Prévia do material em texto
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 1 Arte no pós-guerra Expressionismo abstrato e outras escolas norte-americanas Modernismo na arquitetura brasileira Concretismo e Neoconcretismo no brasil Prof.ª Celina Gil vestibulares.estrategia.com vestibulares.estrategia.com Aula 07 – Segunda Metade do Século XX. VESTIBULAR Exasiu 2024 Exasi u EXTENSIVO t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 3 1- ARTE NO PÓS-GUERRA 3 1.1 - Indústria Cultural 4 2 – EXPRESSIONISMO ABSTRATO 6 3- OP ART 9 4- POP ART 11 5- MODERNISMO NO BRASIL II 13 6 - CONCRETISMO E NEOCONCRETISMO 18 7 - EXERCÍCIOS 21 7.1 – Questões 21 7.2 – Gabarito 36 7.3 – Questões comentadas 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS 56 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 3 Apresentação Olá! Na aula de hoje, veremos um momento em que a arte muda seu centro de produção. Se durante todo o tempo a Europa havia sido o lugar a ditar as tendências da arte no mundo, a partir do fim da Segunda Guerra e durante a segunda metade do século XX, os Estados Unidos serão o novo centro de difusão da arte. Isso se deve por uma série de motivos, dentre eles, a forte ligação que a comunicação e as artes estabelecem, além dos diálogos com o cinema e a cultura pop. Os tópicos abordados, então, serão: • EUA como novo centro de arte • Expressionismo abstrato e escola de Nova York • Pop Art • Op art • Modernismo Brasileiro II. • Concretismo e neoconcretismo Vamos lá? 1- Arte no pós-Guerra Após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos passaram por um rápido crescimento econômico. Na época, possuíam cerca de 75% do ouro em circulação do mundo, além de ser responsável por cerca de 50% da produção industrial mundial e por 25% do comércio internacional. Para se ter uma ideia, nos anos 1950 os lucros da General Motors, uma das mais importantes indústrias automobilísticas do mundo, eram equivalentes ao orçamento do Estado da França.1 Nessa época, os automóveis tomaram o cotidiano dos norte-americanos; o McDonald’s revolucionou os hábitos alimentares ao inaugurar a ideia de fast-food; a televisão e o rádio abriram caminhos para a construção de uma indústria de marketing. No cinema, que vivia sua Golden Age, alguns artistas eram colocados na lista de negra do senador republicano Joseph McCarthy, que inaugurou uma “caças bruxas” ao acusar inúmeras figuras de serem comunistas. Marlon Brando, James Dean e Elvis Presley surgiram como ícones da “juventude transviada”. É importante observar que se verifica nos Estados Unidos do período uma certa homogeneização dos modos de vida, ao menos entre os setores médios urbanos. Seriados de televisão como “Papai sabe Tudo” e “I Love Lucy” firmavam o conceito de família nuclear norte-americana – e também o American Way of Life. O sentimento anticomunista era estimulado entre os cidadãos pelos meios midiáticos, mas o “perigo vermelho” parecia ser externo naqueles tempos de Guerra Fria. Em meio à sociedade norte- americana, vivia-se a era da opulência – ou ao menos em parte dela. 1FREITAS NETO, José Alves de; TASINAFO, Célio Ricardo. História geral e do Brasil. São Paulo: HARBRA, 2006. p. 722. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 4 A população afro-americana, alheia à boa parte da euforia do consumo, era mantida segregada em bairros de baixo valor imobiliário e sem acesso aos mesmos direitos civis que os brancos em boa parte do país. Se alguma ascensão era possível, ela se dava principalmente no campo da música, onde artistas negros como Chuck Berry, Little Richard e B.B. King influenciaram o rock n’roll com suas raízes culturais, alcançando também o gosto dos subúrbios brancos. O jazz e o blues, gêneros musicais, outros gêneros musicais apreciados no período, se mostraram ainda mais influenciados pelas canções gospel cantadas pelos coros das igrejas protestantes afro-americanas. 1.1 - Indústria Cultural O termo Indústria Cultural foi popularizado enquanto conceito pela Escola de Frankfurt, principalmente pelos sociólogos Theodor Adorno (1903 – 1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973). A Indústria Cultural seria uma das responsáveis pela formação do pensamento das sociedades mediadas pelo consumo e pela massificação. A Indústria Cultural é como uma fábrica, que produz bens culturais padronizados e homogeneizados. Esses produtos alienam quem os consomem, pois não incentivam a reflexão ou o questionamento das estruturas. São apenas entretenimento, com o objetivo de domesticar as pessoas. Nos habituamos sempre aos mesmos produtos, o que faz com que propostas mais inovadoras causem estranhamento e, por isso mesmo, nem sempre sejam capazes de atrair muito público. Por gerarem menos lucro, essas produções são vistas como inúteis, ou seja, colocamos na possibilidade de monetarização o valor da arte. Outro perigo dessa estrutura é a criação de falsas necessidades: os meios de comunicação e difusão de cultura incentivam o consumo de modo que a felicidade parece que só pode ser atingida através dele. Outro conceito importante para esse assunto é a ideia de cultura de massa. Chama-se de cultura de massa os produtos da indústria cultural, ou seja, as expressões da cultura produzidas com o intuito de serem vendidas e gerar lucro. Seu objetivo é atingir o grande público. Uma de suas principais características é ser capaz de absorver aquilo que se opõe a ela: sabe aquele programa que passa na televisão e fala mal de televisão? É isso! As principais influências da cultura de massa na literatura partem do cinema e da televisão. Hoje em dia, é possível ouvir falar também em cultura pop. São expressões, portanto, intimamente ligadas à ideia de consumo. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 5 O obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica Esse é o título de um dos textos mais famosos do pensador Walter Benjamin. Esse texto é fundamental para compreender muitas das questões em torno da produção de arte do século XX, principalmente após a Segunda Guerra. O texto foi publicado em 1955. É importante pontuar que sempre foi possível reproduzir uma obra. Segundo Benjamin: Em sua essência, a obra de arte sempre foi reprodutível. O que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros homens. Essa imitação era praticada por discípulos, em seus exercícios, pelos mestres, para a difusão das obras, e finalmente por terceiros, meramente interessados no lucro. Em contraste, a reprodução técnica da obra de arte representa um processo novo, que se vem desenvolvendo na história intermitentemente, através de saltos separados por longos intervalos, mas com intensidade crescente. O que Benjamin aponta nesse ensaio é que após a possibilidade de reproduzir uma obra de maneira idêntica, principalmente a partir do advento da fotografia e, posteriormente do cinema, há um impacto na própria concepção do que seria arte. Primeiro porque a arte deixa de depender da mão do artista e pode depender apenas de seu olho: criar um enquadramento para uma fotografia não demanda a mesma habilidade manual que pintar um quadro, por exemplo. O que ele aponta é que “a reprodução técnica atingiu tal padrão de qualidade que ela não somente podia transformar em seus objetos a totalidade das obras de arte tradicionais, submetendo-as a transformações profundas, como conquistar para si um lugar próprio entre os procedimentos artísticos”. Ouseja, a partir de técnicas como a fotografia, qualquer objeto pode se tornar arte – se fotografado de determinada maneira. Benjamin aponta que, inicialmente, as obras de arte eram produzidas a serviço da “magia”, ou seja, a arte era ritual e, depois, religiosa – basta lembrar do que vimos desde pintura rupestre até o renascimento. Assim, imagens possuíam aquilo que ele chamava de valor de culto. Quando passamos a ser capazes de produzir e difundir de maneira industrial as obras de arte, estas perderam aquilo que ele chama de aura. Segundo o autor a aura é definida por ser uma “figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja”. A aura só seria possível numa obra única, que não pudesse ser produzida de maneira industrial. É o que a liga ao seu aspecto ritual, mágico. Após as possibilidades de reprodutibilidade técnica, a arte passa a ter valor de exposição, ou seja, quanto ela pode ser vista e apreciada. Assim, obras que possam ser mais reproduzidas atendem a essa necessidade de disponibilidade. A arte, portanto, para Walter Benjamin, ganha uma nova função. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 6 2 – Expressionismo Abstrato Um dos principais movimentos artísticos americanos do período foi o expressionismo abstrato. O que torna tão importante é que ele é o primeiro movimento artístico nascido nos Estados Unidos a influenciar artisticamente o mundo. Também ficou conhecido como Escola de Nova Iorque, já que a cidade era o epicentro artístico naquele momento. O movimento ganhou esse nome por se aproximar de um lado da força e intensidade emocional do expressionismo e, por outro, da fuga à representação figurativa pregada pelas escolas abstratas, inspirando-se principalmente no Cubismo, Futurismo e Bauhaus. As principais características do expressionismo abstrato são: • Uso de formas geométricas • Técnicas de pintura enérgicas, com movimentos violentos. A técnica é vista como tão importante quanto o resultado em si. • Atenção à emoção e à subjetividade, influenciada pelos estudos de psicanálise de Carl Jung. • Elementos diferentes podem ser materiais da obra, como areia, vidro, cinzas etc. Algumas técnicas são essenciais para esse movimento: Dripping Em português, “dripping” poderia ser traduzido como “pingando”. A técnica consiste em jogar tinta sobre a tela, tanto diretamente do pincel quanto a partir de um tubo ou um balde. O efeito é de pingos sobrepostos sobre a tela. Nº23, Jackson Pollock (1948). Fonte: Wikiart. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 7 Action Painting Também chamada de gestualismo. Através de gestos e movimentos expressivos, o artista pode liberar sua subjetividade. Não há esboços ou rascunhos. Não se planejam os quadros, mas sim se despeja violentamente a tinta sobre a tela. Ainda que seja muito associada ao movimento do expressionismo abstrato, á era praticada pelos surrealistas. Ocorre através da técnica do dripping, realizada de modo violento e intuitivo. Nº1, Jackson Pollock (1949). Fonte: Wikiart. Automatismo Técnica desenvolvida pelos surrealistas. Consiste em desenhar, pintar ou escrever de maneira automática, ou seja, sem planejar ou pensar. O desenho automático era, para eles, uma expressão do subconsciente, pois a mão só se move “aleatoriamente” por estar liberta do seu controle racional, acessando assim os níveis mais profundos do inconsciente. Os principais artistas do expressionismo abstrato foram Jackson Pollock e Willem de Kooning. Vamos nos aprofundar neles. Jackson Pollock Pollock (1912 – 1956) foi a principal referência do expressionismo abstrato. Ele tinha um modo muito particular de pintar. Ele dispunha as telas no chão – diferente da tradicional imagem do quadro no cavalete – e costumava se colocar em cima das telas, gotejando de maneira violenta a tinta em torno de si. Pollock também não usava pinceis, mas sim outros objetos que pudessem despejar a tinta na tela. Ele elevou a técnica do gotejamento (dripping). t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 8 O pintor americano teve uma vida complicada, lidando com transtornos e alcoolismo. Ele faleceu devido a um acidente de carro, privocado durante um momento em que estava alcoolizado. Apesar da vida breve, foi um pintor muito produtivo. Imagem de Hans Namuth de Jackson Pollock em seu estúdio de trabalho. Disponível em <http://www.artnet.com/artists/hans-namuth/> Acesso em 18 abr.2020. Willem de Kooning Apesar de ter nascido em Rotterdam, de Kooning (1904 – 1997) emigra jovem para os Estados Unidos e lá faz sua carreira. Ele experimenta diversos estilos até adotar, nos anos 1930, o expressionismo abstrato. Suas obras são marcadas pelas pinceladas violentas e pelas formas geométricas. Litho #2 (Waves #2), Willem de Kooning (1960), lithografia, MOMA, Nova Iorque. Minimalismo Fazendo um contraponto ao abstracionismo, outra tendência ganhou espaço na época nos EUA: o minimalismo. Os artistas faziam uso de poucos elementos para se expressar, buscando reduzir até apenas o fundamental para a mensagem ser passada. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 9 O minimalismo se estendeu para o design, arquitetura, música e literatura. Alguns autores como Samuel Beckett e Ernest Hemingway são os mais populares da tendência. Nas artes plásticas, foram muito influenciados pelos artistas do construtivismo russo. Sem título, Frank Stella (1967). TATE Modern Museum, Londres. 3- Op Art A palavra Op Art deriva de optical art, ou seja, arte óptica. O termo foi usado pela primeira vez em 1964, pela revista Time, mas já era um estilo de arte praticado nos anos 1950. É uma arte feita com muito rigor, pensada quase de maneira matemática, cerebral, como forma de reação ao gestual instintivo do expressionismo abstrato. Os principais artistas da op art foram Ad Reinhardt e Bridget Riley. Descending (1965), Bridget Riley. Gementemuseum, Haia. Foto: Rob Oo. As principais características da op art são: • Uso das cores preto e branco majoritariamente. Por vezes, há obras também em cores complementares. • Criação da sensação de ilusão de movimento a partir da ilusão de ótica. • Representação apenas através de elementos gráficos, como modo de expressar os sofrimentos do homem moderno, vivendo um ritmo de vida em constante mutação e movimento acelerado. • Diálogos com a ciência, principalmente os estudos da psicologia e da física, em especial sobra a óptica. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 10 Alguns movimentos artísticos serviram de contraponto à op art. Destacamos aqui dois que serão importantes influências para a arte até hoje. Psychedelic Art A Psychedelic Art se inspirava nos movimentos hippie e de contracultura para criar obras coloridas e cheias de elementos visuais. Foi muito popular em posters e capas de revista da época, se aproximando muito daquilo que a indústria cultural apontava como a possibilidade de reprodutibilidade técnica da arte. Era uma arte feita, frequentemente, sob o efeito de drogas alucinógenas como LSD e/ou inspirada pela experiência com substâncias psicoativas. Selo criado por Peter Max, um dos maiores artistas do estilo. Fonte: Wikimedia Commons. Land Art A Land Art, ou “arte da terra”, tem como principal característica utilizar recursos da natureza para a criação de obras de arte. São comuns elementoscomo madeira, pedras, areia, sal etc. Além de objetos, instalações criadas em espaços naturais também são comuns. Diferente de outras obras, há um caráter de efemeridade envolvido, já que muitos dos materiais são rapidamente perecíveis. Outro traço fundamental para a arte contemporânea surge aqui: a proposta de sair do museu para apreciar arte: a natureza é a obra e o locus – local de exposição. É muito crítica à indústria cultura e à comercialização da arte. Plataforma espiral (1970), Robert Smithson, construída sobre o Grande Lago Salgado, Utah, EUA. Consiste em uma escultura de terraplagem em pedra e areia. Smithson é um dos principais artistas do movimento. Fonte: Wikiart. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 11 4- Pop Art A uniformização dos modos de vida, sobretudo por meio da massificação do entretenimento, reverberou nas artes visuais por meio da Por Art, que em inglês significa “arte popular”. Rompendo as barreiras entre a arte comercial e a arte erudita, alguns artistas passaram a se utilizar dos produtos da indústria cultural em suas obras, seja para criticar ou endossar o American Way of Life. Um dos autores a integrar o movimento Pop Art foi Roy Linchtenstein (1923-1997), que se apropriou da estética das histórias e quadrinhos e dos anúncios publicitários em suas obras, ficando conhecido principalmente por pintar pin-ups, mulheres que reproduziam os padrões estéticos do período. Boa parte de suas obras pode ser facilmente reconhecida devido ao uso de minúsculos pontinhos, similares aos verificados nas imagens impressas pelos jornais e revistas norte-americanas do período. No carro, por Roy Linchtenstein, 1963. A melodia persegue a minha fantasia, por Roy Linchtenstein, 1965. O artista mais conhecido do Pop Art certamente é Andy Warhol (1930-1987). Em 1962, sua obra As Latas de Sopa Campbell, que expunha em 32 quadros cada um dos sabores de uma famosa marca de sopas norte-americana, causaram um choque no meio artístico norte-americano, que naquele período era marcado pelo expressionismo abstrato. Quando perguntando da razão de privilegiar aquela marca em seu trabalho, respondeu: “Porque eu comi aquela sopa durante 20 anos, quase todos os diais, sempre a mesma coisa”. Warhol criou obras com serigrafias sequenciadas de diversas personalidades e produtos da sociedade de consumo norte-americana no período, como de Elvis Presley, Marilyn Monroe e das cédulas de dólar. A reprodução quase industrial das imagens, variando apenas nas cores empregadas, é tida para alguns como uma atenção à manipulação feita pela indústria midiática, que adequava pessoas e objetos para o consumo da grande massa. Warhol, no entanto, sempre evitou atribuir qualquer tipo de significado para seus trabalhos. Outros dois artistas importantes foram Robert Rauschenberg, Tom Wesselmann e Jasper Johns. Detalhe da obra Marilyn Monroe, serigrafia de Andy Warhol, 1967. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 12 As Latas de Sopa Campbell, por Andy Warhol, 1962. Fotorrealismo ou hiper-realismo A tendência do hiper-realismo é uma derivação da pop art. É um movimento que aparece tanto na pintura quanto na escultura. O objetivo é criar obras tão ricas em detalhes que as obras se parecem fotografias ou mesmo pessoas de verdade. Muitas vezes, os artistas usavam fotografias como inspiração para a criação das obras. As principais características do fotorrealismo são os detalhes precisos, com combinações de cores realistas, e a utilização de temas cotidianos, como pessoas ou a vida na cidade. (Esq. Man on a boat, Ron Mueck (2002), National Gallery, Londres. Foto: Wald Siedel. Fonte: Wikimedia Commons; dir. Sacramento Airpoirt, Ralph Goings (1970), Crocker Art Museum, Sacramento. Fonte: Wikimedia Coommons) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 13 5- Modernismo no Brasil II Para além do Modernismo de 22 no Brasil, ligado ao movimento Antropófago, há outros artistas que se destacaram com produções modernistas, fora da curva. Muitos deles atuaram até a segunda metade do século XX e, por isso, optamos por incluí-los aqui. Além disso, é preciso pensar sobre a arquitetura modernista no Brasil. Vamos nos dedicar a esses dois pontos. Arquitetura modernista A arquitetura modernista brasileira parte de diferentes referenciais. O primeiro elemento a se considerar é a influência da Arquitetura Moderna de Le Corbusier. Le Corbusier, cujo nome verdadeiro era Charles-Edouard Jeanneret-Gris nasceu na Suíça, mas fez sua carreira na França. Desde os anos 1920, ele trabalhou com conceitos que revolucionaram a arquitetura. Foi ele quem criou, por exemplo, a Unité d'Habitacion (Unidades de habitação), um conceito até hoje usado, de edifícios modulares. Le Corbusier tinha 5 pontos da nova arquitetura que deveriam ser seguidos para a criação de uma nova linguagem arquitetônica do século XX: • Construção dos edifícios sobre pilotis, um sistema de edificação em que o prédio é sustentado por uma grelha de pilares ou colunas no térreo. • Terraço-jardim, um conceito de aproveitar a laje superior para a criação de um espaço de lazer ao invés de apenas um telhado comum. • Planta-livre, um conceito que permite que os projetos internos tenham maior flexibilidade, já que se usam vigas e pilares para sustentação ao invés das paredes. • Fachada livre, ou seja, uma fachada com a maior abertura possível, tanto vazada quanto com vidro. Isso é uma consequência do novo modo proposto por ele na arquitetura interna, já que as vigas tiravam a importância das paredes, podendo haver uma nova utilização delas. • Janela em fita, que são as janelas horizontais contínuas, proporcionando maior entrada de luz e ventilação. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 14 Unite d'Habitacion de Marseille, na França, de Le Corbusier. Fonte: Unsplash. Esses são os princípios da arquitetura de Le Corbusier que influenciam a arquitetura modernista brasileira. Além disso, a Bauhaus e seus princípios de utilidade e minimalismo também influenciaram na arquitetura modernista brasileira. Os principais arquitetos modernistas brasileiros são: Lúcio Costa (1902 - 1998) Arquiteto e urbanista, um dos responsáveis pelo Plano Piloto de Brasília. O projeto apresentado por ele tinha todos os traços essenciais para o conceito moderno da cidade: privilegiava o transporte por automóveis, edifícios afastados em blocos, contando com pilotis com áreas verdes. Ele também foi responsável pelo Ministério de Educação e Saúde (atual Palácio Capanema) do Estado Novo de Vargas e pelo Plano urbanístico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Esq. Projeto de Brasília de Lucio Costa. Livro Projetos para Brasília: 1927 – 1957 | Dir. Fachada do Palácio Capanema. Oscar Niemeyer (1907 - 2012) Um dos mais conhecidos arquitetos brasileiros, mundialmente conhecido. Sua principal característica era o uso de linhas fluidas, ousadas, criando um estilo único. Além disso, Niemeyer é caracterizado pelo uso do branco em suas obras, muitas vezes revestidas em mármore ou com elementos de vidro. Esculturas e elementos em água também fazem parte de sua arquitetura. Algumas de suas obras mais conhecidas são: • Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte (1940). • Palácio da Alvorada e Palácio do Planalto, em Brasília (1957). • Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro (1991). t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 15 • Pavilhãoda Bienal, OCA e Marquise do Parque Ibirapuera. • Memorial da América Latina. • Edifício Copan. Lina Bo Bardi (1914 - 1992) Arquiteta italiana naturalizada brasileira, ela veio para o Brasil após a Segunda Guerra. Uma das maiores influências do seu trabalho é a cultura popular, com a qual dialoga fortemente. Ela também cria edifícios que convidam à participação popular. Algumas de suas principais obras são a Casa de Vidro (1951), MASP (1958), SESC Pompeia (1977) e Teatro Oficina (1990), todas em São Paulo. MASP. Fonte: Wikimedia Commons. Roberto Burle Marx Paisagista responsável por introduzir o conceito modernista nessa área de atuação no Brasil. Seu trabalho é influenciou o mundo com o uso de plantas tropicais nativas e jardins aquáticos. Ele também foi pioneiro nas reivindicações de proteção das florestas tropicais no Brasil. Foi responsável pelo paisagismo na cidade de Recife, além do Parque Ibirapuera e do Aterro do Flamengo. Ele também foi parceiro de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 16 Itamarati, com paisagismo de Burle Marx. Artistas modernistas Alguns artistas plásticos são relevantes para o Modernismo brasileiro. Eles aparecem muito nas provas, então você deve reconhecer minimamente seus nomes e estilos. Djanira (1914 - 1979), conhecida por suas obras retratando cenas de religiosidade e diversidade cultural brasileira. Ela tem interesse no cotidiano e na multiplicidade do país. Três Orixás (1966) Francisco Brennand (1927 - ), escultor e ceramista, conhecido pela simplificação formal de suas obras, usando linhas simples e cores puras, além da criação de totens. Ele reforma a fábrica de cerâmica de seu pai em Recife, transformando-a em um ateliê e galeria permanente de suas obras. Oficina Cerâmica Francisco Brennand, também chamada de Castelo Brennand. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 17 Aldemir Martins (1922 - 2006), pintor e ilustrador conhecido por representar animais e elementos da região nordeste do brasil com traços fortes e cores vibrantes. Gato azul (2003) Lasar Segall (1891-1957), pintor lituano radicado no Brasil, cujo trabalho foi muito inspirado no expressionismo, caracterizado pelas formas irregulares e as cores comedidas. Navio de emigrantes (1941) Flávio de Carvalho (1899 - 1973), artista polivalente, que atuou como arquiteto, engenheiro, cenógrafo, teatrólogo, pintor, desenhista, escritor, filósofo, músico etc. Um de seus trabalhos mais conhecidos é a performance Experiência nº 3, em que criou uma saia de náilon, usada com uma camisa bufante, um chapéu e uma meia arrastão, além de sandálias de couro como solução para o calor excessivo. Era uma ideia de vestimenta como moradia. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 18 Experiência nº 3 (1956). Alfredo Volpi (1896 - 1988), conhecido por seus temas populares e religiosos, principalmente suas séries retratando bandeirinhas. Mastros e Bandeirinhas de Fundo Azul (1960) 6 - Concretismo e neoconcretismo O abstracionismo, ou a arte abstrata, no início do século XX era muito representado por pessoas como Wassily Kandinsky (1886-1944) e Malevitch (1878-1935). Esses artistas eram conhecidos por inspirarem-se em formas não figurativas para a criação de seus trabalhos. Mas o expoente mais conhecido do abstracionismo geométrico é Piet Mondrian (1872 - 1944), artista holandês que restringia seus trabalhos ao uso de linhas retas (horizontais e verticais) e apenas as cores vermelho, amarelo, azul, branco e preto. Black Square (1924), Malevitch. Trafalgar Square (1939 - 1943), Piet Mondrian. Moma. Porém, por volta dos anos 1930, se torava cada vez mais comum o uso da palavra "concreto" para definir a arte não figurativa. A ideia é que na pintura não há nada mais concreto do eu as linhas, as cores e as superfícies. Para além de uma arte abstrata, a arte concrete se liga também à técnica e à ciência. No Brasil, o concretismo encontra particular presença. A segunda metade do século XX é um momento de euforia após a Segunda Guerra Mundial, coincidindo com um grande desenvolvimento t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 19 tecnológico no Brasil e artístico: o MASP é fundado em 1947, o MAM, em 1948 e a I Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1951. O Grupo Ruptura, de São Paulo, é quem apresenta o manifesto do concretismo no Brasil, em 1952. Em 1956, vemos divergências entre dois grupos: Frente, do Rio de Janeiro, e Ruptura, de São Paulo. Sua principal diferença é que as produções paulistas são mais rigorosas formalmente e as produções cariocas fazem uso de um vocabulário mais abstrato. São movimentos também ligados à literatura e à poesia concreta. Essa cisão no movimento gera duas frentes de trabalho: uma em São Paulo, que segue se referindo a si mesma como Movimento Concreto, caracterizada por uma criação mais racional, geométrica e objetiva; e uma no Rio de Janeiro, que se autodenomina Neoconcretismo e defende uma maior subjetividade na criação artística, além de uma maior liberdade formal. Essencialmente, o que diferencia essas duas correntes são: CONCRETISMO NEOCONCRETISMO Se desenvolve em São Paulo. Se desenvolve no Rio de Janeiro. Grupo Ruptura Grupo Frente Prioriza a forma geométrica. Geometria deve ser forma de expressão. Materialista, ligado às técnicas construtivas e aos objetos. Existencialista, incentivando a participação do sujeito na obra. Objetivo e racional. Subjetivo e experimental. Busca de uma linguagem de comunicação universal. Busca de uma arte transcendente, que faça com que o público interaja com ela. Desenho preciso, com régua e compasso, baseando-se no rigor matemático e no ritmo. Abstracionismo no uso de cores e formas geométricas, mas sem a necessidade de precisão. Interação do trabalho artístico com a produção industrial. Influência da fenomenologia e do existencialismo. Artistas: Waldemar Cordeiro, nas artes plásticas, Irmãos Campos na literatura concreta. Artistas: Lygia Clark, Lígia Pape, Ferreira Gullar, Hélio Oiticica, Amílcar de Castro. Vamos nos dedicar principalmente aqui aos artistas no neoconcreto que são aqueles que têm maior incidência nas provas. Lygia Clark (1920-1988), pintora e escultura. Suas instalações se propõe a pensar a arte em relação à terapia, desmistificando a ideia de arte como algo distante, elevada, incentivando o compartilhamento do público, explorando sensorialmente as percepções do corpo de formas e materiais. Ela também criou objetos relacionais. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 20 Esq. Máscaras sensoriais de Lygia Clark. Dir. Obra da série Bichos sendo manipulada. Lygia Pape (1927-2004). Escultora, pintora e gravadora. Experimenta diferentes formatos, sempre incentivando a participação do público. Ela também cria uma série de cartazes e identidades visuais para filmes do cinema novo. Instalação Tteia 1C, em Inhotim. Consiste em fios entrecruzados com luz incidindo sobre eles. Hélio Oiticica (1937 - 1980), artista da performance, pintor e escultor, considerado tanto concreto quanto neoconcreto muitas vezes. Sua obra é caracterizada por inventividade e participação do público. Suas primeiras obras, chamadas Metaesquemas, apresentam conflitos entre as formas pictóricas e os deslocamentos das formas. Posteriormente, ele irá investir mais nas instalações e performances, estimulandoa parte sensorial. Ele também criam Manifestações ambientais, salas que trazem sensações para o público. Metaesquema (1950) e Parangolé P1, Capa 1 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 21 Bandeira-Poema (1968) e Ninhos (1969) Amílcar de Castro (1920-2002), escultor mineiro suja principal característica é criar obras tridimensionais que partem de uma forma plana (como um círculo ou um quadrado) e são dobradas e cortadas para formar esculturas, mas sem fragmentar. O uso do ferro - que reage ao tempo e acaba enferrujando nas obras da rua - e a ausência de soldas são também muito característicos. Sem título (1950) e Sem título (1977) 7 - Exercícios 7.1 – Questões 1. (Unifesp - 2019) Tal movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário do consumismo e da cultura popular. Foi visto como uma reação ao expressionismo abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens figurativas e fizeram uso de temas banais. (Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.) Uma obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida em: t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 22 a) b) c) d) e) 2. (Uel - 2019) Observe a figura a seguir e responda à(s) questão(ões). O movimento artístico da década de 1960 conhecido como “Land Art” (Arte da Terra) parte da conexão e integração entre arte e natureza, em que a natureza é, além de suporte, a criação artística. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 23 Com base na figura e nos conhecimentos sobre o movimento Land Art, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) Destaca a relação entre espaço e mundo, em que um se realiza através do outro; opõe- se à arte apresentada nos museus, criticando a indústria cultural e a racionalidade formal. ( ) Enfatiza a grandeza e a efemeridade da arte na sua fusão com a natureza; os espaços das obras se comunicam e interagem uns com os outros. ( ) Utiliza objetos do cotidiano para a obra de arte comunicar e interagir no fazer artístico e baseia-se na relação entre a arte e o espaço limitado, fazendo deles o seu local de ocupação e produção. ( ) Traz a natureza como material e faz do espaço a arte, enfatizando os conceitos sobre ecologia, meio ambiente e sustentabilidade. ( ) Está ligado a uma estética baseada em sua bidimensionalidade circunscrita e na elaboração de obras que perduram por gerações. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, F, V, V, V. b) V, V, F, V, F. c) V, V, F, F, V. d) F, V, F, V, F. e) F, F, V, F, V. 3. (Enem 2019) TEXTO I TEXTO II Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 24 a) apropriação parodística das técnicas e materiais utilizados. b) reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte. c) simplificação dos traços da composição pictórica. d) contraposição de linguagens artísticas distintas. e) crítica ao advento do abstracionismo. 4. (Uem - 2018) Em relação à pop art, assinale o que for correto. 01) Surgiu no início dos anos 50 do século XX na Inglaterra; era a arte produzida para o consumo em massa. 02) Richard Hamilton e Andy Warhol estavam entre seus artistas mais expressivos. 04) Tinha, como principais fontes de inspiração, símbolos da cultura erudita, a exemplo de temas da vida aristocrática, sobretudo os ligados aos meios de transporte e à sociedade civil. 08) Utilizava variadas técnicas, tais como fotografia, serigrafia, colagem, pintura, escultura dentre outras, a fim de obter seus resultados. 16) A colagem é uma técnica que consiste na junção de materiais diversos, de textura diferente ou não, lado a lado ou uns sobre os outros, em uma superfície plana, formando uma nova imagem ou motivo. 5. (Unesp - 2016) Essa nova sensibilidade artística, apesar de heterogênea, pode ser resumida através da atenção à forma e ao tema, assim como ao processo. A forma inclui cores saturadas, formas simples, contornos relativamente nítidos e supressão do espaço profundo. O tema deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de massa. (David McCarthy. Movimentos da arte moderna, 2002. Adaptado.) O comentário do historiador David McCarthy aplica-se à obra reproduzida em: a) c) d) e) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 25 b) 6. (Uel 2015) Leia o texto e analise as imagens a seguir. A Coca-Cola é lançada em 1886 em Atlanta na máquina de refrigerantes da Jacob’s Pharmacy. Como muitas pessoas que mudaram a história, John Pemberton, um farmacêutico de Atlanta, foi inspirado pela simples curiosidade: em uma tarde, ele agitou um líquido cheiroso com cor de caramelo e, quando parou, levou a mistura até a vizinha Jacob’s Pharmacy. Lá, a mistura foi combinada com água com gás e provada pelos clientes, que foram unânimes: essa nova bebida era, de alguma forma, especial. Então, ela passou a ser vendida na Jacob’s Pharmacy a cinco centavos o copo. Um século depois a The Coca-Cola Company produzia mais de 38 bilhões de litros de xarope fazendo com que o produto alcançasse, nos dias de hoje, extrema popularidade em vários países do mundo. Adaptado de: História Coca-Cola Global. Disponível em: <https://cocacolabrasil.com.br/coca-cola-brasil/historia-da- marca/>. Acesso em: 1 ago. 2104. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 26 Como elemento introjetado na cultura moderna e contemporânea, a Coca-Cola foi um elemento utilizado e/ou apropriado por diversos artistas, como na pintura Cinco Garrafas de Coca-Cola, do artista americano Andy Warhol, e na intervenção Inserção em Circuitos Ideológicos: projeto Coca-Cola, do artista brasileiro Cildo Meireles. Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre a produção dos referidos artistas, descreva as principais características da produção de Andy Warhol relacionando-as com a utilização da Coca-Cola como elemento figurativo e simbólico. 7. (Unicamp - 2014) A imagem acima, obra de Andy Warhol, pertence a uma série que faz referência a outros ícones do século XX. Sobre o artista e a obra é correto afirmar que: a) Che Guevara, Pelé e Marilyn Monroe são referências em suas áreas de atuação e foram retratados por Warhol porque o artista queria que os jovens os imitassem. b) O artista denunciava as ações do regime cubano, por meio da imagem de Che Guevara, ao mesmo tempo em que criticava o predomínio cultural americano, ao fazer trabalho semelhante com Marilyn Monroe. c) A Pop Art, na qual se insere Andy Warhol, é um movimento de valorização da cultura midiática, daí sua predileção por representantes de esquerda e de minorias, como mulheres e negros. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 27 d) A proliferação de imagens produzidas pela publicidade, cinema, TV e jornais estimulou uma pintura que trouxe para a tela, com a Pop Art,referências conhecidas. 8. (Ufg - 2013) Analise a imagem a seguir. Andy Warhol foi um dos representantes da art pop, surgida na Inglaterra e nos Estados Unidos na década de 1950. A imagem apresentada traduz a concepção desse movimento artístico, quando a) escolhe uma personalidade feminina para tema, associando a arte à luta do movimento feminista. b) apresenta um único rosto em sequência, demonstrando a singularidade dos indivíduos celebrados. c) transforma imagens veiculadas na indústria cultural, ampliando as possibilidades de relação com a arte. d) fortalece o mito do american way of life, utilizando-se de personagens icônicas. e) critica o padrão de beleza feminina, expondo o elitismo das produções cinematográficas. 9. (Uerj - 2011) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 28 Andy Warhol (1928-1987) é um artista conhecido por criações que abordaram valores da sociedade de consumo; em especial, o uso e o abuso da repetição. Esses traços estão presentes, por exemplo, na obra que retrata as latas de sopa Campbell’s, de 1962. O modelo de desenvolvimento do capitalismo e o correspondente elemento da organização da produção industrial representados neste trabalho de Warhol estão apontados em: a) taylorismo – produção flexível b) fordismo – produção em série c) toyotismo – fragmentação da produção d) neofordismo – terceirização da produção 10. (Enem 2010) Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003. Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: a) d) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 29 b) c) e) Texto para as questões 11 e 12 A conservação de alimentos é a arte de mantê-los o mais estáveis possível em suas características físicas, químicas e biológicas. Existem vários métodos para isso, entre eles, a conservação pelo frio, a irradiação e o uso de conservantes químicos. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 30 11. (Uel - 2009) Considerando as figuras e o universo da Arte Pop, é correto afirmar que: a) No Brasil, Antonio Dias e Wesley Duke Lee produziam obras cujos temas eram mais ingênuos e, devido ao atraso tecnológico, não utilizavam as mesmas técnicas que os americanos. b) A temática da Arte Pop era inspirada em imagens futuristas europeias, pois eram utilizadas as cores primárias chapadas e o traço era duro e simplificado. c) Os estereótipos da pintura contemporânea, além de constituírem o universo pop, atestam a influência da visualidade oriental com seus tons saturados e temática política. d) Apresentam um tipo de figuração própria dos meios de comunicação de massa, que, repetida inúmeras vezes, pode ser reconhecida sem ser observada. e) No repertório plástico dos artistas vinculados à Arte Pop, observa-se forte carga subjetiva, traduzida pelo gesto lírico-dramático cuja influência vem do expressionismo abstrato. 12. (Uel - 2009) Com base na figura 4 e nos conhecimentos sobre Andy Warhol, considere as afirmativas. I - Contrariando os meios de comunicação de massa, Andy Warhol adotava a pintura a óleo para representar as personalidades, pois assim reforçaria a ideia de imortalidade e durabilidade dos mitos. II - Seus trabalhos para embalagens de produtos de consumo, bem como a utilização do silkscreen para a reprodução, apontam para sua formação artística advinda da Bauhaus. III - A Arte Pop se coloca na cena artística como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida, pela incorporação das histórias em quadrinhos e da publicidade. IV - O artista acreditava que a multiplicação das imagens pelo silkscreen enfatizava a ideia de anonimato e afastava qualquer vestígio de seus gestos. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 31 Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 13. (Ueg 2008) O Super-Homem, criado em 1934 nos Estados Unidos, e Macunaíma, surgido em 1928, com a publicação de "Macunaíma, o herói sem nenhum caráter", de Mário de Andrade, são duas personagens de ficção que, em muitos aspectos, revelam as diferenças culturais entre a cultura norte-americana e a brasileira. Sobre essas duas produções artísticas, marque a alternativa INCORRETA: a) A personagem Super-Homem representa a visão da elite norte-americana, majoritariamente branca, que, na época, excluía os negros de uma participação efetiva na sociedade. b) Ao contrário do Super-Homem, a personagem Macunaíma pode ser vista como um anti- herói, na medida em que sua caracterização se afasta de quaisquer idealizações. c) O Super-Homem representa o desejo de grandeza da sociedade norte-americana, que passava por um grande momento de prosperidade, decorrente do fato de os EUA terem sido uma das nações imunes à crise de 1929. d) A história em quadrinhos foi um tema recorrente na pop art, movimento artístico que, valendo-se de objetos do cotidiano, conferiu-lhes estatuto de obra de arte, criticando o consumismo exagerado da sociedade capitalista. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 32 14. (G1 - cps - 2008) "Nunca um único sistema cultural teve tanto impacto e exerceu efeito tão profundo na mudança de comportamento e dos padrões de gosto e consumo de populações por todo o mundo, como o cinema de Hollywood no seu apogeu... Em primeiro lugar, o que calava fundo nas plateias era a beleza extraordinária daqueles seres, feitos de maquiagem, penteados, luz e close-up. O conjunto dos recursos desenvolvidos para as finalidades técnicas das filmagens passa a ser introduzido no mercado, sugerindo a possibilidade de as pessoas manipularem suas próprias aparências para se assemelharem aos deuses da tela. O mercado será invadido de xampus, condicionadores, bases, ruge, rímel, lápis, sombras, batons, um enorme repertório de cortes, penteados e permanentes, tinturas, cílios, unhas postiças, e naturalmente "o sabonete das estrelas de cinema"... A televisão viria a completar e dar o toque final a esse processo iniciado pelo cinema, invadindo e comandando a vida das pessoas dentro do próprio lar e organizando o ritmo e as atividades das famílias pelo fluxo variado da programação e dos intervalos comerciais. Os objetos passaram a ser alvo do mesmo culto que a imagem dos astros e estrelas, e era muito comum os estúdios reforçarem essa associação, para além das roupas, joias e adereços, distribuindo fotos de seus contratados ao lado de telefones, motocicletas,discos e aparelhos sonoros, carros, móveis e locações turísticas. O objeto do desejo se torna inseparável do desejo do objeto e um pode suprir a falta do outro. (Adaptado de: SEVCENCKO, Nicolau. A capital irradiante: técnicas, ritmos e ritos do Rio. In: História da Vida Privada no Brasil, Vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998) Com base no texto, avalie os argumentos e identifique o que é válido. I. Entre os elementos culturais que marcam a segunda metade do século XX está o foco principal no indivíduo, sua busca particular da felicidade e o consumismo. II. A era da imagem reforça uma cultura toda baseada em representações do novo, do moderno e do belo, sobretudo a partir da década de 1940, com o cinema, e da década de 1960, com a TV. III. Primeiro o cinema e posteriormente a televisão veicularam, ao longo do século XX, modelos de comportamento, de beleza e de estilo, identificando-os como necessários para o sucesso ou o bem-estar. IV. O poder da imagem tornou-se questão estratégica durante o século XX, com o desenvolvimento de mídias de grande impacto, como a fotografia, o cinema, o rádio e a televisão; seu controle pode significar poder e lucro. São válidas as afirmações contidas em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 33 c) II e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 15. (Uel 1996) "Nos anos 60 se torna o movimento artístico mais influente dos EUA. Sua ideia é reutilizar imagens da sociedade de consumo, chamando a atenção do espectador para sua qualidade estética e poder de atração, fazendo ampliações ou variantes cromáticas". O texto refere-se à POP ART e pode ser completado com a seguinte ideia: a) Donald Ludd e Robert Morris utilizam um mínimo de recursos e a simplificação extrema da forma. b) Yves Klein, francês, e Bruce Nauman, norte-americano, criam a 'body art'; usando o corpo humano procuram desenvolver uma variante da arte performática. c) Allen Kaprow cria o 'happening': uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. d) Andy Warhol faz serigrafias com o rosto de artistas de cinema, como por exemplo de Marilyn Monroe, e embalagens de alimentos, como a da sopa Campbell's. e) Sandro Chia e Mimmo Paladino contrapõem o antigo ao moderno, num ecletismo que reflete a própria história da arte. 16. (ENEM – 2009 – Cancelado) TEXTO A TEXTO B Metaesquema I t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 34 Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Nesta obra, como o próprio nome define: meta — dimensão virtual de movimento, tempo e espaço; esquema — estruturas, os Metaesquemas são estruturas que parecem movimentar-se no espaço. Esse trabalho mostra o deslocamento de figuras geométricas simples dentro de um campo limitado: a superfície do papel. A isso podemos somar a observação da precisão na divisão e no espaçamento entre as figuras, mostrando que, além de transgressor e muito radical, Oiticica também era um artista extremamente rigoroso com a técnica. Disponível em: http://www.mac.usp.br. Acesso em: 02 maio 2009 (adaptado). Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Levando-se em consideração o texto e a obra Metaesquema I, reproduzidos acima, verifica-se que A) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de estruturas que parecem se movimentar, no campo limitado do papel, procurando envolver de maneira mais efetiva o olhar do observador. B) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras (retângulos) mostra a falta de rigor da técnica empregada, dando à obra um estilo apenas decorativo. C) Metaesquema I é uma obra criada pelo artista para alegrar o dia a dia, ou seja, de caráter utilitário. D) a obra representa a realidade visível, ou seja, espelha o mundo de forma concreta. E) a visão da representação das figuras geométricas é rígida, propondo uma arte figurativa. 17. (ENEM – 2016 – 2ª APLICAÇÃO) A escultura do artista construtivista Amílcar de Castro é representativa da arte contemporânea brasileira e tem o traço estrutural marcado por elementos como A) o corte e a dobra. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 35 B) a força e a visualidade. C) o adereço e a expressão. D) o rompimento e a inércia. E) a decomposição e a articulação. 18. (UNESP – 2019) Tate Modern – London Hélio Oiticica Until Summer 2019 Tropicália Tropicália is used to describe the explosion of cultural creativity in Rio de Janeiro and São Paulo in 1968 as Brazil’s military regime tightened its grip on power. Many of the artists, writers and musicians associated with Tropicália came of age during the 1950s in a time of intense optimism when the cultural world had been encouraged to play a central role in the creation of a democratic, socially just and modern Brazil. Nevertheless, a military coup in 1964 had brought to power a right-wing regime at odds with the concerns of left-wing artists. Tropicália became a way of exposing the contradictions of modernisation under such an authoritarian rule. The word Tropicália comes from an installation by the artist Hélio Oiticica, who created environments that were designed to encourage the viewer’s emotional and intellectual participation. Oiticica called them “penetrables” because people were originally encouraged to enter them. They mimic the improvised, colourful dwellings in Rio de Janeiro’s favelas, or t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 36 shanty towns. The lush plants and sand help to convey a sense of the tropical character of the city. When Oiticica exhibited the work, he also included live parrots. From its beginning, Tropicália was seen as a re-articulation of Anthropophagia (“cannibalism”), an artistic ideology promoted by Oswald de Andrade. (www.tate.org.uk. Adaptado.) De acordo com o terceiro parágrafo, a obra Tropicália, de Hélio Oiticica, A) fez com que os intelectuais da época ficassem emocionados. B) referia-se à penetração da favela na cidade. C) estimulava o público a adentrar a instalação. D) pretendia mostrar como seriam as favelas urbanizadas. E) propunha um debate ecológico ao usar plantas e pássaros reais. 19. (UNB – 2012) A obra Parangolé, de Hélio Oiticica, figura como bom exemplo da arte que conjuga a expressão corporal — a dança rítmica carnavalesca — com a expressão visual — o colorido das vestimentas dos passistas. A) Certo B) Errado 20. (UNB – 2012) Hélio Oiticica, membro dos movimentos concreto e neoconcreto no Rio de Janeiro, nos anos 50 e 60 do século passado, foi um dos primeiros artistas brasileiros a adotar, em sua obra, o princípio da participação do espectador. A) Certo B) Errado 7.2 – Gabarito 1. D t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 37 2. B 3. A 4. 27 5. A 6. Resposta no caderno de respostas 7. D 8. C 9. B 10. C 11. D 12. C 13. C 14. E 15. D 16. A 17. A 18. C 19. A 7.3 – Questões comentadas 1. (Unifesp - 2019) Tal movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário do consumismo e da cultura popular. Foi vistocomo uma reação ao expressionismo abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens figurativas e fizeram uso de temas banais. (Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 38 Uma obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida em: a) b) c) d) e) Comentários: A alternativa A está incorreta, pois René Magritte é um artista surrealista, da primeira metade do século XX. Ainda que esse quadro trate de temas “banais”, não se pode dizer que há diálogo com a cultura popular e o consumismo. A alternativa B está incorreta, pois, assim como em A, Salvador Dali é um artista surrealista, da primeira metade do século XX. Além disso, não se pode dizer que há diálogo com a cultura popular e o consumismo no quadro apresentado. A alternativa C está incorreta, pois Kandinsky é um artista que inspira o expressionismo abstrato, ou seja, é anterior ao movimento citado no texto. A alternativa D está correta, pois a Pop Art é um movimento baseado no consumismo e na cultura popular, de massa. É comum o aparecimento de elementos como embalagens, objetos e histórias em quadrinhos. A alternativa E está incorreta, pois Jackson Pollock é o principal artista do expressionismo abstrato. Gabarito: D 2. (Uel - 2019) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 39 Observe a figura a seguir e responda à(s) questão(ões). O movimento artístico da década de 1960 conhecido como “Land Art” (Arte da Terra) parte da conexão e integração entre arte e natureza, em que a natureza é, além de suporte, a criação artística. Com base na figura e nos conhecimentos sobre o movimento Land Art, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) Destaca a relação entre espaço e mundo, em que um se realiza através do outro; opõe- se à arte apresentada nos museus, criticando a indústria cultural e a racionalidade formal. ( ) Enfatiza a grandeza e a efemeridade da arte na sua fusão com a natureza; os espaços das obras se comunicam e interagem uns com os outros. ( ) Utiliza objetos do cotidiano para a obra de arte comunicar e interagir no fazer artístico e baseia-se na relação entre a arte e o espaço limitado, fazendo deles o seu local de ocupação e produção. ( ) Traz a natureza como material e faz do espaço a arte, enfatizando os conceitos sobre ecologia, meio ambiente e sustentabilidade. ( ) Está ligado a uma estética baseada em sua bidimensionalidade circunscrita e na elaboração de obras que perduram por gerações. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, F, V, V, V. b) V, V, F, V, F. c) V, V, F, F, V. d) F, V, F, V, F. e) F, F, V, F, V. Comentários: O item I é verdadeiro, pois a Land Art é um movimento do século XX que se opõe à arte tradicional, presente nos museus. Assim, ela traça uma crítica à indústria cultural e à mercantilização da arte. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 40 O item II é verdadeiro, pois as principais características da Land Art são o caráter efêmero de seus materiais e a fusão entre arte e natureza, criando instalações grandiosas. O item III é falso, pois esse movimento se caracteriza por se realizar na natureza, portanto, em grandes espaços. O item IV é verdadeiro, pois a Land Art se caracteriza pela valorização da natureza, então enquanto espaço da arte quanto como matéria prima. Assim, acaba enfatizando conceitos sobre ecologia, meio ambiente e sustentabilidade. O item V é falso, pois a Land Art faz uso da tridimensionalidade, principalmente por meio de instalações adaptadas em ambientes naturais. Gabarito: B 3. (Enem 2019) TEXTO I TEXTO II Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na a) apropriação parodística das técnicas e materiais utilizados. b) reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte. c) simplificação dos traços da composição pictórica. d) contraposição de linguagens artísticas distintas. e) crítica ao advento do abstracionismo. Comentários: A alternativa A está correta, pois Vik Muniz é um artista plástico contemporâneo conhecido por usar materiais inusitados nas suas obras. Aqui, ele reproduz a famosa fotografia de Pollock em seu estúdio utilizando a própria técnica que deixou o artista expressionista abstrato conhecido: a action painting, t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 41 porém usando chocolate ao invés de tinta. Assim, pode-se dizer que o artista faz uma interpretação parodística das técnicas e materiais de Pollock. A alternativa B está incorreta, pois não há reflexão sobre a circulação da arte aqui, mas sim sobre os processos de feitura de uma obra. A alternativa C está incorreta, pois não há simplificação, já que Vik Muniz reproduz a figura. A alternativa D está incorreta, pois o artista se utiliza da mesma técnica de Pollock para a criação da obra. A alternativa E está incorreta, pois não há crítica aqui, apenas releitura. Gabarito: A 4. (Uem - 2018) Em relação à pop art, assinale o que for correto. 01) Surgiu no início dos anos 50 do século XX na Inglaterra; era a arte produzida para o consumo em massa. 02) Richard Hamilton e Andy Warhol estavam entre seus artistas mais expressivos. 04) Tinha, como principais fontes de inspiração, símbolos da cultura erudita, a exemplo de temas da vida aristocrática, sobretudo os ligados aos meios de transporte e à sociedade civil. 08) Utilizava variadas técnicas, tais como fotografia, serigrafia, colagem, pintura, escultura dentre outras, a fim de obter seus resultados. 16) A colagem é uma técnica que consiste na junção de materiais diversos, de textura diferente ou não, lado a lado ou uns sobre os outros, em uma superfície plana, formando uma nova imagem ou motivo. Comentários: [01] Correto – A pop art de fato surge na Inglaterra e é uma arte produzida visando o consumo de massa, além de utilizar símbolos da cultura popular como tema das obras. ATENÇÃO: há discussão se a Pop Art era ou não crítica à cultura de massa. Algumas bancas entenderão que sim outras que esse movimento era uma reafirmação da sociedade do consumo. Lembre-se do que apontamos: as obras podem ser lidas tanto como críticas à indústria cultural quanto como endosso. [02] Correto – Richard Hamilton foi o “pai” da pop art, um dos primeiros artistas a criar obras com essas características; e Andy Warhol foi o artista mais conhecido do movimento. [04] Incorreto - A Pop Art partia de símbolos da cultura popular, não erudita. [08] Correto - As obras deste movimento utilizaram diferentes técnicas. [16] Correto – Essa é a descrição do que é a colagem como técnica. Gabarito: 01 + 02 + 08 + 16 = 27 5. (Unesp - 2016) Essa nova sensibilidade artística, apesar de heterogênea, pode ser resumida através da atenção à forma e ao tema, assim como ao processo. A forma inclui cores saturadas, formas simples, contornos relativamente nítidos e supressão do espaço profundo. O tema deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de massa. (David McCarthy. Movimentos da arte moderna, 2002. Adaptado.) O comentário do historiador David McCarthy aplica-se à obra reproduzida em: t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XXAULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 42 a) b) c) d) e) Comentários: A alternativa A está correta, pois nessa obra vê-se a referência à cultura popular – já que a imagem retratada é de Elvis Presley –, os contornos definidos e a ausência de fundo. Além disso, mesmo com a imagem em preto e branco, percebe-se o contraste de cores. A alternativa B está incorreta, pois essa obra não deriva de formas preexistentes ou de referências à cultura de massa. A alternativa C está incorreta, pois essa obra não possui formas simples ou contornos nítidos. A alternativa D está incorreta, pois essa obra não deriva de formas preexistentes ou de referências à cultura de massa. A alternativa E está incorreta, pois ainda que possua formas simples e contornos nítidos, essa obra não deriva da cultura popular. Gabarito: A 6. (Uel 2015) Leia o texto e analise as imagens a seguir. A Coca-Cola é lançada em 1886 em Atlanta na máquina de refrigerantes da Jacob’s Pharmacy. Como muitas pessoas que mudaram a história, John Pemberton, um farmacêutico de Atlanta, foi inspirado pela simples curiosidade: em uma tarde, ele agitou um líquido cheiroso com cor de caramelo e, quando parou, levou a mistura até a vizinha Jacob’s Pharmacy. Lá, a mistura foi combinada com água com gás e provada pelos clientes, que foram unânimes: essa nova bebida era, de alguma forma, especial. Então, ela passou a t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 43 ser vendida na Jacob’s Pharmacy a cinco centavos o copo. Um século depois a The Coca-Cola Company produzia mais de 38 bilhões de litros de xarope fazendo com que o produto alcançasse, nos dias de hoje, extrema popularidade em vários países do mundo. Adaptado de: História Coca-Cola Global. Disponível em: <https://cocacolabrasil.com.br/coca-cola-brasil/historia-da- marca/>. Acesso em: 1 ago. 2104. Como elemento introjetado na cultura moderna e contemporânea, a Coca-Cola foi um elemento utilizado e/ou apropriado por diversos artistas, como na pintura Cinco Garrafas de Coca-Cola, do artista americano Andy Warhol, e na intervenção Inserção em Circuitos Ideológicos: projeto Coca-Cola, do artista brasileiro Cildo Meireles. Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre a produção dos referidos artistas, descreva as principais características da produção de Andy Warhol relacionando-as com a utilização da Coca-Cola como elemento figurativo e simbólico. Comentários: Andy Warhol, representante da pop art, buscava representar em suas obras símbolos retirados da cultura de massa. A garrafa de Coca-Cola adquire, ao longo do tempo, um caráter associado à ideia de consumo e industrialização. Como símbolo da sociedade de consumo e associada aos hábitos da sociedade americana, a garrafa era um objeto amplamente reconhecido e reproduzível. Ao colocar não uma, mas várias garrafas no quadro, Warhol enfatiza o aspecto da reprodutibilidade da arte e dos próprios objetos na sociedade americana. 7. (Unicamp - 2014) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 44 A imagem acima, obra de Andy Warhol, pertence a uma série que faz referência a outros ícones do século XX. Sobre o artista e a obra é correto afirmar que: a) Che Guevara, Pelé e Marilyn Monroe são referências em suas áreas de atuação e foram retratados por Warhol porque o artista queria que os jovens os imitassem. b) O artista denunciava as ações do regime cubano, por meio da imagem de Che Guevara, ao mesmo tempo em que criticava o predomínio cultural americano, ao fazer trabalho semelhante com Marilyn Monroe. c) A Pop Art, na qual se insere Andy Warhol, é um movimento de valorização da cultura midiática, daí sua predileção por representantes de esquerda e de minorias, como mulheres e negros. d) A proliferação de imagens produzidas pela publicidade, cinema, TV e jornais estimulou uma pintura que trouxe para a tela, com a Pop Art, referências conhecidas. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois os artistas eram representados por serem figuras populares, não porque eram modelos a serem seguidos. A alternativa B está incorreta, pois, assim como dito em A, a escolha das imagens se dava pelo seu grau de popularidade, não por uma crítica à pessoa em si. A alternativa C está incorreta, pois a pop art não tem predileção especial por representantes das esquerdas ou minorias. Há, por exemplo, representações de Elvis Presley, que não se encaixa em nenhuma das categorias. A alternativa D está correta, pois a pop art – e principalmente Andy Warhol – usava de imagens populares de pessoas conhecidas para criar suas telas. Gabarito: D t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 45 8. (Ufg - 2013) Analise a imagem a seguir. Andy Warhol foi um dos representantes da art pop, surgida na Inglaterra e nos Estados Unidos na década de 1950. A imagem apresentada traduz a concepção desse movimento artístico, quando a) escolhe uma personalidade feminina para tema, associando a arte à luta do movimento feminista. b) apresenta um único rosto em sequência, demonstrando a singularidade dos indivíduos celebrados. c) transforma imagens veiculadas na indústria cultural, ampliando as possibilidades de relação com a arte. d) fortalece o mito do american way of life, utilizando-se de personagens icônicas. e) critica o padrão de beleza feminina, expondo o elitismo das produções cinematográficas. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois não há associação entre a pop art e os movimentos feministas, ainda que sejam contemporâneos. A alternativa B está incorreta, pois a repetição demonstra o oposto: uma imagem que pode ser repetida à exaustão denota tudo menos singularidade, particularidade. A alternativa C está correta, pois isso é a definição do modo de trabalho da pop art: imagens do cotidiano, da cultura de massa, ressignificadas artisticamente. A alternativa D está incorreta, pois as personagens icônicas não reforçam necessariamente o american way of life. Lembre-se que o próprio Che Guevara foi objeto de uma obra de Warhol. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 46 A alternativa E está incorreta, pois, assim como em A, a pop art não se debruça sobre as questões de gênero. Gabarito: C 9. (Uerj - 2011) Andy Warhol (1928-1987) é um artista conhecido por criações que abordaram valores da sociedade de consumo; em especial, o uso e o abuso da repetição. Esses traços estão presentes, por exemplo, na obra que retrata as latas de sopa Campbell’s, de 1962. O modelo de desenvolvimento do capitalismo e o correspondente elemento da organização da produção industrial representados neste trabalho de Warhol estão apontados em: a) taylorismo – produção flexível b) fordismo – produção em série c) toyotismo – fragmentação da produção d) neofordismo – terceirização da produção Comentários: A alternativa A está incorreta, pois o taylorismo é um modelo de administração que busca aumento da eficiência nas operações e, aqui, há repetição, não necessariamente aumento de eficiência. Além disso, não há flexibilidade, mas sim serialização. A alternativa B está correta, pois as imagens repetidas da lata denotam a serialização dos processos, método adotado pela indústria automobilística de Henry Ford, nos EUA. A alternativa C está incorreta, pois o toyotismo flexibiliza a produção, o que não ocorre aqui. Há uma repetição mais do que uma fragmentação. A alternativa D está incorreta, pois não há ideia de terceirizar, massim de serializar. Gabarito: B 10. (Enem 2010) Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 47 concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003. Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: a) b) c) d) e) Comentários: A alternativa A está incorreta, pois nessa obra não há mistura de pessoas de diferentes épocas. A alternativa B está incorreta, pois não há mais de um personagem na tela, logo, não há mistura de pessoas de diferentes épocas. A alternativa C está correta, pois aqui há uma paródia em que se incorpora o rosto do comediante Mr. Bean com a obra Monalisa, de Leonardo DaVinci, ou seja, há união de pessoas de diferentes épocas. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 48 A alternativa D está incorreta, pois, assim como em B, não há mais de um personagem na tela, logo, não há mistura de pessoas de diferentes épocas. A alternativa E está incorreta, pois não há mais de um personagem na tela, logo, não há mistura de pessoas de diferentes épocas. Gabarito: C Texto para as questões 11 e 12 A conservação de alimentos é a arte de mantê-los o mais estáveis possível em suas características físicas, químicas e biológicas. Existem vários métodos para isso, entre eles, a conservação pelo frio, a irradiação e o uso de conservantes químicos. 11. (Uel - 2009) Considerando as figuras e o universo da Arte Pop, é correto afirmar que: a) No Brasil, Antonio Dias e Wesley Duke Lee produziam obras cujos temas eram mais ingênuos e, devido ao atraso tecnológico, não utilizavam as mesmas técnicas que os americanos. b) A temática da Arte Pop era inspirada em imagens futuristas europeias, pois eram utilizadas as cores primárias chapadas e o traço era duro e simplificado. c) Os estereótipos da pintura contemporânea, além de constituírem o universo pop, atestam a influência da visualidade oriental com seus tons saturados e temática política. d) Apresentam um tipo de figuração própria dos meios de comunicação de massa, que, repetida inúmeras vezes, pode ser reconhecida sem ser observada. e) No repertório plástico dos artistas vinculados à Arte Pop, observa-se forte carga subjetiva, traduzida pelo gesto lírico-dramático cuja influência vem do expressionismo abstrato. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois não se pode dizer que havia atraso tecnológico do Brasil em relação aos EUA. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 49 A alternativa B está incorreta, pois não se trabalhavam com imagens futuristas europeias, mas sim imagens da cultura popular. A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer que havia influência oriental ou temáticas políticas na pop art. A alternativa D está correta, pois a pop art utilizava imagens da cultura de massa, muito repetidas, para a criação de obras de arte. A alternativa E está incorreta, pois não há carga subjetiva na pop art, que se opunha ao expressionismo abstrato e ao gestual emotivo. Gabarito: D 12. (Uel - 2009) Com base na figura 4 e nos conhecimentos sobre Andy Warhol, considere as afirmativas. I - Contrariando os meios de comunicação de massa, Andy Warhol adotava a pintura a óleo para representar as personalidades, pois assim reforçaria a ideia de imortalidade e durabilidade dos mitos. II - Seus trabalhos para embalagens de produtos de consumo, bem como a utilização do silkscreen para a reprodução, apontam para sua formação artística advinda da Bauhaus. III - A Arte Pop se coloca na cena artística como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida, pela incorporação das histórias em quadrinhos e da publicidade. IV - O artista acreditava que a multiplicação das imagens pelo silkscreen enfatizava a ideia de anonimato e afastava qualquer vestígio de seus gestos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Comentários: A afirmativa I está incorreta, pois Andy Warhol não utilizava pintura a óleo, mas sim silkscreen, tampouco buscava reforçar a ideia de durabilidade dos mitos. A afirmativa II está incorreta, pois ele não tinha formação artística da escola de Bauhaus. A afirmativa III está correta, pois a art pop inclui imagens da cultura popular nas obras de arte, reforçando a ideia da inserção dos meios de comunicação na vida cotidiana. A afirmativa IV está correta, pois a ideia de multiplicar imagens mostrava o quanto a reprodutibilidade técnica havia mudado o status da arte, tirando da mão dos artistas e substituindo-a pelo aparato técnico. Gabarito: C 13. (Ueg 2008) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 50 O Super-Homem, criado em 1934 nos Estados Unidos, e Macunaíma, surgido em 1928, com a publicação de "Macunaíma, o herói sem nenhum caráter", de Mário de Andrade, são duas personagens de ficção que, em muitos aspectos, revelam as diferenças culturais entre a cultura norte-americana e a brasileira. Sobre essas duas produções artísticas, marque a alternativa INCORRETA: a) A personagem Super-Homem representa a visão da elite norte-americana, majoritariamente branca, que, na época, excluía os negros de uma participação efetiva na sociedade. b) Ao contrário do Super-Homem, a personagem Macunaíma pode ser vista como um anti- herói, na medida em que sua caracterização se afasta de quaisquer idealizações. c) O Super-Homem representa o desejo de grandeza da sociedade norte-americana, que passava por um grande momento de prosperidade, decorrente do fato de os EUA terem sido uma das nações imunes à crise de 1929. d) A história em quadrinhos foi um tema recorrente na pop art, movimento artístico que, valendo-se de objetos do cotidiano, conferiu-lhes estatuto de obra de arte, criticando o consumismo exagerado da sociedade capitalista. Comentários: A alternativa A está correta, pois o Super-Homem surge num momento em que a segregação racial ainda estava em vigor nos EUA. A alternativa B está correta, pois Macunaíma é o anti-herói brasileiro, se comporta de maneira afastada de idealizações, diferente do Super-Homem, que se comporta de maneira exemplar. A alternativa C está incorreta, pois os EUA foram uma das nações que mais sofreram com a crise de 1929. Lembre-se que foi a bolsa de Nova York que quebrou em 1929, fomentando a crise naquele ano. A alternativa D está correta, pois as histórias em quadrinhos eram uma inspiração comum para a pop art, principalmente para o artista Roy Liechtenstein. Gabarito: C 14. (G1 - cps - 2008) "Nunca um único sistema cultural teve tanto impacto e exerceu efeito tão profundo na mudança de comportamento e dospadrões de gosto e consumo de populações por todo o t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 51 mundo, como o cinema de Hollywood no seu apogeu... Em primeiro lugar, o que calava fundo nas plateias era a beleza extraordinária daqueles seres, feitos de maquiagem, penteados, luz e close-up. O conjunto dos recursos desenvolvidos para as finalidades técnicas das filmagens passa a ser introduzido no mercado, sugerindo a possibilidade de as pessoas manipularem suas próprias aparências para se assemelharem aos deuses da tela. O mercado será invadido de xampus, condicionadores, bases, ruge, rímel, lápis, sombras, batons, um enorme repertório de cortes, penteados e permanentes, tinturas, cílios, unhas postiças, e naturalmente "o sabonete das estrelas de cinema"... A televisão viria a completar e dar o toque final a esse processo iniciado pelo cinema, invadindo e comandando a vida das pessoas dentro do próprio lar e organizando o ritmo e as atividades das famílias pelo fluxo variado da programação e dos intervalos comerciais. Os objetos passaram a ser alvo do mesmo culto que a imagem dos astros e estrelas, e era muito comum os estúdios reforçarem essa associação, para além das roupas, joias e adereços, distribuindo fotos de seus contratados ao lado de telefones, motocicletas, discos e aparelhos sonoros, carros, móveis e locações turísticas. O objeto do desejo se torna inseparável do desejo do objeto e um pode suprir a falta do outro. (Adaptado de: SEVCENCKO, Nicolau. A capital irradiante: técnicas, ritmos e ritos do Rio. In: História da Vida Privada no Brasil, Vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998) Com base no texto, avalie os argumentos e identifique o que é válido. I. Entre os elementos culturais que marcam a segunda metade do século XX está o foco principal no indivíduo, sua busca particular da felicidade e o consumismo. II. A era da imagem reforça uma cultura toda baseada em representações do novo, do moderno e do belo, sobretudo a partir da década de 1940, com o cinema, e da década de 1960, com a TV. III. Primeiro o cinema e posteriormente a televisão veicularam, ao longo do século XX, modelos de comportamento, de beleza e de estilo, identificando-os como necessários para o sucesso ou o bem-estar. IV. O poder da imagem tornou-se questão estratégica durante o século XX, com o desenvolvimento de mídias de grande impacto, como a fotografia, o cinema, o rádio e a televisão; seu controle pode significar poder e lucro. São válidas as afirmações contidas em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) III e IV, apenas. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 52 e) I, II, III e IV. Comentários: O argumento I está correto, pois o século XX é marcado por um sentimento de individualismo, principalmente ligado à ideia felicidade a partir do consumo. O argumento II está correto, pois a busca pelo novo e pela beleza é uma característica da sociedade da época, muito impulsionada pelos meios de comunicação, primeiro o cinema e depois a televisão. O argumento III está correto, pois isso fica claro quando se fala na influência de Hollywood na formação do gosto das pessoas e, posteriormente, no papel da televisão nesse sentido. O argumento IV está correto, pois a presença dos comerciais na televisão consolidam a presença do lucro e poder relacionado aos meios de comunicação. Gabarito: E 15. (Uel 1996) "Nos anos 60 se torna o movimento artístico mais influente dos EUA. Sua ideia é reutilizar imagens da sociedade de consumo, chamando a atenção do espectador para sua qualidade estética e poder de atração, fazendo ampliações ou variantes cromáticas". O texto refere-se à POP ART e pode ser completado com a seguinte ideia: a) Donald Ludd e Robert Morris utilizam um mínimo de recursos e a simplificação extrema da forma. b) Yves Klein, francês, e Bruce Nauman, norte-americano, criam a 'body art'; usando o corpo humano procuram desenvolver uma variante da arte performática. c) Allen Kaprow cria o 'happening': uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. d) Andy Warhol faz serigrafias com o rosto de artistas de cinema, como por exemplo de Marilyn Monroe, e embalagens de alimentos, como a da sopa Campbell's. e) Sandro Chia e Mimmo Paladino contrapõem o antigo ao moderno, num ecletismo que reflete a própria história da arte. Comentários: A única afirmação que se relaciona com a Pop Art é a alternativa D. Andy Warhol é o principal artista e teórico do movimento. As serigrafias são possíveis de serem replicadas diversas vezes, com variações de tamanho. Atenção: não se preocupe se você não conhece nomes de outros artistas ou teóricos. Você deve se preocupar em conhecer os artistas mais importantes dos movimentos, sem se deixar distrair por nomes que você não tenha visto. Aqui, o importante era ser capaz de fazer a associação entre Andy Warhol e a pop art. Gabarito: D 16. (ENEM – 2009 – Cancelado) TEXTO A t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 53 TEXTO B Metaesquema I Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Nesta obra, como o próprio nome define: meta — dimensão virtual de movimento, tempo e espaço; esquema — estruturas, os Metaesquemas são estruturas que parecem movimentar-se no espaço. Esse trabalho mostra o deslocamento de figuras geométricas simples dentro de um campo limitado: a superfície do papel. A isso podemos somar a observação da precisão na divisão e no espaçamento entre as figuras, mostrando que, além de transgressor e muito radical, Oiticica também era um artista extremamente rigoroso com a técnica. Disponível em: http://www.mac.usp.br. Acesso em: 02 maio 2009 (adaptado). Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Levando-se em consideração o texto e a obra Metaesquema I, reproduzidos acima, verifica-se que A) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de estruturas que parecem se movimentar, no campo limitado do papel, procurando envolver de maneira mais efetiva o olhar do observador. B) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras (retângulos) mostra a falta de rigor da técnica empregada, dando à obra um estilo apenas decorativo. C) Metaesquema I é uma obra criada pelo artista para alegrar o dia a dia, ou seja, de caráter utilitário. D) a obra representa a realidade visível, ou seja, espelha o mundo de forma concreta. E) a visão da representação das figuras geométricas é rígida, propondo uma arte figurativa. Comentários: A alternativa A está correta, pois por não serem completamente alinhadas as formas dão a impressão de movimento mesmo na bidimensionalidade do papel. A alternativa B está incorreta, pois o texto afirma que “além de transgressor e muito radical, Oiticica também era um artista extremamente rigoroso com a técnica”. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 54 A alternativa C está incorreta, pois a obra é descrita como de caráter participativo, não contemplativo. A alternativa D está incorreta, pois a obra não busca mimetizar o real. É uma imagem abstrata. A alternativa E está incorreta, pois a arte aqui é abstrata, não figurativa. Gabarito: A 17. (ENEM – 2016 – 2ª APLICAÇÃO) A escultura do artista construtivista Amílcar de Castro é representativa da arte contemporâneabrasileira e tem o traço estrutural marcado por elementos como A) o corte e a dobra. B) a força e a visualidade. C) o adereço e a expressão. D) o rompimento e a inércia. E) a decomposição e a articulação. Comentários: A alternativa A está correta, pois o modo como o material é cortado, além da dobra imitando uma dobradura, são características do construtivismo. A alternativa B está incorreta, pois não se pode dizer que haja a presença da força no material. A alternativa C está incorreta, pois não há adereços na obra, ela é uma peça única. A alternativa D está incorreta, pois a inércia não é uma característica desse tipo de obra. A alternativa E está incorreta, pois a obra não tem decomposição. É uma obra de uma peça só. Gabarito: A 18. (UNESP – 2019) Tate Modern – London Hélio Oiticica Until Summer 2019 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 55 Tropicália Tropicália is used to describe the explosion of cultural creativity in Rio de Janeiro and São Paulo in 1968 as Brazil’s military regime tightened its grip on power. Many of the artists, writers and musicians associated with Tropicália came of age during the 1950s in a time of intense optimism when the cultural world had been encouraged to play a central role in the creation of a democratic, socially just and modern Brazil. Nevertheless, a military coup in 1964 had brought to power a right-wing regime at odds with the concerns of left-wing artists. Tropicália became a way of exposing the contradictions of modernisation under such an authoritarian rule. The word Tropicália comes from an installation by the artist Hélio Oiticica, who created environments that were designed to encourage the viewer’s emotional and intellectual participation. Oiticica called them “penetrables” because people were originally encouraged to enter them. They mimic the improvised, colourful dwellings in Rio de Janeiro’s favelas, or shanty towns. The lush plants and sand help to convey a sense of the tropical character of the city. When Oiticica exhibited the work, he also included live parrots. From its beginning, Tropicália was seen as a re-articulation of Anthropophagia (“cannibalism”), an artistic ideology promoted by Oswald de Andrade. (www.tate.org.uk. Adaptado.) De acordo com o terceiro parágrafo, a obra Tropicália, de Hélio Oiticica, A) fez com que os intelectuais da época ficassem emocionados. B) referia-se à penetração da favela na cidade. C) estimulava o público a adentrar a instalação. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 56 D) pretendia mostrar como seriam as favelas urbanizadas. E) propunha um debate ecológico ao usar plantas e pássaros reais. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois não se fala aqui sobre os intelectuais, mas sobre o público. A alternativa B está incorreta, pois as favelas são a inspiração da obra, não que a obra seja na favela em si. A alternativa C está correta, pois essa obra faz parte das obras “penetráveis” que o texto descreve como aquelas em que as pessoas eram encorajadas a entrar. A alternativa D está incorreta, pois as favelas são a inspiração da obra, não há uma expectativa construída. A alternativa E está incorreta, pois não se fala sobre debate ecológico nessa obra. Gabarito: C 19. (UNB – 2012) A obra Parangolé, de Hélio Oiticica, figura como bom exemplo da arte que conjuga a expressão corporal — a dança rítmica carnavalesca — com a expressão visual — o colorido das vestimentas dos passistas. A) Certo B) Errado Comentários: A afirmativa está certa, pois o Parangolé é uma obra de expressão corporal e visual, elementos que se inter-relacionam, já que as vestimentas estimulam qual será a movimentação. Gabarito: A 20. (UNB – 2012) Hélio Oiticica, membro dos movimentos concreto e neoconcreto no Rio de Janeiro, nos anos 50 e 60 do século passado, foi um dos primeiros artistas brasileiros a adotar, em sua obra, o princípio da participação do espectador. A) Certo B) Errado Comentários: A afirmativa está certa, pois as informações estão corretas, inclusive o fato de que ele é um dos primeiros a propor interação com espectador. Gabarito: A Considerações finais Qualquer dúvida estou à disposição no fórum ou redes sociais! Prof.ª Celina Gil t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – Segunda Metade do Século XX AULA 07 – SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX 57 /professora.celina.gil Professora Celina Gil @professoracelinagil Versão Data Modificações 1 22/08/2022 Primeira versão do texto. t.me/CursosDesignTelegramhub