e ressurreição do Senhor Jesus se constitui no ponto de convergência do Cristianismo, da História e de todo o Universo (Ef 1.3,7-10). Tal evento é o cumprimento [131] do protoevangelho anunciado aos nossos primeiros pais no Éden sobre a vinda da semente da mulher. Nasceu debaixo da lei para resgatar os que estavam debaixo dela, para recebê-los como filhos (Gl 4.3-5). Veio para os seus, e os seus não o receberam. Todavia, a todos quantos creram no seu nome foram feitos filhos de Deus; os quais não nasceram da vontade do homem, mas de Deus (João 1.11-13), pois Ele enviou seu Filho como propiciação pelos pecados da humanidade (1João 4.10). Cristo foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas perversidades; o castigo que nos trouxe a paz foi colocado sobre Ele, o qual jamais cometeu injustiça alguma e nem um dolo sequer se encontrou em sua boca; todavia, pelos transgressores intercedeu (Is 53.5-12). Deus, em Cristo, perdoou todos aqueles que sinceramente reconheceram suas faltas (Rm 3.23; Ef 4.32). Portanto, devemos nos apegar mais firmemente às verdades ouvidas para que em tempo algum nos desviemos delas. Pois, se a palavra dita por anjos se tornou firme, e toda transgressão ou desobediência recebeu o devido castigo por meio da morte substitutiva do Imaculado Filho de Deus, como alguém poderá escapar do juízo vindouro se negligenciar tão grande salvação? (Hb 2.1-3). Anexo 1 - Panorama Abaixo é apresentada uma tabela com a reunião de todos os dados cronológicos, em datação bíblica e gregoriana. Tabela 10 – Panorama bíblico: dados tabulados. AM AC Ocorrência Início Duração Fim Início Duração Fim Adão 0 930 930 4156 930 3226 Set 130 912 1042 4026 912 3114 Enos 235 905 1140 3921 905 3016 Cainã 325 910 1235 3831 910 2921 Maalalel 395 895 1290 3761 895 2866 Jarede 460 962 1422 3696 962 2734 Enoque 622 365 987 3534 365 3169 Metusalém 687 969 1656 3469 969 2500 Lameque 874 777 1651 3282 777 2505 Noé 1056 950 2006 3100 950 2150 Sem 1558 600 2158 2598 600 1998 Dilúvio 1656 40 dias 1656 2500 40 dias 2500 Arfaxade 1658 438 2096 2498 438 2060 Salá 1693 433 2126 2463 433 2030 Heber 1723 464 2187 2433 464 1969 Pelegue 1757 239 1996 2399 239 2160 Reú 1787 239 2026 2369 239 2130 Serugue 1819 230 2049 2337 230 2107 Naor 1849 148 1997 2307 148 2159 Tera 1878 205 2083 2278 205 2073 Abraão 2008 175 2183 2148 175 1973 Aliança com Abraão em Cristo 2093 --- 2093 2063 --- 2063 Isaque 2108 180 2288 2048 180 1868 Jacó 2168 147 2315 1988 147 1841 José 2259 110 2369 1897 110 1787 Moisés 2443 120 2563 1713 120 1593 Veio a Lei 2523 --- 2523 1633 --- 1633 Êxodo/Saída do Egito à Canaã 2523 40 2563 1633 40 1593 Josué lidera conquista de Canaã 2563 47 2610 1593 47 1546 Após Josué, fizeram mal; serviram à Cusã- Risataim. 2610 8 2618 1546 8 1538 Otiniel livra; paz. 2618 40 2658 1538 40 1498 Tornaram ao mal; serviram à Eglom. 2658 18 2676 1498 18 1480 Eliúde livra; paz. 2676 80 2756 1480 80 1400 Mal; serviram à Jabim. 2756 20 2776 1400 20 1380 Débora e outros Livram; paz. 2776 40 2816 1380 40 1340 Mal; serviram aos midianitas. 2816 7 2823 1340 7 1333 Gideão livra 2823 40 2863 1333 40 1293 Mal; mas o opressor é o Fº de Gideão 2863 3 2866 1293 3 1290 Tola julgou 2866 23 2889 1290 23 1267 Jair julgou 2889 22 2911 1267 22 1245 Mal; mas só povo d'além do Jordão serviu aos filisteus. 2911 18 2929 1245 18 1227 Jefté julgou 2929 6 2935 1227 6 1221 Ibsão julgou 2935 7 2942 1221 7 1214 Elon julgou 2942 10 2952 1214 10 1204 Abdon julgou 2952 8 2960 1204 8 1196 Mal; todo Israel serviu aos filisteus 2960 40 3000 1196 40 1156 Sansão julgou estando Israel sob domínio dos filisteus 2980 20 3000 1176 20 1156 Eli Julgou 3000 40 3040 1156 40 1116 Samuel julgou; arca levada para Quiriate Jearim 3040 20 3060 1116 20 1096 Saul 3060 40 3100 1096 40 1056 Davi, 30 3100 40 3140 1056 40 1016 Salomão 3140 40 3180 1016 40 976 Fundação do 1º Templo [132] 3143 -- 3143 1013 -- 1013 Consagração do 1º Templo [133] 3150 -- 3150 1006 -- 1006 Roboão, 41 3180 17 3197 976 17 959 Abias 3197 3 3200 959 3 956 Asa 3200 41 3241 956 41 915 Josafá, 35 3241 25 3266 915 25 890 Jeorão, 32 3264 8 (-2) 3272 892 8 (-2) 884 Acazias, 22 3272 1 3273 884 1 883 Atalia (mãe de Acazias) 3273 6 3279 883 6 877 Joás, 7 3279 40 3319 877 40 837 Amazias, 25 3319 29 3348 837 29 808 Uzias/Azarias, 16 3348 52 3400 808 52 756 Jotão, 25 3399 16 (-1) 3415 757 16 (-1) 741 Acaz, 20 3415 16 3431 741 16 725 Ezequias, 25 3431 29 3460 725 29 696 Manassés, 12 3460 55 3515 696 55 641 Amom, 22 3515 2 3517 641 2 639 Josias, 8 3517 31 3548 639 31 608 Joacaz, 23 3548 3 meses 3548 608 3 meses 608 Eliaquim/Jeoaquim, 25 3548 11 3559 608 11 597 Jerusalém sitiada por Nabucodonosor [134] 3550 -- 3550 606 -- 606 Joaquim, 18 3559 3 meses 3559 597 3 meses 597 Zedequias/Matanias, 21 3559 11 3570 597 11 586 Exílio/descanso da terra 3570 70 3640 586 70 516 Fundação do 2º Templo [135] 3620 -- 3620 536 -- 536 Consagração do 2º Templo [136] 3640 -- 3640 516 -- 516 Saída da ordem... ao Ungido 3710 476 4186 446 476 32 AD Destruição de Jerusalém por Tito [137] 4225 -- 4225 70 -- 70 AD Simetria entre alguns eventos De Adão até a aliança com Abraão 0 2093 2093 4156 2093 2063 Da criação de Adão até o dilúvio 0 1656 1656 4156 1656 2500 Do dilúvio até a aliança com Abraão 1656 437 2093 2500 437 2063 Da aliança com Abraão até a Lei 2093 430 2523 2063 430 1633 Da Lei até Cristo 2523 1663 4186 1633 1663 32 AD Da aliança com Abraão até Cristo 2093 2093 4186 2063 2093 32 AD Alguns períodos em destaque Período dos Juízes 2610 450 3060 1546 450 1096 Período dos Reis 3060 510 3570 1096 510 586 Do Êxodo à fundação do 1º Templo 2523 620 3143 1633 620 1013 Da consagração do 1º Templo à do 2º 3150 490 3640 1006 490 516 Da entrada em Canaã ao início do Reino 2563 497 3060 1593 497 1096 Do início do Reino ao 1º sítio a Jerusalém 3060 490 3550 1096 490 606 Do Ungido até aos dias atuais (2014 AD) 4186 1982 6168 32 AD 1982 2014 AD O gráfico abaixo foi elaborado a partir da datação AM desta tabela acima. Gráfico 6 – Panorama bíblico. Anexo 2 - Verificação empírica da conversão dos anos “proféticos” de Daniel para anos “gregorianos” Veja na tabela abaixo o transcorrer de todos 173.880 dias da profecia das semanas de Daniel segundo o calendário gregoriano, sendo que de 14 de março de 445 AC é o primeiro dia do período profético. Tabela 11 – Acúmulo de dias desde a saída da ordem até ao Ungido Ano decorrido Data Número de dias do ano Acúmulo de dias 0 14 março 445 AC 0 0 1 13 março 444 AC 365 365 2 13 março 443 AC 365 730 3 13 março 442 AC 365 1.095 4 13 março 441 AC 366 1.461 Estes anos em destaque são BISSEXTOS 5 13 março 440 AC 365 1.826 6 13 março 439 AC 365 2.191 7 13 março 438 AC 365 2.556 8 13 março 437 AC 366 2.922 9 13 março 436 AC 365 3.287 10 13 março 435 AC 365 3.652 11 13 março 434 AC 365 4.017 12 13 março 433 AC 366 4.383 13 13 março 432 AC 365 4.748 14 13 março 431 AC 365 5.113 15 13 março 430 AC 365 5.478 16 13 março 429 AC 366 5.844 17 13 março 428 AC 365 6.209 18 13 março 427 AC 365 6.574 19 13 março 426 AC 365 6.939 20 13 março 425 AC 366 7.305 21 13 março 424 AC 365 7.670 22 13 março 423 AC 365 8.035 23 13 março 422 AC 365 8.400 24 13 março 421 AC 366 8.766 25 13 março 420 AC 365 9.131 26 13 março 419 AC 365 9.496 27 13 março 418 AC 365 9.861 28 13 março 417 AC 366 10.227 29 13 março 416 AC 365 10.592 30 13 março 415 AC 365 10.957 31 13 março 414 AC 365 11.322 32 13 março 413 AC 366 11.688 33 13 março 412 AC 365 12.053 34 13 março 411 AC 365 12.418 35 13 março 410 AC 365 12.783 36 13 março 409 AC 366 13.149 37 13 março 408 AC 365 13.514 38 13março 407 AC 365 13.879 39 13 março 406 AC 365 14.244 40 13 março 405 AC 366 14.610 41 13 março 404 AC 365 14.975 42 13 março 403 AC 365 15.340 43 13 março 402 AC 365 15.705 44 13 março 401 AC 366 16.071 45 13 março 400 AC 365 16.436 46 13 março 399 AC 365 16.801 47 13 março 398 AC 365 17.166 48 13 março 397 AC 366 17.532 49 13 março 396 AC 365 17.897 50 13 março 395 AC 365 18.262 51 13 março 394 AC 365 18.627 52 13 março 393 AC 366 18.993 53 13 março 392 AC 365 19.358 54 13 março 391 AC 365 19.723 55 13 março 390 AC 365 20.088 56 13 março 389 AC 366 20.454 57 13 março 388 AC 365 20.819 58 13 março 387 AC 365 21.184 59 13 março 386 AC 365 21.549 60 13 março 385 AC 366 21.915 61 13 março 384 AC 365 22.280 62 13 março 383 AC 365 22.645 63 13 março 382 AC 365 23.010 64 13 março 381 AC 366 23.376 65 13 março 380 AC 365 23.741 66 13 março 379 AC 365 24.106 67 13 março 378 AC 365 24.471 68 13 março 377 AC 366 24.837 69 13 março 376 AC 365 25.202 70 13 março 375 AC 365 25.567 71 13 março 374 AC 365 25.932 72 13 março 373 AC 366 26.298 73 13 março 372 AC 365 26.663 74 13 março 371 AC 365 27.028 75 13 março 370 AC 365 27.393 76 13 março 369 AC 366 27.759 77 13 março 368 AC 365 28.124 78 13 março 367 AC 365 28.489 79 13 março 366 AC 365 28.854 80 13 março 365 AC 366 29.220 81 13 março 364 AC 365 29.585 82 13 março 363 AC 365 29.950 83 13 março 362 AC 365 30.315 84 13 março 361 AC 366 30.681 85 13 março 360 AC 365 31.046 86 13 março 359 AC 365 31.411 87 13 março 358 AC 365 31.776 88 13 março 357 AC 366 32.142 89 13 março 356 AC 365 32.507 90 13 março 355 AC 365 32.872 91 13 março 354 AC 365 33.237 92 13 março 353 AC 366 33.603 93 13 março 352 AC 365 33.968 94 13 março 351 AC 365 34.333 95 13 março 350 AC 365 34.698 96 13 março 349 AC 366 35.064 97 13 março 348 AC 365 35.429 98 13 março 347 AC 365 35.794 99 13 março 346 AC 365 36.159 100 13 março 345 AC 366 36.525 101 13 março 344 AC 365 36.890 102 13 março 343 AC 365 37.255 103 13 março 342 AC 365 37.620 104 13 março 341 AC 366 37.986 105 13 março 340 AC 365 38.351 106 13 março 339 AC 365 38.716 107 13 março 338 AC 365 39.081 108 13 março 337 AC 366 39.447 109 13 março 336 AC 365 39.812 110 13 março 335 AC 365 40.177 111 13 março 334 AC 365 40.542 112 13 março 333 AC 366 40.908 113 13 março 332 AC 365 41.273 114 13 março 331 AC 365 41.638 115 13 março 330 AC 365 42.003 116 13 março 329 AC 366 42.369 117 13 março 328 AC 365 42.734 118 13 março 327 AC 365 43.099 119 13 março 326 AC 365 43.464 120 13 março 325 AC 366 43.830 121 13 março 324 AC 365 44.195 122 13 março 323 AC 365 44.560 123 13 março 322 AC 365 44.925 124 13 março 321 AC 366 45.291 125 13 março 320 AC 365 45.656 126 13 março 319 AC 365 46.021 127 13 março 318 AC 365 46.386 128 13 março 317 AC 366 46.752 129 13 março 316 AC 365 47.117 130 13 março 315 AC 365 47.482 131 13 março 314 AC 365 47.847 132 13 março 313 AC 366 48.213 133 13 março 312 AC 365 48.578 134 13 março 311 AC 365 48.943 135 13 março 310 AC 365 49.308 136 13 março 309 AC 366 49.674 137 13 março 308 AC 365 50.039 138 13 março 307 AC 365 50.404 139 13 março 306 AC 365 50.769 140 13 março 305 AC 366 51.135 141 13 março 304 AC 365 51.500 142 13 março 303 AC 365 51.865 143 13 março 302 AC 365 52.230 144 13 março 301 AC 365 52.595 NÃO BISSEXTO 145 13 março 300 AC 365 52.960 146 13 março 299 AC 365 53.325 147 13 março 298 AC 365 53.690 148 13 março 297 AC 366 54.056 149 13 março 296 AC 365 54.421 150 13 março 295 AC 365 54.786 151 13 março 294 AC 365 55.151 152 13 março 293 AC 366 55.517 153 13 março 292 AC 365 55.882 154 13 março 291 AC 365 56.247 155 13 março 290 AC 365 56.612 156 13 março 289 AC 366 56.978 157 13 março 288 AC 365 57.343 158 13 março 287 AC 365 57.708 159 13 março 286 AC 365 58.073 160 13 março 285 AC 366 58.439 161 13 março 284 AC 365 58.804 162 13 março 283 AC 365 59.169 163 13 março 282 AC 365 59.534 164 13 março 281 AC 366 59.900 165 13 março 280 AC 365 60.265 166 13 março 279 AC 365 60.630 167 13 março 278 AC 365 60.995 168 13 março 277 AC 366 61.361 169 13 março 276 AC 365 61.726 170 13 março 275 AC 365 62.091 171 13 março 274 AC 365 62.456 172 13 março 273 AC 366 62.822 173 13 março 272 AC 365 63.187 174 13 março 271 AC 365 63.552 175 13 março 270 AC 365 63.917 176 13 março 269 AC 366 64.283 177 13 março 268 AC 365 64.648 178 13 março 267 AC 365 65.013 179 13 março 266 AC 365 65.378 180 13 março 265 AC 366 65.744 181 13 março 264 AC 365 66.109 182 13 março 263 AC 365 66.474 183 13 março 262 AC 365 66.839 184 13 março 261 AC 366 67.205 185 13 março 260 AC 365 67.570 186 13 março 259 AC 365 67.935 187 13 março 258 AC 365 68.300 188 13 março 257 AC 366 68.666 189 13 março 256 AC 365 69.031 190 13 março 255 AC 365 69.396 191 13 março 254 AC 365 69.761 192 13 março 253 AC 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139.522 383 13 março 62 AC 365 139.887 384 13 março 61 AC 366 140.253 385 13 março 60 AC 365 140.618 386 13 março 59 AC 365 140.983 387 13 março 58 AC 365 141.348 388 13 março 57 AC 366 141.714 389 13 março 56 AC 365 142.079 390 13 março 55 AC 365 142.444 391 13 março 54 AC 365 142.809 392 13 março 53 AC 366 143.175 393 13 março 52 AC 365 143.540 394 13 março 51 AC 365 143.905 395 13 março 50 AC 365 144.270 396 13 março 49 AC 366 144.636 397 13 março 48 AC 365 145.001 398 13 março 47 AC 365 145.366 399 13 março 46 AC 365 145.731 400 13 março 45 AC 366 146.097 401 13 março 44 AC 365 146.462 402 13 março 43 AC 365 146.827 403 13 março 42 AC 365 147.192 404 13 março 41 AC 366 147.558 405 13 março 40 AC 365 147.923 406 13 março 39 AC 365 148.288 407 13 março 38 AC 365 148.653 408 13 março 37 AC 366 149.019 409 13 março 36 AC 365 149.384 410 13 março 35 AC 365 149.749 411 13 março 34 AC 365 150.114 412 13 março 33 AC 366 150.480 413 13 março 32 AC 365 150.845 414 13 março 31 AC 365 151.210 415 13 março 30 AC 365 151.575 416 13 março 29 AC 366 151.941 417 13 março 28 AC 365 152.306 418 13 março 27 AC 365 152.671 419 13 março 26 AC 365 153.036 420 13 março 25 AC 366 153.402 421 13 março 24 AC 365 153.767 422 13 março 23 AC 365 154.132 423 13 março 22 AC 365 154.497 424 13 março 21 AC 366 154.863 425 13 março 20 AC 365 155.228 426 13 março 19 AC 365 155.593 427 13 março 18 AC 365 155.958 428 13 março 17 AC 366 156.324 429 13 março 16 AC 365 156.689 430 13 março 15 AC 365 157.054 431 13 março 14 AC 365 157.419 432 13 março 13 AC 366 157.785 433 13 março 12 AC 365 158.150 434 13 março 11 AC 365 158.515 435 13 março 10 AC 365 158.880 436 13 março 9 AC 366 159.246 437 13 março 8 AC 365 159.611 438 13 março 7 AC 365 159.976 439 13 março 6 AC 365 160.341 440 13 março 5 AC 366 160.707 441 13 março 4 AC 365 161.072 442 13 março 3 AC 365 161.437 443 13 março 2 AC 365 161.802 444 13 março 1 AC 366 162.168 Sim, BISSEXTO 445 13 março 1 AD 365 162.533 Não houve ano zero gregoriano 446 13 março 2 AD 365 162.898 447 13 março 3 AD 365 163.263 448 13 março 4 AD 366 163.629 449 13 março 5 AD 365 163.994 450 13 março 6 AD 365 164.359 451 13 março 7 AD 365 164.724 452 13 março 8 AD 366 165.090 453 13 março 9 AD 365 165.455 454 13 março 10 AD 365 165.820 455 13 março 11 AD 365 166.185 456 13 março 12 AD 366 166.551 457 13 março 13 AD 365 166.916 458 13 março 14 AD 365 167.281 459 13 março 15 AD 365 167.646 460 13 março 16 AD 366 168.012 461 13 março 17 AD 365 168.377 462 13 março 18 AD 365 168.742 463 13 março 19 AD 365 169.107 464 13 março 20 AD 366 169.473 465 13 março 21 AD 365 169.838 466 13 março 22 AD 365 170.203 467 13 março 23 AD 365 170.568 468 13 março 24 AD 366 170.934 469 13 março 25 AD 365 171.299 470 13 março 26 AD 365 171.664 471 13 março 27 AD 365 172.029 472 13 março 28 AD 366 172.395 473 13 março 29 AD 365 172.760 474 13 março 30 AD 365 173.125 475 13 março 31 AD 365 173.490 476 13 março 32 AD 366 173.856 Faltam poucos dias para chegar aos 173.880 dias da profecia. Daqui por diante convém avançar de um em um dia. 476 14 março 32 AD 1 173.857 476 15 março 32 AD 1 173.858 476 16 março 32 AD 1 173.859 476 17 março 32 AD 1 173.860 476 18 março 32 AD 1 173.861 476 19 março 32 AD 1 173.862 476 20 março 32 AD 1 173.863 476 21 março 32 AD 1 173.864 476 22 março 32 AD 1 173.865 476 23 março 32 AD 1 173.866 476 24 março 32 AD 1 173.867 476 25 março 32 AD 1 173.868 476 26 março 32 AD 1 173.869 476 27 março 32 AD 1 173.870 476 28 março 32 AD 1 173.871 476 29 março 32 AD 1 173.872 476 30 março 32 AD 1 173.873 476 31 março 32 AD 1 173.874 476 1 abril 32 AD 1 173.875 476 2 abril 32 AD 1 173.876 476 3 abril 32 AD 1 173.877 476 4 abril 32 AD 1 173.878 476 5 abril 32 AD 1 173.879 476 6 abril 32 AD 1 173.880 Cumprimento da profecia: 6 de abril de 32 AD, até ao Messias, o Príncipe/Rei, em sua entrada triunfal no Domingo de Ramos, em Jerusalém (Sf 3.15b,16; Zc 9:9; Lc 19:35-44; Jo 12:12-16). Sobre o Autor Marcos Cesaretti é Professor Universitário. Tem graduação em Tecnologia Mecânica pela FATEC/UNESP (Faculdade de Tecnologia de São Paulo da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e mestrado em Energia pela UFABC (Universidade Federal do ABC). Participou de oficinas literárias no Museu Lasar Segall. Ingressou na Mensa Brasil (www.mensa.org.br) em 2006. Como um dos frutos de seu Mestrado em Energia, publicou o artigo científico internacional (em coautoria) “Sustainability deterioration of electricity generation in Brazil” (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301421515301075 na “Energy Policy”, que é uma revista científica de renome internacional dentre as melhores instituições de ensino e pesquisa do mundo. Cientistas de instituições como Oxford, Harvard, MIT e outras publicam nesse periódico, o qual é voltado às questões de fornecimento e uso de energia considerando aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento econômico que sejam de interesse para organizações não-governamentais, comunidades locais, entidades do setor público e privado, governos e agências internacionais. Esse artigo científico foi um dos temas da Curadoria de Notícias do reconhecido veículo jornalístico brasileiro “Observatório da Imprensa” (http://observatoriodaimprensa.com.br/curadoria-de-noticias/falta- de-sustentabilidade-ameaca-producao-de-energia-no-brasil).Na área “Ciência e Religião”, publicou na revista “Fides Reformata” (Vol. XIV, nº 1), do Centro de Pós-graduação em Teologia do Mackenzie, um trabalho inédito sobre o impermeabilizante da Arca de Noé. http://www.mensa.org.br/ http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301421515301075 http://observatoriodaimprensa.com.br/curadoria-de-noticias/falta-de-sustentabilidade-ameaca-producao-de-energia-no-brasil Livros do Autor E-books Kindle em Ciência e Religião (também podem ser lidos no celular, tablet e no computador com o app gratuito da Kindle/Amazon). Em breve serão lançadas as versões físicas, impressas sob demanda. 1. A genealogia de Gênesis e suas eventuais omissões: A natureza da descendência adâmica pode ser cronológica? Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01M67H09M 2. Cronologia Bíblica da Redenção: De Adão ao Messias conforme o sentido comum e histórico-gramatical da Bíblia Sagrada. Completa: https://www.amazon.com.br/dp/B01MZ2XA01 Simplificada: https://www.amazon.com.br/dp/B01MTJ693U 3. As “Semanas” de Daniel: Como a Bíblia Sagrada preanunciou o dia exato da crucificação de Jesus Cristo. Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01MXCM0TC 4. A data real do Natal de Cristo: Sim, a Bíblia Sagrada diz qual foi a exata época do ano em que Jesus Cristo nasceu! Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01M7Z9GRP 5. Henna, the real material used in Noah’s ark. Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01MTMXN1B https://www.amazon.com.br/dp/B01M67H09M https://www.amazon.com.br/dp/B01MZ2XA01 https://www.amazon.com.br/dp/B01MTJ693U https://www.amazon.com.br/dp/B01MXCM0TC https://www.amazon.com.br/dp/B01M7Z9GRP https://www.amazon.com.br/dp/B01MTMXN1B Notas e Referências Bibliográficas [1] ANDERSON, Robert. The Coming Prince. Kregel Publications, 1975 (reimpressão da obra de 1895), p. x-xvii. Disponível em: http://books.google.com.br/books? id=mXM_YwLEl3oC&printsec=frontcover&hl=pt- BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 13 jul. 2013. [2] Para mais detalhes sobre a centralidade e a primazia de Cristo em tudo e em todos, ver Gl 3.8-29; Ef 1.3,7-10 e 2Co 3.7-11. [3] Aos que creem nas boas novas (Evangelho) da salvação em Cristo. [4] Ver Ef 1.3-14. [5] “... desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.” Mc 10.6 [6] Além disso, foi feito um gráfico simplificado para efeito ilustrativo/comparativo compreendendo o período da crucificação de Cristo até os dias atuais (2014). [7] WILLIAMS, Jefferson B.; SCHWAB, Markus J.; BRAUER, A. An early first-century earthquake in the Dead Sea. International Geology Review, v. 54, n. 10, p. 1219-1228, 2012. [8] Essa questão é investigada mais a fundo em CESARETTI, M. A. A genealogia de Gênesis e suas eventuais omissões. São Paulo. Edição Kindle, 2016. [9] MATOS, Alderi Souza de. Sola Scriptura. Instituto Presbiteriano Mackenzie. Disponível em: http://www.mackenzie.br/6966.html. Acesso em: 29 out. 2008; MEISTER, Mauro. A Exegese Bíblica em Calvino: Princípios, Método e Legado. Revista Fides Reformata, Vol. XIV, nº 2, 2009, p. 120,121. [10] JONES, Floyd Nolen. Chronology of the Old Testament: A Return to the Basics. The Woodlands: KingsWord Press, 15ª ed, 2002, p.26. Disponível em http://www.ntslibrary.com/PDF%20Books%20II/Jones%20-%20Chronology%20of%20the%20OT.pdf. Acesso em: 17 jun. 2014; HAM, Ken. The New Answers Book 2. Green Forest: Master Books, 2008, p.185. [11] JONES, Chronology of the Old Testament, p.219; HAM, The New Answers Book 2, p.188. [12] VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2004, p. 225,226; DOUGLAS, J. D. (Org.). Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 4.ª ed., 1995, p. 235. Original em inglês: The New Bible Dictionary, InterVarsity Fellowship. Segundo Douglas, de algum modo os ciclos lunares e solares eram adaptados às estações do ano devido às necessidades agrícolas e controle das datas festivas depois que saíram do Egito. [13] DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.235,962; GUGGENHEIMER, Heinrich Walter. Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology; Translated and with Commentary. Rowman & Littlefield, 1998, p. 271. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=1SfJ- 3VhZegC&printsec=frontcover&hl=pt- BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 28 dez. 13; VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, p. 226,227. De acordo com o próprio Guggenheimer (pág. ix), Seder Olam é um livro que dá a interpretação Rabínica autorizada das passagens bíblicas históricas. É uma composição de material educativo sapiencial similar ao Mishnah (o primeiro resumo escrito da lei oral judaica). Ele é a base da contagem hebraica dos anos desde a criação. O período de 19 anos abrange 235 meses lunares, que equivale a 19 anos vezes 12 meses mais aqueles 7 meses adicionais. [14] 354+354+384+354+354+384+354+384+354+354+384+354+354+384+354+354+384+354+384 = 6936 dias. Dividindo por 19 anos resulta em: 365,05 dias / ano. [15] 365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365 = 6939 dias. Dividindo por 19 anos = 365,21 dias / ano. [16] Nm 28 11.14; VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 226. [17] DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.235,962; ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Ed. Vida, 1991, p. 8,9; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 268, 269; MELAMED, Meir Matzliah. Torá: A Lei de Moisés. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer Ltda., 2001, p.186,187. Nas páginas introdutórias (VIII, XI e XII) é informado que o texto hebraico adotado é o Der Shul Chumash da Editora Vagshal, de Jerusalém. [18] VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 225,226. [19] ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 9; ELKIND, Perpetual Civil Hebrew Calendar. Disponível em: http://elkind.net/calendar. Acesso em: 8 jan. 2014. [20] ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 9. [21] ANDERSON, Robert. The Coming Prince. Kregel Publications, 1975 (reimpressão da obra de 1895), p. 223. Disponível em: http://books.google.com.br/books? id=mXM_YwLEl3oC&printsec=frontcover&hl=pt- BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 13 jul. 2013. [22] USSHER, The Annals of the Word. Revised and updated by Larry and Marion Pierce. Master Books, Green Forest, 2003, p. 67. [23] Vide tabela dos juízes. [24] ANDERSON, The Coming Prince, p. 83, 223; ANSTEY, Martin. The Romance of Bible Chronology. An Exposition of the Meaning, and a Demonstration of the Truth, of Every Chronological Statement Contained in the Hebrew Text of the Old Testament. Marshall Brothers, Ltd., London, Edinburgh and New York, 1913, p. 25. Disponível em: http://www.preteristarchive.com/Books/pdf/1913_anstey_chronology_1-5.pdf. Acesso em 13 jul. 2013. [25] Detalhes disto são apresentados em seção posterior. [26] ANDERSON, Robert. The Coming Prince, p. 223. [27] ANDERSON, The Coming Prince, p. 83. [28] USSHER, James. The Annals of the Word, p. 23. [29] ANDERSON, The Coming Prince, p. 223. [30] CALVIN, John. Commentary on Genesis. Translated and Edited by John King M.D. The Ages Digital Library Commentary: Books For The Ages. Albany: AGES Software, Version 1.0. 1998, p.286, 292; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 52; MACKINTOSH, Charles Henry. Estudos sobre o livro de Gênesis. Diadema: Depósito de Literatura Cristã, 2001, p. 135-137; STOTT, John R. W. A Bíblia Fala Hoje – Romanos. São Paulo: ABU Ed., 2000, p.142-145. [31] MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121. [32] Exceto quando mencionado, todas as referências são da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), da Sociedade Bíblica do Brasil. [33] MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121. Pois, se “o próprio texto da Escritura foi dado para que ‘todas as pessoas, dotadas de senso comum’, pudessementender o que estava ali escrito (...)”; se o texto deve ser “lido e entendido pelo leitor comum, dentro dos limites do seu tempo, sem mistérios que lhe sejam inacessíveis (...)” e se “ ‘o verdadeiro significado das Escrituras é aquele que é natural e óbvio’ ”, então, sempre que possível, nesta seção evitar-se-á recorrer a autoridades, estudiosos, especialistas etc de qualquer área/linha/doutrina teológica exceto em casos como, por exemplo: situações de atribuição/concessão dos devidos créditos; situações em que um dado/fato histórico ajude a entender algum aspecto e/ou contexto de certas passagens das Sagradas Letras e outras situações similares. [34] De 3 a 4 anos, conforme pode ser visto na Tabela 7. [35] Cristo é uma palavra grega (Χριστος - Christos) que foi traduzida da palavra hebraica Messias que significa Ungido, conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de ,(mashiyach - משיח) Strong. SBB Libronix, 2002; 2005. [36] Gl 3.17: “Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.” Versão Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers. [37] DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114. [38] DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104, 116; Ne 2.1: “No ano vigésimo do rei Artaxerxes...”. [39] Um exemplo de “arredondamento” é a duração do reinado de Davi: em 2Sm 5.4,5 é dito que ele reinou 40 anos sobre Israel, sendo 7 anos e 6 meses sobre Judá em Jerusalém e, depois, 33 anos sobre todo o povo de Israel. Outro exemplo de arredondamento: no Cap. 6 do 1º Livro dos Reis consta que o rei Salomão começou a edificar a Casa do SENHOR no 2º mês do 4º ano de seu reinado e a concluiu no 8º mês do 11º ano, totalizando 7 anos e 6 meses. Porém, o capítulo encerra dizendo apenas que Salomão demorou 7 anos para edificar a Casa do SENHOR (1Rs 6.1,37,38). [40] Por exemplo, considerando, na pior hipótese, que cada patriarca até Tera tivesse 11 meses além dos referidos anos completos, o valor máximo não computado seria de 19 anos num período de 2000 anos. Uma hipótese bem razoável seria estimar uma média de 6 meses (não “apurados”) para cada um. Desse modo, o “montante” supostamente deixado de ser computado seria de 10 anos (ou meio por cento - 0,5 %) dentro de um período de 2000 anos, ou seja, algo pouco significativo. Ver também 2Sm 5.4,5 e 1Rs 6.1,37,38. [41] Por tratar-se de contagem de tempo, necessariamente há alguma álgebra envolvida. [42] Outros exemplos são: épocas de fartura e escassez (Gn 41.26-30; 2Rs 8.1); luto (Gn 50.10); festa religiosa (Ex 23.15; Lv 23.34; Nm 28.24; 29.12); consagração à Deus (Lv 8.33). [43] Fonte informativa dos significados dos nomes: HARRIS, R. Laird; ARCHER Jr., Gleason L.; WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – DITAT. São Paulo. Vida Nova, 1998. Título do original: Theological Wordbook of the Old Testament (Moody Bible Institute, Chicago, Illinois). [44] Quando José tinha 39 anos, Jacó era da idade de 130 anos. [45] A data 6168 AM é apenas um comparativo com os dias atuais pois 2014 AD equivale a 5774 AM no calendário hebraico; o que dá 394 anos de diferença (conforme Tabela 8) entre a datação bíblica deste trabalho e a datação hebraica. O período de 1982 anos é o intervalo entre 32 AD e 2014 AD. [46] Ver também Sl 130.3,4; Ec 7.20. [47] (Adão – Lameque – Noé – Sem/Tera – Abraão – Isaque/Jacó – Jose/Levi – Coate – Anrão – Moisés). [48] CALVIN, Commentary on Genesis, p.147: “And the days of Adam after he had begotten Seth. In the number of years here recorded we must especially consider the long period which the patriarchs lived together. For through six successive ages, when the family of Seth had grown into a great people, the voice of Adam might daily resound, in order to renew the memory of the creation, the fall, and the punishment of man; to testify of the hope of salvation which remained after chastisement, and to recite the judgments of God, by which all might be instructed. After his death his sons might indeed deliver, as from hand to hand, what they had learned, to their descendants; but far more efficacious would be the instruction from the mouth of him, who had been himself the eyewitness of all these things. Yet so wonderful, and even monstrous, was the general obstinacy, that not even the sounder part of the human race could be retained in the obedience and the fear of God”; LUTHER, Martin. Commentary on Genesis. Translated by John Nicholas Lenker (1858-1929). Luther on sin and the flood. Minneapolis: The Luther Press, 1910, vol. II, p. 99,100. Disponível em: http://www.archive.org/details/commentaryongene02luth. Acesso em: 01 out. 2008: “It is an attractive sight, to view the number of gray headed patriarchies living at the same time. Only a little ciphering is required to do it. If you compute carefully the years of our first parent, Adam, you will see that he lived over fifty years with Lameeh, Noah's father. Accordingly, Adam saw all his descendants down to the ninth generation, having an almost infinite number of sons and daughters. These, however, Moses do not enumerate, being satisfied to number the trunk and the immediate branches down to Noah”.; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p.14, 27. [49] Conf. Gn 5.3-5;21,25-32; 11.10,11,24,32-12.4; 21.5; 25.7,26; 35.28; 47.9,28; At 7.4 e com o auxílio da Tabela 2. [50] MACKINTOSH, Estudos sobre o livro de Gênesis, p. 70. [51] JAMIESON, Robert. Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible. Christian Classics Ethereal Library, 2002 (Print Basis: 1871), p. 45. Disponível em: http://www.ccel.org/ccel/jamieson/jfb.html. Acesso em: 03 out. 2008. Poderia ser dito que o nome “Metusalém” é profético. [52] GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 3,4. [53] VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 225,226. [54] ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; USSHER, The Annals of the Word, p. 22. [55] ANDERSON, The Coming Prince, p. 224,225. [56] ANDERSON, The Coming Prince, p. 223. [57] USSHER, James. The Annals of the Word, p. 26. [58] Versão Almeida Edição Corrigida e Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers. [59] Veja algumas das significações bíblicas do número sete: descanso (Gn 2.2,3; Ex 20.10,11; 35.2; Ne 10.31); perdão de dívida ou libertação (Ex 21.2; Dt 15.1,12; 31.10; Jr 34.13,14; Ne 10.31); perfeição ou completude (2Rs 5.10,14; Ed 7.14; Et 1.14; 2.9; Jó 42,8; Sl 12.6; Pv 9.1; Mt 18.21,22; Ap 1.4). [60] Tal interpretação segue a mesma linha que Paulo fez da Lei como em 1Co 9.9 ao dizer que não é com bois que Deus se preocupa, mas com seu povo. Do mesmo modo, não é apenas com questões financeiras que Deus está interessado, mas com a vida eterna de seus filhos. [61] 2093 dividido por 7 é exatamente igual a 299. [62] Seu período de vida foi estimado a partir de uma comparação com as informações sobre José (videTabela 3 e Tabela 4), Levi e Rubens. Levi, o terceiro filho de Lia, viveu 137 anos (Gn 29.34; Ex 6.16). Quando Raquel deu à luz a José, Jacó resolveu deixar Labão (Gn 30.25). Nessa ocasião Rubens (o primeiro filho de Lia: Gn 29.32) deveria ter aproximadamente 13 (7 + 6) anos pois, após 7 anos de trabalho para Labão, Jacó possuiu Lia; trabalhou mais 7 por Raquel e ainda outros 6 pelo rebanho (Gn 29.20,21; 31.41). Judá foi o quarto filho de Lia (Gn 29.35); é bem provável que fosse uns 3 anos mais novo que Rubens (ou uns 10 mais velho que José). [63] MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p.189. [64] Dos Patriarcas ainda vivos e afligidos desde Abraão, Jacó foi o mais velho na ocasião da entrada no Egito: Levi fez parte da 1ª geração (viveu 137 anos, conf. Ex 6.16)de Israel; Coate foi a 2ª geração (133 anos, Ex 6.18); Anrão a 3ª (137 anos, Ex 6.20) e Moisés a 4ª. As aflições não foram contínuas desde Abraão, mas houve épocas de “pausa” até a morte de José (principalmente durante os restantes 71 anos que governou as terras do Egito desde a chegada de seu pai). [65] Em Dt 1.3 é dito que no 1º dia do 11º mês do 40º ano da saída do Egito o povo de Israel ainda estava no deserto (isto é, até então peregrinaram 39 anos e 10 meses). Essa informação de Dt 1.3 associada com a de Dt 2.7 e Js 5.10 torna possível saber que a conquista de Canaã começou no 2º dia do 1º mês do 41º ano após a saída do Egito, ou seja, o Êxodo durou exatamente 40 anos, correspondentes aos 40 dias em que espiaram a terra (38 anos antes) para a conquistarem (Nm 14.34). [66] Segundo Lc 4.1-4, antes de começar seu ministério, Cristo foi guiado 40 dias no deserto pelo Espírito Santo e citou como primeira resposta àquele que o tentava o trecho do livro de Deuteronômio (Dt 8.3) que ilustra bem o sobre-excelente nível de importância que tem a Palavra de Deus. [67] Conforme Versão Almeida Revista e Corrigida, SBB. O levantamento das informações constantes na Tabela 6 deixa claro que os 450 anos referem-se ao período dos juízes. [68] Conforme Almeida Revista e Corrigida, da SBB e Versão Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers: “E (Deus) suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos. E, destruindo a sete nações na terra de Canaã, deu-lhes por sorte a terra deles. E, depois disto, por quase quatrocentos e cinquenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel”. Note o uso da partícula aditiva E (καὶ, no original em grego) indicando a soma dos períodos. [69] 40 - 38 = 2 anos, conf. Nm 13.2-16; 14.29,30; Dt 2.14; Js 14.7,10. [70] Significados: 1) menino, moço, servo, jovem, criado; 1a) menino, moço, jovem; 1b) servo, criado, conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. SBB Libronix, 2002; 2005. [71] Conf. 1Rs 14.21; 2Cr 10.16-18; 12.13; 13.1,5-7. Neste caso deve ter sido uso figurado, pois Robão ainda era jovem e fraco de coração (2Cr 13.7); deixou o conselho dos sábios do reino para seguir o conselho daqueles que haviam crescido com ele (1Rs 12.8). [72] Ussher estima esse período de liderança de Josué em 38 anos: USSHER, James. The Annals of the Word, p. 50, 52. [73] Versão Almeida Revista e Corrigida, SBB. Os 450 anos podem ser verificados ao longo dos versículos Jz 3.8; 3.11,14,30; 4.3; 5.32; 6.1; 8.28,33; 9.1,22; 10.1-3,8; 12.7,9;11,14; 13.1; 15.20; 16.31; I Sm 4.15,18; I Sm 5.1; 6.1; 7.1-3, cujos dados foram reunidos na Tabela 6. [74] O apóstolo Paulo informa que tal período foi de 40 anos. [75] Segundo apurado no presente trabalho. [76] A fórmula de equivalência de dias em anos foi usada pela primeira vez em Nm 14.34. [77] CALVIN, John. Commentary on the Prophet Ezekiel. Translated and Edited by John King M.D. The Ages Digital Library Commentary: Books For The Ages. Albany: AGES Software, Version 1.0, 1998, p.160-163. [78] Conforme Tabela 7. [79] Versão Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers. [80] DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1391. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 79. [81] ANDERSON, The Coming Prince, p. 237. CALVIN, Harmony of the Law – Vol. 3. Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, sem ano, p.206. Disponível em: http://www.ccel.org/ccel/calvin/calcom05.html. Acesso em: 02 jan. 2014. Dentre outras passagens do Pentateuco, em Dt 28.47-52 vê-se que o povo de Israel foi solenemente alertado por Moisés para guardarem a aliança pois, caso contrário, seria (como foi) enviada uma nação de longe (cuja língua não entenderiam, feroz de rosto e que não se apiedaria deles) para destruir suas cidades. Tal alerta foi lembrado por Isaias (Is 33.19) e Jeremias (Jr 5.15). [82] ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114. [83] Lembrando que, conforme Dt 15.1,2 e Ne 10.31, a cada 7 anos deveria haver não só o descanso para a terra mas também a remissão de dívidas. [84] LAWRENCE, Paul. Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia. Sociedade Bíblica do Brasil, 2008, p.54. [85] Enciclopédia Barsa, vol.3, 1993, p.202. [86] ANDERSON, Robert. The Coming Prince, p. x-xvii. [87] 3710 AM / 445 AC. [88] 4186 AM / 32 AD. נגיד nagiyd: principal, líder, capitão, governante. Ver 1Sm 9.16; 10.1; 13.14; 25.30, conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. SBB Libronix, 2002; 2005. [89] São apresentados três períodos: o 1º dura 7 semanas, o 2º dura 62 e o 3º uma semana. O Ungido veio após o final do 2º período, ou seja, após 69 (7 + 62) semanas de anos que são os 483 (69 x 7) anos proféticos. [90] Lembrando que do hebraico também é traduzido como Messias, ou Cristo do grego. [91] LAS CASAS, Renato. Calendários. Página do Observatório Astronômico Frei Rosário da UFMG. Disponível em: www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm, Acesso em: 21 ago. 2012. [92] ANDERSON, The Coming Prince, p. 98-105; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p.8; Time and Date AS. Disponível em: http://www.timeanddate.com/calendar/? year=0032&country=34. Acesso em: 26 set. 2012. [93] ANDERSON, The Coming Prince, p. 68, 70, 128. [94] ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128; JONES, Chronology of the Old Testament, p. 239-240. Na Tabela 11 é possível ver o transcorrer dos anos, ano a ano, para melhor comprovação da veracidade do cálculo. [95] ANDERSON, The Coming Prince, p. xi, 68, 70, 128; Conf. Ap 11.3; 12.6 e 13.5, os 483 anos proféticos são de 360 dias. [96] 476/4 = 119 dias de anos bissextos, menos 3 dias referentes a 3 anos múltiplos de 100 que não são bissextos = 116 dias. [97] ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128, 237; ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141, 1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104, 116; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p. 503b. [98] ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p. 502b. [99] ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104, 116; Ne 2.1: “No ano vigésimo do rei Artaxerxes...”. [100] Lembrando que, normalmente o 1º dia do mês não era mencionado. Como exemplo, ver o caso de 2Cr 29.1-5,17. Ezequias era temente a Deus e, estando no poder, não demoraria uma hora sequer para restabelecer a aliança com o SENHOR. O v. 3 diz que no 1º mês do 1º ano de seu reinado o primeiro ato do Rei Ezequias foi abrir da Casa do SENHOR, reunir os sacerdotes e levitas e ordenar-lhes: “santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR”. A confirmação de que tal ato ocorreu logo que assumiu o trono está no v. 17: Começaram a santificação no 1º dia do mês e a terminaram no 16º dia. [101] Este dado de ~70 anos é o único que precisou de um auxílio externo para o correto entendimento da datação bíblica a respeito da “saída da ordem”. [102] CALVIN, John. Commentary on the Prophet Daniel. Translated and Edited by John King M.D. The Ages Digital Library Commentary: Books for the Ages. AGES Software, Version 1.0. Albany, 1998, p. 557. [103] Como exemplo, compare Apocalipse 12.14 com Daniel 7.25; 9.27; 12.7. [104] ANDERSON, The Coming Prince, p. xi, 68, 70, 128; Ap 11.3; 12.6 e 13.5: note nestes versículos que 3,5 anos = 42meses = 1.260 dias. Dividindo 1.260 dias por 42 meses resulta em 30 dias por mês. Já a divisão de 1260 dias por 3,5 anos redunda em exatos 360 dias por ano. [105] 69 semanas vezes 7 (anos de cada semana), vezes 360 (dias para cada ano profético), de acordo com ANDERSON, The Coming Prince, p. 68, 70, 128. [106] ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128; JONES, Chronology of the Old Testament, p. 239-240. [107] LARKIN, Clarence (1919). Do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers. [108] LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 112. [109] LYONS, Eric. Kingly Chronology in the Book of Ezra. Apologetics Press, 2005. Disponível em http://www.apologeticspress.org/apcontent.aspx?category=6&article=740. Acesso em 15 set. 2014. [110] JONES, Chronology of the Old Testament, p. 26, 219, 239, 257. [111] ANDERSON, The Coming Prince, p. 123-129. Um exemplo que mostra que dia não mencionado implica tratar-se de dia primeiro do mês está em Zc 1.1, pois em Zc 1.7 houve necessidade de mencionar o dia do mês (dia 24 do mês 11) devido ao fato do evento narrado ter ocorrido em dia diferente do dia primeiro. Outro mais claro está no próprio livro de Neemeias, em Ne 8.1,2: O v. 1 diz que quando chegou o 7º mês todo o povo se reuniu, e no v. 2 diz que isso se sucedeu no 1º dia do mês. [112] ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 266,267; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 116. [113] ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128. [114] Conforme visto anteriormente, o tempo do Êxodo também foi uma situação de predição e cumprimento de período exato de tempo: no caso 40 anos, conforme Dt 1.3; 2.7 e Js 5.10. [115] ANDERSON, The Coming Prince, p. 126-129. [116] Nm 28.11-15. [117] Idem. [118] Ex 12.6,16-18; Lv 23.5-7; Nm 28.16; 33.3; Dt 16.1,6. [119] VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, p. 218. [120] ANDERSON, The Coming Prince, p. 97-105; Time and Date AS. Disponível em: http://www.timeanddate.com/calendar/?year=0032&country=34. Acesso em: 26 set. 2012. Anderson faz muitas considerações para comprovar a data exata da crucificação de Nosso SENHOR. Basta dizer (com a licença da repetição para enfatizar) que o primeiro dia do primeiro mês (Nisã) no calendário hebraico correspondeu a 29 de março em 32 AD no calendário gregoriano e que a Páscoa começou no 14º dia desse mês em cumprimento a Ex 12.6,16-18; Lv 23.5-7; Nm 28.16. Os evangelhos (Lc 23.44,54; Jo 19.14,31) confirmam que tal Páscoa caiu numa sexta-feira. Sendo 29 de março o primeiro dia de Nisã, o 14º foi em 11 de abril, uma sexta-feira. Note que o primeiro dia da Páscoa não era o primeiro dia de Nisã, mas o 14º dia (Nm 9.5; Dt 16.1-6; Js 5.10; 2 Cr 35.1). E, no primeiro dia da Páscoa (o 14º do mês), deveria ser retirado todo fermento das casas e haver santa convocação (Ex 12.6,16-18). João relata que era grande o dia daquele sábado que se aproximava por ser a preparação da Páscoa e, por isso, os judeus pediram a Pilatos que retirassem os corpos das cruzes (Jo 19.31). [121] Que foi o cumprimento de Dn 9.26, após a 69ª semana. [122] De outro modo: o 1º de nisan começou na tarde/noite de 29 de março e o 14º de nisan começou na tarde/noite de 11 de abril. [123] STOTT, A Bíblia Fala Hoje – Romanos, p.188: “Adão é apenas ‘um homem’ (sem nome), ao passo que Jesus Cristo foi o agente especial da graça de Deus. Esse ‘um homem’ cometeu uma transgressão, enquanto que a graça de Deus transbordou em dádiva. A transgressão levou à morte, que (pelo que está implícito em Rm 6.23) foi o seu ganho, ao passo que a dádiva foi dada inteiramente de graça. Vemos aqui, portanto, três contrastes relacionando o autor, o que ele fez e as consequências do seu ato; e todos os três exemplificam a suprema excelência de Jesus Cristo: porque Deus é superior ao homem, a graça é superior ao pecado, e a vida (que é um dom gratuito de Deus) é superior à morte (que é o salário do pecado)”. [124] Para entender melhor a necessidade da Cruz de Cristo, ver: SPROUL, R. C. A Verdade da Cruz. Editora Fiel, S. J. dos Campos, 2013, 152 p. (eBook), Disponível em www.editorafiel.com.br. [125] ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p. 502b. [126] MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121. [127] Que, por vezes, são efêmeras. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.8-11). Ver exemplo em Mt 5.21-48, onde há um notável contraste entre o que fora dito pelos homens e o que Cristo, porém, lhes dizia. Ver também no Cap. 3 do 1º Livro dos Reis qual foi o princípio da sabedoria de Salomão. [128] A Igreja, que é constituída de judeus e não judeus (também chamados de gentios). Ver Is 56.6-8. [129] O que, como se pode notar pelos gráficos e tabelas, foi feito na cronologia do presente trabalho. Lembrando o que foi dito alhures, outros cronologistas obtiveram para esse mesmo período algo em torno de 612 anos. [130] Dividindo tal ano por 7 resulta em 598. [131] “Eu (o SENHOR) velo sobre a minha Palavra para a cumprir” (Jr 1.11,12). [132] 1Rs 6.1 [133] 1Rs 6.38 [134] Dn 1.1,2 [135] Ed 3.8,11-13 [136] Ed 6.15 [137] JONES, Floyd Nolen in USSHER, James. The Annals of the Word (Appendix G), p. 931. Prólogo 1. Introdução 2. Cronologia Bíblica da Redenção 3. Método de Conversão da Datação Bíblica para a Secular (gregoriana) 4. Comparação Entre Datações de Algumas Cronologias Bíblicas 5. Conclusão