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Biologia 
Página | 1 
 
Sumário 
Introdução à biologia ....................................... 5 
Composição química ............................................... 5 
Organização ............................................................ 5 
Reprodução ............................................................ 7 
Adaptação ao meio ................................................. 7 
Vírus: vivo ou não vivo? .......................................... 8 
Método Científico ................................................... 8 
Constituintes inorgânicos da célula ................ 9 
Água ....................................................................... 9 
Sais minerais ........................................................... 9 
Cálcio: Ca2+............................................................ 10 
Magnésio: Mg2+ .................................................... 10 
Ferro: Fe ............................................................... 10 
Fosfato: Po4 3- ...................................................... 10 
Potássio: K+ ........................................................... 11 
Sódio: Na+ ............................................................. 11 
Flúor: F ................................................................. 11 
Iodo: I ................................................................... 11 
Cobre .................................................................... 11 
Osmose ........................................................... 11 
Glicídios ........................................................... 11 
Monossacarídeos ou oses ..................................... 12 
Oligossacarídeos ou osídeos ................................. 12 
Galactosemia e intolerância à lactose ................... 12 
Polissacarídeos ..................................................... 13 
Lipídios ............................................................ 13 
Classificação dos lipídios ....................................... 15 
Lipídios conjugados ou complexos ........................ 15 
Proteínas ......................................................... 16 
Aminoácidos ................................................... 16 
Desnaturação ....................................................... 18 
Enzimas ........................................................... 18 
Vitaminas ........................................................ 18 
Vitaminas hidrossolúveis....................................... 19 
Vitaminas lipossolúveis ......................................... 19 
Ácidos nucleicos ............................................. 20 
RNA ...................................................................... 21 
Ribossomos .......................................................... 22 
Engenharia genética ....................................... 22 
Biotecnologia ....................................................... 22 
Clonagem de DNA ................................................ 22 
Transgênicos ........................................................ 23 
Citologia .......................................................... 24 
Estruturas das células ........................................... 24 
Membrana plasmática .......................................... 25 
Transportes .......................................................... 26 
Citologia .......................................................... 27 
Movimentos celulares .......................................... 27 
Fermentação ........................................................ 28 
Tipos de respiração celular ................................... 28 
Tipos de organismos quanto à respiração ............. 29 
Respiração aeróbica ............................................. 29 
Glicólise ............................................................... 30 
Ciclo de Krebs ....................................................... 30 
Cadeia respiratória ............................................... 30 
Fotossíntese ......................................................... 30 
Etapas da fotossíntese .......................................... 30 
Quimiossíntese..................................................... 31 
Núcleo celular ...................................................... 31 
Componentes do núcleo....................................... 31 
Cromossomos ................................................. 32 
Cromossomos homólogos .................................... 32 
Mutações ou aberrações cromossômicas ............. 33 
Aneuploidias autossômicas .................................. 33 
Aneuploidias sexuais ............................................ 34 
Cromatina sexual de Barr ..................................... 34 
Células-tronco e clonagem ................................... 34 
Células-tronco ...................................................... 34 
Ciclo celular .......................................................... 35 
Intérfase............................................................... 36 
Fatores de risco .................................................... 37 
Tratamento .......................................................... 37 
Mitose .............................................................. 37 
Biologia 
Página | 2 
 
Fases da mitose .................................................... 37 
Inibição por mitose ............................................... 38 
Meiose ............................................................. 38 
Meiose I: divisão reducional .................................. 38 
Meiose II: divisão equacional ................................ 38 
Crossing-over ........................................................ 39 
Gametogênese ............................................... 39 
Espermatogênese ................................................. 39 
Ovogênese ............................................................ 39 
Partenogênese ...................................................... 40 
Embriologia..................................................... 42 
Folhetos embrionários ou germinativos ................ 42 
Anexos embrionários ............................................ 43 
Embriologia .......................................................... 43 
Gêmeos ................................................................ 44 
Tecidos ............................................................ 44 
Tecido epitelial ..................................................... 44 
Tecido Conjuntivo ................................................. 46 
Células .................................................................. 46 
Tecido adiposo...................................................... 46 
Tecido sanguíneo .................................................. 46 
Tecido ósseo ......................................................... 48 
Tecido muscular .................................................... 48 
Tecido nervoso ..................................................... 49 
Sistemas .......................................................... 49 
Sistema respiratório .............................................. 49 
Sistema respiratório em humanos......................... 50 
Movimentos respiratórios humanos ..................... 50 
Transporte de gases no sangue ............................. 50 
Sistema circulatório .............................................. 51 
Problemas de saúde .............................................. 52 
Sistema digestório ................................................ 52 
Sistema digestório humano................................... 53 
Microbiota intestinal............................................. 54 
Vias de administração de medicamentos .............. 54 
Distúrbios e doenças no aparelho digestivo .......... 54 
Sistema imune ...................................................... 54 
Imunização ativa ................................................... 55 
Imunizaçãopassiva ............................................... 55 
Sistema excretor .................................................. 55 
Sistema nervoso ................................................... 56 
Sistema sensorial.................................................. 56 
Sistema endócrino................................................ 57 
Genética .......................................................... 58 
Mendel ................................................................ 58 
Mutação............................................................... 59 
Probabilidade em genética ................................... 60 
Polialelismo ou alelos múltiplos ............................ 60 
Sistema ABO......................................................... 60 
Sistema Rh ........................................................... 61 
Segunda lei de Mendel ou da segregação 
independente....................................................... 62 
Linkage ................................................................. 62 
Genética do sexo .................................................. 62 
Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr............... 63 
Pleiotropia ........................................................... 63 
Evolução .......................................................... 63 
Teorias evolutivas ................................................ 63 
Mecanismos de adaptação ................................... 64 
Exemplos de seleção natural ................................ 64 
Tipos de seleção natural ....................................... 65 
Isolamento reprodutivo ........................................ 66 
Evolução humana ................................................. 66 
Classificação dos reinos ........................................ 67 
Parasitologia ................................................... 67 
Parasitas .............................................................. 67 
Modos de contágio por doenças parasitárias ........ 67 
Epidemiologia ................................................. 68 
Classificação epidemiológica das doenças ............ 69 
Vírus ................................................................. 69 
Vírus bacteriófagos .............................................. 70 
Desoxivírus ........................................................... 70 
Retrovírus ............................................................ 70 
Ribovírus .............................................................. 70 
Provírus ................................................................ 70 
Príons ................................................................... 70 
Vírion ................................................................... 71 
Doenças causadas por ribovírus ........................... 71 
Biologia 
Página | 3 
 
Doenças causadas por retrovírus .......................... 74 
Bactérias .......................................................... 74 
Doenças bacterianas ...................................... 75 
Protozoários ................................................... 77 
Flagelados............................................................. 77 
Ciliados ................................................................. 78 
Rizópodes ou sarcodíneos ..................................... 78 
Esporozoários ou apicomplexos ............................ 78 
Algas ..................................................................... 78 
Importância das algas ........................................... 79 
Fungos ............................................................ 79 
Importância dos fungos ........................................ 80 
Botânica .......................................................... 80 
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta. ................ 80 
Evolução das plantas ............................................. 81 
Adaptações para o meio terrestre ......................... 81 
Introdução à reprodução vegetal .......................... 82 
Briófitas ................................................................ 83 
Pteridófitas ........................................................... 83 
Gimnosperma ....................................................... 83 
Angiosperma ........................................................ 84 
Sementes .............................................................. 84 
Fruto..................................................................... 84 
Pericarpo .............................................................. 84 
Flor ................................................................... 85 
Germinação .......................................................... 85 
Histologia vegetal ........................................... 86 
Tecidos meristemáticos ........................................ 86 
Tecidos de sustentação ......................................... 87 
Disposição dos tecidos de condução: anel de 
Malpighi ............................................................... 88 
Tecidos vegetais de secreção ................................ 88 
Raiz ....................................................................... 88 
Caules ................................................................... 89 
Folhas ................................................................... 90 
Estômatos ............................................................. 91 
Gutação ou sudação ............................................. 91 
Nutrição vegetal ................................................... 91 
Hidroponia ............................................................ 92 
Movimentos vegetais ........................................... 92 
Hormônios vegetais: fitormônios .................. 93 
Auxinas ................................................................ 93 
Fototropismo ....................................................... 93 
Geotropismo ........................................................ 93 
Giberelinas ........................................................... 94 
Citocininas ........................................................... 94 
Ácido abscísico ..................................................... 94 
Etileno.................................................................. 94 
Zoologia .......................................................... 95 
Reino animália ou metazoa .................................. 95 
Evolução dos animais ........................................... 96 
Reprodução em animais ....................................... 96 
Filo porífera.......................................................... 97 
Filo Cnidária ......................................................... 97 
Filo Platelminto .................................................... 98 
Filo Nematoda .................................................... 100 
Filo Molusca ....................................................... 101 
Filo Anelídeos ..................................................... 102 
Filo Artropoda .................................................... 102 
Filo Echinodermata ............................................ 104 
Filo Chordata ...................................................... 104 
Peixes cartilaginosos .......................................... 105 
Peixes ósseos ..................................................... 105 
Aves e mamíferos ............................................... 107 
Mamíferos ......................................................... 107 
Ecologia ......................................................... 108 
Ecossistema ....................................................... 108 
Fluxo de energia ................................................. 108 
Cadeias alimentares ........................................... 109 
Pirâmides ecológicas .......................................... 109 
Ciclos biogeoquímicos ................................. 109 
Ciclo do Carbono ................................................109 
Aquecimento global ........................................... 110 
Ciclo do Oxigênio................................................ 110 
Ciclo do Nitrogênio ............................................. 111 
Eutrofização ....................................................... 111 
Revolução Verde ................................................ 111 
Adubação verde ................................................. 112 
Biologia 
Página | 4 
 
Ciclo da Água ...................................................... 112 
Ciclo do Enxofre .................................................. 112 
Ciclo do Fósforo .................................................. 112 
Dinâmica das populações .................................... 112 
Relações ecológicas ..................................... 114 
Harmônicas......................................................... 114 
Desarmônicas ..................................................... 115 
Sucessão ecológica ............................................. 115 
Biosfera .............................................................. 116 
Biomas terrestres................................................ 117 
Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou pluvial 
ou ombrófila ....................................................... 117 
Mata Atlântica .................................................... 118 
Campos............................................................... 118 
Cerrado............................................................... 118 
Caatinga ............................................................. 118 
Campos limpos e Pampas.................................... 119 
Desertos ............................................................. 119 
Floresta Temperada ou decídua .......................... 119 
Floresta de Coníferas ou Taiga ............................ 119 
Tundra ................................................................ 119 
Manguezais ........................................................ 119 
Mata dos cocais .................................................. 120 
Pantanal Matogrossense ..................................... 120 
Mata de Araucária ou dos Pinhais ....................... 120 
Biomas brasileiros ............................................... 120 
Biomas mundiais ................................................. 120 
Poluição .............................................................. 121 
Inversão térmica ................................................. 122 
Biomagnificação, magnificação trófica ou 
bioacumulação ................................................... 122 
Petróleo: “maré negra” ....................................... 122 
Eutrofização ........................................................ 123 
Lixões à céu aberto ............................................. 123 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biologia 
Página | 5 
 
Introdução à biologia 
Vida: capacidade de reprodução e adaptação ao meio. 
 A importância para a preservação da vida no 
planeta é a capacidade de reprodução e 
hereditariedade. 
Composição química 
 Água: Substância mais abundante na matéria viva. 
 Glicídios: açúcares, energética. 
 Lipídios: gorduras, energética. 
 Proteínas: estruturais, define características. 
 Enzimas: catalizadoras, aumenta a velocidade das 
reações. 
 Molécula orgânica: apresentam estabilidade e 
versatilidade. 
 Ribossomos: produzem proteínas para obtenção de 
energia. 
 Ac. nucleicos: informacional, RNA e DNA. 
 DNA apresenta 4 bases nitrogenadas que codificam 
as informações genéticas (gene). 
 É a base para a reprodução. 
 A replicação preserva as informações genéticas, 
proporcionando hereditariedade. 
 A variabilidade genética proporciona a evolução. 
 
 DNA - (transcrição) > RNA - (tradução nos 
ribossomos) > Proteína/enzima: determinação das 
características morfológicas e fisiológicas e 
controla as reações químicas. 
 
H > O > C > N > P > S > Na, Mg, Cl, Ca, K, Mn, Fe, Cu, I 
 
Teoria da força vital 
1. BELEZIUS: Impossível produzir matéria orgânica no 
laboratório. 
 Seres vivos tinham força vital. 
 
2. WOHLER: Derrubou o princípio da força vital, 1828. 
 Cianeto de amônio (inorgânico) – Aqueceu > ureia 
(orgânico). 
 Primeiro composto orgânico produzido em 
laboratório. 
 
Organização 
 Átomos > moléculas > organelas > células (menor 
unidade viva) > tecidos > órgãos > sistema > 
organismo. 
 
 Todo ser vivo é formado por células. 
 Membrana plasmática: lipoproteica, responsável pela 
manutenção da homeostase celular. 
 Citoplasma: responsável pelo metabolismo celular: 
produção de proteínas nos ribossomos e de energia 
pela respiração aeróbica, fermentação. 
 Em procarióticos, o material genético fica disperso 
(nucleoide). 
 Em eucariontes, fica separado dentro da carioteca, 
caracterizando o núcleo. 
 
 Autopoiese: capaz de produzir cada estrutura do 
organismo a partir das próprias interações gênicas. 
 
 Entropia: tendência de aumentar a decomposição. 
 
 Anabolizante: Pega aminoácidos, fabrica proteínas 
no músculo e ele cresce. 
 
Homeostase 
 Capacidade de manter organização constante. 
 Isolamento em relação ao meio externo. 
 A MP é a principal responsável, visto que controla a 
passagem de substâncias da célula para o meio e vice-
versa. 
 Alguns animais (mamíferos e aves), são capazes de 
manter a temperatura corporal constante 
independentemente da temperatura do ambiente: 
homeotermia. 
 
Metabolismo 
 Conjunto de todas as reações químicas 
 É exigido para manter a homeostase. 
 Quando acelerado, aumenta a velocidade das 
reações e a gordura é catabolizada, promovendo o 
emagrecimento. 
Biologia 
Página | 6 
 
 
 
 Autótrofos fotossintetizantes: capazes de 
converter energia luminosa do sol em energia 
química e, assim, converter moléculas inorgânicas 
em orgânicas. 
 Heterotróficos: utilizam a energia química 
armazenada nas moléculas orgânicas produzidas 
na fotossíntese. 
 
1. Anabolismo 
 Produção de substâncias mais complexas a partir 
de substâncias mais simples; 
 Endotérmica. 
 Fotossíntese: CO2 + H2O = Glicose + O2; 
 simples complexo 
 
A Glicose origina todas as outras moléculas orgânicas. 
 
2. Catabolismo 
 Quebra de moléculas complexas em simples. 
 Exotérmica. 
 Respiração celular: Glicose + O2 = CO2 + H2O + 
energia. 
 Digestão, hidrólise: proteína + H2O = aminoácidos. 
 
Vivo x morto: perda de metabolismo. 
Morte cerebral: as células do bulbo morrem. 
 
Reação a estímulos do meio 
1. Irritabilidade: resposta SEM interpretação; para um 
mesmo estímulo, sempre haverá uma mesma resposta; 
não tem sistema nervoso. 
 
2. Sensibilidade: resposta COM interpretação; para o 
mesmo estímulo pode haver respostas diferentes. 
 
Movimento 
 Todos os seres vivos se movimentam, às vezes, 
apenas microscopicamente, como na condução de seiva 
nas plantas. 
 
Locomoção 
 Deslocamento por força própria. 
 Flagelos, pseudópodes, células musculares. 
 
Crescimento 
 Incorporação (comer) de matéria. 
 Hipertrofia: aumento do volume celular; de dentro 
da célula para fora; vegetais, células musculares, 
neurônios, células adiposas. 
 Hiperplasia: aumenta o número de células; animais. 
 
Estado alimentado 
 
 
 
 
 
 
Biologia 
Página | 7 
 
Estado jejum 
 
 
 
Reprodução 
 Do zigoto para o adulto: diversas divisões celulares 
+ diferenciação celular. 
 DNA: base para a divisão celular. 
 Replicação: o ácido nucleico cria uma cópia de si 
mesmo, permitindo a geração de cópias dos sistemas 
biológicos, garantindo a hereditariedade. 
 Existem organismos capazes de apresentar duas 
formas diferentes dereprodução: quando em situações 
favoráveis, reproduzem-se assexuadamente, mas, sob 
condições estressantes, a reprodução se torna sexuada. 
 
1. Assexuada 
 Mitose, sem variabilidade genética, com menor 
gasto de energia e maior número de descendentes. 
 Bipartição ou cissiparidade: organismo se divide em 
dois idênticos. 
 Apesar de não haver variabilidade genética, podem 
ocorrer erros na replicação do material genético 
levando à alteração em sua sequência de bases 
nitrogenadas: mutação. 
 Não vantajoso para mudanças de ambientes pois os 
descendentes guardam também os mesmos defeitos 
dos genitores. 
 Fragmentação: algum agente externo promove a 
divisão do corpo de alguns organismos, como as 
planárias, e cada fragmento gerado regenera as partes 
perdidas para originar um novo indivíduo. 
 Em plantações pode propiciar a uniformidade 
genética e a vulnerabilidade a pragas e doenças. 
 
2. Sexuada 
 Meiose seguida de fecundação, com recombinação 
genética de segmentos de DNA entre indivíduos, com 
variabilidade genética pela recombinação gênica e 
mutações, com maior gasto de energia. 
 Autofecundação tem BAIXA variabilidade genética 
comparado a fecundação cruzada, visto que pode haver 
ausência de alguns segmentos de DNA do indivíduo 
parental. 
 Conjugação: troca de segmentos de DNA através de 
pontes celulares em seres unicelulares, como bactérias 
e protozoários. 
Adaptação ao meio 
 Resultado de processos de evolução. 
 Mutações: a maioria prejudicial. 
 Seleção natural: mutações que geram características 
adaptativas que permitem uma melhor exploração dos 
recursos de um ambiente diferente. 
 Características adaptativas devem surgir a partir de 
mutações hereditárias para que tenham um valor 
evolutivo. 
 Individual: não altera material genético e, portanto, 
não é hereditário. 
 Populacional: caráter evolutivo com alteração no 
material genético por mutações (acidental). 
 Para agricultura de subsistência, a reprodução 
sexuada é mais vantajosa, uma vez que sementes 
sobreviventes serão mais adaptadas àquelas condições. 
Para agricultura em escala industrial, a alta 
produtividade é muito importante, sendo mais 
vantajoso o uso de mudas produzidas de modo 
assexuado a partir de um genitor de máxima 
Biologia 
Página | 8 
 
produtividade. Para a recuperação da área degradada, 
a variabilidade genética é fundamental, de modo que a 
reprodução sexuada seja mais vantajosa. 
Vírus: vivo ou não vivo? 
 
Célula: unidade básica morfofisiológica. 
 Parasitas intracelulares obrigatórios. 
 Sem metabolismo próprio. 
 Acelular. 
 Com capsídeo proteico. 
 Fora da célula fica inerte (cristalizam-se). 
 Usa célula hospedeira para se reproduzir. 
 Se adapta ao meio por mutações. 
 Constituídos por proteínas e ácidos nucleicos. 
 Alguns com envelope lipoproteico (fosfolipídios 
associados a glicoproteínas) semelhante a membrana 
celular: envelopados. 
 Material genético: DNA OU RNA (citomegalovírus e 
minivírus que apresentam ambos). 
 Os medicamentos virais só serão úteis se não tiverem 
ação tóxica sobre as células humanas, ou ação tóxica 
reduzida, visto que, os antivirais inibem a replicação viral 
podendo causar alguma toxina para o organismo 
hospedeiro porque os vírus utilizam a maquinaria 
bioquímica da célula hospedeira necessária para sua 
replicação. 
Método Científico 
 Senso comum (ideias consolidadas entre a maioria 
das pessoas) x empirismo (formação de ideias pelo 
conhecimento científico). 
 Não deve ser levado em consideração o senso 
comum. 
 
Rene Descartes: método hipotético dedutivo, com 
experimentos controlados e aceitação universal da 
razão. 
 
01. Observação de um fato: verdade absoluta. 
02. Questionamento. 
03. Coleta de dados. 
04. Hipótese (palpites) - explicação a ser testada. 
05. Dedução (previsão das consequências da 
hipótese). 
06. Experiência. 
07. Resultado. 
08. Verdade científica (se a hipótese for verdadeira). 
 
Hipótese: tentativa de explicar um fenômeno isolado; 
passíveis de teste (princípio da falseabilidade). 
 
Método indutivo 
 Parte de observações particulares até chegar a 
conclusões generalizadas. 
 Verdade geral a partir de um grupo particular. 
 Sempre há a possibilidade de uma exceção que 
tornaria a regra nula, ou seja, é um método 
questionável. 
 Exemplo: se o homem x, o y e o z são mortais, todos 
os homens são mortais. 
 
Método dedutivo 
 De observações gerais para particulares. 
 É mais confiável. 
 Exemplo: se todos os seres vivos têm células, os 
animais, as plantas e as bactérias tem células. 
 
Teoria 
 Explicação testada e comprovada pelo método 
hipotético-dedutivo. 
 Procura explicar fenômenos abrangentes. 
 É mutável. 
 Modo de explicar o fenômeno descrito pela lei. 
 Exemplo: todo ser vivo é formado por células. 
 
Lei 
 Generalização de um fato que sempre se repete 
diante de determinada condição. 
 É imutável. 
 Exemplo: lei da gravidade, tudo que sobe desce. 
 
Amostragem 
 Exemplo: para saber se o remédio é bom. 
 Quando não é possível isolar uma variável, repete-se 
o experimento várias vezes e faz-se uma análise 
estatística dos resultados. 
 
Controlados 
 Se deve analisar uma única variável de cada vez. 
Biologia 
Página | 9 
 
 
Reprodutibilidade 
 Deve ser repetido quantas vezes forem necessárias. 
 
Efeito placebo 
 Resultado da influência psicológica sobre o efeito de 
determinado medicamento ou tratamento 
 Em situações de estresse, o cortisol (hormônio 
corticoide) é liberado e assim, o sistema imune se 
deprime. Ao acreditar na validade do tratamento, o 
indivíduo pode apresentar uma diminuição nas taxas do 
cortisol, o que responde por uma melhoria na ação do 
sistema imune, facilitando o combate a doenças e a 
cicatrização de lesões. 
 A própria mente pode mascarar sintomas da doença, 
uma vez que sensações como dor e coceira são 
produzidas no sistema nervoso. 
 Caso acredite que está doente, aumenta as taxas dos 
níveis de colesterol e seu sistema imune tem uma 
eficácia reduzida. 
 Sintomas de doenças relatadas, mesmo sem estarem 
doentes, é um tipo de efeito placebo “negativo”, 
chamado de efeito Nocebo. 
 
Método duplo cego 
 Para evitar a influência do efeito placebo, o paciente 
não sabe se está tomando o remédio ou o placebo. 
 O grupo controle é quem toma o placebo. 
 
Constituintes inorgânicos da célula 
Água 
 Coesão: atração por pontes de hidrogênio de H2O 
com H2O. 
 Substância química mais abundante no espaço 
intercelular. 
 Alta tensão superficial: película difícil de romper que 
permite que insertos “andem”. 
 Facilita a subida de seiva bruta contra a gravidade 
através da tensão: a molécula de água sai na forma de 
vapor e puxa as outras moléculas. 
 Aumenta o poder de dissolução: solvente universal 
para polares (açúcares, proteínas, DNA). 
 Meio para reações químicas e transporte de 
substâncias; ex: sangue, seiva. 
 Alto calor específico: dificuldade de variar a 
temperatura -grau de agitação das moléculas- 
 Absorve muito calor e varia pouco a temperatura: 
estabilidade térmica. 
 Aumento de temperatura: FEBRE = quebra pontes de 
H nas proteínas = desnaturação de proteínas; queima 
de glicose. 
 Abaixamento de temperatura: HIPOTERMIA = 
diminui a velocidade do metabolismo 
 Alto calor de vaporização e solidificação: dificuldade 
de evaporar e solidificar. 
 Funciona como reguladora térmica. 
 Não apresenta atividade catabólica. 
 Hidrofilia: propriedade de ter afinidade por 
moléculas de água. 
 
 Geladeira: abaixa temperatura, abaixa o metabolismo 
das bactérias. 
 Congelador: danifica membranas, DNA e organelas: 
bactérias decompõem e morrem. 
 
Quando o suor evapora, absorve calor da pele que resfria. 
 
Variação do teor de água: 
 Espécie. 
 Metabolismo (tecido nervoso, tecido muscular e 
tecidoósseo). 
 Idade: menor idade, maior metabolismo, mais água. 
 Tecido nervoso apresenta maior teor de água por ter 
maior atividade metabólica, seguido pelo tecido 
muscular. 
Sais minerais 
 Insolúvel, sem carga, com função estrutural. 
 Íons: Solúveis, com carga, com função reguladora. 
 
 NA+: principal íon positivo animal. 
 K+: principal íon positivo vegetal. 
 Cl-: principal íon negativo. 
 
 HIPOTÔNICO ---------- osmose ----------- HIPERTÔNICO 
 - (Na+, K+, Cl-) H2O + (Na+, K+, Cl-) 
 
Biologia 
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Sangue: quando aumenta o sal ou o açúcar: ganha água 
dos tecidos, aumenta o volume das veias e a pressão. 
Tecido: desidrata e causa sensação de sede. 
 
 Sal: NaCl2: 2x mais concentrado, mais partículas e 
maior poder osmótico. 
 Açúcar: sacarose, 1 partícula, menor poder osmótico. 
 
- Na+ : câimbra. < Na+ fora da célula. 
+ K+ : parada cardíaca. < K+ dentro da célula. 
 
Na+ e K+: Impulso nervoso (bomba de sódio potássio). 
 
 
 
Condição do impulso nervoso 
 Sai uma carga a mais positiva do que entra. 3Na+ 
para fora e 2K+ para dentro para compensar a 
passagem natural de íons. 
 A diferença de potencial denominada polaridade, é 
a base para condução do impulso nervoso nos 
neurônios. 
Cálcio: Ca2+ 
 Mineral mais abundante no corpo humano, dando 
rigidez às estruturas esqueléticas. 
 Coagulação do sangue. 
 Condição para impulso nervoso. 
 Contração muscular. 
 Função estrutural para ossos e dentes na forma de 
fosfato de cálcio e em carapaças e conchas na forma de 
carbonato de cálcio. 
 Carne, ovos, leite e derivados, verduras. 
 Raquitismo: ausência de cálcio na infância. 
 Osteoporose: carência de cálcio nos adultos. 
Magnésio: Mg2+ 
 Clorofila para fotossíntese. 
 Participa das reações de fosforilação que 
sintetizam ATP e da formação de algumas 
enzimas. 
 Permeabilidade das membranas celulares. 
 Responsável pela pigmentação verde da planta, 
constituindo a clorofila. 
 Faz parte da constituição dos ribossomos. 
 Carne, ovos, leite e derivados, verduras. 
Ferro: Fe 
 Fígado, carne vermelha, gema de ovo, leguminosas 
(feijão), verduras escuras. 
 Fe heme: orgânico, alimentos animais, mais fácil de 
absorver. 
 Fe não heme: inorgânico, vegetal, mais difícil de 
absorver 
 3+: oxidado, não absorvemos. 2+: reduzido, 
absorvemos. A vitamina C auxilia na absorção de ferro 
pois oxida facilmente e cede elétrons ao Fe3+ para que 
forme o Fe2+. 
 Faz parte da produção de hemoglobina, quem da 
cor vermelha para as hemácias e transporta oxigênio no 
sangue. Quando em baixa concentração, causa anemia. 
 Faz parte da mioglobina, que tem função de 
transferir o oxigênio das hemácias do sangue para 
organelas nas células musculares, as mitocôndrias, que 
utilizam o O2 para produzir energia na respiração 
aeróbica. Quando mais vermelho, mais mioglobina, 
mais O2, mais respiração aeróbica: atividade por mais 
tempo. 
 Faz parte dos citocromos, proteínas que agem na 
cadeia respiratória e na fotossíntese para transportar 
elétrons. 
 Carnes. Vísceras, espinafre, couve, rim. 
 Ferropriva: anemia, diminuição da taxa normal de 
hemoglobina, diminuindo a concentração de oxigênio. 
Fosfato: Po4 3- 
 Na composição dos fosfolipídios formadores das 
membranas celulares, fosfatos de cálcio e magnésio nos 
dentes e ossos, nucleotídeos formadores de DNA e 
RNA, e o ATP. 
Biologia 
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 Formação de estruturas esqueléticas como fosfato 
de cálcio. 
 Age diretamente no armazenamento de energia 
junto do nitrogênio e, indiretamente na contração 
muscular e na transmissão de impulso nervoso, visto 
que esses dependem de energia, ou seja, ATP. 
 Leites e derivados, carnes, peixes e cereais. 
Potássio: K+ 
 Transmissão de impulso nervoso e manutenção do 
equilíbrio hídrico. 
 Está em maior concentração no meio intracelular. 
 Cofator enzimático para síntese proteica e respiração 
celular. 
 Íon positivo mais abundante nos vegetais. 
 Carnes, leite, banana. 
Sódio: Na+ 
 Manutenção do equilíbrio químico/osmótico. 
 Na+: condução de impulso nervoso. 
 Íon positivo mais abundante em animais. 
 O alto consumo de sódio deixa o sangue hipertônico, 
atraindo água dos tecidos que desidratam, o que é fatal 
para o tecido nervoso, e aumentam a pressão arterial. 
 O uso de sal de cozinha preserva os alimentos por 
agir sobre micro-organismos desidratando suas células. 
 Pessoas com hipertensão devem ter dieta sem sal 
para aumentar o volume do sangue circulante. 
Flúor: F 
 Composição mineral do esmalte dos dentes. 
 Formação dos ossos. 
 Bactericida – é adicionado na água potável nas 
estações de tratamento. 
 Peixes, água. 
 Fluorese: lesões ósseas e manchas nos dentes. 
Iodo: I 
 Composição dos hormônios da tireoide, que agem 
na regulação do metabolismo energético corporal. 
 Peixes, crustáceos, moluscos, algas. 
 Indústrias de sal de cozinha acrescentam certo 
percentual de iodo. 
 Hipotireoidismo: redução das atividades 
metabólicas, podendo formar o bacio – aumento 
exagerado do volume da tireoide. 
 
Cofatores enzimáticos: cobre, manganês, selênio, zinco. 
Cobre 
 Faz parte da molécula hemocianina, pigmento 
respiratório azul no sangue de crustáceos e moluscos na 
sua forma iônica – Cu2+. 
 
Radicais livres: agentes oxidantes. 
 Removem o e- do DNA causando mutações, câncer, 
morte de proteínas, envelhecimento precoce. 
 Antioxidantes protegem contra radicais livres 
causados pelo fumo, álcool, alimentos processados, 
conservantes. 
 Fumo: 30% de todos os cânceres. Contém Nicotina 
que aumenta adrenalina e causa hipertensão arterial, 
aumentando o risco de doenças cardiovasculares. 
 Para diminuir os efeitos colaterais de radicais livres, 
se deve ingerir alimentos ricos em substâncias 
redutoras. 
 A vitamina C e a E podem proteger contra ação de 
radicais livres, pois apresentam ação antioxidante, se 
oxidando para ceder elétrons aos radicais livres e 
impedir que ataquem moléculas importantes. 
 
Osmose 
 Passagem espontânea de solvente, de um meio 
hipotônico, menos concentrado em soluto, para um 
ambiente hipertônico, mais concentrado. 
 
Glicídios 
 Função energética e estrutural. 
 Principal fonte de energia na maioria dos seres vivos. 
 A glicose é o combustível básico da respiração 
celular, sendo utilizada pelas células para gerar 
moléculas de ATP. 
 Fórmula geral: Cx(H20)y 
 Conteúdo calórico do carboidrato é o seu índice 
glicêmico, ou seja, sua facilidade em se transformar em 
açúcar. 
Biologia 
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Monossacarídeos ou oses 
 Cn(H20)n, de 3 a 7 carbonos. 
 Açúcares simples que não podem ser quebrados em 
açúcares menores. 
 Contém um único grupamento aldeído ou cetona. 
 Exemplos: galactose, ribose, frutose, desoxirribose 
Pentose 
 C5H10O5 
 Ribose: faz parte da composição do RNA. Apresenta 
um oxigênio a mais que a desoxirribose, portanto, é 
mais reativa e menos estável que o DNA. 
 Desoxirribose: pentose com 4 oxigênios que faz 
parte da composição do DNA. 
 
Hexoses 
 C6H12O6 
 Glicose, galactose e frutose. 
 Todas com função energética. 
 São isômeros, em que a glicose é aldeído e a frutose 
é cetona. A galactose é isômero espacial da glicose, só 
mudando a posição da hidroxila no carbono 4. 
 
Ligação glicosídica 
 Ligação entre dois monossacarídeos, ocorrendo 
entre uma hidroxila de um mono e um hidrogênio de 
uma hidroxila do outro, formando um dissacarídeo e 
uma água. 
 Caracteriza uma síntese por desidratação. 
 nº de H20 = nº de ligações = nº de mono. -1. 
Oligossacarídeos ou osídeos 
 São glicídios mais complexos, sendo formado por 
oses e podendo ser quebrados em glicídios menores. 
 Formados por de 2 a 10 monossacarídeos. 
 Exemplo: sacarose, maltose e lactose. 
 
Sacarose 
 Glicose +frutose. 
 Açúcar de cozinha, encontrada em cana de açúcar, 
beterraba, mel, e em frutas. 
 A cana de açúcar é o vegetal com maior eficiência na 
produção de etanol pois tem colmos com muita 
sacarose. Quando mais simples, mais eficiente. 
 
 
Maltose 
 Glicose + glicose. 
 Encontrada em cereais como cevada e trigo. 
 
Lactose 
 Glicose + galactose. 
 Encontrada no leite, exclusiva de animais mamíferos. 
 Chega inalterada no intestino grosso de intolerantes. 
 A enzima lactase leva à digestão da lactose em um 
monossacarídeo de glicose + galactose. 
Galactosemia e intolerância à lactose 
 A lactose é digerida no intestino pela enzima lactase 
em glicose e galactose, que são absorvidas pelo corpo. 
A galactose é convertida em glicose. A deficiência dessa 
enzima leva a doenças em humanos que impedem o 
adequado processamento do leite e seus derivados no 
organismo. 
 Intolerância: falta enzima lactase. 
 A lactose é acumulada no intestino e é fermentada 
pelas bactérias da microbiota que liberam substâncias 
tóxicas, como o ácido lático que aumenta o volume 
abdominal e causa diarreias e cólicas. 
 O intestino fica hipertônico devido ao acúmulo de 
lactose e, portanto, ganha água por osmose, 
lubrificando as fezes e causando diarreias osmóticas. 
 Normal: todos intolerantes: mutações: adultos 
passam a produzir a enzima lactase. 
 Não tem cura, porém a maioria dos pacientes podem 
tolerar pequenas quantidades de lactose presentes no 
alimento. 
 Pode ser uma deficiência genética na produção da 
enzima lactase, uma diminuição natural e progressiva da 
produção de lactose a partir da adolescência (mais 
comum) ou uma diminuição da produção da enzima 
devido a outras doenças intestinais, como a alergia a 
caseína, proteína do leite. 
 
Solução 
 Consumo de leite diet, que contém a lactose pré-
digerida em glicose e galactose. 
 Beber leite de soja, pois não tem lactose. Uso de 
cápsulas contendo enzima lactase juntos aos laticínios 
da dieta. 
 
Biologia 
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Galactosemia: deficiência genética da enzima que 
converte a galactose do leite em glicose. Então, a galactose 
se acumula no interior das células de órgãos como rins, 
fígado e cérebro, gerando derivados tóxicos e tornando o 
meio intracelular hipertônico. As células ganham água por 
osmose e aumenta o volume celular, causando danos nos 
órgãos afetados como problemas hepáticos, neurológicos 
e catarata. 
 Não tem cura, devendo ser diagnosticada no teste 
do pezinho. 
 Diagnosticada tarde, pode acarretar em problemas 
de fala, aprendizagem e coordenação motora. 
Polissacarídeos 
 União de mais de 10 monossacarídeos. 
 Alguns com função de reserva, outros estrutural. 
 Exemplo: glicogênio, amigo e celulose. 
 
Glicogênio 
 Principal glicídio de reserva em animais e fungos. 
 Armazena-se glicose em polissacarídeos como o 
glicogênio com o objetivo de reduzir a pressão osmótica 
nas células. 
 Encontrado em músculos estriados e no fígado, 
sendo estocados pela insulina. O fígado fornece glicose 
para o sangue e os músculos fornecem glicose para ele. 
 O hormônio glucagon é produzido no pâncreas e é 
liberado quando há diminuição da glicemia: 
hipoglicemia, ou seja, o jejum. A ingestão de alimento 
normaliza a glicemia, mas se o indivíduo não se 
alimentar, o glucagon promove glicogenólise no fígado, 
quebrando o glicogênio em glicose e disponibilizando a 
glicose no sangue, para que normalize a glicemia e 
cesse a sensação de fome. 
 O hormônio adrenalina é produzido pelas glândulas 
suprarrenais e é liberado em situações de estresse, o 
que também promove a glicogenólise no fígado, de 
modo que a glicose pode ser usada como fonte de 
energia pra enfrentar situações de risco. 
 Um atleta: precisa comer antes de jogar alimentos 
com alto teor de glicose (carboidrato), uma vez que a 
glicose é prontamente metabolizada no processo de 
respiração celular. 
 
 
Amido 
 Principal reserva em vegetais. 
 Encontrado no trigo, milho, arroz, mandioca, batata. 
 É digerível por animais devido a enzima alfa – 
amilase. 
 
Celulose 
 Principal estrutura em vegetais, como a parede 
celular das plantas. 
 Encontrada em madeira, papel, palha, algodão. 
 Nenhum animal digere pois não possuem a enzima 
B-celulases, então, é eliminada nas fezes sem fazer 
alterações no tubo digestório, junto com as toxinas, o 
que é bom pois estimula o peristaltismo. 
 Herbívoros se associam a micro-organismos 
produtores da enzima BC, como bactérias e 
protozoários, para a digestão celular e para que possa 
ser usada como fonte de energia na respiração celular. 
 Diminuem a absorção de gorduras da dieta. 
 Diminuem a reabsorção dos sais biliares, portanto, o 
organismo precisará produzir mais dessas moléculas a 
partir do colesterol (visto que a bile se mistura nas fibras, 
sendo eliminada nas fezes) que é, então, removido do 
sangue, evitando doenças cardiovasculares. 
Bile: produzido no fígado a partir do colesterol do sangue 
e armazenados e liberados pela vesícula biliar. Atuam na 
digestão de gorduras, sendo reabsorvido do intestino para 
o sangue após sua ação: emulsificação. Quando é 
reabsorvido, volta para a vesícula biliar com sais e se 
acumulam, causando cálculos biliares. 
Quitina 
 Principal estrutura em animais e fungos. 
 Parede celular dos fungos e exoesqueleto dos 
artrópodes. 
 
Lipídios 
 Substâncias orgânicas oleosas ou gorduras, 
insolúveis em água. 
 Maioria deriva de ácidos graxos (-COOH). 
 É apolar, com longas cadeias hidrocarbonadas 
longas, de 4 a 24 carbonos, sempre par. 
 Principal substância de reserva. 
 Energéticos. 
Biologia 
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 Estruturais. 
 Impermeabilizantes (ceras). 
 Isolantes térmicos e elétricos. 
 Parte hidrofóbica dos hidrocarbonetos e parte 
hidrofílica do ácido. 
 Hormônios sexuais: esteroides. 
 Gordura: sólido e saturada. 
 Óleo: líquido e insaturado. 
 Em excesso, aumentam o risco de obesidade e 
contribuem para o aumento dos níveis de colesterol no 
sangue. 
 
Relação entre açúcares e gorduras 
 Quando em excesso, os carboidratos são 
armazenados no organismo como glicogênio. 
 O excesso de carboidrato é convertido e 
armazenado da forma de lipídio pois esse tem maior 
valor calórico, de modo que são muito mais leves para 
armazenarem a mesma quantidade de energia. 
 Para a mesma quantidade de energia armazenada, o 
açúcar pesa 6 vezes mais do que a gordura. 
 A vantagem do armazenamento dos lipídios é 
porque eles são majoritariamente hidrofóbicos e são 
mais energéticos, ou seja, armazenando maiores teores 
de energia em uma menor massa. 
 Carboidrato: 4,1 kcal/g. Lipídio: 9,3 kcal/g. 
 
Obesidade e IMC 
 
IMC= massa/(altura)^2 
 
Efeito da insulina sobre a produção de gordura 
 A insulina é o principal fator que estimula a produção 
de gordura no organismo, sendo que sua liberação está 
condicionada à elevação nos níveis de glicose no 
sangue. 
 Quanto mais alimento, aumenta o índice glicêmico, 
mais estimula a liberação de insulina e mais estimula o 
acúmulo de gordura. 
 O amigo eleva mais o índice glicêmico do que o 
açúcar, visto que é formado de apenas glicose. 
 O índice glicêmico implica no quanto um alimento 
aumenta o nível de glicose no sangue, de modo a 
estimular a liberação de insulina, e, consequentemente, 
estimular o acúmulo de gordura no corpo. Quanto mais 
amido, mais glicose para produzir energia. 
 
Ácidos graxos essenciais: 
 Não são produzidos no corpo e precisam ser 
obtidos na dieta: 
 
 Ômega 3 
 Ajuda a reduzir os níveis do colesterol no sangue. É 
um antiplaquetário, o que evita a coagulação de sangue 
e formação de trombose. 
 É encontrado em peixes de água fria, como salmão 
e sardinha. 
 
 Ômega 6 
 Proporciona resistência e permeabilidade dos 
capilares sanguíneos. 
 Essencial na estrutura da membranaplasmática. 
 Precursor das prostaglandinas (inflamação). 
 Encontrado em derivado de óleos vegetais, como 
milho, girassol, soja. 
 
Ácidos graxos naturais 
 Produzidos no corpo a partir do excesso de glicose, 
que é transformada em glicogênio através do processo 
de glicogenôgenise. 
 
Funções dos lipídios 
 Por mais que os lipídios liberem mais energia, o 
carboidrato é o combustível mais utilizado pelas células 
para a respiração celular. 
 Primeiro utiliza-se o carboidrato, depois os lipídios e 
depois as proteínas. As proteínas só são consumidas em 
caso de fome extrema. 
 Para utilização de proteínas e lipídios como fonte de 
energia, primeiro é necessário convertê-los em 
carboidratos ou derivados, que poderão ser utilizados 
para a respiração celular. A gliconeogênese ocorre no 
fígado sob estímulo do cortisol. 
 Os músculos estriados esqueléticos alteram essa 
sequência, consumindo as proteínas antes dos lipídios 
pois não apresentam significativa reserva de gordura. 
 Possuem função estrutura, constituindo a membrana 
plasmática com fosfolipídios e colesterol. 
Biologia 
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 São isolantes térmicos, especialmente em animais de 
regiões polares. 
Classificação dos lipídios 
Glicerídeos 
 Óleos e gorduras, que se diferenciam quanto a 
saturação e fase de estado físico. 
 Componentes de armazenamento de gorduras nas 
células de animais e vegetais. 
 Abundantemente encontrados em vegetais, como 
soja, milho e amendoim. 
 Em animais, como gorduras, desempenhando 
função de reserva energética e proteção mecânica e 
térmica. 
 Pertencem a função ésteres de 3 ácidos graxos com 
glicerol. 
 
Cerídeos 
 Ceras encontradas nas plantas, formando suas 
cutículas, que as impermeabilizam, evitando a perda de 
água por transpiração. 
 Em mamíferos, são secretadas por glândulas 
sebáceas da pele como capa protetora, para manter a 
pele flexível, lubrificada e impermeável. 
 Os cabelos e pelos dos animais também são 
cobertos por ceras. 
 
Carotenoides 
 Apresentam pigmentação amarela, laranja ou 
vermelha, encontrados na cenoura, na beterraba e na 
batata-inglesa. 
 A clorofila também é um carotenoide. 
 São pigmentos acessórios capazes de captar energia 
solar. 
 
Esteroides 
 O colesterol é o principal esteroide, ele é 
fundamental na composição da membrana plasmática 
de animais (não está presente em vegetais) e não 
apresenta função energética. 
 No fígado, pode ser convertido em sais biliares, 
enviados para a vesícula biliar e daí sendo eliminados 
para a emulsificação de gorduras no intestino, sendo 
eliminados depois juntos das fezes. 
 Maior parte endógena, com origem no fígado. 
 Produção de hormônios sexuais, como a 
testosterona, a progesterona e o estrógeno, e 
hormônios corticoides, como o cortisol. 
Lipídios conjugados ou complexos 
 Associados a proteínas, formando lipoproteínas que 
atuam no transporte de lipídios provenientes da 
digestão no intestino para diversos tecidos corporais. 
 É anfipática: tem parte polar e apolar. 
 
LDL 
 Colesterol ruim de baixa densidade. 
 Tem mais colesterol do que proteína. 
 Transporta o colesterol do fígado aos tecidos 
corporais, podendo se acumular na parede dos vasos 
sanguíneos, formando ateroma. 
 
HDL 
 Colesterol bom de alta densidade. 
 Tem mais proteína do que colesterol. 
 Não se acumula nos vasos. 
 É diretamente transportado aos órgãos 
encarregados de seu metabolismo, como fígado, que o 
armazena, o utiliza para síntese de sais biliares e o 
elimina através da bili. 
 Auxilia na remoção das placas de ateromas já 
estabelecidas. 
 
Problemas 
1. Aterosclerose: devido a ocorrência de ateromas, 
levando a uma diminuição na luz do vaso e 
consequente hipertensão. 
 
2. Hipertensão: aumento da pressão arterial sintomas 
aparentes. Causando a ruptura do vaso, ocorre a 
embolia (obstrução do vaso sanguíneo). A região 
lesionada pode coagular causando o entupimento do 
vaso (trombose) e não deixando que passe mais 
sangue (isquemia). Se forem afetados vasos como os 
do miocárdio, pode haver hipóxia (deficiência de 
oxigênio num tecido) e morte do músculo cardíaco, o 
chamado infarto. Se for no cérebro, haverá um 
acidente vascular cerebral (AVC ou derrame). 
 
Biologia 
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Gorduras saturadas: de origem animal, como carnes e 
manteiga. Estimulam a produção de colesterol ruim. 
 
Gorduras trans: são insaturadas encontradas em óleos 
vegetais. São altamente prejudiciais à saúde pois está 
relacionada com a formação do colesterol ruim. 
 
Óleos poli-insaturados: encontrados em óleos de peixe e 
são adicionados em margarinas e leites na forma de 
ômegas 3 e 6. Ajudam na diminuição tanto de colesterol 
ruim quando bom. 
 
Óleos monoinsaturados: como em azeites de olivam nozes 
e castanhas, diminuem as taxas de colesterol ruim e 
aumentam as taxas de colesterol bom. 
 
 O calor da fritura satura os óleos, aumentando o 
LDL e diminuindo o HDL. Então, os óleos passam a 
se comportar como gorduras saturadas. 
 
Proteínas 
 A mais abundante substância orgânica nas células 
animais. 
 Polímeros de aminoácidos. 
 Função estrutural, reguladora, receptora, 
transportadora, reserva, defesa e reparo. 
 Mesmos tipos de aminoácidos e mesma quantidade 
de cada, o que as diferenciam é a sequência de 
aminoácidos. 
 A digestão inicial das proteínas ocorre no estômago 
através da pepsina do suco gástrico, que quebra as 
ligações peptídicas entre os aminoácidos. 
 São formadas pela união de aminoácidos, em que 
um grupo amina de uma proteína se junta com o grupo 
carboxila de outra, liberando uma molécula de água. 
 
Estrutural 
 Colágeno: constitui a maior parte da matéria 
intercelular dos tecidos conjuntivos. 
 Queratina: faz parte da constituição dos cabelos, 
pelos, chifres e unhas. 
 
Reguladora 
 Enzimas: substâncias catalisadoras que aumentam a 
velocidade de reações químicas. 
 Hormônios: mensageiros químicos que transmitem 
mensagens de um órgão para o outro dentro do 
organismo, promovendo integração entre eles. 
 
Receptora 
 Antígenos: identificam substâncias pertencentes ao 
organismo ou estranhas. 
 
Transporte 
 Hemoglobina: transporta oxigênio. 
 Lipoproteínas: transportam lipídios obtidos na 
alimentação. 
 
Reserva 
 Albumina: presente no ovo, servindo de reserva 
alimentar para o indivíduo que está se formando no 
interior. 
 
Defesa 
 Imunoglobulinas ou anticorpos: atuam aglutinando 
substâncias estranhas para que sejam facilmente 
eliminadas pelas células de defesa. 
 Reconhece proteínas estranhas. 
 
Reparo 
 Fibrina: promove a coagulação sanguínea. 
 Colágeno: promove a cicatrização. 
 
Contrácteis 
 Actina e miosina que atuam na contração muscular 
e na emissão de pseudópodes por células. 
 
Aminoácidos 
 Carbono com um grupo carboxila (-COOH), um 
grupo amina (-NH2), um hidrogênio e um radical, que 
diferencia os aminoácidos. 
 São 20 aminoácidos. 
 Alguns agem como hormônios, outros são 
precursores de substâncias como a miosina, pigmento 
que dá cor à pele humana. Também funcionam como 
tampões, mantendo o PH do meio constante, sendo 
abundante na hemoglobina. 
 O metabolismo de aminoácidos no fígado se inicia 
com a reação de desaminação, onde há remoção do 
corpo amina do mesmo, restando o grupo ácido 
Biologia 
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carboxílico, que entra no ciclo de Krebs da respiração 
aeróbica para ser utilizado como fonte de energia pelo 
corpo, enquanto que o grupo amina, na forma de 
amônia, deve ser excretado por ser tóxico. A amônia é 
convertida no fígado através do clico de reações da 
ornitina, em ureia, um composto menos tóxico que 
pode ser transportado no sangue de modo menos 
prejudicial ao organismo do fígado até os rins, onde é 
eliminado na urina. Ou convertida em ácido úrico 
(menos tóxico, mas insolúveis). 
 Naturais:produzidos pelo organismo – 11. 
 Essenciais: obtidos por meio da alimentação – 9. 
 Os vegetais produzem todos os 20 tipos. 
 
Origem dos aminoácidos: fotossíntese. 
 O primeiro a se formar na natureza é o ácido 
glutâmico. Os demais são provenientes dele a partir de 
uma reação denominada transaminação. 
 Naturais: 12 produzidos no fígado. 
 Essenciais: 8 consumidos na dieta. 
 Animais: possuem proteínas integrais, ou seja, 
possuem todos os aminoácidos essenciais. 
 Vegetais: possuem proteínas parciais, ou seja, que 
não contém todos os aminoácidos essenciais em sua 
composição. 
 Fonte: proteínas de origem animal. 
 
Dieta balanceada 
 40 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de lipídios e 
15 a 30% de proteínas. 
 
Deficiência proteica 
Kwashiorkor: doença que afeta uma criança quando 
nasce outra, isso porque, quando o irmão nasce, a outra 
é desmamada e perde sua principal fonte de proteínas. 
Causando retardo no crescimento, cabelos e pele 
descolorida, inchaço no corpo. 
 
Marasmo: desnutrição total: consome proteínas 
musculares levando a morte de células musculares. 
Sendo o tratamento o consumo de esteroides 
anabolizantes que aumentam o volume das células 
restantes. 
 
 
Excessos proteicos 
 Com o excesso de proteínas, fica difícil a digestão e 
leva ao acúmulo de aminoácidos. 
 Os aminoácidos são consumidos no processo de 
desaminação, que degrada os aminoácidos para liberar 
ácidos orgânicos usados na respiração, sendo a amônia, 
altamente tóxica, liberada como subproduto. 
 Os aminoácidos são usados na produção de bases 
nitrogenadas, sendo que, em excesso, são 
metabolizadas em ácido úrico. 
 Com o aumento desse ácido, haverá problemas no 
fígado, rins e articulações, podendo causar gotas, que 
promovem lesões articulares e restrição de movimentos. 
 
Dieta vegetariana 
 Vegetarianos comem mais fibras e menos gorduras, 
levando ao baixo nível de colesterol e menor risco de 
doenças cardiovasculares. 
 O problema é a deficiência proteica, visto que há 
poucas proteínas e sem todos os aminoácidos essenciais 
ao corpo humano. 
 O ideal é que a dieta vegetariana seja 
complementada com fontes de origem animal, como 
laticínios e ovos. 
 Os veganos devem utilizar grandes quantidades de 
leguminosas como soja e feijão na dieta, visto que eles 
tem maior teor proteico em sua composição. 
 Crianças não devem adotar essa dieta pois precisam 
de muitas proteínas para crescer. 
 O arroz e o feijão apresentam uma combinação 
completa de aminoácidos. 
 
Ligação peptídica 
 Ocorre entre uma hidroxila da carboxila de um 
aminoácido e um hidrogênio da amina do aminoácido 
subsequente, caracterizada como uma amina. 
 Proteína + água= am. 1 + am. 2 + am 3... 
 Nº de H2O = Nº ligações = Nº de aminoácidos – 1. 
 
 
Biologia 
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Desnaturação 
Calor 
 Destrói-se as pontes de hidrogênio e desorganiza-se 
as estruturas 2, 3 e 4, restando apenas a primária. 
 É um processo irreversível, e a proteína não funciona 
mais. 
 Não altera a composição de aminoácidos, não 
alterando o valor nutritivo. 
 
PH 
 A proteína desorganiza-se na terceira estrutura. 
 É reversível. 
 Cada proteína atua em determinado PH. Ao mudar 
o PH ela não funciona, bastando retomar ao PH ideal 
para ativa-la. 
 
Enzimas 
 São substâncias orgânicas, biodegradáveis e 
catalisadoras biológicas. 
 Aceleram reações químicas sem que seja alterada 
pelo processo, podendo ser utilizada várias vezes. 
 Possuem um sítio ativo complementar aos substratos 
com os quais reagem, sendo específicos para 
determinado substrato (modelo chave-fechadura 
 Atuam diminuindo a energia de ativação da reação. 
 Quebram a estabilidade das moléculas roubando 
elétrons. 
 Não transformam reações exotérmicas em 
endotérmicas. 
 Não alteram o ponto de fusão e ebulição. 
 Quanto mais trabalho (substrato) mais rápido eles 
trabalham. 
 Embora certas moléculas de RN, sob certas 
condições, possam atuar como enzimas – riboenzimas, 
a maioria é de origem proteica. 
 Influenciadas pelo PH, cada um tem seu ideal. 
 Quanto maior a temperatura, maior a velocidade das 
reações, até certo ponto. Se subir demais a temperatura, 
as enzimas desnaturam. 
 Ação reversível, agindo tanto na reação direta 
quanto na inversa, não alterando o ponto de equilíbrio 
da reação. 
 Cada uma tem seu PH ótimo, agindo em maior 
eficiência quando nele, porém, a maioria é de PH neutro. 
 
Nomenclatura 
 Adição do sufixo -ase ao nome do substrato. 
1. Pepsina: suco gástrico, com ph ácido. Age no 
estômago na digestão de proteínas em peptídeos. 
 
2. Ptialina ou amilase salivar: saliva, ph quase neutro. 
Digere amido em maltose. 
 
3. Tripsina: suco pancreático, agindo no duodeno na 
digestão de proteínas em peptídeos, ph básico. 
 
Vitaminas 
 Agem como coenzimas ajudando as enzimas a 
trabalharem ou precursores de coenzimas. 
 Não são fontes de energia. 
 Agem em quantidades mínimas, sendo 
micronutrientes. 
 São produzidas nas estruturas celulares das plantas, 
bactérias e fungos unicelulares (leveduras). 
 São essenciais para os animais. 
 Algumas são produzidas pelas bactérias da 
microbiota intestina. 
 Algumas tem ação antioxidante, protegendo contra 
radicais livres. São todas exceto D e K. Elas se sacrificam 
para evitar danos aos componentes celulares. 
 
Microbiota intestinal 
 Comunidade de bactérias espalhadas por toda 
superfície de pele e mucosas. 
 Humanos e bactérias estabelecem uma relação de 
mutualismo, em que ambos se beneficiam. Os humanos 
fornecem nutrientes e habitat adequado e, em troca, 
recebem substâncias úteis, como as vitaminas K, B12, 
ácido fólico, e impedem a proliferação de bactérias 
patogênicas. 
 É adquirida no nascimento quando se passa pelo 
canal vaginal. Em bebês que nasceram de cesariana, a 
microflora demora mais tempo para se estabelecer, 
sendo adquirida a partir de contatos com a mãe, como 
a amamentação e beijos. 
 O uso prolongado de antibióticos pode destruir 
parte da microflora, causando deficiências vitamínicas e 
maiores riscos de desenvolvimento de infecções 
intestinas que conduzem a diarreia. 
Biologia 
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 A principal bactéria é a Lactobacillus, obtida através 
da ingestão de laticínios, que contém essas bactérias 
vivas. Sua ingestão é importante para manutenção da 
microflora. 
 Alimentos que contém bactérias para essa 
manutenção são chamados de probióticos. 
 
Avitaminose: falta de vitamina. 
Hipovitaminose: insuficiência de vitamina. 
Hipervitaminose: excesso de vitamina. 
 
Classificação das vitaminas 
 Miúdos de carne (fígado, coração, moela, etc), leite e 
ovos são boas fontes de quaisquer vitaminas. 
Vitaminas hidrossolúveis 
 Encontradas em alimentos ricos em água, como 
leveduras, furtas e verduras. 
 Fáceis de eliminar na urina. 
 Difícil hipovitaminose. 
 
Complexo B 
 Encontradas em vegetais folhosos e leveduras. 
 Atuam como coenzimas da respiração celular. 
 Falha nutricional leva a dermatites e neutires. 
 
B1 ou tiamina 
 Carência causa beribéri, uma polineurite 
generalizada caracterizada pela anorexia, depressão 
mental, fadiga e paralisia. 
 
B2 ou riboflavina 
 Atua na formação do FAD, aceptor de elétrons. 
 A carência pode causar dermatite, problemas 
oculares, inflamação da língua (glossite) e fissuras no 
canto da boca (queilite). 
 
B3, PP ou nicotinamida 
 Componente das coenzimas do NAD. 
 Sua carência causa dermatite generalizada, diarreia e 
demência. 
 
B5 ou ácido pantotênico 
 Encontrado em praticamente qualquer fonte. 
 Sua carência caracteriza-se por depressão, 
instabilidade cardiovascular e distúrbios adrenais. 
B6 ou piridoxina 
 Age no metabolismo de aminoácidos no fígado, no 
processo de transaminação de desaminação. 
 Sua carência causa dermatite ao redor os olhos, nariz 
e boca. 
Aumento da produção de ureia. 
 
B9 ou ácido fólico 
 Atuam na produção de bases nitrogenadas e DNA, 
além da divisão de células do embrião. 
 Sua carência causa má formação no sistema nervoso 
central do feto ou anencefalia. 
 
B12 ou cianocobalamina 
 Produção de bases nitrogenadas e DNA. 
 Sua carência causa anemia perniciosa, que diminui o 
nível de hemácias no sangue. 
 
C ou ácido ascórbico 
 Participa da formação do colágeno de tecidos 
conjuntivos e na defesa contra a oxidação de certas 
moléculas. 
 Principal antioxidante. 
 Absorve ferro inorgânico (não heme). 
 Sua carência causa escorbuto, doença clássica em 
marinheiros que dependiam de dietas sem vegetais e 
frutas frescas. Causa hemorragias devido a deficiência 
na produção de colágeno. 
Vitaminas lipossolúveis 
 A, D, E, K. 
 Encontradas em alimentos gorduras, como óleos e 
sementes, ou ricos em lipídios carotenoides, como 
cenoura e beterraba. 
 São mais fáceis de armazenar, em particular no 
fígado. 
 Fácil uma hipervitaminose. 
 Não precisa consumir diariamente pois se 
acumulam, sendo absorvidas junto dos lipídios. 
 
A ou retirol 
 Encontrada em vegetais alaranjados. 
 Ação antioxidante. 
 Sua carência causa cegueira noturna, xeroftalia, 
atrofia da epiderme. 
 
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D ou calciferol 
 Preparada pela irradiação ultravioleta. 
 Aumenta a utilização e retenção de cálcio e fósforo. 
 Sua carência causa raquitismo em crianças e 
osteoporose em idosos. 
 
E ou tocoferol 
 Encontrada em castanhas, semente, cacau. 
 Sua carência causa esterilidade, aborto, risco de 
infarto do miocárdio. 
 Apresenta ação antioxidante. 
 
K 
 Encontrada na microbiota intestinal. 
 Produção de proteínas fatores de coagulação no 
fígado. 
 Excesso de antibióticos causam hemorragias e baixa 
coagulação sanguínea. 
 Problemas para alcoólicos crônicos, pois tem 
diminuição da produção de fatores de coagulação no 
fígado. 
 
Ácidos nucleicos 
 Estão contidos em organismos vivos na forma de 
ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico 
(RNA). 
 Em todos os organismos celulares, o DNA que 
corresponde ao material genético. 
 Em células eucarióticas, o DNA se encontra 
associado a proteínas histonas, formando complexos 
denominados cromonema ou cromossomos, que se 
organizam em pares. 
 As histonas compactam o DNA para caber na célula. 
 São capazes de armazenar informação genética. 
 DNA: reprodução, hereditariedade, controle do 
metabolismo. 
 RNA é uma fita simples de polinucleotídeos. 
 DNA: A, C, G, T. 
 RNA: A, C, G, U. 
 
Analogia: vitaminas são um livro de receitas para gerar cada 
aspecto da estrutura e função de um organismo vivo. As 
letras são os nucleotídeos e cada receita é um gene, uma 
característica particular. Os genes são encontrados nos 
cromossomos. 
DNA e genes 
 Gene é um segmento de molécula de DNA que 
contém informação necessária à produção de um 
polipeptídio, ou seja, uma sequência de aminoácidos 
que, ou da origem a uma proteína, ou a um pedaço de 
proteína. 
 Cada cromossomo equivale a um DNA. 
 Um mesmo gene codifica mais de uma proteína. 
 O DNA controla a síntese de proteínas e enzimas, 
porém, está localizado no núcleo, e os ribossomos, 
produtores de proteínas, no citoplasma. Para atuar, o 
DNA copia a informação de como produzir uma 
proteína determinada em uma molécula de RNA 
mensageiro, que sai do núcleo até o citoplasma. 
 Genes recessivos são defeituosos, que produzem um 
RNAm alterado, equivalendo a uma enzima não 
funcional. Não havendo reação química. 
 Na codominância, não há genes recessivos. Ambos 
envolvidos na herança são funcionais. 
 Homozigoto dominante (AA) e heterozigoto (Aa) são 
iguais, independente de um ter o dobro do outro, pois, 
tanto a quantidade X ou 2X de enzimas produzem o 
mesmo resultado, pois a enzima atua em pequenas 
concentrações. 
 A diferença entre duas moléculas de DNA distintas 
está em sua sequência de nucleotídeos. Assim, o DNA 
de todas as espécies é idêntico em sua composição, 
variando apenas na disposição dos nucleotídeos. 
 
Cromossomo: equivale a uma molécula de DNA. 
 
Genoma: conjunto de todos os genes. Cada organismo tem 
seu genoma próprio, idêntico em todas as suas células 
somáticas. Apenas em clones é que se têm organismos 
distintos com genomas idênticos. 
 
Nucleotídeos 
 Formados por uma molécula de açúcar pentose, uma 
base nitrogenada e um ácido fosfórico. 
 As bases nitrogenadas podem ser purina: A ou G, 
com dois anéis carbônicos, ou pirimidina: T, C e U, com 
um único anel carbônico. 
 As pentoses podem ser desoxirribose, do DNA, ou 
ribose, do RNA. 
Biologia 
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 O DNA é mais estável que o RNA pois tem um átomo 
de oxigênio a menos. 
 O fosfato é derivado do ácido fosfórico (H3PO4). 
 O número de purinas é igual ao número de 
pirimidinas. 
 A=T, C=-G. 
 
Replicação do DNA 
 Ocorre na interfase, no período S, precedendo a 
divisão celular. 
 A principal enzima que atua nesse processo é a 
enzima DNA polimerase. A enzima DNA helicase quebra 
as pontes de hidrogênio entre as bases das cadeias 
complementares, enquanto a DNA polimerase vai 
ligando as bases sem pares aos novos nucleotídeos. 
 É um processo semiconservativo, pois no decorrer 
do processo, as moléculas-filhas conservam uma fita da 
molécula inicial, proporcionando hereditariedade e 
reprodução. 
 
DNA se replica em outro DNA, é transcrito em RNA, 
que é traduzido em proteína. 
 
Toda proteína é fruto da expressão de um gene, mas 
nem todo gene codifica uma proteína. 
 
Transcrição 
 Um segmento de DNA é transcrito em uma 
molécula de RNA. 
 Apenas uma fita trabalha na síntese proteica. 
 Uma fita produz RNA e a outra vira “DNA lixo”, que 
não codifica proteína. 
 Erros na síntese de RNA não são herdados. 
 
Tradução 
 Rnam é traduzido em polipeptídeo. 
 
DNA lixo 
 Sequência de bases nitrogenadas cujas informações 
não são traduzidas em proteínas. 
 São usados na comparação em exames de DNA. 
 98,5% do DNA humano não é codificante. 
 Pode ser expresso em informações que interferem 
no fenótipo. 
 
 
Introns e exons 
 Introns é a região do DNA não codificante dentro 
dos genes, o DNA lixo. 
 Exons é a região do DNA codificante dentro dos 
genes. 
 
Splicing 
 Remoção dos intros do pré-RNA mensageiro. 
 A enzima RNA polimerase transcreve tanto os exons 
como os introns em gene, formando uma primeira 
molécula de RNA, o pré-RNA mensageiro. 
 A nova molécula de RNA gerada após o splicing, 
contendo apenas exons, é chamada de RNA 
mensageiro. 
 Os introns são degradados em nucleotídeos para 
produzir RNA. 
 
Splicing alternativo 
 Um mesmo gene pode ser traduzido em várias 
proteínas distintas, dependendo da maneira que a célula 
faz o splicing, ou seja, de qual exon ou quais são 
removidos do pré-RNAm juntos aos introns. 
 Proporciona diferença de complexidade entre os 
seres vivos, pois essa não está no número de genes, mas 
na habilidade de produzir várias proteínas a partir de um 
mesmo gene. 
RNA 
1. Mensageiro: cópia da informação do gene enviada 
para a síntese proteica. 
2. Ribossomico: forma ribossomos, com função 
estrutural e catalítica. 
3. Transportador: transportam aminoácidos para os 
ribossomos. 
 
Código genético 
 São trincas de nucleotídeos que codificam 
aminoácidos. 
 É universal, ou seja, em todos os seres vivos 
determinam o mesmo aminoácido. 
 É a leitura e interpretação das informações contidas 
no DNA até que o produto da informação, a proteína, 
seja montada pela maquinaria celular para a síntese 
proteica. 
Biologia 
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 A síntese proteica é comandada pelos ácidos 
nucleicos e controla todas as funções vitais. O DNA 
transporta a informação genética de maneira codificada 
de célula a célula. 
 Quando um gene se expressa,sua informação é, 
primeiramente, copiada no RNA, que dirige a síntese de 
proteínas específicas. 
 
Códon: UUU 
Anticódon: AAA 
 
 Eles se completam. 15 bases nitrogenadas, 5 códons, 
5 aminoácidos codificados. 
 
Código decifrado 
 Vários trios podem codificar um mesmo aminoácido. 
 Códons que codificam o mesmo aminoácido são 
chamados de códigos sinônimos. A maioria difere 
somente na base que ocupa a terceira e última posição. 
Assim, as mutações que passam despercebidas, ou seja, 
que não alteram a composição de aminoácidos, são 
chamadas de mutações silenciosas. 
 O sinal de iniciação para síntese proteica é AUG, ou 
seja, os anteriores são ignorados na tradução. Se ele 
está no meio, é codificado a metionina. 
 O sinal de terminação é fornecido por três códons, 
UAG, UAA e UGA. Eles são os únicos que não codificam 
aminoácidos. 
 
Um códon codifica apenas um aminoácido, mas um 
aminoácido pode ser codificado por mais de um códon. 
 
Mutações sem sentido 
 Criam aminoácidos de terminação antes de terminar, 
antecipando o fim da tradução fazendo com que a 
proteína fique mais curta, podendo não funcionar. 
 Podem destruir um códon de terminação, adiando e 
alongando a proteína. 
 
Mutações neutras 
 Sem efeito benéfico ou prejudicial. 
Ribossomos 
 São encontrados em todas as células. 
 Realizam a síntese proteica. 
 Também são encontrados em cloroplastos e 
mitocôndrias, sendo essas capazes de fazer 
síntese proteica independentemente do resto da 
célula. 
 São produzidos no nucléolo, sendo maior em 
células com a síntese proteica elevada. 
 Os livres produzem proteínas de uso interno, e os 
aderidos ao retículo endoplasmático rugoso 
produzem proteínas de exportação. 
 
Engenharia genética 
 Conjunto de técnicas de laboratório que permitem 
isolar e modificar genes e eventualmente enxerga-los 
em células diferentes das de origem. 
 Permitem a produção de substâncias úteis à indústria 
e à medicina. 
 Conquistas: insulina, fatores de coagulação que 
faltam nos hemofílicos. 
Biotecnologia 
 Uso de seres vivos para obtenção de substâncias 
úteis ao homem. 
 Produção de iogurtes e queijos por bactérias 
lactobacilos, produção de álcool, pães e bolos por 
leveduras, fungos unicelulares. 
 Melhoramento de características genéticas de 
plantas e animais no que diz respeito à produtividade, 
como resistência a pragas/parasitas. 
 
OGM: passou por qualquer modificação genética. 
Transgênico: recebeu especificamente um gene de outra 
espécie. 
 
Todo transgênico é OGM, mas nem todo OGM é 
transgênico. 
Clonagem de DNA 
 Produzir inúmeras cópias idênticas de um mesmo 
trecho da molécula de DNA. 
 É preciso isolar o trecho de DNA a ser clonado, ação 
de enzimas endonucleases de restrição. 
 
Enzimas de restrição 
 Encontradas em bactérias para que pudessem se 
proteger do ataque de vírus bacteriófagos. 
Biologia 
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 São específicas, ou seja, cada tipo de enzima 
reconhece e corta apenas uma determinada sequência 
de nucleotídeos. 
 Sequências palíndromo, ou seja, lê-se da mesma 
forma da direita ou da esquerda. 
 
DNA recombinante 
 Corte e colagem de pedaços de DNA (genes) de 
indivíduo de quaisquer espécies: organismo 
geneticamente modificado (OGM) ou organismo 
transgênico. 
 
1. Corte do DNA dos indivíduos por enzimas de 
restrição. 
2. Colagem do DNA com pontes de hidrogênio. 
3. Colagem do DNA por ligação covalente através da 
enzima ligase. 
4. Clonagem do RNA combinante: criação de várias 
cópias do RNA recombinante. 
5. Transfecção inserção no organismo a ser 
modificado. 
6. Seleção de organismos modificados. 
Transgênicos 
 Recebem o fragmento de DNA, cuja sequência de 
nucleotídeos determina a sequência de aminoácidos. 
 A característica de interesse é manifestada devido a 
tradução do RNAm sintetizado a partir do DNA 
recombinante. 
 Agricultura orgânica: sem agrotóxico, sem adubo 
químico: menor produtividade e maior custo. 
 Agricultura convencional: com agrotóxicos e com 
adubos químicos: maior produtividade, menor custo e 
maior poluição. 
 Problemas: resistência a herbicidas: ervas daninha 
competem com plantas por água, adubo. 
 Riscos: reações alérgicas, perda de biodiversidade. 
 
Terapia gênica ou geneterapia 
 Introdução de genes normais em pessoas que 
tenham o alelo que causa uma doença. 
 Correção de defeitos genéticos pela inserção dos 
genes apropriados. 
 
Técnica ex vivo: remove a célula do doente, coloca em meio 
de cultura e aplica do vírus recombinante. Devolve as 
células já modificadas para o doente. 
 
 Vantagem: evita reações imunes contra o vírus. 
 Desvantagem: só pode ser usada em células de fácil 
remoção. 
 
Técnica in vivo: aplica o vírus RNA reco, direto no doente. 
 
 Vantagem: pode ser usada em células, tecidos, 
órgãos. 
 Desvantagem: risco de reações imunes graves. 
 
Doping genético: uso de técnicas de terapia gênica para 
adicionarem genes ou melhorarem o desempenho em 
alguma atividade. 
 
Vacinas de DNA: aplica do DNA recombinante com gene 
do antígeno que é traduzido em antígeno, produzindo 
anticorpos e células de memória permanente. 
 
Vacina clássica: aplicação do antígeno que produz 
anticorpos e células de memória com duração de 
aproximadamente 10 anos. 
 
Teste de DNA 
 Para identificação de trechos específicos de interesse 
dentro do genoma, podendo detectar genes para 
doenças. 
 O DNA lixo é único e é usado em análise de 
paternidade e com criminosos. 
 
Exame de DNA 
 Corte do DNA dos indivíduos envolvidos com 
enzimas de restrição. Os fragmentos serão separados 
através da técnica de eletroforese e posteriormente 
comparados. 
 Eletroforese: separa fragmentos de DNA baseado na 
carga elétrica. 
 Cada banda contém vários pedações de DNA, com 
50% maternos e 50% paternos. 
 
DNA nuclear 
 46 cromossomos: 46 DNA. 
Biologia 
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 23 pares de cromossomos e DNA. 
 2 cópias de cada tipo de DNA. 
 
DNA mitocondrial 
 Origem materna. 
 1 DNA mitocondrial, com várias mitocôndrias por 
célula. 
 
Projeto genoma: mapeamento do genoma humano. 
 Sequenciamento de genes, os identificando para 
diagnosticar doenças e facilitar o tratamento. 
 
Citologia 
 É a menor unidade da vida. 
 Constituem as unidades básicas morfofisiológicas de 
todos os organismos vivos: teoria celular. 
 Proporciona característica morfológica e fisiológica. 
 Originam unicamente de outras células e sua 
continuidade é mantida através de seu material 
genético. 
 Um adulto possui mais células que um bebê, em 
decorrência das divisões mitóticas, que permitem o 
crescimento de órgãos e tecidos. 
 A diferença de tamanho entre animais está na 
quantidade de células e não no tamanho delas. 
 Lei de Spencer: quanto maior a célula, menor sua 
relação superfície/volume e pior sua nutrição. 
 Lei do volume constante: as células do mesmo tipo 
em indivíduos da mesma espécie possuem volume 
constante, com exceção das células musculares e 
neurônios, visto que, fibras musculares podem ser 
hipertrofiadas pelo exercício constante. 
 
1. Procarióticas: são pequenas, com nutrição 
adequada, sem carioteca, possuindo um nucleóide. 
 
2. Eucariótica: maiores, com uma série de membranas 
internas, as organelas, que aumentam sua 
superfície relativa de membrana para garantir 
trocas metabólicas e possuem carioteca e núcleo 
organizado. 
 
Material genético 
 Em eucarióticas, o DNA está associado a histonas e 
dividido em vários cromossomos. 
 Em procarióticas, o DNA não está associado a 
histonas, mas a outras proteínas, chamado de desnudo, 
com cromossomo circular e único. Pode haver DNA 
extracromossomial, imerso no citoplasma, o plasmídeo, 
utilizado na troca de genes da conjugação bacteriana. 
 
Ribossomos: Únicas organelas presentes em células 
procarióticas, porém com tamanho menor.Respiração aeróbica 
 Apesar de não possuírem mitocôndrias, os 
procariotos podem fazer. O ciclo de Krebs ocorre na 
matriz mitocondrial e a cadeia respiratória nas cristas 
mitocondriais. Em eucariotos, ocorre no citoplasma e na 
membrana plasmática, respectivamente. 
 Ocorre no mesossomo, uma invaginação da 
membrana. 
Estruturas das células 
Procarióticas 
 Parede celular: envoltório rígido que determina a 
forma da célula e protege contra danos mecânicos. É 
formada por peptoglicanas e lipopolissacarídeos. 
 Flagelos: filamentos móveis que permitem 
deslocamento. 
 Membrana plasmática: interna à parede celular, 
controla a entrada e saída de substânicas. 
 Citoplasma: região interna delimitada pela MP. 
 Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas. 
 Nucleóide: onde se localiza o cromossomo. 
 
Fotossíntese: As células procarióticas não possuem 
cloroplastos, assim, as cianobactérias fazem fotossíntese 
em lamelas fotossintetizantes. 
 
Eucarióticas 
 Parede celular: envoltório de celulose que protege a 
célula e determina sua forma, ausente em animas, 
presente em vegetais. 
 Membrana plasmática: seleciona substâncias. 
 Citoplasma: entre a membrana plasmática e o 
envoltório nuclear, com compartimentos membranosos. 
 Retículo endoplasmático: conjunto de tubos que 
dentro circulam substâncias fabricadas pela célula. O 
Biologia 
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rugoso possui ribossomos aderidos às suas membranas, 
diferente do liso. 
 Complexo golgiense: conjunto de vesículas que 
armazenam substâncias fabricadas pela célula. 
 Ribossomos: grânulos que fabricam proteínas, livres 
no citoplasma ou aderidos ao RE. 
 Mitocôndria: bolsa com duas membranas onde 
ocorre a respiração celular. 
 Lisossomo: vesículas com sucos digestivos que 
digerem partículas desgastadas pelo uso. 
 Núcleo: onde localiza os cromossomos e contêm os 
genes. 
 Carioteca ou envelope nuclear: envoltório que 
separa o conteúdo nuclear do citoplasma. 
 Nucléolo: local de fabricação e armazenamento de 
ribossomos, no interior do núcleo. 
 Centríolos: cilindros relacionados com os 
movimentos celulares ausentes em plantas. 
 Vácuolo de suco celular: bolsa membranosa com 
água e sais, ausente em animais. 
 Cloroplastos: estruturas membranosas que contém 
clorofila, ausente em animais. 
 
Teoria celular x vírus 
As células possuem: 
 Um programa genético específico, na forma de 
moléculas de DNA, que permitem a reprodução de 
células e controle da função celular através do RNA. 
 Uma membrana celular lipoprotéica, que estabelece 
um limite que regula todas as trocas de matéria e 
energia. 
 Uma maneira de se obter energia através de 
alimentos. 
 Uma maneira de produzir proteínas. 
 
Os vírus só possuem o primeiro requisito, o material 
genético. Portanto, não tem organização celular. 
 
 Eles apresentam habilidade de se reproduzir e 
capacidade de se adaptar ao meio ambiente por 
mutações, quando em uma célula hospedeira. 
Membrana plasmática 
 Permite a homeostase, isolamento do meio externo 
para manter o interno constante. 
 Regula a passagem de material de dentro e fora da 
célula, através da permeabilidade seletiva. 
 Recebe informações do meio ambiente que permite 
a célula perceber mudanças e responder, como 
hormônios, neurotransmissores. 
 Comunica-se com células vizinhas e com o 
organismo como um todo. 
 Possui enzimas aderidas que participam diretamente 
de processos metabólicos e sínteses. 
 Apresenta fluidez na bicamada devido aos 
fosfolipídios que a compõem serem líquidos a 
temperatura corporal. 
 É constituída por fosfolipídios, lipídios complexos 
derivados dos glicerídeos e contendo ácido fosfórico. 
São anfipáticos, ou seja, possuem uma região polar e 
outra apolar. Quanto mais insaturados, mais líquido a 
bicamada. 
 Apresentam colesterol que tem papel estrutural e 
estabilizador. 
 Medicamentos lipossolúveis atravessam mais 
facilmente a parte lipídica das membranas dos 
neurônios. 
 Os fosfolipídios são constituídos de uma cabeça 
hidrofílica polar, voltada para fora da bicamada e uma 
calda hidrofóbica apolar, voltada para dentro. 
 Apresenta pequena estrutura, elasticidade e 
pequena resistência mecânica. 
 
Permeabilidade da membrana 
 Passam pela bicamada substâncias apolares como 
lipídios, O2 e CO2 e substâncias polares não carregadas 
pequenas, como a água. 
 Passam pelas proteínas-canais permeases 
substâncias polares pequenas, como aminoácidos, 
monossacarídeos, íons e água (aquaporinas). 
 
Glicocálix 
 Associação entre lipídios e proteínas na face externa 
da bicamada que protege a membrana celular. 
 Atua como filtro em certos capilares sanguíneos e no 
tecido conjuntivo, ajudando a controlar a entrada de 
substâncias na célula, através da pinocitose. 
 Promove adesão entre células de um mesmo tecido. 
 Atua no reconhecimento celular, como nos grupos 
sanguíneos do sistema ABO. 
Biologia 
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 Em células sadias, o reconhecimento das células 
vizinhas através do glicocálix inibe a divisão celular, num 
fenômeno de inibição por contato, evitando que uma 
célula se multiplique e invada o espaço da outra. Em 
células cancerosas, essa capacidade é perdida, de modo 
que a divisão se dê indefinidamente. 
 
Parede celular 
 Externa a membrana, constituindo uma espécie de 
exoesqueleto. 
 É permeável, com alta resistência e certa flexibilidade. 
 Funções de suporte mecânico da célula, proteção 
mecânica e osmótica. 
 Formada por microfibrilas compostas de celulose e 
por outros açúcares, como a lignina, principal 
componente da madeira e confere resistência e rigidez. 
Transportes 
Passivo 
 A favor do gradiente de concentração, do meio mais 
concentrado para o menos concentrado. 
 É espontâneo e exergônicos (exotérmicos). 
 Menor partícula, maior temperatura e maior 
diferença de concentração facilita. 
 
Ativo 
 Contra o gradiente de concentração, de meios 
menos concentrados para mais concentrados. 
 Não espontâneo e é endergônico (endotérmico). 
 Bomba de sódio e potássio. 
 
Bomba de sódio e potássio 
 Manutenção do equilíbrio osmótico celular. 
 Manutenção de altas concentrações intracelulares de 
íons potássio. 
 Estabelecimento de um potencial elétrico de 
membrana, do qual depende a transmissão do impulso 
nervoso. 
 A concentração de potássio é maior dentro da célula, 
a tendência é que ele saia por difusão, e como o sódio 
é maior fora do que dentro, a tendência é que ele entre. 
Como são quantidades diferentes, alteraria as 
concentrações desses íons e perturbaria o equilíbrio 
osmótico da célula. 
 A bomba vai reposicionar os íons que se moveram 
por difusão. O meio externo fica positivo em relação ao 
interno, num fenômeno de polaridade da membrana, 
que constitui a base para a transmissão do impulso 
nervoso. 
 
Em bloco 
 Processos ativos que envolvem modificações na 
estrutura da membrana para incorporar partículas 
maiores. 
 Endocitose: ocorre para dentro da célula. 
 Exocitose: para eliminar partículas produzidas pela 
célula, como hormônios. 
 Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela 
célula devido a projeções citoplasmáticas, as 
envaginações da membrana, os pseudópodes, em que 
os fagossomos englobam o conteúdo da vesícula. Atua 
na alimentação de unicelulares, defesa de organismos 
pluricelulares, eliminação de restos teciduais e células 
mortas, remodelação do corpo... 
 Pinocitose: incorporação de um material líquido 
 
Difusão simples ou diálise 
 Passagem de moléculas de soluto através de uma 
membrana permeável da região de maior concentração 
de soluto para a região de menor concentração, até elas 
se igualarem. 
 Processo espontâneo e exotérmico. 
 
Difusão facilitada 
 Ocorre através de proteínas permeases, as quais 
sofrem alterações sendo específicas para determinados 
solutos. 
 Transporteativo. 
 Em altas concentrações do substrato a ser 
transportado, ocorre saturação dos carregadores, e a 
velocidade de transporte passa a ser constante. 
 
Osmose 
 Passagem do solvente através de uma membrana 
que não permita a passagem de soluto, da região mais 
concentrada para a menos concentrada em solvente, 
até as concentrações se igualarem. 
 A água vai de onde tem menos soluto para onde tem 
mais. 
Biologia 
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 Deplasmólise: quando em meios hipotônicos, 
ganham água e incham. 
 Plasmoptise: se a água continuar entrando, a 
membrana plasmática não é suficientemente resistente 
e se rompe. 
 Plasmólise: célula murcha quando colocada em 
meios hipertônicos. 
 Vegetais: são dotados de parede celular permeável, 
flexível e altamente resistente. A célula não se rompe 
pois a água entra e sai pela turgência, causando 
equilíbrio. 
 
 Difusão e osmose tendem a ocorrer 
simultaneamente, mas em sentidos opostos. 
 A osmose é um processo mais rápido que a difusão. 
 A difusão não altera o volume da célula, mas a 
osmose sim. 
 
Citologia 
1. Citoplasma: massa heterogênea com uma série de 
estruturas imersas na mesma. 
2. Hialoplasma: massa amorfa onde se situam as 
demais estruturas, constituído por água, sais 
minerais e proteínas. Proporciona um meio de 
difusão para reações químicas, sustentação interna 
e movimento. 
Movimentos celulares 
Ciclose 
 Típico de células vegetais, em que existe um vacúolo 
de suco celular que preenche a célula. 
 É um fluxo interno no citosol que arrasta as organelas 
ao redor do vacúolo central, permitindo a distribuição 
constante das organelas na célula. 
 Aumenta com o aumento de temperatura. 
 
Ameboide 
 Em protozoários e células de defesa (leucócitos). 
 A célula emite prolongamentos citoplasmáticos, 
denominados pseudópodes. 
 
Citoesqueleto 
 Responsável pela sustentação da célula e definição 
de sua forma, através de uma rede de filamentos 
proteicos que o constituem. 
1. Microtúbulos 
 Formados pela proteína tubulina que forma 
filamentos para originá-lo. 
 Sustentam e protegem a mecânica da célula. 
 Facilitam o transporte e a circulação de substâncias 
no citoplasma. 
 Compõem os cílios, os flagelos, os centríolos e as 
fibras do fuso. 
 
2. Microfilamentos 
 Formadas pela actina, se associam com a miosina. 
 Organizam o citoesqueleto. 
 Contribuem para a adesão celular. 
 Motilidade celular, como a ciclose, pseudópodes, 
flagelos. 
 
3. Filamentos intermediários 
 Formados por queratina. 
 Aumentam a resistência mecânica do citoplasma, 
aumentando a adesão entre as células vizinhas. 
 
Citoplasma figurado: as próprias organelas. Presentes no 
interior do hialoplasma, podendo ser membranosas ou não 
membranosas. 
 
Membranosas: complexo de Golgi, lisossomos, 
peroxissomas, glioxissomas, vácuolos, plastos, retículo 
endoplasmático, mitocôndrias, núcleo. 
 
Não membranosas: ribossomos e centríolos. 
 
Ribossomos 
 Metade proteína, metade RNAr, possuindo duas 
subunidades em forma de 8. 
 Únicas organelas presentes em procariotos. 
 São responsáveis pela síntese proteica. 
 
Centríolos 
 Localizam-se próximos a região do núcleo, no 
centrossoma. 
 São formados por microtúbulos, 9 grupos de 3 
arranjados como num cilindro. 
 Originam cílios e flagelos. 
 Não está presente em células vegetais. 
 
Biologia 
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Cílos e flagelos 
 Possuem proteínas contráteis. 
 Possibilitam a locomoção celular. 
 Promovem a circulação de líquidos e o 
deslocamento de pastículas. 
 
Retículo Endoplasmático 
 Uma rede de invaginações da membrana plasmática, 
presente em todas as células eucarióticas, com exceção 
das hemácias e células embrionárias indiferenciadas. 
 Fornece suporte mecânico. 
 Auxilia no controle osmótico da célula. 
 Armazena substâncias. 
 Transporta substâncias. 
 Síntese de glicoproteínas e membranas. 
 
1. Rugoso: faz síntese de proteínas para exportação, 
pois possui ribossomos aderidos à estrutura. 
Secretam proteínas pela célula, como enzimas 
digestivas e anticorpos. 
 
2. Agranular ou liso: sintetizam lipídios, como o 
colesterol e esteroides. Fazem destoxificação, 
transformando substâncias tóxicas em não tóxicas. 
 
Quando ingeridas grandes quantidades de droga, a 
área do REL aumenta consideravelmente para promover 
uma rápida destoxificação, desenvolvendo tolerância à 
droga. 
 
Complexo de golgi 
 Síntese de polissacarídeos, de glicoproteínas e 
glicolipídios. 
 Armazenam e empacotam. 
 Fazem secreção celular, liberando vesículas para o 
citoplasma pela exocitose. 
 Formam o acrossomo de espermatozoides. 
 Formam a lamela média de células vetais. 
 Formam os lisossomos. 
Fermentação 
Respiração celular: processo de degradação de matéria 
orgânica para a produção de energia. 
 A quebra se dá por oxidação. Esses elétrons são 
recolhidos por aceptores de elétrons, como NAD e FAD, 
para serem utilizados na produção de ATP. 
 A matéria orgânica utilizada é a glicose, mas também 
outros açúcares, lipídios e proteínas. 
 O S e o NO3 podem substituir o oxigênio. 
 
Autótrofos e heterótrofos 
 Autótrofos são capazes de produzir glicose a partir 
de matéria inorgânica e energia adquiridas no meio, 
sendo, pois, capazes de produzir seus próprios 
nutrientes. Podem ser fotossintetizantes ou 
quimiossintetizantes. 
 Heterótrofos aproveitam-se dos nutrientes 
produzidos pelos autótrofos. 
 
Papel do ATP 
 Ele armazena uma quantidade tal de energia que 
pode ser utilizada em vários processos, sendo 
extremamente versátil. 
Tipos de respiração celular 
Respiração aeróbica: usa o gás oxigênio como agente 
oxidante para promover a quebra completa da matéria 
orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás 
carbônico e água, apresentando um alto saldo energético, 
de até 38 ATP por glicose. 
 
Respiração anaeróbica: não utiliza oxigênio, podendo 
ocorrer de várias maneiras, como a desnitrificação e a 
fermentação. 
 
Desnitrificação: utiliza o nitrato (NO3-) como agente 
oxidante para promover a quebra completa da matéria 
orgânica apenas em produtos inorgânicos, no caso, gás 
carbônico, água e gás nitrogênio. 
 
Fermentação: não usa agente oxidante e promove a quebra 
parcial da matéria orgânica em produtos ainda orgânicos, 
com baixo saldo energético, de 2 ATP por glicose. Pode ser 
láctica, onde o ácido pirúvico é o aceptor final de elétrons, 
ou alcóolica, com o acetaldeído de aceptor. 
Biologia 
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Tipos de organismos quanto à respiração 
Anaeróbicos restritos: fazem respiração anaeróbica. O 
oxigênio é venenoso pelo seu poder oxidante e por eles 
não conseguirem degradá-lo. 
 
Anaeróbicos facultativos: podem fazer os dois tipos de 
respiração, tanto anaeróbica quanto aeróbica. 
 
Aeróbicos: dependem do metabolismo aeróbico para viver, 
podendo alguns fazer também respiração anaeróbica. 
 
Glicólise 
1. Consumo de duas moléculas de ATP para ativar 
uma molécula de glicose e iniciar a reação. 
2. Quebra da molécula de glicose ativada em duas 
moléculas de três carbonos. 
3. Incorporação de fosfato inorgânico e formação de 
NADH2. 
4. Liberação de duas moléculas de ATP, recuperando 
as utilizadas no início. 
5. Liberação de mais duas moléculas de ATP e 
formação do ácido pirúvico, representando essas 
duas moléculas de ATP o salgo energético positivo 
do processo. 
 
Fermentação láctica 
 O NADH2 fornece seus hidrogênios ao próprio ácido 
pirúvico, que funciona como aceptor final de elétrons, 
passando a ácido láctico. 
 Ocorre em algumas bactérias, protozoários, fungos 
e células do tecido muscular. 
 No tecido muscular ocorre quando a atividade física 
é intensa e o aumento na frequência respiratória e fluxo 
sanguíneo são insuficientes para suprir o músculo de 
oxigênio para fazer respiração aeróbica. As fibras 
muscularesdegradam a glicose anaerobicamente, com 
a produção de ácido láctico, promovendo fadiga e dor. 
Com 24 o ácido é removido do músculo e enviado ao 
fígado, onde é reconvertido em glicose. 
 
Fermentação alcoólica 
 O ácido pirúvico da glicólise libera CO2 e é 
convertido em etanal, um aldeído que recebe os 
hidrogênios do NADH2, formando o etanol. 
 Ocorre em algumas bactérias, em leveduras e em 
vegetais superiores. 
 Leveduras são utilizadas na produção de álcool, 
usado como combustível, antisséptico e na fabricação 
de bebidas. 
 O CO2 liberado pela levedura é a base para a ação 
de fermentos biológicos de cozinha, como na 
fermentação do açúcar e produção de gás carbônico, 
que se expande e provoca o inchamento da massa do 
pão e do bolo. O álcool liberado na reação é evaporado 
pelo forno e a reação não depende de calor, só é 
acelerado com ele. 
 
Fermento biológico: leveduras, fungos unicelulares 
anaeróbicos facultativos que realizam fermentação 
alcoólica, precisando descansar antes de entrar no forno 
porque o calor desnatura as enzimas e a massa não desce. 
 
Fermento químico: a elevação da temperatura acelera a 
reação química e torna efetiva no inchaço da massa. 
Respiração aeróbica 
 É mais eficiente que a fermentação, produzindo até 
38 ATP por glicose. 
 
C6H12O6 + 6CO2 = 6CO2 + 6H2O 
 
Fases da respiração 
1. Glicólise, no citoplasma, sem oxigênio. 
2. Ciclo de Krebs, na matriz mitocondrial, com O2. 
3. Cadeia respiratória, nas cristas mitocondriais, com 
O2. 
 
 Em procariontes, por não terem mitocôndrias, fazem 
na membrana plasmática. 
 Apesar do oxigênio não participar diretamente do 
Ciclo de Krebs, ele só ocorre na presença desse ciclo. 
 
Estrutura da mitocôndria 
 Presente em todas as células eucarióticas. 
 Firmada por duas membranas, a externa e a interna, 
e entre há o espaço inter-membrana. 
 A membrana interna sofre invaginações, formando 
as cristas mitocondriais. 
Biologia 
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 Apresentam DNA, RNA e ribossomos, sendo capaz 
de síntese proteica e autoduplicação. 
 Apresentam oxissomos internamente, enzimas 
responsáveis pela síntese de ATP nela. 
 
Hipótese da simbiose 
 A membrana apresenta características semelhantes 
às células procariontes, visto que, na bactéria há 
invaginações de membranas, os mesossomos, análogas 
as cristas mitocondriais, além disso, o DNA bacteriano é 
circular e desnudo, com o DNA mitocondrial. 
 Pesquisadores acreditam que no passado, 
mitocôndrias e plastos eram procariontes 
independentes, que passaram a fazer relações 
endomutualísticas com células maiores e acabaram lá se 
estabelecendo. 
 
DNA mitocondrial 
 Como as mitocôndrias vêm apenas do gameta 
feminino na espécie humana, o DNAm é então sempre 
proveniente da mãe. 
Glicólise 
 Caso não haja oxigênio, o ácido pirúvico é enviado 
para a fermentação. Caso haja, ele entra na mitocôndria 
formando o acetil-coA. 
 O ácido pirúvico tem 3C, e quando entra na matriz, 
perde um gás carbônico e passa a acetil, que se liga a 
uma coenzima A, que entra no ciclo de Krebs. 
Ciclo de Krebs 
 O acetil-coA une-se ao ácido oxalacético (4C), 
formando o ácido cítrico (6C). O ácido cítrico perde 2 
CO2 e volta a ácido oxalacético, para reiniciar o ciclo. 
 Saldo de 4 CO2, 2 ATP, 6 NADH2 e 2 FADH2. 
Cadeia respiratória 
 A maioria dos ATP são produzidos através dos 
elétrons armazenados no NADH2 e FADH2. 
 Sem O2, a cadeia nem se quer inicia, o que leva à 
morte por asfixia. 
 
Papel do oxigênio: é aceptor final de elétrons na respiração 
aeróbica. Caso falte, o indivíduo morre por produzir ATP 
insuficiente, uma vez que não haverá ciclo de Krebs, visto 
que ele é necessário para que o ácido pirúvico entre na 
mitocôndria. 
 
Envenenamento por cianeto e monóxido de carbono 
 Utilizado nas câmaras de gás, o cianeto, e o 
monóxido de carbono, liberado a partir da combustão 
incompleta, ambos se ligam ao ferro dos citocromos 
impedindo sua oxidação e redução, consequentemente, 
o transporte de elétrons, interrompendo a cadeia 
respiratória, diminuindo a produção de energia e 
asfixiando. 
Fotossíntese 
 Processo anabólico que utiliza a energia da luz para 
a produção de matéria orgânica, na forma de 
carboidratos, a partir de matéria inorgânica, na forma de 
água e gás carbônico. 
 Processo de conversão de energia luminosa em 
energia química. 
 Realizada por vegetais, algas e cianobactérias. 
 Libera gás oxigênio, utilizado por todos os 
organismos aeróbicos do planeta. 
 É a base da nutrição da imensa maioria dos 
ecossistemas. 
 
6CO2 + 12 H2X = C6H12O6 + 6H2O + 12X 
 
Plastos: organelas relacionadas ao armazenamento de 
substâncias ou à fotossíntese. 
 
 A captação da energia da luz solar é possível 
através de pigmentos fotossintetizantes, como: 
 
1. Clorofila: de cor verde, a principal. 
2. Carotenos e xantofilas: de cor amarelada. 
3. Ficoblinas: de cor azul ou vermelha. 
Etapas da fotossíntese 
Fotoquímica ou clara 
 Dependem da luz. Ocorre na bicamada lipídica e em 
estruturas derivadas, como lamelas. 
 Produto: ATP, NADPH2 e O2. 
 Independe da escura, só precisando de luz, clorofila 
e água. 
 
Biologia 
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Química ou escura 
 Não necessita de clorofila e não dependem da luz. 
 Ocorre no estroma. 
 Produtos: glicose, ADP e NADP. 
 
Fatores que influenciam na fotossíntese 
 Temperatura, concentração de gás carbônico e 
intensidade da luz. 
 
Temperatura 
 As reações são mediadas por enzimas, então, a 
alteração na atividade enzimática altera a atividade 
fotossintética. 
 Um aumento exagerado na temperatura desnatura 
as enzimas e leva uma queda na atividade fotossintética. 
 
Concentração de gás carbônico 
 O aumento melhora a atividade, visto que as enzimas 
funcionam melhor com o aumento na concentração do 
substrato. 
 Ocorre até um determinado ponto de saturação, 
fazendo com que a atividade fique constante. 
 
Intensidade luminosa 
 Quanto mais luz, maior a absorção de energia pela 
clorofila nos cloroplastos e maior atividade 
fotossintética, é determinado ponto de saturação em 
que a atividade fica constante. 
 
Relação fotossíntese e respiração 
 A fotossíntese é anabólica e a respiração catabólica. 
 As reações são inversas. 
 A planta faz simultaneamente as duas, porém, a 
fotossíntese não é feita o tempo todo, pois sem luz o 
processo para. 
 No ponto de compensação fótica a respiração e a 
fotossíntese se igualam, e a planta não libera nem 
consome nada da atmosfera. Assim, o oxigênio liberado 
pela fotossíntese é consumido na respiração, e o gás 
carbônico liberado na respiração é consumido na 
fotossíntese. 
 
Em plantas jovens a fotossíntese é maior que a respiração 
e em adultas as taxas tendem a se igualarem. 
 
Quimiossíntese 
 Desempenhado por algumas bactérias que utilizam 
como fonte de energia a energia liberada pela oxidação 
de compostos inorgânicos. 
Núcleo celular 
 Encerra o material genético da célula, na forma de 
cromossomos. 
 Através o DNA, o núcleo controla todas as funções 
celulares, como a síntese proteica, a síntese de enzimas 
e as reações químicas. 
 Nas células eucarióticas, o núcleo encontra-se 
delimitado devido à presença de um envelope nuclear 
ou carioteca, isolando-se do citoplasma. 
 Células anucleadas não possuem núcleo, como as 
hemácias em mamíferos, assim, possuem vida curta pois 
não realizam síntese proteica para produzir enzimas e 
promover a regeneração celular. 
Componentes do núcleo 
Carioteca 
 Estrutura que delimita o núcleo. 
 É formada por duas membranas sustentadas por 
uma rede de proteínas. 
 A membrana externa está aderida ao retículo 
endoplasmático rugoso, possuindo ribossomos 
aderidos a ela. 
 Apresenta poros nucleares na região de fusão da 
membrana externa com a interna, que permitem a 
passagem de ribossomos e RNAm do núcleoonde são 
produzidos para o citoplasma. 
 
Nucleoplasma: também chamado de cariolinfa, 
corresponde ao protoplasma situado no núcleo, formado 
por água, sais minerias e enzimas, onde estão submersos 
os núcleos e a cromatina. 
 
Nucléolos ou plasmossomos 
 Estruturas formadas por proteínas e RNAr, não 
delimitados por membrana. 
 Originados das zonas SAT. 
 Tem como função a formação de ribossomos, 
formados por RNAr e proteínas. 
Biologia 
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 Quanto mais ribossomos forem necessários, ou seja, 
quanto maior a atividade metabólica da célula, maior a 
quantidade de nucléolos. 
 
Material genético 
 Em eucariontes está na forma de DNA associado a 
várias proteínas histonas, formando complexos 
denominados de cromonemas ou cromossomos. 
 DNA + histonas: nucleossomas que se enrolas em 
hélice, formando a fibra cromossômica, que se enrola 
aleatoriamente formando cromossomos ou 
cromonemas. 
 
Cromatina: conjunto de cromonemas da célula. Está 
presente na inférfase, ativo para síntese proteica e 
desespiralizados, com filamentos longos entrelaçados. 
 
Cromossomos: presentes durante a divisão celular, 
espiralizados, com filamentos compactados e inativos para 
síntese proteica, uma vez que a compactação impossibilita 
a ação da enzima RNA polimerase. 
 
Eucromatina, heterocromatina e especialização celular 
 A eucromatina são as partes ativas da cromatina, e a 
heterocromática são as partes inativas. 
 Algumas áreas da cromatina estão sempre na forma 
de heterocromatina, como é o caso das regiões de 
centrômero e telômero. 
 
A diferenciação celular é resultado da ativação ou 
inativação de genes por, respectivamente, 
desespiralização ou espiralização do DNA. 
 
Cromossomos 
 Estão presentes no núcleo em divisão, onde se 
apresentam espiralizados e duplicados, ou seja, 
formado por duas cromátides-irmãs, idênticas. 
 Cada cromátide equivale a um filamento de 
nucleossomas, contendo uma única molécula de DNA 
cada. 
 A duplicação corre no período S da interfase, e é uma 
preparação para a divisão celular. 
 As extremidades são os telômeros, que têm o papel 
de proteger o cromossomo de enzimas reparadoras. 
 
Tipos de cromossomos 
 Metacêntrico: com centrômero no centro e braços 
de tamanhos iguais. 
 Submetacêntrico: com centrômero quase no centro 
e braços de tamanho quase igual. 
 Acrocêntrico: com centrômero bem deslocado, 
havendo braços curtos e longos. 
 Telocêntrico: com centrômero em uma das 
extremidades do cromossomo. Cada cromátide tem só 
um braço e não existe na espécie humana. 
 
Cromossomos homólogos 
 São idênticos em forma, tamanho, tipos de genes e 
sequência desses genes. 
 Os genes não necessariamente são iguais, aénas 
condicionam as mesmas características, mas 
possivelmente de maneira diferente. 
 Genes que condicionam a mesma característica são 
ditos genes alelos, normalmente um dominante e um 
recessivo. 
 Os genes ficam no locus do cromossomo. 
 Homozigotos: os loci do par homólogo são 
ocupados por genes alelos idênticos. 
 Heterozigotos: os loci são ocupados por genes alelos 
distintos. 
 
Células haploides (n): possuem apenas um cromossomo de 
cada par, ou seja, possuem apenas um genoma. 
 São as células sexuais ou gametas. 
 
Células diploides (2n): possuem seus cromossomos aos 
pares de homólogos, ou seja, possuem dois genomas. 
 São as células somáticas e as células germinativas. 
 
Células somáticas: não tem relação direta com a 
reprodução humana. 
 
Células germinativas: são as únicas capazes de sofrer 
meiose para formação de células sexuais reprodutivas, os 
gametas. 
 
Células sexuais: as células germinativas sofrem meiose 
originando quarto células, cada qual com metade dos 
Biologia 
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cromossomos da célula inicial. São os espermatozoides e o 
óvulo feminino. 
 
n: número de pares de cromossomos em uma espécie. 
 
Genoma 
 Conjunto haploide de cromossomos, ou seja, um 
conjunto onde há apenas um cromossomo de cada par 
de homólogos. 
 Conjunto de todos os genes de um indivíduo, 
população ou espécie. 
 
Cariótipo humano 
 Conjunto diploide de cromossomos presentes em 
uma célula somática. 
 O homem possui 46 cromossomos, ou seja, 2n=46, 
posicionados dos maiores para os menores, dos 
metacêntricos para os acrocêntricos. 
 Os primeiros 22 pares são autossomos, não tendo 
relação com a determinação do sexo. 
 O último par corresponde aos alossomos ou 
cromossomo sexuais, que determinam o sexo, sendo X 
feminino e Y masculino. 
 
Número diploide de cromossomo por espécie 
 O número de cromossomos não tem relação com 
nenhum aspecto de parentesco ou complexidade. 
 
Mutações ou aberrações cromossômicas 
Gênicas: alteram a sequência de bases nitrogenadas em 
um gene, de modo a criar novos alelos. 
 
Aberrações cromossômicas: não alteram a sequência de 
bases nitrogenadas em um gene, mas sim a posição do 
gene no cromossomo, o número de cópias do gene no 
cromossomo e/ou o número de cromossomos. 
 
Estruturais 
 Deficiência ou delação: perda de um segmento do 
cromossomo, podendo ser letais, pois implica a perda 
de muitos genes. 
 Duplicação: repetição de um determinado segmento 
do cromossomo. 
 Inversões: um segmento de cromossomo se quebra, 
sofre uma torração de 180o, e se solda novamente. Pode 
ser transferido de uma região ativa para uma inativa e 
vice-versa, alterando a manifestação dos genes. 
 Translocações: os cromossomos podem sofrer 
quebras, soldando-se os pedações quebrados em 
cromossomos não homólogos. 
 
Numéricas 
 Euploidias: alterações no número de cromossomos 
que alteram o número de genomas no indivíduo, de 
modo a perder ou ganhar genomas inteiros, sendo 3n, 
4n, entre outros. 
 Aneuploidias: alterações no número de 
cromossomos que não alteram o número de genomas, 
de modo a se perder ou ganhar cromossomos 
individuais, mas não genomas inteiros, sendo 2n + 1, um 
exemplo. 
 
Aneuploidias autossômicas 
 Os cromossomos sexuais são normais, mas há um 
dos autossomos em dose tripla, sendo então uma 
trissomia. 
 
Síndrome de Down, 47 XX ou XY 
 É a trissomia do cromossomo 21, assim, os indivíduos 
com essa síndrome têm 47 cromossomos. 
 Apresentam QI muito baixo, língua fissurada, 
inflamação das pálpebras, uma única prega no dedo 
mínimo, obesidade. 
 Crianças frequentemente nascem com defeito 
cardíacos, maior causa da morte nos primeiros 12 meses 
de vida. 
 
Síndrome de Edwards, 47 XX ou XY 
 Trissomia do cromossomo 18. 
 Crianças apresentam baixa expectativa de vida, 
morrendo em alguns meses após o nascimento, com 
defeito de flexão dos dedos, defeitos cardíacos e hérnia 
umbilical. 
 
Síndrome de Patatau, 47 XX ou XY 
 Trissomia do cromossomo 13. 
 Crianças com baixa expectativa de vida, apresentam 
microcefalia, defeitos cardíacos e morrem nos primeiros 
meses de vida. 
 
Biologia 
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Aneuploidias sexuais 
Síndrome da Superfêmea, 47 XXX 
 São fêmeas férteis, embora com alguns distúrbios e 
às vezes retardo mental. 
 
Síndrome de Klinefelter, 47 XXY 
 Homens com estatura maior que o normal. 
 Têm pequeno desenvolvimento dos órgãos genitais, 
ausência de espermatozoides, desenvolvimento dos 
seios. 
 Com distúrbios de comportamento e baixo QI. 
 
Síndrome do duplo Y ou do Supermacho, 47 XYY 
 Homens normais e férteis, com retardo mental e 
agressividade acentuada, com maiores incidências em 
presídios. 
 
Síndrome de Turner, 47 XO 
 Mulheres estéreis, de baixa estatura, pescoço 
alargado, sem desenvolvimento mamário. 
 Parece não causar retardo mental. 
 O gameta defeituoso, sem cromossomo sexual, 
frequentemente é o espermatozoide. 
Cromatina sexual de Barr 
 Na interfase de células somáticas das mulheres 
aparece, junto à face interna da membrana nuclear, uma 
pequena mancha de heterocromatina, chamada de 
cromatinasexual ou corpúsculo de Barr, não ocorre em 
homens. 
 O número de cromatinas sexuais é o total de X-1. 
Células-tronco e clonagem 
Células lábeis: apresentam curto tempo de vida, 
normalmente alguns dias, sendo os gametas (óvulos e 
espermatozoides), com 2 a 3 dias de vida e as hemácias 
(formadas na medula óssea vermelha a partir dos 
hemocitoblastos), com cerca de 120 dias de vida. 
 
Células estáveis: vivem meses ou anos, constituindo a 
maioria. Se diferenciam durante o desenvolvimento 
embrionário e depois se mantém num ritmo constante 
de multiplicação. Quando algumas morrem, outras 
substituem, como algumas do tecido epitelial, do tecido 
conjuntivo e as fibras musculares lisas. 
Células permanentes: se diferenciam no embrião, 
atingindo alto grau de especialização e, após formar, 
elas perdem o grau de especialização, apenas 
acompanhando o crescimento através do aumento de 
volume (hipertrofia). São as fibras musculares estriadas 
(esqueléticas e cardíacas) e os neurônios. 
 
Reparo, regeneração e cicatrização 
1. Regeneração: reparo através de células idênticas às 
células iniciais. 
 
2. Cicatrização: reparo feito por um tecido conjuntivo. 
 
 Lesões no coração causadas por um infarto do 
miocárdio (morte de uma região do músculo cardíaco) 
ou lesões no cérebro, causadas por um derrame, 
tendem a ter consequências irreversíveis, uma vez que 
as fibras musculares estriadas e os neurônios não são 
capazes de renovação no adulto. 
 Às vezes, as células sobreviventes passam a 
desempenhar as funções das células que morreram, 
havendo uma reparação parcial ou até total das funções 
teciduais. 
Células-tronco 
 São células indiferenciadas, capazes de originar 
novas células, tecidos ou órgãos. 
 São encontradas desde o início do desenvolvimento 
embrionário até a morte do indivíduo, apresentando um 
variável poder de diferenciação. 
 Qualquer uma obtida após o nascimento pode ser 
caracterizada como maduras, não sendo 
pluri/totipotentes. 
 Quando obtidas do mesmo indivíduo que irá recebe-
las apresentam o mesmo material genético que as 
demais células do próprio indivíduo, não apresentando 
risco de rejeição por parte do sistema imune. 
 
Unipotentes: são capazes de se diferenciar em alguns 
poucos tipos de células, como exemplo, os fibroblastos. 
 
Multipotentes: são capazes de se diferenciar em vários 
tipos de célula, sendo obtidas no sangue do cordão 
umbilical ou da placenta, capazes de se diferenciar nas 
várias células sanguíneas. 
Biologia 
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 Células-tronco obtidas no sangue do cordão 
umbilical ou placenta podem ser utilizadas em 
tratamento médico, como no tratamento da leucemia, 
no câncer de medula óssea. 
 
Pluripotentes: podem se diferenciar em todos os tipos 
de células do indivíduo adulto, mas não em membranas 
extra-embrionárias fetais, como a placenta. São 
encontradas no embrioblasto ou massa celular interna 
dos embriões na fase de blástula ou blastocisto. 
 
Totipotentes: podem se diferenciar em todos os tipos. 
 
Obtenção 
 De embriões descartados em clínicas de fertilização, 
ou os produzidos para a realização da técnica de 
fertilização in vitro (bebês de proveta). 
 A clonagem de embriões para fins terapêuticos é 
feita com o objetivo de obter as células-tronco, que têm 
potencial de original determinado órgão do indivíduo. 
 
Clonagem por transferência nuclear 
1. Remove-se o número de célula somática de um 
indivíduo que se quer clonar, que, por ser somática, 
apresentará todo um conjunto cromossômico diploide 
para originar um indivíduo idêntico ao doador. 
2. Remove-se o núcleo de um óvulo da mesma espécie, 
obtendo-se um óvulo anucleado. 
3. Insere-se o núcleo somático (2n) no óvulo anucleado 
e, através de descargas elétricas, estimula-se a fusão das 
duas estruturas e formação de uma nova célula. 
4. Ao atingir a fase de blastocisto, implanta-se o 
embrião numa barriga de aluguel, que será clone do 
doador da célula somática. 
 
 Não é uma cópia perfeita do doador uma vez que as 
mitocôndrias também têm DNA e todas as mitocôndrias 
de um indivíduo vem do óvulo da mãe. Nesse caso, o 
DNA mitocondrial será idêntico ao da doadora do óvulo, 
podendo influenciar no descendente, visto que algumas 
doenças são condicionadas por genes localizados na 
mitocôndria. 
 
 
 
Clonagem reprodutiva 
 Para se obter animais de alta qualidade, com alta 
produtividade de leite, por exemplo. 
 Em humanos, é para fins terapêuticos, para remover 
dos embriões células tronco embrionárias. 
 
Envelhecimento precoce: papel dos telômeros 
 Os telômeros são trechos de DNA não codificantes, 
que estão localizados nas extremidades dos 
cromossomos, com papel de proteger essas 
extremidades de serem confundidos com pedaços 
partidos de DNA. 
 Parte deles deixa de ser replicada a cada circo celular, 
portanto, ocorre encurtamento dos telômeros a cada 
ciclo celular. 
 Não podendo mais se dividir, a célula morre e o 
indivíduo envelhece. 
Ciclo celular 
 As células somáticas são formadas pela mitose, onde 
a célula mãe se divide originando duas células idênticas, 
ocorrendo o crescimento ou regeneração. 
 Células sexuais são formadas pela meiose, em que as 
células germinativas (2n) se dividem originando quatro 
células, cada qual com metade dos cromossomos da 
célula inicial, que são as células sexuais (n). 
 
Fases do ciclo celular 
 O ciclo de vida de uma célula tem dois momentos: a 
intérfase e a divisão celular. 
 Para se dividir, as células precisam ser estimuladas 
por substâncias fatores de crescimento, porém, mesmo 
com elas, algumas só duplicam o DNA quando atingem 
um tamanho mínimo necessário à produção de células-
filhas viáveis. 
 O ciclo celular pode ser interrompido em 
determinados pontos, caso ocorram danos nas 
moléculas de DNA, esses são os pontos de checagem, 
que decidem se a célula completa a divisão ou se 
interrompe o processo por algum tempo. 
 O principal ponto de checagem ocorre no final da 
fase G1, em que verifica se há DNA mutante. Se houver, 
a proteína P53 induz apoptose, e se não houver, segue 
para a fase S. 
Biologia 
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 O segundo ponto está no final de G2, em que a 
célula decide se entra ou não em mitose. 
Intérfase 
 Os cromossomos estão na forma desespiralizada. 
 É o mais longo, em que a célula passa a maior parte 
do tempo, não estando em divisão. 
 Apresenta três fases: G1, S e G2, assim, após a G2, a 
célula entra em divisão celular. 
 
S: em que ocorre a autoduplicação ou replicação do 
DNA, ou seja, “síntese” de DNA. 
 Os cromossomos na forma de cromatina passam a 
apresentar duas cromátides ao invés de uma, passando 
à forma de cromossomos duplos (cada cromossomo 
com duas cromátides-irmãs). 
 
G1 e G2: não apresentando autoduplicação do DNA, 
entretanto, a atividade metabólica nesta etapa é 
altíssima, uma vez que ocorre uma intensa síntese de 
RNA e de proteínas, assim, ocorre a maior parte do 
metabolismo celular. 
 
G0: para as células que estão fora do ciclo celular, ou 
seja, que não se dividem, como os fibrócitos. 
 Substâncias fatores de crescimento podem agir 
sobre as células G0, fazendo-as voltar ao ciclo celular 
para retomar a divisão celular, como ocorre com os 
fibrócitos que voltam a ser fibroblastos. 
 Algumas estão permanentemente em G0, como os 
neurônios e as fibras musculares estriadas, sendo 
incapazes de se dividir. 
 
Apoptose: morte celular pela ativação de endonucleases 
endógenas, não-lisossômicas, que fragmentam o DNA. 
 Não é uma morte celular programada, mas sim 
morte celular não seguida de autólise. 
 É um tipo de auto-destruição celular, que ocorre de 
forma ordenada e demanda energia. 
 
Câncer ou neoplasia 
 É uma proliferação desordenada de células 
assumindo um formato tumoral, sendo decorrente de 
mutações em células somáticas 
 Os oncogenes analisamos pontos de checagem para 
bloquear a divisão de células defeituosas e permitir a 
divisão de células normais, assim, mutações neles 
podem permitir que células alteradas se reproduzam. 
 O glicocálix está relacionado a atividades como o 
reconhecimento celular, assim, apresenta um 
importante papel para o processo de inibição por 
contato. Nele, as células se conhecem mutuamente e 
não se dividem para evitar a competição de recursos e 
nutrientes entre elas. 
 Nos tecidos cancerosos, ocorrem alterações no 
glicocálix, de modo que as células não mais se 
reconhecem, passando a se multiplicar sem controle. 
 Também ocorre diminuição de adesividade, 
favorecendo o destacamento de metástases, visto que o 
glicocálix também está relacionado à adesão entre as 
células vizinhas. 
 
Tumor maligno 
 Apresenta células profundamente modificadas em 
relação ao tecido original, que inclusive podem produzir 
substâncias tóxicas para eliminar células sadias e ganhar 
mais espaço. 
 Tem crescimento invasivo, invadindo tecidos vizinhos 
através de projeções celulares, as metástases, que 
podem se espalhar por todo o corpo através da 
circulação sanguínea. 
 Se consumir muito nutriente do portador, causa 
magreza intensa e interrompe o funcionamento normal 
dos órgãos, causando morte por falência generalizada 
dos órgãos. 
 
Tumor benigno 
 Apresenta células idênticas ao tecido que o originou, 
com crescimento expansivo, restrito ao tecido de 
origem, não invadindo os vizinhos e sem apresentar 
metástase. 
 Pode comprimir vasos sanguíneos próximos durante 
seu crescimento, obstruindo a passagem de sangue e 
gerando isquemia e hipóxia, que dependendo do tecido 
(nervoso, por exemplo), pode haver sérias 
consequências. 
 
Biologia 
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Fatores de risco 
Predisposição genética 
 Apenas mutações que se dão em células 
germinativas e/ou sexuais podem ser transmitidas à 
descendência. 
 O câncer não é hereditário, mas sim a propensão ao 
câncer, uma vez que esses genes que facilitam o 
surgimento de tumores podem ser transmitidos 
geneticamente. 
 
Fumo 
 Contém uma série de substâncias cancerígenas, que 
podem gerar radicas libres que promovem alterações 
moleculares no DNA, conduzindo ao câncer. 
 
Alimentação inadequada 
 Substâncias químicas contidas no alimento, 
principalmente conservantes, podem levar à produção 
de radicais livres e câncer. 
 A falta do consumo de fibras como a celulose pode 
levar a câncer de intestino, uma vez que diminui a 
produção de fezes e aumenta a retenção de substâncias 
tóxicas e cancerígenas no intestino. 
 
Álcool 
 Pode levar à destruição de células e forçar a 
regeneração das mesmas. Com agressão constante, 
pode haver erros na mitose que promovem as 
regenerações e o aparecimento de células cancerosas. 
Tratamento 
 Radioterapia: radiação controlada e concentrada no 
local do tumor. 
 Quimioterapia: drogas que eliminam as células 
cancerosas, porém, também alteram as células 
saudáveis com grande atividade mitótica, causando 
irritações cutâneas, queda de cabelo, anemia e queda 
de imunidade (devido à redução no número de 
leucócitos). 
 
Mitose 
 Divisão celular que gera células geneticamente 
idênticas às células iniciais, sem variabilidade genética. 
 Papel de reprodução em unicelulares, em bipartição, 
cissiparidade ou divisão binária. 
 Papel de crescimento e regeneração em 
pluricelulares. 
Fases da mitose 
01. Prófase 
 Fase mais longa. 
 Entrada de água na célula, tornando o citoplasma 
mais fluido promovendo a passagem de gel pra sol, 
permitindo que os cromossomos atravessem com maior 
facilidade, para que se desloquem aos polos da célula 
em divisão na anáfase. 
 Espiralização ou condensação dos cromossomos, 
reduzindo o comprimento e aumentando o diâmetro, 
facilitando o posicionamento na placa equatorial, a 
ligação com o fuso e a separação dos mesmos. 
 Desorganização da carioteca. 
 Desaparecimento dos núcleolos. 
 Duplicação dos centríolos. 
 Formação das fibras do fuso pelos microtúbulos do 
citoesqueleto. 
 
Prometáfase 
 Inicia-se após a desorganização da carioteca. 
 Os microtúbulos começam a entrar na área que 
correspondia ao núcleo, onde estão os cromossomos. 
 As fibras do fuso podem se ligar ao cinetócoro do 
centrômero de cada umas das cromátides-irmãs, 
originando fibras cromossômicas. 
 Essas fibras se localizam em lados opostos do 
centrômero, voltadas para os polos da célula, com cada 
cromátide presa aos microtúbulos, que deslocam os 
cromossomos para a região equatorial da célula. 
 
02. Metáfase 
 Os cromossomos ficam dispostos na placa 
equatorial, região mediana da célula. 
 Atinge-se o grau máximo de espiralização dos 
cromossomos, ficando curtos e mais espessos, 
facilitando a visualização no microscópio. 
 
03. Anáfase 
 Ruptura longitudinal dos centrômeros, promovida 
pelas fibras do fuso que começam a despolimerizar. 
Biologia 
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 As cromátides irmãs de um mesmo cromossomo 
duplo se separam, originando dois cromossomos 
simples. 
 Na imagem, é como se fosse duas metáfase 
grudadas. 
 
04. Telófase 
 Inverso da prófase, com a saída de água da célula. 
 Desespiralização dos cromossomos. 
 Reorganização da carioteca. 
 Reorganização dos nucléolos. 
 Desaparecimento do fuso e do áster. 
 Para completar a divisão celular, deve-se ocorrer a 
divisão do citoplasma, pela citocinese. 
Inibição por mitose 
 Substâncias químicas como a colchicina pode 
interromper a mitose, visto que inibe a polimerização 
dos microtúbulos, impedindo a formação das fibras do 
fuso. 
 Como a mitose para na metáfase, tem uma excelente 
visualização dos cromossomos. 
 Utilizados no tratamento de câncer. 
 
Meiose 
 Divisão celular que gera células geneticamente 
diferentes das células iniciais, proporcionando 
variabilidade genética. 
 Reduz à metade o número de cromossomos das 
células-filhas em relação à célula mãe, permitindo a 
manutenção do número diploide de cromossomos na 
espécie. 
 É importante para a adaptação dos seres vivos ao 
meio, graças ao crossing-over e à separação dos 
cromossomos homólogos. 
 A primeira divisão é a meiose I ou reducional, e 
efetivamente reduz à metade o número de 
cromossomos nas células formadas, separando os 
cromossomos homólogos. 
 A segunda fase, meiose II ou equacional, não altera 
o número de cromossomos nas células, apenas separa 
as cromátides-irmãs. 
 
Meiose I: divisão reducional 
1. Prófase I 
 Início da espiralização dos cromossomos. 
 Pareamento dos cromossomos homólogos, sendo 
possível visualizar as duas cromátides em cada um deles. 
 Pode ocorrer ruptura de segmentos de 
cromossomos homólogos e trocas de pedações entre 
eles, fenômeno que acontece esporadicamente e é dito 
crossing-over ou permutação, aumentando a 
variabilidade genética da espécie. 
 Ocorre ao mesmo tempo que esses eventos, os 
fenômenos para a mitose. 
 
2. Metáfase I 
 O fuso se completa, atinge-se o grau máximo de 
espiralização dos cromossomos. 
 Ocorre o posicionamento dos cromossomos aos 
pares de homólogos na placa equatorial. 
 
3. Anáfase I 
 Não há ruptura do centrômero. 
 Como as fibras do fuso só estão ligadas a um lado 
do centrômero em cada cromossomo do par de 
homólogos, quando as fibras começam a contrair, há a 
separação dos cromossomos homólogos, sem ruptura 
dos centrômeros. 
 
4. Telófase I 
 Ocorre a reversão dos processos que ocorreram na 
prófase I, como a saída de água da célula, reorganização 
da carioreca, reaparecimento dos nucléolos. 
Meiose II: divisão equacional 
 Extremamente semelhante à mitose. 
 As células haploides com cromossomos duplos vão 
agora separar suas cromátides em cromossomos-filhos, 
originando novas células haploides, só que com 
cromossomos simples agora. 
 Não há pareamento de homólogos ou crossing-over. 
 
1. Prófase II: desintegração da carioteca, 
desaparecimento de nucléolos. 
Biologia 
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2. Metáfase II: completa-se o fuso, atinge seu grau 
máximo de espiralização e os cromossomos alinham-se 
na placa equatorial, sem estarem pareados. 
 
3. Anáfase II: os cromossomos passam de duplos a 
simples, e os cromossomos-filhos deslocam-se e 
chegam aos polos. 
 
4. Telófase II: reversão dos eventos da prófase II. 
Crossing-over 
 Possibilita o surgimento de uma maior variabilidade 
de tipos de gametas em um indivíduo, além dos 2n que 
a segregação dos cromossomos possibilita. 
 Não deve ser confundido com mutação, visto que os 
genes alelos apenas trocam de posição dentro do par 
homólogo de cromossomo, de modo que a estrutura e 
a função cromossômica permanecem inalteradas, isto é, 
a expressão dos genes não muda. 
 A mutação pode alterar a manifestação dos genes, a 
estrutura ou o número de cromossomos, causando 
diversas consequências. 
 
Gametogênese 
 Gametas são células haploides, formadas a partir de 
células germinativas, geradas por meiose e, ao se 
fundirem, originam um zigoto diploide. 
 As células germinativas se originam a partir da 
parede do saco vitelínico do embrião, migrando para as 
gônodas. 
 
Cada célula germinativa, por se dividir por meiose, 
origina quatro células, embora nem todas sejam 
necessariamente gametas. 
 
Objetivo da gametogênese 
 Reduzir o número de cromossomos à metade 
daquele da célula somática normal, proporcionado pela 
meiose, que permite uma variabilidade genética entre 
os gametas e as células que originam. 
 Modificar a forma das células em preparação à 
fecundação. 
 
 A célula germinativa masculina, grande e redonda no 
início, perde quase todo seu citoplasma e passa a ter a 
cabeça, colo e flagelo, adquirindo grande motilidade e 
tornando-se um espermatozoide. 
 A célula germinativa feminina torna-se maior 
gradativamente, acumulando substâncias de reserva 
nutritiva para a formação do futuro indivíduo gerado e 
desenvolvendo uma série de estruturas de proteção 
para preservá-las, tornando-se um óvulo. 
Espermatogênese 
 Os gametas masculinos são produzidos nas gônadas 
masculinas, os testículos. 
 O espermatozoide possui o acrossoma, que abriga 
enzimas líticas que permitem ao espermatozoide vencer 
as barreiras que envolvem o óvulo e promoverem a 
fecundação. 
 
Cada célula germinativa envolvida na 
espermatogênese origina quatro espermatozoides 
funcionais. 
 
 Células germinativas primordiais (2n) se diferenciam 
em espermatogônias (n), fase de proliferação ou 
germinação, que sofrem mitose e originam 
espermatogônicas que crescem pouco (faze de 
crescimento) para se dividirem em dois espermatócitos 
(n) (fase de maturação) que sofrem meiose e originam 4 
espermátides (n) (fase de diferenciação). 
 Do espermátide para o espermatozoide: perda da 
maior parte do citoplasma, o centríolo vira flagelo, as 
mitocôndrias se organizam na base do flagelo para 
fornecer energia, o complexo de golgi vira o acrossomo. 
Ovogênese 
 Gametas femininos são produzidos nos ovários. 
 Cada célula germinativa que entra em divisão 
meiótica na ovogênese, só se forma um único óvulo 
funcional, sendo as gemais células formadas na meiose 
células não funcionais, denominadas glóbulos polares 
ou polócitos. 
 A mulher tem um número limitado de óvulos, sendo 
liberado um por mês, da puberdade até a menopausa, 
por volta dos 40 anos. O número limitado é devido ao 
grande acúmulo de vitelo no óvulo, o que torna o 
processo de ovogênese muito difícil para o organismo, 
Biologia 
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sendo produzido apenas um óvulo para cada célula 
germinativa. 
 Células germinativas primordiais (2n) sofrem 
diferenciação e originam ovogonias (2n) que fazem 
mitoses e geram ovogonias (2n) que crescem 
intensamente para acumularem vitelo (fase de 
crescimento), depois sofrem meiose 1 (reducional) que é 
interrompida e só continua na ovulação, originando o 
ovócito. 
 
Não ovula óvulo, ovula ovócito 2, cuja meiose somente se 
completará se houver fecundação, induzida pela 
penetração do espermatozoide no óvulo. 
 
O óvulo formado 
 O óvulo é envolvido por duas camadas protetoras ou 
barreiras, a mais interna tem muco e se chama zona 
pelúcida, a mais externa constitui a corona radiata, 
precisando ser rompidas pelo espermatozoide. 
Partenogênese 
 Formação embrionária de um indivíduo a partir de 
um único gameta, o óvulo, sem que tenha havido 
participação de um espermatozoide. 
 Forma de reprodução sexuada sem necessidade de 
fecundação. 
 O óvulo é produzido por meiose, havendo 
variabilidade genética em processos como crossing-
over e segregação dos cromossomos homólogos. 
Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo 
de reprodução sexuada, sendo o óvulo nesses casos 
produzido por meiose. 
 Na patogênese, as fêmeas dão origem apenas a 
fêmeas, enquanto, nas populações bissexuadas, cerca 
de 50% dos filhotes são fêmeas. 
 Na população partenogenética não ocorre 
fecundação cruzada, portanto, não há possibilidade de 
cruzamento com a população bissexuada, ou seja, elas 
não se misturam. 
 
Ciclos ovarianos 
 Os óvulos são produzidos apenas após a ovulação, 
fenômeno mensal da mulher. 
 Na época de ovulação, a mulher está em seu período 
fértil. 
Maturação dos folículos ovarianos 
 Puberdade: hipotálamo: liberação na hipófise de 
hipotalâmicos: FSH. 
 Estrogênio: aumenta o endométrio. 
 Progesterona: mantém o endométrio espesso para 
manter a gravidez. 
 Aumento de FSH: estimula os folículos ovarianos. 
 Aumento de estrógenos: características sexuais e 
aumento do endométrio. 
 Aumento LH: Ovulação; converte folículo vazio em 
corpo lúteo. 
 
FSH (folículo estimulante) 
 Produzido pela adenohipófise. 
 Nos homens estimula a produção de 
espermatozoides. 
 Nas mulheres induz a produção de estrógenos. 
 Promove a maturação do folículo ovariano, que 
passa a produzir estrógenos, responsáveis pelo 
surgimento dos caracteres sexuais secundários 
femininos. 
 
LH (hormônio luteinizante 
 Induz a produção de progesterona em mulheres. 
 Induz a produção de testosterona nos homens. 
 Principal hormônio responsável pela ovulação. 
 Estimula a ovulação e converte o folículo vazio em 
corpo lúteo, o qual secreta progesterona para manter o 
endométrio e, consequentemente, a gravidez. 
 
Se há fecundação 
 Embrião produz HCG. 
 Mantém o corpo lúteo. 
 Produz progesterona. 
 Mantém o endométrio. 
 
Se não há fecundação 
 Com 9 dias o LH cai e o corpo lúteo degenera. 
 Diminui a progesterona. 
 Endométrio descama. 
 Menstruação. 
 TPM: Diminuição da progesterona, fica emotiva 
(tensão pré-menstrual). 
 
Biologia 
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A menstruação NÃO é a liberação do óvulo não 
fecundado. 
 
0-5: Menstruação. 
5-14: Aumento do FSH e do estrógeno. 
14: Aumento grande de LH, ovulação. 
14-23: LH e progesterona altos, fase progestacional. 
23-28: Diminuição LH e progesterona. 
28: menstruação. 
 
 Ciclo de 21 a 60 dias. 
 A data da ovulação é 14 dias antes da próxima 
menstruação. 
 Para saber se está ovulando: aumento de 
temperatura em 1grau e muco mais viscoso. 
 
12-14: espermatozoide vive 48h. 
14-16: ovócito vive 48h. 
12-19: período fértil. 
9-19: margem de segurança. 
 
Anticoncepcionais hormonais 
 Placenta: alto estrógeno e progesterona: baixo FSH 
e LH: maturação dos folículos e não ovulação. 
 A droga faz a mesma coisa, aumenta o estrógeno e 
a progesterona, que causam a diminuição do FSH e do 
LH e, assim, não há ovulação. 
 
Amenorreia da lactação 
 Durante a amamentação exclusiva, a mulher não 
ovula e não menstrua. Antigamente menstruava-se 
pouco pois ou a mulher estava grávida ou estava 
amamentando. 
 
Esquecimento da pílula 
 Diminui o estrógeno e a progesterona, aumenta o 
FSHe o LH, madura os folículos e ovula. 
 Uma mulher que tomou interruptamente o 
anticoncepcional tem a taxa de estrógeno e 
progesterona contante (é como se ela estivesse grávida, 
não há variação desses hormônios, uma vez que o FSH 
e o LH são inibidos). 
 
Efeitos colaterais 
 Retenção de líquido, sódio. 
 Aumento do risco de câncer de mama. 
 O risco de doenças cardiovasculares aumenta: AVC, 
infartos, varizes. 
 Alivia cólicas menstruais e tensão pré-menstrual. 
 Tratamento de ovário micropolicísticos. 
 Regular o ciclo menstrual. 
 
Gravidez ou concepção 
 Fecundação + nidação (implantação do embrião no 
endométrio). 
 Anticoncepcional: evita gravidez: impede a 
fecundação ou evita a nidação. 
 Aborto: interrompe a gravidez: elimina o embrião já 
nidado. 
 Caso haja fecundação, o embrião na forma de 
blastocisto produz o hCG que mantém o endométrio 
uterino para manter a gravidez. 
 O hCG é produzido pelo trofoblasto do embrião, 
estrutura que se fusiona ao endométrio para originar a 
placenta. 
 O hCG mantém o corpo lúteo produzindo 
progesterona, de modo que o endométrio não descama 
e não há menstruação. Ele pode ser detectado em 
sangue e urina para indicar gravidez. 
 
A mulher pode engravidar antes da primeira menstruação, 
pois a menstruação ocorre após a ovulação, ou seja, a 
menina que menstrua pela primeira vez passa por um 
período fértil antes disso. 
 
Nidação: processo de implantação do embrião no 
endométrio uterino. 
 
DIU: Dispositivo intrauterino implantado no útero, 
causando inflamações que atraem células de defesa que 
eliminam o embrião que tenta nidar. 
 DIU + implantes de liberação hormonal: mais eficaz. 
 
Pílula do dia seguinte: altíssimo aumento de estrógeno 
e progesterona, até 72h: inibe a ovulação ou a 
fecundação (aumenta a acidez vaginal e o 
espermatozoide não fecunda) ou inibe a nidação 
(remove receptores do embrião). 
 
 
Biologia 
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Cirurgia 
 Vasectomia: corte dos canais diferentes masculinos. 
 Ligadura ou laqueadura tubária ou histerectomia 
(remoção do útero). 
 
Menarca: primeira menstruação: início da puberdade, 9 
aos 13. 
 A menstruação ocorre após queda nos níveis de 
progesterona e a ovulação ocorre devido a um pico de 
LH. 
 
Menopausa: última menstruação, fim do climatério, fim 
do período fértil, não fabrica mais hormônios sexuais 
(irritabilidade, depressão, calor corporal, risco de 
osteoporose -baixo estrógeno abaixa a atividade das 
células que calcificam os ossos-). 
 
Fecundação 
 Fusão das células sexuais ou gametas haploides, 
originando uma célula diploide, o zigoto ou célula-ovo 
que por mitoses originará um novo indivíduo completo. 
 
Embriologia 
 O desenvolvimento embrionário é dividido em três 
partes: 
 
01. Segmentação 
 Primeiras divisões mitóticas que ocorrem no 
embrião, denominadas clivagens. 
 O volume celular do embrião permanece constante. 
 As células do embrião são denominadas 
blastômeros, conhecidos como células-tronco 
embrionárias, sendo totalmente indiferenciadas e com 
capacidade de originar qualquer outra célula do 
organismo. 
 Passa pela mórula e pela blástula, com uma cavidade 
interna denominada blastocele, que é o melhor 
momento para obtenção de CTE totipotentes, pois é a 
fase de segmentação com maior número de 
blastômeros. 
 
02. Gastrulação 
 O embrião começa a aumentar de volume, e esse 
aumento é mantido até a idade adulta. 
 Aparece a cavidade digestiva primitiva. 
 Aparece o blastóporo, orifício que originará o ânus 
ou a boca do embrião. 
 Aparece os folhetos embrionários (endoderme, 
mesoderme e ectoderme). 
 
 Se o blastóporo originar a boca, o ânus se formará 
posteriormente, o organismo é dito protostômio. 
 Se originar primeiro o ânus, é dito deuterostômio, 
ocorrendo em equinodermos e cordados. 
Folhetos embrionários ou germinativos 
Ectoderme: mais externa, origina a epiderme (pelos, 
glândulas sebáceas e sudoríferas), musosa de boca, 
nariz, ânus, esmalte de dentes. 
 Origina o tubo nervoso, o sistema nervoso, a 
hipófise. 
 
Mesoderme: intermediária, origina a derme, os 
músculos estriados esqueléticos, lisos e cardíacos, o 
sistema circulatório, os membros. 
 
Endoderme: mais interna, revestimento do tubo 
digestivo e das vias aéreas. 
 
Tecido epitelial: ecto, endo e meso. 
Tecido muscular: meso. 
Tecido nervoso: ecto. 
Tecido conjuntivo: meso 
 
Organogênese 
 Aparecimento dos primeiros tecidos já diferenciados 
e dos órgãos e sistemas. 
 Neurulação: embrião assume forma de nêurula, com 
a formação do tubo nervoso, da mesoderme e da 
notocorda. 
 Ao fim o embrião passa a ser chamado de feto. 
 
Tipos de óvulo quanto à quantidade de vitelo 
1. Alécito: sem vitelo, fazendo a nutrição placentária. 
2. Oligolécito: pouco vitelo, quase homogeneamente 
distribuído pelo citoplasma. 
3. Heterolécito: média quantidade de vitelo, 
concentrando-se mais na região do núcleo. 
4. Telolécito: muito vitelo. 
Biologia 
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Anexos embrionários 
 Estruturas derivadas dos folhetos germinativos do 
embrião, mas não fazem parte dele, sendo 
abandonadas junto com o ovo. 
 
Âmnio 
 Também chamado de bolsa amniótica, é uma 
membrana que envolve o embrião e delimita uma 
cavidade cheia de líquido. 
 Protege contra choques mecânicos. 
 Possibilitou aos vertebrados deixarem a água para 
viverem em terra. 
 Previne dessecação do embrião. 
 
Córion 
 Membrana altamente vascularizada que envolve o 
embrião e os demais anexos. 
 Funciona como uma superfície respiratória, 
realizando trocas gasosas entre o embrião e o meio. 
 
Alantoide 
 Armazena excretas do embrião. 
 Remove cálcio da casca calcária do ovo de aves e 
fornece ao esqueleto do embrião. 
 Une-se ao córion com funções de trocas gasosas. 
 
Saco vitelínico 
 Acúmulo e digestão de nutrientes para o embrião. 
 Bolsa de reserva nutritiva para armazenar vitelo. 
 
Peixes a anfíbios possuem como anexos embrionários 
APENAS o saco vitelínico. 
 
Placenta 
 Cório + endométrio do útero. 
 Nutrição, excreção, trocas gasosas. 
 É altamente vascularizada, fornecendo nutrientes ao 
feto provenientes do sangue materno. 
 Produção de células sanguíneas do feto. 
 Imunização do feto com transferência de anticorpos. 
 Produção de hormônios maternos: estrogênio e 
progesterona: para manter a gravidez. 
 Abaixa a imunidade para evitar que o sistema imune 
mate o feto. 
 Não protege contra choques mecânicos nem hidrata 
o embrião. 
 
Barreira placentária 
 Entre a mãe e o feto. 
 Não existe contato sanguíneo entre eles. 
 Não passa células. 
 Passa o plasma com nutrientes (glicose, gases 
dissolvidos, excretas dissolvidas). 
 Impede a passagem de alguns patógenos: exceção: 
doenças congênitas (rubéola, zika, toxoplasmose, sífilis) 
que causam a má formação do sistema nervoso central, 
causando retardo mental. 
 
Cordão umbilical: saco vitelínico + alantoide (armazena 
excretas) atrofiados. 
 
Ovíparos 
 Põe ovos que ficam desprotegidos caso a mãe 
precise ir atrás de alimento. 
 Ex: Aves. 
 
Ovovivíparos 
 Retêm os ovos no corpo até eclodirem, mas não 
transferem nutrientes para o feto, apenas protegem o 
ovo. 
 Ex: Peixes, algumas cobras. 
 
Vivíparos 
 Possuem placenta ou algo semelhante que 
protegem o embrião e nutre-o. 
 Ex: Mamíferos placentários, alguns tubarões e 
algumas cobras. 
 
Embriologia 
 Na primeira semana de desenvolvimento, o embrião 
está na fase de segmentação. 
 A zona pelúcida ao redor do zigoto impede a 
fecundação entre espécies diferentes, impede a entrada 
de um segundo espermatozoide no óvulo e impede a 
nidação do embrião (que só ocorre quando a zona se 
degenera). 
 
Gravides ectópica 
 Fora do útero. 
Biologia 
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 Causas: falhas nos cílios da tuba uterina (por 
desnutrição, falha genética).Gravidez tubária 
 Pode rebentar, causa má nutrição no feto. 
 
Zigoto 
1. 1ºclivagem: 2 blastocistos. 
2. 2ºclivagem: 4 blastocistos. 
3. Mórula (células tronco embrionárias totipotente). 
4. Blástula (células tronco polipotentes). 
 
 De mórula para blástula na zona pelúcida rompe e 
se torna possível a nidação. 
 
Gêmeos 
 Poliembrionia: mais de um embrião na mesma 
gestação. 
 
Bivitelinos ou fraternos ou não idênticos (75%) 
 Poliovulação: libera mais de um ovócito no mesmo 
ciclo ovariano. 
 Cada ovócito é fecundado por um espermatozoide 
diferente formando mais de um zigoto. 
 São geneticamente diferentes, como irmão não 
gêmeos, podendo ser de pais diferentes (com idades 
diferentes na mesma gravidez: alguns meses de 
diferença e o irmão mais novo nasce prematuro). 
 Todos os anexos são individuais 
 Feed Back negativo não funciona e a mulher ovula 
mesmo estando grávida. 
 
Univitelinos, monozigóticos ou idênticos (25%) 
 São geneticamente idênticos e do mesmo sexo. 
 Um ovócito é fecundado por um espermatozoide, 
formando um zigoto que se fragmenta em novos 
embriões idênticos: clones. 
 Todos os anexos podem ser individuais (com 
placentas diferentes) ou compartilhados. 
 
Tecidos 
 Grupo de células organizadas para desempenhar 
uma certa função. 
 
 
Tipos 
1. Epitelial: revestimento, proteção, secreção. 
2. Conjuntivo: para preenchimento de espaços, 
conexão entre dois tecidos, podendo ser cartilaginoso, 
ósseo, sanguíneo ou adiposo. 
3. Muscular: contração. 
4. Nervoso: comunicação entre várias estruturas 
corporais. 
 
Tecido epitelial 
 Revestimento e secreção. 
 
Características: células justapostas com quase ausência 
de substâncias intracelulares (tem o glicocálix que é feito 
de açúcar e proteínas, estando localizado entre as 
células, proporcionando adesão. 
 Avascular: sem vasos sanguíneos. Distribuem 
substâncias como água, nutrientes e oxigênio com 
difusão cél-cél a partir dos capilares sanguíneos 
subjacentes. 
 Especialização da membrana: complexo unitivo: 
maior adesão entre as células vizinhas. 
 Desmossomo: liga uma célula na outra. 
 Microvilosidades: projeções digitais, formam 
membrana para aumentar a superfície de absorção. 
 
Junções comunicantes ou tipo GAP 
 Canais que atravessam as membranas das células 
vizinhas para passagem de substâncias. 
 Hemidesmossomo: liga célula a estrutura não celular. 
 Desmossomo: liga a célula a outra célula. 
 
Tecido: revestimento: proteção e trocas: absorção, 
excreção e trocas gasosas. 
 Simples: com uma camada de células, mais fácil de 
atravessar, bom para trocas, mais frágil: micro-
organismos podem entrar, como em alvéolos 
pulmonares e endotélio: capilares sanguíneos. 
 Estratificadas: com várias camadas de células, mais 
resistente, para proteção. 
 Estratificado pavimentado queratinizado: com 
queratina: impermeável. 
 Sem queratina: mucosas, ânus, nariz. 
 
Mucosa: membrana que envolve os órgãos por dentro. 
Biologia 
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Serosa: membrana que envolve os órgãos por fora. 
Pleuras: pulmão, peritônio: intestino, pericárdio: 
coração. 
 
Cílios: varrem o muco e partículas aderidas para a 
faringe onde vão para o estômago e são destruídas pelo 
HCl. 
 
Sem cílios: perda do sistema de limpeza nas vias aéreas, 
aumentando o risco de doenças respiratórias. 
 
Metaplasia 
 Substituição patológica de um tecido por outro: 
fumantes crônicos. 
 Acarreta na neoplasia maligna (câncer) 
 
Glândulas 
 Exócrinas: eliminam a secreção para fora do corpo: 
sebáceas, salivais. 
 Endócrinas: eliminam a secreção para o sangue: 
hormônios: hipófise -FSH, LH-, tireoide. 
 Anfícrinas ou mistas: com parte exo e endo: 
pâncreas: suco pancreático exo e glucagon e insulina 
endo. 
 
Pele 
 Maior órgão do corpo humano; com duas camadas 
de tecido. 
 
1. Epiderme: impermeável, camada mais externa, 
estratificado pavimentoso queratinizado. 
 A exposição prolongada na água enruga a pele, mas 
NÃO é por osmose. 
 A hidratação da queratina absorve a água e se 
expande, promovendo dobras onde há muita queratina 
(dedos, mão). 
 
2. Derme: camada mais interna formada de tecido 
conjuntivo. 
 
 Hipoderme: tecido celular subterrâneo, abaixo da 
pele. É um tecido conjuntivo adiposo que armazena 
gordura que serve de reserva e de isolante térmico. 
 
 
Epiderme 
Tem até 5 camadas: 
 
1. Basal ou germinativa: mais interna: com células em 
mitose para repor as células que descamam. 
 
2. Espinhosa: mais espessa, células ramificadas para 
adesão com interdigitações: dobras de membrana 
aumentam a superfície de contato. 
 
3. Granulosa: células com granulos de queratina. 
 
4. Lúcida: queratina madura (amarela). 
 
5. Córnea: mais externa, com células mortas devido alta 
quetarinização. Está em constante descamação: sola dos 
pés e nas mãos. 
 
OBS: Na maior parte só tem a basal, espinhosa e córnea. 
 
 Tatuagem se faz na derme, que não descama e 
sangra. 
 A derme é constituída de tecido conjuntivo 
propriamente dito, com fibroblastos produtores de 
fibras proteicas e na qual se inserem glândulas 
sudoríparas e sebáceas originárias da epiderme. 
 
Melanócitos 
 Produz melanina para proteger dos raios UV. 
 Proteínas > aminoácidos > enzima tirosina > 
melanina (albino não tem a enzima). 
 O número de melanócitos é constante em todas as 
etnias, a diferença da cor da pele é na quantidade de 
melanina produzida (não pode ser produzida na idade 
adulta, só na cicatrização). 
 O sol aumenta a quantidade de melanina produzida 
e as que você tem ficam mais escuras. 
 O cabelo branco se dá pela falha na transferência de 
melanina. 
 
Vitiligo 
 Doença autoimune onde os seus anticorpos atacam 
seus melanócitos, parando de produzir melanina 
naquela área, causando uma despigmentação 
irreversível. 
Biologia 
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Estrias 
 Resultado do esticamento excessivo da pele, 
superando sua capacidade elástica, o que gera rupturas 
no tecido conjuntivo da derme. 
 
Glândulas sebáceas: associadas ao pelo para produzir 
lipídios para lubrificar os pelos. 
 
Glândulas sudoríferas: não tem pelo, produz suor para 
regular a temperatura corporal e para excreção. 
 
Queimaduras 
 1º grau: afeta a epiderme, mas não a destrói - água 
corrente. 
 2º grau: afeta a epiderme e a derme, mas não destrói 
elas, com flictena (bolhas) - água corrente. 
 3º grau: destrói a epiderme: cobrir com gaze 
molhada estéril para evitar desidratação. 
 
Tecido Conjuntivo 
 Com células espaçadas com muita substância 
intracelular, podendo ser: 
 
1. Adiposo: reserva nutritiva. 
2. Sanguíneo: transporte, defesa. 
3. Cartilaginoso e ósseo: proteção e sustentação. 
 
Função 
 Preenchimento de espaço. 
 Conexão entre outros tecidos. 
 
Componentes principais 
 Substâncias intracelulares + células. 
 Substância: fundamental amorfa (gelatinosa) com 
água, proteínas e glicoproteínas. 
 
Fibras proteínas 
1. Colágeno: para resistência mecânica. 
2. Elásticas: para elasticidade. 
3. Reticular: com proteínas reticulinas (tipo de 
colágeno) para formar retículos para abrigar as células. 
 
 
 
Células 
Fibroblastos 
 As células mais abundantes, produzindo substâncias 
intracelulares, como fibras proteicas. 
 São inativos até quando necessário, ou seja, para 
cicatrização. 
 
Mastócitos 
 Principal medidor de alergia. 
 Com vasodilatação: causa inchaço (edema), 
vermelhidão (rubor) e prurido (coceira). 
 
Plasmócitos 
 Defesa pela produção de anticorpos, ou seja, 
imunoglobulinas: proteínas de defesa. 
 
Tecido adiposo 
 Com abundância de adipócitos para armazenar 
gorduras. 
 Armazena o excesso de carboidratos é na forma de 
lipídio. 
 A perda de peso não altera o número de adipócitos, 
mas a quantidade de gordura (exceção para perdas 
extremas). 
 Obesidade: síndrome metabólica: maiorrisco de 
doenças cardiovasculares. 
 Diabete tipo 2: deficiência nos receptores de 
insulina. 
 Diabete tipo 1: destruição das células beta do 
pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, como 
consequente diminuição na produção do referido 
hormônio. 
 
Tecido sanguíneo 
Sangue 
 É um tecido conjuntivo com substância intracelular 
líquida e sem fibras proteicas 
 Transportam nutrientes, como gases respiratórios e 
excretas 
 Proporcionam a defesa corporal 
 
Plasma 
 Quando o sangue passa pela centrifugação, é a parte 
de cima, correspondendo a 55% 
Biologia 
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 Composto por 90% de água, com sais mineiras, 
proteínas, aminoácidos, açúcares. 
 
Principais proteínas do plasma 
 Albumina: principal proteína sanguínea, com função 
de reserva, mantém o equilíbrio osmótico entre os 
tecidos vizinhos, transporta algumas substâncias, é 
produzida pelo fígado. 
 Fibrinogênio: relacionada ao processo de 
coagulação sanguínea, é produzida no fígado. 
 Imunoglobulinas ou anticorpos: relacionadas aos 
mecanismos de defesa corpora, produzidas pelos 
plasmócitos. 
 
Soro: plasma sem o fibrinogênio, ou seja, sem a 
capacidade de coagulação sanguínea, facilitando o 
armazenamento em bancos de sangue. 
 
Elementos figurados 
Hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos 
 Transportam oxigênio no sangue devido a presença 
pimento respiratório: hemoglobina 
 Proteína associada ao grupo heme, que contém ferro 
 A hemoglobina é responsável pela cor vermelha do 
sangue, mesmo sendo amarela. 
 O oxigênio associa-se ao ferro heme e é 
transportado pela hemácia: oxiemoglobina. 
 No feto, tem maior afinidade pelo oxigênio do que 
em adultos. 
 Em mamíferos, são anucleadas e bicôncavas e 
incapazes de fazer mitose, apresentando vida curta, 
cerca de 120 dias e, quando morre, são destruídas pelos 
leucócitos: hemoccaterese. 
 Cabe à medula óssea promover a constante 
renovação das hemácias mortas. 
 Não possuem organelas, ou seja, sem mitocôndrias 
e, portanto, não realizam respiração aeróbica, obtendo 
energia pela fermentação láctica. 
 Sem núcleo: incapazes de sintetizar proteínas 
 Em animais, tem forma esférica, são nucleadas e 
apresentam baixa captação de o2. 
 Em menor quantidade nas mulheres devido a sua 
menor atividade metabólica e menor massa muscular, 
além da constante perda de sangue na menstruação. 
 
Anemias 
 Diminuição na quantidade de hemoglobina. 
 
1. Ferropriva: causada pela deficiência nutricional de 
ferro. 
2. Perniciosa: causada pela deficiência nutricional de 
vitamina B12 e/ou vitamina B9 (ácido fólico); está 
normalmente relacionada a lesões gástricas, pois 
diminui a absorção da vitamina B12. 
3. Falciforme: de origem genética, levando a hemácia a 
assumir uma forma de foice, confere resistência a 
malária. 
 
 Policitemia: aumento da quantidade de hemácias no 
sangue. Em ambientes com menor teor de oxigênio no 
ar, levando à produção de maior quantidade de 
hemácias para compensar a falta do oxigênio. 
 
Plaquetas ou trombócitos 
 São fragmentos de células provenientes de medula 
óssea vermelha que participam do processo de 
coagulação sanguínea, pois acumulam vesículas que 
contém a enzima tromboplasina. 
 
Coagulação sanguínea e hemostasia 
01. Vasoconstricção: na região afetada, para reduzir o 
volume de sangue que atinge a área lesionada. 
 
02. Agregação plaquetária: as plaquetas vão se 
aglomerando no local da lesão, formando um tampão 
plaquetário para impedir a saída do sangue. 
 
03. Coagulação: formação do coálogo, que consiste de 
uma rede de fibrina, proteína insolúvel que estabiliza o 
tampão plaquetário na lesão. 
 
Fatores que prejudicam a coagulação sanguínea 
 Deficiência de vitamina K. 
 Lesões hepáticas (diminuem a produção de fatores 
da coagulação pelo fígado) principalmente em 
alcoólicos crônicos. 
 Hemofilia: doença genética na produção de algum 
dos fatores de coagulação. 
 Dengue. 
 
Biologia 
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Quantidade de plaquetas 
 Se aumentar: trombocitose, que pode levar à 
coagulação sanguínea no interior de vasos sanguíneos 
intactos, promovendo a formação de coágulos que 
podem obstruir a passagem do sangue em 
determinadas áreas. 
 
Trombose: formação de um coágulo no interior de um 
vaso sanguíneo, podendo obstrui-lo (embolia), 
causando um efeito de isquemia (interrupção no fluxo 
de sangue e hipóxia (deficiência de oxigenação). 
 
Leucócitos ou glóbulos brancos 
 São as principais células de defesa do organismo 
 A maioria age através de fagocitose de micro-
organismos invasores 
 Leucopenia: diminuição da quantidade de leucócitos, 
abaixando a imunidade a aumentando o risco de 
infecções. 
 
Linfócitos 
 Agem ativando ou inativando as demais células de 
defesa. 
 Estimulam a ação de células de defesa contra células 
cancerosas. 
 
Linfa 
 É um tecido de transporte cuja composição varia em 
função da alimentação. 
 É um fluido que banha os tecidos. 
 
Tecido ósseo 
 Principal tecido de sustentação de músculos e 
órgãos, e que compõe o corpo humano em 206 ossos, 
divididos em ossos longos, curtos, planos, sesamóides e 
irregulares. 
 Caracteriza-se por ser um tecido rígido, 
mineralizado, ou seja, calcificado. 
 É um tecido conjuntivo com células como 
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. 
 A plasticidade óssea é resultado da interação entre 
osteoblastos formadores de matriz óssea e osteoclastos 
destruidores de matriz óssea; 
 
Osteoblastos: são estimulados pelo hormônio 
calcitonina da tireoide para remover cálcio do sangue 
para os ossos. 
 
Osteoclastos: são estimulados pelo hormônio 
paratormônio das glândulas paratireoides para remover 
cálcio dos ossos para o sangue. 
 
Osteoporose 
 Ocorre por um desequilíbrio entre a atividade de 
osteoblastos que formam de tecido ósseo e osteoclastos 
que reabsorvem tecido ósseo, sendo esse desequilíbrio 
no sentido de os osteoclastos terem atividade mais 
intensa, resultando na perda de colágeno e 
desmineralização óssea. 
 É comum em mulheres de idade avançada, uma vez 
que, com a menopausa, a queda na produção de 
estrógenos leva à falta de estímulo aos osteoblastos. 
 Atividade física estimula a atividade dos osteoblastos 
em produzir matriz óssea. 
Tecido muscular 
 Responsividade: Capacidade de responder a 
estímulos. 
 Condutibilidade: Capacidade de conduzir estímulo. 
 Contratibilidade: Capacidade de sofrer contração. 
 Distentabilidade: Capacidade de sofrer distensão. 
 Elasticidade: Capacidade elástica. 
 
Tipos 
 Músculo Liso: presente nos músculos ciliares. 
 Músculo Estriado Cardíaco: presente no coração. 
 Músculo Estriado Esquelético: presente nos 
músculos ligados a movimento e deslocamento. 
 
Músculo liso 
 Formado por uma rede celular mantida por fibras 
reticulares, e possui contração fraca e involuntária. 
Presente nos músculos ciliares, músculos piloeretores e 
nos músculos viscerais. 
 
Músculo estriado cardíaco 
 Formado pelas fibras musculares cardíacas sincicial, 
responsáveis pelas contrações (ou sístoles) atriais e 
ventriculares. Tem contrações fortes e involuntárias, e 
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possui ligações do tipo discos intercalares, complexos 
juncionais célula-célula. 
 
Músculo estriado esquelético 
 Músculo sempre preso a ossos, como costelas e 
fêmures. Por vezes, são relacionados aos movimentos e 
deslocamentos do corpo, pois trata das contrações 
voluntárias existentes no organismo. 
 Possui duas principais bandas: as bandas A(ricas na 
proteína miosina) e as bandas I (ricas em proteína 
actina). Os conjuntos actina-miosina são chamados de 
sarcômero. 
 
Contração muscular 
 Processo pelo qual ocorre o deslizamento de actina 
nos filamentos de miosina, de forma a consumir energia 
em forma de ATP a cada mudança de conformação da 
estrutura das moléculas. 
 
Atividadefísica e dieta 
 Muito relacionado com o tecido muscular, está à 
atividade física, principalmente a ligada à musculação, 
processo muito frequente no cotidiano atual e que trás 
assuntos importantes embutidos, como dieta, 
suplementação e uso de anabolizantes. 
 
Etapas do exercício de musculação 
1. Exercício: etapa onde é realizada a força muscular e 
as contrações musculares. Ocorre, por vezes, ruptura 
das fibras musculares. 
 
2. Reconstrução: etapa totalmente dependente de 
dieta e repouso. Nessa etapa, as fibras rompidas são 
reconstruídas e aumenta-se o número de filamentos 
proteicos, sarcômeros e tecidos conjuntivos adjacentes. 
 
Suplementos 
 Alimentos concentrados em substâncias específicas 
para cada fase do treino, visando agilidade na 
recuperação de fibras ou no ganho energético (Ex: 
Whey protein). 
 
Anabolizantes 
 Hormônios sintéticos derivados de testosterona que 
aumentam capacidade da força muscular de forma 
brusca, acarretando em diversos problemas à saúde, 
inclusive arritmia cardíaca e morte. 
Tecido nervoso 
Neurônio 
 Célula principal do tecido nervoso, e que tem a 
capacidade de recepção, percepção e transmissão de 
estímulos, através dos processos do impulso nervoso e 
sinapse. Podem ser do tipo sensorial, motor ou 
interneurônio. 
 
Impulso nervoso 
 Alterações na membrana do neurônio que 
desencadeia passagem de sinal. 
 Natureza eletroquímica. 
 Alterações no DDP do neurônio. 
 
Sinapse 
 Envio de sinal nervoso entre neurônios. 
 Natureza química. 
 Vesículas com neurotransmissores. 
 
Sistemas 
Sistema respiratório 
 Trocas gasosas entre o organismo e o meio para que 
este obtenha o oxigênio necessário à realização da 
respiração aeróbica e elimine o gás carbônio que lhe é 
tóxico. 
 O oxigênio é usado na cadeia respiratória para 
melhor extrair a energia dos nutrientes. 
 O CO2 deve ser eliminado a fim de evitar a acidose 
no organismo, pois ele se junta com a água formando o 
ácido carbônico, H2CO3, que se dissocia em H+ 
promovendo a alteração do PH, desnaturando 
proteínas. 
 
Hematose: trocas gasosas entre o ar e o sangue por 
difusão simples através da bicamada lipídica da 
membrana das células, a favor do gradiente de 
concentração. 
 
Difusão: em organismos mais simples, como os 
poríferos e os cnidários, com dimensões corporais 
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reduzidas. Ocorre a difusão de gases na respiração a 
partir de qualquer superfície corporal. 
 
Cutânea: em platelmintos e nematelmintos, não 
dotados de sistema circulatório. Ocorre absorção de 
oxigênio dissolvido na água por toda a superfície 
corporal dependendo de uma superfície 
permanentemente umedecida. 
 
Traqueal: em alguns artrópodes, ocorre a condução de 
O2 aos tecidos sem passar pelo sistema circulatório, 
assim, o sangue perde sua função, sendo a hemolinfa o 
sangue dos insetos, com cor leitosa e sem pigmentos 
respiratórios. 
 
Branquial: em animais aquáticos, as brânquias retiram 
apenas o oxigênio que está no estado gasoso em 
dissolução na água, realizando trocas gasosas por 
difusão simples. Apresenta cor vermelho vivo. 
 
Pulmonar: em aves, apresentam sacos aéreos que se 
enchem de ar durante a inspiração e transmitem o ar 
para o interior dos ossos pneumáticos, que ajudam a 
diminuir a densidade da ave e facilitar o vôo. Em 
mamíferos, os sacos são os alvéolos pulmonares que 
aumentam a superfície respiratória. 
Sistema respiratório em humanos 
 Cavidades nasais – faringe – epiglote - laringe – 
traqueia – brônquios – pulmão. 
 
Nariz, fossas nasais e boca 
 O ar pode passar pela boca ou pelo nariz, sendo mais 
vantajoso pelo nariz pois lá o ar é umedecido, aquecido 
e limpo. 
 
Faringe 
 Região onde passa o ar e os alimentos. 
 Dotada de estruturas linfoides, produtoras de células 
de defesa, como as amígdalas. 
 
Laringe 
 A glote é seu orifício de abertura, com abertura ou 
fechamento controlado pela válvula epiglote, que se 
mantém fechada durante a deglutição para evitar que o 
alimento passe para a laringe. 
 Possui as cordas vocais. 
 
Traqueia, brônquios e bronquíolos 
 A traqueia possui anéis cartilaginosos que permite a 
contração e o relaxamento. Ela bifurca-se em brônquios. 
 Os brônquios penetram os pulmões e no interior 
deles se ramificam em vários bronquíolos, terminados 
em pequenos alvéolos pulmonares, responsáveis pelas 
trocas respiratórias dos pulmões. 
 
Pulmões e alvéolos pulmonares 
 O pulmão esquerdo é ligeiramente menor que o 
direito, possuindo dois lóbulos enquanto o direito tem 
três. 
 O espaço entre os dois pulmões forma a cavidade 
mediastino, onde encontra-se o coração. 
 Cada pulmão é envolvido por duas membranas, as 
pleuras. 
Movimentos respiratórios humanos 
Inspiração 
 A entrada de ar nos pulmões através da expansão da 
cavidade torácica, que por intermédio das pleuras, 
promove também a expansão dos pulmões. 
 Com o aumento do volume, a pressão diminui em 
relação à pressão atmosférica, criando uma espécie de 
vácuo que promove a entrada de ar nos pulmões. 
 Nesse movimento, o diafragma se contrai, desce e é 
esticado, aumentando a caixa torácica e diminuindo a 
pressão interna. 
 
Expiração 
 A saída de ar dos pulmões através da contração da 
cavidade torácica e consequentemente dos pulmões, 
elevando-se a pressão do ar no pulmão em relação a 
atmosfera, que promove a expulsão do ar dos pulmões. 
 Nesse movimento, o diafragma relaxa e sobe. 
Transporte de gases no sangue 
Oxigênio 
 97% difunde-se ao plasma e é transportado no 
interior das hemácias, formando a oxiemoglobina. 
 3% transportado dissolvido no plasma sanguíneo. 
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Gás carbônico 
 93% difunde-se ao plasma para as hemácias 
reagindo com a hemoglobina, formando a 
carboemoglobina ou reagindo com proteínas, 
formando carboproteinatos. 
 7% transportado dissolvido no plasma. 
Sistema circulatório 
 Distribuição de nutrientes. 
 Defesa, conduzindo leucócitos e anticorpos. 
 Manutenção da temperatura corpórea. 
 Distribuição de hormônios. 
 Oferecimento de água e sais minerais ou retirada, 
mantendo o equilíbrio hidrossalino. 
 Transporte de oxigênio dos órgãos respiratórios até 
os tecidos e gás carbônico dos tecidos aos órgãos 
respiratórios para ser eliminado. 
 Nos vertebrados, compõe-se de um líquido 
circulante denominado sangue, vasos sanguíneos e uma 
bomba muscular que impulsiona o sangue, o coração. 
 
Sangue 
 Líquido responsável pelo transporte de nutrientes e 
outras substâncias. 
 É constituído pelo plasma, que corresponde à parte 
líquida e não viva, formado por água, sais e proteínas 
como albumina, que fornece equilíbrio osmótico, 
imunoglobulinas, os anticorpos e fibrinogênio, 
relacionado à coagulação. 
 Também contém elementos figurados, a parte viva, 
formada por hemácias ou glóbulos vermelhos, 
responsáveis pelo transporte de oxigênio, leucócitos ou 
glóbulos brancos, principais defesas do corpo e 
plaquetas, responsáveis pelo controle da coagulação. 
 A hemoglobina é o pigmento respiratório. 
 
Arterial: rico em oxigênio e mais básico que o venoso, 
com coloração vermelho vivo. Volta dos pulmões ao 
coração e levado para todo o corpo. 
 
Venoso: rico em CO2, com PH mais ácido que o arterial, 
com coloração vermelho escuro. Volta do corpo ao 
coração e levado aos pulmões. 
 
Artérias: sangue passa sobre alta pressão. 
Veias: sangue passa sobre baixa pressão e conecta-se à 
vênulas. 
 Possui válvulas que impedem o refluxo sanguíneo. 
 
Capilares: Conecta arteríolas e vênulas e permite troca 
de substâncias entre vasos e espaço intersticial. 
 
Coração 
 Função de bombear o sangue para todo o corpo 
 Possui três camadas: endocárdio (camada mais 
interna), miocárdio (camada intermediária) e pericárdio 
(camada externa) 
 É dividido em átriose ventrículos. 
 Possui estimulação elétrica própria, com centros de 
comando denominados nódulo sinoatrial ou sinusal e 
nódulo atrioventricular. 
 Valva tricúspide: Separa átrio e ventrículo direitos. 
 Valva bicúspide ou mitral: Separa átrio e ventrículo 
esquerdos 
 Ambas as valvas têm função principal de impedir o 
refluxo de sangue dentro do coração 
 
Circulação pequena ou pulmonar 
 Veia Cava - Átrio/ Ventrículo Direito - Artéria 
pulmonar - Pulmões - Veias Pulmonares - Coração. 
 
Circulação grande ou sistêmica 
 Veias Pulmonares - Átrio/ Ventrículo Esquerdo - 
Artéria aorta - Corpo - Veia Cava – Coração. 
 
Aberta: Sangue sai dos vasos sanguíneos. 
Fechada: Sangue só percorre dentro dos vasos 
sanguíneos. 
Simples: somente sangue venoso no coração. 
Dupla: sangue venoso e arterial no coração. 
Completa: sem mistura entre de sangue. 
Incompleta: com mistura entre o sangue. 
 
Principais vertebrados 
Peixes: possuem somente um átrio e um ventrículo, 
circulação fechada, simples e completa. 
 
Anfíbios: possuem dois átrios e um ventrículo, circulação 
fechada, dupla e incompleta. 
 
Biologia 
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Répteis em geral: possuem dois átrios e um ventrículo, 
circulação fechada, dupla e incompleta. 
 
Crocodilianos: possuem dois átrios e dois ventrículos, 
circulação fechada, dupla e incompleta. 
 
Mamíferos e aves: possuem dois átrios e dois 
ventrículos, circulação fechada, dupla e completa. 
 
Problemas de saúde 
Relacionados ao sangue 
Anemia: Quadro em que se apresenta debilidade em 
glóbulos vermelhos e/ou hemoglobina, causando 
problemas de falta de energia e cansaço. 
 
Hemofilia: Doença hereditária que acomete fatores 
relacionados à coagulação sanguínea, o que pode levar 
a um quadro de hemorragias. 
 
Leucemia: Doença que afeta glóbulos brancos, 
tornando-os debilitados. Também acomete a região 
física da medula e debilita outras células. 
 
Relacionados ao coração 
Derrame ou AVC: complicações sanguíneas na região 
cerebral, que podem ser devido a obstruções ou 
sangramentos. 
 
Infarto: Ausência de irrigação pelas artérias coronárias 
na região do miocárdio cardíaco, causando necrose e 
enrijecimento muscular. O colesterol é um dos fatores 
vinculados a este tipo de complicação. 
Sistema digestório 
 A nutrição é o conjunto de processos 
desempenhados pelos seres vivos para adquirir, 
absorver, processar e assimilar os nutrientes. 
 
Etapas da nutrição 
Alimentação 
 
 Ingestão: recepção através da boca. 
 Englobamento: fagocitose e pinocitose. 
 Difusão: feito por organismos sem boca, como 
bactérias, fungos e protozoários, que incorporam o 
alimento a partir do meio. 
Digestão 
 As partículas de alimento são fragmentadas em 
pedaços pequenos para serem absorvidas. 
 As proteínas são digeridas até seus aminoácidos 
forem capazes de atravessar as células intestinais, como 
também os poli e monossacarídeos, os lipídios e os 
ácidos nucleicos. 
 O alimento é triturado pelos dentes ou pela moela, 
sendo fragmentado em partes menores, a digestão 
mecânica. Porém, ainda são grandes, precisando das 
enzimas digestivas, que quebram em pedaços a nível 
molecular, a digestão química. 
 
Proteases: proteína em proteoses. 
Lipases: lipídios em ácidos graxos e glicerol. 
Amilase: amigo em glicose. 
Sacarase: sacarose em glicose e frutose. 
Maltase: maltose em glicose e glicose. 
Nucleases: ácidos nucléicos em nucleotídeos. 
 
 A digestão pode ser intracelular, extracelular e 
extracorpórea. 
 
Intracelular: organismos unicelulares e poríferos. 
 
Extracelular: todos os organismos pluricelulares. O 
alimento acumula-se na cavidade do corpo e algumas 
células lançam enzimas digestivas, diferindo e 
absorvendo o alimento. 
 
Extracorpórea: ocorre em fungos, aranhas e estrelas-do-
mar. Os fungos eliminam enzimas ao redor de seu 
corpo, digerindo toda matéria orgânica no meio. 
Quando digerido, o alimento passa por difusão para as 
hifas. 
 
Assimilação: é a incorporação do alimento pelo 
organismo, ou seja, entrada de nutrientes no corpo. 
 
Defecação 
 Ao final da digestão restam alguns produtos não 
assimiláveis pelas células dos organismos, precisando 
ser eliminados. 
Biologia 
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 Não é feito por organismos que se alimentam por 
difusão, visto que só entra na célula aquilo que é 
assimilável. 
 Em organismos que fazem alimentação por 
englobamento, após a assimilação dos nutrientes a 
partir do vacúolo digestivo, esse é transformado em 
vacúolo residual, que contém substâncias não 
assimiláveis pelas células, e funde-se à membrana 
celular para eliminar esses dejetos no meio extracelular, 
no processo de clasmocitose ou defecação celular. 
 
Sistema digestório humano 
 Tubo digestivo: boca, faringe, esôfago, estômago, 
intestino delgado, intestino grosso e ânus. 
 A parede do tubo digestivo é formada por quatro 
tecidos, entre eles a mucosa, que reveste internamente 
e é dotada de muco e enzimas, sendo queratinizada no 
ânus e na boca. 
 
Boca 
 Processos físicos: Mastigação (dentição). 
 Processos químicos: Insalivação (saliva). 
 Saliva: pH ≈ 7. 
 A ptialina ou amilase salivar é a enzima digestiva da 
saliva, diferindo apenas o amigo dos alimentos em 
maltose. 
 
Esôfago 
 Primeira região do sistema digestório onde 
evidenciam-se os movimentos peristálticos ou 
peristaltismo. 
 
Estômago 
 Apresenta suco gástrico formado por água, ácido 
clorídrico e enzimas, principalmente a pepsina. 
 A pepsina atua quebrando algumas ligações 
peptídicas, fragmentando as proteínas em pedações 
menores. 
 O HCl garante um pH muito ácido, 
aproximadamente 2, ideal para ação dessa enzima, além 
de destruir microorganismos que tenham sido ingeridos 
com os alimentos. 
 Apresenta o muco, que impede que o ácido 
clorídrico digira a própria parede do estômago. 
 
Intestino delgado 
 Divido em duodeno e jejuno-íleo. 
 Duodeno: age o suco entérico, uma secreção com 
água e enzimas digestivas, além de atuar as secreções 
do fígado e do pâncreas. É nessa área que ocorre a 
absorção do alimento digerido. 
 O que sobra da massa alimentar é o quilo, um líquido 
leitoso proveniente das secreções digestivas. 
 Jejuno-íleo: área de reabsorção de água e sais 
minerais das secreções entéricas. É por onde o quilo 
passa até chegar no intestino grosso. 
 
Pâncreas 
 Produz secreções endócrinas, correspondentes aos 
hormônios insuina e glucagon. 
 Também produz uma secreção exócrina, o suco 
pancreático, composto de água, bicarbonato de sódio e 
enzimas digestivas. O bicarbonato aumenta o pH do 
duodeno, neutralizando o quimo. 
 
Fígado 
 É a maior glândula do nosso corpo, responsável pela 
produção de bile, que são conduzidas à vesícula biliar, 
onde é armazenada até sua eliminação. 
 Bile: secreção com função digestiva. 
 Armazena e forma lipídios. 
 Sintetiza ureia a partir da amônia e do gás carbônico 
produzidos através da metabolização de aminoácidos. 
 Degrada álcool e outras substâncias tóxicas. 
 Destrói hemácias através da hemocaterese. 
 Promove a gliconeogênese, a produção de 
carboidratos a partir de lipídios e proteínas, para haver 
a produção de energia caso falte glicose. 
 
Vesícula biliar 
 Armazena a bile e a libera para auxiliar na digestão 
de gorduras da dieta. 
 Bile: não possui enzima digestiva, é composta de 
água e outras substâncias que são eliminadas pelo 
corpo junto com as fezes e sais biliares. 
 Sais biliares: possuem função digestiva de 
emulsionar as gorduras, isso é, fragmentá-las em 
gotículas microscópicas. Eles mantêm as gorduras 
solúveis na água dos sucos digestivos. 
 
Biologia 
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Intestino grosso 
 Não produz enzimas digestivas nem assimila 
nutrientes, apenas absorve sais minerais e reabsorve 
água. 
 Divide-se em três partes: ceco, cólon e reto. 
 Ceco: produzcélulas de defesa do sangue e está 
sujeito a infecções, causando apendicite. 
 Reto: termina no ânus, onde elimina as fezes. 
 
Produção das fezes 
 Quando a água e os sais vão sendo absorvidos, os 
restos não digeríveis e não assimiláveis dos nutrientes 
acabam por se solidificar nas porções finais do intestino 
grosso, constituindo a massa fecal. 
 Cerca de 30% das fezes é constituída por bactérias 
vivas e mortas, os outros 70% são constituídos de sais, 
muco, fibras de celulose. 
 Parte desses resíduos é matéria orgânica, consumida 
por fermentação das bactérias presentes, liberando 
substâncias tóxicas e fornecendo às fezes seu cheiro 
característico. 
Microbiota intestinal 
 Relações mutualísticas com fungos, bactérias, e 
protozoários, os quais produzem vitaminas K, B9 e B12 
e impedem a invasão por bactérias patogênicas, 
ganhando abrigo e alimento no nosso intestino. 
 Na ausência delas, devido à ingestão de antibióticos 
por tempo prolongado, vão faltar substâncias, como a 
vitamina K, causando distúrbios de coagulação 
sanguínea e aumento no risco de hemorragias. 
 Também ficamos mais vulneráveis ao ataque de 
bactérias patogênicas, causando diarreias. 
Vias de administração de medicamentos 
Oral: é a mais usual, porém com maior tempo para 
surgir efeito, visto que demora chegar no intestino para 
ser absorvido, além de grande parte ser eliminada no 
fígado. 
 
Parental: qualquer outro meio que não seja oral, como 
endovenosa, pelo sangue, intradérmica, na pele ou 
intramuscular, no músculo. Surgem rápido os efeitos e 
não passam pena ação desintoxicadora hepática. 
 
 Também existe a retal, onde a vascularização do 
ânus favorece a absorção da substância, e sublingual, 
onde o medicamento é posicionado abaixo da língua, 
mais rádio que a via oral. 
Distúrbios e doenças no aparelho digestivo 
Infecções intestinais: alimentos e água podem estar 
contaminados com vírus ou bactérias que a salina e a 
acidez do estômago não sejam eficientes, podendo 
alguns sobreviverem e se multiplicarem no intestino. 
 
Gastrite e úlcera péptica: as células do muco são 
constantemente atacadas pelo suco gástrico. Quando 
lesa uma área significativa, origina uma irritação, 
denominada gastrite. Pode ocorrer por problemas 
psicológicos como o estresse, que leva uma menor 
produção de muco protetor, e com a ingestão de ácidos 
a mucosa pode ser perfurada, causando as úlceras. 
 
Apendicite: Inflamação do apêndice cecal ocasionada 
pelos restos de alimentos que ficam nele, causando 
dores abdominais e podendo se romper. 
Sistema imune 
 Estruturas responsáveis pela proteção e defesa do 
nosso organismo contra agentes agressores. 
 
01. Barreiras: estruturas que impedem a penetração de 
agentes invasores. Ex: enzima lisozima, presente na 
saliva, suor e lágrimas, destrói a parede celular de 
bactérias, o HCl, presente no suco gástrico, elimina 
micro-organismos presentes na água e alimentos e o 
muco das vias aéreas que retém os micro-organismos 
para que não atinham os alvéolos pulmonares. 
02. Defesa inata: é inespecífica, ou seja, agi com o 
objetivo de eliminar os agentes invasores que tenham 
atingido a corrente sanguínea, matando todos do 
mesmo jeito. Ex: leucócitos. 
03. Defesa adaptativa: com especificidade de ação e 
memória. Reconhece o antígeno para poder combate-
lo de maneira mais eficiente possível. A memória é 
armazenada desde o primeiro contato até uma próxima 
vez. 
 
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Infecção: invasão por patógenos menores que as células 
(vírus, bactérias), causando lesões celulares. 
 
Infestação: Invasão por patógenos maiores que as 
células (protozoários, artrópodes, vermes), causando 
lesões teciduais. 
 
Inflamação: resposta da defesa inata acionada contra 
agentes físicos (como queimadura, pancadas, 
infecções), químicos e biológicos. Quando ocorre a 
lesão celular, se rompe a membrana celular e é liberado 
fosfolipídios, que são transformados em 
prostaglandinas, que são responsáveis pelos efeitos da 
inflamação: 
 
1. Vasodilatação: maior quantidade de sangue e, 
consequentemente, mais leucócitos, nutrientes e o2. 
2. Aumento da permeabilidade vascular: o plasma 
abandona os vasos e leva mais leucócitos e nutriente. 
3. Dor: para impedir que o indivíduo force a área 
afetada, agravando a lesão. 
 
5 sinais clássicos do processo inflamatório 
 Edema (inchaço devido a vasodilatação). 
 Rubor (vermelhidão devido ao aumento do fluxo 
sanguíneo). 
 Calor local (devido ao atrito pelo excesso de sangue). 
 Dor. 
 Perda de função devido a dor. 
 
Febre: as prostaglandinas agem sobre o hipotálamo, 
levando ao aumento da temperatura corporal. 
 Aumenta a atividade metabólica corporal, 
intensificando a queima de nutrientes nas mitocôndrias, 
com consequente produção de calor. 
 Aumentando o metabolismo, potencializa a 
multiplicação de leucócitos e anticorpos, aumentando a 
defesa corporal. 
 Caso a temperatura corporal aumente muito, pode 
levar a desnaturação de enzimas e morte celular. 
 
Antígenos: é uma substância orgânica (proteína, lipídio 
ou carboidrato) estranha ao organismo. 
 
Patógeno: vírus, bactérias e outros organismos capazes 
de causar doenças. 
Imunização ativa 
 Produção de anticorpos próprios pelo organismo. 
 Natural: através de infecções, em que a própria 
doença desencadeia os fenômenos imunológicos. 
Artificial: ocorre pela administração de vacinas, quando 
o organismo tem o primeiro contato com o antígeno 
para produzir células de memória. 
 Com tempo de resposta longo. 
 Desenvolve memória. 
 É para prevenção. 
Imunização passiva 
 Recebimento de anticorpos prontos. Natural: 
transferência de mãe para filho através da placenta e do 
aleitamento. Artificial: administração de soros. 
 Tempo de resposta curto. 
 Não desenvolve memória. 
 É para tratamento. 
 
Vacinas: constituída pelo patógeno (morto ou vivo) 
contendo antígenos, estimulando o sistema 
imunológico a produzir anticorpos. Quando o vírus está 
vivo, há uma pequena chance de adquirir a doença com 
a vacinação, portanto, mulheres gravidas não devem ser 
vacinadas. 
 
Soros: É aplicado o antígeno no mamífero e é retirado 
os anticorpos produzidos por ele. Porém, leva também 
anticorpos de outras doenças e, por isso, o indivíduo 
deve tomar um antialérgico para evitar reações 
alérgicas. 
Sistema excretor 
Excretas nitrogenadas 
 O metabolismo de nutrientes, como proteínas e 
ácidos nucleicos, envolve a produção de substâncias 
nitrogenadas que são tóxicas, que devem ser 
eliminadas. 
 No fígado, os aminoácidos são metabolizados 
através da formação de novas proteínas. 
 
 
Biologia 
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Tipos de excretas 
Amônia: excreta mais tóxico, eliminada por 
protozoários, poríferos, cnidários, platelmintos, peixes 
ósseos, girinos e crustáceos. 
 
Ácido úrico: excreta menos tóxico, eliminado por 
insetos, miriápodes, alguns aracnídeos, répteis e aves. 
 
Ureia: toxicidade e gasto energético intermediários; 
eliminada por anelídeos, condrictes, anfíbios adultos e 
mamíferos. 
 
Estrutura 
1. Rins: principais órgãos, divididos em porção cortical 
(córtex) e medular (medula). 
 
2. Ureteres: canais que enviam urina dos rins à bexiga. 
 
3. Bexiga: órgão que armazena urina. 
 
4. Uretra: canal por onde a urina é eliminada (ligada à 
bexiga). 
 
O néfron 
Cápsula de Bowman: local onde acontece a filtração 
glomerular. 
 
Túbulo contorcido proximal: local de reabsorção de 
glicose, aminoácidos e íons. 
Alça de Henle: local de reabsorção de água e íons sódio. 
 
Túbulo contorcido distal: local de principal secreção de 
íons, amônia e compostos tóxicos. 
 
Ducto coletor: local de formação da urina, enviada aos 
ureteres. 
Sistema nervoso 
 Sistema que integra e controla as múltiplas 
atividades do sistema do organismo, através de redes 
nervosas que cooperampara que haja harmonia no 
conjunto. 
 
 
 
Sinapse 
 Liberação de vesículas com mediadores químicos ou 
neurotransmissores na fenda sináptica, fim do axônio. 
 Diferente do impulso nervoso, que tem natureza 
elétrica, a sinapse é de natureza química. 
 
Bainha de Mielina 
 Revestimento do axônio em etapas, que permite 
maior isolamento e aumento de velocidade de 
propagação de sinal. 
 
SNC 
 O Sistema Nervoso central é o responsável por 
receber e processar as várias informações do 
organismo. É composto por Encéfalo e Medula espinal. 
 Tem a característica comum de ser envolvido por 
meninges e por importantes estruturas ósseas. O líquido 
cefalorraquidiano também compõe o sistema nervoso 
central, conferindo proteção. 
 Algumas importantes divisões do encéfalo são: 
cérebro, região hipotalâmica, cerebelo e bulbo. 
 
Problemas de saúde ligados ao sistema nervoso 
Alzheimer: degeneração de neurônios e funções 
cerebrais. Causa perda de memória, debilidade motora, 
irritabilidade. 
 
Parkinson: disfunção de neurônios motores. Causa 
tremores e debilidade na locomoção. 
 
Esquizofrenia: um tipo de paranoia ou psicose que leva 
a pessoa a presenciar e ver coisas fora da realidade. 
Ainda não se tem razões concretas sobre região afetada 
ou causa. 
Sistema sensorial 
Visão - olho 
 O olho é uma das estruturas mais sensíveis do corpo 
humano e é dividido em três camadas: 
 
1. Esclerótica ou córnea. 
2. Coroide ou pupila. 
3. Retina, onde se localiza a região da fóvea. 
 
Biologia 
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 As principais células que participam no processo da 
visão são os cones e os bastonetes. 
 O cristalino é a região da lente do olho, onde 
irregularidades podem acarretar em problemas visuais 
como miopia, hipermetropia, presbiopia ou 
astigmatismo. 
Sistema endócrino 
 Integração e controle das múltiplas atividades do 
organismo para que possa haver harmonia em 
conjunto, através da propagação química realizada por 
hormônios. 
 As glândulas que produzem a secreção hormonal 
podem ser exócrinas (secreção liberada ao meio 
extracelular), endócrinas (secreção liberada na corrente 
sanguínea), parácrinas (secreção liberada à outra célula), 
ou anfícrinas (características endócrinas e exócrinas). 
 O controle geral é feito pela região hipotalâmica, e 
sofre em todo o organismo o mecanismo de feedback, 
seja ele positivo (favorece estímulo) ou negativo 
(favorece a inibição). 
 
Hipófise 
 Responsável pelo controle da secreção de várias 
outras glândulas do sistema endócrino. Subdividida em 
adenohipófise (hip. anterior), e neurohipófise (hip. 
posterior). 
 
A adeno hipófise é responsável pela secreção de: 
1. Hormônio Somatotrófico (GH): crescimento ósseo e 
muscular, síntese proteica. 
2. Prolactina: estimula produção de leite. 
3. Hormônio Tireotrófico (TSH): estimula a tireoide. 
4. Hormônio Adenocorticotrófico (ACTH): estimula as 
adrenais. 
5. Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula a 
maturação de gametas. 
6. Hormônio Luteinizante (LH): estimula gônadas. 
 
A neurohipófise é responsável pela liberação de: 
 
1. Ocitocina: contrações uterinas e ejeção do leite 
mamário. 
2. Hormônio Antidiurético (ADH): estimula reabsorção 
de água pelos néfrons. 
Tireoide 
 A partir da estimulação por TSH, produz tiroxinas e 
calcitonina. 
 As tiroxinas, assim como a calcitonina, têm função 
metabólica específica no organismo, mas também 
trabalha no feedback negativo do mecanismo de 
produção hormonal. 
 
Hormônios 
1. T3 e T4: Elevam a taxa metabólica e estimula os 
processos de oxidação intracelular. 
2. Calcitonina: reduz a concentração de cálcio no 
sangue. 
 
Paratireóides 
 Produção do paratormônio (PTH), que possui ação 
na regulação metabólica dos íons cálcio e fosfato, que 
conferem relações com a excitabilidade de membranas, 
contrações musculares, coagulação sanguínea, etc. 
 
Pâncreas 
 Produção da secreção pancreática (sistema 
digestório) e da secreção de insulina e glucagon, 
hormônios produzidos pelas ilhotas de Langerhans. 
 
1. Glucagon: estimula a quebra de glicogênio e eleva a 
glicemia. 
2. Insulina: estimula a entrada de glicose nas células e 
sua conversão em glicogênio, reduzindo a glicemia. 
 
 Estes hormônios trabalham de forma conjunta, e que 
depende do intervalo de tempo entre refeições de um 
indivíduo. 
 
Adrenais ou Supra-renais 
 Produção de glicocorticoides, mineralocorticoides e 
androgênios (a partir da região cortical); e adrenalina e 
noradrenalina (a partir da região medular). 
 
1. Glicocorticoides: estimula a produção de glicose. 
2. Mineralocorticoides: aumenta a retenção de água e 
sódio. 
3. Androgênios: define características secundárias 
masculinas. 
Biologia 
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4. Adrenalina e Noradrenalina: definem o metabolismo 
nervoso de “luta ou fuga”, relacionados a alterações 
respiratórias e cardíacas. 
 
Glândula Pineal 
 Produção de melatonina, importante molécula 
reguladora de ritmos biológicos. A produção de 
melatonina está associada com o período de sono do 
indivíduo. 
 
Adipócitos 
 Produção de leptina, molécula importante para 
regulação do apetite, gasto energético e metabolismo 
de gordura. A produção de leptina está relacionada com 
a sensação de saciedade. 
 
Outros Hormônios 
1. Rim: produz eritropoietina, que estimula a produção 
de hemácias 
 Produz renina-angiotensina, que tem efeito sobre a 
vasoconstrição e produção de aldosterona. 
 
2. Coração: produz fator natriurético, que reduz a 
pressão arterial. 
 
3. Timo: produz timosina, que age na maturação de 
linfócitos T. 
 
4. Adeno-hipófise: também produz endorfina, 
associada a efeitos analgésicos e de sensações de 
prazer. 
 
Problemas de Saúde Ligados a Hormônios 
GH - Gigantismo, nanismo E acromegalia: desregulação 
da quantidade de hormônio produzido levando a maior 
ou menor crescimento de estruturas ósseas e 
musculares. 
 
Tireoide - Hipo e hipertireoidismo: desregulação da 
quantidade de hormônio produzido que acarreta em 
consequências metabólicas. 
 
Tireoide - Bócio: desregulação na quantidade de iodo, 
que gera complicação anatômica na glândula. 
 
Pâncreas - Diabetes mellitus: caracterizada por 
deficiência de insulina, gerando complicações celulares. 
 
Neurohipófise - Diabetes insipidus: característica por 
alterações renais. 
 
Genética 
 Estudo da herança, o material genético, e da 
hereditariedade, os mecanismos de transmissão do 
material genético. 
Mendel 
 Escolheu trabalhar com ervilhas pois essas possuem 
características bem definidas, sem intermediários, 
possuem muitos descendentes por geração, facilitando 
a análise estatística dos resultados, apresentam várias 
gerações por ano e apresentam pequeno porte, 
facilitando o cultivo, inclusive em estufas. 
 
1o Lei: Lei da segregação dos Fatores 
 Cada característica hereditária é determinada por um 
par de fatores hereditários que não se misturam. 
 Os fatores se segregam na formação de gametas, de 
modo cada gameta só tem um fator de cada par. 
 Fatores dos gametas dos pais se reúnem nos filhos. 
 
Justificativas atuais 
 Genes estão aos pares porque estão nos 
cromossomos homólogos que estão aos pares. 
 Genes se separam na meiose porque os 
cromossomos homólogos se separam. 
 Os genes se reúnem na fecundação porque os 
cromossomos homólogos se reúnem. 
 Meiose. 
 
Situações em que a 1º lei não é válida 
 Seres polipoides, com 3n, 4n, visto que cada 
característica hereditária é determinada por vários 
genes, sendo 3 genes para 3n. 
 Seres haploides, com n, visto que cada característica 
hereditária é determinada por um gene. 
 Bactérias: seres procariontes, visto que cada 
característica hereditária é determinada por um gene. 
 Mitocôndrias e plastos: vêm de bactérias com um 
cromossomo circular, visto que cada característicaBiologia 
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hereditária é determinada por um gene, sempre de 
origem materna. 
 
Termos utilizados na genética 
 Gene: segmento de DNA/Cromossomo com 
informação para produzir um peptídeo/proteína. 
 Locus: local do cromossomo com gene para 
característica. 
 Dominante: se manifestam em dose simples ou 
dupla. 
 Recessivo: se manifesta somente em dose dupla. 
 Genótipo: constituição genética para certa 
característica, sendo homozigoto dominante (VV), 
heterozigoto (Vv) ou homozigoto recessivo (vv). Só é 
alterado por mutações e engenharia genética. 
 Puro: homozigoto. 
 Híbrido: heterozigoto. 
 Fenótipo: característica condicionada detectável de 
alguma maneira, como comportamentos e 
características físicas. É determinado pela interação 
entre o genótipo + peristase, que é a influência do meio. 
 Cromossomo: grande filamento de DNA que contém 
os genes. Pode ser classificado como autossomo ou 
sexual. 
 Genoma: corresponde a toda informação genética 
hereditária de um indivíduo. 
 Cariótipo: é o conjunto cromossomo típico ou 
constante de uma espécie. 
 Herança genética: estudo histórico genético de uma 
característica em uma família. Tipos: herança 
autossômica e herança sexual. 
Mutação 
 Qualquer alteração não programada no material 
genético, na maioria por erros na replicação do DNA. 
 Raras, com efeito aleatório e normalmente 
deletérias, ou seja, prejudiciais. 
 Pode ser gênica, quando alteram a sequência de 
bases no gene, criando um novo alelo. 
 Também podem ser cromossômicas, que não altera 
a sequência de bases no gene, alterando a posição do 
gene no cromossomo ou o número de cópias do gene, 
podendo ser estrutural ou numérica. 
 Podem ser somáticas, em células do corpo, que não 
agem no processo reprodutivo, não sendo hereditários, 
como o câncer, que só a tendência é passada para os 
descendentes. 
 Também podem ser sexuais, em gametas, sendo 
hereditárias. 
 Podem ser espontâneas, sem causa determinada, 
por erros na replicação do DNA. 
 Também podem ser induzidas por fatores 
mutagênicos, como radicais libres, radiações ionizantes 
e isótopos radioativos. 
 Para que a mutação se manifeste, todas as células do 
corpo têm que ter o gene mutante, porém, é impossível 
que todas as células do corpo sofram mutações com o 
mesmo efeito, assim, para uma mutação se manifestar, 
ela deve ter ocorrido em células sexuais de um ancestral, 
sendo herdade e presente no zigoto: todas as células do 
indivíduo vão possuir o gene mutante. 
 Mutações no próprio zigoto também ocorrem em 
todas as células do adulto, se manifestando. 
 
Características genéticas x características ambientais 
 Característica = genes + influência do meio. 
 Genéticas: determinadas pelo material genético, por 
mutações somáticas não é hereditária, como o câncer, 
mas em células sexuais, é hereditária, podendo ser 
herdada do pai ou da mãe, com exceção de genes na 
mitocôndria. 
 Congênita: adquirida na vida intrauterina (durante a 
gravidez, a partir da mãe), devido aspectos nutricionais, 
doenças parasitárias, fatores epigenéticos (não alteram 
a sequência de bases no DNA, não é mutação, mas ativa 
ou inativa genes com efeito hereditário). 
 
Fenocópia: fenótipo que não corresponde ao genótipo. 
 
Norma de reação: conjunto de fenótipos que um 
genótipo pode condicionar. 
 
Dominância incompleta ou ausência de dominância 
 Heterozigoto tem características intermediárias entre 
os dois homozigotos, como um tipo de mistura. 
 
Codominância 
 Heterozigoto tem característica dos dois 
homozigotos simultaneamente, como nos grupos 
sanguíneos de ABO. 
Biologia 
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 Ambos alelos produzem enzimas funcionais, com 
efeito distinto. 
 
Alelo dominante: com enzima funcional. 
Alelo recessivo: com enzima defeituosa. 
 
 Homozigotos dominantes produzem o dobro de 
enzimas para tal fator que o heterozigoto, mas são 
igualmente representados, visto que enzimas agem em 
pequenas concentrações, ou seja, pouca enzima já 
produz o máximo do fator. 
 
Cruzamento teste 
 Com o indivíduo de fenótipo recessivo para 
descobrir o genótipo do indivíduo de fenótipo 
dominante. 
 
Genealogia ou heredogramas 
 Quadrado: homens. Bolinha: mulheres. 
 Cruzamento consanguíneo aumenta o risco de 
doenças genéticas, visto que aumenta o risco do 
encontro de alelos recessivos para doenças. 
 Cruzamento chave: pais com cores diferentes do 
filho, a doença é recessiva. 
 
Recessiva 
 Filho afetado com ambos os pais saudáveis. 
 O gene da doença pode pular gerações: atavismo. 
 
Dominante 
 Filho afetado sempre tem pelo menos um dos pais 
afetado. 
 Não pula gerações. 
 Pai ou mãe afetados provavelmente terão metade 
dos filhos afetados. 
Probabilidade em genética 
 Regra do “ou” = soma as probabilidades. 
 Regra do “e” = multiplica as probabilidades. 
 Se não dizer a sequência dos nascimentos, tem que 
somar todas as sequências possíveis. 
 
Para ter um casal: primeiro homem e segundo mulher 
ou primeira mulher e segundo homem: (½ x ½) + (½ x 
½) = ¼ + ¼ = 2/4 = ½. 
Quadrado de Punnet 
 
H/M A a 
A AA Aa 
a Aa aa 
 
Probabilidade condicional 
 Probabilidade condicionada a outra, por exemplo, a 
chance do pai ser heterozigoto e a criança ser 
homozigoto recessivo e afetada pela doença. 
 Conferir as reais possibilidades, por exemplo, como 
na tabela, se já sabemos que começa com A, descarta-
se o aa e o total é 2/3, não 2/4. 
 
Erros inatos do metabolismo 
 Doenças genéticas devido a falha de determinadas 
enzimas, ou seja, o gene para doença produz uma 
enzima defeituosa. 
 
Genes letais: provocam a morte antes da maturidade 
sexual. 
 
Genes semiletais: os efeitos provocam a morte após a 
maturidade sexual 
 
Casamentos consanguíneos 
 Aumentam bastante as probabilidades de 
nascimento de crianças portadoras de defeitos 
genéticos, visto que, muitas doenças hereditárias são 
condicionadas por genes recessivos, que somente agem 
quando em dose dupla. 
Polialelismo ou alelos múltiplos 
 Mais de dois alelos para o mesmo gene. 
 Exemplo: coelhos, sendo C selvagem ou aguti, 
cchchinchila, ch himalaia e ca albino. 
 Exemplo: grupo sanguíneo, (IA = IB) > i. 
Sistema ABO 
 Aglutinogênio ou antígeno: glicoproteínas no 
glicocálix das hemácias, sendo uma substância estranha 
ao organismo que pode induzir a produção de 
anticorpos. 
 Aglutininas ou anticorpos: proteínas de defesa no 
plasma, sendo produzidos pela microbiota intestinal. 
Biologia 
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Sangue Aglutinogênio Aglutinina 
A Subst. A Anti. B 
B Subst. B Anti. A 
AB Subst. A e B _____ 
Zero _____ Anti. A e 
B. 
 
 Quando a bactéria produz o que você já tem, não é 
antígeno, e quando a bactéria produz um antígeno 
estranho, você produz um anti. ele. 
 Se uma transfusão for errada, os anticorpos reagem 
com os antígenos das hemácias. 
 
Anticorpos anti. A, juntos com antígenos nas hemácias 
A, ocorre uma aglutinação, assim, as hemácias não 
podem mais se espalhar. 
 
 Se hemácias aglutinam, entopem o vaso, causando 
embolia, não permitindo a passagem de sangue, 
causando isquemia, e não passando oxigênio, causando 
hipóxia. 
 
Problemas na transfusão 
 Doador A, com hemácias A e anticorpos anti. B, e 
receptor com hemácias B e anticorpos anti. A, assim, o 
anti. A do receptor vai aglutinar as hemácias do doador. 
 Acima de 500 ml, só se pode transferir sangue do 
mesmo tipo, pois há risco do anticorpo do doador, em 
quantidade significante, aglutinar as hemácias do 
receptor 
 
Deve-se observar o anticorpo de quem está recebendo 
e o antígeno do doador. 
 
 AB: receptor universal, sem os dois anticorpos e com 
os antígenos. 
 O: doador universal, com os dois anticorpos e sem 
os antígenos. 
O > A > B > AB 
 
Exclusão de paternidade 
 Falso O: não tem a substância h presente em O 
normal,só podendo receber transfusão de falso O, e 
pode apresentar pais sem sangue O. 
Sistema Rh 
 Fator Rh: glicoproteína no glicocálix das hemácias. 
 Gene R: com fator Rh: Rh+. 
 Gene r: sem fator Rh: Rh-. 
 Transfusão: sem anticorpos pré-formados. 
 Negativo pode doar pra positivo, pois quem não tem 
o fator pode doar para quem tem, porém, o positivo só 
pode doar uma vez pro negativo, visto que o Rh é 
estranho e encarado como antígeno, assim, o sistema 
imunológico produz anticorpos. 
 Na primeira vez, as células não têm resposta imune 
primária, sem anticorpos prontos, podendo demorar até 
3 meses, porém, na segunda vez, as células tem 
memória e os anticorpos serão produzidos mais 
rapidamente. 
 
Eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido 
 Afeta a partir do segundo filho Rh+ de mãe Rh-. 
 Toda criança é heterozigota, com pai Rh+. 
 Durante a gravidez, não há problemas em relação a 
incompatibilidade sanguínea visto que a placenta não 
permite a troca de hemácias entre mãe e filho, apenas 
de plasma, assim, como o fator Rh encontra-se na 
membrana das hemácias, o fator do filho não entra em 
contato com o da mãe. 
 No fim da gravidez, devido ao movimento do feto, 
ou até no parto, há rupturas microscópicas na placenta 
permitindo a troca de hemácias entre a mãe e o filho. 
 As hemácias do Rh+ do filho na mãe negativa leva a 
uma produção de anticorpos anti-Rh na mãe, porém, 
como é o primeiro contato, a produção de anticorpos é 
demorada e o filho nasce sem que o afete. 
 Na segunda gravidez, os anticorpos anti-Rh 
produzidos na primeira já foram eliminados do 
organismo materno, não representando problema no 
início da gravidez, porém, no final, repete-se a situação 
e as hemácias Rh+ do novo bebê em contato com a mãe 
vão então induzi à síntese de anticorpos anti-Rh, sendo 
imediata devido à memória imunológica. 
 Com o bebê ainda na barriga da mãe, os anticorpos 
anti-Rh atravessam a placenta e provocam 
eritroblastose no bebê. 
 
 
 
Biologia 
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Sintomas 
 Destruição das hemácias do filho, levando à 
dificuldade no transporte de oxigênio no bebê e anemia. 
 Produção de eritroblastos pelo bebê, visto que 
devido à destruição das hemácias, ele tenta produzir 
mais, e essas são lançadas na forma imatura 
eritroblastos. 
 
Prevenção 
 Após o nascimento de um filho Rh+, a mãe deve 
tomar um soro com anticorpos que destroem as 
hemácias Rh+, antes que elas sensibilizem o sistema 
imune e levem à produção de anticorpos anti-Rh. 
 
Tratamento 
 Substituição do sangue Rh+ do filho para o sangue 
Rh-. Sem hemácias positivas, os anticorpos anti-Rh 
perdem o efeito e desaparecem. Assim, quando o bebê 
voltar a produzir suas próprias hemácias Rh+, os 
anticorpos anti-Rh já terão desaparecido do sangue. 
Segunda lei de Mendel ou da segregação 
independente 
 Análise de mais de uma característica, com mais de 
um par de gene. 
 Fatores para dois ou mais caracteres são transmitidos 
para os gametas de modo totalmente independentes. 
 Pares de genes analisados estejam situados em 
cromossomos homólogos. 
Linkage 
 Não se aplica ao princípio de segregação 
independente. 
 Os genes localizados no mesmo cromossomo se 
segregam juntos quando ocorre a separação dos 
cromossomos homólogos na meiose, sendo enviados 
juntos a um mesmo gameta. 
 Esses genes só podem ser enviados a gametas 
diferentes se ocorrer crossing-over e, 
consequentemente, nos gametas em formação. 
 Quando dois pares de genes estão no mesmo par de 
cromossomos homólogos, dizemos que ocorre ligação 
gênica, podendo os genes ligados ir para gametas 
diferentes por meio do crossing-over. 
 Se os genes estão localizados no mesmo 
cromossomo, ou seja, em linkage (ligados fisicamente 
próximos no mesmo cromossomo), os alelos tendem a 
ser herdados juntos no mesmo gameta. 
Genética do sexo 
 O sexo heterogamético determina o sexo da prole. 
 
XY: heterogamético. 
XX: homogamético. 
XO: heterogamético, só tem cromossomos 
autossomos. 
 
 Dois diferentes: homem, com cromossomo y 
pequeno e torto. 
 Dois iguais: mulheres. 
 
Herança ligada ao sexo 
 Com genes só no cromossomo X. 
 Há dois genes para determinar cada característica 
(xx) e há um gene para cada característica (xy). 
 A doença no homem é herdada da mãe, pois o pai 
deu o Y. 
 Doenças recessivas relacionadas ao cromossomo X 
são mais raras em mulheres do que em homens. 
 Se uma menina é afetada em uma doença recessiva, 
o pai tem que ter a doença também, e a mãe, se normal, 
porta o gene da doença. 
 
Herança restrita ao sexo: só em homens. 
 
Recessiva 
 Criança com pais normais. 
 Pula gerações. 
 
Dominante 
 Criança afetada com pelo menos um dos pais 
afetados. 
 
 Não pula gerações. 
 Pai ou mãe afetados se espera que 50% dos filhos 
sejam afetados. 
 
Autossômica 
 Não possui característica sexual. 
Biologia 
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 Em iguais proporções em ambos os sexos em todos 
os cruzamentos. 
 
Ligada ao sexo 
 No cromossomo X. 
 Mais comum em um dos sexos, em pelo menos um 
tipo de cruzamento. 
 
Dominante ligada ao sexo: pai afetado com todos os filhos 
homens normais e todas as filhas mulheres doentes. 
 
Cromatina sexual ou corpúsculo de Barr 
 Um dos cromossomos X da mulher que fica inativo, 
ou seja, condensado como heterocromatina, há 
inativação de um dos cromossomos X da mulher, que 
ocorre de modo aleatório no início do desenvolvimento 
embrionário. 
 É para evitar a produção em excesso de substâncias 
codificadas por genes do cromossomo X. 
 A mulher pode ser mosaico, em que partes do corpo 
tem constituição genética diferente, inativando o gene 
normal de um olho, por exemplo. 
 Em clones, por mais que geneticamente sejam iguais, 
a inativação do gene é aleatória e o fenótipo pode ser 
diferente. 
 
Herança mitocondrial: ocorre em homens e mulheres, 
herdados somente da mãe. 
 
Herança influenciada pelo sexo: genes autossômicos, 
hormônios sexuais determinam dominante ou recessivo. 
 Ex: o gene calvo é dominante em homens e recessivo 
em mulheres. 
 
Herança limitada pelo sexo: genes autossômicos, em 
que os hormônios sexuais permitem ou inibem a 
manifestação do gene. 
 Ex: o gene da barba precisa do hormônio sexual 
masculino para se manifestar. 
 Se mulheres tomarem anabolizante, desenvolve 
barbas. 
 
Pleiotropia 
 Um mesmo par de gene determina mais de uma 
característica, ao contrário da primeira lei de Mendel, em 
que diz que um par de gene determina uma só 
característica. 
 
Evolução 
 Qualquer mudança que acontece em uma 
população ao longo do tempo. 
 É diferente de aperfeiçoamento, sendo uma 
mudança positiva ou negativa. 
 A maioria das mutações é deletéria, assim, mudanças 
negativas tendem a ser eliminadas pela seleção natural, 
restando apenas mudanças positivas. 
 Mudanças negativas podem se tornar positivas se o 
meio mudar. 
 Evolução não significa aumento complexidade. 
 Nenhum ser atual é mais evoluído que outro ser 
atual, pois cada um ser atual está no topo de sua linha 
evolutiva. 
 
Evidências da evolução 
 Fósseis: quaisquer vestígios de seres hoje extintos. 
Teorias evolutivas 
Lamarck 
 Lei do uso e do desuso: só vale para algumas 
situações, como a musculatura. 
 Herança dos caracteres adquiridos: não vale, pois 
apenas características genéticas são hereditárias. 
 Tendência inevitável para o aumento de 
complexidade, assim, a evolução é intencional, pois ele 
precisa. 
 
Epigenética: herança dos caracteres adquiridos: 
exceção. 
 Alterações no material genético que não alteram a 
sequência de bases no DNA (não mutações), através da 
ativação ou inativação dos genes, por fatores 
ambientais, com efeito hereditário. 
 
 O Lamarck foi o primeiro a oferecer uma explicação 
viável para a evolução. 
 O primeiro a notar que a evoluçãoleva à adaptação. 
Biologia 
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 Ideias derrubadas devido a um experimento que 
corta o rabo de alguns ratos, esperando que estes 
cresçam com os rabos cortados, o que não acontecia. 
 
Darwin 
 Variabilidade: os indivíduos são diferentes dentro de 
uma mesma espécie. 
 Evolução é acidental, em que a característica surge 
aleatoriamente e, se for positiva, ela é selecionada. 
 Não há recursos disponíveis para todos: teoria de 
Malthus, causando uma disputa não justa pelos 
recursos, em que indivíduos mais bem adaptados 
ganham a disputa, se alimentam melhor, vivem mais 
tempo e geram mais descendentes mais bem 
adaptados: seleção natural. 
 Adaptação: sucesso reprodutivo. 
 
Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução 
 Explica a ordem da variabilidade pela genética. 
 Variabilidade genética + seleção natural. 
Um fato não é lamarckista nem darwinista, sendo 
apenas um fato. 
 
Variabilidade genética 
 Mutações e recombinação gênica. 
 
Mutações 
 Mudança brusca em um dos genes, que daí por 
diante era transmitido na forma modificada aos 
descendentes. 
 Os diferentes alelos de um gene surgiram por 
mutação, o que explicaria a origem da variação genética 
nos organismos. 
 Gênicas: modificação de apenas um gene, 
decorrente da mudança de uma ou mais bases 
nitrogenadas ao longo da molécula de DNA, ou seja, 
erros ocasionados durante a duplicação. 
 
A modificação de sequência no DNA ocasiona mudança 
no RNAm e, consequentemente, a proteína produzida terá 
um ou mais aminoácidos diferentes. Assim, essa proteína 
modificada causa alteração no fenótipo. 
 
 Cromossômica: envolvem uma alteração na 
estrutura ou número de cromossomos. 
Recombinação gênica 
 Promove o aparecimento não de genes novos, mas 
sim de genótipos novos. 
 Se processa pela segregação dos cromossomos na 
meiose, crossing over e fecundação. 
 
Seleção e adaptação 
 A variabilidade sofre ação da seleção natural que 
age, “escolhendo” os genótipos mais adaptados a um 
certo ambiente. 
 Se o ambiente for estável, a cada geração ocorre 
uma fixação cada vez maior dos fenótipos adaptados. 
Mecanismos de adaptação 
Camuflagem 
 Indivíduo simula a cor e/ou o formato de alguma 
estrutura do meio, viva ou não, de modo a se tornar 
imperceptível para predadores ou presas. 
 
Mimetismo 
 Indivíduo tenta se passar por outra espécie, de modo 
a inibir a ação de eventuais predadores. 
 Batesiano: um inofensivo, o imitador, adquire as 
formas e as cores de outro mais agressivo e venenoso, 
para intimidar seus predadores. Assim, agressores 
evitam ela com receio de se confundirem com a espécie 
mais perigoda. 
 Mulleriano: um mesmo padrão identifica um grupo 
de espécies com um padrão semelhante de 
comportamento 
 
Coloração de advertência ou aposematismo 
 Indivíduo apresenta uma cor chamativa para alertar 
predadores para o fato de serem venenosos. 
 As cores usadas são chamadas de aposemáticas, 
como amarelo, verde, laranja e vermelho. 
Exemplos de seleção natural 
Melanismo industrial 
 Exemplo: mariposas claras, enquanto viviam num 
ambiente sem fuligem, tinham maiores probabilidades 
de sobrevivência e produziam mais filhos iguais a elas 
do que escuras, constantemente atacadas pelos 
pássaros. 
 
Biologia 
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Anemia falciforme na África 
 Doença hereditária na qual há produção de 
moléculas de hemoglobina com um aminoácido 
trocado: nessa doença, os glóbulos vermelhos 
apresentam-se deformados e são pouco eficientes em 
termos de transporte de oxigênio. 
 Pelo fato de homozigotos não atingirem a idade de 
reprodução, seus genes não são transmitidos às 
gerações seguintes, se mantendo apenas em 
heterozigose. 
 Na África Oriental, Grécia e índia, a frequência de 
heterozigotos era alta, visto que regiões com alta 
incidência do gene eram regiões onde gabia malária em 
grande escala. 
 Uma hipótese é de que os heterozigotos são imunes 
às malárias, o que de fato, foi comprovado. 
 A resistência dos siclêmicos: o protozoário, ao 
penetrar no glóbulo vermelho, consome O2. A hemácia 
siclêmica, em tensão baixa de O2, modifica sua forma, 
ficando com a forma de uma foice, sendo mais 
rapidamente atacadas por leucócitos, que as destroem 
junto com os parasitas que elas contêm. Assim, o 
protozoário não dissemina no organismo pela 
circulação. 
 Assim, possuir o gene para a siclemia em 
heterozigotos representa uma vantagem adaptativa 
sobre não possuir, em regiões com malária. 
 
Resistência aos antibióticos 
 O aparecimento da resistência das bactérias pode ser 
interpretado por: as bactérias “se adaptam” 
individualmente ao antibiótico, em outras palavras, o 
antibiótico induziu as bactérias a modificarem seu 
metabolismo, no sentido de se tornarem resistentes. 
 O que é incorreto, visto que não ocorre a 
transmissão de caracteres adquiridos para a 
descendência. 
 Outra explicação: o antibiótico não induziu 
diretamente à resistência, porém selecionou na 
população indivíduos que já eram resistentes por 
mutações espontâneas. 
 Essa é a correta, visto que os antibióticos eliminam 
da população os exemplares não resistentes. Assim, os 
resistentes se reproduzem e transmitem a seus 
descendentes os genes para a resistência, adaptando a 
população. 
Tipos de seleção natural 
 Direcional: favorece um dos fenótipos extremos. 
 Estabilizadora: ocorre em ambientes estáveis e 
constantes, eliminando fenótipos desviantes e 
favorecendo fenótipos médios. 
 Disruptiva: favorece os indivíduos de fenótipos 
extremos, eliminando os de fenótipo médio. 
 
Genética das populações 
Evolução: qualquer mudança na frequência dos genes 
de uma população ao longo do tempo. 
 Avanços na medicina estão levando ao aumento na 
frequência dos genes para doenças. 
 
Equilíbrio de Hardy-Weinberg: população que não está 
evoluindo, com frequência dos genes constante. 
 Não pode haver mutações nem migrações. 
 A população não pode ser pequena, com 
cruzamentos aleatórios (não consanguíneos). 
 Não pode haver seleção natural. 
 É ideal, mas não existe na prática. 
 
AA = p2; aa = q2; Aa = 2pq. 
 
Especiação 
 Formação de novas espécies. 
 
1. Microevolução: pequenas mudanças evolutivas 
dentro de uma espécie. 
 
2. Macroevolução: grandes mudanças evolutivas que 
originam novos táxons (espécies, gêneros, famílias...). 
 
Espécie: grupo de indivíduos semelhantes, 
potencialmente intercruzantes na natureza gerando 
descendentes férteis. 
 Híbrido: fruto do cruzamento de espécies diferentes, 
porém, de mesmo gênero, nascendo estéril. 
 Os cromossomos do pai não são homólogos dos 
cromossomos da mãe, não havendo pareamento dos 
cromossomos homólogos na meiose, que é inviável, 
produzindo gametas inviáveis. 
Biologia 
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Isolamento reprodutivo 
1. Pré-zigótico: impede a formação do zigoto. 
 Geográfico: hábitos distintos. 
 Sazonal ou estacional: épocas reprodutivas distintas. 
 Etologico ou comportamental: cortês distintos. 
 Ecológico: nichos ecológicos distintos. 
 Anatômicos ou mecânicos: tamanhos distintos. 
 Gamético: óvulo com zona pelúcida com receptores 
específicos para espermatozoides da mesma espécie. 
 
2. Pós-zigótico: impede o prosseguimento da 
linhagem. 
 Inviabilidade do híbrido. 
 Esterilidade do híbrido. 
 Deterioração da geração F2 quando o híbrido é fértil, 
separando os cromossomos homólogos de maneira 
correta, mas apresentam filhos estéreis. 
 
Mecanismos de especiação 
1. Anagênese: transformação gradual de uma espécie 
em outra. 
2. Cladogênese: produção de duas novas espécies a 
partir de uma espécie ancestral, com divergência 
adaptativa. 
 Uma espécie vira duas. 
 O isolamento reprodutivo acontece devido a barreira 
geográfica, com acúmulo de diferenças genéticas, 
sendo questão de tempo a formação uma espécie nova. 
Evolução humana 
Classificaçãoda espécie humana 
 Reino animália. 
 Filo chordata. 
 Subfilo vertebrata. 
 Classe mammalia. 
 Ordem primates. 
 Família hominidae. 
 Gênero homo. 
 Espécie homo sapiens. 
 
Taxionomia e sistemática 
 Taxionomia: classificação dos seres vivos por 
qualquer critério. 
 Sistemática: classificação dos seres vivos por critérios 
evolutivos. 
Sistemas de classificação 
 Artificiais: por critérios não evolutivos. 
 Naturais: por critérios evolutivos, como semelhanças 
genéticas, morfológicas, fisiológicas, embrionárias e 
bioquímicas. 
 
Sistemática 
1. Fenética: baseada no número máximo de 
características possíveis = taxonomia numérica: analisa 
todas as características homólogas (indicam parentesco) 
e análogas (não indicam parentesco). 
 
2. Filogenética: baseada no número máximo de 
relações evolutivas = analisa só características 
homólogas. 
 
Princípio da parcimônia: caminhos evolutivos mais 
curtos devem ser os corretos. 
 A característica encontrada em mais grupos deve ser 
mais antiga. 
 
1. Monofiléticos: grupos que incluem todos os 
descendentes de um ancestral comum. 
 Compartilham um ancestral comum exclusivo. 
 
2. Parafiléticos: grupos que incluem alguns, mas não 
todos os descendentes de um ancestral comum. 
 
3. Parafiléticos: grupos que apresentam mais de um 
ancestral distantes. 
 Todo grupo polifilético também é parafilético em 
algum nível. 
 
Categorias taxionômicas 
1. Reino 
2. Filo 
3. Classe 
4. Ordem 
5. Família 
6. Gênero 
7. Espécie 
 
Homo sapiens 
Gênero e epíteto: espécie binomial. 
 
Biologia 
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Classificação dos reinos 
1. Reino Monera 
 Procariontes. 
 Unicelulares. 
 Autótrofos ou heterótrofos. 
 Bactérias e cianobactérias. 
 
2. Reino Fungi 
 Eucariontes. 
 Uni ou pluricelulares. 
 Dotados de parece celular quitinosa. 
 Heterótrofos, se alimentando por absorção de 
nutrientes a partir do meio e realizam digestão 
extracorpórea. 
 
3. Reino Animalia ou Metazoa 
 Eucariontes multicelulares. 
 Sem parede celular. 
 Heterótrofos. 
 
4. Reino Plantae ou Metaphyta 
 Eucariontes multicelulares. 
 Com parede celular celulósica. 
 Autótrofos fotossintetizantes. 
 
5. Reino Protista 
 Unicelulares ou multicelulares. 
 Eucariontes. 
 Fotossintetizantes, como algas unicelulares ou 
heterótrofos, como protozoários. 
 Sem organização tecidual verdadeira. 
 
Domínios 
 Na década de 1980, o microbiologista Carl R. Woese 
propôs uma nova forma de classificação dos seres vivos 
com base na análise do DNA. 
 Nessa forma, os seres vivos são classificados em três 
grandes domínios, categoria taxionômica criada por 
Woese que é superior a reino. 
 
1. Archaeo: arqueas. 
2. Bacteria: eubactérias. 
3. Eucarya: algas, plantas, fungos, protozoários e 
animais. 
 
Parasitologia 
Parasitas 
 Ectoparasitas: na superfície externa do hospedeiro: 
pele, tubo digestivo, como mosquito, lombriga, ameba. 
 Endoparasitas: na superfície interna do hospedeiro: 
sangue, células, como bactérias, vírus. 
 
 Eurixenos: pouco específicos, podendo afetar vários 
hospedeiros. 
 Estenoxenos: muito específicos. 
 
 Hospedeiro intermediário: parasitas só com 
reprodução assexuada ou parasita na forma jovem. 
 Hospedeiro definitivo: parasita com reprodução 
sexuada ou parasita na forma adulta. 
 
Hospedeiro intermediário é diferente de agente 
transmissor. 
 
 Vetor etiológico: agente transmissor, como o 
barbeiro. 
 Agente etológico: agente causador, como o 
protozoário plasmodium sp da malária. 
 Vetor mecânico: transmite o parasita mas não é 
hospedeiro, ou seja, não é obrigatório no ciclo do 
parasita, como moscas são pontes das fezes 
contaminadas para o alimento de alguém. 
 Reservatório: tem o parasita, ou seja, é hospedeiro, 
não transmite a doença, mas pode transmitir o parasita 
para o agente transmissor, como o gambá na doença 
de chagas. 
 
 Permanente: vive no hospedeiro, como o piolho. 
 Temporário: não vive no hospedeiro, como o 
mosquito. 
 Provisório: só são parasitas numa fase da vida, por 
exemplo, a mosca varejeira na fase larval causando 
berne. 
Modos de contágio por doenças 
parasitárias 
1. Transmissão direta: de pessoa para a pessoa, sem 
objetos ou outros organismos como intermediário. 
Biologia 
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 Por aerossóis de saliva e/ou secreções buco-nasais 
em mucosas, ou seja, bocas, nariz e olhos. 
 Prevenção: uso de máscaras e outros equipamentos 
de proteção individual, isolamento/evitar aglomerações. 
 Exemplo: gripe, sendo mais comuns em épocas de 
frio/chuva, o que facilitam as aglomerações. 
 
2. Transmissão indireta: transmitida de objetos 
contaminados (fômites) ou outros organismos como 
intermediários. 
 Fômites: em contato com mucosas. 
 Prevenção: evitar tocar o rosto, lavar as mãos com 
água e sabão ou álcool 70%, que dissolvem membranas 
celulares e envelopes virais. 
 
 Desinfecção: eliminação da maior parte das formas 
de vida, não eliminando esporos. 
 Esterilização: eliminação de todas as formas de vida, 
eliminando os esporos, pelo calor intenso, por raios 
gama, etc. 
 
3. Transmissão sanguínea: através de objetos 
contaminados com sangue ou transfusões. 
 Prevenção: cuidados em bancos de sangue: testes 
para doenças transmissíveis por sangue, não 
compartilha agulhas e/ou seringas. 
 Exemplo: AIDS, hepatite B. 
 
4. Transmissão sexual: por sexo vaginal, oral, anal. 
 O atrito do ato sexual promove lesões microscópicas 
em pele de pênis, mucosa de vagina e/ou mucosa de 
ânus, permitindo o contato de sangue e com secreções 
como esperma/fluido vaginal 
 Preservação: preservativos, redução no número de 
parceiros 
 Exemplo: AIDS, hepatite B, gonorreia, ou seja, IST 
(infecções sexualmente transmissíveis). 
 Doenças que passam por sangue, passam por sexo. 
 
5. Transmissão oral-fecal: pela ingestão de água ou 
alimentos com fezes de doentes. 
 Prevenção: saneamento básico, ou seja, rede de 
esgoto, tratamento de água, higiene pessoal, lavar frutas 
e verduras crus. 
 Exemplo: hepatite A, disenterias bacterianas. 
 Tratamento de água: fervura (não elimina esporos de 
bactérias), filtração (não elimina vírus), ozonização (O3 
oxida micro-organismos), NaClO (água sanitária oxida 
micro-organismos). 
 Moscas e baratas são vetores mecânicos de doenças 
de transmissão oral-fecal. 
 
6. Transmissão vetorial: por agentes biológicos. 
 Vetor etiológico transmite a doença. 
 Prevenção: controle do vetor. 
 Exemplo: dengue, malária, chagas. 
 
7. Transmissão congênita: da mão grávida para o feto 
via placenta. 
 Rubéola, zica, sífilis, toxoplasmose promovem má-
formação do Sistema Nervoso Central do feto, com 
retardo mental, surdez... 
Transmissão horizontal: entre indivíduos não 
aparentados. 
Transmissão vertical: entre indivíduos aparentados: da 
mãe para o filho via placenta/ovos. 
 
Prevenção ou profilaxia: como previne a doença. 
Terapêutica ou tratamento: como trata a doença. 
 
Epidemiologia 
 Estudo do comportamento das doenças das 
populações. 
 Até 1750, pré-revolução industrial, a maior causa de 
morte eram as doenças infecciosas, transmitidas por 
vetores e/ou água/alimentos contaminados, 
ocasionando baixa expectativa de vida. 
 Mortalidade infantil em países mais pobres: morte 
até 1 ano de idade, com a principal causa a diarreia (por 
rotavírus e bactérias de transmissão oral/fecal). 
 A partir de meados do século 18, com o advento da 
revolução industrial, diminuiu a quantidade de doenças 
infecciosas. Motivos: saneamento básico, aumento da 
produção de alimentos e os avanços da medicina (teoria 
dos germes: doenças vêm de micro-organismos). 
 Assim, aumentou a expectativa de vida da 
população. Hoje, as maiores causas de morte são as 
doenças crônicas, ou seja, doenças cardiovasculares e 
câncer. 
Biologia 
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 Revolução verde, após a 2ª Guerra Mundial: aumento 
da produção de alimentos por unidade de área plantada 
(desenvolvimento de novos tipos de adubos, como 
fertilizantes, defensivos agrícolas, ou seja, agrotóxicos, 
sementes híbridas (melhoramento genético). 
 
Países em desenvolvimento “pobres”: a primeira causa 
de morte ainda é as doenças infecciosas. 
 
Países desenvolvidos “ricos”: a primeira causa de morte 
são as doenças crônicas degenerativas “da velhice”. 
Classificação epidemiológica das doenças 
1. Doenças de casos esporádicos: tétano, tuberculose, 
sífilis. 
2. Endemias: típicas de uma região, com número de 
casos constantes, como a febre amarela e a malária na 
Amazônia. 
3. Surtos, epidemias: número de casos aumentam 
rapidamente, em que os surtos afetam apenas uma 
região e as epidemias afetam várias regiões. 
4. Pandemias: epidemias globais, em vários 
continentes. 
 Peste negra, século XVI. 
 Gripe espanhola, 1918. 
 AIDS, 1980. 
 Covid-19, 2019. 
 
Doenças emergentes: novas, através de movimentos 
migratórios, como a Chikungunha e a Zica no Brasil, 
como a ebola, o covid-19, a SARS. 
 
Doenças reemergentes: estavam controladas, mas 
voltam a aumentar em número de casos, como a AIDS 
e a ebola. 
 Ingestão de mamíferos silvestres com a doença, 
seguida de mutações, causando febre alta, tosse seca, 
dificuldades de respirar, alta transmissibilidade e maior 
letalidade. 
 No Brasil, destaca-se a dengue e a febre amarela e, 
no mundo, destaca-se o sarampo, a sífilis e a gonorreia. 
 Diminui-se o medo da população devido ao sucesso 
da doença, causando possibilidade de ressurgimento do 
vírus. 
 
 Doença aguda: com progressão rápida, ou seja, com 
rápida manifestação dos sintomas, como a dengue. 
 Doenças crônicas: com lenta progressão dos 
sintomas, ou seja, lenta manifestação dos sintomas, 
como a doença de chagas e a esquistossomose. 
 
Vírus 
 Capsídeo proteico: formado por unidades proteicas 
chamadas de capsômeros que delimitam um core –
espaço no capsídeo que abrange o material genético 
viral -. 
 Alguns vírus possuem, externo ao capsídeo proteico, 
um envelope viral de bicamada de fosfolipídios com 
proteínas em mosaico fluido. 
 Os vírus oncogênicos são capazes de induzir o 
desenvolvimento de cânceres, como ocorre com o HPV 
no câncer de colo uterino e no HBV e HBC, no câncer 
de fígado. 
 A enorme população dos vírus, combinada com suas 
taxas aceleradas de replicação e mutação, faz deles uma 
das maiores fontes de variação genética, o que explica 
a dificuldade de se elaborar vacinas para muitas 
doenças virais. 
 
Envelopados: com envelope viral. 
Não envelopados: sem envelope viral, como os 
bacteriófagos. 
 Citomegalovírus: vírus que possuem DNA e RNA. 
 
Todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, 
mas nem todo PIO é um vírus, podendo ser bactérias. 
 
Especificidade da ação viral 
 Vírus possui receptores específicos/complementares 
a receptores da célula hospedeira (modelo chave-
fechadura). 
 
Fases da infecção viral 
1. Absorção: ligação da proteína receptora do vírus 
com a proteína receptora da célula hospedeira. 
2. Penetração: entrada do vírus na célula hospedeira, 
por injeção: capsídeo viral injeta o material genético na 
célula hospedeira sem que o capsídeo entra, fusão: 
envelope viral fusiona na membrana plasmática da 
célula hospedeira, de modo que o capsídeo entra ou 
Biologia 
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viropexia: vírus induz a própria fagocitose, sendo 
englobado pela célula hospedeira, com o capsídeo. 
3. Desnudamento: lisossomos da célula hospedeira 
digere o capsídeo proteico, liberando o material 
genético no citoplasma. 
4. Latência: material genético viral fica inativo e a 
pessoa assintomática. 
5. Síntese dos componentes virais: vírus controla a 
célula para que produza para o vírus, deixando de 
produzir seus próprios componentes e, assim, a célula 
morre e a pessoa passa a apresentar sintomas. 
6. Montagem dos componentes virais. 
7. Liberação: com a morte da célula, ocorre ruptura da 
membrana da mesma, com liberação dos novos vírus. 
Vírus bacteriófagos 
 Cabeça: com capsídeo proteico e DNA viral. 
 Cauda: com bainha contrátil que injeta o DNA viral e 
ganhos proteicos, que fixam o fago na bactéria que será 
atacada. 
 Capsídeo proteico injeta o DNA viral na bactéria, mas 
não entra, ou seja, permanece ao lado de fora), 
podendo ficar em: 
 
1. Ciclo lisogênico: o vírus fica inativo no citoplasma da 
bactéria e, quando ela se reproduz, a bactéria copia o 
material genético viral. Assim, quando a bactéria replica 
o DNA bacteriano, replica também o DNA viral, 
transmitindo para seus descendentes. 
2. Ciclo lítico: vírus fica ativo e se reproduz, formando 
novas partículas virais com a replicação do DNA viral e 
a síntese de proteínas virais, levando à lise da bactéria e 
liberando novos vírus no meio. 
 
Alguns vírus podem manter a vida inteira em ciclo 
lisogênico, mas, em mudanças ambientais, como 
exposição à radiação, o vírus pode passar do ciclo 
lisogênico para o lítico. 
 
Tipos de vírus quanto ao material genético 
1. Desoxivírus: vírus de DNA, como HPV, varíola, 
catapora, herpes simples. 
2. Retrovírus: vírus de RNA que formam DNA pela 
enzima transcriptase, como HIV/AIDS. 
3. Ribovírus: vírus de RNA que não formam DNA, como 
a dengue, febre amarela, influenza, raiva. 
 
 O material genético viral pode ter DNA e RNA com 
fita dupla ou simples. 
 A = T fita dupla, A # T ou U é fita simples. 
Desoxivírus 
 DNA viral adicionado ao DNA hospedeiro, que fica 
inativo até ser ativo, em que é replicado em novo DNA 
e transcrito em RNA viral, que é traduzido em proteínas 
virais. 
 DNA + proteínas virais = novo vírus. 
Retrovírus 
 Vírus de RNA que formam DNA no clico de vida 
através da enzima transcriptase reversa. 
 RNA viral produz DNA viral, através da enzima TR. 
 O DNA viral é adicionado ao DNA hospedeiro, 
ficando inativo como provírus, até ficar ativo, onde é 
transcrito em RNA viral, que é transformado em novo 
RNA viral, e a outra parte é traduzida em proteínas virais. 
 RNA viral + proteínas virais = novos vírus. 
Ribovírus 
 RNA de fita simples: de cadeia positiva ou negativa. 
 Positiva: RNA viral já é RNAm, sendo traduzido no 
ribossomo em proteínas virais. 
 Negativa: RNA complementar ao RNA viral é RNAm. 
 Alto risco de mutações, como a poliomielite e o 
influenza. 
Provírus 
 Quando o material genético viral está adicionado ao 
material genético da célula hospedeira de forma inativa, 
ou seja, em ciclo lisogênico. 
Príons 
 Os normais são proteínas de membrana, de modo 
que a interação entre príons alterados (obtidos na dieta 
ou surgido por mutações) e príons normais se da pela 
interação de proteínas de membrana (príons normais) 
com proteínas do meio extracelular (príons alterados). 
 Proteína infecciosa que causa a doença da “vaca 
louca”. 
 
Biologia 
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Vírion 
 Quando o vírus está fora da célula hospedeira. 
Doenças causadas por ribovírus 
Dengue 
 Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes 
Aegypti. 
 Mosquito macho é herbívoro, ou seja, fitófago. 
 Mosquito fêmea é hematófaga, precisando de 
Fe/proteína do sangue para gerar ovos. 
 O mosquito é urbano, diurno, listrado de preto e 
branco e holometábolo com larva que de desenvolve 
em água doce, parada e limpa. 
 Água doce, pois se for salgada, desidrata a larva por 
osmose. 
 Parada: se for em movimento, a larva afunda e 
asfixia. 
 Água suja: tem muita bactéria aeróbica que 
consomem o oxigênio e a larva pode asfixiar. 
 Existe 4 sorotipos de dengue e cada um só pode ser 
contraído uma única vez. 
 O primeiro contágio normalmente é a dengue 
clássica, e o segundo a dengue hemorrágica. 
 
1. Dengue clássica: febre, cefaleia, mialgia e astralgia 
(dor muscular e dor articular), prostração,erupções 
(manchas vermelhas na pele), prurido (coceira). 
2. Dengue hemorrágica: sintomas da dengue clássica, 
hemorragias em gengivas e nariz, hemorragias internas 
causando dor abdominais, choque (queda violenta na 
pressão arterial e o coração não tem força para 
bombear o sangue). 
 
 Não se deve usar AAS (Ácido acetil-salicílico), que 
inibe a coagulação sanguínea e aumenta os riscos 
hemorrágicos. 
 
Prevenção: controle do mosquito, pois ele não é natural 
no Brasil e não tem perigo de causar um desequilíbrio 
ecológico. 
 Mecânico: eliminação dos reservatórios de água 
doce parada. 
 Químico: inseticidas, porém afetam outros 
artrópodes. 
 Biológico: uso de peixes larvófagos, que comem a 
larva. 
 
Febre amarela 
 Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos 
urbanos Aedes aegypti e dos mosquitos silvestres 
Heamagogus sp. 
 Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, dor retro-
orbital (atrás dos olhos), prostração, lesões hepáticas, 
icterícias (febre amarelada devido ao acúmulo de 
bilirrubina), hemorragias. 
 Prevenção: controle dos mosquitos urbanos, porém, 
não se deve eliminar mosquitos/reservatórios dos 
mosquitos silvestres. 
 A vacinação é fortemente recomendada em áreas 
endêmicas ou próximas. 
 Reservatórios: macacos. 
 
Chikungunya 
 Trasmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes 
aegypti e Aedes albopictus. 
 Sintomas: semelhantes aos da dengue com astralgia 
forte e persistente. 
 Prevenção: controle dos mosquitos, não há vacina. 
 Pode causar síndrome de guillain-barré autoimune, 
onde anticorpos contra o vírus atacam a bainha de 
mielina dos neurônios, levando a fraqueza e paralisia 
muscular. 
 
Zika 
 Transmissão: picada da fêmea dos mosquitos Aedes 
aegypti e Aedes albopictis, ato sexual, congênita. 
 Sintomas: semelhante aos da dengue, mas mais 
leves, com muitos eritemas/erupções, prurido e 
conjuntivite. 
 No caso da congênita, a mãe grávida passa para o 
feto, causando má-formação do SNC do feto com 
retardo mental, podendo ter microcefalia. 
 Prevenção: controle do mosquito, não há vacina. 
 Também pode causar a síndrome de guillain-barré. 
 
Dengue, zika e chikungunya: são mais comuns em 
épocas de chuva, pois facilita o acúmulo de água como 
reservatório do mosquito. 
 
Biologia 
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Gripe 
 Influenza: com 2 proteínas, a Hemaglutinina, para 
infecção viral e a Neuraminidase, para reprodução viral. 
 H3N2: gripe comum. 
 H1N1: gripe espanhola (1918), gripe suína (2009). 
 H5N1, H6N1 e H7N9: gripe aviária. 
 Transmissão: por aerossóis de saliva e/ou secreções 
buco-nasais de modo direto ou indireto, por fômites em 
mucosas. 
 Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, astralgia, tosse, 
coriza, congestão nasal, pneumonia, dificuldades 
respiratórias, diarreias. 
 Prevenção: evitar contato com doentes (quarentena, 
isolamento social), uso de máscaras, lavar as mãos com 
água e sabão ou álcool em gel 70% (dissolve o envelope 
viral), desinfetar objetos, vacinação. 
 Aviária: transmissão pela inalação de fezes 
ressecadas de aves doentes, não pela ingestão de carne 
contaminada nem de pessoa para pessoa, porém, é 
altamente letal, e devido ao risco de mutações, não se 
come aves doentes. 
 
Não há vacina definitiva contra a gripe, porque o vírus 
influenza é muito mutagênico, portanto, as vacinas são 
feitas a cada ano contra os vírus daquele ano. 
 A vacina é feita com vírus morto, sem risco de 
infecção. 
 
Raiva ou hidrofobia 
 Transmissão: contato de saliva de mamíferos 
infectados em ferimentos (mordeduras, lambeduras, 
arranhaduras). 
 Destaca-se: cães e gatos nos ambientes urbanos, 
morcegos em ambientes silvestres. 
 Sintomas: período de incubação assintomática de 40 
dias, no qual o vírus se desloca pelos nervos até o SNC, 
causando hipersensibilidade dolorosa a som, luz, toque 
e deglutição (com boca espumando pois não consegue 
deglutir saliva). 
 Hidrofobia: medo de água. 
 Evoluindo para depressão do SNC, coma, parada 
respiratória e morte, sendo 100% letal. 
 Prevenção: vacina anti-rábica de cães e gatos. 
 Caso atacado: deve-se eliminar o vírus durante o 
período de incubação, antes que atinja o SNC. Lava-se 
a ferida com água e sabão, manter o animal que te 
mordeu em observação para ver se ele tem raiva, caso 
tiver, a pessoa mordida deve receber soros e vacinas. 
 
Ebola 
 Por enquanto só teve ne África, é muito violenta. 
 Transmissão: contato de mucosas ou ferimentos com 
secreções contaminadas (sangue, sêmen, fluido vaginal, 
saliva, muco, urina, fezes), não havendo transmissão 
pelo ar. 
 Reservatório: morcego, pela ingestão de carnes de 
morcego ou ingestão de frutas mordidas por morcegos 
(com saliva). 
 Sintomas: febre, diarreias, vômitos, hemorragias 
espontâneas. 
 Prevenção: evitar contato com doentes, usar 
equipamentos de proteção individual, não há vacina. 
 
Caxumba ou parotidite 
 Transmissão: por aerossóis de saliva. 
 Sintoma: febre, edema e dor nas glândulas parótidas 
e infecção secundária em testículos/ovários (podendo 
causar esterilidade). 
 Prevenção: evitar contato com doentes, vacina MMR 
ou tríplice viral (caxumba, sarampo, rubéola). 
 
Sarampo 
 Transmissão: por aerossóis de saliva. 
 Sintomas: febre, erupções (manchas vermelhas na 
pele), manchas brancas por dentro da boca, conjuntivite 
e encefalite. 
 Prevenção: evitar contato com doentes e vacinação. 
 
Rubéola 
 Transmissão: por aerossóis de saliva, congênita. 
 Sintomas: febre, erupções, na congênita causa má 
formação no SNC do feto, como surdez e retardo 
mental. 
 Prevenção: evitar contato com doentes, vacinação. 
 Mulheres grávidas não podem se vacinar para 
rubéola, pois a vacina é feita com vírus vivo atenuado, 
havendo o risco de infecção. 
 
Poliomielite ou paralisia infantil 
 Transmissão: via oral-fecal. 
Biologia 
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 Sintomas: normalmente, assintomática. Em alguns 
indivíduos, promove destruição dos gânglios motores 
na medula espinhal, levando à paralisia muscular. Caso 
chegue no diafragma, ocorre parada respiratória e 
morte por asfixia. 
 Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal, 
lavar frutas e verduras, vacinação. 
 
Rotavirose 
 Transmissão: via oral-fecal. 
 Sintomas: disenteria com cólica e diarreias, que 
causam desidratação. 
 Dente as principais causas de mortalidade infantil. 
 Prevenção: saneamento básico, higiene pessoal, 
lavar frutas e verduras, vacinação. 
 
Hepatites A – B – C – D – E 
 
 A B C D E 
Vírus RNA DNA RNA RNA RNA 
Transm. Oral 
Fecal 
Sexual 
Sangue 
Sexual 
Sangue 
Junto 
c/ B 
Oral-
fecal 
Preven. Higiene Preserv. Preserv
. 
B Higien
e 
Vacinas S S N N N 
Câncer fí. N S S N N 
 
 Sintomas: febre, indisposição, icterícia (pele 
amarelada pelo acúmulo de bilirrubina), lesões 
hepáticas, urina escura (pelo excesso de bilirrubina), 
fezes brancas (pela falta de bilirrubina). 
 Pode evoluir para cirrose hepática e/ou câncer de 
fígado. 
 
Doenças causadas por desovivírus 
 Hepatite B. 
 
Varíola 
 Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto 
ou indireto por fômites em mucosas ou ferimentos. 
 Sintomas: vesículas (lesões bolhosas), evoluindo para 
pústulas (lesões com pus – devido a ação bacteriana na 
área devido a diminuição da imunidade) e deixando 
cicatrizes. 
 Prevenção: evitar contato com doentes e objetos 
contaminados. 
 É a primeira e a única doença eliminada pela 
vacinação. 
 Foi a primeira vacina desenvolvida (varíola bovina 
não matava e te tornava imune a varíola humana). 
 
Herpes simples (SHV) 
 HSV –1: labial, com transmissão por contato direto ou 
indireto com o líquido das lesões. 
 HSV– 2: genital, com transmissão sexual. 
 99% dos humanos são portadores assintomáticos do 
HSV-1, em queda de imunidade (estresse, com 
produção de cortisol) e/ou exposição à radiação (raios 
U.V). Pode causar vesículas (lesões bolhosas) com 
dor/ardência/purido/dormência, autolimitadas 
(desaparecem sozinha). 
 Não há resolução definida porque o vírus permanece 
alojado no nervo trigêmeo da fase por toda vida, 
podendo voltar a se manifestar. 
 Prevenção: labial: evitar contato direto ou indireto 
com lesões (só há a transmissão com a lesão ativa). 
Genital: preservativo, redução do número de parceiros. 
 
Catapora ou varicela 
 Transmissão: por aerossóis de saliva de modo direto 
ou indireto por fômites. 
 1º manifestação: catapora, causando vesículas 
(lesões bolhosas) difusas, com purito e autolimitadas. 
 Não há resolução definida porque o vírus permanece 
alojado nos nervos por toda a vida. 
 Em queda de imunidade (estresse, AIDS), o vírus 
volta a se manifestar. 
 2º manifestação: Herpes zoster, com vesículas, em 
rastros que acompanham os nervos, com dor. 
 Prevenção: evitar contato com doentes, objetos e 
vacina (quadruplíce viral = caxumba, sarapó, rubéola e 
catapora). 
 
Papilomatose (HPV) 
 Verrugas: existem vários tipos de HPV, sendo que 
alguns causam verrugas genitais (condiloma 
aculminado ou “crista de galo”), podendo evoluir para 
glande peniana. 
Biologia 
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 Transmissão: sexual, contato da região genital com 
objetos contaminados. 
 Sintomas: normalmente, assintomático, em algumas 
pessoas ocorrem condiloma acuminado, podendo 
evoluir para câncer. 
 Prevenção: preservativo, número restrito de 
parceiros, higienização da região genital e vacinação. 
Doenças causadas por retrovírus 
AIDS 
 Síndrome da imunodeficiência adquirida. 
 Agente causador: HIV. 
 Transmissão: sexual, sanguínea, amamentação, 
perinatal (HIV não atravessa a placenta intacta, 
passando por rupturas de placenta no parto, sendo 
viável o parto cesariano e o uso de coquetel durante a 
gravidez – que não implica na formação do feto). 
 Sintomas: deficiência na defesa imune. 
 Prevenção: utilização de camisinha. 
 Tratamento: terapia antirretroviral ou “coquetel anti-
HIV”, com o objeto de diminuir a seleção de vírus 
resistentes: com inibidores de transciptase reversa, 
porém, não cura porque não elimina o RNA viral, apenas 
bloqueia a reprodução viral, diminuindo a carga viral, 
diminuindo os sintomas e diminuindo o risco de 
transmissão. 
 Há também inibidores de proteases e de integrases. 
 Profilaxia pós-exposição: uso de coquetel após a 
contaminação imediatamente, evitando a infecção. 
 Não há grupos de risco, apenas comportamento de 
risco. 
 
1. Fase aguda: reação do sistema imune eliminando a 
maioria dos HIV, com algumas semanas/meses. 
2. Crônica: HIV inativo nas células alvo (principal: linf. 
T4, alguns monócitos, neurônios). Sendo assintomático, 
o indivíduo não tem AIDS, mas é portador do HIV 
(soropositivo) podendo transmitir o HIV, com duração 
de alguns anos. 
3. AIDS: HIV começa a matar as células alvo (linf. T4), 
causando uma imunodeficiência e infecções 
oportunistas devido à queda da imunidade, 
destacando-se a tuberculose, pneumonia, herpes 
simples, candidíase ou sapinho, toxoplasmose. 
 
Bactérias 
 Procariontes unicelulares. 
 Com parede celular de peptideoglicano. 
 Sem sistema de endomembranas, sem reticúlo 
endoplasmático, golgi, liso, mitocôndria. 
 Algumas apresentam cápsula gelatinosa, são as 
chamadas capsuladas, em que a cápsula é externa à 
parede celular, feita de glicoproteínas. Elas impedem a 
fixação dos anticorpos do hospedeiro na bactéria, 
portanto, impedem a ação do sistema imune do 
hospedeiro, aumentando a virulência da bactéria. 
 
Eubactérias: hetero ou auto foto ou auto químio. 
 Bactérias parasitas, decompositoras, cianobactérias, 
bactérias do ciclo do nitrogênio. 
 
Arqueobactérias: todas auto foto ou auto químio. 
 São extremórfilas, ou seja, adaptadas a meios 
extremos. 
 Termoacidófilas: vivem em vulcões submarinos, 
sendo auto quimio. 
 Halófilas extremas: vivem em meios de alta 
salinidade. 
 Metanogênicas: vivem em meios com muito H2 e 
pouco O2, como pântanos, mangues, lixões e intestino 
de vertebrados. 
 
Reprodução assexuada 
 Sem variabilidade genética. 
 Bipartição ou cissiparidade: divisão por amitose. 
 Esporulação: formação de endósporos (bactéria cria 
várias camadas extras de parede celular, de modo que 
reforça a parede celular e reduz o metabolismo, 
assumindo forma latente). É feito quando enfrenta 
condições de frio, calor, seca, ácidos, radiação, para 
sobreviver. 
 
Reprodução sexuada 
 Recombinação genética que promovem 
variabilidade genética. 
 Plasmídeos: fragmentos de DNA circular e desnudo 
extracromossomiais em bactérias, com genes úteis, mas 
não essenciais à vida. 
 Plasmídeo R: com gene para resistência a 
antibióticos. 
Biologia 
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Conjugação: troca de genes entre bactérias através de 
pontos de citoplasma de natureza proteica chamadas 
de pelo sexual. 
 A bactéria F+ emite o pilo, a bactéria F- recebe o pilo. 
 
Tansdução: transferência de genes por vírus 
bacteriófagos. 
 Vírus ataca bactéria com gene de resistência. 
 O vírus se reproduz em ciclo lítico, copiando seu 
DNA viral e pode copiar o DNA bacteriano com o gene 
de resistência. 
 Quando for atacar outra bactéria, coloca seu DNA 
viral e o gene de resistência, fornecendo resistência para 
a bactéria que não era resistente. 
 
Transformação: incorporação do DNA de bactérias 
mortas no meio. 
 Se uma bactéria resistente morre, outra absorve o 
plasmídeo resistente do meio, se transformando em 
uma bactéria resistente. 
 
Superbactéria 
 Multirresistentes a antibióticos. 
 Surgem por mutações, recombinações gênicas e 
seleção natural. 
 Exemplo: KPC, que causa infecção hospitalar. 
 
Morfologia das bactérias 
 A forma da bactéria é determinada pela parede 
celular. 
 
1. Cocos. 
2. Bacilos ou bastonetes. 
3. Vibriões. 
4. Espirilos ou espiroquetas. 
5. Diplococos. 
6. Tétrades – 4 cocos. 
7. Sarcinas – 8 cocos em cubo. 
8. Estafilococos – cocos em cachos. 
9. Estreptococos: cocos em fila. 
 
 
 
Doenças bacterianas 
Vibrio cholerae: cólera 
 Transmissão: oral-fecal, ingestão de mariscos, como 
as ostras. 
 Sintomas: toxina que irrita o estômago e o intestino, 
levando a vômitos e diarreias. 
 Causa uma desidratação grave, causando a perda de 
eletrólitos (Na+, K+), causando câibras. 
 Prevenção: saneamento básico, tratamento de água, 
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, não ingerir 
frutos de mar durante epidemias. 
 Não há vacina. 
 
Leptospira interrogans: leptospirose 
 Transmissão: contato de pele ou mucosas com água 
contaminada com a urina de rato. 
 Sintomas: febre, calafrios, mialgia principalmente na 
panturrilha, lesões renais. 
 O acúmulo de lixo causa o entupimento de bueiros 
que facilita a proliferação de ratos e o acúmulo de água 
em enchentes. 
 Prevenção: desratização, não acumular lixo. 
 Não há vacina. 
 
Treponema pallidum: sífilis 
 Transmissão: via sexual, sanguínea ou congênita. 
 Sintomas: 1º cancro duro: úlcera duras, indolores e 
autolimitadas na região genital. 2º cutânea: úlceras 
duras, indolores, autolimitadas na pele e no corpo todo. 
3º neurológica: lesões que causam demência. 
 Na congênita causa má-formação do SNC do feto 
com retardo mental e alteração morfológicas na face. 
 Prevenção: diminuição do número de parceiros, 
preservativos, cuidado com bancos de sangue. 
 Não há vacina. 
 
Neisseria gonorrhoeae: gonorreia 
 Transmissão: via sexual, no parto, pela passagem no 
canal vaginal. 
 Sintomas: úlceras com pus e dor em homens, 
normalmente assintomática nas mulheres. 
 No parto pode causar cegueira gonocócica. 
 Prevenção: preservativo. 
 Não há vacinas. 
 
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Neisseria meningitidis: meningite meningocócica 
 Transmissão: aerossóis de saliva de modo direto e 
indireto. 
 Sintomas:febre, cefaleia, indisposição, vômitos em 
jato, rigidez na nuca. 
 Prevenção: vacinação, evitar contato com doentes, 
não compartilhar copos, pratos, bebedouros. 
 
Diplococcus pneumoniae: pneumonia pneumocócica 
 Transmissão: aerossóis de saliva de modo direta ou 
indireta, só afetando indivíduos imunodeprimidos 
(crianças, idosos, desnutridos, soropositivos com HIV). 
 Sintomas: tosse, muco, febre, indisposição, 
dificuldade respiratória. 
 Prevenção: vacinação, boa alimentação, prática de 
exercícios físicos. 
 
Streptococcus sp 
Cárie 
 O consumo de açúcar causa fermentação láctica. 
 O ácido láctico causa descalcificação dos dentes, 
com surgimento de cavidades. 
 Prevenção: escovação dos dentes, para remoção da 
placa bacteriana. 
 
Bacilos 
Mycobacterium tuberculosis: tuberculose 
 Transmissão: aerossóis de saliva, secreções buco-
nasais, ingestão de leite de gado contaminado. 
 Só afeta imunodeprimidos, como soropositivos para 
HIV, alcóolicos crônico, sendo mais comuns em pessoas 
mais pobres. 
 Sintomas: lesões pulmonares com tosse, hemoptise, 
indisposição, magreza, pode afetar pele, intestinos, 
fígado, ossos, sistema nervoso. 
 Prevenção: manter boas condições de saúde, 
ambientes arejados, pasteurização do leite, vacinação 
BCG. 
 
Mycobacterium leprae: lepra ou hanseníase 
 Transmissão: aerossóis de saliva em micro lesões em 
mucosas e pele. 
 Há baixa transmissibilidade, sem necessidade de 
isolar doentes. 
 Sintomas: destruição de terminações nervosas 
sensitivas na pele, levando a manchas anestésicas, 
evoluindo para necrose e amputação natural das 
extremidades corporais. 
 Prevenção: vacina BCG. 
 
Clostridium botulinum: botulismo 
 Bactéria anaeróbica restrita, vivendo somente em 
meios sem O2, sendo a mais grave das intoxicações 
alimentares. 
 Se instala em alimentos industrializados, 
principalmente em conservas. 
 Transmissão: ingestão de alimentos com toxinas da 
bactéria. 
 Sintomas: a toxina inibe a contração muscular, 
causando paralisia muscular flácida. No diafragma, pode 
causar parada respiratória e morte por asfixia. 
 Prevenção: cuidados com alimentos em conserva e 
não consumo de latas estufadas. 
 
Clostridium tetani: tétano 
 Bactérias anaeróbicas restritas, se instalando em 
objetos enferrujados, terra, estercos... 
 Transmissão: corte com objetos contaminados com 
esporos. 
 Sintomas: toxina inibe o relaxamento muscular, 
promovendo paralisia muscular rígida. O músculo não 
consegue relaxar. 
 Causa espasmos musculares: contração forte, 
involuntária e dolorosas, podendo levar a fraturas 
ósseas. 
 Paralisia muscular na face: sorriso sardônico. 
 Paralisia muscular do diagrama: paralisia respiratória 
e morte por asfixia. 
 Prevenção: vacina tríplice bacteriana ou vacina 
antitetânica. 
 O tétano neonatal ou mal dos 7 dias: causa morte 
por asfixia em recém-nascidos, com instrumentos 
contaminados utilizados no parto. 
 
Corynebacterium diphteriae: difteria ou crupe 
 Transmissão: aerossóis de saliva. 
 Sintomas: febre, tosse com expectoração, formação 
de pseudomembranas de muco na faringe, podendo 
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causar obstrução das vias aéreas pelo muco, causando 
dificuldade de respirar. 
 Prevenção: vacinação. 
 
Salmonella typhy: salmonelose ou febre tifoide 
 Transmissão: oral-fecal, ingestão de ovos crus. 
 Sintomas: febre, disenterias com cólicas e diarreias. 
 Prevenção: saneamento básico, tratamento de água, 
higiene pessoal, lavar frutas e verduras, combater 
moscas e baratas. 
 Não há vacina. 
 
Yersinia pertis: peste bubônica ou negra 
 Transmissão: picada de pulga do rato. 
 Causou uma grande pandemia em 1347 até 1349, 
facilitada pela falta de saneamento básico, grande 
quantidade de lixo e falta de gatos (mortos pela igreja), 
matando cerca de 1/3 dos europeus. 
 Sintoma: febre, bubões (gânglios linfáticos inchados, 
doloridos e com pus, que necrosam e ficam pretos). 
 Há lesões pulmonares, necrose e cianose das 
extremidades. 
 Prevenção: não acumular lixo, desratização. Não há 
vacina. 
 
Protozoários 
 Reino protista, unicelulares e heterótrofos, sem 
parede celular. 
 Não existe vacina para nenhuma das doenças 
causadas por protozoários (exceto para leishmaniose 
em cão). 
 
1. Mastigophora ou flagellata: com flagelos, como o 
trypanosoma cruzi e o leishmania sp. 
2. Cilliophora ou cilliata: com cílios, como os 
paramercium. 
3. Sarcodinea ou rizopoda: com pseudópodes, como a 
ameba: estamoeba hystolytica. 
4. Sporozoa ou apicomplexa: sem estruturas 
especializadas para locomoção, se deslocando por 
deslizamento – flexões corporais, como o toxoplasma. 
 
 
Flagelados 
Trypanosoma cruzi: Doença de chagas 
 Transmissão: fezes do inseto hemípero, o barbeiro, 
que é hematófago e noturno (normalmente pica a face). 
 Ele pica, suga o sangue e defeca ao lado da picada. 
Ao coçar, puxa-se as fezes com tryp. para a picada, 
acontecendo o contágio. 
 O tryp. cai no sangue na forma de mastigota (com 
flagelo), nadando até os órgãos-alvo (principalmente o 
coração), passando a assumir a forma amastigota (sem 
flagelo, para se reproduzir, originando ninhos de tryp). 
 Alguns voltam para a forma mastigota e passa para 
o sangue para serem levados pelo barbeiro quando 
picar um doente ou um reservatório (gambá, morcego, 
tatu). 
 Outras formas de transmissão: sanguínea, sexual, 
amamentação, congênita, digestiva. 
 Sintomas: sinal de romaña (endema palpebral), 
cardiomegalia ou miocardiopatia dilatada (o músculo do 
coração dilata), levando a insuficiência cardíaca. Pode 
dilatar também o fígado, o baço, o esôfago. 
 Prevenção: combate ao barbeiro com telas, 
mosquiteiros, inseticidas, evitar desmatamento e 
melhorar as condições de moradia (evitar casas de pau-
a-pique, com parede de barro). 
 
Leishmania sp: leishmaniose 
 Transmissão: picada da fêmea do mosquito palha. 
 Reservatórios: cães. 
 Sintomas: apatia, anorexia, magreza, queda de pelos, 
úlceras ao redor dos olhos e nas patas, unhas grandes. 
 Prevenção: coleiras repelentes, vacina para cães. 
 
Trichomonas vaginais: tricomoníase 
 Transmissão: sexual, contato da região genital com 
objetos contaminados. 
 Sintomas: em homens, normalmente assintomáticos, 
podendo haver uretrite com dor e ardência. Em 
mulheres, causa vaginite com dor e leucorréia 
(corrimento vaginal esbranquiçada e fétida). 
 Prevenção: não compartilhar roupas íntimas, toalhas, 
lençóis, preservativos. 
 
 
 
Biologia 
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Giardia lamblia: Giardíase 
 Transmissão: oral-fecal, água ou alimento 
contaminado por fezes. 
 Sintomas: disenteria com cólica e diarreias muco-
sanguinolentas. 
 Transmissão: saneamento básico, tratamento de 
água, higiene pessoal, lavar frutas e verduras. 
Ciliados 
Paramecium sp: de vida libre, com vacúolo pulsátil ou 
contrátil: elimina excessos de água que entram por 
osmose para evitar plasmólise. 
Rizópodes ou sarcodíneos 
 Com pseudópodes = amebas. 
 
Entamoeba hystolytica: amebíase 
 Tratamento: oral-fecal. 
 Sintomas: disenterias com cólicas e diarreias. 
 Em caso de super-infestações, podem causar lesões 
hepáticas e neurológicas. 
Esporozoários ou apicomplexos 
 Sem estruturas especializadas de locomoção, se 
deslizando para locomover. 
 
Plasmodium sp: malária 
 Transmissão: picada da fêmea do mosquito prego 
anopheles sp. 
 É endêmico em florestas tropicais – região 
Amazônica. 
 Hospedeiro intermediário: homem, em que o 
parasita faz reprodução sexuada. 
 Hospedeiro definitivo: mosquito, em que o 
plasmodium faz reprodução sexual. 
 Local de ação: hemácias e fígado. 
 Sintomas: febres intermitentes, anemia e 
complicações hepáticas. 
 Profilaxia: controle do vetor. 
 Pessoas com anemia falciforme apresentam 
resistência. 
 
 
 
Toxoplasma gongii: toxoplasmose 
Hospedeiro intermediário: homem ou qualquer 
mamífero. 
 Hospedeiro definitivo: gato ou outro felino. 
 Transmissão: ingestão de água ou alimentos 
contaminados com fezes de gatos, ingestão de 
leite/carne de gado doente, podendo passar por 
sangue, por forma sexual, pela amamentação e pela 
forma congênita. 
 Só afeta imunodeprimidos. 
 Sintomas: lesões neurológicas, lesões do nervo 
óptico com cegueira. 
 Prevenção: cuidado com as fezes de gatos. 
Algas 
 Autótrofas fotossintetizantes, uni ou pluricelular, sem 
tecidos, vivem em meio aquático ou úmido. 
 
Classificação 
 Clorofíceas: algas verdes, possíveis ancestrais das 
plantas terrestres. 
 Feofíceas: algas pardas, com maior complexidade 
estrutural. 
 Rodofíceas: algas vermelhas, produzem o ágar-ágar. 
 Crisofíceas: algas douradas, importantes quanto a 
capacidade fotossintética. São as mais próximas das 
plantas evolutivamente, pois compartilha as mesmas 
clorofilas A/B, também tendo como reserva nutritiva o 
amido, além da formação da parede celular derivada da 
lamela média. 
 Pirrofíceas: algas cor de fogo, responsáveis pela maré 
vermelha. 
 
Biologia 
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Importância das algas 
Ecológica 
 Constituintes do fitoplâncton: plâncton = 
comunidade de seres microscópicos que vivem 
flutuando na superfície de mares, rios e lagos. São 
produtores em ecossistemas aquáticos e os principais 
produtores de oxigênio da atmosfera. 
 Produtoras de DMS que reage com a água da 
atmosfera, formando o H2SO4, que atrai umidade do ar 
formando gotas de chuvas: núcleo de condensação de 
nuvens, sendo fundamentais na regulação térmica do 
planeta. 
 Fitoplâncton: constituído de organismos autotróficos 
fotossintetizantes (algas unicelulares). 
 Zooplâncton: com organismos heterotróficos (larvas 
marinhas, protozoários, microcrustáveos). 
 Maré vermelha: pirrófitas ou dinoflageladas: deixam 
a água vermelha em casos de eutrofização, liberam 
neurotoxinas que atavam vertebrados, causando a 
morte de peixes, mamíferos, aves. 
 Eutrofização: acúmulo de nutrientes em 
ecossistemas aquáticos: NPK – é causado pelo excesso 
de adubo, derramamento de esgotos domésticos, 
petróleo: aumenta a quantidade de algas. 
 
Econômica 
 Produtores de polissacarídeos gelatinosos como 
ágar, carragena e alginina, que são utilizados como 
meios de cultura para microorganismos, gel de 
eletroforese, materiais de moldagem em odontologia, 
maquiagens, espessantes em alimentos (geleias, 
iogurtes, sorvetes) e produtos de higiene pessoal 
(shampoo, pasta de dente). 
 Comestíveis: alga do sushi (ricas em vitaminas). 
 Fonte de sílica: terra de diatomáceas: aglomerações 
de carapaças de diatomáceas mortas. Utilizado nos 
michochips de computador, vela de filtro, tijolos 
brancos. 
 
Ciclos de vida 
 Haplobionte: só um tipo de adulto. 
 Diplobionte: com dois adultos. 
 Haplonte: com adulto n. 
 Diplonte: com adulto 2n. 
 
Adulto: sexualmente maduro. 
 
Haplobionte-haplonte 
 Só tem um adulto que é aploide. 
 Com alternância de gerações. 
 Algas, protozoários, fungos. 
 
Haplobionte-diplonte 
 Só tem um adulto que é diploide. 
 Não tem esporos e a meiose fabrica gametas. 
 Algas, animais. 
 
Diplobionte ou haplonte-diplonte ou metagênese 
 Com alternância de gerações. 
 Algas e plantas. 
 Adulto n: gametófito. 
 Esporófito: 2n. 
 
 
 
Fungos 
 Eucariontes, unicelulares (leveduras) ou pluricelulares 
(cogumelões, orelhas-de-pau, mofos), sem tecidos. 
 Micélio: conjunto de hifas, podendo ser vegetativo, 
sem função reprodutiva, ou reprodutivo. 
 Corpos de frutificação: estruturas bastante evidentes, 
especializadas em reprodução, com forma de chapéu 
nos cogumelos (basidiomicetos) ou com forma de taça 
(ascomicetos). 
 Digestão: heterótrofos por absorção, com digestão 
extracorpórea. 
 Reserva: glicogênio. 
 Com parede celular de quitina. 
 Reprodução: por esporos, sem gametas. 
 Assexuada: cissiparidade, fragmentação, 
brotamento, esporulação. 
 Sexuada: com alternância de gerações. 
Biologia 
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 Ciclo haplobionte-haplonte: com um adulto 
haploide. 
 
Estrutura 
 
 
Importância dos fungos 
Ecológica 
 Principais decompositores: saprófagos, detritívoros: 
consomem matéria orgânica do meio e liberam 
produtos inorgânicos, promovendo a reciclagem de 
nutrientes. 
 Líquens: algas (cianobactérias ou clorofíceas) + 
fungos (ascomicetos ou basidiomicetos): associação 
mutualística = alga produz alimento e os fungos 
fornecem água a partir da umidade do ar. 
 Líquens são indicadores de poluição, pois morrem 
com poucos poluentes e são organismos pioneiros em 
sucessões ecológicas. Promovem facilitação: facilitam a 
instalação de outros seres vivos. 
 Micorrizas: raízes + fungos. 
 
Econômica 
 Comestíveis: champignon, shitake. 
 Produção de alimentos: queijos curados. 
 Produção de pães, bolo, álcool: leveduras (fungos 
unicelulares – fermento biológico ou levedo de cerveja, 
fermentação alcoólica, que produz CO2 e álcool. 
 Doença em plantas: pragas agrícolas como a 
ferrugem do cafeeiro, podridão parda da batata. 
 
Médica 
 Produção de medicamentos, como antibióticos 
(penicilina). 
 Imunossupressores: abaixa a imunidade para não 
rejeitar transplantes, mas não tanto para não ser 
infectado com doenças oportunistas. 
 Alguns são venenosos, alguns com caráter 
alucinógeno. 
 
Micoses 
 Superficiais: só atingem a camada córnea da 
epiderme, sem dor e sem desconforto: causam manchas 
claras ou escuras propensas à descamação, que podem 
causar descamação do couro cabeludo (caspa). 
 Cutâneas: atingem camadas profundas da epiderme, 
causando dor, purido, rachaduras, descamação, coceira 
e ferimentos em pele e unha, como o pé-de-atleta ou 
frieira. 
 Subcutâneas: afetam camadas abaixo da derme, 
como o músculo, ossos, como a esporotricose. 
 Sistêmicas: afetam órgãos internos. 
 Oportunistas: só atingem imunodeprimidos 
(crianças, idosos, grávidas, desnutridos, estressados, 
soropositivos para HIV, transplantados). Como a 
candidíase ou sapinho, que são manchas brancas 
doloridas na boca e/ou outras mucosas, podendo 
causar meningite. 
 
Classificação 
1. Cythridiomycota ou Mastigomycota: organismos 
aquáticos com celulose ao invés de quitina em sua 
parede celular. 
2. Zigomycota ou Ficomycota: filo que engloba a 
maioria de bolores de frutos. 
3. Ascomycota: produzem ascósporo, esporo 
específico durante a reprodução, e é o filo que se 
inserem a levedura e alguns fungos alucinógenos. 
4. Basidiomycota: apresentam organização de 
“chapéu” ou basídio do corpo de frutificação. Estão 
neste filo os cogumelos e orelhas-de-pau. 
5. Deuteromycota: não possuiem reprodução sexuada, 
e onde se inseriam os fungos do gênero Penicillium. No 
entanto, últimas classificações taxonômicas sugerem a 
adequação deste gênero em Ascomycota. 
 
Botânica 
Reino plantae, vegetalia ou metaphyta. 
 Eucariontes, pluricelulares com tecidos. 
 Auto foto com clorofilas a e b. 
 Reserva: amida. 
Biologia 
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 Com parede celular de celulose: derivada de 
fragmoplastos/lamela média do golgi. 
 Sem locomoção, sem sensibilidade (pro mesmo 
estímulo, sempre a mesma resposta. 
 Com crescimento indefinido: por toda a vida. 
 Apomorfia (característica exclusiva e comum a todos 
do grupo): embrião maciço de nutrição matrotrófica: 
dependente da mãe. 
 Algas não são plantas, mas protistas: uni ou 
pluricelulares sem tecidos e sem embrião. 
 
Termos usados 
 Avascular ou atraqueófitas: sem vasos condutores de 
seiva, com distribuição por difusão célula a célula, o que 
é ineficaz a longas distâncias, portanto, devem ser 
pequenas quando são terrestres. 
 Vasculares ou traqueófitas: com vasos condutores de 
seiva. O xilema ou lenho: com seiva bruta inorgânica, 
com água e sais minerais. O floema ou líber:com seiva 
elaborada orgânica, com material orgânico. 
 Talófitas: corpo é um talo, não diferenciado em raiz, 
caule e folha, com rizoide, caule e filoide (sem vasos). 
 Cormófitas: corpo é um cormo, diferenciado em raiz, 
caule e folha (com vasos). 
 Criptógamas: estruturas reprodutivas não evidentes, 
com gameta masculino flagelado, dependendo da água 
para reprodução, sobrevivendo apenas em meios 
úmidos. 
 Fanerógamas: estruturas reprodutoras bem 
evidentes, com estróbilos em gimnospermas e com 
flores em angiospermas. Apresentam gameta masculino 
não flagelado, transportado pelo pólen. 
 Sifonógamas: com tubo polínico. 
 Espermatófitas: com semente. 
 Gimnosperma: com semente nuca, sem fruto. 
 Angiosperma ou antófitas: com semente protegida, 
com fruto. 
 Embriófitas: com embrião maciço de nutrição 
matrotrófica. 
 
Algas 
 Avasculares, talófitas, criptógamas, não embriófitas. 
 
Briófitas 
 Avasculares, talófitas, criptógamas, embriófitas. 
Pteridófitas 
 Vasculares, cormófitas, criptógamas, embriófitas. 
 
Gimnosperma 
 Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas. 
 Espermatófitas, embriófitas. 
 
Angiosperma 
 Vasculares, carmófitas, fanerógmas, sifonógamas. 
 Espermatófitas, embriófitas, com flores e frutos. 
 
 
Evolução das plantas 
Meio aquático 
 Vantagem: abundância de água, estabilidade 
térmica, sustentação. 
 Desvantagem: poucos gases dissolvidos, poucos sais 
(N, K, P), pouca luz. 
 
Meio terrestre 
 Vantagem: muitos gases na atmosfera, muitos sais, 
muita luz. 
 Desvantagem: escassez de água, risco de 
desidratação, variação térmica, sem sustentação. 
Adaptações para o meio terrestre 
 Raízes/rizoides: para absorver água e fixar. 
 Vasos: para transportar rapidamente a água para 
compensar as perdas de evaporação. 
 Estruturas impermeabilizantes: cutículas e súber, que 
evitam perdas na evaporação. 
 Estômatos: transpiração (perda de água na forma de 
vapor), para eliminar calor: regulamentação térmica. 
 Estruturas de sustentação: colênquima, xilema, 
esclerênquima. 
Biologia 
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 Estruturas reprodutoras independentes da água: 
pólen, com gametas masculinos não flagelados 
(transportado por vento, insetos, aves...). 
 
Briófitas 
 Primeiras plantas terrestres. 
 Avasculares: de pequeno porte. 
 Com rizoide, cauloide e filoide. 
 Sem estruturas impermeabilizantes desenvolvidas: 
com alto risco de ressecação: só conseguem viver em 
meios sombreados. 
 Dependem da água para reprodução: só conseguem 
viver em ambientes úmidos. 
 Primeiras embriófitas: “anfíbios” do reino vegetal. 
 
Pteridófitas 
 Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados. 
 Primeiras vasculares: de maior porte. 
 Com raiz, caule folha. 
 Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas: 
com baixo risco de ressecação: podem viver em meios 
com sol. 
 Dependem de água para reprodução: só vivem em 
meios úmidos. 
 
Gimnospermas 
 Primeiras plantas terrestres e em meios ensolarados 
e secos. 
 Vasculares, com raiz, caule e folha. 
 Com estruturas impermeabilizantes desenvolvidas. 
 Primeiras fanerógamas, com estróbilos (pinha), com 
grão de polén para transportar gametas masculinos não 
flagelados. Não dependem de água para reprodução. 
 Com tubo polínico e com semente (nua). 
 
Angiosperma 
 As mesmas características das gimnospermas, com 
duas novidades evolutivas. 
 Apresentam flores e frutos. 
 São 90% das plantas atuais. 
 
Estróbilo: sem atrativos, com polinização anemófila, 
pelo vento. 
 O vento é aleatório, não garantindo que o pólen vá 
para outra planta. 
 O pinheiro tem que produzir muito polén para 
aumentar as chances de polinização. 
 
Flores: com atrativos, pétalas coloridas, perfumadas e 
com nectários: com néctar açucarado. 
 Com polinização zoófila: por animais, o que garante 
que o pólen vá para outra planta. 
 Polinização entomófila: insetos. 
 Ornitófila: aves. 
 Quiropterófila: morcegos. 
 
Em meios frios, há poucos animais, de modo que só há 
vento como polinizante. 
 Gimnosperma se adaptam bem a meios frios. 
 Em meios quentes, há muitos animais como 
polinizantes, prevalecendo mais angiospermas. 
 
Fruto 
 Proteção da semente. 
 Atrai animais que comem os frutos e descartam a 
semente, promovendo a dispersão da semente. 
 Anemocoria: vento. 
Introdução à reprodução vegetal 
Ciclo diplobioute ou haplonte-diplonte 
 Com dois adultos, n e 2n. 
 Alternância de geração ou metagênese. 
 Esporófito: 2n, produzindo esporos. 
 Gametófitos: n, produzindo gametas. 
 
Gametângios 
 Anterídios: órgão que fabrica gametas masculinos. 
 Arquegônios: órgão que fabrica gametas femininos. 
 Anterozoides: gametas masculinos. 
 Oosfera: gametas femininos. 
 
Esporófito 
 Plantas heterosporadas, os gametas femininos são 
maiores que os masculinos: algumas pteridófitas, 
gimnospermas e angiospermas. 
 Plantas isosporadas apresentam esporos unissex: 
briófitas e maioria das pteridófitas. 
 Micro ou andros: esporângios masculinos. 
 Megas ou ginos: esporângios femininos. 
 Micros ou andros: esporos masculinos. 
Biologia 
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 Megas ou ginos: esporos femininos. 
 
 
 
 Gametófito sofre meiose, origina gametas n. 
 Ocorre a fecundação e a formação do zigoto 2n, que 
cresce e se transforma no esporófito. 
 O esporófito produz esporos n através da meiose, 
que germinam e formam o gametófito. 
 Fase duradoura: esporófito em todas as plantas, de 
menos nas briófitas. 
 Fase passageira ou efêmera: gametófito em todas as 
plantas, de menos nas briófitas. Ele nunca tem estruturas 
impermeabilizantes desenvolvidas, sempre com risco de 
ressecação e sempre em meio úmido. 
 A redução do gametófito reduz a dependência de 
meios úmidos, aumentando a possibilidade de viver em 
meios mais secos. 
 Em gimnospermas ou angiospermas, o gametófito é 
tão reduzido que se forma dentro do esporo: 
desenvolvimento endospórico do gametófito. 
Briófitas 
 Musgos, hepáticas, antóceros. 
 Importância: principais componentes (junto com 
líquens) da vegetação tundra, em regiões polares. 
 
Estrutura 
 
Ciclo reprodutor 
 
Pteridófitas 
 Samambais e avencas. 
 
Ciclo reprodutor 
 
 
Gimnosperma 
 Pinheiros, araucárias, ciprestes, sequoias. 
 Formam florestas densas. 
 Importância: principal componente da vegetação 
taiga ou floresta de coníferas, em regiões subpolares. 
 
Ciclo reprodutor 
 
 
Biologia 
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Angiosperma 
 Com frutos, que promovem a dispersão da semente. 
 Com flores, que promovem a polinização que é 
zoófila, feita por animais. 
 As flores das gramíneas são discretas pois não 
precisam de atrativos para polinização, já que são 
polinizadas pelo vento. 
 Feijões são sementes, não grão. 
 
Cotilédone: folha modificada no embrião com reservas 
nutritivas. 
 
Hermafrodita: com flor monóica. 
Monoica: com flor feminina e masculina no mesmo pé. 
Dioica: com flor masculina e feminina em pés diferentes. 
 A autofecundação é reprodução sexuada porque 
tem variabilidade genética, porém essa é baixa. 
 
Eevitar a autofecundação e aumentar a variabilidade 
genética 
 Amadurecimento das partes sexuais em épocas 
distintas. 
 Hercogamia: barreira física impedindo. 
 Autoesterilidade: quando há autofecundação forma 
embriões inviáveis. 
 
Monocotiledôneas 
 1 cotilédones. 
 Raiz fasciculada ou “em cabeleira”, melhor para solos 
superficiais. 
 Com nós evidente, como nas palmeiras. (Nó = local 
do caule para produção de ramos). 
 Xilema e floemas difusos. 
 Flores trímeras, com estruturas múltiplas de 3. 
 Gramíneas, palmáceas, orquídeas. 
 
Dicotiledônias 
 2 cotilédones. 
 Raiz axial ou pivotante, melhor para solos profundos. 
 Sem nós evidentes. 
 Xilema por dentro e floema por fora em anéis. 
 Com flores tetrâmeras ou pentâmeras, com 
estruturasem múltiplos de 4 ou 5. 
 Leguminosas. 
 
Sementes 
 São formadas a partir do desenvolvimento do óvulo 
fecundado, sendo que, em angiospermas, a semente é 
formada por tegumento e amêndoa. 
 
 
Fruto 
 Origem do fruto: a partir do ovário após a 
fecundação. 
 São estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das 
angiospermas: protegem as sementes e auxiliam em sua 
disseminação. 
 Correspondem ao ovário desenvolvido, o que 
geralmente ocorre após a fecundação. 
 No fruto, a parede desenvolvida do ovário passa a 
ser denominada pericarpo, enquanto que o óvulo passa 
a ser a semente, de modo que o fruto é formado por 
pericarpo e semente. 
 
 Pseudofruto simples: proveniente do 
desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de 
uma só flor com um só ovário. Exemplos: caju (o caju 
vem do pedúnculo; a castanha é o verdadeiro fruto). 
 Pseudofruto composto: proveniente do 
desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, com 
muitos ovários. Exemplo: morango (proveniente do 
receptáculo; os pontinhos marrons na superfície do 
morango são os verdadeiros frutos). 
 Pseudofruto Múltiplo ou Infrutescência: proveniente 
do pedúnculo ou do receptáculo deflores agrupadas em 
uma inflorescência. Exemplos: amora, abacaxi, figo. 
Pericarpo 
1. Epicarpo: mais externo, sendo a casca. 
2. Mesocarpo: médio, sendo a região mais 
desenvolvida e que acumula substâncias de reserva. 
3. Endocarpo: mais interno, envolvendo a semente. 
 
Biologia 
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Frutos partenocárpicos: são frutos que não possuem 
sementes, sendo que o ovário se desenvolve em fruto 
sem que haja a fecundação do óvulo. Sem a fecundação 
do óvulo, não há a formação das sementes. 
 O principal exemplo é a banana, cuja versão 
selvagem é diploide (2n), com meiose normal, células 
sexuais viáveis e fecundação do óvulo, apresentando, 
pois, semente. No entanto, a banana regularmente 
utilizada na alimentação é uma versão triploide (3n) 
surgida por mutação, com meiose anormal, células 
sexuais inviáveis e sem fecundação do óvulo, não 
apresentando, pois, semente, de modo que os 
“pontinhos pretos” dentro da banana são os óvulos não 
fecundados. Como não produz sementes, a bananeira 
triploide somente pode se reproduzir assexuadamente. 
 
 
 
Germinação 
Condições 
Condições internas: são aquelas que dependem da 
própria semente: maturidade, vitalidade e boa 
constituição. 
1. Maturidade completo desenvolvimento da semente 
e de seu embrião. Esta maturidade da semente nem 
sempre corresponde à maturidade do fruto. 
2. Vitalidade: fato de que o embrião esteja vivo, o que 
é obviamente essencial à germinação. 
3. Boa constituição ou integridade: presença de todos 
os elementos da semente bem constituídos. Caso algum 
componente esteja ausente ou danificado, pode ocorrer 
um desenvolvimento incompleto da semente, que fica 
atrofiada e não adquire seu poder germinativo. 
Somente uma semente íntegra em sua constituição 
consegue germinar. 
 
Condições externas ou extrínsecas: são as que se 
referem ao meio em que se desenvolverá a semente. 
Depois de satisfeitas as condições internas, as sementes 
só germinam se lhes forem satisfatórias as condições 
mesológicas (isto é, do meio), no que se refere à 
temperatura, água, ar (oxigênio) e luz. 
 
 Sementes fotoblásticas positivas → dependem da luz 
para germinar. 
 Sementes fotoblásticas negativas → germinam no 
escuro. 
 
Estiolamento: crescimento acelerado de caules e folhas 
sem clorofila em busca de luz. 
 
Quiescência 
 Fenômeno pelo qual a semente germina diante de 
requisitos mínimos de água, temperatura, ar e luz. 
 Para que uma semente germine, ela precisa de 
condições favoráveis, caso contrário, elas podem 
permanecer vivas, mas inativas, em nível metabólico 
extremamente baixo, estado denominado quiescente. 
 
Dormência: ao fenômeno pelo qual a semente não 
germina mesmo diante dos requisitos mínimos de água, 
temperatura, ar e luz, precisando de condições especiais 
para ativar a germinação. 
 Em muitos vegetais, mesmo que as condições 
mínimas preencham os requisitos básicos para a 
germinação as sementes não germinam, necessitando 
dessas condições especiais. 
 Neste caso, dizemos que tais sementes se encontram 
em atividade metabólica muito baixa, em estado de 
dormência, só podendo retomar seu metabolismo 
Biologia 
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diante dessas referidas condições especiais, que são 
eventos capazes de quebrar a dormência. 
 
Para quebrar a dormência 
 Algumas sementes precisam de um período de 
exposição ao frio, como ocorre com plantas que vivem 
em regiões temperadas. Essas sementes permanecem 
dormentes até passar o inverno germinando apenas 
quando as condições do meio se tornam mais favoráveis 
ao crescimento da planta. 
 
Histologia vegetal 
Tecidos meristemáticos 
 Logo ao germinar, uma semente mostra na 
extremidade do caulículo e da radícula um tecido, o 
meristema primordial, responsável pelo crescimento, 
cujas células estão em contínuas mitoses. 
 Na região vizinha ao meristema, subterminal, já são 
visíveis as células em alongamento e logo depois a de 
diferenciação, pois aparecem diferentes tipos celulares 
como, por exemplo, os primeiros vasos condutores, na 
região central, tanto do caule quanto da raiz. 
 As células meristemáticas são pequenas, de núcleo 
grande e profundamente indiferenciadas, sendo 
capazes de se multiplicar de maneira indefinida, o que 
garante o crescimento ilimitado da planta, bem como 
sendo capazes de se diferenciar em qualquer outra 
célula do vegetal -totipotentes. 
 
Meristema primário 
 São os responsáveis pelo crescimento longitudinal 
(em comprimento) da planta. 
 Eles se localizam nas regiões apicais da planta: ápice 
do caule e sub-ápice da raiz. 
 O ápice da raiz é ocupado por um tecido especial 
denominado coifa ou caliptra, que protege o meristema 
subapical radiculado do atrito com o solo durante a 
penetração da raiz no mesmo, o que é fundamental 
para a sobrevivência das células meristemáticas. 
 
1. Protoderme: (mais externo), forma o sistema de 
revestimento primário, correspondente à epiderme. 
2. Meristema fundamental ou periblema: (médio), 
forma o sistema fundamental, correspondente aos 
tecidos de sustentação, colênquima e esclerênquima, e 
aos tecidos de assimilação e reserva, parênquimas. 
3. Procâmbio: forma o sistema vascular, 
correspondente aos tecidos de condução, xilema e 
floema. 
 
 Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão 
origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes 
primários: epiderme, colênquima, esclerênquima, 
parênquimas, xilema e floema. 
 Entre o xilema e o floema, permanece tecido 
meristemático indiferenciado com o nome de câmbi 
(intra) fascicular. 
 
Meristema secundário 
 Em raízes e caules de plantas adultas de 
gimnospermas e da maioria das angiospermas 
dicotiledôneas, os parênquimas sofrem 
desdiferenciação e dão origem a meristemas 
secundários, denominados felogênio e câmbio 
interfascicular. 
 O câmbio (intra) fascicular volta a ter atividade 
meristemática como meristema secundário. 
 Os meristemas secundários são responsáveis pelo 
crescimento transversal (em espessura) de raízes e 
caules de plantas adultas em alguns grupos vegetais 
(gimnospermas e a maioria das angiospermas 
dicotiledôneas, com exceção das dicotiledôneas de 
pequeno porte). 
 
1. Felogênio ou câmbio suberógeno: derivado do 
parênquima cortical (do córtex, região mais externa) de 
caule e raiz, origina súber para fora e feloderma para 
dentro. 
2. Câmbio interfascicular: derivado do parênquima 
medular (da medula, região mais interna) de caule e raiz, 
origina mais xilema e mais floema, denominados agora 
xilema e floema secundários. Esse se forma entre grupos 
de tecidos condutores, formados por xilema, floema e 
câmbio (intra) fascicular (dentro do espaço entre xilemae floema). 
 
 Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão 
origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes 
Biologia 
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secundários: súber, feloderme e xilema e floema 
secundários. 
 Se as células meristemáticas mostram uma 
permanente capacidade de efetuar as mitoses, 
promovendo um contínuo crescimento, o tecido é 
chamado meristema primário. 
 Se ao contrário eles passam por um período sem 
mitoses, retomando essa capacidade de crescimento em 
certos períodos, falamos em meristemas secundários. 
 
Tecidos adultos ou permanentes 
1. Sistema de revestimento, tegumentar ou de 
proteção: tecidos mais externos da planta; na estrutura 
primária, corresponde à epiderme, na estrutura 
secundária, corresponde à periderme (conjunto de 
súber, felogênio e feloderme). 
2. Sistema fundamental: parênquimas (tecidos de 
preenchimento, assimilação e reserva) e o colênquima e 
o esclerênquima (tecidos de sustentação). 
3. Sistema vascular (ou cambial): tecidos de condução, 
xilema e floema, como os câmbios que os dão origem. 
 
Origem dos tecidos de revestimentos: 
 Epiderme (tecido primário) é originada da 
Protoderme (meristema primário). 
 Periderme (revestimento secundário) é originada do 
Felogênio (meristema secundário). 
 
Funções gerais dos tecidos de revestimentos 
 Proteção. 
 Trocas gasosas. 
 
Epiderme 
 Formada por uma camada de células. 
 É delgada. 
 Aclorofilada. 
 Possui células vivas. 
 Está presente em partes vegetais jovens. 
 
Anexos da epiderme: 
1. Pelos: podem apresentar função absorvente (como 
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas). 
2. Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas. 
3. Acúleos: função protetora nos caules de certas 
plantas. 
4. Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas 
de água nas bordas de certas folhas). 
 
Súber 
 Possui várias camadas de células. 
 Células suberificadas (mortas). 
 Aclorofilado. 
 Chamado de cortiça vegetal. 
 Está presente em raízes e troncos de árvores (plantas 
com crescimento secundário). 
 Funciona como isolante térmico. 
 Apresenta lenticelas (realizam trocas gasosas) e 
ritidomas (troca periódica do súber). 
Tecidos de sustentação 
 São tecidos primários. 
 Origem a partir do meristema fundamental ou 
periblema. 
 São eles: colênquima e esclerênquima. 
 
Colênquima 
 Tecido flexível e muito resistente. 
 Possui células vivas reforçadas por celulose. 
 
Esclerênquima 
 Tecido rígido e muito resistente. 
 Possui células mortas reforçadas por lignina. 
 Reveste os feixes vasculares e os caroços de alguns 
frutos. 
 
Tecidos condutores 
 Possui origem a partir dos meristemas: 
 
1. Procâmbio (meristema primário): origina xilema e 
floema primário. 
2. Câmbio vascular (meristema secundário): origina o 
xilema e o floema secundário. 
 
Xilema ou lenho 
 Condução da seiva bruta ou mineral. 
 Possui fluxo ascendente (raiz → folhas). 
 Possui células reforçadas de lignina (células mortas). 
 Principais células: traqueídes e elementos de vaso. 
 
 
Biologia 
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Floema ou líber 
 Condução da seiva elaborada ou orgânica. 
 Possui fluxo descendente (folhas → raiz). 
 Possui células reforçadas de celulose (células vivas). 
Disposição dos tecidos de condução: anel 
de Malpighi 
 Demonstra o papel do floema na condução das 
substâncias orgânicas elaboradas nas folhas. Um anel da 
casca de um ramo é cortado e removido. A casca 
contém periderme, parênquima e floema, e se descola 
exatamente na região do câmbio vascular, um tecido 
frágil e delicado situado entre o floema (mais externo) e 
o xilema, que forma a madeira do ramo. 
 A interrupção do floema provoca acúmulo de 
substâncias orgânicas na extremidade do ramo. Após 
algumas semanas da retirada do anel de Malpighi nota-
se um engrossamento da região acima do corte, devido 
ao acúmulo da seiva elaborada. A retirada de um anel 
de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-
la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a 
nutrição das raízes. 
 
 
 
Parênquimas 
 Tecidos primários originados do meristema primário. 
 Preenchem os espaços. 
 Armazenam substâncias. 
 Realizam fotossíntese ou assimilação. 
 Secretam substâncias. 
 
Tipos de parênquimas: 
1. Assimilador ou clorênquima: localizado nas folhas e 
realizador de fotossíntese. 
2. Reserva: armazena substâncias diversas, tais como 
água (parênquima aquífero), ar (aerífero) e amido 
(amilífero). 
3. Secretor: produção e secreção de néctar 
(parênquima nectário) ou de substâncias urticantes 
(parênquima urticário). 
Tecidos vegetais de secreção 
1. Nectários: produzem néctar, que se torna um 
atrativo para polinizadores. 
2. Canais resiníferos: produzem resina, que tem função 
de proteção contra herbivoria. 
3. Laticíferos: produzem látex, utilizado na indústria 
para fazer a borracha, mas tem função de proteção e 
cicatrização das plantas. 
Raiz 
 Órgão vegetativo, normalmente subterrâneo, para 
absorção e fixação. 
 Com até 5 regiões: 
 
1. Coifa: para proteger o meristema subapical da raiz 
do atrito com o solo. 
2. Zona meristemática ou de divisão: com meristemas 
prismáticos, com células em mitose: hiperplasia. 
3. Zona de elongação ou lisa: com meristemas 
prismáticos, com células em elongação: hipertrofia. 
4. Zona de diferenciação ou de absorção: com tecidos 
adultos prismáticos, com epiderme que apresenta pelos 
absorventes. 
5. Zona de ramificação ou suberosa: forma raízes 
secundárias, com tecidos secundários, com súber 
(impermeabilizantes). Não são encontradas em todas. 
 
 
 
Biologia 
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Absorção: zona pilífera 
 A endoderme apresenta uma bomba de sais que 
promovem o transporte ativo de sais para o xilema, que 
fica hipertônico e atrai água por osmose. 
 
Seca fisiológica: impossibilidade de absorção de água 
mesmo havendo água no meio. 
 Excesso de sais no solo: solo fica hipertônico em 
relação ao xilema e, assim, o xilema perde água por 
osmose e a planta desidrata. 
 Excesso de adubos. 
 Excesso de água no solo: pouco oxigênio, não 
havendo respiração aeróbica. A raiz faz respiração, 
portanto, precisa do oxigênio. Sem, diminui a produção 
de ATP, não havendo transporte ativo para o xilema e 
esse não fica hipertônico, não absorvendo água por 
osmose: “morrendo afogada”. 
 Água do solo congelada: raiz somente absorve água 
líquida, não absorvendo gelo. 
 
 Em épocas de seca, as plantas caducifólias/decíduas 
perdem folhas para reduzir a perda de água por 
evaporação/transpiração. 
 
Principais raízes 
 Raiz axial ou pivotante: presente em gimnospermas 
e angiospermas dicotiledôneas. 
 Raiz fasciculada ou em cabeleira: presente em 
angiospermas monocotiledôneas. 
 
 
 
Raízes subterrâneas 
 Raiz tuberosa: armazena nutrientes de reserva, como 
o amido. Exemplos: batata-doce, mandioca e cenoura. 
 
Raízes aéreas 
 Raiz sugadora ou haustório: presente em plantas 
parasitas, como a erva-de-passarinho. 
 Raiz-escora ou suporte: aumenta a fixação em solos 
instáveis, como o milho e a Rizophora mangle (planta 
de mangue). 
 Raiz estrangulante: enrola-se no caule de uma planta 
suporte e acaba estrangulando-a, como a mata-pau. 
 Raiz respiratória ou pneumatóforo: contém poros 
que permitem as trocas gasosas fora do solo. 
 Raiz tabular: Projeta-se da base do caule 
aumentando sua fixação no solo, lembrando madeiras 
ou tábuas. Exemplos: figueira; 
 Raiz grampiforme: fixa-se em superfícies por meio de 
expansões que lembram grampos. 
 Raiz velame: retiram água e minerais da umidade do 
ar, como as epífitas. 
 
Raízes aquáticas 
 Realizam a fixação da planta no substrato ou possui 
parênquima aerífero desenvolvido que permite sua 
flutuação, como a aguapé. 
 
Regiões da raiz a partir de um corte transversal 
 Epiderme: tecido de revestimento. 
 Córtex: regiãode preenchimento logo adjacente à 
epiderme. 
 Cilindro central: origina os tecidos condutores. 
 Periciclo: origina as raízes secundárias. 
 Endoderme: regula o fluxo de minerais (íons) em 
direção ao xilema. Apresenta as estrias de Caspary 
(cinturão de entre as células de endoderme). 
Caules 
 Normalmente aéreo, para sustentação, condução e 
formação de folhas. 
 Com gemas ou botões vegetativos: meristemas 
apicais e laterais, que promovem o crescimento primário 
(em comprimento) e formam ramos (galhos, folhas, 
flores, frutos e raízes adventícias), respectivamente. 
 Nó: ponto do caule que apresenta uma gema. 
 Exemplo: batata-inglesa. 
 Os xilemas mais internos são mais velhos, servindo 
de sustentação e não mais transporte. 
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Caules eretos 
 Haste: caule fino, flexível e clorofilado: pé-de-feijão. 
 Tronco: caule com crescimento secundário e 
ramificações na parte superior: ipê. 
 Colmo: caule com divisão nítida de nós e entrenós: 
bambu e cana-de-açúcar. 
 Estipe: caule com presença de nós e entrenós apenas 
externo e com um tufo de folhas a partir do topo: 
palmeira. 
 Cladódio: caule suculento e clorofilado: cacto. 
 
Caules rastejantes 
 Sarmento: apresenta apenas um ponto de fixação no 
solo: aboboreira. 
 Estolho: apresenta vários pontos de fixação no solo: 
morangueiro. 
 
Caules trepadores ou volúveis 
 Crescem sobre superfícies eretas: chuchu. 
 
Caules subterrâneos 
 Rizoma: crescem rente ao solo de maneira 
subterrânea. Exemplos: samambaia e bananeira; 
 Tubérculo: armazenam substâncias de reserva como 
o amido: batata inglesa e inhame. 
 Bulbo: contém folhas subterrâneas aclorofiladas 
chamadas catáfilos: alho e cebola. 
 
Caules aquáticos 
 Desenvolvem-se sob a água sendo ricos em 
parênquima aerífero. Exemplos: vitória-régia e aguapé. 
 
Dendrocronologia: cálculo da idade da planta pela 
contagem dos anéis de crescimento, ou seja, anéis de 
xilema no caule. 
Folhas 
 Para fotossíntese e trocas gasosas. 
 Com grande superfície para aumentar a captação da 
luz e pequena espessura para facilitar a difusão de 
gases. 
 
 
Classificação das folhas quanto ao limbo 
Simples: limbo único, sem divisões: folha de mangueira. 
Composta: limbo múltiplo, com divisões: coqueiro. 
 
Folhas modificadas 
 Espinho: folhas pontiagudas e recobertas por uma 
grossa camada de cera: cacto. 
 Brácteas: folhas com aspecto coriáceo. 
 Cotilédones: folhas embrionárias que armazenam 
e/ou transferem nutrientes ao embrião no interior da 
semente: sementes de angiospermas. 
 Sépalas: folhas modificadas que protegem a base 
das flores. 
 Pétalas: folhas normalmente coloridas que atraem os 
agentes polinizadores. 
 Gavinhas: folhas com função de fixação de caules 
trepadores a superfícies eretas: maracujá. 
 Catáfilos: folhas subterrâneas e aclorofiladas: cebola 
e alho. 
 
Folhas xerófitas 
 Certas plantas que vivem em climas áridos 
apresentam folhas coriáceas, ou seja, mais espessas, 
com cutícula espessa e epiderme multiestratificada para 
reduzir as perdas de água por evaporação e duas ou 
três fileiras de células no parênquima paliçádico de suas 
folhas para proteção contra excessos de luz. 
 
 
 
 
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Papel e importância da fotossíntese 
 Garante a síntese de compostos orgânicos a partir de 
substâncias inorgânicas, tendo a luz como fonte 
primária de energia. 
 
Trocas gasosas e transpiração 
 Perda de água na forma de vapor para eliminação de 
calor e para promover a subida de seiva bruta. 
 Transporte cuticular ou evaporação: pela epiderme, 
não regulável pela planta. 
 Transpiração estomática: pelos estômatos da 
epiderme, regulável pela planta através da abertura e do 
fechamento dos estômatos. 
 As trocas gasosas estão relacionadas aos tecidos de 
revestimento: 
1. Epiderme: revestimento primário. 
2. Periderme: revestimento secundário. 
 
Epiderme e seus anexos 
 Pelos: podem apresentar função absorvente (como 
nas raízes) ou função secretora (tricomas das folhas). 
 Estômatos: realizam as trocas gasosas nas folhas. 
 Acúleos: função protetora nos caules de certas 
plantas. 
 Hidatódios: realizam a sudação (perda de gotículas 
de água nas bordas de certas folhas). 
Estômatos 
 Para transpiração estomática e para a captação de 
CO2 para a fotossíntese. 
1. Duas células-guardas (clorofiladas). 
2. Duas células anexas (aclorofiladas). 
3. Ostíolo: fenda formada pelo estômato aberto. 
 
Quanto à localização na folha 
 Folha hipostomática: estômatos localizados na 
epiderme inferior. 
 Folha epistomática: estômatos localizados na 
epiderme superior. 
 Folha anfistomática: estômatos localizados na 
epiderme superior e na epiderme inferior. 
 
Funcionamento do estômato (influenciados por fatores) 
 Disponibilidade de água (mecanismo hidroativo). 
 Disponibilidade de luz (mecanismo fotoativo). 
 Concentração de CO2 no mesófilo foliar. 
 Variação na temperatura. 
 
 Com luz, tem fotossíntese: estômatos abrem, captam 
CO2 mas perdem água. 
 Sem luz, sem fotossíntese: estômatos fecham e a 
planta não perde água por transpiração. 
 Em ambientes com muita água os estômatos abrem, 
visto que não há risco de ressecação. 
 Com muita luz e pouca água: os estômatos fecham. 
Gutação ou sudação 
 Eliminação de água líquida por hidatódios. 
 Elimina excessos de água do solo para evitar asfixia 
da raiz. 
 Ocorre quando há muita água no solo, muito 
oxigênio e pouca luz, visto que, se houver luz, os 
estômatos estão abertos e os excessos de água são 
eliminados pela transpiração. 
Nutrição vegetal 
 Autótrofas fotossintetizantes: produzem matéria 
orgânica a partir de matéria inorgânica e energia 
luminosa. 
 Não conseguem absorver matéria orgânica que não 
produziram (do meio). 
 A partir da glicose a planta produz as demais 
moléculas orgânicas, como as proteínas, os 
aminoácidos, os nucleotídeos e os ácidos nucleicos. 
 Macronutrientes: necessários em grande quantidade 
pela planta, como o NPK. 
 Micronutrientes: necessários em pequena 
quantidade pela planta, como o zinco, o ferro e o 
manganês. 
 Mg: clorofila. 
 K: principal íon positivo vegetal, necessário para 
equilíbrio osmótico. 
 Ca: regula a permeabilidade de membranas e entra 
na lamela média. 
 Mg: clorofila. 
 Cofatores enzimáticos: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn. 
 
CO2 + H2O = glicose + O2 
 
 
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Fertilizantes 
 Orgânicos, como estrumes e húmos, que são 
decompostos por bactérias decompositoras, que 
quebram as moléculas orgânicas em inorgânicas, que 
podem ser aproveitados pela planta. 
 Melhoram a textura do solo. 
 Auxiliam na retenção de água. 
 
Adubos 
 Inorgânicos, ou seja, sais minerais prontos, como o 
NPK. 
 Permitem um maior controle das quantidades de 
nutrientes oferecidos. 
 
Plantas carnívoras 
 São adaptadas a solos pobres em sais minerais 
(NPK), obtendo sais a partir de pequenos animais: 
insetos, pequenos vertebrados. 
 Elas fazem fotossíntese, obtendo apenas sais dos 
animais capturados, não obtendo matéria orgânica 
deles. 
 Algumas fazem fotossíntese e também obtém 
pequenas moléculas orgânicas simples, a partir dos 
animais capturados: mixotróficas. 
 Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas 
apresentam solos pobres, com alta umidade e, devido à 
alta temperatura, bactérias decompositoras 
decompõem rapidamente as moléculas orgânicas em 
sais, que são rapidamente absorvidos pelas raízes das 
plantas, se acumulando nelas e não no solo. 
Hidroponia 
 Cultivo em soluções salinas aeradas = água, sais e 
oxigênio, sem solo. 
 A raiz não faz fotossíntese e sim respiração, portanto, 
quando tem muita água no solo não tem oxigênio e a 
raiz morre por asfixia. 
 Para funcionar, deve haver um mecanismo para 
oxigenar a água: pode ser corrente, assim, omovimento 
da água com o ar faz com que tenha oxigênio. 
 Para plantas de pequeno porte 
 
Vantagens: maior controle das doses de nutrientes. 
 Cultivo em pequenos espaços, inclusive fechados. 
 Controle da luz, da temperatura, de pragas: implica 
no menor uso de inseticidas. 
 Economia de água: menor taxa de evaporação 
quando comparada a agricultura convencional (com 
irrigação). 
 
Irrigação 
 Aspersão: menor curso e maior evaporação. 
 Gotejamento: menor evaporação, maior custo, 
menor desperdício de água. 
 
Absorção de água e sais minerais 
 Nas raízes, através dos pelos absorventes na 
epiderme. 
 O tecido endoderme da raiz bombeia sais para o 
xilema, que fica hipertônico e atrai água por osmose. 
 
Condução de seiva bruta 
 No xilema ou lenho, da raiz para as folhas, ou seja, 
ascendente. 
 
Capilaridade: subida espontânea de água por tubos 
muito finos, os capilares. 
 A água adere a parede do tubo devido ao 
movimento cinético natural das moléculas de água. 
 Só funciona até 0,5m, com mais a coluna de água 
está muito pesada, não sendo possível empurrar ainda 
mais. 
 
Pressão positiva ou impulso da raiz: a pressão da 
entrada de água por osmose empurra a seiva para cima 
no xilema. 
 A endoderme da raiz bombeia sais para o xilema, 
que fica hipertônico e atrai água por osmose. 
 Só acontece em algumas espécies. 
 
Tensão – coesão de Dixon 
 A água que sai pela transpiração da planta puxa 
outra molécula de água: tensão, que estão ligadas por 
pontes de hidrogênio: coesão. 
 Em todas as plantas. 
Movimentos vegetais 
1. Tactismos: deslocamento. 
2. Tropismos: crescimento orientado. 
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3. Nastismos: movimentos não orientados. 
4. Blastismos: movimento de germinação da semente. 
 
Estímulos ambientais 
1. Luz: foto. 
2. Contato: tigmo. 
3. Substâncias químicas: quimio. 
4. Gás oxigênio: aero. 
5. Força da gravidade: geo. 
 
Tactismos 
 Fototactismos: cloroplastos. 
 Quimiotactismos: anterozoides. 
 Aerotactismo; bactérias aeróbias. 
 
Tropismos 
 Fototropismo: caules (fototropismo positivo) e raízes 
(fototropismo negativo). 
 Tigmotropismo: gavinhas do chuchu. 
 Geotropismo: raízes (geotropismo positivo) e caules 
(geotropismo negativo). 
 
Nastismos 
 Fotonastismo: dama-da-noite. 
 Tigmonastismo: planta carnívora. 
 
Blastismos 
 Sementes fotoblásticas: positivas (necessitam de 
exposição à luz para germinar) e negativas (necessitam 
de total escuridão para germinar). 
 
Hormônios vegetais: fitormônios 
 Mensageiros químicos produzidos por um grupo de 
células que agem em outro grupo de células, não 
necessariamente transportados pela seiva. 
Auxinas 
 Principal hormônio do crescimento: estimula a 
produção de enzima que degradam celulose na parede 
celular, que fica mais flexível, entra água por osmose e 
promove o crescimento. 
 Por hipertrofia e hiperprasia. 
 Produção: meristema apical do caule, meristemas 
laterais do caule, folhas jovens, flores, frutos e meristema 
subapical da raiz. 
 Por transporte ativo, do caule para a raiz. 
 Raízes são mais sensíveis às auxinas do que os caules. 
 
Efeitos 
 Dominância apical: inibição das gemas laterais. 
 Tropismos: movimentos de curvatura vegetal. 
 Formação de raízes adventícias: a partir de ramos 
cortados. 
 Desenvolvimento de frutos: a partir do ovário da flor. 
 Abscisão de folhas e frutos: queda programada em 
períodos ou situações específicas. 
Fototropismo 
 Planta cresce direcionada por uma fonte de luz. 
 O caule é positivo, crescendo em direção à fonte 
luminosa, enquanto a raiz apresenta o negativo, 
crescendo no sentido contrário ao sentido da luz. 
 Numa planta iluminada unilateralmente, o caule se 
curva em direção à luz, e a raiz se curva no sentido 
contrário. Isso ocorre porque a luz promove a migração 
de auxina para o lado não iluminado. 
 
 
Geotropismo 
 A planta cresce direcionada pela gravidade, ou seja, 
direcionada pela posição do centro da Terra. 
 O caule possui negativo, crescendo em sentido 
contrário ao da gravidade, enquanto a raiz apresenta 
positivo, crescendo no sentido da gravidade. 
 Uma planta mantida na horizontal apresentará em 
seu caule uma curvatura para cima e em sua raiz uma 
curvatura pra baixo. Isso ocorre porque a gravidade faz 
com que os líquidos do corpo da planta – onde a auxina 
estará – se acumulem na parte mais inferior da planta. 
Assim, haverá mais auxina na parte inferior da planta 
que na sua parte superior. 
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 Caso a planta mantida na horizontal seja 
acondicionada a um dispositivo giratório que a faça 
girar ao longo de seu eixo longitudinal, passará a 
ocorrer uma distribuição homogênea de auxinas por 
todo o corpo da planta, e o geotropismo não mais serás 
percebido, pois ele se origina exatamente da 
distribuição heterogênea dessas substâncias em certas 
partes da planta. 
 
 
 
Dominância apical 
 Auxinas do meristema apical do caule inibem os 
meristemas laterais do caule, que ficam dormentes, não 
produzindo ramos, galhos, folhas e frutos. 
 No processo de poda, remove-se a gema apical, 
permitindo a quebra da dormência das gemas laterais, 
e aumenta a quantidade de ramificações. Além de deter 
o crescimento em altura da planta e torná-la mais capaz 
de promover sombreamento, as ramificações podem 
gerar uma maior quantidade de flores, e, 
consequentemente, de frutos. 
 A poda quebra a dormência dos meristemas laterais, 
que ficam ativos e produzem ramos: mais folhas = mais 
sobra; mais flores = mais frutos. 
 Não se pode podar caules muito grossos, pois 
possuem madeiras que ficam exposta a cupins. 
 
Giberelinas 
 Promovem o crescimento por hipertrofia: induz a 
entrada de água nas células, que crescem, ou seja, 
aumentam o tamanho, mas não aumentam a matéria 
orgânica. 
 É produzida em todas as partes da planta. 
 É transportada pelo xilema. 
 Agem no processo de germinação da semente. 
 Induzem a partenocarpia. 
 Induzem a floração em algumas plantas, como o 
alface. 
Citocininas 
 Promovem o crescimento por hiperplasia: divisão 
celular. 
 Produzidas principalmente nas raízes. 
 É transportada pelo xilema. 
 Promovem a germinação das sementes. 
 Inibem a senescência da planta (envelhecimento), 
“hormônio da juventude”. 
 Quebram a dominância apical, quebram a 
dormência dos meristemas naturais, com efeito 
contrário ao da auxina. Eles ficam ativos e produzem 
ramos. 
 
Ácido abscísico 
 Não promove abscisão, pois é promovida pelo 
etileno. 
 É produzido pelas folhas, coifa e sementes. 
 É transportado pelo xilema e pelo floema. 
 Inibe a planta. 
 Induz a senescência. 
 Induz a dormência da planta em condições de 
estresse (seca, temperaturas extremas). 
 Induz a dormência das sementes: inibe a 
germinação. 
 Promove o fechamento dos estômatos em estresse 
hídrico. 
 
Etileno 
 Substância gasosa produzida em várias partes. 
 Promovem o amadurecimento dos frutos. 
 Promovem a abscisão de folhas velhas e frutos 
maduros. 
 Induz o amadurecimento dos frutos, pois ativa 
enzimas que promovem a decomposição da clorofila e 
a síntese de outros pigmentos, resultando numa 
coloração amarelada ou avermelhada, o amolecimento 
devido {a degradação de componentes da parede 
celular e o aumento dos níveis de açúcares simples 
(sacarose) pela degradação de açúcares complexos 
(amido). 
 Baixas concentrações de O2 inibem a síntese de 
etileno e altas concentrações de CO2 inibem o efeito do 
etileno. 
Biologia 
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 O abafamento retém etileno e a proximidade com 
frutos maduros promovem o aceleramento do 
amadurecimento. 
 Baixas temperaturas reduzem o metabolismo, o que 
diminui a produção do etileno. 
 Altas concentrações de CO2 inibem o efeito do 
etileno. 
 
Floração 
 Em plantas de clima temperado acontece naprimavera, após o inverno. 
 Primavera: dia > noite e maior temperatura. 
 Plantas anuais: vivem um ano, nascem na primavera 
e morrem no inverno. 
 É controlado pela noite longa, não um dia curto. 
 
Fotoperiodismo 
 Efeito da duração de dia e de noite sobre a produção 
de flores. 
 
Plantas neutras: a duração não influencia na floração. 
 Em regiões tropicais. 
 
Plantas de dia longo: florescem com dias longos: com 
muita luz: floresce com mais luz que seu fotoperíodo 
crítico – de 12 a 16h de luz no dia. 
 
Plantas de dia curto: florescem com dias curtos: com 
pouca luz: floresce com menos luz que seu fotoperíodo 
crítico – de 8 a 15h de luz no dia. 
 
Fitocromo 
 Pigmento de coloração azul-esverdeada na 
membrana de algumas organelas, como os vacúlos. 
 R: do escuro. 
 F: da luz. 
 Da luz branca ou na luz vermelha o R pro F é rápido, 
o contrário é lento. 
 Quando a noite é muito curta, não da tempo de F 
virar R. 
 
Hormônio florígeno: estimula a floração, sendo 
produzido nas folhas quando submetidas ao 
fotoperíodo adequado. 
 É o fitocromo da folha que percebe o fotoperíodo e 
induz as folhas a produzirem florígeno. Portanto, basta 
uma folha para a floração. 
 
Zoologia 
Reino animália ou metazoa 
 Eucariontes, pluricelulares, heterótrofos por ingestão 
(com digestão intracorpórea). 
 Com reserva de glicogênio, sem parede celular. 
 Apresentam locomoção e células musculares, células 
nervosas, sensibilidade (exceto as esponjas). 
 Com crescimento definido: só até a idade adulta para 
evitar tamanhos exagerados, que dificultariam a 
locomoção e exigiria muitos nutrientes. 
 Apomorfia (exclusivo do grupo e presente em todos): 
embrião oco = blástula. 
 Nêurula na organogênese = mesoderme = 
notocorda e tubo nervoso dorsal. 
 
1. Poríferos: esponjas. 
2. Cnidários: águas-vivas, corais, anêmonas do mal. 
3. Platelmintos: planárias, tênias, esquistossomos. 
4. Nematelmintos: lombriga, amarelão, filárias. 
5. Moluscos: caracol, ostra, polvos. 
6. Anelídeos: minhoca, sangue sugas. 
7. Artrópodes: insetos, aracnídeos, crustáceos. 
8. Equinodermos: estrelas e ouriços do mar. 
9. Cordados: peixes, répteis, aves e mamíferos. 
 
Organização tecidual 
Parazoa: animais sem tecidos, sendo as esponjas. 
 Os poríferos desenvolvem só até a blástula, sem 
gástrula, portanto, sem folhetos germinativos e não 
desenvolve tecidos. 
 
Eumetazoa: com tecidos. 
 Diblásticos: com dois tecidos embrionários (ecto e 
endodeterme): cnidários, que se desenvolvem até a 
gástrula. 
 Triblásticos: com três tecidos embrionários (ecto, 
endo e mesoderme): os demais. 
 
Celoma: cavidade no embrião delimitada por 
mesoderme, com líquido celomático que distribui 
Biologia 
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substâncias (nutrientes, gases respiratórios), com 
esqueleto hidrostático (sustentação) e com espaço para 
formar órgãos. 
 Celomados: apresenta movimentos peristálticos, pois 
a endoderme é envolvida pela mesoderme. 
 Acelomados: sem celoma, sem líquido celomático = 
corpo achatado: platelmintos. 
 Pseudocelomados: com falso celoma, delimitado por 
meso e endoderme, com líquido pseudocelomático: 
cilíndrico. 
 
Nutrição 
Sem tubo digestivo: com digestão exclusivamente 
intracelular, ou seja, nos lisossomos, sendo os poríferos. 
 Na fase de gástrula forma o arquênteron, que 
formaria o tubo digestivo, porém, eles só vão até a 
blástula. 
 A nutrição é por filtração. 
 
Com tubo digestivo: enterozoários = incompletos: com 
1 orifício, sendo a boca = ânus, nos cnidários e nos 
platelmintos. 
 Completos: com 2 orifícios. 
 Protostômios: o blastóporo forma a boca primeiro, 
sendo os nematelmintos, os moluscos, os anelídeos e os 
artrópodes. 
 Deuterostômio: o blastóporo forma o ânus primeiro, 
sendo os equinodermos e os cordados. 
 
Simetria 
Radial: qualquer plano que passa no centro do corpo 
gera simetria, sem esquerdo, direito, anterior e 
posterior. 
 Poríferos e cnidários. 
 
Bilateral: só um plano de simetria = plano sagital, sendo 
a região anterior a cabeça (cefálica) e a região posterior 
cauda. 
 A partir dos platelmintos até os cordados. 
 Cefalização: concentração de estruturas sensoriais e 
nervosas na cabeça, o que permite uma rápida análise 
do meio para o qual se desloca, permitindo uma 
resposta rápida a adversidades. 
 
Primária: larva. 
 Em poríferos são radiais na larva e assimétricos 
quando adultos. 
Secundária: adulto. 
 Equinodermos são bilaterais em fase larval e radiais 
quando adultos. 
 
Metameria ou segmentação 
 Divisão do corpo em metâmeros, ou seja, segmentos 
repetidos. 
 Total: no corpo todo, sem tagmatização: anelídeos. 
 Tagmatização: fusão de metâmeros em tagmas 
(blocos corporais), em artrópodes. 
 Parcial: em parte do corpo: cordados (sarcômeros 
nos músculos) 
Evolução dos animais 
 Surgiam a de protozoários coloniais que evoluíram 
para originar esponjas. 
 
 
Reprodução em animais 
Quanto ao sexo 
 Monoicos: hermafroditas. 
 Dioicos: de sexos separados. 
 
Quanto à fecundação 
 Externa: fora do corpo (na água): ovulíparos = soltam 
óvulos na água. 
 Interna: dentro do corpo. 
 
Quanto à presença de ovos 
 Ovíparos: ovos no meio. 
Biologia 
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 Ovovivíparos: ovos retidos no corpo até eclodirem, 
sem nutrição maternal dos filhotes. 
 Vivíparos: sem ovos, com placenta e com nutrição 
materna do filhote via placentária. 
 
Quanto à presença de larva/metamorfose 
 Indireto: com larva, com metamorfose. 
 Vantagem da larva: com nutrição e hábitat distinto, 
evita a competição. 
 Direto: sem larva e sem metamorfose. 
Filo porífera 
 Apresentam poros. 
 São esponjas aquáticas, sésseis (fixos), com nutrição 
por filtração. 
 Sem tecido, com digestão exclusivamente 
intracelular, radiados, sem células nervosas. 
 
 
 
 Ósculo: estrutura localizada no ápice do animal, por 
onde a água sai. 
 Porócito: célula que forma a estrutura do poro e por 
onda a água entra. 
 Espícula: célula que confere estruturação ao porífero. 
 Amebócito: célula que confere a função de difusão 
de nutrientes para outras células. 
 Coanócito: principal célula responsável pela filtração 
dos poríferos. Por serem flagelados, os coanócitos criam 
um fluxo de água que entra pelos poros e sai pelo 
ósculo da esponja. A filtração é a principal forma de 
ciclagem de nutrientes do meio externo para o meio 
interno do porífero. 
 
Ecologia 
 Por serem animais filtrantes, o ambiente aquático 
próximo a esses animais se torna diferente do global, 
criando um microambiente diferenciado que favorece 
certas espécies. 
 Algumas esponjas apresentam toxinas em suas 
espículas, o que confere uma eficaz defesa contra seus 
predadores, como os equinodermos. 
 
Reprodução 
 Podem se reproduzir assexuadamente, por meio de 
fragmentação ou brotamento, ou sexuadamente, por 
meio de troca de gametas e desenvolvimento de um 
organismo intermediário, a anfiblástula. 
 
 
Filo Cnidária 
 Águas-vivas, corais, anêmonas-do-mar, aquáticos e 
com cnidócitos produtores de substâncias urticantes. 
 Primeiros socorros: aplicação de compressas com 
água do mar gelada, vinagre para neutralizar o veneno. 
 Celenterados = com cavidade intestinal. 
 Primeiros eutamezoários: com tecidos = diblásticos 
(ecto e endo). 
 Com tubo digestivo incompleto, radiados, aquáticos, 
sésseis ou vágeis. 
 Cnidócitos: para produzir e inocular veneno. Quando 
liberam o veneno, morrem, novos cnidócitos devem ser 
produzidos a partir de células intersticiais. 
 Digestão: parcialmente extracelular e parcialmente 
intracelular (nos lisossomos). 
 Respiração por difusão: superfície do corpo. 
 As principais formas de vida são a pólipos e medusas. 
 
 
Biologia 
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1. Pólipos: sésseis ou de locomoção simples, monóicos 
ou dioicos, de reprodução assexuada; anêmonas e 
corais.2. Medusas: livre-natantes, maioria dioicos e de 
reprodução sexuada; águas-vivas e caravelas-
portuguesas. 
 
Novidades evolutivas 
 Cavidade digestiva (gastrovascular). 
 Sistema nervoso (difuso). 
 
Corais 
 Pequenos pólipos sésseis coloniais. 
 Os com exoesqueleto de calcário são os recifes de 
corais. 
 Os recifes são agregados de esqueletos calcários de 
corais mortos, com uma camada superficial de corais 
vivos. 
 São os ecossistemas de maior biodiversidade em 
ecossistemas marinhos. 
 Oferecem proteção contra ondas, marés e tsunamis. 
 Se associam as algas zooxantelas por mutualismo 
obrigatório, que fornecem alimento ao coral. 
 Se desenvolvem em água clara, com boa penetração 
de luz, para as algas fazerem fotossíntese, com poucos 
nutrientes orgânicos e altas temperaturas. 
 Com a intensificação do efeito estufa e o 
aquecimento global, consequentemente, as algas 
aumentam de metabolismos e produzem substâncias 
tóxicas em quantidades maiores aos corais, que 
expulsam as algas e perdem a cor, além da sua principal 
fonte de alimento = síndrome do branqueamento dos 
corais. 
 O maior é a grande barreira de corais no nordeste 
da Austrália, entre 2000 e 4000km de extensão. 
 
Classificação 
 Medusozoa: formas livre-natantes e algumas formas 
sésseis. 
 Anthozoa: somente formas sésseis, como anêmonas 
e corais. 
 
Reprodução 
 Fragmentação ou regeneração. 
 Bipartição por fissão longitudinal. 
 Reprodução sexual, com desenvolvimento direto. 
 Alternância de gerações entre pólipos e medusas: 
caravelas portuguesas. 
Filo Platelminto 
 Vermes de corpos achatados: planárias. 
 De vida livre (não parasita), esquistossomas 
(parasita). 
 Com desenvolvimento direto, sem fase larvária. 
 Eumetazoários, sendo os primeiros triblásticos. 
 Sistema digestório: enterozoários incompletos. 
 Respiração: difusão de gases ou respiração cutânea. 
 Sistema sensorial: presença de ocelos 
(fotorrecepção) e aurículas (quimiorrecepção). 
 Sistema motor: presença de musculaturas circular e 
longitudinal; presença de cílios e muco. 
 Reprodução sexuada: fecundação cruzada. 
 Assexuada: regeneração e fragmentação. 
 
Classificação 
 Trematoda: Schistosoma. 
 Cestoda: Taenia. 
 Turbellaria: planária. 
 
Novidades evolutivas 
 Triblastia (ecto, endo e mesoderme). 
 Simetria bilateral. 
 Organização excretora (células-flama). 
 Sistema nervoso ganglionar. 
 
 
 
Schistosoma mansoni: esquistossomose 
 Verme dioico com dimorfismo sexual, ou seja, 
machos e fêmeas são diferentes. 
 Apresentam ventosas para grudar em seu 
hospedeiro. 
 Vivem no sistema porta-hepático: conjunto de veias 
entre intestino e fígado. 
Biologia 
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 Causa obstrução da veia porta-hepática, 
aumentando a pressão no sangue do fígado, o que 
causa lesões hepáticas = extravasamento de plasma do 
fígado para a cavidade abdominal: ascite ou barriga 
d’água. 
 Fêmeas grávidas migram para as veias do intestino 
para desovar. 
 Os ovos apresentam espinhos que furam o intestino 
e caem nas fezes, que, com ovos, chegam em água 
doce. 
 Na água doce, os ovos liberam uma larva ciliada: 
miracídio, que nadam até o hospedeiro intermediário, o 
caramujo. 
 No caramujo, o miracídio vira um esporocisto que, 
por reprodução assexuada, a pedogênese, origina o 
esporocisto secundário, que origina a cercaria. 
 Quando o caramujo morre, as cercarias passam para 
a água e entram no hospedeiro definitivo, um mamífero, 
através da pele. 
 “Se nadou, se coçou, é porque pegou”. 
 No sangue, as cercarias viram esquistossomos, que 
se instalam no sistema porta-hepático e assumem a 
forma adulta. 
 
Prevenção 
 Saneamento básico. 
 Eliminação do caramujo. 
 Drenagem de lagoas. 
 Cuidado com banhos de lagoa. 
 
 
Taema sp: teníase 
T. Solium: hospedeiro intermediário é o porco. 
T. Saginata: o hospedeiro intermediário é o boi. 
 Tênia ou solitária: normalmente, só há uma por 
hospedeiro: elas liberam substâncias que levam tênias 
jovens à morte, vivendo isoladas. 
 Com corpo muito longo, de 2 a 8m de comprimento. 
 Quando vive no intestino do homem, a tênia adulta 
libera proglótides maduras com ovos nas fezes. O 
hospedeiro intermediário ingere água/alimentos com 
fezes e com ovos. No intestino, o ovo origina a larva, 
que fura a parede do intestino e cai no sangue. 
 Nos músculos do hospedeiro intermediário, a larva 
hexanta vira a larva cisticerco. 
 Quando o homem ingere carne mal passada com 
cisticerco, ele origina a tênia adulta no intestino 
delgado. 
 
Sintomas 
 Mal-estar, cólicas, vômitos, desnutrição, diarreias. 
 
Prevenção 
 Saneamento básico, tratamento de água, inspeção 
de carnes, não ingestão de carne malpassada. 
 
Teníase: ingestão de carne malpassada com cisticercos, 
desenvolvendo uma tênia adulta no intestino. 
Cisticercose: ingere água/alimento com fezes com ovos 
de t. solium, o cisticerco se instala em músculos, cérebro 
e/ou olhos. 
 Pode causar lesões neurológicas. 
 Prevenção: saneamento básico, tratamento de água, 
lavar frutas/verduras. 
 
 
 
 
Biologia 
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Filo Nematoda 
 Nematelmintos: com filamentos: vermes cilíndricos, 
como lombrigas, amarelões, filárias. 
 Eumetazoa, triblásticos, bilaterais, com cefalização, 
aquáticos ou terrestres em meios úmidos, de vida livre 
ou parasitas. 
 Únicos animais sem células flageladas ou ciliadas: 
espermatozoides com pseudópodes. 
 Nutrição: podem ser carnívoros, fitófagos ou 
parasitas de plantas e animais, com digestão 
exclusivamente extracelular, ou seja, o alimento é 
absorvido e totalmente diferido, não precisando do 
lisossomo para digerir o alimento. 
 Sistema Nervoso: anel nervoso faringeano e nervos 
longitudinais. 
 Sistema reprodutor: fecundação interna e 
desenvolvimento indireto. 
 Sistemas respiratorio e circulatório: ausentes, com 
respiração cutânea direta. 
 Reprodução: são dioicos com dimorfismo sexual, 
com desenvolvimento direto. 
 
Novidades evolutivas 
 Presença de cavidade corpórea (pseudoceloma). 
 Apresentam tubo digestivo completo: com 2 
orifícios, sendo protostômios. 
 
Ascaris lumbrioides: Ascaridíase ou lombriga 
 Verminose mais comum em homem. 
 Vermes adultos vivem no intestino do homem. 
Quando as fêmeas liberam ovos nas fezes humanas, o 
homem ingere água/alimentos com fezes com ovos. 
 No duodeno, o ovo libera uma “larva” que fura o 
intestino e cai no sangue, passando pelo fígado, pelo 
coração e caindo nos pulmões e perfurando os alvéolos 
pulmonares. 
 Ao cair na traqueia, provocam tosse que lança a larva 
na faringe, onde é deglutida. 
 No estômago, ela sobrevive ao HCl e, no duodeno, a 
“larva” assume a forma adulta. 
 
Sintomas 
 Mal-estar, cólicas, diarreias, vômitos. 
 Em caso de superfinfestação: tosse, lesões hepáticas, 
pneumonia, obstrução intestinal. 
Prevenção 
 Saneamento básico, tratamento de água, lavar frutas 
e verduras, tratamento de doentes. 
 
Ancylostoma duodenale: amarelão 
 Com lâminas córneas na boca que rasgam o 
intestino do hospedeiro, que se alimentam de sangue, 
causando anemia, deixando a pele amarelada. 
 Vermes adultos vivem no intestino. As fêmeas 
liberam ovos nas fezes que, no solo, os ovos liberam 
‘larvas” de vida livre, que se transformam em filarioides, 
que entram pela pele e caem no sangue, direto no 
coração e pulmões (ciclo de losso ou pumonar). 
 Elas perfuram os alvéolos pulmonares e caem na 
traqueia, provocando tosse que lançam as “larvas” na 
faringe, onde são deglutidas e, no intestino, assumem 
forma adulta. 
 Doença do “Jeca Tatu”. 
 
Sintomas 
 Mal-estar, cólicas, diarreias com sangue, anemia com 
palidez, indisposição, apatia, tosse, pneumonia. 
 Geofagia: vontade de comer terra para ser eliminada 
nas fezes e reduzir a infestação, além de repor o ferro 
perdido com a anemia.Prevenção 
 Saneamento básico e utilização de calçados. 
 
Enterobius vermiculares: enterobiose ou oxiurose 
 Vermes adultos vivem no reto e, de noite, fêmeas 
grávidas migram para o ânus para desovar, causando 
purido anal intenso. 
 Os ovos são liberados nas fezes e, quando o homem 
consome água/alimento com fezes contaminadas com 
ovos, ele é contaminado. 
 
Sintomas 
 Cólicas, mal-estar, diarreias, purido anal intenso 
noturno. 
 Quando o indivíduo defeca, elimina os vermes. 
 
Prevenção 
 Saneamento básico, tratamento de água, lavar bem 
frutas e verduras, lavar e ferver roupas de cama, evitar 
Biologia 
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reinfestação (ao coçar, contamina as mãos e, ao colocar 
as mão na boca, se contamina novamente). 
 
Ancylostoma braziliensis 
 Causa amarelão em cães e gatos. 
 Ao entrar na pele humana, causa uma dermatite 
serpiginosa. A larva não consegue entrar no sangue, 
gerando um rastro vermelho com purido (coceira) 
noturna. 
 
Wuchereria bancrofti: filariose ou elefantíase 
 Transmissão: picada da fêmea do mosquito culex. 
 Os vermes adultos vivem nos vasos linfáticos, 
causando obstrução e acúmulo de líquidos nos tecidos, 
promovendo edemas (inchaços), principalmente em 
pernas, mamas e saco escrotal. 
 De noite, as filárias jovens migram dos vasos 
linfáticos para os vasos sanguíneos da pele, esperando 
que o mosquito pique a pessoa doente, podendo passar 
para um próximo hospedeiro. 
 Não há drogas para eliminar as filárias adultas. 
 
Prevenção 
 Combate ao mosquito culex com telas, mosquiteiros, 
repelentes. 
 Tratamento do doente; matando as microfilárias. 
Filo Molusca 
 Animais de corpo mole protegidos por uma concha 
calcária. 
 Com concha externa: caracóis, ostras. 
 Com concha interna atrofiada: lulas. 
 Sem concha: lesmas, polvos. 
 Originalmente, todos os moluscos possuíam concha, 
mas alguns perderam ao longo da evolução. 
 É o segundo maior filo de animais em número de 
espécies. 
 Triblásticos, (eu)celomados, protostômios, bilaterais. 
 Podem ser dioicos ou monoicos (lulas e caracóis), 
fecundação interna ou externa (caracóis e polvos) e 
desenvolvimento direto ou indireto (polvos e ostras, 
respectivamente). 
 Enterozoários completos, apresentando ou não 
rádula. 
 Digestão exclusivamente extracelular. 
 Sistema circulatório: aberto na maioria, exceto em 
cefalópodes. 
 Sistema respiratório: branquial na maioria, pulmonar 
(pulmão primitivo) ou cutânea indireta em alguns 
organismos terrestres. 
 Sistema nervoso: ganglionar ventral, com evidente 
cefalização em alguns grupos. 
 
Anatomia 
 
 
 
Importância ecológica 
 Polinização malacófila: por caracóis. 
 
Importância econômica 
 Alimentação: ostras, lulas, polvos. 
 Produção de pérolas por ostras nos oceanos pacífico 
e índico. 
 
Importância médica 
 Caramujo biomphalaria glabrata: hospedeiro 
intermediário na esquistossomose. 
 Caramujo gigante africano: causa meningite. 
 
Principais grupos 
Bivalvia 
 Ostras, mexilhões e mariscos. 
 Compostos por duas conchas que se fecham (duas 
valvas). 
 Relacionados com a formação das pérolas. 
 
Gastropoda 
 Caramujos, lesmas e caracóis. 
 Terrestres ou de ambientes úmidos. 
 Podem realizar fecundação interna e cruzada. 
 
Classe Cephalopoda 
 Polvos, lulas e náutilos. 
Biologia 
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 Grande complexidade nervosa e sensorial, 
relacionado com alto grau de cefalização. 
 Apresentam, geralmente, tentáculos com ventosas, 
bico córneo, glândulas de tinta e visão complexa. 
Filo Anelídeos 
 Vermes anelados metamerizados: com 
segmentação, ou seja, divisão do corpo em segmentos 
repetidos. 
 Triblásticos, bilatérias, protostômios, com 
cefalização. 
 Podem ser aquáticos ou terrestres em meios úmidos, 
de vida libre ou parasitas, sésseis ou vágeis/errantes 
(móveis). 
 Digestão exclusivamente extracelular. 
 Circulação fechada. 
 Apresentam moela: estômago mecânico para triturar 
alimento com auxílio de pedrinhas deglutidas. 
 Respiração: cutânea indireta: O2 distribuído pelo 
sangue, branquial, 
 Novidades evolutivas: celoma verdadeiro, sistema 
respiratório, circulatório, metarização. 
 Fisiologia: pele permeável com cutícula. 
 
Importância econômica 
 Minhocas escavam túneis no solo que oxigenam as 
raízes e drenas excessos de água. 
 Minhocas produzem húmus, que são fezes e excretas 
ricas em nitrogênio, sendo um importante adubo. 
 
Importância ecológica 
 Vermes tubi fez só se desenvolvem em água 
poluídas: indicadores de poluição. 
 
Importância médica 
 Sanguessugas removem sangue de hematomas e 
estimulam a circulação sanguínea em órgãos 
reimplantados. 
 Sanguessugas apresentam uma substância 
anestésica, a hirudina, que também é anticoagulante. 
 
Classificação 
 Oligochaeta: grupo das minhocas, organismos 
monoicos e com clitelo. 
 Polychaeta: grupo de indivíduos com muitas cerdas, 
em sua maioria aquáticos. 
 Hirudinea: grupo das sanguessugas, sem cerdas e 
com estrutura bucal diferenciada. 
Filo Artropoda 
 Arthós: articulação. 
 Com exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados 
(patas, antenas, órgãos reprodutores, asas). 
 Insetos: únicos invertebrados capazes de voar. 
 Aracnídeos e crustáceos: possuem exoesqueleto 
quitinoso que é impermeabilizante, sendo os primeiros 
animais a viver em meio seco: proteção mecânica, 
formação de apêndices articulados que permitem uma 
locomoção rápida e ágil. 
 Exoesqueleto: formação de apêndices bucais 
diferentes: proporciona diversificação alimentar em 
artrópodes, ou seja, cada espécie com especialização 
alimentar evita competição. Desvantagem: é muito 
pesado, o que limita o tamanho, é rígido, o que impede 
o crescimento. 
 Muda ou ecdise: perda do exoesqueleto para 
crescer. 
 Exúvia: exoesqueleto perdido para a muda. 
 Hormônios: ecdisona, que estimula a muda e a 
metamorfose e o juvenil, que inibe a metamorfose. 
 Larvas diferentes dos adultos: para evitar competição 
dentro da própria espécie. 
 São o maior filo da natureza em número de espécies. 
 
Importância ecológica 
 Detritivoros: consomem matéria orgânica presente 
previamente no meio e contribuem com a reciclagem 
de nutrientes. 
 Componentes do zooplâncton. 
 Polinizadores. 
 
Importância econômica 
 Alimentação: crustáceos, mel de abelhas. 
 Vestuário: produção de seda de uma lagarta. 
 Pragas agrícolas: lagartas, besouros, gafanhotos. 
 
Importância médica 
 Vetores etiológicos: transmissores de doenças, como 
o barbeiro na doença de chagas. 
Biologia 
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 Agentes etiológicos: causadores de doenças. 
 Peçonhentos: com veneno e com estruturas para 
inocular veneno: abelhas, vespas, marimbondos, com 
ferrão abdominal. 
 
Características gerais 
 Eumetazoários, triblásticos, esquizocelomados, 
enterozoários: com tubo digestivo compreto, bilatérias 
com cefalização, protostômios, metamerizados. 
 Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos 
(primeiros em meio seco). 
 De vida livre ou parasitas. 
 Sésseis ou móveis. 
 
Classes 
1. Insecta 
 Organismos com três pares de patas, corpo dividido 
em cabeça, tórax e abdômen, com um par de antenas. 
 Vários possuem asas (dobramentos da cutícula 
externa), que são determinantes no sucesso evolutivo de 
dispersão pelo ambiente. 
 Possuem sistema circulatório aberto e sistema 
excretor determinado portúbulos de Malpighi. 
 O sistema nervoso é ganglionar, com alta cefalização 
e dotado de diversos receptores sensoriais. 
 O sistema respiratório é do tipo traqueal, aonde o 
O2 vai direto para as células. 
 Eles mantêm o metabolismo alto (compatível com o 
voo) pois possuem respiração traqueal, que conduz O2 
direto para os tecidos, sem passar pelo sistema 
circulatório. 
 
 
2. Crustáceos 
 Animais divididos em cefalotórax e abdômen. 
 Possuem quatro antenase diversos pares de patas. 
 O exoesqueleto é fortalecido pela presença de 
carbonato de cálcio e em sua maioria são dioicos, de 
desenvolvimento indireto e fecundação interna. 
 Possuem como forma de excreção a presença de 
glândulas verdes. 
 
 
 
3. Aracnídeos 
 Animais divididos em cefalotórax e abdômen, sem 
antenas e quatro pares de patas. 
 Sistema circulatório aberto, sistema respiratório 
filotraquel (pulmões foliáceos). 
 Dioicos, de fecundação interna e desenvolvimento 
direto. 
 Aranhas: possuem quelíceras (veneno), palpos 
(manuseio de alimento) e fiandeiras (produção de teia). 
 Escorpiões: possuem quelíceras, palpos modificados 
em pinças, e pós-abdomen com telson e aguilhão. 
 
 
 
4. Miriápodes 
 Organismos que compreendem dois grupos: os 
Diplópodes e os Quilópodes. 
Biologia 
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 Ambos divididos em cabeça e corpo, com vários 
pares de patas. 
 Em quilópodes, somente um par de patas por 
segmento, e em diplópodes, dois pares. Ambos os 
grupos apresentam um par de antenas, respiração 
traqueal e excreção por túbulos de Malpighi. 
 No caso dos quilópodes, o melhor representante é a 
lacraia, que apresenta pinças bucais venenosas e o 
último par de patas com função sensorial. 
 
Fisiologia 
 Pele impermeável com exoesqueleto quitinoso. 
 Respiração traqueal em insetos, quilópodes e 
diplópodes: sistema conduz o oxigênio direto aos 
tecidos, sem passar pelo sistema circulatório: sem 
sangue, sem pigmentos respiratórios, apresentando a 
hemolinfa (branco-leitoso), que não transporta O2. 
 Respiração filotraqueal: por pulmões foliáceos ou 
pulmões “livro”, em aracnídeos. O2 é transportado pelo 
sistema circulatório, portanto, possuem sangue com 
pigmento respiratório, a hemocianina. 
 Respiração branquial, em crustáceos. O2 é 
transportado pelo sistema circulatório, com sangue e 
com pigmentos respiratórios, a hemocianina, com 
coloração azulada (apresentam cobre). 
 Digestão exclusivamente extracelular. 
 Sistema sensorial: ocelos que captam a intensidade 
da luz e/ou olhos compostos, com omatidios que 
formam imagens e percebem cores. 
Filo Echinodermata 
 Echino: espilho. 
 Exclusivamente marinhos, com endoesqueletos de 
calcário e com projeções espinhosas. 
 Estrelas-do-mar, ouriços-do-mar. 
 Eumetazoários, triblásticos, 1ºs enterocelomados, 1º 
deuterostômios. 
 Possuem simetria bilateral na fase larval e na fase 
adulta apresentam simetria pentarradial. 
 Sésseis ou vágeis/errantes, de vida livre, não 
metamerizados. 
 Reprodução assexuada por fragmentação ou 
regeneração, por agentes externos. 
 Sexuada: dioicos, com fecundação externa, com 
desenvolvimento indireto. 
Classes 
1. Asteroidea: estrela-do-mar; livres e predadores. 
2. Ofiuroidea: ofiúros e serpentes-do-mar. 
3. Equinoidea: ouriços e bolachas-do-mar. Sem braços 
ou apêndices laterais (com exceção dos pés ambulacrais 
e espinhos). 
4. Holuturoidea: pepinos-do-mar; lateral ao substrato. 
5. Crinoidea: lírios-do-mar; sésseis. 
Filo Chordata 
 Com 4 características exclusivas, pelo menos no 
embrião: notocorda (bastão semiflexível dorsal para 
sustentação, sendo substituída pela coluna vertebral). 
 Tubo nervoso dorsal. 
 Fendas branquiais na faringe. 
 Causa pós-anal. 
 Eumetazoa (com tecidos), triblásticos, 
enterocelomados (a mesoderme e o celoma vem de 
envaginações da endomembrana), enterozoários, com 
tubo digestivo completo, sendo deuterostômios. 
 Bilatérias, com cefanização. 
 Metamerizados com metameria parcial. 
 Aquáticos ou terrestres em meios úmidos ou secos. 
 Sésseis ou móveis. 
 
Protocordados 
 Única estrutura de sustentação é a notocorda, sem 
coluna vertebral. 
 
Vertebrados 
 A notocorda é substituída pela coluna vertebral. 
 
Protocordados 
 Organismos que não passaram pelo processo de 
substituição da notocorda. Esta, ou continua mantida ou 
reduz-se podendo até ser perdida. 
 
1. Urochordata 
 Animais que detém a característica de um cordado 
apensa em sua fase larval. Esta possui organismos livre-
natantes com cauda, notocorda e tubo nervoso dorsal 
aparente. Já a fase adulta é séssil, filtradora e há perda 
da notocorda, do tubo nervoso dorsal e da cauda, com 
a presença de dois principais sifões. 
 
Biologia 
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2. Cephalochordata 
 Tem o anfioxo como principal organismo, sendo este 
o modelo anatômico padrão para todos os cordados. 
Não possui cabeça diferenciada e a notocorda é 
mantida durante toda a fase de vida dos animais. 
 
3. Hemichordata 
 Animais vermiformes com fendas faringeanas 
bastante evidentes, porém com notocorda por vezes 
discutida como inexistente. A classificação ainda é 
discutida. 
 
Subfilo vertebrata, classe agnatha ou cyclostomata 
 Apresentam crânio, boca circular e não apresentam 
mandíbula. 
 Todos aquáticos, com hábitos alimentares parasitas, 
exclusivamente. 
 Pele sem escamas, com esqueleto cartilaginoso, 
notocorda persistindo no adulto, sendo envolvida pela 
coluna. 
 Cefalização é evidente. 
 Somente nadadeiras ímpares. 
 Exemplo: lampreias e peixes-bruxa. 
 
Transição dos ágnatas para os gnatostomados 
1. Surgimento da mandíbula: permite hábitos 
alimentares mais diversificados, além do parasitismo. 
2. Corpo passa a ser fusiforme: confere hidrodinâmica 
e proporciona locomoção rápida. 
3. Surgimento de nadadeiras pares: permitem a 
realização de manobras, com locomoção mais ágil. 
Peixes cartilaginosos 
 Pertencem à classe Condrícties e possuem um 
revestimento corporal de cartilagem. 
 Tubarões, arraias e quimeras são exemplos comuns 
do grupo, ambos agora com presença de mandíbula 
móvel e denteada. Com brânquias expostas. 
 Há presença de linha lateral, importante sensor de 
movimento. 
 Apresentam nadadeiras pares além das ímpares 
encontradas no grupo referido. Os condrictes são 
dioicos, possuem fecundação interna e podem ser 
ovíparos, ovovíparos ou vivíparos. 
 Excretam ureia. 
 Sem bexiga natatória: acumulam óleo no fígado para 
reduzir a densidade para facilitar a flutuação. 
 Apresentam intestino curto, com rápida digestão. 
 
Peixes ósseos 
 A classe dos Osteícties compreende os peixes 
denominados ósseos, por possuíres escamas flexíveis 
sob uma cutícula óssea. 
 O corpo é mais hidrodinâmico e não precisam 
manter fluxo de água nas brânquias através da natação, 
pois possuem opérculo que cria fluxo constante. 
 Possuem também a bexiga natatória, importante 
para natação na coluna d’água, (bolsa que acumula 
gases para reduzir a densidade para facilitar a 
flutuação), além da já descrita linha lateral. Assim como 
nos condrictes, excretam amônia. 
 
 
 
Classe amphibia 
 Amphi: 2; Bios: vida = com fase larvária aquática e 
com fase adulta terrestre. 
 Primeiros vertebrados terrestres, mas restritos a 
meios sombrios e úmidos. 
 Sapos, salamandras, “cobras-cegas”. 
 Pele permeável: pouco queratinizada, sem escamas, 
com glândulas para manter a hidratação. 
 Respiração na larva aquática: branquial. Em adultos: 
pulmonar, cutânea indireta. 
 Com circulação fechada dupla (com sangue venoso 
e arterial no coração, incompleta (com mistura de 
sangue venoso e arterial) e coração tricavitário (2A 1V). 
Biologia 
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 Digestão exclusivamente extracelular. 
 Dioicos, com fecundação externa na água, sem 
órgão cupulatório, são ovíparos, com ovo sem casca 
impermeável (na água). 
 Anamniotas: sem âmnio, com desenvolvimento 
embrionário na água. Sem cório e sem alantoide. 
 Apresentam desenvolvimento indireto, com larva 
aquática de respiração branquial, dependendo da água 
para reproduzir. 
 
Principais grupos 
1. Anura: cabeça e tronco: sapos, rãs e pererecas. 
2. Urodela: cabeça, pescoço, tronco e cauda: 
salamandras. 
3. Apoda: corpo vermiforme e sem patas: cobras-
cegas. 
 
Classe reptilia 
 Reptilis: rastejante. 
Primeiros vertebrados terrestres em meios 
ensolarados e secos. 
 Lagartos, cobras, jacarés, tartarugas. 
 Pele impermeável (muito queratinizada), sem 
tendência de ressecação. 
 Com pulmões muito eficazes, sem precisar de 
respiração cutânea. 
 Com fecundação interna (em terra), com órgão 
cupulatório. 
 Ovos com casca impermeável (calcária) em terra. 
 Primeiros amniotas: com âmnio, cório e alantoide. 
 Com desenvolvimento embrionário em terra, sem 
larva. 
 Circulação fechada dupla (com sangue venoso e 
arterial no coração), incompleta e tricavitário (ventrículo 
começa a ser dividido por um septo interventricular). 
Exceção: répteis crocodilianos: apresentam coração 
tetracavitário e circulação ainda incompleta. 
 Digestão exclusivamente extracelular, com dentes 
(exceção das tartarugas). 
 São dioicos, realizam fecundação interna, possuem 
órgão cupulatório e desenvolvimento direto. 
 
 
 
 
Principais grupos 
1. Quelônios: possuem carapaça dorsal e plastrão 
ventral (que formam um casco): cágados, jabotis e 
tartarugas. 
2. Escamados: serpentes (Ofídeos) e lagartos 
(Lacertilia). 
3. Crocodilianos: jacarés, crocodilos. 
 
Cobras 
 Todas são venenosas e algumas são peçonhentas, 
com presas ou dentes de veneno para inoculação do 
veneno. 
 Áglifas: sem presas, não peçonhentas: jiboia, sucuri, 
que matam por esfixia. 
 Opistóglifas: presas posteriores, não peçonhentas: 
coral-falsa. 
 Proteróglifas: com presas anteriores, sendo 
peçonhentas: coral. 
 Solenóglifas: com presas anteriores, grandes e 
retráteis (retidos no palato e, quando necessário, osso 
transverso empurra o dente). 
 
Ectotermia: não produz calor próprio, adquirindo calor 
do meio. 
 Baixo metabolismo. 
 São pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo 
é igual a temperatura do meio. 
 Restritos a ambientes quentes. 
 
Endotermia: produção de calor próprio. 
 Alto metabolismo. 
 São homeotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo 
é constante, independente do meio. 
 Podem habitar meios quentes e frios. 
 
Peixes 
 Bicavitários (1A, 1V). 
 Circulação simples: só com sangue venoso no 
coração. Há baixa pressão no sangue, portanto, má 
oxigenação dos tecidos e um baixo metabolismo = 
ectotérmicos. 
 
Anfíbios e répteis 
 Tricavitário (2A, 1V). 
Biologia 
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 Circulação dupla (alta pressão no sangue) e 
incompleta (sangue misturado nos tecidos com pouco 
O2), havendo uma má oxigenação dos tecidos e um 
baixo metabolismo = ectotérmicos. 
 
Répteis crocodilianos 
 Tetracavitários (2A, 2V). 
 Com mistura de sangue = ectotérmicos. 
Aves e mamíferos 
 Tetracavitário (2A, 2V). 
 Circulação dupla (com sangue venoso e arterial no 
coração – alta pressão no sangue) completa (sem 
mistura de sangue – sangue arterial nos tecidos), 
proporcionando uma boa oxigenação tecidual e um alto 
metabolismo = endotérmicos. 
 Penas e pelos: para reter calor. 
 
Classe das Aves 
 Adaptadas ao voo. 
 Pele impermeável revestida por penas de queratina, 
para retenção de calor: endotermia. 
 Com glândula uropígea para produzir lipídios para 
impermeabilizar penas: petróleo remove lipídios das 
penas das aves, que passam a absorver água, deixando 
as aves muito pesadas que, afundam e morrem por 
afogamento. 
 Músculos com muita proteína mioglobina (vermelha, 
com ferro), para transferir O2 da hemoglobina das 
hemácias para as mitocôndrias do músculo para 
fazerem respiração aeróbica e produzirem energia. 
 Esqueleto com membros anteriores modificados 
com asas, com quilha ou carena, um osso externo 
modificado perpendicular ao peito para inserir músculos 
peitorais grandes para movimentar as asas. 
 Com ossos pneumáticos: ocos, com ar para redução 
da densidade. 
 Respiração pulmonar com pulmões e sacos aéreos: 
expansões dos pulmões para dentro dos ossos 
pneumáticos. Acumulam ar para redução de densidade, 
também auxiliam nos movimentos respiratórios, mas 
não promovem hematose (não promovem trocas 
gasosas com o sangue). 
 Sem dentes para redução de peso, havendo uma 
moela, ou seja, um estômago mecânico: bolsa 
musculosa para triturar o alimento com auxílio de 
pedrinhas deglutidas. 
 Papo: dilatação no esófago para armazenar 
alimento. 
 Excreção de ácido úrico, (quase insolúvel, eliminados 
sem água), além de não possuírem bexiga. 
 Cerebelo bem desenvolvido para equilíbrio. 
 São dioicas, com fecundação interna, sem órgão 
cupulatório, ovíparos, desenvolvimento direto. 
 Siringe: na laringe para produção de canto e para 
demarcar território. 
 
 
 
 
Mamíferos 
 Com glândulas mamárias, glândulas sebáceas, 
glândulas sudoríparas, pelos, diafragma, hemácias 
anucleadas. 
 A circulação é dupla e completa, assim como em 
aves. 
 O aumento encefálico é outro importante destaque, 
que permite maior capacidade cognitiva. 
 
1. Prototérios: não possuem placenta e são ovíparos 
(botam ovos), como o ornitorrinco. 
2. Metamérios: vivíparos marsupiais, sem ovos, com 
placenta rudimentar, completando o desenvolvimento 
numa bolsa chamada de marsúpio, como o canguru, o 
coala, o gambá. 
Biologia 
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3. Placentários ou eutérios: sem ovos, possuem 
placenta e cordão umbilical ligando o feto à mãe, como 
os humanos, os coelhos, os golfinhos e as baleias. 
 
Anatomia 
 
 
 
Ecologia 
 Estudo do meio ambiente: relações da natureza. 
 Ecobiose: ser vivo + meio físico. 
 Alelobiose: ser vivo + ser vivo. 
 Aloiobiose ou interespecíficas: de espécies distintas. 
 Cenobiose ou intraespecíficas: da mesma espécie. 
 
1. População: grupo de organismos da mesma espécie 
na mesma região. 
2. Comunidade ou biocenose: conjunto de todas as 
populações de uma região: todas as espécies e todos os 
seres vivos. 
3. Ecossistema: interação entre comunidade e meio 
físico. 
4. Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da terra. 
 
Condições para vida 
 Água líquida. 
 Temperaturas compatíveis para água líquida. 
 Fonte de carbono para produzir moléculas 
orgânicas. 
 Fonte de energia. 
 Elementos minerais. 
 
Bactérias extremófilas: adaptadas a meios extremos. 
 Termoacidófilas: em fontes vulcânicas submarinas. 
 Halófilas extremas: em meios muito salinos. 
 Metanogênicas: em meios com muito H2 e pouco O2. 
 
Ecossistema 
 Unidade básica no estudo da ecologia, com 4 
componentes: 
 
1. Biótopo: meio físico = fatores abióticos. 
2. Comunidade: biota = seres vivos = fatores bióticos. 
3. Fluxo de energia. 
4. Ciclos de matéria. 
 
Comunidade 
 Hábitat: local que uma espécie habita, ou seja, seu 
“endereço”. 
 Nicho ecológico: função que a espécie desempenha. 
 
Princípio da exclusão competitiva ou de Gause 
 Duas espécies não podem ocupar o mesmo nicho ao 
mesmo tempo. 
 A competição tende a eliminar uma das espécies. 
 Para evitar competição, deve haver diversificação 
alimentar nas várias espécies, com cada uma se 
especializando em algum alimento. 
 
Seres vivos na comunidade 
 Autótrofos: plantas, algas e algumas bactérias fazem 
fotossíntese, algumas bactérias fazem quimiossíntese, 
sendo, portanto, produtores. 
 Heterótrofos: não produzem matéria orgânica a 
partir de matéria inorgânica, dessa forma, dependem da 
matéria orgânica produzida pelos autótrofos. Podem ser 
compositores ou decompositores. 
 Consumidores: usam matéria orgânica fresca. Eles 
são herbívoros, carnívoros, onívoros (herbívoro e 
carnívoro). 
 Decompositores: usam matéria orgânica do meio em 
decomposição. Eles são detritívoros saprófagos, sendo 
as bactérias e os fungos. Eles transformam a glicose em 
CO2 e H2O, sendo obrigatórios no ecossistema, 
juntamente dos produtores. 
Fluxo de energia 
 Cadeia alimentar: representação de um possível 
caminho para o fluxo de energia num ecossistema. 
 Divididos em níveis tróficos, não representando os 
indivíduos, mas as populações. 
BiologiaPágina | 109 
 
 Decompositores não são representados nas cadeias 
alimentares, ficando subentendidos. Se determinado 
organismo puder ser posicionado numa cadeia 
alimentar, ele não pode ser decompositor. 
 O produtor sempre está no primeiro nível trófico. 
 O consumidor primário está no segundo nível 
trófico. 
 É unidirecional. 2ª lei da termodinâmica: quando se 
transforma energia, parte se perde como calor. A 
energia usada se dissipa como calor e não pode ser 
reaproveitada. 
 A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia 
alimentar. 
Cadeias alimentares 
 De pastagem: se iniciam com plantas. 
 Detritívoras: se iniciam com matéria orgânica em 
decomposição, como em mangues. 
 
Produtividade 
 Energia, área, tempo. 
 Líquida: energia que sobra. 
 Produtividade bruta: energia recebida. 
 Taxa de respiração: energia consumida para manter 
funções vitais. 
 
Líquida: = produtividade – taxa de respiração. 
 
 A energia sempre diminui ao longo de uma cadeia 
alimentar. 
 A produtividade líquida de um nível é a bruta do nível 
seguinte. 
 Uma cadeira alimentar não pode ter mais do que 4 
ou 5 níveis tróficos, pois não haverá energia suficiente 
para os níveis tróficos distantes do produtor. 
 Quanto mais próximo do produtor, maior a energia 
disponível – do ponto de vista populacional. 
Pirâmides ecológicas 
1. Números: representa a quantidade de indivíduos em 
cada nível trófico. 
 
2. Biomassa: representa a soma das massas corpóreas 
dos indivíduos em cada nível trófico. 
 
 
3. Energia: representa a energia (em calorias) 
disponíveis para o próximo nível trófico. 
 
 
Pirâmides invertidas 
 Quando a reprodução compensa o que é 
consumido. 
 
 
 
 
Ciclos biogeoquímicos 
 Princípio de Lavoisier: na natureza nada se cria, nada 
se perde, tudo se transforma. 
 Obrigatórios nos ecossistemas: decompositores e 
produtores. 
Ciclo do Carbono 
 Carbonatos, carbonato de cálcio ou calcário. 
 CO2 = 0,04% da atmosfera. 
 Pela fotossíntese/quimiossíntese, há produção de 
moléculas orgânicas nos produtores que obtemos 
através da alimentação. 
Biologia 
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 Quando produtores respiram ou morrem, liberam 
CO2. 
 Queimadas e combustão de combustíveis fósseis 
também liberam CO2, causando a intensificação do 
efeito estufa e o aquecimento global. 
 A Terra é aquecida do solo para a atmosfera, 
portanto, a temperatura diminui 1oC a cada 100 metros. 
 Gases do efeito estufa: CO2, CH4, H2O, N2O, CFC. 
 CH4 – gás natural de petróleo ou biogás de 
biodigestores: gases liberados pelo intestino de animais, 
pântanos, mangues, lixões, decomposição anaeróbica 
em lagos de barragens. 
 Biodigestor: utiliza dejetos que são decompostos 
para gerar metano como combustível e, com sua 
queima, libera energia, CO2 (gás menos agressivo) e 
água. 
 CFC: únicos GEE artificiais, ou seja, produzidos por 
humanos. 
Aquecimento global 
 Aumento da temperatura da Terra, causando o 
derretimento das calotas polares, da elevação do nível 
dos oceanos. 
 Se diminui o gelo, diminui o albedo, diminui a 
reflexão da luz na Terra, aumenta a absorção de luz por 
solo e água = aumenta o calor. 
 Liberação de metano com o derretimento do gelo. 
 Branqueamento dos corais. 
 Aumento da produtividade vegetal = aumento da 
fotossíntese. 
 
Redução do CO2 atmosférico 
 Redução das emissões de CO2: redução do uso de 
combustíveis fósseis e o aumento do uso de fontes de 
energia limpa: hidrelétricas, usinas nucleares. 
 Problemas da hidrelétrica: construção de barragens, 
o impedimento da piracema de peixes, inundação de 
florestas com perda de biodiversidade e decomposição 
anaeróbica da floresta morta inundada liberando CH4. 
 Problemas das usinas nucleares: produção de lixo 
atômico, liberação de água quente (para resfriamento 
de arrefecimento das turbinas) em ecossistemas 
aquáticos = com o aumento da temperatura da água, 
diminui a solubilidade de O2 na água, diminuindo o 
oxigênio e causando a asfixia de organismos aquáticos), 
além do risco de acidentes. 
 Fontes alternativas de energia: não poluentes, 
porém, com alto custo: eólica, solar. 
 Remoção de CO2 da atmosfera: sequestro de CO2: 
fotossíntese, ou seja, se deve proteger as florestas e 
reflorestar. Nesse caso, proteger florestas adultas é 
menos vantajoso, visto que, as plantas quase não 
crescem mais, sendo a fotossíntese igual a respiração. 
 Biocombustíveis: mecanismo de compensação: a 
fotossíntese no crescimento das plantas remove o CO2 
liberado na queima de combustível. 
 Problema dos biocombustíveis: diminui a quantidade 
de terra disponível para plantar alimento, aumentando 
o preço de alimentos para o consumidor. 
 Sequestro geológico de CO2: remoção de CO2 da 
atmosfera para que seja aprisionado em aquíferos muito 
salinos ou jazidas maduras de petróleo. 
 
Poluição por CO 
 Monóxido de carbono: inodoro, incolor, liberado na 
queima parcial de moléculas orgânicas. 
 A queima incompleta de combustíveis fósseis libera 
CO2, CO e H2O. 
 O CO se liga de modo estável ao Fe da hemoglobina 
formando a carboxiemoglobina, o que impede o O2 de 
se ligar com a Hb, impedindo o transporte de O2 no 
sangue e causando asfixia lenta. 
Ciclo do Oxigênio 
 21% da atmosfera da terra. 
 Camada de ozônio na estratosfera/ozonosfera: entre 
15 e 40km de altitude: produz contra raios UV. 
 Ao nível do mar, o O3 é poluente, causando 
dificuldades respiratórias, ardência dos olhos, etc. 
 Raios UVA: 99% dos raios UV que atingem a Terra 
(pouco bloqueados pela camada de O3), durante o ano 
todo, entram mais fundo até a derme = causam câncer 
de pele e fotoenvelhecimento. 
 Raios UVB: 1% dos raios UV. Que atingem a Terra. 
Eles entram menos, chegando apenas até a epiderme, 
porém, eles são mais agressivos, podendo causar 
também câncer de pele, além das queimaduras, lesões 
na retina (cegueira), morte de fitoplâncton, ativação da 
vitamina D e bronzeamento. 
Biologia 
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 Raios UVC: completamente bloqueados pela camada 
de ozônio, não atingindo a Terra. São os mais 
agressivos. 
 
Buracos na camada de ozônio – 1985 
 Principalmente nas regiões polares. 
 Devido ao CFC, em refrigeração e como propelentes 
de aerossóis. 
 Ventos de grande altitude levam CFC aos polos. 
 Os buracos na camada de ozônio são maiores no 
polo sul (Antártida) (mais frio que o polo norte), pois 
baixas temperaturas dificultam a renovação do ozônio. 
 
Protocolo de montreal – 1987 
 Abolição do uso de CFC, sendo substituído por HFC. 
 Como o cloro do CFC que agride a camada de O3, 
HFC sem cloro não agride a camada de O3. 
Ciclo do Nitrogênio 
 78% da atmosfera. 
 Somente pode ser usado por organismos fixadores 
de N, ou seja, as bactérias com enzima nitrogenase. 
 Fixação de N consome muita energia, que é 
fornecida por respiração aeróbica (precisa de O2). 
 Fixação de N é inibida por muito oxigênio (O2 
promove oxidação e não redução). 
 A fixação de N precisa de O2, mas em pequena 
quantidade. 
 Como a fixação consome muita energia, sobra pouca 
energia para os fixados de N se reproduzirem: há 
poucos fixadores de N na natureza = há pouco N fixado 
na natureza. 
 A falta de N fixado é um dos principais fatores que 
limitam a vida na Terra: para aumentar a produtividade 
vegetal em agricultura, deve-se fornecer N fixado por 
adubação = fertilização. 
 Fertilizantes orgânicos: estrume, húmus: matéria 
orgânica (ureia, ácido úrico) deve ser decomposta por 
organismos decompositores e formando a matéria 
inorgânica (amônia). 
 Fertilizantes inorgânicos: NPK (NO3-) = sais prontos 
para serem usados. São produzidos pela fixação artificial 
de nitrogênio. 
 Excesso de fertilizantes nitrogenados: chuva ácida 
(NO3- + água = HNO3), intoxicação humana por nitrato 
(liga-se no Fe da Hb de modo estável formando a 
metaemoglobina, impedindoo transporte de oxigênio e 
promovendo asfixia lenta), além da eutrofização 
(aumento da quantidade de nutrientes em ecossistemas 
aquáticos). 
Eutrofização 
 Aumento de fertilizantes nitrogenados. 
 Aumento do esgoto doméstico. 
 Causa o aumento da quantidade de algas = floração 
das águas: algas têm ciclo de vida curto e, quando 
morrem, os restos orgânicos (algas mortas, esgoto, 
petróleo), aumentam decompositores aeróbicos que 
consomem o oxigênio (aumenta o DBO = débito 
biológico de O2). 
 Diminui o teor de oxigênio = zonas mortas. 
 Anaeróbicos quando aumentam liberam metano e 
H2S. 
Revolução Verde 
 Após a 2ª Guerra, houve um grande aumento na 
produção de alimentos por área plantada. 
 Sementes híbridas: desenvolvidas por seleção 
artificial = melhoramento genético. 
 Desenvolvimento de pesticidas, como os inseticidas 
(agrotóxicos/defensivas agrícolas). 
 Fertilizantes inorgânicos: NPK. 
 
Fixação de nitrogênio 
 Artificial: método Haber-Bosch (N2 + H2 = NH3). 
 Atividade vulcânica. 
 Biológica: por fixadoras: cianobactérias ou 
cianofíceas ou algas azuis: em ambientes aquáticos. 
Bactérias rhizobium sp: principais em ecossistemas 
terrestres. São mutualísticas com raízes de plantas 
leguminosas (o fruto é uma vagem: soja, feijão, ervilha, 
amendoim). 
 Elas vivem em nódulos nas raízes de leguminosas, 
estando protegidas dos excessos de O2 que iriam inibir 
a fixação. 
 Leguminosas fornecem oxigênio às bactérias pela 
proteína leg-hemoglobina para que as bactérias façam 
respiração aeróbica para que possam obter energia 
para a fixação. 
Biologia 
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 Leguminosas têm mais acesso a nitrogênio fixado, 
tendo maior facilidade de produzir proteínas = são as 
plantas com maior teor de proteínas. 
Adubação verde 
 Uso de leguminosas para enriquecer o solo de 
nitrogênio = permite o uso de menor quantidade de 
fertilizantes. 
 Rotação de culturas: cultivo alternado de 
leguminosas (acumulam N) e não leguminosas 
(esgotam N). 
 Plantação consorciada: cultivo simultâneo de não 
leguminosas e leguminosas. 
 
Etapas do ciclo do nitrogênio 
1. Fixação: N2 = NH3/NH4
+ (amônia/amônio, que são 
tóxicos). 
2. Nitrificação – nitrosação: NH3/NH4+ = NO2- (nitrito, 
também tóxico) + E. 
3. Nitratação: NO2- = NO3- (nitrato, menos tóxico para 
as plantas = principal fonte de N para plantas) + E. 
 Formação de moléculas orgânicas nitrogenadas: 
através da amônia, do nitrato e de derivados da 
fotossíntese, se produz aminoácidos, proteínas, bases 
nitrogenadas, ácidos nucleicos. 
4. Amonização = decomposição: moléculas orgânicas 
nitrogenadas em cadáveres e excretas nitrogenadas são 
decompostos por bactérias e fungos, liberando amônia 
(NH3), formando nitrato (etapa 2), sendo utilizados na 
produção de moléculas orgânicas ou indo para a 
desnitrificação. 
5. Desnitrificação: devolução do N2 para a atmosfera: 
NO3
- = N2, feito pelas bactérias pseudômonas, que só 
desnitrificam em meios com pouco O2: pântanos, 
mangues. 
 
 
Ciclo da Água 
 Ciclo curto: sem a participação de seres vivos, 
envolvendo transformações físicas da água. 
 Ciclo grande ou biólogo: passagem de água pelos 
seres vivos, envolvendo transformações químicas da 
água. 
 
Ciclo do Enxofre 
 Presente em alguns aminoácidos, algumas vitaminas. 
 Assimlição: originados da decomposição de 
compostos sulfurados. 
 Retorno: decomposição. 
 Importância ecológica: reação dos gases SO2 e SO4 
com a água na atmosfera → formação das chuvas ácidas 
→ danos à agricultura e monumentos públicos. 
 Quando se queima combustível fóssil, libera SO2 e 
SO3 como poluentes, (carvão > petróleo > gás natural). 
 Esses óxidos de enxofre formam o SMOG, uma 
névoa de fumaça que causa irritação nos olhos e 
dificuldades respiratórias, além da formação das chuvas 
ácidas. 
Ciclo do Fósforo 
 Componentes dos nucleotídeos, fosfolipídios, fosfato 
de cálcio. 
 Assimilação: fosfatos liberados da erosão de rochas. 
 Retorno: decomposição. 
Dinâmica das populações 
 Estudo do crescimento das populações. 
 Potencial biótico: capacidade teórica máxima de 
crescimento de uma população em condições ideias 
(sem fatores limitantes). É constante para uma 
população, só dependendo dela e sem influência do 
meio. 
Biologia 
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 Resistência do meio: conjunto de fatores limitantes 
do crescimento = disponibilidade de água, alimento e 
espaço, inimigos naturais como competidores, 
predadores e parasitas. 
 
Potencial biótico > resistência do meio = crescimento 
da população. 
 
Curva sigmoide ou “em S” 
 Crescimento lento: há poucos indivíduos se 
reproduzindo. 
 Crescimento rápido: exponencial = há muitos 
indivíduos se reproduzindo. 
 Equilíbrio: resistência do meio se opõe ao potencial 
biótico: equilíbrio dinâmico com pequenas oscilações. 
 
 
Curva “em J” 
 Curva de crescimento exponencial devido à ausência 
de fatores de resistência ambiental. 
 Representa um crescimento hipotético cujas 
condições ambientais são ideais. 
 
Espécies “r” e “k” estrategistas 
 R: taxa de crescimento. 
 K: capacidade de suporte. 
 Espécie “r” estrategista: com grande número de 
descendentes, sem cuidado parental na prole, com alta 
taxa de mortalidade nos jovens, chegando poucos 
indivíduos à idade adulta. 
 De pequenas dimensões: uma pequena quantidade 
de recurso já sustenta a população. 
 Fator limitante não é a resistência do meio, mas a 
taxa de crescimento. 
 Espécies “k” estrategistas: com pequeno número de 
descendentes, com cuidado parental da prole, com alta 
taxa de sobrevivência nos jovens, chegando muitos 
indivíduos à idade adulta. 
 De grandes dimensões: precisam de muitos recursos. 
 Fator limitante é a resistência do meio. 
 
Crescimento na população humana 
 Diminuição das taxas de mortalidade com a 
Revolução Industrial: avanços da medicina, saneamento 
básico, aumento da produção de alimento (pós 2ª 
Guerra = Revolução Verde: pesticidas, sementes 
híbridas, fertilizantes nitrogenados). 
 Capacidade de suporte para a espécie humana: 
13,5bi. 
 Fatores limitantes para a espécie humana: ciclo de 
nitrogênio, de fósforo e do carbono. 
 Taxa de fecundidade ou fertilidade: número médio 
de filhos por mulher ao longo da vida, sendo ideal a taxa 
de reposição = taxa de fertilidade para que a população 
humana fique constante = 2,1 a 2,2. 
 Países ricos: baixa taxa de fertilidade, baixas tacas de 
natalidade e baixas taxas de mortalidade = baixo 
crescimento. 
 Países pobres: altas taxas de fertilidade, altas taxas de 
natalidade e baixas taxas de mortalidade = alto 
crescimento. 
 
 
 Taxa de natalidade: nº de nascimentos. 
 Taxa de mortalidade: nº de mortes. 
 Taxa de imigração: nª de indivíduos que chegam. 
 Taxa de emigração: nº de indivíduos que saem. 
 População fechada: sem migração. 
 Densidade populacional: número de indivíduos por 
unidade de espaço (área/volume). 
 
Fatores que regulam o crescimento populacional 
 Clima, disponibilidade de espaço, disponibilidade de 
alimento, alterações na estrutura do ecossistema, 
Biologia 
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predatismo, parasitismo, competição intraespecífica, 
competição interespecífica. 
 
Relações ecológicas 
 Harmônicas: não causam prejuízos (+/+ ou +/o). 
 Desarmônicas: causam prejuízos (+/- ou +/o ou -/-). 
 Intraespecíficas: dentro da mesma espécie. 
 Interespecíficas: entre espécies distintas. 
Harmônicas 
1. Colônia: +/+, intraespecífica. 
 Com ligação anatômica permanente. 
 Vantagens: proteção, facilidade de reprodução, 
divisão de trabalho. 
 Isomorfa ou homomorfa ou homotípica: sem divisão 
de trabalho, ex: bactérias, corais. 
 Heteromorfa ou heterotípica: apresentam divisão de 
trabalho, ex: cianobactérias, caravelas. 
 
2. Sociedades: +/+, intraespecífica. 
 Sem ligação anatômica permanente. 
 Sempre apresentam divisãode trabalho. 
 Exemplo: insetos sociais com castas: classes sociais 
imutáveis. São os cupins, as abelhas e as formigas. 
 
Colmeia: abelhas. 
 Rainha: única fêmea fértil (2n). 
 Zangões: únicos machos (n). 
 Operárias: fêmeas estéreis, (2n). 
 Estéril: operária, se alimenta de mel. 
 Fértil: rainha, que come a geleia real (mel + 
hormônios sexuais). 
 Enxameamento: formação de nova colmeia. 
 Pela partenogênese, origina machos (n). 
 Comunicação: feromônios, dança. 
 
Formigueiro: formiga saúva. 
 Rainha ou iça ou tanajura: única fêmea fértil, quando 
jovem, é alada. 
 Reis alados ou bitus: únicos machos. 
 Operárias: fêmeas estéreis, com funções gerais. 
 Soldados: fêmeas estéreis, para defesa. 
 Quando jovens, as rainhas aladas abandonam o 
formigueiro para o voo nupcial, onde são fecundadas 
pelos reis alados. 
 Após o voo, os machos morrem e as rainhas perdem 
as asas, se enterram no solo e começam a formar um 
formigueiro. 
 As saúvas cortam folhas para “adubar” a “plantação” 
de fungos no formigueiro. 
 Comunicação: feromônios. 
 
3. Gregarismo: +/+, intraespecífica. 
 Associação temporária em bandos para migração, 
defesa e/ou reprodução. 
 Exemplo: bando de aves, cardumes de peixes. 
 
4. Mutualismo: +/+, interespecífica. 
 Obrigatório para pelo menos um dos associados. 
 Exemplo: líquens (alga + fungos): indicadores de 
poluição (desaparecem rapidamente em áreas 
poluídas), organismos pioneiros em sucessões 
ecológicas (1º a chegar num meio, facilitando a 
instalação de outros seres). 
 Fungos incidem na rocha nua, liberam ácidos 
digestivos que corroem a rocha, gerando reentrâncias 
que acumulam poeira. Eles retêm água no solo e abrem 
caminho para as plantas se desenvolverem. 
 Micorrizas (raízes + fungos), bacteriorrizas (raízes + 
bactéria rhizobium), herbívaros (ruminantes) + bactérias 
produtoras de enzimas ceuloses, humanos + bactéria da 
microbiota intestinal. 
 O excesso de antibióticos mata as bactérias da 
microbiota proliferam fungos, que liberam toxinas e 
causam diarreias. 
 Origem da microbiota: passagem do canal de parto; 
amamentação. 
 Manutenção da microbiota: probióticos (com 
microorganismos vivos, como bactérias lactobacillus, ex: 
leite, iogurtes). 
 
5. Protocooperação: +/+, interespecífica. 
 Não é obrigatório. 
 Exemplo: charangueiro paguro (fornecem 
motilidade) e anêmonas-do-mar (fornecem proteção), 
pássaros paliteiros (fornecem remoção de parasitas nos 
dentes) + jacarés (fornecem alimento e proteção). 
 
 
 
Biologia 
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6. Comensalismo: +/o, interespecífica. 
 Uma espécie (comensal) usa restos de alimentos de 
outra espécie sem ajudar/prejudicar. 
 Exemplo: hienas + leões, peixes-piloto + tubarões, 
rêmoras (“piolho de tubarão”, consegue alimento, 
proteção e carona) + tubarões. 
 
6. Inquilinismo: +/o, interespecífica. 
 Uma espécie (inquilina) vive dentro de outra espécie 
sem ajudar ou prejudicar. 
 Epibiose: uma espécie vive na superfície de outra 
espécie sem ajudar ou prejudicar: epifitismo (planta vive 
sobre outra planta, como as orquídeas/bromélias em 
árvores) ou epizoísmo (animal vive sobre outro, como as 
cracas em baleiais). 
 Forésia: uma espécie é transportada por outra, sem 
ajudar ou prejudicar, como os carrapichos e os animais. 
Desarmônicas 
1. Canibalismo: +/-, intraespecífica. 
 Um indivíduo devora outro da mesma espécie. 
 Exemplo: canibalismo sexual = fêmea devora o 
macho após o ato sexual (louva-a-deus, viúva-negra). 
 
2. Competição: -/-, intraespecífica ou interespecífica. 
 A demarcação de territórios evita competição (galos, 
cachorros). 
 
3. Amensalismo ou antibiose: +/- ou -/o, intraespecífica 
ou interespecífica. 
 Um indivíduo libera substâncias tóxicas (antibióticos) 
para matar ou inibir outro indivíduo, para eliminar 
inimigos naturais. 
 Exemplo: pinheiros, cactos, fungos, algas pirrófitas 
ou dinoflageladas (neurotoxinas paralisantes do sistema 
nervoso vertebral, causando parada respiratória. Em 
águas poluídas – eutrofizadas, as algas proliferam, 
deixando a água vermelha = maré vermelha). 
 
4. Predatismo: +/-, interespecífico. 
 Predador mata a presa de imediato. 
 
5. Parasitismo: +/-, interespecífica. 
 Parasita não mata o hospedeiro de imediato, mas no 
longo prazo. 
 Animal comendo folha. 
 Herbivoria: animal come planta. 
 Esclavagismo: uma espécie se aproveita do trabalho 
de outra espécie. Exemplo: vespas roubando mel em 
colmeias, passados cucos põem ovos no ninho de 
outros pássaros. 
Sucessão ecológica 
 Conjunto de mudanças graduais, ordenadas e 
previsíveis num ecossistema ao longo do tempo. 
 
1. Estágio inicial: ecese. 
 Instalação de organismos pioneiros (1º a chegar num 
meio, facilitando a instalação de outros organismos). 
 Pioneiros: sempre autótrofos e, algumas vezes, 
fixadores de nitrogênio. 
 Exemplo: cianobactérias = algas azuis, em lagos 
recém-formadas, líquens em rochas nuas, gramíneas em 
dunas. 
 Gramíneas: tolerante ao sol, retêm água no solo e 
evitam erosão. 
 
2. Estágios intermediários: séries ou seres. 
 Arbustos (médio porte): tolerante ao sol, fazem 
sobra. 
 
3. Estágio final: comunidade clímax. 
 Instalação da última comunidade, sendo a mais 
complexa e a mais estável possível. 
 Não muda se o meio físico não mudar. 
 Bioma: clímax típica de uma determinada região. 
 Árvores (grande porte): só nascem na sobra. 
 
Sucessão ecológica em lagoa 
 Pássaros bebem água em algum lago, grudam ovos 
de peixe no seu bico, que são trazidos para o novo lago. 
 
Tendências da sucessão da ecese ao clímax 
 Biodiversidade (nº de espécies) aumentam. 
 Aumentam a complexidade (nº de nichos). 
 Aumentam a biomassa (matéria orgânica). 
 Amentam a taxa de respiração. 
 São máximos e constantes quando chega ao clímax. 
Biologia 
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 A produtividade líquida diminui (energia que sobra): 
produtividade bruta (energia recebida) – taxa de 
respiração (energia consumida). 
 
Sucessão primária 
 Em meios onde nunca houve um ecossistema antes. 
 Lagos recém-formados, rocha nua, duna. 
 Não são influenciadas por comunidades 
previamente existentes. 
 
Sucessão ecológica 
 Em meios onde havia um ecossistema que foi 
perdido. 
 Plantações, queimadas. 
 São influenciadas por comunidades previamente 
existentes. 
 É mais rápida, pois aproveita nutrientes deixados 
pela sucessão primária. 
 
Floresta Plantação 
Clímax Ecese da sucessão 2ª 
Produtividade líquida 
quase zero 
PL alta 
Quase não sobra matéria 
orgânica para quem não 
é do ecossistema 
Sobra muita matéria 
orgânica 
Alta biodiversidade: 
muitos predadores, 
pouco vulnerável a 
pragas 
Baixa biodiversidade: 
poucos predadores: 
muito vulnerável a 
pragas 
 
Biosfera 
 Conjunto de todos os ecossistemas da terra ou 
conjunto de todas as regiões da terra com vida. 
 Talassociclo: água salgada, 71% da terra. 
 Limnociclo: água doce, menos de 1% da terra. 
 Epinociclo: terra, 27% da terra. 
 
Talassociclo 
 Biociclo de água salgada, com profundidade média 
de 4km, com profundidade máxima de 11km. 
 Salinidade: 3,5g de NaCl/L. 
 Pressão hidrostática: aumenta 1 atm a cada 10m de 
profundidade. 
 Luminosidade: diminui com o aumento da 
profundidade. 
 
1. Zona eufótica: de 0 a 80 metros, com muita luz, 
muita fotossíntese, muita matéria orgânica, muita 
diversidade de vida. 
2. Zona disfótica: de 80 a 400 metros, com pouca luz, 
pouca fotossíntese, pouca alga, pouca matéria orgânica, 
pouca quantidade/diversidade de vida. 
3. Zona afótica: abaixo de 400 metros, sem luz, sem 
fotossíntese, sem algas, depende de matéria orgânica 
importada: chuva de detritos (restos de organismos 
aquáticos mortos que afundam). Pouquíssima matéria 
orgânica e diversidade de vida. Animais adaptados a 
altas pressões hidrostáticas. Alguns poucosecossistemas são mantidos pela quimiossíntese. 
 
Organismos 
 Plâncton: comunidade de organismos que flutuam 
na superfície da água, à deriva. São microscópicas. 
 Fitoplâncton: autótrofo, base da cadeia alimentar. 
São as cianobactérias, algas microscópicas. 
 Zooplâncton: heterótrofo: protozoários, larvas de 
animais aquáticos, microcrustáceo. 
 Nécton: nadam ativamente na massa de água. São 
os peixes, mamíferos aquáticos. 
 Bênton: vivem sobre ou sob o leito marinho. São as 
algas coralináceas, esponjas, corais, ouriços-do-mar, 
siris. 
 
Ressurgência 
 Aumento da produtividade das algas, matéria 
orgânica e peixes em águas mais frias. 
 A partir de 200 metros de profundidade, a 
temperatura é constante de 2 a 3oC (influenciada pela 
latitude e por correntes marinhas). 
 Quando a água fria, de maior densidade, afunda, 
desloca os nutrientes do fundo do oceano para a 
superfície, proporcionado para as algas. 
 
Limnociclo 
 Biociclo de água doce. 
 Província lêntica: água doce parada = lagoas, lagos. 
Como não está em movimento, facilita a ficação de algas 
e alta atividade de fotossíntese (alta matéria orgânica, 
Biologia 
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alta quantidade e diversidade de peixes, alto consumo 
de oxigênio e baixo teor de oxigênio). 
 Província lótica: água doce em movimento: rios. 
Dificuldade de fixação das algas, baixa fotossíntese, 
baixa matéria orgânica, baixa diversidade e quantidade 
de peixes, menor consumo de oxigênio e maior teor de 
oxigênio. Dependem da ajuda de matéria orgânica 
importada das margens (folhas, frutos das plantas das 
margens, água que escoa com nutrientes). 
Biomas terrestres 
 Epinociclo: biociclo terrestre. 
1. Florestas: vegetação com predomínio de árvores 
(vegetação arbórea, de grande porte). 
2. Campos: com predomínio de arbustos, plantas de 
médio porte e ervas. 
3. Campos sujos ou savanas: com árvores. 
4. Campos limpos: quase sem árvores. 
5. Deserto: ausência ou quase ausência de vegetação. 
 
 Cada biocora se divide em vários biomas: 
comunidades clímax típicas de uma região geográfica. 
 
Fatores abióticos que influenciam na vegetação 
 Luminosidade, disponibilidade de água, 
disponibilidade de sais, temperatura. 
 Clima: sucessão dos estados de tempo numa região 
(meteorológicos). É determinado pela latitude. 
 Latitudes baixas: mais luz, maior temperatura, mais 
chuvas (alta taxa de vaporação da água + ventos). Raios 
de sol perpendiculares à superfície da terra, delimitam 
uma área menor iluminada, com maior concentração de 
calor. São as regiões equatoriais. 
 Latitudes baixas: regiões temperadas, polares. 
 Relevo: quanto maior a altitude, menor a 
temperatura, pois a Terra é aquecida de baixo para cima. 
Os raios UV incidem e refletem na forma IV, ou seja, 
calor. 
 A cada 100 metros de altura, a temperatura diminui 
cerca de 1oC. 
 Pluviosidade: nuvens de chuva não conseguem 
ultrapassar relevo alto. Exemplo: no nordeste do Brasil, 
com serras no litoral, bloqueia as chuvas oceânicas. 
 Barlavento: voltada para o oceano, com grande 
pluviosidade: floresta tropical = mata atlântica. 
 Sotavento: parte da serra voltara para o sertão, com 
baixa pluviosidade = caatinga. 
 
 Ventos levam as chuvas para cima do equador, 
chovendo mais. 
 Os desertos estão localizados em cima dos trópicos, 
pois recebem menos chuva. 
Floresta tropical ou equatorial ou úmida ou 
pluvial ou ombrófila 
 Região tropical ou equatorial, com muita luz, muito 
calor e muita água (chuvas regulares), com alta atividade 
fotossíntese, o que proporciona grande número de 
biodiversidade e de densidade. 
 Estratificada: com vários estratos, com microclimas 
peculiares. 
 Dossel: estrato superior, adaptado ao sol (heliófilo), 
com mais vento e menor umidade. 
 Sub-bosque: estrato mais inferior, adaptada à soma 
(ombrófilo), pouco vento e muita umidade. Com muitas 
epífetas, ou seja, que vivem sobre outras plantas sem 
ajudar ou prejudicar, para receber mais luz. 
 Apresentam solo pobre: no sub-bosque, há alta 
temperatura e alta umidade, com muitos 
decompositores que promovem uma decomposição 
rápida, assim, os restos orgânicos são rapidamente 
decompostos em nutrientes inorgânicos, que são 
prontamente absorvidos pelas raízes das plantas: os 
nutrientes se acumulam nas plantas e não no solo, que 
é pobre. 
 Caso haja desmatamento: com remoção das plantas, 
há remoção dos nutrientes, portanto, não é adequado 
ao plantio. 
 Com a remoção das plantas, não há folhas para 
amortecer chuvas, assim, elas promovem erosão do solo 
e lixiviação (lavagem de nutrientes). 
 São encontradas na Floresta do Congo, Selvas 
Asiáticas, Floresta Amazônica, Mata Atlântica. 
 
1. São higrófilas, adaptadas a umidade alta. 
2. São latifoliadas, com folhas grandes para aumentar a 
superfície para fazer fotossíntese e para eliminação de 
excessos de água (evapotranspiração). 
3. Perenifólia: com folhas que não caem na seca. 
 
Biologia 
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Floresta Amazônica 
 Maior bioma brasileiro, com 40% do territorial 
nacional, principalmente na região norte. 
 É drenada pela bacia do Rio Amazonas (maior bacia 
hidrográfica do planeta). 
 
1. Mata de igapó: nas margens dos rios, sempre 
inundadas. 
2. Mata de várzea: próxima das margens dos rios, 
periodicamente inundada (nas cheias). 
3. Mata de terra firme: distante das margens dos rios, 
nunca inundada. 
4. Flores semiúmida: transição com outras vegetações 
= ecótono (zona de transição entre ecossistemas, com 
alta biodiversidade). 
 
 Matas ciliares, de galeria ou ripárias: localizadas nas 
margens dos rios, protegendo os rios contra erosão e 
assoreamento (diminuição da profundidade dos rios 
pelo acúmulo de detritos, como a terra). 
Mata Atlântica 
 No litoral do Brasil, da região nordeste à região sul e 
nos mares de morros no sudeste. 
 Vegetação mais degradada do Brasil, restando cerca 
de 3 a 5% da original, pela exploração do extrativismo, 
da agropecuária da expansão urbana. 
 Hotspots: área de alta biodiversidade, alto 
endesmismo (espécies exclusivas e alto grau de 
degradação). 
Campos 
 Com predomínio de vegetação arbustiva e herbácea. 
 Em regiões tropicais ou temperadas (muita luz e 
pouca pluviosidade). 
 Savanas africanas, Cerrado, Caatinga. 
Cerrado 
 Hotspots. 
 Segundo maior bioma brasileiro, com 25% do 
território nacional, principalmente na região centro-
oeste. 
 Muita luz, altas temperaturas e baixa pluviosidade, 
mas muita água no subsolo. 
 A falta de água não é um fator limitante, sendo esse 
o solo, que é ácido, o que dificulta a absorção de 
nutrientes, como o ferro, é pobre em nutrientes (pobre 
em nitrogênio) e rico em alumínio (tóxico para as 
plantas). 
 As plantas são pseudoxemorfas, parecendo xerófitas, 
mas não são pois há água abundante. Apresentam 
escleromorfimo oligatrófico, ou seja, forma endurecida 
por pouco nutriente, com raízes longas para absorver 
água no subsolo, com caules e galhos retorcidos e com 
casca grossa: a falta de nitrogênio dificulta a produção 
de proteínas desviando o metabolismo para produzir 
mais carboidrato (celulose, que se acumula na casca de 
moto irregular, dando aparência grossa e retorcida). 
 Vantagem: essas cascas grossas protegem contra 
incêndios frequentes, devido à baixa pluviosidade e ao 
ar seco. 
 Com folhas espessas, quebradiças e com cutículas 
espessas: impermeabilizantes. 
 Como o solo é muito ácido, para que se possa 
plantar, deve-se corrigir a acidez com calagem. 
 É a Savana de maior biodiversidade da terra. 
Caatinga 
 Terceiro maior bioma do Brasil, no nordeste e parte 
em Minas Gerais. 
 Caatinga = “mata branca”, perdendo as folhas na 
seca para reduzir a perda de água por 
evapotranspiração. 
 Muita luz, alta temperatura, baixa pluviosidade e com 
chuvas irregulares (concentradas no primeiro semestre 
do ano). Com solo impermeável, o que dificulta a infiltração e 
acumulação da água no solo, facilitando sua 
evaporação. 
 Xeromorfismo: adaptada a seca. 
 Caducifólia ou decídua: com folhas caducas, que 
caem na seca para reduzir a perda de água. 
 Microfoliada: folhas pequenas para reduzir a 
superfície de perda de água, podendo ser aciculifoliada 
(com espinhos para reduzir muito a superfície de perda 
de água), como nos cactos, (com caule cladódio, que 
armazena água e é clorofilado para fazer fotossíntese). 
 Raízes longas: para absorver água do solo, com 
estômatos de fechamento rápido. 
Biologia 
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Campos limpos e Pampas 
 Quase sem árvores. 
Desertos 
 Com ausência ou quase ausência de vegetação. 
 Maioria localizada sobre os trópicos, com alta 
luminosidade e baixíssima pluviosidade. 
 Vegetação xeromórfica, adaptada a seca. 
 Com animais adaptados a perder pouca água: com 
hábitos noturnos, com poucas glândulas sudoríparas, 
com urina concentrada. 
 Com pouca vegetação, há pequena umidade do ar 
que dificulta a retenção de calor, portanto, o calor 
produzido de dia não é retido de noite = grande 
amplitude térmica. 
 Maioria localizados sobre os trópicos. 
 Antártida: deserto gelado. 
 Hemisfério Sul: Atacama (Chile), Kalaharia (África). 
 Hemisfério Norte: Vale da Morte (EUA), Saara 
(África), Arábia (Oriente Médio). 
Floresta Temperada ou decídua 
 Na Zona Temperada, com quatro estações bem 
definidas, com pluviosidade média, com chuvas 
regulares. 
 Caducifólia: perde as folhas na estação seca. 
 Com baixa biodiversidade e baixa densidade. 
 Com menor temperatura e menor umidade, há 
decomposição mais lenta. Parte da matéria orgânica em 
decomposição se acumula sobre o solo, formando 
serapilheira, que ajuda a enriquecer o solo. 
Floresta de Coníferas ou Taiga 
 Próximo ao círculo polar ártico, com baixas 
temperaturas e predomínio de gimnospermas: 
pinheiros. 
 Formato cônico para evitar o acúmulo de neve. 
 Aciculifoliada: com folhas e agulha para evitar o 
acúmulo de neve e reduzir a perda de água. 
 Perenifólia: folhas não caem na seca. 
 Heliófila: adaptada ao sol, com folhas pequenas, elas 
precisam de muita luz para fazer fotossíntese. 
 Com súber espesso: impermeabilizante e isolante 
térmico. 
 Há incêndios frequentes, sendo necessário o calor do 
incêndio para quebrar a dormência das sementes de 
pinheiros e ativar a germinação. 
 Estão no norte da América do Norte (Canadá), da 
Europa e da Rússia (a maior floresta do planeta em área 
ocupada, porém, com baixa biodiversidade e baixa 
densidade de vegetação). 
Tundra 
 Acima do círculo polar ártico, com baixas 
temperaturas, sendo 9 meses de inverno, sem 
vegetação e apenas neve. Os outros 3 meses de verão 
parte do solo derrete, desenvolvendo uma vegetação 
rasteira com musgos e líquens. 
 Permafrost: parte do solo fica permanentemente 
congelado, mesmo no verão, acumulando metano. 
Manguezais 
 Do Amazonas ao Paraná, sendo pouco influenciados 
pelo clima, em regiões litorâneas protegidas da ação 
direta do mar, próximas aos estuários (fozes). 
 Com água salobra (salgada e doce), rica em 
nutrientes, sendo eutrofizada. 
 Água salgada mais densa afunda e desloca os 
nutrientes do fundo para a superfície, proporcionando 
maior atividade das algas na superfície. 
 Com muita matéria orgânica e muitas bactérias 
decompositoras aeróbicas, que consomem muito 
oxigênio (alto débito biológico de O2). 
 O baixo teor de oxigênio proporciona proliferação 
de anaeróbicos que liberam metano e H2S (odor fétido). 
 Grande biodiversidade aquática: muitos peixes, 
moluscos, crustáceos. 
 Com pequena biodiversidade terrestre. 
 Higrófila: adaptada a umidade. 
 Halófila: adaptada ao sal, com células com alta 
concentração de sal e alto potencial osmótico para 
diminuir as perdas de água por osmose. 
 Solo encharcado, com muita água e com pouco O2: 
com raízes respiratórias ou pneumatóforas, com 
geotropismo negativo, saindo do solo para absorver 
oxigênio no ar, pelos orifícios pneumatódios. 
 Solo lodoso e instável, com raízes escola para 
sustentação. 
Biologia 
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 Algumas plantas com frutos que apresentam 
sementes liberando as raízes ainda dentro do fruto, 
caindo e fixando a planta no solo. O fruto impede o 
afundamento da semente no solo. 
 Áreas de reprodução para peixes, com águas calmas, 
escuras (facilitando esconderijo) e ricas em nutrientes, 
além de fornecerem o amortecimento do impacto de 
ondas, marés e tsunamis. 
 São áreas de ecótono, fronteira entre terra, rio e mar. 
Mata dos cocais 
 Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, com 
predomínio de palmáceas. 
Pantanal Matogrossense 
 Maior planície alagável da terra, ficando 
periodicamente alagada. 
 Pantanal não é um pântano, pois esses são alagados 
permanentemente. 
Mata de Araucária ou dos Pinhais 
 Nas regiões serranas do Sul, com predomínio de 
araucárias ou pinheiro-do-paraná. 
Biomas brasileiros 
 
 
 
 
 
 
 
Biomas mundiais 
 
 
 
Desequilíbrio ecológico 
 Quebra de sinergismo ambiental: pela perda de 
biodiversidade. 
 Variedade de espécies no mundo: 1,5 milhões de 
espécies registradas. 
 O Brasil é o país de maior biodiversidade em número 
total de espécies e em número de espécies endêmicas. 
 Endêmica: com distribuição geográfica restrita. 
 Cosmopolita: com distribuição geográfica ampla. 
 Ilhas tendem a possuir muitas espécies endêmicas 
devido ao isolamento geográfico levando à especiação. 
 Biopirataria: uso ilícito dos recursos biológicos de 
uma região, como aconteceu com a seringueira. 
 
Hotspots 
 34 biomas da terra com 75% da biodiversidade do 
planeta. 
 Área com alta biodiversidade, com alto grau de 
endemismo (pelo menos 1500 espécies exclusivas de 
plantas) e alto grau de degradação (pelo menos ¾ 
destruídos). 
 Brasil: Mata Atlântica e Cerrado. 
 Extinção: perda de biodiversidade, perdas 
econômicas indiretas e diretas. 
 Espécies-chave: fundamentais para a manutenção de 
determinadas teias alimentares, das quais várias outras 
espécies dependem, como os corais. 
 Extinção primária: por ação direta do homem. 
 Extinção secundária: de espécies que dependem da 
espécie que foi eliminada na extinção primária. 
 
Extinção de ação antropogênica 
 1ª causa: destruição/fragmentação de hábitats. 
Biologia 
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 2ª causa: introdução de espécies exóticas. 
 3ª causa: caça indiscriminada, pesca predatória. 
 
Destruição de habitats 
 Desmatamento: para extrativismo de madeira, 
extração de minérios, agricultura, pecuária. 
 Na Amazônia, a principal causa de desmatamento é 
a criação de pasto para o gado e o cultivo de soja. 
 Queimadas: limpeza de terreno, aumento da 
fertilidade do solo ao curto prazo (acelera a reciclagem 
de nutrientes, convertendo matéria orgânica em matéria 
inorgânica, o que disponibiliza nutrientes minerais no 
solo). 
 Problemas das queimadas: diminuição da fertilidade 
do solo no longo prazo: morte de micro-organismo no 
solo, como os decompositores e as bactérias fixadoras 
de nitrogênio. Liberação de CO2 que aumenta o efeito 
estufa e pode promover chuvas ácidas, além da 
liberação de fuligem, que absorve a umidade do ar, que 
fica mais seco, levando ao aumento na incidência de 
doenças respiratórias. Destruição de folhas que 
amortecem a força da chuva, destruindo raízes que 
agregam o solo, promovendo o aumento da erosão. 
 Fragmentação de habitats: aumento do efeito de 
borda: os limites de um certo ecossistemas são as áreas 
mais vulneráveis a intervenções antrópicas e a vento, 
chuvas, etc. 
 Facilitação de endocruzamentos em fragmentos 
pequenos, com pequenas populações: diminuição da 
variabilidade genética, aumento do risco de doenças 
genéticas, o que aumenta o risco de extinção. 
 Corredores ecológicos: áreasprotegidas ligam 
reservas ambientais para permitir o fluxo gênico. 
 Bioinvação: introdução de espécies exóticas ou 
invasoras num ecossistema: podem virar pragas devido 
ao grande aumento populacional: alta taxa de 
reprodução, abundância de alimento, ausência de 
inimigos naturais, podendo levar à extinção de espécies 
nativas, agindo como competidoras, predadoras ou 
parasitas. 
 Caramujo gigante africano: trazido para produção de 
escargot. Foram abandonados, começaram a agir como 
praga agrícola, transmitindo verminosas. 
 
 
Desenvolvimento sustentável 
 Sustentabilidade: uso de recursos naturais de modo 
a suprir as necessidades atuais da humanidade, sem 
comprometer as gerações futuras. 
 Equilíbrio entre o consumo e a proteção dos recursos 
ambientais. 
 Exploração dos recursos naturais com equilíbrio 
entre economia, sociedade e meio ambiente. 
 Conservação: proteção com uso direto sustentável. 
 Preservação: proteção sem uso econômico direto. 
 Unidades de conservação: áreas legalmente 
protegidas no Brasil: “reservas ecológicas” de uso 
sustentável ou de proteção integral. 
 Áreas de proteção permanente: obrigatoriamente 
preservadas, como os mananciais (reservas de água 
superficiais/subterrâneas), nascente de rios, mata 
ciliares, manguezais, encostas com inclinação superior a 
45o (raízes seguram o solo, evitando deslizamento). 
 Reservas legais: obrigatoriamente protegidas mesmo 
em terrenos privados. 
 
Conferências da ONU sobre o meio ambiente 
 1972 – Estocolmo: conferência das nações unidas 
sobre o meio ambiente. 
 1992 – Conferência das nações unidas sobre o meio 
ambiente e o desenvolvimento: Rio 92 ou Eco 92: 
convenção da biodiversidade: proteção da 
biodiversidade e divisão justa dos ganhos advindos da 
biodiversidade. Agenda 21: compromisso com o 
desenvolvimento sustentável. 
 2012 – Rio: conferência das nações unidas sobre o 
desenvolvimento sustentável: Rio + 20: renovação do 
compromisso com o desenvolvimento sustentável. 
Poluição 
 Qualquer alteração desfavorável do meio ambiente 
por resíduos ou subprodutos da ação humana, que 
pode ser física, química ou biológica. 
 
1. Física 
 Poluição sonora, visual, térmica em ecossistemas 
aquáticos (aumento da temperatura da água diminui a 
solubilidade do oxigênio, diminuindo o teor de O2 
dissolvido na água, asfixia seres aquáticos). 
Biologia 
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 Despejo de água de arrefecimento de usinas 
nucleares. 
 Despejo de vinhoto ou vinhaça (resíduo pastoso, 
malcheiroso e quente produzido na geração de álcool a 
partir da cana de açúcar). O vinhoto é rico em matéria 
orgânica e pode causar eutrofização, podendo ser 
utilizado como fertilizante. 
 Poluição por partículas em ecossistemas aquáticos: 
boqueio de luz e prejuízo à fotossíntese. Poeira, lamas 
(assoreamento/soterramento do rio, com diminuição da 
profundidade). 
 Poluição por radiação (isótopos radioativos) causam 
mutações, câncer, queimaduras, anemia aplástica 
(lesões na medula óssea). As mutações germinativas 
(gametas ou células que originam gametas) têm efeito 
hereditário. 
 Explosões nucleares, vazamentos nucleares (iodo-131 
causa câncer de tireoide), (Sr-90 – da família do cálcio: 
causa câncer de osso, leucemia), (Cs-137 vários 
cânceres). 
Inversão térmica 
 Ar quente próximo ao solo é leve e sobe, levando os 
poluentes, o que afasta os poluentes do solo e dos 
humanos = normal. 
 Nas épocas de inverno, com nuvens de poluição, há 
diminuição na intensidade do sol, assim, os raios UV 
mais fracos não atravessam a nuvem de poluição, 
causando reflexão e gerando raios IV. O solo não é 
aquecido, não produz ar quente, não leva poluentes 
embora, ficando retidos próximos ao solo = intensifica 
os efeitos dos poluentes para os humanos (problemas 
respitarórios). 
 
2. Poluição química 
 Qualitativa: poluentes não encontrados 
normalmente nos ecossistemas, poluindo em qualquer 
quantidade. 
 São os plásticos, detergentes, CFC, metais pesados, 
etc. 
 Quantitativa: poluentes encontrados normalmente 
em ecossistemas. Só poluem em grandes quantidades. 
 CO2, CO, SOX, NOX, esgoto doméstico. 
 Metais pesados: mercúrio, chumbo, cádmio. 
 Mercúrio (Hg): usado na mineração de ouro, em 
amálgama em restaurações dentárias, indústrias de 
pilas, baterias, tintas, chapéus. O metálico é inofensivo, 
porém, algumas bactérias convertem o mercúrio 
metálico em metil-mercúrio, que é orgânico e tóxico aos 
seres vivos, podendo causar lesões neurológicas, 
cegueiras, surdez, demência, lesões hepáticas, renais, 
etc. 
 Chumbo (Pb): usado em aditivos para gasolina, 
como pesos em redes de pesca, em indústria de tintas, 
medicamentos, inseticidas, fungicidas, pilhas, baterias. 
Biomagnificação, magnificação trófica ou 
bioacumulação 
 Acúmulo de substâncias não biodegradáveis (ex: 
metais pesados, inseticidas, isótopos radioativos), no 
todo das cadeias alimentares em concentrações 
progressivamente maiores. 
 
Detergente: dissolvem a bicamada lipídica nas 
membranas celulares e removem lipídios 
impermeabilizantes na pele de aves e mamíferos 
(glândulas uropígeas em aves e sebáceas em mamíferos: 
para produzir lipídios para impermeabilizar penas/pelos. 
 Originalmente, não eram biodegradáveis, se 
acumulavam e formavam nuvens de detergentes. 
Petróleo: “maré negra” 
 Afundamento de petroleiros, vazamento em 
oleodutos. 
 Não se misturam com água e são menos denso que 
elas, formando uma película escura na superfície da 
água, bloqueando a passagem de luz: prejudica a 
fotossíntese, consequentemente, prejudicando as 
cadeias alimentares por diminuir a produção de 
nutrientes e oxigênio. 
 São biodegradáveis, o que promove a eutrofização. 
 Podem aderir a superfície respiratória como as 
brânquias e narinas, causando asfixia diretamente por 
obstrução. 
 Se ingeridos, causam lesões hepáticas, neurológicas, 
renais. 
 Sobre a pele, podem reter calor, causando 
hipertermia e queimaduras. 
Biologia 
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 Podem remover os lipídios que impermeabilizar 
penas de aves e pelos dos mamíferos: penas absorvem 
água, o animal fica pesado, afunda e se afoga, ou 
podendo morrer por hipotermia. 
 Controle do petróleo derramado: uso de barreiras, 
remoção mecânica, detergentes (petróleo interage com 
a água e afunda, afetando diretamente os seres 
bentônicos), biorremediação (uso de microorganismos 
para remover o petróleo (diminui o teor de oxigênio, 
causa zonas de mortes de aeróbicos). 
Eutrofização 
 Aumento da quantidade de nutrientes minerais NPK 
em ecossistemas aquáticos. 
 Excesso de fertilizantes inorgânicos, esgotos 
domésticos (precisam ser decompostos para liberar 
NPK), petróleo (decomposto por bactérias 
decompositoras aeróbicas) = NPK: causa a proliferação 
de algas (cianobactérias que produzem toxinas) e 
plantas aquáticas = floração das águas, as algas 
morrem, aumenta a quantidade de matéria orgânica em 
decomposição, aumenta a quantidade de bactérias 
decompositoras aeróbicas = aumenta o consumo de 
oxigênio na água. 
 Aumento do DBO – débito biológico de oxigênio ou 
demanda bioquímica: diminui o teor de oxigênio = 
“zonas mortas”. 
 Anaeróbicos em grande quantidade liberam metano 
e H2S. 
 Para evitar eutrofização a partir de esgotos 
domésticos: lançamento de esgoto doméstico em 
oceanos (águas profundas: onde há mais água para 
diluir o esgoto, diminuindo o impacto). 
 Para recuperar ambientes eutrofizados deve-se 
fornecer oxigênio para haver decomposição aeróbica de 
matéria orgânica. 
 Tratamento de esgoto doméstico: lagos de oxidação 
com oxigênio (bombeamento de O2). 
 Fezes podem apresentar microorganismos 
patogênicos de transmissão oral-fecal. 
 Bioindicação: organismos vivos que agem como 
indicadores de poluição. 
 
Lixões à céu aberto 
 Ambientes para despejo de lixo sem que haja 
preparação do meiopara recebe-lo e sem tratamento, 
com vantagem no custo operacional. 
 Mau cheiro. 
 Proliferação de animais nocivos como moscas, 
baratas, ratos (que podem transmitir doenças). 
 Liberação de chorume ou lixivia: líquido preto e 
malcheiroso que pode contaminar solo e/ou lençóis 
freáticos. 
 Liberação de metano: resultado da decomposição 
anaeróbica da matéria orgânica do lixo, podendo causar 
incêndio/explosões por ser inflamável e contribuir para 
o aquecimento global. 
 Atração de pessoas de baixa renda que se expõe aos 
animais nocivos e às doenças por eles transmitidas. 
 
Aterros 
 Ambientes que recebem uma preparação mínima 
para receber o lixo, com desvantagem no maior custo 
operacional e com a vantagem e receber uma cobertura 
impermeável no solo para impedir a infiltração de 
chorume. 
 Recebe periodicamente camadas de terra, que 
evitam o mal cheiro e a proliferação de animais. 
 Possui tubulações para recolher metano (pode ser 
queimado, sendo convertido em CO2, o que diminui os 
riscos de incêndio, explosões, diminui o aquecimento 
global, visto que o CO2 retém menos calor). 
 O metano pode ser utilizado como combustível: 
biogás. 
 Biodigestores: produzem metano a partir de lixo 
orgânico, através de decomposição anaeróbica. 
 
Aterros sanitários: construídos para receber lixo. 
Aterros controlados: adaptação de lixões. 
 
Incineração 
 Principalmente para lixo contaminado (como lixo 
hospitalar). 
 Vantagem: diminuição do volume do lixo, eliminação 
de contaminantes biológicos. 
 Desvantagens: liberação de CO2. 
Biologia 
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 Compostagem: produção de adubo a partir de lixo 
orgânico, que com água e oxigênio libera nutrientes 
inorgânicos minerais = NPK. 
 
Coleta seletiva de lixo 
 Matéria orgânica para compostagem, lixo hospitalar 
para incineração, pilhas e baterias para reciclagem para 
impedir que metais pesados tóxicos sejam liberados no 
meio. 
 Cores para lixeira: vermelha para plástico, amarela 
para metal, verde para vidro, azul para papel, marrom 
para resíduos orgânicos, branco para lixo hospitalar. 
 Substâncias biodegradáveis: obrigatoriamente 
orgânicas, podendo ser utilizadas no metabolismo de 
algum ser vivo. Não se acumulam no meio. 
 São as fezes, urina, restos de alimentos (em excesso, 
podem causar eutrofização), petróleo, inseticidas, 
alguns detergentes, alguns plásticos (tóxicos e/ou 
prejudiciais ao ecossistema). 
 Substâncias não biodegradáveis: inorgânica ou 
orgânica. Não podem ser utilizadas no metabolismo de 
algum organismo vivo, se acumulando no meio por um 
longo período de tempo. 
 São os vidros, metais, maioria dos plásticos, 
inseticidas. 
 
Reciclagem 
 Para papel, metal, plástico, vidro. 
 3R: reduzir, reaproveitar e reciclar. 
 5r: + repensar e recusar (produtos fabricados por 
empresas que não respeitam o desenvolvimento 
sustentável).

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