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Prévia do material em texto

CADERNO PEDAGÓGICO
6º AO 9º ANO
CÍRCULO DE LEITURA
CARLA ANDREA DIAS CELESTINO
SAULO MARCOS ALBUQUERQUE ARAUJO JUNIOR
GISELE MACHADO AZEVEDO
KARLA MONIKE MOREIRA GOMES
COORDENADORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL
MARTHA ROCHA GUIMARĀES
RUTH MARTINEZ REJALA
GERÊNCIA DE LEITURA
MARIZE DE SOUZA CELESTINO
MARTHA ROCHA GUIMARÃES
MARCIA ROMUALDO DA SILVA LEVY
REVISÃO TÉCNICA E ORTOGRÁFICA
ALETEIA MARIA DA SILVA(E.M. Mario Paulo Brito - Sala de Leitura Polo)
ANA CAROLINA LIMA SIQUEIRA MIZRAHI (E.M. Leonel Azevedo - Sala de Leitura)
ANA CAROLINA SALEM BELLO (Gerência de Leitura)
FERNANDA PASCHOAL XAVIER (E.M. Azevedo Sodré- Sala de Leitura)
LUCIANE DE ASSIS ALMEIDA (E. M. Ary Barroso)
SANDRA COSTA (E.M. Bahia - Sala de Leitura Polo)
TATIANA LOPES DEL RIO (E. M. São João Batista - Sala de Leitura)
VALÉRIA MONTEIRO PREZA (Gerência de Leitura)
VANESSA PEREIRA CIRINO RODRIGUES (Gerência de Leitura)
ELABORAÇÃO
FÁTIMA REGINA DOS SANTOS FRANÇA
GUSTAVO OLIVEIRA DE CASTRO BRAGA
JANAÍNA DE SOUZA DO NASCIMENTO
MARTHA ROCHA GUIMARĀES
RICARDO JAHEEM
RUTH MARTINEZ REJALA
VALÉRIA MONTEIRO PREZA
REVISÃO TÉCNICA E ORTOGRÁFICA
MARTHA ROCHA GUIMARĀES
REVISÃO GERAL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
EDUARDO PAES
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
RENAN FERREIRINHA CARNEIRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ADRIANO CARNEIRO GIGLIO
SUBSECRETARIA DE ENSINO
MULTIRIO
PAULO ROBERTO MIRANDA
PRESIDÊNCIA
ROSÂNGELA DE FÁTIMA DIAS
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO 
E FINANÇAS
EDUARDO GUEDES 
DIRETORIA DE MÍDIA E EDUCAÇÃO
SIMONE MONTEIRO
ASSESSORIA DE ARTICULAÇÃO 
PEDAGÓGICA
MARCELO SALERNO
ALOYSIO NEVES
ELIZA RIZO
DANIEL NOGUEIRA
TATIANA VIDAL
ANTONIO CHACAR
FRATA SOARES
ANDRÉ LEÃO
EDUARDO DUVAL
NÚCLEO DE ARTES GRÁFICAS 
E ANIMAÇÃO
IMPRESSÃO
ZIT GRÁFICA E EDITORA
IMPRESSÃO
CONTATOS E/SUBE – GERÊNCIA DE LEITURA
Telefones: 2976-2318 / 2976-2319
smeleitura@rioeduca.net
EDUARDO SANTOS
GILMAR MEDEIROS
JULIANA PEGAS
DIAGRAMAÇÃO
A leitura não se constrói sobre o nada. Há algo que provoca o lei-
tor, lhe interessa, lhe instiga um outro pensamento que lhe permite 
dar asas à imaginação. 
Como uma pipa na mão de um menino, a leitura viaja sem se des-
prender de sua raiz: a raiz da leitura é o mesmo que a possibilita, 
uma relação entre a pipa e a mão, entre o texto e o leitor, que voa 
sem rotas determinadas a não ser o desejo de um e outro se man-
terem em linha. (Eliana YunEs)
O material pedagógico que chega as unidades escolares dispõe de ativi-
dades envolvendo a leitura de textos literários previamente selecionados. 
A produção do documento visa, conforme a meta 07 de o Plano Nacional 
de Educação, “Fomentar a qualidade da educação básica em todas as 
etapas e modalidades” sem deixar de considerar, o que propõe a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), o ensino integrado que se 
dinamiza em um processo contínuo de aprendizagem. Tal continuidade 
contempla com “capacitação gradual para a leitura ao longo da educa-
ção básica como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos 
e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento dos indivíduos”, 
conforme o Art. 4 e inciso XI da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional (BRASIL, 1996). 
Neste ano letivo, a produção dos materiais pedagógicos Roda de Leitura 
e Círculo de Leitura, será anual. Com a elaboração anual, as unidades es-
colares (UE) evidenciarão o ato de pensar coletivamente e experimentar 
as propostas pedagógicas junto com os estudantes. A produção dos dois 
materiais pedagógicos permanece com a mesma criticidade, qualidade e 
ludicidade, peculiaridades que nos proporcionarão o que os estudiosos 
chamam de a “experiência estética literária”. 
Um dos aspectos primordiais que ressaltamos é que as práticas terão por 
foco a proficiência leitora, ou seja, organizar-se-ão propondo atos de lei-
turas de inúmeros textos, e de diferentes gêneros, transformando a sala 
de aula em uma roda de leitores e um círculo de leitores potentes, que se 
encontram para trocas de ideias, reflexão, produção de sentidos. Apre-
senta sugestões de textos literários e possíveis questões norteadoras para 
reflexão em uma prática de leitura de literatura em sala de aula. 
O material pedagógico foi pensado especificamente para os estudantes 
dos anos iniciais e finais, cujo fim é a proposição de atividades pedagógi-
cas para formação de leitores. Esse material está organizado da seguinte 
forma: numeração, título e sessões das atividades; materiais e recursos 
necessários, objetivos e habilidades (na perspectiva da BNCC). Em de-
corrência dessa interação, o processo de consecução do caderno buscou 
considerar o protagonismo, a autonomia e a voz dos estudantes, a partir 
do próprio repertório de leituras dos livros infantojuvenis – existentes em 
nossos acervos. 
É importante reiterar a contribuição que parte das questões orientadoras, 
apresentadas nesse documento, surgiram da interação dos elaboradores, 
que são professores experientes no trabalho desenvolvido nas Salas de 
Leitura e regentes dos componentes curriculares Roda e Círculo de Lei-
tura, por esse motivo, aberto e passível de ser ampliado, a depender da 
situação didática posta em sua unidade escolar e do olhar e escuta do 
professor-mediador. 
Esperamos, por fim, que este material auxilie não apenas a pensar o coti-
diano com seus estudantes, mas, principalmente, a tornar este ano letivo 
repleto de experiências exitosas. 
Atenciosamente,
Coordenadoria de Ensino Fundamental
Gerência de Leitura
Olá, professor!
SUMÁRIO
COMPONENTES CURRICULARES
Introdução 6
Roda de leitura / Círculo de Leitura 9
Estratégias de Leitura 13
Oficina de Leitura 17
Objetivos Gerais dos Referidos Componentes Curriculares 19
Eixos das áreas de linguagem 20
Círculo de Leitura 23
Estrutura geral 26
6º ANO
Habilidades do 6° ano 28
Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional 30
Quem matou o saci? 53
A África que você fala 63
7º ANO
Habilidades do 7° ano 72
A megera domada 75
A menina sem palavra 83 
A ilha do tesouro 90
A bolsa amarela 101
8º ANO
Habilidades do 8° ano 110
A grande assembleia dos bichos pestilentos e peçonhentos 113
Malala, a menina que queria ir para a escola 123
Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da minha memória 130
Luiz Gama 136
Jongo, Maracatu e Capoeira (Coleção Lembranças Africanas) 144
9º ANO
Habilidades do 9° ano 157
O amor nos tempos do blog 160
Histórias extraordinárias 170
Harry Potter e a pedra filosofal 182
O homem que calculava 193
Haicais tropicais 203
REFERÊNCIAS 212
5CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Neste documento você, professor, encontrará, além das orientações sobre o Círculo 
de Leitura, componente curricular do 6º ao 9º anos, referências à Roda de Leitura, 
componente dos anos iniciais. 
COMPONENTES CURRICULARES
Introdução ObjetivosEixos da Área 
de Linguagens
Roda de
Leitura
Estratégias
de Leitura
Estratégias de 
Aprendizagem
Círculo de 
Leitura
Práticas
de Leitura
6 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Introdução
As transformações sociais pelas quais passamos, resultantes dos 
atuais processos de globalização, somados ao surgimento de no-
vas tecnologias de comunicação e informação, modificaram pro-
fundamente nossa forma de ser e de nos relacionarmos. “De uma 
sociedade tipográfica (a partir do séc. XIV), que se baseava prefe-
rencialmente no uso da linguagem verbal reproduzida em mídias 
impressas, como livros, jornais, revistas, tabloides, informativos 
etc., passamos para uma sociedade 
tipográfica digital pós-moderna cuja 
produção de sentido assenta-se em 
usos complexos e variados de modos 
semióticos, tais como fala, gestos, 
olhar etc., processo este que poten-
cializa a construção de significados 
em sala de aula” (MENDONÇA et al, 
2018).
Com base nesse pressuposto, apre-
sentamos este documento com o 
objetivo de ampliar o repertório tex-
tual e ser fio condutor do trabalho 
desenvolvido nas escolas públicas 
municipais do Rio de Janeiro, nos 
componentes curriculares: Círculo 
de Leitura e Roda de Leitura. 
Para tanto, faremos uso da metodologia de Círculos de Leitu-
ra, defendida por Cosson (2014) e Yunes (1999). Ambos os au-
tores propõem o ensino sistematizado da leitura dos diversos 
gêneros textuais literários canônicos (como os clássicos) e con-
temporâneos como contos, crônicas, poemas, romances, fábu-
las, entre outros, com o apoio de variados gêneros, tais como: 
anúncios publicitários, charges, tirinhas, cartazes, cordéis, le-
tras de música, filmes etc.
O ato de ler auxilia no desenvolvimento das habilidades de 
produção textual e análise linguística do texto. Quando o es-
tudante adquire o hábito de leitura e descobre o prazer de ler, 
amplia-se o seu horizonte cultural, pois tende a favorecer a in-
terpretação de textos (literários e não literários), uma vez que 
o uso de recursos e estratégias discursivas passam a compor o 
universo linguístico do leitor. Dessa forma, o estudante torna-se 
sujeito-leitor ativo e interferente na leitura e, consequentemen-
te, na escrita protagonizada por ele.
7CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
É neste contexto que remetemos o mediador/professor 
para o papel da mediação, a fim de desenvolver a con-
cepção de um leitor proficiente, que requer uma apren-
dizagem complementada em um processo de ensino que 
vai para além da escola. Cabe ao professor negociar para 
poder ensinar as estratégias de leitura. Convém reforçar 
que “todas as atividades escolares das quais o texto parti-
cipa precisam ter sentido, para que o texto resguarde seu 
significado maior” (LAJOLO, 1997, p. 62).
Para tal desafio, o professor deve fomentar o modelo de 
estratégias de leitura, oportunizar ao aluno a interação 
com o texto, firmar-se numa interlocução (entre leitor e 
autor) ativa e produtiva. Assim, “para elaboração de uma 
hipótese de leitura é necessário ativar o conhecimento 
prévio do leitor sobre o assunto até que este se torne um 
sujeito-leitor mais experiente, ou seja, até que sua leitura 
se torne uma atividade consciente, reflexiva e intencional” 
(KLEIMAN, 2001, p. 56).
No discorrer deste documento, indicamos as capacidades 
de leitura de Rojo (2004), que fundamentarão o desenvol-
vimento das estratégias de aprendizagem, partindo da lite-
ratura e gêneros textuais. Assim como indicam estratégias 
de leitura e oficinas de leitura, segundo Girotto e Souza 
(2010). Este é um documento orientador do trabalho de 
leitura, que colabora de forma efetiva na construção do 
sujeito-leitor.
Ratificamos, por fim, a importância e a busca da proficiência 
em leitura e escrita dos nossos estudantes, com ênfase na 
leitura do texto literário e dos textos não literários. As indi-
cações de livros, atividades e as experiências propostas são 
sugestões e, portanto, podem ser utilizadas de maneira am-
pla, em diferentes turmas. As estratégias apresentadas po-
dem multiplicar as possibilidades de abordagem da leitura 
no ensino fundamental. Para tanto, é necessário um diálogo 
entre a Gerência de Leitura (GEL) e os professores regentes 
de sala de leitura e/ou regentes de tais componentes.
8 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LEITURA COMO 
PRÁTICA ESCOLAR 
(RODA DE LEITURA E 
CÍRCULO DE LEITURA)
COMPREENDER AS 
CAPACIDADES DE 
LEITURA
OFICINA DE LEITURA 
(DESENVOLVIMENTO 
DAS ESTRATÉGIAS 
E ATIVAÇÃO DAS 
ATIVIDADES COGNITIVAS)
UTILIZAR ESTRATÉGIAS 
DE LEITURA (ANTES, 
DURANTE E/OU 
DEPOIS DA LEITURA)
ATIVIDADES 
COGNITIVAS 
ATIVADAS PELAS 
ESTRATÉGIAS
A leitura como geradora de aprendizagens significativas
9CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Roda de Leitura e
Círculo de Leitura
Leitura como prática escolar
RODA DE LEITURA CÍRCULO DE LEITURA
 Componente pertencente à matriz curricular dos anos 
iniciais do Ensino Fundamental.
 A Roda de Leitura não é simplesmente o ato de organizar 
os estudantes em círculo para eles lerem juntos. Vai 
muito além da organização. O professor responsável deve 
organizar a atividade, a seleção das leituras que serão 
realizadas, funcionando como um mediador para contribuir 
com as questões abordadas.
 Roda de Leitura pressupõe intencionalidade de 
aprendizagem, encantamento pelas palavras, pelos textos 
lidos e, acima de tudo, o prazer em ler.
 Componente pertencente à matriz curricular dos anos 
finais do Ensino Fundamental.
 O Círculo de Leitura deve fortalecer o protagonismo 
juvenil e auxiliar no desenvolvimento de habilidades de 
leitura e escrita dos mais variados gêneros literários, 
assim como as competências gerais da Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC), através da socialização de 
escolhas, leituras, escutas, comentários e efeitos que as 
obras produzem nos leitores.
10 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Conheça os gostos
Pesquisar junto aos estudantes suas preferências de leitura é um 
passo importante e que pode ajudar na construção do planeja-
mento do trabalho. Saber quais os gêneros preferidos ajuda a fazer 
escolhas mais confortáveis, em um primeiro momento, e também 
aponta quais estilos precisam ser apresentados e mais trabalhados 
com cada grupo.
Faça propaganda
Um bom recurso para aguçar a curiosidade para a leitura pode se 
reproduzir a forma de chamar a atenção para um próximo progra-
ma (como fazem as emissoras de TV em suas propagandas), assim 
como, exibir pequenos trechos dos livros, imagens e perguntas 
com curiosidades.
Conheça bem o livro
Ter um roteiro definido do trabalho ajuda a otimizar o tempo e a 
evitar surpresas desagradáveis. Por isso, é importante saber do que 
se trata a história e as palavras que podem ser desconhecidas pela 
turma.
Leia livros teóricos
Livros que abordam metodologias para desenvolver projetos, que 
tratam do panorama da leitura no Brasil, que conversam sobre 
como fazer a mediação da leitura, entre outros, são importantes e 
enriquecedores da prática do mediador de leitura.
Seja um leitor
Um passo fundamental para pensarmos a formação do estudante-
-leitor, muito mais importante que orientar, aconselhar e apontar 
a direção, é ensinar pelo exemplo. Cada professor deve se autoa-
valiar em relação à sua própria prática leitora e estabelecer metas 
para ampliação desse hábito. Qual foi sua última leitura? Foi uma 
leitura formativa ou por prazer e fruição? Quantos livros você leu no 
ano que passou?
Faça festas literárias
Convide escritores, ilustradores, editoras. Organize o espaço 
com literatura variada, atingindo assim os mais diferentes gostos. 
Um momento importante, e até meio mágico (encantador) para 
os estudantes, é quando recebem autores e ilustradores para 
conversar sobre sua experiência nas diferentes fases da vida, 
seus interesses, sua caminhada até se tornarem profissionais, es-
critores de suas narrativas. Essa aproximação com o autor/ilus-
trador transforma a visão dos estudantes sobre as histórias e seu 
potencialem ser um escritor.
Cartazes interessantes com sinopses curiosas
Por exemplo: se tudo que você pensa que sabe sobre o Lobo Mau 
for um terrível engano? Quer tirar a prova? Leia: A verdadeira his-
tória dos três porquinhos.
Crie momentos diferentes e impactantes para a leitura
Que tal receber os estudantes para um piquenique literário? Ou 
enfeitar a árvore do quintal da escola com livros presos por elásti-
cos? Ou quem sabe pendurá-los em algumas portas como se fos-
sem cortinas? A leitura não precisa ficar restrita ao espaço da sala.
11CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Capacidades leitoras
Para desenvolver o ato de ler de forma competente, é neces-
sário que o estudante, aqui considerado sujeito-leitor, faça uso 
de algumas capacidades leitoras apontadas por Roxane Rojo 
(2004). Para a autora, essas capacidades são: de decodifica-
ção, de compreensão, de apreciação (e provável réplica) do 
sujeito-leitor em relação ao texto.
Capacidades de decodificação compreendem o conhecimento 
das convenções gráficas – que regem a escrita, atendo-se aos 
conhecimentos que envolvem a compreensão da orientação da 
escrita, a função da segmentação dos espaços em branco entre 
as palavras e a pontuação – e suas relações, isto é, capacida-
des aprendidas e consolidadas durante o processo de alfabe-
tização; as capacidades de compreensão relacionam-se com a 
sequência de capacidades que envolvem o ato de ler, isto é, o 
antes, o durante e o depois da leitura. Com isso, exploram-se 
a compreensão global, a localização de informações explíci-
tas, a inferência de informações implícitas; e as capacidades 
de apreciação mencionam uma sequência de capacidades que 
(já) envolvem a interação do leitor com o texto, assumindo uma 
posição de sujeito-leitor. Isto é: dialogar com o texto, concor-
dando ou não (com o que está sendo dito) e praticar um ato de 
interlocução com o texto. Assim, por exemplo, durante o ato de 
ler, o estudante (sujeito-leitor) pode deixar-se levar e apreciar o 
belo na forma da linguagem.
12 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
CAPACIDADES DE LEITURA
TIPOS DE CAPACIDADE CAPACIDADES
Capacidades de decodificação
Englobam o conhecimento das convenções gráficas e suas 
relações, isto é, capacidades consolidadas no período de 
alfabetização.
Compreender diferenças entre escritas e outras formas gráficas.
Conhecer o alfabeto.
Compreender a natureza alfabética do sistema de escrita.
Ler, reconhecendo globalmente palavras escritas.
Ampliar o olhar para porções maiores de texto, desenvolvendo fluência e 
rapidez na leitura.
Capacidades de compreensão
Referem-se à sequência de capacidades que envolvem 
o antes, o durante e o depois da leitura. 
Ativação de conhecimentos prévios.
Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos.
Checagem de hipóteses.
Redução de informações semânticas.
Localização ou cópia de informações.
Construção de informações a partir de comparação de trechos do texto.
Generalização.
Produção de inferências locais.
Produção de inferências globais.
Capacidades de apreciação e réplica do leitor 
em relação ao texto (interpretação, interação)
Referem-se a uma sequência de capacidades que 
envolvem a interação do estudante (sujeito-leitor) 
com o texto, assumindo uma posição ou um 
posicionamento na leitura.
Recuperação do contexto de produção do texto.
Definição das finalidades da atividade de leitura.
Definição das finalidades presumidas do texto.
Percepção de relações de intertextualidade.
Percepção de relações de interdiscursividade.
Percepção de outras linguagens.
Elaboração de apreciações estéticas ou afetivas.
Elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos.
Compreender as capacidades de leitura
13CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Os professores de Roda de Leitura e de Círculo de Leitura devem 
ter clareza da importância e da necessidade de ensinar um con-
junto de estratégias de leitura, de situações nas quais as crianças 
possam ampliar seu entendimento, bem como possam adquirir 
e ativar o seu conhecimento de mundo, linguístico e textual, a 
partir do que estão lendo (KLEIMAN, 1989).
Quanto ao trabalho com estratégias de leitura, Girotto e Souza 
(2010) afirmam:
“Entre o repertório de estratégias de compreensão – 
fazer conexões, inferências, visualizações, questiona-
mentos, sumarizações e síntese – há uma estratégia 
essencial, a de ativar o 
conhecimento prévio, em 
que ficam evidentes todas 
as demais estratégias, tais 
como: a previsão, a interlo-
cução, o questionamento, a 
indagação. Os norte-ame-
ricanos chamam-na de es-
tratégia-mãe ou estratégia 
guarda-chuva, pois agrega 
todas as demais” (GIROT-
TO; SOUZA, 2010, p. 65).
Estratégias de Leitura
A seguir, você encontrará atividades que servirão como base para 
trabalhar estratégias de leitura essenciais na formação do leitor.
Essas estratégias são:
Conhecimento 
Prévio
Sumarização
Conexões
Perguntas 
ao texto
Inferência
Síntese
Visualização
Orientamos o uso de tais estratégias para que os estudantes pos-
sam melhorar a compreensão do que leem e não apenas decodifi-
carem o texto. Tais estratégias poderão ser dinamizadas sem uma 
ordem específica. Mas ao ensinar (para os estudantes, sujeitos-lei-
tores) tais mecanismos, o professor agirá didática e sensivelmente, 
explicando-os conforme surgem no decorrer da leitura do texto 
(SOUZA; COSSON, 2012).
14 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
O conhecimento prévio – condição primeira para 
compreensão do texto – é basilar para as demais 
estratégias de leitura, porque o sujeito-leitor di-
ficilmente conseguirá entender o que está lendo 
sem pensar, isto é, sem estabelecer relação com 
aquilo que já conhece. Kleiman (2002), ao co-
mentar isso, também afirma que “a compreensão 
de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de 
conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o 
conhecimento adquirido ao longo de sua vida” (KLEIMAN, 2002, p. 
13). Nesse sentido, a leitura conduz o sujeito-leitor a trazer do seu 
passado de lembranças conhecimentos significativos, relevantes à 
compreensão do texto propriamente dito
Na estratégia conexão, intensifica-se o conhe-
cimento prévio para estabelecer compreensão, 
conectando o texto lido com o conhecimento 
que já traz consigo, num constante processo de 
construção de significado. Segundo Souza et al. 
(2010), três são os tipos de possíveis conexões: o 
texto-texto, com fusões que se realizam do texto 
(que está sendo lido) com outros textos com os quais teve contato; 
o texto-leitor, em que o estudante, nosso sujeito-leitor, faz uso de 
trechos do texto lido e os associa aos fatos de seu cotidiano; texto-
-mundo, num processo de associar o texto com fatos de contextos 
sociais, ou seja, fatos da cidade, de seu entorno, e acontecimentos 
que ocorrem no mundo. A conexão ainda tem por base o pressupos-
to: estimular os estudantes a conectar seu conhecimento de mundo 
com novas leituras, o que exigirá do sujeito-leitor a habilidade de 
compreender o texto como um todo e assim relacionar ideias das 
partes com outros textos.
Compreende a ação do sujeito-leitor em fazer uso 
do que já se constitui como seus conhecimentos 
prévios, “aliados às dicas do texto, para comple-
tar os espaços deixados em aberto” (VÁGULA, 
2016, p. 191). Por tais indícios textuais, ele passa 
a deduzir sequências dos fatos e significados não 
conhecidos. As inferências podem ser elabora-
das de diferentes tipos, como interpretação(ções), hipótese(es), 
previsão(ões) e conclusão(ões) (GIROTTO; SOUZA, 2010). 
A autora Isabel Solé defende que “Formular hipóteses, fazer pre-
visões, exige correr riscos, pois, por definição, não envolvem a 
exatidão daquilo que se previu ou formulou” (SOLÉ, 1998, p. 108). 
Sendo assim, as perguntas (Qual será o final deste romance? Que 
sugestões podem surgir para resolução de determinado conflito? 
Qual é o significado de determinada palavra desconhecida pelo 
estudante? O que poderá acontecer como/a personagem?) são de 
fundamental importância.
Estratégias
Conhecimento 
Prévio
Conexão
Inferência
15CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A visualização é uma estratégia de leitura que está 
vinculada à inferência, pois se concretiza quando 
leitores inferem e elaboram significados através 
da criação de imagens e cenários em suas men-
tes. Por serem inteiramente pessoais, essas visua-
lizações intensificam a experiência com a leitura, 
tornando-se um ato muito mais prazeroso, geran-
do um forte engajamento na prática literária. Isso se dá porque 
quando visualizam determinadas imagens, os sujeitos-leitores, pas-
sam a se interessar mais; pensam e entendem melhor a informação 
compreendida no texto (GIROTTO; SOUZA, 2010, p. 85).
Embora difícil, a sumarização é a estratégia de se-
lecionar o que de fato é importante, relevante, no 
texto. As autoras Harvey e Goudvis (2008) (apud 
SOUZA, 2010), esclarecem que os sujeitos-leito-
res devem parar a cada página, a fim de pensar 
sobre o que está sendo lido, antes de avançar na 
leitura. Refletir sobre o que é relevante e porme-
norizar informações contribui para produção de 
significados, o que é fundamental para a compreensão da leitura.
Visualização
Sumarização
Essa estratégia auxilia os sujeitos-leitores a per-
ceberem as pistas contidas no texto, ensejando 
o raciocínio. Ao fazerem perguntas ao texto, os 
estudantes passam a ter uma compreensão mais 
significativa desse. As questões podem ser res-
pondidas com base no próprio texto ou no co-
nhecimento do leitor. Nesse sentido, os estudan-
tes podem aprender com o texto. Solé (1998), ao falar sobre as 
relações entre as perguntas e as respostas que podem surgir a par-
tir de um determinado texto, traduz: perguntas de resposta literal, 
perguntas para pensar e buscar, perguntas de elaboração pessoal.
A estratégia da síntese é definida como o proces-
so de atribuição de sentido, com reconstrução 
textual de acordo com o entendimento pessoal 
de cada leitor. Essa ocorre quando o sujeito-leitor 
articula o que está lendo com impressões pesso-
ais, isto é, reconstitui o próprio texto e elenca as 
informações que considera essenciais. “Ensinar a 
resumir – selecionar os fatos, ordenar eventos, parafrasear e esco-
lher o que é importante – como um processo de síntese, é funda-
mental para a formação do leitor autônomo” (GIROTTO; SOUZA, 
2010, p. 104).
Perguntas 
ao texto
Síntese
16 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Atividades cognitivas ativadas
Solé (1998), com base em  Palinc-
sar  e Brown (1984), descreve seis 
atividades  cognitivas que devem 
ser ativadas mediante as estratégias 
para compreender o que se lê:
A promoção do uso das estratégias de leitura pelos alunos, ocorrem durante a mesma, ou seja, 
pode ocorrer antes, depois e/ou durante a realização da leitura.
Antes da leitura: 
estabelecer os 
objetivos da 
leitura e/ou 
revisitar seus 
conhecimentos 
prévios.
Depois da 
leitura: permite 
recapitular o 
conteúdo, resumi-
lo e ampliar seus 
conhecimentos.
Durante a leitura: 
permite estabelecer 
inferências, rever e 
comprovar a compreensão 
e tomar decisões 
quando houver equívocos ou 
lacunas na compreensão.
 1 Compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura; 
 2 Ativar os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em 
questão;
 3 Dirigir a atenção ao fundamental em detrimento do trivial; 
 4 Avaliar a consistência interna do conteúdo e sua compatibilidade 
com o conhecimento prévio e o “sentido comum”;
 5 Comprovar se a compreensão ocorre mediante a revisão e 
recapitulação periódica e a autointerrogação;
 6 Elaborar e provar inferências de interpretações, hipóteses, 
previsões e conclusões.
A partir dessas atividades cognitivas, Solé (1998) propõe o uso de 
estratégias que devem e podem ser mobilizadas antes, durante e 
depois da leitura.
17CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Oficina de Leitura
As autoras Girotto e Souza (2010) sugerem uma oficina de leitura como procedimento que favorece o ensino das estratégias de compreen-
são, estruturado em “minilições”, que possibilitará aos estudantes pensarem sobre o que estão lendo. A atividade deve acontecer a partir 
de aulas previamente planejadas, e ter por objetivo o desenvolvimento e o aprendizado do leitor, através de vivências e experiências de 
leituras. As oficinas de leitura podem acontecer organizadas nos seguintes momentos:
Aula 
Introdutória
Partilha 
em grupo Avaliação
Prática 
Guiada
Leitura 
Independente
18 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Oficina de Leitura
Aula 
Introdutória
Política Guiada/ 
Leitura 
Independente
Partilha 
em Grupo 
e Avaliação
Professor, explique aos estudantes a estratégia escolhida para ser ensinada; modele como usá-la efetiva-
mente. Apresente aos estudantes um filme do que se passa em sua mente no momento da leitura. 
O estudante deverá utilizar em leitura individual a estratégia modelada por você. Para tanto, proponha a 
leitura de um texto ou dê a ele a possibilidade de escolha, apresentando uma atividade na qual ele registre 
seus pensamentos ao utilizar a estratégia em questão.
Este é o momento de compartilhar os sentidos que cada um elaborou, no qual os sujeitos-leitores (os es-
tudantes) deverão perceber e destacar uma ou diferentes possibilidades de compreensão dos textos. Para 
ajudá-lo, é interessante questionar: o quê, para quê, como e em que momento os sujeitos-leitores fizeram 
uso das estratégias. Por ser ainda uma proposta avaliativa, peça que os estudantes façam considerações 
sobre a utilidade da oficina, por meio de “cartazes sínteses”, “fichas avaliativas”, entre outros.
Fonte: Girotto e Souza, 2010, p.63
19CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Objetivos Gerais dos Referidos 
Componentes Curriculares
 Promover a leitura em todos os segmentos da escola.
 Inserção dos estudantes no mundo da leitura significativa, 
proporcionando situações diversificadas de leitura (e escrita).
 Incentivar e facilitar o acesso à leitura.
 Conhecer vários gêneros textuais.
 Proporcionar o desenvolvimento das competências, habilidades e 
criatividade.
 Despertar o prazer da leitura e aguçar o potencial cognitivo e 
criativo do estudante.
 Possibilitar o acesso aos diversos tipos de leitura na escola, 
buscando efetivar, como processo, a leitura e a escrita.
 Estimular o desejo de novas leituras.
 Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da 
imaginação.
 Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens.
 Proporcionar, através da leitura, a oportunidade de ampliação dos 
horizontes pessoais e culturais.
 Diversificar as sugestões para o trabalho com literatura junto aos 
estudantes.
 Ampliar repertórios de leituras.
 Estimular a leitura e a produção de textos por parte dos 
estudantes.
 Enriquecer o projeto pedagógico das escolas. 
 Diversificar a prática pedagógica. 
 Envolver a Comunidade Escolar em ações de fomento à leitura. 
 Reconhecer os diferentes tipos de textos e linguagens como forma 
de manifestação artística e cultural. 
 Estimular o contato e a reflexão a partir de diferentes linguagens.
 Diversificar a prática pedagógica por meio do estímulo à 
sensibilidade e à criatividade.
 Promover o enriquecimento cultural e intelectual da comunidade 
escolar, criando o hábito e o prazer de ler, escrever, pesquisar e 
interpretar. 
20 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Eixos das áreas 
de linguagens
ORALIDADE
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA LEITURA
ESCRITA
21CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Compreende a produção de textos orais, consi-
derando as diferenças entre língua falada e escrita 
e as formas próprias de composição do discurso 
oral (com ou sem contato face a face). Além de 
explorar a variação linguística de acordo com a di-
versidade de práticas orais de uso da linguagem, 
identifica as características de diferentes gêneros 
textuais orais, que organizam determinadas ativi-
dades humanas, como também sinais paralinguísticose cinésicos 
(entonação da voz, gestos, postura, expressão facial). 
Como prática social, o trabalho com a oralidade vai além da fala coti-
diana. Faz-se necessário a mediação do professor a fim de favorecer 
o desenvolvimento da capacidade de expor, argumentar, criticar e 
defender um ponto de vista. 
Os gêneros discursivos orais constroem-se na interação comuni-
cativa (interlocução) e são fenômenos sociocomunicativos. Estão 
presentes em várias atividades da comunicação humana, desde os 
gêneros simples, como a conversa em ambiente familiar, aos gê-
neros complexos, como o debate. Já os gêneros textuais, além de 
“fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e 
social”, formam um conjunto de textos que possuem características 
específicas, como: estrutura, linguagem e temática. Esses gêne-
ros cumprem “funções comunicativas, cognitivas e institucionais”. 
(MARCUSCHI, s.d, p. 1)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) caracterizam as-
sim os gêneros: 
– Conteúdo temático: relativo ao tema; – Construção composicio-
nal: relativo à estrutura; – Estilo: relativo à linguagem. Dentre a infini-
dade de gêneros textuais, destacamos: anúncio publicitário, artigo 
científico, bilhete, carta, conto, crônica, diário, narratividade, enig-
ma, romance etc.
A leitura, por ser um ato social, amplia a visão de 
mundo através da interlocução texto e autor (su-
jeitos sociais). Essa interação entre o sujeito-leitor 
e autor, texto e contexto, baseia-se numa interlo-
cução em que o primeiro, em presença do texto, 
deve exercer um papel ativo, reflexivo e produti-
vo, que lhe propiciará a produção de sentidos. 
Como uma prática social e discursiva, a leitura envolve atividades de 
uso e reflexão, orientada por condições de produção, o que possi-
bilita a reelaboração dos gêneros, apreciação e valorações estéticas 
(valores de beleza, equilíbrio e harmonia integrados as emoções do 
leitor), éticas, políticas. A prática também permite aos sujeitos-leito-
res analisar os textos e estabelecer relações de intertextualidade e 
interdiscursividade. As capacidades envolvidas no ato de ler perpas-
sam à ativação de conhecimentos prévios, à apreciação e identifica-
ção de informações, às inferências, à réplica e à síntese. 
Tal “proposta assume a centralidade do texto como unidade de tra-
balho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem, de 
forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produção e 
o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem 
em atividades de leitura, escuta [...]”. Cabe, então, “proporcionar 
aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos 
letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crí-
tica” (BRASIL, 2018, p. 65–68)
ORALIDADE LEITURA
22 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
As duas dimensões da língua, segundo a BNCC, 
são: a oral e a escrita. A aprendizagem se dá 
através do percurso entre elas. 
Ao ser categorizada como uma dimensão da 
língua, a escrita deve ser ensinada levando-se 
em conta sua relação com a oralidade, que tem 
início no período da alfabetização, e seguirá 
ao longo da educação básica, pontuando os usos sociais dessas 
duas dimensões.
A escrita, durante os anos iniciais do ensino fundamental, relacio-
na-se ao sistema alfabético, etapa em que se concebe a aprendi-
zagem das letras, oportunizando a alfabetização, a qual, por sua 
vez, servirá de subsídio para o desenvolvimento de outras lingua-
gens, como: digital, arquitetônica, matemática, científica, o brai-
le, a língua de brasileiras sinais (LIBRAS), a mímica, os gestos, a 
fotografia, a corporal, os emoticons etc.
Ao avançar nos anos de escolaridade, as atividades em torno do 
eixo escrita se tornam um pouco mais complexas, em compara-
ção ao que se desenvolveu nos primeiros anos do ensino funda-
mental. As atividades de escrita progridem da aprendizagem do 
sistema alfabético para a escrita de textos, isso porque os conhe-
cimentos linguísticos e gramaticais contribuem para o desenvol-
vimento da habilidade de escrita dos estudantes.
Articulada aos demais eixos, sistematiza a alfabe-
tização. Conduz os estudantes a refletir, particu-
larmente nos dois primeiros anos (1º e 2º anos), e 
desenvolve-se, ao longo dos três anos seguintes, 
a observação das regularidades e a análise do 
funcionamento da língua e de outras linguagens 
e seus efeitos nos discursos. A BNCC, ainda neste 
eixo, explicita uma determinada concepção. A saber: 
“[...] envolve o conhecimento sobre a língua, sobre a norma-pa-
drão e sobre as outras semioses, que se desenvolve transversal-
mente aos dois eixos – leitura/escuta e produção oral, escrita e 
multissemiótica – o que envolve análise textual, gramatical, lexical, 
fonológica e das materialidades das outras semioses. [...] Envol-
ve os procedimentos e estratégias (metas) cognitivas de análise e 
avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produ-
ção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialida-
des dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no 
que se refere às formas de composição dos textos, determinadas 
pelos gêneros (orais, escritos e multissemióticos) e pela situação 
de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, 
com forte impacto nos efeitos de sentido” (BNCC, 2017, p. 80). 
Ao trabalhar uma produção de texto, é possível, por exemplo, rea-
lizar entrevistas (oral) com registros (escrita), ler textos modelares 
do mesmo gênero (leitura) e transformar a entrevista em texto es-
crito (análise linguística). A BNCC aponta também a necessidade 
de ensinar as especificidades de cada prática de linguagem nas 
mídias digitais (websites, redes sociais, podcasts etc.). Neste caso, 
o professor deve fazer um uso pedagógico da tecnologia e estimu-
lar a visão crítica dos estudantes em torno da utilização daquelas 
ferramentas digitais, considerando também os princípios éticos, 
estéticos e políticos.
ESCRITA
ANÁLISE
LINGUÍSTICA
23CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Círculo de Leitura
O estreitamento do espaço da leitura literária e não literária nas nos-
sas unidades escolares e, consequentemente, nas práticas leitoras 
das crianças e dos jovens é uma das finalidades do Círculo de Leitura 
(CL). Segundo Cosson (2012), além disso, é uma prática pedagógica 
de compartilhamento entre leitores, que oportuniza tanto a apren-
dizagem da leitura quanto o desenvolvimento integral do estudante 
como cidadão crítico e consciente, tendo-se em vista que o CL é 
realizado de forma colaborativa e solidária.
O ler-ouvir-compartilhar cria uma experiência única, algo que aconte-
ce frequentemente durante o círculo, com os estudantes e professo-
res envolvidos, pois as falas, as sensações e as impressões causadas 
por cada troca não se repetem; estamos, constantemente, sujeitos 
à influência de tudo o que nos cerca: nossas vivências pessoais, nos-
sos problemas, nossas conquistas e nosso ânimo.
A leitura, dentro dos círculos, empodera e possibilita a 
transformação. Entre as múltiplas possibilidades que o círculo 
de leitura oferece, podemos destacar: 
 A discussão de uma mesma obra em diferentes linguagens e 
suportes, contribuindo para formação do leitor literário na 
educação básica;
 O trabalho em equipe, dando ênfase à cooperação, à 
flexibilidade e ao diálogo;
 A valorização da leitura literária como experiência estética.
 O incentivo ao hábito de leitura, à produção de diversos 
tipos de textos, articulando linguagens, como a literatura, 
a poesia, a análise das mídias, a dramatização de histórias. 
Desta forma, o estudante dialoga com o livro literário, o 
filme, a poesia e o teatro, o que está também intimamente 
relacionado ao desenvolvimento do protagonismo juvenil;
 Possibilitar aos estudantes uma atividade de leitura literária 
sem finalidade moral ou metalinguística.
24 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Pontos importantes devem ser observados na execução do círcu-
lo, após ser apresentadoaos alunos:
a) seleção das obras: deve ser compartilhada entre o professor e 
os estudantes;
b) formação de grupos: os grupos devem ser temporários, ou seja, 
a cada obra lida deve ocorrer o rodízio entre os estudantes do 
grupo;
c) cronograma: deve ser estabelecido com dias específicos e ho-
rários, às obras mais extensas se destina um bimestre, às mais 
curtas, um mês, por exemplo;
d) encontros, propriamente ditos: um recurso do círculo de litera-
tura proposto por Daniels (2002) é a miniaula à qual é destinado 
o tempo de 10 a 15 minutos para o docente fazer esclarecimen-
tos quanto à obra, registros, observações pertinentes. Ao final 
da leitura, dedica-se uma aula inteira aos comentários sobre a 
obra, que podem contemplar apresentação oral, recomendação 
do livro ou até elaboração de um produto especial como uma 
árvore genealógica dos personagens, interpretação de texto por 
meio de encenação, dança, canção e criação de textos paralelos;
e) avaliação: para o registro e a sistematização das leituras realiza-
das no Círculo, sugerimos a utilização dos diários de leitura e as 
fichas de função com seus estudantes, contribuições de Daniels 
(2002) citadas por Cosson (2014) em seu livro Círculos de leitura 
e letramento literário.
25CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Trabalho em equipe!
Mãos à obra!
CONECTOR
Liga a obra ou o trecho lido 
com a vida, com o momento.
QUESTIONADOR
Prepara perguntas sobre a obra 
para os colegas, normalmente 
de cunho analítico.
DICIONARISTA
Escolhe palavras consideradas 
difíceis ou relevantes para a 
leitura do texto.
PERFILADOR
Traça um perfil das personagens 
mais interessantes.
PESQUISADOR
Busca informações 
contextuais que são 
relevantes para o texto.
ILUSTRADOR
Traz imagens para 
ilustrar o texto.
CENÓGRAFO
Descreve as 
principais cenas.
ILUSTRADOR
Traz imagens para 
ilustrar o texto.
ILUMINADOR DE PASSAGENS
Escolhe uma passagem para explicar ao 
grupo, seja porque é bonita, porque é difícil 
de ser entendida ou porque é essencial 
para a compreensão do texto.
26 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estrutura Geral
Ano de 
Escolaridade
Habilidades Curriculares
Bimestrais
Objetos de 
Conhecimento
Habilidades 
da BNCC
Eixos de 
linguagens
Habilidades do 
Currículo Carioca
Estratégias de 
Aprendizagem
Literatura
Seguiremos com as sugestões de planos de aula, distribuídos por ano de escolaridade, 
sempre respeitando a estrutura acima, facilitando a práxis do professor no seu planejar cotidiano, 
partindo das experiências de aprendizagem.
CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA 27
CADERNO PEDAGÓGICO
SALA DE LEITURA
6º ANO
CÍRCULO DE LEITURA
28 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
ORALIDADE 
E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Argumentar com coerência na defesa de opinião sobre assuntos significativos.
 Atuar de forma colaborativa em conversas.
 Descrever situações, fatos, pessoas, objetos.
 Distinguir o que seja fato e o que seja opinião sobre os fatos em situações de interação oral.
 Narrar fatos do cotidiano.
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Realizar exposições orais de assuntos, de forma fluente, expressiva e com sequência lógica-coerente.
 Reconhecer função/finalidade do texto oral.
 Reconhecer informações explícitas em situações de interação oral.
 Reconhecer os contextos de uso dos diferentes registros e respeitando as variantes de seus interlocutores.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
LEITURA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
 Compreender os efeitos de sentidos de modos e tempos verbais em textos de diferentes gêneros 
discursivos, levando em conta a intenção comunicativa.
 Compreender textos não verbais e multimodais, tais como fotos, gráficos, tabelas, tirinhas, propagandas etc.
 Construir diferentes hipóteses de leitura.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) de um texto.
 Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto.
 Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos e 
entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
29CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
ORALIDADE 
E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Argumentar com coerência na defesa de opinião sobre assuntos significativos.
 Atuar de forma colaborativa em conversas.
 Descrever situações, fatos, pessoas, objetos.
 Distinguir o que seja fato e o que seja opinião sobre os fatos em situações de interação oral.
 Narrar fatos do cotidiano.
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Realizar exposições orais de assuntos, de forma fluente, expressiva e com sequência lógica-coerente.
 Reconhecer função/finalidade do texto oral.
 Reconhecer informações explícitas em situações de interação oral.
 Reconhecer os contextos de uso dos diferentes registros e respeitando as variantes de seus interlocutores.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
LEITURA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
 Compreender os efeitos de sentidos de modos e tempos verbais em textos de diferentes gêneros 
discursivos, levando em conta a intenção comunicativa.
 Compreender textos não verbais e multimodais, tais como fotos, gráficos, tabelas, tirinhas, propagandas etc.
 Construir diferentes hipóteses de leitura.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) de um texto.
 Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto.
 Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos e 
entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
LEITURA E 
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros discursivos, identificando os mecanismos de 
coesão e coerência.
 Localizar informações explícitas, literalmente expressas no texto ou dele parafraseadas.
 Reconhecer a diferença estrutural entre o discurso direto e o indireto.
 Reconhecer as estruturas de textos em prosa e em verso (parágrafos, períodos, orações, estrofes, versos...). 
Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Reconhecer na combinação de elementos da linguagem de um texto, efeitos de humor e de ironia, explicando 
as pistas linguísticas que causam o humor e a ironia do texto.
 Reconhecer os elementos da narrativa: narrador (foco narrativo); personagem (principal e secundários, 
protagonista e antagonista) e suas características físicas e psicológicas; tempo/espaço da narrativa; aspectos 
descritivos do tempo/espaço da narrativa.
 Reconhecer os elementos estruturais da narrativa: situação inicial; complicação (conflito gerador e clímax); 
desfecho.
 Reconhecer os sinais de pontuação e outras notações como marcas da expressividade em um texto, 
identificando efeitos de sentido de seus usos.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
ESCRITA E 
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Empregar, na produção de textos de basenarrativa, elementos da narrativa, tais como: narrador (foco 
narrativo); personagem (principal e secundários) e suas características físicas e psicológicas; tempo/espaço da 
narrativa.
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando-se em conta: 
a finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto. 
 Produzir textos com linguagem, estrutura e elementos próprios dos textos em versos (verso, estrofe, rima, 
ritmo etc.). 
 Produzir textos de base narrativa com a estrutura adequada: situação inicial; complicação (conflito gerador 
e clímax); desfecho. 
 Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim; 
presente, passado, futuro).
30 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 1 – Ludi e os fantasmas 
da Biblioteca Nacional
Sinopse
“Numa visita à Biblioteca Nacional, Ludi e sua família descobrem que o 
prédio abriga algo mais do que livros!
Um inocente passeio num dia de sábado leva a família Manso a descobrir 
os mais inesperados – e fantasmagóricos – segredos da Biblioteca Na-
cional. Durante a visita, porém, nem tudo sai como planejado, e logo os 
Manso conhecem alguns dos habitantes mais ilustres da biblioteca. Quem 
serão eles? 
Acompanhe a excursão de Ludi para conhecer de perto a mais antiga e 
mais importante biblioteca do Brasil e alguns dos livros e documentos 
mais raros de seu acervo, como a Bíblia de Mogúncia e o Livro de horas.”
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9786587724225/
ludi-e-os-fantasmas-da-biblioteca-nacional-nova-edicao
“Atuar como mediador no processo de aquisição de habilidades de leitu-
ra, inclusive do texto literário, é papel central do professor. Organizar o 
espaço da sala de aula, propor objetivos de leitura, fazer perguntas que 
facilitem o processo interpretativo, são formas de atuar positivamente 
nesse processo.”
(BARBOSA, 2011, p.156)
31CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
6º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 20 TEMPOS / 10 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Léxico/morfologia.
 Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição.
 Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe.
 Conversação espontânea.
 Procedimentos de apoio à compreensão. Tomada de nota.
 Relação entre textos.
 Elementos notacionais da escrita.
 Revisão/edição de texto informativo e opinativo.
Habilidades 
BNCC
 (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
 (EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com 
verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância 
dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e 
produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de 
mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.
 (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância 
nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
 (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação 
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
 (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades 
coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
 (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e 
hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões 
pessoais ou outros objetivos em questão.
 (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, 
teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, 
personagens e recursos literários e semióticos.
32 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades 
BNCC
 (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.
 (EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de 
apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, 
redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, 
comentários de ordem estética e afetiva.
Habilidades
 Narrar fatos do cotidiano.
 Atuar de forma colaborativa em conversas.
 Reconhecer informações explícitas em situações de interação oral.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) de um texto.
 Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim; presente, 
passado, futuro).
 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Organizar o texto em blocos de sentido: parágrafo.
 Reconhecer as diferentes partes de uma notícia: título (ou manchete), subtítulo, lide, corpo da notícia.
 Inferir uma informação implícita em um texto.
Eixos da 
Linguagem
 Produção de textos.
 Oralidade.
 Leitura.
 Análise linguística/semiótica.
Literatura
 Título: Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional
 Autor: Luciana Sandroni.
 Ilustrador: Eduardo Albini. 
33CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de aprendizagem – Atividades sugeridas
SUGESTÃO 1
Professor, para o desenvolvimento de atividades com o livro Ludi e 
os fantasmas da Biblioteca Nacional, propomos a realização de um 
projeto interdisciplinar envolvendo a participação de professores das 
disciplinas de Língua Portuguesa, História, Geografia e Artes, tendo 
os estudantes como autores principais, protagonistas do processo.
“A proposta que inspira os Projetos de Trabalho está vinculada 
à perspectiva do conhecimento globalizado e relacional. Essa 
modalidade de articulação dos conhecimentos escolares é uma 
forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem que 
implica considerar que tais conhecimentos não se ordenam 
para sua compreensão de uma forma rígida, nem em função de 
algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de uma 
homogeneização dos alunos. A função do projeto é favorecer 
a criação de estratégias de organização dos conhecimentos 
escolares em relação ao tratamento da informação e à relação 
entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses 
que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos e a 
transformação da informação procedente dos diferentes saberes 
disciplinares em conhecimento próprio.”
HERNANDEZ, F.; VENTURA, M. A Organização do Currículo por 
Projetos de Trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988 (adaptado).
Ludi
Projeto a ser desenvolvido com estudantes do sexto ano do 
ensino fundamental, com o livro Ludi e os fantasmas da Biblioteca 
Nacional. Tem por objetivo despertar o interesse dos estudantes e 
estabelecer relações com o seu cotidiano. 
O livro Ludi e os Fantasmas da Biblioteca Nacional possibilita 
trabalhar de forma colaborativa em uma abordagem interdisciplinar. 
O projeto abrange práticas de leitura oral compartilhada, círculos 
de leitura, contato com vários gêneros textuais, favorecendo o 
senso crítico, o conhecimento linguístico e a escrita, cada vez 
mais adequada aos gêneros textuais necessários nas mais diversas 
situações de vida dos estudantes. Contribui para o desenvolvimento 
da linguagem oral e escrita.34 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Ludi e os Fantasmas da Biblioteca Nacional é uma homenagem da 
autora Luciana Sandroni aos 200 anos da Biblioteca Nacional, através 
da narrativa de uma aventura, na qual a família Manso vive em meio a 
fantasmas do século passado e livros raros de autores, como Castro 
Alves. É uma viagem de conhecimento do mundo, a qual desperta a 
imaginação. Sandroni e Machado (1988, p. 15) apontam que “os livros 
aumentam muito o prazer de imaginar coisas”.
Castro Alves (Antônio Frederico), nasceu 
em Muritiba, BA, em 14 de março de 1847, e 
faleceu em Salvador, BA, em 6 de julho de 
1871. É o patrono da cadeira n. 7, por escolha 
do fundador Valentim Magalhães.
Castro Alves foi poeta brasileiro, conhecido 
como “o poeta dos escravos”. Pertenceu à 
terceira geração do Romantismo no país. Suas 
obras expressavam indignação e protesto 
em relação aos problemas sociais da época, 
principalmente à crueldade da escravidão.
Para saber mais: 
Castro Alves | Academia Brasileira de Letras
Segundo Lajolo (2004, p. 7), “devemos, como educadores, criar 
em sala de aula, espaços de leitura aconchegantes, momentos 
agradáveis que estimulem o prazer de ler e a reflexão sobre a leitura”.
Professor, em um círculo de leitura apresente aos estudantes o livro 
Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional, de Luciana Sandroni. 
Inicie pela capa do livro, explore cada elemento visualizado na capa e 
chame atenção para a ilustração. Converse com os estudantes sobre 
a ilustração da capa dizer muito sobre a história que será contada.
Pergunte:
 O que mais lhes chama a atenção na ilustração? 
 Observem o detalhe da letra da palavra “fantasmas”. Está igual ao 
restante do título? Por quê?
 E a sombra nas escadas perto da família Manso, o que será?
 
Segundo Liz Quintana: “A ilustração em um livro desempenha um 
papel muito importante. Ela é capaz de encaminhar outras leituras a 
partir das imagens, gerando um texto que pode ser complementar 
ao texto escrito e ao mesmo tempo trazer novidades para este texto.” 
Esclareça sobre o papel importante da ilustração e indague aos 
estudantes, o que imaginam sobre o assunto tratado na história e 
se conhecem outros livros da escritora Luciana Sandroni. Aproveite 
para apresentar a escritora e o ilustrador para a turma.
Os Círculos de Leitura podem acontecer em sala de aula com 
cada turma, mas também coletivamente com toda unidade 
escolar ou ainda envolvendo a comunidade.
https://www.academia.org.br/academicos/castro-alves/biografia
https://www.academia.org.br/academicos/castro-alves/biografia
35CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Luciana Sandroni nasceu no Rio de Janeiro, em 1962. Escritora e 
roteirista, já publicou vários livros voltados para crianças. Esta obra 
faz parte de uma série de livros de muito sucesso, cujos primeiros 
títulos são Ludi vai à praia, Ludi na TV e Ludi na Revolta da Vacina. 
Por este livro Luciana recebeu o Prêmio Carioquinha da Prefeitura 
do Rio de Janeiro e o Prêmio O Melhor Para Criança da Fundação 
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Pelo livro Minhas Memórias 
de Lobato recebeu o Prêmio Jabuti, da CBL, na categoria Melhor 
Livro Infantil. 
Eduardo Albini nasceu no Uruguai e mora no Rio de Janeiro há 
mais de 30 anos. Foi professor de desenho da PUC/RJ e do curso 
politécnico da faculdade Estácio de Sá. Como artista plástico, 
participou de exposições individuais e coletivas e ganhou muitos 
prêmios. Já ilustrou vários livros para crianças e jovens e recebeu o 
selo Altamente Recomendável, da FNLIJ. É também colaborador do 
jornal Folha de São Paulo.
Após a apresentação da autora e do ilustrador do livro, pergunte 
aos estudantes se conhecem alguma história escrita por Luciana 
Sandroni com a personagem Ludi e explique que existem seis livros 
da escritora que têm a personagem e sua família. Que se gostarem, 
depois podem verificar na sala de leitura de sua unidade escolar se 
têm os outros e seguir nessa aventura com Ludi e a família Manso.
A saga da menina Ludi e seus irmãos é contada nos seguintes livros: 
 Ludi vai à praia: a odisseia de uma marquesa (1989); 
 Ludi na TV: outra odisseia da marquesa (1994); 
 Ludi na revolta da vacina: uma odisseia no Rio antigo (1999); 
 Ludi na chegada e no bota-fora da Família Real (2008);
 Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional (2011);
 Ludi na Floresta da Tijuca (2016). 
Em seguida, converse com os estudantes sobre o título do livro nos 
deixar a dica de que vão aparecer fantasmas na história. Pergunte, 
se gostam de histórias com fantasmas e se já leram livros em que na 
narrativa apareciam fantasmas. Relacione na lousa ou em um cartaz 
os títulos mencionados pelos estudantes.
36 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2
 
Professor, questione sobre a Biblioteca Nacional. Você conhece 
a Biblioteca Nacional, localizada no Centro Histórico da Cidade 
do Rio de Janeiro? Alguém já visitou a Biblioteca Nacional? Crie 
expectativas na turma para a leitura. Após, sugerimos que leia em 
voz alta a sinopse, localizada na quarta capa do livro. 
Em seguida, apresente para a turma a Biblioteca que Ludi e 
a família Manso foram visitar. Convide os estudantes a saber 
mais sobre a Biblioteca Nacional assistindo a videoaula com a 
professora Lucília Lopes.
Após a apresentação da videoaula solicite aos estudantes uma 
pesquisa sobre a sala de leitura de sua unidade escolar. Biblioteca Nacional 
Rioeduca na TV – Rio de leitores 
(Tempo do vídeo: 7’37) 
Sugestão:
Na videoaula, a professora explica a formação da Biblioteca 
Nacional, da origem do acervo à construção do atual prédio. 
Desenvolva com os estudantes uma pesquisa em relação à sala de 
leitura da unidade escolar: quando foi inaugurada, qual a origem do 
acervo e o motivo da escolha do seu nome. Registre os dados em 
uma atividade colaborativa com os estudantes, deixe em um mural 
e peça que anotem em seu caderno.
Após a apresentação da videoaula solicite aos estudantes uma 
pesquisa sobre a sala de leitura de sua unidade escolar.
https://www.youtube.com/watch?v=Nyi_33196XM
https://www.youtube.com/watch?v=Nyi_33196XM
37CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
1º parágrafo Comentário de caráter geral. Introdução
2º parágrafo
Detalhes referentes à estrutura global do 
ambiente: paredes (janelas e portas), chão, teto, 
luminosidade e aroma (se houver). 
Desenvolvimento
3º parágrafo
Detalhes específicos em relação a objetos lá 
existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, 
esculturas ou quaisquer outros objetos.
4º parágrafo
Observações sobre a atmosfera 
que paira no ambiente.
Conclusão
Sugestão de Esquema de Descrição de Ambientes
TÍTULO
Esclareça que a pessoa que descreve pode ou não aparecer, em alguns momentos, em meio à descrição. 
SUGESTÃO 3
Produção Textual - Descrição de Ambiente
 
Aproveite esse momento de curiosidade dos estudantes sobre 
a sala de leitura da unidade escolar e proponha uma descrição 
desse ambiente, baseada no esquema abaixo. Caso a unidade 
escolar não possua sala de leitura, escolha outro ambiente para ser 
descrito. Lembre aos estudantes de criar um título original para sua 
descrição. Antes de iniciar a atividade, explique sobre os tipos de 
textos e como descrever um ambiente.
Segundo a concepção de Branca Granatic, a descrição de ambientes 
obedece ao seguinte esquema:
Professor, inicie a leitura compartilhada do livro, em voz alta, de forma 
que todos os estudantes consigam ouvir de forma clara a narrativa. 
No círculo de leitura, ler e compartilhar com um grupo é uma das 
maneiras mais potentes de envolver as pessoas no ato de ler. 
Cosson afirma que os círculos de leitura promovem o hábito de 
ler, a formação do leitor e a leitura literária, assim possui uma 
amplitude que vai além da escola. Também conclui que “ler não 
tem contraindicação, porque é o quenos faz humanos. Todas as 
formas de ler valem a pena. Todas as formas de ler são diálogos 
entre o passado e o presente. Todas as formas de ler são modos 
de compartilhar saberes, experiências e concepções da vida e do 
mundo.” (COSSON, 2021, p. 179).
Professor, sugerimos a leitura de cinco capítulos por encontro, mas 
avalie a possibilidade de acordo com a realidade de seus estudantes. 
Inicie a leitura do primeiro capítulo e combine, antecipadamente, 
com os estudantes quem fará a leitura dos capítulos posteriores. 
Peça, que anotem os fatos principais e as dúvidas surgidas durante 
a leitura para o momento de apropriação do texto.
Após fazer a leitura do primeiro capítulo, veja com os estudantes 
quem gostaria de fazer um resumo oral do texto lido para a turma. 
Depois, inicie uma conversa com o objetivo de apropriação da 
narrativa pelos estudantes.
SUGESTÃO 4
 
Professor, inicie a aula com a pergunta: Qual o título do livro que 
conversamos na aula passada. Após os estudantes mencionarem, 
lance as seguintes indagações:
Você acredita em fantasmas? Já ouviu falar na Bíblia de Mogúncia e 
de um cemitério de livros? Será que tem coragem para desvendar 
um mistério fantasmagórico? 
Após, convide os estudantes à leitura: 
- Então, vamos ler essa nova aventura da Ludi e pegar uma carona 
na animadíssima e assombrosa visita da família Manso à maior, mais 
antiga e mais importante biblioteca do Brasil?
Dessa vez não são os Manso que viajam no tempo e voltam ao passado, 
como acontece em uma outra história de Ludi. Mas, uma turma da 
pesada, que viveu muitos anos atrás, que chega arrasando ao século 
XXI para proteger um tesouro guardado a sete chaves na biblioteca! 
Vamos descobrir que turma é essa?
p
ix
ab
ay
.c
om
fr
ee
p
ik
.c
om
38 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A narrativa inicia com a localização da Biblioteca Nacional e a 
apresentação de um funcionário ainda do tempo de D. João VI, Luís 
Joaquim dos Santos Marrocos, que se encontra muito preocupado 
com a festa de comemoração dos 200 anos da criação da Biblioteca 
Nacional, que está prestes a acontecer. Menciona que ao soarem 
as 12 badaladas, os fantasmas dos escritores, poetas, jornalistas, 
antigos bibliotecários, pesquisadores, leitores e tantos outros 
antigos usuários da biblioteca fazem a festa lá dentro! E termina o 
capítulo trazendo Ludi e sua família para a história.
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
Sugestão:
 Por que Marrocos está tão preocupado e agoniado com a festa 
de comemoração dos 200 anos da Biblioteca Nacional? 
 Que fantasmas são mencionados neste capítulo da história?
 Com quais documentos Marrocos estava preocupado? Por quê?
 Qual solução foi dada por Marrocos para proteger os documentos?
 Quais personagens foram mencionados ao final do capítulo?
Em seguida, em parceria com o professor de história da unidade 
escolar, esclareça aos estudantes sobre os fatos históricos 
mencionados na narrativa: a vinda da família Real para o Brasil, 
assim como seus livros, que ficaram no porto em Portugal e só 
atravessaram o Atlântico em 1810. 
Para saber mais:
A professora de história Bárbara Lisboa apresenta a videoaula 
A corte portuguesa no Brasil. 
 
39CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A corte portuguesa no 
Brasil Rioeduca na TV 
(Tempo do vídeo: 15’34)
https://www.youtube.com/watch?v=Q7r5Fxr7ZAU
https://www.youtube.com/watch?v=Q7r5Fxr7ZAU
Depois, converse com os estudantes sobre os benefícios e as 
consequências trazidos para o Brasil pela vinda da família real. Que a 
vinda da família real trouxe como benefício a abertura dos portos as 
nações amigas; instalações de fábricas; criação da imprensa régia; 
criação do banco do Brasil; casa da moeda, do jardim Botânico, da 
Biblioteca e do teatro Real e das escolas de medicina na Bahia e 
no Rio de Janeiro. E como principal consequência a antecipação do 
processo de Independência do Brasil.
Que tal investigar com seus estudantes os aspectos que tensionam 
o processo de independência do Brasil e disputam sentidos para a 
sua validade?
Para saber mais: 
 
Agenda GERER_O BICENTENÁRIO E AS 
INDEPENDÊNCIAS_2º Bim 2022 (prefeitura.rio)
SUGESTÃO 5
 
Professor, sugerimos que inicie a aula com a leitura feita pelos 
estudantes dos outros quatro capítulos, do primeiro grupo. Divida 
a turma em três grandes grupos e cada grupo fica responsável 
pela leitura de cinco capítulos. Dê um tempo para que todos 
leiam de forma silenciosa, organizem-se e escolham quem vai ler 
determinado capítulo em voz alta, para toda a turma.
Após a leitura dos capítulos e a apropriação do texto pelos 
estudantes, sugerimos que, em parceria com o professor de 
geografia da unidade escolar, desenvolva o estudo e debate sobre 
a violência urbana e o significado de pré-sal mencionado na história. 
Pergunte:
 Qual o motivo de tanta preocupação por parte do bibliotecário 
sobre a comemoração dos 200 anos da Biblioteca Nacional?
 Você acha viável temer o roubo das relíquias da Biblioteca 
Nacional?
 O Rio de Janeiro é uma cidade violenta?
 Que atitudes devemos ter para diminuir a violência em nosso 
entorno?
 
Produção Textual
Após o debate, peça aos estudantes que produzam um texto, pode 
ser individual ou em grupo, sobre atitudes para combater a violência.
Professor, seria importante pensar a questão da violência relacionada 
às experiências individuais e coletivas dos estudantes, ampliando 
o conceito presente no livro e trazendo as múltiplas violências 
presentes no cotidiano.
40 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
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https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
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https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdfhttps://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
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https://educacao.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/42/2022/07/Agenda-GERER_O-BICENTENARIO-E-AS-INDEPENDENCIAS_Corrigida_compressed.pdf
SUGESTÃO 6
 
Na narrativa, dona Sandra não via a hora de chegar em casa depois de 
um dia exaustivo de trabalho, com reuniões, busca de informações, 
entrevistas com políticos e geólogos sobre o petróleo do pré-sal. 
Proponha aos estudantes uma pesquisa em grupo sobre o que é o 
pré-sal e para que serve. Peça, que após a conclusão da pesquisa, 
os grupos organizem um Padlet. Caso não seja possível, façam 
cartazes ou um mural para deixar exposto na sala. 
Para saber mais:
SUGESTÃO 7
 
Neste encontro, sugerimos que o próximo grupo inicie a leitura 
dos outros cinco capítulos. A família Manso vai visitar a Biblioteca 
Nacional, pois dona Sandra, a mãe de Ludi, terá que fazer uma 
matéria especial em comemoração aos 200 anos da Biblioteca, 
que ocorreu no ano de 2010. Durante uma visita guiada, eles ficam 
sabendo sobre a história da Biblioteca e algumas curiosidades. No 
entanto, durante a visita nem tudo sai como planejado, e logo os 
Manso conhecem alguns dos habitantes mais ilustres da biblioteca. 
Quem serão eles?
A turma é assombrada pelo fantasma do Sr. Marrocos, bibliotecário real 
da época de Dom João VI. Conhecem Olavo Bilac e outros fantasmas.
Como construir e utilizar o aplicativo Padlet.
Professor, sugerimos registrar todas as atividades 
do projeto no Padlet.
pixabay
Após a apropriação do texto pelos estudantes, peça para 
pesquisarem sobre os dois painéis de George Bidle, um que 
representa a ignorância e outro a lucidez, mencionados na narrativa 
assim que a família Manso chega à Biblioteca Nacional. Em seguida, 
pergunte:
41CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-09/destaque-do-pre-sal-plataforma-p-71-se-aproxima-do-pico-de-producao
https://site.educacao.go.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/COMO-CONSTRUIR-E-UTILIZAR-O-APLICATIVO-PADLET.pdf
 Quais são as suas impressões sobre as obras? 
 Compartilham das opiniões das personagens? Por quê?
Nesse momento seria interessante convidar o professor de artes de 
sua unidade escolar para esclarecer sobre o significado das obras.
SUGESTÃO 8
 
Vamos jogar?
Sempre que o guia menciona a comemoração dos 200 anos da 
Biblioteca, algo estranho acontece: primeiro, uma batida de porta, 
depois, uma súbita ventania! O que será que esses sinais significam? 
Ficaram assustados? Pensaram ser o quê? Acreditam que sejam 
fantasmas? 
Professor, neste encontro sugerimos um jogo sobre fantasmas, 
Perseguição do Labirinto. 
 
Por Maria Kerche
SUGESTÃO 9
 
Professor, sugerimos que neste encontro o próximo grupo inicie a 
leitura dos últimos capítulos do livro. Após a apropriação do texto 
pelos estudantes, pergunte se observaram a presença na narrativa 
de diversas onomatopeias. Explique o que são onomatopeias.
Em seguida, peça aos estudantes que relacionem em um cartaz, 
mural ou no Padlet as onomatopeias encontradas na narrativa 
e coloquem os significados ao lado, experimentando as suas 
sonoridades em voz alta. Por exemplo: BLÉM (sino da meia-noite), 
SLAM! (portas batendo).
https://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_1233.pdf
42 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
As onomatopeias são palavras que imitam os sons, 
sejam eles da natureza, eletrônicos, mecânicos ou, 
ainda, ruídos fantásticos e imaginários.
https://wordwall.net/pt/resource/37360720/os-fantasmas
SUGESTÃO 10
 
Poesia
Professor, o livro apresenta o poeta Olavo Bilac como personagem 
ilustre na aventura de Ludi. Sugerimos, que apresente o poeta e um 
pouco de sua poesia para os estudantes. 
Sugestão: Videoaula do canal Sala de Leitura Virtual SME Carioca, 
com a professora Aline Scarlecio.
Gênero Poesia 
(Tempo do vídeo: 3’15) 
Festa Junina é um poema da Professora Ângela Batista, da Escola 
Municipal Estado de Israel. 
No vídeo, a poesia ganha a voz de Aline Scarlecio, também 
professora da Rede. 
A professora explica aos estudantes um pouco mais sobre esse 
gênero literário e propõe atividades.
Em seguida, apresente a biografia de Olavo Bilac e o poema 
Velhas Árvores. Professor, nesse momento você pode convidar 
o professor de língua portuguesa/literatura para colaborar com 
aprofundamentos sobre os assuntos abordados.
43CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Olavo Bilac (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), jornalista, 
poeta, inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 
de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de 
dezembro de 1918. Um dos fundadores da Academia Brasileira de 
Letras, criou a cadeira nº. 15, que tem como patrono Gonçalves 
Dias. Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve 
intensa participação na política e em campanhas cívicas, das 
quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. 
Fundou vários jornais, de vida mais ou menos efêmera, como 
A Cigarra, O Meio, A Rua. Na seção “A Semana” da Gazeta de 
Notícias, substituiu Machado de Assis, trabalhando ali durante 
anos. É o autor da letra do Hino à Bandeira.
A obra poética de Olavo Bilac enquadra-se no Parnasianismo, 
que teve na década de 1880 a sua fase mais fecunda. Embora 
não tenha sido o primeiro a caracterizar o movimento 
parnasiano, pois só em 1888 publicou Poesias, Olavo Bilac 
tornou-se o mais típico dos parnasianos brasileiros, ao lado 
de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
https://www.youtube.com/watch?v=qgnogMwMMl8
https://www.youtube.com/watch?v=qgnogMwMMl8
Depois, destaque o poema Velhas árvores, de Olavo Bilac, no 
quadro ou em um mural e, se possível, disponibilize uma cópia para 
os estudantes. Proponha aos estudantes que leiam o poema de 
forma silenciosa e pergunte quem gostaria de fazer a leitura em voz 
alta para toda a turma.
 
Velhas árvores - Olavo Bilac
“Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas… |tempestades| 
 
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas 
Vivem, livres de fome ede fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
 
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
 
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!” 
 
Poema retirado do livro Alma inquieta, de Olavo Bilac. Disponível 
para download em Domínio Público. 
 
Professor, converse com os estudantes sobre o poema Velhas 
Árvores. Chame a atenção para o formato do poema, que é um 
texto escrito em estrofes e versos. O texto aborda a velhice como 
um conselho para que as pessoas não se importem em envelhecer 
e que simplesmente, aproveitem cada momento sabendo que 
existe tempo para cada coisa e que envelhecer é natural da vida, 
que aproveitem o tempo que tem, fazendo como as árvores, que 
quanto mais envelhecem, mais fortes se tornam.
Pergunte:
Sobre o texto, que tem a forma de um poema:
a) Quantas estrofes têm?
b) Quantos versos têm cada estrofe?
c) Observaram a presença de rimas? 
d) Quais palavras rimam entre si?
e) Volte ao poema e observe as rimas. Elas estão presentes em 
todo os versos? Elas seguem um padrão?
f) Qual o assunto abordado no poema?
g) Você tem preocupação com a velhice? De como vai ser quando 
ficar velho?
44 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Poema é um texto literário composto de versos, estrofes e, 
por vezes, rima.
O poema Velhas árvores apresenta quatro estrofes, as 
duas primeiras estrofes apresentam quatro versos e as duas 
últimas, três versos cada.
Em seguida, peça que pesquisem um poema que gostem e anotem 
no caderno. Organize um sarau onde todos os estudantes tenham 
a chance de declamar sua poesia favorita.
Para saber mais: 
Curiosidade
Olavo Bilac é o autor da letra do Hino à Bandeira do Brasil e 
Francisco Braga, da música. No ano de 1906, o Hino à Bandeira do 
Brasil foi uma encomenda de Francisco Pereira Passos, prefeito do 
Rio de Janeiro, ao poeta parnasiano.
É interessante destacar que, para criação do Hino à Bandeira, o 
compositor Olavo Bilac levou em consideração os seus detalhes 
particulares e as demais informações que exaltassem e expusessem 
o orgulho dos brasileiros deste símbolo.
SUGESTÃO 11
 
Produção Textual
Agora, você é o jornalista!
Professor, convide os estudantes a escrever o tal “furo jornalístico” 
sobre os fantasmas da Biblioteca Nacional. Peça, que se imaginem 
“na pele” de dona Sandra e redijam essa inusitada matéria de 
jornal. Divida a turma em grupos e oriente-os com as seguintes 
perguntas: Como será sua manchete? Quais fatos pretende narrar? 
Vai mencionar os fantasmas? Terá ilustração?
Em seguida, esclareça os conceitos de “furo jornalístico” e 
manchete.
O termo “furo jornalístico” é utilizado normalmente no mundo do 
jornalismo. Na verdade, este conceito é usado no setor dos meios de 
comunicação para expressar uma notícia como nova e em primeiro 
lugar. Furo Jornalístico - Conceito e o que é (conceitos.com) 
Uma manchete é um título de uma notícia de um jornal ou 
revista, escrita em letras grandes, e tem o objetivo de chamar 
a atenção do leitor. Os lides de notícias têm como objetivo dar 
ao leitor as principais informações o quê (ação), quem (sujeito 
da ação), quando (tempo), onde (local), como (o modo como 
aconteceu) e por que (motivo) no primeiro parágrafo da notícia. 
https://novaescola.org.br/
45CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://www.academia.org.br/academicos/olavo-bilac/biografia
https://conceitos.com/furo-jornalistico/
https://novaescola.org.br/
SUGESTÃO 12
 
Professor, neste encontro sugerimos apresentar aos estudantes o livro 
A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo 
Horizonte, da escritora Sandra Aymone, com ilustrações de Pierre 
Trabbold e Felipe Rostodella e realização Fundação Educar DPaschoal.
A Praça é de Graça! Uma aventura em 
Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte
A turma de Serginho visita algumas cidades 
mineiras, conhecendo a importância de 
diversas praças, antigas e modernas, onde 
ocorrem eventos culturais ou onde se 
pode, simplesmente, descansar à sombra 
das árvores. Dessa forma, reforçam a 
consciência de que os espaços públicos 
pertencem a todos e devem ser preservados. 
Livro disponível em: 
Inicie a aula apresentando aos estudantes o livro A Praça é de 
Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte. 
Em seguida, lance as perguntas: O que o título nos sugere? Existe 
uma praça perto de sua casa? Para que existem as praças?
Conte a história do livro A Praça é de Graça! Uma aventura em 
Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte através da videoaula ou PDF, 
disponíveis em: 
Após, você pode apresentar aos estudantes a videoaula: Destrinchando 
a notícia do Rioeduca na TV com a professora Helena Ferreira.
Destrinchando a notícia 
Rioeduca na TV 
Língua Portuguesa – 6º Ano 
(Tempo de vídeo – 14’57
46 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Gênero Notícia
A notícia é um gênero jornalístico que apresenta como 
objetivo principal informar. Para tanto, trata-se de um 
texto informativo, geralmente sem teor opinativo.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=RXJ0cngVS6A
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/12549012/4316324/ApracaedeGraca.pdf
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=RXJ0cngVS6A
A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, 
Uberaba e Belo Horizonte – Rioeduca na TV – Sala 
de Leitura
História contada pela professora Ana Carolina 
Mizrahi, da Escola Municipal Leonel Azevedo.
(Tempo do vídeo: 13’54)
Após a apropriação do texto pelos estudantes, converse com eles sobre 
a narrativa. Aproveite para esclarecer os conceitos de fato e opinião.
Sugestão:
A história nos mostra importantes praças das cidades de Uberlândia, 
Uberaba e Belo Horizonte. 
 Você conhece praças assim aqui no Rio de Janeiro?
 A turma de Serginho descobriu que a praça perto da escola 
acabaria. 
 Em que se transformaria o espaço da praça? 
 Qual foi a reação da turma, quando soube da notícia?
 Para que servem as praças?
 Você concorda com a opinião, de que a praça é lugar da 
diversidade?
 Qual a medida tomada, para que a praça não fosse transformada 
em estacionamento? 
 Que ideia a turma de Serginho teve para quando a praça fosse 
recuperada? 
Gostou da música composta por Luciana para o show, no dia da 
inauguração? 
Em seguida, converse com os estudantes sobre a forma que a autora 
retrata os “índios” e convide o grupo a pensar sobre os povos 
originários e a invasão das terras indígenas. Você pode convidar o 
professor de história da unidade escolar para uma conversa com os 
estudantes sobre o assunto. 
Música
Professor, após esse momento, divida a turma em grupos e 
proponha que cada grupo escolha a praça de sua preferência e 
crie uma letra de música em homenagem a mesma. Em seguida, 
apresente a canção para a turma. Caso, tenha algum estudante 
que toque um instrumento, combine para que traga no dia da 
apresentação da música. 
 
 
 
47CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://www.youtube.com/watch?v=ZIxWcui4B5M
http://A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
http://A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
http://A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
http://A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
http://A Praça é de Graça! Uma aventura em Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
http://A Praça é de Graça! Uma aventuraem Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte - Rioeduca na TV - Sala de 
Deixe que escolham qual vídeo desejam assistir ou escolha o 
episódio do local perto de sua unidade escolar, do bairro ou que 
seja do interesse de seus estudantes.
Sugestão: 
 
Parque Madureira – 5ª CRE 
(Tempo de vídeo: 6’34) 
 
Um bairro gigante como Madureira merecia um Parque à sua altura, 
não é mesmo? Por isso, ganhou, em 2012, o Parque Madureira, o 
terceiro maior da cidade! Um espaço que, além de sustentável, 
reúne atrações para todos os gostos, tanto para quem quer relaxar, 
como para quem quer praticar de alguma atividade esportiva ou, 
até mesmo, curtir um sambinha.
O Parque Madureira Mestre Monarco fica no território da 5ª 
Coordenadoria Regional de Educação (CRE), da Secretaria Municipal 
de Educação do Rio de Janeiro.
SUGESTÃO 13
 
Relato de experiência
Proponha aos estudantes escolher uma praça perto da sua unidade 
escolar ou residência e colher informações sobre o local, tais como 
a data e o contexto de sua origem e fazer registros fotográficos. Em 
seguida, cada estudante deverá redigir um relato dessa experiência, 
descrever em detalhes o local visitado, bem como compartilhar os 
conhecimentos adquiridos e as sensações vividas com a turma.
Lembre aos estudantes que o texto deve ser escrito em parágrafos 
e apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.
 
Inicie a atividade apresentando para os estudantes 
a série Próxima Parada: Rio, no site da Multirio, link: 
Próxima Parada: Rio (multirio.rj.gov.br).
48 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/18002-parque-madureira-5%C2%AA-cre
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/18002-parque-madureira-5%C2%AA-cre
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/series/serie/17980-pr%C3%B3xima-parada-rio
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/series/serie/17980-pr%C3%B3xima-parada-rio
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/18002-parque-madureira-5%C2%AA-cre
Esse lugar tem história | Praça Quinze 
MultiRio 
Tempo do vídeo (2’36)
Para saber mais: 
Ruas do Rio – A quadricentenária Praça Quinze 
(multirio.rj.gov.br)
Em seguida, proponha um passeio virtual por algumas praças do 
Rio de Janeiro. 
Esse lugar 
tem história 
Praça Tiradentes 
– MultiRio 
Tempo do vídeo 
(2’55)
Esse lugar 
tem história 
Praça da 
Cruz Vermelha 
– MultiRio 
Tempo do vídeo 
(2’29)
49CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 14
 
Construção de Maquete
Professor, inicie este encontro com as seguintes perguntas: Você 
conhece a praça mais antiga do Rio de Janeiro? A praça Quinze de 
Novembro? Apresente o vídeo da Praça Quinze, no link: Esse lugar 
tem história | Praça Quinze – YouTube.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=gvl8p_Vr1Ao&t=8s
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/13032-a-quadricenten%C3%A1ria-pra%C3%A7a-quinze
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=gvl8p_Vr1Ao&t=8s
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/13032-a-quadricenten%C3%A1ria-pra%C3%A7a-quinze
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=H3xbs22fxgo
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=yv3Gg6s2Aec
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=H3xbs22fxgo
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=yv3Gg6s2Aec
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=gvl8p_Vr1Ao&t=8s
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=gvl8p_Vr1Ao&t=8s
Após a apropriação do vídeo e conversa sobre o assunto, proponha 
aos estudantes a construção de uma maquete da praça preferida 
deles. Você pode sugerir que escolham uma praça do bairro onde 
moram ou que criem a maquete da praça que desejam ter, como 
seria a praça ideal. 
Explique que maquete é uma representação em menor escala de 
uma construção ou conjunto de construções. Serve para dar uma 
ideia de como ficará o projeto depois de construído.
Divida a turma em grupos para a realização da atividade. Combine, 
anteriormente, com os estudantes para que tragam alguns materiais 
necessários à confecção da maquete. 
Sugestão:
Alguns materiais necessários:
- Papelão, tintas de várias cores, pincéis variados, cola, massinha, 
sucatas diversas (principalmente caixas e potes).
Modo de fazer:
Faça o desenho do que vai ser retratado na base da maquete. Pinte 
a base da cor desejada e depois o que terá na praça (que podem 
ser feitos com as caixas e potes). 
ht
tp
s:
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50 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 15
 
Culminância do Projeto
A culminância do projeto Ludi acontece-
rá com a apresentação de um filme ba-
seado nas aventuras do livro Ludi e os 
fantasmas da Biblioteca Nacional para 
toda a unidade escolar com a presença 
da comunidade escolar. Nesse processo, 
os estudantes serão protagonistas em to-
das as etapas de produção. Desde o roteiro, escolha de cenário, 
personagens, filmagem, produção de folheto para divulgação na 
unidade escolar, gravação e edição do vídeo, organização do local 
(sala escura) para o dia da culminância etc.
Professor, proponha aos estudantes brincar de produzir um filme, 
uma adaptação do livro. A turma deve se organizar em grupos, de 
acordo com a função que cada um escolher. Veja quem deseja ser 
o roteirista, algum personagem, montar os cenários, escolher os 
figurinos, gravar e editar os vídeos, fazer os folhetos de divulgação, 
divulgar o evento, organizar a sala escura para o dia da culminância 
do projeto. 
Como sugestão, antes do processo de produção do curta iniciar, 
você pode exibir para os estudantes o curta Os Curvados, produzido 
por estudantes da Escola Municipal Comunidade de Vargem Grande. 
Disponível no link: 
(Tempo de vídeo – 4’11).
Após cada estudante escolher seu papel na organização do curta, 
invista no grupo dos roteiristas. Peça para que pensem nas cenas 
que gostariam de produzir sobre a narrativa de Ludi e os fantas-
mas da Biblioteca Nacional. Em seguida, solicite que escrevam no 
caderno as cenas assistidas, informando o número de cada uma, o 
local onde ocorre a ação, se é um lugar interno ou externo, se é dia 
ou noite. Então, descrevem os personagens na cena, as atitudes e 
ações, os diálogos. 
51CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://www.youtube.com/watch?v=CtSYbHbNkiw
https://www.youtube.com/watch?v=CtSYbHbNkiw
Oriente os estudantes, que ao escreverem um roteiro, sempre que 
mudar o local, tempo ou ação, a cena muda. 
Em seguida, solicite ao grupo de desenhistas que desenhe as cenas 
que desejam reproduzir no vídeo em uma folha as cenas que dese-
jam encenar para o vídeo. Durante o processo, o outro grupo defi-
ne o figurino dos personagens, utilizando roupa que os estudantes 
tenham e possam levar para a escola no dia da gravação do curta. 
O grupo do cenário precisa pensar se as cenas serão todas grava-
das na sala de aula ou quais possibilidades de espaços terão na uni-
dade escolar, dialogando com o grupo do roteiro. Todos os grupos 
trabalham ao mesmo tempo, dentro de suas funções.
Professor, é importante definir com a turma o tempo de duração do 
vídeo. Dê preferência a uma obra audiovisual de curta-metragem. 
Ao término das ações, será preciso marcar um dia para os estu-
dantes dramatizarem as cenas em sala de aula. Quando a turma 
estiver se apropriado das falas dos personagens e cenas, combine 
um dia para a filmagem. Peça que tragam os figurinos e tudo que 
for necessário. O grupo responsável pela gravação e edição deverá 
utilizar um celular.
Pode sugerir que os estudantes escolham, por votação da turma, 
uma das músicas produzidas na outra atividade, para ser incluída no 
curta. Importante alertá-los sobre os direitos autorais das músicas. 
Professor, no dia da culminância do projeto, prepare uma sessão ci-
neclubista com seus estudantes. Além de exibir o curta, adaptação 
do livro Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional, produzido pe-
los estudantes, verifique com a comunidadeescolar a possibilidade 
de exibir o filme São Sebastião do Rio de Janeiro, disponível no link: 
em FILMES ESCOLAS CINECLUBISTAS. Para exibi-lo 
você precisa estar logado no seu e-mail do Rioeduca. 
(Tempo de vídeo – 1h33)
Em seguida, proponha uma discussão sobre os vídeos. Valorize a 
produção dos estudantes.
52 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
“É necessário que haja um estímulo contínuo para o 
contato entre o indivíduo e o livro: (...) o professor 
deve proporcionar várias atividades inovadoras, 
procurando conhecer os gostos de seus alunos e a 
partir daí escolher um livro ou uma história que vá ao 
encontro das necessidades da criança, adaptando o 
seu vocabulário, despertando esse educando para o 
gosto, deixando-o se expressar.” (SOUZA, 2004, p.223).
https://www.rio.rj.gov.br/web/rioeduca/exibeconteudo/?id=10631084
https://www.rio.rj.gov.br/web/rioeduca/exibeconteudo/?id=10631084
https://www.rio.rj.gov.br/web/rioeduca/exibeconteudo/?id=10631084
https://www.rio.rj.gov.br/web/rioeduca/exibeconteudo/?id=10631084
53CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sinopse
“A detetive Billy Conrado e o detetive Joaquim de Jeremias colhem 
pistas e não poupam esforços para solucionar o misterioso assas-
sinato de um conhecidíssimo personagem do folclore brasileiro. 
Quem teria motivos para matar o Saci Perereira? Muitos persona-
gens são suspeitos, mas quem seria o verdadeiro culpado? De for-
ma bem-humorada e original, Alexandre de Castro Gomes cria uma 
história de detetive instigante ao mesmo tempo em que faz um 
surpreendente passeio pelo folclore brasileiro.”
“Se ler literatura serve para aprender 
a ler em geral, escrever literatura tam-
bém serve para dominar a expressão 
do discurso escrito; concretamente, 
escrever literatura – contos, poemas, 
narrativas feitos individual ou coleti-
vamente – permite que as crianças 
compreendam e apreciem mais, tan-
to a estrutura ou a força expressiva 
de seus próprios textos, como a dos 
textos lidos. (COLOMER, 2007, p. 162)
Livro 2 – Quem matou o saci?
Quem matou o saci? – Alexandre de Castro Gomes – Grupo Companhia das Letras 
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788583820543/quem-matou-o-saci#:~:text=ISBN%3A%20978-85-8382-054-3%20Selo%3A%20Escarlate%20SOBRE%20O%20LIVRO%20A,assassinato%20de%20um%20conhecid%C3%ADssimo%20personagem%20do%20folclore%20brasileiro.
54 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
6º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 12 TEMPOS / 6 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura 
 Distinção de fato e opinião.
 Curadoria de informação.
 Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição.
 Conversação espontânea.
 Estratégias de leitura
 Apreciação e réplica.
Habilidades 
BNCC
• (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse 
mesmo fato.
• (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e 
abertas.
• (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação 
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
• (EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso adequado de paráfrases e 
citações.
• (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades 
coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
• (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances 
infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de 
aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas 
de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando 
avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
55CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Reconhecer diferentes tipos de requadro e balão; legendas; recursos gráficos; onomatopeias...
 Respeitar a alternância de audição e fala na conversação.
 Reconhecer informações explícitas em situações de interação oral.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Antecipar o assunto de um texto.
 Identificar as relações de causa e consequência.
 Identificar significados de palavras, por meio de consultas a dicionário ou a outro material de referência, 
impresso ou digital.
 Produzir textos de base narrativa com a estrutura adequada: – situação inicial; – complicação (conflito gerador e 
clímax); -Desfecho.
 Empregar, na produção de textos de base narrativa, elementos da narrativa, tais como: – Narrador (foco 
narrativo); – personagem (principal e secundários) e suas características físicas e psicológicas; – tempo/espaço 
da narrativa.
 Inferir uma informação implícita em um texto.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Produção de textos.
 Oralidade.
 Análise linguística/semiótica.
Literatura
 Título: Quem matou o saci?
 Autor: Alexandre de Castro Gomes. 
 Ilustrador: Cris Alhadeff.
Saci (Full HD) 
Juro Que Vi 
Folclore brasileiro 
(Tempo do vídeo – 13’14)
56 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Atividades Sugeridas
SUGESTÃO 1
Professor, inicie a aula com as seguintes perguntas: Quem será que 
matou o saci? Vamos descobrir?
Em seguida, apresente aos estudantes o livro Quem matou o saci? 
Indague sobre o título, que mistério terá na história? Será que o saci 
morreu? Você conhece o saci, personagem do folclore brasileiro?
Convide os estudantes a assistir a série Juro que vi sobre o personagem 
saci. Que tal conhecer um pouco sobre o saci?
Após a conversa sobre o vídeo. Pergunte aos estudantes sobre suas 
expectativas sobre a história.
O livro Quem Matou o saci? de Alexandre de 
Castro Gomes, ilustrado por Cris Alhadeff 
é um divertido e instigante convite aos 
leitores para que descubram não apenas 
a identidade do verdadeiro culpado, mas, 
especialmente, a riqueza do nosso folclore, 
das nossas histórias, da nossa cultura. 
SUGESTÃO 2
 
Pergunte aos estudantes: Quanto você sabe sobre o nosso folclore? 
Vamos testar? Em seguida, disponibilize a videoaula da professora 
Fabiana Florencio. Um teste sobre o conhecimento do folclore brasileiro.
Quanto você sabe sobreo nosso folclore? 
Rioeduca na TV – Rio de leitores – 6º Ano 
YouTube (Tempo do vídeo – 8’43) 
A professora Fabiana 
Florencio apresenta a 
aula: “Quanto você sabe 
sobre o nosso folclore”?
Professor, você pode aproveitar esse momento para falar sobre o 
folclore brasileiro. Esclareça pontos da videoaula em que a turma 
teve dúvida. Quais pontos da videoaula não conheciam. E as lendas 
apresentadas, verifique se conheciam todas. Peça, que anotem, 
no caderno, todos os personagens e lendas do folclore que foram 
mencionados na videoaula.
https://www.youtube.com/watch?v=X5X7OWhqNRQ
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=N71u5VS7irk
https://www.youtube.com/watch?v=X5X7OWhqNRQ
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=N71u5VS7irk
57CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
 
Professor, em um círculo de leitura deixe o livro circular pelos 
estudantes. Peça que observem atentamente as ilustrações da 
capa e da quarta capa do livro. Indague sobre as percepções dos 
estudantes. Uma lupa, um arquivo e um carimbo de confidencial, o 
que sugerem? Será uma história de investigação? E o título: “Quem 
matou o saci”? 
Em seguida, sugerimos que pergunte aos estudantes quem gostaria 
de ler, em voz alta, a resenha do livro, localizada na quarta capa. 
“Mistério, suspense, emoção e um toque de humor envolvem essa 
investigação criminal. A detetive Billy Conrado eo detetive Joaquim 
de Jeremias colhem pistas e não poupam esforços para solucionar 
o crime. Quem teria assassinado o Saci Perereira?
Todo o folclore brasileiro é suspeito, quem seria o verdadeiro culpado? 
Ou... quais seriam as verdadeiras vítimas?
Não deixe passar uma página deste intrigante caso policial!”
Antes de iniciar a leitura do livro, sugerimos que apresente aos 
estudantes as biografias dos autores e pergunte se já leram ou 
ouviram falar de algum outro livro escrito e ilustrado por eles.
Alexandre de Castro Gomes é carioca, mestre 
em Teoria da Literatura e Literatura Comparada 
(UERJ), especialista em Literatura Infantil e 
Juvenil (UCAM), professor em cursos de pós-
graduação, pesquisador de monstros e criaturas 
do folclore brasileiro, ex-presidente da Associação de Escritores e 
Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) e autor de dezenas 
de livros publicados no Brasil e no exterior.
Cris Alhadeff é especialista em Literatura Infantil 
e Juvenil (UCAM) e formada em Desenho 
Industrial pela Escola de Belas Artes (UFRJ). 
Ilustrou seu primeiro livro em 2010 e hoje já são 
mais de cinquenta com seus traços e cores. Cris 
tem obras premiadas, adquiridas em programas governamentais 
e exibidas em mostras de norte a sul do país. A autora dedica-se 
também à estamparia, já tendo vendido estampas para o Brasil e 
para o exterior. http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/ 
Inicie a leitura compartilhada do livro, de forma que a leitura em voz 
alta possa circular entre os estudantes. Combine com eles, quem vai 
ler qual capítulo e quantos capítulos serão lidos em cada aula.
http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/
58 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Após, a leitura do primeiro capítulo, “Saci, a vítima”, do livro 
Quem Matou o saci? escrito pelo autor Alexandre de Castro 
Gomes descobrimos que o saci foi morto na sua própria festa de 
aniversário e que foram convidados vários personagens do folclore 
brasileiro. A partir daí, a história ganha contornos policiais e começa 
a investigação. Todos os convidados são suspeitos. Em seguida, 
indague aos estudantes sobre o texto lido.
Sugestão:
 A festa mencionada na narrativa tinha qual objetivo? 
 Em que local aconteceu?
 Qual foi a estratégia do saci para convidar os personagens do 
folclore brasileiro para sua festa?
 Por que precisou criar essa estratégia?
 Quem encontrou o corpo do saci morto?
 Quais características do personagem saci são citadas no primeiro 
capítulo?
 Por quais ações o saci já havia sido autuado?
 Quais sinais foram encontrados no corpo do saci?
 Qual seria a surpresa para os convidados no final da festa?
Produção Textual
Após a apropriação do texto, caso seja possível, distribua cópia do 
primeiro capítulo do livro para os estudantes. Peça, que destaquem 
as ideias principais do texto e redijam, no caderno, um resumo 
dos principais fatos. Para resumir o texto os estudantes devem 
mencionar os elementos essenciais a partir dos quais a composição 
foi elaborada, ou seja, os personagens, o local, o tempo e os fatos 
principais. Oriente, para que mencionem os personagens da história 
no decorrer do resumo, que não convém citá-los isoladamente, 
antes de falar dos fatos principais.
Professor, incentive os estudantes a verificarem a escrita, fazer a 
correção ortográfica e acerto dos elementos coesivos do texto. Em 
seguida, verifique quais deles gostariam de ler para a turma o que 
escreveu. Lembre aos estudantes, que o texto precisa estar escrito 
por parágrafos, com introdução, desenvolvimento e conclusão.
59CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 4
 
Você é o detetive!
Professor, para este encontro sugerimos que antes de dar 
continuidade a leitura dos outros capítulos do livro, apresente as 
fichas criminais dos acusados para a turma. Deixe-as expostas em 
um mural ou varal.
Após, o primeiro capítulo há uma apresentação dos suspeitos pela 
morte do Saci Perereira, que são Caipora da Selva, o Boto, o Crispim, 
a Pisadeira, o Bicho-Papão e o Papa-figo. Os convidados vão sendo 
interrogados por detetives que, de posse da folha corrida de cada 
um, tentam desvendar o mistério: quem matou o saci? As figuras do 
folclore brasileiro são apresentadas ao leitor através de fichas criminais 
com perfil e fotos como personagens de uma trama policial.
Leve os estudantes a perceberem 
que todos os suspeitos, as figuras 
do folclore brasileiro, têm ficha 
criminal. Peça para observarem 
a ficha de cada personagem. Em 
seguida, divida a turma em seis 
grupos e proponha que cada 
grupo escolha um personagem 
do folclore brasileiro, que está 
sendo acusado, pelo crime de 
matar o saci. 
Com a ficha criminal de cada acusado exposta, cada grupo deve 
escolher o personagem mais provável a ter matado o saci, anotar 
seus argumentos e expor para turma. Um estudante pode fazer o 
registro do personagem escolhido pelos grupos, para ao final da 
leitura do livro verificar quem acertou. 
 
SUGESTÃO 5
 
Pesquisa
Professor, mantenha os grupos 
formados no encontro anterior 
e proponha aos estudantes uma 
pesquisa sobre um personagem 
do folclore, que não tenha sido 
mencionado no livro Quem 
matou o saci?, mas que eles 
tenham interesse em saber 
mais informações. Peça, que 
cada grupo a partir da pesquisa 
feita, crie uma ficha criminal do 
personagem pesquisado. Com nome, naturalidade, características 
físicas, lugares que frequenta, atividades e observações, assim como 
aparece no livro. Que desenhem ou retirem imagens de pesquisa na 
internet e colem o carimbo de confidencial e a foto do personagem. 
Em seguida, exponha a ficha criminal do personagem pesquisado de 
cada grupo, no mural ou varal, junto com os do livro. 
60 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 6
Enriquecendo o vocabulário
Professor, sugerimos que neste encontro dê continuidade a leitura 
dos capítulos do livro, conforme acordado, anteriormente, com 
a turma. Em seguida, proponha aos estudantes que procurem no 
dicionário os vocábulos que não sabem o significado e anotem no 
caderno. Esclareça as dúvidas sobre o entendimento da narrativa.
SUGESTÃO 7
Produção Textual
Após a apropriação do texto pelos estudantes, indague, se ficaram 
surpresos com o desfecho da trama. Gostaram? Que surpresa! 
Sabiam que o saci só vive até 77 anos? Era a festa de aniversário 
que estava completando 77 anos, por isso morreu. 
Proponha, que os grupos formados anteriormente, redijam um final 
diferente para a narrativa. Colocando as suas suspeitas e o seu 
provável acusado, como criminoso. 
SUGESTÃO 8
Vamos jogar?
Que tal apresentar aos estudantes o QUIZ abaixo? São vinte 
perguntas de múltipla escolha, sobre a narrativa com diferentes 
modos de apresentação, escolha o que mais lhe agradar.
Livro de Leitura: 
Quem matou o Saci? 
por Edilzalira
SUGESTÃO 9
A divisão dos capítulos
Professor, leve os estudantes a perceberem que na narrativa 
enquanto estamos acompanhando a detetive Billy e sua turma 
nas investigações dos suspeitos, o autor nos conta sobre os 
personagens de nosso folclore. Cada capítulo é dividido em duas 
partes: uma que se passa na sala de interrogatório, o inquérito, e 
outra, que diz respeito ao relato dos suspeitos, que conta algum 
episódio de envolvimento com o saci. 
Para melhor entendimento dos estudantes, com a turma dividida 
em seis grupos, peça que cada grupo escolha o capítulo que mais 
gostou, dentre os seis dos personagens suspeitos: “Caipora, o 
primeiro suspeito”, “Boto, o segundo suspeito”, “Cabeça de Cuia, o 
terceiro suspeito”, “Pisadeira, a quarta suspeita”, “Cabra-Cabriola, 
a quinta suspeita” e “Velho do saco, o sexto suspeito”. Após a 
escolha, explique que precisam se organizar para lerem o capítulo 
https://wordwall.net/pt/resource/31475932/livro-de-leitura-quem-matou-o-saci
https://wordwall.net/pt/resource/31475932/livro-de-leitura-quem-matou-o-saci61CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
escolhido, da seguinte forma: cada estudante do grupo escolhe 
o personagem que será da sala de interrogatório e quem vai ler a 
parte que conta sobre o personagem do nosso folclore, o relato 
do suspeito. Em seguida, peça que cada grupo, se apresente para 
a turma. 
Professor, oriente aos estudantes, quanto à leitura dos diálogos que 
aparecem no texto.
SUGESTÃO 10
Brasil e suas regiões
Neste encontro sugerimos que disponibilize na lousa ou em um 
mural dois mapas do Brasil, um com as siglas dos estados e outro 
dividido por regiões. Caso, seja possível distribua um mapa de 
colorir para os estudantes. Peça aos estudantes, que verifiquem nas 
fichas criminais as localidades de cada figura do folclore brasileiro e 
sinalize no mapa, colocando no estado o nome da figura do folclore, 
que é encontrada naquela localidade. Depois, peça que observem 
as regiões brasileiras e pintem com cores diferentes, as regiões do 
Brasil. Em seguida, que sinalizem, no caderno, cada região do Brasil 
e os estados que a compõe. 
Após, com a turma dividida 
em 5 grupos, peça que cada 
grupo pesquise sobre os seres 
fantásticos, as lendas, histórias 
e mitos de uma das regiões 
do Brasil. Depois podem fazer 
um sarau, para que as histórias 
sejam contadas.
62 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 11
 
Peça teatral
Que tal montar uma peça teatral com sua turma, a partir da leitura do 
livro Quem matou o saci? de Alexandre de Castro Gomes? Pode ser 
uma adaptação, de maneira a facilitar a apresentação dos estudantes. 
O livro tem uma história de detetive instigante ao mesmo tempo 
em que faz um surpreendente passeio pelo folclore brasileiro.
Agora, que seus estudantes já se apropriaram do texto e tiraram as 
dúvidas, proponha uma peça teatral. Sugerimos que mantenha os 
grupos que apresentaram os capítulos em uma atividade anterior 
e ensaiem, decorando as falas. 
Ensaie a peça, trabalhando a expressão vocal e corporal, a 
memorização e a interação entre os atores. Primeiro o ensaio de 
cada grupo separado, depois todos os grupos juntos, na ordem 
dos capítulos. Caso, os estudantes apresentem dificuldade de 
memorização, possibilite cópia dos textos para leitura na hora da 
apresentação.
O professor pode fazer a leitura do primeiro capítulo ou convidar 
algum professor da unidade escolar para fazê-lo.
Em seguida, providencie o cenário e os figurinos. Pode ser com 
material, que já tenha na escola e/ou peças de roupas dos estudantes.
Após a escolha do espaço, a data em que o espetáculo poderá 
acontecer, é preciso providenciar a divulgação. Sugerimos que sejam 
confeccionados panfletos/folhetos pelos estudantes, para distribuição 
no horário do recreio e caso seja possível, para os familiares.
Panfleto: Pode ser definido como um 
“texto publicitário curto, impresso 
em folha avulsa, com distribuição em 
locais de grande circulação entregue 
por uma pessoa a outras”.
Um panfleto é um meio de divulgação 
de uma ideia ou marca, feito de papel 
e fácil de manusear. Por seu baixo 
custo é muito utilizado para atingir 
grandes públicos em pouco tempo.
No panfleto é importante que a 
linguagem seja clara, objetiva, com 
o emprego da variante formal padrão 
da língua. Além disso, é notável o 
emprego de argumentos e instruções 
com verbos no modo imperativo.
“Aulas em que se fale de literatura, em que se comungue no amor 
da literatura, têm algo de festa ritual, inunda-as a alegria de, num 
impulso colectivo, descobrir, clarificar, ficando cada um enriquecido, 
dinamizado. Ler colectivamente (em diálogo com a obra literária, em 
diálogo de leitor com outros leitores), é com efeito, além de prazer 
estético, um modo apaixonante de conhecimento, o ensejo inestimável 
de participar activamente, ampliando a criação pelo comentário, 
pondo-se cada um à prova, jogando-se, inteiro, na aventura em que a 
palavra estética nos envolve, e o mundo (COELHO, 1976:45).”
63CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 3 – A África que você fala
Sinopse
“As palavras que vêm da África
Cafuné, samba, quiabo, dendê, quitanda... Você pode até não per-
ceber, mas usamos muitas palavras com origem africana no dia a dia.
De forma leve e divertida, A África que você fala faz um passeio por 
palavras que pegamos emprestadas de idiomas como quimbundo, 
iorubá, jeje e banto.
Assim como em O tupi que você fala, as ilustrações de Mauricio 
Negro complementam o texto, de forma que as palavras desconhe-
cidas possam ser apresentadas aos pequenos leitores.”
“A literatura, a cultura e a arte não são um suplemento 
para a alma, uma futilidade ou um monumento pom-
poso, mas algo que nos apropriamos, que furtamos 
e que deveria estar à disposição de todos, desde a 
mais jovem idade e ao longo do caminho, para que 
possam servir-se dela quando quiserem, a fim de dis-
cernir o que não viam antes, dar sentido a suas vidas, 
simbolizar suas experiências.” (PETIT, 2010, p. 289)Globo Livros
64 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
6º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 10 TEMPOS / 5 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição.
 Conversação espontânea.
 Estratégias de leitura 
 Apreciação e réplica.
 Elementos notacionais da escrita.
Habilidades 
BNCC
• (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação 
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
• (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades 
coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
• (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.
• (EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
Habilidades
 Respeitar a alternância de audição e fala na conversação.
 Reconhecer informações explícitas em situações de interação oral.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Antecipar o assunto de um texto.
 Identificar significados de palavras, por meio de consultas a dicionário ou a outro material de referência, 
impresso ou digital.
 Inferir uma informação implícita em um texto.
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Produção de textos.
 Oralidade.
 Análise linguística/semiótica.
Literatura
 Título: A África que você fala
 Autor: Claudio Fragata. 
 Ilustrador: Mauricio Negro.
65CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Atividades Sugeridas
SUGESTÃO 1
Professor, sugerimos que inicie este encontro apresentando a capa 
do livro aberta para observação dos estudantes.
Converse com eles sobre a capa aberta contar uma parte da história. 
Pergunte:
 O que a ilustração da capa lhes transmite?
 Sobre o que acham que trata a história do livro?
 Que detalhes observamos na ilustração?
 Qual o título do livro?
 
Leve os estudantes a perceberem que na ilustração, vemos o perfil de 
uma pessoa ao mesmo tempo que encontramos uma outra tocando 
tambor e que a boca é também um tambor. Instigue-os a observarem 
com calma cada traço e comentar o que veem e sentem. 
Em seguida, apresente a biografia dos autores da narrativa e 
esclareça sobre o gênero textual biografia. A biografia é um gênero 
textual que relata a vida de uma pessoa importante e/ou conhecida 
socialmente, apresentando suas principais ações e experiências, 
bem como seus legados. O texto pode ser escrito em 1ª pessoa, a 
autobiografia, ou em 3ª pessoa, a biografia.
Claudio Fragata nasceu em Marília (SP), em 1952, e mora em São Paulo 
na companhia dos gatos Fellini, Sushi, Filé e Mignon. Ministra oficinas 
de literatura infantil e publicou vários livros, entre eles, Alfabeto 
Escalafobético, vencedor do Prêmio Jabuti. Pela Globinho, publicou 
Uma históriabruxólica (2012) e o Tupi que você fala (2015), livro 
selecionado pela campanha Leia para uma Criança 2019, do Banco Itaú.
Mauricio Negro é ilustrador, escritor e designer gráfico identificado com 
temas ancestrais, ambientais, identitários e ligados à diversidade cultural 
e artística brasileira. Participante de muitas exposições catálogos e 
eventos, recebeu prêmios e menções no Brasil e no exterior. Do mesmo 
Claudio Fragata, ilustrou antes o livro O tupi que você fala.
66 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Em A África que você fala, Claudio Fragata e Mauricio Negro vão 
mostrar como a língua africana está presente em nosso cotidiano.
Você sabia que muitas palavras que falamos aqui no Brasil têm 
origem africana? Vamos descobrir que palavras são essas?
Após, esse primeiro contato dos estudantes com a obra e os 
autores, em um círculo de leitura inicie a leitura da narrativa, em 
voz alta. Faça a leitura dando entonação aos versos, e peça que 
se atentem, durante a leitura, à sonoridade do texto, ao ritmo, 
às rimas, à estrutura. Trabalhe os diversos recursos da linguagem 
poética.
Professor, após chamar atenção para o ritmo produzido pela 
linguagem escrita, peça aos estudantes que façam uma lista, 
destacando as palavras que rimam. Anote na lousa ou em um cartaz 
para ficar em exposição na sala de aula.
CONGO QUICONGO
BANANA AFRICANA
FUÁ BAFAFÁ
CANGA MIÇANGA
SUGESTÃO 2
 
Palavras de origem africana
Pergunte aos estudantes, se observaram que as palavras destacadas 
no texto com cores diferentes são de origem africana. Proponha 
que as registrem, no caderno, para que percebam as palavras do 
nosso vocabulário que são de origem africana. 
Em seguida, pergunte: 
 Vocês conhecem todas as palavras destacadas?
 Sabem o que significam?
 Quais fazem parte do seu dia a dia?
 Quais nunca ouviram falar?
Após, proponha aos estudantes, que cada um faça uma pesquisa, 
no dicionário, das palavras desconhecidas e/ou que não sabem o 
significado. Após, organize um mural com as imagens das palavras 
de origem africana e peça aos estudantes para nomeá-las. 
Para saber mais: 
Significados dos Nomes Próprios Africanos 
(geledes.org.br)
https://www.geledes.org.br/significados-dos-nomes-proprios-africanos/
https://www.geledes.org.br/significados-dos-nomes-proprios-africanos/
https://www.geledes.org.br/significados-dos-nomes-proprios-africanos/
67CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
 
Jogral
Que tal criar um jogral? O Jogral permitirá a participação dos 
estudantes na leitura, apropriação do texto com suas rimas e 
especificidades. A narrativa é toda em versos, combine com os 
estudantes quem lerá qual verso e quais todos vão ler. Deve ser 
bem ensaiado e falado em voz bem forte, nada de falar baixinho. 
Você pode colocar quantas vozes achar necessário para o conjunto 
ficar harmonioso.
Sugestão: Combine com os estudantes que a leitura aconteça, da 
seguinte forma: 
Estudante 1: Verso 1 
Estudante 2: Verso 2
Todos: Versos 3 e 4
[...]
SUGESTÃO 4
 
Cultura africana
“O Brasil teve intensa influência da cultura africana pela diversidade 
de escravizados de povos diferentes, o que se refletiu diretamente 
nos aspectos culturais que se desenvolveram nas diversas regiões 
de nosso país. A maior parte dos escravizados que vieram da África 
eram das etnias Banto, Nagô, Jejes, Hauçás e Malés, que trouxeram a 
influência do candomblé, a religião afro-brasileira baseada no culto 
dos Orixás, de onde surgiram também a Umbanda e a Capoeira. Na 
nossa culinária, a influência da cultura africana está sempre presente, 
mas é na área musical que o Brasil ganhou mais com a cultura 
desses povos: a música africana é a origem dos mais famosos ritmos 
brasileiros, como o samba, o maxixe e a bossa nova”. 
Texto adaptado de: https://www.geledes.org.br/cultura-africana/
Que tal apresentar o vídeo Cultura, da série África 
Diversa, disponível no link: Cultura (multirio.rj.gov.br) 
(Tempo do vídeo 10’30)
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/13256-cultura
https://www.geledes.org.br/cultura-africana/
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/13256-cultura
68 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Neste episódio, diferentes manifestações artísticas evidenciam 
a diversidade cultural da África. O semba, ritmo musical típico de 
Angola, se espalha pelo mundo. No Senegal, uma escola de dança 
mistura estilos tradicionais e contemporâneos. A artista plástica Kiki 
Bokassa, filha do ex-ditador da República Centro-Africana, utiliza a 
arte como forma de lidar com o passado. Estilistas africanos resgatam 
elementos e trajes típicos do continente para suas novas coleções. 
Em seguida, converse sobre o vídeo. Pergunte aos estudantes se 
sabiam que o continente Africano é formado por 54 países e lá são 
faladas mais de mil línguas. Quais foram suas impressões sobre o vídeo. 
Esclareça os pontos de falta de entendimento dos estudantes. Após, 
retorne ao livro A África que você fala e questione: Quais foram os 
países do continente africano mencionados na narrativa? E os falares? 
Disponha na lousa ou em um mural o mapa do continente africano 
e mostre aos estudantes 
a localização dos países 
mencionados na narrativa. 
Em seguida, proponha uma 
pesquisa sobre quais idiomas 
são falados nesses países. 
Angola, Moçambique e 
República do Congo. Peça, 
que anotem todo o conteúdo 
da pesquisa no caderno.
SUGESTÃO 5
 
Os continentes 
Neste encontro vamos aumentar o momento de pesquisa e trazer 
para os estudantes estudo sobre os continentes e a localização do 
nosso país, o Brasil. 
Pergunte: 
 Você sabe quantos e quais países falam a nossa língua, a língua 
portuguesa? 
 Em que continente está localizado o Brasil?
Observe o mapa:
69CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Professor, disponibilize o mapa em uma projeção ou mural para 
melhor visualização dos estudantes. Em seguida, junto aos 
estudantes visualizem e relacionem os nomes dos continentes 
e os países que estão localizados em cada continente. Anote na 
lousa e peça para os estudantes anotarem no caderno. Em seguida, 
pesquisem sobre os países que falam a língua portuguesa.
Para saber mais:
SUGESTÃO 6
 
Gêneros textuais
Professor, questione os estudantes sobre os alimentos de origem 
africana. Sabiam que farofa, acarajé, banana, quindim, fubá, entre 
tantas outras palavras vieram para o Brasil junto com os africanos? 
Conhecem esses alimentos? Quais desses vocês gostam?
Após, convide-os a assistir a videoaula de comidas de origem 
africana, com a professora Rafaela Nichols.
Comidas de origem africana 
Rioeduca na TV – Curiosidades históricas 
6º e 7º Anos – YouTube – MultiRio 
(Tempo do vídeo – 9’19)
Em seguida, sugerimos que distribua os textos, abaixo, impressos 
para os estudantes. Divida a turma em dois grupos e peça que cada 
grupo fique com um texto. Por exemplo, texto 1 grupo A e texto 2 
grupo B. Esclareça que um grupo vai apresentar o texto recebido para 
o outro grupo, de forma que respondam as perguntas mencionadas 
abaixo. Solicite, que primeiro façam uma leitura silenciosa do texto 
e depois observem a estrutura e o assunto abordado. Leve-os a 
perceber o gênero textual dos textos trabalhados e esclareça suas 
principais características.
 
A África que você fala 
(...)
Nas ondas do oceano Atlântico,
palavras gostosas vieram para cá,
garapa, abará, canjica,
mocotó, moqueca, vatapá.
 
E todas chegaram para ficar,
acarajé, quindim, dendê...
Esqueça o mar que nos separa:
a África está pertinho de você!
 
Claudio Fragata
http://www.abc.gov.br/projetos/cooperacaosulsul/palop
https://www.youtube.com/watch?v=c5AT3TdFPHA
https://www.youtube.com/watch?v=c5AT3TdFPHAhttps://www.youtube.com/watch?v=c5AT3TdFPHA
https://www.youtube.com/watch?v=c5AT3TdFPHA
https://www.youtube.com/watch?v=c5AT3TdFPHA
70 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Mocotó
Ingredientes (8 porções)
1 pata de boi
1 limão
2 colheres (sopa) de vinagre
1 colher (sopa) de colorau
1 cravo-da-índia
3 dentes de alho
1 cebola tamanho médio
2 tomates tamanho médio sem peles e sementes
1 pimenta malagueta (opcional)
 
Modo de preparo: 3h
1- A pata deve ser cortada em rodelas, bem lavada em água 
corrente.
2- Leve para a panela de pressão, cubra com água e vinagre e 
deixe ferver.
3- Após fervura, coloque fora a água e na mesma panela esprema 
o limão.
4- Adicione sal, alho e cebola e deixe refogar um pouco.
5- Em seguida acrescente o cravo, tomates, colorau, e água 
suficiente para cobrir (se desejar coloque 1 pimenta malagueta).
6- Tampe a panela de pressão e, ao começar a pressão, abaixe o 
fogo e deixe cozinhar.
7- O ideal é vez por outra desligar o fogo esperar sair o ar, abrir 
para se preciso acrescentar mais água.
8- Quando os ossos soltarem estará pronto, lembrando que deve 
ser cozido em fogo baixo, a quantidade de sal e sempre ao gosto.
9- Finalize com salsa bem picada, bom apetite.
Disponível em: Mocotó – TudoGostoso
 
Sugestão:
 Qual é o assunto do texto?
 Quanto à estrutura, o que observaram?
 Sabem dizer a que gênero pertence? Por quê?
Após, o estudo dos gêneros textuais poesia e receita proponha 
aos estudantes que tragam uma receita oriunda da África e 
confeccionem o caderno de receitas africanas da turma.
71CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO
CÍRCULO DE LEITURA
72 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
ORALIDADE 
E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Distinguir o que seja fato e o que seja opinião sobre os fatos em situações de interação oral.
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Realizar exposições orais de assuntos, de forma fluente, expressiva e com sequência lógica, coerente.
 Reconhecer função/finalidade do texto oral.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
 Utilizar a linguagem adequada à situação de interação, reconhecendo os contextos de uso dos diferentes 
registros e respeitando a variante de seus interlocutores.
LEITURA E 
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
 Comparar textos a partir de diferentes critérios: suporte, assunto etc.
 Compreender o uso expressivo do verbo nos textos lidos.
 Compreender textos não verbais e multimodais, tais como fotos, gráficos, tabelas, tirinhas, propagandas etc.
 Construir diferentes hipóteses de leitura.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Estabelecer relações entre as partes de um texto, identificando repetições e substituições que contribuem 
para a sua continuidade (substantivos, pronomes, palavras e/ou expressões mais gerais e mais específicas).
 Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
 Identificaras marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
 Identificaras relações de causa e consequência.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) de um texto.
 Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto percebendo o caráter polissêmico de palavras ou 
expressões e os diferentes significados que podem assumir em contextos diversos.
73CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
LEITURA E 
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos 
verbais e entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
 Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros discursivos, identificando os mecanismos de 
coesão e coerência. Reconhecer as diferentes partes de uma notícia: título (ou manchete), subtítulo, lide, 
corpo da notícia.
 Reconhecer as estruturas de textos em prosa e em verso (parágrafos, períodos, orações, estrofes, versos...). 
Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Reconhecer a função dos modos, tempos e pessoas verbais como elementos de coerência.
 Reconhecer as estruturas de textos em prosa e em verso (parágrafos, períodos, orações, estrofes, versos.). 
Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Reconhecer aspectos característicos de uma crônica, como sua periodicidade, linguagem (informal, objetiva, 
poética.), fatos cotidianos ou assuntos de interesse geral.
 Reconhecer na combinação de elementos da linguagem de um texto, efeitos de humor e de ironia, 
explicando as pistas linguísticas que causam o humor e a ironia do texto.
 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma palavra ou expressão.
 Reconhecer os elementos da narrativa: narrador (foco narrativo); personagem (principal e secundários, 
protagonista e antagonista) e suas características físicas e psicológicas; tempo/espaço da narrativa; aspectos 
descritivos do tempo/espaço da narrativa.
 Reconhecer os elementos estruturais da narrativa: situação inicial; complicação (conflito gerador e clímax); 
desfecho.
 Reconhecer os sinais de pontuação e outras notações como marcas da expressividade em um texto, 
identificando efeitos de sentido de seus usos.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
74 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
ESCRITA E 
ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Empregar adequadamente os sinais de pontuação, inclusive como marcas de expressividade.
 Empregar, na produção de textos de base narrativa, elementos da narrativa, tais como: – narrador (foco 
narrativo); – personagem (principal e secundários) e suas características físicas e psicológicas; – tempo/
espaço da narrativa.
 Empregar recursos gráficos suplementares (distribuição espacial; margem, parágrafo, letra maiúscula).
 Organizar o texto em blocos de sentido: parágrafo.
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando com conta: a 
finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto.
 Produzir textos de base narrativa com a estrutura adequada: situação inicial; complicação (conflito gerador e 
clímax); desfecho.
 Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim; presente, 
passado, futuro).
 Produzir textos, individual e coletivamente, de acordo com as condições de produção (finalidade, gênero, 
interlocutor), utilizando recursos gráficos suplementares (distribuição espacial, margem, letra maiúscula).
 Realizar processo de revisão de textos, verificando a adequação ao leitor e aos objetivos da comunicação.
 Reescrever o texto, levando em conta o proposto na revisão textual.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas, visando 
aprimorá-lo no processo de formação autor-escritor. 
75CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 1 – A megera domada
Sinopse
“Depois de mais de 400 anos, A megera domada ainda é a mais 
famosa comédia do mais famoso dramaturgo da história. Esta tra-
dução e adaptação ousa tornar mais leves, explícitas e engraçadas 
para o público de hoje as manobras do bravo, espalhafatoso e viril 
Petrúquio, que se dispõe a conquistar, desposar e domar a rica, es-
tressada e irada Catarina. Lucêncio, filho de um rico comerciante de 
Pisa, chega a Pádua para estudar na universidade, mas logo se apai-
xona por Bianca, filha caçula de um rico mercador e que já tem dois 
pretendentes. Batista Minola, o pai de Bianca, decide que ela só se 
casará depois da filhamais velha, Catarina, que é considerada uma 
megera e, por isso, não tem nenhum pretendente. Petrúquio chega 
a Pádua decidido a se casar com uma moça bem rica para aumentar 
sua fortuna. Depois de fingimentos, trapaças e trapalhadas, Catarina 
e Petrúquio se casam. 
Sinopse retirada de: 
https://pnld.ftd.com.br/pnld-literario/6o-e-7o-anos/a-megera-domada/
https://pnld.ftd.com.br/pnld-literario/6o-e-7o-anos/a-megera-domada/
76 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: 20 TEMPOS / 10 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Apreciação e réplica.
 Relação entre gêneros e mídias.
 Relação entre textos.
 Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários.
 Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais.
Habilidades 
BNCC
• (EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse 
tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
• (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, 
teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, 
personagens e recursos literários e semióticos.
• (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os 
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, 
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras 
de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a 
gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa 
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais 
como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e 
os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, 
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua 
função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
77CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: 20 TEMPOS / 10 ENCONTROS
Habilidades 
BNCC
• (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens 
multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião 
de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros 
próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, 
detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em 
várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, 
de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições 
de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de 
participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e 
responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação 
desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor.
Habilidades
 Atuar com interesse e atenção nas conversas.
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Produzir textos defendendo opinião sobre assuntos diversos.
Eixos de 
Linguagem
 Leitura.
 Análise linguística/semiótica.
 Produção de textos.
Literatura
 Título: A megera domada.
 Autor: William Shakespeare.
 Ilustrador: Anna Anjos.
78 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 1
 
Conhecendo a história
Caro professor, vamos iniciar mais um ano letivo com Shakespeare? 
O que esse grande poeta do Século XVI tem a acrescentar para o 
nosso sétimo ano? Podemos começar pela adaptação da peça “A 
megera domada” feita pelo roteirista Flavio de Souza. Essa adapta-
ção é indicada para nossos estudantes, pois foi toda feita com uma 
linguagem atual e com um humor próprio aos nossos dias.
A megera domada pode ser considerada a comédia mais famosa do 
escritor mais conhecido do mundo ocidental. Shakespeare fazia te-
atro popular, escrevia peças sobre assuntos que agradavam a todos 
de várias camadas sociais. As peças eram encenadas em locais como 
estádios de futebol e a maioria das pessoas ficavam em pé. Ele não 
pensava em publicar as peças, todas elas foram publicadas após sua 
morte quando seus amigos encontraram seus manuscritos. 
Ao apresentar essa obra a nossos estudantes, poderemos fazer 
de dois modos: ler todo o resumo para a turma em prosa, que se 
encontra no início do livro ou apresentar um resumo da história 
contada no nosso canal da Sala de Leitura da SME, na videoaula a 
seguir. Vai depender da dinâmica da turma.
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79CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Após a leitura, faça perguntas a turma para ver se eles conseguiram 
entender a peça como um todo: o que aconteceu, como aconteceu 
e quais os personagens envolvidos. Por fim, pergunte se eles concor-
dam com o desfecho. Se fosse nos dias de hoje, Catarina teria aceita-
do as ações de Petrúquio? As ações dele a teriam conquistado?
Observando pela ótica atual, seria uma peça considerada machista? 
Uma mulher que tem um temperamento forte, é chamada de “me-
gera” e aos poucos vai sendo mudada pelo marido. Vamos pensar 
que foi uma obra escrita a centenas de anos atrás, que críticas con-
seguimos extrair? Poderá também citar, como auxílio, outras obras 
de Shakespeare que criticavam a sociedade com mulheres fortes, 
protagonistas tais como As alegres esposas de Windsor e Noite de 
Reis. Promova um debate na turma para que os estudantes expres-
sem suas opiniões.
Aula 076
A megera 
domada
EJA 1
SUGESTÃO 2
 
Jogos teatrais 
Podemos agora partir para en-
cenar um trecho da peça. Mas, 
antes, como aquecer uma turma 
que nunca atuou? Como incenti-
var estudantes que geralmente se 
apresentam envergonhados com 
propostas teatrais? Podemos apre-
sentar a eles jogos teatrais.
Jogos teatrais
“Os jogos teatrais foram criados para auxiliar 
na preparação de atores e estudantes para a 
prática teatral. São desafiadores e divertidos. 
Com esses jogos, a aprendizagem acontece 
pela experiência e experimentação. Eles tra-
balham a parte técnica com o ator, possibili-
tam o desenvolvimento da atenção, concen-
tração e outras capacidades.” 
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https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=YP3w5n1rt18&t=222s
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=YP3w5n1rt18&t=222s
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensino_fundamental/jogos-teatrais-3/
80 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Vamos fazer com os estudantes dois tipos de jogos, um de base 
individual e outro em grupo:
1) Jogo do ator:
Esse jogo tem como objetivo preparar o ator sob uma perspectiva 
lúdica. Nesses jogos as palavras não são usadas e quem guia o gru-
po é o orientador. Peça que o grupo de estudantes ande pela sala 
e todos são os atores principais. Eles devem andar pela sala e em 
certo momento, quando o orientador mandar, eles param e devem 
fazer uma ação determinada pelo orientador. Pode ser olhar nos 
olhos do colega, dar as mãos, se esticar, sentar-se no chão, garga-
lhar e outras coisas. O objetivo é quebrar o gelo.
 
2) Jogos de cena:
Esses jogos já são situações roteirizadas, com improvisações de 
textos e ações. O orientador divide os atores em grupos e cada um 
deles recebe o mesmo roteiro de cena, algo breve. Eles recebem 
um tempo para discutiremcomo irão dramatizar a cena e a partir 
do início de cada cena, o orientador não interfere mais. Esse jogo é 
interessante para incentivar a ousadia dos estudantes, a consciên-
cia criativa e o trabalho em equipe.
Professor, tente fazer esses jogos em um espaço aberto para que 
os estudantes consigam circular andando entre eles sempre preen-
chendo os espaços, de modo que, sempre que um estudante deixe 
um espaço vazio, o outro ande rápido para preenchê-lo. Poderá 
usar uma sala de aula com as carteiras afastadas, o auditório da 
escola ou até mesmo um pátio.
Após os jogos, pergunte aos estudantes o que eles perceberam, 
como se sentiram, se foi vergonhoso ou foi fácil inventar movimen-
tos e cenas nos jogos. Após isso, poderemos dar o próximo passo 
que é montar um esquete da peça em si.
81CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
 
Atuando
Peça aos estudantes que escolham um trecho do livro para atua-
rem. Uma sugestão é o encontro de Catarina e Petrúquio. Os estu-
dantes podem decidir entre si quem será cada personagem.
Vamos começar por uma leitura dramatizada. Primeiro, os estudan-
tes recebem o trecho com suas falas sublinhadas. Cada um lê sua 
fala na hora certa e vão acertando seu tempo. Podem fazer essa 
leitura sentados, em roda, em suas cadeiras. Depois, poderão par-
tir para algo mais encenado, já em pé, tentando movimentar seus 
corpos.
Além de atores, uma cena precisa de cenário e figurino. Vamos usar 
o restante da turma para nos ajudar? Podemos usar diversos mate-
riais para construção do que precisamos, desde materiais reciclá-
veis, a tecidos, cartolinas. Vamos liberar a imaginação!
Essa será uma ótima preparação para a Mostra Municipal de Multi-
linguagens desse ano, o festival da rede que une apresentações de 
teatro, música e dança que ocorre todos os anos. Vamos relembrar 
como foi uma edição deles nesse vídeo da Multirio?
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/videos/15379-ii-festa-festival-de-teatro-dos-alunos-cariocas
SUGESTÃO 4
 
Podcast
Gostaríamos agora que os estudantes publicassem suas opiniões.
Após lermos, encenarmos e analisarmos a história de Catarina e Pet-
rúquio, podemos voltar com nossos estudantes ao debate de nossas 
primeiras aulas sobre o final da história. As ações de Petrúquio foram 
boas? Como seriam encaradas hoje? Peça que os estudantes escre-
vam suas opiniões e montem um podcast ou vlog sobre o assunto.
Com certeza a escola toda se beneficiará e muitos estudantes de ou-
tras turmas correrão para ler o livro e dar sua visão sobre o assunto.
Professor, uma sugestão é observar o ótimo trabalho que foi feito no 
ano de 2022 na Escola Municipal Marechal Alcides Etchegoyen com a 
produção de podcasts. Veja a reportagem no site da Multirio: 
Mais uma sugestão é conhecer o trabalho do Andar – Agência 
de Notícias dos Alunos da Rede, site criado em 2023 com o ob-
jetivo de divulgar as iniciativas das escolas em toda a rede que 
produziam notícias.
82 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/reportagens/17897-podcast-e-jornal-impresso-ampliam-voz-dos-alunos-da-e-m-marechal-alcides-etchegoyen
https://www.multirio.rj.gov.br/andar/index.php
83CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 2 – A menina sem palavra
Sinopse
“Usando o tema da infância como fio condutor, esta seleção de crô-
nicas mostra a prosa sensível de Mia Couto, que ficou conhecido por 
narrar a complexidade da vida através dos pequenos acontecimen-
tos do cotidiano.
Os dezessete contos desta antologia foram escritos em fases dis-
tintas da carreira do escritor Mia Couto e compõem um panorama 
surpreendente do universo infantil em Moçambique. Acostumados a 
reconhecer nos povos africanos a violência e a miséria, o leitor en-
contrará nessa seleção uma delicadeza que não se vê nos relatos ofi-
ciais. As histórias selecionadas mostram a complexidade que move 
as relações familiares, a orfandade em um país que viveu por anos 
em guerra, a realidade das crianças submetidas ao trabalho infantil e 
os resquícios da luta pela independência.
Mia Couto é um prosador bastante sensível às complexidades da vida 
e um escritor que constrói as narrativas inspiradas na linguagem oral, 
revelando a sua influência e admiração pelo nosso Guimarães Rosa, 
sem contar a presença do fantástico e do religioso em suas histórias.”
Sinopse retirada de: https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788565771061/a-
menina-sem-palavra?gad=1&gclid=CjwKCAjw3dCnBhBCEiwAVvLcu3CIexGj8cu4vnOm7ffKbi
dUEqsU5zLdmxQFdpnGwBupow-eglKGvRoCcvgQAvD_BwE
84 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: 8 TEMPOS / 4 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégias de leitura.
 Apreciação e réplica.
 Conversação espontânea.
 Estratégias de produção: planejamento de textos informativos.
Habilidades 
BNCC
• (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances 
infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de 
aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de 
forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação 
sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
• (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades 
coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
• (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista 
as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a 
partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento 
de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, 
consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, 
da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso 
de publicação em sites ou blogs noticiosos).
85CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: 8 TEMPOS / 4 ENCONTROS
Habilidades
 Participar em situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Produzir notícias de jornal, observando as partes desse gênero discursivo (manchete, corpo da notícia) e os 
dados essenciais do fato a noticiar.
Eixos de 
Linguagem
 Leitura.
 Produção de textos.
 Oralidade.
Literatura
 Título: A menina sem palavra: histórias de Mia Couto.
 Autor: Mia Couto.
86 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 1
 
Contos de Moçambique
Vamos agora nos aprofundar pelos territórios dos contos de Mo-
çambique. Podemos começar perguntando aos estudantes o que 
sabem sobre Moçambique, se sabem onde fica o país, o que sabem 
de sua história.
 
Imagem territorial 
de Moçambique: 
commons.wikimedia.org
 
Moçambique
Moçambique é um país 
que tem como seu idioma 
oficial o português assim 
como o Brasil e tem as ati-
vidades de produção de grãos e criação de animais como principal 
fonte de sua economia. Infelizmente Moçambique viveu aproximada-
mente 30 anos de conflito armado e guerras civis o que deixou inú-
meras minas terrestres enterradas em seu território e que continuaram 
causando acidentes e mortes mesmo após o fim desses conflitos.
Podemos ver a criação de animais bem forte no primeiro conto 
deste livro intitulado “O dia em que explodiuMabata-Bata”.
Mas antes, o que é um conto?
Conto
O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e 
tem sua origem da necessidade humana de contar e ouvir 
histórias. Passa por narrativas orais de povos antigos, trilhan-
do pelos gregos e romanos, pelas lendas orientais, parábo-
las bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é co-
nhecido hoje.
A estrutura do conto é formada por situação inicial, desen-
volvimento e situação final. Essa divisão é parte importante 
para composição do enredo – uma situação que dá origem 
aos acontecimentos de uma narrativa.
Há poucos personagens e poucos locais, pois como a his-
tória é breve não é possível incluir vários lugares e persona-
gens diferentes.
Há vários tipos de contos: realistas, populares, fantásticos, de ter-
ror, de humor, infantis, psicológicos, de fadas.
SUGESTÃO 2
 
Notícias de jornal
Vamos partir para a leitura de outros contos do livro. Podemos ago-
ra trabalhar em grupos ou pensando na turma toda como um grupo 
único. Dependendo da divisão, um conto do livro por grupo.
Como vimos na sinopse, “A menina sem palavra” se trata de um 
livro de realidades contadas através de uma ótica de delicadeza, 
sensibilidade, do seu autor. Vamos pedir a nossos estudantes que 
transformem os relatos dos contos em notícias de jornal?
Assim como no conto da aula passada “O dia em que explodiu 
Mabata-Bata” em que a notícia seria: “Explodem minas no povo-
ado da parte da montanha”, agora eles poderiam criar notícias de 
acordo com o conto que lessem.
Explique aos estudantes o que é uma notícia, que ela possui man-
chete, título, subtítulo, lide e corpo de texto.
87CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Tendo em mente essas quatro divisões principais do conto de acor-
do com a figura, os estudantes conseguiriam identificar essas qua-
tro partes dentro do conto a ser lido?
Peça que alguém da turma leia o primeiro conto e depois proponha 
que eles mostrem em que trecho está a apresentação do enredo, o 
desenvolvimento, o clímax e o desfecho. Se possível, faça isso com 
mais de um conto e veja se os estudantes já estão afiados, sabendo 
os componentes do conto.
Componentes de uma notícia
- Manchete: título principal, 
de maior destaque, no alto 
da primeira página de jornal 
ou revista, alusivo à mais im-
portante dentre as notícias 
contidas na edição.
- Título: frase que tem como 
objetivos básicos dar ao leitor 
uma orientação geral sobre a 
matéria que encabeça e des-
pertar interesse pela leitura.
- Subtítulo: título secundário 
que se segue ao principal e o 
complementa (linha final).
- Lead (lide): parágrafo inicial que apresenta as informações essen-
ciais da notícia.
- Corpo do texto: deve responder às seguintes perguntas essen-
ciais: O que aconteceu? (fato), Como aconteceu? (descrição de-
talhada do fato), Com quem aconteceu? (pessoas envolvidas), Por 
que aconteceu? (causa, motivo, razão), Onde aconteceu? (local), 
Quando aconteceu? (tempo).
Tendo posse desse conhecimento, os estudantes poderão no de-
correr das aulas irem criando com o apoio do professor uma notícia 
completa do conto que leram. Quem sabe até um estudante habi-
lidoso poderia ilustrar a notícia.
Com as notícias prontas, podemos agora montar um jornal do nos-
so livro “A menina sem palavra” e quem sabe distribui-lo pelo colé-
gio, que tal? Para dicas de como montar um jornal, podemos olhar 
o modelo feito para nossos estudantes no site da Multirio:
88 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/series/serie/3009-jornal-do-aluno
SUGESTÃO 3
 
Você sabe o final?
Os contos de Mia Couto narrados neste livro têm finais interessan-
tíssimos e muitas vezes inusitados. Podemos agora propor um jogo 
com nossos estudantes.
Pegando os contos mais curtos de duas folhas como “O coração do 
menino e o menino do coração”, “Sapatos de tacão alto” e o “Não 
desaparecimento de Maria Sombrinha”, propor uma leitura breve e, 
antes de ler o final, pedir que os estudantes escrevam os possíveis 
finais dos contos. O que será que vai acontecer? O que seria mais 
provável nessa situação? Eles irão se surpreender com os finais das 
histórias.
Proponha também debates sobre a interpretação desses contos. 
Muitos deles falam da sociedade em Moçambique, mas também 
dos sentimentos, da nossa vivência. Dê chance aos estudantes de 
contarem suas histórias. É muito importante darmos voz a eles, 
mostrarmos que o saber de sua família, de sua ancestralidade tem 
muito valor. Isso elevará a autoestima dos estudantes e mostrará 
para toda a turma, o quanto eles também podem nos ensinar.
89CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
90 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 3 – A ilha do tesouro
Sinopse
“Com a morte do pirata Billy Bones na hospedaria Almirante Benbow, 
Jim Hawkins, um menino de 12 anos, abriu o baú do velho lobo do mar 
e descobriu, além de moedas de várias nacionalidades, o mapa de uma 
ilha onde haveria um tesouro enterrado pelo terrível Capitão Flint.
Jim mostrou o mapa para Dr. Livesey e Sir Trelawney, homens influen-
tes da região. Logo partiram no navio Hispaniola para uma expedi-
ção à ilha. A tripulação tinha como cozinheiro Long John Silver, um 
veterano do mar que havia trabalhado no barco de Flint. Silver os 
ajudou a escolher o restante da tripulação, homens experientes, en-
tre os quais alguns aliados de Long John – que, como tantos outros 
piratas, queria mesmo era pegar o tesouro.
A partir daí, começa uma eletrizante aventura, com lutas, armadi-
lhas, mortes sangrentas, barcos à deriva, tempestades e descober-
tas impressionantes.
Trama cheia de traições e reviravoltas, A ilha do tesouro tem todos 
os ingredientes para manter o leitor empolgado e sem fôlego a cada 
página. Clássico para ler e reler muitas vezes, a obra é, muito prova-
velmente, uma fonte na qual beberam os autores da série “Piratas do 
Caribe”, entre outros.”
 
Sinopse retirada de: https://grupoautentica.com.br/autentica/livros/a-ilha-do-tesouro-tex-
to-integral-classicos-autentica/1573
91CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: 8 TEMPOS / 4 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégias de leitura.
 Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais.
 Construção da textualidade.
 Relação entre textos.
Habilidades 
BNCC
• (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias. 
• (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para 
a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do 
público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para 
internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será 
utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.
• (EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando 
recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, 
explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros 
recursos visuais e sonoros.
Habilidades
 Participar em situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Produzir textos com linguagem, estrutura e elementos próprios dos textos em versos: verso, estrofe, rima, 
ritmo...
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando com conta: a 
finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto.
Eixos de 
Linguagem
 Leitura.
 Produção de textos.
Literatura
 Título: A ilha do tesouro.
 Autor: Robert Louis Stevenson.
 Ilustrador: Louis Rhead.
92 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 1 
 
Romance
Que jovem hoje não seinteressa por aventuras? E por caça ao tesou-
ro? Que tal juntarmos tudo nesse clássico da literatura que é “A ilha 
do tesouro”? Vamos começar por aguçar a curiosidade de nossos 
estudantes por contar a eles que esse livro foi o responsável pela 
maioria de filmes de pirata que conhecemos hoje. O clássico pirata 
da perna de pau, o papagaio de pirata, o enredo em que um meni-
no recebe um mapa de um velho pirata e se aventura em busca do 
tesouro, todos esses clássicos vieram desse livro! Por isso ele é tão 
empolgante nos dias de hoje mesmo tendo sido escrito em 1883.
 
Curiosidade
Sabia que o escritor, Robert Louis 
Stevenson também foi o responsável 
por outros clássicos como o conhe-
cido O estranho caso do Dr. Jekyll e 
Mr. Hyde (ou O médico e o monstro)? 
Nessa história, o advogado Gabriel 
Utterson tenta descobrir a relação 
secreta entre o seu amigo Dr.Jekyll e 
o violento Mr.Hyde. 
Como o livro A ilha do tesouro se trata de um romance, podemos 
propor a turma a leitura dele dividida em capítulos pelas semanas.
 
Romance
Romance é um gênero textual que consiste em uma narrativa lon-
ga, escrita em prosa. Por tratar-se de uma narrativa, o romance 
possui uma ação, lugar onde ela ocorre, tempo em que ela acon-
tece, personagens que a realizam, uma trama e um ponto de vista, 
isto é, a perspectiva do narrador.
Uma outra sugestão é apresentar para a turma esse episódio do 
programa “Morde a língua” da Multirio que analisa o que é o gênero 
literário Romance:
E agora, para introduzir o livro escolhido, faça uma leitura em grupo 
dos dois primeiros capítulos do livro que tratam da apresentação dos 
personagens e do primeiro momento de ação na hospedaria Almiran-
te Benbow. Isso com certeza instigará a curiosidade dos estudantes.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/9350-um-mergulho-no-espelho-romance
93CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2
 
Caça ao tesouro 
O livro fala de um pirata, que deixa um mapa para um menino, que 
morava em uma hospedaria. De uma vida pacata, agora esse me-
nino parte para uma grande aventura em um navio cheio de pira-
tas em busca a esse tesouro numa ilha com uma história cheia de 
reviravoltas. Que tal proporcionarmos uma aventura parecida para 
nossos estudantes? Vamos criar uma caça ao tesouro! 
Vamos dividir a turma em grupos e propor uma busca ao tesouro 
na escola. O tesouro poderá ser um presente que você professor 
determinará.
Agora vem a parte mais di-
vertida: o mapa do tesouro! 
Assim como não foi direta-
mente que o nosso perso-
nagem principal recebeu o 
mapa, poderíamos escon-
dê-lo em algum lugar na sala 
de leitura ou outro lugar que 
achar melhor e deixar pistas 
com os estudantes. Essas 
pistas podem ser em chara-
das, palavras que devem ser 
lidas de trás para frente, caça-palavras, pistas que levam a outras 
pistas e por aí vai. Vamos a alguns exemplos:
N
W E
S
Charadas
- O que é, o que é? É de metal, mas não enferruja porque seu tra-
balho é soltar água.
 (Resposta: bebedouro) –a próxima pista poderia estar no bebedouro.
- Sem dedos eu aponto, sem braços eu golpeio, sem pés eu corro. 
 O que sou?
 (Resposta: relógio)
- O que é, o que é? Todo mês tem, menos abril.
 (Resposta: a letra O) – Para esses de letra, poderíamos colocar a 
pista em um mural onde tem as letras.
- O que é, o que é? Estou no início da rua, no fim do mar e no meio da cara.
 (Resposta: a letra R)
Pistas lidas de trás para frente
Você poderá entregar aos estudantes pistas com as palavras espelha-
das, de forma que eles precisem de um espelho para ler. Dessa forma:
 
Acima está escrito “A próxima pista está na sala 10.”
94 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Uma ideia é, em vez de ser tão direto, fazer uma pista que indique 
um próximo caminho, que indique outra pessoa:
 
Acima está escrito: “Pergunte a inspetora Marta”. Envolvendo ou-
tros funcionários na caça ao tesouro, a aventura também ficará 
bem divertida.
 
Caça-palavras
Essa sugestão é um pouco mais elaborada, mas também irá des-
pertar o interesse dos estudantes. Só quando eles encontrarem to-
das as palavras do caça-palavras, receberão a chave para retirar o 
mapa do lugar onde ele está ou terão o mapa entregue por uma 
pessoa. O caça palavras podem ser gerado por aplicativos online. 
Segue uma sugestão:
 
A Ilha do Tesouro
As palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal e 
vertical, sem palavras ao contrário.
ARMADILHA BAÚ MENINO PAPAGAIO TESOURO
AVENTURA LEALDADE NAVIO PIRATA
Resolução do 
Caça-palavras:
95CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Mapa
Agora, chegamos ao mapa em si. Podemos montar um mapa se ba-
seando na planta baixa da escola de forma simplificada e marcando 
com um X vermelho onde estará o nosso tesouro. Se possível, co-
loque direções dos pontos cardeais para os estudantes se guiarem 
e terem noção dentro da escola onde ficam norte, sul, leste e oes-
te. Marque o número de passadas entre um ponto de referência e 
outro. Ex.: porta da sala de leitura – cinco passos para frente – vire 
à esquerda, dez passos à frente – vire à direita e bata na porta do 
laboratório de ciências... A nossa imaginação é o limite!
E não acaba aí...
Quando os estudantes encontrarem o tesouro escolhido por você 
professor, reúna a turma toda e faça um apanhado de toda essa 
caça ao tesouro. Pergunte a eles o que acharam de tudo. O que 
eles puderam apreender de toda essa jornada, se tiveram dificul-
dades nas charadas, nas pistas e se teriam ideias para fazer novas 
pistas. Que tal agora eles montarem um novo jogo para outra tur-
ma? Assim iremos incentivar a criatividade deles e as habilidades 
na escrita e na pesquisa tanto na hora de criar charadas e pistas, 
quanto na hora de desenhar novos mapas. Com certeza outra tur-
ma gostará muito dessa caça ao tesouro.
co
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m
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s.
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96 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
 
Qual é o seu tesouro?
Ainda na temática do tesouro, vamos abordar o tema de forma mais 
socioemocional com nossos estudantes. Até então, estávamos tra-
tando de valores em dinheiro conforme o livro, de bens materiais. 
Mas e se o nosso tesouro fosse outro? Questione a eles o que con-
sideram mais precioso na vida. Seria o amor da família? Um animal 
de estimação muito querido? Uma lembrança da avó que já se foi? 
Promova um espaço de escuta sem julgamentos entre os estudan-
tes e abra para que eles se expressem abertamente contando seus 
tesouros. Pergunte se eles concordam que hoje poucos dão valor 
para esses tesouros que realmente importam e dão mais valor ao 
material. Qual seria o motivo por trás disso? E se tentássemos cha-
mar a atenção da escola por meio de uma campanha publicitária 
para o que realmente é importante? O real valor?
 
Campanha publicitária
Para montarmos uma campanha publicitária, precisamos de um 
tema, um objetivo e um público-alvo. Sempre é bom a criarmos 
com imagens e slogans que chamem a atenção do público para a 
propaganda que queremos destacar.
Para que os estudantes entendam o conteúdo, use como exemplo 
propagandas diferentes de um mesmo produto, se possível, para 
que eles observem os pontos citados acima. Abaixo alguns exem-
plos de domínio público da Hemeroteca da Biblioteca Nacional de 
um periódico esportivo chamado “Paraná Esportivo” de 4 de ou-
tubro de 1952:
(Propagandas retiradas de: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=761567&pagfis=2)
Observe que as duas propagandas pertencem à mesma campanha 
publicitária da fábrica de móveis “Móveis Cimo S.A”. O objetivo era 
vender seus móveis aos leitores do jornal e isso era feito a partir 
do slogan que se repetia no final do anúncio: “Móveis Cimo... Cada 
97CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
vez maior... Sempre melhor!” e da imagem com os personagens 
bem animados com sua compra e o balão de fala afirmando isso 
com letras em caixa alta: “Hoje fiz uma ÓTIMA COMPRA”. Veja se 
os estudantes percebem essas semelhanças nas duas propagandasatravés de perguntas, para que sejam capazes de fazer suas pró-
prias propagandas.
Nosso tema será: O verdadeiro tesouro. Dito isso, pense com a tur-
ma, em possíveis slogans – frases simples, diretas, fáceis de lembrar 
e que chamem o público-alvo (que, nesse caso, serão os estudantes 
da escola). Assim que decidirem os slogans, divida a turma em grupo 
e cada grupo ficará com um slogan e encarregado de criar uma ima-
gem forte para a sua propaganda de forma que no final a turma toda 
tenha uma campanha publicitária para divulgar pela escola.
Slogan
Frase simples, direta, fácil de lembrar que resuma as características 
do produto ou da mensagem que se quer passar para o público.
A forma como as propagandas serão feitas dependerá da turma. 
Poderá ser feita em cartolinas, recortes de revistas, desenhos e fo-
tos ou poderá ser feita de modo digital usando as mídias sociais da 
escola e até vídeos. Solte a imaginação dos estudantes e depois 
conte com a ajuda deles para a divulgação nas 
Fr
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p
ik
SUGESTÃO 4
 
Música de pirata
No livro, o Capitão Bill, pirata que logo no início chega na hospe-
daria Almirante Benbow, sempre que pode cantarola uma música e 
ela assombra os hóspedes do local e, até no final do livro, persegue 
os piratas que estão atrás de seu tesouro.
A canção entre os marinheiros é um costume bem antigo, não se 
sabe o ano que começou, mas existem registros do século XIX na 
Inglaterra de canções para que os marinheiros passassem o seu 
tempo durante seus afazeres a bordo. A música “What shall we do 
with a drunken sailor” é uma das mais conhecidas hoje e ela é rit-
mada de uma certa forma, para que todos os marinheiros conse-
guissem fazer seus afazeres juntos, de forma enérgica.
Já no Brasil, lembramos sempre de um verso conhecido de uma 
marchinha de carnaval do compositor Braguinha:
“Eu sou um pirata da perna de pau
Do olho de vidro, da cara de mau”
Professor, se possível, apresente a marchinha aos estudantes e agora 
parta para o desafio: Peça que eles montem as músicas deles usando 
como tema tudo o que abordamos até agora sobre o livro A ilha do 
tesouro e usem rimas. Poderão usar o ritmo que preferirem (rap, funk 
ou outros), mas precisarão escrever a música em versos, estrofes e 
depois apresentá-las cantando para a turma.
Em seguida, engaje a turma na criação da música, que tal pensar 
em participar da Mostra Municipal de Linguagens deste ano? Se 
possível, assista ao vídeo abaixo da participação da Escola Munici-
pal Soares Pereira na II MML de 2022:
Nossa vez, nossa voz – E.M. Soares Pereira | MML
98 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
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http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/9350-um-mergulho-no-espelho-romance
99CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Fr
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SUGESTÃO 5
Diário de bordo
O livro A ilha do tesouro possibilita que o leitor mer-
gulhe num mundo paralelo viajando a locais distan-
tes e fazendo da impossibilidade seu dia a dia. Ima-
gine se aventurar, durante sua adolescência, numa 
caça ao tesouro com piratas reais! E esse é o poder 
da literatura.
Outro autor bem conhecido por nos proporcionar 
essas viagens é Júlio Verne ou Jules Verne e suas mais 
fantásticas viagens como: Viagem ao centro da Ter-
ra, Vinte mil léguas submarinas, A volta ao mundo 
em oitenta dias, A ilha misteriosa, entre outros.
Podemos apresentar esse outro incrível autor a nossos estudantes com os exem-
plares que estiverem em nosso acervo de sala de leitura ou sugerir que leiam 
online já que todas as obras de Júlio Verne já se encontram em domínio público.
Ao pensar no poder da literatura em nos levar para diversos lugares como uma 
viagem sem sair do lugar, será que os estudantes conseguiriam fazer um diário 
de bordo?
Diário de bordo - Caderno, no qual, o marinheiro ou viajante, fazia anotações 
detalhadas sobre o seu dia, com direções tomadas e os acontecimentos mais 
importantes do dia. 
100 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Temos duas abordagens. Primeiro, poderíamos pedir aos estudan-
tes que façam um diário de bordo de seu dia a dia contando que 
livro estão lendo. Para isso eles poderiam usar um caderno a parte, 
uma agenda e ir escrevendo seus pensamentos, suas impressões e, 
quando se sentissem confortáveis, compartilhar seus pensamentos 
com a turma.
A segunda opção é fazer um diário de bordo da classe. Nesse segun-
do caso, trata-se de um caderno, no qual, a cada dia, um estudante 
diferente fique responsável por fazer o relato do que aconteceu na 
aula, naquele dia específico. É fundamental que o relato registre o 
que aconteceu durante as aulas e que recupere os conteúdos, con-
ceitos ou atividades abordadas naquele dia específico. Mas, além 
disso, é necessário que cada estudante relate os aprendizados que 
aquela aula trouxe para si, uma impressão individual. Assim, também 
poderão ser compartilhados os textos com toda a turma.
101CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 4 – A bolsa amarela
Sinopse
“A Bolsa Amarela é o romance de uma menina que entra em con-
flito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vonta-
des (que ela esconde numa bolsa amarela) – a vontade de ser gente 
grande, a de ter nascido menino e a de se tornar escritora. A partir 
dessa revelação – por si mesma uma contestação à estrutura familiar 
tradicional em cujo meio “criança não tem vontade” – essa menina 
sensível e imaginativa nos conta o seu dia a dia, juntando o mundo 
real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado 
de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem 
episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e 
a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.
Traduzido em vários idiomas, o livro foi encenado em teatros do Bra-
sil, Bélgica e Suécia.”
Sinopse retirada de: https://casalygiabojunga.com.br/obras-da-autora/
102 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 10 TEMPOS / 5 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégias de leitura. Apreciação e réplica.
 Curadoria de informação.
 Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição.
 Planejamento e produção de entrevistas orais.
Habilidades 
BNCC
• (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances 
infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, 
narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e 
fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto 
lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
• (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e 
abertas. 
• (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação 
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
• (EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, porque aquele 
entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, 
preparar o roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com o 
fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras perguntas a 
partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita 
do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a 
relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
103CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
7º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 10 TEMPOS / 5 ENCONTROS
Habilidades
 Participar em situações de interação oral com desenvoltura eautonomia.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando com conta: a 
finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto.
Eixos de 
Linguagem
 Leitura. 
 Produção de textos. 
 Oralidade. 
Literatura
 Título: A bolsa amarela.
 Autor: Lygia Bojunga.
 Ilustrador: Marie Louise Nery.
104 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sugestão 1 - Quem foi Lygia Bojunga?
Vamos agora nos remeter a um grande sucesso da escritora Lygia 
Bojunga que fala direto com nossos estudantes e com seus sonhos: 
A bolsa amarela. A menina Raquel, temporã de uma grande família 
acha que está sobrando e apela para seus amigos imaginários, um 
ouvido amigo, enquanto suas vontades não param de crescer.
Antes de mergulharmos no livro, vamos pedir a nossos estudantes 
que pesquisem quem foi a autora Lygia Bojunga? Podemos ensiná-
-los a fazer pesquisas em locais confiáveis. Hoje, todos usamos a 
internet, mas como fazer uma pesquisa confiável? Podemos mos-
trar para eles sites oficiais como o site da editora de nosso livro 
que tem a biografia da autora assim como ensiná-los a buscar boas 
fontes. Sites confiáveis citam suas fontes com referência de data e 
nome do autor responsável por aquela informação. 
Cada estudante ou grupo de estudantes poderia ficar com um livro 
da autora para pesquisar e ao final da pesquisa, apresentar para a 
turma de forma oral com um painel, cartaz ou até mesmo uma apre-
sentação de vídeo, que tal?
Sugestões para a pesquisa:
1.  Quem foi Lygia Bojunga?
2.  Qual livro dela mais chamou a sua atenção e por quê?
3.  Pelo que você pesquisou e aprendeu nessa pesquisa, qual a sua 
opinião sobre a autora Lygia Bojunga?
105CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sugestão 2 - Uma carta
Raquel vê uma saída dos seus questio-
namentos no desabafo com seus amigos 
imaginários. Ela começa a escrever cartas, 
primeiro para André e depois para Lorelai, 
ambos amigos que existem apenas em sua 
cabeça. Cada um tem uma personalidade 
diferente. André mais direto e sensato, Lo-
relai mais impulsiva, mostrando bem a veia 
criativa de Raquel.
Vamos começar a degustação de A bolsa amarela pelo capítulo 
inicial apresentando esses três personagens a nossos estudantes. 
Se possível, divida a leitura entre eles. 
Ao terminar, pergunte aos estudantes se eles já tiveram algum ami-
go imaginário durante suas vidas. E agora proponha uma carta para 
esse amigo: Você sente falta de alguém para conversar? Sobre o 
que gostaria de conversar? É uma vontade escondida como a de 
Raquel? Um segredo antigo? Pense primeiro para quem a carta será 
endereçada e depois comece a escrevê-la livremente.
Como poderá se tratar de segredos ou desabafos, os estudantes 
poderão se sentir envergonhados de ler em público. Respeite esse 
espaço deles e mostre ou leia para a turma apenas aquelas cartas 
que os autores se sentirem confortáveis.
Carta
A carta é um gênero textual dialógico, ou seja, ela tem 
como principal objetivo estabelecer uma conversa entre 
dois interlocutores específicos. Assim, a carta pode ser 
utilizada na comunicação entre amigos e familiares (carta 
pessoal), obtendo um caráter mais subjetivo e informal.
O responsável por escrevê-la é chamado de remetente ou 
signatário (locutor). Já aquele que a recebe é denominado 
destinatário (interlocutor). A carta é um texto escrito em 
prosa e apresenta os seguintes elementos estruturais: 
data, vocativo, assunto e despedida.
Fr
ee
p
ik
Sugestão Extra
Temos vídeos ótimos no canal da Multirio que tratam do Gênero 
Textual Carta. Vamos ver?
A carta | Rioeduca na TV - Carioca II
https://www.youtube.com/watch?v=0pKW1Ro9_iI
https://www.youtube.com/watch?v=0pKW1Ro9_iI
https://www.youtube.com/watch?v=0pKW1Ro9_iI
https://www.youtube.com/watch?v=0pKW1Ro9_iI
106 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
No capítulo 2 do livro, somos apresentados à bolsa amarela de Ra-
quel, aquela que ela ganha da tia Brunilda. Raquel logo se admira 
com a cor viva da bolsa, seu tamanho que, quando colocada no 
ombro, arrasta no chão e a enorme quantidade de bolsos: sete – 
um para cada gosto e necessidade. Tem bolso de zíper, bolso de 
elástico, bolso comprido e miúdo. Nisso, ela vai guardando suas 
vontades, seus tesouros particulares, as coisas que encontra por aí 
e o que mais precisa.
É comum dizerem que 
carregamos muita coisa 
na bolsa. Olhe dentro de 
sua mochila agora e veja 
se tudo o que você car-
rega nela era realmente 
necessário. O que isso 
significa? Será que car-
regamos peso demais?
Sugestão 3 - O que eu guardo no bolso?
A
ce
rv
o 
p
es
so
al
Vamos agora levar essa reflexão a nossos estudantes. O que eles 
guardariam se tivessem uma bolsa com sete bolsos? E por qual 
motivo fariam isso? Podemos pedir que eles desenhem os bolsos 
ou entregar uma folha desenhada a eles com o desenho a seguir. E 
pedir que eles também escrevam o motivo de querer ter guardado 
cada uma daquelas coisas em cada bolso. Aqui valem coisas reais 
e abstratas assim como a Raquel que guardava desde sua guarda-
-chuva menina até a vontade de ser grande.
A
ce
rv
o 
p
es
so
al
107CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sugestão 4 - Entrevista
Após essa jornada entre amigos imaginários, vontades guardadas 
em bolsas e sonhos, será que só os adolescentes passam por isso? 
Será que eles não se admirariam ao descobrir que os adultos um 
dia já foram adolescentes e passaram pelos mesmos questiona-
mentos que eles?
Vamos propor aos estudantes uma entrevista a um adulto com as 
questões do livro. Eles precisarão pensar nas perguntas que irão fa-
zer, roteirizar essas perguntas, fazer a entrevista em si, transcrevê-
-la e depois apresentar para a turma em uma culminância.
Entrevista
A entrevista é um gênero textual produzido pela 
interação entre duas pessoas, ou seja, o entrevistador, 
responsável por fazer perguntas, e o entrevistado, que 
responde às perguntas. O texto da entrevista é marcado 
pela oralidade e, geralmente, tem função informativa. 
As entrevistas podem ser estruturadas (aquelas que 
seguem um roteiro de perguntas) e as não estruturadas 
(sem roteiros, parecem mais uma conversa espontânea).
Para que a entrevista possa ser transcrita, ela poderá ser 
gravada usando uma câmera de vídeo ou um gravador 
de voz.
Como sugestão, poderemos utilizar as seguintes perguntas:
1.  Qual é o seu nome?
2.  Você já teve um amigo imaginário? Se sim, qual o nome dele?
3.  Você sempre foi uma pessoa de muitos amigos ou era alguém 
mais solitário?
4.  Qual o seu conselho para se fazer bons amigos?
5.  Você quando criança queria ser maior?
6.  Qual era a profissão que você gostaria de ter?
7.  Você acha que hoje realizou todos os seus sonhos?
Fr
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Pi
ck
108 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sugestão 5 - Brigas e despedidas
No desenrolar da história, nossa protagonista Raquel se envolve 
em discussões com seus irmãos mais velhos, seu primo Alberto e 
até o galo Afonso. Em um momento, temos uma despedida do galo 
Terrível no capítulo sete intitulado “Terrível vai embora”.
Como um jovem adolescente hoje pode lidar com conflitos? De 
acordo com o livro Caderno de exercícios de inteligência emocio-
nal, ao aparecerem emoções em que nossa tendência é espantar 
elas de nosso pensamento ou fugir delas, o ideal seria acolhê-las. 
Mas como assim? Uma das formas é escrever sobre elas assim como 
Raquel fez.
Se possível, leia com os estudantes o capítulo sete “Terrível vai em-
bora” e converse com eles sobre a compreensão do texto. O que 
aconteceu com o galo Terrível na opinião deles?
Agora, vamos ver como Raquel lidou com a despedida lendo o ca-
pítulo oito “História de um galo de briga e de um carretel de linha 
forte”, onde Raquel inconformada com o possível final de Terrível 
resolve escrever outro, da própria cabeça, que acha melhor. E as-
sim, escrevendo, ela vai lidando com o sentimento da despedida. 
Ao finalizar a leitura, convideos estudantes a se expressar sobre 
seus sentimentos e reações a essa palavra “despedida” e também 
sobre o que acharam do final que Raquel criou.
Que tal partirmos para a produção? Fazer uma breve história sobre 
uma despedida. Lápis e papel na mão: peça aos estudantes para 
escrever sobre uma despedida que eles tiveram em sua vida.
A
ce
rv
o 
p
es
so
al
109CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO
CÍRCULO DE LEITURA
110 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 1º, 2º, 3º e 4º BIMESTRES
Oralidade e Análise 
Linguística
 Argumentar com coerência na defesa de opinião sobre assuntos significativos.
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Participar em situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
 Perceber relações de causa e consequência em situações de interação oral.
 Realizar exposições orais de assuntos, de forma fluente, expressiva e com sequência lógica,coerente.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
 Utilizar adequadamente, em situação de oralidade, as regras básicas de concordância e regência verbal e nominal.
 Utilizar a linguagem adequada à situação de interação, reconhecendo os contextos de uso dos diferentes 
registros, respeitando a variante de seus interlocutores e reconhecendo o conceito de variante padrão.
Leitura e Análise 
Linguística
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
 Compreender o uso expressivo do verbo nos textos lidos.
 Compreender textos não verbais e multimodais, tais como fotos, gráficos, tabelas, tirinhas, propagandas etc.
 Construir diferentes hipóteses de leitura.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
 Identificar a tese e os argumentos em um texto.
 Identificar as relações de causa e consequência.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) a desenvolvido.
 Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto percebendo o caráter polissêmico de palavras ou 
expressões e os diferentes significados que podem assumir em contextos diversos.
 Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos 
verbais e entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
 Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros.
111CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Leitura e Análise 
Linguística
 Localizar informações explícitas, literalmente expressas no texto ou dele parafraseadas.
 Perceber o diálogo entre textos e analisar a coerência temática entre textos.
 Reconhecer a função dos modos, tempos e pessoas verbais como elementos de coerência.
 Reconhecer as diferentes partes de uma notícia: título (ou manchete), subtítulo, lide, corpo da notícia.
 Reconhecer as estruturas de textos em prosa e em verso (parágrafos, períodos, orações, estrofes, 
versos...). Explicar as diferentes estruturas e o propósito comunicativo dos diferentes textos.
 Reconhecer aspectos característicos de uma crônica, como sua periodicidade, linguagem (informal, 
objetiva, poética), fatos cotidianos ou assuntos de interesse geral.
 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo 
tema, em função das condições em que foram produzidos e daquelas em que serão recebidos.
 Reconhecer na combinação de elementos da linguagem de um texto, efeitos de humor e de ironia, 
explicando as pistas linguísticas que causam o humor e a ironia do texto.
 Reconhecer o efeito de sentidos decorrente da escolha de uma palavra ou expressão, inclusive em usos 
afetivos e/ou pejorativos de diminutivos ou aumentativos, em palavras ou expressões intencionalmente 
grafadas em língua estrangeira, nas figuras de linguagem etc.
 Reconhecer opiniões e argumentos que as sustentam, em textos diversos.
 Reconhecer os elementos da narrativa: narrador (foco narrativo); personagem (principal e secundários, 
protagonista e antagonista) e suas características físicas e psicológicas; tempo/espaço da narrativa; 
aspectos descritivos do tempo/espaço da narrativa.
 Reconhecer os elementos estruturais da narrativa: situação inicial; complicação (conflito gerador e clímax); 
desfecho.
 Reconhecer os sinais de pontuação e outras notações como marcas da expressividade em um texto, 
identificando efeitos de sentido de seus usos.
 Relacionar palavras/ideias de um mesmo campo semântico, de acordo com o contexto.
 Sintetizar as ideias de um texto.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
112 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Escrita e Análise 
Linguística
 Empregar adequadamente os sinais de pontuação, inclusive como marcas de expressividade.
 Empregar adequadamente sinais de acentuação gráfica e regras básicas de ortografia.
 Empregar, na produção de textos de base narrativa, elementos da narrativa, tais como: – narrador (foco 
narrativo); – personagem (principal e secundários) e suas características físicas e psicológicas; – tempo/
espaço da narrativa.
 Organizar o texto em blocos de sentido: parágrafo.
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando com conta: 
a finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto.
 Produzir textos de base narrativa com a estrutura adequada: situação inicial; complicação (conflito gerador 
e clímax); desfecho.
 Produzir textos defendendo opinião sobre assuntos diversos.
 Produzir textos empregando adequadamente os tempos e modos verbais da nossa língua.
 Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim; 
presente, passado, futuro).
 Produzir textos, individual e coletivamente, de acordo com as condições de produção (finalidade, gênero, 
interlocutor), utilizando recursos gráficos suplementares (distribuição espacial, margem, letra maiúscula).
 Realizar processo de revisão de textos, verificando a adequação ao leitor e aos objetivos da comunicação.
 Reescrever o texto, levando em conta o proposto na revisão textual.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas visando 
aprimorá-lo no processo de formação autor-escritor.
 Utilizar os mecanismos básicos de concordância nominal e verbal.
 Utilizar em produções textuais as regras de concordância e regência verbal e nominal.
113CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LIVRO 1: A grande assembleia dos 
bichos pestilentos e peçonhentos
SINOPSE
“A enigmática Assembleia do título promove um en-
contro inusitado entre representantes da nossa fauna 
pestilenta e peçonhenta, em que personagens de gê-
nio forte, como o Rato, a Cobra, a Aranha e o Escor-
pião, de modo literalmente acalorado, debatem o que 
farão contra as iniciativas de três conhecidos cientistas 
brasileiros durante a Revolta da Vacina. Como contra-
-atacar as ações de Oswaldo Cruz, Vital Brazil e Carlos 
Chagas, humanos que estão em plena campanha de 
extermínio contra as pestes do nosso país tropical?
A mente prodigiosa de Ivan Jaf, um dos mais importan-
tes escritores da literatura juvenil brasileira, constrói uma 
narrativa ao mesmo tempo divertida e com rigorosa pes-
quisa histórica e científica, ao costurar a vida e obra dos 
três médicos sanitaristas para ressaltar a importância das 
vacinas e do controle das doenças para melhorar a qua-
lidade de vida do país no início do início do século XX.
Com originalidade, o livro traz uma história que, ainda 
em nossos dias, enfrenta com acalorada polêmica a opi-
nião pública sobre as vacinas e a relação entre interes-
ses individuais em detrimento do bem-estarcoletivo.”
(Sinopse retirada do site da editora do livro – A grande assembleia dos bichos 
pestilentos e peçonhentos – Trioleca)
Sobre o autor:
Carioca, bom de prosa, contador de histórias. Consa-
grado entre os principais nomes da literatura juvenil 
do Brasil, constrói com habilidade e muita pesquisa 
um olhar inventivo sobre a história e a literatura brasi-
leiras. Circula, com desenvoltura, originalidade e hu-
mor fino, entre diversos gêneros literários. Roteirista 
talentoso, produziu roteiros para histórias em quadri-
nhos, teatro e cinema, tendo conquistado prêmios 
importantes como o do Sundance Institute USA/98), 
de cinema, e, na literatura, o prêmio da União Brasi-
leira de Escritores. Para a linguagem dos quadrinhos, 
adaptou diversos clássicos da literatura brasileira, 
como Dom Casmurro, de Machado de Assis, O corti-
ço, de Aluísio Azevedo, e Amar, verbo intransitivo, de 
Mário de Andrade, entre outros. Além desses, já adap-
tou inúmeros clássicos brasileiros e internacionais, de 
autores que vão de Joseph Conrad a Machado de As-
sis, e publicou mais de 60 títulos dedicados principal-
mente ao público juvenil. 
Texto retirado do site da editora Trioleca – https://trioleca.com.br/
autor/ivan-jaf/
https://trioleca.com.br/livro/a-grande-assembleia-dos-bichos-pestilentos-e-peconhentos/
https://trioleca.com.br/livro/a-grande-assembleia-dos-bichos-pestilentos-e-peconhentos/
https://trioleca.com.br/autor/ivan-jaf/
https://trioleca.com.br/autor/ivan-jaf/
114 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 10 TEMPOS / 5 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção.
 Adesão às práticas de leitura.
 Escuta.
 Apreender o sentido geral dos textos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais 
do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em 
relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, 
em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.
 (EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou 
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo 
proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses 
coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.
Habilidades
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Oralidade.
Literatura
 Título: A grande assembleia dos bichos pestilentos e peçonhentos.
 Autor: Ivan Jaf.
 Ilustrador: Rafa Antón.
115CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Olá, professor! Dando início a mais uma série de propostas e suges-
tões para inspirá-lo no desenvolvimento das atividades do Círculo 
de Leitura, a primeira indicação literária é A grande assembleia dos 
bichos pestilentos e peçonhentos, do autor Ivan Jaf, indicado na 
categoria Literatura Juvenil do 61º Prêmio Jabuti em 2019, ficando 
entre os 5 finalistas, faz parte do PNLD literário de 2021.
O livro possui uma linguagem bem-humorada e tem como pano 
de fundo “A Revolta da Vacina”, um episódio histórico ocorrido no 
início do século XX na cidade do Rio de Janeiro, fato bastante co-
mentado nos últimos anos devido à recente pandemia do Corona-
vírus que assolou o mundo em 2020. A história do livro nos permite 
fazer relações entre várias áreas do conhecimento, desde a própria 
literatura brasileira até áreas da ciência como a microbiologia e a 
produção de vacinas; a História do Rio de Janeiro; a geografia e o 
usos dos espaços urbanos; também assuntos bem contemporâne-
os como o problema dos usos de fake news.
Desse modo, professor, será interessante dar início as atividades 
com a apresentação do livro. Mostre a capa, leia o título e pergunte 
aos estudantes se eles sabem o que é uma “assembleia”; o que são 
animais pestilentos e peçonhentos e se sabem dar exemplos de 
animais que se enquadram nessas categorias. Se julgar necessário, 
proponha o uso de dicionários. Após isso, você pode apresentar 
imagens de alguns desses bichos para que eles possam identificar 
e visualizar.
Continuando essa fase de interação inicial com o livro e já conhe-
cendo o significado das palavras, pergunte aos estudantes se eles 
teriam alguma ideia do motivo que esses bichos peçonhentos e 
pestilentos teriam para fazerem uma assembleia. Para auxiliá-los 
explique que essa assembleia dos bichos está acontecendo em pa-
ralelo à Reforma da Vacina. O que será que esses bichos da história 
têm a ver com esse fato histórico?
Após essa interação inicial, pode ser feita a leitura da sinopse, do 
texto da contracapa e da apresentação do livro, para que os estu-
dantes comecem a ter um pouco mais de informação sobre o en-
redo da obra. Pode ser necessário esclarecimentos em relação ao 
significado de algumas palavras (sanitarista, microbiologia, famige-
rada) e a identificação de alguns personagens da História (Oswaldo 
Cruz, Vital Brazil e Carlos Chagas). 
116 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Para facilitar o entendimento dos estudantes sobre o que foi a Revolta da Vacina e melhor compreender o texto literário, a sugestão é 
propor o visionamento de alguns vídeos que tratam sobre o assunto do texto: o primeiro, sobre que foi a Revolta da Vacina e quais as suas 
implicações; em seguida: “Revolta da Vacina – Mochileiro do futuro”, produzido pela MultiRio; “Histórias do Brasil – A Revolta da Vacina”, 
produzida pela TV Senado e “A Revolta da Vacina e a politização atual da vacina da Covid”, produzido pelo IFSC.
Professor, após o visionamento será interessante tecer comentários 
e observações, fazendo um link entre o vídeo e a história ficcional 
da obra literária, possibilitando que os estudantes façam perguntas 
e exponham suas dúvidas.
Caso desejem obter mais informações sobre a Revolta da Vacina, 
seguem abaixo indicações de textos e sites sobre o assunto:
• Texto “A Revolta da Vacina” escrito Jeanne Abi-Ramia, 
professora de História e consultora da série de TV O 
Mochileiro do Futuro. 
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/6602-a-revolta-da-vacina
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=6i6v9f_aWjg
https://www.youtube.com/watch?v=SZELttkorb4
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/artigos/11429-a-revolta-da-vacina
117CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
• Texto “A Revolta da Vacina” com galeria de ima-
gens históricas.
• Livro Ludi na Revolta da Vacina: uma odisseia 
no Rio Antigo, da autora Luciana Sandroni.
SUGESTÃO 2
Professor, A proposta aqui é realizar a leitura dos capítulos 1 e 2 
com os estudantes. Para a atividade ficar ainda mais dinâmica, os 
estudantes poderão ler, cada um, alguns trechos da obra. 
Fique atento à necessidade de esclarecer dúvidas de significado 
de vocábulos ao longo da leitura para que ocorra uma boa compre-
ensão da história narrada no livro.
Pergunte aos estudantes se eles conseguem identificar o narrador 
da história. Após essa identificação do “Traça-dos-livros” como 
narrador, seria interessante mostrar imagem de uma traça-de-livros 
e dos diferentes tipos de traça que existem.
DIFERENTESTIPOS DE TRAÇA
Traça-de-livros
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on
s
Traça-de-parede
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on
s
Traça-de-parede
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ia
 c
om
m
on
s
No livro, o narrador Sr. “Traça-de-livros” se acha superior aos outros 
tipos de traças e apresenta um motivo para essa suposta superiori-
dade. Que tal perguntar à turma por que isso acontece? Peça para 
que os estudantes identifiquem no texto o trecho onde isso apa-
rece explicado, inclusive mostre que foram suas muitas qualidades 
que o fizeram ser escolhido para mediar a “assembleia dos bichos”.
Entretanto, o Sr. “Traça-de-livros” também afirma que um dos moti-
vos para os humanos acharem que as traças são todas iguais, tendo 
“baixo conceito” entre os humanos, está relacionado a uma res-
posta pouco inteligente que uma traça-de-livro deu ao persona-
gem protagonista do livro Dom Casmurro, escrito por Machado 
de Assis, o “maior escritor brasileiro”. Pergunte se os estudantes 
conseguem identificar o nome desse escritor e qual foi a resposta 
dada pela traça que destruiu com a reputação das traças-de-livros.
Professor, pode ser interessante apresentar aos estudantes o autor 
Machado de Assis. Fale um pouco sobre a história de vida desse 
importante escritor. Explique que ele foi um dos idealizadores e 
criadores da Academia Brasileira de Letras (ABL).
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/66-o-rio-de-janeiro-como-distrito-federal-vitrine-cartao-postal-e-palco-da-politica-nacional/2917-a-revolta-da-vacina
118 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Professor, se achar pertinente para ampliar o tema, poderá analisar 
o conteúdo desses dois links sugeridos aqui: 
Biografia: “Machado de Assis, um escritor negro”
Resenha do livro: “Machado de Assis Afrodescendente”
Outra possibilidade para esse capítulo, partindo de uma semelhan-
ça do livro A grande Assembleia dos bichos pestilentos e peço-
nhentos ao gênero fábula ao apresentar animais falantes com ca-
racterísticas humanas, pode ser perguntar aos estudantes se eles: 
Sabem o que é uma fábula? Quais as principais características de 
uma fábula? Conhecem ou já leram uma fábula? Dê aos estudan-
tes exemplos de fábulas como “A cigarra e a formiga” e “A lebre e 
a tartaruga”. Pode ser que os estudantes confundam um pouco 
fábula e apólogo, assim, seria interessante relembrar e apresentar 
as diferenças entre os dois gêneros textuais, além de fazer a leitura 
de um apólogo e de uma fábula para eles. Daí sugiro o apólogo “A 
agulha e a linha” do já citado Machado de Assis. Como proposta de 
recurso pedagógicos podem ser utilizados os vídeos da MultiRio 
sobre Fábula e Apólogo. Caso não seja possível exibir os vídeos ex-
plicativos, organize e apresente aos estudantes um quadro com as 
principais características e diferenças entre os dois gêneros.
Como atividade, sugiro que peça aos estudantes que escrevam 
uma fábula ou um apólogo. Crie um roteiro para que os estudantes 
possam seguir. Pode ser inspirada na história do livro grande As-
sembleia dos bichos pestilentos e peçonhentos.
Apólogo | Rioeduca na TV - Língua Portuguesa 
A produção de uma fábula | Rioeduca na TV - Língua Portuguesa 
Texto completo do apólogo “A agulha e a linha”, 
de Machado de Assis
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/sua-pratica/reflexao-teorica/120/machado-de-assis-um-escritor-negro
http://www.letras.ufmg.br/literafro/arquivos/resenhas/prosa/Machado_de_Assis_resenha_Paulo_Proena_rev.pdf
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=q2qIhlQt8cM
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=SGSD1VFfShI
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000269.pdf
119CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
Professor, como esse livro tem capítulos relativamente curtos, su-
giro fazer a leitura compartilhada de um conjunto de capítulos por 
aula. Alguns dos capítulos do livro A grande Assembleia dos bichos 
pestilentos e peçonhentos fazem uma breve apresentação dos 
cientistas brasileiros Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Vital Brazil e 
falam da importância deles na pesquisa de medicamentos e vacinas 
para erradicar doenças e controlar epidemias. Pergunte aos estu-
dantes se eles sabem o motivo que levaram os bichos peçonhentos 
e pestilentos a terem raiva desses cientistas e se organizarem para 
dar fim a esses pesquisadores, desejo que fica bem explicito na fala 
do personagem Rato: “Morte ao Vital Brazil e ao Oswaldo Cruz e a 
todos seus comparsas!” (p. 53). 
OSWALDO CRUZ
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Sugiro que, se possível, convide o professor de ciências para expli-
car o que são vacinas, como são produzidas e testadas e como elas 
auxiliam na prevenção de doenças. Uma outra possibilidade é exi-
bir um vídeo sobre o que são vacinas e como elas são produzidas, 
aqui, compartilhamos algumas sugestões. 
Após assistirem os vídeos, a turma pode ser dividida em grupos 
para elaborar cartazes ou lapbooks sobre os três cientistas apre-
sentados, sobre a produção de vacinas, sobre as doenças e epi-
demias citadas no livro. A pesquisa pode ser realizada no site da 
MultiRio. Professor, para agilizar a produção dos estudantes, o ma-
terial com o texto de pesquisa e algumas imagens já podem ser 
organizadas previamente por você e entregue aos grupos. Além 
disso, organize materiais como cola, lápis de cor, hidrocor, tesoura 
e cartolina.
120 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Auxilie os estudantes ao longo da construção do lapbook, tire dúvi-
das, proponha intervenções bem criativas, mostrando as diferentes 
possibilidades criativas para que os estudantes possam se inspirar. 
Ainda, dentro da temática, sugerimos que organize e agende uma 
visita à Fiocruz em Manguinhos, ou ao Instituto Vital Brazil, em Nite-
rói. Outra possibilidade é fazer uma visita virtual ao Instituto Butan-
tan, em São Paulo.
Visite o Butantan
Como organizar um lapbook
Vacina: o que sabemos sobre ela? | Rioeduca na TV - Ciências - 8º Ano
SUGESTÃO 4
Professor, que tal aproveitar a temática do livro sobre vacinação e 
trabalhar com o assunto tão atual das “fake news”? A “sociedade 
da informação” trouxe muitas possibilidades e facilidades de co-
municação. As notícias reais ou as inverdades, circulam na internet 
com a mesma velocidade. Como identificar se o que é postado 
nos aplicativos de mensagens, nas redes sociais são notícias base-
adas em fatos reais, com fonte, levantamento de dados verídicos?
Faça uma enquete para descobrir o que os estudantes já sabem 
sobre fake news e depois exibir vídeos, explique de modo didático 
o termo apresentado. Abaixo sugerimos alguns vídeos da MultiRio.
Em seguida, uma atividade interessante é fazer uma roda de con-
versa e apontar as principais características das fake news que de-
vem servir de alerta antes de ler uma notícia. Enquanto isso, peça 
https://butantan.gov.br/noticias/mate-a-saudade-dos-museus-do-butantan-com-o-tour-virtual
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/videos/14464-naara-maritza
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=t7idoExGtTI
121CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
para que um dos estudantes escreva em um cartaz (ou no quadro) 
essas características em letras grandes para que toda a turma pos-
sa ler. Também pode ser válido levar algumas notícias de grande 
circulação e criar algumas falsas notícias sobre o assunto e pedir 
que os estudantes assumam a atividade de uma agência de che-
cagem, identificando quais são notícias verídicas e quais são fakes 
news, explicando os motivos que os levaram a essa conclusão. Essa 
atividade pode ser realizada em duplas ou grupos.
Caso deseje fazer um trabalho mais aprofundado, visite o site da 
ONG Safernet (safernet.org.br) que desenvolve um trabalho sobre 
educação para cidadania digital e possui um material muitorico. O 
texto sugerido para essa atividade específica, versa sobre os pe-
rigos da desinformação na internet para crianças e adolescentes.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/13802-fake-news
https://www.youtube.com/watch?v=eFyDmpp8RvM
http://www.multirio.rio.rj.gov.br/index.php/videos/17866-fake-news-3
https://www.youtube.com/watch?v=x24GaaNmFyI
https://new.safernet.org.br/content/desinformacao-tambem-mira-e-se-utiliza-de-criancas-e-adolescentes#mobile
122 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 5
Professor, se trabalhar com os estudantes o que são “fake news”, 
uma outra possibilidade é perguntar se eles costumam usar pala-
vras ou expressões em inglês no vocabulário cotidiano. Peça para 
eles darem exemplos dessas palavras, mas também apresente al-
gumas. Mostre que muitas dessas palavras podem facilmente ser 
substituídas por palavras em português:
Scanear – Digitalizar
Delivery – Entrega em domicílio 
Best friend – Melhor amigo(a) 
Uma outra possibilidade é apresentar a música Samba do Approach 
do cantor e compositor Zeca Baleiro, em que a letra apresenta várias 
palavras da língua inglesa que fazem parte do vocabulário de muitos 
brasileiros. Exiba o clip e a letra da música para que os estudantes 
identifiquem essas palavras e deem seus significados.
Professor, para ampliar seu repertório acerca do tema trabalhado, 
ainda sugerimos dois livros que podem ser explorados com os es-
tudantes em parceria com professores de Português, Ciências e 
História. São eles: Ludi na Revolta da Vacina: uma Odisseia no Rio 
Antigo, da autora Luciana Sandroni e Oswaldo Cruz, Sabin: o peri-
go alado (ciência em versos de cordel), do autor Gonçalo Ferreira 
da Silva. Essas são apenas sugestões para enriquecer as possibili-
dades de trabalho. Esperamos que sejam úteis!
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/1835-estrangeirismos
https://www.youtube.com/watch?v=x7BVUxDw9H4
123CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LIVRO 2: Malala, a menina 
que queria ir para a escola
SINOPSE: 
Neste livro-reportagem, a jornalista Adriana Carranca relata às 
crianças a história da adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, 
baleada por membros do Talibã aos catorze anos por defender a 
educação feminina. A repórter traz suas percepções sobre o vale 
do Swat, a história da região e a definição dos termos mais impor-
tantes para entender a vida desta menina tão corajosa.
Malala Yousafzai quase perdeu a vida por querer ir para a escola. 
Ela nasceu no vale do Swat, no Paquistão, uma região de extra-
ordinária beleza, cobiçada no passado por conquistadores como 
Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e protegida pelos bravos guer-
reiros pashtuns – os povos das montanhas. Foi habitada por reis e 
rainhas, príncipes e princesas, como nos contos de fadas. 
Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin 
Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha 
dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista 
chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impu-
seram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mu-
lheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam 
estudar. Mas Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo 
em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. Ela 
fez das palavras sua arma. Em 9 de outubro de 2012, quando vol-
tava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro. Poucos acre-
ditaram que ela sobreviveria. A jornalista Adriana Carranca visitou 
o vale do Swat dias depois do atentado, hospedou-se com uma 
família local e conta neste livro tudo o que viu e aprendeu por lá. 
Ela apresenta às crianças a história real dessa menina que, além de 
ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da paz, é um grande 
exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo.
Retirado do site da editora: https://www.companhiadasletras.com.br/
livro/9788574066707/malala-a-menina-que-queria-ir-para-a-escola
Sobre a autora:
ADRIANA CARRANCA é escritora e jornalista, 
especializada na cobertura de conflitos, crises 
humanitárias e direitos humanos, com olhar es-
pecial sobre a condição das mulheres. É autora 
de Malala, a menina que queria ir para a escola 
(Companhia das Letrinhas). O livro foi dupla-
mente premiado pela Fundação Nacional do 
Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2016, nas ca-
tegorias “escritora revelação” e “melhor livro informativo”, e foi fi-
nalista do prêmio Jabuti.
Texto retirado da editora Companhia das Letras – https://www.companhiadasletras.com.
br/colaborador/03298/adriana-carranca
124 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 8 TEMPOS / 4 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Adesão às práticas de leitura.
 Escuta.
 Apreender o sentido geral dos textos.
 Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos legais e normativos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do 
campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação 
às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu 
conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.
 (EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância universal, nacional ou local 
que envolvam direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos Direitos 
Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA -, e a regulamentação da organização escolar – por exemplo, 
regimento escolar -, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando possíveis motivações, 
finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a 
compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética 
da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).
Habilidades
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Oralidade.
 Escrita.
Literatura
 Título: Malala, a menina que queria ir à escola.
 Autor: Adriana Carranca.
 Ilustrador: Bruna Assis Brasil.
125CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, uma das primeiras possibilidades de atividades é fazer 
uma apresentação do livro. Pergunte se os estudantes conhecem 
ou se já ouviram falar de Malala Yousafzai. Escute o que eles já 
sabem sobre a personagem principal do livro. Caso eles não co-
nheçam, apresente um pouco da história de vida da paquistanesa 
Malala, informando que ela é uma jovem ativista contemporânea, 
nascida em 1997, que tem uma importante luta pela garantia dos 
direitos humanos das meninas e mulheres em relação ao acesso 
à educação. Em seguida, analise a capa do livro, as imagens pre-
sentes e desenhos, os nomes da autora e ilustradora, leia com eles 
o prefácio do livro. É preciso deixar bastante evidente para os 
estudantes que esse livro não foi escrito pela Malala, mas sim pela 
escritora e jornalista Adriana Carranca que pesquisou sobre a vida 
da personagem indo até a cidade onde ela nasceu no Paquistão 
para conhecer de perto lugar, entrevistar as pessoas e tirar suas 
próprias conclusões.
Fotografia da autora Adriana Carranca 
com Malala durante o evento da LER. 
Imagem retirada do Instagram da autora.
Professor, converse com os estu-
dantes sobre a importância de Ma-
lala, como figura pública,e que aos 
17 anos foi a pessoa mais jovem a 
ganhar o prêmio Nobel da Paz, no 
ano de 2014, em reconhecimento 
a toda sua luta em defesa dos di-
reitos humanos das mulheres em 
relação à educação. Por esse moti-
vo, a Jovem Malala viaja por vários 
lugares do mundo onde é convida-
da a discursar sobre as causas que 
defende. Ela já veio ao Brasil algu-
mas vezes, sendo a última visita em maio de 2023 para a abertura 
da LER (@lerfestivaldoleitor) que ocorreu no Maracanãzinho. Malala 
é uma jovem ativista adepta das novas tecnologias e mantem seu 
Instagram pessoal (@malala) e o da Fundação que coordena (@ma-
lalafund) bem ativos e atualizados. Vale a pena conferir!
A sugestão é apresentar aos estudantes alguns vídeos que mos-
trem um pouco da história de vida da Malala e o do seu emblemá-
tico discurso na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) ao 
receber o Nobel da Paz.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=FpYujLWWlV4
126 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Depois de os estudantes terem assistido aos vídeos e conhecido 
melhor a história de vida e as dificuldades enfrentadas por Malala, 
acredito ser importante informá-los que a luta dessa ativista, ainda 
tão jovem, está fundamenta em um documento chamado Declara-
ção Universal dos Direitos Humanos, que foi adotado e proclama-
do pela ONU em 10 de dezembro de 1948. Portanto, já possui mais 
de 70 anos de existência, porém as orientações de seus 30 artigos 
ainda não são garantidas a todas as pessoas da população mundial.
Professor, sugiro que leve para a aula o artigo 26 da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos para que os estudantes possam co-
nhecer seu inteiro teor. Além disso, seria bastante proveitoso tam-
bém apresentá-los os artigos 205 e 227 que tratam da educação 
na Constituição Brasileira, que completou 35 anos de promulgação 
em 2023 e também o artigo 53 do ECA, Estatuto da Criança e do 
Adolescente, de 1990. É importante que os estudantes percebam 
que esses documentos se relacionam e existem para tentar garantir 
o direito à educação. Leve cópias desses artigos para que eles pos-
sam ler, fazer as comparações e entenderem que melhor a batalha 
de Malala é muito maior do que querer as meninas na escola, mas é 
a busca por garantia de direitos e maior justiça e igualdade social. 
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=PLKpqajRruQ
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=aIUvH5b0A_8
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=XqCaPfJY6hE
127CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
128 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2 
Professor, aqui propomos que antes de dar início à leitura compar-
tilhada dos capítulos 1 e 2 do livro, seja feita uma contextualização 
com relação à cultura, religião e localização geográfica com rela-
ção aos países árabes e que compõem o chamado Oriente Médio. 
Pode ser interessante um trabalho interdisciplinar com os professo-
res de História e Geografia. Acreditamos que o trabalho com mapa 
pode ajudar os estudantes a localizarem melhor o Paquistão, país 
de nascimento da Malala, dentro do globo terrestre e suas relações 
políticas com outros países. Uma atividade que pode ser feita, é 
distribuir mapas para os estudantes identificarem e pintarem os pa-
íses e mares.
Também acreditamos ser importante explicar a diferença entre ser 
muçulmano e ser árabe, ou seja, que nem todo muçulmano é ára-
be. Apresentar um pouco sobre a religião islâmica e suas tradições, 
além de mostrar fatos e argumentos com o objetivo de descontruir 
um estereótipo muito cometido pela grande mídia de associar mu-
çulmanos ao terrorismo.
SUGESTÃO 3
É fascinante observar a trajetória de Malala Yousafzai e sua incan-
sável luta pela educação e pelos direitos das mulheres em um con-
texto marcado por estados fundamentalistas. Seu exemplo ressoa 
profundamente em nossa própria realidade, lembrando-nos de que 
as histórias individuais podem, de fato, gerar relações dialógicas e 
inspirar mudanças em nossa sociedade. No entanto, é crucial re-
conhecer que cada um de nós traz consigo experiências pessoais, 
desafios únicos e estratégias particulares para lidar com a violência 
e a adversidade. Neste contexto, convide os estudantes a refletir 
sobre os desafios enfrentados em sua vida e as lutas diárias que 
são parte integrante de sua jornada. Afinal, todos nós, de maneiras 
distintas, enfrentamos obstáculos que moldam nossas histórias in-
dividuais. Aqui estão algumas perguntas para ajudá-lo a considerar 
seus próprios desafios e estratégias para enfrentar a violência: 
Quais desafios pessoais ou sociais você enfrentou ao longo de sua 
vida que o influenciaram? Isso inclui discriminação, violência, di-
ficuldades econômicas, entre outros. Em que consiste a sua luta 
diária? Isso pode ser relacionado à igualdade de gênero, direitos 
humanos, questões raciais, ou qualquer causa pela qual você seja 
apaixonado. Quais estratégias ou recursos você utilizou ou está uti-
lizando para enfrentar a violência ou as injustiças que encontrou 
em sua vida? Isso pode incluir educação, conscientização, apoio de 
comunidades ou grupos, advocacia, entre outros. Como suas expe-
riências e ações individuais podem contribuir para um diálogo mais 
amplo sobre a mudança social e a superação da violência em nossa 
sociedade? De que maneira a sua história pessoal pode inspirar e 
motivar outras pessoas a se envolverem em causas semelhantes?
https://www.pexels.com/pt-br/foto/destino-bandeira-faixa-sinalizar-8828320/
129CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Malala nos ensina que, embora nossas experiências sejam únicas, 
elas podem ser fontes de inspiração para os outros, criando uma 
rede de solidariedade e ação em prol de um mundo mais justo. Seja 
qual for a sua história e as lutas que enfrentou, lembre-se de que 
sua voz e suas ações têm o poder de criar mudanças significativas 
em nossa sociedade. É através do diálogo e da compreensão mú-
tua que podemos enfrentar desafios comuns e construir um futuro 
melhor para todos.
SUGESTÃO 4
Após finalizar a leitura do livro com os estudantes, sugerimos fazer 
com eles uma reflexão sobre a importante luta de Malala pelos direi-
tos de as mulheres estudarem e de terem acesso à educação não só 
em seu país, mas em todos os lugares do mundo. E entender a cora-
gem e determinação que move essa jovem paquistanesa que, mes-
mo após ter sofrido um grave atentado contra sua vida, conseguiu 
sobreviver e ficar ainda mais aguerrida pela defesa dos seus ideais. 
A sugestão, aqui, é pedir aos estudantes que escrevam uma carta 
para Malala. Nessa carta, cada um deles poderá se apresentar e 
contar suas impressões sobre o livro, sobre a biografia de Malala, 
explicando o que a história de Malala significou para eles, o que 
eles sentiram, o que eles acharam da vida da personagem principal. 
Enfim, que se coloquem no texto em uma conversa com a Malala.
Pode ser importante relembrar com os estudantes a estrutura de 
uma carta (local e data completa, vocativo, corpo do texto, despe-
dida e assinatura), e fazer um pequeno exercício antes deles, pro-
priamente escreverem a carta para Malala. Abaixo, um exemplo de 
folha para servir de sugestão do modelo a ser criado por você para 
os alunos reescreverem os textos (cartas) produzidos e corrigidos.
130 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LIVRO 3: Meu vô Apolinário: um 
mergulho no rio da minha memória
SINOPSE
Meu vô Apolinário parece ter brotado de marcas 
e paisagens carregadas pela memória. Também, 
com certeza, foi escrito com o coração. Tudo isso 
misturado à imaginação pois, afinal, é impossível 
transformar em palavras o passado, ou afetos e 
sonhos, sem cruzar as fronteiras da ficção. Recor-
rendo a uma linguagem marcada pela sonorida-
de da fala, Daniel Munduruku mostra que a partir 
da saudade é possível abordar temas muito im-
portantes: a construção da identidade; a busca 
da autoestima; o conflito entre as diferenças cul-
turais; a diversidade de pontos de vista a respei-
to da vida e do mundo e, ainda, a relaçãoentre e 
natureza, quase perdida, infelizmente, em nossa 
civilização, mas profunda, cotidiana e essencial 
em muitas outras culturas.
Texto retirado da contracapa do livro.
Sobre o autor:
Nasceu em Belém, PA, filho do povo Indígena 
Munduruku. Formado em Filosofia, com licencia-
tura em História e Psicologia, integrou o programa 
 
de Pós-Graduação em Antropologia Social na 
USP. Lecionou durante dez anos e atuou como 
educador social de rua pela Pastoral do Menor 
de São Paulo. Esteve em vários países da Euro-
pa, participando de conferências e ministrando 
oficinas culturais para crianças.
Autor de Histórias de índio, coisas de índio e 
As serpentes que roubaram a noite, os dois últi-
mos premiados com a Menção de livro Altamen-
te Recomendável pela FNLIJ. Seu livro Meu avô 
Apolinário foi escolhido pela Unesco para rece-
ber Menção honrosa no Prêmio Literatura para 
crianças e Jovens na questão da tolerância. Entre 
outras atividades, participa ativamente de pales-
tras e seminários destacando o papel da cultura 
indígena na formação da sociedade brasileira.
Texto retirado da editora Global – https://grupoeditorialglobal.
com.br/autores/lista-de-autores/biografia/?id=1000#:~:text=N
asceu%20em%20Bel%C3%A9m%2C%20PA%2C%20filho,do%20
Menor%20de%20S%C3%A3o%20Paulo.
131CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 6 TEMPOS / 3 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégias de leitura, apreciação e réplica.
 Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção.
 Apreciação e réplica.
 Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social.
Habilidades 
BNCC
 (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos 
contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, 
crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como 
haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo 
preferências por gêneros, temas, autores.
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF69LP14) Analisar tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos em textos de relevância social.
Habilidades
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Oralidade.
 Escrita.
Literatura
 Título: Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória.
 Autor: Daniel Munduruku.
 Ilustrador: Rogério Borges.
132 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, você pode iniciar apresentando o autor Daniel Munduruku, 
explicar que ele é um renomado e premiado autor de origem indíge-
na. A seguir, mostre a capa do livro para que eles percebam que as 
imagens fazem referência a elementos da natureza e desenhos geo-
métricos similares aos desenhos que muitos povos indígenas fazem 
no corpo. Depois, pode falar um pouco da proposta do livro que é 
um livro de memórias onde o autor vai falar da sua relação com seu 
avô e a cultura do povo indígena do qual é um descendente.
Acredito ser importante marcar a diferença entre um livro de memó-
rias e uma biografia. Antes pergunte se os estudantes sabem explicar 
essa diferença. Explique que diferente de uma biografia que conta a 
história de vida de uma pessoa, em geral buscando uma certa lógica 
cronológica dos acontecimentos dos fatos, um livro de memórias se 
propõe a contar histórias que são lembranças da pessoa que as con-
ta, podendo ser lembranças felizes ou tristes. E assim, Daniel Mun-
duruku, por conhecer e respeitar a história de sua ancestralidade, as 
suas origens, vai se tornar um grande contador de histórias, sejam 
elas de suas memórias, dos povos indígenas ou histórias inventadas.
No caso desse livro, Daniel vai buscar suas memórias com seu avô 
Apolinário, um sábio ancião indígena do povo Munduruku, com o 
qual ele aprendeu muito da ancestralidade do seu povo e se reco-
nheceu como um indígena e passou a ter orgulho de sua origem, 
pois antes desse aprendizado, ele um menino indígena criado na 
periferia de da cidade de Belém do Pará, destetava ser chamado 
de “índio”, pois junto com esse termo vinha todo um estigma e 
preconceito de uma sociedade que associava os povos originários 
a “atrasado, selvagem, preguiçoso”. Outra questão era ser um in-
dígena morador da cidade, pois isso, de certa forma o afastava 
de suas raízes, de seu povo, de sua identidade como indígena. O 
livro vai mostrar como o menino Daniel vai passar a valorizar sua 
descendência e valorizar seu povo e sua ancestralidade a partir dos 
ensinamentos de seu avô. 
Sugiro que passe para os estudantes um vídeo onde o próprio autor 
vai falara sobre a diferença do uso dos termos “índio” e indígena. 
E a seguir proponha a eles que criem memes que problematizem o 
termo “índio” quando usado para se referir aos povos originários. 
Vale a pena oferecer a eles alguns exemplos de memes para que 
eles possam entender que a ideia dessa linguagem é fazer uma sá-
tira, uma crítica a alguma questão social ou fato ocorrido.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=4Qcw8HKFQ5E
133CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2
Ao longo do livro, o autor vai apresentando seu conflito de ser um 
menino indígena na cidade, onde é visto como o diferente, o que 
está “fora do seu lugar”, de certo modo o “inadequado”. Professor, 
acredito ser importante levar os estudantes a refletirem sobre o 
que é ser um indígena hoje, ou seja, ser alguém que se reconhece 
como um descendente direto de povos originários. Há no imaginá-
rio social da população a visão de um indígena congelado no tem-
po e que para ser considerado indígena não pode morar na cidade, 
não pode fazer faculdade, não pode usar tecnologias com celulares 
e internet, ou seja, uma série de preconceitos e desinformação. 
Professor, se desejar, apresente os gráficos do IBGE com dados 
do censo de 2010, disponibilizados abaixo que mostram os municí-
pios do Brasil com maiores populações indígenas e um gráfico que 
mostra os municípios do estado do Rio de Janeiro com maiores 
populações indígenas, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Vale 
uma análise, como curiosidade e conhecimento dos dados, para 
que eles percebam a existência de indígenas nas cidades, inclusive 
no município do Rio, bem pertinho de nossos alunos das escolas 
municipais. Vale a pena falar da existência da Aldeia urbana Mara-
canã, no bairro de mesmo nome na zona norte do município do Rio 
de janeiro.
Professor, se achar pertinente, use também o vídeo disponibiliza-
do. Outra possibilidade é utilizar o poema “O que eu faço com essa 
cara de índia?” Da escritora indígena Eliane Potiguara, presente no 
livro Metade cara, metade máscara, para falar sobre essa identi-
dade indígena.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=nBUnFjUPmK4
134 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Gráficos do IBGE com municípios com maiores populações indígenas no Brasil
Gráficos do IBGE com municípios do estado do Rio de Janeiro com maiores populações indígenas
https://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html
135CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
Professor, a proposta agora é que se trabalhe um pouco a impor-
tância da sabedoria e experiência de vida dos mais velhos, muito 
valorizadas pelos povos indígenasnessa construção de memórias in-
dividuais e coletivas. O autor vai nos conduzir pelas suas lembranças 
de como seu avô Apolinário foi importante para que ele aprendesse 
a valorizar sua origem e a cultura do seu povo e de reconhecimento 
quanto a uma identidade indígena, fazendo com que ele passasse a 
ter orgulho de ser chamado de “índio” (pela palavra marcar um posi-
cionamento político), algo que antes ele não gostava.
Com seu avô, o menino Daniel das lembranças do autor Munduruku, 
aprendeu muito mais do que se aceitar, se reconhecer e se identi-
ficar como um indígena, mas teve lições sobre a sabedoria da vida 
com aquele ancião que muito já tinha vivido e sabia que não valia 
se preocupar com as coisas pequenas da vida. Explique para os 
estudantes um pouco da tradição oral para conhecimento e trans-
missão da história e cultura dos povos originários.
Indico que sugira aos estudantes que reflitam e explique o signifi-
cado do ditado abaixo, que apesar de ser de origem africana, pode 
ser muito bem utilizado para os povos indígenas e serve como lição 
de vida para todos nós:
“Um povo que não sabe de onde vem, 
não sabe para onde vai”
Após, peça que os estudantes escrevam relatos sobre aprendizados 
que teve com as pessoas mais velhas de sua família, pode ser os avós, 
pais, tios ou até mesmo vizinhos mais velhos. A ideia aqui é que eles 
reconheçam a importância do respeito à experiência dos mais velhos 
para o aprendizado, conhecimento da história familiar ou do grupo so-
cial. Explique que esse aprendizado pode ser uma coisa prática como 
aprender a preparar um alimento que é receita de família, fazer brin-
quedos como pipas artesanais, a brincar jogos infantis mais antigos ou 
até mesmo conselhos que os ajudaram a resolver situações difíceis. 
Caso eles desejem, pode ter um momento de exposição oral desses 
relatos ou a construção de um varal de memórias.
136 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LIVRO 4: Luiz Gama
SINOPSE
O livro apresenta a trajetória de Luiz Gama, líder abolicionista, jornalista e poeta. Sua vida é 
marcada pela luta contra o preconceito. O jovem negro foi impedido de cursar a faculdade de 
Direito por causa da cor de sua pele. Mesmo assim, Luiz assistiu às aulas como ouvinte e teve 
um bom aprendizado. Embora não tivesse direito a um diploma, chegou a exercer a profissão 
de advogado, atuando sempre em favor da abolição.
Texto retirado do site da editora Mostarda – https://www.editoramostarda.com.br/produto/luiz-gama/
Sobre o autor:
Francisco Lima Neto é formado em Jornalis-
mo, trabalha como autor infantojuvenil e re-
pórter. Dedica-se a pesquisas e textos que 
apresentam personalidades, fatos e cons-
truções históricas.
Texto retirado do site da editora Mostarda – https://www.
editoramostarda.com.br/produto/luiz-gama/
Imagem retirada do linkedin do escritor: https://br.linkedin.
com/in/jornalistafranciscolimaneto
137CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 6 TEMPOS / 3 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social.
 Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção, apreciação e réplica.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões 
polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social.
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
Habilidades
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Oralidade.
 Escrita.
Literatura
 Título: Luiz Gama.
 Autor: Francisco Lima Neto.
 Ilustrador: Leonardo Malavazzi e Kako Rodrigues.
138 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, o livro Luiz Gama, da editora Mostarda, traz o gênero 
textual biografia. Pergunte aos estudantes se eles sabem o que é 
uma biografia e quais são suas principais características. A seguir, 
faça a leitura do texto para a sua turma. Como o livro é relativa-
mente pequeno, será possível fazer a leitura do livro todo durante 
a aula. Depois, pergunte aos estudantes quais fatos mais chamaram 
atenção deles. Caso considere necessário, relembre alguns pontos 
da história de vida de Luiz Gama como o fato de ter nascido um ho-
mem livre e de ter sido vendido, por seu pai, para ser escravizado. 
Ressalte a inteligência de Luiz Gama de ser um autodidata, tendo 
se tornado um grande intelectual, e de ter lutado para comprovar 
ter nascido livre e de ter se tornado um rábula (advogado sem for-
mação) com grande conhecimento jurídico, o que lhe possibilitou 
receber autorização para a prática do direito. Assim, o doutor Luiz 
Gama pôde se dedicar a sua causa abolicionista e ajudar vários es-
cravizados a conseguirem a liberdade. Fale também de sua morte 
prematura devido a complicações em decorrência do diabetes.
A pertinência de apresentar biografias de personalidades negras, 
suas realizações, luta e coragem ajudam a criar imagens positivas 
de pessoas negras em relação à História do Brasil. Além da leitura 
do livro, outros tipos de biografias podem ser apresentados para os 
estudantes, como o vídeo da série “Heróis de todo o mundo” (série 
em que artistas e personalidades negras brasileiras contemporâ-
neas interpretam personagens da História do Brasil, mostrando e 
valorizando os feitos dessas pessoas na nossa sociedade brasileira), 
em que o jurista e ministro aposentado do STF (Superior Tribunal 
Federal), Joaquim Barbosa, encena o personagem Luiz Gama. Além 
desse vídeo, há um filme recente, do ano de 2021, chamado “Dou-
tor Gama” do diretor Jeferson De. O filme apresenta 3 fases da vida 
de Luiz Gama, sua infância, juventude e a vida adulta.
Após a exibição do vídeo, a partir das obras apresentadas, divida a 
turma em grupos, peça que organizem um roteiro e escrevam um 
texto para produção de um podcast. Explique que o podcast pode 
ter um nome e uma música de abertura. Indique sites com músicas 
liberadas (sem a necessidade de direito autoral). Oriente para que 
usem a criatividade. Pode ser um texto com a apresentação da bio-
grafia gravada por um dos integrantes do grupo; pode abordar al-
gum aspecto específico da venda do Luiz Gama como a sua luta para 
provar que nasceu livre ou a sua dedicação para libertar pessoas 
escravizadas recorrendo a Lei Feijó que extinguiu o tráfico negreiro 
1831, ou ainda, proponha que façam algo mais elaborado, como criar 
uma entrevista fictícia com Luiz Gama, onde um aluno se passa por 
Luiz Gama e outro por um entrevistador. Antes de gravar os áudios, 
todos os textos precisam passar pela aprovação do professor, que 
será uma espécie de editor e diretor do podcast. Se possível, faça 
registros fotográficos da execução dessa atividade.
Professor, caso deseje saber mais sobre a vida e 
obra de Luiz Gama, indicamos o site: http://www.
letras.ufmg.br/literafro/autores/655-luiz-gama, 
onde será possível acessar vários artigos sobre a 
vida e obra desse grande intelectual. 
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/655-luiz-gama
139CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2
Professor, que tal falar de fatos importantes de uma forma mais sutil 
e prazerosa? A proposta agora é usar uma manifestação popular e 
um ritmo musical que tem sua origem nas culturas afro-brasileira, o 
carnaval e o samba, para pensar o relevante papel de Luiz Gama na 
causa abolicionista, que ultrapassou o discurso e teve consequências 
práticas na vida de muitos escravizadosque obtiveram suas liberda-
des através das aguerridas defesas realizadas pelo doutor Gama. 
O enredo de 2024 da Portela, escola de samba carioca, apresenta o 
tema “Um defeito de cor”, baseado no livro escrito pela autora Ana 
Maria Gonçalves, que traz a história de vida da personagem Luiza 
Mahin, que de acordo com relatos, poemas e cartas do próprio Luiz 
Gama, era a sua mãe. O livro conta a saga de uma mãe que procu-
rou a vida inteira por seu filho, Luiz Gama, e já em idade avançada 
decidiu escrever uma carta contando para o seu filho e deixar suas 
memórias de vida como legado e registro de sua ancestralidade. 
O enredo proposto pela Portela é apresentar a uma carta escrita 
por Luiz Gama como resposta para a mãe que ele não conseguiu 
encontrar em vida, mas que conheceu através da carta.
O livro tem esse nome devido ao fato de que pessoas negras livres, 
para assumirem certos cargos públicos ou eclesiásticos na socieda-
de brasileira durante o período da escravidão, tinham que solicitar 
a “dispensa do defeito de cor”, pois para aquela sociedade escrava-
gista e racista, ser negro era um defeito. Abaixo, disponibilizamos um 
trecho do texto Emancipação, escrito por Luíz Gama e publicado 
pela Gazeta do Povo em 1º de dezembro de 1880, onde o autor faz 
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=L7cpSwyeeFA
https://www.youtube.com/watch?v=fpQbv2W_ECQ
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-294468/
140 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
uma crítica a uma ofensa racista de um fazendeiro dirigido a José do 
Patrocínio, companheiro de luta abolicionista do doutor Gama:
“Em nós, até a cor é um defeito, um vício imperdoável de origem, 
o estigma de um crime; e vão ao ponto de esquecer que esta cor é 
a origem da riqueza de milhares de salteadores, que nos insultam; 
que esta cor convencional da escravidão, (…) à semelhança da 
terra, [a]través da escura superfície, encerra vulcões, onde arde o 
fogo sagrado da liberdade. Vim [lembrar ao] ofensor do cidadão 
José do Patrocínio por que nós, os abolicionistas, animados de 
uma só crença, dirigidos por uma só ideia, formamos uma só famí-
lia, visando um sacrifício único, cumprimos um só dever.”
Extraído do site: https://estrelapreta.com.br/luiz-gama/
Abaixo, apresentamos alguns trechos de textos: sendo o primeiro 
uma carta real de Luíz Gama falando de sua mãe: um trecho de um 
poema escrito por ele intitulado Minha mãe e um trecho da carta 
ficcional de Luísa Mahin para seu filho Luiz, presente no livro Um 
defeito de cor.
de envergonhado: aí tens os apontamentos que me pedes e 
que sempre eu os trouxe de memória.
Nasci na cidade de S. Salvador, capital da província da Bahia, 
em um sobrado da rua do Bângala, formando ângulo interno, 
em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da Palma, 
na Freguezia de Sant’Ana, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas 
da manhã, e fui batizado, 8 anos depois, na igreja matriz do 
Sacramento, da cidade de Itaparica.
Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina, 
(Nagô de Nação) de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre re-
cusou o batismo e a doutrina cristã.
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor de 
era de um preto retinto e sem lustro, tinha dentes alvíssimos 
como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e 
mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envol-
ver-se em planos de insurreições de escravos, que não tive-
ram efeito.
Era dotada de atividade. Em 1837, depois da Revolução do 
dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro, e nunca mais 
voltou. Procurei-a em 1847, em 1856 e em 1861, na Corte, sem 
que a pudesse encontrar. Em 1862, soube, por uns pretos mi-
nas, que conheciam-na e que deram-me sinais certos que ela, 
acompanhada com malungos desordeiros, em uma “casa de 
São Paulo, 25 de julho de 1880
Meu caro Lucio,
Recebi o teu cartão com a data de 28 de pretérito.
Não me posso negar ao teu pedido, porque antes quero ser 
acoimado de ridículo, em razão de referir verdades pueris 
que me dizem respeito, do que vaidoso e fátuo, pelas ocultar, 
141CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela 
como os seus companheiros desapareceram. Era opinião dos 
meus informantes que esses “amotinados” fossem mandados 
para fora pelo governo que, nesse tempo, tratava rigorosa-
mente os africanos livres, tidos como provocadores.
Nada mais pude alcançar a respeito dela. Nesse ano, 1861, voltan-
do a São Paulo, e estando em comissão do governo, na vila de 
Caçapava, dediquei-lhe os versos que com esta carta envio-te.
(...)
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/11-textos-dos-autores/651-luiz-gama-sao-
paulo-25-de-julho-de-1880
Minha Mãe – Luiz Gama
Era mui bela e formosa, 
Era a mais linda pretinha, 
Da adusta Líbia rainha, 
E no Brasil pobre escrava! 
Oh, que saudades que eu 
tenho 
Dos seus mimosos carinhos, 
Quando c’os tenros filhinhos 
Ela sorrindo brincava.
Éramos dois – seus cuidados, 
Sonhos de sua alma bela; 
Ela a palmeira singela, 
Na fulva areia nascida. 
Nos roliços braços de ébano. 
De amor o fruto apertava, 
E à nossa boca juntava 
Um beijo seu, que era a vida,
(...)
Trecho retirado do livro Um defeito de cor, p. 912.
142 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Samba-Enredo 2024 – Um Defeito de Cor
G.R.E.S. Portela (RJ)
O samba genuinamente preto
Fina flor, jardim do gueto
Que exala o nosso afeto
Me embala, oh! Mãe, no colo da saudade
Pra fazer da identidade nosso livro aberto
Omoduntê, vim do ventre do amor
Omoduntê, pois assim me batizou
Alma de Gege e a justiça de Xangô
O teu exemplo me faz vencedor
Sagrado feminino ensinamento
Feito águia corta o tempo
Te encontro ao ver o mar
Inspiração a flor da pele preta
Tua voz, tinta e caneta
No azul que reina Yemanjá
Salve a Lua de Bennin
Viva o povo de Benguela
Essa luz que brilha em mim
E habita a Portela
Tal a história de Mahin
Liberdade se rebela
Nasci quilombo e cresci favela!
Orayeye oxum, Kalunga!
É mão que acolhe outra mão, macumba!
Teu rosto vestindo o adê
No meu alguidar tem dendê
O sangue que corre na veia é Malê!
Em cada prece, em cada sonho, nêga
Eu te sinto, nêga
Seja onde for
Em cada canto, em cada sonho, nêgo
Eu te cuido, nêgo cá de onde estou
Saravá Keindhe! Teu nome vive!
Teu povo é livre! Teu filho venceu, mulher!
Em cada um nós, derrame seu axé!
Professor, tendo por base as informações acima, sugiro que apre-
sente aos estudantes o samba-enredo 2024 da Portela (@oficial-
portela) e analise a letra. Se desejar, também mostre a exposição 
virtual “Um defeito de cor”, inspirado no livro de mesmo nome, 
que ficou aberta ao público no Museu de Arte do Rio em setem-
bro de 2022 a agosto de 2023.
143CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Como atividade a ser desenvolvida pelos estudantes, sugerimos 
que eles, em duplas, façam uma carta contando para Luiz Gama, 
que morreu em 1882 e não teve a oportunidade de ver a tão so-
nhada abolição oficial da escravatura. Peça para que eles relatem 
a Luiz, através da carta, fatos sobre a sociedade brasileira de hoje, 
que apesar do fim da escravidão, ainda não estamos livres do ra-
cismo, mas que estamos buscando formas de reduzir as desigual-
dades criando leis afirmativas, criminalizando o racismo, ensinando 
em nossas escolas a História da África e das afro-brasileiros.
Capa do livro Um defeito de cor 
da autora Ana Maria Gonçalves.
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=PM0S-QKMVSM
https://www.instagram.com/p/CqlWiE_Juqe/?img_index=1
144 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LIVRO 5: Jongo, Maracatu e Capoeira 
(Coleção Lembranças Africanas)
SINOPSE
O primeiro livro da coleção “Lembranças Africanas” traz todo o encanto da capo-
eira, luta gingada que surgiu no Brasil, a partir dos negros bantos de Angola, que 
vieram para o Brasil escravizados — uma forma de defesa nas lutas contra a es-
cravidão. As pessoas escravizadas das fazendas iam para as capoeiras (capinzais) 
dançare lutar. Por isso a luta ficou com esse nome. Com belíssimas ilustrações de 
Rosinha Campos, ele inicia a coleção recomendada pela FNLIJ.
O segundo volume da coleção é sobre o maracatu, uma festa criada pelos 
negros escravizados bantos, que vieram do Congo. Eles elegiam um casal de 
líderes — um rei e uma rainha — e encenavam uma visita aos portugueses, 
com vestimentas luxuosas, dançando e tocando tambores. Aqui, essa festa é 
contada em versos de Sonia Rosa, e ilustrada ricamente por Rosinha Campos.
O terceiro volume conta a história do jongo, música e dança criadas pelos escra-
vizados nos terreiros das fazendas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e 
precursoras do nosso conhecido samba. As alegres imagens de Rosinha Campos, 
“dançam” ao ritmo dessa tradição.
Texto retirado e adaptado do site da editora Pallas – https://www.pallaseditora.com.br/
145CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Sobre a autora:
Meu nome é Sonia Rosa, nasci e moro na cidade do Rio de Janeiro. Sou professora, conta-
dora de histórias, orientadora educacional e escritora. Desde pequena, sempre gostei de 
escrever poesias e contar histórias para vizinhos e amigos. Foi assim que, de tanto contar 
histórias conhecidas, acabei inventando as minhas próprias.
No ano de 1995, publiquei o meu primeiro livro, O menino Nito, que relancei em 2002 pela 
Editora Pallas. Ainda neste ano, iniciei o curso de Pós-Graduação “Teorias e Práticas da Lei-
tura” na PUC/RJ e me tornei Especialista em Leitura. Apresentei como monografia uma ex-
periência em cinco escolas públicas onde, em parceria com a Casa da Leitura, desenvolvi 
um trabalho de promoção de leitura junto aos alunos e professores das escolas envolvidas.
Em 2006 e 2007 fiz um curso de Pós-Graduação “África-Brasil: laços e diferenças”, onde tive 
a oportunidade de aprofundar os meus conhecimentos acerca da temática afro-brasileira, 
que sempre estiveram presentes na minha literatura. Estudar essa diversidade, compre-
ender a riqueza desses estudos e colocá-los dentro do texto infantil, têm me dado uma 
grande satisfação. Sei que esta contribuição, apesar de modesta, é muito importante. Nos 
meus livros, sempre que possível, contemplo a bela diversidade afro-brasileira.
Texto retirado e adaptado do site da editora Pallas – https://www.pallaseditora.com.br/autor/Sonia_Rosa/64/
146 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
8º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 8 TEMPOS / 4 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção, apreciação e réplica.
 Produção de textos orais, oralização.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de 
apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, 
redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, 
comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para 
jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts 
culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, 
posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de 
manifestação da cultura de fãs.
 (EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os 
aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e 
expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino 
e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e da 
exploração dos modos de interpretação.
Habilidades
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
 Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos.
 Participar de práticas e manifestações artísticas.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Oralidade.
Literatura
 Títulos: Capoeira, Maracatu e Jongo (Coleção Lembranças Africanas).
 Autor: Sonia Rosa.
 Ilustrador: Rosinha Campos.
147CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Olá, professor! Nossa sugestão agora é que os estudantes possam 
ler e aprender sobre aspectos culturais de origem afro-brasileira a 
partir da ludicidade. Os três livros propostos falam sobre danças 
que estavam presentes no cotidiano dos escravizados e hoje se 
manifestam como forma de rememorar tradições e experiencias de 
resistências relacionadas a identidade do povo afro-brasileira. Mui-
to mais que entretenimento, as danças afro-brasileiras são modos 
de conexão com os antepassados e com a ancestralidade, pois a 
maioria dessas danças e cantos apresentam aspectos culturais e 
religiosos. Na última página de cada um dos três livros, a autora 
traz uma informação sobre a origem história de cada uma dessas 
danças de roda. Também é importante que os estudantes saibam 
que tanto o Jongo (2005), a Capoeira (em 2008) e o Maracatu (em 
2014) foram declarados pelo IPHAN com patrimônios culturais ima-
teriais brasileiros. E a Capoeira ainda foi declarada, pela Unesco, 
como patrimônio cultural imaterial da humanidade no ano de 2014. 
Vale lembrar que durante o período da escravidão e mesmo no 
pós-abolição, era preciso pedir autorização, ao “senhor” ou para a 
polícia, para receber a permissão de realizarem suas festas e ceri-
mônias religiosas, pois, como infelizmente acontece ainda ocorre 
hoje no Brasil, quase tudo que está relacionado à cultura negra é 
marginalizado e discriminado.
Pergunte se os estudantes conhecem alguma dessas danças ou se já 
escutaram algo sobre elas. Depois, procure saber se eles percebem 
algum preconceito com relação a algum ritmo musical e dança na 
atualidade. Caso não surja resposta, dê o exemplo do funk cario-
ca ou do rap paulista, manifestações culturais que mesclam música, 
dança e toda uma cultura no modo de se vestir e falar, surgidos nas 
periferias dessas cidades as quais são, na maioria das vezes, asso-
ciadas à violência e marginalidade, causando repressão por parte 
do Estado. Mostre que esses estilos musicais, apresentam em suas 
letras uma forma de resistência a esse preconceito sofrido, mas que 
também apresentam contestação e relação as injustiças e desigual-
dades sociais, denunciam o racismo e valorizam a cultura negra.
Apresente a eles alguns vídeos de clips com ritmos e danças para 
mostrar que existe muita produção de qualidade no funk e no rap, 
músicas também que trazem referências afrodescendentes, e que 
discriminar é sempre uma forma de expressar ignorância e elitismo 
em relação à cultura. Assim, professor, indico algumas sugestões 
de músicas que podem ser apresentadas e analisadas nesta aula 
como forma de tentar romper preconceitos: “Não foi Cabral” da 
MC Carol; “Era só mais um Silva” do MC Bob Rum”; “Preta da que-
brada” da Flora Matos; entre muitas outras possibilidades de mos-
trar essa potência cultural. Vale informar para os estudantes, que o 
funk carioca, dede 2009, é reconhecido pela ALERJ como patrimô-
nio cultural da cidade do Rio de Janeiro. 
148 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
É importante lembrar que as músicas precisam ser ouvidas antes de 
serem apresentadas a turma. É preciso analisar as letras e verificar 
são adequadas afaixa etária de aos seus estudantes.
SUGESTÃO 2
Professor, a sugestão é apresentar para os estudantes, com deta-
lhes, cada uma das três danças de roda apresentadas nos livros da 
autora Sonia Rosa e propor a eles atividades e reflexões a cada en-
contro que pode ser de 2 tempos de aula para cada livro. Ao final, 
organize com eles uma grande exposição dos trabalhos produzidos 
e, se os estudantes desejarem, proponha que eles se organizem 
e ensaiem para fazer apresentações em grupos das danças estu-
dadas nas aulas. Professor, fique atento para não trabalhar essas 
manifestações culturais de forma folclorizada, reduzindo sua impor-
tância cultural, pois a identidade cultural do negro brasileiro é seu 
principal instrumento de luta contra todo preconceito sofrido.
A Capoeira
Professor, inicie perguntando se a capoeira é uma dança ou uma luta. 
Explique que é a mistura das duas coisas, mas que atualmente também 
é percebida como esporte e arte. Procure saber se algum estudante 
pratica capoeira. Pergunte se eles sabem que até a década de 30 do 
século XX a capoeira era proibida de ser praticada livremente porque 
era considerada subversiva, sendo marginalizada na sociedade, levan-
do muitas pessoas a serem presas quando surpreendida praticando. 
A capoeira só deixou de ser considerada crime no ano de 1937. Hoje, 
essa manifestação cultural afro-brasileira conquistou o mundo. É prati-
cada por centenas de países e por pessoas de todas as idades.
A capoeira era uma forma de resistência e defesa dos escravizados 
em relação à violência. Aprender os golpes ágeis era uma forma 
de se defender e lutar durante as perseguições quando fugiam. As 
rodas de capoeira eram percebidas pelos senhores como mais tipo 
de batuque, pois para não levantar suspeita, foram introduzidas 
músicas e coreografias, acompanhados de toques de tambores, 
palmas de mãos e cantos.
Johann Moritz Rugendas – Roda de capoeira – 
1835 – wikimedia commons
149CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
O tocador de berimbau- J.B.Debret 
1826 – wikimedia commons
Uma roda de Capoeira
Professor, proponha a seus alunos que pesquisem sobre as diferen-
ças entre a capoeira regional e a capoeira angola. Após apresen-
tem em cartazes as principais diferenças entre essas modalidades. 
Sugiro que leve material de pesquisa impresso para que eles pos-
sam realizar em aula. Duas possibilidades de material de pesquisas 
podem ser os sugeridos a seguir:
• Texto: Quem foi Mestre Bimba, criador da 
capoeira regional
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/16849-quem-foi-mestre-bimba,-criador-da-capoeira-regional
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=_HeWO3vmCXY
150 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Professor, outra possibilidade de atividade que pode ser desenvolvi-
da com os estudantes é uma oficina de produção de instrumentos. O 
livro 3 do projeto A cor da cultura nas páginas 44 e 45, ensina a fazer 
dois instrumentos utilizando material reciclável: o caxixi e o tambor-
zinho de caixa. Que tal tentar produzir esses instrumentos com sua 
turma? Abaixo sugerimos alguns vídeos apresentando instrumentos 
musicais da capoeira e os links dos livros do projeto A cor da cultura 
que estão disponibilizados gratuitamente no site Geledés.
SUGESTÃO 3
O Maracatu
Professor, explique para os estudantes que o Maracatu é um dos prin-
cipais ritmos da manifestação popular do Nordeste. Surgiu em torno 
do século XVIII no estado de Pernambuco durante o período em que 
pessoas negras ainda eram escravizadas. É um movimento da cultu-
ra popular que envolve música, dança e muita história. Representa a 
coroação dos reis e rainhas negros do Congo. Existe dois tipos de 
maracatu, o chamado Maracatu Nação ou de baque virado que é um 
cortejo real e o Maracatu Rural ou baque solto com representação de 
caboclos de lança. Cada um deles possui características próprias. 
Embora essas duas formas de celebração ocorram, principalmente, 
durante o carnaval, cada uma tem as usa peculiaridades. O Maracatu 
Rural tem como personagem central o Caboclo de Lança. A tradição 
é forte por toda Zona da Mata, Norte de Pernambuco e configura-
-se numa fusão de diversos folguedos populares. Já o Maracatu Na-
ção ou de Baque Virado apresenta um cortejo, onde vem a frente o 
Porta-Estandarte e logo atrás segue a Dama do Paço, que conduz a 
Calunga (uma boneca negra cheia de simbologias), os batuqueiros 
(orquestra) e as Catirinas (dançarinas que guiam a dança durante 
o cortejo). A orquestra possui caixas, gonguês e alfaias (tambores 
confeccionados com madeira). Veja o vídeo a seguir que apresenta 
alguns desses instrumentos musicais e o toque do maracatu.
https://www.youtube.com/watch?v=3zgPETxNIy0
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2011/06/Livreto_cdgongue.pdf
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2011/06/Caderno3_ModosDeInteragir.pdf
151CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://www.youtube.com/watch?v=NlyvvEg5zRQ
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6b/Maracatu_Na%C3%A7%C3%A3o_%282%29.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:MARACATU_NAZARE_DA_MATA,_CABOCLOS_DE_LAN%C3%87A.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maracatu_Mar_Aberto_5_(19408209098).jpg
152 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Apesar do Maracatu ser uma manifestação bem antiga, ficou du-
rante muito tempo restrito a Pernambuco e meio adormecido. Foi 
na década de 90, com o movimento Mangue Beat, liderado pelo 
músico Chico Science e sua banda Nação Zumbi, uma banda de 
rock que fazia uma mistura com ritmos regionais, sendo o principal 
a batida do maracatu. O trabalho de Chico Science ajudou a dar 
visibilidade e impulsionou o maracatu para outras regiões do Brasil. 
No Rio de Janeiro também se formaram grupos e nações de mara-
catu, sendo o mais conhecido deles o grupo Rio Maracatu que ofe-
rece oficinas de percussão e dança durante todo o ano e faz seus 
cortejos no centro do Rio durante o carnaval.
Professor, sugira aos estudantes uma pesquisa sobre o movimento 
Mangue Beat, como ele foi influenciado pelo Maracatu e os princi-
pais artistas que também foram influenciados por esse movimento 
e pelas batidas das alfaias (tambor usado no maracatu).
Professor, se desejar maiores informações sobre 
o Maracatu, sugiro escutar ou indicar aos estu-
dantes, o programa de rádio Curte o Som da Mul-
tirio, cujo tema é o Maracatu ou a leitura do dos-
siê IPHAN sobre Maracatu
https://www.youtube.com/watch?v=iF4j747M8Hg
https://www.youtube.com/watch?v=UVab41Zn7Yc
https://www.youtube.com/watch?v=n8QJrkIghaY&t=29s
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/DOSSIE_MARACATU_NA%C3%87%C3%83O.pdf
153CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 4
O Jongo
Professor, sugerimos que utilize o livro Jongo da autora Sônia Rosa 
como ponto de partida para falar um pouco da história dessa dança 
de roda. Explique que o jongo é uma manifestação cultural tipica-
mente do Sudeste, presente principalmente na região do Vale do 
Paraíba entre os estados do Rio e São Paulo. Além da dança, outros 
elementos são fundamentais para o desenvolvimento de uma roda 
de jongo, são eles: a dança, o tambor e os cânticos, chamados de 
ponto de jongo, os quais são falados em metáforas (pois era uma 
forma de comunicação entre os escravizados para que o senhor 
não entendesse seus combinados). Hoje, como diz uma letra de 
jongo, “o cativeiro acabou”, mas a tradição ficou.
No passado, não era permitido às crianças participarem das rodas 
de jongo, mas com a morte dos “mais velhos” a tradição foi ficando 
esquecida e corria risco de se perder. Foi o percursionista Mestre 
Darcy, que teve a ideia de ensinar a tradição do jongo para as crian-
ças e criar um grupo de jongo na Serrinha (localizada e Madureira) e 
fazer espetáculos para divulgar essa tradição cultural. Inicialmente, 
Mestre Darcy foi muito criticado por outras comunidades jonguei-
ras, mas depois perceberam que ele foi um visionário, pois sua ação 
não só divulgou a dança do jongo, como também fezcom que 
ocorresse sua valorização em outros meios sociais. Desse modo, 
sugiro 4 vídeos curtos que falam de cada um desses aspectos.
https://www.youtube.com/watch?v=z0_OOngTb9w&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=BSmWU7bmU-c
154 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Professor, uma atividade interessante de procurar entender o sen-
tido dos versos cifrados dos pontos de jongo. O ponto de jongo é 
uma pergunta em verso cantada para que o adversário possa adi-
vinhar ou “desatar”, na linguagem dos jongueiros. A ideia e propor 
uma atividade de “desatar” os versos dos pontos, oferecendo aos 
estudantes algumas pistas. Veja os exemplos abaixo:
Professor, informe que atualmente o jongo é dançado em algumas 
comunidades quilombolas como ocorre, por exemplo, no Quilom-
bo de Bracuí, em Angra dos Reis e no Quilombo São José da Serra 
em Valença. Além do já citado Jongo da Serrinha em Madureira, que 
é uma comunidade jongueira urbana, diferente dos outros dois que 
são comunidades rurais. Sugerimos que realize com os estudantes 
uma pesquisa sobre essas três comunidades que mantem a tradi-
https://www.youtube.com/watch?v=3tgxIC7rr3E
https://www.youtube.com/watch?v=_aaodaLVHak
155CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
ção jongueira. Disponibilizamos duas reportagens da MultiRio que 
podem ser utilizadas nas aulas para os alunos pesquisarem sobre o 
Jongo da Serrinha.
• Tia Maria do Jongo e a conservação da 
cultura ancestral 
• Jongo, expressão da cultura 
afro-brasileira
Se desejar conhecer mais sobre o jongo, indicamos o livro Jongo 
na Sala de aula, das autoras Elaine Monteiro e Mônica Sacramento, 
produzido pelo Pontão de Cultura Jongo/Caxambu, que está dis-
ponível na internet para baixar gratuitamente
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/16326-tia-maria-do-jongo-e-a-conserva%C3%A7%C3%A3o-da-cultura-ancestral
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/8637-jongo-expressao-da-cultura-afro-brasileira
http://www.pontaojongo.uff.br/sites/default/files/upload/o_jongo_na_escola_-_completo.pdf
156 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO
CÍRCULO DE LEITURA
157CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
EIXO HABILIDADES - 3º e 4º BIMESTRES
ORALIDADE 
E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Argumentar com coerência na defesa de opinião sobre assuntos significativos.
 Distinguir o que seja fato e o que seja opinião sobre os fatos em situações de interação oral.
 Identificar informações implícitas em situações de interação oral (fazer inferências de sentido).
 Opinar com coerência sobre assuntos significativos.
 Participar de debates e exposições orais, formulando perguntas coerentes com relação ao assunto abordado.
 Participar em situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
 Perceber relações de causa e consequência em situações de interação oral.
 Realizar exposições orais de assuntos, de forma fluente, expressiva e com sequência lógica, coerente.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
 Utilizar adequadamente, em situação de oralidade, as regras básicas de concordância e regência verbal e nominal.
 Utilizar a linguagem adequada à situação de interação, reconhecendo os contextos de uso dos diferentes 
registros, respeitando a variante de seus interlocutores e reconhecendo o conceito de variante padrão.
 Sintetizar ideias expressas em textos orais.
LEITURA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Comparar textos, estabelecendo relações entre eles (assunto/tema e estrutura).
 Compreender o uso expressivo do verbo nos textos lidos.
 Compreender os efeitos de sentido de modos e tempos verbais em textos.
 Construir diferentes hipóteses de leitura.
 Diferenciar partes principais e secundárias de um texto.
 Distinguir um fato de uma opinião.
 Estabelecer relações entre as partes de um texto, identificando repetições e substituições que contribuem 
para a sua continuidade (substantivos, pronomes, palavras e/ou expressões mais gerais e específicas).
 Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
 Identificar adjetivos e advérbios como elementos gramaticais que podem marcar tomada de posição em 
textos argumentativos.
 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
158 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LEITURA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Identificar as relações de causa e consequência dentre outras relações textuais.
 Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de palavras estrangeiras e neologismos.
 Identificar o assunto e o tema (assunto principal) de um texto, enfoques que desenvolvem o tema (ideias 
secundárias) e tipos de desfecho do tema desenvolvido.
 Identificar possíveis contra-argumentos em um texto.
 Identificar relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por recursos coesivos 
articuladores de relações de sentido (tempo, lugar, causa, dúvida, comparação, conclusão...).
 Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto percebendo o caráter polissêmico de palavras ou 
expressões e os diferentes significados que podem assumir em contextos diversos.
 Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos 
verbais e entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
 Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros.
 Localizar informações explícitas, literalmente expressas no texto ou dele parafraseadas, 
relacionando-as às implícitas.
 Reconhecer a função de elementos que enfatizam as intenções de persuadir e de convencer.
 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo 
tema, em função das condições de produção e daquelas em que serão recebidos.
 Reconhecer diferentes tipos de argumento (de autoridade, de comprovação, de exemplificação...).
 Relacionar informações para justificar o ponto de vista de autores em textos de base argumentativa.
 Reconhecer na combinação de elementos da linguagem de um texto, efeitos de humor e de ironia, 
explicando as pistas linguísticas que causam o humor e a ironia do texto.
 Reconhecer no texto publicitário seu caráter injuntivo e/ou persuasivo suas diferentes linguagens, a 
combinação dos elementos de diferentes linguagens e sua finalidade.
 Reconhecer o efeito de sentidos decorrente da escolha de uma palavra ou expressão, inclusive em usos 
afetivos e/ou pejorativos de diminutivos ou aumentativos, em palavras ou expressões intencionalmente 
grafadas em língua estrangeira, nas figuras de linguagem etc.
159CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
LEITURA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Reconhecer opiniões e argumentos que as sustentam, em textos diversos.
 Reconhecer os sinais de pontuação e outras notações como marcas da expressividade em um texto, 
identificando efeitos de sentido de seus usos.
 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
 Relacionar palavras/ideias de um mesmo campo semântico, de acordo com o contexto.
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural como patrimônio artístico da humanidade.
ESCRITA E ANÁLISE 
LINGUÍSTICA
 Empregar adequadamente os sinais de pontuação, inclusive como marcas de expressividade.
 Empregar adequadamente sinais de acentuação gráfica e regras básicas de ortografia.
 Escrever parágrafos organizados em ideia principal e ideia(s) secundária(s).
 Escrever textos diversos, utilizando a norma padrão, com estruturas sintáticas mais complexas.
 Organizar o texto em blocos de sentido: parágrafo.
 Planejar a escrita do texto, adequada ao interlocutor e aos objetivos da comunicação, levando com conta: a 
finalidade, a circulação, o suporte, a linguagem, o gênero, o tema e o assunto.
 Produzir textos de base argumentativa.
 Produzir textos defendendo opinião sobre assuntos diversos.
 Produzir textos empregando adequadamente os tempos e modos verbais danossa língua.
 Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim; 
presente, passado, futuro).
 Produzir textos, individual e coletivamente, de acordo com as condições de produção (finalidade, gênero, 
interlocutor), utilizando recursos gráficos suplementares (distribuição espacial, margem, letra maiúscula).
 Produzir textos (mensagens, cartas, e-mails) em linguagem mais ou menos formal, utilizando linguagem 
adequada ao gênero discursivo e à situação de interação.
 Realizar processo de revisão de textos, verificando a adequação ao leitor e aos objetivos da comunicação.
 Utilizar diferentes argumentos, a partir de uma tese.
 Utilizar recursos coesivos articuladores de relações de sentido em produções individuais e/ou coletivas.
160 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 1 – O AMOR NOS 
TEMPOS DO BLOG
O que você faria se estivesse perdidamente apaixonado 
e sem coragem de se declarar à pessoa amada? Neste 
livro, construído a partir de encontros e desencontros, 
acompanhamos uma história de amor através da con-
versa entre três blogs, situação comum em muitas das 
histórias de amor hoje em dia.
Esta é a sinopse de O amor nos tempos do blog, de Vi-
nicius Campos.
CAMPOS, Vinicius. O amor nos tempos do blog. 1. ed. 
São Paulo: Reviravolta, 2018.
161CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 11 TEMPOS / 7 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (romance e blog).
 Relação entre textos. 
 Produção de textos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos (...).
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
(...) de canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, 
tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo 
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, 
tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música) (...).
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF89LP35) Criar contos ou crônicas com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos. 
 (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, 
os recursos coesivos, a escolha lexical, a caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico 
e psicológico, das diferentes vozes no texto, o uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e 
processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas (...). 
162 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo. 
 Antecipar o assunto de um texto. 
 Reconhecer a estrutura e os elementos da narrativa.
 Perceber o diálogo entre textos e analisar a coerência temática entre textos.
 Produzir textos de base narrativa com a estrutura adequada e os elementos essenciais.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas, visando aprimorá-
lo no processo de formação autor-escritor.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura.
 Escrita. 
 Oralidade.
Literatura
 Título: O amor nos tempos do blog. 
 Autor: Vinicius Campos.
163CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, o primeiro livro sugerido para o 9º ano no Material Pe-
dagógico do Círculo de Leitura é O amor nos tempos do blog, do 
paulista Vinicius Campos, que trabalha como ator e roteirista de pro-
gramas voltados principalmente para o público infanto-juvenil. O li-
vro traz a história de Bernardo, um adolescente de treze anos que 
expressa suas experiências e sentimentos em um blog, no qual se 
identifica como Ariza em Silêncio. O adolescente está às voltas com 
a nova escola, uma paixão arrebatadora e a separação dos pais. Em 
paralelo, surge uma leitora contumaz de seus textos, a Cinderela Vir-
tual. Sugerimos que você faça a abordagem inicial da obra com a 
apresentação da capa do livro. É possível explorar as cores da capa 
– o azul escuro no fundo, formas que se assemelham a três metades 
de um coração, que interseccionam o rosa e o azul claro. Instigue os 
estudantes a fazer inferências sobre a obra a partir do título, usando 
questões como essas: Do que o livro vai falar? Será uma narrativa 
ou um poema? Onde se passa a história? Em que época? Quem são 
os personagens? Você pode escrever no quadro o nome do livro e 
dele “puxar” setas com o que os estudantes disserem. Em seguida, 
leia a sinopse da contracapa e continue as anotações.
O que você faria se estivesse perdidamente apaixonado e 
sem coragem de se declarar à pessoa amada? Ariza, um ga-
roto de treze anos, decidiu escrever um blog. Tudo começou 
quando ele foi à biblioteca devolver um livro e deu de cara 
com uma linda garota. Ela sorriu para ele, e isso bastou para 
que Ariza se encantasse. Assim, de encontros e desencontros, 
e de blog em blog, esta trama vai sendo construída – como se 
constroem muitas das histórias de amor hoje em dia.
O livro é um romance infanto-juvenil, embora esteja subdividido em 
quatro seções, blog dos personagens da história.
• Blog Ariza em Silêncio, escrito pelo protagonista Bernardo 
Mancini: páginas 8 a 33; 48 a 53; 74 a 77; 82 a 83.
• Blog Deusa Cibernética, escrito pela antagonista Vitória: 
páginas 34 a 47.
• Blog Cinderela Virtual, escrito pela protagonista Luz: pági-
nas 54 a 73; 78 a 81.
• Blog Ariza e Cinderela, escrito por Bernardo e Luz: páginas 
84 a 88.
164 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Essa parte introdutória será importante para instigar os estudantes 
a fazer a leitura integral do livro, que contém linguagem de agradá-
vel leitura para todos os públicos, em especial àquele a que foi des-
tinado. (É possível que na Sala de Leitura de sua escola haja alguns 
exemplares disponíveis, uma vez que o livro foi uma das opções 
para os Anos Finais, no PNLD Literário de 2020). Antes de partir 
para esse momento, sugerimos que você proponha aos estudantes 
a leitura dos trechos seguintes, seguida de produção escrita, em 
primeira pessoa, em prosa ou verso, que responda às indagações 
dos personagens.
O que pode ser importante na vida de um 
garoto de treze anos que vai à escola, joga 
futebol e anda de skate?
Blog Ariza em Silêncio (p. 11)
(...) será que os amores verdadeiros só existem 
nos livros? Na literatura tudo é tão lindo e na 
vida real eu só fico sabendo de separações e 
relações frias. Que triste! Tomara que na minha 
vida tudo seja como num romance.
Blog Cinderela Virtual (p. 65)
Há várias formas de narrar os fatos: a crônica, 
o conto, a história em quadrinhos, a conversa 
oral e tantas outras. Entre todos os gêneros 
narrativos, o romance é, em geral, o mais 
longo, o que apresenta mais personagens e 
o que se passa em uma maior variedade de 
espaços e tempos. Algumas vezes, a palavra 
romance cria confusões.Porém, o gênero 
narrativo romance não trata somente de 
histórias de amor.
Adaptado do livro MORDE A LÍNGUA, da MULTIRIO
165CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2 
Professor, os adolescentes de hoje, como seus estudantes, certa-
mente usam TikTok, Instagram, WhatsApp, entre outras platafor-
mas digitais e aplicativos de mensagens. Para eles, o blog não é um 
gênero muito comum. Mas à época em que foi criado, nos anos 90, 
e na sua popularização, início dos anos 2000, período da difusão 
da Internet, era quase uma “febre”. Ainda que o foco inicial fosse 
o compartilhamento de fotos, alguns usuários passaram a utilizá-lo 
como um diário pessoal “Os blogueiros”, como se chamam os auto-
res dos blogs no Brasil, são considerados os primeiros influencers, 
termo comum na atualidade (O QUE É BLOG? 2022).
“Os blogs funcionam como um diário pessoal na ordem cro-
nológica com anotações diárias ou em tempos regulares que 
permanecem acessíveis a qualquer um na rede. Muitas vezes, 
são verdadeiros diários sobre a pessoa, sua família ou seus 
gostos e seus gatos e cães, atividades, sentimentos, crenças 
e tudo o que for conversável.” (MARCUSCHI, 2004, p. 61).
Pergunte aos estudantes se eles conhecem algum blog. Você pode 
selecionar e mostrar, pelo projetor multimídia alguns; porém, este-
ja atento ao conteúdo. Embora a maioria dos blogs não seja mo-
netizado, seu visual pode ser poluído pelo excesso de 
anúncios ou conteúdo inapropriado para adolescentes 
– uma vez que as propagandas que aparecem enquan-
to se navega na internet ou redes sociais têm a ver com 
alguma pesquisa ou acesso feito anteriormente. Ouça a explicação 
no podcast da CBN Caruaru. 
A partir dos contextos da turma com que você vai trabalhar (quan-
tidade de exemplares disponíveis, o que vai organizar a leitura em 
duplas ou grupos, por exemplo; a disposição dos tempos de aula, 
dois seguidos ou divididos na semana), pode-se iniciar o Círculo 
de Leitura. Sugerimos que a leitura seja feita integralmente; é inte-
ressante estipular um período rotineiro para fazê-lo. Na impossibi-
lidade de um exemplar por aluno (proposta mais adequada, o que 
permite ao estudante levar o livro para casa, e alternar, na escola, 
as modalidades de leitura silenciosa e em voz alta), vale fazer iniciar 
a leitura em voz alta na sala de aula, variando-se os leitores entre os 
estudantes. É importante familiarizar-se com essa prática.
https://www.cbncaruaru.com/artigo/propagandas-na-web-especialista-explica-porque-perseguem-os-usuarios-e-como-se-livrar-delas
166 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
De modo geral e ainda por muitos séculos, a leitura em voz 
alta era realizada coletivamente, em situações de sociabilida-
de, o que permitia a participação de indivíduos analfabetos 
e semialfabetizados. (...) Muitas pessoas se tornaram leitoras 
por meio da voz de um outro (...).
A leitura oralizada era tão forte em países como o Brasil, de 
imprensa e escolarização tardias, que Antônio Cândido afirma 
que, mesmo entre as elites, tínhamos, na primeira metade do 
século XX, um público mais de “auditores” do que de leitores. 
Afinal, a oralidade predominava como modo de comunicação 
em diferentes espaços sociais (...).
Aprender a ler para ler em público fazia (e ainda faz) parte de 
algumas práticas sociais e exigia (exige) preparação. Ler com 
uma boa performance fazia (faz) parte de vários rituais escola-
res, como sessões de auditórios e outras cerimônias. Acredita-
va-se, ainda, que, além de exercitar (...) a dicção, a impostação 
da voz, a entonação, a pontuação e a fluência (...) ela seria o 
melhor meio para controlar o sentido da leitura. (...) a leitura 
em voz alta pode ensinar-lhes [aos estudantes] que ler é tam-
bém partilhar sentidos e emoções de forma coletiva.
(GALVÃO, 2014)
Em paralelo, que tal propor a criação de um blog do Círculo de Lei-
tura? Nele, será possível escrever textos não apenas sobre os livros 
que os estudantes lerão sob sua supervisão, mas também os que 
forem lidos autonomamente ou sob orientação de outro profes-
sor, como o de Língua Portuguesa. O Canal Tech, site com informa-
ções sobre jogos, notícias, dicas, tutoriais e aplicativos, apresen-
ta algumas plataformas gratuitas para a criação de blogs: https://
canaltech.com.br/internet/melhores-plataformas-gratuitas-para-
-voce-criar-seu-blog/. Havendo impossibilidade de acesso à rede 
ou uso de dispositivos eletrônicos na escola, é possível fazer um 
mural literário, destinado à mesma finalidade. Em ambos os casos, 
será necessário dividir tarefas (responsáveis por: layout, escrita dos 
textos, revisão, divulgação nas turmas ou redes sociais da escola, 
moderação e resposta aos comentários etc.).
Outras sugestões são apresentadas pela professora Angela Sivalli Ig-
natti no Manual do Professor da editora Reviravolta, que publicou O 
amor nos tempos do blog. Confira as versões em texto e em vídeo.
Manual do professor:
http://www.editorareviravolta.com.br/manu-
ais/2020/9788566162653.pdf
Vídeo de sugestões para o professor:
http://www.editorareviravolta.com.br/popup_
pnld_video.php?isbn=9788566162653&ano=2020
http://www.editorareviravolta.com.br/manuais/2020/9788566162653.pdf
http://www.editorareviravolta.com.br/manuais/2020/9788566162653.pdf
http://www.editorareviravolta.com.br/manuais/2020/9788566162653.pdf
http://www.editorareviravolta.com.br/popup_pnld_video.php?isbn=9788566162653&ano=2020
http://www.editorareviravolta.com.br/popup_pnld_video.php?isbn=9788566162653&ano=2020
http://www.editorareviravolta.com.br/popup_pnld_video.php?isbn=9788566162653&ano=2020
167CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3 
Professor, a essa altura da realização do Círculo de Leitura de O 
amor nos tempos do blog, os estudantes devem estar envolvidos 
pela história de amor de Bernardo e Luz, entremeada pelas artima-
nhas de Vitória. Nas páginas 55 e 66, descobrimos que as garotas são 
irmãs gêmeas, mas de personalidades bem diferentes (como lemos 
nas páginas 36 e 56, postagens dos blogs das duas). Aproveite e 
peça que os estudantes, provavelmente familiarizados também com 
a estrutura do livro (as postagens dos blogs), tracem oralmente os 
perfis dos personagens. Depois, que tal sugerir que eles escrevam 
seus perfis individuais, na hipótese de tonarem-se blogueiros? Vale 
usar pseudônimos, como os do livro que estamos lendo. Como ins-
piração para a escrita do gênero, orientamos a leitura das páginas 
8 e 9, 34 e 35, 54 e 55. Os textos podem ser expostos em um mural 
ou circular pela sala, para que um estudante tente descobrir, pelas 
pistas linguísticas, quem é a pessoa real por trás do pseudônimo. 
Nesse ponto, é importante discutir sobre a questão dos perfis falsos, 
ou fakes, da Internet. A matéria do SaferNet pode ren-
der boa roda de conversa: https://new.safernet.org.br/
content/dicas-para-perfil-falso-online.
No desenrolar da leitura, deparamo-nos com a informação de que 
Bernardo é surdo. Sim, as pistas para esse fato estão explícitas ao 
longo do livro, vide o pseudônimo “Ariza em Silêncio”, além de vá-
rias outras menções (como alguns trechos das páginas 50, 52 e 75). 
O jovem Bernardo estuda com Luz e Vitória na Escola Carlos de 
Campos, mas frequenta também outra instituição que o ajuda nas 
atividades escolares, a Escola Hellen Keller, na qual usa LIBRAS para 
se comunicar com os amigos e a ex-namorada, Michelle. Será inte-
ressante perceber que o livro trata de uma questão bastante cara 
ao universo da educação, a inclusão de pessoas com deficiência, 
mas sem resvalar nas dificuldades do personagem, e sim enfocar 
sua dimensão humana – afinal, incluir é compreender que somos 
todos sujeitos de muitas potencialidades, direitos e singularidades. 
Assim, compreende-se a literatura como exercício da alteridade.
“É interessante notar que Vinicius Campos elaborou seu ro-
mance de tal forma que, antes de sabermos da deficiência 
do protagonista, acompanhamos todas as suas angústias de 
adolescente: a adaptação a uma nova escola, o medo de serrejeitado pela menina por quem se apaixona, a separação dos 
pais, a relação com a antiga namorada. Quando descobrimos 
que Bernardo, ou Ariza em Silêncio, é surdo, nos damos conta 
de que ele é um adolescente como qualquer outro, e essa 
reflexão, do ponto de vista da temática, é muito enriquece-
dora.” (IGNATTI, 2018, p. 7)
https://new.safernet.org.br/content/dicas-para-perfil-falso-online
https://new.safernet.org.br/content/dicas-para-perfil-falso-online
https://new.safernet.org.br/content/dicas-para-perfil-falso-online
168 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Professor, na sua escola há estudantes que precisam de atendimen-
to educacional especializado? Felizmente, as salas de aula de hoje 
são muito diversas. Vocês podem realizar uma roda de conversa 
sobre o tema “inclusão”. Como ponto de partida, sugerimos a lei-
tura: das páginas 46 e 47, em que Vitória fala que a irmã e Bernardo 
são muito “diferentes”; da página 69, em que Luz se depara com o 
desafio de se relacionar com um rapaz surdo. Para este tema você 
pode conhecer as ações de educação especial do 
Instituto Helena Antipoff http://www0.rio.rj.gov.br/
sme/destaques/educacaoEspecialIHA.htm e quem 
sabe até debater a temática com a equipe técnica 
deste centro de referência.
Link da MultiRio: Como se referir a pessoas com de-
ficiência: a evolução dos termos ao longo do tempo
Você sabia que a forma 
de se referir a pessoas 
com deficiência evoluiu 
através dos tempos? 
Clique no link da 
MultiRio e leia matéria.
SUGESTÃO 4 
Professor, ao se deparar com o título O amor nos tempos do blog, 
você pode ter se indagado: já ouvi esse nome antes? Pois a respos-
ta é sim. O livro de Vinicius Campos dialoga refere-se diretamente 
a uma obra literária importantíssima da América Latina: O amor nos 
tempos do cólera, do colombiano Gabriel García Márquez (1927-
1914). O romance foi inspirado na história real dos pais do ganha-
dor do Nobel de Literatura; foi também adaptado para o cinema 
(a censura é 16 anos indicado como consulta ao professor), com a 
participação de Fernanda Montenegro. 
Em seguida, faça a leitura em voz alta do texto “Obrigado, Gabriel 
García Márquez”, da página 93, posfácio do livro deste Círculo. Nele, 
o escritor explica as razões que o inspiraram a escrever e as lições 
aprendidas, das quais destacamos a frase final: “E este foi o meu 
aprendizado: o amor existe desde sempre, mas em cada época ele 
é expresso de uma maneira”. Uma leitura que puxa outra... Essa 
é uma das características do livro de Vinicius Campos. Seus estu-
dantes conhecem livros (ou filmes, que são outra forma de contar 
histórias) assim? Conhecem histórias de amor como as vividas por 
Romeu e Julieta, Tristão e Isolda e Anna Karenina, de títulos homô-
nimos; de Bentinho e Capitu (Dom Casmurro, Machado de Assis), 
Carolina e Augusto (A moreninha, Joaquim Manuel de Macedo) e 
Heathcliff e Catherine (O morro dos ventos uivantes, Emily Bronte)?
Que tal criar histórias de amor? Sugerimos o gênero conto, por ser 
um texto de base narrativa comum em atividades de produção escri-
http://www0.rio.rj.gov.br/sme/destaques/educacaoEspecialIHA.htm
http://www0.rio.rj.gov.br/sme/destaques/educacaoEspecialIHA.htm
Link da MultiRio: Como se referir a pessoas com deficiência: a evolução dos termos ao longo do tempo
Link da MultiRio: Como se referir a pessoas com deficiência: a evolução dos termos ao longo do tempo
http://www0.rio.rj.gov.br/sme/destaques/educacaoEspecialIHA.htm
https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/reportagens/16563-como-se-referir-a-pessoas-com-defici%C3%AAncia-a-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-termos-ao-longo-do-tempo
169CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
ta. As histórias podem ser publicadas no blog da turma ou reunidas 
em uma coletânea. A seguir, temos uma breve definição do gênero.
O conto é um texto literário de base narrativa. Quando falamos 
em base narrativa, queremos dizer que há uma sequência de 
fatos. Essa sequência é que caracteriza o narrar e todos os gêne-
ros de base narrativa. 
E por que o conto é literário? Porque a linguagem literária é uma 
das formas de apreensão, de entendimento do real. É um modo 
diferente que temos de descrever a realidade, fazendo um uso 
especial do discurso. (...)
Todo texto narrativo pressupõe a presença fundamental dos se-
guintes elementos:
A culpa é das estrelas, 
romance contemporâ-
neo de John Green
O diário de Anne 
Frank, de Otto Frank
Perdida, romance contem-
porâneo de Carina Rissi
Orgulho e preconceito, 
clássico de Jane Austen
MORDE A LÍNGUA, 2016, pp. 60–61
170 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 2 – HISTÓRIAS 
EXTRAORDINÁRIAS
Sinopse
“Histórias extraordinárias reúne dezoito contos assombrosos de Edgar 
Allan Poe, com seleção, apresentação e tradução do poeta José Paulo 
Paes. Este livro traz, entre outras obras-primas do mestre do suspen-
se e do mistério, ‘A carta roubada’, ‘O gato preto’, ‘O escaravelho de 
ouro’, ‘O poço e o pêndulo’, ‘Assassinatos na rua Morgue’ e ‘O homem 
da multidão’.
O caráter macabro das histórias, dotadas de profundidade psicológica 
e imersas em uma atmosfera eletrizante, continua a conquistar novos 
leitores e a afirmar sua condição de clássico. Nas palavras de Paes, 
‘Poe sempre consegue [...] provocar-nos aquele arrepio de morte ou 
aquela impressão de vida que, em literatura, constituem o melhor, se-
não o único, passaporte para a imortalidade’.”
Fonte: https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535930030/historias-extraordinarias 
POE, Edgar Allan. Histórias extraordinárias. Trad. José Paulo Paes. 1. 
ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
171CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 15 TEMPOS / 9 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (conto).
 Relação entre textos. 
 Produção de textos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos (...).
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura como rodas de leitura, leituras dramáticas, 
tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações.
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF89LP35) Criar contos ou crônicas com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos. 
 (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada 
gênero, os recursos coesivos, a escolha lexical, a caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos 
cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto, o uso de pontuação expressiva, palavras e expressões 
conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero 
narrativo.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas (...). 
172 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (conto).
 Relação entre textos. 
 Produção de textos.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura
 Escrita 
Literatura
 Título: Histórias extraordinárias
 Autor: Edgar Allan Poe
 Tradutor: José Paulo Paes
173CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, a segunda obra sugerida para o 9º ano no Material Peda-
gógico do Círculo de Leitura é um livro de contos: Histórias extra-
ordinárias, umareunião de textos do norte-americano Edgar Allan 
Poe, cuja obra está em domínio público, o que faz com que haja 
uma infinidade de traduções e adaptações mundo afora.
Edgar Allan Poe (1809–1849), con-
tista, poeta, editor e crítico literá-
rio, integrou o movimento român-
tico. Teve uma vida tumultuada: 
órfão muito cedo, juventude bo-
êmia, muitos insucessos financei-
ros e vários projetos profissionais, 
alguns fracassados – mas dono de 
invejável capacidade de contar 
histórias. Foi no exercício do con-
to que se notabilizou. Para muitos, 
Allan Poe é o “pai” do conto policial e criador do primeiro detetive 
das histórias, C. Auguste Dupin.
“Quem conta um conto, aumenta um ponto”. Apesar da aparente 
simplicidade do ditado, perguntamos: o que faz um texto ser reco-
nhecido como um conto? A principal característica de construções 
do tipo é ter narratividade, ou seja, sequência de acontecimentos. 
Nas palavras de Barthes (2011), o conto não é uma simples soma 
de proposições, mas um feixe em que se imbricam personagens e 
contextos, como um todo. A professora Nádia Gotlib (2006) enu-
mera características de forma um pouco mais didática.
“De fato, toda narrativa apresenta: 1. uma sucessão de aconte-
cimentos: há sempre algo a narrar; 2. de interesse humano: pois 
é material de interesse humano, de nós, para nós, acerca de nós: 
e é em relação com um projeto humano que os acontecimentos 
tomam significação e se organizam em uma série temporal estru-
turada; 3. e tudo ‘na unidade de uma mesma ação’. 
No entanto, há vários modos de se construir esta ‘unidade de 
uma mesma ação’, neste ‘projeto humano’ com uma ‘sucessão de 
acontecimentos’.” (GOTLIB, 2006, p. 11–12)
p
ix
ab
ay
Conheça mais sobre o precur-
sor dos detetives da literatura, C. 
Auguste Dupin, criado por Edgar 
Allan Poe.
h ttp s ://p t .w i k i ped i a .o rg/
wiki/C._Auguste_Dupin 
174 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
O conto era o gênero preferido de Allan Poe. Júlio Cortázar (2017) 
afirma, no artigo que acompanha a edição de Histórias extraordi-
nárias, que “Poe escreverá seus contos para dominar, para subme-
ter o leitor no plano imaginativo e espiritual” (p. 395). As histórias 
que vamos conhecer são narrativas envolventes, muitas com per-
sonagens sombrios, alguns de caráter duvidoso, em episódios que 
facilmente resvalam no universo gótico, com cenários de terror e 
suspense psicológico, mortes misteriosas e crimes por desvendar. 
Esses elementos agradam muito aos leitores que, não mais inician-
tes, incursionam por textos mais complexos e que fazem pensar. 
Por isso, orientamos que, antes de iniciar as atividades do Círculo 
de Leitura, pesquise se há em sua escola outras traduções e adap-
tações de Allan Poe e reserve, para uso posterior. Depois, planeje a 
primeira atividade para os estudantes. Que tal colocar uma música 
tranquila e fazer a ambientação da sala? Todos podem estar em cír-
culo, à meia luz. Você pode começar perguntando se eles gostam 
de histórias de mistério, suspense e terror. Escute o que têm a di-
zer e respeite os que falarem sobre medo, tranquilizando-os sobre 
o que irão ler. Diga que o livro com que a turma vai trabalhar se 
chama Histórias extraordinárias, e foi escrito por Edgar Allan Poe. 
Você pode perguntar se alguém conhece esse nome. Sugerimos 
que, após esse momento, seja lido “O coração delator”, conto das 
páginas 329 a 338. Como é um conto pequeno, a sugestão é que 
você leia para a turma. Mas se preferir, acesse em sala de aula ou 
divulgue aos estudantes a versão digital gratuita do livro no link 
https://biblion.odilo.us/info/historias-extraordinarias-00910012.
SUGESTÃO 2
Professor, após a primeira incursão no universo literário de Allan 
Poe, com a leitura de “O coração delator”, sugerimos que você leve 
para a sala de aula o exemplar de Histórias extraordinárias. Apre-
sente o sumário aos alunos, com os nomes dos outros contos que 
compõem o livro.
Ligeia
Pequena palestra 
com uma múmia
A carta roubada
O gato preto
O sistema do doutor Alca-
trão e do professor Pena
O barril de Amontillado
O poço e o pêndulo
A máscara da Morte Rubra
Berenice
Sombra — uma parábola
O diabo no campanário
A queda da casa de Usher
O caixão quadrangular
O escaravelho de ouro
O coração delator
William Wilson
O retrato ovalado
O homem da multidão
Pergunte aos estudantes que palavras presentes nos nomes dos 
contos dão indícios da temática de Edgar Allan Poe; afinal, eles já 
conhecem um pouco da obra do autor, pois ouviram “O coração 
delator”. Esse será um momento para que se levantem hipóteses 
acerca do que as histórias vão tratar.
175CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A
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“Relativamente ao conto, as ideias de Poe não se afastam das 
suas demais ideias sobre o fato artístico em geral. Preconizava, 
nesse gênero, o uso e abuso do que denominava “a unidade de 
efeitos”. Ao escrever uma short story, devia o artista ter sempre 
em mente o desfecho da narrativa e, de acordo com esse desfe-
cho, dispor as cenas, criar a atmosfera, de modo a provocar no 
leitor um efeito definido de enternecimento, de solidão, de horror 
etc.” (PAES, 2017, p. 13.)
Em seguida, você pode chamar atenção para 
o conto “O gato preto”, da página 97. É um 
dos mais conhecidos do escritor. Peça que 
os estudantes imaginem cenários, persona-
gens e outros elementos da narrativa a partir 
do título, apenas. (Caso algum estudante co-
nheça o conto, peça-lhe que guarde, ainda, 
essas informações.) Em seguida, assistam ao 
episódio do programa da MultiRio Morde a 
língua, chamado “Vladimir, o sapo, e outras 
histórias: contos”.
Link: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/multiclube/3a5/vide-
os-irados/11229-vladimir,-o-sapo,-e-outras-hist%C3%B3rias-contos-2
Agora é hora de exercitar! Peça que os estudantes se organizem 
em duplas e escrevam um conto de terror chamado “O gato preto”. 
Pode ser manuscrito, digitado no computador ou bloco de notas 
do celular. Caso eles prefiram, podem fazer a história narrada em 
áudio, como um podcast.
Após a criação das histórias, você pode promover uma roda de 
leitura dos contos. Vai ser uma experiência bem interessante para 
todos, pois apesar de título e temática comuns, os enredos serão 
os mais diversos. Vale fazer comparações entre as histórias e, por 
fim, oferecer aos estudantes o conto original. Será que alguma du-
pla conseguiu imaginar o gato preto como o de Allan Poe? 
Link: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/multiclube/3a5/videos-irados/11229-vladimir,-o-sapo,-e-outras-hist%C3%B3rias-contos-2
Link: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/multiclube/3a5/videos-irados/11229-vladimir,-o-sapo,-e-outras-hist%C3%B3rias-contos-2
176 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
O texto, traduzido por José Paulo Paes nas páginas 97 a 112, tem 
mesmo foco narrativo de “O coração delator”, o narrador- per-
sonagem. A construção do texto exigirá do leitor capacidade de 
observação e análise apuradas, pois as passagens narrativas vêm 
lado a lado de digressões filosóficas (o narrador foi condenado à 
morte e, enquanto aguarda a execução da pena por enforcamen-
to, relembra a gênese de seu crime, bem como reflete sobre o 
sentido do que viveu). Para facilitar a posterior leitura do conto na 
íntegra, sugerimos que a turma assista previamente à animação 
“O gato preto”, realizada durante a Escola Animada de Conta-
gem/MG. O filme é como cinema mudo; apresenta uma atmosfera 
lúgubre e nos remete, mais uma vez, ao universo do escritor.
https://www.youtube.com/watch?v=po_T90CthjI
Promova uma roda de conversa com os estudantes, para saber o 
que acharam da animação e do enredo da história. Certamente, 
os estudantes ficarão surpresos com a história inusitada – em que 
o gato preto, sinônimo de azar para muitas culturas ou até animal 
que remete ao macabro, é a grande vítima. Após esse momento, 
apresente à turma a versão original de “O gato preto”. Na impossi-
bilidade de livro físico,leiam em formato digital.
Conto “O gato preto”
Tradução de Breno Silveira
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5806591/mod_re-
source/content/2/O%20gato%20preto.pdf
Conto “O gato preto”
Tradução de Bernardo Carvalho
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687516/mod_re-
source/content/1/03%20Poe.%20O%20gato%20preto.pdf
Conto “O gato preto”
Tradução de Márcia Gonçalves
https://issuu.com/darksidebooks/docs/1586179644edgar_
allan_poe_-_04_-_o_gato_preto
Conto “O gato preto”
Tradução de José Paulo Paes
https://biblion.odilo.us/info/historias-extraordina-
rias-00910012
https://www.youtube.com/watch?v=po_T90CthjI
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5806591/mod_resource/content/2/O%20gato%20preto.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5806591/mod_resource/content/2/O%20gato%20preto.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687516/mod_resource/content/1/03%20Poe.%20O%20gato%20preto.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687516/mod_resource/content/1/03%20Poe.%20O%20gato%20preto.pdf
https://issuu.com/darksidebooks/docs/1586179644edgar_allan_poe_-_04_-_o_gato_preto
https://issuu.com/darksidebooks/docs/1586179644edgar_allan_poe_-_04_-_o_gato_preto
https://biblion.odilo.us/info/historias-extraordinarias-00910012
https://biblion.odilo.us/info/historias-extraordinarias-00910012
177CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
“Edgar Allan Poe continua sendo escritor prestigiado pelo leitor 
comum, que ainda se encanta com suas histórias de terror. E tal-
vez esse despretensioso leitor esteja com a razão, pois, a despeito 
da linguagem ‘glutinosa’ ou do estilo ‘mecânico’, Poe sempre con-
segue, em mais de um momento, provocar-nos aquele arrepio de 
morte ou aquela impressão de vida que, em literatura, constituem 
o melhor, senão o único, passaporte para a imortalidade.” (PAES, 
2017, p. 13–14.)
Na Sala de Leitura da sua escola, é provável que haja muitos livros 
de Edgar Allan Poe. Abaixo, colocamos apenas alguns exemplos, 
das edições mais populares do mercado livreiro e que provavel-
mente estiveram disponíveis para aquisição pelas escolas.
Para saber mais sobre “leitura pro-
tocolada”, leia a matéria.
https://www.escrevendoofuturo.
org.br/conteudo/biblioteca/nos-
sas-publicacoes/revista/artigos/
artigo/378/ensinar-leitura-lendo 
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/378/ensinar-leitura-lendo
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/378/ensinar-leitura-lendo
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/378/ensinar-leitura-lendo
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/378/ensinar-leitura-lendo
178 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Nesse momento, professor, vamos desenvolver o que chamamos 
de “leitura fatiada” ou “leitura protocolada”: ler em blocos, para 
que diferentes hipóteses de leitura sejam levantadas e a apreensão 
dos sentidos se dê forma gradativa. Escolhemos o conto “O retrato 
ovalado” (também traduzido como “O retrato oval”). Os recursos 
para a realização das propostas estão disponíveis no link seguinte.
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/smelei-
tura_rioeduca_net/Emoj42wNzeJEiPceUIN5YGkBBz6-ohVtcF9-
-9VD84DL_Rg?e=34dAhc
PROPOSTA 1 - Trabalho em grupo
• Oriente a formação de grupos pequenos, pois será um tra-
balho analítico.
• Distribua os blocos de texto.
• Explique que cada estudante pode ler um trecho; vale su-
blinhar as palavras desconhecidas e procurar no dicionário, 
se for o caso.
• Depois que todos fizerem isso, vão compartilhar o que en-
tenderam com o grupo.
• Circule pelos grupos e ajude-os, se precisarem.
• O grupo vai organizar o texto na sequência que julga cor-
reta e colar os blocos de texto em uma cartolina.
• A partir disso, podem seguir com a leitura do conto, para 
apreender os sentidos completos do texto, e opinar sobre 
o texto.
PROPOSTA 2 - Trabalho coletivo
• Organize os alunos em duplas. Explique que vocês vão fa-
zer a “leitura fatiada” de um conto. 
• Apresente o texto com o auxílio do projetor, uma tela de 
texto por vez. Na impossibilidade de uso desse recurso, 
prepare um envelope para cada dupla, contendo os blocos 
de texto na ordem em que serão lidos, com a orientação 
de serem retirados somente quando que você solicitar.
• À leitura de cada trecho, aproveite para fazer perguntas so-
bre o que está acontecendo, quem são os personagens, 
como é a descrição do cenário. Instigue-os a levantarem 
hipóteses sobre o enredo, a partir dos elementos explícitos 
e implícitos. Ajude a compreender os trechos mais difíceis.
• Pergunte-lhes o que acharam do conto.
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/Emoj42wNzeJEiPceUIN5YGkBBz6-ohVtcF9-9VD84DL_Rg?e=34dAhc
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/Emoj42wNzeJEiPceUIN5YGkBBz6-ohVtcF9-9VD84DL_Rg?e=34dAhc
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/Emoj42wNzeJEiPceUIN5YGkBBz6-ohVtcF9-9VD84DL_Rg?e=34dAhc
179CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Que tal promover um círculo de leitura com os contos de Allan Poe? 
Se possível, dê preferência à leitura dos livros, mas na impossibili-
dade, acesse os links abaixo, que estão disponíveis gratuitamente:
“O barril de Amontillado”, tradução de Samuel Titan Júnior
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687512/mod_re-
source/content/1/02%20Poe.%20O%20barril%20de%20
Amontillado.pdf
“Manuscrito encontrado numa garrafa”, tradução de Rodrigo 
Breunig e Bianca Pasqualini https://www.lpm.com.br/livros/
imagens/escaravelho_de_ouro.pdf
“O homem da multidão”, tradução de José Paulo Paes 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5331429/mod_re-
source/content/2/Edgar%20Allan%20Poe%20-%20O%20
homem%20na%20multid%C3%A3o.pdf 
“A máscara da Morte Rubra”, tradução de José Paulo Paes 
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.
php?id=4639653 
SUGESTÃO 4 
Professor, nas sugestões deste bloco damos vez a um conto que, 
embora não esteja na edição de Histórias extraordinárias, figura 
como um dos mais conhecidos textos de Allan Poe, “Os assassina-
tos da Rua Morgue” (também conhecida sem o artigo “os”); bastan-
te emblemático, apresenta aos leitores o personagem C. Auguste 
Dupin, o primeiro detetive da literatura. O conto inicia a trilogia de-
tetivesca de Allan Poe, que se completa com “O mistério de Marie 
Roget” e “A carta roubada” (este último texto consta da tradução 
de José Paulo Paes). A pesquisa da bibliotecária Cristiane Souza, da 
UFRJ, apresenta excelente análise destas histórias e do conto poli-
cial como um todo. Para ler, é só acessar o link: https://pantheon.
ufrj.br/bitstream/11422/11840/1/CASouza.pdf. 
Voltando ao universo textual do conto, as 
primeiras páginas trazem as reflexões do 
narrador-personagem sobre a capacidade 
analítica do ser humano, e prossegue com 
a descrição das habilidades dos jogadores 
de dama, xadrez e uíste, um jogo de cartas 
– considerando que essa última modalida-
de é a que mais exige inteligência. Em prin-
cípio, a sucessão de reflexões pode soar 
enfadonha, mas à medida que a história se 
desenrola, veremos o quanto será impor-
tante para a composição do personagem 
Dupin. A narração propriamente começa 
na quinta página, em que o narrador des-
creve como conheceu o futuro “detetive”.
Os trechos desta seção 
pertencem à edição abaixo.
https://l1nk.dev/5e1Pa
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687512/mod_resource/content/1/02%20Poe.%20O%20barril%20de%20Amontillado.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687512/mod_resource/content/1/02%20Poe.%20O%20barril%20de%20Amontillado.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5687512/mod_resource/content/1/02%20Poe.%20O%20barril%20de%20Amontillado.pdf
https://www.lpm.com.br/livros/imagens/escaravelho_de_ouro.pdf
https://www.lpm.com.br/livros/imagens/escaravelho_de_ouro.pdfhttps://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5331429/mod_resource/content/2/Edgar%20Allan%20Poe%20-%20O%20homem%20na%20multid%C3%A3o.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5331429/mod_resource/content/2/Edgar%20Allan%20Poe%20-%20O%20homem%20na%20multid%C3%A3o.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5331429/mod_resource/content/2/Edgar%20Allan%20Poe%20-%20O%20homem%20na%20multid%C3%A3o.pdf
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=4639653
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=4639653
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/11840/1/CASouza.pdf
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/11840/1/CASouza.pdf
180 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
“Quando residi em Paris durante a primavera e parte do verão 
de 18—, travei conhecimento com um Monsieur C. Auguste Dupin. 
Este jovem cavalheiro pertencia a uma excelente – de fato, ilustre 
– família, porém, através de uma série de eventos inesperados, 
havia sido reduzido a uma tal pobreza que a energia de seu cará-
ter sucumbiu perante ela e desistiu de enfrentar o mundo ou preo-
cupar-se em recuperar sua fortuna. Por cortesia de seus credores, 
permanecia em sua posse uma pequena parte de seu patrimônio; 
com esta renda e mantendo rigorosa economia, ele conseguia ob-
ter as necessidades básicas da vida, sem se preocupar com suas 
superfluidades. De fato, os livros eram seu único luxo; e, em Paris, 
é fácil consegui-los.” (POE, 2002, p. 13)
Logo a seguir, descobrimos a relação de amizade travada entre o 
narrador e Dupin, sobre quem lemos as primeiras descrições de 
espírito: um cavalheiro falido, mas dotado de inteligência bastante 
peculiar, tendo como único luxo a leitura.
“Era nessas ocasiões que eu não podia deixar de notar e admirar 
(...) uma habilidade analítica peculiar em Dupin. Ele parecia, tam-
bém, ansiar por ela e extrair o maior prazer em exercitá-la – ou, 
talvez mais exatamente, em exibi-la – e não hesitava em confessar 
o prazer que experimentava. Ele se gabava, com uma risadinha 
baixa e discreta, de que podia ler as intenções e pensamentos da 
maioria dos homens, como se tivessem janelas no peito; e tinha 
o costume de acompanhar estas assertivas com provas diretas e 
bastante assombrosas do seu conhecimento íntimo de meus sen-
timentos.” (POE, 2002, p. 14)
Na metade do conto é que nos deparamos com o conflito gerador: 
os assassinatos misteriosos de uma mulher de meia-idade e sua 
filha, uma jovem (POE, 2002, pp. 19–20). Seguem-se os relatos das 
testemunhas, com suposições sobre o assassino, até a entrada de 
Dupin no caso, que soluciona com relativa facilidade. Professor, se 
você estiver curioso com a história, cuidado com o spoiler abaixo.
O ASSASSINO É UM ORANGOTANGO, LEVADO A PARIS POR 
UM MARINHEIRO QUE, APÓS CAPTURÁ-LO EM UMA DE SUAS 
VIAGENS, TENCIONAVA VENDER O ANIMAL. O ASSASSINATO 
FOI ACIDENTAL.
Para um trabalho profícuo, orientamos que a leitura seja feita de 
forma linear, até o momento da narrativa em que Dupin se prepara 
para investigar a história (POE, 2017, p. 21–22). O conto pode ser lin-
do na íntegra por meio do link: https://issuu.com/darksidebooks/
docs/edgar_allan_poe_-_07_-_os_assassinatos_na_rua_morg (Se fi-
zer a leitura nessa modalidade, a pausa deve ser feita ao fim da 
página 21.) A fim de dar vazão à veia detetivesca que a história pres-
supõe, sugerimos que os estudantes releiam a descrição inicial do 
crime. O arquivo abaixo pode ser reproduzido no projetor ou em 
cópias em papel. 
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:b:/g/personal/smeleitura_
rioeduca_net/ETd9cyHx5fdGolmpzf8ZRlsBSZQOO3HXCo5hi2EGJX
3dlQ?e=KYfwlu
181CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A turma também pode se dividir em grupos para, 
assim como os policiais da história, analisar os 
relatos das testemunhas e as pistas do crime. 
Se houver aptidões cênicas, pode-se fazer a ca-
racterização dos personagens e uma encenação, 
antes do desenrolar da trama.
Para envolver ainda mais os estudantes com a 
leitura, trazemos outra sugestão. Oriente que 
os estudantes selecionem trechos do conto e 
usem-nos como chamariz para a leitura, levando 
a ideia para outras classes. Podem ser cartazes 
digitados ou escritos à mão, em cartolina, dis-
tribuídos como panfletos, afixados em murais, 
paredes ou portas (cuidando para não danificar 
a estrutura do prédio). Outra possibilidade é a 
produção de vídeos ou áudios, disponibiliza-
dos nas redes sociais da escola ou grupos de 
mensagens de estudantes. O mais importante é 
instigar a garotada para que explorem a capaci-
dade de análise, tal como o narrador sugere no 
começo do conto. Se houver interesse, podem-
-se ler os outros contos da trilogia detetivesca 
de Allan Poe no link seguinte.
https://www.ufmg.br/centrocultural/wp-con-
tent/uploads/2020/05/8-Os-Crimes-da-Rua-
-Morgue-Edgar-Allan-Poe.pdf
Para saber mais sobre a escrita gótica de Allan Poe, leia “No bico 
do corvo”, de Marina Della Valle, da Revista literária Quatrocincoum.
https://quatrocincoum.folha.uol.com.br/br/resenhas/literatu-
ra/no-bico-do-corvo
https://www.ufmg.br/centrocultural/wp-content/uploads/2020/05/8-Os-Crimes-da-Rua-Morgue-Edgar-Allan-Poe.pdf
https://www.ufmg.br/centrocultural/wp-content/uploads/2020/05/8-Os-Crimes-da-Rua-Morgue-Edgar-Allan-Poe.pdf
https://www.ufmg.br/centrocultural/wp-content/uploads/2020/05/8-Os-Crimes-da-Rua-Morgue-Edgar-Allan-Poe.pdf
https://quatrocincoum.folha.uol.com.br/br/resenhas/literatura/no-bico-do-corvo
https://quatrocincoum.folha.uol.com.br/br/resenhas/literatura/no-bico-do-corvo
182 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 3 – HARRY POTTER 
E A PEDRA FILOSOFAL
Sinopse
“Harry Potter é um garoto cujos pais, feiticeiros, foram assassinados por um poderosíssimo bru-
xo quando ele ainda era um bebê. Ele foi levado, então, para a casa dos tios que nada tinham a 
ver com o sobrenatural. Pelo contrário. Até os 10 anos, Harry foi uma espécie de gata borralheira.
No dia de seu aniversário de 11 anos, entretanto, ele parece deslizar por um buraco sem fundo, 
como o de Alice no País das Maravilhas, que o conduz a um mundo mágico. Descobre sua ver-
dadeira história e seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em que terá que enfrentar 
a pior força do mal, o homem que assassinou seus pais. O menino de olhos verdes, magricela e 
desengonçado, tão habituado à rejeição, descobre, também, que é um herói no universo dos 
magos. Potter fica sabendo que é a única pessoa a ter sobrevivido a um ataque do tal bruxo do 
mal e essa é a causa da marca em forma de raio que ele carrega na testa. Ele não é um garoto 
qualquer, ele sequer é um feiticeiro qualquer; ele é Harry Potter, símbolo de poder, resistência e 
um líder natural entre os sobrenaturais. 
Harry Potter conduz a discussões metafísicas, aborda o eterno confronto entre o bem e o mal, 
evidencia algumas mazelas da sociedade, como o preconceito, a divisão de classes através do 
dinheiro e do berço, a inveja, o egoísmo, a competitividade exacerbada, a busca pelo ideal – a 
necessidade de aprender, nem que seja à força, que a vida é feita de derrotas e vitórias e que 
isso é importante para a formação básica de um adulto.”
Fonte: https://www.rocco.com.br/livro/harry-potter-e-a-pedra-filosofal/ 
ROWLING, J. K. Harry 
Potter e a pedra filosofal. 
Rio de Janeiro, Rocco, 2000.
183CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 18 TEMPOS / 9 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (romance).
 Produção de textos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos (...).
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura (...) como rodas de leitura, clubes de leitura, 
(...) tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, (...) 
utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema,teatro, música), playlists comentadas, fanfics, (...) dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de 
manifestação da cultura de fãs.
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF89LP35) Criar contos com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes 
estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos. 
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas (...). 
 (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção 
e circulação, ao modo, à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, (...) utilizando 
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos.
184 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo. 
 Reconhecer a estrutura e os elementos da narrativa do tipo romance.
 Produzir textos (fanfic, cartaz e anuário) com a estrutura adequada e os elementos essenciais.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas, visando aprimorá-
lo no processo de formação autor-escritor.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura
 Escrita
Literatura
 Título: Harry Potter e a pedra filosofal
 Autor: J. K. Rowling
 Tradutor: Lia Wyler
185CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, apresentamos no Material Pedagógico do Círculo de Lei-
tura a terceira sugestão para o 9º ano, um romance contemporâ-
neo, famoso pelo seu universo extraliterário: Harry Potter e a pedra 
filosofal. Como diz a sinopse, é um livro que agrada a várias idades, 
embora seja classificado como infanto-juvenil. Trata-se do primeiro 
de sete livros (e oito filmes) que narram a saga do jovem bruxo Har-
ry Potter e seu cotidiano com amigos, professores e outros perso-
nagens da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Personagens, 
cenários e situações que devem guardar semelhanças com o seu 
dia a dia e o de seus alunos, não é mesmo?
A inglesa Joanne Rowling, que assina J. K. Rowling em seus livros 
(por sugestão de um editor, temeroso que meninos leitores rejeitas-
sem uma escritora), formou-se em língua francesa pela Universidade 
de Exeter. Mas a carreira de secretária bilíngue nunca foi um sonho, 
pois o maior talento de Joanne sempre foi criar histórias. Sua infân-
cia foi marcada por episódios que muito inspiraram a imaginação. A 
companhia da irmã caçula, com quem inventava brincadeiras; a vida 
em um vilarejo distante, no qual havia um castelo; a proximidade da 
casa com o cemitério; a convivência com vizinhos especiais – tudo 
colaborou para a construção de um vasto repertório de histórias. A 
ideia de narrar a saga de um jovem bruxo recém-admitido em uma 
escola de magia surgiu durante uma viagem de trem, de Manchester 
a Londres. Porém, as primeiras linhas das aventuras de Harry Potter 
foram escritas em um café de Edimburgo, Escócia, que Joanne fre-
quentava com sua filha bebê, 
num período de grandes difi-
culdades financeiras. Da rejei-
ção dos primeiros editores ao 
sucesso de vendas, J. K. Ro-
wling é dona de uma história 
vitoriosa – embora atualmente 
seja alvo de questionamentos 
do público por declarações 
preconceituosas, o que con-
traria a maior parte do ideário 
defendido em sua obra, um 
anelo sobre tolerância, empa-
tia e fraternidade.
Harry Potter e a pedra filosofal foi publicado em 1997. A obra foi um 
dos primeiros livros densos (afinal, são dezessete capítulos, pouco 
mais de duzentas páginas) a virar a febre das livrarias, daqueles de-
vorados por milhões de leitores, arrebatados pela escrita simples, 
mas com enredos bem contados, cheios de referências históricas, 
esotéricas e mitológicas. A multidão de leitores e fãs do univer-
so Harry Potter passou a ter até nome próprio: os “potterheads”, 
termo que seria traduzido como “poteriano” em português – algo 
como “muito fã de Harry Potter”. Sobre esse fenômeno, Cademar-
tori (2009) traz importantes colocações.
186 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
“A série de J. K. Rowling, de modo especial, testou o fôlego de lei-
tura dos leitores jovens, comprovando que eles não têm preguiça 
de ler volumes espessos, quando a trama é atraente e tecida com 
imaginação exuberante. Esse tipo de ficção recorre ao forte ape-
lo dos temas míticos que opõem, de modo maniqueísta, convém 
frisar, a existência das forças do bem e do mal. As personagens 
arquetípicas da série, no entanto, ao longo de seus percursos e 
entraves, propõem e reforçam uma organização do mundo com 
base em valores como coragem, persistência, amizade e lealda-
de.” (CADEMARTORI, 2009, p. 62) 
Nos Anos Finais, espera-se que os estudantes tenham experiência 
com a literatura – afinal, o Currículo Escolar contempla obras lite-
rárias como objeto de conhecimento, sobretudo em Língua Portu-
guesa. Por isso, cremos ser necessário um trabalho mais sistemáti-
co envolvendo um gênero literário menos difundido entre os jovens 
leitores – o romance. Mais uma vez, vamos à definição do gênero.
“Há várias formas de narrar os fatos: a crônica, o conto, a histó-
ria em quadrinhos, a conversa oral e tantas outras. Entre todos 
os gêneros narrativos, o romance é, em geral, o mais longo, o 
que apresenta mais personagens e o que se passa em uma maior 
variedade de espaços e tempos. O romance é uma narrativa re-
dimensionada.
Esse gênero é conhecido como a ‘epopeia burguesa moderna’ 
(...). Algumas vezes, a palavra romance cria confusões. (...) Porém, 
o gênero narrativo romance não trata somente de histórias de 
amor.” (MULTIRIO, 2016, pp. 85–86)
Para iniciar esse trabalho, professor, sugerimos que você apresente 
aos estudantes um exemplar de Harry Potter e a pedra filosofal, 
explicando que essa será a obra a que vocês vão dedicar seu tem-
po no Círculo de Leitura. Pergunte se os estudantes conhecem o 
livro. Nessa hora, professor, esteja preparado para ouvir de alguns 
estudantes opiniões bem distintas. 
• Amo Harry Potter e seus fan-
doms, vou adorar reler.
• Já sei tudo da história, não 
preciso ler.
• Assisti aos filmes, não me in-
teressa ler o livro.
• Harry Potter é uma história 
boba, para criança.
Aproveite e conheça melhor a 
experiência leitora dos estudan-
tes e seus repertórios culturais, 
como acesso a livros, filmes, jo-
gos e outros. A conversa pode 
ser bem proveitosa. Ao concluí-
-la, faça com os estudantes o 
jogo de perguntas (também 
chamado de quiz ou trívia) so-
bre Harry Potter; sugerimos o 
uso de projetor multimídia. 
Professor, para se inteirar 
melhor sobre o livro, ouça 
o podcast da Rádio UFMG 
Educativa.
https://ufmg.br/comuni-
cacao/noticias/25-anos-
-do-fenomeno-editorial-
-harry-potter-e-a-pedra-
-filosofal-de-j-k-rowling
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/25-anos-do-fenomeno-editorial-harry-potter-e-a-pedra-filosofal-de-j-k-rowling
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/25-anos-do-fenomeno-editorial-harry-potter-e-a-pedra-filosofal-de-j-k-rowling
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/25-anos-do-fenomeno-editorial-harry-potter-e-a-pedra-filosofal-de-j-k-rowling
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/25-anos-do-fenomeno-editorial-harry-potter-e-a-pedra-filosofal-de-j-k-rowling
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/25-anos-do-fenomeno-editorial-harry-potter-e-a-pedra-filosofal-de-j-k-rowling
187CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Link: https://rioeduca-my.sharepoint.com/:p:/g/personal/smelei-
tura_rioeduca_net/EeyXyP0qNlZDgyOpuqjsI3MBJ4wjuJJwENnfIoI_MH5wmw?e=ImQkHS
Como desdobramento, os estudantes podem fazer cartazes sobre 
o quiz e distribuí-los pela sala de aula, uma espécie de “divulgação” 
da obra. Em vez disso, eles podem elaborar flashcards no aplicati-
vo Canvas, que possui versão gratuita, com muitos recursos, para 
educadores. Para isso, utilize seu e-mail institucional. Confirma em: 
https://www.canva.com/pt_br/educacao/.
SUGESTÃO 2
Professor, trazemos agora como proposta a leitura de trecho do 
primeiro capítulo, bastante emblemático para toda a saga. 
“Dumbledore se virou e desceu a rua. (...) Mal dava para enxergar 
o embrulhinho de cobertores no batente do número quatro.
– Boa sorte, Harry – murmurou ele. Girou nos calcanhares e, com 
um movimento da capa, desapareceu.
Uma brisa arrepiou as cercas bem cuidadas da rua dos Alfeneiros, 
silenciosas e quietas sob o negror do céu, o último lugar do mun-
do em que alguém esperaria que acontecessem coisas espanto-
sas. Harry Potter virou-se dentro dos cobertores sem acordar. Sua 
mãozinha agarrou a carta ao lado, mas ele continuou a dormir, 
sem saber que era especial, sem saber que era famoso, sem sa-
ber que iria acordar dentro de poucas horas com o grito da Sra. 
Dursley ao abrir a porta da frente para pôr as garrafas de leite 
do lado de fora, nem que passaria as próximas semanas levando 
cutucadas e beliscões do primo Duda… ele não podia saber que, 
neste mesmo instante, havia pessoas se reunindo em segredo em 
todo o país que erguiam os copos e diziam com vozes abafadas:
– A Harry Potter: o menino que sobreviveu.” (ROWLING, 2000, p. 18)
Se possível, distribua cópias aos estudantes e faça-lhes perguntas, 
para que se façam inferências sobre a obra. 
• O personagem principal, Harry Potter – e as 
suas características.
• Os demais personagens – Dumbledore, a senhora Dusrsley, 
o primo Duda, as pessoas que brindavam.
• O cenário – a rua dos Alfeneiros.
• As palavras utilizadas para descrever Harry Potter – “sem 
saber que era especial, sem saber que era famoso”.
• A última frase – “o menino que sobreviveu”.
Após esse momento, explique que, mesmo que o grupo conheça o 
universo extraliterário da obra, vocês vão se dedicar a uma experi-
ência diferente: a leitura integral de um livro de dezessete capítu-
los, com cerca de duzentas páginas. Para isso, 
sugerimos que os estudantes acessem a publi-
cação “Um produto da imaginação: romance”, 
páginas 85 a 97 do livro da MultiRio Morde a lín-
gua. No material, aparece a sugestão do vídeo 
correspondente ao texto, que menciona, inclu-
sive, Harry Potter e explica as particularidades 
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:p:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/EeyXyP0qNlZDgyOpuqjsI3MBJ4wjuJJwENnfIoI_MH5wmw?e=ImQkHS
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:p:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/EeyXyP0qNlZDgyOpuqjsI3MBJ4wjuJJwENnfIoI_MH5wmw?e=ImQkHS
https://rioeduca-my.sharepoint.com/:p:/g/personal/smeleitura_rioeduca_net/EeyXyP0qNlZDgyOpuqjsI3MBJ4wjuJJwENnfIoI_MH5wmw?e=ImQkHS
https://www.canva.com/pt_br/educacao/
188 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
da leitura de um romance. 
Link: http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_3424.pdf 
Você pode aproveitar para levantar discussões sobre questões 
como: é melhor o livro ou o filme? Os estudantes podem dar exem-
plos de livros que leram e foram adaptados com sucesso (ou não) 
para o cinema. A seguir, proponha que toda a turma leia o primeiro 
capítulo do livro. 
Veja se na sua Sala de Leitura há exemplares suficientes para 
os estudantes, nem que seja para ler em duplas.
Outra possibilidade é a roda de leitura compartilhada do ca-
pítulo (cerca de doze páginas). Você pode começar a ler em 
voz alta e o livro circula na roda.
Mais uma opção é ouvir a leitura do livro. Sugerimos:
Playlist de audiodramas do canal do YouTube Canvetes, com 
os capítulos 1 a 6 da obra
https://www.youtube.com/playlist?list=PLwHF237pK04Db2
Vd44Bm-89hlZXooQdf7
Playlist completa do Spotify completa (acessada com 
cadastro gratuito) https://open.spotify.com/intl-pt/
album/1fV7gDJeFLFoI7YCQjnZ7Q
É possível propor, também, que os estudantes realizem o Clube 
do Livro. A periodicidade da leitura da obra, em quaisquer moda-
lidades escolhidas, pode ser coordenada pela turma. Você e seus 
estudantes podem colocar um cartaz na sala, com os números dos 
capítulos e/ou os nomes e ir ticando, à medida que a turma lê. 
Você pode alternar aulas dedicadas à leitura com outras propostas 
de desdobramento da obra. A seguir, confira algumas propostas e 
selecione aquela mais adequada aos contextos de seus estudantes.
https://www.arvore.com.br/blog/8-dicas-para-organizar-um-clu-
be-de-leitura-na-escola
https://sesc-sc.com.br/cultura/como-criar-um-clube-do-livro-
https://www.youtube.com/playlist?list=PLwHF237pK04Db2Vd44Bm-89hlZXooQdf7
https://www.youtube.com/playlist?list=PLwHF237pK04Db2Vd44Bm-89hlZXooQdf7
https://open.spotify.com/intl-pt/album/1fV7gDJeFLFoI7YCQjnZ7Q
https://open.spotify.com/intl-pt/album/1fV7gDJeFLFoI7YCQjnZ7Q
https://www.arvore.com.br/blog/8-dicas-para-organizar-um-clube-de-leitura-na-escola
https://www.arvore.com.br/blog/8-dicas-para-organizar-um-clube-de-leitura-na-escola
https://sesc-sc.com.br/cultura/como-criar-um-clube-do-livro-
189CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
Professor, vamos a um re-
sumo dos primeiros capí-
tulos: Harry Potter é um 
órfão de quase onze anos, 
que vive com os tios Pe-
túnia e Válter Dursley e o 
primo Duda, na Rua dos 
Alfeneiros, Londres, no co-
meço da década de 90. O 
menino fora deixado por 
Alvo Dumbledore (que 
mais tarde descobriremos 
ser o diretor da Escola de 
Magia e Bruxaria de Ho-
gwarts) para ser criado 
pelos tios após a morte de 
Lílian Potter, irmã de Petú-
nia, e Tiago Potter. Ao longo dos anos, Harry viveu maltratado pela 
família. Dormia no espaço debaixo da escada da casa e usava as rou-
pas velhas do primo, que praticava bullying constantemente com 
ele, e era visto por todos como “estranho”. Neste momento, chama-
mos atenção para a distinção que J. K. Rowling faz: os “bruxos”, cate-
goria a que pertence Harry Potter, seres dotados de poderes extra-
ordinários; e os “trouxas”, pessoas comuns, como a família Dursley. 
É apenas no capítulo quatro, “O guardião das chaves”, que tudo 
muda. Harry Potter faz aniversário e recebe uma carta misteriosa, 
que informa que ele, como bruxo, deve ser mandado à escola para 
desenvolver suas potencialidades. É a Escola de Magia e Bruxaria de 
Hogwarts, que tem como público-alvo bruxos adolescentes – algo 
como o 6º ano. Professor, nesta hora é importante refletir sobre o 
significado de BRUXO. Ao pesquisar bruxo no dicionário Michaelis, 
encontramos acepções como homem a quem se atribui a prática 
de bruxaria; feiticeiro; mago; boneco usado para, supostamente, 
enfeitiçar alguém ou trazer-lhe malefícios, inclusive a morte, defi-
nições que destacam aspectos negativos. Já para a palavra mago, 
sinônimo encontrado no mesmo dicionário, encontramos aquele 
que sabe desenvolver e empregar os poderes mágicos e fazer adi-
vinhações. Duas palavras com aspectos distintos. 
Você pode aproveitar e perguntar à turma o que é “bruxo”. Cer-
tamente, os estudantes indicarão nas respostas referências literá-
rias, como a bruxa de Branca de Neve, Rapunzel, João e Maria, O 
Mágico de Oz. Provavelmente haverá visões maniqueístas, em que 
a bruxa é a vilã. Mas a literatura também pode apresentar o per-
sonagem como caricato ou misterioso, sem necessariamente ser 
mau. Peça que os estudantes busquem na Sala de Leitura livros que 
contenham bruxos como personagens importantes; vale provocar 
as memórias afetivas, com livros que marcaram a incursão no mun-
do letrado. Após esse momento, chame atenção para episódios 
históricos como as bruxas de Salém, eternizado em lendas que po-
voaram o imaginário popular, e a recorrência do tema na literatura.
190 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Rioeduca na TV Bruxa boa... pode?
Estereótipos de bruxas em livros 
e filmes
https://www.youtube.com/
watch?v=jS_4gFQq-xARioeduca na TV “As bruxas de Salém”
Episódio histórico e seus 
desdobramentos
https://www.youtube.com/
watch?v=rOAvTGp_NXM
Além dos episódios históricos e literários, caso haja menção 
a bruxaria como termo utilizado para demonizar práticas re-
ligiosas de culturas não hegemônicas, como as religiões de 
matriz africana, indígena ou oriental, amplie a discussão, a fim 
de todos colaborarem no combate à intolerância religiosa.
Voltando ao universo do livro, descobrimos que a Escola de Magia 
e Bruxaria de Hogwarts tem como lema “Draco Dormiens Nunquam 
Titillandus”, do latim “Nunca faça cócegas em um dragão adorme-
cido”. É curioso observar que J. K. Rowling traz o latim para a cul-
tura contemporânea em sua obra. Em Harry Potter, a autora cria 
neologismos a partir do latim, às vezes mesclando-o com outras 
línguas, para denominar feitiços, expressar estados de espírito ou 
como palavras mágicas (CARNEIRO, 2014).
Hogwarts foi instituída por 
quatro poderosos bruxos, 
Godrico Gryffindor, Salazar 
Slytherin, Helga Hufflepuff e 
Rowena Ravenclaw, que aca-
baram por fundar, respectiva-
mente, Grifinória (simbolizada 
pelo leão), Sonserina (cujo 
símbolo é a serpente), Lufa-lu-
fa (representada pelo texugo) 
e Corvinal (que traz como efígie a águia). As “casas” de Hogwarts 
são como as fraternidades e reúnem aqueles com características 
afins. Saber para qual casa de Hogwarts a pessoa iria é uma curio-
sidade recorrente na série e entre os fãs. Existe até um teste, ba-
seado em levantamentos psicométricos, que indica ao leitor a qual 
casa pertenceria, caso a história fosse real. Qual seria a sua?
https://www.idrlabs.com/pt/casas-de-hogwarts/teste.php
https://www.legiaodosherois.com.br/quiz/harry-potter-casas-ho-
gwarts.html
Professor, após os estudantes “descobrirem” a que casa perten-
ceriam em Hogwarts, sugerimos que aproveitem o momento para 
exercitarem a capacidade imaginativa. Que tal pedir que eles criem 
um “pseudônimo bruxo” e escrevam uma fanfic?
https://www.youtube.com/watch?v=jS_4gFQq-xA
https://www.youtube.com/watch?v=jS_4gFQq-xA
https://www.youtube.com/watch?v=rOAvTGp_NXM 
https://www.youtube.com/watch?v=rOAvTGp_NXM 
https://www.idrlabs.com/pt/casas-de-hogwarts/teste.php
https://www.legiaodosherois.com.br/quiz/harry-potter-casas-hogwarts.html
https://www.legiaodosherois.com.br/quiz/harry-potter-casas-hogwarts.html
191CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A fanfiction, fanfic ou fic é uma história escrita por “fãs que 
se inspiram em determinada obra com a intenção inicial de 
se apropriar de um universo já criado”. Leia mais na matéria:
h t t p s : //w w w. m u l t i r i o . r j . g o v . b r/ i n d e x . p h p/
reportagens/15025-o-que-%C3%A9-fanfiction-e-como-ela-
-pode-estimular-a-leitura-e-a-escrita
Para escrever a fanfic, é interessante conhecer os elementos 
relacionados a essa narrativa. Leia no link mais informações.
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/706-
-conheca-os-termos-utilizados-pelo-fandom 
Para aumentar os repertórios e potencializar as produções, sugeri-
mos que se façam buscas na rede, seja por meio dos equipamen-
tos do laboratório de informática da escola, em smartphones dos 
estudantes ou outros dispositivos. Sugerimos a pesquisa em um 
fandom – definido como “domínio dos fãs”, “espaços virtuais de-
dicados à disponibilização, ao culto e à discussão de obras, perso-
nagens e artistas”, que “além de servirem de ponto de encontro, 
de troca de informações e de debates”, “viraram territórios de pro-
dução cultural” (PIMENTEL, 2014). A página seguinte, no modelo 
wiki, ou seja, uma enciclopédia editável, apresenta muitas infor-
mações. Link: https://harrypotter.fandom.com/pt-br/wiki/Esco-
la_de_Magia_e_Bruxaria_de_Hogwarts
Outra possibilidade é organizar os estudantes em atividades co-
letivas, em um projeto interdisciplinar, como fizeram as professo-
ras Adna e Morgiana, de Pernambuco (SILVA, 2023). Sugerimos que 
você convide colegas de outras disciplinas para planejarem, jun-
tos, uma gincana de conhecimentos entre as equipes. Esse tipo de 
ação envolve os estudantes e favorece o trabalho cooperativo.
SUGESTÃO 4 
Professor, os estudantes do 9º ano possuem uma trajetória esco-
lar complexa. Muitos convivem com seus colegas desde os primei-
ros anos do ensino fundamental, além de dividirem seus dias com 
professores, diretores, inspetores, funcionários de apoio... Por isso, 
é natural que haja uma teia de relações afetivas, com diferentes 
nuances – amores, amizades, entrosamentos, mas também rivali-
dades, embates, dificuldades de convivência, além das inúmeras 
descobertas: do corpo, das peculiaridades da vida... –, todos esses 
entendidos como essenciais ao amadurecimento dos jovens. Tal 
como lemos em Harry Potter.
• A implicância inicial de Harry 
e Rony com Hermione
• A amizade do trio 
• O namoro de Rony e Hermio-
ne (no final da saga)
• A rivalidade entre Harry e 
Draco Malfoy
• O convívio escolar entre Rony 
e seus irmãos
• A animosidade entre Severo 
Snape e Harry
• A disputa entre os estudantes 
no quadribol
• O torneio das Casas pela 
Taça de Hogwarts
• A fidelidade de Hagrid a Harry
• A implicância de Filch com os 
estudantes
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15025-o-que-%C3%A9-fanfiction-e-como-ela-pode-estimular-a-leitura-e-a-escrita
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15025-o-que-%C3%A9-fanfiction-e-como-ela-pode-estimular-a-leitura-e-a-escrita
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15025-o-que-%C3%A9-fanfiction-e-como-ela-pode-estimular-a-leitura-e-a-escrita
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/706-conheca-os-termos-utilizados-pelo-fandom
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/706-conheca-os-termos-utilizados-pelo-fandom
https://harrypotter.fandom.com/pt-br/wiki/Escola_de_Magia_e_Bruxaria_de_Hogwarts
https://harrypotter.fandom.com/pt-br/wiki/Escola_de_Magia_e_Bruxaria_de_Hogwarts
192 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
É muito comum nas escolas norte-americanas, no fim do ensino mé-
dio, compor-se um anuário escolar, o yearbook. Nesse livro, que 
contém fotografias, lembranças dos eventos escolares, entre outros, 
há também espaço para textos significativos sobre os formandos. O 
anuário da turma é um símbolo da trajetória escolar. Que tal celebrar 
o encerramento do ensino fundamental com um yearbook? Pode-se 
reunir fotos, textos e outras recordações em um arquivo do Power 
Point, que pode ser feito um simples computador. Outras ferramen-
tas podem ser usadas, com baixo custo e fácil acesso. 
Canva: https://www.canva.com/pt_br/criar/anuario-escolar/ 
FlipSnack: https://www.flipsnack.com/bp/templates/photo-albu-
ms/graduation?fs_tags=yearbook 
SlidesGo: https://slidesgo.com/pt/pesquisa?q=anuario+escolar#rs
=search 
Será interessante ver como os estudantes vão se organizar: formar 
grupos, reunir fotografias, escrever descrições, organizar os ma-
teriais, revisar os textos, conversar com a Direção da escola para 
coletar informações e mais materiais, elaborar o anuário, divulgar, 
imprimir (se for possível), etc. Vai ser uma tarefa que exigirá plane-
jamento e divisão de trabalho. No final, vocês terão feito um belo 
registro do término do 9ºano do ensino fundamental!
https://www.canva.com/pt_br/criar/anuario-escolar/
https://www.flipsnack.com/bp/templates/photo-albums/graduation?fs_tags=yearbook
https://www.flipsnack.com/bp/templates/photo-albums/graduation?fs_tags=yearbook
https://slidesgo.com/pt/pesquisa?q=anuario+escolar#rs=search
https://slidesgo.com/pt/pesquisa?q=anuario+escolar#rs=search
193CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 4 – O HOMEM 
QUE CALCULAVA
Sinopse 
“Um livro envolvendo matemática e que vem sendo consumido com rara 
avidez há gerações.
A matemática recreativa apresentada no livro é, certamente, menos do-
lorosa que a fria e doutoral ensinada nos colégios. Malba Tahan (pseu-
dônimo do professor Júlio César de Mello e Souza) conseguiu realizar 
quase que um milagre, uma mágica: unirciência e ficção e acertar. Seu 
talento e sua prodigiosa imaginação são capazes de criar personagens 
e situações de grande apelo popular, o que explica seu imenso sucesso.
O homem que calculava é uma oportunidade para os aficionados dos 
algarismos e jogos matemáticos se deliciarem com os vários capítulos 
lúdicos da obra. Tahan narra a história de Beremiz Samir, um viajante com 
o dom intuitivo da matemática, manejando os números com a facilidade 
de um ilusionista. Problemas aparentemente sem solução tornam-se de 
uma transparente simplicidade quando expostos a ele. Gráficos facili-
tam ainda mais a leitura do livro. Uma pequena obra-prima da literatura 
infanto-juvenil.”
Fonte: https://www.record.com.br/produto/o-homem-que-calculava/
TAHAN, Malba. O homem que calculava. 
104. ed. Rio de Janeiro: Record, 2021.
194 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 20 TEMPOS / 13 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (romance).
 Produção de textos.
 Participação em discussões orais de temas de relevância social.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos (...).
 (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos 
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades 
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas (...). 
 (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção 
e circulação, ao modo, à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, (...) utilizando 
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos.
195CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo. 
 Reconhecer a estrutura e os elementos da narrativa do tipo romance.
 Produzir textos (biografia, poema, glossário) com a estrutura adequada e os elementos essenciais.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas, visando aprimorá-
lo no processo de formação autor-escritor.
Eixos da 
Linguagem
 Leitura
 Escrita
 Oralidade
Literatura
 Título: O homem que calculava
 Autor: Malba Tahan
 Ilustrador: Thais Linhares
196 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, a quarta obra sugerida no Material Pedagógico do Cír-
culo de Leitura é um romance sui generis da literatura brasileira: O 
homem que calculava, de Malba Tahan, pseudônimo do brasileiro 
Júlio César de Mello e Souza. Uma mescla de contos com proble-
mas matemáticos, personagens curiosos e momentos filosóficos, o 
livro, lançado em 1946, conserva sua originalidade. Narrado em pri-
meira pessoa, inicia com o encontro entre Malba Tahan e Beremiz 
Samir, um viajante com grandes habilidades matemáticas.
“Chamo-me Beremiz Samir e nasci na pequenina aldeia de Khói, 
na Pérsia, à sombra da pirâmide imensa formada pelo Ararat. Mui-
to moço ainda, empreguei-me, como pastor, a serviço de um rico 
senhor de Khamat.
Todos os dias, ao nascer do sol, levava para o campo o grande 
rebanho e era obrigado a trazê-lo ao abrigo antes de cair a noi-
te. Com receio de perder alguma ovelha tresmalhada e ser, por 
tal negligência, severamente castigado, contava-as várias vezes 
durante o dia.
Fui, assim, adquirindo, pouco a pouco, tal habilidade em contar 
que, por vezes, num relance calculava sem erro o rebanho inteiro. 
Não contente com isso passei a exercitar-me contando os pássa-
ros quando, em bandos, voavam, pelo céu afora. Tornei-me habi-
líssimo nessa arte.” (TAHAN, 2021, p. 17)
Que tal iniciar o trabalho com o livro perguntando aos alunos: 
Quem é bom em Matemática? Você pode conduzir a atividade ao 
pedir que os estudantes conversem sobre a matemática, tão te-
mida por alguns, mas também amada por outros, vide o desem-
penho na OBMEP (https://www.obmep.org.br/apresentacao.htm) 
e na OCM (https://educacao.prefeitura.rio/ocm-2/), que vai para 
a terceira edição. Tanto uma quanto a outra “disputa” objetivam 
descobrir talentos, utilizando o raciocínio lógico-matemático como 
referência. Se houver possibilidades, aproveitem o quiz do portal 
Só Matemática: https://www.somatematica.com.br/jogos/quiz/ 
Convide, então, os estudantes a ler o sumário e os nomes dos ca-
pítulos do livro, que curiosamente, funcionam como pequenas si-
nopses. Certamente serão levantadas hipóteses sobre a história, 
os personagens e os lugares. Aproveite para explorar outros ele-
mentos do livro, como o apêndice, os textos complementares, os 
problemas matemáticos resolvidos e, principalmente, o glossário. 
Ter acesso a essas referências, que você vai ensinar seus alunos 
a utilizarem, será essencial para a compreensão do livro. Explique 
também que o livro vai ter como cenário o universo árabe. Reúna 
uma quantidade de exemplares da obra para realizarem o Círculo, 
lendo os capítulos 1 e 2. Observe com seus alunos os detalhes em 
arabesco da capa e da contracapa, cujo texto pode ser lido antes 
da obra. Caso não haja exemplares suficientes, leiam a versão digi-
tal em e-pub, mediante cadastro gratuito. Vale o uso de dispositi-
vos eletrônicos ou mesmo a projeção. Veja o link: https://biblion.
odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00903648.
https://www.obmep.org.br/apresentacao.htm
https://educacao.prefeitura.rio/ocm-2/
https://www.somatematica.com.br/jogos/quiz/
https://biblion.odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00903648
https://biblion.odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00903648
197CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 2
“— Somos irmãos (...) e recebemos, como herança, esses 35 ca-
melos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a 
metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte e ao Harim, 
o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, po-
rém, como dividir dessa forma 35 camelos e a cada partilha pro-
posta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 
e meio. Como fazer a partilha se a terça parte e a nona parte de 
35 também não são exatas?” (TAHAN, 2021, p. 22)
Essa é uma das questões mais conhecidas do livro, “O problema 
dos 35 camelos”. A exemplo do que sugerimos na aula sobre o con-
to “O retrato oval”, faça a leitura protocolada do capítulo 3 de O 
homem que calculava. Você pode exibir pelo projetor a adaptação 
da obra em quadrinhos, feita pelo designer gráfico Marlon Tenório: 
https://marlontenorio.com/malbatahan/. 
Peça também que um ou dois estudantes tomem a vez e fiquem 
diante do quadro da sala, organizando as informações para resolver 
o problema. Pergunte se os estudantes acham a solução coerente. 
Provavelmente alguém vai se manifestar, já que a resolução do pro-
blema, que vai das páginas 259 a 262, demonstra um erro concei-
tual na formulação. Chame atenção para a importância da análise 
das informações, diante de um cálculo ou uma decisão. Detetives, 
matemáticos e estudantes precisam estar sempre espertos! Como 
a obra pode ser lida de modo não linear, sugerimos que você, pro-
fessor, organize a leitura da forma que julgar mais interessante para 
o seu grupo. Acreditamos que alguns “causos” e capítulos do livro 
são imprescindíveis, como:
• O capítulo 5 (pp. 29–35) e O Problema do Joalheiro (pp. 262–263)
• O capítulo 13 (pp. 92–100), sobre a amizade
• Os capítulos 15 e 16 (pp. 109–124), com a lenda do jogo de xadrez
• O capítulo 21 (pp. 162–168) e O Problema da Metade do “X” da 
Vida (p. 278)
• O capítulo26 (pp. 195–198), sobre as religiões
Professor, sugerimos a leitura do prefácio da edi-
ção comemorativa, escrito por Mamede Jarouche, 
com muitas reflexões sobre o livro. https://biblion.
odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00928670
À medida que vocês se aprofundarem na leitura, não deixe de 
orientar, professor, a consulta ao glossário do livro: explique que 
é um pequeno dicionário. Vocês podem fazer um glossário na sala 
de aula, com cartazes a serem afixados nos murais ou blocões. É 
importante esclarecer que mesmo que não saibamos o significado 
de todas as palavras, podemos inferir os sentidos pelo contexto.
“(...) esse momento de leitura compartilhada é extremamente rico. 
Dele podem surgir novos olhares e discussões interessantes. Mui-
tas vezes, trechos que nos passam despercebidos, numa segunda 
leitura, ou na voz de outra pessoa, ganham força. (...) Sabemos 
que existem detalhes, caminhos, que estão presentes no texto, 
mas nem sempre são percebidos, então é nossa função provocar, 
https://marlontenorio.com/malbatahan/
https://biblion.odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00928670
https://biblion.odilo.us/info/o-homem-que-calculava-00928670
198 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
alertar e apresentar elementos que possibilitem essa leitura mais 
completa da obra, além de viabilizar o diálogo entre diferentes 
interpretações. O escritor Marcelino Freire, debruçando-se sobre 
experiências de leitura literária na escola, afirma que ‘se o aluno vi-
vencia essa leitura em sala de aula, ele sente que o professor é um 
companheiro e não alguém que exige respostas para perguntas’.” 
(SOARES; ROCHA, 2020)
SUGESTÃO 3
Como o livro retrata o universo árabe medieval, com suas formas 
de organização social e política e paisagens peculiares, sugerimos 
que a leitura seja intercalada com momentos informativos, como 
esse vídeo da série Tempo de Estudar, da MultiRio, com o professor 
Fábio Carvalho (12 min). 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=CJ6USJUjA5g&t=109s 
Já que leitura “puxa leitura”, que tal apresentar outras histórias ára-
bes? Algumas eles certamente conhecem, como Aladim e a lâmpa-
da maravilhosa; Simbá, o marujo; Ali Babá e os quarenta ladrões. 
A origem? As mil e uma noites e a força poderosa da narrativa de 
Sherazade. Pesquisem se há adaptações como essas na Sala de Lei-
tura e aproveitem!
A reportagem pode ser lida com os estudantes e originar uma pes-
quisa sobre as influências árabes no Rio de Janeiro.
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/786-a-far-
ta-cultura-arabe-no-rio-de-janeiro 
O trabalho universitário é importante compilado de palavras de ori-
gem árabe no léxico brasileiro cotidiano (capítulo 4). Que tal fazer 
um glossário com a turma?
https://www.youtube.com/watch?v=CJ6USJUjA5g&t=109s
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/786-a-farta-cultura-arabe-no-rio-de-janeiro
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/786-a-farta-cultura-arabe-no-rio-de-janeiro
199CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/9480/1/2013_RebeccaRios-
FilgueirasAzevedo.pdf 
A série Cidade de Leitores, da MultiRio, apresenta um belo progra-
ma sobre a cultura árabe, incluindo a literatura, o estilo de vida e a 
religião islâmica.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/1339-cultura-
-%C3%A1rabe 
SUGESTÃO 4 
Numa história que trata essencialmente da matemática, cabem ou-
tros temas? Pois Malba Tahan prova que sim. Em meio às aventuras 
de Beremiz Samir na resolução dos problemas que vizires, xeques e 
outros poderosos lhes apresentavam, o homem que calculava en-
contra o amor de sua vida! Tudo começa quando Beremiz é chama-
do à casa do xeque Iezid para uma missão.
“— Tenho uma filha chamada Telassim, dotada de viva inteligên-
cia e com acentuada inclinação para os estudos. Quando Telas-
sim nasceu, consultei um astrólogo famoso que sabia desvendar 
o futuro pela observação das nuvens e das estrelas. Esse mago 
afirmou que minha filha viveria perfeitamente feliz até aos 18 anos; 
a partir dessa idade seria ameaçada por um cortejo de lamentá-
veis desgraças. Havia, entretanto, meio de evitar que a infelici-
dade viesse esmagar-lhe tão profundamente o destino. Telassim 
— acrescentou o mago — deveria aprender as propriedades dos 
números e as múltiplas operações que com eles se efetuam. Ora, 
para dominar os números e fazer cálculos é preciso conhecer a 
ciência de Al-Kharismi, isto é, a Matemática.” (TAHAN, 2021, pp. 
62–63)
Os capítulos se intercalam com histórias paralelas, narrando as lições 
que Beremiz dá à jovem Telassim e o amor que surge entre os jovens. 
Caso os estudantes desejem conhecer integralmente os episódios 
que compõem esse romance, sugerimos que sejam lidos, nesta se-
quência, os capítulos 9, 11, 20, 21, 25, 33 e 34 (este último, o final das 
aventuras do homem que calculava). Porém, lado a lado com o tema, 
que certamente interessará, não podemos deixar de propor a análise 
do papel que mulher no livro de Malba Tahan. Sugerimos que os es-
tudantes leiam os trechos seguintes, antes das discussões.
ASSIM FALA O PAI DE TELASSIM, O XEQUE IEZID
“— Procurei vários ulemás da corte, mas não logrei encontrar um 
só que se sentisse capaz de ensinar Geometria a uma jovem de 17 
anos. Um deles, dotado, aliás, de grande talento, tentou mesmo 
dissuadir-me de tal propósito. Quem quisesse ensinar canto a uma 
girafa, cujas cordas vocais não podem produzir o menor ruído, 
perderia o tempo e teria trabalho inútil. A girafa, por sua própria 
natureza, não poderá cantar. Assim, o cérebro feminino (...) é in-
compatível com as noções mais simples do Cálculo e da Geome-
tria. (...) Como poderá uma menina, fechada no harém de seu pai, 
aprender fórmulas de Álgebra e teoremas da Geometria? Nunca! 
É mais fácil uma baleia ir a Meca, em peregrinação, do que uma 
mulher aprender Matemática. Para que lutar contra o impossível? 
Maktub! (...) Serás capaz, ó Irmão dos Árabes, de ensinar os artifí-
cios do Cálculo à minha filha Telassim?” 
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/9480/1/2013_RebeccaRiosFilgueirasAzevedo.pdf
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/9480/1/2013_RebeccaRiosFilgueirasAzevedo.pdf
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/1339-cultura-%C3%A1rabe
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/videos/1339-cultura-%C3%A1rabe
200 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
A RESPOSTA DE BEREMIZ
“— Xeque generoso! (...) Não vejo motivo para deixar de aten-
der ao vosso honroso convite. Em poucos meses poderei ensinar 
à vossa filha todas as operações algébricas e os segredos da 
Geometria. Erram duplamente os filósofos quando julgam medir 
com unidades negativas a capacidade intelectual da mulher. A 
inteligência feminina, quando bem orientada, pode acolher, com 
incomparável perfeição, as belezas e os segredos da ciência!”
(TAHAN, 2021, pp. 63–64)
Será interessante analisar com os estudantes os discursos que 
compõem o texto, uma vez que a escolha de uma palavra ou outra 
não é aleatória, mas carregada de sentidos, valores sociais e cultu-
rais, bem como revelam situações que, atualmente, não deveriam 
encontrar mais ressonância em nosso mundo. O estudo de Souza 
e Oliveira (2019) traz uma importante discussão sobre a figura da 
mulher no livro.
“Telassim, independentemente do contexto histórico ou cultural 
do imaginário criado por Malba Tahan, representa muitas mulhe-
res que são silenciadas frente ao campo científico.
Os elementos (...) como a roupa que a mulher veste, a segregação 
que lhe é imposta, a ingenuidade que lhe é cobrada, os modos em 
que é silenciada, a romantização do feminino, a dúvida sobre a 
capacidade intelectual da mulher, o discurso de que mulher “não 
é de exatas, mas sim de humanas” (...) aparecem constantemente 
em nossa sociedade, seja no meio acadêmico, escolar, científico 
ou nas relações de trabalho.” (SOUZA; OLIVEIRA, 2019, 889–890)
Que tal propor uma pesquisa sobre mulheres que se destacam 
nas áreas das ciências, inclusive as exatas? Os estudantes podem 
começarpor Hipátia de Alexandria, célebre matemática citada na 
obra de Malba Tahan. A turma pode pesquisar em livros da Sala 
de Leitura e outras fontes. Não podemos esquecer que a UNESCO 
estabeleceu o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Me-
ninas e Mulheres na Ciência. O site da organização (https://www.
unesco.org/pt/days/women-girls-science) apresenta as motiva-
ções que levaram à criação da data, bem como a importância do 
tema para o cumprimento de uma das metas da Agenda 2030 – a 
ODS 5: igualdade de gênero. 
Os materiais podem ser reunidos em uma pequena publicação vir-
tual, contendo imagens, textos biográficos e entrevistas. É possí-
vel, também, fazer contato com universidades e outros centros de 
pesquisa, a fim de convidar uma pesquisa-
dora para ir a um encontro com seus estu-
dantes – lembrando que o formato remoto 
pode ser uma opção. Veja algumas possibi-
lidades.
Murais no Padlet: 
https://www.youtube.com/watch?v=-
-5uUe9Tzyyo 
https://www.youtube.com/watch?v=-5uUe9Tzyyo
https://www.youtube.com/watch?v=-5uUe9Tzyyo
201CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Apresentações no Canva: https://www.canva.com/pt_br/apresen-
tacoes/modelos/
Modelos de documentos do Word e Power Point: https://support.
microsoft.com/pt-br/office/baixar-modelos-pr%C3%A9-criados-e-
-gratuitos-29f2a18d-29a6–4a07–998b-cfe5ff7ffbbb
Páginas institucionais recomendadas
https://www.gov.br/cnpq/pt-br/acesso-a-informacao/aco-
es-e-programas/programas/mulher-e-ciencia
https://portal.fiocruz.br/mulheres-e-meninas-na-ciencia
SUGESTÃO 5
Professor, outra sugestão que trazemos neste material é explorar, jun-
to a seu grupo de estudantes, a biografia de Malba Tahan – quer dizer, 
do professor de matemática Júlio César de Mello e Souza. Júlio provi-
nha de uma família humilde e numerosa, marcada pelo exercício do 
magistério por vários de seus membros. O então office boy arriscava-
-se, vez em quando, no exercício da literatura, mas seus textos eram 
frequentemente recusados. Certa vez, teve a ideia de assinar R. V. Sla-
dy em vez do habitual J. C. Mello e Souza. O pseudônimo funcionou 
e o futuro Malba Tahan viu seu texto estampado no jornal (SALLES; 
PEREIRA NETO, 2015). Tempos depois, veio a criação mais célebre:
“O escritor e professor carioca inventou um personagem que pa-
recesse real, uma pessoa que houvesse existido de fato, uma mis-
tificação literária. Ele estudou a cultura e a língua árabes, para 
que a biografia e as obras do Malba Tahan fossem convincentes 
em estilo, linguagem e ambientação. Em data não especificada, 
Júlio Cesar teria procurado o jornalista Irineu Marinho, diretor de 
periódico A Noite, para lhe propor uma ideia: surpreender o Brasil 
com a mistificação literária de um escritor árabe, chamado Malba 
Tahan, para publicar contos orientais e educativos. Irineu Marinho 
teria lido dois ou três contos do professor Mello e Souza e, apro-
vando a ideia, recomendou que fossem publicados na primeira 
página de seu jornal, precedidos de uma biografia do famoso es-
critor Malba Tahan (...). Em 1924 iniciaram-se os contos árabes no 
jornal A Noite (...).” (MISTIFICAÇÃO, 2017) 
https://www.canva.com/pt_br/apresentacoes/modelos/
https://www.canva.com/pt_br/apresentacoes/modelos/
https://support.microsoft.com/pt-br/office/baixar-modelos-pr%C3%A9-criados-e-gratuitos-29f2a18d-29a6-4a07-998b-cfe5ff7ffbbb
https://support.microsoft.com/pt-br/office/baixar-modelos-pr%C3%A9-criados-e-gratuitos-29f2a18d-29a6-4a07-998b-cfe5ff7ffbbb
https://support.microsoft.com/pt-br/office/baixar-modelos-pr%C3%A9-criados-e-gratuitos-29f2a18d-29a6-4a07-998b-cfe5ff7ffbbb
https://www.gov.br/cnpq/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programas/mulher-e-ciencia
https://www.gov.br/cnpq/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programas/mulher-e-ciencia
https://portal.fiocruz.br/mulheres-e-meninas-na-ciencia
202 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Caso os estudantes se interessem pelo tema literatura e pseudô-
nimos, você pode apresentar-lhes Fernando Pessoa, criador dos 
famosos heterônimos da literatura portuguesa: Álvaro de Campos, 
Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Bernardo Soares. Por falar em poesia, 
quem disse que a espinhosa matemática (para alguns, é claro) não 
rende também poesia? Millôr Fernandes, escritor carioca, eternizou 
a ciência dos números em “Poesia Matemática”. Veja na caixinha o 
trecho inicial.
Você pode promover um Cír-
culo de Leitura do poema de 
Millôr Fernandes. Outros escri-
tores se aventuraram pela escri-
ta de versos envolvendo a ma-
temática. Confira em https://
www.somatematica.com.br/
poemas.php e faça uma sele-
ção com os estudantes. 
Que tal propor um exercício 
de criação poética? Podem 
ser estrofes únicas, quadri-
nhas... O que vale é explorar 
a veia poética e se divertir 
com a matemática, tal como 
o autor de O homem que cal-
culava nos ensinou.
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Leia o poema completo em:
https://www.ime.usp.
br/~abe/lista/msg06802.html
https://www.somatematica.com.br/poemas.php
https://www.somatematica.com.br/poemas.php
https://www.somatematica.com.br/poemas.php
https://www.ime.usp.br/~abe/lista/msg06802.html
https://www.ime.usp.br/~abe/lista/msg06802.html
203CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Livro 5 – HAICAIS TROPICAIS
Sinopse
“Haicais tropicais reúne vinte autores brasileiros e convida o leitor a co-
nhecer o poema oriental de três versos que trata de temas como a pas-
sagem do tempo, a natureza, as estações do ano e o espírito humano.
Pequeno poema de origem japonesa, o haicai chegou ao Brasil no 
início do século XX e aqui trilhou sua própria história. Há mais de 
trinta anos, o poeta e pesquisador Rodolfo Witzig Guttilla faz um 
brilhante trabalho arqueológico (...) para reconstituir esse percurso 
e mapear nossos haicaístas. Um dos frutos dessa pesquisa é Hai-
cais tropicais, antologia com vinte poetas brasileiros que tiveram 
contato com a prática – seja criando ou traduzindo haicais – e con-
tribuíram para sua difusão. São nomes consagrados, como Paulo 
Mendes Campos, Mario Quintana e Manoel de Barros, inusitados ou 
pouco lembrados de nosso cânone, como Sérgio Milliet e Austen 
Amaro, e contemporâneos, como Alice Ruiz S e Régis Bonvicino. 
Com mais de uma centena de tercetos, além de uma introdução 
sobre o histórico do haicai e biografias dos autores selecionados, 
este é um convite para conhecer a tradição poética japonesa em 
sua melhor roupagem tropical.”
Fonte: https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788565771160/haicais-tropicais 
GUTTILLA, Rodolfo Witzig (org.). Haicais tropicais. 1. ed. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2018.
204 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
9º ANO TEMPO PREVISTO: APROXIMADAMENTE, 16 TEMPOS / 10 ENCONTROS
Objetos de 
Conhecimento
 Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto.
 O texto literário.
 Características estruturais do gênero estudado (poema).
 Produção de textos.
Habilidades 
BNCC
 (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos (...), declamar poemas diversos, tanto de forma livre 
quanto de forma fixa, empregando os recursos (...) necessários aos efeitos de sentido pretendidos (...), bem 
como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de 
compartilhamento em questão.
 (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas (...). 
 (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção 
e circulação, ao modo, à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, (...) utilizando 
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos.
 (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/ recepção de obras literárias/ manifestações 
artísticas, como rodas de leitura,clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, dentre outros, 
tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações.
 (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros, semânticos, 
gráficoespacial (...).
205CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Habilidades
 Valorizar a literatura em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
 Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo. 
 Reconhecer a estrutura e os elementos das modalidades da poesia. 
 Produzir poemas com a estrutura adequada e os elementos essenciais.
 Reler e revisar o texto produzido, com a mediação do professor e a colaboração dos colegas, visando aprimorá-
lo no processo de formação autor-escritor. 
Eixos da 
Linguagem
 Leitura
 Escrita
 Oralidade
Literatura
 Título: Haicais tropicais
 Autor: Rodolfo Witzig Guttilla (org.)
206 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Estratégias de Aprendizagem
SUGESTÃO 1
Professor, agora chegou a vez de incursionar pelas veredas da po-
esia. O quinto livro sugerido no Material Pedagógico do Círculo 
de Leitura é uma coletânea de poemas de forma fixa conhecidos 
como haicais. Haicais tropicais, organizado pelo antropólogo de 
formação Rodolfo Witzig Gutilla, reúne produções dos nossos es-
critores, que souberam aperfeiçoar (e abrasileirar) a modalidade 
japonesa imortalizada por Bashô – poeta japonês mais conhecido 
no mundo e considerado o principal expoente dessa modalidade 
(REIS; CUNHA, 2021).
O haicai (forma adotada no Brasil, também chamada hokku, haiku, 
haikai, é um poema de três versos, com 5–7–5 sílabas. A partir do 
movimento modernista, os haicais inspiraram a criação de poemas 
breves e coloquiais, como lemos em Oswald de Andrade, Manuel 
Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. A disseminação de prá-
ticas budistas fez com que a produção desse poema fosse exerci-
tada por escritores brasileiros, como o paranaense Paulo Leminski, 
uma vez que originalmente, o haikai foi concebido como espécie de 
momento de elevação espiritual, com elementos corriqueiros como 
a natureza e suas transformações. Como disse Bashô, em tradução 
de Leminski: haicai é apenas o que está acontecendo aqui e agora. 
Porém, a origem desse poema também resvala no humor, uma das 
marcas do gênero na literatura brasileira, como se lê nos versos do 
carioca Millôr Fernandes. Veja uma pequena amostra do livro.
HAIKAI DA ÚLTIMA DESPEDIDA
E os dois trocaram um beijo
- frio
como um beijo de esqueletos...
Mario Quintana, p. 111
me devolva
primeira estrela que vejo
aquele desejo
Alice Ruiz s., p. 27
fim do dia
o velho e a árvore
trocam silêncios
Camila Jabur, p. 57
Passado cativo...
Melancólico trinado.
Gaiola dourada.
Fanny Luiza Dupré, p.73
Silêncio das pedras
é o início
das palavras?
Manoel de Barros, p.97
Haicai de Paulo Leminski
http://cidadedasartes.rio.rj.gov.
br/uploads/eventos/960x495_
b01de54e7104c37bfe2f2df00334cae5.jpg
207CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Em apenas cinco poemas, percebemos temáticas plurais, autores 
contemporâneos lado a lado com canônicos e outros, de menor 
popularidade, mas nem por isso pouca qualidade estética. Poemas 
diversos: Essa é a maior riqueza do livro organizado por Gutilla. 
Para iniciar o trabalho com o gênero poético e, mais especifica-
mente, os haicais, sugerimos que você organize a turma para o 
círculo e pergunte-lhes: conhecem poemas? Amplie a conversa: o 
que “tem a ver” com a poesia? Após as respostas, que podem ser 
registradas no quadro (ou em nuvem de palavras), apresente-lhes o 
poema “Tem tudo a ver”, de Elias José. Se possível, reproduza có-
pias do poema ou o áudio disponível no link (material da Olimpíada 
de Língua Portuguesa).
https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/texto/
tem-tudo-a-ver/index.html. 
Um segundo momento pode ser 
dedicado à leitura da coletânea. 
Apresente o livro com que vocês 
vão trabalhar e explique que se 
trata de livro de poemas. Se for 
possível, faça o exemplar circu-
lar entre os estudantes para que 
eles pincem um haicai e leiam 
em voz alta. Outra ideia é você selecionar mais haicais e oferecer aos 
estudantes. Além de livros, sugerimos algumas páginas:
• Para divulgação entre os alunos: 
https://terebess.hu/english/haiku/haikais.html 
https://www.kakinet.com/cms/?page_id=2202 
https://cseabra.wordpress.com/haicais/ 
Você conhece uma 
“nuvem de palavras”?
https://sites.google.com/
unifeb.edu.br/tecnopeda-
gogico/ferramentas-digi-
tais/nuvem-de-palavras
• Para leitura e seleção a ser feita apenas pelo professor: 
http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_hkbrasileiros.htm#Ali
SUGESTÃO 2
Professor, nesta seção apresentamos sugestões para a prática da 
leitura de poesia na escola. Logo, sugere-se que o livro organizado 
por Gutilla seja a entrada de um banquete completo! Uma ideia é 
organizar a leitura de poemas por autor, já que são vinte os poe-
tas apresentados. Caso não haja exemplares físicos em sua unidade, 
pode-se ler o e-pub. Mais uma vez, recorremos à página da Biblion, 
que contém Haicais tropicais: https://biblion.odilo.us/info/haicais-
-tropicais-00906968. 
Após a leitura, os haicais preferidos 
podem ser copiados em e prega-
dos em um varal poético. Já ouviu 
falar? Pode ser exposto na sala de 
aula ou em ambientes dentro e/
ou fora da escola. Isso vai envol-
ver os estudantes em um processo 
chamado curadoria, que envolve etapas que vão do prazer esté-
tico a outras questões da subjetividade. Os estudantes também 
podem selecionar os poemas por outros critérios: temáticas (na-
tureza, sentimento, humor), estrutura (uso apenas de minúscu-
las, ausência de pontuação, linguagem empregada), proximidade 
com outros gêneros (narrativos, visuais), entre outros. Após essas 
experiências, que tal sugerir a escrita de haicais? Confiram a pro-
dução da E. M. Ary Barroso (4ª CRE): https://www.calameo.com/
read/00498652376678a7bc8a6.
https://www.educacao.sp.gov.br/
funcionarios-e-estudantes-criam-projeto-
poesia-no-varal-em-mogi-guacu/
https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/texto/tem-tudo-a-ver/index.html
https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/texto/tem-tudo-a-ver/index.html
https://terebess.hu/english/haiku/haikais.html
https://www.kakinet.com/cms/?page_id=2202
https://cseabra.wordpress.com/haicais/
https://sites.google.com/unifeb.edu.br/tecnopedagogico/ferramentas-digitais/nuvem-de-palavras
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https://sites.google.com/unifeb.edu.br/tecnopedagogico/ferramentas-digitais/nuvem-de-palavras
https://sites.google.com/unifeb.edu.br/tecnopedagogico/ferramentas-digitais/nuvem-de-palavras
http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_hkbrasileiros.htm#Ali
https://biblion.odilo.us/info/haicais-tropicais-00906968
https://biblion.odilo.us/info/haicais-tropicais-00906968
https://www.calameo.com/read/00498652376678a7bc8a6
https://www.calameo.com/read/00498652376678a7bc8a6
208 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 3
Uma questão muito comum em literatura é: o texto poético é poe-
sia ou poema? Muito se fala sobre esse assunto. 
“Um poema é caracterizado como um texto primordialmente em 
verso (cada linha do poema é um verso), mas não exclusivamente 
verbal. O poema diz respeito à forma, por isso, tem uma existência 
concreta. Depois de pronto, fica ao alcance do leitor. (...) Já a po-
esia é uma maneira pela qual podemos expressar nossas ideias e 
emoções utilizando a arte da palavra. (...) A poesia é algo anterior 
ao poeta, é algo imaterial, que se concretiza em palavras. Mas 
ela não precisa estar, necessariamente, nos versos do poema.” 
(MULTIRIO, 2016, p. 45)
Ler romances e poemas, reconhecer obras de arte, visitar museus 
e exposições, ouvir compositores clássicos: são alguns comporta-
mentos ainda em formaçãoentre a grande parte da população bra-
sileira. A arte, em suas diferentes manifestações, permite expressão 
de subjetividades e a ampliação dos repertórios culturais. Por essas 
e outras razões, é essencial desenvolver em nossas escolas práticas 
artísticas que façam, estudantes, professores e demais membros 
da comunidade escolar, conhecer o cânone, uma vez que se inscre-
ve na cultura, bem como produzir arte. Sem querer priorizar um en-
sino que priorize o estudo de escolas literárias, versos de epopeias 
e biografia de escritores, precisamos trazer textos poéticos, narra-
tivos, pinturas, fotografias, canções e outras modalidades para a 
vivência na escola. Em nosso caso, professores que desenvolvem 
atividades de Círculo de Leitura, sugerimos a leitura de materiais 
potentes, que sirvam de ferramental às nossas práticas, como o 
que segue abaixo.
“Poesia – encantos da palavra”, capítulo de Morde a língua, 
páginas 44 a 57: http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/
pdf_3424.pdf
Você e sua turma podem 
assistir ao vídeo respecti-
vo ao material impresso. 
Vai servir como propulsor 
de outras leituras dentro 
e fora da escola. Confira 
o vídeo.
Depois de assistir, que tal ler os poemas que os personagens Deíco 
e Ruiva declamaram? Abaixo, trazemos esse material junto a outros 
textos de experiência leitora imprescindível.
• Seleção de poemas: https://rioeduca-my.sharepoint.com/:w:/g/
personal/smeleitura_rioeduca_net/ET55KK4l3oNKscH-zy1ndYIB
Q0ekslQ4KEZuY9pbNHpouw?e=wXFEo3 
• Coletânea Escrevendo o Futuro (da Olimpíada da Língua Portu-
guesa): https://escrevendoofuturo.org.br/caderno_docente/pa-
gina_poema/coletanea/ 
https://www.youtube.com/watch?v=hULY8MZSqGE
http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_3424.pdf
http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_3424.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=hULY8MZSqGE
209CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
Você pode selecionar os poemas por critérios definidos pelos es-
tudantes: poetas de hoje, poetas eternos, poemas de escritoras, 
textos clássicos. É sempre bom promover rodas de conversa que 
estimulem o diálogo sobre as formas de composição: analisem o 
estilo, as temáticas, os modos de dizer... Podem-se explorar formas 
fixas, como sonetos e quadras; poemas narrativos, como cordéis 
e epopeias; poemas populares, trava-línguas e parlendas; poesia 
social ou panfletária. Há antologias excelentes, como estas.
SUGESTÃO 4
Uma das primeiras experiências humanas envolvendo a linguagem 
poética acontece quando ouvimos alguém cantar. A junção de me-
lodia e letra é capaz de tocar nossos sentimentos mais profundos e 
constituir-se como memória afetiva. Convide sua turma para assis-
tir à aula do Rioeduca na TV que fala sobre as relações entre poema 
e canção.
https://www.youtube.com/watch?v=sDjm6QSnEus
Professor, à essa altura, o repertório poético dos estudantes será 
bem vasto. Por isso, sugerimos que vocês organizem “intervenções 
poéticas”: declamação, encenação, leitura dramatizada (caso sua 
escola conte com professora ou professor de artes cênicas ou ou-
tro profissional que tenha experiência em teatro, planeje em con-
https://www.youtube.com/watch?v=sDjm6QSnEus
210 CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
junto. As contribuições favorecerão muito o seu trabalho). Antes 
de tudo, para realizar essas ações, será necessário selecionar os 
poemas que se deseja apresentar e organizar os momentos, alguns 
sugeridos a seguir.
Invasão poética – Um grupo de estudantes vai se organizar para 
“invadir” um espaço da escola e declamar poesia, podem ser poe-
mas ou canções. Previamente, combinem a “invasão” com um dos 
responsáveis pelo espaço: sala de aula de uma turma específica, 
aula de educação física, refeitório na hora da merenda, secretaria, 
sala dos professores. A ideia é que o grupo adentre o lugar “ines-
peradamente” e realize sua performance. Os estudantes terão de 
ensaiar para a apresentação, aprendendo a empostar a voz, man-
tendo a concentração e levando a apresentação até o final. Pode 
haver caracterização, instrumentos musicais (pandeiros com fitas, 
por exemplo), uma espécie de teatro. As “invasões” podem acon-
tecer periodicamente.
Sussurros poéticos – Serão necessários alguns rolos de papelão, 
canos de PVC ou material similar, vazado, com cerca de quaren-
ta centímetros. Os estudantes vão decorar os “canudos”, podendo 
usar papéis coloridos, restos de tecido, lantejoulas, miçangas, etc. 
Os estudantes vão preparar os materiais para oferecer o poema a 
um ouvinte, fazendo a leitura sussurrada através do cilindro. Pode-
-se fazer a experiência em sala de aula, em que um lê para outro. 
Mas isso pode ser ampliado para a hora do recreio, envolvendo 
estudantes de outras turmas. Veja a experiência de uma escola de 
Pernambuco: https://globoplay.globo.com/v/4395716/?s=0s. 
Pílulas poéticas – Os estudantes vão copiar versos dos poemas se-
lecionados em papéis bem pequenos, enrolá-los e prendê-los com 
fita, à semelhança com uma cápsula de remédio. Outra forma é 
dobrar os pedacinhos de papel e colocar dentro de cápsulas de 
gel vazia. O mais importante é oferecer as “pílulas” (ou outro nome 
que vocês quiserem dar ao objeto) em cestinhas ou pequenas cai-
xas espalhadas pela escola. Deixem um cartaz com recomendações 
do tipo: Poesia faz bem para a saúde; Você já tomou sua dose de 
poesia hoje?
Batalha de poesia ou Slam – Em muitas comunidades, há batalhas 
de poesia, eventos em que os participantes, os slammers, se apre-
sentam, “dizendo” seus versos e competindo entre si. São apresen-
tações curtas, que não envolvem caracterização, basta o espaço e 
o microfone. Para realizar essa ação, é preciso ter um grupo de es-
tudantes que, em algum momento, tenham se aventurado pela po-
esia autoral. Confira uma apresentação de Natália Amorim, da E.M. 
Coelho Neto (6ª CRE), em que ela declama o poema “Juventude”, 
sobre a angústia que sente ao testemunhar a violência provocada 
e sofrida por sua geração. 
https://www.youtube.com/watch?v=rbowpSnrGwo 
Matéria do Instituto Claro sobre Slam, com sugestões de vídeos:
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/
planos-de-aula/plano-de-aula-slam-poesia-falada/ 
Canal Manos e Minas, do YouTube, que divulga vídeos de slammers:
https://www.youtube.com/@ManoseMinas/about 
https://www.youtube.com/watch?v=rbowpSnrGwo
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/plano-de-aula-slam-poesia-falada/
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/plano-de-aula-slam-poesia-falada/
https://www.youtube.com/@ManoseMinas/about
211CADERNO PEDAGÓGICO
CÍRCULO DE LEITURA
SUGESTÃO 5
Professor, realizar projetos coletivos costuma ser uma ação prolífi-
ca, seja na aprendizagem, que é o objetivo principal da educação, 
bem como na formação do indivíduo. Nesta seção de sugestões, 
trazemos uma ideia que pode ser planejada com o professor ou 
professora de artes visuais da escola, caso haja esse profissional na 
unidade. É a composição de um livro cartonero.
“O papelão virou capa de livros em solo argentino. Em 2003, a 
Argentina vivia um período crítico economicamente. No Barrio de 
La Boca, em Buenos Aires, foi criada a Editora Eloisa Cartonera, 
com o intuito de produzir livros de baixo custo. Os integrantes en-
traram em contato com a cooperativa de catadores local, a fim 
de reciclar papelão e utilizar como alternativa para as capas dos 
livros, todas produzidas de maneira artesanal e manualmente. A 
ideia foi difundida, e atualmente, a editora tem mais de 200 títulos 
de autores consagrados e estreantes.” (LITERATURA, 2021)
Antes de compor os livros, será preciso elaborar com os estu-
dantes o projeto editorial. Ao sugestões 
apresentadas ao longo deste material 
já contemplaram, em dado momento, 
a composição de textos poéticos pelos 
estudantes. Agora vai ser hora de esco-
lher que textos vão compor os livros, que 
podem ser uma coletânea da turma; mas projetos individuais não 
devem ser descartados, uma vez que o livro cartonero apresentabaixo custo e uma multiplicidade de composições.
Os estudantes também podem dividir as tarefas: os habilidosos nas 
artes visuais podem cuidar das capas, os que usam bem compu-
tados se encarregam da dia-
gramação do texto, os mais 
criteriosos na análise dos tex-
tos podem revisar os materiais, 
enfim, uma cadeia de produção 
do livro na escola. 
Outras modalidades de leitura 
digital podem ser usadas, como 
vídeos, plataformas de publicação e design, murais digitais. Vejam 
a produção dos estudantes da EM Ary Barroso (4ª CRE), em vídeo: 
https://vimeo.com/328969253. 
Outros exemplos de ferramentas digitais podem ser conferidos 
no manual: 
http://www.ppgeb.cap.uerj.br/wp-content/
uploads/2021/08/2019-Luciane-de-Assis-PlanoDid%C3%A1tico_
LucianeAlmeida-vers%C3%A3o-final.pdf. 
Com os livros prontos, pode-se fazer uma exposição na escola, em 
espaço físico, ou pelas redes sociais oficiais da unidade. É arte sen-
do feita na escola, é democratização da leitura!
Veja como fazer uma oficina de livro cartonero: 
https://youtu.be/
SJBAEznt34U?si=Xq2Agh0rLbymJm4f
https://vimeo.com/328969253
http://www.ppgeb.cap.uerj.br/wp-content/uploads/2021/08/2019-Luciane-de-Assis-PlanoDid%C3%A1tico_LucianeAlmeida-vers%C3%A3o-final.pdf
http://www.ppgeb.cap.uerj.br/wp-content/uploads/2021/08/2019-Luciane-de-Assis-PlanoDid%C3%A1tico_LucianeAlmeida-vers%C3%A3o-final.pdf
http://www.ppgeb.cap.uerj.br/wp-content/uploads/2021/08/2019-Luciane-de-Assis-PlanoDid%C3%A1tico_LucianeAlmeida-vers%C3%A3o-final.pdf
212 CADERNO PEDAGÓGICO
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