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1
MORFOLOGIA 
DO PORTUGUÊS 
Profª. Me. Márcia Adriana de S. Verona 
Profª. Me. Danubia da Costa Teixeira
2
MORFOLOGIA 
DO PORTUGUÊS 
PROFª. ME. MÁRCIA ADRIANA DE SOUZA VERONA 
PROFª. ME. DANUBIA DA COSTA TEIXEIRA
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profa. Dra. Fabiana Miraz de F. Grecco
 Revisão técnica: Profa. Dra. Suelen Martins 
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza Mendes Leite 
 Fernanda Cristine Barbosa
 Prof. Esp. Guilherme Prado 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza P. Campos 
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
MORFOLOGIA 
DO PORTUGUÊS 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
5
 Doutoranda em Estudos Linguísticos, pelo 
Programa de Pós-Graduação da Universidade 
Federal de Minas Gerais (PosLin-UFMG), onde 
faz pesquisa em Linguística Teórica e Descriti-
va, linha de pesquisa Estudos da língua em uso. 
Mestrado em Letras, área de concentração Lite-
ratura Brasileira, linha de pesquisa Literatura de 
Minas: o regional e o universal. Especialização 
em Língua Portuguesa pela PUC – MG, especia-
lização em Gestão de Políticas Públicas em Gê-
nero e Raça pela Universidade Federal de Ouro 
(UFOP). Professora de Língua Portuguesa, Re-
dação e Literatura desde 2000. Técnica em As-
suntos Educacionais no Instituto Federal de Mi-
nas Gerais (IFMG) Campus Conselheiro Lafaiete. 
MÁRCIA ADRIANA DE SOUZA 
VERONA 
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali-
ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/4705481935045230
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
6
 Doutoranda em Linguística Aplicada 
(UFMG), Mestra em Letras (UNIMONTES) Es-
pecialista em Mídias na Educação (UFOP) Es-
pecialista em Alfabetização e Letramento 
(PROMINAS). Atualmente, é Professora da rede 
pública estadual de ensino de Minas Gerais; Co-
ordenadora do curso de Letras-Português da 
Faculdade Prominas de Montes Claros, tesou-
reira da Associação Mineira de Português como 
Língua Estrangeira - AMPLIE; membra do Gru-
po de Estudos Cognição, Educação, Imigração 
e Refúgio - GECEIR - UFMG, membra do Centro 
de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas - CEABI 
- da Faculdade Única de Ipatinga e membra do 
DIVERSO - grupo de estudos em Diversidade e 
Gênero da UFMG.
DANUBIA DA COSTA TEIXEIRA
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali-
ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/3191062212251535
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
7
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
8
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
SUMÁRIO
1.1 Introdução ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................12
1.2 Morfologia ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................12
1.3 Morfologia Flexional .................................................................................................................................................................................................................................................................13
1.4 Elementos Estruturais Das Palavras ................................................................................................................................................................................................................................14
1.4.1 Elementos Estruturais Das Palavras ...................................................................................................................................................................................................................................14
1.4.2 Radical............................................................................................................................................................................................................................................................................................15
1.4.3 Afixos ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................17
1.4.4 Desinências .................................................................................................................................................................................................................................................................................18
1.5 Vogais E Consoantes de Ligação........................................................................................................................................................................................................................................20
1.5.1 Vogal Temática ...........................................................................................................................................................................................................................................................................20
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................22
2.1 Introdução .........................................................................................................................................................................................................................................................................................25
2.2 Morfologia Lexical .....................................................................................................................................................................................................................................,.................................25 
2.3 Derivação ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................262.3.1 Derivação Prefixal .....................................................................................................................................................................................................................................................................27
2.3.2 Derivacão Sufixal ......................................................................................................................................................................................................................................................................27
2.3.3Derivação Prefixal e Sufixal ...................................................................................................................................................................................................................................................28
2.3.4 Derivação Parassintética .......................................................................................................................................................................................................................................................28
2.3.5 Derivação Regressiva ..............................................................................................................................................................................................................................................................28
2.3.6 Derivação Imprópria ...............................................................................................................................................................................................................................................................29
2.4 Composição ....................................................................................................................................................................................................................................................................................30
2.4.1 Justaposição ...............................................................................................................................................................................................................................................................................30
2.4.2 Aglutinação ...............................................................................................................................................................................................................................................................................30
2.5 Hibridismo ........................................................................................................................................................................................................................................................................................31
2.6 Onomatopéia...................................................................................................................................................................................................................................................................................31
2.7 Sigla........................................................................................................................................................................................................................................................................................................32
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................33
3.1 Introdução .........................................................................................................................................................................................................................................................................................37
3.2 Classificação Dos Substantivos..........................................................................................................................................................................................................................................38
3.3 Flexões do Substantivo ...........................................................................................................................................................................................................................................................39
3.3.1 Gênero do Substantivo.............................................................................................................................................................................................................................................................39
3.3.2 Número do Substantivo .........................................................................................................................................................................................................................................................41
3.3.3 Grau do Substantivo ................................................................................................................................................................................................................................................................42
3.4 Classificação dos Adjetivos ................................................................................................................................................................................................................................................ 43
3.5 Flexões dos Adjetivos .............................................................................................................................................................................................................................................................. 43
3.5.1 Gênero do Adjetivo ...................................................................................................................................................................................................................................................................43
3.5.2 Número do Adjetivo ................................................................................................................................................................................................................................................................44
3.5.3 Grau do Adjetivo .......................................................................................................................................................................................................................................................................44
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................46
INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
CLASSES DE PALAVRAS NOMINAIS: SUBSTANTIVO E ADJETIVO
4.1 Introdução.........................................................................................................................................................................................................................................................................................50
4.2 Artigo ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................50
4.2.1 Principais Empregos do Artigo .............................................................................................................................................................................................................................................514.3 Numeral .............................................................................................................................................................................................................................................................................................52
4.3.1 Cardinais .......................................................................................................................................................................................................................................................................................53
4.3.2Ordinais .........................................................................................................................................................................................................................................................................................53
CLASSES DE PALAVRAS NOMINAIS
9
5.1 Introdução .........................................................................................................................................................................................................................................................................................66
5.2 Conjugações Verbais ...............................................................................................................................................................................................................................................................67
5.3 Flexões do Verbo ..........................................................................................................................................................................................................................................................................67
5.3.1Flexões em Pessoa e Número ...............................................................................................................................................................................................................................................67
5.3.2 Modos do Verbo ........................................................................................................................................................................................................................................................................67
5.3.3 Tempo Verbal .............................................................................................................................................................................................................................................................................68
5.4 Formas Nominais ........................................................................................................................................................................................................................................................................70
5.4.1 Infinitivo .......................................................................................................................................................................................................................................................................................70
5.4.2 Gerúndio .....................................................................................................................................................................................................................................................................................70
5.4.3 Particípio .....................................................................................................................................................................................................................................................................................70
5.5 Classificação dos Verbos .........................................................................................................................................................................................................................................................71
5.5.1 Verbos Regulares .......................................................................................................................................................................................................................................................................71
5.5.2 Verbos Irregulares .....................................................................................................................................................................................................................................................................71
5.5.3 Verbos Defectivos ......................................................................................................................................................................................................................................................................71
5.5.4 Verbos Abundantes .................................................................................................................................................................................................................................................................72
5.6 Vozes Verbais ..................................................................................................................................................................................................................................................................................72
5.6.1 Voz Passiva Analítica ................................................................................................................................................................................................................................................................73
5.6.2 Voz Passiva Sintética ...............................................................................................................................................................................................................................................................73
5.6.3 Voz Reflexiva ...............................................................................................................................................................................................................................................................................73
5.7 Formação dos Tempos Verbais ..........................................................................................................................................................................................................................................73
5.7.1 Tempos primitivos e Tempos Derivados ...........................................................................................................................................................................................................................73
5.7.2 Formação do Presente do Subjuntivo ..............................................................................................................................................................................................................................74
5.7.3 Formação do Pretérito Imperfeito do Indicativo ..........................................................................................................................................................................................................75
5.7.4 Formação do Imperativo .......................................................................................................................................................................................................................................................75
5.7.5 Pretérito Perfeito e seus Derivados ....................................................................................................................................................................................................................................765.8 Verbo Principal e Verbo Auxiliar ........................................................................................................................................................................................................................................77
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................79
CLASSE VERBAL
6.1 Introdução ........................................................................................................................................................................................................................................................................................83
6.2 Advérbio ............................................................................................................................................................................................................................................................................................83
6.2.1 Classificação do Advérbio ......................................................................................................................................................................................................................................................83
6.3 Preposição .......................................................................................................................................................................................................................................................................................84
6.4 Conjunção .......................................................................................................................................................................................................................................................................................86
6.4.1 Classificação das Conjunções ..............................................................................................................................................................................................................................................86
6.5 Interjeição ........................................................................................................................................................................................................................................................................................89
FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................................................................................................90
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................93
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................................................................94
CLASSES NOMINAIS INVARIÁVEIS
UNIDADE 5
UNIDADE 6
4.3.3 Multiplicativos ...........................................................................................................................................................................................................................................................................54
4.3.4 Fracionários ...............................................................................................................................................................................................................................................................................54
4.4 Pronome ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................54
4.5Classificação dos pronomes .................................................................................................................................................................................................................................................54
4.5.1 Pronomes Pessoais ..................................................................................................................................................................................................................................................................55
4.5.2 Pronomes de Tratamento .....................................................................................................................................................................................................................................................56
4.5.3 Pronomes Possessivos ...........................................................................................................................................................................................................................................................56
4.5.4 Pronomes Demonstrativos ..................................................................................................................................................................................................................................................57
4.5.5 Pronomes Indefinidos ............................................................................................................................................................................................................................................................58
4.5.6 Pronomes Relativos ................................................................................................................................................................................................................................................................59
4.5.7 Pronomes Indefinidos ...........................................................................................................................................................................................................................................................60
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................61
10
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
I
C
V
R
O
UNIDADE 1
Nesta unidade, discutiremos acerca do significado do termo morfologia, veremos o 
que é morfologia lexical e morfologia flexional, bem como os elementos estruturais 
das palavras no âmbito da língua portuguesa. 
UNIDADE 2
Nesta unidade, será abordado o processo de formação de palavras, ou seja, como as 
palavras surgem na língua portuguesa. Para isso, estudaremos detalhadamente a 
morfologia lexical, bem como os processos de derivação e composição das palavras. 
UNIDADE 3
Daremos início ao estudo das classes de palavras. E o que são as classes de palavras? 
São as classes gramaticais que se referem ao conjunto constituído de todas as 
palavras que têm o mesmo propósito. Nesta unidade serão abordadas as classes: 
substantivo e adjetivo. 
UNIDADE 4
Nesta unidade, estudaremos três classes de palavras: artigo, numeral e pronome. 
Como veremos, as três são classes gramaticais variáveis, essas palavras possuem a 
capacidade de se flexionar, ou seja, assumem formas de plural ou singular (número) 
e masculino ou feminino (gênero).
UNIDADE 5
Nesta unidade trataremos dos verbos. O verbo é uma das classesde palavras 
mais importantes do nosso idioma. Portanto, conhecê-lo bem e saber empregá-lo 
adequadamente é uma das principais finalidades do ensino da língua portuguesa.
UNIDADE 6
Nesta unidade, estudaremos as classes gramaticais de palavras invariáveis, trata-se 
das palavras que permanecem iguais, ou seja, não variam em gênero, número e 
grau. São elas: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
11
INTRODUÇÃO 
À MORFOLOGIA
12
1.1 INTRODUÇÃO 
 Dando início aos nossos estudos, nesta unidade, discutiremos acerca do significado 
do termo morfologia, veremos o que é morfologia lexical e morfologia flexional, bem 
como os elementos estruturais das palavras no âmbito da língua portuguesa. 
1.2 MORFOLOGIA
 O termo morfologia não é novo para nós, pois tivemos contato com esse vocábulo 
no ensino fundamental e no médio; período em que estudamos a estrutura morfológica 
das palavras, porém de maneira breve. Já que nesses níveis de ensino, geralmente, 
estudamos um pouco sobre a estrutura e o processo de formação de palavras e sobre 
as classes de palavras da língua portuguesa (substantivo, artigo, adjetivo, numeral, 
pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição), conforme são tratados 
esses conteúdos na gramática tradicional ou gramática normativa. A Morfologia é 
caracterizada como a parte da gramática que estuda as palavras na perspectiva da 
forma, sua estrutura e a classificação dessas palavras.
 Primeiramente, precisamos entender o significado da palavra morfologia. Vale 
ressaltar que esse termo, antes de ser usado na linguística, já era empregado nas 
ciências da natureza, nos estudos da botânica e da geologia. Para entendermos seu uso 
na linguística, recorremos aos dizeres de Rosa (2011), para quem a morfologia se destaca 
a partir do século XX, e recebeu esse nome, pois foi o resultado da junção dos termos 
gregos morphe (forma ou aparência) com logos (palavra ou estudo), assim, temos 
morfologia- estudo da forma da palavra. 
 A primeira corrente linguística, que se dedicou a estudar a morfologia, foi o 
estruturalismo. Os pioneiros do estudo da morfologia foram os pesquisadores Joseph 
Vendryes e Leonard Bloomfield. Para esses autores, a palavra não era suficiente para 
se estudar a língua. Por esse motivo, passou-se a considerar o morfema como unidade 
mínima para analisar sua acepção e sua função na constituição da palavra. 
 Na língua portuguesa, o estudo da construção das palavras ficou por conta da 
morfologia. Dessa maneira, a análise morfológica é realizada por cada palavra do texto ou 
da frase, separadamente. Na gramática, o morfema é a menor unidade linguística com 
significação, ele serve de pilar para a morfologia. E, afinal, o que é um morfema? Pode 
ser considerado uma porção, uma parte de uma palavra. Para Castilho (2010, p. 51), “é o 
segmento maior que o fonema e menor que a palavra”. No entanto, diferente de sílaba, 
pois esta também é uma parte de uma palavra, todavia, para se formar a sílaba precisa-
se de uma vogal, ou a sílaba pode ser apenas a vogal. Observem que ao separarmos 
os morfemas da palavra bonitas, teremos: bonit- radical + as- desinências de gênero e 
número. 
 A Morfologia divide-se em duas categorias: a morfologia flexional e a morfologia 
lexical. Esta se refere aos mecanismos morfológicos por meio dos quais se formam 
palavras novas, enquanto a morfologia flexional está voltada para a análise das estruturas 
morfológicas que apresentam informações gramaticais. Estudaremos, detalhadamente, 
essas duas categorias. A primeira será tratada neste capítulo e a outra no segundo 
capítulo. 
13
 A morfologia flexional também conhecida como morfologia gramatical estuda 
as relações entre as distintas formas de uma palavra. Lembrando que a flexão é uma 
modificação morfossintática, em outras palavras, a função da morfologia flexional é 
esclarecer como ocorre a concordância, para isso, quais são os meios e quais são os 
tipos de flexões utilizados no processo. Normalmente, algumas categorias gramaticais 
se manifestam por meio dos morfemas flexionais, por exemplo, para os nomes, temos 
as categorias de gênero, número e caso; para os verbos, há as categorias de aspecto, 
tempo, modo e pessoa.
 Vejamos alguns exemplos:
1. As novidades são boas. 
2. O menino levado saiu da sala sem autorização. 
 Percebemos que nas duas orações os morfemas flexionais se modificam para se 
adequarem ao contexto. Sendo assim, o verbo saiu está na terceira pessoa, pois está em 
consonância com o sujeito menino. Temos ainda o morfema – o no final que indica o 
gênero do substantivo menino. O mesmo ocorre com boas, o adjetivo se encontra no 
feminino e plural para concordar com o sujeito novidades.
 As flexões podem ser formadas a partir de categorias de morfemas conforme nos 
mostra Faustino e Feitoza (2016): 
 - Gênero: separa os nomes em classes distintas, no entanto, pode variar de uma 
língua para outra. Pode-se dividir os gêneros em masculino, feminino. Exemplos: menino/
menina, bonito/bonita. 
 - Número: refere-se à quantidade ou enumerações, indicando singular e plural. 
Exemplo: gatos/gatas. 
 - Caso: designa a função sintática que a palavra desempenha em uma frase, por 
meio do acréscimo de morfemas. Vejamos os exemplos: cansou-se, neste caso temos o 
(se) como um complemento que está junto ao verbo. No exemplo: cansou de mim, há 
um complemento regido por preposição. Dessa maneira, em cada uma dessas formas 
apresentadas temos um vocábulo com sentido próprio. 
 - Tempo: marca o momento em que acontece a ação expressa pelo verbo em 
relação em relação ao momento em que se quer expressar. Exemplo: dançávamos, o 
morfema –va– indica o tempo verbal, ou seja, neste caso o verbo está conjugado no 
pretérito imperfeito, essa informação é indicada pelo morfema que se refere ao tempo 
verbal. Neste exemplo, o morfema –mos indica em que pessoa o verbo foi conjugado, ou 
seja, na primeira pessoa do plural.
 - Pessoa: sinaliza as pessoas que participam do discurso, em outras palavras, 
primeira (eu, nós), segunda (tu e vós) e terceira (ele/ela e eles/elas) pessoas. Ainda usando 
o exemplo anterior, o morfema –mos da palavra dançávamos, indica a pessoa do discurso, 
que neste caso, refere-se a primeira pessoa do plural.
 - Modo: a partir do morfema dos verbos, é possível identificar a atitude da pessoa 
que fala em relação ao que ela diz. Assim o modo verbal indicativo relaciona-se a certeza, 
enquanto o imperativo indica ordem e o subjuntivo dúvida.
 - Aspecto: indica o momento no tempo em que o fato expresso na frase ocorre, 
isto é, a sua duração. Vejamos nos exemplos: estudei para a prova, indica uma ação já 
1.3 MORFOLOGIA FLEXIONAL
14
acabada. Enquanto na oração: estudarei para a prova, indica uma ação futura, que ainda 
ocorrerá.
 - Voz: trata-se das vozes verbais: ativa, passiva, reflexiva e expressam a relação entre 
o verbo e as palavras que o complementam na frase ou oração. Vejamos os exemplos. 
Ele dança, o morfema –a indica a voz ativa do verbo, na frase ele é amado, o morfema –
ado refere-se à voz passiva do verbo e na oração ele feriu-se, o morfema –se indica a voz 
reflexiva. 
 Entendemos que a morfologia flexional estuda a modificação de palavras em 
diferentes contextos gramaticais, como visto nos exemplos acima. 
1.4 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DAS PALAVRAS
 Normalmente, as palavras são criadas a partir de morfemas já existentes na nossa 
língua, isso contribuiu para que possamos compreender o sentido de uma palavra que 
estejamos ouvindo pela primeira vez. Nesta seção, estudaremos os elementos estruturais 
das palavras da Língua Portuguesa, o que, certamente, contribuirá muito para o seu 
conhecimento da língua e o seu entendimento da estrutura que envolve as palavras.
 
 1.4.1 Estrutura das palavras
 
 Fazemos uso das palavras desde o momento em que acordamos até quando vamos 
dormir, seja esse uso oral ou escrito. Em geral, só pensamos nos sentidos e conceitos dos 
vocábulos quando falamos ou escrevemos, pois eles devem estarem consonância com 
a intenção de quem fala ou de quem escreve. Contudo, as palavras são divididas em 
partes menores que são tratadas por morfemas ou elementos mórficos. Para Ferreira 
(2007, p. 97), os morfemas são as menores unidades significativas que se combinam 
para formar as palavras. Vejamos alguns exemplos: 
Figura 1: Morfemas 
Fonte: Elaborado pelas autoras (2021)
 Percebemos que há, nas palavras acima, uma parte que se repete em todos 
os vocábulos, pedr-, no entanto, essas partes se juntam a outras formando palavras 
diferentes e sentidos também diferentes. Esses elementos são significativos, pois dão 
forma e sentido à palavra, são chamados de morfemas. Ferreira (2007, p. 97) conceitua o 
termo como:
Morfemas: são as menores unidades 
significativas que se combinam para formar as 
palavras. 
15
 No entanto, vale ressaltar que há palavras que apresentam apenas um morfema, 
portanto não podem ser divididas em unidades menores, pois esses vocábulos são, por 
si só, radicais. Alguns exemplos: sol, luz, gás, má, céu, só etc. 
 Cada morfema que forma uma palavra tem uma função específica e um nome. A 
seguir, vamos estudá-los, separadamente.
 1.4.2 Radical
 É o elemento lexical básico e significativo das palavras ao qual se pode juntar 
outros elementos mórficos para se formar diferentes vocábulos.
Figura 2: Elementos mórficos 
Fonte: Elaborado pelas autoras (2021)
Figura 3: Radical e elementos mórficos 
Fonte: Elaborado pelas autoras (2021)
Estude mais sobre o assunto, consulte a unidade I: Introdução à morfologia, 
da obra Morfologia do Português. Essa unidade estuda a morfologia lexical e 
flexional, bem como os elementos que constituem a formação de palavras na 
língua portuguesa como as desinências nominais e verbais, classificação dos 
morfemas, são apresentados de um ponto de vista inusitado que possibilita 
ao aluno um processo real de aprendizagem.
Disponível em: https://bityli.com/MrvaGw. Acesso em: 02 abr. 2021.
BUSQUE POR MAIS
16
 Nos exemplos acima, o radical - ferr é comum às palavras. 
 Normalmente, os prefixos e sufixos que contribuem para a formação de novas 
palavra são de origem latina e grega. 
Forma Sentido Exemplos
Agri- Campo Agricultura
Ambi- Ambos Ambidestro
Arbori- Árvore Arborícola
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô
Equi- Igual Equilátero, equidistante
Loco- Lugar Locomotiva
Multi- Muito Multiforme
Oni- Todo Onipotente
Pedi- Pé Pedilúvio
Pisci- Peixe Piscicultor
Pluri- Muitos, vários Pluriforme
Quadri-, quadro- Quatro Quadrúpede
Semi- Metade Semimorto
Tri- Três Tricolor
-cida Que mata Suicida, homicida
-cola Que cultiva ou habita Arborícola, vinícola
-fero Que contém ou produz Aurífero, carbonífero
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme
-fugo Que foge ou faz fugir Centrífugo, febrífugo
-gero Que contém ou produz Belígero, armígero
-paro Que produz Ovíparo, multiparo
-vomo Que exepele Ignívomo, fumívomo
-voro Que come Carnívoro, herbívoro
Quadro 1: Radicais latinos
Fonte: Disponível em https://bityli.com/csjNZs. Acesso em 04 de jan.2022.
Forma Sentido Exemplos
Aero- Ar Aeronave
Antropo- Homem Antropologia 
Arqueo- Antigo Arqueologia 
Auto- De si mesmo Autobiografia 
Biblio- Livro Biblioteca 
Bio- Vida Biologia 
Cromo- Cor Cromossomo
Crono- Tempo Cronologia 
Deca- Dez Decaedro
17
Quadro 2: Radicais gregos
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3SiWvnx. Acesso em 04 de jan.2022.
 Apresentamos acima, os radicais latinos e gregos que se apresentam com mais 
frequência na formação de palavras na Língua Portuguesa.
 1.4.3 Afixos
 Os afixos são morfemas que se ligam ao radical para formar novas palavras que 
resulta no processo de derivação. De acordo com Ferreira (2007, p. 114) “derivação é o 
processo pelo qual, a partir de uma única palavra já existente na língua, cria-se uma 
outra palavra.” Há dois tipos de afixos: prefixo e sufixo.
Prefixos
 O prefixo é acrescentado antes do radical, modificando, assim o sentido básico da 
palavra.
 Exemplos: 
 In capaz
 Des conhecido
 Assim, como visto acima, nas palavras capaz e conhecido, foram acrescentados os 
prefixos –in e –des. Ao acrescentarmos esses prefixos, houve uma alteração no sentidos 
dos vocábulos, com isso, as palavras passaram a ter sentido contrário, o que tratamos na 
gramática normativa como antônimo. Essa mudança se deu aos sentidos dos prefixos 
que carregam em si uma ideia de negação. No entanto, não são todos os prefixos que 
têm esse sentido. Devemos entender que os morfemas; neste caso, os prefixos são 
capazes de mudar o sentido da palavra. 
 Muitos prefixos usados na formação de palavras na língua portuguesa são os 
latinos e gregos, os quais listamos a seguir os principais.
Forma Sentido Exemplos
- Ante Posição anterior Antevéspera, anteontem 
- Bi, -bis Repetição, duas vezes Bicampeão, bisavô
Demo- Povo Democracia 
Etno- Raça Etnologia 
Farmaco- Medicamento Farmacologia 
Filo- Amigo Filologia
Fisio- Natureza Fisionomia
Fono- Voz, som Fonologia 
Foto- Fogo, luz Fotosfera
Geo- Terra Geografia
Hemo- Sangue Hemorragia
Hetero- Outro Heterogêneo 
Hidro- Água Hidrogênio
Iso- Igual Isósceles
18
Quadro 3: Prefixos latinos
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3JnUUJp. Acesso em 04 de jan.2022.
- De Movimento de cima 
para baixo
Decrescer, decair
- Ex/E Movimento para fora; 
estado anterior
Exposição, ex-marido, emergir
- Extra Posição exterior; fora de Extraterrestre, extraconju-gal, 
extraordinário
- In/Im Movimento para dentro, 
ne-gação
Induzir, imigrar, infiltrar
-Inter/Entre Posição intermediária; 
reci-procidade.
Interestadual, entreabrir.
-Post/Pos Posição posterior Pós-operatório, pós-graduação, 
pospor.
-Pre/Pré Posição anterior Premeditar, prever, pré-eleitoral.
-Ré Movimento para trás, 
repeti-ção
Recorrer, recordação, re-nascer.
-Trans, tras Posição além ou através 
de
Transdisciplinar, trasladar.
- Su-per/Supra/
Sobre
Posição acima ou supe-
rior
Super-homem, sobremesa
- Sub/So Posição abaixo Submarino, Sublingual, soterrar. 
Forma Sentido Exemplos
Ex-, Ec, 
Exo-, Ecto
Movimento para fora; posi-
-ção exterior
Êxodo, eclipse. 
Epi- Posição superior; acima de; 
posterioridade
Epiderme, epílogo. 
Hemi- Metade Hemisfério.
Hiper- Posição superior; intensida-
-de; excesso
Hipérbole, hipertensão. 
Hipo- Posição interior; insuficiên-
-cia
Hipotrofia, hipotensão, 
hipodérmico.
Meta- Posterioridade; através de; 
mudança.
Metamorfose, metabolis-
mo, metáfora. 
Para- Proximidade; ao lado; opos-
-to a 
Paradoxo, paralelo, paró-
-dia.
Peri- Em torno de Pericárdio; período, perí-
me-tro. 
Pro- Posição anterior Prólogo, prognóstico.
Poli- Multiplicidade, pluralidade Polinômio, poliedro. 
Quadro 4: Prefixos gregos
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3vsf3rV. Acesso em 04 de jan.2022.
19
Quadro 5: Tipos de desinências nominais
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
 Sufixos: O sufixo é acrescentado após o radical, modificando, assim o sentido 
básico da palavra ou a classe de palavra a que pertence o radical
 Exemplos: 
Feliz mente
Vidraçaria
 No primeiro exemplo, a partir do acréscimo do sufixo, temos uma mudança da 
classe de palavra, a partir do adjetivo feliz, ao acrescentar o sufixo -mente, formou-se 
o advérbio felizmente. Além desses sufixos que mudam a classe de palavras, temos 
também os sufixos que indicam aumentativo e diminutivo como por exemplo: vidrinho, 
pedregulho, casarão, fogaréu. 
 No segundo exemplo, percebemos uma mudança do sentido básico do vocábulo, 
pois a partir do substantivo vidro acrescido do sufixo –açaria formou-se uma outra 
palavra, a qual dá nome ao local onde se comercializa vidros. Neste exemplo, não houve 
mudança de classe de palavras. 
 1.4.4 Desinências 
 As desinências são os elementos que acrescentamos ao final de algumas palavras 
para marcar as flexões dos vocábulos, em outras palavras, as variações de forma. São 
denominadas desinências nominais, se estiverem ligadas aos nomes, indicam gênero e 
número. As desinências verbais referem-se aos verbose indicam modo, tempo, número 
e pessoa. 
 Desinências nominais
 Aparecem ao final de nomes para indicar a variação do gênero (masculino e 
feminino) e de número (singular e plural). Há apenas três tipos de desinências nominais, 
como demonstrado a seguir:
 Vale ressaltar que a desinência –s, em algumas situações ao indicar o plural, pode 
passar a ser –es, exemplo: jantar – jantares. 
 Desinências verbais
 Essas desinências indicam o tempo e o modo, assim como a pessoa e o número 
Desinência Nominal Indica Exemplos
-O Masculino Pato, garoto, menino, arquiteto.
-A Feminino Pata, garota, menina, arquiteta
-S Plural Patos, garotas, meninos, arquitetos.
Prefixo: Morfema que se posiciona antes do radical
Sufixo: Morfema que se posiciona depois do radical
GLOSSÁRIO
20
Há diferença entre as desinências e os sufixos?
Embora tanto as desinências quanto os sufixos venham no final da palavra, há diferença 
entre eles: 
Sufixos: de certa maneira, alteram o significado da palavra original, ou seja, do radical. 
Exemplo: árvore e arvoredo, o vocábulo arvoredo modificou o sentido da palavra árvore, 
pois esta indica apenas uma árvore, enquanto arvoredo indica várias árvores. 
Desinências: não mudam os significados da palavra, somente indicam se masculino, fe-
minino e plural nos nomes e para nos verbos tempo e modo, número e pessoa. 
VAMOS PENSAR?
 São os elementos de ligação que versam nas vogais e consoantes que aparecem 
para auxiliar a pronúncia de uma determinada palavra. Em outras palavras, pode ocorrer 
de no ponto de junção de dois morfemas de um vocábulo, apareça uma sonorização não 
muito agradável aos ouvidos, para se evitar essas situações, acrescenta-se entre esses 
dois morfemas uma consoante ou uma vogal de ligação. Exemplos:
 Avo + inha (sufixo) + avoinha – avozinha – Z (consoante de ligação)
 Café + cultura = cafeicultura – cafeicultura – I (vogal de ligação)
 Dessa maneira, percebemos que as consoantes e vogais de ligação tornam a 
pronúncia mais harmoniosa, ou seja, mais agradável. 
 1.5.1 Vogal temática
 É um morfema vocálico que se juntam a alguns radicais antes das desinências. O 
resultado dessa ligação entre o radical e a vogal temática é denominada por tema. Esses 
temas são divididos em dois: nominais e verbais. 
 Vogal temática nominal
 Podemos observar que em algumas palavras como criança, estudante, caderno, 
as vogais –a, -e, -o não deverão ser consideradas desinência nominais, uma vez que não 
estão estabelecendo o gênero masculino/feminino. Sendo assim, essas vogais finais que 
dos verbos. Quando se referem ao tempo e ao modo são denominadas por desinências 
modo-temporais; ao se referirem ao número e pessoa, recebem o nome de desinências 
número-pessoais. Como veremos no exemplo a seguir que usaremos o vocábulo: 
cantávamos 
 Canta: tema, formado por cant-radical, + -a: vogal temática 
 -va: desinência modo-temporal (indica que o verbo está no pretérito imperfeito do 
indicativo.
 -mos: desinência número-pessoal: (indica a 1ª pessoa do plural)
 Dessa maneira, cada parte da palavra corresponde a um elemento da sua estrutura.
1.5 VOGAIS E CONSOANTE DE LIGAÇÃO
21
Vogal temática verbal Define os verbos de Exemplos
-A 1ª conjugação Dançar, gritar, pular
-E 2ª conjugação Perder, vender, render
-I 3ª conjugação Sorrir, desistir, assistir
aparecem nos exemplos são denominadas por vogais temáticas nominais. 
 Vogal temática verbal 
 A vogal temática verbal tem por objetivo o preparo do radical para receber as 
desinências. Como já é de nosso conhecimento, as desinências que se juntam ao radical, 
no caso dos verbos, indicam as variações verbais em modo, tempo, número e pessoa. 
Assim, retomemos o exemplo dado acima com o vocábulo cantávamos, temos:
 Canta: cant- radical, -a vogal temática 
 -va e –mos: respectivamente desinências modo-temporal e número-pessoa. 
 Vejam que o –a que aparece entre o radical e as desinências não foi classificado 
até o momento, pois esse –a é a vogal temática verbal da palavra. Vale lembrar que a 
vogal temática verbal desempenha uma outra função como elemento estrutural de 
palavras da língua portuguesa que é a de sinalizar a conjugação a que o verbo pertence, 
conforme demonstrado no quadro a seguir:
Quadro 6: Vogal temática verbal como elemento estrutural de palavras
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
 Lembrando que algumas formas verbais não têm vogal temática, vejamos o 
próximo exemplo: 
 Danço = danç (radical) + - o desinência de número e pessoa.
 Este – o que aparece no verbo não está ligando o radical à desinência, sua função 
é indicar a pessoa e o número, por esse motivo, nesse exemplo ele exerce a função de 
vogal temática. 
Ao conjunto que se forma com o radical do verbo + a vogal temática, damos o nome de 
tema verbal. Assim usando como exemplo o vocábulo cantávamos, o tema verbal será 
canta = cant (radical) + -a (vogal temática) - canta 
FIQUE ATENTO
22
1. (UNI-RIO) O elemento destacado NÃO é vogal temática em:
a) está
b) coalhou
c) beber
d) poupei
e) calço
2. (PUC-PR) Na palavra infelizmente temos três partes com um significado próprio: in, 
feliz e mente.
Assinale a alternativa em que todos os elementos constituem partes significativas da 
palavra desigualdades:
a) de - si - gual - da - des.
b) des - igual - dade - s.
c) desi - gual - da - des.
d) des - i - gual - da - des.
e) desigual - dades.
3. (UFPB) Os elementos mórficos sublinhados no trecho:
"E justamente ela estava subindo a ladeira. Como na véspera, deu adeus;"
estão corretamente classificados, EXCETO em
a) –mente: sufixo adverbial
b) –va: desinência modo-temporal número
c) sub–: radical
d) –eira: sufixo nominal
e) –s: desinência nominal de número
4. (UFAL) Tendo em vista a estrutura das palavras, o elemento em negrito está 
INCORRETAMENTE classificado nos parênteses em:
a) Velha (desinência de gênero).
b) Legalidade (vogal de ligação).
c) Perdeu (tema).
d) Organizara (desinência modo-temporal).
e) Testemunhei (desinência número-pessoa).
FIXANDO O CONTEÚDO
23
5. (UFMG) “Achava natural que as gentilezas da esposa chegassem a cativar um homem”. 
Os elementos constitutivos da forma verbal destacada estão analisados corretamente, 
exceto:
a) cheg– radical.
b) -a – vogal temática.
c) chega – tema.
d) -sse – sufixo formador de verbo.
e) –m – desinência número-pessoal.
6. (UFSM_RS) Aponte a alternativa em que o prefixo das duas palavras não apresenta o 
significado existente no prefixo de irreverente: 
a) irromper - imoral 
b) apolítico – anormal
c) infeliz-desumano
d) inútil – ilegal
e) impermeável - irrestrito.
7. (Fuvest-1998-adaptada) – O valor semântico de des- NÃO coincide com o do par 
centralização/descentralização apenas em:
a) “Belo, belo, que vou para o Céu…” – e se soltou, para voar: descaiu foi lá de riba, no chão 
muito se machucou.
b) O governo de Israel decidiu desbloquear metade da renda de arrecadação fiscal que 
Israel devia à Autoridade Nacional Palestina.
c) A despoluição do rio Tietê é um repto urgente aos políticos e à população de São Paulo.
d) Despregar o prego foi mais difícil do que pregá-lo.
e) Enquanto isso ele ficava ali em Casa, em certo repouso, até a saúde de tudo se 
desameaçar.
8. Assinale a alternativa em que não há sufixo aumentativo.
a) caldeirão
b) fogaréu.
c) ricaço.
d) dentuça.
e) bocada.
24
PROCESSOS DE
FORMAÇÃO DE 
PALAVRAS
25
 A morfologia lexical tem como objetivo estudar a estrutura das palavras e dos seus 
processos de formação; bem como das relações entre padrões diferentes. De acordo 
com Peter (2010), a formação de novas palavras na língua portuguesa ocorre por meio 
de dois processos: derivação e composição, os quais veremos detalhadamente a seguir. 
No entanto, antes de iniciarmos nossos estudos sobre esses processos de formação de 
palavras, é importante destacarmos alguns conceitos que nos ajudarão a compreender 
melhor os procedimentos que originam novas palavras. Na língua portuguesa, temos os 
2.1 INTRODUÇÃO 
 Você já parou para pensar sobre como as palavrassurgem na língua portuguesa? 
Nesta unidade, estudaremos os processos de formação de palavras, uma vez que saber 
como as palavras se formam contribui para compreendê-las no uso, no contexto, ou seja, 
nos atos de comunicação.
 De acordo com Rosário (2021), a língua portuguesa, atualmente, possui quase 400 
mil palavras. Com o passar do tempo, esse conjunto de vocábulos, só tende a aumentar, 
conforme nos aponta o acadêmico professor Evanildo Bechara (2021), o trabalho de 
encontrar novas palavras é como o trabalho de formiguinhas, nunca acaba. Sabemos que 
novas palavras estão sempre surgindo na língua portuguesa. Esse aumento do léxico se 
dá tanto pela inclusão de palavras emprestadas de outras línguas, como também pela 
criação de novos vocábulos a partir de outras palavras e/ou elementos do nosso próprio 
idioma.
2.2 MORFOLOGIA LEXICAL
Figura 4: Palavras Difíceis
Fonte: https://bityli.com/fZJTWc. Acesso em 19 dez. 2021
26
 A derivação trata-se do processo de adição de afixos – que são morfemas que 
podem ser acrescidos às palavras antes ou depois do radical – às palavras. Segundo 
Valter Kehdi (1992, p. 32), é “o processo geral de formação vocabular em que a uma base 
se agregam formas presas denominadas afixos: prefixos (formas presas à esquerda da 
base) e sufixos (formas presas à direita da base).” No entanto, como veremos no decorrer 
da seção que no processo de derivação imprópria não ocorre esse acréscimo de afixos. 
Vejamos o exemplo da palavra nacionalização:
 Por exemplo, as palavras flor e amor são consideradas primitivas e simples, pois 
não foram formadas a partir de outras palavras da língua portuguesa e possuem apenas 
um radical. As palavras pequeninho e beijinho são palavras derivadas e simples, são 
formadas por apenas um radical e se formaram de outras existentes: pequeno e beijo 
às quais foram acrescentados os sufixos: -ninho. E, por fim, classifica-se por composta a 
palavra beija-flor que se formou pela união das palavras (beija + flor) que já existiam.
Beija-flor
Beija-flor pequenininho
que beija a flor com carinho,
me dá um pouco de amor,
que hoje estou tão sozinho...
Beija-flor pequenininho,
é certo que não sou flor,
mas eu quero um beijinho,
que hoje estou tão sozinho...
 (Mundo da lua, p. 34) 
2.3 DERIVAÇÃO
seguintes tipos de palavras:
1. primitivas: não se originam de outras. Ex.: ferro, terra.
2. derivadas: como o mesmo nome indica, são aquelas derivadas de outras. Ex.: ferreiro, 
terroso. 
3. simples: podem ser primitivas ou derivadas, no entanto possuem apenas um radical. 
Ex.: jardim, pedra, mala, porta.
4. compostas: são aquelas palavras que possuem mais de um radical. Ex.: guarda-roupa, 
pé de moleque, couve-flor.
 Vejamos no poema abaixo, de Roseana Murray, algumas palavras que representam 
os tipos acima.
 O substantivo nação, que é transformado em um adjetivo ao se 
acrescentar o sufixo –al (nacional); esse adjetivo se transforma em um 
verbo com o acréscimo do sufixo –izar (nacionalizar); e, finalmente, esse 
verbo torna-se um novo substantivo ao se acrescentar mais um sufixo, o 
–cão (nacionalização). Podemos ainda, não mudando a classe gramatical, 
mas dando um sentido oposto à palavra, adicionar o prefixo –des para 
formar desnacionalização. A esse processo de adição de afixos a uma raiz 
ou radical dá-se o nome de derivação (DIAS, GOMES, 2015, p. 64).
27
 O processo de derivação pode ser classificado em:
 Em seguida, estudaremos detalhadamente, todos os processos de derivação 
apresentados no esquema acima.
 2.3.1 Derivação prefixal
 A derivação prefixal se dá pelo acréscimo de um prefixo a uma palavra primitiva, 
dessa maneira, temos: prefixo + palavra ou (radical), ou seja, esse acréscimo do prefixo 
é anteposto ao radical. Vamos analisar o processo de formação da palavra desleal, 
podemos perceber que se acrescentou o prefixo –des ao radical leal e formou-se uma 
nova palavra que é desleal. Neste caso, temos uma palavra formada pelo processo de 
derivação prefixal.
 2.3.2 Derivação sufixal
 A derivação sufixal como a prefixal também se dá pelo acréscimo de um afixo, 
esses são divididos em prefixos (antes do radical) e sufixos (depois do radical). a uma 
palavra primitiva, no entanto, esse acréscimo do prefixo é posposto ao radical, sendo 
assim, temos: palavra ou (radical) + sufixo. Leiamos o poema a seguir:
Ceninha caseira
 A família reunida
 No almoço do domingo: 
- Mãe, me dá laranjada. 
- A laranja se acabou. 
- Mãe, me dá limonada. 
- O limão se acabou.
 No almoço de domingo 
Figura 5: Processo de derivação
Fonte: Elaborado pela autora (2021)
Para estudar o processo de formação de palavras, é necessário ter um conhecimento 
prévio acerca dos morfemas que constituem as palavras.
FIQUE ATENTO
28
 Vamos considerar as palavras limonada e laranjada que estão destacadas no 
poema. Vejamos que elas se formaram a partir da derivação sufixal, pois aos radicais ou 
palavra primitiva juntou-se um sufixo. Laranjada (laranj+ -ada) e limonada (lim+ - onada). 
 2.3.3 Derivação prefixal e sufixal
 Pode ocorrer também de uma palavra que já tenha se formado pelo processo de 
prefixação ou sufixação receber um outro afixo, e, daí originar uma nova palavra. Neste 
caso, temos o processo de derivação prefixal e sufixal. Podemos perceber esse processo 
de formação na palavra DESLEALDADE. Vejamos, foram acrescentados dois afixos na 
palavra leal, assim temos: des + leal= desleal - derivação prefixal e leal+dade=lealdade – 
derivação sufixal. Dessa maneira, temos des+leal+dade = deslealdade.
 2.3.4 Derivação parassintética
 Neste caso de formação de palavras, também ocorre o acréscimo de dois afixos 
ao mesmo tempo a uma palavra primitiva ou radical. Assim temos a seguinte estrutura 
prefixo+radical+sufixo = derivação parassintética. Vejamos um exemplo, para se formar a 
palavra entristecer, acrescentou-se simultaneamente o prefixo en e o sufixo cer à palavra 
primitiva triste. 
EN TRISTE CER
 2.3.5 Derivação regressiva
 Esse tipo de derivação que ocorre por meio da supressão da palavra primitiva, 
originando uma derivada. Exemplo: boteco é uma derivação regressiva de botequim, 
assim como mengo é de Flamengo. No entanto, esse processo ocorre muito dando 
origem a substantivos que indicam ação, ao se acrescentar as vogais –a, -e ou –o ao 
radical dos verbos. Vejamos o esquema a seguir que representa essa derivação.
Figura 6: Representação de Derivação regressiva
Fonte: Elaborado pela autora (2021)
Da família reunida 
Ninguém pede amorada, 
Que o amor, também se acabou. 
(Sérgio Antunes. Relógio da sala. SP: Salesiana, 1986).
Não devemos confundir as palavras formadas por derivação prefixal e sufixal com paras-
sintética. Para que isso não ocorra, segue uma dica para diferenciá-las. Peguemos como 
exemplo a palavra empobrecer, veja que a ela foram acrescentados dois afixos: em- e 
-cer. Primeiramente, exclua o prefixo da palavra, neste caso, passaremos a ter pobrecer, 
em seguida, exclui-se o sufixo – cer teremos então empobre, vejam que a estrutura que 
sobrou ao retirar o prefixo ou o sufixo não faz sentido, sendo assim temos o processo por 
parassíntese. No entanto, se pegarmos a palavra descompromissadamente, por exem-
plo, se excluirmos o prefixo des-, teremos o termo compromissadamente; e se excluirmos 
o sufixo –mente, teremos descompromissada, isto é, as palavras que sobraram, após a 
exclusão dos afixos, têm significado.
VAMOS PENSAR?
29
 Com o intuito de exemplificarmos, apresentaremos a aplicação do esquema acima 
em alguns verbos.
 A esses substantivos que se formam dessa maneira dá-se o nome de derivados 
regressivos. Como sabermos se foi o verbo que deu origem ao substantivo ou também 
o contrário, pois sabemos que há substantivos primitivos que são formados de radical 
do verbo + vogal (a, e ou o)? Para que possamos diferenciarmos esses substantivos dos 
derivados regressivos, há duas maneiras:
 - Caso o substantivo nomeie objetosou substâncias, podemos considerá-lo 
primitivo, e a partir dele, formou-se o verbo correspondente, e assim teremos uma 
derivação que nos exemplos que seguem é a sufixal, pois houve o acréscimo ao radical 
da palavra. 
 Prego – pregar Água – aguar 
 - Caso o substantivo indique ação, ele será derivado regressivo, tendo sido sua 
formação a partir de um verbo, palavra primitiva.
 2.3.6 Derivação imprópria
 Esse processo ocorre quando a nova palavra é formada pela mudança de classe 
gramatical da palavra primitiva sem, contudo, mudar sua forma. Para Ferreira (2007, 
p. 116) derivação imprópria é o processo pelo qual se muda uma palavra de sua classe 
gramatica usual para uma outra classe, sem lhe alterar a forma. Vejamos como esse 
processo ocorre por meio da palavra jantar. Normalmente, quando nos referimos à 
palavra jantar, logo vem a ideia do ato de se fazer uma refeição à noite, e essa palavra é 
classificada de acordo com os dicionários e gramáticas normativas como pertencente à 
classe dos verbos. Vamos analisar o emprego dessas palavras nos exemplos que seguem:
Iremos jantar na casa da noiva.
A família da noiva ofereceu um jantar para todos os convidados.
Verbo Terminação 
Verbal
Radical 
do verbo
Acréscimo de 
vogal ao radical
Derivação 
regressiva
Empatar -ar Empat- +e Empate 
Avançar -ar Avanç +o Avanço
Vender -er Vend +a Venda 
Fugir -ir Fug- +a Fuga 
Na derivação regressiva, geralmente o verbo é a palavra primitiva e o substantivo é a pa-
lavra derivada, isto é, a nova palavra. No entanto, vale ressaltar que não foram todos os 
substantivos indicadores de ação que se formaram por esse processo. Ex. colheita indica 
ação, mas formou-se a partir da derivação sufixal
FIQUE ATENTO
30
 Na primeira frase o termo jantar refere-se ao ato de jantar, portanto, pertence 
à classe de palavras dos verbos. Na segunda frase, jantar refere-se ao nome de uma 
refeição e está acompanhado de um artigo indefinido; podemos classificar essa palavra 
nessa frase como substantivo. 
 Dessa maneira, o vocábulo em foco mudou de classe de palavra; passando de verbo 
para substantivo, isso ocorreu sem que houvesse alteração em sua forma, resultando no 
processo de derivação imprópria.
 Nesses casos, observem que as palavras foram apenas justapostas, isto é, uma 
está ao lado da outra. Cada uma mantém sua independência fonética. 
 2.4.2 Aglutinação
 No processo de aglutinação ocorre o contrário que no processo de justaposição. 
Pelo menos uma das palavras que se juntam para formar o novo vocábulo sofre mudança 
em sua pronúncia e/ou sua grafia. Vejam os exemplos a seguir:
 Observem nos exemplos acima, que para formar um novo vocábulo, as palavras 
sofreram alterações em sua pronúncia.
Vai + vem = vaivém
Passa + tempo = passatempo
Guarda + roupa = guarda-roupa
Água + ardente = aguardente
Plano + alto = planalto
Perna + longo = pernilongo
2.4 COMPOSIÇÃO
 Nesse processo, ocorre a junção de dois ou mais radicais ou de duas ou mais palavras 
para se formar uma nova. Dependendo de como se dá essa junção dos elementos que 
formarão a nova palavra, o processo de composição pode ocorrer de duas maneiras: 
justaposição e aglutinação.
 2.4.1 Justaposição
 As palavras que se juntam não sofrem alteração fonética em uma dessas palavras, 
ou seja, cada uma delas continua sendo usada da mesma forma como antes do processo 
da composição. E a nova palavra que foi formada tem sentido próprio, diversa das que 
lhe deram origem.
31
 Agora, vamos tratar de mais três tipos de processos de formação de palavras, além 
dos estudados anteriormente, que são: o hibridismo, a onomatopeia e a sigla. Os quais 
estudaremos a seguir.
 Leia o poema “o relógio” de Vinicius de Moraes, observe a palavra tic-tac que se 
aparece várias vezes no texto.
O poeta usou a palavra tic-tac para reproduzir o som do relógio. Essa palavra é formada 
por onomatopeia, pois está reproduzindo ou imitando um som, no exemplo, como já 
mencionado, o som do relógio. 
Automóvel: (grego: auto) + (latim: móvel)
Centímetro: (centi: latim) + (metro: grego)
O relógio
Vinicius de Moraes
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora.
Chega logo, tic-tac,
Tic-tac e vai embora.
Passa o tempo
Bem depressa,
Não atrasa,
Não demora,
Estude mais sobre o assunto, consulte a Unidade 4: Formação do léxico da 
obra Morfologia do Português. Aqui, aprofundaremos os nossos estudos acer-
ca dos processos de formação de palavras que podem acontecer na língua 
portuguesa, como o processo de derivação, de composição e outros processos.
Disponível em: https://bityli.com/MrvaGw
BUSQUE POR MAIS
2.5 HIBRIDISMO
2.6 ONOMATOPEIA
 Considera-se hibridismo quando na formação de uma palavra há elementos de 
outros idiomas. Exemplos:
Que já estou
Muito cansado.
Já perdi
Toda a alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…
32
OMS: Organização Mundial da Saúde
ONU: Organização das Nações Unidas
OAB: Ordem dos Advogados do Brasil
O uso das siglas teve sua popularização, principalmente, pelas mídias, ou seja, os meios 
de comunicação, pois tendem a agilizar a comunicação.
2.7 SIGLA
 As siglas são palavras formadas pelas iniciais das palavras que formam um nome. 
Exemplos:
“As siglas se comportam como palavras novas, fazendo com que a nomenclatura verda-
deira vá se apagando. Veja você, Unesco, Ibope ou IBM: poucos sabem seu sentido origi-
nal” (Carvalho, 1984)
VAMOS PENSAR?
33
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFSC). Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por 
justaposição, aglutinação e parassíntese:
a) varapau - girassol - enfaixar
b) pontapé - anoitecer - ajoelhar
c) maldizer - petróleo - embora
d) vaivém - pontiagudo - enfurece
e) penugem - plenilúnio – despedaça
2. (PUC-SP). Assinale a alternativa em que ocorre o processo de formação de palavras 
conhecido por derivação imprópria.
a) A ética, como morada humana, não é algo pronto e constituído de uma só vez.
b) O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si.
c) ... tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente.
d) Na ética, há o permanente e o imutável.
e) A casa, nos seus mais diferentes estilos, deverá ser habitável. 
3. (UNIFOR CE). Em relação aos vocábulos filósofo e teólogo é correto afirmar que:
a) ambos são formados pela junção de dois radicais de origem grega
b) o primeiro é formado por radicais de origem latina e o segundo, por radicais de origem 
grega. 
c) são, ambos, exemplos de composição por aglutinação, em que os dois elementos de 
origem diversa se fundem, para formar uma nova palavra. 
d) são exemplos de hibridismo, em que se unem radicais, um de origem grega e outro 
de origem latina, respectivamente.
e) ambos são formados pela junção de dois radicais de origem latina.
4. (FUVEST SP). Leia o texto.
Só os roçados da morte 
compensam aqui cultivar, 
e cultivá-los é fácil: 
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa, 
de adubar nem de regar; 
as estiagens e as pragas 
fazem-nos mais prosperar, 
e dão lucro imediato; 
nem é preciso esperar 
pela colheita: recebe-se 
na hora mesma de semear. 
34
(João Cabral de Melo Neto, MORTE E VIDA SEVERINA) 
O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não se precisa de limpa” 
ocorre em: 
a) “no mesmo ventre crescido”.
b) “iguais em tudo e na sina”. 
c) “jamais o cruzei a nado”. 
d) “na minha longa descida”. 
e) “todo o velho contagia”.
5. (EPCAR) Enumere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação 
numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência 
numérica encontrada:
1) justaposição ( ) aguardente 
2) aglutinação ( ) casamento 
3) parassíntese ( ) portuário 
4) derivação sufixal ( ) pontapé 
5) derivação imprópria ( ) os contras 
6) derivação prefixal ( ) submarino 
 ( ) hipótese
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 
c) 1,4, 4, 1, 5, 6, 6
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
6. (CESGRANRIO) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, 
respectivamente, pelos processos de:
 a) sufixação - prefixação - parassíntese
 b) sufixação - derivação regressiva - prefixação
 c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação
 d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação
 e) parassíntese - derivação imprópria – parassíntese
7. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à formação das seguintes palavras: 
girassol; destampado; vinagre; irreal.
a) sufixação; parassíntese; aglutinação; prefixação
b) sufixação; parassíntese; derivação regressiva; sufixação
c) justaposição; prefixação e sufixação; sufixação; parassíntese
d) justaposição; prefixação e sufixação; aglutinação; prefixação
e) aglutinação; prefixação; aglutinação; justaposição
35
8. (IBADE - 2021 - ISE-AC)
Leia o texto abaixo. 
Quarentena de afeto O Brasil tem passado por uma recessão, reflexo do quadro social 
e sanitário. Ainda assim, segundo Nelo Marraccini, do IPB, mesmo com as dificuldades 
impostas pela crise que veio junto da pandemia, muitas famílias não deixam de cuidar 
de seu pet. O abandono aumentou, mas as buscas por adoção subiram 400% de acordo 
com a União Internacional Protetora dos Animais (Uipa). 
Entre os que assumiram as “alegrias e agruras” de um animalzinho no período da 
pandemia, está o casal Marina e Renan Malta do Rio de Janeiro. “Em março do ano 
passado, quatro meses depois de casados, nós nos vimos trabalhando em home office, 
sem poder sair de casa. Então resolvemos realizar um sonho e adotar a Lily, um filhote 
vira-lata de 32 dias. Todo mundo nos dizia que cuidar de um animal dá muito trabalho, 
mas que compensa, o que é verdade. A gente só não contava que ela apresentasse 
problemas comportamentais”, conta Marina. 
“Além de roer quase todos os móveis com seus dentinhos afiados, Lily passou a se sentir a 
dona da casa entre três e quatro meses, mostrando-se reativa e agressiva. Nesse momento, 
eu precisei pesquisar tudo sobre o mercado pet e descobri vários serviços e produtos. 
Contratamos, então, o primeiro adestrador e a colocamos na creche para ajustar a rotina 
e a socialização. Também conheci os mordedores naturais, que estimulam o instinto 
do cão e são importantes na preservação do meio ambiente. Assim, ela extravasa toda 
energia e não rói mais os móveis. ” 
(Revista Proteste)
Em “Também conheci os mordedores naturais...”, a palavra destacada teve o seguinte 
processo de formação:
a) composição por justaposição. 
b) composição por aglutinação. 
c) derivação prefixal. 
d) derivação sufixal.
e) derivação regressiva.
36
CLASSES DE PALAVRAS 
NOMINAIS: 
SUBSTANTIVO E 
ADJETIVO
37
3.1 INTRODUÇÃO
 Neste capítulo daremos início ao estudo das classes de palavras. E o que são 
as classes de palavras? De acordo com o que prescreve as gramáticas normativas 
da língua portuguesa, as classes de palavras ou classes gramaticais referem-se ao 
conjunto constituído de todas as palavras que têm o mesmo propósito. De acordo com 
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), na língua portuguesa há dez classes de 
palavras que são: 
 Vale ressaltar que a classificação das palavras em classes diferentes se pauta em 
critérios formais semânticos, os quais conversam com o sintático e com o morfológico. 
Conforme nos orienta Basílio (2007, p. 60), “um item lexical é um complexo de propriedades 
morfológicas, sintáticas e semânticas.” Assim podemos verificar que em cada classe de 
palavra, as propriedades semânticas se relacionam às sintáticas e às morfológicas, por 
exemplo, só há gênero e número nas palavras que nomeiam e caracterizam os seres. 
As palavras que apresentam tempo, modo etc., não são classificadas como núcleo do 
sujeito. Outro exemplo, somente as palavras invariáveis modificam o verbo. 
 Daremos início ao nosso estudo a respeito das classes de palavras pelo substantivo 
que, igualmente ao verbo, configura-se como o núcleo do sintagma nominal.
Substantivo adjetivo artigo numeral advérbio
Preposição conjunçao pronome verbo interjeição
 Uma mesma palavra pode pertencer a mais de uma classe gramatical. 
Ex. Não faça bagunça! - Neste caso, o não é classificado como um advérbio.
 Ex. Um não pode fazer a diferença na vida de uma criança. Aqui, o não é um substantivo.
VAMOS PENSAR?
38
 Normalmente, vemos nas gramáticas normativas o seguinte conceito para 
substantivo: palavra que nomeia os seres e objetos em geral, em outras palavras, o 
substantivo é a classe de palavra responsável por dar nome a tudo que existe. 
 Para aprofundarmos nossos estudos no conceito de substantivo, vejam a seguir o 
que alguns gramáticos trazem em suas obras acerca dos substantivos. Para BECHARA 
(2009, p. 87), substantivo “é o nome com que designamos os seres em geral – pessoas, 
animais e coisas”. Para o gramático LUFT (2002, p. 102) é a palavra que designa um 
ser e, sintaticamente, pode funcionar como núcleo de sujeito, predicativo e objeto”. 
Geralmente, tudo que vemos, sentimos, ouvimos tem um nome, como pessoa, lugar, 
ações, sentimentos entre outros, sendo assim, a classe de substantivo é a responsável 
por dar nomes a tudo que existe. 
 O substantivo pode apresentar diferentes características dependendo sobre qual 
o ponto de vista está sendo analisado. O quadro abaixo sintetiza essa classificação.
 Vale ressaltar que uma palavra classificada como substantivo poderá ter analisado 
por vários aspectos, ou seja, uma análise não exclui a outra. Ex. a palavra jardineiro, por 
exemplo, é derivada, simples, comum e concreta.
 Além das classificações acima mencionadas, há ainda os substantivos coletivos 
que são aqueles comuns que mesmo estando no singular refere-se a um grupo ou 
conjunto de seres de uma mesma espécie. Vejamos alguns exemplos em destaque no 
poema abaixo. 
3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Aspecto Analisado Classificação
Origem - primitivo: não se origina de outra palavra da língua. Exemplos: 
rua, cidade, máquina, fantasma.
- derivado: origina-se de outra palavra. Exemplos: lapiseira, bon-
dade, negociação.
Forma - simples: Constituído por uma única palavra. Exemplos: planta, 
menino, lapiseira, coragem.
- composto: constituído por mais de uma palavra (ou radical). 
Exemplos: fruta-pão, passatempo, lobisomem. 
Designação
(geral ou específica) 
- comum: nomeia, genericamente, todos os elementos de uma 
mesma espécie. Exemplos: cidade, árvore, lapiseira, professor.
- próprio: dá nome a um único ser de uma espécie. Exemplos: 
Brasília, Fernanda, Marte, Corinthians. 
Tipo de ser nomeado - concreto: nomeia seres de existência própria (geral ou imaginá-
ria).
- abstrato: dá nome a sentimentos (ódio, solidão), qualidades/ 
defeitos (beleza, falsidade, rapidez), sensações (frio, dor), ações 
(vingança, crítica, choro) e estados (vida, viuvez, morte). 
Quadro 7: Classificação geral dos substantivos
Fonte: Ferreira (2007, p. 134)
39
 Vejam os vocábulos em destaque no poema, um conjunto de lobos corresponde 
ao substantivo coletivo alcateia, boiada refere-se a bois, multidão a pessoas, cardume 
a peixes, turma a alunos e elenco a artista. Esses são alguns exemplos de substantivo 
coletivo.
 As palavras classificadas como substantivos são variáveis, ou seja, a forma dessas 
palavras pode sofrer variações de acordo com a situação em que é empregada. Os 
substantivos podem flexionar em gênero, número e grau. A seguir, vamos conhecer 
essas três flexões.
 3.3.1 Gênero do substantivo
 Em relação ao gênero os substantivos podem flexionar em masculino e feminino. 
De acordo com a gramática normativa, podemos considerar como substantivo 
masculino aqueles vocábulos aos quais podemos inserir o artigo o ou os antes deles. E 
do gênero feminino aqueles que antes do vocábulo possamos inserir o artigo a ou as. 
Exemplificando:
POEMA DO COLETIVO
Substantivo coletivo
é facinho de entender,
não fique muito pensativo,
logo vai saber.
Coletivo é coleção,
todo mundo já conhece.
Substantivoé diversão,
quando aprende nunca esquece.
Pra começar a brincadeira
explicar é grande ideia:
ver um lobo é tremedeira,
muitos lobos é alcateia.
Pra entender agora e não depois
é só pensar numa coitada
na frente de muitos bois
sem saber que é boiada.
Se não entendeu, se queixe!
Dúvida dá azedume!
É simples, pense num peixe...
Muitos peixes dá cardume.
3.3 FLEXÕES DO SUBSTANTIVO
Animal é uma boa,
mas humanos também são.
Se pensarmos em pessoas,
muita gente é multidão.
Vamos ver um outro achado,
coletivo em outra pista:
exército é de soldado
e elenco é de artista.
Agora pense firme...
Coletivo é simples, assuma!
Jogadores dá um time
e com alunos temos turma.
Turma tem que ser boa,
alunos espertos e ativos.
Não fique mais à toa!
Pesquise mais coletivos!!!
Evelyn Cordeiro
40
 cão – cadela genro – nora homem – mulher
 profeta – profetisa ator – atriz galo – galinha
Menino – menina mestre – mestra cantor – cantora
Leão – leoa cidadão – cidadã valentão – valentona
Normalmente, ao se tratar de nomes de seres vivos, o gênero coincide com o sexo do ser 
ao qual o substantivo se refere. Exemplificando, usamos garota para nomearmos um ser 
do sexo feminino, assim, temos um substantivo do gênero feminino. O mesmo ocorrer 
com a palavra menino que se refere a um ser do sexo masculino, portanto, substantivo 
do gênero masculino. 
 Quando o vocábulo se refere a seres não vivos, ou seja, que não tem definição de 
sexo, fixa-se o gênero convencionalmente. Como nos mostra os exemplos abaixo.
Figura 7: Representação de substantivos
Fonte: Elaborado pela autora (2021)
Figura 8: Representação de substantivos de seres não vivos
Fonte: Elaborado pela autora (2021)
 Formação do feminino 
 Alguns substantivos apresentam uma forma para o masculino e outra para o 
feminino. Exemplos:
 Há também substantivos que para formarem o feminino partem do masculino, 
havendo mudanças somente nas desinências. Vejamos os exemplos:
 Como podemos observar alguns substantivos que ao formarem o feminino não 
seguem critérios, como expusemos alguns exemplos acima.
 Ainda acerca do gênero dos substantivos, vale lembrar que alguns substantivos 
possuem apenas uma forma para designar o masculino e feminino, são os substantivos 
uniformes, ou seja, uma única forma. 
O estudante – a estudante
O tatu (macho) – O tatu (fêmea)
O capital (bem material) – a capital (cidade)
O rádio (aparelho) – a rádio (emissora)
41
Dessa maneira, podemos observar que não há somente uma regra ou critério para se 
formar o feminino do substantivo.
 3.3.2. Número do substantivo
 Na língua portuguesa, há duas maneiras para designarmos o número de seres a 
que o substantivo se refere, que são: singular e plural. 
 Quando o substantivo está no singular, ele refere-se somente a um ser ou a ape-
nas um conjunto de seres. Via de regra, o que determina que o vocábulo está no singu-
lar é não ter a desinência –S ao final. Exemplo: casa, matilha. 
 Quando o substantivo está no plural, ele refere-se a mais de um ser ou conjunto 
de seres, sendo esse plural marcado pela presença da desinência – S ao final do vocá-
bulo. Exemplo: casas, matilhas.
 Formação do plural
 A formação do plural dos substantivos segue alguns critérios bem variados, abai-
xo apresentaremos os casos mais gerais. 
Pois alguns substantivos podem causar dúvidas em relação ao gênero. Vamos conhecer 
alguns:
Masculinos: O alvará, o grama (peso), o champanha.
Feminino: a grama (planta), a alface, a cal, a dinamite.
FIQUE ATENTO
Substantivo ter-
minado em
Faz o plural assim Exemplo Observações
Vogal ou ditongo +S Casa - casas
Pônei- pôneis
-
ão +S
- ão + ões
- ão + ães
Cidadão- cidadãos
Ilusão- ilusões
Pão - pães
Vários substantivos termina-
dos em –ão admitem mais de 
uma forma de plural.
R, Z + es Flor – flores
Juiz – juízes 
-
M -m + ns Jovem – jovens -
S + es (em oxítonas e 
em monossílabas) 
[invariável nos de-
mais casos]
Freguês – fregueses
Rês – reses
Pires – pires
O substantivo cais não segue 
a regra, ele é invariável. O cais 
– os cais.
Al, el, ol, ul - l +is Canal – canais
Túnel – túneis
Anzol – anzóis
Paul - pauis
Os substantivos mal e cônsul 
não seguem a regra. O mal – 
os males; o cônsul – os cônsu-
les.
il - l +s (em oxítonas)
- l +eis (em paroxí-
tonas)
Barril – barris
Réptil – répteis 
-
x Não muda Tórax – tórax. -
42
n +s Hífen – hifens -
Quadro 8: Formação do plural
Fonte: Ferreira (2007, p. 142 - adaptado)
 Plural dos substantivos compostos 
 Como já vimos no início do capítulo, os substantivos compostos são aqueles 
formados por duas ou mais palavras. Seguem algumas regras a serem observadas ao 
fazer o plural desses substantivos. 
- De maneira geral, usa-se a junção das formas como se faz o plural das palavras que 
formam esse substantivo composto. Exemplo: segunda-feira – segundas-feiras.
 - Se as duas ou mais palavras forem ligadas por preposição, apenas a primeira vai 
para o plural. Ex. pé de moleque – pés de moleque.
 - Para os casos dos substantivos compostos em que o segundo termo designa 
finalidade do primeiro, temos duas formas do plural: 
 1. aplica-se a regra geral: couve-flor – couves-flores
 2. Quando na formação do substantivo composto tiver um verbo, este fica no 
singular. Ex. guarda- roupa – guarda-roupas.
 3. Para os substantivos compostos formados por onomatopeias, apenas o segundo 
termo vai para o plural. Ex.: tique-taque – tique-taques.
 3.3.3. Grau do substantivo
 Os substantivos podem ser perfeitamente alterados conforme os objetivos a que 
se propõem, essas mudanças relacionam-se às flexões de grau dessas palavras. Dessa 
maneira, temos os graus dos substantivos em aumentativo e diminutivo, sendo eles 
designados por dois processos: sintético e analítico.
 - sintético: quanto se trata desse processo, acrescenta-se ao substantivo um 
sufixo aumentativo ou diminutivo. Exemplo: carta- cartinha; janela – janelão; escritor – 
escritorzinho. 
 - analítico: nesse processo ao invés de acrescentar o sufixo, usa-se as palavras 
grande ou pequeno próximo ao substantivo. Ex. casa grande, quarto pequeno. 
 Estudamos, nesta primeira parte do capítulo, as três flexões do substantivo: gênero, 
número e grau. Na segunda parte, nos dedicaremos ao estudo de uma outra classe de 
palavra: o adjetivo.
Estude mais sobre o assunto, consulte o sexto capítulo: Principais processos de 
mudança de classe que trata da formação de substantivos, da obra Formação e 
classes de palavras no português do Brasil. Esse capítulo remete à formação de 
substantivos a partir de verbos, formação de substantivos a partir de adjetivos.
Disponível em: https://bityli.com/muOxbZ. Acesso em 08 jun, 2022
BUSQUE POR MAIS
43
 Para darmos início aos nossos estudos acerca dos adjetivos, primeiramente, 
leremos com bastante atenção o poema Retrato, escrito por Cecília Meireles. Observem 
as palavras que foram destacadas no poema. 
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Fonte: Cecília Meireles. Retrato. Poesia completa. 4 ed. Rio de Janeiro 
 
 Vejam que as palavras em destaque expressam características e estão exercendo 
a função de adjetivos no poema. Logo, podemos dizer que os adjetivos expressão não só 
características mas também qualidade e estados dos seres. Observem que os adjetivos 
destacados a seguir estão caracterizando o vocábulo rosto, o qual é classificado como 
substantivo.
 Não só os adjetivos caracterizam os substantivos, essa caracterização ou 
apresentação de qualidades ou estados pode ocorrer também pelas locuções adjetivas. 
Que são as expressões formadas por preposição acompanhadas de um substantivo ouadvérbio, no entanto, funcionam como adjetivo e tem valor de tal. 
Ex. O carro bateu na banca de revistas. O termo sublinhado é uma locução adjetiva, pois 
há preposição + substantivo, tem a função de adjetivo e refere-se ao substantivo banca.
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS
Ex.: Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro
3.5 FLEXÕES DOS ADJETIVOS
 Assim como os substantivos, o adjetivo também flexiona de três maneiras: 
Gênero, número e grau.
 3.5.1. Gênero adjetivo
 Para acompanhar o substantivo ao qual se refere, o adjetivo também flexiona em 
gênero, ou seja, masculino e feminino. Exemplos:
44
 - substantivo no feminino e adjetivo no feminino: Bola pequena 
 - substantivo no masculino e adjetivo no masculino: carro velho
- Alguns adjetivos não variam, ou seja, refere-se ao substantivo masculino e ao feminino. 
Ex.: moto veloz e menina veloz.
 3.5.2 Número do adjetivo
 O adjetivo faz a concordância em singular ou plural com o substantivo ao qual se 
refere. Exemplos:
casa pequena cidades belas carros velhos 
BUSQUE POR MAIS
 A seguir veremos como formar o plural dos adjetivos compostos, lembrando que 
o adjetivo composto é aquele constituído por duas palavras ou mais. Normalmente para 
pluralizar esse adjetivo, basta flexionar somente o último termo. Ex. Cabelos castanho-
claros.
 Há algumas exceções, nestes casos, o adjetivo é invariável, ou seja, mantém-se 
no singular. Ex. blusas azul-celeste e camisas azul-marinho. Há o adjetivo surdo-mudo, 
nesse caso, os dois termos são flexionados. Ex.: meninos surdos-mudos. 
Para que você possa aprofundar seus conhecimentos acerca de como fazer o 
plural dos adjetivos compostos, assistam ao vídeo: Adjetivo – flexão de número.
Disponível em https://bityli.com/JzkIJv. Acesso em 08 jun. 2022
 3.5.3 Grau do adjetivo
 O grau demonstra como o adjetivo se expressa para caracterizar o substantivo. O 
adjetivo apresenta-se em dois graus: comparativo e superlativo. 
 Grau comparativo 
 Estabelece uma relação de comparação das características entre dois seres. Há 
três tipos de grau comparativo: superioridade, igualdade e inferioridade. Vejamos 
 - superioridade: A torre é mais alta que a casa. Nesse exemplo, temos a estrutura 
mais... que.
 - igualdade: Maria é tão alta quanto Vera. A comparação se dá por meio de tão....
quanto.
 - inferioridade: Marta é menos estudiosa que João. Aqui, temos menos...que 
indicando a comparação. 
 Podemos observar que em cada exemplo há uma comparação de uma mesma 
característica entre dois seres. Pode também ocorrer a comparação com duas 
características do mesmo ser. Ex.: Maria é mais dedicada que inteligente.
45
Adjetivo Comparativo de 
superioridade 
Superlativo 
absoluto sintético
Superlativo relativo 
de superioridade. 
Bom Melhor que Ótimo O melhor de 
Mau Pior que Péssimo O pior de 
Grande Maior que Máximo O maior de 
Pequeno Menor que Mínimo O menor de 
Quadro 9: Adjetivos superlativo relativo
Fonte: Ferreira (2007, p. 177)
Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande possuem algumas particularidades para o 
comparativo de superioridade e para o superlativo, expressando-se com algumas pala-
vras específicas. 
FIQUE ATENTO
 Grau superlativo
O grau superlativo sugere a característica ou a qualidade em sua máxima intensidade 
ao substantivo a que se refere. Há dois tipos de superlativo: absoluto e relativo.
 Superlativo absoluto
Neste caso, a característica é conferida a um ser, sozinho, isolado, ou seja, de maneira 
absoluta. Esse superlativo expressa-se de dois modos diferentes, vamos conferir:
 Superlativo absoluto analítico: usa-se uma palavra intensificadora + adjetivo. Ex.: 
O aluno é muito inteligente. 
 Superlativo absoluto sintético: usa-se adjetivo + sufixo de intensificação. Ex.: o 
aluno é inteligentíssimo. 
 Superlativo Relativo
Neste caso, a característica é conferida a um ser em relação a outros seres que também 
tenham as mesmas características. O superlativo relativo pode ser de: superioridade 
ou inferioridade.
 Superioridade: usa-se o(a) mais + adjetivo + de (dentre). Ex.: O aluno é o mais 
inteligente da turma. Assim temos: o aluno (ser) em relação a um conjunto de seres 
(turma).
 Inferioridade: usa-se o(a) menos + adjetivo + de (dentre). Ex.: O aluno é o menos 
inteligente da turma. Assim temos: o aluno (ser) em relação a um conjunto de seres 
(turma).
 Observem o quadro a seguir.
nome do quadro: Adjetivos superlativo relativo
46
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (PUC-SP) Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos 
compostos: casa-grande, flor-de-cuba, arco-íris e beija-flor
a) casa-grandes, flor-de-cubas, os arco-íris, beija-fior
b) casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas-flores
c) casas-grande, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija-flor
d) casas-grande, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas-flores
e) casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija-flores
2. (UFF) Assinale a única frase em que há erro no que diz respeito ao gênero das palavras.
a) O gerente deverá depor como testemunha única do crime.
b) A personagem principal do conto é o Seu Rodrigues.
c) Ele foi apontado como a cabeça do motim.
d) O telefonema deixou a anfitriã perplexa.
e) A parte superior da traqueia é o laringe.
3. (UFSM) Identifique a alternativa em que o plural do diminutivo das palavras escritor, 
informações, ligação e material está de acordo com a língua-padrão:
a) escritorezinhos, informaçãozinhas, ligaçãozinhas, materialzinhos
b) escritorzinhos, informaçãozinhas, ligaçãozinhas, materialzinhos
c) escritorezinhos, informaçõezinhas, ligaçõezinhas, materiaizinhos
d) escritorezinhos, informaçãozinhas, ligaçõezinhas, materialzinhos
e) escritorzinhos, informaçõezinhas, ligaçõezinhas, materialzinhos
4. (INSTITUTO AOCP-2021). Leia o texto abaixo.
 Quais são os principais temas de pesquisa no Brasil? Um relatório analisou mais 
de 300 mil artigos publicados entre 2015 e 2020. Confira os principais assuntos – e com 
quais países o Brasil mais colabora. 
 A produção brasileira de artigos científicos cresceu 32,2% entre 2015 e 2020. É mais 
do que a média mundial, que foi de 27,1%. Mas o que o brasileiro pesquisa? O relatório 
“Panorama da ciência brasileira: 2015 – 2020”, produzido pelo Observatório de Ciência, 
Tecnologia e Inovação, mapeou os principais temas de estudo no Brasil. 
 O levantamento se baseou nos artigos científicos presentes no Web of Science, 
uma plataforma que reúne pesquisas de todo o mundo. No total, mais de 11 milhões de 
artigos foram publicados entre 2015 e 2020. Desses, 372 mil contaram com a participação 
de ao menos um brasileiro. Educação lidera o pódio, com 16.672 artigos publicados entre 
2015 e 2020. Se o tema surpreendeu, lembre que Pedagogia é o curso que mais recebe 
estudantes de graduação no Brasil. Logo, há mais mão de obra. Os temas seguintes 
47
são Biodiversidade, Nanopartículas e Pecuária e Aquicultura. Para chegar ao resultado, 
o relatório fez uma análise da frequência das palavras-chave contidas nas pesquisas. 
Por exemplo: as palavras “ovelha” e “gado” estão relacionadas à agricultura, enquanto 
“entrelaçamento quântico” e “ondas gravitacionais” são campos da física teórica. 
 O relatório ainda mostra os países que mais fazem pesquisa em parceria com o 
Brasil. Os Estados Unidos está presente em 36% dos artigos brasileiros realizados em 
colaboração internacional. Depois vêm Inglaterra, Espanha, França e Alemanha.
 Maria Clara Rossini 15 out. 2021 
Considerando a palavra no plural “palavras-chave”, identificada no texto, assinale a 
alternativa que também apresenta o correto plural dos compostos.
a) Couve-flores, abaixo-assinados e guarda-roupas. 
b) Saca-rolhas, beijas-flor e guardas-noturnos. 
c) Manga-espadas, pé de cabras e vice-presidentes. 
d) Guardas-marinha, pé de moleques e couve-flores. 
e) Salvos-condutos, bananas-prata e abaixo-assinados.
5. (CESGRANRIO) Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo:
a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático,sabem onde ir...
b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura 
da alma…
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.
d) Naquele instante era só um pobre cego.
e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos.
6. (PUC) Adjetivo no grau superlativo relativo ocorre em:
a) Acrescento que nada mais bonito existe do que um barco a vela.
b) E havia também as casas dos pobres do outro lado, construções muito admiráveis no 
ar.
c) O milagre da pobreza é sempre o mais novo e o mais cálido de todos os milagres.
d) O maior barco a vela seguia o caminho invisível do vento.
e) O domingo se aquietara, quando passou zunindo um automóvel vermelho.
7. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que todos os adjetivos não se flexionam em 
gênero:
a) delgado, móbil e forte
b) oval, preto e simples
c) feroz, exterior e enorme
d) brilhante, agradável e esbelto
e) imóvel, curto e superior
8. (UDFM-RS) Leia o texto:
48
Numa aparente CONTRADIÇÃO à famosa lei da OFERTA e da PROCURA, o livro no Brasil 
é CARO porque o BRASILEIRO não lê. 
No texto acima, uma das palavras a seguir não faz parte da classe dos substantivos. 
Assinale-a.
a) contradição
b) oferta
c) procura
d) caro
e) brasileiro
49
CLASSES DE 
PALAVRAS 
NOMINAIS
50
Dando prosseguimento aos nossos estudos, neste capítulo, conheceremos mais três 
classes de palavras: artigo, numeral e pronome. São palavras variáveis, ou seja, têm 
variação em gênero, grau ou número. 
4.1 INTRODUÇÃO
Leia o poema abaixo.
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947.
 Você percebe alguma diferença de sentido entre “um bicho” e “o bicho”? Em que 
situação se empregaria um ou outro? Quando lemos “Vi ontem um bicho”, o substantivo 
bicho não está sendo especificado, ou seja, está se referindo a qualquer bicho, de forma 
genérica. Não se sabe qual é o bicho. Enquanto no segundo caso, há uma especificação, 
o bicho está determinado, especificado, já se falou desse bicho.
Conforme nos aponta Ferreira (2007, p. 156), artigo “é a palavra que se coloca antes do 
substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou geral (indefinido).” Desse 
modo, o artigo vem anteposto ao substantivo, normalmente indica se este substantivo 
a que se refere está sendo usado de modo definido ou indefinido, bem como indica o 
gênero e o número desse substantivo. Ainda em consonância com Ferreira (2007), os 
artigos podem ser classificados em dois tipos:
4.2 ARTIGO
Definidos Indefinidos
O, a, os, as. Um, uns, uma, umas.
Quadro 10: Classificação dos artigos
Fonte: Ferreira (2007)
51
 A palavra “belo”, por exemplo, pertence à classe gramatical dos adjetivos. Na oração 
acima, no entanto, por estar determinada pelo artigo “o”, ela está funcionando como um 
substantivo. Observem um outro exemplo, agora, com o emprego da palavra cantar que 
pertence à classe gramatical dos verbos. 
 A própria conceituação dessa classe gramatical proporciona essa subdivisão dos 
artigos.
 4.2.1 Principais empregos do artigo
 Substantivação
 Como já mencionado, o emprego do artigo está sempre relacionado a um 
substantivo, desse modo, caso seja empregado com outra palavra que não seja 
substantivo, essa passa a funcionar como substantivo, conforme nos aponta Amaral et 
al. (2000, p. 373), esse “fato gramatical recebe o nome de substantivação. Vejamos um 
exemplo:
Nem sempre é fácil classificar o belo.
Vossa Excelência, senhor senador, vetou o projeto.
 * Em janeiro, visitamos Bahia.
 * Pablo Picasso foi um artista plástico famoso.
 * Em janeiro, visitamos a bela Bahia. 
 * O genial Pablo Picasso foi um artista plástico famoso.
 Neste caso, o verbo “cantar”, por estar determinado pelo artigo “o”, passa a exercer 
a função de substantivo.
 Algumas palavras não admitem o artigo definido
 Em algumas situações o artigo definido não pode ser empregado, veja as principais 
de acordo com Amaral et al (2000, p. 374),
 a. Antes de nomes de cidades e de pessoas famosas, conhecidas, exceto quando 
estiverem caracterizados. Exemplos:
 
 b. Antes de pronomes de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Excelência etc.). 
Exemplo: 
O cantar dos pássaros soa como uma melodia aos meus ouvidos.
52
Caso o artigo faça parte de um nome próprio e haja uma preposição antes dele, não poderá 
haver a combinação entre eles.
Lemos o primeiro capítulo de Os Lusíadas. (Correto)
Lemos o primeiro capítulo dos Lusíadas. (Incorreto)
FIQUE ATENTO
Fábula é um tipo de narrativa que transmite um ensinamento moral. 
Você tem o original do documento cujas cópias me entregou?
 c. Ao conceituar os termos. Exemplo:
 d. Após o pronome “cujo” e suas variações. Exemplo
 Combinações dos artigos com outras palavras
 
 Os artigos podem juntar-se a preposições, formando, portanto, uma outra palavra. 
Exemplos:
* (Preposição + artigo) a + a: Os professores aderiram à greve.
* (Preposição + artigo) per/por + os: Os simulados foram organizados pelos professores. 
* (Preposição + artigo) em + uma: Moro num bairro tranquilo.
* (Preposição + artigo) de + o: As praias do litoral sul são tranquilas. 
A classe gramatical de uma palavra, em algumas situações, pode variar de acordo com a 
combinação que se estabelece entre ela e outras palavras na mesma frase. Como veremos 
a frente, a palavra a nem sempre será artigo, poderá também ser pronome, preposição. O 
além de artigo poderá ser pronome. Um pode pertencer a três classes gramaticais: artigo, 
numeral ou pronome.
FIQUE ATENTO
4.3 NUMERAL
 Leia com atenção a reportagem abaixo.
Campinas e Guarulhos decidem o Paulista masculino de vôlei a partir de quarta
 Os finalistas do Campeonato Paulista Masculino de Vôlei estão definidos. Vôlei 
Renata/Campinas e Vedacit Vôlei Guarulhos disputarão o título do principal torneio 
regional país em melhor de dois jogos. A programação começará nesta quarta-feira, dia 
13, com o primeiro jogo em Guarulhos, no Ginásio da Ponte Grande, a partir das 21h 30, 
enquanto a segunda partida está marcada para o dia 18, a partir das 19h, no Ginásio do 
53
 4.3.2 Ordinais 
 São aqueles que indicam sequência, ou seja, a posição que alguém ou alguma 
coisa ocupa.
Ex.: A segunda partida está marcada para o dia 18, a partir das 19h, no Ginásio do Taquaral, 
em Campinas. 
 Conforme nos aponta Ferreira (2007, p. 188), “nas referências a reis, papas, séculos 
e capítulos, os numerais são empregados de formas distintas.” Vejamos como se dão 
esses usos:
1. Quando o numeral aparece após o substantivo, temos os seguintes empregos:
 a. Até dez lê-se em ordinais. Ex.: Capítulo IX (nono), D. Pedro I (primeiro).
 b. A partir de onze lê-se em cardinais. Ex.: Capítulo XII (doze), século XV (quinze). 
 2. Quando o numeral antecede o substantivo, empregam-se sempre os ordinais.
 Ex.: XVI século (lê-se: vigésimo primeiro).
O numeral cardinal 14 admite duas grafias: catorze e quatorze.
FIQUE ATENTO
Taquaral, em Campinas. Caso seja necessário, o Golden Set está marcado para as 21h, no 
mesmo dia e local.
 Atual campeão estadual, o Campinas teve de vencer duas vezes para assegurar 
a vaga na final, a terceira consecutiva. Após perder o jogo de ida para o Sesi-SP, na Vila 
Leopoldina, a equipe campineira entrou em quadra no sábado com apenas uma opção: 
conseguir derrotar o adversário para provocar o Golden Set. Pois o time comandado pelo 
técnico Marcos Pacheco devolveu o placar de 3 a 1 e ainda fechou as semifinais com um 
25/14 no set de desempate. (...)
Disponível em: https://bityli.com/WQxDXK. Acesso em 08 de abril de 2022.
 No texto acima, todas as palavras que estão em destaque são numerais. Para 
Ferreira (2007, p. 187), numeral “é a palavra que exprime uma quantidade definida, 
exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinadasequência.”
 Os numerais podem ser classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos e 
fracionários.
 4.3.1 Cardinais
 São os numerais que indicam a quantidade, ou seja, o número preciso de seres, 
objetos etc. 
Ex.: A programação começará nesta quarta-feira, dia 13.
 Vale lembrar que somente os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir 
de duzentos admitem o feminino, assim o feminino será: uma, duas, duzentas, trezentas 
etc. 
 É importante ressaltar que os numerais cardinais milhão, bilhão etc. são do gênero 
masculino, portanto, sempre serão empregados no masculino. 
Ex. três milhões de pessoas. 
54
 4.3.3 Multiplicativos
 Expressam a multiplicação de certa quantidade. No entanto, efetivamente, 
usamos somente dobro e o triplo, nos demais casos usamos quádruplo, quíntuplo, 
sêxtuplo etc.
Ex.: O pai tem o triplo da idade do filho.
 4.3.4 Fracionários
Indicam uma divisão, em outras palavras, o número de vezes pelo qual uma quantidade 
é dividida.
Ex. Cada aluno recebeu um quinto do bolo de aniversário.
FIQUE ATENTO
Quando exerce a função de numeral, a palavra meio deve concordar com o substantivo 
a que se refere.
Ex. Ela tomou meia garrafa de água.
O trem partirá ao meio-dia e meia.
4.4 PRONOME
4.5 CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
Leia o poema de Mario Quintana.
Poeminha do Contra 
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho, 
Eles passarão. 
Eu passarinho!
Mario Quintana: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.
 
As palavras destacadas no poema são pronomes.
 Para Amaral et al. (2000, p. 379), o pronome é “a palavra que substitui o substantivo 
ou acompanha o substantivo, determinando a sua significação.” 
 Antes de apresentarmos a classificação dos pronomes, é importante lembrarmos 
que os pronomes estão diretamente ligados às pessoas gramaticais que são:
Figura 9: Ligação dos pronomes
Fonte: Elaborado pela autora (2021)
55
 Desse modo, a classificação dos pronomes está relacionada às pessoas gramaticais 
e apresentam-se em seis tipos: Pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, 
relativos e interrogativos.
 4.5.1 Pronomes pessoais
 São aqueles que substituem ou representam às pessoas gramaticais e se 
apresentam em dois tipos: pessoais e oblíquos, estes se subdividem em átonos e tônicos 
como veremos na tabela abaixo.
 Empregos dos pronomes pessoais
 a. Tratamento uniforme - Dentro de um mesmo contexto, deve-se ter uniformidade 
do uso dos pronomes referentes à pessoa gramatical. 
 Concordei contigo, portanto te apoiei na decisão. 
 Os dois pronomes empregados na frase acima referem-se à segunda pessoa do 
singular. 
 b. Uso dos pronomes eu e mim - O pronome pessoal do caso reto eu sempre 
se apresentará na função de sujeito da oração. Enquanto o pronome pessoal oblíquo 
“mim” nunca exercerá a função de sujeito na oração. Vejamos os exemplos
 Ex.: Os alunos entregaram os textos para eu corrigir.
 Para mim, fazer as correções não será uma tarefa fácil. 
 c. Ações reflexivas - Os pronomes átonos “me, nos, te, vos, se” em algumas 
situações são empregadas para indicarem a ação praticada pelo sujeito que reflete nele 
próprio. Esses pronomes, nesse tipo ocorrência, são chamados de pronomes reflexivos. 
Podem ocorrer somente de maneira reflexiva, bem como reflexiva recíproca como nos 
exemplos a seguir. Exemplos:
 A menina atirou-se na piscina. (Reflexivo)
 O garoto cortou-se com a tesoura. (Reflexivo recíproco)
 Ainda em relação a ações reflexivas, temos os empregos dos pronomes tônicos “si 
e consigo” que sempre desempenharam a função de pronomes reflexivos. Ex.:
 As pessoas egoístas querem tudo para si. (Pronome reflexivo= ela mesma)
Pronomes pessoais 
Retos
Pronomes pessoais Oblíquos
Átonos 
(sem preposição)
Tônicos
(com preposição)
Singu-
lar 
Eu
Tu
Ele/Ela
Me
Te
O, a, lhe, se
Mim
Ti
Si, ele, ela
Plural Nós
Vós
Eles/Elas
Nos
Vos
Os, as, lhes, se
Nós
Vós
Si, eles, elas
Quadro 11: Classificação dos pronomes
Fonte: Adaptado (Ferreira, 2007, p.199)
56
 4.5.2 Pronomes de Tratamento 
 Para Amaral (2000, p. 382), os pronomes de tratamento são palavras ou expressões 
equivalentes a pronomes pessoais e são empregados quando nos dirigimos ou nos 
referimos a alguém de maneira formal e respeitosa. Veja no quadro a seguir alguns 
pronomes de tratamento. 
 Empregos dos pronomes de tratamento
 a. Quando usar as formas Vossa e Sua - Usa-se a forma Vossa quando se fala com 
a própria pessoa; a forma Sua é empregada ao se falar acerca da pessoa. Exemplos:
Vossa Santidade deverá descansar hoje. (Falando com o Papa)
Sua Santidade deverá descansar hoje. (Falando acerca do Papa)
 b. Embora a forma de tratamento Vossa indique a 2ª pessoa, ou seja, com que se 
fala; essa forma estabelece que os demais pronomes e verbos empregados na oração 
sejam usados na 3ª pessoa. Exemplo:
Vossa Santidade se engana em relação ao seu auxiliar.
 4.5.3 Pronomes Possessivos
 Nos dizeres de FERREIRA (2007, p. 208), o pronome possessivo “refere-se a uma 
das três pessoas gramaticais (1ª, 2ª ou 3ª) para indicar que alguma coisa lhe cabe ou 
pertence.” 
Os pronomes possessivos relacionam a pessoa gramatical que possui algo à coisa 
possuída. Sendo assim, há uma correlação entre os pronomes pessoais e possessivos, 
como demonstrado no quadro abaixo:
Pronome Abreviatura Usado em relação a 
Vossa Alteza V.A. Duques e príncipes
Vossa Majestade V.M. Reis e imperadores
Vossa Santidade V.S. Papas
Vossa Eminência V.Em.ª Cardeais
Vossa Excelência V.Ex.ª Altas autoridades
Vossa Senhoria V. S.ª Pessoas graduadas em geral
Você V. Pessoas intimas, amigas
Quadro 11: Pronomes de tratamento
Fonte: Ferreira (2007, p.204)
Pessoa gramatical Pronomes 
pessoais 
Pronomes possessivos
1ª pessoa do singular Eu Meu, minha, meu, minhas 
2ª pessoa do singular Tu Teu, tua, teus, tuas
57
 Empregos dos pronomes possessivos
a. Ao empregar os pronomes de tratamentos, deve-se lembrar de que se deve usar os 
pronomes possessivos na 3ª pessoa (seu, sua etc.), e não na 2ª pessoa (vossa, vossa etc.). 
Exemplo:
 Vossa Senhoria deve se preocupar com seu bem estar. 
b. Em algumas situações, os pronomes possessivos poderão ser substituídos por 
pronomes oblíquos. Do seguinte modo:
 Exemplo: O cansaço atrapalhava-me o sono. (Atrapalhava o meu sono) 
 4.5.4 Pronomes demonstrativos 
 Bechara (2006) define os pronomes demonstrativos como aqueles que indicam 
a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso e adiciona que esse 
posicionamento pode se dar no tempo, no espaço ou no discurso. Para melhor elucidar, 
apresentaremos a seguir o quadro no qual consta todos os pronomes demonstrativos.
 Empregos dos pronomes demonstrativos
 a. Os pronomes este, esta, estes, estas e isto devem ser empregados observando-
se os seguintes aspectos:
- No espaço: indicam o que está próximo de quem fala ou escreve.
- No contexto: indicam algo que ainda será dito ou escrito.
Quadro 12: Pronomes pessoais e possessivos
Fonte: Ferreira (2007, p.208)
Quadro 13: Pronomes possessivos e oblíquos
Fonte: Ferreira (2007, p.209)
Quadro 14: Pronomes demonstrativos
Fonte: Ferreira (2007, p.218)
Pronome possessivo Pronome oblíquo equivalente
Meu(s), minha (s) Me
Teu(s), tua(s) Te
Seu(s), sua(s) Lhe (s)
Nosso (s), nossa(s) Nos 
Vosso(s), vossas(s) Vos
Variáveis Invariáveis
Este, esta, estes, estas Isto
Esse, essa, esses, essas Isso
Aquele, aquela, aqueles, aquelas Aquilo 
3ª pessoa do singular Ele/ela Seu, sua, seus, suas
1ª pessoa do plural Nós Nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa do plural Vós Vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa do plural Eles/elas Seu, sua, seus, suas
58
- No tempo: indicam o presente, ou seja, o tempo atual em relação ao momento da fala 
ou escrita. Exemplos:
Este cordão que estou usando é uma lembrança de família.
 A grande motivação da minha é esta: minha família.
Este momento de pandemia ficará marcado na história.
 b. Os pronomes esse, essa, estes, essas e isso devem ser empregados observando-
se os seguintes aspectos:
- Noespaço: indicam o que está próximo de quem ouve ou lê.
- No contexto: indicam algo que já foi mencionado ou escrito.
- No tempo: indicam o tempo passado próximo ou futuro próximo. 
Ex. Eu poderia dar uma olhada nesse livro que está com você?
 c. Os pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo devem ser empregados 
observando-se os seguintes aspectos:
- No espaço: indicam o que está longe de quem fala ou escreve, de quem lê ou ouve.
- No contexto: indicam algo que já foi mencionado anteriormente a outro.
- No tempo: indicam tempo distante, ou seja, bem posterior ou anterior ao momento da 
fala ou escrita.
Ex. Antônio e Marcos são irmãos. Aquele é advogado; este é ator. (aquele refere-se 
Antônio e este a Marcos.
 4.5.5 Pronomes Indefinidos 
 Considere a oração a seguir: Alguém entregou várias encomendas para você. 
Vejam, é possível identificar quem fez a entrega? O que foi entregue?
 Sendo assim, os pronomes indefinidos são classificados como os que se referem 
à terceira pessoa do discurso de maneira vaga e imprecisa. No quadro abaixo, serão 
demonstrados os pronomes indefinidos.
Quadro 15: Pronomes indefinidos
Fonte: Apostila e-Tec Brasil – Redação e Expressão Oral (p. 188)
59
A palavra “qualquer” quando vier após o substantivo poderá assumir valor pejorativo, desse 
modo, passará a ser classificada como adjetivo. Exemplo: Era homem qualquer.
O plural do pronome indefinido qualquer é quaisquer. 
FIQUE ATENTO
 4.5.6. Pronomes Relativos
 Empregamos os pronomes relativos com o objetivo de retornar a um termo 
mencionado anteriormente na oração, de maneira a unir duas ou mais ideias. No quadro 
abaixo, apresentamos a relação e classificação dos pronomes relativos. 
Quadro 15: Pronomes relativos
Fonte: Apostila e-Tec Brasil – Redação e Expressão Oral (p. 186)
 Emprego dos pronomes relativos
 a. Pode-se usar o pronome relativo para se referir a pessoas ou a coisas. 
Exemplo: Não conheço a senhora que saiu da sala.
 b. Ao empregar o pronome relativo quem se referindo a pessoas, ele deve vir 
precedido de preposição. Exemplo: Não conheço a pessoa de quem você falou.
 c. Os pronomes cujo e suas variáveis são relativos possessivos. Desse modo, equivale 
do qual. Portanto, deverá concordar com a coisa possuída. Exemplo: Esta é a família em 
cuja casa me hospedei.
 d. O pronome relativo onde é empregado somente para indicar lugar. Equivalendo 
a em que e no (a) qual. Exemplo: Este é o prédio onde moro.
 Ao classificar os pronomes, além de observar sua função na frase, é preciso 
atentar-se ao contexto e ao significado das palavras, bem como a ideia transmitida pela 
 Empregos dos pronomes indefinidos
 a. O pronome indefinido cada deve ser empregado sempre acompanhado de 
substantivo ou numeral. Exemplo: Recebemos um presente de cada um.
 b. Quando após o nome, o pronome indefinido algum, assume valor negativo, 
equivalendo a nenhum. Exemplos: Motivo algum me fará desistir da aprovação. 
 c. A palavra Certo será pronome indefinido quando estiver antes do nome a que 
se refere. Ex.: Não sei resolver certos exercícios.
60
 4.5.7. Pronomes Indefinidos
 Os pronomes indefinidos são na verdade pronomes interrogativos empregados 
para fazer uma pergunta, de forma direta ou indireta. Lembrando, a pergunta será direta 
quando se utiliza o ponto interrogação. Será indireta quando a frase for formulada de 
maneira a parecer uma pergunta, no entanto, sem o uso da interrogação. 
 Os pronomes que podem se apresentar como interrogativos são: que, quem, 
qual(quais), quanto(s), quanta(s). Exemplos: 
Quem venceu o campeonato brasileiro de futebol? (Direta)
Gostaria de saber quem venceu o campeonato brasileiro de futebol. (Indireta)
 Enfim, conhecer a classificação e compreender a função dos pronomes é salutar 
para que saibamos aplicá-los corretamente nos diferentes contextos de uso, procurando 
transmitir a ideia de maneira clara, tornando a comunicação o mais eficiente possível. 
Bem como, precisamos saber empregar os pronomes da forma correta em relação ao 
verbo, nas frases. Uma vez que o próximo capítulo tratará sobre a classe gramatical do 
verbo. 
Estude mais sobre o assunto, consulte as seções 4.3, 4.6 e 4.7 que tratam das classes 
de palavras: artigo, numeral e pronome da obra Complexidade Lexical e Teoria 
Geral de Classes de Palavras, Vol. 1 de Luiz Antônio Gomes Senna apresenta um 
esforço teórico-descritivo na busca por integrar à gramática traços de sistemas 
complexos aplicados à análise lexical. 
Disponível em https://bityli.com/xntHWh. Acesso em 8 jun. 2022 
BUSQUE POR MAIS
Por que é importante conhecer o papel desempenhado pelos pronomes relativos?
Em primeiro lugar, porque esses pronomes desempenham importante papel entre as 
partes do texto, o que resulta na coesão textual. Além de ser um pré-requisito para estu-
darmos as orações subordinadas adjetivas. 
VAMOS PENSAR?
oração. Pois assim, será possível identificar, por exemplo, se “que” será pronome relativo, 
pronome indefinido ou conjunção.
61
FIXANDO O CONTEÚDO
01. (FUVEST-2000). Leia:
As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, 
em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas 
as maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia 
nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira 
a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos 
furantes de azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes 
ralos, não comentasse com malícia estridente.
(Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires)
No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como 
efeito, respectivamente:
a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade 
onde tudo acontece.
b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a 
generalidade das situações que são objeto de seus comentários.
c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela 
maioria dos acontecimentos na cidade.
d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são 
famosas pela maledicência.
e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na 
cidade.
2. (UFPA). Observe o uso do artigo nas seguintes frases:
I. "...perdia a sua musculatura estudando em Belém."
II. "...até invejou o fumar do vaqueiro."
III. "...dela a escola era um lombo de búfalo."
IV. "De repente foi ouvido que andava pelo Por Enquanto uma pequena..."
Em quais delas foi usado o recurso da substantivação?
a) Em I e II
b) Em I e III
c) Em II e III
d) Em II e IV
e) Em III e IV
3. (UFSM). Leia o trecho do texto abaixo: 
 “Os livros são, como é óbvio, a principal fonte de instrução já inventada pelo 
62
homem. E, para aprender com os livros, são necessárias apenas duas condições: saber 
lê-los e poder adquiri-los. Pelo menos 23% dos brasileiros já encontraram um obstáculo 
intransponível na primeira condição. Um número incalculável, mas certamente bastante 
alto, esbarra na segunda." 
Pode-se afirmar que:
I. Em “saber lê-los", “los" remete para os “livros"; 
II. A expressão “primeira condição" retoma “saber lê-los";
III. A palavra “segunda" refere-se a “aprender com os livros";
a) Apenas a afirmativa I é correta
b) Apenas a afirmativa II é correta
c) Apenas a afirmativa III é correta
d) Apenas as afirmativas I e II são corretas
e) Todas as afirmativas são corretas
4. (UNIV. DE PASSO FUNDO- RS). No período “semanalmente [os desempregados] 
obrigam-se a cumprir o mesmo ritual”, o SE, é chamado de pronome reflexivo, porque 
faz recair a ação verbal sobre o mesmo sujeito que a pratica.
A alternativa em que o pronome oblíquo átono NÃO apresenta essa mesma característica 
é:
a) O cachorrinho esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se e fechou os olhos.
b) Quem nos ridicularizou?
c) Ferimo-nos com a ponta da faca.d) Saia de perto do fogo, menino, tu vai te queimar.
e) Voltando-se aos presentes, disse: Estes canalhas não perdem por esperar.
5. (UEL-PR). No início de 2000, a imprensa fez uma série de acusações o prefeito de São 
Paulo. Diante da divulgação de sua provável renúncia, o prefeito Celso Pitta declarou que 
continuaria no governo, o que foi objeto da seguinte manchete em um jornal:
“Pitta promete ficar no governo municipal até o seu final”.
Sobre essa manchete, considere as seguinte afirmações:
I. A palavra seu, na manchete, só pode referir-se à palavra governo, por ser a mais 
próxima. 
II. A frase, como está estruturada, pode significar que Pitta será prefeito até o fim de sua 
vida. 
III. A frase, como está estruturada, pode significar que Pitta cumprirá integralmente seu 
mandato na prefeitura.
Agora, assinale a alternativa correta.
a) Apenas I é correta.
63
b) Apenas II e III são corretas
c)Apenas II é correta.
d) Apena I e II são corretas
e) I, II e III são corretas
6. (Univ. de Passo Fundo – RS) Pronomes muitas vezes retomam palavras enunciadas 
no texto, constituindo uma opção para que se evitem repetições enfadonhas ao longo 
dele. 
Considere, em relação ao uso do pronome isso, neste anúncio publicitário, as afirmações 
abaixo: 
MOTOQUEIRO, O CAPACETE É SUA SEGURANÇA: PONHA ISSO NA CABEÇA. 
I. O pronome isso retoma “capacete”, advertindo, assim, o leitor a que use esse protetor 
de cabeça. 
II. O pronome isso retoma toda a ideia “o capacete é sua segurança”, insistindo, dessa 
forma, em que o leitor abrace essa causa. 
III. O anúncio é incoerente, pois o emprego de isso leva o destinatário da mensagem a 
uma leitura ambígua (duplo sentido). 
IV. A força apelativa do anúncio encontra-se, exatamente, no fato de o uso de isso 
desencadear uma leitura ambígua (duplo sentido). 
Dessas afirmativas, são verdadeiras apenas: 
a) I e II 
b) III e IV 
c) I, III e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV
7. (UEL-PR- Adaptado). Leia o trecho a seguir:
 “Apesar de abominar, por exemplo, a violência e a corrupção, acho-as 
consequência de nossos atos, pelos quais somos, em medidas diversas, responsáveis." 
(João Ubaldo Ribeiro) 
As palavras em destaque referem-se respectivamente a:
a) A violência e a corrupção – nossos atos
b) A corrupção – nossos atos.
c) A violência e a corrupção – responsáveis
d) A Violência – responsáveis
e) Medidas diversas – nossos atos
8. (PUCCAMP-SP)
64
 
Considere com atenção as frases que se seguem.
I. Durante a campanha promovida pela Rádio Bandeirantes, milhares de kits de 
primeiros socorros foram trocados por bonés que serão doados a várias instituições 
carentes de materiais hospitalares.
II. O porteiro e o vigilante da empresa foram chamados a depor, mas observou-se que o 
depoimento do funcionário contradisse o do colega. 
III. Mulher paga vizinha para ter seu parto de emergência filmado.
 Há ambiguidade provocada pela má formação da frase em:
a) I, somente.
b) III, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III. 
65
CLASSE VERBAL
66
 Nesta unidade trataremos dos verbos. O verbo é uma das classes de palavras 
mais importantes do nosso idioma. Portanto, conhecê-lo bem e saber empregá-lo 
adequadamente é uma das principais finalidades do ensino da língua portuguesa.
Vamos iniciar lendo o poema conjugação de Affonso Romano. 
Conjugação
Eu falo
tu ouves
ele cala.
Eu procuro
tu indagas
ele esconde.
Eu planto
tu adubas
ele colhe.
Eu ajunto
tu conservas
ele rouba.
Eu defendo
tu combates
ele entrega.
Eu canto
tu calas
ele vaia.
Eu escrevo
tu me lês
ele apaga.
In: Os melhores poemas de Affonso Romano Sant’Anna. São Paulo: Global, 1991.
 As palavras em destaque no poema são exemplos de verbos. 
Para os gramáticos Cunha & Cintra (2008), verbo é uma palavra de forma variável que 
exprime o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. Nos dizeres 
de Cegalla, verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno. A partir 
desse conceito, vamos conhecer as conjugações verbais.
5.1 INTRODUÇÃO
67
 5.3.2 Modos do verbo 
 Tufano (2001, p. 130) argumenta que os “modos são as diferentes formas assumidas 
pelo verbo em relação à atitude de quem fala.” Temos três modos verbais que são: 
indicativo, subjuntivo e imperativo. 
Indicativo: as formas verbais que indicam certeza pertencem a esse modo.
Número Pessoa Pronome pessoal Exemplo
Singular
1ª Eu Amei 
2ª Tu Amaste
3ª Ele/ela/você Amou 
Plural
1ª Nós Amamos 
2ª Vós Amastes
3ª Eles/elas/vocês Amaram 
Quadro 16: Combinações das pessoas gramaticais
Fonte: Ferreira (2007, p. 240, adaptado)
5.3 FLEXÕES DO VERBO
 Ressaltando que o verbo pôr e seus respectivos derivados: repor, sobrepor etc. 
foram originados do verbo poer, por esse motivo são considerados de 2ª conjugação. 
 Dentre as classes gramaticais, o verbo é a classe que apresenta o maior número de 
flexões, podendo variar em:
• Pessoa: primeira, segunda e terceira.
• Número: singular e plural.
• Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo. 
• Tempo: presente, pretérito e futuro.
• Voz: ativa, passiva e reflexiva.
 5.3.1 Flexões em pessoa e número
 
 Ao estudarmos os pronomes na unidade 4, vimos que a comunicação envolve três 
pessoas gramaticais que são: 1ª, 2ª e 3ª. Estudamos também no capítulo 3, que número, 
ou seja, singular e plural, refere-se à quantidade de seres. 
 Apresentaremos no quadro abaixo as combinações das pessoas gramaticais com 
o número.
5.2 CONJUGAÇÕES VERBAIS
 Como há uma quantidade significativa de verbos na língua portuguesa, para 
facilitar o estudo dessa classe gramatical, os verbos foram divididos em três conjugações, 
conforme descritas abaixo:
• 1ª conjugação – verbos terminados em –ar (amar, rodar).
• 2ª conjugação – verbos terminados em –er (poder, esquecer).
• 3ª conjugação – verbos terminados em –ir (sorrir, partir).
68
Quadro 17: Modo indicativo: tempos básicos 
Fonte: Amaral et al: (2000, p. 394)
Ex.: Hoje, jantarei com minha família.
Subjuntivo: Composto pelas formas que sugerem hipótese, dúvida, desejo. 
Ex.: Gostaria muito que meus irmãos jantassem conosco.
Imperativo: Constituído pelas formas verbais que implicam ordem, pedido, conselho, 
convite, ameaça. 
Ex. Não saia para jantar, hoje. 
 5.3.3 Tempo Verbal
 O tempo verbal refere-se ao momento em que falamos ou escrevemos. Sendo 
assim o fato expresso pelo verbo pode indicar os tempos: 
• Presente: o fato ocorre no momento da fala. 
Ex.: Ele anda de bicicleta.
• Pretérito (passado): o fato ocorre antes do momento da fala. 
Ex.: Ele andou de bicicleta.
• Futuro: O fato ocorre após momento em que se fala. 
Ex.: Ele andará de bicicleta.
Tempo Exemplos
Presente Ela viaja diariamente.
Perfeito
Pretérito: Imperfeito
 Mais que perfeito
Ela viajou à noite.
Ela viajava à noite.
Ela viajara à noite.
Futuro: do presente
 do pretérito
Ela viajará à noite.
Ela viajaria à noite.
 Em resumo
- O presente indica um fato que acontece quando é apresentado.
- O pretérito perfeito indica um fato que já foi concluído.
- O pretérito imperfeito indica um fato habitual ou contínuo ou que foi interrompido, 
portanto, não foi concluído.
- Pretérito mais que perfeito indica fato ocorrido, anterior a outra ação já acontecida.
- Futuro do presente indica fato que ocorrerá num tempo futuro em relação ao tempo 
do presente.
- Futuro do pretérito indica um fato futuro em relação a uma referência do passado. 
 Vale lembrar que a noção de tempo presente poderá ser expressa também por 
algumas estruturas constituídas por duas ou mais formas verbais: ex. Os alunos estão 
estudando para a prova. 
Quadro 18: Modo subjuntivo: tempos básicos 
Fonte: Amaral et al: (2000, p. 395)
Tempo Exemplos
Presente Talvez ela viaje à noite. 
Pretérito Imperfeito Talvez ela viajasse à noite.
Futuro Quando ela viajar à noite.
69
1ª conjugação: verbos terminados em – AR – modo indicativo
Pessoa Presente
PretéritoFuturo
Perfeito Imperfeito Mais-que-
-perfeito
Do 
presente
Do 
pretérito
Eu Amo Ame Amava Amara Amarei Amaria
Tu Amas Amaste Amavas Amaras Amarás Amarias
Ele Ama Amou Amava Amara Amará Amaria
Nós Amamos Amamos Amávamos Amáramos Amaremos Amaríamos
Vós Amais Amastes Amáveis Amáreis Amareis Amaríeis
Eles Amam Amaram Amavam Amarão Amarão Amariam 
2ª conjugação: verbos terminados em – ER – modo indicativo
Pessoa Presente
Pretérito Futuro
Perfeito Imperfeito Mais-que-
-perfeito
Do 
presente
Do 
pretérito
Eu Como Comi Comia Comera Comerei Comeria
Tu Comes Comeste Comias Comeras Comerás Comerias
Ele Come Comeu Comia Comera Comerá Comeria
Nós Comemos Comemos Comíamos Comêramos Comeremos Comeríamos
Vós Comeis Comestes Comíeis Comêreis Comereis Comeríeis
Eles Comem Comeram Comiam Comeram Comerão Comeriam
3ª conjugação: verbos terminados em – IR – modo indicativo
Pessoa Presente
Pretérito Futuro
Perfeito Imperfeito Mais-que-
-perfeito
Do 
presente
Do 
pretérito
Eu Parto Parti Partia Partira Partirei Partiria
Tu Partes Partiste Partias Partiras Partirás Partirias
Ele Parte Partiu Partia Partira Partirá Partiria
Nós Partimos Partimos Partíamos Partíramos Partiremos Partiríamos
Vós Partis Partistes Partíeis Partireis Partireis Partiríeis
Eles Partem Partiram Partiam Partirão Partirão Partiram
Quadros 20, 21 e 22: Conjugação de verbos terminados em AR, ER e IR
Fonte: Elaborados pelas autoras (2022)
Quadro 19: Modo imperativo: tempo presente
Fonte: Amaral et al: (2000, p. 395)
Imperativo afirmativo Viaje à noite. 
Imperativo negativo Não Viaje à noite.
 Agora, que conhecemos os modos verbais, apresentaremos algumas conjugações 
verbais para facilitar nosso entendimento acerca do assunto.
70
 O verbo além de se apresentar em um dos três modos que vimos, anteriormente, 
indicativo, subjuntivo e imperativo, poderá também se apresentar em uma forma 
nominal.
5.4 FORMAS NOMINAIS
São três as formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio.
 5.4.1.Infinitivo: 
Demonstra o fato em si, sem mostrar seu início nem seu término. Ele se divide em dois 
tipos:
•Infinitivo impessoal (não há sujeito). Ex. Nadar é um excelente exercício.
•Infinitivo pessoal (há sujeito). Ex. É importante ouvirmos nossos pais. (aqui temos nós 
como sujeito de ouvirmos)
 5.4.2.Gerúndio: 
 Exprime um fato verbal em andamento, ou seja, enquanto está acontecendo, 
continuidade. Ex. Estou andando na orla da lagoa. 
 5.4.3.Particípio: 
 Expressa o resultado do fato verbal, ou seja, indica uma ação já realizada, finalizada. 
Ex.: Meu filho tem dormido muito tarde. 
 Para facilitar a compreensão e a identificação das formas nominais, apresentaremos 
abaixo um quadro no qual consta as terminações de cada uma. 
Quadros 23: Terminações das formas nominais
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Forma nominal Terminação Exemplos
Infinitivo -R Amar, perder, 
sorrir
Gerúndio -NDO Amando, perden-
do, sorrindo
Particípio -ADO (1ª conjugação)
-IDO (2ª e 3ª conjugações)
Amado, cantado
Perdido, sorrido
Por que são chamadas de formas nominais? As formas nominais: infinitivo, particípio e 
gerúndio recebem esse nome, porque em algumas situações de uso, ocorrem nas frases 
como substantivos ou adjetivos.
VAMOS PENSAR?
 Agora, que já conhecemos as flexões do verbo, os modos verbais, os tempos 
verbais, bem como as formas nominais do verbo, passaremos ao estudo da classificação 
dos verbos. 
71
5.5 CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Eu amo tu amas ele ama
Nós amamos vós amais eles amam
Verbo irregular Radical Algumas formas irregulares
Dizer Diz- Digo, disser, direi
Fazer Faz- Faço, fizessem, faremos 
Caber Cab- Caibo, coubessem, caibam
Pedir Ped- Peço, peçamos, peçam
Quadros 24: Verbos irregulares
Fonte: FERREIRA (2007, p. 249)
Pois para que um verbo seja classificado como irregular, não é obrigatório que todas as suas 
formas sofram alteração no radical. 
FIQUE ATENTO
O que é radical? Estudamos esse conteúdo na primeira unidade, caso, tenha alguma dú-
vida acerca do assunto, volte a essa unidade. 
No caso dos verbos, para se saber qual é o radical, exclua as terminações: -ar, -er, ou –ir 
que aparecem no infinito. Ex.: amar – radical: am
VAMOS PENSAR?
 Ao considerarmos as flexões que os verbos apresentam ao serem conjugados, 
podemos classificá-los em quatro tipos: regulares, irregulares, defectivos e abundantes. 
 5.5.1 Verbos regulares
 São considerados verbos regulares aqueles que, ao serem conjugados, não sofrem 
alterações no radical. Por exemplo, se conjugamos o verbo “amar” em qualquer tempo e 
modo o radical am- não terá alteração. Vejamos:
 Desse modo, o verbo amar é regular, pois não sofre alteração no radical.
 5.5.2 Verbos Irregulares
 São considerados irregulares aqueles verbos que, ao serem conjugados, sofrem 
alterações no radical. Vejam estes exemplos:
 5.5.3 Verbos defectivos
 São aqueles que apresentam falhas ao serem conjugados em alguma pessoa 
gramatical. Os verbos defectivos mais usuais são: colorir, abolir, falir e chover, pois não 
72
Verbo abundante Particípio regular Particípio irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Eleger Elegido Eleito
Entregar Entregado Entregue
Enxugar Enxugado Enxuto
Expulsar Expulsado Expulso
Extinguir Extinguido Extinto
Imprimir Imprimido Impresso
Limpar Limpado Limpo
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
há conjugação desses verbos na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. 
Sendo assim, não existem as conjugações eu coloro, eu abulo, eu falo (do verbo falir) e eu 
chovo, são conjugações incorretas. 
 5.5.4 Verbos Abundantes. 
 São os verbos que apresentam duas formas com mesmo valor. Geralmente, essas 
duas formas que se equivalem ocorrem na forma nominal particípio. A seguir, alguns 
verbos que possuem duas formas:
Quadros 25: Verbos abundantes
Fonte: FERREIRA (2007, p. 249)
Alguns verbos possuem somente particípio irregular que são:
Abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), fazer (feito), pôr (posto), 
ver (visto), vir (vindo). 
FIQUE ATENTO
 Os verbos que expressam ação, ao serem flexionados, poderão indicar quem 
pratica e quem recebe essa ação. Esse tipo de flexão recebe o nome de voz do verbo e 
são de três tipos: ativa, passiva e reflexiva, essas vozes estão relacionadas ao sujeito da 
5.6 VOZES VERBAIS
73
5.7 FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS
Quadros 26: Vozes verbais
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Voz verbal Como se comporta o sujeito Exemplo
Ativa O sujeito é agente, ou seja, 
pratica a ação. 
O aluno leu o livro.
Passiva O sujeito é paciente, ou seja, 
recebe a ação.
O livro foi lido pelo 
aluno.
Reflexiva Neste caso, o sujeito pratica e 
recebe a ação. 
As crianças olhavam-se 
no espelho. 
oração. Vejamos abaixo:
 A voz passiva subdivide em duas: analítica e sintética (ou pronominal).
 5.6.1 Voz passiva analítica
 A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, 
verbo principal que indica a ação no particípio, portanto, formando a locução verbal 
passiva e agente da passiva. 
 Ex.: Os livros foram lidos pelos alunos. 
 5.6.2. Voz passiva Sintética 
 A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula 
apassivadora) e sujeito paciente. 
Ex. Compram-se eletrodomésticos.
 5.6.3. Voz Reflexiva 
 A voz reflexiva poderá ser de dois tipos: reflexiva, quando o sujeito praticar a ação 
sobre si mesmo e reflexiva recíproca, quando existir dois elementos como sujeito, ou 
seja, um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. 
Exemplos: O menino machucou-se.
 Os irmãos agrediram-se durante a confraternização.
 5.7.1 Tempos primitivos e tempos derivados 
 Para facilitar o entendimento de como é feita a flexão verbal nos diversos tempos 
e modos, dividem-se os tempos verbais em dois grupos:
 Tempos primitivos: são aqueles cujos radicais são utilizados para a formação de 
outrostempos verbais. 
 Tempos derivados: são os tempos verbais que utilizam os mesmos radicais em 
um dos tempos primitivos. 
Apresentaremos no quadro abaixo os tempos primitivos e seus respectivos tempos 
derivados.
74
Tempos primitivos Tempos derivados 
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Imperativo (afirmativo e negativo)
Pretérito perfeito do indi-
cativo
Pretérito mais que perfeito do indicativo
Futuro do subjuntivo
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Infinitivo impessoal Pretérito imperfeito do indicativo
Futuro do presente do indicativo
Futuro do pretérito do indicativo
Infinitivo pessoal
Quadros 27: Tempos primitivos e tempos derivados
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 28: Formação do presente do subjuntivo para os verbos de 1ª conjugação (verbo amar):
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Estude mais sobre o assunto, consulte o quinto capítulo: Principais processos 
de mudança de classe: formação de verbos que trata da formação de verbos, 
da obra Formação e classes de palavras no português do Brasil. Esse capítulo 
remete à formação de verbos a partir do substantivo, bem como a mudança 
de estado em verbos a partir de substantivo.
Disponível em: https://bityli.com/muOxbZ. Acesso em 8 jun. 2022
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Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Eu amo Que eu ame 
Tu amas Que tu ames
Ele ama Que ele ame
Nós amamos Que nós amemos
Vós amais Que vós ameis
Eles amam Que eles amem
 5.7.2 Formação do presente do subjuntivo
 a. Para os verbos de 1ª conjugação: basta trocar a desinência O da 1ª pessoa do 
singular do presente do indicativo pela desinência E, que se repetirá em todas as formas 
do presente do subjuntivo. Vejamos o exemplo abaixo, com o verbo amar:
 b. Para os verbos de 2ª e 3ª conjugações: deve-se trocar a desinência O da 1ª pessoa 
do singular do presente do indicativo pela desinência A, que se repetirá em todas as 
formas do presente do subjuntivo. Vejamos o exemplo abaixo, com o verbo perder:
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Eu perco Que eu perca 
Tu perde Que tu percas
75
Quadros 29: Formação do presente do subjuntivo II
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 30: Formação do pretérito imperfeito do indicativo para os verbos de 2ª e 3ª conjugações
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Amar: radical: am- Perder: radical: 
perd-
Sorrir: radical: sorr-
Pretérito imperfeito
Do indicativo
Pretérito imperfeito
Do indicativo
Pretérito imperfeito
Do indicativo
Eu amava Eu perdia Eu sorria
Tu amavas Tu perdias Tu sorrias
Ele amava Ele perdia Ele sorria
Nós amávamos Nós perdíamos Nós sorríamos
Vós amáveis Vós perdíeis Vós sorríeis
Eles amavam Eles perdiam Eles sorriam
Presente do indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo
Eu amo xxxxxxxxxx Que eu ame
Tu amas Ama (tu) Que tu ames
Ele perde Que ele perca
Nós perdemos Que nós percamos
Vós perdeis Que vós percais 
Eles perdem Que eles percam
 5.7.3 Formação do pretérito imperfeito do indicativo
 Para se formar esse tempo verbal, basta juntar-se ao radical do presente do 
indicativo as desinências que esse pretérito tem em cada conjugação como segue:
 a. Para os verbos de 1ª conjugação as desinências: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, 
-avam.
 b. Para os verbos de 2ª e 3ª conjugações as desinências: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, 
-iam. Vejamos nos exemplos a seguir:
 Vale lembrar que as formas do imperfeito do indicativo geralmente se referem a 
fatos já iniciados, mas que não chegaram ao final ou fatos usuais no passado. 
 5.7.4 Formação do imperativo 
 As formas do imperativo afirmativo e negativo são usados para manifestar ordem, 
conselho, pedido, convite etc. 
 a) Imperativo afirmativo: é formado por duas formas do presente do indicativo e 
por três formas do presente do subjuntivo. Ficando assim:
 “Tu e vós” derivadas do presente do indicativo sem o s.
 “Você, nós e vocês” derivadas do presente do subjuntivo, sem alteração.
76
Presente do subjuntivo Imperativo negativo
Que eu ame xxxxxxxxxx
Que tu ames Não ames (tu)
Que ele ame Não ame (você)
Que nós amemos Não amemos (nós)
Que vós ameis Não ameis (vós)
Que eles amem Não amem (vocês)
Pretérito perfeito
Eu amei
Tu amaste 
Ele amou
Nós amamos
Vós amastes 
Eles amaram
Quadros 31: Imperativo afirmativo
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 32: Imperativo negativo
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 33: Pretérito perfeito
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Ele ama Ame (você) Que ele ame
Nós amamos Amemos (nós) Que nós amemos
Vós amais Amai (vós) Que vós ameis
Eles amam Amem (vocês) Que eles amem
 b. Imperativo negativo: para este caso, as cinco formas desse tempo vêm, sem 
nenhuma alteração, do presente do subjuntivo. Vejamos no exemplo:
 5.7.5 Pretérito perfeito e seus derivados
 O pretérito perfeito do indicativo é um tempo é primitivo. É empregado para se 
referir a fatos que começaram no passado e já finalizaram, ou seja, já foram concluídos. 
Vejamos um exemplo desse tempo:
 Desse tempo verbal derivam-se os seguintes tempos: Pretérito mais-que-perfeito 
do indicativo, futuro do subjuntivo e pretérito imperfeito do subjuntivo. Esses três tempos 
derivados formam-se a partir do tema do pretérito perfeito, que é obtido da seguinte 
maneira: conjuga-se esse tempo na 2ª pessoa do singular (tu) e retira-se dessa forma 
verbal a desinência –ste. Observem nos exemplos a seguir:
77
2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito
Tema 
Tu amaste Ama 
Tu perdeste Perde 
Tu sorriste Sorri
Quadros 34: 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito e Tema
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 35: Exemplo 1
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Quadros 35: Exemplo 2
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022)
Tempo Desinências 
Pretérito mais-que-perfeito do 
indicativo
-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram
Futuro do subjuntivo -r, -res, -r, -rmos, - rdes, -rem
Pretérito imperfeito do subjuntivo -sse, -sses, -sse, -ssemo, -sseis, -ssem
Pretérito mais-que-
perfeito do indicativo
Futuro do subjuntivo Pretérito imperfeito do 
subjuntivo
Eu amara Quando eu amar Se eu amasse
Tu amaras Quando tu amares Se tu amasses 
Ele amara Quando ele amar Se ele amasse 
Nós amáramos Quando nós amarmos Se nós amássemos 
Vós amáreis Quando vós amardes Se vós amásseis
Eles amaram Quando eles amarem Se eles amassem
A partir da formação do pretérito perfeito, acrescentam-se a ele as desinências que se 
referem a cada um dos três tempos derivados, vejamos os exemplos:
 O estudo dessa classe gramatical é essencial para se possa entender o processo 
de análise sintática, tanto dos períodos simples quanto dos períodos compostos. 
Desse modo, estudamos questões referentes à estrutura das formas verbais, flexões, 
conjugações e formação dos tempos verbais. 
5.8 VERBO PRINCIPAL E VERBO AUXILIAR
 Para Ferreira (2007, p. 252), o verbo principal “é aquele que, exprimindo seu 
significado próprio, real, funciona como informação nuclear da frase. Pode apresentar-se 
sozinho ou acompanhado de verbos auxiliares.” Ainda em consonância com o autor (p. 
252), para quem o verbo auxiliar “é aquele que se junta a um verbo principal para formar 
as estruturas formais compostas e exprimir determinadas informações, por exemplo, o 
78
Todos os professores tinham entrado em greve.
Tinham: verbo auxiliar entrado: verbo principal
modo, o tempo verbal e a pessoa gramática.” Vejamos o exemplo:
Sendo assim, algumas frases são formadas por mais de um verbo. Nesses casos, o verbo 
da direita é denominado por verbo principal, enquanto o da esquerda é o verbo auxiliar.
79
1. (Adaptado de Fuvest – SP).
“(…) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira 
dona da casa. 
Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas afinal 
cedeu.[...]”
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)
Em relação a “Custou-lhe muito a aceitar a casa”, as formas verbais farejara e doía 
expressam, respectivamente,a) posterioridade e simultaneidade. 
b) simultaneidade e anterioridade.
c) posterioridade e anterioridade. 
d) anterioridade e simultaneidade. 
e) simultaneidade e posterioridade.
2. (Fuvest-SP/adaptado). Leia este trecho de diálogo:
Folha - De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais lhe agrada?
Satã - O diabo ri por último.
Folha - Riu por último.
Satã - Se é por último, o verbo não pode vir no passado.
["O Inimigo Cósmico", Folha de S. Paulo, 03/09/95]
Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado o presente do indicativo com o 
mesmo valor que tem em:
a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool!
b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de independência.
c) Todo dia ela faz tudo sempre igual...
d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para almoçar contigo.
3. (UFRN/2000). Considere o período a seguir:
“Um alimento em pó incolor (..) poderá ser modificado para ter o sabor que se DESEJE. 
Para se manter a correspondência temporal no período, a forma verbal DESEJE deverá 
ser substituída por:
a) desejasse
b) desejar
c) desejará
FIXANDO O CONTEÚDO
80
d) desejaria
e) desejaste
4. (UEL-PR). Transportando a frase “Os danos deveriam ter sido reparados pelo 
responsável” para a voz ativa, obtém-se a forma verbal:
a) haviam de ter reparados.
b) tinha reparado.
c) deveria ter reparado.
d) devia ter reparado.
e) deve ter reparado.
5. (UFF-RJ) As formas verbais do futuro do subjuntivo e do futuro do indicativo na frase: 
“Quando realizamos o nosso acorde, então seremos usados na harmonia da civilização.” 
expressam, respectivamente uma probabilidade e uma certeza.
Assinale a alternativa em que ocorre a mesma correlação de formas verbais.
a) Ninguém que seja verdadeiramente (...) deixará de ser nacional.
b) (...) esse ‘despaisamento’ é mais ou menos fatal, não há dúvida num país primitivo e de 
pequena tradição como o nosso.
c) O dia em que nós formos inteiramente brasileiros e só brasileiros, a humanidade estará 
rica de mais uma raça (...)
d) As raças são acordes musicais. Um é elegante, discreto, cético. Outro é lírico, sentimental, 
místico e desordenado.
e) Pois é preciso desprimitivar o país (...).
6. (ITA - 2001 - 1ª FASE). Os versos abaixo são da letra da música "Cobra", de Rita Lee e 
Roberto de Carvalho:
"Não me cobre ser existente
Cobra de mim que sou serpente"
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, podemos afirmar que:
a) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo justifica a mudança do verbo 
cobre/cobra. 
b) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada nas gramáticas normativas, 
portanto há inadequação na flexão do segundo verbo (cobra).
c) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao deslocamento da 3ª para a 2ª pessoa 
do sujeito verbal.
d) o sujeito verbal (3ª pessoa) mantém-se o mesmo, portanto o emprego está adequado.
e)o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao segundo verbo que se encontra 
no presente do indicativo.
7. (FUVEST). Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, 
81
assinale a alternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão:
a) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa 
e arcaizante.
b) Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver 
o domínio das regras de sintaxe.
c) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores 
modernos foram introduzidos no currículo.
d) O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um 
Simpósio Nacional para discutir o assunto.
e) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teremos 
liberdade de expressão.
8. (Adaptada de UFPE). Indique a alternativa em que os verbos destacados estão 
corretamente flexionados:
a) As influências africanas manteram-se, principalmente, em relação às palavras. Quem 
se propor a estudar as línguas faladas na América pode constatar isso.
b) A ama negra interviu junto ao filho do senhor branco, abrandando-lhe a linguagem. 
Não pôde ser diferente, creiamos. 
c) Muitas palavras do português provieram do contato com línguas estrangeiras. Os 
brasileiros nem sempre precavêm diante de influências linguísticas estrangeiras.
d) Propusemo-nos a analisar a língua sem preconceitos e vimos que as influências 
estrangeiras são inevitáveis. Passeemos pelo seu vocabulário e creiamos nisso. 
e) Influências estrangeiras também norteam o destino das línguas. Assim creem os 
estudiosos dos fatos que interveem na história das línguas.
82
CLASSES NOMINAIS 
INVARIÁVEIS
83
 Nesta unidade, estudaremos as classes gramaticais de palavras invariáveis, trata-
se das palavras que permanecem iguais, ou seja, não variam em gênero, número e grau. 
São elas: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
6.2 ADVÉRBIOS
6.1 INTRODUÇÃO
Leia o poema de Mário Quintana.
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é um dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª feira…
Quando se vê, passaram sessenta anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana. “Esconderijos do tempo”. São Paulo: Globo, 2005.
 
 As palavras destacadas no poema indicam tempo, observem que essas palavras se 
relacionam aos verbos, são palavras invariáveis, ou seja, palavras que não flexionam, são 
chamadas de advérbio. 
 Para Cereja e Magalhães (2008, p. 214), Advérbio é a “palavra que indica 
principalmente as circunstâncias em que se dá a ação verbal. Na frase refere-se 
essencialmente ao verbo, dando noção de tempo, lugar, modo, dúvida, intensidade etc.” 
Ainda em consonância com os autores, “embora o papel principal do advérbio seja o 
de modificador de verbos, ele pode também acompanhar substantivos, adjetivos e até 
mesmo advérbios”. Neste caso, sempre indicando intensidade. Vejamos os exemplos 
desses casos:
 A mãe se diz muito mulher para criar os filhos sozinha. Neste caso, o advérbio 
muito está intensificando o substantivo mulher. 
 A mãe diz estar cansada demais para sair hoje. Aqui, temos o advérbio demais 
que intensifica o adjetivo cansada. 
 Em algumas situações, a circunstância em que acontece o fato verbal é expressa 
não somente por uma palavra, e sim por duas ou mais palavras, neste caso, temos a 
locução verbal. Observem no exemplo a seguir:
 No próximo ano, vou me dedicar a atividades filantrópicas. Neste caso, temos 
uma locução adverbial que exprime circunstância de tempo.
 6.2.1 Classificação do advérbio
 Como já mencionado na conceituação do termo, os advérbios e locuções adverbiais 
84
geralmente manifestam uma circunstância em relação ao verbo a que se referem, para 
classificá-los levamos em consideração o valor semântico que apresentam nas orações. 
Abaixo, alguns valores semânticos dos advérbios e das locuções adverbiais.
Classificação Valor semântico
Tempo Cedo, tarde, amanhã, sempre, nunca, jamais, no mês passado, 
numa tarde, às vezes, de vez em quando etc.
Lugar Cá, aqui, ali, lá, acolá, na esquina, em casa, na rua etc.
Modo Depressa, devagar, rápido, com cuidado, mal, melhor, pior, 
bem, e quase todos os advérbios terminados em –mente: 
regularmente, gradativamente etc. 
Intensidade Muito, pouco, bem, tão, tanto, bastante, quase, mais etc. 
Afirmação Sim, sem dúvida, realmente, certamente etc.
Negação Não, nem, de modo algum. 
Dúvida Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, quem sabe etc. 
Meio ou instrumento Jogar com o taco, escrever à mão, ir a pé etc. 
Quadros 36: Locuções adverbiais
Fonte: Cereja e Magalhães (2008, p. 215/ adaptado)
 Em resumo, o papel básico do advérbio é relacionar-se ao verbo adicionando 
situações ao fato verbal. 
Leia o poema “Chão”, de Roseana Murray, observando as palavras destacadas,principalmente a função que essas palavras desempenham no texto. 
Chão
Roseana Murray
Meu universo é um chão
de terra,
aí fermentam as palavras,
os símbolos, os sons
com que me unto
todos os dias para atravessar
a ponte entre a poesia e as horas.
(Poemas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 40.)
 
 Considerando as palavras em destaque no poema, percebemos que elas servem 
para ligar as palavras e estabelecer sentido entre elas. Por exemplo, o de está ligando 
“chão a terra”. A essas palavras dá-se o nome de preposição. Nos dizeres de Cereja e 
Magalhães (2008, p. 221), preposição “é a palavra que liga duas outras palavras de forma 
que o sentido da primeira é completado pela segunda.” 
 As preposições são classificadas em dois grupos:
 •Essenciais: são as palavras que desempenham somente o papel de preposição. 
São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob 
6.3 PREPOSIÇÃO
85
Preposição Relação semântica Exemplos
A Lugar
Modo
Distância
Tempo 
Roupas coloridas secavam ao sol.
Ali as coisas eram ditas a meia voz.
Moro a 10km da cidade.
À chegada do promotor, fez-se silêncio.
Com Causa
Companhia
Instrumento
Modo 
Oposição
Com a seca, o gado começou a morrer.
Ele foi à Europa com alguns amigos.
Ele cortou a árvore com o machado. 
Todos o tratavam com respeito.
O Brasil jogará com o Uruguai. 
De Lugar 
Causa
Tempo
Modo
Meus amigos voltaram do Pantanal.
Todo o rebanho morreu de fome.
De madrugada, começou um temporal.
Sempre falamos de futebol.
Em Lugar
Tempo
Modo
Ele sempre quis moram em uma praia.
Em meia hora terei terminado o dever.
Ela exigiu que ficássemos em silêncio.
Para Finalidade
Lugar (destino)
A cidade foi enfeitada para a festa.
Você quer voltar para sua terra natal?
Por Lugar (por onde)
Tempo
Causa 
A caravana passava por trilhas.
Ele trabalhou por dois anos como pintor.
Por ser jovem, julgavam-no distraído.
Sobre Assunto
Lugar
Raras vezes falamos sobre política.
A árvore caiu sobre a casa. 
e sobre.
 •Acidentais: são outras classes de palavras que, em alguns contextos de uso, 
desempenham a função de preposição. Vejam alguns exemplos de preposições 
acidentais: como, conforme, durante, fora, mediante, segundo, senão e visto.
 Há também as locuções prepositivas que são expressões que também estabelecem 
a relação entre duas palavras. Vejamos, algumas: abaixo de, atrás de, por causa de, ao 
lado de, de acordo com, até a, perto de etc. 
 Ao empregarmos as preposições nas orações, elas estabelecem algumas relações 
semânticas. Vejamos alguns exemplos no quadro a seguir:
 Uma preposição pode se juntar a outras palavras, estabelecendo combinações e 
contrações. A combinação acontece quando a preposição a se junta ao artigo o(s) ou ao 
advérbio onde. Nesses casos, há a união de palavras sem a perda do som. a + o(s)= ao(s), 
a + onde= aonde. Vejamos o exemplo.
Aonde o aluno foi durante a aula?
 Enquanto a contração se estabelece quando as preposições a, de, em e por (per) 
se juntam a artigos e pronomes. Vejamos algumas contrações:
• Do = de (preposição) + o (artigo)
• Na = em (preposição) + a (artigo)
• Pelo = per (preposição) + o (artigo)
Quadros 37: Preposições e relações semânticas
Fonte: FERREIRA (2007, p. 308, adaptado)
86
• Desse = de (preposição) + esse (pronome demonstrativo)
• Daquele = de (preposição) + aquele (pronome demonstrativo)
 Vale ressaltar que os valores semânticos das preposições sempre estarão 
relacionadas ao contexto em que estão sendo empregadas.
 Ao produzirmos um texto, podemos observar que as orações se relacionam uma 
com as outras, portanto, dizemos que o texto está coeso, pois há algumas palavras que 
têm essa função de ligar as orações. Essas palavras são as conjunções. Desse modo, 
podemos dizer que as conjunções colaboram para a textualidade, em outras palavras, 
elas contribuem para a coerência e a coesão textual. Cereja e Magalhães (2008, p. 229) 
argumentam que conjunção “é a palavra que relaciona duas orações ou dois termos 
de mesmo valor sintático.” Ainda para os autores, “duas ou mais palavras que, juntas, 
exercem o papel de conjunção, são chamadas de locução conjuntiva, exemplos: Já que, 
se bem que etc.”
 6.4.1 Classificação das conjunções 
 Há dois processos pelos quais duas orações podem se ligar uma à outra: 
coordenação e subordinação. 
 Conjunções coordenativas
 As orações, que são sintaticamente independentes entre si, são chamadas de 
orações coordenadas. Neste caso, como vimos, anteriormente, as conjunções ligam 
palavras ou orações de mesmo valor sintático. As conjunções, que ligam essas orações, 
são as conjunções coordenativas. Essas conjunções podem constituir cinco relações 
semânticas diferentes entre duas orações coordenadas. Conforme veremos essa 
classificação no quadro abaixo:
6.4 CONJUNÇÃO
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Relação que esta-
belece
Principais conjun-
ções
Exemplos
Aditivas Adição, soma E, nem (e não) A garota não estuda 
nem trabalha.
Adversativas Oposição, contraste Mas, porém, todavia, 
contudo
Fui procurá-lo, mas 
não o encontrei.
Alternativas Separação, exclusão Ou, ou...ou, já...já, 
quer...quer.
Ou você estuda, ou 
você trabalha.
Conclusivas Conclusão Logo, pois, portanto, 
por isso
Andou devagar, por 
isso chegou atrasado.
Explicativas Explicação, justifica-
tiva 
Que, porque, por-
quanto, pois 
Fale baixo, pois o bebê 
dormiu.
Quadros 38: Conjunções coordenativas
Fonte: Cereja e Magalhães (2008, p. 232)
87
Leia o poema O mundo é grande de Carlos Drummond de Andrade.
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(In ANDRADE, Carlos Drummond de. Declaração de amor – Canção de namorados. Ed. Record)
 
 Percebemos que o elemento linguístico e aparece mais de uma vez no poema, se 
consultarmos a tabela disposta acima, veremos que esse elemento é classificação como 
conjunção coordenativa aditiva, no entanto, não há elementos gramaticais com sentido 
de adversidade, porém, percebemos claramente o valor semântico de adversidade. Ex.: 
o mundo é grande (mas) cabe; o mundo é grande e (entretanto) cabe cama... (Chaves, 
2012).
VAMOS PENSAR?
 Conjunções subordinativas
 As conjunções subordinativas, conforme Cereja e Magalhães (2008, p. 230), “insere 
uma oração na outra, estabelecendo entre elas uma relação de dependência sintática.” 
As conjunções subordinativas ligam duas orações, uma principal e outra subordinada, 
de maneira que a subordinada completa sintaticamente a principal. 
 Há dois tipos de conjunções subordinativas: integrantes e adverbiais.
 As conjunções subordinativas integrantes são o que e se quando introduzem as 
orações subordinadas substantivas, ou seja, orações que funcionam como sujeito, objeto 
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto da oração principal. 
Vejamos o exemplo:
 Pesquisa revela que a pobreza vem aumentando gradativamente. Nessa oração, 
temos:Oração principal: pesquisa revela
 Conjunção subordinativa: que (introduzindo a oração subordinada)
 Oração subordinada: que a pobreza vem aumentando gradativamente
 As demais conjunções subordinadas introduzem as orações subordinadas 
adverbiais e são classificadas conforme relação semântica que estabelece entre as 
orações, apresentamos abaixo um quadro com as principais conjunções adverbiais.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS
Circunstâncias 
que expressam 
Principais conjunções Exemplos
Causais Causa, motivo, 
razão de efeito
Porque, como, visto 
que, já que, uma vez 
que
Como a chuva estava mui-
to forte, não fui ao cinema. 
88
Comparativas Comparação Como, que, assim 
como, (mais, menos) 
do que
O pai está mais preocupado 
do que a mãe com o atraso 
do filho.
Concessivas Concessão Embora, ainda que, se 
bem que, mesmo que
Mesmo que não haja sol, 
iremos à praia.
Condicionais Condição Se, caso, contanto que, 
desde que, a menos 
que
Se você precisar de ajuda,telefone para mim. 
Conformativas Conformidade Conforme, como, se-
gundo
Nas férias, tudo ocorreu 
como havíamos previsto. 
Consecutivas Consequência (tal, tão, tanto) que, de 
modo que
Chorou tanto, que ficou 
com os olhos inchados. 
Finais Finalidade Para que, a fim de que, 
que
Abrimos as janelas, para 
que entrasse um pouco de 
ar na casa. 
Proporcionais Proporção À proporção que, à me-
dida que
À medida que envelhece, 
a prata fica mais bonita. 
Temporais Tempo, momento Quando, antes que, de-
pois que, logo que
Enquanto as crianças brin-
cavam, fiz um bolo para o 
lanche. 
Quadros 39: Conjunções coordenativas
Fonte: Cereja e Magalhães (2008, p. 232)
Em resumo, a conjunção relaciona dois termos de mesma função na oração, bem como 
duas orações, são palavras invariáveis. E se classifica em coordenativa e subordinativa.
O estudo das conjunções está ligado diretamente ao estudo das orações. 
FIQUE ATENTO
Para que você possa estudar mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do 
capítulo: As construções coordenadas que consta no livro A construção das 
orações complexas, organizado por Maria Helena de Moura Neves. Como ve-
rão, a equivalência funcional dessas construções coordenadas significa que 
os membros devem ter as mesmas funções semântica, sintática e pragmá-
tica e não somente sintática como nos apresenta as gramáticas normativas.
Disponível em: https://bityli.com/PhVyfy. Acesso em 8 jun. 2022
BUSQUE POR MAIS
89
6.5 INTERJEIÇÃO
 Leia o trecho da música Garota de Ipanema e observe as palavras destacadas. 
Ah, porque estou tão sozinho 
Ah, porque tudo é tão triste 
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
 (Vinícius de Moraes)
 As palavras destacadas no poema são interjeições, pois exprimem emoções do eu 
lírico. Para Cereja e Magalhães (2008, p. 242), interjeição é a palavra que expressa emoções, 
impressões, apelos, sensações, estados de espírito.” A seguir apresentamos os valores 
semânticos de algumas interjeições, baseando-nos nos autores Cereja e Magalhães 
(2008). Lembrando que esses valores semânticos estão relacionados ao contexto de uso:
• Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!
• Agradecimento: Obrigado!, grato!, valeu!
• Alegria: Ah!, eh!, Oh!, Oba!, Viva!
• Alívio: Ufa!, Ah!
• Ânimo: Coragem!, Ânimo!, Força!
• Apelo ou chamamento: Socorro!, Ei!, Ô!, Oi, Alô!, Psiu!
• Aplauso: Muito bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!
• Aversão ou contrariedade: Droga!, Porcaria!, credo!
• Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!
• Dor: Ai!, Ui!, Ah!
• Espanto, surpresa: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa! Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!
• Reprovação: Bah!, Ora!, Oras bolas!, Só faltava essa!
• Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!
• Silêncio: Silêncio!, Psiu!
• Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!
 Vale ressaltar que qualquer palavra pode transformar-se em uma interjeição, de 
acordo com o contexto que é usada ou conforme a pronuncia. 
90
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (FUVEST-SP). "Olhava mais era para Mãe. Drelina era bonita, a Chica, Tomezinho. Sorriu 
para Tio Terêz: - “Tio Terêz, o senhor parece com Pai...” Todos choravam. O doutor limpou a 
goela, disse: - “Não sei, quando eu tiro esses óculos, tão fortes, até meus olhos se enchem 
d’água...” Miguilim entregou a ele os óculos outra vez. Um soluçozinho veio. Dito e a Cuca 
Pingo-de-Ouro.
 E o Pai. Sempre alegre, Miguilim... Sempre alegre, Miguilim... Nem sabia o que era alegria 
e tristeza. Mãe o beijava. A Rosa punha-lhe doces-de-leite nas algibeiras, para a viagem. 
Papaco-o-Paco falava, alto, falava.
 “Não sei, quando eu tiro esses óculos, tão fortes, até meus olhos se enchem d’água...”
 
O valor semântico de até coincide com o do texto em:
a) Me disseram que na casa dele até cachorro sabe padre-nosso.
b) Bebeu uma bagaceira, saiu para a rua, sob a chuva intensa, andou até a segunda 
esquina, atravessou a avenida... .
c) Até então, ele não inquietava os investidores, uma vez que era utilizado para financiar 
investimentos.
d) Não sei se poderei esperar até a próxima semana.
e) Foi até a sala e retornou.
2. (FUVEST-SP). Leia este trecho de texto:
 
“Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía 
um caráter ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se 
seguiram ao inventário de meu pai.”
Machado de Assis 
O efeito expressivo obtido em “ferozmente honrado” resulta de uma inesperada 
associação de advérbio com adjetivo, que também se verifica em:
a) sorriso maliciosamente inocente. 
b) formas graciosamente curvas. 
c) sistema singularmente espantoso. 
d) opinião simplesmente abusada.
e) expressão profundamente abatida
3. (UFRN/adaptado). Leia este fragmento de texto:
" Pouca coisa se pode dizer com certeza sobre o futuro. Não sabemos se nossos bisnetos 
vão passear ou, um dia, viver em Marte. [...] Não sabemos quando teremos robôs escravos, 
máquinas de orgasmo ou naves para viajar no tempo".
(Veja, Especial do Milênio, ano 31, nº 5.123/dez de 1998)
91
O vocábulo OU expressa, respectivamente, ideia de:
a) Adição e exclusão
b) Alternância e exclusão
c) Exclusão e Adição
d) Adição e Alternância
e) Alternância e Exclusão.
4. (ITA-SP) No texto abaixo sobre as eleições em São Paulo, há ambiguidade no último 
período, o que pode dificultar o entendimento.
“Ao chegar à Liberdade*, a candidata participou de uma cerimônia xintoísta (religião 
japonesa anterior ao budismo). Depois, fez um pedido: “Quero paz e amor para todos”. 
Ganhou um presente de um ramo de bambu.”
(Folha de S. Paulo, 9/7/2000, adaptado.) (*) Bairro da cidade de São Paulo.
A ambiguidade deve-se
a) à inadequação na ordem das palavras.
b) à ausência do sujeito verbal.
c) ao emprego inadequado dos substantivos.
d) ao emprego das palavras na ordem indireta.
e) ao emprego inadequado de elementos coesivos.
5. (FUVEST-SP) O segmento em que a preposição destacada estabelece uma relação de 
causa é:
a) A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada.
b) A escada, de degraus gastos, subia ingrememente.
c) No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame […]
d) […] uma janela com gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado...
e) […] coava a luz suja do saguão.
6. (UFJF-MG/adaptado) Em “As megafusões de empresas não passam de jogos 
financeiros que protegem algum criminoso e determinam a riqueza ou a desgraça de 
uma empresa ou de um país”, a conjunção em destaque tem, respectivamente, 
o valor semântico de: 
a) inclusão e exclusão 
b) exclusão e inclusão 
c) inclusão em ambos os casos 
d) exclusão em ambos os casos 
e) Exclusão e alternância
7. (UEL-PR) Considere as possibilidades de diferentes leituras e assinale a alternativa que 
NÃO apresenta ambiguidade. 
92
a) Os alpinistas foram à estação de trem.
b) Os alunos desta turma, que são inteligentes, criticaram as mudanças.
c) Os policiais assistiram ao incêndio do prédio.
d) Pedro contou ao André que o carro dele estava batido.
e) Nunca bata num homem com óculos. 
8. (UEL-PR) “Certamente você conhece a marca X por seu sucesso no mundo das 
copiadoras. Mas o que talvez você não saiba é que essa marca tem uma história muito, 
mas muito ligada aos grandes nomes que hoje são destaques no mundo da informática.”
Sobre o uso das palavras destacadas no texto, é correto afirmar: 
a) Nos dois casos, mas é usado para indicar a oposição entre afirmações contidas no 
texto.
b) No primeiro caso, mas tem valor adversativo, no segundo, valor enfático.
c) No primeiro caso, mas não foi usado adequadamente, pois não deveria ocorrer no 
início da frase.
d) Nos dois casos, mas é empregado para dar ênfase a expressões.
e) Em ambas as ocorrências, mas poderia ser substituído, sem alteração do significado, 
por porém.
93
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1
UNIDADE 3
UNIDADE 5
UNIDADE 2
UNIDADE 4
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E
QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 CQUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 D
QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 E
QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 D
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 B
94
BANDEIRA, M. Estrela da Vida Inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
 
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