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No Brasil, contratar trabalho escravo e 
promover o tráfico de pessoas são crimes 
previstos em lei. A produção de carvão 
vegetal, o cultivo do café e da cana-de-
-açúcar, a construção civil, a indústria têx-
til e o trabalho doméstico são alguns dos 
setores em que há maior número de casos 
de trabalho análogo à escravidão no país. 
Graças à pressão de movimentos organi-
zados da sociedade civil e da assinatura 
de acordos internacionais, houve várias 
denúncias, e o Ministério Público do Traba-
lho efetuou centenas de operações de fis-
calização. Entre 2003 e 2018, estima-se que cerca de 45 mil trabalhadores 
foram resgatados e libertados do trabalho análogo à escravidão no Brasil.
Leia a definição de trabalho análogo ao de escravo previsto no Código Pe-
nal brasileiro.
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos 
que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradan-
tes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas 
pela violação de direitos fundamentais [e que] coloquem em risco a saúde 
e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é sub-
metido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta [...] 
danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no 
serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências 
físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair 
ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir jun-
tos ou isoladamente. [...] Quando um trabalhador mantém sua liberdade, 
mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também ca-
racterizado trabalho escravo.
REPÓRTER BRASIL. O que é trabalho escravo? Disponível em: 
https://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/. Acesso em: 8 jul. 2020.
Cortador de cana em fazenda 
que recebeu fiscalização 
após denúncia de trabalho 
escravo no sul da Bahia, em 
2017.
Saber
50 for freedom. Disponível em: https://50forfreedom.org/pt/. Acesso em: 6 jul. 2020.
No site em português da campanha da OIT contra o trabalho escravo, é possível 
encontrar uma série de gráficos, mapas e fontes que esclarecem mitos e verdades 
sobre esse tema e alertam para a importância do combate a essa forma de exploração.
Menino 23 – Infâncias perdidas no Brasil. Direção: Belisário Franca. Brasil, 2016.
O documentário Menino 23 nasceu de pesquisas empreendidas por um professor 
de História, ao descobrir uma fazenda, no interior de São Paulo, cujos donos eram 
simpatizantes do nazismo durante as décadas de 1930 e 1940 e utilizaram o 
trabalho escravo (em situação análoga à escravidão) de dezenas de crianças 
afrodescendentes, adotadas em um orfanato no Rio de Janeiro.
• O que possibilita a 
existência atual do 
trabalho análogo ao 
escravo?
• Você reconhece 
alguma dessas 
características ou 
condições no trabalho 
realizado por pessoas 
que conhece ou em 
locais que visitou?
• Como combater essa 
prática de exploração 
do trabalhador?
Veja orientações e respostas 
no Manual do Professor.
Conversa
NÃO ESCREVA NO LIVRO
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O mundo do trabalho no futuro
No mundo do trabalho, especialmente, as habilidades e os conhecimen-
tos podem ser valorizados e remunerados de diferentes formas, variando 
de acordo com o contexto sócio-histórico-geográfico. Afinal, de acordo com 
a base técnica existente, o sistema produtivo em vigor e as condições ofe-
recidas em cada lugar e em cada época, são exigidos diferentes saberes e 
habilidades dos seres humanos.
Impulsionadas pela revolução da microeletrônica, as chamadas novas 
tecnologias da informação e da comunicação (TIC) vêm alterando a manei-
ra como nos comunicamos, nos relacionamos e interagimos uns com os ou-
tros, e também como aprendemos, estudamos, produzimos e trabalhamos.
Sob o signo do novo, que surge a todo instante, o mundo é marcado pela 
velocidade e pela vertigem. Esse é o mundo em que vivemos, estudamos e, 
possivelmente, trabalharemos. Logo, se o mundo está em rápida e constante 
transformação, que saberes e habilidades devemos desenvolver no presente 
que ainda serão úteis no futuro? É possível prever o que será exigido saber e 
fazer no futuro?
Essa é a tarefa dos chamados analistas de tendência: identificar, ou ao 
menos tentar, o que está por vir. Entre erros e acertos, e com base no pre-
sente, é possível afirmar que o futuro que se anuncia exigirá das pessoas 
a obtenção de um vasto repertório de saberes e conhecimentos científicos, 
aprendido sobretudo nas escolas básicas e universidades, mas não apenas 
nesses ambientes. Entre eles, vale destacar as competências de interpreta-
ção e uso de diferentes linguagens, fluência na utilização das novas tecnolo-
gias, independência e autonomia para aprender e habilidades para conviver 
e trabalhar em grupo.
A charge é uma sátira sobre a relevância da tecnologia no processo evolutivo.
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Trajetórias possíveis
Ao finalizar o Ensino Médio, uma pessoa pode dedicar-se exclusivamente 
ao mercado de trabalho, dar continuidade à sua educação formal, ingressan-
do em um curso de ensino superior, por exemplo, ou fazer os dois ao mesmo 
tempo. Esta última opção, apesar de ser a mais desafiadora, é a realidade de 
muitos jovens brasileiros.
O mundo do trabalho é diversificado e dinâmico, podendo ser qualificado 
como formal ou informal. Se, no primeiro grupo, estão incluídos os trabalha-
dores assalariados com registro em carteira e os prestadores de serviços 
com empresas próprias, os chamados microempreendedores individuais, no 
segundo, encontram-se todos os trabalhadores sem registro ou informais, 
como vendedores ambulantes e camelôs.
Segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí-
lios Contínua (Pnad Contínua) de fins de 2019, 41,4% da população ocupada 
no país não possuía registro formal, atingindo um número recorde até então: 
cerca de 38,8 milhões de pessoas. O trabalho formal assegura garantias ao tra-
balhador amparado por um sistema de proteção social, como Seguro Desem-
prego, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Previdência Social, etc.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 
Educação, 2018), a média de anos de estudos do brasileiro é baixa, corres-
pondendo a 9,3 anos, sendo menor que a de nossos vizinhos Chile e Argen-
tina (9,9 anos) e bem distante das médias dos países desenvolvidos, como 
os Estados Unidos (13,2 anos) e França (11,6 anos). A média de anos de es-
tudos das pessoas brancas no Brasil é de 10,3 anos e a das pessoas pretas e 
pardas é de 8,4 anos; a das mulheres é superior à dos homens, 9,5 anos e 9 
anos, respectivamente. Mulheres com mais anos de estudo têm uma renda 
maior do que a de mulheres com menos anos de estudo, mas têm renda infe-
rior à dos homens com nível de estudo semelhante. 
O gráfico apresenta dados sobre o nível de instrução dos brasileiros, de-
monstrando que mais de 50% da população brasileira não concluiu nem o 
Ensino Médio, que é o mínimo de estudo esperado.
Trabalhadores informais em mais um dia de luta. Muitos desses trabalhadores são jovens que vivem e trabalham em condições 
precárias, submetendo-se a uma rotina extenuante em atividades com baixo retorno econômico. Esse fato dificulta a utilização da 
sua renda para o aprimoramento profissional e pessoal. Na foto da esquerda, venda de melancias no entorno do Mercado Central 
de Coari (AM),2019. Na foto da direita, barraca de venda de bebidas na praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), 2019.
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Essa mesma pesquisa ainda revelou que quase 11 milhões de jovens en-
tre 15 e 29 anos não estão ocupados no mercado de trabalho nem estudando 
ou se qualificando, o que representa 23% da população do país nessa faixa 
etária. Grande parte disso se explica pelas barreiras que o jovem encontra, 
como afazeres domésticos e cuidar de outras pessoas, além da falta de ex-
periência e qualificação para conseguir o primeiro emprego.
Diversas pesquisas brasileiras e internacionais já comprovaram a relação 
entre renda e educação: quanto mais anos de estudo, maior é ou será a ren-
da de um indivíduo. Em países de grande desigualdade social e econômica, 
como é o caso do Brasil, essa correlação é ainda mais evidente. As pesquisas 
também constatam que homens e mulheres negros e mulheres brancas têm 
renda inferior à de homens brancos, da mesma faixa etária e nível de ins-
trução equivalente. São mazelas que herdamos de nosso processo histórico 
para as quais temos que encontrar soluções.
Projeto de vida e carreira 
na juventude
Você, que é jovem e está cursando o Ensino 
Médio, encontra-se envolvido na sua trajetória 
de formação buscando a aprendizagem promo-
vida pela escola e na escola. Outras dimensões 
da vida, como saúde, arte, esporte, amparo so-
cial, por exemplo, também despertam seu inte-
resse e envolvem suas relações afetivas, seus 
desejos de conhecer, experimentar, ser, ter ou 
fazer. Afinal, o jovem não está limitado ao estu-
do, apesar da importância que a formação esco-
lar assume nessa etapa da vida de todos nós.
Elaborado com base em IBGE Educa. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/ 
conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html. Acesso em: 6 jul. 2020.
Brasil: nível de instrução das pessoas 
com 25 anos de idade ou mais – 2018
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Sem instrução
Fundamental incompleto
Fendamental completo
Médio incompleto
Médio completo
Superior incompleto
Superior completo
33,1%
4,0%
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Charge que 
trata do uso 
exagerado, de 
parte dos jovens, 
das mídias 
sociais. 
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