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Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
1 
Apostila de inspeção e 
manutenção em 
guindastes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração: Luiz Alexandria 
Técnico industrial em 
maquinas navais 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
2 
 
INTRODUÇÃO 
Esta apostila tem conteúdo direcionado a todo pessoal envolvido na manutenção, 
operação e inspeção de guindastes. 
 
Índice: 
 
1 – Corrosão 
– Definição 
– Conceitos básicos de corrosão 
– Corrosão eletroquímica 
– Potencial de eletrodo 
– Mecanismo básico de Corrosão 
– Rações anódicas e catódicas 
– Polarização 
– Passivação 
– Formas da corrosão 
- Método de controle 
 
2 – Ensaios não destrutivos 
- Inspeção visual 
- LP - Liquido penetrante (noções) 
- PM - Partículas magnéticas (noções) 
 
3 – Inspeção em guindaste 
- Principais tipos de guindastes offshore 
- Descrição de componentes 
- Guindaste on-shore X guindaste off-shore 
 
A) – Lança 
- Olhais e pinos de união entre as seções 
- Olhais de ancoragem dos pendentes 
- Empenos em contraventamentos ou cordas 
- Pinos do pé da lança 
 
B) Cabine 
- Forma de avaliação de componentes. 
- Guindaste onshore versus guindaste offshore 
- Descrição dos componentes de guindastes 
 
C) Pedestal 
- Parafusos do rolamento de giro 
- Aperto dos parafusos 
- Cuidados 
- Características de parafusos de fixação do rolamento 
- Torque de aperto 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
3 
- Medição do rolamento de giro 
- Mesa de giro 
- Eixos dos roletes 
- Eixos de fixação dos suportes dos roletes 
- Medição das folgas dos roletes 
- Olhais do chassi para fixação dos suportes 
 
D) Chassi 
- Avaliação da estrutura 
- Avaliação das soldas 
- Realização de ensaios não destrutivos. 
 
E) Cavalete 
- Avaliação da estrutura 
- Avaliação dos guarda corpos 
- avaliação de passadiços 
 
F) Sistema de acionamento 
- Catraca sprag 
- Bombas, redutores e motores (hidráulicos) 
- Sistema do guindaste HR 
 
G ) Mangotes / Tubulações 
- Avaliação, sintomas e causas prováveis. 
 
H) Freios 
- Atuação em guindastes hidráulicos 
- Atuação em guindastes mecânicos 
 
I) Sistema de comando e controle 
- Mecanismo de comando (hidráulicos e pneumáticos) 
- Indicador de ângulo da lança 
 
J) Sistema de indicação de carga 
- Avaliação de funcionamento 
- Desarme por sobre carga 
- Princípios de funcionamento 
 
K) Sistema de segurança 
- Desarme automático da elevação de carga principal e auxiliar 
- Desarme automático da elevação de lança 
 
L) Sistema de içamentos 
- Tambores 
- Quantidades máxima e mínima segundo norma N-1930 
- Inspeção de ancoragens dos cabos aos tambores 
- Esforços de tracionamento 
 
M) Cabos de aço – Norma N-2161 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
4 
 
- Definições 
- O que é passo? 
- Tipos de torções 
- Critério de descarte 
- Diâmetro do cabo 
- Avaliação de fraturas dos arames 
- Arames partidos nos terminais 
- Defeitos 
- Inspeção eletromagnética 
- Manutenção em cabos de aço 
 
N) Acessórios de movimentação de carga – Norma N-2170 
- Definições 
- Condições gerais de inspeção 
- Inspeção de Manilhas 
- Inspeção de Ganchos 
- Inspeção de Lingas e Acessórios 
- Critérios para substituição da linga em função da quantidade de arames partidos 
- Inspeção do Olhal 
- Inspeção de soquete aberto ou fechado 
- Inspeção e montagem de soquetes\ cunha 
- Inspeção de Lingas de Correntes 
- Inspeção de Anéis de Carga 
- Inspeção de Moitões e Cadernais 
 
O) Pendentes 
- Utilização de pendentes 
- Inspeção de pendentes 
- Formas de instalação e problemas possíveis 
 
P) Roldanas 
- Uso de roldanas 
- Eficiência das roldanas 
- Inspeção de roldanas (Norma API RP 9B) 
 
Q) Lubrificação 
- Função dos lubrificantes 
- Problemas ocasionados pela falta de lubrificantes 
- Descrição dos lubrificantes usados em guindastes 
- Precações na lubrificação 
- Análise de lubrificantes 
 
R) Metrologia (Paquímetro) 
- Definição 
- Princípio do Nônio 
- Sistema inglês (polegada ordinário) 
- Processo de colocação de medidas 
- Processo de leitura de medidas 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
5 
 
 
 
 
CORROSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
As pessoas têm as mais diversas respostas para "O que é corrosão". Alguns dizem 
que é oxidação, outras dizem que é um ataque químico, enquanto alguns dizem que é 
um fenômeno elétrico, a eletrólise. Cada uma dessas respostas é parcialmente 
verdadeira. Excetuando alguns tipos não usuais de corrosão, como bacteriana ou por 
ataque químico direto, pode-se dizer que a corrosão, como normalmente encontrada 
numa tubulação metálica, é, basicamente, um processo eletroquímico por natureza. 
Corrosão é a deterioração de materiais metálicos ou não metálicos, ocasionada por 
ação química ou eletroquímica do meio ao qual está exposto, podendo estar associada 
a esforços mecânicos. 
Os materiais metálicos e não metálicos estão sujeitos à corrosão, porém é mais comum 
ocorrer em materiais metálicos. 
 
Conceitos Básicos de Corrosão 
 
Oxidação e Redução 
 
O processo corrosivo é função das reações de óxido-redução, enquanto um elemento é 
oxidado outro é reduzido. 
Mas o que são as reações de oxidação e de redução? 
 
“Oxidação é a perda de elétrons” e “Redução é o ganho de elétrons”. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
6 
Para que uma substância seja oxidada, perca elétrons, é necessário que outra 
substância seja reduzida, ganhe o mesmo número de elétrons. 
 
Na reação: Fe + 2 H+ Û Fe2+ + H2, podemos observar que o Ferro inicialmente tem 
número de oxidação igual a zero e o íon Hidrogênio tem número de oxidação +1 (lado 
esquerdo da equação) ⇒ Fe0 + 2 H+. 
Na reação do Ferro com o íon Hidrogênio, o Ferro é oxidado perdendo dois elétrons e 
ficando com número de oxidação +2 e os dois íons Hidrogênio são reduzidos recebendo 
os dois elétrons perdidos pelo Ferro e ficando com número de oxidação zero (lado 
direito da equação) ⇒ Fe2+ + (H2)0. 
Antigamente acreditava-se que a oxidação somente ocorria na presença de Oxigênio, 
porém com a evolução da química foi possível verificar que substâncias podem ser 
oxidadas por outras substâncias que não sejam o oxigênio. 
 
Corrosão Eletroquímica 
 
Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem que um equipamento sofreu corrosão, por 
que formou uma pilha. 
Isto se deve ao fato de que quando temos dois metais diferentes em contato e imersos 
em um meio condutor temos uma pilha eletroquímica e um dos metais sofrerá corrosão. 
É a formação de uma pilha de corrosão através da cessão de elétrons de 
uma região para outra. A espécie química que cede (perde) os elétrons sofre 
oxidação e o local aonde ocorre a oxidação (corrosão) é chamado de anodo. 
M→→→→M+n + ne- 
A espécie química que ganha os elétrons sofre redução e o local aonde ocorre a 
redução é chamado de catodo. 
X + n’e- → → → → X-n’ 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Quanto à extensão (em relação a cada área inspecionada) 
- Localizada - corrosão em um ponto isolado na área considerada na inspeção; 
- Generalizada - corrosão em toda área considerada na inspeção; 
- Dispersa - corrosão em vários pontos isolados na área considerada na inspeção. 
 
Quanto à forma 
- Uniforme - caracterizada por uma perda uniforme de material; 
- Alveolar - caracterizada por apresentar cavidades na superfície metálica, possuindo 
fundo arredondado e profundidade geralmente menor que seu diâmetro; 
- Pitiforme - caracterizada por cavidades apresentando fundo em forma angular e 
profundidade geralmente maior que o seu diâmetro. 
 
Quanto à intensidade 
Considerar apenas a forma alveolar. 
- Leve - alvéolos que apresentam diâmetro menor que 2 mm; 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
7 
- Média - alvéolos que apresentamdiâmetro com valor compreendido entre 2 e 4 mm; 
- Severa - alvéolos que apresentam diâmetro maior que 4 mm. 
 
Formas de Corrosão 
Os tipos de corrosão podem ser classificados em função da morfologia ou do 
mecanismo. 
 
 
 
 
 
 
 
- Classificação em função da morfologia 
 
Uniforme – quando a corrosão se processa de modo aproximadamente uniforme em 
toda a superfície atacada. Esta forma é comum em metais que não formam películas 
protetoras, como resultado do ataque; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por Placas – quando os produtos de corrosão formam-se em placas que se 
desprendem progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente 
protetora mas que, ao se tornarem espessas, fraturam 
e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque; 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alveolar – quando o desgaste provocado pela corrosão se dá 
sob forma localizada, com o aspecto de crateras. É freqüente 
em metais formadores de películas semi protetoras ou quando 
se tem corrosão sob depósito, como no caso da corrosão por 
aeração diferencial; 
 
 
 
 
 
 
Por Pite ou Puntiforme – quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta 
intensidade, geralmente com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. A 
corrosão por pite é freqüente em metais formadores de películas protetoras, em geral 
passivas, que, sob a ação de certos agentes agressivos, são destruídas em pontos 
localizados, os quais se tornam ativos, possibilitando corrosão muito intensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ASTM admite várias formas de pites e alguns profissionais não fazem uso da 
classificação alveolar e por placas, chamando todas as três de corrosão por pites. 
 
 
Corrosão alveolar 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
9 
 
 
 
Intergranular – ocorre entre os grãos da rede 
cristalina do material metálico, este perde suas 
propriedades mecânicas e se sujeito a 
esforços mecânicos poderá fraturar, neste 
caso passa a ser classificada como corrosão 
sob tensão fraturante – CTF (Stress Corrosion 
Cracking – SCC). 
 
 
 
 
 
Intragranular - ocorre nos grãos da rede cristalina do 
material metálico, este perde suas propriedades mecânicas e 
se sujeito a esforços mecânicos poderá fraturar, neste caso 
também passa a ser classificada como corrosão sob tensão 
fraturante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação em função do mecanismo 
 
Eletrolítica ou pilha eletrolítica – é a corrosão decorrente da perda de elétrons de um 
metal quando em contato com outro metal em meio úmido. 
 
Galvânica – o mesmo que corrosão eletroquímica, porém dois metais diferentes estão 
eletricamente conectados e imerso em um eletrólito. 
 
 
 
Intragranular 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
10 
Por aeração diferencial – é um tipo de corrosão eletroquímica que ocorre em função 
de concentrações ou pressões parciais diferentes de oxigênio. 
Associada a solicitações mecânicas: corrosão sob tensão fraturante, sob fadiga, por 
atrito, por erosão. 
 
Seletiva – Grafítica e Desincificação – ocorre a perda de um determinado elemento do 
material metálico. 
 
Empolamento ou fragilização por Hidrogênio – no empolamento o Hidrogênio 
atômico devido ao seu pequeno volume atômico penetra o material e se aloja nas 
descontinuidades, ao se transformar em Hidrogênio molecular aumenta de volume e 
exerce pressão alongando as descontinuidades, dando o formato de bolhas. Já na 
fragilização ocorre perda de dutibilidade ocasionada pela difusão do hidrogênio através 
do material metálico. 
 
Métodos de Controle da Corrosão 
Considerando-se como entendidas as condições que causam corrosão, as técnicas 
empregadas para controle da corrosão podem ser mais bem entendidas. Os três 
métodos básicos para mitigação da corrosão eletrolítica de tubulações são os seguintes: 
1. Isolamento Elétrico 
2. Revestimentos 
3. Proteção Catódica 
Isolamento Elétrico 
O primeiro passo básico no controle da corrosão é o de isolar a tubulação de estruturas 
metálicas estranhas. Uma estrutura metálica estranha pode ser outras tubulações, 
conduites elétricos, e provavelmente, a mais comum, aço de reforço concretado. 
Obviamente o isolamento elétrico não irá prevenir células de corrosão localizadas na 
tubulação. O isolamento elétrico reduz o problema de controle da corrosão em relação 
aos efeitos do ambiente solo sobre a própria tubulação. 
Revestimentos 
Os revestimentos normalmente têm a finalidade de formar um filme contínuo, constituído 
de material isolante, sobre uma superfície metálica que se pretende isolar. Um 
revestimento será um meio efetivo de interrompimento de corrosão se: 
1. O material de revestimento for um efetivo isolante elétrico. 
2. Puder ser aplicado sem interrupções ou descontinuidades, e resistir íntegro 
durante o transporte, instalação e operação de enterramento. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
11 
3. O revestimento prover inicialmente um filme quase perfeito e assim permanecer 
ao longo do tempo. 
Os revestimentos variam em qualidade quando inicialmente aplicados, e na resistência 
durante o manuseio e instalação. As inspeções de controle de material, aplicação, 
fornecimento da tubulação e instalação afetam tanto a qualidade quanto o custo. 
Numa tubulação tipicamente bem revestida, a instalação completa deve ter uma 
eficiência de revestimento, melhor do que 99%. 
Proteção Catódica 
A proteção catódica, descrita numa forma bem simples, é o uso direto de eletricidade 
corrente de uma fonte externa, em oposição da corrente de descarga da corrosão de 
áreas anódicas que estarão naturalmente presentes. Quando um sistema de proteção 
catódica eficaz é instalado, todas as partes da corrente coletada da estrutura protegida 
do eletrólito circunvizinho e toda a superfície exposta se tornam uma única área catódica 
- daí o nome. 
A galvanização tem um passado histórico no uso de redução da corrosão em 
tubulações. A galvanização é, com efeito, um sistema de proteção catódica, utilizando o 
zinco, dispersado sobre a superfície da tubulação, como material de anodo de sacrifício. 
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 
 
Ensaios Visuais 
 
END - Esta é a sigla que identifica um grupo de ensaios: os ensaios não destrutivos. 
Esses ensaios caracterizam-se por não deixar marcas no material ensaiado, 
Por isso podem ser realizados em produtos acabados, sem qualquer risco de inutilizá-los em 
conseqüência do ensaio. 
 
De olho no produto 
O ensaio visual dos metais foi o primeiro método de ensaio não destrutivo aplicado pelo homem. 
É, com certeza, o ensaio mais barato, usado em todos os ramos da indústria. 
Assim, a inspeção visual exige definição clara e precisa de critérios de aceitação e rejeição do 
produto que está sendo inspecionado. Requer ainda inspetores treinados e especializados, para 
cada tipo ou família de produtos. 
Um inspetor visual de chapas laminadas não poderá inspecionar peças fundidas e vice-versa, 
sem prévio treinamento. 
 
Descontinuidades e defeitos 
É importante que fiquem claros, os conceitos de descontinuidade e defeito de peças. Esses 
termos são muito comuns na área de ensaios não destrutivos. Para entendê-los, vejamos um 
exemplo simples: um copo de vidro com pequenas bolhas de ar no interior de sua parede, 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
12 
formadas devido a imperfeições no processo de fabricação, pode ser utilizado sem prejuízo para 
o usuário. Essas imperfeições são classificadas como descontinuidades. 
Mas, caso essas mesmas bolhas aflorassem à superfície do copo, de modo a permitir a 
passagem do líquido do interior para a parte externa, elas seriam classificadas como defeitos, 
pois impediriam o uso do copo. 
 
 
De modo geral, nos deparamos na indústriacom inúmeras variáveis de processo que podem 
gerar imperfeições nos produtos. 
Essas imperfeições devem ser classificadas como descontinuidades ou defeitos. 
 
Principal ferramenta do ensaio visual 
A principal ferramenta do ensaio visual são os olhos. 
O olho é considerado um órgão pouco preciso. A visão varia em cada um de nós, e mostra-se 
mais variável ainda quando se comparam observações visuais num grupo de pessoas. Para 
minimizar essas variáveis, deve-se padronizar fatores como a luminosidade, a distância ou o 
ângulo em que é feita a observação. 
 
A ilusão de ótica é outro problema na execução dos ensaios visuais. Comprove isso observando 
as figuras abaixo e fazendo os testes a seguir. 
 
1) Quais traços são mais curtos: os da direita 
ou os da esquerda? 
 
 
 
 2) Qual elipse é maior: a de baixo ou a interna 
superior? 
 
 
Para eliminar esse problema, nos ensaios visuais, devemos utilizar instrumentos que permitam 
dimensionar as descontinuidades, por exemplo, uma escala graduada (régua). Repita os testes 
usando uma régua. Assim, você chegará a conclusões mais confiáveis. 
A inspeção visual a olho nu é afetada pela distância entre o olho do observador e o objeto 
examinado. A distância recomendada para inspeção situa-se em torno de 25 cm: abaixo desta 
medida, começam a ocorrer distorções na visualização do objeto. 
Existem outros fatores que podem influenciar na detecção de descontinuidades no ensaio visual. 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
13 
Algumas verificações podem deixar passar desapercebidos problemas que poderão causar 
danos maiores aos equipamentos e até mesmo risco de acidente. Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fique atento 
Um fator de fracasso na inspeção visual é a fadiga visual. Além do treinamento, estes devem 
receber acompanhamento oftalmológico. 
Ele se faz necessário para o bom desempenho dos profissionais e deve ser realizado 
periodicamente, para garantir sua acuidade visual. 
 
Ajudando os nossos olhos 
Em certos tipos de inspeções, por exemplo, na parede interna de tubos de pequeno diâmetro e 
em partes internas de peças, é necessário usar instrumentos ópticos auxiliares, que 
complementam a função do nosso olho. Os instrumentos ópticos mais utilizados são: 
· Lupas e microscópios; · Espelhos e tuboscópios; · Câmeras de tevê em circuito fechado. 
 
 
Liquido penetrante 
 
Depois do ensaio visual, o ensaio por líquidos penetrantes é o ensaio não destrutivo 
mais antigo. Ele teve início nas oficinas de manutenção das estradas de ferro, em várias 
partes do mundo. 
Somente em 1942, nos Estados Unidos, Roberto C. Switzer, aperfeiçoando o teste do 
óleo e giz, desenvolveu a técnica de líquidos penetrantes, pela necessidade que a 
indústria aeronáutica americana tinha de testar as peças dos aviões, que são até hoje 
fabricadas com ligas de metais não ferrosos, como alumínio e titânio, e que, 
conseqüentemente, não podem ser ensaiados por partículas magnéticas. 
 
Agora que você já está por dentro da história deste importante ensaio, vamos conhecer 
a sua técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Descrição do ensaio 
Hoje em dia, o ensaio por líquidos penetrantes, 
além de ser aplicado em peças de metais não ferrosos, 
 também é utilizado para outros tipos de materiais sólidos, 
como metais ferrosos, cerâmicas vitrificadas, vidros, 
plásticos e outros que não sejam porosos. Sua finalidade é 
detectar descontinuidades abertas na superfície das peças, 
 como trincas, poros, dobras, que não sejam visíveis a olho nu. 
O ensaio consiste em aplicar um líquido penetrante sobre a 
superfície a ser ensaiada. Após remover o excesso da superfície, faz-se sair da 
descontinuidade o líquido penetrante retido, utilizando-se para isso um revelador. 
A imagem da descontinuidade, ou seja, o líquido penetrante contrastando com o 
revelador, fica então visível. 
 
Vamos agora conhecer as etapas deste ensaio: 
a) Preparação e limpeza da superfície 
 
A limpeza da superfície a ser ensaiada é fundamental para a revelação precisa e 
confiável das descontinuidades porventura existentes na superfície de ensaio. 
 
O objetivo da limpeza é remover tinta, camadas protetoras, óxidos, areia, graxa, óleo, 
poeira ou qualquer resíduo que impeça o penetrante de entrar na descontinuidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para remover esses resíduos sem contaminar a superfície de ensaio utilizam-se 
solventes, desengraxantes ou outros meios apropriados. 
 
 
 
Liquido penetrante 
Exemplos do ensaio 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
15 
 
b) Aplicação do líquido penetrante consiste em aplicar, 
por meio de pincel, imersão, pistola ou spray, um líquido, 
geralmente de cor vermelha ou fluorescente, capaz de 
penetrar nas descontinuidades depois de um determinado 
tempo em contato com a superfície de ensaio. 
 
c) Remoção do excesso de penetrante 
Decorrido o tempo mínimo de penetração, deve-se remover o excesso de 
penetrante, de modo que a superfície de ensaio fique totalmente isenta 
do líquido. Este deve ficar retido somente nas descontinuidades. Esta 
etapa do ensaio pode ser feita com um pano ou papel seco ou umedecido 
com solvente. 
Em outros casos, lava-se a peça com água, secando-a posteriormente, 
ou aplica-se agente pós-emulsificável, fazendo-se depois a lavagem com água. 
 
Nota: Uma operação de limpeza deficiente pode mascarar os resultados, revelando até 
descontinuidades inexistentes. 
 
d) Revelação 
Para revelar as descontinuidades, aplica-se o 
revelador, que nada mais é do que um talco branco. 
Esse talco pode ser aplicado a seco ou misturado em 
algum líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da mesma forma que na etapa de penetração, aqui também deve-se prever um tempo 
para a revelação, em função do tipo da peça, do tipo de defeito a ser detectado e da 
temperatura ambiente. Geralmente faz-se uma inspeção logo no início da secagem do 
revelador e outra quando a peça está totalmente seca. 
 
e) Inspeção 
No caso dos líquidos penetrantes visíveis, a inspeção é feita sob luz branca natural ou 
artificial. O revelador, aplicado à superfície de ensaio, proporciona um fundo branco que 
contrasta com a indicação da descontinuidade, que geralmente é vermelha e brilhante. 
Para os líquidos penetrantes fluorescentes, as indicações se tornam visíveis em 
ambientes escuros, sob a presença de luz negra, e se apresentam numa cor amarelo 
esverdeado, contra um fundo de contraste entre o violeta e o azul. 
 
 
 
Revelador 
 
Liquido penetrante sugado 
da descontinuidade 
O revelador atua como se fosse um mata-borrão, 
sugando o penetrante das descontinuidades e 
revelando-as. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
16 
 
Registro de resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) Limpeza 
 
Após a inspeção da peça e a elaboração do relatório de ensaio, ela 
deve ser devidamente limpa, removendo-se totalmente os resíduos do 
ensaio; esses resíduos podem prejudicar uma etapa posterior no 
processo de fabricação do produto ou até o seu próprio uso, caso 
esteja acabado. 
 
Vantagens e limitações 
Agora que você já sabe onde pode aplicar o método de inspeção por líquidos 
penetrantes e já conhece as etapas de execução deste ensaio, vamos estudar suas 
vantagens e limitações. 
 
Vantagens 
· Podemos dizer que a principal vantagem deste método é sua simplicidade, pois é fácil 
interpretar seus resultados. 
· O treinamento é simples e requer pouco tempo do operador. 
· Não há limitações quanto ao tamanho, forma das peças a serem ensaiadas, nem 
quanto ao tipo de material. 
· O ensaio pode revelar descontinuidades extremamente finas, da ordem de 0,001 mm 
de largura, totalmente imperceptíveis a olho nu. 
 
Limitações 
· O ensaio só detecta descontinuidades abertas e superficiais, já queo líquido tem de 
penetrar na descontinuidade. Por esta razão, a descontinuidade não pode estar 
preenchida com qualquer material estranho. 
 
· A superfície do material a ser examinada não pode ser porosa ou absorvente, já que 
não conseguiríamos remover totalmente o excesso de penetrante, e isso iria mascarar 
os resultados. 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
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· O ensaio pode se tornar inviável em peças de geometria complicada, que necessitam 
de absoluta limpeza após o ensaio, como é o caso de peças para a indústria alimentícia, 
farmacêutica ou hospitalar. 
 
RESUMO DA SEQÜÊNCIA DO ENSAIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Partículas magnéticas 
 
Com certeza você já observou uma bússola. 
Já verificou que, ao girá-la, a agulha imantada flutuante mantém-se alinhada na direção norte-
sul do globo terrestre? 
 
Deve ter observado também que, ao colocarmos um ímã sob um papelão e jogarmos limalha 
fina de ferro sobre esta superfície, com ligeiras pancadas no papelão a limalha se alinha 
obedecendo a uma determinada orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica 
Hoje já existem no mercado kits que 
fornecem o produto de limpeza 
(solvente), o líquido penetrante e um 
revelador. Estes kits são de grande valia, 
pois facilitam muito a vida do inspetor. 
Mas devemos consultar as 
especificações 
de ensaio para poder escolher o kit com 
os produtos mais adequados. 
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Limalha de ferro orientada 
 
Por que isto ocorre? “Que forças invisíveis”, agem sobre esses materiais? 
Veremos nesta aula como é feito o ensaio por partículas magnéticas. Nesse ensaio, utilizamos 
essas “forças invisíveis”, que também alinham as partículas magnéticas sobre as peças 
ensaiadas. Onde houver descontinuidades, a orientação será alterada, revelando-as. 
 
Ensaio por partículas magnéticas 
O ensaio por partículas magnéticas é largamente utilizado nas indústrias para detectar 
descontinuidades superficiais e subsuperficiais, até aproximadamente 3 mm de profundidade, 
em materiais ferromagnéticos. 
Para melhor compreender o ensaio, é necessário saber o que significam os termos a seguir: 
- campo magnético; 
- linhas de força do campo magnético; 
- campo de fuga. 
Observe novamente a figura que mostra a limalha de ferro sobre o papelão. 
Chamamos de campo magnético a região que circunda o ímã e está sob o efeito dessas forças 
invisíveis, que são as forças magnéticas. 
 
 
 
- O campo magnético pode ser representado por 
linhas chamadas linhas de indução magnética, 
linhas de força do campo magnético, ou ainda, 
linhas de fluxo do campo magnético. 
 
- Em qualquer ímã, essas linhas saem do pólo 
norte do ímã e caminham na direção do seu 
pólo sul. 
 
 
 
 
 
Partículas magnéticas 
Ferromagnéticos 
- Nome dado aos materiais que são fortemente atraídos pelo ímã, como ferro, níquel, 
cobalto e quase todos os tipos de aço. 
 
Atenção 
Nas linhas de fluxo do campo magnético não há transporte de qualquer tipo 
de material de um pólo a outro. 
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Partículas magnéticas nada mais são do que um substituto para a limalha de ferro. São 
constituídos de pós de ferro, óxidos de ferro muito finos e, portanto, com propriedades 
magnéticas semelhantes às do ferro. 
Embora chamadas de partículas magnéticas, na realidade elas são partículas magnetizáveis e 
não pequenos ímãs ou pó de ímã. 
Agora você deve estar pronto para conhecer o ensaio por partículas magnéticas. 
 
Método por YOKE 
 
 
Etapas para a execução do ensaio 
1. Preparação e limpeza da superfície 
2. Magnetização da peça 
3. Aplicação das partículas magnéticas 
4. Inspeção da peça e limpeza 
5. Desmagnetização da peça 
 
Vamos conhecer cada etapa detalhadamente: 
 
Preparação e limpeza da superfície 
Em geral, o ensaio é realizado em peças e produtos acabados, semi-acabados ou em uso. O 
objetivo dessa etapa é remover sujeira, oxidação, carepas, respingos ou inclusões, graxas etc. 
da superfície em exame. Essas impurezas prejudicam o ensaio, formando falsos campos de 
fuga ou contaminando as partículas e impedindo seu reaproveitamento. 
 
Os métodos mais utilizados para a limpeza das peças são: 
- jato de areia ou granalha de aço; 
- escovas de aço; 
- solventes. 
Neste momento, temos a peça limpa e pronta para o ensaio. 
 
Magnetização da peça 
Carepa: camada de óxidos formada nas 
superfícies da peça, em decorrência de sua 
permanência a temperaturas elevadas, na 
presença de oxigênio. 
 
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 Elaboração: 
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Devido às dimensões, à geometria variada das peças e à necessidade de gerarmos 
campos magnéticos ora longitudinais, ora transversais, foram desenvolvidos vários 
métodos de magnetização das peças. 
 
Técnicas de magnetização 
Magnetização por indução de campo magnético Neste caso, as peças são colocadas 
dentro do campo magnético do equipamento, fazendo-se então com que as linhas de 
fluxo atravessem a peça. 
As linhas de fluxo podem ser longitudinais ou circulares, dependendo do método de 
magnetização, que é escolhido em função do tipo de descontinuidade a verificar. 
No caso de guindastes, somente será utilizado o método por YOKE (via úmida), sendo 
assim, abordaremos apenas este método. 
 
Por yoke (yoke é o nome dado ao equipamento) - Nesta técnica, a magnetização é feita 
pela indução de um campo magnético, gerado por um eletroímã em forma de .U. 
invertido que é apoiado na peça a ser examinada. 
Quando este eletroímã é percorrido pela corrente elétrica (CC ou CA), gera-se na peça 
um campo magnético longitudinal entre as pernas do yoke. 
 
 
 
Técnicas de ensaio 
 
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 Elaboração: 
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Temos que garantir que o campo gerado tenha uma intensidade suficiente para que se 
formem os campos de fuga desejados. 
 
Existem várias maneiras de verificar isto: 
· com aparelhos medidores de campo magnético; 
· aplicando o ensaio em peças com defeitos conhecidos; 
· utilizando-se padrões normalizados com descontinuidades conhecidas; 
· no caso do yoke, ele deve gerar um campo magnético suficiente para levantar, no 
mínimo, 4,5 kgf em corrente alternada e 18,1 kgf em corrente contínua. 
 
Técnica de varredura - Para garantir que toda a peça foi submetida ao campo 
magnético, efetuamos uma varredura magnética. 
 
1ª etapa – Aplicação do campo longitudinal no cordão de solda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª etapa – Aplicação do campo transversal no cordão de solda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação das partículas magnéticas 
 
As partículas magnéticas são fornecidas na forma de pó, em pasta ou ainda em pó 
suspenso em líquido (concentrado). 
 
Podem ainda ser fornecida em diversas cores, para inspeção com luz branca, ou como 
partículas fluorescentes, para inspeção com luz negra. 
Portanto, os métodos de ensaio podem ser classificados: 
 
a) Quanto à forma de aplicação da partícula magnética: 
 Posição dos pólos do mesmo yoke 
 
Posição dos pólos do yoke 
 
Esquema de varredura para ensaio com yoke 
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- Via seca: pó 
- Via úmida: suspensa em líquido 
 
b) Quanto à forma de inspeção: 
- Visíveis: luz branca 
- Fluorescentes: luz negra 
 
Via seca - As partículas magnéticas para esta finalidade não requerem preparação 
prévia. São aplicadas diretamente sobre a superfície magnetizada da peça, por 
aplicadores de pó manuais ou bombas de pulverização. As partículas podem ser 
recuperadas, desde que a peça ensaiada permita que elas sejam recolhidas isentas de 
contaminação. 
 
Via úmida - Neste método, as partículas possuem granulometria muito fina, o que 
permite detectar descontinuidades muito pequenas. As partículas são fornecidas pelos 
fabricantesna forma de pó ou em suspensão (concentrada) em líquido. Para a 
aplicação, devem ser preparadas adequadamente, segundo norma específica (são 
diluídas em líquido, que pode ser água, querosene ou óleo leve). 
 
Para verificar a concentração das partículas no líquido: 
 
· coloca-se 100 ml da suspensão num tubo padrão graduado; 
· depois de 30 minutos, verifica-se o volume de partículas que se depositaram no fundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A aplicação é realizada na forma de chuveiros de baixa pressão, borrifadores manuais 
ou simplesmente derramando-se a mistura sobre as peças. 
 
Para melhor visualizar as partículas magnéticas, podemos aplicar previamente sobre a 
superfície da peça um contraste, que é uma tinta branca na forma de spray. 
 
As partículas magnéticas (via seca e via úmida) são fornecidas em diversas cores, para 
facilitar a visualização das descontinuidades na peça ensaiada. 
 
 
Os valores recomendados são: 
· 1,2 a 2,4 ml para inspeção por via úmida visível em luz branca; 
· 0,1 a 0,7 ml para inspeção por via úmida visível em luz negra. 
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Inspeção da peça e limpeza 
 
Esta etapa é realizada imediatamente após ou 
junto com a etapa anterior. 
Aplicam-se as partículas magnéticas e efetua-se, 
em seguida, a observação e avaliação das 
indicações. 
 
Feita a inspeção, registram-se os resultados e 
promove-se a limpeza da peça, reaproveitando-se 
as partículas, se possível. Se a peça apresentar 
magnetismo residual, deverá ser desmagnetizada. 
 
Resultados do ensaio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desmagnetização da peça 
A desmagnetização é feita em materiais que retêm parte do magnetismo, depois que se 
interrompe a força magnetizante. 
 
Nota: Percebe-se que há várias opções para realizar o ensaio não destrutivo. Cabe ao 
técnico escolher a melhor opção que se adapte às características da peça. 
 
INSPEÇÃO EM GUINDASTES 
 
 
Trinca entre dois furos 
detectada com partículas 
magnéticas via seca, 
 
Indicações de trincas 
sobre 
a solda, detectadas 
com pó 
magnético via seca 
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Principais tipos de guindastes offshore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guindaste onshore X guindaste offshore 
 
 
 
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Descrição dos componentes de guindastes 
 
 
 
 
 
 
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Inspeção e manutenção 
 
Os componentes, em qualquer equipamento, ficam sujeitos ao desgaste, deterioração 
ou dano, o que limitam sua vida útil. Quando novas todas as peças foram 
confeccionadas com resistência adicional contra condições desconhecidas e uma 
razoável perda de resistência devido a sua gradual deterioração. Contudo, se a 
manutenção e lubrificação forem negligenciadas, estas peças podem eventualmente 
atingir uma condição em que criem um risco de acidente de segurança. Falha em 
manter os ajustes corretos dos vários mecanismos, a fim de assegurar um desempenho 
adequado do guindaste, pode vir a criar também um risco de acidente de segurança. Os 
ajustes hidráulicos da válvula de alívio nunca deverão exceder a pressão especificada 
sem o consentimento do fabricante. O reajuste, quando necessário, deverá ser 
executado por um técnico qualificado e competente. 
Uma programação regular de inspeção e manutenção preventiva deverá ser 
estabelecida de forma que quaisquer problemas aparentes sejam descobertos e 
corrigidos antes que um dano maior ocorra ao guindaste. Face as grande variação de 
uso e condições ambientais torna-se necessário uma inspeção periódica em todos os 
guindastes, além do bom conhecimento por parte dos executantes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Lança 
 
Estrutura de aço temperado e revenido (T1) em que uma de suas extremidades 
encontra-se fixada ao chassi da máquina por meio de articulações com pinos e mancais 
planos (5750) ou pinos e rótulas (5750 R). A outra extremidade é sustentada por cabos 
de aço de comprimento fixo (pendentes) instalados em série com um cabo de aço de 
comprimento variável que, operando em conjunto, permitem a alteração do ângulo de 
posicionamento da lança. A lança suporta os cabos de aço principal e auxiliar, 
responsáveis pela sustentação direta da carga a ser movimentada. É fabricada em 
módulos (seções) que permitam a alteração do seu comprimento total, utilizando-se 
perfis tubulares de seção circular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inspeção da lança 
A lança deve ser verificada quanto a presença de trincas, deformações, desgaste e 
desalinhamentos nas cordas, contraventamentos e demais elementos estruturais. As 
irregularidades detectadas devem ser registradas e encaminhadas para análise. 
 
Olhais e pinos de união entre as seções 
 
Devem ser verificados quanto a presença de deformações e trincas em seu corpo e nas 
respectivas soldas de fixação. Atenção especial deve ser dada aos olhais fundidos 
devido a maior probabilidade de apresentarem problemas. 
Os guindastes HR´s possuem olhais fundidos, o Tema Terra 380 L , os Liebherr (GOS) 
e o American 5750 possuem olhais laminado. 
 
A avaliação da integridade dos olhais de união das lanças dos guindastes depende 
muito do conhecimento a respeito de corrosão e os conceitos determinados pelo 
fabricante. Alguns fabricantes determinam as folgas máximas admissíveis entre os 
olhais e os pinos. 
 
 
 
 
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Um outro aspecto que deve ser avaliado é se os pinos estão devidamente encostados 
na estrutura da lança, pois muitas das vezes o mesmo tende a deslocar para fora 
forçando o contrapino de fixação que por sua vez pode acabar sendo cizalhado. 
 
Olhais de ancoragem dos pendentes 
 
Somente o 5750 e o Liebherr (GOS) possuem na lança olhais para fixação dos 
pendentes. 
No 5750 os olhais, fixados por solda na seção Ponta da lança, são confeccionados com 
chapas de aço. 
No (GOS) também fixados por solda na seção ponta da lança, não foram detectados 
problemas relevantes. 
Os pendentes do HR e do 380 L são fixados em eixos localizados na ponta da lança. Os 
elementos de ancoragem dos pendentes nos eixos é que devem então ser verificados 
quanto a sua integridade. 
 
Empenos em contraventamentos ou cordas 
 
Todos os empenos, ou amassamentos em componentes da lança devem ser descritos 
nos relatórios, pois estes danos podem reduzir significativamente a resistência estrutural 
da lança. 
A existência eventual de um empeno deve ser inicialmente verificada a partir do pé da 
lança e tomando-se por base a direção das cordas principais. Deves-se observar as 
quatro cordas individualmente afim de se detectar o sentido do mesmo. Uma vez 
constatado, seu dimensionamento deverá ser realizado medindo-se as flechas 
decorrentes com o auxilio de uma linha fixada entre dois pontos escolhidos; as flechas 
medidas devem referidas à distancia entre 2 pontos. 
 
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 Elaboração: 
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Não se deve esperar que os empenos eventuais sejam provenientes do serviço normal, 
e sim, uma conseqüência de um possível choque da lança com alguma estrutura ou o 
resultado de uma operação irregular. 
Amassamentos nas cordas e contraventamentos devem ser investigados ao longo de 
toda lança, principalmente na região correspondente aos batentes. 
Os danos localizados nas cordas principais devem ser mencionados de modo a fornecer 
informações completas para avaliações complementares. Deve-se também verificar se 
houve danos nos componentes adjacentes à região do elemento danificado. Como 
exemplo, pode-secitar o aparecimento de trincas na solda de fixação do 
contraventamento à corda principal como resultado de uma acentuada deformação do 
contraventamento; nestas situações é fundamental a utilização de ensaio não destrutivo 
para avaliar corretamente a extensão das avarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinos do pé da lança 
 
Devido aos grandes esforços de compressão atuantes no pé da lança, estes 
componentes devem ser avaliados periodicamente. Existem casos de alguns modelos 
de guindastes que apresentaram ruptura dos parafusos de travamento dos pinos em 
questão. Tal fato ocorre devido os esforços citados tenderem a intensificar a 
interferência (atrito) entre os pinos e buchas, percebe-se uma determinada tendência 
dos referidos pinos acompanharem o movimento de rotação da lança em serviço, o que 
por sua vez causa danos no próprio pino /bucha e em alguns dos seus elementos de 
travamento. 
O rompimento de algum dos elementos de travamento do pino sujeita-o a rotação em 
conjunto com a lança e pode provocar o seu deslocamento axial parcial ou total, 
eliminando assim a fixação da lança ao chassi, com conseqüências desastrosas. 
 
Cabine 
 
 
 
Pé da lança empenado. 
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 Elaboração: 
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Nome genérico atribuído à parte da estrutura, localizada sobre o chassi do guindaste, 
onde normalmente estão localizados e abrigados o posto de comando do operador e a 
casa de máquinas que contém o sistema de acionamento. 
 
A inspeção da cabine pode em muitos casos fazer com que o inspetor creia que é um 
item muito simples a ser avaliado, contudo, existem pontos importantes a serem 
considerados neste componente: 
a) O estado da chaparia deve ser avaliado considerando o estado de corrosão e a 
segurança do operador. 
b) A existência da tabela de carga deve ser avaliada, atentando-se para que a tabela 
existente seja compatível com a configuração da lança instalada. 
c) O estado dos guarda corpos e pisos devem ser registrados em relatório, quando for o 
caso. Entretanto, vale lembrar que em caso de corrosão que comprometa estes 
componentes, mesmo que parcialmente, deve-se enfatizar essa condição no relatório 
emitindo recomendação se necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedestal 
 
É a estrutura tubular sobre a qual o guindaste é 
instalado. 
Em determinadas Unidades, o pedestal pode ter funções 
adicionais além da função estrutural de suportação do 
guindaste como, por exemplo, armazenamento de 
produtos inflamáveis. Assim sendo, é necessário 
identificar com clareza as funções exercidas pelo 
componente para que sejam utilizados, os documentos 
normativos corretos. 
 
Parafusos do rolamento de giro 
 
 
 Base de fixação do guarda corpo danificada 
 Barra vertical do guarda corpo rompida. 
 
 
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 Elaboração: 
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São elementos diretamente responsáveis pela fixação do guindaste ao pedestal. 
Alguns guindastes possuem mesa de giro com roletes. Como o American 9750. 
 
São os elementos responsáveis pela fixação guindaste ao pedestal. No caso de mesa 
de giro com roletes, fixam a mesa ao pedestal e, no caso de rolamento de giro fechado 
promovem as fixações “rolamento-cabine” e “rolamento-pedestal”. 
 
 
Característica: 
Normalmente fabricados segundo as especificações ASTM A 490 ou ABNT 10.9 (NBR 
8855) equivalente. São componentes de alta resistência, temperados e revinidos, com 
rosca rolada, que devem ter obrigatoriamente sua especificação e identificação do 
fabricante estampados na cabeça. 
Quando em serviço normal, estão sujeitos ao aparecimento de descontinuidades 
capazes de comprometê-los seriamente devido aos seguintes fatores: 
A) Elevado tempo de operação 
B) grandes variações dos esforços atuantes 
C) Descontrole da periodicidade e valores inadequados dos torques aplicados. 
Principalmente no caso de parafusos novos, outros dois fatores devem ser 
considerados: 
 
1) A existência de empenos com valores superiores aqueles permitidos pela norma 
ANSI B 18.2.1, que durante o torqueamento podem induzir esforços elevados de flaxao 
e causar então a ruptura do parafuso. 
 
2) A existência de hidrogênio residual originário de processo eletrolítico de tratamento 
superificil (cadmiação, galvanização), que fragiliza o parafuso e pode provocar sua 
ruptura em serviço. 
 
Aperto dos parafusos 
 
- Os parafusos devem ser apertados (torqueados ou tensionados) em sentido oposto 
(180º) até alcançar a pré-carga determinada para cada parafuso e pelas indicações do 
fabricante. 
- A pressão superficial sob a cabeça do parafuso, respectivamente à porca, não deve 
superar o valor limite admissível. Se isto se der, deverão usar-se arruelas. 
- O comprimento mínimo do parafuso deve ser respeitado. 
- A determinação do momento de aperto não depende somente da qualidade dos 
parafusos como também do atrito na rosca e na superfície da cabeça do parafuso. 
- Roscas não lubrificadas exigem momento de aperto menor, razão pela qual os valores 
podem oscilar grandemente. 
 
Cuidados: 
 
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 Elaboração: 
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- Não devem ser efetuados trabalhos de solda perto do rolamento de giro, para evitar 
possível deformação causada pelo calor. Deve-se também evitar a passagem de 
corrente elétrica (decorrente de soldagem) pelo corpo do rolamento para não haver 
danos permanentes na pista. 
Ex: No caso de soldagem no cavalete o aterramento deverá ser feito próximo ao 
cavalete, evitando a abertura de arco elétrico nos rolos e esferas do rolamento de giro. 
 
- A zona não temperada das pistas do rolamento de giro entre o inicio e o fim da 
operação da têmpera da pista é marcada com um “S”, gravado no diâmetro interno e no 
externo de cada anel. O ponto sem têmpera “S” do anel de carga deve estar situado 
fora da zona da carga principal, durante a instalação do memso. 
Ex: O lado do rolamento de giro onde está as marcas “S” deve estar voltada à 90º da 
região de maior trabalho do guindaste. 
 
 
 
 
 
Torque de aperto 
 
O torque de aperto recomendado pelo fabricante deve ser periodicamente verificado e 
poderá ser avaliado de acordo com a seguinte expressão: 
 
 T = Torque do aperto em Kgf.m aplicado com torquímetro 
 d = diâmetro nominal do parafuso em mm 
 Fi = Força de tração inicial em Kgf 
 C = Coeficiente determinado experimentalmente que depende do 
coeficiente de atrito entre as superfícies em contato. Fatores como 
material, acabamento, tratamento superficial e lubrificação 
interferem diretamente nos valores obtidos. 
 
Marca “S” 
 
 
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 Elaboração: 
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Obs 1: Segundo Faires, o valor de Fi não deve criar no parafuso uma tensão maior do 
que 75 % do seu limite de escoamento (real ou teórico). 
Obs 2: Alguns fabricantes de guindastes recomendam que a tensão de pré-carga do 
parafuso seja igual a 70 % deste limite. 
Nota : As duas observações acima são aplicáveis quando se utiliza o torquímetro para 
obtenção da carga de pré-tensão. 
 
Inspeção dos parafusos do rolamento de giro 
Visualmente, sem desmontagem, é possível perceber eventuais perdas de pré-tensão 
(afrouxamentos) dos parafusos pela ruptura da película de tinta que recobre a 
cabeça/porca e a superfície de apoio. A presença de trincas na referida película é um 
indício significativo da ocorrência indevida de movimento relativo entre as duas regiões 
devendo, portanto, ser investigada. 
 
Para possibilitar a rastreabilidade da inspeção, são necessárias as seguintes 
informações no RDO da contratada, na ocasião do retorqueamento dos parafusos: 
- Valor do torque e condição na qual foi aplicado (a seco ou lubrificado); 
- A fonte de informação do valor do torque (manual do fabricante, recomendação técnica 
da inspeção, etc.); 
- Descrição dos parafusos: (diâmetro; classe de resistência; revestimento;comprimento; 
quantidade). 
- Horímetro total do guindaste; 
- Se houve remoção de algum parafuso durante o retorqueamento; 
- Se algum parafuso aceitou o torque, ou seja, se o mesmo girou no momento do 
retorqueamento; 
- Além de outras indicações que o executante considerar relevante. 
 
As regiões preferencialmente de ocorrência de falhas por fadiga são aquelas em que 
existe uma mudança da seção transversal, como a região de junção da cabeça com o 
corpo do parafuso, a região de transição da parte lisa para a parte roscada e a seção 
imediatamente no interior da porca. 
 
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 Elaboração: 
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Medição do rolamento de giro 
 
1ª - Uma forma de avaliar a integridade interna do rolamento de giro é examinar a graxa 
interna que é expulsa do interior do rolamento de giro, quando se coloca graxa nova 
através dos pinos graxeiros. 
A presença de limalha metálica na graxa indicará anormalidade. 
A lubrificação deve ser feita aplicando-se graxa nova e expulsando a graxa contaminada 
do interior do rolamento. A operação do guindaste com graxa contaminada tende a 
reduzir a vida útil do rolamento de giro. 
 
2ª - Com o auxilio de um relógio comparador, preso a uma base magnética, coloca-se 
em contato o apalpador do relógio com a região inferior do rolamento de giro e efetua-se 
um giro de 360 graus com o guindaste, avaliado-se e registrando o indicado no relógio. 
OBS: É importante lembrar que os valores a serem indicados são => a soma entre as 
indicações horária e anti-horária do relógio comparador. 
 
3ª - Outro método que também é usado como auxilio para a avaliação interna do 
rolamento de giro é a medição da distancia do pinhão de giro até o patamar, localizado 
imediatamente do mesmo. 
 
Medição de folga do rolamento de giro com relógio comparador 
 
A medição da folga interna do rolamento somente deverá ser realizada após se adquirir 
a certeza de que o guindaste se encontra em uma condição de “desequilíbrio” sobre o 
pedestal. Esta condição necessária permitirá a detecção da “inclinação” do anel externo 
do rolamento decorrente das folgas internas. 
As medições realizadas com o guindaste "equilibrado" sobre o pedestal não terão 
qualquer utilidade para avaliação do desgaste interno. 
 
Visualmente, também é possível detectar a 
alteração do passo da rosca, devido a um 
alongamento significativo, utilizando -se um 
pente de rosca ou mesmo um macho para 
roscar. 
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 Elaboração: 
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Para proceder a medição, utiliza-se correntemente um conjunto composto de base 
magnética (fixada no pedestal) e relógio comparador (apalpador em contato com o anel 
superior do rolamento), posicionados conforme indicado nas fotos a seguir. Em seguida, 
zera-se o ponteiro do relógio e executa-se um giro completo no guindaste ou o que for 
possível (no mínimo 180 graus), fazendo-se a leitura da variação ocorrida no relógio 
comparador. As leituras devem ser realizadas em, pelo menos, 6 (seis) pontos 
diferentes em torno do pedestal. 
 
 
 
Para que o controle da evolução do desgaste seja confiável, é necessário 
 que as folgas internas do rolamento, logo após a sua instalação, sejam 
dimensionadas. As medições posteriores, com a mesma configuração e 
posicionamento da lança, detectarão os eventuais acréscimos das folgas, 
que poderão ser comparados com os valores admissíveis estabelecidos 
pelos fabricantes para cada tipo e dimensão de rolamento. 
 
A análise dos dados obtidos em várias medições consecutivas, 
aliada às verificações periódicas da contaminação, por partículas 
metálicas, da graxa do rolamento, poderão subsidiar a decisão 
sobre a necessidade de desmontagem e abertura do rolamento 
de giro por ocasião de uma grande intervenção de inspeção/ 
manutenção. 
 
Mesa de giro 
 
Deve ser verificada quanto à existência de deformações uniformes causadas por 
compressão na superfície de contato com os roletes de ação e reação, deformação 
localizada (mossas) gerada pela ação de cargas dinâmicas. 
Estas deformações eventualmente existentes na mesa podem indicar ou impedir a 
correta regulagem das folgas dos roletes de reação, criando assim a instabilidade de 
toda a cabine e aumentando também a probabilidade de impacto do rolete de reação 
com a mesa. 
 
Conjunto dos suportes de roletes 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
36 
Suportes: Componentes estruturais fabricados em aço fundido, e existentes apenas no 
modelo original com mesa de giro, são responsáveis pela ligação mecânica do 
guindaste com o pedestal. 
Devido à sua função estrutural e forma geométrica complexa, devem ser desmontados 
periodicamente para realização de END, visando-se a detecção de descontinuidades 
nucleadas em serviço, a partir de regiões concentradoras de tensão ou de regiões 
portadoras de defeitos de fabricação. 
Deformações por compressão superficial também devem ser investigadas, 
principalmente nas partes internas das furações dos vários olhais existentes pois, sua 
presença altera as dimensões originais (diâmetros) das furações e criam assim folgas 
adicionais nocivas à operação do conjunto. 
 
 
 
Eixos dos roletes: Suportam os roletes de giro e atuam também como pista interna dos 
rolamentos de rolos cilíndricos instalados no interior dos roletes. Devido a estas 
características operacionais estão sujeitos à fadiga de um modo semelhante ao 
observado em rolamentos convencionais. A ocorrência de fadiga, na região de contato 
com os rolos cilíndricos, irá se apresentar sob a forma de um descascamento de 
material da superfície. 
O exame visual e a aplicação de END também estão indicados, respectivamente, para a 
detecção de deformações por flexão/compressão e da presença de trincas. 
 
Eixos de fixação dos suportes: São responsáveis pela fixação dos suportes ao chassi 
do guindaste. Após desmontagem, devem ser inspecionados de modo semelhante ao 
utilizado para os eixos de roletes. 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
37 
Olhais do chassi para fixação dos suportes: Também estão sujeitos à eventuais 
alterações dos diâmetros das furações, devido às deformações superficiais, por 
compressão, que podem ocorrer no interior dos furos, permitindo mais uma vez, o 
aparecimento de folgas adicionais nocivas à operação do conjunto. 
Todas as folgas existentes entre os eixos e os olhais do conjunto, quando somadas, 
poderão atingir valores bem superiores àqueles admitidos para a folga ajustável entre a 
mesa e os roletes de reação (~ 0,5 mm). Esta condição, em função da severidade, 
poderá vir a provocar instabilidade no equilíbrio do guindaste quando em operação, bem 
como o aparecimento de cargas de choque que tenderão a solicitar o conjunto de forma 
mais severa e aumentar, ainda mais, as folgas indesejáveis. 
Obs : A ruptura, em operação, dos suportes de roletes traseiros causou, em PCH-2 
(1984), a queda ao mar do guindaste instalado no módulo 7. 
 
 
Medição das folgas dos roletes 
 
As folgas dos roletes devem ser realizadas da seguinte maneira: 
1 – Lança posicionada a 45 graus e voltada para 4 pontos eqüidistantes da plataforma 
(ex: BB/ BE/ Popa e Proa) 
2 – Roletes de reação dianteiros numerados da esquerda para direita. 
3 – Roletes de reação traseiros numerados da direita para esquerda. 
4 – Valores em (mm) 
5 – Com a lança posicionada no primeiro ponto faz-se a medição de todos os roletes de 
reação, em seguida posiciona a lança no segundo ponto, efetua-se a medição e assim 
sucessivamente. 
6 – Todos os valores devem ser registrados e por comparação pode-se determinar se 
ainda existe possibilidade regulagem dos referidos roletes. 
Conclusão: O fabricante AMERICAN recomenda que a folga ideal entre os roletes de 
reação e a mesa de giro seja de 0,25 a 0,30 mm (para guindastes American9750). 
 
Olhais do chassi para fixação dos suportes 
 
Apresentam a possibilidade de alteração dos diâmetros das furações devido às 
deformações superficiais por compressão que podem ocorrer no interior dos furos, 
fazendo surgir mais uma vez folgas nocivas a operação do conjunto. Assim como os 
olhais dos suportes dos roletes devem ser feitas medições para avaliar estas folgas. 
Com o auxilio de calibres de laminas pode-se efetuar a verificação do nível de folgas 
existentes. Basta posicionar o guindaste em ponto de equilíbrio (com a lança 
aproximadamente em 45 graus) e posteriormente introduzir tantas laminas quanto 
necessário para se terminar a folga existente. 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
38 
 
 
 
 
 
 
Todas as folgas existentes entre eixos e olhais, quando somadas, poderão atingir 
valores bem superiores 1àqueles admitidos para a folga ajustável existente entre a 
mesa de giro e os roletes de reação. Este fato causará uma instabilidade no equilíbrio 
do guindaste quando em operação bem como o aparecimento de cargas de choque que 
tenderão a aumentar ainda mais as folgas desejáveis e solicitarão de forma mais severa 
o conjunto mesa / suportes. 
 
Chassi 
 
É a plataforma instalada sobre a mesa ou rolamento de giro, onde encontram-se fixados 
todos os componentes estruturais e de acionamento do guindaste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O chassi deve ser avaliado com relação a existência de trincas. 
Os olhais do chassi são áreas que recebem atenção maior, contudo, 
alguns guindastes apresentam indicações nas soldas inferiores do 
chassi, como é o caso dos guindastes American 9750 e o 
American 5750 (modelo antigo). A inspeção visual dessas regiões 
deve proceder de forma minuciosa e detalhada nas soldas, atentando 
para escamações na película de tinta ou indicações lineares de rachaduras. 
Tais condições são primordiais para se determinar a necessidade de 
recomendar um ensaio não destrutivos (LP ou PM) para avaliar a integridade da região. 
 
Olhais para fixação da lança 
 
Trinca em ensaio de PM 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
39 
São componentes fabricados em aço fundido, soldados no chassi do guindaste, 
possuidores de olhais duplos de cada lado, com furações para instalação da lança por 
meio de articulações com pinos e mancais planos (5750) ou pinos e rótulas (5750 R). 
 
 
 
 
Cavalete 
 
Nome dado à estrutura instalada na parte traseira do guindaste destinada a suportar, 
através de cabos de aço, a estrutura da lança. 
 
- Durante a inspeção do cavalete deve-se avaliar toda a integridade do mesmo: Os 
olhais e pinos quanto a desgastes e corrosão; A estrutura quanto a corrosão; a 
existência de empenos e trincas. 
 
- A inspeção deste componente deve ser realizada visando 
determinar o estado do cavalete seus passadiços e guarda 
corpos. No caso dos passadiços e guarda corpos, caso os 
mesmos apresentem irregularidades que dificultem, impeçam 
ou coloque em risco as pessoas que acessam os mesmos, 
deve-se enfatizar o estado do mesmo no relatório e efetuar as 
recomendações necessárias. 
 
- Deve-se verificar o estado dos pinos e olhais de fixação 
das hastes ou contraventamentos dos cavaletes. A corrosão 
nesses componentes, associada a solicitações de tração pode 
provocar fadiga e conseqüentemente a ruptura dos mesmos. 
 
Sistema de acionamento 
 
Catraca sprag 
 
Nome dado a embreagem corrediça tipo freio de recuo. Instalada na arvore de comando 
do movimento da lança do guindaste 9750 e no Tema Terra 380 L. 
 
 Guarda corpo empenado 
 Ausência de guarda corpo 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
40 
- No 9750 é recomendável por garantir que o movimento de descida da lança ocorra 
motorizado, ou seja, controlado pelo trem de engrenagem. A correta atuação do 
componente depende diretamente da sua lubrificação, que é feita com um óleo próprio 
do sistema (antigamente usava-se uma mistura de óleo e querosene). 
- No guindaste 380 L o componente é responsável por impedir o retorno dos tambores 
de cabos depois de cessado o comando de içamento. Devido a sua construção peculiar, 
está sujeita a intensos esforços de compressão nas superfícies em contato, devendo 
possuir nestes locais elevadas durezas superficial bem como um núcleo mais macio e 
resistente de modo a evitar a ocorrência de deformações ou rupturas que venham 
provocar a falha do componente em serviço. 
 
- É o nome dado à embreagem corrediça tipo freio de recuo (roda livre) instalada na 
árvore de comando do movimento de descida da lança. 
Definição da empresa Renold: É um dispositivo que possui uma pista interna e outra 
externa, sendo que ambas podem assumir a função de membro de entrada ou membro 
de saída. O membro de entrada pode ser configurado, na sua instalação, para conduzir 
o membro de saída em uma direção escolhida e ainda permitir que o membro de saída 
assuma velocidades maiores que o membro de entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em se tratando do sistema de acionamento da descida da lança, o dispositivo em 
questão é responsável por garantir que este movimento de descida ocorra de modo 
motorizado, ou seja, controlado pelo trem de engrenagens. A correta atuação do 
componente depende diretamente da sua lubrificação, realizada por lubrificante 
específico contido em um pequeno recipiente localizado na extremidade do eixo de 
comando. 
 
A falha do dispositivo seria caracterizada pela possibilidade de haver movimento relativo 
entre as duas pistas em qualquer dos dois sentidos e não mais em apenas um deles. No 
caso do sistema da lança, a falha deste componente provocaria a descida 
descontrolada da lança devido à “quebra” do acoplamento que havia entre o eixo de 
comando e o trem de engrenagens. 
 
American 9750 
Catraca sprag do guincho Braden 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
41 
Conforme descrito no manual de operação do guindaste, o fabricante recomenda que, a 
cada 5000 horas de operação, a embreagem Sprag seja substituída. O componente 
retirado de serviço deve ser enviado ao fabricante para avaliação. 
 
 
 
Bombas, redutores e motores (hidráulicos) 
 
São componentes que não são desmontados para avaliação. As principais verificações 
que devem ser feitas para garantir sua integridade são: 
- Fazer análise periódica do óleo interno de lubrificação; 
- Avaliar quando a ruídos irregulares; 
- Checar a pressão de trabalho, se está dentro das recomendações do fabricante; 
- Checar quanto a vazamentos. 
- Checar quanto a periodicidade de desmontagem para avaliação de componentes 
internos, conforme determinação do fabricante. 
- Verificar registros de exame ferrográfico do óleo lubrificante da caixa de engrenagens e 
dos redutores dos conjuntos de giro 
Os redutores hidráulicos são formados por conjuntos de planetárias que multiplicam a 
forca do sistema hidráulico possibilitando o deslocamento dos 
tambores com esforços mínimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
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Muitos guinchos são acionados por unidades de motores hidráulicas individuais, 
consistindo dos seguintes componentes principais, com o guindaste SEATRAX: 
• Motores Hidráulicos de baixo torque, alta velocidade, quer do tipo “Engrenagem”, 
“Palheta” ou “Pistão Axial” dependendo dos modelos do guincho e guindaste. 
• Conectado à porta de entrada de cada Motor Hidráulico está uma mola “à Prova de 
Falhas” com pressão liberada diretamente pela Válvula de Freio Dinâmica. 
• Engrenagem Redutora Planetária conectando o Motor Hidráulico ao eixo do tambor. 
• Uma peça sólida, Eixo do Tambor apoiado em ambos os lados por Rolamentos Anti-
Fricção e acionando o Tambor do Guincho através de uma conexão de chaveta 
endurecida.• Mola "à Prova de Falhas" aplicada, com pressão liberada pelo Freio de 
Estacionamento Estático atuando diretamente sobre o Tambor do Guincho. 
Grande parte dos guindastes utilizam sistemas hidráulicos do tipo Circuito Completo 
Aberto. 
 
Os redutores hidráulicos são utilizados em grande parte dos guindastes off-shore. 
 
Sendo usados nos guinchos de cargas e lança; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guincho Braden 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
43 
 
Nos redutores de giro; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: Estes redutores trabalham com sistema de planetária em seu interior, 
possibilitando o baixo esforço para movimentação da lança, das cargas e do giro dos 
guindastes. 
 
 
Mangotes / Tubulações (Hidráulicas) 
 
Deve ser assegurado cuidadosamente que as mangueiras e as conexões fiquem 
protegidas em relação as condições ambientais a que serão expostas. Fatores 
ambientais como raio ultravioleta, ozônio, água salgada, insetos e matérias radioativos 
causam degradação e falha prematura. 
A avaliação detalhada das mangueiras deve ser efetuada em intervalos de três meses. 
Em casos de falha: 
 
1 – Sintoma: O tubo interno da mangueira é muito duro e rachou. 
Causa: O calor tende a lixívia os plastificantes para fora do tubo. Este é um material que 
dá à mangueira a sua flexibilidade ou plasticidade. O óleo arejado faz ocorrer oxidação 
do tubo. Esta reação do oxigênio num produto de borracha fará com que ele endureça. 
Qualquer combinação de oxigênio e calor acelerará em muito o endurecimento do tubo 
interno. A cavitação que ocorresse dentro do tubo interno teria o mesmo efeito. 
 
2 – Sintoma: A mangueira está rachada tanto externa como internamente, mas os 
elastômes estão macios e flexíveis à temperatura ambiente. 
Causa: A razão mais provável é um ambiente excessivamente frio durante a flexão da 
mangueira. A maioria das mangueiras padrão é indicada para (-40º C), algumas das 
mangueiras são indicadas para (-49º C). 
As mangueira especificadas para a temperatura de (-54º C). A mangueira de teflon 
suporta até -73º C. 
 
 
Conjunto de planetárias 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
44 
 
3 – Sintoma: Houve ruptura da mangueira e o exame do reforço de arame após 
descascar a cobertura externa revela fios de aço quebrados em diversos pontos 
ao longo da mangueira. 
Causa: Isto indicaria uma alta incidência de golpes de aríete. As exigências SAE do 
ensaio de golpe de aríete para um reforço de dois traçados de aço são 200.000 ciclos a 
133% da pressão de trabalho recomendada. As exigências SAE do ensaio de golpe de 
aríete para um reforço com quatro espirais de aço são de 400.000 ciclos a 133 % da 
pressão de trabalho e a temperatura de 93º C. Se os golpes de aríete extrapolados 
num sistema chegam a mais de um milhão num espaço de tempo relativamente curto, 
então a melhor escolha será uma mangueira reforçada com espiral de aço. 
 
4 – Sintoma: Houve ruptura da mangueira, mas não há sinal de diversos fios de 
quebrados ao longo da mangueira. 
Causa: Isto indicaria que a pressão excedeu a resistência mínima à ruptura da 
mangueira. Ou será necessária uma mangueira mais resistente, ou então o circuito 
hidráulico tem algum defeito que causa a formação de pressões extraordinariamente 
altas. 
 
5 – Sintoma: Ruptura da mangueira. Um exame indica que o trançado de aço está 
enferrujado e que a cobertura externa sofreu corte, abrasão, ou deteriorou 
seriamente. 
Causa: A única função da cobertura externa consiste em proteger o reforço. Os 
elementos capazes de destruir ou remover as coberturas externas são: 
- Abrasão; Corte; Ácido de baterias; Limpeza a vapor; Solução química de limpeza; 
Ácido muriático (para limpeza de cimento); Água salgada; Frio extremo. 
Sem a proteção da cobertura, o reforço fica suscetível aos ataques de umidade ou 
outras matérias corrosivas. 
 
6 – Sintoma: Houve ruptura da mangueira na curva externa e parece que ela está 
elíptica (torcida) na seção curva. No caso de uma linha que alimenta uma bomba, 
a bomba está barulhenta e muito quente. O cano de escape da bomba está duro e 
quebradiço. 
Causa: Em ambos os casos, o problema é devido provavelmente, a um raio mínimo de 
curvatura que não obedece às especificações. Deve-se verificar o raio mínimo de 
curvatura SAE para assegurar-se de que a aplicação está dentro das especificações. 
Nota: É permitido diminuir o raio mínimo de curvatura quando a pressão é reduzida. 
Verifique isto com o seu fornecedor. No caso de uma linha que alimenta uma bomba, o 
colapso parcial da mangueira está causando a cavitação da bomba, o que resulta em 
ruído e calor. 
Esta é uma situação bastante grave e resultará em falha catastrófica da bomba se não 
for corrigida. 
 
7 – Sintoma: A mangueira parece estar achatada num ou mais pontos e parece 
estar dobrada. Ocorreu, ruptura nessa área, parecendo também estar torcida. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
45 
Causa: A torção de uma mangueira de controle hidráulico arrancará as camadas de 
reforço e permitirá a ruptura da mangueira devido ao alargamento dos espaços entre as 
tranças de arame. Use conexões ou juntas giratórias, a fim de que nunca haja força de 
torça agindo sobre uma mangueira hidráulica. 
 
8 – Sintoma: O tubo interno da mangueira soltou-se do reforço e acumulou-sena 
extremidade da mangueira. Em alguns casos poderá mesmo sair pela conexão. 
Causa: A causa provável é um vácuo excessivo ou a mangueira errada para serviço 
com vácuo. Não se recomenda o vácuo para mangueiras de dois traçados de aço, ou de 
4 e 6 espirais, a não ser que se utilize algum tipo de mola interna de proteção. Mesmo 
que uma mangueira seja indicada para o vácuo, se estiver dobrada, achatada ou com 
uma curva muito fechada, este tipo de falha poderá ocorrer. 
 
9 – Sintoma: A ruptura da mangueira deu-se aproximadamente seis a oito 
polegadas de distância da conexão. O trançado de aço está enferrujado. Não há 
cortes ou abrasão na cobertura externa. 
Causa: Montagem imperfeita da conexão na mangueira, permitindo a entrada de 
umidade pela borda do corpo da conexão. 
A umidade penetrará pelo reforço. O calor gerado pelo sistema irá expulsá-la em volta 
da área da conexão, mas a umas seis ou oito polegadas de distância ela ficará retida 
entre o tubo interno e a cobertura externa, causando ferrugem no reforço de arame. 
 
10 – Sintoma: existem bolhas na cobertura externa da mangueira. Ao furar essas 
bolhas, encontra-se óleo dentro delas. 
Causa: Um pequeno furinho no revestimento interno está permitindo que o óleo de alta 
pressão se infiltre entre este e a cobertura externa. 
Eventualmente formará uma bolha no lugar onde a aderência da cobertura estiver mais 
fraca. 
No caso de uma conexão reutilizável, com rosca, uma lubrificação insuficiente da 
mangueira e da conexão poderá causar esta condição, porque o tubo interno seco 
pegará no nipel e arrancará o necessário para permitir infiltração. Esta condição poderá 
ser causada, ainda, por uma mangueira defeituosa. 
 
11 – Sintoma: Bolhas na cobertura externa de uma mangueira condutora de um 
fluído gasoso. 
Causa: O gás de alta pressão está escapando através dos poros do tubo interno, 
acumulando-se sob a cobertura e formando, eventualmente, uma bolha onde a 
aderência é mais fraca. Existem mangueiras especialmente construídas para aplicações 
com gases de alta pressão. Consulte o seu fornecedor sobre qual a mangueira 
apropriada de tais casos. 
 
12 – Sintoma: A conexão escapou da extremidade da mangueira. 
Causa: Pode ser que a conexão errada tenha sido colocada na mangueira. Verifique as 
especificações do fabricante e os números de referência das peças. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
46 
No caso de conexões prensadas, a máquina poderá ter sido mal regulada, resultando 
emprensagem excessiva ou insuficiente. O corpo externo de uma conexão rosqueável 
pode estar gasto além de sua tolerância. 
Também as matrizes, no caso de conjuntos prensados podem estar gastas além da 
tolerância. A conexão pode estar mal colocada na mangueira. Verifique as instruções do 
fabricante. A mangueira pode ter sido instalada sem a folga necessária para compensar 
os possíveis 4 % que, a mangueira pode encolher ao ser pressurizada. 
 
13 – Sintoma: O tubo interno da mangueira está seriamente deteriorado, havendo 
evidência de inchamento externo. Em alguns casos o tubo interno poderá estar 
parcialmente “escavacado”. 
Causa: Ao que indica, o tubo interno da mangueira não é compatível com o agente 
conduzido. Mesmo que o agente em si seja normalmente compatível, um calor maior 
poderá ser o catalisador capaz de causar a deterioração do tubo interno. Certifique-se 
de que as temperaturas de serviço, tanto internas com externas, não estejam 
excedendo as recomendadas. 
 
14 – Sintoma: Ocorreu ruptura da mangueira. A cobertura está seriamente 
deteriorada e a superfície da borracha está rachada. 
Causa: Pode-se tratar, simplesmente, de uma questão de idade. As rachaduras 
resultam da ação prolongada do tempo e do ozônio. Tente determinar a idade da 
mangueira. Alguns fabricantes gravam a data na parte externa da mangueira. 
 
15 – Sintoma: A mangueira está vazando pela conexão devido a uma fenda no 
tubo adjacente à solda da cabeça de um meio flange. 
Causa: Como a rachadura é adjacente à solda e não na própria solda, trata-se de falha 
causada pelo esforço de uma mangueira que deve encurtar sob pressão e não tem a 
folga suficiente para tal. Resolvemos dúzias desses problemas alongando o conjunto 
montado ou alterando a posição do mesmo, de modo a atenuar o esforço exercido 
sobre a conexão. 
 
16 – Sintoma: Uma mangueira com reforço em espiral estourou, partindo-se 
expondo o arame arrebentado e muito emaranhado. 
Causa: A mangueira é curta demais para acomodar a alteração do comprimento 
que ocorre sob pressão. 
 
17 – Sintoma: A mangueira está bastante achatada na área de ruptura. O tubo 
interno está muito endurecido na parte descendente em relação à ruptura, mas 
parece normal na parte ascendente. 
Causa: A mangueira foi dobrada, ou porque foi curvada muito violentamente ou por ter 
sido esmagada de algum modo, originando-se, assim, uma certa restrição. A medida 
que a velocidade do fluído aumenta pela restrição, a pressão decresce ao ponto de 
vaporização do fluído, o que comumente se chama de cavitação. Esta condição dá 
origem a calor e oxidação rápida, o que endurece o tubo interno da mangueira no fluxo 
abaixo da área de restrição. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
47 
 
18 – Sintoma: A mangueira não estourou, mas está vazando em profusão. A 
dissecção da mangueira revela que o tubo interno está perfurado até o trançado 
de aço por uma distância de aproximadamente duas polegadas. 
Causa: Esta falha indicaria uma erosão do tubo interno. Um jato de fluido fino como 
uma agulha, emitido em alta velocidade de um orifício e incidindo num só ponto do tubo 
interno da mangueira irá, hidraulicamente, remover uma seção do mesmo. Verifique se 
a mangueira não está curvada junto a um cano que tenha um orifício. Em certos casos 
onde se encontram altas velocidades a presença da partícula no fluido poderá causar 
erosão considerável em seções curvas de um conjunto montado. 
 
19 – Sintoma: A conexão soltou-se da mangueira. A mangueira esticou bastante 
no sentido do comprimento. Esta poderá não ser uma aplicação de alta pressão. 
Causa: Mangueiras insuficientemente apoiadas. É muito importante providenciar 
suportes para pedaço muito longo de mangueira, especialmente aliado ao peso do fluido 
conduzido, faz pressão sobre a conexão. Esta força poderá ser transmitida a um cabo 
ou corrente a qual se prende a mangueira com braçadeiras. Não se esqueça de deixar a 
mangueira suficientemente folgada entre as braçadeiras para compensar o possível 
encurtamento de 4% quando a mangueira está sob pressão. 
 
20 – Sintoma: A mangueira não se rompeu mas está vazando em profusão. Um 
exame da mangueira dissecada revela que o tubo interno estourou por dentro. 
Causa: este tipo de falha é comumente chamada de “estouro interno”. É geralmente 
associado com fluidos de viscosidade muito baixa, com ar, nitrogênio, freon e outros 
gases. O que sucede é que sob condições de alta pressão, ocorre efusão dos gases 
para dentro dos poros do tubo interno, carregando-os como acumuladores em miniatura. 
Se a pressão for reduzida, muito subitamente, a zero, os gases encurralados 
literalmente explodem para fora do tubo interno, muitas vezes chegando a furá-lo. 
Em algumas construções de mangueiras, um segundo tubo interno feito de plástico 
como nylon, é inserido na mangueira. Um pequeno vazamento permitirá ao fluido 
gasoso infiltrar-se entre os dois tubos internos e quando a pressão é reduzida a zero, 
haverá colapso do primeiro tubo interno, devido a pressão retida em volta de seu 
diâmetro externo. 
 
21 – Sintoma: O conjunto montado com mangueira de teflon sofreu colapso 
internamente, num ou mais lugares. 
Causa: Uma das causas mais comuns disto é o manuseio incorreto do conjunto de 
teflon. O teflon é um material termoplástico que não se parece com a borracha se 
curvando violentamente, simplesmente dá-se o colapso. Este tipo de colapso é 
localizado numa área, e é radial. Quando o tubo de teflon está dobrado 
longitudinalmente num ou mais pontos isto pode ser resultado de calor (que amolece o 
tubo interno) juntamente com condições sub-atmosféricas em seu interior. Devido a 
tensão adicional do reforço de arame trançado, inerente a este tipo de mangueira, existe 
sempre uma tração radial sobre o tubo tentando empurrá-lo. Uma ciclagem rápida de 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
48 
um agente muito frio poderá produzir o mesmo tipo de falha. Muitos fabricantes 
oferecem uma mola interna de proteção para eliminar este problema. 
 
22 – Sintoma: As conexões estão sempre se soltando da mangueira de nylon. 
Causa: Contanto que a conexão correta para a mangueira tenha sido selecionada e 
colocada da maneira apropriada, a causa provável da falha é o calor. 
Os nylons sob compressão têm tendência a amolecer e se espalhar para fora da área 
de compressão quando sujeitos a temperaturas perto de (93º C) 
 
23 – Sintoma: Um conjunto montado com um tubo interno, de teflon está com um 
ou vários vazamentos por pequenos orifícios. 
Causa: Esta situação ocorre quando um fluido à base de petróleo, de baixa viscosidade, 
está correndo a grande velocidade, o que pode gerar alta voltagem devido a eletricidade 
estática. Essa alta voltagem está procurando uma ligação terra e a única disponibilidade 
é o reforço de trançado de aço inoxidável. Insto causa um arco elétrico, que penetra 
pelo tubo interno de teflon ao passar para o reforço externo. Existem tubos internos de 
teflon especialmente construídos com negro de fumo para torná-los condutores. 
“Escoando a eletricidade estática eles eliminam esse problema”. 
 
 
 
 
Sistema do guindaste HR 
 
O guindaste HR possui um sistema de acionamento pneumático que quando a manete 
de comando é acionada, a câmara das cuícas são alimentadas e os comandos são 
automaticamente pilotados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto de descida motorizada 
Figura 1 
11 07 09 08 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
49 
 
Durante a inspeção de comando no guindaste HR deve-se atentar para o correto 
funcionamento dos acionadores (item 11). Para tal, deve pedir ao operador que acione o 
comando de subida de carga intermitentemente, estado o motor ligar e a embreagem 
geral desligada, onde será observado se os pinos irão se deslocar, para fora e para 
dentro. 
 
O item 11 mostrado anteriormente e ocorpo de cuícas, responsável pelo acionamento 
dos comandos, tanto de carga, quanto de lança e giro, dos guindastes HR. Pela foto 
abaixo se pode ter a idéia de como funciona o processo de acionamento: 
a) O ar preenche a câmara (item 01, figura 2) 
b) Deslocando os diafragmas (item 02, figura 2) 
c) que por sua vez empurram os pinos acionadores (item 03, figura 2) 
d) estes pinos ao passarem pelas tampas (item 05, figura 2), tocam e travam o prato 
móvel (item 09, figura 1) que por fim acopla os discos de fibra e os discos de aço (itens 
08 e 07, figura 1), fazendo assim o comando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O inspetor deve avaliar a correta atuação destes comandos em todos os sistemas 
(carga, lança e giro). Contudo, no caso do sistema de carga, o comando de descida é 
 
Vista explodida do Corpo de cuícas 
Figura 2 
01 02 05 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
50 
controlado por um componente chamado (cinta do freio inversor). A cinta do freio fica 
instalada sobre o tambor, mostrado na figura 3. Estas cintas possuem um estojo de 
regulagem sobre as mesmas e qualquer folga imprevista pode provocar uma 
descida descontrolada de carga (existem diversos caso registrados na bacia de 
Campos). A forma correta de avaliar um funcionamento deste conjunto é: 
 
a) Acionar a descida de carga, estado o guindaste ligado e a embreagem geral 
desligado, atentar para acionamento da cinta e possível movimento do tambor, pois 
nesse momento o mesmo deve ficar parado e a parte da embreagem (onde fica o corpo 
de cuícas) é que deve movimentar. 
b) Após está avaliação verifique o funcionamento do conjunto em operação e caso 
perceba movimento do tambor, recomende a regulagem da cinta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A inspeção deve atentar também a presença de desgastes nas cintas, discos de 
acionamentos e pistas dos tambores e a possíveis vazamentos nas mangueiras e 
acionadores. 
 
- Outra avaliação importante para equipamentos é a verificação da existência de graxa 
ou óleo na pintas de atuação das embreagens ou nas próprias cintas de acionamentos. 
O acumulo de graxa em regiões próximas pode provocar a contaminação dos 
componentes. 
 
Comandos do guindaste HR 
 
Os guindaste HR´s possuem os seguintes conjuntos de comandos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – cinta do freio inversor na descida motorizada 
 
 
Cabrestante: Responsável pela subida da lança. 
Possui o tambor de enrolamento do cabo de 
lança e 2 embreagens (subida e descida). Sobre 
as embreagens atuam os freios. O tambor de 
cabo também possui uma 3ª cinta de freio. 
Embreagem de descida 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embreagem de subida 
 
 
Descida motorizada: O guindaste possui 2 
conjuntos, uma para o sistema principal e outro 
para o auxiliar. Estes conjuntos são responsáveis 
pela descida e subida de cargas, sendo que a 
embreagem controla a subida e o freio inversor é 
responsável pela descida. 
 
Conjunto horizontal de reversão: Este 
conjunto é responsável pelos comandos de giro 
do guindaste, e também pela transmissão de 
tração para os conjuntos de descidas 
motorizadas (através da caixa de trem de 
engrenagem). 
 
Conjunto vertical de giro: Responsável por 
transferir o movimento do conjunto horizontal de 
reversão para o pinhão de giro, possibilitando assim 
o movimento de giro do guindaste. Este conjunto 
possui um tambor na parte superior onde atuam as 
cintas de freios. Sendo assim, para que haja 
movimento de giro do guindaste, é necessário liberar 
a trava de giro (freio de giro). 
Tambor de freio de giro 
 
Conjunto de tomada de força: Responsável por 
receber o torque da caixa de redução (saída do 
conversor) e transmiti-la para o conjunto 
horizontal de reversão. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de comandos do guindaste American (serie 500 e 900) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinhão da saída do conversor, onde 
trabalha a corrente quádrupla. 
 
Conversor de torque: Recebe o torque 
do motor diesel e transfere esse torque 
multiplicado para a caixa de redução, 
 
Conjunto caixa de redução: Recebe o torque do 
conversor de torque e transmite, através dos eixos 
cardans, para o cabrestante e conjunto de tomada 
de força. 
 
Nos guindastes American (Serie 500 e 900), 
o motor diesel gera a rotação para o 
conversor, que por sua vez o multiplica e 
transmite, através da corrente quádrupla, 
para o eixo motor, e esse o transmite a todo 
trem de engrenagens. 
 
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 Elaboração: 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Freios 
 
Os freios devem ser avaliados das seguintes formas: 
 
Guindastes Hidráulicos: Deve-se verificar a resposta de parada dos comandos, após a 
manete ser colocada em neutro. A maior parte dos fabricantes recomenda que a cada 
12 meses os conjuntos de lamelas sejam desmontados para avaliação da integridade 
dos discos (aço e fricção). 
 
 
 
 
Nota: Conforma foi citado anteriormente, os guindastes American 5750 modernizados 
possuem um guincho hidráulico (Braden) para movimentação da lança. 
 
Engrenagem do eixo motor, que é 
tracionada pela corrente quádrupla. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guindastes Pneumáticos: Deve-se verificar possíveis desgastes nas lonas das cintas, 
o alinhamentos das mesmas com os tambores e a existência de contaminação por óleo 
ou graxa. Posteriormente deve-se checar se as mesmas estão respondendo 
adequadamente aos comandos e se estão ou não apresentando retardo após cessado o 
comando. Nesse caso deve-se avaliar a integridade das válvulas de escape rápido das 
mesmas. 
 
Sistema de comando e controle 
 
Mecanismo de comando 
 
Para os guindastes American 5750, HR e American 9750 a verificação da resposta aos 
comandos por parte dos componentes atuados pneumaticamente deve ser realizada em 
duas etapas: 
 
A primeira será a observação direta da atuação de cada componente pneumático, que 
ocorrerá com a lança estacionada em seu descanso, estando o moitão e a bola peso 
apoiado no piso ou em outro lugar adequado. Devendo o motor diesel estar ligado e a 
embreagem geral desacoplada. Dessa forma será possível observar melhor a atuação 
dos componentes, devido à ausência de movimento de rotação nas embreagens e 
também que se evite o movimento de descida da lança e do moitão, quando os freios 
forem liberados, fato este que poderia acarretar incidentes indesejados. 
 
Nesse processo deve ser avaliadas a existência de vazamentos, danos e corrosão nos 
componentes, presença de desgaste e/ou graxa nas superfícies de contato (interface 
lona / tambor de embreagem). 
 
Nota: Nos guindastes American 
 
 
Nas embreagens de giro e, particularmente no conjunto da embreagem do abaixamento 
motorizado da carga, é normalmente observada a presença de graxa nas superfícies de contato das 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
55 
lonas e a conseqüente alteração da performance do componente. No caso do 
abaixamento de carga, a presença da graxa pode provocar a descida descontrolada da 
carga quando o operador acionar o comando para descida. 
Isto ocorreria pelo fato de a ligação motriz (embreagem) existente entre o trem de 
engrenagens e o tambor de cabo, no momento da descida, estar comprometida pela 
graxa permitindo então que o próprio peso da carga suspensa provoque o deslizamento 
da embreagem, acelerando assim o movimento de rotação do tambor de cabo (descida), 
independentemente da velocidade do trem de engrenagens.A segunda seria uma avaliação em conjunto com o operador da máquina, a resposta do 
guindaste aos comandos. 
Para os guindastes de acionamento hidráulico, devido à própria construção do seu 
acionamento (hidráulico) somente a segunda etapa poderá ser realizada. 
 
 
Circuito de alimentação e despressurização do console de comando 
 
A origem da graxa em questão está no excesso de lubrificante 
que é expulso do rolamento da 
engrenagem (56 dentes), localizada por trás da região visível 
na foto, e chega ao centro do tambor da 
embreagem, pelo lado mostrado na foto, migrando até as 
superfícies de contato impulsionado pela força 
centrífuga do movimento de rotação do tambor da 
embreagem. Visualmente, é bastante simples perceber a 
presença indevida da graxa, no fundo do tambor, antes que as 
lonas possam ser alcançadas na sua região periférica. 
 
Uma outra irregularidade que tem sido detectada na 
embreagem de abaixamento motorizado é o aparecimento de 
trincas na superfície de atrito com as lonas (tambor), 
orientadas no sentido transversal ao do esforço atuante. 
Em estudo realizado para avaliação da profundidade dessas 
trincas, em um tambor de embreagem que operou durante 
10.000 horas, foi constatado que a profundidade das 
mesmas atingia 8 mm, em média, fato este que não permitiu 
seu reaproveitamento após a eliminação das trincas por 
usinagem. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
56 
 
 
Circuitos de comando 
A seguir são mostrados os circuitos pneumáticos e hidráulicos de comando dos 
guindastes 5750 e 5750 R. 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
57 
 
 
Indicador de ângulo da lança 
 
O bom funcionamento deste componente é imprescindível 
para operação, pois a capacidade do guindaste está 
associada ao posicionamento da lança, sendo assim, o 
mesmo deve apresentar uma liberdade de movimento 
adequada. 
Deve avaliar a indicação do ângulo em zero grau. Para isso 
abaixe a lança em posição horizontal e compare e verifique o 
indicador de ângulo. 
 
 
 
Sistema de indicação de carga 
 
É um sistema composto de sensor (es) de carga, sensor(es) de ângulo, interligados a 
painéis de indicação, destinado a supervisionar o carregamento a que o guindaste está 
sendo submetido. 
Pode estar equipado com interfaces capazes de intervir nas operações realizadas, 
impedindo-as, 
 
Sistema de pneumático 
da lança do guind. 9750 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
58 
ou pode apenas monitorá-las informando das irregularidades. 
Normalmente, o sistema apresenta informações sobre seguintes parâmetros de 
carregamento: 
a) carga suspensa no gancho. 
b) carga máxima admissível para o presente ângulo de lança conforme estabelecido 
nas tabelas de carga em vigor. 
c) raio de alcance ou ângulo de posicionamento da lança. 
d) percentual do momento de tombamento atuante em relação ao valor máximo 
admissível em cada posição da lança. 
 
Esquema simplificado de um sistema de monitoração de carga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
59 
 
 
Sistema de segurança 
 
Desarme automático da elevação de carga principal e auxiliar 
 
É o dispositivo destinado a limitar a posição superior do moitão ou bola peso (ganchos 
de carga) de modo a evitar a interferência física acidental dos mesmos com a ponta da 
lança, e os conseqüentes danos estruturais. 
 
Deve-se avaliar a correta atuação destes componentes. Em alguns casos, existem um 
sistema de marcha lenta, antes do desarme, que deve ser avaliado também. Uma boa 
maneira de avaliar a atuação da marcha lenta é observar o deslocamento pela lateral do 
tambor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma possível ocorrência indesejada, conseqüência da inexistência ou do desajuste 
deste dispositivo, seria a seguinte: 
Pelo fato dos tambores de cabo estarem posicionados fora da lança (no chassi), no 
momento em que lança é movida ocorre simultaneamente um ajuste da posição do 
moitão e/ou bola peso que os aproxima ou afasta da ponta da lança, dependendo do 
sentido em que a lança foi comandada. Caso o moitão ou a bola peso entrem em 
contato físico com a ponta da lança e, a lança inicie ou continue o seu movimento de 
descida, a função de sustentação da lança será transferida do cabo da lança para o 
cabo de carga, sobrecarregando-o. A situação descrita provocará a ruptura do cabo de 
carga e a conseqüente queda do moitão/bola, uma vez que a capacidade do “novo” 
arranjo de sustentação da lança estará incompatível com o peso a ser suportado. 
 
 
 
 
 
 
 
Neste caso, a haste de acionamento do 
sensor será atuada pela espira de cabo 
alojada no tambor, interrompendo assim o 
movimento de subida da carga. 
É uma configuração que está sujeita à 
alterações involuntárias da posição original 
de ajuste, em função da uniformidade de 
enrolamento do cabo de aço. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desarme automático da elevação de lança 
 
Deve-se avaliar a correta atuação deste componente e registrar os valores de desarme 
nos limites inferior e superior. Em alguns casos, existem um sistema de marcha lenta 
antes do desarme, que deve ser avaliado também. Uma boa maneira de avaliar a 
atuação da marcha lenta é observar o deslocamento pela lateral do tambor. 
Faz-se necessário a avaliação da atuação do desarme superior, manualmente, no intuito 
de avaliar se o dispositivo não está travando ou até mesmo devido o fato de que em 
alguns guindastes o desarme superior é feito por um sistema instalado na lateral do 
tambor. 
 
Sistema de içamentos 
 
Tambores 
 
Tambores para cabos de aço podem ser fabricados em ferro fundido, aço fundido ou 
soldado. Considerando-se os atritos nos mancais, seu rendimento é de 
aproximadamente 95 %. O diâmetro do tambor deve ser estabelecido em função do 
diâmetro do cabo. Preferencialmente deve ser provido de ranhuras helicoidais de modo 
que o cabo se enrole uniformemente e esteja menos sujeito ao desgaste. O raio da 
ranhura helicoidal deve ter dimensões adequadas de modo a evitar o aperto lateral ou o 
achatamento do cabo. 
A norma API RP 9A fornece uma serie de recomendações práticas para tambores de 
cabos. 
Durante sua operação os tambores estão sujeitos a ação combinada de torção, flexão e 
compressão. As duas primeiras solicitações produzem tensão apreciável somente em 
tambores muito longos. O efeito da compressão é bem maior, devendo portanto, ser 
avaliado com mais cuidado. 
 
 
Visando-se então reduzir a possibilidade 
de ocorrência da situação descrita anteriormente, o 
ajuste do ponto de desarme da elevação de carga 
deverá ser realizado com a lança posicionada próximo 
à horizontal (zero graus), onde a distância do 
moitão/bola para a ponta da lança será a menor 
possível. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
61 
Como a superfície do tambor está sujeita a ação de forcas fortemente distribuídas pelo 
cabo de aço, o tambor pode ser comparado a um cilindro submetido a pressão externa. 
Esta pressão (P) pode ser avaliada pela seguinte expressão: 
 
 
A tensão atuante nos arames de um cabo de aço reto solicitado por determinada carga 
é acrescida de um certo valor quando o cabo é flexionado em torno de polias ou 
tambores. A este acréscimo de tensão denomina-se tensão devida a flexão, cujo valor é 
inversamente proporcional ao raio de curvatura do cabo. 
Em função disto, o diâmetro de polias e tambores devem ser especificados de modo a 
não criar tensões excessivas devido à flexão, que certamente irão comprometer a vida 
útil do cabo pelo efeito da fadiga. Existem varias fontes que abordam o assunto e 
estabelecem valores mínimos e valores recomendados para tais diâmetros.A fadiga se manifesta pela ruptura e arames externos do cabo após um determinado 
período de operação, devendo-se evitar que o seu numero ultrapasse os limites 
estabelecidos por NORMA. 
 
Batentes da lança 
 
São elementos estruturais destinados a limitar fisicamente (barreira) o ângulo máximo 
de posicionamento da lança (medido em relação a horizontal), evitando o seu 
tombamento sobre a cabine. Em alguns outros modelos de guindastes, podem possuir 
dispositivos armazenadores de energia (HR, Stalproduker) que auxiliam o retorno da 
lança a ângulos inferiores. 
Com a remodelagem do guindaste 5750, os batentes da lança, que eram do tipo tubo 
telescópio fixados simultaneamente à lança e à cabine passaram, intencionalmente, a 
ser fixados apenas ao cavalete, eliminando-se a união do mesmo com a lança. 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
62 
 
 
 
 
 
 
CABOS DE AÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alem da fadiga, os cabos de aço também podem estar submetidos a outros tipos de 
solicitações, tão severos, que seus efeitos devam ser considerados como prioridade em 
relação a fadiga. 
A abrasão anormal pode ocorrer durante o enrolamento do cabo no tambor, quando 
modo de acomodação do cabo assim o permite, ou quando da passagem do cabo por 
uma polia desalinhada. Já a corrosão, pode ocorrer externamente devido a manutenção 
deficiente ou intermitente, que é o caso mais grave, iniciada também pela manutenção 
deficiente e/ ou pela deposição de compostos de enxofre presentes em produtos 
utilizados para limpeza externa do cabo. 
Esta corrosão interna não é percebida externamente por meios visuais. 
Por tudo isso, a monitoração das condições físicas dos cabos em serviço, através de 
métodos adequados, é fator fundamental para a manutenção de condições operacionais 
seguras. 
 
Os cabos de aço devem ser inspecionados periodicamente conforme as normas 
aplicáveis. 
 
Instalação e troca de cabos de aço. 
 
Ao retirar cabos de aço da bobina ou do tambor, deve-se tomar cuidado para que o 
mesmo não seja torcido ou distorcido, a fim de se evitar danos quanto a acomodação 
dos arames e conseqüentemente dobras. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
63 
Recomendamos que este trabalho seja feito colocando a bobina com auxilio de um eixo 
sobre dois cavaletes e que este trabalho seja efetuado próximo ao tambor do guindaste. 
Nisto, um homem deve permanecer junto a bobina a fim de frená-la para que o cabo de 
aço permaneça sob tensão. 
Antes de instalar o cabo, deve-se observar se as ranhuras no tambor (quando houver) 
são apropriadas ao seu diâmetro. Também se deve tomar cuidado para que o cabo não 
seja arrastado no chão, pois, a poeira poderá unir-se ao produto de lubrificação, 
ocasionando desgaste maior em sua vida útil. (Graxa de lubrificação recomendada: 
GCA-2) 
 
Posição da bobina na trocar cabos de aço em guindastes. 
 
Sabemos que, uma vez que o cabo entra por cima do tambor, ele deve sair por cima da 
bobina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entretanto, deve-se ter atenção para posição da bobina, pois, uma vez que ela esteja 
abaixo da lança, se formos projetá-la para frente (ponta da lança), percebemos que o 
cabo na verdade estará saindo por baixo da bobina (foto abaixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tambor 
Bobina 
 
Nota: Nessa condição o cabo irá criar 
blocos de tensões, que causará o 
enrolamento desordenado e redução da 
vida útil do mesmo. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
64 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento para troca de cabos em guindastes: 
 
(cabos de carga) 
1º - Posicionar a bobina de cabo em um cavalete de frente para o guindaste. Atentar 
para a forma correta de saída e entrada do cabo da bobina para o tambor. 
 
2º - Para cabos com soquete/ cunha, o mesmo deverá ser desfeito o laço e cortado a 
extremidade do cabo para facilitar a passagem pelas roldanas. 
Para cabos com soquete chumbado ou resinado, estando o cabo reprovado, o mesmo 
poderá ser cortado. Caso contrário, o cabo deverá ser totalmente removido para a 
instalação de outro. 
3º - Efetuar a soldagem da extremidade do cabo em uso com a extremidade do cabo 
novo. (O mais adequado é a utilização de um TAPETÍ) 
 
4º - Rebobinar o cabo para enrolamento no tambor do guindaste e assim que o cabo 
novo estiver no tambor, efetuar o corte do cabo retirando a parte soldada do cabo novo. 
Retirar todo cabo usado do tambor e em seguida fixar o cabo novo ao tambor. Feito 
isso, basta refazer a instalação da ancoragem do soquete / cunha e fixá-la à bola peso. 
(No caso de cabo do moitão basta passar novamente o cabo pelas roldanas do moitão e 
ponta da lança e finalmente instalar o soquete /cunha fixando-o no local devido) 
Nota: Lembrar de lubrificar o cabo no instante que este estiver sendo rebobinado para o 
tambor do guindaste, utilizando a graxa GCA-2. 
 
(cabo de lança) 
1º - Os cabos de lança em alguns casos serão posicionados atrás do guindaste. 
Contudo, deve atentar para a forma correta de saída e entrada do cabo da bobina para 
o tambor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º - Para cabos com soquete/ cunha, o mesmo deverá ser desfeito o laço e cortado a 
extremidade do cabo para facilitar a passagem pelas roldanas. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
65 
Para cabos com soquete chumbado ou resinado, estando o cabo reprovado, o mesmo 
poderá ser cortado. Caso contrário, o cabo deverá ser totalmente removido para a 
instalação de outro. 
3º - Efetuar a soldagem da extremidade do cabo em uso com a extremidade do cabo 
novo. (O mais adequado é a utilização de um TAPETÍ) 
4º - Rebobinar o cabo para enrolamento no tambor do guindaste e assim que o cabo 
novo estiver no tambor, efetuar o corte do cabo retirando a parte soldada do cabo novo. 
Retirar todo cabo usado do tambor e em seguida fixar o cabo novo ao tambor. Feito 
isso, basta refazer a instalação da ancoragem do soquete / cunha e fixá-la (na sela 
flutuante, no cavalete ou na outra extremidade do tambor, conforme o caso) 
 
Nota: Nos casos de guindaste que possuem sistema de desarme automático para os 
sistemas de carga e lança (em especial os guindastes hidráulicos com sistemas 
eletroeletrônicos). Os desarmes deverão ser by-passados ou desativados, a fim de 
possibilitar o enrolamento e desenrolamento do tambor. Tão logo o cabo esteja 
instalado os referidos desarmes deverão ser colocados em operação, e caso 
necessário, regulados. 
 
Manutenção em cabos de aço 
 
A única manutenção prevista para cabos de aço é a lubrificação. 
Quando a lubrificação de um cabo de aço não é em periodicidade adequada o mesmo 
tende a apresentar corrosão externa que consecutivamente irá se propagar para o 
interior do cabo. 
O cabo de aço de ser escovado, utilizando-se querosene como solvente, e em seguida 
lubrificado. Desta forma todo produto de corrosão será removido e o cabo estará 
protegido das intempéries climáticas. 
Nota: Nunca utilizar óleo diesel como solvente para limpeza em cabos de aço, pois o 
mesmo possui alto teor de enxofre podendo ocasionar corrosão interna no cabo. 
Enxofre: S 
Água: H2O 
A combinação dessas duas substâncias produz um agente nocivo que é o: H2SO4 
(ácido sulfúrico). 
 
Construção dos cabos de aço 
 
 Definições 
Para os efeitos da Norma N-2161, aplicam-se as seguintes definições. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
66 
 
 
 vale: Espaço entre as pernas externas individuais. Arames partidos no vale podem 
indicar a falta de afastamento entre as pernas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
torção Lang: Designação utilizada para cabos em que o sentido da torção da camada 
externa dos arames nas pernas é igual ao do torcimento das pernas no cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
torção regular: Designação utilizada para cabos em que o torcimento dos aramesda 
camada externa da perna tem sentido oposto ao torcimento das pernas no cabo. 
 
 
 
 
Lang à direita 
Lang à esquerda 
arame 
perna 
alma 
Cabo 
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 Elaboração: 
67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
passo do cabo: Comprimento correspondente a uma volta completa de uma perna ao 
redor da alma. 
 
 
 
 
 
 
Fabricação: 
Processo de construção de cabos de aço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relação pernas x arames 
 
 
Regular à direita 
Regular à esquerda 
 
 
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 Elaboração: 
68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde o primeiro numero se refere a quantidade de pernas e o segundo numero se 
refere a quantidade de arames em cada perna. Sendo assim: 
 
6 x 19 => São 6 pernas com 19 arames cada 
19 x 7 => São 19 pernas com 7 arames cada 
Resistência dos arames 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de distribuição dos fios nas pernas 
Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os 
principais tipos de distribuição que vamos estudar são: 
· normal; Seale; Filler e Warrington. 
 
Distribuição normal 
Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro. 
 
 
Na composição "Seale" existem pelo menos duas 
camadas adjacentes com o mesmo número de 
arames. Todos os arames de uma mesma camada 
possuem alta resistência ao desgaste. 
 
 
 
Denominação Faixa de 
tensão 
kgf/mm2 
E.E.I.P.S – extra extra improved plow steel Acima de 220 
E.I.P.S – extra improved plow steel 200 a 220 
I.P.S – improved plow steel 180 a 200 
P.S. – plow steel 160 a 180 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
69 
 
A composição "Filler" possui arames principais e 
arames finos, que seIVem de enchimento para a boa 
acomodação dos outros arames. Os arames de 
enchimento não estão sujeitos às especificações que 
os arames principais devem satisfazer. Os cabos de 
aço fabricados com essa composição possuem boa 
resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e 
alta resistência ao amassamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Por outro 
lado, 
ainda 
existem 
outros 
tipos de 
composições que são formadas pela aglutinação de duas das acima citadas, 
como por exemplo, a composição "Filler-Seale", "Seale-Filler", 
"Warrington-Seale". Que atribui as características de ambas as 
composições. 
Tipos de alma nos cabos convencionais 
 
A principal função da alma dos cabos de aço é fornecer apoio para as pernas. Elas 
tornam possível que o cabo mantenha o formato redondo e que as pernas fiquem 
posicionadas no lugar correto durante a operação. A escolha da alma do cabo terá 
efeito na performance do cabo de aço em operação. As almas mais comuns são as 
chamadas almas de fibra. Existem dois tipos de almas de fibra: 
- Alma de fibras sintéticas (polipropileno). 
- Alma de fibras naturais (sisal). 
Lubrificada de modo conveniente durante o processo de fabricação, a alma de fibra 
fornece ao cabo a lubrificação adequada contra o desgaste produzido pelo atrito interno 
e proteção contra o ataque dos agentes corrosivos. 
 
 
Alma de fibra 
 
 
 
 
"Warrington" é a composição onde existe pelo 
menos uma camada constituída de arames de dois 
diâmetros diferentes e alternados. Os cabos de aço 
fabricados com essa composição possuem boa 
resistência ao desgaste e boa resistência à fadiga. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
70 
É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser 
naturais ou artificiais (AF). 
 
 
Alma de aço 
A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo 
de aço independente (AACI), sendo que este último oferece maior flexibilidade 
somada à alta resistência à tração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabos convencionais x não rotativos 
 
Nos cabos não rotativos as pernas internas são pré-formadas com torção em sentido 
contrário ao das pernas externas. 
A tendência é equilibrarem-se as forças de rotação interna e externa, anulando-se os 
seus efeitos (rotação do cabo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Critérios de descarte 
Todas as inspeções devem considerar esses 
fatores individuais, reconhecendo os critérios 
específicos. Entretanto, a deterioração é muitas 
vezes provocada por um conjunto de fatores que 
causam um efeito cumulativo que deve ser 
reconhecido por pessoa qualificada e que se 
refletirá sobre a decisão de descartar o cabo ou 
permitir que ele continue sendo usado. Em todos os 
casos, o inspetor deve investigar se a deterioração 
foi causada por um defeito no equipamento; se for o 
caso, convém que ele recomende medidas 
 
 
 AA 
 
AACI 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
71 
específicas para retificar o defeito antes da fixação de um cabo novo. 
Como podemos estudar as possíveis causas da ruptura de um cabo de aço? 
Quando rompido, o arame registra algumas características, através das quais, podemos 
concluir as possíveis causas que geraram seu rompimento. 
Abaixo, apresentamos as características mais notadas em campo: 
 
Natureza e número de arames partidos 
O projeto geral de um guindaste não permite que a vida útil de um cabo fique indefinida. 
A norma N-2161 estabelece os parâmetros para determinar a aprovação ou reprovação 
de um cabo, em função de sua construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arames partidos nos terminais 
Arames partidos nos terminais do cabo ou junto a eles, mesmo em pequena quantidade, 
indicam níveis elevados de tensão nessa posição e podem ser causados pela fixação 
incorreta do acessório. Deve-se investigar a causa dessa deterioração e, onde possível, 
o terminal deve ser refeito, encurtando-se o cabo se houver um comprimento suficiente 
para o seu uso. 
 
 
 
A presença de arames partidos nesta área é critica e 
o cabo deve ser substituído se houver mais de um 
num passo 
Ocorrência de arames partidos nessa área 
é normal 
Sob condições 
ideais e normais 
os arames devem 
partir em 
primeiro lugar na 
coroas dos 
cordões 
Ruptura típica no vale – avaria 
critica 
O flexionamento de acabo pode muitas 
vezes expor arames partidos encobertos 
nos vales, entre as pernas. 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concentração localizada de arames partidos 
Quando os arames partidos estão muito próximos uns dos outros, constituindo um 
agrupamento localizado de tais rupturas, o cabo deve ser descartado. Se o 
agrupamento de tais rupturas ocorrer em um comprimento menor que 6d ou concentrar-
se em uma determinada perna, convém que o cabo seja descartado, mesmo que o 
número de arames partidos seja inferior ao valor máximo indicado nas tabelas A-1 da 
norma N-2161. 
 
Notas: 
1) Arames distribuídos nas pernas do cabo. 
2) Os valores acima correspondem a cerca de 8 % de redução da seção reta metálica dos cabos 
(arames distribuídos) e 3 % para os arames grupados. Estes valores não são válidos para os 
cabos não rotativos. 
3) Os valores acima estão baseados nas normas ISO-4309 e API RP 2l. 
 
Observar quanto a presença de 
arames partidos nessa região. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
73 
Taxa de aumento de arames partidos 
Em aplicações onde a causa predominante da deterioração 
do cabo é a fadiga, os arames começam a romper-se após 
um certo tempo de uso, mas o número de arames partidos 
aumentará progressivamente a intervalos cada vez menores. 
 Nesses casos, recomenda-se uma inspeção cuidadosa e o 
registro do aumento de arames partidos para se estabelecer 
a taxa de aumento das rupturas. Essa regra pode ser 
aplicada na definição da data prevista para o descarte do cabo. 
 
 
Ruptura de pernas 
No caso da ruptura total de uma perna, o cabo deve ser descartado. 
 
Reduçãodo diâmetro do cabo devida à deterioração da alma 
A redução do diâmetro do cabo devida à deterioração da alma pode ser causada por: 
1) desgaste interno e mossa; 
2) desgaste interno causado pelo atrito entre 
as pernas individuais e os arames no cabo, 
especialmente quando ele está sujeito a 
dobramento; 
3) deterioração da alma de fibra; d) ruptura da 
alma de aço; 
 
4) ruptura das camadas internas em uma 
construção composta de diversas pernas. 
Se esses fatores causarem a redução do 
diâmetro do cabo (a média entre duas 
medições de diâmetro perpendiculares entre 
si) em 3% do diâmetro nominal do cabo para 
cabos resistentes à rotação, ou 10% para outros cabos, os cabos deverão ser 
descartados mesmo se não houver arames partidos visíveis. 
 
NOTA - Os cabos novos podem apresentar um diâmetro real maior que o diâmetro 
nominal, de modo que o desgaste admissível assim seja maior. Uma pequena 
deterioração da alma pode não ser percebida através da inspeção normal, 
especialmente se as tensões no cabo estiverem bem balanceadas em todas as pernas 
individuais. Contudo, a condição pode reduzir significativamente a resistência do cabo, 
de modo que qualquer suspeita de tal deterioração interna seja verificada pelos 
Arames rompidos 
devido à fadiga 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
74 
procedimentos de inspeção interna. Se tal deterioração for confirmada, o cabo de aço 
deverá ser descartado. Deve-se atentar para forma correta de medir o diâmetro dos 
cabos de aço: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desgaste externo 
A abrasão dos arames externos das pernas externas no cabo é 
causada pela fricção, sob pressão, com as ranhuras nas polias e 
tambores. A condição é particularmente evidente em cabos móveis 
 nos pontos de contato com a polia, quando a velocidade da carga 
está sendo aumentada ou reduzida, manifestando-se sob a forma 
de superfícies achatadas nos arames externos. O desgaste é causado 
 pela falta de lubrificação ou pela lubrificação incorreta, assim como pela 
 presença de poeira e resíduos. O desgaste reduz a resistência dos cabos 
 através da redução da área metálica. 
 
Quando o diâmetro real do cabo tiver sido reduzido em 10% ou mais 
do diâmetro nominal do cabo, devido ao desgaste externo, o cabo deve 
ser descartado mesmo se não houver arames partidos visíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrosão externa e interna 
A corrosão ocorre especialmente em atmosferas marinhas e poluídas industrialmente, 
diminuindo a resistência à ruptura através da redução da área metálica do cabo e 
 
 
 
 
CERTO ERRADO 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
75 
acelerando a fadiga, causando a superfície irregular da qual a trinca se origina. Uma 
corrosão grave pode reduzir a elasticidade do cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Corrosão externa - A corrosão dos arames externos pode ser detectada visualmente. 
 
b) Corrosão interna - Essa condição é mais difícil de detectar que a corrosão externa 
que freqüentemente a acompanha. 
 
Variação no diâmetro do cabo. Nos pontos em que o cabo dobra nas polias, geralmente 
ocorre a redução do diâmetro. Contudo, em cabos estáticos, às vezes ocorre um 
aumento no diâmetro devido ao acúmulo de ferrugem sob a camada externa das 
pernas; 
Caso seja confirmada uma corrosão interna grave, o cabo deve ser descartado 
imediatamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: Outro método atualmente usado para avaliar a integridade dos cabos de aço é a 
inspeção eletromagnética, utilizado-se a norma N-2566 como referencia. 
Inspeção eletromagnética – Ensaio não destrutivo (END) realizado em cabos de aço 
com a finalidade de avaliação da integridade interna, sendo normalmente capaz de 
detectar com precisão, no próprio local de instalação, a existência de arames rompidos 
e reduções da área metálica resistente. 
Porém, devido ao lay-out de instalação do cabo da lança, o ensaio realizado no próprio 
local de instalação deixa de alcançar uma extensão significativa e, por isso, o cabo 
deve ser retirado e submetido a procedimento de inspeção adequado em terra. 
 
 
 
Corrosão externa 
 
Corrosão interna 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
j) Deformação 
A destorção visível do cabo da sua torção normal é chamada de “deformação” e pode 
causar uma mudança da estrutura original que resultará na distribuição desigual de 
tensão no cabo. 
A distinção entre as seguintes deformações básicas do cabo é feita com base em sua 
aparência: 
Na deformação tipo “saca-rolha” o eixo do cabo assume a forma helicoidal. Apesar de 
não implicar em perda de resistência do cabo, esta deformação, se severa, pode 
transmitir uma oscilação durante a movimentação do cabo. Após um longo tempo de 
serviço, este defeito pode implicar em um aumento de desgaste e ruptura de arames. 
Quando o valor de x representado na FIGURA é medido no ponto mais desfavorável for 
superior a 1/3 do diâmetro nominal do cabo esta região deve ser monitorada para 
avaliação de aumento de desgaste e ruptura de arames. Esta deformação deve ser 
medida sem carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura – Deformação tipo saca rolha 
 
2) Destorção tipo “gaiola de passarinho” 
Essa condição se manifesta em cabos com um núcleo (ou alma) de aço quando ocorre 
um deslocamento da camada externa das pernas, ou quando a camada externa se 
torna mais longa que a camada interna das pernas. Tal condição pode ocorrer em 
função de um alívio repentino de tensão. Uma destorção tipo “gaiola de passarinho” é 
motivo para o descarte imediato. 
 
 
 
X 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura - gaiola de passarinho 
 
3) Alma saltada ou protuberância de alma 
 Essa característica é freqüentemente associada à deformação tipo “gaiola de 
passarinho”, quando o desequilíbrio do cabo é indicado na extrusão da alma. A extrusão 
da alma é motivo para o descarte imediato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Arame deslocado 
Nessa condição, certos arames ou grupos de arames se projetam para cima, no lado 
oposto do cabo com relação à ranhura da polia, sob a forma de olhais - essa 
característica geralmente é causada pelo carregamento abrupto. Uma deformação 
severa é motivo para o descarte do cabo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) Redução localizada do diâmetro do cabo 
A redução localizada do diâmetro do cabo está freqüentemente associada à ruptura da 
alma. As áreas junto à extremidade devem ser examinadas com cuidado quanto 
a tais deformações. Uma condição severa é motivo para o descarte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Achatamentos 
Os achatamentos ocorrem em decorrência de danos mecânicos; no caso de 
achatamentos graves, o cabo deve ser descartado. 
 
8) Nós ou olhais apertados 
Um nó ou olhal apertado é uma deformação causada por um olhal no cabo que foi 
apertado sem permitir a rotação em torno do seu eixo. Ocorre o desequilíbrio do 
comprimento do passo, causando o desgaste excessivo, e em casos severos o cabo 
será destorcido de tal forma que apenas uma pequena parte de sua resistência será 
mantida. 
Um nó ou olhal apertado é motivo para o descarte imediato. 
 
 
 
 
 
 
5) Aumento localizado do diâmetro do cabo 
Um aumento localizado do diâmetro do cabo pode ocorrer, 
podendo afetar uma seção relativamente longa do cabo. A 
condição geralmente está associada a uma destorção da 
alma (em certos ambientes, uma alma de fibra pode sofrer 
inchação devido ao efeito da umidade) e conseqüentemente 
gerando um desequilíbrio nas pernas externas, que ficam 
orientadas incorretamente. Uma condição severa é motivo 
para o descarte do cabo. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes eturcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) Dobras 
Dobras são deformações angulares do cabo causadas por fatores externos. 
Essa condição é motivo para o descarte imediato. 
 
 
k) Danos causados pelo calor ou arco elétrico 
Os cabos de aço que foram expostos a efeitos térmicos excepcionais, reconhecidos 
externamente pelas cores produzidas, devem ser descartados. 
 
Desempenho operacional de cabos de aço 
O registro preciso de informações pela inspeção ou manutenção pode ser usado para 
prever o desempenho de um determinado tipo de cabo em um guindaste. Tais 
informações são úteis no controle dos procedimentos de manutenção e no controle do 
estoque de cabos de reposição. 
 
ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 
 
 
DEFINIÇÕES 
 
Anel de Carga 
Acessório usado para fixar os laços de cabo de aço ou lingas de correntes, para 
movimentação de carga em geral (ver norma ABNT NBR 13542). 
 
Pino (Cavirão) 
Barra reta de seção circular que passa através dos olhais, ficando firme quando em 
posição e podendo ser facilmente desmontado (ver norma ABNT NBR 13545). 
 
Presilha 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
80 
Acessório prensado sobre a base de um olhal confeccionado em uma extremidade de 
cabo de aço. 
 
Diâmetro Nominal de um Cabo de Aço 
Diâmetro da circunferência que circunscreve o cabo. 
 
Linga 
Dispositivo composto de cabos, correntes ou cintas e acessórios, destinado a promover 
a interligação entre o equipamento de movimentação de carga e a carga. 
 
Gancho 
Acessório para movimentação de carga composto de uma fixação superior e uma peça 
recurva. 
 
Garganta do Gancho 
Distância “d” no gancho, indicada na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
Grampo 
Acessório de cabo de aço composto de uma base 
estriada, para assentamento do cabo, e um estojo em 
 forma de “u” com 2 porcas para formação de olhais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manilha de Carga 
Acessório para movimentação ou fixação de 
carga, formado por 2 partes facilmente 
desmontáveis, consistindo de corpo e pino. 
 
 
 
 
 
Moitão 
Dispositivo constituído basicamente de uma caixa, 
 
 
 
 
Manilha 
Grampo 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
81 
com um gancho em uma das extremidades, dentro 
da qual trabalha duas ou mais polias. 
 
 
 
Cadernal 
Acessório para movimentação de carga constituído, basicamente, de uma caixa dentro 
da qual trabalham 2 ou mais polias. 
 
Olhal de Cabo de Aço 
Extremidade de laço de cabo de aço formada com uma volta do próprio cabo em forma 
de alça. 
 
Olhal Trançado Flamengo 
Olhal cujo trançado é feito abrindo-se a ponta do cabo em 2 metades, separando-se as 
pernas, 3 a 3, e curvando-se uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se a outra 
metade, em seguida, no espaço vazio da primeira, fixado com presilha. 
 
Olhal Dobrado 
Extremidade onde o cabo como um todo é dobrado para formar uma alça, sendo sua 
extremidade fixada ao corpo do cabo mediante uma presilha de alumínio. 
 
 
Olhal Trançado Manualmente (ou com Nós) 
Olhal cujo trançado é feito formando-se um laço e fazendo-se com que as pernas da 
extremidade morta entrem por dentro das pernas da extremidade viva, pelo menos, 5 
vezes, formando-se os nós. 
 
Sapatilho 
Acessório de cabo de aço, em forma de gota, com seção em meia cana, utilizado para 
proteção do olhal do cabo de aço (ver norma ABNT NBR 13544). 
 
Coroa do Sapatilho 
Parte curva do sapatilho. 
 
Soquete 
Terminal de cabo de aço utilizado para fixação, sem necessidade da confecção de 
olhais. 
 
Soquete Aberto 
Soquete que consiste em copo, garfo e pino. 
 
 
 
 
Moitão 
 
Soquete aberto 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
82 
 
Soquete Fechado 
Soquete que consiste em copo e alça. 
 
 
 
 
Soquete de Cunha 
Soquete em que o cabo é fixado através de um dispositivo em forma de cunha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições gerais de inspeção 
 
Em qualquer acessório verificar a existência de corrosão, trincas, deformações e 
desgaste. 
 
A periodicidade das inspeções deve ser determinada em função das condições de uso 
de cada acessório pelo órgão de inspeção responsável. 
 
Notas: 
1) Recomenda-se que o período máximo para inspeção de todos os acessórios seja 
igual ou inferior a 1 ano. [Prática Recomendada, segundo norma N-2170] 
 
2) Sempre que um acessório sofrer uma utilização anormal ou indevida, o acessório 
deve ser separado para inspeção. 
 
Durante as inspeções devem ser consultados os registros de inspeção anteriores, bem 
como a documentação relativa à rastreabilidade de fornecimento, quando do 
recebimento de acessório novo ou transferido para unidade. 
 
Acessórios como ganchos, manilhas, anel de carga e soquetes não devem ser 
recuperados. Diante da identificação de reparos, os ganchos, manilhas, anel de carga e 
 
 
Soquete fechado 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
83 
soquetes devem ser rejeitados. 
 
Por questão de segurança devem ser destruídos todos os acessórios citados nesta 
Norma que tenham sido substituídos quando da inspeção em serviço. 
 
INSPEÇÃO DE COMPONENTES (N-2170) 
 
Inspeção de Manilhas 
Deformações plásticas apresentadas pela manilha ou 
pelo pino são causas para suas substituições. Manilhas 
apresentando trincas, mossas, desgaste no pino e/ou no 
corpo igual ou superior a 10 % do diâmetro de projeto devem 
ser substituídas. 
 
Inspeção de Ganchos 
Os ganchos devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos seguintes 
defeitos: 
a) torção maior que 10° (ver FIGURA 2); 
b) abertura da garganta 15 % maior que a abertura original “d” (ver FIGURA -1) 
c) trincas; 
d) desgaste acentuado maior que 10 % de “e” (ver FIGURA -1). 
 
Notas: 
1) Para ganchos com haste deve ser verificada a liberdade de giro através de 
esforço manual. 
2) Não é permitida a soldagem dos olhais, para fixação da lingüeta-trava no gancho, 
sem um procedimento de soldagem qualificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inspeção de Lingas e Acessórios 
Deve-se substituir o cabo em serviço quando: 
 
Figura 1 -Gancho 
 
Figura 2 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
84 
a) o total de arames partidos visíveis em qualquer comprimento de 6 vezes o diâmetro 
do cabo exceder 5 % do número de arames do cabo; 
 
b) houver 5 arames partidos em uma mesma perna em qualquer comprimento de 6 
vezes o diâmetro do cabo (não aplicável a cabos de classificação 6 x 7); 
 
c) houver mais de 1 arame rompido no interior do cabo, em qualquer comprimento de 6 
vezes o diâmetro do cabo. 
 
O cabo de aço da linga deve ser inspecionado conforme os critérios estabelecidos na 
norma ABNT NBR 13543. A linga deve ser substituída quando a quantidade de arames 
partidos na união do cabo de aço com o soquete, presilhas ou outros acessórios estiver 
acima do estabelecido na tabela abaixo (segundo norma N-2170) 
 
TABELA 1 - CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO DA LINGA EM FUNÇÃO DA 
QUANTIDADE DE ARAMES PARTIDOS 
 
Classificação dos cabos de aço (ver nota 1) 6 x 19 6 x 37 
Quantidade máxima de arames partidos, permitida 1 2 
 
Notas: 
1) De acordo com a norma ABNT NBR 13543. 
2) No caso de lingas com trançado manual ou trançado com nós, deve ser feita 
inspeção visual no trançado, de forma a verificar se o número de nós não é inferior a 5. 
 
 
 
LINGAS COM OLHAIS 
 
Inspeção do Olhal 
 
As lingas devem ser rejeitadas se ocorrer 1 ou mais dos seguintes defeitos: 
a) deformação permanente da coroa do olhal; 
b) quantidade de fios partidos acima dos limites estabelecidos na TABELA 1; 
c) corrosão e desgaste na coroa do olhal com valor superior a 10 % do diâmetro 
nominal. 
 
Nota: Caso o olhal tenha sapatilho, devem ser rejeitados se forem detectados 1 ou mais 
dos seguintes defeitos: 
a) sapatilho mordendo o cabo;b) abertura do sapatilho menor que o diâmetro do cabo; 
c) desgaste em algum ponto da coroa do sapatilho, superior a 10 %; 
d) sapatilho com trincas. 
 
Devem ser verificadas se as condições de utilização das lingas estão de acordo com 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
85 
as restrições indicadas para os tipos de olhais empregados, conforme norma 
ABNT NBR 11900: 
a) tipo 1: sem restrições; 
b) tipo 2: alta temperatura, água salgada ou contato com superfícies abrasivas; 
c) tipo 3: em situações em que o laço sofra cargas cíclicas ou rotações; 
d) tipo 4: em operações com cargas suspensas que envolvam riscos humanos ou 
ocorrências como as indicadas para o tipo 2. 
 
Inspeção da Base do Olhal 
a) em olhal com trançado flamengo ou dobrado com presilha, verificar a existência de 
fios rompidos junto à presilha, rejeitando a linga caso esta quantidade esteja fora dos 
limites estabelecidos na TABELA 1; inspecionar quanto à existência de trincas, 
realizando, se necessário, o ensaio de líquido penetrante, segundo o procedimento 
descrito na norma PETROBRAS N-1596, diante a identificação de trincas a linga deve 
ser rejeitada; 
b) em olhal com trançado manual, verificar a existência de fios rompidos junto ao 
trançado, rejeitando a linga caso esta quantidade esteja fora dos limites estabelecidos 
na TABELA 1 ou o número de nós no trançado seja menor do que 5; 
c) em olhal com grampos verificar a existência e a quantidade de fios partidos junto aos 
grampos, dando especial atenção ao grampo mais afastado, rejeitando a linga ou, 
quando possível, reposicionar os grampos a 2 m de sua posição original, caso este 
número esteja fora dos limites estabelecidos na TABELA 1; o laço deve ser refeito se 
forem encontradas 1 ou mais das seguintes não-conformidades: 
- quantidade de grampos, comprimento da perna morta e torque em desacordo com o 
estabelecido na norma N-2170; 
- posicionamento dos grampos (ver FIGURA 3); 
- deslizamento relativo entre os grampos e o cabo de aço. 
Nota: Deve ser verificado o aperto dos grampos, conforme o estabelecido na norma 
N-2170. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINGAS COM SOQUETES 
 
 
 
 
Figura 3 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
86 
Soquete Aberto ou Fechado 
A linga deve ser rejeitada, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar 
os valores fixados na TABELA 1. Rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas ou 
desgastes no corpo (soquete fechado) ou no pino (soquete aberto) que reduzam em 
10 % a sua dimensão original (ver FIGURA 4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soquete de Cunha 
A linga deve ser rejeitada ou, quando possível, o soquete deve ser reposicionado para 
uma posição localizada a 2 m da original, caso o número de fios partidos junto ao 
soquete ultrapassar os valores fixados na TABELA 1. Trocar o soquete ou rejeitar a 
linga, quando ocorrerem trincas, desgaste no pino acima de 10 % de seu diâmetro 
original ou se a cunha estiver soltando do soquete. Atentar para a montagem correta, 
ilustrada na FIGURA 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um outro aspecto que deve ser avaliado durante a inspeção é o posicionamento do 
cabo no soquete, durante a confecção do laço (ver figura 6), devendo-se lembrar : 
 
Figura 4 
 Formas corretas de montagem 
 
Figura 5 
Nota: Diante da condenação da linga pela 
identificação de trincas em soquetes ou presilhas, 
a substituição destes itens no conjunto reprovado, 
deve ser considerada como um processo de 
fabricação de um conjunto novo, seguindo os 
requisitos normativos cabíveis. 
Formas erradas 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
87 
Uma vez montado errado o estaria sofrendo tensões não previstas podendo acarretar 
sobrecarregamento em um determinado grupo de arames e posteriormente a ruptura 
dos mesmos, até que ocorresse a ruptura do próprio cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lingas de Correntes 
Recomenda-se que a inspeção de lingas de correntes seja efetuada de acordo com a 
norma ISO 3056. [Prática Recomendada, citada na N-2170] 
 
Anéis de Carga 
Os anéis de carga devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos 
seguintes defeitos: 
a) desgaste acima de 10 % de sua dimensão original; 
b) trincas e deformações, em qualquer região, detectáveis por inspeção visual 
(ver norma PETROBRAS N-1597) ou se necessário com líquido penetrante 
(ver norma PETROBRAS N-1596). 
 
Inspeção de Moitões e Cadernais 
Verificar a integridade dos componentes do destorcedor (“swivel”), bem como sua 
liberdade de movimento por giro manual. 
 
Deve ser verificada a integridade e a fixação das placas laterais, bem como 
deformações visíveis nas placas laterais. 
 
Verificar, se necessário, por meio de ensaios não-destrutivos, a integridade do ponto de 
ancoragem do cabo de carga, se aplicável. 
 
As polias dos moitões e cadernais devem ser verificados quanto aos seguintes itens: 
a) desgaste e/ou deformações do canal e do flange conforme citada na norma N-2170; 
b) folga existente entre polia e eixo; 
 
Certo Errado 
Figura 6 
 
Ancoragem do cabo da lança invertida. 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
88 
c) liberdade de giro da polia; 
d) verificar a existência de trincas especialmente nos canais, utilizando ensaios 
não-destrutivos, se necessário; 
e) verificar se há marcas no canal provocadas pelo cabo de aço; a presença de 
marcas deve ser avaliada quanto à natureza, gravidade e comprometimento 
resultante ao cabo; danos em revestimentos ou marcas no metal base em 
reduzidas profundidades podem demandar a necessidade de monitoração. 
 
Parafusos Olhais 
Os parafusos olhais devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos 
seguintes defeitos: 
a) rosca apresentar espanamento; 
b) desgaste ou redução do diâmetro do corpo do olhal maior que 10 % do diâmetro 
nominal; 
c) trincas e deformações, em qualquer região, detectáveis por inspeção visual (ver 
norma PETROBRAS N-1597) ou se necessário com líquido penetrante (ver norma 
PETROBRAS N-1596). 
 
PENDENTES 
 
Os pendentes são co-responsáveis pela sustentação da lança. São componentes 
submetidos somente a esforços de tração, estando portanto, isentos de solicitações 
como flexão, abrasão e esmagamento, que são características dos sistemas 
possuidores de polias e tambores. Em função disto, apresenta um tempo de vida útil 
bem superior aos dos demais cabos devendo então ser monitorados principalmente 
quanto a presença de corrosão interna que conforme já foi dito normalmente não 
apresenta sinais externos de sua presença. 
Novamente a inspeção eletromagnética seria a melhor opção para o caso, exceto para o 
interior dos terminais que seria mais bem inspecionado por ensaio não destrutivo (PM). 
Atualmente também é feito teste de carga com tracionamento de 2 vezes a carga de 
trabalho do componente. 
 
Quanto à presença de arames rompidos (todas as seções), atenção especial deve ser 
dada as seguintes regiões: 
 
A) Região adjacente aos terminais, devido a existência de frestas, que são pontos 
preferenciais de corrosão e são também pontos de ancoragem dos arames do cabo. 
B) Região que permanece próxima a guia do cabo de carga instalada sobre a lança, 
que pode apresentar arames rompidos pela abrasão entre o cabo e a guia (quando 
for o caso). 
 
Nota: O guindaste LIEBHERR GOS possui tensores metálicos no lugar dos pendentes 
convencionais de cabos de aço. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
89 
Um outro ponto a ser observado na inspeção dos pendentes é o seu cumprimento, que 
pode se apresentar inadequado de, pelo menos, três maneiras: 
 
1ª) Comprimentos diferentes entre os dois conjuntos provocando alteração da posição 
original do cadernal e criando esforços de flexão no cabo (entrada do terminal) e no 
próprioterminal. 
 
2ª) Comprimentos reduzidos dos pendentes requerem que maior quantidade de cabo de 
lança seja desenrolada para o posicionamento da lança em um determinado ângulo. 
Assim sendo, deve-se atentar para a possibilidade de solicitação mecânica da 
ancoragem do cabo no tambor. 
 
3ª) Comprimentos excessivos dos pendentes podem permitir a aproximação total e o 
torque das duas selas de roldanas sem que a lança tenha atingido o seu ângulo Maximo 
de operação. Caso essa situação não seja percebida pelo operador e seja dada 
continuidade à subida da lança, o cabo de lança será solicitado ä tração no limite da 
capacidade de tração do tambor (Existem registro de ocorrências de ruptura do cabo de 
lança em unidades de Bacia de Campos por situações deste tipo). 
 
Deve-se também observar se a capacidade original de armazenamento do tambor da 
lança é suficiente para acomodar a quantidade adicional criada pelos pendentes longos. 
 
ROLDANAS 
 
Atualmente na EP-BC, para o guindaste American 5750 os valores admissíveis para a 
profundidade dos sulcos das roldanas desgastadas são registrados em procedimento de 
inspeção, assim como, os valores do guindaste Clarck Chapman (P-31). 
A leitura de manuais dos fabricantes faz-se necessário para se ter parâmetros, pois 
alguns fabricantes especificam em seus manuais os valores dessas profundidades e 
citam que o desgaste máximo admissível é de 4 mm. 
 
A eficiência de uma polia é definida como sendo a relação entre os esforços atuantes 
nas duas pernas de cabo que por ela passam. 
O acréscimo de carga que ocorre para cada trecho do cabo após a passagem pela polia 
é originado devido a necessidade de se vencer também o atrito no correspondente 
mancal. 
 
Durante a inspeção das polias (roldanas) deve-se atentar para os seguintes aspectos: 
 
a) Desgastes laterais, que podem caracterizar o desalinhamento da mesma; 
b) Livre movimentação das roldanas; 
c) Marcas do cabo no interior do sulco; 
d) Fixação dos eixos; 
e) A existência de dispositivo de segurança para evitar a saída do cabo do sulco da 
roldana; 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
90 
f) Comparar a profundidade do sulco com sua dimensão original; 
g) Com o auxilio de um calibre de roldana, baseado na tabela 3.4 da norma API RP 
9B de valores mínimos permitidos, avaliar se a roldana instalada é compatível 
com o cabo em uso. 
h) Verificar a existência de folgas radiais e axiais, que podem caracterizar desgastes 
dos rolamentos ou das buchas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o uso constante, o cabo tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o 
cabo provoca um desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do 
cabo, maior o desgaste irregular da polia, provocando assim um sulco de diâmetro 
inferior ao recomendado. 
Quando um cabo novo é colocado na polia danificada, este passa a não assentar 
perfeitamente no canal, provocando no cabo, durante o uso, amassamentos e desgaste 
por abrasão prematura, que diminuirão sua durabilidade. 
Por tudo isso, procure verificar as polias com cuidado de tempos em tempos, e retifique 
aquelas que estiverem com problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, 
a melhor opção é substituí-la por uma nova. 
O uso de um gabarito de polias facilita a identificação destes problemas. 
LUBRIFICAÇÃO 
 
Dependendo do tipo de guindaste os métodos de lubrificação variam. Contudo na 
maioria dos casos alguns componentes têm sempre o mesmo método, que é a 
lubrificação por graxa. 
 
 
 
 
 
 
Calibre de comparação do sulco da roldana e o diâmetro do cabo 
Na maioria dos casos os fabricantes 
determinam os pontos que devem ser 
lubrificados, e a periodicidade para 
cada um deles. Entretanto, 
dependendo-se das condições de 
utilização, condições climáticas, etc, 
 
Marcas do cabo no interior do gorne 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
91 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Função dos lubrificantes 
As principais funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as seguintes: 
 
� Controle do atrito - transformando o atrito sólido em atrito fluído, evitando assim a 
perda de energia. 
� Controle do desgaste - reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies, origem 
do desgaste. 
� Controle da temperatura – absorvendo o calor gerado, pelo contato das superfícies 
(motores etc) 
� Controle de corrosão - evitando que a ação de ácidos destrua os metais 
� Transmissão de força – funcionando como meio hidráulico, transmitindo força com 
um mínimo de perda (sistema hidráulico) 
� Amortecimento de choques - transferindo energia mecânico para energia fluida 
(como nos amortecedores dos carros) e amortecendo o choque dos dentes de 
engrenagens. 
� Remoção de contaminantes - evitando a formação de borras, lacas e vernizes. 
� Vedação - impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas 
(função das graxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases (função dos 
óleo nos cilindros de motores ou compressores) 
 
A falta de lubrificantes causa uma série de problemas nas máquinas. Estes problemas 
podem ser enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte seqüência: 
 
I. Aumento do atrito 
II. Aumento do desgaste 
III. Aquecimento 
IV. Dilatação das peças 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
92 
V. Desalinhamento 
VI. Ruídos 
VII. Grimpagem 
VIII. Ruptura da peça 
 
O guindaste American 5750, American 9750, HR entre outros, possuem caixas de 
engrenamento que são lubrificadas por imersão em óleo. Os guindaste Liebherr (em 
seus vários modelos) também possui uma caixa de distribuição, onde o engrenamento e 
os rolamentos são lubrificados por imersão em óleo. 
 
Nesses casos, o nível de óleo deve ser constantemente controlado porque, além de 
lubrificar, ele tem a função de resfriar a peça. 
 
- As engrenagens dos guindastes mecânicos (American 5750, 9750 entre outros) devem 
ser lubrificadas com graxa, manualmente. Contudo, lembrar que quando for lubrificar 
equipamentos os mesmos devem estar parados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- As roldanas, eixos, mancais e rolamentos de guindastes são lubrificados através de 
bicos graxeiros. Existem diversos tipos que equipamentos que auxiliam na execução 
desse serviço. 
 
A lubrificação incorreta ou ausência de lubrificação causa falha do sistema. 
Ex.: 
1 - Roldanas que possuem buchas ao invés de rolamentos apresentam desgastes tanto 
nas buchas quanto no eixo de fixação, possibilitando dessa forma um acidente. 
2 – Os rolamentos com deficiência de lubrificação danificam os rolos ou esferas 
podendo travar. 
 
Nota: 
Graxa – “Ponto de gota” 
O ponto de gota de uma graxa é a temperatura em que se inicia a mudança do estado 
pastoso para o estado líquido (primeira gota). 
 
Precações na lubrificação 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
93 
1 – No caso de lubrificação por bico graxeiros, deve-se verificar se estes não estão 
danificados os impregnados de tinta ou impurezas. 
 
 
 
 
 
 
 
Análise de lubrificantes 
 
A análise do lubrificante nos permite identificar, quantificar, traçar um perfil de desgaste 
do equipamento e componentes, alem de avaliar a sua degradação natural. Do 
lubrificante que circula entre as partes do equipamento se obtém todas as informações 
necessárias sobre o seu estado. As partículas de contaminação e as partículas de 
desgaste estão nele presentes e, identificá-las através análise especifica, nos permite 
traçar um perfil de desgaste dos seus componentes. 
 
O controle de lubrificante é vital para que o equipamento se mantenha em condições de 
plenitude operacional. Este controle nos permite identificar não somente o desgaste do 
equipamento, mas a degradação natural e a sua troca ou intervenção no momento 
exato. 
 
O monitoramento das partículas de desgastebaseia-se principalmente em dois fatores: 
• Que as interfaces das peças móveis são continuamente “lavadas” pelo 
lubrificante e que as partículas de desgaste são arrastadas por este lubrificante. 
• Que a velocidade de geração destas partículas torna-se maior com o aumento do 
desgaste. 
• Que o exame das partículas de desgaste arrastadas pelo lubrificante é um meio 
reconhecidamente eficaz de se conhecer a saúde dos equipamentos e quanto 
exercício regularmente habilita a detecção de falhas incipientes e a 
implementação de um programa de monitoramento das condições dos mesmos 
no dia-a-dia de uso. 
 
Técnicas têm sido aplicadas para conhecer a natureza das partículas de desgaste em 
termos qualitativos, quantitativos e atualmente a maioria destas técnicas são aplicadas 
em amostras dos lubrificantes em uso. Estas amostras são coletadas em intervalos 
regulares, pré-determinados e a avaliação dos metais de desgaste é executada. 
A principal análise atualmente executada é a ferrografia, que consiste na contagem e na 
observação visual das partículas existentes em uma amostra de lubrificante. Baseiam-se 
nos seguintes princípios: 
• A maioria dos sistemas mecânicos desgasta-se antes de falhar. 
• O desgaste gera partículas. 
• A natureza e a quantidade de partículas dependem de causa e da severidade do 
desgaste. 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
94 
• Analisar partículas é o mesmo que analisar as superfícies que se desgastam. 
 
Existem dois níveis de Análise ferrográfica. 
- A primeira, quantitativa, fornece uma indicação da severidade do desgaste; 
- A segunda, analítica, leva ao conhecimento das causas do desgaste. 
 
TURCO DE BALEEIRA 
 
1— Estrutura 
Todas as peças giratórias estão com graxeiras e devem ser lubrificadas com graxa, 
aplicada com bomba semanal mente, em quantidade tal, que faça a mesma sair nos 
dois lados dos mancais. Tal procedimento garante uma lubrificação correta. 
Os canais para graxa, quando entupidos, dever ser limpos, desmontando-se o conjunto 
completo da polia. 
Caso não se proceda assim, a lubrificação não terá efeito e o sistema sofrer as 
conseqüências. 
As partes roscadas dos esticadores deverão ser mantida sempre engraxadas. Para 
lubrificantes recomendados ver desenho n 9 A — 890. Os pontos para graxeiras estão 
definidos no desenho a seguir. 
Antes da desmontagem do conjunto completo da polia, as lingas de manutenção devem 
ser fixadas aos olhais de vante e ré da baleeira e do turco. 
AO TÉRMINO DA MANUTENÇÃO RETIRAR AS LINGAS DE VANTE E RE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
95 
 
Braços 
 
No caso de baleeiras e botes de resgate são em número de dois, de construção 
soldada, em aço ASTM A-131. São os principais componentes estruturais que 
efetivamente suportam a embarcação. Teste de fábrica: 2,2 vezes a carga de trabalho. 
 
Roldanas 
São fabricadas em Ferro Fundido Nodular GGG 40 e apoiadas em eixos de aço inox 
AISI 316, possuindo mancal de Bronze SAE-65 ou Bronze Naval, lubrificadas por meio 
de pinos graxeiros. 
São montadas na parte superior dos braços do turco e permitem a passagem do cabo 
de aço que sustenta a embarcação. 
 
Passarela de manutenção 
Permite o acesso às partes superiores do turco. É fabricada em chapa ASTM A-131 e 
perfis ASTM A-36, sendo testada com carga concentrada de 150 Kgf/cm2 
 
Guincho 
Coeficiente de segurança = 4,5 
Possibilita o arriamento / içamento da embarcação através de cabo de aço ancorado em 
seus tambores. 
 
Possui as seguintes características: 
Velocidade de Içamento: 
 Aproximadamente 6 m/min; 
Velocidade de Arriamento: 
- Solas – Velocidade Mínima = (0,4 + (0,02 x H)) x 60 m/min; 
- Manual do Fabricante - Velocidade Máxima = 75,0 m/min. 
 
A velocidade mínima é estabelecida em função da altura da instalação. 
 
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 Elaboração: 
96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caixa do guincho redutor 
 
Conjunto de engrenagens (cilíndricas: de dentes retos – as últimas do tambor e de 
dentes helicoidais – todas as outras) que transmitem o movimento do motor aos 
tambores de cabo, tornando adequados os valores disponíveis de velocidade e torque. 
 A lubrificação das engrenagens durante o içamento é realizada por meio de bomba 
hidráulica e durante a descida por banho de óleo pelo arraste das engrenagens 
inferiores. 
 
SISTEMA DE LIBERAÇÃO 12 
PARAFUSO DA TAMPA SUPERIOR 11 
TAMPA SUPERIOR 10 
BOCAL DE ENCHIMENTO DE ÓLEO 09 
PARAFUSO DE FIXAÇÃO DO 
BRAÇO 
08 
BRAÇO DE ACIONAMENTO DO 
FREIO 
07 
ALAVANCA DE LIBERAÇÃO 06 
VISOR DE NÍVEL 05 
TAMBOR 2 04 
TAMBOR 1 (C/ CONTROLE 
REMOTO) 
03 
BUJÃO DE DRENO 02 
CAIXA DO GUINCHO 01 
DESCRIÇÃO ITEM 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
turcos de baleeiras 
 
 Elaboração: 
97 
 
 
Freio centrifugo ou dinamico 
 
Diferenças entre os sistemas de Freio Mecânico e Centrífugo: 
- Só o freio mecânico pode fazer a embarcação parar, o freio centrífugo apenas reduz / 
controla a velocidade de descida da embarcação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lona do Freio Centrífugo 
As lonas do freio centrífugo se consomem com a utilização. A cada 5 descidas ( ± 200 
m), deve-se verificar as espessuras das mesmas ou a cada ano o que vencer primeiro. 
 A lona deverá ser substituída, quando a mesma atingir a espessura 4,0 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Elaboração: 
99 
Freio mecanico e estatico 
Consiste em um freio cinta e é responsável por manter a embarcação suspensa e / ou 
interromper seu movimento de descida. Acionado por alavanca provida de contra-peso, 
o sistema de operação deste freio é chamado “Homem Morto”, pois efetua a frenagem 
quando a alavanca é solta. A descida da embarcação se inicia imediatamente após o 
levantamento da alavanca, e pode ser operada do interior da embarcação ou 
manualmente da plataforma. 
 
Manivela de acionamento 
Utilizada somente para içamento da embarcação. Possui um micro-switch que desarma 
o motor elétrico, impedindo o seu funcionamento com a manivela acoplada. 
 
Lona do Freio Mecânico 
 As lonas do freio são consumidas com a utilização. A cada 5 descidas ( ± 200 m), 
deve-se verificar a espessura das mesmas ou a cada ano, o que vencer primeiro. Faz - 
se necessário a desmontagem do conjunto. 
 As lonas deverão ser substituídas quando atingir a espessura de 4,5 mm. 
 
Acessorios 
Sistema de Içamento 
coeficiente de segurança = 6 
- Cabo de Aço Principal 
Cabo de aço, pré-formado, ESPECIFAÇÃO-PADRÃO API 9A, galvanizado à quente, 
construção 6 x 37 + AF (Alma de Fibra), arame 1568 a 1764 MPa (PS), torção regular à 
direita, lubrificado, resistência efetiva 257,8 KN, Diâmetro Nominal 22,2 mm (Ø 7/8”). 
* O cabo não deverá conter emendas. 
 
ITEM DESCRIÇÃO 
01 CABO DE AÇO PRINCIPAL 1 
02 CABO DE AÇO PRINCIPAL 2 
03 POLIA DO CABO PRINCIPAL 
04 CAIXA DE POLIA TIPO I 
05 CAIXA DE POLIA TIPO II 
06 CAIXA DE POLIA TIPO III 
07 ESTICADOR 
08 CAIXA DE POLIA DO CONTROLE REMOTO 
09 CABO DE AÇO DO CONTROLE REMOTO 
10 MANÍPULO DE ACIONAMENTO DO CONTROLE REMOTO 
11 LINGA DE MANUTENÇÃO 
12 MANILHA PARA LINGA DE MANUTENÇÃO 
13 LINGA DE SUSPENSÃO 
 
 
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 Elaboração: 
100 
 
 
 
 
 
 
Cabos de estivagem ( liberação) 
 
Quando tensionados impedem os movimentos dos ganchos (pelicanos) de retenção. 
Cabo de aço, pré-formado, ESPECIFAÇÃO-PADRÃO API 9A, galvanizado à quente, 
construção 6 x 37 + AF (Alma de Fibra), arame 1568 a 1764 MPa (PS), torção regular àdireita, lubrificado, emenda simples trançada com presilha de aço, extremidade olhais 
com sapatilho pesado, resistência efetiva 133,4 KN, Diâmetro Nominal 15,9 mm (Ø 
5/8”), comprimento 5,60 m – vante e 2,70 m – ré. 
 
 
 
 
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 Elaboração: 
101 
Chave limitadora 
 
Quando acionada corta a energia fornecida ao motor elétrico. Atua quando a 
embarcação chega próximo à posição de estivagem ou quando se posiciona a manivela 
de acionamento de subida manual. São em número de três, sendo uma em cada 
estrutura batente (Proa e Popa) e uma no guincho. 
 
Inspeção no Sistema de Segurança (Chaves-limites e suas Alavancas ) 
 
- Verificar o funcionamento das chaves-limite de fim de curso acionando as chaves-
limite, alternadamente, durante a subida da embarcação. 
 
- Verificar visualmente a fixação do sistema da chave de fim de curso. 
 
- Verificar as condições de lubrificação e de livre movimentação da haste da chave de 
fim de curso, quando aplicável. 
 
Linga de manutenção 
 
Objetiva facilitar a manutenção do sistema de sustentação. Possui sapatilho e presilha 
nas duas extremidades. 
 
Cabo de aço, pré-formado, ESPECIFAÇÃO-PADRÃO API 9A, galvanizado à quente, 
construção 6 x 37 + AF (Alma de Fibra), arame 1568 a 1764 Mpa (PS) , torção regular à 
direita, lubrificado, emenda simples trançada com presilha de aço, extremidade olhais 
com sapatilho pesado, resistência efetiva 257,8 KN, Diâmetro Nominal 22,2 mm (Ø 
7/8”), comprimento 2,80 m (distância entre centro de olhais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITEM DESCRIÇÃO 
01 SOQUETE 
02 ANEL TIPO “O” 
03 MANILHA 
04 CHAPA LINGA 
05 MANILHA 
06 LINGA 
 
Apostila de inspeção e manutenção em guindastes e 
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 Elaboração: 
102 
 
 
 
Operação 
 
A descida da embarcação é feita por gravidade logo após a liberação do freio mecânico, 
sendo que a velocidade de descida é constante e controlada por freio centrífugo 
incorporado ao guincho. O içamento é feito pelo motor elétrico que aciona as 
engrenagens do guincho quando do acoplamento da embreagem. O motor elétrico tem 
por finalidade apenas o içamento da embarcação totalmente equipada e tripulada. Em 
caso de necessidade a embarcação pode ser içada manualmente através da manivela. 
Ao se posicionar a manivela uma chave limitadora interrompe o fornecimento de energia 
para o motor. 
 
 
 
 
 
 
Sobre o autor: 
 
 Luiz Alexandria tem 13 anos de vivência na área de guindaste, sendo formado 
como técnico industrial em máquinas navais pela Escola técnica Henrique Lage. 
Atuou como supervisor de manutenção, sendo responsável pela instervensão de 10.000 
horas em diversos modelos de guindastes (HR; American 9750; Libherr GOS 25/550; 
AKER; Clark Chapman, entre outros),efetuando inspeções em guindastes , guinchos de 
diversos modelos, baleeiras e seus turcos. Trabalhou por quase 8 anos no American 
Bureau of Shipping do Brasil, realizando inspeção em diversos modelos de guindastes 
da UN-BC, efetuou certificações e teste de cargas em diversos guindastes terrestres de 
até 500 ton de capacidade. 
Efetua treinamento na área de equipamentos de levantamento de cargas desde 2002, 
tendo sido responsável pela preparação e treinamneto dos inspetores do American 
Bureau of Shipping do Brasi entre 2004 e 2008. 
O homem se torna imortal entraves do 
conhecimento que ele transmite. 
Autor: Dalhai Lama

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