Prévia do material em texto
TIPOS DE RELAÇÕES CAUSAIS Relação Direta o fator (exposição) causa a doença diretamente, sem nenhum passo intermediário. Relação Indireta o fator causa a doença, mas só através de um ou mais passos intermediários (mediador). Necessária e Suficiente Necessário, mas não suficiente Exemplo: Bacilo do Koch é um fator necessário para causar a tuberculose, mas somente ele não é o suficiente para produzir a doença em todos os indivíduos. Suficiente, mas não necessário O que é? É um evento, condição, característica ou uma combinação destes fatores que se afetadas através de uma intervenção, modificam o risco de desenvolver uma doença Fator Suficiente Fator Necessário Caso eu seja exposto, eu 100% vou ter a doença A doença não consegue desenvolver na sua ausência Fator Necessário Colabora para que a doença aconteça, mas não é necessária e nem suficiente Fator Necessário Fator Suficiente A doença nunca se desenvolve sem a presença do fator (exposição) Na presença do fator (exposição) a doença sempre se desenvolve Fator Necessário Fator Suficiente São necessários vários fatores para causar a doença Um único fator não é o suficiente para causar a doença Fator Necessário Fator Suficiente A doença não ocorre em todos os expostos. Os fatores não são necessários O fator (exposição) sozinho consegue desenvolver a doença e outros fatores também Nem Suficiente, Nem Necessário - O fator (exposição) sozinho não é o suficiente e nem necessário para causar a doença. - Motivo que explica a relação causador da maior parte das doenças crônicas. Princípios da causalidade - Também conhecidos como Princípios de Hill; - São princípios que permitem verificar se determinado fator (exposição) causa a doença; - Existem 09 princípios para verificar a causalidade; - Caso o fator (exposição) não cumpra um ou mais critérios, não necessariamente exclui a causalidade entre fator e doença; 1. Temporalidade - É essencial - É importante para esclarecer a ordem de suas ocorrências e a duração do intervalo entre elas. 2. Força de Associação - É medido pelo risco relativo ou Odds ratio - Quanto mais forte for a associação, maior será a chance/probabilidade de ser causal. 3. Consistência - Observar uma associação em várias populações e em circunstâncias diferentes aumenta a probabilidade de que exista um efeito causal; - A ausência ou presença dessa consistência não garante relação causal; 4. Gradiente Biológico (dose-resposta) - Conforme aumenta a dose da exposição, o risco da doença também aumenta; Exemplo: cigarro e câncer de pulmão - Nem toda relação causal apresenta gradiente biológico; Exemplo: IMC e Mortalidade Para diminuir o risco de mortalidade é necessário aumentar o IMC dos desnutridos e aumentar o IMC nos obesos. 5. Plausibilidade Biológica - Especificar o mecanismo que ocorre a associação entre exposição e doença; - O desconhecimento de determinado mecanismo pode ser devido a poucos estudos que abordaram sobre o assunto. Assim, não se pode afirmar que não há uma relação causal. 6. Coerência - A plausibilidade de que exista um efeito causal é maior caso não exista conflito entre a associação encontrada e o conhecimento sobre a história natural e a biologia da doença; - Os resultados que não divergem dos conhecimentos já existentes são considerados mais plausíveis; A exposição deve ter ocorrido antes do desenvolvimento da doença Associações fracas não exclui relação causal Associações fortes sozinhas não garante causalidade 7. Especificidade - Certa exposição está mais associada somente a uma doença; - É o princípio mais fraco para explicar a relação causal devido a teoria da multicausalidade; 8. Analogia - Associações análogas a relações de causa e efeito estabelecidas são mais plausíveis de corresponderem a relação de causa e efeito; - O que já se sabe sobre uma determinada doença pode servir para outra doença; 9. Evidência Experimental;/Reversibilidade - Associações demonstradas em estudos experimentais são mais plausíveis de corresponderem a efeitos causais do que associações demonstradas em estudos observacionais - Inviável para exposições que são prejudiciais para os participantes;