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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA AMANDA BEATRIZ DA SILVA PORTFOLIO ADAPTADO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III: GESTÃO EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES MACEIÓ-AL 2020 2 AMANDA BEATRIZ DA SILVA PORTFOLIO ADAPTADO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III: GESTÃO EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES Portfolio adaptado apresentado à Universidade Norte Paraná, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular Obrigatório III: Gestão Educacional e Espaços Não Escolares do curso de Pedagogia. MACEIÓ-AL 2020 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….....4 1- LEITURAS OBRIGATÓRIAS…………………………………………………………...5 2- O REGIMENTO ESCOLAR/PPP E SUA UTILIDADE NO ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR, COM DESTAQUE PARA A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA (DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO)..........................................................8 3- A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA (DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO), A ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA E AS ETAPAS DO PROCESSO PEDAGÓGICO E/OU ADMINISTRATIVO………………………….09 4- PLANO DE AÇÃO………………………………………………….….………….........11 CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………..…………………......20 REFERÊNCIAS……………………………..…………………………………………..….21 4 INTRODUÇÃO A gestão escolar caracteriza-se pelo incentivo e criatividade, a solidariedade e a boa convivência, e para que isso se efetive é imprescindível que o gestor garanta a participação de toda a comunidade escolar nas decisões e organização da escola. Quando o gestor assume uma postura, o restante da comunidade escolar passa a assumir o papel de co-representantes na construção de uma escola democrática, que vise um ensino de qualidade. É importante ter em conta que participação e gestão escolar não podem ser entendidas como um mecanismo formal, que visa entender a dispositivos legais. Ao contrário, são processos que se constroem na experiência do cotidiano da instituição educacional e no compartilhamento de valores e objetivos que se tornam coletivos. Neste portfólio será apresentado o cenário das mudanças configuradas no mundo do trabalho, que determinaram modificações na formação do pedagogo e na ampliação do seu espaço de atuação. Em seguida a atuação da equipe diretiva (diretor, coordenador pedagógico), a organização e supervisão da escola e as etapas do processo pedagógico e/ou administrativo e por fim o plano de ação voltado para a ação do diretor em relação a participação da família. Tendo como objetivo poder analisar qual a importância da equipe da gestão da escola, perante a sociedade, pais e aos alunos. O diretor da escola juntamente com seus auxiliares desempenham um papel que pode ser caracterizado pela liderança, tendo em vista o papel de todos os educadores, mas precisa de um líder para que possa estar influenciando positivamente a sua equipe de trabalho, para que em grupo possam construir conhecimentos, realizem seus projetos e possam fazer melhorias tanto na escola como na forma de educação. Desta forma o princípio básico da docência remete a gestão, que conforme a resolução 01/2006, implica em planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação, assim como em produção e difusão do conhecimento nos mais diversos espaços sociais. Então há a necessidade de percepção de que as atividades educativas não podem estar restrita ao espaço escolar e que o gestor da educação pode muito bem atuar no planejamento e execução destas atividades. 5 Diante disto, surge a necessidade que se transforma em desejo, de buscar respostas, apontamentos com novas abordagens para os desafios contemporâneos da gestão democrática. 1- LEITURAS OBRIGATÓRIAS O artigo Pedagogia em Ação: O Papel do Pedagogo e Suas Diversas Atuações, aborda a rememoração a história do curso de pedagogia e o pedagogo e sua diversas áreas de atuação. A Pedagogia e o termo do educador como foi vista no artigo, surgiu na grécia antiga e na Roma. Nesse período, seu papel era o de transmitir conhecimento; então, ao longo dos anos, sua função foi se aprimorando, chegando aos dias de hoje como especialista em conduzir conhecimentos e práticas educativas em contextos e ambientes variados. Fala da formulação e aplicação da LDB, na qual, discutia-se a importância da educação de professores e profissionais da área, tanto em instâncias públicas como privadas. Movimentos escolanovistas impulsionam a profissionalização dos professores, culminando, com isto, a criação dos cursos de Pedagogia em universidades é a necessidade que o pedagogo tem em estar em constante modificação. O curso de Pedagogia, propriamente dito, surgiu em 1939, na Universidade do Brasil, dentro da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Entretanto, a formação para a docência nas séries iniciais, antigo primário, iniciou-se com em 1835 no Rio de Janeiro, com a chegada da Escola Normal no Período Regencial. A esse respeito, Libâneo (2006) observa que a Pedagogia é um campo do conhecimento que estuda sistematicamente o ato educativo concreto que se realiza na sociedade como item básico para a configuração da atividade humana. Na ideia de Libâneo (2010, p. 31), há três vertentes para a educação: a formal, a não formal e a informal. A primeira é relativa à transmissão de conhecimento científico sistematizada em espaços escolares ou extraescolares, ou seja, as definições e o papel social da prática pedagógica presente para além da docência e do ambiente escolar, refletindo sobre a atuação desse profissional em museus, 6 hospitais, presídios, empresas, meios de comunicação e outros ambientes em que há projetos com foco educativo. Dito isto, é necessário que os currículos dos Cursos de Pedagogia proporcionem aos licenciandos conhecimentos para atuar no vasto campo, no qual a atuação do pedagogo é fundamental para favorecer o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem em ambientes escolares e não escolares. É necessário também garantir aos profissionais em exercício uma formação continuada que possibilite uma reflexão do que já fazem na sua prática profissional,com vistas ao aperfeiçoamento desses saberes. Por fim mostra o pedagogo e suas áreas de atuação, em todos os espaços o pedagogo atua para além de métodos escolares ensinadas na graduação. alicerçado em seus conhecimentos teóricos e práticos, o pedagogo deve agrupar suas experiências à de outros profissionais, a fim de que, seu desempenho na gestão de pessoas e coordenação de equipe possibilite o desenvolvimento e a superação. A performance do pedagogo, vai muito além dos espaços escolares, ele encontra-se vigente em qualquer área extraescolar que necessite da transmissão e assimilação de conhecimento. Ao pedagogo nesse espaço, compete a tarefa de transmitir conhecimento ético e científico, determinando a readaptação do indivíduo no meio social. Com fundamento no que foi exposto, evidencia-se que o pedagogo é capaz de atuar em diversas áreas que necessitam do conhecimento educativo, expandindo seu campo de atuação para além do campo comumente conhecido, como se pode visualizar a seguir: No ambiente escolar as atividades são: oportunizar a aprendizagem e o crescimento tanto social como cognitivo dos alunos. Comanda e instituir no estabelecimento de ensino as diretrizes do Projeto Político-Pedagógico. No Regimento Escolar, auxiliar o corpo docente, supervisionando o sistema de ensino, possibilitando aprendizagem dentro da escola de forma integral. A Pedagogia Hospitalar neste momento é um apoio a mais na área da educação para transmitir e levar conhecimento. Segundo Matos e Mugiatti (2007), a Pedagogia Hospitalar: Como especificidade, o documento do MEC (BRASIL, 2002) diz que ao professor “compete adequar e adaptar o ambiente às atividades e os 7 materiais, planejar o dia-a-dia da turma, registrar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido”. Consequentemente, esses espaços precisam viabilizar ao paciente e ao profissional educador uma intensa transição e adequação de conhecimento da educação básica, com o intuito de que ao retornar à escola a criança, o jovem ou o adulto encontra-se preparados para dar continuidade aos seus estudos. Já na ótica do ambiente empresarial, o pedagogo atuará otimizar a produtividade e engajamento geral de uma empresa, tendo como objetivo designar atividades e estimular o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. Cursos, palestras e atividades lúdicas podem ser utilizados para preparar o seu colaborador para as atividades do dia a dia. Nos sindicatos, o pedagogo exerce almejando, representando e coordenando projetos de educação formal, conceituando e desconceituado o trabalhador. Da mesma forma, o turismo também consegue torna-se caracterizado como área de atuação do pedagogo. Segundo Scremim e Junqueira (2012), o turismo educacional inclui o homem com o espaço. Viagens ou passeios devem ser promovidos com o intuito de colaborar com o conhecimento cultural e social, proporcionando, assim, novos saberes, contribuindo com o aprendizado dos alunos. O desempenho do pedagogo dentro do museu é uma atividade não formal, segundo Desvallées e Mairesse (2013, p. 38), a educação no museu: Pode ser definida como um conjunto de valores, de conceitos, de saberes e de práticas que têm como fim o desenvolvimento do visitante como um trabalho de aculturação, ela apoia-se notadamente sobre a pedagogia, o desenvolvimento, o florescimento e a aprendizagem de novos saberes Outro espaço no qual exerce o papel de educador e efetua o conhecimento científico são as prisões. É um sistema de educação formal que acontece em espaço não escolar. De acordo com o Decreto n. 7.626, de 24 de novembro de 2011, as diretrizes para a educação prisional são: I - promoção da reintegração social da pessoa em privação de liberdade por meio da educação; II - integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com os órgãos responsáveis pela execução penal; III - fomento à formulação de políticas de atendimento educacional à criança que esteja em estabelecimento penal, em razão da privação de liberdade de sua mãe (BRASIL, 2011). Ainda conforme este decreto, espaços próprios para o 8 funcionamento dessa ação pedagógica devem ser criados nos presídios, isto possibilitar ao detento oportunidade e benefício em contato com a educação. 2- REGIMENTO ESCOLAR/PPP E SUA UTILIDADE NO ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR, COM DESTAQUE PARA A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA (DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO) A função do regimento no âmbito escolar é retratar todos os aspectos da realidade institucional, testificando a legitimidade do trabalho educacional desenvolvido, proporcionando o aprimoramento da qualidade da educação. Designando atribuições de um dos segmentos que compõem a instituição escolar, garantindo assim, o cumprimento de direitos e deveres da comunidade escolar, determinando também a organização administrativa, didática, pedagógica, disciplinar da instituição, instituindo normas que carecem ser seguidas para na sua elaboração, como, por exemplo, os direitos e deveres de todos que convivem no ambiente, conceitua os objetivos da escola, os níveis de ensino que oferta e como ela atua. Distribuindo as responsabilidades e atribuições de cada pessoa, evitando que o gestor ajunte todas as ordens, todos os trabalhos em suas mãos, determinando o que cada um deve fazer e como deve fazer. Toda instituição deve dispor agregações de normas e regras que regulam a suas propostas explicitadas em um documento que deve está disponível para a consulta de toda a comunidade escolar. Ele deve estar de acordo com uma proposta de gestão democrática, assim ele proporcionar a qualidade do ensino, desenvolvendo a autonomia pedagógica e valorizando a participação da comunidade escolar que está representada através dos órgãos colegiados, como também cumprir todas as ações estabelecida no Projeto Político-Pedagógico da escola (PPP). Os aspectos contemplados no regimento escolar é a compatibilidade com a legislação que é sobreposta no país — como é o caso da Lei N° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a chamada Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação nacional — bem como a que é aplicada, especificamente, no estado e municípioem que se encontra a escola. Está de acordo com a Base Nacional Comum Curricular https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf 9 (BNCC). Como o documento irá guiar a escola em todas as suas esferas, ele deve ser bastante detalhado. E dentre as diversas informações que deve conter estão: ● As referências sobre quem é a escola (quais são os seus níveis de ensino, em que turno opera, qual a carga horária dos períodos, quantos serão os dias letivos, etc.); ● Os objetivos da instituição; ● Os direitos e deveres da direção, do corpo docente e dos demais funcionários, também dos alunos e de seus responsáveis, bem como as devidas punições para as eventuais infrações; ● Especificidade sobre o sistema de avaliação da instituição de ensino; ● A existência de projetos especiais, dentre outros aspectos. A escola deve ser vista como um espaço que favorece a discussão dos conhecimentos históricos acumulados pela sociedade. É através dessa construção coletiva que teremos uma organização capaz de efetivar uma educação de qualidade, gratuita e para todos, além de formar cidadãos críticos capazes de transformar a sua realidade. Dessa forma, podemos concluir que o Regimento Escolar é essencial para uma instituição escolar que busca a qualidade do ensino numa perspectiva democrática. 3- A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA (DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO), A ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA E AS ETAPAS DO PROCESSO PEDAGÓGICO E/OU ADMINISTRATIVO. O gestor tem responsabilidades que vão desde a gestão de contas até a gestão dos relacionamentos, ele precisa ser polivalente para conseguir desempenhar com maestria todas as responsabilidades que são inerentes ao seu cargo. Além disso, ele também precisa ser capaz de enxergar as possibilidades e inovar. Conduzir a escola à evolução constante é um grande desafio. Suas principais atribuições é a rotina no setor administrativo e financeiro, o trabalho em prol do desenvolvimento pedagógico, a coordenação do corpo docente e até a integração família-escola. tendo sempre como objetivo favorecer a qualidade 10 da educação oferecida pela escola, assim como incentiva as equipes que nela trabalham e a integração entre todos, inclusive pais e responsáveis. Ter um bom planejamento, com objetivos, metas e estratégias bem definidas; Adotar tecnologias que fomentam o conhecimento; fazer controle de gastos; Estabelecer uma gestão participativa e democrática; Preservar o patrimônio escolar; Conhecer bem a legislação; Instituir indicadores de aprendizagem, visando a evasão escolar, aprovação, reprovação; o diretor escolar deve garantir que todas as condições necessárias sejam oferecidas; Passa por constantes avaliações; Estimula a participação de pais e responsáveis; Promove os conselhos de classe; Criar e acompanhar planos de ação, entre outras diversas atribuições. A atuação do diretor (a) quanto ao atendimento aos alunos e aos docentes são o que há de mais valoroso dentro de uma escola. A administração escolar não se resume a lidar com suprimentos, folhas salariais ou reposição de livros. Há pessoas envolvidas! A partir daí, notamos como a gestão escolar é desafiadora. Por isso, o papel do diretor escolar como líder da instituição é fundamental. Além de resolver problemas de manutenção, organizar arquivos ou administrar os horários da escola, ele tem um contato direto com os educadores e os alunos. Seu foco, como diretor escolar, deve ser sempre o aluno. O mais importante, no ambiente de ensino, é a aprendizagem dos estudantes. Para atender os docentes é necessário lembrar que os professores são e serão sempre a principal voz dentro da escola. Eles estão na linha de frente do processo de ensino e aprendizagem, lidando com a individualidade de cada aluno, suas histórias e com a forte missão de mediar novos saberes. Assim, cabe ao diretor(a) escolar buscar a excelência na gestão de professores, pois, com professores motivados, poderemos observar ganhos significativos em todo o âmbito escolar. Sempre buscando atender os pedidos de materiais. Fazer reuniões, chamar representantes de pais e alunos para que saiba o que fazer com determinado acontecimento é sempre importante para o convívio escola/comunidade. É necessário saber orientar, motivar e ouvir os docentes, buscando sempre uma melhor maneira de comunicação para que estes não levem para o lado pessoal em casos de chamada atenção. 11 4- PLANO DE AÇÃO Descrição da situação-problema Quais são as formas encontradas pelo gestor e sua equipe para motivar o (a) professor (a) em sala de aula? Objetivos do plano de ação ● Investigar quais são as formas encontradas pelo gestor e sua equipe para promover a motivação dos professores em sala de aula. ● Verificar as ações/estratégias pelo gestor e sua equipe que favorecem a motivação dos professores para o trabalho em sala de aula; Analisar de que forma essas ações/estratégias interferem na sala de aula. Proposta de solução É importante a escola criar um projeto com ações constantes para motivar os professores da instituição de ensino. É imprescindível que sejam abordadas neste planejamento, ações para incentivar educadores a trabalharem com ânimo e disposição dentro e fora da sala de aula. Dentre essas ações, destacamos: ● Incentivos para a capacitação contínua; ● Melhorias na infraestrutura das salas de aula; ● Melhorias na sala dos professores; ● Criação de um canal de escuta para atender às demandas e ajudar a resolver os problemas em sala de aula. De acordo com Andrade (2001), a palavra gestão em seu sentido original, vem do termo latino “gerere” que 12 Abordagem teórico-metodológica expressa à ação de dirigir, de administrar e de gerir a vida, os destinos, as capacidades das pessoas e as próprias coisas que lhes pertencem ou que delas fazem uso. Segundo o autor, uma parcela da sociedade compreende gestão como sendo uma função burocrática destituída de uma visão humanística, como ação voltada à orientação doplanejamento, da distribuição de bens e da produção desses bens. É relevante perceber, também, que a prática administrativa não se dá de forma isolada, descontextualizada e individual, ela acontece no grupo e para o grupo, implicando decisões coletivas e organizadas. Gestão lembra gestação, gerir, dar a vida, e como tal, nos agrada, porque, em se tratando da escola, nosso objetivo principal é fazer com que a vida dos seres humanos que passam por ela (escola) se torne mais promissora, mais digna, mais justa, mais humana. Isto para nós é mais viver, mais gerir, é mais felicidade. Nesse sentido, gestão vai além do seu conceito primeiro que diz respeito à ação de dirigir, administrar. Existem vários tipos de gestão, entre elas a gestão escolar que o tema do presente trabalho. A exigência de uma Gestão Escolar genuinamente democrático-participativa provoca um debate e embate entre práticas e metodologias de diferentes agentes educativos. Coloca em questão políticas públicas, especificamente no que tange à educação e evidencia a exigência de uma grande marcha Freireana, com o objetivo de buscar o sentido da vida que foi expropriada e privatizada ao longo dos tempos em diversas 13 sociedades humanas. O pensamento de Paulo Freire reflete o que a sociedade deve buscar em termos de educação voltada para políticas democráticas favorecendo a inclusão social, deixando de lado uma gestão dominadora que, infelizmente, ainda presenciamos muito no nosso cotidiano. A falta de democracia piora a situação das escolas. É importante que o gestor se preocupe com a motivação de todos no ambiente escolar. Quando há interesse e ajuda na união de todos por parte, principalmente, dos gestores, realmente, haverá uma política de paz, amor e, consequentemente, a inclusão social. Portanto, Paulo Freire com a sua luta por uma política educacional de inclusão, colocou uma semente que germina no futuro de nosso país servindo de exemplo para outros países e outras gerações. Nos dias de hoje, a escola é vista como responsabilidade de todos, pois a sociedade demanda uma escola competente, com uso eficiente de recursos e com bons resultados de aprendizagens pelos alunos. Nesse sentido, evidencia-se a forma democrática e participativa que deve assumir a gestão escolar, ensejando que os sistemas de ensino possam organizar e adaptar a gestão pública escolar, conforme o contexto em que ela está inserida. A escola é uma organização que sempre precisou mostrar resultados referentes ao aprendizado do aluno, com isso é de grande importância à presença de gestores que atuem como líderes, capazes de implantar ações direcionadas para esse foco. A liderança é inerente à dinâmica que envolve ensino e aprendizagem, 14 interessante verificar como o conceito de gestão escolar evoluiu com o passar dos anos e, hoje, é possível pensar em gestão no sentido de gerir uma instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com a finalidade de uma democratização da gestão educacional. Conforme apontado por Luck (2008, p. 11), gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos. E, assim, torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento. Nos dias de hoje, podemos ver o perfil do gestor, que tem a necessidade de repensar alguns fundamentos educacionais quebrando novos paradigmas, como relação à interdisciplinaridade pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em sala de aula, construção do conhecimento e habilidades. Dentre os múltiplos significados dados à motivação, pode-se afirmar que motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos. Ela envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados como cumprimento de objetivos. A motivação é um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano, pois sem ela é muito 15 mais difícil cumprir algumas tarefas. É muito importante ter motivação para estudar, para fazer exercício físico, para trabalhar e para tantas outras coisas que fazem parte da vida das pessoas. Conforme Guimarães, (2009), o processo de motivação pode acontecer por meio de uma força interior, ou seja, cada pessoa tem a capacidade de se motivar ou desmotivar, também chamada de auto motivação ou motivação intrínseca. Há também a motivação extrínseca, que é aquela gerada pelo ambiente que a pessoa vive, o que ocorre na vida dela influencia em sua motivação. Acredito que somente um professor motivado poderá exercer suas funções de maneira realmente produtiva e somente assim poderá motivar seus alunos no processo de ensino e aprendizagem. As palestras motivacionais para professores fortalecem a autoestima ao aflorar os motivos que impulsionam os professores a ministrar aulas com entusiasmo. Muitos gestores reclamam da falta de motivação da e sua equipe, alguns buscam justificativas no salário baixo, outros no comportamento inadequado de alguns alunos, mas isso foge da alçada dos gestores, entretanto não podemos encontrar justificativas nesses fatores elencados acima. Para mobilizar uma equipe de trabalho o gestor deve descobrir o que desperta a motivação dos professores e funcionários, não podendo esquecer que muitas vezes o desânimo da equipe de trabalho origina-se da insatisfação dos gestores, pois é muito comum que a equipe gestora imprima o clima dominante 16 na escola. Como por exemplo, eventos especiais, como congressos, seminários, curso de atualização e dinâmicas mirabolantes não garantem a motivação dos professores, mas sim o dia a dia de trabalho, que faz com que todos percebam a importância da sua função para a aprendizagem dos alunos. O professor sempre que é chamado para participar daelaboração de funções dentro da escola se sente valorizado. De acordo com Luck (2008, p.15), uma das maiores características de um gestor escolar é a motivação, portanto é por meio dela que conseguimos atingir os objetivos propostos, não ter medo de risco e de fracasso, enfrentando-os como uma possibilidade natural a todas as relações humanas. O gestor deve ter uma boa liderança de comunicação, sabendo interagir com sua equipe de trabalho de modo equilibrado e positivo, valorizando o potencial de cada professor. Bzuneck (2009, p.9) ressalta que a motivação é entendida ora como um conjunto de fatores psicológicos, ora como um processo e destaca que, nas concepções contemporâneas, a metáfora de investimento pessoal contribui para que se compreenda o que seja motivação. Devemos investir nos nossos recursos pessoais para conseguirmos ter habilidades para encontrar a motivação na labuta diária. Outro fator que está ligado com a motivação do professor é a sua qualidade de vida, é de suma importância a saúde do profissional, ou seja, um professor que está com sua saúde em dia certamente terá muito mais ânimo de efetuar seu trabalho do que um profissional com sua saúde debilitada. Dessa forma, a 17 motivação e a qualidade de vida andam juntas, pois passam a serem fatores relevantes no âmbito profissional. Ao falarmos em motivação no processo de aprendizagem escolar, é extremamente relevante salientar a relação professor- aluno, pois o modo como esse relacionamento se dá vai dimensionar e direcionar a questão da motivação. Um professor, consciente de seu papel, sabe que sua tarefa é orientar o aluno em seu aprendizado, tornando-o mais crítico, buscando sempre seu êxito e não seu fracasso. Referindo-se à motivação em sala de aula, nas palavras de Tapia e Fita (1999, p.100) quando afirmam que “é necessário que o professor transmita valores de forma explícita. Devemos lutar contra a tendência de deixar isso exclusivamente nas mãos dos especialistas, professores de religião, ética. Essa tarefa deve ser assumida por todos os professores”. Em sala de aula é necessário levar em conta as peculiaridades que diferenciam cada um, pois a motivação do aluno está relacionada diretamente com o contexto em sala de aula, não esquecendo que no ambiente escolar as atividades dos alunos são desenvolvidas em grupos. Visto que o professor é um profissional como outro qualquer do ponto de vista trabalhista, mas tem uma função, uma missão que é o seu diferencial, ele exerce grande influência sobre a formação da personalidade e do caráter de seus alunos. Seu modo de agir com ele, de interagir com a turma durante as aulas, vai transmitir lhe muito mais do que o simples conteúdo das disciplinas e pode deixar marcas 18 para o resto de suas vidas. Essas marcas podem ter um cunho positivo ou negativo. Recursos Laboratório de informática; Vídeos; Revistas; artigos e publicações em geral; Questionário para pesquisa; Utilizaremos aparelho de som, tv, DVD, data show, computador, e máquina digital. Considerações Finais Neste trabalho buscamos compreender sobre o processo de motivação dos professores e da equipe gestora, por meio de leituras dos autores que dão sustentação teórica ao estudo. Acredita-se que a causa possível dessa resistência à mudança seja, principalmente, a acomodação por parte dos professores que, por vezes, apresentam falta de comprometimento observada em alguns momentos na escola, preocupam-se e investem pouco em formação continuada, aceitam o desenvolvimento de todos os segmentos da sociedade e com ele o desenvolvimento da escola, sem questionar. Isso pode ser um problema, pois os estudantes do século XXI não são os mesmos do século XX. Hoje com o avanço das tecnologias ficou mais fácil à comunicação, com isso, as diferenças dos estudantes dessas épocas são gritantes. Além do mais, não podemos perder de vista que a educação é o caminho para que se crie uma sociedade justa e comprometida. Para isso, precisamos estar mais bem preparados para lidar com o excesso de informações. Nesse contexto, Perrenoud (2000) enfoca a questão da competência do professor em relação à formação 19 profissional, ele afirma que é imprescindível saber para ensinar bem em uma sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível, e apresenta dez habilidades necessárias ao professor. Salienta-se, entre elas, a de organizar e dirigir situações de aprendizagem, administrar a progressão das aprendizagens, trabalhar em equipe e utilizar novas tecnologias. Desse modo, é evidente que a qualidade do ensino passa pela gestão democrática, que estabelece mecanismos da participação de todos os segmentos da comunidade escolar nas decisões administrativas, pedagógicas e financeiras da escola, ajuda na superação dos problemas encontrados na gestão, pois a efetiva interação dos que fazem a escola é capaz de promover uma educação dinâmica, participativa e de qualidade. A gestão democrática é indispensável para formação de uma cultura de interação entre todos, e ela é a responsável pela transformação da escola transformando-a em um local onde a informação, o conhecimento e a cidadania estão sempre presentes. Diante disso, fica evidente a grande importância que a motivação tem no processo de ensino e aprendizagem e, principalmente, a motivação da equipe gestora que pode influenciar de forma positiva nesse processo. Para isso, é necessária uma parceria entre gestão e professores, com função orientadora e, acima de tudo, que busque meios de manter sempre uma equipe motivada, proporcionando assim um ambiente prazeroso e estimulador favorecendo um ensino de qualidade. 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante desta pesquisa constatou que formação dos cursos de Pedagogia, de forma geral, não aborda as diversas possibilidades de atuação. Para tanto, são necessárias pesquisas que investiguem as grades curriculares dos cursos de graduação em Pedagogia, a fim de propor a reflexão do pedagogo para multidimensionalidade da profissão. Em uma época de mudança, faz-senecessário transformar a realidade a qual estamos inserida, ou seja, as práticas educativas, consequentemente buscam por profissionais mais instrumentalizados para atuar dentro desse ambiente. Os movimentos de gestão democráticos e de autonomia na unidade escolar trazem consigo novas exigências à construção e reconstrução das práticas pedagógicas, administrativas, financeiras e relacionais nessas instituições. Para tanto, o plano de ação é de extrema importância na medida em que desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social e da formação de cidadãos, oferecendo, ainda a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social. A gestão escolar, portanto, deve buscar a participação coletiva e o envolvimento de pessoas, que não só coloquem idéias, mas, que influenciam nos rumos da escola. Enfim, a gestão é um instrumento de mudança e transformação de professores, funcionários, pais, alunos, comunidade e principalmente à equipe gestora que para realizar uma verdadeira gestão democrática e participativa deve romper com práticas com autoritarismo, individualismo, centralização de tarefas e passar a ser um gestor que reforça o trabalho em equipe, delegar tarefas, confia na equipe e divide a tarefa da tomada de decisões com todos os agentes da comunidade escolar. Para que ocorra o trabalho do desenvolvimento educativo é necessário e importante que o gestor tenha um olhar abrangente, ou seja, uma visão geral nas relações entre os vários componentes que participam das articulações educacionais, para que desta forma consigam orienta-se através do novo paradigma de que norteiam o espaço educacional. 21 REFERÊNCIAS ADAIR, J. Liderança e Motivação . 2. ed. São Paulo: Clio, 2010. AQUINO, Soraia Lourenço de. O pedagogo e seus espaços de atuação nas representações sociais de egressos do curso de Pedagogia. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2011. Alvarez, Adrian; Rigo, Mariana. PEDAGOGIA EM AÇÃO: O PAPEL DO PEDAGOGO E SUAS DIVERSAS ATUAÇÕES. B. Téc. Senac, Rio de Janeiro, v. 44, n. 2, maio/ago. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações. Brasília, DF, 2002. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2016. BZNECK, J. 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