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Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
2 
 
Seja muito bem-vindo! 
 
 
Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional 
Unificado – 2024. 
 
Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da 
disciplina de Ética e Integridade. 
 
Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua 
compreensão, e marcações das partes mais importantes. 
 
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na 
banca Cesgranrio. 
 
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus 
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp. 
 
 
Bons Estudos! 
Rumo à Aprovação!! 
 
 
 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
mailto:suporte@cadernomapeado.com.br
https://api.whatsapp.com/send/?phone=3496896377&text&type=phone_number&app_absent=0
 
3 
 
SUMÁRIO 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5 
PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO ...................................................................... 6 
1) Introdução.................................................................................................................................................. 6 
2) Conceitos Iniciais ...................................................................................................................................... 6 
2.1) Ética x Moral .......................................................................................................................................... 6 
2.2) Conduta x Valores x Princípios .......................................................................................................... 7 
2.3) Ética no Serviço Público ...................................................................................................................... 7 
3) Princípios Constitucionais Administrativos ....................................................................................... 9 
3.1) Princípio da legalidade ........................................................................................................................ 9 
3.2) Princípio da impessoalidade ............................................................................................................ 10 
3.3) Princípio da moralidade .................................................................................................................... 11 
3.4) Princípio da publicidade ................................................................................................................... 12 
3.5) Princípio da eficiência ........................................................................................................................ 13 
4) Código de Ética do Servidor Público Federal .................................................................................. 13 
4.1) Comissão de Ética ............................................................................................................................... 16 
GOVERNANÇA PÚBLICA ............................................................................................................................ 17 
1) Introdução................................................................................................................................................ 17 
2) Governança Pública ............................................................................................................................... 17 
3) Sistemas de Governança Pública ........................................................................................................ 18 
4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública ........................................ 21 
INTEGRIDADE PÚBLICA ............................................................................................................................. 22 
1) Introdução................................................................................................................................................ 22 
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 22 
3) Integridade Pública ................................................................................................................................ 22 
3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação .............................................. 23 
3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal ....... 24 
TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA .................................................................... 24 
1) Introdução................................................................................................................................................ 24 
2) Aspectos Iniciais ..................................................................................................................................... 25 
3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública ................................................................................ 25 
4) Cidadania .................................................................................................................................................. 25 
4.1) Cidadania e o Controle Social .......................................................................................................... 26 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
4 
 
5) Equidade Social ....................................................................................................................................... 27 
5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas .................................................................................................. 28 
GOVERNO ELETRÔNICO ............................................................................................................................ 29 
1) Introdução................................................................................................................................................ 29 
2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência ..................................................................................... 30 
3) Diretrizes e Princípios ........................................................................................................................... 31 
ACESSO À INFORMAÇÃO .......................................................................................................................... 32 
1) Introdução................................................................................................................................................ 32 
2) Conceito .................................................................................................................................................... 32 
3) Competência ............................................................................................................................................ 32 
4) Procedimento .......................................................................................................................................... 33 
5) Informações Sigilosas ............................................................................................................................ 34 
TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ..................... 36 
1) Introdução................................................................................................................................................ 36 
2) Considerações iniciais ...........................................................................................................................36 
3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos ............................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
5 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Pessoal! 
Antes de iniciarmos o estudo da matéria de Ética e Integridade, apresentaremos os assuntos que 
são cobrados no edital. Siga firme com os estudos que a aprovação virá!! 
CONTEÚDO 
1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição 
Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
(Decreto nº 1.171/1994). 
2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017). Gestão de 
riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública. 
3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023). 
4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social. 
5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº 14.129/2021. 
6 Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011. 
7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
6 
 
PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO 
1) Introdução 
Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da 
Constituição Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994): conceitos iniciais; princípios constitucionais 
administrativos; código de ética do servidor público federal. 
 
2) Conceitos Iniciais 
Antes de entrarmos especificamente nos dispostos normativos, precisamos entender de forma 
irrefutável os conceitos de ética x moral x princípio. Ele será importante para todas as provas que 
cobram o conhecimento de ética no serviço público e, não somente, para o Concurso Nacional 
Unificado! 
A ética é o estudo sobre o comportamento moral do ser humano dentro de sua sociedade e, 
formada com base em ideias abstratas. 
 
 
2.1) Ética x Moral 
Em sua origem, ética e moral eram consideradas intercambiáveis, uma vez que, gramaticalmente, a 
tradução do termo grego para o latim/romano permaneceu consistente com a conquista da Grécia 
pelo Império Romano. No entanto, é crucial destacar que, apesar dessa equivalência linguística 
inicial, são conceitos distintos. 
Ética 
descritiva estudo dos valores
prescritiva
normativa, ou seja, são os 
códigos
reflexiva teorias filosóficas
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
7 
 
Para melhor compreensão, vamos esquematizar: 
 ORIGEM SIGNIFICADO OBJETO DE ESTUDO 
Moral 
Mos – latim 
Costumes Comportamento – prática / o ato 
Mores – romano 
Ética Ethos – grego Caráter Estudo do comportamento – ciência 
 
Portanto, o que podemos extrair do quadro acima é que a ética é o estudo da moral. Como vimos, 
a ética é o estudo do comportamento, já a moral é o conjunto de princípios e valores que orientam 
o comportamento humano. 
Para Kant, a moral (objeto mutável pelo tempo e pela sociedade) designa o conjunto de princípios 
gerais, e a ética (universal/imutável, atrelada ao interesse da sociedade), sua aplicação concreta. 
 
2.2) Conduta x Valores x Princípios 
Outros termos de grande importância, que são recorrentes nas provas, mas pouco estudados são a 
conduta, os valores e os princípios. Ao estudar esses conceitos, você, concurseiro, terá uma base 
mais sólida para a reflexão ética e também desenvolver com maior facilidade as questões trazidas 
no seu edital, então, vamos lá! 
A conduta é o comportamento observável de uma pessoa em determinada situação, na qual deverá 
obedecer a um padrão ético (boa-fé; honestidade), ligado à manifestação do comportamento. 
Este comportamento poderá ser bom ou mal, com base em valores morais ou códigos de ética. 
Já os valores são as crenças fundamentais ou regras de condutas que uma pessoa ou sociedade 
considera importantes e pelos quais orienta suas ações e escolhas. Em outras palavras, os valores 
são ligados as normas que corporificam um ideal (perfeição), a axiologia é o estudo desses valores. 
Por fim, os princípios são diretrizes fundamentais ou regras de conduta que uma pessoa ou grupo 
considera essenciais para orientar suas decisões e ações. Ou seja, são ideias centrais norteadoras, 
com a finalidade de harmonizar uma questão em si ou sentido das coisas. 
 
2.3) Ética no Serviço Público 
Por fim, precisamos analisar a ética no serviço público em geral, ou seja, aquela realizada dentro 
da Administração Direta e Indireta, sem distinção. 
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8 
 
Em sentido amplo, a ética do servidor público deverá estar sempre em conformidade ao interesse 
coletivo. 
Atitude do Servidor = verdade + justiça +bem comum 
 
A atividade no serviço público é altamente profissional, uma vez que é uma escolha feita pelo Estado, 
convocando seus funcionários de carreira a dedicarem-se integralmente. Os ocupantes de cargos 
públicos são esperados a cumprir diversos requisitos, tais como vínculo permanente, concentração 
no trabalho, dedicação, empenho para servir à comunidade e competência. 
Dessa forma, a atividade pública se integra à vida privada, em função da responsabilidade de 
representar o Estado. A finalidade do serviço público é o bem comum, em razão disso, os atos 
administrativos deverão ser pautado pela moralidade, assim o temos como princípio 
constitucional. 
 
 Tome nota! 
A ética é um elemento indissociável, portanto, jamais poderá ser desprezada. 
 
Momento da Questão 
Questão inédita – Considerando o cenário da administração pública federal, uma questão ética 
recorrente diz respeito à transparência na gestão dos recursos públicos. Um dos desafios 
enfrentados é a falta de prestação de contas adequada, o que pode resultar em desconfiança 
por parte da sociedade e comprometer a eficácia das políticas públicas. Nesse contexto, qual 
a medida mais eficaz para enfrentar essa problemática e fortalecer a transparência na 
administração pública federal? 
a) Reduzir a divulgação de informações sensíveis para evitar vazamentos. 
b) Criar mecanismos mais complexos de prestação de contas, tornando o processo mais burocrático. 
c) Implementar plataformas online de fácil acesso, oferecendo informações detalhadas sobre a 
alocação e utilização dos recursos públicos. 
d) Restringir o acesso da sociedade civil a relatórios e dados financeiros. 
e) Minimizar a divulgação de informações sobre contratos e licitações. 
Gabarito: Letra C. 
 Comentário: A questão destaca a importância da transparência na administração pública 
federal e propõe soluções para fortalecer essa transparência. A medida mais eficaz é a 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
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implementação de plataformas online de fácil acesso, proporcionando informações detalhadas sobre 
a alocação e utilização dos recursos públicos. 
 
3) Princípios Constitucionais Administrativos 
Como esse tema é bastante cobrados nos concursos e, de certo será de máxima valia na sua vida de 
servidor público, estudaremos esse tópico em duas matérias dos conhecimentos gerais! 
Os princípios da Administração Pública expressos estão descrito no artigo 37 da CF: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...)Este dispositivo constitucional é de extrema importância para as provas de concursos públicos, uma 
vez que apresenta os princípios da Administração Pública. Por isso, anote esse mnemônico: L – I 
– M – P – E (Isso vai te salvar na hora da prova). 
 
 
Agora, dedicaremos uma análise mais aprofundada a cada um dos princípios. 
 
3.1) Princípio da legalidade 
O princípio da legalidade estabelece que a administração possui a obrigação e autorização para 
realizar apenas aquilo que está expressamente previsto em lei. Ao contrário do âmbito privado, 
onde os indivíduos têm liberdade para agir em tudo que não é proibido por lei, na esfera pública, a 
atuação é estritamente balizada pela legislação. Nenhuma ação ou omissão pode ocorrer, a menos 
que esteja fundamentada em disposição legal. 
L
•Legalidade
I
•Impessoalidade
M
•Moralidade
P
•Publicidade
E
•Eficiência
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carin
Realce
 
10 
 
O princípio da legalidade não exclui a atuação discricionária do agente público, uma vez que a lei 
não pode prever todas as situações na atuação administrativa. Em determinadas circunstâncias, é 
possível realizar uma análise de conveniência e oportunidade para escolher a conduta mais 
adequada ao caso concreto, respeitando, é claro, os demais princípios administrativos, 
especialmente a razoabilidade e proporcionalidade. 
É importante ressaltar que o conceito de legalidade difere entre o agente público e o cidadão 
comum. Para este último, também há o princípio da legalidade, indicando que suas ações são 
permitidas desde que não proibidas por lei. 
O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos: 
 Aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei. É dizer: o particular 
pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia da vontade) 
 À Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão 
legal (princípio da legalidade estrita). 
 
3.2) Princípio da impessoalidade 
A atuação da Administração Pública é caracterizada pela imparcialidade. Em nenhuma circunstância, 
é permitido ao agente público proporcionar tratamento diferenciado com o intuito de favorecer 
pessoas específicas. Esse princípio também visa evitar que o administrador realize ações com 
propósitos distintos daqueles estabelecidos pela lei, garantindo que o interesse público seja a 
finalidade primordial do ato administrativo. Este princípio determina que o Estado tem o dever de 
realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato. 
 
 Importante! 
Cuidado com a pegadinha das bancas! 
O princípio da finalidade decorre do princípio da legalidade e não da impessoalidade. Nesse 
sentido, o princípio da finalidade, relacionado ao interesse público, estabelece que os atos 
administrativos devem orientar-se pelo propósito público e pela finalidade explicitada na 
legislação. 
 
O princípio da impessoalidade possui quatro sentidos ou subprincípios como alguns doutrinadores 
entendem, vejamos: 
 Princípio da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação 
indevida. 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
carin
Realce
carin
Realce
carin
Realce
carin
Realce
carin
Realce
 
11 
 
 Vedação à promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Assim, não 
poderá haver pessoalização ou promoção pessoal dos agentes nos atos praticados. 
 Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade 
 Validação dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja 
investidura no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício. 
Ex.: Agente que não possui formação universitária exigida em cargo público, etc. 
 
3.3) Princípio da moralidade 
O princípio da moralidade administrativa é aplicado nas relações entre a Administração e seus 
administrados e também às atividades exercidas internamente. A moralidade administrativa é um 
conceito jurídico indeterminado. 
Em termos simples, o princípio da moralidade exige que a atuação do setor público vá além do 
simples cumprimento das leis e regulamentos. Ele implica em considerar a ética, a honestidade e a 
justiça como aspectos fundamentais na tomada de decisões e na execução de atividades 
administrativas. Esse princípio busca garantir que as práticas da administração pública não apenas 
se enquadrem nos limites legais, mas também estejam alinhadas com padrões éticos aceitáveis. 
Diante disso, o princípio da moralidade visa prevenir comportamentos que possam ser legalmente 
aceitáveis, mas que, do ponto de vista ético, são reprováveis. Ele destaca a importância de uma 
gestão pública transparente, íntegra e que promova o bem comum, contribuindo para a construção 
de uma sociedade mais justa e ética. 
A moralidade administrativa representa, atualmente, um requisito fundamental para a validade de 
qualquer ato administrativo. Não basta que o ato seja realizado estritamente de acordo com a lei; é 
igualmente necessário que esteja em conformidade com princípios éticos. 
Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e 
probidade. O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade 
administrativa. 
Ex.: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar 
pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral. 
 
Dentro do princípio da moralidade, precisamos no atentar a Súmula Vinculante 13, que tem o 
propósito de coibir o nepotismo no serviço público, estabelecendo critérios e restrições específicas 
para as nomeações em cargos de confiança. 
 Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
12 
 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta 
e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
Vamos esquematizar as informações importantíssimas trazidas pela Súmula Vinculante 13: 
Quem não pode ser 
nomeado 
Cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o 
terceiro grau da autoridade responsável pela nomeação. Também, o cônjuge, 
companheiro ou parente de servidor da mesma entidade pública que já ocupa 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, torna-se impedido de ser nomeado 
quando o servidor já detém cargo em comissão ou função de confiança. 
Funções vedadas 
A nomeação é proibida para cargos em comissão ou designação para funções de 
confiança. 
Vale ressaltar que não há restrições para a nomeação em cargos efetivos obtidos 
por meio de concurso público. 
Abrangência 
As restrições mencionadas aplicam-se à Administração Pública direta e indireta, em 
todos os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Observações: 
A Súmula Vinculante 13 não abrange os cargos ou agentes políticos. 
O cargo de Conselheiro de Tribunal de Contas não é considerado político, mas sim técnico, sendo, 
portanto, sujeito à aplicação da Súmula Vinculante 13. 
Esta súmula veda expressamente o nepotismo cruzado, entendido como as designações recíprocas entre 
autoridades nomeantes ou servidores de uma mesma pessoa jurídica. 
 
3.4) Princípio da publicidade 
O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração 
Pública, pois o poder público tem o dever de agircom transparência para que a população tenha 
ciência de todos os atos praticados. A publicidade não constitui um elemento formador do ato; ao 
contrário, é um requisito essencial para sua eficácia e observância da moralidade. Nesse sentido, a 
publicidade é uma condição necessária para a produção de efeitos do ato, uma vez que sua 
divulgação pelo órgão oficial é indispensável sempre que a lei assim determinar. 
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
13 
 
Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais 
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para 
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF). 
Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da administração pública e 
direito da sociedade. 
 
3.5) Princípio da eficiência 
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles “a eficiência é um dos deveres da Administração Pública, se 
impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento 
funcional”. O princípio da eficiência passou a ser um direito com sede constitucional. 
 
 Tome Nota! 
O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública 
brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da EC nº 19/98 – Reforma Administrativa. 
 
Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a 
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as 
metas estabelecidas. 
Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta 
e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas 
competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre 
em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor 
utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior 
rentabilidade social. 
 
4) Código de Ética do Servidor Público Federal 
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal foi 
instituído pelo Decerto nº 1.171/94, em 22 de junho de 1994. Este código estabelece as normas de 
conduta ética que os servidores públicos federais devem seguir no exercício de suas funções. 
Para entendermos a extensão da aplicação do Código de Ética, vamos esquematizar abaixo para 
você visualizar e fixar, para não errar na prova! 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
14 
 
 
 
O referido código é dividido em três seções importantes, as quais determinam as regras 
deontológicas, os principais deveres do servidor público e as vedações ao servidor público. O código 
estabelece que o servidor público federal deve desempenhar suas atribuições pautado pelos valores 
éticos de maior relevância, conforme delineados na norma. Estes são considerados princípios 
fundamentais – primado maior: 
Decreto nº 
1.171/94
Não se aplica
Judiciário
Legislativo
Estados e Distrito Federal
Municípios 
Militares
Se aplica - Poder 
Executivo Federal
Administração Direta Federal 
Administração Indireta Federal
Sociedade de 
Economia Mista
Empresa Pública
Autarquia
Fundação
Paraestatais
Empresas que realizam 
atividade delegada
Qualquer setor que prevaleça 
o interesse do Estado
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
15 
 
 
 
Como o Estado tem o dever de zelar pelos interesses da população, de maneira ética, o código de 
ética profissional dos servidores públicos federais regula também os comportamentos que o servidor 
tem a obrigação (deveres) de realizar, bem como os comportamentos que os servidores não podem 
realizar, ou seja, suas vedações. 
 
Primados 
Maiores / 
principais 
valores 
éticos 
Dignidade
Decoro
ZeloEficácia
Conciência 
dos 
princípios 
morais
Deveres
Lealdade às 
Instituições
Dedicação ao 
Serviço
Condução Ética
Prevenção de 
Irregularidade
Uso adequado dos 
recursos
Vedações
Conflito de 
Interesses
Ganho Indevido
Uso indevido de 
Informações 
Retardar Prestação 
de Contas
Procrastinar na 
realização dos 
Deveres
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
16 
 
 
4.1) Comissão de Ética 
Por fim, o código também ressalta a importância das comissões de ética. A Comissão de Ética na 
Administração Pública Federal desempenha um papel fundamental na promoção da ética e 
integridade no cenário governamental. Sua responsabilidade abrange a orientação, 
aconselhamento e julgamento de questões éticas relacionadas aos servidores públicos federais. 
Geralmente, a comissão é composta por três servidores públicos titulares e três servidores públicos 
suplentes, todos com reputação ilibada, nomeados para mandatos específicos. Podem incluir 
membros internos e externos à instituição. Essas comissões têm como principais atribuições orientar 
os servidores sobre ética no serviço público, analisar conflitos de interesses, julgar infrações éticas, e 
oferecer pareceres em consultas sobre condutas éticas. 
 
 Importante! 
A abordagem da comissão de ética é, fundamentalmente, voltada para a prevenção e a educação. 
 
Dessa forma, por ser voltada a prevenção e educação, a única pena aplicável pela comissão é a de 
censura, a justificativa da aplicação da pena deverá constar no parecer da comissão, que conterá as 
assinaturas de todos os seus membros, e cientificando o servidor que faltar à sessão. 
 
Momento da Questão 
Questão inédita – Levando em conta o contexto dos princípios que norteiam a Administração 
Pública no Brasil, destaca-se a relevância de garantir a eficácia e a legitimidade das ações 
governamentais. Um desses princípios é o da impessoalidade, que busca assegurar que as 
decisões e ações do setor público sejam pautadas pelo interesse público, sem favorecimentos 
individuais. Dentro do contexto do princípio da impessoalidade na Administração Pública, 
qual é a principal finalidade desse princípio? 
a) Favorecer interesses pessoais de servidores públicos. 
b) Garantir a imparcialidade e a neutralidade nas decisões e ações governamentais. 
c) Aumentar a visibilidade de autoridades públicas. 
d) Priorizar a promoção pessoal de líderes governamentais. 
e) Dificultar o acesso da população a informações sobre a gestão pública. 
Gabarito: Letra B. 
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17 
 
 Comentário: O princípio da impessoalidade visa garantir que as ações governamentais sejam 
orientadas pelo interesse público, sem favorecimentos individuais. Portanto, a resposta correta é 
aquela que reflete essa finalidade. 
 
GOVERNANÇA PÚBLICA 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 
2017). Gestão de riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública. 
 
2) Governança Pública 
Com o retorno da democracia no Brasil nos anos 1980, os cidadãos passaram a demandar mais 
serviços públicos e buscavam maneiras de supervisionar de perto como o governo alcançava seus 
objetivos. Isso resultou em uma maior ênfase na eficiência e no desempenho no dia a dia do setor 
público. 
A noção de governança pública começou a ganhar destaque no Brasil com a Emenda Constitucional 
(EC) nº 19, datada de 04 de junhode 1998. Essa emenda modificou o artigo 37 da Constituição 
Federal de 1988, introduzindo o princípio da eficiência. Essa alteração visava resolver questões 
antigas relacionadas ao excesso de burocracia e à gestão pouco eficaz que caracterizavam a 
administração pública brasileira. 
A governança pública é o processo pelo qual as organizações públicas e os órgãos governamentais 
são dirigidos, controlados e administrados. Envolve a definição de políticas, tomadas de decisões, 
implementação de programas e prestação de serviços públicos. A governança pública busca 
garantir que as instituições do governo atuem de maneira eficaz, transparente, responsável, ética e 
de acordo com os interesses e necessidades da sociedade. 
A governança pública é regidas pelos princípios: 
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parei aqui 
carin
Realce
 
18 
 
 
 
Entende-se que a governança tem como objetivo primordial aprimorar a capacidade de 
gerenciamento econômico e a prestação de serviços sociais à população. Nesse contexto, no âmbito 
federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto órgão de controle externo, desempenha 
um papel crucial na condução da execução orçamentária e financeira. O TCU é encarregado de 
fiscalizar aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais dos órgãos e 
entidades públicas brasileiras, assegurando a conformidade com princípios de legalidade, 
legitimidade e economicidade. Essa supervisão é realizada por meio da aplicação de práticas de 
governança pública. 
Diante desse cenário, o TCU tem implementado diversos procedimentos de adequação do processo 
de governança nas instituições públicas federais. 
 
3) Sistemas de Governança Pública 
O sistema de Governança Pública Federal foi instituída a partir do Decreto nº 9.203/17, o qual 
prevê os mecanismos para exercer a governança pública, são eles: 
Princípios da Governança 
Pública
Transparência
Capacidade de Resposta
Conformidade - melhoria regulatória
Prestação de Contas
Confiabilidade
Relações Éticas - Integridade
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19 
 
 
 
A implantação e a manutenção dos mecanismos da governança pública cabe a alta administração 
dos órgãos e das entidades. Essa manutenção ocorre com o acompanhamento dos resultados, 
melhoria do desempenho e a promoção de processos de decisão baseadas em evidencias. 
Além disso, outro ponto de extrema relevância é o Comite Interministerial de Governança – CIG, 
composto pelo Ministro da Casa Civil da Presidência da República, que dentro do comitê possui 
o cargo de coordenador, o Ministro da Economia e o Ministro da Controladoria-Geral da União. 
A principal finalidade da CIG é fornecer assessoria ao Presidente da República. Na ausência dos 
membros titulares, seus secretários-executivos podem realizar as devidas substituições. 
Mecanismo para 
a Governança 
Pública
Liderança Integridade
competência responsabilidade
motivação
EstratégiaControle
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20 
 
 
 
 Tome nota! 
As reuniões da CIG são convocadas pelo coordenador – Ministro da Casa Civil da Presidência da 
República. 
 
Apesar de o CIG ser o componente central na implementação da política de governança, há outros 
atores e estruturas desempenhando papéis relevantes nesse processo. A tabela esquematizada 
abaixo apresenta uma síntese das funções desempenhadas pelos principais atores e estruturas 
envolvidos na condução da política de governança. 
Funções dos Principais Atores e Estruturas da Política de Governança 
Atores/estruturas Funções 
Presidente da República Responsável, em última instância, pela condução da política de 
governança 
CIG - coordena 
a política de 
governança
recomendações, 
manuais, guias e 
resoluções
Órgãos e Entidade 
- executa a política
Comitê Interno de 
Governança - promove e 
monitora + Alta 
Administração - responsável 
pela implementação 
diagnóstico e 
sugestões
Secretaria-
Executiva do CIG
proposta de 
melhoria de 
governança 
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21 
 
CIG Assessorar o presidente da República na condução da política de 
governança (coordenação) 
Órgãos e Entidade da 
Administração Pública Federal 
Executar a política de governança 
Alta Administração Responsável pela implementação da política de governança nos 
respectivos órgãos e entidades 
Comitê Interno de Governança Promover e monitorar a política de governança em seus respectivos 
órgãos e entidades 
 
4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública 
A gestão de riscos na administração pública é o processo sistemático de identificação, análise, 
avaliação e mitigação de eventos ou condições que possam impactar negativamente os objetivos e 
operações de uma entidade governamental. 
Mas, afinal, o que é risco? 
Risco é a possibilidade de um evento incerto causar impacto negativo ou positivo em objetivos. 
Pode ser interpretado como ameaça ou oportunidade, sendo que oportunidades podem trazer 
vantagens competitivas. 
 
 
A gestão de riscos tem como finalidade facilitar o processo de tomada de decisões, visando 
proporcionar uma segurança razoável no cumprimento da missão e no alcance dos objetivos 
institucionais. Essa abordagem representa uma ferramenta concebida para auxiliar os gestores na 
busca por maior eficiência, com o intuito de aprimorar a qualidade, a pontualidade e a eficácia dos 
serviços públicos oferecidos. 
Na gestão de riscos, as medidas mitigatórias são ações específicas implementadas com a finalidade 
de reduzir ou controlar os efeitos dos riscos identificados. 
 
Probabilidade 
de Ocorrência
Impactos Risco
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22 
 
 Importante! 
É crucial destacar que, ao abordar a mitigação, não é estritamente necessário eliminar 
completamente os riscos ou a fonte dessas ameaças. 
 
As principais ações mitigatórias na administração pública podem incluir a implementação de 
controles, a revisão de processos, a reorganização de equipes, além de iniciativas de capacitação e 
treinamento. Isso também pode abranger o desenvolvimento ou aprimoramento de soluções 
tecnológicas e ajustes na estrutura organizacional. 
 
INTEGRIDADE PÚBLICA 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023): considerações iniciais; Integridade Pública. 
 
2) Considerações Iniciais 
O Governo Federal está dedicado a promover a integridade pública como um meio sustentável de 
combater a corrupção, restaurar a confiança dos cidadãos em nossas instituições e aprimorar a 
qualidade dos serviços públicos. Essa busca pela integridade tem orientado a implementação de 
iniciativas que abrangem o aumento da transparência, a gestão eficiente de recursos, a aplicação 
de mecanismos de responsabilização para agentes públicos envolvidos em desvios e o 
fortalecimento da relação entre o Estado e a população. 
A integridade pública refere-se ao conjunto de estruturas institucionais criadas para assegurar que 
a Administração Pública cumpra seu propósito fundamental: fornecer resultados esperados à 
população de maneira apropriada, imparcial e eficaz. 
Diante desse cenário, promulgado o Decreto nº 11.529/23 o qual institui e estabelece o Sistema de 
Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e a Política de 
Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal. 
 
3) Integridade Pública 
Agora, vamos estudar especificamente as disposições do decreto acima mencionado, o qual 
estabelece o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação. Esse decretoabrange a 
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23 
 
administração federal direta, as autarquias e fundações públicas, excluindo, no entanto, as empresas 
estatais. Ele institui: 
 SITAI, que representa o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação. 
 Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal. 
 
3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação 
O SITAI, Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação, foi implementado para 
suceder o antigo Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal. Essa transição 
representa uma expansão do sistema de integridade da administração pública federal, incorporando, 
além disso, os pilares da transparência e do acesso à informação. 
Esse sistema representa a entidade central na estrutura da Controladoria-Geral da União e suas 
unidades setoriais, e tem como metas coordenar e articular as ações relacionadas à integridade, 
transparência e acesso à informação. Além disso, busca definir padrões para as práticas e medidas 
relacionadas a esses princípios, ao mesmo tempo que visa incrementar a simetria da informação. 
Ademais, o decreto ainda menciona alguns conceitos importantes que você, concurseiro, precisa 
conhecer: 
 
 
• Conjunto de princípios, normas, procedimentos e mecanismos 
destinados à prevenção, detecção e remediação de práticas 
envolvendo corrupção, fraude, irregularidades, ilícitos e outros desvios 
éticos e de conduta. Este programa visa identificar e corrigir violações 
ou desrespeitos a direitos, valores e princípios que possam impactar a 
confiança, credibilidade e reputação institucional.
Programa de 
Integridade
• Estrutura organizacional que delineia as medidas de integridade a 
serem implementadas em um período específico. Esse plano é 
elaborado pela unidade setorial do SITAI e requer aprovação da 
autoridade máxima do órgão ou entidade.
Plano de 
Integridade
• Desempenho de atividades nas áreas de corregedoria, ouvidoria, 
controle interno, gestão da ética, transparência, e outras funções 
essenciais ao funcionamento do programa de integridade. Essas 
funções estão integradas aos sistemas organizacionais para garantir o 
cumprimento eficaz do programa de integridade.
Funções de 
Integridade
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24 
 
3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal 
O decreto também instituiu a Política de Transparência e Acesso à Informação, cujo planejamento, 
coordenação, execução e monitoramento ficarão a cargo da CGU, o órgão central do SITAI. 
A Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração é fundamentada em três pilares, 
conforme estabelecido no artigo 10: 
 
Vamos nos aprofundar nos conceitos! 
A transparência passiva tem o propósito de assegurar a disponibilização de informações em 
resposta a solicitações de acesso à informação, sendo esses pedidos realizados por meio do Portal 
da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União - CGU. Em contrapartida, a 
transparência ativa foi estabelecida para garantir a divulgação proativa de informações nos sítios 
eletrônicos oficiais, sob a gestão da CGU, por meio do Portal Brasileiro de Dados Abertos. 
Por fim, a abertura de bases de dados tem como finalidade fomentar pesquisas, estudos, inovações, 
geração de negócios e envolvimento da sociedade na supervisão e aprimoramento de políticas e 
serviços públicos. Essa responsabilidade recai sobre a CGU, que gerencia um sistema eletrônico para 
o registro e atendimento de pedidos de acesso à informação. Tanto os pedidos quanto suas 
respectivas respostas são disponibilizados de forma aberta à população na internet. 
 
TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social: aspectos iniciais; 
transparência e qualidade na gestão pública; cidadania; equidade social. 
 
Pilares da Política de 
Transparência 
transparência passiva
transparência ativa 
abertura de base de dados da 
Administração Pública Federal -
produzidos, custodiados ou acumulados
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25 
 
2) Aspectos Iniciais 
Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988, observou-se uma série de 
transformações significativas no panorama do país. Destaca-se, entre essas mudanças, a instituição 
do Estado Democrático de Direito, que garante a cidadania, proporcionando a participação ativa 
do povo nas atividades estatais. 
Considerando que cada vez mais as pessoas estão participando ativamente da execução das políticas 
públicas e têm o direito de saber como o dinheiro público está sendo usado, é importante ressaltar 
que a transparência é uma ferramenta valiosa para combater a corrupção. 
 
3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública 
A interseção entre a transparência e qualidade na gestão pública promove uma administração eficaz 
e responsável, prevalecendo os princípios constitucionais administrativos. A transparência na gestão 
pública envolve a divulgação aberta e acessível de informações sobre as ações, decisões, gastos e 
resultados da administração pública, facilitando o entendimento por parte dos cidadãos e promove 
a maior prestação de contas. 
Além disso, ainda no tocante da transparência, a participação da sociedade no monitoramento das 
ações governamentais fortalece a democracia, contribuindo ainda para a responsabilização dos 
agentes públicos (accountability), permitindo a avaliação do desempenho e da ética na gestão 
pública. 
A transparência combinada com a qualidade facilita as avaliações dos membros da sociedade, 
contribuindo para a identificação de áreas que necessitam de melhoria na qualidade da gestão 
pública. 
 
4) Cidadania 
A cidadania é o conjunto de direito e deveres do individuo como membro de uma comunidade, 
geralmente vinculado a um Estado-nação. Ela ainda implica uma série de responsabilidades, 
privilégios e participação ativa na vida pública. 
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26 
 
 
 
A cidadania envolve o reconhecimento de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, 
direito à educação, participação política e proteção legal. Ao mesmo tempo, os cidadãos têm 
deveres, como respeitar as leis, pagar os impostos e contribuir para o bem comum. 
 
4.1) Cidadania e o Controle Social 
O controle social refere-se à participação ativa da sociedade na gestão pública, visando monitorar 
e fiscalizar as atividades do governo com o propósito de identificar e resolver questões, garantindo 
a continuidade dos serviços prestados à população. A promoção do controle social é um dos 
princípios estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação. 
 Ex.: O Portal da Transparência – da Controladoria-Geral da União. 
 
 
Nesse contexto, torna-se essencial fomentar uma cultura de transparência dentro da 
Administração Pública. Além disso, é crucial que a sociedade esteja ciente de seu direito de acesso 
à informação e compreenda como utilizá-lo para acompanhar as iniciativas governamentais. 
Cidadania
responsabilidades
privilégio
participação 
ativa 
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27 
 
 
 
5) Equidade Social 
A origem do conceito de equidade remonta à Grécia Antiga, sendo atribuído ao filósofo Aristóteles. 
Na perspectiva de Aristóteles, a equidade é entendida como uma parte integrante da justiça, 
envolvendo uma disposição de caráter distinta. Nessa abordagem, entende-se por equidade é o 
tratamento justo, levando em consideração as diferenças individuais e as circunstânciasespecificas de cada pessoa. 
Assim, a equidade social é a busca por justiça e imparcialidade na distribuição de recursos, 
oportunidades e benefícios dentro de uma sociedade, reconhecendo as necessidades diversas dos 
cidadãos. O objetivo é garantir que todos os membros da sociedade tenham condições justas e 
iguais para alcançar seu potencial máximo, independentemente de suas características individuais, 
como raça, gênero, classe social, origem étnica, orientação sexual, habilidades, entre outros. 
 
 
A equidade social está descrita na frase comumente conhecida: “Devemos tratar igualmente os iguais 
e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”. 
Formas de 
Controle Social
Socialização
molda costumes, hábitos e 
desejos estendidos como 
ideias em cada sociedade.
Pressão do Grupo
a força do grupo promove a 
adequação do indivíduo ao 
papel social que 
corresponde ao seu status. 
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28 
 
 
 Tome nota! 
O principal foco da equidade social é a diminuição da desigualdade, abrindo-se espaço para a 
inclusão social. 
 
5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas 
A justiça social e as ações afirmativas estão interligadas na busca por corrigir desigualdades 
histórias e estruturais, proporcionando oportunidades mais equitativas para grupos que enfrentam 
discriminação ou desvantagens sistêmicas. 
Quando abordamos o conceito de Justiça Social, deparamo-nos com uma multiplicidade de 
interpretações que permeiam diversos setores da sociedade. Tanto as forças da sociedade civil 
quanto os atores políticos, que variam de progressistas a conservadores, de esquerda a direita, de 
intervencionistas a livre-cambistas, e de socialistas a liberais, buscam formulações de programas, 
ações e políticas sociais e econômicas. 
Logo, entender o significado da justiça social implica compreender sua estreita ligação com os 
ideais de igualdade e equidade. Estes princípios fundamentais norteiam políticas e esforços na 
construção de uma sociedade mais justa, pois é evidente que em diferentes contextos econômicos, 
há o risco ocasional de arbitrariedades, iniquidades e injustiças. 
As discriminações, sejam de gênero, orientação sexual, raça, etnia ou outras, associadas à falta de 
oportunidades, representam uma tradução da complexa realidade em diversos países, contribuindo 
para um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário emergem as chamadas ações afirmativas, 
que são medidas políticas destinadas a eliminar a exclusão social, cultural e econômica de grupos 
que enfrentam qualquer forma de discriminação. 
Essas medidas, respaldadas pela igualdade legal, procuram assegurar a equidade ao facilitar a 
inserção, inclusão e participação política de grupos socialmente vulneráveis, utilizando diversos tipos 
de apoios. Assim, as políticas equitativas garantem a inclusão e a inserção ao protegerem o direito 
à igualdade e à diferença por meio de ações afirmativas. 
 Ex.: A política de cotas para negros em universidades brasileiras, embora não regulamentada, tem 
sido adotada por algumas Instituições de Ensino Superior como uma ação afirmativa para reverter a 
lógica desigual da estrutura de oportunidades marcada por violações de direitos e discriminações 
estruturais. 
 
Dessa forma, as ações afirmativas e as políticas compensatórias buscam formalizar a justiça social, 
fundamentando-se nos princípios da igualdade e equidade para combater as desigualdades. O 
objetivo central dessas ações é garantir o acesso a posições cruciais na sociedade para indivíduos 
que, de outra forma, permaneceriam excluídos. 
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29 
 
 
Momento da Questão 
Questão inédita – Diante das persistentes desigualdades sociais e históricas no Brasil, os 
conceitos de equidade social, justiça social e ações afirmativas emergem como instrumentos 
cruciais na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva. Em um país marcado por uma 
história de discriminação racial, étnica e social, a compreensão desses princípios torna-se 
fundamental. 
Imagine uma cidade onde, apesar dos avanços econômicos, certos grupos populacionais 
continuam enfrentando barreiras sistêmicas. As oportunidades educacionais, por exemplo, são 
distribuídas de maneira desigual, perpetuando ciclos de desvantagens. Nesse contexto, surge 
a necessidade de políticas que transcendam a igualdade formal, abordando as raízes históricas 
das disparidades. Considerando essa realidade, assinale a alternativa correta: 
a) Equidade social refere-se exclusivamente à igualdade de oportunidades, enquanto justiça social 
abrange a correção de desigualdades passadas. Ações afirmativas são desnecessárias nesse contexto. 
b) Ações afirmativas são medidas temporárias que visam corrigir desigualdades historicamente 
enraizadas, promovendo a equidade. Justiça social busca apenas a igualdade de resultados, 
independentemente das diferenças individuais. 
c) Equidade social e justiça social são conceitos idênticos, ambos focados em garantir igualdade de 
resultados para todos os indivíduos. Ações afirmativas são controversas, pois podem criar novas 
formas de discriminação. 
d) Justiça social é um princípio ético, enquanto equidade social é uma abordagem prática. Ações 
afirmativas são estratégias eficazes apenas para corrigir desigualdades econômicas. 
e) Equidade social busca tratar os desiguais de maneira desigual para alcançar a igualdade, enquanto 
justiça social envolve a distribuição justa de oportunidades e benefícios. Ações afirmativas são 
políticas necessárias para combater discriminações estruturais. 
Gabarito: Letra E. 
 Comentário: No contexto da cidade descrita, a equidade social é necessária para tratar as 
desigualdades existentes, enquanto a justiça social busca uma distribuição justa de oportunidades. 
As ações afirmativas se tornam políticas essenciais para combater discriminações estruturais e 
proporcionar oportunidades equitativas. 
 
GOVERNO ELETRÔNICO 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
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30 
 
1 – Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº 
14.129/2021. 
 
2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência 
O governo eletrônico foi instituído a partir da Lei nº 14.129/21, que dispõe sobre os princípios, 
regras e instrumentos para o governo digital e para o aumento da eficácia pública. O governo 
eletrônico, também conhecido como e-gov, é o conjunto do uso de tecnologias da informação e 
comunicação para melhorar e aprimorar os serviços públicos, a comunicação entre o governo e os 
cidadãos, bem como as operações internas do governo. Isso envolve o uso de plataformas online, 
sistemas digitais e outras tecnologias para facilitar o acesso às informações, simplificar processos e 
promover a eficiência na prestação dos serviços governamentais. 
 
 
O uso do governo eletrônico (e-gov) é implementado em diversos órgãos e entidades da 
administração pública, abrangendo assim três atores institucionais: 
 
 
Aplicação da Lei 
Orgãos da Administração Pública Direta 
Federal
Entidades da Administração Pública Indireta 
Federal 
Administrações Diretas e Indiretas dos 
Demais Entes Federados
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31 
 
 Tome nota! 
Esteja atento à exceção: esta lei não se aplica a empresas públicas e sociedades de economia mista 
que não desempenhem atividades de prestação de serviço público. 
 
3) Diretrizes e Princípios 
As diretrizes e princípios para implementação e funcionamento do Governo Eletrônico operam 
dentro dos Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, proporcionando uma base para desenvolver 
estratégiasde intervenção. Elas são empregadas como guias para todas as iniciativas de governo 
eletrônico, gestão do conhecimento e administração de tecnologia da informação em toda a esfera 
da Administração Pública Federal. 
A tabela abaixo destaca os princípios e diretrizes do Governo Digital e da eficiência pública 
conforme o art. 3º da Lei: 
Princípios e Diretrizes 
Desburocratização, 
Modernização, Fortalecimento 
e Simplificação 
Objetiva tornar a relação entre o poder público e a sociedade mais 
eficiente, facilitando o acesso a serviços digitais, inclusive por 
dispositivos móveis. 
Plataforma Única de Acesso a 
Informações e Serviços 
Públicos 
Propõe centralizar o acesso às informações e serviços públicos em uma 
única plataforma, respeitando as restrições legais e permitindo, quando 
necessário, a prestação presencial. 
Acesso aos Serviços Públicos 
por Meio Digital 
Busca permitir que cidadãos, pessoas jurídicas e outros entes públicos 
demandem e acessem serviços públicos de forma digital, sem a 
necessidade de solicitação presencial. 
Transparência e 
Monitoramento da Qualidade 
dos Serviços Públicos 
Visa garantir transparência na execução dos serviços públicos e 
monitoramento constante de sua qualidade. 
Incentivo à Participação Social Propõe estimular a participação ativa da sociedade no controle e 
fiscalização da administração pública. 
Dever do Gestor Público de 
Prestar Contas 
Estabelece o dever dos gestores públicos de prestar contas diretamente 
à população sobre a gestão dos recursos públicos. 
Uso de Linguagem Clara e 
Compreensível 
Orienta o uso de linguagem clara e compreensível em comunicações 
com qualquer cidadão. 
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Uso da Tecnologia para 
Otimização de Processos 
Propõe a utilização da tecnologia para otimizar os processos de 
trabalho na administração pública. 
Atuação Integrada entre 
Órgãos e Entidades 
Estabelece a atuação integrada entre órgãos e entidades na prestação 
e controle dos serviços públicos, com o compartilhamento seguro de 
dados pessoais. 
Simplificação dos 
Procedimentos 
Busca simplificar os procedimentos de solicitação, oferta e 
acompanhamento dos serviços públicos, focando na universalização do 
acesso e autosserviço. 
 
ACESSO À INFORMAÇÃO 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011: conceito; competência; procedimento; 
informações sigilosas. 
 
2) Conceito 
A lei de acesso à informação - lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, estabelece o 
direito constitucional dos cidadãos brasileiros ao acesso às informações públicas. Ela tem 
abrangência nos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, 
desempenhando um papel crucial na consolidação da democracia no país e no reforço da 
transparência governamental. 
Essa legislação consagra como princípio fundamental que a divulgação de informações públicas é 
a norma geral, enquanto o sigilo é a exceção. Para assegurar o pleno exercício desse direito, a Lei 
estabelece os mecanismos, prazos e procedimentos para que os cidadãos obtenham informações 
junto à administração pública. Além disso, determina que órgãos e entidades governamentais devem 
proativamente disponibilizar um conjunto mínimo de informações pela internet. 
 
3) Competência 
No âmbito federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) assume o papel central no Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal. A CGU tem a responsabilidade de desempenhar 
diversas funções, que incluem o controle interno, a correição, a ouvidoria, bem como a promoção 
da transparência e a prevenção da corrupção. 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38
 
33 
 
Nesse contexto, a CGU desempenha, entre outras atribuições, a supervisão técnica sobre os órgãos 
que fazem parte do Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV). Além disso, ela 
atua como instância recursal para solicitações de acesso à informação e pedidos de disponibilização 
de bases de dados feitos por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão. 
 
4) Procedimento 
A Lei de Acesso à Informação estabelece um procedimento claro para que os cidadãos possam 
fazer pedidos de informação junto aos órgãos e entidades públicas. O acesso a informações públicas 
é gratuito, a menos que haja a necessidade de reprodução de documentos, caso em que pode ser 
cobrada uma taxa. O processo é o seguinte: 
 
 
Vamos estudar, agora, cada etapa! 
 Formulação do Pedido: O cidadão interessado em obter informações públicas deve formular 
seu pedido de forma clara e objetiva. Ele pode ser feito por escrito, de preferência por meio do 
Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) quando disponível, ou por outros 
meios, como carta, e-mail ou presencialmente, dependendo das opções oferecidas pelo órgão ou 
entidade. 
 Identificação: É importante que o pedido contenha informações mínimas para identificação do 
solicitante, como nome, CPF ou CNPJ (quando aplicável), endereço de contato e, se possível, dados 
adicionais que facilitem a resposta. 
Formulação do Pedido Identificação
Especificação da 
Informação Desejada
Escolha do Órgão 
Competente
Envio do Pedido Prazo da Resposta
Resposta ao Solicitante Recurso
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 Especificação da Informação Desejada: O pedido deve conter a descrição clara da informação 
desejada, de modo que o órgão público possa identificar com precisão o que está sendo solicitado. 
 Escolha do Órgão Competente: O solicitante deve direcionar o pedido ao órgão ou entidade 
pública que detém as informações desejadas. Caso o pedido seja encaminhado a um órgão que não 
seja competente para fornecer a informação, esse órgão deverá encaminhá-lo ao órgão correto e 
informar ao solicitante sobre a transferência. 
 Envio do Pedido: O pedido de informação deve ser enviado ao órgão ou entidade pública de 
acordo com os procedimentos e canais estabelecidos por eles. É importante respeitar as regras e 
prazos estipulados pelo órgão para o processamento do pedido. 
 Prazo de Resposta: A Lei de Acesso à Informação estabelece um prazo máximo de 20 dias para 
que o órgão público forneça a resposta ao solicitante. Em casos excepcionais, esse prazo pode ser 
prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa. 
 Resposta ao Solicitante: O órgão ou entidade pública deve fornecer uma resposta ao solicitante 
dentro do prazo estabelecido. Essa resposta pode ser a disponibilização da informação solicitada, a 
negativa do acesso (caso a informação esteja protegida por sigilo legal) ou a comunicação de que a 
informação não existe no órgão. 
 Recurso: Caso o solicitante não fique satisfeito com a resposta ou a ausência de resposta, ele 
tem o direito de interpor um recurso junto ao órgão que originalmente recebeu o pedido. O prazo 
para interpor o recurso é de 10 dias a partir da resposta ou do término do prazo para resposta. 
 
Além do procedimento de pedido de informação, a lei também determina que os órgãos e entidades 
públicas devem divulgar proativamente informações de interesse público por meio da internet, 
promovendo a transparência ativa. 
 
 Tome nota! 
A Lei de Acesso à Informação estabelece que os agentes públicos que descumprirem suas 
disposições podem ser responsabilizados administrativa, civil e penalmente. 
 
Lembrando que a Lei de Acesso à Informação visa facilitar o acesso dos cidadãos às informações 
públicas e promover a transparência governamental, tornando mais fácil o exercício do direito à 
informação. Portanto, os órgãos públicos têm a obrigação de fornecer informações de forma 
transparente e acessível. 
 
5) InformaçõesSigilosas 
A lei prevê a possibilidade de algumas informações serem classificadas como sigilosas, de acordo 
com critérios estabelecidos na própria legislação. Informações sigilosas são aquelas que, se 
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divulgadas, poderiam causar prejuízo à segurança nacional, à defesa ou às relações exteriores 
do país, entre outros aspectos. 
A lei prevê três níveis de sigilo para informações governamentais: secreto, reservado, confidencial. 
Níveis de Sigilo 
Secreto Informações cuja divulgação pode causar danos graves à segurança do Estado ou às 
relações exteriores. O prazo máximo de sigilo é de 25 anos, podendo ser renovado. 
Reservado Informações cuja divulgação pode causar prejuízo à segurança do Estado ou a 
interesses nacionais. O prazo máximo de sigilo é de 15 anos, também podendo ser 
renovado. 
Confidencial Informações cuja divulgação pode prejudicar a administração pública ou interesses 
públicos. O prazo máximo de sigilo é de 5 anos, podendo ser renovado. 
 
As informações pessoais são informações que, por sua natureza, devem ser protegidas, como dados 
pessoais de cidadãos. A lei estabelece regras específicas para o tratamento e o acesso a informações 
pessoais, visando garantir a privacidade e a proteção desses dados. 
Além das informações classificadas, a lei também reconhece que determinadas informações podem 
ser submetidas a sigilo por órgãos ou entidades que ainda não estabeleceram classificação de sigilo 
específica. Nesse caso, o órgão deve justificar a necessidade do sigilo e estabelecer um prazo para a 
divulgação. 
 
Momento da Questão 
Questão inédita – O acesso à informação é um princípio fundamental para promover a 
transparência e a participação cidadã nas atividades governamentais. A Lei nº 12.527/11, 
conhecida como Lei de Acesso à Informação – LAI, foi promulgada no Brasil com o propósito 
de regulamentar esse direito, estabelecendo diretrizes e procedimentos para garantir o acesso 
dos cidadãos a informações públicas. Considerando as informações acima, o conceito e a 
finalidade da LAI são: 
a) A Lei nº 12.527/2011 visa restringir o acesso à informação, preservando a confidencialidade das 
atividades governamentais. 
b) Essa lei tem como principal objetivo dificultar o acesso dos cidadãos a informações públicas, 
protegendo dados sensíveis do governo. 
c) A Lei de Acesso à Informação (LAI) busca promover a transparência e a participação cidadã ao 
regulamentar o direito dos indivíduos de acessarem informações públicas. 
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d) Seu propósito principal é centralizar o controle de informações nas mãos do governo, limitando 
o acesso da sociedade. 
e) A LAI foi criada para incentivar a manipulação de informações, permitindo que o governo 
selecione quais dados podem ser acessados pela população. 
Gabarito: Letra C. 
 Comentário: A Lei de Acesso à Informação (LAI) tem como objetivo fomentar a transparência e 
a participação cidadã ao estabelecer normas para o direito de acesso às informações. 
 
TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
1) Introdução 
Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos 
os blocos de nível superior: 
1 – Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço 
público. 
 
2) Considerações iniciais 
A transparência e imparcialidade são princípios fundamentais quando se trata do uso da 
inteligência artificial (IA) no âmbito do serviço público. Esses princípios são essenciais para garantir 
a confiança da sociedade nas decisões e ações governamentais que envolvem o uso dessa 
tecnologia avançada. 
 
3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos 
Em primeiro lugar, é essencial reconhecer que o propósito fundamental das atividades 
administrativas é assegurar o bem-estar coletivo, demandando, assim, o desenvolvimento e a 
execução de diversas políticas públicas. À medida que os órgãos e autoridades incorporam 
mecanismos equipados com inteligência artificial, as decisões são automatizadas por meio de 
algoritmos previamente programados. 
Nesse contexto, torna-se de extrema importância que tais algoritmos sejam caracterizados pela 
imparcialidade, garantindo uma tomada de decisão mais equitativa e eficaz, sem concessões a 
privilégios. Adicionalmente, o processo que utiliza inteligência artificial deve oferecer a transparência 
necessária à comunidade. Em outras palavras, a população interessada deve estar informada de que 
as decisões foram conduzidas por meio de mecanismos de inteligência artificial, assim como 
compreender como os algoritmos foram estabelecidos pela autoridade competente. 
 
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Momento da Questão 
Questão inédita – Em meio ao avanço da inteligência artificial nos serviços públicos, a 
necessidade de regulamentação ética é evidente para garantir decisões imparciais e 
transparentes. Diversos setores governamentais têm adotado normas para orientar o uso 
dessa tecnologia. Um exemplo é a criação de diretrizes no setor de educação para sistemas de 
tutoria baseados em inteligência artificial. Qual é a finalidade principal das normas 
estabelecidas para sistemas de tutoria baseados em inteligência artificial no setor educacional? 
a) Limitar o acesso da população a ferramentas de inteligência artificial no campo educacional. 
b) Promover a competição entre instituições de ensino na implementação de tecnologias avançadas. 
c) Assegurar a imparcialidade, transparência e governança na utilização de sistemas de tutoria 
baseados em inteligência artificial no ambiente educacional. 
d) Excluir completamente o uso de inteligência artificial em processos de ensino e aprendizagem. 
e) Desenvolver padrões exclusivos de programação para sistemas de tutoria, sem considerar 
aspectos éticos. 
Gabarito: Letra C. 
 Comentário: A questão destaca a importância das normas éticas na utilização de inteligência 
artificial no setor educacional, enfatizando a imparcialidade, transparência e governança. 
 
 
Parabéns por ter concluído o estudo da matéria! 
 
Bora para cima! 
Priscila Gilcelia da Silva - priscilagilcelia@gmail.com - CPF: 111.062.524-38

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