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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC-Palmas 
Curso: Medicina 
SOI VI 
Acadêmica: Karoline de Jesus Assandri - Turma 7 / 2020/02 
APG 16- Nefrolitíase 
Objetivos: Revisar a anatomia renal; estudar a fisiopatologia da litíase renal; compreender a etiologia e os 
fatores de risco; elucidar o quadro clínico e complicações; entender o diagnóstico; Deslindar o tratamento. 
Anatomia dos rins 
 
✓ O rim humano adulto pesa em torno de 150 g (0,5% do 
peso corporal). 
✓ Ao corte, apresenta a região cortical, que mede 1,0 a 1,5 
cm de espessura, e a região medular. 
✓ A primeira prolonga-se entre as pirâmides renais, que 
constituem a medular, dando origem às colunas renais. 
✓ As pirâmides e a cortical que as envolvem constituem os 
lobos renais; os lóbulos são subunidades da cortical cujo 
centro é ocupado por estriações indistintas, os raios 
medulares, formados por túbulos e grupos de glomérulos. 
✓ O ápice das pirâmides constitui as papilas, que se abrem 
em 12 cálices menores; estes correspondem a 
subdivisões de dois ou três cálices maiores, que nascem 
de ampla dilatação do ureter, a pelve renal. 
O rim é constituído por unidades funcionais: 
✓ Néfrons, cujo número varia entre 1 e 2 milhões. 
✓ O néfron compreende o glomérulo, que produz o 
ultrafiltrado do plasma, e os túbulos (túbulo contorcido 
proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal), que 
modifica o filtrado glomerular para produzir urina. 
✓ O néfron abre-se no sistema dos túbulos coletores. 
O glomérulo é formado pela cápsula de Bowman, por um 
novelo de 20 a 40 alças anastomosadas de capilares 
fenestrados e pelo mesângio. 
1. As alças capilares enoveladas aumentam 
enormemente a superfície de filtração (equivalente 
a cerca de 13 km de extensão. Há dois polos: o 
urinário, que se continua com o túbulo proximal, e o 
vascular, através do qual entra a arteríola aferente e 
sai a eferente. 
2. No polo urinário, o epitélio da cápsula de Bowman 
se continua com o epitélio do túbulo proximal. 
3. No polo vascular, o revestimento epitelial da cápsula 
se dobra e se continua com o epitélio que envolve 
as alças capilares, formando o folheto visceral. 
4. O espaço entre os dois folhetos constitui o espaço 
subcapsular ou de Bowman. 
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Curso: Medicina 
SOI VI 
Acadêmica: Karoline de Jesus Assandri - Turma 7 / 2020/02 
 
O epitélio parietal do glomérulo é achatado. 
✓ O epitélio visceral consiste em células especializadas com 
longas expansões citoplasmáticas (podócitos), das quais 
surgem prolongamentos (pés dos podócitos) que entram 
em contato íntimo com a membrana basal glomerular, a 
qual se interpõe entre os podócitos e as células 
endoteliais. 
✓ Os espaços de fuga (fendas de filtração) entre os 
processos podais formam um conjunto de microcanais 
(20 a 30 nm) interligados e separados da membrana basal 
por delgado diafragma. Além de ter papel na barreira de 
filtração glomerular, o epitélio visceral ou podocitário 
participa na síntese de componentes da membrana basal. 
 
A membrana basal glomerular (MBG) possui carga negativa, 
sendo constituída por um gel polianiônico hidratado 
composto por diversos componentes (colágeno tipo IV, 
laminina, proteoglicanos, especialmente sulfato de 
heparano, fibronectina e outras glicoproteínas). 
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✓ O colágeno tipo IV forma uma estrutura em rede à qual se 
ligam outras glicoproteínas; a natureza porosa do 
conjunto e a carga negativa conferem à membrana basal 
permeabilidade seletiva; alterações físico-químicas de 
seus componentes estão associadas a diversas 
glomerulopatias. Tais componentes atuam ainda como 
sítios antigênicos ou de defeitos genéticos. 
✓ A MBG (espessura de 300 nm em adultos) apresenta três 
zonas: uma central (lâmina densa), a mais desenvolvida; 
uma externa clara (lâmina rara externa), em contato com 
os processos podais; outra interna (lâmina rara interna), 
também clara, sobre a qual se assentam as células 
endoteliais. 
As células endoteliais possuem expansões citoplasmáticas 
delgadas e são perfuradas por poros ou fenestrações que 
medem 70 a 100 nm de diâmetro. 
✓ O conjunto endotélio-membrana basal-célula epitelial 
representa a barreira de filtração glomerular. Não há 
barreira à passagem de água, eletrólitos e outros solutos 
de baixo peso molecular; existe obstáculo, principalmente 
na membrana basal, à filtração de macromoléculas com 
peso molecular acima de 70 kD ou raio molecular superior 
a 3,5 nm. 
✓ Os poliânions, que incluem o proteoglicano sulfato de 
heparano e a camada sialoproteica, esta última 
especialmente na superfície das células epiteliais, 
bloqueiam moléculas aniônicas, mesmo as de menores 
peso e raio molecular. Por isso, explica-se a passagem de 
quantidade muito pequena da molécula negativa de 
albumina, além da resposta diversificada do glomérulo às 
moléculas antigênicas, dependendo da sua carga. 
✓ O filtrado glomerular é, portanto, isotônico e 
praticamente sem proteínas. 
O mesângio é a formação centrolobular ou axial do 
glomérulo, sendo constituído por células com limites mal 
definidos e matriz amorfa, finamente fibrilar. 
✓ No lado axial, os capilares glomerulares não ficam 
revestidos pela membrana basal e, dessa forma, as 
células endoteliais mantêm contato direto com o 
mesângio; lateralmente, o mesângio limita-se com a 
reflexão contínua da membrana basal e fica coberto 
pelos processos podais dos podócitos. 
✓ O mesângio é contíguo ao aparelho justaglomerular e 
mantém contato com as arteríolas, o túbulo distal e a 
mácula densa. 
✓ O mesângio serve como suporte do tufo capilar e 
participa na regulação do fluxo sanguíneo, por meio da 
contratilidade de suas células, que respondem a 
agentes neuro-humorais, inclusive a angiotensina II. 
Com a zona subendotelial, forma o sistema 
subendotelial-mesangial, que parece atuar como 
mecanismo de “limpeza” do glomérulo, influenciando 
na manutenção da permeabilidade e da integridade da 
parede capilar. As células mesangiais removem 
macromoléculas na região subendotelial (são fagócitos), 
são contráteis, secretam substâncias (p. ex., citocinas, 
prostaglandinas) e podem proliferar. Tais propriedades 
são importantes na gênese, na evolução e na 
caracterização de muitas glomerulopatias. 
 
O túbulo proximal, que começa no polo urinário e termina na 
alça de Henle, mede aproximadamente 14 mm de 
comprimento e é muito tortuoso. 
✓ É revestido por células cúbicas que possuem numerosas 
mitocôndrias e orla em escova, rica em microvilosidades, 
além de interdigitações celulares que aumentam muito a 
superfície de reabsorção. 
✓ A reabsorção tubular corresponde a dois terços do 
filtrado glomerular e se faz por mecanismos especiais 
e/ou de transporte ativo. Por meio dela, a concentração 
de sódio na urina é igual à do plasma e a de bicarbonato, 
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a cerca de 10%; a urina praticamente não contém glicose 
ou aminoácidos. 
✓ O paratormônio aumenta a absorção de cálcio e 
magnésio e inibe a absorção de fosfato e bicarbonato, 
participando também no metabolismo da vitamina D. 
A alça de Henle tem forma de U, com uma parte descen-
dente e delgada e outra ascendente e larga. 
✓ A porção des-cendente é revestida por epitélio achatado 
com pequeno número de vilosidades e invaginações 
basais. 
✓ A porção ascendente tem diâmetro semelhante ao do 
túbulo proximal e fica recoberta por epitélio cúbico com 
poucas vilosidades; na parte basal, há muitas 
mitocôndrias e numerosas invaginações tubulares da 
membrana celular. A atividade enzimática é intensa.✓ A alça de Henle situa-se muito próximo dos capilares 
intertubulares, relacionando-se com a função de 
concentração da urina. Na porção descendente, a água 
passa livremente para o interstício medular hipertônico, 
enquanto na ascendente ocorre a absorção de 25% do 
Na+ filtrado; com isso, o fluido resultante tem volume 
igual a 10% do filtrado, com diluição máxima. 
 
O túbulo distal tem 4,6 a 5,2 mm de comprimento, é tortuoso 
como o proximal e desemboca no sistema de túbulos 
coletores. 
✓ É revestido por células cúbicas com poucas 
microvilosidades, muitas invaginações tortuosas e 
profundas na parte basal e numerosas mitocôndrias. 
Nele, o Na+ é absorvido sob ação da aldosterona e ocorre 
a excreção de K+, amônia e prótons. 
✓ A junção da alça de Henle com o túbulo distal encosta-se 
na arteríola aferente, onde esta penetra no glomérulo. 
Nessa região, algumas células tubulares adquirem 
morfologia distinta (citoplasma compacto e granular, 
corável intensamente), formando massa de 40 a 70 μm 
chamada mácula densa. Nesse local, as células 
musculares da camada média da arteríola aferente 
tornam-se epitelioides e adquirem numerosas 
granulações, constituindo as células justaglomerulares, 
responsáveis pela secreção de renina. 
✓ O conjunto de mácula densa, células justaglomerulares e 
células não granuladas forma o aparelho justaglomerular. 
Os túbulos coletores constituem a primeira via de excreção 
da urina. Possuem luz ampla, que aumenta progressivamente 
até os ductos papilares (100 a 200 μm de diâmetro), os quais 
se abrem no ápice das papilas. São revestidos por epitélio 
cúbico com citoplasma claro e poucas microvilosidades. No 
sistema coletor ocorre a regulação da osmolaridade urinária, 
com participação do hormônio antidiurético. 
O interstício renal é relativamente escasso e situa-se entre os 
túbulos (intertubular) ou em torno dos glomérulos 
(periglomerular). As células intersticiais têm várias funções, 
incluindo regulação hidroeletrolítica, produção de 
prostaglandinas e substâncias anti-hipertensivas (sistema 
calicreína-cinina). A eritropoetina é produzida pelas células 
intersticiais e/ou endoteliais dos capilares peritubulares da 
cortical e da medular. Além de células, no interstício existem 
fibrilas e substância fundamental, esta mais abundante na 
medular. As doenças intersticiais alteram o funcionamento 
dos néfrons, especialmente pela interferência na circulação, 
variando conforme sua natureza, sua intensidade e tempo de 
instalação. 
O sangue (25% do débito cardíaco) chega ao rim pela artéria 
renal, que origina as artérias interlobares, das quais se 
originam os ramos arciformes (artérias arqueadas), que se 
estendem ao longo da junção corticomedular, onde dão 
origem às artérias interlobulares. Estas dirigem-se à periferia 
do rim e originam as arteríolas aferentes dos glomérulos. 
Destes emergem as arteríolas eferentes, das quais surgem 
capilares que formam a rede ou plexo intertubular 
(peritubular), que supre os túbulos e o interstício. Na região 
justamedular, existem ramos que vão da arteríola aferente 
para a eferente e, com esta, formam as arteríolas retas veras, 
que se dirigem à medular. A nutrição de parte da medular e 
das papilas é feita por essas arteríolas, pelas arteríolas retas 
espúrias (continuação das eferentes) e por artérias da 
adventícia dos cálices. Os vasos retos arteriais dão origem aos 
vasos retos venosos, após formarem alças capilares na 
medular. A drenagem venosa é feita pelas veias estreladas, 
subcapsulares, que resultam dos capilares da cortical 
superficial e se reúnem às veias interlobulares, que formam 
as veias arciformes, das quais se originam as veias 
interlobares e, finalmente, a veia renal. Os vasa recta venosos 
se unem às veias arciformes. 
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Na cortical, fluem cerca de 90% de sangue nos rins, sob 
pressão acima da de outros territórios, particularmente nos 
capilares glomerulares; a pressão elevada é responsável pela 
filtração glomerular. Obstáculos ao fluxo nas arteríolas 
aferentes e/ou nos glomérulos causam repercussões diretas 
no suprimento sanguíneo dos túbulos e do interstício. A 
medular, relativamente pouco irrigada, é mais vulnerável aos 
efeitos de isquemia e hipóxia. É possível haver shunts (curto-
circuitos) arteriovenosos, especialmente na junção 
corticomedular. 
Nefrolitíase 
Existem três tipos principais de cálculo: 
•Cerca de 80% dos cálculos renais são compostos pela 
associação entre o oxalato de cálcio e o fosfato de cálcio. 
•10% são compostos por fosfato, amônio e magnésio. 
•6-9% são formados por ácido úrico ou por cistina. 
✓ Em todos os casos, há uma matriz orgânica de 
mucoproteínas que constitui cerca de 2,5% do peso do 
cálculo. 
 
✓ A causa da formação de cálculos é frequentemente 
obscura, particularmente no caso de urólitos contendo 
cálcio. A confluência de condições predisponentes está 
provavelmente envolvida, incluindo a concentração de 
soluto, mudanças no pH da urina e infecções bacterianas. 
Entretanto, a principal causa é o aumento da 
concentração urinária dos constituintes do cálculo, que 
excede sua solubilidade na urina (supersaturação). 
✓ 50% dos pacientes que desenvolvem cálculos de cálcio 
têm hipercalciúria não associada a hipercalcemia. 
✓ A maioria nesse grupo absorve cálcio a partir do intestino 
em quantidades ex cessivas (hipercalciúria absortiva) e 
prontamente o excreta na urina. 
✓ Alguns possuem um defeito renal primário de reabsorção 
de cálcio (hipercalciúria renal). 
✓ As causas de outros tipos de cálculos renais são mais bem 
compreendidas. 
Cálculos de fosfato-amônio-magnésio (estruvita) quase 
sempre ocorrem em pessoas com urina persistentemente 
alcalina resultante de ITU. 
Em particular, infecções por bactérias clivadoras de ureia 
como Proteus vulgaris e estafilococos predispõem ao 
aparecimento de urolitíase. 
✓ As bactérias podem servir como núcleo para a formação 
de qualquer tipo de cálculo. Na avitaminose A, células 
descamadas de epitélio metaplásico do sistema coletor 
atuam como a base para o desenvolvimento do urólito. 
A gota e outras doenças que envolvem a renovação celular 
rápida, como as leucemias, levam a altos níveis de ácido úrico 
na urina e à possibilidade de formação de cálculos de ácido 
úrico. Cerca da metade das pessoas com cálculos de ácido 
úrico, entretanto, não tem hiperuricemia nem aumento de 
urato na urina, mas possuem uma inexplicável tendência a 
excretar urina persistentemente ácida (com pH menor que 
5,5). Esse pH baixo favorece a formação de cálculos de ácido 
úrico, em contraste com o pH alto, que favorece a formação 
de cálculo contendo fosfato de cálcio. 
Cálculos de cistina são quase invariavelmente associados com 
um defeito geneticamente determinado no transporte renal 
de certos aminoácidos, incluindo cistina. Como os cálculos de 
ácido úrico, os cálculos de cistina são mais propensos a se 
formar quando a urina está relativamente ácida. 
A urolitíase também pode resultar da falta de substâncias que 
normalmente inibem a precipitação mineral. Inibidores da 
formação de cristais na urina incluem proteína Tamm-
Horsfall, osteopontina, pirofosfato, mucopolissacarídeos, 
difosfonatos e uma glicoproteína chamada nefrocalcina, mas 
nenhuma deficiência de qualquer uma dessas substâncias 
tem sido consistentemente demonstrada em pessoas com 
urolitíase. 
➢ Curso Clínico e sintomas e sinais 
✓ Embora os cálculos possam passar de forma 
assintomática, os sintomas podem ocorrer quando os 
cálculos são eliminados. 
✓ Os principais sinais e sintomas apresentados por 
pacientes com a passagem de cálculo pelo trato 
urinário são os seguintes: 
✓ Dor de forte intensidade 
✓ Irradiação da dor para fossa ilíaca do mesmolado 
✓ Sudorese 
✓ Palidez 
✓ Náuseas e vômitos 
✓ Hematúria 
✓ Obstrução urinária 
✓ Quando o cálculo renal está próximo da junção 
ureteropélvica, podem ocorrer sintomas que 
sugerem a ocorrência de infecção urinária, como 
disúria, urgência para urinar e polaciúria. 
✓ Os sintomas e sinais mais comuns são dor (cólica renal ou 
dor no flanco) e hematúria macro ou microscópica. 
Outros sintomas incluem náuseas, vômitos, disúria e 
urgência urinária. 
✓ A nefrolitíase pode levar à obstrução renal persistente, 
que pode causar danos permanentes nos rins se não for 
tratada. 
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✓ Os cálculos podem estar presentes sem causar sintomas 
ou danos renais significativos. Isso é particularmente 
verdadeiro no caso de cálculos grandes alojados na pelve 
renal. 
✓ Pequenos cálculos podem passar pelo ureter, onde 
comumente se alojam, produzindo dor intensa típica 
conhecida como cólica renal ou ureteral, caracterizada 
por paroxismos de dor no flanco com irradiação para a 
virilha. Frequentemente nesse momento há hematúria 
macroscópica. 
✓ O significado clínico dos cálculos reside na sua capacidade 
de obstruir o fluxo de urina ou produzir trauma suficiente 
para causar ulceração e hemorragia. Em ambos os casos, 
isso predispõe ao surgimento de infecções bacterianas. 
➢ Classificação dos cálculos 
A classificação correta dos cálculos renais é importante, pois 
terá impacto nas decisões sobre o tratamento e os 
resultados. 
✓ Os cálculos renais podem ser classificados conforme: 
1. Tamanho do cálculo, 
2. Localização, 
3. Características radiográficas, 
4. Etiologia da formação do cálculo, composição 
(mineralogia) 
5. Grupo de risco para formação recorrente de 
cálculos. 
 
 
 
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➢ Fatores de riscos 
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➢ Diagnóstico: 
O diagnóstico começa a partir de uma boa anamnese e 
exame físico. As manifestações clínicas da cólica renal e o 
trajeto da dor são muito sugestivos da nefrolitíase. 
Deve-se suspeitar de nefrolitíase em pacientes que 
apresentam cólica renal ou dor no flanco, com ou sem 
hematúria, principalmente se o paciente tiver história de 
litíase. 
o Diagnóstico diferencial 
O diagnóstico diferencial de cólica renal deve incluir 
pielonefrite aguda, cólica biliar, pancreatite aguda, 
apendicite aguda, úlcera péptica penetrada ou perfurada, 
cisto de ovário roto, diverticulite aguda, gravidez ectópica e 
dor lombar aguda secundária a problemas 
musculoesqueléticos. 
o Avaliação do paciente com litíase renal 
A avaliação metabólica de pacientes com litíase renal está 
indicada somente quando existir certeza do diagnóstico de 
urolitíase, como em casos de história de eliminação 
espontânea de cálculo renal, cálculo no trato urinário 
identificado por raio X simples de abdome, ultrassonografia 
ou tomografia computadorizada e retirada cirúrgica ou 
endoscópica de cálculo. 
Bioquímica do soro costumam ser normais, porém a 
contagem de leucócitos pode 
estar elevada. 
Em pacientes com litíase no serviço de urgência, pode-se 
realizar: 
Sumário de Urina: 
1. Sedimento urinário/ fitas reagentes para: hemácias/ 
leucócitos/nitrito/ ph, 
 
2. Urocultura com microscopia urinária, 
3. Creatinina, 
4. Ácido úrico, 
5. Cálcio iônico, 
6. Sódio, 
7. Potássio, 
8. Hemograma proteína C-reativa. 
o Amostra isolada de urina 
Coletar uma amostra de urina isolada após 12 horas de jejum 
(segunda micção), pela manhã, para a realização dos 
seguintes exames: exame de urina (urina tipo I), urocultura, 
pH urinário no potenciômetro e teste qualitativo para 
cistinúria. 
o Urina de 24 horas 
Coletar duas amostras de urinas de 24 horas, em dias não 
consecutivos, sob dieta habitual, para análise de cálcio, ácido 
úrico, creatinina, sódio, citrato, oxalato, magnésio e fosfato, 
e medida do volume urinário.Utiliza-se a creatininúria para 
avaliar se a coleta de urina foi completa. Em homens, os 
valores de creatinina urinária variam de 16 a 25 mg/kg de 
peso, em 24 horas, e, nas mulheres, de 12 a 22 mg/kg de peso 
em 24 horas. 
o Sangue 
Coletar sangue para a realização dos seguintes exames: 
cálcio, ácido úrico, fósforo, creatinina, potássio, bicarbonato, 
paratormônio molécula intacta (PTHi) e glicose. 
✓ Os pacientes devem ser submetidos a exames 
laboratoriais básicos e exames de imagem dos rins, 
ureteres e bexiga para confirmar a presença de um 
cálculo e avaliar sinais de obstrução urinária (por 
exemplo, hidronefrose). 
Se houver probabilidade ou planejamento de intervenção 
solicita-se exames de coagulação (TTP e INR). 
Os exames de sódio, potássio, PCR e tempo de coagulação 
podem não ser realizados em pacientes com cálculo sem 
emergência de tratamento. 
O sumário de urina pode evidenciar presença de hemácias, 
leucócitos e em alguns casos, cristais. A ausência 
de hematúria não descarta a possibilidade de cálculo, 
sobretudo quando o fluxo urinário está totalmente obstruído 
por um cálculo. 
Para fechar o diagnóstico, devem ser realizados exames de 
imagens. 
A partir da radiografia, alguns tipos de cálculos podem ser 
visualizados e o aspecto radiográfico também pode 
determinar o tipo de cálculo. Os cálculos de fosfato de cálcio 
e de oxalato de cálcio são radio densos, a estruvita (fosfato 
de magnésio e amônio) podem ser vistos quando formam 
complexos com carbono ou fosfato de cálcio, cálculos de 
cistina não são bem visualizados e os de ácido úrico são 
radiotransparentes, sendo necessária realização de 
tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia para 
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detectá-los. 
 
Raio X simples de abdome mostrando células radiotransparentes de oxalato 
de cálcio no ureter esquerdo. 
A radiografia abdominal não deve ser realizada se a 
tomografia computadorizada sem contraste - TCSC – for 
considerada; no entanto, esse método é útil ao diferenciar 
cálculos radiopacos e radiotransparentes, bemmcomo para 
comparações durante o seguimento. 
 
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o Tomografia Computadorizada Helicoidal 
Atualmente a tomografia computadorizada (TC) helicoidal 
sem contraste constitui a modalidade de imagem de escolha, 
“padrão ouro”, nos pacientes que se apresentam com cólica 
renal aguda. 
 
Este exame pode determinar o diâmetro do cálculo e 
densidade, além de fornecer detalhamento anatômico de 
estruturas renais, peri-renais, peritoneais e retroperitoniais, 
ajudando no diagnóstico diferencial com outras doenças in 
amatórias abdominais. 
•A tomografia computadorizada (TC) de baixa dose de 
radiação do abdome e da pelve sem contraste é o exame 
preferido para a maioria dos adultos, pois detecta de forma 
confiável a hidronefrose e demonstra a mais alta precisão 
diagnóstica para nefrolitíase. A TC também descreve com 
precisão o tamanho e a localização do cálculo para o 
planejamento do tratamento. 
•Se a TC com baixa dose de radiação não estiver disponível, a 
ultrassonografia dos rins e da bexiga, às vezes em 
combinação com a radiografia abdominopélvica, é a 
alternativa de segunda linha. 
A TC sem contraste pode detectar cálculos de ácido úrico e 
xantina, que são radiotransparentes em radiografias simples, 
porém o mesmo não se aplica a cálculos de indinavir. 
OBS: Os cálculos associados aouso de indinavir são 
constituídos, principalmente, por cristais de sulfato de 
indinavir, e a nefrolitíase não parece associar-se ao uso de 
outros inibidores da protease. 
Este exame é muito útil na programação de procedimentos 
como a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC), 
pois pode determinar a densidade e a estrutura interna do 
cálculo, 
assim como a distância da pele ao cálculo. 
A vantagem da não utilização de contraste deve ser 
balanceada com a perda de informações sobre a informação 
indireta da função renal e a anatomia do sistema coletor, 
trazidas pelo uso do contraste venoso, porém este acarreta 
doses maiores de radiação. 
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o Urografia a excretora 
A urografia excretora possui sensibilidade e especificidade 
superiores à radiograa simples na detecção de cálculos. É um 
exame que pode determinar o nível e grau de obstrução do 
trato urinário, além de oferecer informações de forma 
indireta sobre a função renal. Já foi o método diagnóstico de 
escolha, mas vem sendo substituída pela tomografia 
helicoidal sem contraste. Ainda é muito utilizada no 
planejamento de cirurgias urológicas, principalmente a 
nefrolitotripsia percutânea. 
 
 Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC-Palmas 
Curso: Medicina 
SOI VI 
Acadêmica: Karoline de Jesus Assandri - Turma 7 / 2020/02 
 
 
➢ Tratamento 
 
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SE LIGA! Geralmente cálculos com diâmetro ≤5 mm passam 
espontaneamente. Para cálculos com mais de 4 mm de 
diâmetro, há uma diminuição progressiva da taxa de 
passagem espontânea, improvável a passagem espontânea 
de cálculos com diâmetro ≥ 10 mm. Cálculos no ureteral 
proximal também são menos propensos a passar 
espontaneamente. 
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Como faço para prevenir cálculo renal? 
✓ Prevenir cálculo renal varia caso a caso. Em linhas gerais, 
a maneira mais barata, simples e prática de evitar a 
formação de cálculos renais é manter a hidratação 
suficiente para que o débito urinário em 24 horas seja 
maior que 2 litros. Portanto, deve-se ingerir mais de 2 
litros de líquidos por dia. Para fins práticos, um copo de 
tamanho normal contém de 200 a 250mL de líquido. 
Muitas frutas (ex: melancia, melão) e alimentos (sorvete, 
gelatina, pudim) têm água. Mas o ideal é que se tome 
muita água e sucos naturais, principalmente de limão e 
laranja. Evite refrigerantes e sucos que contenham muito 
oxalato ou sódio (ex: frutas vermelhas). 
✓ Os sucos cítricos de limão e laranja merecem destaque 
pelo fato de terem altas concentrações de citrato, que 
eliminados na urina tum como importante inibidor da 
agregação do cálcio, diminuindo o ritmo de formação dos 
cálculos de oxalato e fosfato de cálcio. 
✓ E relação às proteínas, a quantidade ideal diária para 
formadores de cálculo renal são 2 porções de 90-100g 
(tamanho de um maço de cartas) de frango, carne ou 
peixe. O controle da ingesta de proteínas é indicado 
também em pessoas com problemas no fígado, como 
hepatite ou cirrose. Diminuir o consumo de proteína 
também auxilia no controle do consumo de sódio. A carne 
vermelha é a que mais deve ser evitada, enquanto a carne 
branca pode ser ingerida, mas em quantidade razoável, 
sem excesso. 
Referencias: 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883
/litiase_renal.htm 
https://www.ourologista.com.br/2019/09/27/como-
diagnosticar-tratar-e-prevenir-calculo-renal/ 
https://www.medway.com.br/conteudos/raio-x-de-
abdome-ainda-tem-seu-valor/ 
https://www.urologiauerj.com.br/livro-uro/capitulo-22.pdf 
https://www.sanarmed.com/nefrolitiase-uma-pedra-no-
caminho 
FILHO, Geraldo B. Bogliolo - Patologia . [Digite o Local da 
Editora]: Grupo GEN, 2016. 9788527736992. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527
736992/. Acesso em: 23 mar. 2022. 
PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição . [Digite o 
Local da Editora]: Grupo GEN, 2019. 9788527734998. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527
734998/. Acesso em: 23 mar. 2022. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883/litiase_renal.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883/litiase_renal.htm
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https://www.ourologista.com.br/2019/09/27/como-diagnosticar-tratar-e-prevenir-calculo-renal/
https://www.medway.com.br/conteudos/raio-x-de-abdome-ainda-tem-seu-valor/
https://www.medway.com.br/conteudos/raio-x-de-abdome-ainda-tem-seu-valor/
https://www.urologiauerj.com.br/livro-uro/capitulo-22.pdf
https://www.sanarmed.com/nefrolitiase-uma-pedra-no-caminho
https://www.sanarmed.com/nefrolitiase-uma-pedra-no-caminho

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