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Direito do Consumidor 
 
2 
______________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
Sumário 
PRINCÍPIOS ..................................................................................................................................................... 2 
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO .......................................................................................... 3 
POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO ......................................................................................... 4 
DIREITOS BASICOS DO CONSUMIDOR.............................................................................................................. 5 
RESPONSABILIDADE PELO FATO E PELO VÍCIO DO PRODUTO ........................................................................... 7 
PRAZOS .......................................................................................................................................................... 9 
PRATICAS COMERCIAIS E ABUSIVAS .............................................................................................................. 10 
CONTRATOS ................................................................................................................................................. 13 
BANCO DE DADOS ........................................................................................................................................ 15 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS ........................................................................................................................ 15 
AÇÕES COLETIVAS ........................................................................................................................................ 16 
SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR ........................................................................................ 18 
 
PRINCÍPIOS 
QUESTÃO 1 A Lei n. 8078/90 estabelece a denominada 
Política Nacional das Relações de Consumo, elencando 
seus princípios norteadores e instrumentos a serem 
utilizados pelo Poder Público para sua efetivação. 
No tocante ao Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor (CDC) assinale a afirmativa incorreta. 
A) Estabelece normas de ordem pública e de interesse 
social, em especial os direitos básicos do consumidor 
como a inversão do ônus da prova que podem ser 
aplicados pelo Judiciário, independentemente de 
requerimento específico. 
B) Consumidor é definido como toda pessoa física ou 
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço 
como destinatário final. 
C) Mesmo não se enquadrando no conceito legal de 
Consumidor, o CDC prevê a figura do Consumidor por 
equiparação, a fim de preservar direitos de todas as 
vítimas do evento danoso. 
D) O fabricante, o produtor, o construtor nacional ou 
estrangeiro e o importador respondem, 
subjetivamente, pela reparação dos danos causados 
aos consumidores por defeitos de seus produtos, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua utilização e riscos. 
E) A oferta tem caráter vinculante, obrigando o 
fornecedor a, por exemplo, vender um produto nas 
condições anunciadas por meio de publicidade 
suficientemente precisa, veiculada por qualquer 
forma ou meio de comunicação. 
QUESTÃO 2 Vitor celebrou um contrato de consumo 
com determinada prestadora de serviços na área de 
telefonia móvel. A celebração ocorreu por meio da 
assinatura de um instrumento elaborado pelo 
fornecedor. 
No caso em questão, é correto afirmar que Vitor 
A) está totalmente vinculado a essa relação contratual 
em razão do princípio da relatividade dos contratos. 
B) está totalmente vinculado a essa relação contratual 
em razão do princípio da obrigatoriedade dos 
contratos. 
C) está totalmente vinculado a essa relação contratual 
em razão dos princípios da relatividade dos contratos 
e da obrigatoriedade. 
D) não tem obrigações contratuais, em virtude do que 
determina o Código de Defesa do Consumidor. 
E) está vinculado ao contrato, mas protegido pelos 
princípios da função social e da boa-fé e pela 
mitigação dos princípios contratuais. 
QUESTÃO 3 A concessionária de energia elétrica, de 
forma unilateral, apura a existência de dívidas no imóvel 
de Antônio, decorrentes de inadimplemento e de 
suposta fraude no medidor. 
Em razão disso, efetua o corte no fornecimento. 
Inconformado, Antônio ingressa com ação de obrigação 
de fazer visando à retomada do fornecimento, por se 
tratar de serviço essencial. No curso da lide, as partes não 
manifestaram interesse na produção de provas, 
pugnando pelo seu julgamento antecipado. Com relação 
ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
A) A concessionária não poderia efetuar o corte em 
nenhuma hipótese, pois o fornecimento de energia 
elétrica é serviço essencial. 
B) A concessionária poderia efetuar o corte em razão do 
inadimplemento, desde que respeitado o aviso prévio, 
mas não poderia fazê-lo com relação à suposta fraude 
no medidor, apurada de forma unilateral 
 
3 
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C) A concessionária não poderia efetuar o corte em razão 
do inadimplemento, mesmo verificado o aviso prévio, 
mas poderia fazê-lo com relação à suposta fraude no 
medidor, que pode ser apurada de forma unilateral, 
pois o aparelho não pertence ao consumidor, mas à 
concessionária. 
D) A concessionária poderia efetuar o corte no 
fornecimento de energia elétrica em ambos os casos, 
sem necessidade de aviso prévio, amparada no 
princípio da força obrigatória dos contratos e no 
interesse público de combater instalações elétricas 
fraudulentas 
E) Diante dos princípios constitucionais do devido 
processo legal, contraditório e ampla defesa, o corte 
no fornecimento de energia elétrica não pode ser 
realizado unilateralmente pela concessionária, sendo 
indispensável o ajuizamento de medida judicial 
visando essa finalidade 
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE 
CONSUMO 
QUESTÃO 4 A porta principal de um determinado 
supermercado veio a cair sobre as costas de Bento 
Santiago, quando ele esperava sua esposa que fazia 
compras no interior do estabelecimento. Em razão do 
acidente, Bento sofreu traumatismo lombar, 
necessitando de tratamento médico e de 
medicamentos. 
Diante da situação narrada, com base no Código de 
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), assinale a 
afirmativa correta. 
A) A responsabilidade civil do supermercado é subjetiva, 
pois não se aplica o Código de Defesa do Consumidor 
em virtude da inexistência de relação consumerista 
entre a vítima e o estabelecimento empresarial. 
B) Bento Santiago deve ser considerado como 
consumidor por equiparação, aplicando-se a 
responsabilidade civil objetiva do supermercado por 
fato do serviço. 
C) Apenas a esposa de Bento deve ser considerada 
como consumidora e, assim, inexiste 
responsabilidade civil do supermercado devido ao 
fortuito externo. 
D) A responsabilidade civil do supermercado deve ser 
considerada como subjetiva, por ser a vítima 
consumidora por equiparação. 
E) Como se trata de vício no serviço, a responsabilidade 
civil do supermercado deve ser considerada como 
objetiva, contudo deverá Bento demonstrar sua 
condição de consumidor. 
QUESTÃO 5 André comprou um televisor fabricado pela 
Alicante. Quando ligou o aparelho em sua rede elétrica, 
ocorreu um curto em razão de um defeito interno, 
causando uma pequena explosão que feriu levemente 
sua amiga Tatiana, que o visitava na ocasião. 
Para demandar indenização pelos danos sofridos por 
Tatiana: 
A) André deve acionar sozinho a Alicante, na condição 
de comprador do produto; 
B) Tatiana pode acionar sozinha a Alicante, por ser 
consumidora por equiparação; 
C) Tatiana e André devem acionar a Alicante 
necessariamente juntos; 
D) Tatiana deve acionar judicialmente apenas André e 
ele poderá regredir contra a Alicante; 
E) Tatiana pode acionar a Alicante e André, mas 
necessariamente juntos. 
QUESTÃO6 Roberto adquiriu uma televisão para sua 
residência em uma grande rede de lojas de nome 
comercial “Beta”, devidamente instalada em sua 
residência. Para inaugurar sua televisão, convidou seu 
amigo Cristian para assistir a um jogo de futebol em sua 
casa. No horário do jogo, os dois se sentaram em frente a 
TV e, ao ligar o aparelho no controle remoto, a televisão 
veio a explodir, causando ferimentos tanto em Roberto 
como em Cristian. Analisando a situação narrada, é 
possível afirmar que: 
A) Tanto Roberto como Cristian são considerados 
consumidores padrão, conceito trazido pelo caput do 
artigo 2º do Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, uma vez que o Código adotou a teoria 
maximalista para conceituação de consumidor, 
respondendo a fornecedora do produto de forma 
objetiva. 
B) Roberto é consumidor padrão e Cristian consumidor 
por equiparação e a fornecedora do produto 
responde de forma objetiva com relação a Roberto e 
subjetiva com relação a Cristian, com base no Código 
de Proteção e Defesa do Consumidor. 
C) Roberto poderá propor demanda indenizatória em 
face da fornecedora do produto com base no Código 
de Proteção e Defesa do Consumidor, enquanto 
Cristian terá que se valer das normas de 
responsabilidade do Código Civil para propositura da 
sua demanda, já que não é parte na relação de 
consumo. 
D) Tanto pelos danos provocados a Roberto como a 
Cristian, a fornecedora do produto responde de forma 
objetiva, com base na teoria do risco integral adotada 
pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor, 
não se admitindo causas excludentes de 
responsabilidade. 
E) Roberto é conceituado como consumidor padrão e 
Cristian consumidor por equiparação e a fornecedora 
do produto responde de forma objetiva com relação 
a ambos, com base no Código de Proteção e Defesa 
do Consumidor. 
QUESTÃO 7 Além do conceito estrito de consumidor, ou 
seja, pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final, o Código de 
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) contempla a 
figura do consumidor por equiparação, que se verifica 
nos casos de: 
A) consumidor pessoa jurídica; (ii) coletividade de 
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo; (iii) vítimas de 
evento produzido pelo fato do produto e do serviço; 
B) coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo; (ii) 
vítimas de evento produzido pelo fato do produto e 
 
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do serviço; (iii) pessoas, determináveis ou não, 
expostas às práticas comerciais previstas no Código; 
C) pessoa que retira o produto de circulação para 
transformá-lo e revendê-lo com lucro; (ii) vítimas de 
evento produzido pelo fato do produto e do serviço; 
(iii) sociedades cooperativas; 
D) sociedades cooperativas; (ii) coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas 
relações de consumo; (iii) pessoa que retira o produto 
de circulação para transformá-lo e revendê-lo com 
lucro; 
E) pessoa jurídica estrangeira; (ii) vítimas de evento 
produzido pelo fato do produto e do serviço; (iii) 
pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas 
comerciais previstas no Código. 
QUESTÃO 8 Quanto aos sujeitos da relação de consumo, 
de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. Equipara-se a consumidor apenas a coletividade 
determinável de pessoas que haja intervindo nas 
relações de consumo. 
II. Empregador e empregado são sujeitos da relação de 
consumo, porque qualquer atividade fornecida no 
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive 
as decorrentes das relações de caráter trabalhista, é 
considerada como serviço. 
III. Os entes despersonalizados que desenvolvem 
atividade de produção, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços são reputados 
fornecedores. 
Está correto o que se afirma em: 
A) somente I; 
B) somente III; 
C) somente I e II; 
D) somente II e III; 
E) I, II e III. 
QUESTÃO 9 O comerciante, na hipótese de fato do 
produto: 
A) pode ser subsidiariamente responsável; 
B) não tem qualquer responsabilidade civil; 
C) é totalmente responsável; 
D) não integra a relação jurídica de consumo; 
E) se equivale ao produtor e ao fabricante. 
QUESTÃO 10 É correto afirmar que o fornecedor, na 
relação jurídica de consumo: 
A) é sempre pessoa física; 
B) é sempre pessoa jurídica; 
C) pode ser pessoa física e pessoa jurídica, desde que de 
direito privado; 
D) pode ser um ente despersonalizado; 
E) não tem proteção jurídica 
QUESTÃO 11 É correto afirmar que o consumidor: 
A) pode ser pessoa física ou jurídica; 
B) somente pode ser pessoa jurídica; 
C) somente pode ser pessoa física; 
D) tem que ser pessoa física, podendo ser pessoa jurídica 
quando for por equiparação; 
E) tem que ser pessoa jurídica, podendo ser pessoa física 
quando for por equiparação. 
QUESTÃO 12 Valéria recebeu em seu domicílio uma 
correspondência do Banco AZ S.A. com um cartão de 
crédito. O produto não foi solicitado e Valéria não é 
cliente da instituição. Ela inutilizou o cartão e o 
descartou. No mês seguinte, recebeu uma fatura 
cobrando pela anuidade do referido produto. Trata-se, no 
caso, de: 
A) erro essencial que torna anulável o negócio jurídico 
em questão; 
B) relação de consumo, em que Valéria é consumidora 
por equiparação; 
C) venda casada, por subordinar a aquisição do cartão ao 
pagamento de anuidade; 
D) vício por lesão, por impor a Valéria uma contratação 
desproporcional; 
E) vício por estado de perigo, em razão do evidente dolo 
de aproveitamento. 
QUESTÃO 13 Helena dirige-se ao Centro Hospitalar K 
LTDA para realizar uma consulta emergencial. Após ser 
atendida por um médico plantonista do hospital, ela 
retorna à casa com as devidas recomendações médicas 
e prescrições de medicamentos. Seu estado de saúde se 
agrava e ocorre o óbito. O laudo cadavérico atesta erro 
médico quanto ao tratamento aplicado a Helena. Sobre 
o ocorrido: 
A) verifica-se uma relação de consumo, e o Centro 
Hospitalar, como fornecedor, responderá 
subjetivamente pelo vício do serviço prestado; 
B) não se verifica uma relação de consumo, e o Centro 
Hospitalar não responderá pelo erro do seu preposto 
médico; 
C) verifica-se uma relação de consumo, e o médico 
responderá objetivamente como fornecedor do 
serviço viciado; 
D) verifica-se uma relação de consumo, e o Centro 
Hospitalar responderá objetivamente pelo fato do 
serviço; 
E) não se verifica uma relação de consumo, mas o 
Centro Hospitalar responderá subjetivamente pelo 
dano causado por seu preposto médico. 
QUESTÃO 14 Acerca das relações de consumo, assinale a 
afirmativa incorreta. 
A) Podem estabelecer-se entre pessoas físicas. 
B) Podem incluir entes despersonalizados. 
C) Podem ser fornecidas por instituições financeiras. 
D) Podem estabelecer-se mesmo na ausência de 
contrato celebrado entre consumidor e fornecedor. 
E) Estabelecem-se necessariamente entre um 
fornecedor e consumidores determinados ou, ao 
menos, determináveis. 
POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE 
CONSUMO 
QUESTÃO 15 As alternativas a seguir apresentam 
instrumentos do poder público para a execução da 
Política Nacional das Relações de Consumo, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
A) Manutenção de assistência jurídica, integral e 
gratuita para o consumidor carente. 
 
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B) Instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do 
Consumidor, no âmbito do Ministério Público. 
C) Criação de delegacias de polícia especializadas no 
atendimento de consumidores vítimas de infrações 
penais de consumo. 
D) Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e 
Varas Especializadas para a solução de litígios de 
consumo. 
E) Proibição da criação e desenvolvimento de 
Associações de Defesa do Consumidor. 
QUESTÃO 16 Sobre os princípios norteadoresda Política 
Nacional das Relações de Consumo, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Educar e informar os fornecedores e consumidores, 
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria 
do mercado de consumo. 
II. Incentivar a criação pelos fornecedores de meios 
eficientes de controle de qualidade e segurança de 
produtos e serviços, com exclusão de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo. 
III. Coibir e reprimir todos os abusos praticados no 
mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e 
a utilização indevida de inventos e criações industriais 
que possam causar prejuízos aos consumidores. 
Está correto o que se afirma em 
A) I, somente. 
B) II, somente. 
C) I e III, somente. 
D) II e III, somente. 
E) I, II e III. 
QUESTÃO 17 A propósito da indenização pelos danos 
materiais decorrentes do extravio de bagagem em voos 
internacionais, assinale a afirmativa correta. 
A) A disciplina do Código de Defesa do Consumidor 
sempre prevalece sobre os acordos internacionais 
subscritos pelo Brasil. 
B) As transportadoras aéreas de passageiros em voos 
internacionais não podem estipular contratualmente 
indenizações superiores aos limites indenizatórios 
estabelecidos nas Convenções de Varsóvia e Montreal 
e demais acordos internacionais subscritos pelo 
Brasil. 
C) As normas e os tratados internacionais limitadores da 
responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, especialmente as Convenções de 
Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao 
Código de Defesa do Consumidor. 
D) As normas e os tratados internacionais limitadores da 
responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, salvo as Convenções de Varsóvia e 
Montreal, têm prevalência em relação ao Código de 
Defesa do Consumidor. 
E) Não é aplicável o limite indenizatório estabelecido nas 
Convenções de Varsóvia e Montreal e demais acordos 
internacionais subscritos pelo Brasil em relação às 
condenações por dano material decorrente de 
extravio de bagagem em voos internacionais. 
QUESTÃO 18 A ação governamental no sentido de 
proteger efetivamente o consumidor: 
A) é ilícita; 
B) é Ilegal; 
C) é um dos princípios da Política Nacional das Relações 
de Consumo; 
D) não tem aplicabilidade no direito brasileiro; 
E) somente deve acontecer em circunstâncias 
excepcionais, previstas especificamente em lei. 
QUESTÃO 19 Entre os instrumentos para a execução da 
Política Nacional das Relações de Consumo, pode-se 
mencionar: 
A) criação de juizados e varas especializadas para a 
solução de litígios de consumo; 
B) inversão do ônus da prova e revisão dos contratos; 
C) vício e fato do produto; 
D) aplicação dos princípios contratuais; 
E) harmonização dos interesses. 
QUESTÃO 20 Um dos princípios que norteiam a Política 
Nacional das Relações de Consumo é o da: 
A) instrumentalidade de formas; 
B) economia processual; 
C) irretroatividade; 
D) vulnerabilidade 
E) relatividade. 
DIREITOS BASICOS DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 21 A inversão do ônus da prova é um direito 
básico do consumidor e visa à facilitação da defesa de 
seus direitos. 
A respeito do tema, à luz do Código de Defesa do 
Consumidor, é correto afirmar que: 
A) se dá de forma ope juris; 
B) se dá de forma ope legis; 
C) exige a comprovação de hipossuficiência econômica; 
D) é cabível no processo civil e no processo penal; 
E) exige a cumulação da verossimilhança da alegação e 
de hipossuficiência. 
QUESTÃO 22 Sobre a inversão do ônus da prova, é 
correto afirmar que: 
A) nas causas envolvendo erro médico, não é possível a 
inversão do ônus da prova em face de vulnerabilidade 
técnica e hipossuficiência da vítima quando o 
atendimento ocorrer em hospital público; 
B) nas causas envolvendo danos suportados pelos 
consumidores decorrentes da má prestação do 
serviço, o fornecedor tem o ônus de provar a 
inexistência de defeito ou a culpa exclusiva do 
consumidor ou de terceiro, independentemente de 
pronunciamento judicial; 
C) nas demandas consumeristas, verificada a 
verossimilhança das alegações do consumidor ou a 
sua hipossuficiência, poderá o juiz inverter o ônus da 
prova a seu favor na sentença; 
D) nas causas envolvendo danos suportados pelos 
consumidores decorrentes da má prestação do 
serviço, o juiz, verificando a hipossuficiência do autor, 
pode atribuir ao fornecedor o ônus de provar a 
inexistência de defeito e a culpa exclusiva do 
consumidor ou de terceiro; 
 
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E) nas causas sobre a responsabilidade de hospitais e 
clínicas por danos decorrentes dos serviços neles 
prestados, é do autor o ônus da prova do defeito na 
prestação do serviço, podendo o juiz atribuir esse 
ônus ao réu em face de vulnerabilidade técnica e 
hipossuficiência da vítima. 
QUESTÃO 23 Mãe de duas crianças pequenas e 
preocupada com a limpeza de sua casa, Lúcia contratou 
os serviços especializados da Estofados Zil Ltda. para a 
aplicação de um produto impermeabilizante no sofá de 
sua sala. No momento da contratação, o representante 
da fornecedora garantiu que o serviço tornaria o estofado 
“cem por cento à prova d’água”. Três semanas após a 
prestação do serviço, a filha de Lúcia derrubou 
acidentalmente um copo cheio de refrigerante sobre o 
sofá, que prontamente absorveu o líquido, ficando claro 
que o estofado não havia adquirido nem mesmo um 
nível mínimo de impermeabilidade. Lúcia entrou em 
contato no mesmo dia com a fornecedora Estofados Zil 
Ltda. para relatar o ocorrido. 
De acordo com o direito do consumidor brasileiro, é 
correto afirmar que Lúcia: 
A) pode exigir a reexecução do serviço, arcando apenas 
com os eventuais custos operacionais de reexecução; 
B) pode exigir um abatimento do preço pago pelo 
serviço, mas não tem a alternativa de exigir a 
restituição integral do valor; 
C) pode exigir a restituição do preço pago, ainda que a 
fornecedora se ofereça para reexecutar o serviço; 
D) não pode cobrar eventuais perdas e danos caso opte 
por exigir a restituição integral do preço; 
E) não pode exigir mais nada da fornecedora, pois já 
decaiu do direito de reclamar por vícios de fácil 
constatação. 
QUESTÃO 24 XL Ltda. dedica-se ao comércio varejista de 
equipamentos eletrônicos. Importou certa quantidade 
de termômetros eletrônicos e revendeu todos. Vários 
consumidores reclamaram que o equipamento não 
apresentava funcionamento correto. A vendedora 
encaminhou os equipamentos defeituosos para análise 
e foi constatado que eram falsos. Ela, apesar de ter sido 
também enganada, esclareceu o ocorrido e ressarciu os 
adquirentes. 
A conduta da vendedora revela 
A) boa-fé objetiva. 
B) boa-fé subjetiva. 
C) temor de perda de mercado. 
D) desejo de proteger sua boa fama. 
QUESTÃO 25 As opções a seguir apresentam direitos 
básicos do consumidor, à exceção de uma. Assinale-a: 
A) Proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de 
produtos e serviços considerados perigosos ou 
nocivos. 
B) Educação e divulgação sobre o consumo adequado 
dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de 
escolha e a igualdade nas contratações. 
C) Proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, 
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem 
como contra as práticas e as cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços. 
D) Acesso aos órgãos judiciários e administrativos com 
vistas à prevenção ou reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou 
difusos, assegurada a proteção Jurídica, 
administrativa e técnica aos necessitados. 
E) Modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão, em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas, desde que tais 
fatos fossem imprevisíveis na data da celebração do 
contrato. 
QUESTÃO 26 A respeito da responsabilidade pelo fato do 
produto e do serviço, assinale a afirmativa incorreta. 
A) Se o vício do produtonão for sanado no prazo máximo 
de 30 dias, e na impossibilidade de se atender pedido 
do consumidor de substituição por outro da mesma 
espécie, o Código de Defesa do Consumidor autoriza 
a substituição por outro de espécie superior, mas 
veda a complementação de eventual diferença de 
preço. 
B) No caso de fornecimento de produtos in natura, será 
responsável perante o consumidor o fornecedor 
imediato, exceto quando identificado claramente seu 
produtor. 
C) O CDC autoriza que a reexecução de serviços 
prestados pelo fornecedor seja por ele confiada a 
terceiros. 
D) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de 
qualidade por inadequação dos produtos e serviços 
não o exime de responsabilidade. 
E) No fornecimento de serviços que tenham por objetivo 
a reparação de qualquer produto, considerar-se-á 
implícita a obrigação do fornecedor de empregar 
componentes de reposição originais adequados e 
novos, ou que mantenham as especificações técnicas 
do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, 
autorização em contrário do consumidor. 
QUESTÃO 27 Bárbara, após observar a propaganda de 
uma geladeira pelo preço de novecentos e oitenta reais, 
parcelados em vinte e quatro vezes sem juros, com 
garantia de um ano, decidiu adquirir o produto. Ocorre 
que, após um ano e um mês de uso, a referida geladeira 
apresentou um vício, passando a desligar 
automaticamente. É correto afirmar que: 
A) não há responsabilidade do comerciante e do 
fabricante, em virtude do decurso do prazo de 
garantia. 
B) apenas o comerciante tem responsabilidade em 
relação ao vício, apesar do decurso do prazo de 
garantia. 
C) apenas o fabricante tem responsabilidade em relação 
ao vício, apesar do decurso do prazo de garantia. 
D) há responsabilidade do fabricante e do comerciante 
em relação ao vício, pois a garantia contratual é 
complementar à garantia legal. 
E) há responsabilidade do fabricante e do comerciante 
em relação ao vício, pois o prazo mínimo de garantia 
legal de produto essencial é de dois anos. 
 
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QUESTÃO 28 Adriano, servente de obras, após receber 
panfletos de publicidade de uma operadora de telefonia 
móvel, com preços bem atraentes e prazo de garantia de 
um ano, adquiriu um aparelho celular pelo valor de 
duzentos reais. Ocorre que, onze meses depois, o 
aparelho apresentou um problema de fabricação que 
impedia a digitação das teclas com os números “7” e “9”. 
Ao procurar a referida loja, Adriano foi informado de que 
a garantia do seu aparelho era de apenas seis meses, 
conforme constava do termo de garantia anexo ao 
manual do usuário, entregue junto com o telefone, por 
ocasião da compra. Inconformado com a situação, 
Adriano procurou a Defensoria Pública. Nesse caso, 
verifica-se uma hipótese de 
A) fato do produto, não havendo, de qualquer forma, 
responsabilidade do comerciante. 
B) fato do produto, não havendo responsabilidade do 
comerciante em razão do decurso do prazo de 
garantia. 
C) fato do produto, havendo responsabilidade do 
comerciante, já que o prazo divulgado na publicidade 
deve prevalecer em relação ao prazo constante do 
termo de garantia. 
D) vício do produto, havendo responsabilidade do 
comerciante, já que o prazo divulgado na publicidade 
deve prevalecer em relação ao prazo constante do 
termo de garantia. 
E) vício do produto, não havendo responsabilidade do 
comerciante em razão do decurso do prazo de 
garantia. 
RESPONSABILIDADE PELO FATO E PELO 
VÍCIO DO PRODUTO 
QUESTÃO 29 Anauri ajuizou ação de responsabilidade 
civil em face de Sonorização Sonora Ltda., para reparação 
de danos decorrentes de vício do serviço de sonorização 
da cerimônia e da festa de seu casamento. A prestação 
do serviço foi péssima e frustrou a expectativa do 
contratante em razão de vícios de qualidade dos 
equipamentos e atraso na montagem e desmontagem 
da estrutura de sonorização. No curso da ação foi 
decretada a falência da ré. Consoante as disposições do 
Código de Defesa do Consumidor, na ação de 
responsabilidade civil do fornecedor de serviços, o 
administrador judicial deverá proceder da seguinte 
forma: 
A) informar a existência de seguro de responsabilidade, 
facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de 
ação de indenização diretamente contra o segurador; 
B) incluir o crédito no quadro geral de credores para 
futuro pagamento, em caso de procedência do 
pedido. Caso haja seguro de responsabilidade, deve 
denunciar a lide à seguradora e ao IRB Brasil 
Resseguros S/A, por se tratar de litisconsórcio 
necessário; 
C) informar a existência de seguro de responsabilidade, 
facultando-se, em caso afirmativo, a denunciação da 
lide ao IRB Brasil Resseguros S/A; 
D) integrar a lide como substituto processual e, se 
houver seguro de responsabilidade, poderá chamar 
ao processo tanto o segurador quanto o IRB Brasil 
Resseguros S/A; 
E) incluir o crédito do consumidor no quadro geral de 
credores para futuro pagamento, em caso de 
procedência do pedido, sendo-lhe facultado 
denunciar a lide à seguradora, caso haja seguro de 
responsabilidade. 
QUESTÃO 30 Carina, profissional autônoma, adquiriu 
meio quilograma de carne da produtora Saudável Ltda. 
em um estabelecimento da rede de supermercados 
Casas Barateiro Ltda. O produto foi vendido em 
embalagem lacrada com o rótulo da produtora. Horas 
após a compra, porém, ao preparar e consumir o 
produto, Carina sentiu-se muito mal e precisou ser 
hospitalizada, tendo-se então verificado que sofreu 
intoxicação alimentar em decorrência de a carne estar 
estragada. Além dos valores gastos com o tratamento 
médico, o prejuízo de Carina avolumou-se porque ela 
precisou parar de trabalhar por alguns dias, durante os 
quais deixou de auferir seu faturamento habitual. 
Considerando que esteja comprovado que a carne já 
estava estragada no momento em que foi comprada, em 
decorrência de não ter sido conservada adequadamente 
no supermercado, e que essa foi a causa da intoxicação 
alimentar, é correto afirmar que: 
A) a rede Casas Barateiro Ltda. não poderá ser 
responsabilizada pelos danos sofridos por Carina, 
porque o produtor da carne, nesse caso, podia ser 
plenamente identificado; 
B) a rede Casas Barateiro Ltda. poderá ser 
responsabilizada pelos danos sofridos por Carina, 
ainda que o produtor da carne seja conhecido, tendo 
em vista a falha na conservação de produto perecível; 
C) Carina poderá exigir do fornecedor responsável o 
ressarcimento de lucros cessantes, mas não poderá 
fazê-lo cumulativamente com eventual pedido de 
danos emergentes; 
D) Carina não poderá exigir do fornecedor responsável o 
ressarcimento de lucros cessantes, ainda que 
comprove que deixou de auferir o seu faturamento 
habitual; 
E) nenhum dos fornecedores deverá ser 
responsabilizado pelos danos sofridos por Carina, pois 
o nexo causal veio a ser interrompido em decorrência 
de fato concorrente da vítima. 
QUESTÃO 31 João adquiriu no supermercado 
determinado produto oferecido em estado líquido. Ao 
chegar em casa, observou que a embalagem, embora 
lacrada, aparentava dispor de conteúdo abaixo da 
medida. Utilizando um medidor doméstico para receitas 
culinárias, aferiu que havia cerca de 10% de conteúdo a 
menos que o indicado na rotulagem. 
Diante disso, é correto afirmar que se trata de: 
A) fato do produto, podendo o consumidor exigir o 
abatimento proporcional do preço; 
B) vício de quantidade, sendo a responsabilidade dos 
fornecedores subsidiária; 
C) vício de quantidade, respeitadas as variações 
decorrentes da natureza do produto; 
 
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D) fato do produto, podendo o consumidor exigir a 
restituição imediata da quantia paga, não podendo, 
em tal opção, cumular com perdas e danos; 
E) fato do produto, devendo o consumidor exigir a 
complementação da medida, ato sem o qual não 
poderá buscar a restituição da quantia paga. 
QUESTÃO 32Cláudia, ao verificar o extrato de sua conta 
bancária, foi surpreendida com a informação de que foi 
realizado saque de grande quantia diretamente no caixa. 
Indignada, procurou a fornecedora, que informou 
somente liberar tal procedimento mediante 
apresentação de documento oficial de identidade, sendo 
constatada a utilização de documento falso por terceiro 
para a realização do saque. 
Cláudia procurou a Defensoria Pública que, 
corretamente, deve orientar-lhe que ocorreu: 
A) caso fortuito interno, devendo a instituição bancária 
responder objetivamente pelos danos causados por 
fraudes ou delitos praticados por terceiros; 
B) caso fortuito externo, visto que o ato foi praticado por 
terceiros, e não por funcionário do banco, afastando-
se a responsabilidade decorrente do risco do 
empreendimento; 
C) a atuação de estelionatário, o que afasta a 
responsabilidade da instituição financeira, ainda que 
o fato tenha ocorrido no interior da agência bancária; 
D) força maior por culpa de terceiro, não havendo nexo 
de causalidade entre o dano sofrido por Cláudia e 
algum ato praticado pela instituição bancária. 
QUESTÃO 33 Romeu comprou uma churrasqueira inox 
com acendimento elétrico que incluía sistema de 
rotação automática e contínua dos espetos (modelo 150), 
conforme visto no mostruário. No dia seguinte, a 
mercadoria foi entregue e Romeu verificou se havia 
alguma avaria, testou o acendimento elétrico e guardou-
a em seguida, uma vez que sua residência estava em 
obras. Quatro meses depois, realizou uma festa para 
inaugurar a casa reformada, momento em que atentou 
para o fato de que o produto foi entregue com 
configuração diferente (modelo 100), uma vez que não 
possuía o recurso de rotação automática dos espetos. 
Imediatamente, o consumidor entrou em contato com a 
loja, explicou o erro na entrega do produto e solicitou sua 
substituição ou o ressarcimento do valor pago, o que lhe 
foi negado. Romeu então propôs ação de obrigação de 
fazer. 
Nesse caso, à luz do Código de Defesa do Consumidor, é 
correto afirmar que se trata de: 
A) vício de qualidade do produto, tendo havido a 
decadência, que deve ser alegada pela parte que se 
beneficia, sob pena de preclusão, não podendo ser 
conhecida de ofício; 
B) fato do produto, sendo de três anos o prazo 
prescricional para exercer a pretensão em juízo com 
o objetivo de ressarcimento do valor pago ou de 
efetuação da troca do produto; 
C) vício oculto que somente ficou evidenciado para o 
consumidor quatro meses após a aquisição, 
iniciando-se daí a contagem do prazo decadencial; 
D) vício de qualidade do produto, e ocorreu decadência, 
uma vez que a reclamação junto à fornecedora foi 
feita quatro meses após a aquisição e o recebimento 
do produto; 
E) inexistência de fato ou de vício de qualidade do 
produto, tendo havido erro no procedimento de 
entrega, afastando-se o fenômeno da decadência. 
QUESTÃO 34 Gaspar comprou um aparelho de celular 
novo na Telefonia S.A., mas constatou um defeito na 
bateria, pois após apenas meia hora de uso o celular já 
indicava estar descarregado. Levou o aparelho de volta à 
loja, que informou que realizaria análise para verificar se 
havia de fato defeito e proceder a eventual conserto. 
Passados mais de trinta dias, a Telefonia S.A. não deu 
qualquer resposta a Gaspar. 
Diante disso, considerando que Gaspar não tem 
interesse em ficar com o celular defeituoso, ele somente 
pode exigir da Telefonia S.A.: 
A) a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, em perfeitas condições de uso, uma vez que 
se trata de bem fungível, passível de ser substituído 
por outro de mesma qualidade; 
B) a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, tendo em vista que a 
correção do preço pago é suficiente para compensar 
o consumidor pelos prejuízos decorrentes da privação 
daquele valor; 
C) a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, em perfeitas condições de uso, sem prejuízo 
de eventuais perdas e danos, para indenizar os 
prejuízos sofridos pelo consumidor até então; 
D) a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos, destinados a indenizar os 
prejuízos sofridos pelo consumidor até então; 
E) a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, em perfeitas condições de uso ou a 
restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos, à sua escolha. 
QUESTÃO 35 O Shopping Center ABC oferece serviço de 
transporte (ônibus) para clientes, entre a praça principal 
da cidade e o centro comercial, sem deles nada cobrar. 
Joana, cliente, ao utilizar o ônibus, sofreu lesão física 
quando o veículo se desgovernou em razão do estouro 
repentino do pneu. 
Acerca de tal fato, o ABC: 
A) responde subjetivamente, pelo que, diante da força 
maior, não deve indenizar Joana; 
B) não tem responsabilidade, visto se tratar de 
transporte na modalidade gratuita; 
C) deve indenizar Joana, pois responde objetivamente, 
não afastada por hipótese de fortuito interno; 
D) indenizará Joana, desde que ela demonstre 
negligência na manutenção do veículo; 
E) não responderá pelos danos de Joana, visto se tratar 
de hipótese de fortuito externo. 
QUESTÃO 36 Pedro resolve iniciar um comércio 
especializado na venda e instalação residencial de 
artigos eletrônicos de imagem e som. Preocupado com 
a sua responsabilidade perante os seus futuros 
consumidores, contrata um advogado para redigir um 
 
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instrumento contratual padrão, que deverá reger todos 
os negócios que vierem a ser celebrados por ele, 
mediante assinatura dos respectivos consumidores. 
Observando tratar-se de contrato por adesão, será válida 
a cláusula contratual que, redigida de forma clara e em 
destaque, contando com manifestação expressa do 
consumidor, estipular que 
A) Pedro só será responsável por eventuais defeitos de 
quaisquer produtos se o defeito puder ser 
identificado no momento da instalação do produto. 
B) a responsabilidade civil de Pedro por danos sofridos 
por consumidores se circunscreve àqueles 
decorrentes de instalação indevida dos 
equipamentos, não abrangendo quaisquer outros. 
C) em contratos de valor total superior a dez mil reais, 
eventual litígio deverá, necessariamente, ser 
submetido a arbitragem. 
D) Pedro, em caso de defeito de qualquer produto, terá 
o prazo de noventa dias para providenciar o conserto, 
só se submetendo à sua substituição ou à restituição 
do preço se o defeito não puder ser reparado nesse 
interregno. 
E) o atraso do consumidor no pagamento de qualquer 
parcela do preço importará incidência de multa de 
10% do valor da parcela em atraso. 
PRAZOS 
QUESTÃO 37 Matilda aproveitou a promoção na 
papelaria e encomendou uma caixa de canetas 
esferográficas para presentear seus amigos nas 
festividades de fim de ano que ocorreria dois meses 
depois, sendo os produtos entregues no prazo ajustado. 
Ocorre que vários dos seus presenteados informaram 
sobre problemas como vazamento da tinta e 
ressecamento que impediam a realização da escrita. 
Indignada, Matilda retornou à papelaria, registrando a 
reclamação por escrito e buscando a solução para o 
problema. 
A esse respeito, é correto afirmar que: 
A) o prazo decadencial para ajuizamento de ação de 
reparação é de cinco anos; 
B) o prazo prescricional para buscar a reparação pelos 
danos é de três anos; 
C) o prazo prescricional para a consumidora reclamar 
pelos vícios é de noventa dias; 
D) a reclamação comprovadamente formulada perante 
a fornecedora do produto obsta a decadência; 
E) a contagem do prazo decadencial de trinta dias para 
reclamar pelo vício iniciou-se da aquisição dos 
produtos, visto que eram duráveis. 
QUESTÃO 38 Margarida adquiriu um relógio por meio de 
compra pelo telefone, produto que era mostrado ao vivo 
pelo canal de televisão. Ao receber o relógio, frustrou-se 
por, esteticamente,não ter atendido às suas 
expectativas. 
Nesse caso, Margarida poderá: 
A) exercitar o direito de arrependimento em até trinta 
dias, mas os valores restituídos não serão 
monetariamente atualizados, por não haver defeito 
no produto; 
B) desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar do 
ato de recebimento do produto; 
C) convencionar a devolução do produto, não estando a 
fornecedora obrigada a aceitar a devolução, dada a 
inexistência de defeito no produto; 
D) desistir do contrato, no prazo decadencial de sete dias 
a contar do ato de compra do produto; 
E) exigir, no prazo de trinta dias, a restituição da quantia 
paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
QUESTÃO 39 
Zulmira adquiriu de uma loja de eletrodomésticos um 
televisor com vício de fabricação por não projetar a 
imagem na qualidade oferecida pelo fabricante. 
Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
A) Se o fornecedor não sanar o vício no prazo de trinta 
dias, ao consumidor assistirá apenas o direito 
potestativo de pedir a substituição do produto por 
outro da mesma espécie ou pleitear o abatimento 
proporcional do preço. 
B) Apenas o fabricante responde pelo vício do produto, 
salvo se este não puder ser identificado pela 
consumidora. 
C) O consumidor poderá reclamar pelos vícios do 
produto sempre que, em razão da extensão do vício, 
a substituição das partes viciadas puder 
comprometer a qualidade ou as características do 
produto ou diminuir-lhe o valor. 
D) O consumidor tem o prazo prescricional de cinco 
anos para exercer a pretensão de reclamar pelo vício 
do produto. 
E) O prazo prescricional poderá ser interrompido 
mediante a apresentação de reclamação formulada 
pelo consumidor perante o fornecedor do produto 
até a resposta negativa correspondente, que deve ser 
transmitida de forma inequívoca. 
QUESTÃO 40 Em uma hipótese de fato do produto, o 
prazo prescricional será de: 
A) um ano; 
B) dois anos; 
C) três anos; 
D) quatro anos; 
E) cinco anos. 
QUESTÃO 41 João adquiriu um produto que apresentava 
vício aparente, dirigindo-se, após determinado período, 
ao fornecedor para efetuar a sua reclamação. No entanto, 
não conseguiu que sua reclamação sequer fosse 
registrada, sob a alegação de caducidade de seu direito. 
Com base no Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, a alegação de caducidade feita pelo 
fornecedor de serviços se justifica porque o produto 
adquirido por João era: 
A) não durável, e a reclamação se deu 15 (quinze) dias 
após o fornecimento; 
B) durável, e a reclamação se deu 120 (cento e vinte) dias 
após o fornecimento; 
C) durável, e a reclamação se deu 60 (sessenta) dias após 
o fornecimento; 
D) não durável, e a reclamação se deu 7 (sete) dias após 
o fornecimento; 
 
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E) durável, e a reclamação se deu 30 (trinta) dias após o 
fornecimento. 
QUESTÃO 42 Daíra adquiriu um ar refrigerado por meio 
de contrato eletrônico, via internet. Utilizou o site de 
vendas da loja, imprimiu o boleto e pagou. O produto foi 
entregue em sua residência três dias depois, mas suas 
dimensões não permitiram a instalação que Daíra 
pretendia. É correto afirmar que Daíra: 
A) tem sete dias, a contar do recebimento do produto, 
para desistir do contrato. 
B) tem trinta dias, a contar da celebração do contrato, 
para desistir do contrato. 
C) tem noventa dias para desfazer o contrato em virtude 
do vício do produto. 
D) tem noventa dias para desfazer o contrato em virtude 
do fato do produto. 
E) nada pode fazer em relação ao fornecedor quanto ao 
contrato já celebrado. 
QUESTÃO 43 Nas relações de consumo, o direito de 
reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação 
caduca em 
A) noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço 
e de produtos não duráveis. 
B) trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e 
de produtos não duráveis. 
C) cento e vinte dias, tratando-se de fornecimento de 
serviço e de produtos duráveis. 
D) trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e 
de produtos duráveis. 
E) sete dias, tratando-se de fornecimento de serviço e 
produtos não duráveis. 
QUESTÃO 44 Adalberto adquiriu uma máquina de lavar 
roupa pela Internet da empresa Linha Branca S.A.. Após 
receber a mercadoria na sua residência, Adalberto 
constatou que tinha outras expectativas em relação ao 
produto adquirido. 
Considerando a disciplina jurídica das relações de 
consumo, assinale a alternativa que indique a 
providência que Adalberto pode tomar. 
A) Nenhuma, pois a legislação brasileira quanto às 
relações de consumo veda o direito de 
arrependimento. 
B) No prazo de 07 dias do recebimento da máquina de 
lavar roupa, Adalberto pode desistir da compra e 
receber o valor pago. 
C) No prazo de 07 dias do recebimento da máquina de 
lavar roupa, Adalberto pode desistir da compra e terá 
direito, obrigatoriamente, a escolher outra 
mercadoria da empresa Linha Branca S.A.. 
D) Adalberto tem 30 dias para pensar sobre a sua 
compra e procurar a empresa para receber a 
devolução do dinheiro ou outra mercadoria. 
E) A situação deverá ser negociada entre Adalberto e a 
empresa Linha Branca, pois o Código de Defesa do 
Consumidor não traz nenhuma disciplina específica 
para esta situação. 
QUESTÃO 45 O direito de reclamar por um vício de 
qualidade que torna um produto impróprio ou 
inadequado ao consumo caduca em: 
A) 15 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil 
constatação e de produto não durável. 
B) 30 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil 
constatação e de produto não durável. 
C) 60 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil 
constatação e de produto durável. 
D) 120 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil 
constatação e de produto durável. 
E) 180 dias, tratando-se de vício oculto. 
PRATICAS COMERCIAIS E ABUSIVAS 
QUESTÃO 46 Determinada publicidade televisiva sobre 
um produto eletrônico informava que os dados sobre 
preço e forma de pagamento pelo produto poderiam ser 
obtidos por meio de contato telefônico, que se realizava 
de modo tarifado. 
Instado a julgar o processo que descreveu na causa de 
pedir tais fatos, e considerando o direito à informação 
como garantia fundamental da pessoa humana e como 
algo que impacta na autodeterminação e liberdade de 
escolha do consumidor, seguindo o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, é correto considerar que: 
A) a situação narrada configura publicidade enganosa 
por omissão, mesmo se a compra não tiver sido 
concretizada; 
B) o dever de informar é tratado como dever anexo às 
relações de consumo, e o caso não configura 
publicidade enganosa; 
C) a modalidade omissiva não consagra publicidade 
enganosa, prevista na forma comissiva decorrente de 
uma afirmação; 
D) a situação narrada configura publicidade abusiva por 
omissão, mas somente se a compra tiver sido 
concretizada; 
E) a publicidade enganosa por omissão somente será 
caracterizada caso se concretize a compra do 
produto. 
QUESTÃO 47 Gustavo ajuizou ação buscando a nulidade 
de contrato de seguro de vida que garantia a quitação do 
débito, firmado no ato da contratação de consórcio de 
veículo automotor, bem como a devolução dos valores 
pagos. Aduziu o consumidor que, no ato da contratação, 
pretendeu celebrar o seguro com outra seguradora, 
sendo-lhe informado pelo representante do consórcio 
que se tratava, o prêmio, do melhor preço do mercado, e 
que a peculiaridade do sistema de consórcio não 
permitia contratação do seguro de forma independente 
pelo consorciado. Em sua defesa, a ré alegou que a 
adesão ao seguro prestamista se deu de forma clara e 
compreensível pelo consumidor e se justificava essencial 
ao contrato, de modo a garantir quitação do débito e não 
comprometimento do equilíbrio financeiro do grupo 
consorcial. 
Diante da narrativa, o pedido de Gustavo deve ser 
julgado: 
A) improcedente, na medida em que o seguro 
prestamista é essencialao plano de consórcio, ao qual 
o consumidor aderiu de livre vontade; 
B) procedente, com declaração de nulidade de ambos 
os contratos e devolução dos valores pagos em dobro, 
 
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acrescidos de correção monetária, por ferir a boa-fé 
objetiva, ou seja, independente do elemento volitivo; 
C) improcedente, pois o seguro prestamista não é 
autônomo, pois está sempre associado a outro 
contrato, inclusive de consórcio, ao qual serve como 
garantia; 
D) procedente, com declaração de nulidade do contrato 
de seguro prestamista, sem devolução dos valores 
pagos, por ter o consumidor usufruído do seguro 
enquanto vigente; 
E) procedente, posto que não foi dada a opção de o 
consumidor realizar livre contratação com outra 
seguradora, configurando venda casada. 
QUESTÃO 48 Determinada ação civil pública foi ajuizada 
pelo Ministério Público em face de um Magazine, tendo 
como fundamento a omissão dos preços no encarte 
divulgado nas ruas do centro daquela cidade, no qual 
havia indicativo de promoção de relógios e 
parcelamento, mas não o preço das mercadorias. 
Embora a promoção e a forma de pagamento fossem 
verídicas, aduziu a parte autora que se tratava de 
publicidade enganosa por omissão, por faltar o indicativo 
do preço. Em sua defesa, o réu alegou ilegitimidade para 
propositura de ação, por se tratar de número limitado de 
pessoas que adquiriram os panfletos, que logo foram 
recolhidos, faltando interesse social coletivo. No mérito, 
aduziu ausência de determinação legal para que as 
peças publicitárias indicassem o preço dos produtos 
divulgados. 
À luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o anúncio 
publicitário: 
A) é enganoso, por omitir informação substancial, ainda 
que seja exemplificativo o rol do CDC; há legitimidade 
ativa, por se tratar da hipótese de interesses ou 
direitos coletivos; 
B) deve omitir informação substancial para ser 
considerado enganoso, não sendo qualquer omissão 
configuradora de ilícito; há legitimidade ativa, por se 
tratar da hipótese de interesses ou direitos individuais 
homogêneos; 
C) não é enganoso, posto que as informações indicadas 
são verídicas; configura-se a ilegitimidade ativa pela 
inexistência de interesse social; 
D) omitiu informação substancial integrante do rol 
taxativo do CDC e, por isso, é enganoso; há 
legitimidade ativa, por se tratar da hipótese de 
interesses ou direitos difusos; 
E) não é enganoso, posto que não é capaz de induzir os 
consumidores a comportamento prejudicial à saúde 
ou segurança; configura-se a ilegitimidade ativa pela 
inexistência de interesse social. 
QUESTÃO 49 Tobias contratou os serviços de construção 
civil da empresa cujo sócio-administrador é Natanael. Os 
serviços foram entregues da forma e modo 
estabelecidos em contrato. Natanael, que conhecia 
Tobias do clube que ambos frequentavam, durante uma 
atividade esportiva e diante de outros participantes, 
cobrou-lhe o pagamento de suposta parcela ajustada 
que permanecia em aberto. Tobias, então, procedeu com 
o pagamento que, posteriormente, foi identificado como 
indevido. 
Sobre a cobrança de dívidas, à luz do Código de Defesa 
do Consumidor e do entendimento do Superior Tribunal 
de Justiça, é correto afirmar que: 
A) Tobias precisa comprovar a má-fé do fornecedor para 
receber a devolução em dobro do valor cobrado 
indevidamente; 
B) Tobias pode alegar em juízo que a cobrança de 
Natanael, em lugar público, causou-lhe 
constrangimento, violando a norma consumerista; 
C) o direito à repetição de indébito, por valor igual ao 
dobro, acrescido de correção monetária e juros legais, 
não comporta alegação de engano justificável; 
D) a cobrança seria constrangedora se, de fato, houvesse 
inadimplemento, o que foi desconfigurado pelo fato 
de a cobrança ter sido de quantia indevida, 
merecendo apenas devolução em dobro; 
E) o pagamento indevido realizado por Tobias justifica a 
repetição de indébito por valor igual ao dobro pago 
em excesso, desde que verificado o dolo do 
fornecedor. 
QUESTÃO 50 Em determinado anúncio comercial foi 
utilizada a imagem de um animal de maneira a 
desrespeitar valores ambientais. 
Esse tipo de publicidade, à luz do Código de Defesa do 
Consumidor, é: 
A) proibida, por ser abusiva; 
B) proibida, por ser enganosa; 
C) proibida, mas não configura infração penal; 
D) permitida, por inexistir proibição expressa; 
E) permitida, desde que contenha advertência sobre 
valores ambientais. 
QUESTÃO 51 A sociedade empresária Empreendimentos 
Lua Redonda Ltda. está promovendo um loteamento. Ela 
inseriu na publicidade do empreendimento várias 
fotografias e um texto, esclarecendo que os lotes eram 
ofertados aos seguidores de determinada religião e 
morar em um deles era condição suficiente para se livrar 
da condenação eterna após a morte. Acrescentou que o 
dirigente religioso do grupo já havia adquirido cinco 
lotes, o que era verdade. 
A publicidade é 
A) correta. 
B) abusiva. 
C) enganosa. 
D) permitida. 
QUESTÃO 52 Regina ingressou com ação judicial em 
face da montadora de automóveis (primeira ré) e da 
revendedora (segunda ré), alegando que sofreu prejuízo 
na compra de um veículo. A consumidora narra que, em 
outubro de 2020, adquiriu o veículo anunciado na mídia 
como sendo o lançamento do modelo na versão ano 
2021, o que foi confirmado pelo vendedor que a atendeu 
na concessionária. No mês seguinte, a montadora lançou 
novamente aquele modelo denominando versão ano 
2021, entretanto, contando com mais acessórios, o que 
impactou na desvalorização do carro de Regina. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que: 
 
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A) há abusividade na prática comercial que induziu 
Regina a erro, ao frustrar sua legítima expectativa e 
quebrar a boa-fé objetiva; a responsabilidade solidária 
da montadora e da revendedora está caracterizada 
pelo vício decorrente da disparidade com indicações 
constantes na mensagem publicitária e informadas à 
consumidora; 
B) resta caracterizada a publicidade abusiva ao induzir a 
erro a consumidora no que dizia respeito às 
características, qualidade, bem como outros dados 
sobre o veículo; a segunda ré não possui legitimidade 
passiva, uma vez que é apenas a revendedora de 
automóveis, não tendo responsabilidade pela 
propaganda; 
C) o ato de não informar que seria lançada outra versão 
com acessórios diversos constitui omissão, o que não 
caracteriza propaganda enganosa que ocorre por ato 
comissivo; a responsabilidade pelo fato do produto 
decorrente da propaganda enganosa lançada nas 
concessionárias é da montadora; 
D) há prática comercial abusiva e propaganda enganosa, 
violando os deveres de informações claras, ostensivas, 
precisas e corretas, frustrando a legítima expectativa 
da consumidora e violando os deveres de boa-fé 
objetiva; a responsabilidade do comerciante é 
subsidiária em caso de produto que se tornou 
defeituoso em razão da qualidade inferior que 
impactou na diminuição do valor; 
E) inexistiu publicidade enganosa ou defeito na 
prestação do serviço, uma vez que não se considera 
defeituoso o produto pelo fato de outro de melhor 
qualidade ter sido colocado no mercado; a 
responsabilidade subsidiária da revendedora em 
relação à montadora está caracterizada pelo vício 
decorrente da disparidade com indicações 
constantes na mensagem publicitária. 
QUESTÃO 53 
A empresa EI veiculou publicidade prometendo conta 
total com 4G ilimitado. Consumidores constataram que 
a publicidade realizada pela empresa não correspondia à 
realidade, uma vez que tiveram cobranças extras depois 
de ultrapassar certo limite de conexão à internet. 
Indignados, os consumidores realizaram representação 
perante a Promotoria do Consumidor. 
Nesse contexto, assinale a afirmativa correta. 
A) É enganosa qualquer modalidade de informaçãoou 
comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, 
mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o 
consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e 
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
B) É abusiva qualquer modalidade de informação ou 
comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, 
mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o 
consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e 
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
C) É enganosa, dentre outras, a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se 
aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que 
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de 
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou 
segurança; 
D) A publicidade é abusiva por omissão quando deixar 
de informar sobre dado essencial do produto ou 
serviço. 
E) É legítima, dentre outras, a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se 
aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que 
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de 
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou 
segurança. 
QUESTÃO 54 Em relação à disciplina do Código de 
Defesa do Consumidor sobre os bancos de dados e 
cadastros de consumidores, assinale a afirmativa correta. 
A) Os cadastros e dados de consumidores devem ser 
objetivos, verdadeiros e em linguagem de fácil 
compreensão, não podendo conter informações 
negativas referentes a período superior a dez anos. 
B) A abertura de cadastro, ficha, registro e dados 
pessoais e de consumo não precisa ser comunicada 
por escrito ao consumidor quando for solicitada pelo 
fornecedor. 
C) O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos 
seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata 
correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias 
úteis, comunicar a alteração aos eventuais 
destinatários das informações incorretas. 
D) Os Sistemas de Proteção ao Crédito poderão fornecer 
informações que possam impedir ou dificultar novo 
acesso ao crédito, desde que assegurada ao 
consumidor a prerrogativa de exigir sua imediata 
correção, sempre que encontrar inexatidão nos seus 
dados e cadastros. 
E) Os órgãos públicos de defesa do consumidor deverão 
manter cadastros atualizados de reclamações 
fundamentadas contra fornecedores de produtos e 
serviços, devendo divulgá-los pública e anualmente, 
sem a necessidade de indicar se a reclamação foi 
atendida ou não pelo fornecedor. 
QUESTÃO 55 Segundo a disciplina do Código de Defesa 
do Consumidor sobre as práticas abusivas, assinale a 
opção que apresenta uma prática vedada ao fornecedor 
de produtos ou serviços. 
A) Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço 
ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem 
como, ainda que com justa causa, a limites 
quantitativos. 
B) Executar serviços sem a prévia elaboração de 
orçamento e a autorização expressa do consumidor, 
mesmo que práticas anteriores entre as partes 
permitam concluir pela regularidade de tais práticas. 
C) Elevar, ainda que com justa causa, o preço de 
produtos ou serviços. 
D) Recusar a venda de bens ou a prestação de serviços 
diretamente a quem se disponha a adquiri-los 
 
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mediante pronto pagamento ressalvados os casos de 
intermediação regulados em leis especiais. 
E) Aplicar fórmula ou índice de reajuste estabelecido 
legal ou contratualmente. 
CONTRATOS 
QUESTÃO 56 
A Lei nº 14.181/2021 incorporou ao Código de Defesa do 
Consumidor disposições sobre a prevenção e tratamento 
do superendividamento. 
O legislador teve especial atenção para a publicidade da 
oferta de crédito, impondo aos fornecedores vedações e 
regras para o pagamento da dívida mediante 
consignação em folha de pagamento. 
Sobre esses temas, assinale a afirmativa correta. 
A) É vedado, expressa ou implicitamente, ao fornecedor 
na oferta de crédito, em qualquer situação, fazer 
referência na mensagem publicitária à oferta de 
crédito ‘sem juros’, ‘gratuito’, ‘sem acréscimo’ ou com 
‘taxa zero’ ou a expressão de sentido ou 
entendimento semelhante. 
B) É vedado ao fornecedor, expressa ou implicitamente, 
assediar ou pressionar o consumidor para contratar o 
fornecimento de produto, serviço ou crédito, 
principalmente se se tratar de consumidor idoso, 
analfabeto, doente ou em estado de vulnerabilidade 
agravada, exceto se a contratação envolver prêmio e 
não se tratar de consumidor vulnerável. 
C) Nos contratos em que o modo de pagamento da 
dívida envolva autorização prévia do consumidor 
pessoa natural para consignação em folha de 
pagamento, a soma das parcelas reservadas para 
pagamento não poderá ser superior a 30% (trinta por 
cento) de sua remuneração mensal, podendo o limite 
ser acrescido em 5% (cinco por cento) destinados 
exclusivamente à amortização de despesas 
contraídas por meio de cartão de crédito. 
D) É vedado ao fornecedor, exceto em relação à oferta de 
produto ou serviço para pagamento por meio de 
cartão de crédito, fazer referência expressa na 
mensagem publicitária à oferta de crédito ‘sem juros’, 
‘gratuito’, ‘sem acréscimo’ ou com ‘taxa zero’ ou a 
expressão de sentido ou entendimento semelhante. 
E) O descumprimento de qualquer dos deveres 
impostos ao fornecedor na oferta de crédito ao 
consumidor, publicitária ou não, poderá acarretar 
judicialmente a redução dos juros, dos encargos ou 
de qualquer acréscimo ao principal e a dilação do 
prazo de pagamento previsto no contrato original, 
conforme a gravidade da conduta do fornecedor e as 
possibilidades financeiras do consumidor. 
QUESTÃO 57 A consumidora Darcilena da Silva, 
superendividada, requereu ao juízo da Vara Única da 
Comarca de Alfa a instauração do processo de 
repactuação de dívidas, com vistas à realização de 
audiência conciliatória, com a presença de todos os seus 
três credores. 
Dois dos credores de Darcilena são fornecedores de 
crédito e o crédito do terceiro decorre de compra a prazo 
de bem durável. Na audiência conciliatória, Darcilena 
apresentou proposta de plano de pagamento com prazo 
de 5 (cinco) anos. 
Apenas um dos credores fornecedores de crédito aceitou 
a proposta de Darcilena. Diante desse fato, foi instaurado 
processo por superendividamento em relação às dívidas 
remanescentes cuja liquidação se dará mediante plano 
judicial. 
Consideradas estas informações e as disposições do 
Código de Defesa do Consumidor sobre o tratamento 
judicial do superendividamento, assinale a afirmativa 
correta. 
A) Os credores, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da 
intimação pessoal, juntarão documentos e as razões 
da negativa de aceder ao plano voluntário ou de 
renegociar. 
B) O administrador, caso o juiz o nomeie, deverá 
apresentar, no prazo de até 15 (quinze) dias, um plano 
de pagamento que contemple medidas de 
temporização ou de atenuação dos encargos devidos 
por Darcilena. 
C) O juiz, a fim de agilizar a obtenção de um acordo, 
nomeará administrador para promover a mediação 
entre a consumidora e os credores remanescentes no 
prazo de 5 (cinco) dias da data da conciliação 
infrutífera. 
D) O plano judicial compulsório deverá prever a 
liquidação total da dívida em, no máximo, 5 (cinco) 
anos, sendo a 1ª parcela devida no prazo máximo de 
180 (cento e oitenta) dias, contado de sua 
homologação judicial, e o restante do saldo pago em 
parcelas mensais, iguais e sucessivas. 
E) O descumprimento de três parcelas sucessivas ou de 
seis parcelas intercaladas do parcelamento produzirá 
a rescisão de pleno direito do plano e a declaração de 
insolvência civil de Darcilena.QUESTÃO 58 Lucas ingressou com ação de indenização 
em face da instituição de ensino privada onde cursa 
faculdade, tendo ajuizado a causa no endereço do seu 
domicílio. A demanda teve por base o contrato de 
prestação de serviços que continha cláusula de eleição 
de foro na cidade vizinha, domicílio da executada. 
Em razão disso, a instituição de ensino requereu, prima 
facie, a extinção do feito por incompetência do juízo. 
Nesse caso, é correto afirmar que: 
A) deverá ser declinada a competência para o juízo 
estabelecido previamente pelas partes pela via 
contratual; 
B) deverá ser extinto o processo sem resolução do 
mérito, por ser diverso o juízo indicado na cláusula de 
eleição de foro; 
C) se trata de relação de consumo e Lucas está 
autorizado a demandar no seu domicílio, a despeito 
da cláusula de eleição de foro; 
D) não se configura relação de consumo, dada a 
natureza de serviços educacionais, imperando a 
competência indicada na cláusula de eleição de foro; 
E) a competência do foro do domicílio do autor é 
absoluta, por se tratar de relação de consumo, mesmo 
quando o consumidor é o demandante. 
 
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QUESTÃO 59 O superendividamento é matéria 
expressamente incluída no Código de Defesa do 
Consumidor por força da Lei nº 14.181/2021. 
A respeito do tratamento conferido pela norma 
consumerista a esse tema, é correto afirmar que: 
A) se aplica à pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira; 
B) poderá ser instaurado um processo específico de 
repactuação de dívidas; 
C) à pessoa natural que requerer a instauração do 
processo de repactuação de dívida será aplicada a 
declaração de insolvência civil; 
D) se incluem no processo de repactuação as dívidas de 
contratos de crédito com garantia real, desde que 
decorrentes de relação de consumo; 
E) o pedido de repactuação de dívidas poderá ser 
repetido anualmente, a contar da homologação do 
plano de pagamento. 
QUESTÃO 60 Vânia, professora do ensino médio, firmou 
contrato com a operadora de cartão de crédito X. Ao 
realizar a compra de uma geladeira mediante 
pagamento parcelado, demonstrou insatisfação com o 
denominado “custo efetivo”, referente aos juros e demais 
encargos financeiros devidos à fornecedora. A 
consumidora compareceu ao atendimento pela 
Defensoria Pública e apresentou o contrato que fora 
assinado com a operadora, sendo verificado também na 
entrevista realizada com a assistida, que Vânia sabia, de 
modo claro e inequívoco, do custo efetivo antes de 
parcelar a compra. 
Diante desse caso, é correto afirmar que: 
A) Vânia não poderá pleitear renegociação da dívida, 
dado o fato de a cláusula contratual ter conferido 
informação adequada e clara acerca dos custos, 
exceto se for verificada capitalização de juros, o que é 
inadmitido no sistema brasileiro; 
B) Vânia concordou com o custo efetivo no ato da 
contratação, por ter se tratado de informação clara e 
inequívoca, bem como o negócio respeitou a 
autonomia privada, logo não pode pretender revisão 
judicial dos encargos contratuais; 
C) mesmo tendo Vânia concordado com o custo efetivo 
no ato da contratação, ainda assim pode ser 
considerada nula de pleno direito a cláusula que se 
mostre excessivamente onerosa para a consumidora; 
D) a decisão judicial que reconheça tratar-se de cláusula 
contratual abusiva ensejará, necessariamente, 
invalidação de todo o contrato, impondo-se a 
repactuação judicial da dívida. 
QUESTÃO 61 No que tange ao superendividamento, é 
correto afirmar que: 
A) a Lei nº 14.181/2021, também conhecida como Lei do 
Superendividamento, estabeleceu um percentual de 
inadimplência de 30% dos débitos para que o 
consumidor seja considerado superendividado; 
B) as normas protetivas em relação ao 
superendividamento dos artigos 54-A a 54-G do 
Código de Defesa do Consumidor (CDC) se aplicam 
em relação à aquisição ou à contratação de produtos 
e serviços de luxo de alto valor; 
C) a doutrina e a jurisprudência classificam o 
consumidor superendividado ativo como aquele que 
se endivida por questões alheias ao seu controle 
como, por exemplo, em razão de circunstâncias de 
desemprego; 
D) a Lei nº 14.181/2021 inseriu como nova proibição na 
oferta de crédito ao consumidor a indicação de que a 
operação de crédito poderá ser concluída sem 
consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem 
avaliação da situação financeira do consumidor; 
E) o superendividamento é um fenômeno 
multidisciplinar que repercute na sociedade de 
consumo de massa. As dívidas alimentícias 
corroboram significativamente para o agravamento 
desse fenômeno, tendo em vista diminuírem a 
capacidade de adimplemento do consumidor. 
QUESTÃO 62 Com base na jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça sobre planos de saúde, assinale a 
afirmativa correta. 
A) A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de 
doença preexistente, é ilícita se não houve a exigência 
de exames médicos prévios à contratação ou a 
demonstração de má-fé do segurado. 
B) Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos 
contratos de plano de saúde, inclusive os 
administrados por entidades de autogestão. 
C) A cláusula contratual de plano de saúde que prevê 
carência para as situações de emergência ou de 
urgência não é considerada abusiva se estipular prazo 
de 48 horas, contado da data da contratação. 
D) A cláusula contratual de plano de saúde, que limita no 
tempo a internação hospitalar do segurado, é válida. 
E) A cláusula contratual de plano de saúde que limita o 
número de sessões de quimioterapia é válida, mas é 
abusiva a que limita o número de sessões de 
radioterapia. 
QUESTÃO 63 
A propósito da disciplina do Código de Defesa do 
Consumidor sobre as cláusulas abusivas, é correto 
afirmar que são nulas de pleno direito, entre outras, as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de 
produtos e serviços que 
A) limitem a responsabilidade do fornecedor em 
situações justificáveis e sendo o consumidor pessoa 
jurídica. 
B) estabeleçam a utilização facultativa de arbitragem. 
C) autorizem o fornecedor a cancelar o contrato 
unilateralmente, ainda que igual direito seja 
conferido ao consumidor. 
D) obriguem o consumidor a ressarcir os custos de 
cobrança de sua obrigação, ainda que igual direito lhe 
seja conferido contra o fornecedor. 
E) possibilitem a renúncia do direito de indenização por 
benfeitorias necessárias. 
QUESTÃO 64 Em contrato de mútuo, avençou-se 
garantia fidejussória com expressa previsão de 
manutenção da fiança em caso de prorrogação do 
contrato principal. Diante da cobrança efetuada pela 
instituição financeira (mutuante) em face do fiador, este 
alega a nulidade da cláusula. 
 
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De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça: 
A) o fiador não permanece responsável a partir da 
prorrogação do contrato principal, tendo em vista que 
o artigo 819 do Código Civil estabelece que “a fiança 
dar-se-á por escrito, e não admite interpretação 
extensiva”; 
B) o fiador permanece responsável tanto na hipótese em 
que há cláusula contratual prevendo a prorrogação 
automática da fiança quanto na hipótese em que 
ausente tal cláusula, em virtude do princípio segundo 
o qual o acessório segue o principal; 
C) a cláusula que estabelece a prorrogação automática 
da fiança é nula de pleno direito, por impor ao 
consumidor desvantagem exagerada, incompatível 
com a boa-fé e a equidade, violando, assim, o artigo 
51, IV, do Código de Defesa do Consumidor; 
D) o fiador permanece responsável, considerando que a 
previsão de prorrogação automática da fiança não se 
afigura, por si só, abusiva, com a violação ao art. 51 do 
Código de Defesa do Consumidor; 
E) a cláusula que estabelece a prorrogação automática 
da fiança é válida, porquanto decorrente da 
autonomia da vontade, princípio que se encontra na 
base do sistema jurídico,podendo afastar inclusive o 
art. 51 do Código de Defesa do Consumidor. 
QUESTÃO 65 As cláusulas contratuais, em hipótese de 
relação jurídica de consumo: 
A) serão interpretadas de maneira mais favorável ao 
consumidor; 
B) serão interpretadas de maneira mais favorável ao 
fornecedor; 
C) não têm regra específica de interpretação; 
D) serão interpretadas sempre de forma equilibrada; 
E) submete-se exatamente às mesmas condições de 
interpretação de um contrato comum. 
BANCO DE DADOS 
QUESTÃO 66 Além das disposições do Código de Defesa 
do Consumidor sobre Bancos de Dados e Cadastros de 
Consumidores, a Lei nº 12.414/2011 (Lei do Cadastro 
Positivo), disciplina a formação e a consulta a bancos de 
dados com informações de adimplemento, de pessoas 
naturais ou de pessoas jurídicas, para formação de 
histórico de crédito. 
Em relação às prerrogativas e vedações ao gestor 
responsável pela administração de banco de dados e às 
fontes, assinale a afirmativa correta. 
A) A abertura de cadastro do consumidor pelo gestor 
requer autorização prévia do potencial cadastrado 
mediante consentimento informado por meio de 
assinatura em instrumento específico ou em cláusula 
apartada. 
B) Após a abertura do cadastro, a anotação de 
informação em banco de dados pelo seu gestor 
independe de autorização e de comunicação ao 
consumidor cadastrado. 
C) As fontes, mediante autorização prévia do potencial 
cadastrado, ficam autorizadas, nas condições 
estabelecidas nesta Lei, a fornecer aos bancos de 
dados as informações necessárias à formação do 
histórico de crédito. 
D) A comunicação ao cadastrado por parte do gestor, 
diretamente ou por intermédio de fontes, deve 
ocorrer em até 30 (trinta) dias após a abertura do 
cadastro no banco de dados, sem custo para o 
cadastrado. 
E) A autorização do consumidor concedida a uma fonte 
ou a um gestor, ainda que para fornecimento de 
informações a banco de dados específico, aproveita a 
todos os demais, vedada a inclusão de cláusula que 
restrinja os bancos de dados ter acesso às 
informações. 
QUESTÃO 67 Com base no Código de Defesa do 
Consumidor e na jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça sobre os bancos de dados e cadastros de 
consumidores, assinale a afirmativa correta. 
A) O aviso de recebimento (AR) na carta de 
comunicação ao consumidor sobre a negativação de 
seu nome em bancos de dados e cadastros, é 
dispensável. 
B) A anotação irregular em cadastro de proteção ao 
crédito cabe indenização por dano moral, mesmo 
quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o 
direito ao cancelamento. 
C) A inscrição do nome do devedor pode ser mantida 
nos serviços de proteção ao crédito até o prazo 
máximo de três anos, independentemente da 
prescrição da execução. 
D) A exclusão do registro da dívida em nome do devedor 
no cadastro de inadimplentes no prazo de três dias 
úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do 
débito, incumbe ao credor. 
E) A utilização de escore de crédito, método estatístico 
de avaliação de risco que não constitui banco de 
dados, depende do consentimento do consumidor, 
que terá o direito de solicitar esclarecimentos sobre 
as informações pessoais valoradas e as fontes dos 
dados considerados no respectivo cálculo. 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
QUESTÃO 68 
A seguradora X recebeu uma multa do Procon do Estado 
de Santa Catarina sob a justificativa de que teria 
infringido o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao 
recusar-se a realizar o pagamento do sinistro. Insatisfeita, 
a referida seguradora recorre judicialmente sob o 
argumento de que o referido órgão não teria 
competência para impor tal penalidade, pelo fato de se 
tratar de atribuição da Susep. 
De acordo com o exposto, é correto afirmar que o 
argumento da seguradora foi: 
A) correto, posto que a imputação da multa por parte do 
Procon representou usurpação de atribuição da 
Susep, independentemente de violação ao CDC; 
B) equivocado, posto que a imputação da multa por 
parte do Procon não representou usurpação de 
atribuição da Susep, independentemente da violação 
ao CDC; 
 
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C) equivocado, posto que a imputação da multa por 
parte do Procon advém de seu poder de polícia 
quando constatada violação ao CDC, não gerando bis 
in idem ao não usurpar atribuição da Susep; 
D) correto, porque a imputação de multa pelo Procon 
representa bis in idem e, por conseguinte, 
enriquecimento sem causa por parte daquele órgão, 
nos termos do Art. 884 do Código Civil; 
E) equivocado, posto que a imputação da multa por 
parte do Procon advém de seu poder de polícia e 
independe da existência da relação de consumo. 
QUESTÃO 69 
Uma mercearia praticou infrações das normas de defesa 
do consumidor, como a exposição à venda de produtos 
impróprios ao consumo. Após regular inspeção no local, 
o PROCON, mediante procedimento administrativo, 
aplicou licitamente a sanção administrativa de multa 
prevista no Art. 57 do Código de Defesa do Consumidor. 
Sobre o caso em tela, assinale a opção que indica o poder 
da Administração Pública no qual o PROCON se baseou. 
A) Poder Hierárquico, eis que o órgão pode impor 
verticalmente sanções administrativas, desde que 
observados o contraditório e a ampla defesa. 
B) Poder Regulamentar, eis que o PROCON tem a 
prerrogativa de normatizar as relações de consumo, 
devendo agir em favor do consumidor 
hipossuficiente. 
C) Poder Disciplinar, eis que o poder público tem o 
poder dever de disciplinar as relações de consumo, 
atuando em favor de quem agiu licitamente, seja o 
consumidor, seja o empresário. 
D) Poder de Polícia, eis que, por meio de ato concreto 
fiscalizatório, condicionou a liberdade e a propriedade 
do comerciante em prol da coletividade. 
E) Poder de Regulamentação, eis que o PROCON tem a 
faculdade de expedir atos normativos gerais e 
abstratos para disciplinar as relações de consumo, em 
complemento à legislação. 
AÇÕES COLETIVAS 
QUESTÃO 70 Os parentes e sucessores de setenta e 
cinco idosos, que sofreram maus-tratos, tortura e 
insegurança alimentar durante o tempo em que 
permaneceram numa casa de acolhimento, decidiram 
constituir uma associação para buscar reparação civil 
dos responsáveis e da pessoa jurídica mantenedora da 
casa de repouso. A associação referida, ainda em 
organização, ajuizou, em nome próprio e no interesse das 
vítimas e dos sucessores dos idosos falecidos, ação civil 
coletiva de responsabilidade pelos danos 
individualmente sofridos, mas de natureza homogênea. 
Consoante as disposições do Código de Defesa do 
Consumidor em relação à legitimidade para ações 
coletivas na defesa de interesses individuais 
homogêneos, é correto afirmar que: 
A) carece de legitimidade a associação em organização 
em razão da ausência de pré-constituição, pois o 
Código de Defesa do Consumidor somente permite 
que as entidades e órgãos da administração pública 
direta, sem personalidade jurídica, possam propor 
ação coletiva e desde que destinados à defesa dos 
interesses e direitos do consumidor; 
B) embora o requisito de pré-constituição seja uma 
exigência legal para as associações legalmente 
constituídas proporem ação coletiva para defesa de 
direitos individuais homogêneos, ele pode ser 
dispensado pelo juiz, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou 
característica do dano, ou pela relevância do bem 
jurídico a ser protegido; 
C) carece de legitimidade a associação em organização 
em razão da ausência de pré-constituição, pois o 
Código de Defesa do Consumidor somente permite a 
propositura de ação coletiva, mediante prévia 
autorização do órgão deliberativo, por pessoas 
jurídicas legalmente constituídas há pelo menos seis 
meses; 
D) embora o requisito de pré-constituição seja uma 
exigência legal para as associações legalmente 
constituídas proporem ação coletiva para defesa de 
direitos individuais homogêneos, ele pode ser 
dispensado pelo juiz desde que a autorapreste 
caução ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios, em caso de sucumbência; 
E) carece de legitimidade a associação em organização, 
pois a ação coletiva para defesa de direitos individuais 
homogêneos somente pode ser proposta, 
concorrentemente, pelo Ministério Público ou pela 
União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal e 
suas autarquias. 
QUESTÃO 71 O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 
8.078/1990) tem regras próprias para a defesa em juízo 
dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas, 
destacando-se os efeitos da coisa julgada das sentenças 
proferidas em ações coletivas. 
Sobre esse tema, é correto afirmar que: 
A) a sentença fará coisa julgada ultra partes, tanto no 
caso de procedência quanto de improcedência do 
pedido, na hipótese de ação coletiva fundada em 
interesses ou direitos difusos; 
B) as ações coletivas fundadas em direitos ou interesses 
difusos não induzem litispendência para as ações 
individuais, mas os efeitos da coisa julgada da 
sentença na ação coletiva não beneficiarão os autores 
das ações individuais, se não for requerida sua 
suspensão no prazo de quinze dias, a contar da 
ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva; 
C) nas ações coletivas fundadas em direitos individuais 
homogêneos, em caso de improcedência do pedido, 
como a sentença não fará coisa julgada erga omnes, 
os interessados que não tiverem intervindo no 
processo como litisconsortes poderão propor ação de 
indenização a título individual; 
D) os efeitos da coisa julgada nas ações coletivas 
fundadas em direitos ou interesses difusos, se o 
pedido for julgado improcedente por insuficiência de 
provas, impedem que qualquer legitimado ajuíze 
outra ação, com idêntico fundamento e valendo-se de 
nova prova; 
E) a sentença fará coisa julgada erga omnes, salvo 
improcedência por insuficiência de provas, mas 
limitadamente ao grupo, categoria ou parte 
 
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interessado, quando se tratar de ação fundada em 
interesses ou direitos coletivos. 
QUESTÃO 72 Para a defesa de interesses coletivos ou 
direitos coletivos e difusos do consumidor, a Lei nº 
8.078/1990 admite a legitimidade concorrente do 
Ministério Público, da União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal; das entidades e órgãos da 
Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem 
personalidade jurídica, especificamente destinados à 
defesa dos interesses e direitos protegidos por este 
código; e das associações legalmente constituídas há 
pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre seus fins 
institucionais a defesa dos interesses e direitos do 
consumidor. 
Acerca das prerrogativas destes legitimados na defesa 
coletiva dos interesses e direitos dos consumidores, e 
considerando as disposições da referida Lei nº 
8.078/1990, assinale a afirmativa correta. 
A) Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e 
os diretores responsáveis pela propositura da ação 
coletiva serão solidariamente condenados em 
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem 
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. 
B) Os órgãos da Administração Pública legitimados à 
defesa do consumidor em juízo poderão tomar dos 
Interessados compromisso de ajustamento de sua 
conduta às exigências legais, mediante cominações, 
que terá eficácia de título executivo judicial. 
C) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os 
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e 
dos Estados, na defesa dos interesses e direitos do 
consumidor. 
D) Contra atos ilegais ou abusivos de pessoas físicas ou 
jurídicas que lesem direito líquido e certo, coletivo ou 
difuso, os legitimados à defesa em juízo do 
consumidor poderão propor ação mandamental, que 
ser regerá pelas normas da lei de mandado de 
segurança. 
E) Poderá ser ajuizada, pelos legitimados à defesa 
coletiva do consumidor, ação visando o controle 
abstrato e preventivo das cláusulas contratuais gerais. 
QUESTÃO 73 Dispõe o Código de Defesa do Consumidor 
que as entidades civis de consumidores e as associações 
de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica 
podem regular, por convenção escrita, relações de 
consumo. 
A respeito disso, é correto afirmar que: 
A) a convenção somente obrigará os filiados às 
entidades signatárias; 
B) o fornecedor, ao se desligar da entidade em data 
posterior ao registro do instrumento, exime-se de 
cumprir a convenção; 
C) a convenção tornar-se-á eficaz e facultativa a partir do 
registro do instrumento no cartório de títulos e 
documentos; 
D) a convenção escrita não poderá ter por objeto o 
estabelecimento de condições relativas ao preço dos 
produtos e serviços; 
E) a obrigatoriedade de seguir o regulado em 
convenção dá-se a partir da assinatura assemblear 
para os filiados às entidades signatárias. 
QUESTÃO 74 A respeito das ações coletivas, nos moldes 
instituídos pelo Código de Defesa do Consumidor, é 
correto afirmar que: 
A) os interesses ou direitos coletivos são os 
transindividuais, de natureza indivisível, assim 
entendidos como os decorrentes de origem comum; 
B) para ter legitimidade ativa as associações devem 
estar legalmente constituídas há pelo menos um ano, 
sendo indispensável o requisito da pré-constituição; 
C) os interesses ou direitos difusos são os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam 
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato; 
D) a dispensa do adiantamento de custas e 
emolumentos, nas ações coletivas, somente será 
conferida quando a ação for proposta pelo Ministério 
Público ou pela Defensoria Pública; 
E) os interesses ou direitos individuais homogêneos são 
os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja 
titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas 
entre si ou com a parte contrária por uma relação 
jurídica base. 
QUESTÃO 75 Sobre a relação entre a ação coletiva e a 
ação individual, segundo a disciplina do Código de 
Defesa do Consumidor, o magistério doutrinário e a 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto 
afirmar que: 
A) as ações destinadas à tutela de interesses difusos e 
coletivos não induzem litispendência para as ações 
individuais, e a extensão in utilibus da coisa julgada 
coletiva para o plano individual ocorre 
independentemente da suspensão ou do 
prosseguimento do processo individual; 
B) o Código de Defesa do Consumidor contempla 
expressamente o direito à autoexclusão da jurisdição 
coletiva (right to opt out), prerrogativa que o indivíduo 
pode exercer para evitar a possível extensão da coisa 
julgada coletiva em prejuízo do interesse individual; 
C) com o trânsito em julgado da decisão favorável no 
processo coletivo, o processo individual que fora 
suspenso para aguardar o desfecho na esfera coletiva 
deve retomar seu curso rumo à sentença de mérito, 
vedada a conversão, ex officio, da ação individual em 
liquidação da sentença coletiva; 
D) com o escopo de privilegiar soluções uniformes e 
otimizar a atuação jurisdicional, uma vez ajuizada a 
ação coletiva atinente à macro-lide geradora de 
processos multitudinários, pode o juízo suspender, ex 
officio, o andamento dos processos individuais até o 
julgamento em ação coletiva da tese jurídica de 
fundo neles veiculada; 
E) as ações coletivas não induzem litispendência para as 
ações individuais, mas pode haver conexão ou 
continência entre tais demandas, caso em que o 
Código de Defesa do Consumidor determina a 
reunião dos processos para assegurar soluções 
uniformes e o transporte in utilibus da coisa julgada 
coletiva para o plano individual. 
QUESTÃO 76 
Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor 
da Capital recebeu representação e instaurou o 
 
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procedimento próprio para apurar notícia de 
publicidade enganosa por parte de sociedade 
empresária do ramo de telefonia celular. Findaa 
investigação, os danos aos consumidores restaram 
comprovados e não foi possível a composição 
extrajudicial, razão pela qual a Promotoria deve ajuizar: 
A) mandado de injunção, cujo único legitimado ativo é o 
Ministério Público; 
B) habeas data, cujo legitimado ativo é qualquer 
instituição pública ou privada; 
C) ação direta de inconstitucionalidade, cujos 
legitimados ativos estão elencados taxativamente na 
Constituição; 
D) ação civil pública, que possui outros legitimados 
ativos previstos na legislação; 
E) ação popular, cujo único legitimado ativo é o 
Ministério Público. 
QUESTÃO 77 A sociedade cooperativa Alfa desenvolveu 
um grande empreendimento habitacional e promoveu a 
sua comercialização com os cooperativados. Apesar 
disso, não entregou as unidades no prazo avençado, o 
que resultou no ajuizamento de uma ação coletiva pela 
associação dos cooperativados, ente muito respeitado e 
regularmente constituído há dois anos, sendo postulado 
o reconhecimento da mora e a fixação de multa por dia 
de atraso. 
À luz da narrativa acima, o Código de Defesa do 
Consumidor: 
A) é aplicável ao caso e a associação tem legitimidade 
para ajuizar a ação coletiva; 
B) não é aplicável ao caso, mas isto não obsta o 
ajuizamento da ação com base na Lei nº 7.347/1985; 
C) não é aplicável ao caso, sendo possível o litisconsórcio 
passivo plúrimo, não a ação coletiva; 
D) não é aplicável ao caso, mas isto não obsta o 
ajuizamento da ação com base na Lei nº 8.078/1990; 
E) é aplicável ao caso, mas a associação não tem 
legitimidade para ajuizar a ação em face da ausência 
de hipossuficiência. 
SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
QUESTÃO 78 O Código de Defesa do Consumidor 
instituiu o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor 
(SNDC) e determinou que a coordenação da política 
nacional de proteção do consumidor seria da 
competência do Departamento Nacional de Defesa do 
Consumidor. Atualmente, a atribuição é da Secretaria 
Nacional do Consumidor. 
As opções a seguir apresentam competência da 
Secretaria Nacional do Consumidor, à exceção de uma. 
Assinale-a. 
A) Elaborar e divulgar o cadastro nacional de 
reclamações fundamentadas contra fornecedores de 
produtos e serviços. 
B) Informar, conscientizar e motivar o consumidor 
através dos diferentes meios de comunicação. 
C) Solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito 
policial para a apreciação de delito contra os 
consumidores. 
D) Requisitar bens em quantidade suficiente para fins de 
estudos e pesquisas, com posterior comprovação e 
divulgação de seus resultados. 
E) Incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros 
programas especiais, a criação de órgãos públicos 
estaduais e municipais de defesa do consumidor e a 
formação, pelos cidadãos, de entidades com esse 
mesmo objetivo. 
QUESTÃO 79 As infrações das normas de defesa do 
consumidor sujeitarão o infrator a sanções 
administrativas, que serão adotadas pela autoridade 
administrativa, no âmbito de sua atribuição, mediante a 
instauração de processo administrativo sancionador. 
Acerca deste processo, disciplinado pelo Decreto nº 
2.181/1997, assinale a afirmativa correta. 
A) O processo administrativo sancionador terá início 
mediante ato escrito da autoridade competente, 
lavratura de auto de infração ou reclamação. 
B) Antecedendo à instauração do processo 
administrativo, a autoridade competente poderá 
abrir investigação preliminar, cabendo, para tanto, 
requisitar dos fornecedores informações sobre as 
questões investigadas, resguardado o segredo 
industrial. 
C) É permitido ao fornecedor, durante a investigação 
preliminar, recusar-se a prestar informações à 
autoridade administrativa, mediante justificativa de 
sigilo, que será apreciada quanto ao mérito no prazo 
máximo de 5 (cinco) dias, contados da expiração do 
prazo de convocação. 
D) A autoridade administrativa poderá determinar, no 
curso do processo administrativo sancionador, a 
adoção de medidas cautelares, devendo ser realizada 
a oitiva prévia da pessoa que estará sujeita a seus 
efeitos, a fim de que lhe seja assegurado o 
contraditório. 
E) Sendo indicada a baixa lesão da infração ao bem 
jurídico tutelado, a autoridade administrativa, 
mediante ato motivado, deixará de instaurar o 
processo administrativo sancionador, podendo, a seu 
critério discricionário, decidir utilizar outros 
instrumentos e medidas de supervisão. 
QUESTÃO 80 No sistema que tutela o consumidor, é 
correto afirmar que: 
A) é garantido o direito de modificação ou de revisão das 
cláusulas contratuais. 
B) a reparação dos danos materiais e morais é limitada 
de acordo com leis especiais reguladoras de setores 
das relações de consumo. 
C) os serviços públicos são excluídos da tutela, por serem 
objeto de leis próprias. 
D) o ônus probatório será sempre invertido em benefício 
do consumidor, por sua presumida hipossuficiência. 
E) o acesso ao Judiciário é sempre gratuito aos 
consumidores. 
 
 
 
 
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GABARITO 
1-d 9-a 17-c 25-e 33-d 41-b 49-b 57-d 65-a 73-a 
2-e 10-d 18-c 26-a 34-e 42-a 50-a 58-c 66-d 74-c 
3-b 11-a 19-a 27-d 35-c 43-b 51-b 59-b 67-a 75-d 
4-b 12-b 20-d 28-d 36-d 44-b 52-a 60-c 68-c 76-d 
5-b 13-d 21-a 29-a 37-d 45-b 53-a 61-d 69-d 77-a 
6-e 14-e 22-b 30-b 38-b 46-a 54-c 62-a 70-b 78-d 
7-b 15-e 23-c 31-c 39-c 47-e 55-d 63-e 71-c 79-b 
8-b 16-c 24-a 32-a 40-e 48-b 56-e 64-d 72-a 80-a

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