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1 
 
 
 
 
BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
MAURICIO MESSAGE KROWCZUK 
 
A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E 
CUIDADOS COM A APLICAÇÃO DA NR12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
 2021 
2 
 
MAURICIO MESSAGE KROWCZUK 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E 
CUIDADOS COM A APLICAÇÃO DA NR12 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso a ser 
apresentado à Faculdade de Engenharia do 
Centro Universitário Ritter dos Reis, como 
parte dos requisitos para obtenção do título 
de Engenheiro Mecânico. 
 
Orientador: Prof. MSc. Manoel Henrique 
Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2021 
 
3 
 
MAURICIO MESSAGE KROWCZUK 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E 
CUIDADOS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso a ser 
apresentado à Faculdade de Engenharia do 
Centro Universitário Ritter dos Reis, como 
parte dos requisitos para obtenção do título 
de Engenheiro Mecânico. 
 
 
 
 
 
APROVADO EM 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha família 
 
Por me apoiar quando roubei um tempo precioso de 
estarmos juntos para me dedicar a estudar e a buscar uma 
melhor qualificação profissional. 
 
 
 Aos meus professores 
 
Pelos conhecimentos divididos e pelos exemplos a serem 
seguidos. 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus 
 
 
 
 
Tenho a certeza de que Deus me agraciou com muitas 
coisas maravilhosas, sendo a primeira a vida e 
posteriormente a condição para que desfrutasse dela com 
muitas alegrias e amor e também me deu sabedoria e 
energia para enfrentar as dificuldades impostas a mim 
diariamente, para que assim soubesse valorizar cada 
momento especial que me é dado. Agradeço por ter 
condição de realizar este trabalho com amor e dedicação, 
aproveitando cada momento de aprendizagem que me foi 
proporcionado durante o período desta graduação. 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
 
O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata de considerar a importância do 
torno mecânico para a indústria, pois através deste se originou hoje os avanços que 
estas possuem em termos de eficiência e eficácia. A prática do uso do torno 
mecânico, a máquina considerada mais antiga, trouxe muitas possibilidades de 
desenvolvimento ao mercado econômico, com a expansão das máquinas 
operatrizes, a partir do torno mecânico. A utilidade do torno e de outras máquinas 
similares, gerados a partir deste, também, trouxeram uma nova forma do mundo se 
relacionar com os acidentes de trabalho, que evoluiu muito no cuidado com os 
trabalhadores, seja em conscientização espontânea por parte de empregados e 
empregadores, mas principalmente em forma de leis. O objetivo principal deste 
trabalho, construído através de referências bibliográficas, é apresentar teorias que 
validam a importância das máquinas para o desenvolvimento econômico aliado as 
questões de respeito às normas de segurança, como a NR 12, buscando a aplicação 
das normas de segurança para a prevenção aos acidentes de trabalho. Para tanto é 
apresentado o conceito e histórico do torno mecânico e máquinas operatrizes, bem 
como, a legislação sobre acidentes de trabalho e prevenção dos mesmos, buscando 
trazer uma reflexão sobre aliar possibilidades da lucratividade por parte das 
empresas sem descuidar do ser humano o qual produz esta rentabilidade, 
demonstrando através desta pesquisa que as normas estabelecidas na NR12, 
quando aplicadas, podem diminuir muito os riscos de acidentes, por trabalhadores, 
que manuseiam o torno mecânico. 
 
 
Palavras-chave: Torno mecânico. Segurança. Lucratividade. Manutenção. 
7 
 
ABSTRACT 
 
 
This Course Completion Paper is about considering the importance of lathes for the 
industry, because today the advances they have in terms of efficiency and 
effectiveness originated through it. The practice of using the mechanical lathe, the 
machine considered the oldest, brought many possibilities for development to the 
economic market, with the expansion of machine tools, from the mechanical lathe. 
The usefulness of the lathe and other similar machines, generated from it, also 
brought a new way for the world to relate to work accidents, which evolved a lot in 
the care of workers, whether in spontaneous awareness on the part of employees 
and employers, but mainly in the form of laws. The main objective of this work, built 
through bibliographical references, is to present theories that validate the importance 
of machines for economic development combined with issues of respect for safety 
standards, such as NR 12, seeking the application of safety standards for prevention 
accidents at work. For this purpose, the concept and history of lathes and machine 
tools is presented, as well as legislation on occupational accidents and their 
prevention, seeking to bring a reflection on the possibilities of profitability on the part 
of companies without neglecting the human being who produces this profitability, 
demonstrating through this research that the standards established in NR12 when 
applied can greatly reduce the risk of accidents by workers who handle the lathe. 
 
 
Key words: Lathe. Safety. Profitability. Maintenance. 
 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 1- Principais partes de um torno mecânico convencional..............................17 
Figura 2 - Processo para alcance de segurança.......................................................30 
Figura 3 - Placa do torno sem adequação NR12......................................................41 
Figura 4 - Proteção para o carro sem adequação a NR12........................................41 
Figura 5 - Fuso da máquina sem adequação a NR12...............................................42 
Figura 6 - Torno mecânico Romi com adequação a NR12.......................................43 
Figura 7 - Placa de proteção.....................................................................................44 
Figura 8 - Proteção para o carro...............................................................................44 
Figura 9 - Proteção para o fuso.................................................................................45 
Figura 10 - Proteção da parte posterior do torno......................................................46 
Figura 11 - Botão de emergência..............................................................................46 
Figura 12 - Chave interruptora .........................................................................................47 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Categoria 1 – Estatística das ocorrências dos acidentes.........................26 
Tabela 2 - Categoria 2 – Acidentes envolvendo trabalhadores.................................27 
Tabela 3 - Categoria 3 – Quadro de referências........................................................33 
10 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BNDS Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CNC Controle Numérico Computadorizado 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
ISO Organização Internacional de Normalização 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
NBR Norma Brasileira 
NR Norma Regulamentadora 
NT Norma Técnica 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
SST Saúde e Segurança do Trabalho 
11 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................12 
2. OBJETIVO GERAL...............................................................................................15 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................15 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................163.1 O TORNO MECÂNICO........................................................................................16 
3.2 A HISTÓRIA DO TORNO MECÂNICO................................................................19 
3.3 MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS OPERATRIZES...............................................22 
3.4 HISTÓRIA DAS NORMAS DE SEGURANÇA.....................................................24 
3.5 ACIDENTES DE TRABALHOS............................................................................25 
3.6 NR12 – SUA AMPLITUDE E ATRIBUIÇÃO.........................................................29 
 
4. METODOLOGIA CIENTÍFICA...............................................................................32 
4. 1 TABELA DE REFERÊNCIAS..............................................................................33 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................40 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................50 
 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nos tempos atuais, o cenário que se apresenta é economicamente 
globalizado e altamente competitivo, exigindo que as organizações busquem formas 
de se tornarem melhores a cada dia. As indústrias, que estão entre estas, que atuam 
em mercados competitivos, apresentam mudanças cada vez mais rápidas e 
expressivas, e que em sua maioria trabalha focada na busca incessante por 
qualidade e produtividade (SILVA, 2016). Sendo que uma boa gestão empresarial se 
encontra relacionada de forma direta as crescentes exigências por produtos de alta 
qualidade ao menor custo possível, alinhado com a entrega no prazo, exigindo um 
alto rendimento da planta industrial e dos equipamentos. A eficiência de um 
processo está diretamente ligada à qualidade de operação, manutenção e reparo, 
que pode gerar a redução dos custos, e assim propiciar aumento de faturamento, 
melhorias na confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos produtivos - o que 
pode contribuir significativamente para aumentar a competitividade das 
organizações (MENDES et al., 2013). 
Com o mundo globalizado, a expansão tecnológica se expandiu entre 
fronteiras, permitindo o acesso às inovações por parte de todos, fazendo com que as 
organizações sejam obrigadas a melhorar a agilidade a que respondem ao mercado, 
inovando e efetuando melhorias contínuas. Neste cenário, é preciso que a atividade 
de manutenção se integre de maneira eficaz ao processo produtivo, contribuindo 
para que a empresa caminhe rumo a excelência, respeitando o que este mundo 
globalizado também pede nesses tempos, de cuidados com o meio ambiente, na 
busca por um mundo sustentável através da responsabilidade social. Para isso, a 
gestão da empresa deve ser sustentada por uma visão de futuro e os processos 
gerenciais devem focar na satisfação plena dos clientes, através da qualidade 
intrínseca de seus produtos e serviços, tendo como balizadores a qualidade total dos 
processos produtivos (KARDEC & NASCIF, 2013), respeitando o espaço físico onde 
se encontra o meio ambiente, e neste, incluído o homem que realiza esta produção. 
Esta monografia tem como estudo o torno mecânico e máquinas que surgiram 
a partir dele e que tornaram o mercado industrial com o potencial que se encontra 
hoje, produzindo para que as mercadorias sejam construídas de forma rápida e com 
qualidade, trazendo melhorias de produção e funcionamentos das máquinas 
tecnológicas avançadas, aplicadas ao processo de fabricação das mesmas, e as 
13 
 
vantagens com o objetivo de buscar a qualidade e custos. Ao se buscar através do 
avanço do maquinário, surgido a partir do torno mecânico, a produção em massa 
dos produtos, também é necessário refletir e analisar o avanço das questões de 
manutenção dos maquinários, como forma de boa produção, e também de 
prevenção de acidentes de trabalho, que ao final se traduz para o empresário em 
lucratividade, pois primeiro a vida, sempre, mas no mundo empresarial a 
manutenção tem dois objetivos, o cuidado com a vida do trabalhador e a 
lucratividade. 
A manutenção tem uma função estratégica de aumento da produtividade, 
visto que, esta se encontra relacionada de forma direta à redução dos custos, pode 
ela propiciar aumento de faturamento, melhorias na confiabilidade e disponibilidade 
dos equipamentos produtivos - o que pode contribuir significativamente para 
aumentar a competitividade das organizações (MENDES et al., 2013). A tendência 
atual é que a área de manutenção nas empresas passe a ser parte integrante da 
estratégica para a obtenção dos resultados do negócio, pois por meio da 
manutenção sistemática é possível antecipar-se e evitar falhas que poderiam 
ocasionar paradas imprevistas dos equipamentos produtivos (MARQUES et al., 
2017). A manutenção constante apresenta uma característica marcante, que é a 
utilização, de forma eficiente, de recursos, tanto humanos como materiais, o que trás 
principalmente a prevenção aos acidentes de trabalho. 
A busca por desempenho deve ser uma constante, e na manutenção esta 
constatação torna-se ainda mais verdadeira em função de suas características 
especialíssimas e dos impactos de suas atividades em praticamente todas as outras. 
Inovações como a tecnológica vêm sofisticando os meios de produção, o que gera 
grandes perdas de faturamento e rentabilidade quando ocorrem problemas. Tal 
realidade exige dos sistemas de manutenção uma postura multidisciplinar, sistêmica 
e muito mais voltada para estender ao máximo as falhas operacionais, de modo a 
reduzir ao mínimo o prazo necessário para os reparos correspondentes (PERES et 
al., 2008). 
Tradicionalmente, a manutenção tem seu planejamento utilizando a 
experiência dos funcionários envolvidos e a orientação contida nos manuais dos 
fabricantes dos equipamentos (MENDES et al., 2013). Com o tempo e as inovações 
por ele trazidas, a área da manutenção sofreu mudanças significativas, e o 
incremento destas pode ser observado no número e na variedade das instalações 
14 
 
produtivas, com projetos cada vez mais complexos, o que exige conhecimentos 
técnicos em níveis cada vez maiores, demandando por consequência uma 
atualização constante dos profissionais da área de manutenção (MARQUES et 
al.,2017). 
Todavia, a realidade revela que muitos dos problemas ocorrem também por 
falha humana. Marques et al. (2017) contribui quando traz que um profissional de 
manutenção qualificado e bem equipado revela-se fundamental para que uma 
organização possa atingir seus objetivos - como o aumento de qualidade nos seus 
produtos e destaque no mercado. Tem-se ainda que o sucesso ou fracasso de uma 
empresa depende do trabalho de equipe de seus colaboradores, e este fator é ainda 
mais relevante na manutenção, tanto internamente, entre seus membros, quanto 
entre o seu relacionamento com a área de operação. 
A fim de obter uma vantagem competitiva, é de importância fundamental o 
engajamento do fator humano na organização. Esse engajamento é caracterizado 
por sua iniciativa, colaboração, empenho, vontade, motivação, disciplina, 
comprometimento e por sua satisfação em executar um trabalho que o realize e que 
realize também sua equipe. A manutenção depende cada vez mais da disposição de 
seus colaboradores em quebrar paradigmas e encarar novos desafios dentro da 
atividade. É importante que o profissional de manutenção, além de otimizar o custo 
da manutenção tenha uma visão de quanto representa de ganho ou perda para a 
empresa, a maior ou menor disponibilidade dos equipamentos produtivos 
(MARQUES et al., 2017, p. 21 
Para a construção deste trabalho, primeiramente será descrito o conceito e o 
histórico do torno mecânico, seguindocom as máquinas operatrizes e a importância 
da manutenção destas, como forma de prevenção de acidentes e de dar condições 
das indústrias de buscarem lucratividade, economizando gastos. Também será 
apresentado um histórico das normas de segurança e acidentes de trabalho, com 
ênfase na NR 12, com sua amplitude e atribuição, nas questões sobre acidentes de 
trabalho, trazendo a legislação vigente. O trabalho seguirá uma metodologia 
científica, baseada em um referencial teórico, trazendo contribuições importantes de 
teóricos sobre o tema. Ao final do trabalho terá uma parte de resultados e 
discussões e algumas considerações importantes sobre o tema estudado. 
 
 
15 
 
2. OBJETIVO GERAL 
 
Analisar máquinas operatrizes, em especifico o torno mecânico, a fim de 
identificar quais elementos estão em acordo e quais estão em desacordo com o que 
estabelece a NR12, com a intencionalidade de identificar perigos e/ou riscos e 
sugerir modificações ou melhorias em equipamentos segundo a NR12. Além disso, 
busca-se estabelecer os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e 
doenças provenientes de equipamentos e máquinas na sua operação, manutenção 
onde haja interação humana com equipamentos e máquinas. 
 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
- Analisar o torno mecânico. 
- Consolidar as diretrizes da NR12 para o torno mecânico convencional; 
- Realizar uma análise dos riscos em torno mecânico; 
- Apresentar propostas para aumento da segurança dos trabalhadores de 
acordo a NR12. 
 
 
 
 
16 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
A revisão bibliográfica é uma parte integrante e de fundamental importância 
na construção deste trabalho, pois traz todo o referencial teórico que constitui o 
mesmo, validando conhecimentos pesquisados e já citados por autores sobre o tema 
abordado. Assim o presente trabalho se inicia com o conceito e histórico do torno 
mecânico, manutenção em máquinas operatrizes, histórico de acidentes de trabalho 
com a importância da prevenção aos mesmos e finalizando com a NR12, com sua 
amplitude e atribuição. 
 
3.1 O TORNO MECÂNICO 
 
Em um mundo extremamente capitalista, toda a empresa tem por objetivo 
visar lucratividade, isso sempre foi e será assim, e com isso a procura por 
ferramentas, que levem a um bom desempenho também é a busca constante para 
manter-se competitivo no mercado. Devido à grande competitividade dos mercados, 
atualmente as empresas estão buscando reduzir seus custos por meio das 
melhorias da qualidade, flexibilidade, variedade de produtos e inovação (CHEUNG; 
XU, 2012). 
Muitos estudos corroboram a percepção de que a tecnologia exerce um papel 
relevante no desenvolvimento da inovação (OCDE, 2005; TIDD, BESSANT, 2009;). 
Hoje as tecnologias estão postas para melhorar a eficiência e a eficaz, aprimorando 
cada vez mais os conhecimentos, no desenvolvimento de maquinários para que se 
criem produtos de boa qualidade com menor preço de custo, em menos tempo e em 
maior quantidade. A tecnologia pode ser definida como a utilização da ciência para 
prover a sociedade dos elementos necessários à sua sobrevivência e a seus 
anseios (GROOVER, 2014). 
Mas a boa produtividade é possível aliando o desempenho do trabalhador, à 
utilização de métodos e técnicas corretas, e também com a aquisição de 
ferramentas que desempenhem funções de formas ágeis e fáceis (CRUZ, 2008). A 
busca por ferramentas que simplifiquem o trabalho trazendo maior produtividade 
sempre é uma constante para qualquer empresa, pois máquinas que venham a 
aprimorar a produção são sinônimas sempre de lucratividade e para isso a escolha 
17 
 
dos métodos de trabalho também são importantes, onde este passa por alterações 
de modo que o trabalho se torne mais simples, mais barato, menos fatigante, mais 
rápido e com melhor qualidade (CRUZ, 2008) 
Entre muitas possibilidades criadas para o desenvolvimento industrial, o torno 
mecânico, é considerado a mais importante das máquinas-ferramentas para a 
indústria. Segundo Santos et al., (2007) : 
 
O torno mecânico é uma máquina extremamente versátil, utilizada na 
confecção ou no acabamento em peças dos mais diversos tipos e formas. 
As peças são fixadas entre as pontas de eixos revolventes a fim de que 
possam ser trabalhadas pelo torneiro mecânico, profissional altamente 
especializado no manuseio desse equipamento de precisão (SANTOS, 
2007). 
 
Figura 1- Principais partes de um torno mecânico convencional 
 
Fonte: Amazonaws.com/magoo(2017) 
De suma importância para confeccionar, consertar, tornear e dar acabamento 
a inúmeras peças, o torno mecânico, é a máquina-ferramenta que tem a função de 
trabalhar de forma animada com movimentos de rotação, através de uma ferramenta 
de corte, deslocando-se paralela ou perpendicularmente ao eixo da peça. 
Os tornos são definidos como máquinas que executam trabalhos de 
torneamento destinados a remover material da superfície de uma peça em 
18 
 
movimento de rotação por meio de uma ferramenta de corte que se desloca 
continuamente (BARBOSA, 2019, p. 08). 
A primeira operação é chamada de tornear e a segunda de facear. Os 
movimentos combinados, gerados, pelas curvas das peças da ferramenta são 
chamados de hélice quando se torneia e de espiral, quando se faceia. Santos et 
al.,(2007) traz que: o processo de torneamento ocorre em três etapas básicas, onde 
faz-se o corte mediante a rotação da peça; o avanço referente a translação da 
ferramenta; e obtém-se a profundidade com o movimento transversal da ferramenta. 
O torno mecânico é uma máquina ferramenta bastante versátil, normalmente 
é especializada para trabalhar com metais, mas existem tornos específicos, que 
funcionam de maneira muito semelhante e trabalham com madeiras e plásticos, 
promovendo a transformação de uma peça no estado bruto, em peças de secção 
circular ou outras combinações desta secção, trazendo assim também um bom 
mercado de comércio para as vendas do próprio torno mecânico. 
Nos tempos atuais, muitos modelos de tornos mecânicos já foram criados ou 
aperfeiçoados para serem utilizados, entre estes alguns tipos como os tornos de 
bancada, tornos CNC, tornos verticais e outros mais. Segundo Generoso (2011), o 
torno CNC nada mais é do que um modelo mecânico automatizado. A sigla CNC é 
uma abreviação de Controle Numérico Computadorizado (ou, em inglês, Computer 
Numeric Control). Sendo considerada uma máquina moderna, utilizada para a 
usinagem de peças, onde os modelos podem variar combinando diversas tarefas 
associadas à máquina no momento da fabricação. 
A utilização do torno CNC tem muitas vantagens, pois permite maior precisão, 
eficiência, produtividade e segurança se comparado com outros equipamentos que 
podem desenvolver a mesma função. Este tipo de torno mecânico automatizado tem 
a vantagem de diminuir o número de acidentes, já que o manuseio desta máquina 
ferramenta traz pouca interação humana. No modelo CNC, o torno opera sozinho e 
em caso de erros ou problemas, o programa da máquina interrompe imediatamente 
a operação e avisa o operador para que o mesmo corrija o problema e reinicie o 
processo de fabricação da peça (GENEROSO, 2011). 
Outras vantagens da automatização dos tornos CNC, segundo Generoso 
(2011) são os baixos custos ao permitir aproveitar ao máximo a matéria-prima e 
evitar desperdícios, a velocidade na fabricação, segurança e aumento da eficiência 
em relação à qualidade e perda de materiais. 
19 
 
3.2 A HISTÓRIA DO TORNO MECÂNICO 
 
O torno mecânico é a máquina ferramenta mais antiga que se conhece e que, 
neste período, se inicia com os movimentos de rotação realizados com pedais e a 
forma de tornear era realizada na mão do operador. Em um processo cada vez 
melhor, dinâmico e prático, tem evoluído de uma simples máquina para outras de 
grande capacidade de rotação e de precisão. É considerada no meio industrial como 
uma máquina ferramenta de grande importânciaporque a partir dela se origina 
outras que executam, atualmente, um vasto número de operações, devido ao seu 
aprimoramento. Segundo Vianna (2002) é máquina-ferramenta fundamental porque 
dela se tem derivado todas as outras máquinas e também porque pode executar 
maior número de obras do que qualquer outra máquina-ferramenta. 
Essa máquina é considerada como a base da indústria metalúrgica, pois é a 
máquina ferramenta mais antiga e importante ainda em uso criada pelo homem, 
onde desde civilizações antigas como os egípcios e romanos, já utilizavam os tornos 
para fabricar peças com geometrias redondas. Os egípcios, por exemplo, utilizavam 
uma espécie primitiva de torno para modelar e fazer peças com formatos 
arredondados. Já os persas e os hindus usavam a mesma técnica, de tornearia, 
para elaborar colunas de madeira. Esse sistema rudimentar de tornearia, 
semelhante à técnica da broca de fogo, consistia em duas estacas enterradas no 
solo, as quais davam sustentação aos pinos do eixo girante. Uma corda enrolada ao 
eixo gerava movimentos de rotação. (ROSSETTI, 1978). 
Os artesãos, na idade média utilizavam os chamados de tornos de vara, que 
originou este nome pela forma de uso com uma corda amarrada a uma vara, onde a 
peça a ser trabalhada, pelo artesão, era amarrada com uma corda presa em uma 
vara sobre a cabeça do mesmo e a sua outra parte era amarrada a um pedal, que 
quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara, por sua vez, fazia 
o retorno. Nesse sistema, esboçado pelo artista Renascentista Leonardo Da Vinci, a 
peça trabalhada era amarrada com uma corda em um poste sobre o artesão 
(HENRIOT, 1960) 
O progresso técnico na indústria de máquinas inicialmente foi implementado 
por artesãos criativos, que modificaram instrumentos antigos e projetaram novos, ou 
seja, a mudança foi gradual e cumulativa (LANDES, 2005). Por volta do século XVII 
foi inventado o torno de fuso, pois havia a necessidade de uma rotação contínua. 
20 
 
Estes tornos mecânicos necessitavam de duas ou mais pessoas, dependendo do 
tamanho do fuso, uma para girar o torno, com a ajuda de uma manivela e outras 
para cortarem o material com a ferramenta nas mãos. 
A revolução industrial inglesa, no século XVII, traz uma nova fonte de energia, 
o vapor, que em 1765 deu origem há invenção de um mecanismo a vapor criado por 
James Watt, e com este processo, surge o torno mecânico moderno, com a 
capacidade de maquinar metais pesados e este processo era realizado através do 
movimento de um pistão que rodava o eixo de uma manivela que por meio de 
correias fazia rodar o fuso do torno. A utilização da água e do vapor como fontes de 
energia propiciaram, no final do século XVIII e início do século XIX, o surgimento das 
primeiras máquinas-ferramentas (MACHADO et al., 2009). 
Segundo Capelli (2006), a máquina a vapor, por exemplo, criada nesse 
período, acelerou e aumentou a produção, tendo como consequência o decréscimo 
do preço das mercadorias. Entretanto, essa mecanização que se ampliou e se 
aprimorou ao passar do tempo, necessitou de um sistema de produção com poucas 
paradas e que atendesse a crescente demanda pelas mercadorias (CAPELLI, 2006). 
Este torno mecânico novo tinha grandes ganhos entre eles o de que para 
realizar o processo de trabalho não era necessário nenhum operário, alcançava 
maior velocidade de rotação e não precisava de água e nem de moinho e por isso 
poderia ser colocado em qualquer lugar e assim, também, poderia ser de qualquer 
tamanho. Mas também apresentava algumas desvantagens como o elevado tempo 
para ligar a máquina, a necessidade de muita lubrificação para reduzir o esforço, e 
ainda produziam grande poluição sonora, além de não serem seguros. Por esse 
motivo, esse equipamento passou a ter velocidade contínua e, desta forma, ficou 
conhecido como máquina-ferramenta (ROSSETTI, 1978). 
A partir desta invenção, de James Watt, foram produzidas as primeiras 
máquinas ferramenta modernas, em sua maioria, também a vapor, como o torno que 
se assemelhava a uma máquina de furar de John Wilkinson, em 1774, possibilitando 
a fabricação de canos de armas de fogo e canhões. Outro tipo de torno fabricado 
nessa época foi o torno de corte, uma máquina capaz de cortar metal com formas 
cilíndricas até determinado diâmetro. 
Em 1797, Henry Maudslay, construiu o torno de metal, adequado para criar 
roscas e parafusos, capaz de abrir roscas de 10 polegadas de diâmetro, sendo que, 
detinha o fuso engrenado na árvore. Primeiramente, era preciso alternar o fuso para 
21 
 
cada passo de rosca que se desejasse abrir, porém, com o passar do tempo, graças 
à variação do passo por meio de engrenagens, esse torno possibilitava abrir roscas 
de mais de um passo sem a necessidade de trocar o fuso ou o torno. 
 No começo do século XIX, Henry Maudslay e Joseph Whitworth, acoplaram 
um porta ferramentas, e outros acessórios aos tornos do período, inventando o torno 
em paralelo, o qual foi fundamental para o aprimoramento na produção de 
torneados, pois o operador da máquina não precisava segurar as ferramentas com 
as mãos, possibilitando o uso de materiais mais duros. Esse torno, também, detinha 
um fuso para avanços automáticos e uma polia escalonada que permitia fazer trocas 
de rotações. A partir disso, as ferramentas, os suportes e também as peças que 
compõem o torno foram modificadas e aprimoradas de acordo com a necessidade 
do mercado (HENRIOT, 1960) 
 Posteriormente, o torno foi modificado para aperfeiçoar o uso da ferramenta, 
como por exemplo, colocando as manivelas em apenas um lado para evitar que os 
operadores se mexessem, em 1845, foi criado o torno revólver, no qual as 
ferramentas ficavam alojadas ordenadamente segundo a ordem de operações 
desejadas e, em 1975, surgiu um torno com barramento horizontal, o torno universal. 
De 1850 a 1914 o desenvolvimento tecnológico na indústria de máquinas-
ferramenta foi gerado através de um processo de acumulação de conhecimento, e 
não de invenções isoladas, como no período anterior. A maioria das ferramentas foi 
inventada antes de 1850. As mudanças na indústria de máquinas-ferramenta foram 
menores no período de 1850 a 1914 em comparação ao período inicial de 
desenvolvimento, mas essas mudanças fizeram muita diferença para a 
produtividade do setor (FLOUD, 2009). 
Durante o século XIX, com o desenvolvimento das indústrias metalúrgicas na 
Europa, os metais começaram a fazer parte da estrutura dos tornos que, 
anteriormente constituídos de madeira, passaram a ser totalmente metálicos. Além 
disso, com crescimento das fábricas e indústrias houve a necessidade de tornos 
mecânicos com dimensões maiores e mais velozes. A partir disso, as ferramentas, 
os suportes e também as peças que compõem o torno foram modificadas e 
aprimoradas de acordo com a necessidade do mercado (HENRIOT, 1960). 
 Por fim, em 1978, o torno de CNC (comando numérico computadorizado) 
começou a ser empregado, eximindo a necessidade de operários para mover as 
ferramentas e as peças. Esse torno possibilita a programação de determinados 
22 
 
movimentos para o torneamento do objeto, tornando a fabricação de torneados mais 
precisa e detalhada ainda. Castucci e Moraes (2007) colaboram quando trazem que: 
automatizar um sistema produtivo não resulta somente em menores custos, mas 
também proporciona variadas vantagens aos sistemas abrangendo de forma direta a 
informatização. É possível destacar dentre estes benefícios à possibilidade de atingir 
maiores níveis de qualidade, variados modelos para o mercado, maior segurança 
para operários, uma economia de materiais e de energia, mais disponibilidade e 
qualidade de informação sobre o processo todo e melhor planejamento e controle da 
produção. 
Nos tempos atuais, as empresas fabricantes de torno mecânico buscam 
construir cada vez mais máquinas mais modernas na busca por atender às 
exigências do mercadoe da concorrência. Para isto, quando seus equipamentos já 
não estão querendo defasar, essas máquinas operatrizes são reformadas para 
atender a demanda necessária. Essa modernização é denominada retrofit. De 
acordo com Ghisi (1997), retrofit é o termo utilizado para se referir à modernização 
ou qualquer tipo de reforma em equipamentos. 
Esse investimento em tecnologias nas máquinas reformadas visa reutilizar 
equipamentos antigos, modernizando-os, sem ter a necessidade de altos 
investimentos com máquinas novas. Assim, o retrofit de uma máquina-ferramenta, 
quando bem projetado e executado, faz com que esta tenha o desempenho e uma 
vida útil comparável à de um equipamento novo (BARBOSA, 2019). 
 
3.3 MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS OPERATRIZES 
 
As máquinas operatrizes estão classificadas no gênero industrial mecânica e 
têm por objetivo a produção de novas máquinas através do movimento mecânico, de 
um conjunto de ferramentas. Uma máquina ferramenta operatriz é o torno, uma das 
mais antigas máquinas inventadas pelo homem, e tem como objetivo cortar, limar ou 
polir peças de madeira, metal ou outro material. Com uma diversidade de modelos, o 
torno pode ser utilizado por uma pequena oficina mecânica ou em uma complexa 
organização industrial. São classificadas também como máquinas operatrizes as 
retificadoras, as rosqueadoras, as plainas, as fresadoras, as mandriladoras, as 
furadeiras, as serras, as tesouras, as prensas, e outras ( SANTOS ET AL, 2007). 
23 
 
O crescimento do mercado industrial tornou-o bastante competitivo, e com 
isso também cresceu as exigências por produtos de alta qualidade com o menor 
custo possível, que precisam ser fabricados e entregues com o mínimo tempo 
possível. A exigência do mercado industrial faz com que as empresas busquem por 
equipamentos que venham a dar as condições para que toda esta operação seja 
realizada. É importante destacar que a manutenção das máquinas, a busca por 
novas tecnologias impacta diretamente na qualidade e produtividade, portanto deve 
estar envolvida nas estratégias das organizações e deve acompanhar o 
desenvolvimento das novas tecnologias. Santos et al (2007) colabora quando traz 
que: 
 
Para tanto, é fundamental que os fabricantes de máquinas-ferramenta 
realizem investimentos em modernização e inovação, com objetivos de 
melhoria de produtividade e redução de custos. Pesquisa e 
desenvolvimento de novos produtos e aprimoramento dos produtos 
existentes deve ser parte integrante do processo de produção dessa 
indústria ( SANTOS ET AL., 2007). 
 
A máquina inovadora, tecnológica e produtiva é a grande busca para a 
indústria, mas as atividades de manutenção adequada é que poderão dar 
continuidade a este processo de busca por resultados lucrativos. O investimento na 
manutenção, mesmo que em determinados momentos ou ações se mostre de alto 
custo, podem trazer, se seguirem métodos adequados com analise dos 
equipamentos, uma economia, pois é fundamental para que a produção siga sem 
interrupções inesperadas ou até mesmo para que não seja de baixa qualidade. 
Kardec e Nascif (2013) colaboram quando trazem que: 
 
No período anterior a segunda guerra mundial, era comum realizar 
manutenção apenas quando ocorriam às falhas, as empresas aceitavam 
esse tipo de tratativa e eram limitados apenas a serviços de lubrificação 
rotineira, uma vez que a produção não era prioridade (KARDEC e NASCIF, 
2013). 
 
Hoje, nas empresas, a manutenção faz parte de todas as atividades que 
envolvam máquinas e equipamentos, e para ser implementada e continuada, existe 
a escolha de um método e de ações de manutenção, que deve ser estabelecida 
após considerar os dados do fabricante dos equipamentos e as informações 
importantes quanto a sua utilização. 
24 
 
Para Kardec e Lafraia (2002), a manutenção pode ser definida como um 
conjunto de métodos destinado a manter ou a recolocar uma máquina, componente 
ou um sistema nas suas condições originais de funcionamento. 
A indústria de máquinas e equipamentos é um setor muito importante no 
processo de industrialização e desenvolvimento econômico de um país, pois o 
fornecimento de máquinas e equipamentos adequados para a produção pretendida, 
assim como as inovações tecnológicas que podem trazer economia através da sua 
eficiência e eficácia, colabora para um processo produtivo que eleve o sistema 
econômico. 
É importante destacar que a indústria de ferramentas mecânicas contribui 
muito no desenvolvimento de outras empresas, visto que seus produtos são 
utilizados para alavancar outras, através da sua venda de aparelhos e 
equipamentos. Cada vez mais estas indústrias, de produção de ferramentas 
mecânicas, investem em tecnologias e segurança das mesmas para assim entregar 
produtos que venham a garantir a lucratividade de outras. A busca por inovações é 
uma constante no mercado industrial e faz com que o mercado seja muito concorrido 
e lucrativo. 
O processo de torneamento é muito presente e de grande importância para a 
indústria metal mecânica nacional. Por outro lado, é um processo que apresenta 
diversos riscos para o operador, principalmente através das partes móveis que ficam 
expostas. Conforme definição da norma NBR ISO 31000, risco é definido como 
sendo o “efeito da incerteza nos objetivos” (ABNT², 2018). E com os riscos, 
sucedem-se os acidentes de trabalho. 
 
3.4 HISTÓRIA DAS NORMAS DE SEGURANÇA 
 
 A partir da segunda metade o século XVIII, a Revolução Industrial provocou 
um grande desenvolvimento tecnológico no mundo, transformou a fabricação de 
produtos em diversos países e permitiu o surgimento de indústrias, consolidando o 
capitalismo como sistema econômico predominante. A Inglaterra, país precursor do 
industrialismo, criou as primeiras fábricas, nas quais era possível notar as condições 
insalubres do local de trabalho, além de jornadas de trabalho abusivas, acidentes de 
trabalho recorrentes e trabalho infantil. 
25 
 
 Com início em 1802, o parlamento britânico aprovou as Leis das Fábricas 
(Factory Acts), diversas normas que tinham como objetivo proteger mulheres e 
menores de idade de jornadas excessivas e melhorar o ambiente de trabalho. 
Primeiramente, essas leis foram aplicadas apenas às indústrias têxteis, apenas em 
1878 que elas passaram a valer para todos os setores industriais. Após a Primeira 
Guerra Mundial, os direitos dos trabalhadores se tornaram mais abrangentes com a 
criação da Organização Internacional do Trabalho em 1919. Esse corpo político 
adotava convenções que buscavam melhorar a vida do empregado em geral, como 
por exemplo, idade mínima para admissão de crianças, limitação da jornada de 
trabalho, restrição no trabalho noturno para mulheres e menores, entre outras. 
 O Brasil, no começo do século XX, passava por um processo de 
industrialização tardio, trazendo indústrias de tecelagem, de automóveis, de 
alimentos, de produtos de limpeza, para o país. As condições de trabalho eram 
penosas, com longas jornadas de trabalho, baixos salários e quase nenhuma lei que 
restringia o abuso laboral. Em 1919 a legislação sobre Saúde e Segurança do 
Trabalho (SST) começou com a aprovação do Decreto 3.724/1919 que assegurava 
ao empregado à possibilidade de recorrência de acidentes de trabalhador, incluindo 
indenizações e ações judiciais. 
 Em 1943, entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que 
garantia a segurança e proteção à saúde do trabalhador através de imposições 
estatais sobre o empregador, obrigando-o a reduzir os riscos inerentes ao trabalho, 
por meio de normas de saúde higiene e segurança. Além disso, garantia direitos 
fundamentais como auxílio desemprego, apoio previdenciário, salário mínimo, limite 
de duração de jornada de trabalho, entre outros benefícios. Já em 1978, as Normas 
Regulamentadoras (NRs) do Capítulo V da CLT são aprovadas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego, o principal objetivo da criação dessasregras foi fornecer 
requisitos de prevenção de possíveis danos à segurança e à saúde do trabalhador 
no ambiente laboral, visto que, na década de 1970, o índice de acidentes de trabalho 
aumentou significativamente, especialmente na área da construção civil e transporte 
de cargas. 
 
 
 
 
26 
 
3.5 ACIDENTES DE TRABALHOS 
 
Normalmente os acidentes de trabalho com equipamento e máquina de 
elevação e movimentação ocorrem por falhas humanas ou por falta de capacitação 
dos profissionais, como também pelo excesso de confiança em não usar os 
equipamentos de proteção adequadamente (CORRÊA, 2012). 
A utilização de máquinas é uma das causas mais frequentes que colabora 
com os acidentes de trabalho, visto que por trás da facilidade e agilidade adquiridas 
por elas, não se notam a quantidade de acidentes corriqueiros, e o mais 
preocupante é que as medidas de prevenção só serão tomadas depois que ocorrer 
os acidentes. Isso decorre devido falta de práticas, por exceder limites permitidos 
tanto das máquinas ou do próprio ser humano, além do não uso do EPI 
(MESQUITA, 2012). 
A Norma Regulamentadora NR12 é a responsável pelo assunto quando se 
tratam do trabalho com máquinas e equipamentos, cuja definição está baseada em 
medidas protetivas, princípios e técnicas que garante a integridade e saúde dos 
trabalhadores na utilização de máquinas de elevação e transportes, como também 
de equipamentos. 
Porém muitas empresas têm relutado para a não utilização da norma, 
inclusive algumas ainda têm tentado pedidos de suspender a mesma, o que é de 
extrema irresponsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e todos os 
órgãos superiores se vierem a aceitar, visto que elevaria o número de acidentes e 
mortes nos trabalhos (CORRÊA, 2012). 
Conforme Silva (2014), apesar de muitas empresas serem contra a NR12, em 
2010, ela teve uma atualização, tendo inclusive a participação de várias empresas, 
visto que, trata-se de uma norma bem complexa. 
Para facilitar uma fiscalização no ambiente de trabalho que utilize máquinas 
de elevação e também equipamentos, houve uma necessidade do MTE em revisar e 
atualizar a NR12, inclusive incluir novos equipamentos e máquinas neste rol de 
regulamentação. Nesta atualização também foi acordado que frequentemente 
haveria seminários com intuito de estar sempre atualizando as empresas e 
funcionários (CORRÊA, 2012). 
Antes da atualização da NR12, já existia regulamentação da ANBT, porém 
não muito especifica ao caso, e em decorrência deste fato as empresas e 
27 
 
profissionais não obedeciam às questões de segurança. Mas de forma ampla a 
ABNT já previa algumas questões de segurança com trabalho de máquina de 
elevação e transporte como também de equipamento (SILVA, 2014). 
Antes dessa reforma a NR12 apenas definia que na utilização destas 
máquinas e equipamentos, deveriam estar acompanhados de EPI adequado a 
função, diante deste entendimento o MTE busca enfatizar com sua NT - Nota 
Técnica n° 16 o que era de fato um EPI e qual momento se deveria utilizar, e incluiu-
se essa NT na NR12, visto que é pelas NR que se pode interditar um trabalho 
irregular quando se tratar de ausência de proteção (CORRÊA, 2012). 
Segundo Silva (2014) muitas empresas já se regularizaram após essa 
atualização, visto que o MTE marcou uma forte presença nas interdições daquelas 
que não se regulassem conforme a NR12, pois por longos anos muitos profissionais 
se feriram e muitas famílias perderam seus entes queridos. Desta forma muitas 
empresas estão funcionando normalmente, porém com as devidas medidas de 
proteção aos trabalhadores. 
Não se sabe ao certo por que as empresas optaram em ir contra a NR12 
antes de sua atualização, porém alguns autores afirmam que seria devido a 
despesas que gerava para as mesmas, nota-se que o profissional não tinha 
importância, chegando ao ponto de menosprezar os sofrimentos de familiares 
quando existia morte do profissional. Corrêa (2012) colabora quando relata: 
 
Esta última atualização está presente comentários e ilustrações a respeito 
das alterações, pelas quais a mesma passou, englobando as proteções 
e/ou dispositivos de proteção para máquinas e equipamentos como também 
aspectos de todo o ciclo de vida útil dos equipamentos, do projeto ao 
sucateamento (CORRÊA, 2012, p. 24). 
 
Nesta atualização, é notório que a norma veio realmente para proteção dos 
profissionais, isto é, pelo simples fato da quantidade de conteúdo abordado, pois 
antes a mesma expressava um pequeno texto com aproximadamente seis itens, 
com mais dois anexos, e agora a norma possui 19 itens, sete anexos e mais três 
apêndices (SILVA, 2014). 
Para uma norma que teve sua primeira criação no ano de 1978, de fato 
precisava de atualização urgente, pois muita tecnologia surgiu no decorrer desses 
anos, e constantemente tudo está em evolução, nada mais certo do as normas 
também acompanhar os avanços tecnológicos (CORRÊA, 2012). 
28 
 
Tabela 1 - Categoria 1 – Estatística das ocorrências dos acidentes 
CATEGORIA 1 RISCO 
Dimensionamento dos equipamentos Dimensionamento inadequado do 
equipamento 
Estatística das ocorrências 
01 Falta de inspeção completa do equipamento e acessórios 90% 
02 Existência de obstáculos 65% 
03 Capacidade de carga maior do que permitido 50% 
04 Condições ambientais 35% 
05 Falha estrutural do equipamento 25% 
Fonte: Navarro, (2014). 
 
De acordo com o quadro 1, é notório que as causas dos acidentes estão 
relacionadas as falhas humanas e com relação as falhas dos equipamentos o valor é 
insignificante perto das falhas humanas. 
Diante do contexto, nota-se que a atenção e as manutenções nas áreas de 
trabalho são de extrema relevância, além do monitoramento e acompanhamento dos 
responsáveis pelo setor, também é importante destacar que há necessidade de se 
observar que quando é exigida a função de um operador treinado e com habilitação 
para determinada função, esta deve ser cumprida rigorosamente, seja na operação 
ou nas inspeções para a prevenção dos acidentes (MESQUITA, 2012). 
 
Tabela 2 - Categoria 2 – Acidentes envolvendo trabalhadores 
CATEGORIA 2 RISCO 
Envolvimento dos trabalhadores Queda das cargas ou acidentes envolvendo 
os trabalhadores 
Estatística das ocorrências 
01 Características das cargas (em geometrias) 95% 
02 Passagem de equipamentos nas proximidades 90% 
03 Trajeto apresentando obstáculos e interferências 85% 
04 Falta de isolamento correto na área 80% 
05 Peso excessivo ou concentrado de cargas 45% 
06 Imperícia ou imprudência do trabalhador 45% 
07 Falta de sinalização 35% 
Fonte: Navarro, (2014). 
 
MESQUITA, (2012) colabora quando traz que os profissionais que vão atuar 
com os equipamentos, além de ter a capacidade para a atribuição do cargo, devem 
29 
 
criar hábitos de criar documentos de suas atividades para que seja possível realizar 
uma análise quando necessário, como por exemplo, pedidos de reparos ou 
manutenção, ou seja, que elabore um sistema de checklist simples para 
acompanhar o andamento da máquina e do profissional e desta forma ser capaz de 
trabalhar de forma preventiva aos acidentes. 
Todas as inspeções devem ser habitualmente realizadas pela empresa, 
criando um arquivo físico ou eletrônico, e anualmente elaborar um relatório de 
responsabilidade técnica para ser juntado com as documentações deste 
equipamento, pois é por meio deste que buscará informações necessárias para 
prevenções de acidentes ou infelizmente para informações caso ocorra um acidente 
(MESQUITA, 2012). 
 
3.6 NR12 – SUA AMPLITUDE E ATRIBUIÇÃO 
 
 Há uma busca constante por segurança em empresas e a NR12 vem 
contribuir, em forma de regulamentação para esta situação, se modificando e 
aprimorando ao longo do tempo para acompanhar as necessidades do mercado. 
Segundo Silva (2014) a nova forma da norma, trouxe atuação de máquinas moveis e 
fixas, como também ferramentas e equipamentoselétricos e manuais, apresentando 
seus conceitos e diferenças. 
Moraes( 2011) contribui quando traz que: 
 
A nova NR12 define as referências técnicas, princípios fundamentais e 
medidas de proteção para garantir a saúde e integridade física dos 
trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para prevenção de acidentes 
e doenças do trabalho em todas as fases de projeto, de utilização de 
máquinas e equipamentos de todos os tipos e de sucateamento, na 
fabricação, importação, comercialização, exposição, em todas as 39 
atividades econômicas, com observância do disposto nas demais NR’s, nas 
normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão dessas, nas normas 
internacionais aplicáveis (MORAES, 2011, p. 43). 
 
Estas novas premissas estão relacionadas aos equipamentos e máquinas 
usadas e novas, com exceção aos subitens que mencionar algo especifico a sua 
utilização, pois estas premissas correspondem à montagem e operação, transporte e 
ajustes, desmontagem e desativação, instalação e limpezas, entre outras. 
Conforme Moraes (2011): 
 
Uma vez que existe a implantação de segurança bem projetada com 
relação à utilização de equipamentos e máquinas, automaticamente cria-se 
30 
 
um ciclo de protegido, inclusive com manutenções e limpezas, deixando um 
ambiente constantemente atualizado, com modificações nos trabalhos e 
novos equipamentos/máquinas, ou seja, um ambiente com baixo número de 
causas de acidentes e/ou erradicados. 
 
Para a elaboração de um processo de segurança a fim de evitar que os 
profissionais tenham contato com o risco de acidente, deve-se seguir algumas 
medidas nas zonas de perigo. Esta análise de risco, a princípio, deverá ser feita, 
através de um estudo de cada máquina e quais riscos oferece, desta forma 
determina-se os limites, distinguindo tipos de perigo existentes. Após, será feito uma 
avaliação por decisões críticas dos riscos fundamentando em métodos quantitativos 
e qualitativos, onde assentirá uma apreciação de segurança relacionado às 
máquinas. Feito a apreciação das máquinas e caso apresente um resultado que 
ainda não demonstre segurança, é extremamente relevante à realização de uma 
nova análise de risco, onde será implementado mecanismo que precisará diminuir 
os riscos apresentados (CORRÊA, 2012). 
Feito isso, novamente faz uma apreciação verificando que tipo de risco ainda 
está presente, visto que é impossível erradicar totalmente os riscos, conforme a 
figura 2, onde é possível compreender este processo. 
 
Figura 2 - Processo para alcance de segurança 
 
Fonte: Corrêa, (2012, p. 28). 
 
31 
 
Os principais objetivos dos métodos quantitativos e qualitativos tratam de 
propiciar fundamentos reais que alicerçam um processo com propósitos dos riscos 
apresentados e a diminuição dos mesmos. 
Conforme Silva e Souza (2011) quando se trata de métodos quantitativos, o 
objetivo é alcançar resultados numéricos de uma determinada estimativa dos riscos 
existentes, onde será extremamente relevante, onde existir risco de maior amplitude, 
como também para possíveis futuros estudos, na justificativa de custos ou para 
predeterminada ações preventivas. Já nos métodos qualitativos, baseia-se em uma 
análise mais simples, onde os riscos são encontrados facilmente, e toma-se de 
imediato uma medida preventiva existente nas normas. 
Quanto às desvantagens destes métodos, a quantitativa trata do custo pela 
sua alta complexidade nas avaliações relacionadas às falhas humanas, como erros 
de comunicação e em suas decisões, já na qualitativa também está relacionado a 
erros humanos, visto que a análise baseia-se em observações e possa passar 
alguma coisa despercebida, conduzindo vários desvios que favorecerá os riscos 
(CORRÊA, 2012). 
 
 
 
32 
 
4 METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
 
O presente trabalho é construído através de uma pesquisa bibliográfica que 
se constitui de pesquisas qualitativas sobre o torno mecânico, sua importância na 
indústria e manutenção preventiva para evitar acidentes de trabalho. Com ênfase em 
estudos na NR-12, que trata sobre o tema de segurança no trabalho e deste modo 
foi possível estudar informações especificas sobre o tema, abrindo oportunidade 
para possibilidades de melhorias nas questões de segurança de trabalho através de 
manutenção preventivas. 
As pesquisas teóricas foram realizadas através de leituras em livros, artigos 
do google acadêmico, revistas nacionais e internacionais e na legislação vigente 
sobre o tema, para completar a pesquisa quantitativa, que teve a intencionalidade, 
não apenas de descrever a aparência do fenômeno, mas também sua essência. O 
objetivo foi explicar que uma máquina milenar, como o torno mecânico, traz 
lucratividade através da sua eficiência e eficácia, utilizada nos dias de hoje, com os 
conceitos de segurança preventiva, definidos por especialistas no assunto, como 
forma de cuidado com o operador que nela atua. 
Segundo Doxsey & De Riz (2003), o objetivo geral da pesquisa esclarece o 
que se pretende alcançar com a investigação. Para este trabalho foi escolhido o 
método de pesquisa exploratória, pois este busca uma abordagem do fenômeno 
pelo levantamento de informações que poderão levar o pesquisador a conhecer 
mais a seu respeito visando validar instrumentos e proporcionar familiaridade com o 
campo de estudo. 
Então, iniciou-se a pesquisa com o conceito e histórico do torno mecânico e 
sua contribuição à indústria até os dias de hoje, seguindo com a importância da 
manutenção em máquinas operatrizes, onde se inclui o torno mecânico. Após 
seguiu-se com a pesquisa sobre acidentes de trabalho, com levantamento de alguns 
dados estatísticos e análise dos mesmos e por último o estudo na NR-12, esta que 
trata da segurança em máquinas e equipamentos. Foram destacados os pontos que 
se aplicaria a segurança em tornos mecânicos identificando as não conformidades. 
Na sequência houve a necessidade de conhecer o funcionamento e o processo que 
o torno universal executa, para identificar os perigos de acidentes. 
33 
 
4.1 DELINEAMENTO DE PESQUISA 
 
 A Tabela 3 a seguir, ilustra o quadro de referências do presente trabalho, 
onde foram incluídos no mesmo, os autores das citações coletados de artigos, 
dissertações, livros, revistas e outros, utilizados para obter os resultados deste 
trabalho, e que foram, no quadro, dispostos de forma cronológica. 
 
Nº Autor Ano Tema de pesquisa Objetivo Geral 
1 HENRIOT, G; 
Brodbeck, G. 
1960 Le tourneur: construction 
mécanique. 
Contribuir com 
técnicas sobre 
torneamento em 
engenharia 
mecânica. 
2 GHISI, E. 1997 Desenvolvimento de uma 
metodologia para retrofit 
em sistemas de 
iluminação. 
Apresentar uma 
metodologia 
detalhada para a 
elaboração de 
estudos que visem o 
sistema Retrofit em 
sistemas de 
iluminação. 
3 KARDEC, Alan 
Kardec; 
LAFRAIA, João 
Ricardo. 
2002 Gestão Estratégica e 
Confiabilidade. 
Explicar o conceito 
de gestão 
estratégica da 
manutenção. 
4 VIANNA, D. Filipi. 2002 Prática de oficina: 
Processos de Fabricação. 
Apresentar os 
processos de 
fabricação de peças 
de dois modos: sem 
produção de 
cavacos, como nos 
processos 
metalúrgicos e com 
produção de 
cavacos. 
 
5 DOXSEY J. R.; 
De Riz, J. 
2003 Metodologia da pesquisa 
científica. 
Introduzir a 
metodologia de 
pesquisa enquanto 
processo de 
aprendizagem sobre 
a produção do 
conhecimento e a 
comunicação 
científica dos 
34 
 
resultados. 
6 ROSSETTI, T. 2004 Manual prático do torneiro 
mecânico e do fresador. 
Ensinar aos jovens 
um trabalho 
qualificado 
oferecendo a 
possibilidade de 
formar, realmente 
em pouco tempo, 
bons operários 
especializados. 
7 LANDES, David 
S. 
2005 Prometeu desacorrentado: 
Transformações 
tecnológicas e 
desenvolvimento industrial 
na Europa ocidental, de 
1750 até os dias de hoje. 
Abordar a gênese e 
o desenvolvimento 
do sistema 
capitalista, tendo 
como palco 
privilegiado de 
análise docenário 
da Europa 
Ocidental. 
8 OCDE - 
ORGANIZAÇÃO 
PARA 
COOPERAÇÃO 
E 
DESENVOLVIME
NTO 
ECONÔMICO. 
2005 Manual de Oslo: Diretrizes 
para Coleta e Interpretação 
de Dados sobre Inovação. 
Apresentar uma 
proposta para coleta 
e interpretação de 
dados sobre 
inovação e 
processos 
tecnológicos. 
9 CAPELLI, 
Alexandre. 
2006 Automação industrial. Analisar os 
principais 
equipamentos e 
sistemas de 
automação 
industrial, a 
estrutura dos 
acionamentos de 
motores elétricos e 
as bases gerais dos 
inversores de 
frequência. 
10 CASTRUCCI, 
Plíneo L.; 
MORAES, Cícero 
C. 
2007 Engenharia de Automação 
Industrial. 
Apresentar o 
método para o 
desenvolvimento de 
projetos de 
automação, desde 
as especificações 
35 
 
até a programação 
final e o controle dos 
processos de 
manufatura, com 
ênfase na gestão do 
processo. 
11 SANTOS et al. 2007 A indústria brasileira de 
máquinas-ferramenta. 
Analisar o 
desempenho 
recente da indústria 
brasileira de 
máquinas-
ferramenta, 
segmento 
pertencente ao setor 
de bens de capital 
mecânicos, 
ressaltando suas 
principais 
características. 
12 CRUZ, Juliana 
Martins. 
2008 Melhoria do tempo-padrão 
de produção em uma 
indústria de montagem de 
equipamentos eletrônicos. 
Comprovar, através 
do cálculo de 
tempos de 
produção, os 
resultados 
alcançados devido à 
mudanças de 
melhoria do 
processo. 
13 PERES, C.R.C.; 
Lima, G.B.A. 
2008 Proposta de modelo para 
controle de custos de 
manutenção com enfoque 
na aplicação de 
indicadores balanceados. 
Apresentar uma 
proposta de modelo 
de gestão para a 
engenharia de 
manutenção, a partir 
da estruturação de 
um sistema de 
medição formado 
por um conjunto de 
indicadores de 
desempenho, 
tomando-se como 
premissa uma 
formulação 
estratégica de 
controle de custos 
36 
 
da manutenção. 
14 FLOUD, 
Roderick. 
2009 The British machine tool 
industry. 
Apresentar a 
primeira história da 
indústria britânica de 
máquinas-
ferramenta 
discutindo a 
estrutura da 
indústria, seu 
desempenho no 
comércio 
internacional e, por 
meio de uma análise 
dos registros 
volumosos de uma 
empresa, sua 
eficiência e 
produtividade. 
15 MACHADO, A. 
R.; Abrão, A. M.; 
Coelho, R. T.; 
Silva, M. B. D. 
2009 Teoria da Usinagem dos 
Metais. 
Demonstrar os 
princípios básicos 
sobre os processos 
de usinagem, 
apresentando os 
modelos e conceitos 
imprescindíveis ao 
engenheiro 
envolvido com a 
matéria. 
 
16 SAFEGUARDIN
G. Cutting And 
Turning Machines 
2010 Equipamentos de 
segurança para máquinas. 
Fornecer produtos 
de segurança para 
máquinas. 
17 GENEROSO. 
Daniel Joao. 
2011 Usinagem Avançada–
Torneamento. 
Capacitar alunos do 
curso técnico em 
eletromecânica 
sobre manual de 
instruções do Torno 
Ergomat. 
18 MORAES, 
Giovani. 
2011 Normas Regulamentadoras 
Comentadas e Ilustradas. 
Mostrar normas 
regulamentadoras 
em segurança e 
saúde no trabalho. 
19 SILVA, Ivan 2011 Proteção de Máquinas: A Avaliar os perigos 
37 
 
Barbosa 
Rodrigues. 
Souza, Bruno 
Sillman. 
Melhor Alternativa. oferecidos por 
equipamentos e 
propor medidas. 
 
20 CHEUNG, W. M.; 
XU, Y. 
2012 Cost engineering for 
manufacturing: current and 
future research. 
Identificar os 
desafios científicos 
e apontar direções 
futuras de 
pesquisas em 
Engenharia de 
Custos. 
21 CORRÊA, 
Martinho 
Ullmann. 
2012 Sistematização e aplicação 
da NR12 na segurança em 
máquinas e equipamentos. 
Apresentar uma 
sistematização e 
aplicações da NR12 
na segurança em 
máquinas e 
equipamentos. 
22 MESQUITA, 
Suellen Silva de 
Mello. 
2012 NR11. Estabelecer os 
requisitos de 
segurança a serem 
observados nos 
locais de trabalho, 
no que se refere ao 
transporte, à 
movimentação, à 
armazenagem e ao 
manuseio de 
materiais, tanto de 
forma mecânica 
quanto manual, 
objetivando a 
prevenção de 
infortúnios laborais. 
 
23 MENDES, A.A.; 
Ribeiro, J.L.D. 
2013 Estabelecimento de um 
plano de manutenção 
baseado em análises 
quantitativas no contexto 
da MCC em um cenário de 
produção JIT. 
Apresentar um 
método para 
desenvolver 
análises 
quantitativas que 
orientem a revisão 
ou elaboração de 
um plano de 
manutenção de 
equipamentos em 
um cenário de 
produção just in 
38 
 
time. 
24 KARDEC & 
Nascif. 
2013 Manutenção: Função 
Estratégica. 
Trazer conceitos 
inovadores e com 
uma visão moderna 
da atividade que 
descreve, vinculada 
ao sucesso do 
negócio e com 
enfoque 
empresarial. 
25 GROOVER, M. 
P. 
2014 Introdução aos Processos 
de Fabricação. 
Proporcionar a 
estudantes de 
graduação e de 
cursos tecnológicos 
um conjunto amplo 
e abrangente de 
materiais, 
processos, 
conceitos e 
aplicações 
totalmente 
atualizados e 
vinculados às 
práticas modernas 
nas diversas áreas 
da Engenharia. 
26 NAVARRO, 
Antônio 
Fernando. 
2014 Acidentes causados 
durante a movimentação 
de cargas: Uma análise 
estatística dos acidentes. 
Ampliar o nível de 
segurança na 
movimentação de 
cargas. 
27 RICARDO, Elton. 2014 SENAI. Aula 02: Torno 
Mecânico 
Desenvolver um 
curso sobre torno 
mecânico. 
28 SILVA, Ivan 
Barbosa 
Rodrigues. 
2014 Segurança no Uso de 
Empilhadeira 
Orientar as normas 
de segurança ao 
usar empilhadeiras. 
29 SILVA, D.B. 2016 Implementação do plano 
mestre de manutenção 
preventiva para a melhoria 
na eficiência de linhas de 
envase de leite. 
Elaborar um Plano 
Mestre de 
Manutenção 
Preventiva para, em 
futuras aplicações, 
melhorar a eficiência 
do processo 
39 
 
produtivo de leite. 
30 MARQUES, A.F.; 
Travian, J.C.; 
Santos. 
2017 Gestão de Manutenção de 
Frota de Veículos 
Apresentar como 
realizar uma boa 
gestão de 
manutenção de frota 
de veículos. 
31 PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
2017 Histórico de acidentes de 
trabalho. 
Mostrar números de 
acidentes de 
trabalho no ano de 
2017 em 
metalúrgicas. 
32 ABNT². NBR ISO 
31000 
2018 Gestão de Riscos. Revisar o 
documento sobre 
Diretrizes da norma 
ABNT NBR ISO 
31000:2009, 
elaborada pela 
Comissão de Estudo 
Especial de Gestão 
de Riscos 
(ABNT/CEE- 063). 
33 BARBOSA, J. P. 2019 Torno Mecânico. Desenvolver um 
curso sobre torno 
mecânico desde sua 
história até sua 
função e 
importância. 
 
 
 
 
40 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O propósito do presente trabalho foi analisar máquinas operatrizes, em 
específico o torno mecânico, objetivando identificar quais os elementos está em 
acordo e qual não está em acordo com o que estabelece a NR12, com a 
intencionalidade de identificar perigos e/ou riscos e sugerir modificações ou 
melhorias em equipamentos segundo a NR12, buscando também estabelecer os 
requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças provenientes de 
equipamentos e máquinas na sua operação, manutenção onde haja interação 
humana com equipamentos e máquinas. 
NR12 são as normas reguladoras, criadas em 1978, e que em 2010 tiveram 
uma atualização, e que visam a proteção do trabalhador, objetivando evitar a 
mutilação ou a morte destes, através das regras e ações que devem ser observadas 
nas máquinas e equipamentos e também nas condições de trabalho. 
A pesquisa realizada mostra, através dos estudos feitos que a adequação 
NR12, em 2010, com sua atualização tornou-a mais ampla e com maior poder de 
fiscalização, pois foram criadas normas técnicas, instruções normativas e programas 
de prevenção. Em relação especifica, ao torno mecânico, incluiu-se uma série de 
procedimentos e técnicas que visam à segurança do equipamento industrial, 
conforme as leis trabalhistas e as determinações dos órgãos responsáveis, 
buscando a prevenção em ocorrência de acidentes de trabalho. 
Nas figuras 3, 4 e 5 que aparecem neste trabalho, é possível verificar que, 
através das fotos de um torno, L- 2680, que está sem a adequação a NR12, e assim 
sem os equipamentos mínimos necessários para a segurança do trabalhador, ou 
seja, sem os dispositivos de segurança na zonade perigo, onde ocorre a 
transformação da peça. Nas figuras 3, 4 e 5, foram destacados nas imagens, a placa 
do torno, ferramenta de projeção de partículas e o fuso, ou seja, na fixação e na 
zona de corte e remoção do material, que são consideradas as zonas de potencial 
risco, pois é onde o operador fica posicionado, demonstrando assim que o uso de 
um torno sem os devidos equipamentos aumenta a possibilidade de riscos de 
acidentes. 
 
 
 
41 
 
Figura 3 - Placa do torno sem adequação a NR12 
 
Fonte: ATM-USI LTDA (2018) 
 
Figura 4- Proteção para o carro sem adequação a NR12 
 
Fonte: ATM-USI LTDA (2018) 
 
42 
 
Figura 5- Fuso da máquina sem adequação a NR12 
 
Fonte: ATM-USI LTDA (2018) 
 
Com a percepção de que a falta de equipamentos adequados no torno 
mecânico pode causar muitos acidentes, a adequação com a NR12, sobre o torno 
mecânico, tem a intencionalidade de proteger os operadores, de acidentes que 
possam ser causados pelos equipamentos inadequados ou falta de alguns, como 
por exemplo, na placa, no porta-ferramentas e no fuso, que são partes do torno que 
sem a NR12 ficam sem proteção contra cavacos ou também de fluidos cortantes. 
Em função das grandes mudanças ocorridas nos setores tecnológicos e de 
produção nos últimos anos, com complexidade cada vez maior dos equipamentos e, 
ao mesmo tempo, grande exigência de produtividade e qualidade, a função da 
manutenção trás a importância do investimento em tornos mecânicos mais seguros, 
considerando fundamental a aplicação da NR12, pois as empresas devem assumir 
grandes responsabilidades no sentido de garantir confiabilidade e disponibilidade, 
fatores que refletem diretamente no desempenho operacional, garantindo a 
proteção, já que nesta mesma monografia é destacado que um dos causadores de 
acidentes no trabalho também é o descuido do trabalhador, como trás na tabela 2 
deste trabalho. No entendimento de que haverá falhas humanas a proteção deve ser 
máxima nos equipamentos. 
43 
 
Figura 6 – Torno mecânico Romi com adequação a NR12 
 
Fonte: Facecontrol Automação e Robótica ( 2016) 
 
Na busca por maior segurança nos equipamentos, na Figura 6, o torno 
mecânico já traz os dispositivos de segurança, conforme a NR12, atualizada em 
2010, estabelece como: placas de proteção, botão de parada de emergência, 
proteção da árvore, proteção do carro, proteção do cabeçote móvel, painel de 
comando e freio motor, visando dar maior segurança a quem o maneja. 
Os dispositivos de segurança para o torno mecânico, que a NR12 estabelece 
como obrigatórios, se dividem em placas móveis de segurança e proteções fixas. As 
partes da placa e do fuso são consideradas as zonas de maior perigo, pois é onde o 
trabalho da peça se efetua e com isso acontecem os movimentos de rotação e de 
alta velocidade e que podem ocasionar acidentes, e assim precisam ser protegidas 
da melhor forma possível para trazer maior segurança ao operário. 
A versão atualizada em 2010, da NR12 trás, em seu paragrafo 12.41, a 
normatização sobre a obrigatoriedade do uso das placas móveis de proteção e que 
estas devem estar aliadas a dispositivos eletromecânicos. Estas placas aparecem 
nas figuras 7 e 8. 
 
 
44 
 
Figura 7 – Placa de proteção 
 
Fonte: Biz engenharia (2019) 
 
As placas de proteção são posicionadas sobre a placa/castanha do torno 
protegendo o operador de eventual contato superior com as partes rotativas da 
máquina e contra projeção de fagulhas e do líquido refrigerante oriundos do 
processo de usinagem. A proteção é apoiada e sustentada por um eixo de rotação 
que permite abertura de até 90°. 
 
Figura 8 – Proteção para o carro 
 
Fonte: Biz engenharia (2019) 
 
A proteção com braços articulados que acompanha o carro móvel da máquina 
é destinada a proteger o operador durante o processo de usinagem do contato direto 
45 
 
com materiais colocados em rotação da placa e da projeção de cavacos e do liquido 
de lubrificação e refrigeração. 
As proteções fixas são projetadas e incorporadas, no momento da fabricação 
do torno, ou acrescentadas após, sem comprometer a mesma, mas que de alguma 
maneira o operário só consegue remover ou abrir as mesmas com o uso de 
ferramentas. 
O parágrafo 12.49 da NR12 trás alguns requisitos para atender esta 
normatização, tais como: 
-Ser construída de material resistente e adequada à contenção de projeção 
de pecas, materiais e partículas; 
-Possuir fixação firma que garanta a estabilidade e resistência mecânica 
compatível com os esforços requeridos; 
-Não criar pontos de esmagamentos ou agarramentos com partes da máquina 
ou outras proteções; 
-Não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas; 
-Resistir às condições ambientais do local de instalação; 
-Impedir o acesso a zona de perigo. 
Algumas proteções fixas aparecem abaixo nas figuras 9, 10 ,11 e 12. 
 
Figura 9 - Proteção para o fuso 
 
Fonte: Biz engenharia (2019) 
 
A proteção para o fuso, figura 9, com a adequação a NR12, serve para 
proteger o operário contra possível enroscamento de roupas ao manejar o torno. 
46 
 
 
Figura 10- Proteção da parte posterior do torno 
 
Fonte: Operatrix (2020) 
 
A figura 10, que trás a proteção da parte posterior do torno tem sua 
importância na adequação da NR12 por ter a finalidade de proteger de projeções da 
peça, derramamento de fluido de corte, pessoas que circulam próximos ao torno. 
 
Figura 11 – Botão de emergência 
 
 
Fonte: Loja casa do mecânico ( 2020) 
 
Botão para de emergência, figura 11, é um dispositivo acionador, utilizado 
para interromper a operação da máquina de forma imediata. O botão de emergência, 
47 
 
normalmente, é vermelho e tem a forma de um cogumelo. Sua instalação deve ser 
feita em locais de fácil acesso e muito visíveis, justamente para que possam ser 
acionados com facilidade numa situação de emergência pelo operador da máquina 
ou alguém muito próximo. 
 
 
Figura 12 – Chave interruptora 
 
FONTE: Kraus & Naimer (2019) 
 
A chave geral, do espaço físico, onde se localiza o torno mecânico é 
projetada para proporcionar um meio de isolamento geral quando um equipamento 
elétrico necessitar de manutenção ou conserto. Este equipamento deve ficar fora da 
zona perigosa para que não possa ser acionado involuntariamente pelo operador, 
mas sim ficar bem sinalizado para que, em caso de necessidade, seja de fácil 
acesso. 
Após as colocações sobre a importância das normatizações NR12, do torno 
mecânico, espera-se que todas as Indústrias, que utilizam esta máquina, sejam 
responsáveis, e tenham como um de seus principais objetivos o cuidado com seus 
funcionários, considerando as Leis Trabalhistas, assim como os riscos e perigos que 
devem ser avaliados para agir de forma preventiva, pois desta forma, se reduz a 
probabilidade de ocorrência de acidentes envolvendo colaboradores e partes 
interessadas. 
No Brasil, segundo Previdência Social (2019), os acidentes em metalúrgicas, 
no ano de 2017, foram de 6155 casos registrados e a Tabela 1 deste trabalho, traz a 
48 
 
estatística de dados, onde aparece que 90% dos acidentes ocorre por falta de 
inspeção completa do equipamento e acessórios, 35% pelas condições ambientais e 
25% por falha estrutural do equipamento. 
Na Tabela 2, que aparece neste trabalho e que trata de acidentes envolvendo 
trabalhadores, é possível verificar que 45% dos acidentes ocorrem por imperícia ou 
imprudência do trabalhador, mostrando assim que devem ser consideradas também 
as ações que a empresa deve fazer e que estão descritos na NR12 e que passa 
pela questão dos seminários, com intuito de estar sempre atualizando sobre a 
conscientização de que todos os envolvidos no trabalho devem estar sempre atentos 
e com uso dos EPIs, pois a desatenção se traduz e falhas humanas e estas poderão 
nunca terminar, mas com palestras e sinalizações constantes poderão diminuirbastante. 
Ao analisar os dados em relação aos acidentes de trabalho e observar o uso 
do torno mecânico com as adequações da NR12 é possível perceber que a 
prevenção realmente precisa ser um ponto importante a ser cuidado dentro das 
empresas, assim como a capacitação e conscientização da importância da atenção 
do trabalhador ao manejo do mesmo, respeitando as normas de uso e utilizando os 
equipamentos necessários. 
Também é importante salientar a percepção que houve na construção deste 
trabalho que as adequações da NR12 foram fundamentais para a melhoria no 
quesito acidentes de trabalho, trazendo mais cuidado com o operador do torno, pois 
como mostra a Figura 2 deste trabalho, não há a possibilidade de se zerar 
acidentes, mas a possibilidades de diminuir se forem tomadas medidas 
competentes, que sejam eficientes e eficazes. 
As melhorias quanto à prevenção de acidentes deve estar sempre priorizadas 
porque trazem o princípio do respeito à vida e deve também fazer parte da rotina 
dos empresários conscientizando-os da importância da vida de seu funcionário e 
também de que gera economia em muitos sentidos, para a saúde pública e para a 
empresa, com menos gastos, pois fazer manutenção e comprar equipamentos de 
segurança, com certeza, gera economia para a empresa. 
É necessária a fiscalização e a conscientização, pois dados do Anuário 
Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017 (AEAT 2017), elaborado pela 
Coordenação Geral de Estatística, Demografia e Atuária do MTPS, mostram que, em 
2017, foram registrados 549.405 acidentes de trabalho em todo o Brasil. Em relação 
49 
 
a 2016 houve uma queda de 6,19% e se percebe assim que há uma perspectiva de 
cada vez diminuir estes acidentes, mas os números traduzem ainda, trabalhadores 
fora do seu trabalho, por causas de acidentes no trabalho, sem produzir e ganhar 
seu salário e a previdência social com um impacto grande em gastos. 
Sem dúvida, cada legislação posta para fiscalizar e promover ações, como a 
NR12, contribui para diminuir o quadro de estatísticas de acidentes de trabalho, e 
deve ser aplicada e fiscalizada com afinco, pois cada vida perdida ou comprometida 
onde o trabalhador não possa buscar seu sustento por si é um problema social que 
deve ser combatido, pois envolve milhares de famílias que ficam carentes 
emocionalmente e que também cada vez mais vulneráveis e dependendo de 
programas governamentais. 
Cuidar da saúde do trabalhador através de capacitações que o tornem 
consciente de que o cuidado consigo é um dever individual e que pode acarretar um 
problema social é uma das principais ações da empresa e que pode ser feito com a 
responsabilidade social que toda empresa deve ter, onde deve estar com as 
manutenções de máquinas e equipamentos de forma correta e em investimentos na 
qualidade de vida dos seus funcionários, através de programas na própria empresa 
como ginastica laboral, dinâmicas de grupos com especialistas e outros, visando 
sempre que este profissional se encontre bem fisicamente e emocionalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 6. CONCLUSÕES 
 
 
Os acidentes de trabalho ocorrem diariamente em empresas e fábricas, 
causando danos aos trabalhadores, tirando a vida de muitas pessoas ou 
lesionando-as gravemente e, portanto sendo considerado um grande problema para 
a sociedade. A responsabilidade quanto à segurança para trabalhos com máquinas 
e equipamentos envolve a questão dos cuidados com a manutenção e a educação 
dos operários no sentido de atenção no manejo com as mesmas. 
É visto hoje que existem muitas maneiras de organizar a prevenção com o 
objetivo de diminuir acidentes, pois há possibilidades da implantação de muitas 
ações práticas que podem ser consideradas adequadas para a contenção de 
acidentes. A NR12 trazendo a regulamentação e as ações que devem ser aplicadas 
são medidas eficientes e eficazes, na forma de controlar e reduzir os acidentes 
trazendo mais segurança a todos os envolvidos na busca por resultados satisfatórios 
para os operários e para os empresários, assim como para a sociedade em geral. 
O presente trabalho, após seu desenvolvimento e análise dos dados 
contribuiu para afirmar que a prevenção deve ser prioridade no cuidado com a saúde 
de trabalhadores e que obedecer a legislação sobre normas de segurança, como a 
NR12, criada para garantir a segurança no trabalho e atualizada por necessidade de 
mudanças que o tempo atual pede, deve ser considerada e aplicada objetivando 
diminuir os acidentes de trabalho. 
Este trabalho também se faz importante para a sociedade e órgãos públicos, 
pois traz detalhadamente algumas informações que podem servir de ajuda e 
subsídios para a construção de estratégias, através de ações, que visem diminuir a 
acidentalidade nas empresas e fábricas, pois esta pesquisa contribui com 
informações tais como a importância de que o torno foi e sempre será uma máquina 
ferramenta importante no mundo empresarial e que por isso deve obedecer as 
normas de segurança. 
Sendo importante destacar que a aplicação da NR12, com sua 
regulamentação e prática, vem contribuindo para que os acidentes de trabalho 
diminuam ao longo dos anos e por fim que vivemos em mundo em que a maioria dos 
países são capitalistas e os empresários buscam lucratividade mas que em nenhum 
momento estes devem deixar de lado sua responsabilidade social e descuidar da 
saúde de seus funcionários, promovendo sempre o cuidado com a vida. 
51 
 
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