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Docentes: Felipe B. Ribeiro, Régis A. Pescinelli Filo Arthropoda Subfilo Myriapoda Subfilo Myriapoda - Cerca de 16.350 espécies descritas (400 registradas para o Brasil); - Os primeiros registros fósseis de milípedes datam do período Ordoviciano ou do início do Siluriano, e alguns deles parecem representar espécies marinhas; - Vivem debaixo de rochas e troncos, dentro do solo e no húmus, tanto em regiões temperadas quanto tropicais; • Táxons: Chilopoda, Diplopoda, Symphyla e Pauropoda. Scutigeromorpha • Corpo formado por dois tagmas: cabeça e tronco alongado com muitos segmentos portadores de pernas. • Todos os apêndices multiarticulados e unirremes. • Cutícula, relativamente permeável: poucos lipídeos na epicutícula => problema na conservação de água. - Ocelos medianos ausentes; - Olhos simples presentes em Chilopoda e Diplopoda, formados por omatídios frouxamente agrupados e sem cone cristalino; - Olhos compostos em Scutigeromorpha. Apenas um par de antenas no primeiro segmento O Segundo segmento (premandibular) não apresenta apêndices Na sequência os próximos três segmentos apresentam as mandíbulas, primeiro e o segundo par de maxilas • Respiração traqueal, com espiráculos abertos • Excreção: túbulos de Malpighi e nefrídios maxilares (função incerta) • Dióicos, transferência indireta de espermatozóides (espermatóforos) Chilopoda - Grego: chilo = lábio; poda = pé, apêndice; - Lacraias ou centopéias; - Regiões tropicais e temperadas de todo o mundo. - No solo, húmus e debaixo de pedras, cascas de árvores e troncos; muitas formas cavernícolas; algumas formas na faixa entre - marés. Chilopoda • - Até 30 cm de comprimento => Scolopendra gigantea (América tropical); • - Cerca de 2.800 espécies (150 registradas para o Brasil) divididas em 5 ordens principais. • Corpo achatado, contendo de alguns poucos até 195 somitos cada qual com um par de pernas; o primeiro par é modificado em uma grande garra de veneno (conhecida como forcípula, ou preensor) mantidas sob a cabeça como peças orais; • Antenas simples com quantidades fixas de artículos em alguns grupos; • Pernas anais; A segunda maxila é maior que a primeira e apresenta uma porção final móvel em forma de garra (telepodito) • Cabeça coberta por um escudo cefálico rígido com um par de antenas com 12 ou mais artículos, 1 par de mandíbulas e até dois pares de maxilas (trignatos). • Primeiro par de apêndices do tronco modificados como garras de veneno chamados de forcípulas ou maxilípedes, mantidos abaixo da cabeça, cobrindo as peças bucais. Forcípula Aguilhão na porção final que se conecta por meio de um duto a glândula de veneno - Tronco com 15 a 191 segmentos (sempre número ímpar) portadores de pernas (exceto os dois últimos) com sete artículos; - Último par de apêndices não locomotor, com função sensorial, defensiva ou de predação, em forma de antenas ou de pinças (pernas anais). Chilopoda - Locomoção - A maioria das centopeias é predadora ativa e agressiva de invertebrados menores, especialmente vermes, caracóis e outros artrópodes. - Respiração através de um sistema traqueal; - Transporte de oxigênio diretamente aos tecidos sem intermediação do sangue - Cada segmento apresenta um par de espiráculos - Tricomas reduzem a perda de água e a entrada de poeira - O sistema nervoso dos miriápodes enquadra-se no plano básico dos artrópodes; - Nesses animais, há pouquíssima fusão secundária dos gânglios, e o cordão nervoso ventral conserva grande parte de sua estrutura dupla primitiva, com um par de gânglios fundidos em cada segmento. Reprodução Nas fêmeas o oviduto tem abertura no átrio genital mediano que fica no segmento genital. Nos machos os testículos se abrem em um gonóporo mediano também no segmento genital. Transferência indireta por meio de espermatóforos. A fêmea recolhe o espermatóforo e posiciona no gonóporo - Em escutigeromorphos, o macho constrói uma pequena teia de fios de seda (Fêmea recolhe o espermatóforo) - Comportamento de corte. S C O LO P E N D R O M O R P H A Geophilomorpha California, USA S C U T I G E R O M O R P H A Diplopoda - Piolhos-de-cobra, gongolôs (gongolos) ou embuás (”millipedes”, “thousand-leggers”); - Debaixo de folhas, pedras, cascas de árvores, troncos e no solo; muitos cavernícolas. - 2 mm até 30 cm - 12.000 espécies descritas (o maior grupo de miriápodes). - Em todo o mundo, especialmente nos trópicos. - Cores variadas => algumas formas bioluminescentes => aposemáticas durante a noite. - Dois pares de pernas por segmento (condição que pode ter surgido da fusão de pares de somitos). - Corpos cilíndricos, formados por 25 a mais de 100 somitos. - Cabeça com dois grupos de olhos simples e um par de antenas, um par de mandíbulas e um par de maxilas. • Lados da cabeça cobertos pelas bases convexas das mandíbulas muito grandes; margens mordedoras das mandíbulas com dentes e superfície de raspagem. • Cabeça geralmente convexa dorsalmente e achatada ventralmente. Antenas apresentam 8 artículos e no último apical há quimiorreceptores • Gnatoquilário: assoalho da câmara pré-bucal, formado pelo 1º par fusionado de maxilas. Constitui uma placa larga, achatada, fixa à superfície ventral posterior da cabeça e contendo, distalmente, quatro palpos sensoriais. • Anel I = Colo (sem apêndices), não é um diplosegmento. • Série de anéis circulares, com dois pares de apêndices e dois pares de espiráculos - diplosegmentos Tronco Locomoção - Marcham lentamente sobre o substrato; - O hábito de empurrar com a cabeça favorece as espécies que escavam no húmus; - Rastejam lentamente sobre o chão, abrindo passagem por substratos não consolidados. - Não apresentam a locomoção serpentiforme dos Chilopoda. - A força exercida pelas pernas, e a estrutura em diplosegmentos é uma adaptação e maximiza a força empregada. • Estratégia de defesa: enrolar o tronco em espiral ou em bola (é possível porque os esternitos (ventrais) são mais curtos que os tergitos (dorsais)) => também reduz perda de água quando inativos. • Glândulas repugnatórias, geralmente um par por segmento. • - Aberturas nos lados das placas tergais ou nas margens dos lobos tergais. • - Secreções das glândulas: aldeídos, quinonas, fenóis e cianido de hidrogênio: tóxicas ou repelentes a outros animais. Glomeris marginata - secreta um coquetel de substâncias que inibem o predador e o faz dormir por dias • Quase todos detritívoros => vegetação em decomposição; alguns sugadores de plantas; poucos carnívoros ou onívoros; alguns (como as minhocas) ingerem solo do qual a matéria orgânica é digerida. Até 90% do detrito ingerido é eliminado na forma de fezes • Olhos ausentes ou de 2 a 80 ocelos dispostos perto das antenas. Órgãos sensoriais • - Transferência de esperma indireta: órgãos copulatórios: geralmente apêndices do tronco modificados (gonópodes) => um ou ambos pares de pernas do 7º diplossegmento, na maioria dos diplópodes. Reprodução Symphyla - Animais pequenos (1 a 9 mm, podendo chegar até 30 mm); - Cerca de 200 espécies descritas; - Olhos ausentes; - Tronco com 14 segmentos, dos quais o último está fundido ao télson; cada um dos 12 primeiros segmentos do tronco tem um par de pernas (em alguns casos, o primeiro é vestigial); o penúltimo segmento tem espineretos (orifício das glândulas de seda) e um par de pelos sensoriais longos; - Cutícula macia e não calcificada; - Antenas longas e filiformes, com até 50 artículos; olhos ausentes; - Ocorrem no solo e na vegetação em decomposição. Pauropoda - Animais marrom-acastanhados minúsculos (0,3 a 2 mm); - 850 espécies descritas; - Olhos ausentes; - Antenas birremes e triflageladas; Pauropoda - Tronco com 11 segmentos e tergitos pouco esclerotizados, exceto em algumas famílias; - 8 a 11 pares de pernas (nenhuma no primeiro segmento do tronco); os tergitos dos segmentos do tronco geralmentecobrem mais de um segmento cada. - Embora sejam encontrados em todas as partes do mundo, os paurópodes não são comuns e ocorrem principalmente em solos úmidos e nas camadas de folhas em decomposição das florestas (folhiço). Docentes: Felipe B. Ribeiro, Régis A. Pescinelli Filo Arthropoda Subfilo Myriapoda