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Introdução a farmacologia: 
- Farmacologia → palavra de origem grega 
Farmakon: Droga 
Logos: Estudo 
- Farmacologia é a ciência que estuda as interações 
entre os compostos químicos com o organismo 
vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito 
maléfico (tóxico) ou benéfico (medicamento) 
- O que determina se um medicamento vai produzir 
um efeito bom ou ruim é a dose e a via de 
administração 
- Droga popular (maconha...) → tóxico 
Propriedades da droga ideal: 
• Efetividade → se ligar ao receptor e produzir 
um efeito desejado 
• Segurança → efeito terapêutico 
• Seletividade 
• Reversibilidade 
• Fácil administração 
• Mínimas interações 
• Isenta de reações adversas 
- O efeito colateral/efeito adverso acontece quando 
as propriedades da droga ideal não são atingidas 
100% 
 
Ramos da farmacologia: 
Farmacognosia: Ramo da farmacologia que 
estuda a origem dos fármacos. 
Origem: natural, sintética, semissintética. 
Farmacotécnica: Estuda a preparação de 
fármacos. 
Farmacocinética: Estuda o movimento dos 
fármacos no organismo (absorção, distribuição, 
metabolização e excreção) 
Farmacodinâmica: Estuda os efeitos fisiológicos, 
bioquímicos e mecanismo de ação dos fármacos. 
 
 
 
 
Toxicologia: É o ramo que estuda os efeitos 
deletérios dos fármacos. 
 
Conceitos básicos: 
Fármaco = Droga: substância de estrutura química 
bem definida com ação farmacológica, ou pelo 
menos interesse médico. 
- Substância química que faz mal → droga 
Droga ≠ Medicamento: substância química com 
propriedades benéficas 
- Substância química que faz bem → medicamento 
Medicamento ≠ Remédio: substância ou medida 
utilizada para curar enfermidade 
- Nem sempre um remédio é uma substância 
química. Ex: fisioterapia, mandar o paciente tomar 
sorvete... 
 
Vias de administração: 
- A via é o local do corpo onde o fármaco entrará 
em contato com o organismo, mas uma vez que ele 
entra, ele tem de sair 
Efeito local: em uma região específica, a condição 
seria não está na corrente sanguínea 
Efeito sistêmico: age no organismo como um todo, 
estando em toda a corrente sanguínea. Uma vez que 
o fármaco for absorvido, tem esse efeito. 
 
- A farmacocinética estuda “o que o organismo faz 
com o fármaco” 
- A farmacodinâmica estuda “o que o fármaco faz 
com o nosso organismo” 
Farmacocinética: Absorção, distribuição, 
metabolização e excreção 
 
Farmacologia – Prova 
 
Farmacocinética: 
- Movimento do fármaco pelo organismo 
- Envolve: 
1. Absorção 
2. Distribuição 
3. Biotransformação/ Metabolização 
4. Excreção/ Eliminação 
- Absorção vai acontecer basicamente no estômago 
e na porção inicial do intestino 
- Então esse medicamento vai ser absorvido, parte 
dele vai chegar na circulação sanguínea (porque 
parte dele vai ser perdido) e vai ficar circulando 
pelo organismo (distribuição) 
- Vai chegar ao local de ação e também em outros 
lugares, inclusive no fígado (que é o local que ele 
vai ser metabolizado) 
- Vai acontecer alguma coisa durante a 
metabolização, e o fígado irá indicar que é o 
momento da excreção 
- Se o fígado não funciona bem, a metabolização 
será prejudicada e consequentemente terá 
dificuldade para excreção 
- Em pacientes que tem disfunção hepática/renal, 
são pacientes que devemos ter cuidado, pois os 
medicamentos terão dificuldade de ser 
metabolizados (normalmente é utilizado um 
medicamento com uma dosagem menor para esses 
pacientes ou medicamentos que não são 
metabolizados no fígado) 
 
 
Absorção: 
- Transferência do fármaco desde seu local de 
administração até alcançar a corrente circulatória (é 
basicamente sair do local de administração e chegar 
até o sangue) 
(Injeção chega diretamente na corrente sanguínea, 
não precisamos preocupar muito com a absorção) 
- Quando maior a absorção, maior será o efeito 
Absorção → biodisponibilidade 
- A grandeza dos efeitos de um fármaco no 
organismo é quase sempre proporcional ao seu grau 
de absorção, o que determina a escolha da via de 
administração e a dosagem. 
- Em geral, quanto maior for a biodisponibilidade 
de um fármaco, mais rápida será sua resposta 
terapêutica → biodisponibilidade depende de qual 
foi a forma farmacêutica utilizada 
- A biodisponibilidade é decrescente conforme o 
fármaco se apresente nas seguintes formas 
farmacêuticas: 
solução > emulsão > suspensão > cápsula > 
comprimido > drágea 
- Alguns fatores influenciam nessa 
biodisponibilidade, como o metabolismo de 
primeira passagem 
Metabolismo de primeira passagem: é quando o 
fármaco antes de chegar na circulação sanguínea 
passa pelo fígado, o fígado destrói esse fármaco, e 
só uma fração consegue chegar na circulação 
sanguínea (a solução é administrar por outra via) 
- A absorção também depende do medicamento 
está livre na corrente sanguínea → Ao tomar um 
fármaco, nem todo fármaco fica livre na corrente 
sanguínea, uma parte deles podem ficar ligados a 
proteínas plasmáticas por exemplo 
- Via intravenosa não depende da absorção, pois o 
medicamento é injetado diretamente na corrente 
sanguínea. 
- Veia porta hepática: ligação com o fígado → ao 
chegar no fígado vai ser metabolizado, ou seja, não 
é bom cair nessa veia pois assim o fármaco perderá 
o efeito, pois vai ser metabolizado no fígado e 
excretado 
 
- Considerações quanto à absorção: 
1) Água é a melhor parceira para ingestão (250ml) 
2) Buscar um equilíbrio entre a plenitude gástrica e 
o estômago completamente vazio 
- Absorção depende de: 
• Solubilidade 
• Concentração 
• Circulação 
• Área de absorção 
Solubilidade: 
- Quanto mais solúvel, mais rapidamente 
absorvido. As substâncias em solução são mais 
rapidamente absorvidas que as sob forma sólida. 
Concentração: 
- As soluções mais concentradas são mais 
rapidamente absorvidas do que as em baixa 
concentração. 
Circulação: 
- O aumento do fluxo sanguíneo na área de 
absorção aumenta a passagem do medicamento, e 
logicamente a sua absorção. Este aumento de fluxo 
pode ser conseguido por massagens, calor local etc. 
Área de Absorção: 
- Quanto maior a superfície de contato oferecida ao 
medicamento, maior será a absorção. 
- Quanto maior for o estômago, maior será a 
absorção 
Distribuição: 
- Os fármacos penetram na circulação sanguínea e, 
uma vez no sangue, se distribuem aos diferentes 
tecidos do organismo, onde irão exercer suas ações 
farmacológicas 
- Fração livre 
- O teor e a rapidez de distribuição de um fármaco 
dependem, principalmente, de sua ligação às 
proteínas plasmáticas e teciduais. Após a absorção, 
eles apresentam-se no plasma na forma livre apenas 
parcialmente, pois uma proporção maior ou menor 
do fármaco irá se ligar às proteínas plasmáticas, 
geralmente à albumina e às alfa-globulinas. 
- A fração do fármaco ligada às proteínas 
plasmáticas não apresenta ação farmacológica, ou 
seja, somente a fração livre do fármaco é 
responsável pelo seu efeito. 
- Fatores que influenciam na distribuição: 
Fluxo sanguíneo local → quanto maior o fluxo 
sanguíneo, maior será o transporte 
Barreira hematoencefálica → barreira que separa o 
sistema circulatório do sistema nervoso. Então se 
algum fármaco tem ação no sistema nervoso, ele 
vai precisar ultrapassar essa barreira, que é uma 
membrana espessa lipídica 
Biotransformação: 
- Conjunto de reações enzimáticas que 
transformam o fármaco num composto diferente 
daquele originalmente administrado, para que 
possa ser excretado 
• Fígado (citocromo P450) 
• Mucosa intestinal 
• Plasma sanguíneo 
• Pulmões 
• Placenta 
• Pele 
- Alguns fármacos de uso odontológico têm um 
significativo metabolismo de primeira passagem, 
como a lidocaína e o ácido acetilsalicílico. 
- Quanto mais hidrossolúvel, mais fácil será de 
eliminá-lo 
Excreção / Eliminação 
- Fármaco para o meio externo: 
• Urina (mais importante) 
• Fezes 
•Suor 
• Lágrima 
• Saliva 
• Bile 
• Leite materno (cuidado!) 
- Temos que ter cuidado com medicamentos que 
são excretados pelo leite materno, pois pode ser 
tóxico para o bebê 
- Nos idosos, por exemplo, a eliminação de certos 
medicamentos pela urina pode ser prejudicada, por 
apresentarem a função renal diminuída. Isso 
justifica o emprego de doses menores de 
benzodiazepínicos em idosos (p. ex., lorazepam), 
para se evitar a maior duração de seus efeitos. 
 
Farmacodinâmica: 
- Mecanismo de ação dos fármacos e seus efeitos 
Efeito terapêutico → farmacodinâmica 
 
Lei de ação das massas 
- A velocidade de uma reação química é 
proporcional ao produto das concentrações dos 
reagentes 
Ka (constante de equilíbrio) – característica da 
droga e do receptor 
Conceitos: 
Efeito terapêutico: é aquele que objetiva-se 
(objetivo do tratamento) 
Efeito colateral: simultâneo, porém diferente 
daquele efeito principal; pode ser benéfico ou 
indiferente e não necessariamente adverso, 
indesejável 
Efeito adverso: efeito indesejável; resposta 
prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses 
normalmente utilizadas em seres humanos 
Efeito teratogênico: efeito adverso grave sobre o 
feto, que provoca alteração morfológica, funcional 
e emocional 
Hipersensibilidade: alergia; reação imunológica, 
que pode se manifestar com urticária ou pode até 
mesmo ter uma reação anafilática fatal 
Princípio ativo: é a substância do medicamento que 
provoca ação terapêutica (placebo não tem 
principio ativo) 
Genérico: mesmo princípio ativo, mesmas 
características e a mesma ação terapêutica que um 
de marca (ou referência), pesquisado e 
desenvolvido por outro laboratório farmacêutico, 
cuja patente já está vencida 
Similar: “copia” os chamados remédios de marca, 
propondo-se a manter a equivalência terapêutica 
com os mesmos. Alguns itens, porém, podem ser 
diferentes, como dose ou indicação de 
administração, tamanho e forma do produto, prazo 
de validade, embalagem e rotulagem 
 
Agonista: 
- Agonista: é um fármaco que possui afinidade por 
um receptor particular e causa uma modificação no 
receptor que resulta em um efeito observável → 
Tendência do fármaco se associar a um tipo 
particular de receptor 
Agonista total/plenos: produz efeito máximo 
(efeitos que não são percebidos por outros 
fármacos) 
Ex: ADL (melhor efeito de vasoconstrição) 
Agonista parcial: efeito máximo menor que o 
agonista total. 
Ex: NADL 
- A diferença entre essas duas classes de agonista 
deve-se a diferença entre suas atividades 
intrínsecas 
Atividade intrínseca: é um termo utilizado na teoria 
da ocupação clássica para descrever a capacidade 
de um fármaco de ativar um receptor após a 
formação do complexo fármaco-receptor 
 
Antagonista: 
- Se liga ao receptor, mas não o ativa (não produz 
resposta) 
- Um antagonista é uma molécula que inibe a ação 
de um agonista, mas que não exerce nenhum efeito 
na ausência do agonista 
- Droga que reduz resposta, a amoxicilina por 
exemplo, reduz o efeito do anticoncepcional, sendo 
assim, a amoxicilina é antagonista 
Ex: reverter superdosagem 
- Os antagonistas de receptores também podem ser 
divididos em antagonistas reversíveis e 
irreversíveis, isto é, antagonistas que se ligam a 
seus receptores de modo reversível e antagonistas 
que se ligam irreversivelmente 
Antagonista competitivo: se liga de forma 
reversível ao receptor no mesmo sítio que o 
agonista, mas possui atividade intrínseca igual a 
zero 
(Compete pelo mesmo receptor) 
Ex: naloxona 
Antagonista não competitivo: não se liga ao 
receptor, mas diminui a afinidade do agonista 
Ex: ASS 
- O bloqueio não competitivo não é superado, isto 
é, o efeito máximo de um agonista nunca pode ser 
alcançado, independente da dose administrada. 
- Um antagonista não competitivo pode diminuir o 
número efetivo de receptores por ligar-se de forma 
irreversível ao sítio receptor ou por ligar-se com 
afinidade tal que o agonista não consegue competir 
com ele para realizar outra ligação 
 
Curva de concentração-efeito: 
Resposta x Ocupação: 
- Resposta fisiológica integrada 
Ex: elevação de PA produzida pela adrenalina 
Ação e efeito: 
- A ação de um fármaco nada mais é do que o local 
onde ele age; o efeito, o resultado dessa ação. 
Interação com receptores e outros sítios do 
organismo: 
- A ação de um fármaco ocorre quando ele interage 
com os sítios orgânicos de resposta, que se 
constituem em estruturas celulares especializadas 
(receptores) e sítios reativos em enzimas, que 
dependem da ligação com o fármaco, ou ainda por 
tecidos ou fluidos orgânicos, que se modificam por 
ação inespecífica gerada pela simples presença do 
mesmo. 
Relação dose-efeito: 
- A intensidade do efeito de um fármaco geralmente 
aumenta de acordo com o aumento da dose 
administrada. 
Dose eficaz mediana e dose letal mediana: 
- A dose eficaz é aquela capaz de produzir os 
efeitos benéficos, e a dose letal é aquela capaz de 
matar. 
 
- Porcentagem de ocupação 
Ex: Acetilcolina ocupa 1% para obter efeito 
(receptores de reserva) 
 
 
Eficácia: 
- Máximo de efeito 
- Resposta máxima produzida por um fármaco. 
Assim, quanto maior a resposta, mais eficaz será a 
droga. 
Ex: morfina é mais eficaz que a dipirona, pois a 
morfina em algum momento ela vai fazer mais 
efeito que a dipirona 
 
Potência: 
- O máximo de efeito que um medicamento vai ter 
para uma mesma dose 
- Dose para uma droga produzir um nível de 
resposta arbitrariamente determinado. Diz-se que 
uma droga é mais potente quando uma mesma ou 
menor dose resulta em um maior efeito. 
- A potência geralmente está relacionada à 
afinidade pelo receptor 
- Concentração em que produz 50% da sua resposta 
máxima 
 
 
Índice terapêutico: 
- Estabelece a segurança do fármaco. Fornece 
alguma idéia de margem de segurança no uso de 
um fármaco 
- É calculado pela relação entre a DL 50 e a DE 50 
- De 50 ou dose efetiva média, é a dose com a qual 
50% dos indivíduos testados mostram resposta 
- DL 50 ou dose letal média, é a dose letal 50% da 
amostra 
- IT= DL50/DE50 
 
 
 
Perguntas: Anti-inflamatório: 
2/3 dias de uso de anti-inflamatórios na 
odontologia 
Crianças: ibuprofeno, dipirona e paracetamol 
Gestante: paracetamol 
1. Qual a diferença entre inflamação e uma 
infecção? 
Infecção - são causadas por agentes externos. O 
organismo reage a entrada de micro-organismos 
como vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse 
processo, as células de defesa tentam combater os 
micro-organismos, o que normalmente dá origem 
ao aparecimento de pus. Alguns sintomas que 
podem ser causados por infecções: 
• Febre (principal sintoma) 
• Dor no local infectado; 
• Aparecimento de pus 
• Dores musculares; 
• Diarreias; 
• Fadiga; 
• Tosse. 
Inflamação - é uma resposta do organismo a uma 
agressão, como cortes e batidas. A inflamação pode 
partir, também, do sistema imunológico. Nesse 
caso, são as nossas células de defesa que agridem o 
corpo. No processo inflamatório, ocorre dilatação 
dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de outros 
fluidos corporais para o local lesionado. Por isso, 
esse processo causa sintomas como: 
• tumor (edema) 
• rubor (vermelhidão) 
• calor 
• dor 
• perda funcional. 
- Toda vez que tiver uma infecção, haverá uma 
inflamação, mas pode ter uma inflamação sem uma 
infecção. 
Ex: traumas de quedas → gera inflamação, mas 
não necessariamente existe uma infecção 
- Inflamação geralmente é mais localizada, e a 
infecção afeta o organismo todo 
- Temos dois tipos de anti-inflamatórios: anti-
inflamatórios não esteroide e anti-inflamatório 
esteroide 
2. Qual a diferença entre um anti-inflamatório 
esteroide e um não esteroide? 
- O que muda é o mecanismo de ação 
- O anti-inflamatório não esteroidal é um fármaco 
que age de maneira anti-inflamatória,ela bloqueia 
o processo inflamatório. Além disso, não tem uma 
derivação esteroidal, ou seja, a origem da molécula 
desse fármaco não é baseada em um hormônio 
esteroidal, consequentemente ele não apresenta um 
efeito hormonal 
- O anti-inflamatório não esteroide inibe 
reversivelmente a cicloxigenase (COX), com isso 
normalmente temos a formação de prostaglandinas 
e prostaciclinas. Elas são aquelas substâncias que 
normalmente fazem a vasodilatação, aumentam a 
distância entre a parede celular para as células 
saírem e irem combater determinada inflamação. 
- Se inibir a cicloxigenase, todo esse processo será 
diminuído 
- Nos não esteroidais, temos a dipirona e o 
paracetamol, porém eles quase não têm eficácia 
anti-inflamatória, mas como analgésicos são bons 
- Os anti-inflamatórios esteroidais derivam de um 
hormônio esteroidal (corticoides) 
- O anti-inflamatório esteroidal inibe a fosfolipase 
A2, também inibe as prostaglandinas e 
prostaciclinas. 
- A fosfolipase está no início da inflamação, já a 
cicloxigenase está mais no processo intermediário, 
então acaba que o anti-inflamatório esteroide é 
mais potente que o não esteroide 
- Inflamações menos grave normalmente são 
tratadas com anti-inflamatórios não esteroidais 
- Inflamações mais crônicas, mais agressivas 
utilizamos anti-inflamatórios esteroidais 
- Normalmente utilizamos o corticoide em pré-
operatório de cirurgia 
- Podemos utilizar o anti-inflamatório não 
esteroidal como anti-inflamatório mesmo, anti-
térmico ou analgésico 
 
3. Qual o uso clínico de um anti inflamatório 
esteroide e de um não esteroide? 
- Anti inflamatórios não esteroides (AINES): são 
indicados para o controle da dor aguda de 
intensidade moderada a severa, no período pós-
operatório de intervenções odontológicas eletivas, 
como a exodontia de inclusos, as cirurgias 
periodontais, a colocação de implantes múltiplos. 
O regime mais eficaz com os AINES é o de 
analgesia preventiva, introduzido imediatamente 
após a lesão tecidual, porém antes do início de 
sensação dolorosa. Os AINES também podem ser 
úteis no controle da dor já instalada, decorrente de 
processos inflamatórios agudos. 
- De forma similar, os corticoides são indicados 
para prevenir a hiperplasia e controlar o edema 
inflamatório, decorrentes de intervenções 
odontológicas eletivas, como a exodontia de 
inclusos, as cirurgias periodontais, a colocação de 
implantes múltiplos, as enxertias ósseas, etc… 
Ex: 
Esteroide: corticoides- prednisona, dexametasona, 
triancinolona, betametasona, beclometasona, 
flunisolida e fluticasona. Pré operatório de cirurgia 
na odontologia, oncilon oral base. 
Não esteroide: ácido acetilsalicílico, nimezulida 
ibuprofeno, paracetamol e dipirona. Vastidão 
maior de usos. Efetivamente como anti 
inflamatório, analgésico e anti térmico. Pós 
operário. 
 
Anti-inflamatórios Esteroides (corticóides): 
Glândula Suprarrenal / Adrenal: 
A) CÓRTEX: 
- Glicocorticoides (hidrocortisona e 
corticosterona): inibição da PLA2 
- Mineralocorticoides (aldosterona) 
- Hormônios sexuais (testosterona) 
B) Medula – adrenalina e noradrenalina 
- Em geral, são mais potentes que os AINEs, não 
apresentam efeitos adversos clinicamente 
significativos (antiagregante plaquetário ou 
hipersensibilidade, p. 
e) bem como seus efeitos são bem conhecidos 
(desde 1950) 
Indicações: 
1) Terapia anti-inflamatória (previnem a 
hiperalgesia e o edema) = POTENTE EFEITO AI 
2) Terapia imunossupressora (enxertos e 
transplantes) 
3) Reações alérgicas graves (inibem a síntese dos 
leucotrienos) 
4) Terapia de reposição: hipofunção da glândula 
suprarrenal (doença de Addison) 
5) Doenças autoimunes (lúpus, pênfigo) 
Contra-indicações: 
1) Hipersensibilidade à droga 
2) Qualquer infecção sistêmica: doenças fúngicas 
sistêmicas (candidíase), infecção viral (herpes 
simples ocular), infecção bacteriana (tuberculose 
ativa ou história da doença) 
3) História de doenças psicóticas 
 
Efeitos Desejáveis: 
Geralmente relacionados à: 
1) Terapia anti-inflamatória (previnem a 
hiperalgesia e o edema) 
2) Terapia imunossupressora (enxertos, 
transplantes e doenças autoimunes) 
3) Reações alérgicas graves (inibem a síntese dos 
leucotrienos) 
 
Efeitos Indesejáveis: 
OBS: Relacionados a altas doses e administração 
prolongada (uso crônico) 
1) Diminuição da resposta à infecção e do poder de 
cicatrização 
2) Diminui a produção endógena de corticoide 
(feedback negativo na hipófise) 
3) Efeitos metabólicos: tendência a hiperglicemia, 
desintegração das proteínas dos músculos, 
redistribuição da gordura corpórea, retenção de 
sódio e líquidos 
 
 
Medicamentos Corticosteroides: 
 
Triancinolona: 
- AIE de uso local 
- Bem indicada para ulcerações orais 
- Posologia: triancinolona acetonida 1mg/g 2 a 3 
vezes ao dia 
 
Prescrição: 
- Triancinolona acetonida 1 mg/g 
- Fornecer 1 bisnaga (de 10g). 
- Aplicar na área indicada a cada 8 horas durante 7 
dias por via tópica. 
Dexametasona (Decadron): 
Betametasona (Celestone): 
- Alta potência anti-inflamatória 
- Ação longa 
- Retenção de sódio desprezível 
- Corticoides de escolha no pré-operatório de 
procedimentos cirúrgicos 
- Posologia: 4 mg, 1h antes da cirurgia (d.u.) 
 
Prescrição: 
- Dexametasona 4 mg 
- Fornecer 1 comprimido. 
- Fazer uso de 1 comprimido, 1 hora antes do 
procedimento, por via oral. 
 
Anti-inflamatórios Não Esteroides: 
Inflamação: 
- Pesquisar sobre o processo de inflamação 
Definição: 
- É a reação local dos tecidos à agressão. Ocorre em 
qualquer parte do organismo em resposta a um 
agente nocivo, e é útil à sua defesa. 
Eventos: 
a) Vasculares: vasodilatação e aumento da 
permeabilidade capilar 
b) Celulares: fagocitose, quimiotaxia, liberação de 
mediadores 
 
Inflamação: 
- Inflamação Aguda - Dura desde poucos minutos 
a poucos dias. 
- Inflamação Crônica - Dura semanas e meses. 
 
 
 
Algumas Considerações: 
- Medicação anti-inflamatória atua como 
coadjuvante aos procedimentos de ordem local 
- Obedecer aos princípios da técnica cirúrgica 
- Controle adequado (mas não totalmente 
inibitório) da inflamação 
- Inflamação aguda (efeito “anti”, não “des”) = 6/8h 
(dor) e 36h (infl.) – 2-3 DIAS 
- AINE para uso em crianças / gestantes 
 
Clicoxigenases: 
 
- Cicloxigenase é uma enzima que vai quebrar 
algumas moléculas que vão dar início ao processo 
inflamatório 
- A membrana celular é feita de fosfolipídios, 
quando você tem uma lesão de tecido, você rompe 
algumas dessas células, tendo um infiltrado 
bacteriano naquela região, e o corpo precisa ganhar 
espaço naquele tecido, para migrar células de 
defesa. E para ganhar esse espaço, o corpo 
destroem as células que estão ali (apoptose) 
- Então se precisamos quebrar essa membrana 
constituída por fosfolipídios, eu vou ter que pegar 
uma enzima que destrua esses fosfolipídios, nesse 
sentido, o corpo começa a produzir a fosfolipase 
A2 (é uma enzima que destrói fosfolipídios) 
- Quando tem a quebra dessas células, ocorre a 
liberação do ácido araquidônico, ele vai liberar dois 
tipos de substâncias, a lipoxigenase e a 
cicloxigenase, elas são mediadores iniciais de 
processos inflamatório 
- A lipoxigenase vai liberar leucotrienos, esses 
leucotrienos são mediadores que se comunicam 
com as células de defesa 
- A cicloxigenase vai liberar duas outras moléculas, 
o tromboxano e as prostaglandinas. A 
prostaglandina (COX) é onde vamos atuar 
- A COX tipo 1 é liberada constantemente no seu 
corpo de forma fisiológica, muito comum de ser 
liberada na mucosa do estômago, quando você 
libera ela no seu estômago, você começa a produzir 
muco de proteção 
- Se você quiser reduzir o processo inflamatório, 
você tem que acabar com essa cascata, e para que 
isso acontece, você deve acabar com a COX 2. Só 
que alguns anti-inflamatórios as vezes inibe tanto a 
COX1 quanto a COX 2, ou seja, quando você toma 
medicamentos que inibem a COX 1, você começa 
a desenvolver problemas gástricos, começa a 
desenvolver problemas de coagulação... 
COX 1 (fisiológica, constitutiva, funcional): 
- Em grandes quantidades nas plaquetas, rins e 
mucosa gástrica 
- Gera prostaglandinas envolvidas com processos 
biológicos, como a proteção da mucosa gástrica, 
regulação da função renal e agregação plaquetária 
COX 2 (induzida, ligada à inflamação): 
- Em pequenas quantidades nos tecidos, mas a sua 
[ ] aumenta cerca de 80 vezes sob estímulos 
inflamatórios 
- Gera prostaglandinas envolvidas na inflamação 
- (homeostasia da PA, regula excreção salina, 
controla aplaq) 
 
 
Uso clínico dos AINEs: 
a) Analgesia em condições dolorosas 
b) Em condições inflamatórias agudas e crônicas 
c) Redução da temperatura corporal 
Reações adversas: 
a) Alterações gastrointestinais (20%) = efeitos 
adversos mais comuns: náusea, dor epigástrica, 
úlcera 
b) Reações cutâneas (alérgicas) = erupções leves, 
urticária 
c) Efeitos renais adversos = nefrotoxicidade 
d) Distúrbios da medula óssea (principalmente 
derivados da pirazolona – dipirona) = 
agranulocitose 
e) Potencializa a ação dos hipoglicemiantes orais 
(diabetes) quando em doses altas e uso prolongado 
e/ou insuficiência renal aguda 
AINEs: 
- Impedem o sintoma da inflamação 
- Os AINEs acetilam a COX e competem pelos 
sítios de ação em que o ácido araquidônico se 
conecta. Aí temos alguns AINEs que agem na COX 
1 e COX 2 que são os não seletivos, e os que agem 
só na COX 2 são os seletivos 
 
Não Seletivos da COX: 
- Salicilatos - AAS 
- Derivados do para-aminofenol - Paracetamol 
- Derivados do ácido propiônico – Ibuprofeno 
(inibe a COX 1 e 2 ao mesmo tempo) 
- Derivados pirazolônicos - Dipirona 
- Ácidos heteroaril(fenil)acéticos - Diclofenaco 
- Ácidos indolacéticos - Etodolaco 
- Ácidos antranílicos (fenamatos) – ácido 
mefenâmico 
- Ácidos enólicos (Oxicans) - piroxicam e 
tenoxicam 
- Para diabéticos por exemplo 
Seletivos da COX-2: 
- Sulfonanilidas - nimesulida 
- Oxican – meloxicam 
- Pirazois diaril substituídos – Celecoxibe 
- Etoricoxibe 
Salicilatos: 
Ácido Acetil Salicílico (AAS, aspirina): 
- Bom efeito analgésico, antipirético e anti-
inflamatório 
- Inativação irreversível da COX (principalmente 
da COX-1) 
- Assim, inibe a síntese de tromboxano A2, 
responsável pela agregação plaquetária 
- Aumenta o tempo de sangramento 
- Dose máxima de 4000 mg (500 a 1000 mg 6/6h) 
- Terapia profilática de doenças cardiovasculares 
 
Derivados do Para-aminofenol: 
Paracetamol/Acetominofeno (Tylenol): 
- “Desprovido” de efeito anti-inflamatório 
- Visa causar analgesia de alguma região do corpo 
sem perda de consciência (analgésico) 
- Fraco inibidor da COX 1 e 2 (poucas reações 
adversas) 
Indicado: controle de febre e dor 
Contraindicado: hipersensibilidade, doenças 
hepáticas 
Mecanismo de ação: inibidor não seletivo da COX-
2 e bloqueia impulsos periféricos da dor 
- Dose máxima: 3250 mg (500 a 750 mg 6/6h) 
Crianças: 1 gota/Kg 6/6h (até 35 gotas) (gotas 200 
mg/ml) 
- Principal efeito adverso: hepatotoxicidade (evitar 
álcool e estolato de eritromicina) 
- Analgésico seguro para uso em gestantes e 
lactantes. 
- Para efeito central: paracetamol 500 mg + 
codeína 30 mg 6/6h 
 
Ácidos Propiônicos: 
Ibuprofeno (Advil, Motrim): 
- Ação anti-inflamatória moderada 
- É o mais bem tolerado do grupo 
- Fármaco de escolha para doenças articulares 
- Dose máxima absoluta: 3200 mg 
- Posologia: 200 a 800 mg 4/4h ou 6/6h 
- Crianças: 1 gota/Kg 8/8h (máx. 40 gotas) (gotas 
50 mg/ml) 
Indicada: modular inflamação febre e dor 
Contraindicado: hipersensibilidade, menores de 6 
meses, úlceras grávidas, lactantes, úlceras 
duodenais, sangramentos gastrointestinais, 
problemas renais... 
Mecanismo de ação: inibidor não seletivo da COX 
2 (também inibe a COX 1) 
 
Derivados Pirazolônicos; 
Dipirona: 
- “Desprovida” de ação anti-inflamatória 
- Visa causar analgesia de alguma região do corpo 
sem perda de consciência (analgésico) 
- Eficaz agente analgésico e antipirético 
- Fármaco de escolha para analgesia 
- Ação analgésica mesmo após a dor instalada 
Indicada: controle de febre e dor (dores mais fortes) 
Contraindicado: hipersensibilidade, doenças 
hematológicas 
Mecanismo de ação: inibe algumas enzimas 
mediadores inflamatórias, gera metabólicos 
analgésicos e atua nos centros hipotalâmicos 
- Posologia: 500 a 1000 mg 4/4h ou 6/6h 
- Crianças: 1⁄2 gota/Kg (máx de 20 gotas) (gotas 
500mg/ml) 
 
Ácidos Fenilacéticos: 
Diclofenaco (Cataflam, Voltaren): 
- Bom efeito analgésico, antipirético e anti-
inflamatório 
- Boa absorção pelo TGI 
- Ação analgésica mesmo após a sensibilização dos 
nociceptores 
- Dose máxima: 200 mg/dia 
Posologia: 50 mg 6/6h ou 8/8h 
 
Ácido Indolacético e Indenacético: 
Indometacina, Sulíndaco, Etodolaco: 
- Uso restrito na Odontologia 
- Forte ação anti-inflamatória e alta incidência 
- Inibe igualmente a COX-1 e a COX-2. Isso resulta 
em uma boa eficácia, por sua ação na COX-2, 
porém com efeitos adversos inaceitáveis, por sua 
ação na COX-1, principalmente se empregada por 
tempo prolongado. 
 
 
Fenamatos (Ácidos Antranílicos): 
Ácido Mefenâmico (Ponstan): 
- Pouco uso odontológico 
- Ação anti-inflamatória moderada 
- Frequentes perturbações gastrointestinais 
- Usado para analgesia e dismenorreia 
 
 
Oxicans Não Seletivos da COX: 
Piroxicam (Feldene) e Tenoxicam (Tilatil): 
- Forte ação anti-inflamatória 
- Muitas reações adversas 
Indicada: modular inflamação, febre e dor 
Contraindicado: hipersensibilidade, ulcera 
duodenal, sangramento gastrointestinal, 
insuficiência cardíaca, hepática ou renal, pacientes 
pediátricos 
Mecanismo de ação: inibidor não seletivo da COX-
2 
- Posologia: 20 mg dose única diária durante 3 dias 
 
Oxican Seletivo COX-2: 
Meloxicam (Movatec): 
- Inibidor preferencial da COX-2 
- Melhor tolerado do grupo 
- Posologia: 15 mg dose única diária 
 
 
 
Sulfonanilidas: 
Seletivo COX2: 
Nimesulida (Scaflan, Nisulid): 
- Bom efeito analgésico, antipirético e anti-
inflamatório 
- Inibidor preferencial da COX-2 (inibidor seletivo 
de primeira geração da COX-2) 
- Incidência muito baixa de efeitos adversos 
Indicada: modular inflamação, febre e dor 
Contraindicado: Hipersensibilidade, insuficiência 
renal, hepática, crianças menores de 12 anos, úlcera 
péptica, hemorragia gastrointestinal, distúrbios 
graves de coagulação 
Posologia: 100 mg 12/12h 
 
 
 
 
 
SELETIVOS COX 2: 
Pirazois Diaril Substituídas: 
Celecoxibe (Celebra) e Etoricoxibe (Arcóxia): 
- Inibidor seletivo (específico) da COX-2 
- Inibe muito fracamente a COX-1 
- Ação anti-inflamatória e analgésica 
- Eficácia semelhante a dos fármacos não seletivos 
da COX 
- Posologia Celecoxibe: 200 mg 12/12h 
- Posologia Etoricoxibe: 120 mg 24/24h 
 
Algumas prescrições: 
Ibuprofeno 300mg: 
- Fornecer 8 comprimidos. 
- Fazer uso de 1 comprimido a cada 6 horas durante 
2 dias por via oral. 
Diclofenaco de sódio 50mg: 
- Fornecer 6 comprimidos. 
- Fazer uso de 1 comprimido a cada 8 horas durante 
2 dias por via oral. 
Nimesulida 100mg: 
- Fornecer 4 comprimidos. 
- Fazer uso de 1 comprimido a cada 12 horas 
durante 2 dias por via oral. 
Etoricoxibe 120mg: 
- Fornecer 2 comprimidos. 
- Fazer uso de 1 comprimido a cada 24 horas 
durante 2 dias por via oral. 
Omeprazol 20 mg: 
- Fornecer 7 cápsulas. 
- Fazer uso de 1 cápsula a cada 24 horas, em jejum, 
durante 7 dias por via oral. 
 
Receituários e prescrições: 
Introdução: 
• Toda e qualquer indicação do uso de 
medicamentos a um paciente deve ser feita na 
forma de receita em talonário próprio de receituário 
(ordem escrita) 
• Dosagem e posologia adequadas 
• Limite à automedicação 
• Instrumento legal 
Etapas para TerapêuticaEfetiva: 
A OMS propõe seis etapas básicas: 
1) Definição do problema; 
2) Especificação dos objetivos terapêuticos; 
3) Seleção do tratamento mais eficaz e seguro para 
um paciente específico; 
4) Prescrição, incluindo medidas medicamentosas 
e não medicamentosas; 
5) Informação sobre a terapêutica para o paciente; 
6) Monitoramento do tratamento proposto. 
 
Tipos de Receita: 
A) Receita Comum: Empregada na prescrição de 
medicamentos de referência ou genéricos, ou 
quando se deseja selecionar fármacos ou outras 
substâncias, quantidades e formas farmacêuticas, 
para manipulação em farmácias. 
- Quase sempre vamos utilizar o receituário comum 
B) Receita de Controle Especial: prescrição de 
medicamentos à base de substâncias sujeitas a 
controle especial, de acordo com a Portaria 344/98, 
de 12 de maio de 1998. 
- Para antibacterianos podemos utilizar a receita de 
controle especial (duas vias), podemos utilizar em 
receita comum também, desde que faça para duas 
vias 
OBS: Denominação Comum Brasileira 
(farmacopeia) = nome do fármaco ou princípio 
ativo aprovado pela ANVISA 
Normas: 
• Somente será aviada a receita médica ou 
odontológica que: (decreto 793/93): 
1) Contiver a denominação genérica do 
medicamento (MS) ou, em sua falta, a 
denominação comum internacional (OMS). 
(Somente para Serviços Públicos de Saúde) 
2) Estiver escrita à tinta, de modo legível, 
observadas a nomenclatura e o sistema 
internacional de pesos e medidas oficiais, 
indicando a posologia e duração total do tto. 
• Somente será aviada a receita médica ou 
odontológica que: (decrete 793/93): 
3) Contiver o nome e o endereço do paciente. 
4) Contiver a data e assinatura do profissional, 
endereço do seu consultório e/ou residência, e o 
número de inscrição no respectivo Conselho 
Regional. 
Formato de Receita Comum: 
• Sem restrição quanto à cor do papel. 
- Dados essenciais: 
a) Cabeçalho (nome e endereço do profissional ou 
da instituição, registro profissional, número do 
CPF ou CNPJ) (especialidade?) 
- Nome e endereço do paciente tem que ter 
- Data e assinatura também 
b) Superinscrição (nome e endereço do paciente) 
(idade, sexo, Rx, uso int e externo?) 
c) Inscrição (nome do fármaco, concentração e 
forma farmacêutica) 
d) Subscrição (quantidade total) 
e) Adscrição (orientações em geral: doses, 
horários, duração, via de administração, 
precauções) 
f) Data e assinatura do profissional 
- Sempre tirar cópia da receita 
OBS: O verso da receita pode ser usado para 
informações menos formais! 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
• O CD pode receitar TODO E QUALQUER 
medicamento, desde que seja de USO 
ODONTOLÓGICO 
• A prescrição de formulações para manipulação 
deve ser feita em 2 folhas de receituário (solicitação 
da preparação e orientação ao paciente) 
• Evite deixar espaços em branco 
• Fazer leitura meticulosa e esclarecer dúvidas 
• Cópia da receita para anexação ao prontuário 
• Quando prescrever um medicamento original e 
não desejar substituição por genérico, escrever: 
“Não autorizo a substituição por genérico” 
Receita de controle especial: 
• Prescrição de medicamentos a base de substâncias 
sujeitas a controle especial (portaria 344/98) 
• Em Odontologia, se aplica basicamente para 
tramadol, codeína, AI COX-2 e ATB? (RDC 
44/2010) 
• Duas vias: “1a via – retenção da farmácia ou 
drogaria” e “2a via – orientação ao paciente” 
• Validade de 30 dias (ATB=10 dias), a partir da 
emissão, no Brasil 
• Pode ser informatizada, desde que siga o padrão 
 
 
Notificação de Receita: 
• Documento que acompanhado da receita de 
controle especial autoriza a dispensação de 
medicamentos a base de substâncias sujeitas a 
controle especial. 
• 3 tipos de notificação: “A” (cor amarela) – 
drogas entorpecentes ou psicotrópicas de uso 
hospitalar –; “B” (cor azul) – psicotrópicos 
(benzodiazepínicos) –; e, “C” (cor branca) – drogas 
imunossupressoras e retinoicas de uso sistêmico. 
• Uso Odontológico e validade de 30 dias 
 
 
 
Farmacotécnica: 
Introdução: 
• É a área das ciências farmacêuticas que trata da 
transformação de drogas em medicamentos por 
meio de procedimentos técnicos e científicos, 
levando à forma farmacêutica. 
• A forma farmacêutica é o estado final de 
apresentação da fórmula farmacêutica. Determina 
a via de administração. Ex: comprimido, solução 
Fórmula Farmacêutica: 
• Princípio ativo = componente responsável pela 
ação terapêutica 
- Forma farmacêutica é o estágio final do 
medicamento 
OBS: Placebo 
• Coadjuvante terapêutico → que “auxilia” a ação 
do princípio ativo, por diferentes mecanismos. 
• Coadjuvante farmacotécnico → que tem por 
função facilitar a dissolução do princípio ativo no 
veículo ou excipiente, ou, ainda, funcionar como 
agente suspensor ou emulsificante 
• Estabilizantes (ex: bissulfito de sódio) ou 
conservantes (metilparabeno) → com a finalidade 
de evitar alterações de ordem física, química ou 
biológica e aumentar a estabilidade do produto. 
• Corretivo 
• Veículo / Excipiente 
- Veículo é a forma farmacêutica liquida, então se 
for algo líquido, vai estar diluído em um veículo 
- Se for algo sólido, vai tá massificado em um 
excipiente 
 
Classificação das Formas Farmacêuticas: 
Sólidas: 
• Pó 
• Comprimido (pó comprimido) 
- A maioria dos medicamentos que vamos utilizar 
é em comprimento 
• Drágea 
- Ela é um comprimido com um revestimento sem 
nenhuma função especial, normalmente 
- São comprimidos que recebem um ou mais 
revestimentos externos, seguidos de polimento, 
com o objetivo de mascarar o sabor e o odor 
desagradável de certos princípios ativos ou 
minimizar os efeitos agressivos à mucosa gástrica. 
- Não podem ser fracionados 
• Cápsula (revestimento plástico) → esse plástico 
serve para ter um tempo de estômago maior, para 
resistir a ação do suco gástrico 
- Então ao abrir a cápsula, eu perco um pouco dessa 
resistência, sendo assim, normalmente não 
podemos abrir 
• Pasta (mais mole) ex: pasta profilática, existe pó 
abrasivo 
• Pomada (é mais gordurosa, por isso geralmente é 
utilizada em pele ou em mucosa) 
• Supositório (via retal) 
Líquidas: 
• Solução 
- São dois ou mais líquidos, mas não consigo ver a 
diferença (mistura) 
- As soluções podem ser de três tipos: 
administradas por via oral (portanto, deglutidas), 
aplicadas localmente em cavidades ou injetadas 
(vias parenterais). 
• Suspensão 
- Tem líquido e fica pó em baixo, quando for 
utilizar tem que misturar (agitar) 
• Emulsão 
- São dois líquidos, mas não se misturam 
Ex: água e óleo 
• Xarope 
• Elixir 
- É uma solução que tem conteúdo de álcool 
grande, uma solução hidrocólica (água + álcool) 
• Enema (Supositório líquido) 
• Colutório 
- Bochecho 
Vias de Administração dos Medicamentos: 
1. Enteral 
2. Parenteral (Tópica) 
Fatores que determinam a escolha da via: 
• Tipo de ação desejada 
• Rapidez de ação desejada 
• Natureza do medicamento 
1. Enteral 
- Droga entra em contato com qualquer um dos 
segmentos do TGI 
• Oral (+ utilizada) 
• Bucal 
• Sublingual 
• Retal (da doca até o anus) 
 
Via oral- vantagens: 
• Autoadministração 
• Econômica 
• Segura (absorção lenta) 
• Confortável 
• Indolor 
• Possibilidade de remover o medicamento 
- A que mais utilizamos 
- A única via que tem efeito de primeira passagem 
Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos, 
soluções etc... 
 
Via oral- desvantagens: 
• Absorção variável (ineficiente) 
• Período de latência médio a longo (30 a 60 m) 
• Ação dos sucos digestivos 
• Interação com alimentos 
• Pacientes não colaboradores (ex: inconscientes) 
• Sabor e odor possivelmente desagradáveis 
• Fenômeno de primeira passagem* 
Droga ingerida → Circulação porta hepática (antes 
de atingir o resto do corpo) → Fígado → 
Metabolização: 
- Essa primeira passagem pelo fígado diminui 
significativamentea biodisponibilidade da droga. 
Via bucal- vantagens: 
• Fácil acesso e aplicação 
• Latência curta 
- Não vai deglutir, apenas utilizar dentro da boca 
- Efeito local/tópico e efeito sistêmico (acrescentar 
mais sobre) 
Formas farmacêuticas: cremes, pomadas, 
soluções, colutórios etc... 
Via bucal- desvantagens: 
• Pacientes inconscientes 
• Manutenção da concentração é difícil 
• Irritação da mucosa 
• Dificuldade em pediatria 
Vias enterais de administração: 
Via sublingual- vantagens: 
• Fácil acesso e aplicação 
• Atinge a circulação sistêmica rapidamente 
• Não sofre efeito de primeira passagem 
• Latência curta 
• Emergência 
- Via útil para controlar pressão arterial e pico 
hipertensivo 
Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, 
soluções, aerossois, etc... 
Via sublingual- Desvantagens: 
• Irritação da mucosa 
• Dificuldade em pediatria 
Via retal- vantagens: 
• Pacientes não colaboradores (semiconscientes, 
inconscientes, vômitos, crianças) 
• Impossibilidade da via oral 
• Impossibilidade da via parenteral 
• Sem efeito de primeira passagem 
Formas farmacêuticas: supositórios e enemas 
Via retal- desvantagens: 
• Lesão da mucosa 
• Incômodo 
• Expulsão 
• Absorção irregular e incompleta 
2. Parenteral: 
- Droga não interage com o TGI: 
• Intramuscular 
• Endovenoso 
• Respiratória 
• Endodôntica 
• Submucosa e subperióstica 
• Intrarticular 
Via intramuscular- vantagens: 
• Efeito rápido com segurança 
• Via de depósito ou efeitos sustentados 
• Fácil aplicação 
• Mais segura que a EV 
- Ela não é tão rápida quanto a endovenosa 
Via intramuscular-desvantagens: 
• Dolorosa 
• Custo 
• Substâncias irritantes ou com pH diferente 
• Não suporta grandes volumes 
Formas farmacêuticas: injeções 
Músculos: deltoide, glúteo, vasto lateral 
Via endovenosa- vantagens: 
• Efeito farmacológico imediato 
• Controle da dose 
• Admite grandes volumes 
• Permite substâncias com pH diferente da 
neutralidade 
- Efeito terapêutico é ótimo, mas é péssimo para os 
efeitos adversos 
Via endovenosa- desvantagens: 
• Efeito farmacológico imediato 
• Custo 
• Irritação no local da aplicação 
• Facilidade de intoxicação 
• Reações locais possíveis: infecção, necrose 
trombose 
• Possível reação alérgica grave 
Via respiratória (inalatória): 
• Da mucosa nasal até os alvéolos pulmonares 
• Efeitos locais e sistêmicos 
• Sedação consciente (óxido nitroso com O2) 
Via endodôntica (intracanal): 
• Uso exclusivamente odontológico 
• Polpa não faz parte do TGI 
- Coloca medicamento diretamente no canal do 
dente 
Via submucosa e subperióstica: 
• Mais empregadas em Odontologia 
• Anestésicos locais 
Via intrarticular: 
• Interior da cápsula articular 
• ATM 
Observação: 
Aplicação tópica: 
• Visa efeito local em: 
• Pele 
• Mucosa 
 
 
 
Controle da infecção em odontologia: 
- Toda vez que tiver uma agressão e esse agente for 
biológico, estou diante de uma infecção 
Infecção = invasão de microrganismos 
- De modo geral, remédios que utilizamos para 
controlar infecções por microrganismos de forma 
genérica, eu posso chamar de antimicrobianos 
Antimicrobianos → algo contra “micróbios” 
Micróbios: bactérias, vírus e fungos 
- Anti-inflamatório → diminuir a quantidade de 
mediadores inflamatórios 
- Antibiótico não é sinônimo de antibacteriano 
- Antibiótico é um antimicrobiano produzido de 
forma natural 
Ex: Amoxicilina 
- A amoxicilina, parte dela é produzida a partir de 
um fungo, mas acontece uma modificação a nível 
industrial, ou seja, amoxicilina é semissintética (ela 
não é 100% natural). Sendo assim, não podemos 
chamar a amoxicilina de um antibiótico, pois ela 
não é natural 
- O termo antibiótico não tem a ver com 
antibacteriano, o termo antibiótico tem a ver com o 
meio de produção do antimicrobiano 
 
Diferenças conceituais: 
- Antimicrobianos são divididos em sintéticos e 
naturais 
Naturais: antibióticos 
Sintéticos: quimioterápicos 
- Os antimicrobianos são substâncias naturais 
(antibióticos) ou sintéticas (quimioterápicos) que 
agem sobre MICRORGANISMOS, inibindo o seu 
crescimento ou causando a sua destruição. 
Antimicrobianos X Antibacterianos: 
- Os antimicrobianos envolvem a classe dos: 
1) Antibacterianos 
2) Antifúngicos 
3) Antivirais 
4) Antiparasitários 
- Assim, todo antibacteriano será um 
antimicrobiano (seja antibiótico ou 
quimioterápico), mas nem todo antimicrobiano 
obrigatoriamente é um antibacteriano. 
 
Antibacterianos: 
- Antibacteriano não resolve dor, ele resolve 
bactérias. Quem resolve dor é o anti-inflamatório 
Ação biológica: 
• Bactericidas = quando são capazes de, nas 
concentrações habitualmente atingidas no sangue, 
determinar a morte dos microrganismos sensíveis 
- O antibacteriano bactericida efetivamente diminui 
a carga bacteriana (não necessita do sistema 
imunológico para isso) 
Ex: penicilinas, cefalosporinas e metronidazol 
• Bacteriostáticos = inibem o crescimento e a 
multiplicação dos microrganismos sensíveis, sem, 
todavia, destruí-los. CI para pacientes 
imunocomprometidos 
- Ele por si só não vai reduzir a carga bacteriana, ou 
seja, suponha que eu use um antibacteriano 
bacteriostático hoje e amanhã, a quantidade de 
bactérias que vai ter hoje e amanhã serão as 
mesmas se eu depender só do medicamento. Só que 
não dependemos só do medicamento, precisamos 
também do sistema imunológico funcionando, com 
ele conseguimos diminuir a carga bacteriana 
- Os bacteriostáticos, se contar só com o 
medicamento, a única coisa que ele fará é não 
deixar proliferar bactérias 
Contraindicação: pacientes imunocomprometidos 
- Pois se eu não puder contar com meu sistema 
imunológico, eu não posso usar o bacteriostático 
Principal antibacteriano: amoxicilina 
- Amoxicilina não age sobre anaeróbio estrito, pois 
ela age sobre cocos, bacilos, gram + e gram -, 
aeróbias e anaeróbias facultativas 
- Amoxicilina é a mais usada “na boca” 
Cápsulas: Amoxicilina (sozinha) e clindamicina 
- O resto é comprimido 
- Cefalexina existe em cápsula, comprimido e 
drágea 
Razões para usar ATB bactericida: 
• Não há dependência exclusiva do sistema 
imunológico para erradicação da infecção 
• Menor tempo para tratamento da infecção 
• Podem produzir efeitos mais prolongados que o 
tempo de exposição à droga (efeito pós-ATB) 
OBS: Em condições graves não há outra opção. 
Ex: tto de endocardite bacteriana, septicemia ou 
infecções em imunocomprometidos 
- Só faz sentido eu usar o antibacteriano quando eu 
perco o controle da infecção bacteriana, se ela 
estiver bem localizada, eu não uso o antibacteriano. 
Eu simplesmente, na odontologia faço algum tipo 
de procedimento e depois faço o suporte 
normalmente com anti-inflamatório 
- Não é necessário utilizar o antibacteriano em uma 
infecção localizada 
Razões para usar ATB de pequeno espectro: 
Espectro bacteriano: quais bactérias esse 
antibacteriano vai “destruir” 
• São geralmente mais eficazes contra grupos 
específicos 
• Menos alteração na flora normal, com menor 
incidência de superinfecção (bactérias e fungos que 
não eram patogênicos, agora o são por supressão da 
competição com a flora residente) 
Mecanismo de Ação dos ATB: 
1) Inibição da formação da parede celular: 
penicilinas e cefalosporinas 
- É muito importante entender que as penicilinas e 
as cefalosporinas atuam no momento em que as 
bactérias estão em divisão celular, pois esses 
medicamentos não destroem a parede celular já 
existente, apenas bloqueiam uma nova síntese. 
- Assim, esses antibióticos são mais eficazes nas 
infecções agudas, as quais se encontram em franco 
desenvolvimento, do que naquelas infecções 
crônicas, quando a reprodução bacteriana é baixa. 
2) Inibição da síntese de proteínas (subunidades 
30S ou 50S): tetraciclinas, lincosaminas e 
macrolídeos 
3) Inibição da síntese dos ácidos nucleicos:quinolonas, metronidazol 
4) Antimetabólitos: sulfonamidas 
Quando usar ATB? 
• Com exceção dos casos onde a profilaxia esteja 
prevista, o melhor critério para essa decisão é a 
presença ou não de sinais de disseminação e 
manifestações sistêmicas da infecção, a saber: 
edema pronunciado (celulite), trismo mandibular, 
linfadenite, febre, taquicardia, falta de apetite, 
disfagia, ou mal-estar geral. 
- Usar se a bactéria atingir a corrente sanguínea, ou 
seja, tá causando problemas no organismo todo, 
então provavelmente estamos diante de uma 
infecção bacteriana 
- Só prescrevemos antibacteriano se tiver uma 
infecção sistêmica 
• O uso de ATB tem por objetivo auxiliar o 
hospedeiro a controlar ou eliminar os 
microrganismos que suplantaram, 
temporariamente, seus mecanismos de proteção 
• Na prática, isso quer dizer que na presença de um 
processo infeccioso bacteriano localizado, 
delimitado, sem sinais locais de disseminação ou 
manifestações sistêmicas NÃO é necessário ATB. 
Resistência Bacteriana: 
• Quando a bactéria sobrevive a concentrações de 
ATB superiores (ou muito superiores) àquelas 
atingidas nos tecidos ou no sangue. 
• Uma bactéria resistente não é afetada por um 
aumento da dose ou por um maior tempo de 
tratamento 
• O uso indiscriminado e errôneo de ATB ao longo 
dos anos é apontado como um dos maiores agentes 
de pressão seletiva sobre os microrganismos. 
Terapia “Empírica”X Antibiograma: 
 
Tempo de uso??? 
 
Antibacterianos empregados na odontologia: 
Penicilinas: 
- Penicilina não é sinônimo de amoxicilina 
Características Gerais das Penicilinas: 
• ATB betalactâmicos (penicilinas, cefalosporinas) 
Betalactâmicos: São assim chamados por 
possuírem um anel betalactâmico em sua estrutura 
química. Constituem uma ampla classe de 
antibióticos, contendo quatro subclasses: 
penicilinas, cefalosporinas, clavulanato de 
potássio e carbapenêmicos. 
- Isso diz respeito não a parte clínica em si, mas a 
parte química. Existe uma parte da composição 
química tanto das penicilinas quanto das 
cefalosporinas que é igual, que é justamente essa 
parte de betalactâmicos (é um anel betalactâmico) 
- O anel betalactâmico é parte da composição da 
amoxicilina 
- Para descobrir se tem betelectamase, temos que 
fazer acultura; 
- A betalactamase é uma enzima, ela destrói o anel 
betalactâmico (“destrói” a amoxicilina → ela não 
faz efeito). Se eu uso a amoxicilina associada ao 
clavulanato de potássio, ele vai agir sobre a 
betalactamase, para inibir a betalactamase. Então 
se eu não tenho betalactamase, o anel 
betalactâmico não é destruído, e assim, a 
amoxicilina consegue agir 
- Temos dois tipos de amoxicilina, com clavunalato 
de potássio e sem clavunalato de potássio 
Com clavunalato de potássio: vai resistir a ação da 
betalactamase, vai ter o mesmo espectro de ação da 
amoxicilina, e ainda vai pegar as bactérias que são 
resistentes, porém é mais cara 
Penicilinas: 
• Todas as penicilinas são bactericidas 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese da 
parede celular bacteriana 
• Espectro de ação: pequeno ou ampliado, 
adequado 
Efeitos adversos – Tontura, dor abdominal, 
náuseas, vômito e diarreia são os mais comuns. 
• Concentram-se nos líquidos orgânicos, inclusive 
no líquor (meningite) 
• Metabolização no fígado e excreção renal 
• Baixo Custo 
• Ativas contra microrganismos da infecção 
odontogênica (cocos aeróbios e anaeróbios G+ e 
bacilos anaeróbios G-) 
- A presença de pus significa que tem muita 
bactéria anaeróbica 
• Praticamente desprovidas de reações adversas: 5 
a 10% tem reações alérgicas; náuseas, vômitos e 
diarreias 
• Algumas pesquisas relatam diminuição da 
eficácia do anticoncepcional 
• As penicilinas são primeira opção como 
coadjuvantes no tratamento das infecções 
odontogênicas leves ou moderadamente severas, 
em alguns casos associadas ao metronidazol ou aos 
inibidores das beta-lactamases 
Prescrição amoxicilina: 
Sem clavunalato: 
Amoxicilina 500 mg ------------- 21 (vinte e um) 
cápsulas 
Fazer uso de 1 (um) cápsula, via oral, a cada 8 
(oito) horas durante 7 (sete) dias 
Com clavunalato: 
Amoxicilina 500 mg + clavunalato de potássio 125 
mg ---------------- 21 (vinte e um) comprimidos 
Fazer uso de 1 (um) comprimido, via oral, a cada 8 
(oito) horas, durante 7 (sete) dias 
A) Penicilinas Naturais / G / Benzilpenicilinas: 
• São compostos naturais, sintetizados a partir de 
cultura do fungo do gênero Penicillium 
1) Penicilina G potássica (benzilpenicilina 
potássica) 
2) Penicilina G procaína (benzilpenicilina 
procaína) 
3) Penicilina G benzatina (benzilpenicilina 
benzatina) 
• Não agem contra espécies bacterianas produtoras 
de beta-lactamases (penicilinases) 
3) Penicilina G Benzatina: 
• Adição de benzatina (sal altamente insolúvel) 
• Ação prolongada 
• Manutenção de níveis sanguíneos durante 
algumas semanas 
• Contra-indicada na infecção odontogênica 
• Indicações: profilaxia da febre reumática 
 tratamento da sífilis 
 faringite estreptocócica 
B) Penicilina V / Fenoximetilpenicilina: 
• “Penicilina G que pode ser usada por via oral” 
- Bom substituto de amoxicilina 
• Biossintética: ácido fenoxiacético é acrescentado 
ao meio de cultura 
• Estável em meio ácido (uso oral) 
• Não agem contra espécies bacterianas produtoras 
de beta-lactamases (penicilinases) 
 
C) Penicilinas de 2a Geração (Semissintéticas): 
C.1) Semissintéticas de Espectro Ampliado: 
• Grupo 1 (2a geração): ampicilina e amoxicilina 
(Grupo 2 (3a e 4a geração): carbenicilina, 
ticarcilina, piperacilina e mezlocilina – específicos 
para Pseudomonas spp) 
• Não são resistentes a penicilinases 
• Associadas ao clavulanato de potássio para inibir 
as penicilinases 
• Pode ser usado na gravidez 
• Amoxicilina tem absorção de 95% no TGI (uso 
oral) 
• Ampicilina tem menor absorção no TGI – 40% 
(uso EV preferencialmente) 
- As principais diferenças entre a ampicilina e a 
amoxicilina (derivada da própria ampicilina) são 
farmacocinéticas. A amoxicilina é mais bem 
absorvida por via oral e não sofre modificações no 
organismo. Cerca de 90% da dose usual de 
amoxicilina são absorvidos, mesmo na presença de 
alimentos no trato digestório. 
• Indicações: infecção odontogênica leve e 
moderada profilaxia ATB 
Posologias: 
• Amoxicilina 500 mg 8/8h via oral 
dose para criança 40 mg/Kg/dia/3doses 
(suspensão 125 mg/ 5 ml) 
• Amoxicilina 500/875 mg + clavulanato de K 125 
mg 
8/8h via oral 
• Ampicilina 500 mg 6/6h via EV 
- Paciente internado não pode tomar amoxicilina, 
então vamos injetar a ampicilina 
 
Cefalosporinas: 
• Cefalexina 
- Infecção bacteriana em pele ela funciona bem 
- Em boca ela não funciona tão bem 
- Se for alérgico as cefalosporinas, tem uma chance 
alta de ter alergia cruzada ao grupo das penicilinas 
• Fazem parte do grupo dos ATB beta- lactâmicos 
(penicilinas, cefalosporinas) 
• Menos sensíveis à ação das enzimas 
betalactamases 
• Utilização limitada 
• TODAS as cefalosporinas são BACTERICIDAS 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese da 
parede celular bacteriana 
• Reações adversas: nefrotóxicas (se uso 
prolongado e por altas doses); hipersensibilidade; 
reação alérgica cruzada com as penicilinas em 10 a 
15% dos pacientes alérgicos a penicilina; náusea; 
vômito; diarreia 
• Indicações: feridas cutâneas infectadas no trauma 
 profilaxia em portadores de prótese 
 ortopédica 
• Espectro de ação maior do que as penicilinas, mas 
não coincide com as bactérias odontogênicas 
• Não constituem primeira escolha em odontologia 
• São utilizadas as de primeira geração, mais ativas 
contra germes da cavidade bucal. 
• Pode ser usado na gravidez. 
Posologia: cefalexina 500 mg 6/6h durante 7 dias 
 
Macrolídeos: 
• Eritromicina, espiramicina,claritromicina, 
roxitromicina, “azitromicina (azalídeo)” 
- Apresentam ótima absorção e biodisponibilidade, 
quando administrados por via oral. 
- Distribuem-se para a maioria dos tecidos, com o 
pico de concentração plasmática sendo atingido 2-
3 h após a tomada do medicamento. 
- São excretados através da urina e da bile. 
- Infecções mais leves de boca quando não 
podemos prescrever a amoxicilina 
- Tanto a eritromicina quanto a azitromicina têm 
uma certa limitação quando estou diante de uma 
infecção por bactérias anaeróbias, assim como o 
grupo das penicilinas 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica 
bacteriana (subunidade 50S) 
• Ação bacteriostática 
• Espectro de ação: similar ao da penicilina; eficaz 
contra bactérias G+, ineficaz contra G-, pouco 
eficaz contra anaeróbios 
• Grande parte da excreção através da bile (bom uso 
para pacientes com insuficiência renal) 
• Baixa toxicidade 
• Efeitos adversos: hepatotoxicidade 
(especialmente sob a forma de estolato de 
eritromicina), distúrbios GI (náuseas, vômitos e 
diarreia) 
• Indicação: infecções odontogênicas leves (no G+) 
em pacientes alérgicos a penicilina 
Posologia: estearato de eritromicina 500 mg 6/6h 
azitromicina 500 mg 24/24h por 3 d ou 5 d 
 
Lincosaminas: 
• Lincomicina (não muito usada) e clindamicina 
(derivado da lincomicina) 
- Clindamicina só existe em cápsula 
- É biotransformada pelo fígado e excretada na bile. 
Por essa razão, a relação risco/benefício de seu 
emprego deve ser bem avaliada em pacientes com 
alterações da função hepática e biliar. 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica 
bacteriana (subunidade 50S) 
- Como opção a amoxicilina em uma infecção mais 
grave, temos a clindamicina 
- Clindamicina é mais certeira, porém possui mais 
reação adversa 
• Ação bacteriostática 
• Espectro de ação: semelhante ao das penicilinas, 
com a diferença que atingem o Staphylococcus 
aureus e outras bactérias produtoras de 
penicilinases, e também atuam sobre bacilos 
anaeróbios G- 
- Funciona muito bem, sem a necessidade de 
utilizar outro tipo de medicamento na maioria das 
vezes 
- O único problema é que ela eliminar qualquer 
bactéria, causando muita alteração na flora 
intestinal. O problema não é nem a eliminação em 
si, mas a possibilidade de uma infecção secundária 
por bactérias patogênicas/ fungos patogênicos 
• Excelente absorção no TGI (uso oral) 
• Atinge boas concentrações ósseas 
• Porém causam significativas alterações na flora 
intestinal 
• Reações adversas: diarreia (2 a 20%), colite 
pseudomembranosa 
• Opção à penicilina (amoxicilina) em pacientes 
alérgicos!!! 
• Indicações: infecções moderadas e severas 
profilaxia em alérgicos a penicilina osteomielite 
Posologia: Clindamicina 300 mg 8/8h 
 
Metronidazol: 
• Derivado do nitroimidazol 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese dos 
ácidos nucleicos (DNA) 
• Ação bactericida 
• Espectro de ação: ativo contra praticamente todos 
os bacilos anaeróbios G- 
- Complemento das penicilinas, pois as penicilinas 
tem um defeito que é um funcionamento restrito 
para bactérias anaeróbicas 
• Reações adversas: intolerância ao álcool (efeito 
antabuze/dissulfiram), pode potencializar efeito de 
anticoagulantes, gosto metálico, língua saburrosa 
negra, náuseas, neuropatia periférica (se uso 
prolongado) 
- Gosto metálico, língua mais escurecida... 
• Indicações: infecção por anaeróbios associado a 
amoxicilina em infecções odontogênicas graves 
- Hoje não acredita no uso puro do metronidazol 
- Não é porque termina com “azol” que é 
antifúngico, o metronidazol é antibacteriano 
Posologia: metronidazol 250/400 mg 8/8h durante 
7 dias (comprimido) 
 
Tetraciclinas: 
• Tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, 
minociclina 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica 
bacteriana (subunidade 30S) 
• Ação bacteriostática 
- Não é muito utilizado na odontologia pois hoje em 
dia possui uma ação limitada (muitos 
microrganismos já são resistentes) 
- Ele se deposita em ossos em dentes → mancha 
• Espectro de ação: amplo espectro – ativa contra 
muitas bactérias G+ e G- aeróbias e anaeróbias 
• Absorção prejudicada por alimentos, leite e 
antiácidos 
• Reações adversas: irritação GI 
 hepato e nefrotoxicidade 
 ATB + causam superinfecção 
 Prolongam o TC 
 Diminui a eficácia do 
 Anticoncepcional 
• Deposita-se nos ossos e dentes 
• Indicações: periodontite infanto-juvenil / 
agressiva 
Posologia: tetraciclina 500 mg 6/6 horas 
 
Profilaxia de infecções bacterianas: 
- O emprego de ATB na clínica odontológica está 
indicado em duas situações totalmente distintas: na 
prevenção (profilaxia) ou no tratamento 
(terapêutica) das infecções! 
- Além do anti-inflamatório, teremos que 
prescrever um antibacteriano, porque é um 
indivíduo que está com febre alta, que está saindo 
secreção purulenta, que tem um edema grande, ou 
seja, ele tem sinais e sintomas sistêmicos. Isso quer 
dizer que a bactéria já não está mais bem 
localizada, ela entrou na corrente sanguínea. 
Quando entra na corrente sanguínea ela começa a 
causar transtornos, e é isso que vai diferenciar de 
usar um antibacteriano e não usar 
Bacteremia: presença de bactérias no sangue 
- Por exemplo, se a lesão está em esmalte/dentina, 
ela está bem localizada, ou seja, não ganhou a 
circulação sanguínea 
- Agora se ela chegar na polpa, tem chances de 
chegar na corrente sanguínea, pois na polpa existe 
vasos sanguíneos 
 
Uso preventivo: 
- O indivíduo chegou sem nada, só que tem grande 
chances de desenvolver uma infecção bacteriana, 
nesse indivíduo faz sentido usar o antibacteriano 
antes do procedimento 
- Tem um grupo que o uso não será necessário, mas 
em outros grupos de pessoas será (antibacteriano 
profilático). O que vai diferenciar é a presença de 
algumas condições sistêmicas 
- Você tem que ter um procedimento odontológico 
que possa causar bacteremia associada a uma 
condição sistêmica 
Profilaxia das Infecções: 
• Consiste na administração de antibacterianos a 
pacientes que não apresentam evidências de 
infecção, com o intuito de se prevenir a colonização 
de bactérias e suas complicações. 
Condições em que a profilaxia é justificada: 
• A profilaxia ATB em procedimentos 
odontológicos somente é justificada para pacientes 
com doenças cardíacas associadas a maiores riscos 
de consequências adversas de endocardite 
bacteriana (ou infecciosa), incluindo: 
1) Endocardite bacteriana prévia; 
2) Valva cardíaca protética ou material protético 
usado no reparo da válvula; 
 
3) Doença cardíaca congênita nas seguintes 
categorias: 
3.1) doença cardíaca congênita cianótica não 
reparada, incluindo shunts e condutos paliativos; 
3.2) doença cardíaca congênita completamente 
reparada com material ou dispositivo protético, 
durante os primeiros 6 meses após o procedimento; 
3.3) Doença cardíaca congênita reparada com 
defeitos residuais no sítio ou adjacente ao sítio de 
um dispositivo protético. 
4) Valvopatia cardíaca em paciente transplantado 
cardíaco. 
Condições em que a profilaxia é justificada? 
• Marcapasso? Pontes venosas? 
• Diabetes? 
• Pacientes renais crônicos/Diálise renal? 
• Pacientes imunocomprometidos? (HIV+?) 
• Quimioterapia (leucemia)? 
Em quais procedimentos a profilaxia é justificada? 
• Todos procedimentos odontológicos que 
envolvem manipulação de tecido gengival, região 
periapical dos dentes ou perfuração da mucosa oral. 
• NÃO sendo justificada em injeções de AL em 
tecidos não infectados, radiografias, colocação e 
ajuste de prótese removível ou aparelhagem 
ortodôntica (incluindo brackets), esfoliação de 
dentes decíduos e sangramento por trauma dos 
lábios emucosa oral 
 
- Dose de ataque é quando você dobra a primeira 
dose com o intuito de ter uma redução bacteriana 
significativa de primeira 
Considerações Finais: 
• Se em uso de ATB, usar outro grupo (profilaxia) 
• Dose de ataque 
• Tempo de uso 
• Álcool 
 
 
Antifúngicos: 
Terapêutica Antifúngica: 
• Tópica; Sistêmica; Cirúrgica (melhores) 
• Remoção Química 
Critérios de Avaliação dos Índice de Cura Obtidos 
por Drogas Antifúngicas na Terapêutica de 
Doenças Bucais: 
• Cura clínica 
• Melhora clínica 
• Cura Microbiológica 
- Cultura e microscopia + no início da terapêutica 
- Cultura e microscopia - no final da terapêutica 
Introdução: 
• Antibióticos/Quimioterápicos 
• Atuam sobre a membrana celular 
• Dividem-se basicamente em: 
1) Compostos poliênicos: nistatina e anfotericina B 
2) Azois: cetoconazol, miconazol, clotrimazol, 
fluconazol, itraconazol 
Compostos Poliênicos: 
• Mecanismo de ação: ligam-se ao ergosterol da 
membrana celular, formando poros, que levam ao 
extravasamento de substâncias intracelulares 
• Fungicida 
• Se ligam, em menor grau, ao colesterol das 
membranas celulares dos mamíferos → efeitos 
adversos 
- Candidíase é a mais comum 
- Geralmente a candidíase vai se dar por uma 
imunossupressão (lesão oportunista) 
- A Candida albicans é o principal agente biológico 
envolvido 
- Normalmente o tratamento da candidíase é 
medicamentoso 
A) Nistatina: 
• Uso tópico (não absorvida pelo TGI) 
• Poucos efeitos adversos (mais comuns: GI) 
• Empregada com eficácia somente para o tto de 
infecções por Candida albicans 
- Não é usada para uso sistêmico, é uso tópico (mas 
em alguns casos podemos deglutir, pois em alguns 
casos tem áreas que o bochecho não pega, por 
exemplo a orofaringe) 
- Sobre o bochecho, não precisa ficar 
movimentando, basta deixar em contato por um 
tempo com o fungo 
• Posologia: Nistastina suspensão oral 100.000 
UI/ml – bochechos com 5 ml, a cada 6 horas, por 
14 dias, retendo na boca por 1 a 2 min antes de 
iniciar o bochecho. Pode ser deglutida (náuseas e 
vômito?) (OBS: + 14 d?) 
 
Azois: 
• Mecanismo de ação: inibição da síntese do 
ergosterol da membrana celular (alterada e sem 
função) 
• Fungostático 
• Atuam sobre diversas micoses superficiais e 
profundas 
• Compostos azólicos são CI para gestantes 
(teratogênicos) 
• Para uso tópico, como opção à nistatina: 
miconazol gel oral 2% (ou 20 mg/g), a cada 6 horas, 
por 14 dias (OBS: + 14 d?) 
- Em caso de pacientes que usam prótese, devemos 
auxiliar a retirar a prótese e limpar com água 
sanitária, e passar a pomada no local indicado 
 
• Para uso sistêmico: 
a) Fluconazol = alta absorção por via oral; boas 
concentrações em saliva e mucosas; alta meia- vida 
(dose única diária); excreção renal. 
Posologia: fluconazol 100 mg, 1 cápsula por dia 
durante 4 semanas 
b) Itraconazol = boa biodisponibilidade oral. 
Posologia: itraconazol 100 mg, 1 cápsula por dia 
durante 4 semanas (pode dobrar a dose) (infecções 
sistêmicas = 6 meses em média) 
 
 
 
- Paracoxidil em glicose ela é parecida um pouco 
com a tuberculose. É uma infecção pulmonar que 
algumas vezes pode se manivestar em boca. Nesse 
caso não adianta utilizar a nistatina, pois a infecção 
está no pulmão 
 
 
 
 
 
 
Antivirais: 
Introdução: 
• Antibióticos/Quimioterápicos 
• Em Odontologia: basicamente Aciclovir 
• Reações adversas pouco frequentes por via oral 
Aciclovir: 
• Agente potente e específico contra os vírus- DNA 
- Funciona durante a replicação viral 
• Mecanismo de ação: bloqueia a DNA polimerase, 
impedindo a duplicação viral 
• Eficaz contra o herpes-vírus tipo 1 e 2 
• Posologia tópica (+ usada): aciclovir 5% (ou 50 
mg/g) creme, cinco vezes/dia (4/4h), omitindo a 
dose noturna, durante 5 dias 
• Posologia sistêmica: aciclovir comprimido 200 
mg, 4/4h, omitindo a dose noturna, durante 5 dias 
• OBS: Para herpes zoster: 
Aciclovir 800 mg, 4/4h, omitindo-se a dose 
noturna, durante 7 dias ou Aciclovir 10 mg/Kg 8/8h 
por 7 dias (EV) 
 
 
 
 
 
 
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