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1 
 
 
2 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 3 
O PAPEL DA MÚSICA NA LITURGIA .................................................................................................................... 4 
CANTO DE ENTRADA (INTROITO) ...................................................................................................................... 7 
ATO PENITENCIAL ............................................................................................................................................ 10 
GLÓRIA ............................................................................................................................................................. 13 
SALMO ............................................................................................................................................................. 16 
ACLAMAÇÃO: ................................................................................................................................................... 19 
CREDO (PROFISSÃO DE FÉ) .............................................................................................................................. 22 
OFERTÓRIO (PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS)................................................................................................. 24 
SANTO .............................................................................................................................................................. 26 
ACLAMAÇÃO MEMORIAL ................................................................................................................................ 28 
DOXOLOGIA FINAL (GRANDE AMÉM) ............................................................................................................. 30 
PAI NOSSO ....................................................................................................................................................... 32 
CORDEIRO DE DEUS ......................................................................................................................................... 34 
COMUNHÃO .................................................................................................................................................... 36 
AÇÃO DE GRAÇAS ............................................................................................................................................ 38 
CANTO FINAL ................................................................................................................................................... 40 
O PRÓPRIO E O ORDINÁRIO ............................................................................................................................ 41 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................. 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................................ 44 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
“A TRADIÇÃO MUSICAL DA IGREJA É UM TESOURO DE INESTIMÁVEL 
VALOR, QUE EXCEDE TODAS AS OUTRAS EXPRESSÕES DE ARTE” 
 
Que tão valioso tesouro tenha gradualmente se perdido ao ponto de hoje se 
encontrar quase completamente esquecido é uma enorme tragédia. Muitos músicos 
católicos se voltam aos ritmos e músicas populares em busca de inspiração por 
ignorarem a existência desse patrimônio. 
Pela mesma razão, muitos fieis não mais possuem a chance de rezar e meditar com 
os hinos e cantos que conectam os cristãos de todos os tempos e lugares. 
Visando remediar esta insustentável situação, somando-se a outras iniciativas 
salutares que existem no universo da música litúrgica, foi criado o Música Litúrgica 
Online. 
Nossa missão é oferecer formações, sugestões de repertório, compartilhamento de 
conteúdos, e informações de modo a promover e facilitar o aprendizado e a 
utilização da Música Litúrgica em todo o seu esplendor e força. 
O presente e-book contribui para o cumprimento dessa missão ao lançar as bases 
para o entendimento da função que a música exerce na liturgia. 
Baseado nas Instruções Gerais do Missal Romano e complementado por 
comentários de teor prático, teológico e simbólico, todos os cantos presentes na 
Forma Ordinária do Rito Romano serão apresentados e caracterizados. 
 
O grande valor deste material é fornecer um guia prático e seguro para a seleção e 
estudo das peças a serem cantadas na liturgia, bem como melhorar a participação 
nos santos mistérios por meio de um conhecimento mais profundo das nuances 
presentes em cada momento da celebração. 
Esperamos que os conhecimentos aqui organizados e expostos lhe sejam de grande 
valia e auxiliem no processo de disseminação da verdadeira Música Litúrgica, cujo 
fim é a Glória de Deus e a santificação dos fiéis. 
 
4 
 
 
O PAPEL DA MÚSICA NA LITURGIA 
 
Antes de adentrar o estudo de cada parte da Missa onde a música se faz presente, é 
conveniente abordar o papel da música na liturgia de modo geral. A tarefa se torna 
simples na medida em que diversos documentos da Igreja abordam o assunto. De 
início, nos valemos das palavras de São João Paulo II em seu Quirógrafo sobre a 
Música Sacra: 
 
“Interpretando e expressando o sentido porfundo do sagrado texto ao qual está 
intimamente unida, ela (música litúrgica) é capaz de acrescentar maior eficácia 
ao mesmo texto, para que os fiéis se disponham melhor para acolher em si os 
frutos da graça, que são próprios da celebração dos sacrossantos mistérios”. 
 
No trecho acima, são destacados os efeitos que a música litúrgica é capaz de 
alcançar. No trecho a seguir, extraído da Constituição Sacrosanctum Concilium, ve-
se como a música liturgica não é um mero adorno, um enfeite dispensável, mas pelo 
contrário parte necessária e integral da liturgia: 
 
“A tradição musical de toda a Igreja constitui um patrimônio de inestimável 
valor, que sobressai entre as outras expressões de arte, especialmente pelo fato 
de que o canto sacro, unido às palavras, é uma parte necessária e integral da 
liturgia solene.” 
 
Uma importante consequência do que acima foi exposto, o fato do canto ser parte 
da liturgia, é que da mesma forma que o Sacerdote celebrante precisa seguir as 
orientações prescritas no missal, também a música litúrgica deve obedecer uma 
série de critérios objetivos quanto a sua forma e execução. Mais uma vez 
recorremos aos escritos de São João Paulo II no qual lê-se: 
 
“A música litúrgica deve, de fato, responder aos seus requisitos específicos: a 
plena adesão aos textos que apresenta, a consonância com o tempo e o momento 
litúrgico para o qual é destinada, a adequada correspondência aos gestos que o 
rito propõe.” 
5 
 
 
São Pio X irá elencar as qualidades que a música litúrgica deve possuir como sendo: 
santidade, delicadeza das formas e universalidade. 
Outro importante documento da Igreja que versa sobre o papel da música litúrgica 
é a Encíclica Musicae Sacrae de Pio XII, na qual está escrito: 
 
“E, de fato, nisto consiste a dignidade e a excelsa finalidade da música sacra, a 
saber, em - por meio das suas belíssimas harmonias e da sua magnificência - 
trazer decoro e ornamento às vozes quer do sacerdote ofertante, quer do povo 
cristão que louva o sumo Deus; em elevar os corações dos fiéis a Deus por uma 
intrínseca virtude sua, em tornar mais vivas e fervorosas as orações litúrgicas 
da comunidade cristã, para que Deus uno e trino possa ser por todos louvado e 
invocado com mais intensidade e eficácia. Portanto, por obra da música sacra é 
aumentada a honra que a Igreja dá a Deus em união com Cristo seu chefe; e, 
outrossim, é aumentado o fruto que, estimulados pelos sagrados acordes, os fiéis 
tiram da sagrada liturgia e costumam manifestar por umaconduta de vida 
dignamente cristã, como mostra a experiência cotidiana e como confirmam 
muitos testemunhos de escritores antigos e recentes.” 
 
Tão grande papel acarreta uma igualmente grande responsabilidade, motivo pelo 
qual devem todos os fieis, não somente os músicos, voltar suas atenções para o 
conhecimento e estudo da música litúrgica. 
Nas próximas páginas, serão apresentados os cantos presentes na Missa. Conhecer 
as particularidades de cada momento litúrgico é essencial no processo de escolha e 
interpretação das peças musicais a serem cantadas na liturgia, pois como diz São 
João Paulo II: 
 
“Os vários momentos litúrgicos exigem, de fato, uma expressão musical própria, 
sempre apta a fazer emergir a natureza própria de um determinado rito, ora 
proclamando as maravilhas de Deus, ora manifestando sentimentos de loucor, 
de súplica ou ainda de melancolia pela experiência de dor humana, uma 
experiência, porém, que a fé abre à perspectiva da esperança cristã.” 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CANTO DE ENTRADA (INTROITO) 
 
Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa 
o canto da entrada. A finalidade deste canto é abrir a celebração, promover a união 
da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e 
acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros. 
 
O canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo 
cantor e pelo povo, ou só pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu 
salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples, ou então outro canto 
condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha 
sido aprovado pela Conferência dos Bispos. 
 
Este canto introduz os fiéis no mistério do dia por meio de uma palavra vinda do 
Alto. Ao referenciar diretamente passagens bíblicas, o canto de entrada nos remete 
à realidade de que a iniciativa é divina, não humana. A comunidade ouve o chamado 
divino e é estimulada a responder. 
 
Ao introduzir os mistérios do tempo litúrgico ou festa que será celebrada, o canto 
de entrada estabelece um diálogo com o restante da celebração como um todo e 
com a liturgia da palavra de modo particular. 
 
O Pe. Maurice Zundel descreve o introito da seguinte forma: 
 
 Arco Triunfal no início de uma estrada romana; 
 Pórtico por meio do qual nos aproximamos do Mistério; 
 Uma mão estendida a uma criança em prantos; 
 Um companheiro amado no lamento do exílio. 
 
Deus caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em 
diversas passagens bíblicas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da terra 
prometida, seja em busca de libertação. 
8 
 
 
Ora a caminho de Jerusalém, ora ao encontro de Jesus. É por isso, que na pessoa do 
sacerdote, aclamamos a Cristo que vem ao nosso encontro, com toda a sua 
majestade, seu poder e autoridade, para celebrarmos juntos os Mistérios do 
sacrifício da Missa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
 
 
ATO PENITENCIAL 
 
O sacerdote convida para o ato penitencial, que após breve pausa de silêncio, é 
realizado por toda a assembleia através de uma fórmula de confissão geral, e 
concluído pela absolvição do sacerdote, absolvição que, contudo, não possui a 
eficácia do sacramento da penitência. Aos domingos, particularmente, no tempo 
pascal, em lugar do ato penitencial de costume, pode-se fazer, por vezes, a bênção 
e aspersão da água em recordação do batismo 
 
Depois do ato penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, a não ser que 
já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que 
os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado 
normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o 
cantor. 
 
Via de regra, cada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo, porém, um 
número maior de repetições por causa da índole das diversas línguas, da música 
ou das circunstâncias. Quando o Senhor é cantado como parte do ato penitencial, 
antepõe-se a cada aclamação uma “invocação”(“tropo”). 
 
 
As instruções do missal nos mostram que o Ato Penitencial possuí dois elementos 
principais: uma fórmula de confissão geral e a entoação do Senhor, tende piedade. 
 
Caso o Senhor, tende piedade, não faça parte da fórmula de confissão geral, como é 
o caso do Confiteor (confesso a Deus todo poderoso, e a vós irmãos e irmãs...), ele 
será entoado após a absolvição do sacerdote. 
 
Se, ao contrário, o Senhor, tende piedade, for entoado como parte da fórmula de 
confissão geral, este será anteposto em cada aclamação por uma invocação 
chamada de tropo. Uma fórmula bem conhecida desta situação é a seguinte: 
 
 
 
 
“Senhor que viestes salvar os corações arrependidos 
 
Senhor, tende piedade de nós 
 
 
Ó Cristo, que vieste chamar os pecadores humilhados 
 
Cristo, tende piedade de nós 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
Senhor, que intercedeis por nós, junto a Deus pai que nos perdoa. 
 
Senhor, tende pidade de nós 
 
 
Absolvição do Sacerdote 
 
 Glória ou Oração da Coleta - a depender do tempo litúrgico e dia da celebração.” 
 
 
Onde podemos identificar claramente os tropos antecedendo cada uma das 
aclamações que compõe o Senhor, tende piedade. 
 
Um exemplo que ilustra a fórmula onde o Senhor, tende piedade não está inserido 
na fórmula de confissão geral é o seguinte: 
 
 “Confiteor – Pode ser rezado ou cantado 
Confesso a Deus, todo poderoso 
E a vós, irmão e irmãs, que pequei 
Muitas vezes por pensamentos, palavras 
Atos e omissões por minha culpa, minha tão grande culpa 
E peço à virgem Maria, aos anjos e santos 
E a vós, irmão e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor 
 Absolvição 
 Senhor, tende piedade 
Glória ou Oração da Coleta - a depender do tempo litúrgico e dia da celebração.” 
 
 
Neste caso, as aclamações do Senhor, tende piedade não devem ser antecedidas 
por tropos. 
 
Pode-se livremente usar a aclamação Kyrie Eleison, Christe Eleison, Kyrie Eleison 
como substituto natural do Senhor, tende piedade. 
 
 
 
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13 
 
 
 GLÓRIA 
 
O Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no 
Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não 
pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo 
cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que 
o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for 
cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si. 
 
É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, 
nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes. 
 
O primeiro ponto a ser sublinhado é que o Glória não é um hino trinitário. De fato, 
pode-se dizer que o Glória é um hino Cristológico. Por ser um hino, sua letra não 
pode ser alterada. 
Portanto, é falsa a idéia de que basta ter as invocações “Glória ao Pai”, “Glória ao 
Filho" e “Glória ao Espírito Santo”. 
A entoação do Glória pelo Sacerdote ou cantor / grupo de cantores nos remete ao 
evangelho de Lucas (Lc 2, 9-14), no qual primeiramente o anjo anuncia o nascimento 
do Salvador e então junta-se a ele uma multidão de anjos cantando. 
Sobre o hino do Glória escreve o Pe. Ocimar Francatto: 
 
“O Hino do Glória é um hino cristológico, pois o Cristo se mantém no centro de 
todo o hino. Ele é o “Kyrios”, o Senhor, que desde todos os tempos habita na 
Trindade. 
É um hino em prosa lírica. Um tesouro da oração cristã que tem sua origem 
nos primeiros séculos. Trata-se de uma compilação de elementos que 
evoluíram, mas cuja estrutura atual é muito clara. 
Depois de mais de mil anos, cantamos com as palavras daquelas mesmas 
comunidades antigas.Sinal de comunhão que atravessa os séculos. As palavras 
dos anjos na noite do Natal: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos 
homens por Ele amados” (Lucas 2, 14). 
Em cada Eucaristia, o Natal se faz presente. Lá ele nasceu na carne da história, 
aqui nasce no sinal do sacramento, mas é o mesmo Cristo. 
14 
 
 
Coloca alguns títulos a Deus: Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-
poderoso. Isto é feito para que a criatura não se esqueça de que Ele é o 
Absoluto, o Mistério maior, o Criador. Então, recordar no Glória esses títulos 
de Deus coloca-nos na dimensão de nossa pequenez diante da majestade 
divina. Ele é o Rei dos céus e o Deus Pai todo-poderoso. 
Alguns verbos como: louvar, bendizer, adorar, glorificar, dar graças, exprimem 
a nossa pequenez diante de Deus. Ao mesmo tempo nos chama a levantar-se 
até Deus. Tudo isso por causa da sua imensa glória. 
O Hino do Glória é um canto completo, tem: louvor, entusiasmo, doxologia e 
súplica.” 
 
A liturgia não usa este hino nos tempos litúrgicos do Advento e da Quaresma, pelo 
fato de que um hino festivo não sintoniza com um tempo de penitência e contrição. 
Como se trata de um hino, deveria sempre ser cantado. 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
 
 
 SALMO 
 
À primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que é parte integrante da 
liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por 
favorecer a meditação da palavra de Deus. 
 
O Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado 
do lecionário. 
 
De preferência, o salmo responsorial será cantado, ao menos no que se refere ao 
refrão do povo. Assim, o salmista ou cantor do salmo, do ambão ou outro lugar 
adequado profere os versículos do salmo, enquanto toda a assembleia escuta 
sentada, geralmente participando pelo refrão, a não ser que o salmo seja proferido 
de modo contínuo, isto é, sem refrão. 
 
Mas, para que o povo possa mais facilmente recitar o refrão salmódico, foram 
escolhidos alguns textos de refrões e de salmos para os diversos tempos do ano e 
as várias categorias de Santos, que poderão ser empregados em lugar do texto 
correspondente à leitura, sempre que o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser 
cantado, seja recitado do modo mais apto para favorecer a meditação da palavra 
de Deus. 
 
Em lugar do salmo proposto no lecionário pode-se cantar também um responsório 
gradual do Gradual romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual 
Simples, como se encontram nesses livros. 
 
Conforme instrução do missal, o salmo deve preferencialmente ser cantado. A 
recitação deve ser a exceção e não a regra. Em seu aspecto musical, o salmo deve 
idealmente respeitar o ritmo das palavras que serão cantadas. Deve-se ainda tomar 
cuidado para que a dicção seja clara de modo que o texto possa ser bem 
compreendido. Esta ideia está expressa na Instrução Geral ao Elenco das Leituras 
da Missa: 
 
“Para exercer essa função de salmista, é muito conveniente que, em cada 
comunidade eclesial, haja leigos dotados da arte de salmodiar e de uma boa 
pronúncia e dicção. O que se disse anteriormente sobre a formação dos leitores 
também se aplica aos salmistas (OLM 56).” 
 
 
17 
 
 
Visto que, no que tange ao seu refrão, o Salmo terá a participação da assembleia, 
sua melodia não deve ser por demais rebuscada e complexa de modo a dificultar a 
participação dos fiéis. Pelo mesmo motivo, é inapropriado que a melodia, mesmo 
que simples, contenha notas em regiões muito agudas ou graves. 
 
Ainda é importante salientar que o Salmo deve ser proclamado no ambão da palavra. 
Nas palavras da Instrução Geral ao Elenco das Leituras da Missa: 
 
“Dado que o ambão é o lugar de onde os ministros proclamam a Palavra de Deus, 
reserva-se, por sua natureza, às leituras, ao salmo responsorial e ao precônio 
pascal” (OLM 33).” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19 
 
 
 ACLAMAÇÃO: 
 
Após a leitura que antecede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou 
outro canto estabelecido pelas rubricas, conforme exigir o tempo litúrgico. Tal 
aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através do qual a assembleia 
dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé 
pelo canto. É cantado por todos, de pé, primeiramente pelo grupo de cantores ou 
cantor, sendo repetido, se for o caso; o versículo, porém, é cantado pelo grupo de 
cantores ou cantor. 
 
a) O Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma. O 
Versículo é tomado do lecionário ou do Gradual. 
 
b) No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo 
antes do Evangelho proposto no lecionário. Pode-se cantar 
também um segundo salmo ou trato, como se encontra no 
Gradual. 
 
A seqüência que, exceto nos dias da Páscoa e de Pentecostes, é facultativa, é 
cantada antes do Aleluia. 
 
 
O Aleluia é um brado de júbilo à aproximação do Rei que há de chegar na 
proclamação do Santo Evangelho. 
 
São João relata que o Aleluia é um hino celestial. É o canto com que os santos 
glorificam a Deus e ao Cordeiro. O Aleluia é universal, encontrado em todas as 
Liturgias do Oriente e do Ocidente. Esta presença universal do Aleluia no culto 
cristão atesta sua grande antiguidade. 
 
A fórmula mais usual é a entoação do Aleluia (exceto no tempo quaresmal) ser 
realizada pelo cantor ou grupo de cantores com a repetição onde juntam-se aos 
cantores as vozes da assembleia. 
 
 
20 
 
 
Por este motivo, ao participar da missa, o mais indicado é esperar a repetição do 
Aleluia, espaço próprio para a entrada da assembleia, antes de se juntar ao coro dos 
cantores, mesmo que a melodia entoada já seja conhecida, visto que o propósito da 
repetição não é o de ensinar a melodia para a assembleia, mas sim o de imbuir neste 
canto o caráter responsorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
 
 
 CREDO (PROFISSÃO DE FÉ) 
 
Quando cantado, é entoado pelo sacerdote ou, se for oportuno, pelo cantor ou pelo 
grupo de cantores; é cantado por todo o povo junto, ou pelo povo alternando com 
o grupo de cantores. Se não for cantado, será recitado por todos juntos, ou por 
dois coros alternando entre si. 
 
Embora a fórmula mais comum seja a recitada, a profissão de fé pode ser cantada 
sendo então preferencialmente entoada pelo sacerdote. 
Importante salientar que, assim como o hino do Glória, a letra da profissão de fé não 
pode em hipótese alguma ser alterada. Pode-se optar por realizar a profissão em 
latim ou mesmo outra fórmula válida (por vezes sugerida pelos folhetos), como o 
Símbolo Niceno-Constantinopolitano ou o Credo Batismal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 OFERTÓRIO (PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS) 
 
O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo 
menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas 
ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada. O canto pode 
sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons. 
 
A procissão dos dons é o ato de levar ao altar as oferendas do pão e do vinho com 
água, ou seja, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos; são os dons 
que se converterão no Corpo e no Sangue de Jesus. 
Historicamente, a antífona do ofertório era cantada já no tempo de Santo Agostinho. 
Posteriormente, o Papa São Gregório Magno deu ao canto de Ofertório uma forma 
semelhante à do Introito: uma antifona e vários versículos do Saltério. A antífona era 
repetida antes de cada versículo do Saltério. 
A sua letra não precisa falar necessariamente de pão e vinho ou de 
ofertório,podendo ser um texto de louvor apropriado com o tempolitúrgico. 
Acerca das caracerísticas musicais do ofertório diz Dom Eugène Vandeus, monge 
beneditino: 
 
“Mais místico e profundo do que o Introito e o Gradual, dispõe nossas almas ao 
recolhimento, de modo a mais convenientemente assistirem ao Adorável 
Sacrifício prestes a se renovar A Antífona do Ofertório, então mais do que 
qualquer outra parte da Missa, é sublime e inspirada oração se elevando ao 
trono de Deus.” 
 
Além do canto, é possível acompanhar a preparação das oferendas com um suave 
instrumental ou mesmo o silêncio, ocasião na qual se pode ouvir a oração rezada 
pelo sacerdote neste momento. 
 
 
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 SANTO 
Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compõem a 
Oração eucarística: 
A aclamação pela qual toda a assembléia, unindo-se aos espíritos celestes canta o 
Santo. Esta aclamação, parte da própria Oração eucarística, é proferida por todo 
o povo com o sacerdote. 
A doxologia final que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída 
pela aclamação Amém do povo. 
 
O Santo é um canto de fundamental importância na missa e tem sua origem no 
Oriente, século II. O texto bíblico: um manto de retalhos, uma compilação de textos 
bíblicos. As duas primeiras aclamações, tiradas de Isaías, de sua visão dos anjos 
protrados diante do altar: “Toda a terra está cheia de sua glória”. Hosana, do hebraico 
Hosanna significa aquele que dá a salvação. Nas alturas = Deus que habita os altos 
céus. Bendito O que vem em nome do Senhor, festejando e aclamando o Senhor, 
quando de sua entrada em Jerusalém (Mt 21,9). 
É o canto dos anjos (Is 6,2-3) e também dos homens (Lc 19,38). Este canto pertence, 
então, a comunidade toda e não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e 
santos para cantarem a uma só voz, e, depois, somente um coral ou um solista 
executar o canto sozinho. 
A letra do Santo não pode ser modificada nem sofrer acréscimos por se tratar de 
um hino, tal como o Glória. 
Quanto a forma sua melodia deve ser condizente com a solenidade do clamor 
presente no texto. 
 
 
 
 
 
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ACLAMAÇÃO MEMORIAL 
É o momento do anúncio do Mistério Pascal. O presidente da celebração proclama 
“Eis o Mistério da Fé!” e toda assembléia, em pé, responde expressando sua fé na 
presença do Mistério Pascal de Jesus na Eucaristia. 
Quando cantado, é importante que toda assembleia participe e não seja executado 
somente por um grupo de cantores. Neste caso, é conveniente combinar a melodia 
com o presidente da celebração (“Eis o Mistério da Fé!”) para que haja uma harmonia 
musical entre o canto do presidente e a resposta da assembleia. 
Há três aclamações propostas pelo Missal que a equipe de cantos deve ensaiar com 
a assembleia: 
a) “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição, 
vinde, Senhor Jesus!” 
b) “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, 
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!” 
c) “Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e 
ressurreição!” 
 
Textos alternativos que exprimem a fé na presença real devem ser excluídos, pois 
alteram o sentido litúrgico do Mistério que se celebra. Portanto não se deve 
substituir uma das três aclamações acima citadas por um canto eucarístico ou de 
louvor. 
Durante a narrativa da Instituição ou a Consagração, não se admite nenhum outro 
som, além das palavras do presidente da celebração. Toda inserção instrumental 
neste momento pode distrair e desvirtuar a celebração do Mistério Eucarístico. Este 
é um momento forte e alto da presença e ação de Deus, e convém que a assembleia, 
inclusive o grupo de cantores, escutem em silêncio, atenção e respeito as palavras 
do Cristo que se oferece a nós por amor. 
 
 
 
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DOXOLOGIA FINAL (GRANDE AMÉM) 
Convém que se valorize da melhor maneira possível o Amém conclusivo da Oração 
Eucarística através do canto, com intensa participação da assembleia. 
Este é o Amém mais importante da missa, pois finaliza com a confirmação de que 
“assim seja”, todo o Mistério salvífico apresentado e realizado na Oração Eucarística. 
Esta aclamação deveria sempre ser cantada e pode ser repetida três vezes. O 
“Amém!” é uma aclamação comunitária e, quando cantado, deveria sempre ser 
acompanhado dos instrumentos para reforçá-lo. 
A proclamação da doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo) é exclusiva do 
presidente e concelebrantes, não cabendo ao diácono ou aos fiéis leigos, a não ser 
o Amém conclusivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PAI NOSSO 
 
Concluída a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos unidas, diz a exortação que 
precede a Oração do Senhor e, a seguir, de mãos estendidas, proclama-a juntamente 
com o povo. 
Afirma o número 35 da Encíclica Musicam Sacram: “O Pai-Nosso, é bom que o diga 
o povo juntamente com o sacerdote. Se for cantado em latim, empreguem-se as 
melodias oficiais já existentes; mas se for cantado em língua vernácula, as melodias 
devem ser aprovadas pela autoridade territorial competente”. 
Apesar de ser opcional, o canto do Pai Nosso este é extremamente recomendado 
Por se tratar de um hino a letra do Pai Nosso não pode ser alterada, mesmo 
pequenas modificações e repetições são suficientes para descaracterizar o hino e 
roubar-lhe o caráter litúrgico. 
Uma observação importante: a Oração do Senhor é uma oração inserida dentro de 
um rito, por isso, quer seja recitado, quer seja cantado, nunca se deve dizer “amém” 
como forma conclusiva. 
Esse “amém” só deve ser utilizado para encerrar a oração quando esta é feita de 
forma isolada ou fora do contexto litúrgico da Santa Missa. 
 
 
 
 
 
 
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CORDEIRO DE DEUS 
 
 
Na Missa, o Agnus Dei acompanha a fração do pão, rito abordado no número 83 da 
Instrução Geral do Missal Romano: 
 
“O sacerdote parte o pão eucarístico. (...) 
Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola 
ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de 
Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo 
que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. 
Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.” 
 
Esse gesto nos faz lembrar, também, dos discípulos de Emaús, onde reconheceram 
o Cristo Ressuscitado somente no momento de partir o pão. Após o ato da “Fração 
do Pão”, o sacerdote apresenta para a assembléia o Cordeiro Imolado, assim como 
João Batista mostrou ao mundo o Cordeiro de Deus, aquele que superaria todos os 
sacrifícios e seria imolado, remindo toda a humanidade consigo. 
Observa-se que, segundo a Instrução do Missal, a invocação "pode repetir-se o 
número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito". Isto significa que a 
invocação que termina com "tende piedade de nós" ("miserere nobis") pode ser 
enunciada mais do que as duas vezes a que estamos habituados. 
Cordeiro de Deus, ou em latim Agnus Dei, é uma expressão utilizada no cristianismo 
para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter 
sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica 
cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão 
aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de João, onde João 
Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” 
(João, 1:29). 
Assim como o Glória, o Pai Nosso e o Santo, entre outros, o texto não deve ser 
alterado nem sofrer acréscimos. 
Por fim convém lembrar que, diferentemente do Santo e do Pai-Nosso, este canto 
não é necessariamente um canto do povo e pode ser cantado apenas pelo grupo de 
cantores. Quem inicia esse canto ou recitação não é quem preside, mas a assembleia 
por meio do cantor ou comentarista. O mesmovale para os casos onde o Cordeiro 
de Deus for recitado. 
 
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 COMUNHÃO 
É um canto processional para acompanhar o rito da distribuição da comunhão com 
o qual a assembleia expressa a alegria pela unidade do Corpo de Cristo e pela 
realização do Mistério que está sendo celebrado. O canto de comunhão pode 
retomar o evangelho do dia e garantir a unidade das duas mesas (palavra e 
eucaristia). O canto da comunhão se prolonga até o término da procissão da 
comunhão ou no máximo até a purificação dos objetos sagrados 
O Canto de Comunhão é o canto mais antigo da Missa. Por ele, através da procissão 
e da união das vozes, expressamos nossa união espiritual em torno de Jesus. Todos 
ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma Igreja, participamos do mesmo 
Pão do Céu. E esta é realmente a função do canto de comunhão: fomentar o sentido 
de unidade. Desta forma, ele manifesta a alegria da unidade do Corpo de Cristo, que 
é a Igreja, e alegria pela realização do Mistério que está sendo celebrado. 
É certo que a comunhão é um ato pessoal, mas como já foi dito, deve manifestar-se 
através de um ato comunitário. Por isso, todo o povo deve participar deste canto. O 
silêncio eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal se dará, mais 
oportunamente, no momento seguinte. 
Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto da 
Comunhão. Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com 
facilidade. 
Para o canto da comunhão pode-se tomar a antífona do Gradual romano, com ou 
sem o salmo, a antífona com o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado, 
aprovado pela Conferência dos Bispos. O canto é executado só pelo grupo dos 
cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo. 
Enquanto a maior parte das Antífonas de Comunhão se tomam do Saltério, algumas 
delas são retiradas do Evangelho do dia. Estas Antífonas de Comunhão particulares, 
cantadas especialmente durante a Quaresma e o Tempo Pascal, significam que o 
mesmo Senhor Jesus Cristo que fala e age no poder do Espírito Santo no Evangelho 
da Missa, dá-Se a Si mesmo aos comungantes para cumprir neles o que o Evangelho 
proclamou e anunciou. 
 
 
 
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AÇÃO DE GRAÇAS 
 
Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis 
oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembléia pode entoar ainda 
um salmo ou outro canto de louvor ou hino. 
Este canto, de caráter opcional, deve respeitar a finalidade deste momento após a 
comunhão eucarística que é a oração particular que permita ao fiel a assimilação 
frutuosa do sacramento recebido. Importante ressaltar que o canto de ação de 
graças não deve e não pode excluir o silêncio sacramental após a comunhão. 
Transcrevemos uma explicação sobre este importante momento escrita por Renée 
de Tryon Montalemberte publicada no L’Osservatore Romano: 
 
“A Comunhão Eucarística realiza a união de cada comungante com o Cristo 
total, Cabeça e Corpo, portanto não apenas com o seu Corpo físico, mas também 
com o Corpo Místico ou, em outras palavras, com a Igreja considerada em sua 
totalidade e em cada um dos seus membros. 
Eis por que a Comunhão Eucarística, que se situa no coração mesmo da Liturgia, 
constitui, de um lado, um ato eminentemente pessoal do cristão batizado, e, de 
outro lado, visto que as ações litúrgicas não são ações particulares, mas 
celebrações da Igreja, que é sacramento da unidade (cânon 837), a Comunhão 
Eucarística, na qual se consuma o santo Sacrifício da Missa, constitui, por 
excelência e para cada comungante, um ato eclesial. 
 
Nesta perspectiva, é para agradecer a Deus um tão grande benefício que o Missal 
Romano de Paulo VI (Institutio Generalis Missalis Romani) prevê explicitamente 
que a recepção da Santa Comunhão seja seguida de um tempo de oração pessoal 
– e principalmente de um tempo conveniente de silêncio sagrado – com a 
possibilidade de exprimir por cantos, salmos ou cânticos, a alegria e a gratidão 
daqueles que, alimentados pela carne e o sangue de Cristo, se tornem a realidade 
do seu Corpo que é a Igreja. Assim se entende a ação de graças eclesial; é 
altamente desejável que ela seja prolongada após a celebração mediante 
meditação durante um tempo conveniente.” 
 
 
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CANTO FINAL 
 A reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II propôs, como última fórmula 
da celebração litúrgica, o “Ide em paz”. Um canto “final” após este momento seria 
ilógico, pois a assembléia está dispensada. O que temos, na verdade, é um canto de 
despedida. 
Este canto de despedida, executado durante a saída do povo, pode ser substituído 
por uma música instrumental. 
Se em alguma ocasião parecer oportuno um “canto final”, por exemplo, o hino do 
padroeiro ou da padroeira da festa, ou um hino em honra da Mãe do Senhor em 
algumas de suas comemorações, deve ser cantado após a “Benção final” e antes do 
“Ide em Paz”. 
Vemos, então, que existe uma certa confusão entre “Canto Final” e “Canto de 
Despedida”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O PRÓPRIO E O ORDINÁRIO 
 
Frequentemente, em documentos e artigos referentes à música litúrgica e à liturgia 
de forma mais ampla, encontramos os conceitos de Próprio e Ordinário. 
O Próprio pode ser pensado, em contraposição ao Ordinário, como as partes que 
podem sofrer alterações, as partes variáveis da Missa. Uma boa maneira de entender 
o conceito de Próprio da Missa é pensar na liturgia da palavra: as leituras, o salmo e 
o evangelho variam de acordo com o dia no qual a Missa é celebrada bem como com 
o ano litúrgico vigente. 
Da mesma forma, certas partes e cantos que se comunicam de forma mais íntima 
com a liturgia da palavra - como a oração da coleta, o introito e a aclamação -, irão 
sofrer variações. 
O Ordinário, de modo oposto ao próprio, tem por característica definidora a 
estabilidade. São partes e cantos invariáveis, sendo no máximo omitidos em 
determinados tempos litúrgicos, mas jamais alterados. 
Aqui é útil pensar nas partes e cantos que se mantém inalterados em todas as Missas, 
sendo justamente por isto chamados de partes fixas. Nesta categoria se encaixam o 
Sinal da Cruz, o Kyrie, o Gloria, o Credo e o Sanctus por exemplo. 
Essas partes jamais sofrerão alterações, ocorrendo no máximo uma omissão, como 
é o caso do Glória durante a quaresma e o advento. 
A imagem a seguir classifica os cantos presentes em uma celebração como 
pertencentes ao Próprio (em vermelho) ou ao Ordinário (em azul). 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esperamos que o presente material se constitua em um guia prático e seguro, capaz 
de dirimir as dúvidas e fornecer as orientações necessárias para engrandecer e 
qualificar a música litúrgica. 
Os conteúdos foram apresentados de maneira segmentada, voltando a atenção para 
cada momento da missa na sequência cronológica em que estes acontecem. Cabe 
lembrar, entretanto, que todos os momentos aqui apresentados, bem como os não 
apresentados como a Proclamação do Evangelho, a Homilia, as preces da 
comunidade entre outros, constituem um único rito, possuindo uma conexão 
indissolúvel. 
Para além das orientações de cunho mais prático, desejamos que as realidades 
espirituais que embasam a manifestação visível a qual chamamos de rito, sejam 
meditadas e absorvidas. 
A partir delas, todos os gestos, cantos e silêncios da liturgia adquirem uma maior 
profundidade, a qual se transmuta em maior piedade e em um melhor 
aproveitamento das incontáveis graças que recebemos todas as vezes que 
participamos da celebração dos santos mistérios. 
Por fim, esperamos que as orientações práticas, ancoradas nas realidades que as 
fundamentam, sejam úteis a todos que, participando dos grupos de cantos ou da 
assembleia, contribuem para que a Santa Missa seja celebrada com a maior 
dignidade, zelo e sacralidade possíveis.Que Deus nos Abençoe! 
Equipe Música Litúrgica Online 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO E INTRODUÇÃO AO LECIONÁRIO, Edições 
CNBB (2008). 
 PIO X, Motu Proprio “Tra le sollicitudine” sobre a música sacra (1903). 
 PIO XI, Constituição Apostólica “Divini Cultus” sobre liturgia, canto gregoriano e 
música sacra (1928). 
 PIO XII, Encíclica “Musicae Sacrae Disciplina” sobre a música sacra (1955). 
 SAGRADA CONGREGAÇÃO DOS RITOS, Instrução sobre a música sacra e a 
sagrada liturgia (1958). 
 CONCÍLIO VATICANO II, Constituição sobre a Sagrada Liturgia (1963). 
 SAGRADA CONGREGAÇÃO DOS RITOS, Instrução sobre a música na sagrada 
liturgia (1967). 
 JOÃO PAULO II, Quirógrafo sobre a música litúrgica (2003). 
 BLOG SALVEM A LITURGIA. Disponível em: www.salvemaliturgia.com 
 BLOG AUGUSTO CEZAR. Disponível em: https://blogdoaugustocezar.catholicus.org.br 
 BLOG COOPERATORES VERITATIS. Disponível em: http://www.cveritatis.com.br/cv/ 
 BLOG MÃE DA IGREJA. Disponível em: https://www.maedaigreja.org/ 
 L´OOSSERVATORE ROMANO. Disponível em: http://www.osservatoreromano.va/pt 
 CURSO CANTO GREGORIANO – MARTYRIA EDITORA – 4º DIA. Disponível em: 
https://youtu.be/4DhJBG-pGOY 
 
 
 
 
 
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