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ÍNDICE
 
AGRADECIMENTOS
PREFÁCIO
PREFÁCIO DO AUTOR
PRÓLOGO
1. INTRODUÇÃO
O calendário lunissolar judaico
O conhecimento do ano solar inferido no relato diluviano
O calendário solar gregoriano
Alguns importantes equívocos cronológicos
2. CRONOLOGIA BÍBLICA DA REDENÇÃO
Os Patriarcas
O Êxodo e a promulgação da Lei
A conquista da Terra Prometida
O período dos Juízes
O período dos Reis
A destruição de Jerusalém e o descanso da terra
A anunciação do nascimento do precursor do Senhor
A encarnação do Verbo de Deus
O nascimento do Menino Jesus
A data da redenção da humanidade mediante a imputação de seus pecados no imaculado
Cordeiro de Deus
3. MÉTODO DE CONVERSÃO DA DATAÇÃO BÍBLICA PARA A
SECULAR (GREGORIANA)
4. COMPARAÇÃO ENTRE DATAÇÕES DE ALGUMAS
CRONOLOGIAS BÍBLICAS
5. CONCLUSÃO
POST SCRIPTUM
ANEXO 1 - PANORAMA
ANEXO 2 - VERIFICAÇÃO EMPÍRICA DA CONVERSÃO DOS
ANOS “PROFÉTICOS” DE DANIEL PARA ANOS
“GREGORIANOS”
SOBRE O AUTOR
LIVROS DO AUTOR
NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
Cronologia Bíblica da Redenção
Uma relação concisa dos principais fatos desde Adão até ao
Messias conforme o sentido comum das Escrituras Sagradas
 
 
M. A. Cesaretti, MSc.
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados.
Copyright © 2017, Marcos de A. Cesaretti
mcesaretti@outlook.com
 
 
 
 
 
Agradecimentos
 
Ao DEUS TRIÚNO ( Pai | Filho | Espírito Santo ),
 por graciosamente me conceder iluminação, saúde e disposição para a
realização do presente trabalho,
 
à minha mui amada esposa Luciana, por tudo o que ela é,
 
ao Prof. Adauto Lourenço pela atenção, incentivo e pelos preciosos
comentários dispensados ao meu trabalho quando ainda insipiente,
 
à Prof.ª Laura C. S. Cruz pela revisão do texto,
 
e a todos os demais que, de um modo ou de outro, incentivaram e/ou
colaboraram com este trabalho.
 
 
 
 
 
 
 
(Caso haja alguma incorreção de qualquer natureza, o autor é o único
responsável).
 
Prefácio
A leitura do tempo é algo que muito nos fascina, principalmente
quando associamos dados a ela. Por meio dela celebramos datas especiais que
estão relacionadas com o mundo todo e datas especiais que somente nós
estamos interessados. Celebramos datas nacionais e outras que são puramente
religiosas.
Desde os tempos mais remotos, nós humanos, temos usado a marcação
de dias, semanas, meses e anos para deixar um registro da nossa história.
Assim também o faz a Escritura Sagrada, a Bíblia. Nela encontramos datas
relacionadas com os nossos primeiros pais, Adão e Eva. Nela encontramos
datas com eventos globais como o dilúvio. Nela encontramos ainda datas que
continuam sendo observadas pelos povos judeu e cristão. Mas todas essas
datas e histórias apontam para algo maior que a simples história de homens e
mulheres, reis e reinos, eventos e acontecimentos.
Marcos Cesaretti, por intermédio desta obra, aponta para esse “algo
maior” que transcende os meros cálculos decorrentes de genealogias e de
datas históricas mencionadas na Bíblia. Aponta para a cronologia da maior
história jamais contada. Aponta para o Deus que transcende o tempo e o
espaço, entrando no tempo e no espaço, fazendo história ao tornar-se como
um de nós.
Espero que, ao ler esta obra, você possa ver que ela trata não da simples
história humana, mas da história do único Deus verdadeiro que passou a fazer
parte da nossa história… da minha história, da história do Marcos e da
história de tantos outros… Espero que Ele faça parte da sua também!
 
Adauto J. B. Lourenço
Prefácio do Autor
Havendo muitos estudiosos se debruçado sobre as Santas Escrituras
para empreender uma ordenação de datas, épocas e eventos ocorridos na
história do povo de Deus nos tempos bíblicos, a mim igualmente me pareceu
bem, após cuidadosa análise dos Escritos Sagrados, apresentar uma relação
concisa das principais datas, personagens e fatos históricos desde Adão até ao
Messias para que o leitor da Bíblia Sagrada possa se apoiar na certeza das
verdades em que foi instruído quanto à relevância e importância dos períodos
e acontecimentos bíblicos na demonstração do modo exato e maravilhoso
com que Deus manifestou, na História, o conselho de sua soberana
providência em Cristo para a redenção da humanidade. Não que sejamos
capazes de examinar as Santas Escrituras por nós mesmos como se fosse algo
que procedesse de nós, pois nenhuma profecia das Escrituras provém de
particular elucidação humana; pelo contrário, a nossa suficiência para isso
vem de Deus, que nos ilumina por meio do seu Santo Espírito, cujo domínio
permanece por todas as gerações, cujas obras são perfeitas, os caminhos retos
e os pensamentos profundos (Sl 92.5; 106.2; 145.13; Lc 1.1-4; Jo 15.5; 2Co
3.5-6; 2 Pe 1.20).
Soli DEO Gloria!
M. A. Cesaretti, outubro de 2016.
 
Prólogo
Por meio das semanas proféticas de Daniel (Dn 9.24,25) é possível
saber com exatidão
[1]
 o dia da entrada triunfal do SENHOR Jesus em
Jerusalém, aclamado pela multidão como o Ungido Rei dos Reis (Sf
3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44; Jo 12.12-16).
Tudo foi feito por intermédio de Cristo, o qual foi constituído herdeiro
e ponto de convergência de todas as coisas (nos céus e na terra) na
superintendência da consumação dos tempos (Jo 1.3; Rm 11.36; Ef 1.10; Hb
1.2)
[2]
.
Deus escolheu seus filhos
[3]
 em Cristo antes da fundação do mundo,
antes dos tempos eternos (Jo 15.16; 17.24; Ef 1.4; 2.10; Rm 8.28, 29; 2Tm
1.9; 1Pe 1.20; Ap 13.8). Após a fundação do mundo, Deus prometeu aos
nossos primeiros pais, Adão e Eva, que enviaria o descendente (a semente)
da mulher para esmagar aquele que tinha o poder da morte (Gn 3.15; Hb
2.14,15); dois milênios depois de Adão o SENHOR Deus ratificou sua
Aliança em Cristo com Abraão (Gn 15.6,18; 17.7; Lc 1.72,73; Gl 3.17);
outros dois milênios após esta aliança Deus Pai finalmente enviou seu Filho
Unigênito em cumprimento a tudo quanto a Ele fora referido nas Santas
Escrituras (Lc 24.44) para, em Cristo, reconciliar consigo o mundo, não
imputando aos homens os seus pecados (2Co 5.19; Ef 4.32). Pois, tendo sido
aquela aliança com Abraão sancionada por Deus em Cristo, a lei dada 430
anos depois não a invalidou de forma a abolir a promessa em Cristo, que foi
concedida também às famílias de todas as nações pelo evangelho
preanunciado a Abraão conforme o eterno propósito que Deus estabeleceu em
Cristo Jesus nosso SENHOR de reconciliar consigo o mundo (Gn 12.1-3;
22,18; At 3.25; Gl 3.6,8,11,17).
E, agora, pela redenção que há no sangue de Cristo Jesus, os que
estavam longe foram trazidos para perto (Ef 2.13) de modo que todos quantos
venham a receber a Cristo Jesus como SENHOR e Salvador de suas vidas
serão justificados gratuitamente pela sua graça (Rm 3.24) mediante a fé nele
(Rm 5.1; Gl 2.16). Todavia, isto não se constitui em mérito do homem, mas
sim, numa dádiva de Deus para que ninguém se glorie por obra alguma, nem
mesmo glorie-se pelo fato de ter crido (Ef 2.8,9; Fl 3.9); porque Deus provou
seu grande e eterno amor com que nos amou, mediante a riqueza de sua
misericórdia, pelo fato de ter Cristo morrido por nós sendo nós ainda
pecadores (Jr 31.3; Rm 5.8; Ef 2.4).
Aos que acolhem essa mensagem de salvação, Deus já lhes operou a
ressurreição juntamente com Cristo e os fez assentar nos lugares celestiais,
em Cristo Jesus (Ef 2.6); pois são criação dele, formados em Cristo Jesus
para as boas obras que Deus previamente preparou para as realizarem (Ef
2.10; Cl 2.11-15).
A condição de ser filho de Deus se dá apenas e tão somente pela fé em
Cristo Jesus. Pelo que, tantos quantos são batizados nele, são revestidos de
Cristo de modo que todas as distinções desaparecem (quer seja judeu ou
grego, servo ou livre, homem ou mulher, etc), pois todos são um em Cristo
Jesus (Gl 3.26-28). E, em Cristo Jesus, tanto a circuncisão quanto a
incircuncisão não possuem vantagem alguma, mas sim, o ser nova criatura
(Gl 6.15). E quem está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17; Ap 21.5). Pois não há
condenação alguma para os que estão vivendosegundo o Espírito Santo em
Cristo Jesus (Rm 8.1); pois a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos
livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2). Sendo assim, somos mortos para
o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso SENHOR (Rm 6.11),
de modo que nem altura, nem profundidade, nem qualquer criatura poderá
nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso SENHOR (Rm
8.39). Dessarte, se vivemos, para o SENHOR vivemos; se morremos, para o
SENHOR morremos. Quer vivamos ou morramos, somos do SENHOR Jesus
(Rm 14.8).
Apesar de muitos, todos os que verdadeiramente creem em Cristo:
formam um só corpo nele; individualmente são membros uns dos outros (Rm
12.5); são santificados nele (1Co 1.2); e são conduzidos por Deus nele
sempre em triunfo para manifestar em todo lugar a fragrância do
conhecimento de Cristo (2Co 2.14), o qual é tudo em todos (Cl 3.11)
[4]
.
Todos os que dormiram em Cristo serão vivificados no último dia (Jo
6.39-54; 1Co 15.20-24). No seu grande e glorioso Dia (At 2.16-21; Ap 6.17),
o SENHOR descerá do céu com grande brado, com voz de arcanjo e com a
trombeta de Deus. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os que
ainda estiverem vivos em Cristo serão arrebatados para o encontro com o
SENHOR nos ares e, assim, ficarão todos com Ele para sempre (1Co
15.51,52; 1Ts 4.16,17). Glória, pois, a Ele eternamente. Amém!
 
1. Introdução
O presente trabalho reuniu e sintetizou dados cronológicos das
Sagradas Escrituras desde a criação do homem
[5]
 até ao Ungido (o Cristo)
[6]
conforme a metodologia mencionada mais adiante. Os gráficos dão uma
visão geral da cronologia bíblica e as tabelas (que dão origem aos respectivos
gráficos) fornecem os detalhes. Foi adotado o sistema de datação Anno
Mundi (AM), expressão em latim que no presente trabalho significa a idade
do mundo desde a criação do homem.
Para ajudar na percepção da razoabilidade desta cronologia, cabe já
destacar aqui que, em meio a outros arrazoados, estabeleceu-se uma
correspondência matemática da datação bíblica AM com a datação
gregoriana (amplamente utilizada nos dias atuais), em que se usa a
nomenclatura Ante Christum (AC) e Anno Domini (AD), cujas expressões
latinas significam “antes de Cristo” e “ano do Senhor” (ou seja, depois de
Cristo), respectivamente. Conforme poderá ser visto mais adiante, notar-se-á
que a maioria das datas gregorianas calculadas referentes aos eventos
bíblicos-históricos aqui relacionados vai ao encontro da respectiva datação
feita pela História secular.
Por exemplo, num trabalho científico de cunho eminentemente
geológico
[7]
 que visava obter mais informações sobre um evento sísmico que
ocorrera no início do primeiro século de nossa era, três pesquisadores
tabularam dados cronológicos de camadas anuais de sedimentos rochosos (ou
de rochas sedimentares) de uma região da costa ocidental do Mar Morto. Foi
calculado como data de ocorrência desse (até então desconhecido) terremoto
o ano de 31 AD com uma incerteza de ± 5 anos. Para descobrir que terremoto
foi esse, os pesquisadores apresentaram os seguintes candidatos, tidos como
os mais plausíveis: 1) o sismo relatado no capítulo 27 do Evangelho de
Mateus; 2) um terremoto que ocorreu algum tempo antes ou depois da
crucificação, mas que ainda estava em ação e teria sido “tomado de
empréstimo” pelo autor do Evangelho de Mateus; 3) um terremoto local que
teria ocorrido dentro da faixa de incerteza cronológica estimada, cuja
intensidade do abalo foi forte o suficiente para deformar sedimentos mas não
o foi para produzir um registro histórico extrabíblico ainda existente.
Segundo os autores (sendo que o principal declarou não ser estudioso das
Escrituras), caso este último candidato tenha sido o terremoto estudado na
pesquisa, o relato do sismo em Mateus 27 seria uma alegoria. Esta afirmação
de que o relato bíblico da crucificação seria uma alegoria deixa bem claro o
não compromisso desses pesquisadores com os Escritos Sagrados. Apesar
disso (ou talvez por isso mesmo), pode-se dizer que essa pesquisa secular
permite estimar com alto grau de plausibilidade que a crucificação de Nosso
Senhor Jesus Cristo aconteceu entre 26 e 36 AD. Essa estimativa científica
geológica vai ao encontro do resultado desta presente pesquisa nos Escritos
Sagrados sobre a cronologia da redenção, pois será visto neste estudo que é
possível afirmar que as Santas Escrituras profetizaram com exatidão o dia do
sacrifício vicário (substitutivo) do Cordeiro de Deus.
O sequenciamento genealógico adâmico registrado em Gênesis é de
caráter cronológico porque o modo de relacionamento das gerações
constantes nos capítulos 5 e 11 fixa de tal maneira a ordem sucessiva de
ocorrência dos fatos que é plenamente garantido a elaboração de uma
cronologia fiável independentemente da quantidade de omissões que se creia
ou se entenda que (pré ou pós) supostamente possam existir. Por exemplo, se
Sete foi ou não filho de Adão, isto não muda o fato de que Adão era da idade
de 130 anos quando Sete nasceu, nem o fato de que este era de 105 anos de
idade quando Enos nasceu, etc, de acordo com sentido comum e histórico-
gramatical do texto sagrado! Cabe lembrar que o próprio Espírito Santo
confirma na Epístola de Judas que o piedoso Enoque foi o sétimo patriarca
desde Adão
[8]
.
Pois, ao tentar encontrar uma interpretação que adote outras linhas
hermenêuticas em vez de examinar a intenção das palavras e do autor sacro,
oculta-se o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras
[9]
.
Portanto, acredita-se estar minimamente esclarecido que a sequência
genealógica do livro de Gênesis é de caráter cronológico independentemente
da quantidade de lacunas que eventualmente existam.
Conforme pode ser visto na Tabela 1 a seguir, vários estudiosos
[10]
 já
elaboraram uma cronologia a partir de dados bíblicos, cujas datas da criação
do homem que obtiveram oscilam entre 5501 AC e 3836 AC.
Tabela 1 – Relação de cronologistas, datas que calcularam com respeito à criação do homem e ano de
publicação do trabalho.
Cronologista Data AD de publicação
do trabalho
Data AC, calculada, da
criação do homem
Julius Africanus c. 240 5501
George Syncellus c. 810 5492
John Jackson 1752 5426
Dr William Hales c. 1830 5411
Eusebius c. 330 5199
Marianus Scotus c. 1070 4192
L. Condomanus n/a 4141
R. Anderson 1895 4141
Thomas Lydiat c. 1600 4103
M. Michael Maestlinus c. 1600 4079
J. Ricciolus n/a 4062
Jacob Salianus c. 1600 4053
H. Spondanus c. 1600 4051
Martin Anstey 1913 4042
W. Lange n/a 4041
E. Reinholt n/a 4021
J. Cappellus c. 1600 4005
J. Ussher 1658 4004
E. Greswell 1830 4004
E. Faulstich 1986 4001
D. Petavius c. 1627 3983
Frank Klassen 1975 3975
Becke n/a 3974
Krentzeim n/a 3971
W. Dolen 2003 3971
Reusnerus n/a 3970
J. Claverius n/a 3968
C. Longomontanus c. 1600 3966
P. Melanchthon c. 1550 3964
J. Haynlinus n/a 3963
A. Salmeron d. 1585 3958
J. Scaliger d. 1609 3949
M. Beroaldus c. 1575 3927
A. Helwigius c. 1630 3836
Nota: AD - Anno Domini (depois de Cristo); AC - antes de Cristo; c - cerca de; n/a –
desconhecido.
Elaborada a partir de: ANDERSON, The Coming Prince, p. 245-247; JONES, Chronology of the Old
Testament, p.26; HAM, The New Answers Book 2, p.184,185.
 
No presente trabalho, no cálculo de tal data foi obtido o ano de 4156
AC, o qual ficou mais próximo dos resultados calculados pelos seguintes
cronologistas: Scotus (que obteve 4192 AC), Condomanus (4141 AC) e
Anderson (também 4141 AC). As diferenças entre os resultados desses
cálculos são devidas principalmente ao modo como certas passagens bíblicas
foram interpretadas (em comparação ou não com outras) pelos diversos
cronologistas. Para efeito comparativo, vale mencionar que a cronologia
indiana dataria a criação do homem em 6174 AC, a babilônica em 6158 AC,
a chinesa 6157 AC, a grega 6138 AC, a egípcia 6081 AC e a persa 5507 AC.
A maioria dos escritores judeus datam esse evento entre 4000 e 3760 AC
[11]
.
 
O calendário lunissolar judaico
Os judeus sempre elaboraram seu calendário em termos da idade do
mundo.Já nos tempos do Êxodo o calendário hebraico anual tinha o formato
empregado na época de Cristo: baseava-se nos ciclos do sol e da lua, ou seja,
era um calendário anual lunissolar
[12]
. O ano iniciava-se com a lua nova do
equinócio da primavera, que determinava o primeiro dia do primeiro mês,
chamado Abibe ou Nisã. O ano era composto por 12 meses alternados em 29
e 30 dias, totalizando 354 dias, sendo 11 dias e 6 horas menor que o tempo da
rotação da Terra em torno do Sol relativamente ao início das estações. Hoje
sabermos que o período dessa rotação dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46
segundos. Para corrigir essa defasagem entre os ciclos do calendário adotado
e o início das estações, o ajuste era feito mediante a adição de um 13º mês
(chamado adar 2) no 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º ano dentro de um período
de 19 anos
[13]
. Considerando esse período de 19 anos, o ano tinha em média
365 dias
[14]
 como se dá no calendário gregoriano
[15]
. A diferença entre
esses calendários é de apenas 3 dias decorridos 19 anos.
À semelhança do primeiro mês do ano, os demais meses também
começavam na lua nova
[16]
, cujo surgimento no céu era anunciado ao som
de trombetas por homens de confiança que realizavam suas observações em
determinados lugares de Jerusalém. O Senado Judaico (San’hedrin)
aguardava a confirmação do surgimento da lua nova para fixar os inícios dos
meses e das festas (como a Páscoa, que começava no 14º dia do primeiro
mês, conforme Lv 23.5; Nm 28.16; Dt 16.6). Atualmente os judeus adotam
um calendário “civil” que começa com a lua nova do equinócio de outono,
que é o dia primeiro de Tisri
[17]
.
 
O conhecimento do ano solar inferido no relato diluviano
O relato do dilúvio sugere que o conhecimento do ano solar é bem
antigo. No dia 17 do 2º mês do ano 600 da vida de Noé, as fontes do grande
abismo se romperam e as comportas do céu se abriram ocasionando copiosa
chuva por 40 dias (Gn 7.11,12). Somente no dia 27 do 2º mês do ano seguinte
(601) foi que Noé, sua família e os animais saíram da arca (Gn 8.14-19),
totalizando 12 meses (lunares) e mais 11 dias o tempo que permaneceram na
arca. Esses 11 dias são exatamente o que falta para igualar o ano de 12 meses
lunares (de 354 dias) com o ano solar (de 365 dias). Esse modo de
contabilizar o tempo de ação do dilúvio e suas consequências posteriores teve
o objetivo de mostrar que tudo isso ocorreu precisamente em um ano solar.
No mesmo contexto, a comparação entre Gn 7.11,24 e 8.3-4, indica que 5
meses totalizam 150 dias, que são 5 meses egípcios de 30 dias. Assim, tais
versículos referentes ao dilúvio e seus efeitos subsequentes deixam bem claro
a correspondência do ano solar com o ano lunar. A “conciliação” entre eles
dá o efeito supracitado do calendário lunissolar (ou lunar retificado) para
regular a vida religiosa e cotidiana dos judeus
[18]
.
 
O calendário solar gregoriano
Por sua vez, o calendário gregoriano é adotado em praticamente todo
mundo atualmente. Trata-se de um calendário solar cujo nome faz referência
ao Papa Gregório que em 1582 reformulou o calendário instituído por Júlio
César em 45 AC. Devido às diferentes concepções entre os calendários
hebraico e gregoriano, há uma variação contínua e não linear na relação entre
os dias dos meses de um calendário para outro. Por exemplo, a lua nova (a
qual determina o dia 1º de Nisã no calendário hebraico) no ano 1983 de nosso
calendário foi em 15 de março, em 1986 o 1º de Nisã correspondeu a 10 de
abril e em 2013 foi em 12 de março
[19]
. Ou seja, não é possível fazer uma
equivalência direta de uma data (expressa em termos de dia, mês e ano)
bíblica/hebraica para uma data gregoriana. Pelo contrário, em cada caso
devem ser feitas as devidas análises e considerações
[20]
.
 
Alguns importantes equívocos cronológicos
Robert Anderson em The Coming Prince
[21]
, publicado em 1881,
apontou em seu trabalho um importante equívoco que o Bispo Anglicano
James Ussher cometeu em seu livro Annals of the World
[22]
, publicado em
1658. Em sua cronologia, Ussher empregou os 480 anos mencionados em 1
Reis 6.1 sem levar em conta a cronologia deste mesmo período indicada em
Atos 13.18-22, a qual Anderson resumiu da seguinte forma: 40 anos do
êxodo (At 13.18), mais 450 anos do período dos juízes (At 13.20), mais 40
anos de reinado de Saul (At 13.21), mais 40 anos de reinado de Davi (2 Sm
5.4) e mais três anos completos de reinado de Salomão (o templo começou a
ser edificado no 2º mês do 4º ano de seu reinado, cf. 1 Rs 6.1), chegando a
um total de 573 anos. Se forem observados os tempos mencionados no livro
de Juízes
[23]
 e no começo do 1º livro de Samuel, notar-se-á que os filhos de
Israel estiveram sob servidão estrangeira por 93 anos. Subtraindo esses anos
de servidão dos 573, chega-se aos 480 anos de liberdade mencionados em 1
Reis 6.1, uma “era mística” em que foram eliminados todos os períodos
durante os quais o povo de Israel esteve subjugado pelos povos estrangeiros
circunvizinhos como disciplina do SENHOR Deus
[24]
. Em sua
contabilidade, Anderson deixou de apontar os 47 anos
[25]
 de liderança de
Josué na conquista e divisão das terras de Canaã (At 13.19), o que totaliza,
então, 620 anos entre a saída do Egito e o início dos trabalhos de edificação
do 1º Templo. Cabe destacar que Anderson
[26]
 afirmou que Fynes Clinton e
Flávio Josefo obtiveram 612 anos no cálculo desse período entre o Êxodo e a
fundação do 1º Templo.
Anderson faz um interessante comentário sobre esse período
descontínuo de 93 anos de servidão, dizendo que uma vida sem Deus é como
se estivesse morta, que a justiça divina pode julgar com severidade, mas a
graça pode perdoar (Is 60.10). E, se Deus perdoa, Ele também remove o
pecado (Hb 10.17) considerando em branco o período de trevas daqueles que
se arrependem de suas más obras, ou seja, os dias de servidão ao mal são
ignorados na “cronologia” divina
[27]
.
Ussher e Anderson consideraram em seus trabalhos que a aliança do
SENHOR Deus com Abraão ocorreu quando este foi chamado para sair de Ur
dos Caldeus, aos 75 anos de idade, após a morte de seu pai Tera (At 7.4).
Ussher data este evento como tendo ocorrido em 2083 Anno Mundi (AM) /
1922 antes de Cristo (AC)
[28]
, e Anderson como 2086 AM / 2055 AC
[29]
.
No entanto, naquela ocasião houve apenas uma promessa além do chamado, e
não uma aliança. A aliança que o SENHOR fez com Abraão ocorreu 10 anos
após esse chamado, por meio de um ato solene e de uma sanção irrevogável
em seu importe; confirmando a justificação forense recebida (Gn 15.5-18)
[30]
. Desse modo, pelo levantamento das informações bíblicas feito no
presente trabalho, tal aliança ocorreu em 2093 AM (ou 2063 AC, de acordo
com o método de conversão entre a datação bíblica e a “gregoriana”,
mencionado mais adiante). Essa aliança foi central em relação ao plano
redentor efetuado pelo SENHOR Jesus Cristo na Cruz do Calvário (para a
salvação de todo o que nele crê), pelo fato de ela ter sido sancionada por
Deus em Cristo. E quem é de Cristo também é descendente de Abraão e
herdeiro segundo a promessa (Gl 3.16,17,29). Por sua vez, desde a Aliança
até a crucificação do descendente prometido (Gn 17.7; 22.18; Lc 1.72,73; Gl
3.16,17), tem-se mais 2093 anos, culminando em 4186 AM como o ano da
Crucificação do Messias prometido. Nas seções posteriores são apresentados
os dados bíblicos e respectivas análises que dão fundamento a essa
afirmação.
 
2. Cronologia Bíblica da Redenção
“Tudo quanto aprouve ao SENHOR ele o fez, nos céus e na terra, no
mar e em todos os abismos”. Salmo 135.6
 
Nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação
humana; no entanto, os escritores sagrados falaram da parte de Deus movidos
pelo Espírito Santo (2Pe 1.20) para apresentarem ao homem natural o dom da
vida eterna mediante a fé em Cristo Jesus por sua obra redentora levada a
efeito por meio do seu precioso sangue vertido na Cruz do Calvário.
Foi adotada neste trabalho a seguinte metodologia hermenêutica
[31]
:
Observara intenção das palavras e de seu autor sacro de acordo com o
sentido comum e histórico-gramatical do Texto Sagrado
[32]
 considerando
que este deve ser compreensível para qualquer pessoa provida de senso
comum que crê nas boas novas da salvação em Cristo Jesus.
Assim, como é propósito mostrar essa redenção de modo cronológico
conforme registrado na Bíblia Sagrada, sempre que possível procurar-se-á
deixar que Ela própria fale por si, evitando auxílios externos
[33]
.
A seguir é apresentada a Tabela 2 com os principais dados cronológicos
(segundo a datação bíblica) desde a criação do homem até a morte vicária do
SENHOR Jesus na Cruz do Calvário em termos de idade do mundo (Anno
Mundi). Nesta tabela, a partir do período do reino dividido de Israel a
cronologia se dirige para a ocasião da destruição de Jerusalém, segundo
informado resumidamente em Ez 4.1-7 sobre o Reino do Norte (dez tribos de
Israel). Com o intuito de “aferir” ou “validar” a contagem feita na Tabela 2,
em tópico posterior foi elaborada a Tabela 3 contendo mais detalhes
cronológicos, cuja cronologia usou os dados do Reino do Sul (as tribos de
Judá e Benjamin) após o período da monarquia unificada, o que se deu por
meio de referências extraídas do Livro dos Reis e das Crônicas. As únicas
diferenças cronológicas possíveis de haver entre ambas tabelas são nas co-
regências
[34]
 do reino de Judá.
Tabela 2 – Dados bíblicos cronológicos simplificados desde a criação do homem até sua redenção em
Cristo.
Fatos AM Referência
Bíblica
1) Criação do homem
(Adão). 0 Gn 2.4-7
2) Set nasceu quando
Adão tinha 130 anos. 130 Gn 5.3
3) Enos nasceu quando
Set tinha 105 anos. 235 Gn 5.6
4) Cainã nasceu quando
Enos tinha 90 anos. 325 Gn 5.9
5) Maalalel nasceu
quando Cainã tinha 70
anos.
395 Gn 5.12
6) Jarede nasceu quando
Maalalel tinha 65 anos. 460 Gn 5.15
7) Enoque nasceu
quando Jarede tinha 162
anos.
622 Gn 5.18
8) Metusalém nasceu
quando Enoque tinha 65
anos.
687 Gn 5.21
9) Lameque nasceu
quando Metusalém tinha
187 anos.
874 Gn 5.25
10) Noé nasceu quando
Lameque tinha 182
anos.
1056 Gn 5.28
11) Sem nasceu quando
Noé tinha 502 anos. 1558 Gn 5.32;
11.10
12) Dilúvio ocorreu
quando Noé tinha 600 1656 Gn
7.6,11,17
anos.
13) Arfaxade nasceu 2
anos após o Dilúvio,
quando Sem tinha 100
anos.
1658 Gn 11.10
14) Salá nasceu quando
Arfaxade tinha 35 anos. 1693 Gn 11.12
15) Heber nasceu
quando Salá tinha 30
anos.
1723 Gn 11.14
16) Pelegue nasceu
quando Heber tinha 34
anos.
1757 Gn 11.16
17) Reú nasceu quando
Pelegue tinha 30 anos. 1787 Gn 11.18
18) Serugue nasceu
quando Reú tinha 32
anos.
1819 Gn 11.20
19) Naor nasceu quando
Serugue tinha 30 anos. 1849 Gn 11.22
20) Tera nasceu quando
Naor tinha 29 anos. 1878 Gn 11.24
21) Abrão nasceu
quando Tera tinha 130
anos.
2008 Gn 11.32;
12.4; At 7.4
22) Com o falecimento
de Tera, o SENHOR
Deus chamou Abrão
para sair de Harã aos 75
anos de idade.
2083 Gn 12.4; At
7.4
23) O SENHOR Deus
sancionou sua aliança
em Cristo com Abraão
10 anos após o
chamado.
2093 Gn 15.1-
16.3
24) A Lei veio 430 anos
após a aliança que o
SENHOR Deus fez, em
Cristo, com Abraão:
Êxodo.
2523 Ex 12.40-
51; Gl 3.17
25) Do Êxodo à entrada
em Canaã transcorreram
40 anos.
2563 Dt 2.7,14;
At 13.18
26) Josué liderou por 47
anos a conquista de Ex 33.11;
Nm 10.11;
Canaã destruindo sete
nações dela, a qual
distribuiu por sortes
entre as tribos de Israel.
Após sua morte
começou o período dos
juízes.
2610
14.29-34;
Dt 2.14,15;
7.1,22,23; Js
5.6; 14.7,10;
24.29; At
13.19
27) O período dos juízes
durou 450 anos. Em
seguida começou o
período dos reis com
Saul como primeiro rei.
3060 At 13.20
28) Saul reinou por 40
anos. Após sua morte
Davi começou a reinar.
3100 At 13.21
29) Davi, um homem
segundo o coração de
Deus, reinou por 40
anos. A sucessão do
reino coube ao seu filho
Salomão.
3140 2Sm 5.4,5;
1Rs 2.11
30) Salomão reinou por
40 anos. Depois seu
filho Roboão assumiu o
trono e já no primeiro
ano o reino foi divido.
3180 1Rs 11.42;
2Cr 9.30
31) Da divisão do reino
à destruição de
Jerusalém (o descanso
da terra, iniciado em 586
AC) se passaram 390
anos.
3570 Jr 39.2,8; Ez
4.1-7
32) A terra repousou
todos os dias de suas
assolações, até que os 70
anos se cumpriram.
3640
Lv 25.3,4,8;
26.33-35;
2Cr 36.21;
Jr 29.10; Zc
7.9
33) Saída da ordem para
reedificação de
Jerusalém (20º ano de
Artaxerxes I, em 445
AC), cerca de 70 anos
após o descanso da terra.
3710 Ne 2.1-8
34) Da saída da ordem...
até ao Ungido, que é
Cristo
[35]
, 476 anos.
4186
Lv 25.8; Dn
9.24-27; Ne
2.1-8
 
Da criação do homem
até a aliança com
Abraão
2093 Anos
Da criação do homem
até o dilúvio 1656 Anos
Do dilúvio até a aliança
com Abraão 437 Anos
Da aliança com Abraão
até a Lei 430 Anos
Da Lei até Cristo 1663 Anos
Da aliança com
Abraão até Cristo 2093 Anos
 
As datas à direita dos eventos indicam quando se iniciaram (coluna
AM: Anno Mundi), a qual é obtida pelo dado contido na descrição do evento,
somado com a data da coluna AM da linha imediatamente acima. Pelos
apontamentos feitos, há uma considerável simetria cronológica do evento
“aliança do SENHOR Deus com Abraão” em relação à criação do homem, ao
dilúvio, à lei e à crucificação. Pode-se afirmar que isto ocorre porque aquela
aliança foi feita em Cristo (cf. Gl 3.17)
[36]
. Há apenas dois “desvios” nesses
eventos, ambos de 7 anos: um entre o período “Da criação do homem até o
dilúvio” e o período “Da Lei até Cristo” (1656 anos contra 1663); e outro
entre “Do dilúvio até a aliança com Abraão” e “Da aliança com Abraão até a
Lei” (437 anos contra 430). Algumas prováveis razões para isso são: algum
problema de apuração na datação secular (melhoria da precisão/metodologia
cronológica) ou na presente datação bíblica; alguma combinação desses
fatores e outros desconsiderados; ou a diferença é essa mesma, conforme
apresentada (o que parece mais provável em vista do exposto no presente
trabalho).
Tomando-se apenas os valores numéricos do ano da destruição de
Jerusalém por Nabucodonosor (586 AC
[37]
) e do ano da autorização para sua
reconstrução (445 AC
[38]
) para calcular o período entre eles chega-se ao
resultado de 141 anos. Ao subtrair 70 anos referentes ao descanso da terra
iniciados após a destruição da Cidade Santa sobram 71 anos compreendidos
entre o fim desse descanso e a saída da ordem para sua reedificação. Em
outras palavras, Jerusalém foi tomada aos 9 dias do 4º mês do 11º ano de
Zedequias (Jr 39.2) e a posterior saída da ordem para restaurá-la foi logo no
começo do 1º mês do 20º ano do reinado de Artaxerxes I (Ne 2.1-8). O
período compreendido entre o “fim do descanso da terra” e a “Saída da
ordem” pode ser arredondado
[39]
 para 70 anos, pois os meses excedentes ou
faltantes na contabilização tanto desse quanto dos demais períodos dos
eventos apresentados nas tabelas a seguir podem ter sido “compensados”
devido a, por exemplo, ajustes nos calendários decorrentes de diferenças
entre estações do ano em relação aos anos lunares e anos solares. Essa
suposta problemática de meses aparentemente não contabilizados
[40]
 ocorre
em toda a cronologia presentemente proposta. Porém, existem três datas
bíblicas que servem como “aferidores” (ou “calibradores”; ou “validadores”)
da cronologia: 1656 AM, 2093 AM e 3570 AM, os quais serão explicados
posteriormente.
Em certos dados poder-se-á ter a impressão de que os números
sofreram um “cozimento” até chegarem no “ponto desejado”. Na verdade, o
que houve foi uma conciliação deles (como em procedimentos contábeis) à
luz de outras passagens bíblicas. Pois este tipo de cronologia não se resume a
uma mera divisão de tempos e ordenação de datas
[41]
, mas é, também, uma
questão de discernimento espiritual (conforme 1Co 2.12-14) na contabilidade
e harmonização dos dados bíblicos
[42]
.
O Gráfico 1 abaixo apresenta uma visão panorâmica da cronologia
bíblica apresentada de modo resumido na Tabela 2 e mais pormenorizadamente
na Tabela 3. A barra horizontal preenchida representa o tempo de duração do
eventorelacionado à esquerda e, à sua direita, consta a duração desse tempo.
Nos eventos intitulados “Dilúvio”, “Aliança com Abraão” e “Veio a Lei” não
consta essa barra horizontal de suas durações, apenas um par de linhas
(preenchidas por uma penumbra) cujo término à direita indica o ano em que
ocorreram.
Gráfico 1 – Panorama da genealogia e dos eventos que prepararam o caminho para a vinda do Salvador.
 
A partir do gráfico acima e do detalhamento da Tabela 3 e da Tabela 4 é
possível notar que Lameque, o pai de Noé, foi contemporâneo de Adão assim
como Tera, o pai de Abraão, foi contemporâneo de Noé. Este morreu dois
anos antes de Abraão ter nascido. Sem, o filho de Noé, viveu até aos dias de
Abraão e Isaque, vindo a falecer 10 anos antes do nascimento de Jacó.
A Tabela 3 apresenta uma cronologia bíblica mais detalhada dos
principais personagens e eventos, desde Adão até ao sacrifício vicário do
SENHOR Jesus Cristo na Cruz do Calvário, pelos quais a promessa da
redenção “caminhou”. As datas das ocorrências também são Anno Mundi
(AM), Ante Christum (AC) e Anno Domini (AD).
Nessa tabela são apresentados os prováveis significados dos nomes de
Adão até Tera, o pai de Abraão. Nas ocorrências “Aliança com Abraão” e
“Veio a Lei” foram apontados apenas os respectivos anos de
“acontecimento”. Na ocorrência “Do Ungido até aos dias atuais” foi feita
apenas uma estimativa para situar os períodos bíblicos com os dias atuais. O
período dos Juízes pode ser visto em detalhes na Tabela 7 e o dos Reis na
Tabela 8.
 
Tabela 3 – Dados cronológicos dos principais personagens e eventos bíblicos que culminaram com a
redenção do gênero humano.
 AM AC 
Fatos Início Duração Fim Início Duração Fim Ref. Bíblicas
Adam: a terra
vermelha
[43] 0 930 930 4156 930 3226 Gn 2.4-7;
5.3-5
Sheth: compensação 130 912 1042 4026 912 3114 Gn 5.3,6-8
Enowsh: homem
mortal 235 905 1140 3921 905 3016 Gn 5.6,9-11
Qeynan: possessão 325 910 1235 3831 910 2921 Gn 5.9,12-14
Mahalal’el: louvor
de Deus 395 895 1290 3761 895 2866 Gn 5.12,15-
17
Yared:
descida/descendente 460 962 1422 3696 962 2734 Gn 5.15,18-
20
Enoch: dedicado 622 365 987 3534 365 3169 Gn 5.18,21-
24
M^ethuwShelach:
ao morrer, haverá
derramamento
687 969 1656 3469 969 2500 Gn 5.21,25-
27
Lemek: poderoso 874 777 1651 3282 777 2505 Gn 5.25,28-
31
Noach: descanso 1056 950 2006 3100 950 2150
Gn
5.28,29,32;
9.29
Shem: nome 1558 600 2158 2598 600 1998 Gn 5.32;
11.10,11
Dilúvio 1656 40 dias 1656 2500 40 dias 2500 Gn 7.6,11,17
Arphaxad: baluarte
dos caldeus 1658 438 2096 2498 438 2060 Gn
11.10,12,13
Shelach:
projétil/rebento 1693 433 2126 2463 433 2030 Gn
11.12,14,15
`Eber: região além
de ou oposta à 1723 464 2187 2433 464 1969 Gn
11.14,16,17
Peleg: canal/divisão 1757 239 1996 2399 239 2160 Gn
11.16,18,19
R^e`uw:
pastagem/alimento
amigo
1787 239 2026 2369 239 2130 Gn
11.18,20,21
S^eruwg:
ramo/entrelaçado
1819 230 2049 2337 230 2107 Gn
11.20,22,23
Nachowr:
resfolegante 1849 148 1997 2307 148 2159 Gn
11.22,24,25
Terach:
estação/parada para
acampar
1878 205 2083 2278 205 2073 Gn 11.24,32-
12.4; At 7.4
Abraão 2008 175 2183 2148 175 1973 Gn 21.5;
25.7
Aliança em Cristo
com Abraão 2093 --- 2093 2063 --- 2063 Gn 15.1-16.3
Isaque 2108 180 2288 2048 180 1868 Gn 21.5;
25.26; 35.28
Jacó 2168 147 2315 1988 147 1841 Gn 25.26;
47.9,28
José
[44] 2259 110 2369 1897 110 1787
Gn 37.2;
41.46,53;
45.6; 50.26
Moisés 2443 120 2563 1713 120 1593
Ex 7.7; Dt
34.7; At
7.22-36
Veio a Lei 2523 --- 2523 1633 --- 1633
Ex 12.40-51;
19.1 e ss;
Nm 33.1-4;
Gl 3.17
Êxodo 2523 40 2563 1633 40 1593
Dt 1.3;
2.7,14; Ex
16.35; Js 5.6;
At 13.18; Hb
3.17
Josué lidera
conquista de Canaã 2563 47 2610 1593 47 1546
Ex 33.11;
Nm 10.11;
14.29-34; Dt
2.14,15;
7.1,22,23; Js
5.6; 14.7,10
22.1-4; 23.1-
3; 24.29; At
13.19
Período dos juízes 2610 450 3060 1546 450 1096
At 13.20;
vide Tabela
7
Período dos reis 3060 510 3570 1096 510 586 Vide Tabela
8
Era das desolações:
o descanso da terra 3570 70 3640 586 70 516
Lv 25.1-8;
26.33-35,43-
45; 2Cr
36.21; Jr
25.9,12;
29.10; Ez
33.21; Dn
1.1,2;
9.2,11,13,17;
Zc 7.9
Saída da ordem...
até ao Ungido 3710 476 4186 445 476
32
AD
Lv 25.8; Dn
9.24-27; Ne
2.1-8
 
 Simetria entre
alguns eventos
supracitados
 
Da criação do
homem até a
aliança com
Abraão
0 2093 2093 4156 2093 2063 ---
Da criação do
homem até o dilúvio 0 1656 1656 4156 1656 2500 ---
Do dilúvio até a
aliança com Abraão 1656 437 2093 2500 437 2063 ---
Da aliança com
Abraão até a Lei 2093 430 2523 2063 430 1633 ---
Da Lei até Cristo 2523 1663 4186 1633 1663 32
AD ---
Da aliança com
Abraão até Cristo 2093 2093 4186 2063 2093 32
AD ---
 
Alguns períodos em
destaque 
Período dos Juízes 2610 450 3060 1546 450 1096 Vide Tabela
7
Período dos Reis 3060 510 3570 1096 510 586 Vide Tabela
8
Da aliança com
Gn 15.1-
16.3; 2Sm
Abraão até ao início
do reinado de Davi
2093 1007 3100 2063 1007 1056 5.4,5; 1Rs
2.11; 1 Cr
29.26,27
Do Êxodo à
fundação do 1º
Templo
2523 620 3143 1633 620 1013
Dt 1.3;
2.7,14; Ex
16.35; 1Rs
6.1
Da consagração do
1º Templo à do 2º 3150 490 3640 1006 490 516
1Rs 6.38; Ed
3.8,11-13;
6.15
Da entrada em
Canaã até ao início
da monarquia
2563 497 3060 1593 497 1096 Dt 1.3; 2.14;
At 13.18,19
Da entrada em
Canaã ao fim da
monarquia
2563 1007 3570 1593 1007 586
Dt 1.3; 2.14;
2 Rs 24.17-
19; 2 Cr
36.10-12; Jr
52.1,2; At
13.18,19
Do início da
monarquia ao 1º
sítio a Jerusalém
3060 490 3550 1096 490 606 At 13.18,19;
Dn 1.1,2
Do Ungido até aos
dias atuais (2014
AD)
[45]
4186 1982 6168 32 
AD 1982 2014
AD ---
 
Os Patriarcas
O protoevangelho anunciado no Éden pelo SENHOR Deus foi o
fundamento das demais promessas que Ele fez para que fossem salvos todos
quantos viessem a crer no evangelho das insondáveis riquezas de Cristo:
“Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste (...) porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente.
Este te ferirá a cabeça” (Gn 3.14,15). E mostrou qual seria o método da
salvação: sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados (Gn
3.21; Hb 9.22). “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
porque todos pecaram
[46]
 (...). Se, pela ofensa de um e por meio de um só,
reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da
justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm
12,17).
Abraão, Isaque e Jacó habitaram juntos em tendas (Gn 25.27; Hb 11.9).
A partir dessa simples contemporaneidade, é possível afirmar que Adão
testemunhou até ao pai de Noé sobre a vinda do descendente prometido pelo
Senhor Deus no Éden e, daí por diante, tal promessa foi mantida viva pelos
demais patriarcas. Em 2500 anos a promessa do Éden passou por apenas 10
transmissores desde Adão até Moisés
[47]
, o qual registrou no Pentateuco este
e outros relatos sob a mais alta fidedignidade aos acontecimentos
passados
[48]
.
A Tabela 4 abaixo apresenta algumas contemporaneidades
[49]
. Nela
verifica-se que o pai de Noé tinha 56 anos quando Adão faleceu. Noé foi
contemporâneo do pai de Abraão por 128 anos! Abraão conviveu com seu
neto Jacó até aos 15 anos de idade deste.
Tabela 4 – Exemplos de algumas contemporaneidades entre alguns personagens bíblicos importantes.
Quando o
Patriarca
morreu em
AM
com a idade
de
o seu
descendente
era da idade
de
Adão 930 930 Lameque (pai de
Noé) 56
Noé 2006 950 Tera (pai de
Abraão) 128
Sem 2158 600 Isaque 50
Abraão 2183 175 Jacó 15
Isaque 2288 180 José 29
Elaborada a partir de: Gn 5.3-5,21-32; 11.10,11,24,32; 21.5; 25.7,26; 35.28; 47.9,28; At 7.4.
 
Quantas são as promessas de Deus, tantas têm em Cristo o sim (2Co
1.20). Antes dEle, aqueles que creram nas promessas de Deus foram
aprovados por Ele (Hb 11.2). “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele
existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Foiassim que
Abel ofereceu a Deus um superior sacrifício, sendo aprovado e justificado
pelo SENHOR quanto às suas ofertas e, mesmo depois de morto, sua fé ainda
fala (Hb 11.4). Deus concedeu outro filho ao primeiro casal em lugar de
Abel, morto por seu irmão Caim (Gn 4.25): Sete, o qual teve um filho
chamado Enos e, a partir deste, passou-se ao uso de uma liturgia como forma
de cultuar publicamente ao SENHOR Deus (Gn 4.26).
Enoque obteve testemunho de haver agradado a Deus por meio de sua
fé nas promessas divinas e, por isso, esteve fora da esfera de pensamentos
deste mundo
[50]
. E não foi achado porque Deus o trasladara para não ver a
morte (Hb 11.5); batizou seu filho de Metusalém (687 – 1656 AM / 3469 –
2500 AC), cujo significado é “quando morrer haverá um derramamento”
[51]
.
Em Gn 5.27 diz que “todos os dias de Metusalém foram 969 anos; e
morreu”. Interessante é notar que Metusalém tinha 187 anos quando gerou
Lameque (Gn 5.25). Este tinha 182 anos quando gerou Noé (Gn 5.28), e este
era de 600 anos quando as águas do dilúvio cobriram a terra (Gn 7.6).
Fazendo a somatória destes tempos: 187 + 182 + 600, o resultado confere
[52]
com a exata idade de Metusalém ao falecer pouco antes do dilúvio: 969 anos.
Então, logo após a morte de Metusalém, em 1656 AM aconteceu o maior
derramamento já conhecido: o dilúvio. Esta situação em que o período de
vida de um patriarca termina quando um evento inicia ocorre só com
Metusalém. Assim, por estes dados de Metusalém, tem-se que 1656 AM é o
primeiro ponto de “validação” da cronologia.
O dilúvio iniciou-se no ano 600 da vida de Noé, aos 17 dias do 2º mês
(Gn 7.6,11), e ele, sua família e os animais só desceram da arca no ano 601
(de Noé), aos 27 dias do 2º mês (Gn 8.13,14). Conforme dito anteriormente,
Noé e seus familiares ficaram dentro da arca exatos 365 dias
[53]
, mas a
duração do dilúvio foi de apenas 40 dias (Gn 7.17).
Aos 100 anos de idade, Sem gerou Arfaxade dois anos após o Dilúvio
(Gn 11.10). Como este ocorreu no ano 600 de Noé (1656 AM), Arfaxade
nasceu quando Noé era de 602 anos de idade (1658 AM). Portanto, Sem
nasceu em 1558 AM (1658 - 100). Ou seja, Noé tinha 502 anos de idade
quando Sem nasceu. Este é o primeiro (e mais simples) caso em que faz-se
necessário analisar outras referências bíblicas para a correta apuração dos
dados cronológicos. No entanto, há situações em que é preciso buscar
referências em outros livros bíblicos (principalmente do Novo Testamento -
NT) como, por exemplo: a idade de Tera na época em que Abraão veio ao
mundo e o tempo em que Josué esteve à frente do povo na conquista e
repartição das terras de Canaã. Tais casos exemplificam o fato de que “a
Bíblia interpreta-se a si mesma”.
Para saber a idade correta de Tera quando Abraão nasceu, faz-se
necessário observar o relato de Estevão em At 7.2-4 junto com a informação
de Gn 12.4. Aquele relato diz que Abraão foi chamado para sair de sua
parentela quando ainda estava na Mesopotâmia (ou Ur dos Caldeus), antes
de habitar em Harã (Gn 11.31, At 7.2-4). Mas ele só deixou esse local após a
morte de seu pai Tera, que faleceu em ali aos 205 anos (Gn 11.32; 12.4; At
7.4) que, pela presente cronologia, foi em 2083 AM; esse chamado não se
constituiu numa aliança, necessariamente. Portanto, quando Abraão nasceu
Tera tinha 205 - 75 = 130 anos
[54]
. Apesar de ser relacionado entre os filhos
de Tera, Abraão foi o mais jovem (pelo menos não foi o mais velho). Tera
tinha 70 anos quando seu filho mais velho nasceu (provavelmente Harã, pois
foi o primeiro a morrer, cf. Gn 11.28, estando seu pai vivo ainda), e ele teve
três filhos: Harã, Naor e Abraão (Gn 11.26). Isso, por exemplo, esclarece a
grande deferência que Abraão tinha por Ló. Apesar de ser sobrinho de
Abraão, Ló deveria ser da mesma faixa etária, ou possivelmente mais velho.
Além disso, como filho do irmão mais velho de Abraão, Ló era o chefe
nominal da casa (família) de Tera (Gn 13.8,9)
[55]
.
Foi somente na ocasião de Gn 15.1-16.3 que se consumou o fato de que
Abrão “creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça (...). Naquele
mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão” (Gn 15.6). Essa crença de
Abraão se deu num contexto de aliança e é onde há a 1ª ocorrência de
“aliança” com Abraão (Gn 15.18). Abraão só recebeu a justificação forense
(perdão eterno) porque sua crença se deu dentro da aliança da Redenção. Fora
dela, até os demônios creem e tremem (Tg 2.19). Por isso, a aliança
propriamente dita do Senhor Deus com Abraão não aconteceu quando ele
fora chamado para deixar sua parentela aos 75 anos de idade (em 2083 AM,
como considerado por Robert Anderson
[56]
 e James Ussher
[57]
, os quais
basearam-se em Gn 12.1-4), pois ali houve apenas um chamado e uma
promessa, mas sim, 10 anos depois (Gn 16.3), aos 85 anos de idade em 2093
AM. Este ano é muito importante na cronologia bíblica por tratar-se de um
evento que aponta para a redenção da humanidade na Cruz do Calvário. Sua
obtenção é relativamente simples, o que o torna um importante ponto de
validação da presente cronologia, conforme já explicado.
Desde o início a justificação sempre foi por fé, e não por obras (Hc 2.4;
Rm 1.17; 3.28-31; 5.1; 10.17; Gl 3.11; Ef 2.8,9; Hb 10.38). As obras
confirmam a fé (Tg 2.22).
Abraão, “pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando
plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera.
Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça. E não somente por causa
dele está escrito que lhe foi levado em conta, mas também por nossa causa,
posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos
naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi
entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da
nossa justificação” (Rm 4.20-25).
Pela fé, Abraão obedeceu ao chamado do Senhor peregrinando como
estrangeiro pela terra que haveria de receber por herança, habitando junto
com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Assim também
Isaque pela fé abençoou a Jacó e a Esaú sobre acontecimentos futuros. Por
sua vez, próximo de seu falecimento, Jacó abençoou os filhos de José
firmado nas promessas do Senhor Deus. Do mesmo modo José, prestes a
morrer, falou do êxodo dos filhos de Israel e deu ordens quanto aos seus
próprios ossos (conf. Hb 11.8-22).
A aliança do Senhor Deus com Abraão (2093 AM / 2063 AC) foi
fundamental no plano da redenção do gênero humano por ter sido feita em
Cristo (cf. Gl 3.17 - ACF
[58]
)! Pelos dados levantados, é possível afirmar
que houve uma centralidade cronológica desta aliança em relação à criação
do homem (ocorrida 2093 anos antes) e em relação à sua redenção realizada
na Cruz do Calvário (2093 anos depois), conforme visualização do Gráfico 2
abaixo. 
Gráfico 2 – Destaque de alguns eventos “simétricos” para mostrar a centralidade do plano redentor do
SENHOR Deus em relação à aliança com Abraão confirmada em Cristo.
 
Segundo Dt 15.1,2 e Ne 10.31, ao fim de cada 7 anos
[59]
 ocorria a
remissão de dívidas como apregoação do SENHOR. A crucificação de Nosso
Senhor deve ter ocorrido em ano múltiplo de sete
[60]
 porque ali houve o
cancelamento do escrito de dívida que era contra a humanidade (Jo 19.30; Cl
2.13-15). E, por sua vez, o ano da Aliança com Abraão também deve ser
múltiplo de 7 pelo fato de ela ter sido realizada em Cristo, ou seja, apontava
para a redenção na Cruz. Nota-se que 2093 AM cumpre tal requisito
[61]
, o
que se constitui no segundo ponto de validação bíblico-cronológico.
Dos filhos de Jacó, o SENHOR Deus escolheu Judá (2249 – 2379 AM /
1907 – 1777 AC) para a linhagem do Cristo prometido
[62]
.
 
O Êxodo e a promulgação da Lei
Veio a Lei (2523 AM / 1633 AC) 430 anos após a aliança com Abraão
(Ex 12.41) “para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado,
superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim
também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus
Cristo” (Rm 5.20,21) mostrando quão maligno é o pecado e quão pecadoré o
homem (Sl 130.3,4; Ec 7.20; 1Jo 1.8-10).
A lei jamais tornará perfeito qualquer ofertante por meio de sacrifícios
realizados de ano em ano porque ela teve somente a sombra dos bens
vindouros, não a imagem real das coisas. Nos sacrifícios prescritos pela lei
aconteciam apenas recordações de pecados, pois jamais foi possível que o
sangue de animais pudesse remover pecados de alguém. Por inspiração
divina, o Rei Davi orou a Deus referindo-se ao objetivo da primeira vinda de
Cristo: “Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te
deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado”. Assim, em sua tolerância,
Deus deixou impunes os pecados cometidos anteriormente para puni-los em
seu Filho Amado tendo em vista a manifestação futura de sua justiça por
meio do sangue de Cristo, conforme testemunhada pela própria lei e pelos
profetas para que Deus mesmo fosse justo e o justificador de todo aquele que
confiar no sacrifício vicário de Jesus (Sl 40.6-8; Hc 2.4, Rm 3.21-26; Gl 3.11,
Hb 10.1-9,38). Pois o cumprimento da lei se deu em Cristo, para imputação
de justiça a todo aquele que nele crê com o coração e com a boca confessa-o
a respeito da salvação, uma vez que o SENHOR é rico para salvar todos os
que o invocam em conformidade com o seu Evangelho (Rm 10.1-13).
Há um interessante comentário do Rabino Meir Melamed sobre os 430
anos mencionados em Ex 12.41. Ele argumenta que Coate, filho de Levi,
desceu com seu avô Jacó ao Egito (Gn 46.11). Mesmo somando sua idade
com a de seu filho Anrão (Ex 6.18,20) e com os 80 anos de seu neto Moisés,
o período dos filhos de Israel no Egito não chega a 400 anos. Por isso, ainda
segundo Melamed, os comentaristas judeus “foram obrigados a dizer que
desde o pacto de Deus com Abraão até a saída do Egito passaram-se 430 anos
(...)”
[63]
. Pois é exatamente o que o apóstolo Paulo informa em sua epístola
aos Gálatas (Gl 3.17): transcorreram 430 anos desde a aliança em Cristo com
Abraão até a lei, e não desde a entrada de Jacó e sua família no Egito até a lei.
Este evento da entrada de Jacó e toda sua casa foi usado para dar início à
contagem das gerações que seriam reduzidas à escravidão, que terminou na
quarta
[64]
 (Gn 15.13-16). A lei foi dada logo nos primeiros meses após o
Êxodo (vide Ex 12.40,41; 19.1 e ss.).
As Sagradas Escrituras previram que Deus justificaria pela fé os
gentios, por isso foi preanunciado o evangelho a Abraão: “Em ti, serão
abençoados todos os povos”. Por isso, os da fé são abençoados com o crente
Abraão. Ninguém pode ser justificado diante de Deus por meio da lei, pois o
justo viverá pela fé. Cristo resgatou seus filhos da maldição da lei ao fazer-se
a si mesmo maldição no lugar deles, conforme está escrito: “Maldito todo
aquele que for pendurado em madeiro”, para que a bênção de Abraão
chegasse aos gentios por meio dele e que recebessem o Espírito prometido
por meio da fé. As promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente,
que é Cristo, e não aos descendentes como se falando de muitos. E uma
aliança já anteriormente sancionada por Deus em Cristo, a lei vinda 430 anos
depois não a invalida de forma a desfazer a promessa. Pois, ou a herança
provém de lei, ou de promessa; contudo foi pela promessa que Deus a
concedeu gratuitamente a Abraão. A lei foi adicionada por causa das
transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa. Mas a
lei não é contrária às promessas de Deus porque, se fosse promulgada uma lei
que concedesse vida, então a justiça procederia de lei. Todavia a Escritura
confinou tudo sob o pecado a fim de que, mediante a fé em Jesus Cristo,
fosse a promessa concedida aos que creem. Desse modo, não pode haver nem
escravo nem liberto; ninguém superior nem inferior; nem um nem outro,
porque todos são um em Cristo Jesus. E os que são de Cristo, também são
descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa (conf. Gl 3.8-29).
Do modo como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto, assim
o Filho de Deus foi levantado para conceder vida eterna a todo o que vier a
crer nele (Jo 3.13-16).
O SENHOR Deus guiou o seu povo pelo deserto por exatos
[65]
 40
anos para saber o que estava em seus corações, se guardariam ou não os seus
mandamentos, para os humilhar, para os provar e, por fim, lhes fazer bem.
Tiveram fome e foram sustentados com o maná para dar-lhes a entender que
não só de pão o homem viverá, mas de toda palavra que procede da boca do
SENHOR
[66]
 (Dt 8.2,3,16).
Todos eles comeram do mesmo manjar espiritual e beberam da mesma
pedra espiritual que os seguia, que era Cristo. Porém, Deus se desagradou de
grande parte deles e deixou escrito para as gerações vindouras como alerta
para abandonarem as más cobiças, idolatrias, práticas imorais, murmurações,
etc. e para quem pensa estar em pé tomar cuidado para não cair (1Co 10.3-
12).
Quando estavam prestes a entrar na terra prometida, Moisés advertiu a
todo o povo dizendo que a única coisa que SENHOR requeria de cada um era
que andasse em seus santos e retos caminhos e que servisse-O de todo o
coração e de toda a alma guardando seus mandamentos. Pois, fazendo assim,
diversas bênçãos viriam sobre eles. Porém, se não dessem ouvidos à voz do
SENHOR, não tendo o cuidado em cumprir seus mandamentos, muitas e
terríveis maldições os alcançariam. Dentre as quais, o SENHOR levantaria
contra eles uma nação mui distante, cuja língua seria desconhecida; nação
feroz, que não se apiedaria nem de moços, nem de idosos; que não lhes
deixaria o fruto de seus animais, nem o da terra, até que fossem todos
consumidos; seriam sitiados até cair os altos e fortes muros em toda a terra,
afligindo-os sobremaneira no cerco e no aperto com que os seus inimigos os
oprimiriam (Lv 26.14-35; Dt 10.12; 26.16; 28.1,2,15,36,49-53).
Foi-lhes proposto: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o
mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR,
teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os
seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o
SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la.
Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores
seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro
que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual
vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por
testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição;
escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o
SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto
depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o
SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó”
(Dt 30.15-20).
 
A conquista da Terra Prometida
Após o falecimento de Moisés, Josué passou a liderar o povo na
conquista da terra prometida, expulsou gradualmente as nações e dividiu
entre as tribos de Israel a terra prometida ao longo de 47 anos até que o
SENHOR Deus lhes deu repouso. Após a morte de Josué, Deus lhes
providenciou juízes até ao profeta Samuel durante 450 anos
[67]
 (Dt
7.1,22,23; Js 21.43-45; 22.1-5; At 13.19; 13.20).
É certo que houve um período entre o fim das peregrinações no deserto
e o início do período dos juízes, que é o tempo que Josué e os anciãos que
viverem muito tempo depois dele estiveram à frente do povo de Israel (Js 2.7)
na conquista da terra prometida. Para facilitar a indicação desse intervalo de
tempo, o mesmo será referido apenas como “tempo de liderança de Josué”.
Tal período intermediário é relatado resumidamente em At 13.18-20
[68]
. No
capítulo 14 do livro de Josué encontra-se a narrativa do início da divisão das
terras de Canaã após serem lançadas fora algumas nações. Nessa ocasião,
Calebe se dirigiu a Josué para receber a parte que lhe tocava. É dito que se
passaram 45 anos desde aquela espionagem feita quando ainda estavam no
deserto fazia já 2 anos
[69]
. Fazendo45 anos (Js 14.7,10) menos 38 (Dt 2.14),
tem-se 7 anos sob o comando de Josué desde que entraram em Canaã até esse
dia em que se começou a dividir as terras. Calebe era de 40 anos quando
voltou de espiar a terra de Canaã com Josué e os demais príncipes de Israel
(Js 14.7), menos 2 anos de permanência no deserto (Dt 2.14) resulta que
Calebe tinha 38 anos quando o povo saiu do Egito. Como Josué era moço
nesse episódio (Ex 19.1; 33.11) e foi um dos príncipes aptos (para a guerra)
que foi espiar a terra de Canaã (Ex 30.11-14; Nm 1.3,18; 13.16; 14.29,30; Dt
2.14), então sua idade era de, no mínimo, 20 anos. Ele não poderia ser mais
velho que Calebe. Desse modo, a máxima idade possível que Josué poderia
ter no Êxodo era de 38 anos (ainda que exagerando, pois alguém que esteja
com 38 anos de idade dificilmente poderia ser considerado moço). Abaixo é
apresentada a Tabela 5 com dados bíblicos para a descoberta/estimativa de seu
tempo total de liderança sobre o povo.
Tabela 5 – Dados e variáveis bíblicas para estimar o tempo de liderança de Josué na conquista de
Canaã.
Ocorrência
Saída
do
Egito
Averiguação
das terras
Entrada
em
Canaã
Divisão
das
terras
Morte
de
Josué
Liderança
de Josué
Idade de
Calebe 38 40 78 85 k k - 78
Saída do
Egito 0 2 40 47 e e - 40
Idade de
Josué x x + 2 x + 40 x + 47 110 70 - x
Elaborada a partir de: Ex 33.11; Dt 2.14; 7.1,22,23; Js 14.7,10; 24.29; At 13.19.
 
A partir da tabela acima, foi elaborada a Tabela 6, a seguir, com algumas
estimativas de idade de Josué.
Tabela 6 – Estimativas do tempo de liderança de Josué na conquista de Canaã.
Supostas
idades
de Josué
Saída
do
Egito
Averiguação
das terras
Entrada
em
Canaã
Divisão
das
terras
Morte
de
Josué
Liderança
de Josué
x = 20 20 22 60 67 110 50
x = 23 23 25 63 70 110 47
x = 27 27 29 67 74 110 43
x = 30 30 32 70 77 110 40
x = 33 33 35 73 80 110 37
x = 38 38 40 78 85 110 32
 
Por essas tabelas é possível notar que, na excessiva condição de
máxima idade de Josué ao sair do Egito, há um período mínimo de 32 anos
em que ele esteve à frente do povo na conquista das prometidas terras de
Canaã. E o máximo possível é de 50 anos, pois ele não poderia ter idade
inferior à 20 quando saiu do Egito. No original em hebraico, a palavra
traduzida em português como “moço/jovem” (נער – na´ ar)
[70]
 sempre foi
associada a alguém muito novo (15-16 anos conforme 2Cr 34.1-3), mas cuja
extensão vai desde um bebê (Ex 2.6) até, pelo menos, alguém com 30 anos
(Gn 41.12,46). Mesmo considerando jovem uma pessoa com 41 anos
[71]
, é
praticamente certo que a idade de Josué quando saiu do Egito fosse algo entre
20 e 30 anos porque nessa época ele foi tido como moço (conforme Ex 30.11-
14; Nm 1.3,18; 14.29,30) e em nenhum momento Calebe foi descrito como
tal, mas como tendo 40 anos de idade quando estavam há 2 anos no deserto
(Dt 2.14; Js 14.7,10). Desse modo, a faixa de incerteza do tempo de liderança
de Josué diminui para algo entre 40 e 50 anos.
Como na ocasião da repartição das terras Calebe tinha 85 anos (Js
14.10), subtraindo 7 (anos de liderança de Josué) descobre-se que Calebe
tinha a idade de 78 anos na época da entrada na terra prometida e, pelas
tabelas acima, Josué deveria ter algo em torno de 60 anos. Sendo a morte
deste aos 110 anos, subtraindo 63, tem-se 47 anos
[72]
 de liderança que Josué
exerceu sobre os israelitas desde que entrou em Canaã, expulsou pouco a
pouco as nações, repartiu-lhes a terra prometida (Dt 7.1,22,23; At 13.19)
durante longo tempo até que o SENHOR Deus lhes deu repouso em redor (Js
21.43-45; 22.1-5) e viveu ainda por muito tempo desde tal repouso (Js 23.1-3)
até falecer aos 110 anos (Js 24.29). Note que são dois períodos que duraram
longo tempo. E, depois disto, Deus lhes deu juízes até ao profeta Samuel ao
longo de 450 anos (At 13.20)
[73]
.
 
O período dos Juízes
A Tabela 7 apresenta os eventos relacionados ao período dos juízes de
Israel. As datas das ocorrências são Anno Mundi (AM). As linhas em negrito
representam os períodos em que os israelitas estiveram sob servidão
estrangeira.
Tabela 7 – Período dos Juízes, AM.
Fatos Início Duração Fim Referência
Bíblica Nota
Após Josué,
fizeram mal;
serviram à
Cusã-
Risataim.
2610 8 2618 Jz 3.8
Otiniel livrou;
paz. 2618 40 2658 Jz 3.11
Tornaram ao
mal;
serviram à
Eglom.
2658 18 2676 Jz 3.14
Eliúde
libertou; paz. 2676 80 2756 Jz 3.30 1
Mal;
serviram à
Jabim.
2756 20 2776 Jz 4.3
Débora e
outros
livraram; paz.
2776 40 2816 Jz 5.32
Mal;
serviram aos
midianitas.
2816 7 2823 Jz 6.1
Gideão livrou 2823 40 2863 Jz 8.28
Mal; mas o
opressor foi o Jz
filho de
Gideão
2863 3 2866 8.33;9.1,22
Tola julgou 2866 23 2889 Jz 10.1,2
Jair julgou 2889 22 2911 Jz 10.3
Mal; mas só
os israelitas
d'além do
Jordão
serviram aos
filisteus.
2911 18 2929 Jz 10.8
Jefté julgou 2929 6 2935 Jz 12.7
Ibsão julgou 2935 7 2942 Jz 12.9
Elon julgou 2942 10 2952 Jz 12.11
Abdon julgou 2952 8 2960 Jz 12.14
Mal; desta
vez todo
Israel serviu
aos filisteus
2960 40 3000 Jz 13.1
Sansão julgou
estando Israel
sob domínio
dos filisteus
2980 20 3000 Jz 15.20;
16.31
Eli julgou 3000 40 3040 1 Sm
4.15,18
Samuel
julgou; A arca
foi levada
para Quiriate
Jearim
3040 20 3060
1 Sm 5.1;
6.1; 7.1,2;
At 13.20
Total do
período 2610 450 3060 -- 2
 
 
Notas da tabela:
1) Em Jz 3.31 é mencionado que Sangar feriu 600 filisteus depois de Eliúde e também libertou a Israel,
sem dar maiores detalhes. Tomando por base a forma com que Paulo menciona em At 13.18 o tempo
que os israelitas peregrinaram no deserto após o Êxodo
[74]
, o mesmo pode ser aplicado na
contabilização geral do período dos juízes que ele fez a seguir em At 13.20. Assim, como Paulo totaliza
esse período em 450 anos, e os versículos mencionados na tabela em questão também chegam nesse
montante, é bem provável que o tempo em que Sangar julgou (se é que julgou) a Israel deve ter sido
inferior a um ano.
2) O total não considera o período de Sangar (é bem provável que tenha julgado por apenas alguns
meses) nem o período de Sansão, pois este último julgava quando Israel ainda estava sob domínio dos
filisteus.
 
O Gráfico 3 apresenta de maneira panorâmica os dados bíblicos
cronológicos da Tabela 7.
Gráfico 3 – Período dos Juízes.
 
O período dos Reis
Saul reinou 40 anos em Israel. Após a morte deste, Davi iniciou seu
reinado aos 30 anos de idade. Como o episódio da primeira prevaricação de
Saul aconteceu já em seu primeiro ano de reinado, ocasionando a não
confirmação dele como rei de Israel, isto significa que o homem (Davi) que
Deus já havia buscado para reinar sobre Israel levaria ainda 9 ou 10 anos para
nascer (1Sm 13.1,13,14; 2Sm 5.4).
O Rei Davi, um homem segundo o coração de Deus, começou a reinar
1007 anos (3100 – 3140 AM / 1056 – 1016 AC)
[75]
 após a aliança com
Abraão (2093 AM / 2063 AC). “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo
o meu coração, que fará toda a minha vontade” (At 13.22; 1Sm 13.13-14;
16.12; Sl 89.20).
Os 390 anos
[76]
 mencionados em Ez 4.1-7 (Tabela 2) começam a
contar a partir da divisão da monarquia ocasionada pela insensatez de
Roboão, já no início de seu reinado, porque nesta passagem são mencionados
em separado o reino de Judá e o de Israel, sendo que tais anos são referentes
ao longo período de obstinação deste último já desde seu início sob a direção
de Jeroboão
[77]
. Assim, o “caminho cronológico” da Tabela 2 foi feito pelo
reino de Israel. A Tabela 3, mais detalhada, foi elaborada usando os dados
dos reis de Judá. A somatória simples de todos os períodos do reino unido de
Israel e de reinado em Judá totaliza 513,5 anos. Visto que do início do reino
unido de Israel até sua divisão passaram-se 120 anos (2Sm 5.4,5; 1Rs 2.11;
11.42; 2Cr 9.30; At 13.20,21), somando com os 390 anos entre sua divisão e
a destruição de Jerusalém chega-se ao total de 510 anos de período dos
reis
[78]
. Disso decorre que houve um total aproximado de 4 (513,5 – 510 =
3,5 anos) anos de co-regência entre alguns reis com seus
antecessores/sucessores, quais sejam: Josafá (1 Rs22.41-43; 2 Cr 17.1,3;
20.31), Jeorão (2 Rs 8.16-18; 2 Cr 21.5,6,20), Uzias e Jotão (2 Rs 15.32-34; 2
Cr 27.1,2,8). Josafá terminou seu reinado com seu filho já reinando, pois em
2 Rs 1.17 é dito que “no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel,
reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei
de Judá”. O outro período de co-regência foi entre Uzias e Jotão, pois Uzias
contraiu lepra e seu filho Jotão passou a ter a seu cargo a casa do rei,
julgando o povo da terra (2 Rs 15.5; 2 Cr 26.16-23).
No período dos reis a Palavra do SENHOR foi anunciada muitas vezes
ao povo pela boca de seus servos, os profetas, para que se convertesse de seus
maus caminhos: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis
misericórdias prometidas a Davi” (Is 55.3; At 13.34); “Eis que vêm dias, diz
o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará,
e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias,
Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será
chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.5,6); “Eis aí vêm dias, diz o
SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais (...). Porque esta é a
aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas
inscreverei (...). Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais
me lembrarei” (Jr 31.31-34). Devido à sua importância, esta promessa é
lembrada duas vezes na epístola aos Hebreus: em 8.8-12 e em 10.16,17. A
nova aliança não seria “da letra (da lei), mas do Espírito; porque a letra mata,
porém o Espírito vivifica (...). Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está
posto sobre o coração deles. Quando porém, algum deles se converte ao
SENHOR, o véu lhe é retirado” (2Co 3.6,15,16).
“Quando teus dias (de Davi) se cumprirem e descansares com teus pais,
então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e
estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu
estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me
será por filho; (...) a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante
de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.12-16). Esta promessa
é lembrada pelo ezraíta Etã no Salmo didático 89 (Sl 89.4,21,29,36,37) e o
escritor aos Hebreus deixa bem claro que o descendente mencionado é Cristo
Jesus (Hb 1.5).
A Tabela 8 apresenta os eventos relacionados ao período dos reis de
Israel. As datas das ocorrências são Anno Mundi (AM). O número após o
nome do rei indica sua idade quando começou a reinar.
Tabela 8 – Período dos Reis, AM.
Fatos Início Duração Fim Referência
Bíblica Nota
Saul 3060 40 3100 At 13.21
Davi, 30 3100 40 3140
2 Sm 5.4,5;
1Rs 2.11; 1
Cr 29.26,27
Salomão 3140 40 3180
1 Rs
6.1,37,38;
11.42; 2 Cr
9.30
Roboão, 41 3180 17 3197 1 Rs 14.21; 2
Cr 12.13 1
Abias 3197 3 3200 1 Rs 15.1-3;
2 Cr 13.1
Asa 3200 41 3241
1 Rs 15.8-
11; 2 Cr
14.1; 16.13
Josafá, 35 3241 25 3266
1 Rs 22.41-
43; 2 Cr
17.1,3; 20.31
Jeorão, 32 3264 8 (-2) 3272
2 Rs 8.16-
18; 2 Cr
21.5,6,19,20
2,
3
Jeoacaz/Acazias, 22 3272 1 3273
2 Rs 8.25-
27; 2 Cr
21.17; 22.2-4
2 Rs
10.31,35;
Atalia, mãe de
Acazias
3273 6 3279 11.3,4,20,21;
2 Cr 22.10-
12
Joás, 7 3279 40 3319
2 Rs 11.2,21;
12.1-3; 2 Cr
24.1,2,21
Amazias, 25 3319 29 3348
2 Rs 14.1-3,
17; 2 Cr
25.1,2
Uzias/Azarias, 16 3348 52 3400
2 Rs 14.21;
15.1-3,5; 2
Cr 26.3,4
Jotão, 25 3399 16
(-1) 3415
2 Rs 15.
5,32-34; 2 Cr
27.1,2,8 2
Acaz, 20 3415 16 3431 2 Rs 16.1,2;
2 Cr 28.1
Ezequias, 25 3431 29 3460 2 Rs 18.1-3;
2 Cr 29.1,2
Manassés, 12 3460 55 3515
2 Rs 20.21;
21.1,2; 2 Cr
33.1,2,13
Amom, 22 3515 2 3517
2 Rs
21.19,20; 2
Cr 33.20-22
Josias, 8 3517 31 3548
2 Rs 21.26;
22.1,2; 2 Cr
34.1,2
Joacaz, 23 3548 0,25 3548
2 Rs 23.30-
33; 2 Cr
36.1,2
Eliaquim/Jeoaquim,
25 3548 11 3559
2 Rs
23.36,37; 2
Cr 36.4,5
Joaquim/Jeconias,
18 3559 0,25 3559
2 Rs
24.8,9,17; 2
Cr 36.8,9; Jr
24.1; 37.1
Zedequias/Matanias,
21 3559 11 3570
2 Rs 24.17-
19; 2 Cr
36.10-12; Jr
52.1,2
Período 3060 510 3570
Obs: Os reis destacados em negrito são os que andaram nos caminhos do SENHOR, com a ressalva de
uma ou outra situação particular de cada um.
 
Notas da tabela:
1) O reino unido sobre as tribos de Israel foi dividido a partir de Roboão.
Para a elaboração da cronologia bíblica a partir do Livro dos Reis e de
Crônicas foram considerados os dados sobre o reino de Judá.
2) O número entre parênteses informa a quantidade de anos de co-regência
com seu antecessor. Além disso, a possível co-regência entre Davi e Salomão
não foi considerada no presente trabalho em função de versículos como 1Rs
1.27-30,35; 2.10-12; 1Cr 22.5,17-19; 23.1,31; 29.1,22,27.
3) Em 2 Rs 1.17 é dito que “no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de
Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de
Josafá, rei de Judá”
[79]
.
 
Apesar de algumas dificuldades iniciais na cronologia dos reis
[80]
, não
é difícil perceber que o período total de reinado em Judá totaliza 510 anos ao
invés de 514 devido a dois fatos: 1) à centralidade cronológica da aliança
feita em Cristo com Abraão (Gl 3.17); 2) aos 390 anos apontados em Ez 4.1-
7 para o período entre a divisão do reino (o período do reino unido durou 120
anos) e o exílio. Os cerca de 4 anos excedentes mui provavelmente foram
anos de co-regências entre Josafá e Jeorão e entre Uzias e Jotão, conforme
indicado entre parênteses.
O Gráfico 4 apresenta uma visão panorâmica dos dados bíblicos
cronológicos da Tabela 8.
 
Gráfico 4 – Período dos Reis.
 
A destruição de Jerusalém e o descanso da terra
“A terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação” (Lv
26.34). “Até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da
desolação repousou, até que os 70 anos se cumpriram” (Lv 25.1-8; 26.33-35;
2 Cr 36.21, Dn 9.11,13). Segundo Anderson, antes desta era das desolações
(iniciada em 586 AC com a destruição de Jerusalém por Babilônia) houve
duas outras: a era do exílio iniciada no 8º ano de Nabucodonosor (2 Rs
24.12); e, antes desta última, a era da servidão iniciada no 3º ano de Jeoaquim
(3550 AM / 606 AC) quando Jerusalém foi colocada sob servidão por
Nabucodonosor (Dn 1.1,2)
[81]
. Por outro lado, há quem considere que estas
três eras foram as três fases do exílio (ou cativeiro, ou desterro)
[82]
. Apesar
de haver 490 anos entre o início do reinado de Israel (3060 AM / 1096 AC) e
a ocasião em que Jerusalém foi sitiada pela primeira vez por Nabucodonosor,
a terra só começou a descansar a partir da destruição do templo junto com
toda a cidade de Jerusalém em 586 AC, conforme 2 Cr 36.21. Assim, esta foi
a data usada no presente trabalho para o cômputo inicial dos 70 anos
sabáticos (um ano em cada sete) para o descanso da terra, pelo que o restante
do povo de Israel foi exilado (490/7 = 70) em Babilônia.
A despeito da advertência de Moisés (Lv 26.14-35) e do que fora
proposto pouco antes de adentrarem na terra prometida, a escolha geral dos
principais sacerdotes e do povo foi a morte ao invés da vida, pois
aumentaram cada vez mais suas transgressões e contaminaram a Casa que o
SENHOR houvera santificado em Jerusalém. Geralmente os sacerdotes
ensinavam apenas o que lhes era conveniente e os profetas “tinham visões”
de acordo com o dinheiro que lhes era oferecido e falavam ao povo apenas o
que agradava, deixando de lhe manifestar as iniquidades que cometia. O que
era profetizado serviu apenas para que o povo continuasse a oferecer
sacrifícios de louvor daquilo que era mau. Os príncipes de Israel abominavam
o juízo e pervertiam o que era direito aceitando suborno; edificavam a
Jerusalém com mortes e iniquidade. Por isso, muitos dentre eles e do povo
foram levados para o exílio e Jerusalém foi transformada em montões de
ruínas (Lm 2.14; Am 4.4;Mq 3.10-12).
Apesar disso, o SENHOR se compadecia do seu povo e da Casa da sua
habitação, advertindo-lhes por intermédio de seus mensageiros. Contudo,
oferecia-se apenas sacrifícios do gosto geral ao invés de fazê-lo
obedientemente em amor. O povo e seus líderes civis e religiosos em geral
ridicularizavam os mensageiros que Deus lhes enviava, menosprezavam as
suas palavras e escarneciam dos verdadeiros profetas até que o furor do
SENHOR subiu contra o seu povo a tal ponto que não houve mais como
remediar.. Então, o SENHOR enviou Nabucodonosor contra eles, o qual não
tinha qualquer sombra de piedade por quem quer que fosse. Todos os
utensílios e tesouros da Casa do SENHOR, os tesouros do rei e dos seus
príncipes foi levado para Babilônia. Derrubaram os muros de Jerusalém,
queimaram seus palácios e a Casa de Deus. E os que escaparam da espada
foram levados cativos para Babilônia, para cumprir a Palavra do SENHOR,
proferida por Moisés e por Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus
sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os 70 anos se
cumpriram (2Cr 36.11-21; Os 8.13; Dn 9.2,11-13 conforme Lv 26.14-35).
Pela presente cronologia, a era dos reis terminou em 3570 AM. A partir
daí a terra passou a gozar os anos sabáticos (um em cada sete, conforme Lv
25.3,4,8; 26.33-35) dos quais fora privada. O povo começou a pagar com o
exílio a dívida
[83]
 de descanso que tinha para com a terra; o que foi
reconhecido por Daniel durante o exílio (Dn 9.11-13 conforme Lv 26.14-35)
e por todo o povo após o exílio (Ne 10.31). Dividindo 3570 por 7, o resultado
é o exato período dos reis: 510 anos. Porquanto, tem-se que 3570 AM é o
terceiro ponto de validação.
 
A anunciação do nascimento do precursor do Senhor
 Nos dias do rei Herodes havia na Judeia um sacerdote chamado
Zacarias, que era do turno de Abias, turno este que ocorria nas duas semanas
finais do quarto mês judaico (Lc 1:5; 1 Cr 24:1,10). Sua mulher era das filhas
de Arão e se chamava Isabel. Depois do encerramento dos dias de seu
ministério, Zacarias retornou para casa. Nesses dias, sua mulher Isabel
concebeu e ocultou-se por cinco meses (Lc 1:5-25). Assim, João Batista, o
primo de Jesus Cristo, foi concebido no início do quinto mês do calendário
hebraico. Após ter concebido, a mãe de João se ocultou até ao nono mês (Lc
1:23,24) do calendário (ou seja, ficou 6 meses afastada: do 5º até o 9º mês do
ano).
 
A encarnação do Verbo de Deus
Entre o fim do nono e começo do décimo mês (Lc 1:26,27), o anjo
Gabriel foi até Maria em Nazaré e lhe disse que o poder do Altíssimo a
envolveria e, por isso, também o ente santo que haveria de nascer deveria ser
chamado de Filho de Deus. Nesse dia, sua parente Isabel já estava no sexto
mês de gestação (Lc 1.28-36).
Então, na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho Amado à
Belém-Efrata, Cidade de Davi (Mq 5.2; Is 9.6-7; Lc 2.4), onde havia pastores
que guardavam o seu rebanho durante as vigílias noturnas. Um anjo veio da
parte do Senhor para onde eles estavam e lhes disse: vim trazer para vocês
boas-novas de grande alegria: hoje nasceu, na cidade de Davi, o Salvador,
que é Cristo, o Senhor. Este será o sinal: haverá uma criança enrolada em
faixas num estábulo (Lc 2.8-14). 
 
O nascimento do Menino Jesus
Após conceber, pelo Espírito Santo, Maria foi encontrar-se com sua
parenta Isabel, mãe de João, e ficou três meses com ela, ou seja, até por volta
do primeiro mês do calendário hebraico (Lc 1.36,39,42,56).
Como no primeiro mês do ano Maria já estava no terceiro mês de
gravidez, o ciclo de gestação terminou no sétimo mês do calendário judeu, o
mês de Tisri (ou Etanim). Desse modo, em nosso calendário, o nascimento de
Nosso Senhor se deu entre o final de setembro e começo de outubro
[84]
.
Sendo o relato bíblico o de que Cristo nasceu num local aberto (Lc 2.7), Ele
não poderia ter nascido muito depois do sétimo mês hebraico (que seria após
meados de outubro em nosso calendário), pois no hemisfério norte já seria
frio e chuvoso, conforme a narrativa de Esdras 10.9,13 e Cantares 2.11.
Mesmo nos dias atuais chove regularmente quando é inverno naquela
região
[85]
. Por isso, não seria possível numa estação fria naquele local
mediterrâneo que no dia natalício de Jesus pastores estivessem nos campos
com seus rebanhos durante as vigílias da noite (conf. Lc 2.8-13). Assim, é
possível afirmar que o Natal tenha se dado em fins de setembro ou nos
primórdios de outubro, ou seja, em meados de Tisri. Entre o dia 15 e o dia
23 deste mês acontecia a Festa dos Tabernáculos, instituída por Deus ao povo
judeu como prescrição e memorial eterno (Lv 23.33-44; Nm 29.12-39) por
terem eles habitado em cabanas (ou tabernáculos) no deserto junto com Deus,
que os livrara da opressão do Egito. O Evangelho de João diz que “o Verbo
se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). No texto original, a palavra grega
traduzida por “habitou” é skenoo, a qual significa “armou seu tabernáculo”,
ou seja, residiu entre nós, segundo afirmou o profeta Isaías: “eis que a virgem
conceberá e dará à luz um filho e Lhe chamará Emanuel”, que quer dizer
Deus conosco (Is 7.14; Mt 1.23). O cumprimento da Festa dos
Tabernáculos se deu no Natal de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que
“tabernaculou” conosco.
 
A data da redenção da humanidade mediante a imputação de
seus pecados no imaculado Cordeiro de Deus
Por fim, a Redenção da humanidade mediante o sacrifício que o Senhor
Jesus fez de si mesmo na Cruz do Calvário foi datado com exatidão
[86]
 pelas
semanas proféticas de Daniel (Dn 9.24,25):
“Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido (...) 70 semanas
estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a
iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a
profecia e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende:
desde a saída da ordem
[87]
 para restaurar e para edificar
Jerusalém,
até ao Ungido, ao Príncipe
[88]
,
7 semanas e 62 semanas
[89]
;
as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos
angustiosos. Depois das 62 semanas, será morto o Ungido
[90]
 e já
não estará” (Dn 9.23-26).
 
Quando diz “até ao Ungido, ao Príncipe” trata-se do dia da entrada
triunfal do SENHOR Jesus em Jerusalém, aclamado pela multidão como o
Ungido Rei dos Reis (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44; Jo 12.12-16).
O calendário gregoriano tem 97 anos de 366 dias (que são os anos
bissextos) a cada 400 anos. Assim, neste calendário o ano é considerado
como sendo de 365 + 97/400 dias (ou 365,2425 dias). Por esta razão, os anos
bissextos são regidos pelo seguinte conjunto de regras
[91]
:
1- Todo ano divisível por 4 será de 366 dias (bissexto).
2- Todo ano divisível por 100 será de 365 dias (não bissexto).
3- Todo ano divisível por 400 será bissexto.
4- O item 3 prevalece sobre o 2 que, por sua vez, prevalece sobre o 1.
O calendário judaico é lunissolar por isso, ao longo do tempo, os anos
variam de 354 a 385 dias
[92]
. Isto ocorre para harmonizar os anos lunares e
solares com os ciclos das estações (primavera, verão, outono e inverno).
Conforme explicado anteriormente, o ano profético possui 360 dias
[93]
, no
entanto a quantidade de dias consecutivos é a mesma em qualquer calendário;
a diferença reside no modo da reunião deles para compor os meses e anos.
Abaixo é apresentada em dois quadros a forma de conversão de anos
proféticos em gregorianos mediante a contabilização de todos os dias
decorridos ao longo das 69 semanas de anos (69 x 7 = 483 anos proféticos,
segundo registrado em Daniel 9.23-27) desde a saída da ordem para restaurar
e edificar Jerusalém (445 AC) até ao Ungido, o Príncipe (32 AD), que é o
cálculo de Robert Anderson
[94]
:
483 anos x 360 dias
[95]
 =
173.880 dias
 
de 445 AC até 32 A.D = 476 anos
476 anos x 365 dias = 173.740 dias
 
 + 116 dias dos anos bissextos do período
[96]
 + 24 dias de 14 março 32 AD até 06 abril 32
AD
Total = 173.880 dias
 
No primeiro quadro tem-se a primeiracontabilização dos dias. O
segundo é uma “expansão” do primeiro, apresentando alguns detalhes da
contabilização desses dias. Na Tabela 11 há uma expansão em maior
detalhamento, em que é feito um apontamento ano a ano dos 173.880 dias.
Temos, então, que o período entre a saída da ordem para restaurar
Jerusalém até ao Ungido é de 483 anos proféticos. Porém, pela contagem do
calendário gregoriano, tal período equivale a 476 anos cronológicos (de 445
AC até 32 AD).
Assim, o período profético de 483 anos equivale a 476 anos em nosso
calendário. Para chegar-se ao ano 3710 AM foram consideradas as seguintes
informações extrabíblicas[97]
:
1) a destruição de Jerusalém e de seu Templo ocorreu em 586 AC[98]
(3570 AM). De acordo com Jr 39.2,8 isto foi aos 9 dias do 4º mês do
11º ano de reinado de Zedequias, dando início ao período de 70 anos
das desolações (o descanso da terra, conforme Lv 26.34,35; 2Cr 36.21;
Jr 29.10) que se estendeu, então, até cerca de 516 AC;
2) A datação histórica secular para o 20º ano de reinado de Artaxerxes I
é 445 AC[99]
. Segundo Ne 2.1-8 no 1º mês desse ano do calendário
hebraico foi promulgada a autorização para restaurar e reedificar
Jerusalém. Por não mencionar o dia do mês, subentende-se
[100]
 que foi
no 1º dia (1º de Nisã). O tempo compreendido entre o evento de 586
AC e o de 445 AC é de 140 anos e 9 meses (a partir do 4º mês até ao
12º são 9 meses). Subtraindo os 70 anos das desolações, sobram cerca
70 anos entre o fim das desolações e a saída da ordem
[101]
. Desse
modo, a data bíblica para a saída da ordem é 3570 + 70 + 70 = 3710
AM.
De acordo com Levítico 25.8, o período profético das 69 (7 + 62)
“semanas” de anos entre a restauração de Jerusalém (destruída pelos
babilônios) e o Ungido (Cristo) é múltiplo de sete anos, ou seja, cada
“semana de anos” equivale a sete anos, perfazendo um total de 483 anos
proféticos
[102]
 (69 semanas x 7 anos por semana). Como essas “semanas”
são de caráter profético, do livro de Apocalipse
[103]
 depreende-se que o ano
profético possui 360 dias
[104]
. Desta feita, os 483 anos proféticos resultam
em 173.880 dias
[105]
 desde a saída da ordem para restaurar Jerusalém até ao
Ungido, quando este fez sua entrada triunfal como Rei em Jerusalém (Sf
3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.28-40; Jo 12.12-16). Agrupando esses dias segundo
os critérios do calendário gregoriano, chega-se a 476 anos “gregorianos”.
Esse período profético das 69 semanas pode ser visto de modo esquemático
na figura abaixo baseada nos cálculos de Robert Anderson
[106]
 e na
ilustração de Clarence Larkin
[107]
.
Figura 1 – Representação esquemática do período das 69 semanas proféticas de Daniel e sua
correspondência com o calendário gregoriano, segundo Robert Anderson e Clarence Larkin.
 
A ordem a que o anjo se referiu em sua profecia a Daniel foi para
reedificar e restaurar praças e arredores (prédios, muros, etc.). A reconstrução
do templo já fora autorizada antes pelo rei Ciro, logo em seu primeiro ano de
reinado sobre o império que tomara de Babilônia (Ed 1.1-4). Um ano depois
foram lançados os fundamentos do templo (Ed 3.8,11-13) em 536 AC. Houve
uma interrupção de 16 anos nos trabalhos (Ed 4.4-7; 21-24), até que foram
retomados em 520 AC e no sexto ano de reinado de Dario (516 AC) a obra de
reconstrução do templo foi concluída (Ed 6.15)
[108]
. O que Esdras e um
grupo de famílias fizeram no 7º ano de Artaxerxes I (em 458 AC) foi apenas
levar a prata e o ouro que o rei, seus conselheiros e outros deram para
utilização no templo (Ed 7.1-19), além do propósito que Esdras fez de ensinar
em Israel os estatutos e as ordenanças do SENHOR (Ed 7.10).
Segundo a história secular, os reis persas sucederam-se na seguinte
ordem: Ciro (560-530 AC), Cambises (530-522), Smérdis (522), Dario I
(522-486), Assuero (486-465), Artaxerxes I (465-424), Dario II (423-405) e
Artaxerxes II (405-358)
[109]
.
Apesar de os reis persas terem divulgado alguns decretos permitindo o
retorno dos Israelitas à própria terra (Ed 1.1-2; 6.3; 7.11-28), somente um
decreto autorizou a restauração e edificação de Jerusalém: o do 20º ano de
Artaxerxes I, no mês de Nisã (Ne 2.1-8). Têm sido amplamente aceito pelos
historiadores, cronologistas e comentaristas bíblicos como Júlio Africanus,
Petavius, James Ussher, Lloyd, Marshall, Robert Anderson, McClain,
Walvoord, D. Pentecostes, Hoehner, Unger e outros que somente o decreto
emitido no 20º ano de Artaxerxes I concedeu permissão para a reconstrução
da cidade de Jerusalém, juntamente com suas ruas praças e muros,
preenchendo as condições da profecia
[110]
. Como não é citado nenhum dia,
segundo a prática comum entre os judeus, o dia em questão é 1º de Nisã
[111]
.
Assim, os 173.880 dias do período profético das 69 semanas devem ser
contabilizados a partir do dia 1º de Nisã do 20º ano de Artaxerxes I, o qual
equivale em nosso calendário a 14 de março de 445 A.C
[112]
. Pela Figura 1 e
pela Tabela 11, que se baseiam no cálculo de Anderson
[113]
, nota-se que o
último dia desse período foi 6 de abril de 32 AD, um domingo, o exato dia da
entrada triunfal do Ungido, o Rei dos Reis (Sf 3.15b,16; Zc 9.9; Lc 19.35-44;
Jo 12.12-16) em Jerusalém. Em virtude da chegada do último dia das 69
semanas, se Cristo não fosse assim aclamado pela multidão dos discípulos, as
pedras o fariam (Lc 19.40)! Os habitantes de Jerusalém deveriam alegrar-se
muito porque o seu Rei finalmente houvera chegado montado sobre um
jumentinho, humilde, justo e salvador. Mas eles não conheceram o que à sua
paz lhes pertencia naquele exato
[114]
 dia por estar aquilo encoberto aos seus
olhos (Zc 9.9; Lc 19.42)
[115]
. Assim como no caso dos 40 anos no deserto,
este é mais um exemplo de predição e cumprimento rigorosamente pontual de
um período de tempo!
Vale lembrar que a Páscoa judaica era regulada pela lua nova
[116]
 (a
“lua eclesiástica” que deveria ser confirmada por observadores credenciados).
Seu surgimento no céu determinava o 1º dia do 1º mês (Nisã) do ano
[117]
. A
festa da Páscoa começava no crepúsculo da tarde do 14º dia desse mês
[118]
,
cujo modo de observação do tempo para realiza-la era seguido na época do
Novo Testamento
[119]
. Em 32 AD a lua nova “eclesiástica” de 1º de Nisã
correspondeu a 29 de março no calendário gregoriano
[120]
. Assim, sendo
este o 1º dia do 1º mês hebraico, o dia da preparação da Páscoa (o 14º de
Nisã) se deu em 11 de abril, uma sexta-feira, exatamente como registrado
pelos evangelhos (Lc 23.54; Mc 15.33-45; Jo 18.28; 19.14,31), poucos dias
após
[121]
 o término dos 173.880 dias representados pelas 69 “semanas” (que
são 483 anos proféticos). Para ajudar a visualizar os dias desses eventos, a
Figura 2 abaixo apresenta os meses de março e abril de 32 AD com suas
respectivas fases da lua sobre a localidade de Jerusalém.
Figura 2 – Meses de março e abril e respectivas fases da lua em Jerusalém em 32 AD, segundo
informado em Time and Date AS: http://www.timeanddate.com/calendar/?year=0032&country=34.
 
Na próxima figura são destacados no calendário gregoriano o dia
correspondente a 1º de nisan no calendário hebraico, o dia correspondente a
14 de nisan (Páscoa) e o último dia das 69 semanas proféticas.
Figura 3 – Indicação no calendário gregoriano dos dias correspondentes a 1º e 14 de nisan (do
calendário hebraico) e o último dia das 69 semanas proféticas.
 
Note que o Cordeiro (Pascal) de Deus foi sacrificado numa 6.a feira
(Mc 15.42; Jo 19.14,31) à tarde em que estava para se iniciar a Páscoa dos
judeus (conforme Lc 23.44,54; Mc 15.33-45; Jo 19.31). Este evento
começava no 14º dia do 1º mês (nisan) do ano judaico (Lv 23.5; Nm 28.16;
Dt 16.6). A lua nova era o que determinava quando seria o 1º de nisan (Nm
28.11-15). Pelo calendário gregoriano acima, a lua nova imediatamente
anterior ao fim do período profético de Daniel foi em 29 março de 32 AD.
Sendo este o 1º dia de nisan, o 14º (o dia da Páscoa) cai exatamente em 11 de
abril, a sexta-feira
[122]
 em que Cristo foi sacrificado para remoção dospecados de todo aquele que nele crê.
Para melhor compreensão, as semanas proféticas poderiam ser
reescritas do seguinte modo:
Sabe e entende:
desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,
até a entrada triunfal do Rei Jesus Cristo no Domingo de Ramos em
Jerusalém, transcorrerão
69 vezes 7 anos, que são 483 anos proféticos; ou
173.880 dias, que são 476 anos cronológicos;
as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos
angustiosos.
Cinco dias após o fim dos 173.880 dias, o Cristo será morto e três
dias depois será levantado dentre os mortos para o céu.” (Dn
9.25,26a).
 
Tais semanas podem ser visualizadas de modo mais simplificado que a
Figura 1 por meio do seguinte “infográfico”:
Figura 4 – Visualização simplificada do período compreendido pelas 69 semanas proféticas de Daniel.
 
Vale lembrar que esse período profético é o período destacado no
Gráfico 1, o qual, incluindo o período da Igreja (aqui considerado como o
tempo decorrido desde Cristo, passa pelos dias atuais e vai até a parousia)
pode ser resumido do seguinte modo:
Gráfico 5 - Cronologia Bíblica da Redenção simplificada, com destaque para o período de 476 anos
cronológicos, que equivale aos 483 anos profético, e para o período que vai de Cristo aos dias atuais.
 
Então, no domingo 6 de abril de 32 AD, 4186 anos após a criação do
homem, o Rei Jesus fez sua entrada triunfal em Jerusalém em cumprimento à
profecia de Sofonias (Sf 3.15b,16), Zacarias (Zc 9.9), Daniel (Dn 9.23-27) e
outras. Na mesma semana civil, na sexta-feira 11 de abril de nosso
calendário, Cristo se fez maldição (Dt 21.22,23) na Cruz do Calvário 5 dias
depois dos 69 setes para que a bênção de Abraão chegasse também aos
gentios (Gl 3.13), manifestando a justiça de Deus que fora testemunhada pela
Lei de Moisés, pelos Profetas e pelos Salmos (Lc 24.44) de modo que essa
justiça fosse procedente do próprio Deus por meio da fé em Cristo Jesus para
todos os crentes em sua obra redentora
[123]
 (Rm 5.21,22; Fp 3.9): “porque
isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados (Mt 26:28)”. A nova aliança prometida no
tempo de Jeremias foi cumprida. O mistério outrora oculto dos séculos e das
gerações foi manifesto àqueles a quem Deus quis revelar a riqueza de sua
glória (Cl 1.26,27): “Aquele (Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus) o
fez pecado por nós; para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co
5.21)
[124]
.
 
3. Método de Conversão da Datação Bíblica para a
Secular (gregoriana)
Não há a pretensão de que todas as datas seculares encontradas no
presente trabalho sejam definitivas e/ou absolutamente exatas. Há questões
quanto à forma com que os anos foram contados ao longo do tempo em
função de ajustes no calendário para as mais diversas necessidades (como
adequação aos ciclos solares e lunares e às estações do ano); um evento
terminado num mesmo ano em que outro começou e tal ano tenha sido
computado uma ou duas vezes (ou não foi computado); meses que foram ou
não considerados; metodologia e/ou precisão de datação secular; modo de
conversão entre calendários (como a escolha do ponto/data de correlação
entre calendários, conforme explicado mais adiante); etc. Porém, à medida
que tais questões são melhor elucidadas, poder-se-á diminuir as imprecisões
cronológicas.
De 4156 AC até 2014 AD são 6168 anos: 4156 (conforme explicado a
seguir) + 2014 (ano de referência) – 1 (pela inexistência do ano zero no
calendário gregoriano) – 1 (pelo fato de se ter escolhido como data de
correlação bíblica/gregoriana aquela que envolveu o arredondamento dos 70
anos e alguns meses do período entre o fim das desolações em 586 AC e a
saída da ordem em 445 AC).
Para realizar a conversão da datação “bíblica” para a datação
empregada no calendário gregoriano escolhe-se um evento antes de Cristo
(AC) cuja datação secular tenha a menor incerteza cronológica possível para
servir como “data de correlação”. Soma-se ao seu valor anno mundi (AM) o
valor da data gregoriana. O resultado corresponde ao ano gregoriano do
surgimento de Adão. Assim, o momento histórico escolhido como data de
correlação foi o início da Era das desolações (ou descanso da terra), o qual
ocorreu justamente com a destruição de Jerusalém por parte de
Nabucodonosor em 586 AC
[125]
, cuja data é amplamente reconhecida e
aceita. Então, tem-se: 3570 + 586 = 4156. Este valor corresponde
inicialmente à data gregoriana da criação do homem. A partir daí pode-se
estabelecer a correspondência entre a datação bíblica e a gregoriana dos
demais eventos relacionados. Para isto deve-se proceder à subtração de 4156
do valor anno mundi de cada um dos eventos pois trata-se apenas de um valor
de correlação. Por exemplo, a aliança com Abraão foi estimada em 2093 AM.
Fazendo 2093 menos 4156 resulta em “– 2063”. O valor negativo indica que
o evento é antes de Cristo. Quando o evento é posterior a Cristo deve-se
subtrair dois do resultado: “um” pelo o arredondamento dos 70 anos e alguns
meses do período entre o fim das desolações e a saída da ordem; e “um” pelo
fato da inexistência de ano zero no calendário gregoriano.
Dependendo da escolha da data de correlação, pode haver certa
variação nas datações dos eventos além e/ou aquém do ponto de correlação
escolhido, mas com pouca diferença em relação ao comumente estabelecido
pela cronologia histórica secular.
 
4. Comparação Entre Datações de Algumas
Cronologias Bíblicas
A título de comparação com os dias atuais, ano de 2014 AD
corresponde a 6168 AM pelos cálculos do presente trabalho e a 5774 AM
segundo o calendário hebraico oficial, o que dá 394 anos de diferença entre a
datação proposta neste trabalho (P) e a hebraica (H). A Tabela 9 apresenta
uma discriminação das fontes dessa diferença. Na coluna “P – H” encontram-
se os valores de cada diferença em particular. Foi realizada também uma
comparação com os respectivos dados de Ussher e de Anderson.
Tabela 9 – Diferenças de duração (em anos) de certos períodos entre a datação bíblica de Ussher,
Anderson, a oficial hebraica (H) e a proposta (P).
Evento Ussher Anderson Hebraica Proposta
P
-
H
Da criação do
homem ao
nascimento de
Abrão
2008 2011 1948 2008 60
Do nascimento
de Abrão ao
Êxodo
505 505 500 515 15
Do Êxodo à
fundação do 1º
Templo no 4º
ano de Salomão
480 611 480 620 140
Da fundação do
1º Templo à
consagração do
2º Templo em
516 AC
497 499 480 497 17
Da consagração
do 2º Templo à
destruição por
Tito em 70 AD
584 584 420 585 165
Da criação do
homem à
destruição de
Jerusalém por
Tito
4074 4210 3828 4225 397
Dias atuais:
2014 AD 6017 6153 5774 6168 394
Elaborada a partir de: Gn 11.26; Ex 12.40-51; 1Rs 6.1,38; Ed 3.8,11-13; 6.14-22; ANDERSON, The
Coming Prince, p. 245-247; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 370; LAWRENCE, Atlas
Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 112; JONES, Floyd Nolen in USSHER, The Annals of the Word
(Appendix G), p. 931.
 
Pelas informações obtidas, 5771 AM seria a data hebraica
correspondente à data gregoriana 2014 AD; os 3 anos que faltaram para
atingir 5774 AM devem-se basicamente a diferenças de fundamentação
astronômica entre calendários (hebraico lunissolar e gregoriano solar) e
ajustes e correções ao longo dos anos para adequar os ciclos do sol e da lua às
estações do ano.
5. Conclusão
Foi exposto aqui algo a respeito do qual estou convencido, mas sei que
há a possibilidade de haver equívocos em qualquer parte do que propus. No
entanto, não se pode negar que há significativa razoabilidade no que foi
apresentado e, se os contra-argumentos forem somente pedras, não vejo como
elas não se constituirão nos degraus que podem me conduzir a um
convencimento cada vez maior daquilo que estudei e contemplei...
A genealogia e a cronologia de Genesis 5 e 11 envolvem questões de
natureza e aspectos distintos. Elas não devem ser confundidas. Se esses
capítulos forem interpretados literalmente tal qual Calvino, Lutero, os judeus
e os cristãos em geral o fazem, as datas do relato bíbliconão corresponderão
às (pré)suposições de certos cientistas e teólogos que tentam interpretar as
Sagradas Escrituras sob a ótica secular vigente pois, ao “tentar encontrar uma
interpretação seguindo outras linhas hermenêuticas” ao invés de “observar a
intenção das palavras e de seu autor”, encobre-se o “sentido comum e
histórico-gramatical” das Escrituras, pois o “próprio texto da Escritura foi
dado para que ‘todas as pessoas dotadas de senso comum’ pudessem entender
o que estava ali escrito” [126]
. Por isso é que a interpretação mais “natural e
óbvia” para os primeiros capítulos do livro de Gênesis é a não interpretação.
Mesmo havendo diversas lacunas naquelas genealogias, isto não afeta de
modo algum a informação cronológica ali registrada devido ao modo pelo
qual os descendentes de Adão estão relacionados: A tinha y anos quando B
nasceu. Lacunas em genealogias não provam lacunas em cronologias. Além
disso, o Espírito Santo confirma em sua epístola de Judas que Enoque foi o
sétimo patriarca desde Adão. Assim, conforme a observação do significado
natural e óbvio das palavras e do Autor do Texto Sagrado, a genealogia de
Gênesis é cronológica e sem lacunas.
Em virtude disso, as tabelas e gráficos apresentados permitem
visualizar situações como a de que Sem foi contemporâneo de Abraão e
Isaque. A aliança com Abraão foi fundamental no plano da salvação porque
ela fora realizada primeiramente em Cristo e posteriormente ratificada com
Abraão de modo a ser simétrica do seguinte ponto de vista cronológico: da
criação do homem até esta aliança transcorreram 2093 anos; desta aliança até
a redenção mediante a crucificação e ressurreição de Nosso SENHOR, outros
2093 anos. A crucificação de Nosso Senhor cancelou o escrito de dívida que
era contra a humanidade (Jo 19.30; Cl 2.13-15). Segundo Dt 15.1,2 e Ne
10.31, esse pagamento de dívida aconteceu em ano múltiplo de 7. Devido ao
fato dessa remissão em Cristo ter sido sancionada naquela aliança com
Abraão, tal aliança também deve ocorrido em ano múltiplo de 7. Conforme a
Tabela 2, é possível verificar que é relativamente fácil obter as informações
bíblicas que mostram que a Aliança em Cristo com Abraão ocorreu em 2093
AM, um ano múltiplo de 7. E, devido à centralidade desta aliança, somando
outros 2093 chega-se em 4186 AM como o ano da redenção da humanidade
mediante o ato voluntário de Cristo.
Três pontos cronológicos de validação ajudam na confirmação e ajuste
dos apontamentos de toda a cronologia: 1656 AM (dilúvio), 2093 AM (a
aliança em questão) e 3570 AM (fim do período dos reis).
De todos os livros do Antigo Testamento, aproximadamente metade
dizem respeito ao período dos reis, um período cronológico relativamente
pequeno em que a Palavra do SENHOR foi anunciada muitas vezes ao povo
de Israel, o que evidencia que esse período foi espiritualmente importante.
A conversão dos ditos 483 anos “proféticos” do livro de Daniel em 476
anos gregorianos ou os pontos de validação cronológicos talvez pareçam algo
um tanto quanto contrários ao bom senso ou à razão humana. No entanto,
vale ressaltar que a intenção do presente estudo foi apresentar uma cronologia
segundo registrado na Bíblia Sagrada, e não conforme a lógica ou filosofia
humana
[127]
.
O período posterior às 69 semanas (após o Ungido, ou seja, depois de
Cristo) é um período que Deus manteve oculto em épocas passadas
reservando-o para “o enxerto” da Igreja na “boa oliveira” (Rm 11.17,27), ou
seja, a benção concedida inicialmente a Abraão e à sua descendência
genealógica seria posteriormente estendida para as famílias de todos os povos
mediante a crença nas Boas Novas da Salvação em Cristo, o descendente
prometido a Abraão. Aquele que crê em Cristo passa a pertencer-lhe e, sendo
dele, torna-se descendência espiritual de Abraão e herdeiro segundo a
promessa (Gl 3.16,17,29). Assim, Deus reservou o tempo após as 69 semanas
para inclusão (enxerto) de todos os crentes
[128]
 em Cristo na descendência
abraâmica (a boa oliveira) mediante a fé (Gl 3.7; Jo 8.39; Rm 4.16), para que
a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida por meio da Igreja
segundo o eterno propósito que Ele estabeleceu em Cristo (Ef 3.5-11) para a
redenção do homem; pois houve um endurecimento parcial a Israel até a
entrada da plenitude dos gentios (1Ts 4.13-18; 5:9-11) e a volta do Messias
em poder e glória (Ap 19.11ss). Então, todo o Israel será salvo segundo foi
escrito: “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades,
porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Is 59.20; Dn 9.24-
27; 11.31; 12.11; Mt 24.15-31; Rm 11.25-27,29).
Não houve a pretensão de se obter todas as datas seculares
absolutamente exatas devido ao fato de existirem certas questões,
concernentes à datação de fatos históricos antigos, que afetam sua precisão
cronológica. No entanto, à medida que tais questões são esclarecidas, é
possível obter uma datação com grau de apuração cada vez melhor.
O ponto cronológico mais difícil de observar na Bíblia Sagrada foi o
período da conquista de Canaã sob a liderança de Josué, estimado no presente
trabalho em 47 anos. Dentre todos os dados bíblicos, este é o único que não é
notado “objetivamente” nos Escritos Sagrados. Ao somar todos os demais
dados após a aliança com Abraão (430 + 40 + 450 + 510 + 70 + 70 + 476)
tem-se 2046 como resultado. Como a aliança com Abraão foi sancionada em
Cristo e o tempo de liderança de Josué situa-se num valor entre 40 e 50 anos,
parece ser bastante razoável “arbitrar” 47 anos pois, assim, são harmonizados
todos os dados cronológicos, com especial destaque para o ano da destruição
de Jerusalém (3570 AM) e o da crucificação de Nosso Senhor (4186 AM).
Deste modo, devem ser acrescentados 47 anos aos 573 que Anderson
obteve da fala do apóstolo Paulo no livro de Atos, totalizando um período de
620 anos
[129]
 desde o Êxodo até o início da edificação da Casa do SENHOR
sob responsabilidade do rei Salomão.
A partir do fim do reinado de Judá em Jerusalém, nota-se que este e os
demais anos dos eventos consecutivamente relacionados na Tabela 2 são
múltiplos de 7. De certo modo, ao fim de cada período houve um pagamento
de dívidas até que chegasse a plenitude dos tempos para a realização do
cancelamento do escrito de dívida que era contra toda a humanidade: a
consumação em 4186 AM
[130]
 na Cruz do Calvário da obra que Deus Pai
havia dado ao seu mui amado Filho Unigênito para realizá-la,
proporcionando eterna salvação a todos quantos lhe dão ouvidos à Palavra
(Lc 13.32; Jo 17.4; 19.30; Hb 5.9; 9.26b).
Assim, quando alguma informação cronológica não era suficientemente
clara em certa passagem bíblica, buscou-se o auxílio de outras de modo que
os próprios dados se harmonizassem. Por envolver contagem de tempo,
alguma álgebra se fez necessária. Porém, por se tratar de uma cronologia
bíblica sobre a redenção da humanidade, tal cronologia não se resume apenas
à uma mera soma de períodos e datas, mas, antes disso, envolve questões de
discernimento espiritual (1Co 2.12-14).
Todos aqueles que viveram antes de Cristo e obtiveram bom
testemunho por sua fé não alcançaram a realização da promessa pelo fato de
haver Deus providenciado algo superior para aqueles que vieram depois do
cumprimento (em Cristo) das promessas para que, tanto uns quanto outros
não fossem aperfeiçoados. Jesus, todavia, ao oferecer de uma vez por todas
um único sacrifício de si mesmo pelos pecados de todos, assentou-se à destra
de Deus (...). Pois, por esta única oferta, aperfeiçoou para sempre todos os
que estão sendo santificados (Hb 10.12-14; 11.39,40).
O Deus que fez os céus, a terra e tudo o que neles há não habita em
templos feitos por mãos humanas e nem mesmo pode ser servido por elas
como se precisasse de algo. Pelo contrário, de um só Ele fez todas as raças
dos homens para habitarem sobre o mundo todo, demarcando-lhes os tempos
e os limites da sua habitação. Sendo geração de Deus, ninguém pense que a
divindade seja semelhante ao que é produzido pela arte e imaginação
humana. No entanto,Deus notifica a todos os homens de todo lugar que se
arrependam, pois Ele não considerou os tempos da ignorância, porquanto
estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça por intermédio do
Senhor Jesus, dando ciência disto a todos pela ressurreição dele dentre os
mortos (At 17.24-31).
A morte e ressurreição do Senhor Jesus se constitui no ponto de
convergência do Cristianismo, da História e de todo o Universo (Ef 1.3,7-10).
Tal evento é o cumprimento
[131]
 do protoevangelho anunciado aos nossos
primeiros pais no Éden sobre a vinda da semente da mulher. Nasceu debaixo
da lei para resgatar os que estavam debaixo dela, para recebê-los como filhos
(Gl 4.3-5). Veio para os seus, e os seus não o receberam. Todavia, a todos
quantos creram no seu nome foram feitos filhos de Deus; os quais não
nasceram da vontade do homem, mas de Deus (João 1.11-13), pois Ele
enviou seu Filho como propiciação pelos pecados da humanidade (1João
4.10). Cristo foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
perversidades; o castigo que nos trouxe a paz foi colocado sobre Ele, o qual
jamais cometeu injustiça alguma e nem um dolo sequer se encontrou em sua
boca; todavia, pelos transgressores intercedeu (Is 53.5-12). Deus, em Cristo,
perdoou todos aqueles que sinceramente reconheceram suas faltas (Rm 3.23;
Ef 4.32).
Portanto, devemos nos apegar mais firmemente às verdades ouvidas
para que em tempo algum nos desviemos delas. Pois, se a palavra dita por
anjos se tornou firme, e toda transgressão ou desobediência recebeu o devido
castigo por meio da morte substitutiva do Imaculado Filho de Deus, como
alguém poderá escapar do juízo vindouro se negligenciar tão grande
salvação? (Hb 2.1-3).
 
 
Anexo 1 - Panorama
Abaixo é apresentada uma tabela com a reunião de todos os dados
cronológicos, em datação bíblica e gregoriana.
Tabela 10 – Panorama bíblico: dados tabulados.
 AM AC 
Ocorrência Início Duração Fim Início Duração Fim
Adão 0 930 930 4156 930 3226
Set 130 912 1042 4026 912 3114
Enos 235 905 1140 3921 905 3016
Cainã 325 910 1235 3831 910 2921
Maalalel 395 895 1290 3761 895 2866
Jarede 460 962 1422 3696 962 2734
Enoque 622 365 987 3534 365 3169
Metusalém 687 969 1656 3469 969 2500
Lameque 874 777 1651 3282 777 2505
Noé 1056 950 2006 3100 950 2150
Sem 1558 600 2158 2598 600 1998
Dilúvio 1656 40 dias 1656 2500 40 dias 2500
Arfaxade 1658 438 2096 2498 438 2060
Salá 1693 433 2126 2463 433 2030
Heber 1723 464 2187 2433 464 1969
Pelegue 1757 239 1996 2399 239 2160
Reú 1787 239 2026 2369 239 2130
Serugue 1819 230 2049 2337 230 2107
Naor 1849 148 1997 2307 148 2159
Tera 1878 205 2083 2278 205 2073
Abraão 2008 175 2183 2148 175 1973
Aliança com Abraão
em Cristo 2093 --- 2093 2063 --- 2063
Isaque 2108 180 2288 2048 180 1868
Jacó 2168 147 2315 1988 147 1841
José 2259 110 2369 1897 110 1787
Moisés 2443 120 2563 1713 120 1593
Veio a Lei 2523 --- 2523 1633 --- 1633
Êxodo/Saída do Egito
à Canaã 2523 40 2563 1633 40 1593
Josué lidera conquista
de Canaã 2563 47 2610 1593 47 1546
Após Josué, fizeram
mal; serviram à Cusã-
Risataim.
2610 8 2618 1546 8 1538
Otiniel livra; paz. 2618 40 2658 1538 40 1498
Tornaram ao mal;
serviram à Eglom. 2658 18 2676 1498 18 1480
Eliúde livra; paz. 2676 80 2756 1480 80 1400
Mal; serviram à
Jabim. 2756 20 2776 1400 20 1380
Débora e outros
Livram; paz. 2776 40 2816 1380 40 1340
Mal; serviram aos
midianitas. 2816 7 2823 1340 7 1333
Gideão livra 2823 40 2863 1333 40 1293
Mal; mas o opressor é
o Fº de Gideão 2863 3 2866 1293 3 1290
Tola julgou 2866 23 2889 1290 23 1267
Jair julgou 2889 22 2911 1267 22 1245
Mal; mas só povo
d'além do Jordão
serviu aos filisteus.
2911 18 2929 1245 18 1227
Jefté julgou 2929 6 2935 1227 6 1221
Ibsão julgou 2935 7 2942 1221 7 1214
Elon julgou 2942 10 2952 1214 10 1204
Abdon julgou 2952 8 2960 1204 8 1196
Mal; todo Israel serviu
aos filisteus 2960 40 3000 1196 40 1156
Sansão julgou estando
Israel sob domínio dos
filisteus
2980 20 3000 1176 20 1156
Eli Julgou 3000 40 3040 1156 40 1116
Samuel julgou; arca
levada para Quiriate
Jearim
3040 20 3060 1116 20 1096
Saul 3060 40 3100 1096 40 1056
Davi, 30 3100 40 3140 1056 40 1016
Salomão 3140 40 3180 1016 40 976
Fundação do 1º
Templo
[132] 3143 -- 3143 1013 -- 1013
Consagração do 1º
Templo
[133] 3150 -- 3150 1006 -- 1006
Roboão, 41 3180 17 3197 976 17 959
Abias 3197 3 3200 959 3 956
Asa 3200 41 3241 956 41 915
Josafá, 35 3241 25 3266 915 25 890
Jeorão, 32 3264 8 (-2) 3272 892 8 (-2) 884
Acazias, 22 3272 1 3273 884 1 883
Atalia (mãe de
Acazias) 3273 6 3279 883 6 877
Joás, 7 3279 40 3319 877 40 837
Amazias, 25 3319 29 3348 837 29 808
Uzias/Azarias, 16 3348 52 3400 808 52 756
Jotão, 25 3399 16 (-1) 3415 757 16 (-1) 741
Acaz, 20 3415 16 3431 741 16 725
Ezequias, 25 3431 29 3460 725 29 696
Manassés, 12 3460 55 3515 696 55 641
Amom, 22 3515 2 3517 641 2 639
Josias, 8 3517 31 3548 639 31 608
Joacaz, 23 3548 3 meses 3548 608 3 meses 608
Eliaquim/Jeoaquim,
25 3548 11 3559 608 11 597
Jerusalém sitiada por
Nabucodonosor
[134] 3550 -- 3550 606 -- 606
Joaquim, 18 3559 3 meses 3559 597 3 meses 597
Zedequias/Matanias,
21 3559 11 3570 597 11 586
Exílio/descanso da
terra 3570 70 3640 586 70 516
Fundação do 2º
Templo
[135] 3620 -- 3620 536 -- 536
Consagração do 2º
Templo
[136] 3640 -- 3640 516 -- 516
Saída da ordem... ao
Ungido 3710 476 4186 446 476 32
AD
Destruição de
Jerusalém por
Tito
[137]
4225 -- 4225 70 -- 70
AD
Simetria entre alguns
eventos 
De Adão até a
aliança com Abraão 0 2093 2093 4156 2093 2063
Da criação de Adão
até o dilúvio 0 1656 1656 4156 1656 2500
Do dilúvio até a
aliança com Abraão 1656 437 2093 2500 437 2063
Da aliança com
Abraão até a Lei 2093 430 2523 2063 430 1633
Da Lei até Cristo 2523 1663 4186 1633 1663 32
AD
Da aliança com
Abraão até Cristo 2093 2093 4186 2063 2093 32
AD
Alguns períodos em
destaque
 
Período dos Juízes 2610 450 3060 1546 450 1096
Período dos Reis 3060 510 3570 1096 510 586
Do Êxodo à fundação
do 1º Templo 2523 620 3143 1633 620 1013
Da consagração do 1º
Templo à do 2º 3150 490 3640 1006 490 516
Da entrada em Canaã
ao início do Reino 2563 497 3060 1593 497 1096
Do início do Reino ao
1º sítio a Jerusalém 3060 490 3550 1096 490 606
Do Ungido até aos
dias atuais (2014 AD) 4186 1982 6168 32
AD 1982 2014
AD
O gráfico abaixo foi elaborado a partir da datação AM desta tabela acima.
Gráfico 6 – Panorama bíblico.
Anexo 2 - Verificação empírica da conversão dos
anos “proféticos” de Daniel para anos
“gregorianos”
Veja na tabela abaixo o transcorrer de todos 173.880 dias da profecia
das semanas de Daniel segundo o calendário gregoriano, sendo que de 14 de
março de 445 AC é o primeiro dia do período profético.
Tabela 11 – Acúmulo de dias desde a saída da ordem até ao Ungido
Ano
decorrido Data 
Número
de dias
do ano
Acúmulo
de dias 
0 14 março 445 AC 0 0
1 13 março 444 AC 365 365
2 13 março 443 AC 365 730
3 13 março 442 AC 365 1.095
4 13 março 441 AC 366 1.461
Estes anos
em destaque
são
BISSEXTOS
5 13 março 440 AC 365 1.826
6 13 março 439 AC 365 2.191
7 13 março 438 AC 365 2.556
8 13 março 437 AC 366 2.922
9 13 março 436 AC 365 3.287
10 13 março 435 AC 365 3.652
11 13 março 434 AC 365 4.017
12 13 março 433 AC 366 4.383
13 13 março 432 AC 365 4.748
14 13 março 431 AC 365 5.113
15 13 março 430 AC 365 5.478
16 13 março 429 AC 366 5.844
17 13 março 428 AC 365 6.209
18 13 março 427 AC 365 6.574
19 13 março 426 AC 365 6.939
20 13 março 425 AC 366 7.305
21 13 março 424 AC 365 7.670
22 13 março 423 AC 365 8.035
23 13 março 422 AC 365 8.400
24 13 março 421 AC 366 8.766
25 13 março 420 AC 365 9.131
26 13 março 419 AC 365 9.496
27 13 março 418 AC 365 9.861
28 13 março 417 AC 366 10.227
29 13 março 416 AC 365 10.592
30 13 março 415 AC 365 10.957
31 13 março 414 AC 365 11.322
32 13 março 413 AC 366 11.688
33 13 março 412 AC 365 12.053
34 13 março 411 AC 365 12.418
35 13 março 410 AC 365 12.783
36 13 março 409 AC 366 13.149
37 13 março 408 AC 365 13.514
38 13março 407 AC 365 13.879
39 13 março 406 AC 365 14.244
40 13 março 405 AC 366 14.610
41 13 março 404 AC 365 14.975
42 13 março 403 AC 365 15.340
43 13 março 402 AC 365 15.705
44 13 março 401 AC 366 16.071
45 13 março 400 AC 365 16.436
46 13 março 399 AC 365 16.801
47 13 março 398 AC 365 17.166
48 13 março 397 AC 366 17.532
49 13 março 396 AC 365 17.897
50 13 março 395 AC 365 18.262
51 13 março 394 AC 365 18.627
52 13 março 393 AC 366 18.993
53 13 março 392 AC 365 19.358
54 13 março 391 AC 365 19.723
55 13 março 390 AC 365 20.088
56 13 março 389 AC 366 20.454
57 13 março 388 AC 365 20.819
58 13 março 387 AC 365 21.184
59 13 março 386 AC 365 21.549
60 13 março 385 AC 366 21.915
61 13 março 384 AC 365 22.280
62 13 março 383 AC 365 22.645
63 13 março 382 AC 365 23.010
64 13 março 381 AC 366 23.376
65 13 março 380 AC 365 23.741
66 13 março 379 AC 365 24.106
67 13 março 378 AC 365 24.471
68 13 março 377 AC 366 24.837
69 13 março 376 AC 365 25.202
70 13 março 375 AC 365 25.567
71 13 março 374 AC 365 25.932
72 13 março 373 AC 366 26.298
73 13 março 372 AC 365 26.663
74 13 março 371 AC 365 27.028
75 13 março 370 AC 365 27.393
76 13 março 369 AC 366 27.759
77 13 março 368 AC 365 28.124
78 13 março 367 AC 365 28.489
79 13 março 366 AC 365 28.854
80 13 março 365 AC 366 29.220
81 13 março 364 AC 365 29.585
82 13 março 363 AC 365 29.950
83 13 março 362 AC 365 30.315
84 13 março 361 AC 366 30.681
85 13 março 360 AC 365 31.046
86 13 março 359 AC 365 31.411
87 13 março 358 AC 365 31.776
88 13 março 357 AC 366 32.142
89 13 março 356 AC 365 32.507
90 13 março 355 AC 365 32.872
91 13 março 354 AC 365 33.237
92 13 março 353 AC 366 33.603
93 13 março 352 AC 365 33.968
94 13 março 351 AC 365 34.333
95 13 março 350 AC 365 34.698
96 13 março 349 AC 366 35.064
97 13 março 348 AC 365 35.429
98 13 março 347 AC 365 35.794
99 13 março 346 AC 365 36.159
100 13 março 345 AC 366 36.525
101 13 março 344 AC 365 36.890
102 13 março 343 AC 365 37.255
103 13 março 342 AC 365 37.620
104 13 março 341 AC 366 37.986
105 13 março 340 AC 365 38.351
106 13 março 339 AC 365 38.716
107 13 março 338 AC 365 39.081
108 13 março 337 AC 366 39.447
109 13 março 336 AC 365 39.812
110 13 março 335 AC 365 40.177
111 13 março 334 AC 365 40.542
112 13 março 333 AC 366 40.908
113 13 março 332 AC 365 41.273
114 13 março 331 AC 365 41.638
115 13 março 330 AC 365 42.003
116 13 março 329 AC 366 42.369
117 13 março 328 AC 365 42.734
118 13 março 327 AC 365 43.099
119 13 março 326 AC 365 43.464
120 13 março 325 AC 366 43.830
121 13 março 324 AC 365 44.195
122 13 março 323 AC 365 44.560
123 13 março 322 AC 365 44.925
124 13 março 321 AC 366 45.291
125 13 março 320 AC 365 45.656
126 13 março 319 AC 365 46.021
127 13 março 318 AC 365 46.386
128 13 março 317 AC 366 46.752
129 13 março 316 AC 365 47.117
130 13 março 315 AC 365 47.482
131 13 março 314 AC 365 47.847
132 13 março 313 AC 366 48.213
133 13 março 312 AC 365 48.578
134 13 março 311 AC 365 48.943
135 13 março 310 AC 365 49.308
136 13 março 309 AC 366 49.674
137 13 março 308 AC 365 50.039
138 13 março 307 AC 365 50.404
139 13 março 306 AC 365 50.769
140 13 março 305 AC 366 51.135
141 13 março 304 AC 365 51.500
142 13 março 303 AC 365 51.865
143 13 março 302 AC 365 52.230
144 13 março 301 AC 365 52.595 NÃO
BISSEXTO
145 13 março 300 AC 365 52.960
146 13 março 299 AC 365 53.325
147 13 março 298 AC 365 53.690
148 13 março 297 AC 366 54.056
149 13 março 296 AC 365 54.421
150 13 março 295 AC 365 54.786
151 13 março 294 AC 365 55.151
152 13 março 293 AC 366 55.517
153 13 março 292 AC 365 55.882
154 13 março 291 AC 365 56.247
155 13 março 290 AC 365 56.612
156 13 março 289 AC 366 56.978
157 13 março 288 AC 365 57.343
158 13 março 287 AC 365 57.708
159 13 março 286 AC 365 58.073
160 13 março 285 AC 366 58.439
161 13 março 284 AC 365 58.804
162 13 março 283 AC 365 59.169
163 13 março 282 AC 365 59.534
164 13 março 281 AC 366 59.900
165 13 março 280 AC 365 60.265
166 13 março 279 AC 365 60.630
167 13 março 278 AC 365 60.995
168 13 março 277 AC 366 61.361
169 13 março 276 AC 365 61.726
170 13 março 275 AC 365 62.091
171 13 março 274 AC 365 62.456
172 13 março 273 AC 366 62.822
173 13 março 272 AC 365 63.187
174 13 março 271 AC 365 63.552
175 13 março 270 AC 365 63.917
176 13 março 269 AC 366 64.283
177 13 março 268 AC 365 64.648
178 13 março 267 AC 365 65.013
179 13 março 266 AC 365 65.378
180 13 março 265 AC 366 65.744
181 13 março 264 AC 365 66.109
182 13 março 263 AC 365 66.474
183 13 março 262 AC 365 66.839
184 13 março 261 AC 366 67.205
185 13 março 260 AC 365 67.570
186 13 março 259 AC 365 67.935
187 13 março 258 AC 365 68.300
188 13 março 257 AC 366 68.666
189 13 março 256 AC 365 69.031
190 13 março 255 AC 365 69.396
191 13 março 254 AC 365 69.761
192 13 março 253 AC 366 70.127
193 13 março 252 AC 365 70.492
194 13 março 251 AC 365 70.857
195 13 março 250 AC 365 71.222
196 13 março 249 AC 366 71.588
197 13 março 248 AC 365 71.953
198 13 março 247 AC 365 72.318
199 13 março 246 AC 365 72.683
200 13 março 245 AC 366 73.049
201 13 março 244 AC 365 73.414
202 13 março 243 AC 365 73.779
203 13 março 242 AC 365 74.144
204 13 março 241 AC 366 74.510
205 13 março 240 AC 365 74.875
206 13 março 239 AC 365 75.240
207 13 março 238 AC 365 75.605
208 13 março 237 AC 366 75.971
209 13 março 236 AC 365 76.336
210 13 março 235 AC 365 76.701
211 13 março 234 AC 365 77.066
212 13 março 233 AC 366 77.432
213 13 março 232 AC 365 77.797
214 13 março 231 AC 365 78.162
215 13 março 230 AC 365 78.527
216 13 março 229 AC 366 78.893
217 13 março 228 AC 365 79.258
218 13 março 227 AC 365 79.623
219 13 março 226 AC 365 79.988
220 13 março 225 AC 366 80.354
221 13 março 224 AC 365 80.719
222 13 março 223 AC 365 81.084
223 13 março 222 AC 365 81.449
224 13 março 221 AC 366 81.815
225 13 março 220 AC 365 82.180
226 13 março 219 AC 365 82.545
227 13 março 218 AC 365 82.910
228 13 março 217 AC 366 83.276
229 13 março 216 AC 365 83.641
230 13 março 215 AC 365 84.006
231 13 março 214 AC 365 84.371
232 13 março 213 AC 366 84.737
233 13 março 212 AC 365 85.102
234 13 março 211 AC 365 85.467
235 13 março 210 AC 365 85.832
236 13 março 209 AC 366 86.198
237 13 março 208 AC 365 86.563
238 13 março 207 AC 365 86.928
239 13 março 206 AC 365 87.293
240 13 março 205 AC 366 87.659
241 13 março 204 AC 365 88.024
242 13 março 203 AC 365 88.389
243 13 março 202 AC 365 88.754
244 13 março 201 AC 365 89.119 NÃO
BISSEXTO
245 13 março 200 AC 365 89.484
246 13 março 199 AC 365 89.849
247 13 março 198 AC 365 90.214
248 13 março 197 AC 366 90.580
249 13 março 196 AC 365 90.945
250
13 março 195 AC 365 91.310
251 13 março 194 AC 365 91.675
252 13 março 193 AC 366 92.041
253 13 março 192 AC 365 92.406
254 13 março 191 AC 365 92.771
255 13 março 190 AC 365 93.136
256 13 março 189 AC 366 93.502
257 13 março 188 AC 365 93.867
258 13 março 187 AC 365 94.232
259 13 março 186 AC 365 94.597
260 13 março 185 AC 366 94.963
261 13 março 184 AC 365 95.328
262 13 março 183 AC 365 95.693
263 13 março 182 AC 365 96.058
264 13 março 181 AC 366 96.424
265 13 março 180 AC 365 96.789
266 13 março 179 AC 365 97.154
267 13 março 178 AC 365 97.519
268 13 março 177 AC 366 97.885
269 13 março 176 AC 365 98.250
270 13 março 175 AC 365 98.615
271 13 março 174 AC 365 98.980
272 13 março 173 AC 366 99.346
273 13 março 172 AC 365 99.711
274 13 março 171 AC 365 100.076
275 13 março 170 AC 365 100.441
276 13 março 169 AC 366 100.807
277 13 março 168 AC 365 101.172
278 13 março 167 AC 365 101.537
279 13 março 166 AC 365 101.902
280 13 março 165 AC 366 102.268
281 13 março 164 AC 365 102.633
282 13 março 163 AC 365 102.998
283 13 março 162 AC 365 103.363
284 13 março 161 AC 366 103.729
285 13 março 160 AC 365 104.094
286 13 março 159 AC 365 104.459
287 13 março 158 AC 365 104.824
288 13 março 157 AC 366 105.190
289 13 março 156 AC 365 105.555
290 13 março 155 AC 365 105.920
291 13 março 154 AC 365 106.285
292 13 março 153 AC 366 106.651
293 13 março 152 AC 365 107.016
294 13 março 151 AC 365 107.381
295 13 março 150 AC 365 107.746
296 13 março 149 AC 366 108.112
297 13 março 148AC 365 108.477
298 13 março 147 AC 365 108.842
299 13 março 146 AC 365 109.207
300 13 março 145 AC 366 109.573
301 13 março 144 AC 365 109.938
302 13 março 143 AC 365 110.303
303 13 março 142 AC 365 110.668
304 13 março 141 AC 366 111.034
305 13 março 140 AC 365 111.399
306 13 março 139 AC 365 111.764
307 13 março 138 AC 365 112.129
308 13 março 137 AC 366 112.495
309 13 março 136 AC 365 112.860
310 13 março 135 AC 365 113.225
311 13 março 134 AC 365 113.590
312 13 março 133 AC 366 113.956
313 13 março 132 AC 365 114.321
314 13 março 131 AC 365 114.686
315 13 março 130 AC 365 115.051
316 13 março 129 AC 366 115.417
317 13 março 128 AC 365 115.782
318 13 março 127 AC 365 116.147
319 13 março 126 AC 365 116.512
320 13 março 125 AC 366 116.878
321 13 março 124 AC 365 117.243
322 13 março 123 AC 365 117.608
323 13 março 122 AC 365 117.973
324 13 março 121 AC 366 118.339
325 13 março 120 AC 365 118.704
326 13 março 119 AC 365 119.069
327 13 março 118 AC 365 119.434
328 13 março 117 AC 366 119.800
329 13 março 116 AC 365 120.165
330 13 março 115 AC 365 120.530
331 13 março 114 AC 365 120.895
332 13 março 113 AC 366 121.261
333 13 março 112 AC 365 121.626
334 13 março 111 AC 365 121.991
335 13 março 110 AC 365 122.356
336 13 março 109 AC 366 122.722
337 13 março 108 AC 365 123.087
338 13 março 107 AC 365 123.452
339 13 março 106 AC 365 123.817
340 13 março 105 AC 366 124.183
341 13 março 104 AC 365 124.548
342 13 março 103 AC 365 124.913
343 13 março 102 AC 365 125.278
344 13 março 101 AC 365 125.643 NÃO
BISSEXTO
345 13 março 100 AC 365 126.008
346 13 março 99 AC 365 126.373
347 13 março 98 AC 365 126.738
348 13 março 97 AC 366 127.104
349 13 março 96 AC 365 127.469
350 13 março 95 AC 365 127.834
351 13 março 94 AC 365 128.199
352 13 março 93 AC 366 128.565
353 13 março 92 AC 365 128.930
354 13 março 91 AC 365 129.295
355 13 março 90 AC 365 129.660
356 13 março 89 AC 366 130.026
357 13 março 88 AC 365 130.391
358 13 março 87 AC 365 130.756
359 13 março 86 AC 365 131.121
360 13 março 85 AC 366 131.487
361 13 março 84 AC 365 131.852
362 13 março 83 AC 365 132.217
363 13 março 82 AC 365 132.582
364 13 março 81 AC 366 132.948
365 13 março 80 AC 365 133.313
366 13 março 79 AC 365 133.678
367 13 março 78 AC 365 134.043
368 13 março 77 AC 366 134.409
369 13 março 76 AC 365 134.774
370 13 março 75 AC 365 135.139
371 13 março 74 AC 365 135.504
372 13 março 73 AC 366 135.870
373 13 março 72 AC 365 136.235
374 13 março 71 AC 365 136.600
375 13 março 70 AC 365 136.965
376 13 março 69 AC 366 137.331
377 13 março 68 AC 365 137.696
378 13 março 67 AC 365 138.061
379 13 março 66 AC 365 138.426
380 13 março 65 AC 366 138.792
381 13 março 64 AC 365 139.157
382 13 março 63 AC 365 139.522
383 13 março 62 AC 365 139.887
384 13 março 61 AC 366 140.253
385 13 março 60 AC 365 140.618
386 13 março 59 AC 365 140.983
387 13 março 58 AC 365 141.348
388 13 março 57 AC 366 141.714
389 13 março 56 AC 365 142.079
390 13 março 55 AC 365 142.444
391 13 março 54 AC 365 142.809
392 13 março 53 AC 366 143.175
393 13 março 52 AC 365 143.540
394 13 março 51 AC 365 143.905
395 13 março 50 AC 365 144.270
396 13 março 49 AC 366 144.636
397 13 março 48 AC 365 145.001
398 13 março 47 AC 365 145.366
399 13 março 46 AC 365 145.731
400 13 março 45 AC 366 146.097
401 13 março 44 AC 365 146.462
402 13 março 43 AC 365 146.827
403 13 março 42 AC 365 147.192
404 13 março 41 AC 366 147.558
405 13 março 40 AC 365 147.923
406 13 março 39 AC 365 148.288
407 13 março 38 AC 365 148.653
408 13 março 37 AC 366 149.019
409 13 março 36 AC 365 149.384
410 13 março 35 AC 365 149.749
411 13 março 34 AC 365 150.114
412 13 março 33 AC 366 150.480
413 13 março 32 AC 365 150.845
414 13 março 31 AC 365 151.210
415 13 março 30 AC 365 151.575
416 13 março 29 AC 366 151.941
417 13 março 28 AC 365 152.306
418 13 março 27 AC 365 152.671
419 13 março 26 AC 365 153.036
420 13 março 25 AC 366 153.402
421 13 março 24 AC 365 153.767
422 13 março 23 AC 365 154.132
423 13 março 22 AC 365 154.497
424 13 março 21 AC 366 154.863
425 13 março 20 AC 365 155.228
426 13 março 19 AC 365 155.593
427 13 março 18 AC 365 155.958
428 13 março 17 AC 366 156.324
429 13 março 16 AC 365 156.689
430 13 março 15 AC 365 157.054
431 13 março 14 AC 365 157.419
432 13 março 13 AC 366 157.785
433 13 março 12 AC 365 158.150
434 13 março 11 AC 365 158.515
435 13 março 10 AC 365 158.880
436 13 março 9 AC 366 159.246
437 13 março 8 AC 365 159.611
438 13 março 7 AC 365 159.976
439 13 março 6 AC 365 160.341
440 13 março 5 AC 366 160.707
441 13 março 4 AC 365 161.072
442 13 março 3 AC 365 161.437
443 13 março 2 AC 365 161.802
444 13 março 1 AC 366 162.168 Sim,
 BISSEXTO
445 13 março 1 AD 365 162.533
Não houve
ano zero
gregoriano
446 13 março 2 AD 365 162.898
447 13 março 3 AD 365 163.263
448 13 março 4 AD 366 163.629
449 13 março 5 AD 365 163.994
450 13 março 6 AD 365 164.359
451 13 março 7 AD 365 164.724
452 13 março 8 AD 366 165.090
453 13 março 9 AD 365 165.455
454 13 março 10 AD 365 165.820
455 13 março 11 AD 365 166.185
456 13 março 12 AD 366 166.551
457 13 março 13 AD 365 166.916
458 13 março 14 AD 365 167.281
459 13 março 15 AD 365 167.646
460 13 março 16 AD 366 168.012
461 13 março 17 AD 365 168.377
462 13 março 18 AD 365 168.742
463 13 março 19 AD 365 169.107
464 13 março 20 AD 366 169.473
465 13 março 21 AD 365 169.838
466 13 março 22 AD 365 170.203
467 13 março 23 AD 365 170.568
468 13 março 24 AD 366 170.934
469 13 março 25 AD 365 171.299
470 13 março 26 AD 365 171.664
471 13 março 27 AD 365 172.029
472 13 março 28 AD 366 172.395
473 13 março 29 AD 365 172.760
474 13 março 30 AD 365 173.125
475 13 março 31 AD 365 173.490
476 13 março 32 AD 366 173.856
Faltam
poucos dias
para chegar
aos 173.880
dias da
profecia.
Daqui por
diante
convém
avançar de
um em um
dia.
476 14 março 32 AD 1 173.857 
476 15 março 32 AD 1 173.858
476 16 março 32 AD 1 173.859
476 17 março 32 AD 1 173.860
476 18 março 32 AD 1 173.861
476 19 março 32 AD 1 173.862
476 20 março 32 AD 1 173.863
476 21 março 32 AD 1 173.864
476 22 março 32 AD 1 173.865
476 23 março 32 AD 1 173.866
476 24 março 32 AD 1 173.867
476 25 março 32 AD 1 173.868
476 26 março 32 AD 1 173.869
476 27 março 32 AD 1 173.870
476 28 março 32 AD 1 173.871
476 29 março 32 AD 1 173.872
476 30 março 32 AD 1 173.873
476 31 março 32 AD 1 173.874
476 1 abril 32 AD 1 173.875
476 2 abril 32 AD 1 173.876
476 3 abril 32 AD 1 173.877
476 4 abril 32 AD 1 173.878
476 5 abril 32 AD 1 173.879
476 6 abril 32 AD 1 173.880 
Cumprimento da profecia: 6 de abril de 32 AD, até ao Messias, o
Príncipe/Rei, em sua entrada triunfal no Domingo de Ramos, em Jerusalém
(Sf 3.15b,16; Zc 9:9; Lc 19:35-44; Jo 12:12-16).
 
 
Sobre o Autor
Marcos Cesaretti é Professor Universitário. Tem graduação
em Tecnologia Mecânica pela FATEC/UNESP (Faculdade de
Tecnologia de São Paulo da Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho) e mestrado em Energia pela UFABC
(Universidade Federal do ABC). Participou de oficinas literárias no
Museu Lasar Segall. Ingressou na Mensa Brasil
(www.mensa.org.br) em 2006.
Como um dos frutos de seu Mestrado em Energia, publicou o
artigo científico internacional (em coautoria) “Sustainability
deterioration of electricity generation in Brazil”
(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301421515301075
na “Energy Policy”, que é uma revista científica de renome
internacional dentre as melhores instituições de ensino e pesquisa
do mundo. Cientistas de instituições como Oxford, Harvard, MIT e
outras publicam nesse periódico, o qual é voltado às questões de
fornecimento e uso de energia considerando aspectos sociais,
ambientais e de desenvolvimento econômico que sejam de
interesse para organizações não-governamentais, comunidades
locais, entidades do setor público e privado, governos e agências
internacionais. Esse artigo científico foi um dos temas da Curadoria
de Notícias do reconhecido veículo jornalístico brasileiro
“Observatório da Imprensa”
(http://observatoriodaimprensa.com.br/curadoria-de-noticias/falta-
de-sustentabilidade-ameaca-producao-de-energia-no-brasil).Na área “Ciência e Religião”, publicou na revista “Fides
Reformata” (Vol. XIV, nº 1), do Centro de Pós-graduação em
Teologia do Mackenzie, um trabalho inédito sobre o
impermeabilizante da Arca de Noé.
http://www.mensa.org.br/
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301421515301075
http://observatoriodaimprensa.com.br/curadoria-de-noticias/falta-de-sustentabilidade-ameaca-producao-de-energia-no-brasil
 
Livros do Autor
E-books Kindle em Ciência e Religião (também podem ser lidos no celular,
tablet e no computador com o app gratuito da Kindle/Amazon).
Em breve serão lançadas as versões físicas, impressas sob demanda.
1. A genealogia de Gênesis e suas eventuais omissões: A natureza da
descendência adâmica pode ser cronológica?
Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01M67H09M
 
2. Cronologia Bíblica da Redenção: De Adão ao Messias conforme o sentido
comum e histórico-gramatical da Bíblia Sagrada.
Completa: https://www.amazon.com.br/dp/B01MZ2XA01
Simplificada: https://www.amazon.com.br/dp/B01MTJ693U
 
3. As “Semanas” de Daniel: Como a Bíblia Sagrada preanunciou o dia exato
da crucificação de Jesus Cristo.
Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01MXCM0TC
 
4. A data real do Natal de Cristo: Sim, a Bíblia Sagrada diz qual foi a exata
época do ano em que Jesus Cristo nasceu!
Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01M7Z9GRP
 
5. Henna, the real material used in Noah’s ark.
Link: https://www.amazon.com.br/dp/B01MTMXN1B
 
https://www.amazon.com.br/dp/B01M67H09M
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https://www.amazon.com.br/dp/B01M7Z9GRP
https://www.amazon.com.br/dp/B01MTMXN1B
Notas e Referências Bibliográficas
 
[1]
 ANDERSON, Robert. The Coming Prince. Kregel Publications, 1975 (reimpressão da obra de
1895), p. x-xvii. Disponível em: http://books.google.com.br/books?
id=mXM_YwLEl3oC&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 13 jul. 2013.
[2]
 Para mais detalhes sobre a centralidade e a primazia de Cristo em tudo e em todos, ver Gl 3.8-29; Ef
1.3,7-10 e 2Co 3.7-11.
[3]
 Aos que creem nas boas novas (Evangelho) da salvação em Cristo.
[4]
 Ver Ef 1.3-14.
[5]
 “... desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.” Mc 10.6
[6]
 Além disso, foi feito um gráfico simplificado para efeito ilustrativo/comparativo compreendendo o
período da crucificação de Cristo até os dias atuais (2014).
[7]
 WILLIAMS, Jefferson B.; SCHWAB, Markus J.; BRAUER, A. An early first-century earthquake
in the Dead Sea. International Geology Review, v. 54, n. 10, p. 1219-1228, 2012.
[8]
 Essa questão é investigada mais a fundo em CESARETTI, M. A. A genealogia de Gênesis e suas
eventuais omissões. São Paulo. Edição Kindle, 2016.
[9]
 MATOS, Alderi Souza de. Sola Scriptura. Instituto Presbiteriano Mackenzie. Disponível em:
http://www.mackenzie.br/6966.html. Acesso em: 29 out. 2008; MEISTER, Mauro. A Exegese Bíblica
em Calvino: Princípios, Método e Legado. Revista Fides Reformata, Vol. XIV, nº 2, 2009, p. 120,121.
[10]
 JONES, Floyd Nolen. Chronology of the Old Testament: A Return to the Basics. The Woodlands:
KingsWord Press, 15ª ed, 2002, p.26. Disponível em
http://www.ntslibrary.com/PDF%20Books%20II/Jones%20-%20Chronology%20of%20the%20OT.pdf.
Acesso em: 17 jun. 2014; HAM, Ken. The New Answers Book 2. Green Forest: Master Books, 2008,
p.185.
[11]
 JONES, Chronology of the Old Testament, p.219; HAM, The New Answers Book 2, p.188.
[12]
 VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2004, p.
225,226; DOUGLAS, J. D. (Org.). Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 4.ª ed., 1995, p.
235. Original em inglês: The New Bible Dictionary, InterVarsity Fellowship. Segundo Douglas, de
algum modo os ciclos lunares e solares eram adaptados às estações do ano devido às necessidades
agrícolas e controle das datas festivas depois que saíram do Egito.
[13]
 DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.235,962; GUGGENHEIMER, Heinrich Walter. Seder
Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology; Translated and with Commentary. Rowman &
Littlefield, 1998, p. 271. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=1SfJ-
3VhZegC&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 28 dez. 13; VAUX,
Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, p. 226,227. De acordo com o próprio
Guggenheimer (pág. ix), Seder Olam é um livro que dá a interpretação Rabínica autorizada das
passagens bíblicas históricas. É uma composição de material educativo sapiencial similar ao Mishnah
(o primeiro resumo escrito da lei oral judaica). Ele é a base da contagem hebraica dos anos desde a
criação. O período de 19 anos abrange 235 meses lunares, que equivale a 19 anos vezes 12 meses mais
aqueles 7 meses adicionais.
[14]
 354+354+384+354+354+384+354+384+354+354+384+354+354+384+354+354+384+354+384 =
6936 dias. Dividindo por 19 anos resulta em: 365,05 dias / ano.
[15]
 365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365+366+365+365+365 =
6939 dias. Dividindo por 19 anos = 365,21 dias / ano.
[16]
 Nm 28 11.14; VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 226.
[17]
 DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.235,962; ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o
Antigo Testamento. São Paulo: Ed. Vida, 1991, p. 8,9; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic
View of Biblical Chronology, p. 268, 269; MELAMED, Meir Matzliah. Torá: A Lei de Moisés. São
Paulo: Editora e Livraria Sêfer Ltda., 2001, p.186,187. Nas páginas introdutórias (VIII, XI e XII) é
informado que o texto hebraico adotado é o Der Shul Chumash da Editora Vagshal, de Jerusalém.
[18]
 VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 225,226.
[19]
 ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 9; ELKIND, Perpetual Civil Hebrew
Calendar. Disponível em: http://elkind.net/calendar. Acesso em: 8 jan. 2014.
[20]
 ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 9.
[21]
 ANDERSON, Robert. The Coming Prince. Kregel Publications, 1975 (reimpressão da obra de
1895), p. 223. Disponível em: http://books.google.com.br/books?
id=mXM_YwLEl3oC&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 13 jul. 2013.
[22]
 USSHER, The Annals of the Word. Revised and updated by Larry and Marion Pierce. Master
Books, Green Forest, 2003, p. 67.
[23]
 Vide tabela dos juízes.
[24]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 83, 223; ANSTEY, Martin. The Romance of Bible
Chronology. An Exposition of the Meaning, and a Demonstration of the Truth, of Every Chronological
Statement Contained in the Hebrew Text of the Old Testament. Marshall Brothers, Ltd., London,
Edinburgh and New York, 1913, p. 25. Disponível em:
http://www.preteristarchive.com/Books/pdf/1913_anstey_chronology_1-5.pdf. Acesso em 13 jul. 2013.
[25]
 Detalhes disto são apresentados em seção posterior.
[26]
 ANDERSON, Robert. The Coming Prince, p. 223.
[27]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 83.
[28]
 USSHER, James. The Annals of the Word, p. 23.
[29]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 223.
[30]
 CALVIN, John. Commentary on Genesis. Translated and Edited by John King M.D. The Ages
Digital Library Commentary: Books For The Ages. Albany: AGES Software, Version 1.0. 1998, p.286,
292; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 52; MACKINTOSH, Charles Henry. Estudos sobre o
livro de Gênesis. Diadema: Depósito de Literatura Cristã, 2001, p. 135-137; STOTT, John R. W. A
Bíblia Fala Hoje – Romanos. São Paulo: ABU Ed., 2000, p.142-145.
[31]
 MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121.
[32]
 Exceto quando mencionado, todas as referências são da versão Almeida Revista e Atualizada
(ARA), da Sociedade Bíblica do Brasil.
[33]
 MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121.
Pois, se “o próprio texto da Escritura foi dado para que ‘todas as pessoas, dotadas de senso comum’,
pudessementender o que estava ali escrito (...)”; se o texto deve ser “lido e entendido pelo leitor
comum, dentro dos limites do seu tempo, sem mistérios que lhe sejam inacessíveis (...)” e se “ ‘o
verdadeiro significado das Escrituras é aquele que é natural e óbvio’ ”, então, sempre que possível,
nesta seção evitar-se-á recorrer a autoridades, estudiosos, especialistas etc de qualquer
área/linha/doutrina teológica exceto em casos como, por exemplo: situações de atribuição/concessão
dos devidos créditos; situações em que um dado/fato histórico ajude a entender algum aspecto e/ou
contexto de certas passagens das Sagradas Letras e outras situações similares.
[34]
 De 3 a 4 anos, conforme pode ser visto na Tabela 7.
[35]
 Cristo é uma palavra grega (Χριστος - Christos) que foi traduzida da palavra hebraica Messias
que significa Ungido, conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de ,(mashiyach - משיח)
Strong. SBB Libronix, 2002; 2005.
[36]
 Gl 3.17: “Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a
lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.” Versão
Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1,
2013, por Rick Meyers.
[37]
 DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo
Testamento, p. 114.
[38]
 DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da
Bíblia, p. 104, 116; Ne 2.1: “No ano vigésimo do rei Artaxerxes...”.
[39]
 Um exemplo de “arredondamento” é a duração do reinado de Davi: em 2Sm 5.4,5 é dito que ele
reinou 40 anos sobre Israel, sendo 7 anos e 6 meses sobre Judá em Jerusalém e, depois, 33 anos sobre
todo o povo de Israel. Outro exemplo de arredondamento: no Cap. 6 do 1º Livro dos Reis consta que o
rei Salomão começou a edificar a Casa do SENHOR no 2º mês do 4º ano de seu reinado e a concluiu no
8º mês do 11º ano, totalizando 7 anos e 6 meses. Porém, o capítulo encerra dizendo apenas que
Salomão demorou 7 anos para edificar a Casa do SENHOR (1Rs 6.1,37,38).
[40]
 Por exemplo, considerando, na pior hipótese, que cada patriarca até Tera tivesse 11 meses além
dos referidos anos completos, o valor máximo não computado seria de 19 anos num período de 2000
anos. Uma hipótese bem razoável seria estimar uma média de 6 meses (não “apurados”) para cada um.
Desse modo, o “montante” supostamente deixado de ser computado seria de 10 anos (ou meio por
cento - 0,5 %) dentro de um período de 2000 anos, ou seja, algo pouco significativo. Ver também 2Sm
5.4,5 e 1Rs 6.1,37,38.
[41]
 Por tratar-se de contagem de tempo, necessariamente há alguma álgebra envolvida.
[42]
 Outros exemplos são: épocas de fartura e escassez (Gn 41.26-30; 2Rs 8.1); luto (Gn 50.10); festa
religiosa (Ex 23.15; Lv 23.34; Nm 28.24; 29.12); consagração à Deus (Lv 8.33).
[43]
 Fonte informativa dos significados dos nomes: HARRIS, R. Laird; ARCHER Jr., Gleason L.;
WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – DITAT. São Paulo.
Vida Nova, 1998. Título do original: Theological Wordbook of the Old Testament (Moody Bible
Institute, Chicago, Illinois).
[44]
 Quando José tinha 39 anos, Jacó era da idade de 130 anos.
[45]
 A data 6168 AM é apenas um comparativo com os dias atuais pois 2014 AD equivale a 5774 AM
no calendário hebraico; o que dá 394 anos de diferença (conforme Tabela 8) entre a datação bíblica
deste trabalho e a datação hebraica. O período de 1982 anos é o intervalo entre 32 AD e 2014 AD.
[46]
 Ver também Sl 130.3,4; Ec 7.20.
[47]
 (Adão – Lameque – Noé – Sem/Tera – Abraão – Isaque/Jacó – Jose/Levi – Coate – Anrão –
Moisés).
[48] CALVIN, Commentary on Genesis, p.147: “And the days of Adam after he had begotten Seth. In
the number of years here recorded we must especially consider the long period which the patriarchs
lived together. For through six successive ages, when the family of Seth had grown into a great people,
the voice of Adam might daily resound, in order to renew the memory of the creation, the fall, and the
punishment of man; to testify of the hope of salvation which remained after chastisement, and to recite
the judgments of God, by which all might be instructed. After his death his sons might indeed deliver,
as from hand to hand, what they had learned, to their descendants; but far more efficacious would be
the instruction from the mouth of him, who had been himself the eyewitness of all these things. Yet so
wonderful, and even monstrous, was the general obstinacy, that not even the sounder part of the human
race could be retained in the obedience and the fear of God”; LUTHER, Martin. Commentary on
Genesis. Translated by John Nicholas Lenker (1858-1929). Luther on sin and the flood. Minneapolis:
The Luther Press, 1910, vol. II, p. 99,100. Disponível em:
http://www.archive.org/details/commentaryongene02luth. Acesso em: 01 out. 2008: “It is an attractive
sight, to view the number of gray headed patriarchies living at the same time. Only a little ciphering is
required to do it. If you compute carefully the years of our first parent, Adam, you will see that he lived
over fifty years with Lameeh, Noah's father. Accordingly, Adam saw all his descendants down to the
ninth generation, having an almost infinite number of sons and daughters. These, however, Moses do
not enumerate, being satisfied to number the trunk and the immediate branches down to Noah”.;
MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p.14, 27.
[49]
 Conf. Gn 5.3-5;21,25-32; 11.10,11,24,32-12.4; 21.5; 25.7,26; 35.28; 47.9,28; At 7.4 e com o
auxílio da Tabela 2.
[50]
 MACKINTOSH, Estudos sobre o livro de Gênesis, p. 70.
[51]
 JAMIESON, Robert. Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible. Christian
Classics Ethereal Library, 2002 (Print Basis: 1871), p. 45. Disponível em:
http://www.ccel.org/ccel/jamieson/jfb.html. Acesso em: 03 out. 2008. Poderia ser dito que o nome
“Metusalém” é profético.
[52]
 GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 3,4.
[53]
 VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, 2004, p. 225,226.
[54]
 ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; USSHER, The Annals of the Word, p. 22.
[55]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 224,225.
[56]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 223.
[57]
 USSHER, James. The Annals of the Word, p. 26.
[58]
 Versão Almeida Edição Corrigida e Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword,
v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers.
[59]
 Veja algumas das significações bíblicas do número sete: descanso (Gn 2.2,3; Ex 20.10,11; 35.2;
Ne 10.31); perdão de dívida ou libertação (Ex 21.2; Dt 15.1,12; 31.10; Jr 34.13,14; Ne 10.31);
perfeição ou completude (2Rs 5.10,14; Ed 7.14; Et 1.14; 2.9; Jó 42,8; Sl 12.6; Pv 9.1; Mt 18.21,22; Ap
1.4).
[60]
 Tal interpretação segue a mesma linha que Paulo fez da Lei como em 1Co 9.9 ao dizer que não é
com bois que Deus se preocupa, mas com seu povo. Do mesmo modo, não é apenas com questões
financeiras que Deus está interessado, mas com a vida eterna de seus filhos.
[61]
 2093 dividido por 7 é exatamente igual a 299.
[62]
 Seu período de vida foi estimado a partir de uma comparação com as informações sobre José
(videTabela 3 e Tabela 4), Levi e Rubens. Levi, o terceiro filho de Lia, viveu 137 anos (Gn 29.34; Ex
6.16). Quando Raquel deu à luz a José, Jacó resolveu deixar Labão (Gn 30.25). Nessa ocasião Rubens
(o primeiro filho de Lia: Gn 29.32) deveria ter aproximadamente 13 (7 + 6) anos pois, após 7 anos de
trabalho para Labão, Jacó possuiu Lia; trabalhou mais 7 por Raquel e ainda outros 6 pelo rebanho (Gn
29.20,21; 31.41). Judá foi o quarto filho de Lia (Gn 29.35); é bem provável que fosse uns 3 anos mais
novo que Rubens (ou uns 10 mais velho que José).
[63]
 MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p.189.
[64]
 Dos Patriarcas ainda vivos e afligidos desde Abraão, Jacó foi o mais velho na ocasião da entrada
no Egito: Levi fez parte da 1ª geração (viveu 137 anos, conf. Ex 6.16)de Israel; Coate foi a 2ª geração
(133 anos, Ex 6.18); Anrão a 3ª (137 anos, Ex 6.20) e Moisés a 4ª. As aflições não foram contínuas
desde Abraão, mas houve épocas de “pausa” até a morte de José (principalmente durante os restantes
71 anos que governou as terras do Egito desde a chegada de seu pai).
[65]
 Em Dt 1.3 é dito que no 1º dia do 11º mês do 40º ano da saída do Egito o povo de Israel ainda
estava no deserto (isto é, até então peregrinaram 39 anos e 10 meses). Essa informação de Dt 1.3
associada com a de Dt 2.7 e Js 5.10 torna possível saber que a conquista de Canaã começou no 2º dia
do 1º mês do 41º ano após a saída do Egito, ou seja, o Êxodo durou exatamente 40 anos,
correspondentes aos 40 dias em que espiaram a terra (38 anos antes) para a conquistarem (Nm 14.34).
[66]
 Segundo Lc 4.1-4, antes de começar seu ministério, Cristo foi guiado 40 dias no deserto pelo
Espírito Santo e citou como primeira resposta àquele que o tentava o trecho do livro de Deuteronômio
(Dt 8.3) que ilustra bem o sobre-excelente nível de importância que tem a Palavra de Deus.
[67]
 Conforme Versão Almeida Revista e Corrigida, SBB. O levantamento das informações constantes
na Tabela 6 deixa claro que os 450 anos referem-se ao período dos juízes.
[68] Conforme Almeida Revista e Corrigida, da SBB e Versão Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel
ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers: “E (Deus) suportou
os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos. E, destruindo a sete nações na terra de
Canaã, deu-lhes por sorte a terra deles. E, depois disto, por quase quatrocentos e cinquenta anos, lhes
deu juízes, até ao profeta Samuel”. Note o uso da partícula aditiva E (καὶ, no original em grego)
indicando a soma dos períodos.
[69]
 40 - 38 = 2 anos, conf. Nm 13.2-16; 14.29,30; Dt 2.14; Js 14.7,10.
[70]
 Significados: 1) menino, moço, servo, jovem, criado; 1a) menino, moço, jovem; 1b) servo, criado,
conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. SBB Libronix, 2002; 2005.
[71]
 Conf. 1Rs 14.21; 2Cr 10.16-18; 12.13; 13.1,5-7. Neste caso deve ter sido uso figurado, pois Robão
ainda era jovem e fraco de coração (2Cr 13.7); deixou o conselho dos sábios do reino para seguir o
conselho daqueles que haviam crescido com ele (1Rs 12.8).
[72]
 Ussher estima esse período de liderança de Josué em 38 anos: USSHER, James. The Annals of the
Word, p. 50, 52.
[73]
 Versão Almeida Revista e Corrigida, SBB. Os 450 anos podem ser verificados ao longo dos
versículos Jz 3.8; 3.11,14,30; 4.3; 5.32; 6.1; 8.28,33; 9.1,22; 10.1-3,8; 12.7,9;11,14; 13.1; 15.20; 16.31;
I Sm 4.15,18; I Sm 5.1; 6.1; 7.1-3, cujos dados foram reunidos na Tabela 6.
[74]
 O apóstolo Paulo informa que tal período foi de 40 anos.
[75]
 Segundo apurado no presente trabalho.
[76]
 A fórmula de equivalência de dias em anos foi usada pela primeira vez em Nm 14.34.
[77]
 CALVIN, John. Commentary on the Prophet Ezekiel. Translated and Edited by John King M.D.
The Ages Digital Library Commentary: Books For The Ages. Albany: AGES Software, Version 1.0,
1998, p.160-163.
[78]
 Conforme Tabela 7.
[79]
 Versão Almeida Edição Corrigida Revista, Fiel ao Texto Original – ACF, do software e-Sword, v.
10.2.1, 2013, por Rick Meyers.
[80]
 DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 1391. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da
Bíblia, p. 79.
[81]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 237. CALVIN, Harmony of the Law – Vol. 3. Grand Rapids,
MI: Christian Classics Ethereal Library, sem ano, p.206. Disponível em:
http://www.ccel.org/ccel/calvin/calcom05.html. Acesso em: 02 jan. 2014. Dentre outras passagens do
Pentateuco, em Dt 28.47-52 vê-se que o povo de Israel foi solenemente alertado por Moisés para
guardarem a aliança pois, caso contrário, seria (como foi) enviada uma nação de longe (cuja língua não
entenderiam, feroz de rosto e que não se apiedaria deles) para destruir suas cidades. Tal alerta foi
lembrado por Isaias (Is 33.19) e Jeremias (Jr 5.15).
[82]
 ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114.
[83]
 Lembrando que, conforme Dt 15.1,2 e Ne 10.31, a cada 7 anos deveria haver não só o descanso
para a terra mas também a remissão de dívidas.
[84]
 LAWRENCE, Paul. Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia. Sociedade Bíblica do Brasil, 2008,
p.54.
[85]
 Enciclopédia Barsa, vol.3, 1993, p.202.
[86]
 ANDERSON, Robert. The Coming Prince, p. x-xvii.
[87]
 3710 AM / 445 AC.
[88]
 4186 AM / 32 AD. נגיד nagiyd: principal, líder, capitão, governante. Ver 1Sm 9.16; 10.1; 13.14;
25.30, conf. STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. SBB Libronix, 2002; 2005.
[89]
 São apresentados três períodos: o 1º dura 7 semanas, o 2º dura 62 e o 3º uma semana. O Ungido
veio após o final do 2º período, ou seja, após 69 (7 + 62) semanas de anos que são os 483 (69 x 7) anos
proféticos.
[90]
 Lembrando que do hebraico também é traduzido como Messias, ou Cristo do grego.
[91]
 LAS CASAS, Renato. Calendários. Página do Observatório Astronômico Frei Rosário da UFMG.
Disponível em: www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm, Acesso em: 21 ago. 2012.
[92]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 98-105; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento,
p.8; Time and Date AS. Disponível em: http://www.timeanddate.com/calendar/?
year=0032&country=34. Acesso em: 26 set. 2012.
[93]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 68, 70, 128.
[94]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128; JONES, Chronology of the Old Testament,
p. 239-240. Na Tabela 11 é possível ver o transcorrer dos anos, ano a ano, para melhor comprovação da
veracidade do cálculo.
[95]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. xi, 68, 70, 128; Conf. Ap 11.3; 12.6 e 13.5, os 483 anos
proféticos são de 360 dias.
[96]
 476/4 = 119 dias de anos bissextos, menos 3 dias referentes a 3 anos múltiplos de 100 que não são
bissextos = 116 dias.
[97]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128, 237; ANSTEY, The Romance of Bible
Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p. 141, 1087; ELLISEN, Conheça melhor
o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical
Chronology, p. 249. LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104, 116; MELAMED,
Torá: A Lei de Moisés, p. 503b.
[98]
 ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.
1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The
Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia,
p. 104; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p. 502b.
[99]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia,
p. 141; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249.
LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 104, 116; Ne 2.1: “No ano vigésimo do rei
Artaxerxes...”.
[100]
 Lembrando que, normalmente o 1º dia do mês não era mencionado. Como exemplo, ver o caso de
2Cr 29.1-5,17. Ezequias era temente a Deus e, estando no poder, não demoraria uma hora sequer para
restabelecer a aliança com o SENHOR. O v. 3 diz que no 1º mês do 1º ano de seu reinado o primeiro
ato do Rei Ezequias foi abrir da Casa do SENHOR, reunir os sacerdotes e levitas e ordenar-lhes:
“santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR”. A confirmação de que tal ato ocorreu logo que
assumiu o trono está no v. 17: Começaram a santificação no 1º dia do mês e a terminaram no 16º dia.
[101]
 Este dado de ~70 anos é o único que precisou de um auxílio externo para o correto entendimento
da datação bíblica a respeito da “saída da ordem”.
[102]
 CALVIN, John. Commentary on the Prophet Daniel. Translated and Edited by John King M.D.
The Ages Digital Library Commentary: Books for the Ages. AGES Software, Version 1.0. Albany,
1998, p. 557.
[103]
 Como exemplo, compare Apocalipse 12.14 com Daniel 7.25; 9.27; 12.7.
[104]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. xi, 68, 70, 128; Ap 11.3; 12.6 e 13.5: note nestes versículos
que 3,5 anos = 42meses = 1.260 dias. Dividindo 1.260 dias por 42 meses resulta em 30 dias por mês.
Já a divisão de 1260 dias por 3,5 anos redunda em exatos 360 dias por ano.
[105]
 69 semanas vezes 7 (anos de cada semana), vezes 360 (dias para cada ano profético), de acordo
com ANDERSON, The Coming Prince, p. 68, 70, 128.
[106]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128; JONES, Chronology of the Old Testament,
p. 239-240.
[107]
 LARKIN, Clarence (1919). Do software e-Sword, v. 10.2.1, 2013, por Rick Meyers.
[108]
 LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, p. 112.
[109]
 LYONS, Eric. Kingly Chronology in the Book of Ezra. Apologetics Press, 2005. Disponível em
http://www.apologeticspress.org/apcontent.aspx?category=6&article=740. Acesso em 15 set. 2014.
[110]
 JONES, Chronology of the Old Testament, p. 26, 219, 239, 257.
[111]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 123-129. Um exemplo que mostra que dia não mencionado
implica tratar-se de dia primeiro do mês está em Zc 1.1, pois em Zc 1.7 houve necessidade de
mencionar o dia do mês (dia 24 do mês 11) devido ao fato do evento narrado ter ocorrido em dia
diferente do dia primeiro. Outro mais claro está no próprio livro de Neemeias, em Ne 8.1,2: O v. 1 diz
que quando chegou o 7º mês todo o povo se reuniu, e no v. 2 diz que isso se sucedeu no 1º dia do mês.
[112]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. xiii, 122, 124, 128; DOUGLAS, Novo Dicionário da
Bíblia, p. 141; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 266,267; GUGGENHEIMER,
Seder Olam: The Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249. LAWRENCE, Atlas Histórico e
Geográfico da Bíblia, p. 116.
[113]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. x-xiii, 122-128.
[114]
 Conforme visto anteriormente, o tempo do Êxodo também foi uma situação de predição e
cumprimento de período exato de tempo: no caso 40 anos, conforme Dt 1.3; 2.7 e Js 5.10.
[115]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 126-129.
[116]
 Nm 28.11-15.
[117]
 Idem.
[118]
 Ex 12.6,16-18; Lv 23.5-7; Nm 28.16; 33.3; Dt 16.1,6.
[119]
 VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento, p. 218.
[120]
 ANDERSON, The Coming Prince, p. 97-105; Time and Date AS. Disponível em:
http://www.timeanddate.com/calendar/?year=0032&country=34. Acesso em: 26 set. 2012. Anderson
faz muitas considerações para comprovar a data exata da crucificação de Nosso SENHOR. Basta dizer
(com a licença da repetição para enfatizar) que o primeiro dia do primeiro mês (Nisã) no calendário
hebraico correspondeu a 29 de março em 32 AD no calendário gregoriano e que a Páscoa começou no
14º dia desse mês em cumprimento a Ex 12.6,16-18; Lv 23.5-7; Nm 28.16. Os evangelhos (Lc
23.44,54; Jo 19.14,31) confirmam que tal Páscoa caiu numa sexta-feira. Sendo 29 de março o primeiro
dia de Nisã, o 14º foi em 11 de abril, uma sexta-feira. Note que o primeiro dia da Páscoa não era o
primeiro dia de Nisã, mas o 14º dia (Nm 9.5; Dt 16.1-6; Js 5.10; 2 Cr 35.1). E, no primeiro dia da
Páscoa (o 14º do mês), deveria ser retirado todo fermento das casas e haver santa convocação (Ex
12.6,16-18). João relata que era grande o dia daquele sábado que se aproximava por ser a preparação da
Páscoa e, por isso, os judeus pediram a Pilatos que retirassem os corpos das cruzes (Jo 19.31).
[121]
 Que foi o cumprimento de Dn 9.26, após a 69ª semana.
[122]
 De outro modo: o 1º de nisan começou na tarde/noite de 29 de março e o 14º de nisan começou
na tarde/noite de 11 de abril.
[123]
 STOTT, A Bíblia Fala Hoje – Romanos, p.188: “Adão é apenas ‘um homem’ (sem nome), ao
passo que Jesus Cristo foi o agente especial da graça de Deus. Esse ‘um homem’ cometeu uma
transgressão, enquanto que a graça de Deus transbordou em dádiva. A transgressão levou à morte, que
(pelo que está implícito em Rm 6.23) foi o seu ganho, ao passo que a dádiva foi dada inteiramente de
graça. Vemos aqui, portanto, três contrastes relacionando o autor, o que ele fez e as consequências do
seu ato; e todos os três exemplificam a suprema excelência de Jesus Cristo: porque Deus é superior ao
homem, a graça é superior ao pecado, e a vida (que é um dom gratuito de Deus) é superior à morte (que
é o salário do pecado)”.
[124]
 Para entender melhor a necessidade da Cruz de Cristo, ver: SPROUL, R. C. A Verdade da Cruz.
Editora Fiel, S. J. dos Campos, 2013, 152 p. (eBook), Disponível em www.editorafiel.com.br.
[125]
 ANSTEY, The Romance of Bible Chronology, p. 25; DOUGLAS, Novo Dicionário da Bíblia, p.
1087; ELLISEN, Conheça melhor o Antigo Testamento, p. 114; GUGGENHEIMER, Seder Olam: The
Rabbinic View of Biblical Chronology, p. 249; LAWRENCE, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia,
p. 104; MELAMED, Torá: A Lei de Moisés, p. 502b.
[126]
 MATOS, Instituto Presbiteriano Mackenzie; MEISTER, Revista Fides Reformata, p. 120,121.
[127]
 Que, por vezes, são efêmeras. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais
altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve
dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para
dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará
para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.8-11). Ver
exemplo em Mt 5.21-48, onde há um notável contraste entre o que fora dito pelos homens e o que
Cristo, porém, lhes dizia. Ver também no Cap. 3 do 1º Livro dos Reis qual foi o princípio da sabedoria
de Salomão.
[128]
 A Igreja, que é constituída de judeus e não judeus (também chamados de gentios). Ver Is 56.6-8.
[129]
 O que, como se pode notar pelos gráficos e tabelas, foi feito na cronologia do presente trabalho.
Lembrando o que foi dito alhures, outros cronologistas obtiveram para esse mesmo período algo em
torno de 612 anos.
[130]
 Dividindo tal ano por 7 resulta em 598.
[131]
 “Eu (o SENHOR) velo sobre a minha Palavra para a cumprir” (Jr 1.11,12).
[132]
 1Rs 6.1
[133]
 1Rs 6.38
[134]
 Dn 1.1,2
[135]
 Ed 3.8,11-13
[136]
 Ed 6.15
[137]
 JONES, Floyd Nolen in USSHER, James. The Annals of the Word (Appendix G), p. 931.
	Prólogo
	1. Introdução
	2. Cronologia Bíblica da Redenção
	3. Método de Conversão da Datação Bíblica para a Secular (gregoriana)
	4. Comparação Entre Datações de Algumas Cronologias Bíblicas
	5. Conclusão

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