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GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RÓTULOS DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS E BEBIDAS Porto Alegre, RS Dezembro de 2022 GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RÓTULOS DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS E BEBIDAS Andreza Girelli Bruna Bresolin Roldan Leila Ghizzoni Mila Carolina Pereira Noronha Tatiane Turatti Porto Alegre, RS Dezembro de 2022 © 2022 Emater/RS-Ascar Parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da EMATER/RS-ASCAR GIRELLI, Andreza et al. Guia para elaboração de rótulos de embalagens de alimentos e bebidas. Porto Alegre: Emater/RS-Ascar, 2022. 110 p. Emater/RS-Ascar - Rua Botafogo, 1051 - 90150-053 - Porto Alegre/RS - Brasil Fone: (0xx) 51 2125-3144 http://www.emater.tche.br E-mail: biblioteca@emater.tche.br. Design gráfico: Andréia Nunes Calistro Imagem da capa: Natália Arlas de Souza Normalização: Cleusa Alves da Rocha - CRB 10/2127 Revisão técnica: Leandro Luis Kroth, Mônica Dall’Asta e Francine Balzaretti Cardoso Revisão textual: Giselle Liana Fetter (Assessora) G943 Guia para elaboração de rótulos de embalagens de alimentos e bebidas / Andreza Girelli ... [et al.] ; revisão técnica, Leandro Luis Kroth, Mônica Dall’Asta, Francine Balzaretti Cardoso. – Porto Alegre: Emater/RS-Ascar, 2022. 110 p. : il. color. 1. Rotulagem de alimento. 2. Rotulagem de bebida. 3. Alimento orgânico. 4. Alimento transgênico. 5. Legislação. I. Roldan, Bruna Bresolin. II. Ghizzoni, Leila. III. Noronha, Mila Carolina Pereira. IV. Turatti, Tatiane. V. Kroth, Leandro Luis. VI. Dall”Asta, Mônica. VII. Cardoso, Francine Balzaretti. CDU 612.39:644 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Nomenclatura dos aditivos alimentares ......................................................................................................... 14 Figura 2 - Modelo de tabela nutricional vertical ............................................................................................................ 15 Figura 3 - Modelo de tabela nutricional horizontal ........................................................................................................ 15 Figura 4 - Modelo de tabela nutricional agregado .......................................................................................................... 16 Figura 5 - Modelo de tabela nutricional vertical quebrado ............................................................................................. 16 Figura 6 - Modelo de tabela nutricional horizontal quebrado ........................................................................................ 16 Figura 7 - Modelo de tabela nutricional linear ............................................................................................................... 17 Figura 8 - Modelos de rotulagem frontal ........................................................................................................................ 18 Figura 9 - Símbolo para alimentos transgênicos............................................................................................................. 30 Figura 10 - Modelo de selo (preto e cinza) para alimentos orgânicos com certificação por auditoria ............................ 32 Figura 11 - Modelo de selo (preto e cinza) para alimentos orgânicos com certificação por sistema participativo....... 32 Figura 12 - Exemplo de selo de certificadora por sistema participativo ......................................................................... 32 Figura 13 - Exemplo de selo de certificadora por empresa de auditoria ......................................................................... 33 Figura 14 - Exemplo de palavras ou imagens proibidas no rótulo ................................................................................. 35 Figura 15 - Selo Sabor Gaúcho ...................................................................................................................................... 36 Figura 16 - Exemplo de código de barras ....................................................................................................................... 37 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Altura mínima dos números para descrição de conteúdo líquido ................................................................. 19 Quadro 2 - Expressões para indicar o conteúdo líquido ................................................................................................. 20 Quadro 3 - Conteúdos líquidos de mercadorias pré-embaladas...................................................................................... 21 Quadro 4 - Alimentos causadores de alergias alimentares.............................................................................................. 25 Quadro 5 - Tamanhos de letra exigidos pela RDC nº 727/2022 para descrição de alergênicos ...................................... 26 Quadro 6 - Tamanho de letra exigidos pela RDC nº 727/2022 para descrição de alimentos que contém lactose...........27 LISTA DE SIGLAS ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária DAP Declaração de Aptidão ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar IN Instrução Normativa INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial INPI Instituto Nacional da Propriedade Intelectual INS Internacional Numbering System - Sistema Internacional de Numeração MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento PEAF Programa Estadual de Agroindústria Familiar RDC Resolução da Diretoria Colegiada RS Rio Grande do Sul RTIQ Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade SEAPDR Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................................................9 1 COMO UTILIZAR ESTE GUIA? ............................................................................................................................10 2 IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES DO RÓTULO ........................................................................................................ 11 3 ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS .............................................................................................................12 3.1 ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS DO RÓTULO .....................................................................................12 3.1.1 Denominação de Venda.....................................................................................................................................12 3.1.2 Lista de Ingredientes .........................................................................................................................................12 3.1.3 Aditivos Alimentares........................................................................................................................................ 13 3.1.3.1 Aditivo Corante Tartrazina ...................................................................................................................... 14 3.1.3.2 Uso de Aromatizantes............................................................................................................................. 14 3.1.4 Informação Nutricional ....................................................................................................................................14 3.1.4.1 Alegações Nutricionais ........................................................................................................................... 19 3.1.5 Conteúdo Líquido .............................................................................................................................................19 3.1.6 Indicação de Origem .........................................................................................................................................213.1.7 Identificação de Lote .........................................................................................................................................22 3.1.8 Prazo de Validade ..............................................................................................................................................22 3.1.8.1 Produtos com Condições Especiais de Conservação .............................................................................. 23 3.1.8.2 Produtos sem Necessidade de Conter Prazo de Validade ...................................................................... 24 3.1.9 Instruções Sobre Conservação e Preparo do Alimento, Quando for o Caso ...............................................24 3.1.10 Qualidade, Natureza e o Tipo do Alimento ...................................................................................................25 3.1.11 Alergênicos .......................................................................................................................................................25 3.1.12 Glúten ...............................................................................................................................................................27 3.1.13 Lactose .............................................................................................................................................................27 3.1.14 Nova fórmula ...................................................................................................................................................28 4 ALIMENTOS TRANSGÊNICOS .............................................................................................................................29 4.1 LOCAL DA INFORMAÇÃO SOBRE A PRESENÇA DE TRANSGÊNICOS ........................................29 4.2 SÍMBOLO..................................................................................................................................................30 5 ALIMENTOS ORGÂNICOS .....................................................................................................................................31 5.1 ORGANISMOS DE CONTROLE SOCIAL (OCS) ..................................................................................33 6 PALAVRAS E IMAGENS PROIBIDAS NO RÓTULO .........................................................................................34 7 SELO SABOR GAÚCHO ..........................................................................................................................................36 8 CÓDIGO DE BARRAS ..............................................................................................................................................37 9 USO DA BANDEIRA DO BRASIL ...........................................................................................................................38 10 USO DA BANDEIRA DO RIO GRANDE DO SUL ..............................................................................................39 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................................40 ANEXO A - ROTULAGEM DE DERIVADOS CÁRNEOS ......................................................................................47 ANEXO B - ROTULAGEM DE DERIVADOS LÁCTEOS ......................................................................................52 ANEXO C - ROTULAGEM DE MEL .........................................................................................................................57 ANEXO D - ROTULAGEM DE OVOS ......................................................................................................................61 ANEXO E - ROTULAGEM DE PESCADOS.............................................................................................................64 ANEXO F - ROTULAGEM DE SUCO DE FRUTA ..................................................................................................66 ANEXO G - ROTULAGEM DE POLPA DE FRUTA ................................................................................................72 ANEXO H - ROTULAGEM DE VINHO ....................................................................................................................76 ANEXO I - ROTULAGEM DE CERVEJA ................................................................................................................82 ANEXO J - ROTULAGEM DE AGUARDENTE ......................................................................................................88 ANEXO K - EXEMPLO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM VEGETAL ..............................................93 ANEXO L - EXEMPLO DE FRUTAS E ERVAS DESIDRATADAS .......................................................................94 ANEXO M - EXEMPLO DE RÓTULO DE MASSAS FRESCAS ...........................................................................95 ANEXO N - EXEMPLO DE RÓTULO DE CONSERVAS DE CARNE (EMBUTIDOS) .....................................96 ANEXO O - EXEMPLO DE RÓTULO DE DOCE DE LEITE ................................................................................97 ANEXO P - EXEMPLO DE RÓTULO DE DERIVADOS LÁCTEOS ....................................................................98 ANEXO Q - EXEMPLO DE RÓTULO DE MEL ......................................................................................................99 ANEXO R - EXEMPLO DE RÓTULO DE OVOS DE GALINHA .......................................................................100 ANEXO S - EXEMPLO DE RÓTULO DE OVO EM CONSERVA .......................................................................101 ANEXO T - EXEMPLO DE RÓTULO DE PESCADO ..........................................................................................102 ANEXO U - EXEMPLO DE RÓTULO DE CACHAÇA .........................................................................................103 ANEXO V - EXEMPLO DE RÓTULO DE CERVEJA ...........................................................................................104 ANEXO W - EXEMPLO DE RÓTULO DE POLPA E SUCO DE FRUTAS ARTESANAIS EM ESTABELECI- MENTO FAMILIAR RURAL .....................................................................................................................105 ANEXO X - EXEMPLO DE RÓTULO DE SUCO DE FRUTA .............................................................................106 ANEXO Y - EXEMPLO DE RÓTULO DE VINHO ................................................................................................107 ANEXO Z - EXEMPLO DE RÓTULO DE VINHO COLONIAL .........................................................................108 ANOTAÇÕES .......................................................................................................................................................109/110 9 APRESENTAÇÃO A rotulagem de alimentos, além de ser exigida pela legislação, é uma forma de comunicação entre o fabricante e o consumidor, por isso o design e as informações disponibilizadas são tão importantes. Uma embalagem com um rótulo cativante pode despertar a vontade de compra do cliente, enquanto que um rótulo nada atrativo, com falta de informações ou que leve ao engano, pode fazer com que o consumidor desista da compra. Por esses motivos, a rotulagem é um grande desafio para as indústrias de alimentos e para os técnicos da área, pois é preciso estar sempre atento às novas tendências e às novas legislações. Este guia tem por objetivo orientar as agroindústrias familiares e os técnicos que prestam assistência técnica a esses empreendimentos sobre a elaboração de rótulos de alimentos embalados. Esperamos trazer, de maneira ilustrada e direta, os tópicos básicos da legislação de rotulagem de alimentos com o intuito de facilitar a procura pelas informações. Porém, lembramos que a legislação está em constante mudança e é cheia de detalhes, por isso orientamos que seja feita uma consulta aoórgão sanitário competente antes da impressão dos rótulos, mesmo que não seja um item obrigatório para a formalização sa- nitária do empreendimento. As Autoras. 10 1 COMO UTILIZAR ESTE GUIA? Este guia tem o propósito de reunir as legislações existentes para a rotulagem de alimentos em um formato prático de consulta. Os temas foram distribuídos por assuntos gerais, que competem a todos os ali- mentos, além de alguns temas específicos. Iniciamos pela importância do rótulo nos alimentos, a sua função e as suas características. Na sequên- cia, estão pontuadas as informações gerais sobre a rotulagem, desde os elementos obrigatórios aos proibidos de constar em um rótulo. Também são abordadas as questões pertinentes à rotulagem de alimentos com com- posição de ingredientes transgênicos, certificação orgânica, código de barras bem como sobre o selo Sabor Gaúcho. Finalizamos com os anexos, nos quais há informações específicas sobre a rotulagem de alimentos de origem animal e de bebidas. Alguns exemplos de rótulos, separados por categoria de alimento, estão ilustrados de forma prática para facilitar a sua consulta. 11 2 IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES DO RÓTULO A alimentação é um direito de todo o ser humano, e a escolha dos alimentos é um dos fatores funda- mentais para alcançar uma alimentação adequada, sendo necessário conhecer o alimento/produto que faz parte da alimentação diária. O rótulo é uma forma de comunicação entre o consumidor e o produto e tem a função de identificar o que está sendo adquirido. Por isso, o rótulo deve ter a identificação completa, desde sua origem até as carac- terísticas gerais, contendo as informações necessárias e de maneira clara, permitindo que o consumidor faça suas escolhas. Além disso, o rótulo oferece informações sobre proteção à saúde do consumidor e, portanto, deve apresentar itens obrigatórios e não deve conter elementos que possam induzir o consumidor ao engano. Outra função do rótulo é ser uma peça de propaganda/marketing do produto, contendo, além das questões obrigatórias constantes na lei, um visual que demonstre atratividade ao produto. Um rótulo adequado é aquele que traduz com clareza e objetividade as informações legais e a identidade da empresa. A rotulagem se aplica a todos os alimentos e bebidas produzidos e embalados na ausência do consu- midor, segundo os padrões determinados pelos órgãos fiscalizadores. Portanto, seja crítico à leitura dos rótulos e fique atento aos detalhes presentes. 12 3 ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS 3.1 ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS DO RÓTULO Conforme legislação, alguns elementos são obrigatórios conter no rótulo. Segue abaixo treze desses itens. 3.1.1 Denominação de Venda É o nome do produto. Exemplo: geleia de goiaba, suco de uva, doce de abóbora, etc. a) Se tiver regulamento técnico, deve ser conforme consta nesse documento; b) Pode utilizar uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou marca registrada. Mas se tiver regulamento técnico, precisa colocar também a denominação do regulamento; c) Pode usar palavras ou frases adicionais para esclarecer o consumidor, por exemplo: - Aipim; - Aipim descascado e congelado; - Cuca; - Cuca recheada sabor uva. Se quiser saber mais sobre denominação de venda, consulte: ANVISA, RDC 727/2022 – art. 9º e 10. 3.1.2 Lista de Ingredientes É a relação de TODOS os componentes do produto. É necessário cumprir as seguintes orientações: a) Devem ser usadas uma das seguintes expressões: “Ingredientes:” ou “Ingr.:”; b) Alimento com um único ingrediente não precisa colocar lista de ingredientes. Exemplo: açúcar, farinha, aipim, etc; c) Os ingredientes devem estar em ordem decrescente, ou seja, do ingrediente com maior quantidade para o de menor quantidade (em peso); d) A água deve ser declarada na lista de ingredientes, exceto em casos que há evaporação durante a fabricação e quando faz parte de ingrediente composto declarado como: salmouras, xaropes, calda, molhos e similares. 13 e) Quando o produto for uma mistura de frutas, hortaliças, de especiarias ou de plantas aromáticas e não tiver predominância significativa de nenhuma delas (em peso), a ordem na qual elas são des- critas na lista de ingredientes não é importante, mas tem que colocar a expressão: “em proporção variável”; f) E se um dos ingredientes for um produto elaborado com dois ou mais ingredientes? - Coloque o nome do produto e, entre parênteses, a lista de ingredientes, como consta no rótulo do produto; - Se o ingrediente composto for estabelecido em uma norma do Codex Alimentarius (coletâ- nea de padrões relativos a alimentos, reconhecidos internacionalmente) ou em um regula- mento técnico específico e represente menos do que 25% do alimento, não será necessário declarar seus ingredientes, com exceção dos aditivos alimentares que desempenhem uma função tecnológica no produto acabado. RECOMENDAÇÃO: sempre liste os ingredientes do produto composto – o consumidor vai gostar de saber! Exemplo: pepino, salmoura (água, vinagre de álcool, sal, açúcar, louro, pimenta do reino em grão). Se quiser saber mais sobre lista de ingredientes, consulte: RDC nº 727/2022 – art. 9º e 10. 3.1.3 Aditivos Alimentares a) Devem constar no final da lista de ingredientes; b) Colocar a função do aditivo e seu nome completo ou o número INS (Internacional Numbering System - Sistema Internacional de Numeração, do Codex Alimentarius da FAO/OMS); c) Se tiver mais de um aditivo alimentar com a mesma função no alimento, pode ser mencionado um em continuação ao outro, agrupando-os por função, por exemplo: conservadores INS 202 e INS 223 (ou conservadores sorbato de potássio e metabissulfito de sódio). 14 Figura 1 - Nomenclatura dos aditivos alimentares Crédito: Andreza Girelli Conservante Nitrito de sódio Função Nome Conservante INS 250 NºFunção Crédito: Andreza Girelli. Se quiser saber mais sobre aditivos alimentares, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022 – art. 12. 3.1.3.1 Aditivo Corante Tartrazina Considerando a necessidade de alertar a população da presença do corante tartrazina (INS 102), a AN- VISA determinou, através da RDC n° 727/2022, art. 12, § 2º, que as empresas fabricantes de alimentos que contenham o corante na sua composição devem obrigatoriamente declarar o nome tartrazina por extenso na lista de ingredientes, não sendo permitido usar somente o número INS como nos demais aditivos. Atenção: O aditivo tartrazina deve ser manuseado com cuidado e seguir rigorosamente as recomendações na sua adição a algum produto. Esse corante pode causar reações alérgicas, como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema, dor de cabeça, dermatites, principalmente em asmáticos, pessoas com intolerância ao ácido acetilsalicílico ou que sofram de urticária (lesão de pele). Se quiser saber mais sobre tartrazina, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022 – art. 12. 3.1.3.2 Uso de Aromatizantes De acordo com a RDC n° 727/2022 – art. 12, § 3º, no caso de aditivos alimentares aromatizantes, a de- claração deve ser realizada por meio da função tecnológica, podendo ser acrescida da respectiva classificação, conforme estabelecido na RDC nº 725, de 1º de julho de 2022. 3.1.4 Informação Nutricional A informação nutricional é somente uma das informações contidas no rótulo e cumpre a função de informar ao consumidor os nutrientes que o produto contém. 15 A RDC n° 429/2020 e a IN n° 75/2020 dispõem sobre a rotulagem nutricional de alimentos emba- lados e entraram em vigor em outubro de 2022. Essas novas legislações revogaram a RDC n° 359/2003 e a RDC n° 360/2003. Produtos lançados a partir da vigência das novas legislações deverão estar com os rótulos adequados. Para os produtos que já estão no mercado, os prazos para adequar os rótulos são os seguintes: a) Empresas em geral: outubro 2023; b) Empreendimentos da agricultura familiar ou empreendedor familiar rural, empreendimento eco- nômico solidário, microempreendedor individual, agroindústria de pequeno porte, agroindústriaartesanal e alimentos produzidos de forma artesanal: outubro 2024; c) Bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis: outubro 2025. A informação nutricional pode ser calculada através de análises bromatológicas do alimento e através de cálculos realizados por programas específicos, que utilizam tabelas de referência. A seguir, são apresentados os novos modelos de tabelas nutricionais e as formas de aplicação. Figura 2 - Modelo de tabela nutricional vertical Fonte: Anvisa (2020). Figura 3 - Modelo de tabela nutricional horizontal Fonte: Anvisa (2020) 16 Figura 4 - Modelo de tabela nutricional agregado Fonte: Anvisa (2020). Figura 5 - Modelo de tabela nutricional vertical quebrado Fonte: Anvisa (2020). Figura 6 - Modelo de tabela nutricional horizontal quebrado Fonte: Anvisa (2020). 17 Figura 7 - Modelo de tabela nutricional linear Fonte: Anvisa (2020). A rotulagem nutricional é voluntária para os seguintes alimentos: a) Alimentos em embalagens cuja superfície visível seja menor ou igual a 100 cm2; b) Alimentos embalados nos pontos de venda a pedido do consumidor; c) Alimentos embalados que sejam preparados ou fracionados e comercializados no próprio estabele- cimento; d) Bebidas alcoólicas; e) Gelo destinado ao consumo humano; f) Especiarias, café, erva-mate e espécies vegetais para o preparo de chás, desde que não tenham adi- ção de ingredientes que agreguem valor nutricional significativo ao produto; g) Vinagres, desde que não tenham adição de ingredientes que agreguem valor nutricional significativo ao produto; h) Frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, nozes, castanhas, sementes e cogumelos, desde que não tenham adição de ingredientes que agreguem valor nutricional significativo ao produto; i) Carnes e pescados embalados, refrigerados ou congelados, desde que não tenham adição de ingre- dientes que agreguem valor nutricional significativo ao produto (Adaptado de Anvisa, 2020). Uma das principais novidades trazidas por essas legislações é a rotulagem nutricional frontal de ali- mentos, conhecida internacionalmente por FOP (front of pack). A declaração frontal é obrigatória nos rótulos dos alimentos embalados na ausência do consumidor e naqueles que possuam quantidades de açúcares adicionados, gorduras saturadas ou sódio iguais ou superiores aos limites definidos na IN n° 75/2020. Cabe ao profissional que elabora a tabela de informações nutricionais considerar os limites de açúcares adicionados, gorduras saturadas ou sódio – definidos pela IN n° 75/2020 –, realizar os cálculos conforme a re- ceita informada pela agroindústria e informar ao cliente os nutrientes a serem declarados na rotulagem frontal. A seguir, são apresentados alguns exemplos de rotulagem frontal que deverão ser adotados. 18 Figura 8 - Modelos de rotulagem frontal Fonte: Anvisa (2020). Esses modelos referem-se aos alimentos cujas quantidades de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio são superiores ao indicado na IN nº 75/2020. Pode constar três, dois ou um nutriente apenas. A rotulagem nutricional frontal, conforme IN nº 75/2020, é opcional para: a) alimentos com área do painel principal inferior a 35 cm2; b) alimentos embalados nos pontos de venda a pedido do consumidor; c) alimentos embalados que sejam preparados ou fracionados e comercializados no próprio estabele- cimento. A rotulagem nutricional frontal, conforme IN nº 75/2020, é vedada para os seguintes alimentos, desde que não sejam adicionados de ingredientes que agreguem açúcares adicionados ou valor nutricional significa- tivo de gorduras saturadas ou de sódio ao produto: a) frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, nozes, castanhas, sementes e cogumelos; b) farinhas; c) carnes e pescados embalados, refrigerados ou congelados; d) ovos; e) leites fermentados; f) queijos. RECOMENDAÇÃO: guardar os documentos originais, datados e assinados pelo profissional que elaborou a informação nutricional. 19 3.1.4.1 Alegações Nutricionais As alegações nutricionais são qualquer declaração, com exceção da tabela de informação nutricional e da rotulagem nutricional frontal, que indique que um alimento possui propriedades nutricionais positivas relativas ao seu valor energético ou ao conteúdo de nutrientes. São exemplos de alegações nutricionais as ex- pressões: “não contém açúcares”, “sem gorduras trans”, “baixo em calorias”, “fonte de cálcio”, “alto teor de fibras” e “rico em ferro”, etc. As alegações nutricionais podem ser utilizadas pelos fabricantes de forma opcional. No entanto, se o fabricante optar por utilizá-las, também deverá seguir as regras (como, por exemplo, critérios de composição, termos e formatação específicos) para as declarações de acordo com os Anexos XX e XXI da IN nº 75, de 2020. Sugerimos às agroindústrias ou às empresas que optarem por utilizar alegações nutricionais em seus produtos a busca pelo apoio profissional para a orientação e a elaboração dessas alegações bem como para sua formatação. 3.1.5 Conteúdo Líquido É a quantidade exata do produto disponível para o consumidor, descontando o peso da embalagem ao peso do produto final. Se o produto tiver uma parte líquida e uma parte sólida (como, conservas, compotas, etc.), usar da seguinte forma: PESO LÍQUIDO: PESO DRENADO: As duas expressões devem ser do mesmo tamanho de fonte, e as informações sobre conteúdo líquido devem estar na vista principal do rótulo, em cor contrastante. Se a embalagem for transparente, precisa ser em contraste com a cor do produto. Quadro 1 - Altura mínima dos números para descrição de conteúdo líquido Conteúdo líquido do produto Altura mínima dos números Menor ou igual a 50 g ou 50 ml 2 mm Maior que 50 e menor ou igual a 200 g ou 200 ml 3 mm Maior que 200 e menor ou igual a 1000 g ou 1000 ml 4 mm Maior que 1 kg ou 1 litro 6 mm Altura mínima das letras - kg, g, ml, L: Mínimo 2/3 da altura dos números Largura das letras e dos números: Mínimo 2/3 da altura de cada um Fonte: INMETRO (2021). 20 Quadro 2 - Expressões para indicar o conteúdo líquido Unidade de massa – kg, g Unidades de volume – l, ml CONTEÚDO LÍQUIDO Conteúdo PESO LÍQUIDO CONTEÚDO Peso Líquido Volume Líquido Peso Líq. PESO LÍQ. Fonte: INMETRO (2021). Se quiser saber mais sobre conteúdo líquido, consulte: INMETRO, Portaria nº 249/2021. A portaria do Inmetro n° 251/2021 aprova o Regulamento Técnico Metrológico consolidado sobre conteúdos líquidos de mercadorias pré-embaladas, de acordo com o Quadro 4 e permite a comercialização dos produtos manteiga, margarina, gordura alimentícia e creme vegetal em agrupamento de quatro unidades de 100g cada, com a expressão "contém 4 unidades de 100g cada", em caracteres alfanuméricos, de acordo com a Legislação Metrológica vigente. 21 Quadro 3 - Conteúdos líquidos de mercadorias pré-embaladas MERCADORIA CONTEÚDO LÍQUIDO CONTEÚDO LÍQUIDO LIVRE Açúcar banco 100 g - 200 g - 250 g - 500 g - 1 kg - 2 kg e 5 kg Abaixo de 100 g e acima de 5 kg Arroz, excluindo prato prepa- rado 100 g - 125 g - 200 g - 250 g - 500 g - 1 kg - 2 kg e 5 kg acima de 5 kg Café (todos), excluindo os so- lúveis 250 g - 500 g e 1 kg Abaixo de 250 g e acima de 1 kg Erva-mate 100 g - 250 g - 500 g e 1 kg Abaixo de 100 g e acima de 1 kg Farinha de mandioca 250 g - 500 g - 1 kg e 2 kg Abaixo de 250 g e acima de 2 kg Farinha de trigo e farinha de trigo com fermento 500 g - 1 kg - 2 kg e 5 kg Acima de 5 kg Feijão, excluindo em conserva 100 g - 200 g - 500 g - 1 kg - 2 kg e 5 kg Acima de 5 kg Leite líquido de origem ani- mal, excluindo os saborizados 250 mL - 500 mL - 750 mL e 1 L Abaixo de 250 mL e acima de 1 L Manteigas, margarinas e cre- mes vegetais, excluindo man- teiga de garrafa 100 g - 200 g - 250 g - 500 g - 1 kg Abaixo de 100 g e acima de 1 kg Massas secas ou macarrões, excluindo massas recheadas, pratos preparados e massas para lasanha 100 g - 200 g - 300 g - 400 g - 500 g - 750 g e 1 kg Abaixo de 100 g e acima de 1 kg Óleos comestíveis,excluindo o de oliva e os aerossóis 100 mL - 200 mL - 250 mL - 500 mL - 750 mL - 900 mL - 1 L - 1,5 L e 2L Abaixo de 100 mL e acima de 2 L Papel higiênico em rolos Largura mínima: 10 cm Nenhum Comprimento: Mínimo 20 m - acima de 20 m em múltiplos de 10 m Nenhum Embalagens: 2, 4, 6, 8, 10 e 12 uni- dades Embalagens: abaixo de 2 uni- dades e acima de 12 unidades Sal comestível, fino e grosso 100 g - 250 g - 500 g - 750 g e 1 kg Abaixo de 100 g e acima de 1 kg Soluções líquidas de hipoclorito de sódio, para uso doméstico 250 mL - 500 mL - 750 mL e 1 L Fonte: INMETRO (2021). 3.1.6 Indicação de Origem É a indicação da procedência do produto e deve conter: a) Razão Social; b) Endereço completo; c) País de origem - usar uma das expressões; d) Fabricado em...; 22 e) Produto...; f) Indústria...; g) Nº de registro no órgão competente ou código de identificação do estabelecimento fabricante: - Produtos de origem animal – SIM-SIE-SIF; - Produtos de origem vegetal – somente algumas categorias precisam de registro – (Consultar a RDC nº 27, de 06/08/2010). RECOMENDAÇÃO: colocar também Número da Inscrição Estadual (talão de produtor) e Nº Pro- grama Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF). Se quiser saber mais sobre indicação de origem, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, art.29. 3.1.7 Identificação de Lote O lote pode ser indicado de duas maneiras: a) Usar um código precedido pela letra “L”; b) Usar a data de fabricação, embalagem ou prazo de validade. Se quiser saber mais sobre identificação do lote, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, art. 30. 3.1.8 Prazo de Validade O prazo de validade é o intervalo de tempo no qual o alimento permanece seguro e adequado para o consumo, desde que armazenado de acordo com as condições estabelecidas pelo fabricante. Deve ser determi- nado pelo próprio fabricante do produto. A legislação não define em qual local do rótulo deve ser colocado o prazo de validade, mas o Código de Defesa do Consumidor determina que ele deve ser apresentado de maneira ostensiva. A data pode ser impressa ou perfurada no rótulo e deve ser indelével (escrita durável, não apagar na embalagem), além de ter, pelo menos, 1 mm de tamanho. Atenção: caso a validade seja colocada em outro local que não junto à expressão escolhida, é necessário indicar onde ela consta. Exemplo: vide lacre, vide tampa. 23 Produtos com até três meses de validade: DIA/MÊS ou DIA/MÊS/ANO. Produtos com mais de três meses de validade: MÊS/ANO ou DIA/MÊS/ANO. Usar uma das seguintes expressões: Consumir antes de Válido até Validade Val: Vence Vencimento Vto: Venc: Consumir preferencialmente antes de 3.1.8.1 Produtos com Condições Especiais de Conservação Quando o produto exigir condições especiais para sua conservação, devem ser incluídas, no rótulo, as precauções necessárias para manter suas características normais, devendo ser indicadas as temperaturas máxima e mínima para a conservação do produto e o tempo – durabilidade – que o fabricante, produtor ou fracionador garante nessas condições. O mesmo se aplica aos produtos que possam sofrer alterações depois de abertos. No caso de produtos congelados, cujo prazo de validade varia segundo a temperatura de conservação, essa característica deve ser indicada. Exemplo: a) “validade a -18ºC (freezer): ...” b) “validade a - 4ºC (congelador): ...” c) “validade a 4ºC (refrigerador): ...” Nesses casos, deve ser indicado o dia, o mês e o ano de fabricação. 24 O mesmo se aplica aos alimentos que podem sofrer alterações após a abertura de suas embalagens, assim, deve-se utilizar as expressões: Válido por.........dias após aberta a embalagem. Após aberto manter refrigerado por até.........dias. 3.1.8.2 Produtos sem Necessidade de Conter Prazo de Validade a) Frutas e hortaliças frescas, incluídas as batatas não descascadas, cortadas ou tratadas de outra forma semelhante; b) Vinhos, vinhos licorosos, vinhos espumantes, vinhos aromatizados, vinhos de frutas e vinhos espu- mantes de frutas; c) Bebidas alcoólicas que contenham 10% (v/v) ou mais de álcool; d) Produtos de panificação e confeitaria que, pela natureza de conteúdo, sejam, em geral, consumidos dentro de 24 horas seguintes à sua fabricação; e) Vinagre, açúcar sólido, produtos de confeitaria à base de açúcar, aromatizados e ou coloridos, tais como: balas, caramelos, confeitos, pastilhas e similares, f) Goma de mascar, g) Sal de qualidade alimentar (não se aplica para sal enriquecido), h) Outros alimentos isentos por Regulamentos Técnicos específicos. Se quiser saber mais sobre prazo de validade, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022. Art. 31, 32 e Anexo 1. 3.1.9 Instruções Sobre Conservação e Preparo do Alimento, Quando for o Caso Sempre que o produto exigir preparos, estas informações devem estar, no rótulo, de forma clara, sem margem para falsas interpretações a fim de garantir a correta utilização do alimento. Exemplos: a) Reconstituição: pós; b) Descongelamento: Descongelar antes de aquecer/Não descongelar antes do preparo; c) Depois de descongelado, não congelar novamente; d) Cozinhar antes de consumir; Ou qualquer outra informação importante para a correta utilização/preparação do alimento. RECOMENDAÇÃO: sempre consulte se o produto tem regulamento técnico específico. 25 3.1.10 Qualidade, Natureza e o Tipo do Alimento Os produtos com classificação de tipo, natureza e/ou qualidade devem trazer essa informação no painel principal do rótulo, de forma bem legível. Se o produto tiver Regulamento de Padrão de Identidade e Qualida- de (RTIQ), seguir as orientações contidas nesse documento. Exemplo: Arroz tipo 1. Se quiser saber mais sobre qualidade, natureza e o tipo do alimento, consulte: BRASIL, Decreto-Lei nº 986/1969 – Art. 11, inciso I. 3.1.11 Alergênicos A RDC nº 727/2022 estabelece os requisitos para a rotulagem obrigatória dos principais alimentos causadores de alergias alimentares, conforme quadro abaixo: Quadro 4 - Alimentos causadores de alergias alimentares 1 Trigo, centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas 2 Crustáceos 3 Ovos 4 Peixes 5 Amendoim 6 Soja 7 Leite de todas as espécies animais mamíferos 8 Amêndoa (Prunus dulcis, sin.: Prunus amygdalus, Amygdalus communis L.) 9 Avelãs (Corylus spp.) 10 Castanha-de-caju (Anacardium occidentale) 11 Castanha-do-brasil ou castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) 12 Macadâmias (Macadamia spp.) 13 Nozes (Juglans spp.) 14 Pecãs (Carya spp.) 15 Pistaches (Pistacia spp.) 16 Pinoli (Pinus spp.) 17 Castanhas (Castanea spp.) 18 Látex natural Fonte: Anvisa (2022). Os alimentos que contenham ou sejam derivados dos alimentos listados, no Quadro 5, devem trazer as seguintes declarações: a) “ALÉRGICOS: CONTÉM ... (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”; b) “ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE ... (nomes comuns dos alimentos que causam aler- gias alimentares)”; 26 c) “ALÉRGICOS: CONTÉM ... (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) E DERIVADOS”, conforme o caso; d) “ALÉRGICOS: PODE CONTER... (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimen- tares). Esse termo se aplica aos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos, ingredientes, aditivos alimentares ou coadjuvantes de tecnologia por alér- genos alimentares. Um exemplo é o uso dos mesmos equipamentos para elaborar alimentos não alergênicos e alergênicos. Quando mais de uma das advertências for aplicável ao produto, a informação deve ser agrupada em uma única frase, iniciada pela expressão “ALÉRGICOS:” seguida das respectivas indicações. Exemplo: Alérgicos: contém ovos, leite, derivados de trigo e de soja e pode conter amendoim. Os alimentos, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia NÃO PODEM veicular qualquer tipo de alegação relacionada à ausência de alimentos alergênicos ou alérgenos alimentares, exceto nos casos previstos em regulamentos técnicos específicos. As declarações NÃO PODEM estar dispostas emlocais encobertos, removíveis pela abertura do lacre ou de difícil visualização, como áreas de selagem e de torção. As advertências devem estar da seguinte forma: a) Agrupadas imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes; b) Letra maiúscula; c) Negrito; d) Cor contrastante com o rótulo. Quadro 5 - Tamanhos de letra exigidos pela RDC nº 727/2022 para descrição de alergênicos Rótulo menor que 100 cm² Rótulo maior que 100 cm² 1 mm 2 mm Nunca inferior ao tamanho da letra utilizada na lista de ingredientes, caso esta seja maior que 2 mm. Fonte: Anvisa (2022). Esta observação deve estar em linha com coluna única como no quadro 6. Se quiser saber mais sobre alergênicos, consulte: ANVISA, RDC n° 727/2022, art. 13 e Anexo III. 27 3.1.12 Glúten Todos os alimentos industrializados devem trazer em seu rótulo, obrigatoriamente, as inscrições: “CONTÉM GLÚTEN” ou “NÃO CONTÉM GLÚTEN”. Os alimentos que contém glúten são: trigo, aveia, cevada, malte e centeio e seus derivados. A advertência deverá ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos, e a inscrição deverá apre- sentar caracteres com DESTAQUE, NÍTIDOS E DE FÁCIL LEITURA. Se quiser saber mais sobre o glúten, consulte: BRASIL, Lei nº 10.674/2003. 3.1.13 Lactose A declaração da presença de lactose é obrigatória nos rótulos dos alimentos que contenham lactose em quantidade maior do que 100 mg por 100 g ou ml do alimento, tal como exposto à venda. Nos rótulos de alimentos que não contém lactose, não deve ser colocada nenhuma informação refe- rente a isso. As expressões “isento de lactose”, “zero lactose”, “0% lactose”, “sem lactose” e “não contém lactose” somente podem ser utilizadas para alimentos com fins especiais regidos por legislação específica. Os rótulos devem conter a declaração “CONTÉM LACTOSE”, com as seguintes especificações: a) Imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes; b) Maiúsculo; c) Negrito; d) Em cor contrastante com o fundo do rótulo. Tal informação não pode estar disposta em locais encobertos, removíveis pela abertura do lacre ou de difícil visualização, como áreas de selagem e de torção. A altura mínima admitida para a letra está descrita a seguir: Quadro 6 - Tamanho de letra exigidos pela RDC nº 727/2022 para descrição de alimentos que contém lactose Rótulo menor que 100 cm² Rótulo maior que 100 cm² 1 mm 2 mm Nunca inferior ao tamanho da letra utilizada na lista de ingredientes, caso esta seja maior que 2 mm. Fonte: Anvisa (2017). Se quiser saber mais sobre a lactose, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, art. 18 e 19. 28 3.1.14 Nova Fórmula Considera-se nova fórmula quando a alteração exigir a mudança em algum destes itens: a) Lista de ingredientes, incluindo a adição ou exclusão de ingredientes, a alteração na ordem de de- claração dos ingredientes e a alteração da quantidade declarada de ingredientes; b) Tabela nutricional, incluindo a adição ou exclusão de nutrientes da tabela e a alteração dos valores nutricionais declarados; c) Advertência sobre os principais alimentos que causam alergias alimentares; d) Presença de lactose e e) Presença ou ausência de glúten. Os rótulos devem conter umas das seguintes declarações: NOVA FÓRMULA, ou NOVA COMPOSI- ÇÃO, ou NOVA RECEITA, com as seguintes especificações: a) No painel principal; b) Letra Maiúscula; c) Negrito; d) Cor contrastante com o rótulo; e) Nos rótulos com menos de 100 cm², letra de 1 mm de altura; f) Nos rótulos com 100 cm² ou maiores, letra com 2 mm de altura; g) Nunca inferior ao tamanho da letra utilizada na lista de ingredientes, caso esta seja maior que 2 mm. A Declaração deve ser informada nos rótulos por um período de 90 dias, contados a partir da alteração na composição do produto. Após esse prazo a declaração pode ser retirada do rótulo. Se quiser saber mais sobre nova fórmula, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, art. 20 a 24. 29 4 ALIMENTOS TRANSGÊNICOS É obrigatório constar, no rótulo, se o produto contém presença de ingrediente transgênico (Lei nº 11.105/2005, decisão judicial Ação Civil Pública nº 2001.34.00.022280-6/DF - MPF – processo nº 14.873). Deve-se informar o nome científico da espécie doadora do gene responsável pela modificação após o(s) nome(s) do(s) ingrediente(s). Caso não tenha a lista de ingredientes, por ser produto único, deve-se colo- car em qualquer local do rótulo. Alimentos que não sejam ou que não contenham ingredientes transgênicos poderão conter a expressão “(nome do produto) livre de transgênicos”, desde que haja, no mercado brasileiro, produtos similares transgê- nicos e que seja comprovada a ausência de transgênicos mediante o documento de certificação. No caso de o produto ser produzido a partir de animais alimentados com ração contendo transgênicos: a) (nome do animal) alimentado com ração contendo ingrediente transgênico; b) (nome do ingrediente) produzido a partir de animal alimentado com ração contendo ingrediente transgênico. Observação: essas informações devem constar também na nota fiscal. 4.1 LOCAL DA INFORMAÇÃO SOBRE A PRESENÇA DE TRANSGÊNICOS No painel principal, em conjunto com o símbolo, em destaque e em contraste de cores, com uma das seguintes expressões, conforme o caso: a) (nome do produto) transgênico; b) Contém (nome do(s) ingrediente(s) transgênico(s)); c) Produto produzido a partir de (nome do ingrediente) transgênico. Observação: A informação sobre a presença de transgênicos pode ser impressa no rótulo ou inserida com adesivo. 30 4.2 SÍMBOLO O símbolo deve ter as seguintes características: a) Triângulo equilátero com três lados iguais. Borda: 100% preto. Fundo interno: 100% amarelo; para rótulos impressos em preto e branco, utilizar fundo branco. b) Deve ocupar uma área de, no mínimo, 0,4% da área do painel principal, não podendo ser inferior a 10,82531 mm² (ou triângulo com laterais equivalentes a 5 mm). Ao redor do símbolo, deve ser deixada uma área livre equivalente à área de uma circunferência, como demonstrado na Figura 9. c) A fonte da letra “T” deve ser Frutiger ou Bold, em maiúscula. Cor 100% preta. Figura 9 - Símbolo para alimentos transgênicos Fonte: Ministério da Justiça (2003). Atenção: a área que compreende o círculo é o espaço que deve ficar livre ao redor do triângulo. O círculo não deve permanecer no entorno, só serve como referência para medir o espaço. Se quiser saber mais sobre rotulagem de transgênicos, consulte: MAPA, Decreto nº 4.680/2003 MJ, Portaria nº 2.658/2003 BRASIL, IN nº 01/2004 BRASIL, Decisão STF Processo nº 14.873. 31 5 ALIMENTOS ORGÂNICOS Os rótulos de produtos orgânicos devem seguir todas as orientações gerais de rotulagem e, na Indica- ção de Origem, precisa constar o CNPJ ou CPF (que não é obrigatório para os produtos não orgânicos). A informação da qualidade orgânica deverá estar na parte frontal do produto com uma das seguintes expressões: a) ORGÂNICO ou PRODUTO ORGÂNICO: quando pelo menos 95% dos ingredientes forem orgâ- nicos. Nesse caso, é necessário identificar os ingredientes não orgânicos; b) PRODUTO COM INGREDIENTES ORGÂNICOS: quando de 70% a 95% dos ingredientes fo- rem orgânicos. Nesse caso, é necessário identificar os ingredientes orgânicos. Observações: a) Produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos NÃO podem ter nenhuma expressão rela- tiva à qualidade orgânica. b) ÁGUA e SAL não são incluídos no cálculo do percentual de ingredientes orgânicos. Os termos ORGÂNICO, PRODUTO ORGÂNICO e PRODUTO COM INGREDIENTES ORGÂNI- COS podem ser complementados pelos seguintes termos: a) ecológico; b) biodinâmico; c) da agricultura natural; d) regenerativo; e) biológico; f) agroecológico; g) permacultura; h) extrativismo sustentável orgânico. A certificação de produtos orgânicos pode ser por auditoria (empresa certificadora) ou por sistema participativo/Organismo Participativo da Conformidade (OPAC). Os produtos orgânicos certificados devem portar, no rótulo, o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISORG). Abaixodo selo do SISORG, deve estar identificado o tipo de certificação – Sistema Participativo ou Certificação por Auditoria. Essas informações devem estar no painel principal do rótulo. Os produtores certificados recebem gratuitamente a arte dos selos, que pode ser utilizada na versão colorida, preto e cinza ou preto e branco. 32 Figura 10 - Modelo de selo (preto e cinza) para alimentos orgânicos com certificação por auditoria Fonte: Mapa (2014). Figura 11 - Modelo de selo (preto e cinza) para alimentos orgânicos com certificação por sistema participati- vo Fonte: Mapa (2014). O Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISORG) pode ser usado nas versões colorida – preto e verde, preto e cinza ou preto e branco. Os requisitos para a utilização do selo cons- tam na IN nº 18, de 20 de junho de 2014. Também pode ser usado o Selo do Organismo de Avaliação de Conformidade Orgânica. Cada sistema ou empresa certificadora por auditoria tem o seu próprio selo. Veja exemplo abaixo: Figura 12 - Exemplo de selo de certificadora por sistema participativo Fonte: Ecovida (2022). 33 Figura 13 - Exemplo de selo de certificadora por empresa de auditoria Fonte: Ecocert (2022). 5.1 ORGANISMOS DE CONTROLE SOCIAL (OCS) Os produtos orgânicos certificados por OCS, destinados à venda direta aos consumidores, devem ser identificados de forma que o consumidor possa associar o produto ao agricultor responsável e ao OCS a que está ligado. Nesse tipo de controle, os produtos não podem usar o selo do SISORG, mas podem usar a expressão: “Produto orgânico para venda direta por agricultores familiares organizados não sujeito à certificação de acordo com a Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003.” Os produtos e os pontos de venda podem utilizar marcas ou outras formas de identificação referentes à organização responsável pelo controle social da qualidade orgânica. Se quiser saber mais sobre rotulagem de orgânicos, consulte: MAPA, IN nº 19/2009 MAPA, IN nº 18/2014. 34 6 PALAVRAS E IMAGENS PROIBIDAS NO RÓTULO Não devem constar, no rótulo, palavras, símbolos, desenhos, figuras, etc. que possam induzir o consu- midor ao erro, ao engano, à falsa informação, tais como: a) Que atribua efeitos ou propriedades que não possua ou que não possam ser demonstradas; b) Que destaque a presença de componente que faça parte naturalmente do produto; c) Que destaque a ausência de componente que naturalmente não está presente no produto. Ex- ceção: açúcar na erva mate, que foi permitido a partir da alteração dada pela Lei nº 15.330, de 02/10/2019 e acrescentada na Lei nº 14.185, de 28/12/2012; d) Que ressalte a presença de componente que é adicionado em todos os produtos da mesma natureza; e) Que ressalte propriedades terapêuticas ou medicinais. Exemplos: • Produto natural – Qualquer produto que seja natural, que é de sua natureza ser. Portanto, essa informação não pode ser acrescentada. • Mel puro – Mel é puro. Se não for puro, não é mel. Tem RTIQ. • Molho de tomate com tomates de verdade – Se é molho de tomate, é por que tem tomate. Há tomate que não seja de verdade? • Faz bem para a saúde – É possível que faça, mas se não puder ser comprovado, não acrescentar essa infor- mação. • Há uma lista de alergênicos a serem adicionados ao rótulo, se estiverem no produto. Mas se o produto não possui esses alergênicos, NÃO é permitido colocar, no rótulo, nenhuma frase dizendo que não contém, exceto nos casos previstos em regulamentos técnicos específicos. • Sem conservantes – Quando falamos em conservantes, logo pensamos em produtos “químicos”, porém, al- guns produtos naturais tem a função de conservante, como o açúcar, o vinagre, o sal, entre outros. Portanto, conservas, compotas e geleias não devem conter a expressão “sem conservantes”, pois o açúcar, o sal e o vinagre, que elas contêm, servem para conservar. • “Cuca alemã” “salame italiano” – Se não foi produzido na Alemanha nem na Itália, não é possível trazer tal informação. Mas é permitido dizer “tipo alemã” ou “tipo italiano”. *Observar também o RTIQ do salame tipo italiano. • Produto caseiro – Caseiro é que foi feito em casa. Se o produto não foi feito em casa, ele foi produzido em uma agroindústria. Porém, é permitido usar: pão tipo caseiro, biscoito tipo caseiro. • Sem açúcar – é incorreto colocar, no rótulo, expressões como “não contém açúcar”, quando há presença de alimentos que tenham açúcares de forma natural em sua composição, como: mel (glicose + açúcares), frutas (frutose), leite (lactose), fontes de amido/arroz e batata (amilose). Se há substituição de açúcar por um componente que adoce de forma natural o alimento, pode citar a expressão “não tem adição de açúcar”. 35 Figura 14 - Exemplo de palavras ou imagens proibidas no rótulo . Crédito: Natália Arlas de Souza 36 7 SELO SABOR GAÚCHO O selo “Sabor Gaúcho” é uma marca mista, nominativo/figurativo, que denomina a origem do produto e sua procedência vinculada a uma agroindústria familiar rural. Sua imagem representa a produção de alimentos oriunda da agricultura familiar e respeita as exigên- cias legais sanitárias, tributárias e ambientais. A IN/DRP nº 45/2015 descreve os produtos autorizados a serem vendidos pelo talão de produtor, que devem ter, no rótulo, o Selo Sabor Gaúcho, EXCETO, quando este for dispensado pela Secretaria de Agricul- tura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). A partir da publicação da Resolução SEAPDR nº 001/2020, as agroindústrias familiares inclusas no PEAF têm habilitação, de forma automática, para utilizar o selo nos rótulos de seus produtos. Periodicamente, a SEAPDR publicará, no Diário Oficial do Estado (DOE), a lista dos empreendimentos autorizados. O emprego do Selo Sabor Gaúcho, nos rótulos dos produtos, deverá seguir as normas contidas no Ma- nual de Identidade Visual, que é disponibilizado no site desta secretaria. Figura 15 - Selo Sabor Gaúcho Fonte: Rio Grande do Sul (2020a). Atenção: a autorização do uso do selo de marca de certificação “Sabor Gaúcho” fica condicionada à manutenção da regularização sanitária, ambiental e tributária do referido estabelecimento nos órgãos competentes, ficando o representante legal responsável por manter atualizada sua condição legal e informar à coordenação do PEAF, através do escritório municipal da assistência técnica oficial do Es- tado, a renovação, suspensão ou qualquer alteração da documentação. Se quiser saber mais sobre o selo Sabor Gaúcho, consulte: RS, Lei nº 13.921/2012 e RS, Lei nº 14.880/2016 RS, Decreto nº 49.948/2012 SEAPDR, Resolução nº 001/2020 RS, IN/DRP nº 45/2015 SEAPDR, Manual de Identidade Visual - Selo Sabor gaúcho. 37 8 CÓDIGO DE BARRAS O código de barras é um dos itens que pode constar nas embalagens e deve seguir algumas regras de uso. Ele é composto por uma sequência de dígitos e linhas paralelas com espaçamento de diferentes espessu- ras. Esse código possibilita sua leitura de forma eletrônica em estabelecimentos comerciais, supermercados ou em pontos de venda. Através de um leitor ou scanner, cada produto pode ser identificado pelo seu número de identificação. Para criar um código de barras, é necessário o Número Global de Item Comercial (GTIN), cuja nume- ração é controlada e atribuída, de forma padronizada, pela organização GS1. Dessa forma, cada produto possui uma identificação única, permitindo que a empresa reconheça o produto pelas características diferentes, pesos distintos, variações de cor, sabor, tamanho, etc. A estrutura padrão mundial é explicada na Figura 16, a seguir: Figura 16 - Exemplo de código de barras Fonte: GS1 Brasil (2020). Há vários tipos de códigos. Os mais usuais para embalagens de alimentos são o EAN-8, com 8 dígitos, ou EAN-13, com 13 dígitos, destinados a produtos que vão para a gôndola no varejo. O EAN-14 (ou DUN- 14) é o código usado em embalagens secundárias (embalagens maiores ou de papelão) que possuem produtos idênticos no seu interior, comumenteaplicado no exterior de uma caixa para leitura em ambiente logístico. Se o empreendimento optar por utilizar o código de barras, este deve ser adquirido de empresas espe- cializadas. Desse modo, é preciso consultar a disponibilidade existente no mercado. Se quiser saber mais sobre código de barras, consulte: GS1 Brasil - https://www.gs1br.org/9. 38 9 USO DA BANDEIRA DO BRASIL De acordo com a Lei Federal n° 5.700, de 1 de setembro de 1971, capítulo V, artigo 31, inciso IV, é proibido o uso da bandeira nacional em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda. 39 10 USO DA BANDEIRA DO RIO GRANDE DO SUL De acordo com a Lei Estadual n° 5.213, de 1966, “os estabelecimentos sociais, desportivos, comerciais e industriais poderão utilizar a Bandeira do Estado como forma de caracterização do patriotismo gaúcho em rótulos e invólucros de produtos expostos à venda e na propaganda ou qualquer ato ou expediente de natureza social, desportiva, comercial e industrial, observado o disposto nessa lei, sendo vedado o uso dos demais sím- bolos do Estado na íntegra ou em qualquer de suas partes” (capítulo III, artigo 23). 40 REFERÊNCIAS ANVISA. Instrução Normativa nº 75, de 08 de outubro de 2020. Estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nos alimentos embalados. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/ documents/10181/3882585/IN+75_2020_.pdf/7d74fe2d-e187-4136-9fa2-36a8dcfc0f8f. Acesso em: 03 mar. 2022. ANVISA. Informe Técnico nº 26, de 14 de junho de 2007. Procedimentos para a indicação do uso de aroma na rotulagem de alimentos. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/ produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/informe-tecnico-no-26-de-14-de-ju- nho-de-2007_anvisa.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. ANVISA. RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Complementa o Regulamento Técnico sobre Rotula- gem Nutricional de Alimentos Embalados. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvi- sa/2003/rdc0359_23_12_2003.html. Acesso em: 3 mar. 2022. ANVISA. RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nu- tricional de Alimentos Embalados. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/ produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-360-de-23-de-de- zembro-de-2003.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. ANVISA. RDC nº 276, de 22 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para Especiarias, Tem- peros e Molhos. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/ legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-276-de-22-de-setembro-de-2005.pdf/ view. Acesso em: 3 mar. 2022. ANVISA. RDC nº 27, de 6 de agosto de 2010. Dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isen- tos e com obrigatoriedade de registro sanitário. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ anvisa/2010/res0027_06_08_2010.html. Acesso em: mar. 2022. ANVISA. RDC nº 429, de 09 de outubro de 2020. Dispõem sobre a rotulagem nutricional dos alimentos embalados. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n- -429-de-8-de-outubro-de-2020-282070599. Acesso em: 3 mar. 2022. ANVISA. RDC nº 725, de 1º de julho de 2022. Dispõe sobre os aditivos alimentares aromatizantes. Dis- ponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-725-de-1-de-julho-de-2022-413249198. Acesso em: 1 nov. 2022. ANVISA. RDC nº 727, de 1º de julho de 2022. Dispõe sobre a rotulagem geral de alimentos embalados. Disponível em: https://in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-727-de-1-de-julho-de-2022-413249279. Acesso em: 1 nov. 2022. APEX BRASIL. Indicação Geográfica no Acordo Mercosul – UE. Disponível em: https://portal.apexbrasil.com.br/relacoes_comerciais/indicacao--geografica-no-acordo-mercosul-ue/::::text- 41 Produtores%20que%20utilizam%20nomes%20considerados,identificar%20em%20uma%20consulta%20 p%C3%BAblica. Acesso em: 5 maio 2021. BRASIL. Decisão STF, Processo 14.873, de 05 de maio de 2016. Decisão transgênicos. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=310872170&ext=.pdf. Acesso em: 10 mar. 2022. BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943. Consolidação das Leis de Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Decreto-lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Disponí- vel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0986.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009. Regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebi- das. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6871.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZ- C2Mb/content/id/20134722/do1-2017-03-30-decreto-n-9-013-de-29-de-marco-de-2017-20134698. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Instrução Normativa Interministerial nº 01, de 02 de abril de 2004. Regulamento Técnico sobre rotulagem de alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de or- ganismos geneticamente modificados. Disponível em: https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarAr- quivo.php?C-MjI0MQ%2C%2C. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 5.700, de 01 de setembro de 1971. Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5700.htm. Acesso em: mar. 2022. BRASIL. Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994. Dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, autoriza a criação da Comissão Intersetorial de Bebidas e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8918.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informe sobre a presença de glúten, como medida preventiva e controlada da doença celíaca. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.674.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras pro- vidências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.831.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. 42 BRASIL. Lei nº 10.970, de 12 de novembro de 2004. Altera dispositivos da lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/ l10.970.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança - CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, dispõe so- bre a Política Nacional de Biossegurança - PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2005/lei/l11105.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 11.474, de 15 de maio de 2007. Altera a Leinº 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, que cria o Programa de Arrendamento Residencial, institui o arrendamento residencial com opção de compra, e a Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lac- tentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11474.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. BRASIL. Lei nº 12.959, de 19 de março de 2014. Altera a Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, para tipificar o vinho produzido por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, estabelecer requisitos e limites para a sua produção e comercialização e definir diretrizes para o registro e a fiscalização do estabele- cimento produtor. 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Aprova o Regulamento Técnico Metrológico con- solidado sobre conteúdos líquidos de mercadorias pré-embaladas. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/ web/dou/-/portaria-inmetro-n-251-de-9-de-junho-de-2021-325397509. Acesso em: 3 mar. 2022. INMETRO. Portaria nº 265, de 15 de junho de 2021. Dispõe sobre o tipo de medida (grandeza) da indi- cação quantitativa do conteúdo nominal de determinadas mercadorias pré-embaladas, de forma compulsória bem como de isenções da obrigatoriedade. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/ RTAC002779.pdf. Acesso em: Acesso em: 1 de nov. 2022. INMETRO. Portaria nº 327, de 28 de julho de 2021. Dispõe sobre a indicação da quantidade líquida de produtos cárneos pré-embalados. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-inmetro-n- -327-de-28-de-julho-de-2021-335761884. Acesso em: 3 mar. 2022. INMETRO. Portaria nº 340, de 9 de agosto de 2021. Dispõe sobre a indicação quantitativa de queijos e requeijões, que não possam ter suas quantidades padronizadas e/ou que possam perder peso de maneira acentuada - consolidado. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002826.pdf. Acesso em: Acesso em: 1 nov. 2022. MAPA. Decreto nº 4.680, de 24 de abril de 2003. Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente mo- dificados, sem prejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4680.htm. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000. Estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade do Mel. Disponível em: http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2012/08/IN-11-de-2000.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 55, de 18 de outubro de 2002. Aprova o Regulamento técnico para Fixa- ção de Critérios para Indicação da Denominação do Produto na Rotulagem de Bebidas, Vinhos, Derivados da Uva e do Vinho e Vinagres. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/pro- dutos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/instrucao-normativa-no-55-de-18-de-ou- tubro-de-2002.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. 44 MAPA. Instrução Normativa nº 12, de 04 de setembro de 2003. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais para Suco Tropical; os Padrões de Identidade e Qua- lidade dos Sucos Tropicais de Abacaxi, Acerola, Cajá, Caju, Goiaba, Graviola, Mamão, Manga, Mangaba, Maracujá e Pitanga; e os Padrões de Identidade e Qualidade dos Néctares de Abacaxi, Acerola, Cajá, Caju, Goiaba, Graviola, Mamão, Manga, Maracujá, Pêssego e Pitanga. Disponível em: https://www.gov.br/agricul- tura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/instrucao- -normativa-no-12-de-4-de-setembro-de-2003.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 22, de 24 de novembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado. Disponível em: https://ambbrasilia.esteri.it/resour- ce/2009/09/INTotale.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 58 de 12 de dezembro de 2007. Altera o Regulamento Técnico para Fixa- ção dos Padrões de Identidade e Qualidade Para Aguardente de Cana e Para Cachaça. Disponível em: https:// www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos- -e-bebidas/instrucao-normativa-no-58-de-19-de-dezembro-de-2007.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 55 de 31 de outubro de 2008. Aprova os regulamentos técnicos para a fixação dos padrões de identidade e qualidade para as bebidas alcoólicas por mistura: licor, bebida alcoólica mista, batida, caipirinha, bebida alcoólica composta, aperitivo e aguardente composta. Disponível em: ht- tps://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=77565. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 19, de 28 de maio de 2009. Aprova os mecanismos de controle e infor- mação da qualidade orgânica dispostos no Anexo I da presente Instrução Normativa. Disponível em: https:// www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/legislacao/portugues/instrucao-normativa- -no-19-de-28-de-maio-de-2009-mecanismos-de-controle-e-formas-de-organizacao.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 18, de 23 de junho de 2014. Instruir o selo único oficial do Sistema Brasi- leiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, estabelecer os requisitos para a sua utilização, na forma desta Instrução Normativa e de seus Anexos I a IV. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_pub- lisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30057086/do1-2014-06-23-instrucao-normativa-n-18-de-20-de-junho- -de-2014-30057082. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 13, de 29 de junho de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade para Aguardente de Cana e para Cachaça. Disponível em: https:// www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos--e-bebidas/instrucao-normativa-no-13-de-29-de-junho-de-2005.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 14, de 08 de fevereiro de 2018. Estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade do Vinho e Derivados da Uva e do Vinho. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/ assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/instrucao-normati- va-no-14-de-8-de-fevereiro-de-2018.pdf/view. Acesso em: 3 mar. 2022. 45 MAPA. Instrução Normativa nº 49, de 26 de setembro de 2018. Estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade de Suco e Polpa de Fruta. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_pub- lisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/42586576/do1-2018-09-27-instrucao-normativa-n-49-de-26-. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Instrução Normativa nº 65, de 10 de dezembro de 2019. Estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade para os produtos de cervejarias. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao- -normativa-n-65-de-10-de-dezembro-de-2019-232666262. Acesso em: 3 mar. 2022. MAPA. Resolução nº 01, de 10 de janeiro de 2003. Aprova a uniformização da nomenclatura de produtos cárneos não formulados em uso para aves e coelhos, suídeos, caprinos, ovinos, bubalinos, equídeos, ovos e outras espécies de animais, em conformidade com os Anexos. Disponível em: https://www.crmvgo.org.br/ legislacao/6_CUNICICULTURA/RES_1_2003.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Portaria nº 2.658, de 22 de dezembro de 2003. Define o símbolo de que tra- ta o art. 2º, § 1º, do Decreto 4.680, de 24 de abril de 2003, na forma do anexo à presente portaria. Disponível em: https://dspace.mj.gov.br/bitstream/1/766/3/PRT_GM_2003_2658.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº 53.848, de 21 de dezembro de 2017. Regulamenta a Lei nº 15.027, de 21 de agosto de 2017, que dispõe sobre a inspeção e a fiscalização dos produtos de origem animal no Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/DEC%20 53.848.pdf. Acesso em: 4 mar. 2022. RIO GRANDE DO SUL. 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RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.185, de 28 de dezembro de 2012. Dispõe sobre a produção, indus- trialização, circulação e comercialização da erva-mate, seus derivados e congêneres e cria o Fundo de De- senvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate do Estado - FUNDOMATE. Disponível em: https://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.asp?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=58896&hTex- to=&Hid_IDNorma=58896. Acesso em: 3 mar. 2022. 46 RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.880, de 17 de junho de 2016. Institui a Política Estadual de Agroin- dústria Familiar no Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://www.al.rs.gov.br/legis/M010/ M0100099.asp?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=63136&hTexto=&Hid_IDNorma=63136. Acesso em: 3 mar. 2022. RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 15.330, de 02 de outubro de 2019. Acrescenta dispositivo na Lei nº 14.185, de 28 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a produção, industrialização, circulação e comerciali- zação da erva-mate, seus derivados e congêneres e cria o Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva Mate do Estado - FUNDOMATE, e dá outras providências. Disponível em: https://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.asp?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNor- mas=65679&hTexto=&Hid_IDNorma=65679. Acesso em: 3 mar. 2022. RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Sabor Gaúcho: ma- nual de identidade visual. [2020a]. Disponível em: https://www.agricultura.rs.gov.br/agroindustria-familiar. Acesso em: 3 mar. 2022. RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Resolução nº 001, de 07 de fevereiro de 2020. 2020b. Regulamenta o Programa Estadual de Agroindústria Familiar do Estado do Rio Grande do Sul, o uso do selo de marca de certificação “Sabor Gaúcho” e dá outras providências. Dis- ponível em: https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202003/12172355-resolucao-selo-sabor-gau- cho.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022. 47 ANEXO A - ROTULAGEM DE DERIVADOS CÁRNEOS Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de derivados cárneos. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados pelas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A Resolução MAPA n° 1, de 10 de janeiro de 2003, aprova a uniformização da nomenclatura de produ- tos cárneos não formulados em uso para aves e coelhos, suídeos, caprinos, ovinos, bubalinos, equídeos, ovos e outras espécies de animais. Por isso, essa legislação deve ser consultada antes da elaboração do rótulo. a) Quando existir um RTIQ que defina uma ou mais denominações para um produto de origem ani- mal: deve-se utilizar pelo menos uma dessas denominações; b) Poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou uma marca regis- trada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações indicadas na legislação; c) O nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em carac- teres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres. O tamanho da letra utilizada deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercial ou logotipo, caso estes existam. d) Poderão ser utilizadas palavras ou frases adicionais, que são necessárias para evitar que o consu- midor seja induzido ao erro ou ao engano em relação à natureza e às condições físicas próprias do produto de origem animal, as quais devem estar junto ou próximas da denominação do produto de origem animal. Por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento a que tenha sido submetido. Exemplos: presunto cozido fatiado, copa fatiada. Os produtos que utilizam nomes considerados como indicação geográfica, fabricados com tecnologias típicas de determinada região geográfica e que possuam características sensoriais semelhantes aos produtos oriundos dessas regiões, como salame tipo italiano, presunto tipo parma, participaram de uma consulta pública em julho de 2020, que teve como objetivo identificar esses produtores e garantir que os produtores mais anti- gos fossem conhecidos pelo governo brasileiro. Tal decisão se deve ao fato de que esses produtos serão acres- centados a uma lista apresentada à União Europeia (UE) para pleitear o direito de uso dos nomes protegidos. Conforme o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, as empresas brasileiras que já produziam produtos registrados na UE, com Indicação Geográfica (IG) antes de 25 de outubro de 2017, poderão seguir utilizando seus nomes originais. Já os novos produtores deverão adotar novas nomenclaturas. Se quiser saber mais sobre indicação geográfica, consulte: o site do MAPA. 48 A denominação de venda nos rótulos das indústrias registradas na DIPOA/SEAPDR deve possuir ta- manho não inferior a 1/3 da maior inscrição do rótulo, conforme Ofício Circular DIPOA 01/18. 2 Lista de ingredientes A água adicionada aos produtos cárneosdeve ser declarada, em percentuais, na lista de ingredientes do produto. Quando a quantidade de água adicionada for superior a 3%, o percentual de água adicionado ao produto deve ser informado, adicionalmente, no painel principal da rotulagem. Se, durante o processamento do produto, for adicionado gordura vegetal, o produtor deve indicar, no painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes em corpo e cor, sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras em caixa alta e em negrito, a expressão: CONTÉM GORDURA VEGETAL. Se quiser saber mais sobre lista de ingredientes, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 3 Conteúdo líquido Os produtos cárneos que não puderem ter o peso padronizado deverão ter o peso colocado em etiqueta adesiva, no ponto de venda, ao consumidor final, informando o Peso da Embalagem, que não poderá ser su- perior ao declarado. Não é necessário colocar etiqueta com peso do produto nem peso de embalagem nos seguintes casos: a) Produtos comercializados a granel – sem nenhuma embalagem – em quantidade determinada pelo consumidor final, pesados na sua presença; b) Produtos com envoltório primário (tripa natural ou artificial, cera, etc.), identificados somente por “cintas, anéis e etiquetas” e pesados na presença do consumidor. Se quiser saber mais sobre peso da embalagem de produtos cárneos, consulte: INMETRO, Portaria nº 327/2021. 49 4 Indicação de origem ou procedência Quando o produto for fabricado em um estabelecimento e embalado e/ou distribuído por outro, além dos dados de identificação do produtor, devem constar, no rótulo, os dados de identificação do estabelecimento responsável pelas operações de embalagem e/ou distribuição. Exemplo: Produzido por Agroindústria José da Silva. Embalado e distribuído por Comercial JP LTDA. N° de registro no SIM: 001. Se quiser saber mais sobre indicação de origem ou procedência, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 5 Identificação de lote e prazo de validade Quando o produto for produzido por um estabelecimento e fracionado e/ou embalado por outro, devem constar no rótulo: a) a data do fracionamento e/ou da embalagem; b) a validade, sendo que esta deve ter prazo igual ou menor ao estabelecido pelo fabricante do pro- duto, exceto em casos particulares, conforme critérios definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Observação: considera-se que a data de fabricação é correspondente à data de processamento. Se quiser saber mais sobre identificação de lote e prazo de validade, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. Para os produtos registrados no serviço de inspeção estadual, de acordo com o Decreto Estadual n° 53848/2017, é obrigatório declarar, no rótulo, a data de fabricação do produto. 50 6 Instruções sobre conservação Na rotulagem de carnes suínas cruas, como miúdos, toucinho, pele, embutidos, carne moída e pro- dutos cárneos moldados, e na rotulagem de carnes de aves cruas, como miúdos e produtos cárneos à base de carne moída ou picada de aves, incluindo aqueles temperados, maturados refrigerados, congelados ou emba- lados à vácuo, deve constar a declaração das instruções de preparo, uso e conservação, conforme Quadro 1: Quadro 1 - Condições de conservação para produtos de carne suína e de aves Condições de conservação Dizeres obrigatórios de instrução de preparo, uso e conservação Requisitos adicionais Produtos refrigerados Este alimento, se manuseado incorretamente ou consu- mido cru, pode causar danos à saúde. Para sua seguran- ça, siga as instruções abaixo: O texto “Este alimento se manuseado incorretamente e ou consumido cru pode causar danos à saúde. Para sua segurança, siga as instruções abaixo:” deve ser impresso em negrito. Mantenha refrigerado até o momento do preparo. Mantenha o produto cru separado dos outros alimentos. Não lave o produto cru antes do manuseio. As instruções mínimas obrigatórias podem ser complementadas com ilus- trações, de forma a facilitar a sua com- preensão. Lave com água e sabão as superfícies de trabalho (in- cluindo as tábuas de corte), utensílios e mãos depois de manusear o produto cru. Consuma somente após cozido, frito ou assado comple- tamente. Produtos congelados Este alimento, se manuseado incorretamente ou consu- mido cru, pode causar danos à saúde. Para sua seguran- ça, siga as instruções abaixo: O texto “Este alimento se manuseado incorretamente e ou consumido cru pode causar danos à saúde. Para sua segurança, siga as instruções abaixo:” deve ser impresso em negrito. Mantenha congelado. Descongele somente no refrigera- dor ou no micro-ondas. Caso não seja recomendado descon- gelar o produto em micro-ondas, a in- formação “Mantenha congelado. Des- congele somente no refrigerador ou no micro-ondas” deverá ser substituída por “Mantenha congelado. Descongele somente no refrigerador.” Mantenha o produto cru separado dos outros alimentos. Caso não seja recomendado desconge- lar o produto previamente ao preparo, a informação “Mantenha congelado. Descongele somente no refrigerador ou no micro-ondas” deverá ser substi- tuída por “Não descongele. Cozinhe a partir de congelado”. Não lave o produto cru antes do manuseio. Lave com água e sabão as superfícies de trabalho (in- cluindo as tábuas de corte), utensílios e mãos depois de manusear o produto cru. As instruções mínimas obrigatórias podem ser complementadas com ilus- trações, de forma a facilitar a sua com- preensão.Consuma somente após cozido, frito ou assado comple- tamente. Fonte: Anvisa (2022). 51 Se quiser saber mais sobre rotulagem de carne de aves e miúdos, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022. 7 Carimbo do serviço de inspeção oficial Para os produtos de origem animal, além dos requisitos exigidos para os demais alimentos, é necessá- rio colocar o nº de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão compe- tente (SIM, SIE, SIF). Para os produtos de origem animal, é obrigatório constar no rótulo: a) Carimbo da inspeção sanitária oficial; b) Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação quando do registro do mesmo no órgão de inspeção oficial; c) Indicação da expressão: - Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIF/DIPOA sob nº---/---. - Registro na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação sob nº---/---. - Registro na Secretaria da Agricultura SIM sob nº---/---. Se quiser saber mais sobre carimbo do serviço de inspeção oficial, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 52 ANEXO B - ROTULAGEM DE DERIVADOS LÁCTEOS Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de derivados lácteos. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda Os derivados lácteos fabricados com leite que não seja de vaca devem possuir, em sua rotulagem, a designação da espécie que lhe deu origem, como, por exemplo: leite de cabra, queijo de búfala. Excetuam-se os produtos que, em função da sua identidade, são fabricados com leite de outras espécies que não a bovina. Ex.: queijo boursan, que é reconhecidamente produzido com leite de cabra. a) Quando existir um RTIQ que defina uma ou mais denominações para um produto de origem ani- mal, deve-se utilizar pelo menos uma dessas denominações; b) Poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou uma marca regis- trada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações indicadas na legislação; c) O nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em carac- teres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres. O tamanho da letra deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercial ou logotipo, caso estes existam; d) Poderão ser utilizadas palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o consumidor seja induzido ao erro ou ao engano em relação à natureza e às condições físicas próprias do produto de origem animal,as quais devem estar junto a ou próximas da denominação do produto de origem animal, como tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento ao qual tenha sido submetido. Exemplos: queijo fatiado. Os produtos que utilizam nomes considerados como indicação geográfica, que são fabricados com tecnologias típicas de determinada região geográfica e que possuam características sensoriais semelhantes aos produtos oriundos dessas regiões, como queijo tipo roquefort, participaram de uma consulta pública, em julho de 2020, que teve como objetivo identificar esses produtores e garantir que os produtores mais antigos fossem conhecidos pelo governo brasileiro. Tal decisão se deve ao fato de que esses produtos serão acrescentados a uma lista apresentada à União Europeia (UE) para pleitear o direito de uso dos nomes protegidos. Conforme o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, as empresas brasileiras que já produziam produtos registrados na UE, com Indicação Geográfica (IG) antes de 25 de outubro de 2017, poderão seguir utilizando esses nomes originais. Já os novos produtores deverão adotar novas nomenclaturas. 53 Para bebidas como Steinhaeger e Genebra e queijos como Parmesão e Gorgonzola, a data de corte corresponde a 25 de outubro de 2017. Para os queijos Gruyère, Grana e Fontina, a data de corte corresponde a 25 de outubro de 2012. Dessa forma, os produtores que já utilizavam esses nomes anteriormente a essas datas permanecerão autorizados a utilizá-los. Já para os novos produtores, ainda não foi definido como os produtos passarão a se chamar. Se quiser saber mais sobre indicação geográfica, consulte: o site do MAPA. A denominação de venda nos rótulos das indústrias registradas na DIPOA/SEAPDR deve possuir ta- manho não inferior a 1/3 da maior inscrição do rótulo, conforme Ofício Circular DIPOA 01/18. 2 Conteúdo líquido De acordo com a Portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (IN- METRO) nº 340, de 9 de agosto de 2021, deve-se colocar, de forma visível, de maneira distinta das demais informações e nas mesmas proporções as seguintes expressões: DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO CONSUMIDOR PESO DA EMBALAGEM _____ g Nos seguintes casos: a) Os queijos e requeijões que não possam ter suas quantidades padronizadas; b) Os produtos que possam perder peso de maneira acentuada. As informações devem ser descritas da seguinte forma: a) As expressões podem ser impressas no próprio rótulo ou com aposição de etiquetas datilografadas, carimbadas ou manuscritas; b) Para embalagens que pesam menos de 10 gramas, é tolerado o erro máximo de 1 g para mais. c) Para embalagens que pesam mais de 10 gramas, é tolerado o erro máximo de 10% do peso da embalagem para mais. d) Sempre usar número inteiro para o peso da embalagem, fazendo o arredondamento, se necessário. Os queijos ralado e pasteurizado e o requeijão cremoso, acondicionados para efeito de comerciali- 54 zação, independentemente do material utilizado para as respectivas embalagens, deverão ter a indicação da quantidade líquida expressa na vista principal do invólucro ou envoltório, sempre de forma bem visível e distinta das demais indicações. Os leites fermentados e os demais derivados de leite, acondicionados e comercializados sob a denomi- nação de iogurte, leite gelificado, leite condensado, leite evaporado ou concentrado, cremes de leite, doce de leite, sobremesa láctea, queijos e similares, devem ter sua indicação quantitativa, relativa ao seu peso líquido, expressa em unidades legais de massa. Se quiser saber mais sobre peso da embalagem de queijos, consulte: INMETRO, Portaria nº 340/2021 e Portaria nº 265/2021, art. 20. 3 Indicação de origem ou procedência Quando o produto for fabricado em um estabelecimento e embalado e/ou distribuído por outro, além dos dados de identificação do produtor, devem constar no rótulo os dados de identificação do estabelecimento responsável pelas operações de embalagem e/ou distribuição. Exemplo: Produzido por Agroindústria José da Silva. Embalado e distribuído por Comercial JP LTDA. N° de registro no SIM: 001. Se quiser saber mais sobre indicação de origem ou procedência, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 4 Identificação de lote e prazo de validade Quando o produto for produzido por um estabelecimento e fracionado e/ou embalado por outro, devem constar no rótulo: a) a data do fracionamento e/ou da embalagem; b) a validade, sendo que esta deve ter prazo igual ou menor ao estabelecido pelo fabricante do pro- duto, exceto em casos particulares, conforme critérios definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Observação: considera-se que a data de fabricação é correspondente à data de expedição no caso de queijos maturados. 55 Se quiser saber mais sobre identificação de lote e prazo de validade, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. Para os produtos registrados no serviço de inspeção estadual, de acordo com o Decreto Estadual n° 53848/2017, é obrigatório declarar, no rótulo, a data de fabricação do produto. 5 Carimbo do serviço de inspeção oficial Para os produtos de origem animal, além dos requisitos exigidos para os demais alimentos, é necessá- rio colocar o nº de registro ou o código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão compe- tente (SIM, SIE, SIF). Para os produtos de origem animal, é obrigatório constar no rótulo: a) Carimbo da inspeção sanitária oficial; b) Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação quando do registro do mesmo no órgão de inspeção oficial; c) Indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIF/DIPOA sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura SIM sob nº---/--- Se quiser saber mais sobre carimbo do serviço de inspeção oficial, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 6 Advertências A rotulagem de leite fluido deve conter as seguintes advertências: Leite desnatado e semidesnatado, com ou sem adição de nutrientes essenciais AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais. 56 Leite integral e similares de origem vegetal ou mistos, enriquecidos ou não AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento materno evita infecções e alergias e deve ser mantido até a criança completar 2 (dois) anos de idade ou mais. Leite modificado de origem animal ou vegetal: AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade. O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais. Se quiser saber mais sobre advertências na rotulagem de leite, consulte: BRASIL, Lei nº 11.474/2007. Se quiser saber mais sobre produtos de origem animal embalados, consulte: MAPA, IN nº 22/2005. 57 ANEXO C - ROTULAGEM DE MEL Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de mel. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda a) Quando existir um RTIQ que defina uma ou mais denominações para um produto de origem ani- mal, deve-se utilizar, pelo menos, uma dessas denominações; b) Poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou uma marca regis- trada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações indicadas na legislação; c) O nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em carac- teres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres. O tamanho da letra deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercialou logotipo, caso estes existam; d) Poderão ser utilizadas palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o consumidor seja induzido ao erro ou ao engano em relação à natureza e condições físicas próprias do produto de origem animal, as quais devem estar junto ou próximas da denominação do produto de origem animal. Por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento ao qual tenha sido submetido. O mel poderá ser designado, segundo a sua classificação, em caracteres não maiores do que o da pa- lavra Mel. a) Mel escorrido: é o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas; b) Mel prensado: é o mel obtido por prensagem dos favos, sem larvas; c) Mel centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem larvas; d) Mel em favos ou mel em secções: é o mel armazenado pelas abelhas em células operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas, que não contenha larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções de tais favos; e) Mel com pedaços de favo: é o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel, isentos de larvas; f) Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu um processo natural de solidificação, como consequência da cristalização dos açúcares; g) Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura cristalina e fina, devido a um possível processo físico, que tenha lhe conferido essa estrutura e que, assim, torne-o fácil de untar. h) Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu valor nutri- tivo. 58 O Mel floral poderá designar-se Mel Flores de ......., preenchendo-se o espaço existente com a denomi- nação da florada predominante. Observação: o mel pode ser armazenado para comercialização a granel ou fracionado. Já o mel em favos e o mel com pedaços de favos só devem ser acondicionados em embalagens destinadas para sua venda direta ao público. Se quiser saber mais sobre mel, consulte: MAPA, IN nº 11/2000. A denominação de venda nos rótulos das indústrias registradas na DIPOA/SEAPDR deve possuir ta- manho não inferior a 1/3 da maior inscrição do rótulo, conforme Ofício Circular DIPOA 01/18. 1.1 Denominação de venda do melato O melato ou mel de melato é o mel obtido, principalmente, a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre elas. O Melato ou Mel de Melato poderá designar-se Melato de ........... ou Mel de Melato de ........, preenchendo-se o espaço existente com o nome da planta de origem. O melato ou mel de melato e sua mistura com mel floral se designará Melato ou Mel de Melato. Sua classificação pode ser escrita em caracteres não maiores do que os da palavra Melato ou Mel de Melato. 2 Conteúdo líquido O mel, por ser um produto que se apresenta sob a forma pastosa a 20º C, deve ter sua indicação quan- titativa, relativa ao seu peso líquido, expressa em unidades legais de massa. Se quiser saber mais sobre conteúdo líquido de mel, consulte: INMETRO, Portaria nº 340/2021. 59 3 Indicação de origem ou procedência Quando o produto for fabricado em um estabelecimento e embalado e/ou distribuído por outro, além dos dados de identificação do produtor, devem constar, no rótulo, os dados de identificação do estabelecimento responsável pelas operações de embalagem e/ou distribuição. Exemplo: Produzido por Agroindústria José da Silva. Embalado e distribuído por Comercial JP LTDA. N° de registro no SIM: 001. Se quiser saber mais sobre indicação de origem ou procedência, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 4 Identificação de lote e prazo de validade Quando o produto for produzido por um estabelecimento e fracionado e/ou embalado por outro, devem constar no rótulo: a) a data do fracionamento e/ou da embalagem; b) a validade, sendo que esta deve ter prazo igual ou menor ao estabelecido pelo fabricante do produ- to, exceto em casos particulares, conforme critérios definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Observação: no caso do mel, considera-se que a data de fabricação corresponde à data de envase. Se quiser saber mais sobre identificação de lote e prazo de validade, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. Para os produtos registrados no serviço de inspeção estadual, de acordo com o Decreto Estadual n° 53848/2017, é obrigatório declarar, no rótulo, a data de fabricação do produto. 5 Carimbo do serviço de inspeção oficial Para os produtos de origem animal, além dos requisitos exigidos para os demais alimentos, é necessá- rio colocar o nº de registro ou o código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão compe- tente (SIM, SIE, SIF). 60 Para os produtos de origem animal, é obrigatório constar no rótulo: a) Carimbo da inspeção sanitária oficial; b) Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação quando do registro do mesmo no órgão de inspeção oficial; c) Indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIF/DIPOA sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura SIM sob nº---/--- Se quiser saber mais sobre carimbo do serviço de inspeção oficial, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 6 Advertências Na rotulagem do mel, do mel de abelhas sem ferrão e dos derivados dos produtos das abelhas, deve constar a advertência “Este produto não deve ser consumido por crianças menores de um ano de idade.”, em caracteres destacados, nítidos e de fácil leitura. Se quiser saber mais sobre a advertência, consulte: Decreto n° 9.013/2017. 61 ANEXO D - ROTULAGEM DE OVOS Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de ovos. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda a) Quando existir um RTIQ que defina uma ou mais denominações para um produto de origem ani- mal, deve-se utilizar pelo menos uma dessas denominações; b) Poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou uma marca regis- trada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações indicadas na legislação; c) O nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em carac- teres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres. O tamanho da letra deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercial ou logotipo, caso estes existam; d) Poderão ser utilizadas palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o consumidor seja induzido ao erro ou ao engano em relação à natureza e condições físicas próprias do produto de origem animal, as quais devem estar junto ou próximas da denominação do produto de origem animal. Por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento a que tenha sido submetido. Os ovos que não sejam de galinhas devem ser denominados segundo a espécie da qual procedam. Os rótulos devem conter, em sua nomenclatura, a cor e a classificação: a) Ovos Tipo Jumbo - (peso mínimo de 66 g por unidade). b) Ovos Tipo Extra - (peso entre 60 g e 65 g por unidade). c) Ovos Tipo Grande - (peso entre 55 g e 59 g por unidade). d) Ovos Tipo Médio - (peso entre 50 g e 54 g por unidade). e) Ovos Tipo Pequeno - (peso entre 45 g e 49 g por unidade). f) Ovos Tipo Industrial - (peso abaixo de 45 g por unidade). Se quiser saber mais sobre denominação de venda de ovos, consulte: MAPA, Resolução nº 01/2003. A denominação de venda nos rótulos das indústrias registradas na DIPOA/SEAPDR deve possuir ta- manho não inferior a 1/3 da maior inscrição do rótulo, conforme Ofício Circular DIPOA 01/18. 62 2 Indicação de origem ou procedência Quando o produto for fabricado em um estabelecimento e embalado e/ou distribuído por outro, além dos dados de identificação do produtor, devem constar no rótulo os dados de identificação do estabelecimento responsável pelas operações de embalagem e/oudistribuição. Exemplo: Produzido por Agroindústria José da Silva. Embalado e distribuído por Comercial JP LTDA. N° de registro no SIM: 001. Se quiser saber mais sobre indicação de origem ou procedência, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 3 Identificação de lote e prazo de validade Observação: considera-se que a data de fabricação corresponde à data de embalagem, no caso dos ovos. Para os produtos registrados no serviço de inspeção estadual, de acordo com o Decreto Estadual n° 53848/2017, é obrigatório declarar, no rótulo, a data de fabricação do produto. 4 Carimbo do serviço de inspeção oficial Para os produtos de origem animal, além dos requisitos exigidos para os demais alimentos, é necessá- rio colocar o nº de registro ou o código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão compe- tente (SIM, SIE, SIF). Para os produtos de origem animal, é obrigatório constar no rótulo: a) Carimbo da inspeção sanitária oficial; b) Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação estabelecida no registro do órgão de inspeção oficial; c) Indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIF/DIPOA sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura SIM sob nº---/--- 63 Se quiser saber mais sobre carimbo do serviço de inspeção oficial, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 5 Advertências Na rotulagem dos ovos, além dos itens exigidos pela legislação de rotulagem de alimentos, devem constar as seguintes expressões: I - O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde. II - Manter os ovos preferencialmente refrigerados. As expressões devem ser declaradas em destaque, de forma legível, e o tamanho das letras não pode ser inferior a 1 mm. Se quiser saber mais sobre rotulagem de ovos, consulte: ANVISA, RDC n° 727/2022. A norma ABNT 16437/2016 define critérios para a produção de ovos caipiras (Avicultura – produção, classificação e identificação de ovo caipira, colonial ou capoeira). 64 ANEXO E - ROTULAGEM DE PESCADOS Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de pescados. Os itens que não estão descri- tos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda a) Quando existir um RTIQ que defina uma ou mais denominações para um produto de origem ani- mal, deve-se utilizar pelo menos uma dessas denominações; b) Poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou uma marca regis- trada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações indicadas na legislação; c) O nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em carac- teres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres. O tamanho da letra deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da marca comercial ou logotipo caso estes existam; d) Poderão ser utilizadas palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o consumidor seja induzido a erro ou engano com relação à natureza e condições físicas próprias do produto de origem animal, as quais devem estar junto ou próximas da denominação do produto de origem animal. Por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento a que tenha sido submetido. Exemplos: presunto cozido fatiado, copa fatiada. O pescado deve ser identificado com a denominação comum da espécie, podendo ser exigida a utiliza- ção do nome científico, conforme estabelecido em norma complementar. Quando se tratar de pescado fresco, respeitadas as peculiaridades inerentes à espécie e às formas de apresentação do produto, o uso de embalagem pode ser dispensado, desde que o produto seja identificado nos contentores de transporte. Se quiser saber mais sobre denominação de venda, consulte: Decreto n° 9.013/2017. A denominação de venda nos rótulos das indústrias registradas na DIPOA/SEAPDR deve possuir ta- manho não inferior a 1/3 da maior inscrição do rótulo, conforme Ofício Circular DIPOA 01/18. 65 2 Indicação de origem ou procedência Quando o produto for fabricado em um estabelecimento e embalado e/ou distribuído por outro, além dos dados de identificação do produtor, devem constar, no rótulo, os dados de identificação do estabelecimento responsável pelas operações de embalagem e/ou distribuição. Exemplo: Produzido por Agroindústria José da Silva. Embalado e distribuído por Comercial JP LTDA. N° de registro no SIM: 001. Se quiser saber mais sobre indicação de origem ou procedência, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 3 Identificação de lote e prazo de validade Para os produtos registrados no serviço de inspeção estadual, de acordo com o Decreto Estadual n° 53848/2017, é obrigatório declarar, no rótulo, a data de fabricação do produto. 4 Carimbo do serviço de inspeção oficial Para os produtos de origem animal, além dos requisitos exigidos para os demais alimentos, é necessário colocar o nº de registro ou o código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão competente (SIM, SIE, SIF). Para os produtos de origem animal, é obrigatório constar no rótulo: a) Carimbo da inspeção sanitária oficial; b) Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação estabelecida no registro do órgão de inspeção oficial; c) Indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIF/DIPOA sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação sob nº---/--- Registro na Secretaria da Agricultura SIM sob nº---/--- Se quiser saber mais sobre carimbo do serviço de inspeção oficial, consulte: MAPA, IN n° 22/2005. 66 ANEXO F - ROTULAGEM DE SUCO DE FRUTA Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de suco de fruta. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A denominação da bebida deverá constar no painel principal do rótulo, destacada das demais inscri- ções, impressa com letras em negrito e em cor única e contrastante com a cor do fundo do rótulo. A altura mínima dos caracteres gráficos da indicação da denominação da bebida, com sua respectiva indicação quantitativa em volume, deverá estar de acordo com o Quadro 1: Quadro 1 - Padrões de descrição da denominação de venda de bebida Conteúdo (ml) Altura mínima de letras (mm) Até 600 1,50 Maior que 600 até 1000 2,00 Maior que 1000 até 2500 3,00 Maior que 2500 até 4000 4,00 Maior que 4000 6,00 Fonte: Mapa (2002). Nota: Tabela II - conteúdo em volume. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 55/2002. Como regra geral, o suco deve ser denominado suco de (nome da fruta) para aquele obtido de fruta, e suco de (nome do vegetal) para aquele obtido de vegetal. Algumas informações importantes que devem ser atendidas: a) A denominação suco integral é de uso exclusivo para suco sem adição de açúcares, ou seja, que esteja em sua concentração natural; b) O suco integral, submetido a processo físico adequado para a retirada de sólidos insolúveis e que não utilize agentes químicos de clarificação, pode manter sua denominação de “suco integral”; c) É vedado o uso da designação integral para o suco reconstituído; d) Quando o suco for adicionado de gás carbônico, a denominação deve ser acrescida, ao seu final, do termo “gaseificado”; e) Quando o suco for submetido ao processo de clarificação, sua denominação deve ser acrescida, ao seu final, do termo “clarificado”; 67 f) É vedado o uso do termo «integral» para suco submetido ao processo de clarificação, com o uso de agentes químicos de clarificação, bem como para o suco adicionado de gás carbônico; g) Quando o suco for adicionado de açúcares, a denominação deve ser acrescida, ao seu final, do termo “adoçado”; h) O suco poderá atender, simultaneamente, a tais condições. Nesse caso, a denominação deverá contemplar todas as citadas anteriormente, como, por exemplo, “clarificadoadoçado gaseificado”; i) É vedado o uso de designação relacionada ao processo de conservação do suco à sua denominação, como, por exemplo, suco de uva pasteurizado e não suco pasteurizado de uva; j) A denominação suco misto, obtido pela mistura de frutas, fruta e vegetal, partes comestíveis de vegetais ou mistura de suco de fruta e vegetal, deverá constar, no rótulo, a expressão suco misto, seguida da relação de frutas ou vegetais utilizados, em ordem decrescente das quantidades presen- tes na mistura; k) O suco de tomate adicionado de sal e especiarias, em conjunto ou separadamente, deve ser deno- minado “suco de tomate condimentado”. As especiarias são aquelas previstas na Resolução RDC ANVISA nº 276, de 22 de setembro de 2005; l) O suco tropical obtido de duas ou mais frutas deve ser classificado como Suco Tropical de (nome da fruta) e/ou Suco Tropical Misto de (nomes das frutas), sendo opcional a designação “Misto”; m) É proibida a designação de “Suco Integral” para “Suco Tropical”; n) A expressão “pronto para beber”, presente nos sucos tropicais, só pode ser colocada, no rótulo, se o produto for adicionado de açúcar e, portanto, deve conter a palavra “ADOÇADO” (ver lista frutas tropicais MAPA, IN nº 12/2003); o) O suco desidratado é obtido pela desidratação do suco integral (no estado sólido), devendo ser denominado “suco desidratado de (...)”, acrescido do nome da fruta ou vegetal; p) O suco concentrado deve ser denominado “suco concentrado de (nome da fruta ou do vegetal)”; q) O suco desidratado, destinado a uso industrial e não destinado ao consumo direto, deve ser deno- minado de “suco desidratado de (...)” acrescido do nome da fruta ou do vegetal para fins indus- triais”; r) O suco reconstituído, obtido pela diluição de suco concentrado ou desidratado, deve apresentar, em seu rotulo, a origem do suco utilizado para sua elaboração e se é concentrado ou desidratado, sendo opcional o uso da expressão “reconstituído”. s) No uso de embalagens retornáveis litografadas e latas, a denominação poderá constar em qualquer parte do rótulo, respeitadas as normas regulamentares vigentes; t) No caso de impressão em embalagem transparente, a indicação da denominação deverá ser con- trastante com a cor conferida pelo conteúdo; u) Nos casos em que a denominação da bebida for constituída de palavras compostas, não poderá haver variação de formatação entre as palavras; v) A denominação e a classificação não poderão ser associadas a figuras, dizeres ou termos que não correspondam à padronização do produto; w) Em rotulagens de produtos com layout padronizado internacionalmente, é facultada a inscrição da denominação no contrarrótulo. Nota: nos casos em que a indicação da denominação da bebida, em rotulagem, estiver disciplinada em regu- lamento próprio, prevalecerá a norma nele estabelecida. 68 Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 49/2018 MAPA, IN nº 12/2003 MAPA, IN nº 14/2018. 1.1 Denominação de venda de suco de frutas artesanais A rotulagem será diferenciada para o suco de frutas artesanais fabricado em estabelecimento familiar rural, devendo constar, junto à denominação dos produtos, as seguintes palavras: “artesanal”, “caseiro” ou “colonial”. Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 e Lei n° 13.648/2018. 2 Expressões utilizadas para sucos a) É permitido o uso de expressões relacionadas à variedade, tipo ou cultivar das frutas utilizadas na elaboração do suco e da polpa de fruta, desde que o suco contenha, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) da variedade indicada; b) Os sucos que não contiverem aditivos podem ser identificados pela expressão “sem aditivos” em sua rotulagem; c) A expressão “suco pronto para beber” ou expressões semelhantes podem ser declaradas de forma isolada; d) Para o suco, são admitidas, conforme cada caso, as expressões “100% DE SUCO DE UVA” ou “100% POLPA E SUCO”, “100% POLPA E VEGETAL” ou “100% POLPA, SUCO E VEGETAL” nos rótulos dos produtos cujo teor de aditivos alimentares adicionados seja inferior a 1%, respeita- das as demais determinações contidas em legislação específica. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018 MAPA, IN nº 49/2018. 3 Lista de ingredientes Para as bebidas obtidas de alimentos desidratados, concentrados, condensados ou evaporados, deve ser declarada a sua origem na lista de ingredientes. Em outras palavras, quando se tratar de produtos que necessi- tam de reconstituição para seu consumo a partir da adição de água, os ingredientes podem ser enumerados, em ordem de proporção (m/m), no alimento reconstituído. Nesses casos, deve ser incluída a seguinte expressão: “Ingredientes do produto preparado segundo as indicações do rótulo”. a) A parte sólida comestível da fruta ou células naturalmente presentes em sua matéria-prima de ori- gem ou originária de outra fruta ou vegetal, adicionadas ao suco e à polpa de fruta, devem ser de- 69 claradas na lista de ingredientes. Para as frutas cítricas, são consideradas células os sacos de sumo obtidos do endocarpo; b) No caso de adição de açúcar, a denominação deve ser acrescida do nome da espécie vegetal de ori- gem, por exemplo, “açúcar de cana”. 4 Indicação de origem Na rotulagem de suco de frutas artesanais elaborado em estabelecimento familiar rural, devem constar a indicação do agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, com endereço do imóvel rural onde foi pro- duzido, além do número da Declaração de Aptidão ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), fornecida por entidade autorizada. Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 BRASIL, Lei n° 13.648/2018. 5 Unidade de produção Em casos da terceirização do envase ou de o processamento ter sido realizado em unidade industrial terceirizada, a indicação do nome empresarial e o endereço do contratado ou unidade industrial deve estar expressa no rótulo. O estabelecimento contratante pode optar por não informar no rótulo do produto. Nesse caso, deverá inserir, como substituição, uma das seguintes expressões: a) “PRODUZIDO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria terceiri- zada e endereço do estabelecimento contratante)”; ou b) “PADRONIZADO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria ter- ceirizada e endereço do estabelecimento contratante)”. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009 MAPA, Instrução Normativa nº 65/2019. 70 6 Grau de concentração e forma de diluição Para bebidas, a quantidade presente deve ser declarada no rótulo: a) No painel principal, isolada, em destaque, com caracteres em caixa alta, em porcentagem – volu- me por volume (v/v) – e em números inteiros; b) Para bebida concentrada, deve ser informado o seu grau de concentração, em porcentagem – mas- sa por massa (m/m). Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018. 7 Número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) O número de registro do produto no MAPA ou o número do registro do estabelecimento importador, quando a bebida for importada, deve ser declarado no rótulo, precedido da expressão “Registro MAPA:” ou “Registro do importador no MAPA:”. Deverão ser observados os seguintes critérios gráficos para a declaração da expressão e para o número de registro: a) Altura de caracteres de mesma dimensão para a denominação de venda do produto; b) Largura total mínima de trinta milímetros; c) Afastamento das demais informações e figuras no rótulo de, no mínimo, um milímetro; d) Fundo em cor sólida, sem a presença de variação de textura, cores ou tonalidades; e) Cor contrastante com o fundo. Para o produto envasilhado em recipientes pequenos, cuja superfíciedo painel principal para rotula- gem for inferior a 10 cm² (dez centímetros quadrados) depois de embalados, é facultativo o cumprimento dos critérios gráficos citados acima. Cada produto terá seu próprio número de registro. Produtos que possuem diferença de composição e/ ou denominação terão números de registro diferentes, e produtos idênticos, com a mesma composição e/ou a mesma denominação, obterão o mesmo número de registro. Em casos de terceirização do envase, o número de registro do produto produzido e envasilhado por estabelecimento de terceiro contratado ou de unidade industrial deverá ser aquele obtido pelo estabelecimento contratante ou pela unidade central, ou seja, do produtor. 71 Figura 1 - Descrição do número de registro no MAPA Fonte: Elaborada pelas autoras. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009. RECOMENDAÇÃO: colocar também os dados do RT para bebidas. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratório deverá figurar nos respectivos rótu- los, faturas e anúncios, compreendida, entre estes últimos, a legenda impressa em cartas e sobrecartas. Fonte: Brasil (1943). Nota: Decreto-lei nº 5.452/1943 , Art. 339 – Título III, Capítulo I Seção XIII - Dos químicos. 72 ANEXO G - ROTULAGEM DE POLPA DE FRUTA Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de polpa de fruta. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A denominação de polpa de fruta deverá constar no painel principal do rótulo, destacada das demais inscrições, impressa com letras em negrito e em cor única e contrastante com a do fundo do rótulo. A altura mínima dos caracteres gráficos da indicação da denominação da bebida e derivados da uva, com indicação quantitativa em massa, deverá estar de acordo com o Quadro 1: Quadro 1 - Padrões de descrição da denominação de venda de bebida Área da vista principal da embalagem (cm2) Altura mínima de letras (mm) até 70 2,00 maior que 70 até 170 3,00 maior que 170 até 650 4,00 maior que 650 5,00 Fonte: Mapa (2002). Nota: Tabela II - conteúdo em massa. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 55/2002. 1.1 Denominação de venda de polpa de fruta a) Denominação “Polpa de (nome da fruta)”, quando for obtida a partir de uma única fruta polposa; b) A denominação de polpa mista deve ser seguida da relação de frutas e vegetais utilizados, em or- dem decrescente das quantidades presentes na mistura. 1.2 Denominação de venda de polpa de frutas artesanais A rotulagem será diferenciada para a polpa de frutas artesanais fabricada em estabelecimento familiar rural, devendo constar, junto à denominação dos produtos, as seguintes palavras: “artesanal”, “caseiro” ou “colonial”. 73 Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 e Lei n° 13.648/2018. 2 Expressões utilizadas para polpas a) É permitido o uso de expressões relacionadas à variedade, tipo ou cultivar das frutas utilizadas na elaboração da polpa de fruta, desde que o suco contenha, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) da variedade indicada; b) A polpa de fruta que não contiver aditivos pode utilizar a expressão “sem aditivos” em sua rotu- lagem; c) Para a polpa, são admitidas, conforme cada caso, as expressões “100% DE POLPA DE UVA”, “100% POLPA”, “100% POLPA E SUCO”, “100% POLPA E VEGETAL” ou “100% POLPA, SUCO E VEGETAL” nos rótulos dos produtos cujo teor de aditivos alimentares adicionados seja inferior a 1%, respeitadas as demais determinações contidas em legislação específica. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018 MAPA, IN nº 49/2018. 3 Indicação de origem Na rotulagem de polpa de frutas artesanais elaborada em estabelecimento familiar rural, devem constar a indicação do agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, com o endereço do imóvel rural onde foi produzido e o número da DAP, fornecida por entidade autorizada. Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 BRASIL, Lei n° 13.648/2018. 4 Unidade de produção Em casos da terceirização do envase ou de o processamento ser realizado em unidade industrial tercei- rizada, a indicação do nome empresarial e o endereço do contratado ou unidade industrial deve estar expressa no rótulo. O estabelecimento contratante pode optar por não informar a unidade de produção no rótulo do produ- to, mas, nesse caso, deverá inserir, como substituição, uma das seguintes expressões: a) “PRODUZIDO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria tercei- rizada e endereço do estabelecimento contratante)”; ou b) “PADRONIZADO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria ter- ceirizada e endereço do estabelecimento contratante)”. 74 Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009 MAPA, Instrução Normativa nº 65/2019 5 Grau de concentração e forma de diluição Para polpas, o grau de concentração deverá ser declarado com o valor numérico e o sinal de porcen- tagem (%) de, no mínimo, o dobro do tamanho da denominação do produto, com as expressões “DE SUCO DE UVA” ou “DE POLPA DE UVA”, “DE POLPA”, “DE POLPA E SUCO”, “DE POLPA E VEGETAL” ou “DE POLPA, SUCO E VEGETAL”, que devem ser equivalentes, no mínimo, a uma vez e meia o tamanho da denominação da bebida. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018 MAPA, IN nº 49/2018. RECOMENDAÇÃO: colocar também os dados do RT para bebidas. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratório, deverá figurar nos respectivos rótu- los, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas. Fonte: Brasil (1943). Nota: Decreto-lei nº 5.452/1943 – Art. 339 – Título III, Capítulo I Seção XIII - Dos químicos. 6 Número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) O número de registro do produto no MAPA ou o número do registro do estabelecimento importador, quando a bebida for importada, deve ser declarado no rótulo e precedido da expressão “Registro MAPA:” ou “Registro do importador no MAPA:”. Deverão ser observados os seguintes critérios gráficos para a declaração da expressão e para o número de registro: a) Altura de caracteres de mesma dimensão para a denominação de venda do produto; b) Largura total mínima de trinta milímetros; c) Afastamento das demais informações e figuras no rótulo de, no mínimo, um milímetro; d) Fundo em cor sólida, sem a presença de variação de textura, cores ou tonalidades; e) Cor contrastante com o fundo. 75 Para o produto que for envasilhado em recipientes pequenos, cuja superfície do painel principal para a rotulagem for inferior a 10 cm² (dez centímetros quadrados) depois de embalados, é facultativo o cumprimen- to dos critérios gráficos. Cada produto terá seu próprio número de registro. Produtos que possuem diferença de composição e/ ou denominação terão números de registro diferentes, e produtos idênticos, com a mesma composição e/ou a mesma denominação, obterão o mesmo número de registro. Em casos de terceirização do envase, o número de registro do produto produzido e envasilhado por es- tabelecimento de terceiro contratado ou por unidade industrial deverá ser aquele obtido pelo estabelecimento contratante ou pela unidade central, ou seja, do produtor. Figura 1- Descrição do número de registro no MAPA Fonte: Elaborada pelas autoras. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009. 76 ANEXO H - ROTULAGEM DE VINHO Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de vinho. Os itensque não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A denominação da bebida deverá constar no painel principal do rótulo, sendo destacada das demais inscrições, impressa com letras em negrito e em cor única e contrastante com a do fundo do rótulo. A altura mínima dos caracteres gráficos da indicação da denominação da bebida, com sua respectiva indicação quantitativa em volume, deverá estar de acordo com o Quadro 1: Quadro 1- Padrões de descrição da denominação de venda de bebida Conteúdo (ml) Altura mínima de letras (mm) Até 600 1,50 Maior que 600 até 1000 2,00 Maior que 1000 até 2500 3,00 Maior que 2500 até 4000 4,00 Maior que 4000 6,00 Fonte: Mapa (2002). Nota: Tabela II - conteúdo em volume. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 55/2002. 1.1 Denominação de venda de vinho a) É permitido citar na rotulagem do vinho ou adicionar à sua denominação o nome de apenas uma variedade de uva, desde que esta represente, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) das uvas utilizadas em sua elaboração; b) Quando o vinho for elaborado com mais de uma variedade de uva da mesma espécie, podem ser citados, no rótulo, os nomes dessas variedades, em ordem decrescente das quantidades presentes na composição; c) É permitida a indicação da safra, desde que, pelo menos, 85% (oitenta e cinco por cento) do pro- duto seja obtido de uvas da safra indicada; d) É admitida turbidez proveniente da manutenção das leveduras de fermentação no vinho de mesa, vinho fino, vinho nobre e espumante engarrafado, desde que esteja garantida a estabilidade e a 77 segurança do produto e que esta informação esteja corretamente descrita na rotulagem desses produtos; e) No uso de embalagens retornáveis litografadas e latas, a denominação poderá constar em qualquer parte do rótulo, respeitadas as normas regulamentares vigentes; f) No caso de impressão em embalagem transparentes, a indicação da denominação deverá ser con- trastante com a cor conferida pelo conteúdo; g) Nos casos em que a denominação da bebida for constituída de palavras compostas, não poderá haver variação de padronização entre as palavras; h) A denominação e a classificação não poderão ser associadas a figuras, dizeres ou termos que não correspondam à padronização do produto. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018 BRASIL, Lei nº 10.970/2004. 1.2 Denominação de venda de vinho colonial A rotulagem será diferenciada para o vinho colonial fabricado em estabelecimento familiar rural, de- vendo constar: Para vinho, a denominação deverá ser acrescida de “produzido por agricultor familiar ou empreende- dor familiar rural”, “vinho colonial” ou “produto colonial”. Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 e Lei n° 13.648/2018. 2 Expressões utilizadas a) Na rotulagem de vinhos, somente são autorizadas expressões qualificativas que estejam previstas nos padrões de identidade e qualidade; b) É permitida a utilização de expressões clássicas internacionalmente usadas, previstas em regulamento próprio, bem como alusões a peculiaridades específicas do produto ou de sua elaboração; c) É facultado o uso simultâneo da expressão “de mesa”; d) Fica permitido o uso do termo “tipo”, que poderá ser empregado em vinhos ou derivados da uva e do vinho cujas características correspondam a produtos clássicos. 78 3 Indicação de origem Na rotulagem de vinho colonial, elaborado em estabelecimento familiar rural, devem constar a indica- ção do agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, com o endereço do imóvel rural onde foi produzido e o número da DAP, fornecida por entidade autorizada. Se quiser saber mais sobre rotulagem de vinho colonial e sucos e polpas coloniais, consulte: BRASIL, Lei n° 12.959/2014 BRASIL, Lei n° 13.648/2018. 4 Prazo de validade O Decreto Federal nº 6.871/2009 define prazo de validade como o tempo em que os produtos mantêm suas propriedades em condições adequadas de acondicionamento, armazenagem e utilização ou consumo. Dessa forma, as bebidas seguem as orientações definidas na RDC 727/2022 e nos demais regulamentos técni- cos específicos para a declaração do “prazo de validade”. Não há exigência da identificação do prazo de validade para algumas bebidas alcoólicas, respeitando as instruções de conservação do produto: a) vinhos, vinhos licorosos, vinhos espumantes, vinhos aromatizados, vinhos de frutas e vinhos es- pumantes de frutas; b) bebidas alcoólicas que contenham 10% (v/v) ou mais de álcool; Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, anexo I. 5 Unidade de produção Em casos da terceirização do envase ou do processamento ser realizado em unidade industrial tercei- rizada, a indicação do nome empresarial e o endereço do contratado ou unidade industrial deve estar expressa no rótulo. O estabelecimento contratante pode optar por não informar a unidade de produção no rótulo do produ- to, mas, nesse caso, deverá inserir, como substituição, uma das seguintes expressões: a) “PRODUZIDO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria tercei- rizada e endereço do estabelecimento contratante)”; ou b) “PADRONIZADO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria ter- ceirizada e endereço do estabelecimento contratante)”. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009 MAPA, Instrução Normativa nº 65/2019. 79 6 Graduação alcoólica Como regra geral, é obrigatória a declaração, no painel principal do rótulo, do teor alcoólico de bebidas alcoólicas, expressa em porcentagem do volume (% v/v). 7 Número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) O número de registro do produto no MAPA ou o número do registro do estabelecimento importador, em caso de bebida importada, deve ser declarado no rótulo precedido da expressão “Registro MAPA:” ou “Registro do importador no MAPA:”. Deverão ser observados os seguintes critérios gráficos para a declaração da expressão e para o número de registro: a) Altura de caracteres de mesma dimensão para a denominação de venda do produto; b) Largura total mínima de trinta milímetros; c) Afastamento das demais informações e figuras no rótulo de, no mínimo, um milímetro; d) Fundo em cor sólida, sem a presença de variação de textura, cores ou tonalidades; e) Cor contrastante com o fundo. Para o produto que for envasilhado em recipientes pequenos, cuja superfície do painel principal para a rotulagem for inferior a 10 cm² (dez centímetros quadrados) depois de embalados, é facultativo o cumprimen- to dos critérios gráficos. Cada produto terá seu próprio número de registro. Produtos que possuem diferença de composição e/ ou de denominação terão números de registro diferentes, e produtos idênticos, com a mesma composição e/ou a mesma denominação, obterão o mesmo número de registro. Em casos de terceirização do envase, o número de registro do produto produzido e envasilhado por es- tabelecimento de terceiro contratado ou por unidade industrial deverá ser aquele obtido pelo estabelecimento contratante ou pela unidade central, ou seja, do produtor. 80 Figura 1- Descrição do número de registro no MAPA Fonte: Elaborada pelas autoras. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009. 8 Advertências a) Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas deverão conter uma frase de advertência, como, por exemplo, “Evite o consumo excessivo de álcool” e “Beba com moderação”, que são mais utilizadas; b) Para a bebida com teor alcoólico reduzido, tal informação deve ser apresentada pela utilização da frase de advertência “Contém álcool em até 0,5% v/v” ou “Pode conter álcool em até 0,5% v/v”. A frase de advertênciadeverá observar as seguintes informações: a) Os dizeres deverão possuir fácil leitura e tamanho não inferior ao dos caracteres que compõem a denominação da bebida; b) Os dizeres deverão estar inseridos em posição horizontal na rotulagem do produto, em condição usual de apresentação ao consumidor; c) A frase em questão deve ser distinta e ostensiva e com caracteres em negrito. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: BRASIL, Lei n° 9.294/1996 BRASIL, Decreto n° 6.871/2009 MAPA, IN nº 55/2008. 81 RECOMENDAÇÃO: colocar também os dados do RT para bebidas. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratório deverá figurar nos respectivos rótu- los, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas. Fonte: Brasil (1943). Nota: Decreto-lei nº 5.452/1943 - Art. 339 – Título III, Capítulo I Seção XIII - Dos químicos. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 14/2018. 82 ANEXO I - ROTULAGEM DE CERVEJA Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de cerveja. Os itens que não estão descritos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A denominação da bebida deverá constar no painel principal do rótulo, sendo destacada das demais inscrições, impressa com letras em negrito e em cor única e contrastante com a do fundo do rótulo. A altura mínima dos caracteres gráficos da indicação da denominação da bebida, com sua respectiva indicação quantitativa em volume, deverá estar de acordo com o Quadro 1: Quadro 1- Padrões de descrição da denominação de venda de bebida Conteúdo (ml) Altura mínima de letras (mm) Até 600 1,50 Maior que 600 até 1000 2,00 Maior que 1000 até 2500 3,00 Maior que 2500 até 4000 4,00 Maior que 4000 6,00 Fonte: Mapa (2002). Nota: Tabela II - conteúdo em volume. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 55/2002. 1.1 Denominação de venda de cerveja As cervejas são classificadas e denominadas no que se refere à sua proporção de matérias-primas em: a) Denomina-se “cerveja”, quando elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo contém, no mínimo, 55% em peso de cevada malteada e, no máximo, 45% de adjuntos cervejeiros; b) Denomina-se “cerveja 100% malte” ou “cerveja puro malte”, quando elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de cevada malteada ou de extrato de malte; c) Denomina-se “cerveja 100% malte de (nome do cereal malteado)” ou “cerveja puro malte de (nome do cereal malteado)”, quando elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de outro cereal malteado; d) Denomina-se “cerveja de (nome do cereal ou dos cereais majoritário(s), malteado(s) ou não)”, 83 quando elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém majoritariamente de adjun- tos cervejeiros, sendo que: - esta poderá ter um máximo de 80% em peso da totalidade dos adjuntos cervejeiros em relação ao seu extrato primitivo, e o mínimo de 20% em peso de malte de cevada ou malte de (nome do cereal utilizado); ou - quando dois ou mais cereais contribuírem com a mesma quantidade para o extrato primitivo, todos devem ser citados na denominação. 2 Expressões utilizadas para a cerveja a) É permitida a utilização, na rotulagem, das seguintes expressões, desde que em separado e de for- ma clara e prontamente distinguível da sua denominação: “cerveja gruit”, “cerveja sem glúten”, “cerveja de múltipla fermentação”, “cerveja light”, “chope”/“chopp” ou “cerveja Malzbier”, des- de que atendidos os critérios definidos neste regulamento técnico; b) É possível, ainda, definir a cerveja de acordo com seu tipo, e/ou expressões internacionalmente re- conhecidas: “Pilsen”, “Export”, “Lager”, “Dortmunder”, “Munchen”, “Bock”, “Malzbier”, “Ale”, “Stout”, “Porter”, “Weissbier”, “Alt”, ou, ainda, outras denominações internacionalmente reco- nhecidas que vierem a ser criadas, desde que observadas as características do produto original; c) Outras expressões reconhecidas por instituição que congregue os Mestres-Cervejeiros existentes nos territórios dos Estados partes do MERCOSUL, ou que vierem a ser criadas, desde que obser- vadas as características do produto original; d) Outras expressões de fantasia ou de fábrica, observadas as características do produto original. Se quiser saber mais sobre cerveja, consulte: MAPA, IN nº 65/2019. 3 Lista de ingredientes Atentar-se, para a utilização de adjuntos cervejeiros, que a lista de ingredientes deve apresentar a de- nominação real do vegetal que lhe deu origem, qual seja: arroz, trigo, milho, aveia, triticale, centeio, sorgo, dentre outros. É vedado o uso de expressões genéricas, tais como: “carboidratos”, “cereais”, “cereais não-mal- teados”. Exemplos de algumas situações: “grits de milho” será denominado “milho”; “quirera de arroz” será denominado “arroz”; “amido de mandioca” será denominado “mandioca”; e “amido de milho” será denomi- nado “milho”. 84 4 Prazo de validade O Decreto Federal nº 6.871/2009 define o prazo de validade como o tempo em que os produtos man- têm suas propriedades em condições adequadas de acondicionamento, armazenagem e utilização ou consumo. Dessa forma, as bebidas seguem as orientações definidas na RDC nº 727/2022 e nos demais regulamentos técnicos específicos para a declaração do “prazo de validade”. Nas cervejas com percentual alcoólico inferior a 10% (v/v), é necessário identificar o prazo de validade. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: ANVISA, RDC nº 727/2022, anexo I. 5 Unidade de produção Em casos da terceirização do envase ou do processamento ser realizado em unidade industrial terceiri- zada, a indicação do nome empresarial e o endereço do contratado ou unidade industrial devem estar expressos no rótulo. O estabelecimento contratante pode optar por não informar a unidade de produção, no rótulo do pro- duto, mas, nesse caso, deverá inserir como substituição uma das seguintes expressões: a) “PRODUZIDO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria tercei- rizada e endereço do estabelecimento contratante)”; ou b) “PADRONIZADO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria ter- ceirizada e endereço do estabelecimento contratante)”. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009 MAPA, Instrução Normativa nº 65/2019. 85 6 Graduação alcoólica Para cerveja, as informações devem ser expressas da seguinte forma: a) “Cerveja” é aquela cujo conteúdo alcoólico é superior a 2,0% em volume (2,0% v/v); b) Cerveja sem álcool é aquela cujo conteúdo alcoólico é inferior ou igual a 0,5% em volume (0,5% v/v), sendo somente permitido o uso da expressão “zero álcool”, “zero % álcool”, “0,0%”, “cerve- ja sem álcool”, “cerveja desalcoolizada”; c) Cerveja com “teor alcoólico reduzido” ou “baixo teor alcoólico” é aquela cujo conteúdo alcoólico é superior a 0,5% em volume (0,5% v/v) e inferior ou igual a 2,0% em volume (2,0% v/v). Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, IN nº 65/2019 BRASIL, Decreto nº 6.871/2009. 7 Número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) O número de registro do produto no MAPA ou o número do registro do estabelecimento importador, quando a bebida for importada, deve ser declarado no rótulo, precedido da expressão “Registro MAPA:” ou “Registro do importador no MAPA:”. Deverão ser observados os seguintes critérios gráficos para a declaração da expressão e para o número de registro: a) Altura de caracteres de mesma dimensão para a denominação de venda do produto; b) Largura total mínima de trinta milímetros; c) Afastamento das demais informações e figuras no rótulo de, no mínimo, um milímetro; d) Fundo em cor sólida, sem a presença de variação de textura, cores ou tonalidades;e) Cor contrastante com o fundo. Para o produto que for envasilhado em recipientes pequenos, cuja superfície do painel principal para a rotulagem for inferior a 10 cm² (dez centímetros quadrados) depois de embalados, é facultativo o cumprimen- to dos critérios gráficos. Cada produto terá seu próprio número de registro. Produtos que possuem diferença de composição e/ ou de denominação terão números de registro diferentes, e produtos idênticos, com a mesma composição e/ou a mesma denominação, obterão o mesmo número de registro. 86 Em casos de terceirização do envase, o número de registro do produto produzido e envasilhado por estabelecimento de terceiro contratado ou unidade industrial deverá ser aquele obtido pelo estabelecimento contratante ou pela unidade central, ou seja, do produtor. Figura 1 - Descrição do número de registro no MAPA Fonte: Elaborada pelas autoras. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009. 8 Advertências a) Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas deverão conter uma frase de advertência, como, por exemplo, “Evite o consumo excessivo de álcool” e “Beba com moderação”, que são mais utilizadas; b) Para a bebida com teor alcoólico reduzido, tal informação deve ser apresentada pela utilização da frase de advertência “Contém álcool em até 0,5% v/v” ou “Pode conter álcool em até 0,5% v/v”. A frase de advertência deverá observar as seguintes informações: a) Os dizeres deverão possuir fácil leitura e tamanho não inferior ao dos caracteres que compõem a denominação da bebida; b) Os dizeres deverão estar inseridos em posição horizontal na rotulagem do produto, em condição usual de apresentação ao consumidor; c) A frase em questão deve ser distinta e ostensiva e com caracteres em negrito. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: BRASIL, Lei n° 9.294/1996 BRASIL, Decreto n° 6.871/2009 MAPA, IN nº 55/2008. 87 RECOMENDAÇÃO: colocar também os dados do RT para bebidas. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratório, deverá figurar nos respectivos rótu- los, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas. Fonte: Brasil (1943). Nota: Decreto-lei nº 5.452/1943 - Art. 339 – Título III, Capítulo I Seção XIII - Dos químicos. 88 ANEXO J - ROTULAGEM DE AGUARDENTE Nesta seção, apresentamos as especificidades da rotulagem de aguardente. Os itens que não estão des- critos aqui são contemplados nas regras da rotulagem geral. 1 Denominação de venda A denominação da bebida deverá constar no painel principal do rótulo, destacada das demais inscri- ções, impressa com letras em negrito e em cor única e contrastante com a do fundo do rótulo. A altura mínima dos caracteres gráficos da indicação da denominação da bebida, com sua respectiva indicação quantitativa em volume, deverá estar de acordo com o Quadro 1: Quadro 1 - Padrões de descrição da denominação de venda de bebida Conteúdo (ml) Altura mínima de letras (mm) Até 600 1,50 Maior que 600 até 1000 2,00 Maior que 1000 até 2500 3,00 Maior que 2500 até 4000 4,00 Maior que 4000 6,00 Fonte: Mapa (2002). Nota: IN nº 55/2002. Tabela II - conteúdo em volume. 1.1 Denominação de venda de aguardente e cachaça a) A aguardente terá a denominação da matéria-prima de sua origem (melaço, cereal, vegetal, rapa- dura, melado, cana-de-açúcar); b) A aguardente ou cachaça que contiver açúcares em quantidade superior a 6 gramas/litro e inferior a 30 gramas/litro será denominada de aguardente adoçada; c) Será considerada aguardente ou cachaça envelhecida a bebida que contiver, no mínimo, 50% de aguardente envelhecida por período não inferior a um ano, podendo ser adicionada de caramelo para a correção da cor; d) Somente poderá constar, no rótulo, a idade ou o tempo de envelhecimento da aguardente de cana e da cachaça que forem elaboradas com 100% de aguardente de cana ou cachaça envelhecidas por um período não inferior a 1 (um) ano; e) No caso de misturas entre os produtos, a declaração da idade, no rótulo, será efetuada em função do produto presente com menor tempo de envelhecimento; 89 f) No caso de misturas de produtos com mais de 3 (três) anos de envelhecimento, a declaração da ida- de, no rótulo, poderá ser aplicada a partir da média ponderada das idades dos produtos da mistura, relativos aos volumes individuais em porcentagem de álcool anidro. Os resultados cujas frações forem superiores a 0,5 (cinco décimos) e os iguais ou inferiores a 0,5 (cinco décimos) serão arre- dondados para o número inteiro imediatamente superior ou inferior, respectivamente, g) Poderá ser mencionado o nome da Unidade da Federação ou da região em que a bebida foi ela- borada, quando consistir em indicação geográfica registrada no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). A inserção deverá constar em posição inferior à denominação da bebida e em caracteres gráficos com dimensão correspondente à metade da dimensão utilizada para a denomi- nação da bebida. Atenção: toda cachaça é aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça! A cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com gradua- ção alcoólica de 38 a 48% (v/v), a 20°C, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açú- car com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares em até seis gramas por litro. Se quiser saber mais sobre aguardente, aguardente composta e cachaça, consulte: MAPA, IN nº 13/2005 MAPA, IN nº 55/2008. 2 Expressões utilizadas para aguardentes e cachaças a) Fica vedado o uso da expressão “Artesanal” como designação, tipificação ou qualificação, até que se estabeleça, por ato administrativo do MAPA, o regulamento técnico que fixe os critérios e procedimentos para a produção e comercialização de aguardente de cana e cachaça artesanais; b) Poderá ser declarada, no rótulo, a expressão “Reserva Especial” para a Cachaça e a Aguardente de Cana que possuírem características sensoriais, dentre outras, diferenciadas do padrão usual e normal dos produtos elaborados pelo estabelecimento, desde que devidamente comprovada pela requerente. Os laudos técnicos deverão ser emitidos por laboratórios públicos ou privados reco- nhecidos pelo MAPA, c) Será obrigatório declarar, no rótulo, a expressão: Armazenada em ....(seguida do nome do reci- piente) de....(seguida do nome da madeira em que o produto foi armazenado) para os produtos armazenados em recipiente de madeira e que não se enquadrarem nos critérios definidos para o envelhecimento previstos na IN nº 58/2007 - MAPA e em outros atos administrativos próprios; d) Poderá ser associada à marca as expressões “prata”, “clássica” ou “tradicional” para os produtos definidos em normativa própria e que forem ou não armazenados em recipientes de madeira, desde que não agreguem cor à bebida; e) Poderá ser associada à marca a expressão “ouro” para os produtos definidos na IN nº 13/2005 - MAPA que foram armazenados em recipientes de madeira e que tiveram alteração substancial da sua coloração. 90 Poderão ser utilizadas expressões relativas ao seu processo de destilação, desde que: a) Seja inserida, no rótulo, de forma a não caracterizar vinculação à denominação da bebida; b) Seja constituída de expressão separada das demais do rótulo, inclusive da marca comercial e da denominação ou classificação da bebida; c) Seja apresentada em padrão de caracteres gráficos com dimensão máxima correspondente à meta- de da dimensão utilizada para a denominação do produto. Se quiser saber mais sobre aguardente e aguardente composta, consulte: MAPA, IN nº 13/2005 MAPA, IN nº 55/2008 MAPA, IN nº 58/2007. 3 Prazo de validade Não há exigência da identificação do prazo de validade para bebidas alcoólicas que contenham 10% (v/v) ou mais de álcool. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte:ANVISA, RDC nº 727/2022, anexo I. 4 Unidade de produção Em casos da terceirização do envase ou de o processamento ser realizado em unidade industrial ter- ceirizada, a indicação do nome empresarial e o endereço do contratado ou unidade industrial devem estar expressas no rótulo. O estabelecimento contratante pode optar por não informar a unidade de produção no rótulo do produ- to, mas, nesse caso, deverá inserir, como substituição, uma das seguintes expressões: a) “PRODUZIDO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria tercei- rizada e endereço do estabelecimento contratante)”, ou b) “PADRONIZADO E ENVASILHADO SOB RESPONSABILIDADE DE (nome da indústria ter- ceirizada e endereço do estabelecimento contratante)”. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009 MAPA, Instrução Normativa nº 65/2019. 91 5 Graduação alcoólica Como regra geral, é obrigatória a declaração, no painel principal do rótulo, do teor alcoólico de bebidas alcoólicas, que deve ser expressa em porcentagem do volume (% v/v). 6 Número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) O número de registro do produto no MAPA ou o número do registro do estabelecimento importador, quando a bebida for importada, deve ser declarado no rótulo e precedido da expressão “Registro MAPA:” ou “Registro do importador no MAPA:”. Deverão ser observados os seguintes critérios gráficos para a declaração da expressão e do número de registro: a) Altura de caracteres de mesma dimensão para a denominação de venda do produto; b) Largura total mínima de trinta milímetros; c) Afastamento das demais informações e figuras no rótulo de, no mínimo, um milímetro; d) Fundo em cor sólida, sem a presença de variação de textura, cores ou tonalidades; e) Cor contrastante com o fundo. Para o produto que for envasilhado em recipientes pequenos, cuja superfície do painel principal para rotulagem for inferior a 10 cm² (dez centímetros quadrados) depois de embalados, é facultativo o cumprimen- to dos critérios gráficos. Cada produto terá seu próprio número de registro. Produtos que possuem diferença de composição e/ ou de denominação terão números de registro diferentes, e produtos idênticos, com a mesma composição e/ou a mesma denominação, obterão o mesmo número de registro. Em casos de terceirização do envase, o número de registro do produto produzido e envasilhado por es- tabelecimento de terceiro contratado ou por unidade industrial deverá ser aquele obtido pelo estabelecimento contratante ou pela unidade central, ou seja, do produtor. 92 Figura 1- Descrição do número de registro no MAPA Fonte: Elaborada pelas autoras. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: MAPA, Lei n° 8.918/1994 e Decreto n° 6.871/2009. 7 Advertências Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas deverão conter uma frase de advertência, como, por exemplo, “Evite o consumo excessivo de álcool” e “Beba com moderação”, que são mais utilizadas. Observar as seguintes informações: a) Os dizeres deverão possuir fácil leitura e tamanho não inferior ao dos caracteres que compõem a denominação da bebida; b) Os dizeres deverão estar inseridos em posição horizontal na rotulagem do produto, em condição usual de apresentação ao consumidor; c) A frase em questão deve ser distinta e ostensiva e com caracteres em negrito. Se quiser saber mais sobre elementos obrigatórios do rótulo, consulte: BRASIL, Lei n° 9.294/1996 BRASIL, Decreto n° 6.871/2009 MAPA, IN nº 55/2008. RECOMENDAÇÃO: colocar também os dados do RT para bebidas. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratório, deverá figurar nos respectivos rótu- los, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas. Fonte: Brasil (1943). Nota: Decreto-lei nº 5.452/1943 - Art. 339 – Título III, Capítulo I Seção XIII - Dos químicos.AS IM 93 ANEXO K - EXEMPLO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM VEGETAL Fonte: Elaborado pelas autoras. 94 ANEXO L - EXEMPLO DE FRUTAS E ERVAS DESIDRATADAS Fonte: Elaborado pelas autoras. 95 ANEXO M - EXEMPLO DE RÓTULO DE MASSAS FRESCAS Fonte: Elaborado pelas autoras. 96 ANEXO N - EXEMPLO DE RÓTULO DE CONSERVAS DE CARNE (EMBUTIDOS) Fonte: Elaborado pelas autoras. 97 ANEXO O - EXEMPLO DE RÓTULO DE DOCE DE LEITE Fonte: Elaborado pelas autoras. 98 ANEXO P - EXEMPLO DE RÓTULO DE DERIVADOS LÁCTEOS Fonte: Elaborado pelas autoras. 99 ANEXO Q - EXEMPLO DE RÓTULO DE MEL Fonte: Elaborado pelas autoras. 100 ANEXO R - EXEMPLO DE RÓTULO DE OVOS DE GALINHA Ovos de outras espécies de aves não são classificados, devendo constar o nome da espécie de proce- dência. Exemplo: Ovos de Codorna; Ovos de Pata... Fonte: Elaborado pelas autoras. 101 ANEXO S - EXEMPLO DE RÓTULO DE OVO EM CONSERVA Fonte: Elaborado pelas autoras. 102 ANEXO T - EXEMPLO DE RÓTULO DE PESCADO Fonte: Elaborado pelas autoras. 103 ANEXO U - EXEMPLO DE RÓTULO DE CACHAÇA Fonte: Elaborado pelas autoras. 104 ANEXO V - EXEMPLO DE RÓTULO DE CERVEJA Fonte: Elaborado pelas autoras. 105 ANEXO W - EXEMPLO DE RÓTULO DE POLPA E SUCO DE FRUTAS ARTESA- NAIS EM ESTABELECIMENTO FAMILIAR RURAL Fonte: Elaborado pelas autoras. 106 ANEXO X - EXEMPLO DE RÓTULO DE SUCO DE FRUTA Fonte: Elaborado pelas autoras. 107 ANEXO Y - EXEMPLO DE RÓTULO DE VINHO Fonte: Elaborado pelas autoras. 108 ANEXO Z - EXEMPLO DE RÓTULO DE VINHO COLONIAL Fonte: Elaborado pelas autoras. 109 ANOTAÇOES 110 ANOTAÇOES