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Rogério Fernando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Absentismo Escolar nas Classes Iniciais do Ensino Primário: Caso da Escola Primária 
de Chimuili (2022-2023) 
Curso de Licenciatura em Ensino Básico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão de Cabo Delgado 
2023 
1 
 
Rogerio Fernando 
 
 
 
 
 
Absentismo Escolar Nas Classes Iniciais do Ensino Primário. Caso da Escola 
Primária de Chimuili (2022-2023) 
 Curso de Licenciatura em Ensino Básico 
Projecto de pesquisa a ser apresentado no 
Departamento da educação e Psicologia, 
curso de Licenciatura em Ensino Básico 
com Habilitações em Administração e 
Gestão Escolar, Extensão de Cabo Delgado 
-Montepuez para obtenção do grau 
académico de Licenciatura 
Supervisor: Domingos Azarias Mindú 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão de Cabo Delgado 
2023 
 
2 
 
Índice 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 
1.1.Objectivo .................................................................................................................... 4 
1.1.1.Objectivos Específicos ............................................................................................ 4 
1.2.Tema ………….. ........................................................................................................ 5 
1.3.Delimitação do tema ................................................................................................... 5 
1.4.Enquadramento do tema ............................................................................................. 5 
1.5.Objecto de estudo ....................................................................................................... 5 
1.6.Problematização.......................................................................................................... 5 
1.7.Justificativa ................................................................................................................. 7 
1.8.Questões de pesquisa .................................................................................................. 7 
1.9.Estrutura do projecto de Monografia .......................................................................... 8 
REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 9 
2.1.Definição de conceitos................................................................................................ 9 
2.2.Absentismo escolar dos alunos ................................................................................... 9 
2.3.Tipologias do abandono escolar ............................................................................... 10 
2.4.A diferença entre os conceitos causa e factor ........................................................... 12 
2.5.Causas gerais do abandono escolar .......................................................................... 13 
2.5.1.A escola ................................................................................................................. 13 
2.5.2.O Aluno ................................................................................................................. 13 
2.5.3.Família ................................................................................................................... 14 
2.5.4.Professores ............................................................................................................. 15 
2.6.Factores que condicionam absentismo escolar dos alunos ....................................... 17 
2.7.Absentismo escolar dos alunos e Desempenho escolar ............................................ 18 
2.8.Absentismo escolar dos alunos e Abandono escolar dos alunos .............................. 19 
2.9.Consequências do absentismo escolar ...................................................................... 20 
METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................ 22 
3 
 
3.1.Classificação da pesquisa ......................................................................................... 22 
3.1.1.Quanto a abordagem .............................................................................................. 22 
3.1.2.Quanto aos objectivos ............................................................................................ 23 
3.1.3.Quanto a natureza. ................................................................................................. 24 
3.1.4.Quanto aos procedimentos .................................................................................... 25 
a)Estudo de caso ............................................................................................................. 25 
3.2.Técnicas e Instrumentos de colecta de dados ........................................................... 26 
3.2.1.Técnicas de recolha de dados ................................................................................ 26 
3.2.2.Instrumentos de recolha de dados .......................................................................... 26 
a)Entrevista semi-estruturada ......................................................................................... 27 
b)Questionário ................................................................................................................ 28 
c)Observação não participante ....................................................................................... 29 
3.3.Participantes da pesquisa .......................................................................................... 30 
a)Universo ……………………………………………………………………………...30 
b)Amostra … .................................................................................................................. 30 
3.4.Técnicas de análise de dados .................................................................................... 31 
3.5.Ética de pesquisa e garantia de validade dos resultados ........................................... 31 
CRONOGRAMA E ORCAMENTO.............................................................................. 33 
4.1.Cronograma .............................................................................................................. 33 
4.2.Orçamento ................................................................................................................ 33 
5.Referencias Bibliográficas ........................................................................................... 35 
Apêndices ……………………………………………………………………………...38 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
O presente projecto de pesquisa visa abordar acerca do absentismo escolar nas classes 
inicias do Ensino Primário na Escola Primaria de Chimuili. Portanto o absentismo 
escolar está relacionado com o meio escolar e familiar. No primeiro os alunos sentem-se 
incapazes, com pouca auto-estima e quando regressam à Escola depois do período de 
falta não têm uma recepção calorosa por parte desta. Por sua vez as ameaças feitas por 
parte dos atores educativos podem trazer um clima de descredibilidade, uma vez que 
não sejam cumpridas. A perda de ligação afectiva à Escola também se torna um factor 
condicionante do absentismo uma vez que os jovens não participam nas actividades 
escolares. A Escola deve proporcionar aos alunos um clima de integração dos mesmos. 
No que diz respeito ao segundo meio, o familiar, poderá influenciar o absentismo 
escolar na medida em que os Pais põem em causa a sua autoridade quando se sentem 
incapazes de assegurarem a ida dos filhos para a Escola. 
Outrossim, nem sempre as causas do absentismo estão somente relacionadas com o 
próprio aluno mas também na falta supervisão por parte da Escola e da Família, na falta 
de motivação e estímulos, nas relações formais e informais deficientes e em toda a 
conjunturaeconómica em que vivemos. As condições mencionadas nestes dois meios 
poderão provocar no aluno um sentimento de autonomia e por sua vez, considerarem o 
absentismo como solução dos seus problemas 
1.1.Objectivo 
De acordo com Marconi e Lakatos (2001), objectivo geral “ está ligado a uma visão 
global e abrangente do tema; relaciona-se com o conteúdo, quer fenómenos e eventos, 
quer das ideias estudadas, vinculando-se directamente a própria significação da tese 
proposta pelo projecto. Para este trabalho o objectivo geral é: 
 Analisar os factores que influenciam para o absentismo escolar nas classes iniciais 
do ensino Primário na Escola Primária de Chimuili. 
1.1.1. Objectivos Específicos 
Aos objectivos gerais associam-se os objectivos específicos. Os objectivos Específicos 
de acordo com Vergara (2000) são as metas cujo atingimento depende o alcance do 
objectivo geral e para o presente projecto temos os seguintes: 
 Identificar os factores que influenciam para absentismo escolar nas classes 
iniciais do ensino primário na Escola Primária de Chimuili; 
5 
 
 Caracterizar os factores que influenciam o absentismo escolar nas classes 
iniciais do ensino primário na Escola Primária de Chimuili; 
 Descrever as implicações do absentismo escolar nas classes iniciais do ensino 
primário no processo de ensino e aprendizagem. 
1.2.Tema 
Para a presente pesquisa tem com tema: absentismo escolar nas classes inicias do 
ensino primário. 
1.3.Delimitação do tema 
 Delimitação espacial: a pesquisa vai ser realizada na Província de Cabo 
Delgado, Distrito de Namuno na Escola primária de Chimuili. 
A motivação para a escolha do tema nasceu enquanto professor em algumas escolas do 
distrito de Namuno, no qual constatei que as escolas não conseguiam manter com o 
mesmo efectivo em todos dias lectivos havendo sempre tendência de oscilação na 
participação das aulas em alguns dias e concretamente depois das festas do dia 1 de 
Junho. 
 Delimitação temporal: a pesquisa se situa no período de 2022 à 2023. É neste 
intervalo de tempo que o problema foi vivenciado pelo proponente. 
1.4.Enquadramento do tema 
O presente tema de pesquisa Enquadra-se na linha de pesquisa: a qualidade do 
processo de ensino aprendizagem 
1.5.Objecto de estudo 
O objecto do estudo do tema é o absentismo escolar nas classes inicias do ensino 
primário. 
1.6.Problematização 
A problemática do absentismo escolar constitui uma área complexa de ser estudada e 
pesquisada pelas causas que incidem no seu aparecimento. Todavia, uma abordagem 
investigativa minuciosa desde as potencialidades das ciências pedagógicas e da 
educação, permitem conceber, de maneira cooperativa e integrada, esforços que 
possibilitem um tratamento abrangente e efectivo desta problemática. 
6 
 
Assim estudos desenvolvidos por Sarmento dos Santos (2017), mostram que o 
absentismo escolar deve-se a múltiplas razões e a diversos factores que vão desde as 
características dos alunos e dos professores, passando pelas metodologias de ensino, 
pelos conteúdos curriculares, pela filosofia da educação, pela cultura de proveniência, 
até aos factores institucionais. Nesta ordem de pensamento, merece similarmente ter-se 
em conta uma consideração feita por Soares (2004), segundo a qual os factores intra e 
extra-escolares estão associados ao desempenho cognitivo dos alunos, pois as condições 
económicas agem também criando condições especiais para o surgimento de tal 
fenómeno. 
A questão de absentismo escolar é discutida em diferentes vertentes, em muitos estudos, 
havendo reflexões e preocupações, tanto por parte dos governantes quanto de 
investigadores das Ciências da Educação, bem como de todos os actores que intervêm 
no processo de ensino e aprendizagem. Os pais e encarregados de educação, professores 
e alunos encontram-se no centro desta discussão. 
Um estudo realizado por Gaspar (2009) conclui que é notório e significativo o 
absentismo escolar de muitos alunos, principalmente nas classes iniciais do ensino 
primário. Por um lado, as pesquisas antes realizadas por vários autores, apontam 
associações negativas entre o desempenho escolar e o absentismo. Por outro lado, essas 
pesquisas indicam elevadas taxas de absentismo escolar na nossa sociedade Moçambicana. 
Esta situação não é excepção para a Escola primária de Chimuili, onde são sucessivas as 
queixas e reclamações em relação ao absentismo escolar dos alunos concretamente nas 
primeiras classes no qual no princípio do ano aparecem todos os dias e permanecem na 
escola ate o último tempo do horário mas ao passo que no princípio do 2º trimestre a 
situação não é as de melhor ao ver a redução do efectivo escolar em muitos dias. No final de 
Maio muitas crianças permanecem na escola com objectivo de participar as festas do dia 1 
de Junho onde bastará se comer essa festa, são poucas crianças que frequentam todos os 
dias na escola sendo algumas crianças só aparecem enquanto a estrutura de base junto com 
o conselho de escola gritarem na aldeia solicitando as crianças para aparecerem na escola e 
garantindo que toda criança com idade escolar deve ir a escola caso não será capturado e 
punido junto com os seus pais ou encarregados de Educação. 
Contudo numa ordem de ideias, o presente projecto de pesquisa esforçara – se por 
melhor explicar o absentismo escolar nas classes iniciais do ensino primário na Escola 
Primária de Chimuili. Diante destes problemas, coloca-se a seguinte questão de 
pesquisa: 
7 
 
 Que factores influenciam para o absetismo escolar nas classes iniciais do 
ensino primario na escola primaria de Chimuili? 
1.7.Justificativa 
A motivação para o levantamento deste estudo nasceu das experiências pessoais do 
proponente ou seja, nas expectativas de responder ao ‘porque’ absentismo escolar nas 
classes iniciais do ensino primário, um facto registado durante a minha vida 
Professional como professor. 
Por outro lado, as leituras mostram, basicamente, que a tendência dominante entre 
professores e Pais encarregados de Educação no que consiste a motivação e 
acompanhamento diário dos alunos na escola concretamente os de classes inicias por 
serem crianças que ainda não sabem a relevância de estar a estudar. 
Portanto, esta pesquisa se tornará relevante na medida em que poderá contribuir em 
proposta sugestiva para manter a assiduidade dos alunos nas escolas garantindo assim a 
qualidade de ensino e o sucesso escolar dos alunos. 
O estudo poderá ajudar ainda aos professores e aos alunos para a concretização dos 
objectivos almejados no processo de ensino e aprendizagem, pós com esta pesquisa os 
professores serão capazes de incentivar o aluno e saber manter a assiduidade do mesmo 
ate o final de cada ano lectivo. 
1.8.Questões de pesquisa 
A partir das constatações, nos colocamos as seguintes perguntas que vão conduzir o 
estudo: 
Q1. Que factores influenciam o absentismo escolar nas classes iniciais do ensino 
primário na Escola Primaria de Chimuili? 
Q2. De que forma se manifesta o absentismo escolar nas classes iniciais do ensino primário 
na Escola Primaria de Chimuili? 
 
Q3. Qual e o impacto do absentismo escolar nas classes iniciais do ensino primário na 
Escola Primaria de Chimuili? 
8 
 
1.9.Estrutura do projecto de Monografia 
O presente projecto de monografia está estruturada em: a introdução onde falaremos 
sobre a delimitação do tema, seu enquadramento, objecto de estudo, problematização, a 
justificativa, objectivo e as questões de pesquisa. A fundamentação teórica onde 
constam as ideias de diferentes autores sobre o tema como o caso de Moore (1947) 
citado por Miguez (1979), Mallada (1996), Chadwick-Jons (1973) citado por Miguez 
(1979), Monteiro (2014), Vasconcellos (2013), etc, a metodologia de pesquisa onde 
encontramos a classificação, procedimentos de pesquisa, o detalhe, os participantes de 
pesquisa e tratamento de dados. E por último, o cronogramae orçamento do projecto. E 
por último aparece a referência bibliográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
REVISÃO DA LITERATURA 
Este capítulo apresenta a fundamentação teórica inerente ao absentismo e absentismo 
escolar dos alunos, bem como as suas manifestações, colocando-se a ênfase para os 
factores que concorrem para este fenómeno, procurando desse modo trazer uma melhor 
compreensão do tema em estudo. 
2.1.Definição de conceitos 
O absentismo é um termo encontrado na área de administração, sendo empregue para 
avaliar a rotatividade de funcionários nas empresas, determinando assim o desempenho 
deles. Este fenómeno está associado ainda a possíveis problemas em um determinado 
segmento da empresa, servindo ainda para identificar as falhas e os ajustes necessários 
para o bom funcionamento organizacional. 
Numa abordagem organizacional, Moore (1947) citado por Miguez (1979) define o 
absentismo como um conteúdo semântico e perfeitamente claro que significa o hábito 
que certos trabalhadores têm de se ausentar ao trabalho sem uma razão válida. Mallada 
(1996) definiu o absentismo no sentido lato, para ele trata-se de considerar toda a 
ausência no trabalho, seja ela justificada ou não, e que se mede pela diferença entre o 
tempo de trabalho contratado e o efectivamente realizado. 
Ainda no âmbito organizacional, Chadwick-Jons (1973) citado por Miguez (1979) 
divide os tipos de absentismo em dois grandes grupos que são: 
A: Absentismo involuntário; 
B: Absentismo voluntário. 
O absentismo involuntário é aquele caracterizado pelas ausências que não foram 
programadas, ou seja, as ausências do tipo A são consideradas como legítimas e 
justificadas pelas definições de necessidades que lhes estão associadas, podendo as suas 
determinantes, ser externas a organização, exemplo: doenças, acidentes ou problemas 
pessoais. 
Ao passe que, o absentismo voluntário é caracterizado pelas ausências programadas, ou 
seja, aquelas ausências previstas, como férias, folgas ou livre arbítrio. 
2.2.Absentismo escolar dos alunos 
Embora ainda pouco comum no contexto educacional, esta expressão vem se tornando 
cada vez mais frequente na literatura da área e muitas vezes o termo é utilizado como 
um sinónimo de “faltar à escola”, entretanto, um olhar mais cuidadoso sobre o conceito 
revela que existem variações no entendimento do mesmo. Este fenómeno ocorre em 
10 
 
diversos universos e ele vem sendo abordado em várias pesquisas, e em quase todas a 
questão central ronda em torno de como conseguir a sua redução e erradicação. 
Quando falamos de absentismo nas escolas é preciso relacionar os alunos que se 
ausentam ou abandonam a escola com a real situação da escola e o modo como o meio 
envolvente lida com essa situação. 
Monteiro (2014), relaciona o termo absentismo como uma expressão utilizada para 
designar a falta do aluno à escola, isto é, a soma dos períodos em que o aluno de uma 
determinada escola se encontra ausente, não sendo essa ausência motivada por doença 
prolongada ou licença legal. Para o mesmo autor o absentismo está relacionado ao meio 
escolar e familiar envolvente. 
Para Vasconcellos (2013), o absentismo escolar é uma questão relevante no processo de 
escolarização, uma vez que se entende que a presença do aluno na sala de aula é 
fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem escolar. 
Ainda que seja um pouco complexo relacionar o absentismo escolar dos alunos, através 
das definições dos autores acima citados, pode-se perceber que o absentismo escolar dos 
alunos é um fenómeno associado às sucessivas faltas dos alunos à escola e às aulas e 
que provoca atrasos pedagógicos a comunidade escolar e uma fraca produtividade por 
parte dos alunos. 
Nesta vertente, Vasconcellos e Mattos (2011), abordam que o absentismo entre os 
alunos e professores revela-se como uma grande dificuldade enfrentada pelas escolas. 
Mecanismos de controlo, tanto para os professores quanto para os alunos, não tem 
garantido a frequência destes, nem um maior compromisso profissional por parte dos 
professores em relação às suas faltas. Entretanto, enquanto o absentismo entre os 
professores é interpretado pela escola como um problema a ser resolvido pelos sistemas 
de ensino a nível macro, entre os alunos ele é entendido como um problema a ser 
resolvido pela escola, pelos pais e por instâncias do poder público jurídico. 
2.3.Tipologias do abandono escolar 
Janosz et al., (2000), apresentam uma tipologia do abandono, evidenciando quatro (4) 
perfis de alunos desistentes: os discretos, os não empenhados, os com baixo 
desempenho e os inadaptados. 
a) Os alunos ditos “discretos” são aqueles que não apresentam nenhum problema de 
comportamento na escola, que evidenciam um nível de empenho elevado em relação à 
educação, mas cujo rendimento escolar é baixo. Estes são qualificados como discretos 
11 
 
na medida em que correm o risco de passar despercebidos junto das autoridades ou 
gestores escolares incluindo os próprios tutores ou professores; 
b) Os alunos intitulados “não empenhados” são aqueles que, além de manifestarem um 
reduzido empenho face à educação, evidenciam, em termos de comportamento, um 
nível de inadaptação escolar médio e um rendimento também médio. 
c) Os alunos com “baixo desempenho” são indivíduos cujo grau de empenho é baixo, 
cujo nível de inadaptação escolar é médio e que, ao contrário dos não empenhados, 
evidenciam um rendimento médio muito fraco. Distinguem-se dos outros desistentes 
devido às suas dificuldades em corresponder às exigências escolares no plano das 
aprendizagens; 
d) Os “alunos inadaptados” são adolescentes e jovens que evidenciam um rendimento 
escolar muito baixo, um fraco empenho e um elevado nível de inadaptação escolar, 
resumidamente, são indivíduos cuja experiência escolar se revela problemática a todos 
os níveis, ou seja, tanto no plano das aprendizagens, como no dos comportamentos. 
Jorge (2007) estudou as características pessoais e o abandono escolar, reforçando a ideia 
de que são as características cognitivas, emocionais e comportamentais que constituem 
o maior peso nas taxas de abandono escolar como referência Jorge (2007, p.2) diz que: 
No âmbito cognitivo, as dificuldades de aprendizagem são a variável 
mais importante, seguida da retenção e do baixo rendimento escolar. 
No âmbito emocional, os estudantes de risco têm falta de interesse 
pela escola, não valorizam o sucesso académico, nem os valores da 
Escola e manifestam ainda outras características, tais como: 
isolamento social, ansiedade e problemas depressivos. 
No respeitante às características familiares e à sua relação com o abandono escolar, 
coloca-se a tónica nos estilos de vida, nas estruturas familiares monoparentais, nas más 
práticas parentais, incluindo falta de apoio emocional, de envolvimento com a 
escolaridade do educando e supervisão inadequada. De um modo geral, as baixas 
expectativas parentais estão associadas ao abandono escolar e verifica-se uma forte 
associação entre o nível de participação parental e as realizações académicas dos filhos. 
Como constatamos, são inúmeros os estudos que relacionam o fenómeno de abandono 
escolar a famílias dependentes de subsídios sociais, onde o emprego é precário, o que 
não acontece com os adolescentes ou jovens provenientes de famílias profissionalmente 
estáveis. 
Em suma, as baixas expectativas parentais e a supervisão insuficiente ou inadequada são 
variáveis fortemente associadas ao abandono escolar, enquanto o ambiente e a qualidade 
12 
 
do apoio familiar ao aluno condicionam, quer pela positiva, quer pela negativa, o seu 
(in) sucesso académico (Jorge, 2007). 
2.4.A diferença entre os conceitos causa e factor 
Para o enriquecimento do trabalho é preciso colocar em distinção entre os termos: a 
“causa” e o “factor”, o que poderá ajudar a perceber o que dá origem e aquiloque 
influencia o abandono. Pois, estes dois termos são uns dos mais enigmáticos e que no 
fundo se nota que há uma correlação mútua entre as duas proposições “causa” e “factor 
Para Miranda (1983) a “causa” à uma atribuição de solução gratuita. Neste sentido, a 
“causa” é tudo aquilo que determina a existência de uma coisa, que produz efeito ou 
fim, que tem em vista uma determinada acção. Por sua vez, Kayat (2018) vai sustentar 
que a “causa” é como o agente principal ou ulterior de uma acção. Noutras perspectivas 
uma causa é tudo o que é princípio, razão ou origem de alguma coisa ou um motivo. 
De acordo com Dicionário Universal (2003, p. 323), “causa é aquilo que ocasiona um 
acontecimento ou faz com que uma coisa exista ou aconteça”. No contexto que se 
insere, o termo “causa” visa exprimir a razão ou pretexto para o qual o tema em alusão 
se circunscreve, uma vez que neste trabalho investigativo busca-se identificar as causas 
que conduzem à ocorrência do abandono escolar. Dai que a causa é entendida como 
motivo ou origem do abandono escolar no sistema educacional. 
Nas palavras de Pontes (1983, p. 56), o termo factor, “(…) é muitas vezes confundido 
como a causa, mas na sua realidade não se refere a causa, pois factor refere-se a razão 
pela qual se declara a vontade – por isso é chamado de causa impulsiva no sentido 
medieval”. 
Segundo Dicionário Universal (2003, p. 688), factor é tido como 
“aquele que faz alguma coisa, cada um dos termos de um produto a 
efectuar-se ou o que concorre para um resultado”. Para o caso 
vertente, o conceito “factor”, de facto se justifica que é um dos 
catalisadores que influencia negativa ou positivamente neste processo 
educativo em relação ao aluno. Porém, o termo factor aparece como 
uma coincidência na sua definição ao se demonstrar como sinónimo 
da causa, isto é, aquilo que faz alguma coisa ou é agente da acção ou 
então, é um elemento que concorre para um resultado (2003). 
A partir dos diferentes posicionamentos acima elencados, compreende-se que o 
abandono escolar carrega em si estes elementos fundamentais de causa e factor, 
tornando algo real que é um processo do abandono e de desistência que pouco a pouco 
resulta na renúncia da assistência ou participação às aulas por parte do aluno até à sua 
saída definitiva do sistema escolar. E essa renúncia traz consigo consequências como 
13 
 
interrupção do desenvolvimento humano com o sistema escolar e a sua própria 
projecção como cidadão. 
2.5.Causas gerais do abandono escolar 
No geral existem várias causas que podem impulsionar ou dar origem à saída prematura 
do aluno do sistema de ensino. Fontes (2003) afirmam que a escola, alunos, pais ou 
responsáveis e a sociedade podem ser tidos como principais causas do abandono 
escolar. 
2.5.1. A escola 
A escola devia ser instrumento preponderante no processo de ensino e aprendizagem. É 
por isso que há divergência de opiniões em relação a esta entidade social. 
Para Schram e Carvalho (s/d, p. 3) seguindo o pensamento de Freire (2007), expressam 
que a escola devia ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Ela devia ser 
um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, porque a 
escola devia ser espaço privilegiado para pensar. Não é por acaso que Freire (2007, p. 
11) define da seguinte maneira: “a escola como um espaço especial de relações e cada 
escola tem a sua história e é única, também é lugar de relações e representações sociais. 
E faltando estes elementos essenciais a escola pode cair num autoritarismo.” 
Sendo assim, havendo este ambiente na escola, isso pode causar o tal fenómeno que é o 
abandono escolar quando ela for autoritária, de modo especial, se não for atractiva, o 
que pode influenciar negativamente no aprendizado e, de acordo com Perkins (2013), ao 
mesmo tempo, quando a escola apresenta uma insuficiência ou a ausência de motivação 
por parte dos professores pode vir a provocar a desmotivação generalizada, fazendo 
com que muitos alunos se sintam como indivíduos estranhos, contribuindo para a sua 
desagregação como desabafa Fontes (2003). Alguns alunos na sua generalidade 
dificultam o seu controle, perpetuando a anarquia, diminuindo desta forma o rendimento 
individual baixo nas expectativas dos alunos em relação à escola. 
2.5.2. O Aluno 
O aluno torna-se uma causa motivadora ou impulsionadora do abandono escolar quando 
se observa nele o “desinteresse, indisciplina e problemas de saúde” (Fontes, 2003, p.11). 
Na mesma ordem de ideia, Lemmer (2006, p.22) apresenta a variável, determinados 
comportamentos estudantis como causa: “o abuso de substâncias ou drogas e álcool e 
absentismo associam-se ao fraco aproveitamento pedagógico, por conseguinte ao 
abandono escolar”. 
14 
 
Segundo Gaspar (2009) como citado em Vasconcelos (2013), defende que: 
os alunos provenientes de famílias economicamente desfavorecidas 
possuem expectativas escolares de curto prazo, ou seja, desejam 
completar a escolaridade obrigatória para poder ir trabalhar, ou pelo 
menos completar o ano que estão a frequentar, uma vez que 
consideram já estar com a idade para abandonarem a escola, o que 
vem ao encontro das suas expectativas de vida, pois demonstram toda 
uma ansiedade e necessidade de trabalhar (2009). 
2.5.3. Família 
Há vários estudos que demonstram que o abandono escolar ou a desistência dos alunos, 
tem a sua origem interna, mas também há alguns motivos que podem ser provocados 
por uma influência externa em relação ao comportamento de pais no desinteresse pela 
educação dos seus filhos que pode propiciar o abandono (Fontes, 2003). 
Nesta esteira de ideias, segundo Lemmer (2005, p.82) citando (Khattri et al., 1997), 
fundamenta que “o baixo nível educativo dos pais, especialmente das mães, tem um 
efeito negativo sobre o aproveitamento dos alunos, pois as experiências educativas dos 
próprios pais moldam também as expectativas que eles têm para os seus filhos”. 
De verdade, o que afirmam estes autores coincide com a realidade vivido dia após dia 
no seio familiar, onde a educação não é prioridade. E não sendo algo essencial na 
instrução dos filhos, os pais acabam cortando o sonho ou futuro dos seus filhos, como 
consequência drástica do abandono escolar. 
É neste sentido que Menezes (2012), concordando com Béliveau (2006, p. 23), afirma 
que: 
 a família desempenha um papel preponderante na vida dos alunos, ela 
contribui para estimular a solidariedade e a responsabilidade da escola 
na construção do seu projecto educativo, sugerindo como um grande 
conivente ou actor na formação dos alunos, de toda sua educação, 
transmissão de valores e atitudes, inseridos numa realidade social que 
os envolvem (2012). 
Por isso, a falta de interacção entre a família e a escola também pode originar o 
abandono escolar, a indisciplina e a violência dentro da escola. Sendo assim, a cultura 
de participação dos utentes na escola pode vir a contribuir, na construção intelectual dos 
educandos, com vista ao bom desempenho escolar. 
É sabido que o projecto educativo se reflecte numa conjuntura de elementos essenciais, 
tendo em conta a filosofia psicopedagógica da escola, as expectativas dos professores, 
dos alunos e famílias, sem descurar as condições e todas as dimensões socioculturais, 
económicas, geográficas e políticas. 
Olhando para as contribuições acima trazidas, podemos constatar que o envolvimento 
dos pais com a escola é algo fundamental para o processo de ensino-aprendizagem e 
15 
 
para o sucesso dos alunos. Neste contexto, não basta que os pais e encarregados de 
educação saibam que o filho vai a todas as aulas e realiza as tarefas escolares, mas 
também, eles precisam de alguma orientação e motivação, independentemente do seu 
desempenho. 
Em suma, o autoritarismo vivido na escola, o desinteresse, a indisciplina, a doença do 
aluno, o baixo nível de escolarização e o nível de educação queos pais têm pode 
influenciar negativamente para os educandos no sistema de educação, e 
consequentemente originando o abandono escolar. Por exemplo, presume-se ser normal 
para pais que estão nestas condições, principalmente nas zonas rurais, valorizarem mais 
o trabalho do campo como a agricultura, pastorícia e/ou comércio, dentre outras 
actividades remuneráveis, do que mandar estudar ou ir à escola os seus filhos. 
2.5.4. Professores 
O papel do professor vai além de simplesmente repassar conteúdos para os alunos, 
esperando que todos aprendam uniformemente e no tempo estipulado, enquadrando 
aqueles que não conseguem atingir essa meta, o engajamento do professor deve ser 
motivador. Por natureza e segundo a vocação profissional, devia ser um mediador, 
facilitador e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. 
Não obstante, esse mesmo que se torna como causa do abandono escolar, na medida em 
que a própria metodologia de ensino usada pode constituir um dos maiores motivos de 
abandono escolar, os métodos de ensino, que não atendam às necessidades estudantis. 
Neste sentido, tal como refere Lourenço (2013), é necessário investir em práticas que 
podem auxiliar a reintegrar o aluno, e apresenta três mecanismos que se circunscrevem 
em: 
 Mudanças na metodologia de ensino - constitui um dos maiores motivos de 
abandono escolar, é preciso reavaliar os métodos de ensino, que mais atendam às 
necessidades estudantis; 
 A avaliação de desempenho individual dos alunos - ajuda a entender mais a 
fundo se existem problemas ou dificuldades em relação às disciplinas e seus 
conteúdos, contudo é possível analisar também as principais dificuldades de 
aprendizagem, entendendo os pontos que devem ter mais atenção por parte do 
professor; 
 Estimular a participação activa e interactiva da turma - é um passo essencial 
para combater a evasão na escola, é preciso oferecer dessa maneira um espaço 
16 
 
de acolhimento e troca, valorizando as diferentes opiniões e os conhecimentos 
que os discentes levam à sala de aulas, pois assim tira-se o protagonismo do 
professor, direccionando a atenção para as contribuições dos estudantes. 
Assim sendo, o abandono escolar é um problema que deve ser encarado como 
prioridade para o professor, porquanto as metodologias de ensino adoptadas pelos 
professores criam desmotivação para os alunos. Desta forma, caberia ao professor 
pensar nas estratégias de ensino para superação do abandono escolar, por isso que 
Carvalho (1992), considera que as metodologias consideradas mais activas, são as que 
pretendem dar resposta à necessidade de o professor motivar o aluno nas vertentes 
efectiva e cognitiva, propondo assim uma estruturação de tarefas tal que envolva a 
interacção dos alunos entre si, sua co-responsabilização na gestão das actividades, e 
consequentemente, o estabelecimento de uma estrutura multilateral da comunicação. 
Noutra vertente trazida por Estrela defende que: 
os professores além de disporem de competências científicas e 
didácticas têm de dispor de competências relacionais, que para além 
de serem susceptíveis de aquisição e treino, passam pela aquisição de 
uma atitude de questionamento e problematização do real, alicerçada 
em competências de diagnóstico, intervenção e avaliação das 
estratégias de ensino. Portanto, em função dessa atitude, as 
competências se tornam vazias ou desaparecem quando esse 
facilitador (o professor) se torna um impedimento quando complica a 
matéria e a sua elaboração das avaliações ou dos testes ocorre duma 
forma antipedagógica, sem nos esquecermos da problemática do 
assédio sexual protagonizado pelo próprio professor (2002). 
Aliado a isso, Haddad (2008) afirma que o benefício da inclusão não é apenas para 
crianças com deficiência, é efectivamente para toda a comunidade, porque o ambiente 
escolar sofre um impacto no sentido da cidadania, da diversidade e do aprendizado. 
Nesta linha de pensamento, Mantoan (2005) diz que se o que pretendemos é que a 
escola seja inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada 
para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as 
diferenças, pois, uma educação inclusiva visa desenvolver valores educacionais e 
metodologias que permitam desenvolver as diferenças através do aprender em conjunto, 
buscando a remoção de barreiras na aprendizagem e promovendo a aprendizagem de 
todos. 
Todavia, à escola cabe a responsabilidade em atender as diferenças, considerando que 
para que haja qualidade na educação é necessário assegurar uma educação que se 
preocupe em atender à diversidade, pois é fundamental que o sistema educacional prime 
por uma educação para todos, onde o enfoque seja dado às diferenças existentes dentro 
17 
 
da escola. Uma tarefa nada fácil, que exige transformações acerca do sistema como um 
todo e mudanças significativas no olhar da escola, pensando a adaptação do contexto 
escolar ao aluno. 
Como mencionamos acima, os professores devem estar atentos às competências 
individuais, olhando para diversidade dentro da sala de aulas, incentivando e buscando a 
superação das dificuldades dos alunos, numa perspectiva de uma escola inclusiva, sem 
abandono escolar a partir das representações dos professores, para mudanças das 
práticas de ensino-aprendizagem com grande finalidade para uma escola que se pensa e 
sonha eficaz para lidar com o problema do abandono escolar. 
2.6.Factores que condicionam absentismo escolar dos alunos 
É inevitável questionarmo-nos se o absentismo escolar dos alunos é uma causa ou efeito 
de alguma acção. Contudo, existem diferentes formas de ser descrito o absentismo 
escolar dos alunos, tais como o absentismo tido como atraso, em que os alunos chegam 
atrasados à escola, absentismo interior em que embora os alunos estejam fisicamente 
presentes tentam não ser vistos na aula e o absentismo em que os próprios pais tentam 
esconder as faltas dos filhos apresentando a escola justificações que não conferem a 
verdade, portando, ao se falar do absentismo é extremamente essencial fazer-se a 
relação do ambiente pessoal, escolar e familiar do aluno. 
Por seu turno, Faria (1999) afirma que a falta de meios económicos expõe os sujeitos à 
incontrolabilidade, o que conduz à redução de respostas voluntárias perante os eventos 
e, em última instância, ao “abandono aprendido” Assim, a pobreza não se resume 
apenas na falta de meios económicos, sendo também um problema individual de 
mestria, dignidade e auto-estima. 
Saavedra concorda que 
os alunos das classes sociais mais desfavorecidas têm uma atitude 
negativa face à escola, pouca motivação e dificuldade em realizar com 
sucesso as tarefas propostas. Seguindo esta lógica a classe social é 
frequentemente considerada como podendo criar situações de risco, 
quando é baixa, porque grande parte das crianças provenientes de 
meios socioeconómicos e culturais desfavorecidos têm ambientes 
familiares intelectualmente pouco estimulantes (2001). 
Da literatura consultada percebe-se que o abandono escolar é um fenómeno que se 
manifesta sobretudo nas zonas rurais dada a existência de maior número de pessoas 
desfavorecidas comparativamente ao meio urbano. Conforme descreve PNUD (2013) o 
abandono escolar ocorre especialmente nas zonas rurais, onde a desistência e abandono 
18 
 
das raparigas da escola para fins matrimoniais ou para a prestação de trabalhos 
domésticos continuam sendo prática corrente. 
Tavares, afirma que: 
 o absentismo está relacionado ao meio escolar e familiar. Por um 
lado, no meio escolar os alunos sentem-se incapazes, com pouca auto-
estima e quando regressam à escola depois do período de faltas, estes 
não tem uma recepção calorosa por parte da mesma. A perda da 
ligação afectiva à escola também se torna um factor condicionante do 
absentismo uma vez que os jovens não participam nas actividades 
escolares(2006). 
No que diz respeito ao segundo meio, o mesmo autor afirma que este poderá influenciar 
no absentismo escolar dos alunos á medida que os pais põem em causa a sua autoridade 
quando se sentem incapazes de assegurarem a frequência dos filhos a escola. 
Faro (2007), apresenta os factores que podem condicionar o absentismo escolar dos 
alunos e agrega-os em intrínsecos e extrínsecos. Dentre os factores intrínsecos são 
citados os seguintes: 
 A preparação académica anterior; 
 A saúde física e o equilíbrio pessoal; 
 O grau de integração na escola e a satisfação académica; 
 As condutas problemáticas; 
 O profundo desinteresse. 
Para os factores extrínsecos, Faro (2007) citando Gilly (1986), destaca os seguintes: 
 Variáveis familiares: nível socioeconómico, cultural e académico dos 
progenitores; qualidade da relação entre os membros da família; valor atribuído 
à escolaridade e ao trabalho; valores morais; interesse dos pais pela educação 
dos filhos; 
 Variáveis atribuíveis à dinâmica da própria escola: sistema organizativo e de 
coordenação; estilos de ensino dos professores; clima de convivência; ambiente 
percepcionado na turma e fora dela; 
 Variáveis referentes ao currículo: se este se apresenta atractivo na sua 
formulação, na sua prática. 
2.7.Absentismo escolar dos alunos e Desempenho escolar 
Fernadéz (2005) citado por Cardoso (2014), afirma que 
19 
 
 geralmente os alunos com absentismo escolar provém de famílias 
desfavorecidas socialmente e economicamente e essas famílias nem 
tem conhecimento de que os seus filhos não vão à escola, porque elas 
não supervisionam o cumprimento dos graus de ensino obrigatórios 
dos filhos e nem as suas actividades escolares. Este problema por 
vezes começa pelo facto dos alunos não frequentarem a escola numa 
fase em que a mesma não é obrigatória, o que não lhes permite 
desenvolver responsabilidade e hábitos em relação à escola (2014). 
Segundo Miranda et al (2015), há vários factores que afectam o desempenho escolar dos 
alunos, tais como, aspectos relacionados ao corpo docente, ou seja, atributos dos 
próprios discentes e características das instituições de ensino, que englobam não só a 
infra-estrutura, mas a organização didáctico-pedagógica e o corpo docente. 
Araújo e Camargos (2011), relacionam os mesmos aspectos ao problema do 
desempenho dos alunos, mas os mesmos vão mais além, relacionando os factores que 
afectam o aprendizado aos problemas sociais, demográficos, económicos, a forma de 
docentes ministrarem as disciplinas e o espaço físico. Além desses aspectos, tal como os 
autores antes mencionados, estes destacam o absentismo como forte factor 
condicionante do mau desempenho escolar dos alunos. As abordagens dos autores 
acima citados são claras quanto aos possíveis problemas que podem afectar o 
desempenho escolar dos alunos. Porém cada situação é condicionada pelo contexto no 
qual os alunos se encontram, portanto é superficial tomar-se estas variáveis como gerais. 
Nesse âmbito, Miranda: 
associa o fraco desempenho escolar dos alunos a outras variáveis, são 
elas: a depressão, tendência a culpar os outros pelos seus erros, uso de 
álcool, estilos de estudos, atitudes e motivações pessoais. Face a essa 
gama de variáveis problemáticas apresentadas pelos autores, faz-se 
uma correlação negativa dos mesmos com o desempenho escolar, 
portanto, é bastante importante que a escola juntamente com a 
comunidade preste atenção ao percurso do aprendizado dos seus 
educandos, mantendo seu enfoque para as suas fragilidades sejam elas 
escolares, sócias ou pessoais de forma a melhor intervir para 
solucioná-los (2006). 
2.8. Absentismo escolar dos alunos e Abandono escolar dos alunos 
No senso comum, é normal referir-se o absentismo escolar dos alunos ao abandono 
escolar dos alunos, porém os dois termos são completamente distintos. 
Segundo González (2006) citado por Cardoso (2014), existe uma associação entre o 
absentismo e a saída gradual do aluno da escola, por isso, as investigações tem 
explorado esta temática através do encaixe e desencaixe na escola, é neste processo que 
se tentam analisar quais as motivações do aluno para abandonar a escola. 
Enquanto o absentismo escolar é entendido como a soma das ausências injustificadas 
por parte do aluno, Estêvão e Álvares (2013), definem o abandono escolar como a saída 
de uma criança ou jovem do sistema de educação e formação, sem atingir um 
20 
 
determinado patamar de referência. É um fenómeno complexo, de casualidades 
múltiplas, conjugando-se factores de natureza individual familiar, social e outros. O 
abandono escolar por parte dos alunos interrompe a frequência do sistema de ensino, 
levando ao afastamento, praticamente irreversível. 
Para Justino (2010), as razões do abandono escolar podem ser: a atribuição de um baixo 
valor social ao ensino secundário, o baixo estatuto socioeconómico, familiar e ainda as 
reduzidas expectativas de mobilidade social ascendente e a má organização do sistema 
de ensino. 
Entretanto, para Lourenço (2013) citando Clímaco (1991), os três factores de base que 
podem gerar o abandono escolar são: as expectativas demasiadas elevadas em relação à 
educação; as dificuldades de inserção no contexto escolar, que tem a ver com o facto de 
a escolaridade ter sido alargada a novos estratos sociais e a probabilidade de inserção no 
mercado de trabalho. O autor acrescenta que o absentismo pode ser um condicionador 
do abandono escolar, pois, uma vez que o aluno regista sucessivas ausências às aulas, 
este fica desfalcado nos conteúdos leccionados e sente vergonha de ser motivo de risada 
por parte de seus colegas. 
Portanto, é evidente que os dois fenómenos são completamente distintos. Pode se tomar 
o abandono escolar como uma consequência do absentismo escolar por parte dos 
alunos. 
2.9. Consequências do absentismo escolar 
O absentismo escolar trás consequências tanto para a escola como para os próprios 
alunos, principalmente quando esse fenómeno é registado em elevados índices, pois o 
desgaste escolar não só atinge o desempenho dos alunos, mas trás uma repercussão ao 
local de estudos afectando assim a escola no seu todo. 
Segundo Batista (2012), os problemas sérios às escolas são provocados pelo 
absentismo, como por exemplo: a queda da qualidade institucional, desorganização das 
actividades, diminuição da produtividade, limitação do desempenho, ocorrência de 
obstáculos para os professores desempenhar suas actividades dentro do cronograma que 
foi planejado. 
Para o autor acima citado, a frequente ausência do aluno a escola, pode estar ligada a 
insatisfação com a própria escola, com o estilo de aprendizagem que a escola adopta e 
ainda com as condições financeiras familiares do aluno, e essa condição pode gerar 
consequências a nível escolar e individual do aluno a se destacar as seguintes 
consequências: 
21 
 
 Diminuição do rendimento escolar dos alunos, reflectindo-se na queda drástica 
de suas notas; 
 Desadequação ao clima escolar; 
 Perturbação do normal procedimento escolar; 
 Apresentação de comportamentos de desmotivação, atitudes negativas nos 
relacionamentos entre aluno/professor e entre colegas; 
Prejuízo para própria escola em questões de cumprimento de metas estabelecidas e 
alcance de maior produtividade por parte dos alunos. 
Portanto, para o autor o principal passo a ser dado é descobrir o porquê dos alunos 
estarem com um índice elevado de faltas ou atrasos. E nesse momento vale mais investir 
em tudo, pois, o aluno mudou o trajecto até a escola e agora precisa de mais atenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
METODOLOGIA DA PESQUISA 
Este capítulo inclui cinco secções, duas das quais tratam de aspectos cruciais da 
investigação a ser desenvolvida: na secção 3.1., apresenta-se as classificações da 
pesquisa. Na secção 3.2., técnicas e Instrumentos de recolha dedados; 3.3. participantes 
da pesquisa, 3.4.tecnicas e analise de dados, A última secção, é a 3.5. na qual se 
explicitam a ética de pesquisa e garantia de validade dos resultados. 
Com estes detalhes procura-se estar em paralelo com os parâmetros de Gil (2008): 
A metodologia de pesquisa no planeamento deve ser entendida como o 
conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem 
executados ao longo da pesquisa de tal modo que consiga atingir os 
objectivos inicialmente propostos e ao mesmo, atender aos critérios de menos 
custo, maior eficácia e maior confiança de informação, (GIL, 2008, p. 23) 
3.1.Classificação da pesquisa 
3.1.1. Quanto a abordagem 
O presente projecto quanto a abordagem é quali-quantitaiva. Deve-se destacar que 
alguns autores têm argumentado sobre a inconveniência de definir limites entre os 
estudos ditos qualitativos e quantitativos nas pesquisas, devendo ser afastada a ideia de 
que somente o que é mensurável teria validade científica. 
Nesse sentido, dentro das ciências sociais e, por influência da perspectiva positivista, “a 
tradição quantitativa condenava a pesquisa qualitativa como sendo impressionista, não 
objectiva e não científica [...] já que não permite mensurações, supostamente objectivas 
[...]” (Moreira, 2002). 
A perspectiva positivista “aprecia números [...] pretende tomar a medida exacta dos 
fenómenos humanos e do que os explica”, na busca da objectividade e da validade dos 
saberes construídos (Laville & Dionne, 1999). 
 De acordo com Demo (2002, p.7), “a ciência prefere o tratamento quantitativo porque 
ele é mais apto aos aperfeiçoamentos formais: a quantidade pode ser testada, verificada, 
experimentada, mensurada [...]”. 
Já os adversários da perspectiva positivista e quantitativa “propõem respeitar mais o 
real” (Laville & Dionne, 1999) e abrem caminho para a pesquisa qualitativa em que se 
busca abdicar, total ou quase totalmente, das abordagens matemáticas no tratamento dos 
dados, trabalhando, preferencialmente, com a compreensão das motivações, percepções, 
valores e interpretações das pessoas, além de procurar extrair novos conhecimentos. 
23 
 
Para Moreira (2002), a diferença entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa vai além da 
simples escolha de estratégias de pesquisa e procedimentos de colecta de dados, 
representando, na verdade, posições epistemológicas antagónicas. 
Entretanto, “[...] esse debate [...] parece frequentemente inútil e até falso [...] inútil, 
porque os pesquisadores aprenderam, há muito tempo, a conjugar suas abordagens 
conforme as necessidades” (Laville & Dionne, 1999, p.43). Assim, para o pesquisador, 
“[...] não faz nenhum sentido desprezar o lado da quantidade, desde que bem feito”. Em 
vez disso, “[...] só tem a ganhar a avaliação qualitativa que souber se cercar 
inteligentemente de base empírica, mesmo porque qualidade não é a contradição lógica 
da quantidade, mas a face contrária da mesma moeda” (Demo,2002, p.35). É essencial 
que a escolha da abordagem esteja a serviço do objecto da pesquisa, e não o contrário, 
com o propósito de daí tirar, o melhor possível, os saberes desejados. Parece haver um 
consenso, pois, quanto à ideia de que as abordagens qualitativas e quantitativas devem 
ser encaradas como complementares, em vez de mutuamente concorrentes (Malhotra, 
2001; Laville & Dionne, 1999). 
3.1.2. Quanto aos objectivos 
Esta pesquisa é de carácter exploratória porque propõe-se a proporcionar uma 
familiaridade ao problema, com vistas a torná-lo explícito e para apurar/aprimorar ideias 
ou a procura de intuições. 
Segundo Selltiz et al. (1965), enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios 
todos aqueles que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de adquirir maior 
familiaridade com o fenómeno pesquisado. Nem sempre há a necessidade de 
formulação de hipóteses nesses estudos. Eles possibilitam aumentar o conhecimento do 
pesquisador sobre os fatos, permitindo a formulação mais precisa de problemas, criar 
novas hipóteses e realizar novas pesquisas mais estruturadas. Nesta situação, o 
planejamento da pesquisa necessita ser flexível o bastante para permitir a análise dos 
vários aspectos relacionados com o fenómeno. 
De forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como 
objectivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em 
vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos 
posteriores. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que apresentam menor 
rigidez no planejamento, pois são planejadas com o objectivo de proporcionar visão 
geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. 
24 
 
Segundo Malhotra (2001), a pesquisa exploratória é usada em casos nos quais é 
necessário definir o problema com maior precisão. O seu objectivo é prover critérios e 
compreensão. Tem as seguintes características: informações definidas ao acaso e o 
processo de pesquisa flexível e não-estruturado. A amostra é pequena e não-
representativa e a análise dos dados é qualitativa. As constatações são experimentais e o 
resultado, geralmente, seguido por outras pesquisas exploratórias ou conclusivas. 
A presente pesquisa se destina a encontrar evidências sobre a essência e possível 
proveniência do absentismo escolar. 
Para Zikmund (2000), os estudos exploratórios, geralmente, são úteis para diagnosticar 
situações, explorar alternativas ou descobrir novas ideias. Esses trabalhos são 
conduzidos durante o estágio inicial de um processo de pesquisa mais amplo, em que se 
procura esclarecer e definir a natureza de um problema e gerar mais informações que 
possam ser adquiridas para a realização de futuras pesquisas conclusivas. Dessa forma, 
mesmo quando já existem conhecimentos do pesquisador sobre o assunto, a pesquisa 
exploratória também é útil, pois, normalmente, para um mesmo fato organizacional, 
pode haver inúmeras explicações alternativas, e sua utilização permitirá ao pesquisador 
tomar conhecimento, se não de todas, pelo menos de algumas delas. 
Para a finalidade dos parágrafos a cima, vai ser necessária uma série de informações por 
colher para compor situações como prováveis problemas que provocam o fracasso na 
assiduidade dos alunos. 
A classificação a cima vai ao encontro de explicações de Gerhardt et al., (2009, p. 67) 
na sua obra sobre métodos de pesquisa que esclarecem que, “pesquisas exploratórias: 
buscam uma abordagem do fenómeno pelo levantamento de informações que poderão 
levar o pesquisador a conhecer mais a seu respeito”. 
3.1.3. Quanto a natureza. 
Convém esclarecer que este trabalho se destina a gerar um conhecimento sugestivo e 
não novo. 
Triviños (1987), a pesquisa básica também conhecida como fundamental é a que tem o 
objectivo de gerar conhecimentos para a ciência sem que estes tenham uma aplicação 
prática prevista ou seja, a finalidade da pesquisa básica não é imediata. 
25 
 
Por esta razão a classificação desta pesquisa será básica que objectiva gerar 
conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
Envolve verdades e interesses locais. 
Para Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação das 
questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima 
valorização do contacto directo com a situação estudada, buscando-se o que era comum, 
mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados 
múltiplos. 
Segundo Minayo (2001), pesquisa básica objectiva gerar conhecimentos novos, úteis 
para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses 
universais 
3.1.4. Quanto aos procedimentos 
Como procedimento de pesquisa será o estudo de caso para analisar o absentismo 
escolar dos alunos nas classes iniciais do ensino primario na Escola Primaria de 
Chimuili. 
a) Estudo de casoPara Triviños (1987), o estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objecto é uma 
unidade que se analisa profundamente. Nesse sentido, Schramn, apud Yin (2001, p. 31), 
complementa afirmando que essa estratégia “[...] tenta esclarecer uma decisão ou um 
conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e 
com quais resultados”. 
Yin (2001, p.28) considera o estudo de caso como uma estratégia de pesquisa que 
possui uma vantagem específica quando: “faz-se uma questão tipo ‘como’ ou ‘por que’ 
sobre um conjunto contemporâneo de acontecimentos sobre o qual o pesquisador tem 
pouco ou nenhum controle”. 
“A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente 
única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos 
de dados, e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências, 
com os dados precisando convergir em um formato de triângulo, e, 
como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de 
proposições teóricas para conduzir a colecta e a análise de dados” 
(YIN, 2001 p. 33-34). 
Laville e Dionne (1999) também apontam as conclusões dificilmente generalizáveis 
como a principal censura feita ao método de estudo de caso, porém, defendem a ideia de 
que: 
26 
 
“A vantagem mais marcante dessa estratégia de pesquisa repousa, é 
claro, na possibilidade de aprofundamento que oferece, pois os 
recursos se vêem concentrados no caso visado, não estando o estudo 
submetido às restrições ligadas à comparação do caso com outros 
casos” (1999, p. 156). 
O ponto forte dos estudos de casos, segundo Hartley (1994) apud Roesch (1999, p.197), 
“[...] reside em sua capacidade de explorar processos sociais à medida que eles se 
desenrolam nas organizações”, permitindo uma análise processual, contextual e 
longitudinal das várias acções e significados que se manifestam e são construídas dentro 
delas. 
 Para Gil (2007) um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de 
identidade bem definida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo, 
uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e porquê de 
uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, para procurar 
descobrir o que há nela de mais essencial e característico. Neste contexto esta pesquisa 
vai centrar-se no contexto escolar concretamente na Escola Primaria de Chimuili – 
Namuno com os Pais e encarregados de educacao, a Direcção da escola e Professores da 
escola. 
3.2.Técnicas e Instrumentos de colecta de dados 
3.2.1. Técnicas de recolha de dados 
Na presente pesquisa, ter-se-á como técnicas de recolha da informação a entrevista e o 
questionário. 
3.2.2. Instrumentos de recolha de dados 
Na óptica de Gil (2002) citado por KUMAR et all (2007), chama-se de instrumento de 
pesquisa o que é utilizado para a colecta de dados. 
Para o presente trabalho de pesquisa o autor ira usar a técnica de entrevista e 
questionário, que facilitara na recolha de dados que carece o trabalho. 
Na luz de Gil (1999:128) o questionário como técnica de investigação é composta por 
um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, 
tendo objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, 
expectativas, situações vivenciadas. 
27 
 
De acordo com Lakatos e Marconi (2003) existem instrumentos importantes para 
recolher os dados. As autoras consideram a entrevista, o inquérito, o questionário e a 
observação directa como sendo os fundamentais. 
No caso desta pesquisa, vai-se usar o questionário como instrumento de recolha da 
informação, uma vez que esta irá fornecer, a partir de dados numéricos, opinião dos 
envolvidos em relação ao assunto. Outro instrumento que poderá ser usado é a 
entrevista não-estruturada. 
a) Entrevista semi-estruturada 
As entrevistas semi-estruturadas podem ser definidas como uma lista das informações 
que se deseja de cada entrevistado, mas a forma de perguntar (a estrutura da pergunta) e 
a ordem em que as questões são feitas irão variar de acordo com as características de 
cada entrevistado. Geralmente, as entrevistas semi-estruturadas baseiam-se em um 
roteiro constituído de “[...] uma série de perguntas abertas, feitas verbalmente em uma 
ordem prevista” (LAVILLE & DIONNE, 1999, p.188), apoiadas no quadro teórico, nos 
objectivos e nas hipóteses da pesquisa. Durante a realização da entrevista é importante 
seguir algumas recomendações, tais como fazer boas perguntas e interpretar as 
respostas; ser um bom ouvinte, não deixando se enganar por ideologias e preconceitos, 
no sentido de buscar a “objectivação” (LAVILLE & DIONNE, 1999). 
As entrevistas semi-estruturadas têm como principal objectivo obter descrições e 
interpretações dos fenómenos que estão sendo investigados (Kvale, 1996 apud Steil, 
2002). Visando complementar e aprofundar as informações obtidas na etapa 
quantitativa, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez empreendedores, 
seleccionados de acordo com as categorizações encontradas na tabulação dos 
questionários. 
Segundo Triviños (1987), a entrevista semi-estruturada parte de questionamentos 
básicos, suportados em teorias que interessam à pesquisa, podendo surgir hipóteses 
novas conforme as respostas dos entrevistados. Deste modo, serão aplicadas perguntas 
abertas, respondidas em forma de conversa com o inquirido. 
Contudo na entrevista semi-estruturada o pesquisador organiza um conjunto de questões 
(roteiro) sobre o tema que está sendo estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, 
que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como 
desdobramentos do tema principal. A entrevista será direccionada aos alunos e pais ou 
28 
 
encarregados de educação. E questionário aos membros da direcção da escola e 
professores da Escola Primaria de Chimuili. 
b) Questionário 
Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto 
de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre 
conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, 
temores, comportamento presente ou passado etc. Os questionários, na maioria das 
vezes, são propostos por escrito aos respondentes. Costumam, nesse caso, ser 
designados como questionários auto-aplicados (Gil, 2008, p. 121). 
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 48), o questionário “[...] refere-se a um meio de 
obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. Ele 
pode conter perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas possibilitam respostas mais 
ricas e variadas e as fechadas maiores facilidades na tabulação e análise dos dados. 
De forma idêntica, Marconi & Lakatos (1996, p. 88) definem o questionário estruturado 
como uma “[...] série ordenada de perguntas, respondidas por escrito sem a presença do 
pesquisador”. Dentre as vantagens do questionário, destacam-se as seguintes: ele 
permite alcançar um maior número de pessoas; é mais económico; a padronização das 
questões possibilita uma interpretação mais uniforme dos respondentes, o que facilita a 
compilação e comparação das respostas escolhidas, além de assegurar o anonimato ao 
interrogado. 
Contudo, o questionário também possui alguns inconvenientes, dentre os quais podem 
ser citados: o anonimato não assegura a sinceridade das respostas obtidas; ele envolve 
aspectos como qualidade dos interrogados, sua competência, franqueza e boa vontade; 
os interrogados podem interpretar as perguntas da sua maneira; alguns temas podem 
deixar as pessoas incomodadas; há uma imposição das respostas que são 
predeterminadas, além de poder ocorrer um baixo retorno de respostas (Laville & 
Dionne, 1999; Malhotra, 2001). 
Quando, porém, as questões são formuladas oralmente pelo pesquisador, podem ser 
designados como questionários aplicados com entrevista ou formulários. Construir um 
questionário consistebasicamente em traduzir objectivos da pesquisa em questões 
específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os dados requeridos 
para descrever as características da população pesquisada ou testar as hipóteses que 
foram construídas durante o planeamento da pesquisa. Assim, a construção de um 
29 
 
questionário precisa de ser reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração 
requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para verificação 
dos objectivos; determinação da forma e do conteúdo das questões; quantidade e 
ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do questionário e pré-
teste do questionário (Gil, 2008, p.121). 
Sendo assim, será aplicado a (membros da direcção da escola, professores e 
pais/encarregados de educação) uma entrevista e questionário de carácter anónimo e 
confidencial na Escola Primaria de Chimuili. Este instrumento de recolha de dados será 
composto por perguntas fechadas em escala de Likert. 
c) Observação não participante 
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 27), “observar é aplicar atentamente os sentidos 
físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”. Para 
esses autores, a observação é vital para o estudo da realidade e de suas leis. Sem ela, o 
estudo seria reduzido a “[...] à simples conjectura e simples adivinhação”. 
A observação também é considerada uma colecta de dados para conseguir informações 
sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a “[...] identificar e 
obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, 
mas que orientam seu comportamento” (MARCONI & LAKATOS, 1996, p. 79). A 
observação também obriga o pesquisador a ter um contacto mais directo com a 
realidade. 
Como a maioria das técnicas de pesquisa, a observação sempre deve ser utilizada 
juntamente com outra técnica de pesquisa, pois, do ponto de vista científico, essa 
técnica possui vantagens e limitações que podem ser administradas com o uso 
concorrente de outras técnicas de pesquisa (MARCONI & LAKATOS, 1996). 
Na observação não-participante, o observador entra em contacto com o grupo, a 
comunidade ou a realidade estudada, porém, não se envolve, nem se integra a ela; 
permanece de fora. O observador presencia o fato, mas não participa dele (MARCONI 
& LAKATOS, 1996). 
Também conhecida como observação passiva. O pesquisador não se integra ao grupo 
observado, permanecendo de fora. Presencia o fato, mas não participa dele, não se deixa 
envolver pelas situações, faz mais o papel de espectador. O procedimento tem carácter 
sistemático, este facilita a obtenção de dados sem produzir querelas ou suspeitas nos 
30 
 
membros das comunidades, grupos ou instituições que estão sendo estudadas e 
Favorece a construção de hipóteses acerca do problema pesquisado. 
O proponente vai usar a observação não participativa para avaliar a estrutura das infra-
estruturas da escola como a natureza das salas de aulas, casas de banho, assistência das 
aulas nas classes iniciais do ensino primário na escola Primaria de Chimuili, as 
actividades recreativas que a escola oferece aos alunos como formas de motiva-los a 
participar as aulas em todos os dias lectivos, a relação entre os alunos/professor, 
direcção da escola/professores e alunos/alunos também será observado pelo proponente. 
Alias como esse tipo de observação é usado em pesquisas que requerem uma descrição 
mais detalhada e precisa dos fenómenos ou em testes de hipóteses. Na técnica de colecta 
de dados, presume-se que o pesquisador saiba exactamente que informações são 
relevantes para atingir os objectivos propostos. Nesse sentido, antes de executar a 
observação sistemática, há necessidade de se elaborar um plano para sua execução. 
3.3.Participantes da pesquisa 
a) Universo 
Para Gil (1999: p.99), universo é conjunto de elementos que possuem determinadas 
características. 
Neste trabalho de pesquisa considera se universo toda população da Escola Primaria de 
Chimuili. 
b) Amostra 
Amostra é a parte do universo que tem as mesmas características em estudo. 
Na perspectiva de Bello (2005: p.21), a mostra é fazer um levantamento da população 
ou do universo dos elementos que a compõem, a técnica utilizada é de trabalhar com 
uma parcela dessa população denominada amostra, que contem todas características da 
população. 
Quanto ao tipo de amostra, o pesquisador usará amostra aleatória simples onde não se 
descriminou a raça, idade e sexo dos elementos envolvidos na pesquisa. 
Face ao problema apresentado neste trabalho, o pesquisador envolvera no estudo, 1 
membro da direcção da escola a entrevista, 4 professores a técnica de questionário e 5 
31 
 
pais/encarregados de educação e 10 alunos a técnica de entrevistados. Nesta ordem de 
ideias o tamanho de amostra será de 20 elementos. 
Tabela 1: Resumo da Amostra 
Elementos da Pesquisa Unidade Técnicas de Recolha de Dados 
Membros da direcção da 
Escola 
1 Entrevista 
Professores 4 Questionário 
Pais/Encarregado de 
Educação 
5 Entrevista 
Alunos 10 Entrevista 
Total 20 ……………………………………………. 
 Fonte: Autor (2023) 
3.4.Técnicas de análise de dados 
De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 174), técnica de análise de dados é um 
conjunto de preceitos, processo ou normas ou habilidade que se usam na obtenção, 
análise e interpretação de dados. 
Para analisar e interpretar os dados da pesquisa vai-se recorrer ao pacote estatístico 
Excel 2007, onde se fará o agrupamento das respostas obtidas no questionário para que 
pudessem ser interpretadas de acordo com os objectivos da pesquisa e a elaboração de 
figuras e tabelas de frequência. 
3.5.Ética de pesquisa e garantia de validade dos resultados 
Uma vez que nas pesquisas observacionais existe uma barreira do tipo “se as pessoas 
souberem que estão sendo pesquisadas tendem a mudar de comportamento podendo 
omitir as reais manifestações comportamentais” comprometendo a fidedignidade dos 
resultados e que as éticas ou os códigos que tratam da pesquisa com seres humanos 
enfatizam a importância do consentimento informado, os sujeitos serão comunicados 
dos objectivos assim como a segurança de confidencialidade das informações pois que 
as informações serão dadas por anonimato e as caras das pessoas serão omissas para 
além de garantir-se que no relatório constarão informações compiladas e não 
individualizadas dos sujeitos. 
Para eliminar as possíveis subjectividades do pesquisador na interpretação dos dados 
inerentes da reduzida rigidez na planificação, utilização de técnicas menos estruturadas 
32 
 
para colecta de dados, pauta-se pelo abandono de pressupostos e julgamentos para 
validar a fenomenologia preferida. 
Pela razão supra propõe-se a: “Adopção da redução e suspensão das atitudes, crenças e 
teorias. Pauta-se ainda a colocação ‘entre parênteses’ do conhecimento das coisas do 
mundo exterior - a fim de concentrar-se exclusivamente na experiência em foco, no que 
essa realidade significa para qualquer ‘pessoa’ conhecedora da realidade em estudo” 
(Gil, 2008, p.15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
CRONOGRAMA E ORCAMENTO 
4.1.Cronograma 
O tempo foi estabelecido tendo em conta a complexidade do trabalho. Da tabela abaixo, 
constam as actividades e os respectivos períodos de realização. 
Tabela 1: Cronograma de actividades 
Mês/actividade Julho Agosto Setembro Outubro Novembro 
Revisão do projecto 
Colecta de dados 
Tratamento de dados 
Analise e interpretação de 
dados do projecto 
 
Elaboração do projecto 
Entrega do relatório final 
Fonte: autor. 2023 
4.2.Orçamento 
Tabela 2: Orçamento do projecto. 
Numero Designação Quantidade Preço Valor total 
1 Resmas 1 180.00 180.00 
2 Esferográficas 5 20.00 100.00 
3 Bloco de nota 4 50.00 200.00 
4 Flash 1 750.00 750.005 Computador 1 15.000.00 15.000.00 
6 Impressão 3 3. 00 200.00 
7 Copia 2 2.5 300.00 
34 
 
8 Transporte 400.00 400.00 400.00 
9 Alojamento 500.00 500.00 500.00 
10 Alimentação 1500.00 1500.00 1500.00 
11 Imprevisto 2000.00 
Total 21130.00mt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
5. Referencias Bibliográficas 
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38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndices 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Guião de entrevista dirigida aos professores 
Com esta entrevista pretende-se colectar informações relacionados com o absentismo 
escolar nas classes iniciais do ensino primária na escola primária de Chimuili. A 
efectivação desta se enquadra no âmbito de Licenciatura em Ensino Básico e gestão 
escolar, da Universidade Rovuma, com intuito de produzir uma monografia para a 
culminação do curso. No entanto, os dados a serem colhidas são fundamentalmente 
confidenciais e servirão somente para a pesquisa e não para outros fins. Assim, pede-se 
para responder as questões de forma fiel. 
Dados do entrevistador 
Nome______________________________________________________________________ 
Título do projecto _____________________________________________________________ 
Nome do entrevistado 
Nome da Escola______________________________________________________________ 
Classe em que lecciona_________________________________________________________ 
1. Senhor Professor, na turma em que lecciona existe alunos absentistas? 
______________________________________________________________________ 
1.1.Se sim, quantos é que faltam com frequência as suas aulas? 
__________________________ 
2. Qual é a faixa etária que tem sido mais vulnerável ao absentismo escolar? 
______________________________________________________________________ 
3. Qual é o sexo que tem sido vulnerável ao absentismo escolar? 
______________________________________________________________________ 
4. Deste, qual tem sido o numero de alunos que tanto faltam? 
______________________________________________________________________ 
5. Será que os alunos se sentem motivados para vir a escola e assistir suas aulas? 
______________________________________________________________________ 
 
40 
 
6. Qual é o ambientede convivência do senhor professor e os seus alunos? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
7. Será que tem algum conhecimento de que os pais ou encarregados sabem das 
faltas constantes dos seus educandos? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
8. Em algum dia Senhor professor terá deparado com a situação dos alunos a 
manifestarem o desconforto com o horário de entrada e saída da escola? 
______________________________________________________________________ 
9. Na sua percepção, que situações tem motivado as ausências constantes dos 
alunos? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
10. Na sua opinião, quais são as implicações do absentismo escolar para os alunos 
 
 
Fim! 
Meu muitíssimo obrigado por ter participado da entrevista! 
 
 
 
 
 
41 
 
Guião de entrevista dirigida aos professores 
Com esta entrevista pretende-se colectar informações relacionados com o absentismo 
escolar nas classes iniciais do ensino primária na escola primária de Chimuili. A 
efectivação desta se enquadra no âmbito de Licenciatura em Ensino Básico e gestão 
escolar, da Universidade Rovuma, com intuito de produzir uma monografia para a 
culminação do curso. No entanto, os dados a serem colhidas são fundamentalmente 
confidenciais e servirão somente para a pesquisa e não para outros fins. Assim, pede-se 
para responder as questões de forma fiel. 
Dados do entrevistador 
Nome______________________________________________________________________ 
Título do projecto _____________________________________________________________ 
Nome do entrevistado 
Nome da Escola______________________________________________________________ 
Classe em que lecciona_________________________________________________________ 
1. Qual é a classe mais vulnerável ao absentismo escolar? 
1.1.Em média quantos alunos faltam por dia de forma frequente? 
2. Qual é a faixa etária mais vulnerável ao absentismo escolar? 
3. Qual é o sexo mais vulnerável ao absentismo escolar? 
3.1.Deste, quantos é que normalmente faltam frequentemente a escola? 
4. Os pais ou encarregados de educação tem conhecimento em relação as ausências 
constantes dos seus educandos na escola? 
5. Os Pais e encarregados de Educação têm participado na vida escolar dos seus 
educandos? 
6. Qual é o grau de relacionamento entre os professores e alunos? 
7. Qual é o grau de relacionamento entre a direcção da escola e os alunos? 
8. Quais são os critérios usados para elaboração dos horários de entrada e saída 
para os alunos? 
9. Em algum dia a direcção da escola terá se deparado com a situação dos alunos a 
manifestarem o desconforto com o horário de entrada e saída da escola? 
42 
 
10. Que consequência o absentismo pode trazer no seio do aluno e da escola num 
sentido geral? 
11. A escola tem promovido encontros regulares com os pais ou encarregados de 
Educação e alunos? 
12. O que é a direcção da escola tem feito para minimizar a situação do absentismo 
escolar? 
 
 
Fim! 
Meu muitíssimo obrigado por ter participado da entrevista! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Questionário dirigido aos alunos de ambos os sexos 
Com base neste questionário pretende-se colectar informações relacionados com o 
absentismo escolar nas classes iniciais do ensino primária na escola primária de 
Chimuili. A efectivação desta se enquadra no âmbito de Licenciatura em Ensino Básico 
e gestão escolar, da Universidade Rovuma, com intuito de produzir uma monografia 
para a culminação do curso. No entanto, os dados a serem colhidas são 
fundamentalmente confidenciais e servirão somente para a pesquisa e não para outros 
fins. Assim, pede-se para responder as questões de forma fiel. 
Para cada questão, coloque sempre que necessário X dentro do rectângulo e texto 
corrido nas linhas 
Nome da Escola______________________________________________________________ 
Classe em que frequenta__________________ 
Idade __________________ 
Sexo__________________ 
Morada: aldeia__________________ 
1. Dimensão pessoal 
1.1.Porque é que vai a escola? 
Apenas para brincar 
Obrigação dos pais. 
Para aprender. 
Fonte de emprego. 
1.2. Tem alguma dificuldade de aprendizagem? 
Sim 
Não 
Se sim qual? 
Leitura 
Escrita 
Calculo 
44 
 
Comunicação oral 
Outra, indique__________________ 
1.3.Tem colegas que frequentam na mesma escola e residem no mesmo quarteirão? 
Sim 
Não 
Se tem estuda no mesmo período? 
Sim 
Não 
Estudam na mesma turma? 
Sim 
Não 
Caminham juntos de casa para escola e de escola para casa? 
Sim 
Não 
Para além de serem colegas, também são amigos? 
Sim 
Não 
2. Dimensão social 
2.1.Qual é o nível de escolaridade do Pai ou encarregado de educação? 
Primario 
Secundário 
Superior 
Nenhum dos anteriores 
2.2.Qual é o nível de relacionamento com seus pais ou encarregado de educação? 
45 
 
 Bom, Porque? _________________________________________ 
 Não, Porque? _________________________________________ 
2.3.Em média quantos quilómetros percorrem de casa para escola? 
 Ate 1 km 
De 1km á 5km 
Mais de 5km 
3. Dimensão económica 
3.1.Qual é a ocupação dos seus pais ou encarregados de educação? 
_____________________________________________________________________ 
3.2.Qual é a outra fonte de rendimento da sua família? 
_____________________________________________________________________ 
3.3.Qual é o numero do seu agregado familiar? 
 De 3 á 4 
 De 4 á 6 
 De 6 á 10 
 Mais de 10 
4. Dimensão cultural 
4.1.Já foi submetido aos ritos de iniciação? 
 Sim 
 Não 
Se sim, em que época do ano participou nos ritos de iniciação? 
 Durante as férias escolares? 
 Durante o periodo de aulas? 
4.2.Para além dos ritos de iniciação, já participou em outras cerimónias familiares? 
46 
 
Sim 
Não 
Se sim qual? _________________________________________ 
Em que período do ano participou nesse tipo de cerimónia? 
 Durante as férias escolares? 
 Durante o periodo de aulas? 
5. Dimensão da escola 
5.1. Qual é o nível de relacionamento com os seus professores? 
 Bom, Porque? __________________________________________________________ 
 Não, Porque? ___________________________________________________________ 
5.2.Qual é o nível de relacionamento com os seus colegas? 
 Bom, Porque? __________________________________________________________ 
 Não, Porque? __________________________________________________________ 
5.3.O seu professor aparece sempre para dar aulas? 
6. As vezes 
Sempre 
Se for as vezes, ele tem justificado o motivo da sua ausência? 
Sim 
Não 
Se sim qual tem sido o motivo? _________________________________________________ 
____________________________________________________________________ 
5.4. Durante as aulas, o professor tem utilizado recursos didácticos, tais como: 
Mapas 
Cartazes 
47 
 
Vídeo -Gravação 
outros. Indique________________________________________________ 
5.5. A sua escola tem promovido actividades recreativas para alunos? 
Sim 
Não 
Se sim, quais? 
Futebol 
 Dancas 
Jogos tradicionais 
Outras. Indique________________________________________________ 
5.6. Durante as aulas, o seu professor tem relacionamento a matéria com a sua 
convivência como aluno? 
Sim 
Não 
5.7. O horário de entrada na sala de aulas é compatívelcom o seu desejo? 
Sim 
Não 
Se não, porque? _______________________________________________ 
6. Alguma vez faltou as aulas? 
7. Sim 
 Não 
Se não, quantas vezes ___ e porque? ____________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
7.Na sua percepção quais são as consequências de faltar sempre a escola 
48 
 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
8.Na sua opinião, o que deve ser feito para reduzir o absentismo na sua escola? 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
 
Fim! 
Meu muitíssimo obrigado por ter participado da entrevista! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Ficha de observação 
Com esta ficha pretende-se registar informações relacionadas as infra-estrutura, 
observação das aulas, do ambiente escolar, que servirão como complemento das 
informações recolhidas por meio de entrevista e questionário do assunto relacionado ao 
absentismo escolar. 
Escola_____________________________________________________________________ 
Data__/__20__ 
1. Infra-estrutura 
1.1.Estado físico da Escola 
Bom (boa pintura, janelas, portas, loica sanitaria, soalho, e cobertura em optimas 
condicoes 
Normal (com pintura, telhado, soalho, loica sanitaria, portas e janelas) 
Degradado ( com telha partida, loica sanitaria, pintura velha, soalho quebrado, 
janelas e portas quebradas) 
1.2.Número de salas de aulas 
1.3.Condições das salas de aulas 
Boa (salas com carteiras para todos, boa iluminacao, paredes bem pintadas, 
espaco suficiente, quadro preto num bom estado, portas e janelas num bom 
estado, soalho num bom estado). 
Razoável (salas com carteiras, iluminarão fraca, paredes não bem pintadas). 
Ma (estado fisico degradado, sem carteiras, sala suja, espaco limitado, 
soalho/portas partido). 
1.4.A escola tem carteiras? 
Sim 
Não 
1.5.Número de salas com carteiras 
1.6.Material de construção 
Convencional 
50 
 
Precário 
Misto 
1.7.Casas de banho 
 Sim 
 Não 
1.7.1. Estado de conservação 
Bom (sanitas limpas caso exista, torneiras a jorrar agua, balde para depositar 
papel higienico). 
 Razoavel (Existencia de sanitas, torneiras sem jorrar agua, existencia de agua em 
recipientes, fraca limpeza). 
 Mau ( sem sanitas, torneiras, agua, balde para depositar papel higienico). 
2. Assistencia as aulas 
2.1.Grau de frequencia dos alunos 
Numero de alunos presentes 
 Número de alunos ausentes de forma frequente 
2.2.relacao professor /aluno 
2.2.1. O professor da espaco para os alunos se expressar sempre que necessario? 
 Sim 
 Não 
2.3.Relacao aluno/professor 
2.3.1. Os alunos sempre que necessario participam activamente nas aulas? 
 Sim 
Não 
2.4.Relação aluno/aluno 
2.4.1. A convivencia na sala de aulas é 
 Boa (interage sempre que necessário com seu professor/colega). 
 Razoável (nem sempre interage com seu professor/colega). 
 Ma (não há espaço para interagir mesmo sendo necessário com o seu 
professor/colega). 
51 
 
2.5.Numero de alunos que sentam na carteira 
2.6.Numero de alunos que sentam no chão 
3. Ambiente escolar 
Tipos de actividades recreativas promovidas pela escola 
 Futebol 
 Danças 
 Jogos tradicionais 
 Outras, quais? ________________________________________________________ 
 Não existem 
Tem espaço de lazer 
 Sim 
 Não 
 
 
 
 
Fim 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Guião de entrevista dirigida aos pais ou encarregados de educação 
Com esta entrevista pretende-se colectar informações relacionados com o absentismo 
escolar nas classes iniciais do ensino primária na escola primária de Chimuili. A 
efectivação desta se enquadra no âmbito de Licenciatura em Ensino Básico e gestão 
escolar, da Universidade Rovuma, com intuito de produzir uma monografia para a 
culminação do curso. No entanto, os dados a serem colhidas são fundamentalmente 
confidenciais e servirão somente para a pesquisa e não para outros fins. Assim, pede-se 
para responder as questões de forma fiel. 
Dados do entrevistador 
Nome______________________________________________________________________ 
Título do projecto _____________________________________________________________ 
1. Qual é a sua ocupação? 
2. Qual é outra actividade que faz para o sustento da sua família? 
3. Qual é o seu nível de escolaridade? 
4. Tem algum educando que as vezes faltam a escola? 
5. Porque as vezes ele falta a escola? 
6. Na escola onde frequenta o seu educando, tem havido encontros regulares com 
os pais ou encarregados de educação? 
7. Como pai ou encarregado de educação tem participado na vida escolar do seu 
educando? 
8. A ida a escola para o senhor tem sido por solicitação ou por sentir a necessidade 
de o fazer? 
9. Que importância você dá a escolarização do seu educando? 
10. Na sua opinião quais são as implicações das faltas constantes do seu educando à 
escola? 
11. O que deve ser feito para evitar as faltas constantes do seu educando na escola? 
 
Obrigado pela colaboração 
 
 
	INTRODUÇÃO 
	1.1. Objectivo
	1.1.1. Objectivos Específicos
	1.2. Tema 
	1.3. Delimitação do tema	
	1.4. Enquadramento do tema			
	1.5. Objecto de estudo	
	1.6. Problematização 
	1.7. Justificativa 
	A motivação para o levantamento deste estudo nasceu das experiências pessoais do proponente ou seja, nas expectativas deresponder ao ‘porque’ absentismo escolar nas classes iniciais do ensino primário, um facto registado durante a minha vida Professional como professor.
	Por outro lado, as leituras mostram, basicamente, que a tendência dominante entre professores e Pais encarregados de Eduação no que consiste a motivação e acompanhamento diário dos alunos na escola concretamente os de classes inicias por serem crianças que ainda não sabem a relevância de estar a estudar.
	Portanto, esta pesquisa se tornará relevante na medida em que poderá contribuir em proposta sugestiva para manter a assiuidade dos alunos nas escolas garantindo assim a qualidade de ensino e o sucesso escolar dos alunos.
	O estudo poderá ajudar ainda aos professores e aos alunos para a concretização dos objectivos almejados no processo de esino e aprendizagem, pós com esta pesquisa os professores serão capazes de incentivar o aluno e saber manter a assiduidade do mesmo ate o final de cada ano lectivo.
	1.8. Questões de pesquisa 
	A partir das constatações, nos colocamos as seguintes perguntas que vão conduzir o estudo:
	1.9. Estrutura do projecto de Monografia
	REVISÃO DA LITERATURA 
	2.2. Absentismo escolar dos alunos 
	2.3. Tipologias do abandono escolar 
	2.4. A diferença entre os conceitos causa e factor 
	2.5. Causas gerais do abandono escolar 
	METODOLOGIA DA PESQUISA
	Este capítulo inclui cinco secções, duas das quais tratam de aspectos cruciais da investigação a ser desenvolvida: na seção 3.1., apresenta-se as classificações da pesquisa. Na secção 3.2., técnicas e Instrumentos de recolha de dados; 3.3. participantes da pesquisa, 3.4.tecnicas e analise de dados, A última secção, é a 3.5. na qual se explicitam a ética de pesquisa e garantia de validade dos resultados.
	3.1. Classificação da pesquisa
	3.1.1. Quanto a abordagem 
	3.1.3. Quanto a natureza.
	3.1.4. Quanto aos procedimentos 
	a) Estudo de caso 
	3.2. Técnicas e Instrumentos de colecta de dados 
	3.2.1. Técnicas de recolha de dados 
	a) Entrevista semi-estruturada 
	b) Questionário 
	c) Observação não participante
	3.3. Participantes da pesquisa
	a) Universo
	b) Amostra
	3.4. Técnicas de análise de dados 
	3.5. Ética de pesquisa e garantia de validade dos resultados
	CRONOGRAMA E ORCAMENTO 
	4.1. Cronograma
	4.2. Orçamento
	5. Referencias Bibliográficas
	Gerhardt, E. T. (2009). Métodos de Pesquisa. PortoAlegre: Editora da UFRGS
	Gil, A. C. (2002). Como elaborar Projectos de Pesquisa. São Paulo: Atlas.
	Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas; 
	Apêndices

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