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Legislação Esquematizada 
 
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2 
Sumário 
LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 ................................................................................................................... 4 
Recomendação nº. 44/13 do CNJ ............................................................................................................................ 65 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 ........................................................................................................... 67 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 ...................................................................................................... 105 
LEI N°. 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 ................................................................................................... 136 
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006............................................................................................................ 159 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 ............................................................................................................... 182 
LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013............................................................................................................ 222 
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998................................................................................................................ 241 
DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 ........................................................................................ 255 
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 ....................................................................................................... 265 
LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990 ...................................................................................................... 275 
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 ....................................................................................................... 286 
LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 ............................................................................................................. 296 
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 ............................................................................................................... 303 
LEI Nº. 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003....................................................................................................... 307 
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 ............................................................................................................... 316 
LEI Nº. 7.492, DE 16 DE JUNHO DE 1986 ............................................................................................................. 323 
LEI Nº 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001 ............................................................................................................. 328 
Lei 8.078/90 – Crimes Contra as Relações de Consumo .................................................................................... 333 
LEI Nº 12.037, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009 ........................................................................................................ 338 
LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 ...................................................................................................... 341 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 .................................................................................................................. 344 
LEI Nº 2.889, DE 1º DE OUTUBRO DE 1956 .......................................................................................................... 347 
LEI Nº 7.116, DE 29 DE AGOSTO DE 1983............................................................................................................ 349 
LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013 ............................................................................................................ 351 
LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968 ........................................................................................................ 353 
LEI Nº 13.445, DE 24 DE MAIO DE 2017 ................................................................................................................ 354 
 
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Legislação Esquematizada 
 
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3 
LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983 .............................................................................................................. 380 
LEI N° 10.357, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001 .................................................................................................... 385 
LEI Nº 4.737/65 ........................................................................................................................................................ 389 
LEI Nº 13.060/14 - Uso de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo pelos agentes de segurança pública
 .................................................................................................................................................................................. 401 
LEI N° 10.778/03 - Notificação compulsória em casos de violência contra a mulher. .................................... 403 
LEI Nº 12.984/14 - Discriminação contra portadores de HIV ou AIDS ............................................................... 405 
LEI Nº 14.022/20 - Medidas de enfrentamento à violência doméstica e familiar .............................................. 406 
LEI Nº 14.069/20 - Cadastro Nacional de pessoas condenadas por crime de estupro ................................... 409 
LEI Nº 12.030, DE 17 DE SETEMBRO DE 2009 ..................................................................................................... 410 
LEI Nº 12.694/12 ...................................................................................................................................................... 411 
LEI Nº 7.437/85 - Prática de atos resultantes de preconceito entre as contravenções penais ...................... 414 
LEI Nº 6.001/73 - Direito dos Índios ....................................................................................................................... 416 
LEI Nº 9.434/97 - Crimes na lei de transplante de órgãos .................................................................................. 417 
LEI Nº 13.344/16 – Repressão ao tráfico de pessoas .......................................................................................... 422 
LEI Nº 13.260/16 – Lei Antiterrorismo ................................................................................................................... 425 
LEI Nº 6.766/79 – Crimes na lei do parcelamento do solo .................................................................................. 428 
 
 
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Lei de Execução Penal – Legislação Esquematizada 
 
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4 
LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 
 
Institui a Lei de Execução Penal. 
 
TÍTULO I - Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 
 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
 
Execução Penal - Objetivo 
Efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica 
integração social do condenado e do internado. 
 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será 
exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral 
ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
 
STJ/Súmula 192 
Compete ao Juízodas Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados 
pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração 
Estadual. 
 
Custodiado em Penitenciária Federal Custodiado em Penitenciária Estadual 
Execução da sentença será da Justiça Federal Execução da sentença será da Justiça Estadual 
 
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou 
pela lei. 
 
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 
 
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da 
medida de segurança. 
 
Natureza Jurídica da Execução Penal - Correntes 
1º Corrente Estabelece que a execução penal possui natureza unicamente administrativa. 
2º Corrente Defende que a execução penal possui natureza unicamente jurisdicional. 
3º Corrente 
Adotada 
A execução penal é complexa ou mista, pois se envolve não só em atividades 
jurisdicionais, como também, em atividades administrativas. Com isso, consiste em uma 
natureza jurídico-administrativa. 
 
TÍTULO II - Do Condenado e do Internado 
 
CAPÍTULO I - Da Classificação 
 
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a 
individualização da execução penal. 
 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO PENAL 
➢ A individualização da pena deve ser observada em três momentos: 
✓ Legislativo: cominação da pena. 
 
✓ Sentença: aplicação da pena. 
 
✓ Execução: cumprimento da pena. 
 
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5 
 
Art. 6º. A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa 
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. 
 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e 
composta, no mínimo, por 2 chefes de serviço, 1 psiquiatra, 1 psicólogo e 1 assistente social, quando se 
tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do 
serviço social. 
 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a 
exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
 
STF/HC 199.901. 
O Supremo Tribunal Federal, por jurisprudência consolidada, admite que pode ser exigido 
fundamentadamente o exame criminológico pelo juiz para avaliar pedido de progressão de regime prisional. 
Não há ilegalidade na exigência de laudo criminológico, como medida prévia à avaliação judicial quanto à 
progressão de regime, quando respaldada, dentre outros fundamentos, no envolvimento do Paciente com 
facção criminosa. 
 
EXAME DE CLASSIFICAÇÃO EXAME CRIMINOLÓGICO 
Genérico e Amplo Específico. 
Guia a forma de cumprimento de pena e a 
ressocialização do condenado. 
Tem a finalidade de desenvolver a periculosidade do 
reeducando, tendo como referência o binômio delito-
delinquente. 
Leva em consideração a personalidade do 
condenado, seu ciclo de vida familiar e social, seus 
antecedentes e capacidade trabalhista. 
Envolve a parte psicológica e psiquiátrica, atestando 
a maturidade do condenado, sua disciplina e 
capacidade de suportar frustrações (prognóstico 
criminológico). 
 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética 
profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
 
I - entrevistar pessoas; 
 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; 
 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
 
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime 
contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por 
técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. (Lei 13.964/19). 
 
§ 1º. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento 
a ser expedido pelo Poder Executivo. 
 
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense. 
 
§ 2º. A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito 
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. 
 
 
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6 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de 
perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira 
que possa ser contraditado pela defesa. 
 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação do 
perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento 
durante o cumprimento da pena. 
 
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo fim de permitir a identificação 
pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar. 
 
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos termos do caput deste artigo 
deverá ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro fim. 
 
§ 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizadas por perito oficial. 
 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil 
genético. 
 
CAPÍTULO II 
Da Assistência 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o 
retorno à convivência em sociedade. 
 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
 
Art. 11. A assistência será: 
 
I - material; 
 
II - à saúde; 
 
III - jurídica; 
 
IV - educacional; 
 
V - social; 
 
VI - religiosa. 
 
SEÇÃO II 
Da Assistência Material 
 
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
 
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades 
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela 
Administração. 
 
SEÇÃO III 
Da Assistência à Saúde 
 
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá 
atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
 
 
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7 
§ 2º. Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. 
 
§ 3º. Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo 
ao recém-nascido. 
 
§ 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos médico-hospitalarespreparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como à mulher no período de 
puerpério, cabendo ao poder público promover a assistência integral à sua saúde e à do recém-nascido. 
 
SEÇÃO IV 
Da Assistência Jurídica 
 
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir 
advogado. 
 
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela 
Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. 
 
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no 
exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. 
 
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor 
Público. 
 
§ 3º. Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria 
Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, 
egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. 
 
SEÇÃO V 
Da Assistência Educacional 
 
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do 
internado. 
 
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. 
 
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, 
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. 
 
§ 1º O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será 
mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à educação, 
mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. 
 
§ 2º. Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos de educação de jovens e 
adultos. 
 
§ 3º A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus programas de educação à distância 
e de utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às presas. 7.627 
 
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. 
 
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. 
 
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, 
que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. 
 
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de 
todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. 
 
 
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8 
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: 
 
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; 
 
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e presas atendidos; 
 
III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de 
presos e presas atendidos; 
 
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo; 
 
V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de presos e presas. 
 
SEÇÃO VI 
Da Assistência Social 
 
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à 
liberdade. 
 
Assistência Social - Finalidade 
Amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. 
 
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: 
 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; 
 
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo 
assistido; 
 
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; 
 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; 
 
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a 
facilitar o seu retorno à liberdade; 
 
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente 
no trabalho; 
 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 
 
SEÇÃO VII 
Da Assistência Religiosa 
 
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-
se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de 
instrução religiosa. 
 
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. 
 
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
 
SEÇÃO VIII 
Da Assistência ao Egresso 
 
Art. 25. A assistência ao egresso consiste: 
 
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; 
 
 
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9 
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 
2 meses. 
 
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por 
declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. 
 
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: 
 
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 ano a contar da saída do estabelecimento; 
 
II - o liberado condicional, durante o período de prova. 
 
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho. 
 
CAPÍTULO III 
Do Trabalho 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade 
educativa e produtiva. 
 
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. 
 
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três 
quartos) do salário mínimo. 
 
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: 
 
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados 
por outros meios; 
 
b) à assistência à família; 
 
c) a pequenas despesas pessoais; 
 
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser 
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. 
 
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em 
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. 
 
STF/ADPF 336-DF 
O patamar mínimo diferenciado de remuneração aos presos previstos no Art. 29, caput, da Lei nº 
7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP) não representa violação aos princípios da dignidade humana e 
da isonomia, sendo inaplicável à hipótese a garantia de salário-mínimo prevista no art. 7º, IV, da 
Constituição Federal. 
 
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
 
SEÇÃO II 
Do Trabalho Interno 
 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade. 
 
 
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10 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
 
Condenado - Trabalho 
Preso por Pena 
Privativa de Liberdade 
Está obrigado ao trabalho na medida desuas aptidões e capacidade. 
Preso Provisório 
O trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
 
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as 
necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. 
 
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões 
de turismo. 
 
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade. 
 
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado. 
 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso nos 
domingos e feriados. 
 
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de 
conservação e manutenção do estabelecimento penal. 
 
Jornada de Trabalhado do Preso 
Regra Exceções 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEP. Art. 33. A jornada normal de trabalho não será 
inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso 
nos domingos e feriados. 
 
LEP. Art. 33. Parágrafo único. Poderá ser atribuído 
horário especial de trabalho aos presos designados 
para os serviços de conservação e manutenção do 
estabelecimento penal. 
 
STJ/REsp 1064934/RS. Se o apenado desempenhar 
atividade laboral fora do limite máximo da jornada de 
trabalho (8 horas diárias), o período excedente deverá 
ser computado para fins de remição de pena, 
considerando-se cada 6 horas extras realizadas como 
1 dia de trabalho. 
 
STJ/HC 346948-RS. Se o preso, ainda que sem 
autorização do juízo ou da direção do estabelecimento 
prisional, efetivamente trabalhar nos domingos e 
feriados, esses dias deverão ser considerados no 
cálculo da remição da pena. 
 
STF/RHC 136509/MG. Trabalho cumprido em jornada 
inferior ao mínimo legal pode ser aproveitado para fins 
de remição caso tenha sido uma determinação da 
direção do presídio. 
 
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e 
terá por objetivo a formação profissional do condenado. 
 
§ 1º. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e 
métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento 
de remuneração adequada. 
 
§ 2º. Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, para 
implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios. 
 
 
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Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos 
Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre 
que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares. 
 
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa 
pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal. 
 
SEÇÃO III 
Do Trabalho Externo 
 
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que 
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. 
 
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. 
 
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso. 
 
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de 
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 
 
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como 
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
 
STJ/Súmula 40 
Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de 
cumprimento da pena no regime fechado. 
 
CAPÍTULO IV 
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina 
 
SEÇÃO I 
Dos Deveres 
 
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas 
de execução da pena. 
 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à 
disciplina; 
 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta; 
 
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; 
 
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante 
desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
 
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
 
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X - conservação dos objetos de uso pessoal. 
 
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. 
 
SEÇÃO II - Dos Direitos 
 
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos 
provisórios. 
 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
 
III - Previdência Social; 
 
IV - constituição de pecúlio; 
 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; 
 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que 
compatíveis com a execução da pena; 
 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; 
 
XI - chamamento nominal; 
 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; 
 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
 
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de 
informação que não comprometam a moral e os bons costumes. 
 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária 
competente. 
 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante 
ato motivado do diretor do estabelecimento. 
 
Suspensão ou Restrição dos Direitos dos Presos 
➢ O diretor do estabelecimento penal, por ato motivado, poderá restringir ou suspender os direitos dos 
presos quando se tratar de: 
✓ Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; 
 
✓ Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; 
 
 
✓ Contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios 
de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. 
 
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Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e aosubmetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta 
Seção. 
 
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a 
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. 
 
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. 
 
SEÇÃO III - Da Disciplina 
 
SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais 
 
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das autoridades e 
seus agentes e no desempenho do trabalho. 
 
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de 
direitos e o preso provisório. 
 
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 
 
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. 
 
§ 2º É vedado o emprego de cela escura. 
 
§ 3º São vedadas as sanções coletivas. 
 
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado das normas 
disciplinares. 
 
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade 
administrativa conforme as disposições regulamentares. 
 
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade 
administrativa a que estiver sujeito o condenado. 
 
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos 
118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei. 
 
SUBSEÇÃO II 
Das Faltas Disciplinares 
 
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as 
leves e médias, bem assim as respectivas sanções. 
 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. 
 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
 
II - fugir; 
 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
 
IV - provocar acidente de trabalho; 
 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
 
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VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
 
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 
 
STJ/Súmula 441 
A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. 
 
STJ/Súmula 526 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no 
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal 
instaurado para apuração do fato. 
 
STJ/Súmula 533 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. 
 
STJ/Súmula 534 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento 
de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
 
STJ/Súmula 535 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
 
Prática de Falta Grave 
Interrompe Não Interrompe 
Progressão de Regime. 
Livramento condicional; 
Indulto; 
Comutação de pena. 
REGRESSÃO: ocasiona a regressão de regime. 
 
-Regressão definitiva: é necessária oitiva prévia do 
condenado. 
 
-Regressão cautelar: não é necessária oitiva prévia 
do condenado. 
INDULTO E COMUTAÇÃO DE PENA: não interfere 
no tempo devido à concessão de indulto e 
comutação da pena, salvo se o requisito for 
expressamente previsto no decreto presidencial. 
SAÍDAS: revogação das saídas temporárias. 
Não altera a data-base para fins de saída temporária 
e trabalho externo 
 
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: 
 
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; 
 
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; 
 
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem 
prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Lei 13.964/19) 
 
O Pacote Anticrime alterou o Caput do Art. 52. da LEP inserindo expressamente os termos “nacional ou 
estrangeiro” para a submissão ao RDD. 
 
 
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I - duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma 
espécie; (Lei 13.964/19) 
 
Atenção! 
Antes: Duração Máxima de 360 Dias até o limite de 
um sexto da pena. 
Agora: Duração Máxima de 02 anos. 
 
II - recolhimento em cela individual; (Lei 13.964/19) 
 
III - visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado 
judicialmente, com duração de 2 horas; (Lei 13.964/19) 
 
Atenção! 
Antes: Visitas Semanais. Agora: Visitas Quinzenais. 
As visitas passaram a ser quinzenais, além de serem realizadas em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado 
judicialmente. 
 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde 
que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Lei 13.964/19) 
 
Direito ao Banho de Sol - Requisitos 
✓ Apenas duas horas diárias; 
 
✓ Grupos de até 4 presos; 
 
✓ Não existir contato com presos do mesmo grupo criminoso. 
 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir 
o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; (Lei 13.964/19) 
 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; (Lei 13.964/19) 
 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Lei 13.964/19) 
 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, 
nacionais ou estrangeiros: (Lei 13.964/19) 
 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; (Lei 
13.964/19) 
 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização 
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. (Lei 
13.964/19) 
 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou 
milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar 
diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. (Lei 13.964/19) 
 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá serprorrogado 
sucessivamente, por períodos de 1 ano, existindo indícios de que o preso: (Lei 13.964/19) 
 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da 
sociedade; (Lei 13.964/19) 
 
 
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II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados 
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a 
superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. (Lei 13.964/19) 
 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta 
segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso 
com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. 
(Lei 13.964/19) 
 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de áudio e 
vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Lei 13.964/19) 
 
§ 7º Após os primeiros 6 meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita de que 
trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será 
gravado, com uma pessoa da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos. (Lei 13.964/19) 
 
SUBSEÇÃO III 
Das Sanções e das Recompensas 
 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: (Rol Taxativo e Inextensível) 
 
I - advertência verbal; 
 
II - repreensão; 
 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento 
coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
 
LEP. Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do 
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. 
 
Sanções Disciplinares 
Aplicadas por ato motivado do 
diretor do estabelecimento 
✓ Advertência verbal; 
 
✓ Repreensão; 
 
✓ Suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
 
✓ Isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos 
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o 
disposto no artigo 88 desta Lei. 
Aplicadas por prévio e 
fundamentado despacho do juiz 
competente. 
✓ Inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
 
§ 1º. A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento 
circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. 
 
§ 2º. A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do 
Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. 
 
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do condenado, de sua 
colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. 
 
Art. 56. São recompensas: 
 
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I - o elogio; 
 
II - a concessão de regalias. 
 
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de 
regalias. 
 
SUBSEÇÃO IV - Da Aplicação das Sanções 
 
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e 
as conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. 
 
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. 
 
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a 
hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
 
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. 
 
Isolamento, Suspensão e Restrição de Direitos - Prazo 
Regra Exceção 
Não poderão exceder a 30 dias 
Poderá exceder o prazo de trinta dias quando se 
tratar de regime disciplinar diferenciado. 
 
STJ/Súmula 526 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no 
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal 
instaurado para apuração do fato. 
 
STJ/Súmula 533 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. 
 
STJ/Súmula 534 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de 
pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
 
STJ/Súmula 535 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
 
STJ/Súmula 660 
A posse, pelo apenado, de aparelho celular ou de seus componentes essenciais constitui falta grave. 
 
STJ/Súmula 661 
A falta grave prescinde da perícia do celular apreendido ou de seus componentes essenciais. 
 
SUBSEÇÃO V 
Do Procedimento Disciplinar 
 
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme 
regulamento, assegurado o direito de defesa. 
 
Parágrafo único. A decisão será motivada. 
 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do 
fato, dependerá de despacho do juiz competente. 
 
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Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será 
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
 
Isolamento Preventivo do Faltoso e Regime Disciplinar Diferenciado 
Autoridade 
Administrativa 
Compete decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até 10 dias. 
Juiz 
A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina 
e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. 
 
TÍTULO III 
Dos Órgãos da Execução Penal 
 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 61. São órgãos da execução penal: 
 
I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; 
 
II - o Juízo da Execução; 
 
III - o Ministério Público; 
 
IV - o Conselho Penitenciário; 
 
V - os Departamentos Penitenciários; 
 
VI - o Patronato; 
 
VII - o Conselho da Comunidade. 
 
VIII - a Defensoria Pública. 
 
CAPÍTULO II 
Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária 
 
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da República, é 
subordinado ao Ministério da Justiça. 
 
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros 
designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, 
Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade e dos 
Ministérios da área social. 
 
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 anos, renovado 1/3 em cada ano. 
 
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito 
federal ou estadual, incumbe: 
 
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administraçãoda Justiça Criminal e 
execução das penas e das medidas de segurança; 
 
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da 
política criminal e penitenciária; 
 
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades do País; 
 
IV - estimular e promover a pesquisa criminológica; 
 
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V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor; 
 
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados; 
 
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal; 
 
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relatórios do 
Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal 
nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao 
seu aprimoramento; 
 
IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou 
procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal; 
 
X - representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 
 
CAPÍTULO III 
Do Juízo da Execução 
 
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua 
ausência, ao da sentença. 
 
Art. 66. Compete ao Juiz da execução: 
 
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; 
 
II - declarar extinta a punibilidade; 
 
III - decidir sobre: 
 
a) soma ou unificação de penas; 
 
b) progressão ou regressão nos regimes; 
 
c) detração e remição da pena; 
 
d) suspensão condicional da pena; 
 
e) livramento condicional; 
 
f) incidentes da execução. 
 
IV - autorizar saídas temporárias; 
 
V - determinar: 
 
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; 
 
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; 
 
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; 
 
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; 
 
e) a revogação da medida de segurança; 
 
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; 
 
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; 
 
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20 
 
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei. 
 
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; 
 
VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado 
funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
 
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições 
inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei; 
 
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade. 
 
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. 
 
CAPÍTULO IV 
Do Ministério Público 
 
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo 
executivo e nos incidentes da execução. 
 
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público: 
 
I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento; 
 
II - requerer: 
 
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; 
 
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; 
 
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; 
 
d) a revogação da medida de segurança; 
 
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da 
pena e do livramento condicional; 
 
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior. 
 
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução. 
 
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a 
sua presença em livro próprio. 
 
CAPÍTULO V - Do Conselho Penitenciário 
 
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena. 
 
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e 
dos Territórios, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, 
Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade. A legislação federal e 
estadual regulará o seu funcionamento. 
 
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 anos. 
 
Conselho Penitenciário 
➢ É órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena. 
 
➢ O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 anos. 
 
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21 
 
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário: 
 
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto com base 
no estado de saúde do preso; 
 
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; 
 
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior; 
 
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos. 
 
CAPÍTULO VI 
Dos Departamentos Penitenciários 
 
SEÇÃO I 
Do Departamento Penitenciário Nacional 
 
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da 
Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária. 
 
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional: 
 
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; 
 
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; 
 
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos 
nesta Lei; 
 
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e 
serviços penais; 
 
V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário 
e de ensino profissionalizante do condenado e do internado. 
 
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes 
em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça 
de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar. 
 
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 
3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, 
mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais. 
 
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de 
internamento federais. 
 
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações periódicas previstas no inciso VII do 
caput deste artigo serão utilizados para, em função da efetividade da progressão especial para a ressocialização 
das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de 
cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de crimes cometidos sem violência ougrave ameaça. 
 
SEÇÃO II 
Do Departamento Penitenciário Local 
 
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, com as atribuições que 
estabelecer. 
 
 
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Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por finalidade supervisionar e coordenar os 
estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que pertencer. 
 
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo realizarão o acompanhamento de que trata o inciso 
VII do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão ao Departamento Penitenciário Nacional os resultados 
obtidos. 
 
SEÇÃO III - Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais 
 
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes requisitos: 
 
I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou 
Serviços Sociais; 
 
II - possuir experiência administrativa na área; 
 
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função. 
 
Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo integral 
à sua função. 
 
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado em diferentes categorias funcionais, segundo as 
necessidades do serviço, com especificação de atribuições relativas às funções de direção, chefia e 
assessoramento do estabelecimento e às demais funções. 
 
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instrução técnica e de vigilância atenderá a 
vocação, preparação profissional e antecedentes pessoais do candidato. 
 
§ 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos 
específicos de formação, procedendo-se à reciclagem periódica dos servidores em exercício. 
 
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo 
quando se tratar de pessoal técnico especializado. 
 
CAPÍTULO VII 
Do Patronato 
 
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos egressos 
(artigo 26). 
 
Art. 79. Incumbe também ao Patronato: 
 
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos; 
 
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim de 
semana; 
 
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional. 
 
CAPÍTULO VIII 
Do Conselho da Comunidade 
 
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por 1 representante de 
associação comercial ou industrial, 1 advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, 1 
Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1 assistente social escolhido pela Delegacia Seccional 
do Conselho Nacional de Assistentes Sociais. 
 
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da execução a 
escolha dos integrantes do Conselho. 
 
 
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Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: 
 
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca; 
 
II - entrevistar presos; 
 
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário; 
 
IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, 
em harmonia com a direção do estabelecimento. 
 
Conselho da Comunidade - Composição 
➢ Composto, no mínimo, por: 
1 representante de associação comercial ou industrial, 1 advogado; 
 
1 advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
1 Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral; 
 
1 assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais. 
 
➢ Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos 
integrantes do Conselho. 
 
CAPÍTULO IX 
DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da medida de segurança, oficiando, no 
processo executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos necessitados em todos os graus e 
instâncias, de forma individual e coletiva. 
 
Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: 
 
I - requerer: 
 
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; 
 
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; 
 
c) a declaração de extinção da punibilidade; 
 
d) a unificação de penas; 
 
e) a detração e remição da pena; 
 
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; 
 
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substituição da pena por medida de 
segurança; 
 
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional da pena, o livramento 
condicional, a comutação de pena e o indulto; 
 
i) a autorização de saídas temporárias; 
 
j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; 
 
k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; 
 
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1o do art. 86 desta Lei; 
 
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II - requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; 
 
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou administrativa durante a execução; 
 
IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou 
procedimento administrativo em caso de violação das normas referentes à execução penal; 
 
V - visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento, e requerer, 
quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
 
VI - requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 
 
Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os estabelecimentos penais, 
registrando a sua presença em livro próprio. 
 
TÍTULO IV 
Dos Estabelecimentos Penais 
 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao 
preso provisório e ao egresso. 
 
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento próprio e 
adequado à sua condição pessoal. 
 
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa desde que 
devidamente isolados. 
 
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com áreas e 
serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. 
 
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários. 
 
§ 2º. Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas 
possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 meses de idade. 
 
Período de Amamentação em Estabelecimentos Penais 
CF/88. Art. 5º. L. LEP. Art. 83. § 2º. 
Às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
Os estabelecimentos penais destinados a mulheres 
serão dotados de berçário, onde as condenadas 
possam cuidar de seus filhos, inclusive 
amamentá-los, no mínimo, até 6 meses de idade. 
 
§ 3º. Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo 
feminino na segurançade suas dependências internas. 
 
§ 4º Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante. 
 
§ 5º Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. 
 
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou 
complementares desenvolvidas em estabelecimentos penais, e notadamente:. 
 
I - serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção, reprografia, 
telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instalações e equipamentos internos e externos; 
 
 
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II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso.. 
 
§ 1º A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poder público. . 
 
§ 2º Os serviços relacionados neste artigo poderão compreender o fornecimento de materiais, equipamentos, 
máquinas e profissionais. . 
 
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem 
como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente: . 
 
I - classificação de condenados; . 
 
II - aplicação de sanções disciplinares;. 
 
III - controle de rebeliões;. 
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locais externos aos 
estabelecimentos penais. . 
 
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. 
 
§ 1º. Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: 
 
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; 
 
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. 
 
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em dependência 
separada. 
 
§ 3º. Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: 
 
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; 
 
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas 
nos incisos I, II e III. 
 
§ 4º O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais 
presos ficará segregado em local próprio. 
 
Critérios de Separação de Presos Condenados e Não Condenados 
Prisão Antes da 
Condenação Definitiva 
CPP/41. Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à 
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de 
condenação definitiva: 
 
I - os ministros de Estado; 
 
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do 
Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os 
vereadores e os chefes de Polícia; 
 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia 
Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados; 
 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
 
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V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios; 
 
VI - os magistrados; 
 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
 
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, 
salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício 
daquela função; 
 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, 
ativos e inativos. 
Prisão Após Condenação 
Definitiva 
LEP. Art. 84. § 3º. Os presos condenados ficarão separados de acordo com 
os seguintes critérios: 
 
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; 
 
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com 
violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou 
grave ameaça à pessoa; 
 
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções 
em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III. 
 
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade. 
 
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária determinará o limite máximo de 
capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza e peculiaridades. 
 
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser 
executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União. 
 
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da condenação para recolher os 
condenados, quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado. 
 
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem 
a obras públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas. 
 
§ 3º Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir o estabelecimento prisional 
adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos. 
 
CAPÍTULO II 
Da Penitenciária 
 
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. 
 
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias 
destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao 
regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. 
 
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. 
 
 
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Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: 
 
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico 
adequado à existência humana; 
 
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). 
 
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante 
e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos, com a finalidade de 
assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa. 
 
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo: 
 
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislação educacional e em 
unidades autônomas; e 
 
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua responsável. 
 
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não 
restrinja a visitação. 
 
CAPÍTULO III 
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 
 
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semi-aberto. 
 
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, do 
parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. 
 
Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas: 
 
a) a seleção adequada dos presos; 
 
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena. 
 
CAPÍTULOIV 
Da Casa do Albergado 
 
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e 
da pena de limitação de fim de semana. 
 
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se 
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. 
 
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos 
para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras. 
 
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos 
condenados. 
 
CAPÍTULO V 
Do Centro de Observação 
 
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão 
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. 
 
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas. 
 
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. 
 
 
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Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de 
Observação. 
 
CAPÍTULO VI 
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 
 
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos 
no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal. 
 
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. 
 
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os 
internados. 
 
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código Penal, será realizado no 
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com dependência médica adequada. 
 
CAPÍTULO VII 
Da Cadeia Pública 
 
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios. 
 
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 cadeia pública a fim de resguardar o interesse da Administração da 
Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar. 
 
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será instalado próximo de centro urbano, observando-se na 
construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu parágrafo único desta Lei. 
 
TÍTULO V 
Da Execução das Penas em Espécie 
 
CAPÍTULO I 
Das Penas Privativas de Liberdade 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser 
preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução. 
 
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a assinará com o 
Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá: 
 
I - o nome do condenado; 
 
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação; 
 
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado; 
 
IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução; 
 
V - a data da terminação da pena; 
 
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário. 
 
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento. 
 
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início da execução ou 
ao tempo de duração da pena. 
 
 
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§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal, far-se-á, na guia, 
menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo 84, desta Lei. 
 
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela 
autoridade judiciária. 
 
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução passará recibo da guia de recolhimento para juntá-la aos 
autos do processo, e dará ciência dos seus termos ao condenado. 
 
§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, e 
anexadas ao prontuário do condenado, aditando-se, no curso da execução, o cálculo das remições e de outras 
retificações posteriores. 
 
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico. 
 
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por 
outro motivo não estiver preso. 
 
SEÇÃO II 
Dos Regimes 
 
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena 
privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal. 
 
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos 
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das 
penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. 
 
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está 
sendo cumprida, para determinação do regime. 
 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime 
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Lei 13.964/19) 
 
I - 16% da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
 
II - 20% da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
 
III - 25% da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
 
IV - 30% da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; 
 
V - 40% da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; 
 
VI - 50% da pena, se o apenado for: 
 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o 
livramento condicional; 
 
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a 
prática de crime hediondo ou equiparado; ou 
 
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 
 
VII - 60% da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; 
 
 
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VIII - 70% da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, 
vedado o livramento condicional. 
 
Progressão da Pena – LEP – Pacote Anticrime 
Cumprimento de Se o apenado for Se o crime cometido for 
16% Primário Sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
20% Reincidente Sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
25% Primário Com violência à pessoa ou grave ameaça; 
30% Reincidente Com violência à pessoa ou grave ameaça; 
40% Primário Hediondo ou equiparado; 
50% 
Primário 
Hediondo ou equiparado, com resultado morte, vedado o 
livramento condicional; 
X 
Exercido no comando, individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou 
equiparado; 
X De constituição de milícia privada; 
60% Reincidente Hediondo ou equiparado; 
70% Reincidente 
Hediondo ou equiparado, com resultado morte, vedado o 
livramento condicional. 
 
Progressão de Regime 
O Art. 112 passou a apresentar um rol de porcentagem que deve ser cumprido para ocorrer a progressão 
do regime.A porcentagem a ser cumprida vai aumentando conforme a gravidade do delito. 
 
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, 
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Lei 13.964/19) 
 
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de 
livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. 
(Lei 13.964/19) 
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os 
requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: 
 
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
 
III - ter cumprido ao menos 1/8 da pena no regime anterior; 
 
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; 
 
V - não ter integrado organização criminosa. 
 
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto no § 3º 
deste artigo. 
 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas 
previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Lei 13.964/19) 
 
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo 
para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do 
requisito objetivo terá como base a pena remanescente. (Lei 13.964/19) 
 
§ 7º º O bom comportamento é readquirido após 1 ano da ocorrência do fato, ou antes, após o 
cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção do direito. (Lei 13.964/19) 
 
 
 
 
 
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STF/ARE 1.327.963/SP 
Ao reincidente não específico em crime hediondo, aplica-se, inclusive retroativamente, o inciso V do artigo 
112 da LEP para fins de progressão de regime. 
 
“Tendo em vista a legalidade e a taxatividade da norma penal (art. 5º, XXXIX, CF), a alteração promovida 
pela Lei 13.964/2019 no art. 112 da LEP não autoriza a incidência do percentual de 60% (inc. VII) aos 
condenados reincidentes não específicos para o fim de progressão de regime. Diante da omissão legislativa, 
impõe-se a analogia in bonam partem, para aplicação, inclusive retroativa, do inciso V do artigo 112 da LEP 
(lapso temporal de 40%) ao condenado por crime hediondo ou equiparado sem resultado morte reincidente 
não específico.” 
 
STF/HC 188.820 MC-Ref/DF 
Diante da persistência do quadro pandêmico de emergência sanitária decorrente da Covid-19 e presentes a 
plausibilidade jurídica do direito invocado, bem como o perigo de lesão irreparável ou de difícil reparação a 
direitos fundamentais das pessoas levadas ao cárcere, admite-se — analisadas as peculiaridades dos 
processos individuais pelos respectivos juízos de execução penal, e desde que presentes os requisitos 
subjetivos — a adoção de medidas tendentes a evitar a infecção e a propagação da Covid-19 em 
estabelecimentos prisionais, dentre as quais a progressão antecipada da pena. 
 
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições 
impostas pelo Juiz. 
 
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: 
 
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; 
 
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios 
de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. 
 
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei. 
 
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das 
seguintes condições gerais e obrigatórias: 
 
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; 
 
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
 
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; 
 
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. 
 
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da 
autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem. 
 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se 
tratar de: 
 
I - condenado maior de 70 anos; 
 
II - condenado acometido de doença grave; 
 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
 
IV - condenada gestante. 
 
 
 
 
 
 
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Conversão de prisão preventiva em Domiciliar- 
CPP 
Conversão de Regime Aberto em Residência 
Particular- LEP 
• Maior de 80 anos; 
 
• Extremamente debilitado por motivo de doença 
grave; 
 
• Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa 
menor de 6 anos de idade ou com deficiência; 
 
• Gestante; 
 
• Mulher com filho de até 12 anos de idade 
incompletos; 
 
• Homem, caso seja o único responsável pelos 
cuidados do filho de até 12 anos de idade 
incompletos. 
• Condenado maior de 70 anos; 
 
• Condenado acometido de doença grave; 
 
• Condenada com filho menor ou deficiente físico 
ou mental; 
 
• Condenada gestante. 
O CPP, ao discorrer da prisão domiciliar, está se 
referindo à possibilidade do réu, ao invés de ficar em 
prisão preventiva, permanecer recluso em sua 
residência. 
A LEP, ao tratar da prisão domiciliar, está se 
apresentando à possibilidade da pessoa já 
condenada cumprir a sua pena privativa de liberdade 
na própria residência. 
 
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para 
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o 
regime (artigo 111). 
 
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, 
frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. 
 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. 
 
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento da pena privativa 
de liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código Penal). 
 
SEÇÃO III 
Das Autorizações de Saída 
 
SUBSEÇÃO I 
Da Permissão de Saída 
 
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios 
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes 
fatos: 
 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; 
 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). 
 
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o 
preso. 
 
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída. 
 
 
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SUBSEÇÃO II 
Da Saída Temporária 
 
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída 
temporária do estabelecimento,sem vigilância direta, nos seguintes casos: 
 
I - visita à família; 
 
II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na 
Comarca do Juízo da Execução; 
 
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. 
 
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo 
condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Lei 13.964/19) 
 
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por 
praticar crime hediondo com resultado morte. (Lei 13.964/19) 
 
Saída Temporária x Permissão de Saída 
Permissão de 
Saída 
➢ Condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto; 
 
➢ Saída mediante escolta; 
 
➢ Hipóteses: 
✓ Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, 
descendente ou irmão; 
✓ Necessidade de tratamento médico. 
 
➢ Concedida pelo diretor. 
Saída 
Temporária 
➢ Condenados que cumprem pena em semi-aberto; 
 
➢ Saída sem vigilância direta; 
 
➢ Hipóteses: 
✓ Visita à família; 
✓ Frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º 
grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; 
✓ Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. 
Conforme as alterações apresentadas pelo pacote anticrime, não terá direito à saída temporária o 
condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. 
 
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e 
a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos: 
 
I - comportamento adequado; 
 
II - cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se o condenado for primário, e 1/4, se reincidente; 
 
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. 
 
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada por mais 4 
vezes durante o ano. 
 
STJ/Súmula 520 
O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à 
autoridade administrativa do estabelecimento prisional. (É de competência do Juiz da execução decidir sobre 
o tema). 
 
 
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§ 1º Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que 
entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: 
 
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo 
do benefício; 
 
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; 
 
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. 
 
§ 2º Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o tempo 
de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes. 
 
§ 3º Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 dias 
de intervalo entre uma e outra. 
 
Cronograma de 
Saídas 
Temporárias. 
STF/HC 130.502/RJ 
É legítima a decisão judicial que estabelece calendário anual de saídas temporárias 
para visita à família do preso. Para o STF, um único ato judicial que analisa o histórico 
do sentenciado e estabelece um calendário de saídas temporárias, com a expressa 
ressalva que as autorizações poderão ser revistas em caso de cometimento de infração 
disciplinar, mostra-se suficiente para fundamentar a autorização de saída temporária. 
STJ/REsp 1.544.036-RJ 
É recomendável que cada autorização de saída temporária do preso seja precedida de 
decisão judicial motivada. Entretanto, se a apreciação individual do pedido estiver, por 
deficiência exclusiva do aparato estatal, a interferir no direito subjetivo do apenado e no 
escopo ressocializador da pena, deve ser reconhecida, excepcionalmente, a 
possibilidade de fixação de calendário anual de saídas temporárias por ato judicial 
único, observadas as hipóteses de revogação automática do art. 125 da LEP. 
 
O calendário prévio das saídas temporárias deverá ser fixado, obrigatoriamente, pelo 
Juízo das Execuções, não se lhe permitindo delegar à autoridade prisional a escolha 
das datas específicas nas quais o apenado irá usufruir os benefícios. 
 
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como crime 
doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de 
aproveitamento do curso. 
 
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal, do 
cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado. 
 
SEÇÃO IV - Da Remição 
 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou 
por estudo, parte do tempo de execução da pena. . 
 
§ 1º. A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: 
 
I - 1 dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive 
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 dias; 
 
II - 1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho. 
 
§ 2º. As atividades de estudo a que se refere o § 1º deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial 
ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais 
competentes dos cursos frequentados. 
 
§ 3º. Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas 
de forma a se compatibilizarem. 
 
 
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§ 4º. O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-
se com a remição. . 
 
§ 5º. O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 no caso de conclusão do ensino 
fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão 
competente do sistema de educação. 
 
§ 6º. O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional 
poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de 
execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. 
 
§ 7º. O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.. 
 
§ 8º. A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. 
 
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido, observado o disposto no art. 
57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. 
 
STJ/Súmula 562 
É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado 
ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros. 
 
STJ/HC 131.170/RJ 
Conforme o STJ, a prática esportiva pelo apenado não possibilita remição da pena. 
 
A participação do ora paciente em aulas de capoeira, ainda que contribua para sua ressocialização, não 
pode ser interpretada como frequência em curso de ensino formal, tendo em vista tratar-se de prática 
esportiva e não de atividade intelectual, propriamente dita. 
Possibilidade de Remição da Pena Impossibilidade de Remição da Pena 
Leitura – STJ/HC 349.239 
Autodidatismo – STJ/HC 361.462 
Coral - STJ/REsp 1.666.637 
Trabalho Extramuros - STJ/REsp 1.381.315 
Limpeza de Cela - STJ/HC 116.840 
Capoeira - STJ/HC 131.170 
Fonte: http://www.mpgo.mp.br/portal/conteudo/musica-livros-e-ressocializacao-possibilidades-de-remicao-de-pena-na-visao-do-stj#.XrjWiahKjIU 
 
STF/ HC 114.393 
Para fins de remição de pena, a legislação penal vigente estabelece que a contagem de tempo de execução 
é realizada à razão de um dia de pena a cada três dias de trabalho, sendo a jornada normal de trabalho não 
inferior a seis nem superior a oito horas, o que impõe ao cálculo a consideração dos dias efetivamente 
trabalhados pelo condenado e não as horas. 
 
STF/Info 904 
Não se reconhece a possibilidade de remição ficta da pena. 
 
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos. 
 
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de 
todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das 
horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. 
 
§ 1º. O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por 
meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar. 
 
§ 2º. Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. 
 
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para 
fim de instruir pedido de remição. 
SEÇÃO V - Do Livramento Condicional 
 
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Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do artigo 
83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho Penitenciário. 
 
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. 
 
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: 
 
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; 
 
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; 
 
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste. 
 
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes: 
 
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de 
proteção; 
 
b) recolher-se à habitação em hora fixada; 
 
c) não frequentar determinados lugares. 
 
Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca do Juízo da execução, remeter-se-á cópia da 
sentença do livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver transferido e à autoridade incumbida da 
observação cautelar e de proteção. 
 
Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de apresentar-se imediatamente às autoridades referidas no 
artigo anterior. 
 
Art. 135. Reformada a sentença denegatória do livramento, os autos baixarão ao Juízo da execução, para as 
providências cabíveis. 
 
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de livramento com a cópia integral da sentença em 2 vias, 
remetendo-se uma à autoridade administrativa incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário. 
 
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do 
Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte: 
 
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados, pelo Presidente do Conselho 
Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz; 
 
II - a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para as condições impostas na sentença de 
livramento; 
 
III - o liberando declarará se aceita as condições. 
 
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou 
alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever. 
 
§ 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução. 
 
Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-lhe-á entregue, além do saldo de seu pecúlio e do que 
lhe pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida. 
 
§ 1º A caderneta conterá: 
 
a) a identificação do liberado; 
 
b) o texto impresso do presente Capítulo; 
 
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c) as condições impostas. 
 
§ 2º Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um salvo-conduto, em que constem as condições do 
livramento, podendo substituir-se a ficha de identificação ou o seu retrato pela descrição dos sinais que possam 
identificá-lo. 
 
§ 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço para consignar-se o cumprimento das condições 
referidas no artigo 132 desta Lei. 
 
Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por serviço social penitenciário, Patronato ou Conselho da 
Comunidade terão a finalidade de: 
 
I - fazer observar o cumprimento das condições especificadas na sentença concessiva do benefício; 
 
II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de suas obrigações e auxiliando-o na obtenção de atividade 
laborativa. 
 
Parágrafo único. A entidade encarregada da observação cautelar e da proteção do liberado apresentará relatório 
ao Conselho Penitenciário, para efeito da representação prevista nos artigos 143 e 144 desta Lei. 
 
Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á nas hipóteses previstas nos artigos 86 e 87 do Código 
Penal. 
 
Parágrafo único. Mantido o livramento condicional, na hipótese da revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o 
liberado ou agravar as condições. 
 
REVOGAÇÃO 
OBRIGATÓRIA FACULTATIVA 
CP. Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado 
vem a ser condenado a PPL, em sentença 
irrecorrível: 
 
I - por crime cometido durante a vigência do 
benefício; 
 
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 
84 deste Código (As penas que correspondem a 
infrações diversas devem somar-se para efeito do 
livramento) 
CP. Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o 
livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das 
obrigações constantes da sentença, ou for 
irrecorrivelmente condenado, por crime ou 
contravenção, a pena que não seja privativa de 
liberdade. 
 
Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á como 
tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a 
soma do tempo das 2 penas. 
 
Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que esteve solto o 
liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento. 
 
Art. 143. A revogação será decretada a requerimento do Ministério Público, mediante representação do Conselho 
Penitenciário, ou, de ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado. 
 
Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou mediante 
representação do Conselho Penitenciário, e ouvido o liberado, poderá modificar as condições especificadas na 
sentença, devendo o respectivo ato decisório ser lido ao liberado por uma das autoridades ou funcionários 
indicados no inciso I do caput do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos incisos II e III e §§ 1o e 2o do 
mesmo artigo. 
 
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho 
Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, 
ficará dependendo da decisão final. 
 
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Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Público ou mediante representação do 
Conselho Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade, se expirar o prazo do livramento sem 
revogação. 
 
Seção VI - Da Monitoração Eletrônica 
 
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
 
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
 
IV - determinar a prisão domiciliar; 
 
Monitoramento Eletrônico – Possíveis Casos 
➢ O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
✓ Autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
 
✓ Determinar a prisão domiciliar; 
Monitoramento Eletrônico – É Possível Falta Grave? – STJ/REsp 1.519.802-SP 
É possível quando se tratar de condenado que rompe a tornozeleira eletrônica ou mantém a bateria sem 
carga suficiente. 
No caso de não observância do perímetro estabelecido para monitoramento de tornozeleira eletrônica 
configura mero descumprimento de condição obrigatória que autoriza a aplicação de sanção disciplinar, 
mas não configura, mesmo em tese, a prática de falta grave. 
 
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico 
e dos seguintes deveres: 
 
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e 
cumprir suas orientações; 
 
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração 
eletrônica ou de permitir que outrem o faça; 
 
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz 
da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: 
 
I - a regressão do regime; 
 
II - a revogação da autorização de saída temporária; 
 
VI - a revogação da prisão domiciliar; 
 
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das 
medidas previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. 
 
Violação dos Deveres do Condenado – Monitoramento Eletrônico – LEP. 
➢ Caso o condenado viole os deveres do monitoramento eletrônico, poderá sofrer sanções, a critério do 
juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa, como a: 
✓ Regressão do regime; 
 
✓ Revogação da autorização de saída temporária; 
 
✓ Revogação da prisão domiciliar; 
 
✓ Advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar 
alguma das medidas previstas acima. 
 
 
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Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser revogada: 
 
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; 
 
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta 
grave. 
 
CAPÍTULO II 
Das Penas Restritivas de Direitos 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício 
ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando 
necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares. 
 
STJ/Súmula 643 
A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. 
 
Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz, motivadamente, alterar, a forma de cumprimento das 
penas de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim de semana, ajustando-as às condições 
pessoais do condenado e às características do estabelecimento, da entidade ou do programa comunitário ou 
estatal. 
 
SEÇÃO II 
Da Prestação de Serviços à Comunidade 
 
Art. 149. Caberá ao Juiz da execução: 
 
I - designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente credenciado ou convencionado, junto ao 
qual o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo com as suas aptidões; 
 
II - determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dias e horário em que deverá cumprir a 
pena; 
 
III - alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às modificações ocorridas na jornada de trabalho. 
 
§ 1º o trabalho terá a duração de 8 horas semanais e será realizado aos sábados, domingos e feriados, ou em 
dias úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho, nos horários estabelecidos pelo Juiz. 
§ 2º A execução terá início a partir da data do primeiro comparecimento. 
 
Art. 150. A entidade beneficiada com a prestação de serviços encaminhará mensalmente, ao Juiz da execução, 
relatório circunstanciado das atividades do condenado, bem como, a qualquer tempo, comunicação sobre 
ausência ou falta disciplinar. 
 
SEÇÃO III 
Da Limitação de Fim de Semana 
 
Art. 151. Caberá ao Juiz da execução determinar a intimação do condenado, cientificando-o do local, dias e 
horário em que deverá cumprir a pena. 
 
Parágrafo único. A execução terá início a partir da data do primeiro comparecimento. 
 
Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e palestras, ou 
atribuídas atividades educativas. 
 
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança, o adolescente e a mulher e de 
tratamento cruel ou degradante, ou de uso de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a 
 
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criança e o adolescente, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de 
recuperação e reeducação. (Lei 14.344/22) 
 
Art. 153. O estabelecimento designado encaminhará, mensalmente, ao Juiz da execução, relatório, bem assim 
comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta disciplinar do condenado. 
 
SEÇÃO IV 
Da Interdição Temporária de Direitos 
 
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade competente a pena aplicada, determinada a 
intimação do condenado. 
 
§ 1º Na hipótese de pena de interdição do artigo 47, inciso I, do Código Penal, a autoridade deverá, em 24 horas, 
contadas do recebimento do ofício, baixar ato, a partir do qual a execução terá seu início. 
 
§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código Penal, o Juízo da execução determinará a apreensão 
dos documentos, que autorizam o exercício do direito interditado. 
 
Art. 155. A autoridade deverá comunicar imediatamente ao Juiz da execução o descumprimento da pena. 
 
Parágrafo único. A comunicação prevista neste artigo poderá ser feita por qualquer prejudicado. 
 
CAPÍTULO III 
Da Suspensão Condicional 
 
Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 a 4 anos, a execução da pena privativa de liberdade, não 
superior a 2 anos, na forma prevista nos artigos 77 a 82 do Código Penal. 
 
Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena privativa de liberdade, na situação determinada no 
artigo anterior, deverá pronunciar-se, motivadamente, sobre a suspensão condicional, quer a conceda, quer a 
denegue. 
 
Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as condições a que fica sujeito o condenado, pelo prazo 
fixado, começando este a correr da audiência prevista no artigo 160 desta Lei. 
 
§ 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado, devendo ser incluída entre as 
mesmas a de prestar serviços à comunidade, ou limitação de fim de semana, salvo hipótese do artigo 78, § 2º, do 
Código Penal. 
 
§ 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante proposta do 
Conselho Penitenciário, modificar as condições e regras estabelecidas na sentença, ouvido o condenado. 
 
§ 3º A fiscalização do cumprimento das condições,reguladas nos Estados, Territórios e Distrito Federal por 
normas supletivas, será atribuída a serviço social penitenciário, Patronato, Conselho da Comunidade ou instituição 
beneficiada com a prestação de serviços, inspecionados pelo Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou 
ambos, devendo o Juiz da execução suprir, por ato, a falta das normas supletivas. 
 
§ 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à entidade fiscalizadora, para comprovar a observância das 
condições a que está sujeito, comunicará, também, a sua ocupação e os salários ou proventos de que vive. 
 
§ 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar imediatamente ao órgão de inspeção, para os fins legais, qualquer 
fato capaz de acarretar a revogação do benefício, a prorrogação do prazo ou a modificação das condições. 
 
§ 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local 
da nova residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-se imediatamente. 
 
Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for concedida por Tribunal, a este caberá estabelecer as 
condições do benefício. 
 
§ 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal modificar as condições estabelecidas na sentença recorrida. 
 
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§ 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a 
incumbência de estabelecer as condições do benefício, e, em qualquer caso, a de realizar a audiência 
admonitória. 
 
Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, o Juiz a lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o 
das consequências de nova infração penal e do descumprimento das condições impostas. 
 
Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 dias, o réu não comparecer injustificadamente 
à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada imediatamente a pena. 
 
Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e a prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma 
do artigo 81 e respectivos parágrafos do Código Penal. 
 
Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a nota de suspensão em livro especial do Juízo a que 
couber a execução da pena. 
 
§ 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o fato averbado à margem do registro. 
 
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para efeito de informações requisitadas por órgão judiciário ou 
pelo Ministério Público, para instruir processo penal. 
 
CAPÍTULO IV 
Da Pena de Multa 
 
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo 
judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 dias, 
pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora. 
 
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depósito da respectiva importância, proceder-se-á à 
penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a execução. 
 
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução seguirão o que dispuser a lei processual civil. 
 
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel, os autos apartados serão remetidos ao Juízo Cível para 
prosseguimento. 
 
Art. 166. Recaindo a penhora em outros bens, dar-se-á prosseguimento nos termos do § 2º do artigo 164, desta 
Lei. 
 
Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 
do Código Penal). 
 
Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa se efetue mediante desconto no vencimento ou 
salário do condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do Código Penal, observando-se o seguinte: 
 
I - o limite máximo do desconto mensal será o da quarta parte da remuneração e o mínimo o de um décimo; 
 
II - o desconto será feito mediante ordem do Juiz a quem de direito; 
 
III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a importância 
determinada. 
 
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164 desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o 
pagamento da multa em prestações mensais, iguais e sucessivas. 
 
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências para verificar a real situação econômica do condenado 
e, ouvido o Ministério Público, fixará o número de prestações. 
 
 
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§ 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar de situação econômica, o Juiz, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, revogará o benefício executando-se a multa, na forma prevista neste Capítulo, ou 
prosseguindo-se na execução já iniciada. 
 
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada cumulativamente com pena privativa da liberdade, enquanto esta 
estiver sendo executada, poderá aquela ser cobrada mediante desconto na remuneração do condenado (artigo 
168). 
 
§ 1º Se o condenado cumprir a pena privativa de liberdade ou obtiver livramento condicional, sem haver resgatado 
a multa, far-se-á a cobrança nos termos deste Capítulo. 
 
§ 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior aos casos em que for concedida a suspensão condicional da 
pena. 
 
TÍTULO VI 
Da Execução das Medidas de Segurança 
 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a expedição de guia 
para a execução. 
 
Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a tratamento 
ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança, sem a guia expedida pela autoridade judiciária. 
 
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas 
as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá: 
 
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de identificação; 
 
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do 
trânsito em julgado; 
 
III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do tratamento ambulatorial; 
 
IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento ou internamento. 
 
§ 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento e de sujeição a tratamento. 
 
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao prazo de execução. 
 
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo que couber, o disposto nos artigos 8° e 9° 
desta Lei. 
 
CAPÍTULO II 
Da Cessação da Periculosidade 
 
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de duração da medida de 
segurança, pelo exame das condições pessoais do agente, observando-se o seguinte: 
 
I - a autoridade administrativa, até 1 mês antes de expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá ao Juiz 
minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou permanência da medida; 
 
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; 
 
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o Ministério Público 
e o curador ou defensor, no prazo de 3 dias para cada um; 
 
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IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver; 
 
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas diligências, ainda que 
expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança; 
 
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, 
no prazo de 5 dias.Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de segurança, poderá o 
Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado, seu procurador 
ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade, procedendo-se nos termos do 
artigo anterior. 
 
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação da periculosidade, observar-se-á, no que lhes for 
aplicável, o disposto no artigo anterior. 
 
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação (artigo 97, § 3º, do Código Penal), aplicar-se-á o 
disposto nos artigos 132 e 133 desta Lei. 
 
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem para a desinternação ou a liberação. 
 
TÍTULO VII 
Dos Incidentes de Execução 
 
CAPÍTULO I 
Das Conversões 
 
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, poderá ser convertida em restritiva de 
direitos, desde que: 
 
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto; 
 
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 da pena; 
 
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável. 
 
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 
45 e seus incisos do Código Penal. 
 
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado: 
 
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por edital; 
 
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço; 
 
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto; 
 
d) praticar falta grave; 
 
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido 
suspensa. 
 
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado não comparecer ao 
estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada pelo Juiz 
ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo anterior. 
 
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o condenado exercer, injustificadamente, 
o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, deste artigo. 
 
 
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Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação 
da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade 
administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança. 
 
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar incompatibilidade 
com a medida. 
 
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será de 1 ano. 
 
CAPÍTULO II 
Do Excesso ou Desvio 
 
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados 
na sentença, em normas legais ou regulamentares. 
 
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução: 
 
I - o Ministério Público; 
 
II - o Conselho Penitenciário; 
 
III - o sentenciado; 
 
IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal. 
 
Excesso ou Desvio de Execução 
Ocorrerá sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados na sentença, em normas legais ou 
regulamentares. 
Quem pode Suscitar o Incidente? 
➢ Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução: 
✓ Ministério Público; 
 
✓ Conselho Penitenciário; 
 
✓ Sentenciado; 
 
✓ Qualquer dos demais órgãos da execução penal. 
 
CAPÍTULO III 
Da Anistia e do Indulto 
 
Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, por 
proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade. 
 
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, 
do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa. 
 
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho 
Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior encaminhamento ao Ministério da Justiça. 
 
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo e do prontuário, promoverá as diligências que 
entender necessárias e fará, em relatório, a narração do ilícito penal e dos fundamentos da sentença 
condenatória, a exposição dos antecedentes do condenado e do procedimento deste depois da prisão, emitindo 
seu parecer sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer formalidade ou circunstâncias omitidas na petição. 
 
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a petição 
será submetida a despacho do Presidente da República, a quem serão presentes os autos do processo ou a 
certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar. 
 
 
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Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará 
a execução aos termos do decreto, no caso de comutação. 
 
Indulto Comutação 
O Juiz declarará extinta a pena. O Juiz ajusta a execução. 
 
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do 
Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa, providenciará de 
acordo com o disposto no artigo anterior. 
 
TÍTULO VIII 
Do Procedimento Judicial 
 
Art. 194. O procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-se perante 
o Juízo da execução. 
 
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a requerimento do Ministério Público, do interessado, 
de quem o represente, de seu cônjuge, parente ou descendente, mediante proposta do Conselho 
Penitenciário, ou, ainda, da autoridade administrativa. 
 
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, em 3 dias, o condenado e o Ministério Público, quando 
não figurem como requerentes da medida. 
 
§ 1º Sendo desnecessária a produção de prova, o Juiz decidirá de plano, em igual prazo. 
 
§ 2º Entendendo indispensável a realização de prova pericial ou oral, o Juiz a ordenará, decidindo após a 
produção daquela ou na audiência designada. 
 
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. 
 
STF/Súmula 700 
É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal. 
 
TÍTULO IX 
Das Disposições Finais e Transitórias 
 
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execução penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que 
perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos, bem como exponha o preso à inconveniente 
notoriedade, durante o cumprimento da pena. 
 
Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado por decreto federal. (Regulamento) 
 
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho. 
 
Art. 201. Na falta de estabelecimento adequado, o cumprimento da prisão civil e da prisão administrativa se 
efetivará em seção especial da Cadeia Pública. 
 
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por 
autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir 
processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei. 
 
Art. 203. No prazo de 6 meses, a contar da publicação desta Lei, serão editadas as normas complementares ou 
regulamentares, necessárias à eficácia dos dispositivos não autoaplicáveis.§ 1º Dentro do mesmo prazo deverão as Unidades Federativas, em convênio com o Ministério da Justiça, projetar 
a adaptação, construção e equipamento de estabelecimentos e serviços penais previstos nesta Lei. 
 
 
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§ 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser providenciada a aquisição ou desapropriação de prédios para 
instalação de casas de albergados. 
 
§ 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá ser ampliado, por ato do Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária, mediante justificada solicitação, instruída com os projetos de reforma ou de construção 
de estabelecimentos. 
 
§ 4º O descumprimento injustificado dos deveres estabelecidos para as Unidades Federativas implicará na 
suspensão de qualquer ajuda financeira a elas destinada pela União, para atender às despesas de execução das 
penas e medidas de segurança. 
 
Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitantemente com a lei de reforma da Parte Geral do Código Penal, 
revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 3.274, de 2 de outubro de 1957. 
 
 
 
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Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será 
exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral 
ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
 
STJ/Súmula 192 
Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados 
pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração 
Estadual. 
 
STJ/CC 93.777 
A competência para execução penal não se encontra atrelada à natureza do delito praticado, 
tampouco à categoria do juízo processante, mas sim à jurisdição a que se encontra subordinado o 
estabelecimento penal de custódia. Em outras palavras, tratando-se de estabelecimento sob 
administração estadual, federal ou militar, a competência para execução penal há de ser fixada, 
respectivamente, no âmbito da Justiça Estadual, Federal ou Militar. 
 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a 
exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
 
STF/HC 199.901. 
O Supremo Tribunal Federal, por jurisprudência consolidada, admite que pode ser exigido 
fundamentadamente o exame criminológico pelo juiz para avaliar pedido de progressão de regime prisional. 
Não há ilegalidade na exigência de laudo criminológico, como medida prévia à avaliação judicial quanto à 
progressão de regime, quando respaldada, dentre outros fundamentos, no envolvimento do Paciente com 
facção criminosa. 
 
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime 
contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por 
técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. (Lei 13.964/19). 
 
STJ/RHC 162.703-RS 
É nula, para fins de identificação criminal, a coleta compulsória de material orgânico não descartado de 
pessoas definitivamente não condenadas. 
 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três 
quartos) do salário mínimo. 
 
STF/ ADPF 336-DF 
O patamar mínimo diferenciado de remuneração aos presos previstos no Art. 29, caput, da Lei nº 
7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP) não representa violação aos princípios da dignidade humana e 
da isonomia, sendo inaplicável à hipótese a garantia de salário-mínimo prevista no art. 7º, IV, da 
Constituição Federal. 
 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade. 
 
STJ/ HC 264989-SP 
A LEP estabelece que o condenado com pena privativa de liberdade que injustificadamente recuse a 
realizar o trabalho obrigatório estabelecido no art. 31 e art. 39, V desta lei, acaba cometendo falta grave 
conforme o Art. 50, VI. Não viola o Art. 5º. XL VII, “c” da CF/88, o trabalho obrigatório apresentado pela LEP, 
não sendo caracterizada para o condenado uma pena de trabalho forçado. 
 
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48 
 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso nos 
domingos e feriados. 
 
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de 
conservação e manutenção do estabelecimento penal. 
 
Jornada de Trabalhado do Preso 
Regra Exceções 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEP. Art. 33. A jornada normal de trabalho não será 
inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso 
nos domingos e feriados. 
 
LEP. Art. 33. Parágrafo único. Poderá ser atribuído 
horário especial de trabalho aos presos designados 
para os serviços de conservação e manutenção do 
estabelecimento penal. 
 
STJ/REsp 1064934/RS. Se o apenado desempenhar 
atividade laboral fora do limite máximo da jornada de 
trabalho (8 horas diárias), o período excedente deverá 
ser computado para fins de remição de pena, 
considerando-se cada 6 horas extras realizadas como 
1 dia de trabalho. 
 
STJ/HC 346948-RS. Se o preso, ainda que sem 
autorização do juízo ou da direção do estabelecimento 
prisional, efetivamente trabalhar nos domingos e 
feriados, esses dias deverão ser considerados no 
cálculo da remição da pena. 
 
STF/RHC 136509/MG. Trabalho cumprido em jornada 
inferior ao mínimo legal pode ser aproveitado para fins 
de remição caso tenha sido uma determinação da 
direção do presídio. 
 
SEÇÃO III 
Do Trabalho Externo 
 
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que 
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 
STJ/REsp 1.695.783-RO 
A jurisprudência deste Superior Tribunal considera que, para a autorização ao trabalho externo do preso 
em regime fechado, é imprescindível vigilância direta, mediante escolta, o que, in casu, não se faz 
possível. 
 
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de 
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 
 
STJ/Súmula 40 
Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de 
cumprimento da pena no regime fechado. 
 
STF/ TrabExt-AgR/DF 
Em tese, o condenado ao regime semiaberto ou aberto poderia ter direito ao trabalho externo já no primeiro 
dia de cumprimento da pena. O art. 37 da LEP (que exige o cumprimento mínimo de 1/6 da pena) somente 
se aplica aos condenados que se encontrem em regime inicial fechado. 
 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
 
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49 
 
II - fugir; 
 
III- possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
 
IV - provocar acidente de trabalho; 
 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
 
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 
 
STJ/Súmula 441 
A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. 
 
STJ/Súmula 526 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no 
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal 
instaurado para apuração do fato. 
 
STJ/Súmula 533 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. 
 
STJ/Súmula 534 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento 
de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
 
STJ/Súmula 535 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem 
prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Lei 13.964/19) 
 
I - duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma 
espécie; (Lei 13.964/19) 
 
II - recolhimento em cela individual; (Lei 13.964/19) 
 
III - visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado 
judicialmente, com duração de 2 horas; (Lei 13.964/19) 
 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde 
que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; (Lei 13.964/19) 
 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir 
o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; (Lei 13.964/19) 
 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; (Lei 13.964/19) 
 
 
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50 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Lei 13.964/19) 
 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, 
nacionais ou estrangeiros: (Lei 13.964/19) 
 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; (Lei 
13.964/19) 
 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização 
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. (Lei 
13.964/19) 
 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou 
milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar 
diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. (Lei 13.964/19) 
 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado 
sucessivamente, por períodos de 1 ano, existindo indícios de que o preso: (Lei 13.964/19) 
 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da 
sociedade; (Lei 13.964/19) 
 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados 
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a 
superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. (Lei 13.964/19) 
 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta 
segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso 
com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. 
(Lei 13.964/19) 
 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de áudio e 
vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Lei 13.964/19) 
 
§ 7º Após os primeiros 6 meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita de que 
trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será 
gravado, com uma pessoa da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos. (Lei 13.964/19) 
 
STJ – Teses Sobre Falta Grave em Execução Penal – Edição 07 
Tese 01 
Após a vigência da Lei n. 11.466, de 28 de março de 2007, constitui falta grave a posse de aparelho celular 
ou de seus componentes, tendo em vista que a ratio essendi da norma é proibir a comunicação entre os 
presos ou destes com o meio externo. 
Tese 02 
A prática de fato definido como crime doloso no curso da execução penal caracteriza falta grave, 
independentemente do trânsito em julgado de eventual sentença penal condenatória. (Tese julgada sob o rito 
do art. 543-C do CPC/73 - Tema 655) 
Tese 03 
Diante da inexistência de legislação específica quanto ao prazo prescricional para apuração de falta grave, 
deve ser adotado o menor lapso prescricional previsto no art. 109 do CP, ou seja, o de 3 anos para fatos 
ocorridos após a alteração dada pela Lei n. 12.234, de 5 de maio de 2010, ou o de 2 anos se a falta tiver 
ocorrido até essa data. 
Tese 04 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar, no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito 
de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. (Tese julgada sob o rito 
do art. 543-C do CPC/73 - Tema 652) 
 
 
 
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51 
Tese 05 
A prática de falta grave pode ensejar a regressão cautelar do regime prisional sem a prévia oitiva do 
condenado, que somente é exigida na regressão definitiva. 
Tese 06 
O cometimento de falta grave enseja a regressão para regime de cumprimento de pena mais gravoso. 
Tese 07 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a obtenção do benefício da progressão de 
regime. 
Tese 08 
Com o advento da Lei n. 12.433, de 29 de junho de 2011, o cometimento de falta grave não mais enseja a 
perda da totalidade do tempo remido, mas limita-se ao patamar de 1/3, cabendo ao juízo das execuções 
penais dimensionar o quantum, segundo os critérios do art. 57 da LEP. 
Tese 09 
A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. (Súmula n. 441/STJ) 
Tese 10 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para aquisição do indulto e da comutação, salvo se houver 
expressa previsão a respeito no decreto concessivo dos benefícios. 
 
STJ – Teses Sobre Falta Grave em Execução Penal II – Edição144 
Tese 01 
Faltas graves cometidas em período longínquo e já reabilitadas não configuram fundamento idôneo para 
indeferir o pedido de progressão de regime, para que os princípios da razoabilidade e da ressocialização da 
pena e o direito ao esquecimento sejam respeitados. 
Tese 02 
O cometimento de falta de natureza especialmente grave constitui fundamento idôneo para decretação de 
perda dos dias remidos na fração legal máxima de 1/3 (art. 127 da Lei N. 7.210/1984 - Lei de Execução 
Penal). 
Tese 03 
O cometimento de falta grave durante a execução penal autoriza a regressão do regime de cumprimento de 
pena, mesmo que seja estabelecido de forma mais gravosa do que a fixada na sentença condenatória (art. 
118, I, da Lei de Execução Penal - LEP), não havendo falar em ofensa à coisa julgada. 
Tese 04 
Quando não houver regressão de regime prisional, é dispensável a realização de audiência de justificação 
no procedimento administrativo disciplinar para apuração de falta grave. 
Tese 05 
A prática de falta grave durante o cumprimento da pena não acarreta a alteração da data-base para fins de 
saída temporária e trabalho externo. 
Tese 06 
A posse de fones de ouvido no interior do presídio é conduta formal e materialmente típica, configurando 
falta de natureza grave, uma vez que viabiliza a comunicação intra e extramuros. 
Tese 07 
É prescindível a perícia de aparelho celular apreendido para a configuração da falta disciplinar de natureza 
grave do art. 50, VII, da Lei n. 7.210/1984. 
Tese 08 
O reconhecimento de falta grave prevista no art. 50, III, da Lei n. 7.210/1984 dispensa a realização de perícia 
no objeto apreendido para verificação da potencialidade lesiva, por falta de previsão legal. 
Tese 09 
É imprescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e 
a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento prisional. 
Tese 10 
A posse de drogas no curso da execução penal, ainda que para uso próprio, constitui falta grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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52 
STJ – Teses Sobre Falta Grave em Execução Penal IV – Edição 145 
Tese 01 
É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de falta grave praticada pelo apenado em 
autoria coletiva, não se admitindo a sanção coletiva a todos os participantes indistintamente. 
Tese 02 
A imposição da falta grave ao executado em razão de conduta praticada por terceiro, quando não 
comprovada a autoria do reeducando, viola o princípio constitucional da intranscendência (art. 5º, XLV, da 
Constituição Federal). 
Tese 03 
A desobediência aos agentes penitenciários configura falta de natureza grave, a teor da combinação entre os 
art. 50, VI, e art. 39, II e V, da Lei de Execuções Penais. 
Tese 04 
A inobservância do perímetro estabelecido para monitoramento de tornozeleira eletrônica configura falta 
disciplinar de natureza grave, nos termos dos art. 50, VI, e art. 39, V, da LEP. 
Tese 05 
A utilização de tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente configura falta disciplinar de natureza grave, nos 
termos dos art. 50, VI, e art. 39, V, da LEP. 
Tese 06 
O rompimento da tornozeleira eletrônica configura falta disciplinar de natureza grave, a teor dos art. 50, VI e 
art. 146-C da Lei n. 7.210/1989 - LEP. 
Tese 07 
A fuga configura falta grave de natureza permanente, porquanto o ato de indisciplina se prolonga no tempo, 
até a recaptura do apenado. 
Tese 08 
O marco inicial da prescrição para apuração da falta grave em caso de fuga é o dia da recaptura do foragido. 
Tese 09 
A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do requisito subjetivo necessário para a 
concessão de benefícios da execução penal. 
Tese 10 
A prática de falta grave no curso da execução penal constitui fundamento idôneo para negar a progressão de 
regime, ante a ausência de preenchimento do requisito subjetivo. 
Tese 11 
O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exigência de 
exame criminológico para fins de progressão de regime. 
Tese 12 
Os efeitos da prática de outra infração penal, no curso do livramento condicional, submetem-se às regras 
próprias deste benefício e, portanto, não se confundem com os consectários legais da falta grave. 
Tese 13 
A falta disciplinar grave impede a concessão do livramento condicional, por evidenciar a ausência do 
requisito subjetivo relativo ao comportamento satisfatório durante o resgate da pena, nos termos do art. 83, 
III, do Código Penal - CP. 
Tese 14 
O cometimento de falta grave é motivo idôneo para o indeferimento do benefício da saída temporária, por 
ausência de preenchimento do requisito subjetivo. 
Tese 15 
A falta grave disciplinar deve ser sopesada pelo órgão jurisdicional na análise do requisito subjetivo para fins 
de concessão de trabalho externo, nos termos do art. 37 da LEP. 
Tese 16 
Consoante previsão dos art. 50, VI, e art. 39, V, da LEP, configura falta grave a recusa pelo condenado à 
execução de trabalho interno regularmente determinado pelo agente público competente, não havendo que 
se confundir o dever de trabalho, referendado pela Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 6º), com 
a pena de trabalho forçado, vedada pela Constituição Federal - art. 5º, XLVIII, c. 
Tese 17 
A falta disciplinar de natureza grave praticada no período estabelecido pelos decretos presidenciais que 
tratam de benefícios executórios impede a concessão de indulto ou de comutação da pena, ainda que a 
penalidade tenha sido homologada após a publicação das normas. 
Tese 18 
A prática de falta grave durante a execução permite a regressão de regime de pena per saltum (art. 118, I, 
da LEP), sendo desnecessária a observância da forma progressiva estabelecida no art. 112 da mesma lei. 
 
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53 
 
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a 
hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
 
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. 
 
Prescrição das sanções disciplinares 
STF/HC 114422/RS 
Não existe lei federal prevendo tal prazo. Por essa razão, a jurisprudência aplica (STF, HC 114.422, Info 745; 
STJ, RHC 37.428), por analogia, o menor prazo prescricional existente no Código Penal, que é de 3 anos, 
conforme art. 109, VI, CP. Com a prescrição evita-se a eternização do poder punitivo do Estado. 
 
Isolamento, Suspensão e Restrição de Direitos - Prazo 
Regra Exceção 
Não poderão exceder a 30 dias 
Poderá exceder o prazo de trinta dias quando se 
tratar de regime disciplinar diferenciado. 
 
SÚMULAS RELATIVAS À FALTA GRAVE 
STJ/Súmula 526 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no 
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal 
instaurado para apuração do fato. 
STJ/Súmula 533 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. 
STJ/Súmula 534 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de 
pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
STJ/Súmula 535 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
STF/RE 972.598 
A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de justificação realizada na presença 
do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidadede prévio Procedimento Administrativo 
Disciplinar (PAD), assim como supre eventual ausência ou insuficiência de defesa técnica no PAD 
instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da pena. 
 
Assim sendo, a apuração da prática de falta grave perante o juízo da Execução Penal é compatível com os 
princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, da CF). 
STJ/HC 595.942/MG 
Diante dessa nova orientação traçada pelo Supremo Tribunal Federal, esta Corte tem entendido que a 
Súmula n 533 do STJ, que reputa obrigatória a prévia realização de procedimento administrativo disciplinar 
para o reconhecimento de falta praticada pelo condenado durante a execução penal, deve ser relativizada, 
sobretudo em casos nos quais o reeducando pratica falta grave durante o cumprimento de pena extra 
muros, ocasiões em que a realização de audiência de justificação em juízo, com a presença da defesa 
técnica e do Parquet, é suficiente para a homologação da falta, não havendo que se falar em prejuízo 
para o executado, visto que atendidas as exigências do contraditório e da ampla defesa, assim como os 
princípios da celeridade e da instrumentalidade das formas. Isso porque a sindicância realizada por meio 
do PAD somente se revelaria útil e justificável para averiguar fatos vinculados à casa prisional, 
praticados no interior da cadeia ou sujeitos ao conhecimento e à supervisão administrativa da 
autoridade penitenciária. 
STJ/HC 579.647/PR 
A relativização do verbete sumular n. 533/STJ não desprestigia o disposto nos arts. 47, 48 e 59 da LEP, pois, 
como se sabe, o executado que cumpre pena em regime aberto, semiaberto harmonizado (com 
tornozeleira eletrônica ou em prisão domiciliar sem tornozeleira) ou em livramento condicional deixa 
de se reportar à direção do presídio e passa a se reportar diretamente ao Juízo de Execução Criminal, 
responsável pelo estabelecimento e fiscalização das condições a serem observadas durante o cumprimento 
da pena extra muros, não havendo como se afirmar que nessa etapa da execução penal o executado 
remanesce sob o poder disciplinar da autoridade administrativa penitenciária. 
 
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54 
 
STJ/Súmula 660 
A posse, pelo apenado, de aparelho celular ou de seus componentes essenciais constitui falta grave. 
 
STJ/Súmula 661 
A falta grave prescinde da perícia do celular apreendido ou de seus componentes essenciais. 
 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do 
fato, dependerá de despacho do juiz competente. 
 
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será 
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
 
Jornada de Direito Processual Penal – Enunciado 30 
A decisão do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que avalia a falta disciplinar sujeita-se a 
posterior análise e decisão judicial, podendo ser novamente examinadas as questões de fato e de 
direito, bem como o magistrado proferir nova decisão, para reconhecimento ou não da referida falta. 
 
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua 
ausência, ao da sentença. 
 
STJ/CC 129.703 TO 
Em se tratando de execução de pena definitiva ou provisória, compete ao Juízo da execução do local de 
cumprimento da reprimenda decidir sobre os incidentes que surgirem durante a execução, por força do 
art. 65 da LEP. 
 
SEÇÃO II 
Dos Regimes 
 
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos 
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das 
penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. 
 
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está 
sendo cumprida, para determinação do regime. 
 
STJ/REsp 1.991.853-MG 
Nos termos do art. 111 da LEP, as penas de reclusão e de detenção devem ser consideradas 
cumulativamente, já que ambas são da mesma espécie, ou seja, penas privativas de liberdade. 
 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime 
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Lei 13.964/19) 
 
I - 16% da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
 
II - 20% da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
 
III - 25% da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
 
IV - 30% da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; 
 
V - 40% da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; 
 
VI - 50% da pena, se o apenado for: 
 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o 
livramento condicional; 
 
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55 
 
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a 
prática de crime hediondo ou equiparado; ou 
 
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 
 
VII - 60% da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; 
 
VIII - 70% da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, 
vedado o livramento condicional. 
 
STJ/REsp 2.015.414-MG 
Aplica-se se o percentual previsto no art. 112, inciso VI, alínea "a", da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução 
Penal) para a progressão de regime ao condenado por crime hediondo com resultado morte e reincidente 
genérico, quando a condenação tenha ocorrido antes da entrada em vigor da Lei n. 13.964/2019 (Pacote 
Anticrime). 
 
STF/ARE 1.327.963/SP 
Ao reincidente não específico em crime hediondo, aplica-se, inclusive retroativamente, o inciso V do artigo 
112 da LEP para fins de progressão de regime. 
 
“Tendo em vista a legalidade e a taxatividade da norma penal (art. 5º, XXXIX, CF), a alteração promovida 
pela Lei 13.964/2019 no art. 112 da LEP não autoriza a incidência do percentual de 60% (inc. VII) aos 
condenados reincidentes não específicos para o fim de progressão de regime. Diante da omissão legislativa, 
impõe-se a analogia in bonam partem, para aplicação, inclusive retroativa, do inciso V do artigo 112 da LEP 
(lapso temporal de 40%) ao condenado por crime hediondo ou equiparado sem resultado morte reincidente 
não específico.” 
 
STF/HC 188.820 MC-Ref/DF 
Diante da persistência do quadro pandêmico de emergência sanitária decorrente da Covid-19 e presentes a 
plausibilidade jurídica do direito invocado, bem como o perigo de lesão irreparável ou de difícil reparação a 
direitos fundamentais das pessoas levadas ao cárcere, admite-se — analisadas as peculiaridades dos 
processos individuais pelos respectivos juízos de execução penal, e desde que presentes os requisitos 
subjetivos — a adoção de medidas tendentes a evitar a infecção e a propagação da Covid-19 em 
estabelecimentos prisionais, dentre as quais a progressão antecipada da pena. 
 
STJ/REsp 1.910.240-MG 
É reconhecida a retroatividade do patamar estabelecido no art. 112, V, da Lei n. 13.964/2019, àqueles 
apenados que, embora tenham cometido crime hediondo ou equiparado sem resultado morte, não sejam 
reincidentes em delito de natureza semelhante. 
 
Jornada de Direito e Processo Penal – Enunciado 25O princípio da legalidade impõe que se observe, quando da soma das penas, o cálculo diferenciado para fins 
de progressão de regime. 
Jornada de Direito e Processo Penal – Enunciado 31 
Na execução penal, o não pagamento da multa pecuniária ou a ausência do seu parcelamento não 
impedem a progressão de regime, desde que os demais requisitos a tanto estejam preenchidos e que 
se demonstre a impossibilidade econômica de o apenado adimpli-la. 
 
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das 
seguintes condições gerais e obrigatórias: 
 
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; 
 
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
 
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; 
 
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. 
 
 
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56 
STJ/ HC 657.382/SC 
O período de suspensão do dever de apresentação mensal em juízo, em razão da pandemia de Covid-19, 
pode ser reconhecido como pena efetivamente cumprida. 
 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se 
tratar de: 
 
I - condenado maior de 70 anos; 
 
II - condenado acometido de doença grave; 
 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
 
IV - condenada gestante. 
 
Jornada de Direito e Processo Penal – Enunciado 26 
É possível, em situações excepcionais, a aplicação da prisão domiciliar humanitária, prevista no art. 117 da 
Lei nº 7.210/1984, também aos condenados em cumprimento de regime fechado e semiaberto. 
 
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e 
a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos: 
 
I - comportamento adequado; 
 
II - cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se o condenado for primário, e 1/4, se reincidente; 
 
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. 
 
STJ/HC 795.970-SC 
Não se aplica limite temporal à análise do requisito subjetivo para concessão de saída temporária, devendo 
ser considerado todo o período de execução da pena, a fim de se averiguar o mérito do apenado. 
 
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada por mais 4 
vezes durante o ano. 
 
STJ/Súmula 520 
O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à 
autoridade administrativa do estabelecimento prisional. (É de competência do Juiz da execução decidir sobre 
o tema). 
 
§ 3º Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 dias 
de intervalo entre uma e outra. 
 
Cronograma de 
Saídas 
Temporárias. 
STF/HC 130.502/RJ 
É legítima a decisão judicial que estabelece calendário anual de saídas temporárias 
para visita à família do preso. Para o STF, um único ato judicial que analisa o histórico 
do sentenciado e estabelece um calendário de saídas temporárias, com a expressa 
ressalva que as autorizações poderão ser revistas em caso de cometimento de infração 
disciplinar, mostra-se suficiente para fundamentar a autorização de saída temporária. 
STJ/REsp 1.544.036-RJ 
É recomendável que cada autorização de saída temporária do preso seja precedida de 
decisão judicial motivada. Entretanto, se a apreciação individual do pedido estiver, por 
deficiência exclusiva do aparato estatal, a interferir no direito subjetivo do apenado e no 
escopo ressocializador da pena, deve ser reconhecida, excepcionalmente, a 
possibilidade de fixação de calendário anual de saídas temporárias por ato judicial 
único, observadas as hipóteses de revogação automática do art. 125 da LEP. 
 
O calendário prévio das saídas temporárias deverá ser fixado, obrigatoriamente, pelo 
Juízo das Execuções, não se lhe permitindo delegar à autoridade prisional a escolha 
das datas específicas nas quais o apenado irá usufruir os benefícios. 
 
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57 
 
SEÇÃO IV 
Da Remição 
 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou 
por estudo, parte do tempo de execução da pena. . 
 
§ 4º. O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-
se com a remição. . 
 
STJ/REsp 1.953.607-SC 
Nada obstante a interpretação restritiva que deve ser conferida ao art. 126, §4º, da LEP, os princípios da 
individualização da pena, da dignidade da pessoa humana, da isonomia e da fraternidade, ao lado da teoria 
da derrotabilidade da norma e da situação excepcionalíssima da pandemia de Covid-19, impõem o cômputo 
do período de restrições sanitárias como de efetivo estudo ou trabalho em favor dos presos que já estavam 
trabalhando ou estudando e se viram impossibilitados de continuar seus afazeres unicamente em razão do 
estado pandêmico. 
 
§ 5º. O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 no caso de conclusão do ensino 
fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão 
competente do sistema de educação. 
 
STJ/REsp 1.913.757-SP 
Não é cabível a remição penal por aprovação no ENEM ao reeducando que já havia concluído o ensino 
médio antes de ingressar no sistema prisional. 
 
STJ/ HC 768.530-SP 
É cabível a remição da pena pela aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, ainda que o 
apenado já tenha concluído o ensino médio antes do encarceramento, excluído o acréscimo de 1/3 (um 
terço) com fundamento no art. 126, § 5º, da Lei de Execução Penal. 
 
§ 6º. O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional 
poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de 
execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. 
 
§ 7º. O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.. 
 
§ 8º. A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. 
 
STF/HC 190.806 AgR/SC 
Para o cálculo de dias remidos pelo estudo, a Recomendação 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ) orienta-se pelos parâmetros previstos na Resolução 3/2010 do Conselho Nacional de Educação 
(CNE), a qual, todavia, deve ser conjugada com a carga horária prevista na Lei 9.394/1996, por tratar-se de 
interpretação mais benéfica ao réu. 
 
STJ/HC 602.425-SC 
As 1.200 hs ou 1.600 hs, dispostas na Recomendação n. 44/2013 do CNJ, já equivalem aos 50% da carga 
horária definida legalmente para cada nível de ensino, com base nas quais serão calculados os dias a serem 
remidos. 
 
STF/RHC 203.546/PR 
A ineficiência do Estado em fiscalizar as horas de estudo realizadas a distância pelo condenado não pode 
obstaculizar o seu direito de remição da pena, sendo suficiente para comprová-las a certificação fornecida 
pela entidade educacional. 
 
STJ/HC 684.875-DF 
Não cabe a remição ficta no trabalho de natureza eventual, porquanto não se pode presumir que deixou de 
ser oferecido e exercido em razão do estado pandêmico. 
 
 
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58 
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido, observado o disposto no art. 
57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. 
 
STJ/Súmula 562 
É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado 
ou semiaberto, desempenha atividadelaborativa, ainda que extramuros. 
 
STJ/HC 289.382/RJ 
Inexistente na norma de regência a exigência de frequência mínima obrigatória no curso e de 
aproveitamento escolar satisfatório, não cabe ao intérprete estabelecer ressalvas relativas à 
assiduidade e ao aproveitamento do estudo como sendo requisitos necessários para o deferimento da 
remição. 
 
STJ/HC 131.170/RJ 
Conforme o STJ, a prática esportiva pelo apenado não possibilita remição da pena. 
 
A participação do ora paciente em aulas de capoeira, ainda que contribua para sua ressocialização, não 
pode ser interpretada como frequência em curso de ensino formal, tendo em vista tratar-se de prática 
esportiva e não de atividade intelectual, propriamente dita. 
Possibilidade de Remição da Pena Impossibilidade de Remição da Pena 
Leitura – STJ/HC 349.239 
Autodidatismo – STJ/HC 361.462 
Coral - STJ/REsp 1.666.637 
Trabalho Extramuros - STJ/REsp 1.381.315 
Limpeza de Cela - STJ/HC 116.840 
Capoeira - STJ/HC 131.170 
Fonte: http://www.mpgo.mp.br/portal/conteudo/musica-livros-e-ressocializacao-possibilidades-de-remicao-de-pena-na-visao-
do-stj#.XrjWiahKjIU 
 
STJ/HC 476.067-SP. 
A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça tem admitido que a norma do art. 126 da LEP, ao 
possibilitar a abreviação da pena, tem por objetivo a ressocialização do condenado, sendo possível o uso 
da analogia in bonam partem, que admita o benefício em comento em razão de atividades que não 
estejam expressas no texto legal, como no caso, a leitura e resenha de livros, nos termos da 
Recomendação n. 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça. 
 
STJ/AREsp 984318-MG 
 No caso de horas extraordinárias (acima das oito diárias), o período excedente deverá ser computado 
para fins de remição de pena considerando-se cada 6 horas extras feitas como 1 dia de trabalho. 
 
STF/ HC 114.393 
Para fins de remição de pena, a legislação penal vigente estabelece que a contagem de tempo de execução 
é realizada à razão de um dia de pena a cada três dias de trabalho, sendo a jornada normal de trabalho não 
inferior a seis nem superior a oito horas, o que impõe ao cálculo a consideração dos dias efetivamente 
trabalhados pelo condenado e não as horas. 
 
STF/Info 904 
Não se reconhece a possibilidade de remição ficta da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.mpgo.mp.br/portal/conteudo/musica-livros-e-ressocializacao-possibilidades-de-remicao-de-pena-na-visao-do-stj#.XrjWiahKjIU
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STJ – Teses Sobre Remição da Pena – Edição 12 
Tese 01 
Há remição da pena quando o trabalho é prestado fora ou dentro do estabelecimento prisional, uma 
vez que o art. 126 da Lei de Execução Penal não faz distinção quanto à natureza do trabalho ou quanto ao 
local de seu exercício. 
Tese 02 
O tempo remido pelo apenado por estudo ou por trabalho deve ser considerado como pena efetivamente. 
Tese 03 
Não há remição da pena na hipótese em que o condenado deixa de trabalhar ou estudar em virtude da 
omissão do Estado em fornecer tais atividades. 
Tese 04 
Nos regimes fechado e semiaberto, a remição é conferida tanto pelo trabalho quanto pelo estudo, nos termos 
do art. 126 da Lei de Execução Penal. 
Tese 05 
No regime aberto, a remição somente é conferida se há frequência em curso de ensino regular ou de 
educação profissional, sendo inviável o benefício pelo trabalho. 
Tese 06 
A remição pelo estudo pressupõe a frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, 
independentemente da sua conclusão ou do aproveitamento satisfatório. 
Tese 07 
A decisão que reconhece a remição da pena, em virtude de dias trabalhados, não faz coisa julgada nem 
constitui direito adquirido. 
Tese 08 
Cabe ao juízo da execução fixar a fração aplicável de perda dos dias remidos na hipótese de cometimento 
de falta grave, observando o limite máximo de 1/3 do total e a necessidade de fundamentar a decisão em 
elementos concretos, conforme o art. 57 da Lei de Execução Penal. 
Tese 09 
A nova redação do art. 127 da Lei de Execução Penal, que prevê a limitação da perda dos dias remidos a 
1/3 do total no caso da prática de falta grave, deve ser aplicada retroativamente por se tratar de norma 
penal mais benéfica. 
 
SEÇÃO V 
Do Livramento Condicional 
 
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do artigo 
83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho Penitenciário. 
 
STJ/HC 734.064-SP 
O histórico prisional conturbado do apenado, somado ao crime praticado com violência ou grave ameaça 
(uma condição legal do atual art. 83, parágrafo único, do Código Penal), afasta a constatação inequívoca do 
requisito subjetivo para a concessão do livramento condicional. 
 
Para a concessão do benefício do livramento condicional, deve o reeducando preencher os requisitos de 
natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (em especial, “bom comportamento durante a execução da 
pena”, “bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído” e “aptidão para prover à própria subsistência 
mediante trabalho honesto”), nos termos do art. 83 do Código Penal, com a atual redação, c/c o art. 131 da 
Lei de Execução Penal. 
 
A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de que, para que se afaste o requisito subjetivo das 
benesses executórias, deve o ser com base nos elementos concretos extraídos da execução. 
 
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício 
ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando 
necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares. 
 
STJ/Súmula 643 
A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. 
 
 
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Lei de Execução Penal – Legislação Esquematizada 
 
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60 
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo 
judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 dias, 
pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora. 
 
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depósito da respectiva importância, proceder-se-á à 
penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a execução. 
 
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução seguirão o que dispuser a lei processual civil. 
 
STJ/AREsp 2.222.146-GO 
Não cabe a determinação do pagamento da pena de multa, de ofício, ao juízo da execução. 
 
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 
45 e seus incisos do Código Penal. 
 
STJ/REsp 1.918.287-MG 
Sobrevindo condenação por pena privativa de liberdade no curso da execução de pena restritiva de direitos, 
as penas serão objeto de unificação, com a reconversão da pena alternativa em privativa de liberdade, 
ressalvada a possibilidade de cumprimento simultâneo aos apenados em regime aberto e vedada a 
unificação automática nos casos em que a condenação substituída por pena alternativa é superveniente. 
 
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do 
Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa, providenciará de 
acordo com o disposto no artigo anterior. 
 
STJ – Teses Sobre Indulto e Cominação da Pena – Edição 139 
Tese 01 
O instituto da graça, previsto no art. 5º, XLIII, da Constituição Federal, engloba o indulto e a comutação de 
pena, estando a competência privativado Presidente da Republica para a concessão desses 
benefícios limitada pela vedação estabelecida no referido dispositivo constitucional. 
Tese 02 
A sentença que concede o indulto ou a comutação de pena tem natureza declaratória, não havendo como 
impedir a concessão dos benefícios ao sentenciado, se cumpridos todos os requisitos exigidos no 
decreto presidencial. 
Tese 03 
O deferimento do indulto e da comutação das penas deve observar estritamente os critérios estabelecidos 
pela Presidência da República no respectivo ato de concessão, sendo vedada a interpretação ampliativa da 
norma, sob pena de usurpação da competência privativa disposta no art. 84, XII, da Constituição e, ainda, 
ofensa aos princípios da separação entre os poderes e da legalidade. 
Tese 04 
A análise do preenchimento do requisito objetivo para a concessão dos benefícios de indulto e de comutação 
de pena deve considerar todas as condenações com trânsito em julgado até a data da publicação do 
decreto presidencial, sendo indiferente o fato de a juntada da guia de execução penal ter ocorrido em 
momento posterior à publicação do referido decreto. 
Tese 05 
A superveniência de condenação, seja por fato anterior ou posterior ao inicio do cumprimento da 
pena, não altera a data- base para a concessão da comutação de pena e do indulto. 
Tese 06 
O indulto e a comutação de pena incidem sobre as execuções em curso no momento da edição do 
decreto Presidencial, não sendo possível considerar na base de cálculo dos benefícios as penas já 
extintas em decorrência do integral cumprimento. 
Tese 07 
Para a concessão de indulto, deve ser considerada a pena originalmente imposta, não sendo levada 
em conta, portanto, a pena remanescente em decorrência de comutações anteriores. 
Tese 08 
O cumprimento da fração de pena prevista como critério objetivo para a concessão de indulto deve 
ser aferido em relação a cada uma das sanções alternativas impostas, consideradas individualmente. 
 
 
 
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Tese 09 
Compete ao Juízo da Execução Fiscal a apreciação do pedido de indulto em relação à pena de multa 
convertida em dívida de valor. 
Tese 10 
Não dispondo o decreto autorizador de forma contraria, os condenados por crimes de natureza hedionda 
tem direito aos benefícios de indulto ou de comutação de pena, desde que as infrações penais 
tenham sido praticadas antes da vigência da Lei n. 8.072/1990 e suas modificadoras. 
Tese 11 
É possível a concessão de comutação de pena aos condenados por crime comum praticado em 
concurso com crime hediondo, desde que o apenado tenha cumprido as frações referentes aos 
delitos comum e hediondo, exigidas pelo respectivo decreto presidencial. 
Tese 12 
É possível a concessão de indulto aos condenados por crime de trafico de drogas privilegiado (§4º do 
art. 33 da Lei n. 11.343/2006), por estar desprovido de natureza hedionda. 
Tese 13 
O indulto humanitário requer, para sua concessão, a necessária comprovação, por meio de laudo médico 
oficial ou por médico designado pelo juízo da execução, de que a enfermidade que acomete o 
sentenciado é grave, permanente e exige cuidados que não podem ser prestados no estabelecimento 
prisional. 
Tese 14 
O indulto extingue os efeitos primários condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos 
secundários, penais ou extrapenais. 
 
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. 
 
STF/Súmula 700 
É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal. 
 
STF/Súmula Vinculante 11 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à 
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da 
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
STF/Súmula Vinculante 56 
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime 
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
 
STF/Súmula 700 
É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal. 
 
STF/Súmula 716 
Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos 
severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
STF/Súmula 717 
Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada em 
julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial. 
 
STF/RE 641.320 
I - A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime 
prisional mais gravoso; 
 
II - Os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes 
semiaberto e aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São aceitáveis estabelecimentos 
que não se qualifiquem como "colônia agrícola, industrial" (regime semiaberto) ou "casa de albergado 
ou estabelecimento adequado" (regime aberto) (art. 33, §1º, alíneas "b" e "c"); 
 
III - Havendo déficit de vagas, deverá determinar-se: 
 
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62 
 
(a) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; 
 
(b) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão 
domiciliar por falta de vagas; 
 
(c) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime 
aberto. 
 
Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao 
sentenciado. 
 
STF/Súmula 718 
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a 
imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
 
STF/Súmula 719 
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação 
idônea. 
 
STF/HC 77.496/RS 
O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte 
do tempo de execução da pena. 
OBS: No caso de remição da pena, pelo estudo, é possível em regime aberto. 
 
STF/H.C 114.393 
O período de atividade laboral do apenado que exceder o limite máximo da jornada de trabalho (8 horas) 
deve ser contado para fins de remição, computando-se um dia de trabalho a cada seis horas extras 
realizadas. 
 
STJ/Súmula 40 
Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de 
cumprimento da pena no regime fechado. 
 
STJ/Súmula 192 
Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados 
pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração 
Estadual. 
 
STJ/Súmula 439 
Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. 
 
STJ/Súmula 491 
É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. 
 
STJ/Súmula 520 
Respeitado o limite anual de 35 dias, estabelecido pelo artigo 124 da LEP, é cabível a concessão de 
maior número de autorizações de curta duração. 
 
STJ/Súmula 526 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no 
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal 
instaurado para apuração do fato. 
 
STJ/Súmula 533 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativopelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o 
direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. 
 
 
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STJ/Súmula 534 
A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento 
de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. 
 
STJ/Súmula 535 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. 
 
STJ/Súmula 562 
É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado 
ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros. 
 
STJ/Súmula 604 
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo 
Ministério Público. 
 
STJ/Súmula 617 
A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término do período de 
prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena. 
 
STJ/Súmula 631 
O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos 
secundários, penais ou extrapenais. 
 
STJ/Súmula 662 
Para a prorrogação do prazo de permanência no sistema penitenciário federal, é prescindível a ocorrência de 
fato novo; basta constar, em decisão fundamentada, a persistência dos motivos que ensejaram a 
transferência inicial do preso. 
 
STF/Informativo 838 
O cumprimento de pena em penitenciária federal de segurança máxima por motivo de segurança pública 
não é compatível com a progressão de regime prisional. 
 
STJ/CC 137.899/PR 
A mudança de domicílio pelo condenado que cumpre pena restritiva de direitos ou que seja beneficiário 
de livramento condicional não tem o condão de modificar a competência da execução penal, que 
permanece com o juízo da condenação, sendo deprecada ao juízo onde fixa nova residência somente 
a supervisão e o acompanhamento do cumprimento da medida imposta. 
 
STJ/HC 131.170/RJ 
Conforme o STJ, a prática esportiva pelo apenado não possibilita remição da pena. 
A participação do ora paciente em aulas de capoeira, ainda que contribua para sua ressoacialização, não 
pode ser interpretada como frequência em curso de ensino formal, tendo em vista tratar-se de prática 
esportiva e não de atividade intelectual, propriamente dita. 
Possibilidade de Remição da Pena Impossibilidade de Remição da Pena 
Leitura – STJ/HC 349.239 
Autodidatismo – STJ/HC 361.462 
Coral - STJ/REsp 1.666.637 
Trabalho Extramuros - STJ/REsp 1.381.315 
Limpeza de Cela - STJ/HC 116.840 
Capoeira - STJ/HC 131.170 
Fonte: http://www.mpgo.mp.br/portal/conteudo/musica-livros-e-ressocializacao-possibilidades-de-remicao-de-pena-na-visao-
do-stj#.XrjWiahKjIU 
STJ/HC 426.905/RJ 
As Turmas que compõem a Terceira Seção desta Corte firmaram o entendimento de que, em razão da 
ausência de legislação específica, a prescrição da pretensão de se apurar falta disciplinar, cometida no 
curso da execução penal, deve ser regulada, por analogia, pelo prazo do art. 109 do Código Penal, com a 
incidência do menor lapso previsto, atualmente de três anos, conforme dispõe o inciso VI do aludido 
artigo. 
CP/40. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do 
 
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Lei de Execução Penal – Legislação Esquematizada 
 
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art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, 
verificando-se: 
 
VI - em 3 anos, se o máximo da pena é inferior a 1 ano. 
 
STJ/HC 476.067-SP 
A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça tem admitido que a norma do art. 126 da LEP, ao 
possibilitar a abreviação da pena, tem por objetivo a ressocialização do condenado, sendo possível o uso 
da analogia in bonam partem, que admita o benefício em comento em razão de atividades que não 
estejam expressas no texto legal, como no caso, a leitura e resenha de livros, nos termos da 
Recomendação n. 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça. 
 
STJ/HC 353.689/SP 
I - Não mais se admite, perfilhando o entendimento do col. Pretório Excelso e da eg. Terceira Seção deste 
Superior Tribunal de Justiça, a utilização de habeas corpus substitutivo quando cabível o recurso próprio, 
situação que implica o não-conhecimento da impetração. 
Contudo, no caso de se verificar configurada flagrante ilegalidade, recomenda a jurisprudência a concessão 
da ordem, de ofício. 
II - A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça tem admitido que a norma do art. 126 da LEP, ao 
possibilitar a abreviação da pena, tem por objetivo a ressocialização do condenado, sendo possível o uso 
da analogia in bonam partem, que admita o benefício em comento em razão de atividades que não 
estejam expressas no texto legal, como no caso, a leitura e resenha de livros, nos termos da 
Recomendação n. 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça. 
III - O fato de o estabelecimento penal onde se encontra o paciente assegurar acesso a atividades laborais 
e à educação formal, não impede que se obtenha também a remição pela leitura, que é atividade 
complementar, mas não subsidiária, podendo ocorrer concomitantemente, havendo compatibilidade de 
horários. 
IV - Parecer do Ministério Público Federal pela concessão da ordem, de ofício. Habeas corpus não 
conhecido. 
 
STJ/REsp 783.247 RS 
A remissão, a teor do disposto no art. 126 , § 2º da LEP , pode ser concedida ao preso, mesmo que este 
não trabalhe, desde que impossibilitado de fazê-lo em razão de acidente. 
 
Regras de Mandela - Regra 16 
As instalações de banho e ducha devem ser suficientes para que todos os reclusos possam, quando 
desejem ou lhes seja exigido, tomar banho ou ducha a uma temperatura adequada ao clima, tão 
freqüentemente quanto necessário à higiene geral, de acordo com a estação do ano e a região geográfica, 
mas pelo menos uma vez por semana num clima temperado. 
 
 
 
 
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Lei de Execução Penal – Legislação Esquematizada 
 
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Recomendação nº. 44/13 do CNJ 
 
Art. 1º Recomendar aos Tribunais que: 
 
I - para fins de remição pelo estudo (Lei nº 12.433/2011), sejam valoradas e consideradas as atividades de caráter 
complementar, assim entendidas aquelas que ampliam as possibilidades de educação nas prisões, tais como as 
de natureza cultural, esportiva, de capacitação profissional, de saúde, entre outras, conquanto integradas ao 
projeto político-pedagógico (PPP) da unidade ou do sistema prisional local e sejam oferecidas por instituição 
devidamente autorizada ou conveniada com o poder público para esse fim; 
 
II - para serem reconhecidos como atividades de caráter complementar e, assim, possibilitar a remição pelo 
estudo, os projetos desenvolvidos pelas autoridades competentes podem conter, sempre que possível: 
 
a) disposições a respeito do tipo de modalidade de oferta (presencial ou a distância); 
 
b) indicação da instituição responsável por sua execução e dos educadores e/ou tutores, que acompanharão as 
atividades desenvolvidas; 
 
c) fixação dos objetivos a serem perseguidos; 
 
d) referenciais teóricos e metodológicos a serem observados; 
 
e) carga horária a ser ministrada e respectivo conteúdo programático; 
 
f) forma de realização dos processos avaliativos; 
 
III - considerem, para fins de remição pelo estudo, o número de horas correspondente à efetiva participação do 
apenado nas atividades educacionais, independentemente de aproveitamento,exceto, neste último aspecto 
(aproveitamento), quando o condenado for autorizado a estudar fora do estabelecimento penal (LEP, art. 129, § 
1º), ocasião em que terá de comprovar, mensalmente, por meio de autoridade educacional competente, tanto a 
frequência, como o aproveitamento escolar. 
 
IV - na hipótese de o apenado não estar, circunstancialmente, vinculado a atividades regulares de ensino no 
interior do estabelecimento penal e realizar estudos por conta própria, ou com simples acompanhamento 
pedagógico, logrando, com isso, obter aprovação nos exames nacionais que certificam a conclusão do ensino 
fundamental Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) ou médio 
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a fim de se dar plena aplicação ao disposto no § 5º do art. 126 da LEP 
(Lei n. 7.210/84), considerar, como base de cálculo para fins de cômputo das horas, visando à remição da pena 
pelo estudo, 50% (cinquenta por cento) da carga horária definida legalmente para cada nível de ensino 
[fundamental ou médio - art. 4º, incisos II, III e seu parágrafo único, todos da Resolução n. 03/2010, do CNE], isto 
é, 1600 (mil e seiscentas) horas para os anos finais do ensino fundamental e 1200 (mil e duzentas) horas para o 
ensino médio ou educação profissional técnica de nível médio; 
 
V - estimular, no âmbito das unidades prisionais estaduais e federais, como forma de atividade 
complementar, a remição pela leitura, notadamente para apenados aos quais não sejam assegurados os 
direitos ao trabalho, educação e qualificação profissional, nos termos da Lei n. 7.210/84 (LEP - arts. 17, 28, 
31, 36 e 41, incisos II, VI e VII), observando-se os seguintes aspectos: 
 
a) necessidade de constituição, por parte da autoridade penitenciária estadual ou federal, de projeto específico 
visando à remição pela leitura, atendendo a pressupostos de ordem objetiva e outros de ordem subjetiva; 
 
b) assegurar que a participação do preso se dê de forma voluntária, disponibilizando-se ao participante 1 exemplar 
de obra literária, clássica, científica ou filosófica, dentre outras, de acordo com o acervo disponível na unidade, 
adquiridas pelo Poder Judiciário, pelo DEPEN, Secretarias Estaduais/Superintendências de Administração 
Penitenciária dos Estados ou outros órgãos de execução penal e doadas aos respectivos estabelecimentos 
prisionais; 
 
c) assegurar, o quanto possível, a participação no projeto de presos nacionais e estrangeiros submetidos à 
prisão cautelar; 
 
 
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d) para que haja a efetivação dos projetos, garantir que nos acervos das bibliotecas existam, no mínimo, 20 
exemplares de cada obra a ser trabalhada no desenvolvimento de atividades; 
 
e) procurar estabelecer, como critério objetivo, que o preso terá o prazo de 21 a 30 dias para a leitura da obra, 
apresentando ao final do período resenha a respeito do assunto, possibilitando, segundo critério legal de 
avaliação, a remição de 4 dias de sua pena e ao final de até 12 obras efetivamente lidas e avaliadas, a 
possibilidade de remir 48 dias, no prazo de 12 meses, de acordo com a capacidade gerencial da unidade 
prisional; 
 
f) assegurar que a comissão organizadora do projeto analise, em prazo razoável, os trabalhos produzidos, 
observando aspectos relacionados à compreensão e compatibilidade do texto com o livro trabalhado. O resultado 
da avaliação deverá ser enviado, por ofício, ao Juiz de Execução Penal competente, a fim de que este decida 
sobre o aproveitamento da leitura realizada, contabilizando-se 4 dias de remição de pena para os que alcançarem 
os objetivos propostos; 
 
g) cientificar, sempre que necessário, os integrantes da comissão referida na alínea anterior, nos termos do art. 
130 da Lei n. 7.210/84, acerca da possibilidade de constituir crime a conduta de atestar falsamente pedido de 
remição de pena; 
 
h) a remição deverá ser aferida e declarada pelo juízo da execução penal competente, ouvidos o Ministério 
Público e a defesa; 
 
i) fazer com que o diretor do estabelecimento penal, estadual ou federal, encaminhe mensalmente ao juízo da 
execução cópia do registro de todos os presos participantes do projeto, com informações sobre o item de leitura 
de cada um deles, conforme indicado acima; 
 
j) fornecer ao apenado a relação dos dias remidos por meio da leitura. 
 
 
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LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 
 
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção 
do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece 
normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de 
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas (Norma Penal em 
Branco em Sentido Estrito ou Heterogênea) periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
Definição de Droga 
O legislador não trouxe na Lei n. 11.343/2006 à definição do que seriam essas drogas. 
 
Vamos considerar como sendo drogas, as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim 
especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pela União (através da Portaria 
344/ANVISA). 
 
Temos aqui uma Norma Penal em Branco, que é aquela cuja compreensão de um preceito primário depende 
de uma complementação. 
 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a 
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a 
hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações 
Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-
religioso. 
 
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste 
artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante 
fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 
TÍTULO II 
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
 
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com: 
 
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas; 
 
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
 
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e 
humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, 
por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de 
Assistência Social - SUAS. 
 
 
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CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGASArt. 4º São princípios do Sisnad: 
 
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua 
liberdade; 
 
II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes; 
 
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores 
de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados; 
 
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimento dos 
fundamentos e estratégias do Sisnad; 
 
V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância 
da participação social nas atividades do Sisnad; 
 
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com 
a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito; 
 
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e 
reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu 
tráfico ilícito; 
 
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à 
cooperação mútua nas atividades do Sisnad; 
 
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar 
das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, 
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas; 
 
X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, 
visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social; 
 
XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad. 
 
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos: 
 
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir 
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos 
correlacionados; 
 
II - promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país; 
 
III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas 
públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios; 
 
IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de que trata o 
art. 3º desta Lei. 
 
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CAPÍTULO II 
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
 
Seção I 
Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
 
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação central e a execução descentralizada das atividades 
realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida no 
regulamento desta Lei. 
 
Seção II 
Das Competências 
 
Art. 8º-A. Compete à União: 
 
I - formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; 
 
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e 
a sociedade; 
 
III - coordenar o Sisnad; 
 
IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; 
 
V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de financiamento 
e gestão das políticas sobre drogas; 
 
VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre drogas, observadas 
as obrigações dos integrantes do Sisnad; 
 
X - estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução das políticas 
sobre drogas; 
 
XI - garantir publicidade de dados e informações sobre repasses de recursos para financiamento das políticas 
sobre drogas; 
 
XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento, 
reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; 
 
XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes transfronteiriços; e 
 
XIV - estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no 
País. 
 
CAPÍTULO II-A 
DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
Seção I 
Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas 
 
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros: 
 
I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e 
entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, 
habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos 
usuários ou dependentes de drogas; 
 
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II - viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas; 
 
III - priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a 
sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas; 
 
IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, promovendo 
programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação profissional; 
 
V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos; 
 
VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas sobre 
drogas; 
 
VII - fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e informações para apoio aos 
usuários ou dependentes de drogas; 
 
VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o trabalho, 
com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de 
atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; 
 
IX - promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o 
cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas egresso de tratamento 
ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; 
 
X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e princípios previstos no 
art. 22; 
 
XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e 
 
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. 
 
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 anos a contar de sua aprovação. 
 
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre 
Drogas. 
 
Seção II 
Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas 
 
Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas, constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios, 
terão os seguintes objetivos: 
 
I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; 
 
II - colaborar com os órgãos governamentais no planejamento e na execução das políticas sobre drogas, 
visando à efetividade das políticas sobre drogas; 
 
III - propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de programas, ações, 
atividades e projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão 
ao tráfico ilícitode drogas; 
 
IV - promover a realização de estudos, com o objetivo de subsidiar o planejamento das políticas sobre drogas; 
 
V - propor políticas públicas que permitam a integração e a participação do usuário ou dependente de drogas 
no processo social, econômico, político e cultural no respectivo ente federado; e 
 
VI - desenvolver outras atividades relacionadas às políticas sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os 
respectivos planos. 
 
 
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CAPÍTULO IV 
DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam 
usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de 
saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme 
orientações emanadas da União. 
 
TÍTULO III 
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS 
E DEPENDENTES DE DROGAS 
 
CAPÍTULO I 
DA PREVENÇÃO 
 
Seção I 
Das Diretrizes 
 
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento 
dos fatores de proteção. 
 
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes princípios e 
diretrizes: 
 
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo 
e na sua relação com a comunidade à qual pertence; 
 
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar as ações dos 
serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços 
que as atendam; 
 
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas; 
 
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setor privado e 
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares, por 
meio do estabelecimento de parcerias; 
 
V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidades socioculturais das 
diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; 
 
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do uso” e da redução de riscos como resultados 
desejáveis das atividades de natureza preventiva, quando da definição dos objetivos a serem alcançados; 
 
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis da população, levando em consideração as 
suas necessidades específicas; 
 
VIII - a articulação entre os serviços e organizações que atuam em atividades de prevenção do uso indevido de 
drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares; 
 
IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como forma 
de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida; 
 
X - o estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção do uso indevido de drogas 
para profissionais de educação nos 3 níveis de ensino; 
 
XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de ensino 
público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas; 
 
XII - a observância das orientações e normas emanadas do Conad; 
 
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XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. 
 
Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente 
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança 
e do Adolescente - Conanda. 
 
Seção II 
Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas 
 
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta 
semana de junho. 
 
§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas as ações de: 
 
I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas; 
 
II - promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas; 
 
III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e econômica de usuários 
de drogas; 
 
IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas; 
 
V - mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas; 
 
VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional , na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas. 
 
CAPÍTULO II 
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E 
ECONÔMICA DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, para 
efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos 
associados ao uso de drogas. 
 
Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e respectivos 
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou reintegração em redes sociais. 
 
Atividades de Atenção – Art. 20. Atividades de Reinserção Social – Art. 21. 
Constituem atividades de atenção ao usuário e 
dependente de drogas e respectivos familiares, para 
efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da 
qualidade de vida e à redução dos riscos e dos 
danos associados ao uso de drogas. 
Constituem atividades de reinserção social do 
usuário ou do dependente de drogas e respectivos 
familiares, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para sua integração ou 
reintegração em redes sociais. 
 
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos 
familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes: 
 
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condições, observados 
os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da 
Política Nacional de Assistência Social; 
 
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social do usuário e do dependente de drogas 
e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais; 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm
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III - definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para a redução de 
riscos e de danos sociais e à saúde; 
 
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre que possível, de forma 
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais; 
 
V - observância das orientações e normas emanadas do Conad; 
 
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. 
 
VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; 
 
VIII - efetivação de políticas de reinserção social voltadas à educação continuada e ao trabalho; 
 
IX - observância do plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; 
 
X - orientação adequada ao usuário ou dependente de drogas quanto às consequências lesivas do uso de 
drogas,ainda que ocasional. 
 
Seção II 
Da Educação na Reinserção Social e Econômica 
 
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos programas de 
educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e alfabetização. 
 
Seção IV 
Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas 
 
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios 
desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do 
Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária 
adequada. 
 
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à 
saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas 
de internação em unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e 
articuladas com os serviços de assistência social e em etapas que permitam: 
 
I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população; 
 
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas, oferecendo 
atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que 
indicado, ambulatorial; 
 
III - preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e projetos individuais por meio 
de programas que articulem educação, capacitação para o trabalho, esporte, cultura e acompanhamento 
individualizado; e 
 
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada. 
 
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito nacional. 
 
§ 2º A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais 
gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico 
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento 
no qual se dará a internação. 
 
§ 3º São considerados 2 tipos de internação: 
 
 
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I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas; 
 
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou 
do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência 
social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança 
pública, que constate a existência de motivos que justifiquem a medida. 
 
Internação Voluntária do Dependente Internação Involuntária do Dependente 
Aquela que se dá com o consentimento do 
dependente de drogas; 
Aquela que se dá, sem o consentimento do 
dependente, a pedido de familiar ou do 
responsável legal ou, na absoluta falta deste, de 
servidor público da área de saúde, da assistência 
social ou dos órgãos públicos integrantes do 
Sisnad, com exceção de servidores da área de 
segurança pública, que constate a existência de 
motivos que justifiquem a medida. 
 
§ 4º A internação voluntária: 
 
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de 
tratamento; 
 
II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que 
deseja interromper o tratamento. 
 
§ 5º A internação involuntária: 
 
I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; 
 
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese 
comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção 
à saúde; 
 
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias, tendo seu 
término determinado pelo médico responsável; 
 
IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do 
tratamento. 
 
§ 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares 
se mostrarem insuficientes. 
 
§ 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 horas, 
ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema 
informatizado único, na forma do regulamento desta Lei. 
 
§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no sistema referido no § 7º e o acesso será permitido 
apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade. 
 
§ 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas 
acolhedoras. 
 
§ 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar, no que couber, o 
previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
 
 
 
 
 
 
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Seção V 
Do Plano Individual de Atendimento 
 
Art. 23-B. O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: 
 
I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial; e 
 
II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA. 
 
§ 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto terapêutico individual a 
ser adotado, levantando no mínimo: 
 
I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e 
 
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive. 
 
§ 3º O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir 
com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis de responsabilização civil, 
administrativa e criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do 
Adolescente . 
§ 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapêutico 
que atender o usuário ou dependente de drogas e será atualizado ao longo das diversas fases do atendimento. 
 
§ 5º Constarão do plano individual, no mínimo: 
 
I - os resultados da avaliação multidisciplinar; 
 
II - os objetivos declarados pelo atendido; 
 
III - a previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional; 
 
IV - atividades de integração e apoio à família; 
 
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; 
 
VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do previsto no plano; e 
 
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido. 
 
§ 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 dias da data do ingresso no atendimento. 
 
§ 7º As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de atendimento são 
consideradas sigilosas. 
 
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios às instituições 
privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e do dependente de 
drogas encaminhados por órgão oficial. 
 
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da 
assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas poderão receber recursos do Funad, 
condicionados à sua disponibilidade orçamentária e financeira. 
 
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiveremcumprindo 
pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à 
sua saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. 
 
 
 
 
 
 
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Seção VI 
Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora 
 
Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou dependente de drogas na comunidade terapêutica acolhedora 
caracteriza-se por: 
 
I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogas que visam à abstinência; 
 
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa transitória para a 
reinserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas; 
 
III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades 
práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, vocacionada para acolhimento ao 
usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social; 
 
IV - avaliação médica prévia; 
 
V - elaboração de plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; e 
 
VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente de drogas. 
 
§ 1º Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com comprometimentos biológicos e psicológicos de 
natureza grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou de emergência, caso em que deverão 
ser encaminhadas à rede de saúde. 
 
CAPÍTULO III 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como 
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
Penas 
Prestação de serviços à comunidade; 
Advertência sobre os efeitos das drogas; 
Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
Mnemônico: PAM. 
 
STJ 
O uso de drogas para consumo pessoal caracteriza crime, no entanto, ocorreu a despenalização da 
conduta, não existindo mais a aplicação da pena privativa de liberdade. Contudo o Art. 28 da Lei 
antidrogas apresenta certas medidas alternativas como: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
 
 
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§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da 
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e 
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de 10 meses. 
 
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais 
ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se 
ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de 
drogas. 
 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
 
I - admoestação verbal; 
 
II - multa. 
 
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento 
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 
 
STF/RHC 178.512/SP 
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei 
11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. 
 
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à 
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem 
superior a 100, atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta 
avos até 3 vezes o valor do maior salário mínimo. 
 
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados 
à conta do Fundo Nacional Antidrogas. 
 
Art. 30. Prescrevem em 2 anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do 
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
 
TÍTULO IV 
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS 
 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, 
vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua 
preparação, observadas as demais exigências legais. 
 
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que 
recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art107
Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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78 
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias 
à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a 
autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. 
 
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da 
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. 
 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa. 
 
Crime de Tráfico de Drogas – Lei 11.343/06. Art. 33 
➢ Trata-se de um delito de ação múltipla (crime que apresenta várias condutas (exportar, remeter, 
preparar) no mesmo dispositivo). Com isso, caso o agente realize mais de uma ação em uma mesma 
situação, terá que responder apenas por um único crime. 
 
➢ OBS: O agente que cometer de forma simultânea um dos delitos do caput do Art. 33 juntamente com o 
do § 1º, responderá apenas pelo primeiro, pois não existe concurso material em relação aos delitos 
do caput e do § 1º, ou seja, o agente só responde por um crime, sendo enquadrado nas situações de 
equiparação (§1º), apenas quando não for possível enquadrá-lo nas situações do Caput do Art. 33, 
ou seja, atua de modo subsidiário. 
 
STF/RE 1052700 
É inconstitucional a fixação ex lege, com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 8.072/1990 (Crimes 
hediondos), do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos 
parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal. 
 
STF/HC 127.573/SP 
O reconhecimento da atipicidade da conduta delitiva com fundamento no princípio da insignificância não é 
admissível em relação ao crime de tráfico ilícito de drogas, pois trata-se de crime de perigo abstrato, no 
qual os objetos jurídicos tutelados são a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante a 
quantidade da droga apreendida. Precedentes. 3. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 318936/ SP, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, Dje 27.10.2015) 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, 
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas; 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou 
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art243
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art243
Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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STF/ADI nº 4.274 
- Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não se contenha nas duas situações 
excepcionais que a própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio (art. 136, §1º, inciso I, 
alínea “a”, e artigo 139, inciso IV). 
- Ação direta julgada procedente para dar ao §2º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 interpretação conforme a 
Constituição e dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos 
acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser 
humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. 
 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas 
no art. 28. 
 
Drogas Oferecidas para Pessoa do Relacionamento - Lei 11.343/06. Art. 33. § 3º 
OBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
Trata-se de um crime de dolo específico. 
 
Drogas para consumo pessoal 
Drogas Oferecida para Pessoa do 
Relacionamento 
O uso de drogas para consumo pessoal caracteriza 
crime, no entanto, ocorreu a despenalização da 
conduta, não existindo mais a aplicação da pena 
privativa de liberdade. Contudo o Art. 28 da Lei 
antidrogas apresenta certas medidas alternativas 
como: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
Lei 11.343/06. Art. 33. § 3º Oferecer droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa 
de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento 
de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28. 
 
OBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
 
Tráfico Privilegiado – Lei 11.343/06. Art. 33 § 4º 
➢ Lei 11.343/06. Art. 33. § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser 
reduzidas de 1/6 a 2/3,vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja: 
✓ Primário; 
✓ De bons antecedentes; 
✓ Não se dedique às atividades criminosas; 
✓ Nem integre organização criminosa. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
 
 
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Atenção! 
➢ O STF entende que o agente não terá o direito à mitigação da pena quando incorrer em habitualidade 
no crime e/ou participar de qualquer tipo de organização criminosa. 
 
➢ A redução da pena poderá ser aplicada para pessoas condenadas por tráfico transnacional de 
drogas, assim como às pessoas que forem pegues pela primeira vez transportando pequenas 
quantidades de drogas (mula ocasional). 
 
➢ O agente que for pegue, de forma isolada, com uma quantidade expressiva de drogas, não terá por 
conta apenas disso o seu direito à Mitigação da Pena anulado. 
 
Atenção! 
➢ O STJ equipara o Caput do Art. 33 e o § 1º a crimes hediondos, no entanto, o Tráfico Privilegiado, 
não é mais considerado um crime hediondo. 
 
➢ Conforme o STJ, o indivíduo que importa sementes de maconha em pequena quantidade não comete 
crime de tráfico de drogas. 
 
➢ O STJ entende que é possível, excepcionalmente, na falta de laudo toxicológico definitivo, o uso de 
laudo provisório quando o resultado tiver o mesmo grau de certeza do laudo definitivo. 
 
➢ Caso fique demonstrado que ocorreu prejuízo ao réu a juntada do laudo toxicológico fora do prazo, 
poderá ocorrer a anulação. 
 
➢ Conforme o STJ, ausência de apreensão da droga não torna a conduta atípica se existirem outros 
elementos de prova aptos a comprovarem o crime de tráfico. 
 
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto 
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa. 
 
Tráficode Maquinário – Lei 11.343/06. Art. 34. 
➢ A doutrina majoritária entende que se equipara ao crime hediondo. 
 
➢ Caso o indivíduo pratique crime de tráfico de drogas (Art. 33) juntamente com o crime de Tráfico de 
Maquinário, o primeiro absorve o segundo, sendo o delito de tráfico de maquinário aplicado de forma 
subsidiária. O concurso em relação aos dois delitos só ocorrerá se for provada a autonomia de ambos 
os crimes. 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do 
crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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81 
Associação para o Tráfico – Lei 11.343/06. Art. 35. 
➢ Trata-se de um delito formal, sem precisar de resultado naturalístico. 
 
➢ Caso os indivíduos cometerem o crime de tráfico de drogas juntamente com o crime de Associação 
para o tráfico, ocorrerá o concurso material. 
 
➢ Tal dispositivo tem a finalidade de tipificar como crime os atos preparatórios relacionados ao tráfico de 
drogas. 
 
➢ É considerado um delito autônomo, pois o tráfico de drogas não precisa ser consumado. 
 
➢ Tem finalidade específica. Ocorre a associação de duas ou mais pessoas com a finalidade 
específica de praticar: 
✓ Tráfico de drogas e crimes equiparados. 
✓ Tráfico de máquinas para drogas. 
 
➢ Para o delito ser caracterizado é necessária que a associação seja permanente e estável, caso seja 
eventual, não será considerado crime, mas sim concurso de agentes. 
 
Tráfico de Drogas (Art. 33) Associação para o Tráfico (Art. 35) 
Crime de natureza material. Crime de natureza formal. 
É preciso que a droga seja apreendida para o 
indivíduo ser condenado por tráfico de drogas. 
Não existe a necessidade de apreender a droga, 
sendo possível comprovar o crime por outras provas. 
 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta 
Lei: 
 
Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, e pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. 
 
Crime de Financiamento do Tráfico – Lei 11.343/06. Art. 36. 
➢ Equiparado a crime hediondo. 
 
➢ Para ser tipificado crime de financiamento do tráfico é necessário está direcionado a prática de: 
✓ Tráfico de drogas e crimes equiparados. 
✓ Tráfico de máquinas para drogas. 
 
➢ Caso o indivíduo, além de estar comentando o delito de Tráfico de Drogas, estiver financiando ou 
custeando a sua prática, responderá como pelo crime de tráfico com a majoração da pena de 1/6 a 2/3. 
 
➢ Sintetizando: Tráfico + Financiamento ou Custeio = Indivíduo responde por crime de tráfico com 
aumento de pena. 
 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer 
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e pagamento de 300 a 700 dias-multa. 
 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em 
doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. 
 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença 
o agente. 
 
 
 
 
 
 
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Crime de Prescrição Culposa de Drogas – Lei 11.343/06. Art. 38. 
➢ Não é equiparado a crime hediondo. 
 
➢ Caso a prescrição seja dolosa, o indivíduo responderá por tráfico de drogas. 
 
➢ Caso a conduta praticada não seja feita por profissionais da área de saúde, ocorrerá a tipificação no 
crime de tráfico de drogas. 
 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade 
de outrem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou 
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 
400 dias-multa. 
 
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 a 6 anos e de 
400 a 600 
dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
 
STJ/Súmula 607 
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a 
prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
 
STF/HC 138.944/SC 
A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06 se justifica quando 
constatada a comercialização de drogas nas imediações de estabelecimentos prisionais, sendo 
irrelevante se o agente infrator visa ou não os frequentadores daquele local. 
 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo 
de intimidação difusa ou coletiva; 
 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
STJ/Súmula 587 
Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da 
intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
STF/HC 122.791 MC/MS 
Para a configuração do tráfico interestadual de drogas (art. 40, V, da Lei 11.343/2006), não se exige a 
efetiva transposição da fronteira, bastando a comprovação inequívoca de que a droga adquirida num estado 
teria como destino outro estado da Federação. 
 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
 
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VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
STF/HC 132.909/SP 
Desnecessária a aferição do grau de pureza da droga para realização da dosimetria da pena. A Lei n. 
11.343/2006 dispõe como preponderantes, na fixação da pena, a natureza e a quantidade de 
entorpecentes, independente da pureza e do potencial lesivo da substância. 
 
STJ/Súmula 501 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
 
STF/HC 248.844/GO 
O acórdão impugnado entendeu pela desnecessidade do ânimo associativo permanente, reconhecendo que 
a associação para a prática de um crimeseria suficiente para condenar a acusada como incursa no art. 35 
da Lei n.º 11.343/06. Entretanto, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça e do Supremo 
Tribunal Federal, para configuração do tipo de associação para o tráfico, necessário estabilidade e 
permanência na associação criminosa. 
 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal 
na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do 
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/3 a 2/3. 
 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código 
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. 
 
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 
desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos 
acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 vezes o maior salário-mínimo. 
 
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem 
ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz 
ineficazes, ainda que aplicadas no máximo. 
 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de 
direitos. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STF/HC 104.339/SP 
O STF considerou inconstitucional a expressão “e liberdade provisória” , constante do art. 44, caput, da 
Lei n. 11.343/06. 
 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o 
cumprimento de 2/3 da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
 
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal 
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do 
fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o 
seu encaminhamento para tratamento médico adequado. 
 
 
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Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 
45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de 
encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica 
na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei. 
 
 
CAPÍTULO III 
DO PROCEDIMENTO PENAL 
 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste 
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução 
Penal. 
 
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes 
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, 
de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. 
 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias 
necessários. 
 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato 
pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. 
 
STF/ADI 3807 
Tendo em vista que, o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, mas sim uma mera peça 
informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, 
deve-se reconhecer que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) não ofende os 
§§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na imparcialidade do julgador. As normas dos §§ 2º e 3º 
do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do 
ambiente policial quando possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. 
 
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo 
de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. 
 
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais 
Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser 
especificada na proposta. 
 
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que 
as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas 
previstos na Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999. 
 
Seção I 
Da Investigação 
 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao 
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 
24 horas. 
 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é 
suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta 
deste, por pessoa idônea. 
 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar da 
elaboração do laudo definitivo. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm
Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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85 
 
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 dias, certificará a regularidade formal 
do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo definitivo. 
 
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 dias na 
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
 
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado 
auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. 
 
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazode 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, 
quando solto. 
 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério 
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
 
Destruição de Drogas – Lei 11.343/06 
Com prisão em flagrante 
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia 
competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da 
autoridade sanitária. 
Sem prisão em flagrante 
A destruição das drogas será feita por incineração, no prazo máximo de 30 
dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
Plantações Ilícitas 
As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas autoridades de 
polícia judiciária. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os 
autos do inquérito ao juízo: 
 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do 
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os 
antecedentes do agente; ou 
 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
 
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares: 
 
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente 
até 3 dias antes da audiência de instrução e julgamento; 
 
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem 
em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 dias antes da audiência de 
instrução e julgamento. 
 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos 
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: 
 
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados 
pertinentes; 
 
 
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II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos 
o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. 
 
Seção II 
Da Instrução Criminal 
 
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de 
informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 dias, adotar uma das seguintes 
providências: 
 
I - requerer o arquivamento; 
 
II - requisitar as diligências que entender necessárias; 
 
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. 
 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por 
escrito, no prazo de 10 dias. 
 
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar 
todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, 
até o número de 5, arrolar testemunhas. 
 
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 
3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. 
 
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 dias, 
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. 
 
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 dias. 
 
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 dias, determinará a apresentação do preso, 
realização de diligências, exames e perícias. 
 
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará 
a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os 
laudos periciais. 
 
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta 
Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se 
for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo. 
 
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 dias seguintes ao recebimento 
da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se 
realizará em 90 dias. 
 
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das 
testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor do 
acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 minutos para cada um, prorrogável por mais 10, a critério 
do juiz. 
 
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser 
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. 
 
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 dias, ordenando que os 
autos para isso lhe sejam conclusos. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art95
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Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem 
recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória. 
 
CAPÍTULO IV 
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO 
 
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante 
representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, 
a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou 
valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma 
dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal . 
 
§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal , o juiz 
poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos ou valores. 
 
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o 
Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as investigações. 
 
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 desta Lei recaírem sobre moeda estrangeira, 
títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será determinada, 
imediatamente, a sua conversão em moeda nacional. 
 
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser encaminhada a instituição financeira, ou 
equiparada, para alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário Nacional. 
 
§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação a que se refere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira será 
custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o seu destino. 
 
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira aque se refere o § 2º deste artigo, caso seja verificada 
a inexistência de valor de mercado, seus espécimes poderão ser destruídos ou doados à representação 
diplomática do país de origem. 
 
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 
17 de junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências do Banco Central do Brasil devem ser 
transferidos à Caixa Econômica Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, para que se proceda à 
alienação ou custódia, de acordo com o previsto nesta Lei. 
 
§ 5º Decretadas quaisquer das medidas previstas no caput deste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo 
de 5 dias, apresente provas, ou requeira a produção delas, acerca da origem lícita do bem ou do valor objeto da 
decisão, exceto no caso de veículo apreendido em transporte de droga ilícita. (Lei 14.322/22) 
 
§ 6º Provada a origem lícita do bem ou do valor, o juiz decidirá por sua liberação, exceto no caso de veículo 
apreendido em transporte de droga ilícita, cuja destinação observará o disposto nos arts. 61 e 62 desta Lei, 
ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Lei 14.322/22) 
 
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos 
maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática, habitual ou 
não, dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária 
responsável pela investigação ao juízo competente. (Lei 14.322/22) 
 
§ 1º O juiz, no prazo de 30 dias contado da comunicação de que trata o caput , determinará a alienação dos 
bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação específica. 
 
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais constará a exposição sucinta do nexo de 
instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a descrição e especificação dos objetos, as 
informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em que se encontrem. 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art125
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art366
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv885.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv885.htm
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§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de justiça, no prazo 
de 5 dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários conhecimentos especializados, por avaliador 
nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 dias. 
 
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do Funad, o Ministério Público e o interessado para se 
manifestarem no prazo de 5 dias e, dirimidas eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos bens. 
 
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o cumprimento da regra estipulada no § 1º deste artigo. 
 
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra estabelecida no § 1º deste artigo. 
 
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio de hasta pública, preferencialmente por meio 
eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor da 
avaliação judicial. 
 
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e controle que efetuem as averbações 
necessárias, tão logo tenha conhecimento da apreensão. 
 
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão congênere 
competente para o registro, bem como as secretarias de fazenda, devem proceder à regularização dos bens no 
prazo de 30 dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem 
prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. 
 
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento não podem ser cobrados do arrematante 
ou do órgão público alienante como condição para regularização dos bens. 
 
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente 
para o registro poderá emitir novos identificadores dos bens. 
 
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos 
de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de 
sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos 
respectivos bens. 
 
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para que, em 10 dias, avalie a existência do interesse 
público mencionado no caput deste artigo e indique o órgão que deve receber o bem. 
 
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os órgãos de segurança pública que participaram 
das ações de investigação ou repressão ao crime que deu causa à medida. 
 
§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a descrição do bem e a respectiva avaliação e indicar 
o órgão responsável por sua utilização. 
 
§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento 
quando por este solicitado, informações sobre seu estado de conservação. 
 
§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à 
autoridade ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em 
favor do órgão ao qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores à decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu 
perdimento em favor da União. 
 
§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram 
depreciação superior àquela esperada em razão do transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado 
requerer nova avaliação judicial. 
 
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente federado ou a entidade que utilizou o bem indenizará 
o detentor ou proprietário dos bens. 
 
 
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Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao produto da alienação ou a numerários 
apreendidos ou que tenham sido convertidos deve ser efetuado na Caixa Econômica Federal, por meio de 
documento de arrecadação destinado a essa finalidade. 
 
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem ser transferidos, pela Caixa Econômica Federal, 
para a conta única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 horas, 
contado do momento da realização do depósito, onde ficarão à disposição do Funad. 
 
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão judicial, o valor do depósito será devolvido a ele pela 
Caixa Econômica Federal no prazo de até 3 dias úteis, acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4º do 
art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. 
 
§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor da União, o valor do depósito será transformado em 
pagamento definitivo, respeitados os direitos de eventuais lesados e de terceiros de boa-fé. 
 
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por decisão judicial, devem ser efetuados como 
anulação de receita do Funad no exercício em que ocorrer a devolução. 
 
§ 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o controle dos valores depositados ou devolvidos. 
 
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: 
 
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e 
 
II - o levantamentodos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos 
do art. 62. 
 
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto de 
medidas assecuratórias, após decretado seu perdimento em favor da União, serão revertidos diretamente ao 
Funad. 
 
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando 
o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos 
termos da legislação vigente. 
 
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério 
Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos em favor da União, indicando, 
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de 
sua destinação nos termos da legislação vigente. 
 
§ 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão gestor do Funad, o juíz deve: 
 
I – ordenar às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e controle que efetuem as averbações necessárias, 
caso não tenham sido realizadas quando da apreensão; e 
 
II – determinar, no caso de imóveis, o registro de propriedade em favor da União no cartório de registro de imóveis 
competente, nos termos do caput e do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, afastada a 
responsabilidade de terceiros prevista no inciso VI do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 
(Código Tributário Nacional), bem como determinar à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da 
União a incorporação e entrega do imóvel, tornando-o livre e desembaraçado de quaisquer ônus para sua 
destinação. 
 
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do 
conhecimento da sentença pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas 
assecuratórias ou os valores depositados que não forem reclamados serão revertidos ao Funad. 
 
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO 
 
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo 
o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores. 
 
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Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias 
quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores 
necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas 
decorrentes da infração penal. 
 
Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, proceder à destinação dos bens 
apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento seja decretado em favor da União, por meio 
das seguintes modalidades: 
 
I – alienação, mediante: 
 
a) licitação; 
 
b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos, bem como a comunidades terapêuticas acolhedoras que 
contribuam para o alcance das finalidades do Funad; ou 
 
c) venda direta, observado o disposto no inciso II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; 
 
II – incorporação ao patrimônio de órgão da administração pública, observadas as finalidades do Funad; 
 
III – destruição; ou 
 
IV – inutilização. 
 
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, 
independentemente do valor de avaliação, isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo 
maior lance, por preço não inferior a 50% do valor da avaliação. 
 
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será amplamente divulgado em jornais de grande 
circulação e em sítios eletrônicos oficiais, principalmente no Município em que será realizado, dispensada a 
publicação em diário oficial. 
 
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema eletrônico da administração pública, a publicidade dada 
pelo sistema substituirá a publicação em diário oficial e em jornais de grande circulação. 
 
§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica livre do pagamento de encargos e tributos anteriores, sem 
prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. 
 
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves deverão ser observadas as disposições dos §§ 13 e 15 
do art. 61 desta Lei. 
 
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a proibição relativa à cobrança de multas, encargos ou 
tributos prevista no § 14 do art. 61 desta Lei. 
 
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pode celebrar convênios ou instrumentos 
congêneres com órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como 
com comunidades terapêuticas acolhedoras, a fim de dar imediato cumprimento ao estabelecido neste 
artigo. 
 
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios previstos em lei, fica autorizada a contratação da iniciativa privada 
para a execução das ações de avaliação, de administração e de alienação dos bens a que se refere esta Lei. 
 
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança Pública regulamentar os procedimentos relativos à 
administração, à preservação e à destinação dos recursos provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os 
valores abaixo dos quais se deve proceder à sua destruição ou inutilização. 
 
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou confiscados será revertido integralmente ao 
Funad, nos termos do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, vedada a sub-rogação sobre o valor 
da arrematação para saldar eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento. 
 
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Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não prejudica o ajuizamento de execução fiscal em relação 
aos antigos devedores. 
 
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais esta Lei comine pena máxima superior a 6 anos de 
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à 
diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele compatível com o seu rendimento lícito. 
 
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste artigo fica condicionada à existência de elementos 
probatórios que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do condenado ou sua 
vinculação a organização criminosa. 
 
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os 
bens: 
 
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e benefício direto ou indireto, na data da infração penal, 
ou recebidos posteriormente; e 
 
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade 
criminal. 
 
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do 
patrimônio. 
 
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com 
organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários 
ou dependentes e a atuação na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na 
liberação de equipamentos ede recursos por ela arrecadados, para a implantação e execução de programas 
relacionados à questão das drogas. 
 
TÍTULO V 
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
 
Art. 65. De conformidade com os princípios da não-intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do 
respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e observado o 
espírito das Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos internacionais relacionados à questão 
das drogas, de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países e 
organismos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas de: 
 
I - intercâmbio de informações sobre legislações, experiências, projetos e programas voltados para atividades de 
prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção social de usuários e dependentes de drogas; 
 
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico 
de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores químicos; 
 
III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus precursores 
químicos. 
 
TÍTULO V-A 
DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
TÍTULO VI 
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista 
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras 
sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. 
 
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do 
Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes básicas contidas nos convênios firmados e do 
 
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fornecimento de dados necessários à atualização do sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas 
polícias judiciárias. 
 
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das políticas sobre drogas 
deverão garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a todos os elementos necessários à efetiva 
fiscalização pelos órgãos competentes. 
 
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, destinados 
às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção social 
de usuários e dependentes e na repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
 
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de empresas ou estabelecimentos hospitalares, de 
pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde que produzirem, venderem, adquirirem, 
consumirem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro em que existam essas substâncias ou 
produtos, incumbe ao juízo perante o qual tramite o feito: 
 
I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou liquidação, sejam lacradas suas instalações; 
 
II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente adoção das medidas necessárias ao recebimento e 
guarda, em depósito, das drogas arrecadadas; 
 
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para acompanhar o feito. 
 
§ 1º Da licitação para alienação de substâncias ou produtos não proscritos referidos no inciso II do caput deste 
artigo, só podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica 
que comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a ser arrematado. 
 
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo, o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta 
pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério 
Público. 
 
§ 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas especialidades farmacêuticas em condições de emprego 
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de 
saúde. 
 
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito 
transnacional, são da competência da Justiça Federal. 
 
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados 
e julgados na vara federal da circunscrição respectiva. 
 
Atenção! 
STJ/Súmula 528 (Cancelada) STJ/CC 177.882-PR 
Compete ao juiz federal do local da apreensão da 
droga remetida do exterior pela via postal processar 
e julgar o crime de tráfico internacional. 
Compete ao Juízo Federal do endereço do 
destinatário da droga, importada via Correio, 
processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
 
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação 
da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará a destruição das amostras 
guardadas para contraprova, certificando nos autos. 
 
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e 
repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso 
indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. 
 
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 dias após a sua publicação. 
 
 
 
 
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Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece 
normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de 
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas (Norma Penal em 
Branco em Sentido Estrito ou Heterogênea) periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
STJ/Info 758 
As condutas de plantar maconha para fins medicinais e importar sementes para o plantio não preenchem a 
tipicidade material, motivo pelo qual se faz possível a expedição de salvo-conduto, desde que comprovada a 
necessidade médica do tratamento. 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
STJ/HC 453.437/SP 
 Consoante o posicionamento firmado pela Suprema Corte, na questão de ordem no RE n. 430.105/RJ, a 
conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n. 
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, em outras 
palavras, não houve abolitio criminis. Desse modo, tratando-se de conduta que caracteriza ilícito penal, a 
condenação anterior pelo crime de porte de entorpecente para uso próprio pode configurar, em tese, 
reincidência. 
Contudo, as condenações anteriores por contravenções penais não são aptas a gerar reincidência, 
tendo em vista o que dispõe o art. 63 do Código Penal, que apenas se refere a crimes anteriores. E, se as 
contravenções penais, puníveis com pena deprisão simples, não geram reincidência, mostra-se 
desproporcional o delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 configurar reincidência, tendo em vista que 
nem é punível com pena privativa de liberdade. 
 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de 10 meses. 
 
STJ/REsp 1.771.304-ES 
A reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 é a específica. 
 
Não obstante a existência de precedente em sentido diverso (AgRg no HC 497.852/RJ, Rel. Ministra Laurita 
Vaz, Sexta Turma, julgado em 11/06/2019, DJe 25/06/2019) - em que a reincidência genérica era pela 
prática dos delitos de roubo e de porte de arma -, em revisão de entendimento, embora não conste da letra 
da lei, forçoso concluir que a reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 é a específica. 
Com efeito, a melhor exegese, segundo a interpretação topográfica, essencial à hermenêutica, é de que os 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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94/387 
parágrafos não são unidades autônomas, estando vinculadas ao caput do artigo a que se referem. Vale 
dizer, aquele que reincidir na prática do delito de posse de drogas para consumo pessoal ficará sujeito a 
penas mais severas - pelo prazo máximo de 10 meses -, não se aplicando, portanto, à hipótese vertente, a 
regra segundo a qual ao intérprete não cabe distinguir quando a norma não o fez. Desse modo, condenação 
anterior por crime de roubo não impede a aplicação das penas do art. 28, II e III, da Lei n. 11.343/2006, com 
a limitação de 5 meses de que dispõe o § 3º do referido dispositivo legal. 
 
STF/RHC 178.512/SP 
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei 
11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. 
 
STJ/REsp n. 1.672.654/SP 
O prévio apenamento por porte de droga para consumo próprio, nos termos do artigo 28 da Lei de Drogas, 
não deve constituir causa geradora de reincidência. 
 
STJ/REsp 1.795.962-SP 
O processamento do réu pela prática da conduta descrita no art. 28 da Lei de Drogas no curso do período de 
prova deve ser considerado como causa de revogação facultativa da suspensão condicional do processo. 
 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, 
vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua 
preparação, observadas as demais exigências legais. 
 
STJ/RHC 147.169 
O cultivo de planta psicotrópica para extração de princípio ativo é conduta típica apenas se desconsiderada a 
motivação e a finalidade. A norma penal incriminadora mira o uso recreativo, a destinação para terceiros e o 
lucro, visto que, nesse caso, coloca-se em risco a saúde pública. A relação de tipicidade não vai 
encontrar guarida na conduta de cultivar planta psicotrópica para extração de canabidiol para uso 
próprio, visto que a finalidade, aqui, é a realização do direito à saúde, conforme prescrito pela 
medicina. 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa. 
 
STF/RE 1052700 
É inconstitucional a fixação ex lege, com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 8.072/1990 (Crimes 
hediondos), do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos 
parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal. 
 
STJ/HC 442.885/SC 
O entendimento desta Corte Superior é no sentido de que, em se tratando do crime de tráfico de 
entorpecentes, a confissão espontânea do acusado que admite a propriedade da droga, no entanto 
afirma ser destinada a consumo próprio, sendo mero usuário, impossibilita o reconhecimento da 
atenuante prevista no art. 65, inciso III, alínea "d", do Código Penal - CP. 
 
STF/HC 127.573/SP 
O reconhecimento da atipicidade da conduta delitiva com fundamento no princípio da insignificância não é 
admissível em relação ao crime de tráfico ilícito de drogas, pois trata-se de crime de perigo abstrato, no 
qual os objetos jurídicos tutelados são a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante a 
quantidade da droga apreendida. Precedentes. 3. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 318936/ SP, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, Dje 27.10.2015) 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, 
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas; 
 
STJ/CC 172.464-MS 
A conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda, em tese e para a definição de competência, ao 
tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, que criminaliza o transporte de matéria-prima 
destinada à preparação de drogas. 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
STJ/HC 779.289/DF 
As condutas de plantar maconha para fins medicinais e importar sementes para o plantio não preenchem a 
tipicidade material, motivo pelo qual se faz possível a expedição de salvo-conduto, desde que comprovada a 
necessidade médica do tratamento. 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou 
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
STJ/RHC 123.402-RS 
É incabível salvo-conduto para o cultivo da cannabis visando a extração do óleo medicinal, ainda que na 
quantidade necessária para o controle da epilepsia, posto que a autorização fica a cargo da análise do caso 
concreto pela ANVISA. 
 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 
 
STF/ADI nº 4.274 
- Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não se contenha nas duas situações 
excepcionais que a própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio (art. 136, §1º, inciso I, 
alínea “a”, e artigo 139, inciso IV). 
- Ação direta julgada procedente para dar ao §2º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 interpretação conforme a 
Constituição e dele excluir qualquer significado que enseje a proibiçãode manifestações e debates públicos 
acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser 
humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. 
 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas 
no art. 28. 
 
Drogas Oferecidas para Pessoa do Relacionamento - Lei 11.343/06. Art. 33. § 3º 
OBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
Trata-se de um crime de dolo específico. 
 
 
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96/387 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STJ/RHC 138.715/MS 
A quantidade de drogas encontrada não constitui, isoladamente, fundamento idôneo para negar o 
benefício da redução da pena previsto no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006. 
 
STJ/REsp 1.985.297-SP 
Configura constrangimento ilegal o afastamento do tráfico privilegiado e da redução da fração de 
diminuição de pena por presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas, derivada unicamente 
da análise da natureza ou da quantidade de drogas apreendidas. 
 
STJ/HC 716.210-DF 
A semi-imputabilidade, por si só, não afasta o tráfico de drogas e o seu caráter hediondo, tal como a forma 
privilegiada. 
 
STJ/REsp 1.916.596-SP 
O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do art. 33, § 4.º, da Lei n. 
11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a existência de circunstâncias excepcionais, 
nas quais se verifique a gravidade de atos pretéritos, devidamente documentados nos autos, bem como a 
razoável proximidade temporal com o crime em apuração. 
 
STJ/REsp 1.977.027-PR 
É vedada a utilização de inquéritos e/ou ações penais em curso para impedir a aplicação do art. 33, § 4º, da 
Lei n. 11.343/2006. 
 
STJ/Súmula 630 
A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o 
reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade 
para uso próprio. 
O indivíduo deve admitir que traficava para obter a atenuação da pena. 
 
Atenção! 
➢ O STJ equipara o Caput do Art. 33 e o § 1º a crimes hediondos, no entanto, o Tráfico Privilegiado, 
não é mais considerado um crime hediondo. 
 
➢ Conforme o STJ, o indivíduo que importa sementes de maconha em pequena quantidade não comete 
crime de tráfico de drogas. 
 
➢ O STJ entende que é possível, excepcionalmente, na falta de laudo toxicológico definitivo, o uso de 
laudo provisório quando o resultado tiver o mesmo grau de certeza do laudo definitivo. 
 
➢ Caso fique demonstrado que ocorreu prejuízo ao réu a juntada do laudo toxicológico fora do prazo, 
poderá ocorrer a anulação. 
 
➢ Conforme o STJ, ausência de apreensão da droga não torna a conduta atípica se existirem outros 
elementos de prova aptos a comprovarem o crime de tráfico. 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
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Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do 
crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
STJ/HC 148.480/BA 
Não obstante a materialidade do crime de tráfico pressuponha apreensão da droga, o mesmo não ocorre 
em relação ao delito de associação para o tráfico, que, por ser de natureza formal, sua materialidade pode 
advir de outros elementos de provas, como por exemplo, interceptações telefônicas. 
 
STJ/HC 721.055-SC 
Demonstradas pela instância de origem a estabilidade e permanência do crime de associação para o tráfico 
de drogas, inviável o revolvimento probatório em sede de habeas corpus visando a modificação do julgado. 
 
STJ/HC 739.951-RJ 
O fato de o flagrante do delito de tráfico de drogas ter ocorrido em comunidade apontada como local 
dominado por facção criminosa, por si só, não permite presumir que os réus eram associados (de forma 
estável e permanente) à referida facção, sob pena de se validar a adoção de uma seleção criminalizante 
norteada pelo critério espacial e de se inverter o ônus probatório, atribuindo prova diabólica de fato negativo 
à defesa. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
 
STJ/Súmula 607 
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a 
prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
 
STF/HC 138.944/SC 
A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06 se justifica quando 
constatada a comercialização de drogas nas imediações de estabelecimentos prisionais, sendo 
irrelevante se o agente infrator visa ou não os frequentadores daquele local. 
 
STJ/HC 405.365/SP 
O acórdão recorrido reconheceu a incidência da majorante em comento com lastro em fundamentação 
idônea, por considerar que a distância de 350 metros entre o estabelecimento de ensino e o local em que 
os fatos ocorreram justificam sua aplicação, concluindo, ainda, que o acusado valia-se da movimentação do 
local para empreender o tráfico de drogas. Modificar o entendimento do Tribunal local e afastar o 
reconhecimento da causa de aumento prevista no artigo 40, inciso III, da Lei n. 11.343/06 implica, sem 
dúvidas, revolvimento fático-probatório, inviável na via estreita do mandamus. 
 
STJ/REsp 1.443.214/MS 
A utilização de transporte público com a única finalidade de levar a droga ao destino, de forma oculta, sem o 
intuito de disseminá-la entre os passageiros ou frequentadores do local, não implica a incidência da causa 
de aumento de pena do inciso III do artigo 40 da Lei 11.343/2006. 
 
STJ/HC 728.750-DF 
No delito de tráfico de drogas praticado nas proximidades ou nas imediações de estabelecimento de ensino, 
pode-se, excepcionalmente,em razão das peculiaridades do caso concreto, afastar a incidência da 
majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006. 
 
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98/387 
 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo 
de intimidação difusa ou coletiva; 
 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
STJ/Súmula 587 
Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da 
intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
STF/HC 122.791 MC/MS 
Para a configuração do tráfico interestadual de drogas (art. 40, V, da Lei 11.343/2006), não se exige a 
efetiva transposição da fronteira, bastando a comprovação inequívoca de que a droga adquirida num estado 
teria como destino outro estado da Federação. 
 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
STF/HC 132.909/SP 
Desnecessária a aferição do grau de pureza da droga para realização da dosimetria da pena. A Lei n. 
11.343/2006 dispõe como preponderantes, na fixação da pena, a natureza e a quantidade de 
entorpecentes, independente da pureza e do potencial lesivo da substância. 
 
STJ/HC 250.455/RJ 
A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico (art. 
35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006. 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta 
Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: VI — sua prática envolver ou visar a atingir criança ou 
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação. 
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Aplicação de causa de aumento de pena do inciso VI ao crime de associação para o 
tráfico de drogas com criança ou adolescente. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52947e0ade57a09e4a1386d08f17b656>. Acesso em: 09/04/2020 
 
STJ/HC 212.528/SC 
A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que 
seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma 
consumada - e não tentada -, ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações 
telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o 
recebesse. Inicialmente, registre-se que o tipo penal em análise é de ação múltipla ou conteúdo variado, pois 
apresenta várias formas de violação da mesma proibição, bastando, para a consumação do crime, a prática 
de uma das ações ali previstas. Nesse sentido, a Segunda Turma do STF (HC 71.853-RJ, DJ 19/5/1995) 
decidiu que a modalidade de tráfico "adquirir" completa-se no instante em que ocorre a avença entre 
comprador e vendedor. De igual forma, conforme entendimento do STJ, incide no tipo penal, na modalidade 
"adquirir", o agente que, embora sem receber a droga, concorda com o fornecedor quanto à coisa, não 
havendo necessidade, para a configuração do delito, de que se efetue a tradição da droga adquirida, pois 
que a compra e venda se realiza pelo consenso sobre a coisa e o preço (REsp 1.215-RJ, Sexta Turma, DJ 
12/3/1990). Conclui-se, pois, que a negociação com aquisição da droga e colaboração para seu transporte 
constitui conduta típica, encontrando-se presente a materialidade do crime de tráfico de drogas. 
 
STJ/Súmula 501 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
 
 
 
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99/387 
STF/HC 248.844/GO 
O acórdão impugnado entendeu pela desnecessidade do ânimo associativo permanente, reconhecendo que 
a associação para a prática de um crime seria suficiente para condenar a acusada como incursa no art. 35 
da Lei n.º 11.343/06. Entretanto, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça e do Supremo 
Tribunal Federal, para configuração do tipo de associação para o tráfico, necessário estabilidade e 
permanência na associação criminosa. 
 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de 
direitos. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STF/HC 104.339/SP 
O STF considerou inconstitucional a expressão “e liberdade provisória” , constante do art. 44, caput, da 
Lei n. 11.343/06. 
 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste 
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução 
Penal. 
 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias 
necessários. 
 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato 
pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. 
 
STF/ADI 3807 
Tendo em vista que, o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, mas sim uma mera peça 
informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, 
deve-se reconhecer que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) não ofende os 
§§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na imparcialidade do julgador. As normas dos §§ 2º e 3º 
do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do 
ambiente policial quando possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. 
 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao 
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 
24 horas. 
 
STJ/EREsp 1544057/RJ 
1. Nos casos em que ocorre a apreensão do entorpecente, o laudo toxicológico definitivo é 
imprescindível à demonstração da materialidade delitiva do delito e, nesse sentido, tem a natureza 
jurídica de prova, não podendo ser confundido com mera nulidade, que corresponde a sanção cominada 
pelo ordenamento jurídico ao ato praticado em desrespeito a formalidades legais. Precedente: HC 
350.996/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 3ª Seção, julgado em 24/08/2016, publicado no DJe de 29/08/2016. 
 
2. Isso, no entanto, não elide a possibilidade de que, em situação excepcional, a comprovação da 
materialidade do crime de drogas possa ser efetuada pelo próprio laudode constatação provisório, 
quando ele permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em 
procedimento e com conclusões equivalentes. Isso porque, a depender do grau de complexidade e de 
novidade da droga apreendida, sua identificação precisa como entorpecente pode exigir, ou não, a 
realização de exame mais complexo que somente é efetuado no laudo definitivo. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os 
autos do inquérito ao juízo: 
 
 
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100/387 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do 
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os 
antecedentes do agente; ou 
 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
 
STJ/HC 301.684/RS 
Esta Corte possui jurisprudência no sentido de que a posse de drogas no interior do estabelecimento 
prisional, ainda que para o uso próprio, configura falta disciplinar de natureza grave, à luz do art. 52 da 
Lei de Execução Penal, não sendo requisito para o seu reconhecimento o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
 
STJ – Teses Sobre a Lei de Drogas – Edição 131 
Tese 01 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
Tese 02 
A inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia após a 
apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados os prejuízos 
suportados pela defesa. 
Tese 03 
O laudo pericial definitivo atestando a ilicitude da droga afasta eventuais irregularidades do laudo preliminar 
realizado na fase de investigação. 
Tese 04 
A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não tem o condão de 
anular o referido exame. 
Tese 05 
O princípio da insignificância não se aplica aos delitos do art. 33, caput, e do art. 28 da Lei de Drogas, pois 
tratam-se de crimes de perigo abstrato ou presumido. 
Tese 06 
A conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n. 
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, não havendo, 
portanto, abolitio criminis. 
Tese 07 
As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostrando-se, 
portanto, desproporcional que condenações anteriores pelo delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 
configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. 
Tese 08 
O crime de uso de entorpecente para consumo próprio, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, é de menor 
potencial ofensivo, o que determina a competência do Juizado Especial estadual, já que ele não está 
previsto em tratado internacional e o art. 70 da Lei n. 11.343/2006 não o inclui dentre os que devem ser 
julgados pela justiça federal. 
Tese 09 
A conduta prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006 admite tanto a transação penal quanto a suspensão 
condicional do processo. 
Tese 10 
A posse de substância entorpecente para uso próprio configura crime doloso e quando cometido no interior 
do estabelecimento prisional constitui falta grave, nos termos do art. 52 da Lei de Execução Penal - LEP (Lei 
n. 7.210/1984). 
Tese 11 
É imprescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e 
a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento prisional. 
Tese 12 
A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28 da Lei n. 
11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a 
natureza e a quantidade da substância apreendida. 
 
 
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101/387 
Tese 13 
O tráfico de drogas é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos contidos no art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/2006 é suficiente para a consumação do delito. 
Tese 14 
O laudo de constatação preliminar de substância entorpecente constitui condição de procedibilidade para 
apuração do crime de tráfico de drogas. 
Tese 15 
Para a configuração do delito de tráfico de drogas previsto no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, é 
desnecessária a aferição do grau de pureza da substância apreendida. 
Tese 16 
Não se reconhece a existência de bis in idem na aplicação da causa de aumento de pena pela 
transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006), em razão do art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 
prever as condutas de "importar" e "exportar", pois trata-se de tipo penal de ação múltipla, e o simples fato 
de o agente "trazer consigo" a droga já conduz à configuração da tipicidade formal do crime de tráfico. 
Tese 17 
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve 
responder pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com a incidência da causa de aumento 
de pena prevista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a conduta autônoma 
prevista no art. 36 da referida legislação. 
Tese 18 
É possível a aplicação do princípio da consunção entre os crimes previstos no § 1º do art. 33 e/ou no art. 34 
pelo tipificado no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, desde que não caracterizada a existência de 
contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta. 
Tese 19 
Quando o agente no exercício irregular da medicina prescreve substância caracterizada como droga, resta 
configurado, em tese, o delito do art. 282 do Código Penal, em concurso formal com o art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/2006. 
Tese 20 
O § 3º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 traz tipo específico para aquele que fornece gratuitamente substância 
entorpecente a pessoa de seu relacionamento para juntos a consumirem e, por se tratar de norma penal 
mais benéfica, deve ser aplicado retroativamente. 
Tese 21 
O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é crime 
equiparado a hediondo. 
Tese 22 
A causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas só pode ser aplicada se todos os 
requisitos, cumulativamente, estiverem presentes. 
Tese 23 
É inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 
11.343/2006 quando há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação 
para o tráfico, por evidenciar a sua dedicação a atividades criminosas ou a sua participação em organização 
criminosa. 
Tese 24 
A condição de "mula" do tráfico, por si só, não afasta a possibilidade de aplicação da minorante do § 4º do 
art. 33 da Lei n. 11.343/2006, uma vez que a figura de transportador da droga não induz, automaticamente, à 
conclusão de que o agente integre, de forma estável e permanente, organização criminosa. 
Tese 25 
Diante da ausência de parâmetros legais, é possível que a fração de redução da causa de diminuição de 
pena estabelecida no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 seja modulada em razão da qualidade e da 
quantidade de droga apreendida, além das demais circunstâncias do delito. 
Tese 26 
Para a caracterização do crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/2006) é 
imprescindível o dolo de se associar com estabilidadee permanência. 
Tese 27 
Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 
11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente. 
Tese 28 
O crime de associação para o tráfico de entorpecentes (art. 35 da Lei n. 11. 343/2006) não figura no rol 
taxativo de crimes hediondos ou de delitos a eles equiparados. 
 
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102/387 
Tese 29 
Em se tratando de condenado pelo delito previsto no art. 14 da Lei n. 6. 368/1976, deve-se observar as 
reprimendas mínima e máxima estabelecidas pelo art. 8º da Lei n. 8.072/1990 (3 a 6 anos de reclusão), por 
ser norma penal mais benéfica ao réu, impondo-se, inclusive, se for o caso, a exclusão da pena de multa. 
Tese 30 
O crime de financiar ou custear o tráfico ilícito de drogas (art. 36 da Lei n. 11.343/2006) é delito autônomo 
aplicável ao agente que não tem participação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer os 
recursos necessários para subsidiar as infrações a que se referem os art. 33, caput e § 1º, e art. 34 da Lei de 
Drogas. 
Tese 31 
O crime de colaboração com o tráfico, art. 37 da Lei n. 11.343/2006, é um tipo penal subsidiário em relação 
aos delitos dos arts. 33 e 35 da referida lei e tem como destinatário o agente que colabora como informante, 
de forma esporádica, eventual, sem vínculo efetivo, para o êxito da atividade de grupo, de associação ou de 
organização criminosa destinados à prática de qualquer dos delitos previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
da Lei de Drogas. 
Tese 32 
A Lei n. 11.343/2006 manteve as condutas descritas no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/1976, razão 
pela qual não há que se falar em abolitio criminis. 
Tese 33 
A Lei n. 11.343/2006 aboliu a majorante da associação eventual para o tráfico prevista no art. 18, III, primeira 
parte, da Lei n. 6.368/1976. 
Tese 34 
A incidência da majorante da segunda parte do inciso III do art. 18 da Lei n. 6. 368/1976 - "visar [o crime] a 
menores de 21 anos" -, segue contemplada no art. 40, inciso VI, da nova Lei de Drogas - "sua prática 
envolver ou visar a atingir criança ou adolescente" -, não restando configurada a abolitio criminis. 
Tese 35 
O art. 40 da Lei n. 11.343/2006 conferiu tratamento mais favorável às causas especiais de aumento de pena, 
devendo ser aplicado retroativamente aos delitos cometidos sob a égide da Lei n. 6.368/1976. 
Tese 36 
Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da Lei n. 11.343/2006 
aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, porquanto são delitos autônomos, cujas 
penas devem ser calculadas e fixadas separadamente. 
Tese 37 
Para a incidência das majorantes previstas no art. 40, I e V, da Lei n. 11. 343/2006, é desnecessária a 
efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente, respectivamente, a prova de destinação internacional 
das drogas ou a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
Tese 38 
É cabível a aplicação cumulativa das causas de aumento relativas à transnacionalidade e à 
interestadualidade do delito, previstas nos incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas, quando evidenciado que 
a droga proveniente do exterior se destina a mais de um estado da Federação, sendo o intuito dos agentes 
distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país. 
Tese 39 (Sem Validade) 
O rol previsto no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas não deve ser encarado como taxativo, pois o objetivo 
da referida lei é proteger espaços que promovam a aglomeração de pessoas, circunstância que facilita a 
ação criminosa. 
 
STJ/AREsp 1.495.549/SP: A prática de crime de tráfico de drogas em praça pública, por si só, não atrai a 
incidência da majorante prevista no art. 40, III, da Lei 11.343/06, porquanto não prevista em lei, sendo 
vedado o uso da analogia in malam partem. 
 
STJ/HC 528.851-SP: Uma vez que, no Direito Penal incriminador, não se admite a analogia in malam partem 
e porque a hipótese dos autos (tráfico de drogas cometido em local próximo a igrejas) não foi contemplada 
pelo legislador no rol das majorantes previstas no inciso III do art. 40 da Lei n. 11.343/2006, deve ser 
afastada a causa especial de aumento de pena em questão. 
Tese 40 
A causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas possui natureza objetiva e se 
aplica em função do lugar do cometimento do delito, sendo despicienda a comprovação efetiva do tráfico nos 
locais e nas imediações mencionados no inciso ou que o crime visava a atingir seus frequentadores. 
 
 
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103/387 
Tese 41 
A incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006 deve ser excepcionalmente 
afastada na hipótese de não existir nenhuma indicação de que houve o aproveitamento da aglomeração de 
pessoas ou a exposição dos frequentadores do local para a disseminação de drogas, verificando-se, caso a 
caso, as condições de dia, local e horário da prática do delito. 
Tese 42 
Para a caracterização da causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11. 343/2006, é necessária a 
efetiva oferta ou a comercialização da droga no interior de veículo público, não bastando, para a sua 
incidência, o fato de o agente ter se utilizado dele como meio de locomoção e de transporte da substância 
ilícita. 
Tese 43 
A aplicação das majorantes previstas no art. 40 da Lei de Drogas exige motivação concreta, quando 
estabelecida acima da fração mínima, não sendo suficiente a mera indicação do número de causas de 
aumento. 
Tese 44 
Para fins de fixação da pena, não há necessidade de se aferir o grau de pureza da substância apreendida 
uma vez que o art. 42 da Lei de Drogas estabelece como critérios "a natureza e a quantidade da substância". 
Tese 45 
A natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas simultaneamente para justificar o aumento da 
pena-base e para afastar a redução prevista no §4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, sob pena de 
caracterizar bis in idem. 
Tese 46 
A utilização concomitante da quantidade de droga apreendida para elevar a pena-base e para afastar a 
incidência da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, por demonstrar que o acusado se 
dedica a atividades criminosas ou integra organização criminosa, não configura bis in idem, tratando-se de 
hipótese diversa da Repercussão Geral - TEMA 712/STF. 
Tese 47 
Reconhecida a inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do §4º do art. 33 da Lei de Drogas, 
inexiste óbice à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos aos condenados pelo 
crime de tráfico de drogas, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do Código Penal. 
Tese 48 
A utilização da reincidência como agravante genérica é circunstância que afasta a causa especial de 
diminuição da pena do crime de tráfico, e não caracteriza bis in idem. 
Tese 49 
Reconhecida a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990, é possível a fixação de regime 
prisional diferente do fechado para o início do cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de 
drogas, devendo o magistrado observar as regras previstas no Código Penal para a fixação do regime 
prisional. 
Tese 50 
O juiz pode fixar regime inicial mais gravoso do que aquele relacionado unicamente com o quantum da pena 
ao considerar a natureza ou a quantidade da droga. 
Tese 51 
Configura ofensa ao princípio da proteção integral a aplicação de medida de semiliberdade ao adolescente 
pela prática de ato infracional análogo ao crime previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006. 
Tese 52 
O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamenteà imposição de 
medida socioeducativa de internação do adolescente. 
Tese 53 
A despeito de não ser considerado hediondo, o crime de associação para o tráfico, no que se refere à 
concessão do livramento condicional, deve, em razão do princípio da especialidade, observar a regra 
estabelecida pelo art. 44, parágrafo único, da Lei n. 11.343/2006: cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena e 
vedação do benefício ao reincidente específico. 
Tese 54 
É possível a concessão de liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes. 
Tese 55 
É vedada a concessão de indulto aos condenados por crime hediondo ou por crime a ele equiparado, entre 
os quais se insere o delito de tráfico previsto no art. 33, caput e § 1º da Lei n. 11.343/2006, afastando-se a 
referida vedação na hipótese de aplicação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da mesma Lei, 
uma vez que a figura do tráfico privilegiado é desprovida de natureza hedionda. 
 
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104/387 
Tese 56 (Sem Validade) 
O requisito objetivo necessário para a progressão de regime prisional aos condenados em crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes (delito equiparado a hediondo), praticados antes do advento da Lei n. 11.464/2007, 
deve ser o previsto no art. 112 da Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/1984), qual seja, 1/6 (um sexto); 
posteriormente, passou-se a exigir o cumprimento de 2/5 da pena pelo réu primário e 3/5 pelo reincidente. 
Tese 57 
Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e 
julgar o crime de tráfico internacional. (Súmula n. 528/STJ) 
Tese 58 
A expropriação de bens em favor da União, decorrente da prática de crime de tráfico ilícito de entorpecentes, 
constitui efeito automático da sentença penal condenatória. 
Tese 59 
Não viola o princípio da dignidade da pessoa humana a revista íntima realizada conforme as normas 
administrativas que disciplinam a atividade fiscalizatória, quando houver fundada suspeita de que o visitante 
esteja transportando drogas ou outros itens proibidos para o interior do estabelecimento prisional. 
 
 
 
 
 
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Crimes Ambientais – Legislação Esquematizada 
 
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105/387 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 
 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e 
dá outras providências. 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º (VETADO) 
 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a 
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de 
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, 
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. 
 
Crimes Ambientais – Características Básicas 
➢ A Lei de crimes ambientais pode: 
✓ Ter crimes comissivos ou omissivos; 
✓ Ocorrer na modalidade dolosa ou culposa; 
✓ Ser aplicada a pessoas físicas e jurídicas; 
✓ Englobar as esferas civis, administrativas e penais. 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto 
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou 
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 
Teoria Menor da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Lei 9.605/98. Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 
Teoria Maior e Menor da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Teoria Maior da Desconsideração Teoria Menor da Desconsideração 
A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas pode 
ser ignorada, coibindo, desta forma, fraudes e 
abusos praticados por elas. 
 
Nesta teoria, determinados requisitos estabelecidos 
dentro da legalidade precisarão ser atendidos para 
acontecer o ressarcimento do prejuízo, ocorrendo, 
assim, uma maior consistência e segurança aos 
sócios. 
Nesta teoria, não há necessidade de atender 
nenhum dos requisitos descritos na Teoria Maior. 
 
A desconsideração poderá ocorrer em quaisquer 
hipóteses em que for necessária a execução do 
patrimônio do sócio, uma vez a sociedade não tendo 
como arcar com o débito executado. 
Adotada pelo CC/02, Art. 50. Adotada pela Lei de Crimes Ambientais 
 
Art. 5º (VETADO) 
 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
 
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: 
 
 
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Crimes Ambientais – Legislação Esquematizada 
 
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106/387 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e 
para o meio ambiente; 
 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; 
 
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; 
 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os 
motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação 
e prevenção do crime. 
 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena 
privativa de liberdade substituída. 
 
Penas Restritivas de Direito – Pessoa Física 
Lei 9.605/98. Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
 
I - prestação de serviços à comunidade; 
 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
 
Substituição das Penas Privativas de Liberdade por Penas Restritivas de Direito 
Requisitos 
Lei 9605/98 Código Penal 
Crime doloso: PPL inferior a 4 anos 
Crime doloso: PPL não superior a 4 anos + crime 
cometido sem violência ou grave ameaça 
Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada 
Circunstâncias judiciais favoráveis 
Não reincidente em crime doloso 
OBS: Mesmo reincidente, o juiz pode substituir se a 
medida for socialmente recomendada e não seja 
reincidente específico 
 Circunstâncias judiciais favoráveis 
 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a 
parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou 
tombada, na restauração desta, se possível. 
 
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder 
Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, 
pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições 
legais. 
 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a 
trezentos e sessentasalários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a 
que for condenado o infrator. 
 
 
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107/387 
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo 
recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, 
conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
Crimes Ambientais – Penas Restritivas de Direito à Pessoa Física – Art. 8º ao 13. Lei 9.605/98 
➢ São autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
✓ O crime for culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos. 
 
✓ A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como 
os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos 
de reprovação e prevenção do crime. 
 
➢ As penas restritivas de direitos dos crimes ambientais terão a mesma duração da pena privativa de 
liberdade substituída. 
Prestação de Serviços à 
Comunidade 
Consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e 
jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da 
coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível. 
Interdição Temporária de 
Direitos 
Consiste na proibição de o condenado contratar com o Poder Público, 
de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como 
de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes 
dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
Suspensão Parcial ou Total 
de Atividades 
Aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais. 
Prestação Pecuniária 
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um 
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. 
O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que 
for condenado o infrator. 
Recolhimento Domiciliar 
Baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer 
atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de 
folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, 
conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
Interdição Temporária de Direito à Pessoa Física 
Consiste na proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou 
quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações. pelo prazo de cinco anos, no caso de 
crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
 
Crime Ambiental Doloso Crime Ambiental Culposo 
Proibição de Contratar por 05 anos. Proibição de Contratar por 03 anos. 
OBS: Quando se tratar de Pessoa Jurídica, o prazo de proibição de contratar com o Estado é de até 10 
anos. 
Lei 9.605/98. Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou 
doações. 
 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não 
poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; 
 
 
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108/387 
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da 
degradação ambiental causada; 
 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; 
 
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. 
 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
 
II - ter o agente cometido a infração: 
 
a) para obter vantagem pecuniária; 
 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; 
 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime 
especial de uso; 
 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
 
g) em período de defeso à fauna; 
 
h) em domingos ou feriados; 
 
i) à noite; 
 
j) em épocas de seca ou inundações; 
 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; 
 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; 
 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por 
incentivos fiscais; 
 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; 
 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções 
 
Atenuantes e Agravantes – Cleber Masson¹ 
➢ Agravantes e atenuantes genéricas: 
✓ São circunstâncias legais, de natureza objetiva ou subjetiva, não integrantes da estrutura do tipo 
penal, mas que a ele se ligam com a finalidade de aumentar ou diminuir a pena. 
 
✓ São de aplicação compulsória pelo magistrado, que não pode deixar de levá-las em conta, 
quando presentes, na dosimetria da pena. 
Fonte¹: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado – Parte Geral. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013. p. 662. 
 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de 
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos. 
 
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Crimes Ambientais – Legislação Esquematizada 
 
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Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo 
de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a 
proteção ao meio ambiente. 
 
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada 
no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica 
auferida. 
 
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. 
 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo 
penal, instaurando-se o contraditório. 
 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. 
 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor fixado 
nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
 
Penas Aplicáveis às Pessoas Jurídicas 
Lei 9.605/98. Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, 
de acordo com o disposto no art. 3º, são: 
 
I - multa; 
 
II - restritivas de direitos; 
 
III - prestação de serviços à comunidade. 
 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obtersubsídios, subvenções ou doações. 
 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais 
ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida 
autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar. 
 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não 
poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
Crimes Ambientais – Penas Restritivas de Direito à Pessoa Jurídica – Art. 22. Lei 9.605/98 
As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou 
doações. 
Proibição de contratar com 
o Poder Público 
A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, 
subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
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Interdição Temporária de 
estabelecimento, obra ou 
atividade 
Aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando 
sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com 
violação de disposição legal ou regulamentar. 
Suspensão Parcial ou Total 
de Atividades 
Aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais 
ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
 
III - manutenção de espaços públicos; 
 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
 
Teoria do Risco Integral – Excepcionalmente Adotada pelo Brasil 
➢ O Brasil adota, excepcionalmente, a Teoria do Risco Integral, nos casos de: 
✓ Acidentes Nucleares; 
✓ Danos Ambientais; 
✓ Atos de Terrorismo ou de guerra; 
Mnemônico: ANDAT 
 
Responsabilidade por Dano Ambiental 
Responsabilidade Penal É subjetiva, sendo possível o afastamento da punição. 
Responsabilidade Civil 
É objetiva, mesmo não respondendo penalmente, o agente 
responderá pela reparação de dano. 
Responsabilidade Administrativa É subjetiva, existindo divergências. 
 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou 
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será 
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
 
CAPÍTULO III - DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU 
DE CRIME 
 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos 
autos. 
 
§ 1º. Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não 
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
Libertação de Animais 
Regra Serão prioritariamente libertados em seu habitat. 
Se não for 
recomendável? 
Se tal medida for inviável ou não recomendável por questões sanitárias, os animais 
serão entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, 
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
§ 2º. Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1º deste artigo, o órgão autuante 
zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que 
garantam o seu bem-estar físico. 
 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições 
científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 
 
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§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por 
meio da reciclagem. 
 
STF/ADPF 640 
É inconstitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais 
apreendidos em situação de maus-tratos. 
 
CAPÍTULO IV – DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 
 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada. 
 
Parágrafo único. (VETADO) 
 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá 
ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da 
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Transação Penal e Suspensão Condicional do Processo 
Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo é possível a formulação da transação penal e 
suspensão condicional do processo, desde que exista prévia composição do dano ambiental, salvo 
em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Competência para Julgar Crimes Ambientais Contra a Fauna – STF/RE 835.558 
Regra Competência da Justiça Estadual. 
Exceções 
➢ Competência da Justiça Federal quando: 
(e) a conduta atentar contra bens, serviços ou interesses diretos e específicos da 
União ou de suas entidades autárquicas; 
 
(b) os delitos, previstos tanto no direito interno quanto em tratado ou convenção 
internacional, tiverem iniciada a execução no país, mas o resultado tenha ou 
devesse ter ocorrido no estrangeiro – ou na hipótese inversa; 
 
© tiverem sido cometidos a bordo de navios ou aeronaves; 
 
(d) houver grave violação de direitos humanos; ou ainda 
 
(e) guardarem conexão ou continência com outro crime de competência federal; 
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral, conforme 
previsão expressa da Constituição. 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/Info 874 
Conforme o STF, as leis estaduais que proíbem o uso do amianto são constitucionais. 
 
 
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Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor 
potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações: 
 
I – a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de 
laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do 
§ 1° do mesmo artigo; 
 
II – na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de 
suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido 
de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição; 
 
III – no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 
mencionado no caput; 
 
IV – findo o prazode prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de reparação do 
dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o 
máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III; 
 
V – esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo 
de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparação integral do dano. 
 
CAPÍTULO V – DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
 
Crimes Ambientais – Espécies 
Crimes contra a Fauna 
Crimes contra os animais. Estão tipificados nos artigos 29 a 37 da Lei 
de Crimes Ambientais. 
Crimes contra a Flora 
Crimes contra as florestas e diversas formas de vegetação. Estão 
tipificados nos artigos 38 a 53 da Lei de Crimes Ambientais. 
Da Poluição e outros Crimes 
Ambientais 
Estão tipificados nos artigos 54 a 61 da Lei de Crimes Ambientais. 
Crimes contra o Ordenamento 
Urbano e o Patrimônio Cultural 
Estão tipificados nos artigos 62 a 65 da Lei de Crimes Ambientais. 
Crimes contra a Administração 
Ambiental 
Condutas que dificultam a fiscalização por parte do Estado em 
relação aos crimes ambientais. Estão tipificados nos artigos 66 a 69-A 
da Lei de Crimes Ambientais. 
 
Classificação dos Crimes Ambientais – Quanto ao Momento da Consumação 
➢ Permanentes: Consiste no delito em que a consumação acaba se estendendo ao longo do tempo por 
vontade do agente. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: 
 
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
➢ Permanente ou Instantâneo: Consiste no delito que é consumado em um determinado instante, de 
forma imediata, sem existir qualquer forma de prolongamento. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que 
deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: 
 
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
➢ Instantâneo de Efeitos Permanentes: Consiste no delito que continua existindo efeitos após a sua 
consumação, independentemente da vontade de quem praticou. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do 
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
 
Pena – reclusão, de um a cinco anos. 
 
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Seção I - Dos Crimes contra a Fauna 
 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, 
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
 
Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa. 
 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
 
I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 
 
II – quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
 
III – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou 
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e 
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente. 
 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, 
considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos 
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. 
 
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: 
 
I – contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; 
 
II – em período proibido à caça; 
 
III – durante a noite; 
 
IV – com abuso de licença; 
 
V – em unidade de conservação; 
 
VI – com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. 
 
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. 
 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
 
Crimes contra a Fauna 
As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
 
OBS: Caso a majorante da pena seja uma das mesmas circunstâncias que agravam a pena (Art. 15. Lei 
9.605/98), aplica-se apenas a majorante devido ao princípio do non bis in idem. 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da 
autoridade ambiental competente: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
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Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por 
autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Crime por Introdução de Espécie Animal no País 
Lei 9.605/98. Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença 
expedida por autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
É admissível tentativa. 
 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, 
nativos ou exóticos: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para 
fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
 
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de 
reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020) 
 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. 
 
Tivemos uma recente atualização com a lei 14.064/2020, trazendo uma qualificadora quando o crime ocorrer 
contra cães e gatos. Essa já era uma demanda da sociedade que muito questionava a baixa reprimenda do 
Estado para os maus tratos a animais domésticos. 
 
O parágrafo segundo traz uma causa de aumento de pena para os casos mais graves, onde ocorre a morte 
do animal. O legislador optou por trazer uma causa de aumento de pena para o crime supracitado. 
 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da 
fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: 
 
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público; 
 
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou 
autorização da autoridade competente; 
 
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, 
devidamente demarcados em carta náutica. 
 
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: 
 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Crime por Pesca em Período Proibidoou em Locais Interditados 
✓ Consiste em um delito abstrato, não sendo exigível a prova de dano; 
 
✓ É considerado um crime formal, sem precisar de resultado naturalístico; 
 
✓ Basta a tentativa para ser caracterizado o crime. 
 
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Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 
 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas 
e métodos não permitidos; 
 
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca 
proibidas. 
 
STF/RE 112.563/SC 
AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de pesca, em desacordo 
com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98. Rei furtivae de valor 
insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação 
do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse 
fim. Voto vencido. 
 
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: 
 
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; 
 
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: 
 
Pena - reclusão de um ano a cinco anos. 
 
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, 
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, 
suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes 
nas listas oficiais da fauna e da flora. 
 
Pesca - Conceito 
Lei 9.605/98. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, 
coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e 
vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies 
ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. 
 
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal 
e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 
 
Exclusão de Antijuridicidade 
Lei 9.605/98. Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que 
legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
 
III – (VETADO) 
 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 
 
 
 
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Seção II 
Dos Crimes contra a Flora 
 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou 
utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Área de Preservação Permanente – APP 
Segundo o Código Florestal: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental 
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo 
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 
 
Consumação: 
A consumação desse delito se dá com a destruição ou dano, em suas duas primeiras modalidades, já que se 
trata de crime material. Já a modalidade de utilizar floresta de preservação é crime de perigo e considerada 
como permanente pelo Supremo. 
 
Esse crime admite a forma culposa, conforme previsão expressa do parágrafo único: “Se o crime for culposo, 
a pena será reduzida à metade”. 
 
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de 
regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade 
competente: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do 
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas 
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
 
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação 
de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Art. 40-A. (VETADO) 
 
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas 
de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as 
Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 
 
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação 
de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
 
§ 3º. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
 
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Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa. 
 
Crimes Contra a Flora 
Os delitos apresentados acima, exceto o do Art. 39, possuem modalidade dolosa e culposa. 
 
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais 
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: 
 
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 43. (VETADO) 
 
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia 
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
No delito descrito, o legislador não só protegeu as florestas de preservação permanente, como também 
aquelas de domínio público, que conforme a doutrina são aquelas pertencentes a pessoas jurídicas de direito 
público interno (União, Estados, DF e Municípios). 
O delito vai se consumar quando a extração ocorrer sem autorização de autoridade competente. 
O elemento subjetivo do tipo é o dolo, não sendo punido o agente que agir por culpa. 
 
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins 
industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as 
determinações legais: 
 
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. 
 
Art. 46. Receber ou adquirir, parafins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem 
munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda 
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem 
ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente. 
 
Art. 47. (VETADO) 
 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de 
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa. 
 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de 
mangues, objeto de especial preservação: 
 
 
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Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio 
público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: 
 
Pena - reclusão de 2 a 4 anos e multa. 
 
§ 1º. Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua 
família. 
 
§ 2º Se a área explorada for superior a 1.000 ha, a pena será aumentada de 1 ano por milhar de hectare. 
 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou 
registro da autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça 
ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se: 
 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; 
 
II - o crime é cometido: 
 
a) no período de queda das sementes; 
 
b) no período de formação de vegetações; 
 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; 
 
d) em época de seca ou inundação; 
 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
 
Crimes Contra a Flora - Majoração 
OBS: Caso a majorante da pena seja uma das mesmas circunstâncias que agravam a pena (Art. 15. Lei 
9.605/98), aplica-se apenas a majorante devido ao princípio do non bis in idem. 
Lei 9.605/98. Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o 
crime: 
 
II - ter o agente cometido a infração: 
 
h) em domingos ou feriados; 
 
i) à noite; 
 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; 
 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 
 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à 
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 
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§ 1º Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
§ 2º Se o crime: 
 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; 
 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas 
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma 
comunidade; 
 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a 
autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. 
 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, 
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos 
termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente. 
 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, 
ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas 
ambientais ou de segurança; 
 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos 
perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. 
 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço. 
 
§ 3º Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas: 
 
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; 
 
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem; 
 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
 
 
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Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime 
mais grave. 
 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: 
 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, 
à flora ou aos ecossistemas: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Seção IV 
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural 
 
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: 
 
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; 
 
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da 
multa. 
 
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico,histórico, 
cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou 
em desacordo com a concedida: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu 
valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou 
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: 
 
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. 
 
§ 1º. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou 
histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa. 
 
§ 2º. Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou 
privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo 
locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente 
e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis 
pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. 
 
Seção V 
Dos Crimes contra a Administração Ambiental 
 
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou 
dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: 
 
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Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas 
ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
 
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse 
ambiental: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa. 
 
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento 
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por 
omissão: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa. 
 
§ 1º. Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos. 
 
§ 2º. A pena é aumentada de 1/3 a 2/3, se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da 
informação falsa, incompleta ou enganosa. 
 
CAPÍTULO VI 
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de 
uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
 
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo 
os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, 
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da 
Marinha. 
 
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades 
relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. 
 
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração 
imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. 
 
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla 
defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei. 
 
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos 
máximos: 
 
I - 20 dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência 
da autuação; 
 
 
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II - 30 dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, 
apresentada ou não a defesa ou impugnação; 
 
III - 20 dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de 
autuação; 
 
IV – 5 dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação. 
 
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: 
 
I - advertência; 
 
II - multa simples; 
 
III - multa diária; 
 
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos 
ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; 
 
V - destruição ou inutilização do produto; 
 
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; 
 
VII - embargo de obra ou atividade; 
 
VIII - demolição de obra; 
 
IX - suspensão parcial ou total de atividades; 
 
XI - restritiva de direitos. 
 
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, 
as sanções a elas cominadas. 
 
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de 
preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. 
 
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo: 
 
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão 
competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; 
 
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha. 
 
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 
meio ambiente. 
 
STJ/Súmula 467 
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração 
Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. 
 
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo. 
 
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. 
 
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o 
estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares. 
 
§ 8º As sanções restritivas de direito são: 
 
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I - suspensão de registro, licença ou autorização; 
 
II - cancelamento de registro, licença ou autorização; 
 
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; 
 
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; 
 
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. 
 
Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo 
Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, ao Fundo Naval, criado pelo 
Decreto nº 20.923,de 8 de janeiro de 1932, ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa 
Civil (Funcap), criado pela Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010, e aos fundos estaduais ou municipais de 
meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador. (Lei nº 14.691/23) 
 
§ 1º Reverterão ao Fundo Nacional do Meio Ambiente 50% dos valores arrecadados em pagamento de multas 
aplicadas pela União, percentual que poderá ser alterado a critério dos órgãos arrecadadores. (Lei nº 14.691/23) 
 
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo 
com o objeto jurídico lesado. 
 
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido 
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 e o 
máximo de R$ 50.000.000,00. 
 
Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa 
federal na mesma hipótese de incidência. 
 
CAPÍTULO VII - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o Governo brasileiro 
prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, 
quando solicitado para: 
 
I - produção de prova; 
 
II - exame de objetos e lugares; 
 
III - informações sobre pessoas e coisas; 
 
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão de uma causa; 
 
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja 
parte. 
 
§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá, quando 
necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará à autoridade capaz de 
atendê-la. 
 
§ 2º A solicitação deverá conter: 
 
I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante; 
 
II - o objeto e o motivo de sua formulação; 
 
III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante; 
 
IV - a especificação da assistência solicitada; 
 
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V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso. 
 
Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a reciprocidade da cooperação 
internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de 
informações com órgãos de outros países. 
 
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. 
 
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, 
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das 
atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título 
executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores. 
 
§ 1º. O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as 
pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas 
atividades, para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competentes, sendo 
obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre: 
 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais; 
 
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá 
variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual 
período; 
 
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico de execução e de 
implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; 
 
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em 
decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas; 
 
V - o valor da multa de que trata o inciso anterior não poderá ser superior ao valor do investimento previsto; 
 
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. 
 
§ 2º No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envolvendo construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida 
pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito 
protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do 
estabelecimento. 
 
§ 3º Da data da protocolização do requerimento previsto no parágrafo anterior e enquanto perdurar a vigência do 
correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração 
do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado. 
 
§ 4º A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas 
aplicadas antes da protocolização do requerimento. 
 
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida qualquer de suas 
cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior. 
 
§ 6º O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização do 
requerimento. 
 
 
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§ 7º O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informações necessárias à 
verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano. 
 
§ 8º Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão oficial competente, 
mediante extrato. 
 
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, 
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das 
atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título 
executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores. 
 
§ 1º O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as 
pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas atividades, 
para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competentes, sendo obrigatório que o 
respectivo instrumento disponha sobre: 
 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais; 
 
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá 
variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual 
período; 
 
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico de execução e de 
implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serematingidas; 
 
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em 
decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas; 
 
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do investimento previsto; 
 
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. 
 
§ 2º No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envolvendo construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida 
pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito 
protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do 
estabelecimento. 
 
§ 3º Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquanto perdurar a vigência do 
correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração 
do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado. 
 
§ 4º A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas 
aplicadas antes da protocolização do requerimento. 
 
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida qualquer de suas 
cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior. 
 
§ 6° O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização do 
requerimento. 
 
§ 7° O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informações necessárias à 
verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano. 
 
§ 8° Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão oficial competente, 
mediante extrato. 
 
 
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126/387 
Crimes Ambientais na CF/88 
CF/88. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de 
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas 
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar 
os danos causados. 
 
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, 
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
 
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas. 
 
STF/Súmula Vinculante 35 
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada 
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério 
Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito 
policial. 
 
STF/ADI 5.983 
Padece de inconstitucionalidade formal, por usurpação da competência legislativa da União para editar 
normas gerais sobre caça (CF, art. 24, VI, §1.º), lei estadual que veda a caça científica e restringe a caça 
de controle a órgãos públicos. 
 
STF/APn 888/DF 
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com o órgão ambiental estadual não impede a 
instauração da ação penal, pois não elide a tipicidade formal das condutas imputadas ao acusado, 
repercutindo, na hipótese de condenação, na dosimetria da pena. 
As instâncias penal e administrativa são independentes. 
 
STF/APn 888/DF 
A jurisprudência desta Corte admite a aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, 
desde que, analisadas as circunstâncias específicas do caso concreto, se observe que o grau de 
reprovabilidade, a relevância da periculosidade social, bem como a ofensividade da conduta não 
prejudiquem a manutenção do equilíbrio ecológico, o que, na hipótese concreta, não é possível de ser 
aferido, de plano, no atual momento processual. 
 
STJ/RMS 39.173/BA 
1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a 
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da 
pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária 
dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, 
acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 
 
2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. 
Precedentes desta Corte. 
 
STJ/Súmula 618 
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. 
 
STJ/Súmula 613 
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. 
 
 
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127 
Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 
 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto 
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou 
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
STJ/RMS 39.173/BA 
1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a 
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da 
pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária 
dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, 
acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 
 
2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. 
Precedentes desta Corte. 
 
3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas 
espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 
 
4. Recurso ordinário a que se nega provimento. 
 
STJ/Informativo 545 
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo 
de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a 
invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil 
para afastar sua obrigação de indenizar. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
 
III - manutenção de espaços públicos; 
 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
 
STJ/REsp nº 1.374.284/MG 
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de 
causalidade o fator aglutinante que

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