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1 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Vesícula 
1M3 – VESÍCULA E VIAS BILIARES 
• Anatomia 
• Colelitíase 
• Colecistite 
• Polipose 
• Tumores 
 
 
ANATOMIA DA VESÍCULA BILIAR E DAS VIAS 
BILIARES: 
Os ductos biliares intra-hepáticos são uma rede de 
pequenos tubos que transportam a bile para fora do 
fígado. 
Os ductos menores, chamados dúctulos, juntam-se 
para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo, 
que saem do fígado. 
Os dois ductos se juntam fora do fígado e formam o 
ducto hepático comum. 
O ducto cístico da vesícula biliar se junta ao ducto 
hepático comum para formar o ducto biliar comum 
ou ducto COLÉDOCO. 
O ducto biliar comum ou colédoco passa pela cabeça 
do pâncreas e termina no duodeno. 
A bile é produzida pelo fígado e armazenada na 
vesícula biliar. 
Quando o alimento está sendo digerido, a bile é 
liberada da vesícula biliar até o duodeno, onde 
ajuda a digerir as gorduras. 
 
 
 
Vesícula biliar: 
A vesícula biliar está localizada dentro da fossa da 
vesícula biliar no aspecto inferior do fígado. 
Existem três partes anatômicas da vesícula biliar. 
De lateral para medial, são o fundo, o corpo e o colo 
(infundíbulo). 
O fundo é a parte mais lateral da vesícula biliar. Medial 
ao fundo está o corpo da vesícula biliar. O corpo da 
vesícula biliar afunila medialmente no colo ou no 
infundíbulo. É proximal à porta hepática e geralmente 
está associada a um mesentério curto que também 
contém a artéria cística. O infundíbulo se estreita no 
ducto cístico, que vai se unir ao ducto hepático 
comum formando o ducto colédoco. Em média, o 
ducto colédoco no adulto tem cerca de 6 mm de 
largura; no entanto, há relatos de que aumenta com a 
idade e nos pós-operatórios de colecistectomia. 
A vesícula biliar armazena a bile. A bile ajuda na 
digestão das gorduras e na absorção de vitaminas 
lipossolúveis (A, D, K). 
Saindo do colo tem o ducto cístico – meio espiralado. 
O ducto cístico se junta com o ducto hepático 
formando o colédoco (ducto comum). 
 
 
Colangiorressonância – avaliação dos ductos. Se tem 
líquido estático, cistos. 
 
Vesícula biliar – variantes anatômicas: 
 
 
2 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
 
 
Desenhos esquemáticos de variantes anatômicas da 
vesícula biliar com classificação por tipo. Exemplo de 
vesícula biliar dupla na ressonância (sequências em 
T2, T1 e T1 3D) 
 
COLELITÍASE: 
A colelitíase é a presença de cálculos no interior da 
vesícula biliar. 
A vesícula armazena a bile, que é produzido pelo 
fígado. A bile tem como função básica digerir as 
gorduras e auxiliar na absorção de nutrientes como as 
vitaminas A, D, E e K. 
Ela é composta por água, colesterol, sais biliares, 
bilirrubinato e lecitina. 
Quando o colesterol, os sais biliares ou os 
bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, 
há precipitação formando pequenos grânulos. 
Estes grânulos iniciam a formação dos cálculos 
biliares. A formação destes cálculos está mais 
relacionada a fatores metabólicos, hereditários e 
orgânicos do que à ingestão alimentar, então a 
alimentação não interfere muito neste processo. 
Existem dois tipos de cálculos que podem ser 
encontrados na vesícula biliar, os de colesterol ou de 
sais biliares; podem ser únicos ou vários, que vão 
desde pequenos grãos à grandes cálculos. 
Fatores de risco são: 
• Anemia hemolítica crônica. 
• Uso de ACO; 
• Emagrecimento acentuado; 
• Gravidez; 
• Idade avançada. 
• Mulheres em idade fértil; 
• Mulheres que tiveram múltiplas gestações; 
• Obesidade; 
• Pacientes submetidos a cirurgias gástricas; 
• Sedentarismo; 
• Uso de dieta parenteral. 
Muitas vezes é assintomática e descobrem estes 
cálculos quando estão investigando alguma outra 
patologia. 
O sintoma inicial é a cólica biliar, que pode ocorrer 
após as refeições de alimentos gordurosos. 
A ultrassonografia abdominal é o exame de escolha 
para a detecção de cálculos de vesícula, com 
sensibilidade e especificidade de 95%. 
 
Não tem tratamento além de cirurgia – não existe 
tomar remédio e a pedra dissolver. 
 
O desenvolvimento de cálculos – “pedras” – na 
vesícula e sua migração para os canais que drenam a 
bile do fígado e o pâncreas e têm grande repercussão 
nas doenças do sistema digestivo. A incidência de 
cálculos na vesícula biliar na população em geral é de 
aproximadamente 12%. Além da grande incidência, a 
afecção tem grande importância devido à 
possibilidade de complicações, geralmente 
relacionadas à migração dos cálculos e inflamações, 
tais como: 
#1 - Colecistite aguda - Inflamação da vesícula biliar 
secundária à impactação do cálculo no canal da 
própria vesícula biliar (ducto cístico). 
#2 - Icterícia obstrutiva - O cálculo migra para a via 
biliar principal (canal que liga fígado e duodeno - 
primeira porção do intestino delgado) e determina 
entupimento do canal biliar com consequente 
estagnação da drenagem de bile para o intestino. Isto 
gera o famoso “amarelão” ou icterícia. 
#3 - Colangite aguda - Infecção da via biliar 
principal. Esta doença é secundária à associação 
entre obstrução pelos cálculos e atividade bacteriana 
inflamatória na via biliar principal. 
Colangite = obstrução das vias biliares provocando 
dilatação dos vasos intra-hepáticos. 
#4 - Pancreatite Aguda - Doença determinada, em 
75% dos casos, pela passagem ou obstrução do ducto 
pancreático na região do esfíncter de Oddi (esfíncter 
situado na saída duodenal, logo após a junção entre 
o ducto pancreático que vem do pâncreas com a via 
biliar principal que vem do fígado). 
 
Os cálculos podem estar presentes no interior da 
vesícula biliar (local onde normalmente se formam) e 
migrar por todo trajeto das vias biliares até o intestino. 
Via de regra, o local onde o cálculo impacta vai 
determinar o aparecimento dos sintomas. 
 
3 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
 
Colelitíase com colecistite 
Colecistite aguda na presença de lama biliar com 
cálculos no exame de ultrassom: 
 
Vesícula normal: Parede fina e conteúdo anecoico. 
Todo líquido no USG fica preto – anecoico ou 
hipoecoico. 
Vesícula com parede espessa indica processo 
inflamatório. 
 
Quando tem lama biliar ou cálculo biliar, tem 
diferença de ecogenicidade. 
A lama é mais cinza, mais densa do que a bile. 
A ecogenicidade da pedra é tão densa que forma 
sombra. 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame 
ecográfico: 
Cálculo denso e com formação de sombra acústica 
posterior 
 
 
Cálculo é móvel! 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame 
ecográfico: Múltiplos cálculos densos e com 
formação de sombra acústica posterior 
 
Cálculos branco no fígado pode ser cálculos – 
microcalculos nas vias biliares dentro do fígado. 
 
Exemplos de vesícula repleta de cálculos (sinal de 
WES) no exame ecográfico: Múltiplos cálculos 
densos e com formação de sombra acústica posterior 
 
Sinal de WES: vesícula biliar de paredes finas repleta 
de cálculos. 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame 
tomográfico: Cálculo denso e com formação de 
parede calcificada. 
 
4 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
Halo calcificado. Sem contraste e com contraste. 
Cálculo 90% é colesterol – pode se confundir com a 
própria bile. 
Pode aparecer como bola de ar na vesícula – mas não 
é, ar seria bactéria, ruptura da vesícula. No caso a 
densidade do cálculo é tão baixa que chega a ser 
igual a da gordura peritoneal – cálculo de colesterol. 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame 
tomográfico e por ressonância: Cálculos de 
colesterol (gordura) tipo ex-vácuo e pouco visíveis (a, 
c, d), confirmados na RM (b). 
 
T2 com ou sem saturação da gordura. 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame por 
ressonância: Cálculos de colesterol (gordura) na 
sequência em T2, cortes axial e corona do abdome. 
No detalhe: ducto colédoco dilatado e contendo 
cálculos. 
 
Quando o cálculo está impactado no final do 
colédoco. Líquido dentro do colédoco – e alguma 
coisa preta indicando cálculo. 
 
Exemplos de cálculosbiliares no exame de 
ressonância: Cálculos de colesterol (gordura) 
preenchendo a vesícula biliar (a e b) e o colédoco (a). 
 
 
Exemplos de cálculos biliares no exame de RX: 
Cálculos biliares calcificados (seta vermelha) e alça 
sentinela (seta verde). Vesícula biliar com paredes 
calcificadas ou em porcelana (c) 
 
Vesícula em porcelana – inflamou e desinflamou – 
colecistite crônica – cicatriza/calcifica a parede da 
vesícula. Pode formar metaplasias. 
 
Vesícula biliar com paredes calcificadas ou em 
porcelana nos exames de TC e RX. 
 
Primeiro exame para fazer diagnóstico de cálculo é 
USG, o segundo não é TC (cálculo pode ser invisível). 
O segundo exame de escolha é a Ressonância com 
colangiorressonância. 
 
Colelitíase com colecistite: 
Colecistite aguda na presença de lama biliar sem 
cálculo vista no exame de ultrassom 
 
Vesícula inflamada de paredes espessas e com edema 
ao redor. Edema na ultrassom é caracterizado pela 
diminuição da ecogenicidade de toda estrutura em 
volta. Dentro tem diferença de ecogenicidade entre a 
bile normal e a lama biliar. 
A formação da lama biliar nem precisa ter cálculo e já 
pode causar processo inflamatório – colecistite. 
A lama impacta e impede que a bile progrida – 
icterícia obstrutiva sem pedra. 
 
Colecistite aguda no exame de ultrassom: cálculos 
formando sombra acústica posterior com 
espessamento e edema parietal 
 
O mais comum é ter parede espessa, edema peribiliar 
com cálculos. 
 
5 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
Colecistite aguda na presença de lama biliar com 
cálculos no exame de ultrassom. 
 
 
COLECISTITE: 
Colecistite litiásica aguda: 
Colecistite aguda na tc com contraste com edema 
parietal (círculo vermelho). Cálculo biliar calcificado 
(b) e cisto renal direito (seta vermelha). 
 
Borramento da gordura peritoneal é comum a 
quase todo tipo de processo inflamatório abdominal. 
Processo inflamatório intenso faz hiperemia da 
gordura. 
 
Ressonância magnética (RM) típica de colecistite 
aguda com tomografia computadorizada (TC) com 
contraste. Homem de 40 anos com colecistite aguda 
devido a cálculos biliares. São mostradas RM e TC 
com contraste dinâmico. 
Fase inicial (a) e fase venosa portal (b) da RM com 
contraste. 
Fase inicial (c) e fase venosa portal (d) da TC com 
contraste. 
Numerosos vazios de sinal são visíveis na vesícula 
biliar (a, ponta de seta que indica os cálculos biliares). 
É evidente realce nítido da parede da vesícula biliar 
pelo contraste (b, setas). Esse realce de contraste da 
parede é mais claramente visualizado na RM em 
comparação com a TC com contraste, e a visualização 
dos cálculos biliares também é melhor na RM do que 
na TC. Para identificar cálculos biliares, a ressonância 
magnética ponderada em T2 também é útil. 
 
Quando são processos inflamatórios iniciais, pode 
não ver na USG ou TC, mas na RM com contraste sim. 
 
Colecistite alitiásica aguda: 
 
Imagens típicas de tomografia computadorizada (TC) 
de colecistite gangrenosa. Mulher na casa dos 70 
anos com colecistite gangrenosa (colecistite aguda 
acalculosa). TC com contraste dinâmico (a, simples; 
b, fase inicial; c, fase de equilíbrio). Aumento da 
vesícula biliar, espessamento da parede da vesícula 
biliar e lesões edematosas abaixo da serosa da 
vesícula biliar são evidentes na TC simples (setas). Na 
TC com contraste (b, c), a irregularidade da parede da 
vesícula biliar e a falta parcial de realce do contraste 
podem ser vistas (setas) como a aparência 
característica da colecistite gangrenosa. Coloração 
transitória de fase inicial do parênquima hepático (b) 
e alterações edematosas no ligamento 
hepatoduodenal (c, ponta de seta) também são 
aparentes, sugerindo a disseminação da inflamação. 
Processo inflamatório sem cálculo – não tem pedra, 
mas a vesícula está inflamada. 
Parede espessada, bile homogênea e borramento da 
gordura da vesícula (tinha que estar preto, mas está 
densa). 
 
Colecistite aguda: 
Colecistite aguda no US - gás na parede (Colecistite 
enfisematosa seta azul). Presença de gás nas vias 
biliares dentro do fígado - aerobilia (setas verdes). 
 
Inflamação tão grave que a parede da vesícula encheu 
de gás. Pode confundir na USG – alça intestinal. 
 
6 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Setas verdes: gás dentro das vias biliares do fígado. 
 
Colecistite aguda na tc com contraste com gás na 
parede (Colecistite enfisematosa). Formação de 
nível líquido significa perfuração parietal 
 
 
Colecistite xantogranulomatosa: 
A colecistite xantogranulomatosa é uma variante 
incomum da colecistite crônica, caracterizada por um 
processo inflamatório carregado de lipídios 
comparável à pielonefrite xantogranulomatosa. Os 
exames de imagem mostram espessamento 
acentuado da parede da vesícula biliar, muitas vezes 
contendo nódulos intramurais, hipoecogênicos à 
ultrassonografia e hipoatenuantes à TC, 
representando abscessos ou focos de inflamação 
xantogranulomatosa. Essas características se 
sobrepõem às do carcinoma da vesícula biliar, 
tornando muitas vezes impossível a distinção pré-
operatória entre essas entidades. 
Inflamação muito reativa – espessa muito a parede, 
edema em volta. Perfura com muita facilidade – tem 
que tratar rápido. 
 
 
Colecistite Xantogranulomatosa. À ESQUERDA: US 
mostra espessamento da parede marcado com 
nódulos hipoecóicos intramurais (setas) e um cálculo 
intraluminal (seta). DIREITA: TC com contraste mostra 
uma parede da vesícula biliar deformada e espessa 
contendo nódulos hipoatenuantes. 
 
 
Colecistite Xantogranulomatosa. Nódulos 
hipoatenuantes (setas) representam abscessos. O 
lúmen contém várias pedras (seta). Nesse caso, 
homem de 71 anos com colecistite 
xantogranulomatosa. A TC com contraste mostra uma 
parede da vesícula biliar deformada e espessa 
contendo nódulos hipoatenuantes. Estes 
representam abscessos ou focos de inflamação. 
 
Colecistite perfurada: 
 
TC de abdome com contraste axial. Há espessamento 
da parede da vesícula biliar e líquido pericolecístico 
consistente com colecistite aguda. Há um defeito na 
parede medial da vesícula biliar com coleção 
hipoatenuante no segmento 5 do fígado (seta). As 
aparências são consistentes com perfuração da 
vesícula biliar e abscesso hepático. 
Vesícula totalmente inflamada com nódulo dentro do 
fígado – inflamação do fígado / abcesso hepático. 
 
 
7 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
TC de abdome com contraste axial. Vesícula biliar 
repleta de cálculos com um defeito na parede medial 
que comunica com a 1ª porção do duodeno. Seta 
laranja mostrando a fístula colecistoduodenal. 
 
Síndrome de Bouveret: 
 
Ultrassonografia (a), TC (b, c), RM (d) e imagens 
endoscópicas (e). Demonstrando um grande cálculo 
biliar calcificado no duodeno proximal com um 
estômago massivamente dilatado. Os achados são 
compatíveis com uma obstrução intestinal proximal 
consistente com a síndrome de Bouveret. 
Obstrução intestinal por cálculo que migrou da 
vesícula biliar para dentro do intestino 
 
Íleo biliar: 
 
TC coronal (a) e axial (b) com contraste do abdome 
demonstrando múltiplas alças dilatadas do intestino 
delgado. Há um cálculo biliar obstrutivo 
hiperatenuante periférico de 3 cm no flanco esquerdo 
(seta 1). Há extenso processo inflamatório no leito da 
vesícula com ar na vesícula (seta 2) compatível com 
fístula colecistoentérica. As aparências são 
consistentes com uma obstrução intestinal secundária 
a um íleo biliar. 
Cálculo perfura o jejuno e para no íleo. 
 
Cólon biliar: 
 
Visão coronal da tomografia computadorizada 
mostrando fístula colecistocolônica entre a vesícula 
biliar e a flexura hepática do cólon (seta laranja). O 
grande cálculo biliar também pode ser visto (seta azul) 
no cólon sigmóide. Visão sagital da tomografia 
computadorizada mostrando o cálculo biliar 
impactado (seta azul) na junção retossigmóide ao 
nível do promontório sacral (seta laranja). 
Perfurou para dentro do colon – colon dilatado. 
Vesícula comunicandocom o intestino. 
 
Colecistite perfurada: 
 
TC de abdome com contraste axial (a) e coronal (b). 
Há extenso espessamento da parede da vesícula biliar 
com processo inflamatório estendendo-se pelo 
peritônio até a parede abdominal anterolateral direita 
com fístula para a pele (setas). 
Abcesso de parede abdominal por conta de 
perfuração intestinal. – processo inflamatório da 
vesícula intenso que perfura a parede – fístula. 
 
Síndrome de Mirizzi: 
A síndrome de Mirizzi pode ocorrer como uma 
apresentação de colelitíase ou numa colecistite 
aguda. Ocorre quando um cálculo biliar impactado 
no infundíbulo biliar ou no ducto cístico causa 
obstrução da árvore biliar e colestase. A colestase é 
o resultado de qualquer compressão direta do ducto 
 
8 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
hepático comum ou inflamação local secundária 
causando edema da parede do ducto biliar com ou 
sem fibrose. Os pacientes podem ou não 
experimentar dor abdominal no quadrante superior 
direito, febre, e leucocitose. A Síndrome de Mirizzi é 
a causa mais comum de icterícia obstrutiva aguda. 
A diferenciação desta condição de outras causas de 
icterícia obstrutiva é fundamental para direcionar 
adequadamente tratamento clínico e cirúrgico. 
Pode ser causada por cálculo, tumor, doença 
inflamatória. 
 
 
 
Dois pacientes com síndrome de Mirizzi. A, Em 
homem de 86 anos com dor no quadrante superior 
direito e icterícia obstrutiva de início recente 
(bilirrubina total = 3,8mg/dL), imagem axial de TC 
com contraste mostra dilatação biliar intra-hepática 
moderada (setas). B, imagem axial de TC com 
contraste ligeiramente inferior a A mostra 
espessamento da parede da vesícula biliar, edema 
pericolecístico e distensão anormal da vesícula biliar. 
C, TC coronal confirma a presença de cálculos biliares 
grandes no colo da vesícula biliar (seta). D, Mulher de 
68 anos também com síndrome de Mirizzi, imagem 
coronal ponderada em T2 mostra grande cálculo 
biliar no colo da vesícula biliar (seta). Algumas pedras 
pequenas e não obstrutivas também estão presentes 
distalmente no ducto colédoco (cabeça de seta) E, 
CPRE realizada no mesmo paciente de D mostra 
compressão extrínseca no ducto hepático comum 
(seta) por cálculo biliar grande dentro do colo da 
vesícula biliar. A dilatação biliar intra-hepática 
(cabeças de setas) também está presente. 
 
 
Síndrome de Mirizzi. Ultrassonografia da vesícula 
biliar mostra moderada dilatação das vias biliares 
biliar intra-hepática (setas vermelhas), espessamento 
da parede da vesícula biliar (setas verdes), cálculo 
impactado no infundíbulo biliar (setas amarelas) 
com distensão anormal da vesícula biliar. 
 
 
COLEDOCOLITÍASE: 
Caracterizada pela presença de cálculos no trajeto 
do ducto colédoco, com ou sem processo 
inflamatório associado. 
Muitas vezes apresentam uma tétrade de fezes 
acólicas (pálidas), urina escura, icterícia 
intermitente e prurido (coceira excessiva). Esses 
são os sinais patognomônicos da icterícia 
obstrutiva. 
No entanto, essas características também podem 
estar presentes em outros distúrbios, como tumor na 
cabeça do pâncreas, tumor periampular ou tumor da 
ampola de Vater. 
Colangio RM mostrando ductos hepáticos nas setas 
amarelas e ducto pancreático nas setas vermelhas. 
 
 
 
A colangioRM mostra um defeito de enchimento no 
colédoco distal causado por um cálculo biliar. A 
dilatação do colédoco e dos ductos intra-hepáticos 
acima do cálculo indica obstrução biliar. Nenhuma 
pedra é visível dentro da vesícula biliar distendida. 
O preto é a falta da bile – se tive bile estaria branco 
 
 
9 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
Imagem MIP de ressonância magnética coronal da 
árvore biliar (colangioRM). A vesícula biliar está 
ausente de acordo com uma colecistectomia prévia. 
Há um defeito de enchimento no ducto colédoco 
distal (seta) com dilatação associada do ducto biliar 
consistente com um cálculo biliar obstrutivo. 
 
 
Tomografia computadorizada corte coronal 
demonstrando litíase biliar no colédoco distal (seta). 
 
Microlitíase biliar intra-hepática: 
 
Imagem MIP de ressonância magnética coronal da 
árvore biliar (colangioRM). A vesícula biliar está 
ausente de acordo com uma colecistectomia prévia. 
Há um defeito de enchimento no ducto colédoco 
distal (seta) com dilatação associada do ducto biliar 
consistente com um cálculo biliar obstrutivo. 
 
PÓLIPOS E POLIPOSE BILIAR: 
Os pólipos na vesícula são pequenos nódulos que 
crescem na parede da vesícula biliar. 
São fixos na parede 
Eles se originam, geralmente, por excesso de 
colesterol ou devido a processos inflamatórios 
crônicos. A maioria dos pólipos de vesícula é de 
pólipos de colesterol e não causam nenhum sintoma. 
Pólipos de colesterol, adenomiomatose e pólipos 
inflamatórios, nessa ordem de frequência, constituem 
os principais pseudotumores polipóides. Estão 
presentes em cerca de 5% da população em geral. 
O tamanho é o preditor mais importante de 
malignidade: 100% dos pólipos > 20 mm são 
malignos; 43-77% dos pólipos de 10-20 mm são 
malignos; 94% dos pólipos benignos são < 10 mm. 
Fatores de risco para malignidade: 
• Idade > 60, 
• cálculos biliares, 
• coexistência de colangite esclerosante primária 
(PSC). 
Fatores tranquilizadores: 
• estabilidade ao longo do tempo, 
• múltiplos pólipos, 
• morfologia pediculada (versus séssil). 
No US, os pólipos de colesterol aparecem como 
pequenas, redondas e lisas lesões arredondadas, 
intraluminais que estão presas à parede. 
No US, os adenomas da vesícula biliar podem variar 
em tamanho (até 20 mm), têm um corpo séssil ou 
pedunculado, podem demonstrar vascularização 
interna ao Doppler colorido e são tipicamente 
solitários. 
Pólipo único maior que 2cm pode ser sinal de tumor. 
 
Pólipos biliares: 
Ao estudo ecográfico notamos pólipos biliares 
típicos, que se apresentam imóveis, de contornos 
regulares e sem formar sombra posterior. Na última 
imagem estudo Doppler mostra vascularização do 
pólipo. 
 
 
Polipose biliar caracterizada por nódulos hipo e 
hiperecogênicos nas paredes da vesícula biliar no 
ultrassom. 
 
Pólipos podem provocar lama biliar e inflamar a 
vesícula. Um pólipo pode entupir o infundíbulo. 
 
 
10 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Polipose biliar caracterizada por nódulos com 
hipossinal nas paredes da vesícula biliar nos cortes 
axial e coronal em T2 e na sequência colangiográfica 
mostrando as falhas de enchimento. 
 
Pólipos são menos densos que cálculos 
 
Pólipos adenomatosos da vesícula biliar em dois 
pacientes. (a) imagem de um homem de 81 anos com 
cólica biliar mostra pólipo intraluminal (ponta de seta) 
com frondes papilares e vascularização interna que 
provou ser um adenoma na cirurgia. (b) Imagem axial 
de TC obtida em um homem de 74 anos para avaliar 
uma hérnia mostra uma grande massa realçada (4 cm) 
(cabeça de seta) que era diferencial para câncer. 
Análise patológica do espécime cirúrgico indicou 
adenoma. 
 
 
ADENOCARCINOMA: 
O pólipo maligno mais comum da vesícula biliar é o 
adenocarcinoma primário da vesícula biliar. É a quinta 
neoplasia gastrointestinal mais comum em todo o 
mundo, com maior incidência entre mulheres e 
idosos. O carcinoma da vesícula biliar tem um 
prognóstico muito ruim porque é frequentemente 
detectado em um estágio avançado. 
Tem forte associação com cálculos biliares; 
inflamação crônica da vesícula biliar e com vesícula 
biliar em porcelana, com colangite esclerosante. 
O adenocarcinoma da vesícula biliar é dividido em 
múltiplos subtipos, sendo o mais comum é a forma 
papilar. O carcinoma da vesícula biliar tem várias 
aparências de imagem, variando de uma lesão 
intraluminal polipóide a uma massa infiltrante 
substituindo a vesícula biliar, podendo também 
apresentar-se como espessamento mural difuso. 
Achados associados, como invasão de estruturas 
adjacentes, dilatação secundária do ducto biliar e 
metástases hepáticas ou nodais, podem ajudar a 
diferenciar um carcinomade uma colecistite aguda ou 
xantogranulomatosa. 
Na ausência desses achados associados, pode não ser 
possível diferenciar um carcinoma de uma colecistite 
xantogranulomatosa. 
 
Câncer de vesícula biliar em um homem de 74 anos. 
(a) A imagem mostra uma massa de base larga de 3 
cm (cabeça de seta) com espessamento focal da 
parede adjacente (setas). (b) A imagem axial de RM 
com contraste mostra a massa em forma de fronde 
(ponta de seta), que demonstra aprimoramento. (c) 
Imagem axial de PET/CT mostra a massa (cabeça de 
seta), com intensa captação de FDG 
(FluoroDesoxiGlicose). 
 
 
À ESQUERDA: Carcinoma da vesícula biliar. O US 
mostra espessamento generalizado acentuado da 
parede (pontas de seta), substituindo o lúmen da 
vesícula biliar. Múltiplos cálculos da vesícula biliar 
(seta) indicam a provável localização do lúmen 
preenchido. DIREITA: TC com contraste mostra uma 
vesícula biliar de paredes espessas (ponta de seta), 
com infiltração local da massa no fígado adjacente 
(seta). 
 
 
Vesícula biliar anormal com pedras e lama e uma 
parede irregular espessada. Massa hepática 
adjacente a fossa biliar e trombo da veia porta 
esquerda compatível com invasão tumoral. 
 
 
Vesícula biliar anormal com pedras e lama e uma 
parede irregular espessada. Massa hepática 
adjacente a fossa biliar e trombo da veia porta 
esquerda compatível com invasão tumoral.

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