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30/01/2024, 13:44 Versão para impressão
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Segurança do Trabalho
Procedimentos de emergência
Introdução
Um dos problemas mais antigos dos seres humanos era combater os grandes
incêndios que, quando ocorriam, eram devastadores, pois não podiam ser
controlados com os métodos e os materiais da época, e logo destruíam tudo que
encontravam pela frente. Com o passar dos anos, começamos a nos organizar para
prevenir e combater esses incêndios, surgindo, assim, de forma organizada, os
primeiros grupos de combate ao incêndio, que mais tarde foram denominadas
“brigadas de combate a incêndios”.
Em uma edificação, observam-se três aspectos básicos para que haja
segurança contra incêndios de forma eficiente:
Equipamentos instalados
Serão projetados levando-se em conta quais devem ser os equipamentos de
prevenção e combate a incêndios necessários para proteger a edificação,
obedecendo ao risco da edificação, levando em conta sua utilização, área e o
número de ocupantes.
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Manutenção adequada
De nada adianta dispormos de sistemas adequados e devidamente projetados
para uma edificação se eles não estiverem em perfeito funcionamento e prontos
para o uso imediato.
Pessoal treinado
Os equipamentos instalados e com uma correta manutenção serão inúteis se
não contarmos com pessoal treinado para operacionalizá-los de forma rápida e
eficiente.
É perceptível como eficiente é a existência, a formação e o treinamento das
brigadas de combate a incêndios. Como os bombeiros profissionais não conseguem
estar presentes em todos os locais, as legislações atuais determinam a existência de
grupos treinados para os cenários de emergência possíveis, abandono de área,
combate a incêndios, atendimento de primeiros socorros e demais situações
de emergência específicas da edificação/empresa.
Abandono de área (conceito e simulações)
A maior preocupação do respondedor de emergência deve ser com as
pessoas. Sendo assim, a retirada das pessoas o mais rápido possível, sem qualquer
tipo de acidente ou incidente, de dentro do local sinistrado para um ambiente seguro
deve ser sua prioridade. Chamamos o procedimento de retirada de pessoas do local
em que está ocorrendo a emergência de “abandono de área”.
As situações de abandono de área podem ser divididas em abandono
orientado e abandono coordenado, em função das características da população
que ocupa a edificação. No primeiro, a brigada é treinada para se colocar em locais
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predeterminados durante uma situação de emergência, orientando seus ocupantes
sobre o caminho a ser seguido para a saída rápida e segura do prédio, pois o imóvel
tem uma população que desconhece os procedimentos de abandono da edificação.
Podemos citar como exemplos os locais de reunião pública, lojas de departamentos,
shoppings etc. Já no segundo, uma brigada de abandono (somada à brigada de
incêndio) é treinada para agir de acordo com um plano predeterminado, em que
cada um de seus membros tem uma função específica, e a população, em sua
maioria fixa, é treinada para as situações de emergência, sabendo como proceder
durante um abandono de local.
Para facilitar a compreensão deste assunto, devemos rever algumas
definições.
Brigada de abandono
Grupo de funcionários estrategicamente localizados e devidamente treinados
para efetuar a retirada ordenada de todos os ocupantes do edifício.
Plano de abandono
Conjunto de normas e ações desencadeado pela equipe da brigada de
abandono, visando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e eficiente de
toda a população fixa e flutuante da edificação em caso de uma situação de
sinistro ou em exercício simulado de abandono.
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Ponto de reunião ou concentração
Local seguro, previamente escolhido, fora do prédio, onde serão reunidos todos
os funcionários para conferência.
Figura 1 – Ponto de encontro de emergência
Fonte: <https://www.allplakshop.com.br/site2015/wp-
content/uploads/2017/09/ponto-de-encontro-de-emergencia.jpg>.
Imagem de placa do ponto de encontro.
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Componentes de uma brigada de abandono
Durante o abandono coordenado devemos ter componentes da brigada com
funções específicas, que tenham responsabilidades diversas durante os
procedimentos de retirada das pessoas do local sinistrado.
As funções básicas são: coordenador geral, coordenador de andar, puxa-fila,
cerra-fila e auxiliar.
Coordenador geral
É o responsável pelo abandono, determinando o início e controlando a saída de
todos os andares. Responsável também por todas as decisões em nível de
abandono, liberando ou não o retorno das pessoas à edificação após ter sido
controlado o sinistro.
Coordenador de andar (caso a edificação tenha mais de um andar e/ou
compartimentação)
É o responsável pelo controle de abandono em seu andar, determinando a
organização da fila, conferindo visualmente os componentes de seu andar e
verificando se todos estão na fila. Ele inspeciona todo o andar, inclusive salas,
depósitos e sanitários, para determinar o mais rápido possível o início da
descida ou da saída. Ao chegar ao ponto de reunião ou concentração, confere
novamente todo o pessoal, por meio de uma listagem previamente elaborada.
Deve-se dar atenção especial para remoção de pessoas idosas, portadoras de
necessidades especiais, gestantes e crianças.
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Puxa-fila
É o primeiro componente da brigada de abandono de cada pavimento. Ao ouvir
o alarme de abandono, assume o local predeterminado, iniciando a saída ou a
descida organizada, e determina a velocidade da saída (deve receber
treinamento específico para isso). Deve estar identificado com o número do
pavimento, bem como deve ajudar a manter a calma e a ordem do seu grupo e
formar uma fila indiana intercalando homem e mulher, homem e idoso, e
criança.
Cerra-fila
É o último componente da brigada de abandono, ajuda na conferência do
pessoal da fila, auxiliando o coordenador do andar na organização para evitar
flutuação da fila, e realiza o fechamento das portas que ficarem para trás
durante o abandono. Não deve permitir espaçamento, brincadeiras, conversas
em demasia ou retardamento da saída, mas deve auxiliar as pessoas em caso
de acidentes ou mal súbito.
Auxiliar
É o componente da brigada de abandono sem função específica, podendo
substituir tanto o puxa-fila quanto o cerra-fila – em caso de falta de algum deles
–, ou até mesmo o coordenador de andar. Auxilia os demais componentes na
vistoria das dependências do estabelecimento.
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Observação: caso a edificação não comporte uma brigada de abandono com
treinamento coordenado, deverá ser montado um plano de abandono do tipo
orientado, em que será acrescentada a função de monitor de trajeto. Os brigadistas
com essa função serão os responsáveis pela orientação do fluxo das pessoas para
as saídas de emergência mais adequadas e próximas, colocando-se em pontos
estratégicos que, além de serem visuais, facilitem a saída rápida e segura do local.
Procedimentos básicos de abandono
Para a perfeita execução do abandono de local, faz-se necessário o
treinamento periódico dos componentes da brigada, bem como a realização de
palestras-relâmpago para os demais funcionários, visando a orientá-los a respeito
dos procedimentos gerais a serem seguidos.
As principais orientações são as seguintes:
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Pegue seus pertences pessoais
Desligue os equipamentos elétricos
Dirija-se ao local predeterminado pelo plano de abandono
Mantenha a calma, evitando tumultos e pânico
Se estiver recebendo visitas, leve-as com você e coloque-as à sua
frente na fila, orientando-as a respeito (elas serão de sua
responsabilidade)
Nunca use os elevadoresNão ria, nem fume
Não interrompa sua descida por nenhum motivo
Nunca retorne ao local sinistrado
Ao chegar ao andar térreo, encaminhe-se para o ponto de reunião
predeterminado
Mantenha-se em silêncio e aguarde a conferência (rápida e visual) do
coordenador de andar para iniciar a descida
Caso tenha conhecimento de que um funcionário faltou, avise ao
coordenador de andar
Obedeça às orientações dos componentes da brigada de abandono
Ande em ordem, permaneça em fila indiana, evitando flutuação
Evite fazer barulho desnecessário
Não tire as roupas do corpo
Treinamentos e simulações
São exercícios realizados periodicamente, com o objetivo de conscientizar os
ocupantes de uma edificação, treinando-os para seguirem corretamente as normas
de segurança necessárias em caso de emergência. Esses exercícios devem ser
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programados para que todos conheçam as rotas a serem seguidas, aperfeiçoando o
tempo para desocupação, bem como os tipos e os toques de alarme que deverão
iniciar a preparação do abandono.
As normas vigentes determinam que devem ser realizados exercícios
simulados de abandono de área, parciais e completos, no estabelecimento ou local
de trabalho, com a participação de toda a população, sendo que para o risco baixo
ou médio o período máximo é de seis meses para simulados parciais e 12 meses
para simulados completos. Para o risco alto o período máximo é de três meses para
simulados parciais e seis meses para simulados completos. Imediatamente após o
simulado deve ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção
das falhas ocorridas, devendo ser elaborada ata na qual constem: data e horário do
evento; tempo gasto no abandono; tempo gasto no retorno; tempo gasto no
atendimento de primeiros socorros; atuação dos profissionais envolvidos;
comportamento da população; participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto
para sua chegada; ajuda externa (por exemplo: PAM – plano de auxílio mútuo etc.);
falhas de equipamentos; falhas operacionais; e demais problemas levantados na
reunião. Deve ficar claro que tais simulados devem ser programados com ou sem
comunicação prévia para a população.
Nas imagens a seguir, temos uma sequência de fotos de um plano de
emergência executado por uma turma de Técnico em Segurança do Trabalho do
Senac.
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Figura 2 – Atendimento dos bombeiros
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Figura 3 – Atendimento do SAMU"
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Figura 4 – Apoio dos bombeiros para o combate ao incêndio
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Figura 5 – Vítima sendo transportada para unidade de saúde
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Brigadas
Existem muitas nomenclaturas para as brigadas, todavia, podemos dividi-las
em três grandes grupos.
Brigadas de incêndios
Aquelas destinadas a combater princípios de incêndios nas edificações.
Normalmente, são compostas de funcionários treinados de diversos setores (ou
de vários andares) da empresa para a extinção dos focos de incêndio.
Brigadas de abandono
Aquelas destinadas a realizar a retirada da população das edificações.
Geralmente, são compostas de funcionários com treinamento específico para o
abandono de local. Não fazem parte da brigada de incêndio, pois, em uma
situação de emergência, devem deixar o local junto com a população do prédio.
Brigadas de emergências
Aquelas que, além de combater princípios de incêndios, realizam também a
orientação para o abandono de local. São responsáveis por sinistros e riscos de
locais específicos, tais como inundações, vazamentos de produtos perigosos,
resgates em altura e espaços confinados etc.
A denominação brigada de emergência é mais utilizada nas indústrias em
função dos diferentes riscos existentes naquelas edificações e operações
específicas. Quando uma brigada conta com uma quantidade significativa de
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integrantes e/ou há várias edificações, faz-se necessária uma divisão em grupos de
atividades, definindo grupos de atuação, normalmente dependendo dos cenários de
emergência como: combate a incêndio, atendimento a primeiros socorros,
evacuação e resgate (seja de altura, no caso de quedas, seja de espaços
confinados, quando alguém acessa o interior deste e por algum motivo adverso
necessita ser resgatado). Nas demais edificações, é habitual utilizar as demais
nomenclaturas: brigada de abandono e brigada de incêndios.
É importante perceber que, indiferentemente da nomenclatura utilizada, todas
as brigadas são dimensionadas a partir da NBR 14276 – 2020 – Brigada de
incêndio e emergência – Requisitos e procedimentos, única normatização
disponível referente ao tema. Essa norma conceitua a brigada de incêndio como um
grupo organizado por pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para
atuar na prevenção, no abandono e no combate a um princípio de incêndio e prestar
os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.
É importante lembrar que os estados contêm legislação própria e definem
normativas específicas sobre o tema. Verifique sempre a sua legislação local junto
ao Corpo de Bombeiros do seu estado.
Esta mesma norma determina que o responsável pela brigada deve planejar e
implantar, monitorar e analisar criticamente o seu funcionamento.
Composição da brigada de incêndio
A brigada de incêndio deverá ser montada de acordo com as necessidades da
empresa e deve, logicamente, seguir os critérios determinados na legislação
estadual (legislação do corpo de bombeiros do estado onde a empresa esteja
situada) ou na NBR 14276:2020.
Para a composição dessa brigada de emergência, estruturada a partir da NBR
14276, visando determinar o treinamento e o número de brigadistas, é necessário,
além de algumas informações básicas sobre a empresa, a consulta a outras normas
técnicas da ABNT.
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Para montar uma brigada de emergência a partir das normas da ABNT é
necessário:
Conhecer os cenários de emergência ou hipóteses acidentais
predeterminadas para a empresa em análise.
Consultar as NBRs:
a. NBR 14276/2020: Brigada de incêndio e emergência –
Requisitos e procedimentos
b. NBR 14277/2015: Instalações e equipamentos para
treinamento de combate a incêndio – Requisitos
c. NBR 15219/2020: Plano de emergência – Requisitos e
procedimentos
Etapas da estruturação da brigada de incêndio
Passo 1
Conhecer os cenários de emergência ou hipóteses
acidentais predeterminadas
Os cenários de emergência estão associados aos tipos de atividade
desenvolvidos na empresa. Eles podem contemplar cenários de salvamento em
situações de trabalho específicas, como o cenário de resgate ou salvamento em
espaço confinado, e até cenários mais amplos, como vazamento de produtos tóxicos
com potencial para acidentes ampliados.
Em todas as análises, o cenário de incêndio deve ser considerado por força
das legislações estaduais de prevenção a incêndio, além de ser um cenário razoável
quase na totalidade das situações.
Passo 2
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Determinar a divisão e o grau de risco da instalação de
acordo com a NBR 15219
O grau de risco, obtido em função da divisão da instalação, é utilizado
para determinar o número mínimo de brigadistas de emergência e
alguns pontos sobre o treinamento da brigada, especialmente aqueles
relacionados ao incêndio e aos primeiros-socorros.
Quando houver na empresa mais de um prédio, esses devem ser
avaliados de forma independente com relação à divisão e ao grau de
risco. Exceções são relacionadas quando os prédios não possuem
nenhuma compartimentação entre si ou quando, pela análise, o
desenvolvimento de uma emergência pode afetar outros prédios na
planta.
A compartimentação, para incêndio, é obtida pormeio da
compartimentação horizontal e/ou vertical; outra forma de isolamento
está relacionada ao afastamento entre prédios.
Quando a compartimentação ou o isolamento por afastamento não
existir, os prédios deverão ter sua brigada dimensionada para as
questões de incêndio de acordo com o maior grau de risco encontrado.
A NBR 15219, na tabela B.2, apresenta a divisão da ocupação e do grau de
risco com base na ocupação da instalação e na descrição das atividades
desenvolvidas.
>
Exemplo 1: Suponha que você deseja definir a divisão e o grau de riscos de
uma indústria de malhas. Nesse caso, analise o seguinte trecho da tabela B.2:
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Ocupação/uso Descrição Divisão
Carga de
incêndio
(Qfi)
MJ/m2
Grau
de
risco
Industrial Janelas e
portas de
madeira
I-2 800 Médio
Laboratórios
farmacêuticos I-1 300 Baixo
Laboratórios
químicos I-2 500 Médio
Lâmpadas I-1 40 Baixo
Latas
metálicas, sem
embalagem
I-1 100 Baixo
Laticínios I-1 200 Baixo
Malharias I-1 300 Baixo
Máquinas de
lavar, de
costura ou de
escritório
I-1 300 Baixo
Massas
alimentícias I-2 1000 Médio
Matadouro I-1 40 Baixo
Metalúrgica I-1 200 Baixo
Montagens de
automóveis I-1 300 Baixo
Motocicletas I-1 300 Baixo
Motores
elétricos I-1 300 Baixo
Móveis I-2 600 Médio
Óleos
comestíveis e
óleos em geral
I-2 1000 Médio
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about:blank 19/70
Ocupação/uso Descrição Divisão
Carga de
incêndio
(Qfi)
MJ/m2
Grau
de
risco
Padarias I-2 1000 Médio
Papéis
(procedimento) I-2 800 Médio
Papelões
betuminados I-3 2000 Alto
Papelões
ondulados I-2 800 Médio
Perfumes I-1 300 Baixo
Sorvetes I-1 80 Baixo
Sucos de fruta I-1 200 Baixo
Tapetes I-2 600 Médio
Têxteis em
geral (tecidos) I-2 700 Médio
Tabela 1 – B.2
Fonte: NBR 15219.
No caso de uma confecção de malhas:
Ocupação/uso: industrial
Descrição: malharias
Divisão: I-1
Carga de incêndio: 300 MJ/m²
Grau de risco: baixo
Passo 3
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about:blank 20/70
Determinação do número mínimo de brigadistas
segundo a NBR 14276
A NBR 14276 apresenta um roteiro básico para determinação do número
mínimo de brigadistas de emergência em seu item 4.1.3:
A quantidade necessária de brigadistas para a formação da PRIMEIRA
EQUIPE para o atendimento no tempo de resposta, para plantas de baixo e médio
risco e/ou com população fixa acima de quatro pessoas, deve ser de pelo menos
dois brigadistas; para plantas de alto risco e/ou com população fixa acima de dez
pessoas, deve ser de pelo menos quatro brigadistas.
IMPORTANTE
Para plantas de baixo e médio risco – Acima de 4 pessoas = mínimo de 2 brigadistas
Para plantas de baixo e médio risco – Acima de 10 pessoas = mínimo de 4
brigadistas
Para plantas de alto risco = mínimo de 4 brigadistas
Essa é composição básica da primeira equipe, que deve ser analisada
conforme descrito a seguir, e na qual devem ser incluídos mais integrantes,
conforme a necessidade.
Na malharia, são dois prédios distintos, nos quais se encontram 8 e 39
funcionários respectivamente. No prédio 1 temos 8 funcionários, então, de acordo
com o passo 3, o número de brigadistas para a formação da primeira equipe será de
2 brigadistas. Já no prédio 2 temos 39 funcionários, logo, o número de brigadistas
para a formação da primeira equipe será de 4 brigadistas.
Após esse passo, você deve estar se perguntando: será que com esses 2
brigadistas no prédio 1 eu conseguirei atender às emergências?
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about:blank 21/70
Conforme citado, esse número é o número mínimo. Será que essa quantidade
atende aos requisitos? Vamos verificar em seguida!
A NBR 14276 descreve também como deve ser o desempenho de tempo de
resposta para os atendimentos dos brigadistas.
É recomendável que a brigada de emergência atenda ao desempenho
especificado de acordo com os seguintes objetivos de tempo de resposta para a
chegada da primeira equipe de emergências:
a. Os chamados de resgate e/ou emergências médicas com recursos para
SBV (suporte básico de vida) e DEA (desfibrilador externo automático)
sejam atendidos em até 4 minutos para a chegada no local da
emergência em pelo menos 90% dos chamados, em condições reais ou
em exercícios práticos simulados.
b. Os chamados de combate a incêndio sejam atendidos com EPI
(equipamento de proteção individual) e, quando aplicável, com os
EPRA (equipamentos de proteção respiratória autônomos), em até 1
minuto do acionamento para a equipagem de proteção individual e
mobilização dos brigadistas, e até 4 minutos para a chegada no local
da emergência em pelo menos 90% dos chamados, em condições reais
ou em exercícios práticos simulados. Após a chegada da primeira
equipe, e havendo necessidade de mais brigadistas e/ou recursos
materiais, estes devem atender ao objetivo de tempo de resposta de
até 8 minutos para a chegada ao local da emergência.
Será necessário verificar se a sua brigada cumprirá esses tempos. Você deverá
compreender onde estão os cenários de emergência e os respondedores para
determinar os possíveis tempos de resposta, importantes nessa parte da avaliação.
Depois, será realizada uma verificação nos simulados de emergência que falaremos
posteriormente.
Passo 4
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about:blank 22/70
Determinação do número de brigadistas segundo a NBR
14276
Nem sempre o número mínimo de brigadistas, apresentado no passo 3, será
suficiente para cobrir todas as emergências. Uma análise mais detalhada deve ser
conduzida de maneira a encontrar um número razoável de brigadistas de
emergência.
A NBR 14276 apresenta algumas considerações sobre a composição da
brigada:
Composição da brigada de emergência
A brigada de emergência deve ser composta considerando a divisão de
ocupação, o grau de risco, a população fixa de cada setor da planta e a distância de
deslocamento dos brigadistas. A quantidade de brigadistas deve ser compatível para
efetuar as ações e os procedimentos de prevenção e controle descritos no plano de
emergência, estabelecidos conforme as hipóteses acidentais predeterminadas. Para
a composição da brigada, deve-se levar em consideração quais atividades devem
ser executadas pelos brigadistas, como:
Proativas:
Atividades de inspeção de segurança
Atendimentos de prevenção de incêndios
Atividades de ensino de educação continuada para o público interno
Reativas:
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about:blank 23/70
Primeiros socorros e/ou atendimentos pré-hospitalares de emergências
médicas
Atendimentos de salvamento
Atendimentos de controle de incêndios
Atendimentos a emergências com produtos perigosos
Atividades para o abandono de áreas
Para a composição da quantidade necessária de brigadistas na brigada de
emergência, devem ser considerados ainda os seguintes aspectos:
a. Análise das situações que possam oferecer riscos para a vida da
população da planta
b. Análise dos principais potenciais de danos ambientais por
consequência de acidentes e/ou incêndios na planta
c. Análise dos principais potenciais de perdas de propriedades por
consequência de acidentes e/ou incêndios na planta
d. Análise dos tipos de viaturas que podem ser empregados e da
composição da tripulação, de acordo com a ABNT NBR 14561 e a
ABNT NBR 14096
e. Procedimentos operacionais empregados como padrão para os
atendimentos às emergências
f. Tipos de equipamentos e recursos materiais empregados nos
atendimentos às emergências
g. Localizações e disposições das equipes e dos armários de emergência,
para assegurar o tempo de resposta adequado conforme a sua área de
abrangência na planta
Os brigadistas devem ser organizados em equipes distribuídas na planta.
A distribuição dos brigadistas pode ser arranjada de forma a permitir a lotação
da menor quantidade de brigadistas por área, desde que o deslocamento simultâneo
destes brigadistas a partir de cada área até o local da emergência consiga atender
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about:blank24/70
ao tempo de resposta, conforme verificado no passo 3 (“desempenho de tempo de
resposta para os atendimentos dos brigadistas”), para a chegada da quantidade
mínima de brigadistas da primeira equipe.
A malharia apresentada contém um estoque pequeno de insumos e produtos
acabados. Não há risco de explosão no local e há apenas extintores nos prédios.
Não são utilizados produtos químicos nos processos. A empresa não dispõe de
viaturas próprias de emergência. Os equipamentos disponíveis são os previstos no
PPCI.
Sendo assim, no prédio onde há 39 funcionários, recomenda-se, além dos 4
brigadistas iniciais, mais dois, dispostos como a seguir:
2 brigadistas para atendimento de primeiros socorros (para uma
manobra de ressuscitação cardiopulmonar adequada, recomenda-se no
mínimo 2 pessoas)
2 brigadistas para combate a incêndios (centralizadas no prédio)
2 brigadistas para evacuação
No outro prédio, os 2 brigadistas atendem inicialmente as ocorrências e, como
os prédios não são distantes, os demais brigadistas se deslocarão para ajudar.
Uma outra possibilidade menos empírica para a definição do número de
brigadistas é proposta no livro A Segurança contra Incêndio no Brasil (SEITO, A. I. et
al., 2008).
Para os brigadistas, o livro propõe o uso da seguinte equação:
(objetos/fig-formula.png)
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula.png
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula.png
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula.png
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Exemplo: Se um determinado setor de trabalho contiver 3 linhas de hidrantes e
18 extintores de incêndio, qual deverá ser o número de brigadistas de incêndio de
acordo com a fórmula proposta?
Aplicando a expressão de cálculo
(objetos/fig-formula2.png)
A aplicação da fórmula sugere, como estimativa inicial, nove brigadistas. Cabe
ao avaliador decidir se o número é suficiente e se ele está adequado ao local de
trabalho.
Essa expressão de cálculo pode ser utilizada se as seguintes condições forem
satisfeitas:
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula2.png
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula2.png
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/fig-formula2.png
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Os equipamentos de prevenção e combate a incêndios são instalados
conforme normas e critérios previamente estabelecidos pelo Corpo de
Bombeiros, segundo a legislação vigente.
Os equipamentos instalados, em especial os hidrantes e extintores,
devem ter pessoal habilitado em número suficiente para operá-los.
Para operar um hidrante de parede, sugere-se, por segurança, um
mínimo de três pessoas habilitadas.
Uma pessoa habilitada manuseia com eficiência e rapidez, nos
primeiros cinco minutos de um sinistro, aproximadamente duas
unidades extintoras.
Nunca serão operados, ao mesmo tempo, todos os hidrantes de uma
edificação, devendo ser observado o cálculo do dimensionamento da
rede.
Mesmo havendo agrupamentos por função e determinação de atividades, cabe
lembrar que é possível acumular atividades sem prejuízo. Por exemplo, é possível
ser da equipe de primeiros socorros e também da equipe de resgate. Isso se dá
principalmente em função do tamanho da brigada, pois é necessário que todos
tenham conhecimento de todas as funções, mesmo que haja pessoas dedicadas
para funções específicas.
A equipe precisa treinar conjuntamente e conhecer as potencialidades de cada
um para que possam tirar o melhor proveito dela. Por vezes, temos alguns
funcionários que, quando brigadistas, são exímios combatentes ao fogo, mas não
apreciam muito o sangue, e o contrário também é verdadeiro, assim, temos que
aproveitar o que mais gostam e motivá-los a liderarem as equipes de maior
engajamento.
Todavia, há atividades como de abandono de área, que, em caso de falta do
titular, quando há apenas um, deve-se sempre pensar em um backup, para que haja
um direcionamento ao escape de forma correta e rápida.
Passo 5
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Determinação do organograma
Não há um modelo único de organograma para a brigada de emergência dado
na NBR 14276, mas é importante que ele indique a estrutura de comando. A norma
técnica apresenta algumas orientações para a elaboração do organograma:
O organograma da brigada de emergência da planta varia de acordo
com o número de edificações, o número de pavimentos em cada
edificação e o número de brigadistas em cada setor, pavimento,
compartimento ou turno.
A ampliação das divisões do organograma da brigada de emergência
pode ser feita considerando os setores e/ou as edificações de uma
planta e/ou por atribuição específica dos brigadistas, por exemplo,
brigadistas da equipe de primeiros socorros, brigadistas da equipe de
combate a incêndios, brigadistas da equipe de abandono de áreas, ou
outra atribuição específica para a equipe da brigada de emergência,
conforme as características de cada planta.
A elaboração do organograma da brigada de incêndio é de responsabilidade do
coordenador-geral da brigada.
Membros da equipe brigadista
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(objetos/info1-900.png) (objetos/info1-480.png)
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https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/info1-480.png
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https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/info1-300.png
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/info1-300.png
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(objetos/info1-300.png)
Seguem algumas sugestões de organogramas para a formação da brigada de
incêndio. São apenas sugestões, e cada empresa poderá elaborar o organograma
que achar mais conveniente para as suas necessidades.
Exemplos de organograma de brigadas de incêndio
Exemplo 1: planta com uma edificação, um pavimento e quatro brigadistas:
Figura 6 – Organograma da brigada com uma edificação
Imagem de organograma com coordenador-geral da brigada, abaixo do qual
vem líder do setor, e abaixo dele há três brigadistas.
Exemplo 2: Planta com duas edificações. A primeira edificação contém três
pavimentos e dois brigadistas por pavimento, e a segunda contém um pavimento e
quatro brigadistas por pavimento:
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Figura 7 – Organograma da brigada com duas edificações
A figura mostra a composição da brigada de incêndio por pavimento ou
compartimento,definindo a quantidade de brigadistas.
De acordo com a NBR 14276, os candidatos a brigadista devem ser
selecionados atendendo ao maior número de critérios descritos a seguir:
a. Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho
b. Ter boa condição física e boa saúde
c. Ter bom conhecimento das instalações
d. Ter mais de 18 anos
e. Ser alfabetizado
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A NBR 14276 tem requisitos específicos para a formação da brigada de
incêndio. Os candidatos a brigadista, selecionados conforme os critérios
anteriormente citados, deverão realizar curso com carga horária mínima, o que
verificaremos em seguida.
Passo 6
Definição do nível e da carga horária do treinamento
conforme NBR 14276
A NBR 14276 estabelece o nível de treinamento e sugere a carga
horária mínima conforme as caraterísticas do estabelecimento. A Tabela
A.1 apresenta o nível de treinamento, já a Tabela C.1 define os módulos
do treinamento e a carga horária.
Antes, porém, de definir o nível de treinamento conforme esta NBR, é
necessário conhecer alguns tópicos pertinentes:
Todos os brigadistas devem participar de treinamentos conforme o nível
de treinamento a ser defino.
A planta que não for enquadrada em qualquer das divisões de classe
de ocupação previstas no Anexo A deve ser classificada por analogia
com o nível de risco mais próximo.
Quando em uma planta houver mais de uma classe de ocupação, o
nível de treinamento deve ser conforme o grupo, a divisão e o grau de
risco do setor ou processo do local onde o brigadista trabalha.
Os conteúdos para o treinamento dos brigadistas serão de acordo com
o nível de treinamento a ser definido, levando em consideração a
divisão e o risco da empresa. Os cenários de risco também
determinarão tais conteúdos (exemplo: se a empresa tiver cenário de
resgate em altura, deverá treinar, porém, se não tiver esse cenário,
poderá optar por não aplicar tal conteúdo).
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Grupo Divisão Descrição Exemplos
Grau
de
risco
Nível de
treinamento
D –
Serviço
profissional
D-1
Local para
prestação de
serviço
profissional
ou condução
de negócios
Escritórios
administrativos
ou técnicos,
instituições
financeiras (que
não estejam
incluídas em D-
2), repartições
públicas,
cabeleireiros,
centros
profissionais e
assemelhados
Baixo Fundamental
Médio Básico
Alto Intermediário
D-2 Agênciabancária
Agências
bancárias e
assemelhados
Baixo Fundamental
Médio Básico
Alto Intermediário
D-3
Serviço de
reparação
(exceto os
classificados
em G-4)
Lavanderias,
assistência
técnica,
reparação e
manutenção de
aparelhos
eletrodomésticos,
chaveiros,
pintura de
letreiros e outros
Baixo Fundamental
Médio Básico
Alto Intermediário
D-4 Laboratório
Laboratórios de
análises clínicas
sem internação,
laboratórios
químicos,
fotográficos e
assemelhados
Baixo Fundamental
Médio Básico
Alto Intermediário
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Grupo Divisão Descrição Exemplos
Grau
de
risco
Nível de
treinamento
I –
Indústrtria
I-1
Indústria com
carga de
incêndio até
300 MJ/m2
Atividades
industriais que
envolvam aço,
aparelhos de
rádio e som,
armas, artigos de
metal, gesso,
esculturas de
pedra,
ferramentas,
joias, relógios,
sabão,
serralheria,
louças, vidro,
tratamento de
água ou esgoto,
máquinas e
assemelhados
Baixo Intermediário
I-2
Indústria com
carga de
incêndio
entre 300
MJ/m2 a 1
200 MJ/m2
Atividades
industriais que
envolvam
bebidas
destiladas,
instrumentos
musicais,
móveis,
alimentos,
marcenarias,
fábricas de
caixas e
assemelhados
Médio Intermediário
I-3
Indústria com
carga de
incêndio
superior a 1
200 MJ/m2
Atividades
industriais que
envolvam
inflamáveis,
materiais
oxidantes, ceras,
espuma sintética,
grãos, tintas,
borracha,
processamento
de lixo e
assemelhados
Alto Avançado
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Grupo Divisão Descrição Exemplos
Grau
de
risco
Nível de
treinamento
J -
Depósito
J-1
Depósitos de
material
incombustível
Edificações sem
processo
industrial que
armazenam
tijolos, pedras,
areias, cimentos,
metais e outros
materiais
incombustíveis,
todos sem
embalagem
Baixo Básico
J-2
Depósitos
com carga de
incêndio até
300 MJ/m2
Edificações na
quais os
materiais
armazenados
apresentem
baixa carga de
incêndio
Baixo Básico
J-3
Depósitos
com carga de
incêndio
entre 300
MJ/m2 a 1
200 MJ/m2
Edificações nas
quais os
materiais
armazenados
apresentem
média carga de
incêndio
Médio Intermediário
J-4
Depósitos
com carga de
incêndio
superior a 1
200 MJ/m2
Edificações onde
os materiais
armazenados
apresentem alta
carga de
incêndio
Alto Avançado
Tabela 2: A.1 – Nível de treinamento dos brigadistas por classe de ocupação e
grau de risco
Fonte: NBR 14276.
Ainda utilizando a malharia como exemplo, vejamos como deve ser o
treinamento. Divisão I-1, grau de risco baixo, o nível de treinamento é intermediário.
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A carga horária está definida na tabela C.
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Nível do
treinamento Carga horária mínima
Fundamental Teórica de combate a incêndio: 2 horasTeórica de primeiros socorros: 2 horas
Básico
Teórica de combate a incêndio: 4 horas
Teórica de primeiros socorros: 4 horas
Prática de combate a incêndio: 4 horas
Prática de primeiros socorros: 4 horas
Intermediário
Teórica de combate a incêndio: 8 horas
Teórica de primeiros socorros: 8 horas
Prática de combate a incêndio: 8 horas
Prática de primeiros socorros: 8 horas
Teórica de complemento (se aplicável na
planta):
Salvamento de vítimas em espaços
confinados: 16 horas
Salvamento de vítimas em altura: 8 horas
Emergências com produtos perigosos e
ambientais: 16 horas
Sistema de comando de incidentes: 8 horas
Prática de complemento (se aplicável na
planta):
Salvamento de vítimas em espaços
confinados: 16 horas
Salvamento de vítimas em altura: 8 horas
Emergências com produtos perigosos e
ambientais: 16 horas
Sistema de comando de incidentes: 8 horas
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Nível do
treinamento Carga horária mínima
Avançado
Teórica de combate a incêndio: 16 horas
Teórica de primeiros socorros: 16 horas
Teórica de proteção respiratória: 4 horas
Prática de combate a incêndio: 8 hora horas
Prática de primeiros socorros: 8 horas
Prática de proteção respiratória: 4 horas
Teórica de complemento (se aplicável na
planta):
Salvamento de vítimas em espaços
confinados: 16 horas
Salvamento de vítimas em altura: 8 horas
Emergências com produtos perigosos e
ambientais: 16 horas
Sistema de comando de incidentes: 8 horas
Prática de complemento (se aplicável na
planta):
Salvamento de vítimas em espaços
confinados: 16 horas
Salvamento de vítimas em altura: 8 horas
Emergências com produtos perigosos e
ambientais: 16 horas
Sistema de comando de incidentes: 8 horas
Tabela 3: C.1 – Carga horária por nível do treinamento
Fonte: NBR 14276.
Podemos, a partir dessa tabela, afirmar que para o nível fundamental são 4
horas; para o nível básico são 16 horas; para o nível intermediário são cerca de 128
horas (32 + 96) e para o nível avançado são cerca de 152 horas (56 + 96) de
treinamento.
Resgatando as informações da malharia descritas no
passo 4
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A malharia apresentada possui um estoque pequeno de insumos e produtos
acabados, não há risco de explosão no local e há apenas extintores nos prédios.
Não são utilizados produtos químicos nos processos. A empresa não dispõe de
viaturas próprias de emergência. Os equipamentos disponíveis são os previstos no
PPCI.
Logo, o treinamento de brigada seria de:
Teórica de combate a incêndio: 8 horas
Teórica de primeiros socorros: 8 horas
Prática de combate a incêndio: 8 horas (este podendo ser reduzido em
função de não haver hidrantes instalados)
Prática de primeiros socorros: 8 horas
O treinamento é de 32 horas, acrescido da parte complementar,de acordo com
as características da empresa (se há trabalhos em altura e espaços confinados, por
exemplo).
Nesse exemplo, não há menção de trabalhos em altura e espaços confinados,
mas as partes complementares poderão ser (se aplicáveis na planta):
Salvamento de vítimas em espaços confinados
Salvamento de vítimas em altura
Emergências com produtos perigosos e ambientais
Sistema de comando de incidentes
Se ainda tiver dúvidas de como compor a brigada de incêndio, visualize o
Modelo de implantação da brigada de incêndio que preparamos.
Os módulos podem ser realizados separadamente, desde que não haja
prejuízo na continuidade do aprendizado e na sequência lógica do conteúdo
programático.
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Clique ou toque para visualizar o Modelo de implantação da brigada de
incêndio.
Modelo de implantação da brigada de incêndio
(objetos/modelo_de_implatacao_brigada_de_incendio.pdf)
Os brigadistas que concluírem o curso com aproveitamento mínimo nas
avaliações teórica e prática definidas devem receber um certificado expedido pela
instituição e/ou pelo responsável pelo treinamento de brigada, que será responsável
por essa avaliação, com validade de um ano.
Dentre as atribuições da brigada de incêndio estão as ações de prevenção e de
emergência. Veja a seguir cada uma delas.
Ações de prevenção
Avaliação dos riscos existentes
Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio
Inspeção geral das rotas de fuga
Elaboração de relatório das irregularidades encontradas
Encaminhamento do relatório aos setores competentes
Orientação à população fixa e flutuante
Exercícios simulados
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10637226-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/8_procedimentos_emergencia/objetos/modelo_de_implatacao_brigada_de_incendio.pdf
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Ações de emergência
Identificação da situação
Alarme/abandono de área
Corte de energia
Acionamento do corpo de bombeiros e/ou ajuda externa
Primeiros socorros
Combate ao princípio de incêndio
Recepção e orientação ao corpo de bombeiros
Preenchimento do formulário de registro de trabalho dos bombeiros
Encaminhamento do formulário ao corpo de bombeiros para
atualização de dados estatísticos
Para divulgação e identificação da brigada, o brigadista deve utilizar
constantemente e em lugar visível uma identificação (por exemplo: bottom, crachá
etc.), que o identifique como membro da brigada de incêndio. No caso de uma
situação real, simulado de emergência ou eventos, o brigadista deve usar outra
identificação (por exemplo: braçadeira, colete, boné, capacete com jugular etc.),
além da prevista anteriormente, para facilitar sua identificação e auxiliar na sua
atuação.
A composição da brigada de incêndio, a identificação de seus integrantes com
seus respectivos locais de trabalho e o número de telefone de emergência da planta
devem ser afixados em locais visíveis e de grande circulação.
Passo 7
Simulados
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A brigada de emergência precisa realizar simulados como parte de sua
preparação. A NBR 14276 estabelece alguns procedimentos básicos:
A brigada de emergência deve atender aos procedimentos para a
realização de exercícios simulados de emergências.
Deve ser realizado pelo menos um exercício simulado completo a cada
12 meses, envolvendo todos os brigadistas e profissionais de
emergências da planta. Podem ser realizados exercícios simulados
parciais divididos por atribuição, por exemplo, emergências médicas,
combate a incêndio, salvamento, emergências com produtos perigosos,
desde que, ao final do período de 12 meses, todos os brigadistas e
profissionais de emergências sejam contemplados.
Após o simulado, deve ser realizada uma reunião para a avaliação
crítica e de não conformidades, para posteriores recomendações de
melhorias.
Deve ser elaborada uma ata e/ou relatório na qual constem os itens a
seguir, quando aplicáveis, e não se limitando a estes:
a. Data e horário do evento
b. Tempos de resposta
c.  Tempo total gasto no atendimento do cenário proposto
d. Tempo gasto no abandono de área
e. Desempenho nos atendimentos de emergências
f. Atuação dos profissionais envolvidos
g. Desempenho da participação de todos os serviços de emergências
envolvidos
h. Falhas e não conformidades de equipamentos
i. Falhas e não conformidades operacionais
j. Demais problemas levantados na avaliação e reunião
k. Recomendações de melhorias
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about:blank 43/70
Deve ser avaliada a necessidade de informar previamente à população vizinha
ao local do exercício simulado.
Exemplo: a determinação dos simulados deve estar alinhada à realidade de
cada empresa, por exemplo:
a. Uma empresa que utiliza amônia em seu processo produtivo como
refrigerante industrial e contém quantidades significativas desse agente
determina a necessidade de um simulado de vazamento de amônia por
rompimento de tubulação. Nessa condição, poderia ser previsto um
simulado com a nuvem dos vapores de amônia se deslocando na
direção de uma comunidade próxima à empresa. O simulado poderia
envolver órgãos ambientais e uma parte da própria comunidade.
Uma empresa com depósito de combustíveis pode identificar a necessidade de
realizar um simulado de incêndio em tanque de combustível. para testar a
coordenação das equipes de combate a incêndio em uma área com mais tanques.
Nesse simulado, além da presença de outros tanques com combustíveis, poderia ser
previsto o atendimento a trabalhadores feridos em decorrência desse incêndio.
Sendo assim, para a malharia, podemos definir três cenários e algumas
observações:
Incêndio – Combate a incêndio – Analisar tempo de resposta
Primeiros socorros – APH – Analisar o dimensionamento (quantidade
de brigadistas atende?)
Evacuação – Avaliar o tempo de saída de todos os ocupantes e
confrontar com o tempo previsto no PPCI, a partir das distâncias
máximas a percorrer
É muito importante atentar aos requisitos mínimos do relatório e apresentá-lo à
administração da empresa, para que essa esteja ciente de como está preparada
para os cenários de emergência. Cabe reforçar que esse documento pode ser
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about:blank 44/70
utilizado para obtenção de investimentos em equipamentos para atendimento a
emergências.
Brigada de incêndio, brigada de emergência, grupo de atendimento a
emergências. Seja qual for a nomenclatura a ser dada a essa equipe, ela deve ser
bem dimensionada e treinada, deve ser capaz de executar perfeitamente o plano de
abandono, prestar o atendimento pré-hospitalar e, se possível, atacar o foco de
princípio de incêndio. Sua prioridade deve ser a preservação da vida, dos ocupantes
e também dos brigadistas. Geralmente, as grandes empresas contam com equipes
de brigadas de incêndio, com excelente qualidade técnica, aptas para atenderem às
peculiaridades do local, sejam shoppings centers, refinarias, plataformas marítimas,
entre tantos outros, mas a grande maioria das edificações que dispõem de equipes
com um treinamento anual, por melhor que tenham sido treinadas, sem os
equipamentos de proteção individual prescritos na norma de brigada, precisam
priorizar a saída das pessoas.
A prevenção deve cuidar para que o incêndio não aconteça e verificar os
equipamentos de proteção e combate, mantendo as rotas de fuga, saídas de
emergência e portas corta-fogo sempre desobstruídas, para que todo o sistema de
segurança contra incêndio funcione como projetado. Cada um deve fazer a sua
parte!
Procedimentos de emergência
Os procedimentos de emergência devem ser elaborados conforme a sua
complexidade. Em uma empresa com vários riscos diferentes, deverão ser
elencados, nos procedimentos, o formato adequado para a minimização dos
impactos em caso de sinistro.
A grande maioria das empresas opta por procedimentar de formamais
abrangente seu plano de resposta a emergências e detalhar os cenários específicos
por local, por meio de pré-planos.
São exemplos de cenários de atuação da brigada:
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about:blank 45/70
Incêndio e explosão
Atendimento pré-hospitalar (acidentes/casos clínicos)
Emergências com produtos perigosos (químicos)
Resgate em altura
Resgate em espaços confinados
Intervenção em vazamentos de produtos químicos
Intervenção em acidentes ambientais
Conheça a seguir alguns procedimentos básicos de emergência.
Alerta
Identificada uma emergência, qualquer pessoa pode, pelos meios de
comunicação disponíveis ou alarmes, alertar os ocupantes, brigadistas,
bombeiros civis e apoio externo. Esse alerta pode ser executado
automaticamente em plantas que possuam sistema de detecção e alarme de
incêndio.
Análise da situação
Após a chegada da brigada de emergência ao local da emergência, a situação
deve ser analisada e devem ser executados os procedimentos necessários
conforme o plano de emergência da planta, que podem ser priorizados ou
realizados simultaneamente, de acordo com os recursos materiais e humanos
disponíveis no local.
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Comunicação interna
Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação,
deve ser estabelecido um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de
facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de
emergência. Essa comunicação pode ser feita por meio de telefones, quadros
sinópticos, interfones, sistemas de alarme, rádios e/ou sistemas de som interno.
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro (local seguro e protegido
dos efeitos da ocorrência) dos brigadistas, para distribuição das tarefas.
Comunicação externa
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros,
SAMU, PAM etc.), deve ser indicado no plano de emergência da planta o
responsável pela comunicação, sendo necessário que esta pessoa seja treinada
e esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.
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Apoio externo
O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos públicos ou privados locais devem
ser acionados imediatamente, preferencialmente por um brigadista, e
informados com:
a. Nome do solicitante e número do telefone utilizado
b. Endereço completo, pontos de referência e/ou acessos
c. Características da emergência, do local ou do pavimento
d. Quantidade e estado das eventuais vítimas, quando esta
informação estiver disponível
O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos públicos, quando da sua chegada ao
local, são recepcionados preferencialmente por um brigadista, que fornece as
informações necessárias para otimizar sua entrada e seus procedimentos
operacionais.
Isolamento da área
A área da ocorrência deve ser isolada fisicamente, de modo a assegurar a
segurança dos trabalhos de atendimento de emergências e evitar que pessoas
não autorizadas entrem no local.
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Abandono de área
O coordenador de emergência ou o líder de brigada de emergência deve
determinar o início do abandono e priorizar os locais afetados, os pavimentos
superiores a estes, os setores próximos e os locais de maior risco. Proceder ao
abandono da área parcial ou totalmente, quando necessário, conforme
comunicação preestabelecida, conduzindo as populações fixa e flutuante para a
área de refúgio ou para o ponto de encontro de abandono de área, ali
permanecendo até o estabelecimento final da emergência. Deve ser
considerado que:
a. O plano de emergência deve contemplar ações de abandono para
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida permanente ou
temporária. Cada pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida
deve ser acompanhada por dois brigadistas ou voluntários,
previamente designados pelo líder da brigada de emergência.
b. Os ocupantes do local da ocorrência, cientes da emergência,
devem ser os primeiros a abandonarem a área, de forma
organizada e sem tumulto, com um brigadista liderando e outro
encerrando o abandono.
c. Todos os demais ocupantes de cada área devem parar o que
estiverem fazendo, pegar apenas seus documentos pessoais,
medicamentos pessoais e chaves de veículos e sair
organizadamente em direção à porta ou acesso de saída de
emergência ou ponto de encontro de abandono de área.
d. antes do abandono definitivo da área, um brigadista deve verificar
se não ficaram ocupantes retardatários e providenciar o
fechamento de portas e/ou janelas, se possível.
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about:blank 49/70
Eliminar ou reduzir os riscos
Quando necessário, deve ser providenciado o controle e/ou o corte de fluxos de
energias e suprimentos de instalações ou equipamentos. Se disponível, estas
ações devem ser executadas pelo pessoal especializado que compõe o Grupo
de Apoio Técnico – GAT.
Controle da emergência
As equipes de emergências devem, conforme necessário e/ou possível,
proceder conforme o plano de emergência da planta e treinamento específico
dado aos integrantes das equipes de emergências para o controle da
emergência, inclusive auxiliando os bombeiros públicos, quando da chegada
desses.
Divisão das atribuições das equipes de emergências
O coordenador de emergência deve dividir a equipe de emergência em equipe
de salvamento, primeiros socorros, abandono de área, combate a incêndio etc.,
com o objetivo de estabelecer atribuições específicas das equipes e de seus
integrantes.
Emergências médicas
Os primeiros socorros e tratamentos devem ser prestados às vítimas conforme o
plano de emergências da planta e o treinamento específico dado aos integrantes
das equipes de emergências.
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Confinamento do incêndio
É necessário confinar o incêndio ao local ou equipamento de origem, ou ao
cômodo ou compartimento de origem, ou ao pavimento de origem, ou à
edificação de origem, de modo a evitar a sua propagação e consequências.
Controle de incêndios
O controle de incêndios deve ser executado conforme o plano de emergências
da planta e o treinamento específico dado aos integrantes das equipes de
emergências.
Acidentes com produtos perigosos
Acidentes envolvendo produtos classificados como perigosos devem ser
atendidos com as seguintes providências imediatas:
a. Identificar o produto perigoso
b. Estabelecer a área de segurança e o zoneamento e limite das
áreas quente, morna, fria e de exclusão
c. Identificar e utilizar os EPIs necessários, compatíveis com o risco
para o atendimento
Toda substância química classificada como produto perigoso deve possuir uma
ficha de identificação e segurança de produto químico (FISPQ) disponível, na
qual deve constar informações sobre as características do produto, as medidas
de proteção e segurança e as ações de controle para emergências.
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Rescaldo
Assegurar, por meio de inspeção, que, após o combate ao incêndio, não exista
qualquer possibilidade de reignição.
Preservação do local
Manter o local preservado para que possa ser periciado, se necessário.
Investigação
O coordenador de emergências da planta deve designar os responsáveis para
iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório sobre o ocorrido e as
ações de controle. Devem ser investigadas e/ou analisadas as possíveis causas
de acidente ou incêndio e os procedimentos de controle adotados, utilizando,
além da coleta de dados de imagens e entrevistas, os registros de ocorrências
para poder emitir o relatório, com o objetivo de propor medidas preventivas e
corretivas para evitar a sua repetição.
A partir desses planos básicos, poderá ser redigido qualquer plano incluindo
suas especificidades e complicações, atendendo desde o simples até emergências
tecnológicas de maior complexidade.
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Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) –
conceitos e objetivos
O alvará do Corpo de Bombeiros é emitido pelo referido órgão atestando que
determinado local foi devidamente vistoriado e que se encontra em conformidade
com as legislações federais, estaduais e municipais de prevenção de incêndio, bem
como certifica que a segurança contra incêndio e pânico foi contemplada e
comprovada pelo Plano de Prevenção e Combate de Incêndios – PPCI. Este alvará
não é emitido caso seja verificado que o local não está de acordo com as normas
vigentes, todavia, é definido um prazo para que sejam regularizadas as situações
não conformes.
Os objetivos da verificação da legislação de segurança contra incêndio, por
meio da vistoria para a emissão do alvará, são:
O monitoramento das edificações quanto ao atendimento a legislação
A proteção da vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco
O controle da propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
ambiente e ao patrimônio
O dimensionamento e disponibilização dos meios de controle e
extinção do incêndio
A garantia acesso para as operações do Corpo de Bombeiros
Proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de
risco
Para uma edificação receber o alvará, é imprescindível que ela tenha o PPCI
que é um conjunto de documentos em que constam todos os sistemas de segurança
contra incêndio necessários para tornar o ambiente o mais seguro possível contra
incêndios. As legislações mais recentes remetem ao PPCI de forma a conceber um
prédio de forma mais segura, por meio de materiais com mais resistência ao fogo e
sistemas de proteção passivas e ativas trazendo mais segurança para seus
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ocupantes, porém, em prédios já existentes, é necessário analisar e projetar os
sistemas que são requisitados para o tipo de edificação e o que será instalado nela.
Tal documento deve ser emitido por profissional legalmente habilitado com
recolhimento de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
Uma cópia do PPCI deve ser enviada ao Corpo de Bombeiros local para que
seja avaliado e aprovado. Após a aprovação do projeto, devem ser instalados os
sistemas projetados e mantidos em perfeito funcionamento. Usuários devem ser
treinados para a utilização de todos os equipamentos antes da inspeção. Solicitada a
inspeção, o Corpo de Bombeiros visitará as instalações analisando o projeto e o que
está instalado e, caso tudo esteja de acordo, é emitido o alvará, que deve ser fixado
em local visível. Sua validade depende normalmente da classe de risco de incêndio
da edificação, variando entre um a três anos (atenção para a legislação de cada
estado, pois pode haver variação).
O alvará deve ser renovado sempre que estiver vencido (atente para os prazos
de cada Corpo de Bombeiros, para que não vença). Além disso, caso a utilização da
edificação seja alterada, ou sejam feitas alterações significativas na planta, como
reformas, aumento de área, o PPCI deve ser atualizado e nova vistoria deve ser
solicitada para que sejam avaliadas as mudanças do novo espaço.
Em caso de utilização de uma edificação para um comércio ou indústria, o
alvará faz parte dos documentos que garantem o funcionamento, requisitado por
instituições bancárias para concessão de empréstimos e/ou financiamentos. As
seguradoras também o requisitam e, se em caso de incêndio o alvará estiver
vencido, podem se negar a pagar pelos danos causados pelo sinistro.
É responsabilidade das empresas, normalmente a área de segurança do
trabalho, junto com o Corpo de Bombeiros, manter o alvará atualizado. Em função
das renovações e inspeções, muitas edificações, nos locais em que foram instalados
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sistemas de prevenção e proteção contra incêndios, mantem seus equipamentos em
condições de uso. Lembrando que é sobre a nossa segurança que estamos
tratando, logo também é nosso o dever de cobrar que as edificações estejam
cumprindo as legislações pertinentes ao assunto.
Mais adiante teremos ainda um tópico detalhado sobre o PPCI – Plano de
Prevenção e Proteção Contra Incêndio, apresentando seu conceito, sua função e
sua estrutura.
EPC e EPI: para atendimento de emergência
e tipos de sinalização de emergência
Há vários equipamentos para atendimentos a emergências que podem servir
para proteger a integridade física da pessoa ou do grupo de pessoas que irão intervir
no cenário emergenciado a fim de minimizar os impactos. Os equipamentos são
divididos em dois tipos: equipamentos de proteção coletiva – EPCs e equipamentos
de proteção individual – EPIs.
EPCs básicos para emergências
Equipamentos de proteção coletivos – EPCs são produtos ou dispositivos que
se destinam a neutralizar o risco na sua própria fonte, oferecendo proteção aos
trabalhadores. São exemplos de EPC para emergências chuveiros lava-olhos;
bandeiras de sinalização; cones; kit de contenção de químicos; fita zebrada; placas
de sinalização etc.
Chuveiros lava-olhos
Fabricados em aço e outro tipo de material, são encontrados em uma
variedade de modelos. É importante para a remoção de ácidos, bases e demais
produtos agressivos à pele ou aos olhos. Seu uso é pertinente em casos em que
a pessoa esteja sujeita a riscos de queimaduras leves.
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Figura 8 – Chuveiros lava-olhos
Fonte:
<http://www.craequippetroquimico.com.br/Imagens/Produtos/%7B9E6E9706-
1FD5-4883-8B59-44EE2C580773%7D_Chuveiro%20Lava-Olhos.jpg>.
Bandeira de sinalização
Trata-se de uma bandeira, geralmente na cor vermelha, utilizada com uma
haste para que seja flamulada para indicar a ocorrência de mudança no
trânsito/tráfego local. Normalmente, é utilizada em rodovias para sinalizar
acidentes, mudança de pista etc.
Figura 9 – Bandeira de sinalização
Fonte:
<http://combatfireloja.com.br/arquivos_loja/927/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_1877
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Cones de sinalização
Fabricados em material plástico e/ou borracha, contam com uma variedade
de tamanhos, com duas ou três fitas adesivas refletivas, ou não refletivas, nas
cores laranja e branco ou preto e amarelo. Normalmente, são utilizados para
interdição de áreas e sinalização de emergência.
Figura 10 – Cones de sinalização
Fonte: <http://www.rodasil.com.br/imagens/1138.jpg>.
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Kit de contenção de químicos
Contém várias configurações com absorventes no formato de: mantas,
cordões, travesseiros e turfas capazes de efetuar uma primeira resposta no local
do acidente e efetuar a contenção e absorção de um derrame ou vazamento de
fluídos químicos evitando a contaminação dos recursos ambientais, que podem
ser prejudicados.
Figura 11 – Kit de contenção de químicos
Fonte: <http://blog.seton.com.br/wp-content/uploads/2014/11/spc1.jpg>.
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Fitas zebradas
Utilizadas para indicar, isolar e demarcar áreas consideradas de risco,
como locais escorregadios ou que passam por reformas estruturais. Feita em
plástico, a fita zebrada apresenta listras amarelas e pretas intercaladas,
característica que serve justamente para chamar a atenção das pessoas e evitar
acidentes.
Figura 12 – Fitas zebradas
Fonte: <http://thr.com.br/wp-
content/uploads/2016/04/DemArea_THR_01_mini.jpg>.
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Faixas refletivas
Quando alguma sinalização estiver sujeita a problemas associados a
condições climáticas como neblina, chuva forte, sol intenso e outras situações
que prejudicam a visibilidade, deverão ser utilizadas faixas reflexivas.
Figura 13 – Fitas reflexivas
Fonte:
<https://4.bp.blogspot.com/-42PBZyfZvpM/V_ALVbLnHdI/AAAAAAAAHOU/S-
c62E5Q1uUfQMpWZa-KsjuOFr5Z2dLdwCLcB/s1600/faixas.png>.
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Placas de sinalização
Devemindicar os locais onde serão disponibilizados equipamentos para
atendimento de primeiros socorros, normalmente têm forma retangular, em
verde com fundo branco ou fotoluminescente. Sua obrigatoriedade está
relacionada na legislação de combate a incêndio.
Figura 14 – Placas de sinalização
Fonte: <http://www.mamentrepreneures.com/wp-
content/uploads/2015/02/hs.gif>.
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Triângulo de sinalização
Caso ocorra algum acidente em rodovias, o triângulo de sinalização deve
ser utilizado para proteger o veículo de novos acidentes, além de alertar outros
motoristas de que existe um problema no caminho e que outro carro está parado
à frente, para que eles tenham um cuidado maior para que nenhum acidente
ocorra.
Figura 15 – Triângulo de sinalização
Fonte:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ja/thumb/1/1b/%E4%B8%89%E8%A7%92%
%E4%B8%89%E8%A7%92%E8%A1%A8%E7%A4%BA%E6%9D%BF.jpg>.
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EPIs básicos para brigadistas
Os equipamentos de proteção individuais – EPIs se destinam a proteger a
integridade física das pessoas em suas atividades laborais, evitando assim maiores
danos a sua saúde e protegendo contra acidentes que possam ocorrer. Para a
proteção do brigadista em ocorrências que envolvam sua exposição a ambientes
com temperaturas elevadas, portanto sujeito aos efeitos nocivos do calor, são
necessários equipamentos de proteção individual que propiciem, efetivamente, a
proteção de toda superfície corporal. Já para ocorrências que envolvam sua
exposição a agentes químicos, os EPIs devem observar índices de permeação das
roupas, sendo sua classificação de A a D.
Figura 16 – Vestimentas básicas para combatentes
Fonte: <http://loja.bombeiros.com.br/image/cache/catalog/roupa_aproximacao-
500x500.jpg>.
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São exemplos de EPIs:
Capacete
Que oferece proteção adequada para a cabeça, face e olhos quanto a
exposições ao calor e a impactos, sem, contudo, reduzir a capacidade de
audição e visibilidade por parte do bombeiro.
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Balaclava
Que oferece proteção adequada para a cabeça e o pescoço quanto a
exposições ao calor e é de fácil colocação bem como confortável.
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Blusão ou capa 7/8 de combate
Que oferece proteção adequada para o tronco e membros superiores
quanto a exposições ao calor, bem como razoável proteção química contra
substâncias que possam haver no local de ocorrência.
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Calça de combate
Que oferece proteção adequada para o quadril e membros inferiores
quanto a exposições ao calor, assim como razoável proteção química contra
substâncias que possam haver no local de ocorrência.
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Luvas
Que oferece proteção adequada para as mãos quanto a exposições ao
calor, objetos cortantes ou perfurantes e razoável proteção química contra
substâncias que possam haver no local de ocorrência, sem, contudo, reduzir a
capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve
e de fácil colocação.
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Bota
Que oferece proteção adequada para os pés quanto a exposições ao calor,
objetos cortantes ou perfurantes, além de razoável proteção contra substâncias
químicas que possam haver no local de ocorrência. As botas, normalmente, são
em modelos com solado e biqueira de aço.
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Equipamento de proteção respiratória
Máscara autônoma de demanda com pressão positiva (máscara
autônoma). Este equipamento é usado no serviço do Corpo de Bombeiros. Este
equipamento fornece a proteção respiratória e a proteção ao rosto do usuário,
mas é limitado pela quantidade de ar existente no cilindro.
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Os equipamentos de proteção individuais destinados a proteger o corpo
humano do contato com produtos químicos foram divididos, pelos americanos, em
quatro níveis, de acordo com o grau de proteção necessário, conforme segue:
Roupa de nível A – maior proteção
Roupa de nível B
Roupa de nível C
Roupa de nível D – menor proteção
Em uma emergência com produtos químicos é importante a FISPQ estar
disponível para analisar o nível de proteção do respondedor à emergência. Eis a
importância da análise de risco e a antecipação ao dimensionar corretamente os
EPIs necessários em caso de intervenção.
Com relação às luvas de proteção às substâncias químicas, nem sempre é fácil
decidir quanto à luva mais adequada a ser utilizada para uma determinada atividade.
Antes da correta seleção da luva, deve-se compreender algumas diferenças básicas
entre elas, bem como suas propriedades. O dimensionamento incorreto pode levar a
lesões significativas.
Por fim, reforçamos a ideia de que as brigadas geralmente são formadas em
empresas visando à segurança de todos em casos de emergências com incêndio. É
de grande importância que as demais instituições criem as suas brigadas, pois
tratam-se de locais em que há diariamente circulação e permanência de um número
grande de pessoas. A participação de toda a população nesse processo também é
de grande valia, pois manter a calma nas situações de emergência e saber a função
de cada um é de grande importância para que não haja maiores problemas nessas
situações. Sendo assim, quanto mais treinamentos realizados, melhor.

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