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TEORIA GERAL DA PENA
1. CONCEITO DE PENA
• É uma resposta estatal ao infrator da norma incriminadora
(crime ou contravenção), consistente na privação ou
restrição de determinados bens jurídicos do agente.
• Sanção penal pena
medida de segurança
2. FUNDAMENTOS DA PENA
• Político estatal: sem a pena, o ordenamento jurídico deixaria
de ser coativo.
• Psicossocial: a pena satisfaz o anseio justiça da comunidade
em que o crime ocorreu.
• Ético-individual: permite ao próprio delinquente, liberar-se
de algum sentimento de culpa.
3. FINALIDADE DA PENA
• Escola clássica (Carrara): a pena surge como forma de prevenção de
novos crimes, defesa da sociedade.
• Escola positiva (Lombroso): a pena é indeterminada, adequando-se
ao criminoso.
• Terza Scuola Italiana (Carnevale): quer enxergar a pena como uma
necessidade ética e deve a pena adequar-se ao criminoso.
• Escola Penal Humanista (Lanza): a pena tem o objetivo de educar o
culpado. Para essa escola, a pena tem uma finalidade de
ressocialização.
• Escola Técnico-Jurídica (Manzini): a pena surge como meio
de defesa a perigosidade do agente. Tem caráter retributivo.
• Escola Moderna Alemã (Von Liszt): a pena exerce uma
função preventiva geral. Visa inibir a sociedade para não
praticar a conduta que está sendo proibida, gerando uma
intimidação.
• Escola Correcionalista (Roeder): a pena tem caráter
corretivo. Assim, a função da mesma é a correção da
vontade do criminoso.
• Escola da Nova Defesa Social (Gramática): a pena é uma
reação da sociedade com o objetivo de proteção ao cidadão.
• Em resumo, são três as principais correntes sobre as
finalidades da pena:
a) Corrente absolutista: a pena objetiva retribuir o mal
causado.
b) Corrente utilitarista: a pena atua como instrumento de
prevenção.
c) Corrente eclética ou teoria mista: a pena objetiva a
retribuição e a prevenção, sendo esta a adotada pelo Código
Penal Brasileiro ao teor do art. 59, senão vejamos.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes,
à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime
(...).
PREVENÇÃO GERAL PREVENÇÃO ESPECIAL
atua ANTES do crime. atua APÓS o crime.
Visa a sociedade Visa o delinquente
Positiva: a pena demonstra a
vigência da lei.
Positiva: ressocialização.
Negativa: a pena como fator de
intimidação
Negativa: inibir a reincidência.
• A pena é POLIFUNCIONAL (STF):
1. Momento da COMINAÇÃO da pena (em abstrato): possui
PREVENÇÃO GERAL (visa a sociedade), positiva (demonstra a
vigência da lei) e negativa (intimidação: evitar que os
membros da sociedade).
2. Momento da APLICAÇÃO da pena (em concreto): possui
PREVENÇÃO ESPECIAL (visa o delinquente) e RETRIBUIÇÃO.
3. Momento da EXECUÇÃO da pena: busca efetivar as
disposições da sentença + prevenção especial positiva
(ressocialização).
4. JUSTIÇA CONSENSUAL
• Justiça conflitiva: crime + processo + julgamento + imposição
de pena + execução da pena imposta.
• Justiça consensual: reparadora/restaurativa (a preocupação
maior é a reparação dos danos causados a vítima).
5. PRINCÍPIOS INFORMADORES DA 
PENA
• Princípio da legalidade
• Princípio da pessoalidade/ personalidade/ intransmissibilidade
da pena (Art. 5º, XLV, cf/88)
• Princípio da individualização (Art. 5º, XLVI, CF/88)
1. Fase legislativa: na definição do crime e na cominação da pena.
2. Fase judicial: na imposição da pena.
3. Fase de execução: art. 5º da Lei de Execução Penal
• Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus
antecedentes e personalidade, para orientar a
individualização da execução penal.
• Princípio da proporcionalidade
- Evitar excesso
- Evitar a insuficiência da intervenção do Estado
• Princípio da inderrogabilidade/ inevitabilidade da pena
- a pena, desde que presentes seus pressupostos, deve ser
aplicada e fielmente cumprida. Exceções: transação penal,
suspensão do processo, perdão judicial, sursis, livramento
condicional.
• Princípio da dignidade da pessoa humana
6. PENAS PROIBIDAS NO BRASIL
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
a) Pena de morte
• Estudos realizados por pesquisadores da Emory Universtity
de Atlanta indicam que nos Estados americanos onde esta
modalidade de punição foi intensificada a criminalidade
baixou de forma expressiva, sob a justificativa de que os
criminosos passaram a evitar áreas nas quais podem ser
condenados pela pena de morte.
• Protocolo da CADH relativos à abolição da Pena de Morte,
aprovado em Assunção no Paraguai, no dia 8 de junho de
1990, que contém em seu preambulo as razões pelas quais a
pena de morte capital deve ser definitivamente banida.
• Regra: Não admite pena de morte.
• Exceção: guerra externa declarada.
• A pena de morte, nos termos do art. 56 do CPM é executada
por fuzilamento.
• O art. 57, estabelece que a sentença definitiva de
condenação à morte é comunicada, logo que passe em
julgado, ao Presidente da República, e não pode ser
executada senão depois de sete dias após a comunicação.
• Lei 7.565/86, art. 303, §2º (Lei do Abate)
Art. 303. § 2° Esgotados os meios coercitivos legalmente previstos, a
aeronave será classificada como hostil, ficando sujeita à medida de
destruição, nos casos dos incisos do caput deste artigo e após
autorização do Presidente da República ou autoridade por ele
delegada.
• Lei 9.605/98, art. 28 Lei dos Crimes Ambientais – pena de morte da
pessoa jurídica autora de crimes ambientais.
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente,
com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido
nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do
Fundo Penitenciário Nacional.
b) Penas de caráter perpétuo
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de
liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.
- Inobstante o Brasil proibir penas de caráter perpétuo, o
Estatuto de Roma admite, e o Brasil é signatário deste.
• Súmula 527-STJ: O tempo de duração da medida de
segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena
abstratamente cominada ao delito praticado.
c) Pena de trabalhos forçados
• Essa pena proibida não se confunde, de modo algum, com o trabalho
estabelecido na Lei de Execução Penal (Lei n° 7.210), que, embora
seja obrigatório (art. 31) e constitua dever do preso (art. 38, V), não e
pena, possui finalidade educativa e produtiva (art. 28), sendo, ainda,
remunerado (art. 29)
d) Pena de banimento: expulsão do nato ou naturalizado do nosso
território.
e) Pena de natureza cruel: veda-se a reprimenda indigna, cruel,
desumana ou degradante.
7. PENAS ADMITIDAS NO BRASIL
Art. 5º. XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
PRIVATIVAS DE LIBERDADE
RESTRITIVAS DE DIREITOS
PECUNIÁRIA
RECLUSÃO DETENÇÃO PRISÃO SIMPLES
Crimes mais graves Crimes menos graves Contravenções 
penais
REGIME INICIAL DE 
CUMPRIMENTO DE 
PENA
- Fechado
- Semiaberto
- Aberto
- Semiaberto
- Aberto 
- Semiaberto
- Aberto 
EFEITOS 
EXTRAPENAIS DA 
CONDENAÇÃO
Pode gerar 
incapacidade para o 
exercício do poder 
familiar (art. 92, II,
CP)
Não gera 
incapacidade para o 
exercício do poder 
familiar 
Não sofre efeito 
extrapenal 
INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA
admite Não admite Não admite
• LEI 11.343/06
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação
de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou
curso educativo
(2019 INSTITUTO ACESSO PC/ES DELEGADO) A ideia de punição é
assunto base para a construção de um sistema penal democrático.
Não é à toa que, no decorrer da história, pesquisadores, juristas,
doutrinadores, bem como a jurisprudência, trataram das tentativas
de justificação dos fins que se pretende alcançar com a aplicação das
penas em âmbito do Direto Penal. Em observância ao Código Penal de
1940, marque a afirmativa correta em relação aos fins atribuídos à
pena, no caso brasileiro.
a) De acordo com a ideia de prevenção geral que foi construída em
reação ao caso brasileiro, tal justificativa é a adotada para aplicação
da pena no Brasil.
b) De acordo com o desenvolvimento de bases estatísticas para o
direito penal, chegamos ao entendimento de aplicação da teoria
utilitarista unificada, que incorpora o modelo da civil law e common
law.
c) O Código Penal de 1940, em junção com a jurisprudência, adotou
como única justificação a retribuição, tendo a pena como fim em si
mesma.
d) O Código Penal de 1940 adotou a teoria mista, unificada ou eclética,
que reflete na unificação das ideias de retribuição e prevenção como
finalidade para aplicação das penas.
e) De acordo com a legislação penal, a ressocialização do preso
mediante o cumprimento da pena é o único fim determinado
legalmente para a pena.
( 2019 CESPE TJDFT TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS)
Segundo a teoria relativa especial negativa,
a) a pena, além de infundir na consciência geral a necessidade de
respeito a determinados valores, exercita a fidelidade ao direito e
promove a integração social.
b) a reprimenda penal tem a finalidade de ressocializar o apenado e
atender a uma função social.
c) a pena deve punir o infrator, por meio de vingança do mal causado;
essa teoria não é admitida pelo ordenamento jurídico pátrio.
d) a pena possui um viés retributivo do mal praticado, e não uma
função preventiva da reprimenda.
e) a pena tem finalidade social, com aplicação de medidas restritivas de
direitos do apenado, de forma a neutralizá-lo.
(2019 CESPE TJDFT TITULAR DE NOTAS E REGISTROS) As teorias da pena
buscam explicar a finalidade a ser alcançada por meio das sanções penais.
Acerca dessas teorias, assinale a opção correta.
a) a teoria da prevenção especial negativa dispõe que a pena tem viés
retributivo-preventivo, com vistas a combater a prática de crimes.
b) Segundo a teoria absoluta, a pena tem a finalidade de prevenir o delito,
por meio de medidas aflitivas e ressocializadoras, de modo a evitar o
cometimento de novos crimes.
c) a teoria unitária da pena define que a finalidade da pena é castigar o
indivíduo infrator, desprezando-se sua reintegração à sociedade.
d) na teoria conciliadora, a pena tem viés vingativo e visa restringir direitos
do apenado como forma de retribuir o mal injusto praticado,
promovendo a pacificação social.
e) de acordo com a teoria da prevenção geral positiva, a finalidade da pena
é levar à comunidade os valores das normas e dos bens jurídicos
tutelados pela lei penal.
(2019 INSTITUTO AOCP PC/ES ESCRIVÃO) Em relação às espécies de
penas aplicadas pelo Direito Penal, tem-se
a) privativa de liberdades; restritivas de direitos e de multa.
b) privativa de liberdades e de multa.
c) privativa de liberdade; restritiva de direitos; cesta básica e de multa.
d) privativa de liberdade; trabalho forçado e de cesta básica
e) privativa de liberdade e restritivas de direito.
(2019 NC-IFPR TJPR TITULAR DE NOTAS E REGISTROS) O Código Penal
estabeleceu no artigo 59 diversos critérios para a fixação da pena, tais
como culpabilidade, antecedentes, motivos, circunstâncias e
consequências do crime. O referido texto legal também deixou claro
que adotou uma posição oficial com relação ao fundamento da pena.
Quanto ao fundamento da pena adotado no Código Penal, adota-se a
teoria:
a) retributiva como fim da pena.
b) eclética ou mista.
c) da prevenção especial negativa.
d) da prevenção especial positiva.
e) da prevenção geral positiva.
8. FIXAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE
• CP
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do
art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as
circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas
de diminuição e de aumento.
• CP
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário
e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de
liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por
outra espécie de pena, se cabível.
• Em síntese:
➢ 1º o juiz calcula a pena privativa, trabalhando com o
sistema trifásico.
➢ 2º fixa o regime inicial para cumprimento de penal.
➢ 3º analisa a possibilidade de substituição da pena privativa
por restritiva de direito por multa; cabimento do sursis.
ANÁLISE DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS:
a) Culpabilidade do Agente
- juízo de reprovabilidade, como o juízo de censura que recai
sobre o responsável por um crime ou contravenção penal, no
intuito de desempenhar o papel de pressuposto de aplicação
da pena. MASSON
b) Antecedentes do Agente
- Representa a vida pregressa do agente. Vida “anteacta”.
- Gera maus antecedentes as condenações definitivas que não
são capazes de gerar reincidência.
• CP
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos,
computado o período de prova da suspensão ou do livramento
condicional, se não ocorrer revogação.
c) Conduta social: atividades relativas ao trabalho, seu
relacionamento familiar e social e qualquer outra forma de
comportamento dentro da sociedade.
d) Personalidade do agente: retrato psíquico do delinquente
e) Motivos do crime: maior ou menor aceitação ética da
motivação.
f) Circunstâncias e consequências do crime: circunstâncias
que dizem respeito a duração do tempo do delito, local do
crime. As consequências dizem respeito a extensão do dano,
desde que não constituam circunstâncias legais.
g) Comportamento da vítima: não há compensação de culpas.
Se a vítima contribuir aplica-se a atenuante do art. 65, III, c,
CP.
• Assim como nas circunstancias judiciais, o legislador não
estipulou o “quantum” para as agravantes e atenuantes.
Desse modo, fica a critério do juiz, que deve sempre
fundamentar a decisão.
1ª Situação: existência apenas agravantes. O magistrado
tomará a pena-base e irá agravá-la. Exemplo: Pena-base em 2
anos + 1/6 da agravante, chegando em 4 anos, a pena
provisória.
2ª Situação: existência de apenas circunstancias atenuantes.
Nesse contexto, a pena-base deverá ser atenuada. Pena-base
em 2 anos – 1/6, a pena provisória chegará a 1 ano e 8 meses.
3ª Situação: ausentes atenuantes e agravantes. A pena-base
será confirmada na segunda fase (pena
provisória/intermediária). Era 2 anos e permanece em 2 anos.
4ª Situação: há concurso de circunstancias de agravantes e
atenuantes aplicar-se-á o disposto no art. 67 do Código Penal.
- CP:
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos
motivos determinantes do crime, da personalidade do agente
e da reincidência.
• A jurisprudência entende como circunstância
preponderante:
1. Atenuantes da menoridade e da senilidade;
2. Agravante da reincidência;
3. Atenuantes e agravantes subjetivas;
4. Atenuantes e agravantes objetivas.
AGRAVANTES E ATENUANTES CAUSAS DE AUMENTO E DE 
DIMINUIÇÃO
São consideradas na 2ª fase do
cálculo
da pena
São consideradas na 3ª fase do
cálculo da pena.
O seu quantum não tem previsão
legal
O seu quantum possui previsão
legal.
O juiz está adstrito aos limites
mínimos e máximo da pena em
abstrato.
O juiz não está adstrito aos limites
mínimos e máximos do preceito
secundário.
• Havendo uma só causa de aumento ou de diminuição: o juiz,
com base no “quantum” previsto em lei deve aumentar ou
diminuir a pena.
• É, todavia, possível o concursos de causas de aumento/e ou
diminuição.
a) Concurso homogêneo: quando há pluralidade de causa de
aumento ou pluralidade de causa de diminuição.
b) Concurso heterogêneo: quando há uma causa de aumento
concorrendo com uma causa de diminuição.
9. FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE 
CUMPRIMENTO DE PENA
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança
máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la
em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e
não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-
aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á
com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
§ 4º - O condenado por crime contra a administração pública terá a
progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do
dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais.
O JUIZ, NA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL, DEVE OBSERVAR:
1º - espécie de pena (reclusão ou detenção).
• E se o apenado a pena inferior a 4 anos for reincidente? Sendo
reincidente, não cabe regime aberto. Deve iniciar no fechado ou
semi-aberto.
Súmula 269 do STJ: É admissível a adoção do regime prisional semi-
aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro
anos se favoráveis as circunstancias judiciais.
Súmula 718 STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em
abstrato do crime não constitui motivação idônea para a
imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a
pena aplicada.
Súmula 719 STF: A imposição do regime de cumprimento mais
severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.
Súmula 440, STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o
cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na
gravidade abstrata do delito.
• Em sequência, no tocante a detenção, admite regime inicial
de cumprimento de pena semiaberto ou aberto.
• Atenção: Detenção não admitir regime inicial fechado não
significa que o seu cumprimento não possa ocorrer no
regime mais severo (sendo perfeitamente possível por meio
de regressão).
• Art. 56 do Estatuto do Índio
Art. 56. No caso de condenação de índio por infração penal, a
pena deverá ser atenuada e na sua aplicação o Juiz atenderá
também ao grau de integração do silvícola.
Parágrafo único. As penas de reclusão e de detenção serão
cumpridas, se possível, em regime especial de semiliberdade,
no local de funcionamento do órgão federal de assistência aos
índios mais próximos da habitação do condenado.
10. PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
• Uma vez fixada a pena privativa de liberdade e determinado
o regime prisional para o seu inicial cumprimento, deve o juiz
verificar a possibilidade de SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO por
PENAS ALTERNATIVAS ou modificar sua execução.
• Penas alternativas: penas restritivas de direitos e multa.
• Modificar sua execução: sursis e livramento condicional.
RESTRITIVAS DE DIREITO E MULTA SURSIS E LIVRAMENTO 
CONDICIONAL
Espécies de penas alternativas Espécies de medidas alternativas
Substituem a pena privativa de
liberdade de curta
duração, restringindo direitos do
condenado.
Mantém a pena privativa de
liberdade, mas
modifica a sua execução, mediante
condições.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO E MULTA
• As restritivas de direitos, espécies de pena alternativa, seguindo
a tendência do Direito Penal Moderno, buscam eliminar a pena
privativa de liberdade de curta duração, por não atender
satisfatoriamente às finalidades da sanção penal (ênfase de
política criminal).
➢ A substituição da pena privativa de liberdade por restritivas
de direitos é faculdade do juiz ou direito subjetivo do réu? De
acordo com a maioria, a pena alternativa deve ser compreendida
como direito público subjetivo do réu, ou seja, presentes as
exigências legais, o juiz deve substituir a pena privativa de
liberdade por restritiva de direito.
ESPÉCIES DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direito poderão ser de duas espécies,
reais ou pessoais. As de natureza real recai sobre o
patrimônio do condenado e, consiste em prestação pecuniária
e perda de bens e valores. Por outro lado, as restritivas de
direito de natureza pessoal recai sobre a pessoa do
condenado e são elas: prestação de serviços a comunidade,
interdição temporária de direitos e limitação do fim de
semana.
• As leis extravagantes também poder conferir um tratamento sobre as
penas restritivas de direito. Nesse sentido, temos que nada impede
que leis extravagantes criem penas restritivas especiais.
a) Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/03) – art. 41-B, §2º:
§ 2º Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter a pena de
reclusão em pena impeditiva de comparecimento às proximidades do
estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo,
pelo prazo de 3 (três) meses a 3 (três) anos, de acordo com a gravidade
da conduta, na hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes
e não ter sido punido anteriormente pela prática de condutas previstas
neste artigo.
b) Crimes Ambientais (Art. 8º):
Art. 8º As penas restritivas de direito são:
I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar.
c) Lei de Drogas (art. 28, Lei 11.343/2006)
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou
curso educativo.
• INOVAÇÃO LEGISLATIVA
A Lei nº 13.281/16 inseriu no Código de Trânsito Brasileiro o art. 312-A – em
vigor a partir de 06 de novembro de 2016 – que dispõe sobre a pena
restritiva de direitos aos condenados pelos crimes tipificados nos arts. 302
312 daquele Código. De acordo com o novo dispositivo, a prestação de
serviço à comunidade ou a entidades públicas deve consistir em: I – trabalho,
aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II – trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que
recebem vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados; III – trabalho
em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito; IV – outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e
recuperação de vítimas de acidentes de trânsito.
Nesse sentido, uma vez procedendo com a substituição
da pena restritiva de
direito no âmbito dos crimes tipificados ao teor dos arts. 302 a 312 do CTB, a
novel legislativa impõe que seja aplicada uma das restritivas de direito ali
delineadas, especificadamente.
REQUISITOS PARA A CONVERSÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE
LIBERDADE EM RESTRITIVAS DE DIREITO
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e
substituem as privativas de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos
e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for
culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as
circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
REQUISITOS PARA A SUBSTITUIÇÃO DA PENA NOS CRIMES
DOLOSOS:
1. Pena aplicada não seja superior a 4 anos; (no Código Penal, na
legislação extravagante pode encontrar prazo distinto – por
exemplo: lei dos crimes ambientais prevê que deve ser INFERIOR a
4 anos).
2. Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa.
3. Não ser o condenado reincidente em crime doloso.
SUBSTITUIÇÃO NOS CRIMES CULPOSOS
• O art. 44 do CP, prevê que nos crimes culposos, a substituição é
possível qualquer que seja a pena (ou seja, não precisa observar
o parâmetro legal de não ser superior a 4 anos) e o tipo do crime.
➢ O autor de crime preterdoloso deve preencher os requisitos
do crime doloso ou culposo? O crime preterdoloso = é crime
doloso qualificado ou agravado pelo resultado culposo.
• O STJ, já vem decidindo no sentido de que o crime preterdoloso
deve seguir o rol de requisitos do crime doloso.
REGRAS PARA A SUBSTITUIÇÃO
PENA = OU – DE 1 ANO PENA + DE 1 ANO
Pena + de 1 ano
Substitui a pena privativa de
liberdade por restritiva de
direito OU multa.
Substitui a pena privativa de
liberdade por restritiva de
direito mais multa ou DUAS
penas restritivas de direitos.
CONVERSÃO
• Descumprimento injustificado da restrição imposta (Art. 44, § 4º CP)
• Condenação a pena privativa de liberdade por outro crime (Art. 44 §
5º, CP)
• Existem outras hipóteses de conversão, por exemplo, conversão na
LEP (art. 181 – Lei nº 7.210)
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de
liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 45 e seus incisos do
Código Penal.
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida
quando o condenado:
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou
desatender a intimação por edital;
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que
deva prestar serviço;
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi
imposto;
d) praticar falta grave;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade,
cuja execução não tenha sido suspensa.
11. MULTA
• Multa é uma espécie de pena, por meio da qual o condenado fica
obrigado a pagar uma quantia em dinheiro que será revertida em
favor do Fundo Penitenciário.
• Segundo SANCHES, a pena de multa é espécie de pena
alternativa à prisão, cominada no preceito secundário ao tipo
incriminador ou substitutiva da prisão (art. 44, CP), a pena de
multa é espécie de sanção penal patrimonial, consistente na
obrigação imposta ao sentenciado de pagar ao fundo
penitenciário determinado valor em dinheiro.
APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA
• O Cp adota o sistema de dias-multa, baseado, principalmente, na
capacidade econômica do sentenciado.
• Cumpre destacar que, legislação extravagante pode anunciar
outros sistemas, por exemplo, a lei de licitações e lei de locações.
• Lei nº 8.666/93 – art. 99. A lei de licitações trabalha multa de acordo com
índices percentuais dos contratos.
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no
pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais,
cuja base corresponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou
potencialmente auferível pelo agente.
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2%
(dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato
licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.
§ 2º O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o caso, à
Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.
• Lei nº 8.245/91 – art. 43. A lei de locações trabalha o valor da multa
com base o valor do aluguel.
Art. 43. Constitui contravenção penal, punível com prisão simples de
cinco dias a seis meses ou multa de três a doze meses do valor do
último aluguel atualizado, revertida em favor do locatário:
I - exigir, por motivo de locação ou sublocação, quantia ou valor além
do aluguel e encargos permitidos;
II - exigir, por motivo de locação ou sublocação, mais de uma
modalidade de garantia num mesmo contrato de locação;
III - cobrar antecipadamente o aluguel, salvo a hipótese do art. 42 e da
locação para temporada.
APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA
• Em um primeiro momento, o juiz deve fixar a QUANTIDADE DE DIAS-
MULTA
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário
da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no
mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-
multa.
• Mínimo: 10 dias-multa
• Máximo: 360 dias-multa
➢ Qual o critério utilizado pelo magistrado na fixação da
quantidade de dia-multa?
1ª C: o juiz deve observar o art. 68 do Código Penal
(majoritária)
2ª C: o juiz deve analisar a capacidade financeira do
sentenciado.
3ª C: o juiz deve observar, nesta etapa, apenas o art. 59 do
Código Pena.
• Em sequência, depois calculada a quantidade de dias-multa, o juiz
decide o VALOR DE CADA DIA-MULTA
Art. 49. § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo
ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente
ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
• Mínimo: 1/30 salário mínimo.
• Máximo: 5 salários mínimos (podendo ser triplicado, nesse sentido, o
§1º do art. 60 do CP), vejamos:
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender,
principalmente, à situação econômica do réu.
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar
que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora
aplicada no máximo.
COMPETÊNCIA PARA COBRANÇA DA PENA DE MULTA
REDAÇÃO ANTES DA LEI 13.964/19 
(PACOTE
ANTICRIME)
REDAÇÃO DEPOIS DA LEI 13.964/19 
(PACOTE
ANTICRIME)
Art. 51 - Transitada em julgado a
sentença condenatória, a multa será
considerada dívida de valor, aplicando-
se-lhes as normas da legislação relativa
à dívida ativa da Fazenda Pública,
inclusive no que concerne às causas
interruptivas e suspensivas da
prescrição.
Art. 51. Transitada em julgado a
sentença condenatória, a multa será
executada perante o juiz da execução
penal e será considerada dívida de valor,
aplicáveis as normas relativas à dívida
ativa da Fazenda Pública, inclusive no
que concerne às causas interruptivas e
suspensivas da prescrição.
PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA
• Aplicação das causas suspensivas e interruptivas da prescrição
previstas na lei de execução fiscal, porém o prazo da prescrição
será o previsto no código penal (art. 114).
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá:
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou
aplicada;
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa
de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente
cominada ou cumulativamente aplicada.
12. SURSIS
• Segundo SANCHES, o “sursis” é instituto de política criminal que
suspende, por um tempo certo (período de prova), a execução da
pena privativa, ficando o sentenciado em liberdade sob
determinadas condições.
• Encontra previsão legal nos arts. 77 a 82 do CP, assim como nos
arts. 156 a 163 da LEP.
SISTEMAS DO SURSIS
• Há três sistemas que fundamentam o sursis, a saber:
Sistema Franco Belga: adotado pelo Brasil,
nele, o réu é processado,
sua culpa é reconhecida, existe condenação, porém suspende-se a
execução da pena.
Sistema Anglo Americano: o réu é processado, sua culpa igualmente
é reconhecida, porém, suspende-se o processo evitando a imposição
de pena. Não encontra previsão em nosso ordenamento jurídico.
Sistema “Probation of first offenders”: o réu é processado, porém
suspende-se o processo sem que seja reconhecida sua culpa. É
adotado no âmbito da Lei nº 9.099/95 (art. 89).
ESPÉCIES DE SURSIS
• Sursis Simples
✓ Previsão legal: art. 77 e 78, §1º do CP;
✓ Pressuposto: pena imposta não superior a 2 anos;
✓ Período de prova: 2 a 4 anos.
✓ Ficará sujeito a prestação de serviços à comunidade e limitação
do final de semana (no 1º ano).
✓ Requisitos: condenado não reincidente em crime doloso;
circunstancias judiciais favoráveis e não indicada ou cabível pena
restritiva de direito, possuindo o sursis caráter subsidiário.
• Sursis especial
✓ Previsão legal: art. 77 e 78, §2º do CP;
✓ Pressuposto: pena imposta não superior a 2 anos;
✓ Período de prova: 2 a 4 anos.
✓ Deverá reparar o dano ou comprovar a impossibilidade de fazê-
lo.
✓ Ficará sujeito a proibição de frequentar determinados lugares,
proibição de ausentar-se da comarca e comparecimento mensal
em juízo.
✓ Requisitos: condenado não reincidente em crime doloso;
circunstancias judiciais favoráveis e não indicada ou cabível pena
restritiva de direito, possuindo o sursis caráter subsidiário.
• Sursis Etário
✓ Previsão legal: art. 77, § 2º, 1ª parte do CP;
✓ Pressuposto: pena imposta não superior a 4 anos;
✓ Período de prova: 4 a 6 anos;
✓ Condenado maior de 70 anos (não importando sua saúde);
✓ Se não reparou o dano fica sujeito as condições do sursis
simples. Por outro lado, se reparou o dano, fica sujeito as
condições do sursis especial.
✓ Requisitos: condenado não reincidente em crime doloso;
circunstancias judiciais favoráveis e não indicada ou cabível pena
restritiva de direito, possuindo o sursis caráter subsidiário.
• Sursis humanitário
✓ Previsão legal: art. 77, §2º, 2ª parte do CP;
✓ Pressuposto: pena imposta não superior a 4 anos;
✓ Período de prova: 4 a 6 anos;
✓ Condenado doente (não importando sua idade);
✓ Se não reparou o dano fica sujeito as condições do sursis
simples. Por outro lado, se reparou o dano, fica sujeito as
condições do sursis especial.
✓ Requisitos: i. condenado não reincidente em crime doloso;
circunstancias judiciais favoráveis e não indicada ou cabível pena
restritiva de direito, possuindo o sursis caráter subsidiário.
REVOGAÇÃO DO SURSIS
• A revogação do sursis pode ser obrigatória ou facultativa.
• REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA: art. 81 do Código Penal
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o
beneficiário:
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não
efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código.
• REVOGAÇÃO FACULTATIVA: art. 81, §1º do Código Penal.
Art. 81. § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado
descumpre qualquer outra condição imposta ou é
irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por
contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de
direitos.
PRORROGAÇÃO DO SURSIS
• Nos termos do §2º do art. 81 do Código Penal, “se o beneficiário
está sendo processado por outro crime ou contravenção,
considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento
definitivo”.
• Conclusões:
➢ Trata-se de prorrogação automática.
➢ A simples instauração de inquérito policial não acarreta a
prorrogação do prazo.
➢ A prorrogação é possível, em se tratando de processo que
apura crime ou contravenção.

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