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Como citar este artigo: 
Guimarães MLR, Oliveira JJM, Azevedo PG. Aparelho PLP para tratamento de ronco e apneia obstrutiva do sono. Orthod. Sci. Pract. 2015; 8(29): 
113-117.
Aparelho PLP para tratamento de ronco e apneia obstrutiva do 
sono
PLP appliance for treatment of snoring and obstructive sleep apnea
Maria de Lourdes Rabelo Guimarães1
Jubert Júnior Martins de Oliveira2
Pedro Guimarães de Azevedo3
1 Especialista em Odontologia do Trabalho – CIODONTO, Coordenadora do Curso de Odontologia do Sono da Estação Ensino – CIODONTO. 
2 Especialista em Próteses Ortodônticas e Ortopedia Funcional dos Maxilares – CTO, Técnico em Próteses Dentárias – CTO.
3 Mestre em Zoologia de Vertebrados – PUC/MG. 
E-mail do autor: mlourdesrg@gmail.com
Recebido para publicação: 27/11/2012
Aprovado para publicação: 21/03/2013
Resumo
A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio respiratório do sono que 
se caracteriza por eventos recorrentes de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, 
associados aos sinais e sintomas clínicos. Os aparelhos orais são uma opção de tratamento 
clínico do ronco e da SAOS, que têm sido apontados, cada vez mais, como uma proposta 
adequada. Os aparelhos podem ter desenhos variados e mantêm a mandíbula posicionada 
para a anterior durante o sono, sendo os mais utilizados nos tratamentos os que têm uma 
maior taxa de sucesso. Objetiva-se por meio deste artigo apresentar o aparelho PLP (placas 
lateroprotrusivas) que consiste em um dispositivo intrabucal que possui características pre-
conizadas para o tratamento da SAOS e do ronco, aliadas ao baixo custo e à facilidade de 
confecção. Recomenda-se, inicialmente, que o paciente seja avaliado para fins de diagnóstico 
e indicação do tratamento por médico especialista em Medicina do Sono. Para implementar a 
terapia com aparelho intrabucal, o profissional deve estar familiarizado com este tipo de abor-
dagem e apresentar conhecimento sobre os aspectos relacionados aos distúrbios respiratórios 
do sono. A atuação deve ser multidisciplinar, envolvendo a interação da Odontologia com as 
especialidades da Medicina relacionadas ao problema, buscando o sucesso do tratamento e 
evitando-se a desvalorização da terapia com aparelhos intrabucais.
Descritores: Apneia do sono tipo obstrutiva, ronco, avanço mandibular.
Abstract
The obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) is a sleep related breathing disorder char-
acterized by recurrent events of upper airway obstruction during sleep, associated with clinical 
signs and symptoms. Oral appliances are an option for clinical treatment of snoring and sleep 
apnea syndrome, and have been pointed, increasingly, as a suitable treatment option. Ap-
paratus jaw positioners may have various designs and maintain the jaw positioned protruded 
during sleep. These are the most commonly used treatments, and have higher success rate. 
The present work aims at presenting the PLP® (lateroprotrusive splints) an intraoral device with 
features recommended for treating OSAS and snoring, combining low cost and simple manu-
facture. We recommend that the patient is primarily diagnosed by a sleep medicine specialist. 
To implement this therapy, the dentist must be proficient and have knowledge on treatment 
Orthod. Sci. Pract. 2015; 8(29):113-117. ARTIGO DE REVISÃO
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and monitoring of sleep related breathing disorders. The approach must be interdisciplinary 
with dentists and physicians seeking for the success of the treatment and avoiding deprecia-
tion of oral appliance therapy.
Descriptors: Obstructive sleep apnea, snoring, mandibular advancement.
Introdução
O sono é essencial na regulação biológica e ho-
meostática do organismo, além de necessário para 
uma boa saúde mental e emocional. Desde os tempos 
primitivos ele tem sido objeto de estudos que buscam 
explicar sua fisiologia8. Grandes avanços na ciência do 
sono têm ocorrido ao longo do último meio século des-
de a descoberta do movimento rápido dos olhos (REM) 
em 1953. Centros de pesquisa voltados à avaliação e 
gestão dos distúrbios do sono têm se desenvolvido no 
último quarto de século24.
Distúrbios do sono são descritos como anormalida-
des na regulação ou na fisiologia do sono. A síndrome 
da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio 
respiratório do sono que se caracteriza por eventos 
recorrentes de obstrução das vias aéreas superiores 
durante o sono, associados aos sinais e sintomas clíni-
cos6,11. Microdespertares fragmentando o sono e repe-
titiva hipoxemia, encontrados na SAOS, têm uma varie-
dade de consequências adversas, incluindo sonolência 
excessiva, prejuízo neurocognitivo, aumento do risco 
de doença cardiovascular e de colisões de veículos1,13.
O objetivo desta revisão de literatura é descrever os 
tratamentos para apneia obstrutiva do sono e apresen-
tar o aparelho PLP – placas lateroprotrusivas.
Métodos
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa 
da literatura científica acerca do tratamento da apneia 
obstrutiva do sono com aparelhos intraorais e apresen-
tação do aparelho PLP - placas lateroprotrusivas.
Esta revisão é uma avaliação, sem sistematização, de 
publicações, livros e teses que abordam o tema eleito.
Foram realizadas buscas de artigos nas bases de 
dados MEDLINE/PubMed, Lilacs e SciELO, bem como 
buscas a partir das referências bibliográficas dos artigos 
localizados. Foram incluídos artigos sem restrição de 
delineamento de estudos, cujo idioma fosse português, 
inglês ou espanhol; publicados no período de janeiro 
de 1980 até julho de 2012. 
A busca foi realizada utilizando-se os termos a se-
guir, restringindo-os aos títulos e resumos dos artigos 
(limites de busca): apnea, snoring, sleepiness, mandi-
bular advancement devices, oral appliance.
A análise dos artigos se fundamentou em repetidas 
leituras de cada um na busca de apreender o conteúdo 
que atendia ao objetivo deste estudo. Posteriormente, 
os conteúdos comuns foram identificados em cada ar-
tigo e agrupados para formar as temáticas de análise e 
elaboração de um discurso crítico dos posicionamentos 
dos autores dos artigos estudados. 
Discussão
A despeito da continuidade do esforço respirató-
rio, na SAOS ocorre a obstrução das vias aéreas su-
periores que pode ser parcial (hipopneia) ou completa 
(apneia). Assim, a apneia envolve o colapso total da via 
aérea superior e é definida como queda da amplitude 
do registro do termístor sendo menor ou igual a 90% 
da linha de base com duração mínima de 10 segundos. 
Hipopneia é a diminuição da excursão do sinal de pres-
são nasal maior ou igual a 30% do basal, associada à 
queda maior ou igual a 4% da oxi-hemoglobina, ou 
queda maior ou igual a 50% do sinal de pressão nasal, 
associada à queda maior ou igual a 3% da saturação 
de oxi-hemoglobina ou a despertar3,6, que pode ser cli-
nicamente mais importante porque a hipopneia pode 
ser a maioria dos episódios em uma noite7. O índice de 
apneia/hipopneia (IAH) mede a frequência de reduções 
no fluxo aéreo associado com o colapso ou estreita-
mento de vias aéreas superiores que ocorrem durante 
o sono. O número de eventos por hora de sono (índice 
de apneia/hipopneia - IAH) associado aos sintomas e 
grau de comprometimento da função social determina 
a severidade da patologia. Considerando-se a ocorrên-
cia do número de eventos/hora, classifica-se a SAOS 
em leve, de 5 até 15; moderada, acima de 15 até 30 e 
grave, acima de 306.
Sintomas clínicos associados à SAOS incluem ron-
co, sonolência diurna, sono agitado e não reparador, 
cefaleia matinal, noctúria, fadiga, cansaço, alterações 
comportamentais, impotência sexual, irritabilidade, 
alterações cognitivas, dificuldade de concentração e 
diminuição da memória. A SAOS também pode estar 
relacionada à hipertensão arterial e arritmia cardíaca6. 
Além dessas alterações, estudos têm demonstrado um 
impacto negativo da SAOS sobre a qualidade de vida e 
aumento do risco de acidentes de trabalhoe acidentes 
em vias públicas16. 
O diagnóstico requer a presença de critérios clíni-
cos e de registro de eventos respiratórios com esforço 
respiratório detectados em um exame denominado po-
lissonografia, que num período mínimo de seis horas 
de sono, monitora saturação de oxigênio, frequência 
cardíaca, estágios eletroencefalográficos do sono, flu-
xo aéreo nasal e oral, tônus muscular, posição corporal, 
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movimentos torácico-abdominais e registro de ronco6.
A fisiopatologia da SAOS inclui fatores relaciona-
dos à anatomia das vias aéreas superiores, à resistência 
e à função dos músculos das vias aéreas superiores15,25. 
Muitos estudos sobre a anatomia das vias aéreas de pa-
cientes roncadores e com SAOS têm sido realizados em 
busca de um achado patognomônico de apneia obs-
trutiva. Entretanto, isto não foi encontrado, uma vez 
que os pacientes apnéicos demonstram uma variação 
muito grande na anatomia das vias aéreas23.
Estudos cefalométricos de pacientes apnéicos têm 
demonstrado uma diminuição das vias aéreas como de-
corrência da presença de uma ou mais alterações ana-
tômicas, tais como retro ou micrognatia, deslocamento 
do osso hioide para posição mais baixa, aumento do 
comprimento do palato mole, aumento do volume da 
língua e altura facial aumentada5,12,14,19,21.
Os tratamentos para ronco e apneia obstrutiva do 
sono são direcionados aos mecanismos envolvidos na 
obstrução das vias aéreas superiores e podem ser di-
daticamente divididos em cirúrgico, clínico e compor-
tamental9. Os tratamentos comportamentais incluem 
perda de peso, restrição do uso de álcool e sedativos e 
mudança de posição de dormir23. Os procedimentos ci-
rúrgicos compreendem diversos tipos, entre eles cirur-
gias nasais, faríngeas, craniofaciais e traqueostomia6. 
Considerado padrão ouro no tratamento de SAOS, o 
CPAP (Continuous Positive Air Pressure) tem demons-
trado menor adesividade, principalmente em pacientes 
com SAOS leve4. Os aparelhos orais são uma opção de 
tratamento clínico que têm sido apontados, cada vez 
mais, como uma proposta adequada de tratamento 
para ronco e síndrome da apneia do sono18. Além dis-
so, podem ser uma alternativa de tratamento atrativa 
para aqueles pacientes insatisfeitos com outras terapias 
ou que não aceitam intervenções mais complexas23.
Léger17 (2002) ressaltou que o objetivo do trata-
mento da SAOS é não apenas suprimir os eventos res-
piratórios anormais, mas também restaurar a estrutura 
normal do sono. Além disso, deve reduzir as alterações 
cardiovasculares e hipertensão arterial, quando forem 
decorrentes da SAOS. O tratamento deve ainda buscar 
suprimir a sonolência diurna excessiva e suas consequ-
ências e melhorar a qualidade de vida.
Aparelhos orais para tratamento de ronco e 
apneia obstrutiva do sono
Robin22 (1934) apresentou um aparelho, o mono-
bloco, para tratamento de deficiência mandibular e 
obstrução de vias aéreas superiores22. Passados alguns 
anos, com o crescente interesse nos distúrbios respira-
tórios do sono, outros desenhos de aparelhos foram 
desenvolvidos e utilizados12.
Em 1995, uma força-tarefa da American Sleep Di-
sorders Association (ASDA)2 (1995) avaliou os estudos 
de tratamento de ronco e apneia do sono com apa-
relhos intraorais. Baseado nas conclusões a que che-
garam, recomendaram que aparelhos orais deveriam 
ser indicados para pacientes com ronco primário, para 
pacientes com SAOS leve, moderada e grave, que fos-
sem intolerantes ou se recusassem ao tratamento com 
CPAP. Os aparelhos podem ser utilizados em combina-
ção com outras terapias, tais como perda de peso, ci-
rurgia, CPAP, e sob a coordenação do médico de sono.
Os aparelhos intraorais podem ser de quatro tipos 
principais: os retentores linguais, os elevadores do pa-
lato mole, os aparelhos de pressão oral positiva e os 
posicionadores mandibulares. Os elevadores de palato 
mole têm sido pouco utilizados, pois são incômodos e 
não se mostraram eficazes. Os retentores linguais, usa-
dos principalmente em pacientes desdentados, retêm a 
língua por meio de pressão negativa em um bulbo de 
plástico leve, mantendo-a posicionada anteriormente 
na cavidade oral. Aparelhos de pressão oral positiva 
são dispositivos que permitem a combinação do dispo-
sitivo de avanço mandibular com o sistema de pressão 
positiva contínua em via aérea (CPAP). Os aparelhos 
posicionadores mandibulares podem ter desenhos va-
riados e mantêm a mandíbula posicionada anterior-
mente durante o sono. Estes são os mais utilizados nos 
tratamentos e os que têm uma maior taxa de sucesso20. 
Estudos indicam que os aparelhos orais produzem 
alterações complexas na forma e função das vias aére-
as superiores que podem positivamente influenciar a 
patência da via aérea superior durante o sono, reduzin-
do a colapsabilidade10,15. 
A American Sleep Disordes Association (ASDA)2 
(1995) desenvolveu orientações para uso de aparelhos 
orais para tratamento de ronco e apneia obstrutiva do 
sono e enfatizou a necessidade de controle pós-trata-
mento por meio de polissonografias com o aparelho 
depois de realizados todos os ajustes. A melhora espe-
rada na síndrome deve incluir não apenas a diminuição 
do índice de apneia/hipopneia, mas também o aumen-
to da saturação de oxigênio, a melhora da arquitetura 
do sono e a redução do índice de microdespertar. Visi-
tas de controle regulares a ambos, médico e dentista, 
também foram sugeridas. Recomendou, ainda, que 
para a implementação da terapia com aparelho oral, é 
necessário não somente um profissional dentista trei-
nado e experimente nos cuidados da saúde oral, ATM, 
oclusão dental e estruturas orais associadas, mas tam-
bém conhecedor dos distúrbios do sono. 
PLP – Placas lateroprotrusivas para tratamen-
to de ronco, apneia obstrutiva do sono 
O aparelho PLP – placas lateroprotrusivas – é um 
dispositivo intraoral que possui características preco-
nizadas para o tratamento da síndrome de apneia/hi-
popneia obstrutiva do sono e ronco, aliadas ao baixo 
custo e à facilidade de confecção. Ele possibilita avan-
ços graduais da mandíbula e movimentos de laterali-
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dade necessários para uma melhor adaptação articular 
e muscular. Esses movimentos são permitidos devido 
à configuração dos mecanismos desse aparelho que, 
além disso, possui um volume reduzido e um aspecto 
final de fácil adaptação e adesão do paciente ao trata-
mento.
O aparelho é composto por duas placas acrílicas 
encapsuladas, retidas nas duas arcadas por meio de 
grampos de retenção, unidas entre si lateroposterior-
mente por acessórios que permitirão a lateralidade e o 
avanço progressivo da mandíbula (Figuras 1 A-B). Esses 
acessórios são compostos de tornos ou parafusos ex-
pansores que irão receber barras de orientação da mo-
vimentação. Os parafusos estão disponíveis em incre-
mentos de 0,25 mm, abrangendo um total de 11 mm 
de movimento anteroposterior. As barras de orienta-
ção têm formato de baioneta, onde suas pontas serão 
acrilizadas sobre as placas com o auxílio de tubos teles-
cópicos. Esses tubos permitirão, após a acrilização, que 
as barras de movimentação fiquem soltas dentro deles, 
permitindo assim, o movimento de lateralidade. A con-
figuração das barras segue esse formato para que, ao 
serem ativados os expansores, elas possam tracionar as 
placas de uma maneira efetiva, permitindo o avanço 
progressivo da mandíbula. Esse desenho simples, po-
rém eficaz, torna esse dispositivo de fácil construção.
As placas possuem pistas acrílicas que permitem 
avanço progressivo e lateral da mandíbula, realizados 
num trajeto estável, contínuo, livre de interferências e 
sem básculas. Tais pistas cumprem somente a função 
de orientar o movimento, não tendo relação de função 
com as existentes nos aparelhos ortopédicos.
Figura 1 (A-B) – Aparelho PLP- Placas lateroprostusivas.
Sequência de tratamento
É recomendável que o paciente tenha realizado 
exame médico especializado em sono para o estabele-
cimento do diagnóstico e indicação de tratamento6,26. 
A anamnese, o completo exame clínico e odontológico, 
com especial atenção à articulação temporomandibu-
lar e análise de exames complementares (cefalometria), 
fazem parte da avaliação inicial do paciente na Ameri-
can Sleep Disordes Association (ASDA)2 (1995). Pacien-
tes com leve desconforto na articulação temporoman-
dibular ou com bruxismo não são contraindicados para 
o uso do PLP. Pacientes desdentados somente no arco 
maxilar com dentes no arco inferior pode responder 
favoravelmente à terapia com o PLP. 
Para a confecção do aparelho em laboratório é ne-
cessário moldagem com alginato e modelos em gesso 
especial, bem como registro da posição mandibular 
com George Gauge® (Great Lakes Orthodontics).
Na consulta de instalação do aparelho deve-se 
esclarecer o paciente sobre as possíveis limitações e 
efeitos colaterais dessa terapia; ensinar o paciente a 
instalar e retirar o aparelho; realizar os ajustes de po-
sição mandibular conforme a necessidade; fazer as re-
comendações sobre a higienização e cuidados com o 
aparelho PLP e marcar as consultas de ajuste e acom-
panhamento. 
Uma vez obtida a melhora nos sintomas, deve-se 
reencaminhar o paciente para o médico que o indicou 
e realizar nova polissonografia para controle terapêu-
tico.
Conclusão
Recomenda-se, inicialmente, que o paciente seja 
avaliado para fins de diagnóstico e indicação do trata-
mento por médico especialista em Medicina do Sono. 
Para implementar a terapia com aparelho intraoral, o 
dentista deve ser especializado no tratamento e no 
acompanhamento dos distúrbios respiratórios do sono. 
Deve, ainda, interagir com os médicos, participando 
de forma multidisciplinar, em equipe qualificada em 
Orthod. Sci. Pract. 2015; 8(29):113-117.
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Medicina do Sono, visando ao sucesso do tratamento 
e evitando a desvalorização da terapia com aparelho 
intraoral.
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