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Engenharia Agronômica Disciplina: Olericultura Geral Hortaliças de Fruto (p.2) Abóbora Melancia Prof. Dr. Arison José Pereira 2 Abóbora - (Cucurbita moschata) Moranga - (Cucurbita maxima) Importância econômica � Alto valor alimentício e versatilidade culinária dos frutos de algumas espécies do gênero � Principais países produtores: China, Ucrânia, Argentina, Turquia, Itália e México � No Brasil, as abóboras apresentam um papel social e econômico importante, constituindo-se em alimento básico de populações das regiões Norte, Nordeste e Centro Sul � Os principais centros de comercialização de abóbora são os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso � Destacam-se as Centrais de Abastecimento (CEASAs) Aspectos relevantes � Grande parte da produção é proveniente do plantio de pequenos e médios produtores que cultivam a abóbora de forma tradicional. � As diferentes formas de cultivo praticadas pelos agricultores e realizada em diversos ambientes, proporciona a seleção diferenciada da variabilidade genética. � Necessidade: � plantas com características adequadas ao cultivo irrigado, resistentes a doenças foliares, com tamanho e formato de frutos mais adequados ao comércio e com boas características de textura da polpa e sabor Origem � Registros arqueológicos associam as espécies de Cucurbita ao homem nas Américas por pelo menos 10.000 anos. � O valor nutritivo e a palatabilidade das sementes foram, provavelmente, a principal atração para os primeiros coletores e mais tarde para a domesticação. � C. moschata foi também amplamente distribuída em grande diversidade no sudeste do México, América Central, Colômbia e Peru, sendo o Japão considerado centro secundário de origem devido à diversidade de variação. � Há evidências de sítios arqueológicos que mostram que, há 2.000 anos A.C., cultivava-se C. moschata nas Américas mais precisamente no Nordeste do México, tendo sua domesticação sido feita pelos índios americanos. Variabilidade www.sct.embrapa.br/.../2004/img/vcrioulas.jpg Variabilidade static.flickr.com/96/236751668_755227ba71_o.jpg Variabilidade www.kokopelli-seed-foundation.com/images/squa... Aspectos botânicos � C. moschata e C. maxima � plantas anuais herbáceas � caule rastejante ou prostado � gavinhas axilares, com tendências a emitir raízes a partir dos nós. � A espécie C. moschata emite maior número de hastes do que C. maxima, que chegam a atingir comprimentos superiores a 10 m. � Alguns genótipos de C. moschata possuem entrenós curtos e outros de C. maxima apresentam plantas tipo "moita", com entrenós extremamente curtos. upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/... C. maxima C. moschata www.tbg.kahaku.go.jp/.../image55.gif � O sistema radicular � ramificado, vigoroso e pouco profundo. � pequena capacidade de regeneração quando sofre danos. � As duas espécies apresentam folhas simples, alternadas, de nervura palmeada e base geralmente cordiforme. � As folhas de C. moschata são, comumente, mais escuras e com manchas prateadas distribuídas no seu limbo. Flores � grandes, solitárias, axilares, opostas às gavinhas, cálice estrelado, corola campanulada, gamopétala � cor variando de amarelo claro a salmão, ovário ínfero, estigma com três lóbulos. � As plantas são, geralmente, monóicas. � Alógamas http://www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/upload/22-70-2.jpg Frutos � Baga indeiscente, possuindo, em média, de 100 a 300 sementes. � O pedúnculo é uma característica importante para a identificação das duas espécies: � C. moschata possui pedúnculo duro, pentaquinado, com a inserçào do fruto formando uma base achatada e larga. � C. maxima possui pedúnculo cilíndrico, de consistência corticosa, sem dilatação na região de inserção do fruto. http://www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/upload/22-68-2.jpg Clima � Temperatura � é um dos fatores climáticos mais importantes para a cultura das cucurbitáceas, que se adaptam bem a zonas quentes e semi-áridas, com temperaturas de 18° a 30°C, não suportando temperaturas abaixo de 10°C, quando as plantas paralisam o crescimento. Clima � A germinação das sementes, ocorre na faixa de temperatura de 10° a 35°C, sendo considerada ideal a faixa de 25° a 30°C . Dentro desta faixa, a medida que a temperatura se eleva a germinação ocorre de maneira mais rápida e uniforme. � A produtividade das cucurbitáceas depende da eficiência da polinização que, em condições naturais, é entomófila. As abelhas, principais agentes polinizadores, necessitam de temperaturas relativamente elevadas para permanecerem em atividade, sendo a faixa ideal de 28° a 30°C. � A expressão do sexo, embora controlada geneticamente, é uma característica afetada pelo comprimento do dia (fotoperíodo). � Em condições de menor comprimento do dia é maior o número de flores femininas, em relação aos dias mais longos, resultando em maior número de frutos formados. � Há uma interação entre a intensidade luminosa e a temperatura sobre o comportamento das cucurbitáceas. � Quando a planta é cultivada em temperatura abaixo do valor ótimo, para cada espécie ou cultivar, a sua taxa de crescimento foliar é determinada pela intensidade luminosa. � A área foliar é afetada quando ocorre redução da intensidade luminosa ou período de iluminação. Portanto, qualquer alteração na luminosidade que venha afetar a área foliar terá, consequentemente, efeito na produção e na qualidade dos frutos. Umidade do solo e do ar � Por ocasião do plantio, o solo deverá estar úmido e, no dia anterior, as sementes deverão ser colocadas em água, o que acelera a germinação. � As plantas, nos estádios iniciais do crescimento, são menos exigentes em umidade no solo. � Quando se inicia a emissão de hastes secundárias há um aumento do consumo de água. � O cultivo em condições de umidade relativa elevada favorece o aparecimento de doenças nas folhas e nos frutos, prejudicando sensivelmente a sua produção e qualidade. � O teor de umidade do solo também exerce influência na relação flores masculinas/femininas. Quando a umidade do solo está abaixo do ótimo para a cultura, ocorre maior produção de flores masculinas do que em condições ideais. � Na fase de polinização e desenvolvimento do fruto, deve-se evitar que a umidade em excesso crie um microclima, ambiente favorável às doenças. Cultivares � A escolha da espécie e da cultivar é uma das decisões mais importantes para o sucesso da cultura. � O agricultor precisa considerar principalmente: � os aspectos de comercialização do produto, suas características agronômicas, suscetibilidade a doenças e pragas e ainda a idoneidade da semente. Abóbora ou jerimum de leite � ‘Menina Brasileira’ � É uma cultivar cujos frutos são colhidos tanto para o consumo de frutos verdes (abobrinha) quanto de frutos maduros. � As plantas são rústicas, vigorosas, cuja haste principal atinge, em média, 5m . � Os frutos pesam, em média, de 2 a 5 kg, são alongados e apresentam na extremidade uma região globular, onde se alojam as sementes. � Nos frutos maduros, a polpa é de coloração alaranjada intensa, sendo de qualidade razoável quanto ao teor de fibras, sabor e qualidades culinárias. � O fruto é colhido como "abobrinha verde" quando atinge cerca de 25 cm de comprimento e pesa em torno de 350 g. � ‘Goianinha’ � É uma cultivar do grupo "Baianinha", o qual apresenta plantas com hastes longas, com predominância da haste principal, que pode atingir a média de 6,0 m. � Os frutos são alongados, com a região terminal dilatada, peso médio entre 300 a 800 gramas, medindo entre 13 a 23 cm de comprimento, 4 a 6 cm de diâmetro do pescoço e de 8 a 10 cm de diâmetro do bojo. � A coloração externa do fruto é rajada de verde escuro e creme, em faixas longitudinais. A polpa tem a coloração alaranjada intensa, apresentapoucas fibras e boas qualidades culinárias. � ‘Caravela’ � Também chamada de "Caravelle", é uma cultivar de grande aceitação para o consumo de frutos maduros no mercado do Rio de Janeiro. � São plantas muito vigorosas, com hastes longas. � Os frutos, de formato oblongo, medem de 40 a 50 cm de comprimento e 20 a 30 cm de diâmetro com peso entre 6 a 12 kg. � A coloração externa dos frutos é branco-creme uniforme e a polpa avermelhada. � ‘Jacarezinho’ � É um dos cultivares de polinização aberta mais plantados na região Nordeste do Brasil. � Apresenta plantas vigorosas e produtivas. � Os frutos são de formato achatado, com peso médio de 2,0 a 3,0 kg, coloração externa verde escuro, mesclado com pontuações e estrias cremes. � A polpa é de coloração avermelhada e de boa qualidade para consumo. Moranga ou Jerimum-cabloco � ‘Coroa IAC’ � Planta vigorosa, haste principal com forte dominância apical, podendo atingir até 10 m. � Os frutos são achatados, com gomos pouco salientes, coloração externa verde-cinza- clara, polpa espessa, enxuta e de coloração amarelo escuro. � O peso dos frutos varia em torno de 2 a 3 kg. � ‘Exposição’ � Planta vigorosa, com dominância da haste principal, atingindo até 10m. � Os frutos são achatados, de gomos salientes e coloração externa avermelhada, peso médio entre 3 a 4 kg. � A polpa é menos enxuta que o cultivar Coroa IAC, menos espessa e de coloração avermelhada. Tem menor aceitação na região Nordeste. Híbridos interespecíficos (C. maxima x C. moschata) � ‘Tetsukabuto’ � É o híbrido mais importante cultivado nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Apresenta plantas vigorosas, porém menores que das cultivares "Canhão" e "Menina Brasileira". � As plantas são macho-estéreis, exigindo o cultivo paralelo de plantas polinizadoras. � Os frutos são levemente achatados, pesam em média 1,5 a 2,0 kg e apresentam a epiderme verde-escura, grossa e dura, algumas vezes com pequenas pontuações e manchas amarelas. � A polpa é de coloração amarelo-alaranjada, espessa e enxuta, com 12 a 18% de sólidos totais. � O ciclo é de 90 a 120 dias. www.isla.com.br/cgi-bin/artigo.cgi?id_artigo=111 www.isla.com.br/cgi-bin/artigo.cgi?id_artigo=302 Época de plantio � Em locais altos (acima de 800m de altitude): � a época de plantio vai de agosto a março. � Nos demais meses, as baixas temperaturas são fatores limitantes ao cultivo. � Em locais baixos (abaixo de 400 m de altitude) com invernos suaves, pode-se semear durante todo o ano . Preparo do solo � Plantas se adaptam ao cultivo na maioria dos tipos de solos. � São preferíveis os solos profundos, com textura média, contendo de 30 a 35% de argila, facilmente drenáveis e que proporcionem suficiente retenção de água e nutrientes para o desenvolvimento das plantas � O pH do solo ideal para a cultura é na faixa de 5,5 a 6,5 . A sua correção, quando necessária, deverá ser feita com antecedência de 90 dias do plantio, usando-se calcário dolomítico de acordo com a recomendação da análise de solo. � O solo deve ser arado a uma profundidade média de 25 cm e, quando necessário, gradeado. � É recomendável não pulverizar o solo, deixando alguns torrões que servirão de suporte para fixação de gavinhas. � A adubação orgânica é de grande importância, sendo recomendável cerca de 20 toneladas de esterco bovino por hectare. � A adubação química deve ser feita de acordo com os resultados da análise de solo. Adubação Espaçamento � Diversos espaçamentos que variam em função da espécie, da cultivar e do sistema de produção adotado. � As abóboras que apresentam plantas muito vigorosas e de hastes longas são plantadas em espaçamento de 5 x 4 m ou 4 x 4 m, com duas plantas por cova. � As abóboras de porte médio e os jerimuns- caboclo são plantados em espaçamento de 4 x 3 m, com duas plantas por cova. � O híbrido Tetsukabuto tem sido cultivado em espaçamento 3 x 3 m ou 3 x 2m. Os híbridos Lavras 1 e 2, nos espaçamentos de 3 x 2m ou 3 x 1,5 m. Todos também com duas plantas por cova. � Observações de ordem prática indicam excelentes produções de abóbora quando se adota o cultivo de apenas uma planta por cova, com aumento do número de covas por linha de plantio. Assim espaçamentos como 4 x 1 m ou 3 x 1m, com uma planta por cova, tem proporcionado a alguns produtores o aumento do número de frutos sem afetar significativamente o seu peso médio. Coveamento e sulcamento � Coveamento/sulcamento � As covas normalmente são feitas com o uso de enxadas, nas dimensões médias de 30 x 30 x 25 cm. � Os sulcos devem ser abertos em nível, distanciados no espaçamento adotado e com uma profundidade de 20 cm. � Dentro de cada sulco, distribuem-se as covas na densidade de plantio adotada, com o auxílio de enxada. � Geralmente, os pequenos produtores usam o plantio em cova, enquanto os médios e grande produtores, que fazem o preparo do solo totalmente mecanizado, adotam o plantio em sulcos. Propagação � Semeadura direta � É o método mais utilizado, sendo colocadas de 2 a 4 sementes por cova, dependendo do poder germinativo das sementes, do seu preço e do número de plantas que permanecerá em cada cova. � Semeadura em bandejas � Produtores do ‘Tetsukabuto’, cujas sementes tem preço elevado por serem importadas. Também tem sido usado em outros cultivares, para se realizar o replantio. � O transplante é realizado quando as plantas apresentarem de duas a três folhas verdadeiras. Tratos culturais � Desbaste � consiste na retirada das plantas em excesso na cova, deixando uma ou duas plantas, de acordo com o sistema de plantio. � A prática é executada quando as plântulas apresentarem duas a três folhas definitivas, procurando retirá-las de forma a não abalar as que permanecerem. � Esta prática deve ser realizada com o solo úmido. � Condução de ramos � Consiste em direcionar o crescimento das ramas para fora dos sulcos de irrigação e das faixas destinadas ao trânsito. � Esta operação facilita as capinas, pulverizações, adubações e colheitas, e ainda evitam o apodrecimento dos frutos que se desenvolveriam nos sulcos de irrigação. � A movimentação das hastes só é aconselhável quando estas ainda estiverem pequenas, sem estarem firmemente enraizadas. � Também é aconselhável não fazer o penteamento após o pegamento do fruto, para evitar o seu desprendimento, que ocasionará redução na produção. � Polinização � Nas cucurbitáceas, a polinização natural é entomófila. � Os híbridos ‘Tetsukabuto’, ‘Lavras 1’ e ‘Lavras 2’, por apresentarem o caráter de macho-esterilidade, necessitam o cultivo paralelo de uma cultivar polinizadora. � A escolha dessa cultivar deve ser em função da sincronização do florescimento com o híbrido, devendo-se entretanto, observar o seu valor comercial. � Com essa finalidade pode-se plantar cultivares pertencentes às espécies C. moschata, C. maxima ou C. pepo, desde que se observe concordância para o período de florescimento. � A polinização pode ser feita de forma natural ou artificial, havendo diferença na proporção entre o híbrido e a cultivar polinizadora, de acordo com o sistema adotado. � Polinização natural : � Quando for realizada somente por insetos, deve-se plantar uma cova da cultivar polinizadora para cinco covas do híbrido. � Polinização artificial: � Deve-se plantar uma cova da cultivar polinizadora para oito a dez covas do híbrido. � Deve-se coletar, nas primeiras horas da manhã, as flores masculinas, retirar as pétalas, deixando apenas o filamento e as anteras. � Em seguida, leva-se a flor masculina sobre o estigma da flor feminina do híbrido de modo a cobri-los totalmente com pólen. Quanto mais pólen for utilizado melhor será a possibilidade de pegamento do fruto. www.kokopelli-seed-foundation.com/actu/new_ne... Controle de plantas invasoras � Métodos manuais, mecânicos e químicos. � Em pequenas áreas cultivadas as plantasinvasoras são controladas com o uso de métodos manuais e mecânicos, enquanto em áreas extensas emprega-se o controle integrado dos métodos manuais, mecânicos e químicos. � Controle manual/mecânico � eliminar as plantas daninhas por meio da capina manual por enxada ou utilizando-se cultivadores de tração animal ou motorizada. � O arranquio manual é utilizado nas covas e nas proximidades das hastes, para evitar que sejam causados danos à cultura pelas ferramentas e implementos. A freqüência de capinas diminui com o crescimento da cultura. � Uso de produtos químicos � recomendados em áreas extensas e em regiões onde a mão de obra é escassa. � Para haver eficiência no uso de herbicidas é importante que seja adquirido o produto apropriado e que sejam obedecidas as recomendações técnicas para o preparo e aplicação correta. Colheita � É feita manualmente, usando-se uma tesoura ou serra, deixando-se de 1,0 a 1,5 cm do pedúnculo, condição esta que possibilita um maior tempo de armazenamento do fruto. � O ponto de colheita varia de acordo com a preferência do consumidor. � Em algumas regiões colhe-se os frutos completamente maduros. � Em outras, preferem-se frutos pouco maduros, que são conhecidos pela terminologia "de vez". � Normalmente tem início de 110 a 150 dias após a semeadura, para a maioria dos cultivares Comercialização � Os frutos são comercializados geralmente sem passar por nenhuma classificação, sendo feita a granel. � Em Minas Gerais, no caso dos híbridos, para melhor apresentação do produto, utiliza-se a classificação em duas categorias: frutos com peso superior a 1,5 kg, considerados de primeira e os frutos com peso até 1,5 kg, classificados de segunda A Cultura da Melancia (Citrullus lanatus) 12 Diagnóstico da cultura � Principais produtores: � GO, SP, RS, BA, MG, PE � Principais centros de comercialização: � SP, PR, RJ, RS e PE � Produtividade média: 30 t/ha � Problemas agronômicos: � Doenças: vírus, oídio, nematóides, cancro das hastes � Deficiência de cálcio Aspectos relevantes � Em termos de volume de produção só é superada por tomate, batata e cebola � Potencial para exportação � Cucurbitácea mais cultivada no mundo. � O maior produtor mundial é a China e a Espanha é a maior produtora da Europa. � A produção mundial gira em torno de 23 milhões de toneladas anuais. � No Brasil, a produção é de aproximadamente 1.720.000 toneladas. � Na Ceagesp, o movimento é de 113.000 toneladas ao ano. www.jornalentreposto.com.br/.../melancia.jpg Origem � Regiões tropicais da África Equatorial � Nas savanas africanas, são encontradas em abundância espalhadas pelas planícies. � Só no século 19 é que os exploradores europeus descobriram, pela primeira vez, melancias que cobriam grandes áreas no continente. � A domesticação ocorreu na África Central onde é cultivada há mais de cinco mil anos. � Também um produto cultivado no Egito e no Oriente há mais de quatro mil anos. I � ntroduzida na China no século dez, na América no século 16 e na Europa era cultivada desde o século 13. � India: diversidade Variabilidade Aspectos botânicos � Anual � Caule prostrado � Crescimento rasteiro � Ramificado (5 m de comprimento) � Sistema radicular superficial Flores � Plantas monóicas � Flores isoladas, axilares, opostas as gavinhas � Flores masculinas em menor número � Alógama � Polinização por abelhas e vespas � Temperaturas amenas e períodos curtos de luz estimulam a emissão de flores femininas Frutos � Deiscentes � Bagas � Coloração externa e interna: variações Usos � Fruto in natura � Bebidas (sucos, vitaminas, coquetéis) � Sorvetes � Outras � Vitamina C e vitamina A � Uma porção contém 14.59 mg de vit. C e 556.32 IU de vit. A. � Vitamina B6 e vitamina B1 � Potássio e magnésio � Cor vermelha: licopeno. Clima e Época de Plantio � Pouco tolerante ao frio � Planta típica de regiões tropicais � Não tolera granizo e geada � Períodos de frio induzem baixa floração e formação de frutos pequenos e deformados � Umidade relativa x qualidade dos frutos � Regiões mais secas – frutos de melhor sabor � Em regiões altas: agosto-abril � Em regiões baixas e quentes: ano todo � (abril a maio – oferta mais baixa) � Temperaturas muito elevadas têm efeito prejudicial � Associadas com ventos quentes causam a ruptura dos frutos � Ventos fortes � Danos mecânicos às plantas � Pequenas lesões: entrada para patógenos � Ideal: � 20º C – 30º C (dia) � 15º C – 20º C (noite) Cultivares � Substituição gradativa das importadas pelas nacionais � Cvs. americanas e japonesas � Quatro tipos 1. Frutos oblongos; casca verde-clara e não estriada � Cvs americanas � ‘Charleston Gray’, ‘Sunshade’ � Cilíndricos � C= 41-56 cm; D = 23-28 cm � Peso: 9 - 15 kg � Polpa espessa, menos rija � Melhor qualidade e sabor � Resistente: antracnose; murcha fusariana; transporte � Ciclo mais longo 2. Frutos oblongos, casca estriada � Ex.: cvs. Fairfax, Jubilee Cilíndricos, semelhantes ao anterior, porém extremidades afiladas Casca rajada Coloração menos intensa (polpa) Resistente: antracnose; murcha; transporte Suscetíveis à podridão- apical ‘Jubilee’ 3. Frutos arredondados, casca não estriada Ex.: cvs. Omaru Yamato, Pérola D = 25 cm 8 - 10 kg Casca verde-claro Polpa vermelho-intenso, rija Perdem em sabor Precoces Resistentes ao transporte 4. Frutos arredondados, casca estriada Ex.: cv. Crimson Sweet 11 - 14 kg Polpa vermelho intenso, firme Precoce Resistente: antracnose; murcha, transporte CULTIVARES SEM SEMENTES Híbridos triplóides, macho-estéreis Polinizador Produção comercial de frutos sem sementes Solo e Adubação � Solos areno-argilosos � pH 5,0 - 6,2 (mais tolerante) � Calagem favorece a produção � Podridão apical: 60-80% dos frutos � Associada a temperatura alta, baixa umidade e ventos quentes e secos � Frutos esféricos são menos suscetíveis � K: aumenta o teor de açúcar no fruto � Preparo do solo: gradagem leve (ou não fazer) Propagação � Semeadura direta (4-6 sementes/cova) � Espaçamento � (depende da cultivar) � Ramas mais longas: 2,00-3,00 m x 2,00 m � Ramas menores: 2,00 x 1,50 m � Gasto de sementes: ~ 1 kg / ha Tratos culturais � Desbaste : � Plântulas = 2-3 folhas definitivas (2 pls/cova) � Frutos = 3 a 4 frutos/planta � Eliminação de frutos defeituosos, com anomalias fisiológicas ou tardios � Deixar 6 a 8 frutos por cova, quando os maiores tiverem cerca de 10 cm de diâmetro Poda � Apesar de não recomendada é utilizada por alguns produtores � Objetivo: aumentar a produtividade Irrigação � Regiões áridas e períodos secos: � Irrigação indispensável � Fase crítica: frutificação e início da maturação � Deficit acarreta danos irreversíveis à produção � Na fase final (maturação até a colheita), a exigência hídrica diminui � Excesso provoca rachaduras nas cascas e frutos insípidos Produtividade � Produtividade: 20 - 60 t/ha Colheita � secamento da gavinha mais próxima ao fruto � secamento do pedúnculo � Geral: 40 dias após a fecundação das flores � Precoces: 80-85 dias � Tardias: 105 dias Comercialização � Estocagem de 2 a 3 semanas Dúvidas? Caso tenham dúvidas, enviem suas perguntas no FÓRUM da disciplina! Pesquisem mais sobre Produção de Hortaliças de Fruto: Por exemplo Produção Melancia Lagoa da Confusão: https://www.youtube.com/watch?v=H817VPUN4yM Obrigado ! Exercício desta semana: Responda o EXERCÍCIO proposto na Rota de Aprendizagem: Hortaliças de Fruto – Abóbora e Melancia Sua resposta contabilizará sua presença e está valendo nota!