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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DO MUNICIPIO DE SERRINHA-BA SETOR DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR RESPONSABILIDADE TÉCNICA VANESSA ARAUJO TEIXEIRA ALMEIDA CRN5- 11163 QUADRO TÉCNICO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ELIZIANE SANTOS PRATA CRN5-12790 RAFAELLA DAMIÃO MOTA CRN5- 15174 RAFAELLE FERREIRA ASSUNÇÃO CRN5-3117 TARCISIO SANTOS ARAUJO CRN5 8152 THIALA RODRIGUES LIMA TEIXEIRA CRN5- 8954 EQUIPE TÉCNICA MARIA DA CONCEIÇÃO BATISTA PEREIRA DORENILDES SANTOS SILVA DE JESUS ANA GLÁUCIA DE ARAÚJO LIMA DALTRO 1 APRESENTAÇÃO A Secretaria Municipal De Educação de Serrinha-Ba, por meio da Supervisão da equipe técnica de nutrição e do conselho de Alimentação Escolar , elaborou este Manual de acordo com a Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. O Manual de Boas Práticas tem como objetivo descrever os procedimentos adotados pelo setor de alimentação da escola, a fim de atender os requisitos relacionados às Boas Práticas (BP), incluindo os aspectos de higiene e saúde de manipuladores, assim como capacitação dos mesmos, higienização manutenção das instalações, dos equipamentos e dos e utensílios, higienização do reservatório de água e controle de vetores e pragas urbanas, o manejo de resíduos e o controle e garantia da produção de alimentos seguros. Todos os procedimentos devem ser observados para garantir a segurança alimentar, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e a melhoria do rendimento escolar. Este documento deve permanecer na escola juntamente com os certificados do Programa de Sanitização, à disposição de todos e uma cópia deve permanecer na cozinha para consulta dos manipuladores. 2 OBJETIVOS Descrever o conjunto de normas e procedimentos direciona dos aos manipuladores de alimentos que atuam nas Unidades Escolares (UEs), a fim de nortear as atividades a serem desenvolvidas e a maneira como deverão ser realizadas. 3 ÂMBITO DE APLICAÇÃO Na cozinha despensa de alimentos e refeitório de UEs da Rede Municipal de Ensino de Serrinha, Bahia. 3.1 DENTIFICAÇÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL RAZÃO SOCIAL: CNPJ: ENDEREÇO: DIRETOR(A): CPF: 4 DEFINIÇÕES Para fins deste manual consideram-se as seguintes definições: - Adornos Objetos utilizados tais como brincos, alianças, pulseiras, relógios, correntes, anéis, piercing e demais objetos pessoais que possam cair nos alimentos. - Água sanitária Soluções aquosas a base de hipoclorito de sódio ou cálcio ou lítio, com teor de cloro ativo entre 2,0 a 2,5%, dentro do prazo de validade (máximo de 6 meses). Produto que poderá conter apenas hidróxido de sódio ou cálcio, cloreto de sódio ou cálcio e carbonato de sódio ou cálcio como estabilizante. - Alimentos preparados São alimentos manipulados e preparados em serviços de alimentação, expostos ao consumo, embalados ou não, subdividindo-se em 3 categorias: Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo. Alimentos cozidos mantidos refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente, que necessitam ou não de aquecimento antes do consumo. Alimentos crus, mantidos refrigerados ou à temperatura ambiente, expostos ao consumo. - Boas práticas Procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. - Contaminação Existência no alimento de perigo químico, físico ou biológico que pode causar alterações no alimento, danos físicos e doenças transmitidas por alimentos. - Contaminantes Substâncias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. - Contaminação cruzada Transferência de microrganismos prejudiciais à saúde humana de alimentos crus ou sujos para alimentos já higienizados ou prontos para consumo, através do contato de mãos, utensílios, superfícies etc. - Descongelamento Etapa onde os alimentos passam da temperatura de congelamento para menores 5ºC, sob refrigeração ou em condições controladas. - Desinfecção Operação de redução, por método físico e/ou agente químico, do número de microrganismos em nível que não comprometa a qualidade higiênico- sanitária do alimento. - Doença transmitida por alimentos (DTA): Doença causada pela ingestão de alimentos contaminados, com perigos biológicos e químicos, em condições de causar doença. - Higienização Operação que se divide em duas etapas, limpeza e desinfecção. Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades. - Manipulação de alimentos São as operações que são efetuadas sobre a matéria-prima envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição ao consumo, cujo objetivo é obter e entregar ao consumo um alimento preparado. - Manipulador de alimentos Qualquer pessoa do serviço de alimentação que entre em contato direto ou indireto com o alimento. - Panos de limpeza: Panos que quando utilizados em superfícies que entrem em contato com alimentos, devem ser substituídos cada 2 horas, não excedendo 3 horas, podendo ser utilizados novamente, após higienização. - Panos de limpeza descartáveis: Panos que, quando utilizados em superfícies que entrem em contato com alimentos, devem ser descartados cada 2 horas, não excedendo 3 horas, sem serem utilizados novamente. Ppm: parte por milhão (ex. 1 miligrama em 1 litro). - Porcionamento Etapa onde os alimentos prontos para consumo sofrem manipulação com a finalidade de obter porções menores. - Pré-preparo Etapa onde os alimentos sofrem tratamento ou modificações iniciais através de higienização, tempero, corte, porcionamento, seleção, escolha, moagem e/ ou adição de outros ingredientes. - Procedimento operacional padronizado - POP: Procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. - Produtos perecíveis Produtos alimentícios, alimentos “in natura”, produtos semi- preparados ou produtos preparados para o consumo que pela sua natureza ou composição necessitam de condições especiais de temperatura para sua conservação. - Reaquecimento Etapa onde os alimentos que já sofreram cocção inicial devem atingir novamente a temperatura de segurança no centro geométrico. - Recebimento Etapa onde se recebe o material entregue por um fornecedor, avaliando-se qualitativa e quantitativamente os critérios pré-definidos para cada produto. - Resfriamento Etapa onde o alimento passa da temperatura original ou pós- cocção (60ºC), para temperaturas inferiores a 10ºC em 2 horas. - Registro São anotações de dados em planilha e/ou documento, contendo data e identificação do Profissional responsável pelo seu preenchimento. - Saneantes Substâncias destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, ambientes coletivos ou públicos, lugares de uso comum e no tratamento da água. - Segurança dos alimentos Conceito relativo à inocuidade dos alimentos. Pode ser alcançada através de medidas de controle higiênico-sanitárias na produção de alimentos, como as Boas Práticas (BP) e o Procedimento Operacional Padronizado (POP). - Visitantes das áreas de manipulação de alimentos Pessoas que não fazem parteda equipe que trabalha com os alimentos: entregadores dos gêneros da merenda, entregadores da empresa de congelados, funcionários da diretoria, da escola, alunos e professores. Os visitantes também devem estar devidamente paramentados para permanecer na cozinha, utilizando touca protetora, avental, sapato fechado e sem adornos. Quando algum visitante for ajudar na preparação dos alimentos, além da uniformização completa, deve tomar muito cuidado com a higienização das mãos (JUCENE, 2008). 3 SAÚDE E HIGIENE DOS MANIPULADORES Controle De Saúde Do Manipulado para evitar a transmissão de doenças aos consumidores através dos produtos alimentícios, a saúde do manipulador de alimentos deve ser comprovada por meio do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), que tem o objetivo de atestar se o funcionário está apto ou não a exercer suas funções profissionais. Os exames a serem realizados devem estar de acordo com a função a ser exercida e legislação vigente. Este documento deve permanecer à disposição da autoridade sanitária no efetivo local de trabalho do manipulador. Dependendo das ocorrências endêmicas de certas doenças, a periodicidade deverá obedecer às exigências dos órgãos de Vigilância Sanitária e Epidemiológicas. Há também os exames exigidos pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e da Norma Regulamentadora vigente do Ministério do Trabalho e Emprego, com o objetivo de avaliar e prevenir problemas de saúde consequentes da atividade profissional. Este controle deve ser realizado por médico especializado em Medicina do Trabalho. A comprovação dos exames do PCMSO pode também ser exigida pela Autoridade Sanitária. Não devem manipular alimentos, os funcionários que apresentam patologias ou lesões de pele, mucosas e unhas, feridas ou cortes nas mãos e braços, infecções oculares, pulmonares ou orofaríngeas e infecções/infestações gastrointestinais agudas ou crônicas. O funcionário deverá ser encaminhado para exame médico e tratamento, bem como ser afastado das atividades de manipulação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde. - Higiene Pessoal Nosso corpo carrega diferentes tipos de bactérias. Muitas destas são causadoras de doenças que podem ser transmitidas a outras pessoas através dos alimentos. Por isso, é fundamental que as pessoas que manipulam alimentos mantenham práticas higiênicas, que incluem: Usar uniforme limpo e completo; bem como sapatos fechados e antiderrapantes em boas condições de higiene e conservação; Tomar banho diariamente; Escovar os dentes após cada refeição; Manter os cabelos sempre limpos e protegidos por rede e/ou touca; Os homens devem manter os cabelos curtos e a barba e bigode raspados diariamente; As unhas devem ser curtas, limpas, sem esmaltes ou base incolor; Desodorantes devem ser inodoros e não se deve usar perfumes; Maquiagem deve ser leve; Limpar, cobrir e proteger qualquer ferimento e comunicar à chefia direta a ocorrência de ferimento ou doenças transmissíveis. Durante o processo de manipulação dos alimentos NÃO É PERMITIDO: Usar adornos (brincos, pulseiras correntes, anéis, piercings, aliança e relógio); Usar o celular dentro da cozinha/estoque (mantê-lo fora da área de manipulação e estoque); Falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar, cuspir sobre os alimentos e utensílios; Fumar; Mascar chicletes, balas ou manter palitos na boca; Manipular dinheiro; Tocar no corpo, colocar o dedo no nariz ou ouvido, assoar o nariz, mexer no cabelo; Comer ou experimentar alimentos com as mãos; Devolver para a panela, um utensílio usado para provar o alimento, sem antes higienizá-lo corretamente; Enxugar o suor com as mãos, panos ou qualquer peça do uniforme; Tocar em maçanetas, celulares ou em qualquer outro objeto alheio à atividade; Iniciar um trabalho com utensílios e equipamentos sujos; Circular sem uniforme, touca ou rede para proteção dos cabelos nas áreas de manipulação e armazenamento de alimentos; Ir ao sanitário utilizando avental (tecido ou PVC); Manipular alimento quando apresentar problemas de saúde, sem comunicar ao supervisor, para que ele tome as providências cabíveis. - Higiene das mãos As mãos são uns dos principais meios de contaminação de alimentos, pois frequentemente transportam microrganismos causadores de doença. Por isso devemos mantêlas sempre muito bem limpas. Conforme exigência da legislação sanitária brasileira, as cozinhas e áreas de produção devem dispor de estações para a lavagem das mãos, compostas por pias, preferencialmente com acionamento automático, exclusivas para esse fim, sabonete líquido inodoro e com ação antisséptica, papel toalha não reciclado ou ar quente e lixeira com pedal. Higienizar as mãos de maneira correta e frequente é uma das ações mais importantes para garantir a segurança dos alimentos e evitar surtos alimentares. Deve ser afixado cartaz sobre o procedimento correto de higienização de mãos, instalado estrategicamente na linha de produção, lavatórios dos banheiros e vestiários. 4 ESTRUTURA FÍSICA DA COZINHA Os itens abaixo relacionados devem obedecer os seguintes requisitos: - Piso Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Deve ter inclinação em direção aos ralos, o suficiente para não permitir que a água fique estagnada. - Ralos Devem ser colocados a distância adequada um dos outros, de modo a permitir uma adequada drenagem. Devem ser circulares e ter no mínimo 10 cm de diâmetro. Em áreas que permitam existência de ralos e grelhas, estes materiais devem ser em número suficiente, sifonados, e as grelhas devem possuir dispositivo que permita o fechamento. Devem ser mantidos em condições adequadas de higienização, conservação, com ausência de resíduos, a fim de evitar entupimentos. - Paredes e divisórias Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras, em bom estado de conservação. Deve ter ângulo arredondado no contato com o piso. Livre de umidade, descascamentos, rachaduras. Se for azulejada deve respeitar a altura mínima de 2 metros. - Tetos e forros Material liso, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação. Devem ser isentos de goteiras, vazamento, umidades, trincas, rachaduras, bolores e descascamentos. Proibido o forro de madeira. Se houver necessidade de aberturas para ventilação, estas devem possuir tela, com malha de 2 mm, de fácil limpeza. - Janelas Com telas milimétricas limpas, sem falhas de revestimento e ajustadas aos batentes. As telas devem ter malha de 2 mm, removível ou fixa e de fácil limpeza, em bom estado de conservação. As janelas devem estar livres de quebras, trincas ou rachaduras e protegidas de modo a não permitir que os raios solares incidam diretamente sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor. - Portas Superfícies Lisa, de cores claras, de fácil limpeza, ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. - Estruturas antipragas Janelas protegidas com tela milimétrica, removível ou fixa, desde que facilite a higienização mensal dos vidros e da tela. Protetor no rodapé das portas, evitando assim a entrada de insetos e roedores. - Instalações sanitárias Devem existir banheiros separados para cada sexo, em bom estado de conservação, constituído de vaso sanitário, pia e mictório para os funcionários, dispostos de bacia com tampa, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, mictórios com descarga,pias para lavar as mãos, sabonete líquido ou sabão anti-séptico, toalha de papel, de cor clara, não reciclado. - Vestiário Separada para cada sexo, devendo possuir armários individuais e chuveiro para os funcionários, com paredes e pisos de cores claras, material liso, resistente, impermeável, portas com molas, ventilação adequada e janelas teladas. 5 HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E DO AMBIENTE A higienização das instalações e do ambiente compreende as operações de limpeza e sanitização da estrutura física, dos equipamentos, bancadas de trabalho e utensílios; deve ser realizada de maneira frequente para minimizar os riscos de contaminação dos alimentos. Para higienizar com segurança o ambiente, é importante compreender a diferença entre limpeza e sanitização. O ato de limpar significa remover com água e detergente ou sabão sujidades visíveis como poeira, gordura, restos de comida; devendo ocorrer antes da sanitização. Sanitizar ou desinfetar significa remover ou reduzir a níveis aceitáveis os microrganismos invisíveis a olho nu, utilizando produtos químicos ou calor. Os itens abaixo relacionados devem obedecer às seguintes etapas de higienização: - Cozinha O piso da cozinha deve ser lavado após o término dos intervalos. Porém, mesmo durante o preparo das refeições o ambiente deve ser mantido em ordem, recolhendo os resíduos. Diluir o detergente em água de preferência aquecida, utilizando um recipiente adequado e exclusivo (balde). Colocar água limpa em outro recipiente; Imergir a esponja ou pano na solução detergente (1º balde). Iniciar a limpeza pelos locais mais altos. Imergir a esponja ou pano no balde com água (2º balde), para retirar os resíduos. Torcer e imergir novamente na solução detergente. Esta prática evita que a solução detergente fique com sujidades. Após os locais mais altos estarem ensaboados, utilizar o restante da solução detergente no piso. Retirar o detergente das bancadas e do piso utilizando um rodo; Iniciar o enxágüe com água pelos locais mais altos. Pode ser utilizado pano limpo e água. Após a retirada do detergente com o rodo e enxágüe com água, o piso deve ser desinfetado com solução clorada. Deixar secar naturalmente (SILVA JR, 2001). - Estoque Ao final de cada ciclo, o estoque estará baixo, facilitando a higienização das prateleiras e estrados. As caixas que ainda estiverem no estoque devem ser retiradas para que as embalagens não fiquem molhadas. As prateleiras devem ser higienizadas utilizando esponjas ou panos e solução com detergente e depois enxaguadas com água limpa. Os estrados devem ser removidos para que o piso seja lavado também utilizando solução com detergente. Retirar o excesso de sabão do piso utilizando um rodo e depois um pano limpo. Deixar secar naturalmente. - Fogão Não jogar água no fogão enquanto o equipamento estiver quente, pois a mudança brusca de temperatura pode até rachar o esmalte da pintura. Retirar os resíduos utilizando um pano úmido enquanto o fogão estiver morno (facilita a não formação de crostas de gordura). Antes da higienização do fogão, retirar as bocas, porém não colocá-las diretamente na água fria (evitando choque térmico). Após a retirada dos resíduos, passar a esponja com solução detergente no fogão, inclusive nas placas. Retirar o sabão utilizando um pano seco e limpo. Higienizar as bocas utilizando esponja e solução detergente. Jamais utilizar mangueiras ou baldes na higienização do fogão. - Refrigerador Retire todos os alimentos de dentro da geladeira provisoriamente. Desligue o equipamento da tomada. Remova as prateleiras e equipamentos soltos e leve-os à pia. Lave todas as prateleiras com água e sabão utilizando uma esponja sintética. Enxágüe com água corrente e deixe secar naturalmente. No interior da geladeira esfregue e lave as paredes, piso e o teto utilizando esponja e sabão. Enxágüe bem com água limpa e se necessário com um pano limpo. Recoloque as prateleiras e acondicione novamente os produtos dentro da geladeira. Feche as portas e ligue-a na tomada. - Freezer Retire todos os alimentos de dentro do freezer provisoriamente. Desligar o equipamento. Higienizar a parte interna utilizando a parte macia da esponja e solução detergente. Retirar o excesso de sabão utilizando um pano úmido. A borracha deve ser higienizada constantemente utilizando-se pano umedecido com água quente, evitando assim o ressecamento da borracha. - Liquidificador Desligar o equipamento da tomada. Higienizar o copo do liquidificador utilizando uma esponja com solução de detergente. Atentar-se às hélices, onde sujidades podem ficar acumuladas. Enxaguar com água corrente e deixar secar naturalmente. Cubra-o para que fique protegido. - Batedeira Desligar o equipamento da tomada. Higienizar o equipamento utilizando-se esponja e solução detergente. Deixe secar naturalmente e cubrao para que fique protegido. - Forno da padaria artisanal Desligar o equipamento. Retirar a grade e higienizá-la utilizando esponja e solução detergente. A parte interna do equipamento deve ser higienizada utilizando-se pano úmido, tomando cuidado para não molhar a pedra, pois pode danificar o equipamento - Talheres, canecas e cumbucas Retirar o excesso de resíduos; coloque-os imersos em uma bacia com água e detergente. Com esponja lave-os um a um. Enxaguar com água corrente até a completa remoção do detergente. Por último escaldar com água fervente e deixar secar naturalmente - Pratos Remova os restos de alimentos dos pratos e coloque-os imersos em recipiente com água e sabão. Lave-os utilizando esponja e sabão. Enxágüe os pratos com água corrente e coloque-os no escorredor. Deixe secar naturalmente. Após secarem coloque-os em local protegido. - Formas e panelas Remova todo o excesso e em casos mais severos deixe-as de molho. Esfregue toda a superfície do utensílio e enxágüe-as com água limpa. Coloque- as virada para baixo e deixe escorrer a água, deixando secar naturalmente. Após secar acondicione em local protegido de poeiras. - Tábuas de corte Coloque as tábuas imersas em água e sabão. Com a ajuda de uma escova ou esponja esfregue as tábuas. Enxágüe muito bem com água limpa e deixe secar naturalmente. - Lixeiras Remova todo o excesso. Com uma esponja e detergente esfregue a parte interior e a parte de fora da lixeira. Enxágüe até retirar todo o sabão e seque totalmente. Rotina de limpeza da cozinha e estoque: DIÁRIA APÓS UTILIZAÇÃO SEMANAL MENSAL Pisos, rodapés e ralos, pias, bancadas, fogão, maçanetas, cadeiras e mesas, caixas plásticas e recipiente de lixo. Equipamentos (liquidificador, batedeira, picador de legumes) e utensílios (panelas, facas, pratos, talheres, cumbucas e tábua de corte) Paredes, janelas, portas, armários e geladeiras. Luminárias, interruptores, tomadas, telas, freezer e forno 6 PROGRAMA DE SANITIZAÇÃO - Limpeza da caixa d’água Os reservatórios de água da Unidade Escolar devem ser higienizados em intervalos constantes, não superiores a 6 meses. Para higienizações realizadas por profissionais terceirizados, o responsável deve emitir um Certificado de Realização da Higienização que identifica: nome da empresa responsável (quando aplicável), a data de realização, a localização do reservatório e a assinatura do responsável pela higienização (JUCENE, 2008). - Troca dos filtros Os filtros devem ser trocados juntamente com a limpeza da caixa d’água, por empresa especializada. A periodicidade não deve ser superior a 6 meses. - Desratização A desratização deve ser feita por empresa especializada a cada 6 meses ou quando se fizer necessário. Ao contratar a empresa, verifique os produtos utilizados e se os produtos são cadastrados no órgão competente. A empresa deve emitir um Certificado deGarantia contendo os dados da empresa, o nome da escola, tipo de serviço executado, validade do serviço e assinatura do responsável. - Desinsetização A desinsetização deve ser feita por empresa especializada a cada 6 meses ou quando se fizer necessário. Ao contratar a empresa, verifique os produtos utilizados e se os produtos são cadastrados no órgão competente. A empresa deve emitir um Certificado de Garantia contendo os dados da empresa, o nome da escola, tipo de serviço executado, validade do serviço e assinatura do responsável. - Limpeza das caixas de gordura As caixas de gordura devem ser higienizadas periodicamente, na freqüência adequada para prevenir entupimentos, refluxos, transbordamento ou emissão de odores indesejáveis. A limpeza deve ser feita por empresa especializada, de modo a não contaminar o ambiente. Deve ser assegurado que a limpeza das caixas seja feita em horário em que não haja manipulação de alimentos no estabelecimento. Deve-se assegurar também, que não sejam mantidos alimentos expostos durante a limpeza. Todos os alimentos devem estar devidamente protegidos. 7 QUALIDADE SANITÁRIA DA MANIPULAÇÃO DOS ALIMENTOS Para fornecer alimentos seguros precisamos construir barreiras sanitárias contra as contaminações em cada uma das etapas do fluxo de produção, desde a compra de matériaprima até a distribuição dos alimentos prontos. - Recebimento O recebimento é o primeiro contato da cozinheira com o alimento, o que deve ocorrer em uma área específica, organizada e muito limpa. No ato do recebimento, são necessários alguns cuidados essenciais, conforme informações abaixo: ALIMENTOS TEMPERATURA DE RECEBIMENTO Congelados Mínimo -12 °C, ou conforme recomendação do fabricante Refrigerados De 4 a 10 °C ou conforme recomendação do fabricante A aparência, cheiro e textura dos alimentos devem ser rigorosamente checados, conforme a tabela de Verificação das características organolépticas: ALIMENTO CARACTERÍSTICAS LATICÍNIOS As embalagens de iogurte e requeijão não poderão estar estufadas, ou de algum modo alteradas. Em todas as embalagens deve constar a data de fabricação e validade. CARNE BOVINA Odor e cor característica: vermelho vivo, sem escurecimento* ou manchas esverdeadas. Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa. Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de recongelamento. Em todas as embalagens deve constar a data de fabricação e validade. AVES Odor e cor característica: amarelo-rosada, sem escurecimento ou manchas esverdeadas. Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa. Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de recongelamento. Em todas as embalagens deve constar a data de fabricação e validade. PEIXES Odor e cor característica, geralmente branca ou ligeiramente rósea. Consistência firme, não amolecida, nem pegajosa. Sem formação de cristais de gelo, água dentro da embalagem e sinal de recongelamento. Em todas as embalagens deve constar a data de fabricação e validade. LATARIAS Não devem estar enferrujadas, estufadas, amassadas, trincadas, apresentar vazamentos nas tampas, formação de espumas, ou qualquer outro sinal de alteração do produto. Deve apresentar a data de validade estampada na lata. OVOS Devem apresentar casca áspera, porosa, fosca, seca e limpa. Não devem conter rachaduras. A clara deve ser firme e a gema inteira, abaulada e no centro. Quando colocados na água devem afundar. Em todas as embalagens deverá constar a data de fabricação e validade. LEGUMES, Devem estar firmes. Não devem estar amarelados, VERDURAS E FRUTAS machucados, perfurados ou muito maduros. Devem ser adquiridos na época da safra. *Carnes congeladas e embaladas à vácuo podem apresentar coloração mais escura. - Armazenamento O correto armazenamento de alimentos diminui os riscos de perda e contaminação de produtos. Há alimentos que devem ser armazenados à temperatura ambiente (estoque seco) e alimentos de mais rápida deterioração que devem ser armazenados sob temperatura controlada, podendo ser refrigerados ou congelados. - Armazenamento à temperatura ambiente Produtos que não necessitam de refrigeração ou congelamento são armazenados è temperatura ambiente (estoque seco). A disposição dos produtos deve obedecer à data de fabricação, devendo ser utilizado o método PVPS – primeiro que vence primeiro que sai. As embalagens devem estar limpas e organizadas de acordo com o tipo de produto e devidamente identificadas, para melhor visualização da data de validade. Não devem existir caixas de madeira e as caixas devem respeitar o empilhamento máximo (descrito nas caixas), evitando submetê-las a peso excessivo, que pode danificar o produto. O armazenamento das caixas deve ser distante do chão e pelo menos 10 cm de distância da parede. Produtos destinados à devolução ou descarte devem ser identificados e colocados em local apropriado, separado dos demais produtos (Portaria 1210/10/06). - Armazenamento sob temperatura controlada Todos os produtos perecíveis, especialmente os de alto risco (derivados do leite, carne cozida, peixes e aves) devem ser armazenados em um refrigerador, para evitar sua contaminação por bactérias prejudiciais à saúde humana (HAZELWOOD & MCLEAN, 1994). Os alimentos somente devem ser colocados nos equipamentos de refrigeração ou congelamento quando devidamente resfriados (JUCENE, 2008) A colocação dos alimentos nos equipamentos de refrigeração deve respeitar a capacidade máxima de armazenamento dos mesmos, a fim de evitar sobrecargas e redução na eficiência de refrigeração (JUCENE, 2008). Os produtos devem ser organizados em forma de cruz nos equipamentos de refrigeração, a fim de permitir a passagem adequada de ar frio (JUCENE, 2008). As portas dos freezers, geladeiras e câmaras frias devem permanecer fechadas, e ser abertas o menor número de vezes e pelo menor tempo possível. - Armazenamento de Produtos Após Abertos Produtos que foram abertos podem ser mantidos nas embalagens originais desde que devidamente embalados em saco cristal, ou transferidos de suas embalagens originais para recipientes plásticos ou de vidro com tampa; devidamente identificados com etiqueta de Identificação de Produto Aberto. A validade determinada na embalagem original do produto ainda fechado, é alterada após sua abertura. Deve-se informar na etiqueta de Identificação de Produto Aberto a nova validade, segundo recomendação do fabricante indicada no rótulo do produto. Caso não conste no rótulo esta informação, seguir a Tabela de Tempo de Armazenamento para Produtos Abertos. Produtos enlatados ou em embalagens aluminizadas após abertos devem ser obrigatoriamente retirados da embalagem original, armazenados em recipiente adequado e com tampa, devidamente identificados com etiqueta de Identificação de Produto Aberto. - Prevenção da contaminação cruzada A contaminação cruzada pode ser evitada desde que sejam tomados alguns cuidados. O armazenamento dos alimentos já preparados não deve ser feito juntamente com os alimentos crus. Os utensílios (talheres, tábuas de corte, panelas, potes plásticos, etc) utilizados para manipular alimentos devem ser higienizados antes de manipular outro tipo de alimento. As superfícies utilizadas na manipulação de alimentos devem ser higienizadas constantemente. Os manipuladores devem atentar-se a higiene pessoal, principalmente com relação à higiene das mãos, lavando-as a cada troca de atividade. Os lixos devem permanecer distantes da área de manipulação de alimentos e tampados (JUCENE, 2008). - Descongelamento Os produtos devem ser descongelados antes de receberem tratamento térmico. Somente casos indicados pelo fabricante os alimentos congelados podem ser submetidos diretamente a tratamento térmico estando ainda congelados.Nestes casos, devem ser seguidas as orientações presentes nos rótulos dos produtos (JUCENE, 2008). O descongelamento deve ser realizado em condições de refrigeração a temperaturas inferiores a 5ºC (JUCENE, 2008). O descongelamento em forno de microondas somente pode ser realizado quando o alimento é submetido à cocção imediatamente após o descongelamento (JUCENE, 2008). Somente em casos de urgência, não havendo outra forma possível, o descongelamento pode ser feito diretamente no fogo ou forno (JUCENE, 2008).Os alimentos descongelados em geral devem ser mantidos sob refrigeração a 4ºC pelo prazo máximo de 72 horas (JUCENE, 2008). Os pescados e crustáceos devem ser mantidos sob refrigeração a 4º C pelo prazo máximo de 24 horas. - Pré-preparo dos Alimentos Nesta etapa, a matéria-prima sofre uma série de processamentos com objetivo de prepará-la pará-la para a cocção ou mesmo para armazená-la de forma mais higiênica ou prática, para facilitar a utilização posterior. As modificações no alimento incluem sua higienização, seu porcionamento em unidades menores, adição de ingredientes, além de processos de descongelamento e congelamento. Principalmente durante o pré-preparo e preparo é que os alimentos são mais manipulados, aumentando os riscos de ocorrência da contaminação cruzada, que ocorre com a transferência de contaminantes de um determinado local, superfície ou alimento para outros alimentos e superfícies, através de utensílios, equipamentos, mãos, entre outros. Um exemplo comum ocorre quando se utiliza uma mesma placa de corte, não higienizada corretamente, para cortar alimentos crus e em seguida manipular alimentos já cozidos. Como evitar a contaminação cruzada: Higienizar adequadamente as mãos, bancadas de trabalho e utensílios entre uma atividade e outra; Alimentos em embalagens impermeáveis originais devem ser lavados antes de serem abertos; Manipular alimentos crus e prontos em locais diferentes ou horários pré- determinados; Manipular os alimentos sob temperatura controlada em pequenas porções; não permitindo que o alimento permaneça mais do que 30 minutos em temperatura ambiente; Armazenar os alimentos em recipientes devidamente tampados e identificados; - Higienização dos Produtos Enlatados A higienização das latas é essencial para prevenir a contaminação dos alimentos, visto que, normalmente, as latas são embalagens altamente contaminadas (JUCENE, 2008). A higienização das latas deve ser feita do seguinte modo: remova o rótulo, lavar as latas debaixo da torneira, utilizando esponja e sabão, enxágüe em água corrente e retire o excesso de água. Não secar com pano. Assim a lata estará pronta para ser aberta. - Higienização de hortifrutis A higienização de hortifruti é uma etapa do pré preparo essencial para prevenção da contaminação dos alimentos preparados, visto que essas matérias-primas carregam em si grande quantidade de resíduos orgânicos provenientes da fazenda ou dos estabelecimentos comerciais e, conseqüentemente, grande carga microbiana (JUCENE, 2008). Somente após a higienização se deve proceder às operações seguintes, de corte e porcionamento: 1º passo: higienize adequadamente as superfícies onde será feito o prépreparo dos hortifruti. 2º passo: deposite os hortifruti. 3º passo: retire as partes estragadas ou que não serão utilizadas dos hortifruti, manualmente ou com auxílio de uma faca. 4º passo: lave os hortifruti com água corrente e potável. 5º passo: prepare solução clorada (de acordo com as instruções de uso da embalagem) 6º passo: mergulhe os produtos em solução desinfetante por, no mínimo, 15 minutos. 7º passo: enxágüe os hortifruti em água corrente e potável. 8º passo: elimine o excesso de água. 9º passo: acondicione os alimentos sob refrigeração a temperaturas inferiores a 5ºC até o momento de cortar, porcionar, servir ou congelar, ou, quando aplicável, preparar o alimento para congelar (por meio de branqueamento) (JUCENE, 2008). Não necessitam de desinfecção frutas não manipuladas e frutas cujas cascas não são consumidas tais como: laranja, mexerica, banana e outras, exceto as que serão utilizadas para suco (CVS 6/99). - Preparo de Alimentos O tratamento térmico (ou cocção) é etapa essencial para que se assegure a redução ou eliminação da carga microbiana de alguns alimentos. Portanto, o tratamento térmico deve ser adequado em todos os processos de preparo dos alimentos (JUCENE, 2008). Para isso, deve-se assegurar que a temperatura medida no centro geométrico dos alimentos seja de, no mínimo, 70ºC, devendo o alimento permanecer a essa temperatura pelo tempo mínimo de 2 minutos (JUCENE, 2008). O alimento deve ser preparado com no máximo 2 horas de antecedência. - Sobras São alimentos prontos que não foram distribuídos ou que ficaram no balcão térmico. Todas as sobras deverão ser inutilizadas, não devendo ser reaproveitadas ou doadas para consumo humano ou animal (CVS 6/99). - Guarda de amostras A guarda de amostras deve ser realizada com o objetivo de esclarecimento de ocorrência de enfermidade transmitida por alimentos prontos para o consumo. Devem ser colhidas amostras de todos os componentes do cardápio da refeição servida, 1/3 do tempo do término da distribuição. A quantidade retirada deve ser de no mínimo 100g e o armazenamento deve ser feito por 72 horas sob refrigeração até 4ºC ou sob congelamento a - 18ºC. Líquidos só podem ser armazenados por 72 horas sob refrigeração (CVS 6/99). - Técnica de coleta de amostras Identificar as embalagens ou sacos esterilizados ou desinfetados com nome do local, data, horário, produto e nome do responsável pela colheita. Proceder a higienização das mãos. Abrir a embalagem ou o saco sem tocá-lo internamente nem soprá-lo. Colocar a amostra do alimento. Retirar o ar e vedar (CVS 6/99). - Uso de termômetro Os termômetros devem ser periodicamente aferidos, através de equipamentos próprios ou de empresas especializadas. Quando usados, não devem propiciar risco de contaminação. Suas hastes devem ser lavadas e desinfetadas antes e depois de cada uso (CVS 6/99). - Etiquetas de identificação Os alimentos transferidos da embalagem original devem ser identificados com as seguintes informações: Nome do produto Data de fabricação Data de validade Lote OBS: Após aberto, o produto não tem mais a mesma data de validade descrita na embalagem. Atentar-se a validade do produto após a abertura da embalagem. 8 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS O maior perigo associado às pragas é seu grande potencial de causar doenças, inclusive as de origem alimentar. A presença de pragas como insetos e roedores em serviços de alimentação, além de causar danos financeiros diretos com a perda de produtos, pode comprometer a imagem do estabelecimento. As pragas podem entrar no estoque ou na cozinha juntamente com as entregas de produtos ou através de frestas e passagens do próprio local. A falta de higiene, deficiências na estrutura física e ausência de mecanismos de controle contribuem para sua proliferação. Por isso, torna-se importante adotar ações contínuas de organização, higiene, conservação e manutenção das instalações com o objetivo de impedir a atração, o acesso, o abrigo e/ou a proliferação dos mesmos, mantendo todas as instalações, equipamentos, móveis e utensílios livres de pragas. A desinsetização deve ser realizada de acordo com a necessidade ou a recomendação da empresa prestadora de serviços e registrada. Deve ser efetuada de modo a evitar a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios, e garantir a segurança dos operadores e do meio ambiente. A desinsetização deve ser executada por empresa prestadora de serviço de controle de vetores e pragas urbanas, licenciada no órgão de Vigilância Sanitária competentee os produtos utilizados devem estar regularizados na ANVISA. A cozinha deverá estar sempre limpa e seca antes das desinsetização. Por medida de segurança, todos os alimentos e utensílios devem ser armazenados e protegidos em armários fechados ou saco plástico antes da aplicação. Para controle às pragas e infestações, deve-se tomar as providências a seguir: Manter a torneira fechada quando: desfolhar verduras e hortaliças e descascar legumes e frutas; Jogue o lixo fora, com frequência e de maneira correta; Mantenha as lixeiras higienizadas, em boas condições e bem fechadas; Armazene adequadamente os alimentos; Mantenha as instalações cuidadosamente limpas; Coloque telas milimétricas nas portas, janelas e outras aberturas para a área externa podendo ser removível para facilitar a limpeza; As portas devem ser dotadas de molas para fechamento automático e devem estar bem ajustadas ao batente, na parte inferior dever ser instalada proteção para mantê-la bem encaixada; Os ralos devem ser sifonados, com fechamento ou tela milimétrica para evitar a entrada de pragas; Reduza o número de abrigos para as pragas, tapando frestas e substituindo peças de azulejo e piso quebradas; Evite a entrada de caixas de entrega de hortifrúti nas áreas de manipulação de alimentos; Quando receber frutas em caixas de madeira, descarte logo após o armazenamento; Mantenha caixas de gordura bem vedadas; Mantenha os disjuntores e tomadas protegidos por espelhos; Mantenha as áreas no entorno livres de acúmulo de materiais em desuso, entulho, mato não aparado e outros materiais que possam servir de abrigo a animais e vetores; Evite forrar as prateleiras e equipamentos a fim de não servir de abrigo de insetos. Monitorar com frequência a presença de insetos e roedores. Qualquer sinal deve ser comunicado à direção para providências. ATENÇÃO:Em casos de suspeita de ataque de insetos e/ou roedores não utilizar o alimento e entrar em contato com o Departamento de Alimentação Escolar ou Secretaria Municipal de Educação para as devidas orientações. 9 PLANILHAS DE CONTROLES DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – POP Conforme a Portaria CVS 5/2013, os serviços de alimentação devem dispor de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), que descrevam as práticas desenvolvidas no processo. Os documentos devem estar organizados, aprovados, datados e assinados pelo responsável, e acessíveis aos funcionários e autoridade sanitária. BIBLIOGRAFIA SANTOS JR., Clever Jucene. Manual de segurança alimentar. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008. HAZELWOOD, D., MCLEAN, A.C. Manual de higiene para manipuladores de alimentos. 1.ed. São Paulo: Livraria Varela, 1994. SILVA JR., Eneo Alves. Manual de controle higiênico-sanitário em alimentos. 4.ed. São Paulo: Livraria Varela, 1995 Portaria CVS-6/99 de 10/03/99 RDC nº 216 – ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria 1210/06 – SMS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Disponível na internet via (http://www.anvisa.gov.br). Arquivo consultado em 2020. BRASIL. Portaria CVS – 5, de 09/04/13. Ministério da Saúde. Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Regulamento Técnico sobre os Parâmetros e Critérios para o Controle Higiênico-Sanitário em Estabelecimentos de Alimentos. SILVA JR E. A. Manual de Controle Higiênico Sanitário em Alimentos. 6ª ed. São Paulo: Livraria Verela, 1995. BRASIL. Portaria 2.535/03-SMS.G – 24/10/03. Ministério da Saúde. Centro de Vigilância do Estado de São Paulo. Regulamento Técnico para o Controle Higiênico-Sanitário em Empresas de Alimentos. BRASIL. RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regulamento Técnico de Boas Práticas para serviços de Alimentação. BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Brasília 2013. Guia de Instruções das Ferramentas para as Boas Práticas na Alimentação Escolar. BRASIL. Resolução – RDC 275, de 21/10/2002. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializados de Alimentos. município de Serrinha. 55 66 77 Página 1 Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8