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Biologia
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Sumário
Introdução à biologia ....................................... 5
Composição química ............................................... 5
Organização ............................................................ 5
Reprodução ............................................................ 7
Adaptação ao meio ................................................. 7
Vírus: vivo ou não vivo? .......................................... 8
Método Científico ................................................... 8
Constituintes inorgânicos da célula ................ 9
Água ....................................................................... 9
Sais minerais ........................................................... 9
Cálcio: Ca2+............................................................ 10
Magnésio: Mg2+ .................................................... 10
Ferro: Fe ............................................................... 10
Fosfato: Po4 3- ...................................................... 10
Potássio: K+ ........................................................... 11
Sódio: Na+ ............................................................. 11
Flúor: F ................................................................. 11
Iodo: I ................................................................... 11
Cobre .................................................................... 11
Osmose ........................................................... 11
Glicídios ........................................................... 11
Monossacarídeos ou oses ..................................... 12
Oligossacarídeos ou osídeos ................................. 12
Galactosemia e intolerância à lactose ................... 12
Polissacarídeos ..................................................... 13
Lipídios ............................................................ 13
Classificação dos lipídios ....................................... 15
Lipídios conjugados ou complexos ........................ 15
Proteínas ......................................................... 16
Aminoácidos ................................................... 16
Desnaturação ....................................................... 18
Enzimas ........................................................... 18
Vitaminas ........................................................ 18
Vitaminas hidrossolúveis....................................... 19
Vitaminas lipossolúveis ......................................... 19
Ácidos nucleicos ............................................. 20
RNA ...................................................................... 21
Ribossomos .......................................................... 22
Engenharia genética ....................................... 22
Biotecnologia ....................................................... 22
Clonagem de DNA ................................................ 22
Transgênicos ........................................................ 23
Citologia .......................................................... 24
Estruturas das células ........................................... 24
Membrana plasmática .......................................... 25
Transportes .......................................................... 26
Citologia .......................................................... 27
Movimentos celulares .......................................... 27
Fermentação ........................................................ 28
Tipos de respiração celular ................................... 28
Tipos de organismos quanto à respiração ............. 29
Respiração aeróbica ............................................. 29
Glicólise ............................................................... 30
Ciclo de Krebs ....................................................... 30
Cadeia respiratória ............................................... 30
Fotossíntese ......................................................... 30
Etapas da fotossíntese .......................................... 30
Quimiossíntese..................................................... 31
Núcleo celular ...................................................... 31
Componentes do núcleo....................................... 31
Cromossomos ................................................. 32
Cromossomos homólogos .................................... 32
Mutações ou aberrações cromossômicas ............. 33
Aneuploidias autossômicas .................................. 33
Aneuploidias sexuais ............................................ 34
Cromatina sexual de Barr ..................................... 34
Células-tronco e clonagem ................................... 34
Células-tronco ...................................................... 34
Ciclo celular .......................................................... 35
Intérfase............................................................... 36
Fatores de risco .................................................... 37
Tratamento .......................................................... 37
Mitose .............................................................. 37
Biologia
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Fases da mitose .................................................... 37
Inibição por mitose ............................................... 38
Meiose ............................................................. 38
Meiose I: divisão reducional .................................. 38
Meiose II: divisão equacional ................................ 38
Crossing-over ........................................................ 39
Gametogênese ............................................... 39
Espermatogênese ................................................. 39
Ovogênese ............................................................ 39
Partenogênese ...................................................... 40
Embriologia..................................................... 42
Folhetos embrionários ou germinativos ................ 42
Anexos embrionários ............................................ 43
Embriologia .......................................................... 43
Gêmeos ................................................................ 44
Tecidos ............................................................ 44
Tecido epitelial ..................................................... 44
Tecido Conjuntivo ................................................. 46
Células .................................................................. 46
Tecido adiposo...................................................... 46
Tecido sanguíneo .................................................. 46
Tecido ósseo ......................................................... 48
Tecido muscular .................................................... 48
Tecido nervoso ..................................................... 49
Sistemas .......................................................... 49
Sistema respiratório .............................................. 49
Sistema respiratório em humanos......................... 50
Movimentos respiratórios humanos ..................... 50
Transporte de gases no sangue ............................. 50
Sistema circulatório .............................................. 51
Problemas de saúde .............................................. 52
Sistema digestório ................................................ 52
Sistema digestório humano................................... 53
Microbiota intestinal............................................. 54
Vias de administração de medicamentos .............. 54
Distúrbios e doenças no aparelho digestivo .......... 54
Sistema imune ...................................................... 54
Imunização ativa ................................................... 55
Imunizaçãopassiva ............................................... 55
Sistema excretor .................................................. 55
Sistema nervoso ................................................... 56
Sistema sensorial.................................................. 56
Sistema endócrino................................................ 57
Genética .......................................................... 58
Mendel ................................................................ 58
Mutação............................................................... 59
Probabilidade em genética ................................... 60
Polialelismo ou alelos múltiplos ............................ 60
Sistema ABO......................................................... 60
Sistema Rh ........................................................... 61
Segunda lei de Mendel ou da segregação
independente....................................................... 62
Linkage ................................................................. 62
Genética do sexo .................................................. 62
Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr............... 63
Pleiotropia ........................................................... 63
Evolução .......................................................... 63
Teorias evolutivas ................................................ 63
Mecanismos de adaptação ................................... 64
Exemplos de seleção natural ................................ 64
Tipos de seleção natural ....................................... 65
Isolamento reprodutivo ........................................ 66
Evolução humana ................................................. 66
Classificação dos reinos ........................................ 67
Parasitologia ................................................... 67
Parasitas .............................................................. 67
Modos de contágio por doenças parasitárias ........ 67
Epidemiologia ................................................. 68
Classificação epidemiológica das doenças ............ 69
Vírus ................................................................. 69
Vírus bacteriófagos .............................................. 70
Desoxivírus ........................................................... 70
Retrovírus ............................................................ 70
Ribovírus .............................................................. 70
Provírus ................................................................ 70
Príons ................................................................... 70
Vírion ................................................................... 71
Doenças causadas por ribovírus ........................... 71
Biologia
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Doenças causadas por retrovírus .......................... 74
Bactérias .......................................................... 74
Doenças bacterianas ...................................... 75
Protozoários ................................................... 77
Flagelados............................................................. 77
Ciliados ................................................................. 78
Rizópodes ou sarcodíneos ..................................... 78
Esporozoários ou apicomplexos ............................ 78
Algas ..................................................................... 78
Importância das algas ........................................... 79
Fungos ............................................................ 79
Importância dos fungos ........................................ 80
Botânica .......................................................... 80
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta. ................ 80
Evolução das plantas ............................................. 81
Adaptações para o meio terrestre ......................... 81
Introdução à reprodução vegetal .......................... 82
Briófitas ................................................................ 83
Pteridófitas ........................................................... 83
Gimnosperma ....................................................... 83
Angiosperma ........................................................ 84
Sementes .............................................................. 84
Fruto..................................................................... 84
Pericarpo .............................................................. 84
Flor ................................................................... 85
Germinação .......................................................... 85
Histologia vegetal ........................................... 86
Tecidos meristemáticos ........................................ 86
Tecidos de sustentação ......................................... 87
Disposição dos tecidos de condução: anel de
Malpighi ............................................................... 88
Tecidos vegetais de secreção ................................ 88
Raiz ....................................................................... 88
Caules ................................................................... 89
Folhas ................................................................... 90
Estômatos ............................................................. 91
Gutação ou sudação ............................................. 91
Nutrição vegetal ................................................... 91
Hidroponia ............................................................ 92
Movimentos vegetais ........................................... 92
Hormônios vegetais: fitormônios .................. 93
Auxinas ................................................................ 93
Fototropismo ....................................................... 93
Geotropismo ........................................................ 93
Giberelinas ........................................................... 94
Citocininas ........................................................... 94
Ácido abscísico ..................................................... 94
Etileno.................................................................. 94
Zoologia .......................................................... 95
Reino animália ou metazoa .................................. 95
Evolução dos animais ........................................... 96
Reprodução em animais ....................................... 96
Filo porífera.......................................................... 97
Filo Cnidária ......................................................... 97
Filo Platelminto .................................................... 98
Filo Nematoda .................................................... 100
Filo Molusca ....................................................... 101
Filo Anelídeos ..................................................... 102
Filo Artropoda .................................................... 102
Filo Echinodermata ............................................ 104
Filo Chordata ...................................................... 104
Peixes cartilaginosos .......................................... 105
Peixes ósseos ..................................................... 105
Aves e mamíferos ............................................... 107
Mamíferos ......................................................... 107
Ecologia ......................................................... 108
Ecossistema ....................................................... 108
Fluxo de energia ................................................. 108
Cadeias alimentares ........................................... 109
Pirâmides ecológicas .......................................... 109
Ciclos biogeoquímicos ................................. 109
Ciclo do Carbono ................................................109
Aquecimento global ........................................... 110
Ciclo do Oxigênio................................................ 110
Ciclo do Nitrogênio ............................................. 111
Eutrofização ....................................................... 111
Revolução Verde ................................................ 111
Adubação verde ................................................. 112
Biologia
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Ciclo da Água ...................................................... 112
Ciclo do Enxofre .................................................. 112
Ciclo do Fósforo .................................................. 112
Dinâmica das populações .................................... 112
Relações ecológicas ..................................... 114
Harmônicas......................................................... 114
Desarmônicas ..................................................... 115
Sucessão ecológica ............................................. 115
Biosfera .............................................................. 116
Biomas terrestres................................................ 117
Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou pluvial
ou ombrófila ....................................................... 117
Mata Atlântica .................................................... 118
Campos............................................................... 118
Cerrado............................................................... 118
Caatinga ............................................................. 118
Campos limpos e Pampas.................................... 119
Desertos ............................................................. 119
Floresta Temperada ou decídua .......................... 119
Floresta de Coníferas ou Taiga ............................ 119
Tundra ................................................................ 119
Manguezais ........................................................ 119
Mata dos cocais .................................................. 120
Pantanal Matogrossense ..................................... 120
Mata de Araucária ou dos Pinhais ....................... 120
Biomas brasileiros ............................................... 120
Biomas mundiais ................................................. 120
Poluição .............................................................. 121
Inversão térmica ................................................. 122
Biomagnificação, magnificação trófica ou
bioacumulação ................................................... 122
Petróleo: “maré negra” ....................................... 122
Eutrofização ........................................................ 123
Lixões à céu aberto ............................................. 123
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Introdução à biologia
Vida: capacidade de reprodução e adaptação ao meio.
A importância para a preservação da vida no
planeta é a capacidade de reprodução e
hereditariedade.
Composição química
Água: Substância mais abundante na matéria viva.
Glicídios: açúcares, energética.
Lipídios: gorduras, energética.
Proteínas: estruturais, define características.
Enzimas: catalizadoras, aumenta a velocidade das
reações.
Molécula orgânica: apresentam estabilidade e
versatilidade.
Ribossomos: produzem proteínas para obtenção de
energia.
Ac. nucleicos: informacional, RNA e DNA.
DNA apresenta 4 bases nitrogenadas que codificam
as informações genéticas (gene).
É a base para a reprodução.
A replicação preserva as informações genéticas,
proporcionando hereditariedade.
A variabilidade genética proporciona a evolução.
DNA - (transcrição) > RNA - (tradução nos
ribossomos) > Proteína/enzima: determinação das
características morfológicas e fisiológicas e
controla as reações químicas.
H > O > C > N > P > S > Na, Mg, Cl, Ca, K, Mn, Fe, Cu, I
Teoria da força vital
1. BELEZIUS: Impossível produzir matéria orgânica no
laboratório.
Seres vivos tinham força vital.
2. WOHLER: Derrubou o princípio da força vital, 1828.
Cianeto de amônio (inorgânico) – Aqueceu > ureia
(orgânico).
Primeiro composto orgânico produzido em
laboratório.
Organização
Átomos > moléculas > organelas > células (menor
unidade viva) > tecidos > órgãos > sistema >
organismo.
Todo ser vivo é formado por células.
Membrana plasmática: lipoproteica, responsável pela
manutenção da homeostase celular.
Citoplasma: responsável pelo metabolismo celular:
produção de proteínas nos ribossomos e de energia
pela respiração aeróbica, fermentação.
Em procarióticos, o material genético fica disperso
(nucleoide).
Em eucariontes, fica separado dentro da carioteca,
caracterizando o núcleo.
Autopoiese: capaz de produzir cada estrutura do
organismo a partir das próprias interações gênicas.
Entropia: tendência de aumentar a decomposição.
Anabolizante: Pega aminoácidos, fabrica proteínas
no músculo e ele cresce.
Homeostase
Capacidade de manter organização constante.
Isolamento em relação ao meio externo.
A MP é a principal responsável, visto que controla a
passagem de substâncias da célula para o meio e vice-
versa.
Alguns animais (mamíferos e aves), são capazes de
manter a temperatura corporal constante
independentemente da temperatura do ambiente:
homeotermia.
Metabolismo
Conjunto de todas as reações químicas
É exigido para manter a homeostase.
Quando acelerado, aumenta a velocidade das
reações e a gordura é catabolizada, promovendo o
emagrecimento.
Biologia
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Autótrofos fotossintetizantes: capazes de
converter energia luminosa do sol em energia
química e, assim, converter moléculas inorgânicas
em orgânicas.
Heterotróficos: utilizam a energia química
armazenada nas moléculas orgânicas produzidas
na fotossíntese.
1. Anabolismo
Produção de substâncias mais complexas a partir
de substâncias mais simples;
Endotérmica.
Fotossíntese: CO2 + H2O = Glicose + O2;
simples complexo
A Glicose origina todas as outras moléculas orgânicas.
2. Catabolismo
Quebra de moléculas complexas em simples.
Exotérmica.
Respiração celular: Glicose + O2 = CO2 + H2O +
energia.
Digestão, hidrólise: proteína + H2O = aminoácidos.
Vivo x morto: perda de metabolismo.
Morte cerebral: as células do bulbo morrem.
Reação a estímulos do meio
1. Irritabilidade: resposta SEM interpretação; para um
mesmo estímulo, sempre haverá uma mesma resposta;
não tem sistema nervoso.
2. Sensibilidade: resposta COM interpretação; para o
mesmo estímulo pode haver respostas diferentes.
Movimento
Todos os seres vivos se movimentam, às vezes,
apenas microscopicamente, como na condução de seiva
nas plantas.
Locomoção
Deslocamento por força própria.
Flagelos, pseudópodes, células musculares.
Crescimento
Incorporação (comer) de matéria.
Hipertrofia: aumento do volume celular; de dentro
da célula para fora; vegetais, células musculares,
neurônios, células adiposas.
Hiperplasia: aumenta o número de células; animais.
Estado alimentado
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Estado jejum
Reprodução
Do zigoto para o adulto: diversas divisões celulares
+ diferenciação celular.
DNA: base para a divisão celular.
Replicação: o ácido nucleico cria uma cópia de si
mesmo, permitindo a geração de cópias dos sistemas
biológicos, garantindo a hereditariedade.
Existem organismos capazes de apresentar duas
formas diferentes dereprodução: quando em situações
favoráveis, reproduzem-se assexuadamente, mas, sob
condições estressantes, a reprodução se torna sexuada.
1. Assexuada
Mitose, sem variabilidade genética, com menor
gasto de energia e maior número de descendentes.
Bipartição ou cissiparidade: organismo se divide em
dois idênticos.
Apesar de não haver variabilidade genética, podem
ocorrer erros na replicação do material genético
levando à alteração em sua sequência de bases
nitrogenadas: mutação.
Não vantajoso para mudanças de ambientes pois os
descendentes guardam também os mesmos defeitos
dos genitores.
Fragmentação: algum agente externo promove a
divisão do corpo de alguns organismos, como as
planárias, e cada fragmento gerado regenera as partes
perdidas para originar um novo indivíduo.
Em plantações pode propiciar a uniformidade
genética e a vulnerabilidade a pragas e doenças.
2. Sexuada
Meiose seguida de fecundação, com recombinação
genética de segmentos de DNA entre indivíduos, com
variabilidade genética pela recombinação gênica e
mutações, com maior gasto de energia.
Autofecundação tem BAIXA variabilidade genética
comparado a fecundação cruzada, visto que pode haver
ausência de alguns segmentos de DNA do indivíduo
parental.
Conjugação: troca de segmentos de DNA através de
pontes celulares em seres unicelulares, como bactérias
e protozoários.
Adaptação ao meio
Resultado de processos de evolução.
Mutações: a maioria prejudicial.
Seleção natural: mutações que geram características
adaptativas que permitem uma melhor exploração dos
recursos de um ambiente diferente.
Características adaptativas devem surgir a partir de
mutações hereditárias para que tenham um valor
evolutivo.
Individual: não altera material genético e, portanto,
não é hereditário.
Populacional: caráter evolutivo com alteração no
material genético por mutações (acidental).
Para agricultura de subsistência, a reprodução
sexuada é mais vantajosa, uma vez que sementes
sobreviventes serão mais adaptadas àquelas condições.
Para agricultura em escala industrial, a alta
produtividade é muito importante, sendo mais
vantajoso o uso de mudas produzidas de modo
assexuado a partir de um genitor de máxima
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produtividade. Para a recuperação da área degradada,
a variabilidade genética é fundamental, de modo que a
reprodução sexuada seja mais vantajosa.
Vírus: vivo ou não vivo?
Célula: unidade básica morfofisiológica.
Parasitas intracelulares obrigatórios.
Sem metabolismo próprio.
Acelular.
Com capsídeo proteico.
Fora da célula fica inerte (cristalizam-se).
Usa célula hospedeira para se reproduzir.
Se adapta ao meio por mutações.
Constituídos por proteínas e ácidos nucleicos.
Alguns com envelope lipoproteico (fosfolipídios
associados a glicoproteínas) semelhante a membrana
celular: envelopados.
Material genético: DNA OU RNA (citomegalovírus e
minivírus que apresentam ambos).
Os medicamentos virais só serão úteis se não tiverem
ação tóxica sobre as células humanas, ou ação tóxica
reduzida, visto que, os antivirais inibem a replicação viral
podendo causar alguma toxina para o organismo
hospedeiro porque os vírus utilizam a maquinaria
bioquímica da célula hospedeira necessária para sua
replicação.
Método Científico
Senso comum (ideias consolidadas entre a maioria
das pessoas) x empirismo (formação de ideias pelo
conhecimento científico).
Não deve ser levado em consideração o senso
comum.
Rene Descartes: método hipotético dedutivo, com
experimentos controlados e aceitação universal da
razão.
01. Observação de um fato: verdade absoluta.
02. Questionamento.
03. Coleta de dados.
04. Hipótese (palpites) - explicação a ser testada.
05. Dedução (previsão das consequências da
hipótese).
06. Experiência.
07. Resultado.
08. Verdade científica (se a hipótese for verdadeira).
Hipótese: tentativa de explicar um fenômeno isolado;
passíveis de teste (princípio da falseabilidade).
Método indutivo
Parte de observações particulares até chegar a
conclusões generalizadas.
Verdade geral a partir de um grupo particular.
Sempre há a possibilidade de uma exceção que
tornaria a regra nula, ou seja, é um método
questionável.
Exemplo: se o homem x, o y e o z são mortais, todos
os homens são mortais.
Método dedutivo
De observações gerais para particulares.
É mais confiável.
Exemplo: se todos os seres vivos têm células, os
animais, as plantas e as bactérias tem células.
Teoria
Explicação testada e comprovada pelo método
hipotético-dedutivo.
Procura explicar fenômenos abrangentes.
É mutável.
Modo de explicar o fenômeno descrito pela lei.
Exemplo: todo ser vivo é formado por células.
Lei
Generalização de um fato que sempre se repete
diante de determinada condição.
É imutável.
Exemplo: lei da gravidade, tudo que sobe desce.
Amostragem
Exemplo: para saber se o remédio é bom.
Quando não é possível isolar uma variável, repete-se
o experimento várias vezes e faz-se uma análise
estatística dos resultados.
Controlados
Se deve analisar uma única variável de cada vez.
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Reprodutibilidade
Deve ser repetido quantas vezes forem necessárias.
Efeito placebo
Resultado da influência psicológica sobre o efeito de
determinado medicamento ou tratamento
Em situações de estresse, o cortisol (hormônio
corticoide) é liberado e assim, o sistema imune se
deprime. Ao acreditar na validade do tratamento, o
indivíduo pode apresentar uma diminuição nas taxas do
cortisol, o que responde por uma melhoria na ação do
sistema imune, facilitando o combate a doenças e a
cicatrização de lesões.
A própria mente pode mascarar sintomas da doença,
uma vez que sensações como dor e coceira são
produzidas no sistema nervoso.
Caso acredite que está doente, aumenta as taxas dos
níveis de colesterol e seu sistema imune tem uma
eficácia reduzida.
Sintomas de doenças relatadas, mesmo sem estarem
doentes, é um tipo de efeito placebo “negativo”,
chamado de efeito Nocebo.
Método duplo cego
Para evitar a influência do efeito placebo, o paciente
não sabe se está tomando o remédio ou o placebo.
O grupo controle é quem toma o placebo.
Constituintes inorgânicos da célula
Água
Coesão: atração por pontes de hidrogênio de H2O
com H2O.
Substância química mais abundante no espaço
intercelular.
Alta tensão superficial: película difícil de romper que
permite que insertos “andem”.
Facilita a subida de seiva bruta contra a gravidade
através da tensão: a molécula de água sai na forma de
vapor e puxa as outras moléculas.
Aumenta o poder de dissolução: solvente universal
para polares (açúcares, proteínas, DNA).
Meio para reações químicas e transporte de
substâncias; ex: sangue, seiva.
Alto calor específico: dificuldade de variar a
temperatura -grau de agitação das moléculas-
Absorve muito calor e varia pouco a temperatura:
estabilidade térmica.
Aumento de temperatura: FEBRE = quebra pontes de
H nas proteínas = desnaturação de proteínas; queima
de glicose.
Abaixamento de temperatura: HIPOTERMIA =
diminui a velocidade do metabolismo
Alto calor de vaporização e solidificação: dificuldade
de evaporar e solidificar.
Funciona como reguladora térmica.
Não apresenta atividade catabólica.
Hidrofilia: propriedade de ter afinidade por
moléculas de água.
Geladeira: abaixa temperatura, abaixa o metabolismo
das bactérias.
Congelador: danifica membranas, DNA e organelas:
bactérias decompõem e morrem.
Quando o suor evapora, absorve calor da pele que resfria.
Variação do teor de água:
Espécie.
Metabolismo (tecido nervoso, tecido muscular e
tecidoósseo).
Idade: menor idade, maior metabolismo, mais água.
Tecido nervoso apresenta maior teor de água por ter
maior atividade metabólica, seguido pelo tecido
muscular.
Sais minerais
Insolúvel, sem carga, com função estrutural.
Íons: Solúveis, com carga, com função reguladora.
NA+: principal íon positivo animal.
K+: principal íon positivo vegetal.
Cl-: principal íon negativo.
HIPOTÔNICO ---------- osmose ----------- HIPERTÔNICO
- (Na+, K+, Cl-) H2O + (Na+, K+, Cl-)
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Sangue: quando aumenta o sal ou o açúcar: ganha água
dos tecidos, aumenta o volume das veias e a pressão.
Tecido: desidrata e causa sensação de sede.
Sal: NaCl2: 2x mais concentrado, mais partículas e
maior poder osmótico.
Açúcar: sacarose, 1 partícula, menor poder osmótico.
- Na+ : câimbra. < Na+ fora da célula.
+ K+ : parada cardíaca. < K+ dentro da célula.
Na+ e K+: Impulso nervoso (bomba de sódio potássio).
Condição do impulso nervoso
Sai uma carga a mais positiva do que entra. 3Na+
para fora e 2K+ para dentro para compensar a
passagem natural de íons.
A diferença de potencial denominada polaridade, é
a base para condução do impulso nervoso nos
neurônios.
Cálcio: Ca2+
Mineral mais abundante no corpo humano, dando
rigidez às estruturas esqueléticas.
Coagulação do sangue.
Condição para impulso nervoso.
Contração muscular.
Função estrutural para ossos e dentes na forma de
fosfato de cálcio e em carapaças e conchas na forma de
carbonato de cálcio.
Carne, ovos, leite e derivados, verduras.
Raquitismo: ausência de cálcio na infância.
Osteoporose: carência de cálcio nos adultos.
Magnésio: Mg2+
Clorofila para fotossíntese.
Participa das reações de fosforilação que
sintetizam ATP e da formação de algumas
enzimas.
Permeabilidade das membranas celulares.
Responsável pela pigmentação verde da planta,
constituindo a clorofila.
Faz parte da constituição dos ribossomos.
Carne, ovos, leite e derivados, verduras.
Ferro: Fe
Fígado, carne vermelha, gema de ovo, leguminosas
(feijão), verduras escuras.
Fe heme: orgânico, alimentos animais, mais fácil de
absorver.
Fe não heme: inorgânico, vegetal, mais difícil de
absorver
3+: oxidado, não absorvemos. 2+: reduzido,
absorvemos. A vitamina C auxilia na absorção de ferro
pois oxida facilmente e cede elétrons ao Fe3+ para que
forme o Fe2+.
Faz parte da produção de hemoglobina, quem da
cor vermelha para as hemácias e transporta oxigênio no
sangue. Quando em baixa concentração, causa anemia.
Faz parte da mioglobina, que tem função de
transferir o oxigênio das hemácias do sangue para
organelas nas células musculares, as mitocôndrias, que
utilizam o O2 para produzir energia na respiração
aeróbica. Quando mais vermelho, mais mioglobina,
mais O2, mais respiração aeróbica: atividade por mais
tempo.
Faz parte dos citocromos, proteínas que agem na
cadeia respiratória e na fotossíntese para transportar
elétrons.
Carnes. Vísceras, espinafre, couve, rim.
Ferropriva: anemia, diminuição da taxa normal de
hemoglobina, diminuindo a concentração de oxigênio.
Fosfato: Po4 3-
Na composição dos fosfolipídios formadores das
membranas celulares, fosfatos de cálcio e magnésio nos
dentes e ossos, nucleotídeos formadores de DNA e
RNA, e o ATP.
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Formação de estruturas esqueléticas como fosfato
de cálcio.
Age diretamente no armazenamento de energia
junto do nitrogênio e, indiretamente na contração
muscular e na transmissão de impulso nervoso, visto
que esses dependem de energia, ou seja, ATP.
Leites e derivados, carnes, peixes e cereais.
Potássio: K+
Transmissão de impulso nervoso e manutenção do
equilíbrio hídrico.
Está em maior concentração no meio intracelular.
Cofator enzimático para síntese proteica e respiração
celular.
Íon positivo mais abundante nos vegetais.
Carnes, leite, banana.
Sódio: Na+
Manutenção do equilíbrio químico/osmótico.
Na+: condução de impulso nervoso.
Íon positivo mais abundante em animais.
O alto consumo de sódio deixa o sangue hipertônico,
atraindo água dos tecidos que desidratam, o que é fatal
para o tecido nervoso, e aumentam a pressão arterial.
O uso de sal de cozinha preserva os alimentos por
agir sobre micro-organismos desidratando suas células.
Pessoas com hipertensão devem ter dieta sem sal
para aumentar o volume do sangue circulante.
Flúor: F
Composição mineral do esmalte dos dentes.
Formação dos ossos.
Bactericida – é adicionado na água potável nas
estações de tratamento.
Peixes, água.
Fluorese: lesões ósseas e manchas nos dentes.
Iodo: I
Composição dos hormônios da tireoide, que agem
na regulação do metabolismo energético corporal.
Peixes, crustáceos, moluscos, algas.
Indústrias de sal de cozinha acrescentam certo
percentual de iodo.
Hipotireoidismo: redução das atividades
metabólicas, podendo formar o bacio – aumento
exagerado do volume da tireoide.
Cofatores enzimáticos: cobre, manganês, selênio, zinco.
Cobre
Faz parte da molécula hemocianina, pigmento
respiratório azul no sangue de crustáceos e moluscos na
sua forma iônica – Cu2+.
Radicais livres: agentes oxidantes.
Removem o e- do DNA causando mutações, câncer,
morte de proteínas, envelhecimento precoce.
Antioxidantes protegem contra radicais livres
causados pelo fumo, álcool, alimentos processados,
conservantes.
Fumo: 30% de todos os cânceres. Contém Nicotina
que aumenta adrenalina e causa hipertensão arterial,
aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Para diminuir os efeitos colaterais de radicais livres,
se deve ingerir alimentos ricos em substâncias
redutoras.
A vitamina C e a E podem proteger contra ação de
radicais livres, pois apresentam ação antioxidante, se
oxidando para ceder elétrons aos radicais livres e
impedir que ataquem moléculas importantes.
Osmose
Passagem espontânea de solvente, de um meio
hipotônico, menos concentrado em soluto, para um
ambiente hipertônico, mais concentrado.
Glicídios
Função energética e estrutural.
Principal fonte de energia na maioria dos seres vivos.
A glicose é o combustível básico da respiração
celular, sendo utilizada pelas células para gerar
moléculas de ATP.
Fórmula geral: Cx(H20)y
Conteúdo calórico do carboidrato é o seu índice
glicêmico, ou seja, sua facilidade em se transformar em
açúcar.
Biologia
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Monossacarídeos ou oses
Cn(H20)n, de 3 a 7 carbonos.
Açúcares simples que não podem ser quebrados em
açúcares menores.
Contém um único grupamento aldeído ou cetona.
Exemplos: galactose, ribose, frutose, desoxirribose
Pentose
C5H10O5
Ribose: faz parte da composição do RNA. Apresenta
um oxigênio a mais que a desoxirribose, portanto, é
mais reativa e menos estável que o DNA.
Desoxirribose: pentose com 4 oxigênios que faz
parte da composição do DNA.
Hexoses
C6H12O6
Glicose, galactose e frutose.
Todas com função energética.
São isômeros, em que a glicose é aldeído e a frutose
é cetona. A galactose é isômero espacial da glicose, só
mudando a posição da hidroxila no carbono 4.
Ligação glicosídica
Ligação entre dois monossacarídeos, ocorrendo
entre uma hidroxila de um mono e um hidrogênio de
uma hidroxila do outro, formando um dissacarídeo e
uma água.
Caracteriza uma síntese por desidratação.
nº de H20 = nº de ligações = nº de mono. -1.
Oligossacarídeos ou osídeos
São glicídios mais complexos, sendo formado por
oses e podendo ser quebrados em glicídios menores.
Formados por de 2 a 10 monossacarídeos.
Exemplo: sacarose, maltose e lactose.
Sacarose
Glicose +frutose.
Açúcar de cozinha, encontrada em cana de açúcar,
beterraba, mel, e em frutas.
A cana de açúcar é o vegetal com maior eficiência na
produção de etanol pois tem colmos com muita
sacarose. Quando mais simples, mais eficiente.
Maltose
Glicose + glicose.
Encontrada em cereais como cevada e trigo.
Lactose
Glicose + galactose.
Encontrada no leite, exclusiva de animais mamíferos.
Chega inalterada no intestino grosso de intolerantes.
A enzima lactase leva à digestão da lactose em um
monossacarídeo de glicose + galactose.
Galactosemia e intolerância à lactose
A lactose é digerida no intestino pela enzima lactase
em glicose e galactose, que são absorvidas pelo corpo.
A galactose é convertida em glicose. A deficiência dessa
enzima leva a doenças em humanos que impedem o
adequado processamento do leite e seus derivados no
organismo.
Intolerância: falta enzima lactase.
A lactose é acumulada no intestino e é fermentada
pelas bactérias da microbiota que liberam substâncias
tóxicas, como o ácido lático que aumenta o volume
abdominal e causa diarreias e cólicas.
O intestino fica hipertônico devido ao acúmulo de
lactose e, portanto, ganha água por osmose,
lubrificando as fezes e causando diarreias osmóticas.
Normal: todos intolerantes: mutações: adultos
passam a produzir a enzima lactase.
Não tem cura, porém a maioria dos pacientes podem
tolerar pequenas quantidades de lactose presentes no
alimento.
Pode ser uma deficiência genética na produção da
enzima lactase, uma diminuição natural e progressiva da
produção de lactose a partir da adolescência (mais
comum) ou uma diminuição da produção da enzima
devido a outras doenças intestinais, como a alergia a
caseína, proteína do leite.
Solução
Consumo de leite diet, que contém a lactose pré-
digerida em glicose e galactose.
Beber leite de soja, pois não tem lactose. Uso de
cápsulas contendo enzima lactase juntos aos laticínios
da dieta.
Biologia
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Galactosemia: deficiência genética da enzima que
converte a galactose do leite em glicose. Então, a galactose
se acumula no interior das células de órgãos como rins,
fígado e cérebro, gerando derivados tóxicos e tornando o
meio intracelular hipertônico. As células ganham água por
osmose e aumenta o volume celular, causando danos nos
órgãos afetados como problemas hepáticos, neurológicos
e catarata.
Não tem cura, devendo ser diagnosticada no teste
do pezinho.
Diagnosticada tarde, pode acarretar em problemas
de fala, aprendizagem e coordenação motora.
Polissacarídeos
União de mais de 10 monossacarídeos.
Alguns com função de reserva, outros estrutural.
Exemplo: glicogênio, amigo e celulose.
Glicogênio
Principal glicídio de reserva em animais e fungos.
Armazena-se glicose em polissacarídeos como o
glicogênio com o objetivo de reduzir a pressão osmótica
nas células.
Encontrado em músculos estriados e no fígado,
sendo estocados pela insulina. O fígado fornece glicose
para o sangue e os músculos fornecem glicose para ele.
O hormônio glucagon é produzido no pâncreas e é
liberado quando há diminuição da glicemia:
hipoglicemia, ou seja, o jejum. A ingestão de alimento
normaliza a glicemia, mas se o indivíduo não se
alimentar, o glucagon promove glicogenólise no fígado,
quebrando o glicogênio em glicose e disponibilizando a
glicose no sangue, para que normalize a glicemia e
cesse a sensação de fome.
O hormônio adrenalina é produzido pelas glândulas
suprarrenais e é liberado em situações de estresse, o
que também promove a glicogenólise no fígado, de
modo que a glicose pode ser usada como fonte de
energia pra enfrentar situações de risco.
Um atleta: precisa comer antes de jogar alimentos
com alto teor de glicose (carboidrato), uma vez que a
glicose é prontamente metabolizada no processo de
respiração celular.
Amido
Principal reserva em vegetais.
Encontrado no trigo, milho, arroz, mandioca, batata.
É digerível por animais devido a enzima alfa –
amilase.
Celulose
Principal estrutura em vegetais, como a parede
celular das plantas.
Encontrada em madeira, papel, palha, algodão.
Nenhum animal digere pois não possuem a enzima
B-celulases, então, é eliminada nas fezes sem fazer
alterações no tubo digestório, junto com as toxinas, o
que é bom pois estimula o peristaltismo.
Herbívoros se associam a micro-organismos
produtores da enzima BC, como bactérias e
protozoários, para a digestão celular e para que possa
ser usada como fonte de energia na respiração celular.
Diminuem a absorção de gorduras da dieta.
Diminuem a reabsorção dos sais biliares, portanto, o
organismo precisará produzir mais dessas moléculas a
partir do colesterol (visto que a bile se mistura nas fibras,
sendo eliminada nas fezes) que é, então, removido do
sangue, evitando doenças cardiovasculares.
Bile: produzido no fígado a partir do colesterol do sangue
e armazenados e liberados pela vesícula biliar. Atuam na
digestão de gorduras, sendo reabsorvido do intestino para
o sangue após sua ação: emulsificação. Quando é
reabsorvido, volta para a vesícula biliar com sais e se
acumulam, causando cálculos biliares.
Quitina
Principal estrutura em animais e fungos.
Parede celular dos fungos e exoesqueleto dos
artrópodes.
Lipídios
Substâncias orgânicas oleosas ou gorduras,
insolúveis em água.
Maioria deriva de ácidos graxos (-COOH).
É apolar, com longas cadeias hidrocarbonadas
longas, de 4 a 24 carbonos, sempre par.
Principal substância de reserva.
Energéticos.
Biologia
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Estruturais.
Impermeabilizantes (ceras).
Isolantes térmicos e elétricos.
Parte hidrofóbica dos hidrocarbonetos e parte
hidrofílica do ácido.
Hormônios sexuais: esteroides.
Gordura: sólido e saturada.
Óleo: líquido e insaturado.
Em excesso, aumentam o risco de obesidade e
contribuem para o aumento dos níveis de colesterol no
sangue.
Relação entre açúcares e gorduras
Quando em excesso, os carboidratos são
armazenados no organismo como glicogênio.
O excesso de carboidrato é convertido e
armazenado da forma de lipídio pois esse tem maior
valor calórico, de modo que são muito mais leves para
armazenarem a mesma quantidade de energia.
Para a mesma quantidade de energia armazenada, o
açúcar pesa 6 vezes mais do que a gordura.
A vantagem do armazenamento dos lipídios é
porque eles são majoritariamente hidrofóbicos e são
mais energéticos, ou seja, armazenando maiores teores
de energia em uma menor massa.
Carboidrato: 4,1 kcal/g. Lipídio: 9,3 kcal/g.
Obesidade e IMC
IMC= massa/(altura)^2
Efeito da insulina sobre a produção de gordura
A insulina é o principal fator que estimula a produção
de gordura no organismo, sendo que sua liberação está
condicionada à elevação nos níveis de glicose no
sangue.
Quanto mais alimento, aumenta o índice glicêmico,
mais estimula a liberação de insulina e mais estimula o
acúmulo de gordura.
O amigo eleva mais o índice glicêmico do que o
açúcar, visto que é formado de apenas glicose.
O índice glicêmico implica no quanto um alimento
aumenta o nível de glicose no sangue, de modo a
estimular a liberação de insulina, e, consequentemente,
estimular o acúmulo de gordura no corpo. Quanto mais
amido, mais glicose para produzir energia.
Ácidos graxos essenciais:
Não são produzidos no corpo e precisam ser
obtidos na dieta:
Ômega 3
Ajuda a reduzir os níveis do colesterol no sangue. É
um antiplaquetário, o que evita a coagulação de sangue
e formação de trombose.
É encontrado em peixes de água fria, como salmão
e sardinha.
Ômega 6
Proporciona resistência e permeabilidade dos
capilares sanguíneos.
Essencial na estrutura da membranaplasmática.
Precursor das prostaglandinas (inflamação).
Encontrado em derivado de óleos vegetais, como
milho, girassol, soja.
Ácidos graxos naturais
Produzidos no corpo a partir do excesso de glicose,
que é transformada em glicogênio através do processo
de glicogenôgenise.
Funções dos lipídios
Por mais que os lipídios liberem mais energia, o
carboidrato é o combustível mais utilizado pelas células
para a respiração celular.
Primeiro utiliza-se o carboidrato, depois os lipídios e
depois as proteínas. As proteínas só são consumidas em
caso de fome extrema.
Para utilização de proteínas e lipídios como fonte de
energia, primeiro é necessário convertê-los em
carboidratos ou derivados, que poderão ser utilizados
para a respiração celular. A gliconeogênese ocorre no
fígado sob estímulo do cortisol.
Os músculos estriados esqueléticos alteram essa
sequência, consumindo as proteínas antes dos lipídios
pois não apresentam significativa reserva de gordura.
Possuem função estrutura, constituindo a membrana
plasmática com fosfolipídios e colesterol.
Biologia
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São isolantes térmicos, especialmente em animais de
regiões polares.
Classificação dos lipídios
Glicerídeos
Óleos e gorduras, que se diferenciam quanto a
saturação e fase de estado físico.
Componentes de armazenamento de gorduras nas
células de animais e vegetais.
Abundantemente encontrados em vegetais, como
soja, milho e amendoim.
Em animais, como gorduras, desempenhando
função de reserva energética e proteção mecânica e
térmica.
Pertencem a função ésteres de 3 ácidos graxos com
glicerol.
Cerídeos
Ceras encontradas nas plantas, formando suas
cutículas, que as impermeabilizam, evitando a perda de
água por transpiração.
Em mamíferos, são secretadas por glândulas
sebáceas da pele como capa protetora, para manter a
pele flexível, lubrificada e impermeável.
Os cabelos e pelos dos animais também são
cobertos por ceras.
Carotenoides
Apresentam pigmentação amarela, laranja ou
vermelha, encontrados na cenoura, na beterraba e na
batata-inglesa.
A clorofila também é um carotenoide.
São pigmentos acessórios capazes de captar energia
solar.
Esteroides
O colesterol é o principal esteroide, ele é
fundamental na composição da membrana plasmática
de animais (não está presente em vegetais) e não
apresenta função energética.
No fígado, pode ser convertido em sais biliares,
enviados para a vesícula biliar e daí sendo eliminados
para a emulsificação de gorduras no intestino, sendo
eliminados depois juntos das fezes.
Maior parte endógena, com origem no fígado.
Produção de hormônios sexuais, como a
testosterona, a progesterona e o estrógeno, e
hormônios corticoides, como o cortisol.
Lipídios conjugados ou complexos
Associados a proteínas, formando lipoproteínas que
atuam no transporte de lipídios provenientes da
digestão no intestino para diversos tecidos corporais.
É anfipática: tem parte polar e apolar.
LDL
Colesterol ruim de baixa densidade.
Tem mais colesterol do que proteína.
Transporta o colesterol do fígado aos tecidos
corporais, podendo se acumular na parede dos vasos
sanguíneos, formando ateroma.
HDL
Colesterol bom de alta densidade.
Tem mais proteína do que colesterol.
Não se acumula nos vasos.
É diretamente transportado aos órgãos
encarregados de seu metabolismo, como fígado, que o
armazena, o utiliza para síntese de sais biliares e o
elimina através da bili.
Auxilia na remoção das placas de ateromas já
estabelecidas.
Problemas
1. Aterosclerose: devido a ocorrência de ateromas,
levando a uma diminuição na luz do vaso e
consequente hipertensão.
2. Hipertensão: aumento da pressão arterial sintomas
aparentes. Causando a ruptura do vaso, ocorre a
embolia (obstrução do vaso sanguíneo). A região
lesionada pode coagular causando o entupimento do
vaso (trombose) e não deixando que passe mais
sangue (isquemia). Se forem afetados vasos como os
do miocárdio, pode haver hipóxia (deficiência de
oxigênio num tecido) e morte do músculo cardíaco, o
chamado infarto. Se for no cérebro, haverá um
acidente vascular cerebral (AVC ou derrame).
Biologia
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Gorduras saturadas: de origem animal, como carnes e
manteiga. Estimulam a produção de colesterol ruim.
Gorduras trans: são insaturadas encontradas em óleos
vegetais. São altamente prejudiciais à saúde pois está
relacionada com a formação do colesterol ruim.
Óleos poli-insaturados: encontrados em óleos de peixe e
são adicionados em margarinas e leites na forma de
ômegas 3 e 6. Ajudam na diminuição tanto de colesterol
ruim quando bom.
Óleos monoinsaturados: como em azeites de olivam nozes
e castanhas, diminuem as taxas de colesterol ruim e
aumentam as taxas de colesterol bom.
O calor da fritura satura os óleos, aumentando o
LDL e diminuindo o HDL. Então, os óleos passam a
se comportar como gorduras saturadas.
Proteínas
A mais abundante substância orgânica nas células
animais.
Polímeros de aminoácidos.
Função estrutural, reguladora, receptora,
transportadora, reserva, defesa e reparo.
Mesmos tipos de aminoácidos e mesma quantidade
de cada, o que as diferenciam é a sequência de
aminoácidos.
A digestão inicial das proteínas ocorre no estômago
através da pepsina do suco gástrico, que quebra as
ligações peptídicas entre os aminoácidos.
São formadas pela união de aminoácidos, em que
um grupo amina de uma proteína se junta com o grupo
carboxila de outra, liberando uma molécula de água.
Estrutural
Colágeno: constitui a maior parte da matéria
intercelular dos tecidos conjuntivos.
Queratina: faz parte da constituição dos cabelos,
pelos, chifres e unhas.
Reguladora
Enzimas: substâncias catalisadoras que aumentam a
velocidade de reações químicas.
Hormônios: mensageiros químicos que transmitem
mensagens de um órgão para o outro dentro do
organismo, promovendo integração entre eles.
Receptora
Antígenos: identificam substâncias pertencentes ao
organismo ou estranhas.
Transporte
Hemoglobina: transporta oxigênio.
Lipoproteínas: transportam lipídios obtidos na
alimentação.
Reserva
Albumina: presente no ovo, servindo de reserva
alimentar para o indivíduo que está se formando no
interior.
Defesa
Imunoglobulinas ou anticorpos: atuam aglutinando
substâncias estranhas para que sejam facilmente
eliminadas pelas células de defesa.
Reconhece proteínas estranhas.
Reparo
Fibrina: promove a coagulação sanguínea.
Colágeno: promove a cicatrização.
Contrácteis
Actina e miosina que atuam na contração muscular
e na emissão de pseudópodes por células.
Aminoácidos
Carbono com um grupo carboxila (-COOH), um
grupo amina (-NH2), um hidrogênio e um radical, que
diferencia os aminoácidos.
São 20 aminoácidos.
Alguns agem como hormônios, outros são
precursores de substâncias como a miosina, pigmento
que dá cor à pele humana. Também funcionam como
tampões, mantendo o PH do meio constante, sendo
abundante na hemoglobina.
O metabolismo de aminoácidos no fígado se inicia
com a reação de desaminação, onde há remoção do
corpo amina do mesmo, restando o grupo ácido
Biologia
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carboxílico, que entra no ciclo de Krebs da respiração
aeróbica para ser utilizado como fonte de energia pelo
corpo, enquanto que o grupo amina, na forma de
amônia, deve ser excretado por ser tóxico. A amônia é
convertida no fígado através do clico de reações da
ornitina, em ureia, um composto menos tóxico que
pode ser transportado no sangue de modo menos
prejudicial ao organismo do fígado até os rins, onde é
eliminado na urina. Ou convertida em ácido úrico
(menos tóxico, mas insolúveis).
Naturais:produzidos pelo organismo – 11.
Essenciais: obtidos por meio da alimentação – 9.
Os vegetais produzem todos os 20 tipos.
Origem dos aminoácidos: fotossíntese.
O primeiro a se formar na natureza é o ácido
glutâmico. Os demais são provenientes dele a partir de
uma reação denominada transaminação.
Naturais: 12 produzidos no fígado.
Essenciais: 8 consumidos na dieta.
Animais: possuem proteínas integrais, ou seja,
possuem todos os aminoácidos essenciais.
Vegetais: possuem proteínas parciais, ou seja, que
não contém todos os aminoácidos essenciais em sua
composição.
Fonte: proteínas de origem animal.
Dieta balanceada
40 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de lipídios e
15 a 30% de proteínas.
Deficiência proteica
Kwashiorkor: doença que afeta uma criança quando
nasce outra, isso porque, quando o irmão nasce, a outra
é desmamada e perde sua principal fonte de proteínas.
Causando retardo no crescimento, cabelos e pele
descolorida, inchaço no corpo.
Marasmo: desnutrição total: consome proteínas
musculares levando a morte de células musculares.
Sendo o tratamento o consumo de esteroides
anabolizantes que aumentam o volume das células
restantes.
Excessos proteicos
Com o excesso de proteínas, fica difícil a digestão e
leva ao acúmulo de aminoácidos.
Os aminoácidos são consumidos no processo de
desaminação, que degrada os aminoácidos para liberar
ácidos orgânicos usados na respiração, sendo a amônia,
altamente tóxica, liberada como subproduto.
Os aminoácidos são usados na produção de bases
nitrogenadas, sendo que, em excesso, são
metabolizadas em ácido úrico.
Com o aumento desse ácido, haverá problemas no
fígado, rins e articulações, podendo causar gotas, que
promovem lesões articulares e restrição de movimentos.
Dieta vegetariana
Vegetarianos comem mais fibras e menos gorduras,
levando ao baixo nível de colesterol e menor risco de
doenças cardiovasculares.
O problema é a deficiência proteica, visto que há
poucas proteínas e sem todos os aminoácidos essenciais
ao corpo humano.
O ideal é que a dieta vegetariana seja
complementada com fontes de origem animal, como
laticínios e ovos.
Os veganos devem utilizar grandes quantidades de
leguminosas como soja e feijão na dieta, visto que eles
tem maior teor proteico em sua composição.
Crianças não devem adotar essa dieta pois precisam
de muitas proteínas para crescer.
O arroz e o feijão apresentam uma combinação
completa de aminoácidos.
Ligação peptídica
Ocorre entre uma hidroxila da carboxila de um
aminoácido e um hidrogênio da amina do aminoácido
subsequente, caracterizada como uma amina.
Proteína + água= am. 1 + am. 2 + am 3...
Nº de H2O = Nº ligações = Nº de aminoácidos – 1.
Biologia
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Desnaturação
Calor
Destrói-se as pontes de hidrogênio e desorganiza-se
as estruturas 2, 3 e 4, restando apenas a primária.
É um processo irreversível, e a proteína não funciona
mais.
Não altera a composição de aminoácidos, não
alterando o valor nutritivo.
PH
A proteína desorganiza-se na terceira estrutura.
É reversível.
Cada proteína atua em determinado PH. Ao mudar
o PH ela não funciona, bastando retomar ao PH ideal
para ativa-la.
Enzimas
São substâncias orgânicas, biodegradáveis e
catalisadoras biológicas.
Aceleram reações químicas sem que seja alterada
pelo processo, podendo ser utilizada várias vezes.
Possuem um sítio ativo complementar aos substratos
com os quais reagem, sendo específicos para
determinado substrato (modelo chave-fechadura
Atuam diminuindo a energia de ativação da reação.
Quebram a estabilidade das moléculas roubando
elétrons.
Não transformam reações exotérmicas em
endotérmicas.
Não alteram o ponto de fusão e ebulição.
Quanto mais trabalho (substrato) mais rápido eles
trabalham.
Embora certas moléculas de RN, sob certas
condições, possam atuar como enzimas – riboenzimas,
a maioria é de origem proteica.
Influenciadas pelo PH, cada um tem seu ideal.
Quanto maior a temperatura, maior a velocidade das
reações, até certo ponto. Se subir demais a temperatura,
as enzimas desnaturam.
Ação reversível, agindo tanto na reação direta
quanto na inversa, não alterando o ponto de equilíbrio
da reação.
Cada uma tem seu PH ótimo, agindo em maior
eficiência quando nele, porém, a maioria é de PH neutro.
Nomenclatura
Adição do sufixo -ase ao nome do substrato.
1. Pepsina: suco gástrico, com ph ácido. Age no
estômago na digestão de proteínas em peptídeos.
2. Ptialina ou amilase salivar: saliva, ph quase neutro.
Digere amido em maltose.
3. Tripsina: suco pancreático, agindo no duodeno na
digestão de proteínas em peptídeos, ph básico.
Vitaminas
Agem como coenzimas ajudando as enzimas a
trabalharem ou precursores de coenzimas.
Não são fontes de energia.
Agem em quantidades mínimas, sendo
micronutrientes.
São produzidas nas estruturas celulares das plantas,
bactérias e fungos unicelulares (leveduras).
São essenciais para os animais.
Algumas são produzidas pelas bactérias da
microbiota intestina.
Algumas tem ação antioxidante, protegendo contra
radicais livres. São todas exceto D e K. Elas se sacrificam
para evitar danos aos componentes celulares.
Microbiota intestinal
Comunidade de bactérias espalhadas por toda
superfície de pele e mucosas.
Humanos e bactérias estabelecem uma relação de
mutualismo, em que ambos se beneficiam. Os humanos
fornecem nutrientes e habitat adequado e, em troca,
recebem substâncias úteis, como as vitaminas K, B12,
ácido fólico, e impedem a proliferação de bactérias
patogênicas.
É adquirida no nascimento quando se passa pelo
canal vaginal. Em bebês que nasceram de cesariana, a
microflora demora mais tempo para se estabelecer,
sendo adquirida a partir de contatos com a mãe, como
a amamentação e beijos.
O uso prolongado de antibióticos pode destruir
parte da microflora, causando deficiências vitamínicas e
maiores riscos de desenvolvimento de infecções
intestinas que conduzem a diarreia.
Biologia
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A principal bactéria é a Lactobacillus, obtida através
da ingestão de laticínios, que contém essas bactérias
vivas. Sua ingestão é importante para manutenção da
microflora.
Alimentos que contém bactérias para essa
manutenção são chamados de probióticos.
Avitaminose: falta de vitamina.
Hipovitaminose: insuficiência de vitamina.
Hipervitaminose: excesso de vitamina.
Classificação das vitaminas
Miúdos de carne (fígado, coração, moela, etc), leite e
ovos são boas fontes de quaisquer vitaminas.
Vitaminas hidrossolúveis
Encontradas em alimentos ricos em água, como
leveduras, furtas e verduras.
Fáceis de eliminar na urina.
Difícil hipovitaminose.
Complexo B
Encontradas em vegetais folhosos e leveduras.
Atuam como coenzimas da respiração celular.
Falha nutricional leva a dermatites e neutires.
B1 ou tiamina
Carência causa beribéri, uma polineurite
generalizada caracterizada pela anorexia, depressão
mental, fadiga e paralisia.
B2 ou riboflavina
Atua na formação do FAD, aceptor de elétrons.
A carência pode causar dermatite, problemas
oculares, inflamação da língua (glossite) e fissuras no
canto da boca (queilite).
B3, PP ou nicotinamida
Componente das coenzimas do NAD.
Sua carência causa dermatite generalizada, diarreia e
demência.
B5 ou ácido pantotênico
Encontrado em praticamente qualquer fonte.
Sua carência caracteriza-se por depressão,
instabilidade cardiovascular e distúrbios adrenais.
B6 ou piridoxina
Age no metabolismo de aminoácidos no fígado, no
processo de transaminação de desaminação.
Sua carência causa dermatite ao redor os olhos, nariz
e boca.
Aumento da produção de ureia.
B9 ou ácido fólico
Atuam na produção de bases nitrogenadas e DNA,
além da divisão de células do embrião.
Sua carência causa má formação no sistema nervoso
central do feto ou anencefalia.
B12 ou cianocobalamina
Produção de bases nitrogenadas e DNA.
Sua carência causa anemia perniciosa, que diminui o
nível de hemácias no sangue.
C ou ácido ascórbico
Participa da formação do colágeno de tecidos
conjuntivos e na defesa contra a oxidação de certas
moléculas.
Principal antioxidante.
Absorve ferro inorgânico (não heme).
Sua carência causa escorbuto, doença clássica em
marinheiros que dependiam de dietas sem vegetais e
frutas frescas. Causa hemorragias devido a deficiência
na produção de colágeno.
Vitaminas lipossolúveis
A, D, E, K.
Encontradas em alimentos gorduras, como óleos e
sementes, ou ricos em lipídios carotenoides, como
cenoura e beterraba.
São mais fáceis de armazenar, em particular no
fígado.
Fácil uma hipervitaminose.
Não precisa consumir diariamente pois se
acumulam, sendo absorvidas junto dos lipídios.
A ou retirol
Encontrada em vegetais alaranjados.
Ação antioxidante.
Sua carência causa cegueira noturna, xeroftalia,
atrofia da epiderme.
Biologia
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D ou calciferol
Preparada pela irradiação ultravioleta.
Aumenta a utilização e retenção de cálcio e fósforo.
Sua carência causa raquitismo em crianças e
osteoporose em idosos.
E ou tocoferol
Encontrada em castanhas, semente, cacau.
Sua carência causa esterilidade, aborto, risco de
infarto do miocárdio.
Apresenta ação antioxidante.
K
Encontrada na microbiota intestinal.
Produção de proteínas fatores de coagulação no
fígado.
Excesso de antibióticos causam hemorragias e baixa
coagulação sanguínea.
Problemas para alcoólicos crônicos, pois tem
diminuição da produção de fatores de coagulação no
fígado.
Ácidos nucleicos
Estão contidos em organismos vivos na forma de
ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico
(RNA).
Em todos os organismos celulares, o DNA que
corresponde ao material genético.
Em células eucarióticas, o DNA se encontra
associado a proteínas histonas, formando complexos
denominados cromonema ou cromossomos, que se
organizam em pares.
As histonas compactam o DNA para caber na célula.
São capazes de armazenar informação genética.
DNA: reprodução, hereditariedade, controle do
metabolismo.
RNA é uma fita simples de polinucleotídeos.
DNA: A, C, G, T.
RNA: A, C, G, U.
Analogia: vitaminas são um livro de receitas para gerar cada
aspecto da estrutura e função de um organismo vivo. As
letras são os nucleotídeos e cada receita é um gene, uma
característica particular. Os genes são encontrados nos
cromossomos.
DNA e genes
Gene é um segmento de molécula de DNA que
contém informação necessária à produção de um
polipeptídio, ou seja, uma sequência de aminoácidos
que, ou da origem a uma proteína, ou a um pedaço de
proteína.
Cada cromossomo equivale a um DNA.
Um mesmo gene codifica mais de uma proteína.
O DNA controla a síntese de proteínas e enzimas,
porém, está localizado no núcleo, e os ribossomos,
produtores de proteínas, no citoplasma. Para atuar, o
DNA copia a informação de como produzir uma
proteína determinada em uma molécula de RNA
mensageiro, que sai do núcleo até o citoplasma.
Genes recessivos são defeituosos, que produzem um
RNAm alterado, equivalendo a uma enzima não
funcional. Não havendo reação química.
Na codominância, não há genes recessivos. Ambos
envolvidos na herança são funcionais.
Homozigoto dominante (AA) e heterozigoto (Aa) são
iguais, independente de um ter o dobro do outro, pois,
tanto a quantidade X ou 2X de enzimas produzem o
mesmo resultado, pois a enzima atua em pequenas
concentrações.
A diferença entre duas moléculas de DNA distintas
está em sua sequência de nucleotídeos. Assim, o DNA
de todas as espécies é idêntico em sua composição,
variando apenas na disposição dos nucleotídeos.
Cromossomo: equivale a uma molécula de DNA.
Genoma: conjunto de todos os genes. Cada organismo tem
seu genoma próprio, idêntico em todas as suas células
somáticas. Apenas em clones é que se têm organismos
distintos com genomas idênticos.
Nucleotídeos
Formados por uma molécula de açúcar pentose, uma
base nitrogenada e um ácido fosfórico.
As bases nitrogenadas podem ser purina: A ou G,
com dois anéis carbônicos, ou pirimidina: T, C e U, com
um único anel carbônico.
As pentoses podem ser desoxirribose, do DNA, ou
ribose, do RNA.
Biologia
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O DNA é mais estável que o RNA pois tem um átomo
de oxigênio a menos.
O fosfato é derivado do ácido fosfórico (H3PO4).
O número de purinas é igual ao número de
pirimidinas.
A=T, C=-G.
Replicação do DNA
Ocorre na interfase, no período S, precedendo a
divisão celular.
A principal enzima que atua nesse processo é a
enzima DNA polimerase. A enzima DNA helicase quebra
as pontes de hidrogênio entre as bases das cadeias
complementares, enquanto a DNA polimerase vai
ligando as bases sem pares aos novos nucleotídeos.
É um processo semiconservativo, pois no decorrer
do processo, as moléculas-filhas conservam uma fita da
molécula inicial, proporcionando hereditariedade e
reprodução.
DNA se replica em outro DNA, é transcrito em RNA,
que é traduzido em proteína.
Toda proteína é fruto da expressão de um gene, mas
nem todo gene codifica uma proteína.
Transcrição
Um segmento de DNA é transcrito em uma
molécula de RNA.
Apenas uma fita trabalha na síntese proteica.
Uma fita produz RNA e a outra vira “DNA lixo”, que
não codifica proteína.
Erros na síntese de RNA não são herdados.
Tradução
Rnam é traduzido em polipeptídeo.
DNA lixo
Sequência de bases nitrogenadas cujas informações
não são traduzidas em proteínas.
São usados na comparação em exames de DNA.
98,5% do DNA humano não é codificante.
Pode ser expresso em informações que interferem
no fenótipo.
Introns e exons
Introns é a região do DNA não codificante dentro
dos genes, o DNA lixo.
Exons é a região do DNA codificante dentro dos
genes.
Splicing
Remoção dos intros do pré-RNA mensageiro.
A enzima RNA polimerase transcreve tanto os exons
como os introns em gene, formando uma primeira
molécula de RNA, o pré-RNA mensageiro.
A nova molécula de RNA gerada após o splicing,
contendo apenas exons, é chamada de RNA
mensageiro.
Os introns são degradados em nucleotídeos para
produzir RNA.
Splicing alternativo
Um mesmo gene pode ser traduzido em várias
proteínas distintas, dependendo da maneira que a célula
faz o splicing, ou seja, de qual exon ou quais são
removidos do pré-RNAm juntos aos introns.
Proporciona diferença de complexidade entre os
seres vivos, pois essa não está no número de genes, mas
na habilidade de produzir várias proteínas a partir de um
mesmo gene.
RNA
1. Mensageiro: cópia da informação do gene enviada
para a síntese proteica.
2. Ribossomico: forma ribossomos, com função
estrutural e catalítica.
3. Transportador: transportam aminoácidos para os
ribossomos.
Código genético
São trincas de nucleotídeos que codificam
aminoácidos.
É universal, ou seja, em todos os seres vivos
determinam o mesmo aminoácido.
É a leitura e interpretação das informações contidas
no DNA até que o produto da informação, a proteína,
seja montada pela maquinaria celular para a síntese
proteica.
Biologia
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A síntese proteica é comandada pelos ácidos
nucleicos e controla todas as funções vitais. O DNA
transporta a informação genética de maneira codificada
de célula a célula.
Quando um gene se expressa,sua informação é,
primeiramente, copiada no RNA, que dirige a síntese de
proteínas específicas.
Códon: UUU
Anticódon: AAA
Eles se completam. 15 bases nitrogenadas, 5 códons,
5 aminoácidos codificados.
Código decifrado
Vários trios podem codificar um mesmo aminoácido.
Códons que codificam o mesmo aminoácido são
chamados de códigos sinônimos. A maioria difere
somente na base que ocupa a terceira e última posição.
Assim, as mutações que passam despercebidas, ou seja,
que não alteram a composição de aminoácidos, são
chamadas de mutações silenciosas.
O sinal de iniciação para síntese proteica é AUG, ou
seja, os anteriores são ignorados na tradução. Se ele
está no meio, é codificado a metionina.
O sinal de terminação é fornecido por três códons,
UAG, UAA e UGA. Eles são os únicos que não codificam
aminoácidos.
Um códon codifica apenas um aminoácido, mas um
aminoácido pode ser codificado por mais de um códon.
Mutações sem sentido
Criam aminoácidos de terminação antes de terminar,
antecipando o fim da tradução fazendo com que a
proteína fique mais curta, podendo não funcionar.
Podem destruir um códon de terminação, adiando e
alongando a proteína.
Mutações neutras
Sem efeito benéfico ou prejudicial.
Ribossomos
São encontrados em todas as células.
Realizam a síntese proteica.
Também são encontrados em cloroplastos e
mitocôndrias, sendo essas capazes de fazer
síntese proteica independentemente do resto da
célula.
São produzidos no nucléolo, sendo maior em
células com a síntese proteica elevada.
Os livres produzem proteínas de uso interno, e os
aderidos ao retículo endoplasmático rugoso
produzem proteínas de exportação.
Engenharia genética
Conjunto de técnicas de laboratório que permitem
isolar e modificar genes e eventualmente enxerga-los
em células diferentes das de origem.
Permitem a produção de substâncias úteis à indústria
e à medicina.
Conquistas: insulina, fatores de coagulação que
faltam nos hemofílicos.
Biotecnologia
Uso de seres vivos para obtenção de substâncias
úteis ao homem.
Produção de iogurtes e queijos por bactérias
lactobacilos, produção de álcool, pães e bolos por
leveduras, fungos unicelulares.
Melhoramento de características genéticas de
plantas e animais no que diz respeito à produtividade,
como resistência a pragas/parasitas.
OGM: passou por qualquer modificação genética.
Transgênico: recebeu especificamente um gene de outra
espécie.
Todo transgênico é OGM, mas nem todo OGM é
transgênico.
Clonagem de DNA
Produzir inúmeras cópias idênticas de um mesmo
trecho da molécula de DNA.
É preciso isolar o trecho de DNA a ser clonado, ação
de enzimas endonucleases de restrição.
Enzimas de restrição
Encontradas em bactérias para que pudessem se
proteger do ataque de vírus bacteriófagos.
Biologia
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São específicas, ou seja, cada tipo de enzima
reconhece e corta apenas uma determinada sequência
de nucleotídeos.
Sequências palíndromo, ou seja, lê-se da mesma
forma da direita ou da esquerda.
DNA recombinante
Corte e colagem de pedaços de DNA (genes) de
indivíduo de quaisquer espécies: organismo
geneticamente modificado (OGM) ou organismo
transgênico.
1. Corte do DNA dos indivíduos por enzimas de
restrição.
2. Colagem do DNA com pontes de hidrogênio.
3. Colagem do DNA por ligação covalente através da
enzima ligase.
4. Clonagem do RNA combinante: criação de várias
cópias do RNA recombinante.
5. Transfecção inserção no organismo a ser
modificado.
6. Seleção de organismos modificados.
Transgênicos
Recebem o fragmento de DNA, cuja sequência de
nucleotídeos determina a sequência de aminoácidos.
A característica de interesse é manifestada devido a
tradução do RNAm sintetizado a partir do DNA
recombinante.
Agricultura orgânica: sem agrotóxico, sem adubo
químico: menor produtividade e maior custo.
Agricultura convencional: com agrotóxicos e com
adubos químicos: maior produtividade, menor custo e
maior poluição.
Problemas: resistência a herbicidas: ervas daninha
competem com plantas por água, adubo.
Riscos: reações alérgicas, perda de biodiversidade.
Terapia gênica ou geneterapia
Introdução de genes normais em pessoas que
tenham o alelo que causa uma doença.
Correção de defeitos genéticos pela inserção dos
genes apropriados.
Técnica ex vivo: remove a célula do doente, coloca em meio
de cultura e aplica do vírus recombinante. Devolve as
células já modificadas para o doente.
Vantagem: evita reações imunes contra o vírus.
Desvantagem: só pode ser usada em células de fácil
remoção.
Técnica in vivo: aplica o vírus RNA reco, direto no doente.
Vantagem: pode ser usada em células, tecidos,
órgãos.
Desvantagem: risco de reações imunes graves.
Doping genético: uso de técnicas de terapia gênica para
adicionarem genes ou melhorarem o desempenho em
alguma atividade.
Vacinas de DNA: aplica do DNA recombinante com gene
do antígeno que é traduzido em antígeno, produzindo
anticorpos e células de memória permanente.
Vacina clássica: aplicação do antígeno que produz
anticorpos e células de memória com duração de
aproximadamente 10 anos.
Teste de DNA
Para identificação de trechos específicos de interesse
dentro do genoma, podendo detectar genes para
doenças.
O DNA lixo é único e é usado em análise de
paternidade e com criminosos.
Exame de DNA
Corte do DNA dos indivíduos envolvidos com
enzimas de restrição. Os fragmentos serão separados
através da técnica de eletroforese e posteriormente
comparados.
Eletroforese: separa fragmentos de DNA baseado na
carga elétrica.
Cada banda contém vários pedações de DNA, com
50% maternos e 50% paternos.
DNA nuclear
46 cromossomos: 46 DNA.
Biologia
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23 pares de cromossomos e DNA.
2 cópias de cada tipo de DNA.
DNA mitocondrial
Origem materna.
1 DNA mitocondrial, com várias mitocôndrias por
célula.
Projeto genoma: mapeamento do genoma humano.
Sequenciamento de genes, os identificando para
diagnosticar doenças e facilitar o tratamento.
Citologia
É a menor unidade da vida.
Constituem as unidades básicas morfofisiológicas de
todos os organismos vivos: teoria celular.
Proporciona característica morfológica e fisiológica.
Originam unicamente de outras células e sua
continuidade é mantida através de seu material
genético.
Um adulto possui mais células que um bebê, em
decorrência das divisões mitóticas, que permitem o
crescimento de órgãos e tecidos.
A diferença de tamanho entre animais está na
quantidade de células e não no tamanho delas.
Lei de Spencer: quanto maior a célula, menor sua
relação superfície/volume e pior sua nutrição.
Lei do volume constante: as células do mesmo tipo
em indivíduos da mesma espécie possuem volume
constante, com exceção das células musculares e
neurônios, visto que, fibras musculares podem ser
hipertrofiadas pelo exercício constante.
1. Procarióticas: são pequenas, com nutrição
adequada, sem carioteca, possuindo um nucleóide.
2. Eucariótica: maiores, com uma série de membranas
internas, as organelas, que aumentam sua
superfície relativa de membrana para garantir
trocas metabólicas e possuem carioteca e núcleo
organizado.
Material genético
Em eucarióticas, o DNA está associado a histonas e
dividido em vários cromossomos.
Em procarióticas, o DNA não está associado a
histonas, mas a outras proteínas, chamado de desnudo,
com cromossomo circular e único. Pode haver DNA
extracromossomial, imerso no citoplasma, o plasmídeo,
utilizado na troca de genes da conjugação bacteriana.
Ribossomos: Únicas organelas presentes em células
procarióticas, porém com tamanho menor.Respiração aeróbica
Apesar de não possuírem mitocôndrias, os
procariotos podem fazer. O ciclo de Krebs ocorre na
matriz mitocondrial e a cadeia respiratória nas cristas
mitocondriais. Em eucariotos, ocorre no citoplasma e na
membrana plasmática, respectivamente.
Ocorre no mesossomo, uma invaginação da
membrana.
Estruturas das células
Procarióticas
Parede celular: envoltório rígido que determina a
forma da célula e protege contra danos mecânicos. É
formada por peptoglicanas e lipopolissacarídeos.
Flagelos: filamentos móveis que permitem
deslocamento.
Membrana plasmática: interna à parede celular,
controla a entrada e saída de substânicas.
Citoplasma: região interna delimitada pela MP.
Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas.
Nucleóide: onde se localiza o cromossomo.
Fotossíntese: As células procarióticas não possuem
cloroplastos, assim, as cianobactérias fazem fotossíntese
em lamelas fotossintetizantes.
Eucarióticas
Parede celular: envoltório de celulose que protege a
célula e determina sua forma, ausente em animas,
presente em vegetais.
Membrana plasmática: seleciona substâncias.
Citoplasma: entre a membrana plasmática e o
envoltório nuclear, com compartimentos membranosos.
Retículo endoplasmático: conjunto de tubos que
dentro circulam substâncias fabricadas pela célula. O
Biologia
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rugoso possui ribossomos aderidos às suas membranas,
diferente do liso.
Complexo golgiense: conjunto de vesículas que
armazenam substâncias fabricadas pela célula.
Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas, livres
no citoplasma ou aderidos ao RE.
Mitocôndria: bolsa com duas membranas onde
ocorre a respiração celular.
Lisossomo: vesículas com sucos digestivos que
digerem partículas desgastadas pelo uso.
Núcleo: onde localiza os cromossomos e contêm os
genes.
Carioteca ou envelope nuclear: envoltório que
separa o conteúdo nuclear do citoplasma.
Nucléolo: local de fabricação e armazenamento de
ribossomos, no interior do núcleo.
Centríolos: cilindros relacionados com os
movimentos celulares ausentes em plantas.
Vácuolo de suco celular: bolsa membranosa com
água e sais, ausente em animais.
Cloroplastos: estruturas membranosas que contém
clorofila, ausente em animais.
Teoria celular x vírus
As células possuem:
Um programa genético específico, na forma de
moléculas de DNA, que permitem a reprodução de
células e controle da função celular através do RNA.
Uma membrana celular lipoprotéica, que estabelece
um limite que regula todas as trocas de matéria e
energia.
Uma maneira de se obter energia através de
alimentos.
Uma maneira de produzir proteínas.
Os vírus só possuem o primeiro requisito, o material
genético. Portanto, não tem organização celular.
Eles apresentam habilidade de se reproduzir e
capacidade de se adaptar ao meio ambiente por
mutações, quando em uma célula hospedeira.
Membrana plasmática
Permite a homeostase, isolamento do meio externo
para manter o interno constante.
Regula a passagem de material de dentro e fora da
célula, através da permeabilidade seletiva.
Recebe informações do meio ambiente que permite
a célula perceber mudanças e responder, como
hormônios, neurotransmissores.
Comunica-se com células vizinhas e com o
organismo como um todo.
Possui enzimas aderidas que participam diretamente
de processos metabólicos e sínteses.
Apresenta fluidez na bicamada devido aos
fosfolipídios que a compõem serem líquidos a
temperatura corporal.
É constituída por fosfolipídios, lipídios complexos
derivados dos glicerídeos e contendo ácido fosfórico.
São anfipáticos, ou seja, possuem uma região polar e
outra apolar. Quanto mais insaturados, mais líquido a
bicamada.
Apresentam colesterol que tem papel estrutural e
estabilizador.
Medicamentos lipossolúveis atravessam mais
facilmente a parte lipídica das membranas dos
neurônios.
Os fosfolipídios são constituídos de uma cabeça
hidrofílica polar, voltada para fora da bicamada e uma
calda hidrofóbica apolar, voltada para dentro.
Apresenta pequena estrutura, elasticidade e
pequena resistência mecânica.
Permeabilidade da membrana
Passam pela bicamada substâncias apolares como
lipídios, O2 e CO2 e substâncias polares não carregadas
pequenas, como a água.
Passam pelas proteínas-canais permeases
substâncias polares pequenas, como aminoácidos,
monossacarídeos, íons e água (aquaporinas).
Glicocálix
Associação entre lipídios e proteínas na face externa
da bicamada que protege a membrana celular.
Atua como filtro em certos capilares sanguíneos e no
tecido conjuntivo, ajudando a controlar a entrada de
substâncias na célula, através da pinocitose.
Promove adesão entre células de um mesmo tecido.
Atua no reconhecimento celular, como nos grupos
sanguíneos do sistema ABO.
Biologia
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Em células sadias, o reconhecimento das células
vizinhas através do glicocálix inibe a divisão celular, num
fenômeno de inibição por contato, evitando que uma
célula se multiplique e invada o espaço da outra. Em
células cancerosas, essa capacidade é perdida, de modo
que a divisão se dê indefinidamente.
Parede celular
Externa a membrana, constituindo uma espécie de
exoesqueleto.
É permeável, com alta resistência e certa flexibilidade.
Funções de suporte mecânico da célula, proteção
mecânica e osmótica.
Formada por microfibrilas compostas de celulose e
por outros açúcares, como a lignina, principal
componente da madeira e confere resistência e rigidez.
Transportes
Passivo
A favor do gradiente de concentração, do meio mais
concentrado para o menos concentrado.
É espontâneo e exergônicos (exotérmicos).
Menor partícula, maior temperatura e maior
diferença de concentração facilita.
Ativo
Contra o gradiente de concentração, de meios
menos concentrados para mais concentrados.
Não espontâneo e é endergônico (endotérmico).
Bomba de sódio e potássio.
Bomba de sódio e potássio
Manutenção do equilíbrio osmótico celular.
Manutenção de altas concentrações intracelulares de
íons potássio.
Estabelecimento de um potencial elétrico de
membrana, do qual depende a transmissão do impulso
nervoso.
A concentração de potássio é maior dentro da célula,
a tendência é que ele saia por difusão, e como o sódio
é maior fora do que dentro, a tendência é que ele entre.
Como são quantidades diferentes, alteraria as
concentrações desses íons e perturbaria o equilíbrio
osmótico da célula.
A bomba vai reposicionar os íons que se moveram
por difusão. O meio externo fica positivo em relação ao
interno, num fenômeno de polaridade da membrana,
que constitui a base para a transmissão do impulso
nervoso.
Em bloco
Processos ativos que envolvem modificações na
estrutura da membrana para incorporar partículas
maiores.
Endocitose: ocorre para dentro da célula.
Exocitose: para eliminar partículas produzidas pela
célula, como hormônios.
Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela
célula devido a projeções citoplasmáticas, as
envaginações da membrana, os pseudópodes, em que
os fagossomos englobam o conteúdo da vesícula. Atua
na alimentação de unicelulares, defesa de organismos
pluricelulares, eliminação de restos teciduais e células
mortas, remodelação do corpo...
Pinocitose: incorporação de um material líquido
Difusão simples ou diálise
Passagem de moléculas de soluto através de uma
membrana permeável da região de maior concentração
de soluto para a região de menor concentração, até elas
se igualarem.
Processo espontâneo e exotérmico.
Difusão facilitada
Ocorre através de proteínas permeases, as quais
sofrem alterações sendo específicas para determinados
solutos.
Transporteativo.
Em altas concentrações do substrato a ser
transportado, ocorre saturação dos carregadores, e a
velocidade de transporte passa a ser constante.
Osmose
Passagem do solvente através de uma membrana
que não permita a passagem de soluto, da região mais
concentrada para a menos concentrada em solvente,
até as concentrações se igualarem.
A água vai de onde tem menos soluto para onde tem
mais.
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Deplasmólise: quando em meios hipotônicos,
ganham água e incham.
Plasmoptise: se a água continuar entrando, a
membrana plasmática não é suficientemente resistente
e se rompe.
Plasmólise: célula murcha quando colocada em
meios hipertônicos.
Vegetais: são dotados de parede celular permeável,
flexível e altamente resistente. A célula não se rompe
pois a água entra e sai pela turgência, causando
equilíbrio.
Difusão e osmose tendem a ocorrer
simultaneamente, mas em sentidos opostos.
A osmose é um processo mais rápido que a difusão.
A difusão não altera o volume da célula, mas a
osmose sim.
Citologia
1. Citoplasma: massa heterogênea com uma série de
estruturas imersas na mesma.
2. Hialoplasma: massa amorfa onde se situam as
demais estruturas, constituído por água, sais
minerais e proteínas. Proporciona um meio de
difusão para reações químicas, sustentação interna
e movimento.
Movimentos celulares
Ciclose
Típico de células vegetais, em que existe um vacúolo
de suco celular que preenche a célula.
É um fluxo interno no citosol que arrasta as organelas
ao redor do vacúolo central, permitindo a distribuição
constante das organelas na célula.
Aumenta com o aumento de temperatura.
Ameboide
Em protozoários e células de defesa (leucócitos).
A célula emite prolongamentos citoplasmáticos,
denominados pseudópodes.
Citoesqueleto
Responsável pela sustentação da célula e definição
de sua forma, através de uma rede de filamentos
proteicos que o constituem.
1. Microtúbulos
Formados pela proteína tubulina que forma
filamentos para originá-lo.
Sustentam e protegem a mecânica da célula.
Facilitam o transporte e a circulação de substâncias
no citoplasma.
Compõem os cílios, os flagelos, os centríolos e as
fibras do fuso.
2. Microfilamentos
Formadas pela actina, se associam com a miosina.
Organizam o citoesqueleto.
Contribuem para a adesão celular.
Motilidade celular, como a ciclose, pseudópodes,
flagelos.
3. Filamentos intermediários
Formados por queratina.
Aumentam a resistência mecânica do citoplasma,
aumentando a adesão entre as células vizinhas.
Citoplasma figurado: as próprias organelas. Presentes no
interior do hialoplasma, podendo ser membranosas ou não
membranosas.
Membranosas: complexo de Golgi, lisossomos,
peroxissomas, glioxissomas, vácuolos, plastos, retículo
endoplasmático, mitocôndrias, núcleo.
Não membranosas: ribossomos e centríolos.
Ribossomos
Metade proteína, metade RNAr, possuindo duas
subunidades em forma de 8.
Únicas organelas presentes em procariotos.
São responsáveis pela síntese proteica.
Centríolos
Localizam-se próximos a região do núcleo, no
centrossoma.
São formados por microtúbulos, 9 grupos de 3
arranjados como num cilindro.
Originam cílios e flagelos.
Não está presente em células vegetais.
Biologia
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Cílos e flagelos
Possuem proteínas contráteis.
Possibilitam a locomoção celular.
Promovem a circulação de líquidos e o
deslocamento de pastículas.
Retículo Endoplasmático
Uma rede de invaginações da membrana plasmática,
presente em todas as células eucarióticas, com exceção
das hemácias e células embrionárias indiferenciadas.
Fornece suporte mecânico.
Auxilia no controle osmótico da célula.
Armazena substâncias.
Transporta substâncias.
Síntese de glicoproteínas e membranas.
1. Rugoso: faz síntese de proteínas para exportação,
pois possui ribossomos aderidos à estrutura.
Secretam proteínas pela célula, como enzimas
digestivas e anticorpos.
2. Agranular ou liso: sintetizam lipídios, como o
colesterol e esteroides. Fazem destoxificação,
transformando substâncias tóxicas em não tóxicas.
Quando ingeridas grandes quantidades de droga, a
área do REL aumenta consideravelmente para promover
uma rápida destoxificação, desenvolvendo tolerância à
droga.
Complexo de golgi
Síntese de polissacarídeos, de glicoproteínas e
glicolipídios.
Armazenam e empacotam.
Fazem secreção celular, liberando vesículas para o
citoplasma pela exocitose.
Formam o acrossomo de espermatozoides.
Formam a lamela média de células vetais.
Formam os lisossomos.
Fermentação
Respiração celular: processo de degradação de matéria
orgânica para a produção de energia.
A quebra se dá por oxidação. Esses elétrons são
recolhidos por aceptores de elétrons, como NAD e FAD,
para serem utilizados na produção de ATP.
A matéria orgânica utilizada é a glicose, mas também
outros açúcares, lipídios e proteínas.
O S e o NO3 podem substituir o oxigênio.
Autótrofos e heterótrofos
Autótrofos são capazes de produzir glicose a partir
de matéria inorgânica e energia adquiridas no meio,
sendo, pois, capazes de produzir seus próprios
nutrientes. Podem ser fotossintetizantes ou
quimiossintetizantes.
Heterótrofos aproveitam-se dos nutrientes
produzidos pelos autótrofos.
Papel do ATP
Ele armazena uma quantidade tal de energia que
pode ser utilizada em vários processos, sendo
extremamente versátil.
Tipos de respiração celular
Respiração aeróbica: usa o gás oxigênio como agente
oxidante para promover a quebra completa da matéria
orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás
carbônico e água, apresentando um alto saldo energético,
de até 38 ATP por glicose.
Respiração anaeróbica: não utiliza oxigênio, podendo
ocorrer de várias maneiras, como a desnitrificação e a
fermentação.
Desnitrificação: utiliza o nitrato (NO3-) como agente
oxidante para promover a quebra completa da matéria
orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás
carbônico, água e gás nitrogênio.
Fermentação: não usa agente oxidante e promove a quebra
parcial da matéria orgânica em produtos ainda orgânicos,
com baixo saldo energético, de 2 ATP por glicose. Pode ser
láctica, onde o ácido pirúvico é o aceptor final de elétrons,
ou alcóolica, com o acetaldeído de aceptor.
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Tipos de organismos quanto à respiração
Anaeróbicos restritos: fazem respiração anaeróbica. O
oxigênio é venenoso pelo seu poder oxidante e por eles
não conseguirem degradá-lo.
Anaeróbicos facultativos: podem fazer os dois tipos de
respiração, tanto anaeróbica quanto aeróbica.
Aeróbicos: dependem do metabolismo aeróbico para viver,
podendo alguns fazer também respiração anaeróbica.
Glicólise
1. Consumo de duas moléculas de ATP para ativar
uma molécula de glicose e iniciar a reação.
2. Quebra da molécula de glicose ativada em duas
moléculas de três carbonos.
3. Incorporação de fosfato inorgânico e formação de
NADH2.
4. Liberação de duas moléculas de ATP, recuperando
as utilizadas no início.
5. Liberação de mais duas moléculas de ATP e
formação do ácido pirúvico, representando essas
duas moléculas de ATP o salgo energético positivo
do processo.
Fermentação láctica
O NADH2 fornece seus hidrogênios ao próprio ácido
pirúvico, que funciona como aceptor final de elétrons,
passando a ácido láctico.
Ocorre em algumas bactérias, protozoários, fungos
e células do tecido muscular.
No tecido muscular ocorre quando a atividade física
é intensa e o aumento na frequência respiratória e fluxo
sanguíneo são insuficientes para suprir o músculo de
oxigênio para fazer respiração aeróbica. As fibras
muscularesdegradam a glicose anaerobicamente, com
a produção de ácido láctico, promovendo fadiga e dor.
Com 24 o ácido é removido do músculo e enviado ao
fígado, onde é reconvertido em glicose.
Fermentação alcoólica
O ácido pirúvico da glicólise libera CO2 e é
convertido em etanal, um aldeído que recebe os
hidrogênios do NADH2, formando o etanol.
Ocorre em algumas bactérias, em leveduras e em
vegetais superiores.
Leveduras são utilizadas na produção de álcool,
usado como combustível, antisséptico e na fabricação
de bebidas.
O CO2 liberado pela levedura é a base para a ação
de fermentos biológicos de cozinha, como na
fermentação do açúcar e produção de gás carbônico,
que se expande e provoca o inchamento da massa do
pão e do bolo. O álcool liberado na reação é evaporado
pelo forno e a reação não depende de calor, só é
acelerado com ele.
Fermento biológico: leveduras, fungos unicelulares
anaeróbicos facultativos que realizam fermentação
alcoólica, precisando descansar antes de entrar no forno
porque o calor desnatura as enzimas e a massa não desce.
Fermento químico: a elevação da temperatura acelera a
reação química e torna efetiva no inchaço da massa.
Respiração aeróbica
É mais eficiente que a fermentação, produzindo até
38 ATP por glicose.
C6H12O6 + 6CO2 = 6CO2 + 6H2O
Fases da respiração
1. Glicólise, no citoplasma, sem oxigênio.
2. Ciclo de Krebs, na matriz mitocondrial, com O2.
3. Cadeia respiratória, nas cristas mitocondriais, com
O2.
Em procariontes, por não terem mitocôndrias, fazem
na membrana plasmática.
Apesar do oxigênio não participar diretamente do
Ciclo de Krebs, ele só ocorre na presença desse ciclo.
Estrutura da mitocôndria
Presente em todas as células eucarióticas.
Firmada por duas membranas, a externa e a interna,
e entre há o espaço inter-membrana.
A membrana interna sofre invaginações, formando
as cristas mitocondriais.
Biologia
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Apresentam DNA, RNA e ribossomos, sendo capaz
de síntese proteica e autoduplicação.
Apresentam oxissomos internamente, enzimas
responsáveis pela síntese de ATP nela.
Hipótese da simbiose
A membrana apresenta características semelhantes
às células procariontes, visto que, na bactéria há
invaginações de membranas, os mesossomos, análogas
as cristas mitocondriais, além disso, o DNA bacteriano é
circular e desnudo, com o DNA mitocondrial.
Pesquisadores acreditam que no passado,
mitocôndrias e plastos eram procariontes
independentes, que passaram a fazer relações
endomutualísticas com células maiores e acabaram lá se
estabelecendo.
DNA mitocondrial
Como as mitocôndrias vêm apenas do gameta
feminino na espécie humana, o DNAm é então sempre
proveniente da mãe.
Glicólise
Caso não haja oxigênio, o ácido pirúvico é enviado
para a fermentação. Caso haja, ele entra na mitocôndria
formando o acetil-coA.
O ácido pirúvico tem 3C, e quando entra na matriz,
perde um gás carbônico e passa a acetil, que se liga a
uma coenzima A, que entra no ciclo de Krebs.
Ciclo de Krebs
O acetil-coA une-se ao ácido oxalacético (4C),
formando o ácido cítrico (6C). O ácido cítrico perde 2
CO2 e volta a ácido oxalacético, para reiniciar o ciclo.
Saldo de 4 CO2, 2 ATP, 6 NADH2 e 2 FADH2.
Cadeia respiratória
A maioria dos ATP são produzidos através dos
elétrons armazenados no NADH2 e FADH2.
Sem O2, a cadeia nem se quer inicia, o que leva à
morte por asfixia.
Papel do oxigênio: é aceptor final de elétrons na respiração
aeróbica. Caso falte, o indivíduo morre por produzir ATP
insuficiente, uma vez que não haverá ciclo de Krebs, visto
que ele é necessário para que o ácido pirúvico entre na
mitocôndria.
Envenenamento por cianeto e monóxido de carbono
Utilizado nas câmaras de gás, o cianeto, e o
monóxido de carbono, liberado a partir da combustão
incompleta, ambos se ligam ao ferro dos citocromos
impedindo sua oxidação e redução, consequentemente,
o transporte de elétrons, interrompendo a cadeia
respiratória, diminuindo a produção de energia e
asfixiando.
Fotossíntese
Processo anabólico que utiliza a energia da luz para
a produção de matéria orgânica, na forma de
carboidratos, a partir de matéria inorgânica, na forma de
água e gás carbônico.
Processo de conversão de energia luminosa em
energia química.
Realizada por vegetais, algas e cianobactérias.
Libera gás oxigênio, utilizado por todos os
organismos aeróbicos do planeta.
É a base da nutrição da imensa maioria dos
ecossistemas.
6CO2 + 12 H2X = C6H12O6 + 6H2O + 12X
Plastos: organelas relacionadas ao armazenamento de
substâncias ou à fotossíntese.
A captação da energia da luz solar é possível
através de pigmentos fotossintetizantes, como:
1. Clorofila: de cor verde, a principal.
2. Carotenos e xantofilas: de cor amarelada.
3. Ficoblinas: de cor azul ou vermelha.
Etapas da fotossíntese
Fotoquímica ou clara
Dependem da luz. Ocorre na bicamada lipídica e em
estruturas derivadas, como lamelas.
Produto: ATP, NADPH2 e O2.
Independe da escura, só precisando de luz, clorofila
e água.
Biologia
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Química ou escura
Não necessita de clorofila e não dependem da luz.
Ocorre no estroma.
Produtos: glicose, ADP e NADP.
Fatores que influenciam na fotossíntese
Temperatura, concentração de gás carbônico e
intensidade da luz.
Temperatura
As reações são mediadas por enzimas, então, a
alteração na atividade enzimática altera a atividade
fotossintética.
Um aumento exagerado na temperatura desnatura
as enzimas e leva uma queda na atividade fotossintética.
Concentração de gás carbônico
O aumento melhora a atividade, visto que as enzimas
funcionam melhor com o aumento na concentração do
substrato.
Ocorre até um determinado ponto de saturação,
fazendo com que a atividade fique constante.
Intensidade luminosa
Quanto mais luz, maior a absorção de energia pela
clorofila nos cloroplastos e maior atividade
fotossintética, é determinado ponto de saturação em
que a atividade fica constante.
Relação fotossíntese e respiração
A fotossíntese é anabólica e a respiração catabólica.
As reações são inversas.
A planta faz simultaneamente as duas, porém, a
fotossíntese não é feita o tempo todo, pois sem luz o
processo para.
No ponto de compensação fótica a respiração e a
fotossíntese se igualam, e a planta não libera nem
consome nada da atmosfera. Assim, o oxigênio liberado
pela fotossíntese é consumido na respiração, e o gás
carbônico liberado na respiração é consumido na
fotossíntese.
Em plantas jovens a fotossíntese é maior que a respiração
e em adultas as taxas tendem a se igualarem.
Quimiossíntese
Desempenhado por algumas bactérias que utilizam
como fonte de energia a energia liberada pela oxidação
de compostos inorgânicos.
Núcleo celular
Encerra o material genético da célula, na forma de
cromossomos.
Através o DNA, o núcleo controla todas as funções
celulares, como a síntese proteica, a síntese de enzimas
e as reações químicas.
Nas células eucarióticas, o núcleo encontra-se
delimitado devido à presença de um envelope nuclear
ou carioteca, isolando-se do citoplasma.
Células anucleadas não possuem núcleo, como as
hemácias em mamíferos, assim, possuem vida curta pois
não realizam síntese proteica para produzir enzimas e
promover a regeneração celular.
Componentes do núcleo
Carioteca
Estrutura que delimita o núcleo.
É formada por duas membranas sustentadas por
uma rede de proteínas.
A membrana externa está aderida ao retículo
endoplasmático rugoso, possuindo ribossomos
aderidos a ela.
Apresenta poros nucleares na região de fusão da
membrana externa com a interna, que permitem a
passagem de ribossomos e RNAm do núcleoonde são
produzidos para o citoplasma.
Nucleoplasma: também chamado de cariolinfa,
corresponde ao protoplasma situado no núcleo, formado
por água, sais minerias e enzimas, onde estão submersos
os núcleos e a cromatina.
Nucléolos ou plasmossomos
Estruturas formadas por proteínas e RNAr, não
delimitados por membrana.
Originados das zonas SAT.
Tem como função a formação de ribossomos,
formados por RNAr e proteínas.
Biologia
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Quanto mais ribossomos forem necessários, ou seja,
quanto maior a atividade metabólica da célula, maior a
quantidade de nucléolos.
Material genético
Em eucariontes está na forma de DNA associado a
várias proteínas histonas, formando complexos
denominados de cromonemas ou cromossomos.
DNA + histonas: nucleossomas que se enrolas em
hélice, formando a fibra cromossômica, que se enrola
aleatoriamente formando cromossomos ou
cromonemas.
Cromatina: conjunto de cromonemas da célula. Está
presente na inférfase, ativo para síntese proteica e
desespiralizados, com filamentos longos entrelaçados.
Cromossomos: presentes durante a divisão celular,
espiralizados, com filamentos compactados e inativos para
síntese proteica, uma vez que a compactação impossibilita
a ação da enzima RNA polimerase.
Eucromatina, heterocromatina e especialização celular
A eucromatina são as partes ativas da cromatina, e a
heterocromática são as partes inativas.
Algumas áreas da cromatina estão sempre na forma
de heterocromatina, como é o caso das regiões de
centrômero e telômero.
A diferenciação celular é resultado da ativação ou
inativação de genes por, respectivamente,
desespiralização ou espiralização do DNA.
Cromossomos
Estão presentes no núcleo em divisão, onde se
apresentam espiralizados e duplicados, ou seja,
formado por duas cromátides-irmãs, idênticas.
Cada cromátide equivale a um filamento de
nucleossomas, contendo uma única molécula de DNA
cada.
A duplicação corre no período S da interfase, e é uma
preparação para a divisão celular.
As extremidades são os telômeros, que têm o papel
de proteger o cromossomo de enzimas reparadoras.
Tipos de cromossomos
Metacêntrico: com centrômero no centro e braços
de tamanhos iguais.
Submetacêntrico: com centrômero quase no centro
e braços de tamanho quase igual.
Acrocêntrico: com centrômero bem deslocado,
havendo braços curtos e longos.
Telocêntrico: com centrômero em uma das
extremidades do cromossomo. Cada cromátide tem só
um braço e não existe na espécie humana.
Cromossomos homólogos
São idênticos em forma, tamanho, tipos de genes e
sequência desses genes.
Os genes não necessariamente são iguais, aénas
condicionam as mesmas características, mas
possivelmente de maneira diferente.
Genes que condicionam a mesma característica são
ditos genes alelos, normalmente um dominante e um
recessivo.
Os genes ficam no locus do cromossomo.
Homozigotos: os loci do par homólogo são
ocupados por genes alelos idênticos.
Heterozigotos: os loci são ocupados por genes alelos
distintos.
Células haploides (n): possuem apenas um cromossomo de
cada par, ou seja, possuem apenas um genoma.
São as células sexuais ou gametas.
Células diploides (2n): possuem seus cromossomos aos
pares de homólogos, ou seja, possuem dois genomas.
São as células somáticas e as células germinativas.
Células somáticas: não tem relação direta com a
reprodução humana.
Células germinativas: são as únicas capazes de sofrer
meiose para formação de células sexuais reprodutivas, os
gametas.
Células sexuais: as células germinativas sofrem meiose
originando quarto células, cada qual com metade dos
Biologia
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cromossomos da célula inicial. São os espermatozoides e o
óvulo feminino.
n: número de pares de cromossomos em uma espécie.
Genoma
Conjunto haploide de cromossomos, ou seja, um
conjunto onde há apenas um cromossomo de cada par
de homólogos.
Conjunto de todos os genes de um indivíduo,
população ou espécie.
Cariótipo humano
Conjunto diploide de cromossomos presentes em
uma célula somática.
O homem possui 46 cromossomos, ou seja, 2n=46,
posicionados dos maiores para os menores, dos
metacêntricos para os acrocêntricos.
Os primeiros 22 pares são autossomos, não tendo
relação com a determinação do sexo.
O último par corresponde aos alossomos ou
cromossomo sexuais, que determinam o sexo, sendo X
feminino e Y masculino.
Número diploide de cromossomo por espécie
O número de cromossomos não tem relação com
nenhum aspecto de parentesco ou complexidade.
Mutações ou aberrações cromossômicas
Gênicas: alteram a sequência de bases nitrogenadas em
um gene, de modo a criar novos alelos.
Aberrações cromossômicas: não alteram a sequência de
bases nitrogenadas em um gene, mas sim a posição do
gene no cromossomo, o número de cópias do gene no
cromossomo e/ou o número de cromossomos.
Estruturais
Deficiência ou delação: perda de um segmento do
cromossomo, podendo ser letais, pois implica a perda
de muitos genes.
Duplicação: repetição de um determinado segmento
do cromossomo.
Inversões: um segmento de cromossomo se quebra,
sofre uma torração de 180o, e se solda novamente. Pode
ser transferido de uma região ativa para uma inativa e
vice-versa, alterando a manifestação dos genes.
Translocações: os cromossomos podem sofrer
quebras, soldando-se os pedações quebrados em
cromossomos não homólogos.
Numéricas
Euploidias: alterações no número de cromossomos
que alteram o número de genomas no indivíduo, de
modo a perder ou ganhar genomas inteiros, sendo 3n,
4n, entre outros.
Aneuploidias: alterações no número de
cromossomos que não alteram o número de genomas,
de modo a se perder ou ganhar cromossomos
individuais, mas não genomas inteiros, sendo 2n + 1, um
exemplo.
Aneuploidias autossômicas
Os cromossomos sexuais são normais, mas há um
dos autossomos em dose tripla, sendo então uma
trissomia.
Síndrome de Down, 47 XX ou XY
É a trissomia do cromossomo 21, assim, os indivíduos
com essa síndrome têm 47 cromossomos.
Apresentam QI muito baixo, língua fissurada,
inflamação das pálpebras, uma única prega no dedo
mínimo, obesidade.
Crianças frequentemente nascem com defeito
cardíacos, maior causa da morte nos primeiros 12 meses
de vida.
Síndrome de Edwards, 47 XX ou XY
Trissomia do cromossomo 18.
Crianças apresentam baixa expectativa de vida,
morrendo em alguns meses após o nascimento, com
defeito de flexão dos dedos, defeitos cardíacos e hérnia
umbilical.
Síndrome de Patatau, 47 XX ou XY
Trissomia do cromossomo 13.
Crianças com baixa expectativa de vida, apresentam
microcefalia, defeitos cardíacos e morrem nos primeiros
meses de vida.
Biologia
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Aneuploidias sexuais
Síndrome da Superfêmea, 47 XXX
São fêmeas férteis, embora com alguns distúrbios e
às vezes retardo mental.
Síndrome de Klinefelter, 47 XXY
Homens com estatura maior que o normal.
Têm pequeno desenvolvimento dos órgãos genitais,
ausência de espermatozoides, desenvolvimento dos
seios.
Com distúrbios de comportamento e baixo QI.
Síndrome do duplo Y ou do Supermacho, 47 XYY
Homens normais e férteis, com retardo mental e
agressividade acentuada, com maiores incidências em
presídios.
Síndrome de Turner, 47 XO
Mulheres estéreis, de baixa estatura, pescoço
alargado, sem desenvolvimento mamário.
Parece não causar retardo mental.
O gameta defeituoso, sem cromossomo sexual,
frequentemente é o espermatozoide.
Cromatina sexual de Barr
Na interfase de células somáticas das mulheres
aparece, junto à face interna da membrana nuclear, uma
pequena mancha de heterocromatina, chamada de
cromatinasexual ou corpúsculo de Barr, não ocorre em
homens.
O número de cromatinas sexuais é o total de X-1.
Células-tronco e clonagem
Células lábeis: apresentam curto tempo de vida,
normalmente alguns dias, sendo os gametas (óvulos e
espermatozoides), com 2 a 3 dias de vida e as hemácias
(formadas na medula óssea vermelha a partir dos
hemocitoblastos), com cerca de 120 dias de vida.
Células estáveis: vivem meses ou anos, constituindo a
maioria. Se diferenciam durante o desenvolvimento
embrionário e depois se mantém num ritmo constante
de multiplicação. Quando algumas morrem, outras
substituem, como algumas do tecido epitelial, do tecido
conjuntivo e as fibras musculares lisas.
Células permanentes: se diferenciam no embrião,
atingindo alto grau de especialização e, após formar,
elas perdem o grau de especialização, apenas
acompanhando o crescimento através do aumento de
volume (hipertrofia). São as fibras musculares estriadas
(esqueléticas e cardíacas) e os neurônios.
Reparo, regeneração e cicatrização
1. Regeneração: reparo através de células idênticas às
células iniciais.
2. Cicatrização: reparo feito por um tecido conjuntivo.
Lesões no coração causadas por um infarto do
miocárdio (morte de uma região do músculo cardíaco)
ou lesões no cérebro, causadas por um derrame,
tendem a ter consequências irreversíveis, uma vez que
as fibras musculares estriadas e os neurônios não são
capazes de renovação no adulto.
Às vezes, as células sobreviventes passam a
desempenhar as funções das células que morreram,
havendo uma reparação parcial ou até total das funções
teciduais.
Células-tronco
São células indiferenciadas, capazes de originar
novas células, tecidos ou órgãos.
São encontradas desde o início do desenvolvimento
embrionário até a morte do indivíduo, apresentando um
variável poder de diferenciação.
Qualquer uma obtida após o nascimento pode ser
caracterizada como maduras, não sendo
pluri/totipotentes.
Quando obtidas do mesmo indivíduo que irá recebe-
las apresentam o mesmo material genético que as
demais células do próprio indivíduo, não apresentando
risco de rejeição por parte do sistema imune.
Unipotentes: são capazes de se diferenciar em alguns
poucos tipos de células, como exemplo, os fibroblastos.
Multipotentes: são capazes de se diferenciar em vários
tipos de célula, sendo obtidas no sangue do cordão
umbilical ou da placenta, capazes de se diferenciar nas
várias células sanguíneas.
Biologia
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Células-tronco obtidas no sangue do cordão
umbilical ou placenta podem ser utilizadas em
tratamento médico, como no tratamento da leucemia,
no câncer de medula óssea.
Pluripotentes: podem se diferenciar em todos os tipos
de células do indivíduo adulto, mas não em membranas
extra-embrionárias fetais, como a placenta. São
encontradas no embrioblasto ou massa celular interna
dos embriões na fase de blástula ou blastocisto.
Totipotentes: podem se diferenciar em todos os tipos.
Obtenção
De embriões descartados em clínicas de fertilização,
ou os produzidos para a realização da técnica de
fertilização in vitro (bebês de proveta).
A clonagem de embriões para fins terapêuticos é
feita com o objetivo de obter as células-tronco, que têm
potencial de original determinado órgão do indivíduo.
Clonagem por transferência nuclear
1. Remove-se o número de célula somática de um
indivíduo que se quer clonar, que, por ser somática,
apresentará todo um conjunto cromossômico diploide
para originar um indivíduo idêntico ao doador.
2. Remove-se o núcleo de um óvulo da mesma espécie,
obtendo-se um óvulo anucleado.
3. Insere-se o núcleo somático (2n) no óvulo anucleado
e, através de descargas elétricas, estimula-se a fusão das
duas estruturas e formação de uma nova célula.
4. Ao atingir a fase de blastocisto, implanta-se o
embrião numa barriga de aluguel, que será clone do
doador da célula somática.
Não é uma cópia perfeita do doador uma vez que as
mitocôndrias também têm DNA e todas as mitocôndrias
de um indivíduo vem do óvulo da mãe. Nesse caso, o
DNA mitocondrial será idêntico ao da doadora do óvulo,
podendo influenciar no descendente, visto que algumas
doenças são condicionadas por genes localizados na
mitocôndria.
Clonagem reprodutiva
Para se obter animais de alta qualidade, com alta
produtividade de leite, por exemplo.
Em humanos, é para fins terapêuticos, para remover
dos embriões células tronco embrionárias.
Envelhecimento precoce: papel dos telômeros
Os telômeros são trechos de DNA não codificantes,
que estão localizados nas extremidades dos
cromossomos, com papel de proteger essas
extremidades de serem confundidos com pedaços
partidos de DNA.
Parte deles deixa de ser replicada a cada circo celular,
portanto, ocorre encurtamento dos telômeros a cada
ciclo celular.
Não podendo mais se dividir, a célula morre e o
indivíduo envelhece.
Ciclo celular
As células somáticas são formadas pela mitose, onde
a célula mãe se divide originando duas células idênticas,
ocorrendo o crescimento ou regeneração.
Células sexuais são formadas pela meiose, em que as
células germinativas (2n) se dividem originando quatro
células, cada qual com metade dos cromossomos da
célula inicial, que são as células sexuais (n).
Fases do ciclo celular
O ciclo de vida de uma célula tem dois momentos: a
intérfase e a divisão celular.
Para se dividir, as células precisam ser estimuladas
por substâncias fatores de crescimento, porém, mesmo
com elas, algumas só duplicam o DNA quando atingem
um tamanho mínimo necessário à produção de células-
filhas viáveis.
O ciclo celular pode ser interrompido em
determinados pontos, caso ocorram danos nas
moléculas de DNA, esses são os pontos de checagem,
que decidem se a célula completa a divisão ou se
interrompe o processo por algum tempo.
O principal ponto de checagem ocorre no final da
fase G1, em que verifica se há DNA mutante. Se houver,
a proteína P53 induz apoptose, e se não houver, segue
para a fase S.
Biologia
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O segundo ponto está no final de G2, em que a
célula decide se entra ou não em mitose.
Intérfase
Os cromossomos estão na forma desespiralizada.
É o mais longo, em que a célula passa a maior parte
do tempo, não estando em divisão.
Apresenta três fases: G1, S e G2, assim, após a G2, a
célula entra em divisão celular.
S: em que ocorre a autoduplicação ou replicação do
DNA, ou seja, “síntese” de DNA.
Os cromossomos na forma de cromatina passam a
apresentar duas cromátides ao invés de uma, passando
à forma de cromossomos duplos (cada cromossomo
com duas cromátides-irmãs).
G1 e G2: não apresentando autoduplicação do DNA,
entretanto, a atividade metabólica nesta etapa é
altíssima, uma vez que ocorre uma intensa síntese de
RNA e de proteínas, assim, ocorre a maior parte do
metabolismo celular.
G0: para as células que estão fora do ciclo celular, ou
seja, que não se dividem, como os fibrócitos.
Substâncias fatores de crescimento podem agir
sobre as células G0, fazendo-as voltar ao ciclo celular
para retomar a divisão celular, como ocorre com os
fibrócitos que voltam a ser fibroblastos.
Algumas estão permanentemente em G0, como os
neurônios e as fibras musculares estriadas, sendo
incapazes de se dividir.
Apoptose: morte celular pela ativação de endonucleases
endógenas, não-lisossômicas, que fragmentam o DNA.
Não é uma morte celular programada, mas sim
morte celular não seguida de autólise.
É um tipo de auto-destruição celular, que ocorre de
forma ordenada e demanda energia.
Câncer ou neoplasia
É uma proliferação desordenada de células
assumindo um formato tumoral, sendo decorrente de
mutações em células somáticas
Os oncogenes analisamos pontos de checagem para
bloquear a divisão de células defeituosas e permitir a
divisão de células normais, assim, mutações neles
podem permitir que células alteradas se reproduzam.
O glicocálix está relacionado a atividades como o
reconhecimento celular, assim, apresenta um
importante papel para o processo de inibição por
contato. Nele, as células se conhecem mutuamente e
não se dividem para evitar a competição de recursos e
nutrientes entre elas.
Nos tecidos cancerosos, ocorrem alterações no
glicocálix, de modo que as células não mais se
reconhecem, passando a se multiplicar sem controle.
Também ocorre diminuição de adesividade,
favorecendo o destacamento de metástases, visto que o
glicocálix também está relacionado à adesão entre as
células vizinhas.
Tumor maligno
Apresenta células profundamente modificadas em
relação ao tecido original, que inclusive podem produzir
substâncias tóxicas para eliminar células sadias e ganhar
mais espaço.
Tem crescimento invasivo, invadindo tecidos vizinhos
através de projeções celulares, as metástases, que
podem se espalhar por todo o corpo através da
circulação sanguínea.
Se consumir muito nutriente do portador, causa
magreza intensa e interrompe o funcionamento normal
dos órgãos, causando morte por falência generalizada
dos órgãos.
Tumor benigno
Apresenta células idênticas ao tecido que o originou,
com crescimento expansivo, restrito ao tecido de
origem, não invadindo os vizinhos e sem apresentar
metástase.
Pode comprimir vasos sanguíneos próximos durante
seu crescimento, obstruindo a passagem de sangue e
gerando isquemia e hipóxia, que dependendo do tecido
(nervoso, por exemplo), pode haver sérias
consequências.
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Fatores de risco
Predisposição genética
Apenas mutações que se dão em células
germinativas e/ou sexuais podem ser transmitidas à
descendência.
O câncer não é hereditário, mas sim a propensão ao
câncer, uma vez que esses genes que facilitam o
surgimento de tumores podem ser transmitidos
geneticamente.
Fumo
Contém uma série de substâncias cancerígenas, que
podem gerar radicas libres que promovem alterações
moleculares no DNA, conduzindo ao câncer.
Alimentação inadequada
Substâncias químicas contidas no alimento,
principalmente conservantes, podem levar à produção
de radicais livres e câncer.
A falta do consumo de fibras como a celulose pode
levar a câncer de intestino, uma vez que diminui a
produção de fezes e aumenta a retenção de substâncias
tóxicas e cancerígenas no intestino.
Álcool
Pode levar à destruição de células e forçar a
regeneração das mesmas. Com agressão constante,
pode haver erros na mitose que promovem as
regenerações e o aparecimento de células cancerosas.
Tratamento
Radioterapia: radiação controlada e concentrada no
local do tumor.
Quimioterapia: drogas que eliminam as células
cancerosas, porém, também alteram as células
saudáveis com grande atividade mitótica, causando
irritações cutâneas, queda de cabelo, anemia e queda
de imunidade (devido à redução no número de
leucócitos).
Mitose
Divisão celular que gera células geneticamente
idênticas às células iniciais, sem variabilidade genética.
Papel de reprodução em unicelulares, em bipartição,
cissiparidade ou divisão binária.
Papel de crescimento e regeneração em
pluricelulares.
Fases da mitose
01. Prófase
Fase mais longa.
Entrada de água na célula, tornando o citoplasma
mais fluido promovendo a passagem de gel pra sol,
permitindo que os cromossomos atravessem com maior
facilidade, para que se desloquem aos polos da célula
em divisão na anáfase.
Espiralização ou condensação dos cromossomos,
reduzindo o comprimento e aumentando o diâmetro,
facilitando o posicionamento na placa equatorial, a
ligação com o fuso e a separação dos mesmos.
Desorganização da carioteca.
Desaparecimento dos núcleolos.
Duplicação dos centríolos.
Formação das fibras do fuso pelos microtúbulos do
citoesqueleto.
Prometáfase
Inicia-se após a desorganização da carioteca.
Os microtúbulos começam a entrar na área que
correspondia ao núcleo, onde estão os cromossomos.
As fibras do fuso podem se ligar ao cinetócoro do
centrômero de cada umas das cromátides-irmãs,
originando fibras cromossômicas.
Essas fibras se localizam em lados opostos do
centrômero, voltadas para os polos da célula, com cada
cromátide presa aos microtúbulos, que deslocam os
cromossomos para a região equatorial da célula.
02. Metáfase
Os cromossomos ficam dispostos na placa
equatorial, região mediana da célula.
Atinge-se o grau máximo de espiralização dos
cromossomos, ficando curtos e mais espessos,
facilitando a visualização no microscópio.
03. Anáfase
Ruptura longitudinal dos centrômeros, promovida
pelas fibras do fuso que começam a despolimerizar.
Biologia
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As cromátides irmãs de um mesmo cromossomo
duplo se separam, originando dois cromossomos
simples.
Na imagem, é como se fosse duas metáfase
grudadas.
04. Telófase
Inverso da prófase, com a saída de água da célula.
Desespiralização dos cromossomos.
Reorganização da carioteca.
Reorganização dos nucléolos.
Desaparecimento do fuso e do áster.
Para completar a divisão celular, deve-se ocorrer a
divisão do citoplasma, pela citocinese.
Inibição por mitose
Substâncias químicas como a colchicina pode
interromper a mitose, visto que inibe a polimerização
dos microtúbulos, impedindo a formação das fibras do
fuso.
Como a mitose para na metáfase, tem uma excelente
visualização dos cromossomos.
Utilizados no tratamento de câncer.
Meiose
Divisão celular que gera células geneticamente
diferentes das células iniciais, proporcionando
variabilidade genética.
Reduz à metade o número de cromossomos das
células-filhas em relação à célula mãe, permitindo a
manutenção do número diploide de cromossomos na
espécie.
É importante para a adaptação dos seres vivos ao
meio, graças ao crossing-over e à separação dos
cromossomos homólogos.
A primeira divisão é a meiose I ou reducional, e
efetivamente reduz à metade o número de
cromossomos nas células formadas, separando os
cromossomos homólogos.
A segunda fase, meiose II ou equacional, não altera
o número de cromossomos nas células, apenas separa
as cromátides-irmãs.
Meiose I: divisão reducional
1. Prófase I
Início da espiralização dos cromossomos.
Pareamento dos cromossomos homólogos, sendo
possível visualizar as duas cromátides em cada um deles.
Pode ocorrer ruptura de segmentos de
cromossomos homólogos e trocas de pedações entre
eles, fenômeno que acontece esporadicamente e é dito
crossing-over ou permutação, aumentando a
variabilidade genética da espécie.
Ocorre ao mesmo tempo que esses eventos, os
fenômenos para a mitose.
2. Metáfase I
O fuso se completa, atinge-se o grau máximo de
espiralização dos cromossomos.
Ocorre o posicionamento dos cromossomos aos
pares de homólogos na placa equatorial.
3. Anáfase I
Não há ruptura do centrômero.
Como as fibras do fuso só estão ligadas a um lado
do centrômero em cada cromossomo do par de
homólogos, quando as fibras começam a contrair, há a
separação dos cromossomos homólogos, sem ruptura
dos centrômeros.
4. Telófase I
Ocorre a reversão dos processos que ocorreram na
prófase I, como a saída de água da célula, reorganização
da carioreca, reaparecimento dos nucléolos.
Meiose II: divisão equacional
Extremamente semelhante à mitose.
As células haploides com cromossomos duplos vão
agora separar suas cromátides em cromossomos-filhos,
originando novas células haploides, só que com
cromossomos simples agora.
Não há pareamento de homólogos ou crossing-over.
1. Prófase II: desintegração da carioteca,
desaparecimento de nucléolos.
Biologia
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2. Metáfase II: completa-se o fuso, atinge seu grau
máximo de espiralização e os cromossomos alinham-se
na placa equatorial, sem estarem pareados.
3. Anáfase II: os cromossomos passam de duplos a
simples, e os cromossomos-filhos deslocam-se e
chegam aos polos.
4. Telófase II: reversão dos eventos da prófase II.
Crossing-over
Possibilita o surgimento de uma maior variabilidade
de tipos de gametas em um indivíduo, além dos 2n que
a segregação dos cromossomos possibilita.
Não deve ser confundido com mutação, visto que os
genes alelos apenas trocam de posição dentro do par
homólogo de cromossomo, de modo que a estrutura e
a função cromossômica permanecem inalteradas, isto é,
a expressão dos genes não muda.
A mutação pode alterar a manifestação dos genes, a
estrutura ou o número de cromossomos, causando
diversas consequências.
Gametogênese
Gametas são células haploides, formadas a partir de
células germinativas, geradas por meiose e, ao se
fundirem, originam um zigoto diploide.
As células germinativas se originam a partir da
parede do saco vitelínico do embrião, migrando para as
gônodas.
Cada célula germinativa, por se dividir por meiose,
origina quatro células, embora nem todas sejam
necessariamente gametas.
Objetivo da gametogênese
Reduzir o número de cromossomos à metade
daquele da célula somática normal, proporcionado pela
meiose, que permite uma variabilidade genética entre
os gametas e as células que originam.
Modificar a forma das células em preparação à
fecundação.
A célula germinativa masculina, grande e redonda no
início, perde quase todo seu citoplasma e passa a ter a
cabeça, colo e flagelo, adquirindo grande motilidade e
tornando-se um espermatozoide.
A célula germinativa feminina torna-se maior
gradativamente, acumulando substâncias de reserva
nutritiva para a formação do futuro indivíduo gerado e
desenvolvendo uma série de estruturas de proteção
para preservá-las, tornando-se um óvulo.
Espermatogênese
Os gametas masculinos são produzidos nas gônadas
masculinas, os testículos.
O espermatozoide possui o acrossoma, que abriga
enzimas líticas que permitem ao espermatozoide vencer
as barreiras que envolvem o óvulo e promoverem a
fecundação.
Cada célula germinativa envolvida na
espermatogênese origina quatro espermatozoides
funcionais.
Células germinativas primordiais (2n) se diferenciam
em espermatogônias (n), fase de proliferação ou
germinação, que sofrem mitose e originam
espermatogônicas que crescem pouco (faze de
crescimento) para se dividirem em dois espermatócitos
(n) (fase de maturação) que sofrem meiose e originam 4
espermátides (n) (fase de diferenciação).
Do espermátide para o espermatozoide: perda da
maior parte do citoplasma, o centríolo vira flagelo, as
mitocôndrias se organizam na base do flagelo para
fornecer energia, o complexo de golgi vira o acrossomo.
Ovogênese
Gametas femininos são produzidos nos ovários.
Cada célula germinativa que entra em divisão
meiótica na ovogênese, só se forma um único óvulo
funcional, sendo as gemais células formadas na meiose
células não funcionais, denominadas glóbulos polares
ou polócitos.
A mulher tem um número limitado de óvulos, sendo
liberado um por mês, da puberdade até a menopausa,
por volta dos 40 anos. O número limitado é devido ao
grande acúmulo de vitelo no óvulo, o que torna o
processo de ovogênese muito difícil para o organismo,
Biologia
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sendo produzido apenas um óvulo para cada célula
germinativa.
Células germinativas primordiais (2n) sofrem
diferenciação e originam ovogonias (2n) que fazem
mitoses e geram ovogonias (2n) que crescem
intensamente para acumularem vitelo (fase de
crescimento), depois sofrem meiose 1 (reducional) que é
interrompida e só continua na ovulação, originando o
ovócito.
Não ovula óvulo, ovula ovócito 2, cuja meiose somente se
completará se houver fecundação, induzida pela
penetração do espermatozoide no óvulo.
O óvulo formado
O óvulo é envolvido por duas camadas protetoras ou
barreiras, a mais interna tem muco e se chama zona
pelúcida, a mais externa constitui a corona radiata,
precisando ser rompidas pelo espermatozoide.
Partenogênese
Formação embrionária de um indivíduo a partir de
um único gameta, o óvulo, sem que tenha havido
participação de um espermatozoide.
Forma de reprodução sexuada sem necessidade de
fecundação.
O óvulo é produzido por meiose, havendo
variabilidade genética em processos como crossing-
over e segregação dos cromossomos homólogos.
Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo
de reprodução sexuada, sendo o óvulo nesses casos
produzido por meiose.
Na patogênese, as fêmeas dão origem apenas a
fêmeas, enquanto, nas populações bissexuadas, cerca
de 50% dos filhotes são fêmeas.
Na população partenogenética não ocorre
fecundação cruzada, portanto, não há possibilidade de
cruzamento com a população bissexuada, ou seja, elas
não se misturam.
Ciclos ovarianos
Os óvulos são produzidos apenas após a ovulação,
fenômeno mensal da mulher.
Na época de ovulação, a mulher está em seu período
fértil.
Maturação dos folículos ovarianos
Puberdade: hipotálamo: liberação na hipófise de
hipotalâmicos: FSH.
Estrogênio: aumenta o endométrio.
Progesterona: mantém o endométrio espesso para
manter a gravidez.
Aumento de FSH: estimula os folículos ovarianos.
Aumento de estrógenos: características sexuais e
aumento do endométrio.
Aumento LH: Ovulação; converte folículo vazio em
corpo lúteo.
FSH (folículo estimulante)
Produzido pela adenohipófise.
Nos homens estimula a produção de
espermatozoides.
Nas mulheres induz a produção de estrógenos.
Promove a maturação do folículo ovariano, que
passa a produzir estrógenos, responsáveis pelo
surgimento dos caracteres sexuais secundários
femininos.
LH (hormônio luteinizante
Induz a produção de progesterona em mulheres.
Induz a produção de testosterona nos homens.
Principal hormônio responsável pela ovulação.
Estimula a ovulação e converte o folículo vazio em
corpo lúteo, o qual secreta progesterona para manter o
endométrio e, consequentemente, a gravidez.
Se há fecundação
Embrião produz HCG.
Mantém o corpo lúteo.
Produz progesterona.
Mantém o endométrio.
Se não há fecundação
Com 9 dias o LH cai e o corpo lúteo degenera.
Diminui a progesterona.
Endométrio descama.
Menstruação.
TPM: Diminuição da progesterona, fica emotiva
(tensão pré-menstrual).
Biologia
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A menstruação NÃO é a liberação do óvulo não
fecundado.
0-5: Menstruação.
5-14: Aumento do FSH e do estrógeno.
14: Aumento grande de LH, ovulação.
14-23: LH e progesterona altos, fase progestacional.
23-28: Diminuição LH e progesterona.
28: menstruação.
Ciclo de 21 a 60 dias.
A data da ovulação é 14 dias antes da próxima
menstruação.
Para saber se está ovulando: aumento de
temperatura em 1grau e muco mais viscoso.
12-14: espermatozoide vive 48h.
14-16: ovócito vive 48h.
12-19: período fértil.
9-19: margem de segurança.
Anticoncepcionais hormonais
Placenta: alto estrógeno e progesterona: baixo FSH
e LH: maturação dos folículos e não ovulação.
A droga faz a mesma coisa, aumenta o estrógeno e
a progesterona, que causam a diminuição do FSH e do
LH e, assim, não há ovulação.
Amenorreia da lactação
Durante a amamentação exclusiva, a mulher não
ovula e não menstrua. Antigamente menstruava-se
pouco pois ou a mulher estava grávida ou estava
amamentando.
Esquecimento da pílula
Diminui o estrógeno e a progesterona, aumenta o
FSHe o LH, madura os folículos e ovula.
Uma mulher que tomou interruptamente o
anticoncepcional tem a taxa de estrógeno e
progesterona contante (é como se ela estivesse grávida,
não há variação desses hormônios, uma vez que o FSH
e o LH são inibidos).
Efeitos colaterais
Retenção de líquido, sódio.
Aumento do risco de câncer de mama.
O risco de doenças cardiovasculares aumenta: AVC,
infartos, varizes.
Alivia cólicas menstruais e tensão pré-menstrual.
Tratamento de ovário micropolicísticos.
Regular o ciclo menstrual.
Gravidez ou concepção
Fecundação + nidação (implantação do embrião no
endométrio).
Anticoncepcional: evita gravidez: impede a
fecundação ou evita a nidação.
Aborto: interrompe a gravidez: elimina o embrião já
nidado.
Caso haja fecundação, o embrião na forma de
blastocisto produz o hCG que mantém o endométrio
uterino para manter a gravidez.
O hCG é produzido pelo trofoblasto do embrião,
estrutura que se fusiona ao endométrio para originar a
placenta.
O hCG mantém o corpo lúteo produzindo
progesterona, de modo que o endométrio não descama
e não há menstruação. Ele pode ser detectado em
sangue e urina para indicar gravidez.
A mulher pode engravidar antes da primeira menstruação,
pois a menstruação ocorre após a ovulação, ou seja, a
menina que menstrua pela primeira vez passa por um
período fértil antes disso.
Nidação: processo de implantação do embrião no
endométrio uterino.
DIU: Dispositivo intrauterino implantado no útero,
causando inflamações que atraem células de defesa que
eliminam o embrião que tenta nidar.
DIU + implantes de liberação hormonal: mais eficaz.
Pílula do dia seguinte: altíssimo aumento de estrógeno
e progesterona, até 72h: inibe a ovulação ou a
fecundação (aumenta a acidez vaginal e o
espermatozoide não fecunda) ou inibe a nidação
(remove receptores do embrião).
Biologia
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Cirurgia
Vasectomia: corte dos canais diferentes masculinos.
Ligadura ou laqueadura tubária ou histerectomia
(remoção do útero).
Menarca: primeira menstruação: início da puberdade, 9
aos 13.
A menstruação ocorre após queda nos níveis de
progesterona e a ovulação ocorre devido a um pico de
LH.
Menopausa: última menstruação, fim do climatério, fim
do período fértil, não fabrica mais hormônios sexuais
(irritabilidade, depressão, calor corporal, risco de
osteoporose -baixo estrógeno abaixa a atividade das
células que calcificam os ossos-).
Fecundação
Fusão das células sexuais ou gametas haploides,
originando uma célula diploide, o zigoto ou célula-ovo
que por mitoses originará um novo indivíduo completo.
Embriologia
O desenvolvimento embrionário é dividido em três
partes:
01. Segmentação
Primeiras divisões mitóticas que ocorrem no
embrião, denominadas clivagens.
O volume celular do embrião permanece constante.
As células do embrião são denominadas
blastômeros, conhecidos como células-tronco
embrionárias, sendo totalmente indiferenciadas e com
capacidade de originar qualquer outra célula do
organismo.
Passa pela mórula e pela blástula, com uma cavidade
interna denominada blastocele, que é o melhor
momento para obtenção de CTE totipotentes, pois é a
fase de segmentação com maior número de
blastômeros.
02. Gastrulação
O embrião começa a aumentar de volume, e esse
aumento é mantido até a idade adulta.
Aparece a cavidade digestiva primitiva.
Aparece o blastóporo, orifício que originará o ânus
ou a boca do embrião.
Aparece os folhetos embrionários (endoderme,
mesoderme e ectoderme).
Se o blastóporo originar a boca, o ânus se formará
posteriormente, o organismo é dito protostômio.
Se originar primeiro o ânus, é dito deuterostômio,
ocorrendo em equinodermos e cordados.
Folhetos embrionários ou germinativos
Ectoderme: mais externa, origina a epiderme (pelos,
glândulas sebáceas e sudoríferas), musosa de boca,
nariz, ânus, esmalte de dentes.
Origina o tubo nervoso, o sistema nervoso, a
hipófise.
Mesoderme: intermediária, origina a derme, os
músculos estriados esqueléticos, lisos e cardíacos, o
sistema circulatório, os membros.
Endoderme: mais interna, revestimento do tubo
digestivo e das vias aéreas.
Tecido epitelial: ecto, endo e meso.
Tecido muscular: meso.
Tecido nervoso: ecto.
Tecido conjuntivo: meso
Organogênese
Aparecimento dos primeiros tecidos já diferenciados
e dos órgãos e sistemas.
Neurulação: embrião assume forma de nêurula, com
a formação do tubo nervoso, da mesoderme e da
notocorda.
Ao fim o embrião passa a ser chamado de feto.
Tipos de óvulo quanto à quantidade de vitelo
1. Alécito: sem vitelo, fazendo a nutrição placentária.
2. Oligolécito: pouco vitelo, quase homogeneamente
distribuído pelo citoplasma.
3. Heterolécito: média quantidade de vitelo,
concentrando-se mais na região do núcleo.
4. Telolécito: muito vitelo.
Biologia
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Anexos embrionários
Estruturas derivadas dos folhetos germinativos do
embrião, mas não fazem parte dele, sendo
abandonadas junto com o ovo.
Âmnio
Também chamado de bolsa amniótica, é uma
membrana que envolve o embrião e delimita uma
cavidade cheia de líquido.
Protege contra choques mecânicos.
Possibilitou aos vertebrados deixarem a água para
viverem em terra.
Previne dessecação do embrião.
Córion
Membrana altamente vascularizada que envolve o
embrião e os demais anexos.
Funciona como uma superfície respiratória,
realizando trocas gasosas entre o embrião e o meio.
Alantoide
Armazena excretas do embrião.
Remove cálcio da casca calcária do ovo de aves e
fornece ao esqueleto do embrião.
Une-se ao córion com funções de trocas gasosas.
Saco vitelínico
Acúmulo e digestão de nutrientes para o embrião.
Bolsa de reserva nutritiva para armazenar vitelo.
Peixes a anfíbios possuem como anexos embrionários
APENAS o saco vitelínico.
Placenta
Cório + endométrio do útero.
Nutrição, excreção, trocas gasosas.
É altamente vascularizada, fornecendo nutrientes ao
feto provenientes do sangue materno.
Produção de células sanguíneas do feto.
Imunização do feto com transferência de anticorpos.
Produção de hormônios maternos: estrogênio e
progesterona: para manter a gravidez.
Abaixa a imunidade para evitar que o sistema imune
mate o feto.
Não protege contra choques mecânicos nem hidrata
o embrião.
Barreira placentária
Entre a mãe e o feto.
Não existe contato sanguíneo entre eles.
Não passa células.
Passa o plasma com nutrientes (glicose, gases
dissolvidos, excretas dissolvidas).
Impede a passagem de alguns patógenos: exceção:
doenças congênitas (rubéola, zika, toxoplasmose, sífilis)
que causam a má formação do sistema nervoso central,
causando retardo mental.
Cordão umbilical: saco vitelínico + alantoide (armazena
excretas) atrofiados.
Ovíparos
Põe ovos que ficam desprotegidos caso a mãe
precise ir atrás de alimento.
Ex: Aves.
Ovovivíparos
Retêm os ovos no corpo até eclodirem, mas não
transferem nutrientes para o feto, apenas protegem o
ovo.
Ex: Peixes, algumas cobras.
Vivíparos
Possuem placenta ou algo semelhante que
protegem o embrião e nutre-o.
Ex: Mamíferos placentários, alguns tubarões e
algumas cobras.
Embriologia
Na primeira semana de desenvolvimento, o embrião
está na fase de segmentação.
A zona pelúcida ao redor do zigoto impede a
fecundação entre espécies diferentes, impede a entrada
de um segundo espermatozoide no óvulo e impede a
nidação do embrião (que só ocorre quando a zona se
degenera).
Gravides ectópica
Fora do útero.
Biologia
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Causas: falhas nos cílios da tuba uterina (por
desnutrição, falha genética).Gravidez tubária
Pode rebentar, causa má nutrição no feto.
Zigoto
1. 1ºclivagem: 2 blastocistos.
2. 2ºclivagem: 4 blastocistos.
3. Mórula (células tronco embrionárias totipotente).
4. Blástula (células tronco polipotentes).
De mórula para blástula na zona pelúcida rompe e
se torna possível a nidação.
Gêmeos
Poliembrionia: mais de um embrião na mesma
gestação.
Bivitelinos ou fraternos ou não idênticos (75%)
Poliovulação: libera mais de um ovócito no mesmo
ciclo ovariano.
Cada ovócito é fecundado por um espermatozoide
diferente formando mais de um zigoto.
São geneticamente diferentes, como irmão não
gêmeos, podendo ser de pais diferentes (com idades
diferentes na mesma gravidez: alguns meses de
diferença e o irmão mais novo nasce prematuro).
Todos os anexos são individuais
Feed Back negativo não funciona e a mulher ovula
mesmo estando grávida.
Univitelinos, monozigóticos ou idênticos (25%)
São geneticamente idênticos e do mesmo sexo.
Um ovócito é fecundado por um espermatozoide,
formando um zigoto que se fragmenta em novos
embriões idênticos: clones.
Todos os anexos podem ser individuais (com
placentas diferentes) ou compartilhados.
Tecidos
Grupo de células organizadas para desempenhar
uma certa função.
Tipos
1. Epitelial: revestimento, proteção, secreção.
2. Conjuntivo: para preenchimento de espaços,
conexão entre dois tecidos, podendo ser cartilaginoso,
ósseo, sanguíneo ou adiposo.
3. Muscular: contração.
4. Nervoso: comunicação entre várias estruturas
corporais.
Tecido epitelial
Revestimento e secreção.
Características: células justapostas com quase ausência
de substâncias intracelulares (tem o glicocálix que é feito
de açúcar e proteínas, estando localizado entre as
células, proporcionando adesão.
Avascular: sem vasos sanguíneos. Distribuem
substâncias como água, nutrientes e oxigênio com
difusão cél-cél a partir dos capilares sanguíneos
subjacentes.
Especialização da membrana: complexo unitivo:
maior adesão entre as células vizinhas.
Desmossomo: liga uma célula na outra.
Microvilosidades: projeções digitais, formam
membrana para aumentar a superfície de absorção.
Junções comunicantes ou tipo GAP
Canais que atravessam as membranas das células
vizinhas para passagem de substâncias.
Hemidesmossomo: liga célula a estrutura não celular.
Desmossomo: liga a célula a outra célula.
Tecido: revestimento: proteção e trocas: absorção,
excreção e trocas gasosas.
Simples: com uma camada de células, mais fácil de
atravessar, bom para trocas, mais frágil: micro-
organismos podem entrar, como em alvéolos
pulmonares e endotélio: capilares sanguíneos.
Estratificadas: com várias camadas de células, mais
resistente, para proteção.
Estratificado pavimentado queratinizado: com
queratina: impermeável.
Sem queratina: mucosas, ânus, nariz.
Mucosa: membrana que envolve os órgãos por dentro.
Biologia
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Serosa: membrana que envolve os órgãos por fora.
Pleuras: pulmão, peritônio: intestino, pericárdio:
coração.
Cílios: varrem o muco e partículas aderidas para a
faringe onde vão para o estômago e são destruídas pelo
HCl.
Sem cílios: perda do sistema de limpeza nas vias aéreas,
aumentando o risco de doenças respiratórias.
Metaplasia
Substituição patológica de um tecido por outro:
fumantes crônicos.
Acarreta na neoplasia maligna (câncer)
Glândulas
Exócrinas: eliminam a secreção para fora do corpo:
sebáceas, salivais.
Endócrinas: eliminam a secreção para o sangue:
hormônios: hipófise -FSH, LH-, tireoide.
Anfícrinas ou mistas: com parte exo e endo:
pâncreas: suco pancreático exo e glucagon e insulina
endo.
Pele
Maior órgão do corpo humano; com duas camadas
de tecido.
1. Epiderme: impermeável, camada mais externa,
estratificado pavimentoso queratinizado.
A exposição prolongada na água enruga a pele, mas
NÃO é por osmose.
A hidratação da queratina absorve a água e se
expande, promovendo dobras onde há muita queratina
(dedos, mão).
2. Derme: camada mais interna formada de tecido
conjuntivo.
Hipoderme: tecido celular subterrâneo, abaixo da
pele. É um tecido conjuntivo adiposo que armazena
gordura que serve de reserva e de isolante térmico.
Epiderme
Tem até 5 camadas:
1. Basal ou germinativa: mais interna: com células em
mitose para repor as células que descamam.
2. Espinhosa: mais espessa, células ramificadas para
adesão com interdigitações: dobras de membrana
aumentam a superfície de contato.
3. Granulosa: células com granulos de queratina.
4. Lúcida: queratina madura (amarela).
5. Córnea: mais externa, com células mortas devido alta
quetarinização. Está em constante descamação: sola dos
pés e nas mãos.
OBS: Na maior parte só tem a basal, espinhosa e córnea.
Tatuagem se faz na derme, que não descama e
sangra.
A derme é constituída de tecido conjuntivo
propriamente dito, com fibroblastos produtores de
fibras proteicas e na qual se inserem glândulas
sudoríparas e sebáceas originárias da epiderme.
Melanócitos
Produz melanina para proteger dos raios UV.
Proteínas > aminoácidos > enzima tirosina >
melanina (albino não tem a enzima).
O número de melanócitos é constante em todas as
etnias, a diferença da cor da pele é na quantidade de
melanina produzida (não pode ser produzida na idade
adulta, só na cicatrização).
O sol aumenta a quantidade de melanina produzida
e as que você tem ficam mais escuras.
O cabelo branco se dá pela falha na transferência de
melanina.
Vitiligo
Doença autoimune onde os seus anticorpos atacam
seus melanócitos, parando de produzir melanina
naquela área, causando uma despigmentação
irreversível.
Biologia
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Estrias
Resultado do esticamento excessivo da pele,
superando sua capacidade elástica, o que gera rupturas
no tecido conjuntivo da derme.
Glândulas sebáceas: associadas ao pelo para produzir
lipídios para lubrificar os pelos.
Glândulas sudoríferas: não tem pelo, produz suor para
regular a temperatura corporal e para excreção.
Queimaduras
1º grau: afeta a epiderme, mas não a destrói - água
corrente.
2º grau: afeta a epiderme e a derme, mas não destrói
elas, com flictena (bolhas) - água corrente.
3º grau: destrói a epiderme: cobrir com gaze
molhada estéril para evitar desidratação.
Tecido Conjuntivo
Com células espaçadas com muita substância
intracelular, podendo ser:
1. Adiposo: reserva nutritiva.
2. Sanguíneo: transporte, defesa.
3. Cartilaginoso e ósseo: proteção e sustentação.
Função
Preenchimento de espaço.
Conexão entre outros tecidos.
Componentes principais
Substâncias intracelulares + células.
Substância: fundamental amorfa (gelatinosa) com
água, proteínas e glicoproteínas.
Fibras proteínas
1. Colágeno: para resistência mecânica.
2. Elásticas: para elasticidade.
3. Reticular: com proteínas reticulinas (tipo de
colágeno) para formar retículos para abrigar as células.
Células
Fibroblastos
As células mais abundantes, produzindo substâncias
intracelulares, como fibras proteicas.
São inativos até quando necessário, ou seja, para
cicatrização.
Mastócitos
Principal medidor de alergia.
Com vasodilatação: causa inchaço (edema),
vermelhidão (rubor) e prurido (coceira).
Plasmócitos
Defesa pela produção de anticorpos, ou seja,
imunoglobulinas: proteínas de defesa.
Tecido adiposo
Com abundância de adipócitos para armazenar
gorduras.
Armazena o excesso de carboidratos é na forma de
lipídio.
A perda de peso não altera o número de adipócitos,
mas a quantidade de gordura (exceção para perdas
extremas).
Obesidade: síndrome metabólica: maiorrisco de
doenças cardiovasculares.
Diabete tipo 2: deficiência nos receptores de
insulina.
Diabete tipo 1: destruição das células beta do
pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, como
consequente diminuição na produção do referido
hormônio.
Tecido sanguíneo
Sangue
É um tecido conjuntivo com substância intracelular
líquida e sem fibras proteicas
Transportam nutrientes, como gases respiratórios e
excretas
Proporcionam a defesa corporal
Plasma
Quando o sangue passa pela centrifugação, é a parte
de cima, correspondendo a 55%
Biologia
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Composto por 90% de água, com sais mineiras,
proteínas, aminoácidos, açúcares.
Principais proteínas do plasma
Albumina: principal proteína sanguínea, com função
de reserva, mantém o equilíbrio osmótico entre os
tecidos vizinhos, transporta algumas substâncias, é
produzida pelo fígado.
Fibrinogênio: relacionada ao processo de
coagulação sanguínea, é produzida no fígado.
Imunoglobulinas ou anticorpos: relacionadas aos
mecanismos de defesa corpora, produzidas pelos
plasmócitos.
Soro: plasma sem o fibrinogênio, ou seja, sem a
capacidade de coagulação sanguínea, facilitando o
armazenamento em bancos de sangue.
Elementos figurados
Hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos
Transportam oxigênio no sangue devido a presença
pimento respiratório: hemoglobina
Proteína associada ao grupo heme, que contém ferro
A hemoglobina é responsável pela cor vermelha do
sangue, mesmo sendo amarela.
O oxigênio associa-se ao ferro heme e é
transportado pela hemácia: oxiemoglobina.
No feto, tem maior afinidade pelo oxigênio do que
em adultos.
Em mamíferos, são anucleadas e bicôncavas e
incapazes de fazer mitose, apresentando vida curta,
cerca de 120 dias e, quando morre, são destruídas pelos
leucócitos: hemoccaterese.
Cabe à medula óssea promover a constante
renovação das hemácias mortas.
Não possuem organelas, ou seja, sem mitocôndrias
e, portanto, não realizam respiração aeróbica, obtendo
energia pela fermentação láctica.
Sem núcleo: incapazes de sintetizar proteínas
Em animais, tem forma esférica, são nucleadas e
apresentam baixa captação de o2.
Em menor quantidade nas mulheres devido a sua
menor atividade metabólica e menor massa muscular,
além da constante perda de sangue na menstruação.
Anemias
Diminuição na quantidade de hemoglobina.
1. Ferropriva: causada pela deficiência nutricional de
ferro.
2. Perniciosa: causada pela deficiência nutricional de
vitamina B12 e/ou vitamina B9 (ácido fólico); está
normalmente relacionada a lesões gástricas, pois
diminui a absorção da vitamina B12.
3. Falciforme: de origem genética, levando a hemácia a
assumir uma forma de foice, confere resistência a
malária.
Policitemia: aumento da quantidade de hemácias no
sangue. Em ambientes com menor teor de oxigênio no
ar, levando à produção de maior quantidade de
hemácias para compensar a falta do oxigênio.
Plaquetas ou trombócitos
São fragmentos de células provenientes de medula
óssea vermelha que participam do processo de
coagulação sanguínea, pois acumulam vesículas que
contém a enzima tromboplasina.
Coagulação sanguínea e hemostasia
01. Vasoconstricção: na região afetada, para reduzir o
volume de sangue que atinge a área lesionada.
02. Agregação plaquetária: as plaquetas vão se
aglomerando no local da lesão, formando um tampão
plaquetário para impedir a saída do sangue.
03. Coagulação: formação do coálogo, que consiste de
uma rede de fibrina, proteína insolúvel que estabiliza o
tampão plaquetário na lesão.
Fatores que prejudicam a coagulação sanguínea
Deficiência de vitamina K.
Lesões hepáticas (diminuem a produção de fatores
da coagulação pelo fígado) principalmente em
alcoólicos crônicos.
Hemofilia: doença genética na produção de algum
dos fatores de coagulação.
Dengue.
Biologia
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Quantidade de plaquetas
Se aumentar: trombocitose, que pode levar à
coagulação sanguínea no interior de vasos sanguíneos
intactos, promovendo a formação de coágulos que
podem obstruir a passagem do sangue em
determinadas áreas.
Trombose: formação de um coágulo no interior de um
vaso sanguíneo, podendo obstrui-lo (embolia),
causando um efeito de isquemia (interrupção no fluxo
de sangue e hipóxia (deficiência de oxigenação).
Leucócitos ou glóbulos brancos
São as principais células de defesa do organismo
A maioria age através de fagocitose de micro-
organismos invasores
Leucopenia: diminuição da quantidade de leucócitos,
abaixando a imunidade a aumentando o risco de
infecções.
Linfócitos
Agem ativando ou inativando as demais células de
defesa.
Estimulam a ação de células de defesa contra células
cancerosas.
Linfa
É um tecido de transporte cuja composição varia em
função da alimentação.
É um fluido que banha os tecidos.
Tecido ósseo
Principal tecido de sustentação de músculos e
órgãos, e que compõe o corpo humano em 206 ossos,
divididos em ossos longos, curtos, planos, sesamóides e
irregulares.
Caracteriza-se por ser um tecido rígido,
mineralizado, ou seja, calcificado.
É um tecido conjuntivo com células como
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
A plasticidade óssea é resultado da interação entre
osteoblastos formadores de matriz óssea e osteoclastos
destruidores de matriz óssea;
Osteoblastos: são estimulados pelo hormônio
calcitonina da tireoide para remover cálcio do sangue
para os ossos.
Osteoclastos: são estimulados pelo hormônio
paratormônio das glândulas paratireoides para remover
cálcio dos ossos para o sangue.
Osteoporose
Ocorre por um desequilíbrio entre a atividade de
osteoblastos que formam de tecido ósseo e osteoclastos
que reabsorvem tecido ósseo, sendo esse desequilíbrio
no sentido de os osteoclastos terem atividade mais
intensa, resultando na perda de colágeno e
desmineralização óssea.
É comum em mulheres de idade avançada, uma vez
que, com a menopausa, a queda na produção de
estrógenos leva à falta de estímulo aos osteoblastos.
Atividade física estimula a atividade dos osteoblastos
em produzir matriz óssea.
Tecido muscular
Responsividade: Capacidade de responder a
estímulos.
Condutibilidade: Capacidade de conduzir estímulo.
Contratibilidade: Capacidade de sofrer contração.
Distentabilidade: Capacidade de sofrer distensão.
Elasticidade: Capacidade elástica.
Tipos
Músculo Liso: presente nos músculos ciliares.
Músculo Estriado Cardíaco: presente no coração.
Músculo Estriado Esquelético: presente nos
músculos ligados a movimento e deslocamento.
Músculo liso
Formado por uma rede celular mantida por fibras
reticulares, e possui contração fraca e involuntária.
Presente nos músculos ciliares, músculos piloeretores e
nos músculos viscerais.
Músculo estriado cardíaco
Formado pelas fibras musculares cardíacas sincicial,
responsáveis pelas contrações (ou sístoles) atriais e
ventriculares. Tem contrações fortes e involuntárias, e
Biologia
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possui ligações do tipo discos intercalares, complexos
juncionais célula-célula.
Músculo estriado esquelético
Músculo sempre preso a ossos, como costelas e
fêmures. Por vezes, são relacionados aos movimentos e
deslocamentos do corpo, pois trata das contrações
voluntárias existentes no organismo.
Possui duas principais bandas: as bandas A(ricas na
proteína miosina) e as bandas I (ricas em proteína
actina). Os conjuntos actina-miosina são chamados de
sarcômero.
Contração muscular
Processo pelo qual ocorre o deslizamento de actina
nos filamentos de miosina, de forma a consumir energia
em forma de ATP a cada mudança de conformação da
estrutura das moléculas.
Atividadefísica e dieta
Muito relacionado com o tecido muscular, está à
atividade física, principalmente a ligada à musculação,
processo muito frequente no cotidiano atual e que trás
assuntos importantes embutidos, como dieta,
suplementação e uso de anabolizantes.
Etapas do exercício de musculação
1. Exercício: etapa onde é realizada a força muscular e
as contrações musculares. Ocorre, por vezes, ruptura
das fibras musculares.
2. Reconstrução: etapa totalmente dependente de
dieta e repouso. Nessa etapa, as fibras rompidas são
reconstruídas e aumenta-se o número de filamentos
proteicos, sarcômeros e tecidos conjuntivos adjacentes.
Suplementos
Alimentos concentrados em substâncias específicas
para cada fase do treino, visando agilidade na
recuperação de fibras ou no ganho energético (Ex:
Whey protein).
Anabolizantes
Hormônios sintéticos derivados de testosterona que
aumentam capacidade da força muscular de forma
brusca, acarretando em diversos problemas à saúde,
inclusive arritmia cardíaca e morte.
Tecido nervoso
Neurônio
Célula principal do tecido nervoso, e que tem a
capacidade de recepção, percepção e transmissão de
estímulos, através dos processos do impulso nervoso e
sinapse. Podem ser do tipo sensorial, motor ou
interneurônio.
Impulso nervoso
Alterações na membrana do neurônio que
desencadeia passagem de sinal.
Natureza eletroquímica.
Alterações no DDP do neurônio.
Sinapse
Envio de sinal nervoso entre neurônios.
Natureza química.
Vesículas com neurotransmissores.
Sistemas
Sistema respiratório
Trocas gasosas entre o organismo e o meio para que
este obtenha o oxigênio necessário à realização da
respiração aeróbica e elimine o gás carbônio que lhe é
tóxico.
O oxigênio é usado na cadeia respiratória para
melhor extrair a energia dos nutrientes.
O CO2 deve ser eliminado a fim de evitar a acidose
no organismo, pois ele se junta com a água formando o
ácido carbônico, H2CO3, que se dissocia em H+
promovendo a alteração do PH, desnaturando
proteínas.
Hematose: trocas gasosas entre o ar e o sangue por
difusão simples através da bicamada lipídica da
membrana das células, a favor do gradiente de
concentração.
Difusão: em organismos mais simples, como os
poríferos e os cnidários, com dimensões corporais
Biologia
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reduzidas. Ocorre a difusão de gases na respiração a
partir de qualquer superfície corporal.
Cutânea: em platelmintos e nematelmintos, não
dotados de sistema circulatório. Ocorre absorção de
oxigênio dissolvido na água por toda a superfície
corporal dependendo de uma superfície
permanentemente umedecida.
Traqueal: em alguns artrópodes, ocorre a condução de
O2 aos tecidos sem passar pelo sistema circulatório,
assim, o sangue perde sua função, sendo a hemolinfa o
sangue dos insetos, com cor leitosa e sem pigmentos
respiratórios.
Branquial: em animais aquáticos, as brânquias retiram
apenas o oxigênio que está no estado gasoso em
dissolução na água, realizando trocas gasosas por
difusão simples. Apresenta cor vermelho vivo.
Pulmonar: em aves, apresentam sacos aéreos que se
enchem de ar durante a inspiração e transmitem o ar
para o interior dos ossos pneumáticos, que ajudam a
diminuir a densidade da ave e facilitar o vôo. Em
mamíferos, os sacos são os alvéolos pulmonares que
aumentam a superfície respiratória.
Sistema respiratório em humanos
Cavidades nasais – faringe – epiglote - laringe –
traqueia – brônquios – pulmão.
Nariz, fossas nasais e boca
O ar pode passar pela boca ou pelo nariz, sendo mais
vantajoso pelo nariz pois lá o ar é umedecido, aquecido
e limpo.
Faringe
Região onde passa o ar e os alimentos.
Dotada de estruturas linfoides, produtoras de células
de defesa, como as amígdalas.
Laringe
A glote é seu orifício de abertura, com abertura ou
fechamento controlado pela válvula epiglote, que se
mantém fechada durante a deglutição para evitar que o
alimento passe para a laringe.
Possui as cordas vocais.
Traqueia, brônquios e bronquíolos
A traqueia possui anéis cartilaginosos que permite a
contração e o relaxamento. Ela bifurca-se em brônquios.
Os brônquios penetram os pulmões e no interior
deles se ramificam em vários bronquíolos, terminados
em pequenos alvéolos pulmonares, responsáveis pelas
trocas respiratórias dos pulmões.
Pulmões e alvéolos pulmonares
O pulmão esquerdo é ligeiramente menor que o
direito, possuindo dois lóbulos enquanto o direito tem
três.
O espaço entre os dois pulmões forma a cavidade
mediastino, onde encontra-se o coração.
Cada pulmão é envolvido por duas membranas, as
pleuras.
Movimentos respiratórios humanos
Inspiração
A entrada de ar nos pulmões através da expansão da
cavidade torácica, que por intermédio das pleuras,
promove também a expansão dos pulmões.
Com o aumento do volume, a pressão diminui em
relação à pressão atmosférica, criando uma espécie de
vácuo que promove a entrada de ar nos pulmões.
Nesse movimento, o diafragma se contrai, desce e é
esticado, aumentando a caixa torácica e diminuindo a
pressão interna.
Expiração
A saída de ar dos pulmões através da contração da
cavidade torácica e consequentemente dos pulmões,
elevando-se a pressão do ar no pulmão em relação a
atmosfera, que promove a expulsão do ar dos pulmões.
Nesse movimento, o diafragma relaxa e sobe.
Transporte de gases no sangue
Oxigênio
97% difunde-se ao plasma e é transportado no
interior das hemácias, formando a oxiemoglobina.
3% transportado dissolvido no plasma sanguíneo.
Biologia
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Gás carbônico
93% difunde-se ao plasma para as hemácias
reagindo com a hemoglobina, formando a
carboemoglobina ou reagindo com proteínas,
formando carboproteinatos.
7% transportado dissolvido no plasma.
Sistema circulatório
Distribuição de nutrientes.
Defesa, conduzindo leucócitos e anticorpos.
Manutenção da temperatura corpórea.
Distribuição de hormônios.
Oferecimento de água e sais minerais ou retirada,
mantendo o equilíbrio hidrossalino.
Transporte de oxigênio dos órgãos respiratórios até
os tecidos e gás carbônico dos tecidos aos órgãos
respiratórios para ser eliminado.
Nos vertebrados, compõe-se de um líquido
circulante denominado sangue, vasos sanguíneos e uma
bomba muscular que impulsiona o sangue, o coração.
Sangue
Líquido responsável pelo transporte de nutrientes e
outras substâncias.
É constituído pelo plasma, que corresponde à parte
líquida e não viva, formado por água, sais e proteínas
como albumina, que fornece equilíbrio osmótico,
imunoglobulinas, os anticorpos e fibrinogênio,
relacionado à coagulação.
Também contém elementos figurados, a parte viva,
formada por hemácias ou glóbulos vermelhos,
responsáveis pelo transporte de oxigênio, leucócitos ou
glóbulos brancos, principais defesas do corpo e
plaquetas, responsáveis pelo controle da coagulação.
A hemoglobina é o pigmento respiratório.
Arterial: rico em oxigênio e mais básico que o venoso,
com coloração vermelho vivo. Volta dos pulmões ao
coração e levado para todo o corpo.
Venoso: rico em CO2, com PH mais ácido que o arterial,
com coloração vermelho escuro. Volta do corpo ao
coração e levado aos pulmões.
Artérias: sangue passa sobre alta pressão.
Veias: sangue passa sobre baixa pressão e conecta-se à
vênulas.
Possui válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.
Capilares: Conecta arteríolas e vênulas e permite troca
de substâncias entre vasos e espaço intersticial.
Coração
Função de bombear o sangue para todo o corpo
Possui três camadas: endocárdio (camada mais
interna), miocárdio (camada intermediária) e pericárdio
(camada externa)
É dividido em átriose ventrículos.
Possui estimulação elétrica própria, com centros de
comando denominados nódulo sinoatrial ou sinusal e
nódulo atrioventricular.
Valva tricúspide: Separa átrio e ventrículo direitos.
Valva bicúspide ou mitral: Separa átrio e ventrículo
esquerdos
Ambas as valvas têm função principal de impedir o
refluxo de sangue dentro do coração
Circulação pequena ou pulmonar
Veia Cava - Átrio/ Ventrículo Direito - Artéria
pulmonar - Pulmões - Veias Pulmonares - Coração.
Circulação grande ou sistêmica
Veias Pulmonares - Átrio/ Ventrículo Esquerdo -
Artéria aorta - Corpo - Veia Cava – Coração.
Aberta: Sangue sai dos vasos sanguíneos.
Fechada: Sangue só percorre dentro dos vasos
sanguíneos.
Simples: somente sangue venoso no coração.
Dupla: sangue venoso e arterial no coração.
Completa: sem mistura entre de sangue.
Incompleta: com mistura entre o sangue.
Principais vertebrados
Peixes: possuem somente um átrio e um ventrículo,
circulação fechada, simples e completa.
Anfíbios: possuem dois átrios e um ventrículo, circulação
fechada, dupla e incompleta.
Biologia
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Répteis em geral: possuem dois átrios e um ventrículo,
circulação fechada, dupla e incompleta.
Crocodilianos: possuem dois átrios e dois ventrículos,
circulação fechada, dupla e incompleta.
Mamíferos e aves: possuem dois átrios e dois
ventrículos, circulação fechada, dupla e completa.
Problemas de saúde
Relacionados ao sangue
Anemia: Quadro em que se apresenta debilidade em
glóbulos vermelhos e/ou hemoglobina, causando
problemas de falta de energia e cansaço.
Hemofilia: Doença hereditária que acomete fatores
relacionados à coagulação sanguínea, o que pode levar
a um quadro de hemorragias.
Leucemia: Doença que afeta glóbulos brancos,
tornando-os debilitados. Também acomete a região
física da medula e debilita outras células.
Relacionados ao coração
Derrame ou AVC: complicações sanguíneas na região
cerebral, que podem ser devido a obstruções ou
sangramentos.
Infarto: Ausência de irrigação pelas artérias coronárias
na região do miocárdio cardíaco, causando necrose e
enrijecimento muscular. O colesterol é um dos fatores
vinculados a este tipo de complicação.
Sistema digestório
A nutrição é o conjunto de processos
desempenhados pelos seres vivos para adquirir,
absorver, processar e assimilar os nutrientes.
Etapas da nutrição
Alimentação
Ingestão: recepção através da boca.
Englobamento: fagocitose e pinocitose.
Difusão: feito por organismos sem boca, como
bactérias, fungos e protozoários, que incorporam o
alimento a partir do meio.
Digestão
As partículas de alimento são fragmentadas em
pedaços pequenos para serem absorvidas.
As proteínas são digeridas até seus aminoácidos
forem capazes de atravessar as células intestinais, como
também os poli e monossacarídeos, os lipídios e os
ácidos nucleicos.
O alimento é triturado pelos dentes ou pela moela,
sendo fragmentado em partes menores, a digestão
mecânica. Porém, ainda são grandes, precisando das
enzimas digestivas, que quebram em pedaços a nível
molecular, a digestão química.
Proteases: proteína em proteoses.
Lipases: lipídios em ácidos graxos e glicerol.
Amilase: amigo em glicose.
Sacarase: sacarose em glicose e frutose.
Maltase: maltose em glicose e glicose.
Nucleases: ácidos nucléicos em nucleotídeos.
A digestão pode ser intracelular, extracelular e
extracorpórea.
Intracelular: organismos unicelulares e poríferos.
Extracelular: todos os organismos pluricelulares. O
alimento acumula-se na cavidade do corpo e algumas
células lançam enzimas digestivas, diferindo e
absorvendo o alimento.
Extracorpórea: ocorre em fungos, aranhas e estrelas-do-
mar. Os fungos eliminam enzimas ao redor de seu
corpo, digerindo toda matéria orgânica no meio.
Quando digerido, o alimento passa por difusão para as
hifas.
Assimilação: é a incorporação do alimento pelo
organismo, ou seja, entrada de nutrientes no corpo.
Defecação
Ao final da digestão restam alguns produtos não
assimiláveis pelas células dos organismos, precisando
ser eliminados.
Biologia
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Não é feito por organismos que se alimentam por
difusão, visto que só entra na célula aquilo que é
assimilável.
Em organismos que fazem alimentação por
englobamento, após a assimilação dos nutrientes a
partir do vacúolo digestivo, esse é transformado em
vacúolo residual, que contém substâncias não
assimiláveis pelas células, e funde-se à membrana
celular para eliminar esses dejetos no meio extracelular,
no processo de clasmocitose ou defecação celular.
Sistema digestório humano
Tubo digestivo: boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo é formada por quatro
tecidos, entre eles a mucosa, que reveste internamente
e é dotada de muco e enzimas, sendo queratinizada no
ânus e na boca.
Boca
Processos físicos: Mastigação (dentição).
Processos químicos: Insalivação (saliva).
Saliva: pH ≈ 7.
A ptialina ou amilase salivar é a enzima digestiva da
saliva, diferindo apenas o amigo dos alimentos em
maltose.
Esôfago
Primeira região do sistema digestório onde
evidenciam-se os movimentos peristálticos ou
peristaltismo.
Estômago
Apresenta suco gástrico formado por água, ácido
clorídrico e enzimas, principalmente a pepsina.
A pepsina atua quebrando algumas ligações
peptídicas, fragmentando as proteínas em pedações
menores.
O HCl garante um pH muito ácido,
aproximadamente 2, ideal para ação dessa enzima, além
de destruir microorganismos que tenham sido ingeridos
com os alimentos.
Apresenta o muco, que impede que o ácido
clorídrico digira a própria parede do estômago.
Intestino delgado
Divido em duodeno e jejuno-íleo.
Duodeno: age o suco entérico, uma secreção com
água e enzimas digestivas, além de atuar as secreções
do fígado e do pâncreas. É nessa área que ocorre a
absorção do alimento digerido.
O que sobra da massa alimentar é o quilo, um líquido
leitoso proveniente das secreções digestivas.
Jejuno-íleo: área de reabsorção de água e sais
minerais das secreções entéricas. É por onde o quilo
passa até chegar no intestino grosso.
Pâncreas
Produz secreções endócrinas, correspondentes aos
hormônios insuina e glucagon.
Também produz uma secreção exócrina, o suco
pancreático, composto de água, bicarbonato de sódio e
enzimas digestivas. O bicarbonato aumenta o pH do
duodeno, neutralizando o quimo.
Fígado
É a maior glândula do nosso corpo, responsável pela
produção de bile, que são conduzidas à vesícula biliar,
onde é armazenada até sua eliminação.
Bile: secreção com função digestiva.
Armazena e forma lipídios.
Sintetiza ureia a partir da amônia e do gás carbônico
produzidos através da metabolização de aminoácidos.
Degrada álcool e outras substâncias tóxicas.
Destrói hemácias através da hemocaterese.
Promove a gliconeogênese, a produção de
carboidratos a partir de lipídios e proteínas, para haver
a produção de energia caso falte glicose.
Vesícula biliar
Armazena a bile e a libera para auxiliar na digestão
de gorduras da dieta.
Bile: não possui enzima digestiva, é composta de
água e outras substâncias que são eliminadas pelo
corpo junto com as fezes e sais biliares.
Sais biliares: possuem função digestiva de
emulsionar as gorduras, isso é, fragmentá-las em
gotículas microscópicas. Eles mantêm as gorduras
solúveis na água dos sucos digestivos.
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Intestino grosso
Não produz enzimas digestivas nem assimila
nutrientes, apenas absorve sais minerais e reabsorve
água.
Divide-se em três partes: ceco, cólon e reto.
Ceco: produzcélulas de defesa do sangue e está
sujeito a infecções, causando apendicite.
Reto: termina no ânus, onde elimina as fezes.
Produção das fezes
Quando a água e os sais vão sendo absorvidos, os
restos não digeríveis e não assimiláveis dos nutrientes
acabam por se solidificar nas porções finais do intestino
grosso, constituindo a massa fecal.
Cerca de 30% das fezes é constituída por bactérias
vivas e mortas, os outros 70% são constituídos de sais,
muco, fibras de celulose.
Parte desses resíduos é matéria orgânica, consumida
por fermentação das bactérias presentes, liberando
substâncias tóxicas e fornecendo às fezes seu cheiro
característico.
Microbiota intestinal
Relações mutualísticas com fungos, bactérias, e
protozoários, os quais produzem vitaminas K, B9 e B12
e impedem a invasão por bactérias patogênicas,
ganhando abrigo e alimento no nosso intestino.
Na ausência delas, devido à ingestão de antibióticos
por tempo prolongado, vão faltar substâncias, como a
vitamina K, causando distúrbios de coagulação
sanguínea e aumento no risco de hemorragias.
Também ficamos mais vulneráveis ao ataque de
bactérias patogênicas, causando diarreias.
Vias de administração de medicamentos
Oral: é a mais usual, porém com maior tempo para
surgir efeito, visto que demora chegar no intestino para
ser absorvido, além de grande parte ser eliminada no
fígado.
Parental: qualquer outro meio que não seja oral, como
endovenosa, pelo sangue, intradérmica, na pele ou
intramuscular, no músculo. Surgem rápido os efeitos e
não passam pena ação desintoxicadora hepática.
Também existe a retal, onde a vascularização do
ânus favorece a absorção da substância, e sublingual,
onde o medicamento é posicionado abaixo da língua,
mais rádio que a via oral.
Distúrbios e doenças no aparelho digestivo
Infecções intestinais: alimentos e água podem estar
contaminados com vírus ou bactérias que a salina e a
acidez do estômago não sejam eficientes, podendo
alguns sobreviverem e se multiplicarem no intestino.
Gastrite e úlcera péptica: as células do muco são
constantemente atacadas pelo suco gástrico. Quando
lesa uma área significativa, origina uma irritação,
denominada gastrite. Pode ocorrer por problemas
psicológicos como o estresse, que leva uma menor
produção de muco protetor, e com a ingestão de ácidos
a mucosa pode ser perfurada, causando as úlceras.
Apendicite: Inflamação do apêndice cecal ocasionada
pelos restos de alimentos que ficam nele, causando
dores abdominais e podendo se romper.
Sistema imune
Estruturas responsáveis pela proteção e defesa do
nosso organismo contra agentes agressores.
01. Barreiras: estruturas que impedem a penetração de
agentes invasores. Ex: enzima lisozima, presente na
saliva, suor e lágrimas, destrói a parede celular de
bactérias, o HCl, presente no suco gástrico, elimina
micro-organismos presentes na água e alimentos e o
muco das vias aéreas que retém os micro-organismos
para que não atinham os alvéolos pulmonares.
02. Defesa inata: é inespecífica, ou seja, agi com o
objetivo de eliminar os agentes invasores que tenham
atingido a corrente sanguínea, matando todos do
mesmo jeito. Ex: leucócitos.
03. Defesa adaptativa: com especificidade de ação e
memória. Reconhece o antígeno para poder combate-
lo de maneira mais eficiente possível. A memória é
armazenada desde o primeiro contato até uma próxima
vez.
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Infecção: invasão por patógenos menores que as células
(vírus, bactérias), causando lesões celulares.
Infestação: Invasão por patógenos maiores que as
células (protozoários, artrópodes, vermes), causando
lesões teciduais.
Inflamação: resposta da defesa inata acionada contra
agentes físicos (como queimadura, pancadas,
infecções), químicos e biológicos. Quando ocorre a
lesão celular, se rompe a membrana celular e é liberado
fosfolipídios, que são transformados em
prostaglandinas, que são responsáveis pelos efeitos da
inflamação:
1. Vasodilatação: maior quantidade de sangue e,
consequentemente, mais leucócitos, nutrientes e o2.
2. Aumento da permeabilidade vascular: o plasma
abandona os vasos e leva mais leucócitos e nutriente.
3. Dor: para impedir que o indivíduo force a área
afetada, agravando a lesão.
5 sinais clássicos do processo inflamatório
Edema (inchaço devido a vasodilatação).
Rubor (vermelhidão devido ao aumento do fluxo
sanguíneo).
Calor local (devido ao atrito pelo excesso de sangue).
Dor.
Perda de função devido a dor.
Febre: as prostaglandinas agem sobre o hipotálamo,
levando ao aumento da temperatura corporal.
Aumenta a atividade metabólica corporal,
intensificando a queima de nutrientes nas mitocôndrias,
com consequente produção de calor.
Aumentando o metabolismo, potencializa a
multiplicação de leucócitos e anticorpos, aumentando a
defesa corporal.
Caso a temperatura corporal aumente muito, pode
levar a desnaturação de enzimas e morte celular.
Antígenos: é uma substância orgânica (proteína, lipídio
ou carboidrato) estranha ao organismo.
Patógeno: vírus, bactérias e outros organismos capazes
de causar doenças.
Imunização ativa
Produção de anticorpos próprios pelo organismo.
Natural: através de infecções, em que a própria
doença desencadeia os fenômenos imunológicos.
Artificial: ocorre pela administração de vacinas, quando
o organismo tem o primeiro contato com o antígeno
para produzir células de memória.
Com tempo de resposta longo.
Desenvolve memória.
É para prevenção.
Imunização passiva
Recebimento de anticorpos prontos. Natural:
transferência de mãe para filho através da placenta e do
aleitamento. Artificial: administração de soros.
Tempo de resposta curto.
Não desenvolve memória.
É para tratamento.
Vacinas: constituída pelo patógeno (morto ou vivo)
contendo antígenos, estimulando o sistema
imunológico a produzir anticorpos. Quando o vírus está
vivo, há uma pequena chance de adquirir a doença com
a vacinação, portanto, mulheres gravidas não devem ser
vacinadas.
Soros: É aplicado o antígeno no mamífero e é retirado
os anticorpos produzidos por ele. Porém, leva também
anticorpos de outras doenças e, por isso, o indivíduo
deve tomar um antialérgico para evitar reações
alérgicas.
Sistema excretor
Excretas nitrogenadas
O metabolismo de nutrientes, como proteínas e
ácidos nucleicos, envolve a produção de substâncias
nitrogenadas que são tóxicas, que devem ser
eliminadas.
No fígado, os aminoácidos são metabolizados
através da formação de novas proteínas.
Biologia
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Tipos de excretas
Amônia: excreta mais tóxico, eliminada por
protozoários, poríferos, cnidários, platelmintos, peixes
ósseos, girinos e crustáceos.
Ácido úrico: excreta menos tóxico, eliminado por
insetos, miriápodes, alguns aracnídeos, répteis e aves.
Ureia: toxicidade e gasto energético intermediários;
eliminada por anelídeos, condrictes, anfíbios adultos e
mamíferos.
Estrutura
1. Rins: principais órgãos, divididos em porção cortical
(córtex) e medular (medula).
2. Ureteres: canais que enviam urina dos rins à bexiga.
3. Bexiga: órgão que armazena urina.
4. Uretra: canal por onde a urina é eliminada (ligada à
bexiga).
O néfron
Cápsula de Bowman: local onde acontece a filtração
glomerular.
Túbulo contorcido proximal: local de reabsorção de
glicose, aminoácidos e íons.
Alça de Henle: local de reabsorção de água e íons sódio.
Túbulo contorcido distal: local de principal secreção de
íons, amônia e compostos tóxicos.
Ducto coletor: local de formação da urina, enviada aos
ureteres.
Sistema nervoso
Sistema que integra e controla as múltiplas
atividades do sistema do organismo, através de redes
nervosas que cooperampara que haja harmonia no
conjunto.
Sinapse
Liberação de vesículas com mediadores químicos ou
neurotransmissores na fenda sináptica, fim do axônio.
Diferente do impulso nervoso, que tem natureza
elétrica, a sinapse é de natureza química.
Bainha de Mielina
Revestimento do axônio em etapas, que permite
maior isolamento e aumento de velocidade de
propagação de sinal.
SNC
O Sistema Nervoso central é o responsável por
receber e processar as várias informações do
organismo. É composto por Encéfalo e Medula espinal.
Tem a característica comum de ser envolvido por
meninges e por importantes estruturas ósseas. O líquido
cefalorraquidiano também compõe o sistema nervoso
central, conferindo proteção.
Algumas importantes divisões do encéfalo são:
cérebro, região hipotalâmica, cerebelo e bulbo.
Problemas de saúde ligados ao sistema nervoso
Alzheimer: degeneração de neurônios e funções
cerebrais. Causa perda de memória, debilidade motora,
irritabilidade.
Parkinson: disfunção de neurônios motores. Causa
tremores e debilidade na locomoção.
Esquizofrenia: um tipo de paranoia ou psicose que leva
a pessoa a presenciar e ver coisas fora da realidade.
Ainda não se tem razões concretas sobre região afetada
ou causa.
Sistema sensorial
Visão - olho
O olho é uma das estruturas mais sensíveis do corpo
humano e é dividido em três camadas:
1. Esclerótica ou córnea.
2. Coroide ou pupila.
3. Retina, onde se localiza a região da fóvea.
Biologia
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As principais células que participam no processo da
visão são os cones e os bastonetes.
O cristalino é a região da lente do olho, onde
irregularidades podem acarretar em problemas visuais
como miopia, hipermetropia, presbiopia ou
astigmatismo.
Sistema endócrino
Integração e controle das múltiplas atividades do
organismo para que possa haver harmonia em
conjunto, através da propagação química realizada por
hormônios.
As glândulas que produzem a secreção hormonal
podem ser exócrinas (secreção liberada ao meio
extracelular), endócrinas (secreção liberada na corrente
sanguínea), parácrinas (secreção liberada à outra célula),
ou anfícrinas (características endócrinas e exócrinas).
O controle geral é feito pela região hipotalâmica, e
sofre em todo o organismo o mecanismo de feedback,
seja ele positivo (favorece estímulo) ou negativo
(favorece a inibição).
Hipófise
Responsável pelo controle da secreção de várias
outras glândulas do sistema endócrino. Subdividida em
adenohipófise (hip. anterior), e neurohipófise (hip.
posterior).
A adeno hipófise é responsável pela secreção de:
1. Hormônio Somatotrófico (GH): crescimento ósseo e
muscular, síntese proteica.
2. Prolactina: estimula produção de leite.
3. Hormônio Tireotrófico (TSH): estimula a tireoide.
4. Hormônio Adenocorticotrófico (ACTH): estimula as
adrenais.
5. Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula a
maturação de gametas.
6. Hormônio Luteinizante (LH): estimula gônadas.
A neurohipófise é responsável pela liberação de:
1. Ocitocina: contrações uterinas e ejeção do leite
mamário.
2. Hormônio Antidiurético (ADH): estimula reabsorção
de água pelos néfrons.
Tireoide
A partir da estimulação por TSH, produz tiroxinas e
calcitonina.
As tiroxinas, assim como a calcitonina, têm função
metabólica específica no organismo, mas também
trabalha no feedback negativo do mecanismo de
produção hormonal.
Hormônios
1. T3 e T4: Elevam a taxa metabólica e estimula os
processos de oxidação intracelular.
2. Calcitonina: reduz a concentração de cálcio no
sangue.
Paratireóides
Produção do paratormônio (PTH), que possui ação
na regulação metabólica dos íons cálcio e fosfato, que
conferem relações com a excitabilidade de membranas,
contrações musculares, coagulação sanguínea, etc.
Pâncreas
Produção da secreção pancreática (sistema
digestório) e da secreção de insulina e glucagon,
hormônios produzidos pelas ilhotas de Langerhans.
1. Glucagon: estimula a quebra de glicogênio e eleva a
glicemia.
2. Insulina: estimula a entrada de glicose nas células e
sua conversão em glicogênio, reduzindo a glicemia.
Estes hormônios trabalham de forma conjunta, e que
depende do intervalo de tempo entre refeições de um
indivíduo.
Adrenais ou Supra-renais
Produção de glicocorticoides, mineralocorticoides e
androgênios (a partir da região cortical); e adrenalina e
noradrenalina (a partir da região medular).
1. Glicocorticoides: estimula a produção de glicose.
2. Mineralocorticoides: aumenta a retenção de água e
sódio.
3. Androgênios: define características secundárias
masculinas.
Biologia
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4. Adrenalina e Noradrenalina: definem o metabolismo
nervoso de “luta ou fuga”, relacionados a alterações
respiratórias e cardíacas.
Glândula Pineal
Produção de melatonina, importante molécula
reguladora de ritmos biológicos. A produção de
melatonina está associada com o período de sono do
indivíduo.
Adipócitos
Produção de leptina, molécula importante para
regulação do apetite, gasto energético e metabolismo
de gordura. A produção de leptina está relacionada com
a sensação de saciedade.
Outros Hormônios
1. Rim: produz eritropoietina, que estimula a produção
de hemácias
Produz renina-angiotensina, que tem efeito sobre a
vasoconstrição e produção de aldosterona.
2. Coração: produz fator natriurético, que reduz a
pressão arterial.
3. Timo: produz timosina, que age na maturação de
linfócitos T.
4. Adeno-hipófise: também produz endorfina,
associada a efeitos analgésicos e de sensações de
prazer.
Problemas de Saúde Ligados a Hormônios
GH - Gigantismo, nanismo E acromegalia: desregulação
da quantidade de hormônio produzido levando a maior
ou menor crescimento de estruturas ósseas e
musculares.
Tireoide - Hipo e hipertireoidismo: desregulação da
quantidade de hormônio produzido que acarreta em
consequências metabólicas.
Tireoide - Bócio: desregulação na quantidade de iodo,
que gera complicação anatômica na glândula.
Pâncreas - Diabetes mellitus: caracterizada por
deficiência de insulina, gerando complicações celulares.
Neurohipófise - Diabetes insipidus: característica por
alterações renais.
Genética
Estudo da herança, o material genético, e da
hereditariedade, os mecanismos de transmissão do
material genético.
Mendel
Escolheu trabalhar com ervilhas pois essas possuem
características bem definidas, sem intermediários,
possuem muitos descendentes por geração, facilitando
a análise estatística dos resultados, apresentam várias
gerações por ano e apresentam pequeno porte,
facilitando o cultivo, inclusive em estufas.
1o Lei: Lei da segregação dos Fatores
Cada característica hereditária é determinada por um
par de fatores hereditários que não se misturam.
Os fatores se segregam na formação de gametas, de
modo cada gameta só tem um fator de cada par.
Fatores dos gametas dos pais se reúnem nos filhos.
Justificativas atuais
Genes estão aos pares porque estão nos
cromossomos homólogos que estão aos pares.
Genes se separam na meiose porque os
cromossomos homólogos se separam.
Os genes se reúnem na fecundação porque os
cromossomos homólogos se reúnem.
Meiose.
Situações em que a 1º lei não é válida
Seres polipoides, com 3n, 4n, visto que cada
característica hereditária é determinada por vários
genes, sendo 3 genes para 3n.
Seres haploides, com n, visto que cada característica
hereditária é determinada por um gene.
Bactérias: seres procariontes, visto que cada
característica hereditária é determinada por um gene.
Mitocôndrias e plastos: vêm de bactérias com um
cromossomo circular, visto que cada característicaBiologia
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hereditária é determinada por um gene, sempre de
origem materna.
Termos utilizados na genética
Gene: segmento de DNA/Cromossomo com
informação para produzir um peptídeo/proteína.
Locus: local do cromossomo com gene para
característica.
Dominante: se manifestam em dose simples ou
dupla.
Recessivo: se manifesta somente em dose dupla.
Genótipo: constituição genética para certa
característica, sendo homozigoto dominante (VV),
heterozigoto (Vv) ou homozigoto recessivo (vv). Só é
alterado por mutações e engenharia genética.
Puro: homozigoto.
Híbrido: heterozigoto.
Fenótipo: característica condicionada detectável de
alguma maneira, como comportamentos e
características físicas. É determinado pela interação
entre o genótipo + peristase, que é a influência do meio.
Cromossomo: grande filamento de DNA que contém
os genes. Pode ser classificado como autossomo ou
sexual.
Genoma: corresponde a toda informação genética
hereditária de um indivíduo.
Cariótipo: é o conjunto cromossomo típico ou
constante de uma espécie.
Herança genética: estudo histórico genético de uma
característica em uma família. Tipos: herança
autossômica e herança sexual.
Mutação
Qualquer alteração não programada no material
genético, na maioria por erros na replicação do DNA.
Raras, com efeito aleatório e normalmente
deletérias, ou seja, prejudiciais.
Pode ser gênica, quando alteram a sequência de
bases no gene, criando um novo alelo.
Também podem ser cromossômicas, que não altera
a sequência de bases no gene, alterando a posição do
gene no cromossomo ou o número de cópias do gene,
podendo ser estrutural ou numérica.
Podem ser somáticas, em células do corpo, que não
agem no processo reprodutivo, não sendo hereditários,
como o câncer, que só a tendência é passada para os
descendentes.
Também podem ser sexuais, em gametas, sendo
hereditárias.
Podem ser espontâneas, sem causa determinada,
por erros na replicação do DNA.
Também podem ser induzidas por fatores
mutagênicos, como radicais libres, radiações ionizantes
e isótopos radioativos.
Para que a mutação se manifeste, todas as células do
corpo têm que ter o gene mutante, porém, é impossível
que todas as células do corpo sofram mutações com o
mesmo efeito, assim, para uma mutação se manifestar,
ela deve ter ocorrido em células sexuais de um ancestral,
sendo herdade e presente no zigoto: todas as células do
indivíduo vão possuir o gene mutante.
Mutações no próprio zigoto também ocorrem em
todas as células do adulto, se manifestando.
Características genéticas x características ambientais
Característica = genes + influência do meio.
Genéticas: determinadas pelo material genético, por
mutações somáticas não é hereditária, como o câncer,
mas em células sexuais, é hereditária, podendo ser
herdada do pai ou da mãe, com exceção de genes na
mitocôndria.
Congênita: adquirida na vida intrauterina (durante a
gravidez, a partir da mãe), devido aspectos nutricionais,
doenças parasitárias, fatores epigenéticos (não alteram
a sequência de bases no DNA, não é mutação, mas ativa
ou inativa genes com efeito hereditário).
Fenocópia: fenótipo que não corresponde ao genótipo.
Norma de reação: conjunto de fenótipos que um
genótipo pode condicionar.
Dominância incompleta ou ausência de dominância
Heterozigoto tem características intermediárias entre
os dois homozigotos, como um tipo de mistura.
Codominância
Heterozigoto tem característica dos dois
homozigotos simultaneamente, como nos grupos
sanguíneos de ABO.
Biologia
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Ambos alelos produzem enzimas funcionais, com
efeito distinto.
Alelo dominante: com enzima funcional.
Alelo recessivo: com enzima defeituosa.
Homozigotos dominantes produzem o dobro de
enzimas para tal fator que o heterozigoto, mas são
igualmente representados, visto que enzimas agem em
pequenas concentrações, ou seja, pouca enzima já
produz o máximo do fator.
Cruzamento teste
Com o indivíduo de fenótipo recessivo para
descobrir o genótipo do indivíduo de fenótipo
dominante.
Genealogia ou heredogramas
Quadrado: homens. Bolinha: mulheres.
Cruzamento consanguíneo aumenta o risco de
doenças genéticas, visto que aumenta o risco do
encontro de alelos recessivos para doenças.
Cruzamento chave: pais com cores diferentes do
filho, a doença é recessiva.
Recessiva
Filho afetado com ambos os pais saudáveis.
O gene da doença pode pular gerações: atavismo.
Dominante
Filho afetado sempre tem pelo menos um dos pais
afetado.
Não pula gerações.
Pai ou mãe afetados provavelmente terão metade
dos filhos afetados.
Probabilidade em genética
Regra do “ou” = soma as probabilidades.
Regra do “e” = multiplica as probabilidades.
Se não dizer a sequência dos nascimentos, tem que
somar todas as sequências possíveis.
Para ter um casal: primeiro homem e segundo mulher
ou primeira mulher e segundo homem: (½ x ½) + (½ x
½) = ¼ + ¼ = 2/4 = ½.
Quadrado de Punnet
H/M A a
A AA Aa
a Aa aa
Probabilidade condicional
Probabilidade condicionada a outra, por exemplo, a
chance do pai ser heterozigoto e a criança ser
homozigoto recessivo e afetada pela doença.
Conferir as reais possibilidades, por exemplo, como
na tabela, se já sabemos que começa com A, descarta-
se o aa e o total é 2/3, não 2/4.
Erros inatos do metabolismo
Doenças genéticas devido a falha de determinadas
enzimas, ou seja, o gene para doença produz uma
enzima defeituosa.
Genes letais: provocam a morte antes da maturidade
sexual.
Genes semiletais: os efeitos provocam a morte após a
maturidade sexual
Casamentos consanguíneos
Aumentam bastante as probabilidades de
nascimento de crianças portadoras de defeitos
genéticos, visto que, muitas doenças hereditárias são
condicionadas por genes recessivos, que somente agem
quando em dose dupla.
Polialelismo ou alelos múltiplos
Mais de dois alelos para o mesmo gene.
Exemplo: coelhos, sendo C selvagem ou aguti,
cchchinchila, ch himalaia e ca albino.
Exemplo: grupo sanguíneo, (IA = IB) > i.
Sistema ABO
Aglutinogênio ou antígeno: glicoproteínas no
glicocálix das hemácias, sendo uma substância estranha
ao organismo que pode induzir a produção de
anticorpos.
Aglutininas ou anticorpos: proteínas de defesa no
plasma, sendo produzidos pela microbiota intestinal.
Biologia
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Sangue Aglutinogênio Aglutinina
A Subst. A Anti. B
B Subst. B Anti. A
AB Subst. A e B _____
Zero _____ Anti. A e
B.
Quando a bactéria produz o que você já tem, não é
antígeno, e quando a bactéria produz um antígeno
estranho, você produz um anti. ele.
Se uma transfusão for errada, os anticorpos reagem
com os antígenos das hemácias.
Anticorpos anti. A, juntos com antígenos nas hemácias
A, ocorre uma aglutinação, assim, as hemácias não
podem mais se espalhar.
Se hemácias aglutinam, entopem o vaso, causando
embolia, não permitindo a passagem de sangue,
causando isquemia, e não passando oxigênio, causando
hipóxia.
Problemas na transfusão
Doador A, com hemácias A e anticorpos anti. B, e
receptor com hemácias B e anticorpos anti. A, assim, o
anti. A do receptor vai aglutinar as hemácias do doador.
Acima de 500 ml, só se pode transferir sangue do
mesmo tipo, pois há risco do anticorpo do doador, em
quantidade significante, aglutinar as hemácias do
receptor
Deve-se observar o anticorpo de quem está recebendo
e o antígeno do doador.
AB: receptor universal, sem os dois anticorpos e com
os antígenos.
O: doador universal, com os dois anticorpos e sem
os antígenos.
O > A > B > AB
Exclusão de paternidade
Falso O: não tem a substância h presente em O
normal,só podendo receber transfusão de falso O, e
pode apresentar pais sem sangue O.
Sistema Rh
Fator Rh: glicoproteína no glicocálix das hemácias.
Gene R: com fator Rh: Rh+.
Gene r: sem fator Rh: Rh-.
Transfusão: sem anticorpos pré-formados.
Negativo pode doar pra positivo, pois quem não tem
o fator pode doar para quem tem, porém, o positivo só
pode doar uma vez pro negativo, visto que o Rh é
estranho e encarado como antígeno, assim, o sistema
imunológico produz anticorpos.
Na primeira vez, as células não têm resposta imune
primária, sem anticorpos prontos, podendo demorar até
3 meses, porém, na segunda vez, as células tem
memória e os anticorpos serão produzidos mais
rapidamente.
Eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido
Afeta a partir do segundo filho Rh+ de mãe Rh-.
Toda criança é heterozigota, com pai Rh+.
Durante a gravidez, não há problemas em relação a
incompatibilidade sanguínea visto que a placenta não
permite a troca de hemácias entre mãe e filho, apenas
de plasma, assim, como o fator Rh encontra-se na
membrana das hemácias, o fator do filho não entra em
contato com o da mãe.
No fim da gravidez, devido ao movimento do feto,
ou até no parto, há rupturas microscópicas na placenta
permitindo a troca de hemácias entre a mãe e o filho.
As hemácias do Rh+ do filho na mãe negativa leva a
uma produção de anticorpos anti-Rh na mãe, porém,
como é o primeiro contato, a produção de anticorpos é
demorada e o filho nasce sem que o afete.
Na segunda gravidez, os anticorpos anti-Rh
produzidos na primeira já foram eliminados do
organismo materno, não representando problema no
início da gravidez, porém, no final, repete-se a situação
e as hemácias Rh+ do novo bebê em contato com a mãe
vão então induzi à síntese de anticorpos anti-Rh, sendo
imediata devido à memória imunológica.
Com o bebê ainda na barriga da mãe, os anticorpos
anti-Rh atravessam a placenta e provocam
eritroblastose no bebê.
Biologia
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Sintomas
Destruição das hemácias do filho, levando à
dificuldade no transporte de oxigênio no bebê e anemia.
Produção de eritroblastos pelo bebê, visto que
devido à destruição das hemácias, ele tenta produzir
mais, e essas são lançadas na forma imatura
eritroblastos.
Prevenção
Após o nascimento de um filho Rh+, a mãe deve
tomar um soro com anticorpos que destroem as
hemácias Rh+, antes que elas sensibilizem o sistema
imune e levem à produção de anticorpos anti-Rh.
Tratamento
Substituição do sangue Rh+ do filho para o sangue
Rh-. Sem hemácias positivas, os anticorpos anti-Rh
perdem o efeito e desaparecem. Assim, quando o bebê
voltar a produzir suas próprias hemácias Rh+, os
anticorpos anti-Rh já terão desaparecido do sangue.
Segunda lei de Mendel ou da segregação
independente
Análise de mais de uma característica, com mais de
um par de gene.
Fatores para dois ou mais caracteres são transmitidos
para os gametas de modo totalmente independentes.
Pares de genes analisados estejam situados em
cromossomos homólogos.
Linkage
Não se aplica ao princípio de segregação
independente.
Os genes localizados no mesmo cromossomo se
segregam juntos quando ocorre a separação dos
cromossomos homólogos na meiose, sendo enviados
juntos a um mesmo gameta.
Esses genes só podem ser enviados a gametas
diferentes se ocorrer crossing-over e,
consequentemente, nos gametas em formação.
Quando dois pares de genes estão no mesmo par de
cromossomos homólogos, dizemos que ocorre ligação
gênica, podendo os genes ligados ir para gametas
diferentes por meio do crossing-over.
Se os genes estão localizados no mesmo
cromossomo, ou seja, em linkage (ligados fisicamente
próximos no mesmo cromossomo), os alelos tendem a
ser herdados juntos no mesmo gameta.
Genética do sexo
O sexo heterogamético determina o sexo da prole.
XY: heterogamético.
XX: homogamético.
XO: heterogamético, só tem cromossomos
autossomos.
Dois diferentes: homem, com cromossomo y
pequeno e torto.
Dois iguais: mulheres.
Herança ligada ao sexo
Com genes só no cromossomo X.
Há dois genes para determinar cada característica
(xx) e há um gene para cada característica (xy).
A doença no homem é herdada da mãe, pois o pai
deu o Y.
Doenças recessivas relacionadas ao cromossomo X
são mais raras em mulheres do que em homens.
Se uma menina é afetada em uma doença recessiva,
o pai tem que ter a doença também, e a mãe, se normal,
porta o gene da doença.
Herança restrita ao sexo: só em homens.
Recessiva
Criança com pais normais.
Pula gerações.
Dominante
Criança afetada com pelo menos um dos pais
afetados.
Não pula gerações.
Pai ou mãe afetados se espera que 50% dos filhos
sejam afetados.
Autossômica
Não possui característica sexual.
Biologia
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Em iguais proporções em ambos os sexos em todos
os cruzamentos.
Ligada ao sexo
No cromossomo X.
Mais comum em um dos sexos, em pelo menos um
tipo de cruzamento.
Dominante ligada ao sexo: pai afetado com todos os filhos
homens normais e todas as filhas mulheres doentes.
Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr
Um dos cromossomos X da mulher que fica inativo,
ou seja, condensado como heterocromatina, há
inativação de um dos cromossomos X da mulher, que
ocorre de modo aleatório no início do desenvolvimento
embrionário.
É para evitar a produção em excesso de substâncias
codificadas por genes do cromossomo X.
A mulher pode ser mosaico, em que partes do corpo
tem constituição genética diferente, inativando o gene
normal de um olho, por exemplo.
Em clones, por mais que geneticamente sejam iguais,
a inativação do gene é aleatória e o fenótipo pode ser
diferente.
Herança mitocondrial: ocorre em homens e mulheres,
herdados somente da mãe.
Herança influenciada pelo sexo: genes autossômicos,
hormônios sexuais determinam dominante ou recessivo.
Ex: o gene calvo é dominante em homens e recessivo
em mulheres.
Herança limitada pelo sexo: genes autossômicos, em
que os hormônios sexuais permitem ou inibem a
manifestação do gene.
Ex: o gene da barba precisa do hormônio sexual
masculino para se manifestar.
Se mulheres tomarem anabolizante, desenvolve
barbas.
Pleiotropia
Um mesmo par de gene determina mais de uma
característica, ao contrário da primeira lei de Mendel, em
que diz que um par de gene determina uma só
característica.
Evolução
Qualquer mudança que acontece em uma
população ao longo do tempo.
É diferente de aperfeiçoamento, sendo uma
mudança positiva ou negativa.
A maioria das mutações é deletéria, assim, mudanças
negativas tendem a ser eliminadas pela seleção natural,
restando apenas mudanças positivas.
Mudanças negativas podem se tornar positivas se o
meio mudar.
Evolução não significa aumento complexidade.
Nenhum ser atual é mais evoluído que outro ser
atual, pois cada um ser atual está no topo de sua linha
evolutiva.
Evidências da evolução
Fósseis: quaisquer vestígios de seres hoje extintos.
Teorias evolutivas
Lamarck
Lei do uso e do desuso: só vale para algumas
situações, como a musculatura.
Herança dos caracteres adquiridos: não vale, pois
apenas características genéticas são hereditárias.
Tendência inevitável para o aumento de
complexidade, assim, a evolução é intencional, pois ele
precisa.
Epigenética: herança dos caracteres adquiridos:
exceção.
Alterações no material genético que não alteram a
sequência de bases no DNA (não mutações), através da
ativação ou inativação dos genes, por fatores
ambientais, com efeito hereditário.
O Lamarck foi o primeiro a oferecer uma explicação
viável para a evolução.
O primeiro a notar que a evoluçãoleva à adaptação.
Biologia
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Ideias derrubadas devido a um experimento que
corta o rabo de alguns ratos, esperando que estes
cresçam com os rabos cortados, o que não acontecia.
Darwin
Variabilidade: os indivíduos são diferentes dentro de
uma mesma espécie.
Evolução é acidental, em que a característica surge
aleatoriamente e, se for positiva, ela é selecionada.
Não há recursos disponíveis para todos: teoria de
Malthus, causando uma disputa não justa pelos
recursos, em que indivíduos mais bem adaptados
ganham a disputa, se alimentam melhor, vivem mais
tempo e geram mais descendentes mais bem
adaptados: seleção natural.
Adaptação: sucesso reprodutivo.
Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução
Explica a ordem da variabilidade pela genética.
Variabilidade genética + seleção natural.
Um fato não é lamarckista nem darwinista, sendo
apenas um fato.
Variabilidade genética
Mutações e recombinação gênica.
Mutações
Mudança brusca em um dos genes, que daí por
diante era transmitido na forma modificada aos
descendentes.
Os diferentes alelos de um gene surgiram por
mutação, o que explicaria a origem da variação genética
nos organismos.
Gênicas: modificação de apenas um gene,
decorrente da mudança de uma ou mais bases
nitrogenadas ao longo da molécula de DNA, ou seja,
erros ocasionados durante a duplicação.
A modificação de sequência no DNA ocasiona mudança
no RNAm e, consequentemente, a proteína produzida terá
um ou mais aminoácidos diferentes. Assim, essa proteína
modificada causa alteração no fenótipo.
Cromossômica: envolvem uma alteração na
estrutura ou número de cromossomos.
Recombinação gênica
Promove o aparecimento não de genes novos, mas
sim de genótipos novos.
Se processa pela segregação dos cromossomos na
meiose, crossing over e fecundação.
Seleção e adaptação
A variabilidade sofre ação da seleção natural que
age, “escolhendo” os genótipos mais adaptados a um
certo ambiente.
Se o ambiente for estável, a cada geração ocorre
uma fixação cada vez maior dos fenótipos adaptados.
Mecanismos de adaptação
Camuflagem
Indivíduo simula a cor e/ou o formato de alguma
estrutura do meio, viva ou não, de modo a se tornar
imperceptível para predadores ou presas.
Mimetismo
Indivíduo tenta se passar por outra espécie, de modo
a inibir a ação de eventuais predadores.
Batesiano: um inofensivo, o imitador, adquire as
formas e as cores de outro mais agressivo e venenoso,
para intimidar seus predadores. Assim, agressores
evitam ela com receio de se confundirem com a espécie
mais perigoda.
Mulleriano: um mesmo padrão identifica um grupo
de espécies com um padrão semelhante de
comportamento
Coloração de advertência ou aposematismo
Indivíduo apresenta uma cor chamativa para alertar
predadores para o fato de serem venenosos.
As cores usadas são chamadas de aposemáticas,
como amarelo, verde, laranja e vermelho.
Exemplos de seleção natural
Melanismo industrial
Exemplo: mariposas claras, enquanto viviam num
ambiente sem fuligem, tinham maiores probabilidades
de sobrevivência e produziam mais filhos iguais a elas
do que escuras, constantemente atacadas pelos
pássaros.
Biologia
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Anemia falciforme na África
Doença hereditária na qual há produção de
moléculas de hemoglobina com um aminoácido
trocado: nessa doença, os glóbulos vermelhos
apresentam-se deformados e são pouco eficientes em
termos de transporte de oxigênio.
Pelo fato de homozigotos não atingirem a idade de
reprodução, seus genes não são transmitidos às
gerações seguintes, se mantendo apenas em
heterozigose.
Na África Oriental, Grécia e índia, a frequência de
heterozigotos era alta, visto que regiões com alta
incidência do gene eram regiões onde gabia malária em
grande escala.
Uma hipótese é de que os heterozigotos são imunes
às malárias, o que de fato, foi comprovado.
A resistência dos siclêmicos: o protozoário, ao
penetrar no glóbulo vermelho, consome O2. A hemácia
siclêmica, em tensão baixa de O2, modifica sua forma,
ficando com a forma de uma foice, sendo mais
rapidamente atacadas por leucócitos, que as destroem
junto com os parasitas que elas contêm. Assim, o
protozoário não dissemina no organismo pela
circulação.
Assim, possuir o gene para a siclemia em
heterozigotos representa uma vantagem adaptativa
sobre não possuir, em regiões com malária.
Resistência aos antibióticos
O aparecimento da resistência das bactérias pode ser
interpretado por: as bactérias “se adaptam”
individualmente ao antibiótico, em outras palavras, o
antibiótico induziu as bactérias a modificarem seu
metabolismo, no sentido de se tornarem resistentes.
O que é incorreto, visto que não ocorre a
transmissão de caracteres adquiridos para a
descendência.
Outra explicação: o antibiótico não induziu
diretamente à resistência, porém selecionou na
população indivíduos que já eram resistentes por
mutações espontâneas.
Essa é a correta, visto que os antibióticos eliminam
da população os exemplares não resistentes. Assim, os
resistentes se reproduzem e transmitem a seus
descendentes os genes para a resistência, adaptando a
população.
Tipos de seleção natural
Direcional: favorece um dos fenótipos extremos.
Estabilizadora: ocorre em ambientes estáveis e
constantes, eliminando fenótipos desviantes e
favorecendo fenótipos médios.
Disruptiva: favorece os indivíduos de fenótipos
extremos, eliminando os de fenótipo médio.
Genética das populações
Evolução: qualquer mudança na frequência dos genes
de uma população ao longo do tempo.
Avanços na medicina estão levando ao aumento na
frequência dos genes para doenças.
Equilíbrio de Hardy-Weinberg: população que não está
evoluindo, com frequência dos genes constante.
Não pode haver mutações nem migrações.
A população não pode ser pequena, com
cruzamentos aleatórios (não consanguíneos).
Não pode haver seleção natural.
É ideal, mas não existe na prática.
AA = p2; aa = q2; Aa = 2pq.
Especiação
Formação de novas espécies.
1. Microevolução: pequenas mudanças evolutivas
dentro de uma espécie.
2. Macroevolução: grandes mudanças evolutivas que
originam novos táxons (espécies, gêneros, famílias...).
Espécie: grupo de indivíduos semelhantes,
potencialmente intercruzantes na natureza gerando
descendentes férteis.
Híbrido: fruto do cruzamento de espécies diferentes,
porém, de mesmo gênero, nascendo estéril.
Os cromossomos do pai não são homólogos dos
cromossomos da mãe, não havendo pareamento dos
cromossomos homólogos na meiose, que é inviável,
produzindo gametas inviáveis.
Biologia
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Isolamento reprodutivo
1. Pré-zigótico: impede a formação do zigoto.
Geográfico: hábitos distintos.
Sazonal ou estacional: épocas reprodutivas distintas.
Etologico ou comportamental: cortês distintos.
Ecológico: nichos ecológicos distintos.
Anatômicos ou mecânicos: tamanhos distintos.
Gamético: óvulo com zona pelúcida com receptores
específicos para espermatozoides da mesma espécie.
2. Pós-zigótico: impede o prosseguimento da
linhagem.
Inviabilidade do híbrido.
Esterilidade do híbrido.
Deterioração da geração F2 quando o híbrido é fértil,
separando os cromossomos homólogos de maneira
correta, mas apresentam filhos estéreis.
Mecanismos de especiação
1. Anagênese: transformação gradual de uma espécie
em outra.
2. Cladogênese: produção de duas novas espécies a
partir de uma espécie ancestral, com divergência
adaptativa.
Uma espécie vira duas.
O isolamento reprodutivo acontece devido a barreira
geográfica, com acúmulo de diferenças genéticas,
sendo questão de tempo a formação uma espécie nova.
Evolução humana
Classificaçãoda espécie humana
Reino animália.
Filo chordata.
Subfilo vertebrata.
Classe mammalia.
Ordem primates.
Família hominidae.
Gênero homo.
Espécie homo sapiens.
Taxionomia e sistemática
Taxionomia: classificação dos seres vivos por
qualquer critério.
Sistemática: classificação dos seres vivos por critérios
evolutivos.
Sistemas de classificação
Artificiais: por critérios não evolutivos.
Naturais: por critérios evolutivos, como semelhanças
genéticas, morfológicas, fisiológicas, embrionárias e
bioquímicas.
Sistemática
1. Fenética: baseada no número máximo de
características possíveis = taxonomia numérica: analisa
todas as características homólogas (indicam parentesco)
e análogas (não indicam parentesco).
2. Filogenética: baseada no número máximo de
relações evolutivas = analisa só características
homólogas.
Princípio da parcimônia: caminhos evolutivos mais
curtos devem ser os corretos.
A característica encontrada em mais grupos deve ser
mais antiga.
1. Monofiléticos: grupos que incluem todos os
descendentes de um ancestral comum.
Compartilham um ancestral comum exclusivo.
2. Parafiléticos: grupos que incluem alguns, mas não
todos os descendentes de um ancestral comum.
3. Parafiléticos: grupos que apresentam mais de um
ancestral distantes.
Todo grupo polifilético também é parafilético em
algum nível.
Categorias taxionômicas
1. Reino
2. Filo
3. Classe
4. Ordem
5. Família
6. Gênero
7. Espécie
Homo sapiens
Gênero e epíteto: espécie binomial.
Biologia
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Classificação dos reinos
1. Reino Monera
Procariontes.
Unicelulares.
Autótrofos ou heterótrofos.
Bactérias e cianobactérias.
2. Reino Fungi
Eucariontes.
Uni ou pluricelulares.
Dotados de parece celular quitinosa.
Heterótrofos, se alimentando por absorção de
nutrientes a partir do meio e realizam digestão
extracorpórea.
3. Reino Animalia ou Metazoa
Eucariontes multicelulares.
Sem parede celular.
Heterótrofos.
4. Reino Plantae ou Metaphyta
Eucariontes multicelulares.
Com parede celular celulósica.
Autótrofos fotossintetizantes.
5. Reino Protista
Unicelulares ou multicelulares.
Eucariontes.
Fotossintetizantes, como algas unicelulares ou
heterótrofos, como protozoários.
Sem organização tecidual verdadeira.
Domínios
Na década de 1980, o microbiologista Carl R. Woese
propôs uma nova forma de classificação dos seres vivos
com base na análise do DNA.
Nessa forma, os seres vivos são classificados em três
grandes domínios, categoria taxionômica criada por
Woese que é superior a reino.
1. Archaeo: arqueas.
2. Bacteria: eubactérias.
3. Eucarya: algas, plantas, fungos, protozoários e
animais.
Parasitologia
Parasitas
Ectoparasitas: na superfície externa do hospedeiro:
pele, tubo digestivo, como mosquito, lombriga, ameba.
Endoparasitas: na superfície interna do hospedeiro:
sangue, células, como bactérias, vírus.
Eurixenos: pouco específicos, podendo afetar vários
hospedeiros.
Estenoxenos: muito específicos.
Hospedeiro intermediário: parasitas só com
reprodução assexuada ou parasita na forma jovem.
Hospedeiro definitivo: parasita com reprodução
sexuada ou parasita na forma adulta.
Hospedeiro intermediário é diferente de agente
transmissor.
Vetor etiológico: agente transmissor, como o
barbeiro.
Agente etológico: agente causador, como o
protozoário plasmodium sp da malária.
Vetor mecânico: transmite o parasita mas não é
hospedeiro, ou seja, não é obrigatório no ciclo do
parasita, como moscas são pontes das fezes
contaminadas para o alimento de alguém.
Reservatório: tem o parasita, ou seja, é hospedeiro,
não transmite a doença, mas pode transmitir o parasita
para o agente transmissor, como o gambá na doença
de chagas.
Permanente: vive no hospedeiro, como o piolho.
Temporário: não vive no hospedeiro, como o
mosquito.
Provisório: só são parasitas numa fase da vida, por
exemplo, a mosca varejeira na fase larval causando
berne.
Modos de contágio por doenças
parasitárias
1. Transmissão direta: de pessoa para a pessoa, sem
objetos ou outros organismos como intermediário.
Biologia
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Por aerossóis de saliva e/ou secreções buco-nasais
em mucosas, ou seja, bocas, nariz e olhos.
Prevenção: uso de máscaras e outros equipamentos
de proteção individual, isolamento/evitar aglomerações.
Exemplo: gripe, sendo mais comuns em épocas de
frio/chuva, o que facilitam as aglomerações.
2. Transmissão indireta: transmitida de objetos
contaminados (fômites) ou outros organismos como
intermediários.
Fômites: em contato com mucosas.
Prevenção: evitar tocar o rosto, lavar as mãos com
água e sabão ou álcool 70%, que dissolvem membranas
celulares e envelopes virais.
Desinfecção: eliminação da maior parte das formas
de vida, não eliminando esporos.
Esterilização: eliminação de todas as formas de vida,
eliminando os esporos, pelo calor intenso, por raios
gama, etc.
3. Transmissão sanguínea: através de objetos
contaminados com sangue ou transfusões.
Prevenção: cuidados em bancos de sangue: testes
para doenças transmissíveis por sangue, não
compartilha agulhas e/ou seringas.
Exemplo: AIDS, hepatite B.
4. Transmissão sexual: por sexo vaginal, oral, anal.
O atrito do ato sexual promove lesões microscópicas
em pele de pênis, mucosa de vagina e/ou mucosa de
ânus, permitindo o contato de sangue e com secreções
como esperma/fluido vaginal
Preservação: preservativos, redução no número de
parceiros
Exemplo: AIDS, hepatite B, gonorreia, ou seja, IST
(infecções sexualmente transmissíveis).
Doenças que passam por sangue, passam por sexo.
5. Transmissão oral-fecal: pela ingestão de água ou
alimentos com fezes de doentes.
Prevenção: saneamento básico, ou seja, rede de
esgoto, tratamento de água, higiene pessoal, lavar frutas
e verduras crus.
Exemplo: hepatite A, disenterias bacterianas.
Tratamento de água: fervura (não elimina esporos de
bactérias), filtração (não elimina vírus), ozonização (O3
oxida micro-organismos), NaClO (água sanitária oxida
micro-organismos).
Moscas e baratas são vetores mecânicos de doenças
de transmissão oral-fecal.
6. Transmissão vetorial: por agentes biológicos.
Vetor etiológico transmite a doença.
Prevenção: controle do vetor.
Exemplo: dengue, malária, chagas.
7. Transmissão congênita: da mão grávida para o feto
via placenta.
Rubéola, zica, sífilis, toxoplasmose promovem má-
formação do Sistema Nervoso Central do feto, com
retardo mental, surdez...
Transmissão horizontal: entre indivíduos não
aparentados.
Transmissão vertical: entre indivíduos aparentados: da
mãe para o filho via placenta/ovos.
Prevenção ou profilaxia: como previne a doença.
Terapêutica ou tratamento: como trata a doença.
Epidemiologia
Estudo do comportamento das doenças das
populações.
Até 1750, pré-revolução industrial, a maior causa de
morte eram as doenças infecciosas, transmitidas por
vetores e/ou água/alimentos contaminados,
ocasionando baixa expectativa de vida.
Mortalidade infantil em países mais pobres: morte
até 1 ano de idade, com a principal causa a diarreia (por
rotavírus e bactérias de transmissão oral/fecal).
A partir de meados do século 18, com o advento da
revolução industrial, diminuiu a quantidade de doenças
infecciosas. Motivos: saneamento básico, aumento da
produção de alimentos e os avanços da medicina (teoria
dos germes: doenças vêm de micro-organismos).
Assim, aumentou a expectativa de vida da
população. Hoje, as maiores causas de morte são as
doenças crônicas, ou seja, doenças cardiovasculares e
câncer.
Biologia
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Revolução verde, após a 2ª Guerra Mundial: aumento
da produção de alimentos por unidade de área plantada
(desenvolvimento de novos tipos de adubos, como
fertilizantes, defensivos agrícolas, ou seja, agrotóxicos,
sementes híbridas (melhoramento genético).
Países em desenvolvimento “pobres”: a primeira causa
de morte ainda é as doenças infecciosas.
Países desenvolvidos “ricos”: a primeira causa de morte
são as doenças crônicas degenerativas “da velhice”.
Classificação epidemiológica das doenças
1. Doenças de casos esporádicos: tétano, tuberculose,
sífilis.
2. Endemias: típicas de uma região, com número de
casos constantes, como a febre amarela e a malária na
Amazônia.
3. Surtos, epidemias: número de casos aumentam
rapidamente, em que os surtos afetam apenas uma
região e as epidemias afetam várias regiões.
4. Pandemias: epidemias globais, em vários
continentes.
Peste negra, século XVI.
Gripe espanhola, 1918.
AIDS, 1980.
Covid-19, 2019.
Doenças emergentes: novas, através de movimentos
migratórios, como a Chikungunha e a Zica no Brasil,
como a ebola, o covid-19, a SARS.
Doenças reemergentes: estavam controladas, mas
voltam a aumentar em número de casos, como a AIDS
e a ebola.
Ingestão de mamíferos silvestres com a doença,
seguida de mutações, causando febre alta, tosse seca,
dificuldades de respirar, alta transmissibilidade e maior
letalidade.
No Brasil, destaca-se a dengue e a febre amarela e,
no mundo, destaca-se o sarampo, a sífilis e a gonorreia.
Diminui-se o medo da população devido ao sucesso
da doença, causando possibilidade de ressurgimento do
vírus.
Doença aguda: com progressão rápida, ou seja, com
rápida manifestação dos sintomas, como a dengue.
Doenças crônicas: com lenta progressão dos
sintomas, ou seja, lenta manifestação dos sintomas,
como a doença de chagas e a esquistossomose.
Vírus
Capsídeo proteico: formado por unidades proteicas
chamadas de capsômeros que delimitam um core –
espaço no capsídeo que abrange o material genético
viral -.
Alguns vírus possuem, externo ao capsídeo proteico,
um envelope viral de bicamada de fosfolipídios com
proteínas em mosaico fluido.
Os vírus oncogênicos são capazes de induzir o
desenvolvimento de cânceres, como ocorre com o HPV
no câncer de colo uterino e no HBV e HBC, no câncer
de fígado.
A enorme população dos vírus, combinada com suas
taxas aceleradas de replicação e mutação, faz deles uma
das maiores fontes de variação genética, o que explica
a dificuldade de se elaborar vacinas para muitas
doenças virais.
Envelopados: com envelope viral.
Não envelopados: sem envelope viral, como os
bacteriófagos.
Citomegalovírus: vírus que possuem DNA e RNA.
Todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios,
mas nem todo PIO é um vírus, podendo ser bactérias.
Especificidade da ação viral
Vírus possui receptores específicos/complementares
a receptores da célula hospedeira (modelo chave-
fechadura).
Fases da infecção viral
1. Absorção: ligação da proteína receptora do vírus
com a proteína receptora da célula hospedeira.
2. Penetração: entrada do vírus na célula hospedeira,
por injeção: capsídeo viral injeta o material genético na
célula hospedeira sem que o capsídeo entra, fusão:
envelope viral fusiona na membrana plasmática da
célula hospedeira, de modo que o capsídeo entra ou
Biologia
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viropexia: vírus induz a própria fagocitose, sendo
englobado pela célula hospedeira, com o capsídeo.
3. Desnudamento: lisossomos da célula hospedeira
digere o capsídeo proteico, liberando o material
genético no citoplasma.
4. Latência: material genético viral fica inativo e a
pessoa assintomática.
5. Síntese dos componentes virais: vírus controla a
célula para que produza para o vírus, deixando de
produzir seus próprios componentes e, assim, a célula
morre e a pessoa passa a apresentar sintomas.
6. Montagem dos componentes virais.
7. Liberação: com a morte da célula, ocorre ruptura da
membrana da mesma, com liberação dos novos vírus.
Vírus bacteriófagos
Cabeça: com capsídeo proteico e DNA viral.
Cauda: com bainha contrátil que injeta o DNA viral e
ganhos proteicos, que fixam o fago na bactéria que será
atacada.
Capsídeo proteico injeta o DNA viral na bactéria, mas
não entra, ou seja, permanece ao lado de fora),
podendo ficar em:
1. Ciclo lisogênico: o vírus fica inativo no citoplasma da
bactéria e, quando ela se reproduz, a bactéria copia o
material genético viral. Assim, quando a bactéria replica
o DNA bacteriano, replica também o DNA viral,
transmitindo para seus descendentes.
2. Ciclo lítico: vírus fica ativo e se reproduz, formando
novas partículas virais com a replicação do DNA viral e
a síntese de proteínas virais, levando à lise da bactéria e
liberando novos vírus no meio.
Alguns vírus podem manter a vida inteira em ciclo
lisogênico, mas, em mudanças ambientais, como
exposição à radiação, o vírus pode passar do ciclo
lisogênico para o lítico.
Tipos de vírus quanto ao material genético
1. Desoxivírus: vírus de DNA, como HPV, varíola,
catapora, herpes simples.
2. Retrovírus: vírus de RNA que formam DNA pela
enzima transcriptase, como HIV/AIDS.
3. Ribovírus: vírus de RNA que não formam DNA, como
a dengue, febre amarela, influenza, raiva.
O material genético viral pode ter DNA e RNA com
fita dupla ou simples.
A = T fita dupla, A # T ou U é fita simples.
Desoxivírus
DNA viral adicionado ao DNA hospedeiro, que fica
inativo até ser ativo, em que é replicado em novo DNA
e transcrito em RNA viral, que é traduzido em proteínas
virais.
DNA + proteínas virais = novo vírus.
Retrovírus
Vírus de RNA que formam DNA no clico de vida
através da enzima transcriptase reversa.
RNA viral produz DNA viral, através da enzima TR.
O DNA viral é adicionado ao DNA hospedeiro,
ficando inativo como provírus, até ficar ativo, onde é
transcrito em RNA viral, que é transformado em novo
RNA viral, e a outra parte é traduzida em proteínas virais.
RNA viral + proteínas virais = novos vírus.
Ribovírus
RNA de fita simples: de cadeia positiva ou negativa.
Positiva: RNA viral já é RNAm, sendo traduzido no
ribossomo em proteínas virais.
Negativa: RNA complementar ao RNA viral é RNAm.
Alto risco de mutações, como a poliomielite e o
influenza.
Provírus
Quando o material genético viral está adicionado ao
material genético da célula hospedeira de forma inativa,
ou seja, em ciclo lisogênico.
Príons
Os normais são proteínas de membrana, de modo
que a interação entre príons alterados (obtidos na dieta
ou surgido por mutações) e príons normais se da pela
interação de proteínas de membrana (príons normais)
com proteínas do meio extracelular (príons alterados).
Proteína infecciosa que causa a doença da “vaca
louca”.
Biologia
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Vírion
Quando o vírus está fora da célula hospedeira.
Doenças causadas por ribovírus
Dengue
Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes
Aegypti.
Mosquito macho é herbívoro, ou seja, fitófago.
Mosquito fêmea é hematófaga, precisando de
Fe/proteína do sangue para gerar ovos.
O mosquito é urbano, diurno, listrado de preto e
branco e holometábolo com larva que de desenvolve
em água doce, parada e limpa.
Água doce, pois se for salgada, desidrata a larva por
osmose.
Parada: se for em movimento, a larva afunda e
asfixia.
Água suja: tem muita bactéria aeróbica que
consomem o oxigênio e a larva pode asfixiar.
Existe 4 sorotipos de dengue e cada um só pode ser
contraído uma única vez.
O primeiro contágio normalmente é a dengue
clássica, e o segundo a dengue hemorrágica.
1. Dengue clássica: febre, cefaleia, mialgia e astralgia
(dor muscular e dor articular), prostração,erupções
(manchas vermelhas na pele), prurido (coceira).
2. Dengue hemorrágica: sintomas da dengue clássica,
hemorragias em gengivas e nariz, hemorragias internas
causando dor abdominais, choque (queda violenta na
pressão arterial e o coração não tem força para
bombear o sangue).
Não se deve usar AAS (Ácido acetil-salicílico), que
inibe a coagulação sanguínea e aumenta os riscos
hemorrágicos.
Prevenção: controle do mosquito, pois ele não é natural
no Brasil e não tem perigo de causar um desequilíbrio
ecológico.
Mecânico: eliminação dos reservatórios de água
doce parada.
Químico: inseticidas, porém afetam outros
artrópodes.
Biológico: uso de peixes larvófagos, que comem a
larva.
Febre amarela
Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos
urbanos Aedes aegypti e dos mosquitos silvestres
Heamagogus sp.
Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, dor retro-
orbital (atrás dos olhos), prostração, lesões hepáticas,
icterícias (febre amarelada devido ao acúmulo de
bilirrubina), hemorragias.
Prevenção: controle dos mosquitos urbanos, porém,
não se deve eliminar mosquitos/reservatórios dos
mosquitos silvestres.
A vacinação é fortemente recomendada em áreas
endêmicas ou próximas.
Reservatórios: macacos.
Chikungunya
Trasmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus.
Sintomas: semelhantes aos da dengue com astralgia
forte e persistente.
Prevenção: controle dos mosquitos, não há vacina.
Pode causar síndrome de guillain-barré autoimune,
onde anticorpos contra o vírus atacam a bainha de
mielina dos neurônios, levando a fraqueza e paralisia
muscular.
Zika
Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictis, ato sexual, congênita.
Sintomas: semelhante aos da dengue, mas mais
leves, com muitos eritemas/erupções, prurido e
conjuntivite.
No caso da congênita, a mãe grávida passa para o
feto, causando má-formação do SNC do feto com
retardo mental, podendo ter microcefalia.
Prevenção: controle do mosquito, não há vacina.
Também pode causar a síndrome de guillain-barré.
Dengue, zika e chikungunya: são mais comuns em
épocas de chuva, pois facilita o acúmulo de água como
reservatório do mosquito.
Biologia
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Gripe
Influenza: com 2 proteínas, a Hemaglutinina, para
infecção viral e a Neuraminidase, para reprodução viral.
H3N2: gripe comum.
H1N1: gripe espanhola (1918), gripe suína (2009).
H5N1, H6N1 e H7N9: gripe aviária.
Transmissão: por aerossóis de saliva e/ou secreções
buco-nasais de modo direto ou indireto, por fômites em
mucosas.
Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, tosse,
coriza, congestão nasal, pneumonia, dificuldades
respiratórias, diarreias.
Prevenção: evitar contato com doentes (quarentena,
isolamento social), uso de máscaras, lavar as mãos com
água e sabão ou álcool em gel 70% (dissolve o envelope
viral), desinfetar objetos, vacinação.
Aviária: transmissão pela inalação de fezes
ressecadas de aves doentes, não pela ingestão de carne
contaminada nem de pessoa para pessoa, porém, é
altamente letal, e devido ao risco de mutações, não se
come aves doentes.
Não há vacina definitiva contra a gripe, porque o vírus
influenza é muito mutagênico, portanto, as vacinas são
feitas a cada ano contra os vírus daquele ano.
A vacina é feita com vírus morto, sem risco de
infecção.
Raiva ou hidrofobia
Transmissão: contato de saliva de mamíferos
infectados em ferimentos (mordeduras, lambeduras,
arranhaduras).
Destaca-se: cães e gatos nos ambientes urbanos,
morcegos em ambientes silvestres.
Sintomas: período de incubação assintomática de 40
dias, no qual o vírus se desloca pelos nervos até o SNC,
causando hipersensibilidade dolorosa a som, luz, toque
e deglutição (com boca espumando pois não consegue
deglutir saliva).
Hidrofobia: medo de água.
Evoluindo para depressão do SNC, coma, parada
respiratória e morte, sendo 100% letal.
Prevenção: vacina anti-rábica de cães e gatos.
Caso atacado: deve-se eliminar o vírus durante o
período de incubação, antes que atinja o SNC. Lava-se
a ferida com água e sabão, manter o animal que te
mordeu em observação para ver se ele tem raiva, caso
tiver, a pessoa mordida deve receber soros e vacinas.
Ebola
Por enquanto só teve ne África, é muito violenta.
Transmissão: contato de mucosas ou ferimentos com
secreções contaminadas (sangue, sêmen, fluido vaginal,
saliva, muco, urina, fezes), não havendo transmissão
pelo ar.
Reservatório: morcego, pela ingestão de carnes de
morcego ou ingestão de frutas mordidas por morcegos
(com saliva).
Sintomas: febre, diarreias, vômitos, hemorragias
espontâneas.
Prevenção: evitar contato com doentes, usar
equipamentos de proteção individual, não há vacina.
Caxumba ou parotidite
Transmissão: por aerossóis de saliva.
Sintoma: febre, edema e dor nas glândulas parótidas
e infecção secundária em testículos/ovários (podendo
causar esterilidade).
Prevenção: evitar contato com doentes, vacina MMR
ou tríplice viral (caxumba, sarampo, rubéola).
Sarampo
Transmissão: por aerossóis de saliva.
Sintomas: febre, erupções (manchas vermelhas na
pele), manchas brancas por dentro da boca, conjuntivite
e encefalite.
Prevenção: evitar contato com doentes e vacinação.
Rubéola
Transmissão: por aerossóis de saliva, congênita.
Sintomas: febre, erupções, na congênita causa má
formação no SNC do feto, como surdez e retardo
mental.
Prevenção: evitar contato com doentes, vacinação.
Mulheres grávidas não podem se vacinar para
rubéola, pois a vacina é feita com vírus vivo atenuado,
havendo o risco de infecção.
Poliomielite ou paralisia infantil
Transmissão: via oral-fecal.
Biologia
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Sintomas: normalmente, assintomática. Em alguns
indivíduos, promove destruição dos gânglios motores
na medula espinhal, levando à paralisia muscular. Caso
chegue no diafragma, ocorre parada respiratória e
morte por asfixia.
Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal,
lavar frutas e verduras, vacinação.
Rotavirose
Transmissão: via oral-fecal.
Sintomas: disenteria com cólica e diarreias, que
causam desidratação.
Dente as principais causas de mortalidade infantil.
Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal,
lavar frutas e verduras, vacinação.
Hepatites A – B – C – D – E
A B C D E
Vírus RNA DNA RNA RNA RNA
Transm. Oral
Fecal
Sexual
Sangue
Sexual
Sangue
Junto
c/ B
Oral-
fecal
Preven. Higiene Preserv. Preserv
.
B Higien
e
Vacinas S S N N N
Câncer fí. N S S N N
Sintomas: febre, indisposição, icterícia (pele
amarelada pelo acúmulo de bilirrubina), lesões
hepáticas, urina escura (pelo excesso de bilirrubina),
fezes brancas (pela falta de bilirrubina).
Pode evoluir para cirrose hepática e/ou câncer de
fígado.
Doenças causadas por desovivírus
Hepatite B.
Varíola
Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto
ou indireto por fômites em mucosas ou ferimentos.
Sintomas: vesículas (lesões bolhosas), evoluindo para
pústulas (lesões com pus – devido a ação bacteriana na
área devido a diminuição da imunidade) e deixando
cicatrizes.
Prevenção: evitar contato com doentes e objetos
contaminados.
É a primeira e a única doença eliminada pela
vacinação.
Foi a primeira vacina desenvolvida (varíola bovina
não matava e te tornava imune a varíola humana).
Herpes simples (SHV)
HSV –1: labial, com transmissão por contato direto ou
indireto com o líquido das lesões.
HSV– 2: genital, com transmissão sexual.
99% dos humanos são portadores assintomáticos do
HSV-1, em queda de imunidade (estresse, com
produção de cortisol) e/ou exposição à radiação (raios
U.V). Pode causar vesículas (lesões bolhosas) com
dor/ardência/purido/dormência, autolimitadas
(desaparecem sozinha).
Não há resolução definida porque o vírus permanece
alojado no nervo trigêmeo da fase por toda vida,
podendo voltar a se manifestar.
Prevenção: labial: evitar contato direto ou indireto
com lesões (só há a transmissão com a lesão ativa).
Genital: preservativo, redução do número de parceiros.
Catapora ou varicela
Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto
ou indireto por fômites.
1º manifestação: catapora, causando vesículas
(lesões bolhosas) difusas, com purito e autolimitadas.
Não há resolução definida porque o vírus permanece
alojado nos nervos por toda a vida.
Em queda de imunidade (estresse, AIDS), o vírus
volta a se manifestar.
2º manifestação: Herpes zoster, com vesículas, em
rastros que acompanham os nervos, com dor.
Prevenção: evitar contato com doentes, objetos e
vacina (quadruplíce viral = caxumba, sarapó, rubéola e
catapora).
Papilomatose (HPV)
Verrugas: existem vários tipos de HPV, sendo que
alguns causam verrugas genitais (condiloma
aculminado ou “crista de galo”), podendo evoluir para
glande peniana.
Biologia
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Transmissão: sexual, contato da região genital com
objetos contaminados.
Sintomas: normalmente, assintomático, em algumas
pessoas ocorrem condiloma acuminado, podendo
evoluir para câncer.
Prevenção: preservativo, número restrito de
parceiros, higienização da região genital e vacinação.
Doenças causadas por retrovírus
AIDS
Síndrome da imunodeficiência adquirida.
Agente causador: HIV.
Transmissão: sexual, sanguínea, amamentação,
perinatal (HIV não atravessa a placenta intacta,
passando por rupturas de placenta no parto, sendo
viável o parto cesariano e o uso de coquetel durante a
gravidez – que não implica na formação do feto).
Sintomas: deficiência na defesa imune.
Prevenção: utilização de camisinha.
Tratamento: terapia antirretroviral ou “coquetel anti-
HIV”, com o objeto de diminuir a seleção de vírus
resistentes: com inibidores de transciptase reversa,
porém, não cura porque não elimina o RNA viral, apenas
bloqueia a reprodução viral, diminuindo a carga viral,
diminuindo os sintomas e diminuindo o risco de
transmissão.
Há também inibidores de proteases e de integrases.
Profilaxia pós-exposição: uso de coquetel após a
contaminação imediatamente, evitando a infecção.
Não há grupos de risco, apenas comportamento de
risco.
1. Fase aguda: reação do sistema imune eliminando a
maioria dos HIV, com algumas semanas/meses.
2. Crônica: HIV inativo nas células alvo (principal: linf.
T4, alguns monócitos, neurônios). Sendo assintomático,
o indivíduo não tem AIDS, mas é portador do HIV
(soropositivo) podendo transmitir o HIV, com duração
de alguns anos.
3. AIDS: HIV começa a matar as células alvo (linf. T4),
causando uma imunodeficiência e infecções
oportunistas devido à queda da imunidade,
destacando-se a tuberculose, pneumonia, herpes
simples, candidíase ou sapinho, toxoplasmose.
Bactérias
Procariontes unicelulares.
Com parede celular de peptideoglicano.
Sem sistema de endomembranas, sem reticúlo
endoplasmático, golgi, liso, mitocôndria.
Algumas apresentam cápsula gelatinosa, são as
chamadas capsuladas, em que a cápsula é externa à
parede celular, feita de glicoproteínas. Elas impedem a
fixação dos anticorpos do hospedeiro na bactéria,
portanto, impedem a ação do sistema imune do
hospedeiro, aumentando a virulência da bactéria.
Eubactérias: hetero ou auto foto ou auto químio.
Bactérias parasitas, decompositoras, cianobactérias,
bactérias do ciclo do nitrogênio.
Arqueobactérias: todas auto foto ou auto químio.
São extremórfilas, ou seja, adaptadas a meios
extremos.
Termoacidófilas: vivem em vulcões submarinos,
sendo auto quimio.
Halófilas extremas: vivem em meios de alta
salinidade.
Metanogênicas: vivem em meios com muito H2 e
pouco O2, como pântanos, mangues, lixões e intestino
de vertebrados.
Reprodução assexuada
Sem variabilidade genética.
Bipartição ou cissiparidade: divisão por amitose.
Esporulação: formação de endósporos (bactéria cria
várias camadas extras de parede celular, de modo que
reforça a parede celular e reduz o metabolismo,
assumindo forma latente). É feito quando enfrenta
condições de frio, calor, seca, ácidos, radiação, para
sobreviver.
Reprodução sexuada
Recombinação genética que promovem
variabilidade genética.
Plasmídeos: fragmentos de DNA circular e desnudo
extracromossomiais em bactérias, com genes úteis, mas
não essenciais à vida.
Plasmídeo R: com gene para resistência a
antibióticos.
Biologia
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Conjugação: troca de genes entre bactérias através de
pontos de citoplasma de natureza proteica chamadas
de pelo sexual.
A bactéria F+ emite o pilo, a bactéria F- recebe o pilo.
Tansdução: transferência de genes por vírus
bacteriófagos.
Vírus ataca bactéria com gene de resistência.
O vírus se reproduz em ciclo lítico, copiando seu
DNA viral e pode copiar o DNA bacteriano com o gene
de resistência.
Quando for atacar outra bactéria, coloca seu DNA
viral e o gene de resistência, fornecendo resistência para
a bactéria que não era resistente.
Transformação: incorporação do DNA de bactérias
mortas no meio.
Se uma bactéria resistente morre, outra absorve o
plasmídeo resistente do meio, se transformando em
uma bactéria resistente.
Superbactéria
Multirresistentes a antibióticos.
Surgem por mutações, recombinações gênicas e
seleção natural.
Exemplo: KPC, que causa infecção hospitalar.
Morfologia das bactérias
A forma da bactéria é determinada pela parede
celular.
1. Cocos.
2. Bacilos ou bastonetes.
3. Vibriões.
4. Espirilos ou espiroquetas.
5. Diplococos.
6. Tétrades – 4 cocos.
7. Sarcinas – 8 cocos em cubo.
8. Estafilococos – cocos em cachos.
9. Estreptococos: cocos em fila.
Doenças bacterianas
Vibrio cholerae: cólera
Transmissão: oral-fecal, ingestão de mariscos, como
as ostras.
Sintomas: toxina que irrita o estômago e o intestino,
levando a vômitos e diarreias.
Causa uma desidratação grave, causando a perda de
eletrólitos (Na+, K+), causando câibras.
Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, não ingerir
frutos de mar durante epidemias.
Não há vacina.
Leptospira interrogans: leptospirose
Transmissão: contato de pele ou mucosas com água
contaminada com a urina de rato.
Sintomas: febre, calafrios, mialgia principalmente na
panturrilha, lesões renais.
O acúmulo de lixo causa o entupimento de bueiros
que facilita a proliferação de ratos e o acúmulo de água
em enchentes.
Prevenção: desratização, não acumular lixo.
Não há vacina.
Treponema pallidum: sífilis
Transmissão: via sexual, sanguínea ou congênita.
Sintomas: 1º cancro duro: úlcera duras, indolores e
autolimitadas na região genital. 2º cutânea: úlceras
duras, indolores, autolimitadas na pele e no corpo todo.
3º neurológica: lesões que causam demência.
Na congênita causa má-formação do SNC do feto
com retardo mental e alteração morfológicas na face.
Prevenção: diminuição do número de parceiros,
preservativos, cuidado com bancos de sangue.
Não há vacina.
Neisseria gonorrhoeae: gonorreia
Transmissão: via sexual, no parto, pela passagem no
canal vaginal.
Sintomas: úlceras com pus e dor em homens,
normalmente assintomática nas mulheres.
No parto pode causar cegueira gonocócica.
Prevenção: preservativo.
Não há vacinas.
Biologia
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Neisseria meningitidis: meningite meningocócica
Transmissão: aerossóis de saliva de modo direto e
indireto.
Sintomas:febre, cefaleia, indisposição, vômitos em
jato, rigidez na nuca.
Prevenção: vacinação, evitar contato com doentes,
não compartilhar copos, pratos, bebedouros.
Diplococcus pneumoniae: pneumonia pneumocócica
Transmissão: aerossóis de saliva de modo direta ou
indireta, só afetando indivíduos imunodeprimidos
(crianças, idosos, desnutridos, soropositivos com HIV).
Sintomas: tosse, muco, febre, indisposição,
dificuldade respiratória.
Prevenção: vacinação, boa alimentação, prática de
exercícios físicos.
Streptococcus sp
Cárie
O consumo de açúcar causa fermentação láctica.
O ácido láctico causa descalcificação dos dentes,
com surgimento de cavidades.
Prevenção: escovação dos dentes, para remoção da
placa bacteriana.
Bacilos
Mycobacterium tuberculosis: tuberculose
Transmissão: aerossóis de saliva, secreções buco-
nasais, ingestão de leite de gado contaminado.
Só afeta imunodeprimidos, como soropositivos para
HIV, alcóolicos crônico, sendo mais comuns em pessoas
mais pobres.
Sintomas: lesões pulmonares com tosse, hemoptise,
indisposição, magreza, pode afetar pele, intestinos,
fígado, ossos, sistema nervoso.
Prevenção: manter boas condições de saúde,
ambientes arejados, pasteurização do leite, vacinação
BCG.
Mycobacterium leprae: lepra ou hanseníase
Transmissão: aerossóis de saliva em micro lesões em
mucosas e pele.
Há baixa transmissibilidade, sem necessidade de
isolar doentes.
Sintomas: destruição de terminações nervosas
sensitivas na pele, levando a manchas anestésicas,
evoluindo para necrose e amputação natural das
extremidades corporais.
Prevenção: vacina BCG.
Clostridium botulinum: botulismo
Bactéria anaeróbica restrita, vivendo somente em
meios sem O2, sendo a mais grave das intoxicações
alimentares.
Se instala em alimentos industrializados,
principalmente em conservas.
Transmissão: ingestão de alimentos com toxinas da
bactéria.
Sintomas: a toxina inibe a contração muscular,
causando paralisia muscular flácida. No diafragma, pode
causar parada respiratória e morte por asfixia.
Prevenção: cuidados com alimentos em conserva e
não consumo de latas estufadas.
Clostridium tetani: tétano
Bactérias anaeróbicas restritas, se instalando em
objetos enferrujados, terra, estercos...
Transmissão: corte com objetos contaminados com
esporos.
Sintomas: toxina inibe o relaxamento muscular,
promovendo paralisia muscular rígida. O músculo não
consegue relaxar.
Causa espasmos musculares: contração forte,
involuntária e dolorosas, podendo levar a fraturas
ósseas.
Paralisia muscular na face: sorriso sardônico.
Paralisia muscular do diagrama: paralisia respiratória
e morte por asfixia.
Prevenção: vacina tríplice bacteriana ou vacina
antitetânica.
O tétano neonatal ou mal dos 7 dias: causa morte
por asfixia em recém-nascidos, com instrumentos
contaminados utilizados no parto.
Corynebacterium diphteriae: difteria ou crupe
Transmissão: aerossóis de saliva.
Sintomas: febre, tosse com expectoração, formação
de pseudomembranas de muco na faringe, podendo
Biologia
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causar obstrução das vias aéreas pelo muco, causando
dificuldade de respirar.
Prevenção: vacinação.
Salmonella typhy: salmonelose ou febre tifoide
Transmissão: oral-fecal, ingestão de ovos crus.
Sintomas: febre, disenterias com cólicas e diarreias.
Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, combater
moscas e baratas.
Não há vacina.
Yersinia pertis: peste bubônica ou negra
Transmissão: picada de pulga do rato.
Causou uma grande pandemia em 1347 até 1349,
facilitada pela falta de saneamento básico, grande
quantidade de lixo e falta de gatos (mortos pela igreja),
matando cerca de 1/3 dos europeus.
Sintoma: febre, bubões (gânglios linfáticos inchados,
doloridos e com pus, que necrosam e ficam pretos).
Há lesões pulmonares, necrose e cianose das
extremidades.
Prevenção: não acumular lixo, desratização. Não há
vacina.
Protozoários
Reino protista, unicelulares e heterótrofos, sem
parede celular.
Não existe vacina para nenhuma das doenças
causadas por protozoários (exceto para leishmaniose
em cão).
1. Mastigophora ou flagellata: com flagelos, como o
trypanosoma cruzi e o leishmania sp.
2. Cilliophora ou cilliata: com cílios, como os
paramercium.
3. Sarcodinea ou rizopoda: com pseudópodes, como a
ameba: estamoeba hystolytica.
4. Sporozoa ou apicomplexa: sem estruturas
especializadas para locomoção, se deslocando por
deslizamento – flexões corporais, como o toxoplasma.
Flagelados
Trypanosoma cruzi: Doença de chagas
Transmissão: fezes do inseto hemípero, o barbeiro,
que é hematófago e noturno (normalmente pica a face).
Ele pica, suga o sangue e defeca ao lado da picada.
Ao coçar, puxa-se as fezes com tryp. para a picada,
acontecendo o contágio.
O tryp. cai no sangue na forma de mastigota (com
flagelo), nadando até os órgãos-alvo (principalmente o
coração), passando a assumir a forma amastigota (sem
flagelo, para se reproduzir, originando ninhos de tryp).
Alguns voltam para a forma mastigota e passa para
o sangue para serem levados pelo barbeiro quando
picar um doente ou um reservatório (gambá, morcego,
tatu).
Outras formas de transmissão: sanguínea, sexual,
amamentação, congênita, digestiva.
Sintomas: sinal de romaña (endema palpebral),
cardiomegalia ou miocardiopatia dilatada (o músculo do
coração dilata), levando a insuficiência cardíaca. Pode
dilatar também o fígado, o baço, o esôfago.
Prevenção: combate ao barbeiro com telas,
mosquiteiros, inseticidas, evitar desmatamento e
melhorar as condições de moradia (evitar casas de pau-
a-pique, com parede de barro).
Leishmania sp: leishmaniose
Transmissão: picada da fêmea do mosquito palha.
Reservatórios: cães.
Sintomas: apatia, anorexia, magreza, queda de pelos,
úlceras ao redor dos olhos e nas patas, unhas grandes.
Prevenção: coleiras repelentes, vacina para cães.
Trichomonas vaginais: tricomoníase
Transmissão: sexual, contato da região genital com
objetos contaminados.
Sintomas: em homens, normalmente assintomáticos,
podendo haver uretrite com dor e ardência. Em
mulheres, causa vaginite com dor e leucorréia
(corrimento vaginal esbranquiçada e fétida).
Prevenção: não compartilhar roupas íntimas, toalhas,
lençóis, preservativos.
Biologia
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Giardia lamblia: Giardíase
Transmissão: oral-fecal, água ou alimento
contaminado por fezes.
Sintomas: disenteria com cólica e diarreias muco-
sanguinolentas.
Transmissão: saneamento básico, tratamento de
água, higiene pessoal, lavar frutas e verduras.
Ciliados
Paramecium sp: de vida libre, com vacúolo pulsátil ou
contrátil: elimina excessos de água que entram por
osmose para evitar plasmólise.
Rizópodes ou sarcodíneos
Com pseudópodes = amebas.
Entamoeba hystolytica: amebíase
Tratamento: oral-fecal.
Sintomas: disenterias com cólicas e diarreias.
Em caso de super-infestações, podem causar lesões
hepáticas e neurológicas.
Esporozoários ou apicomplexos
Sem estruturas especializadas de locomoção, se
deslizando para locomover.
Plasmodium sp: malária
Transmissão: picada da fêmea do mosquito prego
anopheles sp.
É endêmico em florestas tropicais – região
Amazônica.
Hospedeiro intermediário: homem, em que o
parasita faz reprodução sexuada.
Hospedeiro definitivo: mosquito, em que o
plasmodium faz reprodução sexual.
Local de ação: hemácias e fígado.
Sintomas: febres intermitentes, anemia e
complicações hepáticas.
Profilaxia: controle do vetor.
Pessoas com anemia falciforme apresentam
resistência.
Toxoplasma gongii: toxoplasmose
Hospedeiro intermediário: homem ou qualquer
mamífero.
Hospedeiro definitivo: gato ou outro felino.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos
contaminados com fezes de gatos, ingestão de
leite/carne de gado doente, podendo passar por
sangue, por forma sexual, pela amamentação e pela
forma congênita.
Só afeta imunodeprimidos.
Sintomas: lesões neurológicas, lesões do nervo
óptico com cegueira.
Prevenção: cuidado com as fezes de gatos.
Algas
Autótrofas fotossintetizantes, uni ou pluricelular, sem
tecidos, vivem em meio aquático ou úmido.
Classificação
Clorofíceas: algas verdes, possíveis ancestrais das
plantas terrestres.
Feofíceas: algas pardas, com maior complexidade
estrutural.
Rodofíceas: algas vermelhas, produzem o ágar-ágar.
Crisofíceas: algas douradas, importantes quanto a
capacidade fotossintética. São as mais próximas das
plantas evolutivamente, pois compartilha as mesmas
clorofilas A/B, também tendo como reserva nutritiva o
amido, além da formação da parede celular derivada da
lamela média.
Pirrofíceas: algas cor de fogo, responsáveis pela maré
vermelha.
Biologia
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Importância das algas
Ecológica
Constituintes do fitoplâncton: plâncton =
comunidade de seres microscópicos que vivem
flutuando na superfície de mares, rios e lagos. São
produtores em ecossistemas aquáticos e os principais
produtores de oxigênio da atmosfera.
Produtoras de DMS que reage com a água da
atmosfera, formando o H2SO4, que atrai umidade do ar
formando gotas de chuvas: núcleo de condensação de
nuvens, sendo fundamentais na regulação térmica do
planeta.
Fitoplâncton: constituído de organismos autotróficos
fotossintetizantes (algas unicelulares).
Zooplâncton: com organismos heterotróficos (larvas
marinhas, protozoários, microcrustáveos).
Maré vermelha: pirrófitas ou dinoflageladas: deixam
a água vermelha em casos de eutrofização, liberam
neurotoxinas que atavam vertebrados, causando a
morte de peixes, mamíferos, aves.
Eutrofização: acúmulo de nutrientes em
ecossistemas aquáticos: NPK – é causado pelo excesso
de adubo, derramamento de esgotos domésticos,
petróleo: aumenta a quantidade de algas.
Econômica
Produtores de polissacarídeos gelatinosos como
ágar, carragena e alginina, que são utilizados como
meios de cultura para microorganismos, gel de
eletroforese, materiais de moldagem em odontologia,
maquiagens, espessantes em alimentos (geleias,
iogurtes, sorvetes) e produtos de higiene pessoal
(shampoo, pasta de dente).
Comestíveis: alga do sushi (ricas em vitaminas).
Fonte de sílica: terra de diatomáceas: aglomerações
de carapaças de diatomáceas mortas. Utilizado nos
michochips de computador, vela de filtro, tijolos
brancos.
Ciclos de vida
Haplobionte: só um tipo de adulto.
Diplobionte: com dois adultos.
Haplonte: com adulto n.
Diplonte: com adulto 2n.
Adulto: sexualmente maduro.
Haplobionte-haplonte
Só tem um adulto que é aploide.
Com alternância de gerações.
Algas, protozoários, fungos.
Haplobionte-diplonte
Só tem um adulto que é diploide.
Não tem esporos e a meiose fabrica gametas.
Algas, animais.
Diplobionte ou haplonte-diplonte ou metagênese
Com alternância de gerações.
Algas e plantas.
Adulto n: gametófito.
Esporófito: 2n.
Fungos
Eucariontes, unicelulares (leveduras) ou pluricelulares
(cogumelões, orelhas-de-pau, mofos), sem tecidos.
Micélio: conjunto de hifas, podendo ser vegetativo,
sem função reprodutiva, ou reprodutivo.
Corpos de frutificação: estruturas bastante evidentes,
especializadas em reprodução, com forma de chapéu
nos cogumelos (basidiomicetos) ou com forma de taça
(ascomicetos).
Digestão: heterótrofos por absorção, com digestão
extracorpórea.
Reserva: glicogênio.
Com parede celular de quitina.
Reprodução: por esporos, sem gametas.
Assexuada: cissiparidade, fragmentação,
brotamento, esporulação.
Sexuada: com alternância de gerações.
Biologia
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Ciclo haplobionte-haplonte: com um adulto
haploide.
Estrutura
Importância dos fungos
Ecológica
Principais decompositores: saprófagos, detritívoros:
consomem matéria orgânica do meio e liberam
produtos inorgânicos, promovendo a reciclagem de
nutrientes.
Líquens: algas (cianobactérias ou clorofíceas) +
fungos (ascomicetos ou basidiomicetos): associação
mutualística = alga produz alimento e os fungos
fornecem água a partir da umidade do ar.
Líquens são indicadores de poluição, pois morrem
com poucos poluentes e são organismos pioneiros em
sucessões ecológicas. Promovem facilitação: facilitam a
instalação de outros seres vivos.
Micorrizas: raízes + fungos.
Econômica
Comestíveis: champignon, shitake.
Produção de alimentos: queijos curados.
Produção de pães, bolo, álcool: leveduras (fungos
unicelulares – fermento biológico ou levedo de cerveja,
fermentação alcoólica, que produz CO2 e álcool.
Doença em plantas: pragas agrícolas como a
ferrugem do cafeeiro, podridão parda da batata.
Médica
Produção de medicamentos, como antibióticos
(penicilina).
Imunossupressores: abaixa a imunidade para não
rejeitar transplantes, mas não tanto para não ser
infectado com doenças oportunistas.
Alguns são venenosos, alguns com caráter
alucinógeno.
Micoses
Superficiais: só atingem a camada córnea da
epiderme, sem dor e sem desconforto: causam manchas
claras ou escuras propensas à descamação, que podem
causar descamação do couro cabeludo (caspa).
Cutâneas: atingem camadas profundas da epiderme,
causando dor, purido, rachaduras, descamação, coceira
e ferimentos em pele e unha, como o pé-de-atleta ou
frieira.
Subcutâneas: afetam camadas abaixo da derme,
como o músculo, ossos, como a esporotricose.
Sistêmicas: afetam órgãos internos.
Oportunistas: só atingem imunodeprimidos
(crianças, idosos, grávidas, desnutridos, estressados,
soropositivos para HIV, transplantados). Como a
candidíase ou sapinho, que são manchas brancas
doloridas na boca e/ou outras mucosas, podendo
causar meningite.
Classificação
1. Cythridiomycota ou Mastigomycota: organismos
aquáticos com celulose ao invés de quitina em sua
parede celular.
2. Zigomycota ou Ficomycota: filo que engloba a
maioria de bolores de frutos.
3. Ascomycota: produzem ascósporo, esporo
específico durante a reprodução, e é o filo que se
inserem a levedura e alguns fungos alucinógenos.
4. Basidiomycota: apresentam organização de
“chapéu” ou basídio do corpo de frutificação. Estão
neste filo os cogumelos e orelhas-de-pau.
5. Deuteromycota: não possuiem reprodução sexuada,
e onde se inseriam os fungos do gênero Penicillium. No
entanto, últimas classificações taxonômicas sugerem a
adequação deste gênero em Ascomycota.
Botânica
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta.
Eucariontes, pluricelulares com tecidos.
Auto foto com clorofilas a e b.
Reserva: amida.
Biologia
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Com parede celular de celulose: derivada de
fragmoplastos/lamela média do golgi.
Sem locomoção, sem sensibilidade (pro mesmo
estímulo, sempre a mesma resposta.
Com crescimento indefinido: por toda a vida.
Apomorfia (característica exclusiva e comum a todos
do grupo): embrião maciço de nutrição matrotrófica:
dependente da mãe.
Algas não são plantas, mas protistas: uni ou
pluricelulares sem tecidos e sem embrião.
Termos usados
Avascular ou atraqueófitas: sem vasos condutores de
seiva, com distribuição por difusão célula a célula, o que
é ineficaz a longas distâncias, portanto, devem ser
pequenas quando são terrestres.
Vasculares ou traqueófitas: com vasos condutores de
seiva. O xilema ou lenho: com seiva bruta inorgânica,
com água e sais minerais. O floema ou líber:com seiva
elaborada orgânica, com material orgânico.
Talófitas: corpo é um talo, não diferenciado em raiz,
caule e folha, com rizoide, caule e filoide (sem vasos).
Cormófitas: corpo é um cormo, diferenciado em raiz,
caule e folha (com vasos).
Criptógamas: estruturas reprodutivas não evidentes,
com gameta masculino flagelado, dependendo da água
para reprodução, sobrevivendo apenas em meios
úmidos.
Fanerógamas: estruturas reprodutoras bem
evidentes, com estróbilos em gimnospermas e com
flores em angiospermas. Apresentam gameta masculino
não flagelado, transportado pelo pólen.
Sifonógamas: com tubo polínico.
Espermatófitas: com semente.
Gimnosperma: com semente nuca, sem fruto.
Angiosperma ou antófitas: com semente protegida,
com fruto.
Embriófitas: com embrião maciço de nutrição
matrotrófica.
Algas
Avasculares, talófitas, criptógamas, não embriófitas.
Briófitas
Avasculares, talófitas, criptógamas, embriófitas.
Pteridófitas
Vasculares, cormófitas, criptógamas, embriófitas.
Gimnosperma
Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas.
Espermatófitas, embriófitas.
Angiosperma
Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas.
Espermatófitas, embriófitas, com flores e frutos.
Evolução das plantas
Meio aquático
Vantagem: abundância de água, estabilidade
térmica, sustentação.
Desvantagem: poucos gases dissolvidos, poucos sais
(N, K, P), pouca luz.
Meio terrestre
Vantagem: muitos gases na atmosfera, muitos sais,
muita luz.
Desvantagem: escassez de água, risco de
desidratação, variação térmica, sem sustentação.
Adaptações para o meio terrestre
Raízes/rizoides: para absorver água e fixar.
Vasos: para transportar rapidamente a água para
compensar as perdas de evaporação.
Estruturas impermeabilizantes: cutículas e súber, que
evitam perdas na evaporação.
Estômatos: transpiração (perda de água na forma de
vapor), para eliminar calor: regulamentação térmica.
Estruturas de sustentação: colênquima, xilema,
esclerênquima.
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Estruturas reprodutoras independentes da água:
pólen, com gametas masculinos não flagelados
(transportado por vento, insetos, aves...).
Briófitas
Primeiras plantas terrestres.
Avasculares: de pequeno porte.
Com rizoide, cauloide e filoide.
Sem estruturas impermeabilizantes desenvolvidas:
com alto risco de ressecação: só conseguem viver em
meios sombreados.
Dependem da água para reprodução: só conseguem
viver em ambientes úmidos.
Primeiras embriófitas: “anfíbios” do reino vegetal.
Pteridófitas
Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados.
Primeiras vasculares: de maior porte.
Com raiz, caule folha.
Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas:
com baixo risco de ressecação: podem viver em meios
com sol.
Dependem de água para reprodução: só vivem em
meios úmidos.
Gimnospermas
Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados
e secos.
Vasculares, com raiz, caule e folha.
Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas.
Primeiras fanerógamas, com estróbilos (pinha), com
grão de polén para transportar gametas masculinos não
flagelados. Não dependem de água para reprodução.
Com tubo polínico e com semente (nua).
Angiosperma
As mesmas características das gimnospermas, com
duas novidades evolutivas.
Apresentam flores e frutos.
São 90% das plantas atuais.
Estróbilo: sem atrativos, com polinização anemófila,
pelo vento.
O vento é aleatório, não garantindo que o pólen vá
para outra planta.
O pinheiro tem que produzir muito polén para
aumentar as chances de polinização.
Flores: com atrativos, pétalas coloridas, perfumadas e
com nectários: com néctar açucarado.
Com polinização zoófila: por animais, o que garante
que o pólen vá para outra planta.
Polinização entomófila: insetos.
Ornitófila: aves.
Quiropterófila: morcegos.
Em meios frios, há poucos animais, de modo que só há
vento como polinizante.
Gimnosperma se adaptam bem a meios frios.
Em meios quentes, há muitos animais como
polinizantes, prevalecendo mais angiospermas.
Fruto
Proteção da semente.
Atrai animais que comem os frutos e descartam a
semente, promovendo a dispersão da semente.
Anemocoria: vento.
Introdução à reprodução vegetal
Ciclo diplobioute ou haplonte-diplonte
Com dois adultos, n e 2n.
Alternância de geração ou metagênese.
Esporófito: 2n, produzindo esporos.
Gametófitos: n, produzindo gametas.
Gametângios
Anterídios: órgão que fabrica gametas masculinos.
Arquegônios: órgão que fabrica gametas femininos.
Anterozoides: gametas masculinos.
Oosfera: gametas femininos.
Esporófito
Plantas heterosporadas, os gametas femininos são
maiores que os masculinos: algumas pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas.
Plantas isosporadas apresentam esporos unissex:
briófitas e maioria das pteridófitas.
Micro ou andros: esporângios masculinos.
Megas ou ginos: esporângios femininos.
Micros ou andros: esporos masculinos.
Biologia
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Megas ou ginos: esporos femininos.
Gametófito sofre meiose, origina gametas n.
Ocorre a fecundação e a formação do zigoto 2n, que
cresce e se transforma no esporófito.
O esporófito produz esporos n através da meiose,
que germinam e formam o gametófito.
Fase duradoura: esporófito em todas as plantas, de
menos nas briófitas.
Fase passageira ou efêmera: gametófito em todas as
plantas, de menos nas briófitas. Ele nunca tem estruturas
impermeabilizantes desenvolvidas, sempre com risco de
ressecação e sempre em meio úmido.
A redução do gametófito reduz a dependência de
meios úmidos, aumentando a possibilidade de viver em
meios mais secos.
Em gimnospermas ou angiospermas, o gametófito é
tão reduzido que se forma dentro do esporo:
desenvolvimento endospórico do gametófito.
Briófitas
Musgos, hepáticas, antóceros.
Importância: principais componentes (junto com
líquens) da vegetação tundra, em regiões polares.
Estrutura
Ciclo reprodutor
Pteridófitas
Samambais e avencas.
Ciclo reprodutor
Gimnosperma
Pinheiros, araucárias, ciprestes, sequoias.
Formam florestas densas.
Importância: principal componente da vegetação
taiga ou floresta de coníferas, em regiões subpolares.
Ciclo reprodutor
Biologia
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Angiosperma
Com frutos, que promovem a dispersão da semente.
Com flores, que promovem a polinização que é
zoófila, feita por animais.
As flores das gramíneas são discretas pois não
precisam de atrativos para polinização, já que são
polinizadas pelo vento.
Feijões são sementes, não grão.
Cotilédone: folha modificada no embrião com reservas
nutritivas.
Hermafrodita: com flor monóica.
Monoica: com flor feminina e masculina no mesmo pé.
Dioica: com flor masculina e feminina em pés diferentes.
A autofecundação é reprodução sexuada porque
tem variabilidade genética, porém essa é baixa.
Eevitar a autofecundação e aumentar a variabilidade
genética
Amadurecimento das partes sexuais em épocas
distintas.
Hercogamia: barreira física impedindo.
Autoesterilidade: quando há autofecundação forma
embriões inviáveis.
Monocotiledôneas
1 cotilédones.
Raiz fasciculada ou “em cabeleira”, melhor para solos
superficiais.
Com nós evidente, como nas palmeiras. (Nó = local
do caule para produção de ramos).
Xilema e floemas difusos.
Flores trímeras, com estruturas múltiplas de 3.
Gramíneas, palmáceas, orquídeas.
Dicotiledônias
2 cotilédones.
Raiz axial ou pivotante, melhor para solos profundos.
Sem nós evidentes.
Xilema por dentro e floema por fora em anéis.
Com flores tetrâmeras ou pentâmeras, com
estruturasem múltiplos de 4 ou 5.
Leguminosas.
Sementes
São formadas a partir do desenvolvimento do óvulo
fecundado, sendo que, em angiospermas, a semente é
formada por tegumento e amêndoa.
Fruto
Origem do fruto: a partir do ovário após a
fecundação.
São estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das
angiospermas: protegem as sementes e auxiliam em sua
disseminação.
Correspondem ao ovário desenvolvido, o que
geralmente ocorre após a fecundação.
No fruto, a parede desenvolvida do ovário passa a
ser denominada pericarpo, enquanto que o óvulo passa
a ser a semente, de modo que o fruto é formado por
pericarpo e semente.
Pseudofruto simples: proveniente do
desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de
uma só flor com um só ovário. Exemplos: caju (o caju
vem do pedúnculo; a castanha é o verdadeiro fruto).
Pseudofruto composto: proveniente do
desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, com
muitos ovários. Exemplo: morango (proveniente do
receptáculo; os pontinhos marrons na superfície do
morango são os verdadeiros frutos).
Pseudofruto Múltiplo ou Infrutescência: proveniente
do pedúnculo ou do receptáculo deflores agrupadas em
uma inflorescência. Exemplos: amora, abacaxi, figo.
Pericarpo
1. Epicarpo: mais externo, sendo a casca.
2. Mesocarpo: médio, sendo a região mais
desenvolvida e que acumula substâncias de reserva.
3. Endocarpo: mais interno, envolvendo a semente.
Biologia
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Frutos partenocárpicos: são frutos que não possuem
sementes, sendo que o ovário se desenvolve em fruto
sem que haja a fecundação do óvulo. Sem a fecundação
do óvulo, não há a formação das sementes.
O principal exemplo é a banana, cuja versão
selvagem é diploide (2n), com meiose normal, células
sexuais viáveis e fecundação do óvulo, apresentando,
pois, semente. No entanto, a banana regularmente
utilizada na alimentação é uma versão triploide (3n)
surgida por mutação, com meiose anormal, células
sexuais inviáveis e sem fecundação do óvulo, não
apresentando, pois, semente, de modo que os
“pontinhos pretos” dentro da banana são os óvulos não
fecundados. Como não produz sementes, a bananeira
triploide somente pode se reproduzir assexuadamente.
Germinação
Condições
Condições internas: são aquelas que dependem da
própria semente: maturidade, vitalidade e boa
constituição.
1. Maturidade completo desenvolvimento da semente
e de seu embrião. Esta maturidade da semente nem
sempre corresponde à maturidade do fruto.
2. Vitalidade: fato de que o embrião esteja vivo, o que
é obviamente essencial à germinação.
3. Boa constituição ou integridade: presença de todos
os elementos da semente bem constituídos. Caso algum
componente esteja ausente ou danificado, pode ocorrer
um desenvolvimento incompleto da semente, que fica
atrofiada e não adquire seu poder germinativo.
Somente uma semente íntegra em sua constituição
consegue germinar.
Condições externas ou extrínsecas: são as que se
referem ao meio em que se desenvolverá a semente.
Depois de satisfeitas as condições internas, as sementes
só germinam se lhes forem satisfatórias as condições
mesológicas (isto é, do meio), no que se refere à
temperatura, água, ar (oxigênio) e luz.
Sementes fotoblásticas positivas → dependem da luz
para germinar.
Sementes fotoblásticas negativas → germinam no
escuro.
Estiolamento: crescimento acelerado de caules e folhas
sem clorofila em busca de luz.
Quiescência
Fenômeno pelo qual a semente germina diante de
requisitos mínimos de água, temperatura, ar e luz.
Para que uma semente germine, ela precisa de
condições favoráveis, caso contrário, elas podem
permanecer vivas, mas inativas, em nível metabólico
extremamente baixo, estado denominado quiescente.
Dormência: ao fenômeno pelo qual a semente não
germina mesmo diante dos requisitos mínimos de água,
temperatura, ar e luz, precisando de condições especiais
para ativar a germinação.
Em muitos vegetais, mesmo que as condições
mínimas preencham os requisitos básicos para a
germinação as sementes não germinam, necessitando
dessas condições especiais.
Neste caso, dizemos que tais sementes se encontram
em atividade metabólica muito baixa, em estado de
dormência, só podendo retomar seu metabolismo
Biologia
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diante dessas referidas condições especiais, que são
eventos capazes de quebrar a dormência.
Para quebrar a dormência
Algumas sementes precisam de um período de
exposição ao frio, como ocorre com plantas que vivem
em regiões temperadas. Essas sementes permanecem
dormentes até passar o inverno germinando apenas
quando as condições do meio se tornam mais favoráveis
ao crescimento da planta.
Histologia vegetal
Tecidos meristemáticos
Logo ao germinar, uma semente mostra na
extremidade do caulículo e da radícula um tecido, o
meristema primordial, responsável pelo crescimento,
cujas células estão em contínuas mitoses.
Na região vizinha ao meristema, subterminal, já são
visíveis as células em alongamento e logo depois a de
diferenciação, pois aparecem diferentes tipos celulares
como, por exemplo, os primeiros vasos condutores, na
região central, tanto do caule quanto da raiz.
As células meristemáticas são pequenas, de núcleo
grande e profundamente indiferenciadas, sendo
capazes de se multiplicar de maneira indefinida, o que
garante o crescimento ilimitado da planta, bem como
sendo capazes de se diferenciar em qualquer outra
célula do vegetal -totipotentes.
Meristema primário
São os responsáveis pelo crescimento longitudinal
(em comprimento) da planta.
Eles se localizam nas regiões apicais da planta: ápice
do caule e sub-ápice da raiz.
O ápice da raiz é ocupado por um tecido especial
denominado coifa ou caliptra, que protege o meristema
subapical radiculado do atrito com o solo durante a
penetração da raiz no mesmo, o que é fundamental
para a sobrevivência das células meristemáticas.
1. Protoderme: (mais externo), forma o sistema de
revestimento primário, correspondente à epiderme.
2. Meristema fundamental ou periblema: (médio),
forma o sistema fundamental, correspondente aos
tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima, e
aos tecidos de assimilação e reserva, parênquimas.
3. Procâmbio: forma o sistema vascular,
correspondente aos tecidos de condução, xilema e
floema.
Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão
origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes
primários: epiderme, colênquima, esclerênquima,
parênquimas, xilema e floema.
Entre o xilema e o floema, permanece tecido
meristemático indiferenciado com o nome de câmbi
(intra) fascicular.
Meristema secundário
Em raízes e caules de plantas adultas de
gimnospermas e da maioria das angiospermas
dicotiledôneas, os parênquimas sofrem
desdiferenciação e dão origem a meristemas
secundários, denominados felogênio e câmbio
interfascicular.
O câmbio (intra) fascicular volta a ter atividade
meristemática como meristema secundário.
Os meristemas secundários são responsáveis pelo
crescimento transversal (em espessura) de raízes e
caules de plantas adultas em alguns grupos vegetais
(gimnospermas e a maioria das angiospermas
dicotiledôneas, com exceção das dicotiledôneas de
pequeno porte).
1. Felogênio ou câmbio suberógeno: derivado do
parênquima cortical (do córtex, região mais externa) de
caule e raiz, origina súber para fora e feloderma para
dentro.
2. Câmbio interfascicular: derivado do parênquima
medular (da medula, região mais interna) de caule e raiz,
origina mais xilema e mais floema, denominados agora
xilema e floema secundários. Esse se forma entre grupos
de tecidos condutores, formados por xilema, floema e
câmbio (intra) fascicular (dentro do espaço entre xilemae floema).
Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão
origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes
Biologia
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secundários: súber, feloderme e xilema e floema
secundários.
Se as células meristemáticas mostram uma
permanente capacidade de efetuar as mitoses,
promovendo um contínuo crescimento, o tecido é
chamado meristema primário.
Se ao contrário eles passam por um período sem
mitoses, retomando essa capacidade de crescimento em
certos períodos, falamos em meristemas secundários.
Tecidos adultos ou permanentes
1. Sistema de revestimento, tegumentar ou de
proteção: tecidos mais externos da planta; na estrutura
primária, corresponde à epiderme, na estrutura
secundária, corresponde à periderme (conjunto de
súber, felogênio e feloderme).
2. Sistema fundamental: parênquimas (tecidos de
preenchimento, assimilação e reserva) e o colênquima e
o esclerênquima (tecidos de sustentação).
3. Sistema vascular (ou cambial): tecidos de condução,
xilema e floema, como os câmbios que os dão origem.
Origem dos tecidos de revestimentos:
Epiderme (tecido primário) é originada da
Protoderme (meristema primário).
Periderme (revestimento secundário) é originada do
Felogênio (meristema secundário).
Funções gerais dos tecidos de revestimentos
Proteção.
Trocas gasosas.
Epiderme
Formada por uma camada de células.
É delgada.
Aclorofilada.
Possui células vivas.
Está presente em partes vegetais jovens.
Anexos da epiderme:
1. Pelos: podem apresentar função absorvente (como
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas).
2. Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas.
3. Acúleos: função protetora nos caules de certas
plantas.
4. Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas
de água nas bordas de certas folhas).
Súber
Possui várias camadas de células.
Células suberificadas (mortas).
Aclorofilado.
Chamado de cortiça vegetal.
Está presente em raízes e troncos de árvores (plantas
com crescimento secundário).
Funciona como isolante térmico.
Apresenta lenticelas (realizam trocas gasosas) e
ritidomas (troca periódica do súber).
Tecidos de sustentação
São tecidos primários.
Origem a partir do meristema fundamental ou
periblema.
São eles: colênquima e esclerênquima.
Colênquima
Tecido flexível e muito resistente.
Possui células vivas reforçadas por celulose.
Esclerênquima
Tecido rígido e muito resistente.
Possui células mortas reforçadas por lignina.
Reveste os feixes vasculares e os caroços de alguns
frutos.
Tecidos condutores
Possui origem a partir dos meristemas:
1. Procâmbio (meristema primário): origina xilema e
floema primário.
2. Câmbio vascular (meristema secundário): origina o
xilema e o floema secundário.
Xilema ou lenho
Condução da seiva bruta ou mineral.
Possui fluxo ascendente (raiz → folhas).
Possui células reforçadas de lignina (células mortas).
Principais células: traqueídes e elementos de vaso.
Biologia
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Floema ou líber
Condução da seiva elaborada ou orgânica.
Possui fluxo descendente (folhas → raiz).
Possui células reforçadas de celulose (células vivas).
Disposição dos tecidos de condução: anel
de Malpighi
Demonstra o papel do floema na condução das
substâncias orgânicas elaboradas nas folhas. Um anel da
casca de um ramo é cortado e removido. A casca
contém periderme, parênquima e floema, e se descola
exatamente na região do câmbio vascular, um tecido
frágil e delicado situado entre o floema (mais externo) e
o xilema, que forma a madeira do ramo.
A interrupção do floema provoca acúmulo de
substâncias orgânicas na extremidade do ramo. Após
algumas semanas da retirada do anel de Malpighi nota-
se um engrossamento da região acima do corte, devido
ao acúmulo da seiva elaborada. A retirada de um anel
de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-
la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a
nutrição das raízes.
Parênquimas
Tecidos primários originados do meristema primário.
Preenchem os espaços.
Armazenam substâncias.
Realizam fotossíntese ou assimilação.
Secretam substâncias.
Tipos de parênquimas:
1. Assimilador ou clorênquima: localizado nas folhas e
realizador de fotossíntese.
2. Reserva: armazena substâncias diversas, tais como
água (parênquima aquífero), ar (aerífero) e amido
(amilífero).
3. Secretor: produção e secreção de néctar
(parênquima nectário) ou de substâncias urticantes
(parênquima urticário).
Tecidos vegetais de secreção
1. Nectários: produzem néctar, que se torna um
atrativo para polinizadores.
2. Canais resiníferos: produzem resina, que tem função
de proteção contra herbivoria.
3. Laticíferos: produzem látex, utilizado na indústria
para fazer a borracha, mas tem função de proteção e
cicatrização das plantas.
Raiz
Órgão vegetativo, normalmente subterrâneo, para
absorção e fixação.
Com até 5 regiões:
1. Coifa: para proteger o meristema subapical da raiz
do atrito com o solo.
2. Zona meristemática ou de divisão: com meristemas
prismáticos, com células em mitose: hiperplasia.
3. Zona de elongação ou lisa: com meristemas
prismáticos, com células em elongação: hipertrofia.
4. Zona de diferenciação ou de absorção: com tecidos
adultos prismáticos, com epiderme que apresenta pelos
absorventes.
5. Zona de ramificação ou suberosa: forma raízes
secundárias, com tecidos secundários, com súber
(impermeabilizantes). Não são encontradas em todas.
Biologia
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Absorção: zona pilífera
A endoderme apresenta uma bomba de sais que
promovem o transporte ativo de sais para o xilema, que
fica hipertônico e atrai água por osmose.
Seca fisiológica: impossibilidade de absorção de água
mesmo havendo água no meio.
Excesso de sais no solo: solo fica hipertônico em
relação ao xilema e, assim, o xilema perde água por
osmose e a planta desidrata.
Excesso de adubos.
Excesso de água no solo: pouco oxigênio, não
havendo respiração aeróbica. A raiz faz respiração,
portanto, precisa do oxigênio. Sem, diminui a produção
de ATP, não havendo transporte ativo para o xilema e
esse não fica hipertônico, não absorvendo água por
osmose: “morrendo afogada”.
Água do solo congelada: raiz somente absorve água
líquida, não absorvendo gelo.
Em épocas de seca, as plantas caducifólias/decíduas
perdem folhas para reduzir a perda de água por
evaporação/transpiração.
Principais raízes
Raiz axial ou pivotante: presente em gimnospermas
e angiospermas dicotiledôneas.
Raiz fasciculada ou em cabeleira: presente em
angiospermas monocotiledôneas.
Raízes subterrâneas
Raiz tuberosa: armazena nutrientes de reserva, como
o amido. Exemplos: batata-doce, mandioca e cenoura.
Raízes aéreas
Raiz sugadora ou haustório: presente em plantas
parasitas, como a erva-de-passarinho.
Raiz-escora ou suporte: aumenta a fixação em solos
instáveis, como o milho e a Rizophora mangle (planta
de mangue).
Raiz estrangulante: enrola-se no caule de uma planta
suporte e acaba estrangulando-a, como a mata-pau.
Raiz respiratória ou pneumatóforo: contém poros
que permitem as trocas gasosas fora do solo.
Raiz tabular: Projeta-se da base do caule
aumentando sua fixação no solo, lembrando madeiras
ou tábuas. Exemplos: figueira;
Raiz grampiforme: fixa-se em superfícies por meio de
expansões que lembram grampos.
Raiz velame: retiram água e minerais da umidade do
ar, como as epífitas.
Raízes aquáticas
Realizam a fixação da planta no substrato ou possui
parênquima aerífero desenvolvido que permite sua
flutuação, como a aguapé.
Regiões da raiz a partir de um corte transversal
Epiderme: tecido de revestimento.
Córtex: regiãode preenchimento logo adjacente à
epiderme.
Cilindro central: origina os tecidos condutores.
Periciclo: origina as raízes secundárias.
Endoderme: regula o fluxo de minerais (íons) em
direção ao xilema. Apresenta as estrias de Caspary
(cinturão de entre as células de endoderme).
Caules
Normalmente aéreo, para sustentação, condução e
formação de folhas.
Com gemas ou botões vegetativos: meristemas
apicais e laterais, que promovem o crescimento primário
(em comprimento) e formam ramos (galhos, folhas,
flores, frutos e raízes adventícias), respectivamente.
Nó: ponto do caule que apresenta uma gema.
Exemplo: batata-inglesa.
Os xilemas mais internos são mais velhos, servindo
de sustentação e não mais transporte.
Biologia
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Caules eretos
Haste: caule fino, flexível e clorofilado: pé-de-feijão.
Tronco: caule com crescimento secundário e
ramificações na parte superior: ipê.
Colmo: caule com divisão nítida de nós e entrenós:
bambu e cana-de-açúcar.
Estipe: caule com presença de nós e entrenós apenas
externo e com um tufo de folhas a partir do topo:
palmeira.
Cladódio: caule suculento e clorofilado: cacto.
Caules rastejantes
Sarmento: apresenta apenas um ponto de fixação no
solo: aboboreira.
Estolho: apresenta vários pontos de fixação no solo:
morangueiro.
Caules trepadores ou volúveis
Crescem sobre superfícies eretas: chuchu.
Caules subterrâneos
Rizoma: crescem rente ao solo de maneira
subterrânea. Exemplos: samambaia e bananeira;
Tubérculo: armazenam substâncias de reserva como
o amido: batata inglesa e inhame.
Bulbo: contém folhas subterrâneas aclorofiladas
chamadas catáfilos: alho e cebola.
Caules aquáticos
Desenvolvem-se sob a água sendo ricos em
parênquima aerífero. Exemplos: vitória-régia e aguapé.
Dendrocronologia: cálculo da idade da planta pela
contagem dos anéis de crescimento, ou seja, anéis de
xilema no caule.
Folhas
Para fotossíntese e trocas gasosas.
Com grande superfície para aumentar a captação da
luz e pequena espessura para facilitar a difusão de
gases.
Classificação das folhas quanto ao limbo
Simples: limbo único, sem divisões: folha de mangueira.
Composta: limbo múltiplo, com divisões: coqueiro.
Folhas modificadas
Espinho: folhas pontiagudas e recobertas por uma
grossa camada de cera: cacto.
Brácteas: folhas com aspecto coriáceo.
Cotilédones: folhas embrionárias que armazenam
e/ou transferem nutrientes ao embrião no interior da
semente: sementes de angiospermas.
Sépalas: folhas modificadas que protegem a base
das flores.
Pétalas: folhas normalmente coloridas que atraem os
agentes polinizadores.
Gavinhas: folhas com função de fixação de caules
trepadores a superfícies eretas: maracujá.
Catáfilos: folhas subterrâneas e aclorofiladas: cebola
e alho.
Folhas xerófitas
Certas plantas que vivem em climas áridos
apresentam folhas coriáceas, ou seja, mais espessas,
com cutícula espessa e epiderme multiestratificada para
reduzir as perdas de água por evaporação e duas ou
três fileiras de células no parênquima paliçádico de suas
folhas para proteção contra excessos de luz.
Biologia
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Papel e importância da fotossíntese
Garante a síntese de compostos orgânicos a partir de
substâncias inorgânicas, tendo a luz como fonte
primária de energia.
Trocas gasosas e transpiração
Perda de água na forma de vapor para eliminação de
calor e para promover a subida de seiva bruta.
Transporte cuticular ou evaporação: pela epiderme,
não regulável pela planta.
Transpiração estomática: pelos estômatos da
epiderme, regulável pela planta através da abertura e do
fechamento dos estômatos.
As trocas gasosas estão relacionadas aos tecidos de
revestimento:
1. Epiderme: revestimento primário.
2. Periderme: revestimento secundário.
Epiderme e seus anexos
Pelos: podem apresentar função absorvente (como
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas).
Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas.
Acúleos: função protetora nos caules de certas
plantas.
Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas
de água nas bordas de certas folhas).
Estômatos
Para transpiração estomática e para a captação de
CO2 para a fotossíntese.
1. Duas células-guardas (clorofiladas).
2. Duas células anexas (aclorofiladas).
3. Ostíolo: fenda formada pelo estômato aberto.
Quanto à localização na folha
Folha hipostomática: estômatos localizados na
epiderme inferior.
Folha epistomática: estômatos localizados na
epiderme superior.
Folha anfistomática: estômatos localizados na
epiderme superior e na epiderme inferior.
Funcionamento do estômato (influenciados por fatores)
Disponibilidade de água (mecanismo hidroativo).
Disponibilidade de luz (mecanismo fotoativo).
Concentração de CO2 no mesófilo foliar.
Variação na temperatura.
Com luz, tem fotossíntese: estômatos abrem, captam
CO2 mas perdem água.
Sem luz, sem fotossíntese: estômatos fecham e a
planta não perde água por transpiração.
Em ambientes com muita água os estômatos abrem,
visto que não há risco de ressecação.
Com muita luz e pouca água: os estômatos fecham.
Gutação ou sudação
Eliminação de água líquida por hidatódios.
Elimina excessos de água do solo para evitar asfixia
da raiz.
Ocorre quando há muita água no solo, muito
oxigênio e pouca luz, visto que, se houver luz, os
estômatos estão abertos e os excessos de água são
eliminados pela transpiração.
Nutrição vegetal
Autótrofas fotossintetizantes: produzem matéria
orgânica a partir de matéria inorgânica e energia
luminosa.
Não conseguem absorver matéria orgânica que não
produziram (do meio).
A partir da glicose a planta produz as demais
moléculas orgânicas, como as proteínas, os
aminoácidos, os nucleotídeos e os ácidos nucleicos.
Macronutrientes: necessários em grande quantidade
pela planta, como o NPK.
Micronutrientes: necessários em pequena
quantidade pela planta, como o zinco, o ferro e o
manganês.
Mg: clorofila.
K: principal íon positivo vegetal, necessário para
equilíbrio osmótico.
Ca: regula a permeabilidade de membranas e entra
na lamela média.
Mg: clorofila.
Cofatores enzimáticos: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn.
CO2 + H2O = glicose + O2
Biologia
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Fertilizantes
Orgânicos, como estrumes e húmos, que são
decompostos por bactérias decompositoras, que
quebram as moléculas orgânicas em inorgânicas, que
podem ser aproveitados pela planta.
Melhoram a textura do solo.
Auxiliam na retenção de água.
Adubos
Inorgânicos, ou seja, sais minerais prontos, como o
NPK.
Permitem um maior controle das quantidades de
nutrientes oferecidos.
Plantas carnívoras
São adaptadas a solos pobres em sais minerais
(NPK), obtendo sais a partir de pequenos animais:
insetos, pequenos vertebrados.
Elas fazem fotossíntese, obtendo apenas sais dos
animais capturados, não obtendo matéria orgânica
deles.
Algumas fazem fotossíntese e também obtém
pequenas moléculas orgânicas simples, a partir dos
animais capturados: mixotróficas.
Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas
apresentam solos pobres, com alta umidade e, devido à
alta temperatura, bactérias decompositoras
decompõem rapidamente as moléculas orgânicas em
sais, que são rapidamente absorvidos pelas raízes das
plantas, se acumulando nelas e não no solo.
Hidroponia
Cultivo em soluções salinas aeradas = água, sais e
oxigênio, sem solo.
A raiz não faz fotossíntese e sim respiração, portanto,
quando tem muita água no solo não tem oxigênio e a
raiz morre por asfixia.
Para funcionar, deve haver um mecanismo para
oxigenar a água: pode ser corrente, assim, omovimento
da água com o ar faz com que tenha oxigênio.
Para plantas de pequeno porte
Vantagens: maior controle das doses de nutrientes.
Cultivo em pequenos espaços, inclusive fechados.
Controle da luz, da temperatura, de pragas: implica
no menor uso de inseticidas.
Economia de água: menor taxa de evaporação
quando comparada a agricultura convencional (com
irrigação).
Irrigação
Aspersão: menor curso e maior evaporação.
Gotejamento: menor evaporação, maior custo,
menor desperdício de água.
Absorção de água e sais minerais
Nas raízes, através dos pelos absorventes na
epiderme.
O tecido endoderme da raiz bombeia sais para o
xilema, que fica hipertônico e atrai água por osmose.
Condução de seiva bruta
No xilema ou lenho, da raiz para as folhas, ou seja,
ascendente.
Capilaridade: subida espontânea de água por tubos
muito finos, os capilares.
A água adere a parede do tubo devido ao
movimento cinético natural das moléculas de água.
Só funciona até 0,5m, com mais a coluna de água
está muito pesada, não sendo possível empurrar ainda
mais.
Pressão positiva ou impulso da raiz: a pressão da
entrada de água por osmose empurra a seiva para cima
no xilema.
A endoderme da raiz bombeia sais para o xilema,
que fica hipertônico e atrai água por osmose.
Só acontece em algumas espécies.
Tensão – coesão de Dixon
A água que sai pela transpiração da planta puxa
outra molécula de água: tensão, que estão ligadas por
pontes de hidrogênio: coesão.
Em todas as plantas.
Movimentos vegetais
1. Tactismos: deslocamento.
2. Tropismos: crescimento orientado.
Biologia
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3. Nastismos: movimentos não orientados.
4. Blastismos: movimento de germinação da semente.
Estímulos ambientais
1. Luz: foto.
2. Contato: tigmo.
3. Substâncias químicas: quimio.
4. Gás oxigênio: aero.
5. Força da gravidade: geo.
Tactismos
Fototactismos: cloroplastos.
Quimiotactismos: anterozoides.
Aerotactismo; bactérias aeróbias.
Tropismos
Fototropismo: caules (fototropismo positivo) e raízes
(fototropismo negativo).
Tigmotropismo: gavinhas do chuchu.
Geotropismo: raízes (geotropismo positivo) e caules
(geotropismo negativo).
Nastismos
Fotonastismo: dama-da-noite.
Tigmonastismo: planta carnívora.
Blastismos
Sementes fotoblásticas: positivas (necessitam de
exposição à luz para germinar) e negativas (necessitam
de total escuridão para germinar).
Hormônios vegetais: fitormônios
Mensageiros químicos produzidos por um grupo de
células que agem em outro grupo de células, não
necessariamente transportados pela seiva.
Auxinas
Principal hormônio do crescimento: estimula a
produção de enzima que degradam celulose na parede
celular, que fica mais flexível, entra água por osmose e
promove o crescimento.
Por hipertrofia e hiperprasia.
Produção: meristema apical do caule, meristemas
laterais do caule, folhas jovens, flores, frutos e meristema
subapical da raiz.
Por transporte ativo, do caule para a raiz.
Raízes são mais sensíveis às auxinas do que os caules.
Efeitos
Dominância apical: inibição das gemas laterais.
Tropismos: movimentos de curvatura vegetal.
Formação de raízes adventícias: a partir de ramos
cortados.
Desenvolvimento de frutos: a partir do ovário da flor.
Abscisão de folhas e frutos: queda programada em
períodos ou situações específicas.
Fototropismo
Planta cresce direcionada por uma fonte de luz.
O caule é positivo, crescendo em direção à fonte
luminosa, enquanto a raiz apresenta o negativo,
crescendo no sentido contrário ao sentido da luz.
Numa planta iluminada unilateralmente, o caule se
curva em direção à luz, e a raiz se curva no sentido
contrário. Isso ocorre porque a luz promove a migração
de auxina para o lado não iluminado.
Geotropismo
A planta cresce direcionada pela gravidade, ou seja,
direcionada pela posição do centro da Terra.
O caule possui negativo, crescendo em sentido
contrário ao da gravidade, enquanto a raiz apresenta
positivo, crescendo no sentido da gravidade.
Uma planta mantida na horizontal apresentará em
seu caule uma curvatura para cima e em sua raiz uma
curvatura pra baixo. Isso ocorre porque a gravidade faz
com que os líquidos do corpo da planta – onde a auxina
estará – se acumulem na parte mais inferior da planta.
Assim, haverá mais auxina na parte inferior da planta
que na sua parte superior.
Biologia
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Caso a planta mantida na horizontal seja
acondicionada a um dispositivo giratório que a faça
girar ao longo de seu eixo longitudinal, passará a
ocorrer uma distribuição homogênea de auxinas por
todo o corpo da planta, e o geotropismo não mais serás
percebido, pois ele se origina exatamente da
distribuição heterogênea dessas substâncias em certas
partes da planta.
Dominância apical
Auxinas do meristema apical do caule inibem os
meristemas laterais do caule, que ficam dormentes, não
produzindo ramos, galhos, folhas e frutos.
No processo de poda, remove-se a gema apical,
permitindo a quebra da dormência das gemas laterais,
e aumenta a quantidade de ramificações. Além de deter
o crescimento em altura da planta e torná-la mais capaz
de promover sombreamento, as ramificações podem
gerar uma maior quantidade de flores, e,
consequentemente, de frutos.
A poda quebra a dormência dos meristemas laterais,
que ficam ativos e produzem ramos: mais folhas = mais
sobra; mais flores = mais frutos.
Não se pode podar caules muito grossos, pois
possuem madeiras que ficam exposta a cupins.
Giberelinas
Promovem o crescimento por hipertrofia: induz a
entrada de água nas células, que crescem, ou seja,
aumentam o tamanho, mas não aumentam a matéria
orgânica.
É produzida em todas as partes da planta.
É transportada pelo xilema.
Agem no processo de germinação da semente.
Induzem a partenocarpia.
Induzem a floração em algumas plantas, como o
alface.
Citocininas
Promovem o crescimento por hiperplasia: divisão
celular.
Produzidas principalmente nas raízes.
É transportada pelo xilema.
Promovem a germinação das sementes.
Inibem a senescência da planta (envelhecimento),
“hormônio da juventude”.
Quebram a dominância apical, quebram a
dormência dos meristemas naturais, com efeito
contrário ao da auxina. Eles ficam ativos e produzem
ramos.
Ácido abscísico
Não promove abscisão, pois é promovida pelo
etileno.
É produzido pelas folhas, coifa e sementes.
É transportado pelo xilema e pelo floema.
Inibe a planta.
Induz a senescência.
Induz a dormência da planta em condições de
estresse (seca, temperaturas extremas).
Induz a dormência das sementes: inibe a
germinação.
Promove o fechamento dos estômatos em estresse
hídrico.
Etileno
Substância gasosa produzida em várias partes.
Promovem o amadurecimento dos frutos.
Promovem a abscisão de folhas velhas e frutos
maduros.
Induz o amadurecimento dos frutos, pois ativa
enzimas que promovem a decomposição da clorofila e
a síntese de outros pigmentos, resultando numa
coloração amarelada ou avermelhada, o amolecimento
devido {a degradação de componentes da parede
celular e o aumento dos níveis de açúcares simples
(sacarose) pela degradação de açúcares complexos
(amido).
Baixas concentrações de O2 inibem a síntese de
etileno e altas concentrações de CO2 inibem o efeito do
etileno.
Biologia
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O abafamento retém etileno e a proximidade com
frutos maduros promovem o aceleramento do
amadurecimento.
Baixas temperaturas reduzem o metabolismo, o que
diminui a produção do etileno.
Altas concentrações de CO2 inibem o efeito do
etileno.
Floração
Em plantas de clima temperado acontece naprimavera, após o inverno.
Primavera: dia > noite e maior temperatura.
Plantas anuais: vivem um ano, nascem na primavera
e morrem no inverno.
É controlado pela noite longa, não um dia curto.
Fotoperiodismo
Efeito da duração de dia e de noite sobre a produção
de flores.
Plantas neutras: a duração não influencia na floração.
Em regiões tropicais.
Plantas de dia longo: florescem com dias longos: com
muita luz: floresce com mais luz que seu fotoperíodo
crítico – de 12 a 16h de luz no dia.
Plantas de dia curto: florescem com dias curtos: com
pouca luz: floresce com menos luz que seu fotoperíodo
crítico – de 8 a 15h de luz no dia.
Fitocromo
Pigmento de coloração azul-esverdeada na
membrana de algumas organelas, como os vacúlos.
R: do escuro.
F: da luz.
Da luz branca ou na luz vermelha o R pro F é rápido,
o contrário é lento.
Quando a noite é muito curta, não da tempo de F
virar R.
Hormônio florígeno: estimula a floração, sendo
produzido nas folhas quando submetidas ao
fotoperíodo adequado.
É o fitocromo da folha que percebe o fotoperíodo e
induz as folhas a produzirem florígeno. Portanto, basta
uma folha para a floração.
Zoologia
Reino animália ou metazoa
Eucariontes, pluricelulares, heterótrofos por ingestão
(com digestão intracorpórea).
Com reserva de glicogênio, sem parede celular.
Apresentam locomoção e células musculares, células
nervosas, sensibilidade (exceto as esponjas).
Com crescimento definido: só até a idade adulta para
evitar tamanhos exagerados, que dificultariam a
locomoção e exigiria muitos nutrientes.
Apomorfia (exclusivo do grupo e presente em todos):
embrião oco = blástula.
Nêurula na organogênese = mesoderme =
notocorda e tubo nervoso dorsal.
1. Poríferos: esponjas.
2. Cnidários: águas-vivas, corais, anêmonas do mal.
3. Platelmintos: planárias, tênias, esquistossomos.
4. Nematelmintos: lombriga, amarelão, filárias.
5. Moluscos: caracol, ostra, polvos.
6. Anelídeos: minhoca, sangue sugas.
7. Artrópodes: insetos, aracnídeos, crustáceos.
8. Equinodermos: estrelas e ouriços do mar.
9. Cordados: peixes, répteis, aves e mamíferos.
Organização tecidual
Parazoa: animais sem tecidos, sendo as esponjas.
Os poríferos desenvolvem só até a blástula, sem
gástrula, portanto, sem folhetos germinativos e não
desenvolve tecidos.
Eumetazoa: com tecidos.
Diblásticos: com dois tecidos embrionários (ecto e
endodeterme): cnidários, que se desenvolvem até a
gástrula.
Triblásticos: com três tecidos embrionários (ecto,
endo e mesoderme): os demais.
Celoma: cavidade no embrião delimitada por
mesoderme, com líquido celomático que distribui
Biologia
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substâncias (nutrientes, gases respiratórios), com
esqueleto hidrostático (sustentação) e com espaço para
formar órgãos.
Celomados: apresenta movimentos peristálticos, pois
a endoderme é envolvida pela mesoderme.
Acelomados: sem celoma, sem líquido celomático =
corpo achatado: platelmintos.
Pseudocelomados: com falso celoma, delimitado por
meso e endoderme, com líquido pseudocelomático:
cilíndrico.
Nutrição
Sem tubo digestivo: com digestão exclusivamente
intracelular, ou seja, nos lisossomos, sendo os poríferos.
Na fase de gástrula forma o arquênteron, que
formaria o tubo digestivo, porém, eles só vão até a
blástula.
A nutrição é por filtração.
Com tubo digestivo: enterozoários = incompletos: com
1 orifício, sendo a boca = ânus, nos cnidários e nos
platelmintos.
Completos: com 2 orifícios.
Protostômios: o blastóporo forma a boca primeiro,
sendo os nematelmintos, os moluscos, os anelídeos e os
artrópodes.
Deuterostômio: o blastóporo forma o ânus primeiro,
sendo os equinodermos e os cordados.
Simetria
Radial: qualquer plano que passa no centro do corpo
gera simetria, sem esquerdo, direito, anterior e
posterior.
Poríferos e cnidários.
Bilateral: só um plano de simetria = plano sagital, sendo
a região anterior a cabeça (cefálica) e a região posterior
cauda.
A partir dos platelmintos até os cordados.
Cefalização: concentração de estruturas sensoriais e
nervosas na cabeça, o que permite uma rápida análise
do meio para o qual se desloca, permitindo uma
resposta rápida a adversidades.
Primária: larva.
Em poríferos são radiais na larva e assimétricos
quando adultos.
Secundária: adulto.
Equinodermos são bilaterais em fase larval e radiais
quando adultos.
Metameria ou segmentação
Divisão do corpo em metâmeros, ou seja, segmentos
repetidos.
Total: no corpo todo, sem tagmatização: anelídeos.
Tagmatização: fusão de metâmeros em tagmas
(blocos corporais), em artrópodes.
Parcial: em parte do corpo: cordados (sarcômeros
nos músculos)
Evolução dos animais
Surgiam a de protozoários coloniais que evoluíram
para originar esponjas.
Reprodução em animais
Quanto ao sexo
Monoicos: hermafroditas.
Dioicos: de sexos separados.
Quanto à fecundação
Externa: fora do corpo (na água): ovulíparos = soltam
óvulos na água.
Interna: dentro do corpo.
Quanto à presença de ovos
Ovíparos: ovos no meio.
Biologia
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Ovovivíparos: ovos retidos no corpo até eclodirem,
sem nutrição maternal dos filhotes.
Vivíparos: sem ovos, com placenta e com nutrição
materna do filhote via placentária.
Quanto à presença de larva/metamorfose
Indireto: com larva, com metamorfose.
Vantagem da larva: com nutrição e hábitat distinto,
evita a competição.
Direto: sem larva e sem metamorfose.
Filo porífera
Apresentam poros.
São esponjas aquáticas, sésseis (fixos), com nutrição
por filtração.
Sem tecido, com digestão exclusivamente
intracelular, radiados, sem células nervosas.
Ósculo: estrutura localizada no ápice do animal, por
onde a água sai.
Porócito: célula que forma a estrutura do poro e por
onda a água entra.
Espícula: célula que confere estruturação ao porífero.
Amebócito: célula que confere a função de difusão
de nutrientes para outras células.
Coanócito: principal célula responsável pela filtração
dos poríferos. Por serem flagelados, os coanócitos criam
um fluxo de água que entra pelos poros e sai pelo
ósculo da esponja. A filtração é a principal forma de
ciclagem de nutrientes do meio externo para o meio
interno do porífero.
Ecologia
Por serem animais filtrantes, o ambiente aquático
próximo a esses animais se torna diferente do global,
criando um microambiente diferenciado que favorece
certas espécies.
Algumas esponjas apresentam toxinas em suas
espículas, o que confere uma eficaz defesa contra seus
predadores, como os equinodermos.
Reprodução
Podem se reproduzir assexuadamente, por meio de
fragmentação ou brotamento, ou sexuadamente, por
meio de troca de gametas e desenvolvimento de um
organismo intermediário, a anfiblástula.
Filo Cnidária
Águas-vivas, corais, anêmonas-do-mar, aquáticos e
com cnidócitos produtores de substâncias urticantes.
Primeiros socorros: aplicação de compressas com
água do mar gelada, vinagre para neutralizar o veneno.
Celenterados = com cavidade intestinal.
Primeiros eutamezoários: com tecidos = diblásticos
(ecto e endo).
Com tubo digestivo incompleto, radiados, aquáticos,
sésseis ou vágeis.
Cnidócitos: para produzir e inocular veneno. Quando
liberam o veneno, morrem, novos cnidócitos devem ser
produzidos a partir de células intersticiais.
Digestão: parcialmente extracelular e parcialmente
intracelular (nos lisossomos).
Respiração por difusão: superfície do corpo.
As principais formas de vida são a pólipos e medusas.
Biologia
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1. Pólipos: sésseis ou de locomoção simples, monóicos
ou dioicos, de reprodução assexuada; anêmonas e
corais.2. Medusas: livre-natantes, maioria dioicos e de
reprodução sexuada; águas-vivas e caravelas-
portuguesas.
Novidades evolutivas
Cavidade digestiva (gastrovascular).
Sistema nervoso (difuso).
Corais
Pequenos pólipos sésseis coloniais.
Os com exoesqueleto de calcário são os recifes de
corais.
Os recifes são agregados de esqueletos calcários de
corais mortos, com uma camada superficial de corais
vivos.
São os ecossistemas de maior biodiversidade em
ecossistemas marinhos.
Oferecem proteção contra ondas, marés e tsunamis.
Se associam as algas zooxantelas por mutualismo
obrigatório, que fornecem alimento ao coral.
Se desenvolvem em água clara, com boa penetração
de luz, para as algas fazerem fotossíntese, com poucos
nutrientes orgânicos e altas temperaturas.
Com a intensificação do efeito estufa e o
aquecimento global, consequentemente, as algas
aumentam de metabolismos e produzem substâncias
tóxicas em quantidades maiores aos corais, que
expulsam as algas e perdem a cor, além da sua principal
fonte de alimento = síndrome do branqueamento dos
corais.
O maior é a grande barreira de corais no nordeste
da Austrália, entre 2000 e 4000km de extensão.
Classificação
Medusozoa: formas livre-natantes e algumas formas
sésseis.
Anthozoa: somente formas sésseis, como anêmonas
e corais.
Reprodução
Fragmentação ou regeneração.
Bipartição por fissão longitudinal.
Reprodução sexual, com desenvolvimento direto.
Alternância de gerações entre pólipos e medusas:
caravelas portuguesas.
Filo Platelminto
Vermes de corpos achatados: planárias.
De vida livre (não parasita), esquistossomas
(parasita).
Com desenvolvimento direto, sem fase larvária.
Eumetazoários, sendo os primeiros triblásticos.
Sistema digestório: enterozoários incompletos.
Respiração: difusão de gases ou respiração cutânea.
Sistema sensorial: presença de ocelos
(fotorrecepção) e aurículas (quimiorrecepção).
Sistema motor: presença de musculaturas circular e
longitudinal; presença de cílios e muco.
Reprodução sexuada: fecundação cruzada.
Assexuada: regeneração e fragmentação.
Classificação
Trematoda: Schistosoma.
Cestoda: Taenia.
Turbellaria: planária.
Novidades evolutivas
Triblastia (ecto, endo e mesoderme).
Simetria bilateral.
Organização excretora (células-flama).
Sistema nervoso ganglionar.
Schistosoma mansoni: esquistossomose
Verme dioico com dimorfismo sexual, ou seja,
machos e fêmeas são diferentes.
Apresentam ventosas para grudar em seu
hospedeiro.
Vivem no sistema porta-hepático: conjunto de veias
entre intestino e fígado.
Biologia
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Causa obstrução da veia porta-hepática,
aumentando a pressão no sangue do fígado, o que
causa lesões hepáticas = extravasamento de plasma do
fígado para a cavidade abdominal: ascite ou barriga
d’água.
Fêmeas grávidas migram para as veias do intestino
para desovar.
Os ovos apresentam espinhos que furam o intestino
e caem nas fezes, que, com ovos, chegam em água
doce.
Na água doce, os ovos liberam uma larva ciliada:
miracídio, que nadam até o hospedeiro intermediário, o
caramujo.
No caramujo, o miracídio vira um esporocisto que,
por reprodução assexuada, a pedogênese, origina o
esporocisto secundário, que origina a cercaria.
Quando o caramujo morre, as cercarias passam para
a água e entram no hospedeiro definitivo, um mamífero,
através da pele.
“Se nadou, se coçou, é porque pegou”.
No sangue, as cercarias viram esquistossomos, que
se instalam no sistema porta-hepático e assumem a
forma adulta.
Prevenção
Saneamento básico.
Eliminação do caramujo.
Drenagem de lagoas.
Cuidado com banhos de lagoa.
Taema sp: teníase
T. Solium: hospedeiro intermediário é o porco.
T. Saginata: o hospedeiro intermediário é o boi.
Tênia ou solitária: normalmente, só há uma por
hospedeiro: elas liberam substâncias que levam tênias
jovens à morte, vivendo isoladas.
Com corpo muito longo, de 2 a 8m de comprimento.
Quando vive no intestino do homem, a tênia adulta
libera proglótides maduras com ovos nas fezes. O
hospedeiro intermediário ingere água/alimentos com
fezes e com ovos. No intestino, o ovo origina a larva,
que fura a parede do intestino e cai no sangue.
Nos músculos do hospedeiro intermediário, a larva
hexanta vira a larva cisticerco.
Quando o homem ingere carne mal passada com
cisticerco, ele origina a tênia adulta no intestino
delgado.
Sintomas
Mal-estar, cólicas, vômitos, desnutrição, diarreias.
Prevenção
Saneamento básico, tratamento de água, inspeção
de carnes, não ingestão de carne malpassada.
Teníase: ingestão de carne malpassada com cisticercos,
desenvolvendo uma tênia adulta no intestino.
Cisticercose: ingere água/alimento com fezes com ovos
de t. solium, o cisticerco se instala em músculos, cérebro
e/ou olhos.
Pode causar lesões neurológicas.
Prevenção: saneamento básico, tratamento de água,
lavar frutas/verduras.
Biologia
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Filo Nematoda
Nematelmintos: com filamentos: vermes cilíndricos,
como lombrigas, amarelões, filárias.
Eumetazoa, triblásticos, bilaterais, com cefalização,
aquáticos ou terrestres em meios úmidos, de vida livre
ou parasitas.
Únicos animais sem células flageladas ou ciliadas:
espermatozoides com pseudópodes.
Nutrição: podem ser carnívoros, fitófagos ou
parasitas de plantas e animais, com digestão
exclusivamente extracelular, ou seja, o alimento é
absorvido e totalmente diferido, não precisando do
lisossomo para digerir o alimento.
Sistema Nervoso: anel nervoso faringeano e nervos
longitudinais.
Sistema reprodutor: fecundação interna e
desenvolvimento indireto.
Sistemas respiratorio e circulatório: ausentes, com
respiração cutânea direta.
Reprodução: são dioicos com dimorfismo sexual,
com desenvolvimento direto.
Novidades evolutivas
Presença de cavidade corpórea (pseudoceloma).
Apresentam tubo digestivo completo: com 2
orifícios, sendo protostômios.
Ascaris lumbrioides: Ascaridíase ou lombriga
Verminose mais comum em homem.
Vermes adultos vivem no intestino do homem.
Quando as fêmeas liberam ovos nas fezes humanas, o
homem ingere água/alimentos com fezes com ovos.
No duodeno, o ovo libera uma “larva” que fura o
intestino e cai no sangue, passando pelo fígado, pelo
coração e caindo nos pulmões e perfurando os alvéolos
pulmonares.
Ao cair na traqueia, provocam tosse que lança a larva
na faringe, onde é deglutida.
No estômago, ela sobrevive ao HCl e, no duodeno, a
“larva” assume a forma adulta.
Sintomas
Mal-estar, cólicas, diarreias, vômitos.
Em caso de superfinfestação: tosse, lesões hepáticas,
pneumonia, obstrução intestinal.
Prevenção
Saneamento básico, tratamento de água, lavar frutas
e verduras, tratamento de doentes.
Ancylostoma duodenale: amarelão
Com lâminas córneas na boca que rasgam o
intestino do hospedeiro, que se alimentam de sangue,
causando anemia, deixando a pele amarelada.
Vermes adultos vivem no intestino. As fêmeas
liberam ovos nas fezes que, no solo, os ovos liberam
‘larvas” de vida livre, que se transformam em filarioides,
que entram pela pele e caem no sangue, direto no
coração e pulmões (ciclo de losso ou pumonar).
Elas perfuram os alvéolos pulmonares e caem na
traqueia, provocando tosse que lançam as “larvas” na
faringe, onde são deglutidas e, no intestino, assumem
forma adulta.
Doença do “Jeca Tatu”.
Sintomas
Mal-estar, cólicas, diarreias com sangue, anemia com
palidez, indisposição, apatia, tosse, pneumonia.
Geofagia: vontade de comer terra para ser eliminada
nas fezes e reduzir a infestação, além de repor o ferro
perdido com a anemia.Prevenção
Saneamento básico e utilização de calçados.
Enterobius vermiculares: enterobiose ou oxiurose
Vermes adultos vivem no reto e, de noite, fêmeas
grávidas migram para o ânus para desovar, causando
purido anal intenso.
Os ovos são liberados nas fezes e, quando o homem
consome água/alimento com fezes contaminadas com
ovos, ele é contaminado.
Sintomas
Cólicas, mal-estar, diarreias, purido anal intenso
noturno.
Quando o indivíduo defeca, elimina os vermes.
Prevenção
Saneamento básico, tratamento de água, lavar bem
frutas e verduras, lavar e ferver roupas de cama, evitar
Biologia
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reinfestação (ao coçar, contamina as mãos e, ao colocar
as mão na boca, se contamina novamente).
Ancylostoma braziliensis
Causa amarelão em cães e gatos.
Ao entrar na pele humana, causa uma dermatite
serpiginosa. A larva não consegue entrar no sangue,
gerando um rastro vermelho com purido (coceira)
noturna.
Wuchereria bancrofti: filariose ou elefantíase
Transmissão: picada da fêmea do mosquito culex.
Os vermes adultos vivem nos vasos linfáticos,
causando obstrução e acúmulo de líquidos nos tecidos,
promovendo edemas (inchaços), principalmente em
pernas, mamas e saco escrotal.
De noite, as filárias jovens migram dos vasos
linfáticos para os vasos sanguíneos da pele, esperando
que o mosquito pique a pessoa doente, podendo passar
para um próximo hospedeiro.
Não há drogas para eliminar as filárias adultas.
Prevenção
Combate ao mosquito culex com telas, mosquiteiros,
repelentes.
Tratamento do doente; matando as microfilárias.
Filo Molusca
Animais de corpo mole protegidos por uma concha
calcária.
Com concha externa: caracóis, ostras.
Com concha interna atrofiada: lulas.
Sem concha: lesmas, polvos.
Originalmente, todos os moluscos possuíam concha,
mas alguns perderam ao longo da evolução.
É o segundo maior filo de animais em número de
espécies.
Triblásticos, (eu)celomados, protostômios, bilaterais.
Podem ser dioicos ou monoicos (lulas e caracóis),
fecundação interna ou externa (caracóis e polvos) e
desenvolvimento direto ou indireto (polvos e ostras,
respectivamente).
Enterozoários completos, apresentando ou não
rádula.
Digestão exclusivamente extracelular.
Sistema circulatório: aberto na maioria, exceto em
cefalópodes.
Sistema respiratório: branquial na maioria, pulmonar
(pulmão primitivo) ou cutânea indireta em alguns
organismos terrestres.
Sistema nervoso: ganglionar ventral, com evidente
cefalização em alguns grupos.
Anatomia
Importância ecológica
Polinização malacófila: por caracóis.
Importância econômica
Alimentação: ostras, lulas, polvos.
Produção de pérolas por ostras nos oceanos pacífico
e índico.
Importância médica
Caramujo biomphalaria glabrata: hospedeiro
intermediário na esquistossomose.
Caramujo gigante africano: causa meningite.
Principais grupos
Bivalvia
Ostras, mexilhões e mariscos.
Compostos por duas conchas que se fecham (duas
valvas).
Relacionados com a formação das pérolas.
Gastropoda
Caramujos, lesmas e caracóis.
Terrestres ou de ambientes úmidos.
Podem realizar fecundação interna e cruzada.
Classe Cephalopoda
Polvos, lulas e náutilos.
Biologia
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Grande complexidade nervosa e sensorial,
relacionado com alto grau de cefalização.
Apresentam, geralmente, tentáculos com ventosas,
bico córneo, glândulas de tinta e visão complexa.
Filo Anelídeos
Vermes anelados metamerizados: com
segmentação, ou seja, divisão do corpo em segmentos
repetidos.
Triblásticos, bilatérias, protostômios, com
cefalização.
Podem ser aquáticos ou terrestres em meios úmidos,
de vida libre ou parasitas, sésseis ou vágeis/errantes
(móveis).
Digestão exclusivamente extracelular.
Circulação fechada.
Apresentam moela: estômago mecânico para triturar
alimento com auxílio de pedrinhas deglutidas.
Respiração: cutânea indireta: O2 distribuído pelo
sangue, branquial,
Novidades evolutivas: celoma verdadeiro, sistema
respiratório, circulatório, metarização.
Fisiologia: pele permeável com cutícula.
Importância econômica
Minhocas escavam túneis no solo que oxigenam as
raízes e drenas excessos de água.
Minhocas produzem húmus, que são fezes e excretas
ricas em nitrogênio, sendo um importante adubo.
Importância ecológica
Vermes tubi fez só se desenvolvem em água
poluídas: indicadores de poluição.
Importância médica
Sanguessugas removem sangue de hematomas e
estimulam a circulação sanguínea em órgãos
reimplantados.
Sanguessugas apresentam uma substância
anestésica, a hirudina, que também é anticoagulante.
Classificação
Oligochaeta: grupo das minhocas, organismos
monoicos e com clitelo.
Polychaeta: grupo de indivíduos com muitas cerdas,
em sua maioria aquáticos.
Hirudinea: grupo das sanguessugas, sem cerdas e
com estrutura bucal diferenciada.
Filo Artropoda
Arthós: articulação.
Com exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados
(patas, antenas, órgãos reprodutores, asas).
Insetos: únicos invertebrados capazes de voar.
Aracnídeos e crustáceos: possuem exoesqueleto
quitinoso que é impermeabilizante, sendo os primeiros
animais a viver em meio seco: proteção mecânica,
formação de apêndices articulados que permitem uma
locomoção rápida e ágil.
Exoesqueleto: formação de apêndices bucais
diferentes: proporciona diversificação alimentar em
artrópodes, ou seja, cada espécie com especialização
alimentar evita competição. Desvantagem: é muito
pesado, o que limita o tamanho, é rígido, o que impede
o crescimento.
Muda ou ecdise: perda do exoesqueleto para
crescer.
Exúvia: exoesqueleto perdido para a muda.
Hormônios: ecdisona, que estimula a muda e a
metamorfose e o juvenil, que inibe a metamorfose.
Larvas diferentes dos adultos: para evitar competição
dentro da própria espécie.
São o maior filo da natureza em número de espécies.
Importância ecológica
Detritivoros: consomem matéria orgânica presente
previamente no meio e contribuem com a reciclagem
de nutrientes.
Componentes do zooplâncton.
Polinizadores.
Importância econômica
Alimentação: crustáceos, mel de abelhas.
Vestuário: produção de seda de uma lagarta.
Pragas agrícolas: lagartas, besouros, gafanhotos.
Importância médica
Vetores etiológicos: transmissores de doenças, como
o barbeiro na doença de chagas.
Biologia
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Agentes etiológicos: causadores de doenças.
Peçonhentos: com veneno e com estruturas para
inocular veneno: abelhas, vespas, marimbondos, com
ferrão abdominal.
Características gerais
Eumetazoários, triblásticos, esquizocelomados,
enterozoários: com tubo digestivo compreto, bilatérias
com cefalização, protostômios, metamerizados.
Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos
(primeiros em meio seco).
De vida livre ou parasitas.
Sésseis ou móveis.
Classes
1. Insecta
Organismos com três pares de patas, corpo dividido
em cabeça, tórax e abdômen, com um par de antenas.
Vários possuem asas (dobramentos da cutícula
externa), que são determinantes no sucesso evolutivo de
dispersão pelo ambiente.
Possuem sistema circulatório aberto e sistema
excretor determinado portúbulos de Malpighi.
O sistema nervoso é ganglionar, com alta cefalização
e dotado de diversos receptores sensoriais.
O sistema respiratório é do tipo traqueal, aonde o
O2 vai direto para as células.
Eles mantêm o metabolismo alto (compatível com o
voo) pois possuem respiração traqueal, que conduz O2
direto para os tecidos, sem passar pelo sistema
circulatório.
2. Crustáceos
Animais divididos em cefalotórax e abdômen.
Possuem quatro antenase diversos pares de patas.
O exoesqueleto é fortalecido pela presença de
carbonato de cálcio e em sua maioria são dioicos, de
desenvolvimento indireto e fecundação interna.
Possuem como forma de excreção a presença de
glândulas verdes.
3. Aracnídeos
Animais divididos em cefalotórax e abdômen, sem
antenas e quatro pares de patas.
Sistema circulatório aberto, sistema respiratório
filotraquel (pulmões foliáceos).
Dioicos, de fecundação interna e desenvolvimento
direto.
Aranhas: possuem quelíceras (veneno), palpos
(manuseio de alimento) e fiandeiras (produção de teia).
Escorpiões: possuem quelíceras, palpos modificados
em pinças, e pós-abdomen com telson e aguilhão.
4. Miriápodes
Organismos que compreendem dois grupos: os
Diplópodes e os Quilópodes.
Biologia
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Ambos divididos em cabeça e corpo, com vários
pares de patas.
Em quilópodes, somente um par de patas por
segmento, e em diplópodes, dois pares. Ambos os
grupos apresentam um par de antenas, respiração
traqueal e excreção por túbulos de Malpighi.
No caso dos quilópodes, o melhor representante é a
lacraia, que apresenta pinças bucais venenosas e o
último par de patas com função sensorial.
Fisiologia
Pele impermeável com exoesqueleto quitinoso.
Respiração traqueal em insetos, quilópodes e
diplópodes: sistema conduz o oxigênio direto aos
tecidos, sem passar pelo sistema circulatório: sem
sangue, sem pigmentos respiratórios, apresentando a
hemolinfa (branco-leitoso), que não transporta O2.
Respiração filotraqueal: por pulmões foliáceos ou
pulmões “livro”, em aracnídeos. O2 é transportado pelo
sistema circulatório, portanto, possuem sangue com
pigmento respiratório, a hemocianina.
Respiração branquial, em crustáceos. O2 é
transportado pelo sistema circulatório, com sangue e
com pigmentos respiratórios, a hemocianina, com
coloração azulada (apresentam cobre).
Digestão exclusivamente extracelular.
Sistema sensorial: ocelos que captam a intensidade
da luz e/ou olhos compostos, com omatidios que
formam imagens e percebem cores.
Filo Echinodermata
Echino: espilho.
Exclusivamente marinhos, com endoesqueletos de
calcário e com projeções espinhosas.
Estrelas-do-mar, ouriços-do-mar.
Eumetazoários, triblásticos, 1ºs enterocelomados, 1º
deuterostômios.
Possuem simetria bilateral na fase larval e na fase
adulta apresentam simetria pentarradial.
Sésseis ou vágeis/errantes, de vida livre, não
metamerizados.
Reprodução assexuada por fragmentação ou
regeneração, por agentes externos.
Sexuada: dioicos, com fecundação externa, com
desenvolvimento indireto.
Classes
1. Asteroidea: estrela-do-mar; livres e predadores.
2. Ofiuroidea: ofiúros e serpentes-do-mar.
3. Equinoidea: ouriços e bolachas-do-mar. Sem braços
ou apêndices laterais (com exceção dos pés ambulacrais
e espinhos).
4. Holuturoidea: pepinos-do-mar; lateral ao substrato.
5. Crinoidea: lírios-do-mar; sésseis.
Filo Chordata
Com 4 características exclusivas, pelo menos no
embrião: notocorda (bastão semiflexível dorsal para
sustentação, sendo substituída pela coluna vertebral).
Tubo nervoso dorsal.
Fendas branquiais na faringe.
Causa pós-anal.
Eumetazoa (com tecidos), triblásticos,
enterocelomados (a mesoderme e o celoma vem de
envaginações da endomembrana), enterozoários, com
tubo digestivo completo, sendo deuterostômios.
Bilatérias, com cefanização.
Metamerizados com metameria parcial.
Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos.
Sésseis ou móveis.
Protocordados
Única estrutura de sustentação é a notocorda, sem
coluna vertebral.
Vertebrados
A notocorda é substituída pela coluna vertebral.
Protocordados
Organismos que não passaram pelo processo de
substituição da notocorda. Esta, ou continua mantida ou
reduz-se podendo até ser perdida.
1. Urochordata
Animais que detém a característica de um cordado
apensa em sua fase larval. Esta possui organismos livre-
natantes com cauda, notocorda e tubo nervoso dorsal
aparente. Já a fase adulta é séssil, filtradora e há perda
da notocorda, do tubo nervoso dorsal e da cauda, com
a presença de dois principais sifões.
Biologia
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2. Cephalochordata
Tem o anfioxo como principal organismo, sendo este
o modelo anatômico padrão para todos os cordados.
Não possui cabeça diferenciada e a notocorda é
mantida durante toda a fase de vida dos animais.
3. Hemichordata
Animais vermiformes com fendas faringeanas
bastante evidentes, porém com notocorda por vezes
discutida como inexistente. A classificação ainda é
discutida.
Subfilo vertebrata, classe agnatha ou cyclostomata
Apresentam crânio, boca circular e não apresentam
mandíbula.
Todos aquáticos, com hábitos alimentares parasitas,
exclusivamente.
Pele sem escamas, com esqueleto cartilaginoso,
notocorda persistindo no adulto, sendo envolvida pela
coluna.
Cefalização é evidente.
Somente nadadeiras ímpares.
Exemplo: lampreias e peixes-bruxa.
Transição dos ágnatas para os gnatostomados
1. Surgimento da mandíbula: permite hábitos
alimentares mais diversificados, além do parasitismo.
2. Corpo passa a ser fusiforme: confere hidrodinâmica
e proporciona locomoção rápida.
3. Surgimento de nadadeiras pares: permitem a
realização de manobras, com locomoção mais ágil.
Peixes cartilaginosos
Pertencem à classe Condrícties e possuem um
revestimento corporal de cartilagem.
Tubarões, arraias e quimeras são exemplos comuns
do grupo, ambos agora com presença de mandíbula
móvel e denteada. Com brânquias expostas.
Há presença de linha lateral, importante sensor de
movimento.
Apresentam nadadeiras pares além das ímpares
encontradas no grupo referido. Os condrictes são
dioicos, possuem fecundação interna e podem ser
ovíparos, ovovíparos ou vivíparos.
Excretam ureia.
Sem bexiga natatória: acumulam óleo no fígado para
reduzir a densidade para facilitar a flutuação.
Apresentam intestino curto, com rápida digestão.
Peixes ósseos
A classe dos Osteícties compreende os peixes
denominados ósseos, por possuíres escamas flexíveis
sob uma cutícula óssea.
O corpo é mais hidrodinâmico e não precisam
manter fluxo de água nas brânquias através da natação,
pois possuem opérculo que cria fluxo constante.
Possuem também a bexiga natatória, importante
para natação na coluna d’água, (bolsa que acumula
gases para reduzir a densidade para facilitar a
flutuação), além da já descrita linha lateral. Assim como
nos condrictes, excretam amônia.
Classe amphibia
Amphi: 2; Bios: vida = com fase larvária aquática e
com fase adulta terrestre.
Primeiros vertebrados terrestres, mas restritos a
meios sombrios e úmidos.
Sapos, salamandras, “cobras-cegas”.
Pele permeável: pouco queratinizada, sem escamas,
com glândulas para manter a hidratação.
Respiração na larva aquática: branquial. Em adultos:
pulmonar, cutânea indireta.
Com circulação fechada dupla (com sangue venoso
e arterial no coração, incompleta (com mistura de
sangue venoso e arterial) e coração tricavitário (2A 1V).
Biologia
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Digestão exclusivamente extracelular.
Dioicos, com fecundação externa na água, sem
órgão cupulatório, são ovíparos, com ovo sem casca
impermeável (na água).
Anamniotas: sem âmnio, com desenvolvimento
embrionário na água. Sem cório e sem alantoide.
Apresentam desenvolvimento indireto, com larva
aquática de respiração branquial, dependendo da água
para reproduzir.
Principais grupos
1. Anura: cabeça e tronco: sapos, rãs e pererecas.
2. Urodela: cabeça, pescoço, tronco e cauda:
salamandras.
3. Apoda: corpo vermiforme e sem patas: cobras-
cegas.
Classe reptilia
Reptilis: rastejante.
Primeiros vertebrados terrestres em meios
ensolarados e secos.
Lagartos, cobras, jacarés, tartarugas.
Pele impermeável (muito queratinizada), sem
tendência de ressecação.
Com pulmões muito eficazes, sem precisar de
respiração cutânea.
Com fecundação interna (em terra), com órgão
cupulatório.
Ovos com casca impermeável (calcária) em terra.
Primeiros amniotas: com âmnio, cório e alantoide.
Com desenvolvimento embrionário em terra, sem
larva.
Circulação fechada dupla (com sangue venoso e
arterial no coração), incompleta e tricavitário (ventrículo
começa a ser dividido por um septo interventricular).
Exceção: répteis crocodilianos: apresentam coração
tetracavitário e circulação ainda incompleta.
Digestão exclusivamente extracelular, com dentes
(exceção das tartarugas).
São dioicos, realizam fecundação interna, possuem
órgão cupulatório e desenvolvimento direto.
Principais grupos
1. Quelônios: possuem carapaça dorsal e plastrão
ventral (que formam um casco): cágados, jabotis e
tartarugas.
2. Escamados: serpentes (Ofídeos) e lagartos
(Lacertilia).
3. Crocodilianos: jacarés, crocodilos.
Cobras
Todas são venenosas e algumas são peçonhentas,
com presas ou dentes de veneno para inoculação do
veneno.
Áglifas: sem presas, não peçonhentas: jiboia, sucuri,
que matam por esfixia.
Opistóglifas: presas posteriores, não peçonhentas:
coral-falsa.
Proteróglifas: com presas anteriores, sendo
peçonhentas: coral.
Solenóglifas: com presas anteriores, grandes e
retráteis (retidos no palato e, quando necessário, osso
transverso empurra o dente).
Ectotermia: não produz calor próprio, adquirindo calor
do meio.
Baixo metabolismo.
São pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo
é igual a temperatura do meio.
Restritos a ambientes quentes.
Endotermia: produção de calor próprio.
Alto metabolismo.
São homeotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo
é constante, independente do meio.
Podem habitar meios quentes e frios.
Peixes
Bicavitários (1A, 1V).
Circulação simples: só com sangue venoso no
coração. Há baixa pressão no sangue, portanto, má
oxigenação dos tecidos e um baixo metabolismo =
ectotérmicos.
Anfíbios e répteis
Tricavitário (2A, 1V).
Biologia
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Circulação dupla (alta pressão no sangue) e
incompleta (sangue misturado nos tecidos com pouco
O2), havendo uma má oxigenação dos tecidos e um
baixo metabolismo = ectotérmicos.
Répteis crocodilianos
Tetracavitários (2A, 2V).
Com mistura de sangue = ectotérmicos.
Aves e mamíferos
Tetracavitário (2A, 2V).
Circulação dupla (com sangue venoso e arterial no
coração – alta pressão no sangue) completa (sem
mistura de sangue – sangue arterial nos tecidos),
proporcionando uma boa oxigenação tecidual e um alto
metabolismo = endotérmicos.
Penas e pelos: para reter calor.
Classe das Aves
Adaptadas ao voo.
Pele impermeável revestida por penas de queratina,
para retenção de calor: endotermia.
Com glândula uropígea para produzir lipídios para
impermeabilizar penas: petróleo remove lipídios das
penas das aves, que passam a absorver água, deixando
as aves muito pesadas que, afundam e morrem por
afogamento.
Músculos com muita proteína mioglobina (vermelha,
com ferro), para transferir O2 da hemoglobina das
hemácias para as mitocôndrias do músculo para
fazerem respiração aeróbica e produzirem energia.
Esqueleto com membros anteriores modificados
com asas, com quilha ou carena, um osso externo
modificado perpendicular ao peito para inserir músculos
peitorais grandes para movimentar as asas.
Com ossos pneumáticos: ocos, com ar para redução
da densidade.
Respiração pulmonar com pulmões e sacos aéreos:
expansões dos pulmões para dentro dos ossos
pneumáticos. Acumulam ar para redução de densidade,
também auxiliam nos movimentos respiratórios, mas
não promovem hematose (não promovem trocas
gasosas com o sangue).
Sem dentes para redução de peso, havendo uma
moela, ou seja, um estômago mecânico: bolsa
musculosa para triturar o alimento com auxílio de
pedrinhas deglutidas.
Papo: dilatação no esófago para armazenar
alimento.
Excreção de ácido úrico, (quase insolúvel, eliminados
sem água), além de não possuírem bexiga.
Cerebelo bem desenvolvido para equilíbrio.
São dioicas, com fecundação interna, sem órgão
cupulatório, ovíparos, desenvolvimento direto.
Siringe: na laringe para produção de canto e para
demarcar território.
Mamíferos
Com glândulas mamárias, glândulas sebáceas,
glândulas sudoríparas, pelos, diafragma, hemácias
anucleadas.
A circulação é dupla e completa, assim como em
aves.
O aumento encefálico é outro importante destaque,
que permite maior capacidade cognitiva.
1. Prototérios: não possuem placenta e são ovíparos
(botam ovos), como o ornitorrinco.
2. Metamérios: vivíparos marsupiais, sem ovos, com
placenta rudimentar, completando o desenvolvimento
numa bolsa chamada de marsúpio, como o canguru, o
coala, o gambá.
Biologia
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3. Placentários ou eutérios: sem ovos, possuem
placenta e cordão umbilical ligando o feto à mãe, como
os humanos, os coelhos, os golfinhos e as baleias.
Anatomia
Ecologia
Estudo do meio ambiente: relações da natureza.
Ecobiose: ser vivo + meio físico.
Alelobiose: ser vivo + ser vivo.
Aloiobiose ou interespecíficas: de espécies distintas.
Cenobiose ou intraespecíficas: da mesma espécie.
1. População: grupo de organismos da mesma espécie
na mesma região.
2. Comunidade ou biocenose: conjunto de todas as
populações de uma região: todas as espécies e todos os
seres vivos.
3. Ecossistema: interação entre comunidade e meio
físico.
4. Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da terra.
Condições para vida
Água líquida.
Temperaturas compatíveis para água líquida.
Fonte de carbono para produzir moléculas
orgânicas.
Fonte de energia.
Elementos minerais.
Bactérias extremófilas: adaptadas a meios extremos.
Termoacidófilas: em fontes vulcânicas submarinas.
Halófilas extremas: em meios muito salinos.
Metanogênicas: em meios com muito H2 e pouco O2.
Ecossistema
Unidade básica no estudo da ecologia, com 4
componentes:
1. Biótopo: meio físico = fatores abióticos.
2. Comunidade: biota = seres vivos = fatores bióticos.
3. Fluxo de energia.
4. Ciclos de matéria.
Comunidade
Hábitat: local que uma espécie habita, ou seja, seu
“endereço”.
Nicho ecológico: função que a espécie desempenha.
Princípio da exclusão competitiva ou de Gause
Duas espécies não podem ocupar o mesmo nicho ao
mesmo tempo.
A competição tende a eliminar uma das espécies.
Para evitar competição, deve haver diversificação
alimentar nas várias espécies, com cada uma se
especializando em algum alimento.
Seres vivos na comunidade
Autótrofos: plantas, algas e algumas bactérias fazem
fotossíntese, algumas bactérias fazem quimiossíntese,
sendo, portanto, produtores.
Heterótrofos: não produzem matéria orgânica a
partir de matéria inorgânica, dessa forma, dependem da
matéria orgânica produzida pelos autótrofos. Podem ser
compositores ou decompositores.
Consumidores: usam matéria orgânica fresca. Eles
são herbívoros, carnívoros, onívoros (herbívoro e
carnívoro).
Decompositores: usam matéria orgânica do meio em
decomposição. Eles são detritívoros saprófagos, sendo
as bactérias e os fungos. Eles transformam a glicose em
CO2 e H2O, sendo obrigatórios no ecossistema,
juntamente dos produtores.
Fluxo de energia
Cadeia alimentar: representação de um possível
caminho para o fluxo de energia num ecossistema.
Divididos em níveis tróficos, não representando os
indivíduos, mas as populações.
BiologiaPágina | 109
Decompositores não são representados nas cadeias
alimentares, ficando subentendidos. Se determinado
organismo puder ser posicionado numa cadeia
alimentar, ele não pode ser decompositor.
O produtor sempre está no primeiro nível trófico.
O consumidor primário está no segundo nível
trófico.
É unidirecional. 2ª lei da termodinâmica: quando se
transforma energia, parte se perde como calor. A
energia usada se dissipa como calor e não pode ser
reaproveitada.
A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia
alimentar.
Cadeias alimentares
De pastagem: se iniciam com plantas.
Detritívoras: se iniciam com matéria orgânica em
decomposição, como em mangues.
Produtividade
Energia, área, tempo.
Líquida: energia que sobra.
Produtividade bruta: energia recebida.
Taxa de respiração: energia consumida para manter
funções vitais.
Líquida: = produtividade – taxa de respiração.
A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia
alimentar.
A produtividade líquida de um nível é a bruta do nível
seguinte.
Uma cadeira alimentar não pode ter mais do que 4
ou 5 níveis tróficos, pois não haverá energia suficiente
para os níveis tróficos distantes do produtor.
Quanto mais próximo do produtor, maior a energia
disponível – do ponto de vista populacional.
Pirâmides ecológicas
1. Números: representa a quantidade de indivíduos em
cada nível trófico.
2. Biomassa: representa a soma das massas corpóreas
dos indivíduos em cada nível trófico.
3. Energia: representa a energia (em calorias)
disponíveis para o próximo nível trófico.
Pirâmides invertidas
Quando a reprodução compensa o que é
consumido.
Ciclos biogeoquímicos
Princípio de Lavoisier: na natureza nada se cria, nada
se perde, tudo se transforma.
Obrigatórios nos ecossistemas: decompositores e
produtores.
Ciclo do Carbono
Carbonatos, carbonato de cálcio ou calcário.
CO2 = 0,04% da atmosfera.
Pela fotossíntese/quimiossíntese, há produção de
moléculas orgânicas nos produtores que obtemos
através da alimentação.
Biologia
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Quando produtores respiram ou morrem, liberam
CO2.
Queimadas e combustão de combustíveis fósseis
também liberam CO2, causando a intensificação do
efeito estufa e o aquecimento global.
A Terra é aquecida do solo para a atmosfera,
portanto, a temperatura diminui 1oC a cada 100 metros.
Gases do efeito estufa: CO2, CH4, H2O, N2O, CFC.
CH4 – gás natural de petróleo ou biogás de
biodigestores: gases liberados pelo intestino de animais,
pântanos, mangues, lixões, decomposição anaeróbica
em lagos de barragens.
Biodigestor: utiliza dejetos que são decompostos
para gerar metano como combustível e, com sua
queima, libera energia, CO2 (gás menos agressivo) e
água.
CFC: únicos GEE artificiais, ou seja, produzidos por
humanos.
Aquecimento global
Aumento da temperatura da Terra, causando o
derretimento das calotas polares, da elevação do nível
dos oceanos.
Se diminui o gelo, diminui o albedo, diminui a
reflexão da luz na Terra, aumenta a absorção de luz por
solo e água = aumenta o calor.
Liberação de metano com o derretimento do gelo.
Branqueamento dos corais.
Aumento da produtividade vegetal = aumento da
fotossíntese.
Redução do CO2 atmosférico
Redução das emissões de CO2: redução do uso de
combustíveis fósseis e o aumento do uso de fontes de
energia limpa: hidrelétricas, usinas nucleares.
Problemas da hidrelétrica: construção de barragens,
o impedimento da piracema de peixes, inundação de
florestas com perda de biodiversidade e decomposição
anaeróbica da floresta morta inundada liberando CH4.
Problemas das usinas nucleares: produção de lixo
atômico, liberação de água quente (para resfriamento
de arrefecimento das turbinas) em ecossistemas
aquáticos = com o aumento da temperatura da água,
diminui a solubilidade de O2 na água, diminuindo o
oxigênio e causando a asfixia de organismos aquáticos),
além do risco de acidentes.
Fontes alternativas de energia: não poluentes,
porém, com alto custo: eólica, solar.
Remoção de CO2 da atmosfera: sequestro de CO2:
fotossíntese, ou seja, se deve proteger as florestas e
reflorestar. Nesse caso, proteger florestas adultas é
menos vantajoso, visto que, as plantas quase não
crescem mais, sendo a fotossíntese igual a respiração.
Biocombustíveis: mecanismo de compensação: a
fotossíntese no crescimento das plantas remove o CO2
liberado na queima de combustível.
Problema dos biocombustíveis: diminui a quantidade
de terra disponível para plantar alimento, aumentando
o preço de alimentos para o consumidor.
Sequestro geológico de CO2: remoção de CO2 da
atmosfera para que seja aprisionado em aquíferos muito
salinos ou jazidas maduras de petróleo.
Poluição por CO
Monóxido de carbono: inodoro, incolor, liberado na
queima parcial de moléculas orgânicas.
A queima incompleta de combustíveis fósseis libera
CO2, CO e H2O.
O CO se liga de modo estável ao Fe da hemoglobina
formando a carboxiemoglobina, o que impede o O2 de
se ligar com a Hb, impedindo o transporte de O2 no
sangue e causando asfixia lenta.
Ciclo do Oxigênio
21% da atmosfera da terra.
Camada de ozônio na estratosfera/ozonosfera: entre
15 e 40km de altitude: produz contra raios UV.
Ao nível do mar, o O3 é poluente, causando
dificuldades respiratórias, ardência dos olhos, etc.
Raios UVA: 99% dos raios UV que atingem a Terra
(pouco bloqueados pela camada de O3), durante o ano
todo, entram mais fundo até a derme = causam câncer
de pele e fotoenvelhecimento.
Raios UVB: 1% dos raios UV. Que atingem a Terra.
Eles entram menos, chegando apenas até a epiderme,
porém, eles são mais agressivos, podendo causar
também câncer de pele, além das queimaduras, lesões
na retina (cegueira), morte de fitoplâncton, ativação da
vitamina D e bronzeamento.
Biologia
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Raios UVC: completamente bloqueados pela camada
de ozônio, não atingindo a Terra. São os mais
agressivos.
Buracos na camada de ozônio – 1985
Principalmente nas regiões polares.
Devido ao CFC, em refrigeração e como propelentes
de aerossóis.
Ventos de grande altitude levam CFC aos polos.
Os buracos na camada de ozônio são maiores no
polo sul (Antártida) (mais frio que o polo norte), pois
baixas temperaturas dificultam a renovação do ozônio.
Protocolo de montreal – 1987
Abolição do uso de CFC, sendo substituído por HFC.
Como o cloro do CFC que agride a camada de O3,
HFC sem cloro não agride a camada de O3.
Ciclo do Nitrogênio
78% da atmosfera.
Somente pode ser usado por organismos fixadores
de N, ou seja, as bactérias com enzima nitrogenase.
Fixação de N consome muita energia, que é
fornecida por respiração aeróbica (precisa de O2).
Fixação de N é inibida por muito oxigênio (O2
promove oxidação e não redução).
A fixação de N precisa de O2, mas em pequena
quantidade.
Como a fixação consome muita energia, sobra pouca
energia para os fixados de N se reproduzirem: há
poucos fixadores de N na natureza = há pouco N fixado
na natureza.
A falta de N fixado é um dos principais fatores que
limitam a vida na Terra: para aumentar a produtividade
vegetal em agricultura, deve-se fornecer N fixado por
adubação = fertilização.
Fertilizantes orgânicos: estrume, húmus: matéria
orgânica (ureia, ácido úrico) deve ser decomposta por
organismos decompositores e formando a matéria
inorgânica (amônia).
Fertilizantes inorgânicos: NPK (NO3-) = sais prontos
para serem usados. São produzidos pela fixação artificial
de nitrogênio.
Excesso de fertilizantes nitrogenados: chuva ácida
(NO3- + água = HNO3), intoxicação humana por nitrato
(liga-se no Fe da Hb de modo estável formando a
metaemoglobina, impedindoo transporte de oxigênio e
promovendo asfixia lenta), além da eutrofização
(aumento da quantidade de nutrientes em ecossistemas
aquáticos).
Eutrofização
Aumento de fertilizantes nitrogenados.
Aumento do esgoto doméstico.
Causa o aumento da quantidade de algas = floração
das águas: algas têm ciclo de vida curto e, quando
morrem, os restos orgânicos (algas mortas, esgoto,
petróleo), aumentam decompositores aeróbicos que
consomem o oxigênio (aumenta o DBO = débito
biológico de O2).
Diminui o teor de oxigênio = zonas mortas.
Anaeróbicos quando aumentam liberam metano e
H2S.
Revolução Verde
Após a 2ª Guerra, houve um grande aumento na
produção de alimentos por área plantada.
Sementes híbridas: desenvolvidas por seleção
artificial = melhoramento genético.
Desenvolvimento de pesticidas, como os inseticidas
(agrotóxicos/defensivas agrícolas).
Fertilizantes inorgânicos: NPK.
Fixação de nitrogênio
Artificial: método Haber-Bosch (N2 + H2 = NH3).
Atividade vulcânica.
Biológica: por fixadoras: cianobactérias ou
cianofíceas ou algas azuis: em ambientes aquáticos.
Bactérias rhizobium sp: principais em ecossistemas
terrestres. São mutualísticas com raízes de plantas
leguminosas (o fruto é uma vagem: soja, feijão, ervilha,
amendoim).
Elas vivem em nódulos nas raízes de leguminosas,
estando protegidas dos excessos de O2 que iriam inibir
a fixação.
Leguminosas fornecem oxigênio às bactérias pela
proteína leg-hemoglobina para que as bactérias façam
respiração aeróbica para que possam obter energia
para a fixação.
Biologia
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Leguminosas têm mais acesso a nitrogênio fixado,
tendo maior facilidade de produzir proteínas = são as
plantas com maior teor de proteínas.
Adubação verde
Uso de leguminosas para enriquecer o solo de
nitrogênio = permite o uso de menor quantidade de
fertilizantes.
Rotação de culturas: cultivo alternado de
leguminosas (acumulam N) e não leguminosas
(esgotam N).
Plantação consorciada: cultivo simultâneo de não
leguminosas e leguminosas.
Etapas do ciclo do nitrogênio
1. Fixação: N2 = NH3/NH4
+ (amônia/amônio, que são
tóxicos).
2. Nitrificação – nitrosação: NH3/NH4+ = NO2- (nitrito,
também tóxico) + E.
3. Nitratação: NO2- = NO3- (nitrato, menos tóxico para
as plantas = principal fonte de N para plantas) + E.
Formação de moléculas orgânicas nitrogenadas:
através da amônia, do nitrato e de derivados da
fotossíntese, se produz aminoácidos, proteínas, bases
nitrogenadas, ácidos nucleicos.
4. Amonização = decomposição: moléculas orgânicas
nitrogenadas em cadáveres e excretas nitrogenadas são
decompostos por bactérias e fungos, liberando amônia
(NH3), formando nitrato (etapa 2), sendo utilizados na
produção de moléculas orgânicas ou indo para a
desnitrificação.
5. Desnitrificação: devolução do N2 para a atmosfera:
NO3
- = N2, feito pelas bactérias pseudômonas, que só
desnitrificam em meios com pouco O2: pântanos,
mangues.
Ciclo da Água
Ciclo curto: sem a participação de seres vivos,
envolvendo transformações físicas da água.
Ciclo grande ou biólogo: passagem de água pelos
seres vivos, envolvendo transformações químicas da
água.
Ciclo do Enxofre
Presente em alguns aminoácidos, algumas vitaminas.
Assimlição: originados da decomposição de
compostos sulfurados.
Retorno: decomposição.
Importância ecológica: reação dos gases SO2 e SO4
com a água na atmosfera → formação das chuvas ácidas
→ danos à agricultura e monumentos públicos.
Quando se queima combustível fóssil, libera SO2 e
SO3 como poluentes, (carvão > petróleo > gás natural).
Esses óxidos de enxofre formam o SMOG, uma
névoa de fumaça que causa irritação nos olhos e
dificuldades respiratórias, além da formação das chuvas
ácidas.
Ciclo do Fósforo
Componentes dos nucleotídeos, fosfolipídios, fosfato
de cálcio.
Assimilação: fosfatos liberados da erosão de rochas.
Retorno: decomposição.
Dinâmica das populações
Estudo do crescimento das populações.
Potencial biótico: capacidade teórica máxima de
crescimento de uma população em condições ideias
(sem fatores limitantes). É constante para uma
população, só dependendo dela e sem influência do
meio.
Biologia
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Resistência do meio: conjunto de fatores limitantes
do crescimento = disponibilidade de água, alimento e
espaço, inimigos naturais como competidores,
predadores e parasitas.
Potencial biótico > resistência do meio = crescimento
da população.
Curva sigmoide ou “em S”
Crescimento lento: há poucos indivíduos se
reproduzindo.
Crescimento rápido: exponencial = há muitos
indivíduos se reproduzindo.
Equilíbrio: resistência do meio se opõe ao potencial
biótico: equilíbrio dinâmico com pequenas oscilações.
Curva “em J”
Curva de crescimento exponencial devido à ausência
de fatores de resistência ambiental.
Representa um crescimento hipotético cujas
condições ambientais são ideais.
Espécies “r” e “k” estrategistas
R: taxa de crescimento.
K: capacidade de suporte.
Espécie “r” estrategista: com grande número de
descendentes, sem cuidado parental na prole, com alta
taxa de mortalidade nos jovens, chegando poucos
indivíduos à idade adulta.
De pequenas dimensões: uma pequena quantidade
de recurso já sustenta a população.
Fator limitante não é a resistência do meio, mas a
taxa de crescimento.
Espécies “k” estrategistas: com pequeno número de
descendentes, com cuidado parental da prole, com alta
taxa de sobrevivência nos jovens, chegando muitos
indivíduos à idade adulta.
De grandes dimensões: precisam de muitos recursos.
Fator limitante é a resistência do meio.
Crescimento na população humana
Diminuição das taxas de mortalidade com a
Revolução Industrial: avanços da medicina, saneamento
básico, aumento da produção de alimento (pós 2ª
Guerra = Revolução Verde: pesticidas, sementes
híbridas, fertilizantes nitrogenados).
Capacidade de suporte para a espécie humana:
13,5bi.
Fatores limitantes para a espécie humana: ciclo de
nitrogênio, de fósforo e do carbono.
Taxa de fecundidade ou fertilidade: número médio
de filhos por mulher ao longo da vida, sendo ideal a taxa
de reposição = taxa de fertilidade para que a população
humana fique constante = 2,1 a 2,2.
Países ricos: baixa taxa de fertilidade, baixas tacas de
natalidade e baixas taxas de mortalidade = baixo
crescimento.
Países pobres: altas taxas de fertilidade, altas taxas de
natalidade e baixas taxas de mortalidade = alto
crescimento.
Taxa de natalidade: nº de nascimentos.
Taxa de mortalidade: nº de mortes.
Taxa de imigração: nª de indivíduos que chegam.
Taxa de emigração: nº de indivíduos que saem.
População fechada: sem migração.
Densidade populacional: número de indivíduos por
unidade de espaço (área/volume).
Fatores que regulam o crescimento populacional
Clima, disponibilidade de espaço, disponibilidade de
alimento, alterações na estrutura do ecossistema,
Biologia
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predatismo, parasitismo, competição intraespecífica,
competição interespecífica.
Relações ecológicas
Harmônicas: não causam prejuízos (+/+ ou +/o).
Desarmônicas: causam prejuízos (+/- ou +/o ou -/-).
Intraespecíficas: dentro da mesma espécie.
Interespecíficas: entre espécies distintas.
Harmônicas
1. Colônia: +/+, intraespecífica.
Com ligação anatômica permanente.
Vantagens: proteção, facilidade de reprodução,
divisão de trabalho.
Isomorfa ou homomorfa ou homotípica: sem divisão
de trabalho, ex: bactérias, corais.
Heteromorfa ou heterotípica: apresentam divisão de
trabalho, ex: cianobactérias, caravelas.
2. Sociedades: +/+, intraespecífica.
Sem ligação anatômica permanente.
Sempre apresentam divisãode trabalho.
Exemplo: insetos sociais com castas: classes sociais
imutáveis. São os cupins, as abelhas e as formigas.
Colmeia: abelhas.
Rainha: única fêmea fértil (2n).
Zangões: únicos machos (n).
Operárias: fêmeas estéreis, (2n).
Estéril: operária, se alimenta de mel.
Fértil: rainha, que come a geleia real (mel +
hormônios sexuais).
Enxameamento: formação de nova colmeia.
Pela partenogênese, origina machos (n).
Comunicação: feromônios, dança.
Formigueiro: formiga saúva.
Rainha ou iça ou tanajura: única fêmea fértil, quando
jovem, é alada.
Reis alados ou bitus: únicos machos.
Operárias: fêmeas estéreis, com funções gerais.
Soldados: fêmeas estéreis, para defesa.
Quando jovens, as rainhas aladas abandonam o
formigueiro para o voo nupcial, onde são fecundadas
pelos reis alados.
Após o voo, os machos morrem e as rainhas perdem
as asas, se enterram no solo e começam a formar um
formigueiro.
As saúvas cortam folhas para “adubar” a “plantação”
de fungos no formigueiro.
Comunicação: feromônios.
3. Gregarismo: +/+, intraespecífica.
Associação temporária em bandos para migração,
defesa e/ou reprodução.
Exemplo: bando de aves, cardumes de peixes.
4. Mutualismo: +/+, interespecífica.
Obrigatório para pelo menos um dos associados.
Exemplo: líquens (alga + fungos): indicadores de
poluição (desaparecem rapidamente em áreas
poluídas), organismos pioneiros em sucessões
ecológicas (1º a chegar num meio, facilitando a
instalação de outros seres).
Fungos incidem na rocha nua, liberam ácidos
digestivos que corroem a rocha, gerando reentrâncias
que acumulam poeira. Eles retêm água no solo e abrem
caminho para as plantas se desenvolverem.
Micorrizas (raízes + fungos), bacteriorrizas (raízes +
bactéria rhizobium), herbívaros (ruminantes) + bactérias
produtoras de enzimas ceuloses, humanos + bactéria da
microbiota intestinal.
O excesso de antibióticos mata as bactérias da
microbiota proliferam fungos, que liberam toxinas e
causam diarreias.
Origem da microbiota: passagem do canal de parto;
amamentação.
Manutenção da microbiota: probióticos (com
microorganismos vivos, como bactérias lactobacillus, ex:
leite, iogurtes).
5. Protocooperação: +/+, interespecífica.
Não é obrigatório.
Exemplo: charangueiro paguro (fornecem
motilidade) e anêmonas-do-mar (fornecem proteção),
pássaros paliteiros (fornecem remoção de parasitas nos
dentes) + jacarés (fornecem alimento e proteção).
Biologia
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6. Comensalismo: +/o, interespecífica.
Uma espécie (comensal) usa restos de alimentos de
outra espécie sem ajudar/prejudicar.
Exemplo: hienas + leões, peixes-piloto + tubarões,
rêmoras (“piolho de tubarão”, consegue alimento,
proteção e carona) + tubarões.
6. Inquilinismo: +/o, interespecífica.
Uma espécie (inquilina) vive dentro de outra espécie
sem ajudar ou prejudicar.
Epibiose: uma espécie vive na superfície de outra
espécie sem ajudar ou prejudicar: epifitismo (planta vive
sobre outra planta, como as orquídeas/bromélias em
árvores) ou epizoísmo (animal vive sobre outro, como as
cracas em baleiais).
Forésia: uma espécie é transportada por outra, sem
ajudar ou prejudicar, como os carrapichos e os animais.
Desarmônicas
1. Canibalismo: +/-, intraespecífica.
Um indivíduo devora outro da mesma espécie.
Exemplo: canibalismo sexual = fêmea devora o
macho após o ato sexual (louva-a-deus, viúva-negra).
2. Competição: -/-, intraespecífica ou interespecífica.
A demarcação de territórios evita competição (galos,
cachorros).
3. Amensalismo ou antibiose: +/- ou -/o, intraespecífica
ou interespecífica.
Um indivíduo libera substâncias tóxicas (antibióticos)
para matar ou inibir outro indivíduo, para eliminar
inimigos naturais.
Exemplo: pinheiros, cactos, fungos, algas pirrófitas
ou dinoflageladas (neurotoxinas paralisantes do sistema
nervoso vertebral, causando parada respiratória. Em
águas poluídas – eutrofizadas, as algas proliferam,
deixando a água vermelha = maré vermelha).
4. Predatismo: +/-, interespecífico.
Predador mata a presa de imediato.
5. Parasitismo: +/-, interespecífica.
Parasita não mata o hospedeiro de imediato, mas no
longo prazo.
Animal comendo folha.
Herbivoria: animal come planta.
Esclavagismo: uma espécie se aproveita do trabalho
de outra espécie. Exemplo: vespas roubando mel em
colmeias, passados cucos põem ovos no ninho de
outros pássaros.
Sucessão ecológica
Conjunto de mudanças graduais, ordenadas e
previsíveis num ecossistema ao longo do tempo.
1. Estágio inicial: ecese.
Instalação de organismos pioneiros (1º a chegar num
meio, facilitando a instalação de outros organismos).
Pioneiros: sempre autótrofos e, algumas vezes,
fixadores de nitrogênio.
Exemplo: cianobactérias = algas azuis, em lagos
recém-formadas, líquens em rochas nuas, gramíneas em
dunas.
Gramíneas: tolerante ao sol, retêm água no solo e
evitam erosão.
2. Estágios intermediários: séries ou seres.
Arbustos (médio porte): tolerante ao sol, fazem
sobra.
3. Estágio final: comunidade clímax.
Instalação da última comunidade, sendo a mais
complexa e a mais estável possível.
Não muda se o meio físico não mudar.
Bioma: clímax típica de uma determinada região.
Árvores (grande porte): só nascem na sobra.
Sucessão ecológica em lagoa
Pássaros bebem água em algum lago, grudam ovos
de peixe no seu bico, que são trazidos para o novo lago.
Tendências da sucessão da ecese ao clímax
Biodiversidade (nº de espécies) aumentam.
Aumentam a complexidade (nº de nichos).
Aumentam a biomassa (matéria orgânica).
Amentam a taxa de respiração.
São máximos e constantes quando chega ao clímax.
Biologia
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A produtividade líquida diminui (energia que sobra):
produtividade bruta (energia recebida) – taxa de
respiração (energia consumida).
Sucessão primária
Em meios onde nunca houve um ecossistema antes.
Lagos recém-formados, rocha nua, duna.
Não são influenciadas por comunidades
previamente existentes.
Sucessão ecológica
Em meios onde havia um ecossistema que foi
perdido.
Plantações, queimadas.
São influenciadas por comunidades previamente
existentes.
É mais rápida, pois aproveita nutrientes deixados
pela sucessão primária.
Floresta Plantação
Clímax Ecese da sucessão 2ª
Produtividade líquida
quase zero
PL alta
Quase não sobra matéria
orgânica para quem não
é do ecossistema
Sobra muita matéria
orgânica
Alta biodiversidade:
muitos predadores,
pouco vulnerável a
pragas
Baixa biodiversidade:
poucos predadores:
muito vulnerável a
pragas
Biosfera
Conjunto de todos os ecossistemas da terra ou
conjunto de todas as regiões da terra com vida.
Talassociclo: água salgada, 71% da terra.
Limnociclo: água doce, menos de 1% da terra.
Epinociclo: terra, 27% da terra.
Talassociclo
Biociclo de água salgada, com profundidade média
de 4km, com profundidade máxima de 11km.
Salinidade: 3,5g de NaCl/L.
Pressão hidrostática: aumenta 1 atm a cada 10m de
profundidade.
Luminosidade: diminui com o aumento da
profundidade.
1. Zona eufótica: de 0 a 80 metros, com muita luz,
muita fotossíntese, muita matéria orgânica, muita
diversidade de vida.
2. Zona disfótica: de 80 a 400 metros, com pouca luz,
pouca fotossíntese, pouca alga, pouca matéria orgânica,
pouca quantidade/diversidade de vida.
3. Zona afótica: abaixo de 400 metros, sem luz, sem
fotossíntese, sem algas, depende de matéria orgânica
importada: chuva de detritos (restos de organismos
aquáticos mortos que afundam). Pouquíssima matéria
orgânica e diversidade de vida. Animais adaptados a
altas pressões hidrostáticas. Alguns poucosecossistemas são mantidos pela quimiossíntese.
Organismos
Plâncton: comunidade de organismos que flutuam
na superfície da água, à deriva. São microscópicas.
Fitoplâncton: autótrofo, base da cadeia alimentar.
São as cianobactérias, algas microscópicas.
Zooplâncton: heterótrofo: protozoários, larvas de
animais aquáticos, microcrustáceo.
Nécton: nadam ativamente na massa de água. São
os peixes, mamíferos aquáticos.
Bênton: vivem sobre ou sob o leito marinho. São as
algas coralináceas, esponjas, corais, ouriços-do-mar,
siris.
Ressurgência
Aumento da produtividade das algas, matéria
orgânica e peixes em águas mais frias.
A partir de 200 metros de profundidade, a
temperatura é constante de 2 a 3oC (influenciada pela
latitude e por correntes marinhas).
Quando a água fria, de maior densidade, afunda,
desloca os nutrientes do fundo do oceano para a
superfície, proporcionado para as algas.
Limnociclo
Biociclo de água doce.
Província lêntica: água doce parada = lagoas, lagos.
Como não está em movimento, facilita a ficação de algas
e alta atividade de fotossíntese (alta matéria orgânica,
Biologia
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alta quantidade e diversidade de peixes, alto consumo
de oxigênio e baixo teor de oxigênio).
Província lótica: água doce em movimento: rios.
Dificuldade de fixação das algas, baixa fotossíntese,
baixa matéria orgânica, baixa diversidade e quantidade
de peixes, menor consumo de oxigênio e maior teor de
oxigênio. Dependem da ajuda de matéria orgânica
importada das margens (folhas, frutos das plantas das
margens, água que escoa com nutrientes).
Biomas terrestres
Epinociclo: biociclo terrestre.
1. Florestas: vegetação com predomínio de árvores
(vegetação arbórea, de grande porte).
2. Campos: com predomínio de arbustos, plantas de
médio porte e ervas.
3. Campos sujos ou savanas: com árvores.
4. Campos limpos: quase sem árvores.
5. Deserto: ausência ou quase ausência de vegetação.
Cada biocora se divide em vários biomas:
comunidades clímax típicas de uma região geográfica.
Fatores abióticos que influenciam na vegetação
Luminosidade, disponibilidade de água,
disponibilidade de sais, temperatura.
Clima: sucessão dos estados de tempo numa região
(meteorológicos). É determinado pela latitude.
Latitudes baixas: mais luz, maior temperatura, mais
chuvas (alta taxa de vaporação da água + ventos). Raios
de sol perpendiculares à superfície da terra, delimitam
uma área menor iluminada, com maior concentração de
calor. São as regiões equatoriais.
Latitudes baixas: regiões temperadas, polares.
Relevo: quanto maior a altitude, menor a
temperatura, pois a Terra é aquecida de baixo para cima.
Os raios UV incidem e refletem na forma IV, ou seja,
calor.
A cada 100 metros de altura, a temperatura diminui
cerca de 1oC.
Pluviosidade: nuvens de chuva não conseguem
ultrapassar relevo alto. Exemplo: no nordeste do Brasil,
com serras no litoral, bloqueia as chuvas oceânicas.
Barlavento: voltada para o oceano, com grande
pluviosidade: floresta tropical = mata atlântica.
Sotavento: parte da serra voltara para o sertão, com
baixa pluviosidade = caatinga.
Ventos levam as chuvas para cima do equador,
chovendo mais.
Os desertos estão localizados em cima dos trópicos,
pois recebem menos chuva.
Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou
pluvial ou ombrófila
Região tropical ou equatorial, com muita luz, muito
calor e muita água (chuvas regulares), com alta atividade
fotossíntese, o que proporciona grande número de
biodiversidade e de densidade.
Estratificada: com vários estratos, com microclimas
peculiares.
Dossel: estrato superior, adaptado ao sol (heliófilo),
com mais vento e menor umidade.
Sub-bosque: estrato mais inferior, adaptada à soma
(ombrófilo), pouco vento e muita umidade. Com muitas
epífetas, ou seja, que vivem sobre outras plantas sem
ajudar ou prejudicar, para receber mais luz.
Apresentam solo pobre: no sub-bosque, há alta
temperatura e alta umidade, com muitos
decompositores que promovem uma decomposição
rápida, assim, os restos orgânicos são rapidamente
decompostos em nutrientes inorgânicos, que são
prontamente absorvidos pelas raízes das plantas: os
nutrientes se acumulam nas plantas e não no solo, que
é pobre.
Caso haja desmatamento: com remoção das plantas,
há remoção dos nutrientes, portanto, não é adequado
ao plantio.
Com a remoção das plantas, não há folhas para
amortecer chuvas, assim, elas promovem erosão do solo
e lixiviação (lavagem de nutrientes).
São encontradas na Floresta do Congo, Selvas
Asiáticas, Floresta Amazônica, Mata Atlântica.
1. São higrófilas, adaptadas a umidade alta.
2. São latifoliadas, com folhas grandes para aumentar a
superfície para fazer fotossíntese e para eliminação de
excessos de água (evapotranspiração).
3. Perenifólia: com folhas que não caem na seca.
Biologia
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Floresta Amazônica
Maior bioma brasileiro, com 40% do territorial
nacional, principalmente na região norte.
É drenada pela bacia do Rio Amazonas (maior bacia
hidrográfica do planeta).
1. Mata de igapó: nas margens dos rios, sempre
inundadas.
2. Mata de várzea: próxima das margens dos rios,
periodicamente inundada (nas cheias).
3. Mata de terra firme: distante das margens dos rios,
nunca inundada.
4. Flores semiúmida: transição com outras vegetações
= ecótono (zona de transição entre ecossistemas, com
alta biodiversidade).
Matas ciliares, de galeria ou ripárias: localizadas nas
margens dos rios, protegendo os rios contra erosão e
assoreamento (diminuição da profundidade dos rios
pelo acúmulo de detritos, como a terra).
Mata Atlântica
No litoral do Brasil, da região nordeste à região sul e
nos mares de morros no sudeste.
Vegetação mais degradada do Brasil, restando cerca
de 3 a 5% da original, pela exploração do extrativismo,
da agropecuária da expansão urbana.
Hotspots: área de alta biodiversidade, alto
endesmismo (espécies exclusivas e alto grau de
degradação).
Campos
Com predomínio de vegetação arbustiva e herbácea.
Em regiões tropicais ou temperadas (muita luz e
pouca pluviosidade).
Savanas africanas, Cerrado, Caatinga.
Cerrado
Hotspots.
Segundo maior bioma brasileiro, com 25% do
território nacional, principalmente na região centro-
oeste.
Muita luz, altas temperaturas e baixa pluviosidade,
mas muita água no subsolo.
A falta de água não é um fator limitante, sendo esse
o solo, que é ácido, o que dificulta a absorção de
nutrientes, como o ferro, é pobre em nutrientes (pobre
em nitrogênio) e rico em alumínio (tóxico para as
plantas).
As plantas são pseudoxemorfas, parecendo xerófitas,
mas não são pois há água abundante. Apresentam
escleromorfimo oligatrófico, ou seja, forma endurecida
por pouco nutriente, com raízes longas para absorver
água no subsolo, com caules e galhos retorcidos e com
casca grossa: a falta de nitrogênio dificulta a produção
de proteínas desviando o metabolismo para produzir
mais carboidrato (celulose, que se acumula na casca de
moto irregular, dando aparência grossa e retorcida).
Vantagem: essas cascas grossas protegem contra
incêndios frequentes, devido à baixa pluviosidade e ao
ar seco.
Com folhas espessas, quebradiças e com cutículas
espessas: impermeabilizantes.
Como o solo é muito ácido, para que se possa
plantar, deve-se corrigir a acidez com calagem.
É a Savana de maior biodiversidade da terra.
Caatinga
Terceiro maior bioma do Brasil, no nordeste e parte
em Minas Gerais.
Caatinga = “mata branca”, perdendo as folhas na
seca para reduzir a perda de água por
evapotranspiração.
Muita luz, alta temperatura, baixa pluviosidade e com
chuvas irregulares (concentradas no primeiro semestre
do ano). Com solo impermeável, o que dificulta a infiltração e
acumulação da água no solo, facilitando sua
evaporação.
Xeromorfismo: adaptada a seca.
Caducifólia ou decídua: com folhas caducas, que
caem na seca para reduzir a perda de água.
Microfoliada: folhas pequenas para reduzir a
superfície de perda de água, podendo ser aciculifoliada
(com espinhos para reduzir muito a superfície de perda
de água), como nos cactos, (com caule cladódio, que
armazena água e é clorofilado para fazer fotossíntese).
Raízes longas: para absorver água do solo, com
estômatos de fechamento rápido.
Biologia
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Campos limpos e Pampas
Quase sem árvores.
Desertos
Com ausência ou quase ausência de vegetação.
Maioria localizada sobre os trópicos, com alta
luminosidade e baixíssima pluviosidade.
Vegetação xeromórfica, adaptada a seca.
Com animais adaptados a perder pouca água: com
hábitos noturnos, com poucas glândulas sudoríparas,
com urina concentrada.
Com pouca vegetação, há pequena umidade do ar
que dificulta a retenção de calor, portanto, o calor
produzido de dia não é retido de noite = grande
amplitude térmica.
Maioria localizados sobre os trópicos.
Antártida: deserto gelado.
Hemisfério Sul: Atacama (Chile), Kalaharia (África).
Hemisfério Norte: Vale da Morte (EUA), Saara
(África), Arábia (Oriente Médio).
Floresta Temperada ou decídua
Na Zona Temperada, com quatro estações bem
definidas, com pluviosidade média, com chuvas
regulares.
Caducifólia: perde as folhas na estação seca.
Com baixa biodiversidade e baixa densidade.
Com menor temperatura e menor umidade, há
decomposição mais lenta. Parte da matéria orgânica em
decomposição se acumula sobre o solo, formando
serapilheira, que ajuda a enriquecer o solo.
Floresta de Coníferas ou Taiga
Próximo ao círculo polar ártico, com baixas
temperaturas e predomínio de gimnospermas:
pinheiros.
Formato cônico para evitar o acúmulo de neve.
Aciculifoliada: com folhas e agulha para evitar o
acúmulo de neve e reduzir a perda de água.
Perenifólia: folhas não caem na seca.
Heliófila: adaptada ao sol, com folhas pequenas, elas
precisam de muita luz para fazer fotossíntese.
Com súber espesso: impermeabilizante e isolante
térmico.
Há incêndios frequentes, sendo necessário o calor do
incêndio para quebrar a dormência das sementes de
pinheiros e ativar a germinação.
Estão no norte da América do Norte (Canadá), da
Europa e da Rússia (a maior floresta do planeta em área
ocupada, porém, com baixa biodiversidade e baixa
densidade de vegetação).
Tundra
Acima do círculo polar ártico, com baixas
temperaturas, sendo 9 meses de inverno, sem
vegetação e apenas neve. Os outros 3 meses de verão
parte do solo derrete, desenvolvendo uma vegetação
rasteira com musgos e líquens.
Permafrost: parte do solo fica permanentemente
congelado, mesmo no verão, acumulando metano.
Manguezais
Do Amazonas ao Paraná, sendo pouco influenciados
pelo clima, em regiões litorâneas protegidas da ação
direta do mar, próximas aos estuários (fozes).
Com água salobra (salgada e doce), rica em
nutrientes, sendo eutrofizada.
Água salgada mais densa afunda e desloca os
nutrientes do fundo para a superfície, proporcionando
maior atividade das algas na superfície.
Com muita matéria orgânica e muitas bactérias
decompositoras aeróbicas, que consomem muito
oxigênio (alto débito biológico de O2).
O baixo teor de oxigênio proporciona proliferação
de anaeróbicos que liberam metano e H2S (odor fétido).
Grande biodiversidade aquática: muitos peixes,
moluscos, crustáceos.
Com pequena biodiversidade terrestre.
Higrófila: adaptada a umidade.
Halófila: adaptada ao sal, com células com alta
concentração de sal e alto potencial osmótico para
diminuir as perdas de água por osmose.
Solo encharcado, com muita água e com pouco O2:
com raízes respiratórias ou pneumatóforas, com
geotropismo negativo, saindo do solo para absorver
oxigênio no ar, pelos orifícios pneumatódios.
Solo lodoso e instável, com raízes escola para
sustentação.
Biologia
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Algumas plantas com frutos que apresentam
sementes liberando as raízes ainda dentro do fruto,
caindo e fixando a planta no solo. O fruto impede o
afundamento da semente no solo.
Áreas de reprodução para peixes, com águas calmas,
escuras (facilitando esconderijo) e ricas em nutrientes,
além de fornecerem o amortecimento do impacto de
ondas, marés e tsunamis.
São áreas de ecótono, fronteira entre terra, rio e mar.
Mata dos cocais
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, com
predomínio de palmáceas.
Pantanal Matogrossense
Maior planície alagável da terra, ficando
periodicamente alagada.
Pantanal não é um pântano, pois esses são alagados
permanentemente.
Mata de Araucária ou dos Pinhais
Nas regiões serranas do Sul, com predomínio de
araucárias ou pinheiro-do-paraná.
Biomas brasileiros
Biomas mundiais
Desequilíbrio ecológico
Quebra de sinergismo ambiental: pela perda de
biodiversidade.
Variedade de espécies no mundo: 1,5 milhões de
espécies registradas.
O Brasil é o país de maior biodiversidade em número
total de espécies e em número de espécies endêmicas.
Endêmica: com distribuição geográfica restrita.
Cosmopolita: com distribuição geográfica ampla.
Ilhas tendem a possuir muitas espécies endêmicas
devido ao isolamento geográfico levando à especiação.
Biopirataria: uso ilícito dos recursos biológicos de
uma região, como aconteceu com a seringueira.
Hotspots
34 biomas da terra com 75% da biodiversidade do
planeta.
Área com alta biodiversidade, com alto grau de
endemismo (pelo menos 1500 espécies exclusivas de
plantas) e alto grau de degradação (pelo menos ¾
destruídos).
Brasil: Mata Atlântica e Cerrado.
Extinção: perda de biodiversidade, perdas
econômicas indiretas e diretas.
Espécies-chave: fundamentais para a manutenção de
determinadas teias alimentares, das quais várias outras
espécies dependem, como os corais.
Extinção primária: por ação direta do homem.
Extinção secundária: de espécies que dependem da
espécie que foi eliminada na extinção primária.
Extinção de ação antropogênica
1ª causa: destruição/fragmentação de hábitats.
Biologia
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2ª causa: introdução de espécies exóticas.
3ª causa: caça indiscriminada, pesca predatória.
Destruição de habitats
Desmatamento: para extrativismo de madeira,
extração de minérios, agricultura, pecuária.
Na Amazônia, a principal causa de desmatamento é
a criação de pasto para o gado e o cultivo de soja.
Queimadas: limpeza de terreno, aumento da
fertilidade do solo ao curto prazo (acelera a reciclagem
de nutrientes, convertendo matéria orgânica em matéria
inorgânica, o que disponibiliza nutrientes minerais no
solo).
Problemas das queimadas: diminuição da fertilidade
do solo no longo prazo: morte de micro-organismo no
solo, como os decompositores e as bactérias fixadoras
de nitrogênio. Liberação de CO2 que aumenta o efeito
estufa e pode promover chuvas ácidas, além da
liberação de fuligem, que absorve a umidade do ar, que
fica mais seco, levando ao aumento na incidência de
doenças respiratórias. Destruição de folhas que
amortecem a força da chuva, destruindo raízes que
agregam o solo, promovendo o aumento da erosão.
Fragmentação de habitats: aumento do efeito de
borda: os limites de um certo ecossistemas são as áreas
mais vulneráveis a intervenções antrópicas e a vento,
chuvas, etc.
Facilitação de endocruzamentos em fragmentos
pequenos, com pequenas populações: diminuição da
variabilidade genética, aumento do risco de doenças
genéticas, o que aumenta o risco de extinção.
Corredores ecológicos: áreasprotegidas ligam
reservas ambientais para permitir o fluxo gênico.
Bioinvação: introdução de espécies exóticas ou
invasoras num ecossistema: podem virar pragas devido
ao grande aumento populacional: alta taxa de
reprodução, abundância de alimento, ausência de
inimigos naturais, podendo levar à extinção de espécies
nativas, agindo como competidoras, predadoras ou
parasitas.
Caramujo gigante africano: trazido para produção de
escargot. Foram abandonados, começaram a agir como
praga agrícola, transmitindo verminosas.
Desenvolvimento sustentável
Sustentabilidade: uso de recursos naturais de modo
a suprir as necessidades atuais da humanidade, sem
comprometer as gerações futuras.
Equilíbrio entre o consumo e a proteção dos recursos
ambientais.
Exploração dos recursos naturais com equilíbrio
entre economia, sociedade e meio ambiente.
Conservação: proteção com uso direto sustentável.
Preservação: proteção sem uso econômico direto.
Unidades de conservação: áreas legalmente
protegidas no Brasil: “reservas ecológicas” de uso
sustentável ou de proteção integral.
Áreas de proteção permanente: obrigatoriamente
preservadas, como os mananciais (reservas de água
superficiais/subterrâneas), nascente de rios, mata
ciliares, manguezais, encostas com inclinação superior a
45o (raízes seguram o solo, evitando deslizamento).
Reservas legais: obrigatoriamente protegidas mesmo
em terrenos privados.
Conferências da ONU sobre o meio ambiente
1972 – Estocolmo: conferência das nações unidas
sobre o meio ambiente.
1992 – Conferência das nações unidas sobre o meio
ambiente e o desenvolvimento: Rio 92 ou Eco 92:
convenção da biodiversidade: proteção da
biodiversidade e divisão justa dos ganhos advindos da
biodiversidade. Agenda 21: compromisso com o
desenvolvimento sustentável.
2012 – Rio: conferência das nações unidas sobre o
desenvolvimento sustentável: Rio + 20: renovação do
compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Poluição
Qualquer alteração desfavorável do meio ambiente
por resíduos ou subprodutos da ação humana, que
pode ser física, química ou biológica.
1. Física
Poluição sonora, visual, térmica em ecossistemas
aquáticos (aumento da temperatura da água diminui a
solubilidade do oxigênio, diminuindo o teor de O2
dissolvido na água, asfixia seres aquáticos).
Biologia
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Despejo de água de arrefecimento de usinas
nucleares.
Despejo de vinhoto ou vinhaça (resíduo pastoso,
malcheiroso e quente produzido na geração de álcool a
partir da cana de açúcar). O vinhoto é rico em matéria
orgânica e pode causar eutrofização, podendo ser
utilizado como fertilizante.
Poluição por partículas em ecossistemas aquáticos:
boqueio de luz e prejuízo à fotossíntese. Poeira, lamas
(assoreamento/soterramento do rio, com diminuição da
profundidade).
Poluição por radiação (isótopos radioativos) causam
mutações, câncer, queimaduras, anemia aplástica
(lesões na medula óssea). As mutações germinativas
(gametas ou células que originam gametas) têm efeito
hereditário.
Explosões nucleares, vazamentos nucleares (iodo-131
causa câncer de tireoide), (Sr-90 – da família do cálcio:
causa câncer de osso, leucemia), (Cs-137 vários
cânceres).
Inversão térmica
Ar quente próximo ao solo é leve e sobe, levando os
poluentes, o que afasta os poluentes do solo e dos
humanos = normal.
Nas épocas de inverno, com nuvens de poluição, há
diminuição na intensidade do sol, assim, os raios UV
mais fracos não atravessam a nuvem de poluição,
causando reflexão e gerando raios IV. O solo não é
aquecido, não produz ar quente, não leva poluentes
embora, ficando retidos próximos ao solo = intensifica
os efeitos dos poluentes para os humanos (problemas
respitarórios).
2. Poluição química
Qualitativa: poluentes não encontrados
normalmente nos ecossistemas, poluindo em qualquer
quantidade.
São os plásticos, detergentes, CFC, metais pesados,
etc.
Quantitativa: poluentes encontrados normalmente
em ecossistemas. Só poluem em grandes quantidades.
CO2, CO, SOX, NOX, esgoto doméstico.
Metais pesados: mercúrio, chumbo, cádmio.
Mercúrio (Hg): usado na mineração de ouro, em
amálgama em restaurações dentárias, indústrias de
pilas, baterias, tintas, chapéus. O metálico é inofensivo,
porém, algumas bactérias convertem o mercúrio
metálico em metil-mercúrio, que é orgânico e tóxico aos
seres vivos, podendo causar lesões neurológicas,
cegueiras, surdez, demência, lesões hepáticas, renais,
etc.
Chumbo (Pb): usado em aditivos para gasolina,
como pesos em redes de pesca, em indústria de tintas,
medicamentos, inseticidas, fungicidas, pilhas, baterias.
Biomagnificação, magnificação trófica ou
bioacumulação
Acúmulo de substâncias não biodegradáveis (ex:
metais pesados, inseticidas, isótopos radioativos), no
todo das cadeias alimentares em concentrações
progressivamente maiores.
Detergente: dissolvem a bicamada lipídica nas
membranas celulares e removem lipídios
impermeabilizantes na pele de aves e mamíferos
(glândulas uropígeas em aves e sebáceas em mamíferos:
para produzir lipídios para impermeabilizar penas/pelos.
Originalmente, não eram biodegradáveis, se
acumulavam e formavam nuvens de detergentes.
Petróleo: “maré negra”
Afundamento de petroleiros, vazamento em
oleodutos.
Não se misturam com água e são menos denso que
elas, formando uma película escura na superfície da
água, bloqueando a passagem de luz: prejudica a
fotossíntese, consequentemente, prejudicando as
cadeias alimentares por diminuir a produção de
nutrientes e oxigênio.
São biodegradáveis, o que promove a eutrofização.
Podem aderir a superfície respiratória como as
brânquias e narinas, causando asfixia diretamente por
obstrução.
Se ingeridos, causam lesões hepáticas, neurológicas,
renais.
Sobre a pele, podem reter calor, causando
hipertermia e queimaduras.
Biologia
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Podem remover os lipídios que impermeabilizar
penas de aves e pelos dos mamíferos: penas absorvem
água, o animal fica pesado, afunda e se afoga, ou
podendo morrer por hipotermia.
Controle do petróleo derramado: uso de barreiras,
remoção mecânica, detergentes (petróleo interage com
a água e afunda, afetando diretamente os seres
bentônicos), biorremediação (uso de microorganismos
para remover o petróleo (diminui o teor de oxigênio,
causa zonas de mortes de aeróbicos).
Eutrofização
Aumento da quantidade de nutrientes minerais NPK
em ecossistemas aquáticos.
Excesso de fertilizantes inorgânicos, esgotos
domésticos (precisam ser decompostos para liberar
NPK), petróleo (decomposto por bactérias
decompositoras aeróbicas) = NPK: causa a proliferação
de algas (cianobactérias que produzem toxinas) e
plantas aquáticas = floração das águas, as algas
morrem, aumenta a quantidade de matéria orgânica em
decomposição, aumenta a quantidade de bactérias
decompositoras aeróbicas = aumenta o consumo de
oxigênio na água.
Aumento do DBO – débito biológico de oxigênio ou
demanda bioquímica: diminui o teor de oxigênio =
“zonas mortas”.
Anaeróbicos em grande quantidade liberam metano
e H2S.
Para evitar eutrofização a partir de esgotos
domésticos: lançamento de esgoto doméstico em
oceanos (águas profundas: onde há mais água para
diluir o esgoto, diminuindo o impacto).
Para recuperar ambientes eutrofizados deve-se
fornecer oxigênio para haver decomposição aeróbica de
matéria orgânica.
Tratamento de esgoto doméstico: lagos de oxidação
com oxigênio (bombeamento de O2).
Fezes podem apresentar microorganismos
patogênicos de transmissão oral-fecal.
Bioindicação: organismos vivos que agem como
indicadores de poluição.
Lixões à céu aberto
Ambientes para despejo de lixo sem que haja
preparação do meiopara recebe-lo e sem tratamento,
com vantagem no custo operacional.
Mau cheiro.
Proliferação de animais nocivos como moscas,
baratas, ratos (que podem transmitir doenças).
Liberação de chorume ou lixivia: líquido preto e
malcheiroso que pode contaminar solo e/ou lençóis
freáticos.
Liberação de metano: resultado da decomposição
anaeróbica da matéria orgânica do lixo, podendo causar
incêndio/explosões por ser inflamável e contribuir para
o aquecimento global.
Atração de pessoas de baixa renda que se expõe aos
animais nocivos e às doenças por eles transmitidas.
Aterros
Ambientes que recebem uma preparação mínima
para receber o lixo, com desvantagem no maior custo
operacional e com a vantagem e receber uma cobertura
impermeável no solo para impedir a infiltração de
chorume.
Recebe periodicamente camadas de terra, que
evitam o mal cheiro e a proliferação de animais.
Possui tubulações para recolher metano (pode ser
queimado, sendo convertido em CO2, o que diminui os
riscos de incêndio, explosões, diminui o aquecimento
global, visto que o CO2 retém menos calor).
O metano pode ser utilizado como combustível:
biogás.
Biodigestores: produzem metano a partir de lixo
orgânico, através de decomposição anaeróbica.
Aterros sanitários: construídos para receber lixo.
Aterros controlados: adaptação de lixões.
Incineração
Principalmente para lixo contaminado (como lixo
hospitalar).
Vantagem: diminuição do volume do lixo, eliminação
de contaminantes biológicos.
Desvantagens: liberação de CO2.
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Compostagem: produção de adubo a partir de lixo
orgânico, que com água e oxigênio libera nutrientes
inorgânicos minerais = NPK.
Coleta seletiva de lixo
Matéria orgânica para compostagem, lixo hospitalar
para incineração, pilhas e baterias para reciclagem para
impedir que metais pesados tóxicos sejam liberados no
meio.
Cores para lixeira: vermelha para plástico, amarela
para metal, verde para vidro, azul para papel, marrom
para resíduos orgânicos, branco para lixo hospitalar.
Substâncias biodegradáveis: obrigatoriamente
orgânicas, podendo ser utilizadas no metabolismo de
algum ser vivo. Não se acumulam no meio.
São as fezes, urina, restos de alimentos (em excesso,
podem causar eutrofização), petróleo, inseticidas,
alguns detergentes, alguns plásticos (tóxicos e/ou
prejudiciais ao ecossistema).
Substâncias não biodegradáveis: inorgânica ou
orgânica. Não podem ser utilizadas no metabolismo de
algum organismo vivo, se acumulando no meio por um
longo período de tempo.
São os vidros, metais, maioria dos plásticos,
inseticidas.
Reciclagem
Para papel, metal, plástico, vidro.
3R: reduzir, reaproveitar e reciclar.
5r: + repensar e recusar (produtos fabricados por
empresas que não respeitam o desenvolvimento
sustentável).