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29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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Projeto Pedagógico e Currículo na EP
Site: AVA - IFRO - Campus Porto Velho Zona Norte
Curso: Projeto Pedagógico na Educação Profissional e Tecnológica
Livro: Projeto Pedagógico e Currículo na EP
Impresso por: Rodrigo Santos de Oliveira
Data: domingo, 29 ago 2021, 17:39
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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Índice
1. O que é um projeto pedagógico? Questões iniciais!
1.1. O Currículo na Educação Profissional
1.2. Princípios epistemológicos para o currículo em EP
1.3. O bonsai, a floresta e algumas lagartixas
2. Documentos norteadores para a concepção de cursos na EP
2.1. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica
2.2. Catálogos Nacionais de Cursos
3. Referências
4. Ficha Técnica
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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1. O que é um projeto pedagógico? Questões iniciais!
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Fonte: https://www.storyblocks.com
Um projeto pedagógico de curso é, materialmente falando, um documento escrito. Nele, constam os objetivos de um curso, sua estrutura, seus conteúdos, seu funcionamento… Também nele está desenhado o currículo para os
educadores, mas, acima de tudo, para o estudante. Como assim, “currículo”? A ideia é simples: um currículo é a previsão do percurso a ser ofertado pela instituição de ensino e a ser percorrido pelo aprendiz, em direção a uma
formação. 
Geralmente, define-se no projeto pedagógico o “perfil do egresso” (ou seja, do estudante que se formou) para justamente dar uma ideia mais clara possível do que deve significar esta formação para o aprendiz e do que a
instituição está propondo para a sociedade. 
Em Educação Profissional, este perfil está voltado para uma profissão, para a formação de um trabalhador, com todas as dimensões do trabalho envolvidas, conforme você já estudou em Epistemologia da Educação Profissional. 
Falando assim, elaborar um Projeto Pedagógico de Curso parece fácil, não é? Claro que não é tão simples assim… 
Imagine que, na sua escola, será ofertado um curso técnico. Como professor/a, você deverá participar da construção do projeto pedagógico deste curso (geralmente, é uma elaboração coletiva). OK, e agora? Como definir o perfil
do egresso? Como desenhar o percurso - o currículo? O que deverá ser ensinado? 
É muito comum, lamentavelmente, que projetos sejam elaborados segundo o (não) “método” do “copia e cola outro Projeto Pedagógico”. Claro que é bom se inspirar nos cursos à nossa volta - os bons, de preferência! - para
conhecer o que já se faz ou se deixa de fazer. Mas, para que o currículo faça um máximo de sentido para os estudantes e a sociedade, para que tenha um propósito claro, bem como um engajamento e compreensão do corpo
docente que irá desenvolver o curso, é importante que haja uma construção dos elementos que o compõem. 
Nesta disciplina, buscaremos trilhar com vocês alguns caminhos para que conheçam estes elementos e também que se familiarizem com abordagens de construção do Projeto Pedagógico de Curso com foco na Educação
Profissional, em especial em cursos Técnicos.  
 
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1.1. O Currículo na Educação Profissional
O trajeto formativo (ou currículo) proposto no Projeto Pedagógico de Curso (PPC) representa em grande medida o que seus elaboradores (e a instituição que o aprova) concebem acerca desta formação, pela forma que lhe dão e
os diferentes valores, ideias, saberes - e fazeres-saberes!!! - que o perpassam. 
Pensadores do currículo dizem justamente que há, no currículo, tanto uma “poética”, isto é, uma forma criada, inventada, quanto uma “política”, ou seja, trata-se de um espaço de tensão entre posicionamentos diversos,
perspectivas, discursos, ideais, interesses, etc. (SILVA, 2006). Afinal, há uma “potencialidade reguladora no currículo” (SACRISTÁN, 2013) já que nele se:
 
definem e ordenam os conteúdos a ensinar;
definem tempos de aprendizagem (dias de aula, tempo das aulas…);
definem formas de aprendizagem;
definem formas de ensinar;
definem formas de avaliar (entre outras coisas).
 
Vale ressaltar (como diz Sacristán) que um currículo é sempre peculiar, isto é, é fruto de escolhas, invenções. Neste sentido, não há “neutralidade” nele. Um currículo tampouco é eterno; é preciso, periodicamente, atualizá-lo. Isso
porque a sociedade, o trabalho, as técnicas e outras formas de saber se transformam, ou porque é preciso renovar o percurso proposto. 
Evidentemente, a criação de um projeto de curso, com um formato e uma proposta pedagógica, que prevê, em um documento escrito, uma determinada cultura de aprendizagem, não garante que ela acontecerá de fato, que a
intenção irá se converter em práticas pedagógicas reais. A este respeito, o mesmo autor coloca a seguinte figura, que mostra os processos da idealização do projeto até os efeitos comprovados de aprendizagem nos aprendizes: 
Figura 1.4.: Esquema de concepção do currículo como processo e práxis. 
Fonte: o autor. 
 
Com o objetivo de buscar a maior e melhor aprendizagem possível por parte dos aprendizes, vamos retomar aqui alguns princípios que consideramos importantes para todas as etapas já mencionadas , quando estamos falando da
construção de um Projeto de Curso em Educação Profissional, mesmo quando este for integrado a outra oferta educativa (ensino médio, fundamental, EJA…). 
 
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1.2. Princípios epistemológicos para o currículo em EP
Em primeiro lugar, lembremos a nossa Epistemologia da EP e as Teorias de Aprendizagem. 
O trabalho é considerado aqui princípio educativo. Isso significa que o trabalho não só educa (já falamos extensivamente sobre isso), como também é referência fundamental para a construção do currículo. É, ao mesmo tempo, um
dos objetivos do curso - formar trabalhadores, para o trabalho - e um contexto para o ensino - formar pelo trabalho, em referência aos contextos e atividades laborais. 
Devem lembrar também que a busca por uma interdisciplinaridade ampla em EP passa pelo reconhecimento do saber técnico-profissional enquanto saber fundamental para a produção da nossa existência, além de complexo, rico
e fruto de uma cultura técnica com dimensões éticas, estéticas, ambientais, políticas, econômicas etc. Os contextos laborais são parte da cultura e por meio deles é possível dialogar com todas as áreas do conhecimento (ciências da
natureza, ciências humanas, ciências sociais, diversos domínios da cultura, inclusive e sobremaneira as outras áreas profissionais…). 
Ainda que com íntimas conexões com os diversos campos do conhecimento e da cultura, o fazer-saber técnico-profissional não é simples aplicação “dA Ciência”, porque é criado e cultivado em contextos e comunidades de
práticas, porque possui lógicas próprias, estruturas próprias, além de objetivo distinto: a intervenção no mundo.  
Estas reflexões são importantes, porque a partir delas também se decide como são construídos os currículos ou, no caso aqui, os Projetos Pedagógicos de Curso. Por exemplo, quando não se dá o devido tratamento ao trabalho, à
técnica e à tecnologia, como ciência da técnica, pode-se organizar um currículo em que se ensinarão as ciências “clássicas” como base, acreditando que as técnicas serão depois de fácil aquisição. 
Todas as ciências são de igual importância, inclusive a ciência da técnica.Porém, como tentamos mostrar nas disciplinas anteriores, o desenvolvimento dos fazeres-saberes profissionais e sua aprendizagem é potencializado ao passar por uma pedagogia das situações, por uma incorporação, e não
apenas uma assimilação de conteúdos por parte dos aprendizes, o que demanda aprendizagem ativa, adaptação, transformação de si. Talvez isso valha até para todos os saberes. 
Quando aliamos a ideia do trabalho como princípio educativo e da interdisciplinaridade ampla a uma pedagogia das situações e da atividade, que abarca os princípios do sociointeracionismo, da aprendizagem social etc., é
possível pensar em contextos interdisciplinares de aprendizagem, nos quais os fazeres-saberes técnico-profissionais e  das demais ciências poderão ganhar em sentido ao serem mobilizados. Evidentemente, é preciso para isso
investigar as atividades profissionais, as situações e seus contextos. Para iniciar um percurso nesta direção é que você realizou a Análise Epistemológica do Trabalho no início do semestre, lembra? 
Um dos ensinamentos que nos trouxe esta análise é que para que haja desenvolvimento de competências profissionais reais é preciso aliar a diversidade e a variabilidade das situações com as quais é confrontado o aprendiz.  
Modelizado por Crislaine Gruber 
 
Para lembrar melhor disto, pode rever nossa webconferência do dia 08/04/2021. São só 3 minutinhos!
Assim, temos aqui um rico ensinamento para a elaboração do currículo, a saber que é preciso não pensar apenas em conteúdos, mas também, e talvez antes de tudo, em: 
Que classe de situações compõem a profissão?
Qual a diversidade de situações em cada classe?
Qual a variabilidade destas situações?
Quais são as mais comuns na profissão? 
Quais são as mais críticas?
Que fazeres-saberes estão presentes e são mobilizados?
Que fazeres-saberes estão ausentes ou poderiam ser aprimorados/transformados?
Além disso, outra questão fundamental é: quais destas situações têm maior potencial de desenvolvimento profissional? Afinal, nem toda situação promove aprendizagem, nem toda situação ensina coisas boas, técnicas corretas,
comportamentos desejáveis, gestos seguros. 
Criar um percurso de situações diversas, com variabilidade e, preferencialmente, com potencial de aprendizagem é um dos grandes desafios de um currículo em Educação Profissional. O potencial de aprendizagem, como diz
Mayen (1999), deve estar presente na situação profissional escolhida como referência para a formação, mas também deve estar presente na situação de formação. Afinal - também - nem toda situação de formação, de ensino, tem
potencial de aprendizagem!!!
Com tudo isso, podemos retirar alguns ensinamentos para embasar a elaboração de um Projeto Pedagógico de Curso em Educação Profissional, que resumimos aqui: 
O Projeto Pedagógico de Curso define um perfil profissional, um percurso formativo, formas de ensino e aprendizagem; 
O currículo incarna, ao menos em parte, concepções, valores, modos de ver a construção do conhecimento e a formação profissional; 
O trabalho é princípio educativo na EP;
As atividades e os contextos laborais são ricas fontes de interdisciplinaridade a serem exploradas por todas as áreas do conhecimento. Eles precisam estar vivos no currículo;
Conhecer e escolher um percurso formativo que preveja diversidade e variabilidade de situações com potencial de aprendizagem é muito importante para o desenvolvimento das competências profissionais;
Entre outros.
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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1.3. O bonsai, a floresta e algumas lagartixas
Enfim, caso goste de literatura e queira viajar um pouco conosco (é só um convite, pode passar para o próximo capítulo se não estiver a fim), segue uma reflexão sobre o bonsai, a floresta e algumas lagartixas…
Projeto Pedagógico na EP - S1 - Aula 1: Bonsai [Libras]Projeto Pedagógico na EP - S1 - Aula 1: Bonsai [Libras]
https://www.youtube.com/watch?v=eaXXaNQ0q1M
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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2. Documentos norteadores para a concepção de cursos na EP
Na disciplina de Epistemologia, estudamos a organização da educação profissional no Brasil, como ela está estruturada, suas principais políticas e alguns documentos fundamentais. Aqui, olharemos para esses documentos de uma
maneira um pouco diferente, buscando neles as orientações que podem nos auxiliar na elaboração dos projetos pedagógicos de curso (PPC) na EP. Além dos documentos apresentados neste capítulo, estudaremos em breve sobre
os projetos pedagógicos de certificação profissional e de Proeja.
 
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2.1. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica
Vamos começar com as Diretrizes Curriculares, que foram atualizadas recentemente. Antes, tínhamos uma Resolução para os Cursos Técnicos, a nº 6/2012, do Conselho Nacional de Educação, e outra para os Cursos Superiores de
Tecnologia, a nº 3/2002. Porém, essas duas resoluções foram revogadas com a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica, a Resolução CNE/CP nº 1, de 5 de janeiro de 2021.
Além de tratar dos cursos técnicos e dos cursos superiores de tecnologia, esta nova resolução abrange também a qualificação profissional e a pós-graduação.
 
Dada a importância desse documento, ele é uma leitura obrigatória para nós: Resolução CNE/CP nº 1/2021: Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica.
Nas Diretrizes encontramos, por exemplo, as diferentes formas de oferta dos cursos técnicos: integrada, concomitante, concomitante intercomplementar e subsequente ao ensino médio. Veja a seguir o que significa cada uma
dessas formas: 
I - integrada, ofertada somente a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental, com matrícula única na mesma instituição, de modo a conduzir o estudante à habilitação profissional técnica ao mesmo tempo em que conclui
a última etapa da Educação Básica;
II - concomitante, ofertada a quem ingressa no Ensino Médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, aproveitando oportunidades educacionais disponíveis, seja em unidades de ensino da
mesma instituição ou em distintas instituições e redes de ensino;
III - concomitante intercomplementar, desenvolvida simultaneamente em distintas instituições ou redes de ensino, mas integrada no conteúdo, mediante a ação de convênio ou acordo de intercomplementaridade, para a
execução de projeto pedagógico unificado; e
IV - subsequente, desenvolvida em cursos destinados exclusivamente a quem já tenha concluído o Ensino Médio. 
A forma de oferta de um curso técnico será definida a partir de diferentes fatores, buscando o que Jonnaert, Ettayebi e Defise (2010) chamam de coerência externa, ou seja, o grau de adequação do currículo à demanda social. E a
forma de oferta influenciará no processo de elaboração do PPC. Se estivermos falando de um PPC de curso técnico integrado ao ensino médio, precisaremos envolver professores das diferentes áreas da formação geral que
atuarão no curso, contribuindo para a formação técnica e para a conclusão do ensino médio. Por outro lado, a construção de um PPC de curso técnico subsequente ao ensino médio será feita sobretudo pelos professores da área
técnica em questão. 
Em ambos os casos, no entanto, recomendamos fortemente que os trabalhadores da área sejam envolvidos; mesmo com suas diferentes formas de oferta, estamos falando de um curso técnico e a formação para o trabalho será o
coração do projeto pedagógico. Inclusive, as Diretrizes definem como um dos princípios da Educação Profissional a "centralidade do trabalho assumido como princípio educativo e base para a organização curricular, visando à
construção de competências profissionais".Ainda nas Diretrizes, temos os critérios para o planejamento e a organização de todos os tipos de cursos na Educação Profissional e Tecnológica:
 
I - atendimento às demandas socioeconômico ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho;
II - conciliação das demandas identificadas com a vocação e a capacidade da instituição ou rede de ensino, considerando as reais condições de viabilização da proposta pedagógica;
III - possibilidade de organização curricular segundo itinerários formativos profissionais, em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica consonantes com políticas públicas indutoras e arranjos socioprodutivos e
culturais locais;
IV - identificação de perfil profissional de conclusão próprio para cada curso, que objetive garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do trabalho, em condições de
responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional;
V - incentivo ao uso de recursos tecnológicos e recursos educacionais digitais abertos no planejamento dos cursos como mediação do processo de ensino e de aprendizagem centrados no estudante;
VI - aproximação entre empresas e instituições de Educação Profissional e Tecnológica, com vistas a viabilizar estratégias de aprendizagem que insiram os estudantes na realidade do mundo do trabalho; e
VII - observação da integralidade de ocupações reconhecidas pelo setor produtivo, tendo como referência a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e o acervo de cursos apresentados nos Catálogos Nacionais de Cursos
Técnicos e de Cursos Superiores de Tecnologia. 
Também encontramos, nesse documento, o que deve conter um PPC de qualificação profissional (ver o art. 13), de curso técnico (ver o art. 25) e das graduações (ver o art. 30). As próprias Diretrizes recomendam os próximos
documentos que estudaremos aqui: o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) e o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST).
 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-1-de-5-de-janeiro-de-2021-297767578
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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2.2. Catálogos Nacionais de Cursos
Fonte: http://cnct.mec.gov.br/
O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, hoje na quarta edição, foi publicado primeiramente em 2008. "Para as instituições de ensino, o Catálogo é um referencial que subsidia o planejamento dos cursos e suas correspondentes
qualificações profissionais e especializações técnicas de nível médio. Para os estudantes, serve de base para a escolha dos seus cursos, apresentando-lhes os diferentes perfis profissionais e as possibilidades de atuação, entre
outras informações. E, para o setor produtivo, auxilia na definição da contratação de profissionais com os perfis mais adequados às suas necessidades."
O Catálogo é organizado em 13 eixos tecnológicos, que reúnem um grupo de cursos, indicando, para cada um, a carga horária mínima (que pode ser 800, 1.000 ou 1.200 horas), o perfil profissional de conclusão, infraestrutura
mínima requerida, campo de atuação, ocupações associadas à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), normas associadas ao exercício profissional e possibilidades de itinerário formativo.
Você lembra o que é o itinerário formativo? Vimos esse conceito na disciplina de Epistemologia, mas vamos retomar aqui o que a Resolução CNE/CP nº 1, de 5 de janeiro de 2021 fala sobre esse assunto: 
Entende-se por itinerário formativo na Educação Profissional e Tecnológica o conjunto de unidades curriculares, etapas ou módulos que compõem a sua organização em eixos tecnológicos e respectiva área tecnológica, podendo
ser: 
I - propiciado internamente em um mesmo curso, mediante sucessão de unidades curriculares, etapas ou módulos com terminalidade ocupacional;
II - propiciado pela instituição educacional, mas construído horizontalmente pelo estudante, mediante unidades curriculares, etapas ou módulos de cursos diferentes de um mesmo eixo tecnológico e respectiva área
tecnológica; e
III - construído verticalmente pelo estudante, propiciado ou não por instituição educacional, mediante sucessão progressiva de cursos ou certificações obtidas por avaliação e por reconhecimento de competências, desde a
formação inicial até a pós-graduação tecnológica.
E a CBO, você já ouviu falar? "A Classificação Brasileira de Ocupações é o documento normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro."
(MTE, 2021). Ela é uma das referências utilizadas na elaboração do CNCT. 
Visite o site para conhecer melhor: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf.
As informações sobre cada curso técnico, disponibilizadas no CNCT, são uma referência fundamental e auxiliam os educadores na construção do seu PPC. Mas, vale lembrar, o Catálogo é nacional; ele é um ponto de partida para a
escola criar o seu projeto de curso, mas será preciso analisar o contexto regional.
Agora que já falamos um pouco sobre o CNCT, acesse o site e busque pelo curso técnico com o qual você mais se identifica: http://cnct.mec.gov.br/. 
- O que você achou do Perfil Profissional de Conclusão desse curso? Há alguma ocupação da CBO relacionada a ele? Você consegue indicar algum local de atuação que não está listado ali?
O Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia está em sua 3ª edição, de 2016, tendo sido publicado pela primeira vez em 2006. Hoje ele apresenta 134 cursos, também organizados nos 13 eixos tecnológicos. Assim
como no CNCT, encontramos nesse documento informações referentes a cada curso: denominação do curso, eixo tecnológico, perfil profissional de conclusão, infraestrutura mínima requerida, carga-horária mínima (no caso dos
CST é estabelecida em 1.600, 2.000 e 2.400 horas), campo de atuação, ocupações CBO associadas, possibilidades de prosseguimento de estudos na pós-graduação.
 
 
http://cnct.mec.gov.br/
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
http://cnct.mec.gov.br/
29/08/2021 Projeto Pedagógico e Currículo na EP
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3. Referências
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. 4 ed. 2021. Disponível em: http://cnct.mec.gov.br/. 
 
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 3 ed. 2016. Disponível em:    
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=98211-cncst-2016-a&category_slug=outubro-2018-pdf-1&Itemid=30192/. 
 
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Conselho Nacional de Educação (CNE). RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 5 DE JANEIRO DE 2021. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica.
2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-1-de-5-de-janeiro-de-2021-297767578.
 
JONNAERT, P.; ETTAYEBI, M.; DEFISE, R. Currículo e competências. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
 
MAYEN, P. Des situations potentielles de developpement. In: Education permanente. n°139, P.P. 65-86, abril 1999. 
 
MTE. Ministério do Trabalho. CBO: Informações gerais. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/informacoesGerais.jsf. 
 
SACRISTÁN, J. G. “O que significa o currículo?”. In: SACRISTÁN, J.G. (Org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Trad. Alexandre Salvaterra. São Paulo: Penso, 2013. 
 
SARAMAGO, J. O homem duplicado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
 
SILVA, T. T. da. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
http://cnct.mec.gov.br/
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=98211-cncst-2016-a&category_slug=outubro-2018-pdf-1&Itemid=30192/
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-1-de-5-de-janeiro-de-2021-297767578
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/informacoesGerais.jsf
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4. Ficha Técnica
 
Título Projeto Pedagógico e Currículo na EP
Autoria Crislaine Gruber
Olivier Allain 
Design gráfico e instrucional Camila Marques
André Avelino
Revisão textual Cláuberson Correa Carvalho
 
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR

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