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PROCESSOS 
CONSTRUTIVOS
PROCESSOS 
CONSTRUTIVOS
Processos Construtivos
Ana Paula de Sá Gonçalves 
Eduarda Pereira Barbosa
Ana Paula de Sá Gonçalves 
Eduarda Pereira Barbosa
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
A engenharia, em um sentido amplo, é a aplicação de métodos, criados a partir de 
conhecimentos cientí� cos e empíricos, para a resolução de problemas. Ela é a aplica-
ção da ciência em benefício da sociedade. A engenharia civil, especi� camente, oferece 
diversas possibilidades, e compete ao pro� ssional da área conhecer o máximo que 
puder sobre elas, a � m de orientar seus projetos àquilo que é mais viável.
Diante de um cenário tão vasto, é impossível dominar todos os assuntos, mas é im-
prescindível que o engenheiro civil desenvolva algumas habilidades, como criar, ana-
lisar, � scalizar e gerir, e possua determinados conhecimentos. 
A partir do desenvolvimento dessas competências, ele terá capacidade de acompa-
nhar as constantes mudanças nas tecnologias, nos processos e nos sistemas que en-
volvem a indústria da construção. O mercado é exigente, e um pro� ssional que não dá 
respostas rápidas às demandas acaba sendo excluído.
Visando munir o(a) aluno(a) de alguns desses conhecimentos essenciais e capacitá-
-lo(a) para acompanhar o mercado e desenvolver habilidades, nessa disciplina, iremos 
conhecer os sistemas construtivos convencionais e não convencionais, as diferenças 
entre produtos pré-fabricados e exclusivamente industrializados, sistemas tecnoló-
gicos, gerenciamento e cálculo de processos construtivos, padronização de custos, 
análises de processos construtivos, cálculos de perdas construtivas, curvas de agre-
gação de recursos, entre outros temas.
Capa_formatoA5.indd 1,3 25/03/2021 15:56:14
© Ser Educacional 2021
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do 
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Ana Paula de Sá Gonçalves
Eduarda Pereira Barbosa
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
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Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
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Unidade 1 - Sistemas e materiais construtivos
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 13
Sistemas construtivos convencionais ............................................................................. 14
Concreto armado ............................................................................................................. 16
Alvenaria estrutural ........................................................................................................ 18
Parede de concreto ........................................................................................................ 19
Madeira ............................................................................................................................. 20
Metal .................................................................................................................................. 22
Sistemas construtivos não convencionais ...................................................................... 24
Adobe ou pau a pique ..................................................................................................... 24
Bambu ............................................................................................................................... 26
Container ........................................................................................................................... 27
Produtos pré-fabricados e pré-moldados ........................................................................ 28
Pré-moldados de concreto ............................................................................................ 29
Concreto protendido ....................................................................................................... 31
Pré-moldados e pré-fabricados de madeira ............................................................... 32
Pré-fabricados de metal ................................................................................................. 33
Sintetizando ........................................................................................................................... 34
Referências bibliográficas ................................................................................................. 35
Sumário
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Unidade 2 - Construção industrializada
Objetivos da unidade 38
Industrialização da construção civil 39
Produtos pré-fabricados 41
Produtos pré-industrializados 50
Sistemas de pré-fabricação 55
Breve histórico da pré-fabricação 56
Sistemas pré-fabricados de concreto 58
Sistemas tecnológicos 61
Sistema Camus 62
Sistema Bossert 64
Sintetizando 65
Referências bibliográficas 66
Sumário
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Sumário
Unidade 3 – Planejamento e gerenciamento na construção civil
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 68
Gerenciamento e planejamento das construções ......................................................... 69
Importância de planejar e gerenciar na construção civil ........................................ 69
Principais ferramentas utilizadas ................................................................................. 73
Curva ABC para a gestão de estoques ........................................................................ 85
Produtividade na construção civil .................................................................................... 87
Fatores que influenciam a produtividade .................................................................... 88
Indicadores de produtividade ....................................................................................... 91
Gestão dos custos construtivos ......................................................................................... 93
Importância do orçamento ............................................................................................ 93
Sintetizando ........................................................................................................................... 95
Referências bibliográficas .................................................................................................96
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Sumário
Unidade 4 - O desperdício na construção civil
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 99
Gestão das perdas construtivas ...................................................................................... 100
Tipos de perdas .............................................................................................................. 100
Cálculo de indicadores de perdas construtivas ....................................................... 104
Construção enxuta (ou lean construction) .................................................................... 107
Produção enxuta (ou lean production) ..................................................................... 108
Conceitos e princípios do lean construction ............................................................ 109
Acompanhamento do desenvolvimento do projeto ..................................................... 112
Curva S de trabalho e curva S de custos .................................................................. 113
Curva S padrão .............................................................................................................. 114
Análise de valor agregado ........................................................................................... 115
Etapas de uma obra ............................................................................................................ 118
Sintetizando ......................................................................................................................... 122
Referências bibliográficas ............................................................................................... 123
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A engenharia, em um sentido amplo, é a aplicação de métodos, criados a 
partir de conhecimentos científi cos e empíricos, para a resolução de proble-
mas. Ela é a aplicação da ciência em benefício da sociedade. A engenharia civil, 
especifi camente, oferece diversas possibilidades, e compete ao profi ssional da 
área conhecer o máximo que puder sobre elas, a fi m de orientar seus projetos 
àquilo que é mais viável.
Diante de um cenário tão vasto, é impossível dominar todos os assuntos, 
mas é imprescindível que o engenheiro civil desenvolva algumas habilidades, 
como criar, analisar, fi scalizar e gerir, e possua determinados conhecimentos. 
A partir do desenvolvimento dessas competências, ele terá capacidade de 
acompanhar as constantes mudanças nas tecnologias, nos processos e nos sis-
temas que envolvem a indústria da construção. O mercado é exigente, e um 
profi ssional que não dá respostas rápidas às demandas acaba sendo excluído.
Visando munir o(a) aluno(a) de alguns desses conhecimentos essenciais e 
capacitá-lo(a) para acompanhar o mercado e desenvolver habilidades, nes-
sa disciplina, iremos conhecer os sistemas construtivos convencionais e não 
convencionais, as diferenças entre produtos pré-fabricados e exclusivamente 
industrializados, sistemas tecnológicos, gerenciamento e cálculo de proces-
sos construtivos, padronização de custos, análises de processos construti-
vos, cálculos de perdas construtivas, curvas de agregação de recursos, entre 
outros temas.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 9
Apresentação
SER_ENGCIV_PROCON_UNID1.indd 9 25/03/2021 14:55:53
A Deus, por ter me capacitado e iluminado. Aos meus pais, Cleuza e Márcio 
(in memorian), pelo incentivo e confi ança. Aos meus irmãos, Leonardo 
e Rodrigo, por me entenderem e apoiarem sempre. Ao meu mentor, 
Carlos Maciel, que me encorajou e estimulou. E à Débora Borges, que me 
descobriu pelo LinkedIn.
A professora Ana Paula de Sá Gon-
çalves é especialista em Segurança do 
Trabalho (2008) e Engenharia Sanitária 
e Ambiental (2004) pela Universidade 
Vale do Aço – UNILESTE. É graduada 
em Engenharia Civil pela Universidade 
Vale do Rio Doce – UNIVALE (1997). 
Atua no setor de construção civil com 
demandas em engenharia e segurança 
do trabalho há mais de 20 anos. Traba-
lhou com atividades operacionais, ten-
do sido responsável pelos processos 
administrativos, logísticos e operacio-
nais envolvidos em projetos, com foco 
principal no escopo e cronograma do 
cliente.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3246405049348754
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 10
A autora
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Dedico este trabalho a Deus, pela vida e forças para trabalhar todos os 
dias. A meus familiares, a todos que incentivaram minha vida acadêmica 
e aos meus alunos, que são a principal fonte de motivação para ser uma 
profi ssional melhor a cada dia.
A professora Eduarda Pereira Barbosa 
é mestra em Engenharia Civil com ênfase 
em Materiais Regionais e Não Convencio-
nais Aplicados a Estruturas e Pavimentos 
pela Universidade Federal do Amazonas 
(UFAM, 2019) e graduada em Engenharia 
Civil pelo Centro Universitário do Norte 
(UniNorte, 2017). Tem experiência como 
professora conteudista para instituições 
de ensino superior e é professora de 
cursos técnicos nas disciplinas de Mate-
riais de Construção; Mecânica dos Solos 
e Pavimentação; Topografi a; Estruturas 
de Concreto; Instalações Elétricas; Ins-
talações Hidrossanitárias; Tecnologia da 
Construção; e Segurança do Trabalho, 
entre outras.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0366793836548985
A autora
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 11
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SISTEMAS E 
MATERIAIS 
CONSTRUTIVOS
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Aprender sobre sistemas construtivos convencionais;
 Aprender sobre sistemas construtivos não convencionais;
 Diferenciar produtos pré-fabricados dos industrializados.
 Sistemas construtivos conven-
cionais
 Concreto armado
 Alvenaria estrutural
 Parede de concreto
 Madeira
 Metal
 Sistemas construtivos não con-
vencionais
 Adobe ou pau a pique
 Bambu
 Container
 Produtos pré-fabricados e 
pré-moldados
 Pré-moldados de concreto
 Pré-fabricados ou exclusiva-
mente industrializados
 Concreto protendido
 Pré-moldados e pré-fabrica-
dos de madeira
 Pré-fabricados de metal
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 13
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Sistemas construtivos convencionais
 O processo construtivo acontece a partir do conhecimento aplicado e é motiva-
do pela necessidade. Ao longo do tempo, ele evoluiu para atender às novas e mais 
complexas necessidades da sociedade e às necessidades básicas que pediam por 
maior efi ciência. Hoje, já é possível construir uma casa em poucas horas, dependen-
do da tecnologia, dos recursos naturais e do investimento que se têm disponíveis. 
Para melhorar entendermos o que são sistemas construtivos, é importante co-
meçar conceituando processo, sistema e construção:
• Processo: maneira de se fazer alguma coisa, procedimento ou processo de 
criação. Ação contínua e prolongada, que expressa continuidade na realização de 
determinada atividade;
• Sistema: reunião dos elementos que, concretos ou abstratos, interligam-se 
de modo a formar um todo organizado. Também pode signifi car qualquer con-
junto constituído por elementos ou seções que se inter-relacionam, como um 
sistema estrutural;
• Construção: ação de construir, de dar forma a algo, geralmente partindo de um 
plano ou projeto elaborado com antecedência. No caso da edifi cação é uma cons-
trução como a de um complexo de apartamentos.
Sistemas
Basicamente, tudo que está ao nosso redor faz parte de um sistema. Sis-
temas podem assegurar serviços, gerar segurança e garantir estabilidade, por 
exemplo, e podem ser artifi ciais ou naturais.
Quando analisamos alguns dos sistemas conhecidos, observamos que só 
existem sistemas se houverem conjuntos. O sistema construtivo,por exemplo, 
é formado por fundações, pilares, vigas, lajes, vedações e coberturas. 
Um sistema só tem função se todos os seus componentes, elementos ou 
agentes atuarem juntos e sincronizados. Cada um assume sua função, colabora 
com os demais e faz com que o conjunto seja harmônico. 
O sistema construtivo é o tipo de tecnologia e método que serão utiliza-
dos para construção de uma edifi cação. Para cada tipo de método construtivo 
é aplicado uma tecnologia; antes de escolher um dos modelos construtivos, 
como em concreto, em madeira ou em metal, é necessário um estudo a fi m de 
entender qual método é o mais adequado. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 14
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A escolha do sistema construtivo é pautada pela análise dos cenários, como 
o projeto arquitetônico e o ambiente. A ponte Vasco da Gama, em Portugal 
(Figura 1), foi construída em concreto armado e atirantada por cabos de aço. 
Devido ao terremoto ocorrido em Lisboa, em 1755, avaliado em 8,7 da es-
cala Richter, a ponte foi construída com capacidade cinco vezes maior do que a 
necessária para suportar o terremoto ocorrido, a fim de resistir a abalos sísmi-
cos e suportar velocidade de ventos de 250 km/h. É inconcebível pensar em um 
sistema construtivo de madeira para um cenário como esse.
Figura 1. Ponte estaiada Vasco da Gama (sistema construtivo de concreto). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
Tecnologia
Tecnologia, por definição, é uma técnica ou conjuntos de técnicas que parte 
do domínio sobre um assunto, instrumento ou ofício. A tecnologia surge a par-
tir da necessidade e do desejo de desenvolver uma nova forma de se realizar 
uma tarefa, ou criar algo novo.
Ela não é, necessariamente, algo exclusivo e inédito, mas dá novos signi-
ficados e possibilita novas formas de se executar um serviço, de forma ágil e 
gerando menos resíduos, por exemplo. A tecnologia deve, preferencialmente, 
gerar valor. 
Usar tábuas junto ao barro, em algumas das primeiras construções feitas 
pelos seres humanos, era usar tecnologia. Elas permitiam que o modelo cons-
trutivo tivesse maior estabilidade e possibilitou que as paredes da construção 
fossem mais altas e trincassem menos. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 15
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ASSISTA
Uma das mais recentes e interessantes tecnologias usadas na 
construção é das casas feitas com uma estrutura pré-fabricada 
desdobrável. Por conta de um tufão que devastou uma região 
das Filipinas, um grupo de arquitetos e designers criou o projeto 
Casa Borboleta, a fi m de criar residências que atendessem de 
forma rápida e efi ciente aos desabrigados. O projeto produziu 
casas pré-fabricadas que só precisam de 15 minutos e três ou 
quatro pessoas para serem montadas. Veja como funciona a 
tecnologia no vídeo Uma casa desdobrável em 15 minutos - 
hi-tech, postado pelo canal Euronews.
Quando se fala em tecnologia, deve-se pensar em investimento, seja inte-
lectual ou fi nanceiro. Então, sistema construtivo é defi nir qual tecnologia será 
adotada para a construção. Escolhida a tecnologia, escolhem-se os elementos 
(materiais) que serão empregados nessa construção. 
A Figura 2 mostra um sistema construtivo de concreto que usa a tecnologia 
de pré-fabricado:
Figura 2. Sistema construtivo de concreto pré-fabricado. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
Concreto armado
A tecnologia mais usual para a construção civil é o armado, um tipo de tec-
nologia que utiliza cinco materiais: areia, brita, cimento, água e aço. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 16
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A parte do concreto é composta de areia, brita, cimento e água, e ele 
se torna armado quando é utilizado aço na estrutura da construção. A 
combinação desses elementos permite ao sistema estrutural do concreto 
armado resistir a compressões e trações. O concreto é resistente a com-
pressões e não resiste bem a trações, e é aí que a ferragem entra, auxi-
liando a resistir às trações, formando uma combinação é quase perfeita. 
O que torna o concreto armado o sistema construtivo mais usual é a 
facilidade na aquisição dos seus materiais, sua empregabilidade na obra 
e facilidade em ser moldado, fatores que o tornam de baixo custo quando 
comparado aos demais. 
Em contrapartida, controlar a qualidade, a quantidade gera-
da de resíduos e ter formas e tamanhos geométricos 
restritos deixam esse sistema em desvantagem 
considerável, dependendo do empreendimento. 
Outro problema com esse modelo construtivo é 
a mão de obra, que geralmente não é qualificada, 
o que leva a vários problemas construtivos, patoló-
gicos e de instabilidade. 
O sistema construtivo em concreto armado é considerado convencio-
nal quando usa elementos, como fundações, pilares, vigas e lajes, todos 
em concreto armado in loco, e cada um desses elementos tem seu papel 
bem definido.
A função da laje é receber cargas de todos os objetos que estão deposi-
tados sobre ela e lançá-las sobre as vigas. As lajes podem servir somente 
de cobertura, caso em que lançam sobre as vigas somente a carga do seu 
próprio peso. 
As vigas recebem cargas das paredes, das lajes, somadas ao seu pró-
prio peso, e as descarregam sobre os pilares. Os pilares lançam todas as 
cargas nas fundações, que, por sua vez, distribuem todas essas cargas re-
cebidas para o solo.
Em um sistema convencional, a retirada de um desses elementos, fina-
lizada a obra, levará ao colapso parcial ou total da edificação. Não existe 
emenda e os reparos, geralmente, são caros. A Figura 3 apresenta um sis-
tema construtivo convencional de concreto armado.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 17
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Figura 3. Sistema construtivo convencional em concreto armado. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
O processo construtivo desse sistema é executado por partes. Primeiro, são 
feitas as fundações, depois, todos os pilares, sobre os quais são feitas as vigas, 
e, por fi m, as lajes. O processo se repete na sequência até que se atinja a altura 
projetada para a edifi cação. 
Concluída a estrutura, executa-se a alvenaria de vedação, esquadrias e facha-
da. Outro processo construtivo bastante executado consiste em erguer a alvena-
ria de vedação junto com estrutura da edifi cação, com o intuito de economizar 
forma de fundos na execução das vigas. Nesse caso, estamos considerando que a 
alvenaria será executada com tijolos cerâmicos ou blocos de concreto. Esse méto-
do não se aplica a fachadas com vidro, por exemplo. 
Como a alvenaria não é considerada estrutural, ela pode sofrer algumas alte-
rações, como abertura ou ampliação de vãos não previstos em projeto. Vale res-
saltar que seguir o projeto é o recomendado, e toda alteração deve ter o consen-
timento dos projetistas.
Alvenaria estrutural
Esse modelo construtivo utiliza a vedação como estrutura ou parte dela. A 
vedação pode ser de bloco de concreto ou de cerâmica, e, dentro das aberturas 
dos blocos, são colocadas as ferragens, formando as vigas e os pilares. A alve-
naria servirá de forma e de estrutura, simultaneamente. A Figura 4 mostra um 
exemplo de alvenaria estrutural.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 18
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Figura 4. Sistema construtivo convencional em alvenaria estrutural. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
O processo construtivo desse sistema é executado de uma vez só, ou seja, ao 
assentar os blocos já se executam as vigas e pilares ao mesmo tempo. Assim, é pra-
ticamente impossível executar aberturas não previstas em projeto. Como as pare-
des são a estrutura da edifi cação, aberturas podem colapsar toda a estrutura. Até 
aberturas para tubulação, que são muito usuais na estrutura de concreto armado 
convencional, fi cam comprometidas nesse sistema. 
As principais vantagens desses sistemas construtivos são a redução de formas, 
a limpeza no canteiro deobras e o menor desperdício de materiais. Como desvanta-
gem, podemos citar a falta de mão de obra especializada (tanto projetistas quanto 
executores), a limitação estética e a necessidade de cumprir à risca o projeto.
Parede de concreto
Esse sistema construtivo vem se destacando em obras residenciais, e vem ganhan-
do espaço em empreendimentos de larga escala, com alta repetitividade de projetos. 
O processo construtivo é executado in loco. Sobre as fundações, constrói-se uma 
parede totalmente de concreto, que assume função de pilar viga ou viga pilar. Sobre 
essa parede de concreto, lança-se a laje, geralmente de concreto armado. A estrutura 
se repete até que chegue na altura defi nida em projeto.
Entre as vantagens do sistema estão a velocidade na execução, o controle 
da qualidade, o cumprimento de prazos e a existência de mão de obra qualifi ca-
da. Entre as desvantagens, destacam-se o consumo de formas, o alto custo no 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 19
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caso de reformas ou reparos, o não oferecimento de bom isolamento térmico e 
acústico e o fato de a demolição de paredes ser totalmente vedada.
Figura 5. Sistema construtivo convencional em paredes de concreto. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
ASSISTA
Veja mais sobre paredes de concreto no vídeo Sistema constru-
tivo parede de concreto, postado pelo canal Tvdaobra. O vídeo 
mostra que o método construtivo foi utilizado para revitalizar o 
Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.
Madeira
A madeira é usada em construções há muito tempo e por diversos povos, mui-
tas vezes de forma artesanal. 
Figura 6. Sistema construtivo convencional em madeira. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 20
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A escolha desse sistema construtivo está, geralmente, ligada a gostos 
particulares, à abundância do material ou ao aspecto cultural. É mais co-
mum encontrarmos construções assim no Sul do Brasil do que no Sudeste, 
por exemplo. É pouco provável encontrar uma edificação de madeira em 
um centro urbano; elas são encontradas com maior frequência na zona 
rural, em bairros estritamente familiares.
Nos EUA e no Canadá, esse sistema é largamente utilizado. Enquanto no Bra-
sil a sua utilização mais comum é para fins residenciais, de no máximo dois pavi-
mentos, nesses outros países, vemos hotéis e edifícios comerciais em madeira. O 
edifício em madeira mais alto do mundo está no Canadá e é comercial.
Assim como o sistema de concreto, o de madeira também é composto por 
pilares, vigas e lajes (assoalhos). A estabilidade da edificação será garantida a 
partir da dimensão das peças e do tipo de madeira. Os esforços cortantes e a 
flambagem serão combatidos pela fibra da madeira; seu corte deve seguir o 
direcionamento onde a fibra apresenta maior desempenho, e há outros ele-
mentos que auxiliam nessa estabilidade, como a utilização de cabos de aço.
A madeira é considerada o melhor material quando falamos de acústica 
e de conforto térmico. Seu aspecto aconchegante e acolhedor é marcante. 
Outra característica bem marcante é o conceito de obra limpa: além de gerar 
pouco resíduo, a execução é ágil e não demanda tempo de cura, como no 
sistema de concreto. 
Sua capacidade de vencer grandes vãos permite maior liberdade para pro-
jetar. Como seu peso específico é baixo, construir com madeira gera uma carga 
menor e, consequentemente, fundações mais leves.
O grande entrave em construir com madeira está ligado à procedência. Para 
construir com madeira, é necessário ter certificação, pois usar madeira sem 
autorização é crime ambiental. No Brasil, as empresas que investem nesse seg-
mento usam peroba-rosa, rosadinho, itaúba, angico-preto, eucalipto e taipa, 
sendo que no Sul do Brasil é muito utilizado o pinho-do-paraná. Outras des-
vantagens para o uso da madeira são a ausência de mão de obra qualificada, a 
manutenção, a conservação e o preço.
O processo construtivo segue os demais sistemas: fundação, pilares, vigas 
e assoalho (piso). Geralmente, em seu fechamento lateral, usa-se a própria ma-
deira, mas ele aceita bem qualquer outra tecnologia de vedação. A cobertura, 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 21
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geralmente, tem estrutura de madeira com telha de cerâmica ou fi brocimento. 
A fi xação das peças é realizada por parafusos e/ou cortes de encaixe. Depen-
dendo do vão, é necessário o travamento por cabos de aço. 
Assim como no sistema de concreto, as edifi cações construídas com ma-
deira podem ser mescladas com o concreto ou com metal. O sistema cons-
trutivo é defi nido pelo gosto pessoal, pelo tempo e pelos custos. O gosto do 
cliente deve ser considerado e cabe ao projetista orientá-lo sobre as vanta-
gens e desvantagens.
Metal
O sistema construtivo metálico, 
assim como os anteriores, é formado 
por fundações, pilares, vigas e lajes. É 
muito comum em prédios comerciais, 
tanto verticais quanto horizontais. 
Como esse sistema é muito utilizado 
em fábricas e galpões, ele não é tão 
apreciado para fi ns residenciais. Pes-
soas com gostos contemporâneos 
apreciam mais esse modelo.
O prédio metálico mais famoso é, sem dúvida, o Empire State Building, construí-
do na década de 1930 e considerado, até 1970, o prédio mais alto do mundo.
O que garante resistência ao sistema construtivo metálico é o teor de carbono 
utilizado, que, alinhado ao dimensionamento da estrutura, dá inúmeras possibili-
dades ao arquiteto na criação. Mesmo tendo robustez na estrutura, esse sistema 
construtivo é mais leve do que o de concreto, o que garante fundações mais leves.
As vantagens nesse modelo construtivo são: otimização de espaços, agili-
dade na execução da obra, controle de qualidade, confi abilidade e padrão das 
peças, construção limpa, ambiente de trabalho mais enxuto e cadeia consoli-
dada de reciclagem.
As desvantagens são: falta de mão de obra especializada, falta de conforto 
acústico e custos elevados. Em regiões litorâneas, a corrosão é um fator que 
agrava a escolha desse sistema. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 22
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Os fechamentos laterais para o modelo construtivo são diversos: vedação 
tradicional com tijolos, vidro, folhas metálicas, placas cimentícias, entre outros. 
Vale ressaltar que o fechamento lateral ou acabamento externo devem ser de-
finidos ainda em projeto.
O processo construtivo metálico se inicia a partir da fixação das peças com 
parafusos ou solda. Dependendo do vão, a estabilidade da estrutura é garan-
tida por cabos de aço.
Esse sistema aceita como pisos: laje de concreto e assoalho de madeira ou me-
tálico. A escolha é feita a partir da carga que incidirá sobre esse pavimento, os 
custos e a acústica, e o piso escolhido deve ser contemplado na fase de projeto.
Figura 7. Sistema construtivo convencional em metal. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
Vale destacar que uma construção erguida pelo sistema metálico ou de madeira 
permite reaproveitamento, enquanto na de concreto não há essa possibilidade. As-
sim, escolher esse sistema para canteiros de obras é a melhor opção.
Vimos que, no sistema convencional de construção, a combinação de elementos 
é possível. A decisão de usar mais de um tipo de material depende de custos, do 
projeto arquitetônico, do desejo do cliente e do prazo de entrega.
Algumas combinações não são observadas ou indicadas; pro-
vavelmente, não existirá uma estrutura de madeira com laje de 
concreto, assim como uma estrutura de concreto e piso de 
madeira , pois os esforços, as movimentações e as dilatações 
são distintas entre esses materiais. As patologias que surgirão 
em função dessas combinações não se justificam. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 23
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Sistemas construtivos não convencionais
Sistemas construtivos não convencionaissão aqueles de uso incomum, e 
que, por vezes, são totalmente artesanais. As construções de pau a pique, de 
bambu, tapumes, adobe e em garrafas PET são alguns dos tipos de sistemas 
não convencionais. 
A escolha do sistema construtivo está ligada a costumes, cultura, poder 
aquisitivo, tipo de edifi cação, tempo de execução, custos e autorizações. Esco-
lher o sistema é a decisão mais importante a ser tomada antes de se iniciar a 
obra, pois uma decisão mal tomada interferirá no custo, no tempo de execução 
da obra e na sua aparência. 
É preciso averiguar a disponibilidade do material que será usado na região 
da construção, assim como se há autorização legal para se realizar um determi-
nado tipo de construção em uma região específi ca.
Mesmo em sistemas não convencionais, a estabilidade é chave, e precisa ser 
garantida desde o solo até a maneira com que se unem os materiais escolhidos.
Adobe ou pau a pique
O modelo construtivo mais antigo ainda existente no Brasil é o pau a pique. 
A maioria dessas edifi cações está localizada em locais de difícil acesso, abri-
gando famílias muito pobres. A chave, nesse caso, é o baixo poder aquisitivo, 
pois essas edifi cações são feitas com elementos que existem no entorno da 
construção e não necessitam e mão de obra qualifi cada. 
Há construções de pau a pique que estão próximas a cidades e que têm 
acesso fácil ao comércio local, por exemplo, mas isso não quer dizer que as 
condições fi nanceiras dos proprietários das construções sejam melhores. Por 
vezes, os municípios não investem em moradia social. Em alguns casos, os mo-
radores nasceram e cresceram em lugares assim, e isso acaba ganhando uma 
importância cultural e de segurança.
O processo construtivo ocorre com as casas, geralmente, sendo fi xadas em 
solo duro, próprio da região. A estrutura pode ser erguida de duas formas, sa-
bendo que para ambas serão usados barro, madeira (como o bambu ou outra 
madeira nativa) e cipó. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 24
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Primeira forma de se construir
Com o barro úmido, faz-se a primeira camada da edificação e sobre ela co-
locam-se tiras de bambu. A espessura é em torno de 15 cm. Essas camadas se 
repetem até a altura do telhado. Geralmente, são estruturas baixas, em torno 
de 1,9 m de altura. A estabilidade é garantida por meio dos bambus na vertical, 
servindo de pilar, que são amarrados com cipó. Nos cantos, usa-se um bambu 
inteiro, roliço, também na vertical. 
Segunda forma de se construir
Faz-se uma caixa de madeira entrelaçada, que é fixada no chão e preen-
chida com barro ou utilizando chapisco. Neste caso, é necessário ter uma 
tela, que servirá de forma. Utiliza-se folha de bananeira ou de palmeira para 
formar essa tela.
Figura 8. Sistema construtivo não convencional em pau a pique. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
É importante se atentar que a segurança acontece devido ao emaranha-
do de madeira combinado com a textura da argila e a boa amarração. Não é 
qualquer argila que tem como propriedade a adesão; essa argila, geralmente, 
é pegajosa, com grãos finos. 
Enquanto nas estruturas de concreto o estribo tem a finalidade de su-
portar o esforço transverso da estrutura, apoiar e manter a armadura longi-
tudinal durante o processo de betonagem, nesse modelo construtivo, o cipó 
é que assumirá essa função. Quanto mais amarras tiver a estrutura, mais 
estável ela ficará. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 25
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EXPLICANDO
Estribo é a armadura longitudinal do elemento, viga ou pilar. 
Bambu
A arte de construir com bambu é milenar. Na Ásia, em especial na China, cons-
truir com bambu é tradição. Os chineses têm diversas pontes espetaculares cons-
truídas com bambu, e o Taj Mahal, na Índia, tem sua cúpula construída com bambu. 
Figura 9. Sistema construtivo não convencional em bambu. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020..
Além de ser considerado totalmente ecológico, a velocidade de reprodução 
do bambu é alta e o aproveitamento é total. É um material de valor econômico 
baixo, por isso é muito utilizado no continente africano, onde há muitas regiões 
de condições economicamente desfavorecidas.
No mundo, são encontradas cerca de 1300 espécies de bambu, com cores 
variadas e alturas que podem chegar a 40 metros. O bambu apresenta alta 
resistência mecânica, o que lhe confere propriedade estrutural. Não há concor-
rente no meio vegetal com características tão interessantes quanto o bambu.
O sistema construtivo utilizando bambu segue como os demais: os pilares e 
vigas são feitos com peças de diâmetro maior ou um feixe de bambus com diâ-
metros menores. O piso pode ser esteira ou de bambu roliço, e toda a estrutura 
pode ser amarrada com cipó ou cordas, aparafusada ou com encaixe.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 26
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Antes de escolher esse sistema, é importante contratar um 
projetista especialista no material e mão de obra 
qualificada para a execução. É imprescindível 
saber onde há fornecedor. As vantagens des-
se sistema são a sua sustentabilidade, a inte-
gração com o meio ambiente e o desempenho 
termoacústico.
As desvantagens são a ausência de mão de obra especializada e a 
falta de oferta do produto, dependendo da região onde será erguida a 
construção. Apesar de ser bem resistente à umidade, o bambu requer 
manutenção e conservação, além de tratamento prévio.
Container
O container utilizado para transportar mercadorias se transformou em 
tendência inovadora de moradia. Muito utilizado como escritório em can-
teiro de obras, é considerado uma excelente alternativa construtiva, pois 
permite montagem e desmontagem rápida, permitindo reutilização.
O container é uma caixa de metal, desmontável e que vem sendo adap-
tado para gostos mais modernos e práticos. Apesar da ideia ter ganhado 
visibilidade nos anos 1990, na Inglaterra, o container já aparecia em am-
bientes como restaurantes, desde 1850, quando algumas pessoas cons-
truíam em vagões de trem, que têm a mesma estrutura. Os arquitetos, ao 
verem os containers abandonados, tiveram a ideia de utilizá-los de forma 
mais estilizada.
As vantagens em usar esse tipo de construção são: obra 
limpa e sustentável, execução rápida, terraplanagem e funda-
ção econômica, baixo custo e durabilidade. 
As desvantagens em escolher essa cons-
trução são: transporte, carregamento 
e descarregamento, falta de mão de 
obra especializada, necessidade de tra-
tamento térmico e acústico e difi culdade 
para conseguir fi nanciamento.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 27
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Figura 10. Sistema construtivo não convencional em container. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
Produtos pré-fabricados e pré-moldados
Os produtos pré-moldados e pré-fabricados têm história desde a Segunda 
Guerra Mundial. O surgimento desses sistemas se deu a partir da necessida-
de de vencer grandes vãos, onde a locação de pilares era inviável, onde havia 
a aceleração do processo construtivo e onde o sistema tradicional impactava 
no cotidiano da cidade.
Os produtos pré-moldados são fabricados fora da obra. Não possuem 
controle de qualidade rigoroso, cabendo ao construtor, empresa construtora 
e/ou ao proprietário a inspeção e fi scalização das peças.
Os produtos pré-fabricados, ou também chamados de exclusivamen-
te industrializados, também são construídos fora da obra. O controle de 
qualidade é rigoroso, as etapas de fabricação têm testes de qualidade. O 
processo, como um todo, tem registros, como a data de fabricação e o tipo 
de concreto e de aço usados. Dessa forma, toda a inspeção e fi scalização é 
garantida pela fábrica.
Os produtos pré-moldados e/ou pré-fabricados são encontrados no mer-
cado em concreto, madeira e metal, tanto para estruturas quanto para fecha-
mentos, telhados e acabamentos. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS28
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Os pré-fabricados de plástico estão surgindo bem timidamente no mer-
cado. Apesar se ser uma tecnologia pouco sustentável, ela pode ser encon-
trada em blocos de plástico reciclável, porém ainda encontra resistência, 
e a maioria dos produtos é utilizada como acabamento, fechamento de 
paredes e telhado.
Pré-moldados de concreto
Os produtos pré-moldados podem ser divididos em dois tipos: com fun-
ção estrutural e sem função estrutural.
Produtos estruturais
As lajes maciças ou treliças e os blocos estruturais são exemplos desses 
produtos. São considerados estruturais por serem um dos elementos do sis-
tema, ou seja, a sustentação ou travamento da estrutura depende deles. A 
laje, como já foi dito, é o elemento que receberá as cargas de pessoas e obje-
tos, e o bloco estrutural assume função de viga e pilar. 
Figura 11. Sistema construtivo pré-moldado (laje moldada). Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020..
Produtos não estruturais
Geralmente são utilizados para fechamento ou vedação, não oferecem re-
sistência à compressão e/ou tração. Mesmo se forem retirados da construção, 
ela não entrará em colapso. 
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Figura 12. Sistema construtivo pré-moldado (bloco de concreto não estrutural). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
Figura 13. Sistema construtivo pré-fabricado (laje protendida). Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
Pré-fabricados ou exclusivamente industrializados
Os produtos pré-fabricados vêm ganhando espaço na construção civil, 
em especial nos grandes centros. Ainda é um modelo com custo elevado. 
A localização da indústria, o transporte, o carregamento e descarrega-
mento, a mão de obra e o controle de qualidade são alguns dos fatores 
que oneram a sua utilização. 
A questão cultural também é um fator considerável. A carência de pro-
fissionais que dominam o assunto contribui para falta de disseminação 
da tecnologia. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 30
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Por usar tecnologia altamente controlada, os produtos pré-fabricados 
oferecem durabilidade, economia, rapidez e limpeza no canteiro. O merca-
do dos pré-fabricados oferta de fundação a acabamento, ou seja, produtos 
estruturais e não estruturais.
Apesar do crescimento dos pré-fabricados para fi ns residenciais, eles 
ainda têm maior utilização em obras comerciais e em instalações urbanas. 
Os pré-fabricados em concreto também se destacam com relação ao uso de 
madeira e de aço. 
A escolha está relacionada a diversos fatores, como a versatilidade. No 
caso do concreto, sua disponibilidade é maior, o que o torna mais acessível 
e com custo menor.
Os produtos pré-fabricados vêm apresentando alta tecnologia, efi ciência 
e beleza, sendo, também, utilizados para fechamento, acabamento e telha-
do. À medida que o uso for empregado em larga escala, a tendência é que 
os custos baixem tornando seu uso acessível.
Concreto protendido
Vamos entender primeiro a diferen-
ça entre concreto armado e protendi-
do? O concreto armado é aquele que 
possui uma estrutura de concreto e 
aço por dentro. O concreto protendido, 
além de possuir concreto e aço no in-
terior, possui cabos de aço tracionados 
e ancorados no próprio concreto. Esses 
cabos de aço proporcionam à estrutura 
um aumento da resistência à tração.
O concreto protendido, existente no Brasil desde o século XIX, começou 
a ser usado a partir da necessidade de vencer grandes vãos. Com essa tec-
nologia, é possível prever uma elevada carga de fl exão, o que para projetos 
estruturais é um ganho altíssimo. 
As estruturas protendidas são utilizadas, em geral, para grandes constru-
ções, como pontes, viadutos, vigas em balanço e lajes com grandes vãos.
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Figura 14. Ponte estaiada com concreto protendido. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 1/10/2020.
As vantagens em escolher essa tecnologia são:
• Redução de esforços cortantes e tensões de tração, possibilitando pe-
ças mais esbeltas;
• Controle e redução de fissurações e deformações, já que a produção 
é totalmente industrializada;
• Maior impermeabilização.
A grande desvantagem é o alto custo de produção, de mão de obra es-
pecializada, de controle tecnológico e de transporte. 
No Brasil, a última obra projetada por Oscar Niemeyer foi o Palácio Ti-
radentes, sede do governo do estado de Minas Gerais, situado em 
Belo Horizonte. O Palácio Tiradentes tem o maior vão 
livre flutuante do mundo. Executado em concreto 
protendido e aço, o prédio é sustentado por tirantes 
metálicos, presos à cobertura, que está sustentada 
por pórticos metálicos.
Pré-moldados e pré-fabricados de madeira
Falar de pré-moldados e pré-fabricados de madeira signifi ca dizer que 
toda a madeira utilizada na construção foi cortada e moldada no formato 
defi nido no projeto. Desta forma, tem-se um tronco circular que será cortado 
em uma peça quadrada ou retangular. 
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Com o bambu não há essa possibilidade. Então, o que torna a madeira um pro-
duto pré-moldado ou pré-fabricado é essa transformação do formato natural.
Ir a uma loja que vende madeira, comprar caibros, ripas, peças que servi-
rão de pilar e vigas, tábuas para o piso e forro não confi gura uma construção 
pré-moldada de madeira. Essas atividades remetem a um sistema construtivo 
convencional de madeira.
A madeira como pré-moldado tem fabricação padrão, só se encontra por 
catálogo e é oferecida ao mercado com tamanho pré-defi nido. Pode-se dizer, 
ainda, que se compra esse material por módulos. 
Já a utilização da madeira como acabamento, fecha-
mento de paredes, piso, janelas e portas apresenta 
uma gama maior de produtos por catálogo. Dessa for-
ma, o projetista tem mais liberdade para criar.
Pré-fabricados de metal
O metal, assim como a madeira, é 
bem limitado quando o assunto é seu 
uso como pré-fabricado. O produto 
tem preço atrativo quando é oferta-
do por catálogo. A indústria defi ne o 
padrão e o projetista apresenta um 
produto praticamente pronto para o 
cliente, sem identidade. Para fecha-
mentos, revestimentos e acabamen-
tos, sua utilidade é fantástica.
O prazo de entrega, canteiro de obra limpo e desperdício quase zero tor-
nam esse produto bastante interessante. Nos grandes centros, sua utilização 
está bastante difundida, mas há muito o que evoluir.
A Figura 15 mostra a estrutura de casa pré-fabrica-
da em metal. Os vãos de portas e janelas são defi ni-
dos pelo fabricante e não pelo projetista, que tem 
a liberdade de defi nir, apenas, quantas aberturas 
quer no vão. 
Figura 15. Estrutura de casa pré-fabricada em metal. Fonte: 
Shutterstock. Acesso em: 1/10/2020.
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Sintetizando
Nessa unidade, vimos as diferenças entre processo, sistema e construção. A 
partir desses conceitos, fica clara a interligação das etapas de uma construção, 
desde a concepção até a execução. 
Conhecemos os sistemas construtivos mais usuais (concreto armado, madeira 
e aço), assim como os sistemas não tão usuais como em pau a pique. Também 
estudamos os sistemas pré-moldados e pré-industrializados. 
A escolha do processo construtivo é extremamente importante. Ela interfere 
no custo da construção, no tempo de execução e na estética do empreendimento.
Destacamos o quanto a tecnologia contribui para a evolução da construção 
civil, sobretudo, por meio de novos materiais e formas de executar projetos. 
É dever do engenheiro civil demonstrar, ao empreendedor, todas as vantagens 
ou desvantagens dos sistemas construtivos disponíveis, conduzindo à escolha da 
forma que melhor atenda ao gosto pessoal do cliente, aos critérios de segurança, 
à estabilidade,à economia, à sustentabilidade e à viabilidade.
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Referências bibliográficas
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NOVELLI, R. P. Quais são os tipos de tecnologia construtiva estrutural. Noves 
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min. 00s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=Ena9awWCzxo>. Acesso em: 1 out. 2020.
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CONSTRUÇÃO 
INDUSTRIALIZADA
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer os principais produtos pré-fabricados de concreto, aço e madeira;
 Conhecer os principais produtos pré-industrializados utilizados nos sistemas 
drywall, light wood frame e light steel frame;
 Compreender o funcionamento dos principais sistemas de pré-fabricação de 
concreto;
 Compreender os conceitos a respeito dos sistemas Camus e Bossert.
 Industrialização da construção 
civil
 Produtos pré-fabricados
 Produtos pré-industrializados
 Sistemas de pré-fabricação
 Breve histórico da pré-fabricação
 Sistemas pré-fabricados de 
concreto
 Sistemas tecnológicos
 Sistema Camus
 Sistema Bossert
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Industrialização da construção civil
 A indústria da construção civil é reconhecida por ainda empregar proces-
sos produtivos considerados artesanais, principalmente quando comparada a 
outras indústrias. Isso é infl uenciado por conta das características das edifi ca-
ções, pois, diferentemente de outras indústrias, o produto fi nal é considerado 
único, pois difi cilmente uma edifi cação é igual a outra. Quando um produto é 
único, são necessários processos específi cos para sua obtenção, o que difi culta 
a produção racionalizada e em série.
Isso se refl ete em uma indústria que apresenta grandes desperdícios e per-
das de materiais, marcada por custos de produção elevados e baixo nível de pla-
nejamento, baixa qualifi cação da mão de obra, baixo desempenho ambiental e 
grande incidência de manifestações patológicas. Em comparação com a constru-
ção civil dos Estados Unidos e Europa, a construção civil brasileira necessita de 
aumentar a sua produtividade, promover inovações e a racionalização e padro-
nização na produção (ABDI, 2015).
Segundo Spadeto (2011), a construção civil tem uma série de características 
relativas a seu processo produtivo:
• Características nômades: difi cultam a repetição e manutenção dos pa-
drões de qualidade, com a difi culdade de manutenção das matérias-primas e 
processos utilizados;
• Os produtos da construção são únicos e difi cilmente ocorrem repetições, 
conforme relatado anteriormente;
• Produção centralizada, na qual o produto é fi xo, e os trabalhadores mo-
vem-se em torno dele; 
• É uma indústria bastante conservadora e resistente a grandes mudanças;
• Uso de mão de obra com pouca qualifi cação e de caráter bastante rotativo;
• Locais de trabalho sujeitos à ação das intempéries, que, muitas vezes, in-
terrompem o andamento das obras;
• Apresentam menor grau de precisão, o que a torna demasiadamente fl exível.
Com o passar dos anos, a construção civil tem buscado empregar processos 
para otimizar sua produção, via industrialização. A industrialização pode ser 
considerada o estágio mais elevado de processos construtivos. É um proces-
so relacionado à fabricação dos componentes em indústrias, montagem nos 
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canteiros de obras, assemelhando-se a uma linha de produção (ABDI, 2015). 
Envolve o processo produtivo de forma repetitiva, no qual a variabilidade en-
volvida nas construções em que prevalecem técnicas artesanais é substituída 
por ações coordenadas e predeterminadas. A industrialização pode ser alcan-
çada plenamente apenas após as fases de racionalização e mecanização da 
produção. A racionalização está ligada à otimização dos recursos, sejam eles 
financeiros, humanos, materiais ou tecnológicos. Por sua vez a mecanização 
está relacionada à produção em massa das construções (SPADETO, 2011). 
CURIOSIDADE
A evolução da industrialização é dividida em três fases: a primeira está 
relacionada à Revolução Industrial, com o surgimento das máquinas; a se-
gunda fase está relacionada ao ajuste dos mecanismos para a execução 
de tarefas: o ser humano passa relegar as tarefas tidas como repetitivas 
para as máquinas; a terceira fase está relacionada às implicações das 
Guerras Mundiais sobre a sociedade (LEITE, 2015).
O processo de industrialização pode ser classificado em industrialização de 
ciclo aberto e de ciclo fechado.
No ciclo fechado, grande parte das operações construtivas é trans-
ferida para usinas, onde há maior controle da produção e princípios 
organizacionais. Apresenta a desvantagem de permitir 
pouca flexibilidade arquitetônica por conta de sua pa-
dronização, uma vez que quanto maior o grau de pa-
dronização, menores são as possibilidades de modifica-
ção nas linhas de produção.
No ciclo aberto, os componentes produzidos são destinados para o merca-
do, e não apenas para suprir as demandas de uma empresa. Em função dessa 
característica, nesse ciclo, há uma maior flexibilidade de combinação de ele-
mentos produzidos por diferentes fabricantes, o que permite sua utilização em 
projetos diversos.
Sistemas e processos construtivos industrializados permitem a produção 
dos componentes e edificações em maior quantidade, melhor qualidade, me-
lhor controle e menor tempo de construção em comparação com os sistemas 
construtivos convencionais.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 39
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Produtos pré-fabricados
A utilização de produtos pré-fabricados é uma das formas que a construção 
civil encontrou para buscar a industrialização. Podem ser eles elementos estru-
turais, como lajes, vigas e pilares; ou elementos de vedação, como os painéis e 
elementos para conexões. São produtos produzidos em fábricas especializadas 
com elevados níveis de controle de qualidade. Os mais utilizados nas construções 
são constituídos de concreto, aço e madeira.
Pré-fabricados de concreto 
A indústria da construção civil é caracterizada pela baixa produtividade, gran-
de desperdício de materiais, morosidade e baixo controle de qualidade. A utiliza-
ção de pré-fabricados de concreto é uma forma de amenizar esses fatores. Dessa 
forma, partes da construção são fabricadas fora do canteiro de obras em melho-
res condições e, depois, são transportadas e montadas, como parte do processo 
construtivo. No Brasil, a utilização de produtos pré-fabricados de concreto é su-
jeita a tributação específi ca, o que desestimula seu uso e, consequentemente, o 
processo de industrialização da construção civil. No entanto, esses pré-fabricados 
possibilitam importantes benefícios para construção (EL DEBS, 2017):
• Redução do tempo de construção;
• Melhor controle dos componentes;
• Redução dos desperdícios de materiais de construção.
Os produtos pré-fabricados de concreto são elementos estruturais, como lajes, 
vigas, pilares e painéis de parede. As característicasde cada um desses elementos 
estão listadas nos itens seguintes.
• Lajes: são produzidos quatro tipos de lajes (Figura 1). Cada tipo é indicado 
para vencer um tipo de vão, por exemplo (ALLEN; IANO, 2013):
• Lajes maciças: são indicadas para vencer vãos de menor dimensão, pois, 
para estes, são necessárias lajes de pequena espessura. À medida que o vão a ser ven-
cido aumenta, são necessárias maiores espessuras, o que torna sua utilização inviá-
vel. Isso contribui para o aumento de seu peso próprio por conta do preenchimento 
total de concreto, em que apenas uma parte contribui para a resistência da laje;
• Lajes alveolares: são lajes adequadas para vãos intermediários, pois têm 
vazios longitudinais que substituem o concreto que não contribui para a resistência, 
permitindo o aumento da espessura;
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• Lajes T e duplo T: são indicadas para vãos de grandes dimensões, que 
necessitam de lajes com maiores espessuras. Esses tipos de laje eliminam uma 
parcela maior de concreto sem função estrutural.
Laje maciça Laje alveolar Duplo T T simples
Figura 1. Tipos de lajes pré-fabricadas. Fonte: ALLEN; IANO, 2013, p. 614.
• Vigas: são fabricadas em diversos formatos, como as vigas retangulares, 
vigas L, vigas T invertido e vigas I (Figura 2). As vigas L e T invertido têm saliência 
na parte inferior, que serve de apoio para as lajes;
Para vigas de cobertura empregadas em galpões, onde não há lajes, a viga 
I é a mais indicada. Já para vigas juntamente com lajes, a seção retangular e T 
invertido são as mais indicadas (EL DEBS, 2017).
Quando as vigas são de seção transversal I, podem vencer vãos que vão de 
10 a 40 m. Quando são de seção transversal retangular, podem vencer vãos de 
até 15 m (ABDI, 2015; EL DEBS, 2017).
Viga 
retangular
Viga L Viga T 
invertido 
Viga I
Figura 2. Tipos de vigas pré-fabricadas. Fonte: ALLEN; IANO, 2013, p. 615.
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• Pilares: a seção transversal quadrada e a retangular são as mais usuais 
para pilares pré-fabricados. Podem ocorrer também a seção circular; I; e tipo 
Vierendeel, para usos específicos. Tais seções podem ser maciças ou vazadas 
(Figura 3). As seções I e Vierendeel são mais utilizadas em galpões. A menor di-
mensão de um pilar deve ser de 300 mm, e seu comprimento varia até os 30 m. 
Geralmente, são produzidos com concreto armado, mas é possível a utilização 
do concreto protendido (ALLEN; IANO, 2013; EL DEBS, 2017);
Seção quadrada
Seção quadrada 
vazada
Seção retangular
Seção retangular
vazada
Seção circular
Seção circular
vazada
Seção I 
Tipo 
Vierendeel 
Figura 3. Tipos de pilares pré-fabricados. Fonte: EL DEBS, 2017, p. 16.
• Painéis: são utilizados em paredes portantes, em edifícios de pequeno e 
grande porte – e podem alcançar um ou dois andares. Podem ser elementos 
maciços, vazados, nervurados ou sanduíche, com a utilização de concreto sim-
ples, concreto armado ou concreto protendido.
CONTEXTUALIZANDO
Os elementos de lajes podem, também, ser utilizados como painéis, exer-
cendo duas funções; por exemplo, os painéis vazados correspondem 
aos painéis de lajes alveolares, e, por sua vez, os painéis nervurados 
correspondem aos painéis de lajes T e duplo T. Os painéis são formados 
por duas camadas de concreto intercaladas, com enchimentos que têm 
a função de melhorar o isolamento térmico da edificação (ALLEN; IANO, 
2013; EL DEBS, 2017).
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 42
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Os produtos pré-fabricados de concreto citados são mais usais nas constru-
ções. No entanto, elementos como escadas e até mesmo fundações, como as 
sapatas, são produzidos dessa forma, tornando-se mais uma alternativa aos 
elementos usais moldados em obra. 
Pré-fabricados de aço
O aço é um dos materiais mais utilizados na construção civil, e sua versati-
lidade permite que sejam fabricados diversos produtos com diferentes forma-
tos, características e finalidades. Em tempos em que a sustentabilidade deve 
ser levada em conta nas construções, a utilização dos produtos de aço torna-se 
ainda mais importante, pois contribui para a redução de resíduos e para a du-
rabilidade das estruturas. Além disso, em termos de projeto, em função de sua 
resistência mecânica, o aço permite que grandes vãos sejam vencidos, e há 
redução das cargas nas fundações pelo peso próprio reduzido. As principais 
propriedades que justificam utilizar os produtos de aço são (ABDI, 2015):
• Elevada tensão de escoamento;
• Boa soldabilidade;
• Susceptibilidade ao corte;
• Boa trabalhabilidade em operações de furação e dobramento.
Os principais produtos de aço estão destacados a seguir:
• Chapas finas: são chapas de aço com espessura entre 0,3 e 6,0 mm, lar-
gura-padrão entre 1,00 m e 1,50 m e comprimento variando entre 2,0 e 6,0 m, 
para chapas laminadas a quente; e 2,0 e 3,0 m, para chapas laminadas a frio. 
São divididas de acordo com o processo de fabricação (ABDI, 2015; AMBROZE-
WICZ, 2012):
• Chapa fina laminada a quente: obtidas pelo processo de laminação a 
quente, têm espessura entre 1,2 e 6,0 mm e são utilizadas em perfis soldados 
e perfis formados a frio;
• Chapa fina laminada a frio: obtidas pelo processo de laminação a frio, 
têm espessura entre 0,3 e 3,0 mm e são utilizadas em perfis e esquadrias; 
• Chapas grossas: são produzidas pelo processo de laminação a quente e 
têm espessura superior a 6,0 mm; largura-padrão entre 1,0 e 3,80 m; e com-
primento variando entre 6,0 e 12,00 m. As dimensões preferencias são 2,44 de 
largura e 12 m de comprimento. São utilizadas em elementos estruturais, como 
pilares e vigas, para pontes, edifícios etc.; 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 43
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• Perfis: têm seção transformação em formato de letras, como I, H, U e Z. Podem 
ter a seguinte classificação:
• Perfis soldados: obtidos pela soldagem de chapas umas com as outras. 
Isso permite a esses perfis grande versatilidade, pois as combinações de chapas per-
mitem formar diversas espessuras, larguras, alturas e formas que levam à redução 
do seu peso próprio, sendo este um dos fatores positivos para sua larga utilização. 
Têm custo maior de fabricação em relação aos perfis laminados disponíveis no mer-
cado brasileiro;
• Perfis laminados: obtidos pelo processo de laminação a quente em usinas 
siderúrgicas. Não é necessário realizar soldas ou emendas. Os perfis laminados dis-
poníveis no mercado brasileiro têm dimensões pequenas e apresentam característi-
cas geométricas que tornam sua utilização mais restrita na construção, pois podem 
ter abas inclinadas, o que dificulta a execução de ligações;
• Perfis formados a frio: obtidos pela conformação de chapas em tempera-
tura ambiente, por meio de prensa dobradeira ou perfiladeira;
• Telhas: são utilizadas principalmente em coberturas e fechamentos para obras 
industriais, comerciais, residenciais, aeroportos e galpões. Têm desempenho e du-
rabilidade maior que as telhas comuns, além de serem mais leves. 
Outro fator importante está relacionado à oferta de telhas com diferentes for-
matos, espessuras e acabamentos; 
• Steel deck: consiste em elementos de aço galvanizados, perfilados e formados 
a frio, instalados nas lajes (Figura 4). Funcionam como formas permanentes para o 
concreto e como armaduras positivas, nas quais a aderência do concreto é facilitada 
por execução de ranhuras na sua superfície;
Figura 4. Construção com a utilização de steel deck nas lajes. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
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• Parafusos: são os elementos responsáveis por realizar a ligação entre os 
diversos elementos estruturais. Podem ser de aço carbono preto ou galvani-
zados, com porca ou de fenda, com cabeça chata ou redonda. Para ligações 
estruturais,são utilizados o parafuso comum ou o parafuso de alta resistência.
Pré-fabricados de madeira
A madeira é um dos materiais de construção utilizados desde o início da 
história humana. Pode ser utilizada em sua forma natural, ou por meio de pro-
dutos beneficiados. Pode estar presente de forma provisória ou definitiva em 
grande parte das etapas de construção de uma edificação, desde as fundações 
até à cobertura.
CITANDO
Segundo Falcão Bauer (2019), as principais propriedades que justificam a 
utilização da madeira como material para a construção consistem em:
• Alta resistência mecânica;
• Peso próprio reduzido;
• Resistência a choques;
• Boas características de isolamento térmico e absorção acústica;
• Facilidade nas ligações;
• Material renovável.
Uma de suas desvantagens é a heterogeneidade de uma madeira para 
outra, mesmo sendo de mesma espécie. Para amenizar tais desvantagens e 
adequar a madeira para uso na construção, é necessário que seja beneficiada. 
Com relação ao seu grau de beneficiamento, as madeiras são classificadas em 
(AMBROZEWICZ, 2012; ZENID, 2009):
• Madeira roliça: representa o menor grau de beneficiamento da madeira. 
As peças são obtidas por cortes transversais ou até com a ausência de cortes, 
inclusive com as cascas da árvore. Os materiais derivados desse tipo de madei-
ra são utilizados temporariamente em escoramentos de fôrmas, construção de 
andaimes e coberturas;
• Madeira serrada: a madeira é processada em serrarias para a produção 
de peças quadradas e retangulares de menor dimensão que a original. Desse 
tipo de madeira, são derivados produtos como as pranchas, pranchões, blocos, 
tábuas, caibros, vigas, vigotas, sarrafos, pontaletes, ripas e outros produtos;
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 45
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• Madeira beneficiada: as peças de madeira originais são usinadas e po-
dem ser submetidas a processos de beneficiamento, como o aplainamento, 
molduramento, torneamento, desempeno, destopamento, recorte, duração, 
ranhurado e outros processos. Para cada um deles, há uma máquina específica 
para realização;
• Madeira em lâminas: as lâminas de madeira são utilizadas, em grande 
parte, na construção de compensados que se destinam ao revestimento de 
divisórias com finalidade decorativa. Na produção das lâminas, são utilizadas 
madeiras de boa qualidade e maior valor comercial;
• Painéis: os painéis de madeira representam uma gama de produtos pré-
-fabricados de madeira com grande utilização na construção civil. Surgem da 
necessidade de amenizar as variações dimensionais a que a madeira é suscetí-
vel, além da redução do peso próprio e manutenção das características isolan-
tes térmicas e acústicas. Em função da sua utilização, ocorrem cada vez mais 
pesquisas nessa área, e, assim, o desenvolvimento tecnológico proporciona o 
surgimento de novos produtos para atender ao mercado nacional e internacio-
nal. A seguir, estão listados os principais tipos de painéis:
• Compensados: são compostos pela associação de várias lâminas de 
madeira unidas (Figura 5) de forma cruzada (90º) umas com as outras, por 
meio de colas ou adesivos, sempre em número ímpar de chapas para que 
sejam estruturalmente balanceadas, pois assim uma compensa a outra e per-
manecem simétricas em relação ao seu eixo central. Essa disposição busca 
equilibrar a rigidez da chapa nas suas duas direções, mantendo sua resis-
tência e contribuindo para a estabilidade dimensional (FALCÃO BAUER, 2019; 
ISAIA, 2017; ZENID, 2009).
Os compensados comercialmente disponíveis podem ser encontrados em 
diversas dimensões padronizadas, sendo as mais comuns: 210 cm x 160 cm; 
275 cm x 122 cm, 220 cm x 122 cm, ou 250 cm x 125 cm, com espessuras en-
tre 4 mm e 35 mm (ISAIA, 2017). Os preços desses produtos variam conforme 
a espécie de madeira empregada, tipo de cola utilizada, números de lâminas 
componentes e qualidade das faces. Cada vez mais, são utilizados compensa-
dos de superfície resinada ou plastificada, pois permitem um número maior 
de reutilizações, especialmente quando utilizados em formas para concreto 
(ISAIA, 2017; ZENID, 2009);
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 46
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Figura 5. Chapa de madeira compensada. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Chapas de média densidade de fibras (MDF): têm densidade de mas-
sa entre 600 e 800 kg/m³ e são produzidas com fibras de madeira aglutinadas 
por meio de resinas, sob condições, temperatura e pressão determinadas. As-
sim, resultam em chapas maciças de alta qualidade. Vale ressaltar que, nes-
se processo, podem ser incorporados aditivos com o intuito de melhorar as 
propriedades desejadas. As chapas têm superfície plana e lisa, o que permite 
que receba diversos tipos de acabamento, como pintura, envernizamento, re-
vestimento e outros. Isso aumenta a versatilidade do produto e permite seu 
uso em divisórias, forros e outros componentes. As dimensões mais comuns 
no mercado são: 183 cm x 275 cm, com espessuras entre 6 mm e 35 mm (ISAIA, 
2017; ZENID, 2009);
• Chapas duras de fibras (HB): também conhecidas como hardboards, 
são painéis com a densidade superior a 800 kg/m³, obtidos industrialmente 
por processos secos ou úmidos a partir de fibras lignocelulósicas da própria 
madeira. Geralmente, são utilizadas as fibras de eucalipto aglutinadas pela sua 
própria lignina e prensadas a quente por um processo úmido que reativa esse 
aglutinante. Dessa forma, não há a necessidade do uso de resinas e ocorre 
a formação de chapas rígidas de alta densidade (AMBROZEWICZ, 2012; ISAIA, 
2017; ZENID, 2009);
São utilizadas principalmente em portas e revestimento de divisórias. No 
mercado, estão disponíveis em diversas dimensões padronizadas, sendo as 
mais comuns: 122 cm x 244 cm; 122 cm x 275 cm; 170 cm x 244 cm; e 183 cm x 
275 cm, nas espessuras de 2,5 mm a 6 mm (ISAIA, 2017);
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• Chapas de partículas (aglomerado): também conhecidas como 
aglomeradas, são chapas formadas pela aglutinação de partículas de ma-
deira de diversas dimensões, não superiores a 1 cm, com resinas sintéticas 
sob determinadas condições de temperatura e pressão. Em função de seu 
custo inferior em relação aos compensados, parcela significativa da pro-
dução de aglomerados é destinada à construção civil para uso em pisos 
residenciais, divisórias, elementos de escadas, vigamento para telhados e 
outros. Além disso, são partículas estáveis, o que permite o seu corte em 
qualquer direção e seu consequente melhor aproveitamento. No entanto, 
não apresentam resistência à umidade e, por isso, devem ser utilizadas em 
ambientes internos e secos.
São encontrados no mercado nas dimensões mais comuns de: 183 
cm x 220 cm; 183 cm x 275 cm; e 183 cm x 440 cm, com espessuras entre 
8 mm e 30 mm;
• Chapas de partículas de média densidade (MDP): são chapas 
compostas por partículas de madeira aglutinadas por resinas de última 
geração que polimerizam sob determinadas condições de temperatura e 
pressão, dando resistência ao conjunto. As partículas são separadas por 
camadas em que, na parte mais externa, são depositadas as partículas 
mais finas; e, na parte interna, as partículas de maior dimensão. Em com-
paração ao aglomerado e ao MDF, tem maior resistência à compressão e 
ao empenamento, maior estabilidade dimensional e menor absorção de 
umidade (ZENID, 2009);
• Chapas de partículas orientadas (OSB): têm a resistência mecâ-
nica exigida para fins estruturais e são formadas por resinas e camadas de 
partículas ou feixes de fibras orientadas em uma mesma direção, prensa-
dos para consolidar o conjunto. Essas chapas têm três camadas de partí-
culas com orientação alternada de 90º em relação as demais. Isso melho-
ra o comportamento à flexão e melhora a estabilidade dimensional. São 
indicadas para as mesmas utilizações do aglomerado – e comotapumes, 
divisórias, coberturas, formas e escoramentos. Além disso, podem ser uti-
lizadas em ambientes externos, pisos e forros, o que não é muito usual nos 
sistemas construtivos utilizados no Brasil (Figura 6), mas é característica 
do sistema construtivo dos Estados Unidos.
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Figura 6. Residencial construído com paredes externas em painéis. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
Produtos pré-industrializados
A cada ano que passa, torna-se cada vez mais necessária a adoção de siste-
mas construtivos industrializados, uma vez que se exige mais produtividade em 
menor tempo na construção civil. A primeira grande mudança provocada nessa 
realidade está atrelada às funcionalidades dos canteiros de obras, que passaram 
a ter o caráter de grandes espaços de montagem dos produtos industrializados.
CONTEXTUALIZANDO
Os métodos construtivos podem ser classifi cados, de acordo com o grau 
de industrialização, em tradicionais, racionalizados ou industrializados. O 
método tradicional é caracterizado pela baixa mecanização e fragmen-
tação das etapas da obra; o método racionalizado incorpora técnicas de 
planejamento e controle, com o intuito de aumentar a produtividade e 
evitar desperdícios; por sua vez, o método industrializado é caracterizado 
pelo uso intenso de elementos industrializados produzidos em instalações 
fi xas e pelo emprego de técnicas de produção, transporte e montagem dos 
mesmos (SPADETO, 2011).
O uso de produtos industrializados permite maior produtividade – e, como 
maior produtividade na execução das construções, podemos citar os sistemas 
construtivos drywall, light steel frame e light wood frame como aqueles que mais 
utilizam elementos industrializados. Nesta seção, abordaremos esses produtos 
tendo como base os mais utilizados nos sistemas construtivos citados.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 49
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Drywall
O sistema drywall é considerado um sistema industrializado utilizado prin-
cipalmente na execução de vedações internas, forros e revestimentos das edi-
ficações (Figura 7). Teve sua origem nos Estados Unidos em meados de 1894, 
com finalidade de dar proteção às estruturas de madeira, uma vez que são 
grandemente empregadas nos sistemas construtivos do País, que na época, 
sofria com grandes incêndios. No Brasil, o drywall chegou por volta da década 
de 1970, com a fundação da primeira fábrica de chapas de gesso no País, a 
Gypsum Nordeste, localizada em Petrolina (ABDI, 2015).
Figura 7. Construção com o uso do sistema drywall nas paredes e forros. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
São utilizados materiais como:
• Perfis de aço: são fabricados com aços com resistência ao escoamento 
mínima de 230 Mpa (alta resistência) e espessura mínima de 0,50 mm, revesti-
dos com zinco, com intuito de proteger os perfis da corrosão. São conhecidos 
como montantes e guias (Figura 8) e têm furos com dimensões e espaçamentos 
padronizados que permitem a passagem das instalações;
Figura 8. Perfis de aço utilizados no sistema drywall. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 50
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• Chapas de gesso: são chapas constituídas por um miolo de gesso 
revestido, em ambos os lados, por lâminas de cartão, especialmente 
desenvolvido para essas finalidades. São os responsáveis 
por conferir resistências mecânicas às placas e propiciam 
uma excelente superfície para acabamentos. Existem 
três tipos de chapas de gesso utilizadas em drywall (Figu-
ra 9), sendo elas (ABDI, 2015):
• Chapa standard (ST): para uso geral;
• Chapa resistente à umidade (RU): tem coloração verde e é indicada 
para áreas molhadas, como cozinhas e banheiros;
• Chapa resistente ao fogo (RF): tem coloração rosa e é indicada para 
áreas que demandam alta resistência ao fogo e rotas de fuga.
Figura 9. Chapas de gesso utilizadas no sistema drywall. Fonte: Shutterstock (Adaptado). Acesso em: 19/12/2020.
• Parafusos: são utilizados parafusos autoperfurantes e autoatarrachantes 
específicos para drywall na fixação de perfis e chapas;
• Tratamento de juntas: são realizados com o uso de fitas e massas espe-
cíficas para drywall, principalmente no encontro com alvenarias, e complemen-
tam a rigidez do sistema para evitar as trincas (ABDI, 2015).
Além desses materiais, podem ser utilizados outros para melhorar o de-
sempenho acústico e térmico dos sistemas drywall, como a lã de rocha e lã de 
vidro, instalados nos espaços entre as chapas e perfis de aço. 
Light wood frame
É considerado um processo industrializado de fabricação de painéis estru-
turais para a montagem de edificações, constituídos de madeira proveniente 
de florestas plantadas (ABDI, 2015). Países como Estados Unidos e Japão desta-
cam-se nesse sistema construtivo. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 51
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O light wood frame é um sistema construtivo estruturado por peças de madeira 
maciça serrada com fechamento em chapas. Esse sistema apresenta os seguintes 
materiais empregados (BRASIL, 2020a; 2020c):
• Fechamento externo: formados por quadros estruturais com peças de 
madeira maciça serrada, cujo revestimento externo é constituído de chapas 
OSB revestidas por placas cimentícias ou placas de madeira compensada 
tratadas quimicamente;
• Fechamento interno: é constituído de chapas OSB revestidas por placas de 
gesso utilizadas em drywall;
• Entrepiso: são constituídos por quadros estruturais de peças de madeira ser-
rada, revestidos em sua face superior por chapas OSB. Em áreas molhadas, essas 
chapas devem ser substituídas por chapas de madeira maciça ou de compensado, 
devidamente tratadas com fungicidas e inseticidas. Na face inferior, devem ser for-
rados com chapas de gesso e chapas cimentícias em áreas molhadas. Vale ressaltar 
que, na face superior, é construída uma camada de argamassa (contrapiso), com o 
objetivo de regularizar a superfície para que receba o revestimento final, que pode 
ser cerâmico, cimentício, entre outros;
• Cobertura: é constituída por peças de madeira, como as cumeeiras, pontale-
tes, vigas, terças, caibros, ripa e sarrafo, com resistência natural ao ataque de insetos 
ou tratadas quimicamente. 
Além desses produtos, empresas brasileiras têm investido em pesquisas para 
o desenvolvimento de produtos pré-fabricados para serem utilizados nesse siste-
ma, como os painéis prontos apenas para serem montados em casas térreas ou 
sobrados (Figura 10).
Figura 10. Painéis pré-fabricados usados no sistema wood frame. Fonte: BRASIL, 2020b, p. 15.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 52
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Light steel frame
O sistema light steel frame, que consiste em estruturação em perfis de aço galva-
nizado, é indicado para residências familiares térreas ou sobrados, edifícios até oito 
pavimentos, hotéis, clínicas, hospitais, comércios, fachadas e outros usos (ABDI, 2015). 
A seguir, estão relacionados os principais componentes destes sistemas:
• Perfis: nesse sistema, os perfis são obtidos por conformação a frio, e os formatos 
mais utilizados são C e U;
• Vedação externa: são utilizados diversos materiais, sendo os mais usuais as cha-
pas OSB devidamente protegidas contra intempéries, painéis de aço tipo sanduíche 
com isolantes, placas cimentícias;
• Vedação interna: são utilizadas placas de gesso para drywall. Seja qual for o tipo 
de vedação, deve haver o isolamento térmico e acústico das edificações construídas 
com este sistema para atendimento às normas brasileiras; 
• Isolantes termoacústicos: são utilizados materiais como placas ou mantas lã de 
vidro ou a lã de rocha.
CURIOSIDADE
O sistema light steel frame tem três métodos de construção. No método stick, os 
perfis são cortados; e os elementos estruturais, montados no canteiro de obras. Já 
o método modular é caracterizadopelo uso de módulos pré-fabricados, que são 
apenas entregues nas obras, com acabamentos e louças instalados. O método de 
painéis, por sua vez, consiste em elementos pré-fabricados fora ou no canteiro de 
obras, mas com orientações específicas de projetos estruturais e uso de mão de 
obra qualificada. Este último é o método mais utilizado no Brasil.
A Figura 11 apresenta um exemplo de fabricação de painéis para uso no 
sistema light steel frame.
Figura 11. Painéis pré-fabricados para construção no sistema light steel frame. Fonte: ABDI, 2015, p. 139..
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 53
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Sistemas de pré-fabricação
 A pré-fabricação pode ser considerada umas das técnicas necessárias para se al-
cançar a industrialização na construção civil. Baseia-se na produção dos elementos 
construtivos fora de seus locais de implantação fi nal e posteriormente ligados e mon-
tados no local da obra. 
A pré-fabricação pode ser dividida em leve e pesada. A leve é relacionada aos 
produtos de peso reduzido, geralmente não estruturais, como elementos de fachada, 
divisórias, perfi s metálicos e outros. Por sua vez, a pré-fabricação pesada está rela-
cionada aos elementos de concreto armado e concreto protendido, como lajes, vigas, 
pilares e escadas (LOPES; AMADO, 2012).
Em relação aos sistemas construtivos convencionais, uma construção baseada em 
sistemas pré-fabricados tem características e etapas próprias, como (LEITE, 2015):
• Divisão da estrutura em sistemas e subsistemas;
• Fabricação dos elementos em local distinto da destinação defi nitiva;
• Transporte e montagem no local do empreendimento;
• Ligação entre os componentes para garantir o comportamento estrutu-
ral adequado.
Apesar de toda as vantagens inerentes à adoção dos sistemas pré-fabricados, é 
importante que todos os seus aspectos sejam analisados, inclusive fatores conside-
rados inconvenientes. No Quadro 1, é representada uma análise SWOT dos principais 
fatores a serem considerados para uma construção pré-fabricada, inclusive pontos 
que podem representar ameaças na adoção desses sistemas.
Construção pré-fabricada
Vantagens
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
construção;
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
Inconvenientes
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
construção;
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
construção;
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
construção;
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
Vantagens
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
construção;
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
Vantagens
• Rapidez de construção;
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
Vantagens
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
Vantagens
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Maior previsibilidade de custos e prazos;
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
mento em estaleiro;
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
Considera o processo de desconstrução;
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Aumento da segurança em estaleiro;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menos quantidade de energia consumida na fase de 
• Redução do desperdício de materiais e recursos; 
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Menor impacto do estaleiro no meio ambiente local;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Redução das paragens e atrasos em obra.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Diminuição da necessidade de espaço de armazena-
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
tee montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
Inconvenientes
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
Inconvenientes
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
Inconvenientes
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
Inconvenientes
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
te e montagem dos componentes;
• Custos iniciais mais elevados;
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
alterações em estaleiro;
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Mais energia consumida nas operações de transpor-
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
• Impossibilidade ou grande difi culdade de efetuar 
• Necessidades de mão de obra especializada.
QUADRO 1. ANÁLISE SWOT DA CONSTRUÇÃO PRÉ-FABRICADA
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 54
SER_ENGCIV_PROCON_UNID2.indd 54 25/03/2021 15:13:56
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
dos;
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
processos;
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
Ameaças
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
dos;
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
processos;
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
processos;
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
processos;
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
Oportunidades
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Flexibilidade de soluções;
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da qualidade dos produtos fi nais construí-
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Maior controle e coordenação ao longo de todos os 
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
concessão – maior acompanhamento.
• Aumento da produtividade do setor da construção;
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
• Edifícios sustentáveis e energeticamente efi cientes;
• Participação do cliente e fabricante no processo de 
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;• Participação do cliente e fabricante no processo de 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
Ameaças
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
Ameaças
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
Ameaças
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
construção pré-fabricada;
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
• Aumento dos custos de transporte;
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
teiros e utilizadores.
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
• Falta de conhecimento e formação dos vários inter-
venientes da indústria da construção na temática da 
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
• Percepção errada de edifícios pré-fabricados com 
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
fraca qualidade por parte da maioria da população;
• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-• Inércia à mudança por parte de projetistas, emprei-
Fonte: LEITE, 2015, p. 35.
Segundo Fonyat (2013), os sistemas construtivos de pré-fabricação podem 
ser classifi cados em:
• Sistemas pré-fabricados de ciclo fechado;
• Sistemas pré-fabricados de ciclo aberto;
• Sistemas pré-fabricados fl exibilizados.
O sistema construtivo de ciclo fechado é caracterizado pelo completo pla-
nejamento de todas as etapas que envolvem o ciclo de um elemento pré-fabri-
cado, como a fabricação, transporte e montagem. Nesse sistema, apenas um 
fabricante é responsável pela produção de todos os elementos da construção, 
sendo as peças projetadas apenas para uma edifi cação. 
No sistema construtivo de ciclo aberto, é utilizado o conceito de produção 
em massa do edifício por meio dos elementos que o constituem. É caracteri-
zado por proporcionar uma grande quantidade de possibilidades construtivas, 
pois os seus elementos apresentam compatibilidade com elementos de fabri-
cantes distintos.
Por fi m, o sistema construtivo de ciclo fechado tem como base o toyotismo, 
que permite variações no sistema de acordo com o desejo de seus consumido-
res, assim como a produção de determinado produto apenas quando houver 
demanda, sem a necessidade de utilização de estoques de produtos.
Breve histórico da pré-fabricação
A história da pré-fabricação está diretamente ligada à evolução do concreto 
armado; porém, apenas entre o fi nal do século XIX e XX começou a ser reconhe-
cida e ganhar espaço. Pode-se considerar a construção do Cassino Biarritz, no 
ano de 1891, na França, como uma das primeiras construções a utilizar pré-fa-
bricados (LEITE, 2015).
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 55
SER_ENGCIV_PROCON_UNID2.indd 55 25/03/2021 15:13:56
Nesse período, ocorreram diversos eventos importantes para a introdução 
da pré-fabricação como prática construtiva (Quadro 2).
Ano Acontecimento
1895 Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado – Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
1900
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
da América.
1904 Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré--fabricados – Inglaterra.
1905 Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – Estados Unidos da América.
1906
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
1907
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Unidos da América.
1907
Execução das primeiras aplicações do processo tilt up, no qual as 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
tados Unidos da América.
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
da América.
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
da América.
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
da América.
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
– Construção de Weavne’s Mill, em Inglaterra.
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial emque todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
-fabricados – Inglaterra.
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Construção de um edifício industrial em que todos os elementos 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
Primeira construção de estrutura porticada com betão pré-fabricado 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
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Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
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betão armado, na Europa.
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
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Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
Aparecimento dos primeiros elementos de grande dimensão para 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Estados Unidos da América.
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
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Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
coberturas (elementos com dimensões de aproximadamente 1,20 m 
de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
Arquiteto inglês John Brodie desenvolve o 1º sistema de painéis pré-
Execução de elementos de pisos para um edifício de quatro andares – 
Início da execução daqueles que devem ser considerados os primei-
ros elementos pré-fabricados – vigas treliça “Visintini” e estacas de 
betão armado, na Europa.
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
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Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Unidos da América.
foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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tados Unidos da América.
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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de altura, 5,10 m de largura e 0,05 m de espessura) – Estados Unidos 
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
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Execução das primeiras aplicações do processo 
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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foram pré-fabricados e executados no estaleiro de obras – Estados 
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tados Unidos da América.
paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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paredes são fabricadas e depois erguidas para a posição vertical – Es-
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QUADRO 2. ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS RELATIVOS À UTILIZAÇÃO DE 
PRÉ-FABRICADOS
Fonte: LEITE, 2015, p. 8.
Após essa fase, a consolidação da pré-fabricaçãono mercado foi infl uen-
ciada pelo cenário do pós-guerra da Europa. Após o encerramento da Segunda 
Guerra Mundial, teve início, de fato, a história da pré-fabricação no mundo. O 
período compreendido entre as décadas de 1950 a 1970 foi marcado por um 
pós-guerra com grande parte das cidades europeias destruídas e com deman-
das urgentes na construção de habitações, hospitais, escolas e demais edifi ca-
ções necessárias para a vida em sociedade. Essa necessidade impulsionou a 
pré-fabricação como método construtivo racional que podia promover a pro-
dução em massa e com tempo reduzido, além de necessitar de menos mão de 
obra e materiais envolvidos em construções convencionais. Nessa época, sur-
giram os pré-fabricados de ciclo fechado e com o uso de elementos pesados.
Por volta da década de 1970 a 1980, a incidência de acidentes em edifícios 
que utilizaram, em sua construção, painéis pré-fabricados, foi fundamental 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 56
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para o declínio dos pré-fabricados de ciclo fechado, pois criou-se um clima de 
insegurança em relação ao sistema. A partir de 1980, o uso de pré-fabricados 
foi marcado pela adoção de elementos de ciclo aberto, criado para ser uma 
alternativa oposta aos produtos de ciclo fechado. 
O Brasil foi um País na contramão dos países europeus, pois o contexto 
pós-guerra nestes não ocorreu da mesma forma no País. Não havia, por exem-
plo, a mesma necessidade de construções em larga escala. A construção do 
Hipódromo da Gávea, em 1926, é considerada o grande marco da pré-fabrica-
ção do País, pois, em seu andamento, a construção utilizou diversos elementos 
pré-fabricados. 
Sistemas pré-fabricados de concreto
A construção de uma estrutura pré-fabricada de concreto envolve quatro 
etapas distintas: a concepção, a produção, o transporte e a montagem.
Na fase de concepção, é elaborado o projeto dos elementos estrutu-
rais e o planejamento das etapas a serem seguidas. Na fase de produ-
ção, estão envolvidas atividades preliminares no local da obra 
e processo produtivo dos elementos em fábrica. A fase de 
transporte é fundamental, pois realiza a liga-
ção entre fase de produção e a montagem 
dos elementos pré-fabricados na obra. Por 
fim, tem-se a montagem, que engloba pro-
cessos de elevação, posicionamento, esta-
bilização e a execução das ligações entre os 
elementos (LAGARTIXO, 2011).
Os elementos de concreto pré-fabricado permitem diversas soluções 
estruturais para as construções das edificações. No entanto, essas so-
luções são derivadas da associação de um ou mais sistemas estruturais 
considerados básicos. Segundo Van Acker (2003), esses são os principais 
tipos de sistemas estruturais básicos para pré-fabricados de concreto:
• Estruturas aporticadas: nesse sistema, são utilizados vigas e pila-
res de fechamento, principalmente em construções industriais e arma-
zéns (Figura 12);
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 57
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Figura 12. Estrutura aporticada. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Estruturas em esqueleto: sistema constituído de lajes, vigas e pilares, 
principalmente em construções de escritórios, escolas, hospitais e estaciona-
mentos (Figura 13);
Figura 13. Estrutura em esqueleto. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Estruturas em painéis estruturais: sistema constituído de painéis por-
tantes verticais e painéis de lajes, utilizados em construções de casas, aparta-
mentos, hotéis e escolas (Figura 14);
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 58
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Figura 14. Estrutura em painéis estruturais. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Estruturas para pisos: sistema constituído por lajes montadas para a for-
mação do piso e distribuição de carga na estrutura. São utilizados na maioria 
dos sistemas construtivos (Figura 15);
Figura 15. Estrutura para pisos. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Sistema para fachadas: sistema constituído por painéis maciços ou san-
duíche, que podem ter ou não função estrutural. Podem ter diversos formatos, 
desde o simples até os mais detalhados (Figura 16);
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 59
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Figura 16. Sistema para fachadas. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
• Sistemas celulares: sistemas constituídos por células de concreto para 
uso principalmente em banheiros, cozinhas e garagens.
Sistemas tecnológicos
Os painéis pré-fabricados podem ser considerados os primeiros sistemas 
dessa natureza a serem utilizados em escada industrial, e sua utilização está 
relacionada à Revolução Industrial, por meio do uso de painéis metálicos (ABDI, 
2015). No período que compreende o fi nal do século XIX e início do XX, as diver-
sas indústrias passaram a buscar a industrialização de seus meios de produção.
A produção em série da indústria automobilística de Henry Ford em 1913 re-
presentou um marco histórico, inclusive para a indústria de construção, já que, 
nessa época, já se viam movimentos por parte de engenheiros e arquitetos de 
forma a otimizar os processos construtivos artesanais.
A adoção de sistemas tecnológicos nas construções foi impulsionada com o con-
texto mundial após o término da Segunda Guerra. As inovações tecnológicas pro-
postas visavam a uma nova forma de construir, com ênfase na produtividade nas 
construções das edifi cações. Os planos de reconstrução propostos pelos diversos 
países europeus possibilitaram o emprego em larga escada dos sistemas tecnoló-
gicos da época, com o objetivo de se tornarem uma alternativa para os desafi os 
complexos de execução de um grande número de moradias e demais edifi cações. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 60
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Os sistemas desse período empregavam elementos de concreto com gran-
des dimensões e pesados, provenientes de uma mesma empresa fornecedora, o 
que caracteriza o ciclo fechado. Especialmente na França, a adoção de sistemas 
tecnológicos na construção civil promoveu o aumento da produtividade e redu-
ção de custos na construção de milhares de unidades habitacionais.
Figura 17. Cidade destruída na Segunda Guerra Mundial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 19/12/2020.
Entre os principais sistemas tecnológicos adotados na época e que ser-
viram de base para alguns sistemas atuais, destacam-se os sistemas de pai-
néis pré-fabricados Camus e Bossert.
Sistema Camus
O sistema Camus é considerado o pioneiro em painéis pré-fabricados de 
concreto produzidos em larga escala, e sua origem está ligada à destruição 
provocada pela Primeira e Segunda Guerra Mundiais. As cidades europeias 
ainda se recuperavam dos estragos causados pela Primeira Guerra quando 
mais cidades foram destruídas pela Segunda Guerra. A partir disso, houve 
a necessidade de reconstrução de habitações coletivas, escolas, hospitais, 
comércios e outros. No entanto, com essa demanda urgente aliada à escas-
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 61
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sez de mão de obra e falta de materiais, foi necessário repensar os métodos 
construtivos vigentes e adotar sistemas construtivos racionais que permitis-
sem as construções em larga escala e com tempo reduzido. 
O pensamento para a produção em massa na construção começou com 
o francês Raymond Camus, por volta da década de 1930, influenciado pelo 
fordismo, especialmente com a produção do carro modelo T, produzido em 
massa por Henry Ford nos Estados Unidos. A ideia principal de Camus con-
sistia em produzir moradias acessíveis por meio de linhas de produção, divi-
dindo-a em componentes separados. Nesse modelo, os empreiteiros eram 
responsáveis apenas por preparar o local e montar as paredes, pisos e tetos 
(MOREIRA NETO, 2015).
Com o contexto do pós-guerra em 1948, apenas o governo da França 
estimava um deficit de aproximadamente 10 milhões deunidades habita-
cionais, sendo esse País o berço da idealização do sistema Camus. Assim, 
Raymond Camus ganhou diversos contratos para a construção 
de milhares de habitações com a implementação de seu siste-
ma, que teve seu auge na União Soviética no 
período de governo de Nikita Khrushchev, 
que adquiriu suas patentes; na época, o 
sistema tinha a capacidade de produ-
ção de 2 mil unidades habitacionais 
por ano. A União Soviética aprimorou 
um sistema próprio a partir do sistema 
Camus, com exportação para países como 
Chile e Cuba na década 1970.
Os principais componentes do sistema Camus são (CUEVA PÉREZ, 2012):
• Painéis de fachada compostos por dois painéis de concreto armado, se-
parados por uma camada de material isolante térmico de 24 cm;
• As paredes de suporte são constituídas por lajes maciças de concreto armado;
• As divisórias são constituídas pelos mesmos materiais dos painéis por-
tantes, diferindo-se apenas na espessura;
• Lajes maciças de concreto armado com armadura de união em seu contorno.
Estima-se que, até a década de 1970, tenham sido construídas cerca de 
180 mil habitações com a utilização do sistema Camus.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 62
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Sistema Bossert
De acordo com Vieira (2008), o sistema Bossert tem origem alemã e pode 
ser considerado um sistema de pré-fabricação parcial ou misto. Em algumas 
etapas, são empregadas técnicas da construção convencional, como nas eta-
pas de fundação, execução de paredes internas, que podem ser portantes 
ou divisórias, assim como placas de piso, cisternas e outros. É utilizado em 
edifícios que variam de quatro a 14 pavimentos. 
Seu método construtivo consiste na produção in loco de paredes, pisos e 
como elementos pré-fabricados em paredes externas e escadas. A montagem 
dos elementos estruturais é realizada por meio de parafusos e chapas metálicas. 
Nesse sistema, as paredes externas devem conter diversas camadas su-
cessivas, com o intuito de garantir o isolamento técnico e acústico. Essas ca-
madas podem ser constituídas de isopor, concreto, lã de rocha, pinho e ou-
tros materiais. 
Para as instalações, são aproveitados os vãos deixados pelos painéis em po-
sições preestabelecidas em sua fabricação antes do processo de concretagem. 
Nos pisos, os eletrodutos são fi xados no assoalho ou teto. Para tubulações de 
esgoto, são utilizados shafts, devidamente projetados para essas fi nalidades. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 63
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Sintetizando
O contexto atual do mundo pede que as construções sejam mais ágeis, com 
maior produtividade e que isso seja associado à sustentabilidade nas edificações, 
gerando menos desperdícios de materiais e causando menos transtornos para 
a sociedade. Dessa forma, a industrialização desse setor tão importante para a 
economia nacional foi a solução tecnológica encontrada.
Nos sistemas construtivos industrializados, são utilizados produtos específi-
cos, como conhecemos os produtos pré-fabricados, que podem ser de concreto, 
aço e madeira. Os pré-fabricados são caracterizados por sua produção fora dos 
locais definitivos das obras e com rigoroso controle de qualidade; por sua vez, 
também conhecemos os produtos pré-industrializados, que têm como função dar 
mais velocidade e agilidade às obras e são utilizados principalmente em sistemas 
construtivos, como o drywall, light steel frame e light wood frame. 
Nesse contexto, pudemos compreender os conceitos iniciais e os sistemas de 
pré-fabricação de estruturas de concreto, cuja pré-fabricação foi umas das pri-
meiras técnicas empregas para industrializar a construção civil. Seu emprego é 
diretamente ligado ao cenário pós-guerra de destruição das cidades europeias. O 
principal sistema de pré-fabricação são os pré-fabricados de concreto, os quais, de 
acordo com os elementos e disposição estrutural no projeto, podem ser classifi-
cados em estruturas aporticadas, estruturas em esqueleto, estruturas em painéis 
estruturais, estruturas para pisos, sistemas para fachadas e sistemas celulares. 
Por fim, compreendemos os principais conceitos a respeito dos sistemas de 
painéis pré-fabricados Camus e Bossert, que representam a base para os painéis 
de concreto atuais. Os sistemas painéis representam os primeiros elementos pré-
-fabricados a serem produzidos em larga escala pela indústria, com o objetivo de 
acelerar a construção de unidades habitacionais.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 64
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Referências bibliográficas
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PROCESSOS CONSTRUTIVOS 66
SER_ENGCIV_PROCON_UNID2.indd 66 25/03/2021 15:14:30
PLANEJAMENTO E 
GERENCIAMENTO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
3
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer a importância do planejamento e gerenciamento nas obras de 
construção civil;
 Conhecer as principais ferramentas utilizadas no gerenciamento de obras; 
 Compreender a importância da produtividade;
 Conhecer os principais tipos de indicadores de produtividade;
 Compreender a importância e as características do orçamento de obras.
 Gerenciamento e planejamento 
das construções
 Importância de planejar e
 gerenciar na construção civil
 Principais ferramentas utiliza-
das
 Curva ABC para a gestão de 
estoques
 Produtividade na construção civil
 Fatores que influenciam a produ-
tividade
 Indicadores de produtividade
 Gestão dos custos construtivos
 Importância do orçamento
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 68
SER_ENGCIV_PROCON_UNID3.indd 68 25/03/2021 16:08:12
Gerenciamento e planejamento das construções
 Ainda hoje a indústria da construção civil é reconhecida por empregar pro-
cessos produtivos considerados artesanais, principalmente quando compara-
da a outras indústrias. Isso ocorre por ela ser infl uenciada pelas características 
das edifi cações, que diferente das indústrias tem o produto fi nal considerado 
único, posto que uma edifi cação difi cilmente será igual a outra. 
Quando um produto é único, são necessários processos específi cos para 
sua obtenção, o que difi culta a sua produção racionalizada e em série. Assim, 
gerenciar projetos na construção civil não signifi ca controlar revisões de dese-
nhos ou plantas. O gestor de uma obra tem como atribuições e responsabili-
dades garantir a solidez e durabilidade da construção, assim como cumprir o 
orçamento e prazos estipulados para a obra, sempre atendendo as legislações 
pertinentes (PORTUGAL, 2016). Podemos dizer então, que os principais benefí-
cios do planejamento são (MATTOS, 2010):
• conhecimento pleno da obra – ao planejar, o profi ssional estuda os pro-
jetos, analisando os métodos e processos construtivos, o que permite que te-
nha tempo hábil para mudanças de planos, se necessário, uma vez que está 
por dentro de todo o processo; e
• detecção de situações desfavoráveis – detectar inconformidades com o 
máximo de antecedência permite ao gestor da construção a adoção de medi-
das preventivas ou corretivas em tempo hábil.
EXPLICANDO
O planejamento é um dos fatores para o sucesso de um empreendimento. 
Nesta etapa, é necessária a integração entre diversos setores da empre-
sa, fornecedores, prestadores de serviços terceirizados e demais empre-
sas envolvidas na execução (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).
A importância de planejar e gerenciar na construção civil
Segundo Aldo Dórea Mattos (2010), o Gráfi co 1 representa a oportunidade 
construtiva e destrutiva de realização de intervenções em construção. Veja 
que as intervenções realizadas, com o passar do tempo, têm cada vez menos 
potencial de agregar valor ao empreendimento. Além disso, quanto mais avan-
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GRÁFICO 1. GRAU DE OPORTUNIDADE DE MUDANÇA EM FUNÇÃO DO TEMPO 
çada a fase de construção, maior será o valor destinado para a realização desta.
Fonte: MATTOS, 2010. p. 22.
 Desse modo, o planejamento de construção deve figurar: 
• agilidade de decisões – permite que se tenha uma visão geral da obra, fa-
zendo com que decisões gerenciais possam ser tomadas mais rapidamente, , seja 
por meio da mobilização e desmobilização de equipamentos, da aceleração de 
serviços, do aumento de turnos, da alteração dos métodos e dos processos cons-
trutivos, entre outros;
• relação com o orçamento – parâmetros utilizados no planejamento. Eles 
são: os índices de produtividade.
• otimização da alocação dos recursos – por meio do planejamento, o ges-
tor poderá nivelar os recursos e decidir como melhor alocá-los;
• referência para acompanhamento – permite analisar as etapas previs-
tas, juntamente com as etapas realizadas;
• padronização – facilita a comunicação da equipe responsável pela cons-
trução, pois reduz os desentendimentos surgidos do fato de que, muitas vezes, 
os profissionais envolvidos entendem as etapas de formas distintas;
• referência para metas – ao planejar a construção, os programas de me-
tas e bonificações podem ser instituídos de forma facilitada;
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Concepção Desenvolvimento
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Oportunidade
construtiva
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destrutiva
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• documentação e rastreabilidade – gera um histórico da obra, que pode-
rá ser utilizado na resolução de problemas, de forma mais ágil;
• criação de dados históricos –O gestor deve criar planilhas com cronogra-
mas que o ajude a saber o andamento da obra e para que também lhe sirva 
como modelo para qualquer outra construção similar;
• profissionalismo – Por fim, o gestor de projetos deve passar confiança 
para os seus clientes, buscando causar boas impressões da sua obra.
Antes de planejar e gerenciar uma construção, é importante que você co-
nheça o ciclo de vida do projeto. Segundo Antônio Carlos F. B. Pinheiro e 
Marcos Crivelaro (2014), este corresponde ao período que compreende a sua 
concepção e operação. Assim, o projeto de uma construção apresenta, como 
características, ser:
• temporário – uma construção tem duração finita com início e fim defini-
dos; 
• produto único – cada construção possui caráter único, por mais padro-
nizados que sejam os empreendimentos, não se trata de uma linha de monta-
gem ou fabricação em série.
Desse modo, conforme demonstrado pelo Gráfico 2, o ciclo de vida de um 
projeto compreende quatro estágios, cada um correspondendo a uma fase de 
seu desenvolvimento (MATTOS, 2010). O estágio I corresponde à concepção e 
à viabilidade do projeto, do qual fazem parte das atividades: 
GRÁFICO 2. CICLO DE VIDA DE UM PROJETO.
Fonte: MATTOS, 2010. p. 22.
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• a definição do escopo, para determinação dos principais pontos do projeto;
• a formulação do empreendimento, para a determinação do lote, tipo de 
contração a ser utilizada;• a estimativa de custos, para a definição do orçamento preliminar necessá-
rio para a execução do projeto;
• o estudo da viabilidade, para a verificação do custo-benefício e avaliação 
dos resultados desejados;
• a identificação da fonte orçamentária, que podem ser recursos próprios, 
linhas de financiamento, empréstimos ou outras fontes; e
• o desenvolvimento do anteprojeto, para a produção do projeto básico.
O estágio II corresponde ao detalhamento do projeto e seu planejamento, 
do qual fazem parte das atividades:
• a definição do orçamento analítico, com suas respectivas composições de custo;
• a elaboração do planejamento, com a elaboração de cronogramas e prazo 
de execução das atividades; e
• o desenvolvimento do projeto executivo, com base no projeto básico.
O estágio III corresponde à execução do empreendimento, com as ativida-
des de:
• execução dos serviços de campo;
• montagens mecânicas e instalações elétricas e sanitárias;
• controle de qualidade para atendimento dos requisitos estabelecidos no 
contrato;
• administração contratual por meio de medições, acompanhamento do 
diário de obras; 
• fiscalização de obra ou serviço com supervisão das atividades desenvolvi-
das no campo, para verificar a evolução do empreendimento.
O estágio IV corresponde à finalização do projeto, com as atividades de:
• realização dos testes de operação;
• inspeção final da obra;
• transferência de responsabilidades do empreendimento;
• liberação de retenção contratual, para casos em que a contratante tenha 
retido dinheiro da empresa executante;
• resolução das últimas pendências, como pagamentos atrasados; 
• elaboração de termo de recebimento.
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Principais ferramentas utilizadas
Para a execução de um bom planejamento de construção, é essencial a 
identifi cação das atividades a serem realizadas que serão componentes do cro-
nograma. É importante que esta identifi cação seja a mais detalhada possível, 
pois o que não for identifi cado não será incluso no cronograma e escopo do 
projeto, que pode ser entendido como o conjunto de componentes para a ob-
tenção do produto, logo, a edifi cação e os resultados esperados. Estabelecen-
do o escopo, delimita-se o projeto e, consequentemente, seu planejamento.
Esta tarefa deve ser realizada de forma colaborativa entre os integrantes do 
projeto, uma vez que a omissão de uma atividade ou série destas poderá oca-
sionar prejuízos fi nanceiros e atrasos na obra. De acordo com Mattos (2010), 
detalhar as atividades necessárias para o desenvolvimento de uma obra não é 
uma tarefa das mais simples, pois exige leitura cuidadosa de esquemas e plan-
tas, entendimentos dos métodos e processos construtivos adotados, além da 
capacidade de representar as atividades realizadas em campo em formato de 
pacotes de trabalho. 
Estes pacotes de trabalho têm o objetivo de detalhar as etapas da constru-
ção, de modo que o planejamento seja facilitado, para a defi nição da duração 
das atividades, dos recursos necessários e da atribuição dos responsáveis. A 
partir disso, é obtida uma estrutura hierarquizada das atividades, denominada 
de Estrutura Analítica de Projeto (EAP). A EAP de um projeto faz analogia 
a uma árvore genealógica, com suas ramifi cações, sendo estas divididas em 
níveis distintos. 
No primeiro nível, há apenas um item, que representa o projeto como um 
todo. A partir disso, as atividades vão ganhando mais níveis, em forma de rami-
fi cações. Quanto maior é o nível utilizado, maior é nível de detalhamento. Po-
demos ver, no Diagrama 1, um exemplo de EAP para as atividades necessárias 
para a construção de uma casa. Um mesmo projeto pode apresentar EAPs com 
diferentes estruturas, dependendo do profi ssional responsável por elaborá-lo. 
Porém, o profi ssional deve saber mensurar o limite até onde este detalhamen-
to poderá agregar valor ao projeto, evitando que ele apenas torne a EAP mais 
extensa e complexa. Para isso, deve-se analisar cada tipo de obra, pois cada 
uma apresenta requisitos específi cos. 
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DIAGRAMA 1. EXEMPLO DE EAP PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CASA 
QUADRO 1. EXEMPLO DE EAP ANALÍTICA/SINTÉTICA
Outra forma de representar a EAP se dá por meio de tabelas com as ativi-
dades listadas, chamada de EAP analítica ou sintética, sendo este o formato 
mais utilizado na elaboração dos orçamentos. Podemos ver o exemplo deste 
formato no Quadro 1, que lista as etapas iniciais de uma construção, como 
os serviços preliminares e as execuções da infraestrutura, superestrutura, 
vedação e cobertura, assim como o detalhamento das atividades envolvidas 
para a sua execução.
ETAPAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA RESIDÊNCIA
1. Serviços Preliminares
1.1. Placa de obra
1.2. Instalações de água e esgoto provisórias
Casa
Superestrutura EsquadriasInfraestrutura CoberturaServiçospreliminares Vedação
Pilares PortasEscavação MadeiramentoPlaca de obra Alvenaria
Vigas JanelasSapatas TelhamentoInstalações de águae esgoto provisório
Limpeza do terreno
Revestimento
Lajes AcabamentosImpermeabilizaçãoInstalação deenergia
Terraplanagem
Locação
Pintura
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1.3. Instalação de energia
1.5. Terraplenagem
1.6. Locação
2. Infraestrutura
2.1. Escavação
2.2. Sapatas
2.3. Impermeabilização
1. Superestrutura
3.1. Pilares
3.2. Vigas
3.3. Lajes
4. Vedação
4.1. Alvenaria
4.2. Revestimento
4.3. Pintura
5. Coberturas
5.1. Madeiramento
5.2. Telhamento
6. Esquadrias
6.1. Portas
6.2. Janelas
6.3. Acabamentos
Além disso, uma forma menos usual pode ser os mapas mentais (Diagrama 
2), que representam uma forma mais didática e atraente, sendo recomendados 
principalmente para trabalhos em equipe e desenvolvimento inicial de ideias. 
Mattos (2010, p.70) lista como benefícios da utilização da EAP aspectos como: 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 75
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DIAGRAMA 2. EXEMPLO DE EAP EM FORMATO DE MAPA MENTAL
• a ordenação do pensamento em uma matriz de trabalho lógica e organizada;
• a individualização das atividades que irão compor o cronograma;
• a permissão do agrupamento de atividades com finalidades semelhantes;
• a facilitação do entendimento das atividades;
• a facilitação da verificação por pessoas externas ao projeto;
• a facilitação da inclusão de novas atividades;
• a facilitação da localização das atividades dentro do cronograma;
• a facilitação da elaboração do orçamento, pois estabelece atividades mais 
precisas;
• a permissão da atribuição de códigos de controle para a alocação de recursos; 
• a evitação de que atividades sejam criadas em duplicidade.
No cronograma físico-financeiro (Tabela 1), são correlacionadas as etapas defi-
nidas para a construção, com seus respectivos prazos de duração e custos relativos à 
sua realização, assim como os custos acumulados, de acordo com a evolução da exe-
cução dessas etapas. Esta é uma das ferramentas de planejamento e gerenciamento 
mais comuns na construção civil. De acordo com a realização das etapas, estas são 
analisadas com uma barra horizontal, que indica o seu início e término, que pode ser 
de forma contínua ou intermitente (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014). Com base no crono-
grama, o gestor da obra pode tomar como providências (MATTOS, 2010):
• programar as atividades de equipes de campo;
• fazer pedidos de compras;
• alugar equipamentos;
• recrutar trabalhadores quando necessário;
• acompanhar o progresso das atividades;
• replanejar a obra; 
• pautar reuniões. 
· Placa de obra 
· Instalações de água 
· Instalações de energia 
· Limpeza do terreno 
· Terraplanagem 
· Locação
Serviços preliminares Vedação
Superestrutura Esquadras
Infraestrutura Cobertura
· Escavação 
· Execução de sapatas 
· Impermeabilização
· Pilares
· Vigas 
· Lajes
· Alvenaria· Revestimento 
· Pintura
· Portas 
· Janelas 
· Acabamentos
· Madeiramento 
· TelhamentoCasa
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6.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 77
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CONTEXTUALIZANDO
O cronograma físico-financeiro é conhecido também como gráfico de 
Gantt, pois foi desenvolvido pelo engenheiro mecânico Henry Gantt. O 
cronograma foi descrito por seu criador como um método gráfico de 
acompanhamento de fluxos de produção. Foi utilizado especialmente em 
meados de 1917, época da Primeira Guerra Mundial, para a construção de 
navios de Guerra (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).
O diagrama PERT/CPM representa todas as atividades a serem realizadas 
e as relações de dependências entre elas, segundo sua sequência de execução, 
para determinar quais são as atividades mais críticas que poderão sofrer atrasos 
e comprometer o prazo estimado de conclusão do projeto. Além disso, permite 
observar a coerência do que foi planejado para a obra e, assim, gerar uma esti-
mativa mais aproximada para sua conclusão (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).
O diagrama PERT/CPM surgiu da união de dois programas distintos: o Pro-
gram Evaluation and Review Technique (PERT, ou Técnica de Avaliação e Revisão 
de Programas) e o Método do Caminho Crítico (CPM). O primeiro, desenvolvi-
do pela Marinha Americana para o planejamento do desenvolvimento de um 
míssil balístico complexo, conta com atividades distintas de qualquer outro 
projeto, sendo a duração destas determinada por durações probabilísticas, 
considerando situações otimistas, pessimistas e uma mais provável de ser 
alcançada. 
Por sua vez, o Método do Caminho Crítico (CPM) foi desenvolvido pela empre-
sa norte-americana Dupont, que possuía o computador mais potente da época 
e, por meio deste, matemáticos estudaram as correlações entre o tempo e o 
custo de projetos de engenharia desenvolvidos na empresa. A partir disso, foi 
definido que certas atividades poderiam ser aceleradas ou ocasionar aumento 
de custos, essa cadeia principal de atividades é denominada de caminho crítico 
(MATTOS, 2010). Assim, em um diagrama PERT/CPM são utilizados os conceitos 
de (PINHEIRO, CRIVELARO, 2014): 
• evento – um ponto no tempo, o instante que marca o início ou o término 
de uma atividade, sem consumir tempo. Os recursos são representados por um 
círculo;
• atividade – tudo que consome recursos financeiros, humanos e de tempo. 
Situam-se entre dois eventos e, no diagrama, o sentido das flechas orienta-se 
sempre da esquerda para a direita;
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 78
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• atividade fantasma – consiste em uma atividade intermediária, com prazo 
de execução zero, criada apenas para evitar que duas setas iniciem em um even-
to e terminem em outro;
• folga – diferença entre o intervalo de tempo e o início e término de uma 
atividade e sua duração; e
• caminho crítico – representa o caminho das atividades que vão do início ao 
fim da obra, que apresentam folgas nulas. Isso significa que, nessas atividades, 
qualquer atraso poderá causar problemas na obra.
Existem dois métodos para construir um diagrama de rede: o método das fle-
chas e o método dos blocos (Figura 1), ambos representando o mesmo resulta-
do, de formas distintas. No primeiro, as atividades são representadas por flechas 
conectadas a eventos e, no segundo, as atividades são representadas por blocos, 
com as setas fazendo apenas o papel de ligação entre estas (MATTOS, 2010). 
Figura 1. Modelo de flechas (a) e blocos (b) de diagrama PERT/CPM. Fonte: MATTOS, 2010. (Adaptado).
O ciclo PDCA (Figura 2) é baseado em um princípio de melhoria contínua, no 
qual o processo deve ser controlado de forma permanente, para permitir a aferi-
ção do desempenho dos meios utilizados e a mudança de procedimentos, para 
o alcance de metas (MATTOS, 2010). Este conceito foi desenvolvido na década de 
A)
B)
A
D
G
B
E
C
A
G
B
D
E
C F
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 79
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1930, pelo estatístico Walter Shewart, e popularizado na década de 1950, por Ed-
ward Deming, ao aplicá-lo em trabalhos desenvolvidos no Japão (PINHEIRO; CRIVE-
LARO, 2014). O modelo é dividido em quatro quadrantes principais, representados 
por letras que denominam o respectivo ciclo. Estas letras representam as fases 
envolvidas no processo, como: Planejar (P), Desempenhar (F), Checar (C) e Agir (A). 
Figura 2. Ciclo PDCA. Fonte: MATTOS, 2010. (Adaptado).
De acordo com Pinheiro e Crivelaro (2014), devem ser estabelecidos, na fase de 
planejar, os objetivos e processos a serem utilizados para o alcance dos resulta-
dos desejados. Na fase de desempenhar, os processos propostos são implemen-
tados, enquanto na fase de checar é realizado o monitoramento dos produtos 
e processos implementados, de acordo com a política da empresa de atuação. 
Nessa etapa também é realizado o comparativo entre os itens estabelecidos no 
planejamento e o que realmente foi realizado. Por fim, na fase de agir, são execu-
tadas ações para promover a melhoria contínua do processo, de forma a buscar 
sua padronização. Na construção civil, cada uma destas fases pode ser dividida em 
etapas (MATTOS, 2010):
Implementar 
ações 
corretivas
Comparar 
previsto e 
realizado 
Executar a 
atividadeAferir o resultado
Gerar 
cronograma
Informar 
e motivar
Definir 
metodologia
Estudar 
o projeto
A 
(Agir)
P 
(Planejar)
D
(Desempenhar) 
C 
(Checar)
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Planejar
• estudo do projeto – análise e avaliação dos projetos para a identificação de 
possíveis interferências e a realização de visitas técnicas, se necessário;
• definição da metodologia – definição dos processos construtivos que serão 
utilizados, assim como a determinação das etapas construtivas, equipamentos e 
materiais de construção necessários; e
• elaboração de cronograma e programações – ordenação das informações 
para a obtenção de cronogramas, levando em conta os parâmetros adotados no 
orçamento, como quantitativos e índices de produtividade e mão de obra.
Desempenhar
• informar e motivar – informar aos colaboradores os métodos a serem em-
pregados, as atividades a serem desenvolvidas, a duração destas, além de sanar 
as dúvidas existentes. Estas ações aumentam o grau de envolvimento das equipes 
no projeto; e
• executar a atividade – nesta etapa, ocorre a realização das tarefas estipula-
das. É necessário que a execução ocorra o mais próximo possível daquilo que foi 
planejado.
Checar
• aferição das etapas do projeto realizadas – são levantados os quantitativos 
dos serviços realizados no período analisado;
• elaboração de comparativo entre o resultado previsto e o realizado – 
após a aferição inicial, com os dados obtidos, é realizado um estudo comparativo 
com a quantidade de serviços planejada para o período.Esta é uma das etapas 
mais importantes para o construtor, pois ele poderá constatar o impacto causado 
por possíveis atrasos no prazo final da obra e, assim, decidir os melhores caminhos 
a serem seguidos. É essencial identificar se os atrasos detectados ocorrem de for-
ma pontual ou recorrente, para que o gestor possa agir na origem do problema.
Agir
• compatibilização das informações – utilizar todas as informações obti-
das nas etapas anteriores, por meio dos indivíduos envolvidos neste processo, 
contribui para a identificação de oportunidades de melhoria dos métodos utili-
zados e a definição da origem dos erros detectados, possibilitando a mudança 
da estratégia adotada, assim como permite a adoção de medidas corretivas, 
quando necessário.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 81
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Por meio do ciclo PDCA, a obra é planejada com o máximo de informações co-
letadas e, em seguida, ela deve ser executada de acordo com o planejado, poden-
do ser obtidos os índices de produtividade das equipes de trabalho e os desvios do 
plano elaborado. Por fim, o gestor decide como agir diante do contexto apresen-
tado, de forma a colocar a obra nos eixos ou devendo rever o planejamento rea-
lizado. Este ciclo continua sucessivas vezes, até a finalização do empreendimento 
(MATTOS, 2010). 
DICA
Na elaboração do PDCA, segundo Pinheiro e Crivelaro (2014), é importante 
que o gestor do projeto avalie a eficácia e a eficiência de suas propostas, 
sendo que cada uma destas significa: a comparação do realizado com o 
planejado (eficácia) e a comparação dos recursos utilizados com aqueles 
disponíveis (eficiência).
Outra ferramenta de gestão, o 
5W2H, consiste em um formulário 
para o controle de atividades e deter-
minação da forma como estas serão 
realizadas e a quem serão atribuídas. 
Sua denominação está relacionada 
aos pontos principais abordados, 
sendo estes em língua inglesa. Sendo 
assim, os cinco Ws e os dois Hs são 
(PINHEIRO; CRIVELARO, 2014):
• What – O que será feito? – Define 
a ação a ser realizada;
• Who – Quem fará? – Define o responsável pela atividade;
• When – Quando será feito? – Define o prazo de realização da atividade;
• Where – Onde será feito? – Define o local onde será realizada;
• Why – Por que será feito? – Justifica a motivação para realizar tal atividade;
• How – Como será feito? – Define o procedimento a ser realizado; e
• How – Por quanto será feito? – Define os custos.
Podemos ver, pelo Quadro 2, um exemplo de aplicação do 5W2H para o 
serviço de realização de paredes internas de uma edificação. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 82
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Plano de ação 5W2H
Objetivo: Realização das paredes internas do andar térreo
Item Ação Local Responsá-vel Justificativa Procedimento Prazo Custo
1
Prepa-
ração de 
3 m³ de 
argamassa
Beto-
neira do 
canteiro 
de obras
Servente
Para ser 
utilizada na 
alvenaria de 
elevação do 
andar térreo
Misturar cimento 
e areia média no 
traço 1:3
1 h R$ 300,00
2
Marcação 
de 20 m 
de parede 
interna
Andar 
térreo Pedreiro
Marcar o 
local de cons-
trução da 
parede
Utilizar trena e 
planta executiva 2 h R$ 1.000,00
3
Levanta-
mento de 
60 m² de 
parede 
interna
Andar 
térreo Pedreiro
Construir as 
paredes
Utilizar masseiro, 
régua, escanti-
lhão, prumo de 
face, nível de 
mão, desempena-
deira, colher de 
pedreiro
16 h R$ 4.000,00
4
Aplicação 
de arga-
massa de 
revesti-
mento em 
90 m² de 
parede 
interna
Andar 
térreo Pedreiro
Revestir as 
paredes
Utilizar masseiro, 
régua, escanti-
lhão, prumo de 
face, nível de 
mão, desempena-
deira, colher de 
pedreiro
40 h R$ 6.000,00
5
Fixação de 
6 batentes 
de portas 
internas
Andar 
térreo Pedreiro
Fazer acaba-
mentos
Utilizar martelo, 
prumo de face, 
nível de mão
8 h R$ 2.000,00
6 Limpeza
Andar 
térreo
Pedreiro
Limpar a 
obra
Utilizar vassoura 
e mangueira
3 h R$ 1.000,00
QUADRO 2. EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO 5W2H
Fonte: PINHEIRO; CRIVELARO, 2014. p. 38.
Por fim, o diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama 
espinha de peixe, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, em 1943. Ele é for-
mado por uma seta na horizontal, que aponta as irregularidades obser-
vadas para colaborar na determinação das causas, intensidades e efeitos 
de tais irregularidades. Como podemos ver na Figura 3, a qualidade da 
alvenaria depende de três fatores principais, sendo estes os materiais, a 
mão de obra e a tecnologia. Assim, cada seta ligada a estes fatores indica 
os parâmetros que influenciam cada um destes fatores (PINHEIRO; CRIVE-
LARO, 2014).
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Figura 3. Exemplo de diagrama de causa e efeito para a qualidade de uma alvenaria. Fonte: PINHEIRO; CRIVELARO, 2014. p. 23.
Curva ABC para a gestão de estoques
É de grande importância para o orçamentista, e para os demais responsáveis 
pela obra, o conhecimento dos principais serviços e insumos, o total de cada um 
destes e sua representatividade. Isso porque este fator auxilia nas cotações, na de-
fi nição de negociações mais criteriosas e na despesa de energia para as compras. 
Isso pode ser realizado com o auxílio da curva ABC (MATTOS, 2006), que surgiu 
por meados de 1800, na Itália, tendo sido desenvolvida por Wilfredo Paretto para 
medir a distribuição de renda entre a população. Assim, ele descobriu que 20% da 
população absorvia 80% de toda a renda (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014). 
A curva ABC (Gráfi co 3) é o resultado, representado por meio de tabelas ou 
gráfi cos, dos preços de serviços ou insumos, como a mão de obra, os materiais e 
os equipamentos, agrupados em ordem decrescente. No topo estão situados os 
itens mais relevantes em termos de custo da planilha orçamentária, juntamente 
com os valores acumulados percentualmente (CARVALHO, 2019). Nela, 80% das 
consequências são causadas por 20% das causas, sendo divididas entre:
• classe A, que representa o percentual de custo acumulado de até 50% do 
total do orçamento dos serviços ou insumos;
• classe B, que representa o percentual entre 50% a 80% do custo total do 
orçamento; e
Materiais
Fabricante
Preço
Disponibilidade
Armazenamento
Qualifi cação
Quantidade
Motivação
Qualidade
da alvenaria
Remuneração
Máquinas
FerramentasTecnologia
Projeto
Mão de obra
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• classe C, que representa o percentual acumulado entre 80% e 100% do 
custo total do orçamento, contemplando todos os itens que nele constam. 
GRÁFICO 3. CURVA ABC
Fonte: CARVALHO, 2019. p. 216.
Segundo a curva ABC, os sujeitos envolvidos em obra são o orçamentista, o 
gestor da obra e o auditor, tendo cada um responsabilidades próprias. Assim, 
o orçamentista (CARVALHO, 2019):
• identifica erros quantitativos e nas composições de custo unitário;
• colabora na obtenção de cotações para os insumos mais expressivos; e
• permite a análise do custo da obra de forma simplificada.
O gestor da obra:
• hierarquiza os insumos e os fornece ao setor de aquisições, para auxiliar 
na compra de insumos;
• auxilia no planejamento e na programação da obra;
• atribui as responsabilidades, para a priorização das compras;
• avalia o efeito da variação de preço de determinado insumo; e
• negocia a contratação de serviços terceirizados.
E o auditor:
• verifica as conformidades e não conformidades em um orçamento; e
• verifica o comportamento da curva ABC dos insumos.
A forma mais comum de apresentação da curva ABC se dá por meio de ta-
belas com a descrição, a unidade, a quantidade, o custo unitário, o custo total e 
100
95
80
20 50
% Quantidade de itens 
100
%
 V
al
or
A
B
C
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as porcentagens unitárias e acumuladas de cada serviço ou insumo (MATTOS, 
2006). Entre as vantagens da adoção da curva ABC, podemos destacar asua im-
portância na gestão de estoques na construção civil, especialmente quando 
se fala do desperdício de materiais que ocorre nesta indústria. Este pode ocor-
rer não apenas de forma física, mas também financeira, quando, por exemplo, 
são adquiridos materiais em menor ou maior volume, em função de erros de 
cálculo e planejamento dos insumos necessários. 
A curva ABC pode atuar como uma ferramenta importante e eficiente para 
a gestão dos insumos, atuando para identificar os insumos disponíveis e aque-
les que estão em falta, bem como norteando sua aquisição, para que não seja 
desnecessária. Assim, além de evitar as perdas, esta ação pode acarretar na re-
dução do custo de obra, podendo evitar também um dos erros de planejamen-
to mais comuns na construção civil, que está relacionado com a paralisação da 
obra por falta de materiais.
Segundo Nogueira, Saffaro e Guadanhim (2018), um projeto de obra ade-
quado deve possibilitar a utilização dos componentes de forma a minimizar os 
desperdícios e garantir o melhor aproveitamento, devido ao valor agregado. 
Assim, fatores que permitem a simplificação do processo construtivo devem 
ser considerados, pois possibilitam um fluxo de materiais com menores eta-
pas, que não agregam valor ao produto e, em função disso, reduzem as perdas 
construtivas (que ocorrem sempre que se utiliza uma quantidade maior que a 
necessária), proporcionando custos mais baixos. Esses fatores são:
• uma complexidade individual dos componentes;
• uma baixa variedade de componentes e possibilidade de utilizá-los em 
diferentes famílias de produtos; e
• um grau de flexibilidade, para conectar componentes entre si.
De acordo com Pinheiro e Crivelaro (2014), os materiais de construção civil 
possuem alta rotatividade e, para facilitar o controle por meio da curva ABC, 
eles podem ser divididos em três classes, segundo o seu valor aquisitivo, cada 
uma exigindo um tratamento de controle particular. Desse modo, os materiais 
podem ser de: 
• classe A – materiais de maior importância, que merecem tratamento pre-
ferencial, justificando procedimentos detalhados e que exigem grande atenção 
da administração;
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• classe B – materiais de menor importância, que justifi -
cam pouca atenção da administração; e
• classe C – materiais em situação intermediária entre as 
classes A e B.
Assim, as principais vantagens de se adotar a curva 
ABC para gerir o estoque são: facilidade para fazer o 
inventário de estoques, redução do tamanho dos in-
ventários, custos de serviços burocráticos mais baixos 
e o planejamento dos estoques.
Produtividade na construção civil
A produtividade varia de uma obra para outra, uma vez que a construção 
gera produtos considerados únicos. Quando se conhece a produtividade de 
uma obra, ela pode ser utilizada como fator balizador para a determinação da 
demanda de recurso e a alocação correta destes, a fi m de gerar um ambiente 
organizado, com menor custo e maior segurança (SOUZA, 2017).
De acordo com a apostila A produtividade da Construção Civil brasileira (SI-
MONSEN, 2016), o conceito amplo de produtividade é a obtenção de uma pro-
dução maior, com uma mesma quantidade de recursos empregados, ou quan-
do menos recursos são empregados para a obtenção da mesma produção. 
Segundo a obra “Estudo sobre produtividade na construção civil: desafi os e 
tendências no Brasil” (BARREIROS et al., 2014), são consideradas sete alavan-
cas da produtividade na construção, como podemos ver no Quadro 3, onde 
esses fatores são elencados e detalhados de forma a apresentar os pontos 
onde a produtividade pode ser trabalhada. 
Alavancas de 
produtividade Descrição resumida e exemplos de elementos envolvidos
1. Planejamento da 
execução de empreen-
dimentos
• Planejamento da necessidade de recursos e de materiais em diferen-
tes horizontes de planejamento (curto, médio e longo prazo).
• Processos estruturados de atualização do planejamento conforme a 
execução.
• Escritório integrado de gestão de projetos (PMO – Project Management 
Offi ce).
• Aplicação de softwares tipo BIM (Building Information Model).
QUADRO 3. ALAVANCAS DA PRODUTIVIDADE
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2. Adoção de métodos 
de gestão
• Lean Construction – construção baseada no paradigma de redução de 
desperdícios que fi cou conhecido como método Toyota de produção 
• Melhor sincronização do empreendimento e melhoria do fl uxo de ma-
teriais, visando a eliminação das atividades que não agregam valor
• Strategic Sourcing – otimização dos fornecedores e das compras
3. Equipamentos
• Modernização de equipamentos (gruas fl exíveis, elevadores mais rá-
pidos etc.) 
• Maior taxa de utilização de equipamentos
4. Materiais • Adoção de novos materiais mais efi cientes (concreto autocurativo, ci-mento magnesiano etc.).
5. Métodos construtivos • Aplicação de métodos construtivos mais efi cientes (vigas pré-molda-das, alvenaria estrutural, estruturas metálicas etc.).
6. Melhorias de projeto • Foco na melhoria dos projetos e sua adequação para a execução.
7. Qualifi cação da mão 
de obra
• Ações para aprimorar recrutamento
• Ações para aumentar a qualifi cação atual (treinamento, motivação 
etc.).
• Plano para retenção de profi ssionais.
Fonte: BARREIROS et al., 2014. p. 5.
O sucesso de qualquer indústria, assim como da Construção Civil, está direta-
mente ligado à sua produtividade, pois trata-se de uma ferramenta de apoio para 
a tomada de decisões necessárias para o andamento da obra. Assim, por meio de 
seus indicadores, é possível mensurar o rendimento dos processos construtivos e 
da mão de obra, bem como dos materiais e equipamentos utilizados dentro dela. 
Fatores que influenciam a produtividade
A produtividade, na construção civil, é infl uenciada por diversos fatores. 
Assim, é importante que os profi ssionais e empresas compreendam a in-
fl uência exercida por cada um destes. Segundo o Relatório de Inteligência 
da Construção Civil, elaborado pelo SEBRAE (2015), podem ser considerados 
fatores que infl ueciam a produtividade:
• o planejamento e controle de obras, que deve possuir todas as infor-
mações disponíveis (a quantidade de material, o tempo de execução das ativi-
dades e outras), que podem impactar o prazo fi nal da entrega da obra. Além 
disso, quando o planejamento é negligenciado, podem ocorrer atrasos na obra 
por falta de materiais, aumento dos custos e indisponibilidade das equipes;
• a capacitação e treinamento da mão de obra, pois uma mão de obra bem 
qualifi cada executa as atividades com mais qualidade, evitando retrabalhos. Uma 
das características de empresas de construção é a utilização de empresas tercei-
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 88
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rizadas na execução de determinados serviços, o que dificulta a criação de 
vínculo com a empresa e reduz o interesse de investimento em capacitação;
• o retrabalho, que prejudica a qualidade dos serviços executados, sen-
do necessária a realização das atividades diversas vezes, podendo acarretar 
em atraso da obra e a utilização de materiais além do previsto;
• a matéria-prima, pois a falta de padronização das matérias-primas uti-
lizadas pode ocasionar a perda de controle do estoque, além de resultar em 
desperdícios. Outro fator a ser considerado está relacionado à aquisição 
de materiais, pois são necessários mais fornecedores e o tempo de espera 
entre um material e outro pode ser distinto;
• o layout do canteiro de obras, que deve facilitar a circulação dos ma-
teriais e trabalhadores, sem afetar a produtividade das operações. Um can-
teiro de obras mal planejado tem a tendência de aumentar as distâncias e 
tempos utilizados na realização das atividades; e
• a segurança do trabalho, pois 
a falta de aplicação das normas re-
gulamentadoras de segurança no 
trabalho pode resultarem aciden-
tes com os profissionais envolvidos 
na obra. Estes acidentes geralmente 
vêm acompanhados de afastamen-
tos, sendo necessário a contratação 
de outros trabalhadores, que neces-
sitarão de integração para conheci-
mento dos processos construtivos 
adotados.
Ainda segundo o SEBRAE (2015), uma das medidas para melhorar a pro-
dutividade na construção civil é a utilização de tecnologias que podem tra-
zer vantagens, tais como: o aumento da agilidade nas construções, a redu-
ção do tempo de construção, a padronização das atividades, a redução de 
desperdícios de materiais e a redução de retrabalhos. No Quadro 4, pode-
mos ver as principais tecnologias que podem ser adotadas para melhorar a 
produtividade na construção civil e o impacto destas nos principais fatores 
que a influenciam.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 89
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Principais tecnologias
 Áreas onde a tecnologia auxilia a aumentar a produtividade
 Áreas onde a tecnologia tem pouco impacto na produtividade
Item Qualifi cação da mão de obra
Retraba-
lho Matéria-prima
Planejamento 
e controle
Layout 
do can-
teiro
Segurança 
do traba-
lho
BIM
BIM 4D
Automação
Telas 
soldadas
Monoforte
Sistema de 
alvenaria es-
trutural
Sistema de 
lajes mistas
Sistema de 
CES
Tecnologia 
móvel
Microconcre-
to de alto de-
sempenho
Concreto au-
toadensável
Painéis EPS
EAD
RFID
QUADRO 4. TECNOLOGIAS PARA A MELHORIA DA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO
Fonte: SEBRAE, 2015. p. 5.
Indicadores de produtividade
Para mensurar o grau de produtividade de uma determinada obra, são uti-
lizados indicadores de produtividade, que, de acordo com Souza (2017), estabe-
lecem a relação entre a quantidade de recursos demandados e a quantidade de 
produtos realizados. Os mais utilizados são: Razão Unitária de Produção (RUP) e o 
Consumo Unitário de Materiais (CUM).
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 90
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A Razão Unitária de Produção (RUP) é utilizada, principalmente, para medir a 
produtividade da mão de obra por meio da equação:
RUP = Hh
Qs
(1)
Onde:
Hh = Homens-hora;
Qs = Quantidade de serviço realizado.
Quanto maior é o valor do RUP calculado, menor é a produtividade da equipe. 
Como podemos ver na relação, o índice de homem-hora é diretamente propor-
cional ao RUP. Desta forma, quanto maior este indicador, mais mão de obra será 
necessária para a realização de determinado serviço. Desse modo, O RUP pode ser 
apresentado como (SOUZA, 2017):
• RUP acumulativo, que leva em conta o esforço total realizado em um serviço, 
sendo bastante utilizado em orçamento, por representar um valor global. Neste 
caso, não se faz distinção entre os momentos bons e ruins de produção, ocorridos 
no serviço; e
• RUP potencial, que não leva em conta os momentos ruins de produtividade, 
sendo utilizado principalmente para dimensionar a quantidade de mão de obra, 
partindo do conceito de que a equipe fará o serviço com boa produtividade. 
O Consumo Unitário de Materiais (CUM) é utilizado para medir a produtividade 
dos materiais. Ele representa a razão entre a quantidade de materiais adquiri-
dos e a quantidade do serviço realizado, de acordo com a equação:
CUM =Qmat
Qserviço
(2)
Onde:
Qmat = Quantidade de material;
Qserviço = Quantidade de serviço.
Além disso, pode ser também estabelecida uma função de consumo uni-
tário teórico (CUMteórico) e do percentual de perdas de materiais (Perdas%), de 
acordo com a equação:
CUM = CUMteórico ∙ Perdas%1001 +
(3)
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Gestão dos custos construtivos
A indústria da construção civil é considerada uma das mais relevantes para 
o crescimento do país, em função de suas características de proporcionar habi-
tação e desenvolvimento, por meio das obras de infraestrutura, e por empre-
gar profi ssionais de diversos níveis de formação. Apesar disso, este ramo ainda 
é conhecido pela sua inefi ciência, grande desperdício, atrasos nas entregas dos 
produtos e patologias construtivas. 
Em qualquer obra, o custo tem papel fundamental, e é por meio do orça-
mento que são determinados os custos previstos. Assim, o orçamento deve 
ser elaborado por um profi ssional habilitado, como o engenheiro civil. O orça-
mento de uma obra contém a discriminação dos diversos serviços necessários 
para a realização da construção, suas quantidades e o custo unitário de execu-
ção. Geralmente, ele é elaborado com base em projetos, memoriais, análises in 
loco, entendimento do tempo e local da construção (CARVALHO, 2019).
Importância do orçamento
O orçamento é fundamental para o sucesso de um empreendimento, pois, por 
meio dele, pode ser obtida a previsão de custo para uma obra. Deve-se quantifi car 
os insumos, como a mão de obra, os materiais, as máquinas, as ferramentas e os 
equipamentos necessários para a execução de cada serviço (PINHEIRO; CRIVELA-
RO, 2014). Assim, o orçamento pode ser:
• por estimativa – elaborado para estudar a viabilidade de empreendimentos, 
com base no projeto de arquitetura e apresentando 20% de margem de erro. São 
utilizados dois fatores principais, sendo estes a área da construção e o custo unitá-
rio básico do metro quadrado de construção (CUB), calculado mensalmente pelos 
Sindicatos da Indústria da Construção Civil em todo o Brasil;
• preliminar – realizado com base no planejamento inicial da obra, utilizados os 
projetos de arquitetura, de estruturas, as instalações elétricas e hidráulicas, bem 
como memoriais descritivos e que possuem margem de erro de 10%. São utiliza-
dos fatores como: a planilha de custo unitário e o levantamento de quantitativos; e
• executivo – elaborado com base em todos os projetos disponíveis, memo-
riais descritivos e acabamentos, possuindo 5% de margem de erro.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 92
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EXPLICANDO
O CUB foi criado em 1964, pela Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), para sanar a necessidade 
de uma metodologia de cálculos de custos unitários. Ele 
representa este valor por metro quadrado de construção, 
de acordo com o tipo de obra (CARVALHO, 2019).
De acordo com Aldo D. Mattos (2006), um orçamento é determinado soman-
do-se os custos diretos, como a mão de obra, os materiais e os equipamentos, 
aos custos indiretos, como as equipes de apoio e supervisão e as despesas gerais 
de canteiro de obras, e adicionando, por fim, os impostos e lucros. Se o orçamento 
for elaborado de forma paralela às fases do projeto, ele pode transformar-se em 
uma ferramenta para a tomada de decisões quanto aos projetos, podendo ser 
revistas as especificações de materiais.
Segundo Carvalho (2019), na área de gerenciamento de custos, são apresenta-
dos processos para etapas de planejamento, monitoramento e controle dos cus-
tos. Na etapa de planejamento de custos, é realizado primeiro a estimativa de 
custos e, posteriormente, a orçamentação. Isso significa dizer que, para projetos 
em fases iniciais e sem muito detalhamento, é necessário que o custo seja estima-
do, sendo realizada a orçamentação à medida em que o projeto evolui. 
Na etapa de monitoramento e controle, ocorre o controle dos custos, sendo 
necessário o monitoramento de (CARVALHO, 2009):
• temporalidade e aproximação;
• mudanças e imprevistos, que podem ocorrer nos processos construtivos; e
• orçamento como ferramenta de gerenciamento, para acompanhamento e 
controle, podendo ser atualizado e revisado para a obtenção de melhores resul-
tados.
O orçamentista necessita do projeto em mãos, para a elaboração do orçamen-
to, assim como as pranchas do projeto arquitetônico e estrutural, as instalações 
hidrossanitárias e elétricas, a proteção contra descargas atmosféricas e a preven-
ção contra incêndios, entre outros, e seus respectivos memoriais descritivos. O 
orçamento é de grande importância para guiar a tomada de decisões,pois, se um 
custo está fora do previsto, ele pode ser revisto (CARVALHO, 2019). Desse modo, a 
elaboração de um orçamento pode ser dividida em seis fases, sendo estas:
• Fase 1 – análise de projetos, documentações e condições de contorno;
• Fase 2 – identificação e listagem de todos os serviços;
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 93
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• Fase 3 – cálculo dos quantitativos em função das unidades de medição;
• Fase 4 – cálculo dos custos unitários de cada serviço;
• Fase 5 – cotação de preços, equipamentos e encargos sociais e complemen-
tares; 
• Fase 6 – cálculo do BDI, preço de venda e elaboração de relatórios.
Além de definir o custo de uma obra, contudo, o orçamento também dá base 
para aplicações como (MATTOS, 2006):
• o levantamento dos materiais e serviços para a descrição e quantificação 
dos materiais e serviços que auxiliam o construtor na definição das metodologias 
construtivas;
• a obtenção de índices para o acompanhamento, para a análise da utilização 
dos insumos;
• o dimensionamento de equipes para a determinação da quantidade de traba-
lhadores, para a realização dos diversos serviços;
• a capacidade de revisão de valores e índices, pois muitas vezes é necessário 
recalcular o orçamento em função da atualização de preços;
• a realização de simulações para a verificação do comportamento do orça-
mento, a partir do emprego de diversos processos construtivos;
• a elaboração do cronograma físico-financeiro, que retrata a evolução dos ser-
viços ao longo do tempo; e
• a análise da viabilidade financeira, para realizar o comparativo entre custos e 
as receitas.
De acordo com Carvalho (2019) e Mattos (2006), são características de um or-
çamento de obras a especificidade, que considera o projeto como único. Assim, o 
orçamento possui dentre suas características a temporalidade, pois os valores dos 
insumos estão em constante variação de preço, e a aproximação, pois o orçamen-
to é baseado em previsões durante sua elaboração.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 94
SER_ENGCIV_PROCON_UNID3.indd 94 25/03/2021 16:08:25
Sintetizando
O contexto atual da Construção Civil necessita que as empresas sejam cada 
vez mais competitivas, para obterem uma quantidade mínima de lucratividade 
e competitividade no mercado. Dessa forma, torna-se cada vez mais importan-
tes as ferramentas de planejamento e gerenciamento. Neste contexto, explo-
ramos a importância do gerenciamento de obras, cujos principais benefícios 
são o conhecimento pleno da obra, a detecção de situações desfavoráveis, a 
agilidade nas decisões, a otimização da alocação de recursos e a padronização 
dos procedimentos, entre outros. 
Além disso, foi realizada a correlação do planejamento com os estágios do 
ciclo de vida do projeto, sendo apresentadas também as principais ferramentas 
de planejamento e gerenciamento utilizadas na construção civil. Compreende-
mos, assim, os conceitos de produtividade e sua importância na construção 
civil, identificando os principais fatores que podem impactar a obra em função 
da redução de produtividade. 
Vimos ainda os principais índices de medição de mão de obra e do consumo 
de materiais. Por fim, compreendemos a importância e os principais conceitos 
a respeito dos custos construtivos, especialmente com o papel exercido pelo 
orçamento, no planejamento, para a realização de uma obra, sendo as prin-
cipais características do orçamento na construção civil a sua especificidade, 
temporalidade e aproximação.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 95
SER_ENGCIV_PROCON_UNID3.indd 95 25/03/2021 16:08:26
Referências bibliográficas
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MATTOS, A. D. Como Preparar Orçamento de Obras. 1. ed. São Paulo: PINI, 
2006.
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NOGUEIRA, C. F. B; SAFFARO, F. A; GUADANHIM, S. J. Diretrizes de projeto para 
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Construído, v. 18, n. 1. Porto Alegre, 2018. p. 67-89. Disponível em: <https://doi.
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Construído, v. 17, n. 2. Porto Alegre, 2017. p. 39-52. Disponível em: <https://doi.
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SIMONSEN, R. (Org.) A produtividade da Construção Civil Brasileira. Brasília, 
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Manual_Basico_de_Indicadores_de_Produtividade_na_Construcao_Civil_2017.
pdf>. Acesso em: 05 mar. 2021.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 97
SER_ENGCIV_PROCON_UNID3.indd 97 25/03/2021 16:08:26
O DESPERDÍCIO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
4
UNIDADE
SER_ENGCIV_PROCON_UNID4.indd 98 25/03/2021 16:20:05
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Compreender a existências das perdas construtivas;
 Conhecer a classificação das perdas construtivas;
 Entender os indicadores de perdas;
 Apreciar a construção enxuta e seus princípios;
 Interpretar a curva S de trabalho e de custos;
 Aprender o conceito de análise de valor agregado;
 Distinguir as etapas de uma obra.
 Gestão das perdas construtivas
 Tipos de perdas
 Cálculo de indicadores de per-
das construtivas
 Construção enxuta (ou lean 
construction)
 Produção enxuta (ou lean 
production) 
 Conceitos e princípios do lean 
construction
 Acompanhamento do desen-
volvimento do projeto
 Curva S de trabalho e curva S 
de custos
 Curva S padrão
 Análise de valor agregado
 Etapas de uma obra
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 99
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Gestão das perdas construtivas
Debatidas desde o início do século XX, as perdas de produção são entendidas 
como qualquer atividade que consuma recursos, porém, não crie valor, como a pro-
dução de itens em que não há clientes interessados, estoques parados, entre outros. 
De acordo com Gonçalves e Brandstetter, em trabalho apresentado no XXXVI Encon-
tro Nacional de Engenharia de Produção, em 2016, as perdas vão além do conceito 
de desperdício e podem existir também na execução de tarefas desnecessárias e que 
não geram nenhum valor, apenas gerando custos adicionais de produção. 
O mercado da construção civil tem se tornado cada vez mais competitivo, 
cujo cenário exige das empresas e profi ssionais maiores investimentos no plane-
jamento e gerenciamento das obras de forma a obter um controle mais efi ciente 
da produção e qualidade, como lembrado por Santos e Santos, em artigo para 
a revista Ambiente construído em 2017. Assim, é necessário obterum controle 
maior das perdas construtivas pois representam uma parcela signifi cativa dos 
custos de produção. A indústria da construção civil requer uma grande quan-
tidade de materiais para a produção, como cimento, britas, areia, aço, blocos de 
concreto, tijolos, cabos, tubulações e demais materiais necessários para as insta-
lações. Segundo Souza, autor do livro Como reduzir perdas nos canteiros – manual 
de gestão do consumo de materiais na construção civil, de 2005, cada metro qua-
drado de construção necessita de aproximadamente e toneladas de materiais. 
CITANDO
De acordo com Souza, comparando a construção civil com outras in-
dústrias, é possível afi rmar que, ao longo de 1 ano de atividades, o setor 
consome cerca de 100 a 200 mais materiais do que a indústria automobi-
lística. Dessa forma, qualquer ação que vise a maior efi ciência no uso de 
materiais de construção pode ter refl exos relevantes quanto ao desenvol-
vimento sustentável. 
Tipos de perdas
De acordo com Souza, as perdas são classifi cadas segundo os seguintes cri-
térios:
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 100
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• O tipo de recurso consumido;
• A unidade para a sua medição;
• O momento de incidência na produção;
• Sua natureza;
• Sua causa;
• Sua origem.
Perdas segundo o tipo de recurso consumido
Uma obra, para que seja concretizada, demanda recursos físicos e financei-
ros interligados, pois o uso com eficiência dos recursos físicos reduz a demanda 
por recursos financeiros. Como recursos físicos, são entendidos os materiais de 
construção, a mão de obra e os equipamentos utilizado e, quanto a esse parâ-
metro, as perdas são classificadas de acordo com o Diagrama 1.
DIAGRAMA 1. PERDAS SEGUNDO O RECURSO CONSUMIDO
Fonte: SOUZA, 2005, p. 31.
Como exemplos de perdas financeiras, Souza cita alguns casos:
• Perdas estritamente financeiras: casos em que, por erros de cálculo, os 
materiais são adquiridos em menor número que o necessário ao fornecedor, ne-
cessitando de compra emergencial, às vezes realizadas em fornecedores locais 
a preços mais altos. Ocorrem também quando certos materiais estão em falta 
no mercado, sendo preciso adquirir outros tipos com preço mais elevado. Além 
disso, compras em excesso representam perdas financeiras para a construção, 
pois o recurso deixou de ser alocado em outras aquisições;
Perdas
Financeiras 
Estritamente
financeiras 
Decorrentes das perdas de 
recursos físicos
Mão de obra
Equipamentos 
Materiais 
Físicas 
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• Perdas decorrentes das perdas de recursos físicos: conforme relatado, 
quando há muitas perdas físicas, mais recursos financeiros são necessários para 
a aquisição dos materiais adicionais;
Ainda segundo o mesmo autor, como exemplos de perdas físicas, é possível 
citar os seguintes casos:
• Perdas de mão de obra: quando um trabalhador precisa parar sua pro-
dução em função de possuir informações imprecisas a respeito do serviço a ser 
feito, sendo necessária a pausa para aguardar as informações corretas;
• Perdas de equipamentos: quando os equipamentos não podem ser utili-
zados em função de situações climáticas, mecânicas ou outras;
• Perdas de materiais: em função do armazenamento, manuseio e emprego 
incorreto dos materiais de construção.
• Perdas segundo a unidade para a sua medição
As perdas são expressas em diversas unidades de medida, a depender do tipo 
de material analisado, como em unidade de massa, volume e unidades monetá-
rias. Além dessas, são utilizadas unidades em valores absolutos ou percentuais;
• Perdas segundo o momento de incidência na produção
A fase de produção da edificação é a que possui maiores índices de perda de 
materiais, o que pode ocorrer nas diversas etapas da produção de uma edifica-
ção, como no recebimento dos materiais, na estocagem, no processamento inter-
mediário, processamento final e no transporte que pode ocorrer entre as etapas; 
• Perdas segundo a natureza
De acordo com Souza, as perdas podem ter as seguintes naturezas:
Entulho
Roubo
Incorporada
Figura 1. Perdas na construção civil segundo sua natureza. Fonte: SOUZA, 2017, p. 25.
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a) Entulho: gerado na realização de diversos serviços e originado de materiais dis-
tintos como, ao se quebrar um painel de fôrmas, as partes inutilizáveis devem ser des-
cartadas e novos materiais, adquiridos;
b) Incorporada: representam as perdas menos perceptíveis a olho nu, todavia, são 
frequentes nas edifi cações e incidem na utilização de quantidades superiores de mate-
riais do que o recomendado, como ao concretar uma laje mais espessa que o indicado 
no projeto estrutural ou executar revestimentos de parede com espessura excessiva;
c) Furtos ou roubos: com a falta de segurança patrimonial em canteiros, podem 
haver roubos ou furtos de materiais por terceiros, o que demanda a compra de material 
adicional.
• Perdas segundo a sua origem
Num projeto, é importante entender as razões que representam a origem das per-
das, como ao quebrar um bloco para a confecção de uma alvenaria, em que o profi ssio-
nal perde parte dele. Portanto, a perda não tem origem no referido ato, mas na fase de 
projeto, na qual foram especifi cados componentes incompatíveis com as dimensões da 
parede gerando a necessidade de cortes, conforme Souza. Dessa forma, são considera-
das algumas origens para as perdas que podem ocorrer em diversas fases do projeto:
• Falta ou inadequação dos procedimentos de produção;
• Especifi cação de componentes não compatíveis com as dimensões do produto a 
ser realizado;
• Falta de coordenação de trabalho entre os projetistas.
No Quadro 1, está a correlação entre alguns tipos de perdas, suas origens e as fases 
do empreendimento.
Manifestações 
de perdas Causas Origens
Fase do 
empreendimento
Entulho de blo-
cos de concreto
Corte com 
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Planejamento
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Produção
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
Concepção
QUADRO 1. PERDAS E SUAS ORIGENS
Entulho de blo-
cos de concreto
Entulho de blo-
cos de concreto
Entulho de blo-
cos de concretocos de concreto
Corte com 
ferramenta 
Corte com 
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção for-
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
inadequadas
Falta de treinamento dos operários quan-
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operáriosquan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
Falta de procedimento de produção for-
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
mal para prescrição da ferramenta e da 
técnica adequadas para corte de blocos
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
Planejamento
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
nentes de alvenaria
Planejamento
Falta de compatibilização modular entre 
as dimensões das paredes e a dos compo-
Planejamento
Produção
as dimensões das paredes e a dos compo-
ProduçãoProdução
ConcepçãoConcepçãoConcepção
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Cálculo de indicadores de perdas construtivas
De acordo com Souza, os indicadores representam informações quantitati-
vas e qualitativas que medem e permitem a avaliação de comportamento de de-
terminado objeto de estudo e, a partir da utilização deles, são criados sistemas 
informações com o intuito de auxiliar os gestores nas tomadas de decisões. Para 
entender e compreender como ocorre este processo de perdas na construção 
civil, é necessário o emprego dos indicadores de quantifi cação das perdas para 
identifi car o tipo de recurso perdido, mensurá-los, determinar a fase do projeto 
em que ocorreram e o momento de incidência na produção. Sobretudo, é fun-
damental entender os dados, por meio dos indicadores qualitativos, como forma 
de buscar a razão para o número de perdas, dando atenção para identifi car a sua 
natureza, forma de incidência, causa, origem e sua caracterização tecnológica.
Indicadores de mensuração
• Indicador de perdas físicas de materiais global – IPM Glob (%);
Este indicador tem o intuito de mensurar as perdas físicas globais ocorridas 
na fase de produção do empreendimento, levando em consideração o projeto 
Entulho de pla-
cas cerâmicas
Corte com 
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Planejamento
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Produção
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Concepção
Espessura média 
elevada do reves-
timento interno 
de paredes com 
argamassa
Falta de es-
quadro entre 
paredes 
projetadas 
para serem 
perpendicu-
lares
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
do serviço
Produção
Vigas de 
concreto 
mais espes-
sas que a 
alvenaria
Falta de coordenação de projetos Concepção
Fonte: SOUZA, 2005, p. 41.
Entulho de pla-Entulho de pla-
cas cerâmicas
Entulho de pla-
cas cerâmicas
Entulho de pla-
cas cerâmicas
Corte com 
ferramenta 
Corte com 
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção formal 
ferramenta 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
Espessura média 
e/ou técnica 
inadequadas
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
Espessura média 
elevada do reves-
inadequadas
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
Espessura média 
elevada do reves-
timento interno 
Falta de es-
quadro entre 
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
Espessura média 
elevada do reves-
timento interno 
de paredes com 
Falta de es-
quadro entre 
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
elevada do reves-
timento interno 
de paredes com 
argamassa
Falta de es-
quadro entre 
paredes 
projetadas 
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
timento interno 
de paredes com 
argamassa
quadro entre 
paredes 
projetadas 
para serem 
perpendicu-
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
argamassa
projetadas 
para serem 
perpendicu-
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
para serem 
perpendicu-
lares
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
Falta de procedimento de produção formal 
para prescrição da ferramenta e da técnica 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
Vigas de 
concreto 
adequadas para corte de placas cerâmicas
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
Vigas de 
concreto 
mais espes-
Planejamento
Falta de treinamento dos operários quan-
to ao procedimento a ser seguido
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
mais espes-
sas que a 
alvenaria
Planejamento
Projeto prescrevendo placas muito grandes 
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
do serviço
mais espes-
sas que a 
alvenaria
Planejamento
Produção
para ambientes muito pequenos gerando 
percentual elevado de placas cortadas
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
do serviço
alvenaria
Produção
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeçãodo serviço
Falta de coordenação de projetos
Produção
Concepção
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
Falta de coordenação de projetos
Concepção
Falta de treinamento do encarregado 
quanto aos procedimentos para inspeção 
Falta de coordenação de projetos
Concepção
quanto aos procedimentos para inspeção 
Falta de coordenação de projetosFalta de coordenação de projetos
Produção
Falta de coordenação de projetos
Produção
Falta de coordenação de projetos ConcepçãoConcepçãoConcepção
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 104
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como um todo e utilizando a porcentagem como unidade de medida, sendo cal-
culado por meio da fórmula:
Em que: 
QMR = quantidade de material realmente necessária;
QMT = quantidade de material teoricamente necessária.
Os QMR e QMT usados no indicador são determinados da seguinte forma:
Em que:
QMT = quantidade material teoricamente necessária;
QS = quantidade de serviço executado;
QM = quantidade de material demandada;
QMS = quantidade de material simples demandada.
• Indicador de perdas financeiras de materiais global – IPF Glob (%).
De maneira análoga ao IPM Glob (%), este indicador de perdas financeiras diz 
respeito ao processo de produção como um todo, com medidas em unidades 
monetárias relacionadas com a perdas físicas, pois são compostas pelas perdas 
estritamente financeiras e as decorrentes de perdas físicas. O cálculo deste indi-
cador é possível por meio da fórmula: 
Em que: 
QMoR = quantidade monetária realmente necessária;
QMoT = quantidade monetária teoricamente necessária.
Além disso, o indicador de perdas de materiais global (IPM Glob) pode ser divido 
em parcelas menores ao longo das etapas do processo de produção com o intuito de 
aprimorar a identificação destas perdas ao utilizar partes menores. Os indicadores 
parciais são úteis para localizar as fases da produção mais propensas às ocorrências 
de perdas e, assim, propor soluções para resolvê-las, apesar de, na teoria, ser mais 
indicado, a depender do tipo de produto produzido, diversas fases e serviços, o que 
torna inviável a utilização de muitos indicadores. Por isso, Souza recomenda que seja 
utilizado o indicador global com o auxílio de indicadores parciais específicos. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 105
SER_ENGCIV_PROCON_UNID4.indd 105 25/03/2021 16:20:10
No Diagrama 2, as etapas de recebimento, estocagem, processamento in-
termediário e processamento final possuem um índice ΔQM específico que, so-
mados, resultam no índice ΔQM de todo a produção. Esse índice representa a 
quantidade de materiais utilizadas além do necessário em tese. Desse modo, o 
índice de perdas de materiais global (IPM Glob) é dado pela fórmula:
Para a obtenção do índice ΔQM nas diversas etapas da produção, pode ser 
utilizada a fórmula a seguir:
Indicadores explicadores
Esses indicadores têm a função de auxiliar os indicadores quantitativos no 
entendimento da razão pelas quais ocorreram as perdas, de forma a facilitar a 
sua mitigação. São utilizados os seguintes indicadores:
• Indicadores de natureza percentual: usados para aumentar a explicação dos 
motivos que podem ter causado as perdas, indicando a parcela de perdas segundo 
a sua natureza como furtos, entulhos e incorporação. Quando se fala em perdas 
construtivas, é comum sua associação com o desperdício de sobras de materiais em 
entulhos e, por meio dos indicadores de natureza percentual em estudos de Souza 
na construção de edifícios, foi demonstrado que esse tipo de perda representa uma 
parcela de 30% do total, enquanto as perdas incorporadas representam 70% en-
quanto as perdas por furtos, por sua vez, apresentam valor irrelevante;
DIAGRAMA 2. INDICADOR DE PERDAS DE MATERIAIS GLOBAL EM FUNÇÃO 
DAS ETAPAS DO PROJETO
Fonte: SOUZA, 2005, p. 49.
ΔQMreceb.
ΔQMmovimentação ΔQMmovimentação ΔQMmovimentação
ΔQMprodução = ΔQMreceb. + ΔQMestoc. + ΔQMproc. int. + ΔQMproc. final + ΔQMmovimentações 
 
IPMGlob. = IPMreceb. + IPMestoc. + IPMproc. int. + IPMproc. final + IPMmovimentações
ΔQMestoc. ΔQMproc. int. ΔQMproc. final
Recebimento Estocagem Processamento intermediário
Processamento 
final
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• Fatores quantitativos: mensuram as características do produto relaciona-
das com as perdas identifi cadas, apontam as formas de manifestação e indicam 
o seu valor aproximado na obtenção da espessura de revestimentos de alvena-
ria, em que as espessuras além do usual podem ser as causadoras das perdas 
de argamassa;
• Fatores indutores e caracterizadores: não mensuram as perdas, mas in-
dicam as possíveis causas e origens e relacionam as perdas com as condições 
em que o serviço foi executado. A diferença entre eles reside no tipo de item 
analisado, como os fatores indutores, que tratam das possíveis causas ou ori-
gens das perdas, e os caracterizadores, que analisam as características tecnoló-
gicas associadas ao serviço, como o tipo de ferramenta utilizada, tipo de forneci-
mento de materiais, entre outros. 
Construção enxuta (ou lean construction) 
Nos últimos anos, a construção civil tem se voltado cada vez mais para o plane-
jamento e controle de produção como forma de melhorar os processos adminis-
trativos e gerenciais para modernizar processos, melhorar a qualidade e buscar a 
redução do preço dos produtos, adaptando conceitos e técnicas utilizados no setor 
industrial, o que é salientado por Bernardes em Planejamento e controle da produção 
para empresas de construção civil, de 2021. No entanto, a produção na construção 
civil possui um caráter distinto dos demais ramos industriais e nem sempre é fácil 
realizar tal adaptação, o que resulta na adoção de sistemas inefi cientes. O planeja-
mento e o controle da produção são necessários em função dos seguintes aspectos: 
• Facilitar a compressão dos objetivos do empreendimento;
• Habilitar cada indivíduo envolvido na produção do empreendimento a pla-
nejar sua parcela de trabalho;
• Desenvolver referências para a elaboração de orçamentos e programação;
• Produzir informações para a tomada de decisão mais consistente;
• Evitar decisões errôneas em projetos futuros;
• Melhorar o desempenho da produção por meio da análise dos processos;
• Aumentar a velocidade de resposta frente à futuras mudanças;
• Fornecer padrões de monitoramento, revisão e controle da 
execução de empreendimentos;
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• Estabelecer um processo de aprendizado sistemático com a experiência 
acumulada com os empreendimentos executados. 
Adotar o planejamento na construção é tão importante quanto produzir os 
orçamentos, planejar as atividades ou elaborar documentos. As obras de cons-
trução civil são marcadas pelo desperdício e sua baixa inefi ciência em relação 
aos demais as demais indústrias, os atrasos frequentes e o aumento nos custos 
são os principais fatores que impulsionam o setor a buscar cada vez mais o pla-
nejamento e monitoramento constante dos projetos de construção, conforme 
relatado por Teixeira Netto, em artigo publicado em 2020 na revista Interações. 
Dentre os conceitos abordados cada vez é abordada a Construção Enxuta ou 
Lean Construction.
CONTEXTUALIZANDO
De acordo com Bernardes. os principais benefícios da adoção de um 
modelo de planejamento da produção são:
• Contribuir para a área do conhecimento, estabelecendo um referen-
cial teórico para discussões;
• Orientar empresas para o desenvolvimento de sistema de planeja-
mento e controle da produção;
• Mostrar como o planejamento pode ser utilizado em vários níveis 
gerenciais;
• Defi nir os papéis de quem deve participar do planejamento.
Produção enxuta (ou lean production)
Para entender o Lean Construction, é importante abordar suas origens em 
outras indústrias. A partir do fi nal da década de 1970, muitos setores industriais 
estabeleceramum novo paradigma na gestão da produção, passando por diver-
sas modifi cações em suas atividades produtivas, visto que os sistemas europeus 
e norte-americanos de produção em massa começaram a entrar em crise em 
decorrência do aumento de salários aliada à redução das jornadas de trabalho.
Com esta situação, surgiram diversas iniciativas de novas maneiras de pro-
dução, dentre as quais tem destaque a indústria automobilística japonesa, com 
a aplicação do Sistema Toyota de Produção, conhecido como Lean production ou 
Produção enxuta, conforme escrito por Bernardes. A produção enxuta surgiu 
nas fábricas da montadora Toyota, no Japão, após a Segura Guerra Mundial com 
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a devastação da economia do país e busca da empresa para tentar se reerguer, 
algo exposto por Euphrosino em artigo para a revista Matéria no ano de 2019. 
Produção enxuta foi a denominação mais conhecida entre acadêmicos e 
profi ssionais. Um dos principais pontos da construção enxuta é baseado no 
princípio do Pensamento Enxuto (Lean Thinking), que visa a eliminação de qual-
quer trabalho considerado desnecessário no processo produtivo de determina-
do bem ou serviço, em função disso são chamados de perdas ou desperdícios, 
como ressaltado por Bernardes e Euphrosino. As perdas no sistema produtivo 
podem ser encaradas como qualquer elemento que gere custos, mas não agre-
gue valor no produto ou serviço. Assim, as melhorias são focadas na identifi ca-
ção de tais perdas.
Segundo Ballé, no livro Estratégia Lean: para criar vantagem competitiva, inovar 
e produzir com crescimento sustentável, de 2019, o lean é uma estratégia de negó-
cios que representa uma nova maneira de pensar, pois a Toyota não inventou 
um método para a otimização das organizações mecanicistas, mas criou uma 
nova maneira de pensar sobre o trabalho de forma dinâmica para aprender a 
melhor satisfazer seus clientes.
De uma forma resumida, o pensamento enxuto pode ser considerado como 
uma forma de fazer cada mais com menos recursos, sejam eles representados 
pelo esforço humano, menos equipamentos, menos tempo, menos movimenta-
ções, menos espaços, eliminando os desperdícios e agregando valor por meio 
das atividades necessárias, além de oferecer ao cliente o que ele deseja, como 
relatado por Gonçales Filho, Campos e Assumpção em artigo para a revista Ges-
tão e Produção em 2016.
Conceitos e princípios do lean construction
É conhecido que o sistema de produção na construção civil pode ser conside-
rado irracional, com grandes índices de perdas e altos custos produtivos, repre-
sentando um setor bastante complexo que depende de diversos fatores, como a 
qualidade dos materiais empregados, a mão de obra e os recursos disponíveis. 
Quando não há controle sobre eles, surgem as perdas construtivas. Em função 
deste cenário, o Lean Construction ou Construção enxuta nasceu a partir dos 
conceitos da produção enxuta, como uma fi losofi a de produção específi ca para 
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a construção civil a partir de estudos de um grupo internacional denominado 
de The Internacional Group for Lean Construction, sendo o pesquisador finlandês 
Lauri Koskela o primeiro a adotar esta denominação, em 1992.
A construção enxuta tem como principal desafio tornar as construto-
ras adaptáveis às mudanças de demandas e à eliminação de atividades e 
processos que não agregam valor ao produto para reduzir os custos, au-
mentando a produtividade e os lucros, conforme proposto por Bernardes e 
Euphrosino. Em seus estudos, apresentados no livro Application of the new 
production philosophy to construction, de 1992, Koskela estabeleceu 11 prin-
cípios básicos para a implementação do Lean Construction:
1. Redução da parcela de atividades que não agregam valor: são con-
sideradas atividades que agregam valor aquelas que convertem os insumos 
utilizados para atender aos requisitos do cliente. Logo, atividades que não 
geram valor são aquelas sem a conversão para atender ao cliente, apenas 
consumindo tempo, recursos ou espaços. Neste grupo de atividades, se 
encaixam as operações de movimentação, inspeção e espera, por isso, a 
importância do planejamento do processo produtivo para a implementação 
do Lean Construction com a redução destas operações;
2. Aumentar o valor do produto por meio de uma consideração siste-
mática dos requisitos do cliente: uma das atividades de grande importân-
cia é uma pesquisa prévia com os clientes, de modo a ter uma compreen-
são daquilo que se espera do produto, em especial, antes da realização de 
qualquer tipo de operação, pois evita que o cliente se frustre com o produto 
bem como o retrabalho de adequar o produto de acordo com os gostos do 
cliente. Além disso, a ação parece simples, mas passa a noção 
de que a empresa se preocupa com seus clientes e com os 
prazos estabelecidos. Desta forma, um produto tem valor 
agregado quando consegue satisfazer seus clientes internos 
e externos;
3. Redução da variabilidade: este princípio 
é importante, pois a variabilidade pode acar-
retar no aumento dos custos e tempo de pro-
dução, assim como influencia a aceitação dos 
clientes. A variabilidade, por ser reduzida, tem a 
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implantação facilitada com a adoção de processos de produção padroniza-
dos ou, em outras palavras, do planejamento do processo produtivo;
4. Redução do tempo de ciclo: o tempo de ciclo corresponde ao total 
dos prazos necessários para a realização das atividades que não geram va-
lor ao produto citados no princípio 1. Logo, reduzi-los significa diminuir o 
tempo de ciclo. A implementação de inovações é facilitada em empreendi-
mentos com menor tempo de ciclo, podendo ser alcançada ao sincronizar 
os fluxos de material e mão de obra, além da adoção de atividades repetiti-
vas e padronizadas;
5. Simplificação pela minimização do número de passos e partes: a 
simplificação tem como intuito eliminar atividades que não agregam valor, 
podendo ser alcançada com a redução de componentes e processos. Quan-
to maior o número de atividades envolvidas, maior a necessidade de opera-
ções de movimentação, inspeção e espera que, conforme visto, consomem 
os recursos de forma desnecessária e em excesso;
6. Aumento da flexibilidade na execução do produto: os empreendi-
mentos devem estar preparados para mudanças de forma satisfazer a exi-
gência de seus consumidores. Coletar informações dos clientes é essencial 
para o conhecimento da possibilidade de mudanças no decorrer do projeto;
7. Aumento na transparência: reduzir os erros na produção dá mais 
transparência aos processos produtivos, detectando erros de forma mais 
rápida na execução dos serviços. Para isso, ter informações mais completas 
contribui não só para a existência de erros como para o aumento das ati-
vidades que não agregam valor. À medida que os funcionários possuem as 
informações necessárias para o desenvolvimento de suas atividades, elas 
são realizadas de maneira mais eficaz;
8. Foco no controle de todo o processo: é importante que o projeto 
seja visto como um todo e não apenas de forma segmentada, posto que 
o processo construtivo dividido em partes facilita a ocorrência de perdas. 
Controlar todo o processo possibilita a identificação e correção de possíveis 
desvios que podem resultar em atraso na entrega da obra, assim, os diver-
sos níveis de planejamentos devem ser integrados;
9. Estabelecimento de melhoria contínua ao processo: a redução das 
perdas nos processos produtivos deve ser contínua, uma vez que o princípio 
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da melhoria contínua também pode ser alcançado à medida que os demais 
princípios citados são alcançados. A tomada de decisões frente aos desviosdetectados é um processo de melhoria contínua do processo produtivo;
10. Balanceamento da melhoria dos fl uxos com a melhoria das con-
versões: Quanto maior a complexidade de um processo produtivo, maior o 
impacto da melhoria no fl uxo. Melhores fl uxos carecem de menor capacidade 
de conversão e, por consequência, menores investimentos em equipamentos;
11. Benchmarking: representa um processo de aprendizado realizado 
a partir de práticas adotadas em outros empresas consideradas como ex-
poentes em determinado seguimento. Por buscar desenvolver processos 
de acordo com as melhores práticas que existem no mercado, pode ser 
considerado como uma ferramenta de inserção de inovações tecnológicas 
nos processos produtivos. 
Acompanhamento do desenvolvimento do projeto
Os projetos na construção civil são 
de caráter longo e compostos por uma 
diversidade de atividades que deman-
dam grandes quantidades de recursos. 
Em função disso, é importante para 
o gerente de projetos acompanhar a 
evolução da obra ao longo do tempo, 
como apontado por Mattos, em Plane-
jamento e controle de obras, de 2010.
Ainda segundo o autor, o ritmo de trabalho na construção civil se inicia com 
ritmo lento, caracterizado por poucas atividades ocorrendo de forma simultânea 
para, depois, passar a ter várias atividades simultâneas em ritmo mais acelerado 
e, próximo ao fi m, voltar a ocorrer a queda no ritmo. Ao longo da obra, o ritmo 
dos custos segue o de atividades.
Para o controle da quantidade de trabalho e custos ao longo do desenvolvimen-
to do projeto, é empregada a curva S, que mostra o ritmo de andamento do projeto 
e recebe esse nome porque o parâmetro analisado, plotado em função do tempo 
no gráfi co obtido, possui formato de S, como o exemplo trazido no Diagrama 3.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 112
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DIAGRAMA 3. EXEMPLO DE UMA CURVA S
Fonte: MATTOS, 2010, p. 258.
CURIOSIDADE
Projetos distintos possuem podem ter curvas S com aspectos distintos, 
pois isso depende da sequência de atividades, da produtividade da mão 
de obra, e dos custos para a realização do projeto. De acordo com Mattos, 
projetos curtos tendem a formar curvas S deformadas por não permitir 
o desenvolvimento completo de uma curva S e, assim, ela não possui o 
formato característico, com duas concavidades bem defi nidas.
Curva S de trabalho e curva S de custos 
O projeto de construção civil é formado de uma grande quantidade de ativi-
dades e serviços de naturezas diferentes sendo mensurados por meio de unida-
de de medida distintas, o que torna quase impossível o somatório para avaliação 
do progresso da obra. Por isso, é fundamental estabelecer medidas padroniza-
das que consigam atender a todos as atividades, sendo elas o trabalho medido 
por homem-hora e os custos. 
Após determinar o parâmetro a ser acompanhado para a elaboração da curva, 
o gerente da obra deve acompanhá-lo por meio do cronograma e acumular seus 
valores em função do tempo, segundo Mattos. A curva S de trabalho é determina-
da em função da quantidade de mão de obra utilizada ao longo do tempo. 
Av
an
ço
 a
cu
m
ul
ad
o 
Tempo 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 113
SER_ENGCIV_PROCON_UNID4.indd 113 25/03/2021 16:20:11
De modo análogo, a curva S de custos é obtida com base no parâmetro utili-
zado, que pondera o valor de cada atividade realizada levando em consideração 
a mão de obra, materiais e equipamentos utilizados. Apesar de serem obtidas da 
mesma forma, as curvas não são consideradas iguais, já que estes parâmetros 
não evoluem na mesma proporção. É possível ver o exemplo de uma curva S de 
custos no Diagrama 4.
DIAGRAMA 4. CURVA S DE CUSTOS
Fonte: PINHEIRO; CRIVELLARO, 2014, p. 107.
Curva S padrão
A curva S padrão, também conhecida como teórica, é aproveitada quando o 
projeto ainda se encontra nas fases preliminares e não são obtidos dados sufi -
cientes, sendo necessário acompanhar uma estimativa de avanço. Para a obten-
ção dos dados utilizados na plotagem da curva, é empregada a fórmula: 
Em que:
%acum(n) = avanço acumulado até o período n, expresso em %;
n = número de ordem do período;
N = prazo;
R$ 180
R$ 160
R$ 140
R$ 120
R$ 100
R$ 80
R$ 60
R$ 40
R$ 20
R$ 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 114
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t = mudança de concavidade da curva; representa o percentual do prazo total 
no ponto máximo da curva de Gauss;
s = coefi ciente de forma que depende do ritmo da obra.
Os parâmetros podem ser exemplifi cados no modelo de curva S padrão pre-
sente no Diagrama 5.
DIAGRAMA 5. CURVA DE GAUSS E CURVA S
Fonte: MATTOS, 2010, p. 265.
Análise de valor agregado 
A análise de valor agregado também representa uma forma de avaliação do 
desempenho dos empreendimentos, fornecendo resultados precisos por meio 
de dados reais de tempo e custo, o que faz com que o gerente compreenda a 
CONTEXTUALIZANDO
Mattos, em seu livro, aponta alguns dos benefícios decorrentes da utilização 
da curva S:
• Mostra o desenvolvimento do projeto do começo ao fi m;
• Permite visualizar os valores acumulados em qualquer fase do projeto;
• Ótima ferramenta de controle entre o previsto e o realizado;
• Pode ser utilizada na tomada de decisões gerenciais;
• É de fácil leitura e permite a apresentação rápida da evolução do projeto.
% no mês 
%
 n
o 
m
ês
 
ordenada máxima da 
curva de Gauss (sino) 
mudança da 
concavidade 
da curva S 
I = 45% 
8% 100%
80%
60%
40%
20%
0%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
1 112 123 134 145 156 167 178 189 1910 20
% acumulado 
%
 a
cu
m
ul
ad
o 
Mês
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DIAGRAMA 6. ELEMENTOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DO VALOR AGREGADO
situação atual do projeto de forma clara. O método compara o valor do trabalho 
estipulado no planejamento com o trabalho efetivamente concluído para ana-
lisar se os custos e as atividades estão dentro daquilo estipulado no planeja-
mento, segundo proposto por Mattos. Ainda segundo o autor, a análise de valor 
agregado é composta a partir de elementos como o cronograma físico-finan-
ceiro que, por sua vez, é baseado na estrutura analítica de projeto (EAP), dando 
origem a uma curva S que expressa o avanço do projeto.
Fonte: MATTOS, 2010, p. 353.
Na análise de valor agregados, Mattos destaca que são comparados os 
seguintes itens:
• Valor previsto: custo estabelecido no planejamento com o auxílio do orça-
mento; não representa aquilo que foi de fato realizado e corresponde à linha de 
base que deve nortear a equipe de projetos;
• Valor agregado: custo que determinado serviço executado deveria apre-
sentar, correspondente à quantia que deveria ter sido gasta;
• Custo real: valor real demandado para a execução do serviço, corresponde 
à realidade física e não está relacionado ao planejamento do projeto. 
S
S S SS S
S S
Escopo
(EAP)
Cronograma
(planejamento)
Custo (orçamento)
Custo
Tempo
Curva S (linha de base)
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 116
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Ainda de acordo com o autor, esses três itens podem apresentar variações 
em função do custo e do prazo:
• Variação de custo: representa a diferença entre o quanto o serviço deveria 
ter custado e quanto realmente custou, dada pela subtração entre o valor agre-
gado e o custo real, de acordo com a fórmula: 
VC = VA - CR
Com base no valor obtido para a variação de custos, é possível obter in-
formações a respeito do projeto a partir de algumas formulações presentes 
no Quadro 2.
Valores Signifi cado Observação
VA > CR → VC 
> 0
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
Razões possíveis:
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
Medidas:
• Identificar a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
VA = CR → VC 
= 0
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
para realizar o trabalho 
= no orçamento.
Medida:
• Manter o ritmo do trabalho.
VA < CR → VC 
< 0
O projeto gastou mais 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = aci-
ma do orçamento.
Razões possíveis:
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
inadequado.
QUADRO 2. VARIAÇÃO DE CUSTO COM BASE NO VALOR APRESENTADO
VA > CR VA > CR 
0
→ VC 
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
VA = CR 
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
VA = CR 
= 0
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
VC 
O projeto gastou menos 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
Razões possíveis:
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
realizar o trabalho = 
abaixo do orçamento.
Razões possíveis:
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
para realizar o trabalho 
= 
Razões possíveis:
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
para realizar o trabalho 
no orçamento.
VA < CR 
< 0
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
Medidas:
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
para realizar o trabalho 
no orçamento.
→
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
Medidas:
• Identifi car a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
O projeto gastou exata-
mente o que foi previsto 
para realizar o trabalho 
no orçamento.
VC 
O projeto gastou mais 
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
preços e controle de gastos;
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
• Identifi car a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
para realizar o trabalho 
Medida:
O projeto gastou mais 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
serviço ou dos insumos.
• Identifi car a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
Medida:
• Manter o ritmo do trabalho.
O projeto gastou mais 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
ma do orçamento.
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Identifi car a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
O projeto gastou mais 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
ma do orçamento.
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Identifi car a fonte de ganho;
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
O projeto gastou mais 
do que o previsto para 
realizar o trabalho = 
ma do orçamento.
Razões possíveis:
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
do que o previsto para 
aci-
ma do orçamento.
Razões possíveis:
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Manter o ritmo do trabalho.
Razões possíveis:
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Manter o ritmo do trabalho.
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Custo real fi cou abaixo do orçado em virtude de uma boa negociação de 
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
inadequado.
• Economia pode ter sido conseguida por meio de uma má qualidade do 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
inadequado.
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
ralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Produtividade real fi cou aquém da produtividade orçada;
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Contratempos encareceram o serviço: mudança de projeto, chuva, pa-
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo • Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo • Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo • Adotar providências para prevenir futuras perdas e corrigir o ritmo 
• Variação de prazo: representa a diferença entre a quantidade de trabalho 
efetivamente produzido e o quanto deveria ser produzido de acordo com o esta-
belecido no planejamento.Para tanto, é empregada a seguinte fórmula:
VPr = VA - VP
É medida em dinheiro, e não em tempo, fornecendo informações se o pro-
jeto está agregando valor de acordo com o previsto. Da mesma forma que a 
Fonte: MATTOS, 2010, p. 357.
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variação de custos, a variação de prazos pode ter diversos signifi cados, como 
demonstrado no Quadro 3.
Valores Signifi cado Observação
VA > VP → VPr 
> 0
Foi realizado mais trabalho 
do que o previsto = projeto 
adiantado.
Razões possíveis:
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
Medidas:
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
chada” demais;
• Manter o ritmo do trabalho.
VA = VP → VPr 
= 0
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
previsto = no prazo.
Medidas:
• Manter o ritmo do trabalho.
VA < VP → VPr 
< 0
Foi realizado menos trabalho 
do que o previsto = projeto 
atrasado.
Razões possíveis:
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
Fonte: MATTOS, 2010, p. 358.
QUADRO 3. VARIAÇÃO DE PRAZO COM BASE NO VALOR APRESENTADO
VA > VP VA > VP VPr 
Foi realizado mais trabalho Foi realizado mais trabalho 
do que o previsto = 
adiantado.
VA = VP 
= 0
Foi realizado mais trabalho 
do que o previsto = 
adiantado.
→
Foi realizado mais trabalho 
do que o previsto = 
adiantado.
VPr 
Foi realizado mais trabalho 
do que o previsto = 
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
Foi realizado mais trabalho 
projeto 
Razões possíveis:
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
previsto = 
VA < VP 
projeto 
Razões possíveis:
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
previsto = 
VA < VP 
< 0
Razões possíveis:
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
Medidas:
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
no prazo.
→
Razões possíveis:
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
Medidas:
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
no prazo.
VPr 
Foi realizado menos trabalho 
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
chada” demais;
O trabalho realizado foi exata-
mente igual ao que havia sido 
Foi realizado menos trabalho 
do que o previsto = 
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
chada” demais;
• Manter o ritmo do trabalho.
Medidas:
Foi realizado menos trabalho 
do que o previsto = 
atrasado
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
chada” demais;
• Manter o ritmo do trabalho.
Medidas:
Foi realizado menos trabalho 
do que o previsto = 
atrasado
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
Foi realizado menos trabalho 
do que o previsto = 
• Produtividade real superou a orçada;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
Foi realizado menos trabalho 
projeto 
Razões possíveis:
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
• Manter o ritmo do trabalho.
projeto 
Razões possíveis:
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
Razões possíveis:
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Projeto andou rápido à custa de serviço malfeito.
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Manter o ritmo do trabalho.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
Medidas:
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
• Identifi car a fonte de ganho – talvez a equipe esteja “in-
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
vez a equipe esteja com gente de menos;
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Identifi car a fonte da perda;
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
chuva, paralisação, falta de material, etc.
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
corrigir o ritmo inadequado.
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
• Produtividade real não conseguiu atingir a orçada – tal-
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
• Contratempos atrasaram o projeto: mudança de projeto, 
• Adotar providências para prevenir futuras perdas e para • Adotar providências para prevenir futuras perdas e para • Adotar providências para prevenir futuras perdas e para 
Etapas de uma obra
Uma construção é segmentada em diversas etapas, sendo cada uma com 
suas peculiaridades.
Instalações prediais
As instalações prediais são de grande importância para promover conforto e 
higiene aos seus usuários, dentre as quais estão as instalações hidrossanitárias 
e elétricas. 
• Instalações hidrossanitárias: dividem-se em instalações de água fria, 
água quente, esgoto e pluviais. Os dispositivos mais comuns nestas instalações 
são osregistros de gaveta, torneiras, registros de pressão e válvulas de fluxo, 
entre outros;
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• Instalações elétricas: as verificações dos pontos de luz, a posição dos 
interruptores e o posicionamento das tomadas de uso corrente são pontos 
importantes a serem abordados. A primeira fase de trabalho na execução das 
instalações elétricas, conforme registrado pelo livro de Borges, Prática das peque-
nas construções, publicado no ano de 2009, trata da instalação dos eletrodutos, 
instalados nas paredes e lajes. A segunda fase está relacionada com passagem 
dos condutores pelo interior dos eletrodutos, enquanto a terceira corresponde 
às terminações onde os pontos são efetivamente ligados sejam eles pontos de 
luz ou tomadas. 
CURIOSIDADE
Segundo o livro Técnicas e práticas construtivas para edificação, escrito 
por Salgado e publicado em 2018, as novas tecnologias em tubulações têm 
ganhado espaço em relação ao PVC, sendo possível citar alguns materiais:
• Polipropileno Copolímero Random – PPR: utilizado em instalações de 
água fria. Por ser mais flexível, reduz o uso de conexões;
• PVC mineralizado: são tubulações de PVC com paredes de maior es-
pessura em relação à tubulação de PVC comum. Tem as propriedades de 
reduzir os barulhos nas instalações;
• Sistema PEX – ponto a ponto: são utilizadas espécies de mangueiras para 
excluir as curvas e cotovelos, usado para água fria e quente.
Acabamentos
Nesta fase, são realizadas as atividades com finalidades estéticas para a obra 
e também funcionais.
Revestimento
Os revestimentos são elementos que têm a função de proteger as estruturas 
de intempéries como ventos, chuvas, excesso de umidade que com o tempo 
podem causar danos à obra.
• Paredes: grande parte dos revestimentos de parede são realizados com a 
aplicação de argamassas, tipo mais tradicional, sendo os mais recomendados 
para a proteção de paredes de vedação de alvenaria interna ou externa. Um 
revestimento argamassado é composto das camadas de chapisco, que é a pri-
meira camada aplicada diretamente nos blocos ou tijolos, com espessura em 
torno de 5 a 7 mm e cuja principal função é promover aderência para as demais 
camadas. A próxima camada é o emboço que regulariza o revestimento, sendo 
mais espesso em torno de 2 a 2,5 cm. Por sua vez, a camada reboco é a camada 
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final, apenas com o intuito de cuidar da estética do revestimento. Porém, grande 
parte dos profissionais opta por utilizar apenas o chapisco e emboço, tendo o 
reboco também a finalidade de cuidar da estética do revestimento.
• Pisos: nos pisos, são mais utilizados os revestimentos cerâmicos, em es-
pecial nas áreas molhadas como cozinhas, banheiros e áreas de serviço. Nesta 
etapa, a destreza do profissional na aplicação dos revestimentos é fundamental.
Impermeabilização 
O uso da água é fundamental na construção civil, pois ela é empregue no 
preparo de concretos, argamassas, tintas e demais materiais, além de sua utili-
zação na limpeza dos ambientes. No entanto, ela pode se tornar um problema, 
dado que muitos materiais utilizados se deterioram na presença de umidade. 
Conforme Salgado, os problemas mais comuns são: 
• Presença de umidade as estruturas executadas no nível do solo;
• Presença de umidade nas paredes próximas ao piso;
• Umidade em piso;
• Acúmulo de águas nas lajes com a ocorrência de infiltrações.
A solução adotada para evitar tais problemas é a impermeabilização que, 
segundo o autor, é qualquer sistema destinado a promover a estanqueidade 
da água. Os usos mais comuns são na impermeabilização de vigas baldrame, 
argamassas, concretos e reservatórios, sem esquecer das superfícies de concre-
to, como pequenas lajes e terraços. Os principais materiais impermeabilizantes 
empregados são os aditivos, revestimentos impermeabilizantes, emulsões e o 
material mais conhecido como a manta asfáltica, usada para impermeabilizar 
lajes, banheiros, piscinas e outros.
Pintura 
A pintura consiste na aplicação de tintas nas superfícies e compreende ativi-
dades como o preparo do substrato, diluição da tinta e aplicação, por meio de 
diferentes demãos e através de utensílios específicos. De acordo com Salgado, 
os principais conceitos utilizados no serviço de pintura são:
• Superfície: madeira, concreto ou metal;
• Ambiente: residencial, comercial, industrial, interno, externo, seco, úmido, etc.;
• Condições do substrato: a superfície pode estar em boas condições ou não;
• Textura: pode ser rústica ou lisa;
• Acabamento: brilhante, acetinado, fosco ou transparente;
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• Cores: podem ser utilizadas as mais diversas cores;
• Contato com água potável: algumas tintas são impróprias para o uso em 
ambientes que tem contato direto com a água.
Finalizada a obra, é necessário tratar dos trâmites que envolvem sua entrega 
ao usuário.
Procedimentos para a entrega da obra 
• Vistoria final: é uma atividade essencial, pois é a última checagem do fun-
cionamento dos componentes construtivos, além da detecção de possíveis de-
feitos. Tudo o que apresentar problemas deve ser corrigido, pois o cliente deve 
receber a obra em perfeitas condições. São verificadas as cerâmicas, em especial 
se possuem boa aderência com a argamassa colante e não estão ocas, se há pe-
ças trincadas ou quebradas, dentre outros aspectos. É possível citar também a 
verificação de manchas, no chão, nas paredes ou no teto, se a cobertura está em 
boas condições, se portas e janelas funcionam, além do teste de funcionamento 
da rede elétrica e hidráulica. Tudo o que se possa imaginar dentro de uma obra 
deve ser verificado antes, a fim de que não ocorram surpresas na hora da en-
trega;
• Limpeza final: a limpeza final de uma obra não se restringe apenas à edifi-
cação em si, mas também à área externa, envolvendo atividades como a remo-
ção do excesso de solo, remoção de entulhos e regularização final do terreno;
• Termo de entrega ou recebimento da obra: após realizar as atividades 
já descritas e com o aceite do cliente, é recomendado elaborar um termo em 
que o cliente confirma a obra como recebida e que pode encerrar as obrigações 
contratuais entre ambas as partes, embora não exima a construtora das respon-
sabilidades técnicas em relação aos serviços executados. 
Manutenção e patologias das construções
As obras de engenharia requerem cuidado e monitoramento 
constante em relação aos seus usuários por serem estruturas 
propensas a patologias que podem surgir em função 
da elaboração de um projeto inadequado, durante a 
execução da obra, da qualidade dos materiais em-
pregados e em relação ao uso da edificação de for-
ma incorreta, acompanhada de uma manutenção 
quase inexistente.
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Sintetizando
A construção civil é um setor industrial caracterizado por processos cons-
trutivos muitas vezes ineficientes, com a ocorrência de grandes quantidades de 
perdas. Num contexto econômico de elevação dos custos para a construção, 
cada vez mais se torna necessária a adoção de ferramentas que possam gerir 
as perdas e propor novas estratégias, monitorando e controlando os custos ao 
longo do desenvolvimento do empreendimento.
Diante disso, nesta unidade, foi possível conhecer os principais conceitos re-
lacionados às perdas construtivas, como sua natureza e os critérios de classifica-
ção. Além disso, foi possível ver os principais indicadores adotados para a acom-
panhar as perdas construtivas. Foi introduzido o conceito de Produção Enxuta e 
o pensamento enxuto, bem como a transformação dessa metodologia para seu 
emprego na indústria da construção civil, atuando de modo a eliminar as perdas. 
O conceito de curva S foi apresentado e aplicado para acompanharo desen-
volvimento dos projetos de construção civil, a fim de analisar parâmetros como 
o trabalho e os custos envolvidos no projeto. Outra ferramenta de acompanha-
mento dos projetos apresentada foi a Análise de Valor Agregado. Por fim, foram 
conhecidas algumas das etapas de uma obra, como as instalações hidrossanitá-
rias e elétricas, revestimentos, pintura e atividades envolvidas no processo de 
entrega da obra. 
Lidar com perdas é algo que, embora natural, precisa ser amenizado. Numa 
obra, como visto nesta unidade, é possível reduzir tais perdas a partir de ações 
simples, embasadas sempre nos recursos físicos e financeiros, que são diversos 
e estão interligados de tal forma que ambos devem receber a mesma atenção, 
de modo que o planejamento e a execução do projeto não sofram tanto com 
imprevistos de qualquer natureza.
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