Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Imprimir
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você receberá as informações sobre os principais meios de proteção radiológica em radiologia
veterinária - princípios básicos (justi�cação, otimização, prevenção de acidentes, limitação das doses
individuais). Veremos detalhes sobre radiação - classi�cação, atenuadores, danos produzidos às células e
medição de doses - dose absorvida (mGy), dose efetiva (mSv). Veremos também as variações que podem
ocorrer, dando dicas de utilização dos métodos.
Aula 1
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA E POSICIONAMENTO 
Nesta aula, você receberá as informações sobre os principais meios de proteção radiológica em
radiologia veterinária - princípios básicos (justi�cação, otimização, prevenção de acidentes, limitação das
doses individuais).
25 minutos
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM VETERINÁRIA
 Aula 1 - Proteção radiológica e posicionamento 
 Aula 2 - Proteção individual dos animais
 Aula 3 - Proteção individual do operador
 Aula 4 - Rotina do técnico na radiologia veterinária
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
144 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 1/31
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Na rotina da medicina veterinária, temos os pacientes (animais) e os agentes de saúde (humanos) que operam
os aparelhos. É muito importante que os princípios de radioproteção sejam seguidos, buscando opções de
redução da dose no paciente (animal) e, consequentemente, no corpo técnico também, de forma que a
qualidade da imagem não se altere. 
A proteção radiológica é um instrumento utilizado para proteger os seres humanos dos possíveis danos
causados pela radiação, buscando impedir os efeitos determinísticos e diminuir a probabilidade de ocorrência
dos efeitos estocásticos em seu uso. O sistema de proteção radiológica está baseado em três princípios gerais:
a justi�cação, que determina que nenhum uso de radiação deve ser realizado, a menos que o benefício do seu
uso exceda os possíveis riscos a ele atribuídos, tanto para o indivíduo exposto quanto para a sociedade em
geral, e que, sempre que possível, deve-se empregar métodos alternativos de diagnóstico que não usem
radiação ionizante. Ainda podemos observar a justi�cação sob dois níveis distintos: a justi�cação genérica,
determinando que os tipos de práticas existentes devem ser revistos sempre que se adquiram novos dados
signi�cativos acerca de sua e�cácia ou de suas consequências, a �m de estabelecer novos parâmetros mais
seguros à prática radiológica; e a justi�cação da exposição individual, na qual qualquer exposição funcional
deve ser justi�cada de acordo com cada indivíduo, levando em conta os objetivos especí�cos da exposição e
as características do indivíduo envolvido, estabelecendo proibições à exposição que não possa ser justi�cada,
como uso com objetivos de demonstrações e treinamentos ou para �ns de pesquisa biomédica, com exceção
dos alinhados às resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS). 
A otimização determina que as doses utilizadas durante os procedimentos radiológicos devem ser tão baixas
quanto razoavelmente possível, mantendo a qualidade da imagem, e aplicada a dois níveis na rotina:
relacionada aos projetos e construções de equipamentos e instalações e aos procedimentos em si. Por �m, a
limitação das doses individuais determina que as doses recebidas pelos operadores e indivíduos em geral não
devem exceder os limites estabelecidos pelas normas de radioproteção vigente, no intuito de manter os riscos
da exposição dentro dos limites considerados aceitáveis, e deve-se considerar a totalidade das exposições do
indivíduo de todas as práticas a que ele possa estar exposto. De modo geral, a dose efetiva média não deve
exceder 20 mSv em um ano, em qualquer período de 5 anos consecutivos, e a dose equivalente não deve
exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv para o cristalino, no período de um ano.  
A �m de reduzir a probabilidade de ocorrência de acidentes, todo projeto de operação de equipamentos
radiológicos e de instalações deve desenvolver alternativas e aplicar ações para reduzir a possibilidade de
falhas técnicas humanas que culminem em exposição acidental desnecessária, como manter as portas do
local fechadas durante a execução do exame, utilizar as proteções individuais e evitar a presença de pessoas
de forma desnecessária dentro da sala, além de monitorar a exposição à radiação com o uso do monitor
individual no período de atividade laboral (CNEN, 2014).
Figura 1 | Luz de atenção
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 2/31
Fonte: acervo do autor.
A Figura 1 ilustra a luz de atenção, informando que a sala está sendo utilizada e a porta deve permanecer
fechada.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 3/31
RADIAÇÃO - CLASSIFICAÇÃO, ATENUADORES, DANOS PRODUZIDOS ÀS CÉLULAS
A radiação é caracterizada por um processo físico de emissão (saída) e de propagação (deslocamento) de
energia por meio de partículas ou de ondas eletromagnéticas em movimento. A radiação eletromagnética é
uma combinação de campos elétricos e magnéticos que viajam juntos, oscilando em planos ortogonais em
forma de ondas senoidais caracterizadas por dois parâmetros relacionados: frequência e comprimento de
onda. A velocidade da radiação eletromagnética é constante, como a velocidade da luz, e é produto da
frequência e comprimento de onda. Como a velocidade da radiação eletromagnética é constante, a frequência
e o comprimento de onda são inversamente proporcionais; portanto, à medida que a frequência aumenta, o
comprimento de onda deve diminuir, e vice-versa. A unidade de energia para a radiação eletromagnética é o
elétron volt (eV). Um elétron volt é a energia adquirida por um elétron, uma vez que é acelerada por meio de
uma diferença de potencial de 1 V. Em uma escala absoluta, essa é uma quantidade muito pequena de
energia. 
Além da frequência e comprimento de sua onda, a partir da quantidade de energia emitida, a radiação
também pode ser classi�cada de acordo com a sua capacidade de interação com a matéria, determinada em
radiação ionizante e não ionizante. 
O raio X, por exemplo, pode produzir ionização de átomos ou moléculas com energia de apenas 15 eV. A
ionização ocorre quando um elétron é ejetado a partir do átomo, nesse caso, por um raio X. Esses elétrons
ejetados podem interagir com o DNA das células, causando danos, como mutações, abortos ou
anormalidades fetais, cataratas e neoformações. Os danos da radiação para o DNA celular é o mais
importante, pois podem ser avaliados como biologicamente ampli�cados, uma vez que o DNA controla os
processos celulares que se estendem para gerações subsequentes de células �lhas. Os principais exemplos de
radiações ionizantes, são: a radiação alfa (com baixo poder de penetração), a radiação beta, a radiação gama e
radiação X, sendo estas duas últimas com elevado potencial de penetração. Apesar de apenas 15 eV de
energia ser necessária para a ionização das moléculas biológicas, a energia dos raios X utilizada para imagem
médica é muito maior, e cada feixe pode levar a várias ionizações conforme a sua energia é dissipada no
tecido. 
Já a radiação não ionizante é aquela que não possui a capacidade de remoção de elétrons da eletrosfera
(órbitas) de seu átomo, mantendo-o estável. Essa radiação não provoca ionização ou excitação de outros
átomos e moléculas, logo, são incapazes de provocar modi�cações nas estruturas moleculares em que
interagem. Dentre os principais exemplos dessas radiações, citamos: a radiação infravermelha, micro-ondas,
luz visível, ultravioleta e as de propagação das ondas de rádio. 
No entanto, as radiações podem sofrer diminuição da sua intensidade em função das suas interações com os
diferentes materiais que asabsorvem. O processo de atenuação da energia das radiações ocorre de maneira
exponencial em função da espessura do material absorvedor. Isso signi�ca que, quanto mais denso for o
material, menor será a energia da radiação que deixa o material depois de atravessá-lo. Em contrapartida,
quanto maior a energia do feixe da radiação que é incidida, maior será também a sua capacidade de
penetração (TAUHATA et al., 2003).
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 4/31
Figura 2 | Aventais de chumbo para proteção contra a radiação
Fonte: acervo do autor.
MEDIÇÃO DE DOSES - DOSE ABSORVIDA (MGY), DOSE EFETIVA (MSV) 
A primeira grandeza física que podemos correlacionar à radiação é a exposição, cuja de�nição só é
considerada para radiações ionizantes, como os raios X ou gama. Isso infere na capacidade de um feixe de
radiação em provocar ionização. A unidade de medida da exposição é estabelecida como o Roentgen (R). A �m
de mensurar e quanti�car a radiação recebida por um indivíduo a ela exposto, grandezas foram estabelecidas
por instituições internacionais de referência na radiologia, como a International Comission on Radiological
Protection (ICRP), que observa as grandezas limitantes, ou seja, o limite de doses para garantir a integridade
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 5/31
do indivíduo, e a International Comission on Radiation Units and Measurements (ICRU), que trata das
grandezas básicas e operacionais, aquelas para mensuração geral e para indivíduos expostos em caráter
ocupacional. Dentre as principais, podemos listar a dose absorvida e a dose efetiva.
A dose absorvida é caracterizada como a quantidade de energia depositada em um meio pela radiação
ionizante por intermédio das suas interações e ionizações com os diferentes materiais. Em suma, é a
quantidade de energia depositada em determinada quantidade de massa do tecido ou órgão exposto, logo, é
a medida usada para avaliar potenciais mudanças bioquímicas causadas pela radiação em tecidos especí�cos.
A unidade de medida para a dose absorvida é o miligray (mGy).
Já a dose efetiva é a medida que correlaciona a soma ponderada das doses equivalentes de todos os tecidos,
considerando que os riscos de efeitos estocásticos variam com o tipo de tecido irradiado. Portanto, é usada
para avaliar o potencial dos efeitos do uso da radiação ionizante a longo prazo sobre o corpo. 
A dose efetiva, cuja unidade de medida Sievert (mSv), é calculada de acordo com três fatores: o primeiro é a
dose absorvida por todos os tecidos (e órgãos) do corpo durante um período de exposição à radiação; o
segundo fator a se levar em consideração é o nível do dano ocasionado pela radiação; e o terceiro fator é
relacionado à sensibilidade do órgão e do tecido à exposição de uma radiação, uma vez que diferentes tecidos
possuem diferentes sensibilidades ao contato com essa energia. Logo, as doses absorvidas pelos órgãos e
tecidos em um corpo resultam em diferentes possibilidades de danos. A dose efetiva é usada para calcular a
probabilidade de danos ao corpo em virtude da combinação das probabilidades de danos aos tecidos
irradiados conhecidos previamente. Na prática, a dose efetiva é útil para avaliar o risco real que um indivíduo
corre em decorrência da realização de um procedimento médico que faça uso de radiação ionizante. Porém, a
dose efetiva não deve ser aplicada para o cálculo do risco em qualquer paciente coletivamente, pois ela foi
elaborada para o paciente adulto padrão, levando em consideração o peso (entre 60 e 75 kg) e a altura (entre
1,60 e 1,75 m). Dessa forma, a dose efetiva de cada indivíduo poderá ser maior ou menor, de acordo ao seu
porte.
Figura 3 | Projeção laterolateral em ovino com distanciamento do feixe primário para uma maior segurança e menor exposição
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 6/31
Fonte: acervo do autor.
VÍDEO RESUMO
Nesta videoaula vamos debater sobre proteção radiológica em radiologia veterinária, veri�cando os princípios
básicos (justi�cação, otimização, prevenção de acidentes, limitação das doses individuais), a radiação
(classi�cação, atenuadores, danos produzidos às células) e a medição de doses (dose absorvida (mGy) e dose
efetiva (mSv)).
 Saiba mais
Caro aluno,
Para complementar e aprimorar seus conhecimentos e sanar algumas dúvidas, se ainda houver,
recomendo a leitura do artigo: Efeitos biológicos da radiação X e radioprotecção em medicina veterinária.
O material fala sobre os riscos do pessoal envolvido no diagnóstico radiográ�co veterinário.
Disponível em: 15_RPCV543.pdf (ulisboa.pt)
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 7/31
http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf9_2002/15_RPCV543.pdf
INTRODUÇÃO
Caro aluno
Nesta aula, veremos as informações sobre riscos associados à utilização da radiação como ferramenta
diagnóstica - efeitos estocásticos tardios, danos determinísticos, ALARA. Veremos a RDC 611, Decreto nº
40.400, de 24 de outubro de 1995 (Capítulo 5, do uso das radiações). Também falaremos sobre a proteção
individual e animais domésticos (campo restrito, colimação do feixe, elaboração de tabelas de exposição). 
Bons estudos!
EFEITOS BIOLÓGICOS DA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO
O exame radiográ�co é uma ferramenta importante no auxílio ao diagnóstico médico, mas a exposição à
radiação apresenta alguns riscos ao paciente e ao operador expostos durante a aquisição da imagem. Os
diferentes tipos de exames exigem distintas quantidades de radiação, porém a maioria deles utiliza baixas
doses, que geralmente são de uso considerado seguro. Por exemplo, a radiação necessária para uma
radiogra�a torácica é 100 vezes menor que a dose de exposição da radiação natural do ambiente no período
médio de um ano. Entretanto, não devemos esquecer que a exposição à radiação é cumulativa, e independe
do período de não exposição entre os exames, consequentemente, quanto maior a dose acumulada no
organismo, maior o risco do desenvolvimento de lesões, horas temporárias, mas potencialmente
permanentes.
A energia dissipada pela radiação pode interagir com o DNA das células, modi�cando a sua estrutura, sendo
considerado como efeito direto. Já os efeitos indiretos ocorrem quando a energia é transferida para outra
molécula intermediária, a exemplo da contaminação da água pela radiação, cujo produto é altamente reativo,
também potencialmente nocivo ao DNA. Independente da interação direta ou indireta da radiação, os maiores
danos moleculares que podem ocorrer ao DNA de uma célula são as mutações ou quebras gênicas, e esses
efeitos biológicos podem se evidenciar de forma aguda ou tardia, demorando anos até serem observados.
Aula 2
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DOS ANIMAIS
Nesta aula, veremos as informações sobre riscos associados à utilização da radiação como ferramenta
diagnóstica - efeitos estocásticos tardios, danos determinísticos, ALARA.
25 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 8/31
Os efeitos biológicos da exposição à radiação podem ser divididos em duas categorias gerais: os efeitos
estocásticos e os deterministas. Os efeitos estocásticos são aqueles que, de forma estatística, ocorrem com
maior incidência, a exemplo do câncer, logo, na hipótese de uma exposição de uma quantidade signi�cativa
de substâncias com potencial carcinogênico, como a radiação ionizante, é, então, esperada uma grande
incidência de casos oncológicos nessa população. Como o nome indica, os efeitos estocásticos são aqueles
que vão ocorrer de uma forma estatística. O câncer é um exemplo, se uma grande população é exposta a uma
quantidade deuma substância cancerígena, como a radiação, então, é esperada uma elevada incidência de
câncer, embora não consigamos estabelecer quais ou quantos indivíduos desenvolverão a doença, já que a
sua gravidade não pode ser determinada em função da dose de exposição.
Em paralelo, os efeitos determinísticos são aqueles que mostram uma clara relação entre a dose e o efeito
ocasionado em um determinado indivíduo após a exposição. Não é possível dizer com certeza que uma
quantidade de radiação causará danos ao indivíduo, todavia, assume-se que qualquer quantidade de
radiação, não importa a dose, implica em algum risco.
Com isso, é consenso que a exposição a radiações ionizantes, quando inevitável, deve ser a menor possível.
Assim, o princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable), fundamentado em meados de 1977, de�ne que
as exposições à radiação devem ser mantidas tão baixas quanto possível, baseando-se em três princípios: o
tempo de exposição, sendo este o mais reduzido e limitado possível; a distância, entendendo que a radiação é
inversamente proporcional à intensidade (conforme a distância aumenta, dobrar a distância da fonte reduz a
dose por um fator de quatro); e a proteção (camadas de proteção ao longo do caminho da radiação, de acordo
com a espessura e o material usado, reduz a intensidade e poder de penetração).
Figura 1 | Alternativas para manter uma maior distância do feixe primário.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 9/31
Fonte: acervo do autor.
RDC 611, DECRETO Nº 40.400, DE 24 DE OUTUBRO DE 1995
Na área da saúde, o uso das radiações ionizantes tem inúmeras aplicações, tanto em terapias quanto nos
métodos de diagnóstico. Desde o surgimento e reconhecimento da radiação, a ciência vem fornecendo
grandes estudos acerca dos mecanismos biológicos que podem afetar a saúde dos indivíduos envolvidos no
seu uso, assim, inúmeras agências de regulamentação, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), se encarregam da elaboração de diretrizes e normas que
regulamentam as atividades diagnósticas que usam a radiação ionizante para geração das imagens.
A exemplo, temos a RESOLUÇÃO RDC Nº 611, atualizada em 9 de março de 2022 pela ANVISA, a qual
“estabelece os requisitos sanitários para a organização e o funcionamento de serviços de radiologia
diagnóstica ou intervencionista e regulamenta o controle das exposições médicas, ocupacionais e do público
decorrentes do uso de tecnologias radiológicas diagnósticas ou intervencionistas”. Essa resolução é aplicada a
todas as pessoas jurídicas ou físicas de instituições privadas ou públicas, civis ou militares, que estejam
envolvidas com atividades de radiologia diagnóstica ou intervencionista, fabricação e comercialização de
equipamentos para utilização em radiologia diagnóstica, além da utilização de radiações em atividades de
pesquisa e de ensino em saúde humana, a �m de regulamentar o controle das exposições médicas,
ocupacionais e do público, decorrentes do uso de tecnologias radiológicas diagnósticas ou intervencionistas.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 10/31
Sobre o uso da radiologia na medicina veterinária, o decreto nº 40.400, de 24 de outubro de 1995, normatiza
as especi�cações técnicas para instalações para uso da radiologia, e o Capítulo VI de�ne as diretrizes do uso
de radiação nos estabelecimentos veterinários, obedecendo às disposições legais vigentes ou à adequação e
alvará especí�cos de funcionamento, quando uso é em animais de grande porte, exóticos e/ou silvestres.
Dentre os artigos do referido decreto, os artigos 28 e 29 permitem a permanência e utilização de aparelhos
emissores de radiação, nos estabelecimentos veterinários destinados ao atendimento médico cirúrgico,
quando obedientes às disposições legais vigentes no país, porém veta a manutenção e uso dos aparelho
emissores de radiação nos estabelecimentos veterinários comerciais ou industriais. O capítulo também
aborda a indicação do uso desses aparelhos em estabelecimentos dedicados à inseminação arti�cial e/ou
pesquisa cientí�ca, uma vez que a radiação pode ter in�uência direta nas células em formação ou
germinativas, causando danos ao seu DNA (ácido desoxirribonucleico) que podem ser transmitidos
hereditariamente, orientando, assim, o uso de aparelhos emissores de radiação apenas perante comprovada
necessidade (artigo 30). O artigo 31, por sua vez, no entendimento de que cada tecido e/ou órgão absorve
radiação de forma diferente e a densidade muda de acordo com o indivíduo (espécie ou raça), estabelece que
os aparelhos portáteis de radiologia, utilizados na clínica médica e cirúrgica de animais de grande porte,
exóticos e/ou silvestres, deverão ter alvará especi�co de funcionamento que especi�que seus limites de uso,
no intuito de reduzir a exposição desnecessária dos animais durante a realização de exames.
PROTEÇÃO INDIVIDUAL - ANIMAIS DOMÉSTICOS (CAMPO RESTRITO, COLIMAÇÃO DO FEIXE,
ELABORAÇÃO DE TABELAS DE EXPOSIÇÃO) 
Na medicina veterinária, a proteção radiológica deve ser tratada com os mesmos cuidados da medicina,
primeiramente, por ser uma norma e, como tal, deve ser seguida, principalmente porque, na radiologia
veterinária, é preciso elaborar estratégias que evitem que o pro�ssional envolvido se exponha à radiação,
tanto diretamente quanto de forma secundária, pela conhecida radiação espalhada. Logo, ele precisa dispor
de ferramentas que o auxiliem, a exemplo de sacos de areia para manter o paciente em posição especí�ca
para evitar sua exposição desnecessária à radiação. Os estabelecimentos veterinários devem garantir a efetiva
proteção e segurança radiológica dos funcionários e dos indivíduos públicos. 
De modo complementar à regulamentação vigente da medicina, em 2010, a ANVISA forneceu um guia de
referência técnica para análises voltadas às práticas radiológicas na medicina veterinária, no qual aborda as
exigências legais (BRASIL, 2009). É imprescindível que todos os funcionários da instalação estejam protegidos,
inclusive aqueles que não são do setor de imagem, e essa segurança deve ser provida por meio de
treinamentos periódicos, criação de protocolos especí�cos e plano de proteção radiológica. 
Gestantes devem ser afastadas imediatamente dessa atividade, não podendo estar próximas ao feixe, logo,
não é permitido que estejam imobilizando o animal. Vestimentas adequadas devem ser fornecidas, como
aventais e protetores plumbíferos que protegem o tórax e extremidades, bem como protetores de tireoide e
gônadas, sendo estas blindagens com o mínimo de 0,25mm e 0,5mm de chumbo, se for utilizado em região
que esteja a até 5 cm do feixe primário, como, por exemplo, as mãos dos operadores. Luvas, óculos e outras
blindagens para proteção dos proprietários dos animais e pro�ssionais devem fazer parte das estratégias de
proteção fornecidas. 
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 11/31
Outra estratégia necessária é a monitoração radiológica pelos pro�ssionais que atuam com radiação
ionizante. Assim, são garantidas as condições de trabalho satisfatórias do ponto de vista da segurança
radiológica, apurando constantemente a dose efetiva nesses trabalhadores. A monitoração deve incluir a área,
ou levantamento radiométrico, que faz a classi�cação dos valores de dose do ambiente para estabelecer as
condições de segurança radiológica para os trabalhadores do setor e indivíduos do público envolvidos, a
monitoração individual do pro�ssional operador e a monitoração individual que avalia diretamente a dose do
trabalhador por meio de dispositivos chamados dosímetros, do tipo termoluminescentes (TL) ou de
luminescência opticamente estimulada, que conseguem estabelecer asdoses a que o operador foi exposto
por um determinado período de tempo. Esses dados devem ser tabelados e acompanhados atenciosamente,
com o afastamento de imediato do pro�ssional de sua atividade pela secretaria de vigilância, na eventualidade
da excedência dos limites aceitáveis de radiação. 
Medidas práticas também podem ser aplicadas, como a utilização de dispositivos que limitem a liberação
desnecessária de feixes de radiação como a colimação, que bene�ciaria até a imagem obtida, uma vez que, ao
diminuir a radiação dispersada, aumentam os detalhes e o contraste da imagem (THRALL, 2010).
Figura 2 | Pêra de borracha
Fonte: acervo do autor.
VÍDEO RESUMO
Nesta videoaula, vamos debater sobre os riscos associados à utilização da radiação como ferramenta
diagnóstica - efeitos estocásticos tardios, danos determinísticos, ALARA; RDC 611, Decreto nº 40.400, de 24 de
outubro de 1995 (Capítulo 5, do uso das radiações). Falaremos da proteção individual e de animais domésticos
(campo restrito, colimação do feixe, elaboração de tabelas de exposição).
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 12/31
 Saiba mais
Para complementar o seu conhecimento e facilitar o aprendizado, recomendo a leitura do artigo: A
dosimetria como fator de quali�cação e proteção na área veterinária.
O material tem o objetivo de veri�car se há dispersão de radiação com as energias e doses comumente
usadas durante procedimentos na área veterinária.
INTRODUÇÃO
Nesta aula, veremos os procedimentos necessários para realização do exame radiográ�co de cães, gatos,
equinos, aves, répteis, roedores, lagomorfos e os equipamentos �xos móveis, Veremos a utilização dos
equipamentos de raio X, equipamentos de proteção individual e utilização do conhecimento e experiência
para amenizar os problemas que podem ser causados pela radiação.
EQUIPAMENTOS DE RAIO X
A radiologia é uma ciência que continua em evolução constante, desde que foi descoberta por Wilhelm
Conrad Roentgen, em 1895. Esse avanço tecnológico constante está atrelado à necessidade de buscar
imagens perfeitas, de preferência com processamentos rápidos, sem o uso de químicos e, desde que
necessário, utilizando técnicas inovadoras, como é o caso da radiologia digital (CANDEIRO et al., 2009).
Os primeiros sistemas de radiogra�a foram analógicos. Esses sistemas convencionais de radiogra�a geram as
imagens graças aos fótons de radiação produzidos no tubo de raios X do aparelho. A geração dos fótons
acontece quando uma corrente elétrica (mA) atravessa o �lamento no Cátodo e causa um agrupamento de
elétrons no local. Depois, é causada uma diferença de potencial na ampola do equipamento, que provoca o
desprendimento dos elétrons do �lamento e sua aceleração na direção do Ânodo. Esses elétrons em colisão
produzem 99% de calor e somente 1% de fótons (BONTRAGER, 2006).
Aula 3
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DO OPERADOR
Nesta aula, veremos os procedimentos necessários para realização do exame radiográ�co de cães, gatos,
equinos, aves, répteis, roedores, lagomorfos e os equipamentos �xos móveis.
26 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 13/31
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/scWoid8FnLModYm_2020-6-18-8-56-12.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/scWoid8FnLModYm_2020-6-18-8-56-12.pdf
De acordo com Bontrager (2006), quando os raios X partem da ampola e passam pelo corpo do paciente,
cristais de prata que se encontram no �lme localizado atrás do paciente são sensibilizados e, depois de serem
revelados quimicamente, �xados, lavados e secos, originam a imagem radiográ�ca.
A radiogra�a digital, mesmo que ainda utilize o aparelho gerador de fótons convencional, alterou a forma de
detectá-los para gerar a imagem. A radiogra�a computadorizada consiste em uma estação de trabalho que
utiliza programas de formação de imagens, uma unidade leitora e placas de fósforo chamadas de cassetes, de
tamanhos diversos. O sistema digital também usa chassis, assim como o sistema convencional, mas
eletrônicos, ou seja, compostos por um sistema de fósforo que tem a capacidade de responder com
luminescência fotoestimulável. A energia dos fótons é liberada em forma de luz, permitindo a revelação
automática das imagens geradas, que são enviadas para monitores digitais (BUSHONG, 2008).
A grande demanda por exames de imagem na Medicina Veterinária requer ajustes nos aparelhos para que
eles possam atender às peculiaridades dessa área da saúde. Surgiram, com esse �m, aparelhos radiográ�cos
móveis e portáteis para suprir as necessidades dos pro�ssionais que prestam assistência em áreas distantes
dos grandes centros, que não possuem serviços diagnósticos, evitando, assim, gastos e estresse com o
deslocamento de animais de grande porte, como bovinos e equinos (BARRОSО; DE PAULA; ÁVILA, 2005).
Além de aparelhos especí�cos, para que essa demanda seja atendida necessita-se também de pro�ssional
que detenha conhecimentos especí�cos da Medicina Veterinária, para que possa atuar com presteza e
e�ciência no exame das diversas espécies animais.  Conforme a Resolução do CONTER (Conselho Nacional de
Técnicos em Radiologia) nº 02, de 10 de maio de 2005, atribui-se ao técnico ou tecnólogo em radiologia, a
realização do exame radiográ�co em pacientes veterinários.
Figura 1 | Equipamento de raio X �xo
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 14/31
Fonte: acervo do autor.
PROCEDIMENTOS
A descoberta do raio x pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, em 1895, e a sua imediata utilização
trouxe incontáveis benefícios à medicina e às demais ciências da saúde, porém, o uso de radiações ionizantes
também gerou múltiplos agravos em pesquisadores, médicos, tecnólogos, pacientes, tutores e outros a ela
expostos (NAVARRO et al., 2008).
Em 1928, o médico brasileiro Álvaro Alvim faleceu mesmo após ter suas duas mãos amputadas devido a
graves lesões provocadas pela intensa exposição à radiação. Foi então veri�cado que o uso da radiogra�a
diagnóstica permitiu grandes avanços e benfeitorias, mas trouxe também perigos intrínsecos e desconhecidos
quando da sua incorporação à medicina. Depois de veri�car a ocorrência de danos biológicos provenientes da
utilização do raio x e da ausência de maiores informações sobre o perigo da radiação, foram criadas normas
visando a proteção do ser humano, dos animais e do meio ambiente (PIRES et al., 2013).
O Conselho Nacional dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia, por meio da Resolução CONTER nº 2, de 2002,
e Resolução CONTER nº 11, de 2011, refere a necessidade de utilização de equipamentos e cuidados que
promovam a proteção radiológica dos trabalhadores (CONTER, 2005).
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 15/31
Os fundamentos da radioproteção sempre devem ser realizados durante os procedimentos de exames
radiográ�cos em estabelecimentos veterinários. O risco ocupacional dos pro�ssionais envolvidos na realização
dos exames radiológicos em animais jamais deve ser subestimado e deve-se buscar sempre o uso de técnicas
e contenção corretos, para que se otimize o exame e não haja necessidade de exposição repetida à radiação,
tanto dos técnico quanto do tutor e paciente (GINJA; FERREIRA, 2002). 
O uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é essencial para todos aqueles que entram em contato
com a radiação. O Ministério do Trabalho considera EPI todo equipamento de uso individual usado pelo
colaborador, com �ns de proteção de riscos que possam se tornar uma ameaça à segurança e à saúde do
trabalhador (NR-06, 2020).
A radiação ionizante, quando em baixas doses, não causa dor, é incolor e não produz sequelas imediatasvisíveis. Os EPI que devem ser utilizados pelos trabalhadores e acompanhantes de pacientes visam a sua
proteção. O avental de chumbo prevê a proteção de tórax e abdômen; o protetor de tireoide visa proteger
essa glândula, que se mostra bastante sensível aos efeitos da radiação. Além destes, deve-se sempre utilizar
os óculos plumbíferos e os protetores gonadais (GINJA; FERREIRA, 2002). 
A evolução tecnológica busca melhorar tanto a qualidade da imagem dos equipamentos de raio x quanto a
biossegurança dos colaboradores, tutores e pacientes expostos à radiação (PIRES et al., 2013).
O ambiente onde os exames são realizados também são especiais e a sala deve ser blindada, para evitar o
risco de vazamento de radiação para as adjacências. As salas devem ter teto, paredes, piso, visor e portas que
não permitam a fuga da radiação. As cabines e biombos devem conferir proteção e, ao mesmo tempo,
permitir que o técnico visualize o paciente e consiga operar o aparelho (GINJA; FERREIRA, 2002). 
O Ministério do Trabalho exige, ainda, que todo colaborador ocupacionalmente exposto à radiação ionizante
faça uso do dosímetro para monitoração individual da radiação que está sedo recebendo. O dosímetro deve
ser utilizado próximo ao tórax, durante toda a sua jornada de trabalho (GINJA; FERREIRA, 2002). 
UTILIZAÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
A radiação ionizante atua em nível celular e pode causar danos em estruturas essenciais, como o ácido
desoxirribonucleico (DNA). Por causa desses efeitos deletérios, a proteção contra a radiação é obrigatória,
mas pacientes e operadores nem sempre levam a necessidade dos cuidados e uso de equipamentos de
proteção individual (EPI) tão a sério, pois a radiação não pode ser vista, sentida ou ouvida (HAN; HURD, 2007).
As fontes de exposição à radiação são: o feixe primário, a radiação dispersada, a �uoroscopia e a cabeça do
tubo de raio x. Deve-se buscar sempre minimizar a exposição dos técnicos, pacientes e acompanhantes a ela
(HAN; HURD, 2007).
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), algumas doenças aparecem em decorrência da
exposição repetitiva à radiação, como, por exemplo: neoplasias, púrpura, polineuropatias, anemia aplásica,
blefatite, catarata, �brose pulmonar, infertilidade e outras afecções.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 16/31
O uso inadequado de EPI plumbífero (com chumbo) e a exposição desnecessária à radiação sabidamente
causam danos celulares aos seres vivos. Deve-se, então, prevenir e evitar esses riscos com os equipamentos
de proteção e ainda outras medidas conhecidas que podem proteger principalmente o operador (BRASIL,
2001).
Quanto maior a distância que o técnico estiver do feixe primário, menor será a sua exposição à radiação
ionizante. A intensidade do feixe de raio x diminui para um quarto se a distância entre a fonte de radiação e o
operador for dobrada. Essa a�rmação é dada pela lei dos quadrados inversos. Reitera-se aqui a necessidade
de uso dos EPI, mesmo quando se aumenta a distância entre as pessoas envolvidas no exame e o feixe
primário (HAN; HURD, 2007).
Outra forma de diminuir a exposição à radiação, tanto do paciente, quanto da equipe envolvida, é a redução
do tempo de execução do exame. Uma das melhores formas de diminuir esse período é posicionando
adequadamente o paciente (HAN; HURD, 2007).
Quando o exame é mal interpretado em decorrência de um mau posicionamento, comumente ele tem que
ser repetido e, desta forma, mais radiação tem que ser utilizada. Para evitar erros, o técnico responsável pelo
exame deve entender muito bem da espécie a ser examinada e o posicionamento requerido de acordo com
cada área a ser radiografada, seja ela um membro ou um órgão dentro de uma cavidade (HAN; HURD, 2007).
Pacientes veterinários di�cilmente podem ser bem posicionados quando não estão devidamente contidos. A
contenção de um animal pode ser realizada de forma física ou química. Animais de companhia, desde que não
sejam exageradamente agressivos, na maioria das vezes podem ser contidos �sicamente, assim como
grandes animais, que podem ser contidos por cabrestos, troncos e bretes. Pacientes veterinários agressivos e
principalmente animais silvestres e selvagens devem ser contidos quimicamente, por sedação ou anestesia
(THRALL, 2014).
Figura 2 | Óculos plumbífero
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 17/31
Fonte: acervo do autor.
VÍDEO RESUMO
Nesta videoaula, veremos os procedimentos necessários para realização do exame radiográ�co de cães,
gatos, equinos, aves, répteis, roedores e lagomorfos. Veremos informações sobre os equipamentos �xos e
móveis e como podem auxiliar na realização do exame. Veremos, ainda, a utilização dos equipamentos de raio
X, a utilização de equipamentos de proteção individual e a importância da aplicação do conhecimento e da
experiência para amenizar os problemas que podem ser causados pela radiação.
 Saiba mais
Caro aluno,
Para aprimorar sues conhecimentos e facilitar o entendimento, recomendo a leitura do artigo: Análise
preliminar das doses para avaliação da qualidade da imagem em exames radiográ�cos na Radiologia
Veterinária.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 18/31
https://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/60/v4n1p67
https://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/60/v4n1p67
https://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/60/v4n1p67
O material teve como objetivo analisar a dose radiológica e a qualidade da imagem da carta técnica
utilizada para a realização de radiogra�as de tórax e coxal de animais das espécies canina e felina.
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você estudará os posicionamentos para realização das radiogra�as intraorais, o manejo do
paciente e indicações do exame; avaliação para diagnóstico de má oclusão dentária em roedores e lagomorfos
(com ênfase em coelhos); e as diferentes espécies animais em avaliação torácica, abdominal ou de cavidade
celomática.
RADIOGRAFIA INTRAORAL
As projeções intraorais têm sua utilização voltada para a avaliação odontológica. A imagem mostra
principalmente a porção rostral da mandíbula e maxila, que se sobrepõe nas projeções ortogonais. É
recomendado o �lme de exposição direta para a realização dessas imagens para que se tenha um maior
detalhamento das estruturas a serem avaliadas. Para ambas arcadas dentárias, o crânio deve estar em
posição dorsoventral ou ventrodorsal. As principais incidências intraorais utilizadas são: intraoral da
mandíbula, intraoral da maxila, oblíquo lateral para a arcada dentária maxilar e mandibular (esquerda 30°
ventral-direita dorsal oblíqua; direita 30° ventral-esquerda dorsal oblíqua). A seguir, cada projeção citada
acima será discorrida de maneira sucinta (HAN; HURD, 2007).
Para projeção intraoral da maxila, o paciente deve ser posicionado em decúbito esternal, com um tubo
traqueal �xando a mandíbula. Coloca-se o �lme na cavidade oral o mais profundamente possível. Para melhor
visualização da maxila, o feixe central deve incidir em ângulo reto e se direcionar ao nível do terceiro pré-
molar. Caso se deseje uma melhor visualização dos incisivos, o feixe central deve incidir em um ângulo de 60°
no �lme e direcionar para a margem alveolar na linha mediana (HAN; HURD, 2007; SCHEBITZ; WILKENS, 2000).
O posicionamento oblíquo lateral para a arcada dentária maxilar pode ser realizado em decúbito lateral
direito ou esquerdo, sendo que, para a visibilização da arcada direita, o paciente é colocado em decúbito
lateral esquerdo e, para ser radiografada a arcada maxilar esquerda, o paciente deve ser colocado em
decúbito lateral direito. Essa projeção permite melhor visualização dos pré-molares e molares maxilares. Para
Aula 4
ROTINA DO TÉCNICO NA RADIOLOGIA VETERINÁRIA
Nesta aula, você estudará os posicionamentospara realização das radiogra�as intraorais, o manejo do
paciente e indicações do exame.
24 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 19/31
a realização, mantém-se a boca aberta, de modo que o palato duro forme um ângulo de 30° com o �lme, com
o feixe central incidindo em ângulo reto e direcionado para a margem alveolar no nível do primeiro molar
(HAN; HURD, 2007; SCHEBITZ; WILKENS, 2000).
Na projeção intraoral da mandíbula, posiciona-se o paciente em decúbito dorsal (posição ventrodorsal),
estendendo os membros dianteiros caudalmente. Um canto do �lme deve ser posicionado o mais
profundamente possível com a língua para baixo do centro da mandíbula. A utilização de um apoio para o
dorso do nariz auxilia na estabilização e no alinhamento da cabeça. Para melhor visualização da mandíbula o
feixe central deve ser direcionado para o espaço intermandibular na linha mediana (HAN; HURD, 2007;
SCHEBITZ; WILKENS, 2000). 
A projeção oblíqua lateral para a arcada dentária mandibular é semelhante à utilizada para avaliação da
arcada dentária maxilar e permite a visualização dos pré-molares e molares mandibulares sem sobreposição
da arcada maxilar. Com o tubo endotraqueal amarrado à maxila, mantém-se a boca do paciente aberta e
oblíqua com o crânio 30° em direção à posição dorsoventral. Para todas as incidências descritas, é de suma
importância identi�car a projeção oblíqua (HAN; HURD, 2007; SCHEBITZ; WILKENS, 2000).
Figura 1 | Projeção intraoral da maxila
Fonte: Han e Hurd (2007). 
MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA
Vimos no bloco anterior que as projeções intraorais têm sua utilização voltada para a avaliação odontológica.
A imagem mostra principalmente a porção rostral da mandíbula e maxila, que se sobrepõe nas projeções
ortogonais. É recomendado o �lme de exposição direta para a realização dessas imagens, para que se tenha
um maior detalhamento das estruturas a serem avaliadas. Para ambas arcadas dentárias, o crânio deve estar
em posição dorsoventral ou ventrodorsal. As principais incidências intraorais utilizadas são: intraoral da
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 20/31
mandíbula, intraoral da maxila, oblíquo lateral para a arcada dentária maxilar e mandibular (esquerda 30°
ventral-direita dorsal oblíqua; direita 30° ventral-esquerda dorsal oblíqua). A seguir, cada projeção citada
acima será discorrida de maneira sucinta (HAN; HURD, 2007).
Vamos discutir um pouco sobre os roedores e lagomorfos, com enfoque em coelhos.
A má oclusão pode ter múltiplas causas, que podem ser frequentemente associadas. Pode ser de origem
traumática, metabólica, genética ou, até mesmo, alimentar (nutrição) (QUINTON, 2005).
Na má oclusão de origem genética geralmente encontramos problemas nas raças anãs, já que esses animais
são selecionados para redução de tamanho e a busca por um formato de cabeça mais arredondado,
causando uma de�ciência na aproximação correta dos dentes e, consequentemente, o desgaste necessário
(QUINTON, 2005).
Sobre a má oclusão traumática, podem ocorrer devido à reação desses pequenos animais, buscando a fuga
de determinadas situações, pulando de regiões mais elevadas, levando a quadros de fraturas na base dos
incisivos, que vão cicatrizar de forma espontânea (geralmente causando alterações durante o crescimento
dentário) (QUINTON, 2005).
Outra causa de má oclusão em lagomorfos e roedores em geral é a nutricional (hoje o maior problema
encontrado na clínica de roedores e lagomorfos). Na mastigação, os dentes que não possuem raiz devem ser
desa�ados diariamente por alimentos �brosos para que haja um desgaste correto da dentição desses
animais, o que não acontece com a alimentação à base de ração (causando movimento mastigatório
incompleto e sensação de saciedade que vai impedir que os animais façam mastigação contínua (QUINTON,
2005).
Já a má oclusão metabólica geralmente é associada à osteopenia decorrente de uma de�ciência do
mecanismo metabólico do cálcio (QUINTON, 2005).
Nos coelhos, o movimento mastigatório é lateral (para os molares e pré-molares) e anteroposterior para os
incisivos. Os coelhos são animais elodontes totais (todos os dentes não possuem raiz e, por isso, não param
de crescer) (QUINTON, 2005).
Com a falta do desa�o de desgaste dos dentes, eles não param de crescer, causando o mau fechamento da
boca do animal, podendo também formar pontas lacerantes em direção à mucosa oral (QUINTON, 2005).
Os dentes inferiores crescem medialmente (machucando a língua) e os superiores crescem lateralmente
(lesionando as bochechas) (QUINTON, 2005).
Figura 2 | Radiogra�a crânio roedor (avaliação de má oclusão)
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 21/31
Fonte: acervo do autor.
AVALIAÇÃO DE CAVIDADE CELOMÁTICA 
Como já discutido na Unidade 3, os exames de tórax e abdome são frequentemente solicitados e compõem
grande parte da rotina clínica na radiologia veterinária.
Na imagem radiográ�ca, é importante que toda a cavidade torácica esteja inclusa, e o seu campo de
visualização deve se estender da parte mais cranial à entrada do tórax, a alguns centímetros caudalmente da
última costela (THRALL, 2014).
A cavidade abdominal é a maior cavidade do corpo, separada da cavidade torácica pelo diafragma, ligando-se
caudalmente com a cavidade pélvica. A cavidade possui um formato ovoide e comprido lateralmente, tendo
seu diâmetro dorsoventral maior na primeira vértebra lombar e o transversal próximo à pelve (GETTY, 2008).
Agora, vamos a algumas informações importantes sobre a radiogra�a de animais silvestres e pets não
convencionais, além de apresentar a diferença e o manejo necessário para esses animais. Boa parte desse
material faz parte da rotina clínica diária.
Com relação ao exame radiográ�co de mamíferos domésticos criados como pets não convencionais, destaca-
se a elevada casuística de coelhos e porquinhos-da-índia com estase gastrintestinal devido à disbiose
decorrente de manejo alimentar inadequado ou uso incorreto de antibioticoterapia. Como trata-se de
alteração que costuma evoluir para um prognóstico reservado a desfavorável, o monitoramento do
timpanismo por essa ferramenta é essencial. Também podem ser observadas obstruções por tricobenzoares,
especialmente em raças de coelhos de pelo longo. Para ratos twister, frequentemente utiliza-se do estudo
radiográ�co de campos pulmonares para avaliação clínica e acompanhamento da evolução de doenças
respiratórias, especialmente micoplasmose, doença com curso predominantemente respiratório e
comumente diagnosticada nessa espécie.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 22/31
Entre as aves, a radiogra�a da cavidade celomática é ferramenta essencial para diagnóstico e monitoramento
de diversas alterações. A mensuração da silhueta cardio-hepática é utilizada para diagnóstico de
cardiomegalia e/ou hepatopatias, geralmente como decorrência de intoxicações ou, principalmente,
distúrbios nutricionais com evolução para esteatose hepática e posterior cirrose hepática. Diagnósticos de
distocia por inversão do polo do ovo também requerem avaliação radiográ�ca, nos casos de aves com desa�o
reprodutivo intenso ou com distúrbios nutricionais, como em situações de de�ciência de cálcio. Além disso,
avaliações do sistema respiratório, em casos de suspeita de aerosaculite ou pneumonias, requerem o uso de
radiogra�as.
Para os répteis, as avaliações radiográ�cas da cavidade celomática são essenciais para diagnóstico de diversas
enfermidades, especialmente entre os quelônios. Como esses animais possuem carapaça e plastrão formado
por estrutura óssea, há limitação no uso de métodos semiológicos usuais. Hipoatividade, hiporexia ehipodipsia podem estar associadas a distocias, obstruções, impactação, pneumonias etc., cujos diagnósticos
dependem de imagens radiográ�cas da cavidade celomática. Entre os lagartos, essa ferramenta é
fundamental para o diagnóstico de impactação por consumo de substrato, em situações de erro de manejo
alimentar e ambiental. Para serpentes, imagens radiográ�cas de campos pulmonares são fundamentais para
diagnóstico de pneumonias, bem como essa ferramenta é essencial para o diagnóstico de gestação.
Figura 3 | Estase em hamster
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 23/31
Fonte: acervo do autor.
VÍDEO RESUMO
Nesta videoaula, vamos rever os posicionamentos para realização das radiogra�as intraorais, o manejo do
paciente e indicações do exame. Falaremos da avaliação para diagnóstico de má oclusão dentária em
roedores e lagomorfos (com ênfase em coelhos) e veremos as diferentes espécies animais e sua avaliação
torácica, abdominal ou de cavidade celomática.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 24/31
 Saiba mais
Leia o artigo Hipercrescimento dentário e má oclusão em coelho doméstico (Oryctolagus cuniculus):
Revisão a �m de aprimorar seus conhecimentos sobre esta aula.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA, EFEITOS BIOLÓGICOS, RADIOGRAFIA INTRAORAL E DIFERENÇA ENTRE
CAVIDADES
Os cuidados com a radioproteção devem ser seguidos por todos que atuam na radiologia veterinária, tanto
para os animais pacientes quanto para os pro�ssionais veterinários. É essencial que se busquem opções que
permitam também reduzir a dose de radiação no paciente animal e realizar o exame de modo que a
qualidade da imagem seja sempre a melhor. Por conseguinte, o sistema de proteção radiológica está baseado
em princípios gerais: a justi�cativa, que determina que nenhuma radiação deve ser utilizada sem que o
benefício do seu uso seja maior que os possíveis riscos a ele atribuídos, tanto para o paciente quanto aos
trabalhadores e acompanhantes e para a sociedade em geral, e que, desde que possível, deve-se buscar
métodos alternativos de diagnóstico que não utilizem a radiação ionizante (GINJA; FERREIRA, 2002). 
A ionização ocorre quando um elétron é ejetado a partir do átomo, por exemplo, pelo raio X (radiação). Esses
elétrons expelidos podem atuar no DNA das células, causando alguns transtornos, tais como mutações,
abortos e anormalidades fetais, cataratas e tumores. Os danos da radiação no DNA celular é o efeito mais
importante a ser considerado, pois sabe-se que o DNA controla os processos celulares e os danos podem se
estender para gerações futuras de células �lhas. Os principais exemplos de radiações ionizantes são: a
radiação alfa (com baixo poder de penetração), a radiação beta, a radiação gama e a radiação X, sendo estas
duas últimas com elevado potencial de penetração (GINJA; FERREIRA, 2002). 
A radiação ionizante, quando em baixas doses, não causa dor, não pode ser visualizada e não produz sequelas
imediatas visíveis. Os EPIs que devem ser utilizados pelos trabalhadores e acompanhantes de pacientes visam
a proteção. O avental de chumbo prevê a proteção do tórax e do abdômen. O protetor de tireoide visa
proteger essa glândula, que se mostra bastante sensível aos efeitos da radiação. Além desses, deve-se sempre
utilizar os óculos plumbíferos e os protetores de gônadas. Mulheres grávidas não devem permanecer na sala
de exames, nem com proteção (GINJA; FERREIRA, 2002). 
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
39 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 25/31
http://www.pubvet.com.br/artigo/10124/hipercrescimento-dentaacuterio-e-maacute-oclusatildeo-em-coelho-domeacutestico-oryctolagus-cuniculus-revisatildeo
http://www.pubvet.com.br/artigo/10124/hipercrescimento-dentaacuterio-e-maacute-oclusatildeo-em-coelho-domeacutestico-oryctolagus-cuniculus-revisatildeo
Quanto maior a distância que o técnico estiver do feixe primário, menor será a sua exposição à radiação
ionizante. A intensidade do feixe de raio x diminui para um quarto se a distância entre a fonte de radiação e o
operador for dobrada. Essa a�rmação é dada pela lei dos quadrados inversos. Reitera-se, aqui, a necessidade
de uso dos EPIs, mesmo quando se aumenta a distância entre as pessoas envolvidas no exame e o feixe
primário (HAN; HURD, 2007).
REVISÃO DA UNIDADE
Neste vídeo, iniciaremos com um resumo básico sobre proteção radiológica em radiologia veterinária e
radiação. Na sequência, veremos os riscos associados à utilização da radiação como ferramenta diagnóstica -
efeitos estocásticos tardios, danos determinísticos. Ao �nal, veremos informações sobre a realização de
exame de tórax e abdome e o exame intraoral.
ESTUDO DE CASO
Para que possamos reforçar e ampliar o seu aprendizado nesta unidade, vamos veri�car uma situação-
problema rotineira, na qual você terá que re�etir e utilizar todo o seu conhecimento e habilidade na
resolução.
O papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) é principalmente um papagaio verde com cerca de 45 centímetros
de comprimento e com peso de cerca de 400 gramas. Tem penas azuis na testa, acima do bico e amarelas na
cara e coroa. A distribuição do azul e amarelo varia muito. A cor da íris dos adultos é amarelo-laranja no
macho ou vermelho-laranja na fêmea. Destaca-se um �no anel externo vermelho. Os imaturos têm íris
marrom uniforme. O bico é negro no macho adulto. É uma das espécies de aves mais inteligentes do planeta.
Sua expectativa de vida é de oitenta anos.
Chegou ao hospital veterinário, um papagaio-verdadeiro para atendimento emergencial. Então, rapidamente a
equipe de atendimento a animais silvestres colocou-se à disposição para avaliar o animal e tentar entender e
debater sobre o melhor protocolo.
O paciente tem o histórico de rejeição de alimentos, inclusive da sua ração favorita (girassol). Enquanto seu
proprietário estava fazendo a limpeza do recinto do animal, foi observada a presença de fezes de consistência
diarreica, o que aumentou ainda mais o nível de preocupação do tutor. O papagaio, de aproximadamente 48
anos, pertence a um senhor de 84 anos. É do sexo masculino e, desde que parou de se alimentar, não voa,
está prostrado e com o quadro diarreico se agravando. O papagaio verdadeiro é uma espécie muito
inteligente e pode não permitir a aproximação de desconhecidos com facilidade.
O paciente está muito prostrado e, devido a isso, o clínico responsável pelo atendimento não autorizou a
realização da contenção química, informando que o animal não teria teto para sedação e poderia evoluir para
óbito. Feito o exame físico, optou-se por exames complementares, inclusive exame radiográ�co. Então,
rapidamente foi realizada a contenção física do animal para o exame radiográ�co.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 26/31
De acordo com o histórico apresentado, qual a sua principal suspeita? Já que o papagaio será contido
�sicamente, como você irá realizar sua localização na mesa e como irá �xá-lo?
Sabendo que se trata de uma ave Psittaciforme, qual é o melhor posicionamento? E quais são as melhores
incidências para diagnosticar realmente o que está acontecendo com o papagaio?
Preste bastante atenção nos pontos do texto:
Alimentação à base de girassol.
Prostração severa.
Diarreia.
Tudo isso, deixando o animal muito debilitado.
Atenção!
 Re�ita
Meu caro estudante, para que você traga a solução mais acertada para a situação-problema
apresentada, sugiro que você re�ita sobre o que aprendemos nesta unidade e se coloque como se
estivesse vivenciando o momento no qual o paciente chega no hospital veterinário. O caso clínico
apresentado acima acontece rotineiramente em clínicas e hospitais que oferecem diagnósticopor
imagem para animais e você precisa estar preparado. Animais silvestres e selvagens são pacientes cada
vez mais comuns, dado o crescimento dessas espécies como animais de trabalho e de estimação.
Lembre-se de tudo o que já estudamos juntos no decorrer desta unidade, sobre posicionamento,
contenção, planos e eixos e tipos de fratura mais comuns nessa espécie animal. Tenha em mente que,
além das habilidades técnicas que estamos desenvolvendo aqui, manter a calma, o equilíbrio e a empatia
trará sempre os melhores resultados, seja na resolução deste exercício ou na sua atuação real. 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Caro estudante, para consolidar seu aprendizado nesta unidade, vamos agora resolver o problema do
papagaio verdadeiro pertencente ao senhor João (senhor de 84 anos) tentando ajudar o mais rápido possível
o paciente que chegou para o atendimento de emergência, após o senhor João notar a piora do animal. Para
isso, você terá que utilizar todo o seu conhecimento e habilidade para conseguir gerar uma imagem de
excelente qualidade, que consequentemente trará um diagnóstico preciso.
Você está pronto? Vamos começar?
Sabemos que se trata de um paciente que não pode ser sedado para a realização do procedimento e também
conhecemos as técnicas e aparatos que podem ser utilizados para ajudar no seu posicionamento. 
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 27/31
É recomendado que um médico veterinário, responsável pelo atendimento do paciente, e o setor de
anestesiologista acompanhem o procedimento de contenção física, pois sabemos que o quadro do paciente
não é bom e que as aves podem sofrer de miopatia de contenção. A pré-medicação consiste em escolher o
medicamento mais adequado para o paciente, que pode ser uma tarefa desa�adora. A decisão deve ser
tomada de acordo com o estado de saúde do paciente e com o temperamento e a espécie animal, a duração
média do procedimento e a preferência pessoal (BEDNARSKI, 2015). 
Realiza-se a contenção física para melhor posicionar o paciente, buscando um manejo mais cuidadoso,
delicado e breve. Para isso, podemos também utilizar alguns artifícios para aquisição de uma imagem
radiográ�ca de excelência, utilizando corda ou �ta adesiva (melhor opção para a ave em questão) tomando
sempre muito cuidado com olhos e penas.
Para realizar a imagem do paciente que deu entrada no hospital veterinário, o pro�ssional radiologista deve
trabalhar com, no mínimo, duas incidências com um ângulo de 90º de relação entre as duas. As projeções
laterolateral (sobreposição de gônadas, rins, acetábulo e clavícula) da cavidade celomática e ventrodorsal
(sobreposição da quilha à coluna) da cavidade celomática serão escolhidas para a aquisição da imagem.
Ao término do exame, foi constatada uma hepatomegalia possivelmente causada pelo excesso de girassol na
dieta do animal (diagnóstico realizado através da avaliação de silhueta cardio-hepática, sendo esse paciente
encaminhado novamente para o setor de clínica médica de animais silvestres para correlação clínica e
posterior conversa com os proprietários.
RESUMO VISUAL
Esquema Ilustrativo da proteção radiológica em medicina veterinária - Unidade 4
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 28/31
Fonte: elaborado pelo autor.
Aula 1
HAN, C. M; HURD, C. D. Diagnóstico por imagem para a prática veterinária. 3. ed. São Paulo: Roca, 2007.
TAUHATA, L.; SALATI, I. P. A.; DI PRINZIO, R.; DI PRINZIO, A. R. Radioproteção e dosimetria: fundamentos. 5
rev. Rio de Janeiro: IRD/CNEN, 2003. 242 p.
THRALL, D. E. Diagnóstico de Radiologia Veterinária. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
REFERÊNCIAS
5 minutos
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 29/31
Aula 2
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento
de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
THRALL, D. E. Diagnóstico de radiologia veterinária. 5. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Aula 3
BARRОSО, V.; DE PAULA, T. M.; ÁVILA JR., R. Radiologia torácica. Revista eletrônica de Veterinária REDVET. v.
VI, n. 3, mar. 2005.
BONTRAGER, K. L. Tratado de posicionamento radiográ�co e anatomia associada. 8. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Panamericana da Saúde no Brasil: doenças relacionadas ao
trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília (DF), 2001. Disponível em:
http://www.opas.gov.br/sistemas/arquivos/Saudedotrabalhador.pdf . Acesso em: 2 nov. 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR-06. Atualizado em 1910-2020. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especi�cos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf/view. Acesso em: 2
nov. 2022.
BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos. 9. ed. Rio de Janeiro: Mosby, 2008.
CANDEIRO, G. T. M;  BRINGEL, A. S. F;  VALE, I. S. Radiologia Digital: Revisão De Literatura. Revista
Odontológica de Araçatuba, v. 30, n. 2, p. 38-44, 2009. Disponível em:
http://apcdaracatuba.com.br/revista/Volume_30_02_2010/trabalho%207.pdf. Acesso em: 2 nov. 2022.
GINJA, M. M. D.; FERREIRA, A. J. A. Efeitos biológicos da radiação X e radioproteção em medicina veterinária.
Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias, v. 97, p. 101-109, 2002. Disponível em:
http://www.spcv.pt/download/Vol97/Vol97-n543.pdf. Acesso em: 18 jul. 2019.
NAVARRO, M. V. T.; LEITE, H.  J.  D.  L.; ALEXANDRINO, J.  C.; COSTA, E. A. Controle de  riscos  à  saúde  em 
radiodiagnóstico:  uma  perspectiva histórica. Hist.  Cienc.  Saude, Manguinhos - RJ, v. 15,  n. 4, 2008.
PIRES, D; GELBCKE F.  L.; MATOS, E. Organização  do  trabalho  em  enfermagem:  implicações  no  fazer  e 
viver  dos  trabalhadores  de  nível  médio. Trabalho, Educação e Saúde, São  Paulo, v. 2, n. 2, p. 311-325,
2004. Disponível em: http://www.revista.epsjv.�ocruz.br/upload/revistas/r84.pdf. Acesso em: 2 nov. 2022.  
RESOLUÇÃO CONTER nº 6 de 13/05/2005. Normas Brasil. Disponível em
https://www.normasbrasil.com.br/norma/resolucao-6-2005_102418.html. Acesso em: 2 nov. 2022.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 30/31
http://www.opas.gov.br/sistemas/arquivos/Saudedotrabalhador.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf/view
http://apcdaracatuba.com.br/revista/Volume_30_02_2010/trabalho%207.pdf
http://www.spcv.pt/download/Vol97/Vol97-n543.pdf
http://www.revista.epsjv.fiocruz.br/upload/revistas/r84.pdf
https://www.normasbrasil.com.br/norma/resolucao-6-2005_102418.html
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
Aula 4
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens, v.1: medicina veterinária. 2. ed.
São Paulo: Roca, 2014. 1237p.
FOWLER, M. E.; CUBAS, Z. S. Biology, medicine, and surgery of south american wild animals. 1. ed. Iowa:
Iowa State University Press, 2001. 1 v. 549 p.
HAN, C. M.; HURD, C. D. Diagnóstico por imagem para a prática veterinária. 3. ed. São Paulo: Roca, 2007.
284 p.
OLIVEIRA, P. M. A. de. Animais silvestres e exóticos na clínica particular. São Paulo: Roca 2003. 375p.
RITCHIE, B. W.; HARRISON, G. J.; HARRISON, L. R. Avian medicine: principles and application. 1. ed. Florida:Wingers Publishing, 1994. 1 v. 1384 p.
THRALL, D. E. Diagnóstico de radiologia veterinária. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
Aula 5
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens, v.1: medicina veterinária. 2. ed.
São Paulo: Roca, 2014. 1237p.
FOWLER, M. E.; CUBAS, Z. S. Biology, medicine and surgery of south american wild animals. 1. ed. Iowa:
Iowa State University Press, 2001. 1 v. 549 p.
HAN, C. M; HURD, C. D. diagnóstico por imagem para a prática veterinária. 3. ed. São Paulo: Roca, 2007.
OLIVEIRA, P. M. A. de. Animais silvestres e exóticos na clínica particular. São Paulo: Roca 2003. 375p.
RITCHIE, B. W.; HARRISON, G. J.; HARRISON, L. R. Avian medicine: principles and application. 1. ed. Florida:
Wingers Publishing, 1994. 1 v. 1384 p.
THRALL, D. E. Diagnóstico de radiologia veterinária. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
25/05/2024, 20:39 u4_rad_vet
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/RADIOLOGIA_VETERINARIA/LIVRO/U4/index.html 31/31
https://storyset.com/
https://www.shutterstock.com/pt/

Mais conteúdos dessa disciplina