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Seção 17.5
As plantas do manguezal têm elevado potencial osmótico em suas células, graças às soluções al-
tamente concentradas presentes em seus vacúolos celulares. Trata-se de uma adaptação fisiológica 
relacionada à absorção de água pelas raízes. Graças ao potencial osmótico elevado, essas plantas 
têm alto poder de sucção celular, necessária para retirar, por osmose, água do solo salgado.
Nos manguezais vivem diversas espécies de caranguejos e moluscos. Também são encontra-
das aves aquáticas, entre as quais garças e diversas espécies de pássaros.
Manguezais são regiões altamente produtivas e economicamente importantes para as popu-
lações caiçaras que vivem em suas proximidades. A alta disponibilidade de nutrientes minerais 
e de matéria orgânica faz do mangue uma fonte de alimento para diversas espécies marinhas e 
para a espécie humana. Grande número de peixes, moluscos e crustáceos, além de aves, obtém 
alimento, direta ou indiretamente, dos manguezais. (Fig. 17.29)
Figura 17.29 Animal típico do 
mangue: caranguejo-chama-maré.
Ecossistemas aquáticos
1 Ecossistemas de água doce
Uma característica importante que distingue os dois tipos de ecossis-
temas de água doce é se a água é parada, como ocorre nos lagos, lagoas e 
charcos, ou se está em movimento, como nos rios, riachos e corredeiras. 
Lagos, lagoas e charcos geralmente apresentam maior biodiversidade 
que os ecossistemas de águas em movimento. Nas águas paradas, os pro-
dutores são organismos fotossintetizantes representados tanto por plan-
tas que vivem parcial ou totalmente submersas quanto pelo fitoplâncton, 
ou plâncton fotossintetizante, constituído por uma infinidade de seres 
microscópicos como algas verdes, cianobactérias e diatomáceas, que 
flutuam próximo à superfície.
O fitoplâncton serve de alimento ao zooplâncton, ou plâncton não fotos-
sintetizante, formado por microcrustáceos, protozoários e larvas de diver-
sos organismos. Os habitantes de maior porte dos ecossistemas de águas 
paradas são os peixes. Os maiores ecossistemas lacustres do mundo são 
o Lago Baikal, localizado na Sibéria, e o Lago Tanganica, na África. 
Objetivo❱❱❱❱
Caracterizar os CCCCCCC
principais ecossistemas 
aquáticos e conceituar: 
plâncton, bentos e 
nécton.
Termos e conceitos❱❱❱❱
domínio bentônico•	
domínio pelágico•	
região batial•	
região abissal•	
região hadal•	
plâncton•	
bentos•	
nécton•	
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Animação: Grandes biomas da Terra e do Brasil, veja aba Biomas do Brasil
Zona de marés
Plataforma continental
Zona
fótica
Zona
afótica
Domínio
bentônico
(fundo do mar)
Região
batial
(200-2.000 m)
Região
abissal
(2.000-6.000 m)
Região hadal
(abaixo de 6.000 m)
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Os ecossistemas de águas em movimento são pobres em plâncton. Seus habitantes são 
principalmente algas fixadas às rochas e também moluscos, insetos e peixes, que dependem de 
alimento proveniente das margens. (Fig. 17.30)
Figura 17.30 Um lago (A) é um ecossistema de águas doces sem correntezas, 
enquanto um rio (B) é um ecossistema de águas doces em movimento. 
A B
Figura 17.31 Representação 
esquemática das principais regiões marinhas. 
(Imagem sem escala, cores-fantasia.)
442
2 Ecossistemas marinhos
Os mares e oceanos cobrem mais de 3 __ 4 da superfície terrestre, com profundidades que variam 
de alguns metros, nas regiões litorâneas, a mais de 11 km, nas zonas mais profundas.
Um dos aspectos mais marcantes do ambiente marinho é sua grande estabilidade e homo-
geneidade no que se refere à composição química e temperatura. A salinidade dos mares é de 
cerca de 3,5 g/L de sais, com predominância de cloreto de sódio (NaC).
Podem-se distinguir dois grandes domínios marinhos: um relativo ao assoalho, ou seja, ao fundo 
dos mares, o domínio bentônico, e outro relativo às massas d’água, o domínio pelágico.
A luz consegue penetrar na água do mar até a profundidade máxima de 200 m, estabelecendo 
o que se denomina zona fótica (do grego photos, luz). Abaixo dos 200 m de profundidade não há 
luz, essa região escura é denominada zona afótica.
Na metade superior da zona fótica vive o fitoplâncton marinho, formado por algas fotossinte-
tizantes que produzem praticamente todo alimento necessário à manutenção da vida nos mares. 
Essa zona também é rica em plâncton não fotossintetizante e em grandes cardumes de peixes.
A região que se estende dos 200 aos 
2.000 m de profundidade é a região batial. 
Suas águas são frias e pobres em fauna. Os 
peixes, moluscos e alguns outros animais 
que aí vivem são sustentados pela matéria 
orgânica proveniente da superfície.
Mais abaixo encontra-se a região abis-
sal, que se estende dos 2.000 aos 6.000 m 
de profundidade. Nela há poucas espécies 
de organismos, que chamam atenção por 
suas características exóticas, como peixes 
bioluminescentes e lulas gigantes.
A região mais profunda dos oceanos, 
abaixo de 6.000 m, é conhecida como região 
hadal. Sua fauna ainda é pouco conhecida, 
pelo que se sabe constituída principalmente 
por esponjas e moluscos. (Fig. 17.31) 
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Os organismos que habitam os mares podem ser classificados em três grandes grupos: 
plâncton, bentos e nécton.
O plâncton (do grego plankton, errante) é constituído de seres flutuantes. Embora alguns 
organismos planctônicos sejam capazes de executar movimentos próprios, nadando ativamente, 
eles não conseguem superar a força das correntes, sendo carregados por elas.
O plâncton é subdividido em duas categorias: plâncton fotossintetizante (fitoplâncton) e 
plâncton não fotossintetizante (zooplâncton). O plâncton fotossintetizante é representado por 
organismos produtores: algas microscópicas (principalmente diatomáceas e dinoflagelados) e 
bactérias fotossintetizantes (principalmente proclorófitas).
O plâncton não fotossintetizante é representado por organismos consumidores como os 
foraminíferos (protozoários), crustáceos e cnidários, além de larvas de moluscos, equinodermos, 
anelídeos e peixes.
O bentos (do grego benthos, fundo do mar) é constituído de organismos relacionados ao fundo do 
mar. Os organismos bentônicos podem ser sésseis, isto é, fixados ao fundo, ou errantes, deslocando-se 
sobre o fundo. O bentos séssil é representado por algas macroscópicas e por animais como celentera-
dos e vermes. O bentos errante, por sua vez, é representado principalmente por crustáceos (camarões, 
caranguejos e lagostas), equinodermos (ouriços-do-mar, holotúrias e estrelas-do-mar) e também por 
moluscos (caramujos e polvos). Os animais bentônicos geralmente se alimentam de cadáveres e detritos 
orgânicos, embora existam representantes carnívoros que caçam ativamente suas presas.
O nécton (do grego nektos, apto a nadar) é constituído por organismos que se deslocam 
ativamente na água e não estão à mercê das correntezas. Fazem parte desse grupo a maioria 
dos peixes, as baleias, os golfinhos, certos crustáceos (camarões) e alguns moluscos (lulas e 
sépias). Os peixes herbívoros e as baleias são os consumidores secundários mais importantes 
da comunidade nectônica. Tubarões, peixes, lulas e outros animais carnívoros estão situados em 
níveis superiores das cadeias alimentares. (Fig. 17.32)
Figura 17.32 Micrografias ao microscópio óptico de fitoplâncton, ou plâncton fotossintetizante (A) e de 
zooplâncton, ou plâncton não fotossintetizante (B). O bentos é composto de animais relacionadoscom 
o fundo do mar, como as estrelas-do-mar e as anêmonas (C). O nécton é constituído por animais que se 
deslocam ativamente na água, dos quais os peixes são os representantes mais típicos (D).
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
Texto: Procurando por um refúgio 
A
C
B
D

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