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1 BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA MAURICIO MESSAGE KROWCZUK A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E CUIDADOS COM A APLICAÇÃO DA NR12 PORTO ALEGRE 2021 2 MAURICIO MESSAGE KROWCZUK A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E CUIDADOS COM A APLICAÇÃO DA NR12 Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado à Faculdade de Engenharia do Centro Universitário Ritter dos Reis, como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Mecânico. Orientador: Prof. MSc. Manoel Henrique Alves PORTO ALEGRE 2021 3 MAURICIO MESSAGE KROWCZUK A IMPORTÂNCIA DO TORNO MECÃNICO PARA A INDÚSTRIA: SEUS USOS E CUIDADOS Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado à Faculdade de Engenharia do Centro Universitário Ritter dos Reis, como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Mecânico. APROVADO EM BANCA EXAMINADORA 4 DEDICATÓRIA A minha família Por me apoiar quando roubei um tempo precioso de estarmos juntos para me dedicar a estudar e a buscar uma melhor qualificação profissional. Aos meus professores Pelos conhecimentos divididos e pelos exemplos a serem seguidos. 5 AGRADECIMENTOS A Deus Tenho a certeza de que Deus me agraciou com muitas coisas maravilhosas, sendo a primeira a vida e posteriormente a condição para que desfrutasse dela com muitas alegrias e amor e também me deu sabedoria e energia para enfrentar as dificuldades impostas a mim diariamente, para que assim soubesse valorizar cada momento especial que me é dado. Agradeço por ter condição de realizar este trabalho com amor e dedicação, aproveitando cada momento de aprendizagem que me foi proporcionado durante o período desta graduação. 6 RESUMO O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata de considerar a importância do torno mecânico para a indústria, pois através deste se originou hoje os avanços que estas possuem em termos de eficiência e eficácia. A prática do uso do torno mecânico, a máquina considerada mais antiga, trouxe muitas possibilidades de desenvolvimento ao mercado econômico, com a expansão das máquinas operatrizes, a partir do torno mecânico. A utilidade do torno e de outras máquinas similares, gerados a partir deste, também, trouxeram uma nova forma do mundo se relacionar com os acidentes de trabalho, que evoluiu muito no cuidado com os trabalhadores, seja em conscientização espontânea por parte de empregados e empregadores, mas principalmente em forma de leis. O objetivo principal deste trabalho, construído através de referências bibliográficas, é apresentar teorias que validam a importância das máquinas para o desenvolvimento econômico aliado as questões de respeito às normas de segurança, como a NR 12, buscando a aplicação das normas de segurança para a prevenção aos acidentes de trabalho. Para tanto é apresentado o conceito e histórico do torno mecânico e máquinas operatrizes, bem como, a legislação sobre acidentes de trabalho e prevenção dos mesmos, buscando trazer uma reflexão sobre aliar possibilidades da lucratividade por parte das empresas sem descuidar do ser humano o qual produz esta rentabilidade, demonstrando através desta pesquisa que as normas estabelecidas na NR12, quando aplicadas, podem diminuir muito os riscos de acidentes, por trabalhadores, que manuseiam o torno mecânico. Palavras-chave: Torno mecânico. Segurança. Lucratividade. Manutenção. 7 ABSTRACT This Course Completion Paper is about considering the importance of lathes for the industry, because today the advances they have in terms of efficiency and effectiveness originated through it. The practice of using the mechanical lathe, the machine considered the oldest, brought many possibilities for development to the economic market, with the expansion of machine tools, from the mechanical lathe. The usefulness of the lathe and other similar machines, generated from it, also brought a new way for the world to relate to work accidents, which evolved a lot in the care of workers, whether in spontaneous awareness on the part of employees and employers, but mainly in the form of laws. The main objective of this work, built through bibliographical references, is to present theories that validate the importance of machines for economic development combined with issues of respect for safety standards, such as NR 12, seeking the application of safety standards for prevention accidents at work. For this purpose, the concept and history of lathes and machine tools is presented, as well as legislation on occupational accidents and their prevention, seeking to bring a reflection on the possibilities of profitability on the part of companies without neglecting the human being who produces this profitability, demonstrating through this research that the standards established in NR12 when applied can greatly reduce the risk of accidents by workers who handle the lathe. Key words: Lathe. Safety. Profitability. Maintenance. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Principais partes de um torno mecânico convencional..............................17 Figura 2 - Processo para alcance de segurança.......................................................30 Figura 3 - Placa do torno sem adequação NR12......................................................41 Figura 4 - Proteção para o carro sem adequação a NR12........................................41 Figura 5 - Fuso da máquina sem adequação a NR12...............................................42 Figura 6 - Torno mecânico Romi com adequação a NR12.......................................43 Figura 7 - Placa de proteção.....................................................................................44 Figura 8 - Proteção para o carro...............................................................................44 Figura 9 - Proteção para o fuso.................................................................................45 Figura 10 - Proteção da parte posterior do torno......................................................46 Figura 11 - Botão de emergência..............................................................................46 Figura 12 - Chave interruptora .........................................................................................47 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Categoria 1 – Estatística das ocorrências dos acidentes.........................26 Tabela 2 - Categoria 2 – Acidentes envolvendo trabalhadores.................................27 Tabela 3 - Categoria 3 – Quadro de referências........................................................33 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas BNDS Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social CLT Consolidação das Leis do Trabalho CNC Controle Numérico Computadorizado EPI Equipamento de Proteção Individual ISO Organização Internacional de Normalização MTE Ministério do Trabalho e Emprego NBR Norma Brasileira NR Norma Regulamentadora NT Norma Técnica SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SST Saúde e Segurança do Trabalho 11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................12 2. OBJETIVO GERAL...............................................................................................15 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................15 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................163.1 O TORNO MECÂNICO........................................................................................16 3.2 A HISTÓRIA DO TORNO MECÂNICO................................................................19 3.3 MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS OPERATRIZES...............................................22 3.4 HISTÓRIA DAS NORMAS DE SEGURANÇA.....................................................24 3.5 ACIDENTES DE TRABALHOS............................................................................25 3.6 NR12 – SUA AMPLITUDE E ATRIBUIÇÃO.........................................................29 4. METODOLOGIA CIENTÍFICA...............................................................................32 4. 1 TABELA DE REFERÊNCIAS..............................................................................33 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................40 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................50 REFERÊNCIAS..........................................................................................................51 12 1 INTRODUÇÃO Nos tempos atuais, o cenário que se apresenta é economicamente globalizado e altamente competitivo, exigindo que as organizações busquem formas de se tornarem melhores a cada dia. As indústrias, que estão entre estas, que atuam em mercados competitivos, apresentam mudanças cada vez mais rápidas e expressivas, e que em sua maioria trabalha focada na busca incessante por qualidade e produtividade (SILVA, 2016). Sendo que uma boa gestão empresarial se encontra relacionada de forma direta as crescentes exigências por produtos de alta qualidade ao menor custo possível, alinhado com a entrega no prazo, exigindo um alto rendimento da planta industrial e dos equipamentos. A eficiência de um processo está diretamente ligada à qualidade de operação, manutenção e reparo, que pode gerar a redução dos custos, e assim propiciar aumento de faturamento, melhorias na confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos produtivos - o que pode contribuir significativamente para aumentar a competitividade das organizações (MENDES et al., 2013). Com o mundo globalizado, a expansão tecnológica se expandiu entre fronteiras, permitindo o acesso às inovações por parte de todos, fazendo com que as organizações sejam obrigadas a melhorar a agilidade a que respondem ao mercado, inovando e efetuando melhorias contínuas. Neste cenário, é preciso que a atividade de manutenção se integre de maneira eficaz ao processo produtivo, contribuindo para que a empresa caminhe rumo a excelência, respeitando o que este mundo globalizado também pede nesses tempos, de cuidados com o meio ambiente, na busca por um mundo sustentável através da responsabilidade social. Para isso, a gestão da empresa deve ser sustentada por uma visão de futuro e os processos gerenciais devem focar na satisfação plena dos clientes, através da qualidade intrínseca de seus produtos e serviços, tendo como balizadores a qualidade total dos processos produtivos (KARDEC & NASCIF, 2013), respeitando o espaço físico onde se encontra o meio ambiente, e neste, incluído o homem que realiza esta produção. Esta monografia tem como estudo o torno mecânico e máquinas que surgiram a partir dele e que tornaram o mercado industrial com o potencial que se encontra hoje, produzindo para que as mercadorias sejam construídas de forma rápida e com qualidade, trazendo melhorias de produção e funcionamentos das máquinas tecnológicas avançadas, aplicadas ao processo de fabricação das mesmas, e as 13 vantagens com o objetivo de buscar a qualidade e custos. Ao se buscar através do avanço do maquinário, surgido a partir do torno mecânico, a produção em massa dos produtos, também é necessário refletir e analisar o avanço das questões de manutenção dos maquinários, como forma de boa produção, e também de prevenção de acidentes de trabalho, que ao final se traduz para o empresário em lucratividade, pois primeiro a vida, sempre, mas no mundo empresarial a manutenção tem dois objetivos, o cuidado com a vida do trabalhador e a lucratividade. A manutenção tem uma função estratégica de aumento da produtividade, visto que, esta se encontra relacionada de forma direta à redução dos custos, pode ela propiciar aumento de faturamento, melhorias na confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos produtivos - o que pode contribuir significativamente para aumentar a competitividade das organizações (MENDES et al., 2013). A tendência atual é que a área de manutenção nas empresas passe a ser parte integrante da estratégica para a obtenção dos resultados do negócio, pois por meio da manutenção sistemática é possível antecipar-se e evitar falhas que poderiam ocasionar paradas imprevistas dos equipamentos produtivos (MARQUES et al., 2017). A manutenção constante apresenta uma característica marcante, que é a utilização, de forma eficiente, de recursos, tanto humanos como materiais, o que trás principalmente a prevenção aos acidentes de trabalho. A busca por desempenho deve ser uma constante, e na manutenção esta constatação torna-se ainda mais verdadeira em função de suas características especialíssimas e dos impactos de suas atividades em praticamente todas as outras. Inovações como a tecnológica vêm sofisticando os meios de produção, o que gera grandes perdas de faturamento e rentabilidade quando ocorrem problemas. Tal realidade exige dos sistemas de manutenção uma postura multidisciplinar, sistêmica e muito mais voltada para estender ao máximo as falhas operacionais, de modo a reduzir ao mínimo o prazo necessário para os reparos correspondentes (PERES et al., 2008). Tradicionalmente, a manutenção tem seu planejamento utilizando a experiência dos funcionários envolvidos e a orientação contida nos manuais dos fabricantes dos equipamentos (MENDES et al., 2013). Com o tempo e as inovações por ele trazidas, a área da manutenção sofreu mudanças significativas, e o incremento destas pode ser observado no número e na variedade das instalações 14 produtivas, com projetos cada vez mais complexos, o que exige conhecimentos técnicos em níveis cada vez maiores, demandando por consequência uma atualização constante dos profissionais da área de manutenção (MARQUES et al.,2017). Todavia, a realidade revela que muitos dos problemas ocorrem também por falha humana. Marques et al. (2017) contribui quando traz que um profissional de manutenção qualificado e bem equipado revela-se fundamental para que uma organização possa atingir seus objetivos - como o aumento de qualidade nos seus produtos e destaque no mercado. Tem-se ainda que o sucesso ou fracasso de uma empresa depende do trabalho de equipe de seus colaboradores, e este fator é ainda mais relevante na manutenção, tanto internamente, entre seus membros, quanto entre o seu relacionamento com a área de operação. A fim de obter uma vantagem competitiva, é de importância fundamental o engajamento do fator humano na organização. Esse engajamento é caracterizado por sua iniciativa, colaboração, empenho, vontade, motivação, disciplina, comprometimento e por sua satisfação em executar um trabalho que o realize e que realize também sua equipe. A manutenção depende cada vez mais da disposição de seus colaboradores em quebrar paradigmas e encarar novos desafios dentro da atividade. É importante que o profissional de manutenção, além de otimizar o custo da manutenção tenha uma visão de quanto representa de ganho ou perda para a empresa, a maior ou menor disponibilidade dos equipamentos produtivos (MARQUES et al., 2017, p. 21 Para a construção deste trabalho, primeiramente será descrito o conceito e o histórico do torno mecânico, seguindocom as máquinas operatrizes e a importância da manutenção destas, como forma de prevenção de acidentes e de dar condições das indústrias de buscarem lucratividade, economizando gastos. Também será apresentado um histórico das normas de segurança e acidentes de trabalho, com ênfase na NR 12, com sua amplitude e atribuição, nas questões sobre acidentes de trabalho, trazendo a legislação vigente. O trabalho seguirá uma metodologia científica, baseada em um referencial teórico, trazendo contribuições importantes de teóricos sobre o tema. Ao final do trabalho terá uma parte de resultados e discussões e algumas considerações importantes sobre o tema estudado. 15 2. OBJETIVO GERAL Analisar máquinas operatrizes, em especifico o torno mecânico, a fim de identificar quais elementos estão em acordo e quais estão em desacordo com o que estabelece a NR12, com a intencionalidade de identificar perigos e/ou riscos e sugerir modificações ou melhorias em equipamentos segundo a NR12. Além disso, busca-se estabelecer os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças provenientes de equipamentos e máquinas na sua operação, manutenção onde haja interação humana com equipamentos e máquinas. 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Analisar o torno mecânico. - Consolidar as diretrizes da NR12 para o torno mecânico convencional; - Realizar uma análise dos riscos em torno mecânico; - Apresentar propostas para aumento da segurança dos trabalhadores de acordo a NR12. 16 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A revisão bibliográfica é uma parte integrante e de fundamental importância na construção deste trabalho, pois traz todo o referencial teórico que constitui o mesmo, validando conhecimentos pesquisados e já citados por autores sobre o tema abordado. Assim o presente trabalho se inicia com o conceito e histórico do torno mecânico, manutenção em máquinas operatrizes, histórico de acidentes de trabalho com a importância da prevenção aos mesmos e finalizando com a NR12, com sua amplitude e atribuição. 3.1 O TORNO MECÂNICO Em um mundo extremamente capitalista, toda a empresa tem por objetivo visar lucratividade, isso sempre foi e será assim, e com isso a procura por ferramentas, que levem a um bom desempenho também é a busca constante para manter-se competitivo no mercado. Devido à grande competitividade dos mercados, atualmente as empresas estão buscando reduzir seus custos por meio das melhorias da qualidade, flexibilidade, variedade de produtos e inovação (CHEUNG; XU, 2012). Muitos estudos corroboram a percepção de que a tecnologia exerce um papel relevante no desenvolvimento da inovação (OCDE, 2005; TIDD, BESSANT, 2009;). Hoje as tecnologias estão postas para melhorar a eficiência e a eficaz, aprimorando cada vez mais os conhecimentos, no desenvolvimento de maquinários para que se criem produtos de boa qualidade com menor preço de custo, em menos tempo e em maior quantidade. A tecnologia pode ser definida como a utilização da ciência para prover a sociedade dos elementos necessários à sua sobrevivência e a seus anseios (GROOVER, 2014). Mas a boa produtividade é possível aliando o desempenho do trabalhador, à utilização de métodos e técnicas corretas, e também com a aquisição de ferramentas que desempenhem funções de formas ágeis e fáceis (CRUZ, 2008). A busca por ferramentas que simplifiquem o trabalho trazendo maior produtividade sempre é uma constante para qualquer empresa, pois máquinas que venham a aprimorar a produção são sinônimas sempre de lucratividade e para isso a escolha 17 dos métodos de trabalho também são importantes, onde este passa por alterações de modo que o trabalho se torne mais simples, mais barato, menos fatigante, mais rápido e com melhor qualidade (CRUZ, 2008) Entre muitas possibilidades criadas para o desenvolvimento industrial, o torno mecânico, é considerado a mais importante das máquinas-ferramentas para a indústria. Segundo Santos et al., (2007) : O torno mecânico é uma máquina extremamente versátil, utilizada na confecção ou no acabamento em peças dos mais diversos tipos e formas. As peças são fixadas entre as pontas de eixos revolventes a fim de que possam ser trabalhadas pelo torneiro mecânico, profissional altamente especializado no manuseio desse equipamento de precisão (SANTOS, 2007). Figura 1- Principais partes de um torno mecânico convencional Fonte: Amazonaws.com/magoo(2017) De suma importância para confeccionar, consertar, tornear e dar acabamento a inúmeras peças, o torno mecânico, é a máquina-ferramenta que tem a função de trabalhar de forma animada com movimentos de rotação, através de uma ferramenta de corte, deslocando-se paralela ou perpendicularmente ao eixo da peça. Os tornos são definidos como máquinas que executam trabalhos de torneamento destinados a remover material da superfície de uma peça em 18 movimento de rotação por meio de uma ferramenta de corte que se desloca continuamente (BARBOSA, 2019, p. 08). A primeira operação é chamada de tornear e a segunda de facear. Os movimentos combinados, gerados, pelas curvas das peças da ferramenta são chamados de hélice quando se torneia e de espiral, quando se faceia. Santos et al.,(2007) traz que: o processo de torneamento ocorre em três etapas básicas, onde faz-se o corte mediante a rotação da peça; o avanço referente a translação da ferramenta; e obtém-se a profundidade com o movimento transversal da ferramenta. O torno mecânico é uma máquina ferramenta bastante versátil, normalmente é especializada para trabalhar com metais, mas existem tornos específicos, que funcionam de maneira muito semelhante e trabalham com madeiras e plásticos, promovendo a transformação de uma peça no estado bruto, em peças de secção circular ou outras combinações desta secção, trazendo assim também um bom mercado de comércio para as vendas do próprio torno mecânico. Nos tempos atuais, muitos modelos de tornos mecânicos já foram criados ou aperfeiçoados para serem utilizados, entre estes alguns tipos como os tornos de bancada, tornos CNC, tornos verticais e outros mais. Segundo Generoso (2011), o torno CNC nada mais é do que um modelo mecânico automatizado. A sigla CNC é uma abreviação de Controle Numérico Computadorizado (ou, em inglês, Computer Numeric Control). Sendo considerada uma máquina moderna, utilizada para a usinagem de peças, onde os modelos podem variar combinando diversas tarefas associadas à máquina no momento da fabricação. A utilização do torno CNC tem muitas vantagens, pois permite maior precisão, eficiência, produtividade e segurança se comparado com outros equipamentos que podem desenvolver a mesma função. Este tipo de torno mecânico automatizado tem a vantagem de diminuir o número de acidentes, já que o manuseio desta máquina ferramenta traz pouca interação humana. No modelo CNC, o torno opera sozinho e em caso de erros ou problemas, o programa da máquina interrompe imediatamente a operação e avisa o operador para que o mesmo corrija o problema e reinicie o processo de fabricação da peça (GENEROSO, 2011). Outras vantagens da automatização dos tornos CNC, segundo Generoso (2011) são os baixos custos ao permitir aproveitar ao máximo a matéria-prima e evitar desperdícios, a velocidade na fabricação, segurança e aumento da eficiência em relação à qualidade e perda de materiais. 19 3.2 A HISTÓRIA DO TORNO MECÂNICO O torno mecânico é a máquina ferramenta mais antiga que se conhece e que, neste período, se inicia com os movimentos de rotação realizados com pedais e a forma de tornear era realizada na mão do operador. Em um processo cada vez melhor, dinâmico e prático, tem evoluído de uma simples máquina para outras de grande capacidade de rotação e de precisão. É considerada no meio industrial como uma máquina ferramenta de grande importânciaporque a partir dela se origina outras que executam, atualmente, um vasto número de operações, devido ao seu aprimoramento. Segundo Vianna (2002) é máquina-ferramenta fundamental porque dela se tem derivado todas as outras máquinas e também porque pode executar maior número de obras do que qualquer outra máquina-ferramenta. Essa máquina é considerada como a base da indústria metalúrgica, pois é a máquina ferramenta mais antiga e importante ainda em uso criada pelo homem, onde desde civilizações antigas como os egípcios e romanos, já utilizavam os tornos para fabricar peças com geometrias redondas. Os egípcios, por exemplo, utilizavam uma espécie primitiva de torno para modelar e fazer peças com formatos arredondados. Já os persas e os hindus usavam a mesma técnica, de tornearia, para elaborar colunas de madeira. Esse sistema rudimentar de tornearia, semelhante à técnica da broca de fogo, consistia em duas estacas enterradas no solo, as quais davam sustentação aos pinos do eixo girante. Uma corda enrolada ao eixo gerava movimentos de rotação. (ROSSETTI, 1978). Os artesãos, na idade média utilizavam os chamados de tornos de vara, que originou este nome pela forma de uso com uma corda amarrada a uma vara, onde a peça a ser trabalhada, pelo artesão, era amarrada com uma corda presa em uma vara sobre a cabeça do mesmo e a sua outra parte era amarrada a um pedal, que quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara, por sua vez, fazia o retorno. Nesse sistema, esboçado pelo artista Renascentista Leonardo Da Vinci, a peça trabalhada era amarrada com uma corda em um poste sobre o artesão (HENRIOT, 1960) O progresso técnico na indústria de máquinas inicialmente foi implementado por artesãos criativos, que modificaram instrumentos antigos e projetaram novos, ou seja, a mudança foi gradual e cumulativa (LANDES, 2005). Por volta do século XVII foi inventado o torno de fuso, pois havia a necessidade de uma rotação contínua. 20 Estes tornos mecânicos necessitavam de duas ou mais pessoas, dependendo do tamanho do fuso, uma para girar o torno, com a ajuda de uma manivela e outras para cortarem o material com a ferramenta nas mãos. A revolução industrial inglesa, no século XVII, traz uma nova fonte de energia, o vapor, que em 1765 deu origem há invenção de um mecanismo a vapor criado por James Watt, e com este processo, surge o torno mecânico moderno, com a capacidade de maquinar metais pesados e este processo era realizado através do movimento de um pistão que rodava o eixo de uma manivela que por meio de correias fazia rodar o fuso do torno. A utilização da água e do vapor como fontes de energia propiciaram, no final do século XVIII e início do século XIX, o surgimento das primeiras máquinas-ferramentas (MACHADO et al., 2009). Segundo Capelli (2006), a máquina a vapor, por exemplo, criada nesse período, acelerou e aumentou a produção, tendo como consequência o decréscimo do preço das mercadorias. Entretanto, essa mecanização que se ampliou e se aprimorou ao passar do tempo, necessitou de um sistema de produção com poucas paradas e que atendesse a crescente demanda pelas mercadorias (CAPELLI, 2006). Este torno mecânico novo tinha grandes ganhos entre eles o de que para realizar o processo de trabalho não era necessário nenhum operário, alcançava maior velocidade de rotação e não precisava de água e nem de moinho e por isso poderia ser colocado em qualquer lugar e assim, também, poderia ser de qualquer tamanho. Mas também apresentava algumas desvantagens como o elevado tempo para ligar a máquina, a necessidade de muita lubrificação para reduzir o esforço, e ainda produziam grande poluição sonora, além de não serem seguros. Por esse motivo, esse equipamento passou a ter velocidade contínua e, desta forma, ficou conhecido como máquina-ferramenta (ROSSETTI, 1978). A partir desta invenção, de James Watt, foram produzidas as primeiras máquinas ferramenta modernas, em sua maioria, também a vapor, como o torno que se assemelhava a uma máquina de furar de John Wilkinson, em 1774, possibilitando a fabricação de canos de armas de fogo e canhões. Outro tipo de torno fabricado nessa época foi o torno de corte, uma máquina capaz de cortar metal com formas cilíndricas até determinado diâmetro. Em 1797, Henry Maudslay, construiu o torno de metal, adequado para criar roscas e parafusos, capaz de abrir roscas de 10 polegadas de diâmetro, sendo que, detinha o fuso engrenado na árvore. Primeiramente, era preciso alternar o fuso para 21 cada passo de rosca que se desejasse abrir, porém, com o passar do tempo, graças à variação do passo por meio de engrenagens, esse torno possibilitava abrir roscas de mais de um passo sem a necessidade de trocar o fuso ou o torno. No começo do século XIX, Henry Maudslay e Joseph Whitworth, acoplaram um porta ferramentas, e outros acessórios aos tornos do período, inventando o torno em paralelo, o qual foi fundamental para o aprimoramento na produção de torneados, pois o operador da máquina não precisava segurar as ferramentas com as mãos, possibilitando o uso de materiais mais duros. Esse torno, também, detinha um fuso para avanços automáticos e uma polia escalonada que permitia fazer trocas de rotações. A partir disso, as ferramentas, os suportes e também as peças que compõem o torno foram modificadas e aprimoradas de acordo com a necessidade do mercado (HENRIOT, 1960) Posteriormente, o torno foi modificado para aperfeiçoar o uso da ferramenta, como por exemplo, colocando as manivelas em apenas um lado para evitar que os operadores se mexessem, em 1845, foi criado o torno revólver, no qual as ferramentas ficavam alojadas ordenadamente segundo a ordem de operações desejadas e, em 1975, surgiu um torno com barramento horizontal, o torno universal. De 1850 a 1914 o desenvolvimento tecnológico na indústria de máquinas- ferramenta foi gerado através de um processo de acumulação de conhecimento, e não de invenções isoladas, como no período anterior. A maioria das ferramentas foi inventada antes de 1850. As mudanças na indústria de máquinas-ferramenta foram menores no período de 1850 a 1914 em comparação ao período inicial de desenvolvimento, mas essas mudanças fizeram muita diferença para a produtividade do setor (FLOUD, 2009). Durante o século XIX, com o desenvolvimento das indústrias metalúrgicas na Europa, os metais começaram a fazer parte da estrutura dos tornos que, anteriormente constituídos de madeira, passaram a ser totalmente metálicos. Além disso, com crescimento das fábricas e indústrias houve a necessidade de tornos mecânicos com dimensões maiores e mais velozes. A partir disso, as ferramentas, os suportes e também as peças que compõem o torno foram modificadas e aprimoradas de acordo com a necessidade do mercado (HENRIOT, 1960). Por fim, em 1978, o torno de CNC (comando numérico computadorizado) começou a ser empregado, eximindo a necessidade de operários para mover as ferramentas e as peças. Esse torno possibilita a programação de determinados 22 movimentos para o torneamento do objeto, tornando a fabricação de torneados mais precisa e detalhada ainda. Castucci e Moraes (2007) colaboram quando trazem que: automatizar um sistema produtivo não resulta somente em menores custos, mas também proporciona variadas vantagens aos sistemas abrangendo de forma direta a informatização. É possível destacar dentre estes benefícios à possibilidade de atingir maiores níveis de qualidade, variados modelos para o mercado, maior segurança para operários, uma economia de materiais e de energia, mais disponibilidade e qualidade de informação sobre o processo todo e melhor planejamento e controle da produção. Nos tempos atuais, as empresas fabricantes de torno mecânico buscam construir cada vez mais máquinas mais modernas na busca por atender às exigências do mercadoe da concorrência. Para isto, quando seus equipamentos já não estão querendo defasar, essas máquinas operatrizes são reformadas para atender a demanda necessária. Essa modernização é denominada retrofit. De acordo com Ghisi (1997), retrofit é o termo utilizado para se referir à modernização ou qualquer tipo de reforma em equipamentos. Esse investimento em tecnologias nas máquinas reformadas visa reutilizar equipamentos antigos, modernizando-os, sem ter a necessidade de altos investimentos com máquinas novas. Assim, o retrofit de uma máquina-ferramenta, quando bem projetado e executado, faz com que esta tenha o desempenho e uma vida útil comparável à de um equipamento novo (BARBOSA, 2019). 3.3 MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS OPERATRIZES As máquinas operatrizes estão classificadas no gênero industrial mecânica e têm por objetivo a produção de novas máquinas através do movimento mecânico, de um conjunto de ferramentas. Uma máquina ferramenta operatriz é o torno, uma das mais antigas máquinas inventadas pelo homem, e tem como objetivo cortar, limar ou polir peças de madeira, metal ou outro material. Com uma diversidade de modelos, o torno pode ser utilizado por uma pequena oficina mecânica ou em uma complexa organização industrial. São classificadas também como máquinas operatrizes as retificadoras, as rosqueadoras, as plainas, as fresadoras, as mandriladoras, as furadeiras, as serras, as tesouras, as prensas, e outras ( SANTOS ET AL, 2007). 23 O crescimento do mercado industrial tornou-o bastante competitivo, e com isso também cresceu as exigências por produtos de alta qualidade com o menor custo possível, que precisam ser fabricados e entregues com o mínimo tempo possível. A exigência do mercado industrial faz com que as empresas busquem por equipamentos que venham a dar as condições para que toda esta operação seja realizada. É importante destacar que a manutenção das máquinas, a busca por novas tecnologias impacta diretamente na qualidade e produtividade, portanto deve estar envolvida nas estratégias das organizações e deve acompanhar o desenvolvimento das novas tecnologias. Santos et al (2007) colabora quando traz que: Para tanto, é fundamental que os fabricantes de máquinas-ferramenta realizem investimentos em modernização e inovação, com objetivos de melhoria de produtividade e redução de custos. Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e aprimoramento dos produtos existentes deve ser parte integrante do processo de produção dessa indústria ( SANTOS ET AL., 2007). A máquina inovadora, tecnológica e produtiva é a grande busca para a indústria, mas as atividades de manutenção adequada é que poderão dar continuidade a este processo de busca por resultados lucrativos. O investimento na manutenção, mesmo que em determinados momentos ou ações se mostre de alto custo, podem trazer, se seguirem métodos adequados com analise dos equipamentos, uma economia, pois é fundamental para que a produção siga sem interrupções inesperadas ou até mesmo para que não seja de baixa qualidade. Kardec e Nascif (2013) colaboram quando trazem que: No período anterior a segunda guerra mundial, era comum realizar manutenção apenas quando ocorriam às falhas, as empresas aceitavam esse tipo de tratativa e eram limitados apenas a serviços de lubrificação rotineira, uma vez que a produção não era prioridade (KARDEC e NASCIF, 2013). Hoje, nas empresas, a manutenção faz parte de todas as atividades que envolvam máquinas e equipamentos, e para ser implementada e continuada, existe a escolha de um método e de ações de manutenção, que deve ser estabelecida após considerar os dados do fabricante dos equipamentos e as informações importantes quanto a sua utilização. 24 Para Kardec e Lafraia (2002), a manutenção pode ser definida como um conjunto de métodos destinado a manter ou a recolocar uma máquina, componente ou um sistema nas suas condições originais de funcionamento. A indústria de máquinas e equipamentos é um setor muito importante no processo de industrialização e desenvolvimento econômico de um país, pois o fornecimento de máquinas e equipamentos adequados para a produção pretendida, assim como as inovações tecnológicas que podem trazer economia através da sua eficiência e eficácia, colabora para um processo produtivo que eleve o sistema econômico. É importante destacar que a indústria de ferramentas mecânicas contribui muito no desenvolvimento de outras empresas, visto que seus produtos são utilizados para alavancar outras, através da sua venda de aparelhos e equipamentos. Cada vez mais estas indústrias, de produção de ferramentas mecânicas, investem em tecnologias e segurança das mesmas para assim entregar produtos que venham a garantir a lucratividade de outras. A busca por inovações é uma constante no mercado industrial e faz com que o mercado seja muito concorrido e lucrativo. O processo de torneamento é muito presente e de grande importância para a indústria metal mecânica nacional. Por outro lado, é um processo que apresenta diversos riscos para o operador, principalmente através das partes móveis que ficam expostas. Conforme definição da norma NBR ISO 31000, risco é definido como sendo o “efeito da incerteza nos objetivos” (ABNT², 2018). E com os riscos, sucedem-se os acidentes de trabalho. 3.4 HISTÓRIA DAS NORMAS DE SEGURANÇA A partir da segunda metade o século XVIII, a Revolução Industrial provocou um grande desenvolvimento tecnológico no mundo, transformou a fabricação de produtos em diversos países e permitiu o surgimento de indústrias, consolidando o capitalismo como sistema econômico predominante. A Inglaterra, país precursor do industrialismo, criou as primeiras fábricas, nas quais era possível notar as condições insalubres do local de trabalho, além de jornadas de trabalho abusivas, acidentes de trabalho recorrentes e trabalho infantil. 25 Com início em 1802, o parlamento britânico aprovou as Leis das Fábricas (Factory Acts), diversas normas que tinham como objetivo proteger mulheres e menores de idade de jornadas excessivas e melhorar o ambiente de trabalho. Primeiramente, essas leis foram aplicadas apenas às indústrias têxteis, apenas em 1878 que elas passaram a valer para todos os setores industriais. Após a Primeira Guerra Mundial, os direitos dos trabalhadores se tornaram mais abrangentes com a criação da Organização Internacional do Trabalho em 1919. Esse corpo político adotava convenções que buscavam melhorar a vida do empregado em geral, como por exemplo, idade mínima para admissão de crianças, limitação da jornada de trabalho, restrição no trabalho noturno para mulheres e menores, entre outras. O Brasil, no começo do século XX, passava por um processo de industrialização tardio, trazendo indústrias de tecelagem, de automóveis, de alimentos, de produtos de limpeza, para o país. As condições de trabalho eram penosas, com longas jornadas de trabalho, baixos salários e quase nenhuma lei que restringia o abuso laboral. Em 1919 a legislação sobre Saúde e Segurança do Trabalho (SST) começou com a aprovação do Decreto 3.724/1919 que assegurava ao empregado à possibilidade de recorrência de acidentes de trabalhador, incluindo indenizações e ações judiciais. Em 1943, entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que garantia a segurança e proteção à saúde do trabalhador através de imposições estatais sobre o empregador, obrigando-o a reduzir os riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde higiene e segurança. Além disso, garantia direitos fundamentais como auxílio desemprego, apoio previdenciário, salário mínimo, limite de duração de jornada de trabalho, entre outros benefícios. Já em 1978, as Normas Regulamentadoras (NRs) do Capítulo V da CLT são aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o principal objetivo da criação dessasregras foi fornecer requisitos de prevenção de possíveis danos à segurança e à saúde do trabalhador no ambiente laboral, visto que, na década de 1970, o índice de acidentes de trabalho aumentou significativamente, especialmente na área da construção civil e transporte de cargas. 26 3.5 ACIDENTES DE TRABALHOS Normalmente os acidentes de trabalho com equipamento e máquina de elevação e movimentação ocorrem por falhas humanas ou por falta de capacitação dos profissionais, como também pelo excesso de confiança em não usar os equipamentos de proteção adequadamente (CORRÊA, 2012). A utilização de máquinas é uma das causas mais frequentes que colabora com os acidentes de trabalho, visto que por trás da facilidade e agilidade adquiridas por elas, não se notam a quantidade de acidentes corriqueiros, e o mais preocupante é que as medidas de prevenção só serão tomadas depois que ocorrer os acidentes. Isso decorre devido falta de práticas, por exceder limites permitidos tanto das máquinas ou do próprio ser humano, além do não uso do EPI (MESQUITA, 2012). A Norma Regulamentadora NR12 é a responsável pelo assunto quando se tratam do trabalho com máquinas e equipamentos, cuja definição está baseada em medidas protetivas, princípios e técnicas que garante a integridade e saúde dos trabalhadores na utilização de máquinas de elevação e transportes, como também de equipamentos. Porém muitas empresas têm relutado para a não utilização da norma, inclusive algumas ainda têm tentado pedidos de suspender a mesma, o que é de extrema irresponsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e todos os órgãos superiores se vierem a aceitar, visto que elevaria o número de acidentes e mortes nos trabalhos (CORRÊA, 2012). Conforme Silva (2014), apesar de muitas empresas serem contra a NR12, em 2010, ela teve uma atualização, tendo inclusive a participação de várias empresas, visto que, trata-se de uma norma bem complexa. Para facilitar uma fiscalização no ambiente de trabalho que utilize máquinas de elevação e também equipamentos, houve uma necessidade do MTE em revisar e atualizar a NR12, inclusive incluir novos equipamentos e máquinas neste rol de regulamentação. Nesta atualização também foi acordado que frequentemente haveria seminários com intuito de estar sempre atualizando as empresas e funcionários (CORRÊA, 2012). Antes da atualização da NR12, já existia regulamentação da ANBT, porém não muito especifica ao caso, e em decorrência deste fato as empresas e 27 profissionais não obedeciam às questões de segurança. Mas de forma ampla a ABNT já previa algumas questões de segurança com trabalho de máquina de elevação e transporte como também de equipamento (SILVA, 2014). Antes dessa reforma a NR12 apenas definia que na utilização destas máquinas e equipamentos, deveriam estar acompanhados de EPI adequado a função, diante deste entendimento o MTE busca enfatizar com sua NT - Nota Técnica n° 16 o que era de fato um EPI e qual momento se deveria utilizar, e incluiu- se essa NT na NR12, visto que é pelas NR que se pode interditar um trabalho irregular quando se tratar de ausência de proteção (CORRÊA, 2012). Segundo Silva (2014) muitas empresas já se regularizaram após essa atualização, visto que o MTE marcou uma forte presença nas interdições daquelas que não se regulassem conforme a NR12, pois por longos anos muitos profissionais se feriram e muitas famílias perderam seus entes queridos. Desta forma muitas empresas estão funcionando normalmente, porém com as devidas medidas de proteção aos trabalhadores. Não se sabe ao certo por que as empresas optaram em ir contra a NR12 antes de sua atualização, porém alguns autores afirmam que seria devido a despesas que gerava para as mesmas, nota-se que o profissional não tinha importância, chegando ao ponto de menosprezar os sofrimentos de familiares quando existia morte do profissional. Corrêa (2012) colabora quando relata: Esta última atualização está presente comentários e ilustrações a respeito das alterações, pelas quais a mesma passou, englobando as proteções e/ou dispositivos de proteção para máquinas e equipamentos como também aspectos de todo o ciclo de vida útil dos equipamentos, do projeto ao sucateamento (CORRÊA, 2012, p. 24). Nesta atualização, é notório que a norma veio realmente para proteção dos profissionais, isto é, pelo simples fato da quantidade de conteúdo abordado, pois antes a mesma expressava um pequeno texto com aproximadamente seis itens, com mais dois anexos, e agora a norma possui 19 itens, sete anexos e mais três apêndices (SILVA, 2014). Para uma norma que teve sua primeira criação no ano de 1978, de fato precisava de atualização urgente, pois muita tecnologia surgiu no decorrer desses anos, e constantemente tudo está em evolução, nada mais certo do as normas também acompanhar os avanços tecnológicos (CORRÊA, 2012). 28 Tabela 1 - Categoria 1 – Estatística das ocorrências dos acidentes CATEGORIA 1 RISCO Dimensionamento dos equipamentos Dimensionamento inadequado do equipamento Estatística das ocorrências 01 Falta de inspeção completa do equipamento e acessórios 90% 02 Existência de obstáculos 65% 03 Capacidade de carga maior do que permitido 50% 04 Condições ambientais 35% 05 Falha estrutural do equipamento 25% Fonte: Navarro, (2014). De acordo com o quadro 1, é notório que as causas dos acidentes estão relacionadas as falhas humanas e com relação as falhas dos equipamentos o valor é insignificante perto das falhas humanas. Diante do contexto, nota-se que a atenção e as manutenções nas áreas de trabalho são de extrema relevância, além do monitoramento e acompanhamento dos responsáveis pelo setor, também é importante destacar que há necessidade de se observar que quando é exigida a função de um operador treinado e com habilitação para determinada função, esta deve ser cumprida rigorosamente, seja na operação ou nas inspeções para a prevenção dos acidentes (MESQUITA, 2012). Tabela 2 - Categoria 2 – Acidentes envolvendo trabalhadores CATEGORIA 2 RISCO Envolvimento dos trabalhadores Queda das cargas ou acidentes envolvendo os trabalhadores Estatística das ocorrências 01 Características das cargas (em geometrias) 95% 02 Passagem de equipamentos nas proximidades 90% 03 Trajeto apresentando obstáculos e interferências 85% 04 Falta de isolamento correto na área 80% 05 Peso excessivo ou concentrado de cargas 45% 06 Imperícia ou imprudência do trabalhador 45% 07 Falta de sinalização 35% Fonte: Navarro, (2014). MESQUITA, (2012) colabora quando traz que os profissionais que vão atuar com os equipamentos, além de ter a capacidade para a atribuição do cargo, devem 29 criar hábitos de criar documentos de suas atividades para que seja possível realizar uma análise quando necessário, como por exemplo, pedidos de reparos ou manutenção, ou seja, que elabore um sistema de checklist simples para acompanhar o andamento da máquina e do profissional e desta forma ser capaz de trabalhar de forma preventiva aos acidentes. Todas as inspeções devem ser habitualmente realizadas pela empresa, criando um arquivo físico ou eletrônico, e anualmente elaborar um relatório de responsabilidade técnica para ser juntado com as documentações deste equipamento, pois é por meio deste que buscará informações necessárias para prevenções de acidentes ou infelizmente para informações caso ocorra um acidente (MESQUITA, 2012). 3.6 NR12 – SUA AMPLITUDE E ATRIBUIÇÃO Há uma busca constante por segurança em empresas e a NR12 vem contribuir, em forma de regulamentação para esta situação, se modificando e aprimorando ao longo do tempo para acompanhar as necessidades do mercado. Segundo Silva (2014) a nova forma da norma, trouxe atuação de máquinas moveis e fixas, como também ferramentas e equipamentoselétricos e manuais, apresentando seus conceitos e diferenças. Moraes( 2011) contribui quando traz que: A nova NR12 define as referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para prevenção de acidentes e doenças do trabalho em todas as fases de projeto, de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos e de sucateamento, na fabricação, importação, comercialização, exposição, em todas as 39 atividades econômicas, com observância do disposto nas demais NR’s, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão dessas, nas normas internacionais aplicáveis (MORAES, 2011, p. 43). Estas novas premissas estão relacionadas aos equipamentos e máquinas usadas e novas, com exceção aos subitens que mencionar algo especifico a sua utilização, pois estas premissas correspondem à montagem e operação, transporte e ajustes, desmontagem e desativação, instalação e limpezas, entre outras. Conforme Moraes (2011): Uma vez que existe a implantação de segurança bem projetada com relação à utilização de equipamentos e máquinas, automaticamente cria-se 30 um ciclo de protegido, inclusive com manutenções e limpezas, deixando um ambiente constantemente atualizado, com modificações nos trabalhos e novos equipamentos/máquinas, ou seja, um ambiente com baixo número de causas de acidentes e/ou erradicados. Para a elaboração de um processo de segurança a fim de evitar que os profissionais tenham contato com o risco de acidente, deve-se seguir algumas medidas nas zonas de perigo. Esta análise de risco, a princípio, deverá ser feita, através de um estudo de cada máquina e quais riscos oferece, desta forma determina-se os limites, distinguindo tipos de perigo existentes. Após, será feito uma avaliação por decisões críticas dos riscos fundamentando em métodos quantitativos e qualitativos, onde assentirá uma apreciação de segurança relacionado às máquinas. Feito a apreciação das máquinas e caso apresente um resultado que ainda não demonstre segurança, é extremamente relevante à realização de uma nova análise de risco, onde será implementado mecanismo que precisará diminuir os riscos apresentados (CORRÊA, 2012). Feito isso, novamente faz uma apreciação verificando que tipo de risco ainda está presente, visto que é impossível erradicar totalmente os riscos, conforme a figura 2, onde é possível compreender este processo. Figura 2 - Processo para alcance de segurança Fonte: Corrêa, (2012, p. 28). 31 Os principais objetivos dos métodos quantitativos e qualitativos tratam de propiciar fundamentos reais que alicerçam um processo com propósitos dos riscos apresentados e a diminuição dos mesmos. Conforme Silva e Souza (2011) quando se trata de métodos quantitativos, o objetivo é alcançar resultados numéricos de uma determinada estimativa dos riscos existentes, onde será extremamente relevante, onde existir risco de maior amplitude, como também para possíveis futuros estudos, na justificativa de custos ou para predeterminada ações preventivas. Já nos métodos qualitativos, baseia-se em uma análise mais simples, onde os riscos são encontrados facilmente, e toma-se de imediato uma medida preventiva existente nas normas. Quanto às desvantagens destes métodos, a quantitativa trata do custo pela sua alta complexidade nas avaliações relacionadas às falhas humanas, como erros de comunicação e em suas decisões, já na qualitativa também está relacionado a erros humanos, visto que a análise baseia-se em observações e possa passar alguma coisa despercebida, conduzindo vários desvios que favorecerá os riscos (CORRÊA, 2012). 32 4 METODOLOGIA CIENTÍFICA O presente trabalho é construído através de uma pesquisa bibliográfica que se constitui de pesquisas qualitativas sobre o torno mecânico, sua importância na indústria e manutenção preventiva para evitar acidentes de trabalho. Com ênfase em estudos na NR-12, que trata sobre o tema de segurança no trabalho e deste modo foi possível estudar informações especificas sobre o tema, abrindo oportunidade para possibilidades de melhorias nas questões de segurança de trabalho através de manutenção preventivas. As pesquisas teóricas foram realizadas através de leituras em livros, artigos do google acadêmico, revistas nacionais e internacionais e na legislação vigente sobre o tema, para completar a pesquisa quantitativa, que teve a intencionalidade, não apenas de descrever a aparência do fenômeno, mas também sua essência. O objetivo foi explicar que uma máquina milenar, como o torno mecânico, traz lucratividade através da sua eficiência e eficácia, utilizada nos dias de hoje, com os conceitos de segurança preventiva, definidos por especialistas no assunto, como forma de cuidado com o operador que nela atua. Segundo Doxsey & De Riz (2003), o objetivo geral da pesquisa esclarece o que se pretende alcançar com a investigação. Para este trabalho foi escolhido o método de pesquisa exploratória, pois este busca uma abordagem do fenômeno pelo levantamento de informações que poderão levar o pesquisador a conhecer mais a seu respeito visando validar instrumentos e proporcionar familiaridade com o campo de estudo. Então, iniciou-se a pesquisa com o conceito e histórico do torno mecânico e sua contribuição à indústria até os dias de hoje, seguindo com a importância da manutenção em máquinas operatrizes, onde se inclui o torno mecânico. Após seguiu-se com a pesquisa sobre acidentes de trabalho, com levantamento de alguns dados estatísticos e análise dos mesmos e por último o estudo na NR-12, esta que trata da segurança em máquinas e equipamentos. Foram destacados os pontos que se aplicaria a segurança em tornos mecânicos identificando as não conformidades. Na sequência houve a necessidade de conhecer o funcionamento e o processo que o torno universal executa, para identificar os perigos de acidentes. 33 4.1 DELINEAMENTO DE PESQUISA A Tabela 3 a seguir, ilustra o quadro de referências do presente trabalho, onde foram incluídos no mesmo, os autores das citações coletados de artigos, dissertações, livros, revistas e outros, utilizados para obter os resultados deste trabalho, e que foram, no quadro, dispostos de forma cronológica. Nº Autor Ano Tema de pesquisa Objetivo Geral 1 HENRIOT, G; Brodbeck, G. 1960 Le tourneur: construction mécanique. Contribuir com técnicas sobre torneamento em engenharia mecânica. 2 GHISI, E. 1997 Desenvolvimento de uma metodologia para retrofit em sistemas de iluminação. Apresentar uma metodologia detalhada para a elaboração de estudos que visem o sistema Retrofit em sistemas de iluminação. 3 KARDEC, Alan Kardec; LAFRAIA, João Ricardo. 2002 Gestão Estratégica e Confiabilidade. Explicar o conceito de gestão estratégica da manutenção. 4 VIANNA, D. Filipi. 2002 Prática de oficina: Processos de Fabricação. Apresentar os processos de fabricação de peças de dois modos: sem produção de cavacos, como nos processos metalúrgicos e com produção de cavacos. 5 DOXSEY J. R.; De Riz, J. 2003 Metodologia da pesquisa científica. Introduzir a metodologia de pesquisa enquanto processo de aprendizagem sobre a produção do conhecimento e a comunicação científica dos 34 resultados. 6 ROSSETTI, T. 2004 Manual prático do torneiro mecânico e do fresador. Ensinar aos jovens um trabalho qualificado oferecendo a possibilidade de formar, realmente em pouco tempo, bons operários especializados. 7 LANDES, David S. 2005 Prometeu desacorrentado: Transformações tecnológicas e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, de 1750 até os dias de hoje. Abordar a gênese e o desenvolvimento do sistema capitalista, tendo como palco privilegiado de análise docenário da Europa Ocidental. 8 OCDE - ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIME NTO ECONÔMICO. 2005 Manual de Oslo: Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação. Apresentar uma proposta para coleta e interpretação de dados sobre inovação e processos tecnológicos. 9 CAPELLI, Alexandre. 2006 Automação industrial. Analisar os principais equipamentos e sistemas de automação industrial, a estrutura dos acionamentos de motores elétricos e as bases gerais dos inversores de frequência. 10 CASTRUCCI, Plíneo L.; MORAES, Cícero C. 2007 Engenharia de Automação Industrial. Apresentar o método para o desenvolvimento de projetos de automação, desde as especificações 35 até a programação final e o controle dos processos de manufatura, com ênfase na gestão do processo. 11 SANTOS et al. 2007 A indústria brasileira de máquinas-ferramenta. Analisar o desempenho recente da indústria brasileira de máquinas- ferramenta, segmento pertencente ao setor de bens de capital mecânicos, ressaltando suas principais características. 12 CRUZ, Juliana Martins. 2008 Melhoria do tempo-padrão de produção em uma indústria de montagem de equipamentos eletrônicos. Comprovar, através do cálculo de tempos de produção, os resultados alcançados devido à mudanças de melhoria do processo. 13 PERES, C.R.C.; Lima, G.B.A. 2008 Proposta de modelo para controle de custos de manutenção com enfoque na aplicação de indicadores balanceados. Apresentar uma proposta de modelo de gestão para a engenharia de manutenção, a partir da estruturação de um sistema de medição formado por um conjunto de indicadores de desempenho, tomando-se como premissa uma formulação estratégica de controle de custos 36 da manutenção. 14 FLOUD, Roderick. 2009 The British machine tool industry. Apresentar a primeira história da indústria britânica de máquinas- ferramenta discutindo a estrutura da indústria, seu desempenho no comércio internacional e, por meio de uma análise dos registros volumosos de uma empresa, sua eficiência e produtividade. 15 MACHADO, A. R.; Abrão, A. M.; Coelho, R. T.; Silva, M. B. D. 2009 Teoria da Usinagem dos Metais. Demonstrar os princípios básicos sobre os processos de usinagem, apresentando os modelos e conceitos imprescindíveis ao engenheiro envolvido com a matéria. 16 SAFEGUARDIN G. Cutting And Turning Machines 2010 Equipamentos de segurança para máquinas. Fornecer produtos de segurança para máquinas. 17 GENEROSO. Daniel Joao. 2011 Usinagem Avançada– Torneamento. Capacitar alunos do curso técnico em eletromecânica sobre manual de instruções do Torno Ergomat. 18 MORAES, Giovani. 2011 Normas Regulamentadoras Comentadas e Ilustradas. Mostrar normas regulamentadoras em segurança e saúde no trabalho. 19 SILVA, Ivan 2011 Proteção de Máquinas: A Avaliar os perigos 37 Barbosa Rodrigues. Souza, Bruno Sillman. Melhor Alternativa. oferecidos por equipamentos e propor medidas. 20 CHEUNG, W. M.; XU, Y. 2012 Cost engineering for manufacturing: current and future research. Identificar os desafios científicos e apontar direções futuras de pesquisas em Engenharia de Custos. 21 CORRÊA, Martinho Ullmann. 2012 Sistematização e aplicação da NR12 na segurança em máquinas e equipamentos. Apresentar uma sistematização e aplicações da NR12 na segurança em máquinas e equipamentos. 22 MESQUITA, Suellen Silva de Mello. 2012 NR11. Estabelecer os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. 23 MENDES, A.A.; Ribeiro, J.L.D. 2013 Estabelecimento de um plano de manutenção baseado em análises quantitativas no contexto da MCC em um cenário de produção JIT. Apresentar um método para desenvolver análises quantitativas que orientem a revisão ou elaboração de um plano de manutenção de equipamentos em um cenário de produção just in 38 time. 24 KARDEC & Nascif. 2013 Manutenção: Função Estratégica. Trazer conceitos inovadores e com uma visão moderna da atividade que descreve, vinculada ao sucesso do negócio e com enfoque empresarial. 25 GROOVER, M. P. 2014 Introdução aos Processos de Fabricação. Proporcionar a estudantes de graduação e de cursos tecnológicos um conjunto amplo e abrangente de materiais, processos, conceitos e aplicações totalmente atualizados e vinculados às práticas modernas nas diversas áreas da Engenharia. 26 NAVARRO, Antônio Fernando. 2014 Acidentes causados durante a movimentação de cargas: Uma análise estatística dos acidentes. Ampliar o nível de segurança na movimentação de cargas. 27 RICARDO, Elton. 2014 SENAI. Aula 02: Torno Mecânico Desenvolver um curso sobre torno mecânico. 28 SILVA, Ivan Barbosa Rodrigues. 2014 Segurança no Uso de Empilhadeira Orientar as normas de segurança ao usar empilhadeiras. 29 SILVA, D.B. 2016 Implementação do plano mestre de manutenção preventiva para a melhoria na eficiência de linhas de envase de leite. Elaborar um Plano Mestre de Manutenção Preventiva para, em futuras aplicações, melhorar a eficiência do processo 39 produtivo de leite. 30 MARQUES, A.F.; Travian, J.C.; Santos. 2017 Gestão de Manutenção de Frota de Veículos Apresentar como realizar uma boa gestão de manutenção de frota de veículos. 31 PREVIDÊNCIA SOCIAL 2017 Histórico de acidentes de trabalho. Mostrar números de acidentes de trabalho no ano de 2017 em metalúrgicas. 32 ABNT². NBR ISO 31000 2018 Gestão de Riscos. Revisar o documento sobre Diretrizes da norma ABNT NBR ISO 31000:2009, elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos (ABNT/CEE- 063). 33 BARBOSA, J. P. 2019 Torno Mecânico. Desenvolver um curso sobre torno mecânico desde sua história até sua função e importância. 40 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES O propósito do presente trabalho foi analisar máquinas operatrizes, em específico o torno mecânico, objetivando identificar quais os elementos está em acordo e qual não está em acordo com o que estabelece a NR12, com a intencionalidade de identificar perigos e/ou riscos e sugerir modificações ou melhorias em equipamentos segundo a NR12, buscando também estabelecer os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças provenientes de equipamentos e máquinas na sua operação, manutenção onde haja interação humana com equipamentos e máquinas. NR12 são as normas reguladoras, criadas em 1978, e que em 2010 tiveram uma atualização, e que visam a proteção do trabalhador, objetivando evitar a mutilação ou a morte destes, através das regras e ações que devem ser observadas nas máquinas e equipamentos e também nas condições de trabalho. A pesquisa realizada mostra, através dos estudos feitos que a adequação NR12, em 2010, com sua atualização tornou-a mais ampla e com maior poder de fiscalização, pois foram criadas normas técnicas, instruções normativas e programas de prevenção. Em relação especifica, ao torno mecânico, incluiu-se uma série de procedimentos e técnicas que visam à segurança do equipamento industrial, conforme as leis trabalhistas e as determinações dos órgãos responsáveis, buscando a prevenção em ocorrência de acidentes de trabalho. Nas figuras 3, 4 e 5 que aparecem neste trabalho, é possível verificar que, através das fotos de um torno, L- 2680, que está sem a adequação a NR12, e assim sem os equipamentos mínimos necessários para a segurança do trabalhador, ou seja, sem os dispositivos de segurança na zonade perigo, onde ocorre a transformação da peça. Nas figuras 3, 4 e 5, foram destacados nas imagens, a placa do torno, ferramenta de projeção de partículas e o fuso, ou seja, na fixação e na zona de corte e remoção do material, que são consideradas as zonas de potencial risco, pois é onde o operador fica posicionado, demonstrando assim que o uso de um torno sem os devidos equipamentos aumenta a possibilidade de riscos de acidentes. 41 Figura 3 - Placa do torno sem adequação a NR12 Fonte: ATM-USI LTDA (2018) Figura 4- Proteção para o carro sem adequação a NR12 Fonte: ATM-USI LTDA (2018) 42 Figura 5- Fuso da máquina sem adequação a NR12 Fonte: ATM-USI LTDA (2018) Com a percepção de que a falta de equipamentos adequados no torno mecânico pode causar muitos acidentes, a adequação com a NR12, sobre o torno mecânico, tem a intencionalidade de proteger os operadores, de acidentes que possam ser causados pelos equipamentos inadequados ou falta de alguns, como por exemplo, na placa, no porta-ferramentas e no fuso, que são partes do torno que sem a NR12 ficam sem proteção contra cavacos ou também de fluidos cortantes. Em função das grandes mudanças ocorridas nos setores tecnológicos e de produção nos últimos anos, com complexidade cada vez maior dos equipamentos e, ao mesmo tempo, grande exigência de produtividade e qualidade, a função da manutenção trás a importância do investimento em tornos mecânicos mais seguros, considerando fundamental a aplicação da NR12, pois as empresas devem assumir grandes responsabilidades no sentido de garantir confiabilidade e disponibilidade, fatores que refletem diretamente no desempenho operacional, garantindo a proteção, já que nesta mesma monografia é destacado que um dos causadores de acidentes no trabalho também é o descuido do trabalhador, como trás na tabela 2 deste trabalho. No entendimento de que haverá falhas humanas a proteção deve ser máxima nos equipamentos. 43 Figura 6 – Torno mecânico Romi com adequação a NR12 Fonte: Facecontrol Automação e Robótica ( 2016) Na busca por maior segurança nos equipamentos, na Figura 6, o torno mecânico já traz os dispositivos de segurança, conforme a NR12, atualizada em 2010, estabelece como: placas de proteção, botão de parada de emergência, proteção da árvore, proteção do carro, proteção do cabeçote móvel, painel de comando e freio motor, visando dar maior segurança a quem o maneja. Os dispositivos de segurança para o torno mecânico, que a NR12 estabelece como obrigatórios, se dividem em placas móveis de segurança e proteções fixas. As partes da placa e do fuso são consideradas as zonas de maior perigo, pois é onde o trabalho da peça se efetua e com isso acontecem os movimentos de rotação e de alta velocidade e que podem ocasionar acidentes, e assim precisam ser protegidas da melhor forma possível para trazer maior segurança ao operário. A versão atualizada em 2010, da NR12 trás, em seu paragrafo 12.41, a normatização sobre a obrigatoriedade do uso das placas móveis de proteção e que estas devem estar aliadas a dispositivos eletromecânicos. Estas placas aparecem nas figuras 7 e 8. 44 Figura 7 – Placa de proteção Fonte: Biz engenharia (2019) As placas de proteção são posicionadas sobre a placa/castanha do torno protegendo o operador de eventual contato superior com as partes rotativas da máquina e contra projeção de fagulhas e do líquido refrigerante oriundos do processo de usinagem. A proteção é apoiada e sustentada por um eixo de rotação que permite abertura de até 90°. Figura 8 – Proteção para o carro Fonte: Biz engenharia (2019) A proteção com braços articulados que acompanha o carro móvel da máquina é destinada a proteger o operador durante o processo de usinagem do contato direto 45 com materiais colocados em rotação da placa e da projeção de cavacos e do liquido de lubrificação e refrigeração. As proteções fixas são projetadas e incorporadas, no momento da fabricação do torno, ou acrescentadas após, sem comprometer a mesma, mas que de alguma maneira o operário só consegue remover ou abrir as mesmas com o uso de ferramentas. O parágrafo 12.49 da NR12 trás alguns requisitos para atender esta normatização, tais como: -Ser construída de material resistente e adequada à contenção de projeção de pecas, materiais e partículas; -Possuir fixação firma que garanta a estabilidade e resistência mecânica compatível com os esforços requeridos; -Não criar pontos de esmagamentos ou agarramentos com partes da máquina ou outras proteções; -Não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas; -Resistir às condições ambientais do local de instalação; -Impedir o acesso a zona de perigo. Algumas proteções fixas aparecem abaixo nas figuras 9, 10 ,11 e 12. Figura 9 - Proteção para o fuso Fonte: Biz engenharia (2019) A proteção para o fuso, figura 9, com a adequação a NR12, serve para proteger o operário contra possível enroscamento de roupas ao manejar o torno. 46 Figura 10- Proteção da parte posterior do torno Fonte: Operatrix (2020) A figura 10, que trás a proteção da parte posterior do torno tem sua importância na adequação da NR12 por ter a finalidade de proteger de projeções da peça, derramamento de fluido de corte, pessoas que circulam próximos ao torno. Figura 11 – Botão de emergência Fonte: Loja casa do mecânico ( 2020) Botão para de emergência, figura 11, é um dispositivo acionador, utilizado para interromper a operação da máquina de forma imediata. O botão de emergência, 47 normalmente, é vermelho e tem a forma de um cogumelo. Sua instalação deve ser feita em locais de fácil acesso e muito visíveis, justamente para que possam ser acionados com facilidade numa situação de emergência pelo operador da máquina ou alguém muito próximo. Figura 12 – Chave interruptora FONTE: Kraus & Naimer (2019) A chave geral, do espaço físico, onde se localiza o torno mecânico é projetada para proporcionar um meio de isolamento geral quando um equipamento elétrico necessitar de manutenção ou conserto. Este equipamento deve ficar fora da zona perigosa para que não possa ser acionado involuntariamente pelo operador, mas sim ficar bem sinalizado para que, em caso de necessidade, seja de fácil acesso. Após as colocações sobre a importância das normatizações NR12, do torno mecânico, espera-se que todas as Indústrias, que utilizam esta máquina, sejam responsáveis, e tenham como um de seus principais objetivos o cuidado com seus funcionários, considerando as Leis Trabalhistas, assim como os riscos e perigos que devem ser avaliados para agir de forma preventiva, pois desta forma, se reduz a probabilidade de ocorrência de acidentes envolvendo colaboradores e partes interessadas. No Brasil, segundo Previdência Social (2019), os acidentes em metalúrgicas, no ano de 2017, foram de 6155 casos registrados e a Tabela 1 deste trabalho, traz a 48 estatística de dados, onde aparece que 90% dos acidentes ocorre por falta de inspeção completa do equipamento e acessórios, 35% pelas condições ambientais e 25% por falha estrutural do equipamento. Na Tabela 2, que aparece neste trabalho e que trata de acidentes envolvendo trabalhadores, é possível verificar que 45% dos acidentes ocorrem por imperícia ou imprudência do trabalhador, mostrando assim que devem ser consideradas também as ações que a empresa deve fazer e que estão descritos na NR12 e que passa pela questão dos seminários, com intuito de estar sempre atualizando sobre a conscientização de que todos os envolvidos no trabalho devem estar sempre atentos e com uso dos EPIs, pois a desatenção se traduz e falhas humanas e estas poderão nunca terminar, mas com palestras e sinalizações constantes poderão diminuirbastante. Ao analisar os dados em relação aos acidentes de trabalho e observar o uso do torno mecânico com as adequações da NR12 é possível perceber que a prevenção realmente precisa ser um ponto importante a ser cuidado dentro das empresas, assim como a capacitação e conscientização da importância da atenção do trabalhador ao manejo do mesmo, respeitando as normas de uso e utilizando os equipamentos necessários. Também é importante salientar a percepção que houve na construção deste trabalho que as adequações da NR12 foram fundamentais para a melhoria no quesito acidentes de trabalho, trazendo mais cuidado com o operador do torno, pois como mostra a Figura 2 deste trabalho, não há a possibilidade de se zerar acidentes, mas a possibilidades de diminuir se forem tomadas medidas competentes, que sejam eficientes e eficazes. As melhorias quanto à prevenção de acidentes deve estar sempre priorizadas porque trazem o princípio do respeito à vida e deve também fazer parte da rotina dos empresários conscientizando-os da importância da vida de seu funcionário e também de que gera economia em muitos sentidos, para a saúde pública e para a empresa, com menos gastos, pois fazer manutenção e comprar equipamentos de segurança, com certeza, gera economia para a empresa. É necessária a fiscalização e a conscientização, pois dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017 (AEAT 2017), elaborado pela Coordenação Geral de Estatística, Demografia e Atuária do MTPS, mostram que, em 2017, foram registrados 549.405 acidentes de trabalho em todo o Brasil. Em relação 49 a 2016 houve uma queda de 6,19% e se percebe assim que há uma perspectiva de cada vez diminuir estes acidentes, mas os números traduzem ainda, trabalhadores fora do seu trabalho, por causas de acidentes no trabalho, sem produzir e ganhar seu salário e a previdência social com um impacto grande em gastos. Sem dúvida, cada legislação posta para fiscalizar e promover ações, como a NR12, contribui para diminuir o quadro de estatísticas de acidentes de trabalho, e deve ser aplicada e fiscalizada com afinco, pois cada vida perdida ou comprometida onde o trabalhador não possa buscar seu sustento por si é um problema social que deve ser combatido, pois envolve milhares de famílias que ficam carentes emocionalmente e que também cada vez mais vulneráveis e dependendo de programas governamentais. Cuidar da saúde do trabalhador através de capacitações que o tornem consciente de que o cuidado consigo é um dever individual e que pode acarretar um problema social é uma das principais ações da empresa e que pode ser feito com a responsabilidade social que toda empresa deve ter, onde deve estar com as manutenções de máquinas e equipamentos de forma correta e em investimentos na qualidade de vida dos seus funcionários, através de programas na própria empresa como ginastica laboral, dinâmicas de grupos com especialistas e outros, visando sempre que este profissional se encontre bem fisicamente e emocionalmente. 50 6. CONCLUSÕES Os acidentes de trabalho ocorrem diariamente em empresas e fábricas, causando danos aos trabalhadores, tirando a vida de muitas pessoas ou lesionando-as gravemente e, portanto sendo considerado um grande problema para a sociedade. A responsabilidade quanto à segurança para trabalhos com máquinas e equipamentos envolve a questão dos cuidados com a manutenção e a educação dos operários no sentido de atenção no manejo com as mesmas. É visto hoje que existem muitas maneiras de organizar a prevenção com o objetivo de diminuir acidentes, pois há possibilidades da implantação de muitas ações práticas que podem ser consideradas adequadas para a contenção de acidentes. A NR12 trazendo a regulamentação e as ações que devem ser aplicadas são medidas eficientes e eficazes, na forma de controlar e reduzir os acidentes trazendo mais segurança a todos os envolvidos na busca por resultados satisfatórios para os operários e para os empresários, assim como para a sociedade em geral. O presente trabalho, após seu desenvolvimento e análise dos dados contribuiu para afirmar que a prevenção deve ser prioridade no cuidado com a saúde de trabalhadores e que obedecer a legislação sobre normas de segurança, como a NR12, criada para garantir a segurança no trabalho e atualizada por necessidade de mudanças que o tempo atual pede, deve ser considerada e aplicada objetivando diminuir os acidentes de trabalho. Este trabalho também se faz importante para a sociedade e órgãos públicos, pois traz detalhadamente algumas informações que podem servir de ajuda e subsídios para a construção de estratégias, através de ações, que visem diminuir a acidentalidade nas empresas e fábricas, pois esta pesquisa contribui com informações tais como a importância de que o torno foi e sempre será uma máquina ferramenta importante no mundo empresarial e que por isso deve obedecer as normas de segurança. Sendo importante destacar que a aplicação da NR12, com sua regulamentação e prática, vem contribuindo para que os acidentes de trabalho diminuam ao longo dos anos e por fim que vivemos em mundo em que a maioria dos países são capitalistas e os empresários buscam lucratividade mas que em nenhum momento estes devem deixar de lado sua responsabilidade social e descuidar da saúde de seus funcionários, promovendo sempre o cuidado com a vida. 51 REFERÊNCIAS ABNT². NBR ISO 31000: Gestão de Riscos - Diretrizes. Rio de Janeiro. 2018. BARBOSA, J. P. Torno Mecânico (2019) Disponível em ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/JoaoPaulo/PRONATEC/.../TORNO.pdf Acesso em 03 de jun. 2021. CAPELLI, Alexandre. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos. 2ª ed. São Paulo: Érica Ltda, 2006. CASTRUCCI, Plíneo L.; MORAES, Cícero C. Engenharia de Automação Industrial. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. CHEUNG, W. M.; Xu, Y. Cost engineering for manufacturing: current and future research. 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