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Introdução à Microeletrônica
Aula 06
Design CMOS Estático
● Transistores MOSFET como chaves controladas eletricamente
● Funções Lógicas com CMOS
− Inversor
− Rede Pull-up e Pull-down
− NAND2
− Porta lógica combinacional genérica
Hugo Leonardo D. de S. Cavalcante – DSC – CI – UFPB
Força e simetria do transistor
● A “força” do transistor é proporcional a
W/L. Em circuitos digitais, L é o menor
possível (reduz área e aumenta a
velocidade).
● Os transistores MOS são simétricos
(source e drain são intercambiáveis), mas
normalmente desenhados para ser
usados em uma única direção (para evitar
problemas, curto-circuito).
● nFET → source tem a tensão mais baixa (fonte de elétrons).
● pFET → source tem a tensão mais alta (fonte de buracos.
Transistor MOS como uma chave
Transistor MOS ↔ chave controlada por tensão
A chave tem resistência grande (R
off
→ infinito) se |V
GS
| < |V
t
|,
Resistência pequena (R
on
≈ 100 Ω) se |V
GS
| ≥ |V
t
|.
Origem de V
t
e R
on
O transistor “liga” quando V
GS
> V
t
I ds={ 0 , se v gs<V t (Corte)
β [(v gs−V t)vds−vds
2 /2 ] , se v gs>V t e vds<v gs−V t (Linear)
β(v gs−V t)
2/2 , se v gs>V t e vds≥v gs−V t (Saturação)
Vimos os detalhes, vários modelos DC para a relação tensão x
corrente, na Aula 05. Os fenômenos que vamos usar agora são a
transição do corte para a condução e a existência de um limiar Vt.
Origem de V
t
e R
on
O transistor “liga” quando V
GS
> V
t
Origem de V
t
e R
on
Característica I-V não-linear
Mas assumir comportamento linear (R fixo) facilita cálculos de
atraso e potência.
Do ponto de vista lógico
Transistor nMOS
D = S, se G = 1
Do ponto de vista lógico
(chave complementar)
Transistor pMOS
D = S, se G = 0
S D
G
Inversor CMOS
Todas as capacitâncias na saída
do inversor (drenos, conexões,
gate, próximas portas, etc.)
A Y
A Y
0 1
1 0
Inversor CMOS
A = 1, V
out
← 0 A = 0, V
out
← V
DD
Construindo lógica com chaves (nMOS)
Construindo lógica com chaves (pMOS)
Construindo lógica com chaves (CMOS)
● Vamos usar os transistores nMOS para conectar a saída Y na
alimentação “negativa” VSS (geralmente 0 V), e os transistores
pMOS para conectar na alimentação “positiva” VDD.
● Assim, nas expressões anteriores, vamos usar X = “0” para
os nMOS e X = “1” para os pMOS:
Série Paralelo
NMOS Y = 0 se A.B Y = 0 se A+B
PMOS Y = 1 se A+B Y = 1 se A.B
Note que podemos produzir
em Y o valor lógico da função
NAND usando a associação
em série de nMOS e em
paralelo de pMOS. Para a
função NOR, usamos nMOS
em paralelo e pMOS em série.
Exemplo: NAND
A B Y
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
V
DD
Redes Complementares
● PUN e PDN são redes lógicas duais:
– Conexão em série na PUN corresponde a conexão em paralelo na PDN
– Conexão em paralelo na PUN corresponde a conexão em série na PDN
● PUN e PDN são redes lógicas complementares:
– Uma ou outra está ativa a cada momento, mas não ambas.
(static CMOS)
Exemplo: NOR
A B Y
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
V
DD
Exemplo/Exercício: NAND3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
Porta NAND de três entradas:
Y = 0 se todas as entradas forem 1
Y = 1 se qualquer entrada for 0
?
Exemplo/Exercício: NAND3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
Porta NAND de três entradas:
Y = 0 se todas as entradas forem 1
Y = 1 se qualquer entrada for 0
Exemplo/Exercício: NOR3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0
Porta NOR de três entradas:
Y = 1 se todas as entradas forem 0
Y = 0 se qualquer entrada for 1
?
Exemplo/Exercício: NOR3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0
Porta NOR de três entradas:
Y = 1 se todas as entradas forem 0
Y = 0 se qualquer entrada for 1
Portas mais complicadas
Y = D + A•(B+C)
Y
Y = D • A + B • C
?
Com a inversão global (barra em cima de tudo):
Na PDN: + → paralelo • → série
Na PUN: complementar
Lógica não-inversora
Não funciona! Porque?
Exemplo: buffer (Y = A)
(nMOS)
(pMOS)
Limitações das chaves
“1” forte “1” fraco (degradado)
“0” forte “0” fraco (degradado)
O nMOS produz “0” forte, mas não “1” forte. O pMOS produz “1” forte mas não “0” forte. Por
isso precisamos de ambos (CMOS).
Portas CMOS “estáticas”
● Portas CMOS “estáticas” são sempre inversoras.
– Para fazer não-inversoras, pode-se adicionar um inversor no final.
(static CMOS)
(transistores pMOS)
(transistores nMOS)
Introdução à Microeletrônica
Aula 06
Design CMOS Estático
● Transistores MOSFET como chaves controladas eletricamente
● Funções Lógicas com CMOS
− Inversor
− Rede Pull-up e Pull-down
− NAND2
− Porta lógica combinacional genérica
Hugo Leonardo D. de S. Cavalcante – DSC – CI – UFPB
Na aula de hoje vamos ver um primeiro modelo das
características elétricas dos transistores MOS e
como estas podem ser interpretadas como
operadores lógicos.
A técnica vista aqui consiste em formar redes
complementares de transistores (conhecida como
CMOS estático) e permite criar qualquer função
lógica combinacional.
A características elétricas criam limitações: tamanho,
complexidade, potência, tempo de resposta. Ao
nos restringirmos ao CMOS estático teremos a
restrição de complexidade (número de
transistores).
Força e simetria do transistor
● A “força” do transistor é proporcional a
W/L. Em circuitos digitais, L é o menor
possível (reduz área e aumenta a
velocidade).
● Os transistores MOS são simétricos
(source e drain são intercambiáveis), mas
normalmente desenhados para ser
usados em uma única direção (para evitar
problemas, curto-circuito).
● nFET → source tem a tensão mais baixa (fonte de elétrons).
● pFET → source tem a tensão mais alta (fonte de buracos.
Com valores padronizados de tensão e dopagens
para compor os materiais semicondutores, a
capacidade de produzir corrente elétrica
(resistência e capacitância) depende das
dimensões (L, W, tox) e do tipo do material (p, n,
polissilício, metal, intrínseco).
Normalmente queremos L e W pequenos, para
diminuir a capacitância, mas reduzir W também
reduz a resistência. Vamos deixar o
dimensionamento para aulas futuras.
Os portadores majoritários sempre fluem da fonte
(source) para o dreno (drain), e este fluxo é
controlado pela tensão aplicada no portão (ou
porta, gate). A direção do fluxo é determinada pela
tensão, mas lembre-se que um dos terminais é
ligado ao corpo, e não devemos polarizar as
junções p-n do corpo diretamente.
Transistor MOS como uma chave
Transistor MOS ↔ chave controlada por tensão
A chave tem resistência grande (R
off
→ infinito) se |V
GS
| < |V
t
|,
Resistência pequena (R
on
≈ 100 Ω) se |V
GS
| ≥ |V
t
|.
Existem dezenas de modelos para os transistores
MOS, mas para entender como eles são usados do
ponto de vista lógico, basta considerar o transistor
como uma chave (interruptor) controlada por
tensão.
A tensão de controle VGS faz com que a resistência
assuma um de dois valores possíveis: Ron
(resistência baixa, chave conecta dreno e source)
ou Roff (resistência alta, chave aberta). A mudança
acontece quando VGS passa por um valor Vt
(tensão limiar, threshold). Ambas VGS e Vt são
positivas para o nMOS e negativas para o pMOS
(por isso o esquema geral, mostrado na figura, usa
|VGS| e |Vt|.
Origem de V
t
e R
on
O transistor “liga” quando V
GS
> V
t
I ds={ 0 , se v gs<V t (Corte)
β [(v gs−V t)vds−vds
2 /2 ] , se v gs>V t e vds<v gs−V t (Linear)
β(v gs−V t)
2/2 , se v gs>V t e vds≥v gs−V t (Saturação)
Vimos os detalhes, vários modelos DC para a relação tensão x
corrente, na Aula 05. Os fenômenos que vamos usar agora são a
transição do corte para a condução e a existência de um limiar Vt.
A existência deste limiar e da resistência não-nula da
chave fechadaé explicada por modelos mais
realistas do transistor. Eles vêm da relação tensão
corrente entre os três terminais. Vamos analisar
modelos mais detalhados na aula 07.
Essencialmente, o transistor vai operar ou no regime
de corte (corrente próxima de zero) ou em um dos
modos de alta corrente, funcionando como um
chave. A transição entre os modos pode ser vista
analisando a equação da corrente Ids.
Origem de V
t
e R
on
O transistor “liga” quando V
GS
> V
t
A curva de Ids mostra duas correntes qualitativamente
diferentes: Ioff ~ 0 e Ion ~ 1 mA a 10 mA. Note que a
corrente varia continuamente em função de VGS,
mas existe uma mudança qualitativa de
comportamento quando VGS passa por Vt ~ 0,25 V.
Origem de V
t
e R
on
Característica I-V não-linear
Mas assumir comportamento linear (R fixo) facilita cálculos de
atraso e potência.
A tensão Vds entre o dreno e o source também afeta
o valor de Ids. O transistor não é um resistor, não
tem comportamento seguindo a Lei de Ohm. Mas a
relação pode ser aproximada por uma reta se
restringirmos a tensão a um dos regimes
(saturação ou linear, p. ex.).
Diferentes modelos incorporam detalhes que tornam
a simulação mais ou menos realista, de acordo
com a necessidade. Espera-se que modelos mais
simples sejam mais rápidos de simular (importante
em circuitos grandes, com 104 a 109 transistores).
Na figura vemos uma comparação entre dois
modelos diferentes: um deles assume que a
corrente fica independente de Vds (reta horizontal)
na saturação (nível 3) e outro considera uma
variação com inclinação reduzida (nível > 5).
Do ponto de vista lógico
Transistor nMOS
D = S, se G = 1
Voltando ao nosso modelo mais simples:
No nMOs, se |VGS| > |Vt| (ou VGS > Vt ) a resistência
entre S e D será Ron (pequena, chave ligada).
Do ponto de visto lógico, podemos dizer D = S, se G
= 1.
Se G ≠ 1, ou seja, se VGS < Vt , este trecho do circuito
não permite inferir nenhuma relação entre D e S.
Do ponto de vista lógico
(chave complementar)
Transistor pMOS
D = S, se G = 0
S D
G
Para o pMOs, temos uma relação análoga, mas
complementar:
VGS e Vt são negativos, se |VGS| > |Vt| , VGS é “mais
negativo” que Vt, ou seja VGS < Vt , a resistência
entre S e D será Ron (pequena, chave ligada).
Como VS deve ser uma tensão alta (fonte de
buracos), a chave estará ligada se VG for uma
tensão baixa (VGS = VG – VS. P. ex: VGS = 0 – 3,0 V )
Do ponto de visto lógico, podemos dizer D = S, se G
= 0. (Note que é o contrário, “complementar”, do
nMOS).
Se G = 1, ou seja, se VGS > Vt , este trecho do circuito
não permite inferir nenhuma relação entre D e S.
Inversor CMOS
Todas as capacitâncias na saída
do inversor (drenos, conexões,
gate, próximas portas, etc.)
A Y
A Y
0 1
1 0
Usado estes comportamentos, podemos desenhar
nossa primeira porta lógica: o inversor CMOS. Esta
é uma das portas mais fundamentais, pois o
comportamento dela serve de base para entender
as demais portas.
O sinal de entrada A é conectado nos terminais gate
de dois MOSFETs complementares (um nMOS e
um PMOS), os drenos desses dois transistores são
ligados juntos, formando o terminal de saída Y. O
source do pMOS é ligado na tensão mais alta do
“padrão” (Vdd) e o source do nMOS é ligado na
tensão mais baixa do “padrão” (Vss). Os nomes
Vdd e Vss vêm de hábito histórico (os primeiros
circuitos tinham apenas nMOS e a letra repetida é
uma forma rápida de mudar o símbolo, mantendo
uma relação mnemônica).
Inversor CMOS
A = 1, V
out
← 0 A = 0, V
out
← V
DD
Quando a tensão no terminal A tem valor alto, o
pMOS fica no estado aberto e o nMOS no estado
fechado. Assim, a saída não fica conectada na
tensão alta (Vdd) e fica conectada (através do
nMOS, com resistência Ron,n) na tensão mais baixa
(Vss). Se houver uma capacitância com carga
positiva acumulada na saída, ele pode descarregar
através do nMOS. Vout → Vss.
Quando a tensão no terminal A tem valor baixo, o
pMOS fica no estado fechado (com resistência
Ron,p) e o nMOS no estado aberto. Assim, a saída
fica conectada na tensão alta (Vdd) e não fica
conectada na tensão baixa (Vss). Se houver uma
capacitância sem carga na saída, ela pode
carregar através do pMOS. Vout → Vdd.
Construindo lógica com chaves (nMOS)
Para construir funções lógicas combinacionais
vamos usar pares de transistores que controlam a
conexão com o nível lógico desejado.
NMOS em série fazem conexões se ambos forem
ativados simultaneamente por níveis de entrada
altos. Isso corresponde à função AND (“e” lógico).
NMOS em paralelo fazem conexão se qualquer um
deles for ativado por um nível de entrada alto. Isso
corresponde à função OR (“ou” lógico).
Se a conexão não for feita, a resistência entre os
pontos X e Y fica alta (Roff), o que chamamos de
estado de alta impedância, símbolo lógico Z.
Construindo lógica com chaves (pMOS)
Os pMOs funcionam de maneira complementar
(invertida) com respeito ao sinal de ativação:
PMOS em série fazem conexões se ambos forem
ativados simultaneamente por níveis de entrada
baixos. Isso corresponde à função AND das
entradas invertidas. Usando a lei de De Morgan,
também podemos expressar como NOR lógico das
entradas (“ou negado”).
PMOS em paralelo fazem conexão se qualquer um
deles for ativado por um nível de entrada baixo.
Isso corresponde à função OR das entradas
invertidas, ou NAND lógico.
Novamente, se a conexão não for feita, a resistência
entre os pontos X e Y fica alta (Roff), resultando em
um estado de alta impedância, símbolo lógico Z.
Construindo lógica com chaves (CMOS)
● Vamos usar os transistores nMOS para conectar a saída Y na
alimentação “negativa” VSS (geralmente 0 V), e os transistores
pMOS para conectar na alimentação “positiva” VDD.
● Assim, nas expressões anteriores, vamos usar X = “0” para
os nMOS e X = “1” para os pMOS:
Série Paralelo
NMOS Y = 0 se A.B Y = 0 se A+B
PMOS Y = 1 se A+B Y = 1 se A.B
Note que podemos produzir
em Y o valor lógico da função
NAND usando a associação
em série de nMOS e em
paralelo de pMOS. Para a
função NOR, usamos nMOS
em paralelo e pMOS em série.
Note que, na rede nMOS, podemos colocar uma
barra (negação) sobre Y, porque ele vai conectar
no estado “0”, assim, a expressão da função fica
igual no nMOS e no pMOS, em cada diagonal da
tabela.
Podemos generalizar esta análise para qualquer
combinação de expressões lógicas, sempre
usando formas complementares para conectar as
alimentações opostas.
Esta técnica de construir o circuito: usando
associações de nMOS para conectar em Vss e de
pMOS complementares (tipo oposto, ativação
oposta) e duais (série em um → paralelo no outro)
para conectar em Vdd, é chamada CMOS estático
(static CMOS).
Exemplo: NAND
A B Y
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
V
DD
Vejamos como funciona a porta NAND de duas
entradas.
Os dois transistores nMOS em série só vão conectar
a saída ao Vss (GND, na figura) se ambas as
entradas A e B forem “1” (última linha na tabela).
Se qualquer das entradas for “0”, pelo menos um dos
pMOS vai conectar a saída ao Vdd (demais linhas
da tabela). Note que em nenhuma situação temos
a saída conectada simultaneamente a ambas as
fontes de alimentação Vdd e Vss. Este estado
problemático é conhecido como “crowbar” [símbolo
lógico X na saída. (X na entrada é “don’t care”.)].
Redes Complementares
● PUN e PDN são redes lógicas duais:
– Conexão em série na PUN corresponde a conexão em paralelo na PDN
– Conexão em paralelo na PUN corresponde a conexão em série na PDN
● PUN e PDN são redes lógicas complementares:
– Uma ou outra está ativa a cada momento, mas não ambas.
(static CMOS)
Em geral, as portas lógicas usando esta metodologia
CMOS estático, são formadas por uma rede de
transistores “ativados pela lógica invertida” (pMOS)
conectando à alimentação “positiva” Vdd, e uma
rede de transistores“ativados pela lógica não-
invertida (nMOS) que conecta à alimentação
negativa Vss (ou GND).
Estas redes são chamadas de complementares,
pois a cada pMOS na rede que “puxa para cima”
PUN (pull-up network) existe um nMOS
correspondente na rede que “puxa para baixo”
(PDN, pull-down network).
Além disso, para evitar estados Z e X, as redes
também são duais: um par em série em um das
redes corresponde a um par em paralelo na outra,
e vice-versa.
Exemplo: NOR
A B Y
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
V
DD
Outro exemplo: a porta NOR de duas entradas.
Tente explicar o seu funcionamento, analisando em
que condições cada uma das redes está ativa.
Exemplo/Exercício: NAND3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
Porta NAND de três entradas:
Y = 0 se todas as entradas forem 1
Y = 1 se qualquer entrada for 0
?
Como exercício, tente desenhar uma porta NAND de
três entradas, A, B e C.
Exemplo/Exercício: NAND3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
Porta NAND de três entradas:
Y = 0 se todas as entradas forem 1
Y = 1 se qualquer entrada for 0
Solução: Para conectar na alimentação negativa é
preciso que todos os nMOS sejam ativados pela
entrada (A, B, C) = (“1”, “1”, ‘1”). Caso uma das
entradas seja “0”, a PDN fica aberta e a PUN
conectará a saída na alimentação positiva.
Exemplo/Exercício: NOR3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0
Porta NOR de três entradas:
Y = 1 se todas as entradas forem 0
Y = 0 se qualquer entrada for 1
?
Mais um exercício/exemplo: NOR de três entradas.
Exemplo/Exercício: NOR3
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0
Porta NOR de três entradas:
Y = 1 se todas as entradas forem 0
Y = 0 se qualquer entrada for 1
Solução. Quando qualquer entrada é alta a saída é
conectada em “0”, é preciso que as três entradas
sejam “0” para que a saída seja conectada em “1”.
Portas mais complicadas
Y = D + A•(B+C)
Y
Y = D • A + B • C
?
Com a inversão global (barra em cima de tudo):
Na PDN: + → paralelo • → série
Na PUN: complementar
Podemos projetar portas correspondendo a lógica
combinacional arbitrária partindo da expressão Y =
f(A,B,C…) e colocando um par complementar e
dual de transistores de acordo com a operação
lógica desejada/necessária. É conveniente “ter
uma grande barra” invertendo a expressão da
função lógica Y, devido à natureza inversora da
metodologia CMOS (o pMOS conecta ao estado
“1” e o nMOS conecta ao estado “0”).
Quando aparecer, dentro da função Y:
Disjunção (OR,+): transistores em série na PUN e
paralelo na PDN.
Conjunção (AND, ·): transistores em paralelo na PUN
e série na PDN.
Esta “regra” pode ser aplicada a blocos de
expressões. Para lembrar: volte à porta NAND, por
exemplo.
Lógica não-inversora
Não funciona! Porque?
Exemplo: buffer (Y = A)
(nMOS)
(pMOS)
O que acontece se ignorarmos a “grande barra em
cima” da expressão de Y, ou seja, tentarmos
construir uma função lógica não-inversora?
Os transistores nMOS não conseguem conectar a
saída na tensão alta (completamente), e os
transistores pMOS não conseguem conectar na
tensão baixa. Quando se tenta uma destas
conexões, a tensão |VGS| cai abaixo de |Vt| e o
transistor entra em corte prematuramente. Quando
a saída não atinge o valor final nominal da tensão
de alimentação dizemos que o sinal está
“degradado” ou “fraco”.
Limitações das chaves
“1” forte “1” fraco (degradado)
“0” forte “0” fraco (degradado)
O nMOS produz “0” forte, mas não “1” forte. O pMOS produz “1” forte mas não “0” forte. Por
isso precisamos de ambos (CMOS).
Chamamos este efeito de degradação do nível
lógico. Os níveis degradados também são
chamados de níveis fracos. Eles não devem
aparecer quando nos atemos à metodologia CMOS
estático. Voltaremos a falar sobre eles quando
estudarmos dispositivos tristate.
Portas CMOS “estáticas”
● Portas CMOS “estáticas” são sempre inversoras.
– Para fazer não-inversoras, pode-se adicionar um inversor no final.
(static CMOS)
(transistores pMOS)
(transistores nMOS)
Conclusão e resumo: Por enquanto vamos ficar com
a metodologia CMOS estático, cujas “regras”
foram definidas nesta aula.
Sabemos como implementar qualquer função lógica
“inversora”, usando pMOS na PUN e nMOS na
PDN.
Uma expressão sem “a grande barra em cima” pode
ser transformada adicionando uma “grande barra
dupla” e usando a Lei de De Morgan. Tente
construir o circuito para a porta XOR, como
exercício.
Uma maneira da desenhar um circuito não-inversor é
adicionar um inversor extra após saída.
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