Prévia do material em texto
INTOXICAÇÃO EXÓGENAEXÓGENA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ENFERMAGEM ARACAJU/SE 2023 MESTRANDOS jefersonds@academico.ufs.br Jefferson d os Santos Bruniel e da Costa Izabe lita Alves bruni95@academico.ufs.br izabelita@academico.ufs.br Conheça nossos integrantes MESTRANDOS Conheça nossos integrantes kellyf.pitanga@academico.ufs.br Kelly Pitanga Milena Lessa Jéssica Lorrane milenalessa@academico.ufs.br jesylorrane@academico.ufs.br Objetivo Geral Conhecer os aspectos fundamentais da assistência de enfermagem frente à intoxicação exógena, com foco em adultos e idosos. Objetivos Específicos Conceituar “intoxicação exógena”; Conhecer as vias, etiologias e manifestações clínicas mais comuns decorrentes de intoxicação exógena e formas de prevenção; Compreender as principais condutas na assistência de enfermagem à pacientes vítimas de intoxicação exógena. OBJETIVOS DA AULA Maria PROFISSIONAL DE SAÚDE. Em janeiro de 2020, ela estava realizando um grande sonho – ser bacharel em enfermagem. Seria a primeira da família – todos residentes em um interior de SE – a ter uma formatura e colar grau, mesmo com todas as adversidades encontradas durante o caminho. É Seu pai, único genitor vivo, suas duas irmãs, outros familiares e amigos estavam presentes na formatura para comemorar esta grande conquista. Todos tinham conhecimento do quanto Maria tinha se dedicado para isso. FAMÍLIA. Quando falaram o nome do seu pai e o seu nome no microfone para que subissem ao palco, a festa foi tão grande que parecia até um prêmio de loteria. Ela era o orgulho da que Maria esteve ao lado de seu pai vibrando por uma conquista. FOI A ÚLTIMA VEZ Em fevereiro de 2020, seu Sebastião faleceu. Tornando Maria, a responsável em prover e cuidar da família. Tristeza. Sobrecarga no trabalho. Depressão. Uso excessivo de ansiolíticos (Diazepam). INTOXICAÇÃO EXÓGENA. Foi essa a história que a Enfª Carla, responsável pela urgência, ouviu quando estava recebendo a nova paciente do plantão. E quebrou o coração de Carla, pensar que isso tem se repetido durante seus plantões. Podem ser definidas como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas. SUBSTÂNCIA VÍTIMA EM POTENCIAL SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL INTOXICAÇÃO EXÓGENA FATORES: (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) FICHA DE NOTIFICAÇÃO (BRASIL, 2018; BRASIL, 2020) CIATox 0800 722 6001 (79) 3259-3645 / (79) 3216-2600 - Aracaju OS AGENTES TÓXICOS SÃO CLASSIFICADOS EM GRUPOS: 25% dos casos 25% dos casos Medicamentos, agrotóxicos (agrícola/doméstico), produtos veterinários, raticidas, domissanitários, cosméticos, produtos químicos industriais, metais, drogas de abuso, plantas, alimentos, serpentes, aranhas, escorpiões, outros animais peçonhentos, animais não peçonhentos e outros agentes. (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) Sinitox – Fiocruz GRUPOS DE RISCO Crianças (<5 anos); Idosos; Alguns trabalhadores; Deficientes e doentes mentais; Analfabetos; Animais; Portadores de doenças agudas ou crônicas. (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) Etiologia das intoxicações Acidental; latrogênica; Ocupacional; Suicida; Violência; (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) FO N TE : h tt ps :// w w w .b in g. co m /im ag en s Exemplos Etiologia das intoxicações Endêmica; Social; Genética; Esportiva; Ambiental. Exemplos (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) FO N TE : h tt ps :// w w w .b in g. co m /im ag en s TAQUICARDIA Sintomas Atropina, anfetamina, corante e antidepressivos tricíclicos. HIPERTERMIA Anfetaminas, atropina e AAS. HIPOTERMIA Barbitúricos, sedativos e insulina. HIPERVENTILAÇÃO Salicilatos e teofilina. HIPERTENSÃO Anfetaminas e fenciclidina. RUBOR DA PELE Atropina e plantas tóxicas. (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) Sintomas BRADICARDIA Digitálicos, betabloqueadores e barbitúricos. DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA Morfina, barbitúricos, antidepressivos e sedativos, álcool. HIPOTENSÃO Barbitúricos antidepressivos, sais de ferro e teofilina. DELÍRIOS E ALUCINAÇÕES Anfetaminas, atropina, plantas, álcool, cocaína, maconha. Atropina e anfetaminas. MIDRÍASE (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) DIGESTIVA, RESPIRATÓRIA, CUTÂNEA E PERCUTÂNEA. Descontaminação é a etapa em que se procura diminuir a exposição do organismo ao tóxico: MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO O tempo e/ou a superfície de exposição; A quantidade do agente químico em contato com o organismo. PRINCIPAIS VIAS (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) Geralmente, a intoxicação ocorre após ingestão de um produto químico. A seguir, as principais medidas até agora utilizadas: VIA DIGESTIVA (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) Antídotos locais; Medidas provocadoras de vômitos; Lavagem gástrica; Carvão ativado; Catárticos. VÍTIMA SOCORRISTA Retirada do ambiente contaminado e, na maioria das vezes, a remoção das vestes. VIA RESPIRATÓRIA (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) FONTE: https://www.bing.com/imagens FONTE: https://www.bing.com/imagens Remoção das vestes e lavagem corporal continuam sendo as medidas básicas no atendimento imediato. VIA CUTÂNEA (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) FONTE: https://www.bing.com/imagens ANTÍDOTOS São medicamentos ou produtos químicos que atuam sobre o veneno ou se opõem aos seus efeitos. O prognóstico depende da exatidão do diagnóstico, além da rapidez e eficácia de condutas terapêuticas. Em algumas situações a utilização de antídotos específicos se torna imprescindível. A avaliação da necessidade de sua indicação deve ser acompanhada por uma utilização correta, prevenção de possíveis riscos e adoção de precauções devidas. (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019) FO N TE: https://w w w .bing.com /im agens O estado clínico do paciente deteriora, apesar de todas as medidas de suporte. A dose estimada do agente tóxico ou concentração sanguínea indica a ocorrência de toxicidade significativa ou fatal. Há comprometimento das vias fisiológicas de detoxificação e excreção. Características toxicocinéticas do agente permitem sua efetiva remoção pelo método a ser utilizado. O agente tóxico é biotransformado em metabólitos mais tóxicos, cuja produção continuada deve ser evitada. MEDIDAS DE DEPURAÇÃO (SILVA, 2022) Esquema terapêutico que aumenta a eliminação de agentes tóxicos por meio da administração IV de bicarbonato de sódio / ácido ascórbico. Diurese alcalina ou ácida Tratamentos extracorpóreos Especialistas, como toxicologistas e nefrologistas. MÉTODOS INDICADOS Esses tratamentos devem ser considerados em intoxicações passíveis de causar morbidade ou mortalidade grave! (SILVA, 2022) Atender na sala de emergência; Obter e valorizar os dados da cena com a equipe de APH; Investigar horário e forma de contato com o tóxico ou animal; Realizar avaliação primária e secundária direcionando para o quadro; ESQUEMATIZAÇÃO Garantir via respiratória e suporte ventilatório; Monitorar SSVV, oximetria, ECG, glicemia capilar; Puncionar AVP e coletar sangue para exames; ANIMAIS PEÇONHENTOS Conter hemorragia e realizar curativo, se necessário; Adm. terapia farmacológica, fluídos, antibiótico, corticoide, soro antiofídico ou específico. TÓXICOS E VENENOS Adm. terapia farmacológica com fluídos, anticonvulsivante e antídoto, quando indicado; Passar SNG e realizar lavagem gástrica, se necessário; Realizar ECG de 12 derivações. Controlar crise convulsiva e glicemia capilar; Passar SVD e controlar débito urinário; Manter decúbito elevado, se permitido; Avaliação continua do padrão neurológico, respiratório e cardiológico; Documentar; Providenciar transporte e transferência; comunicar familiares.(OBASE; TOMAZINI, 2017) Realizar ações de vigilância de forma participativa, com o objetivo de aprimorar a informação para a ação e buscar a prevenção, a promoção e a proteção da saúde da população sob risco de exposição. Mantenha os produtos nas embalagens originais, feche as embalagens após o uso e forado alcance, principalmente, de crianças; Caso necessite tomar medicação durante à noite, não tome nem dê às escuras; PREVENÇÃO (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) Leia as instruções de aplicação dos pesticidas com cuidado e utilize o produto conforme regras de segurança; Mantenha as instalações de gás em bom estado e, se possível, com dispositivo de segurança; Atenção com os rótulos dos detergentes e outros produtos: PREVENÇÃO (SUEOKA; ABGUSSEN, 2019; SILVA, 2022) Dúvidas? Vamos Treinar? RELEMBRANDO O CASO FICTÍCIO “Tristeza. Sobrecarga no trabalho. Depressão. Uso excessivo de ansiolíticos (Diazepam). Intoxicação exógena.” QUESTÕES De acordo com o caso, quais são os sinais e sintomas mais graves de intoxicação exógena por uso abusivo de medicamentos ansiolíticos (Diazepam)? A) Convulsão, hipertensão e taquicardia. B) Coma e depressão respiratória. C) Hiperventilação, rubor da pele e hemorragia oral. D) Distúrbios visuais, hipotensão e taquicardia. QUESTÕES De acordo com o caso, quais são os sinais e sintomas mais graves de intoxicação exógena por uso abusivo de medicamentos ansiolíticos (Diazepam)? A) Convulsão, hipertensão e taquicardia. B) Coma e depressão respiratória. C) Hiperventilação, rubor da pele e hemorragia oral. D) Distúrbios visuais, hipotensão e taquicardia. QUESTÕES Qual das condutas abaixo, é considerada mais segura e recomendada para reverter a intoxicação por uso excessivo de ansiolíticos no ambiente hospitalar? A) Apenas, antídotos locais. B) Catárticos. C) Carvão ativado. D) Vômitos. Qual das condutas abaixo, é considerada mais segura e recomendada para reverter a intoxicação por uso excessivo de ansiolíticos no ambiente hospitalar? A) Apenas, antídotos locais. B) Catárticos. C) Carvão ativado. D) Vômitos. QUESTÕES BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Intoxicação Exógena. SINAN, 2018. Disponível em: < SINANWEB - Intoxicação Exógena (saude.gov.br)>. Acesso em: 19 de mar. 2023. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disque-intoxicacao, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/agrotoxicos/disque-intoxicacao>. Acesso em: 19 de mar. 2023. OBASE, Lucia; TOMAZINI, Edenir Aparecida S. Urgências e Emergências em Enfermagem. Barueri/SP: Editora Guanabara Koogan, 2017. SILVA, Carlos Augusto Mello da. Emergências toxicológicas: princípios e prática do tratamento de intoxicações agudas. Santana de Parnaiba: Editora Manole, 2022. SUEOKA, Júnia S; ABGUSSEN, Carla Maria Balieiro. APH - Resgate - Emergência em Trauma. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2019. REFERÊNCIAS