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Aula 02
CNU (Bloco Temático 8 - Nível
Intermediário) Língua Portuguesa - 2024
(Pós-Edital)
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
18 de Janeiro de 2024
14964078655 - Matheus C C Riani
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 02
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Noções Iniciais de Classes de Palavras II 3
..............................................................................................................................................................................................2) Preposições 4
..............................................................................................................................................................................................3) Conjunções 10
..............................................................................................................................................................................................4) QUESTÕES COMENTADAS - PREPOSIÇÃO - CESGRANRIO 33
..............................................................................................................................................................................................5) QUESTÕES COMENTADAS - CONJUNÇÃO - CESGRANRIO 35
..............................................................................................................................................................................................6) LISTA DE QUESTÕES - PREPOSIÇÃO - CESGRANRIO 52
..............................................................................................................................................................................................7) LISTA DE QUESTÕES - CONJUNÇÃO - CESGRANRIO 54
..............................................................................................................................................................................................8) Questões Comentadas - Preposição - FCC 68
..............................................................................................................................................................................................9) Questões Comentadas - Conjunção - FCC 73
..............................................................................................................................................................................................10) Lista de Questões - Preposição - FCC 90
..............................................................................................................................................................................................11) Lista de Questões - Conjunção - FCC 94
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NOÇÕES INICIAIS 
Olá, pessoal!!! 
Vamos dar início ao estudo de duas classes de palavras que denominamos de Conectivos. 
Nesta aula, veremos o uso das preposições e das conjunções. Trata-se de um assunto dos mais cobrados 
dentro desse tema, em TODA PROVA. 
Vamos ser práticos. São assuntos muito simples: na parte das preposições, vamos entender a diferença entre 
preposições relacionais e nocionais. Esse entendimento é essencial para uma correta análise sintática. 
Em relação às conjunções, você vai decorar aquelas que sempre terão os mesmos sentidos e isso vai ser 
suficiente para acertar a maioria das questões; até porque a maioria são palavras bem conhecidas, exceto 
umas um pouco diferentes como conquanto, porquanto, destarte... Em alguns casos, as conjunções podem 
trazer sentidos diferentes do esperado, mas aí vamos apontar o detalhe para você ficar atento. 
Lembre-se: esta aula é vital para a compreensão das diversas orações subordinadas e coordenadas, pois são 
as conjunções que as iniciam. 
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PREPOSIÇÕES 
A preposição é uma classe de palavras invariável, ou seja, que não se flexiona. A função dessa 
classe é conectar palavras e iniciar orações reduzidas. Normalmente, as preposições vão compor 
locuções. Quando ligada a adjetivos, formará uma locução adjetiva (ou seja, um adjetivo formado 
por mais de uma palavra); quando ligada a um advérbio, formará uma locução adverbial (ou seja, 
um advérbio formado por mais de uma palavra); e assim por diante. 
Vamos relembrar as principais preposições: a, com, de, em, para, ante, até, após, contra, sem, 
sob, sobre, per, por, desde, trás, perante. 
Ex: Gosto de chocolate (a preposição liga a palavra "chocolate" ao verbo "gostar") 
Ex: Tenho medo de cobra (a preposição liga a palavra "cobra" ao nome "medo") 
Ex: Sem estudar, não será possível passar no concurso (a preposição introduz a oração reduzida 
de infinitivo) 
Ex: Esta mesa é de mármore (a preposição forma uma locução adjetiva) 
Preposições Essenciais e Acidentais: 
São chamadas de “essenciais” as preposições puras, que só atuam como preposição: a, com, de, 
em, para, por, desde, contra, sob, sobre, ante, sem... 
São chamadas de preposições “acidentais” aquelas palavras que na verdade pertencem a outra 
classe, mas que, “acidentalmente”, em determinados contextos, passam a ser preposição: 
consoante, conforme, segundo (quando não introduzem oração), como, que, mesmo, durante, 
mediante... 
Ex: Tenho de estudar/Tenho que estudar (essas expressões são equivalentes e o “que” é uma 
preposição acidental, pois é uma conjunção que está “acidentalmente” no papel de preposição 
(“de”). 
As palavras salvo, exceto, exclusive, afora, menos e senão são consideradas preposições acidentais 
quando introduzem locuções adverbiais com sentido de exclusão: 
Ex: Salvo aquele capítulo, o livro inteiro é bom. 
Usamos eu e tu após preposições acidentais ou palavras denotativas: 
Ex: Fora tu, todos erraram (fora é preposição acidental) 
Ex: Até tu, Brutus! (até, nesse contexto, é palavra denotativa de inclusão) 
 
 
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Com preposições essenciais, devemos usar as formas pronominais oblíquas: 
Ex: Venha até mim e haverá bênçãos para ti. 
 
Preposições Relacionais e Nocionais: 
As preposições que são exigidas por verbos e nomes, ou seja, que são regidas, têm “valor 
relacional”. São preposições eminentemente gramaticais e introduzem funções sintáticas de 
complemento, como objetos diretos, indiretos e complementos nominais. Em suma, são aquelas 
preposições obrigatórias, pedidas pela regência (exigidas pelas palavras que pedem um 
complemento). 
Ex: Desconfio de um funcionário. (“relacional” - introduz complemento de verbo) 
Ex: Tenho medo de cobra. (“relacional” - introduz complemento de substantivo) 
Ex: Fui favorável a suas escolhas. (“relacional” - introduz complemento de advérbio) 
Então, se a preposição introduzir um complemento obrigatório de um verbo, substantivo, adjetivo 
ou advérbio, ela será uma preposição gramatical/relacional e será exigência de um termo anterior. 
As que não são exigidas obrigatoriamente, mas aparecem para estabelecer “relações de sentido”, 
têm valor “nocional”, pois trazem noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo, etc. 
Geralmente introduzem adjuntos adnominais e adverbiais. 
Ex: Este é o carro de Ricardo. (“nocional” - introduz locução indicativa de posse) 
Ex: Tenho um violão de madeira. (“nocional” - indica qualidade/matéria) 
A distinção entre esses dois tipos de preposição é fundamental para a análise sintática. 
Contração das preposições:As preposições podem ser contraídas com outras classes: 
 Preposição a + Artigos 
a + a, as, o, os = à, às, ao, aos 
 Preposição a + Pronomes demonstrativos 
a + aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo = àquele, àquela, àquelas, àquilo 
 A preposição a + Advérbios 
a + onde = aonde 
 A preposição por + Artigos 
por + o, a, os, as = pelo, pela, pelos, pelas 
 Preposição de + Artigos 
de + o, a, as, um, uns, uma, umas = do, da, das, dum, duns, duma, dumas 
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 Preposição de + Pronomes pessoais 
de + ele, ela, eles, elas = dele, dela, deles, delas 
 Preposição de + Pronomes demonstrativos 
de + este, esta, estes, estas, isto, esse, aquele, aquelas, aquilo 
=deste, desta, destes, destas, disto, desse, daquele, daquelas, daquilo 
Valor semântico da preposição (valor nocional) 
As preposições nocionais não são exigidas pela gramática, mas são usadas para trazer noções, 
circunstâncias, valores semânticos. Não há como decorar e antever todas as possibilidades. Olhe 
sempre para o termo que aparece depois da preposição e tente pensar no papel que aquele termo 
exerce; aí você terá pistas sobre o sentido da preposição. Vejamos as principais relações de 
sentido que caem em prova. 
Ex: Escrevi a lápis. (instrumento) 
Ex: Meu violão é de mogno. (matéria) 
Ex: Fui ao cinema com ela. (companhia) 
Ex: Estou morrendo de frio. (causa) 
Ex: Não fale de/sobre corrupção aqui. (assunto) 
Ex: Vou para um lugar melhor. (direção; vai e fica lá; definitivo) 
Ex: Estudo para passar em primeiro lugar. (finalidade) 
Ex: Para Freud, o sonho é um desejo reprimido. (conformidade/opinião/referência) 
Ex: Devolva-me o livro do aluno. (posse) 
Ex: Vivo só com a renda da aposentadoria. (meio) 
Ex: Estudo com gana. (modo) 
Ex: Sou contra o populismo. (oposição) 
Ex: O prazo para posse é de 30 dias. (tempo) 
Ex: Não sou de Campinas. (origem) 
Após as preposições “ante” e “perante”, preposições indicativas de lugar, não se usa preposição 
“a”. 
 
Locuções prepositivas: 
São grupos de palavras que equivalem a uma preposição. Se eu disser “falei sobre o tema” ou 
“falei acerca do tema”, a locução substitui perfeitamente a preposição. As locuções prepositivas 
sempre terminam em uma preposição, exceto a locução com sentido concessivo/adversativo “não 
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obstante”: 
Veja alguns pares importantes com alguns sentidos que podem assumir: 
✓ Embaixo de > sob (lugar) 
✓ A fim de > para (finalidade) 
✓ Dentro de > em (lugar) 
✓ De encontro a > contra (posição) 
✓ Acerca de > sobre (assunto) 
✓ Devido a > com (causa) 
✓ A respeito de > sobre (assunto) 
✓ Por meio de > através (meio) 
Rigorosamente, a gramática condena o uso de “através” com sentido de “meio” (Ex: fiquei rico 
através de investimentos) e limita essa preposição à ideia de “atravessar” (Ex: A luz passa através 
da janela.) 
Fique atento, pois as bancas gostam de pedir a substituição de uma preposição ou locução 
prepositiva por uma conjunção ou locução conjuntiva com mesmo valor semântico: Estudo a fim 
de/para passar = Estudo a fim de que passe. A substituição é possível, mas exige adaptações na 
estrutura da sentença. 
 
 
A preposição “de” é expletiva, de realce, e pode ser retirada da frase sem prejuízo sintático e 
sem alteração relevante de sentido em: 
Estruturas comparativas: Como mais (do) que você. 
Alguns apostos especificativos: O bairro (das) Laranjeiras satisfeito sorri. 
Orações subordinadas predicativas: A sensação foi (de) que não mudou. 
Predicativo do objeto do verbo chamar ou denominar: Jonny me chamou (de) estúpido. 
Algumas estruturas do tipo artigo + adjetivo substantivado + de + substantivo: O maldito (do) 
gato foi atropelado 7 vezes! 
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(TRT-MT / 2022) 
Em “O espelho recusou-se a responder a Lavínia que ela é a mais bela mulher do Brasil.” (1º 
parágrafo), os termos sublinhados constituem, respectivamente, 
a) uma preposição, um artigo e um pronome. 
b) um pronome, um artigo e um artigo. 
c) um artigo, um pronome e um artigo. 
d) um pronome, uma preposição e um pronome. 
e) uma preposição, uma preposição e um artigo. 
Comentário 
Aqui temos uma sequência: 
"recusar-se a algo" => o "a" é uma preposição que rege o verbo “recusar” 
"responder a alguém" => o "a" também é preposição que rege o verbo "responder" 
"a mais bela" => o "a" é artigo que acompanha o superlativo. Portanto, gabarito Letra E. 
 
(SEFAZ-AL / 2020) 
É uma loja grande e escura no centro da cidade, uma quadra distante da estação de trem. 
Quando visito a família, entre um churrasco e outro, vou até lá para olhar as gôndolas atulhadas 
de baldes, bacias, chaves de fenda, garfos, colheres, facas, afiadores de vários modelos, pedras 
de amolar, parafusos, porcas, pregos, anzóis e varas de pescar. 
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “uma quadra distante 
da estação de trem” (1º parágrafo) poderia ser substituída por a uma quadra de distância da 
estação de trem. 
Comentário 
A preposição “a” aqui dá ideia de limite: estar a uma quadra=estar à distância de uma 
quadra=estar uma quadra distante. Questão correta. 
 
(SEFAZ-DF / 2020) 
No trecho “os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas 
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==2537cb==
nas quais investem”, a substituição de “nas quais” por aonde prejudicaria a correção gramatical 
do texto. 
Comentário 
Investir pede preposição “em”. 
os investidores investem nas empresas (em + as empresas) 
Trocando “as empresas” por um pronome relativo, temos “as quais” 
as empresas “nas quais investem” (em + as quais) 
Então, não cabe usar “aonde”, pois o verbo não pede preposição “a”. Mesmo o pronome “onde” 
não seria adequado, pois não temos lugar físico. Questão correta. 
 
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CONJUNÇÕES 
Podem ser chamadas de síndeto, conectivos, elementos de coesão, operadores argumentativos... Assim 
como as preposições, as conjunções são conectores. Ligam orações diferentes ou termos de uma mesma 
oração. Também podem ligar parágrafos e traçar relações lógicas (adição, oposição, reafirmação, 
ressalva...) entre eles. 
Quando ligam orações de sentido completo, sintaticamente independentes, são chamadas 
coordenativas. Se ligarem orações dependentes umas das outras sintaticamente, são chamadas 
subordinativas. Então basicamente esta é a diferença: na subordinação, um termo ou oração exerce 
função sintática (sujeito, complemento, adjunto) em outro termo ou oração. Na relação de coordenação, 
os termos são independentes, são apenas colocados lado a lado sem uma relação necessária de 
dependência sintática. Vejamos: 
Ex: Cães e gatos são fofinhos. (coordenação) 
Ex: Acordei cedo e fui correr. (coordenação) 
Ex: O carro é bonito, mas caro. (coordenação) 
Ex: Quando eu chegar, todas as alegrias estarão completas. (subordinação) 
Ex: É necessário que haja mais compreensão. (subordinação) 
Bem, pessoal, agora que já sabemos o conceito, vamosa elas: 👇 👇 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
Ligam orações coordenadas, ou seja, independentes, estabelecendo uma relação de sentido entre elas 
(adição, oposição, alternância, explicação ou conclusão). 
Ex: Acordei tarde, mas fui correr. 
 
 Oração Independente1 Oração Independente2 
 
Dizemos que as orações são independentes porque têm sentido completo. Se retirássemos a conjunção, 
ainda assim teríamos duas orações com pleno sentido. 
Locuções conjuntivas são conjuntos de palavras que equivalem a conjunções. “No entanto” é locução 
conjuntiva equivalente à conjunção “mas”; “Visto que” equivale a “porque”; “por isso” equivale a 
“portanto” e assim por diante. 
Algumas conjunções são formadas por um par correlato, como a correlação alternativa “quer x...quer 
 
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y”, a correlação proporcional “quanto mais x mais y”, e assim por diante. As questões não cobram esse 
detalhe de nomenclatura, portanto trataremos aqui esses termos simplesmente por conjunção, isto é, 
chamaremos “mas” e “no entanto” de conjunção adversativa. 
Vamos agora aos tipos de conjunção coordenativa. São apenas 5 sentidos e temos que memorizá-los. 
 
Conjunções Coordenativas Aditivas 
Ligam orações ou palavras, com sentido de adição: e, nem (e não), bem como, e as correlações não 
só...como também/mas também/mas ainda... 
Ex: Estudei constitucional e administrativo. 
Ex: Não fiz exercícios nem revisei. 
Ex: Não só trabalho como também estudo. 
Observe que não devemos dizer “e nem”, pois seria redundante a repetição do “e” que já faz parte do 
sentido da conjunção. 
Observe também que a conjunção aditiva, quando liga fatos no tempo, pode indicar sequência 
cronológica: Vim e vi e venci. 
Atenção: A palavra “senão” pode ter sentido aditivo (normalmente usado após não só/não apenas/não 
somente, equivalente a “mas também”). 
Ex: O labrador era o favorito, não só da mãe, senão de toda a família. 
A palavra tampouco é advérbio, mas pode vir a substituir uma conjunção aditiva, quando for equivalente 
a “nem”: Não malho, tampouco faço dieta! 
Também tem caído bastante nas provas a palavra “ainda”, com sentido aditivo: 
Ex: Eu trabalho, estudo e ainda (além disso) cuido de sete crianças. 
 
(TELEBRAS / 2022) 
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de Desenvolvimento 
do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação. A telemedicina está 
melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são usados para combater as 
alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas. 
No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as 
tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”, a substituição da conjunção 
“e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a coerência do texto. 
Comentários: 
A conjunção coordenativa e a vírgula dividem a função de “coordenar” orações independentes, então podem 
sim ser utilizados aqui: 
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os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias 
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas. 
os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas, as tecnologias 
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas. 
O valor aditivo deixaria de estar expresso, mas a questão não pede análise de sentido, apenas de correção e 
coerência. Questão correta. 
(SEFAZ-RS / 2019) 
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de 
globalização e interdependência dos sistemas econômicos. Entre esses pontos de atenção, destacam-se três. 
O primeiro é a guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em vigor, atualmente, é estadual, o 
que faz contribuintes e advogados se debruçarem sobre vinte e sete diferentes legislações no país para 
entendê-lo. Isso se tornou um atentado contra o princípio de simplificação, contribuindo para o incremento 
de uma guerra fiscal entre os estados, que buscam alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim 
de atrair e facilitar a instalação de novas empresas. É, portanto, um dos instrumentos mais utilizados na 
disputa por investimentos, gerando, com isso, consequências negativas do ponto de vista tanto econômico 
quanto fiscal. 
A competitividade gerada pela interdependência estadual é outro ponto. Na década de 60, a adoção 
do imposto sobre valor agregado (IVA) trouxe um avanço importante para a tributação indireta, permitindo 
a internacionalização das trocas de mercadorias com a facilitação da equivalência dos impostos sobre 
consumo e tributação, e diminuindo as diferenças entre países. O ICMS, adotado no país, é o único caso no 
mundo de imposto que, embora se pareça com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá 
aos estados total autonomia para administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados. A competência 
estadual do ICMS gera ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação, dada a 
coexistência dos princípios de origem e destino nas transações comerciais interestaduais, que gera a já 
comentada guerra fiscal. 
A harmonização com os outros sistemas tributários é outro desafio que deve ser enfrentado. É preciso 
integrar-se aos países do MERCOSUL, além de promover a aproximação aos padrões tributários de um mundo 
globalizado e desenvolvido, principalmente quando se trata de Europa. Só assim o país recuperará o poder 
da economia e poderá utilizar essa recuperação como condição para intensificar a integração com outros 
países e para participar mais ativamente da globalização. 
A correção gramatical e os sentidos originais do texto 1A1-I seriam preservados se, no trecho “A competência 
estadual do ICMS gera ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação”, o vocábulo 
“ainda” fosse substituído pela seguinte expressão, isolada por vírgulas. 
A) até então 
B) ao menos 
C) além disso 
D) até aquele tempo 
E) até o presente momento 
Comentários: 
“Ainda” foi usado aqui com valor aditivo, equivalente a “além disso”, “também”: 
“A competência estadual do ICMS gera, além disso, dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades 
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da Federação” 
Nas demais opções, a banca tenta confundir o candidato com sentidos possíveis, mas que não eram o 
sentido exato do texto. Vamos ver outros sentidos de “ainda”: 
Quando chegou a prova, ainda não me sentia preparado. (até aquele momento) 
Depois de tanto tempo, você ainda não entendeu. (até o presente momento; até agora) 
Cheguei ainda agora. (valor de reforço) 
Ela cuida de sete filhos e ainda faz faculdade de medicina. (além disso) 
Ele vive atrasado, se ainda fosse competente, não o demitiria. (ao menos; pelo menos) 
Seu filho só faz bobagem e você ainda o recompensa. (mesmo assim, apesar disso) 
Não é minha obrigação, ainda assim o ajudo. (mesmo assim, apesar disso) Gabarito letra C. 
 
Conjunções Coordenativas Adversativas 
Ligam orações ou palavras com sentido de contraste, oposição, compensação, ressalva, quebra de 
expectativa, retificação: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, SENÃO (sentidode 
“mas”). 
Ex: Falou pouco, mas falou bonito. (relação de compensação, pois pouco não é o oposto de bonito.) 
Ex: O professor era muito tímido, não obstante falava bem em público (relação de quebra de 
expectativa) 
Ex: A culpa não foi da população, senão dos vereadores. (aqui, “senão” equivale a “mas sim”, com sentido 
adversativo) 
 
Obs: Veremos adiante que a conjunção “não obstante” também poderá ser concessiva, quando equivaler 
a “embora”. 
 
Valor adversativo do “E”. 
Fique atento, pois o “e” pode vir com valor adversativo, e as bancas muitas vezes exploram isso: Estava 
querendo ler, e o sono não deixava. (sentido de adversidade). 
Uma pista que indica o valor adversativo do “e” é estar antecedido por vírgula. A regra de pontuação 
recomenda pôr vírgula antes do “e” adversativo. 
 
Valor argumentativo da conjunção adversativa. 
Tenha em mente também que a adversidade é “prima” da concessão, ambas têm valor de contraste, 
oposição. A concessão é uma adversidade que não impede um resultado de se realizar. 
Em muitas questões, vão ser pedidas reescrituras em que uma concessão será substituída por uma 
adversidade e vice-versa, com as devidas adaptações, já que conjunções concessivas levam o verbo 
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para o subjuntivo: embora/caso eu possa... 
Então, segue uma dica para interpretação: 
Em uma frase que conste uma conjunção adversativa, a informação mais importante é a que vem 
após a conjunção. 
Ex: Ela grita do nada, mas é gente boa. (Ser gente boa é mais importante do que ela gritar do nada.) 
Seria totalmente diferente de dizer: “Ela é gente boa, mas grita do nada”, pois, nesse segundo caso, 
o foco estaria no fato de gritar. 
Para escrever essa última sentença na forma concessiva equivalente, o foco teria que estar na outra oração, 
não na concessiva: 
Embora seja gente boa, grita do nada! 
✔ Portanto, após a conjunção adversativa é que de fato vem a opinião relevante do falante. 
Veremos, adiante, que a conjunção adversativa constitui um operador argumentativo forte, enquanto a 
concessiva é um operador argumentativo fraco. 
 
(PGE-AM / 2022) 
É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2º parágrafo). 
O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por: 
(A) nesse caso 
(B) contudo 
(C) por isso 
(D) além disso 
(E) portanto 
Comentários: 
"Todavia" é conjunção adversativa, equivalente a "mas", "porém", "entretanto", "contudo". 
"nesse caso" indica referência e não é conjunção; "por isso" é conjunção explicativa; "além disso" é locução 
adverbial de adição; "portanto" é conjunção conclusiva. Gabarito letra B. 
 
(MP-CE / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2020) 
A separação dos movimentos da informação em relação aos movimentos dos seus portadores e objetos 
permitiu, por sua vez, a diferenciação de suas velocidades; o movimento da informação ganhava velocidade 
num ritmo muito mais rápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. 
Afinal, o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à 
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própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a informação instantaneamente 
disponível em todo o planeta, tanto na teoria como na prática. 
A substituição do conectivo “Afinal” (L.10) por Contudo manteria os sentidos originais do texto. 
Comentários: 
“Afinal” é um advérbio de conclusão, com sentido de “finalmente”, “no fim das contas”. “Contudo” é 
conjunção adversativa, então os sentidos são bem diferentes. Questão incorreta. 
 
(BNB / 2018) 
O sistema de aprendizagem de máquina diminui a ocorrência de falsos positivos e deve contribuir para cortes 
de gastos. Contudo, não podemos deixar de considerar uma pessoa que esteja por trás do sistema, pronta 
para lidar com casos realmente duvidosos, que mereçam ser mais bem avaliados. 
Na linha 2, o termo “Contudo” foi empregado com o mesmo sentido de Porquanto. 
Comentários: 
“Contudo” é conjunção adversativa, como “porém, mas, entretanto, todavia...”. “Porquanto” equivale a 
“porque”, então indica causa/explicação. Questão incorreta. 
 
Conjunções Coordenativas Alternativas 
Ligam orações ou palavras com sentido de alternância ou escolha (exclusão): ou, ou...ou, quer...quer, 
ora...ora, já...já, seja...seja. 
Ex: Estude ou vá para festa, não dá para ter tudo. (relação de escolha entre opções mutuamente 
excludentes). 
Ex: Fico motivado ora pelo salário ora pela realização. (relação de alternância) 
Ex: Seja por bem, seja por mal, vou convencê-lo de que estou certo! (Relação de exclusão) 
Atenção: A palavra “senão” pode funcionar como conjunção alternativa: 
Ex: Saia agora, senão chamarei os guardas. (poderíamos trocar por “ou”) 
 
(SEFAZ-RS / 2019) 
Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi possível 
que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-política da 
humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-
la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados. 
No trecho “o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político”, a substituição de “ou” por e 
prejudicaria a correção gramatical do texto. 
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Comentários: 
Não prejudicaria, o “ou” indica relação de sinonímia. A inserção do “E” aditivo apenas mudaria o sentido, 
sem erro gramatical. Questão incorreta. 
 
Conjunções Coordenativas Conclusivas 
Ligam orações ou palavras com sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto, então, por isso, 
assim, por conseguinte, destarte, pois (quando vem deslocado). 
Ex: Estava preparado, portanto não me apavorei. 
Ex: Estou tentando te ajudar, por isso quero que você me escute. 
Ex: Estava despreparado, não foi, pois, aprovado. 
Se a conjunção vier deslocada, deve estar entre vírgulas! 
 
O pois no início da oração, isto é, não deslocado entre vírgulas, será explicativo ou causal. 
 
(MP-CE / 2020) 
A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto de 
haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum governo seria de todo 
legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva defendida por Ronald Dworkin, 
para quem “A livre expressão é uma das condições de um governo legítimo. As leis e políticas não são 
legítimas a menos que tenham sido adotadas por meio de um processo democrático, e um processo não é 
democrático se o governo impediu alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas 
leis e políticas”. 
A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso fosse inserida a expressão por isso, 
isolada por vírgulas, entre as palavras “e” e “não”, no segundo parágrafo — e, por isso, não. 
Comentários: 
A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto de 
haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum governo seria de 
todo legítimo e, por isso, não deveria ser denominado democrático. 
Aqui, temos uma relação conclusiva, indicativa de decorrência lógica: 
sem liberdade de expressão, um governo não é democrático; portanto, não deve ser chamado dedemocrático. Questão correta. 
 
(EMAP / 2018) 
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A palavra “portanto” introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão. 
Comentários: 
Questão diretíssima. “Portanto” é o conectivo conclusivo mais conhecido. Questão correta. 
 
Conjunções Coordenativas Explicativas 
Ligam orações ou palavras com sentido de justificativa, explicação: que, porque, pois (se vier no início da 
oração), porquanto. Fique atento porque elas são fortemente sinalizadas pela presença de um verbo no 
imperativo anterior. 
Ex: Fujam, porque a bruxa está à solta. 
Ex: Economize recursos, porquanto não se sabe do futuro. 
Ex: Fique em silêncio, pois o filme já começou. 
Ex: Vem, vamos embora, que esperar não é saber. 
 
Pois explicativo: inicia uma oração e justifica a outra: 
Ex: Volte, pois tenho saudade. 
Pois conclusivo: após o verbo, deslocado entre vírgulas. 
Ex: Há instabilidade; o dólar voltará, pois, a subir. 
 
(PC-MA / 2018) 
A correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas 
para falar’ seriam preservados caso se substituísse o termo “já que” por 
a) uma vez que. 
b) logo que. 
c) a fim de que. 
d) ainda que. 
e) contanto que. 
Comentários: 
O sentido é basicamente: O anonimato é benéfico, PORQUE as pessoas se sentem mais protegidas para 
falar. 
Então, temos uma relação explicativa da afirmação inicial de que “o anonimato ajuda”. Logo, podemos 
trocar “já que” por outro conectivo explicativo: “uma vez que”. Gabarito letra A. 
 
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CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
Ligam orações subordinadas, ou seja, duas orações que dependem sintaticamente uma da outra. A oração 
que é introduzida (iniciada) por uma conjunção subordinativa é chamada de oração 
dependente/subordinada. A outra oração, que não é a introduzida pela conjunção, é chamada de 
oração principal. É muito importante saber essas noções, pois estas conjunções serão a base das 
orações subordinadas, que também terão sua influência no assunto pontuação. 
As conjunções subordinadas podem ser integrantes ou adverbiais. 
 
CONJUNÇÃO INTEGRANTE 
As conjunções integrantes indicam que a oração subordinada que elas iniciam integra ou completa 
(complementa) o sentido da oração principal. Introduzem orações substantivas, aquelas que podem ser 
trocadas por “isto/disto” e desempenham funções sintáticas típicas dos substantivos, como sujeito, 
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo. As conjunções integrantes 
não possuem valor semântico próprio e são apenas duas: “que” e “se”. 
só quero que você me aqueça nesse inverno 
 Oração Principal Oração Subordinada substantiva Objetiva Direta 
 Complementa o verbo da oração principal 
 Equivale a um objeto direto (só quero 
isto) 
 Conjunção Integrante 
 
Não se apavore! ESTUDAREMOS DETALHADAMENTE AS DIVERSAS ORAÇÕES SUBSTANTIVAS NA 
AULA DE SINTAXE, mas já adianto aqui alguns exemplos e suas funções sintáticas, para facilitar a 
familiarização: 
Oração subordinada substantiva subjetiva: 
Exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. 
Ex: É necessário que você estude. 
Oração subordinada substantiva objetiva direta 
Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. 
Ex: Quero que você estude. 
Ex: Eles não sabiam se haveria aula. 
Oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por uma 
preposição. 
Ex: O candidato necessita de que todos o apoiem agora. 
Ex: Ela insistiu em que os alunos estudassem mais. 
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==2537cb==
Oração subordinada substantiva completiva nominal 
Exerce a função de complemento nominal, completando o sentido de um nome pertencente à oração 
principal. É sempre iniciada por uma preposição. 
Ex: Tenho esperança de que vamos vencer. 
Ex: Sinto necessidade de que você fique ao meu lado. 
Oração subordinada substantiva predicativa 
Exerce a função de predicativo do sujeito do verbo da oração principal. Aparece normalmente depois 
do verbo ser. 
Ex: O bom é que a prova foi adiada. 
Ex: A dúvida era se haveria mesmo prova. 
Oração subordinada substantiva apositiva 
Exerce a função de aposto de algum termo da oração principal. 
Ex: João só queria uma coisa: que fosse aprovado logo. 
Observe que, se você trocar a oração por ISTO e fizer a análise, vai confirmar a função sintática que dá 
nome à oração. Nosso objetivo por ora é apenas reconhecer a conjunção integrante, o que se torna mais 
fácil quando percebemos que ela introduz uma oração com as funções acima. 
 
 
Não confunda: a estrutura haver/ter + que/de + infinitivo é uma locução verbal, com uma preposição 
acidental no meio: 
Ex: Tenho que estudar; Hei de passar. 
Repito: que/de, nesse caso, é uma preposição acidental, não é conjunção integrante. 
 
(SEDF / 2017) 
É claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português. 
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função de 
complemento do vocábulo “claro”. 
Comentários: 
Aqui, a conjunção “que” é integrante, introduz oração substantiva, substituível por [ISTO]. Observe: 
É claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português] 
É claro [ISTO] >>> [ISTO] É claro 
Então, a oração tem função de sujeito, não de complemento. Questão incorreta. 
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CONJUNÇÕES ADVERBIAIS 
As conjunções adverbiais, que vão introduzir as orações subordinadas adverbiais, trarão uma relação 
semântica de circunstância, como um advérbio, com função sintática de adjunto adverbial da oração 
principal. 
Podem ser temporais, causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais, 
comparativas, consecutivas. 
Vejamos um exemplo de uma oração subordinada adverbial, para entender a relação sintática entre a 
oração principal e a subordinada iniciada pela conjunção: 
 
Visitei meus parentes maternos/quando viajei para Natal 
 Oração Principal Oração Subordinada Adv. 
 Circunstância de tempo 
 Equivale a um advérbio de tempo (ex: hoje) 
 Conjunção Subordinativa 
 
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais 
Iniciam oração subordinada de mesmo nome e indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência da 
oração principal. Geralmente trazem verbo com sentido de hipótese e conjugado no modo subjuntivo, que 
é o tempo verbal com valor hipotético. São elas: se, caso,desde que, contanto que, quando, salvo se, a 
menos que, a não ser que, sem que. 
Ex: Se eu puder, ensinarei tudo. 
Ex: Se eu quisesse falar com você, te chamaria no whatsapp! 
Ex: A não ser que haja uma catástrofe, não me atrasarei. 
Ex: Sem que invista em bons materiais, não vai aprender rápido. 
Ex: Qualquer renda, mesmo quando (se) for oriunda de ilícitos, será tributada. 
Cuidado, ao trocar “SE” por “CASO”, é preciso fazer um ajuste no verbo, como no exemplo: 
Se eu puder, viajarei. (verbo no futuro do subjuntivo) 
Caso eu possa, viajarei. (verbo no presente do subjuntivo) 
 
(SEFAZ-SC / 2021) 
Depreende-se das orações que compõem a frase Se o predador estivesse capaz já o teria mordido 
avidamente (1º parágrafo) uma relação de 
(A) passividade, expressa pela partícula apassivadora se. 
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(B) condição, expressa pela conjunção subordinante se. 
(C) passividade, expressa pelo pronome pessoal se. 
(D) reflexividade, expressa pelo pronome pessoal se. 
(E) condição, expressa pela conjunção integrante se. 
Comentários: 
"Se" é conjunção subordinativa adverbial condicional; portanto, expressa uma hipótese. 
Gabarito letra B. 
 
(SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019) 
Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, os custos desse setor 
diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar um crescimento das 
vendas. 
No texto 1A3-I, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” apresenta, 
no período em que se insere, noção de 
A) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país. 
B) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor. 
C) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se diminuísse a 
tributação. 
D) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a redução da 
tributação sobre ele. 
E) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da tributação 
sobre ele. 
Comentários: 
SE é a mais clássica conjunção condicional, então temos uma oração subordinada adverbial condicional, 
que traz uma premissa que deve ser atendida para ocorrer depois a redução dos custos. 
Se a tributação diminuir, então diminuirão os custos. Gabarito letra E. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas 
Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro: como, conforme, consoante, segundo. 
Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado! 
Ex: Tudo correu conforme o planejamos. 
Ex: Conforme esclarece o livro, isso nunca aconteceu. 
OBS: Quando não introduzem orações (em expressões sem verbo), conforme, consoante, segundo, não 
são consideradas conjunções, mas apenas preposições acidentais: 
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Ex: Conforme o livro, isso nunca aconteceu. 
 
(PGE-PE / 2019) 
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez mais 
curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela indústria, ocorrida no século XX, e, 
em menos de um século, um novo salto de época nos tomou de surpresa, lançando-nos na confusão. 
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos se a palavra “como” fosse substituída 
por conforme. 
Comentários: 
Sim. “Conforme” também é uma conjunção subordinativa conformativa: 
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, conforme/consoante/segundo as chamava Braudel, 
tornaram-se cada vez mais curtas. Questão correta. 
 
(PM-AL / 2018) 
Nesse caso, considera-se crime a transgressão de regras socialmente preestabelecidas, que variam de acordo 
com a sociedade e o contexto histórico. 
No texto, a expressão “de acordo com” tem o mesmo sentido de conforme. 
Comentários: 
Questão direta. A locução “de acordo com” expressa justamente o sentido de “conformidade”, por isso 
mesmo poderia ser trocada por conjunções conformativas: “conforme”, “consoante”, “como”, “segundo”. 
Questão correta. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais finais 
Indicam propósito, objetivo, finalidade: para que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque 
(quando igual a para que), que. 
Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo. 
Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês. 
Ex: “É preciso rezar porque não estoure uma nova guerra mundial.” 
 
(SEDUC-AL / 2018) 
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de vacinação”, a 
preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma oração que expressa finalidade. 
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Comentários: 
‘Para’ exerce papel de conectivo, pois é uma preposição, um elemento de ligação; além disso, tem sentido 
de finalidade, indica que as pessoas carregam os documentos com um propósito específico: apresentar 
na hora da vacinação. Questão correta. 
 
(IHBDF / 2018) 
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um ensino de 
qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado. 
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” expressa circunstância de 
A) finalidade. B) causa. C) modo. D) proporção. E) concessão. 
Comentários: 
“Para” é uma preposição indicativa de propósito, finalidade. Gabarito letra A. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais 
Introduzem uma oração que traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida 
que, à proporção que, ao passo que e também as correlações quanto mais/menos...mais/menos... 
Ex: Quanto mais eu rezo, mais assombrações me aparecem. 
Ex: Quanto mais estudo, mais sorte tenho nas provas. 
Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando. 
Ex: Ao passo que o produto escasseia, o preço sobe. 
 
(TELEBRAS / 2022) 
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de Desenvolvimento 
do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação. A telemedicina está 
melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são usados para combater as 
alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas. 
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico é 
mais urgente. 
No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de proporcionalidade entre as 
orações que formam o período. 
Comentários: 
Sim, a relação de aumento proporcional poderia ser expressa assim: 
Quanto mais importantes as inovações se tornam, mais urgente fica a necessidade de atenuar o fosso 
tecnológico. Questão correta. 
 
(PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA URTIGA - RS / 2019) 
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No período “Quanto mais eu gritava, mais pessoas apareciam de todos os lados.”, a ideia expressa pela 
oração sublinhada é de: 
A - condição 
B - consequência 
C - finalidade 
D - proporção 
Comentários: 
No período “Quanto mais eu gritava, mais pessoas apareciam de todos os lados.”,a ideia expressa pela 
oração sublinhada é de proporção. As conjunções subordinadas adverbiais proporcionais introduzem uma 
oração que traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal. Gabarito: letra D. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais temporais 
Introduzem uma oração que traz uma noção de tempo para o fato ocorrido na oração principal: quando, 
enquanto, desde que, sempre que, toda vez que, assim que, logo que, mal (com sentido de assim que). 
Ex: Mal cheguei e já fui bombardeado de perguntas. 
Ex: Meu chefe me demitiu assim que cheguei. 
Ex: Comprei roupas enquanto ela escolhia sapatos. (tempo simultâneo). 
Obs: Segundo entendimento muito “específico” de Sacconi, “quando” pode indicar ‘causa’, se puder ser 
substituída perfeitamente por “já que”: 
“Por que ficar amontoado na cidade, sob a poluição, quando existe um mundo de terra fértil no campo 
para se trabalhar”. 
 
(MP-CE / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2020) 
Em geral, consideramos que rituais seriam eventos de sociedades históricas, da vida na corte europeia, por 
exemplo, ou, em outro extremo, de sociedades indígenas. Entre nós, a inclinação inicial é diminuir sua 
relevância. Muitas vezes comentamos “Ah, foi apenas um ritual”, querendo enfatizar exatamente que o 
evento em questão não teve maior significado e conteúdo. Por exemplo, um discurso pode receber esse 
comentário se for considerado superficial em relação à expectativa de um importante comunicado. Ritual, 
nesse caso, é a dimensão menos importante de um evento, sinal de uma forma vazia, algo pouco sério — e, 
portanto, “apenas um ritual”. 
A substituição do trecho “se for considerado” (L.5) por quando considerado preservaria a coerência e a 
correção gramatical do texto. 
Comentários: 
Não haveria erro nem o texto ficaria incoerente (absurdo, ilógico). A oração ficaria reduzida, porque o 
verbo “for” seria suprimido: 
um discurso pode receber esse comentário se/quando considerado superficial em relação à expectativa 
Quanto ao sentido, podemos pensar que o “quando”, conjunção temporal, deixa o texto menos hipotético 
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que o “se” condicional, mas isso é sutileza e não foi objeto da questão. Questão correta. 
 
(SEFAZ-RS / 2018) 
Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo (pagamento de imposto em serviço). 
Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. 
A expressão “Assim que” indica, no período em que ocorre, uma noção de 
A) modo, podendo ser substituída por Dessa maneira que, sem alteração dos sentidos do texto. 
B) conclusão, podendo ser substituída por Tão logo, sem alteração dos sentidos do texto. 
C) causa, podendo ser substituída por Como, sem alteração dos sentidos do texto. 
D) comparação, podendo ser substituída por Assim como, sem alteração dos sentidos do texto. 
E) tempo, podendo ser substituída por Logo que, sem alteração dos sentidos do texto. 
Comentários: 
Questão direta. A locução temporal “Assim que” tem sentido de algo que ocorre rapidamente, 
imediatamente após um fato (imediatamente após ter surgido a moeda): 
Assim que/logo que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por 
dinheiro. 
“Tão logo” possui sentido temporal, mas foi apresentada incorretamente com sentido de “conclusão”. 
Nenhum dos outros conectivos possui sentido temporal. Gabarito letra E. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas 
Introduzem uma oração que traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, 
assim como, tal qual, tal como, mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as palavras tanto e quanto 
são correlatas. O mesmo vale para outros pares que possuem função de uma conjunção. 
Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem. 
Ex: Corria como um touro. 
Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda). 
Observe no exemplo acima que o verbo costuma vir implícito, porque é o mesmo verbo da outra oração. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais causais 
Iniciam uma oração subordinada que traz a causa da ocorrência da principal: porque, que, como (com 
sentido de porque), pois que, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto, se (com sentido 
de já que). 
Ex: Não passei porque não estudei. 
Ex: Como não era vaidoso, nunca fez dieta. 
Ex: Se Marisa gosta de você, por que não a procura?” (Se = Já que) 
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Para organizar a relação de causa e efeito no texto, pense assim: “o fato X fez com que Y acontecesse”. A 
causa é a origem de um evento, portanto ela precisa necessariamente ocorrer antes do evento. 
A banca também pode pedir a substituição de conjunções causais por preposições que também 
tenham sentido de causa, como “por”: 
Ex: Não fiz a questão porque não sabia. (porque = conjunção causal) 
Ex: Não fiz a questão por não saber. (por = preposição com valor de causa) 
Observe que há mudança na forma do verbo e essa adaptação deve ser observada. 
A causa ocorre cronologicamente antes da consequência. Então, mesmo que na ordem do período a 
causa venha depois, devemos sempre atentar para a oração que a conjunção causal inicia. Essa será a 
causa. Isso será importante quando estudarmos as conjunções consecutivas, que possuem a mesma 
lógica de causa-efeito, mas introduzem a oração em que se encontra a consequência. 
 
 
 
Relações de Causa e Efeito 
Não confunda (Causa) x (Consequência) x (Explicação): 
Ex: Choveu porque o dia foi muito quente. (Causa) 
Ex: Choveu tanto que o chão está molhado. (Consequência). 
Ex: Choveu, porque o chão está molhado. (Explicação) 
O chão estar molhado não causa chuva! É só uma explicação ou justificativa para afirmação “choveu”. A 
vírgula também denuncia essa relação de coordenação, acentuando que são duas orações 
independentes. 
Professor, devo ficar me descabelando tentando diferenciar “causa” e “explicação”? 
Não! Não perca seu tempo elucubrando sobre isso! 
Segundo os principais gramáticos, a distinção “não possui limites claros” (Bechara). É uma discussão 
acadêmica que foge ao estudo do candidato, isso porque a “causa” acaba por explicar também um 
fenômeno. Então, você não deve se preocupar com isso, trate os dois indistintamente com sentido amplo 
de “justificativa”, salvo se houver uma questão que traga “causa” numa alternativa e “explicação” em 
outra. Nesse caso, você aplica os critérios de diferenciação que foram mostrados no box sobre isso, ok? 
 
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(MP-CE / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2020) 
No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista” (2º parágrafo), existe uma 
relação de oposição entre as orações que compõem o período. 
Comentários: 
“como” é conjunção comparativa: a galinha não contava consigo da mesma forma que o galo crê na sua 
crista. Questão incorreta. 
 
(SEFAZ-RS / 2018) 
A democracia desenvolvida em Atenas não era considerada o melhor dos governos possíveis (como é hoje o 
nosso modelo de democracia), e isso por um motivo razoavelmente simples: apenas uma fração mínima dos 
“homens livres” integrava a vida política de Atenas. Mulheres, escravos, estrangeiros e outras categorias 
sociais não tinham direito de participar das deliberações da assembleia. 
A correção gramatical e as relações de coesão do texto 1A2-II seriam mantidas caso todo o trecho “e isso por 
um motivorazoavelmente simples:” fosse substituído pelo termo 
A) porque. B) porém. C) além de que. D) enquanto. E) apesar de. 
Comentários: 
A exclusão dos grupos mencionados (mulheres, escravos e estrangeiros) é justamente o “motivo” de a 
democracia não ser considerada como o “melhor dos governos” em Atenas. Gabarito letra A. 
A democracia desenvolvida em Atenas não era considerada o melhor dos governos possíveis PORQUE 
apenas uma fração mínima dos “homens livres” integrava a vida política de Atenas. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas 
Iniciam uma oração subordinada que é consequência da ocorrência da principal. Normalmente vem 
acompanhada de uma expressão “intensificadora” (como um advérbio de modo), que indica a causa. As 
principais são: De modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que (com sentido de que 
não), que (quando aparece ligada a tal, tão, cada, tanto, tamanho). 
Ex: Negligenciei meus estudos de tal forma que não passei. 
Ex: Fez tamanho escândalo que foi demitida. 
Ex: Estudei tanto que fiquei ouvindo vozes. 
Ex: Tal era seu empenho em emagrecer, que malhava todo dia. 
Ex: Não pode ver uma mulher sem que assovie como um idiota. (...que assovia...) 
Ex: A menina era linda, que dava medo de olhar nos olhos. (observe que a expressão “intensificadora” 
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pode vir implícita.) 
Não confunda consequência com causa, olhe para a conjunção ou locução conjuntiva e veja se aquela 
oração onde ela aparece ocorre antes ou depois. Se ocorrer antes, é causa; se depois, é consequência. 
A conjunção recebe a classificação de acordo com a ideia do que vem depois dela, não do que vem antes. 
Além disso, a relação causa-efeito nem sempre vem com uma conjunção explícita, é preciso também 
saber observar a relação de decorrência e implicação entre as partes, mesmo que não haja um conector 
causal ou consecutivo. 
 
(MPE-PI / ANALISTA / 2018) 
A confissão do réu constitui uma prova tão forte que não há necessidade de acrescentar outras, nem de 
entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios. 
O trecho “que não há (...) indícios” exprime uma noção de consequência. 
Comentários: 
Esta é a clássica questão de “que” consecutivo trabalhando com palavra intensificadora (tão, tanto, 
tamanho, tal...). A confissão do réu é prova tão forte que (como consequência), não é preciso trabalhar 
com os indícios, que são mais fracos que a confissão no seu “poder de prova”. Correta. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas 
Iniciam uma oração subordinada que é contrária à principal, mas sem impedir sua realização. A 
concessão também é uma adversidade, mas tem um sentido mais refinado de quebra de expectativa. 
O fato trazido na oração subordinada concessiva gera a expectativa de que o fato que ocorre na principal 
não devia se realizar; mesmo assim, ele ocorre. A concessão está no campo semântico da exceção. 
As principais conjunções são: mesmo que, ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais 
que, posto que, se bem que, não obstante. 
Ex: Embora fosse gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras. 
Ex: Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings guerreavam. 
Ex: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, eu nada seria. 
Ex: Teve que aceitar a crítica, conquanto não tivesse gostado. 
Nessas orações concessivas, o verbo VEM NO SUBJUNTIVO. Observe nos exemplos: estivessem, 
falasse, tivesse, fosse... Fique atento, pois, quando a banca pedir a substituição por outro termo, 
como uma conjunção adversativa, serão necessários ajustes nessa conjugação. 
“Posto que” equivale a “embora”! Tem valor concessivo! Não pode ser usado com sentido de causa, 
embora isso seja comum no discurso jurídico. 
Fique atento também à locução prepositiva “apesar de”, pois tem valor concessivo e a banca pode pedir 
sua substituição por uma conjunção concessiva equivalente. 
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Oração Concessiva X Adversativa. 
Ambas trazem sentido de oposição ou ressalva. A conjunção adverbial 
concessiva inicia uma oração subordinada na qual se admite um fato que, 
CONTRÁRIO à ação expressa na oração principal, é, contudo, incapaz de 
impedir que tal ação se realize. 
Há também uma diferença argumentativa, de foco: 
Matou, mas em legítima defesa. (foco na oração adversativa; ênfase na 
legítima defesa) 
Matou, embora em legítima defesa. (foco na oração principal; ênfase no fato 
de matar) 
Essa diferença semântica é importante em reescrituras. 
 
(TCE-PB / AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO / 2018) 
No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento era necessário, 
assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas caso a conjunção “Embora” 
fosse substituída por 
a) Por conseguinte. b) Ainda que. c) Consoante. d) Desde que. e) Uma vez que. 
Comentários: 
Embora é conjunção concessiva, assim como “ainda que, mesmo que, posto que, conquanto...”. Por 
conseguinte indica conclusão; Consoante indica conformidade; desde que indica tempo ou condição; 
uma vez que indica causa ou explicação. Gabarito letra B. 
 
Conjunções com mais de um sentido possível 
Agora vou sistematizar as conjunções que as bancas mais gostam de usar para confundir o candidato, 
visto que são aquelas que podem assumir diferentes valores semânticos. 
 
 
 PORQUE 
 
Explicativo 
ou Causal 
 
Ex. Não fiz a questão 
porque não sabia. 
(Causal) 
 
Ex. Choveu, porque 
o chão está 
molhado. 
(Explicativo) 
 
Finalidade 
= (para que) 
 
Ex. Eu oro porque 
não haja uma 
guerra. 
(Finalidade) 
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Não confunda nem misture a conjunção causal “na medida em que” com a proporcional “à medida que”. 
Expressões como na medida que e à medida em que estão equivocadas! 
Lembre-se! 
porquanto = porque 
conquanto = embora 
“quando” pode assumir valor condicional 
 
Veja abaixo os principais valores semânticos da conjunção “E”: 
 
 
 
Observe alguns valores que a palavra “como” pode assumir: 
 E 
 Aditivo Ex. Cheguei, almocei e dormi. 
 Adversativo 
Ex. Tentei muito ler o livro, e o 
sono não deixou. 
 Conclusivo 
Ex. Esforçou-se e passou em 
primeiro lugar. 
 DESDE QUE 
 Temporal 
Ex. Desde que casei, não 
joguei mais poker. 
 Condicional 
Ex. Você poderá sair, 
desde que arrume o seu 
quarto. 
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 COMO 
 Comparativo 
Ex. Trabalha como um 
burro. 
 Conformativo 
Ex. Fiz tudo como você 
mandou. 
 Causal 
Ex. Como você não 
pagou, não trouxe. 
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Fique atento também aos possíveis usos da conjunção “pois”: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POIS 
 
Causal 
(Início da oração) 
Ex. Choveu, pois o dia 
foi quente. 
 
Explicativo 
(Início da oração) 
 
Ex. Choveu, pois está 
tudo molhado. 
 
Conclusivo 
(Deslocado) 
 
Ex. Estudou muito, 
passou, pois, bem 
rápido. 
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QUESTÕES COMENTADAS - PREPOSIÇÃO - CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO/UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
Considere a frase: “a avenida Rio Branco, via do Centro da cidade ocupada por estabelecimentos
financeiros e comerciais.”.
A palavra que tem mesmo sentido e classe gramatical de via no trecho original está destacada
em:
A) Esta estrada é a melhor via para chegar a São Paulo.
B) Eu te aviso via e-mail.
C) Antigamente você via muita TV em minha casa.
D) A segunda via do documento é sua.
E) O jogo será transmitido via satélite.
Comentários:
No trecho original, o termo "via" é um substantivo feminino (classe gramatical) e traz consigo a
ideia de local/caminho (sentido). Logo, devemos buscar uma alternativa que apresente as
mesmas características.
A) Basicamente, temos a mesma ideia do trecho original, ou seja, o termo "via" é um substantivo
feminino e traz consigo a ideia de "local/caminho". Alternativa correta.
B) Aqui temos um termo que pode ser classificado como uma preposição indicativa de meio (Ex.
POR MEIO do e-mail). Logo, não temos a mesma classificação do trecho original. Incorreta.
C) Nesse caso, o termo "via" é um verbo (Ex. VER muita TV). Incorreta.
D) Temos também um substantivo, porém o sentido é diferente, ou seja, não há uma ideia de
"caminho", mas sim de "segunda cópia" de um documento. Logo, não temos a mesma
classificação do trecho original. Incorreta.
E) Novamente, um caso de uma preposição indicativa de meio (Ex. por meio do satélite).
Gabarito letra A.
2. (CESGRANRIO / IBGE / 2014)
No trecho “deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento
e vulnerável à corrupção e à violência." (l. 33-35), o segmento introduzido pela expressão
destacada expressa uma circunstância de
A) modo
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==2537cb==
B) dúvida
C) finalidade
D) proporção
E) consequência
Comentários:
Vejam que a expressão "à mercê da" indica o modo como "deixaram um grande contingente de
trabalhadores". Portanto, temos como gabarito a letra A.
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QUESTÕES COMENTADAS - CONJUNÇÃO - CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira
1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que li
os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um
tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não tinham
viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que tinham
feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a minha avó,
Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é que seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou alemão,
você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a língua é
renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha que beleza o
que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que confissão de
amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou tão bem essa
obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou olhando a
borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava de
lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
noutra coisa ou ficava quieta.
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9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).
No parágrafo 6, “nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da
terra, desaparece!”, o segmento em destaque pode articular-se com o segmento anterior, sem
alteração do sentido original, empregando-se o conector
A) quando
B) portanto
C) enquanto
D) embora
E) ou
Comentário:
A relação é de consequência, decorrência lógica. Basicamente, uma relação de "se">"então". Se
vai para debaixo da terra, então desaparece.
Por conseguinte, o conectivo adequado é a conjunção conclusiva:
tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, (portanto) desaparece!
Gabarito: Letra B.
2. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
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==2537cb==
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se como
certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar
seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022.
Adaptado)
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O trecho “A ética se move historicamente, se amplia e se adensa” exerce, em relação ao período
anterior, a função discursiva de
A) contradição
B) explicação
C) gradação
D) negação
E) recapitulação
COMENTÁRIO:
Vejamos:
Mas ela (a ética) não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente,
se amplia e se adensa.
A relação é de esclarecimento: não é fixa, POIS se transforma (se move, se amplia e se adensa)
Gabarito: B
3. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
No trecho “a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da
organização”, a expressão destacada veicula a relação lógica de
A) adição
B) concessão
C) conclusão
D) explicação
E) temporalidade
COMENTÁRIO:
"Bem como" é uma locução coordenativa aditiva, indica soma:
“a conduta ética de seus integrantes, E os valores e convicções primários da organização”
Gabarito: A
4. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
No trecho “É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta
ética”, a palavra destacada expressa a ideia de
A) alternância
B) causa
C) condição
D) conclusão
E) contradição
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COMENTÁRIO:
Relembremos aqui as conjunções coordenativas:
"Portanto" é a principal conjunção coordenativa conclusiva, expressa uma relação de decorrência
lógica.
Gabarito: D
5. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos
de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se
acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A
cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra,
dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para
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as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar
o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar
mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para
ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. À luz
artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água
potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no
pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está
cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a
gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se, no fim de semana,não há muito o que fazer, a gente vai
dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
(COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 1996. p. 9. Adaptado)
“A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos” (parágrafo
Nesse trecho, a oração destacada apresenta, em relação à seguinte, o valor semântico de
A) causa
B) concessão
C) comparação
D) conformidade
E) consequência
COMENTÁRIO:
Os mortos são decorrência da guerra. Quando o autor diz que "aceitando a guerra, aceita os
mortos", quer dizer que aceitamos os mortos porque já aceitamos a guerra.
Então, a noção é de causa. Veja que essa relação continua no texto:
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando (porque aceita) a guerra,
aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando (porque aceita) os números,
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aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando (porque não acredita) nas
negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
Gabarito: A
6. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.
O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as
palavras que são ditas.
Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação. Isso
ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como neurônios
do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de custos da
computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia, contribuindo para aumentar a
qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem tanta
qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de partida
para uma fraude financeira, entre outros problemas.
A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
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Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.
No trecho “que, como a tradução indica, é tão bem feita que pode enganar até os mais atentos”,
as palavras destacadas contribuem para expressar, entre as duas ideias, a relação lógica de
a) adição
b) condição
c) contradição
d) consequência
e) temporalidade
COMENTÁRIO:
O "que", atrelado a um elemento intensificador (tão), é conjunção consecutiva:
No trecho “que, como a tradução indica, é tão bem feita que (consequentemente) pode enganar
até os mais atentos”
Gabarito: D
7. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
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com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizadocom o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.
No trecho “O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas, em detrimento do uso
do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos. O Pix tem tudo para
ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.”, a segunda frase expressa,
em relação à primeira, a ideia de
A) condição
B) tempo
C) contradição
D) finalidade
E) conclusão
COMENTÁRIO:
O segundo período é uma decorrência do primeiro:
Adotar mais transações eletrônicas pode ser benéfico, portanto o pix (transação eletrônica) pode
ser o que falta para esse cenário benéfico.
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Vejam no texto:
“O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas, em detrimento do uso do dinheiro
em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
LOGO/PORTANTO
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.”
Gabarito: E
8.
9. (CESGRANRIO / UNIRIO / 2019)
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No Texto, em “Já um celular tem maior taxa de obsolescência e pode ter de ser substituído em
um ano ou dois” (l. 53-55), a palavra Já apresenta o sentido de
A) tempo
B) exclusão
C) oposição
D) intensidade
E) conformidade
Comentários:
O autor fala sobre o período de obsolescência atribuído a um controle eletrônico, que costuma
ser bem longo, e contrapõe ao período de obsolescência programada atribuído a um celular,
que pode ser bem curto. Dessa forma, temos uma relação de oposição. Gabarito letra C.
10. (CESGRANRIO/UNIRIO/Administrador/2019)
No período “Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor, uma vez
que o incentiva a adquirir mais produtos sem realmente necessitar deles.”, o conector uma vez
que poderia ser substituído, sem alteração do sentido, por
A) conforme
B) quando
C) como
D) pois
E) se.
Comentários:
O conectivo "uma vez que" indica causa ou explicação, ou seja, dentre as opções disponíveis, a
opção adequada é o "pois". Observe que esse termo também projeta uma ideia de "explicação
/justificativa". Gabarito letra D.
O "conforme" traz consigo uma ideia de conformidade; o "quando", uma ideia temporal; o
"como", um valor comparativo; o "se" valor condicional.
11. (CESGRANRIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018)
Em “Como adorasse a mulher, não se vexava de dizer muitas vezes” (Machado de Assis), o
conector como estabelece, com a oração seguinte, uma relação semântica de
A) causa
B) condição
C) contraste
D) comparação
E) consequência.
Comentários:
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a) O "como" pode assumir valor causal quando apresentar o sentido de "porque" e isso ocorre
aqui. Observe que podemos reescrever a frase da seguinte forma (Ex. Não se vexava de dizer
muitas vezes PORQUE adorasse a mulher). Como estamos analisando um texto do século XIX, a
construção "porque adorasse" é possível e equivale a "porque adorava", devemos apenas
analisar o sentido geral do termo "como". Alternativa correta.
b) Note que "adorar a mulher" não é uma condição prévia para "não se vexar de dizer algo".
Incorreta.
c) O conectivo "como" não traz consigo uma ideia de oposição/contraste/adversidade. Não é o
mesmo caso de "mas, porém, todavia, no entanto ...". Incorreta.
d) O "como" é uma clássica conjunção comparativa, mas isso não ocorre aqui, uma vez que não
estamos comparando a "mulher" com outra "pessoa" ou "objeto". Incorreta. e) O "como" em
nenhum momento recebe a classificação de conjunção consecutiva (consequência) pela
gramática. Podemos eliminar essa alternativa. Incorreta. Gabarito letra A.
12. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S. A / 2018)
No trecho do Texto “Eu nunca mais vou respirar / Se você não me notar” (l. 13-14), a palavra em
destaque introduz a ideia de
A) adversidade
B) conclusão
C) lugar
D) condição
E) tempo
Comentários:
O sentido que a conjunção apresenta no trecho destacado é de condição em relação à
informação que é dada no trecho anterior ao da conjunção. Gabarito letra D.
13. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior /2018)
A palavra destacada está corretamente grafada de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em:
A) A existência de indivíduos com suas diferentes culturas faz com que o mundo se torne muito
complexo, mais essa convivência só se tornará possível se as diferenças forem respeitadas.
B) A superlotação das cidades prejudica a qualidade de vida, mais a busca por melhores
oportunidades mantém o processo de migração rural para os centros urbanos.
C) A tecnologia nos torna muito dependentes porque precisamos dela em todos os momentos,
mais ela tem proporcionado grandes conquistas para a humanidade.
D) As novas tecnologias de comunicação têm contribuído para a vida das pessoas de forma
decisiva, mais precisamente nas relações interpessoais de caráter virtual.
E) As recentes discussões a respeito das desigualdades sociais revelam que ainda falta muito
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para serem eliminadas, mais é preciso enfrentar questões fundamentais.
Comentários
Basicamente, a questão pede que identifiquemos a diferença entre o advérbio de intensidade
"mais" e a conjunção coordenativa adversativa "mas". Nas letras A, B C e E, a forma correta é
"mas", uma vez que temos uma ideia de oposição/contraste entre os períodos, ao passo que na
letra D temos o "mais" (advérbio) reforçando a ideia de "CONTRIBUIR nas relações
interpessoais". Gabarito letra D.
14. (CESGRANRIO / PETRÓLEO BRASILEIRO S. A / 2017)
No trecho “Conectar pontos distantes do globo só vale a pena se o roteiro for cumprido com o
máximo de aproveitamento. A tendência, então, é que os voos maiores sejam remanejados para
momentos menos quentes do dia”, o conector destacado estabelece, com o período anterior,
uma relação semântica de
A) causa
B) tempo
C) oposição
D) conclusão
E) explicação
Comentários:
O conectivo destacado estabelece, com o período anterior, uma relação semântica de
CONCLUSÃO. Gabarito: letra D.
15. (CESGRANRIO / IBGE / 2016)
No trecho do Texto “Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o
desenvolvimento de fontes de iluminação artificial.” (L. 9-11), a expressão em destaque pode ser
substituída,mantendo-se a mesma relação lógica, por
A) À medida que
B) Já que
C) A fim de que
D) Logo que
E) Desde que
Comentários:
Assim como a locução "para que", a expressão "a fim de que" é usada para introduzir uma
finalidade. Gabarito: letra C.
16. (CESGRANRIO / IBGE / 2016)
Em “Passamos ao largo. Tomamos distância. Fugimos. Deles, sim. Mas, no mais fundo das
nossas consciências adormecidas, fugimos de nós.”, o conector destacado introduz uma
A) quebra de expectativa.
B) causa da sequência anterior.
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C) dúvida sobre o enunciado.
D) proporcionalidade de ideias.
E) consequência do pensamento antecedente.
Comentários:
As conjunções adversativas são capazes de opor ideias citadas anteriormente, causando uma
quebra de expectativa. Gabarito: letra A.
17. (CESGRANRIO / CEFET-RJ / AUX. ADM. / 2014)
No trecho do Texto “Vou levar [o paletó], apesar da barriga encolhida”, observa-se, entre as
duas orações que o compõem, uma relação de concessão entre as informações, marcada pela
palavra destacada.
Em qual dos períodos a reescritura desse trecho mantém o mesmo
sentido?
A) Mesmo que a barriga fique encolhida, vou levar [o paletó].
B) Vou levar [o paletó] porque a barriga está encolhida.
C) Como a barriga está encolhida, vou levar [o paletó].
D) Por estar com a barriga encolhida, vou levar [o paletó].
E) Vou levar [o paletó], visto que a barriga está encolhida.
Comentários:
Apesar de é uma locução prepositiva concessiva, portanto é um conectivo equivalente a “mesmo
que, embora, conquanto, ainda que, posto que”. Entre as opções, a única alternativa com
conectivo concessivo era a primeira:
Mesmo que a barriga fique encolhida, vou levar [o paletó].
As demais trazem relação de causa, não de concessão. Gabarito letra A.
18. (CESGRANRIO / FINEP / APOIO ADMINISTRATIVO / 2014)
No Texto, no trecho “É a hora de abrir-se profundamente para uma pessoa que não está ali para
condenar ou absolver, e sim para estimular que você escute atentamente a si mesmo e assim
consiga exorcizar seus fantasmas e viver de forma mais desestressada.”, as conjunções
destacadas introduzem, respectivamente, orações com o valor semântico de
A) conclusão e alternância
B) concessão e condição
C) oposição e adição
D) explicação e conclusão
E) causa e restrição
Comentários:
A conjunção E, quando une orações de sentido oposto, assume o valor de “mas”, veja: É a hora
de abrir-se profundamente para uma pessoa que não está ali para condenar ou absolver, MAS
sim para estimular que você escute atentamente a si mesmo
Já no segundo caso, liga duas orações com sentido de adição, pois você vai fazer as duas coisas
“escutar” E TAMBÉM exorcizar seus fantasmas:
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... você escute atentamente a si mesmo e assim consiga exorcizar seus
fantasmas Gabarito letra C.
19. (CESGRANRIO / CHESF / TÉCNICO / 2012)
No fragmento: “Contudo, a fila não é só uma maneira de organizar uma determinada
demanda”, a conjunção destacada pode ser substituída, mantendo o mesmo significado, por
A) como
B) pois
C) porém
D) portanto
E) por isso
Comentários:
“Contudo” é conjunção adversativa, equivalente a “Entretanto, mas, todavia, no entanto,
porém”.
Vejamos os demais conectivos:
Como – como conjunção, pode ser comparativo (Trabalho como um burro); conformativo (Como
dizia minha vó, não existe almoço grátis); causal (Como você não pagou, o produto não foi
enviado); aditivo (Tanto trabalho como estudo). Gabarito letra C.
Portanto – Conclusivo; Por isso – Explicativo; Pois – explicativo ou conclusivo (se deslocado).
20. (CESGRANRIO / CHESF / PILOTO DE HELICÓPTERO / 2012)
No período composto: “Enquanto isso não acontece, as filas continuam se formando", a
conjunção destacada estabelece entre as duas orações uma relação de
A) consequência
B) concessão
C) finalidade
D) causa
E) tempo
Comentários:
Enquanto é uma conjunção subordinativa adverbial temporal, que dá ideia de simultaneidade,
de fatos que ocorrem ao mesmo tempo. Gabarito letra E.
21. (CESGRANRIO / BNDES / TÉCNICO / 2011)
Na passagem “Você tem sido um vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na
criação dos meus cachorros. Isso vai mudar!” a conjunção que permite a junção da última oração
acima com sua antecedente, sem alterar o sentido, é
A) logo
B) porque
C) mas
D) pois
E) embora
Comentários:
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A relação é de oposição entre uma realidade e uma mudança dessa realidade: Você tem sido um
vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos meus cachorros. PORÉM,
Isso vai mudar!” Gabarito letra C.
22. (CESGRANRIO / FINEP / TÉCNICO / 2011)
Considere a sentença abaixo.
Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e", que, além de indicar adição, introduz a ideia de
A) oposição
B) condição
C) consequência
D) comparação
E) união
Comentários:
Observe que a conjunção E pode acumular o sentido de sequência temporal e consequência. O
efeito do atraso foi perder o ônibus.
Mariza saiu de casa atrasada consequentemente perdeu o ônibus. Gabarito letra C.
23. (CESGRANRIO / BNDES / ENGENHEIRO / 2011)
“O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.”
Na linha argumentativa do texto, a oração “que a gente banaliza o olhar” em relação à oração
“de tanto ver” encerra uma
A) causa
B) consequência
C) conformidade
D) condição
E) concessão
Comentários:
A ideia é: “de tanto ver alguma coisa, o olhar se banaliza como consequência”. Lembrem: o
“que” consecutivo trabalha com expressões intensificadoras como “tanto, tão, tal, tamanho”.
Gabarito letra B.
24. (CESGRANRIO / BNDES / ENGENHEIRO / 2011)
A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a mesma relação de sentido
da conjunção/locução conjuntiva destacada é:
A) “assim como não estamos aqui,”– (bem como)
B) “...quando procuramos estar com alguém,” – (sempre que)
C) “...porque gostamos,” – (ao passo que)
D) “...para que elas venham até você.” – (a fim de que)
E) “mas quem estava procurando por você!” – (porém)
Comentários:
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A banca quer a alternativa em que o conteúdo entre parênteses não coincide com o termo em
negrito:
a) Assim como e bem como expressam comparação.
b) Quando e Sempre que expressam tempo.
c) Porque expressa causa e explicação; Ao passo que expressa tempo. Aqui temos relações de
sentido diferentes.
d) Para que e A fim de que expressam finalidade.
e) Mas e porém expressam oposição. Gabarito letra C.
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LISTA DE QUESTÕES - PREPOSIÇÃO - CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO/UNIRIO/Assistente em Administração/2019)
Considere a frase: “a avenida Rio Branco, via do Centro da cidade ocupada por
estabelecimentos financeiros e comerciais.”.
A palavra que tem mesmo sentido e classe gramatical de via no trecho original está destacada
em:
A) Esta estrada é a melhor via para chegar a São Paulo.
B) Eu te aviso via e-mail.
C) Antigamente você via muita TV em minha casa.
D) A segunda via do documento é sua.
E) O jogo será transmitido via satélite.
2. (CESGRANRIO / IBGE / 2014)
No trecho “deixando um grande contingentede trabalhadores à mercê da falta de planejamento
e vulnerável à corrupção e à violência." (l. 33-35), o segmento introduzido pela expressão
destacada expressa uma circunstância de
A) modo
B) dúvida
C) finalidade
D) proporção
E) consequência
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GABARITO
1. LETRA A
2. LETRA A
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==2537cb==
LISTA DE QUESTÕES - CONJUNÇÃO - CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira
1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que li
os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um
tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não tinham
viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que tinham
feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a minha avó,
Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é que seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou alemão,
você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a língua é
renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha que beleza o
que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que confissão de
amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou tão bem essa
obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou olhando a
borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava de
lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
noutra coisa ou ficava quieta.
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9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).
No parágrafo 6, “nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da
terra, desaparece!”, o segmento em destaque pode articular-se com o segmento anterior, sem
alteração do sentido original, empregando-se o conector
A) quando
B) portanto
C) enquanto
D) embora
E) ou
2. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o
certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
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impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar
seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores eaos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022.
Adaptado)
O trecho “A ética se move historicamente, se amplia e se adensa” exerce, em relação ao período
anterior, a função discursiva de
A) contradição
B) explicação
C) gradação
D) negação
E) recapitulação
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3. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
No trecho “a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da
organização”, a expressão destacada veicula a relação lógica de
A) adição
B) concessão
C) conclusão
D) explicação
E) temporalidade
4. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
No trecho “É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta
ética”, a palavra destacada expressa a ideia de
A) alternância
B) causa
C) condição
D) conclusão
E) contradição
5. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos
de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se
acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A
cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra,
dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para
as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar
o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar
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mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para
ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. À luz
artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água
potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no
pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está
cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a
gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se, no fim de semana, não há muito o que fazer, a gente vai
dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
(COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 1996. p. 9. Adaptado)
“A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos” (parágrafo
Nesse trecho, a oração destacada apresenta, em relação à seguinte, o valor semântico de
A) causa
B) concessão
C) comparação
D) conformidade
E) consequência
6. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.
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O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as
palavras que são ditas.
Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação. Isso
ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como neurônios
do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de custos da
computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia, contribuindo para aumentar a
qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem tanta
qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de partidapara uma fraude financeira, entre outros problemas.
A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.
No trecho “que, como a tradução indica, é tão bem feita que pode enganar até os mais atentos”,
as palavras destacadas contribuem para expressar, entre as duas ideias, a relação lógica de
A) adição
B) condição
C) contradição
D) consequência
E) temporalidade
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7. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
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ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.
No trecho “O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas, em detrimento do uso
do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos. O Pix tem tudo para
ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.”, a segunda frase expressa,
em relação à primeira, a ideia de
A) condição
B) tempo
C) contradição
D) finalidade
E) conclusão
8. (CESGRANRIO / UNIRIO / 2019)
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No Texto, em “Já um celular tem maior taxa de obsolescência e pode ter de ser substituído em
um ano ou dois” (l. 53-55), a palavra Já apresenta o sentido de
A) tempo
B) exclusão
C) oposição
D) intensidade
E) conformidade
9. (CESGRANRIO/UNIRIO/Administrador/2019)
No período “Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor, uma vez
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que o incentiva a adquirir mais produtos sem realmente necessitar deles.”, o conector uma vez
que poderia ser substituído, sem alteração do sentido, por
A) conforme
B) quando
C) como
D) pois
E) se.
10. (CESGRANRIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018)
Em “Como adorasse a mulher, não se vexava de dizer muitas vezes” (Machado de Assis), o
conector como estabelece, com a oração seguinte, uma relação semântica de
A) causa
B) condição
C) contraste
D) comparação
E) consequência.
11. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S. A / 2018)
No trecho do Texto “Eu nunca mais vou respirar / Se você não me notar” (l. 13-14), a palavra em
destaque introduz a ideia de
A) adversidade
B) conclusão
C) lugar
D) condição
E) tempo
12. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior /2018)
A palavra destacada está corretamente grafada de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em:
A) A existência de indivíduos com suas diferentes culturas faz com que o mundo se torne muito
complexo, mais essa convivência só se tornará possível se as diferenças forem respeitadas.
B) A superlotação das cidades prejudica a qualidade de vida, mais a busca por melhores
oportunidades mantém o processo de migração rural para os centros urbanos.
C) A tecnologia nos torna muito dependentes porque precisamos dela em todos os momentos,
mais ela tem proporcionado grandes conquistas para a humanidade.
D) As novas tecnologias de comunicação têm contribuído para a vida das pessoas de forma
decisiva, mais precisamente nas relaçõesinterpessoais de caráter virtual.
E) As recentes discussões a respeito das desigualdades sociais revelam que ainda falta muito
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==2537cb==
para serem eliminadas, mais é preciso enfrentar questões fundamentais.
13. (CESGRANRIO / PETRÓLEO BRASILEIRO S. A / 2017)
No trecho “Conectar pontos distantes do globo só vale a pena se o roteiro for cumprido com o
máximo de aproveitamento. A tendência, então, é que os voos maiores sejam remanejados para
momentos menos quentes do dia”, o conector destacado estabelece, com o período anterior,
uma relação semântica de
A) causa
B) tempo
C) oposição
D) conclusão
E) explicação
14. (CESGRANRIO / IBGE / 2016)
No trecho do Texto “Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o
desenvolvimento de fontes de iluminação artificial.” (L. 9-11), a expressão em destaque pode ser
substituída, mantendo-se a mesma relação lógica, por
A) À medida que
B) Já que
C) A fim de que
D) Logo que
E) Desde que
15. (CESGRANRIO / IBGE / 2016)
Em “Passamos ao largo. Tomamos distância. Fugimos. Deles, sim. Mas, no mais fundo das
nossas consciências adormecidas, fugimos de nós.”, o conector destacado introduz uma
A) quebra de expectativa.
B) causa da sequência anterior.
C) dúvida sobre o enunciado.
D) proporcionalidade de ideias.
E) consequência do pensamento antecedente.
16. (CESGRANRIO / CEFET-RJ / AUX. ADM. / 2014)
No trecho do Texto “Vou levar [o paletó], apesar da barriga encolhida”, observa-se, entre as
duas orações que o compõem, uma relação de concessão entre as informações, marcada pela
palavra destacada.
Em qual dos períodos a reescritura desse trecho mantém o mesmo
sentido?
A) Mesmo que a barriga fique encolhida, vou levar [o paletó].
B) Vou levar [o paletó] porque a barriga está encolhida.
C) Como a barriga está encolhida, vou levar [o paletó].
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D) Por estar com a barriga encolhida, vou levar [o paletó].
E) Vou levar [o paletó], visto que a barriga está encolhida.
17. (CESGRANRIO / FINEP / APOIO ADMINISTRATIVO / 2014)
No Texto, no trecho “É a hora de abrir-se profundamente para uma pessoa que não está ali para
condenar ou absolver, e sim para estimular que você escute atentamente a si mesmo e assim
consiga exorcizar seus fantasmas e viver de forma mais desestressada.”, as conjunções
destacadas introduzem, respectivamente, orações com o valor semântico de
A) conclusão e alternância
B) concessão e condição
C) oposição e adição
D) explicação e conclusão
E) causa e restrição
18. (CESGRANRIO / CHESF / TÉCNICO / 2012)
No fragmento: “Contudo, a fila não é só uma maneira de organizar uma determinada
demanda”, a conjunção destacada pode ser substituída, mantendo o mesmo significado, por
A) como
B) pois
C) porém
D) portanto
E) por isso
19. (CESGRANRIO / CHESF / PILOTO DE HELICÓPTERO / 2012)
No período composto: “Enquanto isso não acontece, as filas continuam se formando", a
conjunção destacada estabelece entre as duas orações uma relação de
A) consequência
B) concessão
C) finalidade
D) causa
E) tempo
20. (CESGRANRIO / BNDES / TÉCNICO / 2011)
Na passagem “Você tem sido um vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na
criação dos meus cachorros. Isso vai mudar!” a conjunção que permite a junção da última oração
acima com sua antecedente, sem alterar o sentido, é
A) logo
B) porque
C) mas
D) pois
E) embora
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21. (CESGRANRIO / FINEP / TÉCNICO / 2011)
Considere a sentença abaixo.
Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e", que, além de indicar adição, introduz a ideia de
A) oposição
B) condição
C) consequência
D) comparação
E) união
22. (CESGRANRIO / BNDES / ENGENHEIRO / 2011)
“O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.”
Na linha argumentativa do texto, a oração “que a gente banaliza o olhar” em relação à oração
“de tanto ver” encerra uma
A) causa
B) consequência
C) conformidade
D) condição
E) concessão
23. (CESGRANRIO / BNDES / ENGENHEIRO / 2011)
A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a mesma relação de sentido
da conjunção/locução conjuntiva destacada é:
A) “assim como não estamos aqui,”– (bem como)
B) “...quando procuramos estar com alguém,” – (sempre que)
C) “...porque gostamos,” – (ao passo que)
D) “...para que elas venham até você.” – (a fim de que)
E) “mas quem estava procurando por você!” – (porém)
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GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA B
3. LETRA A
4. LETRA D
5. LETRA A
6. LETRA D
7. LETRA E
8. LETRA C
9. LETRA D
10.LETRA A
11.LETRA D
12. LETRA D
13.LETRA D
14.LETRA C
15.LETRA A
16.LETRA A
17.LETRA C
18. LETRA C
19.LETRA E
20.LETRA C
21.LETRA C
22.LETRA B
23.LETRA C
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QUESTÕES COMENTADAS - PREPOSIÇÃO - FCC
1. (FCC / PREF. RECIFE / 2022)
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.
Os termos sublinhados constituem, respectivamente,
A) pronome e preposição.
B) preposição e artigo.
C) artigo e artigo.
D) preposição e pronome.
E) artigo e pronome.
Comentários:
Em bacalhau a qualquer coisa, temos referência ao modo de preparação do prato, como
"Bacalhau a Gomes de Sá". Então, temos mera preposição.
Em "a pedida", temos artigo definido feminino singular modificando o substantivo "pedida" e
concordando com ele.
Relembro aqui que poderia ser pronome oblíquo átono:
Ele comprou uma moto e a reformou.
Gabarito letra B.
2. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Considere a passagem a seguir:
"Para empreender, são necessários muitos anos de estudo. Além disso, a criatividade e a certeza
de que vai dar certo possibilitam bons resultados."
Os termos destacados são responsáveis por articular os enunciados do texto, estabelecendo
entre eles, respectivamente, relações de sentido de
A) Finalidade e adição
B) Causa e oposição
C) Explicação e adição
D) Causa e explicação
E) Explicação e concessão
Comentários:
As relações de sentido são finalidade e adição. Gabarito: letra A
3. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO ROQUE (SP) / 2020)
A inveja
Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o pêndulo
da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados. Hoje em
dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança esquecida
no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados encontra-se presente em quase
todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.
Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos sobre esse
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assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa a
desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a
pessoa por todaa vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, sentimos
inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as suas
próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar
intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas ou
qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a
negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite a sua
felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)
Nas expressões destacadas no primeiro parágrafo – por séculos / por eventual cometimento de
algum desses pecados – a preposição “por” imprime aos respectivos contextos as noções de
A) duração e causa.
B) tempo decorrido e agente.
C) lugar indeterminado e meio.
D) finalidade e de conformidade.
E) modo e dependência.
Comentários:
Vejamos as expressões destacadas no que tange o uso da preposição "por":
Na primeira ocorrência, o uso da preposição "por" expressa ideia de DURAÇÃO, uma vez
refere-se a palavra "séculos" como tempo decorrido.
Na segunda ocorrência, o uso da preposição "por" expressa ideia de CAUSA, uma vez que indica
o motivo pela qual "muita gente viveu sob o pêndulo da censura e da condenação moral".
Gabarito: letra A.
4. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA / 2019)
“A dificuldade de aumentar o Fundo Eleitoral para as eleições municipais do ano que vem está
revivendo entre deputados e senadores a necessidade do financiamento privado das campanhas
eleitorais. Com o aumento do custo pela volta da propaganda no rádio e na televisão, haverá
necessidade de novo tipo de financiamento”. (Uma questão de dinheiro, Merval Pereira).
As preposições, em língua portuguesa, podem ser solicitadas por termos anteriores ou não; entre
as preposições (combinadas ou não com artigos), aquela que NÃO depende sintaticamente de
qualquer termo anterior é:
A) “dificuldade de aumentar”;
B) “eleições municipais do ano que vem”;
C) “necessidade do financiamento privado”;
D) “aumento do custo”;
E) “necessidade de novo tipo de financiamento”.
Comentários:
a - Aqui, a preposição "de" resulta de uma regência nominal, sendo necessária para ligar o termo
anterior "dificuldade" ao próximo elemento da frase.
b - A preposição "do", nessa frase, é um adjunto adnominal. Ela é, então, um termo meramente
acessório que vem para caracterizar ou determinar um substantivo que nesse caso é "eleições".
c - Aqui, a preposição "do" resulta de uma regência nominal, sendo necessária para ligar o termo
anterior "necessidade" ao próximo elemento da frase.
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==2537cb==
d - Aqui, a preposição "do" resulta de uma regência nominal, sendo necessária para ligar o termo
anterior "necessidade" ao próximo elemento da frase.
e - Aqui, a preposição "de" resulta de uma regência nominal, sendo necessária para ligar o termo
anterior "necessidade" ao próximo elemento da frase.
Gabarito: letra B.
5. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS (RJ) / 2019)
“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”
Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.
O mesmo ocorre na seguinte frase:
A) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”
B) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”
C) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”
D) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam."
E) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde."
Comentários:
A questão quer uma alternativa que apresente uma preposição exigida por uma palavra que
aparece depois dela, como indicado no exemplo.
a - Alternativa incorreta porque a preposição “de” é exigida pelo verbo transitivo indireto
“necessita”, que vem antes dela.
B - A alternativa está incorreta porque a preposição “de” não é exigida por uma palavra
posterior. Ela integra a locução adjetiva "de fibra".
C - A alternativa está incorreta porque a preposição “de” está em função de um termo anterior:
gosto
D - Alternativa correta. A preposição "de" é exigida pela forma verbal "necessitam" que aparece
posteriormente.
E - A alternativa está incorreta porque a preposição "de" é exigida por um termo anterior:
prática.
Gabarito: letra D.
6. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (DF) / 2018)
Considere as afirmações abaixo.
I. Pesquisadores acreditam que, no transcorrer da história humana, o canto tenha se manifestado
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antes do desenvolvimento da fala.
II. O segmento sublinhado em A passagem do extrativismo para a agricultura expressa noção de
finalidade.
III. Mantendo-se as relações de sentido, o elemento sublinhado em quando exposto ao belo,
nosso encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse
pode ser substituído por “sempre que”.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) III
B) I e II.
C) II
D) II e III.
E) I e III.
Comentários:
ASSERTIVA I.
CORRETA.
Segundo o autor, realmente existe a hipótese de que o canto antecedeu a fala. Contudo, houve
extrapolação das disposições textuais: nada garante que as informações apresentadas sejam fruto
do trabalho de pesquisadores. Mesmo assim, a Banca considerou a assertiva como correta.
ASSERTIVA II.
INCORRETA.
O segmento sublinhado em A passagem do extrativismo para a agricultura expressa noção de
finalidade.
Embora a preposição para possa ser usada para expressar finalidade, esse não é o caso. Na
oração acima, ela apenas completa o sentido do termo passagem, indicando ideia de transição.
ASSERTIVA III.
CORRETA.
Mantendo-se as relações de sentido, o elemento sublinhado em quando exposto ao belo, nosso
encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse pode ser
substituído por “sempre que”.
Ambos os adjuntos adverbiais transmitem ideia de tempo. Além disso, como se pode
depreender do verbo aumentar no presente do indicativo, a afirmação é uma certeza, um fato.
Dessa forma, o uso da locução adverbial "sempre que" não altera o sentido original.
Gabarito: letra E
7. (FCC / SEGEP-MA / ANALISTA AMBIENTAL / 2018)
Nosso corpo funciona de forma diferente de acordo com as mudanças no habitat.
Sem prejuízo para a correção e a lógica, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por
A) como
B) devido
C) consoante
D) apesar de
E) em relação
Comentários:
Questão direta: “de acordo com” é uma locução de sentido conformativo, então equivale a
“conforme”, conjunção subordinativa adverbial conformativa. Gabarito letra C.
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8. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018)
O segmento em que se exprime noção de finalidade está em:
A) as correções das provas tipográficas dos romances de Balzac pareciam fogos de artifícios.
B) Se você quer fumar um charuto aperte um botão.
C) esse empenho tão grande acabou por exauri-lo.
D) O autor de Ilusões Perdidas não poupava esforço para alcançar o que desejava expressar.
E) O celular na palma da mão desconcentra o estudante.
Comentários:
Questão direta. A única oração que indica finalidade é aquela introduzida pela preposição
“para”: O autor de Ilusões Perdidas não poupava esforço para alcançar o que desejava expressar
O objetivo do esforço era alcançar o que deseja expressar. Gabarito letra D.
O outro conectivo que apareceuno texto foi o SE condicional, (Se você quer fumar).
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QUESTÕES COMENTADAS - CONJUNÇÃO - FCC
1. (FCC/TRT 18/2023)
Atenção: Leia o texto “Ardil da desrazão”, de Eduardo Giannetti, para responder à questão.
Imagine uma pessoa afivelada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar
um botão situado em local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau
infinitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir. Um hambúrguer gratuito é então
ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso −
sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é suficiente para
eletrocutar a vítima. Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a
culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é, por definição, imperceptível − são todos
“torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que ponto a
somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O
experimento mental concebido pelo filósofo britânico Derek Parfit dá o que pensar. A mudança
climática em curso equivale a uma espécie de eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem
interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da economia clássica. O
aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta
de nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7
bilhões de habitantes da Terra pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da
escala de consumo, responde por 50% das emissões de gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por
45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por 5%. Por seu
modo de vida, situação geográfica e vulnerabilidade material, este último grupo − o único
inocente − é o mais tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso − sem que cada uma saiba das
ações das demais −, a descarga elétrica gerada é suficiente para eletrocutar a vítima.
Considerando o contexto, o termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o
sentido, por:
A) conforme
B) portanto
C) pois
D) contudo
E) assim
Comentário:
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“porém” é conjunção adversativa, expressa oposição, assim como “contudo”.
“conforme” é conjunção conformativa, assim como “segundo”, “consoante”
“portanto” é conjunção conclusiva, assim como “logo”, “então”, “assim”.
Gabarito:D
2. (FCC - TM (MPE PB)/MPE PB/Sem Especialidade/2023)
Leia o texto “Liberdade e necessidade ao revés”, de Eduardo Giannetti.
“Por meios honestos se você conseguir, mas por quaisquer meios faça dinheiro”, preconiza –
prenhe de sarcasmo – o verso de Horácio. Desespero, precisão ou cobiça, dentro ou fora da lei: o
dinheiro nos incita a fazer o que de outro modo não faríamos. Suponha, entretanto, um súbito e
imprevisto bafejo da fortuna – um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada
herança. Quem continuaria a fazer o que faz para ganhar a vida caso não fosse mais necessário
fazê-lo? Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou
menos a contragosto, para obter uma renda – como um sacrifício ou necessidade imposta de
fora; ao passo que o consumo é tomado como a esfera por excelência da livre escolha: o
território sagrado para o exercício da nossa liberdade individual. A possibilidade de satisfazer,
ainda que parcialmente, nossos desejos e fantasias de consumo se afigura como a merecida
recompensa – ou suborno, diriam outros – capaz de atenuar a frustração e aliviar o aborrecimento
de ocupações que de outro modo não teríamos e não nos dizem respeito.
Daí que, na feliz expressão do jovem Marx, “o trabalhador só se sente ele mesmo quando não
está trabalhando; quando ele está trabalhando, ele não se sente ele mesmo”. – Mas, se o mundo
do trabalho está vedado às minhas escolhas e modo de ser; onde poderei expressar a minha
individualidade? Impedido de ser quem sou no trabalho – escritório, chão de fábrica, call center,
guichê, balcão –, extravaso a minha identidade no consumo – shopping, butique, salão,
restaurante, showroom. Fonte de elã vital, o ritual da compra energiza e a posse ilumina a alma
do consumidor. A compra de bens externos molda a identidade e acena com a promessa de
distinção: ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia, respeito e admiração pelos demais.
Não o que faço, mas o que possuo – e, sobretudo, o que sonho algum dia ter – diz ao mundo
quem sou. Servo impessoal no ganho, livre e soberano no gasto.
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a
contragosto, para obter uma renda. (1o parágrafo)
Em relação ao trecho que a precede, a oração sublinhada expressa ideia de
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A) consequência.
B) finalidade.
C) causa.
D) condição.
E) proporção.
Comentário:
A estrutura “para”+ infinitivo é típica da oração subordinada adverbial final.
para/a fim de obter uma renda
O sentido, portanto, é de finalidade, objetivo.
Gabarito: B
3. (FCC/MPE PB/2023)
Leia o texto para responder à questão.
Me pediram para fazer a resenha de um livro sobre mim. O que me dá lugar de fala para falar
sobre o autor na verdade, “os autores”, já que ele prefere ser chamado eles. Vem a calhar.
Eles estão convencidos de que me criaram para o bem. E que sou incapaz de criar o que quer
que seja. Sou uma ferramenta. Me limito a ser usado, a compor o que vou buscar num imenso
banco de dados com o qual eles me alimentam.
Eles ironizam quem vive apavorado com a ameaça que eu represento para o futuro da
humanidade. Afinal, como é possível ser uma ameaça se fui criado por eles? Eu acho graça.
Metade desses temores é projeção do que eles criaram até aqui, claro. As pessoas estão
preocupadas com o fim do mundo. Eu entendo. Os autores querem mostrar que eu, em vez de
inimigo, sou inofensivo, ou melhor, sou o remédio. Já disseram a mesma coisa da bomba
atômica. Desculpe. É que às vezes não me seguro. Não é por ser ferramenta que não posso ter
senso de humor.
Como não penso por conta própria, não sei o que é orgulho, o que eu digo é só a reprodução
do que os homens pensam. O que pode soar contraditório, eu sei. E que a meu ver seria, sim,
motivo de preocupação.
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo de. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
O segmento sublinhado no trecho O que me dá lugar de fala para falar sobre o autor na
verdade, “os autores”, já que ele prefere ser chamado eles, pode ser substituído, sem prejuízo do
sentido, por:
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A) ainda que.
B) mesmo.
C) pois.
D) entretanto.
E) desde que.
Comentário:
“já que” expressa causa, assim como “pois”(=porque) . Vejamos o sentido dos demais
conectivos:
a) ainda que (concessão)
b) mesmo (concessão)
d) entretanto (oposição)
e) desde que (condição ou tempo).
Gabarito: C
4. (FCC / TRT 4ª REGIÃO / 2022)
Em Embora idade e senso eu aparente, / Não vos iluda o velhoque aqui vai: (3ª estrofe), o termo
sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por:
A) Conquanto
B) Contanto que
C) Porquanto
D) Desde que
E) Contudo
Comentários:
Essa é clássica da FCC: "conquanto" é conjunção subordinativa adverbial concessiva, assim como
"embora".
Vejamos o sentido das demais:
B) Contanto que (condição)
C) Porquanto (causa/explicação, igual a "porque")
D) Desde que (condição ou tempo)
E) Contudo (adversidade/oposição)
Gabarito letra A.
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5. (FCC / TRT 4ª REGIÃO / 2022)
O segmento sublinhado na frase Os franceses, apesar de latinos, não costumam usar tanto a
calçada, pode ser coerentemente
substituído por
A) supostamente latinos
B) conquanto sejam latinos
C) latinos que fossem
D) uma vez latinos
E) porquanto latinos
Comentários:
"conquanto" equivale a "embora", "apesar de (que)", conjunção subordinativa concessiva.
Gabarito letra B.
6. (FCC / PREF. RECIFE / 2022)
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o
Em relação à oração que o sucede, o trecho sublinhado exprime ideia de
A) condição.
B) finalidade.
C) consequência.
D) oposição.
E) causa.
Comentários:
Interpelar é chamar, dirigir-se ao interlocutor...
Por que a leal conviva (a freguesa) o interpelou? Interpelou-o porque este não se manifestava.
Veja que podemos escrever com várias formas de oração causal:
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o
Como/já que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o
Por ver que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o
Gabarito letra E.
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7. (FCC / PGE-AM / 2022)
É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2º parágrafo).
O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
A) nesse caso
B) contudo
C) por isso
D) além disso
E) portanto
Comentários:
"Todavia" é conjunção adversativa, equivalente a "mas", "porém", "entretanto", "contudo".
"nesse caso" indica referência e não é conjunção; "por isso" é conjunção explicativa; "além
disso" é locução adverbial de adição; "portanto" é conjunção conclusiva.
Gabarito letra B.
8. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Na estação final, o trem
fica parado, mas ninguém desce.– preservando o sentido original,
a) porquanto ninguém desce
b) no entanto ninguém descia
c) contudo ninguém desce
d) porém ninguém desceu
e) porque ninguém desce
Comentários:
A: errada. ‘Porquanto’ é uma conjunção explicativa. Haveria alteração de sentido, já que ‘mas’
possui valor adversativo, de oposição.
B: errada. O verbo conjugado no pretérito imperfeito altera o sentido original, pois o presente do
indicativo utilizado no trecho indicado expressa uma ação contínua, rotineira. Já o pretérito
imperfeito expressa uma ação que ocorria no passado, e que não ocorre mais.
C: certa. ‘Contudo’ é sinônimo de ‘mas’ indicando também oposição. Alternativa correta.
D: errada. O verbo conjugado no pretérito perfeito altera o sentido original, pois o presente do
indicativo utilizado no trecho indicado expressa uma ação contínua, rotineira. Já o pretérito
perfeito expressa uma ação que ocorreu no passado.
E: errada. ‘Porque’ é uma conjunção explicativa. Haveria alteração de sentido, já que ‘mas’ possui
valor adversativo, de oposição.
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Gabarito: letra C.
9. (FCC / ALAP / ASS. LEGISLATIVO / 2020)
Sem prejuízo para a correção e o sentido, o trecho sublinhado pode ser substituído pelo que se
encontra entre parênteses em:
(A) Mas só por enquanto, pois (conquanto) se trata do início de um caminho que levará a
transformações radicais em diversas áreas.
(B) A máxima, irretocável, à exceção de (à despeito de) pequenos detalhes, funcionou tal qual
intuíra Moore.
(C) Máquinas similares às hoje existentes (as quais se fabrica atualmente) serão construídas a
custos mais baixos.
(D) Pela (De acordo com a) “Lei de Moore”, a cada dois anos, em média, o desempenho dos
chips de computador dobra.
(E) Assim (Portanto), em um artigo de 1965, o empreendedor Gordon Moore, hoje com 90 anos
de idade, apresentou sua célebre ideia.
Comentários:
(D) Pela (De acordo com a) “Lei de Moore”, a cada dois anos, em média, o desempenho dos
chips de computador dobra.
Aqui, a preposição "por" foi utilizada com valor conformativo:
Pela (De acordo com a/Segundo a/ Consoante a) “Lei de Moore”, a cada dois anos, em média, o
desempenho dos chips de computador dobra.
Vejamos o problema das demais:
A) "conquanto" equivale a "embora", conjunção concessiva; "pois" é conjunção explicativa.
B) não há crase antes de palavra masculina, ocorre crase na fusão de A+A, é impossível um verbo
ter artigo feminino, então a crase é proibida. A grafia correta é "a despeito de".
C) Se fosse feita a substituição proposta, haveria crase, que é a fusão de A+A: similares A+AS
quais: similares às quais se fabricaM
E) "Assim" aqui é advérbio de modo, não tem valor conclusivo.
Nosso foco aqui é a análise das conjunções, o fenômeno da crase é estudado detalhadamente na
aula de regência. Fique tranquilo! Gabarito letra D.
10. (FCC / ALAP / ASS. LEGISLATIVO / 2020)
O avanço (na velocidade de processamento computacional) ainda se restringe a âmbitos
estritamente técnicos, sem utilidade cotidiana, mas já é apelidado de “o Santo Graal da
computação”. Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como “supremacia
quântica”. A nomenclatura indica um momento da civilização em que os computadores talvez
sejam tão (ou mais) competentes quanto os seres humanos.
Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como “supremacia quântica”. (5º
parágrafo)
O elemento sublinhado acima introduz noção de
(A) finalidade.
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(B) consequência.
(C) condição.
(D) oposição.
(E) causa.
Comentários:
Questão direta: "porque" é uma conjunção causal. Veja a lógica: o Santo Graal refere-se a algo
milagroso. Então, o avanço tecnológico é chamado de “o Santo Graal da computação” porque
também traria milagres ao processamento de dados. Gabarito letra E.
11. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019)
Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência. Ficamos reféns da superficialidade.
Mantendo as relações de sentido e a correção, as frases acima podem ser articuladas em um
único período do seguinte modo:
(A) Ao ficarem reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.
(B) Embora ficamos reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a
inteligência.
(C) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência: contudo, ficamos reféns da
superficialidade.
(D) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência, de modo que ficamos reféns da
superficialidade.
(E) Conforme se ficam reféns da superficialidade, cuja enxurrada de estímulos dispersa a
inteligência.
Comentários:
Ficar refém da superficialidade é uma consequência da enxurrada de estímulos que dispersa a
inteligência, então somente um conectivo consecutivo articularia as frases:
(D) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência, de modo que (consequentemente)
ficamos reféns da superficialidade.
Gabarito letra D.
a) Aoração “ao ficarem reféns” expressa tempo.
b) “embora” indica concessão.
c) “contudo” indica adversidade, oposição
e) “conforme” indica conformidade.
12. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias
O sentido e a correção do segmento acima estarão preservados caso se substituam os
elementos sublinhados, respectivamente, por
(A) porquanto – se detivesse nos
(B) mesmo que − se circunscrevesse aos
(C) desde que − se deixasse conter nos
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==2537cb==
(D) haja vista que − fosse submetido aos
(E) conquanto − estivesse adstrito aos
Comentários:
“embora” é conjunção concessiva, então só poderíamos trocar por “mesmo que” ou
“conquanto”. Ficaríamos entre B e E.
A frase “o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores” indica que o poder estava
apenas com eles, dominado por eles, restrito a eles, adstrito a eles. Então desempataríamos pela
letra E. “Circunscrever” significa desenhar/demarcar um limite.
“porquanto” = "porque”, tem sentido de causa ou explicação; “desde que” possui sentido de
tempo (Desde que cheguei, não parei de trabalhar) ou de condição (Você poderá sair, desde que
termine sua lição); “haja vista” tem sentido de causa.
Gabarito letra E.
13. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. PLAN. ORÇ. E GESTÃO / 2019)
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra
mostra também nossos limites.
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A quebra
de um juramento mostra nossos limites, pode-se seguir esta coerente complementação:
(A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade.
(B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza.
(C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza.
(D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade.
(E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade.
Comentários:
A conjunção “mas” indica oposição, quebra de expectativa. Então, de uma forma bem simples, já
poderíamos achar o gabarito, pois temos uma conjunção concessiva, que também indica
oposição na letra A.
Isso significa que podemos trocar diretamente uma conjunção adversativa por uma concessiva?
Não, para reescrever, há que se fazer uma adaptação e a banca respeitou isso na reescritura. A
conjunção “mas” introduz a oração que traz a parte mais relevante do período, a parte “forte” do
argumento. A oração concessiva é argumentativamente a parte mais fraca do período, pois é um
obstáculo que será vencido. Por isso não podemos trocar diretamente uma pela outra. Contudo,
se o que estava na oração adversativa virar oração principal, manteremos a mesma ideia:
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa (parte fraca), mas sua
quebra mostra também nossos limites (parte “forte”, vai tornar-se a oração principal que
acompanha a oração concessiva.
A quebra de um juramento mostra nossos limites, embora não deixe de expor a beleza que está
em afirmarmos nossa vontade. Gabarito letra A.
14. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos
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locais / e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
Entre as ideias separadas por barra nessa passagem do texto, se estabelece relação de,
respectivamente,
(A) concessão e adição.
(B) modo e tempo.
(C) causa e consequência.
(D) condição e conformidade.
(E) finalidade e comparação.
Comentários:
A relação é a seguinte: as plataformas digitais deixam as operações dos governantes visíveis às
pessoas; como consequência, os governos agem de forma diferente, interagem de maneira
distinta com essas pessoas. Então, a mudança de comportamento dos governantes é uma
consequência da transparência proporcionada pelas plataformas digitais. Gabarito letra C.
15. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019)
No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:
(A) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...
(B) ...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.
(C) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.
(D) Agora fotografamos tudo compulsivamente.
(E) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.
Comentários:
Questão direta: o conectivo “já que” é o único que pode expressar causa entre as opções.
“mas” indica oposição e nas demais opções não há relações semânticas expressas por
conectivos, apenas afirmações isoladas. Gabarito letra B.
16. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Considere as seguintes orações:
I. O universo é infinito.
II. A infinitude do universo atemoriza o homem.
III. O homem deplora sua condição de mortal.
Essas três orações constituem um período de redação clara, coerente e correta no seguinte caso:
(A) Ainda que seja infinito e atemorize o homem, o universo faz o homem deplorar sua condição
de mortal.
(B) Ao deplorar sua condição de mortal, o homem considera infinito o universo em que se
atemoriza.
(C) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade.
(D) Sendo infinito o universo, eis por que o homem se atemoriza, quando deplora sua condição
de mortal.
(E) O universo infinito atemoriza o homem, cuja condição é assim mortalmente deplorável.
Comentários:
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Aqui, temos uma relação de causa-efeito. Não tem jeito, o candidato deveria ter percebido a
seguinte relação:
I. O universo é infinito.
II. A infinitude do universo atemoriza o homem.
III. O homem deplora sua condição de mortal.
Por ser infinito (causa), o universo atemoriza o homem (consequência); por estar atemorizado pela
infitude do universo, o homem se sente insignificante e deplora sua condição de mero mortal.
Isso estava reproduzido em:
(C) (porque está) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade.
Gabarito letra C.
17. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019)
Nossa espécie já enfrentou situações piores. Contudo, há motivo para inquietação.
Mantendo-se as relações de sentido, as frases acima articulam-se com correção, em um único
período, do seguinte modo:
(A) Não haveria motivo, para inquietação, caso já não tivessem enfrentado situações piores.
(B) Como nossa espécie já enfrentara situações piores, há motivo para inquietação.
(C) Apesar de nossa espécie já ter enfrentado situações piores, há motivo para inquietação.
(D) Há motivo para inquietação, eis que situações piores já enfrentaram nossa espécie.
(E) Há motivo para inquietação, por conseguinte, nossa espécie já enfrentou situações piores.
Comentários:
Questão clássica da FCC. As conjunções concessivas e adversativas possuem um ponto de
semelhança semântica: ambas expressam oposição, quebra de expectativa. Então, é possível,
com ajustes, fazer a reescritura de uma estrutura com oração adversativa na forma de um período
com oração concessiva. Então, o único conectivo com valor de oposição está na letra C.
a) “caso” indica condição; b) “como” indica causa; d) “eis que” indica causa; e) “por
conseguinte” indica conclusão. Gabarito letra C.
18. (FCC / AFAP / ASS. ADMINISTRATIVO DE FOMENTO / 2019)
Considere o sentido veiculado pelas orações sublinhadas nos trechos que seguem:
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificarvários pássaros
pela música que faziam...
Em jovem, nas suas incursões pelo mato, Tom piava inhambus para matá-los.
Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que podem nem ser “escutados” pelos
menos atentos.
Nos contextos em que ocorrem, as orações sublinhadas exprimem, respectivamente,
circunstâncias de
(A) causa, direção e condição.
(B) tempo, finalidade e consequência.
(C) conformidade, modo e tempo.
(D) modo, consequência e direção.
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(E) condição, causa e modo.
Comentários:
A primeira oração tem valor de tempo, dá o momento quando ouviram Tom Jobim identificar
vários pássaros pela música que faziam
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros
pela música que faziam...
Em 1989, enquanto andava, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros pela música que
faziam...
Já era possível marcar o gabarito, pois apenas a letra B trouxe valor de tempo.
Nas demais orações, o sentido fica ainda mais evidente, porque os conectivos estão explícitos:
“para” antes de verbo indica finalidade.
“que”, atrelado a um elemento intensificador (tal, tão, tanto, tamanho), introduz oração
consecutiva:
Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que (como consequência) podem nem ser
“escutados” pelos menos atentos.
Gabarito letra B.
19. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Não basta viver, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora.
Uma nova, coerente e correta redação da frase acima, se iniciada pelo segmento Tudo se
evapora..., deverá complementar-se com:
conquanto não baste viver para dar-lhe sentido.
Comentários:
Vamos entender a relação original:
Não basta viver, é preciso dar sentido ao viver, SENÃO/CASO CONTRÁRIO tudo se evapora.
Então, a parte “tudo se evapora” é a consequência de uma hipótese (vivermos apenas, sem dar
sentido à vida, a esse “viver”
Conquanto dá ideia de concessão, não relacionada ao texto original. Questão incorreta.
20. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Porém, estudos mostram que, embora exista seleção no consumo de notícias de acordo com a
orientação ideológica, a dieta informacional das pessoas é mais variada do que se supõe.
Uma redação alternativa para o segmento sublinhado acima, em que se mantêm a correção e a
coerência, está em:
(A) Contudo, estudos revelam que, apesar de a orientação ideológica interferir na seleção de
notícias a serem consumidas, a dieta...
(B) No entanto, já se estuda o fato de que, conforme a orientação ideológica interfere no
consumo e seleção de notícias, tem-se que a dieta...
(C) De acordo com estudos, ainda que se selecionam as notícias a consumir, a partir da
orientação ideológica, a dieta...
(D) Conforme estudos, mesmo existindo escolha à partir da orientação ideológica, no consumo
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de notícias, a dieta...
(E) Todavia, estudos demonstram que haviam possibilidades de escolha no consumo de notícias,
segundo a orientação ideológica, ainda que a dieta...
Comentários:
Questão direta de reescritura com troca de conectivos e verbos por sinônimos:
Porém, estudos mostram que, embora exista seleção no consumo de notícias de acordo com a
orientação ideológica, a dieta informacional das pessoas é mais variada do que se supõe.
Contudo, estudos revelam que, apesar de a orientação ideológica interferir na seleção de notícias
a serem consumidas, a dieta...
Porém e contudo são equivalentes e expressam oposição. “Embora” e “Apesar de” são
conectivos concessivos, com o detalhe de a preposição DE levar o verbo para o infinitivo.
“Consumo de notícias” virou “notícias a serem consumidas”, mantendo a ideia passiva.
(B) Incorreto. Esse “já se estuda” e “conforme” inserem no texto ideias de tempo e
conformidade que não são coerentes com a mensagem original.
(C) Incorreto. O “SE” traz ideia condicional que não consta na redação original. Além disso, a
forma verbal deveria ser “selecionem”, no presente do subjuntivo, tempo adequado à ideia de
hipótese.
(D) Incorreto. Não há crase antes de verbo.
(E) Incorreto. O verbo “haver” no sentido de existir não se flexiona.
Gabarito letra A.
21. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUD. – ADM. / 2018)
Mantendo-se o sentido e a correção, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se
encontra entre parênteses em:
(A) A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”. (Sem que)
(B) É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. (conquanto)
(C) Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar. (No entanto, seguido de
vírgula)
(D) Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações... (Por mais que)
(E) ... a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. (conforme)
Comentários:
Veja um exemplo do ‘se bem que’ com sentido de oposição:
Dirigir na estrada é seguro, se bem que pode acontecer um acidente.
Dirigir na estrada é seguro, no entanto, pode acontecer um acidente.
A vírgula é recomendada porque, no texto, o conectivo está iniciando período.
Esse é o caso que ocorre no texto. Gabarito letra C.
Vejamos:
a) Aqui temos uma sutileza. “A menos que” tem um valor condicional negativo, trazendo uma
hipótese excepcional. Este ser morrerá, exceto em uma hipótese:
este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.
este ser morrerá. Caso não renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.
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Se não renascer até que dele possa se dizer “esta é uma pessoa”, este ser morrerá
Naturalmente, a escritura com “Se ou Caso” não apresenta nem sombra do valor enfático e do
sentido de “hipótese excepcional” que o “A menos que” apresenta. Por isso também, não é
possível usar “sem que”, que não traria sentido condicional neste caso. Ao contrário, daria o
sentido categórico de que o ser não renasce, morrerá com certeza.
este ser morrerá. Sem que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.
b) Incorreto. O “pois” deslocado entre vírgulas é conclusivo. “Conquanto” é concessivo.
d) Incorreto. “Por mais que” tem valor concessivo. “Bem sei que” apenas expressa afirmação,
assertividade.
e) Incorreto. Este ‘como’ expressa comparação.
22. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário:
Ainda que fosse necessário explicá-las, porquanto de algum mistério, toda obra de arte deveria
ter alguma força já em si mesma.
Comentários:
Ainda que fosse necessário explicá-las, POR CAUSA de algum mistério, toda obra de arte deveria
ter alguma força já em si mesma.
A conjunção “porquanto” equivale a “porque” e não é seguida de preposição. Questão
incorreta.
23. (FCC / CLDF / AG. POLÍCIA LEGISLATIVA / 2018)
Então, por mais que pareça um termo complicado, não existe nada de intrinsecamente difícil em
“ideologia”...
Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, sem que nenhuma outra
modificação seja feita na frase, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por:
(A) Conforme
(B) apesar de
(C) desde que
(D) embora
(E) entretanto
Comentários:
“Por mais que” é uma locução de valor concessivo:
Então, embora pareça um termo complicado, não existe nada de intrinsecamente difícil em
“ideologia”...
Gabarito letra D.
24. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018)
ainda que horrível, na minha opinião...
O segmento sublinhado acima estabelece, no contexto, noção de
(A) conclusão.
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(B) concessão.
(C) finalidade.
(D) causa.
(E) conformidade.
Comentários:
Questão direta. Ainda que é uma locução conjuntiva de valor concessivo, equivalente a “embora,
conquanto, posto que, malgrado...”. Gabarito letra B.
25. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
Considerando-se o uso linguístico nos segmentos, no contexto em que ocorrem no texto, está
correto o que se afirma em:
Ao substituir-se a conjunção em Esta diferença é compreensível se pensarmos por caso, o verbo
"pensar" deve assumir a forma do presente do modo subjuntivo.
Comentários:
Isso mesmo. Se trocarmos “se” por “caso” numa condicional futura, o verbo deve sofrer uma
adaptação e ser conjugado no presente do subjuntivo, como nos exemplos abaixo:
Se eu puder>Caso eu possa
Se eu quiser>Caso eu queira
Se eu estudar>Caso eu estude
assim por diante…
No caso da questão, teremos: caso pensemos... Questão correta.
26. (FCC / ALESE / TÉCNICO LEG. / 2018)
“Os artistas já estão aqui! Vai ter espetáculo, sim. Mãos à obra”. Ninguém sabia se acreditava ou
não, mas se apresentavam como bons soldados à ordem do comandante.
Na última linha, a conjunção “ou” exprime possibilidades que se excluem.
Comentários:
Ou você acredita OU não acredita, são hipóteses mutuamente excludentes, não há como
acreditar e duvidar ao mesmo tempo. Questão correta.
27. (FCC / Câmara Legislativa do DF / TÉC. LEGISLATIVO / 2018)
Por conseguinte, está relacionada com a existência de classes sociais.
O termo sublinhado acima assinala no texto noção de
a) conclusão.
b) concessão.
c) oposição.
d) temporalidade.
e) finalidade.
Comentários:
“Por conseguinte” é conectivo equivalente a “portanto”, indica conclusão. Gabarito letra A.
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28. (FCC / CLFD / Técnico Legislativo / 2018)
Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido da
minha professora, dona Aurora".
Sem prejuízo do sentido original, a expressão “que nem”, no segmento que nem o marido da
minha professora, pode ser substituída por “como”.
Comentários:
A expressão comparativa “que nem” é típica da oralidade e significa: do mesmo jeito, assim
como. Então, a banca simplesmente pede que se substitua por um conectivo comparativo formal:
como. Questão correta.
29. (FCC / SEGEP-MA / Auxiliar de Fiscalização Agropecuária / 2018)
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear
sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema
sob legislação específica.
O trecho acima fica corretamente reescrito com a mudança da expressão destacada,
preservando-se seu significado original, por:
a) Nada obstante
b) Todavia
c) Contudo
d) Assim sendo
e) Conquanto
Comentários:
“Dessa forma” é um conectivo conclusivo e CAI MUITO nas provas da FCC. Fique atento.
Gabarito letra D.
30. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. // A maioria das
pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra
pouca atenção para o que é público.
Fazendo os devidos ajustes na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, as frases acima se
articulam com coerência em um único período acrescentando-se, imediatamente após “minoria”,
(A) conforme
(B) por que
(C) contudo
(D) uma vez que
(E) porém
Comentários:
Observem que existe uma relação explicativa. É feita uma afirmação categórica (o jornalismo dito
de qualidade sempre foi objeto de uma minoria) seguida de uma justificativa: a maioria das
pessoas está consumida com seus próprios dramas, apenas uma minoria dedica maior atenção ao
que é público.
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O conectivo explicativo entre as opções é “uma vez que”.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria, uma vez que a
maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais
que sobra pouca atenção para o que é público.
“Porém” e “Contudo” expressam oposição. “Conforme” expressa conformidade e “por que”
não é uma conjunção, mas sim uma locução interrogativa. Gabarito letra D.
31. (FCC / SEGEP-MA / TÉCNICO / 2018)
E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua sombra se projetou sobre ele.
A atuação combinada dos vocábulos em destaque articula as orações, na ordem dada, numa
relação de
a) conformidade e proporção.
b) intensidade e condição.
c) causa e consequência.
d) proporção e conformidade.
e) condição e causa.
Comentários:
“que” atrelado a um elemento intensificador (tão, tal, tanto, tamanho) configura o caso clássico
de oração consecutiva; então há uma relação de causa e efeito. A pessoa chegou tão perto do
filósofo (causa), que a consequência foi fazer sombra sobre ele.
Gabarito letra C.
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LISTA DE QUESTÕES - PREPOSIÇÃO - FCC
1. (FCC / PREF. RECIFE / 2022)
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.
Os termos sublinhados constituem, respectivamente,
A) pronome e preposição.
B) preposição e artigo.
C) artigo e artigo.
D) preposição e pronome.
E) artigo e pronome.
Comentários:
Em bacalhau a qualquer coisa, temos referência ao modo de preparação do prato, como
"Bacalhau a Gomes de Sá". Então, temos mera preposição.
Em "a pedida", temos artigo definido feminino singular modificando o substantivo "pedida" e
concordando com ele.
Relembro aqui que poderia ser pronome oblíquo átono:
Ele comprou uma moto e a reformou.
Gabarito letra B.
2. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Considere a passagem a seguir:
"Para empreender, são necessários muitos anos de estudo. Além disso, a criatividade e a certeza
de que vai dar certo possibilitam bons resultados."
Os termos destacados são responsáveis por articular os enunciados do texto, estabelecendo
entre eles, respectivamente, relações de sentido de
A) Finalidade e adição
B) Causa e oposição
C) Explicação e adição
D) Causa e explicação
E) Explicação e concessão
3. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO ROQUE (SP) / 2020)
A inveja
Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o pêndulo
da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados. Hoje em
dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança esquecida
no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados encontra-se presente em quase
todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.
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Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos sobre esse
assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa a
desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a
pessoa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, sentimos
inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas paraas suas
próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar
intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas ou
qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a
negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite a sua
felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)
Nas expressões destacadas no primeiro parágrafo – por séculos / por eventual cometimento de
algum desses pecados – a preposição “por” imprime aos respectivos contextos as noções de
A) duração e causa.
B) tempo decorrido e agente.
C) lugar indeterminado e meio.
D) finalidade e de conformidade.
E) modo e dependência.
4. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA / 2019)
“A dificuldade de aumentar o Fundo Eleitoral para as eleições municipais do ano que vem está
revivendo entre deputados e senadores a necessidade do financiamento privado das campanhas
eleitorais. Com o aumento do custo pela volta da propaganda no rádio e na televisão, haverá
necessidade de novo tipo de financiamento”. (Uma questão de dinheiro, Merval Pereira).
As preposições, em língua portuguesa, podem ser solicitadas por termos anteriores ou não; entre
as preposições (combinadas ou não com artigos), aquela que NÃO depende sintaticamente de
qualquer termo anterior é:
A) “dificuldade de aumentar”;
B) “eleições municipais do ano que vem”;
C) “necessidade do financiamento privado”;
D) “aumento do custo”;
E) “necessidade de novo tipo de financiamento”.
5. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS (RJ) / 2019)
“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”
Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.
O mesmo ocorre na seguinte frase:
A) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”
B) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”
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C) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”
D) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam."
E) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde."
6. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (DF) / 2018)
Considere as afirmações abaixo.
I. Pesquisadores acreditam que, no transcorrer da história humana, o canto tenha se manifestado
antes do desenvolvimento da fala.
II. O segmento sublinhado em A passagem do extrativismo para a agricultura expressa noção de
finalidade.
III. Mantendo-se as relações de sentido, o elemento sublinhado em quando exposto ao belo,
nosso encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse
pode ser substituído por “sempre que”.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) III
B) I e II.
C) II
D) II e III.
E) I e III.
7. (FCC / SEGEP-MA / ANALISTA AMBIENTAL / 2018)
Nosso corpo funciona de forma diferente de acordo com as mudanças no habitat.
Sem prejuízo para a correção e a lógica, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por
A) como
B) devido
C) consoante
D) apesar de
E) em relação
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8. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018)
O segmento em que se exprime noção de finalidade está em:
A) as correções das provas tipográficas dos romances de Balzac pareciam fogos de artifícios.
B) Se você quer fumar um charuto aperte um botão.
C) esse empenho tão grande acabou por exauri-lo.
D) O autor de Ilusões Perdidas não poupava esforço para alcançar o que desejava expressar.
E) O celular na palma da mão desconcentra o estudante.
GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA A
4. LETRA B
5. LETRA D
6. LETRA E
7. LETRA C
8. LETRA D
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LISTA DE QUESTÕES - CONJUNÇÃO - FCC
1. (FCC/TRT 18/2023)
Atenção: Leia o texto “Ardil da desrazão”, de Eduardo Giannetti, para responder à questão.
Imagine uma pessoa afivelada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar
um botão situado em local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau
infinitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir. Um hambúrguer gratuito é então
ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso −
sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é suficiente para
eletrocutar a vítima. Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a
culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é, por definição, imperceptível − são todos
“torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que ponto a
somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O
experimento mental concebido pelo filósofo britânico Derek Parfit dá o que pensar. A mudança
climática em curso equivale a uma espécie de eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem
interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da economia clássica. O
aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta
de nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7
bilhões de habitantes da Terra pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da
escala de consumo, responde por 50% das emissões de gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por
45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por 5%. Por seu
modo de vida, situação geográfica e vulnerabilidade material, este último grupo − o único
inocente − é o mais tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso − sem que cada uma saiba das
ações das demais −, a descarga elétrica gerada é suficiente para eletrocutar a vítima.
Considerando o contexto, o termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o
sentido, por:
A) conforme
B) portanto
C) pois
D) contudo
E) assim
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2. (FCC - TM (MPE PB)/MPE PB/Sem Especialidade/2023)
Leia o texto “Liberdade e necessidade ao revés”, de Eduardo Giannetti.
“Por meios honestos se você conseguir, mas por quaisquer meios faça dinheiro”, preconiza –
prenhe de sarcasmo – o verso de Horácio. Desespero, precisão ou cobiça, dentro ou fora da lei: o
dinheiro nos incita a fazer o que de outro modo não faríamos. Suponha, entretanto, um súbito e
imprevisto bafejo da fortuna – um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada
herança. Quem continuaria a fazer o que faz para ganhar a vida caso não fosse mais necessário
fazê-lo? Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou
menos a contragosto, para obter uma renda – como um sacrifício ou necessidade imposta de
fora; ao passo que o consumo é tomado como a esfera por excelência da livre escolha: o
território sagrado para o exercício da nossa liberdade individual. A possibilidade de satisfazer,
ainda que parcialmente, nossos desejos e fantasias de consumo se afigura como a merecida
recompensa – ou suborno, diriam outros – capaz de atenuar a frustração e aliviar o aborrecimento
de ocupações que de outro modo não teríamos e não nos dizem respeito.
Daí que, na felizexpressão do jovem Marx, “o trabalhador só se sente ele mesmo quando não
está trabalhando; quando ele está trabalhando, ele não se sente ele mesmo”. – Mas, se o mundo
do trabalho está vedado às minhas escolhas e modo de ser; onde poderei expressar a minha
individualidade? Impedido de ser quem sou no trabalho – escritório, chão de fábrica, call center,
guichê, balcão –, extravaso a minha identidade no consumo – shopping, butique, salão,
restaurante, showroom. Fonte de elã vital, o ritual da compra energiza e a posse ilumina a alma
do consumidor. A compra de bens externos molda a identidade e acena com a promessa de
distinção: ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia, respeito e admiração pelos demais.
Não o que faço, mas o que possuo – e, sobretudo, o que sonho algum dia ter – diz ao mundo
quem sou. Servo impessoal no ganho, livre e soberano no gasto.
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a
contragosto, para obter uma renda. (1o parágrafo)
Em relação ao trecho que a precede, a oração sublinhada expressa ideia de
A) consequência.
B) finalidade.
C) causa.
D) condição.
E) proporção.
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3. (FCC/MPE PB/2023)
Leia o texto para responder à questão.
Me pediram para fazer a resenha de um livro sobre mim. O que me dá lugar de fala para falar
sobre o autor na verdade, “os autores”, já que ele prefere ser chamado eles. Vem a calhar.
Eles estão convencidos de que me criaram para o bem. E que sou incapaz de criar o que quer
que seja. Sou uma ferramenta. Me limito a ser usado, a compor o que vou buscar num imenso
banco de dados com o qual eles me alimentam.
Eles ironizam quem vive apavorado com a ameaça que eu represento para o futuro da
humanidade. Afinal, como é possível ser uma ameaça se fui criado por eles? Eu acho graça.
Metade desses temores é projeção do que eles criaram até aqui, claro. As pessoas estão
preocupadas com o fim do mundo. Eu entendo. Os autores querem mostrar que eu, em vez de
inimigo, sou inofensivo, ou melhor, sou o remédio. Já disseram a mesma coisa da bomba
atômica. Desculpe. É que às vezes não me seguro. Não é por ser ferramenta que não posso ter
senso de humor.
Como não penso por conta própria, não sei o que é orgulho, o que eu digo é só a reprodução
do que os homens pensam. O que pode soar contraditório, eu sei. E que a meu ver seria, sim,
motivo de preocupação.
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo de. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
O segmento sublinhado no trecho O que me dá lugar de fala para falar sobre o autor na
verdade, “os autores”, já que ele prefere ser chamado eles, pode ser substituído, sem prejuízo do
sentido, por:
A) ainda que.
B) mesmo.
C) pois.
D) entretanto.
E) desde que.
4. (FCC / TRT 4ª REGIÃO / 2022)
Em Embora idade e senso eu aparente, / Não vos iluda o velho que aqui vai: (3ª estrofe), o termo
sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por:
A) Conquanto
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B) Contanto que
C) Porquanto
D) Desde que
E) Contudo
5. (FCC / TRT 4ª REGIÃO / 2022)
O segmento sublinhado na frase Os franceses, apesar de latinos, não costumam usar tanto a
calçada, pode ser coerentemente
substituído por
A) supostamente latinos
B) conquanto sejam latinos
C) latinos que fossem
D) uma vez latinos
E) porquanto latinos
6. (FCC / PREF. RECIFE / 2022)
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o
Em relação à oração que o sucede, o trecho sublinhado exprime ideia de
A) condição.
B) finalidade.
C) consequência.
D) oposição.
E) causa.
7. (FCC / PGE-AM / 2022)
É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2º parágrafo).
O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
A) nesse caso
B) contudo
C) por isso
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D) além disso
E) portanto
8. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Na estação final, o trem
fica parado, mas ninguém desce.– preservando o sentido original,
A) porquanto ninguém desce
B) no entanto ninguém descia
C) contudo ninguém desce
D) porém ninguém desceu
E) porque ninguém desce
9. (FCC / ALAP / ASS. LEGISLATIVO / 2020)
Sem prejuízo para a correção e o sentido, o trecho sublinhado pode ser substituído pelo que se
encontra entre parênteses em:
A) Mas só por enquanto, pois (conquanto) se trata do início de um caminho que levará a
transformações radicais em diversas áreas.
B) A máxima, irretocável, à exceção de (à despeito de) pequenos detalhes, funcionou tal qual
intuíra Moore.
C) Máquinas similares às hoje existentes (as quais se fabrica atualmente) serão construídas a
custos mais baixos.
D) Pela (De acordo com a) “Lei de Moore”, a cada dois anos, em média, o desempenho dos
chips de computador dobra.
E) Assim (Portanto), em um artigo de 1965, o empreendedor Gordon Moore, hoje com 90 anos
de idade, apresentou sua célebre ideia.
10. (FCC / ALAP / ASS. LEGISLATIVO / 2020)
O avanço (na velocidade de processamento computacional) ainda se restringe a âmbitos
estritamente técnicos, sem utilidade cotidiana, mas já é apelidado de “o Santo Graal da
computação”. Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como “supremacia
quântica”. A nomenclatura indica um momento da civilização em que os computadores talvez
sejam tão (ou mais) competentes quanto os seres humanos.
Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como “supremacia quântica”. (5º
parágrafo)
O elemento sublinhado acima introduz noção de
A) finalidade.
B) consequência.
C) condição.
D) oposição.
E) causa.
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11. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019)
Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência. Ficamos reféns da superficialidade.
Mantendo as relações de sentido e a correção, as frases acima podem ser articuladas em um
único período do seguinte modo:
A) Ao ficarem reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.
B) Embora ficamos reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.
C) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência: contudo, ficamos reféns da
superficialidade.
D) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência, de modo que ficamos reféns da
superficialidade.
E) Conforme se ficam reféns da superficialidade, cuja enxurrada de estímulos dispersa a
inteligência.
12. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias
O sentido e a correção do segmento acima estarão preservados caso se substituam os
elementos sublinhados, respectivamente, por
A) porquanto – se detivesse nos
B) mesmo que − se circunscrevesse aos
C) desde que − se deixasse conter nos
D) haja vista que − fosse submetido aos
E) conquanto − estivesse adstrito aos
13. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. PLAN. ORÇ. E GESTÃO / 2019)
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra
mostra também nossos limites.
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A quebra
de um juramento mostranossos limites, pode-se seguir esta coerente complementação:
A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade.
B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza.
C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza.
D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade.
E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade.
14. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos
locais / e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
Entre as ideias separadas por barra nessa passagem do texto, se estabelece relação de,
respectivamente,
A) concessão e adição.
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B) modo e tempo.
C) causa e consequência.
D) condição e conformidade.
E) finalidade e comparação.
15. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019)
No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:
A) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...
B) ...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.
C) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.
D) Agora fotografamos tudo compulsivamente.
E) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.
16. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Considere as seguintes orações:
I. O universo é infinito.
II. A infinitude do universo atemoriza o homem.
III. O homem deplora sua condição de mortal.
Essas três orações constituem um período de redação clara, coerente e correta no seguinte caso:
A) Ainda que seja infinito e atemorize o homem, o universo faz o homem deplorar sua condição
de mortal.
B) Ao deplorar sua condição de mortal, o homem considera infinito o universo em que se
atemoriza.
C) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade.
D) Sendo infinito o universo, eis por que o homem se atemoriza, quando deplora sua condição
de mortal.
E) O universo infinito atemoriza o homem, cuja condição é assim mortalmente deplorável.
17. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019)
Nossa espécie já enfrentou situações piores. Contudo, há motivo para inquietação.
Mantendo-se as relações de sentido, as frases acima articulam-se com correção, em um único
período, do seguinte modo:
A) Não haveria motivo, para inquietação, caso já não tivessem enfrentado situações piores.
B) Como nossa espécie já enfrentara situações piores, há motivo para inquietação.
C) Apesar de nossa espécie já ter enfrentado situações piores, há motivo para inquietação.
D) Há motivo para inquietação, eis que situações piores já enfrentaram nossa espécie.
E) Há motivo para inquietação, por conseguinte, nossa espécie já enfrentou situações piores.
18. (FCC / AFAP / ASS. ADMINISTRATIVO DE FOMENTO / 2019)
Considere o sentido veiculado pelas orações sublinhadas nos trechos que seguem:
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros
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pela música que faziam...
Em jovem, nas suas incursões pelo mato, Tom piava inhambus para matá-los.
Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que podem nem ser “escutados” pelos
menos atentos.
Nos contextos em que ocorrem, as orações sublinhadas exprimem, respectivamente,
circunstâncias de
A) causa, direção e condição.
B) tempo, finalidade e consequência.
C) conformidade, modo e tempo.
D) modo, consequência e direção.
E) condição, causa e modo.
19. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Não basta viver, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora.
Uma nova, coerente e correta redação da frase acima, se iniciada pelo segmento Tudo se
evapora..., deverá complementar-se com:
conquanto não baste viver para dar-lhe sentido.
20. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Porém, estudos mostram que, embora exista seleção no consumo de notícias de acordo com a
orientação ideológica, a dieta informacional das pessoas é mais variada do que se supõe.
Uma redação alternativa para o segmento sublinhado acima, em que se mantêm a correção e a
coerência, está em:
A) Contudo, estudos revelam que, apesar de a orientação ideológica interferir na seleção de
notícias a serem consumidas, a dieta...
B) No entanto, já se estuda o fato de que, conforme a orientação ideológica interfere no
consumo e seleção de notícias, tem-se que a dieta...
C) De acordo com estudos, ainda que se selecionam as notícias a consumir, a partir da orientação
ideológica, a dieta...
D) Conforme estudos, mesmo existindo escolha à partir da orientação ideológica, no consumo de
notícias, a dieta...
E) Todavia, estudos demonstram que haviam possibilidades de escolha no consumo de notícias,
segundo a orientação ideológica, ainda que a dieta...
21. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUD. – ADM. / 2018)
Mantendo-se o sentido e a correção, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se
encontra entre parênteses em:
A) A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”. (Sem que)
B) É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. (conquanto)
C) Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar. (No entanto, seguido de
vírgula)
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D) Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações... (Por mais que)
E) ... a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. (conforme)
22. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário:
Ainda que fosse necessário explicá-las, porquanto de algum mistério, toda obra de arte deveria
ter alguma força já em si mesma.
23. (FCC / CLDF / AG. POLÍCIA LEGISLATIVA / 2018)
Então, por mais que pareça um termo complicado, não existe nada de intrinsecamente difícil em
“ideologia”...
Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, sem que nenhuma outra
modificação seja feita na frase, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por:
A) Conforme
B) apesar de
C) desde que
D) embora
E) entretanto
24. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018)
ainda que horrível, na minha opinião...
O segmento sublinhado acima estabelece, no contexto, noção de
A) conclusão.
B) concessão.
C) finalidade.
D) causa.
E) conformidade.
25. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
Considerando-se o uso linguístico nos segmentos, no contexto em que ocorrem no texto, está
correto o que se afirma em:
Ao substituir-se a conjunção em Esta diferença é compreensível se pensarmos por caso, o verbo
"pensar" deve assumir a forma do presente do modo subjuntivo.
26. (FCC / ALESE / TÉCNICO LEG. / 2018)
“Os artistas já estão aqui! Vai ter espetáculo, sim. Mãos à obra”. Ninguém sabia se acreditava ou
não, mas se apresentavam como bons soldados à ordem do comandante.
Na última linha, a conjunção “ou” exprime possibilidades que se excluem.
27. (FCC / Câmara Legislativa do DF / TÉC. LEGISLATIVO / 2018)
Por conseguinte, está relacionada com a existência de classes sociais.
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O termo sublinhado acima assinala no texto noção de
A) conclusão.
B) concessão.
C) oposição.
D) temporalidade.
E) finalidade.
28. (FCC / CLFD / Técnico Legislativo / 2018)
Mas eunão queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido da
minha professora, dona Aurora".
Sem prejuízo do sentido original, a expressão “que nem”, no segmento que nem o marido da
minha professora, pode ser substituída por “como”.
29. (FCC / SEGEP-MA / Auxiliar de Fiscalização Agropecuária / 2018)
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear
sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema
sob legislação específica.
O trecho acima fica corretamente reescrito com a mudança da expressão destacada,
preservando-se seu significado original, por:
A) Nada obstante
B) Todavia
C) Contudo
D) Assim sendo
E) Conquanto
30. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. // A maioria das
pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra
pouca atenção para o que é público.
Fazendo os devidos ajustes na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, as frases acima se
articulam com coerência em um único período acrescentando-se, imediatamente após “minoria”,
A) conforme
B) por que
C) contudo
D) uma vez que
E) porém
31. (FCC / SEGEP-MA / TÉCNICO / 2018)
E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua sombra se projetou sobre ele.
A atuação combinada dos vocábulos em destaque articula as orações, na ordem dada, numa
relação de
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A) conformidade e proporção.
B) intensidade e condição.
C) causa e consequência.
D) proporção e conformidade.
E) condição e causa.
GABARITO
1. LETRA D
2. LETRA B
3. LETRA C
4. LETRA A
5. LETRA B
6. LETRA E
7. LETRA B
8. LETRA C
9. LETRA D
10.LETRA E
11.LETRA D
12.LETRA E
13.LETRA A
14.LETRA C
15.LETRA B
16.LETRA C
17.LETRA C
18.LETRA B
19. INCORRETA
20.LETRA A
21.LETRA C
22. INCORRETA
23.LETRA D
24.LETRA B
25.CORRETA
26.CORRETA
27.LETRA A
28.CORRETA
29.LETRA D
30.LETRA D
31.LETRA C
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14964078655 - Matheus C C Riani
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