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AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE 
ANDRADE
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
INTRODUÇÃO À AUDITORIA 
CONTROLE INTERNO
AUDITORIA INTERNA
AUDITORIA EXTERNA
NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
PAPÉIS DE TRABALHO
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
RELATÓRIO DE AUDITORIA
PARECER DA AUDITORIA
AUDITORIA NAS CONTAS DO ATIVO
AUDITORIA NAS CONTAS DO PASSIVO
AUDITORIA NAS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AUDITORIA NAS CONTAS DE RESULTADO
AUDITORIA INTERNA DE QUALIDADE
AUDITORIA DO FUTURO DIGITAL
COMO SER AUDITOR
05
10
14
18
22
26
30
34
38
43
49
53
57
61
65
69
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AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
INTRODUÇÃO
A auditoria é uma das ferramentas mais importantes para o controle administrativo. Para 
empresas com estruturas complexas, a falta de controle adequado irá expô-los a inúmeros 
riscos, erros frequentes e desperdício.
As empresas precisam investir no desenvolvimento de tecnologia, melhorar seu controle, 
reduzir custos e tornar seus produtos mais competitivos e, portanto, requerem muitos recursos.
O problema está na expansão do mercado da organização e na falta de compreensão da 
assessoria de seus gestores na auditoria interna para obtenção de informações corretas 
sobre a situação financeira e patrimonial da empresa e na incapacidade de captar recursos 
com terceiros, como empréstimos bancários, ou recrutar abertamente novos investidores 
para investimento.
Nesta disciplina será demonstrada a importância da Auditoria para o controle interno, 
veracidade das informações e tomadas de decisões das organizações. Serão explicadas a 
diferença das auditorias interna e externa e quando cada uma delas poderá ser utilizada. 
Por haver mudanças frequentes nas leis e nas normas contábeis, destacaremos as mais 
relevantes para a auditoria. Explicaremos os papéis de trabalho do processo de auditoria, 
como realizar o planejamento e como redigir os relatórios e pareceres da auditoria.
Por falar em pareceres, iremos apresentar os tipos, explicar em que momento usar cada 
um, trazendo alguns exemplos e formas de escrevê-los.
Explicaremos as necessidades e o que buscar nas auditorias do ativo, passivo, PL e nas 
contas de resultado. Ressaltaremos como realizar uma auditoria de qualidade, utilizando a 
ferramenta da gestão de qualidade conhecida como PDCA.
Por fim, falaremos dos desafios de realizar a auditoria na era digital, e o passo a passo 
de como se tornar um auditor.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
AULA 1
INTRODUÇÃO À AUDITORIA
1.1 Surgimento
Observando todas as áreas das atividades contábeis, o trabalho de auditoria alcançou um 
rápido desenvolvimento na prática e no planejamento teórico. Mas antes de nos aprofundarmos, 
vamos relembrar o surgimento da contabilidade, mas dessa vez fazendo um paralelo com 
o surgimento da auditoria.
Como estudamos em disciplinas anteriores não existe ao certo uma data específica para 
definir o surgimento da contabilidade. Dentre as diversas opiniões sobre o surgimento e 
a evolução da contabilidade chegamos a um consenso, uma divisão em quatro grandes 
períodos: contabilidade de trocas, de custos, de gestão operacional e de gestão estratégica. 
Já sobre a auditoria, existem relatos que fora iniciada na Inglaterra no Século XIV, mais 
especificamente no ano de 1314. De acordo com alguns autores, o primeiro auditor foi um 
contador que atendia o mercado deixando de ser um especialista em contabilidade comercial 
e começando a aconselhar outros profissionais da área, com a ideia de supervisionar os 
registros contábeis. 
“A origem do termo auditor em português, muito embora perfeitamente representado pela 
origem latina (aquele que ouve, o ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa to audit 
(examinar, ajustar, corrigir, certificar)” (ATTIE, 2000, p.27).
Podemos dizer que a auditoria surgiu quando alguns profissionais se autodenominavam 
contadores públicos, exercendo um trabalho mais aprofundado do que os outros contadores.
Os chamados especialistas em contabilidade surgiram com a função básica de 
encontrar erros e fraudes. Desde 1900, a profissão de auditor ganhou maior relevância 
com o desenvolvimento do capitalismo e se tornou a própria profissão. Em 1934, com a 
criação da Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos, a profissão de auditor 
gerou novos incentivos, pois as empresas que negociam ações na Bolsa de Valores foram 
obrigadas a utilizar os serviços de auditoria para proporcionar maior confiabilidade para 
suas demonstrações financeiras.
No Brasil, com a chegada da família real portuguesa houve um aumento nas atividades 
coloniais e, devido ao aumento da despesa pública e da receita nacional, Portugal necessitou 
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AUDITORIA CONTÁBIL
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de melhores meios financeiros. Portanto, foi criado o Ministério de Estado e Fazenda Pública 
em conjunto com o Banco do Brasil (1808). O Ministério das Finanças de cada província era 
composto por um inspetor, um contabilista e um advogado tributário, responsáveis por toda a 
cobrança, distribuição e gestão financeira e fiscal. Em 1870, por meio do decreto imperial nº 
4.475, o Brasil promulgou o primeiro regulamento da profissão contábil. Portanto, a profissão 
de contador é considerada a primeira profissão autônoma regulamentada no Brasil.
O desenvolvimento da auditoria, aqui no nosso país, teve influência de filiais e subsidiárias 
de firmas estrangeiras, bem como do crescimento das empresas brasileiras e a necessidade de 
diversificar as suas atividades econômicas. Com isso foram criados meios para regulamentar 
essa profissão, surgiram normas de auditoria promulgadas pelo BACEN (Banco Central do 
Brasil) em 1972, houve a criação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a publicação 
da Lei de Sociedades Anônimas em 1976.
O trabalho de auditoria deve ser devidamente planejado e quando executado por assistentes 
de contabilidade, ou seja, pessoal de nível técnico deve ser devidamente supervisionado pelo 
auditor responsável. Pois apenas contadores podem assinar relatórios de auditoria.
1.2 Objetivo
A auditoria contábil abrange o exame de documentos, livros, registros, além da realização 
de controles e obtenção de informações de fontes internas e externas, todos relacionados 
ao controle do patrimônio da entidade auditada. 
O objetivo da auditoria é verificar a exatidão dos registros contábeis e das demonstrações 
financeiras em relação aos eventos que alteram o patrimônio líquido. O objeto da auditoria 
resume-se aos elementos do controle patrimonial que são os registros contábeis, os 
documentos que comprovam esses registros e as ações administrativas. Os fatos não 
registrados também estão sujeitos à revisão, pois podem ser relatados por pessoas físicas 
que desenvolvem atividades relacionadas à revisão de ativos.
O objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações financeiras 
é expressar uma opinião sobre a propriedadedas mesmas, e assegurar 
que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, 
o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos 
correspondentes aos períodos em exame (ATTIE, 2000, p.27).
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1.3 Vantagens
Pelo seu objetivo de verificar a exatidão dos registros contábeis e demonstrações financeiras, 
consideramos inúmeras as suas vantagens.
A precisão das informações demandadas pelo usuário e o próprio 
desenvolvimento de aplicações práticas da Contabilidade dependerão, 
sempre, da observância dos seus princípios cuja aplicação à solução de 
situações concretas deverá considerar o contexto econômico, tecnológico, 
institucional e social em que os procedimentos serão aplicados (ATTIE, 
2000, p.93-94).
Monitorar a eficiência do controle interno, certificar a correção dos registros contábeis, 
ajudar a compreender melhor a real situação econômica, hereditária e financeira da empresa, 
apontar as deficiências da organização administrativa e do controle interno da empresa são 
algumas das vantagens que a empresa e sua administração garantem.
Os sócios e investidores da empresa também asseguram vantagens. A auditoria fornece 
melhores informações e a precisão das demonstrações financeiras, garantindo, assim, maior 
precisão dos resultados obtidos.
Além do fisco, por serem mais precisas as informações, ajuda a cumprir melhor as leis 
fiscais. E por fim, a sociedade se beneficia com a auditoria, com maior credibilidade nas 
demonstrações e as informações compreendidas com veracidade, há a garantia dos empregos.
1.4 Obrigatoriedade
As empresas de grande porte estão obrigadas a serem auditadas, veja o que diz a Lei nº 
11.638, de 28 de dezembro de 2007, em seu Artigo 3º:
Art. 3º Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não 
constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei 
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de 
demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente 
por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos 
desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que 
tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior 
a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
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Porém, existem empresas que não se encaixam neste parágrafo que passam por auditoria 
pode ser por imposição de investidores ou bancos, como medida de controle interno, ou 
para efeitos de fusão, cisão ou incorporação de empresas.
Dependendo do motivo ao qual a empresa está passando por auditoria é possível 
classificarmos como auditoria interna ou externa.
Classifico a auditoria como parte importante da gestão estratégica da empresa, um dos 
quatro grandes períodos da contabilidade, pois é a partir dela que a empresa pode melhorar 
processos e classificações.
Isto está na rede
A realização de uma auditoria contábil trará muitos outros benefícios, por isso, não só 
as empresas listadas são obrigadas para efeitos legais, mas outras empresas optam 
pelos serviços por verem a busca da transparência e melhoria da sua imagem no 
mercado. Forneça aos membros informações precisas e detalhadas para melhorar a 
credibilidade. 
Fonte: https://www.taticca.com.br/pt-br/blog/vantagens-da-auditoria-contabil
Isto acontece na prática
O principal objetivo da auditoria contábil é verificar se as demonstrações financeiras 
refletem integralmente as condições patrimoniais, financeiras e econômicas da empresa.
Os auditores precisam planejar seu trabalho de forma adequada, avaliar o sistema 
de controle interno, coletar informações, conduzir análises e revisões contábeis para 
expressar opiniões com base em suas avaliações.
Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/introducao-auditoria-contabil/
https://www.taticca.com.br/pt-br/blog/vantagens-da-auditoria-contabil
https://portaldeauditoria.com.br/introducao-auditoria-contabil/
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Anote isso
Embora a auditoria contábil seja uma ferramenta indispensável para o controle 
organizacional, ela não deve ser considerada imune a defeitos ou falhas.
Fonte: https://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-
contabil/
https://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-contabil/
https://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-contabil/
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AULA 2
CONTROLE INTERNO
A palavra “controle” em francês se refere ao ato ou poder de controlar, verificar e averiguar. O 
controle interno se refere a uma série de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos 
administrativos inter-relacionados, projetados para garantir que os objetivos da organização 
sejam alcançados de forma confiável, específica, eficaz e para mostrar que toda a equipe 
de gestão pode atingir os objetivos existentes.
Tem como objetivo proteger o patrimônio, verificar a precisão e confiabilidade dos dados 
contábeis, melhorar a eficiência operacional e incentivar o cumprimento das políticas definidas 
pela organização.
Sua vantagem é fornecer alternativas para melhorar o desempenho das várias áreas 
da organização, presando pela qualidade, transparência e, o mais importante, fornecer 
informações que servem como norte para a gestão da empresa.
2.1 Nas Organizações
Dentro de uma organização, o controle interno é um processo organizacional projetado 
para garantir de forma razoável a certeza que os objetivos da organização sejam alcançados.
Segundo Motta (2001), o controle interno encontra-se na organização moderna em todos 
os seguimentos: vendas, fabricação, desenvolvimento, compras, tesouraria, segurança entre 
outros.
O ambiente propício para um bom controle interno inclui os princípios éticos e integridade 
dos colaboradores e da empresa, compromisso com capacidade e eficiência, sistema 
suficiente, estrutura organizacional adequada, formação de uma cultura organizacional, 
políticas e práticas de recursos humanos adequadas e atitude exemplar dos administradores 
e gestores.
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2.2 Limitações
Conforme Florentino (1988), o controle interno proporciona uma garantia razoável, nunca 
uma garantia absoluta, pois auxilia a organização na consecução de seus objetivos, mas 
não garante que eles serão atingidos.
A contabilidade, a auditoria, a perícia e a controladoria, todas essas áreas, geram relatórios 
que auxiliam os gestores na tomada de decisão, mas para que os objetivos da organização 
sejam atingidos existem uma série de outras decisões a serem tomadas.
Eventos externos estão fora do controle de qualquer organização, mesmo que tenham 
um excelente controle interno, certas coisas sempre superam as expectativas.
2.3 Importância
Para Attie (2000), a partir do momento em que é impossível imaginar que não existe uma 
empresa que possa garantir a continuidade do fluxo de negócios e informações propostas 
fica evidente a importância do controle interno.
“(...) controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada pela 
administração para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos 
sejam atingidos” (AUDIBRA, 1992, p. 48)
O controle interno visa orientar a alta administração no planejamento e organização das 
atividades de forma a atingir as metas durante a execução das atividades sem desvios, 
fraudes ou erros no processo.
Uma empresa com controle interno gera credibilidade, pois trabalham com transparência 
e ética nas informações. Também ajuda a constituir a autonomia de seu poderinterno. Com 
capacidade de gestão e construção de soluções, esta autonomia é a chave para melhorar 
a qualidade dos serviços. Porém, é essa autonomia que permite aos gestores avaliar suas 
políticas, investigar anormalidades e facilitar correções quando necessário, sem ter que contar 
com a intervenção de outros participantes no dia a dia, o que costuma ser mais custoso. A 
autonomia sem responsabilidade pode ter um efeito prejudicial na sociedade.
2.4 Tecnologia
Durante algum tempo as empresas utilizavam módulos específicos, de 
forma isolada. O mais demandado era o módulo de Estoque, pois era 
necessário controlar diariamente a movimentação e bens e materiais 
tanto na indústria quanto no comércio. Em seguida foram sendo 
implantados outros módulos, de maneira isolada. Isso significa que as 
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empresas dispunham de vários módulos licenciados para utilização, 
mas não havia interatividade entre eles, pois faltavam comunicação a 
esses aplicativos (OLIVEIRA, 2014, p. 49).
Estamos na era digital! A gestão, os processos e as atividades de todos os envolvidos 
na organização, sejam empresas, clientes internos, clientes externos, ou fornecedores em 
um mercado globalizado estão imersos nela, e uma grande quantidade de informações é 
divulgada e utilizada. 
A evolução de todas essas expectativas instantâneas cresce com o desenvolvimento de 
novas tecnologias a cada ano, e cada vez mais empresas e profissionais investem recursos 
e conhecimento para se manterem atualizados ou pelo menos na tendência.
A partir da utilização dos sistemas integrados vários procedimentos 
convencionais foram modificados. Essas mudanças refletem o grau de 
sofisticação que os sistemas alcançam, permitindo um enorme ganho 
de tempo para realização das atividades (OLIVEIRA, 2014, p. 76).
Imagine como era a realização dos controles internos com os sistemas isolados, cada 
setor emitia um tipo de relatório, onde o gestor da área analisava e repassava as informações 
aos administradores, estes faziam um apanhado de informações de todos os setores para 
compreenderem a real situação para, só então, tomar decisões. Isso demandava um longo 
tempo, e muitas vezes, quando a decisão era tomada, a realidade da organização já era outra.
Hoje com os sistemas integrados, os gestores de área sabem como seu setor está 
instantaneamente e os administradores conseguem reunir as informações de todos os 
setores num clicar de mouse, inclusive, com um sistema integrado e ajustado, ter acesso a 
comparativos e indicadores que englobam mais de um setor. Assim, as tomadas de decisão 
são assertivas e de acordo com a realidade momentânea da organização.
Isto está na rede
Conforme o site Portal de auditoria “o Controle Interno também deve verificar e assegurar 
a proteção do patrimônio e a veracidade e fidedignidade das informações contábeis 
e não contábeis da organização, através de conciliação de documentos e planos de 
contas”.
Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/conceito-de-controle-interno/
https://portaldeauditoria.com.br/conceito-de-controle-interno/
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AUDITORIA CONTÁBIL
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Isto acontece na prática
Marcos Assi afirma “estamos passando um momento em que o discurso não representa 
ação exercida nas empresas, a mudança de cultura de controle não surge da noite 
para o dia, afinal devemos mudar a postura das pessoas, na busca da eficiência e 
eficácia do negócio, mas sem implementar regras claras e que possam ser aplicadas 
e entendidas, vamos ficar neste impasse”.
Fonte: https://administradores.com.br/artigos/controles-internos-e-compliance-na-
gestao-corporativa-de-pequenas-e-medias-empresas
Anote isso
Na medida em que a organização das informações contábeis e administrativas ajuda 
a produzir relatórios confiáveis e também auxilia na tomada de decisões, o controle 
interno é um guia para contadores e auditores. É por isso que o controle interno é tão 
importante e, independente do porte da empresa, devem ser tomadas medidas para 
cuidar dos dados contábeis e do patrimônio da empresa.
Fonte: https://www.fatorcontabil.com/entenda-a-importancia-do-controle-interno-para-
a-sua-empresa/
https://administradores.com.br/artigos/controles-internos-e-compliance-na-gestao-corporativa-de-pequenas-e-medias-empresas
https://administradores.com.br/artigos/controles-internos-e-compliance-na-gestao-corporativa-de-pequenas-e-medias-empresas
https://www.fatorcontabil.com/entenda-a-importancia-do-controle-interno-para-a-sua-empresa/
https://www.fatorcontabil.com/entenda-a-importancia-do-controle-interno-para-a-sua-empresa/
https://www.fatorcontabil.com/entenda-a-importancia-do-controle-interno-para-a-sua-empresa/
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AULA 3
AUDITORIA INTERNA 
A auditoria interna é um método de avaliação da veracidade dos processos de uma empresa 
para melhorar a sua eficiência! Além de garantir a melhoria contínua, verificando mudanças 
na organização como, por exemplo, a necessidade de novos padrões internos.
A auditoria interna é facultativa, em função de previsão estatutária, 
funcionando como instrumento de apoio à gestão e objetivando verificar 
se o controle interno está em efetivo funcionamento, proferindo o auditor, 
quando cabível, sugestão para melhora de tais controles internos ou 
implementação de controles, caso não existam. Constitui o conjunto de 
procedimentos que tem por objetivo examinar integridade, adequação 
e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, 
financeiras e operacionais da entidade (CREPALDI; CREPALDI. 2016, p. 69)
O objetivo geral da auditoria interna é assessorar os gestores e administradores a 
desenvolverem plenamente suas responsabilidades, proporcionando-lhes análises objetivas, 
sugestões e opiniões sobre as atividades revisadas. Portanto, os auditores internos devem 
estar atentos a qualquer estágio das atividades da empresa que possa ser útil à administração.
Como método de avaliação, as auditorias internas geralmente são realizadas de acordo 
com as necessidades da empresa, geralmente é realizada uma vez por ano, dependendo 
sempre da demanda.
Algumas empresas têm um setor específico de auditoria interna, assim se um determinado 
departamento deseja verificar seus processos ou verificar quaisquer requisitos de melhoria 
e mudança, ele pode realizar auditorias internas sem o envolvimento de toda a empresa.
3.1 Benefícios
Depois de entender o conceito de auditoria interna, vamos aos seus benefícios. A ideia da 
auditoria interna é avaliar e promover a melhoria dos processos de trabalho. Quando feito 
de forma estruturada, trará muitos benefícios para a empresa. 
Como primeiro benefício podemos destacar a tomada de decisão assertiva, o monitoramento 
dos procedimentos de rotina por meio de soluções permanentes e a possibilidade de eliminação 
de defeitos podem garantir que os gestores tomem decisões de forma mais consciente e 
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eficaz. A partir das informações coletadas no processo de auditoria interna é possível atingir 
esse objetivo, estabelecendo assim uma base sólida para avaliar a situação sob diferentes 
perspectivas, determinar os prós e contras de cada ação e antes de tomar decisões sobre 
estratégias específicas fazer uma análise mais extensa.
Outro benefício são riscos mais precisos, o objetivo das auditorias internas é determinar 
os pontos fortes e fracos da empresa. Embora as vantagens possam e devam ser totalmente 
utilizadas, as desvantagens podem indicar que os riscos (se implementados) afetarão (mais 
ou menos) os resultados. 
O terceiro benefício destacado aqui são oportunidades de melhoria, da mesma forma 
que o foco está em apontar problemas e criar soluções finais para os mesmos, o processo 
também é estudado do ponto de vistade que melhorias podem ser utilizadas nos métodos 
de trabalho. Mesmo quando o evento traz retornos positivos, isso nos permite ver e criar 
oportunidades positivas. 
Com a auditoria a empresa traça planos de ação mais eficazes, ao investigar as falhas no 
processo, as possíveis causas podem ser determinadas com mais precisão. Dessa forma, 
planos de ação mais eficazes podem ser desenvolvidos, em vez de “apagar incêndios”, e 
esses planos de ação afetarão diretamente a causa raiz do problema, eliminando o problema 
ou minimizando seu impacto.
Governança corporativa e transparência são os últimos benefícios que demonstramos 
aqui, a governança corporativa pode ser definida, de forma resumida, como um conjunto de 
processos e definições que envolvem a cultura empresarial: os valores e a relação entre a 
alta gestão, funcionários, investidores, parceiros de negócios e outras partes interessadas. 
A definição dos processos possibilita a formalização dessas regras e torna a gestão e a 
política empresarial mais transparentes para todos os envolvidos.
3.2 Quando realizar
Alguns gestores ainda acreditam que apenas grandes empresas podem usar a auditoria 
interna para melhor se adaptar a seus processos. No entanto, deve-se destacar que atende 
empresas de todos os portes, desde que apresentem situações que indiquem a necessidade 
de mudanças.
Vejamos alguns momentos em que a empresa precisa investir em uma análise de auditoria 
interna:
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➣ Resultados sempre distantes das metas: processo ineficiente ou metas fora da realidade 
de negócios poder ser fatores que interferem diretamente do resultado. Em ambos os 
casos devemos compreender a origem do erro e determinar a possível causa e solução.
➣ Expandir o negócio de maneira estruturada: muitos empreendedores têm como objetivo 
fazer a empresa crescer ao longo do tempo. Porém, se esse crescimento não for planejado 
poderão surgir dificuldades no futuro, como falta de estrutura adequada, problemas com 
a expansão da equipe e definição imprecisa de novos processos.
➣ Problemas financeiros: este é talvez um dos motivos mais comuns para auditorias 
em empresas. Os problemas financeiros podem ser causados por alguns motivos, por 
exemplo, controle impróprio de registros, gerando um fluxo de caixa ineficiente, ou quando 
a empresa fatura bem, mas no final não tem dinheiro.
➣ Problemas de recursos humanos: o auditor interno irá analisar alguns indicadores 
como a rotatividade de funcionários, a taxa de absenteísmo, os principais motivos de 
desligamento de funcionários, o processo de recrutamento. O resultado dessas análises 
pode indicar que existem alguns problemas na área de recursos humanos que requerem 
maior atenção. 
Isto está na rede
A auditoria interna é uma técnica de revisão, uma forma de garantir e proteger 
procedimentos e encontrar outros pontos que não o cumprimento de procedimentos 
estabelecidos pela empresa.
Tem como principal função analisar o desempenho empresarial da maioria dos 
departamentos, com foco na identificação dos erros e acertos apresentados pela 
empresa na execução das atividades.
Fonte: https://segatocontabilidade.com.br/importancia-da-auditoria-interna/
https://segatocontabilidade.com.br/importancia-da-auditoria-interna/
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Isto acontece na prática
Conforme Conrado, “A Auditoria Interna 4.0 é um novo método de avaliação detalhada 
dos processos internos das empresas, elevando o nível de performance da Auditoria 
convencional. Por isso, conheça suas vantagens, o que muda e como ela pode ser 
benéfica para você”. 
Fonte: https://certificacaoiso.com.br/auditoria-interna-4-0/
Anote isso
A auditoria interna é um método típico para prevenir erros e inconsistências no processo 
de gestão da empresa. Portanto, é natural que as empresas que passaram por auditorias 
frequentes tenham menos probabilidade de serem sancionadas e punidas porque suas 
categorias de negócios não atendem aos padrões esperados.
https://certificacaoiso.com.br/auditoria-interna-4-0/
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AULA 4
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa é uma atividade realizada por profissionais independentes, sem relação 
com a empresa, que seguem normas técnicas para verificar a confiabilidade das ações ou 
informações. Normalmente, as empresas contratam auditores externos para comprovar a 
precisão dos dados contábeis e avaliar a situação financeira da empresa. 
É uma ferramenta que pode ajudar a provar se o trabalho contábil de uma empresa é 
confiável. Para tanto, segue os critérios de avaliação e, por fim, gera um relatório com diversos 
tipos de opiniões. Este documento garante que a organização financeira da empresa é razoável 
e gera lucros, o que é uma solução ideal para atrair novos investidores e acionistas.
Também chamada de auditoria independente a auditoria externa tem como principal 
objetivo garantir a confiabilidade dos investidores. Ao contratar um revisor independente, o 
grupo empresarial consolidou sua posição no mercado, mostrando-se como uma empresa 
que pode garantir sua proposta e pode realizar análises transparentes para receber novos 
investimentos.
As auditorias externas e independentes devem atender aos requisitos legais que 
regulamenta a empresa auditada. A legislação estipula que as grandes empresas que atuam 
como instituições financeiras ou que negociam ações no mercado de capitais devem realizar 
auditorias externas regulares.
Entre os investidores, principalmente aqueles que seguem os princípios básicos da análise, 
costumam usar as demonstrações financeiras da empresa para avaliar se este é um bom 
negócio. No entanto, a única maneira de garantir que os dados fornecidos são confiáveis é 
por meio de uma auditoria externa.
O auditor externo, pela relevância do seu trabalho perante o público, dada 
a credibilidade que oferece ao mercado, se constitui uma figura ímpar 
que presa inestimáveis serviços ao acionista, aos banqueiros, aos órgãos 
do governo e ao público em geral. Sua função visa a credibilidade das 
demonstrações contábeis, examinadas dentro de parâmetros de normas 
de auditoria e princípios contábeis (CREPALDI, CREPALDI, 2016, p. 79).
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Diferente da auditoria interna em que a própria organização a executa visando melhorias nos 
processos, a auditoria externa é executada por outras organizações e podem ser contratadas 
pelos próprios administradores, por sócios, clientes ou fornecedores.
Apenas contadores com seus registros ativos podem realizar auditoria, precisam estar 
devidamente cadastrados na CMV, mas este é um assunto para as próximas aulas.
4.1 Benefícios
Uma auditoria independente pode apontar erros de forma mais crítica e apontar áreas 
que precisam de melhorias sem se preocupar em prejudicar algumas pessoas da empresa.
Um dos principais benefícios é a análise dos demonstrativos contábeis e financeiros, a 
contratação de profissionais para auditoria externa exige total liberdade dentro da empresa 
para analisar detalhadamente as demonstrações financeiras. Por ser um processo minucioso, 
pode levar dias, semanas ou meses, dependendo das características da empresa. 
Afinal, todas as informações necessárias devem ser coletadas, como compras, estoque, 
clientes, imobilizado, pagamento de salários, investimentos, informações fiscais, entre outras. 
Por meio de análises, os profissionais poderão apontar possíveis defeitos e a melhor forma 
de corrigi-los.
Outro benefício é a melhoria dos controles internos, como não participa do dia a dia da 
empresa, os auditores independentes podem fiscalizar com mais rigor os processos e apontar 
deficiências de registros e controle de documentos. 
Além de diretrizes que podem trazer benefícios para a empresa, os auditorestambém 
podem determinar procedimentos internos que podem causar prejuízos ao negócio em longo 
prazo. Dessa forma, os gestores da empresa podem reavaliar os métodos utilizados e buscar 
melhorias para limitar os controles internos e prevenir erros e fraudes.
O terceiro benefício apontado aqui é a facilidade na obtenção de empréstimos, um parecer 
positivo é um aspecto importante do relacionamento entre uma empresa e um terceiro, 
também caracteriza que não há diferenças nas informações contábeis, reflete uma posição 
patrimonial adequada e ganha credibilidade para a organização.
A segurança financeira é um benefício que os sócios e os investidores mais querem, com 
auditorias periódicas maior os reflexos positivos. A auditoria proporciona maior segurança, 
pois reduz muito o risco de erros e evita situações como a notificação de apuração pelo 
fisco e a falência fiscal. Também garante maior confiabilidade no mercado externo, atraindo 
a atenção de cada vez mais investidores.
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4.2 Importância
O processo de auditoria externa precisa acontecer com muita responsabilidade, a empresa 
que está sendo auditada e o auditor são parceiros que trabalham juntos para o crescimento 
da empresa.
“O sucesso do auditor independente num mercado altamente sofisticado se deve única 
e exclusivamente ao elevado grau de capacidade e especialização e sua independência no 
exercício de sua atividade” (CREPALDI, CREPALDI, 2016, p. 79).
A contratação de um auditor independente pode ajudar os empresários a compreender 
e identificar os principais fatores de risco da empresa do ponto de vista das operações 
e do controle interno, identificando defeitos ou inconsistências e contribuindo para o 
desenvolvimento da empresa em um ambiente altamente competitivo.
A auditoria realiza a verificação geral das contas da empresa, na medida do possível para 
determinar a situação financeira da empresa, os resultados operacionais e a credibilidade dos 
gerentes, de modo que os resultados da inspeção possam ser comunicados aos proprietários, 
acionistas, gerentes, diretores, bolsas e outras instituições oficiais. 
Determina se a prestação de contas foi realizada da forma correta, se os custos, estoque, 
perdas e outras circunstâncias especiais não estão prejudicando a empresa. Busca por 
possíveis fraudes e suas extensões. Enfim, busca por tudo aquilo que possa prejudicar o 
crescimento da empresa, mas não só isso, o auditor também reafirma o que a empresa está 
fazendo de forma correta, as demonstrações, os pagamentos e as compras. 
Isto está na rede
A auditoria externa é uma atividade realizada por profissionais independentes que 
seguem normas técnicas para verificar a confiabilidade das ações ou informações. 
Normalmente, as empresas contratam auditores externos para comprovar a precisão 
dos dados contábeis e avaliar a situação financeira da empresa.
Fonte: https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/auditoria-
externa/#:~:text=Auditoria%20externa%20%C3%A9%20uma%20atividade,a%20
sa%C3%BAde%20financeira%20do%20neg%C3%B3cio.
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/auditoria-externa/#:~:text=Auditoria%20externa%20%C3%A9%20uma%20atividade,a%20sa%C3%BAde%20financeira%20do%20neg%C3%B3cio
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/auditoria-externa/#:~:text=Auditoria%20externa%20%C3%A9%20uma%20atividade,a%20sa%C3%BAde%20financeira%20do%20neg%C3%B3cio
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/auditoria-externa/#:~:text=Auditoria%20externa%20%C3%A9%20uma%20atividade,a%20sa%C3%BAde%20financeira%20do%20neg%C3%B3cio
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Isto acontece na prática
Veja essa reportagem do site Agencia Brasil: “Auditoria externa não encontrou 
irregularidade em contratos, diz BNDES”.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 
Gustavo Montezano, reafirmou hoje (29) que a auditoria externa contratada pela 
instituição não encontrou irregularidades nos contratos com o grupo J&F. Segundo 
Montezano, “não há nada mais esclarecer” em relação às operações do banco.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/auditoria-externa-
nao-encontrou-irregularidade-em-contratos-diz-bndes
Anote isso
A auditoria externa é a prova da integridade da empresa, ou seja, confirma que a 
organização segue as boas práticas contábeis. Seu principal objetivo é comprovar a 
veracidade dos registros contábeis.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/auditoria-externa-nao-encontrou-irregularidade-em-contratos-diz-bndes
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/auditoria-externa-nao-encontrou-irregularidade-em-contratos-diz-bndes
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AULA 5
NORMAS E PROCEDIMENTOS DE 
AUDITORIA
5.1 Normas de Auditoria
As normas de auditoria são regras estipuladas por órgãos reguladores da profissão de 
contabilidade, como CFC (Conselho Federal de Contabilidade), IBRACON (Instituto dos Auditores 
Independente do Brasil), Banco Central do Brasil, CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e a 
Superintendência de Seguros Privados. São destinadas a regular a profissão e as atividades 
e estabelecer normas que os profissionais devem seguir em seu trabalho.
Define os conceitos básicos relacionados à pessoa do auditor que deve ter uma capacitação 
profissional específica; ao seu desempenho, a execução de trabalho; aos pareceres a serem 
emitidos no final do trabalho. A maioria das normas de auditoria são diretrizes gerais e 
não incluem manuais de procedimentos analíticos. Por outro lado, estabelecem limites de 
responsabilidade e orientam o comportamento dos auditores.
As normas de auditoria geralmente aceitas orientam os auditores na 
realização de seus exames e na preparação de relatórios. Há normas 
que são descritas como normas gerais, normas relativas à execução do 
trabalho e normas de parecer (normas do relatório) (CREPALDI, CREPALDI, 
206, p. 287).
A principal norma atual do Brasil é a Resolução CFC nº 820/97 que aprovou a Norma NBC 
T 11 para Auditoria Independente nas Demonstrações Contábeis que diz “O auditor deve 
planejar seu trabalho consoante às Normas Profissionais de Auditor Independente e estas 
normas, e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos 
com a entidade”.
Viviene Bauer, diretora de Administração e Finanças do Ibracon-5ª Seção Regional e technical 
advisor no IAASB, na sua palestra em uma das edições da CONVECON - Convenção dos 
Profissionais da Contabilidade do Estado de São Paulo apresentou os principais pontos de 
cada norma e como eles afetam o trabalho dos auditores independentes, e também destacou:
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A profissão de auditoria está mudando e cada vez mais exige o exercício 
de julgamento e ceticismo profissional. As alterações nas normas são 
apenas reflexos de como precisamos nos atentar mais a essas duas 
características tão fundamentais e inerentes da nossa profissão (BAUER, 
CONVECON 2019 - Convenção dos Profissionais da Contabilidade do 
Estado de São Paulo)
Essa fala se deu por alterações constantes nas normas, destaco algumas a serem seguidas, 
mas você pode confirmar todas no site do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, em 
Resoluções e Ementas.
• NBC T 11 – Norma de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis;
• NPA 14 – Norma que estabelece os padrões técnicos a serem adotados pelo auditor 
independente;
• NPA 04 – Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis.
O foco é garantir performance, gestão e redução de custos, melhorando continuamente o 
relacionamento entre clientes e fornecedores. Para os gestores é uma atitude sensata utilizar 
a auditoria como forma de maximizar a qualidade, pois pode garantir a sustentabilidade do 
negócioe a satisfação do cliente final.
O principal motivo da auditoria não é a descoberta de fraudes, mas sim a opinião sobre a 
autenticidade das demonstrações e informações contábeis, porém, podem ser encontrados 
erros ou fraudes na execução dos trabalhos. 
A NBC T11 define fraude e erro como:
Fraude: o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de demonstrações contábeis; e.
Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má 
interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações 
contábeis.
Ao verificar indícios de fraude ou erro, o auditor deve investigar a situação e tomar todos 
os procedimentos apropriados para obter as evidências necessárias sobre o assunto. Sá 
(2000, p.51) afirma que o auditor localiza e relata a correção dos erros, porém não é sua 
responsabilidade a execução da correção.
5.2 Procedimentos de Auditoria
Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas que permitem aos auditores 
obter evidências suficientes para apoiar suas opiniões sobre as demonstrações auditadas. 
Utilizam de dois tipos de testes: os de conformidade e os substantivos.
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O objetivo do teste de conformidade é obter segurança razoável para assegurar o 
funcionamento eficaz do controle interno estabelecido pela administração, incluindo a 
conformidade dos funcionários e gestores da entidade relevante com o controle interno. 
Em sua aplicação, o auditor considera alguns cuidados como inspecionar minuciosamente 
os registros, os documentos e os ativos; observar a execução dos processos e procedimentos; 
investigar e confirmar a obtenção de informações de pessoas físicas ou jurídicas com 
conhecimento de transações e operações dentro ou fora da entidade.
Já o teste substantivo visa obter evidências da adequação, precisão e validade dos dados 
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade e é dividido em duas categorias: teste 
de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.
As evidências são as informações que dão fundamentos os resultados do auditor. Essas 
informações devem ser suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para fornecer uma base 
sólida para tirar conclusões e recomendações para a gestão da entidade.
O processo deve ser supervisionado para garantir razoavelmente que os objetivos do 
trabalho de auditoria sejam alcançados. Procedimentos apropriados também devem ser 
adotados para garantir que os administradores que conhecem a organização estejam cientes 
dos procedimentos do auditor.
Técnicas de amostragem podem ser usadas para determinar o grau de teste de auditoria 
ou o método de seleção de itens a serem testados. Observe que, ao usar este método, o 
auditor deve projetar e selecionar amostras que possam fornecer evidência de auditoria 
suficiente e apropriada.
Isto está na rede
Como disse no texto, o site do CFC reúne todas as normas de auditoria, confira as 
NBC TA de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica.
Fonte: https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-
auditoria-independente/
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/
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Isto acontece na prática
O CFC - Conselho Federal de Contabilidade, através da Norma Brasileira de Contabilidade 
NBC 3/2019, aplicável, exclusivamente, aos auditores com registro na CVM - Comissão 
de Valores Mobiliários e/ou no Cadastro Nacional dos Auditores Independentes de 
Pessoas Jurídicas (CNAI-PJ), promove alterações e inclusões nas NBCs. Confira as 
normas listadas.
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/normas-de-auditoria-passam-por-revisao-do-
cfc/
Anote isso
As normas de auditoria orientam os auditores na realização de seus exames e na 
preparação de relatórios por estarem sempre em atualização, o auditor precisa estar 
atento às mudanças para desempenhar da melhor forma o seu trabalho.
https://www.jornalcontabil.com.br/normas-de-auditoria-passam-por-revisao-do-cfc/
https://www.jornalcontabil.com.br/normas-de-auditoria-passam-por-revisao-do-cfc/
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AULA 6
PAPÉIS DE TRABALHO 
Os papéis de trabalho da auditoria também são chamados de documentos de auditoria 
são todos os documentos e notas em papel ou mídia eletrônica, preparado no decorrer do 
trabalho ou obtido de qualquer outra fonte que registram as evidências do trabalho realizado 
pelo auditor e fundamentam a sua opinião não devem ser confundidos com a simples cópia 
dos arquivos e documentos disponibilizados pela empresa. 
Como o auditor usa os documentos originais de propriedade da empresa e o volume 
de transações e documentos é grande, a evidência para trabalhar por meio de cópias de 
documentos será grande e cara. Portanto, qualquer cópia recebida pelo auditor deve ser 
considerada também como documentos de auditoria.
De acordo com uma das normas de auditoria, o auditor deve elaborar 
papéis de trabalho que suportem sua opinião para emissão do parecer 
final. Os papéis de trabalho representam o registro de todas as evidências 
obtidas ao longo da execução da auditoria (CREPALDI; CREPALDI, 2016, 
p. 565).
Os documentos devem estar em conformidade com as normas vigentes de auditoria 
devem registrar as informações obtidas, as informações observadas nas inspeções e nos 
procedimentos realizados, a análise e a avaliação realizadas funcionam como base para a 
conclusão, comentários e sugestões do auditor. 
Geralmente, os papéis de trabalho seguem uma padronização, o que facilita o seu uso, a 
sua compreensão, o seu arquivamento e, o mais importante, a sua estrutura de evidências 
dos exames realizados.
Deve-se levar em conta que os documentos de trabalho são de natureza confidencial, pois 
indicam que os depoimentos obtidos não podem ser utilizados em benefício próprio ou de 
outrem, em hipótese alguma.
Os papéis de trabalho fornecem provas que baseiam o auditor para cumprir os objetivos 
gerais do auditor e certificam que a auditoria foi planejada e executada de acordo com as 
normas de auditoria e leis e regulamentos aplicáveis.
Além disso, os documentos de auditoria são usados para outros fins, como auxiliar a 
equipe de trabalho no planejamento e execução de auditorias, auxiliar os membros da equipe 
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responsáveis pela orientação e supervisão dos trabalhos de auditoria e pela execução das 
funções de auditoria, permitir que a equipe de trabalho seja responsável por seu trabalho, 
manter registros de assuntos importantes que aparecem repetidamente em auditorias futuras, 
permitir a condução de inspeções externas de acordo com as leis, regulamentos e outros 
requisitos aplicáveis.
No entanto, não é necessário nem viável para o auditor registrar todos os assuntos 
considerados na auditoria ou todos os julgamentos profissionais. Os documentos de auditoria 
podem ser registrados eletronicamente ou em outros formatos em papel. No entanto, o 
documento de auditoria não substitui os registros contábeis da entidade.
O layout dos papéis de trabalho deve incluir, obrigatoriamente, espaço 
que determine o nome da unidade, departamento, empresa ou área a que 
se refere; espaço para a codificação do papel de trabalho; espaço para 
a evidenciação de quem o preparou, revisou, aprovou; e datas (ATTIE, 
2000, p. 157).
Cada auditoria demanda uma quantidade de papéis de trabalho, se envolver uma quantidade 
maior de documentos e processos a serem analisados precisaremos ter mais papéis de 
trabalho preenchidos.
A organização desses papéis varia de acordo com a dinâmica de cada auditor, alguns livros 
trazem essas pastas definidas por assunto, como: PastaPermanente, Pasta de Assuntos 
da Auditoria, Pasta de Análise das Contas, Pasta de Correspondência, Pasta Corrente entre 
outros.
6.1 Aspectos fundamentais
A descrição detalhada do papel de trabalho relata os exames conduzidos pelos auditores 
e fornece um registro escrito permanente das informações obtidas e dos “julgamentos” 
profissionais usados pelos auditores. Observe que a palavra julgamento está entre aspas, 
isso porque não é papel do auditor julgar a empresa ou os processos, mas sim observar 
como são realizados e sugerir as mudanças e correções que achar necessário.
Os papéis de trabalho são o espelho de quem prepara a auditoria, expressando por escrito 
seus sentimentos e opiniões sobre os assuntos examinados. Entre os aspectos básicos dos 
documentos de trabalho, podemos enfatizar os seguintes:
➣ Completabilidade: os papéis necessitam ser completos, precisam relatar o início, o 
meio e o fim do trabalho. Antes de começar o trabalho, o auditor realiza um planejamento, 
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pois deve ser naturalmente pensado, analisado e determinado. Um exemplo que Attie (2000, 
p. 157) traz é que “não se começa uma casa pelo telhado, e tampouco se dá opinião sobre 
determinado fato e depois se pratica o exame”.
➣ Objetividade: os papéis necessitam ser objetivos, precisam demonstrar os caminhos que 
o auditor irá trilhar. Durante a auditoria, se tem contato com pessoas de diversos setores, e 
tem acesso a muitos documentos diferentes, entretanto o auditor precisa se manter objetivo 
nas informações inseridas nos papéis, não há a necessidade de colocar todas as informações 
coletadas, apenas aquelas cruciais para a formulação do parecer.
➣ Concisão: os papéis devem ser concisos, ou seja, reduzido ao essencial, em poucas 
palavras, deve ser demonstrar clareza e autossuficiência. Deve considerar que qualquer 
pessoa possa a vir revisá-los, inclusive pessoas leigas à atividade da organização auditada, 
porém precisam compreender o conteúdo sem precisar de explicações verbais.
➣ Lógica: os papéis devem seguir um raciocínio lógico, com sequência natural dos fatos. 
Attie (2000, p. 159) diz “um prédio de dez andares só estará concluído após terem sido feitas 
bases sólidas, dez pavimentos e todo o acabamento que implica. Não pode ser construí-lo a 
partir do quinto pavimento”. Portanto, é preciso formular uma lógica para o trabalho visando 
sempre atingir o objetivo da auditoria.
➣ Limpeza: por serem documentos oficiais à auditoria, os papéis não podem apresentar 
rasurar e rabiscos, se forem feitos no computador, esse aspecto se torna mais simples.
Isto está na rede
Veja a Interpretação Técnica, correspondentes a Papéis de Trabalho e Documentação 
da Auditoria, da NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis, a respeito da documentação mínima obrigatória a ser gerada no contexto 
da auditoria das demonstrações contábeis.
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1102.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1102.htm
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Isto acontece na prática
Leia essa reportagem do Grupo Portal de Auditoria sobre Papéis de Trabalho e 
Documentação da Auditoria Interna.
Fonte: https://auditoriaoperacional.com.br/papeis-de-trabalho-e-documentacao-da-
auditoria-interna/
Anote isso
Crepaldi e Crepaldi, em seu Livro Auditoria Contábil (2016, p. 570), destacam “o auditor 
encarregado de um exame, ao perceber o respectivo papel de trabalho, deve ter em 
mente que o seu trabalho há se ter condições de ser examinado e compreendido por 
outro auditor, sem deixar dúvidas e sem necessitar de esclarecimentos adicionais”.
https://auditoriaoperacional.com.br/papeis-de-trabalho-e-documentacao-da-auditoria-interna/
https://auditoriaoperacional.com.br/papeis-de-trabalho-e-documentacao-da-auditoria-interna/
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AULA 7
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
Para esta aula teremos como base a NBC TA 300 (R1) que trata sobre o Planejamento da 
Auditoria de Demonstrações Contábeis, a sigla R1, R2, R3 ..., é adicionada à norma quando 
esta já está em vigor e é preciso realizar alguma alteração. 
O planejamento da auditoria inclui a definição da estratégia geral do trabalho e a formulação 
de um plano de auditoria. Um planejamento bem estruturado se torna adequado e pode 
beneficiar a auditoria das demonstrações financeiras de várias maneiras, incluindo:
• orientar o auditor a dar a devida atenção às áreas importantes da auditoria;
• ajudar o auditor a descobrir e resolver problemas potenciais;
• auxiliar o auditor a organizar o trabalho de auditoria corretamente para que proceda 
com eficácia;
• assistir na seleção de membros da equipe de trabalho com capacidade e habilidade 
necessárias para a tarefa;
• promover a orientação e supervisão dos membros da equipe de trabalho;
• auxiliar a coordenar outros auditores e especialista, se for o caso.
Antes de começar
No início do trabalho de auditoria, o auditor precisa realizar os procedimentos, como 
implementar procedimentos de controle de qualidade, avaliar o cumprimento dos requisitos 
éticos, incluindo independência e estabelecer uma compreensão dos termos de trabalho de 
auditoria. A realização dessas atividades preliminares ajuda o auditor a identificar e avaliar 
eventos ou circunstâncias que podem afetar adversamente a capacidade dele de planejar 
e executar a auditoria.
O auditor independente deve ter em conta que o Planejamento da Auditoria 
é um processo que se inicia na fase de avaliação para a contratação 
dos serviços. Nessa etapa, devem ser levantadas as informações 
necessárias para conhecer o tipo de entidade, a sua complexidade, 
a legislação aplicável, os relatórios, o parecer e os outros informes a 
serem emitidos, para, assim, determinar a natureza do trabalho a ser 
executado. A conclusão do Planejamento da Auditoria só se dará quando 
o auditor independente completar os trabalhos preliminares. (CREPALDI; 
CREPALDI, 2016, p. 616)
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Atividades de Planejamento
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria para definir o escopo, o 
tempo e a direção da auditoria para orientar a formulação do plano de auditoria. Portanto, 
ao definir a estratégia geral, o auditor deve:
• determinar as características da obra para definir seu alcance;
• determinar os objetivos do relatório de trabalho de forma a planejar o tempo de auditoria 
e a natureza da comunicação necessária;
• considerar os fatores do julgamento profissional do auditor que são de grande importância 
para orientar o trabalho da equipe de trabalho;
• considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e o 
conhecimento dos membros da auditoria; 
• determinar a natureza, o tempo e a extensão dos recursos necessários para concluir o 
trabalho.
Sempre que necessário o auditor pode alterar a estratégia geral de auditoria e o plano de 
auditoria durante o processo. Portanto, o plano de auditoria e a estratégia geral são flexíveis, 
e devem se manter atualizados no decorrer do trabalho.
O planejamento e os programas de auditoria devem ser revisados 
permanentemente, como forma de o auditor independente avaliar as 
modificações nas circunstâncias e os seus reflexos na extensão, na 
oportunidade e na natureza dos procedimentos de auditoria a serem 
aplicados (CREPALDI; CREPALDI, 2016, p. 630)
Documentação
O auditor deve documentar a estratégia global, o plano de auditoria e as eventuais alterações.
A estratégia global é usada para determinar os recursos a serem alocados em áreas 
específicas, os colaboradores que auxiliarão o auditor quando forem envolvidos assuntos 
mais complexos e específicosde cada área, os recursos que devem ser alocados.
O plano de auditoria é mais detalhado do que a estratégia geral de auditoria porque 
inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados 
pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria 
é realizado durante o processo de auditoria à medida que o trabalho é desenvolvido.
Uma vez definida a estratégia global e o plano, podemos iniciar a auditoria.
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Importantes
O planejamento não é um estágio isolado da auditoria, mas um processo contínuo e 
iterativo que geralmente começa após a conclusão da última auditoria e continua até que 
a auditoria atual seja concluída.
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2016, p. 632), quando um auditor independente realiza a 
primeira auditoria de uma entidade e descobre que os eventos relacionados ao ano anterior 
são relevantes, ele deve discutir imediatamente com a administração da entidade e quando 
as demonstrações contábeis do ano foram auditadas por outras auditorias independentes, 
discuta com eles para descobrir os fatos.
O planejamento adequado ajuda a garantir que os auditores e a gerência compartilhem a 
mesma agenda e que cada trabalho agregue valor ao cliente. No nível de macroplanejamento, 
o processo geralmente executado pela gerência de auditoria determina o que será auditado 
dentro da organização, enquanto o nível de micro planejamento se concentra em como 
planejar auditorias individuais. A importância e o significado do plano macro, bem como a 
forma de realizar o escopo da auditoria, obter cooperação e gerenciar, tudo isso para garantir 
as habilidades certas.
Isto está na rede
Veja as 5 etapas para realizar auditoria interna na sua empresa que a Funcional Auditoria 
destacou em seu site.
 
Fonte: https://funcionalconsultoria.com.br/post/5-etapas-para-realizar-auditoria-interna-
na-sua-empresa
https://funcionalconsultoria.com.br/post/5-etapas-para-realizar-auditoria-interna-na-sua-empresa
https://funcionalconsultoria.com.br/post/5-etapas-para-realizar-auditoria-interna-na-sua-empresa
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Isto acontece na prática
Francisco Teixeira escreveu no site Portal de Auditoria sobre o tema “Bom planejamento 
da auditoria resulta em melhor análise”, destaco o seguinte trecho: “O Auditor analisa as 
contas contábeis com maior profundidade, verifica os controles internos das operações 
da empresa. Até mesmo em função das horas de auditoria programadas”.
Fonte: https://auditoriaoperacional.com.br/bom-planejamento-da-auditoria-resulta-em-
melhor-analise/
Anote isso
O planejamento é uma função administrativa que pode determinar com antecedência 
os objetivos que devem ser alcançados e como alcançá-los. O plano define para onde 
você está indo, o que fazer, quando, como e em que ordem.
https://auditoriaoperacional.com.br/bom-planejamento-da-auditoria-resulta-em-melhor-analise/
https://auditoriaoperacional.com.br/bom-planejamento-da-auditoria-resulta-em-melhor-analise/
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AULA 8
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Relatório de auditoria é uma ferramenta utilizada pelos auditores para comprovar os 
erros encontrados, analisar evidências e propor medidas preventivas ou corretivas para os 
processos da empresa. O relatório deve ser redigido de forma justa e objetiva e entregue ao 
responsável pela solicitação e a quem por ele autorizado.
As empresas, normalmente, utilizam este relatório como um informativo para os comitês 
administrativo e tributário. Vale ressaltar que os auditores devem priorizar a ética profissional 
e garantir a confidencialidade do conteúdo auditado.
Regulamentado pela NBC TA 701, o relatório de auditoria contém todos os fatos verificados 
e analisados durante a auditoria, devendo seguir o que foi definido nos papéis de trabalho. 
Essa etapa constitui o registro dos fatos por meio de documentos físicos ou eletrônicos que 
fornece uma base para incluir evidências no relatório.
Outro item na preparação do relatório de auditoria é o relatório de cálculo. Quando os 
fatos não podem ser observados diretamente, usamos os cálculos como comparativos 
necessários para confirmar a precisão dos resultados exibidos.
O auditor faz referência aos procedimentos revisados, reúne suas críticas e sugere 
mudanças nos processos internos da empresa. Para que esses comentários sejam feitos 
de maneira adequada e confiável, eles se baseiam em normas legais e em regulamentos 
internos. Não confunda auditoria com consultoria, a auditoria é investigar o processo e tomar 
notas, enquanto a consultoria traça um plano de ação para melhor realizar as atividades e 
monitorar os resultados.
O auditor usará o relatório para mostrar o que foi verificado. Nesse momento, a direção da 
empresa e o pessoal que executa as tarefas serão informados sobre as áreas de melhoria. 
Portanto, é muito importante que todo o trabalho de auditoria seja planejado e organizado 
com antecedência, para que conclusões razoáveis e eficazes possam ser tiradas. O auditor 
deve assumir total responsabilidade sozinho, deve ser cauteloso e dizer as palavras certas 
para o momento.
Relatórios mal apresentados permite que o auditor seja contestado e permite que a 
administração da empresa faça uma avaliação negativa de todo o trabalho concluído, o que 
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significa reduzir o valor da auditoria e, em última instância, reduzir o moral do profissional 
que realizou a auditoria.
O relatório precisa ser de fácil entendimento por toda pessoa que o ler, desta forma ele 
pode ter certeza de que seu “produto” será aceito, e a alta administração da empresa saberá 
como avaliar e apreciar seu trabalho. 
Para que isso aconteça o auditor precisa estar atento à escrita e ao conteúdo que colocará. 
Precisa ter em mente que a finalidade é informar o resultado do seu trabalho, deve ser 
cuidadosamente planejado e bem escrito, deve conter os fatos contestados e os fatos 
relevantes, sugestões de melhoria, além dos comentários do auditor, considerando todas 
essas informações fica provado que o auditor comunicou o que notou de anormalidade na 
empresa auditada. 
8.1 Tipos de Relatórios
Para que o auditor defina o tipo de relatório deve considerar que o relatório é muito 
complexo, a nomenclatura escolhida pode não ser a mais adequada àquela empresa, precisa 
verificar se o conteúdo atende ou não às necessidades da empresa.
Essa escolha estabelece um sistema de relatórios adequado para o momento ou situação 
em que os fatos estão acontecendo ou estão sendo investigados.
Por esse motivo, classificamos os relatórios de auditoria em diferentes tipos:
➣ relatório sintético — aquele que informa todos os pontos importantes de forma rápida e 
objetiva, os gerentes dos departamentos da empresa estão acostumados a tomar decisões 
rapidamente e têm grande capacidade de resolver problemas em poucas frases;
➣ relatório analítico — detalhado, geralmente direcionados aos colaboradores e executores 
das tarefas e, por esse motivo, deve ter uma comunicação simples e clara, os fatos menos 
relevantes podem ser encontrados nos documentos que podem ser fornecidos pelo auditor 
ou relacionados à parte quando necessário;
➣ relatório especial — também conhecido como relatório confidencial, normalmente é 
utilizado para relatar informações confidenciais, que fogem do cotidiano, é solicitado apenas 
pelos diretores da empresa e tem interesse exclusivo em temas específico, por exemplo: o 
diretor de uma empresa liga para o gerente de auditoria que é de sua confiança e pede para 
observar um projeto ou tema que só interessa a ele;
➣ relatório parcial — são apontadas informaçõesque devem ser informadas imediatamente 
aos responsáveis, problemas durante o exame são comuns e precisam ser corrigidos 
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imediatamente para evitar falhas sucessivas e permitir tempo suficiente para a preparação 
do relatório final, este relatório não terá uma apresentação clara e completa do ocorrido, 
mas atende a necessidade de resolução do problema;
➣ relatório verbal — nesse caso, o auditor apresenta verbalmente as informações analisadas 
e os apontamentos realizados, sem uma boa preparação, o auditor se torna mais vulnerável 
à condições desfavoráveis, por isso é muito importante a oratória e o domínio do assunto, 
este relatório também deve ser planejado e organizado com antecedência, porque o auditor 
deve estar preparado para “prender” a atenção do público, expondo fatos, sugestões ou 
recomendações, e substanciá-los totalmente para que tenham um interesse comum na 
resolução de problemas.
Isto está na rede
O relatório de auditoria é a parte mais importante da auditoria realizada, representa 
a principal etapa do trabalho do auditor, ou seja, a comunicação dos resultados. O 
relato inadequado de relatórios pode levar o auditado a levantar objeções ou fazer com 
que a administração da empresa faça uma avaliação inadequada de todo o trabalho 
concluído, o que significa reduzir o valor da auditoria e, em última instância, reduzir o 
moral dos profissionais.
Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/relatorios-de-auditoria/
Isto acontece na prática
 
Conforme o site Moore Brasil, “Os Relatórios de Auditoria constituem-se em poderosa 
ferramenta, trazendo informação relevante e benefícios a todos os interessados na 
empresa, inclusive seus administradores e suas demonstrações contábeis”.
Fonte: https://www.moorebrasil.com.br/blog/a-auditoria-e-a-importancia-do-relatorio-
de-auditoria/
https://portaldeauditoria.com.br/relatorios-de-auditoria/
https://www.moorebrasil.com.br/blog/a-auditoria-e-a-importancia-do-relatorio-de-auditoria/
https://www.moorebrasil.com.br/blog/a-auditoria-e-a-importancia-do-relatorio-de-auditoria/
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Anote isso
Para garantir que os relatórios cumpram o seu papel como meio de comunicação 
é essencial elaborar achados e recomendações de forma criteriosa, reconhecer 
conformidade, desempenho satisfatório e/ou boa prática, apresentar todas as 
informações relevantes, explicar limitações e restrições de escopo, sempre emitir opinião 
baseada em evidência de auditoria adequada e suficiente, de forma clara e objetiva 
para que todos entendam.
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AULA 9
PARECER DA AUDITORIA
O parecer é um documento obrigatório na auditoria, no qual o auditor expressa sua opinião 
sobre as demonstrações analisadas, de forma clara e objetiva, e representa o trabalho final 
do auditor.
O parecer deve abranger três parágrafos:
1) O primeiro parágrafo refere-se à identificação das demonstrações financeiras e à definição 
das responsabilidades da administração e dos auditores;
2) O segundo parágrafo envolve o desenvolvimento do trabalho;
3) O terceiro parágrafo traz a opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras.
A Resolução nº 820 do CFC aprova a NBC T11 que classifica o parecer em quatro tipos, 
segundo a natureza da opinião:
• Parecer sem ressalva;
• Parecer com ressalva;
• Parecer adverso;
• Parecer com abstenção de opinião
9.1 Parecer sem ressalva
Também conhecido como parecer limpo, o parecer sem ressalvas é emitido quando o 
auditor identifica que as demonstrações e documentos analisados estão de acordo com a 
legislação, com os princípios fundamentais, contém todas as informações necessárias e há 
a aplicação com uniformidade dos princípios contábeis.
A NBC T11 traz um modelo desse parecer:
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MODELO
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
DESTINATÁRIO
(1) Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados 
em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações 
do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e 
aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas 
datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. 
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas 
demonstrações contábeis.
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas 
de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, 
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema 
contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base 
em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as 
informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das 
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração 
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis 
tomadas em conjunto.
(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas 
representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a 
posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro 
de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu 
patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes 
aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade.
Local e data
Assinatura
Nome do auditor-responsável técnico
Contador Nº de registro no CRC
Nome da empresa de auditoria
Nº de registro cadastral no CRC
Existem algumas circunstâncias que impedem o auditor de emitir o parecer sem ressalva, 
como quando há discordância entre auditor e administração da empresa auditada sobre o 
conteúdo e a forma de apresentação das demonstrações que devem seguir as normas e 
os princípios da contabilidade. 
Outra situação é quando há a limitação na extensão do trabalho do auditor, por parte da 
empresa, quando não são apresentados alguns documentos, ou quando o auditor é impedido 
de transitar pela empresa.
Mas essas circunstâncias não anulam o trabalho do auditor, existem outros tipos de 
parecer onde os acontecimentos são relatados.
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9.2 Parecer com ressalva
Quando o auditor conclui que qualquer discordância ou restrição na extensão do trabalho, 
não há necessidade de expressar um parecer adverso ou abstenção de opinião.
Esse parecer segue o mesmo modelo de opinião com ressalva, alterado no parágrafo 
de opinião, o terceiro, deve utilizar os termos “exceto”, “exceto quanto” ou “exceto” para se 
referir ao objeto da ressalva. 
Nesses pareceres o auditor deve incluir uma descrição clara de todos os motivos que 
justificam sua opinião e, quando viável, incluir a quantificação do impacto nas demonstrações.
As informações da ressalva devem permitir aos utilizadores compreenderem com clareza a 
sua natureza e o seu impacto nas demonstrações, principalmente sobre a posição patrimonial, 
financeira e o resultado das operações.
O auditor independente deve expressar uma opinião com ressalva quando 
(NBC TA 705):
a.ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui 
que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas 
não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
b.ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria 
para suportar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de 
distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis 
poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são aqueles 
que, no julgamento do auditor independente:
a.não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das 
demonstrações contábeis;
b.se estiverem restritos, representam ou poderiam representaruma 
parcela substancial das demonstrações contábeis; ou
c.em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento 
das demonstrações contábeis pelos usuários. (ALMEIDA, 2019, p.406)
9.3 Parecer adverso
Quando o auditor tem informações suficientes de que as demonstrações não representam 
adequadamente a posição financeira e patrimonial da empresa auditada, considerando as 
normas e os princípios fundamentais da contabilidade, o relatório é emitido com o título de 
“Adverso”. Por traz a verificação de que as demonstrações contábeis estão incompletas ou 
incorretas, o auditor se vê impossibilitado de emitir apenas um parecer com ressalvas.
Ao expressar uma opinião adversa, o auditor deve descrever em um ou mais parágrafos 
intermediários: a razão e a natureza das divergências que levaram à sua opinião adversa, e 
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o principal impacto do assunto da opinião adversa sobre a situação patrimonial e financeira. 
Se tal impacto não puder ser quantificado, a melhor estimativa e sua base de cálculo devem 
ser mencionadas no parecer.
No parágrafo da opinião, o auditor deve declarar que, devido à relevância do impacto 
dos assuntos discutidos no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis não podem 
representar adequadamente o patrimônio líquido e a situação financeira.
O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo obtido 
evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, 
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para 
as demonstrações contábeis (NBC TA 705). (ALMEIDA, 2019, p.408).
9.4 Parecer com abstenção de opinião
Quando o escopo da auditoria é severamente restrito e o auditor não pode expressar uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis, uma vez que não obteve evidência suficiente 
para confirmar a opinião, ele emitirá um parecer com abstenção de opinião, ou seja um 
parecer sem opinião.
No caso de uma restrição maior, o auditor deve indicar o procedimento omitido e suas 
circunstâncias no parágrafo estendido, no qual deve mencionar claramente que o exame não 
é suficiente para expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. A emissão de 
opiniões não elimina a responsabilidade do auditor, ou seja, quaisquer desvios importantes 
que possam afetar a decisão dos usuários dessas informações.
O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegue 
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar 
sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não 
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam 
ser relevantes e generalizados (NBC TA 705). (ALMEIDA, 2019, p. 410)
Isto está na rede
Leia a NPA 01 (Norma de Procedimento de Auditoria 01) do IBRACON que traz sobre 
“Parecer dos Auditores Independentes sobre Demonstrações Contábeis”.
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npa1.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npa1.htm
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Isto acontece na prática
O site da SCIELO traz um exemplo dos parágrafos que o auditor descreve em seus 
relatórios:
Examinamos o balanço patrimonial, anexo, da Empresa X, 
levantado em ...... e a respectiva demonstração do resultado 
econômico do exercício findo naquela data. Nosso exame foi 
efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas 
e, consequentemente, incluiu as provas nos registros contábeis 
e outros procedimentos de auditoria que julgamos necessários 
nas circunstâncias.
Em nossa opinião, o balanço patrimonial e a demonstração 
do resultado econômico acima referidos, representam, 
adequadamente, a posição patrimonial e financeira da Empresa 
X, em ...... e o resultado de suas operações correspondentes ao 
exercício findo naquela data, de acordo com ps princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, aplicados com uniformidade 
em relação ao exercício anterior.
Fonte : h t tps : / /www.sc ie lo .b r /sc ie lo .php?scr ip t=sc i _
arttext&pid=S0034-75901976000100005>
Anote isso
O parecer deve indicar de forma clara e objetiva se o auditor acredita que as demonstrações 
contábeis auditadas, em todos os aspectos relevantes, estão adequadamente refletidas 
de acordo com os regulamentos, as normas e os princípios contábeis.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901976000100005
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901976000100005
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AULA 10
AUDITORIA NO ATIVO
A finalidade da auditoria é fornecer evidências para que o auditor confirme sua opinião 
sobre as demonstrações como um todo, exigindo, assim, uma auditoria das contas do ativo, 
por exemplo, no caso de avaliação e confirmação da propriedade dos bens imóveis.
Existem procedimentos indispensáveis de verificação para a execução do processo de 
auditoria, tais como integridade, propriedade, existência, valorização, exatidão, apresentação 
e revisão analítica.
As informações das demonstrações devem ser apresentadas de forma precisa, e essa 
confirmação é feita por meio de revisão, que visa analisar a movimentação do saldo contábil 
e as oscilações ocorridas no período.
O plano de auditoria é o plano de trabalho a ser executado no local. Este plano deve ser 
elaborado de acordo com o objetivo da auditoria e as características da empresa a ser auditada. 
Ele definirá os objetivos do teste de um determinado campo, o escopo e a profundidade do 
teste, os pontos de controle interno a serem revisados, os procedimentos a serem adotados, 
o tempo estimado gasto, a equipe de trabalho e outros aspectos.
Ao preparar e aplicar um plano de auditoria de conta de ativo, o auditor deve sempre estar 
ciente sobre os objetivos a serem alcançados. Como por exemplo verificar se os princípios 
contábeis foram utilizados, se a classificação nas demonstrações contábeis está correta, se 
as notas explicativas estão de acordo, se todas as disponibilidades apontadas no balanço 
realmente existem, se a conta Clientes está de acordo com as vendas, se o valor dos estoques 
realmente existe e está de posse da empresa, se há estoque obsoleto, defeituoso ou em 
má conservação, se os critérios de avaliação estão conforme as normas, se os imobilizados 
existem, entre outras.
10.1 Caixa e Bancos
Tal como acontece com todas as fases do negócio de inspeção, os procedimentos para 
auditar caixa e bancos devem ser definidos de acordo com os objetivos do auditor do 
departamento. 
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Uma vez que o caixa é considerado um ativo que envolve riscos enormes e é relativamente 
difícil de controlar, os procedimentos de auditoria para o caixa são frequentemente mais 
amplos e detalhados do que outras áreas. 
Como em todos os casos, a avaliação do auditor sobre o controlo contabilístico interno do 
cliente do Caixa e Bancos terá um grande impacto no âmbito e intensidade dos procedimentos 
de auditoria a adoptar.
Os objetivos específicos da auditoria relacionados com a Caixa e Bancos incluem a 
verificação da existência, titularidade, exatidão do valor, descoberta de eventuais limitações 
e determinação e apresentação fiável das mesmas nas demonstrações financeiras. 
Com base nestes objetivos, pode ser constituído um procedimento de auditoria adequado 
para constituir o procedimento de auditoria da Caixa e Bancos. O dinheiro e o valor bancário 
normalmente apresentados no balanço da empresa consistem em duas partes, dinheiro 
(dinheiro em caixa) e depósitos bancários. Cada componente possui características próprias, 
portanto, os procedimentos de auditoria para cada componente devem ser considerados 
separadamente.
Para concluir a auditoria do dinheiro em mãos, o auditor precisa aplicar 
procedimentos que lhe assegurem que todos os cheques incluídosnesse 
montante estão depositados no banco. Isso lhe possibilitará certificar-
se da validade desses itens, pois se forem fraudulentos ou sem valor, o 
banco os devolverá e, na revisão do extrato bancário seguinte, o auditor 
poderá comprovar a devolução. Se os cheques não forem depositados 
enquanto o auditor controla o numerário, ele não poderá certificar-se da 
validade dos mesmos, havendo o risco de eles serem colocados entre o 
numerário, para ocultar uma fraude. (CREPALDI; CREPALDI, 2016, p. 693)
Em todas as auditorias de caixa, fatores inesperados devem ser considerados, porém, ao 
utilizá-lo, os auditores enfrentam objetivos conflitantes. 
Como o auditor normalmente não faz um segundo inventário, quando decide fazer um 
segundo inventário é óbvio que às vezes encontrará muitas irregularidades. Portanto, em 
termos de manuseio de dinheiro da empresa, essas duas verificações podem fornecer aos 
auditores mais segurança.
O Caixa e os Bancos são os ativos mais líquidos e os mais fáceis de abusar. O objetivo 
principal da realização de testes de auditoria de superestimação é verificar a existência de 
ativos, seus representantes são: contagem de caixa, confirmação de saldo bancário, redução 
de cheque, teste de conciliação bancária e teste de transferência bancária.
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10.2 Clientes
Como os Clientes são intangíveis elas diferem dos procedimentos de auditoria usados 
em Caixa e Bancos de várias maneiras. Clientes representam o compromisso de pagamento 
assumido pelo comprador e, portanto, tem um aspecto subjetivo, que não existe na Caixa 
e Bancos. 
Ao avaliar a conta Clientes, os auditores devem usar padrões de julgamento quantitativos 
e qualitativos, muitos dos quais usam evidências indiretas em vez de evidências diretas.
Um dos objetivos da auditoria nesta conta é a confirmação da propriedade, a existência 
real e exatidão do valor. Como a transação que gera a conta Clientes é a venda, os auditores 
usam três procedimentos: teste de transação, verificação de documentos críticos e verificação 
de dados.
O auditor escolhe as contas para confirmação e supervisiona a 
elaboração dos pedidos de confirmação. Ele pode utilizar o computador 
para programar a seleção de contas, segundo vários requisitos, tais 
como prazo de vencimento, atividades, tamanho, local ou antecedentes 
de pagamento. O auditor verifica se o valor que consta do pedido de 
confirmação, se enviado separadamente da demonstração de contas 
a receber do cliente, confere com os registros deste último. Controla, 
também, o envio dos pedidos, para se certificar de que não foi enviado 
nenhum a cliente fictício. Além disso, o endereço para devolução ao 
auditor aparece no envelope de modo que, se houver algum problema de 
entrega postal, a confirmação volte diretamente ao auditor (CREPALDI; 
CREPALDI, 2016, p. 699)
Quando o cliente discorda dos dados fornecidos na solicitação de confirmação, uma 
investigação cuidadosa deve ser conduzida. Normalmente é necessário enviar uma nova 
carta ao cliente para esclarecer quaisquer discrepâncias. 
Verificar os registros do cliente também revelará erros relacionados à conta. Cada erro 
deve ser esclarecido de forma satisfatória e os ajustes necessários devem ser feitos. 
10.3 Estoque
O estoque é o principal ativo de muitas empresas e, nessas empresas, geralmente se 
gasta muito tempo de verificação. Como todos esses itens são tangíveis, o auditor deve se 
concentrar em determinar sua quantidade e qualidade e verificar a precisão de seus cálculos 
de valor.
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Antes de iniciar a contagem real do estoque, a empresa auditada deve fornecer a todos 
os funcionários instruções específicas para indicar o trabalho durante a contagem. Devem 
ser tomadas medidas para interromper a produção durante o processo de produção, se 
possível, e para separar e listar todas as mercadorias que entram e saem durante o trabalho 
de contagem.
Não cabe ao auditor contar (fazer levantamento) enquanto observa 
uma contagem de estoque e, sim, verificar a mesma, na base de teste 
e determinar, em geral, as providências para que os resultados sejam 
exatos. Se o auditor encontrar erros na contagem, deve informar aos 
componentes da equipe responsável, a fim de que esta possa tomar as 
medidas necessárias para saná-los. As contagens de teste registradas 
pelo auditor devem conter alguma dessas (CREPALDI; CREPALDI, 2016, 
p. 706)
Para garantir a exatidão dos dados contábeis relacionados ao estoque, o auditor deve 
testar as transações registradas no sistema de estoque. Esses testes geralmente repetem 
os testes conduzidos pelo auditor em vendas, clientes, custo dos produtos vendidos e contas 
a pagar. 
As transações básicas para inspeção de estoque são recebimentos e remessas. O 
procedimento deve incluir a seleção dos documentos originais para confirmação de 
recebimentos e pedidos, verificação dos lançamentos desses documentos nos registros 
contábeis e confirmação de que essas transações estão coordenadas com compras e vendas 
autorizadas.
10.4 Imobilizado
Os procedimentos de auditoria neste conjunto de contas devem abordar a avaliação dos 
bens (incluindo avaliações relacionadas a correções de moeda), a existência, a propriedade, 
a posse, aos critérios da depreciação ou amortização, e a existência de ônus.
A fim de melhorar a eficiência, a inspeção do auditor deve ser acompanhada por uma 
lista detalhada de todos os bens ou arquivos individuais, devidamente preparada, para que 
possam ser facilmente identificados. Essa lista deve abranger os dados necessários, como 
natureza, data de aquisição, custo original, depreciação ou amortização e correção monetária.
Portanto, o auditor deve analisar suas contas, verificar as dívidas lançadas no ano em 
curso e, em seguida, verificar os documentos que suporte ao lançamento. 
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Os objetivos básicos do exame do imobilizado são: constatar a existência, 
posse e propriedade dos bens; existência de ônus; possível superavaliação 
dos bens; e constatar possível subavaliação da depreciação. São 
realizados por meio de:
• Verificação da existência física do bem – inspeção física para avaliar 
se os bens realmente existem e o seu estado de conservação.
• Verificação da propriedade e da existência de ônus – exame documental 
dos certificados de propriedade de veículos e certidões atualizadas dos 
registros de imóveis.
• Testes das despesas de manutenção e reparo – averiguar se estão 
sendo tratadas como despesas do ano.
• Testes das depreciações – exames documentais e de registros 
contábeis, bem como conferência dos cálculos, com o intuito de verificar 
a vida útil dos bens e as taxas de depreciação utilizadas. (CREPALDI; 
CREPALDI, 2019, p. 413)
10.5 Investimentos
Os objetivos perseguidos pelos auditores ao inspecionar os investimentos incluem 
determinar se existe um sistema de controle adequado para o investimento e lucros oriundos 
deles; certificar que o investimento mostrado no registro da empresa auditada existe e pertence 
a ela; determinar a valorização adequada do investimento e apresentá-la corretamente nas 
demonstrações financeiras; descobrir possíveis ônus; verificar os registros das receitas 
provenientes de investimento.
Muitos dos procedimentos de auditoria usados para atingir os seus objetivos são 
semelhantes aos usados na verificação de outros ativos. No entanto, certos aspectos da 
revisão de investimentos são exclusivos deste tipo de ativo, principalmente na avaliação e 
verificação dos lucros derivados dele.
As técnicas de determinação de valor de investimentos variam segundo o 
tipo destes. No caso de títulos cotados em bolsa, em geral se conseguem 
informações sobre o valor corrente em jornais e outras publicações. 
Muitas vezes, surgem situações em que um título é cotado embolsa, 
mas pouco negociado e, então, é relevante qualquer dado sobre as mais 
recentes transações com o mesmo. Se for uma debênture, os preços 
correntes de outras similares podem fornecer uma medida adequada 
do valor daquela em questão. (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 418)
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Isto está na rede
É mais importante manter a área de controle de propriedade bem estruturada, é preciso 
passar pela restrição sem ser restringida por auditorias de imobilizado e sem causar 
prejuízo econômico à empresa.
Fonte: https://www.afixcode.com.br/blog/auditoria-do-ativo-imobilizado-sem-ressalvas/
Isto acontece na prática
A auditoria da gestão de ativos imobilizados próprios e de terceiros está relacionada à 
armazenagem, distribuição e controle de veículos, equipamentos e ferramentas. Esses 
processos englobam vários riscos, como diferenças e inconsistências na mensuração 
do locador, aquisição adversa, perda, obsolescência, perda e outros riscos que implicam 
redução do patrimônio líquido e despesas imprevistas.
Fonte: http://www.samauditoria.com.br/ativo-imobilizado-e-suprimentos/
Anote isso
O auditor pode solicitar um terminal de computador que acesse o sistema contábil da 
empresa a partir do departamento contábil ou administrativo, para que possa visualizar 
o livro-razão da conta e emitir apenas as contas que julgar necessárias.
https://www.afixcode.com.br/blog/auditoria-do-ativo-imobilizado-sem-ressalvas/
http://www.samauditoria.com.br/ativo-imobilizado-e-suprimentos/
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AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
AULA 11
AUDITORIA NAS CONTAS DO 
PASSIVO
No Passivo estão as obrigações, as contas que representam os recursos de terceiros. O 
auditor determina a importância das contas passivas a serem testadas, verificando assim 
que todas as dívidas da empresa estão corretamente registradas na contabilidade.
O objetivo da auditoria nas contas do Passivo é verificar a exatidão e a correta classificação 
das contas. 
Os principais erros do Passivo provêm de subavaliação, sobrevalorização, valor fictício, 
omissão e simulação. 
A subavaliação de passivos ocorre quando a empresa quer esconder dificuldades financeiras, 
enganar autoridades fiscais, enganar credores e parceiros a fim de melhorar seu índice de 
liquidez apresentados aos credores. Já a sobrevalorização de passivos acontece quando a 
empresa quer aumentar o capital de terceiros para prejudicar credores e sócios, com intuito 
de apresentar juros falsos por dívida falsa.
Valores fictícios, ou valores hipotéticos, são dívidas inexistentes que a empresa coloca 
no Passivo aumentando o valor da dívida para enganar credores e parceiros ou justificar a 
sonegação de impostos.
Omissão, ou valores ocultos, são utilizados pelas empresas para beneficiar a situação 
financeira, objetiva omitir os bens adquiridos, de forma a atingir o grupo de resultado, afetando 
assim a apuração do imposto de renda.
Por fim, a simulação, sabemos que é errado classificar a dívida de curto prazo como dívida 
de longo prazo, a empresa usa a simulação para afetar o índice de liquidez de curto prazo 
e melhorar os credores da empresa.
11.1 Contas a Pagar
O objetivo do auditor é garantir que as obrigações passivas relacionadas aos fornecedores 
estejam contabilizadas de forma correta, não existe o julgamento se o valor realmente é 
devido.
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AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
Para isso é preciso identificar os fornecedores analisando uma lista de todos os passivos 
da empresa em uma determinada data, verificar se os valores apresentados no balanço estão 
conforme os documentos (notas, boletos etc), existe também a confirmação direta como 
fornecedor que é o método mais adequado para detecção de passivos ocultos.
11.2 Obrigações Sociais e Outras Obrigações
O objetivo deste procedimento é determinar a confiabilidade dos registros das obrigações 
sociais e fiscais e se todas as despesas futuras e contas de contingência foram provisionadas, 
classificadas e descritas de acordo com os princípios contábeis.
11.3 Passivo não circulante
Ao revisar passivos não circulantes o auditor tem como objetivo verificar se o controle 
interno respectivo é satisfatório, determinar a razoabilidade e a propriedade dos passivos 
registrados, garantir que todas as responsabilidades estejam registradas, ou seja, não há 
itens de passivo sem registro, determinar se os itens estão registrados corretamente nas 
demonstrações.
Os auditores têm de reconhecer que na auditoria do Passivo Não 
Circulante, de muitas maneiras, o grau de objetividade das provas pode 
ser inferior ao de outras áreas de exame. Essa circunstância põe mais 
em evidência o motivo por que os auditores não devem prestar serviços 
a empresas que considerem indignas de confiança. Há auditores que 
sentem que certas seções das demonstrações financeiras podem ser, 
deliberadamente, alteradas por um cliente inescrupuloso, e talvez sem 
que a fraude seja descoberta (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 454).
O auditor examina o registro das contas não registráveis a curto prazo, como empréstimos, 
financiamentos, adiantamentos de associados, entre outros; cujo objetivo é determinar se a 
dívida foi devidamente autorizada, classificada e descrita nas demonstrações, se os passivos 
foram registrados corretamente, se os valores são calculados de acordo com os princípios 
contábeis, se a contabilização dos encargos está consistente, se as demonstrações contêm 
informações adequadas sobre cláusulas restritivas, encargos, ativos hipotecários etc.
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11.4 Contingências
Ao executar os procedimentos de auditoria para identificar passivos e contingências não 
registrados, o auditor independente deve obter evidências quanto a ocorrência de uma situação 
ou condição circunstancial que indique que a entidade é incerta e pode causar prejuízo ou 
ganho à entidade, observando o período em que foram produzidos, o grau de probabilidade 
de resultados favoráveis ou desfavoráveis, a extensão de perdas ou ganhos potenciais.
Passivos são contas derivadas de itens provisionados, como o pagamento de férias. 
Embora às vezes seja necessário estimar o valor ou o vencimento desses passivos, a incerteza 
geralmente é muito menor do que na provisão.
O auditor deve solicitar que a administração do cliente prepare um pedido de confirmação 
de dados, chamado de Circularização, que é enviado ao advogado responsável pelos 
procedimentos e disputas em andamento, para que o auditor possa obter evidências para 
o seu exame.
O auditor deve avaliar todas as circunstâncias e as evidências obtidas 
durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para passivos 
não registrados e contingências para formar o seu julgamento quanto 
à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na 
apresentação das demonstrações contábeis sob exame (CREPALDI; 
CREPALDI, 2019, p. 461).
No caso de limitações relevantes na implementação dos procedimentos, o auditor deve 
avaliar se é necessário emitir um parecer com ressalva sobre essa restrição, ou se é necessário 
emitir um parecer com abstenção de opinião sobre esse caso específico.
Isto está na rede
O gerenciamento adequado de fornecedores pode proteger sua marca e reputação, 
garantir que esses parceiros em sua cadeia de suprimentos sempre cumpram seus 
altos padrões de qualidade e segurança ou questões ambientais e sociais, e apoiar 
ativamente seus valores.
Fonte: https://www.sgsgroup.com.br/pt-br/consumer-goods-retail/electrical-and-
electronics/solar-energy-technology/solar-modules-manufacturing/supplier-audit-
program
https://www.sgsgroup.com.br/pt-br/consumer-goods-retail/electrical-and-electronics/solar-energy-technology/solar-modules-manufacturing/supplier-audit-program
https://www.sgsgroup.com.br/pt-br/consumer-goods-retail/electrical-and-electronics/solar-energy-technology/solar-modules-manufacturing/supplier-audit-programhttps://www.sgsgroup.com.br/pt-br/consumer-goods-retail/electrical-and-electronics/solar-energy-technology/solar-modules-manufacturing/supplier-audit-program
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Isto acontece na prática
(...) no que diz respeito à auditoria de fornecedores (que é a segunda 
parte da auditoria), esta etapa serve, sobretudo, para dar à empresa 
mais segurança em relação aos produtos e serviços adquiridos 
por ela.
Leia o artigo do site Consultoria Isso sobre “Auditoria de fornecedores: Por que é 
importante para o sistema de gestão? ”
Fonte: https://www.consultoriaiso.org/auditoria-de-fornecedores/
Anote isso
Os passivos representam a fonte de fundos e reclamações feitas por terceiros contra os 
ativos da empresa. O objetivo de testar a conta do passivo é verificar nas declarações 
os lançamentos, o interesse do auditor é verificar se todas as dívidas da empresa foram 
corretamente registradas na contabilidade.
https://www.consultoriaiso.org/auditoria-de-fornecedores/
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AULA 12
AUDITORIA NAS CONTAS DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A auditoria das contas do patrimônio líquido inclui a verificação das transações que 
ocorreram durante o período de auditoria, observando se elas atendem aos regulamentos 
da empresa. 
Nas empresas que tem o capital aberto, esta é uma das auditorias mais importantes, pois 
envolve aspectos de grande valor para os investidores, como a distribuição de dividendos.
O objetivo da auditoria nas contas do Patrimônio Líquido inclui verificar se os valores 
estão corretos, se os lançamentos seguem o estatuto e as normas internas, se as normas 
contábeis foram aplicadas de maneira uniforme, se há restrições ao uso de contas patrimoniais, 
se as divulgações adequadas estão acompanhadas de notas explicativas para confirmar 
a correta classificação nas demonstrações, se o tratamento das contas é adequado em 
caso de reorganização, se há disponibilidade para distribuição aos acionistas, quotistas ou 
proprietários.
Os procedimentos de auditoria a serem utilizados dependem da avaliação 
do controle interno e da materialidade envolvida, podendo ser descritos 
separadamente, sem que isto encubra o relacionamento existente entre 
as diversas contas patrimoniais (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 465)
Nas Ações de Capital, os testes realizados pelo auditor incluem o número total de ações 
nominativas, verificando o total no livro razão, os detalhes nos dois registros para ver se 
foi confirmado, o certificado cancelado para verificar se ele foi realmente cancelado, e os 
certificados não emitidos para garantir que não serão emitidos sem autorização.
Ao verificar o dividendo o auditor pode garantir que a conta de capital está correta. Todas 
as declarações devem ser comparadas com a ata da assembleia de acionistas. 
O pagamento pode ser verificado aritmeticamente, multiplicando o valor por ação pelo 
número de ações registradas em circulação, e então o auditor pode obter uma lista de dividendos 
pagos aos acionistas separadamente dos valores pagos que podem ser comparados com 
os dados do livro razão em uma base de teste para verificar se os pagamentos foram feitos 
na proporção correta do número conhecido de ações pertencentes a cada acionista.
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AUDITORIA CONTÁBIL
PROF. EVELYN FRANCINE DE ANDRADE
A principal técnica para o Capital Integralizado é a verificação da transação que gera o 
valor registrado. Os lançamentos utilizados para o registro dessas transações devem ser 
conferidos nos registros contábeis e comparados com as outras evidências disponíveis. 
Quando vinculadas à emissão de novas ações, as investigações dos dois projetos devem 
estar vinculadas.
O exame de auditoria efetuado na área do Patrimônio Líquido tem por 
finalidade atingir os objetivos previamente determinados. Dessa forma, 
o programa de auditoria deve ser elaborado com o intuito de evitar 
trabalhos desnecessários (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 467).
O auditor deve garantir que os lançamentos do Patrimônio Líquido no Balanço Patrimonial 
sejam exibidos corretamente e que estejam acompanhados das divulgações apropriadas. 
Existem algumas regras básicas de divulgação, como os valores devem estar separados entre 
realizados e a integralizar, o capital deve estar com valor adequado à sua natureza, a origem 
de cada componente do capital integralizado deve ser divulgada, e se houver restrições ao 
pagamento de dividendos, estas devem ser divulgadas.
Ao revisar as demonstrações da empresa o auditor deve obter conhecimento avançado 
sobre contratos, regras e legislação referentes aquele segmento, para que ele desempenhe 
da melhor forma a verificação dessas contas, principalmente sobre a participação nos lucros, 
serviços e atividades desenvolvidas pela empresa auditada.
O auditor, tendo como base a avaliação do controle interno, determina o escopo, 
a profundidade do teste e o procedimento a ser usado. Seguem alguns exemplos de 
procedimentos:
➣ Exame físico: contagem e conferência das cautelas em branco e dos canhotos das 
que foram emitidas.
➣ Confirmação: conferir a participação dos acionistas, confirmar com o advogado os 
aspectos que possam afetar o patrimônio líquido.
➣ Documento original: verificação dos documentos de emitidos, rasgados e desdobrados, 
revisando atas de reuniões, documentos da comissão, verificando se estão de acordo com 
a Lei.
➣ Cálculo: verificação dos cálculos das reservas legais, cálculos da participação dos 
beneficiários, cálculos da distribuição de dividendos.
➣ Contabilidade: verificação dos lançamentos contábeis dos lucros, da reserva legal, da 
reserva de contingência.
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➣ Investigação: uma inspeção detalhada da implantação de medidas preventivas, da 
distribuição de dividendos e revisão da aprovação de alterações de capital.
➣ Pesquisa: pesquisa sobre as tendências de mudança dos negócios da empresa, possíveis 
mudanças de acionistas e sobre possível aumento capital.
➣ Registros auxiliares: revisão do livro razão sobre a reserva de capital e reservas de lucro.
➣ Correlação: análise sobre a correlação que a reserva legal tem como resultado.
➣ Observação: verificação da classificação correta de contas, observando os princípios 
contábeis.
Isto está na rede
A NPA 01 - Norma de Procedimento de Auditoria 01 – IBRACON, em seu artigo 3º relata:
A auditoria independente das demonstrações contábeis constitui 
o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a 
emissão de parecer sobre a adequação com que estas representam 
a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, 
as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de 
recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras 
de Contabilidade e a legislação específica no que for pertinente.
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npa1.htm
Isto acontece na prática
O auditor deve verificar a adequação legal e estatutária da proposta de distribuição de 
dividendos, reservas legais, reservas de lucros a realizar e outras, e a distribuição dos 
saldos de lucros acumulados das sociedades. 
Fo n t e : h t t p : / / w w w. p o r t a l d e a u d i t o r i a . c o m . b r / t e m a t i c a / a u d c o n t a b i l _
progaudpatrimoniliqfinal.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npa1.htm
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/audcontabil_progaudpatrimoniliqfinal.htm
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/audcontabil_progaudpatrimoniliqfinal.htm
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/audcontabil_progaudpatrimoniliqfinal.htm
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Anote isso
O auditor deve garantir que os lançamentos do Patrimônio Líquido no Balanço Patrimonial 
sejam exibidos corretamente e que estejam acompanhadosdas divulgações apropriadas.
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AULA 13
AUDITORIA NAS CONTAS DE 
RESULTADO
A auditoria nessas contas exige dedicação e paciência do auditor, como o número de 
lançamentos é muito grande, a possibilidade de erros, intencionais ou não intencionais, é 
ilimitada. Portanto, ao iniciar os trabalhos é melhor não colocar o auditor sob pressão para 
concluir as tarefas.
Para realizar essa auditoria é recomendada a utilização de uma forma de verificação, 
nomeadamente a comparabilidade dos valores do período auditado com o anterior. 
O auditor deve usar os balanços dos dois períodos escolhidos para registrar os totais, 
mês a mês, nos documentos de trabalho e analisar as diferenças. Se houver uma grande 
flutuação deve investigar a causa para garantir a correção. 
Para esta análise é conveniente estabelecer parâmetros de comparação. O mais adequado 
é o comportamento de vendas. Sabemos que as despesas podem aumentar devido ao 
crescimento da produção e o aumento das vendas, porém, existem também as despesas 
fixas, que diminuem quando as vendas caem.
Outro parâmetro que está relacionado ao parâmetro anterior é a quantidade de salários. 
Supondo que a equipe esteja estável e saiba que os reajustes salariais são feitos em 
determinados momentos, o auditor faz uma análise para encontrar o percentual relativo à 
receita, observando sua estabilidade e regularidade. 
Da mesma forma, se o preço de uma mercadoria ou produto aumentar em algum ponto, 
esse fator deve ser considerado. Ao analisar os salários, o auditor inclui todas as despesas 
incorridas, como férias, salário dia 13, previdência social e FGTS.
Um caso onde o auditor também usa de comparabilidade é a comissão de vendas. O 
aumento dessa conta está diretamente relacionado com o aumento nas vendas, assim como 
a queda da comissão está relacionada com a queda das vendas. 
Porém, sabemos que o valor de comissão pode ser maior para alguns produtos e menor 
para outros, fato que deve ser considerado na análise.
As contas de receitas (vendas à vista) e despesas têm influência direta 
nas contas de disponibilidades (Caixa e Bancos). Por esse motivo, estão 
mais sujeitas à tentação de fraude. Todavia, não é só a esse campo que 
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AUDITORIA CONTÁBIL
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o exame ficará limitado. Estende-se, também, às provisões, seja para 
depreciação e amortização, seja para devedores duvidosos, ou para 
despesas financeiras vencidas e não pagas. Assim, todas as contas 
que interferem no resultado do exercício fazem parte da área do exame 
(CREPALDI; CREPALDI, 2019, p.471).
O objetivo da auditoria nas contas de resultado é determinar se todos os rendimentos, custos 
e despesas atribuíveis ao período foram devidamente registrados e comprovados, verificar 
se o diferimento está correto, analisar a contabilização de receitas, custos e despesas de 
acordo com os princípios contábeis, se estão corretamente classificados nas demonstrações 
e se as notas explicativas estão de acordo.
O auditor deve verificar se as receitas, despesas e custos estão relacionados com as 
atividades da empresa, se estão identificados por documentação, se tem autorização 
necessária, se estão de acordo com os princípios contábeis e padrões regulatórios, se a 
contabilidade está correta, se os custos e despesas estão compensando corretamente as 
contas a receber.
Como são muitos os lançamentos a serem verificados, as contas podem passar pelo 
teste por amostragem. Nesse caso, o auditor deve considerar o conceito de relevância. Não 
é recomendado que o auditor perca tempo procurando explicações para pequenos erros 
ou diferenças, a menos que a precisão do auditor indique que esse erro, embora não seja 
importante, pode levar a uma série de erros que levam à consistência e continuidade.
A amostragem é feita com base na seleção de várias despesas, de 
diversos meses, de determinado número de contas. Feita a seleção, o 
auditor se aprofundará no exame desses casos, procurando verificar 
documentos e comprovantes, sua autenticidade e autorização, sua 
aplicabilidade, adequação e necessidade em relação às operações da 
empresa (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p.473).
Após selecionar contas de receitas e despesas para realizar a análise por amostragem, 
o auditor deve avaliar alguns pontos importantes:
• a natureza das transações contidas na conta;
• o controle interno sobre as operações;
• operações incomuns, que podem ser mais comuns e sujeitas a menos controle interno 
do que outras;
• a relevância das operações, quanto mais transações relevantes forem registradas em 
uma determinada conta, mais atenção elas receberão;
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 59
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• saldos de contas, se um grande número de receitas for verificado durante a auditoria, 
as despesas associadas a essas contas são relativamente pequenas. 
Os procedimentos normalmente utilizados para as contas de despesa englobam a 
verificação dos registros subsidiários, se estes são consistentes com os saldos do balanço 
e se formam uma base suficiente para a realização de testes, englobam também a revisão 
da aplicabilidade e uniformidade dos princípios contábeis e o exame de transações com 
partes relacionadas.
Para analisar o custo de mercadorias vendidas (CMV) o auditor precisa observar algumas 
atividades como, por exemplo, conferir o saldo no livro razão do ano corrente com os 
documentos do ano anterior, comparar o custo das vendas dos produtos com os dados 
dos produtos vendidos, observar e citar as planilhas auxiliares como inventário e tabelas 
de estoque.
Para analisar as despesas de vendas, o auditor deve conferir os saldos das contas no livro 
razão, deve observar as notas de venda, e as fichas de análise referentes. Para as despesas 
administrativas, precisa considerar também as despesas de PIS e COFINS das vendas do 
período.
Para cada conta de resultado, é preciso listar as operações correspondentes e analisa-las, 
verificando se estão de acordo com os pontos listados nesta aula. 
Isto está na rede
Em relação às despesas antecipadas, o auditor deve verificar os cálculos contidos 
na planilha correspondente para verificar o saldo em relação ao valor do contrato e 
período de subscrição.
Fonte: http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria/auditoria-contabil_balanco-
despesas-antecipadas.htm
http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria/auditoria-contabil_balanco-despesas-antecipadas.htm
http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria/auditoria-contabil_balanco-despesas-antecipadas.htm
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AUDITORIA CONTÁBIL
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Isto acontece na prática
Leia o artigo da Conta Azul sobre Análise da DRE (Demonstração do Resultado do 
Exercício).
Para que a DRE na contabilidade realmente tenha o efeito esperado, 
é muito importante conscientizar seu cliente de que todas as 
transações da empresa devem ser contabilizadas, por menores 
que sejam. (AUTOR, ano, p.)
Fonte: https://contadores.contaazul.com/blog/dre-na-contabilidade
Anote isso
Use técnicas analíticas e métodos estatísticos para observar a razoabilidade do saldo 
da demonstração de resultados. Com a tecnologia, o auditor poderá obter evidências 
de auditoria que o ajudarão a expressar sua opinião sobre a confiabilidade das contas 
de auditoria.
https://contadores.contaazul.com/blog/dre-na-contabilidade
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AULA 14
AUDITORIA INTERNA DE 
QUALIDADE
De acordo com a ISO 9000 2015, uma auditoria é um processo sistemático, independente 
e documentado para obter evidências objetivas e avaliá-las objetivamente a fim de determinar 
até que ponto os critérios de auditoria são atendidos. 
De uma forma mais direta podemos dizer que auditoria é um processo de verificar se a 
organização atende a um determinado padrão, podendo serum requisito interno ou externo.
Quando falamos que é um processo sistemático, significa que o auditor segue um 
procedimento e uma rotina sistemática, seguindo sempre os mesmos procedimentos. 
Ser independente significa que o auditor não pode auditar a própria empresa, devemos 
evitar qualquer conflito de interesses entre o auditor e a organização auditada. 
Quando falamos em ser documentado significa que a evidência de auditoria deve ser 
mantida, seguindo o plano de auditoria que foi proposto, as listas de verificação que foram 
geradas e relatórios de auditoria que foram gerados.
A auditoria é realizada por um auditor qualificado para realizar tal trabalho. O auditor busca 
sempre as evidências objetivas, aqueles dados que validam a existência e a veracidade da 
informação. 
Por ser uma forma de verificação do desempenho dos negócios, se torna uma 
ferramenta importante para a organização auditada, pois contribui para o seu desempenho 
e desenvolvimento. Embora foco esteja em atividades e soluções é também a base para os 
gestores avaliarem o sucesso da estratégia implementada.
As auditorias também são orientadas pela ISO 19011 e acabam sendo um exemplo de 
PDCA que é uma ferramenta muito utilizada na gestão da Qualidade.
O controle de processos é exercido por meio do Ciclo PDCA de controle 
de processos. O Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é composto pelas 
seguintes etapas:
1. Planejamento (P)
Essa etapa consiste em:
• estabelecer metas;
• estabelecer o método para alcançar as metas propostas.
2. Execução (D)
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Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de 
planejamento e coletar dados que serão utilizados na próxima etapa 
de verificação do processo. Na etapa de execução são essenciais a 
educação e o treinamento nas atividades a serem executadas no trabalho.
3. Verificação (C)
A partir dos dados coletados na execução, comparar o resultado 
alcançado com a meta planejada.
4. Atuação corretiva (A)
Essa etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados 
obtidos. Existem duas formas de atuação possíveis:
• adotar como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido alcançada;
• agir sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não 
tenha sido efetivo (WERKEMA, 2013, p.28).
Para ter uma auditoria de qualidade podemos dividir o processo nas seguintes etapas: 
planejamento, execução, resultados e finalização.
14.1 Planejamento
Nesta primeira etapa, o auditor organiza e estrutura toda a auditoria, preparando os 
procedimentos e realizando o plano de auditoria. 
Compreendendo o processo, o auditor solicita as cópias de documentos para a pesquisa 
e análise. Assim, obtém as informações para realizar uma auditoria mais completa. 
É também nesta fase que a lista de verificação é preparada. Não existe uma lista padrão que 
possa ser usada por qualquer empresa. Esta ferramenta de trabalho deve ser cuidadosamente 
considerada e revisada.
As práticas utilizadas antes do início das análises são a base para novas medidas de 
sucesso. Além de ter objetivos detalhados quanto às tarefas, departamentos ou meios a 
serem revisados, também deve conter diversos processos a serem executados de acordo 
com um cronograma pré-determinado.
14.2 Execução
O dia da auditoria geralmente começa com uma reunião de abertura com o responsável 
pela empresa auditada. Após a reunião, o auditor visita os setores buscando as evidências 
que podem ser obtidas por meio de registros, inspeções visuais e entrevistas. 
Ao se deparar com uma não conformidades, o auditor deve notificar o responsável da 
empresa auditada que será informado por meio de um relatório de auditoria que deverá ser 
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assinado no momento da identificação. É muito importante chegar a um consenso sobre 
as violações. Caso contrário, o auditor deve registrar a discordância. 
Além da conformidade, que também deve ser registrada no relatório, o auditor também 
deve fornecer à empresa sugestões de melhorias. Todas as informações, conformidade, não 
conformidade e sugestões de melhoria, devem ser incluídas no relatório final de auditoria.
14.3 Resultados
As auditorias são conduzidas por meio de dados coletados com precisão para verificar se 
uma determinada área está em conformidade com as regras e procedimentos de segurança 
estabelecidos. 
No final do processo, o auditor faz perguntas aos outros participantes da auditoria, e 
anota suas conclusões. Com base no conteúdo verificado e caso precise, o plano e a lista de 
verificação podem ser reorganizados e uma investigação ainda mais aprofundada é necessária.
14.4 Finalização
Depois de concluir a etapa anterior, a compreensão realmente começa. O auditor e sua 
equipe se reúnem para discutir os recursos com falhas e definir os critérios mais adequados 
para corrigir os problemas. Este conhecimento constituirá uma exibição dos resultados da 
auditoria.
Esse tipo de ata de reunião é uma ferramenta importante para as discussões estratégicas 
normalmente conduzidas no campo da gestão empresarial. Ajuda a avaliar os resultados 
e, assim, a determinar como aplicar as medidas recomendadas pela equipe responsável.
Após esta conclusão, o auditor prepara o relatório e conduz uma reunião de encerramento 
da auditoria com o responsável pela empresa auditada. Nesta reunião são apresentados 
todos os relatórios da auditoria, os resultados gerais da avaliação e o parecer.
Isto está na rede
O ciclo PDCA é um conceito chave para a melhoria e gestão de processos, leia o artigo 
do site
Fonte: https://www.consultoriaiso.org/ciclo-pdca-agilidade-para-gestao-de-processos-
da-sua-empresa/
https://www.consultoriaiso.org/ciclo-pdca-agilidade-para-gestao-de-processos-da-sua-empresa/
https://www.consultoriaiso.org/ciclo-pdca-agilidade-para-gestao-de-processos-da-sua-empresa/
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Anote isso
As organizações devem ver as auditorias como motivadores para desenvolver a 
capacidade de identificar mudanças, melhorar processos e sempre buscar a satisfação 
dos clientes internos e externos.
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AULA 15
AUDITORIA DO FUTURO DIGITAL
A cada ano acontecem fatos que trazem uma série de mudanças para o mundo incluindo 
métodos de trabalho. A era digital afetou os métodos de controle? Quais são os pontos 
positivos, os desafios e as dificuldades? A qualidade do trabalho e a produtividade são 
afetadas?
A KPMG, uma organização global de firmas independentes que trabalham juntos para 
reduzir riscos e aproveitarem as oportunidades, juntamente com representantes da área da 
auditoria, comentou a tendência da auditoria interna frente às novas tecnologias.
Considerando as mudanças ambientais, sociais, culturais e as mudanças adaptativas 
nos métodos de trabalho considerados nos últimos anos, podemos afirmar que houveram 
mudanças em diferentes departamentos e empresas, incluindo instituições financeiras.
Com isso precisamos mudar e nos adaptar rapidamente aos planos de trabalho inovadores 
que nos cercam, pois, o tempo está ficando cada vez mais curto e o senso de urgência é 
diferente para cada um.
Acredito que, baseado em minha experiência, a vida dos profissionais 
de contabilidade mudou para melhor a partir do uso da tecnologia 
da informação. Sei que esse pode não ser o pensamento de alguns 
profissionais da área que, por diferentes motivos, não puderam 
acompanhar a evolução tecnológica, mas não há como questionar a 
realizada atual quando comparada ao uso de fichas Kardex utilizadas 
no passado (OLIVEIRA, 2014, p. 25).
A auditoria interna e as outras áreas de governança precisam desenvolver a flexibilidade 
necessária para revisar seus planos de trabalho, considerando a inclusão de novas variáveis 
em consideração às condições atuais.Um bom exemplo dessa mudança e flexibilização é a revisão dos riscos envolvidos nas 
operações. A supervisão e os riscos de crédito podem trazer novos desafios às operações 
em curso e pelos riscos envolvidos é necessária uma comunicação clara e consistente com 
a área de auditoria. 
Portanto, podemos afirmar que em áreas onde é necessário ter mais ênfase no teste, 
a distribuição da equipe deve manter o fluxo de trabalho livre de contratempos e outras 
variáveis que possam ser consideradas.
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Para Charles Krieck, presidente da KPMG Brasil e América do Sul, hoje o perfil do auditor 
deve ser de um profissional de contabilidade, de processos, de conhecimento técnico e de 
boa comunicação com os clientes. 
A necessidade de adaptação da empresa às necessidades das novas tecnologias 
estimula não só a contratação de contadores, mas também a contratação de engenheiros, 
administrativos e técnicos, o que torna a equipe mais diversificada.
Nessa era digital, os dados podem ser coletados remotamente, o que mudou a forma como 
os auditores trabalham. Mesmo que não esteja no cliente, o auditor pode iniciar a auditoria. 
As expectativas da nova geração em relação às perspectivas de carreira também mudaram 
muito. O desafio para que novos profissionais se especializem em todas as áreas do setor 
é cada vez maior, e devem ter capacidade de atuação regional e internacional.
Diante dessas mudanças, algumas das principais tendências podem ajudar, como a 
possibilidade de melhorias e eficiência envolvendo ferramentas de análise e visualização 
de dados, que trazem informações sobre possíveis pontos de melhoria na área operacional 
e no trabalho digital.
Outra tendência é a cibersegurança. Ao tratar dos aspectos relacionados à segurança das 
informações coletadas e processadas durante o plano de auditoria, surgiu a necessidade 
pensar na proteção dos dados que são processados e armazenados, bem como as declarações 
e informações da contabilidade digital.
As facilidades de operação devem levar em conta o risco da perda de 
informações já registradas. Gerar cópias de segurança pelo menos 
duas vezes ao dia é uma medida preventiva de grande valor. Os dados 
devem ser armazenados sempre nos servidores da rede interna, quando 
a empresa utiliza estrutura própria para gerar e armazenar seus dados 
(OLIVEIRA, 2014, p. 32).
Os principais pontos da Resolução nº 4658 emitida em 2018 são a definição de políticas 
de cibersegurança e requisitos contratuais para processamento de dados e armazenamento 
em nuvem. 
A política de cibersegurança estipula que além de estabelecer os princípios e diretrizes 
para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados e sistemas, deve 
também ser capaz de prevenir, detectar e reduzir a vulnerabilidade de eventos relacionados 
ao ambiente de rede, por isso a importância de investir em uma boa empresa de segurança 
de dados.
Marcelo Barbosa, presidente da CVM, Comissão de Valores Mobiliários, em entrevista ao 
site jornaldocomercio.com lembrou que os auditores têm papel de destaque na criação de 
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um bom ambiente de negócios, afirmando que “é fundamental mantermos nossas regras 
com o mínimo de redundâncias e ineficiências. Nada é mais importante que a informação 
correta, tempestiva e de qualidade”.
A tecnologia se tornou uma realidade e está se desenvolvendo rapidamente. O desafio que 
encontramos é treinar pessoas para usar os dados, estarem sempre atualizadas e trabalhar 
para processar os dados, não apenas as amostras. 
Os profissionais da auditoria deverão estar preparados para lidar com esses procedimentos 
diferentes de um ambiente tecnológico em constante mudança.
Isto está na rede
O maior desafio é mudar o entendimento do auditor para que os profissionais possam 
identificar tendências de mercado e intervir em questões como análise de riscos, 
segurança de TI e uso de inteligência artificial na compilação de dados.
Fonte: https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/audit/articles/auditoria-do-futuro.html
Isto acontece na prática
Assista ao Webinar sobre “Auditoria independente: desafios do futuro digital”.
A aplicação de inovação e de novas tecnologias digitais na 
auditoria independente é, hoje, a condição para uma experiência 
bem-sucedida perante o mercado. Assim, para debatermos as 
mudanças no papel do auditor em face dessas transformações, 
reunimos os especialistas da KPMG no Brasil para o Webinar 
“Auditoria independente: desafios do futuro digital”.
Fonte: https://auditoriar.com.br/auditoria-independente-desafios-
do-futuro-digital-webinar/
https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/audit/articles/auditoria-do-futuro.html
https://auditoriar.com.br/auditoria-independente-desafios-do-futuro-digital-webinar/
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Anote isso
Diante deste cenário atual e digital, mais desafiador e abrangente, a demanda por 
profissionais de contabilidade é crescente, por isso a importância do profissional da 
contabilidade sempre está atualizada com as normativas e operações.
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AULA 16
COMO SER AUDITOR
A carreira na contabilidade é abrangente, desafiadora e com diversas oportunidades. Por 
sempre haver mudanças nas leis e nas normas existem desafios que são causados pela 
necessidade de atualizações constantes.
Atuar como auditor é desafiador e o auditor precisa ter em mente que seu trabalho deve 
ser realizado de forma clara, objetiva, independente e imparcial. 
Há outro aspecto do seu desempenho deve ser analisado: interno ou externo, pois os 
auditores de contabilidade conduzirão uma análise completa das atividades patrimoniais e 
financeiras da empresa.
O auditor interno é funcionário contratado da empresa e detém todos os direitos trabalhistas 
e previdenciários. Além de analisar dados contábeis, verifica constantemente os processos 
de negócios. Sua função é garantir a legalidade do programa.
O auditor externo é uma pessoa contratada para analisar o processo. É um contrato 
temporário que pode ser específico para um determinado processo, como um processo de 
compra. O objetivo é verificar especificamente o processo.
Independentemente da atuação do profissional trará benefícios para todas as áreas da 
empresa, desde reduzir a ineficiência e a negligência até poder controlar melhor os bens, 
dívidas e direitos e cumprir rigorosamente suas obrigações com o governo, protegendo a 
empresa de fraudes e gastos excessivos, obtendo resultados contábeis mais precisos.
Agora que você já entendeu todo o processo e a importância da auditoria, veja como se 
tornar um auditor:
16.1 Formação inicial
Para desempenhar as funções de auditor contábil é necessário ter o diploma de Bacharel 
em contabilidade, pronto, você está dando o primeiro passo.
Após a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis é preciso ter aprovação 
no Exame de Suficiência. Este exame que acontece duas vezes ao ano, e registro no CRC 
(Conselho Regional de Contabilidade) do seu Estado, com isso o profissional poderá exercer 
a profissão de contador, porém ainda não poderá atuar como auditor.
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16.2 Curso extra
Próximo passo é escolher um curso específico para auditoria contábil. Essa etapa é 
importante para obter conhecimento pouco mais profundo sobre essa profissão.
Uma dica é procurar cursos online como o IBRACON (Associação Brasileira dos Auditores 
Independentes) e CFC.
16.3 Exame de Qualificação Técnica
Para se tornar um auditor é ter aprovação no Exame de Qualificação Técnica, que acontece 
normalmente uma vez por ano e é promovido pelo CFC (ConselhoFederal de Contabilidade), 
com isso é possível realizar a inscrição no Cadastro Nacional de Auditores Independentes.
Ao fazer o exame, o futuro auditor deve escolher a sua habilitação com base no mercado 
em que irá atuar, como empresas reguladas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários, 
pelo BCB - Banco Central do Brasil ou pela Susep - Superintendência de Seguros Privados.
16.4 Cadastro Nacional de Auditores Independentes
Neste cadastro encontram-se todos os profissionais que atuam no mercado de auditoria 
independente, a fim de fornecer dados geográficos desses profissionais ao CFC e aos CRCs 
para que possam acompanhar de forma mais eficaz a prática desses profissionais.
16.5 Atualização
Para se tornar um auditor contábil com sucesso é importante que você esteja sempre 
atualizado - não apenas em termos de regulamentos, mas também em termos de tendências, 
tecnologias e certificações.
Aprender faz parte da melhoria contínua! O auditor deve estar sempre atualizado com 
as mudanças nas normas, nos regulamentos, nas leis, nas tecnologias, nas certificações e 
nas tendências.
Confira as qualificações para se tornar um auditor, que a SGS Academy destacou em 
seu site:
1° PASSO: CURSOS DE INTERPRETAÇÃO | SEM PRÉ-REQUISITO
- Interpretação ISO 9001
- Interpretação ISO 9001
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- Interpretação ISO/IEC 17025
- Interpretação ISO 9001
2° PASSO: CURSOS DE AUDITOR INTERNO
Abordam interpretação da norma e técnicas de auditoria.
- Auditor Interno ISO 9001
- Auditor Interno Integrado
- Auditor Interno ISO 9001
- Auditor Interno ISO/IEC 17025
3° PASSO: CURSO DE AUDITOR LÍDER
Aborda técnicas avançadas de auditoria.
- Auditor Líder ISO 9001 (IRCA)
- Auditor Líder Integrado
4° PASSO: CURSOS DE ATUALIZAÇÃO
Para quem já é auditor.
- Atualização ISO 9001
- Atualização ISO 9001
- Atualização ISO/IEC 17025
5° PASSO: TORNE-SE UM ESPECIALISTA
Além dos cursos acima de curta duração, oferecemos as especializações 
que tem maior duração, foco prático de implementação e visão estratégica:
- Gestor de Fornecedores com foco em Sistema de Gestão
- Gestor da Qualidade
- Gestor de Fornecedores 
- Especialista em Sistema de Gestão Integrado 
- Especialista em Sistema de Gestão Integrado
- Gestor da Qualidade
16.6 É só começar
Uma forma de iniciar essa carreira de auditor é participando de processos seletivos de 
grandes empresas de auditoria, muitas vezes os futuros profissionais começam a trabalhar 
enquanto estão na faculdade e, ao longo do tempo, desenvolvem suas competências e 
habilidades.
Para ser um auditor autônomo ou ter seu próprio escritório de auditoria, além das aptidões 
técnicas e exigidas no campo é preciso atuar como auditor contábil por mais de cinco anos.
Na maioria das vezes, os escritórios são empresas multinacionais, portanto, ter o idioma 
fluente e o conhecimento político e econômico de outros países são necessários.
Outro campo de atuação é o mercado de valores mobiliários, o auditor pode atuar na bolsa 
de valores, em seguradoras, em entidades sem fins lucrativos, nas empresas de planos de 
saúde e em bancos, pois esses segmentos exigem exatidão nas informações para realizar 
transações financeiras com maior segurança. 
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Um requisito básico na profissão de auditor da contabilidade é a formação profissional. Os 
padrões contábeis estão em constante mudança, então os profissionais precisam encontrar 
maneiras de atualizá-los para entendê-los. Como o fluxo de trabalho desses profissionais 
é muito dinâmico, é necessário encontrar opções flexíveis que se adaptem à realidade do 
auditor contábil. Nesse sentido, a educação a distância é uma boa escolha.
Podemos concluir que o controle contábil depende diretamente de três fatores:
• Em primeiro lugar, o auditor pode explicar as regras nacionais e internacionais relativas 
à tributação e transações financeiras. 
• Em segundo lugar, deve estar familiarizado com as ferramentas digitais, que são cada 
vez mais importantes para otimizar processos. 
• Por fim, os profissionais de contabilidade se concentram no impacto positivo e ético 
na empresa e na sociedade como um todo.
Isto está na rede
Saiba mais como se tornar auditor interno ou externo. Veja algumas dicas e atalhos. 
Verifique os sites de empresas que oferecem programas de trainees e se inscrevem 
para carreiras executivas de sucesso.
Fonte. https://administradores.com.br/artigos/como-ser-auditor-interno-ou-externo
Isto acontece na prática
A Comissão Federal de Contabilidade é responsável pela realização do Exame de 
Suficiência e do Exame de Qualificação Técnica para os profissionais da área contábil, 
entenda as diferenças entre eles no link do CFC.
Fonte. https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/exames/exame-
de-qualificacao-tecnica/#:~:text=O%20Exame%20ocorre%20duas%20vezes,e%20a%20
segunda%2C%20em%20setembro.
https://administradores.com.br/artigos/como-ser-auditor-interno-ou-externo
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/exames/exame-de-qualificacao-tecnica/#:~:text=O%20Exame%20ocorre%20duas%20vezes,e%20a%20segunda%2C%20em%20setembro
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/exames/exame-de-qualificacao-tecnica/#:~:text=O%20Exame%20ocorre%20duas%20vezes,e%20a%20segunda%2C%20em%20setembro
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/exames/exame-de-qualificacao-tecnica/#:~:text=O%20Exame%20ocorre%20duas%20vezes,e%20a%20segunda%2C%20em%20setembro
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Anote isso
É impossível se tornar um excelente auditor contábil sem os conhecimentos necessários! 
Os cursos de ciências contábeis fornecem a base para os principais métodos de 
treinamento de contadores. No entanto, o trabalho de alto valor agregado depende do 
conhecimento profissional.
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CONCLUSÃO
Neste livro procuramos mostrar a importância da auditoria na organização, face à nova 
realidade do ambiente global e a importante contribuição da auditoria para a gestão eficaz 
das empresas. 
Em uma organização, as auditorias internas devem estar ligadas ao controle interno, 
verificando constantemente cada processo, enquanto as auditorias externas devem estar 
focadas especificamente em um processo para garantir a sua legalidade.
Os profissionais da área devem estar permanentemente atualizados por meio de pesquisas 
contínuas, adequação e adaptação às novas necessidades do mercado.
Concluímos que a auditoria interna é uma ferramenta de auxílio à gestão das empresas, 
que pode garantir que os controles internos e os procedimentos de trabalho sejam executados 
com habilidade e os dados contábeis sejam confiáveis.
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
 
Título: Auditoria Contábil - Teoria e Prática
Autor: Silvio Aparecido Crepaldi, Guilherme Simoes Crepaldi
Editora: Atlas Editora 
Sinopse: Foi pensando em você, estudante e concursando, que elaboramos esta obra. Trata-
se de um projeto pedagógico-editorial que, além de enfatizar a excelência didática e doutrinária 
de seus textos, propicia uma fonte de consulta rápida e prática que alia o estudo dinâmico e 
a completa revisão da Auditoria Contábil para exames e concursos. Destaca a parte prática 
da Auditoria, incluindo diversas rotinas reais analisadas e interpretadas, acompanhadas dos 
respectivos “pareceres” e de observações esclarecedoras. Ao longo do texto, mostra que a 
Auditoria é uma técnica que objetiva obter elementos de convicção que permitem julgar se 
os registros foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade 
e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação 
econômico-financeirado patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as 
demais situações nelas demonstradas. Trata-se de um manual para o Exame de Suficiência, 
cuja aprovação é requisito para a obtenção ou o restabelecimento de registro profissional em 
Conselho Regional de Contabilidade (CRC), conforme estabelecido pela Lei no 12.249/2010. 
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É também útil para o Exame de Qualificação Técnica para registro no Cadastro Nacional de 
Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), instituído pela 
NBC PA 13, um dos requisitos para a inscrição do Contador no CNAI, com vistas à atuação 
na área da Auditoria Independente. APLICAÇÃO Livro-texto para a disciplina Auditoria dos 
cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis, Administração de Empresas, 
Ciências Econômicas e Análise de Sistemas de Informação. Por ser atual, prático e objetivo 
é um manual de consulta para contadores, administradores, economistas e analistas de 
sistemas, bem como para empresários e, principalmente, para os gerentes de auditoria 
envolvidos no processo de formação e treinamento de auditores. Recomendado também para 
o Exame do Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) e Exame de Suficiência 
do Conselho Federal de Contabilidade.
FILME
 
Título: Enron: Os Mais Espertos da Sala
Ano: 2005
Sinopse: O documentário aborda um dos maiores escândalos corporativos das últimas 
décadas. A Enron foi uma das maiores companhias energéticas dos Estados Unidos, 
localizada em Houston, Texas, e durante muito tempo foi líder em distribuição de energia 
(com faturamento anual que chegou a ultrapassar a casa dos US$ 100 bilhões no início dos 
anos 2000). A Enron é produto da deslumbrante desregulamentação do setor energético.
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WEB
O Ibracon nasceu a partir de duas associações que reúnem auditores independentes: 
o Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro de Auditores 
Independentes (Ibai), em um esforço conjunto para obter melhor estrutura e interesse 
profissional representativo.
Fonte. http:// http://www.ibracon.com.br/
http:// http://www.ibracon.com.br/
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Cavalcanti Almeida. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2019. [Minha Biblioteca].
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médias empresas. Administradores.com, 2013. Disponível em: https://administradores.
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CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria Contábil: teoria 
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O QUE É AUDITORIA Independente: Conceito E Aplicação. Taticca. Disponível em: 
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SÁ, Antonio Lopes. Curso de auditoria. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
WERKEMA, Cristina. Métodos PDCA e DMAIC e suas ferramentas analíticas. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2013 [Minha Biblioteca].

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