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RECURSOS MINERAIS Profa Eulene F. da Silva Geologia/Ecologia UFERSA / RN 1 INTRODUÇÃO Sem minérios não haveria desenvolvimento tecnológico. Nos primórdios da civilização usava-se lascas de quartzo para confeccionar lanças. Atualmente faz-se transistores e fibras ópticas. CUIDADOS - Volumes gigantes de bens minerais estão sendo rapidamente extraídos de seus depósitos, o que pode levar a escassez ou mesmo exaustão dos mesmos. 2 História • Importância na história e evolução do Homem, usados em grandes inovações tecnológicas como a máquina a vapor e fabrico de utensílios que permitiram o avanço do ser humano, como, por exemplo, as armas e as primeiras moedas. Moeda romana Locomotiva a vapor 3 INTRODUÇÃO Para a formação de qualquer bem mineral é necessário um período de tempo muito maior do que aquele decorrido desde quando começamos a utilizar as primeiras lascas de quartzo. Por que tanta preocupação????? 4 Portanto, deve-se evitar os excessos de um consumo ambicioso, para a exploração de forma sustentável. Recursos Naturais - Utilização Recurso Natural Recursos Minerais Recursos Biológicos Recursos Hídricos Recursos Energéticos Solos, rochas, minerais, pedras preciosas e minérios metálicos (Fe, Au, e Ni Madeira, caça, pesca, culturas agrícolas, silvicultura, pecuária, aquacultura e a avicultura Água potável, subterrâneas, gelo (glaciares) e água do mar (dessalinização) Combustível vegetal - lenha; Comb. fósseis - carvão, petróleo e gás natural; Comb. nucleares; Fontes de ε solar, hidroeléctrica, eólica e geotérmica. 5 Recursos Metálicos Recursos Não Metálicos Construção civil, fertilizantes agrícolas, indústrias (cerâmica, vidro) e para conservação de alimentos. Mais abundantes: São utilizados para o fabrico de ferramentas, peças de automóveis, cabos e construção civil. Menos abundantes: São utilizados para o fabrico de jóias. A sua utilidade 6 • Metálicos: Ferro Ouro Alumínio • Não Metálicos: Granito Calcário Mármore 7 O que é um jazigo mineral? • Se a concentração dum recurso mineral é superior ao seu clarke*, então essa zona é considerada um jazigo mineral. • No jazigo encontramos dois tipos de materiais: Os economicamente aproveitáveis (minério) e os não aproveitáveis (ganga). • * Clarke é a concentração média de um elemento na crosta terrestre. O clarke pode-se representar em partes por milhão (ppm) ou em gramas por toneladas (g/ton). 8 Jazigo mineral (Minério de ferro-M e ganga constituida por quartzo) Recursos e reservas minerais Recurso minerais qualifica materiais rochosos que efetivamente ou potencialmente possam ser utilizados pelo ser humano. 9 Representam porções relativamente restritas até grandes massas de crosta terrestre e a própria rocha ou um ou mais de seus constituintes – minerais ou elementos químicos específicos – despertam um interesse utilitário. Distinguem-se em diferentes classes, de acordo com o grau de conhecimento geológico e técnico-econômico de suas diferentes porções. Recursos e reservas minerais Portanto, reserva mineral como parte do recurso mineral, representa volumes rochosos com determinadas características indicativas de seu aproveitamento econômico. 10 Pode ser distinguida de três classes de reserva: inferida, indicada e medida, que refletem nesta ordem o nível crescente de pesquisa e conhecimento do depósito e, assim, leva a exploração econômica. 11 O que é um deposito mineral??? O depósito mineral (com objetivo geológico) = massa ou volume rochoso no qual substâncias minerais ou químicas estão concentradas de modo anômalo, quando comparadas com sua distribuição média na crosta terrestre, em quantidade suficiente para indicar um potencial mineral econômico. 12 Quanto maior for o teor, que é o grau de concentração dessas substâncias no depósito mineral, mas valioso será, pois somente a partir de um valor mínimo de teor que suas substâncias úteis poderão ser extraídas com lucro. Jazida mineral e minério são usados para designar o corpo mineral de onde suas substâncias úteis possam ser economicamente extraídas. Como nasce um depósito mineral As substâncias minerais, salvo raras exceções, estão presentes em seus depósitos em concentrações superiores àquelas com que participam na composição química média da crosta terrestre, ou seja, acima de seu clarke. 13 A razão entre o conteúdo (teor) de uma substância num minério e seu clarke é o chamado fator de concentração (f.c.) = conteúdo do minério/clarke O fator de concentração pode ser aplicado para estimar o grau de facilidade com que os depósitos minerais podem ser formados. 14 Pelos valores de concentração, podemos entender que, para a formação de uma jazida de flúor ou de estanho, estes elementos deverão ser concentrados, respectivamente, em 200 e 2.000 vezes em relação às suas concentrações médias na crosta terrestre (clake). “A geologia econômica é o ramo da geologia que estuda as rochas e minerais de interesse econômico.” Como nasce um depósito mineral O depósito mineral, embora sendo um corpo rochoso diferenciado devido sua inusitada composição química e mineral, tem sua origem relacionada aos processos geológicos comuns, tais como sedimentação, intemperismo, metamosfismo, vulcanismo, plutonismo, etc. mas incluem os climáticos (depósitos gerados por intemperismo) e/ou biológicos (depósitos sedimentares). 15 “Para ocorrer uma mineralização, devem estar presentes uma fonte que forneça a substância útil e um local/ambiente para sua deposição de forma concentrada.” “A substância útil gerada sofre um menor ou maior transporte, envolvendo energia (força-motriz), em um meio que permite sua migração.” A Cassiterita (óxido de estanho, SnO2) é o principal minério de estanho. O uso principal é na fabricação de folha de flandres e latas para acondicionamento de alimentos. 16 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/CassiteriteUSGOV.jpg Minerais e minérios Associado ao conceito de depósito mineral, vimos que se utiliza o termo minério para designar a rocha da qual podem ser economicamente obtidas uma ou mais substâncias úteis. 17 Como uma rocha, um minério tem uma composição mineral especial, pois nele estão presentes de forma concentrada minerais que usualmente ocorrem dispersos na maioria das outras rochas. No minério associam-se dois tipos de minerais: o mineral de minério, que é o mineral que lhe confere valor econômico, e o mineral de ganga ou, simplesmente, ganga, que não apresenta valor econômico. 18 Minerais e minérios Um grupo amplo de materiais minerais vem merecendo atenção pela diversidade de aplicação. Trata-se dos minerais industriais e rochas industriais. 19 “Devido suas qualidades físicas e químicas particulares, são empregados sem alteração de suas propriedades originais, por terem aplicação direta na industria.” Exemplos doempregos dos minerais e rochas industriais: -Fabricação de fertilizantes fosfatados (fosforina e apatita) e potásicos (sivita, carnalita), -Industria da construção civil (brita, calcário, quartzito, areia, cascalho), -Materiais cerâmicos e refratários (argila, magnesita), -Papel (caulim) -Isolantes (amianto, mica) 20 Exemplos do empregos dos minerais e rochas industriais: -Rochas ornamentais (granito, mármore), -Cimento (calcário, argila, gipsita), -Industria de vidros, tintas, borrachas, eletro-eletrônicos, etc. Extraindo e utilizando minérios O conjunto de operações que são realizadas visando à retirada do minério a partir do depósito mineral denomina-se lavra. 21 O depósito mineral em lavra é denominado de mina, e esta designação continua sendo aplicada mesmo que a extração tenha sido suspensa. A lavra pode ser executada de modo bastante simples, por meio de atividades manuais, ou até por meios altamente mecanizados e em larga escala, como ocorre nas grandes minerações. O garimpo também constitui uma jazida mineral em lavra e para extração de suas substâncias úteis não foram realizados estudos prévios da jazida. Fig. – Lavra por desmonte hidráulico de depósito de cassiterita em aluviões (Oriente Novo, RO) Foto: J.S. Bettencout. 22 Fig. – Lavra a céu aberto de minério de ferro na mina Cauê (Itabira, MG). Foto: E. Ribeiro Filho. 23 Fig. – Minério extraído do depósito é lavado com água em uma calha, obtendo-se um concentrado da substância útil (ouro, cassiterita, diamante) que fica retida nas ripas transversais ao comprimento da calha. Foto: J. S. bettecout. 24 25 Fig. – Visão geral da garimpagem de ouro em Serra Pelada (PA), no decorrer de 1982. Foto: E. Ribeiro Filho. 26 Fig. – Escavação por meio de trabalho manual rudimentar, utilizando-se ferramentas simples no garimpo de ouro de Serra Pelada (PA), no decorrer de 1982. Foto: E. Ribeiro Filho. 27 Costumeiramente, nos garimpos os métodos de extração são rudimentares; mas apesar disso respondem por uma grande parcela de produção de certos bens minerais (esmeralda, topázio, diamante, ouro e cassiterita). 28 A irregularidade na distribuição geográfica dos recursos minerais, seja regiões inóspitas, climaticamente agressivas ou deficientes em água e energia elétrica, constitui um fator limitante para a extração de muitos minérios ou, mesmo antes, para sua descoberta. Designa-se minério bruto o minério tal como ocorre na natureza, porém, desmontado, deslocado, por uma operação qualquer de lavra. Na maioria dos casos, o minério bruto não se encontra suficientemente puro ou adequado para que seja submetido a processos metalúrgicos ou para sua utilização industrial. Extraindo e utilizando minérios Após a lavras, os minérios são submetidos a um conjunto de processos industriais, denominados tratamento/beneficiamento, que os torna aptos para a utilização. “O tratamento divide o minério bruto em duas frações: concentrado e rejeitado.” 29 1. O concentrado é o produto em que a substância útil está com teor mais elevado ou as quantidades tecnológicas do minério estão aprimoradas. 2. O rejeitado é a fração constituída quase que exclusivamente pelos minerais de ganga e usualmente é descartado. Extraindo e utilizando minérios Exemplo: Por meios adequados de tratamento, um minério de berílio a 10% de berílio poderá produzir um concentrado composto dominantemente (80 a 90%) pelo mineral berílio. Um minério de ferro de alto teor, poderá ser tratado por simples lavagem, seguida por classificação granulométrica, produzindo, como concentrado, seus diferentes tipos comerciais. 30 Extraindo e utilizando minérios Certos minérios de ouro, urânio, platina, fosfato, grafite e tantalita, em virtude de particular composição mineral ou baixos teores, exigem métodos de tratamento mais sofisticados, ás vezes de alto custo, tais como químicos e elétricos, para preparar a substância útil com vista a sua utilização industrial. 31 A classificação utilitária é uma proposta clássica de sistematização das substância minerais úteis, fundamentada nas suas aplicações. 32 “Os usos e aplicações da substâncias minerais permitem avaliar sua importância para humanidade e, ao mesmo tempo, constituem um critério para classificá-las.” Os metais ferrosos distinguem-se dos metais não- ferrosos por sua utilização essencial na industria do aço e na fabricação das demais ferroligas. As classes dos não-metais são definidas normalmente em função do uso da sustância mineral. 33 Extraindo e utilizando minérios Alguns minerais são colocados em mais de uma classe em virtude de terem duas ou mais utilizações distintas, como cromita metalúrgica e cromita refratária ou diamante industrial (para fabricação de ferramentas de corte) e diamante como pedra preciosa. 34 Os Principais Tipos Genéticos de Depósitos Minerais – feições essenciais Tipo genético de deposito mineral corresponde a grupos de depósitos que tiveram um modo de formação semelhante. Supérgeno Sedimentar Magmático Hidrotermal Vulcano-Sedimentar Metamófico 35 1. Supérgeno Inclui um grupo de depósito cuja geração se relaciona às alterações físicas e químicas sofridas pelas rochas submetidas ao intemperismo. 36 Sua geração depende da existência prévia de uma rocha adequada, designada de rocha inalterada, parental ou rocha- mãe, sobre a qual agirá a alteração supérgena (alguns constituintes da rocha mãe são imobilizados no manto de intemperismo enquanto outros são eliminados). Concentra-se no final do processo um resíduo químico constituído essencialmente por substâncias pouco solúveis nas condições de intemperismo, designados de depósitos residuais. 37 Quimicamente, as substâncias mineralizadas se apresentam principalmente na forma de oxiânions, tais como silicatos, fosfatos e carbonatos e, também, como óxidos e hidróxidos. 38 Clima, vegetação, relevo e drenagem igualmente influem na formação do depósito supérgeno, governando alteração química dos minerais da rocha-mãe, retendo a fase química insolúvel ou promovendo a eliminação da fase solúvel. 2. Sedimentar Há dois grandes grupos de depósitos minerais sedimentares diferenciados: os detríticos e os químicos. 39 Esses depósitos decorrem do transporte de substâncias úteis pelos agentes geológicos superficiais e da subseqüente deposição mecânica (deposito sedimentar detríticos) ou da precipitação química (deposito sedimentar químico). “Substâncias transportadas em lagos, deltas, linhas de praias, planícies aluvionares, plataforma continental, etc.” Representam um grupo economicamente importante e diversificado de substâncias que incluem ferro, manganês, rochas carbonáticas, evaporitos, ouro, fosfato, gipsita, cassiterita, etc. Também incluem os combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural), gerados em ambiente sedimentar. 40 3. Magmático Os depósitos magmáticos são gerados pela cristalização de magma. E hospedam-se em rochas ricas em olivina e piroxênio (tais como dunito, peridonito, gabro). Os depósitos gerados na fase final de cristalização são conhecidos como depósitos tardi- e pós-magmáticos. 41 Ocorrem freqüentemente em rochas enriquecidas em quartzo e feldspatos (tais como granito e granodiorito). Uma fração fundida residual decorrente da consolidação do magma é enriquecida em voláteis, principalmente água, o que lhe confere bastante fluidez. Dadas as condições de pressão e temperatura a que está submetida (fração fundida residual), pode migrar para regiões apicais das cúpulas graníticas ou para suas encaixantes próximas, gerando produtos rochosos e minérios bastante distinto do granitóide-fonte. 42 A diversificação e variedade mineralógicas nesses depósitos são notáveis e incluem bens minerais, entre outros, de metais raros, fluorita, mica, feldspatos, quartzo, sulfetos e sulfossais de vários metais e, praticamente, todas as pedras preciosas. 4. Hidrotermal “Depósitos hidrotermais são produzidos pelas soluções hidrotermais.” São soluções aquosas aquecidas (usualmente acima de 50 0C), caracterizadas por composição química complexa dada diversas substâncias dissolvidas. 43 Essas soluções ou fluidos podem ser gerados em diversos sistemas geológicos, donde a fase aquosa e seus solutos terem fontes diversas, tais como magmática, metamórfica, meteórica de circulação crustal profunda, sedimentar, entre outras. Hidrotermal Os depósitos hidrotermais constituem uma das mais importantes fontes comerciais de metais, que se expressam comumente na forma de sulfetos, tais como os de ferro (pirita), zinco (esfalerita), cobre (calcopirita), chumbo (galena), prata (argentita), mercúrio (cinábrio) e arsênio (realgar, arsenopirita). 44 Esquema ilustrativo de situações geológicas onde pode ocorrer depósitos minerais hidrotermais, por percolação de fluidos na crosta oceânica (a) ou continental (b, c). De início, a água tem uma circulação descendente, difusa, envolvendo grandes volumes de rochas. Ocorre lixiviação de metais transportados como solutos. A circulação ascendente ocorre usualmente de forma canalizada ao longo de fraturas, falhas, planos de acamamento, onde também pode ocorrer a precipitação das substâncias transportadas 45 Talvez seja o processo de mineralização mais comum atualmente na crosta terrestre, ilustrados por depósitos minerais portadores de quase todos os elementos químicos de ocorrência natural . 46 5. Vulcano-Sedimentar A atividade vulcânica que se instala concomitantemente ao processo sedimentar, por meio de seus fluidos e exalações que atingem o assoalho do sítio deposicional usualmente marinho, pode gerar os depósitos vulcano-sedimentar. 47 Estas são constituídas pela própria água do mar que, infiltrando-se profundamente na crosta oceânica, aquece-se e interage quimicamente com rochas, mineralizando-se e retornando ao assoalho oceânico como uma salmoura hidrotermal. Os principais depósitos vulcano-sedimentar são de metais básicos (tais como cobre, zinco, chumbo), níquel e ouro, correspondendo a importantes parcelas dos recursos mundiais desses bens minerais. 6. Metamórfico O depósitos metamórficos mais evidentes são decorrentes da recristalização de rochas ou minérios pré-existentes por ação da pressão e temperatura. 48 Entre as transformações impostas, o aumento da granulação e cristalização das fases minerais iniciais comumente confere ao minério melhor qualidade para sua utilização, a exemplo dos mármores e grafite, também designados depósitos metamórficos. A maioria dos depósitos dessa classe origina-se da ação de eventos regionais progressivos.” Durante esses eventos, pelo menos parte das substâncias mineralizadas é transportada por fluidos desvolatizados concomitantemente ao metamorfismo e interatuantes com rochas percoladas. 6. Metamórfico Além do metamorfismo regional, o de contato pode formar depósitos específicos, ditos depósitos metassomáticos de contato ou escarnitos, que se associam á zona de contato entre intrusões magmáticas, usualmente de natureza granítica, e seqüências rochosas carbonatadas. 49 Minerais neoformados tais como de wolfrânio, ferro, ouro, cobre, wollastonia, granada, etc. podem se tornar enriquecidos dentro da auréola de contato com rocha encaixante. Panorama dos Recursos Minerais no Brasil Uma visão geral sobre a situação reinante em bens minerais de um país pode ser avaliada observando- se as suas reservas minerais disponíveis e a produção realizada, assim como o comércio exterior que mantém com importadores e exportadores de bens minerais. 50 51 O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido a resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias. Minério com nióbio 52 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/74/Minerio_de_Niobio.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o_inoxid%C3%A1vel http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o_inoxid%C3%A1vel http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o_inoxid%C3%A1vel http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo 53 Distribuição dos recursos minerais no Brasil Panorama dos Recursos Minerais no Brasil No Brasil, atualmente, o nióbio, ferro, brauxita, manganês, grafite, vermiculita, níquel, caulim, entre outros, exemplificam bens minerais excedentes. 55 Panorama dos Recursos Minerais no Brasil Já o fósforo, potássio, enxofre, combustíveis fósseis e chumbo são tidos como bens minerais insuficientes, necessitando ser importando para o completo atendimento da demanda interna. 56 Panorama dos Recursos Minerais no Brasil A razão entre reserva e produção anual, que pode ser expressa em anos, fornece uma estimativa de duração das reservas conhecidas e sob esse critério qualificam-se as reservas em abundantes (duração acima de 20 anos), suficiente (duração menor de 20 anos). 57 58 Panorama dos Recursos Minerais no Brasil O Brasil vende e compra diversos produtos de origem mineral que são agrupados em quatro classes, constituindo o denominado setor mineral, conforme sistematização do Departamento Nacional da produção Mineral (Tabela 21.8) 59 60 Panorama dos Recursos Minerais no Brasil Produção insuficiente ou ausência de recursos minerais economicamente viáveis implicam pesada dependência externa de outros bens minerais, tais como: Carvão metalúrgico, Cobre, Fertilizante potássico, Enxofre, Gás natural, fosfato, titânio e chumbo.61 RECURSOS MINERAIS E SUA DISTRIBUIÇÃO – Escudos cristalinos Província geológica de Carajás. – Serra Pelada - ouro. – Vale do Rio Tapajós - ouro. – Serra do Navio – manganês. – Rondônia – cassiterita (estanho). – Quadrilátero Ferrífero – ferro e manganês. – Vale do Rio Trombetas – bauxita. – Maciço do Urucum – ferro e manganês. Minério de ferro : • É o produto mineral mais exportado pelo Brasil. • O Brasil é o terceiro produtor mundial deste minério. • Principais jazidas : Quadrilátero Ferrífero ( MG), Serra dos Carajás ( PA) e em menor quantidade, Maciço do Urucum ( MS). • Produção destinada ao Japão, países da União Européia e ao abastecimento das usinas siderúrgicas nacionais. Quadrilátero Ferrífero ou Central • Minas Gerais – Belo Horizonte, Santa Bárbara, Mariana e Congonhas • Mercado interno e exportação. • Compradores: Europa Ocidental e Japão. • Vale do Paraopeba: – Estrada de Ferro Centro- Atlântica (Central do Brasil). – Porto do Rio de Janeiro e terminal de Sepetiba. • Vale do Rio Doce: – Estrada de Ferro Vitória – Minas. – Porto de Vitória e Porto de Tubarão Quadrilátero Ferrífero MACIÇO DO URUCUM - MS • Teor médio de 60%. • Pantanal Mato-grossense, proximidade de Corumbá. • Ferro e manganês. • Exportação para parceiros do Mercosul. • Rio Paraguai PARÁ – SERRA DOS CARAJÁS PROJETO GRANDE CARAJÁS • Raio de 60 km: – 18 bilhões de toneladas de ferro (alto teor). – 40 milhões de toneladas de bauxita. – 1 bilhão de toneladas de cobre. – 100 milhões de toneladas de manganês. – 47 milhões de toneladas de níquel. – 35 mil toneladas de cassiterita. – Ouro. PARÁ – SERRA DOS CARAJÁS PROJETO GRANDE CARAJÁS Serra dos Carajás Serra dos Carajás – Serra de Oriximiná Bauxita • É o minério de alumina. • A maior reserva de bauxita no Brasil está no Vale do rio Trombetas, na serra de Oriximiná, onde o minério é explorado por um consórcio entre empresas nacionais privadas e multinacionais. • Empresas como a Vale do Rio Doce, a Alcoa e a Companhia Brasileira de Alumínio estão associadas neste consórcio, que possui um porto fluvial no rio e uma usina de beneficiamento. Bauxita Serra de Oriximiná – Vale do rio Trombetas Sal • Sua extração pode ser feita das águas do mar ou com o sal-gema, extraído do subsolo. • No Brasil, a exploração se dá nas águas marinhas. Cerca de 75% da exploração ocorre no estado do Rio Grande do Norte. • São necessários alguns fatores físicos para que haja a extração de sal marinho : clima quente e seco, com ventos fortes e boa variação no nível das marés. Sal-gema http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_yxZHxqBwpuY/SKcI2J3nBQI/AAAAAAAAAcY/qjFrNRBYJWs/s320/PedraSalgema.jpg&imgrefurl=http://ciencias-correiamateus.blogspot.com/2008_08_01_archive.html&usg=__Rav38AamGfnfTEPavk3sMC2q5D0=&h=190&w=320&sz=14&hl=pt-BR&start=3&tbnid=XRo0P84dFJmyoM:&tbnh=70&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3DSal-gema%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG Sal marinho Sal Marinho - RN Recursos Minerais e Civilização O estilo de vida que herdamos, praticamos e que certamente passaremos para as próximas gerações é inevitavelmente dependente do uso e de aplicações de recursos minerais. 78 Se analisarmos os usos que a humanidade faz dos diversos bens minerais (consumo per capita), percebemos a dependência que temos deles, em particular nos países altamente industrializados. Diferentemente de outros recursos naturais, a maioria dos recursos minerais não é renovável, e a extração se dá numa velocidade bem maior do que aquela com que ele se formam (milhares ou mesmo milhões de anos). 79 Uma estimativa de duração de reserva de um dado bem mineral pode ser visualizada, de uma forma simples, pela razão entre sua reserva e sua produção anual. 80 “O consumo de vários bens minerais tem crescido mais rápido que a população, tal como é observado com petróleo.” Essa situação delega, em particular aos geólogos, uma grande responsabilidade, pois eles têm a missão de procurar e identificar depósitos minerais, e avaliar suas características. A produção e uso inadequados do bem mineral podem direta ou indiretamente levar a diferentes formas de degradação ambiental.ex. aquecimento global, chuvas ácidas, deterioração da camada de ozônio, poluição Recursos Minerais e Civilização “Assim, não só a provável futura escassez do bem mineral nos aflige, mas também as conseqüências nocivas e, às vezes, desastrosas de sua lavra e utilização.” 81 82 83 Recursos Minerais do RN Águas Minerais; Gemas - água marinha, ametista, córindon (variedades safira e rubi), esmeralda, quartzo róseo, turmalinas coradas, etc; Metais nobres – ouro; Metais ferrosos - minério de ferro, molibdênio (molibdenita) e tungstênio (scheelita); Metais não ferrosos e semimetais – berilo, lítio, cobre e titânio e zircônio (ilmenita, rutilo e zirconita); Materiais de uso na construção civil - areia, argilas comum e plástica (ball-clay), cascalho, pedra britada, rocha ornamental; Rochas e minerais industriais – amianto, caulim, S nativo, feldspato, fluorita, gipsita, mica, quartzo, rochas carbonáticas (calcário, dolomito e mármore), sal marinho, talco e vermiculita; Recursos minerais energéticos – minério de tório (monazita), minério de urânio, petróleo, gás natural e turfa. 84 Recursos Minerais do RN Os jazimentos minerais do RN contidos no GEOBANK: Água mineral-13; amianto-7; brita-12; Calcário/mármore/dolomito-297; caulim sedimentar-10; S -1; Fluorita-3; gemas-158 (água marinha-103, ametista-8, córindon- 4, esmeralda-12, granada-4, iolita-1, lazulita-6 e turmalina-20); Minerais de pegmatito-664 (berilo, caulim, espodumênio, feldspato, mica, quartzo e tantalita/columbita); Minério de cobre-7, minério de ferro-12; minério de tório-1, Minério de tungstênio-382; minério de urânio-5; ouro-11; Rocha ornamental- 33; talco-16 e turfa-10. 85 Recursos Minerais do RN Os jazimentos minerais do RN contidos no GEOBANK: Água mineral-13; amianto-7; brita-12; Calcário/mármore/dolomito-297; caulim sedimentar-10; S -1; Fluorita-3; gemas-158 (água marinha-103, ametista-8, córindon- 4, esmeralda-12, granada-4, iolita-1, lazulita-6 e turmalina-20); Minerais de pegmatito-664 (berilo, caulim, espodumênio, feldspato, mica, quartzo e tantalita/columbita); Minério de cobre-7, minério de ferro-12; minério de tório-1, Minério de tungstênio-382; minério de urânio-5; ouro-11; Rocha ornamental- 33; talco-16 e turfa-10. 86 Uma das entradas da Mina Brejuí – Currais Novos /RN 87 Uma das entradas da Mina Brejuí – Currais Novos /RN 88 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 89 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 90 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 91 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 92 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 93 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 94 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 95 Mina Brejuí – Currais Novos /RN 96