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SIMULADO1 - Língua Portuguesa para Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP) 2024

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, Sílvio Santos completou seu

a) octogésimo quinto aniversário.
b) octogenário quinquagésimo aniversário.
c) otogésimo quinto aniversário.
d) oitavo quinto aniversário.
e) octingentésimo quinto aniversário.

Na passagem – ... lidar com leads, prospectos e clientes, dando a atenção necessária para, finalmente, gerar crescimento do negócio, é uma tarefa árdua... – a preposição destacada expressa a noção de

a) finalidade.
b) direção.
c) conclusão.
d) meio.
e) causa.

No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as ideias de

a) finalidade; causa.
b) intensidade; finalidade.
c) instrumento; modo.
d) modo; direção.
e) causa; intensidade.

Na passagem do segundo parágrafo – Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie... –, a repetição da preposição “sem”

a) desqualifica os esforços de Chico Bento por uma vida melhor.
b) sugere a indiferença com que Chico Bento levava a vida.
c) reforça a situação difícil vivida pela família de Chico Bento.
d) atenua a gravidade da situação a que Chico Bento estava exposto.
e) intensifica a importância do lugar para Chico Bento e sua família.

A noção expressa pelo termo destacado na frase do 4º parágrafo – Para dizer a verdade, ele está à minha frente nesse momento. – também pode ser corretamente identificada no termo destacado em:

a) O título, na capa, ele leu com facilidade… (3º parágrafo)
b) ... ela lia para si mesma – mas em voz alta a meu pedido. (5º parágrafo)
c) ... em cartazes de cinema, anúncios no bonde, tampa de lata de marmelada... (5º parágrafo)
d) Dias depois, descobri a máquina de escrever do meu pai. (5º parágrafo)
e) Em pouco tempo, decidi que, no futuro, seria jornalista… (7º parágrafo)

Está correto afirmar que as palavras destacadas expressam, respectivamente, as circunstâncias de

a) dúvida e tempo.
b) intensidade e modo.
c) tempo e inclusão.
d) inclusão e afirmação.
e) modo e dúvida.

Conforme o sentido que estabelece no texto, a conjunção “contudo” pode ser substituída por

a) ou.
b) pois.
c) assim.
d) porém.
e) tanto que.

Os trechos destacados expressam, correta e respectivamente, relações de sentido de:
Ser cidadão é pertencer a um país e exercer seus direitos e deveres.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
a) conclusão e causa.
b) explicação e restrição.
c) conclusão e comparação.
d) explicação e finalidade.
e) adversidade e causa.

No trecho – Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa… –, a palavra destacada pode ser substituída sem prejuízo do sentido e da correção gramatical por:

a) Como
b) Mas
c) Mesmo
d) Porque
e) Entretanto

Na passagem – Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio. –, o termo destacado estabelece entre as orações relação de sentido de

a) condição, podendo ser substituído por “caso”.
b) causa, podendo ser substituído por “uma vez que”.
c) concessão, podendo ser substituído por “embora”.
d) finalidade, podendo ser substituído por “para que”.

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Questões resolvidas

As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, Sílvio Santos completou seu

a) octogésimo quinto aniversário.
b) octogenário quinquagésimo aniversário.
c) otogésimo quinto aniversário.
d) oitavo quinto aniversário.
e) octingentésimo quinto aniversário.

Na passagem – ... lidar com leads, prospectos e clientes, dando a atenção necessária para, finalmente, gerar crescimento do negócio, é uma tarefa árdua... – a preposição destacada expressa a noção de

a) finalidade.
b) direção.
c) conclusão.
d) meio.
e) causa.

No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as ideias de

a) finalidade; causa.
b) intensidade; finalidade.
c) instrumento; modo.
d) modo; direção.
e) causa; intensidade.

Na passagem do segundo parágrafo – Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie... –, a repetição da preposição “sem”

a) desqualifica os esforços de Chico Bento por uma vida melhor.
b) sugere a indiferença com que Chico Bento levava a vida.
c) reforça a situação difícil vivida pela família de Chico Bento.
d) atenua a gravidade da situação a que Chico Bento estava exposto.
e) intensifica a importância do lugar para Chico Bento e sua família.

A noção expressa pelo termo destacado na frase do 4º parágrafo – Para dizer a verdade, ele está à minha frente nesse momento. – também pode ser corretamente identificada no termo destacado em:

a) O título, na capa, ele leu com facilidade… (3º parágrafo)
b) ... ela lia para si mesma – mas em voz alta a meu pedido. (5º parágrafo)
c) ... em cartazes de cinema, anúncios no bonde, tampa de lata de marmelada... (5º parágrafo)
d) Dias depois, descobri a máquina de escrever do meu pai. (5º parágrafo)
e) Em pouco tempo, decidi que, no futuro, seria jornalista… (7º parágrafo)

Está correto afirmar que as palavras destacadas expressam, respectivamente, as circunstâncias de

a) dúvida e tempo.
b) intensidade e modo.
c) tempo e inclusão.
d) inclusão e afirmação.
e) modo e dúvida.

Conforme o sentido que estabelece no texto, a conjunção “contudo” pode ser substituída por

a) ou.
b) pois.
c) assim.
d) porém.
e) tanto que.

Os trechos destacados expressam, correta e respectivamente, relações de sentido de:
Ser cidadão é pertencer a um país e exercer seus direitos e deveres.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
a) conclusão e causa.
b) explicação e restrição.
c) conclusão e comparação.
d) explicação e finalidade.
e) adversidade e causa.

No trecho – Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa… –, a palavra destacada pode ser substituída sem prejuízo do sentido e da correção gramatical por:

a) Como
b) Mas
c) Mesmo
d) Porque
e) Entretanto

Na passagem – Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio. –, o termo destacado estabelece entre as orações relação de sentido de

a) condição, podendo ser substituído por “caso”.
b) causa, podendo ser substituído por “uma vez que”.
c) concessão, podendo ser substituído por “embora”.
d) finalidade, podendo ser substituído por “para que”.

Prévia do material em texto

201) 
202) 
Língua Portuguesa para Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP) 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gkcX
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/603111
VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2018
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
Leia o texto para responder à questão.
 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus desejos de
estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está
sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas
passadas para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente quatrocentas e
quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas
completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos
uns sobre os outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze
páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas
ele xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras
quarenta e oito páginas!
 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)
 
Com a passagem “O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas!”,
entende-se que a página “500” do livro seria a
a) quinquagésima, questionando a importância da obra.
b) quinhentésima, evidenciando o tamanho da obra.
c) quingentésima, reforçando a extensão da obra.
d) quingentésima, enaltecendo o conteúdo da obra.
e) quinquagésima, minimizando a importância da obra.
www.tecconcursos.com.br/questoes/326858
VUNESP - Of Prom (MPE SP)/MPE SP/2016
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietário e principal apresentador: no
próximo dia 12 [12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, Sílvio Santos completou seu
a) octogésimo quinto aniversário.
b) octogenário quinquagésimo aniversário.
c) otogésimo quinto aniversário.
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gkcX
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/603111
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/326858
203) 
204) 
d) oitavo quinto aniversário.
e) octingentésimo quinto aniversário.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2348866
VUNESP - Ag Adm (CAMPREV)/CAMPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto, para responder à questão.
 
Performance aplicada
 
Um mercado em ascensão. Assim é o marketing. Afinal, lidar com leads, prospectos e clientes, dando a
atenção necessária para, finalmente, gerar crescimento do negócio, é uma tarefa árdua para o
empreendedor. Por isso, cada vez mais empresas terceirizam o serviço, para catapultar os números e
conquistar ainda mais espaço.
 
Atualmente, segundo a NTT Data e MIT Technology Review, os gastos em marketing digital
correspondem a 60% de todo o gasto em marketing de uma empresa. A expectativa é de que nos
próximos cinco anos essa fatia deve aumentar 85%. Neste ano, o marketing digital continua em alta nos
planos de investimentos de diferentes empresas.
 
(Tatiana Pires, Diário da Região, 29.01.2023.)
 
Na passagem – ... lidar com leads, prospectos e clientes, dando a atenção necessária para, finalmente,
gerar crescimento do negócio, é uma tarefa árdua... – a preposição destacada expressa a noção de
a) finalidade.
b) direção.
c) conclusão.
d) meio.
e) causa.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2393370
VUNESP - Ag (Piracicaba)/Pref Piracicaba/Zoonose/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Finalmente minhas férias estavam chegando e eu mal podia esperar: passagens compradas, hotel
reservado e as malas prontas para fazer uma das coisas que mais amo na vida(a) – viajar sozinha.
 
Inicialmente, eu planejava fazer uma viagem com meu pai – com quem eu não viajava há décadas,
desde a minha adolescência, salvo engano. Mas, as agendas não se encontraram, decidi ir sozinha
mesmo e meu pai se planejou para fazer o mesmo em março do ano seguinte. Paciência, nossas férias
juntos teriam que aguardar uma vez mais.
 
Faltava apenas uma semana para a tão aguardada viagem e a diretoria da instituição onde eu trabalhava
me disse que um novo diretor iria chegar e queriam que eu postergasse minhas férias para dali a um ou
dois meses, pois gostariam que eu o apoiasse em sua adaptação. Fiquei inconformada, mal-humorada.
Afinal, eu nem me reportava à Diretoria Administrativa Financeira.
 
Disseram-me que eu não era obrigada, mas seria muito importante se eu pudesse fazer isso. Eu fiquei
bastante tentada a responder que não – minhas férias eram inegociáveis. O fato é que as cancelei, mas
não sem antes negociar para que eu pudesse, então, gozar de meus dias de descanso imediatamente
após o Carnaval.(b) E assim aconteceu. Desfiz as malas, cancelei tudo e voltei a trabalhar.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2348866
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2393370
205) 
Quando finalmente fevereiro trouxe o Carnaval para me animar, o que aconteceu foi exatamente o
contrário. Minha prima, médica, que estava acompanhando meu pai em consultas e exames, me chamou
para um café e me contou (a contragosto dele) que o caso era grave e delicado(c) e tudo indicava que se
tratava de um tumor, tido como um dos mais agressivos.
 
No meu primeiro dia de férias, eu prontamente o levei para seu último exame. A confirmação do
diagnóstico veio rápido e, com ela, a corrida contra o tempo para agendar uma cirurgia e tentar retirar o
tumor o mais rápido possível.(d)
 
Nos dez dias de espera que antecederam sua internação, pudemos lembrar o passado, ver fotos,
conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, engraçados e amenos. Fiz massagem nos seus pés, fizemos
planos para as próximas férias e ficamos em silêncio apenas, aproveitando o prazer de simplesmente
estarmos juntos.
 
Nem que eu quisesse eu conseguiria ter planejado melhor essas férias – as últimas que pude passar
junto ao meu pai, viajando para dentro do coração, do afeto e da gratidão.(e)
 
(Natalia Moriyama. Um adiamento de férias me permitiu passar os últimos
dias do meu pai ao seu lado. www1.folha.uol.com.br, 02.10.2021. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado tem ideia de direção.
a) … hotel reservado e as malas prontas para fazer uma das coisas que mais amo na vida…
b) … para que eu pudesse, então, gozar de meus dias de descanso imediatamente após o Carnaval.
c) … me chamou para um café e me contou (a contragosto dele) que o caso era grave e delicado…
d) … a corrida contra o tempo para agendar uma cirurgia e tentar retirar o tumor o mais rápido
possível.
e) … as últimas que pude passar junto ao meu pai, viajando para dentro do coração, do afeto e da
gratidão.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2411632
VUNESP - ASB (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto para responder à questão.
 
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Alfredo Scherer, localizada no município de Venâncio
Aires, a 160 km de Porto Alegre (RS), tornou-se modelo para outras instituições de ensino no Brasil
quando o assunto é sustentabilidade. Isso porque há mais de um ano, funcionários do colégio coletam as
sobras da merenda dos alunos e colocam em um biodigestor, um equipamento utilizado para o
tratamento de efluentes residenciais. O dispositivo acelera o processo de decomposição da matéria
orgânica por meio da ausência de oxigênio e tem a função de transformar os restos de alimentos em gás
de cozinha e biofertilizante. A estrutura do equipamento pode ser usada, ainda, para tratar o esgoto em
escolas que não possuem saneamento básico.O gás é usado nas dependências do colégio para esquentar as refeições dos alunos e funcionários,
diminuindo, assim, os gastos com a compra de outros botijões GLP. Já o chorume, também conhecido
por líquido percolado, oriundo da decomposição do lixo orgânico, permite a fabricação de um excelente
adubo natural que serve como fertilizante para plantas e hortas.
 
(Luciano Nagel. Em: https://www.uol.com.br/ecoa, 12.11.2022. Adaptado)
 
Com o biodigestor, a Escola Alfredo Scherer está apta transformar restos de comida em gás. O
dispositivo faz isso graças decomposição da matéria orgânica por meio da ausência de oxigênio.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2411632
206) 
A estrutura do equipamento pode ser usada, ainda, para cuidar esgoto em escolas não
há saneamento básico.
 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) a … a … do … que
b) em … a … o … que
c) para … à … no … aonde
d) em … a … o … no qual
e) a … à … do … em que 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2491176
VUNESP - Aux Ed (Pref SBC)/Pref SBC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Jamain mora em uma casa de paredes de madeira e telhado de palha com sua mulher, Pakao, e
seu filho bebê. Tem 26 anos, rosto largo, com maxilares protuberantes, que lhe dão uma aparência
peculiar.
 
Jamain não nasceu naquela aldeia, mas em outra, a três dias de caminhada. Foi viver ali depois que se
casou com Pakao, filha de Moroxin, que lhe fora prometida no dia de seu nascimento. Jamain era então
um menino de 12 anos e estava na aldeia de visita. Assim que Pakao nasceu, vieram lhe chamar na casa
dos homens, onde ele dormia. Deram-lhe uma lâmina afiada de bambu e pediram que cortasse o cordão
umbilical. Em seguida, colocaram o bebê em seu colo. Ele ainda se lembra da horrível sensação daquela
coisa melada e vermelha em seus braços, se mexendo e fazendo caretas. Ficou de cabeça baixa, olhando
para o chão, esperando que lhe pedissem o bebê de volta. Rindo, disseram: “ela é tua esposa!”.
 
Doze anos depois, quatro homens chegaram a sua aldeia com ar solene. Eram o seu futuro sogro com
dois de seus irmãos e Tokorom, irmão de Pakao. O futuro sogro, depois de um tempo em silêncio, disse
aos pais de Jamain que o rapaz devia ir até lá buscar a esposa e trazê-la para viver com ele.
 
Foi um rebuliço na casa! Jamain dizia que não se casaria, que era novo ainda. Saiu pela porta e foi se
esconder na casa de um primo, mas seu pai o encontrou e o trouxe de volta, para falar com o sogro.
 
Muito amuado, Jamain pegou um pequeno cesto e pendurou sua alça no peito, deixando-o descer pelas
costas. Já na outra aldeia, foi a vez de Pakao dizer que não partiria com aquele rapaz de jeito nenhum.
Sua mãe a pegou pelas orelhas e a levou até ele. Assim que tomaram o caminho, ela diminuiu o passo
até sair da vista do marido e correu de volta.
 
Dando-lhe uma bronca, a mãe arrastou-a novamente pelas orelhas até o marido. Depois de várias
tentativas, Jamain acabou voltando para sua aldeia sem a noiva, aliviado por não tê-la trazido. Uma
semana depois, no entanto, viu chegarem a sua casa os futuros sogro e sogra, trazendo a menina com
seu cesto de roupas e assim começou sua vida de casal.
 
(Aparecida Vilaça e Francisco Vilaça Gaspar. Ficções amazônicas. Todavia, 2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque apresenta corretamente a ideia expressa entre
parênteses.
a) Jamain mora em uma casa de paredes de madeira… (posse)
b) Em seguida, colocaram o bebê em seu colo. (companhia)
c) … chegaram a sua aldeia com ar solene. (modo)
d) … buscar a esposa e trazê-la para viver com ele. (lugar)
e) … diminuiu o passo até sair da vista do marido… (tempo)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2491176
207) 
208) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2586122
VUNESP - TTI (TJ RS)/TJ RS/Programador/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Em seu site, o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciências e Tecnologia fornece
informações sobre as instalações escolares fechadas em cada governo local, que avalia as propostas de
interessados em usá-las. Os candidatos têm de se comprometer à apoiar a comunidade local, promover a
revitalização regional e gerar emprego. Em troca, terão a disposição espaços separados disponíveis,
como salas de aula, pátios, ginásio e até piscina.
 
A forma como os espaços estão sendo retomados varia de região para região. A vila Nippaku, na
província setentrional de Hokkaido, habitada por 5 mil pessoas, perdeu uma escola centenária em 2008 e
ganhou um museu no lugar.
 
Tudo começou quando o colecionador de obras de arte Isao Tanimoto levou as obras que tinha para o
prédio à pedido dos moradores que queriam revitalizar à região.
 
No trecho “… espaços separados disponíveis, como salas de aula, pátios, ginásio e até piscina”, o
vocábulo destacado pertence à mesma classe de palavras que na frase:
a) As obras de arte foram dispostas no espaço que ia do salão até a piscina.
b) Os proponentes foram até a prefeitura para saber a razão da demora.
c) Até 2008, o espaço servia ao propósito originalmente pensado para ele.
d) Algumas propostas tiveram que esperar até 2 meses para serem avaliadas.
e) Até ex-alunos da escola estiveram na inauguração da exposição de arte.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2587014
VUNESP - GCM (Pref SBC)/Pref SBC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Energia eólica é o nome que se dá à energia elétrica gerada pela força dos ventos,(a) em um
processo que transforma em eletricidade a energia cinética criada pelo ar em movimento. Essa
transformação ocorre por meio de turbinas eólicas, que formam os chamados parques eólicos.
 
Considerada uma solução promissora para a transição da matriz energética global para fontes limpas, a
energia eólica também tem provocado conflitos por poder causar impactos negativos na biodiversidade(b)
e nas comunidades de lugares onde tem sido implementada.
 
Apesar de a energia eólica ser limpa em comparação com fontes energéticas que emitem gases de efeito
estufa(c) (como o petróleo, o carvão e o gás natural), a instalação de parques eólicos pode causar
impactos socioambientais negativos, relacionados ao uso da terra. Para construir usinas eólicas, é preciso
que haja uma grande área disponível.(d) Enquanto uma usina de gás natural ocupa cerca de um
quarteirão, por exemplo, um parque eólico com a mesma capacidade ocuparia 36 km2.
 
Essas construções – tanto das usinas quanto da infraestrutura que as acompanha, como estradas –
podem acentuar disputas por terra, afetar comunidades vizinhas dos terrenos dos empreendimentos e
degradar a biodiversidade local,(e) com impactos específicos como: desmatamento, extinção de espécies,
problemas sociais e de saúde para comunidades vizinhas e desestruturação dos modos de vida locais.
 
(Mariana Vick. Por que ambientalistas protestam contra alguns
parques eólicos. www.nexojornal.com.br, 26.03.2023)
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque introduz ideia de causa.
a) Energia eólica é o nome que se dá à energia elétrica gerada pela força dos ventos…
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2586122
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2587014
209) 
b) … a energia eólica também tem provocado conflitos por poder causar impactos negativos na
biodiversidade…
c) Apesar de a energia eólica ser limpa em comparação com fontes energéticas que emitem gases
de efeito estufa…
d) Para construir usinas eólicas, é preciso que haja uma grande área disponível.
e) … podem acentuar disputas por terra, afetar comunidades vizinhas aos terrenos dos
empreendimentos e degradar a biodiversidade local…
www.tecconcursos.com.br/questoes/2771978
VUNESP - TJ TRF3/TRF 3/Administrativa/Agente da Policia Judicial/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto para responder à questão.
As pitangueiras d’antanho*
 
Tem seus 23 anos, e eu a conheço desde os oito ou nove, sempre assim,meio gordinha, engraçada, de
cabelos ruivos. Foi criada, a bem dizer, na areia do Arpoador; nasceu e viveu em uma daquelas ruas que
vão de Copacabana a Ipanema, de praia a praia. A família mudou-se quando a casa foi comprada para
construção de edifício.
 
Certa vez me contou:
 
– Em meu quarteirão não há uma só casa de meu tempo de menina. Se eu tivesse passado anos fora do
Rio e voltasse agora, acho que não acertaria nem com a minha rua. Tudo acabou: as casas, os jardins,
as árvores. É como se eu não tivesse tido infância...
 
Falta-lhe uma base física para a saudade. Tudo o que parecia eterno sumiu.
 
Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em
Copacabana; depois, já moça, colhia pitangas na Barra da Tijuca; e hoje não há mais pitangas. Disse isso
com uma certa animação, e depois ficou um instante com o ar meio triste – a melancolia de não ter mais
pitangas, ou, quem sabe, a saudade daquela manhã em que foi com o namorado colher pitangas.
 
Também em minha infância, há pitangueiras de praia. Não baixinhas, em moitas, como aquelas de Cabo
Frio, que o vento não deixa crescer; mas altas; e suas copas se tocavam e faziam uma sombra varada
por pequenos pontos de sol.
 
(Rubem Fonseca, “As pitangueiras
d’antanho”. 200 crônicas escolhidas, 2001. Fragmento)
* d’antanho: de épocas passadas
 
Considere as passagens:
 
• A família mudou-se quando a casa foi comprada para construção de edifício. (1o parágrafo)
• Disse isso com uma certa animação...
• ... a melancolia de não ter mais pitangas...
 
No contexto em que estão empregadas, as preposições destacadas exprimem, correta e
respectivamente, sentidos de
a) instrumento; modo; modo.
b) comparação; meio; consequência.
c) instrumento; intensidade; modo.
d) finalidade; modo; causa.
e) finalidade; assunto; causa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2771978
210) 
211) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2182897
VUNESP - AFisc (Pref Sorocaba/Pref Sorocaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Velhas cartas
 
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez…” Sinto um choque ao ler esta carta antiga que
encontro em um maço de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando a recebi. Não me
lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa.
 
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas,
como isso está longe! Sinto-me um pouco humilhado pensando como certas pessoas me eram
necessárias e agora nem existiriam mais na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas
rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a primeira coisa que faço, como prometi,
escrever para você, mesmo porque durante a viagem pensei demais em você…”
 
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de
letra redonda; ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome.
 
E esse casal, santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos pela Itália; os dias que
tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”. Essa que se acusa e se desculpa de me haver maltratado,
mas eu não me lembro de mágoa nenhuma, seu nome é apenas para mim uma doçura distante.
 
Imagino que em algum lugar do mundo há alguém que neste momento remexe, por acaso, uma gaveta
qualquer, encontra uma velha carta minha, passa os olhos por curiosidade no que escrevi, hesita um
instante em rasgar, e depois a devolve à gaveta com um gesto de displicência, pensando, talvez: “é
mesmo, esse sujeito onde andará? Eu nem me lembrava mais dele…”
 
E agradeço a esse alguém por não ter rasgado a minha carta: cada um de nós morre um pouco quando
alguém, na distância e no tempo, rasga alguma carta nossa, e não tem esse gesto de deixá-la em algum
canto, essa carta que perdeu todo o sentido, mas que foi um instante de ternura, de tristeza, de desejo,
de amizade, de vida – essa carta que não diz mais nada e apenas tem força ainda para dar uma pequena
e absurda pena de rasgá-la.
 
(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Editora Record, 1982)
 
Considere os seguintes trechos do texto:
 
 Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa 
 
 … tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la
 
No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as ideias
de
a) finalidade; causa.
b) intensidade; finalidade.
c) instrumento; modo.
d) modo; direção.
e) causa; intensidade.
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VUNESP - IAl (Pref Bebedouro)/Pref Bebedouro/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto
∙
∙
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212) 
 
Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar.
 
Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome,
enquanto a seca durasse.
 
Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha...
 
Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher
o plano de partida.
 
Ela ouvia chorando, enxugando, na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas.
 
Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando-lhe os mil casos de retirantes
enriquecidos no Norte.
 
A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação
esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra
verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor.
 
Cordulina ouvia, e abria o coração àquela esperança; mas correndo os olhos pelas paredes de taipa, pelo
canto onde na redinha remendada o filho pequenino dormia, novamente sentiu um aperto de saudade, e
lastimou-se:
 
— Mas, Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha! Onde é que a gente vai viver, por esse
mundão de meu Deus?
 
(Rachel de Queiroz, O Quinze)
 
Na passagem do segundo parágrafo – Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie... –, a
repetição da preposição “sem”
a) desqualifica os esforços de Chico Bento por uma vida melhor.
b) sugere a indiferença com que Chico Bento levava a vida.
c) reforça a situação difícil vivida pela família de Chico Bento.
d) atenua a gravidade da situação a que Chico Bento estava exposto.
e) intensifica a importância do lugar para Chico Bento e sua família.
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Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto
 
Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar.
 
Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome,
enquanto a seca durasse.
 
Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha...
 
Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher
o plano de partida.
 
Ela ouvia chorando, enxugando, na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2332415
213) 
Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando-lhe os mil casos de retirantes
enriquecidos no Norte.
 
A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação
esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra
verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor.
 
Cordulina ouvia, e abria o coração àquela esperança; mas correndo os olhos pelas paredes de taipa, pelo
canto onde na redinha remendada o filho pequenino dormia, novamente sentiu um aperto de saudade, e
lastimou-se:
 
— Mas, Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha! Onde é que a gente vai viver, por esse
mundão de meu Deus?
 
(Rachel de Queiroz, O Quinze)
 
Nas passagens “combinou com a mulher o plano de partida” (4o parágrafo) e “os olhos cegos de
lágrimas”(5o parágrafo), as preposições formam expressões cujos sentidos são, correta e
respectivamente, de
a) comparação e consequência.
b) finalidade e comparação.
c) comparação e modo.
d) causa e consequência.
e) finalidade e causa.
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VUNESP - Bibl (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto para responder a questão.
 
Começou com Alice
 
O objeto veio embrulhado num papel verde estampado com motivos infantis. Muito justo. Era um
presente de aniversário para uma criança que fazia cinco anos.
 
O objeto era um livro. O garoto o desembrulhou e contemplou aquele volume.
 
O título, na capa, ele leu com facilidade: Alice no país das maravilhas. Sentou-se, cruzou as pernas e
abriu o livro na página 11, onde começava a história – e nunca mais foi o mesmo.
 
Já se passaram mais de cinquenta anos, mas posso manusear, folhear e até reler esse livro. Para dizer a
verdade, ele está à minha frente nesse momento.
 
Sim, antes dos cinco anos, eu já conseguia ler. Aprendera meio sozinho, sentado diariamente no colo de
minha mãe enquanto, rindo muito, ela lia para si mesma – mas em voz alta a meu pedido. De tanto ouvir
o som e o significado daqueles símbolos impressos no jornal enquanto olhava para eles, descobri com
naturalidade como funcionavam – as letras formavam sílabas, as sílabas formavam palavras, as palavras
formavam ideias. A partir dali, passei a aplicar o processo às outras letras impressas que via pela frente –
em cartazes de cinema, anúncios no bonde, tampa de lata de marmelada – e saí lendo tudo que podia. E
escrevendo também, porque era fácil copiar os símbolos, criando minhas próprias palavras. Dias depois,
descobri a máquina de escrever do meu pai. E, com isso, aprendi a ler, a escrever e a escrever à
maquina quase ao mesmo tempo, antes dos cinco anos.
 
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214) 
A vida não é mais a mesma depois que se penetra no reino das palavras. Na verdade, não me recordo de
nenhum dia em que não estivesse cercado por elas. Meus pais não liam livros, mas eram grandes
consumidores de jornais. Detalhe: depois de lidos, jornais e revistas raramente iam para o lixo. As pilhas
se acumulavam e atravessavam os anos. Os exemplares com as catástrofes históricas eram guardados
para sempre. Não se jogavam fora as palavras.
 
Em pouco tempo, decidi que, no futuro, seria jornalista – que viveria das e entre as palavras. Ao
contrário de outros garotos de minha geração, nunca pensei em ser médico, engenheiro ou advogado,
nem mesmo astronauta. O importante eram as palavras.
 
Bem, aconteceu que, em tempo hábil, me tornei jornalista, e as palavras têm me sustentado até hoje.
 
(Ruy Castro. O leitor Apaixonado: prazeres à luz do abajur. Prólogo. São Paulo: Companhia das letras, 2009. Excerto
adaptado)
 
A noção expressa pelo termo destacado na frase do 4º parágrafo – Para dizer a verdade, ele está à
minha frente nesse momento. – também pode ser corretamente identificada no termo destacado em:
a) O título, na capa, ele leu com facilidade… (3º parágrafo)
b) ... ela lia para si mesma – mas em voz alta a meu pedido. (5º parágrafo)
c) ... em cartazes de cinema, anúncios no bonde, tampa de lata de marmelada... (5º parágrafo)
d) Dias depois, descobri a máquina de escrever do meu pai. (5º parágrafo)
e) Em pouco tempo, decidi que, no futuro, seria jornalista… (7º parágrafo)
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VUNESP - Almo (PRUDENCO)/PRUDENCO/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Aulas sem volta
 
O início do ano letivo oferece nova oportunidade para o Brasil enfim começar a reverter o desastre
educacional produzido no último biênio de pandemia, período em que os estudantes perderam enorme
parcela das aulas presenciais.
 
Trata-se de tarefa urgente. Como se a educação não constasse das prioridades, o país figurou entre
aqueles que mais tempo ficaram com as escolas fechadas no mundo, com impactos não apenas sobre o
aprendizado mas também sobre a sociabilidade e a nutrição de uma legião de jovens.
 
O recurso paliativo do ensino remoto falhou de modo fragoroso. Segundo pesquisas, o fechamento
prolongado das escolas afetou de modo grave a progressão dos estudantes, implicando até regressão no
aprendizado, aumentou o risco de abandono escolar e elevou a desigualdade educacional entre alunos
de estabelecimentos públicos e privados.
 
Merece todo o apoio, portanto, a decisão das redes de ensino de 18 estados e do Distrito Federal de
retornarem neste ano com aulas presenciais obrigatórias.
 
Os desafios à frente, que já seriam grandes em condições normais, ganham proporções maiores. O
primeiro e mais óbvio deles é o provimento de um ambiente seguro para professores e alunos.
 
No plano educacional, deve-se dar atenção especial à questão da evasão, que apresentou piora
expressiva durante a pandemia, fruto tanto do desinteresse dos estudantes como da necessidade de
contribuir com a renda familiar. Estratégias para trazer esses alunos de volta às salas e garantir sua
permanência, como uma busca ativa por parte das redes e auxílios pecuniários, deveriam ser
consideradas para minorar o problema.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2356356
215) 
É fundamental, nesse contexto, que o país evite retrocessos sanitários que terminem por fechar
novamente as escolas. Para tanto, é imperioso seguir reforçando a imunização de adultos e, sobretudo,
de crianças, além de sanar as disparidades regionais acumuladas.
 
(Editoria. Folha de S.Paulo. 26.01.2022. Adaptado)
 
... afetou de modo grave a progressão dos estudantes, implicando até regressão no aprendizado...
 
O termo “até”, em destaque, é empregado, no contexto, com o mesmo sentido do termo destacado em:
a) Até a presente data, as escolas ainda não estão funcionando plenamente.
b) A distância até a escola trazia receio aos pais de que o caminho fosse perigoso.
c) Chegando até mim, a professora não conteve a emoção pelo retorno e me abraçou.
d) Desse ponto até o final do corredor, é preciso que seja feito o máximo silêncio.
e) No refeitório da escola era servido até cachorro quente em determinados dias.
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VUNESP - Aux Per (PC RR)/PC RR/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto, para responder a questão.
 
Gargalos do ensino
 
Aquele que triunfar na eleição para o governo do estado de São Paulo terá desafios consideráveis a
enfrentar no campo da educação, parte deles agravados pela pandemia.
 
A questão mais urgente é recuperar o aprendizado perdido no período em que as escolas ficaram
fechadas. Como mostrou o último Saresp (sistema de avaliação do rendimento), os estudantes dos 5º e
9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da rede estadual apresentaram retrocesso
em língua portuguesa e matemática.
 
Os dados mais preocupantes vieram dos concluintes do ensino médio, cujas notas nas duas disciplinas
foram as menores desde que o exame foi implementado, em 2010.
 
Outra questão concernente à última etapa da educação básica diz respeito à implementação de seu novo
modelo, que aumenta a carga horária e permite ao aluno escolher parte das disciplinas. Colocada em
prática neste ano, a reforma vem conhecendo algumas dificuldades em São Paulo.
 
No primeiro bimestre, por exemplo, cerca de um quinto das aulas dos itinerários formativos (que
complementam o currículo comum) do segundo ano do ensino médio da rede estadual não tinham sido
atribuídas a nenhum professor – usaram-se aulas gravadas.
 
Por fim, é fundamental seguir ampliando o número de escolas em tempo integral. Estas, que em 2019
eram 364, hoje somam 2.050, abarcando 24% dos alunos.
 
Contudo, à diferença do modelo implementado em Pernambuco, que se tornou um paradigma, o sistema
paulista não ampliou, no tempo extra, a carga básica de português e matemática, que permanece a
mesma das escolas regulares.
 
Ao menos quanto a esse tópico, os programas de governo dos principais candidatos ao Bandeirantes*não parecem à altura do tema. Se todos se mostram favoráveis à expansão do ensino integral, os planos
apresentados soam genéricos e superficiais.
 
Espera-se que, com o começo da campanha, tais ideias venham a ser aprimoradas e resultem em
propostas que, de fato, possam contribuir para o ensino público.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2431034
216) 
 
(Editorial. https://www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2022/08/gargalos-do-ensino.shtml. 22.08.2022. Adaptado)
 
* Bandeirantes: Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.
 
Assinale a alternativa em que o termo destacado na frase expressa a noção de causa.
a) ... terá desafios consideráveis a enfrentar no campo da educação, parte deles agravados pela
pandemia. (1º parágrafo)
b) ... da rede estadual apresentaram retrocesso em língua portuguesa e matemática. (2º parágrafo)
c) No primeiro bimestre, por exemplo, cerca de um quinto das aulas dos itinerários formativos... (5º
parágrafo)
d) Estas, que em 2019 eram 364, hoje somam 2.050, abarcando 24% dos alunos. (6º parágrafo)
e) ... resultem em propostas que, de fato, possam contribuir para o ensino público. (último
parágrafo)
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VUNESP - Art Edu (P Prudente)/Pref Pres Prudente/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o texto para responder a questão.
 
40% dos brasileiros relatam medo de serem julgados nas redes, diz Datafolha.
 
Quatro a cada dez pessoas (38%) se sentem cobradas pelo conteúdo que publicam nas redes sociais e
têm medo constante de serem julgadas. Um terço delas também relata muita ansiedade para saber se
suas postagens serão bem aceitas ou não. Os dados são de uma pesquisa Datafolha sobre saúde mental
do brasileiro, em que foram entrevistadas, de forma presencial, 2.098 pessoas a partir de 16 anos.
 
O levantamento mostra que 65% dos entrevistados se sentem pressionados a encarar as coisas sempre
de uma forma muito positiva nas redes sociais, mesmo quando estão com problemas. Além disso, 79%
dizem que as redes sociais podem contribuir para aumentar os problemas de saúde mental. Para 84%
dos entrevistados, os haters, pessoas que julgam e propagam o ódio nas redes sociais, podem influenciar
no crescimento do nível de suicídio na sociedade.
 
No campo científico, ainda não há fortes evidências de que as redes sociais de uma forma geral possam
aumentar o risco de transtornos mentais. Algumas pesquisas mostram que adolescentes mais expostos
aos dispositivos eletrônicos (como computador, celulares e videogames) manifestam menores níveis de
autoestima, satisfação com a vida e felicidade. Outros estudos apontam uma relação entre o
comportamento suicida e de autolesão a hábitos intensos de consumo de internet e contato com sites
em que havia conteúdo relacionado ao tema. E outros trabalhos não conseguiram estabelecer essa
relação de causa e efeito.
 
Para o psiquiatra Fernando Fernandes, conselheiro da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e
Portadores de Transtornos Afetivos, é difícil até relacionar redes sociais a um maior risco de depressão
porque as pessoas que já têm a doença tendem a preferir atividades solitárias e passivas. “Nada é mais
solitário e passivo do que ficar em frente a uma tela. É um comportamento atrelado”. Segundo ele, às
vezes, esse consumo excessivo de tela, de mídia, é o único estímulo que a pessoa consegue ter para se
manter entretido com algo.
 
(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 15.09.2022. Adaptado)
 
Considere os trechos a seguir:
 
• … ainda não há fortes evidências de que as redes sociais de uma forma geral possam aumentar o
risco de transtornos mentais. (3º parágrafo)
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217) 
• … é difícil até relacionar redes sociais a um maior risco de depressão. (4º parágrafo)
 
Está correto afirmar que as palavras destacadas expressam, respectivamente, as circunstâncias de
a) dúvida e tempo.
b) intensidade e modo.
c) tempo e inclusão.
d) inclusão e afirmação.
e) modo e dúvida.
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VUNESP - Vest (UNIFESP)/UNIFESP/Misto/2022
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Leia o trecho do livro O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano, do neurocientista
português António Rosa Damásio, para responder à questão.
 
O principal enfoque em O erro de Descartes é a relação entre emoção e razão. Baseado em meu estudo
de pacientes neurológicos que apresentavam deficiências na tomada de decisão e distúrbios da emoção,
construí a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio e poderia auxiliar
esse processo ao invés de, como se costumava supor, necessariamente perturbá-lo. Hoje em dia essa
ideia já não causa espécie, mas na época em que a apresentei muita gente estranhou, e mesmo a
recebeu com certo ceticismo. Tudo sopesado, a ideia, em grande medida, foi aceita e até, em certos
casos, acolhida com tanta sofreguidão que acabou deturpada. Por exemplo, nunca afirmei que a emoção
era um substituto para a razão, mas em algumas versões superficiais depreendia-se que minha ideia era
que se você seguisse o coração em vez da razão tudo daria certo.
 
Na verdade, em certas ocasiões a emoção pode ser um substituto para a razão. O programa de ação
emocional que denominamos medo pode afastar rapidamente do perigo a maioria dos seres humanos
com pouca ou nenhuma ajuda da razão. Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma
ameaça, e o mesmo pode acontecer a um humano. Aí é que está a beleza no modo como a emoção tem
funcionado no decorrer da evolução: ela abre a possibilidade de levar seres vivos a agir de maneira
inteligente sem precisar pensar com inteligência. Acontece que, nos humanos, essa história tornou-se
mais complexa, para o bem e para o mal. O raciocínio faz o que fazem as emoções, mas alcança o
resultado conscientemente. O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência antes de agir de
maneira inteligente, e isso é bom: descobrimos que muitos dos problemas que encontramos em nosso
complexo ambiente podem ser resolvidos apenas com emoções, porém não todos, e nestas ocasiões as
soluções que a emoção oferece são, na realidade, contraproducentes.
 
Mas como evoluiu nas espécies complexas o sistema de raciocínio inteligente? A proposta inovadora em
O erro de Descartes é que o sistema de raciocínio evoluiu como uma extensão do sistema emocional
automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio.
 
(O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano, 2012. Adaptado.)
 
O termo sublinhado em “nunca afirmei que a emoção era um substituto para a razão” (1º parágrafo)
pertence à mesma classe gramatical do termo sublinhado em:
a) “na época em que a apresentei muita gente estranhou” (1º parágrafo).
b) “O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência” (2º parágrafo).
c) “a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio” (1º parágrafo).
d) “com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio” (3º parágrafo).
e) “Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma ameaça” (2º parágrafo).
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218) 
219) 
VUNESP - Ag Info (SPTrans)/SPTrans/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder a questão.
 
Conforme as temperaturas aumentam, alguns grupos de pessoas são expostos a riscos. Idosos, por
exemplo, são particularmente sensíveis ao calor extremo; contudo, temperaturas mais altas podem
começar a afetar jovens e pessoas saudáveis.
 
(https://super.abril.com.br. Adaptado)
 
Conforme o sentido que estabelece no texto, a conjunção “contudo” pode ser substituída por
a) ou.
b) pois.
c) assim.
d) porém.
e) tanto que.
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VUNESP - ODP (DPE SP)/DPE SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
Democracia fraca afeta o PIB
 
Uma pesquisasobre o desenvolvimento de mais de 160 países com realidades políticas variadas, no
período de 1960 a 2018, comparou o desempenho de regimes democráticos com aqueles nos quais a
democracia é parcial, incompleta ou, em uma palavra, instável. A conclusão foi inequívoca: no longo
prazo, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita das chamadas democracias defeituosas, iliberais ou
híbridas cresceu cerca de 20% menos do que em regimes democráticos estáveis. A democracia é fator
de avanço econômico.
 
Os autores do estudo são economistas vinculados a instituições europeias: Nauro Campos, da
Universidade College London; Fabrizio Coricelli, da Paris School of Economics; e Marco Frigerio, da
Universidade de Siena. Segundo eles, uma das consequências negativas da instabilidade democrática é a
prevalência de visões de curto prazo. “A instabilidade induz a comportamento míope com o objetivo de
obter rendas no curto prazo e desconsiderar os efeitos a longo prazo”, diz o texto. Uma revisão
bibliográfica apontou que essa visão curto-prazista típica de regimes instáveis acaba diminuindo
investimentos no setor produtivo.
 
A democracia, segundo outro pesquisador citado no estudo, aumenta as chances de reformas
econômicas e de ampliação das matrículas na educação básica. Segundo o professor Nauro Campos, em
entrevista ao jornal O Globo, democracias frágeis e debilitadas prejudicam a execução de políticas
públicas. Um exemplo disso é a nomeação de pessoas despreparadas para órgãos técnicos que prestam
serviços à população. Esse tipo de problema, afirmou Campos, faz cair a confiança nas instituições.
 
O regime democrático prevê direitos civis, sociais, políticos e de propriedade. Capaz de solucionar
pacificamente conflitos por meio da política, em vez da guerra, a democracia é chave também para o
crescimento econômico.
 
(Opinião. https:/Avww.estadao.com.br/opiniao, 26.01.2023.Adaptado)
 
Considere as passagens:
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2347379
220) 
... O Produto Interno Bruto (PIB) per capita das chamadas democracias defeituosas, iliberais ou
híbridas cresceu cerca de 20% menos do que em regimes democráticos estáveis.
À democracia, segundo outro pesquisador citado no estudo, aumenta as chances de reformas
econômicas...
 
Nas passagens, empregam-se, correta e respectivamente, conjunções que estabelecem relações de
sentido de
a) causa e consequência.
b) consequência e finalidade.
c) comparação e explicação.
d) comparação e conformidade.
e) consequência e comparação.
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VUNESP - AFarm (SAME FM)/SAME FM/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Novembro de 1984. Um grupo de 14 mulheres está na estação de trem na cidade alemã de
Stuttgart prestes a pegar trens para suas respectivas casas. A cena está longe de ser um acontecimento
casual: é um ato incomum de libertação de pacientes que até poucas horas estavam internadas em um
prestigiado centro psiquiátrico.
 
Anne Kahl, alemã nascida em 1942 na cidade de Berchtesgaden e secretária da clínica, encarregava-se
de enviar essas mulheres para suas casas, onde continuariam seus tratamentos longe da reclusão
alienante nas instalações do excêntrico e brilhante psiquiatra Curtius Tauler.
 
Embora os nomes sejam todos fictícios e os prontuários inventados, a trama central do livro publicado no
Peru é real(a) e foi contada pela própria Anne Kahl à escritora peruana Teresa Ruiz Rosas, que anos
depois decidiu publicar essa história incrível em um romance, com o qual ganhou o Prêmio Nacional
Peruano de Literatura 2020.
 
Sobre o processo de escrita do romance, a autora explica: “o que eu inventei foram as histórias de cada
uma das 14 pacientes liberadas, porque eu não tive acesso aos prontuários,(b) e a Anne não me contou
por questão de sigilo profissional. Ademais, ela já morreu há muitos anos.(c) O que fiz foi refrescar minha
memória para escrever sobre isso.
 
Também é verdade que o psiquiatra deu às pacientes um sedativo para que pudessem voltar para casa.
Ele as havia preparado para que mais tarde pudessem ficar sem ele”.
 
O psiquiatra era um homem que poderia ter se aposentado oito anos antes, mas que continuou a dirigir
a clínica.(d)
 
A certa altura, quando ele queria se aposentar, não conseguia pensar em uma maneira melhor do que
fechar a clínica e mandar as pacientes para casa.(e)
 
Enquanto escrevia o romance, a autora conseguiu localizar o médico assistente-chefe. Ele já era
nonagenário, mas a recebeu. Ele ficou muito animado com o fato de que alguém estava escrevendo
sobre o tema e relatou que 14 mulheres foram liberadas. A escritora, até então, desconhecia o número
exato.
 
(Almudena de Cabo. A história das 14 mulheres liberadas de uma clínica psiquiátrica
na Alemanha que virou livro no Peru. www.bbc.com, 05.11.2022. Adaptado)
 
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221) 
Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque introduz a ideia de explicação no trecho em que
se encontra.
a) Embora os nomes sejam todos fictícios e os prontuários inventados, a trama central do livro
publicado no Peru é real…
b) … “o que eu inventei foram as histórias de cada uma das 14 pacientes liberadas, porque eu não
tive acesso aos prontuários…
c) … e a Anne não me contou por questão de sigilo profissional. Ademais, ela já morreu há muitos
anos.
d) O psiquiatra era um homem que poderia ter se aposentado oito anos antes, mas que continuou a
dirigir a clínica.
e) … não conseguia pensar em uma maneira melhor do que fechar a clínica e mandar as pacientes
para casa.
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VUNESP - Cd Soc (Sertãozinho)/Pref Sertãozinho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
Não é segredo para ninguém que o rato-toupeira-pelado – aquele roedor enrugado e quase sem pelos,
com longos dentes salientes – não é o animal mais atraente do planeta, mas essas criaturas compensam
sua pouca beleza com uma série de características extraordinárias que vêm chamando a atenção de
zoólogos e pesquisadores da medicina em todo o mundo.
 
Apesar do seu pequeno tamanho (que varia de 7,6 a 33 cm), o rato-toupeira-pelado vive, em média, 30
anos. O roedor é resistente a doenças crônicas, incluindo diabetes, e tem um notável sistema reprodutor.
 
Imunes às dores e ao envelhecimento, essas criaturas de aparência estranha vêm fascinando os
cientistas há muito tempo. Agora, as pesquisas estão revelando que eles podem deter a chave para
entender uma série de problemas que atinge os humanos, como o câncer e o envelhecimento.
 
Historicamente, estudamos ratos e camundongos para entender os segredos da biologia humana, mas os
cientistas acreditam que o rato-toupeira-pelado tem vantagens especiais para a pesquisa médica.
 
A biologia da espécie é incrivelmente única. Os ratos- -toupeiras-pelados são considerados “extremófilos”,
ou seja, eles conseguem sobreviver em ambientes extremos embaixo da terra, segundo o pesquisador
Ewan St. John Smith da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
 
Uma das suas características mais marcantes é a dificuldade de se dizer exatamente a idade de um rato-
toupeira- pelado, pois seus sinais de declínio físico são limitados. Enquanto os seres humanos podem
ficar cada vez mais enrugados, grisalhos ou suscetíveis a doenças crônicas, “os sinais comuns de
envelhecimento esperados na maioria dos mamíferos realmente não parecem acontecer nesses
roedores”, segundo Smith. Sua função cardíaca, composição do corpo, qualidade dos ossos ou
metabolismo não sofrem mudanças significativas.
 
(Frankie Adkins. O mamífero que não envelhece e pode ser a chave para
humanos vencerem o câncer. www.bbc.com, 07.01.2023. Adaptado)
 
No trecho “Apesar do seu pequeno tamanho (que varia de 7,6 a 33 cm), o rato-toupeira-pelado vive,
em média, 30 anos” (2º parágrafo), a expressão destacada estabelece entre as ideias relação de
a) adição, pois o tamanho do animal e seu tempo de vida são duas de suas características.
b) explicação, pois o tamanho do rato-toupeira-peladoé definido por seu tempo de vida.
c) conclusão, pois só é possível saber o tamanho do rato-toupeira-pelado determinando-se sua
idade.
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222) 
d) concessão, pois o tamanho do animal não condiz com o tempo relativamente longo que vive.
e) exemplificação, pois o tamanho do animal é um exemplo da sua capacidade de viver 30 anos.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Cidadania e Justiça
 
A cidadania, na lição do professor Dalmo de Abreu Dallari, expressa um conjunto de direitos que dá à
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
 
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar para a sua manutenção é dever de todo cidadão
responsável. É por meio da cidadania que conseguimos assegurar nossos direitos civis, políticos e sociais.
 
Ser cidadão é pertencer a um país e exercer seus direitos e deveres.
 
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no
governo. O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as
pessoas físicas e que, por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à
autoridade e ao exercício de direito.
 
O cidadão é membro ativo de uma sociedade política independente. A cidadania se diferencia da
nacionalidade porque esta supõe a qualidade de pertencer a uma nação, enquanto o conceito de
cidadania pressupõe a condição de ser membro ativo do Estado. A nacionalidade é um fato natural e a
cidadania obedece a um verdadeiro contrato.
 
A cidadania é qualidade e um direito do cidadão.
 
Na Roma Antiga, o cidadão constituía uma categoria superior do homem livre.
 
(Ruy Martins Altenfelder da Silva. Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 08.03.2023. Adaptado)
 
Considere as passagens do quarto parágrafo:
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los,
intervém no governo.
O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas
físicas e que, por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à
autoridade e ao exercício de direito.
 
Os trechos destacados expressam, correta e respectivamente, relações de sentido de:
a) conclusão e causa.
b) explicação e restrição.
c) conclusão e comparação.
d) explicação e finalidade.
e) adversidade e causa.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2472130
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223) 
224) 
Texto
 
Em noite de chuva, o Coldplay deu início à maratona de 11 shows que fará no Brasil com uma
apresentação exuberante em São Paulo nesta sexta-feira. A banda preencheu o estádio do Morumbi não
só de música, mas também com feixes de luz, cores, fogos de artifício e muita gritaria.
 
A turnê “Music of the Spheres Tour”, que celebra o último disco da banda, resgata também seus maiores
hits e músicas favoritas dos fãs. Após cerca de 15 minutos de atraso, os músicos subiram ao palco com
“Higher Power” e a plateia assistiu sob uma chuva de fitas coloridas e bolas gigantes. É uma introdução
apoteótica.
 
A grande surpresa do show foi a presença de Seu Jorge no palco com o Coldplay. O brasileiro cantou
sozinho o clássico do samba “Amiga da Minha Mulher” enquanto Chris Martin e os outros integrantes
tocavam os instrumentos.
 
(Folha de S. Paulo, 10.03.2023. Adaptado)
 
Na passagem do primeiro parágrafo – A banda preencheu o estádio do Morumbi não só de música, mas
também com feixes de luz, cores, fogos de artifício e muita gritaria. –, a relação de sentido entre as
orações é a mesma que se estabelece no período:
a) Durante a reunião, o diretor falou tanto que terminou a apresentação afônico.
b) A casa era, de fato, muito agradável, porém o valor do aluguel era muito alto.
c) É importante chegar cedo para que não se corra o risco de não ser atendido.
d) Todos já estavam no aeroporto e esperavam ansiosos a chegada dos amigos.
e) Os documentos foram devidamente organizados, conforme instruiu o chefe.
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VUNESP - Ag (Pref Pinda)/Pref Pindamonhangaba/Comunitário de Saúde/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de
suas terras e chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa
não saber em que ano nasceu: “Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca
de 30 anos, seu único documento, traz uma data fictícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita
importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo rumo”.
 
Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando
retorna, acende o fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que
são suas únicas companhias. “Também tinha alguns cachorros, mas a onça comeu”, informa,
acrescentando que “também caçava, matava e vendia o couro de onças, que valia muito, mas agora não
pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas a onça-pintada, típica do
Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.
 
Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido
falar a língua se estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com
a esposa Kristina Balykowa, também linguista, esteve com Vicente várias vezes.
 
Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira,
falecida no ano passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de
Vicente, André, e Dalva Maria de Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató
não falante e que aprendeu a língua com a sogra e amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2487240
225) 
226) 
Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua,
onde enterrou a mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em
ajudar a nova geração a se interessar pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua
língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com quem eu falava já morreram”.
 
(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató.
www.estadao.com.br, 16.12.2022. Adaptado)
 
No trecho – Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa… –, a palavra
destacada pode ser substituída sem prejuízo do sentido e da correção gramatical por:
a) Como
b) Mas
c) Mesmo
d) Porque
e) Entretanto
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo
que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus
arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito
anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar
autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras
letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às
lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem
amigo caminha depressa?” Chamava- me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora
meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contarque, para a minha idade,
possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro
elogio, gostava do elogio; era um elogio.
 
(Machado de Assis, Dom Casmurro)
 
Na passagem – Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um
elogio. –, o termo destacado estabelece entre as orações relação de sentido de
a) condição, podendo ser substituído por “caso”.
b) causa, podendo ser substituído por “uma vez que”.
c) concessão, podendo ser substituído por “embora”.
d) finalidade, podendo ser substituído por “para que”.
e) comparação, podendo ser substituído por “como”.
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VUNESP - Asst EPCC (EPC)/EPC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia a tira para responder à questão.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2488686
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2504056
227) 
(Caco Galhardo, “Daiquiri”. Folha de S.Paulo, 21.01.2023)
 
Sem prejuízo de sentido ao texto, o trecho destacado na frase do primeiro quadrinho – Mesmo sem
chocolate, minha barriga só cresce. – pode ser reescrito da seguinte forma:
a) Porque sem chocolate.
b) Inclusive sem chocolate.
c) Realmente sem chocolate.
d) Embora sem chocolate.
e) Porventura sem chocolate.
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VUNESP - Aux Adm (CIOESTE)/CIOESTE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
SP define limites pera barulho de obras
 
A Prefeitura de São Paulo estabeleceu limites para emissão de ruídos por obras de construção civil na
cidade. Anteriormente, o que havia na capital eram apenas normas que estabeleciam limites para a
emissão de ruído em determinadas partes da cidade, variando de acordo com o zoneamento e a hora.
Agora, decreto assinado pelo prefeito trata especialmente dos ruídos de obras, com horários decibéis
permitidos na construção civil Obras públicas estão excluídas das novas regras.
Pela nova regra, será aceita a emissão de sons e ruídos que chegue até 85 decibéis (dB), entre 7h e 19;
e de 59dB, 19h até as 7 h, durante dias úteis. Aos sábados, entre 8h e 14h,o limite é de B5dB, das 14h
até as 8h, baixa para 59 dB, nível que deve ser respeitado também nos domingos a feriados.
 
Há uma ressalva: caso a obra tenha o objetivo de evitar um colapso da infraestrutura municipal ou risco
à saúde, à vida e à integridade física da população,não há limites de emissão de ruído,
independentemente do local ou horário. Além das obras públicas, ficaram fora das novas regras impostas
pelo decreto trabalhos relativos à fase de movimentação de terra, fundação, demolição e estrutura,
realizadas entre The 19h, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados; bem como as atividades de
carga e descarga, desde que realizadas no per iodo compreendido entre 21 h e meia-noite, de segunda a
sexta-feira, exceto nos fins de semana e feriados.
 
A fiscalização da poluição sonora será feita pelos agentes do Programa de Silêncio Urbano (Psiu). Na
primeira infração, a multa é de R$10 mil. Caso, no prazo de um ano. a mesma obra desrespeite o
decreto, a multa dobra de valor. Na terceira vez. o infrator deve pagar R$ 30 mil e paralisar a construção.
 
O som de duas obras embalou boa parte da quarentena da jornalista Rafaela Martuscelli. Ela reclama dos
ruídos das furadeiras e da quebra dos pisos. Por causa do trabalho remoto, Rafaela passa grande parte
do dia em reuniões. Mas com a barulheira, ela passou a ficar mais silenciosa. Costuma falar só o básico e
responder ao que lhe perguntam. Agora. com as obras, optou por estudar apenas à noite. pois pode se
concentrar melhor.
 
(O Estado de S.Paulo, 29 de setembro de 2021. Adaptado).
 
Observa as passagens:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2525074
228) 
 
... caso a obra tenha o objetivo de evitar... (3º parágrafo)... Optou por estudar apenas à noite, pois
pode se concentrar melhor. (5º parágrafo)
 
As palavras em destaque estabelecem entre as orações, correta e respectivamente, relação de sentido
de:
a) condição e explicação.
b) conclusão e causa.
c) explicação e conclusão.
d) condição e oposição.
e) conclusão e explicação.
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VUNESP - AAE (Pref Sto André)/Pref Santo André/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
A ansiedade e a depressão presentes
 
Num relato, um pai preocupado contou que a filha, de 6 anos, desde o início da pandemia ficou
diferente: já não dorme mais em seu quarto, tem medo de muitas coisas, reclama de dor de cabeça e de
barriga, com frequência, come em demasia e tem um sono conturbado. O pediatra orientou a leva -la a
um psiquiatra, e este deu o diagnóstico de ansiedade.
 
Em um segundo relato, a mãe está aflita porque o filho de 11 anos está sempre quieto, o que a escola
também observou; além disso, pouco se relaciona, quer ficar no quarto, chora escondido, às vezes, e
sempre procura motivo para faltar à aula. Ela perguntou se pode pensar em depressão e se deve
procurar um psicólogo. Sim: ansiedade e depressão estão presentes na infância e na adolescência
também. Não é de hoje, mas foi principalmente após a pandemia que muitas famílias e escolas passaram
a ter olhar mais atento à saúde mental dos mais novos.
 
E a pandemia foi responsável por instalar ansiedade e depressão em muitos deles: segundo estudo de
2021 pela Faculdade de Medicina da USP, cerca de 36% de crianças e adolescentes apresentaram
sintomas desses quadros nesse período. Nesse caso, foi um evento externo que funcionou como estopim
para o aparecimento de tais sofrimentos. Rebeldia, desobediência, birra, agressividade, tristeza, por
exemplo, muitas vezes servem de base para diagnósticos.
 
O que pais e escola podem fazer? Não sei se é de seu conhecimento, leitor, mas assistência psicológica e
social na escola básica já é garantida pela Lei nº 13.935/2019 que, no entanto, ainda não tem sido
cumprida com responsabilidade pelo poder público. Psicólogos e assistentes sociais atuam, na instituição
escolar, com o grupo de educadores de cada unidade para garantir bom processo de aprendizagem e
promover a saúde mental.
 
Em casa, é interessante partir do conhecimento que pais têm – ou devem ter – de seu filho: sem esse
fator, qualquer mudança pode ser creditada a algum transtorno mental.
 
(Rosely Sayão, O Estado de S.Paulo, 16 de abril de 2023. Adaptado)
 
Observe as passagens:
 
• ... assistência social e psicológica na escola básica já é garantida pela Lei nº 13.935/2019 que, no
entanto, ainda não tem sido cumprida com responsabilidade...
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2552469
229) 
 
• Psicólogos e assistentes sociais atuam, na instituição escolar, com o grupo de educadores de cada
unidade para garantir bom processo de aprendizagem...
 
As expressões destacadas estabelecem entre as orações, correta e respectivamente, relações de sentido
de:
a) oposição e finalidade.
b) conclusão e causa.
c) oposição e concessão.
d) condição e oposição.
e) conclusão e finalidade.
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VUNESP - Ag (Pref Itapevi)/Pref Itapevi/Administração Pública/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Holocausto animal
 
Muitos sobreviventes do Holocausto passaram a traçar paralelos entre o que viveram no campo de
concentração e como tratamos os animais que comemos. O escritor Isaac Bashevis Singer, Nobel de
Literatura de 1978, escreveu: “Em relação aos animais, todas as pessoas são nazistas; para os animais, é
uma eterna Treblinka*”.
 
A ONG People for the Ethical Treatment of Animals passou a usar a analogia em 2006 nas suas
campanhas, o que causou indignação entre líderes judeus, incluindo o Museu do Holocausto americano.
 
Resgataram textos de outros sobreviventes e escritores de renome para ampliar o movimento. Edgar
Kupfer-Koberwitz, jornalista alemão também sobrevivente, escreveu em 1940: “Acredito que enquanto o
homem tortura e mata animais, ele também torturará e matará humanos, e guerras serão travadas.
 
De outro sobrevivente do Holocausto,Alex Hershaft: “Os nazistas fizeram com minha família e meu povo
o que fazemos com os animais que criamos para comer: a marcação ou tatuagem de números de série
para identificar as vítimas, o uso de vagões de gado para transportar as vítimas para a morte, o
alojamento lotado de vítimas em caixotes de madeira, a designação arbitrária de quem vive e quem
morre – o cristão vive, o judeu morre; o cão vive, o porco morre”.
 
Marguerite Yourcenar também escreveu que todo ato de crueldade sofrido por animais é um crime contra
a humanidade: “Se não aceitamos o transporte de seres humanos a campos de concentração, como
aceitaríamos o ‘desumano’ transporte de animais a matadouros?”.
 
Vira e mexe, meu check-up aponta falta de ferro e anemia. É grave. Uma solução é a eventual infusão de
soro com ferro, que mais se parece com uma frigideira vermelha líquida derretida que entra no sangue
em gotas.
 
Me receitaram alimentos de origem animal (coração de galinha, fígado, língua de boi, peixes, frutos do
mar, ovos, carnes e aves). Preciso de seu ferro e o da panela. Quero ser vegano. Difícil viver atualmente
sem se sentir um abusador de animais.
 
* Treblinka: quarto campo de extermínio alemão onde judeus foram exterminados em câmaras de gás.
 
(Marcelo Rubens Paiva, O Estado de S.Paulo, 10 de março de 2023. Adaptado)
 
Considere as seguintes passagens do texto:
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2554372
230) 
 … traçar paralelos entre o que viveram no campo de concentração e como tratamos os animais
que comemos.
 
 Resgataram textos de outros sobreviventes e escritores de renome para ampliar o movimento.
 
 Se não aceitamos o transporte de seres humanos a campos de concentração…
 
Os termos em destaque estabelecem relações entre as orações, encerrando, respectivamente, sentido de
a) comparação, explicação, condição.
b) modo, oposição, explicação.
c) explicação, condição, oposição.
d) modo, finalidade, condição.
e) comparação, finalidade, explicação.
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VUNESP - Tec CPDJ (TJM SP)/TJM SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Contrato de Namoro
 
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui
nenhuma regra que determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência
para enquadrar uma relação amorosa como união estável.
 
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja
duradoura, pública, contínua e com objetivo de constituir família.
 
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro,
é evidente que a Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
 
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as
partes vivam como se casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto.
 
Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir família.
 
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos
escolhem formular um Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e
apresentar tanto cláusulas comuns como outras adicionadas pelo casal.
 
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer
tipo de vínculo matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos
financeiramente; e a declaração de que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à
pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança. Por fim, os contratantes devem atestar que não
têm interesse em ter filhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá conversão do namoro em
união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
 
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por
finalidade regular essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os
indivíduos.
 
(Samira de Mendonça Tanus Madeira. https://www.estadao.com.br/politica/ blog-do-fausto-macedo/para-que-
serve-um-contrato-de-namoro-e-quaissao- os-reflexos-juridicos/?utm_source=estadao:mail&utm_medium=link
Texto publicado em 04.07.2023. Adaptado)
 
∙
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2624807
231) 
232) 
No trecho – Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma
relação de namoro … —, o termo destacado estabelece entre as ideias relação
a) adversativa, como em: Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união
estável…
b) adversativa, como em: … não haverá conversão do namoro em união estável, todavia os direitos
da criança serão resguardados.
c) causal, como em: … reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os
indivíduos.
d) conclusiva, como em: Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do
relacionamento…
e) conclusiva, como em: … e apresentar tanto cláusulas comuns como outras adicionadas pelo casal.
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VUNESP - Ag (Pref Guararapes)/Pref Guararapes/Controle de Endemias/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
(Fernando Gonsales. Níquel náusea: um tigre, dois tigres, três tigres. São Paulo: Devir, 2009)
 
Na frase – “E tem um cara que parece outro, mas você sabe que é o cara?” (3º quadro) –, o termo em
destaque introduz uma ideia de
a) oposição.
b) concessão.
c) adição.
d) conclusão.
e) explicação.
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VUNESP - Ag (Pref Guararapes)/Pref Guararapes/Controle de Endemias/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Para conseguir lidar com o luto pela perda precoce da mãe, aos 10 anos, o japonês Takeo Sawada
(1917-2004) começou a pintar. Ganhou um kit de desenho do pai, na cidade de Yuki, a 100 quilômetros
de Tóquio. Participou de duas exposições e, aos 12 anos, conquistou o Prêmio Imperial do governador da
província de Ibaraki. Contudo, com a promessa de uma vida melhor, decidiu emigrar para o Brasil, então
com 16 anos de idade, e seguir os passos dos familiares que se estabeleceram em Rancharia, no oeste
paulista.
 
Sem conhecer a língua portuguesa e os costumes do país, teve ajuda de um tio comerciante e trabalhou
em plantações de café e algodão. Sua sensibilidade artística foi aguçada pelos elementos da natureza, e
uma árvore frondosa de flores vermelhas foi a que mais chamou sua atenção: o flamboyant. Sawada
gostava de admirá-la, pintá-la e fotografá-la pela cidade, num convite à contemplação.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2648033
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2648039
233) 
Na década de 1970, fundou um curso de artes visuais para crianças. Ao longo de três décadas, cerca de
4 mil alunos — incluindo adultos — tiveram aulas com o sensei [mestre ou professor], que se tornou
referência em arte-educação. “Frequentei as aulas de Sawada em 1987, aos 25 anos. Lembro-me de sua
voz tranquila, dos óculos pendurados por um cordão e de muitos pincéis e lápis no bolso da camisa”,
recorda-se a artista visual Carmo Malacrida, uma das curadoras da exposição “À Sombra do Flamboyant:
Takeo Sawada”, em cartaz no Sesc Registro.
 
As aulas do artista incluíam desde passeios ao ar livre a exercícios de técnicas de desenho e pintura no
ateliê. Em entrevista a um canal de televisão, o próprio artista definiu sua atuação: “Ensinar criança não
é para criar artista, é para formar uma boa pessoa, uma pessoa de paz, de boa índole, que possa se
dedicar ao Brasil, à sociedade”. Inspirada pelo mestre, Carmo dá aulas de artes para crianças há 22 anos,
e diz que aprendeu com ele a ver o mundo de forma poética. “Ele nos preparava para a vida, queria que
criássemos livremente. Dizia para não termos medo do vazio do papel, que na folha grande há muito
espaço para desenhar e pintar”, conta.
 
(Luna D’Alama. Da cerejeira ao flamboyant. Revista E, maio de 2023. Adaptado)
 
Considere as frases.
 
• Para conseguir lidar com o lutopela perda precoce da mãe...
 
• ... decidiu emigrar para o Brasil, então com 16 anos de idade, e seguir os passos dos familiares...
 
Os vocábulos em destaque expressam, correta e respectivamente, os sentidos de
a) causa e origem.
b) meio e tempo.
c) causa e tempo.
d) origem e afirmação.
e) meio e modo.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
(Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Folha de S. Paulo. 11.04.2002)
 
Em “Eu estaria mentindo se dissesse que o reino era perto, pois o reino era realmente distante mesmo!”
(3 º quadro), os termos destacados expressam, correta e respectivamente, as ideias de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2717631
234) 
a) consequência e causa.
b) causa e conclusão.
c) explicação e consequência.
d) conclusão e condição.
e) condição e explicação.
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VUNESP - GCM (Osasco)/Pref Osasco/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder à questão.
 
China ultrapassa os EUA na produção científica
Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas
publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita
dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que
faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que
a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para
eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e
seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque
a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de
produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a
liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga
manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso
mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de
manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia.
Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em
princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a
economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.
* Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da
economia.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/
2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml.
31.12.2021. Adaptado)
A expressão destacada em negrito na passagem do segundo parágrafo “A China tem uma população
quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior.”
estabelece relação com sentido de
a) consequência.
b) comparação.
c) proporção.
d) condição.
e) oposição.
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235) 
236) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
O que existe de comum entre os Beatles e Ary Barroso?
 
Ary Barroso foi um dos maiores compositores da música popular brasileira. Sempre lembrado pela
Aquarela do Brasil, ouvida e executada em escala planetária, e também por Bahia, o nome que o mundo
deu à Na Baixa do Sapateiro, Ary deixou como legado um vastíssimo songbook que atravessa o tempo
com sua indiscutível qualidade.
 
Ary Barroso morreu cedo. Tinha somente 60 anos e estava hospitalizado na fase final da cirrose hepática
provocada pelo alcoolismo. Sua morte ocorreu num domingo de carnaval, no momento em que as
escolas de samba desfilavam no centro do Rio de Janeiro. A notícia enlutou os foliões.
 
Já os Beatles nasceram para o mundo quando conquistaram os Estados Unidos. Antes disso, haviam
conquistado o Reino Unido e começavam a fazer sucesso em vários países da Europa.
 
Os rapazes estavam em Paris quando receberam a notícia: I Wanna Hold Your Hand estava em primeiro
lugar nas paradas dos Estados Unidos. Os Beatles foram a Nova York e se apresentaram no programa de
Ed Sullivan. Foram vistos, naquela noite, por uma audiência de mais de 70 milhões de pessoas.
 
E o que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? Uma data. O domingo nove de fevereiro de 1964.
Na noite daquele domingo de carnaval, enquanto morria Ary Barroso, os Beatles nasciam para o mundo.
 
(Sílvio Osias, “O que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? O colunista revela”. Em:
https://jornaldaparaiba.com.br/cultura, 09.02.2022. Adaptado)
 
Na frase final do texto – Na noite daquele domingo de carnaval, enquanto morria Ary Barroso, os
Beatles nasciam para o mundo. – a relação de sentido estabelecida pela conjunção destacada e a relação
de sentido estabelecida entre as formas verbais “morria” e “nascia” são, correta e respectivamente,
de:
a) consequência e inclusão.
b) proporção e exclusão.
c) tempo e oposição.
d) finalidade e simultaneidade.
e) conclusão e equivalência.
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VUNESP - Ass Adm (Docas PB)/Docas PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
Os distúrbios da ignorância
 
O calor sufocante dos últimos dias, seguido de chuva intensa e temporais, é a cicatriz visível do horror
das mudanças climáticas. Boa parte da área metropolitana de São Paulo inundou, morros deslizaram e
mataram dezenas de pessoas, ruas viraram rios, mas nos limitamos a lamentar ou a nos surpreender,
como se o queixume sanasse o mal que cada um de nós ajuda a formar no dia a dia.
 
As marcas profundas das mudanças do clima aí estão, agravadas pela miséria das populações
suburbanas, mas insistimos em ignorar as causas profundas da brutalidade. Na ciência, há consenso
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2029131
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2029168
237) 
sobre o perigo da crise climática e a devastação que provoca gradativamente na agricultura, ao alterar os
períodos de plantio e safra, levando à queda na produção de alimentos. E o fantasma da fome ronda o
planeta!
 
O aquecimento global, com invernos cada vez menos frios, derruba geleiras no Ártico e na Antártica,
elevando o volume dos mares e estreitando nossas praias de veraneio. Em pontos do litoral paulista e em
Santa Catarina, a situação já é visível a olho nu, mas optamos pela falsa “solução” de construir aterros.
 
Na Amazônia, onde antes chovia todos os dias ao final das tardes, agora já houve seca. No outro canto
do mundo, na gélida Sibéria faz calor em pleno inverno.
 
Continuamos aferrados a ultrapassadas visões, poluindo nossas cidades com o monóxido de carbono dos
automóveis, desinteressados em desenvolver motores elétricos. Dominamos a tecnologia sem interesse
em implementá-la, porém.
 
As advertências e os alertas não partem só da ciência, mas também do Papa Francisco ao asseverar que
é criminoso e obsceno destruir a obra divina da natureza em nome da cobiça de um capitalismo
predatório, alucinado por lucro fácil.
 
(Flávio Tavares, “Os distúrbios da ignorância”. https://opiniao.estadao.com.br/, 04.02.2022. Adaptado)
 
Considere as passagens do texto.
 
Dominamos a tecnologia sem interesse em implementá-la, porém.
As advertências e os alertas não partem só da ciência, mas também do Papa Francisco...
No contexto em que estão empregadas, as expressões destacadas expressam,correta e
respectivamente, sentido de
a) oposição e adição.
b) conclusão e comparação.
c) oposição e finalidade.
d) condição e comparação.
e) conclusão e adição.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A China quer colocar um fim ao que o governo define como “cultura de celebridades”. Para isso,
prepara um arcabouço legal a fim de boicotar “artistas que transgrediram a moralidade social”.
 
O Escritório da Comissão Central de Assuntos do Ciberespaço anunciou em uma circular que vai proibir
“atos irracionais de idolatria” na internet. O texto é recheado de adjetivos e critica a “estética anormal”
de celebridades, “responsáveis por deteriorar valores dominantes” da sociedade chinesa. Além disso,
reguladores prometeram criar uma lista com celebridades envolvidas em “escândalos vulgares e histórico
de comportamentos antiéticos”.
 
“Histórias não comprovadas sobre artistas ou atos irracionais de idolatria, entre outros conteúdos, serão
proibidos na internet”, reportou a agência de notícias oficial Xinhua. Famosos também estão proibidos de
“ostentar riqueza ou prazeres extravagantes” nas redes sociais.
 
(www.folha.uol.com.br. 26.11.2021. Adaptado)
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2039693
238) 
Na passagem – ... proibidos de “ostentar riqueza ou prazeres extravagantes” nas redes sociais. –, a
conjunção destacada estabelece relação de:
a) adição.
b) conclusão.
c) alternância.
d) adversidade.
e) explicação.
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VUNESP - SEsc (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder à questão.
 
Vozes ao ouvido
 
Céu e mar estão competindo pelo azul nesta primavera carioca – um azul de tinteiro, de caneta Parker.
Todas as manhãs, o calçadão Ipanema-Leblon transborda de gente contente por apenas estar ali,
exercendo o seu direito de viver. É gente de vários estratos, idades, cores, línguas e de todos os estilos
de caminhar ou correr. A exceção é a minoria que, indiferente ao azul, caminha atracada ao celular, o
cenho franzido, discutindo coisas inadiáveis.
 
Minoria na orla, mas maioria ao redor. No próprio calçadão, já vi um sem-teto em andrajos, sentado na
escadaria do Leblon, falando ao celular. Sentei-me ao seu lado como quem não quer nada, tentando
ouvir retalhos da conversa. Falava numa língua que eu não entendia, talvez português. Tudo bem, o
importante era o homem falando ao celular – o meio era a mensagem.
 
Há pouco, num shopping, um menino de quatro ou cinco anos levava ao ouvido um ursinho de pelúcia.
Não sei se o ursinho tinha um celular embutido. Podia ser como o menino enxergava os adultos – todos
com um objeto à orelha – e achasse que aquela era a maneira de usar o mundo.
 
Não seria uma visão absurda. Descendo no Aeroporto Santos-Dumont na semana passada, eu era o
único passageiro sem o telefone ao ouvido. Em vez disso, trazia na mão um objeto outrora tão popular
quanto o celular: um livro. Por acaso, uma edição de bolso do clássico “Memórias de um Sargento de
Milícias”.
 
Instintivamente, repeti o gesto de todo mundo e levei o livro à orelha. E, então, deu-se o milagre. Escutei
a voz dos personagens de Manuel Antonio de Almeida. Vozes vindas de um tempo remoto – mas que
chegavam a mim com incrível nitidez.
 
(Ruy Castro. A arte de querer bem - Crônicas. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2018. Excerto adaptado)
 
Para responder à questão a seguir, considere a seguinte passagem do 1o parágrafo:
 
Todas as manhãs, o calçadão Ipanema-Leblon transborda de gente contente por apenas estar ali,
exercendo o seu direito de viver. É gente de vários estratos, idades, cores, línguas e de todos os
estilos de caminhar ou correr.
 
O termo destacado na frase – ... gente contente por apenas estar ali... – exprime a noção de
a) causa.
b) modo.
c) posse.
d) tempo.
e) oposição.
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239) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder à questão.
 
A era da dispersão
 
Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais
de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.
 
Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso
tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e
diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.
 
Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar
para debaixo do tapete.
 
Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela
simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para
retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá
grande diferença. Esse não é o ponto central.
 
O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google,
James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago
para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele
mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o
problema.
 
Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um
de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas
sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser
milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade
como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria
atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.
 
A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de
um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do
Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu.
A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação
do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira
capaz de capturar nossa atenção.
 
(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
 
Considere a passagem:
 
Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.
 
Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos
empurrar para debaixo do tapete.
 
A ideia de oposição que se estabelece entre as duas passagens permanece preservada com a introdução,
no segundo parágrafo, da seguinte expressão em destaque:
a) Entretanto sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí...
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2173778
240) 
241) 
b) Conforme sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí...
c) Porque sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí...
d) Por isso sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí...
e) De modo que sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí...
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VUNESP - AgSP (Pres Prudente)/Pref Pres Prudente/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
Depois de mais de três décadas sem registrar um caso de poliomielite, o Brasil convive, em pleno século
21, com a perspectiva desoladora do ressurgimento da doença.
 
O país foi incluído pela Organização Pan- Americana de Saúde, ao lado de Bolívia, Equador, Guatemala,
Haiti, Paraguai, Suriname e Venezuela, noinglório rol de nações do continente com alto risco de retorno
da moléstia viral.
 
O alarme com relação à doença, que em suas formas mais graves compromete o sistema nervoso,
causando paralisia permanente dos membros, decorre da cobertura vacinal insuficiente.
 
Como regra, epidemiologistas preconizam que 95% do público-alvo – de bebês de 2 meses até crianças
de 5 anos – precisa ser imunizado para impedir a circulação da pólio. Desde 2015, no entanto, há piora
por aqui.
 
(Editorial, Folha de S.Paulo, 14.12.2021. Adaptado)
 
Na frase final do texto – Desde 2015, no entanto, há piora por aqui. –, a conjunção destacada expressa
sentido de
a) adversidade, podendo ser substituída por “todavia”.
b) conclusão, podendo ser substituída por “portanto”.
c) comparação, podendo ser substituída por “assim”.
d) tempo, podendo ser substituída por “por enquanto”.
e) explicação, podendo ser substituída por “pois”.
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VUNESP - Vest (FICSAE)/FICSAE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o trecho inicial do livro A simples beleza do inesperado, do físico Marcelo Gleiser, para
responder à questão.
 
Quando discutimos a questão da vida em outros mundos, é essencial fazermos uma distinção clara entre
criaturas vivas e criaturas vivas e inteligentes. Muita gente imagina que se houver vida num planeta ou
na Lua, será inteligente. Ou, se ainda não for, mais cedo ou mais tarde será. Essa postura supõe que a
vida necessariamente leva à inteligência, isto é, que a teoria da evolução de Darwin prevê que a
inteligência seja o destino natural da vida: a vida começa simples, microbial, mas, uma vez que germina,
eventualmente evolui até chegar a criaturas inteligentes. Essa é uma expectativa razoável. Afinal, foi o
que ocorreu aqui. Sabemos que a inteligência oferece uma série de vantagens evolucionárias. Por
exemplo, nós, como a espécie mais inteligente do planeta, controlamos o destino das outras espécies. Se
quiséssemos, poderíamos matar todos os tigres que existem para fazer tapetes. (Ninguém disse que
inteligência e sabedoria são a mesma coisa.) Dado que o objetivo central da vida é se reproduzir, não é
óbvio que a inteligência seja o objetivo final na evolução das espécies?
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2207497
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2218462
242) 
Não é. A vida é um experimento contínuo, em que as espécies tentam sobreviver da melhor forma
possível de acordo com a lei da seleção natural. A vida não tem um plano ou um objetivo final. (Em
termos mais técnicos, ela não tem uma missão teleológica em que o objetivo final justifica os meios.)
Quando uma espécie está bem adaptada ao ambiente em que existe, a maioria das mutações (que é o
processo genético que permite que as espécies mudem) tem consequências devastadoras.
 
As mudanças (as ditas mutações) ocorrem aleatoriamente, quando a informação genética é passada de
geração em geração. Como exemplo, considere o que ocorreu na Terra, onde a vida existe há pelo
menos 3,5 bilhões de anos. Durante os primeiros 3 bilhões de anos, a vida era relativamente simples,
composta apenas de seres unicelulares. Digo relativamente simples porque, mesmo com os seres
unicelulares, houve uma mudança radical em complexidade quando as células procariotas sofreram
mutações que, gradualmente, deram origem a células eucariotas. Mesmo que a transformação das
células procariotas em eucariotas continue sendo um mistério, a vida se restringiu a seres unicelulares
durante seus 3 bilhões de anos na Terra.
 
As mudanças em direção a formas de vida mais complexas começaram com a oxigenação gradual da
atmosfera, graças à ação fotossintética de nossos ancestrais procariotas. Nós — assim como todos os
animais multicelulares — devemos nossa existência a mutações acidentais que levaram bactérias
unicelulares a consumir o gás carbônico que existia em abundância na atmosfera primordial da Terra e
expelir oxigênio.
 
(A simples beleza do inesperado, 2016. Adaptado.)
 
“Mesmo que a transformação das células procariotas em eucariotas continue sendo um mistério, a vida
se restringiu a seres unicelulares durante seus 3 bilhões de anos na Terra.” (3o parágrafo)
 
Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada expressa ideia de
a) consequência.
b) concessão.
c) causa.
d) comparação.
e) condição.
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VUNESP - Aux Per (PC RR)/PC RR/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Mais um massacre
 
No sábado (14.05), um jovem de 18 anos dirigiu seu carro por cerca de 300 km até um supermercado
localizado em Buffalo, no estado americano de Nova York. Com um rifle semiautomático nas mãos, abriu
fogo contra pessoas que estavam dentro e fora do estabelecimento, matando dez e ferindo três.
 
Embora as motivações do massacre ainda estejam sob investigação, suspeita-se que Payton Gendron
tenha sido estimulado, em seu ato insano e abominável, por teorias racistas conspiratórias que têm
deixado as franjas do extremismo para ganhar cada vez mais adeptos nos Estados Unidos.
 
Se o ominoso extremismo de direita aparece como provável motivação do atentado em Buffalo, é o
acesso praticamente irrestrito a armas, inclusive às de uso militar, que torna morticínios do tipo tão
comuns nos EUA. O tiroteio de sábado foi o 198o, somente neste ano, no qual ao menos quatro pessoas
foram mortas ou feridas, segundo a ONG Gun Violence Archive.
 
O fato de Gendron ter sido submetido a uma avaliação mental há pouco menos de um ano, em razão de
uma ameaça de ataque suicida feita quando era estudante, e ainda assim conseguir comprar legalmente
um rifle de altíssima letalidade, exemplifica bem a permissividade da legislação do país.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313906
243) 
 
Calcula-se que existam em solo americano cerca de 120 armas para cada 100 habitantes, fazendo dos
EUA, de longe, o líder mundial em número per capita.
 
Apesar do firme compromisso do presidente Joe Biden com a reforma das leis sobre o tema, as principais
iniciativas para tornar mais restrito o acesso acabam barradas num Congresso em que o lobby
armamentista tem grande peso.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 17.05.2022. Adaptado)
 
Na oração – Embora as motivações do massacre ainda estejam sob investigação… –, a expressão
destacada estabelece relação de sentido de
a) concessão, o qual também está expresso em: Apesar do firme compromisso do presidente Joe
Biden com a reforma das leis sobre o tema…
b) comparação, o qual também está expresso em: … que estavam dentro e fora do estabelecimento,
matando dez e ferindo três.
c) adversidade, o qual também está expresso em: … inclusive às de uso militar, que torna
morticínios do tipo tão comuns nos EUA.
d) condição, o qual também está expresso em: Se o ominoso extremismo de direita aparece como
provável motivação do atentado em Buffalo…
e) finalidade, o qual também está expresso em: … para ganhar cada vez mais adeptos nos Estados
Unidos.
 
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VUNESP - ACom (C Limpo Pta)/CM Campo Limpo Pta/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia a crônica de Marcos Rey para responder à questão.
 
Gente que vai à feira
 
A feira é a praia do paulistano. Muita gente vai mais para tomar sol e encontrar amigos. Compras, um
pretexto. A que frequento, a do Pacaembu, tem até areia, devido a obras da prefeitura.
 
Em minha infância, a feira representava um castigo. Minha mãe sempre me levava à do Arouche, então a
mais espaçosa e tradicional da cidade, para ajudar a carregar as cestas. Eu, que tinha o privilégio de ir
ao cinema mais vezes do que qualquer garoto da rua, não podia negar-lhe essa ajuda. Sofria. Sofrimento
já sentido na sexta à noite, porque sabia o que me esperava na manhã seguinte. Para que eu não fizesse
cara feia, ela me comprava maçã, tremoço e rapadura. Dinheiro perdido. Nada compensava a chateação.
 
Já na mocidade, a feira novamente veio ao meu encontro, pois instalaram uma justamente na rua onde
eu morava, nos Campos Elísios.Às 4 da matina, os caminhões começavam a descarregar toneladas de
mercadorias debaixo da minha janela. Dava para dormir?
 
Somente décadas depois me reconciliei com esse tipo de comércio. Minha mulher é que, aos poucos, me
foi revelando o encanto e os inesperados das feiras. A graça e mesmo a poesia que resultam dessa
atividade a céu aberto. Para ela, os feirantes são gente boa, todos saudáveis, alegrões e solidários. E
sabem preencher qualquer espaço com um gostoso clima de descontração. Minha mulher conhece a
maioria pelo nome. Se por acaso esqueceu o cartão, pode levar a compra assim mesmo.
 
Na feira, de longe se distinguem as pessoas honestas. São as paredes, os recintos fechados, talvez, que
camuflam o mau-caratismo. Entre os feirantes, na transparência da manhã, a má intenção logo é
flagrada e muitas vezes acaba em corrida e pescoção.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2327566
244) 
Atualmente, feira deixou de ser coisa só de mulher. E elas próprias já não as frequentam sem antes um
encontro com o espelho. Alguma displicente vaidade matutina se faz necessária.
 
(Coleção melhores crônicas: Marcos Rey. Seleção de Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado.)
 
Considere o trecho reescrito com base no texto.
 
Para que eu não fizesse cara feia, ela me comprava maçã, tremoço e rapadura, 
, tentasse me agradar, era dinheiro perdido nada compensava a chateação. A fim
de se manter o sentido original do texto, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
por:
a) no entanto ... ainda que ... uma vez que
b) como ... embora ... de modo que
c) porém ... sem que ... visto que
d) se ... mesmo que ... pois
e) todavia ... para que ... quando 
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VUNESP - Ag (CM Olímpia)/CM Olímpia/Legislativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Nossa má educação cria um abismo entre os brasileiros e as profissões do futuro
 
De tempos em tempos, vemos estudos e listas sobre as chamadas “profissões do futuro”. Elas nos
enchem os olhos, com atividades incríveis e inspiradoras. Infelizmente a maior parte das pessoas jamais
exercerá qualquer uma dessas carreiras, pois não tem elementos básicos em sua formação para
desempenhar suas tarefas. Nosso sistema de ensino e nossa cultura não são organizados para oferecer a
crianças, jovens e adultos as habilidades necessárias para isso.
 
Para as profissões que debutam com grande pompa e muitas novidades, naturalmente não existe
formação específica. A escola precisa de um tempo para a criação de cursos, e isso só acontece depois
que um novo ofício está consolidado. Portanto, se se almeja qualquer um desses incríveis trabalhos, a
habilidade mais desejada é o amor pelo aprendizado. Com ela, o candidato descobrirá e fará muitos
cursos específicos, para combinar seus conteúdos e construir o arcabouço intelectual necessário.
 
As “profissões do futuro” são tão incríveis porque elas saem do óbvio. Desafiam os indivíduos a pensar e
a fazer diferentemente o que já existe ou criar algo completamente novo, que trará um grande benefício
à sociedade.
 
A digitalização já afetou todas as profissões e esse é um movimento que cresce exponencialmente. Não
há como resistir à mudança. Pelo contrário, qualquer que seja a área do ofício, o domínio de habilidades
normalmente associadas às Exatas, como raciocínio lógico, análise de dados, entendimento de sistemas
ou estatística ficam mais e mais importantes. Da mesma forma, habilidade de Humanas, como
comunicação, pensamento crítico, trabalho em equipe e empatia também se tornam essenciais para
trabalhadores de todas as áreas, e não apenas nas Humanidades.
 
Portanto as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras, e as que morrem são as mais
operacionais e repetitivas. É por isso que nossas escolas precisam formar profissionais para o primeiro
grupo, e não para o segundo. A discussão do futuro do trabalho deve passar necessariamente pela do
futuro da educação.
 
(Paulo Silvestre. https://brasil.estadao.com.br/. 01.02.2021. Adaptado)
 
Considerando a relação de conclusão presente no trecho do parágrafo “Portanto as profissões que
nascem são mais analíticas e inovadoras...”, o termo destacado está corretamente substituído, sem
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2342345
245) 
prejuízo de sentido ao texto, em:
a) Logo as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras...
b) Porque as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras...
c) Todavia as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras...
d) Enquanto as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras...
e) Se as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras...
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VUNESP - Moto (Fernandópolis)/CM Fernandópolis/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Pessoas com insônia correm maior risco de desenvolver problemas cognitivos
 
Um novo estudo finlandês concluiu que pessoas que sofrem de insônia têm um risco maior de
desenvolver problemas cognitivos ao longo da vida. A pesquisa envolveu 3748 participantes, que foram
acompanhados por cerca de 15 anos após suas avaliações originais.
 
Os problemas cognitivos ligados à insônia podem incluir problemas de memória, concentração e
capacidade de aprendizado. Os pesquisadores consideraram outros fatores de saúde conhecidos por
estarem ligados ao declínio cognitivo na velhice, como pressão alta, colesterol alto, obesidade, diabetes,
depressão e um baixo nível de atividade física, e ainda assim confirmou-se a associação entre insônia e
problemas cognitivos. Eles explicam que, quanto mais tempo durar a insônia, piores serão essas funções
cerebrais com o passar dos anos, ao passo que, se os sintomas da insônia diminuírem, a função cognitiva
tende a ficar mais saudável na vida adulta.
 
Alguns participantes que estavam na meia-idade e empregados no início do estudo já haviam se
aposentado na fase final da pesquisa. “Nossos resultados mostraram que os sintomas de insônia já na
idade ativa podem aumentar o risco de declínio cognitivo na idade da aposentadoria”, explicam os
pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia.
 
A pesquisa alerta ainda que tratar a insônia mais cedo poderia evitar problemas de saúde do cérebro e
até doenças como Alzheimer, embora não seja suficiente para mostrar a causa de forma conclusiva.
“Com base em nossas descobertas, a intervenção precoce para combater os sintomas de insônia ou
medidas destinadas a melhorar a qualidade do sono seriam justificadas”, diz a médica da Universidade de
Helsinque, Tea Lallukka, em comunicado.
 
A equipe ressalta ainda que existem várias maneiras de melhorar a qualidade do nosso sono, tais como:
ter um ritmo de sono mais regular, garantir um bom ambiente de sono (em termos de temperatura e
iluminação) e cuidar dos hábitos alimentares.
 
(Revista Galileu, 25.05.22. Adaptado)
 
Considere o trecho:
 
“A pesquisa alerta ainda que tratar a insônia mais cedo poderia evitar problemas de saúde do cérebro e
até doenças como Alzheimer, embora não seja suficiente para mostrar a causa de forma conclusiva”
 
É correto afirmar que o vocábulo em destaque introduz uma afirmação que
a) complementa a afirmação anterior e pode ser substituído por “além disso”.
b) expressa uma concessão em relação à afirmação anterior e pode ser substituído por “ainda
que”.
c) se opõe à afirmação anterior e pode ser substituído por “no entanto”.
d) apresenta a consequência da afirmação anterior e pode ser substituído por “de modo que”.
e) nega a afirmação anterior e pode ser substituído por “nem que”.
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246) 
247) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder a questão.
 
Um telefone sempre toca na hora errada
 
Desenvolvi um tipo de fobia social muito específica. Pertenço à categoria cada vez mais numerosa de
gente queodeia atender o telefone. Pior ainda: odeio que ele toque. Toda vez que meu telefone vibra
fico ao mesmo tempo surpreso e irritado, como se o aparelho estivesse indo além da sua alçada. Olho
para ele como olharia para uma geladeira que começasse a tocar sanfona: “Não foi para isso que eu te
comprei”.
 
Talvez o incômodo venha do motivo da ligação. Em 99% dos casos, trata-se de um número desconhecido
tentando me vender um cartão de crédito. Mas também sofro quando ligam de casa. Ou do trabalho. Um
telefone tocando sempre incomoda.
 
Não lembro se já era assim antes do WhatsApp, mas tenho certeza de que o desprezo ao telefonema
piorou depois que ele começou a rarear. Quanto menos um telefone toca, mais chateia quando toca. A
raridade da ligação gerou uma alergia ao toque. Um telefone, quando toca, sempre toca na hora errada.
Hoje uma ligação sempre pega o ser humano de surpresa. Resultado: minha geração perdeu os macetes
da ligação telefônica. Falamos ao telefone com pausas esquisitas, nunca sabemos quando desligar.
 
Os defensores da ligação argumentam: telefone é bom porque você resolve na hora. Sim. Esse é o
problema. Não quero resolver nada na hora. Que pesadelo uma tecnologia que serve para te obrigar a
resolver coisas na hora.
 
Já que é para ressuscitar velhas tecnologias, queria sugerir que voltássemos todos para o e-mail. A
correspondência epistolar permite que cada um tome o tempo que quiser para responder – ou
simplesmente não responder.
 
Um e-mail tem essa grande vantagem: nem sempre chega. Uma tecnologia que se preze tem que falhar.
Um e-mail sempre pode ter se extraviado. Saudade de quando a comunicação não funcionava tão bem.
O sucesso das relações humanas depende de uma tecnologia pouco confiável.
 
(Gregorio Duvivier. https://www1.folha.uol.com.br/. 08.02.2022. Adaptado)
 
Os dois-pontos da frase do último parágrafo – Um e-mail tem essa grande vantagem: nem sempre
chega. – podem ser substituídos, sem prejuízo de sentido ao texto original, pela conjunção destacada
em:
a) Um e-mail tem essa grande vantagem, pois nem sempre chega.
b) Um e-mail tem essa grande vantagem, todavia nem sempre chega.
c) Um e-mail tem essa grande vantagem, quando nem sempre chega.
d) Um e-mail tem essa grande vantagem, contudo nem sempre chega.
e) Um e-mail tem essa grande vantagem, portanto nem sempre chega.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder a questão.
 
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248) 
O chato
 
Outro dia conversava com uma senhora que me falava sobre seu filho de 25 anos. Ela me disse que o
filho adora ler. Que lê poesia desde menino. Que conhece a obra e a biografia de grande parte dos
escritores gaúchos. Que não errou uma única questão na prova de literatura, quando fez vestibular. Que
não consegue pegar no sono sem antes ler ao menos algumas linhas. E aí ela me alertou: “Mas não é
chato!”.
 
E continuou justificando: disse que o filho adorava sair à noite, escutava rock, viajava bastante e tinha a
cabeça super boa. Não era chato. Tive que rir. Por que ele seria?
 
A gente se apega aos estereótipos e não repara no quanto eles podem ser equivocados. Coloque um
livro na mão de um rapaz e logo o imaginamos dentro de uma camisa trancafiada até o último botão,
óculos fundo de garrafa e o ombro meio curvado. Provavelmente é antissocial, só escuta música barroca
e vive citando Platão. Não parece mesmo muito divertido.
 
Quem é viciado em leitura também pode gostar muito de fazer musculação, ouvir U2, viajar, saltar de
paraquedas, trabalhar com fotografia, todas essas coisas empolgantes que parece que só os não chatos
têm acesso.
 
O pecado do chato é a oratória. Ele fala muito. Fala sobre assuntos que não nos interessam em nada. Ou
até nos interessam, mas não naquela hora. O chato não tem timing*.
 
Uma pessoa pode adorar culinária e ser extremamente agradável ao falar dos pratos exóticos que
experimentou em Cingapura, mas vai ser um chato se ficar dissertando sobre as propriedades malignas
de um hambúrguer. E uma pessoa pode detestar ler e ainda assim ser extremamente agradável
dançando, conversando sobre informática, contando suas experiências com a yoga.
 
Livro nos dá conhecimento, uma visão mais aberta da vida e nos ensina a escrever melhor. Não nos torna
chatos nem nos salva de sê-los.
 
(Martha Medeiros. Montanha russa: crônicas – Porto Alegre, RS: L&PM, 2016. Excerto adaptado)
 
*Timing: habilidade para fazer certas coisas, para adotar determinadas medidas, no momento mais adequado ou
oportuno.
 
Para responder a questão, considere a passagem do penúltimo parágrafo:
 
Uma pessoa pode adorar culinária e ser extremamente agradável ao falar dos pratos exóticos que
experimentou em Cingapura, mas vai ser um chato se ficar dissertando sobre as propriedades
malignas de um hambúrguer.
 
O termo destacado na frase – ... mas vai ser um chato se ficar dissertando... – introduz, em relação ao
que é enunciado anteriormente, a ideia de
a) causa.
b) adição.
c) oposição.
d) condição.
e) concessão.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Aulas sem volta
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249) 
 
O início do ano letivo oferece nova oportunidade para o Brasil enfim começar a reverter o desastre
educacional produzido no último biênio de pandemia, período em que os estudantes perderam enorme
parcela das aulas presenciais.
 
Trata-se de tarefa urgente. Como se a educação não constasse das prioridades, o país figurou entre
aqueles que mais tempo ficaram com as escolas fechadas no mundo, com impactos não apenas sobre o
aprendizado mas também sobre a sociabilidade e a nutrição de uma legião de jovens.
 
O recurso paliativo do ensino remoto falhou de modo fragoroso. Segundo pesquisas, o fechamento
prolongado das escolas afetou de modo grave a progressão dos estudantes, implicando até regressão no
aprendizado, aumentou o risco de abandono escolar e elevou a desigualdade educacional entre alunos
de estabelecimentos públicos e privados.
 
Merece todo o apoio, portanto, a decisão das redes de ensino de 18 estados e do Distrito Federal de
retornarem neste ano com aulas presenciais obrigatórias.
 
Os desafios à frente, que já seriam grandes em condições normais, ganham proporções maiores. O
primeiro e mais óbvio deles é o provimento de um ambiente seguro para professores e alunos.
 
No plano educacional, deve-se dar atenção especial à questão da evasão, que apresentou piora
expressiva durante a pandemia, fruto tanto do desinteresse dos estudantes como da necessidade de
contribuir com a renda familiar. Estratégias para trazer esses alunos de volta às salas e garantir sua
permanência, como uma busca ativa por parte das redes e auxílios pecuniários, deveriam ser
consideradas para minorar o problema.
 
É fundamental, nesse contexto, que o país evite retrocessos sanitários que terminem por fechar
novamente as escolas. Para tanto, é imperioso seguir reforçando a imunização de adultos e, sobretudo,
de crianças, além de sanar as disparidades regionais acumuladas.
 
(Editoria. Folha de S.Paulo. 26.01.2022. Adaptado)
 
Na passagem do parágrafo “... com impactos não apenas sobre o aprendizado mas também sobre a
sociabilidade e a nutrição de uma legião de jovens.”, os termos destacados estabelecem relação cujo
sentido é de
a) causa.
b) adição.
c) conclusão.
d) finalidade.
e) proporção.
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VUNESP - ASa (Guaratinguetá)/Pref Guaratinguetá/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia a crônica de José Carlos Oliveira para responder a questão.
 
Assim nasce uma canção
 
Era comandante da Panair*. Excelente amigo. Bem casado, dois filhos pequenos e adoráveis. Adoeceu do
pulmão. Licenciado (ele que vivia para voar), foi para uma fazenda no Paraná. Passou ali quatro longos,
tão longosanos, embora gostasse dos cavalos, dos bosques, dos riachos que abrem fenda entre as
colinas. Tinha saudades do Rio e dos seus amigos.
 
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250) 
Em 1960, submeteram-no a delicada operação cirúrgica, chamada lobectomia, na qual o cirurgião
trabalha na parte superior do pulmão afetado. A cirurgia foi bem-sucedida, porém, ao sair da enfermaria,
recebeu uma notícia desalentadora: a recuperação seria longa e problemática. Ele que vivera em
velocidade sobre as nuvens, que colecionava cidades, que não perdia ocasião de aproveitar as coisas
boas da existência, depois de quatro anos de exílio no campo, teria ainda que se conservar em repouso
absoluto por seis meses. Ansiava por voltar a trabalhar e viver intensamente. Pensava no futuro e na
segurança de sua família.
 
Foi quando uma profunda tristeza se apossou dele. Acreditou que nunca mais recuperaria o antigo vigor
físico. Até que um dia, em seu apartamento em Copacabana, acordou com o pressentimento de que a
felicidade se aproximava. Era um pressentimento confirmado pelas sensações: seu corpo estava leve e
alegre, seu sangue corria cálido nas veias. Levantou- se e abriu a janela: viu a paisagem, a montanha de
pedra e árvores e uma profusão de flores silvestres subindo a montanha em grande velocidade. Era
primavera. O céu sorria azul por cima dele. Então... Então ele cantarolou! O regresso da plenitude da
vida cristalizou-se numa canção.
 
Vê? Estão voltando as flores!
 
Vê? Um novo céu se abrindo!
 
Vê? Como é bonita a vida!
 
Vê? Há esperança ainda!
 
Assim nasceu uma das obras-primas de Paulo Soledade, o compositor, o boêmio (que só bebe
moderadamente), contudo ama a noite, na qual se perde com os amigos, sempre que a ocasião se
apresenta.
 
Conto essa história porque, há poucas semanas, num programa de TV, uma senhora confessou: na noite
em que pretendia abandonar a própria vida, foi salva pela canção. Ela não conhecia a música, mas o
chamamento à alegria lhe veio forte e imperioso.
 
(Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16643/assim-nasce-
uma-cancao Adaptado. Texto original publicado no Jornal do Brasil, em 07.01.1980)
 
* Panair: companhia aérea brasileira que encerrou atividades em 1965.
 
Na última frase do texto – Ela não conhecia a música, mas o chamamento à alegria lhe veio forte e
imperioso. –, o termo destacado traz uma ressalva em relação às ideias expostas anteriormente. A
mesma situação ocorre com termo ou expressão em destaque na alternativa:
a) A cirurgia foi bem-sucedida, porém, ao sair da enfermaria, recebeu uma notícia... (2º parágrafo)
b) Ansiava por voltar a trabalhar e viver intensamente. (2º parágrafo)
c) Então ele cantarolou! (3º parágrafo)
d) ... se perde com os amigos, sempre que a ocasião se apresenta. (4º parágrafo)
e) Conto essa história porque, há poucas semanas, num programa de TV... (último parágrafo)
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VUNESP - Fisc (F.co Morato)/Pref F.co Morato/Meio Ambiente/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
O museu e a história
 
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251) 
No dia 7 de setembro, o Museu do Ipiranga abriu, simbolicamente, para os operários que trabalharam na
obra de restauro e para 200 alunos de escolas públicas.
 
Infelizmente, parcelas da população dita instruída não gostam de visitar nossos museus e só o fazem em
viagens internacionais. Não consideram um programa interessante levar seus filhos para que conheçam
nossas obras de arte e registros históricos; essa seria uma tarefa da escola, não um momento de lazer
da família. Como tampouco seria lazer ler bons livros e comentá-los com as crianças.
 
Com isso, certa repugnância pela cultura vem passando de geração em geração. Mas isso vem mudando:
os ingressos do novo espaço cultural já estão esgotados e há anos a visitação dos museus vem
aumentando.
 
No entanto, neste momento, devemos não só celebrar, mas também refletir sobre uma historiografia
oficial que desconsidera equívocos e até crimes que cometemos, como o tráfico e a escravização de
africanos.
 
Em vez de fugir desses temas, os museus, como os bons livros de história, nos interrogam sobre o
passado, sobre o que pode ter movido quem nos precedeu, sobre erros — ou até crimes — e nos levam
a buscar evitar sua repetição. Mas, para isso, é importante que os museus, assim como livros que
revisitam nossa história, nos forneçam chaves para uma releitura profícua.
 
Afinal, os museus não são meros depósitos de objetos valiosos, eles nos permitem exercer uma
habilidade profundamente humana, a de refletir sobre nossa trajetória no planeta, admirando obras de
arte ou por elas sentindo-nos instigados, pensando também em quem nossa história oficial excluiu, em
suma, exercendo o pensamento crítico, tão em falta nos tempos em que vivemos.
 
(Claudia Costin. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia-costin/2022/09/o-museu-e-a-historia.shtml
Publicado em 08.09.2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa que indica a relação de sentido estabelecida pelo termo destacado em – Mas isso
vem mudando... (3o parágrafo) – e traz outra passagem do texto em que o termo ou a expressão em
destaque apresenta a mesma relação.
a) Finalidade: ... levar seus filhos para que conheçam nossas obras de arte... (2o parágrafo)
b) Acréscimo: ... ler bons livros e comentá-los com as crianças. (2o parágrafo)
c) Oposição: No entanto, neste momento, devemos não só celebrar... (4o parágrafo)
d) Equivalência: ... assim como livros que revisitam nossa história... (5o parágrafo)
e) Alternância: ... admirando obras de arte ou por elas sentindo-nos instigados... (último parágrafo)
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VUNESP - Aux Per (PC RR)/PC RR/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder a questão.
 
Gargalos do ensino
 
Aquele que triunfar na eleição para o governo do estado de São Paulo terá desafios consideráveis a
enfrentar no campo da educação, parte deles agravados pela pandemia.
 
A questão mais urgente é recuperar o aprendizado perdido no período em que as escolas ficaram
fechadas. Como mostrou o último Saresp (sistema de avaliação do rendimento), os estudantes dos 5º e
9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da rede estadual apresentaram retrocesso
em língua portuguesa e matemática.
 
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252) 
Os dados mais preocupantes vieram dos concluintes do ensino médio, cujas notas nas duas disciplinas
foram as menores desde que o exame foi implementado, em 2010.
 
Outra questão concernente à última etapa da educação básica diz respeito à implementação de seu novo
modelo, que aumenta a carga horária e permite ao aluno escolher parte das disciplinas. Colocada em
prática neste ano, a reforma vem conhecendo algumas dificuldades em São Paulo.
 
No primeiro bimestre, por exemplo, cerca de um quinto das aulas dos itinerários formativos (que
complementam o currículo comum) do segundo ano do ensino médio da rede estadual não tinham sido
atribuídas a nenhum professor – usaram-se aulas gravadas.
 
Por fim, é fundamental seguir ampliando o número de escolas em tempo integral. Estas, que em 2019
eram 364, hoje somam 2.050, abarcando 24% dos alunos.
 
Contudo, à diferença do modelo implementado em Pernambuco, que se tornou um paradigma, o sistema
paulista não ampliou, no tempo extra, a carga básica de português e matemática, que permanece a
mesma das escolas regulares.
 
Ao menos quanto a esse tópico, os programas de governo dos principais candidatos ao Bandeirantes*
não parecem à altura do tema. Se todos se mostram favoráveis à expansão do ensino integral, os planos
apresentados soam genéricos e superficiais.
 
Espera-se que, com o começo da campanha, tais ideias venham a ser aprimoradas e resultem em
propostas que, de fato, possam contribuir para o ensino público.
 
(Editorial. https://www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2022/08/gargalos-do-ensino.shtml. 22.08.2022.Adaptado)
 
* Bandeirantes: Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.
 
Considere as seguintes passagens do texto:
 
• ... cujas notas nas duas disciplinas foram as menores desde que o exame foi implementado... (3º
parágrafo)
• Contudo, à diferença do modelo implementado em Pernambuco... (7º parágrafo)
 
As expressões destacadas nas passagens estabelecem, no contexto de leitura, respectivamente, relação
com sentido de
a) adição; causa.
b) tempo; oposição.
c) conclusão; concessão.
d) condição; comparação.
e) explicação; conformidade.
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VUNESP - Art Edu (P Prudente)/Pref Pres Prudente/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia a tira para responder a questão.
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253) 
(Bill Watterson. O essencial de Calvin e Haroldo, 2018)
 
Os vocábulos mas e ou, empregados no terceiro quadro, expressam, respectivamente, as ideias de
a) condição e adição.
b) oposição e alternância.
c) conclusão e oposição.
d) alternância e condição.
e) adição e conclusão.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder a questão.
 
É conceito da moda. Usam em encontros motivadores. Na Física, é a volta à forma original após uma
deformação. O termo se origina da capacidade de ricochetear, de saltar novamente. Por extensão,
usamos para falar de quem sofre pressão e consegue manter seus objetivos.
 
Uma pessoa resiliente ideal teria três camadas. Na primeira, suporta: recebe o golpe sem desabar. Ouve
a crítica e não “desaba”, vive a frustração sem descontrole, experiencia a dor e continua de pé. A
primeira etapa da resiliência é administrar o golpe, o revés, o erro, a decepção. O tipo ideal que estamos
tratando sabe a extensão da dor, mas se considera (ou é de fato) mais forte do que as ondas das
adversidades.
 
O segundo estágio é a recuperação/aprendizagem. Combinam-se os dois conceitos. Sinto o golpe, não
desmonto (fase um) e ainda recupero a posição anterior ao golpe com o acréscimo de algo novo. Toda
dor contém sua lição. Ninguém duvida disso. O resiliente consegue aprender com o golpe sentido.
 
O terceiro momento do modelo perfeito é a ressignificação da estratégia e da consciência a partir do
aprendizado. O tipo aqui descrito nunca se vitimiza, mesmo se for a vítima. Não existe lamúria ou
sofrimento para o mundo. A dor existe, foi sentida, houve reação com aprendizado e dele surgiu um
novo ser, mais forte e mais sábio.
 
É bom descrever tipos perfeitos. Quase sempre são inexistentes. São como a biografia de santos
medievais: sem falha, diamantes sem jaça; modelos e, como tal, inatingíveis. Existe um propósito
didático de mostrar a perfeição para nós que chafurdamos no lodo da existência banal. Todos temos
graus variados de resiliência diante da vida. Ninguém é o tipo ideal. Uma coisa não invalida a outra.
 
Como narrativa de santos, o modelo perfeito serve como para indicar o ponto no qual não me encontro,
porém devo reagir para almejá-lo. Sempre é bom ser resiliente e todos os palestrantes e livros têm
razão: sem resiliência em algum grau, épico ou homeopático, é impossível enfrentar o mundo.
 
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254) 
O conto extraordinário de Kafka, Um Artista da Fome, fala de um homem com extrema resiliência para
aguentar jejuns prolongados. Era um herói! Ao final, emitiu a verdade surpreendente. Ele não era um
homem de vontade férrea, apenas nunca havia encontrado um prato que… o seduzisse realmente. Seu
paladar nunca fora tentado. Creio ser a receita geral da resiliência: a serenidade diante das coisas que,
na verdade, não nos atingiram. Esperança ajuda sempre.
 
(Leandro Karnal. Os heróis da resiliência. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br. Acesso em 20.01.2021.
Adaptado)
 
Observe a relação de sentido estabelecida pela conjunção “e” entre os enunciados da passagem – Ouve
a crítica e não “desaba”. Essa mesma relação de sentido está presente em:
a) … experiencia a dor e continua de pé…
b) Sempre é bom ser resiliente e todos os palestrantes e livros têm razão…
c) São […] modelos e, como tal, inatingíveis.
d) … não desmonto (fase um) e ainda recupero a posição anterior ao golpe…
e) O terceiro momento do modelo perfeito é a ressignificação da estratégia e da consciência…
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VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Para responder a questão, leia o trecho do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.
 
Sei que estou contando errado, pelos altos. Desemendo. Mas não é por disfarçar, não pense. De grave,
na lei do comum, disse ao senhor quase tudo. Não crio receio. O senhor é homem de pensar o dos
outros como sendo o seu, não é criatura de pôr denúncia. E meus feitos já revogaram, prescrição dita.
Tenho meu respeito firmado. Agora, sou anta empoçada, ninguém me caça. Da vida pouco me resta —
só o deo-gratias; e o troco. Bobeia. Na feira de São João Branco, um homem andava falando: — “A pátria
não pode nada com a velhice...” Discordo. A pátria é dos velhos, mais. Era um homem maluco, os dedos
cheios de anéis velhos sem valor, as pedras retiradas — ele dizia: aqueles todos anéis davam até choque
elétrico... Não. Eu estou contando assim, porque é o meu jeito de contar. Guerras e batalhas? Isso é
como jogo de baralho, verte, reverte. Os revoltosos depois passaram por aqui, soldados de Prestes,
vinham de Goiás, reclamavam posse de todos os animais de sela. Sei que deram fogo, na barra do
Urucuia, em São Romão, aonde aportou um vapor do Governo, cheio de tropas da Bahia. Muitos anos
adiante, um roceiro vai lavrar um pau, encontra balas cravadas. O que vale, são outras coisas. A
lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns
com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de
rasa importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje
vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido desgovernado. Assim eu acho, assim é que eu
conto. [...] Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O
senhor mesmo sabe.
 
(Grande sertão: veredas, 2015.)
 
Dupla negação: emprego conjugado de palavras negativas.
 
(Celso Pedro Luft. Abc da língua culta, 2010. Adaptado.)
 
Observa-se a ocorrência de dupla negação no trecho:
a) “A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e
sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam.”
b) “Mas não é por disfarçar, não pense.”
c) “O senhor é homem de pensar o dos outros como sendo o seu, não é criatura de pôr denúncia.”
d) “Agora, sou anta empoçada, ninguém me caça.”
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255) 
256) 
e) “De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu
era como se fosse diferente pessoa.”
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VUNESP - ALeg (CM Potim)/CM Potim/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Atenção ao sábado
 
 Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém
despeja um balde de água no terraço: sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha
no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras
abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas. No
sábado é que as formigas subiam pela pedra. Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da
calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho. De tarde a
campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana. Se
chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não? No Rio de Janeiro, quando se pensa que a
semana vai morrer, com grandeesforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, de
súbito, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde. Tem sido sábado, mas já
não me perguntam mais. Então eu não digo nada, aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas
coisas e fui para domingo de manhã. Domingo de manhã também é a rosa da semana. Não é
propriamente rosa que eu quero dizer.
 
(Clarice Lispector, “Atenção ao sábado”. Os melhores contos [seleção Walnice Nogueira Galvão],
1996)
Na passagem – ... no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas. –, a
conjunção se não expressa algum sentido específico e liga duas orações que não têm sentido completo
quando sozinhas, por isso uma depende da outra. Esse mesmo tipo de conjunção está corretamente
destacado em:
a) Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não?
b) No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer...
c) Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
d) Então eu não digo nada, aparentemente submissa.
e) Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
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VUNESP - TEI (SAMU Osasco)/Pref Osasco/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder a questão.
 
Perdendo o sono
 
Nos últimos anos, caí numa rotina de dormir entre cinco e seis horas por noite. Achava que estava bem
adaptado a esse regime, até ler “Por Que Nós Dormimos”, do neurocientista Matthew Walker
(Universidade da Califórnia, Berkeley). Ele me deu um susto.
 
A tese principal de Walker é simples. Todos os animais até hoje estudados dormem. Até mamíferos
aquáticos, que não conseguiriam respirar caso parassem de nadar, desenvolveram um modo de dormir
com metade do cérebro de cada vez e assim manter-se em movimento. Daí dá para concluir que o sono
tem um papel evolucionário bastante significativo.
 
Walker põe-se então a destrinchar as diferentes fases do sono e suas múltiplas funções. O sono REM
(sigla inglesa para “movimento rápido dos olhos”, aquele em que sonhamos) é importante para
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257) 
trabalharmos nossas emoções negativas, aprimorarmos habilidades sociais e para a criatividade e solução
de problemas. Já o sono NREM (mais profundo, sem sonhos) é crucial na consolidação das memórias e
de habilidades motoras, sem mencionar a regulação de processos fisiológicos.
 
Walker é também um militante. Ele está convencido de que a modernidade nos lançou numa epidemia
de falta de sono com consequências tão graves como obesidade ou tabagismo. Munido de um estoque
quase inesgotável de estudos, ele liga o sono subótimo* a problemas cardíacos, câncer, diabetes,
obesidade, demência e até aos mais inocentes resfriados. No plano psicológico, relaciona dormir pouco a
piora do desempenho cognitivo, irritabilidade, cansaço e, por decorrência, a boa parte dos acidentes
automobilísticos.
 
Para Walker, as pessoas que acham que podem dormir pouco estão tão enganadas que nem sequer
conseguem perceber os prejuízos que já sofrem com o sono insuficiente. Segundo o autor, a quase
totalidade dos seres humanos precisa dormir oito horas por dia – e, de preferência, fazer também uma
“siesta”.
 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 10.03.2019. Adaptado)
 
*subótimo: que não atinge a mais alta qualidade.
 
Assinale a alternativa em que os termos destacados contribuam para expressar, respectivamente,
condição e intensidade.
a) ... não conseguiriam respirar caso parassem de nadar... (2º parágrafo); Daí dá para concluir que
o sono tem um papel evolucionário bastante significativo. (2º parágrafo)
b) ... não conseguiriam respirar caso parassem de nadar... (2º parágrafo); Walker põe-se então a
destrinchar as diferentes fases do sono... (3º parágrafo)
c) ... com metade do cérebro de cada vez e assim manter-se em movimento. (2º parágrafo);
Achava que estava bem adaptado a esse regime, até ler “Por Que Nós Dormimos”... (1º parágrafo)
d) ... falta de sono com consequências tão graves como obesidade ou tabagismo. (4º parágrafo); Já
o sono NREM (mais profundo, sem sonhos) é crucial na consolidação das memórias... (3º parágrafo).
e) ... falta de sono com consequências tão graves como obesidade ou tabagismo. (4º parágrafo); ...
irritabilidade, cansaço e, por decorrência, a boa parte dos acidentes automobilísticos. (4º
parágrafo).
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.
 
 “O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da temperatura da
Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do previsto”, diz Paulo Saldiva
em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidrogeológicos vão aumentar em sua intensidade
e frequência, provocando, de um lado, períodos de seca alternados com inundação e, por outro lado, a
elevação dos níveis dos mares comprometerá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas
regiões afetará a produção de alimentos.
 Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgimento de
vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. Aliás, em se tratando de
saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com que algumas pessoas com
doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda mais comprometida, até mesmo com
risco de morte.
 Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas alterações,
admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um século para que a gente
reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1781648
258) 
 
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)
 
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.
No trecho do 1º parágrafo “... embora parte dessas alterações, admite, seja irreversível” a expressão
destacada introduz, em relação à primeira parte do enunciado, uma
a) condição.
b) comparação.
c) concessão.
d) consequência.
e) oposição.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O que significa cuidar de um filho numa pandemia?
Eliane Brum
O menino é filho único e tem oito anos. Logo nas primeiras semanas da pandemia, ele elegeu dois bichos
de pelúcia para serem seus parceiros. Quando jogava vídeo game, colocava um dos bonecos ao lado,
com um controle no colo, como se esti vessem brincando juntos. Os amigos seguiam com ele dividindo
as atividades do dia. O menino fantasiava outros meninos para enfrentar a falta atroz de outras crianças.
Uma mãe me conta, por tela, que seu bebê nasceu na pandemia e logo completará um ano sem nunca
ter visto uma outra criança. Já começa a andar e a balbuciar algumas tentativas de palavras sem jamais
ter encontrado ou tocado em outro bebê. Que tipo de efeito isso terá sobre a sua vida? E se a pandemia
durar mais um ano?, ela pergunta, mas sem a esperança de uma resposta. Outra menina pede: “Mãe,
me dá uma criança?”.
A pandemia forjou uma realidade de crianças sem crianças. Ainda não conhecemos totalmente os efeitos
que essa expe riência radical pode ter sobre quem estreia na vida. Também não sabemos quando esse
cotidiano será superado, já que são muitas as variáveis: do tempo para completar a vacinação ao
impacto das novas cepas que já começaram a circular. Negar a emergência sociossanitária, como alguns
estão fazendo,é a pior escolha possível. Como os adultos de sua vida lidam com essa pandemia será um
exemplo que marcará profundamente a formação de cada criança, porque todos os desafios e as
escolhas éticas fundamentais de uma vida humana estão colocados nesseacontecimento. Pode faltar
criança para brincar, mas não pode faltar ética para formar.
“Faltar” criança para conviver é um dado da realidade em uma pandemia. É duro, mas há que se lidar
com ele. Faltar ética ao escolher como enfrentar a crise pode ser mais complicado e ter efeitos mais
longos. As crianças estão observando o que os pais fazem com ainda maior atenção porque também elas
sentem nos ossos a emergência. As lições do agora serão para toda a vida.
O que significa cuidar de uma filha ou filho numa pandemia? Ou o que significa cuidar da próxima
geração numa emergência global de saúde pública, já que somos todos pais daquelas e daqueles que
assumirão a responsabilidade por esse mundo nas próximas décadas? Essa questão vale para todos os
adultos em qualquer país do mundo, mas no Brasil ela ganha contornos muito mais dramáticos.
As crianças mais velhas já confrontam o pai ou a mãe ou ambos: o que é que você vai fazer? Em caso de
alguns ado lescentes, essa pergunta é jogada como desafio e em tom de afronta. Mas, prestando um
pouco mais de atenção, é possível escutar o medo. O que está nas entrelinhas é: como você vai me
cuidar?
(Eliane Brum O que significa cuidar de um filho numa pandemia?
El País: https://brasil.elpais.com. Acesso: 20/08/21. Adaptado)
 
Considere a passagem:
“Logo nas primeiras semanas da pandemia, ele elegeu dois bichos de pelúcia para serem seus parceiros.
Quando jogava videogame, colocava um dos bonecos ao lado, com um controle no colo, como se
estivessem brincando juntos. Os amigos seguiam com ele dividindo as atividades do dia. O menino
fantasiava outros meninos para enfrentar a falta atroz de outras crianças”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1788859
259) 
Os termos destacados introduzem, no contexto, as seguintes relações de sentido com os demais
elementos, respectivamente:
a) proporção, conformidade, causa.
b) tempo, comparação, finalidade.
c) condição, proporção e intenção.
d) concessão, correlação e capacidade.
e) exclusão, equivalência e direção.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O que significa cuidar de um filho numa pandemia?
Eliane Brum
O menino é filho único e tem oito anos. Logo nas primeiras semanas da pandemia, ele elegeu dois bichos
de pelúcia para serem seus parceiros. Quando jogava vídeo game, colocava um dos bonecos ao lado,
com um controle no colo, como se esti vessem brincando juntos. Os amigos seguiam com ele dividindo
as atividades do dia. O menino fantasiava outros meninos para enfrentar a falta atroz de outras crianças.
Uma mãe me conta, por tela, que seu bebê nasceu na pandemia e logo completará um ano sem nunca
ter visto uma outra criança. Já começa a andar e a balbuciar algumas tentativas de palavras sem jamais
ter encontrado ou tocado em outro bebê. Que tipo de efeito isso terá sobre a sua vida? E se a pandemia
durar mais um ano?, ela pergunta, mas sem a esperança de uma resposta. Outra menina pede: “Mãe,
me dá uma criança?”.
A pandemia forjou uma realidade de crianças sem crianças. Ainda não conhecemos totalmente os efeitos
que essa expe riência radical pode ter sobre quem estreia na vida. Também não sabemos quando esse
cotidiano será superado, já que são muitas as variáveis: do tempo para completar a vacinação ao
impacto das novas cepas que já começaram a circular. Negar a emergência sociossanitária, como alguns
estão fazendo,é a pior escolha possível. Como os adultos de sua vida lidam com essa pandemia será um
exemplo que marcará profundamente a formação de cada criança, porque todos os desafios e as
escolhas éticas fundamentais de uma vida humana estão colocados nesse acontecimento. Pode faltar
criança para brincar, mas não pode faltar ética para formar.
“Faltar” criança para conviver é um dado da realidade em uma pandemia. É duro, mas há que se lidar
com ele. Faltar ética ao escolher como enfrentar a crise pode ser mais complicado e ter efeitos mais
longos. As crianças estão observando o que os pais fazem com ainda maior atenção porque também elas
sentem nos ossos a emergência. As lições do agora serão para toda a vida.
O que significa cuidar de uma filha ou filho numa pandemia? Ou o que significa cuidar da próxima
geração numa emergência global de saúde pública, já que somos todos pais daquelas e daqueles que
assumirão a responsabilidade por esse mundo nas próximas décadas? Essa questão vale para todos os
adultos em qualquer país do mundo, mas no Brasil ela ganha contornos muito mais dramáticos.
As crianças mais velhas já confrontam o pai ou a mãe ou ambos: o que é que você vai fazer? Em caso de
alguns ado lescentes, essa pergunta é jogada como desafio e em tom de afronta. Mas, prestando um
pouco mais de atenção, é possível escutar o medo. O que está nas entrelinhas é: como você vai me
cuidar?
(Eliane Brum O que significa cuidar de um filho numa pandemia?
El País: https://brasil.elpais.com. Acesso: 20/08/21. Adaptado)
 
Considere as orações:
Já começa a andar e a balbuciar algumas tentativas de palavras sem jamais ter encontrado ou
tocado em outro bebê.
Também não sabemos quando esse cotidiano será superado, já que são muitas as variáveis.
Como os adultos de sua vida lidam com essa pandemia será um exemplo que marcará
profundamente a formação de cada criança.
Os termos em destaque estabelecem, respectivamente, as seguintes circunstâncias no contexto dado:
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260) 
a) negação, comparação, lugar.
b) intensidade, negação, tempo.
c) dúvida, intensidade, afirmação.
d) modo, contrariedade, intensidade.
e) tempo, inclusão, modo.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Para responder à questão, leia o artigo “Pó de pirlimpimpim”, do neurocientista brasileiro Sidarta
Ribeiro.
 
Alcançar o aprendizado instantâneo é um desejo poderoso, pois o cérebro sem informação é pouco mais
que estofo de macela1. Emília, a sabida boneca de Monteiro Lobato, aprendeu a falar copiosamente após
engolir uma pílula, adquirindo de supetão todo o vocabulário dos seres humanos ao seu redor. No filme
Matrix (1999), a ingestão de uma pílula colorida faz o personagem Neo descobrir que todo o mundo em
que sempre viveu não passa de uma simulação chamada Matriz, dentro da qual é possível programar
qualquer coisa. Poucos instantes depois de se conectar a um computador, Neo desperta e profere
estupefato: “I know kung fu”.
 
Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e osso, vale o dito popular: “Urubu, pra cantar,
demora.” O aprendizado de comportamentos complexos é difícil e demorado, pois requer a alteração
massiva de conexões neuronais. Há consenso hoje em dia de que o conteúdo dos nossos pensamentos
deriva dos padrões de ativação de vastas redes neuronais, impossibilitando a aquisição instantânea de
memórias intrincadas.
 
Mas nem sempre foi assim. Há meio século, experimentos realizados na Universidade de Michigan
pareciam indicar que as planárias, vermes aquáticos passíveis de condicionamento clássico, eram
capazes de adquirir, mesmo sem treinamento, associações estímulo-resposta por ingestão de um extrato
de planárias já condicionadas. O resultado, aparentemente revolucionário, sugeria que os substratos
materiais da memória são moléculas. Contudo, estudos posteriores demonstraram que a ingestão de
planárias não condicionadas também acelerava o aprendizado, revelando um efeito hormonal genérico,
independente do conteúdo das memórias presentes nas planárias ingeridas.
 
A ingestão de memórias é impossível porque elas são estados complexos de redes neuronais, não um
quantum de significado como a pílula da Emília. Por outro lado, é sim possível acelerar a consolidação
das memórias por meio da otimização de variáveis fisiológicas envolvidas no processo. Uma linha de
pesquisa importante diz respeito ao sono, cujo benefício à consolidação de memórias já foi comprovado.
Em 2006, pesquisadores alemães publicaram um estudo sobreos efeitos mnemônicos da estimulação
cerebral com ondas lentas (0,75 Hz) aplicadas durante o sono por meio de um estimulador elétrico. Os
resultados mostraram que a estimulação de baixa frequência é suficiente para melhorar o aprendizado de
diferentes tarefas. Ao que parece, as oscilações lentas do sono são puro pó de pirlimpimpim.
 
(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)
 
1 macela: planta herbácea cujas flores costumam ser usadas pela população como estofo de travesseiros.
 
Em “Contudo, estudos posteriores demonstraram que a ingestão de planárias não condicionadas também
acelerava o aprendizado” (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o
sentido do texto, por:
a) Por conseguinte.
b) Inclusive.
c) Todavia.
d) Além disso.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1924134
261) 
262) 
e) Conquanto.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Para responder à questão abaixo, leia o trecho do livro A solidão dos moribundos, do sociólogo
alemão Norbert Elias.
 
Não mais consideramos um entretenimento de domingo assistir a enforcamentos, esquartejamentos e
suplícios na roda. Assistimos ao futebol, e não aos gladiadores na arena. Se comparados aos da
Antiguidade, nossa identificação com outras pessoas e nosso compartilhamento de seus sofrimentos e
morte aumentaram. Assistir a tigres e leões famintos devorando pessoas vivas pedaço a pedaço, ou a
gladiadores, por astúcia e engano, mutuamente se ferindo e matando, dificilmente constituiria uma
diversão para a qual nos prepararíamos com o mesmo prazer que os senadores ou o povo romano. Tudo
indica que nenhum sentimento de identidade unia esses espectadores àqueles que, na arena, lutavam
por suas vidas. Como sabemos, os gladiadores saudavam o imperador ao entrar com as palavras
“Morituri te salutant” (Os que vão morrer te saúdam). Alguns dos imperadores sem dúvida se
acreditavam imortais. De todo modo, teria sido mais apropriado se os gladiadores dissessem “Morituri
moriturum salutant” (Os que vão morrer saúdam aquele que vai morrer). Porém, numa sociedade em
que tivesse sido possível dizer isso, provavelmente não haveria gladiadores ou imperadores. A
possibilidade de se dizer isso aos dominadores — alguns dos quais mesmo hoje têm poder de vida e
morte sobre um sem-número de seus semelhantes — requer uma desmitologização da morte mais ampla
do que a que temos hoje, e uma consciência muito mais clara de que a espécie humana é uma
comunidade de mortais e de que as pessoas necessitadas só podem esperar ajuda de outras pessoas. O
problema social da morte é especialmente difícil de resolver porque os vivos acham difícil identificar-se
com os moribundos.
 
A morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm problemas. Entre as muitas criaturas que morrem
na Terra, a morte constitui um problema só para os seres humanos. Embora compartilhem o nascimento,
a doença, a juventude, a maturidade, a velhice e a morte com os animais, apenas eles, dentre todos os
vivos, sabem que morrerão; apenas eles podem prever seu próprio fim, estando cientes de que pode
ocorrer a qualquer momento e tomando precauções especiais — como indivíduos e como grupos — para
proteger- se contra a ameaça da aniquilação.
 
(A solidão dos moribundos, 2001.)
 
Em “De todo modo, teria sido mais apropriado se os gladiadores dissessem ‘Morituri moriturum salutant ’
(Os que vão morrer saúdam aquele que vai morrer)” (1º parágrafo), o termo sublinhado pertence à
mesma classe gramatical do termo sublinhado em
a) “Não mais consideramos um entretenimento de domingo assistir a enforcamentos,
esquartejamentos e suplícios na roda.” (1º parágrafo)
b) “Porém, numa sociedade em que tivesse sido possível dizer isso, provavelmente não haveria
gladiadores ou imperadores.” (1º parágrafo)
c) “Alguns dos imperadores sem dúvida se acreditavam imortais.” (1º parágrafo)
d) “as pessoas necessitadas só podem esperar ajuda de outras pessoas.” (1º parágrafo)
e) “Entre as muitas criaturas que morrem na Terra, a morte constitui um problema só para os seres
humanos.” (2º parágrafo)
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VUNESP - Ag (Pref M Cruzes)/Pref Mogi Cruzes/Fiscalização de Trânsito/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto publicado em 08 de fevereiro de 2020 para responder a questão.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1924459
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2115591
263) 
 
Epidemia confinada
 
À medida que transcorrem as semanas desde o surgimento do surto de pneumonia pelo novo
coronavírus (2019-nCov) na China, em dezembro, fica mais e mais claro que o pior da epidemia se
concentra nesse país asiático. Não com pouca gravidade, decerto, inclusive do ângulo econômico, mas
sem o trauma de uma pandemia global.
 
Dos 31.530 casos confirmados até ontem, 31.213 haviam sido registrados em território chinês. Outros 27
países tiveram infecções confirmadas, a maioria de viajantes provenientes da China, com raros casos de
transmissão local. Parecem surtir efeito as medidas de prevenção contra a globalização da epidemia,
como retirada de estrangeiros seguida de quarentena.
 
Até aqui só houve suspeitas descartadas no Brasil, com o total remanescente reduzido a oito. Pouco se
pode fazer em Brasília, contudo, contra os efeitos colaterais do coronavírus na economia. Projeta-se que
a epidemia possa ceifar até um ponto percentual do crescimento do PIB chinês, com óbvios reflexos em
países como o Brasil, que tem na China o principal destino de suas exportações.
 
É uma incógnita também o impacto político do 2019-nCov sobre o governo de Xi Jinping. Há grande
descontentamento com a administração do surto por Pequim, começando pela letargia interessada na
ocultação, seguida por medidas impopulares como o confinamento de milhões de pessoas.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 08.02.2020. Adaptado)
 
Considere os períodos:
 
• À medida que transcorrem as semanas desde o surgimento do surto de pneumonia pelo novo
coronavírus (2019-nCov) na China, em dezembro, fica mais e mais claro que o pior da epidemia se
concentra nesse país asiático. (1º parágrafo)
 
• Pouco se pode fazer em Brasília, contudo, contra os efeitos colaterais do coronavírus na
economia. (3º parágrafo)
 
As conjunções destacadas organizam as relações entre as partes do texto, estabelecendo entre elas,
respectivamente, sentido de
a) proporção e conclusão.
b) conformidade e adição.
c) condição e conclusão.
d) proporção e adversidade.
e) conformidade e concessão.
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VUNESP - Tec (Pref M Cruzes)/Pref Mogi Cruzes/Agrimensor/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia a tira para responder a questão.
(André Dahmer, “Não há nada acontecendo”. Folha de S.Paulo, 23/01/2020)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2118870
264) 
 
Na frase “Se os quadros falassem”, o sentido expresso pela conjunção “Se” é o mesmo da que está
destacada em:
a) O Ibirapuera é um parque tão lindo como aqueles que visitei em Curitiba.
b) Ele virá à festa, caso encontre alguém para ficar em seu lugar no escritório.
c) Quando ocorreu a última enchente, tive medo de não poder sair do carro.
d) Na festa de aniversário de nosso pai, tudo saiu conforme nós planejamos.
e) Embora ele escutasse pouco, conseguiu se comunicar bem na primeira aula.
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VUNESP - Prof S (Piracicaba)/Pref Piracicaba/Educação Ensino Fundamental/2021
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Estorvo escolar
 
A interrupção das aulas presenciais por quase um ano já se firmou como uma das consequências mais
deletérias da pandemia. Milhões de estudantes, sobretudo os das camadas mais pobres, sofrem um
verdadeiro trauma em sua formação ao ficarem por meses sem estudar ou serem submetidos a aulas a
distância improvisadas.
 
Diante disso, como já se defendeu diversas vezes neste espaço, a reabertura das escolas deve ser uma
prioridade de estados e municípios– algo que vem ocorrendo, é verdade, embora de forma mais tímida e
paulatina que o desejável.
 
Entretanto o recrudescimento ora observado da Covid-19, somado ao fato de ainda não haver vacina
disponível, traz o risco de interrupção ou retrocesso desse movimento, o que não permite descartar a
necessidade do ensino não presencial nos próximos meses.
 
Foi o que ocorreu, por exemplo, em partes dos EUA e da Europa, onde autoridades se viram obrigadas a
novamente cerrar escolas em meio à recente onda de contaminações.
 
No Brasil, instituições como a Unicamp postergaram a volta às aulas como medida de precaução.
 
Nesse contexto, a resolução do Conselho Nacional de Educação estendeu a possibilidade de aulas
remotas, a expirar no final deste ano, até o fim de 2021. O texto foi aprovado por unanimidade, incluindo
a anuência das entidades que representam as secretarias estaduais e municipais.
 
A resolução, válida para os ensinos básico e superior, seja da rede pública ou privada, visa a permitir,
caso necessário, que atividades a distância sejam computadas no próximo ano como carga horária, a
exemplo do que ocorre hoje.
 
Busca-se, por essa via, possibilitar a convivência entre o ensino presencial e não presencial, inclusive em
processos de recuperação escolar, de maneira a atender às diferentes demandas e dificuldades de um
sistema educacional fortemente heterogêneo.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.11.2020. Adaptado)
 
No segundo parágrafo do texto “Diante disso, como já se defendeu diversas vezes neste espaço, a
reabertura das escolas deve ser uma prioridade de estados e municípios – algo que vem ocorrendo, é
verdade, embora de forma mais tímida e paulatina que o desejável.”, as conjunções destacadas
estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de
a) comparação e finalidade.
b) proporção e consequência.
c) consequência e oposição.
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265) 
266) 
d) causa e comparação.
e) conformidade e concessão.
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VUNESP - AEdu (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2020
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Considere os seguintes trechos:
... a idade efetiva não foi levada em consideração, portanto, não se trata de jovens versus idosos...
Entretanto, precisamos fazer mais pesquisas para saber, por exemplo, qual é o número ideal de
horas de jogo...
Os vocábulos destacados apresentam, respectivamente, os sentidos de
a) conclusão, oposição.
b) concessão, oposição.
c) finalidade, concessão.
d) conformidade, consequência.
e) explicação, consequência.
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VUNESP - SEsc (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2020
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O livro didático como professor
A ideia de substituir os livros didáticos escolares por material retirado diretamente da internet suscitou
reações variadas. Editores de livros escolares e livrarias veem no pro jeto uma ameaça mortal para uma
indústria que dá trabalho a milhares de pessoas. Por mais solidário que me sinta em relação a editores e
livrarias, é possível dizer que, pelas mes mas razões, muitas outras classes de trabalhadores
pode riam protestar. Se a história avançar inelutavelmente nessa direção, esta força de trabalho teria de
reciclar-se de alguma forma.
Outra objeção é que a iniciativa prevê um computador para cada aluno e é duvidoso que o Estado possa
arcar com essa despesa, e, se os pais tivessem que arcar com ela, gas tariam mais do que gastam com
livros didáticos. Por outro lado, se cada turma tivesse somente um computador para todos, cairia o
aspecto de pesquisa pessoal que poderia constituir o fascínio dessa solução.
Mas o problema é outro. É que a internet não se destina a substituir os livros, mas é apenas um
formidável complemento a eles e um incentivo para ler mais. O livro continua a ser o instrumento
príncipe da transmissão e disponibilidade do saber e os textos escolares representam a primeira e
insubs tituível ocasião de educar as crianças ao uso do livro. Além disso, a internet oferece um
repertório fantástico de informa ções, mas não os meios para selecioná-las, e a educação não consiste
apenas em transmitir informações, mas também em ensinar critérios de seleção.
Esta é a função do professor, mas é também a função do texto escolar, que oferece exatamente um
exemplo de seleção realizada no grande mar de toda informação possí vel. Se as crianças não
aprendem isso, ou seja, que cultura não é acúmulo, mas seleção e discriminação, não há educa ção,
apenas desordem mental.
(Humberto Eco. Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Rio de Janeiro: Record, 2017. Adaptado)
 
Na articulação das informações do texto, o termo destacado na frase do parágrafo – Se a história
avançar inelutavelmente nessa direção... – estabelece relação com sentido de
a) condição.
b) oposição.
c) conclusão.
d) explicação.
e) comparação.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1786070
267) 
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VUNESP - Ag (FUMEC)/FUMEC/2020
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Plataforma põe estranhos para se olharem por um minuto pela internet
 
A tela em modo de espera sinaliza que o programa está conectando você a uma pessoa-surpresa,
potencialmente de qualquer lugar do mundo. A conexão é só por vídeo. Nada de som ou mensagem de
texto.
 
Enquanto o software trabalha, é possível ler as recomendações do projeto Human.Online: “Mantenha o
foco nos seus sentimentos e se preocupe menos em pensar. Tente ficar parado e resistir ao impulso de
substituir a comunicação verbal por gestos.”
 
A experiência proposta é a de passar um minuto em silêncio na presença de outro ser humano
randômico, criando uma “conexão sincera”, despida de discursos e desprovida de interesses que não o
daquele encontro.
 
Sua câmera liga, e uma silhueta indica a melhor posição dentro do retângulo de imagem. Mais alguns
segundos e... Surpresa! Surge outro ser humano – tão interessante e frustrante como somos, a depender
da combinação de expectativa, olhar e atitude, tanto de quem observa como de quem é observado.
 
A plataforma foi criada pelo engenheiro de softwares espanhol Nicolás Amaya, 32, com o “único objetivo
de estar com o outro”. Ele desenvolveu o Human.Online com o designer e pesquisador de experiência de
usuário Ming Lee. Eles se conheceram em um workshop de espiritualidade para homens, em Praga, na
República Tcheca. Ao time se uniu o colombiano Felipe Caballero, com quem compartilhavam o desejo de
desenvolver uma ferramenta adequada para que pudessem construir o que chamam de “comunidades
sinceras”.
 
“A plataforma permite uma conexão mais intensa porque ela é direta, entre duas pessoas, e se baseia no
sentimento, e não na articulação de discursos e ideias”, defende.
 
No ar há pouco mais de um ano, o site viu seu fluxo de visitantes crescer 1 000% entre fevereiro e
março, quando as medidas de isolamento social e quarentena tomaram a Europa e se espalharam pelo
Ocidente no rastro da expansão do coronavírus.
 
Segundo Amaya, 75% do crescimento das duas últimas semanas vem do Brasil, que alcançou a primeira
posição entre as nacionalidades dos usuários da plataforma.
 
(https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/04/plataforma-poeestranhos- para-se-olharem-por-um-minuto-
pela-internet.shtml. Acesso em 10.05.2020.Adaptado)
 
Considere os trechos:
 
Ao time se uniu o colombiano Felipe Caballero, com quem compartilhavam o desejo de desenvolver uma
ferramenta adequada para que pudessem construir o que chamam de “comunidades sinceras”. (5o
parágrafo)
 
“A plataforma permite uma conexão mais intensa porque ela é direta, entre duas pessoas,...” (6o
parágrafo)
 
No ar há pouco mais de um ano, o site viu seu fluxo de visitantes crescer 1 000% entre fevereiro e
março, quando as medidas de isolamento social e quarentena tomaram a Europa... (7o parágrafo)
 
Nesses trechos, as expressões em destaque apresentam, respectivamente, os sentidos de
a) concessão, consequência,conformidade.
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268) 
b) finalidade, tempo, condição.
c) consequência, condição, tempo.
d) finalidade, causa, tempo.
e) causa, causa, finalidade.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito –
ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos, para se
conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido
um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam
insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa
para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados
Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços tradicionais com salas
e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas
graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos –
fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem
sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concorda – simplesmente não
aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para
casa”, diz ele.
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o
exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco.
A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações
podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga
ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s
ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
 
É correto afirmar que a expressão – contudo –, destacada no quinto parágrafo, estabelece uma relação
de sentido com o parágrafo
a) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do modelo de escritórios abertos.
b) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das empresas que adotaram o modelo de
escritórios abertos.
c) anterior, introduzindo informações que se contrapõem à visão positiva acerca dos escritórios
abertos.
d) posterior, contestando com dados estatísticos o formato tradicional de escritório fechado.
e) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com base em resultados de pesquisas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/491669
269) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em
algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e
sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom.
A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir,
gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz
secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus
olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando,
farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o
chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.
O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de
pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde jorrava a água. O
primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.
Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de
estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado
dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua. Ele a havia beijado.
 
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo
estourando pelo rosto em brasa viva.
(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)
 
Na passagem do 4ª parágrafo – Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água,
pressentia- a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao contexto, correta e respectivamente,
as ideias de
a) comparação, causa e tempo.
b) modo, dúvida e lugar.
c) comparação, dúvida e tempo.
d) modo, causa e intensidade.
e) modo, causa e lugar.
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270) 
271) 
Leia o texto, para responder à questão.
Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se manter gentil. O motorista
quase te mata de susto buzinando e te xingando porque você usou a faixa de pedestres quando o sinal
estava fechado para ele. Você posta um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de
comentários xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você. Afinal,
você é obviamente um idiota gentil.
 
Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de pessoas altruístas
sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter a coesão. Pesquisadores da atualidade
dizem, baseados em estudos, que gestos de gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e
felicidade.
 
Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de hoje. Só consigo
associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou parecer ser – invencível e bem-
sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de
dinheiro.
Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência humana: queremos
ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que você é muito importante. Ou muito ocupado.
Humilhar os que não concordam com suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como
se houvesse um lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no nosso
modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil abala sua autonomia. Enfim,
ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês!
Pura rebeldia. Sair por aí exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.
 
(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso em: 27 jan 2015.
Adaptado)
 
Para responder à questão, considere a seguinte passagem:
 
Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maiornúmero de pessoas altruístas
sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter a coesão.
 
É correto afirmar que a frase destacada na passagem expressa, em relação à que a antecede, o sentido
de
a) tempo.
b) adição.
c) causa.
d) condição.
e) finalidade.
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Leia o texto, para responder à questão.
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são
promíscuas (embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De.
Por.
 
Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a palavra rio –
você dificilmente verá caudaloso andando por aí acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para
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272) 
frondosa, que está sempre com a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o
adjetivo apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o erro. Ensejo
é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras estão numa situação pior, como
calculista, que vive em constante ménage(*), sempre acompanhada de assassino, frio e e.
 
Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen – quando têm hífen
elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério.
Alguns dirão que é amor, outros dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos
nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).
 
Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do casamento entre
pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra árvore anda com várias palavras além de
frondosa. O casamento é aberto, mas para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na
calada da noite: grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa, esperando
o rio chegar, a comida esfriando no prato.
 
Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras. Esbarrou com o abraço
que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão
certo que ficaram perdidamente inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia,
pra desfazer ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.
 
(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 02 fev 2015.
Adaptado)
 
(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.
 
Assinale a alternativa que reescreve, com correção e sem alteração de sentido, a passagem – Algumas
palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen.
a) Contanto que não sejam grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de outras.
b) Algumas palavras dependem de outras, exceto se são grudadas por um hífen.
c) Algumas palavras dependem de outras, quando não são grudadas por um hífen.
d) Apesar de não serem grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de outras.
e) Desde que não sejam grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de outras.
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Leia o texto, para responder à questão.
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são
promíscuas (embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De.
Por.
 
Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a palavra rio –
você dificilmente verá caudaloso andando por aí acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para
frondosa, que está sempre com a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o
adjetivo apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o erro. Ensejo
é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras estão numa situação pior, como
calculista, que vive em constante ménage(*), sempre acompanhada de assassino, frio e e.
 
Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen – quando têm hífen
elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério.
Alguns dirão que é amor, outros dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos
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273) 
nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).
 
Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do casamento entre
pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra árvore anda com várias palavras além de
frondosa. O casamento é aberto, mas para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na
calada da noite: grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa, esperando
o rio chegar, a comida esfriando no prato.
 
Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras. Esbarrou com o abraço
que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão
certo que ficaram perdidamente inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia,
pra desfazer ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.
 
(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 02 fev 2015.
Adaptado)
 
(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.
 
Na passagem – O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente inseparáveis. –, o
trecho destacado expressa, em relação ao anterior, ideia de
a) consequência.
b) tempo.
c) causa.
d) condição.
e) modo.
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Leia o texto para responder à questão.
 
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar
uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só
um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos
convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67
pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos
disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão
concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em
colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a
diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da
disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do
País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de
cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ.
“Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”.
 
(www.istoe.com.br)
 
Para responder à questão, considere a passagem – A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de
3%.
 
A conjunção portanto expressa ideia de
a) conclusão.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/241691
274) 
b) adição.
c) condição.
d) explicação.
e) comparação.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder à questão.
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente
paulista acena, assovia,agita os braços num agônico polichinelo; encostado à parede, marmóreo e
impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”,
“Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar,
mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da
pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a
atenção do garçom carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre
burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que
esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, saudades do imperador.
[...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20:
levou gim tônicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu
gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto
Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece
intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e
sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá universal, capaz de abrir todas as
portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o
garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para
todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de
Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde a desigualdade é tão mais
organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se,
conterrâneo. Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é
que foi ao restaurante para homenageá-lo.
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
Assinale a alternativa em que o emprego de nexos sintáticos entre as orações do período – Eu disse
“cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. – mostra-se adequado ao sentido
do texto.
a) Eu disse cliente paulista, mas percebo a redundância, pois o paulista é sempre cliente.
b) Eu disse cliente paulista, se percebo a redundância, mas o paulista é sempre cliente.
c) Eu disse cliente paulista, porque percebo a redundância, contanto que o paulista seja sempre
cliente.
d) Eu disse cliente paulista, desde que percebi a redundância, para que o paulista seja sempre
cliente.
e) Eu disse cliente paulista, sem perceber a redundância, portanto o paulista é sempre cliente.
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275) 
276) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto, para responder à questão.
Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de
textualidade, na qual a informação é disposta em um ambiente no qual pode ser acessada de forma não
linear. Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas
previamente estabelecidas.
Quando o cientista Vannevar Bush, na década de 40, concebeu a ideia de hipertexto, pensava, na
verdade, na necessidade de substituir os métodos existentes de disponibilização e recuperação de
informações ligadas especialmente à pesquisa acadêmica, que eram lineares, por sistemas de indexação
e arquivamento que funcionassem por associação de ideias, seguindo o modelo de funcionamento da
mente humana. O cientista, ao que parece, importava-se com a criação de um sistema que fosse como
uma “máquina poética”, algo que funcionasse por analogia e associação, máquinas que capturassem o
brilhantismo anárquico da imaginação humana.
Parece não ser obra do acaso que a ideia inicial de Bush tenha sido conceituada como hipertexto 20 anos
depois de seu artigo fundador, exatamente ligada à concepção de um grande sistema de textos que
pudessem estar disponíveis em rede. Na década de 60, o cientista Theodor Nelson sonhava com um
sistema capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias, com a possibilidade de
interconexão entre elas. Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do
mundo, numa rede de publicação hipertextual universal e instantânea. Funcionando como um imenso
sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual.
 
(Disponível em: http://www.pucsp.br/~cimid/4lit/longhi/hipertexto.htm. Acesso em: 05 fev 2013. Adaptado)
 
Para responder a esta questão, considere as palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
 
Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
... informações ligadas especialmente à pesquisa acadêmica, ... uma “máquina poética”, algo que
funcionasse por analogia e associação...
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia de hipertexto...
... 20 anos depois de seu artigo fundador...
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo são:
a) algo, especialmente e Quando.
b) Desde, especialmente e algo.
c) especialmente, Quando e depois.
d) Desde, Quando e depois.
e) Desde, algo e depois.
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Leia o texto para responder à questão.
 
Saber é trabalhar
 
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/86333
277) 
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de
aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados
em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não
tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema
Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas
de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em
2005 e fechou em 11,9% em 2010.
A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o
desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de
procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da
própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados.
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de
trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de
Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico
e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldades para contratar a mão de obra de que
necessitam.
 
(Língua Portuguesa, outubro de 2011. Adaptado)
No período – A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não
só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que
desistiram de procurar ou estão em postos precários). –, os termos em destaque estabelecem entre as
orações relação de
a) causa.
b) alternância.
c) adição.
d) oposição.
e) explicação.
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Leia a charge.
Em relação ao enunciado "andar tão por baixo", a ideia contida em "ganhar apelido de pano de chão"
deveser considerada
a) a sua finalidade.
b) a sua causa.
c) o seu oposto.
d) a sua consequência.
e) a sua conclusão.
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278) 
279) 
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
A Groenlândia nunca derreteu tanto
 
No verão da Groenlândia, é normal que suas camadas de gelo se derretam. Em julho de 2012, no
entanto, em apenas quatro dias (de 9 a 12), a superfície gelada sofreu um derretimento nunca antes
observado: a área descongelada passou de 40 para 97%. Apesar de os cientistas definirem o fenômeno
como "extremo", eles explicam que não há motivos para alarde: experimentos apontaram que nos
últimos dez milênios, houve um vasto derretimento a cada 150 anos. As informações são da Nasa.
 
(IstoÉ, 01.08.2012)
O sentido da conjunção destacada no texto também está presente na seguinte passagem, adaptada do
editorial da Folha de S.Paulo, de 02.06.2012:
a) Heloisa, minha mulher, ficou logo sabendo, mas quis me poupar. Ele era nosso amigo.
b) No dia 26, voltei para casa. Horas depois, liguei o computador e abri a lista de mensagens.
c) Assim que abri os olhos, li a notícia: "Morreu Pery Ribeiro.".
d) No dia 24 de fevereiro, eu estava no CTI de um hospital, recém-saído de uma cirurgia, quando
morreu o cantor Pery Ribeiro.
e) O cuidado de Heloisa foi inútil, pois havia uma TV no CTI, bem à minha frente.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
WikiLeaks contra o Império
A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica
que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia
ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a
informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu
aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo
para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria
que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na
bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward
dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de
urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar
Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de
material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa
qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/86356
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78766
280) 
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores
matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os
códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o
episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70. Com a palavra
Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi
ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um
dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua
homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
 
(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)
 
Em – Tudo indica que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado num CD
enquanto fingia ouvir Lady Gaga. (1.º parágrafo) – a palavra destacada exprime ideia de
a) hipótese.
b) condição.
c) concessão.
d) causa.
e) tempo.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2011
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
 
WikiLeaks contra o Império
A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica
que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia
ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a
informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu
aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo
para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria
que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na
bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward
dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de
urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar
Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de
material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa
qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78767
281) 
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores
matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os
códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o
episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70. Com a palavra
Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi
ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um
dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua
homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
 
(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)
Em – A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo
bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana. (3.º parágrafo) – a
conjunção destacada pode ser substituída por
a) portanto.
b) como.
c) no entanto.
d) porque.
e) ou.
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Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas
diversas mercadorias. Depois de algum tempo, ele exclamou: "Vejam quantas coisas o ateniense precisa
para viver." Naturalmente ele queria dizer com isto que ele próprio não precisava de nada daquilo.
Esta postura de Sócrates foi o ponto de partida para a filosofia cínica, fundada em Atenas por Antístenes
– um discípulo de Sócrates, por volta de 400 a. C. Os cínicos diziam que a verdadeira felicidade não
depende de fatores externos, como o luxo, o poder político e a boa saúde. Para eles, a verdadeira
felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras. E justamente porque a felicidade não
estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos. E, uma vez alcançada, não podia mais ser
perdida.
 
(Jostein Gaarden, O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. das Letras, 1995)
Assinale a alternativa que introduz, corretamente, de acordo com o sentido do texto, uma conjunção na
frase: E, uma vez alcançada, não podia mais ser perdida.
a) E, por mais que alcançada, não podia mais ser perdida.
b) E, ainda que alcançada, não podia mais ser perdida.
c) E, quando alcançada, não podia mais ser perdida.
d) E, para que alcançada, não podia mais ser perdida.
e) E, nem alcançada, não podia mais ser perdida.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78706
282) 
283) 
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2010
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Leia o texto para responder à questão.
Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas
diversas mercadorias. Depois de algum tempo, ele exclamou: "Vejam quantas coisas o ateniense precisa
para viver." Naturalmente ele queria dizer com isto que ele próprio não precisava de nada daquilo.
Esta postura de Sócrates foi o ponto de partida para a filosofia cínica, fundada em Atenas por Antístenes
– um discípulo de Sócrates, por volta de 400 a. C. Os cínicos diziam que a verdadeira felicidade não
depende de fatores externos, como o luxo, o poder político e a boa saúde. Para eles, a verdadeira
felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras. E justamente porque a felicidade não
estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos. E, uma vez alcançada, não podia mais ser
perdida.
 
(Jostein Gaarden, O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. das Letras, 1995)
Assinale a alternativa que substitui corretamente, sem alteração de sentido, as expressões em destaque
nas frases:
Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas
diversas mercadorias.
E porque a felicidade não estava nessas coisas, ela podia ser alcançada por todos.
a) onde, visto que
b) na qual, por mais que
c) aonde, contanto que
d) de onde, embora
e) por onde, logo que
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2007
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A tira é base para responder à questão.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78707
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78929
284) 
285) 
As orações "Quando eu era adolescente" e "Se a gente não se esforçar" estabelecem, respectivamente,
relações de
a) tempo e condição.
b) conseqüência e dúvida.
c) tempo e finalidade.
d) finalidade e condição.
e) causa e finalidade.
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VUNESP - Age Tran (Osasco)/Pref Osasco/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Assinale a alternativa em que a frase está redigida em conformidade com a norma-padrão de
emprego e colocação pronominal.
a) Há matérias defendendo a ideia de que viajar não é tão fundamental, e a autora tem lido-as.
b) O planeta é muito vasto, e quem se dedica a conhecer- lhe não deveria ser chamado de
aventureiro.
c) A entrada de visitantes nas cidades normalmente é algo livre, porém algumas delas já controlam-
a.
d) A conexão com etnias diversas transforma, mas não a praticamos, pois não fomos preparados
para isso.
e) Vivemos em uma sociedade que sujeita-nos a estar por toda a vida presos a um mesmo lugar.
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VUNESP - Ag (Pref Jaguariúna)/Pref Jaguariúna/Mobilidade/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a expressão
destacada.
a) Ontem o papai saiu para comprar um livro… (comprar-o)
b) … disse também que queria uma encadernação dura… (queria-na)
c) … para que pudesse levar o livro pra todo lugar… (levar-lo)
d) … para que não se pudesse rastrear sua compra… (rastreá-la)
e) … e depois explorar seus interesses… (explora-os)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2833708
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338056
286) 
287) 
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VUNESP - Ag (Piracicaba)/Pref Piracicaba/Zoonose/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Assinale a alternativa em que a frase redigida está em conformidade com a norma-padrão de
colocação pronominal da língua portuguesa.
a) Caso tenha tentado-se, sem sucesso, conectar à rede, comunique o problema por e-mail.
b) Em eventual falha de tentativa de conexão, envie um e-mail, em que comunica-a.
c) Se estiver tentando conexão e não consegue-a, o fato deve ser comunicado por e-mail.
d) Em caso de conexão mal-sucedida, a reporte por e-mail.
e) A conexão à rede pode falhar e, nesse caso, comunique- se por e-mail.
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VUNESP - Cd Soc (Sertãozinho)/Pref Sertãozinho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
É Natal cada vez que você acompanha sua mãe na consulta ao médico, que explica de novo para seu pai
como enviar fotos pelo WhatsApp ou que o convida para uma partida de xadrez. Basta uma gentileza,
uma atenção, e você promove o ordinário a sagrado.
 
Já não carrego dinheiro vivo comigo, mas às vezes saco algumas notas, a fim de ajudar quem está
passando necessidade na rua. Outro dia, dei 20 reais para um senhor. Ele me disse: “Obrigado, hoje vou
conseguir almoçar.”
 
Todo santo dia, você faz alguma coisa legal. Empresta o livro que mais ama para alguém que talvez não
vá devolvê-lo. Fica com a chave da casa da vizinha e entra lá para alimentar o gato, enquanto ela não
volta de férias, e carinhosamente o acaricia. Dá uma carona no seu guarda-chuva para alguém que saiu
sem conferir a previsão do tempo. Aceita o folheto que o menino entrega no semáforo, para que ele
sinta que a tarefa dele tem valor.
 
O Natal não é um dia santo para todos. Nem todos creem, ou rezam, ou se comovem; para muitos é só
peru e pacotes embaixo de uma árvore artificial, forçando sorrisos igualmente artificiais. Mas todo santo
dia a gente pode tentar acertar no presente.
 
Até mesmo sozinho em casa, isolado. Poderá ser o dia especial em que você decidirá perdoar a
indiferença de alguém que nunca se importou com seu sentimento, o dia em que você desistirá de culpar
um parente por uma limitação que, afinal, é só sua. O dia em que você abrirá um vinho e se despedirá
serenamente de um amor que se foi, sem mais tentar retê-lo. O dia em que você apagará a postagem
ofensiva que fez contra uma pessoa que apenas discordou de você. Longe de mim causar pânico, mas
nós mesmos podemos provocar uns 10 Natais por dia, todo santo dia. Não são feriados, e sim dias úteis
– dias em que nós somos úteis.
 
(Martha Medeiros. Todo santo dia.
https://oglobo.globo.com, 25.12.2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o trecho reescrito do texto está em conformidade com a norma-padrão de
colocação pronominal.
a) … explica de novo para seu pai como enviar fotos pelo WhatsApp ou que convida-o para uma
partida de xadrez. (1º parágrafo)
b) Ele disse-me: “Obrigado, hoje vou conseguir almoçar.” (2º parágrafo)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2393377
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2394858288) 
289) 
c) … entra lá para alimentar o gato, enquanto ela não volta de férias, e carinhosamente acaricia-o.
(3º parágrafo)
d) … você decidirá perdoar a indiferença de alguém que nunca importou-se com seu sentimento. (5º
parágrafo)
e) O dia em que você abrirá um vinho e despedirá-se serenamente de um amor que se foi, sem mais
tentar retê-lo. (5º parágrafo)
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VUNESP - ASB (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão. 
 
15 DE JUNHO … Fui comprar carne, pão e sabão. Parei na banca de jornaes. Li que uma senhora e três
filho havia suicidado por encontrar dificuldade de viver. (…) A mulher que suicidou-se não tinha alma de
favelado, que quando tem fome recorre ao lixo, cata verduras nas feiras, pedem esmola e assim vão
vivendo. (…) Pobre mulher! Quem sabe se de há muito ela vem pensando em eliminar-se, porque as
mães tem muito dó dos filhos. Mas é uma vergonha para uma nação. Uma pessoa matar-se porque
passa fome. E a pior coisa para uma mãe é ouvir esta sinfonia:
 
– Mamãe eu quero pão! Mamãe, eu estou com fome!
 
Penso: será que ela procurou a Legião Brasileira ou Serviço Social? Ela devia ir nos palacios falar com os
manda chuva.
 
A noticia do jornal deixou-me nervosa. Passei o dia chingando os politicos, porque eu também quando
não tenho nada para dar aos meus filhos fico quase louca.
(Carolina Maria de Jesus, Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada)
 
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal atende à norma-padrão.
a) Claro que se sentem mal as mães de filhos com fome.
b) O favelado, quando vê-se com fome, recorre ao lixo.
c) Tendo suicidado-se a pobre mulher, o que fazer?
d) Eu agora questiono-me se ela foi ao Serviço Social.
e) Me vi nervosa com a notícia da mulher que morreu.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto
 
Infeliz Aniversário
 
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e
farta matéria crítica lá dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se
comemorava, mas à personagem em si, cuja data natalícia não se comemora porque pode estar no
começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista Basile, ou nas versões orais que se
perdem na névoa do tempo.
 
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas
narrativas que nos foram entregues pela tradição. A justificativa é sempre a mesma, proteger as
inocentes criancinhas de verdades que poderiam traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às
criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2411611
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2472166
290) 
 
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à
espera do príncipe. Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos
Grimm, há muito mais do que princesas suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”,
em que a inglesa Angela Carter registrou contos do mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem
suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola Estés.
 
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva
escolha social. Escolha de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita
cada noite à beira da cama. Garimpo determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais
convenientes para firmar no imaginário infantil o modelo feminino que a sociedade queria impor.
 
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo
era altíssimo, não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
 
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modificações
sociais, venceram incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela
riqueza simbólica com que retratam nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez,
sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às interpretações mais primárias, é pura manipulação,
descrença no poder do imaginário.
 
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o enunciado, reescrito a partir das informações do texto, atende à norma-
padrão de colocação pronominal.
a) Escolheu-se Branca de Neve para ser o primeiro longa-metragem de animação da Disney,
sabendo-se que não poderia haver erro.
b) Crê-se que o aniversário de Branca de Neve seria no começo do século XVII, ou nas versões orais,
que teriam perdido-se na névoa do tempo.
c) Me pergunto a que contos de fadas refere-se a crítica mais frequente, que fala da abundância de
princesas suspirosas à espera do príncipe.
d) Quem atreveria-se a desdizer que os contos de fadas que disseminaram-se no cotidiano social
visam manter as diretrizes sociais em voga no momento?
e) Os contos maravilhosos se impuseram por séculos, e isso certamente deu-se justamente pela
densidade do seu conteúdo e pela sua riqueza simbólica.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
Barbárie nas redes sociais
 
A covardia e a barbárie dos recentes ataques a escolas no País jogaram luz sobre a violência que se
propaga na internete sobre o papel das redes sociais na incitação a esse tipo de crime. Uma amostra do
tamanho do problema acaba de ser divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública: em poucos
dias, a recém-lançada Operação Escola Segura solicitou a exclusão de 431 contas do Twitter que
continham palavras-chave – as chamadas hashtags – relacionadas a ataques contra escolas em
diferentes localidades do Brasil. Foram feitos pedidos também à plataforma TikTok para que retirasse do
ar três perfis cujo conteúdo relacionado ao tema buscava espalhar medo na população.
 
Infelizmente, tais contas são apenas a ponta do iceberg – e as redes sociais abrigam um volume
infinitamente maior de grupos que se valem do mundo virtual para estimular a prática de atentados em
estabelecimentos de ensino. Não surpreende, portanto, que as atenções se voltem para as plataformas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2488915
291) 
digitais e para a sua responsabilidade no sentido de impedir a propagação de crimes. Sem dúvida, essas
empresas têm muito a fazer, e se engana quem pensa que a internet é terra sem lei.
 
No Brasil, o Marco Civil da Internet define direitos e obrigações para usuários e provedores. Eis uma
realidade que não pode passar despercebida: por mais que aperfeiçoamentos legislativos sejam sempre
bem-vindos, o País dispõe de um marco legal sobre o tema – e é a partir dele que as redes sociais
devem pautar sua atuação.
 
O uso da internet e de redes sociais em ataques a escolas, assim como em outros crimes bárbaros, é
fenômeno global – um triste sinal dos tempos que precisa ser combatido com rigor e redobrado empenho
também no mundo virtual. Eis uma tarefa para múltiplos atores, desafio que requer a ação do governo e
da sociedade. Evidentemente, parte importante dessa responsabilidade cabe às plataformas, que podem
e devem agir mais.
(Opinião. Em: https://www.estadao.com.br/opinião, 12.04.2023. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma- padrão de colocação pronominal.
a) Parte importante da responsabilidade sobre as mensagens evidentemente se estende às
plataformas, que podem e devem agir mais.
b) Se engana quem pensa que a internet é terra sem lei, pois as plataformas têm responsabilidade
na propagação de crimes.
c) A sociedade não surpreende-se com o fato de as atenções se voltarem para as plataformas digitais
e para a sua responsabilidade.
d) A covardiae a barbárie dos recentes ataques a escolas no País jogaram luz sobre a violência que
tem propagado-se na internet.
e) Por mais que promovam-se aperfeiçoamentos legislativos sempre bem-vindos, o País dispõe de
um marco legal sobre o tema.
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VUNESP - Aux Ed (Pref SBC)/Pref SBC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Jamain mora em uma casa de paredes de madeira e telhado de palha com sua mulher, Pakao, e
seu filho bebê. Tem 26 anos, rosto largo, com maxilares protuberantes, que lhe dão uma aparência
peculiar.(a)
 
Jamain não nasceu naquela aldeia, mas em outra, a três dias de caminhada. Foi viver ali depois que se
casou com Pakao, filha de Moroxin, que lhe fora prometida no dia de seu nascimento. Jamain era então
um menino de 12 anos e estava na aldeia de visita. Assim que Pakao nasceu, vieram lhe chamar na casa
dos homens, onde ele dormia. Deram-lhe uma lâmina afiada de bambu e pediram que cortasse o cordão
umbilical. Em seguida, colocaram o bebê em seu colo. Ele ainda se lembra da horrível sensação daquela
coisa melada(b) e vermelha em seus braços, se mexendo e fazendo caretas. Ficou de cabeça baixa,
olhando para o chão, esperando que lhe pedissem o bebê de volta. Rindo, disseram: “ela é tua esposa!”.
 
Doze anos depois, quatro homens chegaram a sua aldeia com ar solene. Eram o seu futuro sogro com
dois de seus irmãos e Tokorom, irmão de Pakao. O futuro sogro, depois de um tempo em silêncio, disse
aos pais de Jamain que o rapaz devia ir até lá buscar a esposa e trazê-la para viver com ele.
 
Foi um rebuliço na casa! Jamain dizia que não se casaria, que era novo ainda.(c) Saiu pela porta e foi se
esconder na casa de um primo, mas seu pai o encontrou e o trouxe de volta, para falar com o sogro.
 
Muito amuado, Jamain pegou um pequeno cesto e pendurou sua alça no peito, deixando-o descer pelas
costas. Já na outra aldeia, foi a vez de Pakao dizer que não partiria com aquele rapaz de jeito nenhum.
Sua mãe a pegou pelas orelhas e a levou até ele. Assim que tomaram o caminho, ela diminuiu o passo
até sair da vista do marido e correu de volta.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2491223
292) 
 
Dando-lhe uma bronca, a mãe arrastou-a novamente pelas orelhas até o marido.(d) Depois de várias
tentativas, Jamain acabou voltando para sua aldeia sem a noiva, aliviado por não tê-la trazido.(e) Uma
semana depois, no entanto, viu chegarem a sua casa os futuros sogro e sogra, trazendo a menina com
seu cesto de roupas e assim começou sua vida de casal.
 
(Aparecida Vilaça e Francisco Vilaça Gaspar. Ficções amazônicas. Todavia, 2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho
original, mantendo-se a correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa:
a) … maxilares protuberantes, que dão-lhe uma aparência peculiar.
b) Ele ainda lembra-se da horrível sensação daquela coisa melada…
c) Jamain dizia que não casaria-se, que era novo ainda.
d) … a mãe a arrastou novamente pelas orelhas até o marido.
e) … para sua aldeia sem a noiva, aliviado por não ter trazido-a.
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VUNESP - Sec (CM Bady Bassit)/CM Bady Bassit/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto, para responder à questão.
Dentro de um abraço
 
Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?
 
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num
determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons
amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa
sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na
minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
 
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco,
numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira
de dentista.
 
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
 
Meu palpite: dentro de um abraço.
 
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente
com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre
seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo
o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
 
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um
recém -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
 
O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se
faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz
nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
 
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503931
293) 
A frase do texto em que o pronome destacado pode ser colocado também depois do verbo é:
a) ... não me custaria nada reprisar...
b) ...o rosto contra o peito de quem o abraça...
c) ... dentro de um abraço se dissolve...
d) ... o silêncio sempre se faz...
e) ... tudo o que se pensa e sofre...
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VUNESP - Asst EPCC (EPC)/EPC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
China, Índia e a nova ordem social
 
Há séculos a China é o país mais populoso do planeta. Na última década se tornou também o maior
produtor industrial, maior exportador, com as maiores reservas internacionais e, em poder de compra, a
maior economia. Mas, no dia 15, o governo anunciou o primeiro declínio populacional desde os anos 60.
Naquela época foi algo episódico – consequência da fome –, mas agora será contínuo: em 2050, a
população deverá ser 8% menor. A ONU projeta que a população da Índia ultrapassará a da China em
abril, e crescerá até um pico, em 2064, de 1,7 bilhão, 50% maior que a da China. Isso não significa que
a Índia conquistará as outras primazias da China. Mas tentará. E essa competição moldará o século 21.
 
A redução demográfica chinesa foi fabricada. Após a fome causada pelo “Grande Salto Adiante” maoísta,
o Partido Comunista ativou suas políticas de controle, com a campanha “mais tarde, mais longo, menos”
– adiar casamentos, ampliar o intervalo entre os filhos e ter menos filhos. Em 1980, implementou a
política “um filho”, envolvendo esterilizações e abortos forçados. O milagre econômico chinês resultou em
parte da alteração abrupta na proporção entre adultos em idade de trabalho e crianças. Mas, agora que a
população está envelhecendo, o peso dos idosos cobrará seu preço. A força de trabalho encolhe há anos,
retesando a economia, e o sistema de seguridade está mal equipado. A mais ambiciosa política
populacional da história foi não só um crime, mas está se provando um tiro no pé. O Partido reverteu sua
política de natalidade, oferecendo dinheiro por mais filhos, acesso à fertilização in vitro e restringindo o
aborto – mas sem sucesso.
 
No passado, a Índia também implementou controles draconianos, incluindo esterilizações em massa. Mas
seu insucesso lhe dá agora vantagens comparativas. Sua população não só está crescendo, como é
significativamente mais jovem que a da China. Metade tem menos de 30 anos. Com esse bônus
demográfico – mais trabalhadores do que dependentes –, a Índia é uma das economias que cresceram
mais rápido nos últimos anos, ultrapassou a do Reino Unido como a quinta maior, e até 2030 deve se
tornar a terceira maior.
 
(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 24.01.2023. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que a colocação do pronome átono destacadoestá em conformidade com a
norma-padrão.
a) A China é o país mais populoso do planeta. Se tornou, na última década, o maior exportador.
b) O insucesso das esterilizações na Índia agora tem dado-lhe vantagens comparativas.
c) Anunciou-se, no dia 15, o primeiro declínio populacional da China desde os anos 60.
d) Na Índia, também implementariam-se controles draconianos, com esterilizações em massa.
e) A Índia é uma das economias que desenvolveram-se mais rápido nos últimos anos.
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294) 
295) 
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
SP define limites pera barulho de obras
 
A Prefeitura de São Paulo estabeleceu limites para emissão de ruídos por obras de construção civil na
cidade. Anteriormente, o que havia na capital eram apenas normas que estabeleciam limites para a
emissão de ruído em determinadas partes da cidade, variando de acordo com o zoneamento e a hora.
Agora, decreto assinado pelo prefeito trata especialmente dos ruídos de obras, com horários decibéis
permitidos na construção civil Obras públicas estão excluídas das novas regras.
Pela nova regra, será aceita a emissão de sons e ruídos que chegue até 85 decibéis (dB), entre 7h e 19;
e de 59dB, 19h até as 7 h, durante dias úteis. Aos sábados, entre 8h e 14h,o limite é de B5dB, das 14h
até as 8h, baixa para 59 dB, nível que deve ser respeitado também nos domingos a feriados.
 
Há uma ressalva: caso a obra tenha o objetivo de evitar um colapso da infraestrutura municipal ou risco
à saúde, à vida e à integridade física da população,não há limites de emissão de ruído,
independentemente do local ou horário. Além das obras públicas, ficaram fora das novas regras impostas
pelo decreto trabalhos relativos à fase de movimentação de terra, fundação, demolição e estrutura,
realizadas entre The 19h, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados; bem como as atividades de
carga e descarga, desde que realizadas no per iodo compreendido entre 21 h e meia-noite, de segunda a
sexta-feira, exceto nos fins de semana e feriados.
 
A fiscalização da poluição sonora será feita pelos agentes do Programa de Silêncio Urbano (Psiu). Na
primeira infração, a multa é de R$10 mil. Caso, no prazo de um ano. a mesma obra desrespeite o
decreto, a multa dobra de valor. Na terceira vez. o infrator deve pagar R$ 30 mil e paralisar a construção.
 
O som de duas obras embalou boa parte da quarentena da jornalista Rafaela Martuscelli. Ela reclama dos
ruídos das furadeiras e da quebra dos pisos. Por causa do trabalho remoto, Rafaela passa grande parte
do dia em reuniões. Mas com a barulheira, ela passou a ficar mais silenciosa. Costuma falar só o básico e
responder ao que lhe perguntam. Agora. com as obras, optou por estudar apenas à noite. pois pode se
concentrar melhor.
 
(O Estado de S.Paulo, 29 de setembro de 2021. Adaptado).
A expressão em destaque está corretamente substituída nos parênteses. conforme a norma-padrão na
alternativa:
a) ... o que havia na capitai eram apenas normas que estabeleciam limites ... (estabeleciam-nos)
- 1º pa rágrafo
b) ... caso a obra tenha o objetivo ... (o tenha) - 3º pa rágrafo
c) o infrator deve pagar R$ 30 mil e paralisar a construção. (paralisar-la)- 4º parágrafo
d) Caso, no prazo de um ano, a mesma obra desres peite o decreto... (desrespeite-lhe) - 4º
parágrafo
e) O som de duas obras embalou boa parte da quarentena ... (as embalou) - 5º parágrafo
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VUNESP - Ass (Araçatuba)/Pref Araçatuba/Administrativo/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Respeito ao outro e boas histórias
 
A cultura do cancelamento está instalada. Faz estragos na sociedade. Também no nosso ofício
informativo. Precisamos, todos, reinvestir no jornalismo factual de qualidade.
 
Menos adjetivo e mais substantivo.
 
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296) 
A crise do jornalismo não pode ser explicada exclusivamente pelo fenômeno da disrupção digital. Sua raiz
mais profunda está em equívocos na condução do noticiário e das coberturas. O problema,
frequentemente, está no conteúdo.
 
Pesquisas, inúmeras, dão uma pista precisa: as pessoas estão cansadas do olhar cinzento da imprensa.
Ler jornal deixou de ser prazeroso. O negativismo permanente é uma forma de falsear a verdade. A vida,
como os quadros, é composta de luzes e sombras. Precisamos denunciar com responsabilidade. Mas
devemos, ao mesmo tempo, mostrar o lado positivo da vida.
 
(Carlos Alberto Di Franco. “Respeito ao outro e boas histórias”.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao.12.12.2022. Adaptado)
 
A colocação pronominal atende à norma-padrão em:
a) Se instalou a cultura do cancelamento na sociedade, o que trouxe a esta bastantes estragos.
b) Não pode-se explicar a crise do jornalismo exclusivamente pelo fenômeno da disrupção digital.
c) Todos temos que reinvestir no jornalismo factual de qualidade, empregando-se menos adjetivo e
mais substantivo.
d) De acordo com pesquisas, as pessoas teriam-se cansado ler jornais, por causa do olhar cinzento
da imprensa.
e) Muitas pessoas têm distanciado-se da leitura prazerosa dos jornais, conforme inúmeras pesquisas.
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VUNESP - AAE (Pref Sto André)/Pref Santo André/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
A ansiedade e a depressão presentes
 
Num relato, um pai preocupado contou que a filha, de 6 anos, desde o início da pandemia ficou
diferente: já não dorme mais em seu quarto, tem medo de muitas coisas, reclama de dor de cabeça e de
barriga, com frequência, come em demasia e tem um sono conturbado. O pediatra orientou a leva -la a
um psiquiatra, e este deu o diagnóstico de ansiedade.
 
Em um segundo relato, a mãe está aflita porque o filho de 11 anos está sempre quieto, o que a escola
também observou; além disso, pouco se relaciona, quer ficar no quarto, chora escondido, às vezes, e
sempre procura motivo para faltar à aula. Ela perguntou se pode pensar em depressão e se deve
procurar um psicólogoa. Sim: ansiedade e depressão estão presentes na infância e na adolescência
também. Não é de hoje, mas foi principalmente após a pandemia que muitas famílias e escolas passaram
a ter olhar mais atentoc à saúde mental dos mais novos.
 
E a pandemia foi responsável por instalar ansiedade e depressãod em muitos deles: segundo estudo de
2021 pela Faculdade de Medicina da USP, cerca de 36% de crianças e adolescentes apresentaram
sintomasb desses quadros nesse período. Nesse caso, foi um evento externo que funcionou como
estopim para o aparecimento de tais sofrimentos. Rebeldia, desobediência, birra, agressividade, tristeza,
por exemplo, muitas vezes servem de base para diagnósticos.
 
O que pais e escola podem fazer? Não sei se é de seu conhecimento, leitor, mas assistência psicológica e
social na escola básica já é garantida pela Lei nº 13.935/2019 que, no entanto, ainda não tem sido
cumprida com responsabilidade pelo poder público. Psicólogos e assistentes sociais atuam, na instituição
escolar, com o grupo de educadores de cada unidade para garantir bom processo de aprendizageme e
promover a saúde mental.
 
Em casa, é interessante partir do conhecimento que pais têm – ou devem ter – de seu filho: sem esse
fator, qualquer mudança pode ser creditada a algum transtorno mental.
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297) 
 
(Rosely Sayão, O Estado de S.Paulo, 16 de abril de 2023. Adaptado)
 
A expressão em destaque está corretamente substituída nos parênteses, conforme a norma-padrão, em:
a) Ela perguntou ... se deve procurar um psicólogo. (procurar-lhe)
b) ... crianças e adolescentes apresentaram sintomas... (apresentaram-nos)
c) ... muitas famílias e escolas passaram a ter olhar mais atento... (ter-lo)
d) ... a pandemia foi responsável por instalar ansiedade e depressão...(instalá-la)e) ... garantir bom processo de aprendizagem... (garantir- lhe)
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VUNESP - Ag Adm (CM SBO)/CM SBO/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
O carro do Beto tinha duas portas. A do passageiro não abria, então, a rota de entrada para todos era
pelo lado do motorista. O banco do motorista não levantava para quem ia sentar atrás. Acomodar três
pessoas exigia uma certa ginástica. Não era o veículo ideal para uma fuga de emergência, mas era o que
tínhamos e, mais que isso, era o que garantia nossa liberdade e nossas infinitas possibilidades. Com ele,
São Paulo era pequena para nós.
 
Eu tinha 16 anos, o Beto e a Solange um pouco mais do que eu. Eu acabara de voltar de um ano de
intercâmbio em uma cidade no interior dos Estados Unidos e estava achando tudo muito moderno
naquela São Paulo dos anos 80. O que levei comigo e trouxe de volta foi a trilha sonora: a discografia
completa da Rita Lee. O programa daquele fim de semana seria uma homenagem a ela.
 
Pela lista telefônica, tinha descoberto o endereço do pai dela e decidi deixar uma frase pichada no muro
da casa dele na Vila Mariana. Beto e Solange toparam na hora.
 
Tudo aconteceria de madrugada. Eles ficariam dentro do carro com o motor ligado. Eu desceria com o
spray, escreveria a frase na parede, me jogaria pela janela carro adentro, o Beto acelerava e a gente se
mandava. Os medos eram muitos. E foi com o coração aos pulos de terror e emoção que escrevi no muro
branco: “Rita, pra você, a agilidade do gato e o brilho da estrela”. Minha mensagem adolescente de amor
por Rita Lee estava registrada para toda a cidade ver.
 
Trinta e sete anos depois, fui com uns amigos ver uma exposição sobre a Rita Lee. Logo na entrada do
museu, uma parede pintada de azul trazia a estampa da minha frase, letra por letra (acrescentaram as
letras esses no “das estrelas”). Foi como se um raio tivesse me atingido na cabeça. A sensação me
pareceu ter sido a mesma de quando escrevi no muro naquela madrugada: pernas bambas, coração
acelerado, mãos tremendo. A minha frase na parede do museu!
 
Uma das monitoras da exposição quis saber o que acontecia. Eu contei a história. Ela se espantou, já
que a exposição não trazia nenhuma explicação sobre a origem daquela frase. Não me importava: ela era
minha e estava lá.
 
Deparei-me outras vezes com o meu grafite. O dia do museu, porém, foi o mais emocionante. Não era só
uma menção, era uma reprodução.
 
(Ana Ribeiro. Frase que pichei para Rita Lee reapareceu 37 anos depois em exposição. www1.folha.uol.com.br,
19.02.2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho
original, mantendo-se a correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2555780
298) 
299) 
a) … escreveria a frase na parede, jogaria-me pela janela carro adentro…
b) Foi como se um raio tivesse atingido-me na cabeça.
c) A sensação pareceu-me ter sido a mesma de quando escrevi…
d) Não importava-me: ela era minha e estava lá.
e) Me deparei outras vezes com o meu grafite.
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VUNESP - TTI (TJ RS)/TJ RS/Programador/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a norma-padrão de colocação
pronominal.
a) As propostas de reutilização do espaço são enviadas ao governo local, que avalia-as.
b) A escola funcionou até 2008, quando acreditou-se que seu espaço não seria mais útil.
c) Membros da comunidade podem submeter propostas para efetivamente revigorá-la.
d) Isao Tanimoto possuía obras de arte e não opôs-se ao plano de expô-las na escola.
e) O espaço da escola foi revitalizado e animou aqueles que acreditavam ter perdido-o.
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VUNESP - Ag Admin (Campinas)/Pref Campinas/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão seguinte.
 
Ter um celular é essencial para atividades da vida diária: fazer ligações, checar mensagens, tirar fotos ou
fazer compras não seria tão simples sem ele. Dá-los para crianças, no entanto, ainda é um dilema. Não
há consenso quanto ao uso dos aparelhos na infância.
Diferentes escolas e redes de ensino têm regras para o uso de celular. Na rede estadual de São Paulo,
por exemplo, o aparelho era proibido nas instituições de ensino até 2017, quando uma nova lei o
permitiu nas salas de aula para finalidades pedagógicas.
Países europeus como França, Holanda e Itália adotaram, nos anos recentes, medidas que proibiram o
uso de celular em sala de aula. Segundo os governos, as regras têm o objetivo de reduzir as distrações e
melhorar a concentração e a aprendizagem dos estudantes.
Na Holanda, os dispositivos só vão ser permitidos se forem especificamente necessários, como em aulas
de habilidades digitais, por motivos médicos ou para pessoas com deficiência.
Na cidade de Greystones, na Irlanda, tomou-se uma medida ainda mais radical. Um pacto firmado entre
pais de oito escolas do distrito proíbe o uso de smartphones por crianças e adolescentes até que eles
cheguem ao ensino médio. A proibição vale para todos os espaços, mesmo dentro de casa, de modo a
deixá-la mais coerente. “Se todo mundo faz isso, você não se sente excluído”, disse a mãe Laura Bourne
a um jornal britânico.
O caso da Irlanda chamou a atenção para a colaboração entre escolas e famílias. Para Jhonatan Almada,
diretor do Centro de Inovação para a Excelência das Políticas Públicas, os pais devem participar das
decisões sobre o uso de aparelhos em salas de aula. “A principal forma de abordar o tema com eles é
apresentar o conhecimento científico e mostrar exemplos de países que adotaram tais regras, caso
proponham modelos mais restritivos”, disse.
As escolas também devem considerar as famílias quanto ao uso do celular se decidirem liberá-los. “O uso
em sala de aula reforça a necessidade de ter um dispositivo como celular ou tablet, o que pode bater de
frente com o combinado entre os membros da família que prefere que suas crianças não tenham esses
dispositivos ou que os usem em momentos específicos”, disse Bernardo Bueno, professor e pesquisador.
Além de participar das decisões das escolas, Aline Restano, psicóloga, disse que é importante que as
famílias encarem o uso do celular de forma crítica também dentro de casa. “Quando tiverem um bebê, os
pais vão seguir usando o celular durante as refeições? Vão continuar usando o celular à noite? Vão
interromper a conversa para olhar o celular constantemente?”, questiona.
(Mariana Vick. Como as escolas podem lidar com crianças no celular. www.nexojornal.com.br.10.07.2023. Adaptado)
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300) 
 
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho
original, mantendo-se a correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa.
a) … não tenham esses dispositivos ou que usem-nos em momentos específicos”
b) Os dar para crianças, no entanto, ainda é um dilema.
c) “Se todo mundo faz isso, você não sente-se excluído”
d) … mesmo dentro de casa, de modo a a deixar mais coerente…
e) … considerar as famílias quanto ao uso do celular se decidirem os liberar…
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VUNESP - ETJ (TJM SP)/TJM SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Contrato de Namoro
 
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui
nenhuma regra que determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência
para enquadrar uma relação amorosa como união estável.
 
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja
duradoura, pública, contínua e com objetivo de constituir família.
 
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos,porém mantendo uma relação de namoro,
é evidente que a Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
 
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as
partes vivam como se casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto.
 
Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir família.
 
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos
escolhem formular um Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e
apresentar tanto cláusulas comuns como outras adicionadas pelo casal.
 
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer
tipo de vínculo matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos
financeiramente; e a declaração de que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à
pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança. Por fim, os contratantes devem atestar que não
têm interesse em ter filhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá conversão do namoro em
união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
 
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por
finalidade regular essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os
indivíduos.
 
(Samira de Mendonça Tanus Madeira. https://www.estadao.com.br/politica/ blog-do-fausto-macedo/
para-que-serve-um-contrato-de-namoro-e-quaissao- os-reflexos-juridicos/?utm_source=estadao:
mail&utm_medium=link Texto publicado em 04.07.2023. Adaptado)
 
Se os parceiros desejarem, um advogado pode na redação do contrato, no qual requisitos legais
devem ser preenchidos. Uma vez que no texto final o advogado , o juiz valida o contrato que 
socialmente um negócio jurídico.
 
Segundo a norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, as lacunas do texto devem ser
preenchidas, respectivamente, por:
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301) 
a) orientá-los … tenha-os preenchido … confirma-se
b) orientá-los … os tenha preenchido … se confirma
c) os orientar … tenha preenchido-os … se confirma
d) orientar-lhes … os tenha preenchido … confirma-se
e) lhes orientar … tenha preenchido-os … se confirma
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VUNESP - AFS (Pref Mirassol)/Pref Mirassol/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
O selvagem
 
Saía para a balada todas as noites. Pai e mãe desca belados. Dormia até tarde. Apareceu com uma
tatuagem no braço.
 
– O que é, meu filho? – gemeu a mãe.
 
– Tribal.
 
O pai quase teve um infarto. Piorou quando soube que a turminha do prédio estava se reunindo em um
apartamento vazio para ouvir música. O porteiro dedurou. Foram expulsos. A tia comentou:
 
– Se ao menos ele tivesse uma boa namorada!
 
Apareceu uma candidata. Tinha piercing nas sobrance lhas e na língua. A mãe tentou se conformar com
a escolha.
 
De noite, na solidão do quarto, o pai se contorcia.
 
– O que vai ser desse rapaz?
 
Prestou vestibular. Para surpresa de todos, passou. Dali a alguns meses, anunciou:
 
– Arrumei trabalho! É voluntário, em uma ONG para proteger meninos de rua.
 
– Pode ser voluntário porque tem quem o sustente! No meu tempo, eu só pensava em comprar um carro
novo! – esbravejou o pai.
 
Era o caso de chamar um terapeuta. Marcaram consulta. O psicólogo o recebeu em uma sala
aconchegante.
 
– Por que veio aqui?
 
– Meu pai me mandou. Eu mesmo não tinha a menor vontade. Eles não me entendem.
 
– Quem sabe você possa me dizer por quê?
 
– Eu quero qualidade de vida, sabe? Não passar o tempo todo me matando para ter coisas. Quem sabe
mais tarde vou morar numa praia... e trabalhar com alguma coisa de que eu goste.
 
O terapeuta observou as tatuagens, o brinco ousado, a camiseta torta, os cabelos espetados. Atrás da
aparência selvagem, reconheceu seu passado. Em sua época, a juven tude também fora assim. Com
projetos de vida. Teve uma sensação de alegria, porque afinal... a juventude continuava sendo... a
juventude.
 
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302) 
– O que eu mais quero é dividir a vida com alguém. O mundo anda complicado. Eu queria ter uma
relação fixa. Eu só dela, ela só minha! Quem sabe até ter um filho, mais tarde.
 
Despediu-se do terapeuta com um abraço.
 
– Qual o problema do meu filho?
 
– quis saber o pai.
 
– O problema é nosso, que esquecemos como fomos.
 
Quem disse que os jovens não têm mais sonhos?
 
(Walcyr Carrasco. Veja SP, 08.06.2005. Adaptado)
Considere as frases elaboradas com base no texto.
• Decidiram-se por uma consulta com um psicólogo e imediatamente _____________ .
• O rapaz estava com um brinco ousado e uma camiseta torta, e o terapeuta _____________ com
atenção.
• Quanto à juventude, são os sonhos e os projetos de vida que melhor servem para ____________ .
 
De acordo com a norma-padrão de emprego e de coloca ção dos pronomes, as lacunas devem ser
preenchidas, respectivamente, por:
a) marcaram-na … os observou … a definir
b) marcaram-na … lhes observou … defini-los
c) a marcaram … os observou … defini-la
d) a marcaram … observou-lhes … defini-los
e) a marcaram … lhes observou … defini-la
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VUNESP - AAE (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia a crônica de Ivan Angelo para responder à questão.
 
Cão reencontrado
 
Era muitas vezes com lágrimas nos olhos que se aprendia a dar valor à amizade, ao caráter e ao amor.
Exemplos melodramáticos não faltavam e talvez por isso se tenham tornado marcantes.
 
Nunca pude me esquecer de um longo poema lido em aula pela professora, no segundo ano primário.
Falava de um cão, feio mas dedicado, de que o dono procura se desfazer, afogando-o no mar. Lembro-
me da forte emoção com que acompanhamos a leitura, e da minha atenção ao copiá-lo depois. Decorei-o
inteiro, e declamava-o para os outros meninos, provavelmente quando havia por perto algum bolo de
aniversário. Ao terminar a narrativa da tragédia de Veludo, havia olhos úmidos na pequena plateia. Esse
era o nome do cão: Veludo. Magro, asqueroso, revoltante, imundo – dizia o poema.
 
Passaram-se os anos e deles restaram em minha memória os seis primeiros versos e uma lição de moral.
Nem sabia quem era o autor. Então, numa conversa com um amigo amante de livros, ouvi dele a
promessa: “Vou te mandar o poema”. Mandou mais do que isso: a cópia da folha de rosto do volume
onde o poema, de Luiz Guimarães, aparecera na edição de 1886.
 
Começava assim: Eu tive um cão. Chamava-se Veludo: / Magro, asqueroso, revoltante, imundo; / Para
dizer numa palavra tudo / Foi o mais feio cão que houve no mundo. (Alguém se lembra?) Recebi-o das
mãos de um camarada / Na hora da partida. Exatamente aí terminavam as minhas lembranças.
 
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303) 
Prossegue a história o narrador dizendo que o amigo tinha lágrimas nos olhos ao se separar do cão. E ao
se despedir deseja que o cão console o novo dono.
 
Mas aquele cão incomodava o novo dono. Deu-o à mulher de um carvoeiro. Respirou aliviado por não ter
mais de dar ossos diariamente ao animal. Porém à noite alguém bateu à porta: Era Veludo, que entrou
lambendo as mãos do narrador e farejando a casa satisfeito.
 
Para se livrar do cão, resolveu jogá-lo ao mar. Longe da costa, dentro do barco, ergueu o cão nos braços
e o atirou às ondas.
 
Doloroso que fosse, o narrador deixou-o lá, voltou à terra, entrou em casa e notou que havia perdido, na
operação, o cordão de prata com o retrato da mãe, uma relíquia que prezava tanto. Concluiu, com
rancor, que a culpa era do cão.
 
Nesse momento, ouviu uivos à porta. Era Veludo! (Arrepiado, leitor?) O cão arfava e, antes de morrer,
entendeu-se a seus pés e deixou cair da boca a medalha suspensa na corrente.
 
Aprendíamos dramaticamente os valores da vida.
 
(Coleção Melhores Crônicas – IvanAngelo. Seleção de Humberto Werneck. Adaptado)
 
Considere as frases elaboradas com base no texto.
Os seis primeiros versos e a lição de moral, o cronista sempre na lembrança.
O autor do poema e o livro onde o texto foi publicado, o cronista não .
Sobre o medalhão com o retrato da mãe, foi o novo dono que ao jogar Veludo ao mar.
 
De acordo com a norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, as lacunas devem ser
preenchidas, respectivamente, por:
a) guardou-lhes; conhecia-lhes; o perdeu
b) lhes guardou; os conhecia; perdeu-o
c) os guardou; os conhecia; o perdeu
d) os guardou; conhecia-os; o perdeu
e) guardou-os; lhes conhecia; perdeu-o
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VUNESP - Maq (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
O rei da boca-livre
 
– Preste atenção naquele homem.
 
Tinha pouco mais de 50 anos, altura mediana, atitudes discretas e trajes bem passadinhos. Tipo de
pessoa que, mesmo com um guarda-roupa reduzido, não faz feio em reuniões sociais. O referido comia
delicadamente um bolinho.
 
Na direita segurava um copo de uísque.
 
– Quem é a figura?
 
– O maior frequentador de coquetéis da cidade. Já investiguei. Ninguém sabe o nome.
 
– Ora, quem manda os convites deve saber.
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304) 
 
– Nunca foi convidado. Lê a notícia dos coquetéis nos jornais. E numa noite de autógrafos ou
vernissage*, quem vai barrar a entrada de prováveis compradores?
 
Estávamos na Livraria Teixeira. O homem de identidade misteriosa armazenara outro uísque numa
estante. Colocado num lugar em que o garçom teria obrigatoriamente de passar, abastecia-se também
de salgadinhos. Não bebia nem comia afobadamente, portando-se como um verdadeiro cavalheiro.
 
Não comprou o livro de lançamento, mas o vi cumprimentar o autor à distância revelando infinita
admiração.
 
Semanas depois vou a uma exposição de pinturas e quem estava lá, observando as obras de arte? Ele,
claro. O interesse artístico não o impedia de beber uísque e comer deliciosos pasteizinhos.
 
Desta vez, a bela festinha era em minha homenagem.
 
Uma entidade cismara de premiar-me pela publicação de um romance. Recebi um objeto pequeno como
troféu e um cheque ainda menor. Em compensação, quiseram que eu, diante do fotógrafo, erguesse
vitorioso uma taça de champagne.
 
Pose exibicionista demais. Preferível brindando simplesmente com alguém. Qualquer um. Vamos lá?
Vamos.
 
Tintim. Choque espumante de duas taças. O primeiro tim foi meu. O segundo, olhei atônito. Foi dele, sim
dele, o rei da boca-livre! Com um sorriso e uma taça, aproximara-se:
 
– Não comprei seu livro porque, imagine, recebi dois de presente.
 
(Marcos Rey. O coração roubado. Global. Adaptado)
 
* vernissage: inauguração de uma exposição de arte
 
Atendendo à norma-padrão de emprego e colocação dos pronomes, assinale a alternativa em que o
trecho destacado na frase está corretamente substituído pelo trecho indicado entre parênteses.
a) O nome dele, ninguém sabe o nome. (sabe-o)
b) Os convites, ora, quem manda os convites deve saber. (os manda)
c) Notícias de coquetéis, é nos jornais que ele habitualmente procura essas notícias. (procura-as)
d) Quanto ao uísque, o homem de identidade misteriosa armazena outro na estante. (lhe
armazena)
e) Visitei uma exposição de pinturas, e quem estava lá observando as pinturas? (observando-
lhes)
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VUNESP - ACA (Pref Campinas)/Pref Campinas/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
A substituição do trecho destacado nas passagens seguintes está de acordo com a norma-padrão
do emprego e da colocação pronominal na alternativa:
a) A degradação do plástico contamina o meio ambiente. (contamina-lhe)
b) A natureza pede à humanidade mais respeito. (pede-lhe)
c) Há pesquisas que classificam os problemas ambientais. (classificam-os)
d) Muitos brasileiros veem as questões ambientais com seriedade. (veem-las)
e) Parte da humanidade não considera problemas ambientais como deveria. (considera-os)
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305) 
306) 
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VUNESP - Aux Per (PC RR)/PC RR/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
 o mundo com a tragédia da cineasta ucraniana Halyna Hutchins, morta pelo disparo
de uma arma que cenográfica, no dia 21 último, durante as filmagens de um western. Halyna
tinha 42 anos. Ainda estava começando, mas já de seu domínio de diversas disciplinas do
cinema: era diretora de fotografia, operadora de câmera e criadora de uma surpreendente luz pessoal.
Atuava também como produtora, e seu destino, para todos brilhante, seria a direção. A morte cortou
esse destino, e Halyna se juntou à galeria de artistas que não souberam o que o futuro . Não
há uma data certa para morrer, claro. Mas alguns poderiam ter esperado mais um pouco.
(Ruy Castro, “A morte cedo demais”. Folha de S.Paulo, 31.10.2021. Adaptado)
 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente,
com:
a) Se comoveu … supunha-se… falava-se… reservava- lhes
b) Se comoveu … se supunha … se falava … lhes reservava
c) Comoveu-se … supunha-se… falava-se… reservava- lhes
d) Comoveu-se … se supunha … se falava … lhes reservava
e) Comoveu-se … se supunha … falava-se… lhes reservava
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VUNESP - ACom (C Limpo Pta)/CM Campo Limpo Pta/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia a crônica de Marcos Rey para responder à questão.
 
Gente que vai à feira
 
A feira é a praia do paulistano. Muita gente vai mais para tomar sol e encontrar amigos. Compras, um
pretexto. A que frequento, a do Pacaembu, tem até areia, devido a obras da prefeitura.
 
Em minha infância, a feira representava um castigo. Minha mãe sempre me levava à do Arouche, então a
mais espaçosa e tradicional da cidade, para ajudar a carregar as cestas. Eu, que tinha o privilégio de ir
ao cinema mais vezes do que qualquer garoto da rua, não podia negar-lhe essa ajuda. Sofria. Sofrimento
já sentido na sexta à noite, porque sabia o que me esperava na manhã seguinte. Para que eu não fizesse
cara feia, ela me comprava maçã, tremoço e rapadura. Dinheiro perdido. Nada compensava a chateação.
 
Já na mocidade, a feira novamente veio ao meu encontro, pois instalaram uma justamente na rua onde
eu morava, nos Campos Elísios. Às 4 da matina, os caminhões começavam a descarregar toneladas de
mercadorias debaixo da minha janela. Dava para dormir?
 
Somente décadas depois me reconciliei com esse tipo de comércio. Minha mulher é que, aos poucos, me
foi revelando o encanto e os inesperados das feiras. A graça e mesmo a poesia que resultam dessa
atividade a céu aberto. Para ela, os feirantes são gente boa, todos saudáveis, alegrões e solidários. E
sabem preencher qualquer espaço com um gostoso clima de descontração. Minha mulher conhece a
maioria pelo nome. Se por acaso esqueceu o cartão, pode levar a compra assim mesmo.
 
Na feira, de longe se distinguem as pessoas honestas. São as paredes, os recintos fechados, talvez, que
camuflam o mau-caratismo. Entre os feirantes, na transparência da manhã, a má intenção logo é
flagrada e muitas vezes acaba em corrida e pescoção.
 
Atualmente, feira deixou de ser coisa só de mulher. E elas próprias já não as frequentam sem antes um
encontro com o espelho. Alguma displicente vaidade matutina se faz necessária.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313920
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2327575
307) 
(Coleção melhores crônicas: Marcos Rey. Seleção de Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado.)
 
De acordo com a norma-padrão de colocação dos pronomes, está correta a alteração feita no trecho do
texto indicado em:
a) Minha mãe sempre levava-me à do Arouche...
b) ... não lhe podia negar essa ajuda...
c) ... porque sabiao que esperava-me na manhã seguinte.
d) Na feira, de longe distinguem-se as pessoas honestas.
e) E elas próprias já não frequentam-nas sem antes um encontro com o espelho.
 
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VUNESP - IAl (Pref Bebedouro)/Pref Bebedouro/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto
 
Redes sem lei
 
A esta altura estão mapeados os dissabores trazidos pelas redes sociais ao cotidiano social e político das
nações. Se a dominância dessas plataformas digitais impulsionou e adensou as interações entre as
pessoas em escala planetária, de outro lado acarretou oligopolização, manipulação dos fatos, fraudes e
assédio também em profusão.
 
Testemunha e vítima dessa faceta ameaçadora das mídias sociais, perseguida pelo governo autoritário de
Rodrigo Duterte nas Filipinas, a jornalista Maria Ressa, Nobel da Paz de 2021, descreveu-as em
entrevista à Folha como “uma bomba atômica que explodiu em nosso ecossistema de informação”.
 
O mecanismo de reiterações labirínticas empregado pelos algoritmos, ao premiar os discursos ofensivos e
as elucubrações fantásticas e mentirosas, estaria minando as bases da própria democracia, como os
sistemas de pesos e contrapesos, de acordo com Ressa.
 
Ilegalidades que não se praticavam na mesma extensão e profundidade antes da hegemonia das redes
sociais tornaram-se lugar-comum. As autoridades incumbidas de fazer cumprir a lei onde quer que seja
ainda comem poeira quando se trata dessas plataformas.
 
Corresponsabilizá-las pelos crimes cometidos por meio dos seus serviços é providência básica para limpar
o terreno bárbaro. Também é elementar evitar que seu enorme poderio de mercado seja usado para
esterilizar a competição, pela qual poderão florescer opções de melhor qualidade informativa.
 
Não há dúvida de que o combate ao turbilhão de falsificações oportunistas que jorra nas redes passa
pelo exercício do jornalismo profissional, que questiona os poderosos com base na apuração e na
publicação de fatos objetivamente verificáveis e se exerce em praça pública, não nos escaninhos
ensimesmados das aldeias digitais.
 
A sociedade aos poucos vai percebendo que não se substitui jornalista por influencer sem dano ao
patrimônio comum da civilização.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 25.06.2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-padrão quanto à colocação pronominal.
a) As redes sociais têm uma faceta ameaçadora, e quem as descreveu para o jornal foi a Nobel da
Paz de 2021, jornalista Maria Ressa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2332443
308) 
b) Nada avaliou-se ainda quanto aos impactos à sociedade decorrentes da veiculação de um
turbilhão de falsificações oportunistas nas redes sociais.
c) Se disseminam, nos meios digitais, ilegalidades que não se praticavam na mesma extensão e
profundidade antes da hegemonia das redes sociais.
d) Tem percebido-se, aos poucos, a importância do jornalista para a sociedade, apurando e
publicizando fatos objetivamente verificáveis.
e) Responsabilizarão-se as redes sociais que, por meio dos seus serviços, cometerem crimes,
veiculando informações que contradizem a verdade.
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VUNESP - Prof (Bebedouro)/Pref Bebedouro/Educação Infantil I - 0 a 3 anos/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto
 
Cuidado com o que fala – e escreve
 
Você já se ouviu falando em público? Ou numa reunião de trabalho?
 
Como é o seu desempenho? Transmite segurança ou acelera as palavras, embola pensamentos e
interrompe o raciocínio com digressões?
 
Coach em liderança feminina, a americana Tara Mohr listou muletas linguísticas que costumam nos
sabotar. E descobriu que mulheres podem ser mais afetadas por hábitos verbais que transmitem
hesitação, insegurança ou autodesvalorização. Em geral ao tentarem, consciente ou inconscientemente,
parecer “boazinhas”, flexíveis, conciliatórias e calmas.
 
“Mulheres com mensagens importantes e ideias brilhantes se diminuem por meio de suas palavras –
geralmente sem perceber”, resume a autora no livro Ouse Crescer: Encontre Sua Voz e Deixe Sua Marca
no Mundo (Editora Sextante).
 
Quer um exemplo? Frases que começam com desculpe. Muitas mulheres têm o hábito de,
inconscientemente, desculpar- se por assumir posição, dizer algo ou fazer perguntas.
 
Na verdade é outro clássico. Na verdade, acho que... Na verdade, discordo... Dá impressão ao
interlocutor de que quem fala está surpresa por discordar.
 
Quando não se sente à vontade para expressar ideias ou ênfase, há muletas como Talvez, quem sabe,
Só. (Só fico pensando se..., Só preciso que...).
 
Ressalvas também são comuns: Não sou especialista, mas... É só uma ideia, mas...
 
Muitas mulheres terminam frases com Isso faz sentido? Ou algo similar. Para a autora, quem recorre a
essa tentativa de se aproximar do público, verificar reações e confirmar se foi compreendida é vista como
menos influente e com menos conhecimento do tema.
 
Mas por que tantas muletas, desculpas e ressalvas na linguagem feminina?
 
Tara explica que, em parte, por contágio. Ouvimos e reproduzimos. Mas há também o “duplo vínculo”,
fenômeno que mulheres são vistas como competentes ou afáveis, mas não as duas coisas ao mesmo
tempo.
 
E qual a saída? Segundo a autora, não se trata de adotar um estilo de comunicação autoritário. Nem de
deixar de ser gentil, sociável e humana nas relações, mas sim de descartar padrões autodepreciativos
decorrentes do medo de conquistar espaço e assumir poder. Afeto sim, mas sem muletas na hora de se
posicionar.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2332523
309) 
 
Ah, esse alerta vale também para comunicação escrita. Que tal então revisar as mensagens que você vai
mandar hoje?
 
(Luciana Garbin. O Estado de S.Paulo, 14 de abril de 2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que a expressão em destaque está substituída corretamente, nos parênteses,
de acordo com a norma-padrão do emprego e da colocação pronominal.
a) Quando não se sente à vontade para expressar ideias... (expressár-las) – 7o parágrafo.
b) … Muitas mulheres têm o hábito… (têm-no) – 5o parágrafo.
c) ... desculpar-se por assumir posição... (assumir-la) – 5o parágrafo.
d) ... hábitos verbais que transmitem hesitação... (transmitem-lhe) – 3o parágrafo.
e) Ouse Crescer: Encontre Sua Voz e Deixe Sua Marca no Mundo (deixe-la) – 4o parágrafo.
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VUNESP - Ag (CM Olímpia)/CM Olímpia/Legislativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Nossa má educação cria um abismo entre os brasileiros e as profissões do futuro
 
De tempos em tempos, vemos estudos e listas sobre as chamadas “profissões do futuro”. Elas nos
enchem os olhos, com atividades incríveis e inspiradoras. Infelizmente a maior parte das pessoas jamais
exercerá qualquer uma dessas carreiras, pois não tem elementos básicos em sua formação para
desempenhar suas tarefas. Nosso sistema de ensino e nossa cultura não são organizados para oferecer a
crianças, jovens e adultos as habilidades necessárias para isso.
 
Para as profissões que debutam com grande pompa e muitas novidades, naturalmente não existe
formação específica. A escola precisa de um tempo para a criação de cursos, e isso só acontece depois
que um novo ofício está consolidado. Portanto, se se almeja qualquer um desses incríveis trabalhos, a
habilidade mais desejada é o amor pelo aprendizado. Com ela, o candidato descobrirá e fará muitos
cursos específicos, para combinar seus conteúdos e construir o arcabouço intelectual necessário.
 
As “profissões do futuro” são tão incríveis porque elas saem do óbvio. Desafiam os indivíduos a pensar e
a fazer diferentemente o que já existe ou criar algo completamente novo, que trará um grande benefício
à sociedade.
 
A digitalização já afetou todas as profissões e esse é um movimento que cresce exponencialmente. Não
há como resistir à mudança. Pelo contrário, qualquer que seja a área do ofício, o domínio de habilidades
normalmente associadas às Exatas, como raciocíniológico, análise de dados, entendimento de sistemas
ou estatística ficam mais e mais importantes. Da mesma forma, habilidade de Humanas, como
comunicação, pensamento crítico, trabalho em equipe e empatia também se tornam essenciais para
trabalhadores de todas as áreas, e não apenas nas Humanidades.
 
Portanto as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras, e as que morrem são as mais
operacionais e repetitivas. É por isso que nossas escolas precisam formar profissionais para o primeiro
grupo, e não para o segundo. A discussão do futuro do trabalho deve passar necessariamente pela do
futuro da educação.
 
(Paulo Silvestre. https://brasil.estadao.com.br/. 01.02.2021. Adaptado)
 
Considere o seguinte trecho redigido a partir das informações do texto:
 
Quanto à possibilidade de exercer as inspiradoras profissões do futuro, muitos dos nossos jovens ainda
não , devido à ausência de qualidades que o desempenho delas exige. em seu
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2342352
310) 
horizonte não traz, por si só, qualquer certeza de que exercerão uma dessas atividades no futuro,
havendo, sim, necessidade de investimento nesse sentido.
 
De acordo com a norma-padrão relativa ao emprego e colocação de pronomes, as lacunas do texto
devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com
a) lhe alcançaram ... As ter
b) alcançaram-lhe ... Ter-lhes
c) a alcançaram ... Tê-las
d) alcançaram-na ... Tê-las
e) a alcançaram ... Lhes ter
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VUNESP - Ate (DAE Bauru)/DAE Bauru/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
Réquiem1 para o telefone
 
Se você, como eu, ainda é usuário de um exótico telefone fixo, sabe do que estou falando. É raro alguém
atender às nossas ligações. Com razão: chamadas de telefones fixos tornaram-se sinônimo de
telemarketing. Eu próprio, quando recebo uma, só a custo consigo manter certo humor.
 
Da mesma forma, sei que até os telefonemas de celular para celular passaram a ser ignorados. As
pessoas hoje só se comunicam por WhatsApp. É o fim do telefone, depois de quase 150 anos de grandes
serviços prestados. Em breve ninguém acreditará que, até cerca de 1990, ele era um dos bens mais
valiosos do Brasil – famílias iam aos tribunais por uma linha ou um aparelho.
 
Um telefone correspondia a uma certa quantidade de ações da companhia telefônica. Era obrigatório
declará-lo no imposto de renda. Comprá-lo levava séculos – uma linha demorava tanto para sair que se
podia morrer de velhice esperando. Entrava-se em consórcios para adquiri-lo e as pessoas davam festas
ao serem sorteadas. Os testamentos o incluíam entre os bens do inventariante2, junto com o carro ou o
apartamento. E, nos divórcios, era tão disputado que, às vezes, o casal desistia da separação – valia a
pena continuar aturando o cônjuge para não perder o telefone.
 
Com cruel frequência, Paulo Francis escrevia em sua coluna nos anos 80 que, em Nova York, onde ele
morava, um telefone era a coisa mais fácil do mundo. Ligava-se do orelhão para a telefônica e, em uma
hora, vinha um sujeito de macacão com um aparelho, plugava-o na tomada e passar bem. Morríamos de
inveja e nos perguntávamos como podíamos ser tão atrasados.
 
E, justamente agora que podemos ter isso, não queremos mais saber do telefone.
 
(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 27.03.2022. Adaptado)
 
1 Réquiem: prece que a Igreja faz para os mortos.
 
2 Inventariante: responsável pela identificação, administração e partilha dos bens da herança.
 
Considere a seguinte passagem redigida a partir das informações do texto:
 
Antigamente, uma linha telefônica era algo que jamais e uma hora para outra. Por ser uma
novidade, não comprá-la se não por um valor bastante elevado. Havia ainda o inconveniente de
que a instalação dela poderia levar muito mais tempo do que os compradores gostariam de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2348185
311) 
esperar. assim tais consumidores privados de usufruir do bem que um valor bastante
razoável.
 
De acordo com a norma-padrão de colocação dos pronomes, as lacunas do texto devem ser preenchidas
com:
a) obtinha-se ... podia-se ... Viam-se ... custava-lhes
b) se obtinha ... se podia ... Viam-se ... lhes custava
c) se obtinha ... se podia ... Se viam ... custava-lhes
d) obtinha-se ... se podia ... Se viam ... lhes custava 
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VUNESP - Bibl (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder a questão.
 
Começou com Alice
 
O objeto veio embrulhado num papel verde estampado com motivos infantis. Muito justo. Era um
presente de aniversário para uma criança que fazia cinco anos.
 
O objeto era um livro. O garoto o desembrulhou e contemplou aquele volume.
 
O título, na capa, ele leu com facilidade: Alice no país das maravilhas. Sentou-se, cruzou as pernas e
abriu o livro na página 11, onde começava a história – e nunca mais foi o mesmo.
 
Já se passaram mais de cinquenta anos, mas posso manusear, folhear e até reler esse livro. Para dizer a
verdade, ele está à minha frente nesse momento.
 
Sim, antes dos cinco anos, eu já conseguia ler. Aprendera meio sozinho, sentado diariamente no colo de
minha mãe enquanto, rindo muito, ela lia para si mesma – mas em voz alta a meu pedido. De tanto ouvir
o som e o significado daqueles símbolos impressos no jornal enquanto olhava para eles, descobri com
naturalidade como funcionavam – as letras formavam sílabas, as sílabas formavam palavras, as palavras
formavam ideias. A partir dali, passei a aplicar o processo às outras letras impressas que via pela frente –
em cartazes de cinema, anúncios no bonde, tampa de lata de marmelada – e saí lendo tudo que podia. E
escrevendo também, porque era fácil copiar os símbolos, criando minhas próprias palavras. Dias depois,
descobri a máquina de escrever do meu pai. E, com isso, aprendi a ler, a escrever e a escrever à
maquina quase ao mesmo tempo, antes dos cinco anos.
 
A vida não é mais a mesma depois que se penetra no reino das palavras. Na verdade, não me recordo de
nenhum dia em que não estivesse cercado por elas. Meus pais não liam livros, mas eram grandes
consumidores de jornais. Detalhe: depois de lidos, jornais e revistas raramente iam para o lixo. As pilhas
se acumulavam e atravessavam os anos. Os exemplares com as catástrofes históricas eram guardados
para sempre. Não se jogavam fora as palavras.
 
Em pouco tempo, decidi que, no futuro, seria jornalista – que viveria das e entre as palavras. Ao
contrário de outros garotos de minha geração, nunca pensei em ser médico, engenheiro ou advogado,
nem mesmo astronauta. O importante eram as palavras.
 
Bem, aconteceu que, em tempo hábil, me tornei jornalista, e as palavras têm me sustentado até hoje.
 
(Ruy Castro. O leitor Apaixonado: prazeres à luz do abajur. Prólogo. São Paulo: Companhia das letras, 2009. Excerto
adaptado)
 
Considere as seguintes passagens do texto:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2353420
312) 
 
• O garoto o desembrulhou e contemplou aquele volume. (2º parágrafo)
• … mas posso manusear, folhear e até reler esse livro. (4º parágrafo)
• E escrevendo também, porque era fácil copiar os símbolos… (5º parágrafo)
 
As formas pronominais que substituem as expressões destacadas estão em conformidade com a norma-
padrão da língua, respectivamente, em:
a) contemplou-o; o reler; copiá-los.
b) contemplou-lhe; o reler; copiá-los.
c) contemplou-o; lhe reler; copiar-lhes.
d) contemplou-lhe; o reler; copiar-lhes.
e) contemplou-o; lhe reler; copiá-los.
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VUNESP - Fisc (F.co Morato)/Pref F.co Morato/Meio Ambiente/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia um trecho do conto “Jantar em família”, de Marçal Aquino, para responder à questão.
 
Começou errado. Quando André parou o carro, atendendo ao aceno do manobrista,a mulher olhou para
a fachada do restaurante e comentou: “Chique, hein?”.
 
André saiu do carro, recebeu o tíquete do manobrista e uma espetada dela: “Você bem que podia me
trazer num lugar desses de vez em quando.”.
 
“Você não vai começar, né, Helô?”
 
“Mas é verdade”, ela disse, no momento em que a porta do restaurante foi aberta para os dois. “A gente
nunca sai. E quando sai é sempre pra comer nos mesmos lugares. Eu estou cansada daquelas cantinas
fuleiras lá do bairro.”
 
Ele preferiu ficar quieto, para evitar uma discussão na frente do maître*.
 
“Boa noite. Mesa para dois?”
 
No ambiente à meia-luz, André conseguiu localizar o pai em uma das mesas. E viu que o irmão e a
cunhada já haviam chegado. Ele indicou a mesa ao maître, que sorriu e disse para ficarem à vontade.
 
Enquanto caminhavam, André notou que Helô estava deslumbrada com o lugar: velas nas mesas, casais
conversando em voz baixa, um piano que parecia sussurrar.
 
“Não gosto de restaurante escuro. Fazem isso para você não enxergar o que está comendo.”
 
“Você está por fora, isso sim. Este lugar é super-romântico.”
 
O pai se levantou da mesa para recebê-los. André percebeu que o velho estava com os cabelos grisalhos
penteados com capricho e usava um paletó que ele nunca tinha visto. Na certa comprado para aquela
ocasião. Vestido daquele jeito, parecia ter remoçado.
 
“Este é o meu filho mais velho, o André. É ele que me ajuda lá no posto”, o pai disse, dirigindo-se à
moça que ficara em pé ao seu lado. “André e Helô: esta é a Cibele.”
 
(Marçal Aquino. O amor e outros objetos pontiagudos. Geração Editorial. Adaptado)
 
*maître: pessoa responsável pelos garçons de um restaurante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2366001
313) 
314) 
 
Considere as frases elaboradas a partir do texto.
O tíquete do estacionamento, André do manobrista.
Ao chegar ao restaurante, Helô declarou que chique.
Quando André e Helô se aproximaram da mesa, o pai imediatamente Cibele.
 
Atendendo à norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, as lacunas das frases devem ser
preenchidas respectivamente por:
a) recebeu-lhe ... considerava-o ... apresentou-lhes
b) recebeu-lhe ... lhe considerava ... lhes apresentou
c) o recebeu ... o considerava ... apresentou-os
d) recebeu-o ... lhe considerava ... os apresentou
e) recebeu-o ... o considerava ... lhes apresentou
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VUNESP - Sarg (PM SP)/PM SP/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
Quem consulta o acervo da revista Superinteressante percebe um salto entre os meses de janeiro e
março de 2001. A edição de fevereiro daquele ano não está mais acessível para consultas. A publicação
da editora Abril trazia como assunto principal naquele mês questionamentos sobre a eficácia das vacinas.
 
O atual diretor de redação da revista, Alexandre Versignassi, responde sobre os questionamentos a
vacinas levantados na matéria de 2001: “Nada se provou”. Ou seja, as dúvidas levantadas naquela época
não se comprovaram. Por esse motivo, numa conversa com a administração da Abril, o jornalista achou
prudente excluir provisoriamente a edição do acervo. “Num período de pandemia e de vacinação, poderia
ser um desserviço”, diz.
 
Versignassi ressalta uma questão importante: “Não é apagar a história. É uma questão de saúde pública”.
 
(Mauricio Stycer. Em: https://noticias.uol.com.br. 02.11.2021. Adaptado)
 
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal.
a) Não tendo comprovado-se os questionamentos sobre a eficácia das vacinas, a edição de fevereiro
de 2001 foi excluída do arquivo da revista.
b) A administração achou melhor excluir provisoriamente a edição de fevereiro de 2001, já que se
questionou a eficácia das vacinas e nada foi provado.
c) Excluíram a edição de fevereiro de 2001 dos arquivos, pois não apresentaram-se provas que
comprometessem a eficácia das vacinas.
d) Se excluiu dos arquivos da revista a edição de fevereiro de 2001, uma vez que nada foi provado
sobre a ineficácia das vacinas.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão abaixo.
Vida ao natural
 
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315) 
Pois no Rio tinha um lugar com uma lareira. E quando ela percebeu que, além do frio, chovia nas
árvores, não pôde acreditar que tanto lhe fosse dado. O acordo do mundo com aquilo que ela nem
sequer sabia que precisava como numa fome. Chovia, chovia. O fogo aceso pisca para ela e para o
homem. Ele, o homem, se ocupa do que ela nem sequer lhe agradece; ele atiça o fogo na lareira, o que
não lhe é senão dever de nascimento. E ela – que é sempre inquieta, fazedora de coisas e
experimentadora de curiosidades – pois ela nem lembra sequer de atiçar o fogo; não é seu papel, pois se
tem o seu homem para isso. Não sendo donzela, que o homem então cumpra a sua missão. O mais que
ela faz é às vezes instigá-lo: “aquela acha*”, diz-lhe, “aquela ainda não pegou”. E ele, um instante antes
que ela acabe a frase que o esclareceria, ele por ele mesmo já notara a acha, homem seu que é, e já
está atiçando a acha. Não a comando seu, que é a mulher de um homem e que perderia seu estado se
lhe desse ordem. A outra mão dele, a livre, está ao alcance dela. Ela sabe, e não a toma. Quer a mão
dele, sabe que quer, e não a toma. Tem exatamente o que precisa: pode ter.
 
Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo,
refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar.
Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que
sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde,
flameja.
(Clarice Lispector, Os melhores contos
[seleção Walnice Nogueira Galvão], 1996)
* pequeno pedaço de madeira usado para lenha 11.
 
Assinale a alternativa em que a reescrita de informações textuais atende à norma-padrão de colocação
pronominal.
a) Se apercebendo de que chovia nas árvores, ela não pôde acreditar que tanto lhe fosse dado.
b) Como ela esquece de atiçar o fogo, pois não é seu papel, o seu homem dedica-se a essa missão.
c) Antes que ela esclareça onde está a acha, ele por ele mesmo já tinha notado-a, homem seu que
é.
d) Ela às vezes instiga o homem, dizendo-lhe: “aquela acha ainda não pegou e você não atiçou-a”.
e) Ela acha que aquilo vai acabar. Não é ao fogo que refere-se, certamente refere-se ao que sente.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2018
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo
masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em
uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a
Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e
assim dei à voz de Deus a frase:
 
– Ó universo, eu sou-te,
 
em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.
 
Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de
que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e
justissimamente a lei fundamental da concordância.
 
A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.
 
A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/603097
316) 
(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)
 
Assinale a alternativa que atende à norma-padrãode colocação pronominal.
a) Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o intransitivo de identificação
na frase.
b) A prosódia, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo.
c) Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou artísticos.
d) Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do mundo, recorri à frase: –
Ó universo, eu sou-te.
e) Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase: – Ó universo,
eu sou-te.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2017
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.
 
 
(Charles M. Schulz. Snoopy- Feliz dia dos namorados!)
 
Assinale a alternativa em que a frase baseada nas falas dos quadrinhos apresenta emprego e colocação
de pronomes de acordo com a norma-padrão.
a) A menina afirmou ao garoto que poderá processar ele, caso este não ajudar-lhe com a lição de
casa.
b) Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntá-la onde estava o advogado dela.
c) O garoto respondeu à menina, perguntando-a onde estava o advogado dela.
d) A menina ameaçou processar-lhe, caso o garoto não ajudasse-a com a lição de casa.
e) A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse com a lição de casa.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2015
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/491678
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/279016
317) 
318) 
Leia o texto, para responder à questão.
O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver
sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá
prescindir da luta. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos
indivíduos.
Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais importantes tiveram
de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo e qualquer direito, seja o direito de um
povo, seja o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito
não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que
pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança
é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro
estado de direito só pode existir quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com
que manipula a balança.
O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a população. A vida do
direito nos oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de um esforço e de uma luta incessante,
como o despendido na produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui para a realização da
ideia do direito.
É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de indivíduos desenvolve-se
tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o
direito é a luta, não nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.
(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)
 
De acordo com a norma-padrão, o pronome destacado pode ser colocado também depois do verbo no
trecho:
a) Se lhes disséssemos que o direito é a luta …
b) … só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta...
c) … o meio de que se serve para consegui-lo …
d) A vida do direito nos oferece …
e) … segura a espada por meio da qual o defende.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2014
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
Em meio a insatisfações com a situação econômica, o principal alvo do movimento de milhares de
manifestantes na China é a garantia de plenas liberdades, em observação aos princípios que presidiram a
passagem de Hong Kong para a esfera desse país, em 1997.
 
O acordo de transição criou a fórmula “um país, dois sistemas”. A submissão da economia ao Estado e a
centralização da ditadura chinesa não seriam implantadas na região administrativa especial da ex-colônia
por 50 anos, período em que se manteriam o arcabouço democrático e a livre-iniciativa.
 
O compromisso foi quebrado por recente decisão que afeta as eleições marcadas para 2017: o governo
central arrogou-se o direito de aprovar previamente os candidatos que poderão participar do pleito.
 
A medida foi vista como um indício de que a China estaria disposta a intervir e ampliar seu controle sobre
Hong Kong, uma importante praça financeira internacional.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/241724
319) 
 
(Folha de S.Paulo, 01.10.2014. Adaptado)
 
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
a) Por um período de 50 anos, manteriam-se o arcabouço democrático e a livre-iniciativa.
b) O governo chinês recentemente se arrogou o direito de aprovação prévia dos candidatos.
c) Não respeitaram-se os princípios que presidiram a passagem de Hong Kong à China.
d) Se criou na China, com o acordo de transição, a fórmula “um país, dois sistemas”.
e) Os chineses têm questinado-se se o país pretende intervir e ampliar seu controle sobre Hong Kong.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2011
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Leia o texto para responder à questão.
 
WikiLeaks contra o Império
A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica
que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia
ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a
informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu
aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo
para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria
que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na
bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward
dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de
urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar
Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de
material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa
qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores
matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os
códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o
episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70. Com a palavra
Catherine Caughey, que tinha 20 anosquando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi
ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um
dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua
homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78774
320) 
321) 
(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)
Assinale a alternativa cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma padrão da língua.
a) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
b) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada.
c) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
d) Conformado, se rendeu às punições.
e) Todos querem que combata-se a corrupção.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
O chá, os fantasmas, os ventos encanados
 
Nasci no tempo dos ventos encanados, quando, para evitar compromissos, a gente dizia estar com
enxaqueca, palavra horrível mas desculpa distinta. Ter enxaqueca não era para todos, mas só para essas
senhoras que tomavam chá com o dedo mindinho espichado. Quando eu via aquilo, ficava a pensar
sozinho comigo (menino, naquele tempo, não dava opinião) por que é que elas não usavam, para cúmulo
da elegância, um laçarote azul no dedo...
 
Também se falava misteriosamente em “moléstias de senhoras” nos anúncios farmacêuticos que eu lia.
Era decerto uma coisa privativa das senhoras, como as enxaquecas, pois as criadas, essas, não tinham
tempo para isso. Mas, em compensação, me assustavam deliciosamente com histórias de assombração.
Nunca me apareceu nenhuma.
 
Pelo visto, era isso: nunca consegui comunicar-me com este nem com o outro mundo. A não ser através
d’O tico-tico e da poesia de Camões, do qual até hoje me assombra este verso único: “Que o menor mal
de tudo seja a morte!”
Pois a verdadeira poesia sempre foi um meio de comunicação com este e com o outro mundo.
 
(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013. Adaptado)
 
Considere as passagens:
 
• ... palavra horrível mas desculpa distinta.
• ... para cúmulo da elegância...
• ... uma coisa privativa das senhoras...
 
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
a) vexatória; exceção; própria.
b) diferente; síntese; comum.
c) sugestiva; limite; especial.
d) elegante; auge; exclusiva.
e) sóbria; exagero; anormal.
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VUNESP - Age Tran (Osasco)/Pref Osasco/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Tenho lido matérias que defendem a ideia de que viajar não é tão fundamental e que os turistas
deveriam parar com tanta andança sem sentido. Alguns italianos concordam. “Não venham mais!”, têm
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2822203
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2833690
322) 
gritado das janelas os nativos que ainda moram em Veneza, cidade que recentemente foi considerada
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um patrimônio em
risco. Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade, e sim
uma Disney para adultos, uma cenografia.
 
Ainda que eu concorde que alguns lugares precisam controlar a entrada de tanta gente, como faz
Fernando de Noronha, jamais defenderei que viajar é uma banalidade dispensável. Sei que é possível ser
muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
 
Por que viajar precisa ser um estado de exceção? Passamos grande parte da vida morando no mesmo
endereço, com alguns intervalos de fuga. Imagine o inverso: viajar constantemente, com alguns
intervalos de permanência. Eu sei, o ser humano precisa manter vínculos emocionais e ter um emprego a
fim de ganhar dinheiro para sobreviver; não é prudente se aventurar (palavrinha tentadora, aventura:
injustamente associada a algo temporário).
 
Não consigo chamar de aventureiro aquele que se dedica a conhecer o planeta em sua vasta
representação, em vez de comprar uma geladeira, um fogão e formar família. Como eu fiz, e você,
provavelmente, também. Não nos arrependemos, mas, no fundo, sabemos que estamos cumprindo
ordens. A sociedade costuma ser intransigente com os nômades.
 
Não fomos educados para as possibilidades de conexão com etnias variadas, para uma expansão
geográfica que nos transforme de fato em cidadãos do mundo. A segurança nos atrai na mesma medida
que a liberdade nos assusta. Compensamos nosso comodismo com livros que são mais baratos que
passagens aéreas. E, quando dá, fazemos turismo. Cada viagem de 10 dias ou de um mês é um jeito de
colocar a cabeça para fora da gaiola. Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas
raízes: condicionados ou não, optamos pelo amor romântico, pela criação de filhos, pelos cuidados com
os pais. De tempos em tempos, confirmar que existe muito mais do que isso é nosso ato de bravura. Mas
aventura mesmo é ficar.
 
(Martha Medeiros. Pouso e decolagem. https://oglobo.globo.com, 05.11.2023. Adaptado)
 
No trecho “A sociedade costuma ser intransigente com os nômades”, a palavra destacada tem como
antônimo no contexto em que foi empregada:
a) intolerante.
b) persecutória.
c) indiferente.
d) flexível.
e) intimidante.
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VUNESP - Ag Info (SPTrans)/SPTrans/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder a questão.
 
Sozinhos
 
Um casal de velhos mora sozinho numa casa. Já criaram os filhos, os netos já estão grandes, só lhes
resta implicar um com o outro. Retomam com novo fervor uma discussão antiga. Ela diz que ele ronca
quando dorme, ele diz que é mentira.
 
– Ronca.
 
– Não ronco.
 
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323) 
– Ele diz que não ronca – comenta ela, impaciente, como se falasse com uma terceira pessoa.
 
Mas não existe outra pessoa na casa. Os filhos raramente visitam os pais. Os netos, nunca. A empregada
vem de manhã, faz o almoço, deixa o jantar e sai cedo. Ficam os dois sozinhos.
 
– Eu devia gravar os seus roncos, pra você se convencer – diz ela. E em seguida tem a ideia infeliz. – É o
que eu vou fazer! Essa noite, quando você dormir, vou ligar o gravador e gravar os seus roncos. Vou
gravar os seus roncos.
 
– Humrfm – diz o velho.
 
Sozinhos. Os velhos sozinhos na casa. Os dois vão para a cama. Quando o velho dorme, a velha liga o
gravador. Mas em poucos minutos a velha também dorme. O gravador fica ligado, gravando. Pouco
depois a fita acaba.
 
Na manhã seguinte, certa do seu triunfo, a velha roda a fita. Ouvem-se alguns minutos de silêncio.
Depois, alguém roncando.
 
– Rarrá! – diz a velha, feliz.
 
Pouco depois ouve-se o ronco de outra pessoa, a velha também ronca!
 
– Rarrá! – diz o velho, vingativo.
 
E em seguida, por cima do contraponto de roncos, ouve-se um sussurro. Uma voz indefinida. Pode ser de
homem, de mulher ou de criança. A princípio – por causa dos roncos – não se distingue o que ela diz.
Mas aos poucos as palavras vão ficando claras. São duas vozes. É um diálogo sussurrado.
 
“Estão prontos?”
 
“Não, acho que ainda não…”
 
“Então vamos voltar amanhã…”
 
(Luis Fernando Verissimo. Comédias para se ler na escola. Adaptado)
 
Na frase – Os filhos raramente visitam os pais. (5º parágrafo) –, o advérbio destacado é antônimo de
a) “realmente” e ambos expressam circunstância de afirmação.
b) “eventualmente” e ambos expressam circunstância de modo.
c) “frequentemente” e ambos expressam circunstância de tempo.
d) “ocasionalmente” e ambos expressam circunstância de tempo.
e) “continuamente” e ambos expressam circunstância de meio.
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VUNESP - Ag Info (SPTrans)/SPTrans/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder a questão.
 
Entenda a onda de calor queatinge o Brasil
 
Quem achava que não ia tirar as bermudas e regatas do armário até o fim do ano se enganou. Se o
verão começa só em dezembro, o calor resolveu chegar mais cedo – logo na última semana do inverno.
Com isso, várias cidades do país registraram seus recordes de temperatura no ano, durante aquela que
deveria ser a estação mais fria.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2841528
324) 
 
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou um alerta de perigo para a onda de calor que já está
entre nós e deve permanecer até 22 de setembro. Segundo o instituto, as temperaturas em algumas
áreas vão ficar 5 ºC mais quentes do que a média em anos passados, sendo um potencial risco à saúde.
 
A culpa desse calorão é uma forte massa de ar quente que se espalhou por grande parte do país. Ela
serve de bloqueio atmosférico, impedindo a passagem de frentes frias e atrapalhando as condições
meteorológicas que causariam chuvas.
 
De acordo com o Inmet, o tempo seco ajuda a piorar a onda de calor. Somado ao aumento da pressão
atmosférica perto da superfície, esses fatores inibem a formação de nuvens. Sem essa camada de
proteção, os raios do Sol esquentam mais ainda a massa de ar, que transforma a região afetada em um
verdadeiro forninho.
 
A previsão é de que, com a chegada da primavera, a situação não melhore. O panorama dos
meteorologistas do Inmet aponta para uma piora no quadro climático a partir de 22 de setembro, então
pode esperar um fim de semana de torrar – a capital paulista, por exemplo, vai extrapolar os 35 ºC.
 
(https://super.abril.com.br. Adaptado)
 
Nas passagens – … esses fatores inibem a formação de nuvens. (4º parágrafo) – e – … a capital
paulista, por exemplo, vai extrapolar os 35 ºC. (5º parágrafo) –, os termos destacados significam,
correta e respectivamente:
a) retardam; manter.
b) atrapalham; atingir.
c) fortalecem; exceder.
d) impedem; ultrapassar.
e) expandem; intensificar.
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VUNESP - Ag (Pref Jaguariúna)/Pref Jaguariúna/Mobilidade/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto
 
Éramos quatro escritoras em volta de uma mesa, num restaurante. A conversa não podia estar mais
divertida. Até que um sujeito passou por nós, nos reconheceu, cumprimentou e disse: “Posso imaginar o
papo cabeça que está rolando aí”. E saiu de perto com uma cara de “Deus me livre”.
 
O simpático cidadão ficaria corado se escutasse um pedacinho do nosso “papo cabeça”. Logo nos
perguntamos: será mesmo que as pessoas pensam que a gente se reúne para falar sobre filósofos e que
tentamos desvendar o significado de cada verso dos Lusíadas enquanto dividimos uma pizza marguerita?
 
Não abro mão de conversas inteligentes, mas, para longas dissertações, existe hora e lugar. Eu mesma,
podendo, corro para o outro lado quando alguém começa uma conferência didática-enciclopédica em
mesa de bar. Numa sala de universidade, é estimulante. Em meio a uma palestra num auditório,
empolga. Escutar um sábio falar durante um jantar, na casa de alguém, salva a noite. Mas num boteco
barulhento, em meio a bolinhos de bacalhau, copos de chope e cercado por amigos da adolescência,
quem vai querer escutar sobre a profundidade poética de um brilhante cineasta polonês?
 
E se for um primeiro jantar a dois, romântico, aí o papo cabeça funciona mais ou menos como um ex que
entrou no recinto para quebrar o clima. Dá aquela vontade súbita de pedir a conta.
 
Em nosso último encontro, minhas amigas e eu conversamos sobre as vantagens triunfais da maturidade,
sobre a diferença da nossa geração para a de nossos filhos, sobre a viagem que uma de nós fez aos
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325) 
Lençóis Maranhenses, sobre a Anitta, sobre uma fofoca que aconteceu na cidade, sobre uma exposição
que ainda está em cartaz em São Paulo, sobre paixões infernais, sobre amores inventados e mais outras
coisas porque os assuntos são sempre múltiplos e vêm acompanhados de muitas gargalhadas. Somos
criaturas trágicas, mas isso a gente deixa para debater na consulta com o analista. Fora do horário do
expediente, nosso papo cabeça desce a linha do pescoço, ronda o coração e onde mais a alma alcança —
enquanto isso, o cérebro descansa.
 
(Martha Medeiros. Papo cabeça. https://oglobo.globo.com, 24.09.2022. Adaptado)
 
No trecho “Dá aquela vontade súbita de pedir a conta” (4o parágrafo), o vocábulo destacado pode ser
substituído, sem prejuízo do sentido, por:
a) repentina.
b) intensa.
c) duradoura.
d) inexplicável.
e) estúpida.
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VUNESP - Ass (Araçatuba)/Pref Marília/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto
 
Repetir histórias
 
Se você convive com alguém há algum tempo, sabe que ouvirá, pelo menos algumas vezes, narrativas
repetidas. Casar ou ter amigos de anos implica a consequência necessária da duplicidade. Aceite que dói
menos.
 
Ninguém leva uma vida sendo sempre original. Não existe humorista profissional que consiga, todas as
noites no palco, contar coisas engraçadas 100% novas.
 
Viajou, houve um perrengue que visto a distância ficou divertido? Perfeito: fará parte do seu repertório.
Um conservador senhor de meia-idade que foi comigo ao Japão em um grupo contou-me que, ao abrir
sua mala em busca de blazers escuros e calças tradicionais com meias pretas, encontrou farto sortimento
de calcinhas de renda delicada. Ele abriu a mala (não deu detalhes de como isso ocorreu com uma que
não lhe pertencia) e, estupefato, viu emergir aquele festival de intimidades de uma mulher (ou de outro
homem) ... A mala trocada foi trazida no dia seguinte. O ocorrido foi contado ao grupo no café da manhã
e a sisudez do nosso companheiro tradicionalista tornava tudo muito mais saboroso. Mais de uma alma
zombeteira deve ter imaginado se ele teria tocado o conteúdo, quiçá inclusive experimentado algo...
Bem, deixemos a picardia* de lado.
 
Histórias de viagens são boas. Claro, não são novas sempre... Pode ser que, em alguma festa, o público
seja novo e o fato cômico seja recebido com receptividade alegre. O provável, também, é que sua
esposa olhe para cima resignada diante da sua tentativa de stand-up*. Sim, foi dito o sim ao amor “na
saúde e na doença, na riqueza e na pobreza” no altar; ninguém falou “na repetição incessante e tediosa
de tudo”.
 
Darei uma pista boa de psicanálise. Alguém que ouve um paciente nunca deve dizer: “Você já contou
esta”. Se uma pessoa insiste na mesma narrativa, provavelmente, tem algum motivo para isso. Mais
importante: a cada nova recitação um detalhe muda e se torna, em si, uma pista do que está ocorrendo
naquele momento. Ouvir de novo deveria aguçar seu ouvido para sutilezas e fornecer novas inspirações
para conhecer alguém. Lute, com esperança, pelo seu casamento. Amar também é ouvir.
 
(Leandro Karnal. O Estado de S. Paulo, 11 de maio de 2022. Adaptado)
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326) 
 
picardia: ato próprio de quem faz caçoada, zombaria.
 
stand-up: ficar de pé, tentativa de fazer graça, obter sucesso com o fato cômico contado.
 
Leia os trechos do 3o parágrafo:
 
– Ele abriu a mala (...) e, estupefato, viu emergir aquele festival de intimidades de uma mulher...
 
– O ocorrido foi contado ao grupo no café da manhã e a sisudez do nosso companheiro ...
 
A alternativa em que as palavras em destaque, no contexto em que se inserem, apresentam, correta e
respectivamente, os sinônimos é:
a) convencido; aparecer; entusiasmo.
b) perplexo; surgir; austeridade.
c) abismado; desvanecer; euforia.
d) admirado; mergulhar; prudência.
e) determinado; esvair; paciência.
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VUNESP - Ag Adm (CAMPREV)/CAMPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto, para responder à questão.
 
Enganos
 
Difícil quem nunca passou por algum engano nesta vida. Dos pequenos, bizarros, aos mais cruéis –
ciladas; enganos da avaliação errada, distorcida, conduzida pela ingenuidade ou pela miopia, quando
faltamsagacidade, apuração, conhecimento. E dá na tal história: “pensei que era joia rara, era bijuteria”.
 
E vai da melancia que alguém disse ser doce, ao profissional que se consultou, passando por
amizades, relacionamentos amorosos, negócios em sociedade e uma fieira infinita de eteceteras. Algum
dia você é enganado!
 
Melhor do que enganar, sabia? Por piores que sejam os danos, as perdas, os males, melhor, bem melhor
será o resgate daquele que foi enganado do que o fim do usurpador. Mesmo com uma justiça tão injusta,
humana e falha, mesmo assim, melhor é não estar no balcão dos malfeitores.
 
Baltasar Gracián y Morales, importante prosador do séc. XVII, escreveu: “ninguém mais fácil de enganar
que um homem honesto, muito confia quem nunca engana”. E é assim mesmo. Quem tem a honestidade
como primícia enxerga o outro da mesma forma, com as lentes do seu bom coração, da ética, de valores
corretos e verdades.
 
O fato é que enganos são astúcias de um inimigo muito bem preparado. O sacerdote inglês Charles
Caleb Colton deixou a seguinte pérola: “há enganos tão bem elaborados que seria estupidez não ser
enganado por eles”.
 
Encerro com o filósofo Ralph Waldo Emerson. Numa carta de 1854, para a filha Ellen, ele escreveu linda
e bondosamente: “Termine cada dia e esteja contente com ele. Você fez o que pôde. Alguns enganos e
tolices se infiltraram indubitavelmente; esqueça-os tão logo você consiga. Amanhã é um novo dia;
comece-o bem e serenamente com um espírito elevado demais para ser incomodado pelas tolices do
passado.”
 
Então, houve enganos? Perdoe-os e perdoe-se e siga em frente!
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2348837
327) 
 
(Elma E. Bassan Mendes, Diário da Região, 21.01.2023. Adaptado)
 
Nos contextos em que se encontram, as palavras “enganos” e “bizarros” têm sinônimos adequados,
respectivamente, em:
a) minúcias e extravagantes.
b) seduções e gentis.
c) ardis e repetidos.
d) expedientes e ofensivos.
e) engodos e esquisitos.
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VUNESP - GM (Pref Palmas)/Pref Palmas/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A rota dos falsários
 
O primeiro derrame de dinheiro falso no Brasil, em grande escala, teve como ponto central de
distribuição o Rio Grande do Sul. Isso aconteceu em meados do século XIX. No dia 10 de agosto de
1843, o Ministro da Fazenda Joaquim Francisco Viana determinou, em ofício reservado, ao presidente do
Rio Grande do Sul, Barão de Caxias, que estabelecesse séria vigilância sobre as cargas e os passageiros
dos navios procedentes de Portugal.
 
Segundo informações seguras, lá estavam fabricando dinheiro falso brasileiro em volumes assustadores.
E esse dinheiro estava sendo trazido para o Brasil pelos navios que atracavam no porto de Rio Grande,
evitando assim os rigores da alfândega do Rio de Janeiro.
 
Diante da delicada situação, as autoridades rio-grandenses trataram de montar um rigoroso esquema de
vigilância. Apesar dos esforços e da dedicação dos agentes fiscais, nada se descobria nas cargas nem nos
passageiros. Por ordem oficial, os volumes eram abertos a bordo dos navios, antes mesmo de serem
descarregados. E os passageiros, por sua vez, eram também revistados a bordo, minuciosamente.
 
Enquanto isso, o dinheiro falso continuava chegando ao Rio Grande do Sul e daí se espalhando para o
resto do Brasil.
 
Até então os fiscais concentravam as revistas somente nas cargas sólidas, mas quando resolveram
revistar também as cargas líquidas tiveram uma tremenda surpresa. O dinheiro falso estava chegando ao
porto de Rio Grande dentro de barris de vinho, acondicionado em latas vedadas com resina e bem
fixadas no fundo dos barris, para evitar que fossem percebidas quando os barris eram sacudidos.
 
Apesar de ter sido descoberta a trapaça, os nomes dos trapaceiros foram mantidos em sigilo,
possivelmente para preservar a imagem de alguns figurões da época. Aliás, um procedimento ainda em
voga nos dias de hoje.
 
(Eloy Terra, 550 anos: crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)
 
As palavras destacadas nas frases – “ofício reservado” e “informações seguras” – têm antônimos
adequados ao contexto, respectivamente, em:
a) indiscreto e imprecisas.
b) público e duvidosas.
c) guardado e fracas.
d) expresso e soltas.
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328) 
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VUNESP - Ag (Piracicaba)/Pref Piracicaba/Zoonose/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Finalmente minhas férias estavam chegando e eu mal podia esperar: passagens compradas, hotel
reservado e as malas prontas para fazer uma das coisas que mais amo na vida – viajar sozinha.
 
Inicialmente, eu planejava fazer uma viagem com meu pai – com quem eu não viajava há décadas,
desde a minha adolescência, salvo engano. Mas, as agendas não se encontraram, decidi ir sozinha
mesmo e meu pai se planejou para fazer o mesmo em março do ano seguinte. Paciência, nossas férias
juntos teriam que aguardar uma vez mais.
 
Faltava apenas uma semana para a tão aguardada viagem e a diretoria da instituição onde eu trabalhava
me disse que um novo diretor iria chegar e queriam que eu postergasse minhas férias para dali a um ou
dois meses, pois gostariam que eu o apoiasse em sua adaptação. Fiquei inconformada, mal-humorada.
Afinal, eu nem me reportava à Diretoria Administrativa Financeira.
 
Disseram-me que eu não era obrigada, mas seria muito importante se eu pudesse fazer isso. Eu fiquei
bastante tentada a responder que não – minhas férias eram inegociáveis. O fato é que as cancelei, mas
não sem antes negociar para que eu pudesse, então, gozar de meus dias de descanso imediatamente
após o Carnaval. E assim aconteceu. Desfiz as malas, cancelei tudo e voltei a trabalhar.
 
Quando finalmente fevereiro trouxe o Carnaval para me animar, o que aconteceu foi exatamente o
contrário. Minha prima, médica, que estava acompanhando meu pai em consultas e exames, me chamou
para um café e me contou (a contragosto dele) que o caso era grave e delicado e tudo indicava que se
tratava de um tumor, tido como um dos mais agressivos.
 
No meu primeiro dia de férias, eu prontamente o levei para seu último exame. A confirmação do
diagnóstico veio rápido e, com ela, a corrida contra o tempo para agendar uma cirurgia e tentar retirar o
tumor o mais rápido possível.
 
Nos dez dias de espera que antecederam sua internação, pudemos lembrar o passado, ver fotos,
conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, engraçados e amenos. Fiz massagem nos seus pés, fizemos
planos para as próximas férias e ficamos em silêncio apenas, aproveitando o prazer de simplesmente
estarmos juntos.
 
Nem que eu quisesse eu conseguiria ter planejado melhor essas férias – as últimas que pude passar
junto ao meu pai, viajando para dentro do coração, do afeto e da gratidão.
 
(Natalia Moriyama. Um adiamento de férias me permitiu passar os últimos
dias do meu pai ao seu lado. www1.folha.uol.com.br, 02.10.2021. Adaptado)
 
No trecho “… conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, engraçados e amenos”, os vocábulos
destacados apresentam como antônimo e sinônimo, respectivamente, no contexto em que se
encontram:
a) fúteis e suaves.
b) risonhos e mornos.
c) difíceis e capciosos.
d) compenetrados e suaves.
e) banais e interessantes.
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Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2393357
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2393363
329) 
330) 
Leia o texto.
 
Exercícios
 
Há senhores, graves senhores, que leem graves estudos de filosofia ou coisas afins, ou procuram
sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias. Isto em geral os leva à
redescoberta da pólvora. Mas não há de ser nada... Porque estou me lembrando agora é dos tempos em
que havia cadeiras na calçada e muitas estrelas lá em cima, e a preocupação dos pequenos, alheios à
conversa da gente grande, era observar a forma das nuvens,que se punham a figurar dragões ou bichos
mais complicados, ou fragatas que terminavam naufragando, ou mais prosaicamente uma vasta galinha
que acabava pondo um ovo luminoso: a lua.
 
E esses exercícios eram muito mais divertidos, meus graves senhores, que os de vossas ideias, isto é, os
de vossas nuvens interiores.
 
(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)
 
No contexto em que se encontram (1o parágrafo), as palavras “graves” e afins” têm sinônimos
respectivamente em
a) pesados e dispostas.
b) sérios e assemelhadas.
c) carrancudos e gerais.
d) profundos e propensas.
e) perigosos e parentes.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto.
 
Sinais de quem sofre bullying
 
Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema que merece a
nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32 países, incluindo o Brasil, aponta
que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em incidentes de bullying na internet, conhecido como
cyberbullying.
 
Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta que um em cada 10
adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Além disso,
23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência
do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%).
 
Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as crianças e os
adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao
comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer muitas coisas, entre elas,
demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying. Esse é um dos melhores meios para
identificar se uma criança sofre com zombarias, ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência
emocional.
 
O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante que encarem as
situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação, fazendo com que eles se
sintam pior.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2393385
331) 
Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o menor não irá ajudar.
Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática. Em paralelo, vale buscar a ajuda de
um profissional experiente na área.
 
(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
 
São expressões antônimas de discrição e incentivar, adequadas ao contexto do último parágrafo,
respectivamente,
a) cuidado e desestimular.
b) fofoca e sugerir.
c) estardalhaço e desencorajar.
d) gritaria e pressionar.
e) indisposição e desaconselhar.
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VUNESP - ASB (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
 Leia o texto para responder à questão.
 
 
Basta de desperdiçar comida
 
Quando se fala em insegurança alimentar no Brasil, frequentemente se aponta o paradoxo de um país
que é considerado o “celeiro do mundo” onde milhões de pessoas passam fome. A rigor, não há
contradição: se tantos brasileiros fustigados por um desempenho medíocre da economia nacional não
têm emprego e renda para pagar pelos alimentos produzidos, então outras pessoas ao redor do mundo
pagarão.
 
Tão ou mais chocante é o contraste entre a quantidade de pessoas que passam fome e a quantidade de
comida jogada no lixo. Não só no Brasil, mas no mundo. Segundo a ONU, até 828 milhões de pessoas,
quase 10% da população mundial, passam fome. Ao mesmo tempo, cerca de um terço de todo alimento
produzido no mundo é perdido ou desperdiçado – o suficiente para alimentar 1 bilhão de pessoas.
 
Reduzir as perdas e desperdícios implicaria ganhos como o aumento da produtividade e do crescimento
econômico; mais segurança alimentar e nutrição; e mitigação de impactos ambientais, em particular a
redução da pressão sobre o uso de recursos naturais (terras e águas) e dos gases de efeito estufa
emitidos pela comida em decomposição. Calcula- se que o desperdício de alimentos seja responsável por
8% a 10% das emissões globais, pelo menos o dobro das emissões da aviação.
 
De um modo geral, falta uma maior cooperação entre o poder público e a iniciativa privada, seja na
formulação de dados e indicadores sobre a perda e desperdício, seja nas estratégias de redução, seja nas
estratégias de resgate e reutilização, seja, por fim, na infraestrutura de compostagem e reciclagem (para
os alimentos inaptos ao consumo humano).
 
Se tantos brasileiros passam fome, não é por falta de comida. O Brasil produz abundantemente. O que
falta é renda. Além disso, entre produtores, vendedores e consumidores há um imenso desperdício.
Neste caso, estão faltando inteligência, vontade e cooperação.
 
(https://opiniao.estadao.com.br/, 06.11.2022. Adaptado)
 
No trecho do terceiro parágrafo – … e mitigação de impactos ambientais… –, o termo destacado é
antônimo de
a) amenização.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2411627
332) 
333) 
b) descontinuidade.
c) alteração.
d) intensificação.
e) combate.
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VUNESP - Esc (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
A intimidade artificial virou o mal do século
 
Esther Perel, psicóloga belga, desenvolveu o fascinante tema da “intimidade artificial”. Seu argumento é
que estamos vivendo nossas vidas em permanente estado de atenção parcial. Quando nos relacionamos
com nossos amigos, amantes ou familiares nunca estamos 100% presentes. Nossa atenção está sempre
dividida entre as pessoas e o nosso celular, mídias sociais, alertas de mensagem e assim por diante.
Nesse contexto não é possível intimidade real.
 
As mídias sociais e nosso celular funcionam como anestesia seletiva para as relações humanas.
Queremos as partes boas do convívio, que são do nosso interesse, mas evitamos ao máximo atritos,
conversas desconfortáveis, tédio etc. Sempre que algo desconfortável começa a se materializar, partimos
para o mundo confortável e controlado do celular, que nos distrai do que é verdadeiramente humano.
 
Uma pesquisa realizada nos EUA em 2019 apontou que 22% dos jovens têm hoje zero amigo. 25%
dizem não ter nenhum conhecido. Muitos têm um número de seguidores gigantesco em redes sociais,
mas amigos mesmo, nenhum. Em gerações anteriores o número dos sem-amigos girava em torno de
9%. Não é por acaso que ansiedade e depressão são um dos assuntos que mais circulam em mídias
sociais hoje entre adolescentes e também crianças. Na era da intimidade artificial, não são só as
amizades que estão em risco, mas também as relações amorosas e familiares. Apertem os cintos para a
sociedade da solidão, com consequências nefastas para todos os campos da vida humana.
(Ronaldo Lemos. Folha de S. Paulo, 19.03.2023. Adaptado)
 
O vocábulo destacado em “Apertem os cintos para a sociedade da solidão, com consequências nefastas
para todos os campos da vida humana” (3º parágrafo) possui como sinônimo, no contexto em que foi
empregado, o termo
a) constrangedoras.
b) inadmissíveis.
c) inauditas.
d) nocivas.
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VUNESP - Ag (Pref Peruíbe)/Pref Peruíbe/Administrativo/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Fiscais de barriga
 
Confesso: nos últimos tempos engordei. Não, não virei uma bola de boliche, mas esses últimos quilos se
concentraram na barriga.(a) Todos eles. Tornei-me o alvo ideal para um tipo que virou uma praga na vida
urbana. É o fiscal de barriga.
 
Trata-se de uma criatura empenhada em contabilizar o peso alheio. Você se encontra com o tipo, ele
abre um sorriso até as orelhas e tasca:
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2419631
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2427161334) 
– Engordou, hein?!
 
Todo fofo sabe quando e quanto subiu de peso. Quem nunca observou uma pessoa volumosa aferindo os
gramas(b) numa balança de farmácia? Primeiro sobe, com expressão de esperança. Ao observar o
marcador implacável, o rosto se contorce entre dúvida e desespero. Algumas tiram o casaco, como se
um reles objeto pudesse pesar os 5 ou 10 quilos extras apontados. Suspira fundo e olha o marcador
novamente.
 
Agora a expressão é de desconfiança, quando não de fúria:
 
– Balança de farmácia não presta!!(c)
 
E sai à procura de outra.
 
O fiscal de barriga só serve para acrescentar fel1 à vida dos outros. Conheço um, diretor de teatro, com a
silhueta elegante como um balde.(d) Deveria ficar quieto, mas mede o peso de cada um com olhos
argutos2:
 
– Quando fomos almoçar juntos, você estava bem mais magro.
 
– Que é isso? Eu já estava gordinho – defendo-me.
 
– Não, não... agora você está pior – contesta satisfeito.
 
Na fofura e na magreza, sempre haverá um fiscal para comentar(e) que, depois de se comportar como
um inquisidor, dá a estocada final:
 
– Só falo porque sou seu amigo.
 
Que ninguém acredite na expressão de solidariedade.
 
Torturar o próximo, eis seu maior prazer.
 
(Walcyr Carrasco. VEJA SP, 06.11.1996. Adaptado)
 
1 fel: amargura, azedume.
 
2 argutos: muito atentos.
 
Assinale a alternativa em que a palavra destacada no trecho foi empregada ironicamente no texto e deve
ser compreendida em sentido oposto.
a) ... mas esses últimos quilos se concentraram na barriga.
b) Quem nunca observou uma pessoa volumosa aferindo os gramas...
c) – Balança de farmácia não presta!!
d) ... diretor de teatro, com a silhueta elegante como um balde.
e) Na fofura e na magreza, sempre haverá um fiscal para comentar...
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
Choque elétrico
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335) 
 
A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará
de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050,
as emissões de carbono. Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de
13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos
com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins,
ou PHEV).
 
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia
5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos,
segundo a base de dados EVvolumes.
 
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de
fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz
elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
 
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis
(hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção
de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
 
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1%
da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022,
incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
 
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis
– e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela
Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
 
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil
ameaçam puxar o freio de mão.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)
 
Considere as passagens:
 
• Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes
renováveis...
 
• Os números são ínfimos, contudo.
 
• ... se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a
isenção do imposto de importação...
 
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
a) única; incomensuráveis; exigência; conceder.
b) elementar; ilimitados; combinação; impor.
c) excepcional; inexpressivos; anseio; implantar.
d) inigualável; insignificantes; demanda; cancelar.
e) extraordinária; limitados; distrato; anular
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VUNESP - Sec (CM Bady Bassit)/CM Bady Bassit/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto, para responder à questão.
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336) 
Dentro de um abraço
 
Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?
 
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num
determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons
amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa
sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na
minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
 
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco,
numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira
de dentista.
 
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
 
Meu palpite: dentro de um abraço.
 
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente
com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre
seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo
o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
 
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um
recém -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
 
O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se
faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz
nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
 
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
 
As palavras “irreproduzível” e “reivindicar” têm sinônimos adequados, respectivamente, em
a) inimitável e demandar.
b) irrepreensível e renovar.
c) impensável e reclamar.
d) intraduzível e restabelecer.
e) insustentável e pedir.
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VUNESP - Sec (CM Bady Bassit)/CM Bady Bassit/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto, para responder à questão.
Dentro de um abraço
 
Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?
 
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num
determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons
amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa
sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na
minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
 
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337) 
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco,
numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado,numa cadeira
de dentista.
 
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
 
Meu palpite: dentro de um abraço.
 
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente
com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre
seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo
o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
 
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um
recém -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
 
O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se
faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz
nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
 
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
 
A relação de sentido de antonímia que existe entre as palavras destacadas na passagem – Somando os
prós e os contras, as boas e más opções... – está presente também entre
a) exato e depreciado.
b) espetacular e considerável.
c) solitário e descabido.
d) necessária e prescindível.
e) congestionado e incontestável.
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VUNESP - AEsc (Araçatuba)/Pref Araçatuba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A comadre Beth Carvalho
 
O jogador de futebol Alcir Portella deixou a quadra do Cacique de Ramos, achou um orelhão, que por
sorte estava funcionando e ligou para Beth Carvalho: “Tudo bem, comadre? Queria que você desse um
pulo aqui na rua Uranos para conhecer um negócio. Ninguém vai pedir para você cantar nada. Tem uma
comida de que você vai gostar. Vamos jogar um buraco...”.
 
Alcir queria que Beth conferisse uma reunião informal, sempre às quartas-feiras, uma pelada entre
amigos, uma galinhada com cerveja e depois uma roda de samba intimista, com o pessoal tocando
banjo, tantã e repique de mão, cantando e improvisando versos debaixo de uma enorme tamarineira.
 
Ali nasceu, em meados dos anos 1970, o que mais tarde o mercado fonográfico batizaria de “pagode
carioca”, tendo à frente o grupo Fundo de Quintal e os compositores e cantores Zeca Pagodinho, Arlindo
Cruz, Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Jovelina Pérola Negra. Mas era muito mais do que
isso, verdadeira revolução no gênero.
 
O historiador e sambista Nei Lopes afirma: “O movimento que surgiu no Cacique de Ramos tem o mesmo
peso da revolução da bossa nova. E vai além, porque inovou reverenciando a tradição, trazendo para os
holofotes a arte e a inteligência do partido alto”.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2549127
338) 
Beth não saiu mais do Cacique, a ponto de Bira, o presidente do clube e do bloco de embalo, sugerir a
construção na quadra de um banheiro feminino, que se chamaria Beth Carvalho. A cantora,
educadamente, recusou a homenagem.
 
Mas levou aquela vitalidade sonora para seu disco de 1978, “De Pé no Chão”, cuja história acaba de ser
contada em um livro recém-lançado do jornalista Leonardo Bruno.
 
(Alvaro Costa e Silva, A comadre Beth Carvalho. https://www.folha.uol.com.br, 09.12.2022. Adaptado)
 
Na passagem do parágrafo – A cantora, educadamente, recusou a homenagem. Mas levou aquela
vitalidade sonora para seu disco de 1978... – o antônimo do termo “recusou” e o sinônimo do termo
“vitalidade” são, correta e respectivamente:
a) aceitou; emotividade.
b) refutou; inspiração.
c) acolheu; entusiasmo.
d) negou; energia.
e) acatou; indiferença.
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VUNESP - TJ TRF3/TRF 3/Administrativa/Agente da Policia Judicial/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
Inteligência artificial: a era do “deus” máquina
 
No teatro grego antigo, quando não havia solução para um impasse, um ator interpretando uma
divindade descia ao palco pendurado num guindaste, resolvia o problema e, assim, acabava a peça. Era
o Deus ex-machina – o deus surgido da máquina. Com o avanço sem precedentes da inteligência artificial
(IA), é justo pensar que, no mundo contemporâneo, a máquina é a própria deidade.
 
Para ela, nada parece impossível. Da confecção de discursos em segundos à criação de obras de arte; da
identificação de medicamentos promissores ao diagnóstico preciso de doenças, tudo é resolvido pelo
“deus algoritmo”. E, ao observar sua invenção “surgindo do guindaste”, o homem pode se perguntar qual
lugar ocupará neste enredo. Segundo especialistas, porém, o perigo não está na criatura e, sim, no uso
que o criador faz dela.
 
A inteligência artificial faz parte da rotina, ainda que não se perceba. O GPS que indica o percurso, a
atendente virtual, o internet banking são exemplos de seu uso no dia a dia. Só que, até agora, ninguém
temia os mecanismos de busca dos navegadores, os sistemas de reconhecimento facial dos condomínios
ou a sugestão de filmes apresentadas pelosaplicativos de streaming.
 
Então, as máquinas começaram a gerar imagens perfeitas de pessoas inexistentes, escrever reportagens
com acurácia, resolver enigmas matemáticos em frações de segundos, dirigir e voar sozinhas, elaborar
defesas jurídicas e até “ler” pensamentos em experimentos científicos. A ponto de, em um editorial da
revista Science, um grupo de cientistas pedir a moratória de pesquisas até alguma regulamentação ética
da IA.
 
A discussão sobre riscos e avanços da IA ultrapassa o campo da ciência da computação; é também
filosófica. Já na Grécia Antiga, filósofos questionavam a essência da inteligência e se ela era um atributo
somente humano.
 
Hoje, esse é um dos centros da discussão sobre IA: sistemas programados e alimentados por seres
humanos poderão ultrapassar em astúcia seus criadores? Não, garante um dos maiores especialistas no
tema, o cientista da computação francês Jean-Gabriel Ganascia, da Universidade de Sorbonne que, já em
1980, obteve mestrado em inteligência artificial em Paris.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2771917
339) 
 
(Paloma Oliveto, Inteligência artificial: a era do
‘deus’ máquina. https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude. Adaptado)
 
Nas passagens – ... da identificação de medicamentos promissores ao diagnóstico preciso de doenças... 
– e – ... sistemas programados e alimentados por seres humanos poderão ultrapassar em astúcia seus
criadores? –, os termos destacados significam, correta e respectivamente:
a) pormenorizado; maldade.
b) exato; esperteza.
c) rigoroso; comunicação.
d) detalhado; originalidade.
e) necessário; rapidez.
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VUNESP - Almo (PRUDENCO)/PRUDENCO/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Aulas sem volta
 
O início do ano letivo oferece nova oportunidade para o Brasil enfim começar a reverter o desastre
educacional produzido no último biênio de pandemia, período em que os estudantes perderam enorme
parcela das aulas presenciais.
 
Trata-se de tarefa urgente. Como se a educação não constasse das prioridades, o país figurou entre
aqueles que mais tempo ficaram com as escolas fechadas no mundo, com impactos não apenas sobre o
aprendizado mas também sobre a sociabilidade e a nutrição de uma legião de jovens.
 
O recurso paliativo do ensino remoto falhou de modo fragoroso. Segundo pesquisas, o fechamento
prolongado das escolas afetou de modo grave a progressão dos estudantes, implicando até regressão no
aprendizado, aumentou o risco de abandono escolar e elevou a desigualdade educacional entre alunos
de estabelecimentos públicos e privados.
 
Merece todo o apoio, portanto, a decisão das redes de ensino de 18 estados e do Distrito Federal de
retornarem neste ano com aulas presenciais obrigatórias.
 
Os desafios à frente, que já seriam grandes em condições normais, ganham proporções maiores. O
primeiro e mais óbvio deles é oprovimento de um ambiente seguro para professores e alunos.
 
No plano educacional, deve-se dar atenção especial à questão da evasão, que apresentou piora
expressiva durante a pandemia, fruto tanto do desinteresse dos estudantes como da necessidade de
contribuir com a renda familiar. Estratégias para trazer esses alunos de volta às salas e garantir sua
permanência, como uma busca ativa por parte das redes e auxílios pecuniários, deveriam ser
consideradas para minorar o problema.
 
É fundamental, nesse contexto, que o país evite retrocessos sanitários que terminem por fechar
novamente as escolas. Para tanto, é imperioso seguir reforçando a imunização de adultos e, sobretudo,
de crianças, além de sanar as disparidades regionais acumuladas.
 
(Editoria. Folha de S.Paulo. 26.01.2022. Adaptado)
 
Na passagem do parágrafo “... é imperioso seguir reforçando a imunização de adultos e, sobretudo, de
crianças, além de sanar as disparidades regionais acumuladas.”, os termos destacados têm como
sinônimos adequados ao contexto:
a) viável; corrigir; desconfianças.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2356343
340) 
341) 
b) vantajoso; minimizar; diferenças.
c) desejável; combater; desavenças.
d) impreterível; reparar; desigualdades.
e) improrrogável; reconhecer; disputas.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão abaixo.
Perto do apagão
 
 a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do mesmo período
de 2020, ficou mais evidente a ameaça a geração de energia se mostre insuficiente para
manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o período seco.
 
Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com destaque para a
região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7% – a projeção anterior
apontava para 50% no fechamento do mês.
 
Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como acionamento de
grande capacidade de geração térmica, importação de energia e postergação de manutenção de
equipamentos, o país chegaria novembro praticamente sem sobra de potência, o que amplia
a probabilidade de apagões.
 
Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano, não se
descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda o sistema será submetido.
 
Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de manobra para
2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais cara, tenha de
permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
 
Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível, com foco em
investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e planejamento para
ampliar a resiliência do sistema.
 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.08.2021. Adaptado)
Nas passagens “postergação de manutenção de equipamentos” (3º parágrafo), “o que seria algo
inédito” (4º parágrafo) e “ampliar a resiliência do sistema” (6º parágrafo), os termos destacados têm
como sinônimos, correta e respectivamente:
a) preterição; habitual; capacidade de modernização.
b) realização; original; capacidade de transformação.
c) adiantamento; convencional; capacidade de reintegração.
d) procrastinação; corrente; capacidade de manutenção.
e) adiamento; sem precedentes; capacidade de recuperação.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2018
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus desejos de
estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1766510
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/603110
342) 
sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas
passadas para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente quatrocentas e
quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas
completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos
uns sobre os outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze
páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas
ele xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras
quarenta e oito páginas!
 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)
 
Nas passagens “Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.” e
“negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros”, os termos destacados têm como antônimos,
respectivamente:
a) solitário e espalhados.
b) apartado e ampliados.
c) solto e limitados.
d) enclausurado e apertados.
e) liberto e expandidos.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2017
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito –
ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos, para se
conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido
um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam
insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa
para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados
Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços tradicionais com salas
e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas
graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos –
fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem
sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concorda – simplesmente não
aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para
casa”, diz ele.
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o
exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/491671
343) 
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco.
A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações
podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga
ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s
ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
 
O termo privado está em relação de sentido com público, seu antônimo, da mesma forma que estão as
palavras
a) insatisfeitos e desabonados.
b) distraídos e atentos.
c) tradicional e usual.
d) improvável e inaceitável.
e) conectar e interligar.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2017
Língua Portuguesa(Português) - Sinônimos e Antônimos
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito –
ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos, para se
conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido
um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam
insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa
para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados
Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços tradicionais com salas
e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas
graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos –
fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem
sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concorda – simplesmente não
aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para
casa”, diz ele.
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o
exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco.
A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações
podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/491672
344) 
ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s
ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
 
Na frase – É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso ... – a expressão em
destaque tem o sentido de
a) seja substituído.
b) sofra censura.
c) torne-se obsoleto.
d) mostre-se alterado.
e) mereça sanção.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2015
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto, para responder à questão.
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são
promíscuas (embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De.
Por.
 
Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a palavra rio –
você dificilmente verá caudaloso andando por aí acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para
frondosa, que está sempre com a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o
adjetivo apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o erro. Ensejo
é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras estão numa situação pior, como
calculista, que vive em constante ménage(*), sempre acompanhada de assassino, frio e e.
 
Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen – quando têm hífen
elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério.
Alguns dirão que é amor, outros dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos
nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).
 
Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do casamento entre
pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra árvore anda com várias palavras além de
frondosa. O casamento é aberto, mas para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na
calada da noite: grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa, esperando
o rio chegar, a comida esfriando no prato.
 
Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras. Esbarrou com o abraço
que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão
certo que ficaram perdidamente inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia,
pra desfazer ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.
 
(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 02 fev 2015.
Adaptado)
 
(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.
 
No segundo parágrafo, o autor aponta combinações de palavras que geram as expressões “erro crasso”
e “aproveitar o ensejo”. Os termos nelas destacados significam, respectivamente,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/278642
345) 
346) 
a) grosseiro e ocasião.
b) calculado e companhia.
c) premeditado e tempo.
d) clássico e oportunidade.
e) imprevisto e dia.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2015
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto, para responder à questão.
O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver
sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá
prescindir da luta. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos
indivíduos.
Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais importantes tiveram
de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo e qualquer direito, seja o direito de um
povo, seja o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito
não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que
pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança
é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro
estado de direito só pode existir quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com
que manipula a balança.
O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a população. A vida do
direito nos oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de um esforço e de uma luta incessante,
como o despendido na produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui para a realização da
ideia do direito.
É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de indivíduos desenvolve-se
tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o
direito é a luta, não nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.
(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)
 
As palavras destacadas no 2o parágrafo – ininterrupta e habilidade – têm antônimos corretos,
respectivamente, em:
a) feroz e presteza.
b) insistente e descaso.
c) descontinuada e inaptidão.
d) desinteressada e imperícia.
e) interminável e destreza.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2014
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/279011
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/241689
347) 
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar
uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só
umpouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos
convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67
pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos
disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão
concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em
colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a
diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da
disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do
País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de
cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ.
“Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”.
 
(www.istoe.com.br)
 
Considerando-se o contexto, na oração – ... que estudaram em colégios privados ... –, o termo em
destaque opõe-se à ideia de
a) restritos.
b) particulares.
c) governamentais.
d) coletivos.
e) confidenciais.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2014
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
Um pé de milho
 
Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que
podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro
na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava
do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era
capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.
 
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros,
lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu
nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um
canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser
vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram ao chão e suas folhas longas e verdes nunca estão
imóveis.
 
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de
milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas
aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com
uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza.
Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de
uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
 
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001. Adaptado)
 
Na oração do primeiro parágrafo – Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. –, o termo
em destaque significa
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/241701
348) 
349) 
a) primoroso.
b) notável.
c) contíguo.
d) adequado.
e) pequeno.
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Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
SÃO PAULO – Se você leu Cândido, de Voltaire, e achou o dr. Pangloss um sujeito muito otimista, é
porque não abriu Abundance, de Peter Diamandis e Steven Kotler.
Os autores, um milionário com formação em engenharia espacial, genética e medicina e um jornalista
científico, dizem com todas as letras que a humanidade está para entrar numa era de superabundância,
na qual tecnologias tornarão itens essenciais tão baratos que todos os habitantes da Terra terão acesso a
bens e serviços até há pouco ao alcance apenas dos muito ricos. E tudo isso no horizonte de uma
geração.
Os autores têm até explicação para o fato de não acreditarmos muito nessas promessas. Como fomos
programados para ver o mundo como um lugar ameaçador, nutrimos um inescapável pessimismo global,
que não nos deixa perceber as revoluções silenciosas de que participamos.
Talvez sim, talvez não. Abundance é definitivamente um livro ousado, e mesmo que lhe apliquemos um
deságio cético de, vá lá, 80%, ainda sobram ou há coisas surpreendentes.
(Hélio Schwartsman, Abundância e otimismo. Folha de S.Paulo, 16.09.2012. Adaptado)
Na frase – E tudo isso no horizonte de uma geração. – , o termo em destaque significa
a) proposição.
b) confronto.
c) paisagem.
d) intenção.
e) perspectiva.
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Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
WikiLeaks contra o Império
A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica
que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia
ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a
informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu
aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo
para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/86340
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/78768
350) 
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria
que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na
bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward
dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de
urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar
Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de
material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa
qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores
matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os
códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o
episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70. Com a palavra
Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi
ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um
dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua
homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
 
(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)
O termo omitido na parte destacada do fragmento – O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano EvoMorales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar. (4.º parágrafo) – pode ser suprido, sem alteração de
sentido, pela palavra
a) impresso.
b) critério.
c) questionamento.
d) dever.
e) perdão.
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Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Leia o texto para responder à questão.
 
WikiLeaks contra o Império
A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica
que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia
ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a
informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu
aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo
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351) 
para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria
que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na
bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward
dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de
urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar
Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de
material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa
qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu
papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores
matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os
códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o
episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70. Com a palavra
Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi
ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um
dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua
homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
 
(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)
O termo voluptuosa (4.º parágrafo), pode ser substituído, sem acarretar prejuízo de sentido ao texto,
por
a) pudica.
b) moderada.
c) sensual.
d) ingênua.
e) virtuosa.
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VUNESP - AuxSJ (TJ SP)/TJ SP/2013
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Considere a norma-padrão da língua portuguesa para responder à questão.
Analise o contexto e assinale a alternativa cujo termo em destaque está correto.
a) Iremos à sessão de eletrodomésticos, pois precisamos de um novo micro-ondas.
b) O rapaz agiu com boa intensão, porém não foi compreendido pela amiga.
c) Ao ver o paciente, o médico fez-lhe um comprimento caloroso.
d) Assinou um cheque calção como garantia de que o tratamento seria pago.
e) Peça ao auxiliar para discriminar todos os produtos odontológicos que foram entregues hoje.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2007
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352) 
353) 
Língua Portuguesa (Português) - Homônimos e Parônimos
Leia a charge.
Considerando que as duas personagens estão jogando xadrez, deve-se entender que a primeira,
referindo-se a uma jogada, quis dizer . A segunda entendeu como uma referência a um documento
bancário – . Trata-se com .
Os espaços da frase devem ser preenchidos, respectivamente, com
a) xeque ... xeque ... da mesma palavra ... a mesma pronúncia
b) cheque ... cheque ... da mesma palavra ... a mesma escrita
c) cheque ... xeque ... de palavras diferentes ... a mesma pronúncia
d) cheque ... cheque ... de palavras iguais ... a mesma pronúncia e escrita
e) xeque ... cheque ... de palavras distintas ... a mesma pronúncia
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VUNESP - Age Tran (Osasco)/Pref Osasco/2024
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Tenho lido matérias que defendem a ideia de que viajar não é tão fundamental e que os turistas
deveriam parar com tanta andança sem sentido. Alguns italianos concordam. “Não venham mais!”, têm
gritado das janelas os nativos que ainda moram em Veneza, cidade que recentemente foi considerada
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um patrimônio em
risco. Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade, e sim
uma Disney para adultos, uma cenografia.
 
Ainda que eu concorde que alguns lugares precisam controlar a entrada de tanta gente, como faz
Fernando de Noronha, jamais defenderei que viajar é uma banalidade dispensável. Sei que é possível ser
muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
 
Por que viajar precisa ser um estado de exceção? Passamos grande parte da vida morando no mesmo
endereço, com alguns intervalos de fuga. Imagine o inverso: viajar constantemente, com alguns
intervalos de permanência. Eu sei, o ser humano precisa manter vínculos emocionais e ter um emprego a
fim de ganhar dinheiro para sobreviver; não é prudente se aventurar (palavrinha tentadora, aventura:
injustamente associada a algo temporário).
 
Não consigo chamar de aventureiro aquele que se dedica a conhecer o planeta em sua vasta
representação, em vez de comprar uma geladeira, um fogão e formar família. Como eu fiz, e você,
provavelmente, também. Não nos arrependemos, mas, no fundo, sabemos que estamos cumprindo
ordens. A sociedade costuma ser intransigente com os nômades.
 
Não fomos educados para as possibilidades de conexão com etnias variadas, para uma expansão
geográfica que nos transforme de fato em cidadãos do mundo. A segurança nos atrai na mesma medida
que a liberdade nos assusta. Compensamos nosso comodismo com livros que são mais baratos que
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passagens aéreas. E, quando dá, fazemos turismo. Cada viagem de 10 dias ou de um mês é um jeito de
colocar a cabeça para fora da gaiola. Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas
raízes: condicionados ou não, optamos pelo amor romântico, pela criação de filhos, pelos cuidados com
os pais. De tempos em tempos, confirmar que existe muito mais do que isso é nosso ato de bravura. Mas
aventura mesmo é ficar.
 
(Martha Medeiros. Pouso e decolagem. https://oglobo.globo.com, 05.11.2023. Adaptado)
 
No texto, foi empregada em sentido figurado a palavra destacada em:
a) Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade…
b) Sei que é possível ser muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
c) Passamos grande parte da vida morando no mesmo endereço, com alguns intervalos de fuga.
d) A segurança nos atrai na mesma medida que a liberdade nos assusta.
e) Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas raízes…
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Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder a questão.
 
Entenda a onda de calor que atinge o Brasil
 
Quem achava que não ia tirar as bermudas e regatas do armário até o fim do ano se enganou. Se o
verão começa só em dezembro, o calor resolveu chegar mais cedo – logo na última semana do inverno.
Com isso, várias cidades do país registraram seus recordes de temperatura no ano, durante aquela que
deveria ser a estação mais fria.
 
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou um alerta de perigo para a onda de calor que já está
entre nós e deve permanecer até 22 de setembro. Segundo o instituto, as temperaturas em algumas
áreas vão ficar 5 ºC mais quentes do que a média em anos passados, sendo um potencial risco à saúde.
 
A culpa desse calorão é uma forte massa de ar quente que se espalhou por grande parte do país. Ela
serve de bloqueio atmosférico, impedindo a passagem de frentes frias e atrapalhando as condições
meteorológicas que causariam chuvas.
 
De acordo com o Inmet, o tempo seco ajuda a piorar a onda de calor. Somado ao aumento da pressão
atmosférica perto da superfície, esses fatores inibem a formação de nuvens. Sem essa camada de
proteção, os raios do Sol esquentam mais ainda a massa de ar, que transforma a região afetada em um
verdadeiro forninho.
 
A previsão é de que, com a chegada da primavera, a situação não melhore. O panorama dos
meteorologistas do Inmet aponta para uma piora no quadro climático a partir de 22 de setembro, então
pode esperar um fim de semana de torrar – a capital paulista, por exemplo, vai extrapolar os 35 ºC.
 
(https://super.abril.com.br. Adaptado)
 
O termo destacado está empregado em sentido figurado em:
a) Se o verão começa só em dezembro, o calor resolveu chegar mais cedo…
b) Segundo o instituto, as temperaturas em algumas áreas vão ficar 5°C mais quentes…
c) Ela serve de bloqueio atmosférico, impedindo a passagem de frentes frias…
d) … que transforma a região afetada em um verdadeiro forninho.
e) A previsão é de que, com a chegada da primavera, a situação não melhore.
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VUNESP - Ag Prev (SBCPREV)/SBCPREV/2024
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão.
IA e destruição de empregos.
 
À medida que avança a utilização da tecnologia da inteligência artificial (IA), cresce o temor de
destruição de empregos. A substituição de atividades profissionais em consequência do avanço da
tecnologia é coisa antiga. A criação da lâmpada elétrica, por exemplo, matou o emprego dos
acendedores de lampião. E, muito antes disso, as máquinas automáticas tomaram o lugar das ocupações
repetitivas nas fábricas – o que levou, no início da Revolução Industrial, ao ludismo, o movimento dos
trabalhadores que se puseram a quebrar as máquinas.
 
No entanto, ao mesmo tempo em que novas tecnologias extinguiram profissões, outras oportunidades
foram criadas. Sempre que isso aconteceu, a sociedade conseguiu se adaptar às mudançasa e gerou
mais empregos e com melhor remuneração.
 
Estudo recente concluiu que, em todo o mundo, cerca de 40% das ocupações sofrerão o impacto
produzido pelo inevitável crescimento da utilização da IA. Esse impacto não será uniforme. Em países
industrialmente desenvolvidos, o percentual de ocupações expostas aos efeitos da IA deverá ser ainda
maior, em torno de 60%. Mas este não será o único efeito a ser criado pela nova tecnologiab. Aumentará
também a produtividade tanto do trabalho quanto da produção. Essas novas tecnologias exigem
respostas mais rápidas, uma vez que seguem sendo desenvolvidas para imitar, ou até mesmo para
substituir com vantagem as atividades humanas.
 
Na avaliação do coordenador de humanidades do Centro de Inteligência Artificial da USP, Glauco Arbix,
os principais sinais de que a revolução tecnológica pode ser um pouco diferente daquela do passado são
os impactos nos empregos de maior qualificação, como os dos advogados, jornalistas, professores,
contadores e tradutores. Também, “É quase consenso de que esse avanço aumentará as atuais
desigualdades. O mercado de trabalho oferecerá menos empregos bem remuneradosc e tende a rebaixar
ou a desempregar trabalhadores”, adverte Arbix.
 
A chave para superar esse possível cenáriod, imagina Arbix, é o aumento do investimento em formação e
requalificação profissional.
 
Embora experimente fortes recuos nos índices de desemprego, o Brasil ainda enfrenta a baixa qualidade
dos seus profissionais. O futuro do trabalho passa pela melhora da educação, já que os empregos que
exigem mais análises tendem a ser poupadose.
 
(Celso Ming. O Estado de S. Paulo, 26 de janeiro de 2024. Adaptado)
 
Há palavra ou expressão empregada em sentido figurado na frase da alternativa:
a) Sempre que isso aconteceu, a sociedade conseguiu se adaptar às mudanças...
b) Mas este não será o único efeito a ser criado pela nova tecnologia.
c) O mercado de trabalho oferecerá menos empregos bem remunerados...
d) A chave para superar esse possível cenário...
e) ... os empregos que exigem mais análises tendem a ser poupados
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VUNESP - Ag Adm (CAMPREV)/CAMPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto, para responder à questão.
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357) 
358) 
 
Performance aplicada
 
Um mercado em ascensão. Assim é o marketing. Afinal, lidar com leads, prospectos e clientes, dando a
atenção necessária para, finalmente, gerar crescimento do negócio, é uma tarefa árdua para o
empreendedor. Por isso, cada vez mais empresas terceirizam o serviço, para catapultar os números e
conquistar ainda mais espaço.
 
Atualmente, segundo a NTT Data e MIT Technology Review, os gastos em marketing digital
correspondem a 60% de todo o gasto em marketing de uma empresa. A expectativa é de que nos
próximos cinco anos essa fatia deve aumentar 85%. Neste ano, o marketing digital continua em alta nos
planos de investimentos de diferentes empresas.
 
(Tatiana Pires, Diário da Região, 29.01.2023.)
 
A palavra do texto empregada em sentido figurado é:
a) catapultar (1º parágrafo).
b) prospectos (1º parágrafo).
c) tarefa (1º parágrafo).
d) expectativa (2º parágrafo).
e) investimentos (2º parágrafo).
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VUNESP - AFarm (SAME FM)/SAME FM/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Assinale a alternativa em que o vocábulo queimar foi empregado em sentido figurado.
a) Na tentativa de deixar uma atmosfera mais mística, a moça pediu para queimar um incenso.
b) O fogo chegou a queimar partes da floresta que serviam de habitat para raras espécies animais.
c) A funcionária sabia que o colega faltava à toa, mas não queria queimar sua reputação.
d) Proibiu o filho de se aproximar da fogueira, pois sabia que ele podia queimar a mão.
e) Como temia que uma sobrecarga pudesse queimar os eletrônicos, cuidou de toda a instalação
elétrica.
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VUNESP - Sold (PM SP)/PM SP/2ª Classe/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto.
 
Exercícios
 
Há senhores, graves senhores, que leem graves estudos de filosofia ou coisas afins, ou procuram
sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias. Isto em geral os leva à
redescoberta da pólvora. Mas não há de ser nada... Porque estou me lembrando agora é dos tempos em
que havia cadeiras na calçada e muitas estrelas lá em cima, e a preocupação dos pequenos, alheios à
conversa da gente grande, era observar a forma das nuvens, que se punham a figurar dragões ou bichos
mais complicados, ou fragatas que terminavam naufragando, ou mais prosaicamente uma vasta galinha
que acabava pondo um ovo luminoso: a lua.
 
E esses exercícios eram muito mais divertidos, meus graves senhores, que os de vossasideias, isto é, os
de vossas nuvens interiores.
 
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(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)
 
A passagem do texto em que a expressão destacada está empregada em sentido figurado é:
a) ... exercícios muito mais divertidos[...] que os de vossas ideias, isto é, os de vossas nuvens
interiores.
b) ... procuram sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias.
c) ... observar a forma das nuvens, que se punham a figurar dragões ou bichos mais complicados
...
d) ... a preocupação dos pequenos, alheios à conversa da gente grande ...
e) ... estou me lembrando agora é dos tempos em que havia cadeiras na calçada ...
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VUNESP - Ag (Piracicaba)/Pref Piracicaba/Zoonose/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
 
(Scott Adams. Dilbert: você está demitido!. L&PM, 2012. Adaptado)
 
A expressão resistir às pressões (2o quadro) foi empregada em sentido
a) próprio, pois o autor se refere ao fato de que está fisicamente sendo pressionado.
b) próprio, pois o autor faz alusão à pressão exercida por sua caneta na tela do computador.
c) próprio, pois o autor quer dizer que as cobranças dos leitores fazem sua pressão arterial subir.
d) figurado, pois o autor está falando da incapacidade de aguentar a insistência de seus leitores.
e) figurado, pois o autor faz menção à sua falta de desejo de se colocar em situação delicada.
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VUNESP - Cd Soc (Sertãozinho)/Pref Sertãozinho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão.
 
É Natal cada vez que você acompanha sua mãe na consulta ao médico, que explica de novo para seu pai
como enviar fotos pelo WhatsApp ou que o convida para uma partida de xadrez. Basta uma gentileza,
uma atenção, e você promove o ordinário a sagrado.
 
Já não carrego dinheiro vivo comigo, mas às vezes saco algumas notas, a fim de ajudar quem está
passando necessidade na rua. Outro dia, dei 20 reais para um senhor. Ele me disse: “Obrigado, hoje vou
conseguir almoçar.”
 
Todo santo dia, você faz alguma coisa legal. Empresta o livro que mais ama para alguém que talvez não
vá devolvê-lo. Fica com a chave da casa da vizinha e entra lá para alimentar o gato, enquanto ela não
volta de férias, e carinhosamente o acaricia. Dá uma carona no seu guarda-chuva para alguém que saiu
sem conferir a previsão do tempo. Aceita o folheto que o menino entrega no semáforo, para que ele
sinta que a tarefa dele tem valor.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2394855
361) 
 
O Natal não é um dia santo para todos. Nem todos creem, ou rezam, ou se comovem; para muitos é só
peru e pacotes embaixo de uma árvore artificial, forçando sorrisos igualmente artificiais. Mas todo santo
dia a gente pode tentar acertar no presente.
 
Até mesmo sozinho em casa, isolado. Poderá ser o dia especial em que você decidirá perdoar a
indiferença de alguém que nunca se importou com seu sentimento, o dia em que você desistirá de culpar
um parente por uma limitação que, afinal, é só sua. O dia em que você abrirá um vinho e se despedirá
serenamente de um amor que se foi, sem mais tentar retê-lo. O dia em que você apagará a postagem
ofensiva que fez contra uma pessoa que apenas discordou de você. Longe de mim causar pânico, mas
nós mesmos podemos provocar uns 10 Natais por dia, todo santo dia. Não são feriados, e sim dias úteis
– dias em que nós somos úteis.
 
(Martha Medeiros. Todo santo dia.
https://oglobo.globo.com, 25.12.2022. Adaptado)
 
A palavra em destaque foi empregada em sentido figurado no trecho:
a) Já não carrego dinheiro vivo comigo, mas às vezes saco algumas notas… (2º parágrafo)
b) Fica com a chave da casa da vizinha e entra lá para alimentar o gato… (3º parágrafo)
c) Aceita o folheto que o menino entrega no semáforo, para que ele sinta que a tarefa dele tem
valor. (3º parágrafo)
d) … para muitos é só peru e pacotes embaixo de uma árvore artificial… (4º parágrafo)
e) … perdoar a indiferença de alguém que nunca se importou com seu sentimento… (5º parágrafo)
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VUNESP - ASB (Pref Sorocaba)/Pref Sorocaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão. 
 
15 DE JUNHO … Fui comprar carne, pão e sabão. Parei na banca de jornaes. Li que uma senhora e três
filho havia suicidado por encontrar dificuldade de viver. (…) A mulher que suicidou-se não tinha alma de
favelado, que quando tem fome recorre ao lixo, cata verduras nas feiras, pedem esmola e assim vão
vivendo. (…) Pobre mulher! Quem sabe se de há muito ela vem pensando em eliminar-se, porque as
mães tem muito dó dos filhos. Mas é uma vergonha para uma nação. Uma pessoa matar-se porque
passa fome. E a pior coisa para uma mãe é ouvir esta sinfonia:
 
– Mamãe eu quero pão! Mamãe, eu estou com fome!
 
Penso: será que ela procurou a Legião Brasileira ou Serviço Social? Ela devia ir nos palacios falar com os
manda chuva.
 
A noticia do jornal deixou-me nervosa. Passei o dia chingando os politicos, porque eu também quando
não tenho nada para dar aos meus filhos fico quase louca.
(Carolina Maria de Jesus, Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada)
 
O termo destacado está empregado em sentido figurado no trecho:
a) Fui comprar carne, pão e sabão. Parei na banca de jornaes.
b) … quando tem fome recorre ao lixo, cata verduras nas feiras…
c) E a pior coisa para uma mãe é ouvir esta sinfonia…
d) – Mamãe eu quero pão! Mamãe, eu estou com fome!
e) … quando não tenho nada para dar aos meus filhos…
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362) 
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VUNESP - Esc (Piracicaba)/Pref Piracicaba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o poema para responder à questão.
 
naquela época
ainda não era possível ligar e desligar
pessoas
e você era obrigado a
conversar pessoalmente
brigar pessoalmente
amar pessoalmente
mentir pessoalmente
e demitir pessoas pessoalmente
a vida era muito mais difícil
e bela
(André Dahmer. Impressão sua: poemas. São Paulo: Cia das Letras, 2021)
 
Há expressão empregada em sentido figurado nos versos:
a) ainda não era possível ligar e desligar/ pessoas
b) e você era obrigado a/ conversar pessoalmente
c) amar pessoalmente/ mentir pessoalmente
d) a vida era muito mais difícil/ e bela
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Texto
 
Infeliz Aniversário
 
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e
farta matéria crítica lá dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se
comemorava, mas à personagem em si, cuja data natalícia não se comemora porque pode estar no
começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista Basile, ou nas versões orais que se
perdem na névoa do tempo.
 
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas
narrativas que nos foram entregues pela tradição. A justificativa é sempre a mesma, proteger as
inocentes criancinhas de verdades que poderiam traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às
criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
 
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à
espera do príncipe. Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos
Grimm, há muito mais do que princesas suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”,
em que a inglesa Angela Carter registrou contos do mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem
suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola Estés.
 
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa eprogressiva
escolha social. Escolha de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita
cada noite à beira da cama. Garimpo determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais
convenientes para firmar no imaginário infantil o modelo feminino que a sociedade queria impor.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2419627
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2472165
364) 
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo
era altíssimo, não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
 
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modificações
sociais, venceram incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela
riqueza simbólica com que retratam nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez,
sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às interpretações mais primárias, é pura manipulação,
descrença no poder do imaginário.
 
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
 
Identifica-se termo empregado em sentido figurado em:
a) ... as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava...
b) ... impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
c) O custo era altíssimo, não poderia haver erro.
d) Escolha de educadores, pais, autores de antologias, editores.
e) E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
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VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão.
Choque elétrico
 
A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará
de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050,
as emissões de carbono. Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de
13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos
com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins,
ou PHEV).
 
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia
5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos,
segundo a base de dados EVvolumes.
 
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de
fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz
elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
 
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis
(hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção
de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
 
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1%
da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022,
incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
 
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis
– e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela
Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
 
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil
ameaçam puxar o freio de mão.
 
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365) 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que há termo(s) empregado(s) em sentido figurado nas duas passagens
transcritas do texto.
a) Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. (2o
parágrafo); ... de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%. (7o
parágrafo)
b) Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022... (2o parágrafo); A maioria
dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis... (7o
parágrafo)
c) A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos... (1o
parágrafo); Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão. (último parágrafo)
d) No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos... (3o
parágrafo); A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento
global. (4o parágrafo)
e) As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral
encolhia 5,3%. (3o parágrafo); As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em
2022... (6o parágrafo)
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VUNESP - Sec (CM Bady Bassit)/CM Bady Bassit/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto, para responder à questão.
Dentro de um abraço
 
Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?
 
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estivea, e que não me custaria nada repisar: num
determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons
amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa
sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na
minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
 
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estarc: num leito de hospital, numa fila de banco,
numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira
de dentista.
 
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?e
 
Meu palpite: dentro de um abraço.
 
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente
com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre
seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo
o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
 
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um
recém -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraísod.
 
O rosto contra o peito de quem o abraça,b as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre
se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço
voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
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366) 
 
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
 
A frase do texto caracterizada pelo emprego de palavras em sentido figurado é:
a) Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive...
b) O rosto contra o peito de quem te abraça...
c) Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar...
d) ... estacionamos confortavelmente junto ao paraíso...
e) ... onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
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VUNESP - Aux Adm (CIOESTE)/CIOESTE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
SP define limites pera barulho de obras
 
A Prefeitura de São Paulo estabeleceu limites para emissão de ruídos por obras de construção civil na
cidade. Anteriormente, o que havia na capital eram apenas normas que estabeleciam limites para a
emissão de ruído em determinadas partes da cidade, variando de acordo com o zoneamento e a hora.
Agora, decreto assinado pelo prefeito trata especialmente dos ruídos de obras, com horários decibéis
permitidos na construção civil Obras públicasestão excluídas das novas regras.
Pela nova regra, será aceita a emissão de sons e ruídos que chegue até 85 decibéis (dB), entre 7h e 19;
e de 59dB, 19h até as 7 h, durante dias úteis. Aos sábados, entre 8h e 14h,o limite é de B5dB, das 14h
até as 8h, baixa para 59 dB, nível que deve ser respeitado também nos domingos a feriados.
 
Há uma ressalva: caso a obra tenha o objetivo de evitar um colapso da infraestrutura municipal ou risco
à saúde, à vida e à integridade física da população,não há limites de emissão de ruído,
independentemente do local ou horário. Além das obras públicas, ficaram fora das novas regras impostas
pelo decreto trabalhos relativos à fase de movimentação de terra, fundação, demolição e estrutura,
realizadas entre The 19h, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados; bem como as atividades de
carga e descarga, desde que realizadas no per iodo compreendido entre 21 h e meia-noite, de segunda a
sexta-feira, exceto nos fins de semana e feriados.
 
A fiscalização da poluição sonora será feita pelos agentes do Programa de Silêncio Urbano (Psiu). Na
primeira infração, a multa é de R$10 mil. Caso, no prazo de um ano. a mesma obra desrespeite o
decreto, a multa dobra de valor. Na terceira vez. o infrator deve pagar R$ 30 mil e paralisar a construção.
 
O som de duas obras embalou boa parte da quarentena da jornalista Rafaela Martuscelli. Ela reclama dos
ruídos das furadeiras e da quebra dos pisos. Por causa do trabalho remoto, Rafaela passa grande parte
do dia em reuniões. Mas com a barulheira, ela passou a ficar mais silenciosa. Costuma falar só o básico e
responder ao que lhe perguntam. Agora. com as obras, optou por estudar apenas à noite. pois pode se
concentrar melhor.
 
(O Estado de S.Paulo, 29 de setembro de 2021. Adaptado).
 
A alternativa que apresenta frase com palavra e/ou ex pressão empregada em sentido figurado é :
a) Anteriormente, o que havia na capital eram apenas normas que estabeleciam limites... (1º
parágrafo)
b) nível que deve ser respeitado também nos domingos e feriados. (2º parágrafo)
c) Além das obras públicas, ficaram fora das novas regras impostas pelo decreto... (3º parágrafo)
d) A fiscalização da poluição sonora será feita pelos agentes do Programa (4º parágrafo)
e) O som de duas obras embalou boa parte da quarentena de jornalista Rafaela Martuscelli. (5º
parágrafo)
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367) 
368) 
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VUNESP - AEsc (Araçatuba)/Pref Araçatuba/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
A comadre Beth Carvalho
 
O jogador de futebol Alcir Portella deixou a quadra do Cacique de Ramos, achou um orelhão, que por
sorte estava funcionando e ligou para Beth Carvalho: “Tudo bem, comadre? Queria que você desse um
pulo aqui na rua Uranos para conhecer um negócio. Ninguém vai pedir para você cantar nada. Tem uma
comida de que você vai gostar. Vamos jogar um buraco...”.
 
Alcir queria que Beth conferisse uma reunião informal, sempre às quartas-feiras, uma pelada entre
amigos, uma galinhada com cerveja e depois uma roda de samba intimista, com o pessoal tocando
banjo, tantã e repique de mão, cantando e improvisando versos debaixo de uma enorme tamarineira.
 
Ali nasceu, em meados dos anos 1970, o que mais tarde o mercado fonográfico batizaria de “pagode
carioca”, tendo à frente o grupo Fundo de Quintal e os compositores e cantores Zeca Pagodinho, Arlindo
Cruz, Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Jovelina Pérola Negra. Mas era muito mais do que
isso, verdadeira revolução no gênero.
 
O historiador e sambista Nei Lopes afirma: “O movimento que surgiu no Cacique de Ramos tem o mesmo
peso da revolução da bossa nova. E vai além, porque inovou reverenciando a tradição, trazendo para os
holofotes a arte e a inteligência do partido alto”.
 
Beth não saiu mais do Cacique, a ponto de Bira, o presidente do clube e do bloco de embalo, sugerir a
construção na quadra de um banheiro feminino, que se chamaria Beth Carvalho. A cantora,
educadamente, recusou a homenagem.
 
Mas levou aquela vitalidade sonora para seu disco de 1978, “De Pé no Chão”, cuja história acaba de ser
contada em um livro recém-lançado do jornalista Leonardo Bruno.
 
(Alvaro Costa e Silva, A comadre Beth Carvalho. https://www.folha.uol.com.br, 09.12.2022. Adaptado)
 
A expressão destacada contém termos em sentido figurado no trecho:
a) Queria que você desse um pulo aqui na rua Uranos para conhecer um negócio.
b) Tem uma comida de que você vai gostar. Vamos jogar um buraco...
c) ... cantando e improvisando versos debaixo de uma enorme tamarineira.
d) ... sugerir a construção na quadra de um banheiro feminino...
e) ... cuja história acaba de ser contada em um livro recém-lançado...
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VUNESP - Ag Adm (CM SBO)/CM SBO/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão.
 
O carro do Beto tinha duas portas. A do passageiro não abria, então, a rota de entrada para todos era
pelo lado do motorista. O banco do motorista não levantava para quem ia sentar atrás. Acomodar três
pessoas exigia uma certa ginástica. Não era o veículo ideal para uma fuga de emergência, mas era o que
tínhamos e, mais que isso, era o que garantia nossa liberdade e nossas infinitas possibilidades. Com ele,
São Paulo era pequena para nós.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2549125
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2555770
369) 
Eu tinha 16 anos, o Beto e a Solange um pouco mais do que eu. Eu acabara de voltar de um ano de
intercâmbio em uma cidade no interior dos Estados Unidos e estava achando tudo muito moderno
naquela São Paulo dos anos 80. O que levei comigo e trouxe de volta foi a trilha sonora: a discografia
completa da Rita Lee. O programa daquele fim de semana seria uma homenagem a ela.
 
Pela lista telefônica, tinha descoberto o endereço do pai dela e decidi deixar uma frase pichada no muro
da casa dele na Vila Mariana. Beto e Solange toparam na hora.
 
Tudo aconteceria de madrugada. Eles ficariam dentro do carro com o motor ligado. Eu desceria com o
spray, escreveria a frase na parede, me jogaria pela janela carro adentro, o Beto acelerava e a gente se
mandava. Os medos eram muitos. E foi com o coração aos pulos de terror e emoção que escrevi no muro
branco: “Rita, pra você, a agilidade do gato e o brilho da estrela”. Minha mensagem adolescente de amor
por Rita Lee estava registrada para toda a cidade ver.
 
Trinta e sete anos depois, fui com uns amigos ver uma exposição sobre a Rita Lee. Logo na entrada do
museu, uma parede pintada de azul trazia a estampa da minha frase, letra por letra (acrescentaram as
letras esses no “das estrelas”). Foi como se um raio tivesse me atingido na cabeça. A sensação me
pareceu ter sido a mesma de quando escrevi no muro naquela madrugada: pernas bambas, coração
acelerado, mãos tremendo. A minha frase na parede do museu!
 
Uma das monitoras da exposição quis saber o que acontecia. Eu contei a história. Ela se espantou, já
que a exposição não trazia nenhuma explicação sobre a origem daquela frase. Não me importava: ela era
minha e estava lá.
 
Deparei-me outras vezes com o meu grafite. O dia do museu, porém, foi o mais emocionante. Não era só
uma menção, era uma reprodução.
 
(Ana Ribeiro. Frase que pichei para Rita Lee reapareceu 37 anos depois em exposição. www1.folha.uol.com.br,
19.02.2022. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que há emprego de linguagem em sentido figurado.
a) O banco do motorista não levantava para quem ia sentar atrás. (1o parágrafo)
b) Não era o veículo ideal para uma fuga de emergência… (1o parágrafo)
c) Eles ficariam dentro do carro com o motor ligado. (4o parágrafo)
d) E foi com o coração na garganta pelo terror e emoção que escrevi… (4o parágrafo)
e) Uma das monitoras da exposição quis saber o que acontecia. (6o parágrafo)
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VUNESP - GCM (Pref SBC)/Pref SBC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação(Clara Gomes. Emoções desafiadoras. https://bichinhosdejardim.com, 21.03.2018)
 
Na tira, foi empregado em sentido figurado, no contexto em que se encontra, o vocábulo:
a) ano (1o quadro).
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370) 
b) controlar (2o quadro).
c) impulsos (2o quadro).
d) impaciência (3o quadro).
e) uso (4o quadro).
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VUNESP - Tec CPDJ (TJM SP)/TJM SP/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
A moça ficou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a
maior festa na cidade casmurra, de ferro e tédio.(a) O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um
cortejo. Cavalheiros e damas, aos pares, de braço dado, em fila, subindo e descendo, descendo e
subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro,(b) naquele tempo criança não tinha vez.
Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas ficavam mais abertas para espiar.(c) Só uma casa
se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio
dos dois não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
 
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve
nada: silêncio, portas e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante,(d) levando o noivo filho de
“coronel” fazendeiro, gente de muita circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A
casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua imponência de massa e requinte: escadaria de pedra,
em dois lanços, amplo frontispício1 abrindo em sacadas, sob a cimalha2 a estatueta de louça-da-china3
— espetáculo.
 
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar
no soalho de tábuas a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
 
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a
fazenda longe, fim do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar.
Que dia sai o cargueiro4? Que dia ele volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar,
fósforos, ar da cidade, vento do mundo.(e)
 
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa
virou professora, virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
 
(Elenco de cronistas modernos. José Olympio Editora. Adaptado)
 
1. frontispício: fachada principal.
2. cimalha: parte mais alta das paredes.
3. louça-da-china: porcelana.
4. cargueiro: pessoa que conduz animais de carga.
 
Assinale a alternativa correta acerca da expressão destacada nos trechos do texto.
a) … a maior festa na cidade casmurra, de ferro e tédio.: está em sentido figurado, significando
“aprazível”.
b) Meninos na retaguarda, é claro…: está em sentido próprio, significando “que não eram
convidados”.
c) Janelas ficavam mais abertas para espiar.: está em sentido próprio, significando “ maldizer noivos
e convidados”.
d) E o cortejo seguia brilhante…: está em sentido figurado, significando “apressadamente”.
e) … ar da cidade, vento do mundo.: está em sentido figurado, significando “notícias de outros
lugares”.
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371) 
372) 
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VUNESP - Ag (Pref Guararapes)/Pref Guararapes/Controle de Endemias/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Para conseguir lidar com o luto pela perda precoce da mãe, aos 10 anos, o japonês Takeo Sawada
(1917-2004) começou a pintar. Ganhou um kit de desenho do pai, na cidade de Yuki, a 100 quilômetros
de Tóquio. Participou de duas exposições e, aos 12 anos, conquistou o Prêmio Imperial do governador da
província de Ibaraki. Contudo, com a promessa de uma vida melhor, decidiu emigrar para o Brasil, então
com 16 anos de idade, e seguir os passos dos familiares que se estabeleceram em Rancharia, no oeste
paulista.
 
Sem conhecer a língua portuguesa e os costumes do país, teve ajuda de um tio comerciante e trabalhou
em plantações de café e algodão. Sua sensibilidade artística foi aguçada pelos elementos da natureza, e
uma árvore frondosa de flores vermelhas foi a que mais chamou sua atenção: o flamboyant. Sawada
gostava de admirá-la, pintá-la e fotografá-la pela cidade, num convite à contemplação.
 
Na década de 1970, fundou um curso de artes visuais para crianças. Ao longo de três décadas, cerca de
4 mil alunos — incluindo adultos — tiveram aulas com o sensei [mestre ou professor], que se tornou
referência em arte-educação. “Frequentei as aulas de Sawada em 1987, aos 25 anos. Lembro-me de sua
voz tranquila, dos óculos pendurados por um cordão e de muitos pincéis e lápis no bolso da camisa”,
recorda-se a artista visual Carmo Malacrida, uma das curadoras da exposição “À Sombra do Flamboyant:
Takeo Sawada”, em cartaz no Sesc Registro.
 
As aulas do artista incluíam desde passeios ao ar livre a exercícios de técnicas de desenho e pintura no
ateliê. Em entrevista a um canal de televisão, o próprio artista definiu sua atuação: “Ensinar criança não
é para criar artista, é para formar uma boa pessoa, uma pessoa de paz, de boa índole, que possa se
dedicar ao Brasil, à sociedade”. Inspirada pelo mestre, Carmo dá aulas de artes para crianças há 22 anos,
e diz que aprendeu com ele a ver o mundo de forma poética. “Ele nos preparava para a vida, queria que
criássemos livremente. Dizia para não termos medo do vazio do papel, que na folha grande há muito
espaço para desenhar e pintar”, conta.
 
(Luna D’Alama. Da cerejeira ao flamboyant. Revista E, maio de 2023. Adaptado)
 
Assinale a alternativa que contém expressão empregada em sentido figurado.
a) ... decidiu emigrar para o Brasil, então com 16 anos de idade, e seguir os passos dos familiares
que se estabeleceram em Rancharia...
b) Sem conhecer a língua portuguesa e os costumes do país, teve ajuda de um tio comerciante e
trabalhou em plantações de café e algodão.
c) As aulas do artista incluíam desde passeios ao ar livre a exercícios de técnicas de desenho e
pintura no ateliê.
d) Em entrevista a um canal de televisão, o próprio artista definiu sua atuação.
e) “Dizia para não termos medo do vazio do papel, que na folha grande há muito espaço para
desenhar e pintar”
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VUNESP - TJ TRF3/TRF 3/Administrativa/Agente da Policia Judicial/2023
Língua Portuguesa (Português) - Denotação e Conotação
Leia o texto para responder à questão.
Inteligência artificial: a era do “deus” máquina
 
No teatro grego antigo, quando não havia solução para um impasse, um ator interpretando uma
divindade descia ao palco pendurado num guindastec, resolvia o problema e, assim, acabava a peça. Era
o Deus ex-machina – o deus surgido da máquina. Com o avanço sem precedentes da inteligência artificial
(IA), é justo pensar que, no mundo contemporâneo, a máquina é a própria deidade.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2771911
373) 
 
Para ela, nada parece impossível. Da confecção de discursos em segundos à criação de obras de arte; da
identificação de medicamentos promissores ao diagnóstico preciso de doenças, tudo é resolvido pelo
“deus algoritmo”. E, ao observar sua invenção “surgindo do guindaste”, o homem pode se perguntar qual
lugar ocupará neste enredoe. Segundo especialistas, porém, o perigo não está na criatura e, sim, no uso
que o criador faz dela.
 
A inteligência artificial faz parte da rotina, ainda que não se perceba. O GPS que indica o percurso, a
atendente virtual, o internet banking são exemplos de seu uso no dia a dia. Só que, até agora, ninguém
temia os mecanismos de busca dos navegadoresb, os sistemas de reconhecimento facial dos
condomínios ou a sugestão de filmes apresentadas pelosaplicativos de streaming.
 
Então, as máquinas começaram a gerar imagens perfeitas de pessoas inexistentes, escrever reportagens
com acurácia, resolver enigmas matemáticos em frações de segundosd, dirigir e voar

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