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LIVRO-texto (Unidade I, II e III) Responsabilidade Social nas Organizações 5382-60

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Questões resolvidas

Qual é a temática abordada no livro 'Responsabilidade Social nas Organizações'?


a) Sustentabilidade ambiental
b) Responsabilidade social corporativa
c) Desenvolvimento econômico

What are the pillars of sustainability?


a. Economic, social, and environmental.
b. Political, cultural, and technological.
c. Historical, philosophical, and anthropological.

What is the objective of the discipline 'Responsabilidade Social nas Organizações'?

A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão socialmente responsável.
A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão financeira das organizações.
A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão de recursos humanos das organizações.
a) Apenas a afirmativa 1 está correta.
b) Apenas a afirmativa 2 está correta.
c) Apenas a afirmativa 3 está correta.
d) As afirmativas 1 e 2 estão corretas.
e) As afirmativas 1 e 3 estão corretas.

A seguir é apresentada uma visão sobre a discussão de responsabilidade social ao longo das décadas. Qual das alternativas abaixo apresenta a década em que a responsabilidade social passou a fazer parte das práticas de gestão organizacional?

I - Na década de 1950, a noção de quais eram as responsabilidades sociais das organizações foi abordada pela literatura e pôde ser entendida como o começo da moderna construção de definição de responsabilidade social corporativa.
II - Na década de 1960, a pesquisa acadêmica e teórica, foco da RSE, concentrou-se no nível social de análise, dando-lhe implicações práticas.
III - Na década de 1970, a responsabilidade social passa, efetivamente, a fazer parte das práticas de gestão organizacional.
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

What were the main events and trends related to corporate social responsibility in the decades from 1970 to 2000?

I. In the 1970s, the first Earth Day and the creation of the Environmental Protection Agency (EPA) in the US were important events that influenced the political agenda and led to new regulations and responsibilities for corporations.
II. In the 1980s, the governments of Reagan and Thatcher promoted a new line of thought for politics, with a strong focus on reducing pressure on companies and reducing regulations and taxes.
III. In the 1990s, important international events and agreements were established to address climate change and corporate behavior, such as the creation of the European Environment Agency, the Rio Declaration on Environment and Development, the adoption of Agenda 21, and the UN Framework Convention on Climate Change and the Kyoto Protocol.
IV. In the early 2000s, there was an intensification of demands for recognition and implementation of corporate social responsibility, with a focus on both expanding its recognition and implementation and providing a strategic approach to CSR.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) All statements are correct.

Qual foi o objetivo principal da edição da ISO 26000 em Genebra, na Suíça?


a) Padronizar o comportamento ético, transparente e responsável das empresas com foco no desenvolvimento sustentável.
b) Criar uma nova definição de responsabilidade social corporativa (RSC).
c) Estabelecer as obrigações das instituições para com seus stakeholders.

What is the definition of economic development?

I. Economic development programs seek to improve the economic well-being and quality of life of a community.
II. Economic development is the creation of wealth from which community benefits are realized.
III. Economic development is only found in isolated development projects.
IV. Economic development is not related to factors such as education, resource availability, and standard of living.
a) I and II are correct.
b) II and IV are correct.
c) I, II, and IV are correct.
d) Only III is correct.

De acordo com o exposto pelos autores, qual é o conceito de desenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável baseia-se em três pilares: desenvolvimento que tenha em conta a satisfação das necessidades das gerações presentes, desenvolvimento ecologicamente correto e desenvolvimento que não sacrifica os direitos das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável refere-se apenas ao crescimento econômico de uma nação.
O desenvolvimento sustentável não leva em consideração a conservação ambiental e a equidade social.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

What are the 3Rs of waste management according to Andrade (2020)?

I- Reducing means using things carefully to reduce the amount of waste generated.
II- Reusing involves the repeated use of items or parts of items that still have usable aspects.
III- Recycling means using waste as resources.
a) Only I is correct.
b) Only II is correct.
c) Only III is correct.
d) I, II, and III are correct.

What is the Agenda 2030 for Sustainable Development?

I- It was launched by a UN summit in New York in 2015.
II- It aims to eradicate poverty in all its forms and achieve gender equality.
III- It is based on the Universal Declaration of Human Rights and international human rights treaties.
IV- It is a plan of action for countries, the UN system, and all other actors to eliminate extreme poverty, reduce inequality, and protect the planet.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) I, II, III, and IV are correct.

What are the fundamental principles that support the Agenda 2030?

I- Universality: it has universal scope and commitment from all countries, regardless of their levels and status of development income, to contribute to a comprehensive effort of sustainable development.
II- Leaving no one behind: it aims to benefit all people and is committed to not leaving anyone behind, reaching out to all those in need, wherever they are, to demonstrate their goals, challenges, and vulnerabilities.
III- Transformative: it is a transformative plan of action for people, planet, and prosperity.
IV- Based on rights: it is based on a core set of principles that include human rights, equality, and sustainability.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) I, II, III, and IV are correct.

Os objetivos globais e a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável buscam acabar com a pobreza e a fome, realizar os direitos humanos de todos, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, além de garantir a proteção duradoura do planeta e seus recursos naturais. Tais propósitos estabelecem relação entre eles e, na maioria das vezes, o acerto em um deles será o ponto para o sucesso do outro. São os objetivos:


16 Paz, justiça e instituições eficazes
17 Parcerias e meios de implementação
14 Vida na água
15 Vida terrestre
11 Cidades e comunidades sustentáveis
12 Consumo e produção sustentáveis
13 Ação contra a mudança global do clima
3 Saúde e bem-estar
2 Fome zero e agricultura sustentável
4 Educação de qualidade
5 Igualdade de gênero
1 Erradicação da pobreza
6 Água potável e saneamento
7 Energia acessível e limpa
8 Trabalho decente e crescimento econômico
9 Indústria, inovação e infraestrutura
10 Redução das desigualdades

Existem três tipos de responsabilidade social das organizações, que se diferenciam de acordo com as práticas nelas desenvolvidas: responsabilidade social corporativa (RSC), responsabilidade social empresarial (RSE) e responsabilidade social ambiental (RSA).

A responsabilidade social corporativa refere-se a como a empresa gerencia suas relações com seus funcionários e suas ações para melhoria de vida deles, seus familiares e comunidades em que estão inseridos.
A responsabilidade social empresarial está relacionada não apenas com a empresa, mas, principalmente, com todos seus stakeholders.
A responsabilidade social ambiental está relacionada com a forma como a empresa lida com o meio ambiente e seus impactos ambientais.

Compreender as formas adequadas de implementar um modelo de RSC tornou-se vital para as organizações. De acordo com Salgado (2021), quais são as fases crescentes durante o processo de desenvolvimento da cidadania corporativa?

I - O primeiro estágio é o elementar, em que as atividades cidadãs de uma empresa envolvem práticas básicas e não claramente definidas.
II - O segundo estágio é o engajador, em que as empresas começam a se envolver em atividades cidadãs mais definidas e estruturadas.
III - O terceiro estágio é o inovador, em que as empresas começam a inovar em suas práticas cidadãs e a buscar soluções criativas para problemas sociais e ambientais.
IV - O quarto estágio é o integrador, em que as empresas incorporam a cidadania corporativa em sua estratégia de negócios e a integram em todas as áreas da empresa.
V - O quinto estágio é o transformador, em que as empresas se tornam agentes de mudança na sociedade e lideram iniciativas para resolver problemas sociais e ambientais.
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) III, IV e V estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.

Quais são os cinco estágios de evolução das ações de cidadania empresarial nas organizações?


a) Inicial, básico, intermediário, avançado e transformador.
b) Inicial, básico, intermediário, inovador e transformador.
c) Inicial, básico, intermediário, integrador e transformador.
d) Inicial, básico, intermediário, avançado e integrador.

O que é o Instituto Ethos e qual é o seu propósito?

O Instituto Ethos é uma organização reguladora que estabelece diretrizes para organizações que querem seguir práticas de responsabilidade social em sua gestão.
O propósito do Instituto Ethos é desenvolver novas ferramentas para auxiliar o setor privado na análise de suas práticas e gestão, aprofundando seu compromisso com as práticas de RSO e desenvolvimento sustentável.

Quais são as quatro grandes áreas que norteiam os trabalhos do Instituto Ethos?


a) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e gestão sustentável.
b) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e responsabilidade social empresarial.
c) Direitos humanos, ética, meio ambiente e gestão sustentável.

Quais são as quatro dimensões dos indicadores Ethos?


a) Básica, essencial, ampla e abrangente.
b) Visão e estratégia, governança e gestão, social e ambiental.
c) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e gestão sustentável.

Quais são os subtemas relacionados à RSE/Sustentabilidade na dimensão social?

I - Prestação de contas
II - Situações de risco para os direitos humanos
III - Ações afirmativas
IV - Relações de trabalho
V - Desenvolvimento humano, benefícios e treinamento
VI - Saúde e segurança no trabalho e qualidade de vida
VII - Respeito ao direito do consumidor
VIII - Consumo consciente
IX - Gestão de impactos na comunidade e desenvolvimento
a) I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX
b) II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX
c) II, III, IV, V, VI, VII e IX
d) II, III, IV, V, VI e IX
e) II, III, IV, V e IX

O que são organizações do terceiro setor e quais são seus valores fundamentais?

Organizações do terceiro setor são entidades independentes do governo que buscam alcançar objetivos sociais, ambientais ou culturais, sem fins lucrativos e orientadas por valores específicos.
Os valores fundamentais das organizações do terceiro setor incluem ajuda mútua, ética, transparência, governança, democracia, equidade e justiça social.

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Questões resolvidas

Qual é a temática abordada no livro 'Responsabilidade Social nas Organizações'?


a) Sustentabilidade ambiental
b) Responsabilidade social corporativa
c) Desenvolvimento econômico

What are the pillars of sustainability?


a. Economic, social, and environmental.
b. Political, cultural, and technological.
c. Historical, philosophical, and anthropological.

What is the objective of the discipline 'Responsabilidade Social nas Organizações'?

A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão socialmente responsável.
A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão financeira das organizações.
A disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos a visão crítica da gestão de recursos humanos das organizações.
a) Apenas a afirmativa 1 está correta.
b) Apenas a afirmativa 2 está correta.
c) Apenas a afirmativa 3 está correta.
d) As afirmativas 1 e 2 estão corretas.
e) As afirmativas 1 e 3 estão corretas.

A seguir é apresentada uma visão sobre a discussão de responsabilidade social ao longo das décadas. Qual das alternativas abaixo apresenta a década em que a responsabilidade social passou a fazer parte das práticas de gestão organizacional?

I - Na década de 1950, a noção de quais eram as responsabilidades sociais das organizações foi abordada pela literatura e pôde ser entendida como o começo da moderna construção de definição de responsabilidade social corporativa.
II - Na década de 1960, a pesquisa acadêmica e teórica, foco da RSE, concentrou-se no nível social de análise, dando-lhe implicações práticas.
III - Na década de 1970, a responsabilidade social passa, efetivamente, a fazer parte das práticas de gestão organizacional.
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

What were the main events and trends related to corporate social responsibility in the decades from 1970 to 2000?

I. In the 1970s, the first Earth Day and the creation of the Environmental Protection Agency (EPA) in the US were important events that influenced the political agenda and led to new regulations and responsibilities for corporations.
II. In the 1980s, the governments of Reagan and Thatcher promoted a new line of thought for politics, with a strong focus on reducing pressure on companies and reducing regulations and taxes.
III. In the 1990s, important international events and agreements were established to address climate change and corporate behavior, such as the creation of the European Environment Agency, the Rio Declaration on Environment and Development, the adoption of Agenda 21, and the UN Framework Convention on Climate Change and the Kyoto Protocol.
IV. In the early 2000s, there was an intensification of demands for recognition and implementation of corporate social responsibility, with a focus on both expanding its recognition and implementation and providing a strategic approach to CSR.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) All statements are correct.

Qual foi o objetivo principal da edição da ISO 26000 em Genebra, na Suíça?


a) Padronizar o comportamento ético, transparente e responsável das empresas com foco no desenvolvimento sustentável.
b) Criar uma nova definição de responsabilidade social corporativa (RSC).
c) Estabelecer as obrigações das instituições para com seus stakeholders.

What is the definition of economic development?

I. Economic development programs seek to improve the economic well-being and quality of life of a community.
II. Economic development is the creation of wealth from which community benefits are realized.
III. Economic development is only found in isolated development projects.
IV. Economic development is not related to factors such as education, resource availability, and standard of living.
a) I and II are correct.
b) II and IV are correct.
c) I, II, and IV are correct.
d) Only III is correct.

De acordo com o exposto pelos autores, qual é o conceito de desenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável baseia-se em três pilares: desenvolvimento que tenha em conta a satisfação das necessidades das gerações presentes, desenvolvimento ecologicamente correto e desenvolvimento que não sacrifica os direitos das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável refere-se apenas ao crescimento econômico de uma nação.
O desenvolvimento sustentável não leva em consideração a conservação ambiental e a equidade social.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

What are the 3Rs of waste management according to Andrade (2020)?

I- Reducing means using things carefully to reduce the amount of waste generated.
II- Reusing involves the repeated use of items or parts of items that still have usable aspects.
III- Recycling means using waste as resources.
a) Only I is correct.
b) Only II is correct.
c) Only III is correct.
d) I, II, and III are correct.

What is the Agenda 2030 for Sustainable Development?

I- It was launched by a UN summit in New York in 2015.
II- It aims to eradicate poverty in all its forms and achieve gender equality.
III- It is based on the Universal Declaration of Human Rights and international human rights treaties.
IV- It is a plan of action for countries, the UN system, and all other actors to eliminate extreme poverty, reduce inequality, and protect the planet.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) I, II, III, and IV are correct.

What are the fundamental principles that support the Agenda 2030?

I- Universality: it has universal scope and commitment from all countries, regardless of their levels and status of development income, to contribute to a comprehensive effort of sustainable development.
II- Leaving no one behind: it aims to benefit all people and is committed to not leaving anyone behind, reaching out to all those in need, wherever they are, to demonstrate their goals, challenges, and vulnerabilities.
III- Transformative: it is a transformative plan of action for people, planet, and prosperity.
IV- Based on rights: it is based on a core set of principles that include human rights, equality, and sustainability.
a) Only I and II are correct.
b) Only II and III are correct.
c) Only III and IV are correct.
d) I, II, III, and IV are correct.

Os objetivos globais e a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável buscam acabar com a pobreza e a fome, realizar os direitos humanos de todos, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, além de garantir a proteção duradoura do planeta e seus recursos naturais. Tais propósitos estabelecem relação entre eles e, na maioria das vezes, o acerto em um deles será o ponto para o sucesso do outro. São os objetivos:


16 Paz, justiça e instituições eficazes
17 Parcerias e meios de implementação
14 Vida na água
15 Vida terrestre
11 Cidades e comunidades sustentáveis
12 Consumo e produção sustentáveis
13 Ação contra a mudança global do clima
3 Saúde e bem-estar
2 Fome zero e agricultura sustentável
4 Educação de qualidade
5 Igualdade de gênero
1 Erradicação da pobreza
6 Água potável e saneamento
7 Energia acessível e limpa
8 Trabalho decente e crescimento econômico
9 Indústria, inovação e infraestrutura
10 Redução das desigualdades

Existem três tipos de responsabilidade social das organizações, que se diferenciam de acordo com as práticas nelas desenvolvidas: responsabilidade social corporativa (RSC), responsabilidade social empresarial (RSE) e responsabilidade social ambiental (RSA).

A responsabilidade social corporativa refere-se a como a empresa gerencia suas relações com seus funcionários e suas ações para melhoria de vida deles, seus familiares e comunidades em que estão inseridos.
A responsabilidade social empresarial está relacionada não apenas com a empresa, mas, principalmente, com todos seus stakeholders.
A responsabilidade social ambiental está relacionada com a forma como a empresa lida com o meio ambiente e seus impactos ambientais.

Compreender as formas adequadas de implementar um modelo de RSC tornou-se vital para as organizações. De acordo com Salgado (2021), quais são as fases crescentes durante o processo de desenvolvimento da cidadania corporativa?

I - O primeiro estágio é o elementar, em que as atividades cidadãs de uma empresa envolvem práticas básicas e não claramente definidas.
II - O segundo estágio é o engajador, em que as empresas começam a se envolver em atividades cidadãs mais definidas e estruturadas.
III - O terceiro estágio é o inovador, em que as empresas começam a inovar em suas práticas cidadãs e a buscar soluções criativas para problemas sociais e ambientais.
IV - O quarto estágio é o integrador, em que as empresas incorporam a cidadania corporativa em sua estratégia de negócios e a integram em todas as áreas da empresa.
V - O quinto estágio é o transformador, em que as empresas se tornam agentes de mudança na sociedade e lideram iniciativas para resolver problemas sociais e ambientais.
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) III, IV e V estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.

Quais são os cinco estágios de evolução das ações de cidadania empresarial nas organizações?


a) Inicial, básico, intermediário, avançado e transformador.
b) Inicial, básico, intermediário, inovador e transformador.
c) Inicial, básico, intermediário, integrador e transformador.
d) Inicial, básico, intermediário, avançado e integrador.

O que é o Instituto Ethos e qual é o seu propósito?

O Instituto Ethos é uma organização reguladora que estabelece diretrizes para organizações que querem seguir práticas de responsabilidade social em sua gestão.
O propósito do Instituto Ethos é desenvolver novas ferramentas para auxiliar o setor privado na análise de suas práticas e gestão, aprofundando seu compromisso com as práticas de RSO e desenvolvimento sustentável.

Quais são as quatro grandes áreas que norteiam os trabalhos do Instituto Ethos?


a) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e gestão sustentável.
b) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e responsabilidade social empresarial.
c) Direitos humanos, ética, meio ambiente e gestão sustentável.

Quais são as quatro dimensões dos indicadores Ethos?


a) Básica, essencial, ampla e abrangente.
b) Visão e estratégia, governança e gestão, social e ambiental.
c) Direitos humanos, integridade, meio ambiente e gestão sustentável.

Quais são os subtemas relacionados à RSE/Sustentabilidade na dimensão social?

I - Prestação de contas
II - Situações de risco para os direitos humanos
III - Ações afirmativas
IV - Relações de trabalho
V - Desenvolvimento humano, benefícios e treinamento
VI - Saúde e segurança no trabalho e qualidade de vida
VII - Respeito ao direito do consumidor
VIII - Consumo consciente
IX - Gestão de impactos na comunidade e desenvolvimento
a) I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX
b) II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX
c) II, III, IV, V, VI, VII e IX
d) II, III, IV, V, VI e IX
e) II, III, IV, V e IX

O que são organizações do terceiro setor e quais são seus valores fundamentais?

Organizações do terceiro setor são entidades independentes do governo que buscam alcançar objetivos sociais, ambientais ou culturais, sem fins lucrativos e orientadas por valores específicos.
Os valores fundamentais das organizações do terceiro setor incluem ajuda mútua, ética, transparência, governança, democracia, equidade e justiça social.

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Autor: Prof. Guilherme Juliani de Carvalho
Colaboradores: Profa. Sandra Castilho
 Prof. Mauro Kiehn
Responsabilidade Social 
nas Organizações
Professor conteudista: Guilherme Juliani de Carvalho
Doutorando em Administração pela UNIP, mestre em Administração de Empresas – Gestão 
Estratégica de Organizações pela Universidade Fumec (2013), graduando em Ciências Contábeis 
pela UNIP e graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Senac/SP (2016) e 
em Comunicação Social – Relações Públicas pelo Centro Universitário Newton Paiva (2009). Possui 
especialização em Planejamento, Gestão e Implementação da Educação a Distância pela Universidade 
Federal Fluminense (2015), MBA em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário UNA (2010) 
e em Gestão de Negócios pela mesma instituição (2010). Atua como docente universitário desde 
2010 nas áreas de gestão, marketing, projetos e empreendedorismo. É coordenador de graduação 
e pós-graduação com publicações em diversos congressos, anais e revistas científicas, além de 
capítulos de livros.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C331r Carvalho, Guilherme Juliani de.
Responsabilidade Social nas Organizações / Guilherme Juliani 
de Carvalho. – São Paulo: Editora Sol, 2023.
156 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Responsabilidade social. 2. Sustentabilidade. 3. Normas. I. Título.
CDU 658.114.8
U517.18 – 22
Luana Miranda
Profa. Sandra Miessa
Reitora
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração e Finanças
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora das Unidades Universitárias
Profa. Silvia Gomes Miessa
Vice-Reitora de Recursos Humanos e de Pessoal
Profa. Laura Ancona Lee
Vice-Reitora de Relações Internacionais
Prof. Marcus Vinícius Mathias
Vice-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária
UNIP EaD
Profa. Elisabete Brihy
Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto
Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
 Material Didático
 Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. M. Deise Alcantara Carreiro
 Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
 Kleber Souza
 Luiza Gomyde
Sumário
Responsabilidade Social nas Organizações
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 COMPREENSÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL .............................................................................. 11
1.1 Conceitos e definições........................................................................................................................ 11
1.2 Evolução e aplicação das práticas de responsabilidade social .......................................... 17
1.3 Crescimento econômico, desenvolvimento econômico e desenvolvimento 
 sustentável .................................................................................................................................................... 24
1.3.1 Agenda 2030 e objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU ................................. 27
1.4 Responsabilidade social corporativa: responsabilidade social empresarial e 
responsabilidade social ambiental ........................................................................................................ 30
2 PRINCÍPIOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ...................................................................................... 33
2.1 Formas de atuação em responsabilidade social ....................................................................... 33
2.2 Responsabilidade social corporativa e cidadania empresarial ........................................... 35
2.3 FNQ, Instituto Ethos e seus indicadores ...................................................................................... 38
3 TERCEIRO SETOR .............................................................................................................................................. 46
3.1 A construção do terceiro setor ....................................................................................................... 50
3.2 O terceiro setor e seu papel na sociedade ................................................................................. 52
4 SUSTENTABILIDADE ........................................................................................................................................ 53
4.1 Pilares da sustentabilidade ............................................................................................................... 59
4.2 A sustentabilidade e a responsabilidade social ........................................................................ 62
4.3 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ............................................................................................ 63
4.4 Agenda ambiental ................................................................................................................................ 66
4.5 Pegada ambiental ................................................................................................................................. 68
Unidade II
5 CONTABILIDADE AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL ............................................................................. 76
5.1 Contabilidade ambiental ................................................................................................................... 76
5.2 Balanço social e relatório de sustentabilidade ......................................................................... 77
5.3 Incentivos fiscais para prática de responsabilidade social .................................................. 80
5.4 Greenwashing ........................................................................................................................................ 83
6 NORMAS E CERTIFICAÇÕES EM RESPONSABILIDADE SOCIAL ...................................................... 88
6.1 Qualidade ................................................................................................................................................. 89
6.2 Ambiental ................................................................................................................................................ 90
6.3 Saúde e segurança ............................................................................................................................... 90
6.4 Sustentabilidade e responsabilidade social ............................................................................... 91
6.5 ISO 26000 ................................................................................................................................................ 94
Unidade III
7 RESPONSABILIDADE SOCIAL SOB A ÓTICA DE DIFERENTES PÚBLICOS ...................................101
7.1 Diferentes públicos envolvidos na prática de responsabilidade social .........................101
7.2 Responsabilidade social na esfera pública ...............................................................................104
7.3 Accountability ......................................................................................................................................1067.4 Ética empresarial ................................................................................................................................107
7.5 Boas práticas de responsabilidade social ..................................................................................110
7.6 Marketing social .................................................................................................................................115
8 PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS EM RESPONSABILIDADE SOCIAL ..............................................120
8.1 Princípios da sustentabilidade associados ao desenvolvimento social e 
à gestão padrão ESG ................................................................................................................................120
8.2 Envolvimento das empresas com o desenvolvimento social: da filantropia 
à gestão socialmente responsável ......................................................................................................126
8.3 Design sustentável .............................................................................................................................129
8.4 Economia circular ...............................................................................................................................132
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APRESENTAÇÃO
Esta disciplina trata do significado da responsabilidade social organizacional e dos seus princípios 
e práticas desejadas. Aborda também a avaliação das práticas de responsabilidade social e de seus 
resultados, bem como dos seus novos desafios nas organizações. Objetivando saber os princípios e as 
práticas desejados e como avaliar sua aplicação e seus resultados, a disciplina Responsabilidade 
Social nas Organizações busca apresentar aos alunos a visão crítica da gestão socialmente 
responsável. Nela, discutiremos desde os conceitos e evolução da responsabilidade social até os 
mais recentes temas da área.
Ao longo da discussão o aluno poderá compreender a importância da responsabilidade social nas 
organizações, as ferramentas de práticas de gestão socialmente responsável, a legislação que incide 
sobre este assunto e, por fim, a prática ESG, modelo de gestão socialmente responsável de emergente 
importância para as empresas em todo o mundo.
O discente compreenderá também acerca das principais certificações e prêmios setoriais, assim como 
entenderá as relações do tema com diversos públicos e os incentivos fiscais dados às organizações que 
adotam práticas sustentáveis.
Ao final desta disciplina, o aluno deverá estar apto a desenvolver projetos sustentáveis em suas 
organizações, bem como atuar junto ao terceiro setor e entender a responsividade das companhias 
na sociedade em que atua. Espera-se que ele desenvolva competências, senso crítico e capacidade de 
contextualização, visão estratégica, pensamento sistêmico, orientação para processos, orientação para 
resultados, consciência ética e social, além de solução de problemas no que diz respeito às práticas de 
sustentabilidade e responsabilidade social das empresas.
INTRODUÇÃO
A responsabilidade social nos negócios, também conhecida como responsabilidade social das 
organizações, refere-se a pessoas e organizações que se comportam e conduzem negócios de forma 
ética e com sensibilidade em relação a questões sociais, culturais, econômicas e ambientais. Esforçar-se 
pela responsabilidade social ajuda indivíduos, organizações e governos a ter um impacto positivo no 
desenvolvimento dos negócios e na sociedade.
Decisões de negócios inteligentes não são apenas uma questão de contar valores monetários em 
curto prazo. Tomadores de decisão sábios consideram o impacto futuro das escolhas de hoje nas pessoas, 
na comunidade e nos clientes, bem como em suas opiniões.
Embora os resultados de negócios, o investimento, a livre iniciativa e outras forças econômicas 
tradicionais continuem a impulsionar a indústria, a reputação das organizações e sua capacidade de 
competir efetivamente em todo o mundo dependem da integração dos esforços de responsabilidade 
social na tomada de decisões e na melhoria do desempenho.
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Ser uma empresa socialmente responsável pode reforçar a imagem de uma instituição e construir 
sua marca. A responsabilidade social capacita os funcionários a alavancar os recursos corporativos 
à sua disposição para fazer o bem. Programas formais de responsabilidade social corporativa podem 
aumentar o moral dos funcionários e levar a uma maior produtividade na força de trabalho.
Nos últimos anos tem-se visto o crescimento de danos ambientais, sociais e econômicos com 
consequências irreversíveis causadas pela falta de atuação socialmente responsável das organizações. 
Em 2015, ocorreu o rompimento da barragem em Mariana, no subdistrito de Bento Rodrigues, Minas 
Gerais. Em 2019, a cidade atingida foi Brumadinho, também em Minas Gerais, em que o rompimento de 
outra barragem de uma mineradora devastou florestas, rios, a população ribeirinha e cessou 270 vidas 
(PASSARINHO, 2019). Vejam que esses acidentes geraram danos não apenas ambientais, mas sociais, 
econômicos e cuja recuperação poderá levar décadas.
Figura 1 – Área devastada pelo rompimento da barragem em Brumadinho
Disponível em: https://bit.ly/3Shbqh7. Acesso em: 3 out. 2022.
Kaplan (2016) apontou que se continuarmos produzindo (e não descartando adequadamente) 
plásticos nas taxas atuais, a quantidade deles no oceano superará a de peixes em 2050.
Existe um instrumento chamado pegada ecológica, que é a única métrica utilizada na medição 
de quanta natureza temos e quanta natureza usamos. Conforme a World Population Review (2021), 
a pegada ecológica média mundial foi de 2,75 hectares globais por pessoa (22,6 bilhões no total) e a 
biocapacidade média foi de 1,63 hectares globais em 2021. Isso mostra que estamos consumindo mais 
do planeta do que ele consegue regenerar.
9
Veja no mapa a seguir que os países mais desenvolvidos são aqueles que têm maior déficit de 
regeneração ambiental:
2.00 4.00 6.00 8.00
Pegada ecológica (per capita)
10.00 12.00 14.00 16.000.00
Figura 2 – Pegada ecológica 2021
Adaptado de: https://cutt.ly/mMO6AYW. Acesso em: 3 out. 2022.
O meio ambiente não é o único a sofrer o impacto das organizações: a sociedade, de forma ampla, 
também é impactada. A escravidão moderna é infligida a milhões de pessoas em todo o mundo, mas 
muitas vezes possui outra denominação, fazendo com que muitos não saibam de sua existência. No 
Brasil, a Agência Brasil apontou que 942 trabalhadores foram resgatados em 2020 em situação análoga 
à escravidão. De acordo com o instituto, as pessoas que foram resgatadas do trabalho escravo atuavam 
nas seguintes áreas: 17% estavam em atividades de produção florestal; 15% no cultivo do café e 10% 
na criação de bovinos (PASSOS, 2021).
Além disso, é importante destacar que a responsabilidade social das organizações deve voltar-se aos 
consumidores. Processos limpos de produção, cumprimento de prazos, qualidade de produtos e serviços 
fazem parte do que é entregue ao consumidor por uma empresa socialmente responsável.
E assim se faz o grande desafio das organizações contemporâneas. Muito além da gestão de 
custos, gestão de operações, aumento de mercado e outros fatores decisivos para sobrevivência das 
empresas, é necessário que os gestores estejam atentos à pressão dos diferentes públicos – governo, 
consumidores, funcionários, sociedade, entidades não governamentais – para uma atuação mais 
responsável, minimizando os impactos negativos de suas operações. Manter a responsabilidade social 
em uma empresa garante que a integridade da sociedade e o meio ambiente sejam protegidos. Muitas 
10
vezes, as implicações éticas de uma decisão/ação são negligenciadas para ganho pessoal e os benefícios 
são geralmente materiais. Todavia, isso não pode mais ser a predominância nas organizações.
As práticas de negócios socialmente responsáveis referem-se às atividades corporativas cujo objetivo 
principal é beneficiar indivíduos, uma comunidadeou o meio ambiente. Eles incluem patrocínio, subsídios, 
doação de produtos, voluntariado corporativo, envolvimento da comunidade etc.
Assim, entender a responsabilidade social é fundamental para que o futuro profissional de Administração 
compreenda como uma organização é responsável pelos impactos de suas decisões e atividades na 
sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento transparente e ético que contribui para o 
desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bem-estar de todos.
Sustentado pelos principais autores da área e pelos mais recentes artigos e dados publicados, 
este livro-texto busca contribuir para a formação de gestores socialmente responsáveis, com amplo 
conhecimento sobre as práticas, certificações, incentivos e benefícios da responsabilidade social.
Na unidade I serão discutidos os conceitos de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e 
crescimento econômico. O estudante ainda irá aprender sobre sustentabilidade e seus pilares, o terceiro 
setor e sua formação e contribuição social, bem como a Fundação Nacional de Qualidade e o Instituto Ethos.
Na unidade II, por sua vez, estarão os conteúdos sobre contabilidade e balanço ambiental, assim 
como as certificações concedidas às empresas que praticam responsabilidade social.
Por fim, na unidade III, o discente aprenderá sobre os diferentes públicos envolvidos na prática de 
responsabilidade social e as mais contemporâneas discussões da área, como gestão ESG, economia 
circular e design sustentável.
Bons estudos!
11
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Unidade I
1 COMPREENSÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
1.1 Conceitos e definições
Há muito tempo temos visto que a relação das organizações com a sociedade tem mudado. Muito 
além de aumentar a margem de lucro, ganhar mais mercado ou abrir filiais, as empresas passaram a 
entender que suas ações geram impactos na sociedade, e esses, por sua vez, nem sempre são positivos.
Até recentemente, a maioria das grandes empresas era conduzida quase exclusivamente com um 
objetivo em mente: lucro. A maximização dos lucros estava no centro de todas as ações ou iniciativas 
adotadas. Começaram a surgir, então, pressões de várias frentes da sociedade: consumidores, governo, 
investidores, organizações não governamentais e outros, que fizeram com que as companhias passassem 
a adotar práticas de responsabilidade social em sua gestão, e assim, nas últimas décadas, mais líderes 
empresariais reconheceram que têm a responsabilidade de fazer mais do que simplesmente maximizar 
os lucros para acionistas e executivos. Em vez disso, buscam não apenas o melhor para suas instituições, 
mas para as pessoas, o planeta e a sociedade em geral.
Há vários benefícios em adicionar iniciativas de responsabilidade social em uma organização: eles 
abrangem desde o aumento da produtividade até a atração dos melhores talentos. Permitem ainda que 
a empresa melhore a sua reputação geral, o que pode abrir portas para novas oportunidades. Escolher 
qual iniciativa é mais apropriada requer uma consideração cuidadosa, mas antes de falarmos sobre 
iniciativas de responsabilidade social nas organizações (RSO), definiremos o motivo de tal tema ser tão 
caro aos gestores.
A responsabilidade social é uma filosofia de gestão na qual indivíduos ou empresas são responsáveis 
por cumprir seu dever cívico e tomar ações que beneficiem a sociedade como um todo. Se uma empresa 
ou pessoa estiver pensando em realizar algo que possa prejudicar o meio ambiente ou a sociedade, ela é 
considerada socialmente irresponsável. De acordo com esse conceito, os gestores devem tomar decisões 
que não apenas maximizem os lucros, mas protejam os interesses da comunidade e da sociedade. 
Vejamos alguns exemplos na sequência:
A ideia de responsabilidade social empresarial parte do princípio de que as 
empresas têm responsabilidade direta sobre muitos problemas que abalam 
a sociedade, e, com isso, têm condições e o dever de colaborar para que 
haja um desenvolvimento equilibrado. De acordo com essa premissa, as 
ações realizadas pelas empresas através de suas técnicas e recursos visando 
atingir seus objetivos materiais podem também colaborar para resolução de 
problemas sociais (PASSOS; BORGES, 2021, p. 240).
12
Unidade I
Responsabilidade social corporativa relaciona-se principalmente à obtenção 
de resultados de decisões organizacionais relativas às questões ou problemas 
específicos que (por algum padrão normativo) têm efeitos benéficos, e não 
adversos, efeitos sobre as partes interessadas corporativas pertinentes. 
A correção normativa dos produtos da ação corporativa tem sido o foco 
principal da responsabilidade social corporativa (EPSTEIN, 1987, p. 104).
Domingos (2007, p. 81) define que a RSO “compreende ações concretas expostas publicamente para 
anunciar uma nova postura dos dirigentes dos sistemas de produção frente às contradições e às tensões 
provocadas pelo capitalismo na sociedade”.
Responsabilidade social nas organizações é a ideia de que uma empresa tem responsabilidade com 
a sociedade que existe ao seu redor. As instituições que adotam a responsabilidade social corporativa 
geralmente são organizadas de maneira que as capacita a ser e agir de maneira socialmente responsável. 
Trata-se de uma forma de autorregulação que pode ser expressa em iniciativas ou estratégias, dependendo 
dos objetivos de uma organização (YEVDOKIMOVA et al., 2018).
De forma geral, pode-se entendê-la como a prática que além de maximizar o valor para o acionista, 
deve agir de forma a beneficiar a sociedade. As empresas socialmente responsáveis precisam seguir 
políticas que promovam o bem-estar da sociedade e do meio ambiente, ao mesmo tempo que diminuem 
os impactos negativos sobre eles.
 Lembrete
Responsabilidade social não é cumprir a lei ou fazer ações isoladas que 
não estejam alinhadas aos reais valores da organização. Cumprir a lei é 
obrigação da organização e práticas de responsabilidade social são aquelas 
conforme os princípios, valores, missão e visão da empresa.
O Banco Mundial, em 2003, definiu responsabilidade social como o compromisso das empresas 
em contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando com os funcionários, suas 
famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar a qualidade de vida, de maneira que 
seja boa para os negócios e o desenvolvimento (PETKOSKI; TWOSE, 2003).
Exatamente o que significa “socialmente responsável” varia de uma organização para outra. As 
empresas geralmente são guiadas por um conceito conhecido como triple bottom line (TBL), que 
determina que uma companhia deve se comprometer a medir seu impacto social e ambiental, bem 
como seus lucros. O ditado “lucro, pessoas, planeta” é frequentemente usado para resumir a força motriz 
por trás do referido conceito.
Ao adotar o TBL, a organização passa a levar em conta as questões econômicas, sociais e ambientais 
em suas tomadas de decisões. A definição dos conceitos do TBL, de acordo com a Fundação Nacional da 
Qualidade (2018) abrange:
13
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• Responsabilidade ambiental: crê que as organizações devem se comportar da maneira mais 
ecológica possível. É uma das formas mais comuns de responsabilidade social corporativa. Algumas 
empresas usam o termo “gestão ambiental” para se referir a tais iniciativas.
As instituições que buscam adotar a responsabilidade ambiental podem fazê-lo de várias maneiras:
— redução da poluição, das emissões de gases de efeito estufa, do uso de plásticos descartáveis, 
do consumo de água e do lixo em geral;
— aumento da dependência de energia renovável, de recursos sustentáveis e materiais reciclados 
ou parcialmente reciclados;
— compensação do impacto ambiental negativo, por exemplo, plantando árvores, financiando 
pesquisas e doando para causas relacionadas.
Figura 3 – Responsabilidade ambiental
Disponível em:: https://bit.ly/3rGqfyS. Disponível em: 3 out. 2022.
• Responsabilidade ética: preocupa-seem garantir que uma organização opere de maneira justa 
e ética. Aquelas que adotam a responsabilidade ética visam obter um tratamento justo de todas 
as partes interessadas, incluindo liderança, investidores, funcionários, fornecedores e clientes.
14
Unidade I
Por meio dessa prática de responsabilidade ética, o que as organizações podem fazer é atuar com 
a ética de distintas formas, por exemplo, definir um salário mínimo além do piso determinado. 
Ainda nesta conduta uma empresa pode trabalhar unicamente com fornecedores que entreguem 
produtos, ingredientes, materiais ou componentes que sejam adquiridos de acordo com os padrões 
de livre-comércio. Consequentemente, muitas corporações contam com processos para garantir 
que não estejam comprando produtos resultantes de trabalho escravo ou infantil.
• Responsabilidade filantrópica: refere-se ao objetivo de uma empresa de tornar ativamente o 
mundo e a sociedade um lugar melhor.
Além de agir da forma mais ética e ambientalmente amigável possível, as organizações movidas 
pela responsabilidade filantrópica geralmente dedicam uma parte de seus ganhos. Enquanto 
muitas delas doam para instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos que se 
alinham com suas missões orientadoras, outras doam para causas nobres que não se relacionam 
diretamente com seus negócios. Há ainda aquelas que criam seu próprio fundo ou organização 
de caridade para retribuir.
• Responsabilidade econômica: trata-se da prática de uma empresa apoiar todas as suas decisões 
financeiras em seu compromisso de fazer o bem nas áreas listadas anteriormente. O objetivo 
final não é simplesmente maximizar os lucros, mas impactar positivamente o meio ambiente, as 
pessoas e a sociedade.
Portanto, com as definições dadas, pode-se definir a RSO como as metas organizacionais alinhadas 
com sustentabilidade e preservação de recursos para as próximas gerações e com respeito às pessoas 
em sua diversidade, focando na redução de desigualdades. De forma geral, trata-se de uma prática que, 
se adotada por todas as organizações, poderá gerar um planeta com menos poluição, lixo, exploração 
de mão de obra, entre outros.
A ideia de responsabilidade social nas organizações é tema de discussão desde a década de 
1950. No entanto, foi apenas mais tarde que as pessoas começaram a entender seu significado e 
impacto. Um marco na discussão do assunto foi a publicação da pirâmide da responsabilidade social 
corporativa de Archie Carroll, em 1991. Sua simplicidade, mas capacidade de descrever a ideia de 
responsabilidade social com quatro áreas, tornou a pirâmide uma das teorias corporativas de RSC 
mais aceitas desde então.
A pirâmide de Carroll sugere que a empresa tem total responsabilidade em quatro níveis: econômico, 
jurídico, ético e filantrópico.
15
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Responsabilidade econômica: ser lucrativa, pois antes de atingir as outras 
responsabilidades, uma empresa deve ter a capacidade de arcar com seus 
compromissos financeiros
RSO
Responsabilidade legal: seguir a lei, uma vez que ela é 
codificação da sociedade do certo e do errado
Responsabilidade ética: obrigar-se a 
fazer o que é certo, justo, combater a 
corrupção e agir de forma transparente
Responsabilidade 
filantrópica: ser 
uma empresa cidadã 
e desenvolver práticas de 
melhoras na qualidade de vida
Figura 4 – Pirâmide de Carroll
Adaptado de: Appio, Madruga e Frizon (2018).
Conforme os autores da figura acima, as definições de cada pilar da pirâmide são:
• Responsabilidade econômica: produzir bens e serviços que a sociedade necessita e lucrar com 
eles. As empresas têm acionistas que esperam e exigem um retorno razoável de seus investimentos, 
funcionários que desejam fazer seu trabalho com segurança e justiça, bem como clientes que 
querem produtos de qualidade por preços justos. Trata-se da base da pirâmide sobre a qual todas 
as outras camadas repousam. A responsabilidade econômica na RSE é a obrigação de ser lucrativo 
e a única maneira de uma empresa sobreviver e apoiar a sociedade a longo prazo.
• Responsabilidade legal: obedecer a lei é o segundo nível da pirâmide e obrigação legal da 
empresa. Esta é a responsabilidade mais importante dos quatro níveis, pois mostrará como ela 
conduz seus negócios no mercado. As leis trabalhistas, a concorrência com outras corporações, 
os regulamentos tributários e a saúde e segurança dos funcionários são alguns exemplos das 
responsabilidades legais que uma instituição deve cumprir. Deixar de ser legalmente responsável 
pode ser muito ruim para as companhias.
• Responsabilidade ética: fazer a coisa certa, ser justo em todas as situações e evitar danos. Uma 
empresa não deve apenas obedecer à lei, mas precisa fazer seus negócios de forma ética. Ao 
contrário dos dois primeiros níveis, trata-se de algo que ela não é obrigada a fazer. No entanto, 
é melhor que a corporação seja ética, pois isso não apenas mostra a seus stakeholders que eles 
16
Unidade I
são morais e justos, como também as pessoas se sentirão mais confortáveis comprando seus 
bens/serviços. Ser ecologicamente correto e tratar fornecedores/funcionários adequadamente 
são alguns exemplos de responsabilidade ética.
• Responsabilidade filantrópica: no topo da pirâmide, ocupando o menor espaço está a filantropia. 
As empresas são criticadas há muito tempo por sua pegada de carbono, sua participação na 
poluição, seu uso de recursos naturais e muito mais. Para contrabalançar esses negativos, elas 
devem “retribuir” à comunidade de onde tiram. Embora este seja o nível mais alto de RSC, ele não 
deve ser menosprezado, pois muitas pessoas gostariam de fazer negócios com instituições que 
retribuem à sociedade. A responsabilidade filantrópica é mais do que apenas fazer o que é certo, 
significa algo que se mantém fiel aos valores da companhia.
• Responsabilidade social nas organizações (RSO): segundo a pirâmide de Carroll, negócio 
responsável é aquele que qualifica todos os níveis de responsabilidade antes de assumir a 
filantropia. Sem cumprir as outras responsabilidades, um negócio não pode se sustentar.
 Lembrete
Para atingir a responsabilidade social nas organizações (topo da pirâmide), 
a empresa deve cumprir todos os seus pilares anteriores: econômica, legal, 
filantrópica.
Em suma, a definição de quatro partes de responsabilidade social e a pirâmide de Carroll oferecem 
uma estrutura conceitual para organizações que consiste nas responsabilidades econômica, legal, ética 
e filantrópica ou discricionária. A responsabilidade econômica para obter lucro é esperada por seus 
acionistas, já a responsabilidade ética é aguardada pela sociedade. A responsabilidade filantrópica ou 
discricionária das corporações é esperada e desejada pela sociedade. Com o tempo, as definições para 
cada uma das quatro categorias podem mudar ou evoluir.
 Observação
A responsabilidade social nas organizações não pode ser confundida 
com caridade: a caridade tem fins assistenciais e é um mero paliativo para 
graves problemas sociais, enquanto a responsabilidade social é uma prática 
institucionalizada na empresa.
Existe uma longa e variada discussão associada à evolução do conceito de responsabilidade social. 
A crença atual de que as corporações têm responsabilidade para com a sociedade não é nova. De 
fato, é possível traçar a preocupação da empresa com a sociedade há vários séculos (AGUDELO; 
JÓHANNSDÓTTIR; DAVÍDSDÓTTIR, 2019). No entanto, apenas nas décadas de 1930 e 1940 que o papel 
dos executivos e o desempenho social das corporações começaram a aparecer na literatura e autores 
começaram a discutir quais eram as responsabilidades sociais específicas das empresas. Nas décadas 
17
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
seguintes as expectativas sociais em relação ao comportamento empresarial mudaram, assim como o 
conceito de responsabilidade social empresarial (RSE).
1.2 Evolução e aplicação das práticas de responsabilidade social
A responsabilidade social corporativa(RSC) tem sido anunciada como a maneira pela qual as 
corporações se posicionam. Nos últimos tempos, o escopo da RSE evoluiu além da escola de administração 
e da retórica empresarial para se tornar um termo reconhecido pela maioria da sociedade. Embora o 
termo RSC possa fazer parte da linguagem geral, as nuances do conceito escapam a muitas pessoas. Isso 
pode ser atribuído ao desenvolvimento fluido da ideologia e, de acordo com sua evolução, tem estado 
em constante fluxo. As discussões sobre RSE avançaram consideravelmente nos últimos anos, tanto 
que a RSC pode agora ser considerada uma ferramenta estratégica na relação entre empresas, governo 
e stakeholders.
Os estudos de Carroll (2015) apontam que já na década de 1920 os gerentes das organizações, 
na época, passaram a assumir a responsabilidade de equilibrar a maximização dos lucros com os 
interesses do mercado e das comunidades. Posteriormente, com o crescimento dos negócios durante a 
Segunda Guerra Mundial e na década de 1940, as empresas passaram a ser vistas como instituições com 
responsabilidades sociais e uma discussão mais ampla sobre o tema começou a ocorrer.
Apesar de datar de 1920, a responsabilidade social nas organizações somente passou a ser teorizada 
e discutida na academia na década de 1950, quando Howard Bowen publicou, em 1953 nos Estados 
Unidos, o livro Responsibilities of the businessman (Responsabilidades sociais do homem de negócios) 
(CARMO, 2015).
Na década de 1970, os estudos sobre responsabilidade social nas organizações iniciaram, então, 
uma investigação acerca da capacidade de desempenho social das companhias, e pode-se inferir que 
muito mais que apenas assumir as responsabilidades dos impactos causados na sociedade, as empresas 
deveriam responder pelos seus atos, e estas respostas seriam dadas através da criação de mecanismos 
de identificação, mapeamento e ação socialmente responsáveis perante a sociedade.
A seguir é apresentada uma visão sobre a discussão de responsabilidade social ao longo das décadas:
• Décadas de 1950 e 1960: somente no início da década de 1950 que a noção de quais eram as 
responsabilidades sociais das organizações foi abordada pela literatura e pôde ser entendida como o 
começo da moderna construção de definição de responsabilidade social corporativa. Na verdade foi 
aproximando-se dos anos 1960 que a pesquisa acadêmica e teórica, foco da RSE, concentrou-se no nível 
social de análise, dando-lhe implicações práticas (CARMO, 2015).
• Década de 1970: a responsabilidade social passa, efetivamente, a fazer parte das práticas de gestão 
organizacional. O sentimento antiguerra, o contexto social geral e um crescente senso de consciência 
na sociedade durante o final da década de 1960 se traduziram em um baixo nível de confiança nos 
negócios para atender às necessidades e desejos do público (WATERHOUSE, 2017). De fato, o baixo 
nível de confiança no setor empresarial atingiu um ponto significativo quando, em 1969, um grande 
18
Unidade I
derramamento de óleo na costa de Santa Barbara, Califórnia, foi alvo de protestos maciços nos EUA 
e, eventualmente, resultou na criação do primeiro Dia da Terra, comemorado em 1970. Durante o 
evento, 20 milhões de pessoas se juntaram a protestos para exigir um ambiente limpo e sustentável, 
além de lutar contra a poluição causada principalmente por corporações (derramamentos de óleo, 
lixões tóxicos, fábricas poluidoras e usinas de energia). Esse dia influenciou a agenda política dos EUA 
de forma tão decisiva que desempenhou um papel significativo na criação da Agência de Proteção 
Ambiental (EPA) no final de 1970 e foi traduzido em uma nova estrutura regulatória que mais tarde 
motivaria o comportamento corporativo e criaria responsabilidades adicionais para corporações 
(AGUDELO; JÓHANNSDÓTTIR; DAVÍDSDÓTTIR, 2019).
• Década de 1980: com a implantação da responsabilidade social durante a década de 1970, cresceu o 
número de legislações que atendiam às preocupações sociais da época e deu um conjunto mais 
amplo de responsabilidades às corporações. Em contraste, durante a década de 1980, os governos 
de Reagan (EUA) e Thatcher (Reino Unido) promoveram uma nova linha de pensamento para a 
política com um forte foco na redução da pressão sobre as empresas e visando reduzir os altos 
níveis de inflação que ambos os locais enfrentavam. Para Reagan e Thatcher, o crescimento e a 
força das economias de seus países dependiam de sua capacidade de manter um ambiente de 
livre-mercado com o mínimo de intervenção estatal possível. Para isso, os principais objetivos 
econômicos de Reagan centraram-se na redução das regulamentações sobre o setor privado, o 
que foi complementado com reduções de impostos (AGUDELO; JÓHANNSDÓTTIR; DAVÍDSDÓTTIR, 
2019). Durante a década de 1980, com crescimento exponencial da indústria mundial, as práticas 
de responsabilidade social começaram a ser questionadas pelos governos.
• Década de 1990: importantes eventos internacionais influenciaram a perspectiva internacional 
para responsabilidade e a abordagem do desenvolvimento sustentável. Os mais relevantes incluem 
a criação do Agência Europeia do Ambiente (1990), a reunião da ONU sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, que levou à Declaração do Rio sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, a adoção da Agenda 21 e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a 
Mudança do Clima (UNFCCC) (1992), além da adoção do Protocolo de Quioto (1997). A formação 
desses organismos e a adoção de acordos internacionais representaram esforços para estabelecer 
normas no que diz respeito a questões relacionadas ao clima e diretamente ao comportamento 
corporativo. A década de 1990 retoma o intenso interesse por responsabilidade social nas 
organizações e, de fato, foi durante ela que o conceito ganhou apelo internacional, talvez como 
resultado da abordagem internacional para o desenvolvimento sustentável da época combinada 
à globalização.
• Anos 2000: logo no início dos anos 2000 intensifica-se a cobrança pelo reconhecimento e pela 
implementação da responsabilidade social nas organizações. Nesse período, a discussão estava 
pautada em dois momentos: o primeiro está focado no reconhecimento e expansão de RSO e 
sua implementação, enquanto o segundo concentra-se na abordagem estratégica para a RSO 
fornecida pelas publicações acadêmicas da época. O debate em torno da RSO foi adiantado 
várias vezes por figuras públicas, como, por exemplo, o presidente Reagan que, com o objetivo de 
estimular a economia e gerar crescimento econômico no final da década de 1980, apelou ao setor 
privado para práticas de negócios mais responsáveis e enfatizou que as corporações deveriam 
19
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
assumir um papel de liderança na responsabilidade social (CARROLL, 2015). Durante a década 
de 1990, foi o presidente Clinton quem trouxe a atenção para a noção de cidadania corporativa 
e responsabilidade social com a criação do Prêmio Ron Brown de Liderança Corporativa para 
empresas que eram boas cidadãs corporativas (BATTAGELLO, 2013).
 Observação
Classificamos a responsabilidade social não considerando uma 
nomenclatura. Então, entendam responsabilidade social nas organizações 
(RSO), responsabilidade social empresarial (RSE) ou responsabilidade 
social corporativa (RSC) como o mesmo conceito.
Ainda nos anos 2000, a abordagem estratégica para RSE passou a ir além da influência institucional 
e pública na implementação da RSC, e chegaram contribuições relevantes ao conceito por meio da 
literatura acadêmica. Nos primeiros anos do século XXI, as políticas corporativas mudaram em 
resposta ao interesse público e, como resultado, muitas vezes tiveram um impacto social positivo. Isso 
significava que o escopo de responsabilidade social (do ponto de vista empresarial) era agora inclusivo 
para um conjunto mais amplo de partes interessadas, e uma nova definição de responsabilidade social 
corporativa (RSC) referia-se às obrigações da instituiçãopara com seus stakeholders – pessoas afetadas 
pelas políticas corporativas e práticas. Essas obrigações vão além das exigências legais e dos deveres da 
empresa para com seus acionistas. O cumprimento delas destina-se a minimizar qualquer prejuízo e 
maximizar o impacto benéfico em longo prazo da firma na sociedade (BATTAGELLO, 2013).
• Anos 2010: o conceito de criação de valor compartilhado foi desenvolvido por Porter e Kramer, 
que o explicaram como um passo necessário na evolução dos negócios e o definiram como: 
“políticas e práticas operacionais que melhoram a competitividade de uma empresa, ao mesmo 
tempo que promovem as condições econômicas e sociais das comunidades onde opera. Criação 
de valor compartilhado concentra-se em identificar e expandir as conexões entre o progresso 
social e o progresso econômico” (PORTER; KRAMER, 2011, p. 2).
• Anos 2020: nos dias de hoje, as organizações passaram a utilizar as práticas de responsabilidade 
social como instrumento de gestão e tomada de decisões. O surgimento de certificações de 
qualidade, ambientais, sociais e econômicas inseriram as empresas em uma busca pelas mais 
sustentáveis práticas de mercado. A responsabilidade social nas organizações abre caminho para 
uma prática mais incisiva nas companhias: a gestão ESG.
Na figura a seguir, temos uma linha do tempo resumindo a evolução da discussão da responsabilidade 
social das organizações:
20
Unidade I
Anos 1960: os empresários 
têm uma ampla obrigação 
para com a sociedade 
em termos de valores 
econômicos e humanos
Anos 2010: Poster discute 
as práticas de RSO como 
forma de agregar valor 
às organizações
Anos 2020: as práticas 
de RSO devem ser 
institucionalizadas na 
tomada de decisão e ocorre 
o surgimento do modelo de 
gestão ESG
Anos 1970: o termo 
responsabilidade social 
corporativo tornou-se 
popular graças ao 
sentimento antiguerra
Anos 2000: há o aumento 
da pressão nas organizações 
para implementação de 
práticas de RSO
Anos 1980: existe um recuo 
nas discurssões sobre RSO 
devido a alguns governos 
defenderem menos pressão 
nas organizações
Anos 1990: é apresentada a 
pirêmide de Carroll, na qual 
os tipos de responsabilidade 
são delineados
Figura 5 – Linha do tempo da discussão de RSO
No Brasil, a discussão sobre responsabilidade social nas organizações iniciou-se bem tardiamente. 
Somente no início dos anos 1990 a responsabilidade social se disseminou na forma de diretrizes de 
estratégias empresariais no país. Antes disso, a RSO era vista pelos gestores brasileiros como filantropia 
e benemerência, atuando com doações e ações de caridade em momentos isolados, visando muito mais 
a construção de uma imagem empresarial positiva que a responsabilidade social em si.
Em meados de 2010, em Genebra, na Suíça, a Organização Internacional de Normalização, visando 
uma discussão mais generalista sobre responsabilidade social, editou a ISO 26000, cujo objetivo principal 
era intensificar e padronizar o comportamento ético, transparente e responsável das empresas com foco 
no desenvolvimento sustentável.
A partir dela, o Brasil foi pioneiro em criar sua própria orientação para a RSO e implementou 
a NBR ISO 16001, em 2012, desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Esta NBR tinha o papel principal de normatizar os sistemas de gestão da responsabilidade social e 
ambiental no país.
Assim, com o objetivo de promover a RSE no Brasil, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e 
Econômicas (Ibase) propôs um modelo de “balanço social”. A ideia era fornecer o “Selo Balanço Social 
Ibase/Betinho”, que funcionaria como um marco para a empresa que pretendia ser vista como socialmente 
responsável. Ele seria concedido a companhias que atuassem de forma responsável com a sociedade e o 
meio ambiente (DE SINAY et al., 2019).
21
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
O modelo para elaboração de balanços sociais continha informações financeiras sobre desembolsos 
obrigatórios e discricionários que beneficiam empregados (indicadores sociais internos), sociedade 
(indicadores sociais externos), meio ambiente (indicadores ambientais), não discriminatório e planejamento 
de carreira, além de informações acerca da divisão dos benefícios entre os stakeholders e detalhamento do 
papel de cidadania da corporação.
Desde então, muitas empresas brasileiras (Itaú, Natura, Bradesco, Unilever, Ambev, Magazine Luiza, 
entre outras) têm adotado práticas exitosas de responsabilidade social. Não existe uma lei que as obrigue 
a fazerem investimento em ações ambientais e sociais no país – por isso, entende-se que as companhias 
que adotam tais práticas têm como filosofia de gestão não apenas o aumento dos seus lucros, mas 
também o desenvolvimento sustentável e social (CRISÓSTOMO; FREIRE; PARENTE, 2014).
 Saiba mais
Quer saber mais sobre as práticas de responsabilidade social das 
organizações? Acesse o link a seguir e conheça os relatórios de resultados 
econômicos e socioambientais da Natura.
NATURA. Relatório Integrado Natura & Co. [s.d.]. Disponível em: 
https://cutt.ly/vMP4esF. Acesso em: 3 out. 2022.
A rede Magazine Luiza, por exemplo, em seu site, dispõe de um espaço para divulgação de 
suas práticas de responsabilidade social. Sendo os pilares dela os seguintes: funcionários, clientes, 
fornecedores, meio ambiente e sociedade. A empresa acredita que:
valorizar pessoas, promover esforços em torno de causas comuns e 
investir no cultivo da alma dos seus clientes e colaboradores são atributos 
reforçados diariamente no Magazine Luiza, que acredita que deve muito do 
que construiu até hoje à sociedade.
Ao estilo democrático de gestão e ao “Jeito Luiza de Ser” adotados pela empresa, 
está atrelada uma significativa diversidade de ações que visam promover 
benefícios para todos, quer sejam funcionários, clientes, fornecedores, meio 
ambiente ou sociedade. Afinal, o Magazine Luiza tem com um dos seus valores 
a crença de que as pessoas são a força e a vitalidade da organização.
Valorizar pessoas também significa valorizar a diversidade, independente de 
idade, sexo ou origem social, e o Magazine Luiza possui programas específicos 
para incluir e respeitar as diferenças entre as pessoas, como o programa de 
inclusão de pessoas com deficiência, o programa de contratação de jovens 
aprendizes e trainees e o atendimento diferenciado para mulheres que 
querem crescer na empresa (MAGAZINE LUIZA, s.d.).
22
Unidade I
 Saiba mais
Conheça as práticas de responsabilidade social da rede Magazine Luiza 
no link a seguir:
MAGAZINE LUIZA. Compromisso com a sociedade. Magazine Luiza, 
Franca, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/2rIluoQ. Acesso em: 3 out. 2022. 
No Brasil é utilizado um ranking de empresas que vem avaliando a reputação das corporações desde 
o ano 2000 no que diz respeito à responsabilidade social e governança corporativa na Espanha e América 
Latina, chamado Ranking Merco (Monitor Empresarial de Reputação Corporativa). O estudo e o ranking 
são realizados pelo Instituto Análisis e Investigación, conforme a Norma ISO 20252 (a norma estabelece 
os termos, as definições e os requisitos de serviço para prestadores de serviço que realizam pesquisas de 
mercado, de opinião e social, incluindo insights e análises de dados).
De acordo com esse ranking, as empresas mais bem classificadas em responsabilidade e governança 
são (MERCO, 2019):
• Natura.
• Ambev.
• Grupo Boticário.
• Bradesco.
• Magazine Luiza.
• Itaú Unibanco.
• Avon.
• Nestlé.
• Coca-Cola.
• Google.
• Renner.
• Unilever.
23
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• Toyota.
• Santander.
• GPA.
• Vivo.
• Mercado Livre.
• Johnson & Johnson.
• Hospital Sírio-Libanês.
• Lojas Americanas.
• Gerdau.
• Porto Seguro.
• Banco do Brasil.
• McDonald’s.
• Amazon.
• BRF.
• Carrefour.
• Netflix.
• Petrobras.
• Alpargatas.
 Observação
O ranking mencionado não classifica apenas empresas brasileiras, mas 
também multinacionais que atuam no país.
24
UnidadeI
Já o ranking Best for the World, de acordo com a revista Forbes, apontou que 39 empresas brasileiras 
estão entre as melhores do mundo em práticas de responsabilidade social (39 EMPRESAS…, 2021). Elas 
oferecem, além do retorno financeiro, impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente. Podemos 
citar como exemplos: YouGreen, Natura, Grupo Gaia e outras.
Pode-se perceber, então, que apesar de tardiamente discutida pelos gestores no Brasil, a 
responsabilidade social tem ganhado força nos últimos anos, e as empresas estão desenvolvendo práticas 
consolidadas e exitosas em suas gestões. É importante ressaltar que não basta ter uma atividade ou 
outra de ação social, mas sim um modelo institucionalizado que vise a sustentabilidade econômica da 
organização e o desenvolvimento ambiental e social.
1.3 Crescimento econômico, desenvolvimento econômico e desenvolvimento 
sustentável
O crescimento econômico é definido como o aumento na produção de bens e serviços em um país. 
Como ele mede o valor dos bens produzidos, e não apenas a quantidade, métricas como o Produto Interno 
Bruto (PIB) são frequentemente usadas. Em geral, os aumentos na produção agregada se correlacionam 
com a elevação da produtividade marginal de cada residente, levando ao crescimento da renda média, 
maiores gastos do consumidor e melhor padrão de vida (CARVALHO et al., 2015).
A Revolução Industrial é um exemplo significativo do crescimento econômico. A montagem automatizada 
nas fábricas transferiu os trabalhadores para funções mais qualificadas e especializadas, aprimorando a 
tecnologia. O trabalho qualificado e a tecnologia aprimorada, por sua vez, aumentaram os bens de capital 
disponíveis, resultando em maior produção e acabaram com as fomes periódicas, levando ao aumento da 
população (ROLIM; JATOBÁ; BELO, 2014).
O crescimento econômico é o aumento do valor dos bens e serviços de uma economia, o que gera 
mais lucro para as empresas. Como resultado, os preços das ações sobem. Isso dá às companhias capital 
para investir e contratar mais funcionários (CARVALHO et al., 2015).
À medida que mais empregos são criados, a renda aumenta. Os consumidores têm mais dinheiro 
para comprar produtos e serviços adicionais, e as compras geram um crescimento maior. Por essa razão, 
todos os países desejam um crescimento econômico positivo. Isso o torna o indicador econômico mais 
observado (ROLIM; JATOBÁ; BELO, 2014).
De acordo com Rolim, Jatobá e Belo (2014, p. 6),
Desenvolvimento Econômico, por sua vez, são programas, políticas ou 
atividades que buscam melhorar o bem-estar econômico e a qualidade de 
vida de uma comunidade. O que “desenvolvimento econômico” significa 
para você dependerá da comunidade em que você vive. Cada comunidade 
tem suas próprias oportunidades, desafios e prioridades.
25
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Assim, pode-se definir desenvolvimento econômico como a criação de riqueza a partir da qual os 
benefícios da comunidade são realizados. É mais do que um programa de emprego: trata-se de um 
investimento no crescimento da sua economia e na melhoria da prosperidade e qualidade de vida de 
todos os residentes (ROLIM; JATOBÁ; BELO, 2014).
Do ponto de vista público, o desenvolvimento econômico local envolve a alocação de recursos 
limitados – terra, trabalho, capital e empreendedorismo de forma que tenha um efeito positivo sobre o 
nível de atividade empresarial, emprego, padrões de distribuição de renda e solvência fiscal.
Ele, também conhecido como crescimento ou avanço econômico, refere-se à geração de riqueza 
que é encontrada em benefício e avanço da sociedade. Não se encontra apenas em projetos de 
desenvolvimento isolados, mas no avanço geral da economia em relação a fatores como educação, 
disponibilidade de recursos e padrão de vida. A importância do desenvolvimento econômico está 
no bem-estar da população. Seu conceito é um fator-chave no processo de tomada de decisão 
das autoridades soberanas na elaboração de políticas. O desenvolvimento econômico depende 
fortemente da alocação eficiente de recursos (razão para o lento crescimento das economias de 
comando). Ele não é encontrado exclusivamente em projetos, mas em abordagens econômicas, como 
os recursos são alocados para as indústrias que mais precisam deles. O estímulo do comércio por 
meio de políticas, leis e regulamentações é outra medida de promoção do crescimento econômico 
(SILVA; NELSON; SILVA, 2018).
O termo “desenvolvimento econômico” é comumente associado a conceitos como industrialização 
e modernização por ser o avanço uma característica-chave dos fundamentos dos conceitos. Se uma 
nação pode se desenvolver, seus cidadãos devem se tornar mais ricos e, assim, serem capazes de 
escapar das armadilhas da pobreza. Isso é amplamente verdade, mas não pode ser usado como um 
quadro de referência isolado por causa dos elementos econômicos que ignora. Os benefícios sociais, 
políticos e econômicos não são os únicos resultados do crescimento e do avanço; fatores como inflação, 
custos de vida mais altos e maiores disparidades de riqueza estão todos intimamente associados ao 
desenvolvimento econômico (SILVA; NELSON; SILVA, 2018).
Se uma economia está passando por um desenvolvimento significativo, ela está se expandindo e 
crescendo naturalmente. Esse crescimento é encontrado em como a força de trabalho, por exemplo, 
se torna cada vez mais educada. A educação crescente dos trabalhadores faz com que eles recebam 
salários maiores. Salários maiores significam que eles têm mais poder de compra para sair e adquirir 
bens e serviços.
Por fim, o mais importante dos conceitos: desenvolvimento sustentável. Trata-se do desenvolvimento 
que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de fazê-lo 
às suas próprias demandas. Ele nasceu como um esforço das nações para promover um modelo de 
desenvolvimento econômico global compatível com a conservação ambiental e a equidade social (SILVA; 
NELSON; SILVA, 2018).
26
Unidade I
O desenvolvimento sustentável tornou-se um manifesto político a partir do qual cidadãos, organizações 
civis, empresas e governos se orientam para promover ações voltadas para um objetivo comum: 
a sustentabilidade.
De acordo com o exposto pelos autores (2018, p. 14), o desenvolvimento sustentável baseia-se em 
três pilares:
• desenvolvimento que tenha em conta a satisfação das necessidades das gerações presentes;
• desenvolvimento ecologicamente correto;
• desenvolvimento que não sacrifica os direitos das gerações futuras.
O impulso para o crescimento econômico resultou em problemas como a degradação ambiental e 
as disparidades sociais. O desenvolvimento sustentável prescreve uma abordagem mais equilibrada ao 
crescimento que progride o desenvolvimento em três pilares subjacentes: inclusão social, sustentabilidade 
ambiental e prosperidade econômica (CARVALHO et al., 2015).
Todos os países devem atender às suas necessidades básicas de emprego, alimentação, energia, 
água e saneamento. Para os autores (2015), o sustentável nos estimula a conservar e aprimorar nossos 
recursos, mudando gradualmente como desenvolvemos e usamos tecnologias. Todos os países devem 
atender às suas necessidades básicas de emprego, alimentação, energia, água e saneamento.
 Observação
O desenvolvimento sustentável refere-se ao desenvolvimento global da 
qualidade de vida em uma nação, que inclui o crescimento econômico. 
Já o desenvolvimento econômico diz respeito ao aumento do crescimento 
monetário de uma nação em um determinado período.
No conceito de desenvolvimento sustentável existe a metodologia 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar), 
que trata de minimizar a quantidade de resíduos que produzimos, reutilizar produtos o máximo que 
pudermos e reciclar quaisquer materiais que possam ser usados para uma nova finalidade.
A Iniciativa 3R visa promover os 3Rs globalmente, de modo a construir uma sociedade de ciclo 
material sólido por meio do uso eficaz de recursos e materiais.Conforme Andrade (2020, p. 9),
O princípio de redução de resíduos, reutilização e reciclagem de recursos e 
produtos é frequentemente chamado de 3Rs. Reduzir significa optar por 
usar as coisas com cuidado para reduzir a quantidade de resíduos gerados. 
A reutilização envolve o uso repetido de itens ou partes de itens que ainda 
27
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
possuem aspectos utilizáveis. Reciclagem significa o uso dos próprios 
resíduos como recursos. A minimização de resíduos pode ser alcançada de 
maneira eficiente, concentrando-se principalmente no primeiro dos 3Rs, 
“reduzir”, seguido de “reutilizar” e depois “reciclar”.
Reduzir é simplesmente criar menos resíduos. Trata-se do melhor método para manter o ambiente 
limpo, por isso é o primeiro dos 3 Rs. Ao reduzir, você interrompe o problema na fonte. Fazer menos 
resíduos significa que há menos itens para limpar. Reutilizar é pegar algo antigo ou indesejado que você 
poderia jogar fora e encontrar um novo uso. Existem várias maneiras de reutilizar itens para ajudar a 
reduzir sua pegada de lixo (ANDRADE, 2020).
1.3.1 Agenda 2030 e objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU
Ganhando impulso desde a Conferência da ONU de 1972 sobre Meio Ambiente Humano até a Cúpula 
do Desenvolvimento Sustentável ONU 2015, a Agenda 2030 é o fechamento, após mais de quatro 
décadas, do diálogo multilateral e debate sobre desafios ambientais, sociais e econômicos enfrentados 
pela comunidade mundial. Adotado como resultado de extensas negociações entre os Estados membros, 
a responsabilidade pela implementação da Agenda 2030 depende principalmente dos governos dos 
grandes países (CARVALHO, 2019).
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi lançada por uma cúpula da ONU em Nova 
York, de 25 a 27 de setembro de 2015, e visava acabar com a pobreza em todas as suas formas. Ela previa 
um mundo de respeito universal pelos direitos humanos e pela dignidade humana, o Estado de Direito, 
a justiça, a igualdade e a não discriminação. Baseava-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos 
e nos tratados internacionais de direitos humanos e enfatizava as responsabilidades de todos os Estados 
de respeitar, proteger e promover os direitos humanos. Há forte ênfase no empoderamento das mulheres 
e de grupos vulneráveis, como crianças, jovens, pessoas com deficiência, idosos, refugiados, deslocados 
internos e migrantes (MOREIRA et al., 2019).
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda e suas 169 metas objetivavam 
erradicar a pobreza e realizar os direitos humanos de todos, além de alcançar a igualdade de 
gênero. Ao endossá-la, a comunidade mundial reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento 
sustentável. No acordo, 193 Estados-membros se comprometeram a garantir um crescimento 
econômico sustentado e inclusivo, com proteção ambiental, e, para isso, pacífico e cooperativo.
A Agenda 2030 é universal, transformadora e baseada em direitos. Trata-se de um plano de ação 
ambicioso para países, o sistema da ONU e todos os outros atores. Ela é o plano mais abrangente até 
hoje para eliminar a pobreza extrema, reduzir a desigualdade, e proteger o planeta. A Agenda vai além da 
retórica e estabelece um apelo concreto à ação para pessoas, planeta e prosperidade (CARVALHO, 2019).
Os princípios fundamentais que sustentam a Agenda 2030 incorporam o seguinte núcleo de princípios 
(PNUD, 2016):
28
Unidade I
• Universalidade: tem alcance universal e comprometimento de todos os países, a despeito dos 
níveis e status de rendimento de desenvolvimento, para contribuir a um esforço abrangente 
de desenvolvimento sustentável. A Agenda é aplicável em todos os países, em quaisquer 
contextos e sempre.
• Não deixando ninguém para trás: visa beneficiar todas as pessoas e compromete-se a não 
deixar ninguém para trás, estendendo a mão a todas as pessoas necessitadas e carentes, onde 
quer que elas estejam, de maneira que demonstre seus objetivos, desafios e vulnerabilidades 
específicos. Isso gera uma demanda sem precedentes por dados desagregados para analisar os 
resultados e rastrear progressos.
• Interconexão e indivisibilidade: baseia-se na interligação e natureza indivisível de seus 17 ODS. 
É fundamental que todas entidades responsáveis pela implementação dos ODS os tratem em sua 
totalidade, em vez de abordá-los como uma lista de menus de objetivos.
• Inclusão: exige a participação de todos os segmentos da sociedade, independentemente de sua 
raça, gênero, etnia e identidade para contribuir com a implementação.
• Parcerias com várias partes interessadas: requere o estabelecimento de parcerias multissetoriais 
para mobilizar e compartilhar conhecimento, experiência, tecnologia e recursos financeiros em 
todos os países.
No centro da Agenda 2030 estão cinco dimensões: pessoas, prosperidade, planeta, parceria e paz, 
também conhecidos como os 5 Ps. Tradicionalmente, eles são vistos através da lente de três elementos 
centrais: inclusão, crescimento econômico e proteção.
O conceito de desenvolvimento sustentável ganhou um significado mais rico com a adoção da 
Agenda 2030, que se baseia nessa tradicional abordagem adicionando dois componentes críticos: 
parceria e paz. A sustentabilidade genuína fica no núcleo dessas cinco dimensões (PNUD, 2016).
 Lembrete
A Agenda 2030 afirma que, para pôr o mundo em um caminho sustentável, 
é preciso tomar medidas ousadas e transformadoras.
De acordo com Moreira et al. (2019), a Agenda 2030 deu origem, então, aos 17 ODS, que têm como pilares: 
respeito à Terra e à vida em toda a sua diversidade; cuidado da comunidade da vida com compreensão, 
compaixão e amor; construção de sociedades democráticas, justas, participativas, sustentáveis e pacíficas; 
garantia da generosidade e beleza da Terra para as gerações presentes e futuras.
Os objetivos globais e a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável buscam acabar com 
a pobreza e a fome, realizar os direitos humanos de todos, alcançar a igualdade de gênero e 
o empoderamento de todas as mulheres e meninas, além de garantir a proteção duradoura do 
29
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
planeta e seus recursos naturais. Tais propósitos estabelecem relação entre eles e, na maioria das 
vezes, o acerto em um deles será o ponto para o sucesso do outro. São os objetivos:
16 Paz, justiça e 
instituições 
eficazes
17 Parcerias e meios 
de implementação
14 Vida na água 15 Vida terrestre11 Cidades e 
comunidades 
sustentáveis
12 Consumo 
e produção 
sustentáveis
13 Ação contra a 
mudança global 
do clima
3 Saúde e 
bem-estar
2 Fome zero e 
agricultura 
sustentável
4 Educação de 
qualidade
5 Igualdade de 
gênero
1 Erradicação da 
pobreza
6 Água potável e 
saneamento
7 Energia acessível e 
limpa
8 Trabalho decente 
e crescimento 
econômico
9 Indústria, 
inovação e 
infraestrutura
10 Redução das 
desigualdades
Figura 6 – Dezessete objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS)
Adaptada de: https://bit.ly/3fKgigX. Acesso em: 3 out. 2022.
• Objetivo 1: acabar com a pobreza em todas as suas formas e localidades.
• Objetivo 2: erradicar a fome e buscar o alcance da segurança alimentar através da melhoria nutricional 
e da agricultura sustentável.
• Objetivo 3: promover a vida saudável através do bem-estar para todos, indiferentemente da 
faixa etária.
• Objetivo 4: estimular a educação inclusiva, equalitária e com qualidade, visando promover 
oportunidades e aprendizagem.
• Objetivo 5: alcançar o fim da desigualdade de gênero com o empoderamento feminino.
• Objetivo 6: ter disponibilidade de gestão sustentável dos recursos hídricos e saneamento universal.
30
Unidade I
• Objetivo 7: assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia 
para todos.
• Objetivo 8: incentivar o crescimento econômico sustentável, inclusivo e perene, gerando empregos 
em sua plenitude e condições de trabalho decentes.
• Objetivo 9: construir infraestruturas resilientes, bem como a promoção da indústriainclusiva e 
sustentável, buscando a inovação.
• Objetivo 10: reduzir a desigualdade, dentro ou entre os países.
• Objetivo 11: transformar cidades com assentamentos humanos em locais inclusivos, seguros, 
resilientes e sustentáveis.
• Objetivo 12: tornar a produção e o consumo sustentáveis.
• Objetivo 13: buscar ações urgentes e efetivas para combater mudanças climáticas.
• Objetivo 14: atentar-se à conservação e ao uso sustentável dos oceanos, mares e recursos 
marinhos.
• Objetivo 15: impor a proteção, recuperação e promoção para uso sustentável dos ecossistemas 
terrestres, buscando a sustentabilidade das florestas, combatendo a desertificação e degradação 
da terra.
• Objetivo 16: fomentar as sociedades de forma pacífica e inclusiva para o desenvolvimento 
sustentável, de modo que todos tenham acesso à justiça, através de instituições eficazes, 
responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
• Objetivo 17: fortalecer os meios de implementação e revitalização visando a parceria global para 
o desenvolvimento sustentável.
Os ODS fornecem orientação mundial para encarar os desafios globais enfrentados pela comunidade 
internacional. Trata-se de proteger melhor os fundamentos naturais da vida e nosso planeta em todos 
os lugares e para todos, bem como preservar as oportunidades das pessoas de viver com dignidade e 
prosperidade ao longo de gerações (MOREIRA et al., 2019).
1.4 Responsabilidade social corporativa: responsabilidade social empresarial 
e responsabilidade social ambiental
Até recentemente, a maioria das grandes empresas era conduzida quase exclusivamente com 
um objetivo em mente: lucro. A maximização dos lucros estava no centro de todas as ações ou 
iniciativas adotadas.
31
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Nas últimas décadas, porém, mais líderes empresariais reconheceram que têm a responsabilidade 
de fazer mais do que simplesmente maximizar os lucros para acionistas e executivos. Em vez disso, 
eles possuem a responsabilidade social de fazer o melhor não apenas para suas empresas, mas para as 
pessoas, o planeta e a sociedade em geral (NGUYEN et al., 2020).
A responsabilidade social é um conceito de gestão pelo qual as empresas integram preocupações 
sociais e ambientais em suas operações de negócios e interações com seus stakeholders. Essa percepção 
levou ao surgimento de instituições que se identificam como socialmente responsáveis. Algumas delas 
até carregam designações ou selos, como B Corporation (B Corp), sociedades de propósito social (SPCs) 
e sociedades de responsabilidade limitada (L3Cs) (NGUYEN et al., 2020).
 Observação
Nguyen et al. (2020) classificam as empresas em três tipos:
• A certificação B Corp é a designação de que uma empresa está 
atendendo a altos padrões de desempenho verificado, responsabilidade 
e transparência em fatores de benefícios de funcionários e doações 
de caridade para práticas da cadeia de suprimentos e insumos.
• A empresa de propósito social é aquela cuja razão de ser duradoura 
é criar um mundo melhor. Trata-se de um motor do bem, gerando 
benefícios sociais pelo próprio ato de fazer negócios. Seu crescimento 
é uma força positiva na sociedade.
• A sociedade de responsabilidade limitada (LLP) opera para promover 
significativamente a realização de um ou mais propósitos beneficentes 
ou educacionais da organização.
As corporações que adotam a responsabilidade social corporativa geralmente são organizadas 
de maneira que as capacita a ser e agir de maneira socialmente responsável. Trata-se de uma forma de 
autorregulação que pode ser expressa em iniciativas ou estratégias, dependendo dos objetivos de uma 
organização (SERAO et al., 2017).
Exatamente o que significa “socialmente responsável” varia de uma organização para outra. 
As empresas geralmente são guiadas por um conceito conhecido como triple bottom line, que 
determina que elas devem se comprometer a medir seu impacto social e ambiental, bem como seus 
lucros. As palavras lucro, pessoas e planeta são frequentemente usadas para resumir a força motriz 
por trás do triple bottom line (NGUYEN et al., 2020).
Existem três tipos de responsabilidade social das organizações, que se diferenciam de acordo com 
as práticas nelas desenvolvidas: responsabilidade social corporativa (RSC), responsabilidade social 
empresarial (RSE) e responsabilidade social ambiental (RSA).
32
Unidade I
A responsabilidade social corporativa refere-se a como a empresa gerencia suas relações com 
seus funcionários e suas ações para melhoria de vida deles, seus familiares e comunidades em 
que estão inseridos. A RSC está associada ao compromisso contínuo da companhia em atuar de 
forma ética, buscando desenvolvimento econômico, mas, também, promover o desenvolvimento da 
qualidade de vida de sua força de trabalho, da comunidade em que fazem parte (RIBEIRO, 2002).
Já a responsabilidade social empresarial está relacionada não apenas com a empresa, mas, 
principalmente, com todos seus stakeholders. A definição do conceito se aproxima muito à da RSC, 
mas ao contrário desta, que foca o público interno, a RSE amplia sua atuação para toda a sociedade e 
stakeholders envolvidos. Além de desenvolver a responsabilidade social para os diretamente envolvidos 
no negócio, ela aumenta seu campo de atuação (RIBEIRO, 2002).
Por fim, temos a responsabilidade social ambiental. A RSA é o tipo mais completo e abrangente 
de responsabilidade social: além de todas as ações vistas na RSC e RSE. Aqui, são incluídas atitudes que 
reduzam o impacto negativo no meio ambiente. Uma empresa ao criar um planejamento ambiental tem 
ações bem claras e específicas para levar benefícios à sociedade e ao meio ambiente (RIBEIRO, 2002).
Portanto, os três tipos de responsabilidade social podem ser aplicados em diferentes instituições 
empresariais, em diversos contextos e com variados objetivos.
A responsabilidade social, ainda, pode ser tradicionalmente dividida em quatro categorias (SERAO 
et al., 2017):
• Responsabilidade econômica: apoia todas as suas decisões financeiras em seu compromisso de 
fazer o bem nas áreas listadas anteriormente. O objetivo final não é simplesmente maximizar os 
lucros, mas impactar positivamente o meio ambiente, as pessoas e a sociedade.
• Responsabilidade legal: significa deveres específicos impostos a uma pessoa para cuidar ou 
fornecer a outra, incluindo responsabilidade por obrigações pessoais conforme concedidas por meio 
de uma procuração ou ordem judicial. Como o negócio é uma entidade em si, também deve seguir 
leis e regras. Cada empresa tem a responsabilidade de operar nos limites estabelecidos pelas leis.
• Responsabilidade ética: representa manter – e até mesmo melhorar – seus resultados financeiros, 
ao mesmo tempo em que estabelece um padrão alto para dar uma contribuição positiva à 
sociedade. Em parte, os líderes esclarecidos da empresa podem desafiar os gerentes seniores e 
outros funcionários a estabelecer metas para atividades que vão desde a filantropia comunitária 
até a excelência ambiental. As responsabilidades éticas representam aquelas normas, padrões ou 
expectativas que refletem o que funcionários, consumidores e acionistas consideram justo para 
manter a proteção ou o respeito dos direitos morais das partes interessadas. Elas são importantes 
para a atuação de maneira consistente com as expectativas das normas sociais e éticas.
• Responsabilidade filantrópica: refere-se ao objetivo de uma empresa de tornar ativamente o 
mundo e a sociedade um lugar melhor. Além de agir da forma mais ética e ambientalmente amigável 
possível, as organizações movidas pela responsabilidade filantrópica em geral dedicam uma parte de 
33
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
seus ganhos. Enquanto muitas companhias doam para instituições de caridade e organizações sem 
fins lucrativos que se alinham com suas missões orientadoras, outras doam para causas nobres que 
não se relacionam diretamente com seus negócios. Outros chegam ao ponto de criar seu próprio 
fundoou organização de caridade para retribuir (SERAO et al., 2017, p. 17).
2 PRINCÍPIOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
2.1 Formas de atuação em responsabilidade social
É inevitável a percepção que nos dias atuais as empresas passaram a entender que deve agir de forma 
a impactar, positivamente, a comunidade em que estão inseridas. O lucro se tornou uma consequência 
da boa atuação organizacional (INSTITUTO ETHOS, 2020).
A responsabilidade social corporativa, também conhecida como RSE, é o conceito de que uma 
empresa tem a responsabilidade de fazer o bem. RSE significa que uma empresa deve autorregular suas 
ações e ser socialmente responsável perante seus clientes, partes interessadas e o mundo em geral. Mas 
o que isso realmente significa na prática?
Tipos de responsabilidade social corporativa
A responsabilidade social corporativa é tradicionalmente dividida em quatro categorias: ambiental, 
ética, filantrópica e econômica.
Responsabilidade ambiental
A responsabilidade ambiental refere-se à crença de que as organizações devem se comportar da 
maneira mais ecológica possível. É uma das formas mais comuns. Algumas empresas usam o termo 
“gestão ambiental” para se referir a tais iniciativas.
As corporações que buscam adotar a responsabilidade ambiental podem fazê-la de várias maneiras:
• redução da poluição e da emissão de gases que contribuem para intensificação do efeito estufa;
• adoção do uso de plásticos biodegradáveis, além do aumento do reaproveitamento da água e 
reciclagem do lixo gerado pelo sistema produtivo;
• potencialização do uso de energia de fonte limpa, recursos sustentáveis e materiais reciclados ou 
parcialmente reciclados;
• criação de ações que busquem compensar o impacto ambiental negativo, por exemplo, plantando 
árvores, financiando pesquisas e doando para causas relacionadas.
As preocupações ambientais regularmente são machetes – seja um problema de longo prazo, como as 
mudanças climáticas globais, ou um problema mais local, como o derramamento de produtos químicos 
34
Unidade I
tóxicos. As empresas que se alinham a esses esforços ajudam a minimizar os problemas ambientais 
tomando medidas como a redução da pegada de carbono geral. Embora as grandes corporações 
recebam a maior parte da atenção por seus compromissos ambientais – a General Mills se comprometeu 
com uma redução de 28% nas emissões de gases de efeito estufa, por exemplo – também há muitas 
oportunidades para pequenas e médias instituições (TENÓRIO, 2015).
Muitas ações podem ser desenvolvidas pelas organizações. É possível elaborar programas de 
reciclagem de resíduos, uso de energia limpas (eólica, por exemplo), redução do uso de produtos químicos. 
Veja que estes são alguns caminhos, mais simples, para que a companhia possa iniciar sua atuação em 
responsabilidade ambiental. Tais ações podem, também, ser desenvolvidas em efeito cascata, envolvendo 
tanto os fornecedores quanto os revendedores de seus produtos, ampliando os compromissos ambientais 
a toda cadeia de suprimentos (TENÓRIO, 2015).
Responsabilidade ética
A responsabilidade social é uma teoria ética na qual os indivíduos são responsáveis pelo cumprimento 
de seu dever cívico, e as ações de um indivíduo devem beneficiar toda a sociedade. Dessa forma, é preciso 
haver um equilíbrio entre o crescimento econômico e o bem-estar da sociedade e do meio ambiente. Se 
esse equilíbrio for mantido, a responsabilidade social será cumprida.
As empresas desenvolveram um sistema de responsabilidade social adaptado ao seu ambiente. Se a 
responsabilidade social é mantida em uma corporação, os funcionários e o meio ambiente são 
considerados iguais à economia dela. Tal manutenção garante que a integridade da sociedade e o meio 
ambiente sejam protegidos.
Muitas vezes, as implicações éticas de uma decisão/ação são negligenciadas para ganho pessoal 
e os benefícios são em geral materiais. Isso frequentemente se manifesta em empresas que tentam 
burlar as regulamentações ambientais. A premissa da responsabilidade ética é que como os negócios 
são agentes que realizam ações que afetam o mundo ao seu redor, eles devem se comportar de maneira 
que não causem danos, sofrimento, desperdício ou destruição injustificados. Podemos entender a 
responsabilidade ética em termos de quem ou o que as ações da empresa afetam.
As comunidades locais e instituições de caridade sempre precisam de ajuda. Líderes empresariais 
inteligentes sabem que estar envolvido na comunidade de maneira produtiva também é bom para a 
empresa. Dê aos funcionários a oportunidade de ajudar uma escola local a plantar árvores ou trabalhar 
com o conselho da cidade para lidar com os sem-teto na área. Os líderes empresariais têm a oportunidade 
de escolher onde investir os esforços voluntários para melhor ajudar a área local com a instituição. O 
importante para as corporações é escolher uma causa e contribuir com seu tempo (TENÓRIO, 2015).
Responsabilidade filantrópica
A responsabilidade filantrópica refere-se ao objetivo de uma empresa de ativamente tornar o mundo 
e a sociedade um lugar melhor. Além de agir da forma mais ética e ambientalmente amigável possível, 
as organizações movidas pela responsabilidade filantrópica geralmente dedicam uma parte de seus 
35
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
ganhos. Ela envolve o ato de promover e melhorar o bem-estar e a boa vontade humana. Isso também 
pode ser descrito como ser um bom cidadão corporativo. É digno de nota que a pirâmide de Carroll 
representa uma das primeiras tentativas de mesclar responsabilidades tangíveis e intangíveis que são 
responsabilidades econômicas e sociais, respectivamente.
Ainda conforme Tenório (2015), as maiores empresas possuem diretrizes filantrópicas. Podemos 
citar como exemplo a Microsoft, que colabora de modo direto com a Fundação Bill e Melinda Gates 
para levar tecnologia a comunidades em todos os lugares. Ela compreende que seu sucesso requer não 
apenas inovação contínua, mas a construção de uma próxima geração capaz de entender, empregar e 
aperfeiçoar a tecnologia.
Responsabilidade econômica
A responsabilidade econômica é a prática de uma empresa apoiar todas as suas decisões financeiras 
em seu compromisso de fazer o bem nas áreas listadas anteriormente. O objetivo final não é simplesmente 
maximizar os lucros, mas impactar positivamente o meio ambiente, as pessoas e a sociedade (TENÓRIO, 2015).
2.2 Responsabilidade social corporativa e cidadania empresarial
No mundo de hoje, espera-se cada vez mais que as empresas sejam responsáveis por como suas 
práticas impactam a sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade social corporativa (RSC) não é 
mais apenas uma prática comercial respeitada ou um diferencial da marca, mas uma demanda social 
e econômica.
Ela define o modelo de negócios e o grau de responsabilidade que as empresas devem manter 
para ter um impacto positivo no mundo. O modelo de RSC descreve como uma companhia pode ser 
responsável perante si mesma, sua equipe, seus stakeholders, o público e os ambientes global e local.
Todos os negócios têm responsabilidades éticas e legais básicas; no entanto, os negócios mais 
bem-sucedidos estabelecem uma base sólida de cidadania corporativa, demonstrando um compromisso 
com o comportamento ético ao criar um equilíbrio entre as necessidades dos acionistas e aquelas da 
comunidade e do meio ambiente no entorno. Essas práticas ajudam a atrair consumidores e estabelecer 
fidelidade à marca e à empresa (SALGADO, 2021).
A implementação de um modelo de RSC faz mais do que apenas ajudar o meio ambiente e a 
sociedade, tem um impacto positivo na reputação de uma empresa. À medida que as pessoas estão se 
tornando mais socialmente conscientes, elas optam por priorizar negócios focados na responsabilidade 
social. As práticas de RSC também ajudam a aumentar o moral dos funcionários, pois colaboradores e 
empregadores ganham um maior senso de propósito em seu trabalho.
Compreender as formas adequadas de implementar um modelo de RSC tornou-sevital para as 
organizações, e quando elas conseguem estabelecer um processo organizacional socialmente responsável, de 
excelência que apresente resultados duradouros, gerem mudanças na sociedade, dizemos se tratar de uma 
empresa cidadã. A cidadania corporativa refere-se às responsabilidades de uma companhia para com 
36
Unidade I
a sociedade e corresponde ao exercício pleno da responsabilidade social pela corporação (TORRES; 
FACHIN, 2020).
Cidadania corporativa é o reconhecimento de que uma empresa, corporação ou organização 
empresarial, tem responsabilidades sociais, culturais e ambientais para com a comunidade na qual 
busca licença para operar, bem como econômicas e financeiras para seus acionistas ou stakeholders 
imediatos. Ela envolve uma instituição que aceita a necessidade, muitas vezes, de mudanças internas e 
externas radicais, a fim de melhor cumprir suas responsabilidades para com todos os seus stakeholders 
(diretos ou indiretos), a fim de estabelecer e manter o sucesso sustentável para a companhia e, como 
resultado desse sucesso, alcançar o sucesso sustentável de longo prazo para a comunidade em geral 
(TORRES; FACHIN, 2020).
A cidadania corporativa está se tornando cada vez mais importante à medida que investidores 
individuais e institucionais começam a buscar empresas que tenham orientações socialmente responsáveis, 
como suas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) e o objetivo é produzir melhores padrões 
de vida e qualidade de vida para as comunidades que as cercam e ainda manter a rentabilidade para os 
stakeholders (SALGADO, 2021).
As empresas passam por fases crescentes durante o processo de desenvolvimento da cidadania 
corporativa. Conforme Salgado (2021), são eles:
• Elementar.
• Engajador.
• Inovador.
• Integrador.
• Transformador.
O primeiro estágio é o elementar. Neste momento, as atividades cidadãs de uma empresa envolvem 
práticas básicas e não claramente definidas. Isso porque a consciência de cidadania, ainda, é baixa, as 
companhias ainda estão aprendendo como praticar. É muito comum que as micro e pequenas empresas 
fiquem neste estágio e não consigam evoluir para os demais. Aqui, as corporações tendem a cumprir as 
leis e seguir diretrizes de um ambiente de trabalho seguro, mas não dispõem de recursos suficientes para 
desenvolverem um programa maior.
O segundo estágio, considerando a evolução a partir do estágio elementar, é o engajador. Nele, 
as organizações desenvolvem políticas mais robustas, com envolvimento amplo de funcionários e os 
gerentes iniciam seus processos de envolvimento e crença nas ações. Vejam que a alta gestão começa a 
se engajar no processo.
37
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
O terceiro estágio, com políticas de cidadania mais abrangentes, é conhecido como o estágio 
inovador. Neste período, nota-se mais reuniões com os acionistas sobre o assunto cidadania empresarial, 
além de parceria com outros órgãos que também atuem nesta frente.
O quarto estágio é conhecido como integrador. Ele implica em formalização e registro das atividades 
de cidadania, bem como na integração dessas atividades com todos os processos organizacionais. Os 
resultados das ações de cidadania passam a ser mensurados e a fazer parte dos resultados estratégicos 
das corporações.
O quinto e último estágio, o mais evoluído deles, é o transformador. Nele, a empresa extrapola os 
limites físicos de suas instalações e busca formas de transformar a sociedade. As ações de cidadania 
deixam ser ações que acompanham os processos para se tornarem práticas que direcionam o processo. 
O envolvimento econômico e social é uma parte regular do dia a dia de uma empresa nesta fase.
Dois exemplos de empresas cidadãs são Starbucks e Disney. A Starbucks alcançou marcos de 
cidadania corporativa, incluindo atingir 99% de café de origem ética. Para isso, criou uma rede global 
de agricultores, investiu em construções verdes em suas lojas, disponibilizou recursos para milhões de 
horas de serviços comunitários, criou programa de educação e formação para parceiros, comunidades 
e funcionários. Um novo programa da empresa é contratar 10 mil refugiados em 75 países, reduzir 
o impacto ambiental de seus copos e envolver seus funcionários na liderança ambiental (OGOLA; 
MÀRIA, 2020).
A Walt Disney Company geralmente está no topo da lista de iniciativas de empresas cidadãs 
bem-sucedidas. Walt Disney sempre acreditou que qualquer coisa que leve seu nome é algo pelo qual 
deve-se sentir responsável. Agir com responsabilidade tem sido uma prioridade fundamental para a 
empresa, e ela busca continuamente alternativas inovadoras para reduzir seu impacto no meio ambiente. 
Em 2009, a Disney começou a se esforçar para atingir metas ambientais. Como parte de sua estratégia, 
ela também fornece subsídios filantrópicos, tendo direcionado mais de US$ 75 milhões para salvar a 
vida selvagem e proteger o planeta (OGOLA; MÀRIA, 2020).
Com a meta de longo prazo de atingir um estado de zero emissões líquidas de gases de efeito 
estufa e resíduos, a Disney se comprometeu a reduzir suas emissões pela metade até 2020. Em 2018, ela 
reduziu com sucesso suas emissões líquidas em 44%, bem como desviou 54% de seus resíduos de aterros 
e incineração com o objetivo de chegar a 60% em 2020. Ao divulgar suas metas, ela responsabiliza a si 
própria, seus acionistas e seus clientes (OGOLA; MÀRIA, 2020).
Ao ser uma pessoa ativa em uma comunidade política, é possível classificar tal indivíduo como 
cidadão. Considera-se cidadania ao se atender aos requisitos legais de uma comunidade, e a cidade 
envolve direitos e deveres de pessoas e organizações. Para ser uma empresa cidadã, é necessário 
concentrar-se na importância da responsabilidade social. Partindo dos acionistas, comunidade, governo, 
consumidores, até os funcionários, todos são responsáveis por cumprir os padrões legais, econômicos 
e éticos. As corporações então reúnem suas pessoas e recursos para melhorar a qualidade de vida da 
sociedade, mantendo-se lucrativas.
38
Unidade I
2.3 FNQ, Instituto Ethos e seus indicadores
Criada em 11 de outubro de 1991, com objetivo de disseminar as práticas de excelência e transformação 
das organizações, a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ, s.d.) afirma que “a organização que caminha 
com a FNQ na trajetória rumo ao sucesso têm colhido bons frutos, melhorado a sua gestão e alcançado 
resultados que se refletem positivamente, inclusive, na sua cadeia de valor”.
Ainda, de acordo com o site da FNQ (s.d.),
A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é uma Entidade Privada, sem fins 
lucrativos, criada em 1991 e conta com uma equipe própria, rede de clientes, 
parceiros, apoiadores e voluntários em torno de sua causa: a busca contínua da 
Excelência por meio da Gestão, Inovação e Ciência, e a consequente contribuição 
para o aumento da produtividade das organizações e da competitividade do País, 
com ética e sustentabilidade.
A FNQ traz uma visão moderna de gestão, alicerçada em um sistema, plataforma 
e tecnologias desenvolvidas de forma estruturada e prática, e que aporta às 
organizações, conhecimento, ferramentas e processos relevantes para a construção 
e execução de resultados através de metodologias de capacitação, diagnóstico, 
mentoria, gestão e coordenação de projetos e programas.
Com a missão de disseminar os fundamentos da excelência em gestão para todos os tipos de 
organização, a FNQ busca aperfeiçoar e tornar as empresas mais competitivas através das melhores 
práticas de gestão. Vejamos os seus pilares na figura a seguir:
Aspiração 
2025: ser 
relevante 
e autêntica 
no propósito
Crença: 
promover 
a perenidade 
das empresas 
através da 
adaptação
Causa: 
apoiar e 
capacitar as 
organizações
Propósito: 
transformar 
pela gestão
Figura 7 – Pilares da FNQ
39
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Com valores como pensamento sistêmico, atuação em redes, aprendizado organizacional, inovação, 
agilidade, liderança transformadora, visão de futuro,conhecimento sobre clientes e mercados, valorização 
das pessoas e da cultura, decisões fundamentadas, orientação por processos e geração de valor, e, com 
destaque para responsabilidade social.
A FNQ, para premiar as melhores práticas de gestão das organizações, criou em 2001 o Modelo 
de Excelência em Gestão (MEG), que é capaz de avaliar o grau de maturidade da gestão de diferentes 
organizações em diversos segmentos e portes, sejam elas empresas públicas, privadas ou multinacionais. 
Além da premiação, o MEG pode ser utilizado para que as empresas promovam melhorias contínuas em 
seus processos e os tornem mais eficientes (FNQ, 2018b).
Este modelo de gestão, proposto pela FNQ, não é um manual ou um conjunto de regras que as 
organizações devem seguir, mas um instrumento que busca levantar reflexões de como a empresa 
gerencia seus processos e implementa melhorias em suas práticas gerenciais.
De acordo com a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ, 2018b), o Modelo de Excelência de Gestão 
está pautado em 13 fundamentos:
• Pensamento sistêmico, cujo objetivo é compreender como os diferentes aspectos de uma 
organização podem funcionar de maneira interdependente.
• Atuação em rede, que busca investigar a cooperação entre os indivíduos e organizações baseada 
em objetivos comuns e competências que se complementam.
• Aprendizado organizacional que prega o compromisso em compartilhar conhecimento e experiências 
buscando tornar os processos mais eficientes e eficazes.
• Inovação organizacional, que discute a criação em um ambiente em que a criatividade e a inovação 
sejam favorecidas.
• Agilidade, cujo foco de estudo é o compromisso em simplificar os processos, tornando-os mais 
fluidos, ágeis e menos burocráticos.
• Liderança transformadora, criando líderes que sejam exemplos e inspiração para os liderados.
• Olhar para o futuro, em que o MEG mostra a importância de se estar atento as tendências do 
mercado e o foco em resultados de longo prazo.
• Conhecimento sobre os mercados e clientes, mostrando que a organização deve entender comportamento, 
características, expectativas e necessidades de seus consumidores.
• Valorização das pessoas e da cultura, enfatizando que as organizações devem se comprometer em 
ofertar condições de desenvolvimento para seus funcionários e valorizar seus esforços.
40
Unidade I
• Decisões fundamentais, pregando que as decisões organizacionais devem estar sempre baseadas 
em dados concretos e seguros.
• Orientação por processos, orientando as organizações para que suas tarefas, atividades e 
responsabilidades formem processos que gerem valor para seus clientes.
• Geração de valor, todos os stakeholders devem ser impactados com geração de valor a partir de 
resultados econômicos, ambientais e sociais.
• Responsabilidade social, cuja compreensão dos impactados resultantes das atividades da organização 
na sociedade, no meio ambiente e na economia devem estar regidos pela ética, sustentabilidade e 
compromisso social.
Entre estes 13 critérios do MEG, a FNQ (2018b) apresenta ainda oito itens que devem ser considerados 
pelas empresas que buscam excelência em gestão:
• Informações e conhecimento.
• Clientes.
• Liderança.
• Sociedade.
• Pessoas.
• Estratégias e planos.
• Processos.
• Resultados.
E você deve estar se perguntando: quais as vantagens que uma empresa obtém ao se alinhar a FNQ 
para cumprimento dos fundamentos do MEG? São elas:
• Alinhamento e integração de toda a organização.
• Otimização da cadeia de valor.
• Maior competitividade.
• Aumento da confiança dos stakeholders.
• Estímulo aos comprometimentos e à cooperação.
41
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Os estudos de Cajazeira e Barbieri (2006) apontam que as empresas premiadas pelo Prêmio 
Nacional de Qualidade em Gestão, fornecido pela FNQ, são aquelas com práticas ativas e sustentáveis 
de responsabilidade social. Segundo eles (2006, p. 1): “percebe-se um alinhamento entre a evolução 
dos Critérios de Excelência da Fundação Nacional da Qualidade com os entendimentos mais atuais de 
responsabilidade social”.
Ainda, os autores (2006, p. 14) dizem que:
A pesquisa mostra que as empresas ganhadoras do PNQ pesquisadas 
estão em um patamar socioambiental referencial. Mostra também que 
a gestão impulsionada pelos critérios do Prêmio Nacional da Qualidade 
está afinada com os novos entendimentos sobre responsabilidade social. 
A pesquisa permite afirmar que há fortes indícios de que as empresas 
nacionais de classe mundial adotam valores e normas de conduta 
condizentes com esse novo entendimento. Com isso essas empresas 
deixam de ser apenas problemas para se tornarem também solução, 
seja pela prática e pelo exemplo, seja mostrando que a competitividade 
pode ser parceira do cuidado com o meio ambiente e com a busca de 
sociedade mais justa.
Para a FNQ (2015),
A compreensão do papel da organização no desenvolvimento da sociedade 
em que está inserida é parte fundamental da tomada de consciência e da 
implementação de uma cultura sustentável, em que é possível mensurar e 
minimizar impactos, assim como contribuir para melhorias das condições 
de vida. É isso o que defende o nono Fundamento do Modelo de Excelência 
da Gestão® (MEG), tornando a organização responsável pelas suas 
decisões e atividades.
O Instituto Ethos foi fundado em 1998. Segundo Reis (2009), a palavra éthos significa conjunto 
dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento (instituições, afazeres etc.) e da 
cultura (valores, ideias ou crenças), característicos de uma determinada coletividade, época ou região, e 
tem como missão mobilizar, incentivar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente 
responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. Além disso, 
busca a compreensão e incorporação gradual do conceito de comportamento empresarial socialmente 
responsável etc.
Em conformidade com informações contidas em seu site (INSTITUTO ETHOS, s.d.b), o Instituto Ethos 
de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização não governamental criada para mobilizar, 
sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as 
parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa.
42
Unidade I
 Observação
Uma Oscip é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos 
de entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público com 
interesse social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa 
privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro 
setor (SEBRAE, 2019).
O Instituto Ethos estabelece o conceito de responsabilidade social empresarial
como a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente 
da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo 
estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento 
sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para 
as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das 
desigualdades sociais (AFLALO, 2012, p. 1).
Reconhecido por ser um polo de troca de conhecimento, vivência, experiência e aprendizado sobre 
responsabilidade social, o Instituto Ethos busca desenvolver novas ferramentas para auxiliar o setor 
privado na análise de suas práticas e gestão. Seu propósito fundamental é aprofundar seu compromisso 
com as práticas de RSO e desenvolvimento sustentável.
Ao longo de seus mais de 20 anos de existência, o Instituto Ethos se tornou uma referência 
internacional no assunto, estabelecendo parcerias em diversos projetos ao redor do mundo e hoje tem 
mais de mil empresas associadas em seu portfólio.
Para plena execução das atividades, ele norteia os trabalhos baseado em quatro grandes áreas: 
direitos humanos, integridade, meio ambiente e gestão sustentável.
Seu site descreve estas áreas como (INSTITUTO ETHOS, s.d.c):
• Direitos humanos: um dos passos básicos para diminuir a desigualdade social éempoderar 
grupos discriminados por meio da inclusão no mercado de trabalho.
• Integridade: acreditamos que a ética nas relações é um pilar imprescindível para o desenvolvimento 
econômico. Desde 1998, estamos engajados nessa agenda.
• Meio ambiente: os governos devem agir mundialmente para impedir que o aquecimento global 
afete de modo profundo a vida no planeta.
• Gestão sustentável: empresas sustentáveis são mais competitivas e geram muito valor.
43
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Para direcionar as práticas de responsabilidade social, o Instituto criou alguns indicadores, conhecidos 
como indicadores Ethos, que são ferramentas visando apoiar a gestão socialmente responsável das 
empresas. Estes indicadores consistem em um questionário para autodiagnóstico do modelo de gestão 
da companhia e, ao final do preenchimento do questionário, é possível obter um relatório que permite 
um diagnóstico da situação atual da organização e o planejamento e a gestão de metas para o avanço 
da gestão na temática da responsabilidade social organizacional. De acordo com o Instituto (2013b, p. 9):
Os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis foram 
desenvolvidos para estar a serviço dos negócios. Trazem novas aplicações 
e funcionalidades, das quais destacamos: total flexibilidade para aplicação 
por parte das empresas; geração de relatórios mais próximos da realidade 
empresarial, com dados orientados para as áreas funcionais, os quais apoiarão 
efetivamente a gestão; e mecanismos para planejamento, compartilhamento 
de dados com as partes interessadas, monitoramento de compromissos e 
pactos em RSE/sustentabilidade e desenvolvimento da sustentabilidade nas 
cadeias de valor.
Ainda conforme o site do Instituto (2013b, p. 10), o questionário abrange quatro dimensões:
• Básica: composta de 12 indicadores, esta seleção compreende questões que dizem respeito a uma 
abordagem mais ampla sobre os temas tratados nas diferentes dimensões.
• Essencial: com 24 indicadores, esta categoria aborda questões relevantes às empresas na perspectiva 
de diferentes partes interessadas. Ela representa o que tradicionalmente se reconhece como a 
“agenda mínima” da RSE/sustentabilidade.
• Ampla: reúne 36 indicadores que incorporam desdobramentos relativos à “agenda mínima” da 
RSE/sustentabilidade.
• Abrangente: é o conjunto dos 47 indicadores desenvolvidos para a nova geração. Eles incluem 
questões de vanguarda e inserem um olhar da empresa sobre sua própria evolução na gestão 
sustentável e socialmente responsável.
Vejamos a representação de tais dados na figura a seguir:
44
Unidade I
Básica: 12 indicadores
Essencial: 24 indicadores
Ampla: 36 indicadores
Abrangente: 47 indicadores
Figura 8 – Indicadores Ethos
Adaptada de: Instituto Ethos (2013b).
 Saiba mais
Quer conhecer melhor os indicadores Ethos? Acesse o link a seguir:
INSTITUTO ETHOS. Documentos de apoio à aplicação. São Paulo, [s.d.a]. 
Disponível em: https://bit.ly/3C9E4KL. Acesso em: 3 out. 2022.
 Lembrete
O Instituto Ethos não é um órgão regulador, mas uma Oscip que apresenta 
diretrizes para organizações que querem seguir práticas de responsabilidade 
social em sua gestão.
Os indicadores serão apresentados no quadro a seguir em quatro dimensões: visão e estratégia, 
governança e gestão, social e ambiental.
45
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Quadro 1 – Dimensões dos indicadores Ethos
Dimensão Critérios avaliados
Visão e estratégia
— Estratégias para a sustentabilidade
— Proposta de valor
— Modelo de negócios
Governança e gestão
Subtema: Governança e conduta
— Código de conduta
— Governança da organização (empresas de capital fechado)
— Governança da organização (empresas de capital aberto)
— Compromissos voluntários e participação em iniciativas de 
RSE/Sustentabilidade
— Engajamento das partes interessadas
Subtema: Prestação de contas
— Relações com investidores e relatórios financeiros
— Relatórios de sustentabilidade e relatórios integrados
— Comunicação com responsabilidade social
Social
Subtema: Situações de risco para os direitos humanos
— Monitoramento de impactos do negócio nos direitos humanos
— Trabalho infantil na cadeia de suprimentos
— Trabalho forçado (ou análogo ao escravo) na cadeia de suprimentos
Subtema: Ações afirmativas
— Promoção da diversidade e equidade
Subtema: Relações de trabalho
— Relação com empregados (efetivos, terceirizados, temporários 
ou parciais)
— Relações com sindicatos
Subtema: Desenvolvimento humano, benefícios e treinamento
— Remuneração e benefícios
— Compromisso com o desenvolvimento profissional
— Comportamento frente a demissões e empregabilidade
— Subtema: Saúde e segurança no trabalho e qualidade de vida
— Saúde e segurança dos empregados
— Condições de trabalho, qualidade de vida e jornada de trabalho
Subtema: Respeito ao direito do consumidor
— Relacionamento com o consumidor
— Impacto decorrente do uso dos produtos ou serviços
Subtema: Consumo consciente
— Estratégia de comunicação responsável e educação para o 
consumo consciente
Subtema: Gestão de impactos na comunidade e desenvolvimento
— Gestão dos impactos da empresa na comunidade
— Compromisso com o desenvolvimento da comunidade e gestão das 
ações sociais
— Apoio ao desenvolvimento de fornecedor
46
Unidade I
Dimensão Critérios avaliados
Ambiental
Subtema: Mudanças climáticas
— Governança das ações relacionadas às mudanças climáticas
— Adaptação às mudanças climáticas
Subtema: Gestão e monitoramento dos impactos sobre os serviços 
ecossistêmicos e a biodiversidade
— Sistema de gestão ambiental
— Prevenção da poluição
— Uso sustentável de recursos: materiais
— Uso sustentável de recursos: água
— Uso sustentável de recursos: energia
— Uso sustentável da biodiversidade e restauração dos habitats naturais
— Educação e conscientização ambiental
Subtema: Impactos do consumo
— Impactos do transporte, logística e distribuição
— Logística reversa
Adaptado de: Indicadores Ethos (2013b).
 Saiba mais
Quer conhecer cada uma das dimensões dos indicadores Ethos em 
detalhes? Acesse o link a seguir:
INSTITUTO ETHOS. Indicadores Ethos para negócios sustentáveis e 
responsáveis. 2013b. Disponível em: https://bit.ly/3fus3bd. Acesso em: 
3 out. 2022.
3 TERCEIRO SETOR
As economias da maioria dos países compreendem três setores: público (governo), privado (negócios) 
e sem fins lucrativos (sociedade civil).
As organizações do setor público são de propriedade do governo. Elas fornecem bens e serviços 
para o benefício da comunidade e são administradas pelo governo, operando com dinheiro arrecadado 
de impostos.
Já as organizações do setor privado são de propriedade de indivíduos. Esses negócios são movidos 
pelo lucro, que beneficia os proprietários, acionistas e investidores. Eles são financiados por dinheiro 
privado dos acionistas e empréstimos bancários.
Por fim, as organizações do terceiro setor são de propriedade e administradas voluntariamente por 
pessoas que não estabelecem relação direta com o governo. Elas não são dirigidas pela necessidade 
de obter lucro, mas de desenvolvimento da sociedade (HUDSON, 1999). As organizações do terceiro 
setor podem ser administradas como uma empresa social. Para Fontana e Schmidt (2021, p. 278), “o 
terceiro setor – entendido como conjunto das organizações da sociedade civil, e não como conjunto 
47
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
de entidades sem fins lucrativos – expressa duas características humanas fundamentais: a cooperação 
e o altruísmo”.
 Observação
O terceiro setor pode ser uma parceria entre organizações sociais e o 
governo, em que um entra com o conhecimento e a capacidade de fazer, 
enquanto o outro, com recursos financeiros.
Terceiro setor é um termo usado para descrever as organizações que não são do setor público 
nem do setor privado. Inclui organizações voluntárias e comunitárias (tanto instituições de caridade 
registradas quanto outras, como associações e grupos comunitários), empresas sociais ecooperativas 
(FONTANA; SCHMIDT, 2021). Uma corporação que atua no terceiro setor deve prezar pela ajuda mútua, 
ética, transparência, governança, democracia, equidade e justiça social:
Figura 9 – Valores das organizações do terceiro setor
Disponível em: https://bit.ly/3CILYfR. Acesso em: 3 out. 2022.
Para Hudson (1999), as organizações do terceiro setor (OTS) geralmente:
• são independentes do governo. Esta é uma parte importante da história e cultura do setor;
• são “dirigidas ao valor”. Quer dizer, são motivadas pelo desejo de alcançar objetivos sociais (por 
exemplo, melhorar o bem-estar público, o meio ambiente ou o bem-estar econômico) em vez do 
desejo de distribuir lucros; e reinvestir quaisquer excedentes gerados na prossecução dos seus 
objetivos. Por esta razão, às vezes são chamadas de organizações sem fins lucrativos.
48
Unidade I
As organizações do terceiro setor podem assumir várias formas jurídicas. Muitas são simples 
associações de pessoas com valores e objetivos compartilhados. Podem ter, também, status de empresa, 
mas com uma abordagem sem fins lucrativos. Ou ainda, serem compostas através de estatuto de caridade 
ou empresas de interesse comunitário, sociedades industriais e de previdência ou cooperativas.
De forma geral, o terceiro setor é um termo abrangente que descreve uma série de diferentes 
organizações com variadas estruturas e propósitos. Ele possui diversas denominações: setor voluntário, 
organizações não governamentais, organizações sem fins lucrativos – particularmente em discussões 
públicas sobre política. Todos esses descrevem organizações que compartilham iguais elementos 
fundamentais, conforme veremos na sequência (HUDSON, 1999):
• Não governamentais: embora muitas vezes trabalhem com ou ao lado de agências governamentais 
e possam receber financiamento ou comissões governamentais, as organizações do terceiro setor 
são independentes do governo.
• Sem fins lucrativos: as organizações do terceiro setor captam recursos e geram excedentes 
financeiros para investir em objetivos sociais, ambientais ou culturais. Eles não procuram obter 
lucros como um fim em si mesmo.
• Orientada por valores: as organizações do terceiro setor perseguem objetivos específicos, 
muitas vezes alinhados com perspectivas sociais e políticas particulares. Elas podem estar 
associadas ou trabalhar com partidos políticos, mas um partido político não é uma organização 
do terceiro setor.
Entre os benefícios que as organizações do terceiro setor podem oferecer, destacam-se (HUDSON, 1999):
• quando há parceria entre o primeiro e o terceiro setores, o governo investe recursos e o terceiro 
setor executa as atividades, suprindo necessidades da população;
• compreensão das carências dos usuários de serviços e comunidades que o setor público precisa 
atender;
• proximidade com as pessoas que o setor público quer atingir;
• capacidade de entregar resultados que o setor público tem dificuldade de realizar por conta 
própria;
• inovação no desenvolvimento de soluções;
• desempenho na prestação de serviços à população.
É comum que a maioria das organizações do terceiro setor se dedique a uma questão específica que 
precisa ser resolvida (por exemplo, acesso à saúde) ou a um grupo específico da sociedade (acessibilidade) 
que precisa de apoio e representação. Elas podem fornecer serviços relacionados a essas questões (por 
49
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
exemplo, administrar um abrigo para mulheres ou fornecer aconselhamento jurídico). Outras trabalham 
em uma ampla gama de questões sociais.
Os grupos do terceiro setor tentam alcançar seus objetivos por meio de uma vasta atuação. Alguns, 
como angariação de fundos, prestação de serviços ou outras formas de apoio direto e aconselhamento aos 
grupos que ajudam, tratam de ação imediata. No entanto, as organizações do terceiro setor geralmente 
também desejam apoiar a assistência direta com mudanças sistêmicas ou de longo prazo, envolvendo 
alterações em políticas locais, nacionais ou internacionais relevantes. De acordo com Fontana e Schmidt 
(2021, p. 18), “Elas procuram trazer essas mudanças políticas de muitas maneiras diferentes, todas as 
quais oferecem oportunidades potenciais para colaboração ou contribuição acadêmica”.
 Lembrete
Organizações do terceiro setor são empresas particulares (não são públicas, 
apesar de poderem contar com verba pública) que atuam por iniciativa 
própria prestando atividades de interesse público, sem fins lucrativos.
As organizações do segundo setor (privado) também podem atuar no terceiro setor. Como? Através 
de patrocínios, incentivos, programas de inclusão, ou até mesmo criando fundações que possibilitem a 
oferta de serviços à população. Podemos citar como exemplo o Banco Bradesco.
O Banco Bradesco criou, em 1956, na cidade de São Paulo, a Fundação São Paulo de Piratininga 
objetivando proporcionar educação e profissionalização a crianças, jovens e adultos e, em 1967, sua 
denominação foi alterada, adotando em definitivo o nome Fundação Bradesco. Desde então, ele 
mantém a fundação educacional com missão de promover formação humanista para desenvolver 
futuras lideranças em todas as regiões do país (FUNDAÇÃO BRADESCO, s.d.).
Assim, a Fundação Bradesco pode ser caracterizada como a atuação de uma organização do segundo 
setor no terceiro setor. Ela foi
um dos primeiros projetos de investimento social privado do Brasil, 
institui-se a Fundação, com o objetivo de proporcionar educação gratuita e 
de qualidade para crianças, jovens e adultos, prioritariamente em regiões de 
vulnerabilidade socioeconômica (FUNDAÇÃO BRADESCO, s.d.).
50
Unidade I
 Saiba mais
Quer conhecer mais sobre a Fundação Bradesco? Acesse o link a seguir 
e veja como uma fundação atua no terceiro setor.
FUNDAÇÃO BRADESCO. História marcante. Fundação Bradesco, Osasco, 
[s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/3ybVntK. Acesso em: 3 out. 2022. .
3.1 A construção do terceiro setor
O envolvimento do terceiro setor na prestação de serviços públicos tem uma longa história, que 
vem desde 1800 e o estabelecimento de organizações que prestavam serviços de assistência social em 
uma época em que a provisão pública era limitada. Apesar do desenvolvimento do Estado de bem-estar 
social no século XX, a provisão do terceiro setor continuou. As reformas das décadas de 1980 e 1990 
levaram a novas mudanças nessa relação, com o governo conservador buscando substituir a previdência 
pública por provedores privados e voluntários. A mercantilização e a contratação foram continuadas 
pelos governos trabalhistas do início do século XXI, como parte de um compromisso mais geral de 
revisões no mix de provedores de bem-estar, capturados em sua noção de “terceira via”. Os trabalhadores 
foram proativos na promoção da escolha e inovação na prestação de serviços públicos por meio do 
envolvimento de provedores do terceiro setor e no apoio a eles para desenvolver a capacidade de licitar 
e prestar serviços (LOPEZ; LEÃO; GRANGEIA, 2011).
O terceiro setor atua, portanto, como um termo abrangente para uma série de empresas que diferem 
de acordo com os contextos e histórias locais. Baseia-se em ideias de capital social e ação comunitária 
com ênfase no bem comum. É comumente confundido com o setor voluntário ou comunitário, economia 
social e empresa social. Não obstante, o termo tem real força na medida em que governos e instituições 
supraestatais, como a União Europeia, promovem, financiam e se engajam com a ideia de terceiro setor, 
dotando-o de considerável potência instrumental.
A ideia de um terceiro setor surgiu nos Estados Unidos durante a década de 1970, quando foi usado 
por Amitai Etzioni e outros em estudos de políticas públicas e gestão para pensar formas econômicas 
e organizacionais emergentes em um contexto pós-industrial (ALEXANDER, 2010). O termo então 
foi deixado de lado até ser redescoberto e defendido na Europa durante o final dos anos 1980. Esse 
renascimento refletiu uma mudança de ênfase na indústriade desenvolvimento de projetos de cima para 
baixo para iniciativas de base concebidas no que se refere a um modelo de governança mais distribuído 
(desenvolvimento e ONGs). Também coincidiu com o surgimento da New Public Management (NPM), 
Nova Gestão Pública, que endossou os princípios de mercado para administrar bens e serviços estatais, 
terceirizando muitos desses serviços para empresas privadas ou o terceiro setor (ALEXANDER, 2010).
Desde o início dos estudos do terceiro setor, foram empregadas caracterizações amplas do Estado, do 
mercado e do terceiro setor, que ainda são corriqueiras. O papel do Estado, nessa visão, é garantir o bem 
Luana Miranda
51
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
público, mas está sobrecarregado de burocracia; o mercado é eficiente, mas busca apenas maximizar 
o valor para o acionista; o terceiro setor une o melhor dos dois mundos: eficiência e interesse público.
Compreender o contexto dos anos 1990 e posteriores é essencial para entender a natureza do 
terceiro setor atualmente. A mudança não foi apenas quantitativa, mas qualitativa. Com a retração 
do Estado em muitas regiões do mundo, com o deslocamento de grande parte da indústria para países 
subdesenvolvidos, o desemprego para o trabalho braçal aumentou. O crescimento dos setores de serviços 
e culturais no lugar das indústrias foi acompanhado de uma modificação da composição de gênero e 
classe do setor voluntário. Mais homens começaram a entrar no que era tradicionalmente um setor 
dominado por mulheres de classe média (LOPEZ; LEÃO; GRANGEIA, 2011).
No Brasil, alguns estudiosos defendem que o terceiro setor começou ainda no século XVI, com a 
fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos, no ano de 1543. Desde a sua criação até os dias 
hoje, a instituição presta apoio assistencial e hospitalar, sendo a primeira referência histórica de uma 
entidade do terceiro setor no país (ALEXANDER, 2010).
Mas o efetivo uso do termo aqui ficou datado da década de 1970, quando organizações começaram 
a se unir para ocupar um espaço público onde o Estado não chegava ou não tinha condições de suprir as 
demandas. O modelo atual de terceiro setor (e a legislação vigente sobre ele), oficializando a parceria da 
sociedade civil e empresas privadas com a administração pública, é um resultado do século XX (LOPEZ; 
LEÃO; GRANGEIA, 2011).
Para os autores (2011), durante muito tempo se pregou a ideologia do Estado liberal como mínima 
intervenção estatal, mas a história mostrou que para políticas públicas, tal intervenção não atendia às 
demandas sociais e, por outro lado, a intervenção máxima prejudicava as demandas das empresas privadas.
Ao longo da história, é possível perceber que a intervenção mínima do Estado, como funcionava 
o Estado liberal, não era eficaz para garantir as demandas sociais. Além disso, a intervenção estatal 
máxima, característica do Estado social, não atendia às carências da sociedade civil.
A potencialização do terceiro setor foi impulsionada pela mudança do perfil do mercado e do 
comportamento social. A crescente necessidade para que as organizações tivessem um papel que fosse 
além da geração de lucros e fossem reconhecidas como uma empresa cidadã, adotando uma postura 
de contribuição para solução de problemas sociais e desenvolvimento da sociedade, fez com que elas 
assumissem um compromisso ético, destinando recursos e ações para suas práticas de responsabilidade 
social (LOPEZ; LEÃO; GRANGEIA, 2011).
E assim, muitas organizações surgiram no terceiro setor no Brasil, como, por exemplo, aquelas sem fins 
lucrativos, que somente podem realizar atividades que deveriam ser atendidas pelo setor público, como 
educação, assistência, assistência social, meio ambiente, saúde, cultura, ciência e outras necessidades 
não satisfeitas para o bem-estar da sociedade civil (ALEXANDER, 2010).
Luana Miranda
52
Unidade I
 Observação
Partidos políticos não são organizações do terceiro setor.
3.2 O terceiro setor e seu papel na sociedade
O terceiro setor é um termo abrangente com uma série de diferentes organizações com variadas 
estruturas e propósitos, não pertencentes nem ao setor público (ou seja, o Estado) nem ao setor 
privado (empresa privada com fins lucrativos). Há diversas nomenclaturas usadas para descrever tais 
corporações – o setor voluntário, organizações não governamentais, organizações sem fins lucrativos – 
particularmente em discussões públicas sobre política. Elas incluem:
• Organizações não governamentais (ONGs): foram assim chamadas pela primeira vez no 
Artigo 71 da Carta das Nações Unidas recém-formadas em 1945. Embora as ONGs não tenham 
uma definição fixa ou formal, elas geralmente são definidas como entidades sem fins lucrativos 
independentes da influência governamental (embora possam receber financiamento do governo).
Como se pode perceber pela definição básica, a diferença entre organizações sem fins lucrativos 
e ONGs é pequena. Geralmente, o rótulo de ONG é dado àquelas que operam em âmbito 
internacional, embora alguns países classifiquem seus próprios grupos da sociedade civil como 
ONGs. As atividades das ONGs incluem, mas não se limitam a, trabalho ambiental, social e de direitos 
humanos. Elas podem trabalhar para promover mudanças sociais ou políticas em larga escala ou 
muito localmente. As ONGs desempenham um papel crítico no desenvolvimento da sociedade, na 
melhoria das comunidades e na promoção da participação cidadã (TACHIZAWA, 2019).
• Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip):
Uma Oscip é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de 
entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público com interesse 
social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada 
sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. A Oscip 
está prevista no ordenamento jurídico brasileiro como forma de facilitar 
parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos 
(federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas 
possam ser descontadas no imposto de renda (SEBRAE, 2019, p. 1).
 As Oscips são tituladas pelo Ministério da Justiça do Brasil, que almeja, principalmente, facilitar 
a realização de parcerias e convênios entre a iniciativa privada e órgãos públicos. Podem ser 
qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias 
atendam aos requisitos instituídos pela Lei n. 9.790/1999 (ALVES; KOGA, 2006).
53
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Saiba mais
A fim de conhecer melhor a Lei n. 9.970, acesse o link a seguir:
BRASIL. Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999. Brasília, 1999. Disponível 
em: https://cutt.ly/zMP5maz. Acesso em: 3 out. 2022.
• Fundação: organizações sem fins lucrativos que apoiam atividades de caridade para servir ao bem 
comum. As fundações são muitas vezes criadas com doações – dinheiro dado por indivíduos, famílias 
ou corporações. Elas geralmente fazem doações ou operam programas com a renda obtida com o 
investimento das doações. De modo geral, uma fundação é uma corporação sem fins lucrativos 
ou um fundo de caridade que faz doações a organizações, instituições ou indivíduos para fins de 
caridade, como ciência, educação, cultura e religião. Existem dois tipos de fundação: fundações 
privadas e instituições de caridade públicas doadoras. O dinheiro de uma fundação privada vem 
de uma família, um indivíduo ou uma corporação. Um exemplo de fundação privada é a Fundação 
Bradesco. As fundações privadas devem atender a um requisito de pagamento, o que significa que 
precisam doar certa quantia de seus ativos todos os anos.
Uma instituição de caridade pública doadora (às vezes chamada de fundação pública) recebe seu 
dinheiro de muitas fontes diferentes, como fundações, indivíduos e agências governamentais. A maioria 
das fundações comunitárias também é composta deinstituições beneficentes públicas (MPSC, 2015).
4 SUSTENTABILIDADE
Embora o conceito de sustentabilidade seja uma ideia relativamente nova, o movimento como 
um todo tem raízes na justiça social, conservacionismo, internacionalismo e outros movimentos do 
passado com histórias ricas. No final do século XX, muitas dessas ideias se uniam na chamada para o 
desenvolvimento sustentável (IANQUITO, 2018; CARVALHO, 2019).
No sentido mais amplo, a sustentabilidade refere-se à capacidade de manter ou apoiar um processo 
continuamente ao longo do tempo. Nos contextos de negócios e políticas, ela busca evitar o esgotamento 
dos recursos naturais ou físicos, para que permaneçam disponíveis no longo prazo.
Etimologicamente, a palavra sustentabilidade vem de sustentável + idade. E sustentável é, por 
exemplo, uma composição de sustentável + capaz. Então, se começarmos do início, sustain significa 
“dar suporte a”, “suportar”, “suportar” ou “manter” (CARVALHO, 2019).
O que é sustentabilidade, então? Sustentável é um adjetivo para algo que pode ser sustentado. No 
final das contas, ela talvez possa ser vista como o processo por algo mantido em um determinado nível 
(CARVALHO, 2019).
54
Unidade I
A definição mais citada de sustentabilidade é a integração da saúde ambiental, equidade social e 
vitalidade econômica para criar comunidades prósperas, saudáveis, diversas e resilientes para esta geração 
e as próximas. A prática da sustentabilidade reconhece como essas questões estão interconectadas e 
requerem uma abordagem sistêmica e um reconhecimento da complexidade.
Trata-se de atender às nossas próprias necessidades sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de satisfazerem as carências delas. Além dos recursos naturais, precisamos dos recursos 
econômicos. Sustentabilidade não é apenas ambientalismo. Incorporado na maioria das definições 
de sustentabilidade, também encontramos preocupações com a equidade social e o desenvolvimento 
econômico (IANQUITO, 2018).
Atualmente sustentabilidade costuma ser definida como os processos e ações através dos quais a 
humanidade evita o esgotamento dos recursos naturais, a fim de manter um equilíbrio ecológico que 
não permita que a qualidade de vida das sociedades modernas diminua. Vejamos o exemplo da sua linha 
do tempo a seguir:
2015
Objetivos do 
desenvolvimento 
sustentável e 
Agenda 2030
2020
 
Campanha Race to 
zero: reduzir ao máximo 
as emissões de CO2 e 
neutralizar resíduos
2021
 
Intensificação 
da Gestão ESG
1979 
Clima de primeiro mundo 
Conferência abre 
a ciência das 
mudanças climáticas
1987 
Relatório Brundtland
consolida décadas 
de trabalho em 
sustentabilidade e 
desenvolvimento
1990 
Surge o conceito do 
Triple bottom line 
(ambiental, social 
e econômico)
1992 
Encontros da Cúpula da 
Terra no Rio para agir e 
adotar a Agenda 21
1993 
Convenção sobre 
Recursos Biológicos 
e a diversidade como 
princípio da precaução
1997 
O Protocolo de Kyoto 
toma o primeiro passo 
para parar mudanças 
climáticas perigosas
2000
Com os Objetivos de 
Desenvolvimento do 
Milênio, a justiça social 
atende à saúde pública 
e ao ambientalismo
2012 
Rio+20 faz balanço de 
duas décadas de esforços 
em desenvolvimento 
sustentável
Figura 10 – Infográfico da sustentabilidade
55
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Saiba mais
A fim de conhecer mais sobre o Relatório de Brundtland, leia a seguinte obra:
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. 
Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1991.
As práticas sustentáveis apoiam a saúde e a vitalidade ecológica, humana e econômica. A sustentabilidade 
pressupõe que os recursos são finitos e devem ser usados de forma conservadora e sensata, tendo em vista 
as prioridades de longo prazo e as consequências do modo como os recursos são empregados. Em termos 
mais simples, a sustentabilidade diz respeito aos nossos filhos e netos, e ao mundo que deixaremos para 
eles (CARVALHO, 2019).
Ela, como valor, é compartilhada por muitos indivíduos e organizações que a demonstram em suas 
políticas, atividades e comportamentos cotidianos. As pessoas atribuíram um papel importante ao 
desenvolvimento do nosso ambiente atual e das circunstâncias sociais, bem como ao o futuro das gerações, 
que devem criar soluções e se adaptar.
A adoção de práticas sustentáveis traz impactos a longo prazo. Por exemplo, se cada funcionário de 
escritório do Reino Unido utilizasse um grampo a menos por dia e o substituísse por um clipe de papel 
reutilizável, 120 toneladas de aço seriam economizadas em um ano (CARVALHO, 2019).
Assim, a sustentabilidade tem sido amplamente utilizada para melhorias em áreas como 
superexploração de recursos naturais, operações de manufatura (seu uso de energia e subprodutos 
poluentes), consumo linear de produtos, direção dos investimentos, estilo de vida do cidadão, compra 
por parte do consumidor, comportamentos, desenvolvimentos tecnológicos ou mudanças empresariais e 
institucionais gerais. Enquanto uma ação causar pouco, menos ou nenhum dano ao mundo natural - sob 
a crença (nem sempre assegurada) de que os ecossistemas continuarão operando e gerando as 
condições que permitem que a qualidade de vida das sociedades modernas não diminua, alguém será 
frequentemente reivindicado como sustentável (CARVALHO, 2019).
As visões sobre sustentabilidade parecem ter foco no momento presente e em manter as coisas em 
um certo nível. Por sua vez, o desenvolvimento sustentável se concentra mais em uma visão de longo 
prazo. Adicionar o conceito de sustentável significa não apenas que a humanidade deve satisfazer suas 
necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de fazerem o mesmo, mas que 
com isso vem a ideia de progresso social e aumento na qualidade de vida em todo o mundo.
A principal questão para investidores e executivos é se a sustentabilidade é ou não uma vantagem 
para uma empresa. A sustentabilidade fornece um propósito maior e alguns novos resultados para as 
companhias buscarem e as ajuda a renovar seus compromissos com metas básicas como eficiência, 
crescimento sustentável e valor para o acionista (HAANAES; OLYNEC, 2022).
56
Unidade I
Talvez mais importante, uma estratégia de sustentabilidade compartilhada publicamente pode 
oferecer benefícios difíceis de quantificar, como boa vontade pública e melhor reputação. Se isso ajuda 
uma empresa a obter crédito por coisas que ela já está fazendo, por que não? Para as companhias que 
não conseguem apontar uma visão geral de sustentabilidade, no entanto, não há uma consequência 
real no mercado – ainda.
A tendência parece ser tornar a sustentabilidade um compromisso público com suas práticas 
básicas de negócios, assim como o compliance é para empresas de capital aberto. Se isso acontecer, as 
instituições que não tiverem um plano de sustentabilidade poderão ver uma penalidade de mercado, em 
vez de empresas proativas verem um prêmio de mercado (HAANAES; OLYNEC, 2022).
Para algumas corporações, a sustentabilidade representa uma oportunidade de organizar diversos 
esforços sob um conceito abrangente e obter crédito público por isso. Para outras, sustentabilidade 
significa responder a perguntas difíceis sobre como e por que suas práticas de negócios podem ter um 
impacto sério, ainda que gradual, em suas operações.
A sustentabilidade abrange toda a cadeia de suprimentos de um negócio, exigindo responsabilidade 
desde o nível primário, passando pelos fornecedores, até os varejistas. Se produzir algo de forma sustentável 
torna-se uma vantagem competitiva para o abastecimento de corporações multinacionais, isso pode 
reconfigurar algumas das linhas de abastecimento globais que se desenvolveram com base exclusivamente 
na produção de baixo custo. Claro que esse cenário depende de quão fortemente as corporações adotam 
a sustentabilidade e se é uma verdadeira mudança de direção ou apenas mencionado.
 Lembrete
Sustentabilidade não deve ser aplicada emum ou outro processo da 
organização, mas em toda a cadeia produtiva, desde os fornecedores até o 
descarte dos restos de sua produção e consumo de seus produtos.
Algumas práticas de sustentabilidade nas empresas que podemos destacar são:
• Reduzir desperdícios na sua linha de produção, em consumo de água e energia.
• Adotar fontes de energia renováveis.
• Criar sistemas de reutilização de água.
• Evitar matérias-primas poluentes e de longa duração de decomposição na natureza.
• Dedicar esforço em logística reversa.
• Investir em reuso, reciclagem e reutilização (3Rs);
57
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• Empregar em desenvolvimento social e comunitário;
• Prezar pela transparência e honestidade na gestão empresarial. 
Figura 11 – Energia limpa, energia solar, reutilização, preservação ambiental, 
uso consciente de água, reciclagem e reuso: exemplos de práticas sustentáveis
Disponível em:: https://bit.ly/3fV6L6S. Acesso em: 3 out. 2022.
O site Portal do Tratamento de Água apresenta um case de sucesso de reutilização da água no 
sistema produtivo. Vamos vê-lo na sequência:
Um exemplo disso é a parceria junto à Nestlé em Jalisco com a Veolia. Onde o 
desafio, era expandir sua fábrica de produtos lácteos localizada em Lagos de 
Moreno (Jalisco-México), uma região muito seca que enfrenta escassez 
de água, principalmente devido ao crescimento da população nos últimos 
60 anos. A fábrica produz 600.000 toneladas por mês da fórmula infantil 
Nantli, uma das marcas mais rentáveis da Nestlé. Para o seu funcionamento, 
é necessário 1,6 milhão de litros de água por dia, o equivalente ao volume 
necessário para encher uma piscina olímpica ou o consumo médio diário de 
6.400 pessoas no México. Para cumprir a meta da companhia de reduzir o 
consumo de água em 40% por tonelada de produto em todas as suas fábricas.
Como solução, a Veolia adicionou novas tecnologias para tratar dos 
efluentes na estação de tratamento de águas residuais da Nestlé. A fábrica 
não depende de fontes de água externas. A solução da Veolia Water 
58
Unidade I
Technologies permite o tratamento e a reutilização dos efluentes em duas 
etapas. Primeiro, a combinação de um sistema de polimento e um sistema 
Aquantis MBR trata o efluente e elimina partículas sólidas. Em seguida, a 
etapa de osmose reversa retém as gorduras e sais dissolvidos e, finalmente, 
permite que a água seja reutilizada para aplicações de produção não 
alimentar, como torres de resfriamento, irrigação de jardins, fontes e limpeza.
Benefícios para a Nestlé:
— Melhorar a imagem da marca e sua reputação, para aumentar seus 
lucros e diminuir sua pegada ecológica;
— Melhorar sua velocidade de comercialização entregando a planta 
antes do prazo estabelecido;
— Garantir o prosseguimento da licença graças a um suprimento 
confiável de água e diminuir a dependência de água doce em uma 
região de estresse hídrico;
— Mitigar o risco de interrupção da produção devido ao acesso 
insuficiente à água;
— O projeto contribuiu para o sucesso da Nestlé em termos de redução 
do consumo de água a nível mundial em 1/3 nos últimos 10 anos, 
mesmo com o aumento da produção global (REUSO…, 2021).
Mas apesar de o conceito de sustentabilidade remeter, com muita facilidade, ao meio ambiente, é 
necessário entender que tal prática nas organizações está pautada em três pilares: econômico, ambiental 
e social – triple bottom line.
O pilar social consiste em práticas que beneficiam os colaboradores da empresa, os consumidores e a 
comunidade em geral. O pilar econômico, ou governança, refere-se à manutenção de práticas contábeis 
honestas e transparentes e conformidade regulatória. Já o pilar ambiental diz respeito à preservação e 
recuperação do meio ambiente (IANQUITO, 2018).
Vamos discutir cada um deles no próximo tópico deste capítulo.
 Observação
Uma organização não pode ser punida, criminalmente, se não praticar 
a sustentabilidade. Isso somente pode acontecer se ela descumprir a Lei, 
como, por exemplo, jogar dejetos em rios, sonegar impostos, utilizar mão 
de obra infantil, entre outros.
59
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
4.1 Pilares da sustentabilidade
Muito se pensa a sustentabilidade como um conceito de gestão ambiental, mas a prática extrapola 
o pilar meio ambiente e engloba, também, os pilares social e ambiental. Para que uma empresa seja 
considerada sustentável, é obrigatório que ela tenha práticas ativas nestas três esferas, conhecidas 
como triple bottom line (FREITAS, 2019).
Na gestão sustentável, o triple bottom line (TBL) orienta que as empresas devem se comprometer a 
se concentrar tanto nas preocupações sociais e ambientais quanto nos lucros. A teoria TBL postula que, 
em vez de um resultado final, deve haver três: lucro, pessoas e o planeta. Um TBL procura medir o nível 
de compromisso de uma corporação com a responsabilidade social corporativa e seu impacto no meio 
ambiente ao longo do tempo (FREITAS, 2019).
Pilar ambiental
A integridade ecológica é mantida, todos os recursos ambientais da Terra são conservados em 
equilíbrio enquanto os recursos naturais internos são consumidos por humanos a uma taxa em que são 
capazes de reabastecer-se.
O pilar ambiental geralmente recebe mais atenção. Muitas empresas estão focadas em reduzir suas 
pegadas de carbono, resíduos de embalagens, uso de água ou outros danos ao meio ambiente. Além de 
ajudar o planeta, essas práticas podem ter um impacto financeiro positivo. Por exemplo, diminuir o uso 
de materiais de embalagem significa menos gastos, e maior eficiência de combustível também ajuda no 
orçamento da empresa (IANQUITO, 2018).
Como exemplo, podemos citar o fato de o Walmart ter aderido às embalagens por meio de sua 
iniciativa de desperdício zero, pressionando por menos embalagens em toda a sua cadeia de suprimentos 
e mais daquelas provenientes de materiais reciclados ou reutilizados.
Um dos desafios com o pilar ambiental é que o impacto de um negócio muitas vezes não é 
totalmente custeado, o que significa que há externalidades que não se refletem nos preços ao 
consumidor. Os custos totais de águas residuais, dióxido de carbono, recuperação de terras e resíduos 
em geral não são fáceis de calcular, porque as empresas nem sempre são as que estão presas aos 
resíduos que produzem. É aí que entra o benchmarking para tentar quantificar essas externalidades, 
a fim de que o progresso na redução delas possa ser rastreado e relatado de maneira significativa 
(GEIGER; SWIM; BENSON, 2021).
Pilar econômico
As comunidades humanas em todo o mundo são capazes de manter sua independência e ter acesso 
aos recursos que necessitam, financeiros e outros, para atender às suas carências. Sistemas econômicos 
estão intactos e as atividades estão disponíveis para todos, como fontes seguras de subsistência.
60
Unidade I
O pilar econômico da sustentabilidade é aquele no qual a maioria das empresas sente que está em 
terreno firme. Para ser sustentável, um negócio deve ser lucrativo. Dito isso, o lucro não pode superar os 
outros dois pilares. Na verdade, o lucro a qualquer custo não é um pilar econômico. As atividades que se 
enquadram no pilar econômico incluem compliance, governança adequada e gestão de riscos. Embora 
já sejam apostas de mesa para a maioria das empresas norte-americanas, elas não são o padrão global 
(IANQUITO, 2018).
Às vezes, este pilar é chamado de governança, referindo-se à boa governança corporativa. Isso significa 
que os conselhos de administração e a administração se alinham aos interesses dos acionistas, bem 
como aos da comunidade da empresa, cadeias de valor e clientes finais (GEIGER; SWIM; BENSON, 2021).
Com relação à governança, os investidores podem querer saber que uma empresa utiliza métodos 
contábeis precisos e transparentes e que os acionistas têm a oportunidade de votar em questões 
importantes. Eles também podem desejar garantias de que as companhias evitem conflitos de interesse 
na escolha dos membros do conselho, não usem contribuiçõespolíticas para obter tratamento 
indevidamente favorável e, claro, não se envolvam em práticas ilegais.
É a inclusão do pilar econômico e do lucro que possibilitam que as corporações adiram às estratégias 
de sustentabilidade. O pilar econômico fornece um contrapeso a medidas extremas que as empresas 
às vezes são pressionadas a adotar, como abandonar combustíveis fósseis ou fertilizantes químicos 
instantaneamente, em vez de introduzir mudanças gradualmente (GEIGER; SWIM; BENSON, 2021).
Pilar social
Direitos humanos universais e necessidades básicas são alcançáveis por todas as pessoas que 
têm acesso a recursos suficientes para manter suas famílias e comunidades saudáveis e seguras. 
Comunidades saudáveis têm líderes que garantem direitos trabalhistas e culturais, respeitando todas 
as pessoas, que são protegidas da discriminação (GEIGER; SWIM; BENSON, 2021).
Uma empresa sustentável deve ter o apoio e a aprovação de seus funcionários, partes interessadas 
e da comunidade em que opera. As abordagens para garantir e manter esse apoio são várias, mas tudo 
se resume a tratar os colaboradores com justiça e ser um bom vizinho e membro da comunidade, tanto 
local como globalmente.
Do lado dos funcionários, as empresas se concentram em estratégias de retenção e engajamento, 
incluindo benefícios mais responsivos, como melhores benefícios de maternidade e família, agendamento 
flexível e oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Para o envolvimento da comunidade, as 
corporações criaram muitas maneiras de retribuir, incluindo angariação de fundos, patrocínio, bolsas de 
estudo e investimento em projetos públicos locais (IANQUITO, 2018).
Em uma escala social global, uma empresa precisa estar ciente de como sua cadeia de suprimentos é 
preenchida. O trabalho infantil entra no produto final? As pessoas são pagas de forma justa? O ambiente 
de trabalho é seguro? Conforme Scheel (2021), algumas práticas do pilar social são:
61
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• regeneração urbana;
• desenvolvimento da comunidade;
• diversidade cultural;
• progresso da força de trabalho;
• justiça social e igualdade;
• direitos humanos;
• globalização, consumismo e comércio ético;
• saúde e bem-estar.
Todas as ações de sustentabilidade podem ser demonstradas em um relatório. O relatório de 
sustentabilidade corporativa é um processo em que as empresas publicam regularmente metas 
de sustentabilidade e relatam seu progresso em alcançá-las, de forma que ajuda o público a entender 
como a companhia está contribuindo para uma economia global sustentável. Ele pode incluir informações 
sobre o uso de recursos da empresa, os efeitos positivos e negativos de suas operações no meio ambiente 
e suas estratégias para se tornar mais sustentável no futuro.
Explicar os três pilares da sustentabilidade primeiro requer definir sustentabilidade. O conceito 
surgiu do ativismo ambiental e é entendido como a garantia de que a geração atual possa atender 
às suas necessidades sem tornar isso impossível para as gerações futuras. Ou seja, podemos sustentar 
a nós mesmos e à posteridade apenas com práticas que não prejudiquem o futuro (GEIGER; SWIM; 
BENSON, 2021).
É evidente que os problemas ambientais não podem ser resolvidos isoladamente dos outros. Quando 
a economia de uma nação está ruim, ela geralmente reduz suas metas ambientais. Onde há guerra ou 
pobreza opressiva, o meio ambiente sofre muito. Todo o resto parece uma prioridade maior.
Podemos falar sobre sustentabilidade social, econômica e ambiental. Se pensarmos em 
sustentabilidade como o telhado de um edifício que protege seus ocupantes, vemos que são necessários 
os três pilares para sustentá-lo. A fraqueza em qualquer pilar coloca o telhado em risco de desabar.
Embora a frase três pilares da sustentabilidade seja comum, o gráfico mais útil que explica como 
eles se relacionam é o diagrama de Venn, ele relaciona três esferas da sustentabilidade. Em ambos os 
casos, nenhum deles pode funcionar de forma otimizada (sem os outros). Vejamos o exemplo na figura 
a seguir e a sua explicação:
62
Unidade I
Econômico
Social Ambiental
1 2
3
4
Figura 12 – A interação dos três pilares da sustentabilidade
• 1: sustentabilidade ambiental e social se combinam para tornar as condições de vida de todos 
suportáveis e possíveis de crescimento.
• 2: sustentabilidade econômica e social se combinam para tornar as condições de vida de 
todos iguais.
• 3: sustentabilidade ambiental e econômica se combinam para viabilizar as condições de vida de todos.
• 4: condições de empresas sustentáveis exigem a interseção de todas as três facetas (anteriores).
A partir deste diagrama de Venn, podemos inferir que os três pilares de sustentabilidade, ou três 
esferas de sustentabilidade, precisam de interação total entre os elementos que compõem a prática. 
De alguma forma, temos de ficar de olho tanto na estrutura geral quanto em todos os detalhes para 
construirmos uma empresa sustentável.
4.2 A sustentabilidade e a responsabilidade social
Para as empresas, é útil pensar em responsabilidade social no contexto da visão/missão do 
negócio. Quais são as responsabilidades da companhia, por que ela existe e como ela vai cumprir essas 
responsabilidades e metas? Também é útil considerar sustentabilidade no contexto de como o negócio 
irá operar, especialmente com foco nos recursos de origens naturais que consomem tanto diretamente 
(por exemplo, carvão) quanto indiretamente (por exemplo, hidroeletricidade) (FURTADO et al., 2019).
Responsabilidade social e sustentabilidade são termos frequentemente usados de forma intercambiável, 
mas há uma diferença distinta e é importante que a entendamos.
63
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Essencialmente, a sustentabilidade diz respeito à redução do impacto ambiental a partir da redução 
do consumo (reduzir, reciclar, reutilizar). A responsabilidade corporativa inclui a sustentabilidade, mas 
refere-se ao relacionamento mais amplo entre a organização, seus principais grupos de stakeholders e a 
comunidade (VOEGTLIN; SCHERER, 2017).
A responsabilidade social corporativa, muitas vezes chamada simplesmente de RSC, diz respeito a fazer 
negócios de maneira que beneficie, em vez de prejudicar, a sociedade e o meio ambiente. A sustentabilidade 
empresarial refere-se à capacidade de uma empresa de sobreviver no futuro e, eventualmente, a seus 
atuais proprietários (VOEGTLIN; SCHERER, 2017).
Para muitas companhias, tratar bem o meio ambiente é importante para a prática e a imagem 
do negócio, e isso se reflete em seus programas de responsabilidade social corporativa (RSC) 
(FURTADO et al., 2019). Além de ser uma prática socialmente responsável, é um bom negócio. 
Embora a sustentabilidade ambiental seja geralmente parte da responsabilidade social corporativa, 
ela não se concentra apenas na sustentabilidade.
A marca de roupas Patagonia é um exemplo de empresa com forte prática de RSE focada na 
sustentabilidade. Seus esforços para reduzir sua emissão de carbono são evidentes em suas práticas 
ecologicamente corretas (FURTADO et al., 2019).
Parece justo argumentar que as instituições devem ir muito além da RSC, integrando a sustentabilidade 
em suas respectivas estratégias e operações e ajudando a resolver os principais problemas econômicos, 
ambientais e sociais – mesmo aqueles não relacionados aos seus negócios.
4.3 Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Um sistema de gestão ambiental (SGA) é um conjunto de processos e práticas que permite que uma 
organização reduza seus impactos ambientais e aumente sua eficiência operacional. Por exemplo: uma editora 
pode implementar a estrutura SGA para gerenciar e reduzir o uso de papel, mudando para comunicação 
interna somente por e-mail, além de revisar e avaliar os processos de gestão de resíduos e criar uma política 
para descarte responsável de cartuchos de toner usados (BENEDITO, 2021).
As funções básicas de uma boa gestão ambiental são: estabelecimento de metas; gestão da informação;apoio à tomada de decisão; organização e planejamento da gestão ambiental; programas de gestão 
ambiental; pilotagem; implementação e controle; comunicação; e auditoria interna e externa.
A gestão ambiental ajuda a identificar os fatores que podem levar à degradação ambiental e auxilia 
nas previsões futuras que podem afetar a vida das gerações presentes e futuras. Seu principal objetivo 
é manter e melhorar os recursos ambientais como ar, solo, florestas, água e combustíveis fósseis. Um 
SGA fornece à empresa uma estrutura através da qual seu desempenho ambiental pode ser monitorado, 
melhorado e controlado (IATRIDIS; KESIDOU, 2018).
64
Unidade I
Algumas organizações adotaram a estrutura especificada em padrões nacionais ou internacionais, 
que estabelecem os requisitos de um SGA, e tiveram seus sistemas avaliados externamente e certificados. 
Outras desenvolveram seu SGA de forma mais informal.
Qualquer que seja a abordagem adotada, os elementos da estrutura do SGA serão em grande 
parte os mesmos.
Para Benedito (2021), um SGA eficaz irá:
• Definir responsabilidades ambientais para todos os funcionários.
• Identificar oportunidades para reduzir resíduos, incluindo matérias-primas, uso de utilidades e 
custos de descarte de resíduos.
• Aumentar os lucros.
• Reduzir o risco de multas por descumprimento da legislação ambiental.
• Garantir que todas as operações tenham procedimentos para minimizar seus impactos ambientais.
• Registrar o desempenho ambiental em relação às metas estabelecidas.
• Fornecer uma trilha de auditoria clara.
• Atrair acionistas e investidores.
A maioria das organizações adota uma abordagem sistemática para o gerenciamento de suas 
operações diárias. Ao longo dos anos, os diferentes elementos de tais sistemas tornaram-se mais 
definidos e abordagens padronizadas foram desenvolvidas para ajudar as companhias a gerenciar certas 
funções, como qualidade, por exemplo (IATRIDIS; KESIDOU, 2018).
Um sistema de gestão ambiental é um conjunto de regras internas definidas por um conjunto de políticas, 
processos, procedimentos e registros. Ele define como uma empresa irá identificar, avaliar, monitorar e manter 
as interações com o meio ambiente para evitar impactos ambientais negativos. Quando implementado em 
sua empresa, o SGA precisa ser específico para os processos utilizados, por isso é importante adequá-lo às suas 
necessidades. A ISO 14001 fornece algumas diretrizes para um bom SGA a fim de ajudar a garantir que não 
haja perda dos elementos de um bom sistema (BENEDITO, 2021). Desta forma, a International Organization 
for Standardization (ISO) ajuda a padronizar como um SGA é projetado.
Uma das melhores maneiras de garantir que o sistema inclua todos os processos aplicáveis é consultar 
um conjunto padrão de requisitos para SGA. O padrão ISO 14001 é o principal conjunto para isso, 
reconhecido em todo o mundo, e define e descreve todas as políticas, processos, procedimentos e registros 
típicos necessários para um SGA bem-sucedido. Não é prescritivo, o que significa que especifica o que 
precisa ser feito, mas não como, e pode ser usado e adaptado às necessidades de qualquer organização.
65
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Os processos de SGA começam com a identificação das formas como os processos de negócios da 
empresa interagem com o meio ambiente e, em seguida, fornecem os controles e procedimentos para 
garantir que os impactos negativos sejam evitados. Eles também incluem a identificação de todos os 
requisitos ambientais, legais e de terceiros, que são impostos às atividades da corporação. Além disso, 
os processos de suporte para que isso aconteça são controlados como parte do sistema. Isso incluirá o 
gerenciamento de recursos como pessoas e equipamentos, procedimentos para controlar documentos 
e registros e documentos que definem como controlar produtos ou serviços que não atendem aos 
requisitos (IATRIDIS; KESIDOU, 2018).
Por fim, alguns processos do SGA são projetados para monitorar os procedimentos que são 
implementados para o sistema levar à melhoria. Eles incluirão um método de auditoria dos processos 
do sistema, meios de aplicação de ações corretivas e preventivas para problemas e uma maneira de a 
administração revisar o sistema para garantir que os requisitos sejam atendidos e os planos de melhoria 
sejam feitos.
O SGA vai além do cumprimento da lei. Espera-se que uma empresa conheça e atenda a todos os 
requisitos ambientais especificados para suas operações, mas nem todas o fazem para melhorar suas 
operações no que diz respeito à redução dos impactos negativos ao meio ambiente. Essa é a razão de 
haver um sistema de gestão ambiental, e é o maior argumento de venda para uma instituição querer 
implementá-lo. Reduzir seu impacto ambiental pode ajudar a ganhar participação de mercado em um 
mundo com crescente consciência ambiental (IATRIDIS; KESIDOU, 2018).
O grupo Nissan é um exemplo de implantação de um SGA. Ele busca a promoção e avanço de suas 
atividades de proteção ambiental. O grupo atualizou sua estrutura organizacional ambiental e construiu 
um sistema de gestão de risco para situações de emergência, incluindo as habilidades de resposta a 
emergências no caso de um acidente ambiental. Na missão de promover atividades que reduzam impacto 
ambiental, o grupo tem avançado constantemente os esforços para obter a certificação ISO 14001.
Grande parte das fábricas de produção domésticas e locais de negócios, bem como aquelas no 
exterior, receberam certificação ISO 14001. Além disso, o processo de desenvolvimento de produtos 
busca implementar conceitos e especificações para reduzir o impacto ambiental desde as etapas de 
planejamento até os projetos finais (IATRIDIS; KESIDOU, 2018).
A Nissan realiza auditorias ambientais internas e auditorias independentes de terceiros para garantir 
que o SGA esteja operando conforme o esperado, verificar o andamento dos processos de melhoria e 
confirmar que cada organização está em conformidade com as políticas ambientais. Para as auditorias 
internas, contrata-se auditores ambientais independentes a fim de conduzir auditorias objetivas para 
verificar o funcionamento do SGA e o status e desempenho ambiental com o objetivo de confirmar a 
eficácia do sistema. Conforme Murmura et al. (2018), entre as ações do grupo estão:
• Projetos de coleta seletiva.
• Certificação ISO.
66
Unidade I
• Criação de uma central de resíduos.
• Construção de bacias de contenção.
• Projetos de tratamento de esgoto.
• Projetos de aproveitamento de chuva.
• Aquisição de contêineres de reciclagem.
Ainda para os autores (2018), até agora o grupo pode notar como principais vantagens de 
implantação do SGA:
• Redução de custos, extinguindo-se as multas que eram pagas pelo não atendimento da legislação 
ambiental.
• Uso racional dos recursos naturais.
• Criação de programas para conscientização ambiental dos colaboradores.
• Monitoramento das atividades e produtos e seus respectivos impactos sobre o meio ambiente;
• Destino correto dos resíduos gerados no processo.
• Impacto positivo de sua imagem nas relações públicas, em relação ao compromisso ambiental.
4.4 Agenda ambiental
Buscando estimular as instituições públicas a implantarem práticas de sustentabilidade, o Ministério 
do Meio Ambiente criou a agenda ambiental. Ela se destina às instituições públicas federais, estaduais e 
municipais e aos três Poderes da república (Executivo, Legislativo e Judiciário). O programa sustenta-se 
em seis pilares:
• Uso racional dos recursos naturais e bens públicos.
• Gestão de resíduos gerados.
• Qualidade de vida no ambiente de trabalho.
• Sensibilização e capacitação dos servidores.
• Compras públicas sustentáveis.
• Construções sustentáveis.
67
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
De forma geral, a agenda ambiental pauta-se em: reuso/reciclagem, logística reversa, visão 
global de sustentabilidade, uso consciente de energia, diminuição de uso de plástico e derivados, 
reflorestamentoe preservação ambiental, e energias alternativas e limpas.
Figura 13 – Elementos da agenda ambiental
Disponível em: https://bit.ly/3rKBaaE. Acesso em: 3 out. 2022.
No Portal Brasileiro de Dados Abertos (2022), é possível definir a agenda ambiental como:
um programa do Ministério do Meio Ambiente que objetiva estimular os 
órgãos públicos do país a implementarem práticas de sustentabilidade. A 
adoção da A3P demonstra a preocupação do órgão em obter eficiência na 
atividade pública enquanto promove a preservação do meio ambiente. Ao 
seguir as diretrizes estabelecidas pela Agenda, o órgão público protege a 
natureza e, em consequência, consegue reduzir seus gastos.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2022),
é de fundamental importância que a direção da instituição comunique, 
voluntariamente, ao público interno e externo da instituição, a decisão de 
implementar a agenda ambiental. Em seguida, deve ser feito um amplo 
trabalho de divulgação, conscientização e sensibilização, com palestras e 
folhetos informativos junto ao público envolvido nesse processo;
O relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que:
O Brasil possui uma estrutura legislativa abrangente e consistente para a 
conservação e o uso sustentável da biodiversidade. No entanto, as taxas 
68
Unidade I
crescentes de desmatamento e outras fortes pressões sobre as riquezas 
naturais do Brasil exigem mais esforços em todos os níveis de governo para 
implementar esses requisitos rigorosos. Instrumentos econômicos para a 
proteção da biodiversidade, como pagamentos por serviços ecossistêmicos e 
compensações de biodiversidade, continuam a ser amplamente usados, mas 
nem sempre de forma eficaz (OCDE, 2021, p. 6).
Assim, a agenda ambiental inclui diversos objetivos acordados internacionalmente, abrangendo 
vários desafios sociais e ecológicos (por exemplo, mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, 
cooperação econômica, migração e, mais recentemente, resposta à pandemia). Quase todas as nações, 
organizações não governamentais e grandes corporações participam de iniciativas que abordam um 
ou mais desses objetivos políticos. No entanto, nossa capacidade de fornecer evidências científicas 
oportunas e precisas para resolver esses problemas permanece limitada.
4.5 Pegada ambiental
As pegadas ambientais, também chamadas de pegadas ecológicas, são medidas quantitativas 
que mostram a apropriação dos recursos naturais pelo homem. As pegadas são divididas em pegadas 
ambientais, econômicas e sociais. O conceito de “pegada” tem origem na ideia de pegada ecológica 
(EF, do inglês ecological footprint), introduzida por Rees, em 1992. Após a sua introdução, várias 
outras pegadas ambientais foram introduzidas. Cada uma delas indica classes particulares de pressões 
associadas ao processo, produto ou atividade da perspectiva do ciclo de vida (SANTOS et al., 2021).
A pegada ecológica acompanha o uso de superfícies produtivas. Normalmente, essas áreas são: 
terras de cultivo, pastagens, pesqueiros, áreas construídas, área florestal e demanda de carbono em terra.
Hoje, o termo pegada ambiental é usado tanto pela comunidade científica quanto pela comunidade 
corporativa. Trata-se de uma medida multicritério para calcular o desempenho ambiental de um produto, 
serviço ou organização com base em uma abordagem de ciclo de vida (LAMIM-GUEDES, 2018).
Ela (também conhecida como pegada ecológica) leva em consideração a totalidade da oferta e demanda 
de bens e serviços para o planeta. Ao fazê-lo, assume-se que toda a população segue um determinado 
estilo de vida caracterizado por uma pessoa conhecida ou um grupo delas (LAMIM-GUEDES, 2018).
A estimativa da pegada ambiental começa com o cálculo da terra, água ou mar necessários para 
fornecer alimentos, moradia, mobilidade e bens e serviços de uma pessoa em uma determinada região. 
Ela depende da área em que a pessoa reside. A razão é que os ecossistemas diferem em sua capacidade de 
produzir materiais biológicos e absorver CO². Isso é conhecido como “biocapacidade” (SANTOS et al., 2021).
Os resultados da pegada ambiental são dados no número de “planetas Terra” que seriam necessários 
para sustentar a humanidade se todos seguissem o estilo de vida estimado. A pegada de carbono é 
a parte que mais cresce da pegada ambiental geral da humanidade – sendo responsável por 54% da 
pegada ambiental geral (SANTOS et al., 2021).
69
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Seus resultados são expressos em hectares globais (GHA), pois desta maneira universalizam os 
resultados e permitem uma comparação entre várias cidades e países do mundo, entendendo o impacto 
de cada um na capacidade ecológica global.
Calcular a pegada ecológica não é uma tarefa difícil. Já existem sites e softwares que possibilitam a 
cada indivíduo medir a sua própria. Uma pontuação determinada a partir dos hábitos alimentares, de 
moradia, bens, serviços, transportes e outros itens mostrará o impacto de cada um. Com a pontuação 
em mãos é possível analisar o impacto que o consumo individual gera no planeta.
 Saiba mais
Quer saber qual é sua pegada ambiental? Acesse qualquer um dos 
links a seguir e faça seu cálculo, para que você possa também ajudar na 
preservação do planeta.
GLOBAL FOOTPRINT NETWORK. What is your ecological footprint? 
Global Footprint Network, Oakland, c2022. Disponível em: https://cutt.ly/
h1iClx0. Acesso em: 3 out. 2022.
ETNOIDEIA. Calcula a tua pegada ecológica! Etnoideia, [s. l.], 30 set. 
2002. Disponível em: https://cutt.ly/gMAr5RJ. Acesso em: 3 out. 2022.
A biocapacidade do planeta representa sua capacidade de regenerar o que as pessoas exigem. Ela 
é, portanto, o potencial dos ecossistemas de produzir materiais biológicos utilizados pelas pessoas e de 
absorver os resíduos gerados pelo homem, sob os atuais esquemas de gestão e tecnologias de extração 
(SANTOS; ERTHAL JUNIOR; BARCELLOS, 2021).
Figura 14 – Pegada ambiental e regeneração ambiental
Disponível em: https://cutt.ly/81iVdx6. Acesso em: 3 out. 2022.
70
Unidade I
Basicamente, a biocapacidade mede a capacidade de uma determinada área de gerar recursos 
renováveis e de absorver quaisquer resíduos gerados pelo seu consumo, ou seja, de sustentar uma 
população humana. Se a pegada ecológica de uma dada população excede sua biocapacidade, essa 
população tem um déficit ecológico (SANTOS; ERTHAL JUNIOR; BARCELLOS, 2021).
Santos et al. (2021) apontam que a pegada ambiental mundial média é de 2,7 hectares globais por 
pessoas. E a biocapacidade, atualmente, é de 1,8 hectare global por indivíduo. Isso significa que estamos 
consumindo mais do que o planeta consegue regenerar.
71
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Resumo
Nesta unidade, o primeiro passo foi entendermos o conceito, o surgimento 
e a evolução da responsabilidade social nas organizações. Aprendemos 
que a responsabilidade social nos negócios, também conhecida como 
responsabilidade social corporativa (RSC), refere-se a pessoas e organizações 
que se comportam e conduzem negócios de forma ética e com sensibilidade 
em relação a questões sociais, culturais, econômicas e ambientais.
Em seguida, foram discutidos os níveis de responsabilidade social 
praticada pela organização com base na pirâmide de Carroll. Esta pirâmide 
sugere que a empresa tem total responsabilidade em quatro níveis – 
econômico, jurídico, ético e filantrópico. Observamos que, para atingir a 
responsabilidade social nas organizações (topo da pirâmide), a companhia 
deve cumprir todos os pilares anteriores da pirâmide.
As origens da responsabilidade social começam na antiguidade com 
o entendimento da necessidade de o comércio proteger seus recursos. 
Suas primeiras ideias surgiram durante os tempos coloniais, quando os 
comerciantes doaram para asilos, escolas e orfanatos. Embora a adoção 
generalizada da RSC tenha sido relativamente recente, ela tem suas raízes 
no final de 1800, quando a ascensão da filantropia combinada com a 
deterioraçãodas condições de trabalho fez com que algumas empresas 
reconsiderassem seus modelos de produção.
Um ponto relevante é diferenciar as conceituações de crescimento 
econômico, desenvolvimento econômico e desenvolvimento sustentável. O 
desenvolvimento sustentável sempre nos incentiva a conservar e aprimorar 
nossos recursos, mudando gradualmente as maneiras como desenvolvemos 
e usamos as tecnologias, e ele deve ser o praticado.
Falamos ainda dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) da 
ONU, também conhecidos como objetivos globais, que foram adotados em 
2015 como um apelo universal à ação para acabar com a pobreza, proteger 
o planeta e garantir que até 2030 todas as pessoas desfrutassem de paz 
e prosperidade. A Agenda 2030 afirma que, para pôr o mundo em um 
caminho sustentável, é preciso tomar medidas ousadas e transformadoras.
Apresentamos o Instituto Ethos e seus indicadores, bem como a 
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Estas são entidades que direcionam, 
apresentam diretrizes e estimulam as organizações a praticarem responsabilidade 
social. Discutimos e exemplificamos o terceiro setor, que pode ser uma 
72
Unidade I
parceria entre organizações sociais e o governo, na qual um entra com o 
conhecimento e a capacidade de fazer e o outro com recursos financeiros.
Exibimos um item extremante importante, a sustentabilidade. 
Demonstramos o conceito de responsabilidade social, sua evolução e os 
três pilares que a compõe: econômico, social e ambiental, e destacamos 
que ela não deve ser aplicada esporadicamente, mas em toda a cadeia 
produtiva, desde os fornecedores até o descarte dos restos de sua produção 
e consumo de seus itens.
Por fim, discutimos o sistema de gestão ambiental (SGA), sua aplicação e 
exemplos, bem como o conceito de pegada ambiental. Buscamos introduzir 
os principais ideais e evoluções da responsabilidade social e outras práticas 
utilizadas pelas organizações em uma gestão mais sustentável.
73
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
O que é responsabilidade social empresarial
O conceito de responsabilidade social empresarial tem relação com o compromisso das empresas 
com a sociedade. Ele vai além de questões econômicas, como a geração de lucros e empregos. Uma 
empresa socialmente responsável deve pautar suas ações em uma gestão ética e transparente. Para isso, 
precisa envolver questões como a qualidade de vida e o bem-estar do público interno da corporação, o 
relacionamento com os stakeholders e a redução de impactos negativos na comunidade e no ambiente.
Para que a responsabilidade social empresarial seja incorporada ao DNA da empresa, é preciso que 
sua implantação seja acompanhada de uma mudança profunda e real de cultura e comportamento.
Adaptado de: https://bit.ly/3CVgZ0l. Acesso em: 3 out. 2022.
Com base no exposto e nos seus conhecimentos sobre o tema, avalie as afirmativas.
I – A partir dos anos 2020, as práticas de responsabilidade social tornaram-se instrumentos de 
gestão empresarial.
II – Na década de 1980, o movimento em prol das práticas de responsabilidade social corporativa 
arrefeceu, uma vez que o pensamento político naquele momento era de reduzir a pressão sobre as 
organizações.
III – A preocupação das empresas com o tema responsabilidade social é recente, já que a discussão 
sobre a importância do desempenho social das corporações surgiu a partir do início do século XXI.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa C.
74
Unidade I
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a partir de 2020, em busca de práticas de mercado mais sustentáveis, as empresas 
passaram a usar as condutas de responsabilidade social como ferramentas de tomada de decisão 
e de gestão.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: na década de 1980, em virtude das altas taxas de inflação enfrentadas pelos EUA e 
pelo Reino Unido, houve redução na intervenção estatal, o que reduziu a pressão dos governos sobre as 
empresas e as práticas de responsabilidade fiscal foram colocadas em xeque.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a atenção das corporações acerca das responsabilidades sociais surgiu na década de 
1920, e a partir da década de 1950 iniciaram-se os estudos e as teorizações do tema, com a publicação, 
em 1953, do livro Responsibilities of the businessman, de Howard Bowen. A partir da década de 1970, 
as ações de responsabilidade social passaram a fazer parte das práticas empresariais.
Questão 2. Os consumidores valorizam cada vez mais as empresas que desenvolvem ações de 
responsabilidade social. Além do efetivo benefício à sociedade, essa postura corporativa traz resultados 
positivos para a imagem das companhias que de fato se engajam nas causas sociais. Para isso, elas podem 
adotar alguns modelos ou tipos de responsabilidade social, mostrados a seguir.
• Responsabilidade social corporativa – RSC.
• Responsabilidade social ambiental – RSA.
• Responsabilidade social empresarial – RSE.
Em relação a esses tipos de responsabilidade social, avalie as descrições a seguir.
Descrição I – Trata-se do conjunto de ações organizacionais que têm a finalidade de zelar pelo 
bem-estar da sociedade e de seus stakeholders.
Descrição II – Trata-se do conjunto de ações organizacionais que têm a finalidade de zelar pelo 
bem-estar do público interno, de suas famílias e das comunidades em que a empresa está inserida.
Descrição III – Trata-se do conjunto de ações organizacionais mais abrangente, completo e corrente, 
que visa a atender às necessidades não apenas da sociedade.
75
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
As descrições I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes tipos de responsabilidade social:
A) Responsabilidade social corporativa – RSC, Responsabilidade social ambiental – RSA e Responsabilidade 
social empresarial – RSE.
B) Responsabilidade social ambiental – RSA, Responsabilidade social corporativa – RSC e Responsabilidade 
social empresarial – RSE.
C) Responsabilidade social empresarial – RSE, Responsabilidade social corporativa – RSC e Responsabilidade 
social ambiental – RSA.
D) Responsabilidade social corporativa – RSC, Responsabilidade social empresarial – RSE e Responsabilidade 
social ambiental – RSA.
E) Responsabilidade social empresarial – RSE, Responsabilidade social ambiental – RSA e Responsabilidade 
social corporativa – RSC.
Resposta correta: alternativa C.
Análise da questão
A responsabilidade social empresarial – RSE refere-se às ações tomadas pela empresa que asseguram 
a redução de impactos negativos de sua atividade para com a sociedade e os seus stakeholders.
A responsabilidade social corporativa – RSC refere-se às ações tomadas pela empresa que asseguram 
a redução de impactos negativos de sua atividade para com seus funcionários, familiares e comunidade.
A responsabilidade social ambiental – RSA é o tipo mais abrangente de responsabilidade social. 
Refere-se às ações tomadas pela empresa para a redução de impactos negativos de sua atividade para 
com o meio ambiente e para conferir benefícios à sociedade em geral.
76
Unidade II
Unidade II
5 CONTABILIDADE AMBIENTAL E BALANÇO SOCIAL
A ideia de contabilidade social e ambiental assumiu várias formas na segunda metade do século XX. 
Essa tendência desenvolveu‑se notavelmente na França com o Bilan Sociétal e no Reino Unido com a 
contabilidade social e a auditoria (FREITAS, 2018).
A contabilidade ambiental, também chamada de contabilidade verde, refere‑se à modificação do 
Sistema de Contas Nacionais (SCN) para incorporar o uso ou esgotamento dos recursos naturais. Trata‑se 
de uma ferramenta vital para auxiliar na gestão dos custos ambientais e operacionais dos recursos 
naturais (TINOCO; KRAEMER, 2004).
Ao longo do tempo e das culturas, a ideia de contabilidade social assumiu muitas formas. Deve, 
portanto, ser entendida como uma correntede pensamento alinhada com a noção de mensuração do 
impacto social e não como um método preciso. Por exemplo, alguns autores referem‑se não apenas à 
contabilidade, mas à auditoria e aos relatórios (FREITAS, 2018).
Um desses relatórios, e talvez o mais importante, é o balanço social. Ele contém as seguintes 
informações: extrato das pessoas ocupadas; tabela dos movimentos de pessoal durante o exercício; 
declaração contendo dados sobre as atividades de formação frequentadas pelos trabalhadores, cujo 
custo é suportado pelo empregador.
5.1 Contabilidade ambiental
Freitas (2018) define contabilidade ambiental como:
ramo da contabilidade em que são registrados e controlados dados 
correspondentes a ações da empresa que afetam o meio ambiente. Esse 
relatório funciona como um registro do patrimônio ambiental, apontando 
monetariamente os benefícios, prejuízos e resultados da exploração 
do meio ambiente.
A contabilidade ambiental é composta de três facetas principais: custo de conservação ambiental 
(valor monetário), benefícios de conservação ambiental (unidades físicas) e benefício econômico 
associado às atividades de conservação ambiental (valor monetário) (BREDA, 2020).
Ela visa alcançar o desenvolvimento sustentável, manter um relacionamento favorável com a 
comunidade e buscar ações de conservação ambiental eficazes e eficientes (TINOCO; KRAEMER, 2004).
77
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Freitas (2018) aponta que os componentes da contabilidade ambiental são:
• Despesas ambientais: aquelas utilizadas para o gerenciamento ambiental e que forem consumidas 
pela área administrativa da empresa.
• Custos ambientais: aqueles relacionados direta ou indiretamente com a proteção ao meio 
ambiente, como tratamento de poluentes e resíduos, recuperação de áreas contaminadas, 
entre outros.
• Perdas ambientais: aquelas que não proporcionarão benefício para a empresa, ou seja, serão 
gastos utilizados para cobrir acidentes ou questões imprevistas relacionadas ao meio ambiente.
• Receitas ambientais: aquelas ligadas à prestação de serviços envolvidos com a área de gestão 
ambiental, bem como venda de produtos reciclados ou ainda redução de consumo de água ou energia.
• Ativos ambientais: aqueles representados por bens e direitos que possuam capacidade de 
geração de benefício futuro e estejam ligados à preservação ambiental.
• Passivos ambientais: aqueles valores que serão sacrificados pela empresa para preservar ou proteger o 
meio ambiente, decorrentes de ações planejadas ou ainda de condutas inadequadas da empresa.
O autor (2018) afirma ainda, que:
O foco da contabilidade ambiental está na sustentabilidade, na responsabilidade 
social e no relacionamento com a comunidade. Atualmente, já não podem 
prevalecer apenas os interesses financeiros da organização, pois a manutenção 
de uma empresa no mercado depende também do equilíbrio que ela conseguir 
estabelecer entre as próprias motivações econômicas, os interesses da 
administração pública e o entorno comunitário.
Dessa forma, a contabilidade ambiental é muitas vezes defendida como componente da 
responsabilidade social empresarial (ou RSE). Como cada vez mais existe uma preocupação geral com 
o meio ambiente e a responsabilidade social, surgiram demonstrativos contábeis que permitiram a 
apresentação de dados contábeis ligados ao tema, como, por exemplo, o balanço social e o relatório 
de sustentabilidade.
5.2 Balanço social e relatório de sustentabilidade
O balanço social pode ser definido como o instrumento no qual são detalhados os custos e benefícios 
do impacto das ações ou atividades que uma empresa realiza na sociedade. Trata‑se de um instrumento 
através do qual as instituições têm de comunicar a sua situação laboral e as práticas de formação 
em que os trabalhadores participaram. O balanço social contém informações específicas sobre a força 
de trabalho: número de pessoas empregadas, movimentação de pessoal, formação. Ele deve incluir os 
aspectos positivos e negativos que foram realizados (TINOCO; KRAEMER, 2004).
78
Unidade II
Entre os itens positivos pode haver criação de empregos, treinamento de pessoal, geração de riqueza e 
doações. Devem também ser incluídas as medidas tomadas para reduzir os custos sociais (negativos) e os 
atos que proporcionem um valor acrescentado positivo à sociedade.
Quanto aos custos sociais (ou aspectos negativos), existem aqueles que têm a ver com a poluição 
ambiental, acústica e visual. Também estão incluídas as atividades que geram conflitos sociais, acidentes 
de trabalho, exploração excessiva dos recursos naturais, doenças e desemprego (TINOCO; KRAEMER, 2004).
 Observação
Ao contrário do balanço patrimonial, não existe obrigatoriedade de 
divulgação do balanço social.
A principal finalidade do balanço social é construir práticas de responsabilidade social com maior 
transparência e visibilidade às informações que interessam a todos os stakeholders da organização, 
como acionistas, empregados, investidores, consumidores e comunidade.
Já o relatório de sustentabilidade é a divulgação e comunicação das metas ambientais, sociais e de 
governança – bem como o progresso de uma empresa em relação a elas. Os benefícios desses relatórios 
incluem a melhoria da reputação corporativa, a construção da confiança do consumidor, o aumento da 
inovação e até a melhoria da gestão de riscos (OLIVEIRA; SILVA; MOREIRA, 2019).
Por meio do relatório de sustentabilidade, as empresas comunicam seu desempenho e impactos 
em uma ampla gama de temas de sustentabilidade, abrangendo parâmetros ambientais, sociais e de 
governança. Ele permite que as corporações sejam mais transparentes sobre os riscos e oportunidades 
que enfrentam, dando aos stakeholders uma visão maior do desempenho além do resultado final.
Construir e manter a confiança em empresas e governos é fundamental para criar uma economia 
global sustentável e um mundo próspero. Todos os dias são tomadas decisões que têm impactos diretos 
em seus stakeholders, relacionadas a instituições financeiras, organizações trabalhistas, sociedade civil, 
cidadãos e o nível de confiança que eles têm. Essas deliberações raramente são baseadas apenas em 
informações financeiras e em geral consideram riscos e oportunidades relacionados a uma variedade 
de fatores de curto e longo prazo. Os temas de sustentabilidade estão cada vez mais integrados a esses 
processos decisórios (OLIVEIRA; SILVA; MOREIRA, 2019).
Consequentemente, o relatório de sustentabilidade corporativa (RSC) representa um mecanismo 
potencial para gerar dados e medir o progresso e a contribuição das empresas para os objetivos globais 
de desenvolvimento sustentável, pois pode ajudar as empresas e organizações a medir seu desempenho 
em todas as dimensões do desenvolvimento sustentável.
De acordo com Souza, De Benedicto e Silva (2021), são benefícios do relatório de sustentabilidade:
• aumentar a compreensão dos riscos e oportunidades;
79
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• realçar a ligação entre o desempenho financeiro e não financeiro;
• influenciar a estratégia de gestão de longo prazo, políticas e planos de negócios;
• agilizar processos, reduzindo custos e melhorando a eficiência;
• comparar e avaliar o desempenho de sustentabilidade em relação a leis, normas, códigos, padrões 
de desempenho e iniciativas voluntárias;
• ajudar as empresas a evitar falhas ambientais, sociais e de governança divulgadas;
• possibilitar a comparação de desempenho internamente e entre organizações e setores;
• mitigar impactos ambientais, sociais e de governança negativos, melhorando a reputação e a 
fidelidade à marca;
• permitir que as partes interessadas externas entendam o verdadeiro valor da organização, com os 
ativos tangíveis e intangíveis;
• demonstrar como a organização influencia e é influenciada pelas expectativas sobre o desenvolvimento 
sustentável.
Os benefícios dos relatórios de sustentabilidade incluem melhor gerenciamento de risco, otimização 
de custose economia, facilitação da tomada de decisões e maior confiança e reputação corporativa – 
em relação aos clientes como investidores (SOUZA; DE BENEDICTO; SILVA, 2021).
De qualquer forma, isso parece lógico: como as preocupações sociais e ambientais implicam em 
ameaças futuras aos negócios, investir tempo e recursos em soluções de sustentabilidade pode permitir 
que qualquer empresa enfrente desafios. Em outras palavras, o relato de sustentabilidade é uma forma 
de fortalecer sua estratégia de longo prazo.
 Saiba mais
Quer saber como um relatório de sustentabilidade é apresentado? 
Acesse os sites a seguir e veja os relatórios de sustentabilidade da 
Enel e Natura.
ENEL. Relatório anual de sustentabilidade: Enel Brasil 2021. São Paulo: 
Enel Brasil, 2022. Disponível em: https://cutt.ly/UMAuav2. Acesso em: 
3 out. 2022.
NATURA. Relatório anual Natura 2020. Cajamar: Natura, 2021. 
Disponível em: https://cutt.ly/5MAytdO. Acesso em: 3 out. 2022.
80
Unidade II
5.3 Incentivos fiscais para prática de responsabilidade social
As práticas de responsabilidade social ganharam um forte aliado no início dos anos 1990 no Brasil: 
os incentivos fiscais para motivar empresas a investirem em responsabilidade social. A primeira lei de 
incentivo brasileira, o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), data de 1991 e marca uma nova 
era para a responsabilidade social nas organizações (NELSON, 2018).
Os incentivos fiscais consistem no abatimento do valor de impostos devidos que serão destinados 
a algum programa ambiental, social, saúde e esporte. Para o autor (2018), eles significam que as 
organizações privadas – e também pessoas físicas – podem direcionar parte dos seus impostos para 
iniciativas que promovam o desenvolvimento e bem‑estar social.
 Observação
Pessoas físicas, também, podem destinar parte do seu imposto de renda 
devido para práticas que promovam o desenvolvimento e bem‑estar social.
Os incentivos fiscais promovidos pelos governos municipais, estaduais e federal contribuem para 
que as empresas estejam mais empenhadas em se engajarem em ações de responsabilidade social, mas 
devemos deixar claro que a sua utilização é opcional e nenhuma companhia é obrigada a utilizar‑se 
deles (NELSON, 2018).
Porém, algumas regras são obrigatórias para o uso dos incentivos, e a principal delas é: a empresa 
para fazer o abatimento do imposto devido, deve, obrigatoriamente, ter optado pelo lucro real. As 
organizações dispõem de três maneiras de aferirem seus lucros: real, presumido e arbitrado. O artigo 10 
da Lei n. 9.532 veda a dedução tributária no que diz respeito aos incentivos ficais, para corporações que 
tenham optado pelos lucros presumido e arbitrado. Conforme o Portal Tributário (s.d.), “o lucro real, de 
acordo com o regulamento de imposto de renda é formado pelo lucro líquido da empresa, ajustado pelas 
adições exigidas e pelas exclusões ou compensações permitidas pela lei”.
Algumas empresas, como as listadas a seguir, são obrigadas, por lei, a optarem pelo lucro real 
(CRCRS, 2016):
• Bancos comerciais, bancos de investimentos ou de desenvolvimento.
• Sociedades de crédito, financiamento e investimento.
• Crédito imobiliário.
• Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio.
• Distribuidora de títulos e valores mobiliários.
81
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• Cooperativas de crédito.
• Empresas de seguro privado e capitalização.
• Entidades de previdência privada aberta.
Para facilitar o entendimento, podemos definir que os incentivos fiscais voltados à prática de 
responsabilidade social pelas organizações não consistem em menos pagamento de impostos. O poder 
público faz uma renúncia fiscal e o imposto devido é direcionado para áreas consideradas carentes de 
investimento pela gestão pública.
Conforme Pamplona (2018), seis em cada dez organizações lançam mão dos incentivos fiscais 
ao realizarem seus ajustes tributários. De acordo com a reportagem, foram quase 3 bilhões de reais 
destinados a ações de responsabilidade social nos últimos anos através dos incentivos.
 Lembrete
Os incentivos fiscais não significam que as empresas pagam menos 
impostos. Não há desconto no valor total a ser pago. Trata‑se de uma 
forma de direcionar até, no máximo, 9% do imposto devido para algum 
programa de responsabilidade social.
A fim de melhor aproveitar esta oportunidade, é necessário que a empresa identifique qual é o 
imposto que mais impacta em suas finanças, isso porque o direcionamento dos valores pode ocorrer em 
três esferas: municipais, estaduais e federal (CRCRS, 2016):
• Municipais: incentivos são utilizados no imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), 
imposto sobre propriedade predial urbano (IPTU) e imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI).
• Estaduais: incentivos são utilizados no imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte (ICMS).
• Federal: incentivos são utilizados no imposto de renda de pessoa física (IRPF) e no imposto de 
renda de pessoa jurídica (IRPJ).
 Observação
Existe um valor máximo do imposto de renda devido, seja ele por pessoa 
física ou jurídica, que pode ser direcionado aos incentivos fiscais: 6% para 
pessoas físicas e 9% para pessoas jurídicas.
82
Unidade II
O imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) tem alíquota base de 15% e sobre a base de cálculo que 
ultrapasse R$ 240.000 anuais ou proporcional mensal, e ainda incide o adicional de 10%. Os benefícios 
concedidos a título de incentivo fiscal e que são passíveis de redução do imposto a ser pago são 
calculados apenas sobre a alíquota base. Após calcular normalmente o imposto, o contribuinte poderá 
descontar do valor devido as contribuições efetuadas a determinados órgãos, fundos ou projetos de 
interesse do governo (BRASIL, 1996).
Para direcionamento do imposto devido, é necessário que o programa a qual se destina a 
verba esteja cadastrado em alguma das categorias a seguir: a) Fundo dos Direitos da Criança e do 
Adolescente (Funcriança) e Fundos dos Direitos do Idoso; b) Operações de caráter cultural; c) Projetos 
audiovisuais; e d) Atividades desportivas.
Segundo a Receita Federal do Brasil (s.d.), as regras para destinação das verbas para os campos 
a seguir são:
• Fundo dos direitos da criança e do adolescente: conforme o art. 88 da Lei n. 8.069 
(BRASIL, 1990), do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) prevê a criação de fundos vinculados 
aos conselhos dos direitos da criança e do adolescente com o intuito de buscar recursos destinados 
a assegurar a esses grupos o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além 
de colocá‑los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão. A legislação permite destinar 1% do imposto de renda devido para tais fundos, ou seja, 
em vez de recolher diretamente aos cofres públicos, a empresa optante pelo lucro real destina 
diretamente para a instituição ou projeto a ser beneficiado.
• Fundos dos direitos do idoso: com o mesmo intuito e funcionamento similar, apenas com 
público‑alvo diferente, foi instituído o Fundo dos Direitos do Idoso, por meio da Lei n. 12.213/2010, 
no qual a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de renda devido, em cada período de 
apuração, o total das doações feitas aos fundos nacional, estaduais ou municipais do idoso, 
devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional. Entretanto, o limite de 
1% é cumulativo com as doações efetuadas aos fundos dos direitos da criança e do adolescente, 
portanto concorrem entre si.
• Atividades desportivas: os projetos esportivos deverão ser aprovados pelo Ministério da Cidadania, com 
proponentes que não tenham fins lucrativos, e devem estar ligados ao desporto educacional, de participação 
ou de rendimento. Os valores das doações ou patrocínios em dinheiro captados são depositados em uma 
conta abertaem nome do proponente e por projeto. Da mesma forma que as doações efetuadas ao fundo 
da criança e do adolescente, o limite aqui da dedução dos valores doados ou de patrocínio é de 1% do 
imposto de renda devido, sempre lembrando que o percentual é calculado sobre a alíquota base de 15%. 
Também não é permitida a dedução da doação da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (MINISTÉRIO DA CIDADANIA, 2020).
• Lei de incentivo à cultura: os investimentos em projetos culturais podem ser efetuados utilizando‑se 
até 4% do imposto de renda anual total (MINISTÉRIO DA CIDADANIA, 2021).
83
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• Lei do audiovisual: a empresa que aplicar em obras audiovisuais, registradas na Agência Nacional 
do Cinema (Ancine) criada pela Medida Provisória 2.228‑1, de 6 de setembro de 2001, que é o 
órgão responsável pelo controle da política audiovisual nacional, poderá deduzir todo o valor 
aplicado, limitado a 4% do imposto devido pelas pessoas jurídicas e a 6% do imposto devido pelas 
pessoas físicas, conforme prevê o art. 1º‑A da Lei n. 8.685 (BRASIL, 2001).
 Saiba mais
O estado de São Paulo dispõe de um programa de incentivo estadual 
chamado ProAC. A empresa que patrocina um projeto aprovado pelo ProAC 
recebe de volta 100% do valor repassado na forma de desconto no ICMS 
devido. Conheça mais sobre este programa no site a seguir:
PROAC. [Homepage]. ProAC, São Paulo, c2022. Disponível em: 
https://cutt.ly/U0Wyub8. Acesso em: 3 out. 2022.
O VRProjetos (2020) apresenta alguns projetos que podem ser patrocinados pelas pessoas jurídicas 
e físicas e utilizados como benefícios fiscais:
O primeiro é o Estante de Histórias, que pode ser realizado em qualquer região 
do país e está em sua 5ª edição. Ele consiste na doação de uma estante lúdica 
com 100 livros infantis, recursos lúdicos para contação de histórias, além de 
eventos de promoção e incentivo à leitura que são realizados por experts no 
tema. Outro projeto que pode ser enviado para qualquer parte do Brasil é o 
Sacola Literária, que doa um acervo de 200 livros para diferentes públicos 
(crianças, jovens e adultos), incluindo obras nacionais e internacionais. Por 
fim, o projeto Book Truck, que transforma um veículo (furgão) em uma 
biblioteca itinerante, que apresenta de forma lúdica a experiência da leitura 
para mais de 40.000 pessoas por onde ele passar. Dessa forma, as empresas 
podem manter o cuidado com a comunidade e ajudar o governo a cumprir 
sua meta de universalização das bibliotecas escolares até 2024, o que traria 
muitos benefícios para a educação do povo brasileiro.
5.4 Greenwashing
A forma como consideramos nossos hábitos de consumo está mudando completamente devido 
ao mundo enfrentar uma indiscutível crise climática, social e ambiental. Quase todos os produtos que 
compramos e serviços que utilizamos afetam o meio ambiente, por isso faz sentido que agir a tendência 
da nova geração (MANGINI et al., 2020).
Para os autores (2020), com isso em mente, muitas corporações, empresas e marcas começaram a anunciar 
produtos e serviços ecologicamente corretos em um esforço para promover a conscientização sobre o papel de 
seu setor nas mudanças climáticas. Sapatos e sofás estão sendo feitos de couro sintético, carros rotulados como 
“ecologicamente corretos” e cada vez mais embalagens de alimentos se tornam recicláveis.
84
Unidade II
Embora seja um grande passo adiante, nem tudo são boas notícias. Marcar algo como 
ecologicamente correto, sustentável, vegano ou verde não significa que sempre seja sustentável. A 
este fenômeno dá‑se o nome de greenwashing; várias corporações têm participado dele, consciente 
ou inconscientemente. Em tradução literal, seu nome significa lavagem verde. E o que seria isso? 
Trata‑se da prática de rotular algo como bom para o meio ambiente sem realmente ser bom para o 
meio ambiente (BRAGA JUNIOR et al., 2019).
O termo foi originalmente cunhado pelo ativista ambiental Jay Westerveld em meados de 1980. 
Ao se hospedar em um hotel, ele viu uma placa que pedia aos hóspedes que reutilizassem toalhas para 
ajudar a salvar o meio ambiente. Westerveld notou a ironia de a placa demonstrar que o hotel não havia 
tentado “salvar o meio ambiente” em nenhuma outra operação. Isso o levou a acreditar que o hotel 
pretendia economizar dinheiro não lavando toalhas, e fez isso escondendo‑se atrás do rótulo ecológico 
(BRAGA JUNIOR et al., 2019).
A frase greenwashing chegou às manchetes quando a ativista ambiental Greta Thunberg chamou a 
atenção da indústria da moda por participar do fenômeno. Em um post de mídia social que acompanhou 
seu anúncio de capa, ela disse que muitos estão fazendo parecer que a indústria da moda está 
começando a assumir a responsabilidade, gastando quantias exorbitantes em campanhas nas quais 
se retrata como sustentável, ética, verde, neutra ao clima e justa (JONG; HULUBA; BELDAD, 2020).
Greenwashing também pode se referir ao momento no qual as empresas desviam a atenção dos 
danos ambientais que causam ou quando se colocam como aliadas na luta pela justiça climática quando, 
na realidade, não o são. Uma análise recente da publicidade relacionada à cúpula climática COP26 
encontrou uma lavagem verde desenfreada por empresas em plataformas de mídia social.
Trata‑se da atuação de sustentabilidade sem nenhuma ação de sustentabilidade. Na sua forma mais 
simples, o greenwashing pode ser um truque sutil de embalagem. Pense na embalagem de ovos criados 
em que aparecem fotos de colinas, galinhas soltas nos campos e áreas verdes na caixa. Não há qualquer 
afirmação direta de sustentabilidade e criação orgânica dos animais, mas há uma tentativa de nos guiar 
para longe da realidade de como esses ovos foram gerados, com animais criados a base de rações, presos 
em gaiolas apertadas.
 Lembrete
Greenwashing refere‑se à quando empresas e organizações enganam 
seus consumidores fazendo‑os acreditar que um produto, serviço que 
fornecem ou a própria organização é ambientalmente amigável ou sustentável, 
quando não o é.
85
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Observação
Três coisas que você precisa saber sobre greenwashing:
• É uma estratégia de marketing que induz o consumidor a acreditar que 
uma empresa se preocupa com o meio ambiente apesar de suas ações.
• A indústria da moda é uma de suas maiores perpetradoras, com marcas 
como Asos, H&M e Zara sendo criticadas nos últimos anos.
• Não é um fenômeno novo, tem sido um problema desde a década 
de 1980.
A indústria alimentícia também tem sido uma grande culpada quando se trata de greenwashing, com 
empresas como Nestlé e Lay’s chips sendo acusadas de contribuírem fortemente para o problema global 
do lixo plástico ou serem insustentáveis em seu processo de produção. Outras indústrias que foram 
acusadas são a automotiva, com a BMW, que anuncia um carro elétrico de carbono zero que provou ter 
a opção de incluir um motor à gasolina; a indústria de hospitalidade, em que hotéis anunciam prêmios 
de sustentabilidade que não condizem com a realidade; e a indústria da beleza, em marcas como Tarte 
Cosmetics e The Body Shop (JONG; HULUBA; BELDAD, 2020).
O problema é se tratar de uma ferramenta de marketing usada para gerar lucro, em vez de assumir 
responsabilidade ambiental. Com a crise climática tão terrível, os consumidores, especialmente aqueles 
da geração Z, estão mais cautelosos ao comprar produtos ou serviços que não levam em consideração os 
interesses ambientais. Eles também são mais propensos a gastar a quantia extra de dinheiro necessária 
para garantir que adquiram itens ecologicamente corretos – o que significa que, se uma empresa 
aumentar o preço de um produto e rotulá‑lo como sustentável, poderá ganhar muito mais dinheiro do 
que se não o tivesse comercializado dessa forma (JONG; HULUBA; BELDAD, 2020).
Trata‑se essencialmente de exploração, pois as empresas priorizam as oportunidades financeiras 
ao parecerem ambientalmente responsáveis, semfazer ativamente as mudanças necessárias para 
realmente o serem. Elas não reconhecem o impacto relacionado ao clima que suas escolhas de 
marketing podem causar.
Este é um grande problema, pois essa forma de fazer negócios pode não diminuir a poluição e a 
degradação ambiental. Na prática, as corporações estão preocupadas em “regar as plantas” visando 
apenas o retorno financeiro.
86
Unidade II
Figura 15 – Regar plantas
Disponível em: https://bit.ly/3T7KRvw. Acesso em: 3 out. 2022.
Como identificar o greenwashing (BRAGA JUNIOR et al., 2019)?
Ninguém gosta de ser enganado, especialmente quando se trata de prejudicar o planeta. Identificar 
e chamar a atenção para o greenwashing é importante para ajudar a acabar com o fenômeno. Aqui 
estão algumas coisas que podem ser feitas:
• Desconfie de chavões verdes: empresas e produtos afirmam ser ambientalmente responsáveis usando 
palavras como “ecologicamente correto”, “reciclado”, “sustentável”, “vegano”, “consciente”. Eles usarão 
esses termos sem explicar como conseguiram atingir esse status. Quando você os vir, faça sua pesquisa 
para observar se deram mais informações; se não forneceram, provavelmente é greenwashing.
• Pesquise a empresa: embora alguns produtos e serviços sejam anunciados como, ou realmente 
sejam ambientalmente conscientes, sua empresa anfitriã pode não o ser. Pense em comprar um 
cinto de couro vegano de um fabricante de jeans que polui ativamente os rios ou chocolate 
com embalagem reciclável de uma companhia que também vende garrafas plásticas de água 
de uso único.
• Procure verificação: se uma empresa está realmente fazendo o que afirma, na maioria das vezes 
ela será verificada por terceiros. Isso significa que a instituição deveria ter recebido a aprovação 
de uma organização de auditoria ambiental.
A lavagem verde não é ilegal em todos os lugares, a fraude ambiental direta é ilegal nos Estados 
Unidos e atualmente há ações sendo tomadas para implementar uma lei contra ela na Europa. Com 
isso em mente, vale a pena pesquisar se o greenwashing é ilegal no país onde um produto ou serviço 
87
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
é produzido e acompanhar um processo de denúncia oficial para ajudar a garantir que a empresa seja 
punida (BRAGA JUNIOR et al., 2019).
Mangini et al. (2020, p. 3) rotularam o greenwashing como “desinformação corporativa”. Já Braga 
Junior et al. (2019, p. 6) definiram o termo como “o ato de enganar consumidores em relação às práticas 
ambientais das organizações ou os benefícios ambientais de um produto ou serviço”. Eles caracterizaram 
a lavagem verde em termos de organizações combinando desempenho ambiental ruim com alegações 
sobre seu desempenho ambiental.
Alguns exemplos ocorridos no Brasil podem ser objetos de nossa discussão. Em 2017, a montadora 
de automóveis Fiat trouxe para as mídias uma campanha que levantou questionamento das entidades 
ambientais do país. Ela fez a divulgação de um pneu verde, em que destacava como benefícios do tal 
produto o baixo consumo de combustível e a durabilidade. Após atuação das entidades ambientais 
e do consumidor, foi inferido que não havia como um pneu ser verde, principalmente devido ao seu 
modelo de produção e descarte. O resultado foi uma advertência do Conselho de Autorregulamentação 
Publicitária (Conar) pela prática de greenwashing.
Outra prática que podemos trazer para nossa reflexão aconteceu em 2008, quando a Nestlé lançou 
uma marca de água mineral cujo slogan era: água engarrafada é o produto mais ambientalmente 
responsável do mundo. As entidades protetoras do meio ambiente mais uma vez agiram, questionando 
não a água em si, mas a embalagem em que ela era disponibilizada, gerando lixo, que levava anos para 
se decompor.
O greenwashing pode ser apresentado como ambíguo, superficial, vago ou com falta de informação, 
utilizando ainda imagens, símbolos, slogans que visam mostrar propriedades ecológicas que não 
existem (BRAGA JUNIOR et al., 2019). Além disso, ele destaca fatos irrelevantes para disfarçar o fraco 
desempenho ambiental que reflete no comportamento do consumidor.
 Saiba mais
Um bom exemplo da prática de greenwashing está no documentário 
Seaspiracy. Ele discute o impacto da pesca comercial e atraiu o apoio de 
celebridades e aplausos dos fãs com sua imagem condenatória dos danos 
que a indústria causa à vida oceânica.
SEASPIRACY. Direção: Ali Tabrizi. Santa Rosa: AUM Films Disrupt 
Studios, 2021. 89 min.
88
Unidade II
6 NORMAS E CERTIFICAÇÕES EM RESPONSABILIDADE SOCIAL
A responsabilidade social nas organizações não deve ser uma prática que vise apenas certificações, 
construção de imagem positiva ou valorização das ações nas bolsas de valores. Ela precisa ser algo 
institucional, enraizada, visando a recuperação e a construção de uma sociedade melhor para todos.
Mas não se pode negar que a prática de responsabilidade social favorece, e muito, aos ativos 
intangíveis da organização, como reputação, marca e imagem que o público venha a ter da empresa. 
Assim, há algumas certificações que podem ser concedidas às instituições que estabelecem 
determinadas práticas.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, s.d.) define certificação como “[...] um processo no 
qual uma entidade independente (3ª parte) avalia se determinado produto atende às normas técnicas. 
Esta avaliação se baseia em auditorias no processo produtivo, na coleta e em ensaios de amostras”.
Tais certificações não são normativas, ou seja, não são obrigatórias, mas muitas empresas fazem o 
pleito para poder comprovar as suas práticas socialmente responsáveis.
Divididas em categorias de certificações ambientais, sociais, saúde e segurança, esse reconhecimento 
é feito pelo Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social (PBCRS). De acordo com 
o Inmetro (s.d.b), este programa “é um processo voluntário, no qual a organização busca demonstrar 
aos clientes e à sociedade, por meio de uma avaliação de terceira parte, que o sistema de gestão 
atende aos princípios da responsabilidade social”.
A concessão de uma certificação envolve três agentes: o Inmetro (gestor do PBCRS), a ABNT (agente 
normalizador) e uma terceira parte, o acreditador (agente responsável por direcionar, avaliar, inspecionar 
e conceder a certificação).
O programa brasileiro de certificação em responsabilidade social considera que as principais 
vantagens das certificações são (INMETRO, s.d.b):
• estímulo a um processo decisório com pareceres fundamentados e baseados na melhor compreensão 
das expectativas da sociedade, das oportunidades associadas à responsabilidade social (inclusive com 
mais controle dos riscos legais) e dos riscos de não ser socialmente responsável;
• melhoria das práticas de gestão de risco da organização;
• evolução da reputação da organização e promoção de mais confiança por parte do público;
• suporte à licença de operação de uma organização;
• geração de inovação;
89
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• avanço da competitividade da organização, incluindo acesso a financiamento e status de 
parceiro preferencial;
• progresso do relacionamento da organização com as partes interessadas, expondo‑a a novas 
perspectivas e ao contato com diferentes partes interessadas;
• aumento da fidelidade, do envolvimento, da participação e da moral dos empregados;
• refinamento da saúde e segurança dos trabalhadores de ambos os sexos;
• impacto positivo na capacidade da organização de recrutar, motivar e reter os empregados;
• economia resultante do aumento de produtividade e eficiência no uso dos recursos, redução no 
consumo de energia e água, diminuição do desperdício e recuperação de subprodutos valiosos;
• maior confiabilidade e equidade das transações por meio de envolvimento político responsável, 
concorrência leal e combate à corrupção;
• prevenção ou redução de possíveis conflitos com consumidores referentes a produtos ou serviços.
Entre as certificações que iremos ver a seguir, destacaremos que aquelas referentesà qualidade 
são as únicas normativas, ou seja, obrigatórias. Sendo as principais a ISO da família 9000. ISO é uma 
sigla para International Organization for Standardization, que significa Organização Internacional de 
Normalização. Trata‑se de uma respeitada organização mundial que cuida dos padrões de normatização 
de procedimentos (SORATTO et al., 2006).
6.1 Qualidade
A ISO 9001 é conhecida como a norma internacional que apresenta e direciona os requisitos 
para um sistema de gestão da qualidade (SGQ). As organizações utilizam‑na para demonstrar a capacidade 
de fornecer consistentemente produtos e serviços que atendem aos requisitos do cliente e regulamentares. 
Trata‑se do padrão mais acessível da série ISO 9000 e o único da série que as empresas podem certificar 
(MARIANI, 2006).
Figura 16 – Símbolo que uma empresa certificada ISO 9001 pode utilizar
Disponível em: https://bit.ly/3EEiyRc. Acesso em: 3 out. 2022.
90
Unidade II
A ISO 9002 refere‑se à certificação empresarial que segue um padrão publicado pela ISO. 
Conforme Mariani (2006), a ISO criou diretrizes para garantia de qualidade na instalação, produção 
e prestação de serviços.
A ISO 9003 é uma certificação não específica da indústria, que destina‑se a empresas que não 
precisam de controle de projeto, processo, compra ou manutenção, mas usam inspeção e teste como 
meio de determinar se os produtos ou serviços finais atendem aos requisitos (MARIANI, 2006).
Também é muito comum encontrarmos as ISOs como NBRs, isto é, quando adaptadas para normas 
ABNT no Brasil, por exemplo: ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 9002 e ABNT NBR ISO 9003. Elas 
indiretamente contribuem para a RSE em função da melhoria contínua de qualidade (MARIANI, 2006).
6.2 Ambiental
Vejamos na sequência algumas certificações ambientais:
• EMAS: o EU Eco‑Management and Audit Scheme (EMAS) é um instrumento de gestão integrada 
desenvolvido pela Comissão Europeia para empresas e outras organizações avaliarem, reportarem 
e melhorarem o seu desempenho ambiental (BORGES, 2021).
• ISO 14001: a ISO 14001 é a norma internacional que especifica os requisitos para um sistema de 
gestão ambiental (SGA) eficaz. Ela fornece uma estrutura que uma organização pode seguir, em 
vez de estabelecer requisitos de desempenho ambiental. Esta ISO também pode ser encontrada 
como NBR 14001, que diz ser adaptada para normas ABNT no Brasil como ABNT NBR ISO 14001: 
A ABNT NBR ISO 14001 é uma norma aceita internacionalmente que define os requisitos para 
colocar um sistema da gestão ambiental em vigor. Ela ajuda a melhorar o desempenho das 
empresas por meio da utilização eficiente dos recursos e da redução da quantidade de resíduos, 
ganhando assim vantagem competitiva e a confiança das partes interessadas (ABNT, 2015). Alguns 
dos seus pilares são: cumprimento da legislação ambiental; diagnóstico atualizado dos aspectos 
e impactos ambientais de cada atividade; procedimentos padrões e planos de ação para eliminar 
ou diminuir os impactos ambientais e pessoal devidamente treinado e qualificado.
6.3 Saúde e segurança
Vejamos na sequência algumas certificações de saúde e segurança:
• OHSAS 18001: OHSAS 18000 é uma especificação internacional de sistema de gestão de saúde 
e segurança ocupacional. Ela compreende duas partes, 18001 e 18002, e abrange várias outras 
publicações. A OHSAS 18001 é uma série de avaliação de saúde e segurança ocupacional para 
sistemas de gestão de saúde e segurança que estabelece diretrizes para eliminar ou minimizar 
o risco para os funcionários e outras partes interessadas que possam estar expostas aos riscos 
associados às suas atividades, além de implementar, manter e melhorar continuamente o ambiente 
de trabalho.
91
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• ISO 45001: a ISO 45001 é uma norma internacional para saúde e segurança no trabalho 
desenvolvida por comitês de normas nacionais e internacionais independentes do governo. Foi 
introduzida em março de 2018, substituindo o BS OHSAS 18001. A principal diferença entre ambos 
os padrões é que a ISO 45001 adota uma abordagem proativa que exige que os riscos de perigo 
sejam avaliados e remediados antes que causem acidentes e lesões, enquanto a OHSAS 18001 
adota uma abordagem reativa que se concentra apenas nos riscos e não nas soluções (ISO, s.d.).
• ISO 45005: gestão de saúde e segurança no trabalho — Diretrizes gerais para um trabalho seguro 
durante a pandemia de COVID‑19. Este documento fornece diretrizes para as organizações 
sobre como gerenciar os riscos decorrentes da pandemia para proteger a saúde, a segurança e o 
bem‑estar relacionados ao trabalho (ISO, s.d.).
• HCS e HHPS: o Human Cosmetic Standard (HCS) e o Humane Household Products Standard (HHPS) 
são os únicos padrões internacionais para produtos cosméticos e produtos de limpeza que confirmam 
que os itens e seus ingredientes não foram testados em animais. Vejamos o seu símbolo na sequência:
Figura 17 – Símbolo das empresas que não testam produtos em animais
Disponível em: https://bit.ly/3g0ez7e. Acesso em: 3 out. 2022.
6.4 Sustentabilidade e responsabilidade social
Vejamos na sequência algumas certificações de sustentabilidade e responsabilidade social:
• FSC e FSC Brasil: o FSC é o principal catalisador e força definidora para uma melhor gestão florestal 
e transformação do mercado, mudando a tendência global das florestas para o uso sustentável, 
conservação, restauração e respeito por todos. Tornar‑se certificado pelo FSC mostra que você atende 
aos mais altos padrões sociais e ambientais do mercado. A preocupação pública com o estado das 
florestas e dos recursos madeireiros do mundo está aumentando, e o FSC oferece uma solução 
confiável para questões ambientais e sociais complexas. Existem três tipos de certificação: manejo 
florestal, cadeia de custódia e madeira controlada (BORGES, 2021). Vejamos seu selo na sequência:
92
Unidade II
Figura 18 – Selo FSC para empresas certificadas
Disponível em: https://bit.ly/3rHseTB. Acesso em: 3 out. 2022.
• MSC: o Marine Stewardship Council é uma organização internacional sem fins lucrativos. Ele 
reconhece e recompensa os esforços para proteger os oceanos e salvaguardar os suprimentos de 
frutos do mar para o futuro. Vejamos o seu selo na sequência:
Figura 19 – Selo MSC para empresas certificadas
Disponível em: https://bit.ly/3ROgXv5. Acesso em: 3 out. 2022.
• AA1000: a série de padrões AA1000 da AccountAbility é formada por estruturas baseadas em 
princípios usadas por empresas globais, empresas privadas, governos e outras organizações públicas 
e privadas para demonstrar liderança e desempenho em prestação de contas, responsabilidade e 
sustentabilidade. Ela pode ser definida como o conjunto de princípios e padrões de prestação de 
contas que contribuem para o sucesso da implementação de políticas de sustentabilidade. Seus 
princípios são: inclusão – as pessoas devem ter voz nas decisões que as afetam; materialidade ‑ 
os tomadores de decisão devem identificar e ser claros sobre os tópicos de sustentabilidade que 
importam; capacidade de resposta – as organizações devem agir de forma transparente sobre 
temas materiais de sustentabilidade e seus impactos relacionados. Portanto, representa um 
fator‑chave para o desempenho econômico, social e ambiental (DAYANKAC, 2022).
93
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• GRI: a GRI (Global Reporting Initiative) é a organização internacional independente que ajuda 
empresas e outras organizações a assumirem a responsabilidade por seus impactos, fornecendo‑lhes 
a linguagem global comum para comunicá‑los. Para permitir que todas as instituições relatem 
seu desempenho econômico, ambiental, social e de governança, a GRI produz gratuitamente 
diretrizes para relatórios de sustentabilidade.
• SA8000: o SA 8000 é um padrão de certificação internacional que incentiva as organizações a 
desenvolver, manter e aplicar práticas socialmente aceitáveis no local de trabalho. Seus critérios 
foram desenvolvidos a partir de várioscódigos da indústria e corporativos para criar um padrão de 
conformidade com o bem‑estar social. Alguns dos pilares desta certificação são: gestão eficiente e 
eficaz para realização do trabalho em nome da organização, melhoria dos sistemas de governança 
corporativa na organização, aumento do desempenho e controle da cadeia de suprimentos na 
organização, além do crescimento da taxa de retenção de funcionários na empresa.
• NBR 16001: a NBR 16001 foi desenvolvida em 2004 pela ABNT e tem como objetivo estabelecer 
padrões para a implantação de um sistema de gestão de responsabilidade social nas organizações. A 
ABNT NBR 16001 adota uma definição ampla de responsabilidade social, em que são incorporadas 
as dimensões ambientais, econômicas e sociais da sustentabilidade, bem como o engajamento 
das partes interessadas e a participação delas em todo o processo. Implantar, manter e aprimorar 
um sistema para tal, além de assegurar‑se de sua conformidade com a legislação aplicável e 
com a sua política da responsabilidade social e gerar o engajamento das partes interessadas 
nos processos são os requisitos desta NBR. Ela menciona os objetivos, metas e programas que a 
organização deve contemplar na área de responsabilidade social (SORATTO et al., 2006).
Entre as várias orientações da ISO, destacam‑se:
— boas práticas de governança corporativa;
— combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;
— práticas leais de concorrência;
— combate ao trabalho infantil, seguindo o Estatuto da Criança e do Adolescente;
— remuneração justa, benefícios básicos e combate ao trabalho forçado;
— inclusão e diversidade no ambiente de trabalho;
— promoção do desenvolvimento profissional;
— promoção da saúde e segurança no ambiente de trabalho;
— processos de produção sustentáveis desde os fornecedores até o consumidor final;
— promoção do desenvolvimento sustentável.
94
Unidade II
 Saiba mais
Quer conhecer mais sobre a NBR 16001? Acesse o site do Inmetro e leia 
o artigo a seguir:
INMETRO. A norma nacional – ABNT NBR 16001. Inmetro, Rio de Janeiro, 
[s.d.]. Disponível em: https://cutt.ly/tMAonML. Acesso em: 3 out 2022.
 Lembrete
• Certificação: um processo no qual uma entidade independente 
(3ª parte) avalia se determinado produto atende às normas técnicas.
• Normas: padrões a serem seguidos para cumprimento dos processos 
e obtenção das certificações.
As certificações não são obrigatórias e não geram multas.
6.5 ISO 26000
Para empresas e organizações comprometidas em operar de forma socialmente responsável, existe 
a ISO 26000. Trata‑se de uma norma internacional desenvolvida para ajudar as corporações a avaliar 
e abordar suas responsabilidades sociais. Sua versão mais recente, ISO 26000:2010, foi revisada e 
confirmada pela última vez em 2017 (INMETRO, s.d.b).
Ela fornece orientação para aqueles que reconhecem que o respeito à sociedade e ao meio ambiente 
é um fator crítico de sucesso. Ainda de acordo com o referido órgão (s.d.b), além de ser a coisa certa a 
fazer, a aplicação da ISO 26000 é cada vez mais vista como uma forma de avaliar o compromisso de uma 
organização com a sustentabilidade e seu desempenho geral.
A ISO 26000 destina‑se a ajudar as instituições a contribuir para o desenvolvimento sustentável. 
Incentiva‑os a ir além da legalidade do cumprimento, reconhecendo que tal fato é um dever 
fundamental e uma parte essencial do seu programa de responsabilidade social. A norma busca promover 
um entendimento da responsabilidade social enquanto complementa – mas não substitui – outras 
ferramentas e iniciativas existentes. Ao aplicar a ISO 26000, as organizações devem considerar questões 
social, ambiental, legal, cultural, político e organizacional, bem como as diferenças nas condições 
econômicas, sendo consistente com normas internacionais de comportamento (PARK; KIM, 2011).
Não se trata de uma norma de sistema de gestão. Não contém requisitos e, como tal, não pode ser 
utilizada para certificação. Qualquer oferta ou alegação de certificação, de acordo com a ISO 26000, 
seria uma deturpação de sua intenção e propósito (INMETRO, 2022).
95
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Mais de 80 países adotaram a ISO 26000:2010 como padrão nacional, fazem parte: EUA, Reino 
Unido, Canadá, Alemanha e França, bem como muitos países em desenvolvimento. Milhares de empresas 
e organizações em todo o mundo usam o padrão, incluindo marcas globais como Coca‑Cola e Starbucks 
(PARK; KIM, 2011).
Em conformidade com Deus, Seles e Vieira (2014), o desempenho de uma organização em 
responsabilidade social pode influenciar, entre outras coisas, em:
• vantagem competitiva;
• reputação;
• capacidade de atrair e reter trabalhadores ou membros, clientes e usuários;
• manutenção do moral dos funcionários, comprometimento e produtividade;
• percepção de investidores, proprietários, doadores, patrocinadores e comunidade financeira;
• relacionamento com empresas, governos, mídia, fornecedores, pares, clientes e comunidade na 
qual opera.
A ISO 26000 destina‑se a ajudar todos os tipos de organizações nos setores público, privado e 
sem fins lucrativos. Seus temas centrais abordam questões que são relevantes a todas as empresas, 
independentemente do tamanho ou localização. Eles devem ser adaptados a qualquer setor, incluindo 
energia, transporte, manufatura, varejo e alimentos. Embora os primeiros adotantes do padrão fossem 
muitas vezes corporações multinacionais, a ISO 26000 foi projetada com a flexibilidade de ser usada por 
todos, inclusive por hospitais, escolas e instituições de caridade sem fins lucrativos.
 Observação
A certificação é um interesse da organização. Não há nenhuma lei, por 
exemplo, que obrigue a empresa a ser certificada pela ISO 26000.
96
Unidade II
 Resumo
Nesta unidade, apresentamos para discussão e aprendizagem a 
contabilidade e as certificações como aliadas da responsabilidade social. 
Falamos sobre contabilidade ambiental, balanço social e relatório de 
sustentabilidade e incentivos fiscais.
De forma ampla, a contabilidade ambiental, também chamada 
de contabilidade verde, refere‑se à modificação do Sistema de Contas 
Nacionais para incorporar o uso ou esgotamento dos recursos naturais. 
Trata‑se de uma ferramenta vital para auxiliar na gestão dos custos 
ambientais e operacionais dos recursos naturais. Devemos relembrar que 
o Conselho Federal de Contabilidade (2020) afirma que a contabilidade 
ambiental é composta de três facetas principais: custo de conservação 
ambiental (valor monetário), benefícios de conservação ambiental 
(unidades físicas) e benefício econômico associado às atividades de 
conservação ambiental (valor monetário).
Vimos que na contabilidade ambiental existem alguns demonstrativos 
contábeis como o balanço social e o relatório de sustentabilidade. O balanço 
social pode ser definido como o instrumento no qual são detalhados os 
custos e benefícios do impacto das ações ou atividades que uma empresa 
realiza na sociedade. Já o relatório de sustentabilidade é a divulgação e 
comunicação das metas ambientais, sociais e de governança, bem como o 
progresso de uma empresa em relação a elas.
Ainda tratamos acerca dos incentivos fiscais oferecidos a organizações 
e pessoas que praticam responsabilidade social, eles consistem no 
abatimento do valor de impostos devidos que são destinados a algum 
programa ambiental, social, esportivo e de saúde.
Na sequência, lidamos com o conceito de greenwashing, que é 
considerado uma alegação infundada para enganar os consumidores a 
acreditar que os produtos de uma companhia são ecologicamente corretos. 
Por exemplo, as empresas envolvidas no comportamento de lavagem 
verde podem alegar que seus produtos são de materiais reciclados ou têm 
benefícios de economia de energia.
Posteriormente, focamos nas certificações em responsabilidade 
social. Foram apresentadas e discutidas certificações de qualidade, 
ambiental, saúde e segurança e sustentabilidade e responsabilidade 
social. Devemos semprenos lembrar que a certificação é um processo 
no qual uma entidade independente (3ª parte) avalia se determinado 
97
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
produto atende às normas técnicas. Não se trata de algo obrigatório ou 
que gere multas.
Por fim, exibimos a ISO 26000. Trata‑se de uma norma internacional 
desenvolvida para ajudar as organizações a avaliar e abordar suas 
responsabilidades sociais, destina‑se a ajudá‑las a contribuir para o 
desenvolvimento sustentável. Incentivando‑as a ir além da legalidade 
cumprimento, reconhecendo que o cumprimento da lei é um dever 
fundamental e uma parte essencial do programa de responsabilidade social.
98
Unidade II
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
A contabilidade ambiental como diferencial comercial
É cada vez maior o número de consumidores que levam em consideração as decisões ambientais 
de uma empresa e o seu consequente envolvimento com a sociedade na hora de comprar um produto. 
Empresas que sabem capitalizar essa preocupação com o meio ambiente, portanto, podem ter benefícios 
comerciais diretos decorrentes dessa política, como melhoras na percepção de marca, publicidade 
espontânea e defesa dos consumidores nas redes sociais.
Adaptado de: https://bit.ly/3yt2eyW. Acesso em: 3 out. 2022.
Com base no exposto e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I – As despesas ambientais são aquelas relacionadas direta ou indiretamente com a proteção do 
meio ambiente, como o tratamento de resíduos de produção.
II – Na contabilidade ambiental, as perdas representam os recursos utilizados para saldar os valores 
decorrentes dos acidentes ambientais.
III – As receitas ambientais representam os bens e direitos relacionados à preservação ambiental que 
tenham a capacidade de formação de proventos futuros.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
99
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as despesas ambientais são aquelas relacionadas com o gerenciamento ambiental, ou 
seja, as que têm relação com a área administrativa da empresa.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: as perdas ambientais são aquelas que representam gastos para amortizar imprevistos 
relacionados ao meio ambiente, como eventuais acidentes e desastres ambientais.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as receitas ambientais são aquelas oriundas das vendas de produtos reciclados e afins 
ou da prestação de serviços relacionados com a gestão ambiental.
Questão 2. Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I – O termo greenwashing diz respeito às práticas que as empresas ambientalmente responsáveis 
empregam quando informam aos clientes que um determinado produto é “amigo” do meio ambiente.
porque
II – Existem produtos que se intitulam ambientalmente corretos, no entanto, não apresentam 
certificações nem ingredientes que comprovam tal característica.
É correto afirmar que:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda asserção é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda asserção é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Resposta correta: alternativa D.
100
Unidade II
Análise da questão
A primeira asserção é falsa, pois o termo greenwashing refere‑se à prática empresarial de rotular 
produtos como ecologicamente corretos, mas que nem sempre são sustentáveis. A comunicação, para 
atrair o cliente, pode apresentar um apelo ecológico; no entanto, trata‑se apenas de uma falsa aparência 
de sustentabilidade, ou seja, uma prática enganosa.
A segunda asserção é verdadeira, pois o uso do greenwashing deixa o consumidor em dúvida sobre 
as características ecológicas de alguns produtos que na prática não cumprem o que está descrito em 
suas embalagens.
101
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Unidade III
7 RESPONSABILIDADE SOCIAL SOB A ÓTICA DE DIFERENTES PÚBLICOS
7.1 Diferentes públicos envolvidos na prática de responsabilidade social
Agora, mais do que nunca, é essencial que as empresas se concentrem na responsabilidade social 
corporativa ou em seus esforços para melhorar comunidades, meio ambiente e sociedades em que 
operam. Clientes, funcionários, fornecedores e outras partes interessadas têm uma expectativa crescente 
de que seus valores estejam alinhados com os negócios com os quais trabalham e de onde consomem 
ou mantêm qualquer tipo de relação. Na verdade, 87% dos consumidores estão interessados em ouvir 
sobre os impactos sociais, de saúde, ambientais e de segurança dos produtos que compram e da empresa 
que os fabrica. Os compradores atuais estão bem informados e conscientes sobre os eventos atuais, 
impacto social e padrões éticos. Eles esperam que as companhias reflitam essas preocupações e seu 
papel dentro delas (TOPSUN, 2021).
A responsabilidade social se destina a diferentes públicos com os quais as organizações mantêm 
algum tipo de relação. A norma internacional que fornece orientação sobre responsabilidade social, 
chamada ISO 26000, define um stakeholder como um indivíduo ou grupo que tem interesse em qualquer 
decisão ou atividade de uma companhia. As partes interessadas são indivíduos, grupos ou organizações 
diretamente envolvidos ou indiretamente afetados por um projeto, produto, serviço ou empresa. Como 
tal, as partes interessadas também afetam por que e como uma corporação faz negócios (WILLIAMSON; 
BURKE; BEINECKE, 2011).
Dessa forma, considerando que a responsabilidade social das organizações deve abranger diferentes 
públicos, é importante que se determine quem são tais públicos e quais são as ações voltadas a cada 
um deles.
• Usuários como partes interessadas: pessoas do tipo stakeholder que usarão os produtos de 
seu projeto ou programa. Eles são os beneficiários dos resultados, podendo ser clientes. Trata‑se 
de um grupo muito importante das partes interessadas ou de outro departamento interno. Por 
exemplo, no caso de entregar um novo pacote de software para sua equipe de vendas, as partes 
interessadas seriam a equipe de vendas (TENÓRIO, 2015).
• Governança como partes interessadas: pessoas ou grupos de pessoas que têm interesse em 
como as coisas são gerenciadas no projeto ou programa. Por exemplo, conselhos de administração 
ou grupos de direção se enquadram nesta categoria, pois geralmente têm o trabalho de monitorar 
a qualidade do projeto à medida que ele se desenvolve e fornece aconselhamento e orientação 
ao longo de seu curso. Aqui, os stakeholders pertencem a auditores, reguladores e executivos de 
saúde e segurança.
102
Unidade III
• Influenciadores como stakeholders: pessoas que têm o poder de influenciar decisões e a 
capacidade de mudar a direção de um determinado projeto ou programa. Neste grupo, as partes 
interessadas pertencem a sindicatos e grupos de lobby, pois são conhecidos por terem a capacidade 
de impactar o andamento de um projeto e proteger e melhorar o resultado.
• Provedores como partes interessadas: como seria de esperar, fornecedores e vendedores se 
enquadram nesta categoria. Mais especificamente, o trabalho de um fornecedor é fornecer uma 
empresa. Além disso, o grupo de fornecedores pode abranger um número maior de perfis, incluindo 
parceiros de negócios, contratados temporários, equipe de catering e qualquer outra pessoa que 
forneça recursos para o projeto ou programa (WILLIAMSON; BURKE; BEINECKE, 2011).
A equipe pode ser tanto de usuários quanto influenciadores – especialmente se você estiver 
pesquisando sobre as necessidades de treinamento, por exemplo, e depois moldando o programa como 
resultado das descobertas.
A seguir, definiremos alguns públicos e como a responsabilidade social impacta neles.
A responsabilidade social voltada para o público interno temfoco os colaboradores, com o objetivo 
de motivá‑los e criar um ambiente de trabalho favorável. O Instituto Ethos (2013a) afirma que
O funcionário é um dos mais importantes stakeholders da empresa. 
Atuar de forma socialmente responsável com o público interno significa 
mais do que respeitar os direitos garantidos pela legislação. Isso é 
imprescindível, mas também é necessário investir no seu desenvolvimento 
pessoal e profissional, assim como oferecer sucessivas melhorias nas 
suas condições de trabalho. É preciso ainda respeitar as culturas locais 
e manter um relacionamento ético e responsável com as minorias e com 
as instituições que representam seus interesses. Nesse novo cenário, o 
público interno deve estar inserido nas decisões estratégicas relacionadas 
a incremento de produtividade, substituição de recursos, avaliação de 
fornecedores, melhorias operacionais e outras medidas que corroborem 
para o desenvolvimento contínuo da empresa na adoção de uma gestão 
socialmente responsável. Nesse contexto, as empresas têm o desafio de 
aumentar os níveis de competitividade e produtividade, paralelamente à 
preocupação com a legitimidade social de sua atuação. O dinamismo dessa 
equação está representado pela necessidade constante de mudanças, 
que vão da escolha da matéria‑prima para concepção dos produtos à 
abordagem dos processos produtivos.
Outro público que merece atenção das empresas nas práticas de responsabilidade social é o dos 
fornecedores. Todas as empresas, incluindo fornecedores, assumem a responsabilidade de não prejudicar 
o meio ambiente, reduzir o desperdício e a poluição, controlar as emissões de gases e cumprir as 
regulamentações governamentais, ao mesmo tempo em que diminuem seus custos e aumentam seus 
lucros. Aquelas que adotam a abordagem de busca de valor integram sistematicamente suas políticas 
103
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
ambientais em suas estratégias de negócios de longo prazo, refletem essas políticas em suas decisões 
e compartilham isso com todos os seus stakeholders, estimulando‑os a integrar as políticas ambientais 
aos seus próprios processos de negócios (TOMEI, 1984).
Podemos falar ainda como um stakeholder impactado pela responsabilidade social das organizações 
junto à comunidade em que a empresa está inserida: o engajamento da comunidade é um dos pilares 
fundamentais da responsabilidade social corporativa (RSC), ao lado da preocupação com o local de 
trabalho, o mercado e o meio ambiente. Tal envolvimento pode acontecer de diferentes formas. Por 
exemplo, algumas companhias optam por apoiar uma instituição de caridade local com contribuições 
financeiras ou abrir vagas de trabalho exclusivas para jovens da comunidade local.
Neste sentido, a RSE é definida como um sistema de gestão das relações entre a empresa e o 
meio em que ela está inserida (stakeholders e comunidades locais). As corporações implementam 
a RSC voluntariamente, sem serem obrigadas por lei a atingir objetivos sociais e ambientais em 
suas atividades diárias de negócios. Elas podem ser responsáveis pelo desenvolvimento econômico 
e social, bem como pela proteção ambiental, a fim de melhorar a qualidade de vida dos moradores, 
pois possuem as ferramentas necessárias para influenciar a forma e a direção do desenvolvimento da 
cidade (SOUZA; MARCON, 2002).
É importante destacarmos o governo como um público de interesse da responsabilidade social das 
empresas. Estudos têm demonstrado que a RSE cria valor social e melhora o bem‑estar social, o que 
constitui os principais objetivos da política governamental. Parece natural, portanto, estimular a maior 
colaboração entre as esferas pública e privada, pois suas intenções são muitas vezes complementares. 
A RSE não apenas pode impactar a sociedade em que vivemos e criar uma comunidade mais saudável, 
como poderá ser parte de uma estratégia de negócios para o sucesso. Constrói uma posição ética 
crucial, na qual os membros são responsáveis pelo cumprimento de seu dever público (TOMEI, 2014).
Por fim, mas não menos importante, estão os consumidores. De acordo com Markstein e Certus 
Insights (apud SOUZA; MARCON, 2002), 70% dos consumidores querem saber como as marcas 
que apoiam estão abordando questões sociais e ambientais, e 46% deles prestam muita atenção 
a esses esforços ao tomar decisões de compra. O aspecto dos consumidores da RSE é conhecido 
como responsabilidade social do consumidor (CnSR). A responsabilidade social do consumidor pode 
ser definida como consumidores individuais socialmente conscientes ou moralmente motivados que 
compram produtos éticos que correspondem às suas preocupações éticas. A responsabilidade social 
no marketing envolve focar esforços na atração de consumidores que desejam fazer uma diferença 
positiva em suas compras. Muitas empresas adotaram elementos socialmente responsáveis em suas 
estratégias de marketing para ajudar uma comunidade por meio de serviços e produtos benéficos 
(SOUZA; MARCON, 2002).
Aqui foram apresentados alguns stakeholders das organizações que podem ser impactados pelas 
práticas de responsabilidade social. Fazem parte deles: proprietários, acionistas, investidores, governo, 
organizações não governamentais e grupos de interesse especial, comunidades, mídia, funcionários, 
consumidores, fornecedores, parceiros de negócios e concorrentes. O motivo de ser uma empresa 
socialmente responsável significa, antes de tudo, perceber a posição da instituição não apenas no 
104
Unidade III
mercado, mas na sociedade e conhecer os benefícios não somente dos atuais lucros econômicos de 
curto prazo, mas do reconhecimento da empresa por toda a sociedade em longo prazo. E essencial 
lembrar que esforçar‑se pela responsabilidade social ajuda indivíduos, organizações e governos a ter um 
impacto positivo no desenvolvimento, nos negócios e na sociedade.
7.2 Responsabilidade social na esfera pública
Em vez de nos concentrarmos apenas nas corporações, devemos perguntar quando os governos 
reafirmarão seu papel adequado como provedores de bens públicos e promotores do progresso social. 
As empresas sozinhas não podem resolver problemas em escala global. Mas mesmo que pudessem, elas 
poderiam falir ou ser adquiridas e, portanto, não seriam capazes de substituir a máquina permanente 
dos Estados. As multinacionais constantemente se consolidam e se separam, e não há razão para supor 
que uma determinada corporação (ou mesmo um setor inteiro) ainda existirá uma geração – ou mesmo 
dez anos a partir de agora. Por outro lado, é razoável esperar que a maioria dos governos desejará 
e deve aproveitar sua continuidade para oferecer soluções para problemas de longo prazo (SAHU; 
PANIGRAHY, 2016).
Como o governo pode contribuir mais para os esforços de responsabilidade social? Para responder a 
essa pergunta, precisamos entender melhor o papel dele na promoção e apoio a iniciativas e campanhas de 
responsabilidade social. Embora seja mais comumente associada ao setor de negócios corporativos, é muito 
importante prestar atenção às principais partes interessadas, como governos federal, estadual e municipal. 
Nas últimas décadas, os governos juntaram‑se a outras partes interessadas para assumir um papel relevante 
como impulsionador da responsabilidade social e adotar funções do setor público no fortalecimento de 
iniciativas (LOPES, 2015).
Agora que o mundo moderno se tornou inerentemente globalizado com suas economias e desafios 
políticos, a estrutura fornecida pelas iniciativas de responsabilidade social fornece à sociedade uma 
maneira de aprender como é a colaboração bem‑sucedida entre corporações, governos e sociedade.
Os governos empregam vários métodos para incentivar melhores práticas de RSE na esfera privada, 
muitos dos quais refletem abordagens não intrusivas e não intencionais. Mais crucialmente, os 
governos estão na posição de aumentar a conscientização e desenvolver capacidades de RSE entre 
empresas e partes interessadas – um papel importante devido à natureza amplamentevoluntária da 
RSE. Quanto mais as pessoas estiverem cientes dos desafios sociais enfrentados pelas empresas, maior 
a probabilidade de que a atenção se concentre no desenvolvimento de soluções para lidar com esses 
problemas (LOPES, 2015).
A colaboração entre o governo e o setor privado é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficazes de 
melhorar os padrões nacionais de RSE nas empresas. Ao estabelecer as bases para padrões mínimos de RSE 
e encorajar as companhias a ultrapassarem esse limite, o envolvimento do governo pode garantir que os 
objetivos sociais sejam seguidos e que as iniciativas voluntárias de RSE sejam realizadas de acordo com um 
padrão apropriado (BEZERRA; SHIMIZU, 2021).
105
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
As agências do setor público podem abordar preocupações sobre questões climáticas, erradicação da 
corrupção, respeito pelos direitos civis fundamentais de todos os cidadãos, segurança nos investimentos, 
sustentabilidade, bem como outras áreas de interesse ou preocupação nacional ou local.
Estudos têm demonstrado que a RSE cria valor social e melhora o bem‑estar social, o que constitui os 
principais objetivos da política governamental. Parece natural, portanto, estimular mais colaboração entre as 
esferas pública e privada, pois seus fins são muitas vezes complementares. A principal razão por trás da RSE, 
muitas vezes referida como o princípio triple bottom line, implica que as empresas não devem servir apenas 
como fins econômicos, mas sociais e ambientais. Essa ideia é reflexiva se os principais objetivos políticos do 
governo (e, portanto, a cooperação entre as duas esferas) pode promover melhor esses objetivos e trazer 
melhorias nas práticas de RSE nas corporações (BEZERRA; SHIMIZU, 2021).
O governo fornece informações vitais ao setor privado por meio de iniciativas que incluem sites 
que informam às empresas sobre a RSE e seu papel nos negócios e na sociedade. Relatórios sobre 
RSE, bem como diretrizes patrocinadas pelo governo, ajudam as instituições a lidar com preocupações 
individuais que podem prevalecer em seu setor e práticas. As corporações podem consultar recursos 
on‑line para obter informações sobre os problemas predominantes e como resolvê‑los. O fornecimento 
de dados e diretrizes emitidos pelo Estado ajuda as empresas a se conscientizarem das questões de RSE 
predominantes em todos os setores.
O governo também está envolvido no estabelecimento de padrões por meio do fornecimento de 
estruturas de políticas que incentivam as empresas a melhorar seu desempenho além dos padrões 
legais mínimos. O papel de formulação de políticas governamentais é crucial para promover a RSE 
entre diferentes indústrias em âmbito, incentivando o endurecimento dos padrões em todos os setores. 
Incentivos econômicos são frequentemente usados para facilitar práticas socialmente responsáveis 
(BEZERRA; SHIMIZU, 2021).
Assim, os governos desempenham um papel importante no apoio às iniciativas de responsabilidade 
social corporativa. Eles podem legislar, fomentar, fazer parcerias com empresas e endossar boas 
práticas para facilitar o desenvolvimento da RSC. Para Gomes e Valdisser (2018), algumas práticas de 
responsabilidade social que a esfera pública pode adotar são:
• criar um ambiente favorável para gestão e interação social;
• conscientizar e estimular o debate público sobre desafios e questões sociais;
• promover iniciativas de RSE endossando ou convidando empresas e obtendo apoio da comunidade 
em geral;
• reconhecer formalmente as iniciativas de responsabilidade social;
• desenvolver documentos de orientação e certificações de RSE;
• construir capacidades de RSE nas empresas, sociedade civil e autoridades públicas através de 
formações, plataformas de internet etc.;
106
Unidade III
• convocar empresas e partes interessadas como extensão da capacitação;
• mediar (ou seja, arbitragem ativa, mas neutra) interesses (por exemplo, em órgãos tripartidos) que 
podem se basear no papel de convocação;
• financiar a investigação e facilitar a criação de redes de investigadores no contexto da RSE;
• arcar com iniciativas de RSE;
• participar de parcerias público‑privadas;
• gerar ferramentas para a gestão da RSE.
Em resumo, os governos federal, estadual e municipal desempenham grande papel para ajudar a 
resolver os problemas mais prementes da sociedade. É importante que todos os setores desempenhem 
uma função na tentativa de alcançar uma mudança de comportamento bem‑sucedida. Muitas empresas 
esperam por negócios e muitos governos foram cooptados ou sobrecarregados por interesses privados. 
Aumentar a responsabilidade social intersetorial e estabelecer mais parcerias parece ser a resposta de 
uma maior responsabilização no futuro, e promover esse tipo de engajamento é exatamente como os 
governos podem contribuir para os esforços de responsabilidade social (SAHU; PANIGRAHY, 2016).
7.3 Accountability
A responsabilidade social está ligada à responsabilização pessoal e refere‑se às atitudes de cidadãos 
e organizações responsáveis que consideram os impactos de suas ações na comunidade em geral.
Medeiros, Crantschaninov e Silva (2013, p. 2) definem accountability como:
prestação de contas, mas alguns autores e estudiosos da gestão pública 
defendem que os termos controle, fiscalização, responsabilização, compromisso, 
proatividade e transparência também podem ser usados para defini‑la.
Ainda para os autores (2013), responsabilização social é definida como uma abordagem para a 
construção da responsabilização que se baseia no engajamento cívico, ou seja, são cidadãos comuns 
e/ou organizações da sociedade civil que participam direta ou indiretamente da responsabilização.
As empresas geralmente são movidas pelo lucro. Como tal, elas respondem a seus acionistas, liderança, 
investidores ou outras partes interessadas relacionadas. Mas muitas pessoas acreditam que o resultado 
final de uma companhia não deve ser o único fator motivador. Na verdade, as instituições e seus líderes 
também devem ser responsabilizados por suas ações. Isso é feito por meio da responsabilidade corporativa.
Conforme observado, a responsabilidade corporativa significa que uma empresa assume a obrigação 
por todas e quaisquer de suas ações. Isso pode se dar pelo seu sucesso financeiro (ou falta dele) e, mais 
importante, em áreas como responsabilidade social e sustentabilidade. Ou seja, as corporações são 
107
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
responsáveis não apenas por seus stakeholders financeiros, mas por outros, como seus funcionários, 
comunidade e público em geral.
A responsabilidade corporativa sustenta que as empresas devem ser responsabilizadas pelo impacto 
de suas ações na sociedade e no meio ambiente. É também um conceito importante para investidores 
e acionistas preocupados com o investimento ético. Essa estratégia envolve a escolha do investimento 
com base em princípios éticos (MEDEIROS; CRANTSCHANINOV; SILVA, 2013).
O termo responsabilidade corporativa refere‑se ao desempenho de uma empresa em áreas não 
financeiras, como responsabilidade social, sustentabilidade e governança corporativa. Ela defende que o 
desempenho financeiro não deve ser o único objetivo importante de uma companhia e que os acionistas 
não são as únicas pessoas pelas quais uma instituição deve ser responsável. Na verdade, inclui partes 
interessadas, como funcionários e membros da comunidade, como aqueles que exigem responsabilidade 
(TAMVADA, 2020).
7.4 Ética empresarial
Como já visto, ética vem da palavra grega ethos, que significa caráter moral, e significa saber a 
diferença entre o certo e o errado e continuar fazendo a coisa certa. Decisões comerciais éticas podem 
ser baseadas em sua consciência ou em princípios. Em ambos os casos, os indivíduos tomam suas próprias 
decisões de acordo com as leis do país ou com suas crenças centrais (RODA; FONSECA; KROM, 2020).
No âmbito dos negócios, os líderes corporativos devem seguir o comportamento correto para o 
bem detodos, incluindo acionistas, partes interessadas, funcionários, clientes e a comunidade. As 
atividades comerciais não podem prejudicar pessoas, produtos ou serviços e têm de ajudar a proteger a 
reputação da empresa.
Ética nos negócios são os princípios morais que atuam como diretrizes para a forma como uma 
empresa é conduzida e efetua suas transações. De muitas maneiras, as mesmas diretrizes que os 
indivíduos usam para se comportar de maneira aceitável em ambientes pessoais e profissionais se 
aplicam às corporações (FERRELL et al., 2019).
A ética nos negócios é fundamental em tempos de mudanças. Em épocas boas e estáveis, é comum 
que bons valores sejam dados como garantidos. Por outro lado, durante crise ou confusão, a ética 
das pessoas tende a guiar seu comportamento. A resposta geral a isso é questionar e examinar o 
comportamento para garantir que a boa ética seja praticada no local de trabalho (RODA; FONSECA; 
KROM, 2020).
A missão, a visão e os valores de uma empresa formam um credo que descreve o mais alto 
conjunto de itens sob os quais uma instituição opera. Eles representam os tipos de pensamentos e 
comportamentos que os funcionários e outras partes interessadas devem aspirar. Um código de ética 
formal é um pouco diferente. Trata‑se de uma política que afirma o que os funcionários e outros não 
devem fazer, e é específico para aqueles que trabalham sob ele. Nas grandes companhias, eles podem 
108
Unidade III
estabelecer códigos de ética específicos para departamentos individuais e outro geral que todos 
devem cumprir.
 Observação
Os códigos de ética são mais do que um mecanismo legal. O 
comportamento ético faz parte da cultura corporativa, sendo que a 
linguagem e o comportamento apropriados começam no topo.
A ética nos negócios pode ser um desafio porque decisões geralmente são um reflexo de crenças e 
culturas, além da própria cultura corporativa. Os relacionamentos são complicados e nem sempre há 
uma resposta adequada e clara. As avaliações culturais podem ser uma parte valiosa para entender 
se determinados comportamentos estão de acordo com o código de ética de uma empresa (RODA; 
FONSECA; KROM, 2020).
A ética empresarial é a aplicação de valores éticos ao comportamento empresarial. Ela é relevante 
tanto para a conduta dos indivíduos quanto para a conduta da organização. Aplica‑se a todos e quaisquer 
aspectos da conduta empresarial, desde as estratégias da diretoria e como as empresas tratam seus 
funcionários e fornecedores até a técnicas de vendas e práticas contábeis.
Agir eticamente significa determinar o que é certo e o que é errado. De acordo com Roda, Fonseca e 
Krom (2020), existem padrões básicos em todo o mundo ditando o que é errado ou antiético em termos 
de práticas de negócios.
Por exemplo, suponha que a Empresa A trabalhe com um contato da Empresa B, um indivíduo 
por meio do qual eles negociam todos os preços dos suprimentos que compram da Empresa B. Ela 
naturalmente deseja obter os melhores preços nos suprimentos. Quando o indivíduo da Empresa B 
chega ao seu escritório em casa para negociar um novo contrato, ela o coloca em um hotel de primeira 
linha, na melhor suíte, e garante que todos os seus desejos e necessidades sejam atendidos enquanto 
ele estiver lá (MOREIRA, 2020).
Em termos técnicos, a prática não é ilegal. No entanto, pode ser considerada uma área cinzenta – 
perto, mas não exatamente, de suborno – porque o indivíduo provavelmente estará mais inclinado a 
dar à Empresa A uma redução de preço às custas de obter o melhor negócio para sua própria empresa.
A responsabilidade social é o dever de uma sociedade de tomar decisões éticas que impactem 
positivamente a sociedade. As organizações precisam considerar como suas ações afetam as 
comunidades para criar relacionamentos de confiança duradouros. A fim de serem socialmente 
responsáveis, elas precisam seguir rigorosamente seus códigos de ética (FERRELL et al., 2019).
Moreira (2020) considera que os programas de responsabilidade social podem elevar o moral dos 
funcionários no local de trabalho e levar a uma maior produtividade, o que afeta a lucratividade da 
109
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
empresa. Aquelas que implementam iniciativas de responsabilidade social conseguem aumentar a 
retenção e a fidelidade dos clientes.
Assim, a ética empresarial diz respeito não apenas às obrigações sociais, mas àquelas para com 
funcionários, clientes, fornecedores e concorrentes. A RSE é sobre até que ponto as empresas devem 
algo à sociedade em geral (ou seja, aqueles que não têm um envolvimento direto com o negócio) 
(MOREIRA, 2020).
O objetivo do negócio é obter o máximo lucro para proprietários e acionistas. Essa é uma 
afirmação simples que não descreve como as empresas podem ou não fazer seus negócios. A busca 
pela lucratividade não dá a elas a liberdade de ignorar a lei ou prejudicar grupos ou indivíduos no 
processo. Os dois termos são frequentemente usados de forma intercambiável, mas têm significados 
distintos. A diferença entre ética empresarial e responsabilidade social é uma questão importante a 
ser considerada por todas as companhias. Embora as formas que a ética e a responsabilidade social 
assumem variem significativamente entre as empresas, cada uma delas tem um lugar em cada 
organização (FERRELL et al., 2019).
Para garantir uma atuação ética nos negócios e responsabilidade social, muitas corporações 
estabelecem um programa de gestão da ética que está de acordo com sua missão, visão e valores. Cada 
programa de ética é único para a organização. Tal programa é projetado para ensinar aos funcionários 
os valores e políticas que definem o padrão de comportamento para aqueles que trabalham dentro e ao 
redor da empresa.
 Lembrete
Um dos pilares da responsabilidade social é a ética. Então, não há como 
uma empresa dizer que pratica responsabilidade social se ela não age de 
maneira ética. Para ser socialmente responsável, uma companhia deve ser, 
obrigatoriamente, ética.
Conforme Moreira (2020), os princípios éticos mais comuns adotados pelas organizações são:
• transparência;
• integridade;
• confiabilidade;
• fidelidade;
• igualdade;
• compaixão;
110
Unidade III
• respeito;
• legalidade;
• excelência;
• responsabilidade;
• manutenção da reputação;
• prestação de contas.
7.5 Boas práticas de responsabilidade social
Melhorar a gestão de RSC (com a sustentabilidade como um pilar fundamental) tornou‑se um ponto 
importante entre as organizações que buscam impulsionar o engajamento dos funcionários, construir o 
valor da marca e, mais importante, alcançar mudanças duradouras nas comunidades locais, enfim, das 
corporações que visam uma atuação socialmente responsável.
As empresas socialmente responsáveis devem adotar políticas que promovam o bem‑estar da 
sociedade e do meio ambiente, ao mesmo tempo em que diminuem os impactos negativos sobre 
eles. Elas podem agir com responsabilidade de várias maneiras, promovendo o voluntariado, fazendo 
mudanças que beneficiem o meio ambiente e participando de doações de caridade.
Para Mello e Mello (2018), consumidores e funcionários podem perceber quando os esforços de 
RSO de uma organização não estão alinhados com sua missão, visão e valores gerais. Mas quando as 
companhias acertam, o impacto é observado em todos os aspectos.
Quando uma empresa alinha sua missão e sua visão às práticas de responsabilidade social, 
podemos dizer que ela avaliou seus valores fundamentais, pesquisou seus funcionários e conduziu 
avaliações de necessidades com parceiros externos para entender qual deveria ser o verdadeiro 
propósito de suas iniciativas.
Assim, buscando colocar em funcionamento as melhores práticas de responsabilidade social, 
as organizações devem reunir um quadro de funcionários que as represente bem. Eles devem ser 
multifuncionais e interdepartamentais. Além disso, essa equipe precisa se basear na definição de agenda 
que a empresa fez em torno de valores centrais e do objetivo geral doseu trabalho de responsabilidade 
social. Eles têm de aprimorar seus propósitos amplos em um plano preliminar para enfrentar desafios 
específicos e abordar as principais oportunidades, ao mesmo tempo em que estabelecem metas claras e 
concretas a serem medidas ao longo do caminho (SAAVEDRA, 2011).
111
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
 Observação
As melhores práticas de responsabilidade social nas organizações estão 
alinhadas à melhoria contínua da atuação socialmente responsável da 
instituição.
Mas, conforme a autora (2011), as melhores práticas de responsabilidade social não se limitam 
aos funcionários. Não devemos nos esquecer dos fornecedores e vendedores. Eles são seus parceiros 
na entrega de bens e serviços aos clientes e não há motivo para não serem incentivados a ajudar a 
impulsionar seus esforços socialmente responsáveis.
 Lembrete
Os gerentes devem estar sem à procura de práticas estratégicas e novas 
ferramentas promissoras que ajudarão suas iniciativas para atingir os 
objetivos organizacionais considerando a responsabilidade social.
Para empresas socialmente responsáveis, as práticas de RSO devem ser o filtro pelo qual todas as 
suas iniciativas corporativas mais amplas passam. Não apenas as realidades ambientais exigem isso, mas 
consumidores e funcionários podem ver diretamente através de organizações que atuam de maneira 
que beneficiam a sociedade de forma ambiental, econômica e social.
De acordo com Saavedra (2011), para atuar nas melhores práticas de responsabilidade social, as 
organizações devem:
• definir metas mensuráveis;
• envolver as partes interessadas locais no trabalho de RSO;
• mapear oportunidades de sustentabilidade em toda a organização;
• construir sistemas sustentáveis internamente;
• avaliar o ciclo de vida de seus bens e serviços;
• apresentar relatórios regularmente sobre iniciativas de sustentabilidade.
Tomar essas medidas no contexto do trabalho permite que as empresas facilitem projetos 
significativos que envolvam mais profundamente os consumidores e funcionários, ao mesmo tempo 
em que alcançam um impacto verdadeiramente sustentável quando se trata de responsabilidade social.
112
Unidade III
Outro ponto que merece atenção pelas empresas é a flexibilidade de atuação: permaneça flexível o 
suficiente para responder às realidades em mudança nas comunidades, mantendo o que sua organização 
e sua equipe inicialmente se propuseram a realizar. Pode ser complicado, mas sustentar um compromisso 
de longo prazo com o trabalho ajudará a suavizar os inevitáveis obstáculos no caminho. À medida que 
a prática da responsabilidade social pelas corporações se tornou mais difundida, algumas melhores 
práticas foram reconhecidas.
Por exemplo, a Johnson & Johnson, na sua atuação em dispositivos médicos, buscou a responsabilidade 
social de duas maneiras. Primeiramente, eles se comprometeram firmemente a obter suas necessidades 
energéticas de fontes de energia renováveis, como a energia eólica. Depois, eles apoiaram projetos de 
caridade que forneciam água potável em áreas do mundo onde ela é escassa.
Por outro lado, a Coca‑Cola concentrou‑se em tornar sua grande cadeia de suprimentos mais 
ecológica e socialmente responsável por meio da transição gradual de sua frota de caminhões de entrega 
para veículos que usam combustíveis alternativos, como eletricidade, em vez de combustíveis refinados 
de petróleo tradicionais, gasolina e diesel (SAAVEDRA, 2011).
Quando as práticas socialmente responsáveis de uma empresa são incorporadas ou integradas 
às suas principais operações de negócios, elas tendem a ser mais fáceis de implementar, sustentar e 
obter uma melhor resposta pública. Muitas instituições se saíram bem ao adotar práticas socialmente 
responsáveis antes de serem exigidas por leis ou regulamentos. Por exemplo, as corporações podem 
tomar medidas substanciais para limpar as águas residuais de suas instalações de produção além do 
que é exigido por lei. Ao fazê‑lo, conseguem ser reconhecidas como líderes do setor em suas práticas 
(SAAVEDRA, 2011).
Quer saber como escolher as melhores práticas de responsabilidade social para sua organização? 
Conforme Mello e Mello (2018), as etapas a serem seguidas são:
• Escolha os valores corporativos: comece estabelecendo quais são os valores centrais da 
empresa e aprendendo quais questões são as prioridades para os indivíduos e comunidades que 
esperam impactar. Eles podem incluir uma combinação de objetivos internos e externos, como 
práticas de negócios ambientalmente sustentáveis, educação de funcionários e clientes sobre 
segurança de medicamentos prescritos e programas educacionais na comunidade. As causas com 
as quais uma empresa se alinha não precisam estar diretamente relacionadas aos produtos ou 
serviços da empresa.
• Alinhe as atividades de responsabilidade social corporativa em vários departamentos: as 
organizações que seguem as melhores práticas de responsabilidade social corporativa otimizam 
seus recursos internos e reúnem vários departamentos para se envolverem. Equipes dedicadas de 
RSO são muito importantes no desenvolvimento e supervisão do programa e devem trabalhar 
para definir referências e métricas de sucesso e comunicar os resultados interna e externamente.
• Forme parcerias estratégicas: as empresas utilizam as melhores práticas de responsabilidade 
social corporativa para investir filantropicamente em áreas nas quais não possuem total 
113
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
expertise, e as parcerias muitas vezes são parte fundamental do processo. Fazer parceria com 
outras organizações é uma grande vantagem, sejam elas sem ou com fins lucrativos, que trazem 
experiência e recursos valiosos para o projeto. É importante estabelecer um prazo claro e 
identificar o impacto social nos investimentos e benefícios comerciais para cada parte. Parcerias 
complementares e mutuamente benéficas abrem oportunidades, geram soluções criativas e 
causam o maior impacto.
A responsabilidade social corporativa vem em muitas formas. Mesmo a menor empresa pode impactar 
a mudança social fazendo uma simples doação para um banco de alimentos local. Em conformidade 
com Mejías, Paz e Pardo (2016), alguns dos exemplos mais comuns de RSE incluem:
• reduzir as pegadas de carbono;
• melhorar as políticas trabalhistas;
• participar do comércio justo;
• ter diversidade, equidade e inclusão;
• fazer doações globais de caridade;
• voluntariar‑se de modo comunitário e virtual;
• criar políticas corporativas que beneficiam o meio ambiente;
• realizar investimentos social e ambientalmente conscientes.
Para Mello e Mello (2018), embora as iniciativas de impacto social sejam construídas em torno 
da melhoria da comunidade, elas devem fortalecer os negócios ao mesmo tempo. Aproveitar o 
reconhecimento da marca e as oportunidades de construção de reputação é parte fundamental disso.
Obviamente é necessário que a equipe executiva esteja investida na causa e reconheça seus 
benefícios empresariais para que apoiem as ações de RSO. Fornecer atualizações regulares de atividades 
de impacto social para a liderança irá empolgá‑los e envolvê‑los no processo.
Conforme Mejías, Paz e Pardo (2016), constam a seguir alguns exemplos de melhores práticas de RSO 
adotadas pelas organizações:
• Johnson & Johnson: um excelente exemplo de RSO na linha de frente é a grande pioneira 
farmacêutica Johnson & Johnson. Ela se concentrou em reduzir seu impacto no planeta 
por três décadas. Suas iniciativas foram desde o aproveitamento do poder do vento até 
o fornecimento de água potável para comunidades em todo o mundo. A aquisição de um 
fornecedor de energia de permitiu que a empresa reduzisse a poluição ao mesmo tempo em 
que fornecia uma alternativa renovável e econômica à eletricidade. Ela continua buscando 
114
Unidade III
opções de energia renovável com o objetivo de ter 100% de suas necessidades energéticas de 
fontes renováveis até 2025.
Figura 20 – Usina de energia eólica, como a adotadapela Johnson & Johnson
Disponível em: https://cutt.ly/B1oykGL. Acesso em: 3 out. 2022.
• Coca‑Cola: como marca, a Coca‑Cola coloca grande foco na sustentabilidade. As áreas‑chave são 
clima, embalagem e agricultura, com a gestão da água e a qualidade do produto. Sua mensagem 
é “um mundo sem resíduos”, com o objetivo de coletar e reciclar cada garrafa, tornando suas 
embalagens 100% recicláveis e repondo toda a água usada na criação de suas bebidas de volta ao 
meio ambiente para garantir a segurança hídrica. Ela pretende que, até 2030, tenha reduzido sua 
pegada de carbono em 25%.
• Netflix e Spotify: do ponto de vista social, empresas como Netflix e Spotify oferecem benefícios 
para apoiar seus funcionários e familiares. A Netflix fornece 52 semanas de licença parental 
paga ao pai biológico e ao pai não biológico (que inclui filhos adotivos). Isso pode ser feito a 
qualquer momento, seja no primeiro ano de vida da criança ou em outro momento adequado 
às suas necessidades. O Spotify possui um programa semelhante, embora por um período mais 
curto – 24  semanas de licença remunerada. Quando se trata de causas sociais, ambas usam 
suas plataformas de mídia social para mostrar apoio a movimentos como o mês do orgulho e 
sustentabilidade ambiental. A Netflix é um exemplo de como atingir – e atrair – públicos de nicho 
e minorias por meio de mídias sociais inteligentes.
• Pfizer: quando ocorre um desastre, a assistência de emergência na área da saúde é crucial. Para 
ajudar nessas circunstâncias, a Pfizer tem uma abordagem tripla; doações de produtos, bolsas de 
pesquisa e soluções do problema. Subsídios foram concedidos a países como o Haiti após o furacão 
115
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Matthew e a crise global de refugiados na Europa e no Oriente Médio. Este dinheiro é fornecido 
em cooperação com ONGs para alcançar o maior número possível de pessoas. Durante a pandemia 
de covid‑19, por meio de seu programa Global Medical Grants, a Pfizer forneceu 5 milhões de 
dólares para ajudar a melhorar o reconhecimento, diagnóstico, tratamento e gerenciamento 
de pacientes. Além disso, foram disponibilizados subsídios para clínicas, centros médicos e hospitais a 
fim de melhorar o gerenciamento e o resultado dos pacientes com a doença.
7.6 Marketing social
O marketing social é uma abordagem usada para desenvolver atividades destinadas a mudar ou 
manter o comportamento das pessoas em benefício dos indivíduos e da sociedade como um todo.
Ainda que o termo tenha sido criado formalmente por Philip Kotler e Gerald Zaltman em 1971, 
usado na época para descrever ações de marketing que poderiam mudar o comportamento social, 
pode‑se dizer que o conceito de marketing social está presente na literatura desde a década de 1960. 
Variações do marketing social têm sido aplicadas, desde então, para promover segurança no trânsito, 
controle do tabagismo, prevenção de drogas, imunizações infantis, melhoria da nutrição e dieta e 
comportamento ambiental, bem como para reduzir a mortalidade infantil.
Combinando ideias do marketing comercial e das ciências sociais, o marketing social é uma 
ferramenta para influenciar o comportamento de forma sustentável e econômica, visando promover 
causas sociais ou de interesse geral. Ele alinha‑se, notavelmente, com os valores sociais dos alvos para 
convencê‑los. Philip Kotler resumiu o desafio no título de seu livro publicado em 2008: Marketing 
social: mudando o comportamento para fazer o bem (LEE; KOTLER, 2019).
O marketing social não deve ser confundido com publicidade social ou mesmo com comunicação 
social. Nas palavras de Kotler e Zaltman, ele é o design, implementação e monitoramento de programas 
projetados para influenciar a aceitabilidade de ideias sociais e que incorporam planejamento, preços, 
comunicação, distribuição e considerações de pesquisa de marketing (LIRA et al., 2019).
Em uma estrutura de negócios clássica, a pesquisa de mercado é realizada, um produto é desenvolvido 
para atender às necessidades dos alvos e, em seguida, comercializado. Essa dimensão de desenvolvimento 
ad hoc também existe no marketing social, mas não se limita a um item específico. Vender a ideia social 
(não beba e dirija, respeite os limites de velocidade, separe seu lixo) exige que sejam desenvolvidos 
diferentes produtos para viabilizar as ações. No caso de prevenção contra dirigir embriagado, devemos 
alterar leis específicas para aumentar as penalidades incorridas.
Dessa forma, percebe‑se que o marketing social é o uso de princípios e técnicas de marketing 
comercial para melhorar o bem‑estar das pessoas e o ambiente físico, social e econômico em que 
vivem. Trata‑se de uma abordagem cuidadosamente planejada e de longo prazo para mudar o 
comportamento humano.
116
Unidade III
Este marketing usa o mesmo conjunto de ferramentas para vender comportamentos saudáveis 
nos quatro princípios básicos de marketing comercial. De acordo com Meira e Santos (2012), eles são 
chamados de 4 Ps e estão apresentados a seguir:
• P1 – Produto é o que você está comercializando: o produto é uma mudança de comportamento ou 
de atitude. Por exemplo, uma campanha pode ser projetada para aumentar o uso de preservativos 
ou para convencer os adolescentes de que espalhar fake news é prejudicial ou perigoso.
• P2 – Preço é o custo: o preço é o custo da mudança de comportamento. É difícil precificar 
os custos pessoais do uso do preservativo quando o indivíduo se compromete com um novo 
comportamento que foi identificado como inconveniente, demorado e constrangedor. O objetivo 
aqui é reformular a transformação de comportamento recomendada para que o consumidor 
perceba que os benefícios da mudança superam os esforços ou custos.
• P3 – Praça (ou local) é onde e como a população prioritária pode ser alcançada: o lugar 
representa todos os esforços para tornar a mudança de comportamento o mais fácil possível para 
um consumidor. Pode significar oferecer preservativos gratuitos ou baratos em locais convenientes 
(ou seja, escolas, bares ou banheiros).
• P4 – Promoções são as formas utilizadas para notificar o público sobre as mensagens 
de mudança: a publicidade é apenas um método para atingir esse objetivo. Uma campanha de 
promoção inclui a incorporação de mensagens sobre a mudança de comportamento recomendada 
em todos os programas existentes na comunidade para reforçar a mensagem em vários níveis.
O marketing social emprega um quinto P que não está incluído nas campanhas comerciais. Este 
componente especial é, de acordo com Meira e Santos (2012):
• P5 – Política é a intenção de influenciar a política que não será punitiva, mas promoverá 
mudanças positivas de comportamento.
O marketing social tem um propósito social e não lucrativo, como o marketing comercial. Ele integra 
conceitos de marketing para impulsionar a mudança de comportamento para o benefício em longo 
prazo e o bem‑estar da sociedade. Ele tenta mudar o comportamento das pessoas em benefício do 
mercado e dos lucros das empresas (LIRA et al., 2019).
Os crescentes problemas sociais e ambientais incentivam as pessoas a se preocuparem mais com 
nossa sustentabilidade no futuro. O marketing comercial geralmente se preocupa mais com aspectos 
dos lucros do negócio e da satisfação do cliente – e, muitas vezes, ignora os impactos ambientais ou 
sociais negativos.
Para Akbar et al. (2021), o marketing social questiona se o conceito de marketing comercial é a 
filosofia certa quando enfrentamos vários problemas, como:
• danos ambientais, como poluição do ar, resíduos e aquecimento global;
117
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
• esgotamento dos recursos naturais devido ao comportamento explorador;
• fome e pobreza;
• obesidade e outros problemas de saúde;
• baixo acesso à educação, saúde e outros serviços sociais.
Tais adversidades criam então várias pressões sobre os negócios e a sociedade tem exigido que as 
preocupações sejam maiores com os problemas sociais e ambientais, não apenas com o lucro.As empresas, então, incluem as pessoas e o planeta como seu objetivo, além do lucro. Elas pensam 
em como satisfazer as necessidades dos consumidores no presente e agem também de acordo com os 
melhores interesses de longo prazo.
Conforme Akbar et al. (2021), algumas formas de as organizações adotarem o marketing social são:
• redução de produtos prejudiciais ao meio ambiente;
• campanha antitabagismo para diminuição das taxas de tabagismo;
• campanhas para promoção de padrões alimentares saudáveis, por exemplo, a fim de reduzir o 
consumo de fast‑food e aumentar o consumo de alimentos orgânicos;
• campanha para atenuar o comportamento de dirigir embriagado;
• campanha para conter o comportamento violento;
• campanha para abrandar a pegada de carbono e promover a conservação de energia, usando a 
sua forma limpa.
O marketing social fornece uma vantagem competitiva para as empresas. Os consumidores preferem 
comprar produtos de entidades que sejam éticas e socialmente responsáveis. Espera‑se que tais 
tendências cresçam em popularidade à medida que as campanhas e as preocupações com questões 
sociais e ambientais aumentam.
Trata‑se da aplicação de técnicas de marketing para atingir objetivos sociais e ambientais e isso 
está conforme a responsabilidade social nas organizações. A RSO é uma prática corporativa que exige 
o investimento voluntário de recursos corporativos para minimizar os impactos negativos de suas 
operações e geralmente contribuir para o bem‑estar social com uma intenção estratégica.
No entanto, podem existir distinções entre a adoção dos dois conceitos. As diferenças aparecem 
em uma análise científica e comparativa aprofundada – a responsabilidade social corporativa é um 
investimento de longo prazo na reputação corporativa e no reconhecimento da marca enquanto 
118
Unidade III
socialmente responsável, enquanto o marketing social se esforça para mudar o comportamento do 
consumidor, a fim de obter benefícios para a organização e a sociedade.
 Observação
O marketing social estabelece relação direta entre empresas e 
consumidores, já a responsabilidade social é uma prática exclusiva das 
organizações que impactam a sociedade.
O marketing social envolve focar esforços na atração de consumidores que desejam fazer uma 
diferença positiva em suas compras. Para Akbar et al. (2021), muitas empresas adotaram elementos 
socialmente responsáveis em suas estratégias de marketing para ajudar uma comunidade por meio de 
serviços e produtos benéficos.
Segundo Meira e Santos (2012), existem diferentes tipos de marketing social, que podem ser:
• Marketing de filantropia: a empresa doa dinheiro ou parte do lucro para ONGs, associações sociais.
• Marketing de campanhas sociais: uma marca pode fazer isso nas embalagens dos seus produtos 
ou nas suas redes sociais, aliando‑se a uma certa instituição ou até a uma entidade governamental 
para o efeito.
• Marketing solidário de relacionamento: uma maior proximidade pode ser estimulada entre o 
público‑alvo e a empresa através de ações sociais.
• Marketing de promoção social: doação de parte das vendas de um produto ou serviço para 
alguma ação social (por exemplo, a ação do McDonald’s – McDia Feliz).
• Marketing de patrocínio: o patrocínio a projetos sociais é outra maneira muita utilizada no 
marketing social.
Não podemos confundir aquilo é determinado em lei com marketing social. Por exemplo, as 
imagens e avisos vindos em maços de cigarro. As advertências sanitárias que ali constam foram 
impostas pela Portaria n. 490/1988, em que todas as empresas tabagistas deveriam inserir em suas 
campanhas: o Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde (INCA, 2020). A partir de 2001, 
a Medida Provisória n. 2.134‑30, de 24 de maio, determinou ainda que advertências antitabagistas 
deveriam aparecer nos maços em forma de imagem (INCA, 2021).
119
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Figura 21 – Advertência em maços de cigarro imposta por lei
Adaptada de: https://bit.ly/3EvMFu8. Acesso em: 3 out. 2022.
 Lembrete
Marketing social é uma iniciativa não determinada por lei. Aquilo que é 
estabelecido por lei não pode ser visto como marketing social.
Vejam este estudo realizado pela FIA Business School (2018, p. 1), que cita o McDia Feliz como um 
caso de sucesso de marketing social:
A iniciativa do McDonald’s talvez seja a campanha de marketing social 
de maior fama em todo o mundo. Presente em mais de 20 países, o 
McDia Feliz completou, em 2018, 30 anos de atuação no Brasil. Ao todo, 
mais de 260 milhões de reais foram destinados a instituições que lutam 
contra o câncer infanto‑juvenil no país. Para quem ainda não conhece, a 
campanha ocorre em um dia do ano, normalmente no último sábado do 
mês de agosto. Ela reverte ao tratamento contra o câncer todo o valor 
arrecadado com as vendas do sanduíche Big Mac, isoladamente, ou em 
algum combo com bebida e batatas fritas.
120
Unidade III
Figura 22 – Chamada do McDia Feliz
Disponível em: https://bit.ly/3SXSghu. Acesso em: 3 out. 2022.
8 PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS EM RESPONSABILIDADE SOCIAL
8.1 Princípios da sustentabilidade associados ao desenvolvimento social e à 
gestão padrão ESG
Não se pode negar que as organizações têm buscado, arduamente, melhorar a sua imagem junto 
a sociedade e demais stakeholders em todo o mundo. Uma parte significativa disso é desenvolver 
declarações, ações e planos claros para minimizar ou erradicar danos à sociedade e ao meio ambiente. 
Todas essas ações, políticas, planos e grupos fazem parte da estrutura ambiental, social e de governança, 
conhecida pela sigla ESG (Environmental, Social and Governance).
A prática do investimento ESG começou na década de 1960 como investimento socialmente 
responsável, com investidores excluindo ações ou indústrias inteiras de seus portfólios com base em 
atividades comerciais como produção de tabaco ou envolvimento no regime do apartheid sul‑africano. 
Hoje, considerações éticas e alinhamento com valores continuam sendo motivações comuns de 
muitos investidores ESG, mas o campo se expandiu para considerar também a materialidade financeira 
(MONTEIRO et al., 2021).
Para os autores (2021), a gestão ESG ganhou notoriedade em 2005 como resultado de uma iniciativa 
das nações unidas. As políticas, práticas e compromissos corporativos de ESG capturaram o interesse 
do consumidor e do mundo empresarial, pois os compradores não estão mais procurando contratar o 
fornecedor mais barato – querem aquele que causa menos danos, tem a posição mais clara sobre justiça 
social e antidiscriminação, e se compromete a continuar a melhorar os esforços para o meio ambiente 
e a sociedade.
O E em ESG, critério ambiental, inclui a energia que sua empresa consome e os resíduos que 
despeja, os recursos de que necessita e as consequências para a vida seres como resultado. Não menos 
importante, ele abrange as emissões de carbono e as mudanças climáticas. A letra S, critérios sociais, 
aborda os relacionamentos e a reputação que sua companhia tem com pessoas e instituições nas 
121
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
comunidades onde são feitos negócios. O pilar S inclui relações de trabalho, diversidade e inclusão. 
O G, governança, é o sistema interno de práticas, controles e procedimentos que a instituição 
adota para se governar, tomar decisões eficazes, cumprir a lei, e atender às necessidades das partes 
interessadas externas.
A discussão acerca da gestão ESG se torna relevante, principalmente, porque tem sido – mais do 
que nunca – exigido um papel de responsabilidade social e ambiental das organizações. Afinal, qual 
é o papel responsável das empresas perante a sociedade? Os consumidores de hoje têm muito mais 
informações sobre o que estão buscando e tentam escolher marcas que tenham práticas responsáveis 
(VOLTOLINI, 2021).
Um dado que mostra a importância do ESG é a busca por financiamentos empresariais. Para 
expandir, as companhias precisam se preocupar com seu impacto no mundo. Nos EUA, os fundosfocados em ESG tiveram mais do que um salto duplo para US$ 51,1 bilhões, de US$ 21,4 bilhões, e um 
aumento de quase dez vezes, de US$ 5,4 bilhões em 2019. Na Ásia, excluindo o Japão, os ativos de 
fundos sustentáveis gerenciados quase triplicaram – para US$ 36,7 bilhões em março de 2021 – em 
relação ao ano anterior (PARK; JANG, 2021).
 Lembrete
ESG refere‑se às boas práticas empresariais que se preocupam com critérios 
ambientais, sociais e parâmetros de excelente governança corporativa.
Ter uma gestão ESG vai muito além de ter um departamento ESG na empresa, uma vez que essas 
práticas devem fazer parte do seu negócio como um todo, desde sua missão, passando pela visão e 
valores. Diversidade e inclusão, que são pontos ESG, por exemplo, têm a capacidade de aumentar a 
criatividade em sua corporação, e isso pode impactar positivamente nos resultados financeiros, além de 
tornar os ambientes mais agradáveis, melhorar a retenção de funcionários e o senso de propósito. Não 
é o trabalho de uma pessoa, mas algo que toda a sua instituição deve fazer de mãos dadas diariamente 
(LINHARES, 2017).
Alguns pontos, para cada um dos pilares que podem ser adotados para organizações que buscam 
gerir seu negócio através do ESG, incluem:
• Para o E, as empresas podem realizar ações para diminuir seu impacto na natureza, seja reduzindo 
o consumo de água em suas instalações ou alterando a fórmula de um produto para que, 
ao descartá‑lo, não polua as águas subterrâneas, por exemplo. Para Voltolini (2021), entre as 
macroquestões que preocupam as empresas podemos encontrar:
— aquecimento global e emissões de carbono;
— poluição do ar e da água;
122
Unidade III
— desmatamento e exploração madeireira;
— energia renovável;
— gestão de resíduos;
— escassez de recursos naturais;
— biodiversidade.
• Já o S (social) refere‑se a todas as pessoas com as quais a empresa se relaciona ou impacta, seja 
com seus produtos ou sua localização. Conforme o autor (2021), entre as principais questões 
sociais abordadas pelas empresas hoje tem‑se:
— diversidade corporativa;
— dados e privacidade;
— ambientes de trabalho seguros e inclusivos;
— respeito aos direitos dos funcionários;
— ações positivas.
• Quanto à letra G, discute‑se as práticas de gestão de uma empresa, suas políticas que favorecem 
as duas letras anteriores e, assim, permitem que ela atinja o seu melhor. De acordo com Monteiro 
et al. (2021), entre os seus temas mais importantes estão:
— políticas de ética e conduta;
— gestão de recursos;
— economia circular;
— relacionamento com órgãos públicos;
— eficiência operacional;
— conselho ESG;
— linha direta de denúncias;
— estruturação de grupos de ação e afinidade.
123
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Como um todo, ESG é uma estrutura de práticas e, quando trazida à luz, coloca uma empresa 
à frente de seus concorrentes, com uma visão clara de como construir o futuro. E isso, hoje, é um 
indicador importante para os investidores que querem ter certeza de que receberão sua parte. Assim 
sendo, segundo Voltolini (2021), para desenvolver práticas e estratégias ESG, as companhias devem:
• compreender a natureza do seu negócio e o impacto que ele tem no mundo, seja negativo, 
positivo ou neutro;
• olhar para dentro, é preciso que haja uma visão clara do cenário de diversidade da empresa;
• envolver todo o leito executivo na criação e execução de estratégias ESG;
• ter metas e objetivos claros, cumprindo os ODS da ONU para obter ajudar nesta missão;
• definir uma comissão multidisciplinar para iniciar os trabalhos.
Social:
desenvolvimento 
de pessoas, saúde, 
segurança, diversidade
Governança: 
transparência, 
conformidade, 
compliance, 
auditoria, ética
Ambiental:
gestão de 
resíduos, da água 
e da energia, redução 
de emissão de gases, uso 
responsável de recursos
ESG
Figura 23 – Pilares da ESG
Em conformidade com Park e Jang (2021), como resultado o ESG é um impulsionador do fluxo de 
caixa das empresas de cinco maneiras específicas:
• facilitando o crescimento sustentável;
• reduzindo custos;
124
Unidade III
• minimizando intervenções regulatórias e legais;
• aumentando a produtividade dos funcionários;
• otimizando investimentos e despesas de capital.
 Lembrete
Critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) são um conjunto de 
padrões para as operações de uma empresa que investidores socialmente 
conscientes usam a fim de selecionar investimentos potenciais.
De forma ampla, a gestão ESG deve levar a organização a uma reflexão e ao processo de autoconhecimento 
para que possa entender a natureza do negócio e o impacto de suas atividades no mundo. Atualmente, 
algumas empresas já despertaram para a importância de ter um impacto positivo e o fazem por meio de 
seus modelos de negócios. Elas são chamadas de negócios sociais (PARK; JANG, 2021).
Há também casos de corporações que impactam negativamente o mundo, como indústrias de 
mineração ou aquelas que utilizam muita água potável para fabricar seus produtos, por exemplo. Nessas 
situações, o melhor curso de ação é pensar em como transformar o impacto negativo em neutro. Um 
exemplo disso seria investir em reflorestamento como forma de compensar as emissões de carbono 
de outras atividades. Outro modo seria empregar soluções que reduzissem o desperdício de água e os 
desafios da cadeia de suprimentos em gestão hídrica, economia circular, agricultura sustentável e ação 
climática (PARK; JANG, 2021).
Após identificar como a organização impacta a sociedade, deve‑se envolver todo o nível executivo, 
para que fique claro para eles o que é ESG, pois a adoção de estratégias nessa área impacta diretamente 
todo o planejamento estratégico.
Ao buscar orientação sobre essas ações, as empresas podem assinar o Pacto Global da ONU, 
comprometendo‑se assim com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Eles são colocados 
em várias áreas, e as instituições conseguem priorizar quais objetivos podem ser mais bem atendidos 
com base em seu desempenho (ONU, s.d.).
Por fim, ao se preparar para adotar estratégias ESG, as empresas podem montar um comitê sobre 
o tema, com pessoas de diferentes áreas, cuja missão será pensar em ações concretas para além de 
estimular toda a companhia a refletir sobre e incorporar essa estratégia em sua cultura.
A gestão ESG pode ser adotada por companhias de qualquer porte: enquanto as grandes empresas 
conseguem ter equipes dedicadas para cuidar de suas medidas ESG e se beneficiar delas, as pequenas 
podem se beneficiar de uma tomada de decisão mais rápida, flexibilidade e contato mais próximo com 
seus clientes, o que os ajuda a entender melhor suas necessidades.
125
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Pequenos passos “verdes”, como mudar para embalagens mais ecológicas, recibos digitais, uso de 
energia renovável e gerenciamento eficaz de resíduos realizados por pequenas empresas, podem ajudar 
muito a economizar custos e reduzir sua pegada de carbono.
As principais empresas brasileiras, de capital aberto, que adotam práticas ESG em sua gestão são:
• Lojas Renner S.A.
• Banco Santander S.A.
• Natura Cosméticos S.A.
• Itaú Unibanco S.A.
• Banco Bradesco S.A.
• Suzano S.A.
• Localiza Hertz S.A.
• WEG Motores S.A.
Um bom exemplo de adoção ESG na gestão vem do Banco Itaú, que é membro integrante de 18 
acordos com instituições comprometidas com a sociedade. Para executar sua gestão ESG, a instituição 
firmou compromisso com 46 metas e indicadores alinhados com os ODS da ONU e tem adotado energia 
100% oriunda de fontes renováveis para seus prédios, agências e data centers, objetivando ser uma 
empresa neutra em emissão de carbono.
Outra empresa brasileira, e talvez a maior referência em ESG no país, é a Natura. Seu destaque atual 
vai para o programa Amazônia Viva. Desde 2010, ela já investiu mais de 400 milhões de dólares em suas 
iniciativas sustentáveis para gestão de resíduos e promoção da inclusão e diversidade.
 Saiba mais
Quer entender melhor maissobre as práticas ESG da Natura? Acesse o 
link a seguir:
NATURA. Visão de sustentabilidade 2050. Natura, 2014. Disponível em: 
https://cutt.ly/zMApWcS. Acesso em: 3 out. 2022.
Você sabia que a Gestão ESG difere‑se das práticas de responsabilidade social?
126
Unidade III
As práticas de responsabilidade social das organizações (RSO) já são discutidas há mais 
tempo, e emergiram no ambiente organizacional para padronizar a adoção de medidas de 
sustentabilidade e responsabilidade social das empresas na sociedade. A RSO tem por objetivo 
definir as ações e estratégias de uma empresa que busca gerar impactos positivos para o meio 
ambiente, funcionários, comunidades, meio ambiente (LINHARES, 2017).
Ainda para Linhares (2017), a gestão ESG tem como objetivo capturar todos os riscos e oportunidades 
não financeiros inerentes às atividades do dia a dia de uma empresa. As práticas ESG são mensuradas 
por uma série de itens e fatores como relatórios anuais de sustentabilidade corporativa, demonstrações 
financeiras e outras informações públicas divulgadas por uma instituição. Trata‑se de uma prática do 
mercado sobre sustentabilidade e responsabilidade social, mas não da mesma forma como era discutido 
anteriormente, uma vez que a RSO almejava cumprir uma série de formalidades, mas na prática não 
eram empresas culturalmente envolvidas com o meio ambiente, sociedade e governança. O ESG surgiu 
para expor uma profunda lacuna entre as organizações e um propósito maior, fortalecida pelo principal 
anseio de lucratividade e crescimento no mercado.
8.2 Envolvimento das empresas com o desenvolvimento social: da filantropia 
à gestão socialmente responsável
O conceito de RSE, mesmo no mundo desenvolvido, evoluiu de negócios individuais para a filantropia, 
principalmente no século XIX pós‑Revolução Industrial. No entanto, ela era distinta da filantropia corporativa, 
uma vez que tratava das atividades sociais como parte das operações rotineiras de uma empresa, com seu 
lucro econômico servindo ao objetivo a longo prazo de contribuir para o bem‑estar social.
A sustentabilidade corporativa é mais uma iteração de RSE e refere‑se a uma estratégia proativa 
para garantir o crescimento de uma organização em longo prazo, adotando uma abordagem de 
desenvolvimento equilibrada para o lucro, as pessoas e o planeta. Há uma crescente percepção de que 
as companhias fariam bem em incorporar a sustentabilidade como um elemento da estratégia de 
negócios, porque tal compromisso pode realmente melhorar o desempenho dos processos organizacionais 
(JAYAKUMAR, 2016).
Para Carmo (2019), no mundo desenvolvido descobriu‑se que o tamanho da empresa e os padrões 
de propriedade influenciam o relacionamento empresa‑sociedade e a orientação de RSE. As grandes 
corporações geralmente adotam um processo formal, abordagem estratégica para a RSE com base nas 
relações com as partes interessadas e uma retórica de caso de negócios, enquanto as pequenas empresas 
familiares utilizam uma abordagem informal.
A filantropia corporativa e a responsabilidade social corporativa são conceitos semelhantes que 
muitas vezes se sobrepõem na prática. Na verdade, a relação entre RSE e filantropia geralmente é difícil 
de distinguir, já que os termos podem ser usados de forma intercambiável. Conforme Jayakumar (2016), 
normalmente a filantropia é integrada a um plano de responsabilidade social corporativa mais amplo. 
Ambos são conceitos positivos projetados para fornecer recursos corporativos à comunidade que a 
companhia atende, e a doação também pode ser direcionada a causas específicas. A divisão fica bem 
clara quando analisamos com atenção o contexto de cada uma e elas são praticadas simultaneamente 
127
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
pelas corporações. A diferença entre filantropia e caridade é menos clara, e os termos geralmente têm 
maior sobreposição (CARMO, 2019).
O que é filantropia corporativa?
A filantropia é mais frequentemente vista na forma de contribuições financeiras, mas também pode 
incluir tempo e recursos. O conceito por trás dela envolve fazer um esforço para impulsionar a mudança 
social. Não são apenas as doações de caridade que podem ser direcionadas a vários cenários de doação 
direta, como socorro em desastres ou alimentação de sem‑teto. A filantropia envolve encontrar uma 
solução de longo prazo para os sem‑teto, em vez de fornecer ajuda temporária. No âmbito corporativo, 
ela é praticada de diversas maneiras. Muitas corporações simplesmente doam dinheiro para causas que 
visam trazer mudanças sociais. Elas podem ou não colocar sua marca na causa e levar crédito pelos 
recursos oferecidos. Carmo (2019) alega que esse tipo de doação geralmente acontece sem qualquer 
envolvimento direto fora dos fundos oferecidos.
As instituições também podem estar diretamente envolvidas na filantropia por meio de parcerias 
estreitas com uma causa ou, em alguns casos, realizando os esforços internamente. Algumas delas 
têm departamentos inteiros dedicados a gerenciar suas doações de caridade e programas filantrópicos. 
Embora filantropia e caridade sejam separadas por definição, ambas são comumente agrupadas em 
uma única categoria na atmosfera corporativa. Trata‑se de programas de doação que não se limitam 
necessariamente às comunidades onde operam. Na maioria das vezes, as empresas simplesmente 
selecionam as causas e contribuem financeiramente (FORMÁNKOVÁ; SKŘIČKOVÁ; HRDLIČKOVÁ, 2015).
O que é responsabilidade social corporativa (RSC)?
A responsabilidade social corporativa (RSC) envolve diretamente o modelo de negócios da corporação e 
suas práticas de negócios. Está um passo além da filantropia ao envolver diretamente a corporação nas causas 
e na comunidade. Por exemplo, uma empresa de mineração deve implementar programas de limpeza para 
mitigar a poluição da operação.
A RSC não é obrigatória e nem sempre é praticada, mas deve ser um aspecto importante de qualquer 
corporação de grande porte, pois alguns efeitos colaterais podem advir das práticas de negócios. 
Responsabilidade social empresarial ou RSE significa que a corporação trabalha para mitigar os efeitos 
potencialmente negativos na comunidade, bem como para resolver os efeitos sociais, ambientais e na 
saúde pública em geral. Então, qual é a diferença entre RSE e filantropia?
A filantropia é simplesmente uma forma de reinvestir a riqueza em uma causa. Pode acontecer no lazer 
da corporação; é puramente opcional. Se a corporação não participar de filantropia, isso provavelmente 
não afetará a forma como ela é vista. A falha em implementar a RSE, no entanto, a colocará sob uma 
projeção negativa (FORMÁNKOVÁ; SKŘIČKOVÁ; HRDLIČKOVÁ, 2015).
O exemplo da mineração é bem comum, e existem vários deles na extração de recursos naturais, 
porque o negócio tem fortes impactos ambientais. Se a empresa de mineração remover todos os metais 
preciosos possíveis e abandonar o local de mineração que está lixiviando produtos químicos em cursos 
128
Unidade III
d’água locais, ela estará falhando com a comunidade e renunciando às suas obrigações de RSC. Os 
mesmos princípios se aplicariam a uma companhia de carvão que não lida com questões de saúde do 
trabalhador. Deixar de abordar diretamente a saúde da comunidade e os efeitos ambientais significa 
que a corporação está falhando com a comunidade, em vez de servi‑la (MATIAS; NASCIMENTO, 2021).
Um programa de RSC contrataria equipes de mitigação para selar e tampar os locais de mineração 
a fim de impedir a lixiviação química prejudicial, ou estabeleceria serviços de saúde na comunidade 
para tratar o pulmão negro, bem como outros problemas respiratórios desenvolvidos durante o trabalho 
no subsolo. Os programas de RSE são práticos e, em última análise, demonstram que a corporação se 
preocupa com as questões criadas como resultado de seu modelo de negócios. A RSE, na prática, muitas 
vezes parece muito diferente do que deveria, no entanto. Muitas empresas implementam programas do 
tipo sentir‑se bem para colocarsua marca em uma luz favorável, mas eles oferecem pouco em termos 
de recursos.
Qual é a diferença entre filantropia e caridade?
Filantropia e caridade são fáceis de confundir, e as linhas são muitas vezes indistintas. A caridade é 
uma doação direta da corporação para a caridade; não há amarras e a caridade pode ser qualquer causa 
sem fins lucrativos. A filantropia envolve uma causa que tenta resolver um problema.
Uma ação de caridade seria algo como dinheiro dado para entregar medicamentos para o câncer a 
indivíduos que não podem pagar tratamentos. No caso da filantropia, envolveria a busca da cura para 
a doença. Em ambos os casos, o curso de ação mais provável envolveria uma contribuição financeira 
direta para a organização sem fins lucrativos (MATIAS; NASCIMENTO, 2021).
Uma única organização sem fins lucrativos também pode estar envolvida com doações de caridade 
e filantropia. Por exemplo, é possível oferecer tratamentos para o Alzheimer enquanto trabalha para 
encontrar uma cura. Os dois não são mutuamente excludentes, o que torna difícil definir a doação de 
uma corporação.
Segundo Matias e Nascimento (2021), neste caso, a melhor maneira de a corporação fazer a distinção 
é especificar o que a doação deve representar. Com uma grande doação, ela pode até solicitar relatórios 
de gastos a fim de garantir que o dinheiro e os recursos estejam sendo usados como pretendido. Em 
última análise, a empresa deve distinguir entre os tipos de contribuições que faz. Em muitos casos, ela 
simplesmente opta por não definir entre filantropia e doação de caridade, porque isso não afeta a forma 
como arquiva as contribuições durante a época fiscal. A menos que esteja promovendo o fato de que 
contribui para uma causa específica, é improvável que receba escrutínio.
No entanto, muitas corporações irão alavancar suas doações em campanhas de relações públicas 
e marketing, e a distinção se torna mais importante. Não há repercussão legal para confundir doação 
beneficente e filantropia, pois todas são direcionadas a organizações sem fins lucrativos, mas qualquer 
empresa que faça um esforço sincero para doar, estará atenta às causas que representam. Se elas 
estiverem realmente doando com uma intenção específica, distinguirão os tipos de doações que são 
distribuídos e poderão criar mídia em torno de uma causa específica para que possam aumentar a 
129
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
conscientização e a capacidade da organização sem fins lucrativos de arrecadar fundos e continuar 
trabalhando (JAYAKUMAR, 2016).
A RSE é algo muito maior do que atos únicos de doação de caridade por empresas como parte de uma 
oferta para ser (ou visto como) um bom cidadão corporativo, e talvez com alguns benefícios adicionais 
de marketing ou relações públicas. Quando a filantropia corporativa faz parte de um programa de RSE 
eficiente, todos se beneficiam: sua marca, seus funcionários, seus resultados financeiros, seus clientes, 
suas causas e sua comunidade. Para Matias e Nascimento (2021), a filantropia corporativa não apenas 
ajuda a tornar o mundo um lugar melhor, mas deixa o seu negócio mais bem‑sucedido.
Enquanto a filantropia corporativa se concentra apoio a áreas obrigatórias e projetos de utilidade 
pública, a RSE foca no impacto geral das ações da empresa na sociedade – nomeadamente, nos âmbitos 
nacional e global.
8.3 Design sustentável
A utilização de uma filosofia de design sustentável incentiva decisões em cada fase do processo 
de design que reduzirão os impactos negativos no meio ambiente e na saúde dos ocupantes, sem 
comprometer o resultado final. Silva (2021) considera ser uma abordagem integrada e holística que 
incentiva o compromisso e as compensações. Essa abordagem integrada impacta positivamente todas 
as fases do ciclo de vida de um edifício, incluindo projeto, construção, operação e desativação.
Designers sustentáveis usam estratégias para melhorar a eficiência energética e hídrica e a qualidade 
do ar interno, e especificam produtos ambientalmente preferíveis, como bambu e cortiça para pisos.
O design sustentável é um método para projetar o ambiente construído, equilibrando os objetivos 
sociais, ambientais e econômicos. Todos devem ser igualmente integrados e equilibrados para alcançar 
uma solução verdadeiramente sustentável. Conhecido também como Design for the Environment 
(DfE), é uma abordagem de design para reduzir o impacto geral na saúde humana e no meio ambiente 
de um produto, processo ou serviço, em que os impactos são considerados em todo o seu ciclo de vida 
(SILVA, 2021; ANDRADE; BASAGLIA; SILVA, 2021).
Conforme Andrade, Basaglia e Silva (2021), a adoção do design sustentável otimiza a relação e interação 
do sistema econômico e do sistema ambiental, e se esforça para produzir um desenvolvimento sustentável 
e integração empresarial. A força motriz do DfE inclui clientes, agências internacionais e agências 
governamentais, que são partes interessadas no bem‑estar ambiental. As metodologias e ferramentas 
do DfE geralmente se enquadram em três categorias soltas, a saber: tomada de decisão, suporte ao 
projeto e fluxo de materiais. Nele, há vários facilitadores para a tomada de decisões, exemplos dos quais 
incluem estratégias de fim de vida e Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Com o desenvolvimento do DfE, 
são necessárias metodologias e ferramentas sofisticadas de apoio ao projeto para a sua fase inicial 
quanto ao impacto ambiental, servindo de orientação aos engenheiros projetistas.
130
Unidade III
Projeto e construção sustentável de edifícios é a prática de criar estruturas e usar processos 
ambientalmente responsáveis e eficientes em termos de recursos ao longo do ciclo de vida – desde a 
seleção do local até o projeto, construção, operação, manutenção, renovação e, finalmente, desconstrução.
Andrade, Basaglia e Silva (2021) alegam que o design sustentável busca reduzir os impactos 
negativos sobre o meio ambiente, a saúde e o conforto dos ocupantes do edifício, melhorando assim o 
desempenho do edifício. Os objetivos básicos da sustentabilidade são diminuir o consumo de recursos 
não renováveis, minimizar o desperdício e criar ambientes saudáveis e produtivos.
Além de incluir espaços verdes, os exemplos incluem (SILVA, 2021):
• minimizar o consumo de energia não renovável;
• usar o maior número possível de produtos reciclados;
• utilizar produtos ambientalmente preferíveis;
• empregar energias de fonte limpa.
Figura 24 – Energia eólica: fonte de energia limpa
Disponível em: https://bit.ly/3COmyh0. Acesso em: 3 out. 2022.
131
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Conforme Andrade, Basaglia e Silva (2021), os princípios de design sustentável incluem a 
capacidade de:
• otimizar o potencial de produção;
• minimizar o consumo de energia não renovável;
• usar produtos ambientalmente responsáveis;
• proteger e conservar a água;
• melhorar a qualidade ambiental interna;
• aprimorar as práticas operacionais e de manutenção do sistema produtivo.
Essas iniciativas e as transformações resultantes se somam ao que é mais conhecido como 
responsabilidade social corporativa (RSC), que busca conscientizar e atuar em torno das operações de 
uma empresa, seu impacto no meio ambiente e na presença e alavancagem necessárias para enfrentar 
os desafios ligados ao desenvolvimento sustentável.
Entre as técnicas que ganham destaque está o upcycling. Para Andrade, Basaglia e Silva (2021), 
upcycling é uma abordagem de design na qual você transforma subprodutos, resíduos, materiais ou 
produtos em desuso em algo novo de melhor qualidade e maior valor. Ao reutilizar materiais que já 
existem, economizamos energia, água, produtos químicos e outros recursos.
Conforme os autores (2021), o termo “design sustentável” refere‑se a uma série de técnicas, 
princípios e metodologias usados particularmente em engenharia, economia, tecnologia, negócios, 
meio ambiente e disciplinas políticas para incorporar considerações ambientais no design, processo 
e fabricaçãode produtos e serviços. O design para o ambiente está intimamente ligado à abordagem 
da ecologia industrial. A ecologia industrial se esforça para reduzir a geração de resíduos e maximizar 
o uso de resíduos e subprodutos no final do ciclo de vida, introduzindo‑os como matéria‑prima 
alternativa sempre e quando possível. O objetivo dessa lógica de substituição de recursos é melhorar 
a competitividade por meio da redução do uso de materiais e do consumo de energia.
Um bom exemplo do uso de design sustentável é o prédio administrativo da empresa Natura. 
Projetado pelo escritório Dal Pian Arquitetos, ele alinha integração entre construção e ambiente externo, 
máxima utilização de luz natural e interação social. Para alcançar tais objetivos, a construção possui 
bastante vidro, paisagismo e jardins, além de clarões espalhados (VAZ, 2017).
Conforme a autora (2017), desde que foi inaugurada, em 2016, a construção já foi certificada com 
o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), certificação concedida pelo Green Building 
Council Brasil, e atestada que segue rigorosos critérios de obra sustentável, uso racional de água e 
energia, valorização da flora local, e respeito às prioridades regionais.
Luana Miranda
Text Box
ap
132
Unidade III
Ainda segundo Vaz (2017), seguem alguns números da obra:
• 14% dos materiais utilizados na construção tiveram conteúdo reciclado;
• 41,2% do material empregado na obra foram extraídos e manufaturados em um raio de até 800 
quilômetros, diminuindo a demanda por transporte e favorecendo o consumo local;
• 100% da madeira incorporada na construção foi extraída de forma legalizada e sempre que 
possível com certificação FSC (Forest Stewardship Council);
• 97% dos resíduos recicláveis gerados durante a obra foram desviados de aterro e encaminhados 
para reaproveitamento.
Respeitando a natureza e a densa vegetação, os arquitetos projetaram o edifício de 
aproximadamente 100 metros de comprimento para parecer uma torre horizontal transparente e 
altamente permeável. A estrutura transparente parece flutuar em meio à profusa vegetação natural 
do local, com funcionários e visitantes entrando por uma passarela acima das copas das árvores. 
Vazios e reflexos de jardins na fachada de vidro equilibram a estrutura. Internamente, os espaços 
se desdobram em torno de um grande vazio central que sobe por todos os pavimentos, com jardins 
internos e passarelas também com vista para o imenso pátio. O vazio é pontuado por elevadores 
panorâmicos e uma série de escadas que unem o espaço, reforçando o conceito de uma estrutura 
transparente na qual todas as áreas são abertas e permeáveis para facilitar a conexão entre as pessoas 
e a natureza. Tal transparência revela o fluxo e movimento dos usuários para o exterior, criando um 
visual dinâmico. Uma grande cobertura unifica toda a estrutura, ao mesmo tempo que permite a 
passagem da luz natural, essencial para os inúmeros espaços verdes interiores e para a qualidade de 
vida dos utilizadores (VAZ, 2017).
Em linha com os princípios de economia de energia e sustentabilidade visando a ecoeficiência, as 
fachadas são protegidas por um sistema de brise‑soleil que mitiga a luz solar direta tanto no exterior 
como no interior. O telhado verde aumenta o isolamento térmico do edifício. As áreas internas são 
organizadas para proporcionar espaços de trabalho não convencionais, dinâmicos e fluidos para 
os funcionários. A arquitetura do Nasp ilustra os princípios fundamentais que regem e orientam a 
companhia: sustentabilidade, inovação, transparência e compromisso socioambiental.
8.4 Economia circular
A noção de circularidade tem profundas origens históricas e filosóficas. A ideia de feedback, de 
ciclos em sistemas do mundo real, é antiga e tem ecos em várias escolas de filosofia. Ela desfrutou 
de um renascimento nos países industrializados após a Segunda Guerra Mundial, quando o advento 
de estudos baseados em computador de sistemas não lineares revelou inequivocamente a natureza 
complexa, inter‑relacionada e, portanto, imprevisível do mundo em que vivemos – mais semelhante a um 
metabolismo do que a uma máquina. Com os avanços atuais, a tecnologia digital tem o poder de apoiar 
a transição para uma economia circular, aumentando radicalmente a virtualização, a desmaterialização, a 
transparência e a inteligência orientada por feedback (JABBOUR, 2019).
133
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Para Rainatto, Sousa e Jabbour (2021), economia circular é um sistema econômico no qual produtos 
e serviços são comercializados em ciclos fechados ou “ciclos” Trata‑se de uma economia em que o 
crescimento não é alimentado por e nem dependente de recursos finitos.
A economia circular é uma abordagem sistêmica para o desenvolvimento econômico, projetada 
para beneficiar as empresas, a sociedade e o meio ambiente. Em contraste com o modelo linear 
“pegar‑fazer‑descartar”, a economia circular é regenerativa por design e visa dissociar gradualmente o 
crescimento do consumo de recursos finitos (OLIVEIRA; SILVA; MOREIRA, 2019).
Depois de definir o que é realmente uma economia, este caminho de aprendizagem explora as 
nuances do conceito de economia circular, incluindo a diferença entre materiais biológicos e técnicos, 
as diferentes oportunidades que existem para manter materiais e produtos em uso e a história da ideia. 
Vejamos sua representação na figura a seguir.
ECONOMIA CIRCULAR
Sistemas vivos
Energia de recursos renováveis
Nutrientes 
biológicos
Nutrientes 
técnicos
ECONOMIA LINEAR
Utilização de energia 
de recursos finitos
De
sp
er
dí
ci
oPegue > Faça > Descarte
Nutrientes técnicos e 
biológicos misturados
Figura 25 – Modelo da economia circular
Fonte: Berndtsson (2015, p. 5).
Em uma economia circular, os fabricantes projetam produtos para serem reutilizáveis. Por exemplo, os 
dispositivos elétricos são elaborados de forma a serem mais fáceis de reparar. Produtos e matérias‑primas 
também são reutilizados o máximo possível – reciclando plástico em paletes para fazer novos itens 
plásticos, por exemplo.
Jabbour (2019) considera que, embora diferentes organizações que focam na economia circular 
tenham definições variadas, muitas concordam que ela se caracteriza como uma economia regenerativa 
por design, com o objetivo de reter o máximo de valor possível de produtos, peças e materiais.
Rainatto, Sousa e Jabbour (2021, p. 2) apontam quatro motivos para a adoção da economia circular 
por empresas que buscam ser socialmente responsáveis:
134
Unidade III
1) O desperdício na cadeia de produção. É causado pela ineficiência 
produtiva e pelos problemas logísticos, e também pela despreocupação 
no desenvolvimento do projeto do produto, que faz com que uma 
quantidade significativa de insumos (retalhos, sobras, arestas etc.) 
não seja incorporada aos produtos finais nem reaproveitados em 
outros processos.
2) Os resíduos no final da vida do produto. Os níveis de reciclagem da 
maioria dos materiais são ínfimos se comparados com a quantidade 
de matéria‑prima bruta que é utilizada. Mesmo os materiais que são 
mais valiosos e que já possuem tecnologias adequadas de reciclagem 
têm taxas de reciclagem baixas. Parte desse desperdício é também 
problema de projeto, pois os produtos não são construídos pensando 
na sua destinação final, o que impossibilita em muitos casos a correta 
destinação final.
3) O uso de energia. A maior parte da energia utilizada no processo 
produtivo acontece na extração e transformação de matérias‑primas. 
Quando tais matérias são descartadas após o uso, há uma perda 
imensa de energia, sendo que essa poderia ser mantida no sistema 
produtivo, evitando grandes perdas.
4) A erosão dos ecossistemas. À medida que a população mundial 
aumenta, juntamente com o consumo e a produção, a pressão 
sobre os ecossistemas naturais aumenta, retirando dos mesmos 
em quantidades maiores do que a capacidade destes de se recompor. 
Isso também é considerado com perda econômica, além do 
fatode que a permanência desse tipo de utilização afeta a vida 
no planeta terra.
Ela é capaz de criar um sistema que permita longevidade, uso otimizado, reforma, remanufatura e 
reciclagem de produtos e materiais, mantendo a continuidade da qualidade dos itens para os usuários, 
o que pode ser alcançado sem perda de receita ou custos extras.
Para Jabbour (2019), uma economia circular, portanto, requer mudanças fundamentais em vários 
sistemas. Os objetivos finais de redução do consumo de recursos e da poluição ambiental subjacentes ao 
conceito de economia circular são problemas complexos com soluções pouco claras.
Em nossa economia atual, a produção é toda feita a partir de recursos extraídos da natureza, e os 
dejetos dela jogamos fora como lixo – o processo é linear. Em uma economia circular, por outro lado, 
o primeiro passo é parar de produzir resíduos. Em seguida, é necessária uma transição para energias e 
materiais renováveis. Ela dissocia a atividade econômica do consumo de recursos finitos. Trata‑se de 
um sistema resiliente que é bom para os negócios, as pessoas e o meio ambiente (OLIVEIRA; SILVA; 
MOREIRA, 2019).
135
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Em uma economia circular, a atividade econômica constrói e reconstrói a saúde geral do sistema. 
O conceito reconhece a importância da economia que precisa funcionar de forma eficaz em todas as 
escalas – para grandes e pequenas empresas, para organizações e indivíduos, global e localmente.
Conforme os autores (2019), ela se baseia em três princípios:
• Projetar o lixo e a poluição: revela e projeta os impactos negativos da atividade econômica 
que causam danos à saúde humana e aos sistemas naturais. Isso inclui a liberação de gases de 
efeito estufa e substâncias perigosas, a poluição do ar, da terra e da água, bem como resíduos 
estruturais, como o congestionamento do tráfego.
• Manter produtos e materiais em uso: favorece atividades que preservam o valor na forma de 
energia, trabalho e materiais. Isso significa projetar para durabilidade, reutilização, remanufatura e 
reciclagem para manter produtos, componentes e materiais circulando na economia. Os sistemas 
circulares fazem uso eficaz de materiais de base biológica, incentivando diversas práticas para eles 
à medida que alternam entre a economia e os sistemas naturais.
• Regenerar sistemas naturais: evita o uso de recursos não renováveis e preserva ou aprimora 
os renováveis, por exemplo, devolvendo nutrientes valiosos ao solo para apoiar a regeneração ou 
usando energia renovável em vez de depender de combustíveis fósseis.
A economia circular vem ganhando força com líderes empresariais e governamentais. Sua implantação 
surge pela oportunidade de dissociar gradualmente o crescimento econômico de insumos de recursos 
virgens, incentivar a inovação, aumentar o crescimento e criar empregos. Se fizermos a transição 
para uma economia circular, o impacto será sentido em toda a sociedade. Os benefícios potenciais da 
mudança vão além da economia e entram no ambiente natural. Ao eliminar resíduos e poluição, manter 
produtos e materiais em uso e regenerar em vez de degradar os sistemas naturais, a economia circular 
representa uma poderosa contribuição para alcançar as metas climáticas globais.
As empresas se beneficiariam significativamente mudando suas operações de acordo com os 
princípios da economia circular. Esses benefícios incluem a criação de novas oportunidades de lucro, 
custos reduzidos devido a menores requisitos de material virgem e relacionamentos mais fortes com os 
clientes. A economia circular beneficiará não apenas as empresas, o meio ambiente e a economia em 
geral, mas o indivíduo. Desde o aumento da renda disponível até a melhoria das condições de vida e 
impactos na saúde associados, os benefícios para os cidadãos de um sistema baseado nos princípios da 
circularidade são significativos (SILVA et al., 2019).
Não há solução simples e nenhuma parte do sistema produtivo pode ser deixada de lado na busca 
da mudança do sistema. Modelos de negócios, design de produtos e serviços, legislação, práticas 
contábeis, planejamento urbano, práticas agrícolas, extração de materiais, fabricação e muito mais, 
todos atualmente têm qualidades indesejáveis de uma perspectiva circular. No entanto, não podemos 
mudar apenas um elemento do sistema existente e esperar a transformação de que precisamos. Silva 
et al. (2019) creem que a mudança de sistemas é difícil de alcançar e grandes ideias muitas vezes não 
136
Unidade III
se concretizam devido a falhas no gerenciamento das complexidades envolvidas. O que devemos fazer, 
porém, é aprender a entender como sistemas complexos – como uma economia – funcionam, porque o 
entendimento é o primeiro passo para a criação de melhores soluções.
Construir uma economia circular é uma RSC. “Reduzir, reutilizar, reciclar”. Essa frase é prolífica na 
conversa global em torno dos esforços e iniciativas de sustentabilidade. O modelo de responsabilidade 
social corporativa (RSC) é particularmente interessante não apenas pela dimensão ética da empresa, 
mas como fator de melhoria estratégica do negócio que combina os conceitos de RSE e economia 
circular como possíveis soluções para o desenvolvimento de processos empresariais sustentáveis.
As empresas não devem ser isentas dos princípios de reduzir, reutilizar, reciclar. Na verdade, 
precisariam ser responsáveis pela implementação das estratégias sustentáveis. A economia circular é 
um bom negócio. Quando as corporações implementam práticas sustentáveis, elas não estão somente 
ajudando o meio ambiente, mas a empresa como um todo. A responsabilidade social empresarial (RSE) 
e a economia circular (EC) podem ser integradas apesar de terem um enfoque teórico distinto.
 Observação
A responsabilidade social tem um enfoque de práticas da empresa para 
o ambiente externo, enquanto a economia circular discute as mudanças 
internas na organização.
Vejamos a seguir três exemplos de utilização da economia circular:
• Nike: a Nike afirma que 71% de seus calçados são feitos com materiais reciclados de seu próprio 
processo de fabricação. Em 2015, a marca recuperou 92% de seus resíduos. O seu relatório de 
sustentabilidade inclui esforços para atingir o desperdício zero na cadeia de suprimentos, investir 
em tecnologias para gerar 100% de energia renovável em suas fábricas e reduzir a produção de 
produtos químicos tóxicos de processos de morte ao entrar no meio ambiente (JABBOUR, 2019).
• Cidade do Cabo: o Western Cape Industrial Symbiosis Program (WISP) é um modelo de economia 
circular que conecta empresas com negócios e recursos não utilizados ou residuais, como água, 
logística, conhecimento e materiais. Uma rede de pesca desfiada, por exemplo, pode virar uma 
rede de futebol em uma escola. O WISP catalisou o desenvolvimento de mais programas na região, 
prometendo assim mais empregos, benefícios ambientais e receitas.
137
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Figura 26 – Vista área da Cidade do Cabo
Disponível em: https://cutt.ly/b1oardB. Acesso em: 3 out. 2022.
• Lojas sociais: a missão de resgate em Gotemburgo abriu lojas sociais, como a MatRätt, onde os menos 
favorecidos podem comprar alimentos a preços bastante reduzidos. Os alimentos lá vendidos 
foram doados, por exemplo, por produtores de alimentos, mercearias e atacadistas e são de boa 
qualidade, mas não podem mais ser vendidos devido a prazos curtos de validade, falhas de beleza 
ou similares.
138
Unidade III
 Resumo
Nesta unidade mostramos que a responsabilidade social das organizações 
pode envolver e impactar diferentes públicos. Clientes, funcionários, 
fornecedores e outras partes interessadas têm uma expectativa crescente de 
que seus valores estejam alinhados com os negócios com os quais trabalham e 
de onde consomem ou mantêm qualquer tipo de relação. Foram apresentados 
alguns stakeholders.
Outro tema muito relevante discutido foi a responsabilidade social na esfera 
pública. Afinal, os governostambém devem ser vistos como organizações sem 
lucros, que prestam serviços para o bem‑estar e desenvolvimento da sociedade. 
No cenário público, o governo pode empregar vários métodos para incentivar 
melhores práticas de RSE na esfera privada, bem como pode desenvolver 
ações próprias que visem aplicar a responsabilidade social em suas ações, tal 
como preservação ambiental, recuperação de áreas, incentivo à educação, 
desenvolvimento de comunidades e outros.
Tratamos acerca da responsabilidade social, que está ligada à 
responsabilização pessoal e refere‑se às atitudes de cidadãos e organizações 
responsáveis que consideram os impactos de suas ações na comunidade 
em geral. Apresentamos o conceito e a aplicação da accountability nas 
ações de responsabilidade social, e definimos que ela é a garantia de que 
um indivíduo ou uma organização será avaliado em seu desempenho ou 
comportamento relacionado a algo pelo qual é responsável. O termo diz 
respeito à responsabilidade.
Exibimos a ideia de aplicação e importância da ética organizacional. 
A ética nos negócios é relevante tanto para a conduta dos indivíduos 
quanto para a da organização como um todo. Aplica‑se a todos e quaisquer 
aspectos da conduta empresarial, desde as estratégias da diretoria e como as 
empresas tratam seus funcionários e fornecedores até técnicas de vendas e 
práticas contábeis. Apresentamos as melhores práticas de responsabilidade 
social, demonstrando formas de construir ações de RSE e exemplos reais de 
empresas que adotaram a responsabilidade social em suas condutas.
Vimos o marketing social, que é uma abordagem usada para desenvolver 
atividades destinadas a mudar ou manter o comportamento das pessoas 
em benefício dos indivíduos e da sociedade como um todo.
Trouxemos os mais recentes assuntos que envolvem a prática de 
responsabilidade social: gestão ESG, design sustentável e economia circular. 
139
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
A gestão ESG se refere às boas práticas empresariais que se preocupam 
com critérios ambientais, sociais e parâmetros de excelente governança 
corporativa. As vantagens de sua abordagem proativa vão além de apaziguar 
os acionistas institucionais e criar uma boa história de relações públicas. 
Um programa ESG robusto pode abrir o acesso a grandes pools de capital, 
construir uma marca corporativa mais forte e promover o crescimento 
sustentável de longo prazo, beneficiando empresas e investidores.
Já o design sustentável usa estratégias para melhorar a eficiência energética 
e hídrica e a qualidade do ar interno, e específica produtos ambientalmente 
preferíveis, como bambu e cortiça para pisos. O design sustentável busca reduzir 
os impactos negativos sobre o meio ambiente, a saúde e o conforto dos ocupantes 
do edifício, melhorando assim o desempenho da obra.
Tratamos ainda da economia circular, que é uma abordagem sistêmica 
para o desenvolvimento econômico projetada para beneficiar as empresas, a 
sociedade e o meio ambiente. Nela, a atividade econômica constrói e reconstrói 
a saúde geral do sistema. O conceito reconhece a importância da economia 
que precisa funcionar de forma eficaz em todas as escalas – nas grandes e 
pequenas empresas, para organizações e indivíduos, global e localmente.
Por fim, o discente aprendeu que uma empresa que se interessa por 
questões sociais mais amplas, e não apenas por aquelas que afetam suas 
margens de lucro, atrairá clientes que compartilham os mesmos valores, 
além de promover um desenvolvimento sustentável, minimizando os 
impactos que suas atividades possam causar no meio ambiente e na 
sociedade. Portanto, faz sentido para os negócios operarem de forma 
sustentável. Também cabe aos gestores o fato de saberem que é papel das 
organizações retribuir à comunidade, participar de causas filantrópicas e 
fornecer valor social positivo.
140
Unidade III
 Exercícios
Questão 1. Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I – Marketing social é um conjunto de estratégias colocadas em prática por uma organização que 
tem por objetivo promover a reputação e o prestígio de determinada marca, e consequentemente de 
seus produtos e serviços.
porque
II – Os serviços e produtos idealizados pelo marketing social visam gerar uma mudança de 
comportamento do consumidor, cujo objetivo é evidenciar as questões socioambientais.
É correto afirmar que:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda asserção é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda asserção é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise da questão
A primeira asserção é falsa, pois o marketing social tem propósitos diferentes do marketing 
comercial. O primeiro é voltado para a promoção de causas socioambientais e se propõe a influenciar 
hábitos sustentáveis. O marketing comercial constitui‑se de um conjunto de estratégias que visam 
trazer lucro para a empresa.
A segunda asserção é falsa, pois a ideia do marketing social é promover conceitos e atitudes 
socioambientais conscientes e responsáveis, e não produtos e serviços.
141
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Questão 2. Leia o trecho a seguir.
Environmental, Social and Governance (ESG)
O ESG surgiu no mercado financeiro como uma forma de medir o impacto que as ações de 
sustentabilidade geram nos resultados das empresas. A sigla surgiu a primeira vez em 2004, em um 
grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), rede ligada à ONU que tem objetivo 
de convencer investidores sobre investimentos sustentáveis.
Adaptado de: https://bit.ly/3CnwYUr. Acesso em: 30 set. 2022.
Com base no exposto e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I – O conceito ESG refere‑se às boas práticas empresariais que têm compromisso com a 
sustentabilidade, com o meio ambiente, o social e a governança corporativa.
II – O “E” da sigla ESG relaciona‑se com a energia consumida pela empresa, a emissão de resíduos e 
as relações de trabalho.
III – A governança é um aspecto pertinente ao conceito ESG. Trata‑se de boas práticas em relação ao 
meio ambiente, ao social e à gestão empresarial sustentável.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o conceito ESG (Environmental, Social and Governance)e faz referência às boas 
práticas corporativas no que tange aos aspectos ambientais (environment), sociais (social) e de 
governança (governance). Tais aspectos proporcionam ganhos para as empresas, uma vez que 
clientes e investidores atribuem mais valor às corporações que são responsáveis com o meio 
142
Unidade III
ambiente e com a sociedade, assim como com a governança corporativa, que trata da fiscalização 
e do controle empresariais.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a letra “E” da sigla ESG refere‑se às questões ambientais, como consumo de água e de 
energia, despejo de resíduos e outros. As relações de trabalho referem‑se à letra “S” da sigla ESG, ou seja, 
questões sociais.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o aspecto governança, ou seja, a letra “G” da sigla ESG, refere‑se às boas práticas 
de governança empresarial, isto é, ao emprego de um sistema de controle interno de processos 
e procedimentos, de modo a mitigar riscos, demonstrar transparência nas operações, atender às 
expectativas das partes interessadas, cumprir a lei e preservar o valor da organização.
143
REFERÊNCIAS
AUDIOVISUAIS
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TEXTUAIS
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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