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~ Resumo de Estratigrafia – Vitória Azevedo ~ ➔ Convenção para descrições sedimentológicas ➔ Rochas sedimentares em campo ➔ Marca de onda não tem tração, marca o fundo. Corrente tem tração e erosão. ➔ Para ter um registro sedimentar deve possui os três parâmetros: espaço de acomodação, influxo de sedimento e mecanismo de transporte e redistribuição de sedimento. ➔ Sedimentologia é a ciência que estuda a classificação, origem e interpretação dos sedimentos e das rochas sedimentares, em termos das propriedades físicas (textura, estrutura e mineralogia), químicas e biológicas e os processos que geram essas propriedades. Já a ➔ Estratigrafia é a ciência que estuda os estratos rochosos, sua descrição, interpretação e relações mútuas de tempo, sucessão de camadas e localização global. ➔ Estratigrafia clássica estuda o empilhamento dos pacotes sedimentares, diferenciando os segundo suas características e ao compará-los aos sedimentos atuais reconstrói os paleoambientes. Ela está calcada no uniformitarismo, sendo processada de forma contínua e gradual ao longo do tempo, e é sintetizada na pura, ou nem sempre, aplicação do Código de Nomenclatura Estratigráfica. ➔ Estratigrafia moderna busca entender as mudanças que ocorrem ao longo do tempo nos ambientes e é basicamente uma estratigrafia por evento e holística, caracterizada pela sedimentação episódica. – Estratigrafia por: 1. Eventos – Catastrofismo – Quebras Abruptas no registro sedimentar (ao invés de algo gradual) – Catastrofismo (Cuvier, XVIII) “A Terra era frequentemente interrompida por eventos terríveis” – O registro sedimentar seria formado por EPISÓDIOS de sedimentação, alternados por períodos de não-deposição, marcadamente refletidos nos planos de estratificação. – “...A história da Terra se assemelha à vida dos soldados: longos períodos de tédio e breves instante de terror” (Ager). – Sedimentação CÍCLICA e por EVENTOS! – Eventos = Sedimentação Episódica - Catastrofismo 2. Holística 3. Sismoestratigrafia – Usa as técnicas de Estratigrafia de Sequências – Uso do método sísmico para interpretação geológica – Escola da Exxon (Vail et al., 1977) – Memoir 26 da AAPG – Estratigrafia de Sequências (Vail et al., 1987) – Fator controlador: Eustasia 4. Técnica mais usada em Bacias de Margem Continental - Pulsos de variação do NM ➔ Leis de Steno (1669) São leis clássicas e feitas com base em estudos realizados na Europa, Ásia e África, desconsiderando o resto do planeta. 1. Lei da Horizontalidade original os sedimentos devem ter sido depositados sobre uma base. – Os sedimentos dobrados devem ter sido dobrados após a solidificação. – Camadas sedimentares (estratos) e derrames de lava foram depositados originalmente na horizontal. – Dessa forma, os sedimentos devem ter sido depositados horizontalmente sobre uma base e sedimentos deformados (dobras) devem ter sido deformados após a solidificação 2. Lei da Continuidade original lateral as camadas sedimentares formam, normalmente contínuos lençóis depositados por toda a Terra. – Camadas similares descontínuas, separadas em diferentes lados de um vale, devem ser sidos separadas por erosão. – Derrames de lava e estratos têm extensão física em todas as direções até as margens da bacia de deposição ou se afinam lateralmente. 3. Lei da Superposição a camada mais antiga situa-se na base de uma sequência, sendo coberta por camadas sucessivamente mais jovens. – Este princípio permite identificar a ordem de formação dos estratos, que fundamenta toda a interpretação histórica de rochas estratificadas. ➔ Hutton, Lyell e o Uniformitarismo – Hutton (1726-1797) todas as rochas são produtos de processos contínuos, mas do que produtos gerados a partir de uma criação isolada. Uniformitarismo é uma ideia naturalista que admitia uma uniformidade entre os processos modernos e antigos. “O presente é a chave do passado.”. Lyell (1979-1875) – Atualismo, uniformidade das leis naturais e dos processos. William Smith (1769-1839) – Princípio da Sucessão Faunística, foi quem gerou a ideia de que a sucessão da fauna pode ser usada para correlacionar diferentes localidades entre si. Ou seja, estabeleceu a base moderna da bioestratigrafia. Em 1815 produziu o primeiro mapa geológico com bases atuais. – Gradualismo as mudanças de face da Terra se dão de forma lenta e gradual. → Outras leis – Lei da Intersecção qualquer feição geológica (fraturas, falhas, intrusões ígneas) que corta uma rocha é necessariamente mais jovem que o material que está sendo afetado. – Lei das Inclusões qualquer fragmento de rocha, fóssil ou mineral que esteja incluso em outra rocha (qualquer que seja a sua natureza) é necessariamente mais velho que ela. – Lei das Descontinuidades trata-se de superfícies produzidas pela erosão entre sequências rochosas ou pela falta de sedimentação durante um longo período. Uma discordância representa um hiato no registro geológico da história de uma região; pode ser uma pausa no processo sedimentar de uma bacia, o intervalo temporal entre dois derrames de lava ou uma superfície que foi erodida antes que novos sedimentos se acumulassem sobre ela. Em outras palavras, usando de metáfora, seria como encontrar uma lacuna de páginas no livro pétreo da Terra. → Primeiro mapa do Reino Unido ➔ Tipos de descontinuidades → Relações estratigráficas unidades litológicas diferentes são separadas por contatos, que são superfícies planares e irregulares entre os diferentes tipos de rocha. 1. Descontinuidade é uma quebra de registro sedimentar, quebra no contínuo. Quando não mensurável. – Pode ser classificada em dois grandes conjuntos que são discordância e hiato. – Há 3 tipos de descontinuidades que são a discordância angular, discordância erosiva e paraconformidade. – Há duas maneiras de definir se é uma discordância ou um hiato através do tempo e relações estratigráficas. 1.1. Discordância é uma quebra de registro sedimentar devido à erosão ou não deposição. Quando envolve um tempo muito grande (milhões de anos) e é mensurável. É diferente de descontinuidade. Camadas superiores estão depositada acima de uma superfície erosiva que foi desenvolvida sobre camadas não deformadas que estão na horizontal. É uma perda de registro. – Discordância angular contato não-paralelo; – Desconformidade/discordância erosiva é erosiva; – Paraconformidade contato paralelo de pacotes rochosos de idades diferentes. Não há diferença de atitude entre unidades sobrepostas ainda que, às vezes, faltem diversos conjuntos líticos. É comum faltarem depósitos, tem muito tempo envolvido e não há variação de alguns estratos; – Nonconformity/Não conformidade/Inconformidade contato entre uma rocha sedimentar (que segue a lei de Steno) em baixo e em cima rocha ígnea/metamórfica (não segue a lei de Steno). 1.2. Hiato se não envolve uma quebra de registro com um tempo (centenas a milhares de anos) muito grande. Intervalo de tempo sem deposição no registro estratigráfico. 2. Conformidade superfície que separa estratos jovens de rochas velhas ao longo da qual não há evidências de não-deposição. Esse contato pode ser abrupta ou gradacional. 2.1. Diastemas são curtos intervalos de interrupção na deposição, que envolvem pequenos hiatos na sedimentação com pouca ou nenhuma erosão antes da deposição. 3. Sequência unidade de caráter cronoestratigráfico limitada por discordâncias e suas concordâncias relativas, formados por estratos contemporâneos, ou geneticamente relacionados. → Unidades delimitadas por discordâncias1. Unidade delimitada por discordâncias/sintema é um corpo de rochas limitado na base e no topo por discordâncias significativas, designadas especificamente, presentes na sucessão estratigráfica e que tenham preferencialmente extensão regional ou inter-regional. – Os diagnósticos específicos usados para estabelecer e identificar unidades delimitadas são suas duas unidades delimitadas, podendo incluir qualquer número de outros tipos de unidades estratigráficas. 2. Discordância/Unconformity é uma superfície de erosão entre corpos de rochas e que representa um hiato ou vazio significativo na sucessão estratigráfica. Alguns tipos de discordâncias são: 2.1. Discordância angular é uma discordância em que os planos de acamadamento situados acima e abaixo da discordância apresentam um ângulo >0° entre si. 2.2. Desconformidade é uma discordância em que os planos de acamadamento situados acima e abaixo da quebra estratigráfica estão essencialmente paralelos. 2.3. Diastema é uma curta interrupção na deposição, com pouca ou nenhuma erosão antes do reinício da sedimentação. Os diastemas não constituem uma base apropriada para o estabelecimento de unidades delimitadas por discordância. Paraconformidade Desconformidade/discordância erosiva Rochas subhorizontais Rocha sedimentar Discordância angular Paraconformidade Nonconformity/Não conformidade/Inconformidade Discordância angular → Representação do Grand Canyon ➔ Estratigrafia de sequência “é uma ferramenta da estratigrafia que subdivide o preenchimento de uma bacia sedimentar em pacotes de rochas (sequências) geneticamente relacionadas, limitados no topo e na base por discordâncias. – Sucessão de estratos depositados durante um ciclo completo de variação da acomodação ou do aporte/suplemento sedimentar. – Técnica que utiliza a interpretação sismoestratigráfica na análise de bacias para subdividir, correlacionar e mapear rochas sedimentares. – O registro sedimentar é dividido em registros temporais, eventos deposicionais limitados por descontinuidades, e, não, por litologias. – Depende do espaço deposicional e do influxo de sedimentos dentro da bacia. – O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro sedimentar, estando intimamente ligados, ou seja, o aumento / redução da quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento / redução do espaço deposicional da bacia. – O espaço deposicional varia por dois meios, subsidência (rebaixamento da bacia sedimentar) e eustasia (variação do nível do mar, que podem ser glacioeustáticas, tectonoeustáticas, por eustasia do geóide e por esforços intraplacas), sendo o somatório das variações positivas e negativas desses dois parâmetros que se chama de nível relativo do mar. – Acomodação todo espaço potencial disponível para acumulação de sedimentos; – Transgressão (deslocamento da linha de costa em direção ao continente com o aumento do espaço de acomodação e empilhamento retrogradacional) ≠ Regressão (deslocamento da linha de costa em direção ao mar com a redução do espaço de acomodação e empilhamento progradacional). – Sistema conjunto de eventos em interação, construídos a partir de relações energéticas. – Ciclos de Karogodin o registro sedimentar é dividido em ciclos baseados na composição litológica das rochas, por meio de triângulos que retratam rochas mais grossas na base e rochas mais finas no vértice. Na realidade, tal variação composicional reflete essencialmente a migração dos sistemas deposicionais, em relação à linha de praia. Obs: num conjunto de triângulos unido pelo vértice, este é a superfície de inundação máxima. Já unidos pela base indicam a sequência genética de Galloway. – Os ciclos sedimentares podem ser definidos como um grupo de diferentes litologias ou texturas que apresentam um padrão de repetição regular dentro de uma sequência. Eles podem ser rítmicos (quando há alternância de dois tipos litológicos) e cíclicos (alternância de três ou mais tipos litológicos). – Tectonosequências conjunto de estratos limitados por discordâncias de caráter tectônico. – Lâmina d’água ≠ espaço deposicional. – Curva de variação relativa do nível do mar = eustasia + subsidência Obs.: a eustasia depende da separação/junção dos continentes e de períodos de glaciação/deglaciação e a subsidência depende de um processo de decapação (modelagem) da bacia. – A curva relativa do nível do mar controla o espaço deposicional (regitro sedimentar), bem como o nível de base de sedimentação e, assim, a taxa de denudação. – Fatores que controlam registro sedimentar: eustasia (variação do nível do mar), tectônica, aporte sedimentar e clima. AE = F (E, T, AP). → Parasequência são os ciclos deposicionais (profundo ou raso), sendo uma sucessão de camadas conformes marcadas no topo e na base por superfícies de inundação marinha, segmentos de fácies de base funda e topo raso. → Ordem de grandeza das sequências/Ciclos hierárquicos – Para saber quanto tempo que está envolvido o ciclo é através da idade dos registros que ficaram preservados. Terá ciclos de grandes magnitudes e ciclos de menores magnitudes. Ordem dos ciclos Unidade de sequência estratigráfica Duração 1a/ Ciclo de primeira ordem ––––––––– Mais que 100 M.a 2a/ Ciclo de segunda ordem Supersequência 100 a 10 M.a 3a/ Ciclo de terceira ordem Sequências deposicionais e sequências composicionais 10 a 1 M.a 4a/ Ciclo de quarta ordem Sequência de alta energia; Parasequência; Cycle Set 1 a 100.000 M.a 5a/ Ciclo de quinta ordem Parasequência; Ciclos de alta frequência 100.000 a 10.000 mil anos – Ciclo de primeira ordem a criação de espaço, chegada de sedimento e destruição de espaço, demora mais de 100 Ma. – Ciclos de segunda ordem na casa de 10 Ma. a 100 Ma. – Ciclo de terceira ordem envolvem de 1 Ma. a 10 Ma. – Ciclo de quarta ordem envolve 100.000 Ma. a 1 Ma. – Ciclo de quinta ordem envolve 10.000 a 100.000 mil anos. 1. Ciclo de primeira ordem e ciclo de segunda ordem são responsáveis por criar espaço de acomodação na bacia. – Chegada de sedimento e destruição de espaço. Demora mais de 100 Ma. – Fenômeno de primeira/segunda ordem, são os que ocorrem em milhares de anos é a dinâmica da tectônica de placas. A variação eustática não está em evidência e sim a variação geotectônica (se a zona é de colisão, extensão). – Exemplo de ciclo de primeira ordem é a criação de uma crosta oceânica, criação de uma bacia de sedimentação, sendo um período de primeira ordem pois envolve milhões de anos nesse processo. 2. Fenômeno/ciclo de segunda/terceira ordem utiliza a variação eustática, que é controlada pelo ciclo de aquecimento. – Exemplo de ciclo de segunda ordem é a quando há a deglaciação o nível do mar/eustático aumenta e quando há a glaciação o nível do mar/eustático diminui. – Os ciclos de curta duração estão na casa de 10 – 20 Ma. – Pode ter algum com menos de 10 Ma. 3. Fenômeno de quarta/quinta ordem envolve os ciclos orbitais de Milankovitch, tem a ver com eustasia (sem relação com a subsidência). Esses ciclos irão controlar o ciclo e as variações das calotas de gelo e consequentemente o nível eustático. – Esses fenômenos de quarta e quinta ordem estão relacionados a características atmosféricas em termos de excentricidade, obliquidade e precessão. Sendo uma condição orbital, onde a orbita do planeta irá influenciar as massas de gelo e a variação eustática. – Os ciclos orbitais podem aumentar ou diminuir os círculos glaciais, em função da Terra estar com uma maior ou menor insolação, isso pode gerar uma variação do espaço de acomodação. Afeta bastante os carbonatos (registro sedimentar carbonático), devido os ciclos serem pequenos de dezenas a milhares de anos, irá mudar a profundidade das águas se serão mais rasas oumais profundas, impacta diretamente na colonização pelos carbonatos/estromatólitos/organismos bioconstrutores. Impacto forte dos ciclos de maiores frequências no registro sedimentar carbonático. Sendo um ciclo alóctone (ocorre fora da bacia). Sendo ciclos orbitais: excentricidade, obliquidade e precessão. 1. Excentricidade está relacionado ao grau de insolação que atinge o planeta. Na ordem mais longe, tem menos insolação e na ordem mais próxima terá mais insolação. A Terra pode ficar mais ou menos elíptica e está na ordem de 100 mil anos. 2. Obliquidade se um lado está mais inclinado terá mais insolação. Essa variação de inclinação está numa escala de ordem de 40 mil anos. A cada 40 mil anos o eixo da Terra inclina para um lado. 3. Precessão à medida que vira muda sua posição relativa, embora com mais insolação normal, nos momentos em que vai rotacionar ficará com menos insolação. Está numa escala de ordem de 20 mil anos. → Sobreposição de ciclos Os ciclos orbitais são quase periódicos. Ocorrem com uma certa periodicidade. Curva preta é quase periódica. Mas não é exatamente um período perfeito. → Hierarquias das sequências – No registro sedimentar tem os ciclos de maior grandeza como a subida do nível do mar, ciclos de menores grandezas mais frequentes são as variações das linhas de costa, os ciclos apertados são as dinâmicas das linhas de costa. Os ciclos vão se envelopando, um ciclo ocorre dentro do outro. – No registro sedimentar sempre irá observar os registros de hierarquia, um ciclo de ordem maior irá envolver um ciclo de ordem menor e assim sucessivamente. – As ordens maiores conseguem ser observadas em escalas de bacias e as ordens menores em escalas regionais ou locais, como escala de afloramento ou escala de reservatório. – Uma ordem envolve outras ordens menores. O registro sedimentar visto em uma bacia não é só um ciclo apenas, tem vários ciclos envolvidos. Cada ciclo desse é um conjunto de sedimentos que depositou num determinado momento do tempo geológico. O limite dos ciclos são as descontinuidades, tendo o tempo da bacia total e os tempos menores. ➔ Unidade limitada por descontinuidades: é um conjunto de sedimentos que foram depositados durante um intervalo de tempo, que representa um momento de acomodação e chegada de sedimento numa determinada região da crosta. ➔ Contato ou limite – uma superfície que separa corpos contíguos. ➔ Interrupção da sedimentação - descontinuidade. ➔ Vacuidade de erosão espaço-tempo correspondente ao material destruído/removido pela erosão. ➔ Sequência é o conjunto de estrato depositado no mesmo momento geológico. De caráter cronoestratigráfico limitado por discordâncias e suas concordâncias relativas são formadas por estratos contemporâneos ou geneticamente relacionados. Escala de bacia. Ciclo de terceira ordem Ciclo de terceira ordem Ciclo de segunda ordem Ciclo de primeira ordem ➔ Truncamento erosivo = TE, o truncamento é a parte que não continua. Para que exista a camada deve estar erodida. As linhas tracejadas representam o truncamento erosivo, que quando é deformado ou modificado efetivamente pode indicar que existe uma discordância. ➔ Controles do registro sedimentar é dado por ciclos e eventos. O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro sedimentar, estando intimamente ligados, ou seja, o aumento/redução da quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento/redução do espaço deposicional da bacia. O espaço deposicional varia por meio de subsidência e por eustasia (variação do nível do mar). Dentro do ciclo de sedimentação Na imagem possui um hiato, onde houve uma deposição da areia de baixo, uma litificação, exposição e depois uma erosão e uma nova sedimentação, logo envolveria muito tempo. Qual a idade do soerguimento? Antes de 200 M.a e depois de 60 M.a. Qual a região que foi mais afetada pela erosão? As camadas D e A. Sequência A e sequência B são conjuntos de estratos geneticamente relacionados, separados por descontinuidades. existem vários outros ciclos menores onde podem existir deposição, erosão, registro nos sedimentos ou não, que compõem esse ciclo maior. – Duas variáveis importantes para a criação de espaço de acomodação dependem das configurações geotectônicas: 1. Eustásia/variações eustáticas variação do nível do mar em relação ao eixo da Terra. Nível eustático causa uma variação na massa de água disponível no oceano. Se maior (sobe/positiva) aumenta o nível eustático se menor (desce/negativa) abaixa o nível eustático. – Volume da água nos oceanos varia por causa dos ciclo de glaciação e deglaciação das calotas de gelo que cobrem as massas continentais. – As fases do ciclo estufa-refrigerador do clima terrestre, são Greenhouse/Icehouse. 2. Tectônica – Definição de bacia sedimentar. – Área da superfície terrestre que sofre ou sofreu subsidência continuada, com acumulação de sucessões sedimentares. 3. Subsidência ou soerguimento é o processo de lento deslocamento da superfície em direção ao centro da Terra (afundamento), causado por uma mudança de estado da crosta ou da litosfera. – É um fator local. – É controlado por um contexto geotectônico (pode ser global ou local). Importantes para criar espaço de acomodação para criar sedimento. – O nível do mar não avança ou recua, ele aumenta ou diminui o seu volume de água. Pode ser alto quando sobe devido ter mais massa de água disponível ou baixo quando desce devido retirar água do sistema. – O que vai avançar ou recuar é a linha de costa e depende da quantidade de sedimento que chega. – O nível de espaço de acomodação total é relativo sea level/relativo nível do mar podendo a bacia ter uma começa marinha ou margem de plataforma. O nível do mar é relativo porque depende de duas variáveis que são as variações eustáticas e da subsidência ou soerguimento do substrato. – A quantidade do espaço de acomodação é uma soma vetorial entre o quanto que subiu pelo acréscimo do volume de água, o quanto que desceu pela subsidência ou se esses vetores estão em movimento contrário. – Depende das condições climáticas para ter erosão, transporte e deposição. – O registro sedimentar depende de dois fatores que são espaço de acomodação e taxa de influxo de sedimento. Fornecendo assim o que vai ficar no registro. Pode ter variação no influxo ou no espaço de acomodação, ou essas duas coisas podem acontecer concomitantemente. Ao longo do tempo o registro pode ser interrompido ou não e retomado. – O nível eustático depende de dois fatores que são a variação entre os períodos glacial e interglacial e momentos de expansão do assoalho oceânico ou diminuição do assoalho oceânico. 4. Aporte sedimentar – Quantidade de sedimentos que chega na bacia. – Está relacionado com os ambientes ao redor da costa. – Está relacionado com o clima. – É um fator local. Nessa imagem a subida é maior que a erosão (se fosse menor a parte cinza estaria aplainado), logo sempre terá sedimento disponível para chegar na bacia. A subsidência está criando espaço/buraco o nível do mar está parado/estável (na parte laranja) e está chegando muito sedimento para dentro da bacia através da erosão. Espaço de acomodação vs Aporte sedimentar – Espaço de acomodação é função da eustasia e subsidência da bacia. – Se houver espaço criado, esse espaço pode ser preenchido ou não por sedimentos. 1. Pode ser totalmente preenchido ou; 2. O preenchimento pode acompanhar a subida do nível relativo do mar ou; 3. Pode não ser preenchido (situação de bacia faminta, muito espaço de acomodação, porém sem sedimentos– Dessa forma, os sedimentos se acomodam de diferentes formas – Padrão de empilhamento → Principais fatores para ter sedimento na bacia 1. Sol e chuva para que gere os sedimentos que irão chegar na bacia. 2. Espaço. 3. Como ele se distribui na bacia (na imagem é distribuído na parte proximal que é um tipo de leque (parte laranja), nas partes mais distais que é a planície aluvial (parte amarela) e no marinho/oceano (parte azul). Devido está subsidindo o nível do mar está parado e o nível de base está sempre aumentando relativamente, não chega sedimento na parte mais profunda, porém pode ter carbonato no modelo da imagem. – Pode ter um fenômeno que faz o nível eustático baixar e vai erodir parte do sedimento, criando um ponto de equilíbrio na parte marinha. Continua tendo subsidência, porém o ponto de equilibro mudou e tudo acima da linha vermelha será erodido. – qs = influxo de sedimentação. → Quando tem momentos de queda do nível dos oceanos/mar, terá um período mais glacial, onde a água fica nos poros e a massa de água nos oceanos tende a diminuir. – Se tiver muita massa continental o nível do mar não sobe. – Deglaciação o nível do mar/eustático aumenta e glaciação o nível do mar/eustático diminui. – No Cretáceo em termos de geotectônica ocorreu a separação dos continentes, estando associada a momentos de menor glaciação, devido ter várias ocorrências de assoalhos oceânicos abrindo, quando entra massa oceânica na zona da crosta formando cordilheiras, a massa de água tende a ir para cima das massas continentais e quando isso ocorre não tem glaciação. Logo, a água não fica contida nos poros, sendo esse o momento de maior avanço do nível do mar. – Se tem massa continental no polo a água fica retida no polo, quando há glaciação no verão tem pouco degelo e no inverno acumula na montanha. Se não tem massa continental no inverno a água congela e no verão descongela, ou seja, o balanço se mantém. → Quando tem momentos de queda do nível dos oceanos/mar, terá um período mais glacial, onde a água fica nos poros e a massa de água nos oceanos tende a diminuir. → Nível relativo do mar – Está relacionado com a variação eustática somada com a subsidência local da bacia. 1. O aumento eustático, somado com uma forte subsidência gera um maior espaço de acomodação. 2. A redução eustática somada com uma forte subsidência, pode não haver variação significativa no espaço de acomodação. Na imagem abaixo: – Na Estratigrafia, o registro sedimentar é composto por ciclos que são gerados pela somatória vetorial, pela da combinação de criação de espaço de variação eustática mais subsidência e soerguimento. – Pode ter uma subsidência em que a taxa está sempre subsidindo. A cada mil anos desce 1 cm, a taxa não muda muito, porém o acúmulo da taxa irá criar uma subsidência. – Se o nível do mar sobe, porém o soerguimento é muito forte não terá espaço de acomodação. Se o nível eustático está baixo e a subsidência forte, mesmo que o nível eustático esteja caindo muito a subsidência irá compensar esse espaço de acomodação. Curva do nível do mar eustático é uma curva senoide Se a curva é senoide, deve calcular a taxa onde tirar a tangente dos pontos (bolinhas pretas), deve fazer uma nova taxa para esta curva. Feito isso ver 2 Maior taxa de queda. Maior taxa de crescimento. É quase periódico, pois os níveis sobem e descem. Nessa imagem quando o nível do mar sobe significa que está num período interglacial. Existe uma condição atmosférica que não permite criar calotas de gelo, logo a água vai para o oceano. No ciclo de deposição 2, onde a taxa de crescimento eustática somada ao espaço criado pela subsidência gera um grande espaço de acomodação. A linha representa que a cada mil anos desce 1 cm. Quando chega em 1 B.a, já tem bastante 1 cm acumulado e a subsidência é grande devido ser acumulativa. 2. Feito a nova representa taxa gera esta nova curva. Os vetores em vermelho mostram que está perdendo sedimento e espaço. Baixando o nível. Os vetores em amarelo mostram que está crescendo. A taxa de uma reta é constante, logo sempre vai acumular a mesma taxa. No contexto geológico, a taxa sempre em momento crescente significa que ela está ganhando espaço. Mesmo que o vermelho acima perca espaço, o vermelho de baixa está ganhando espaço. Esta quebra representa a queda do nível eustático suplantou o aprofundamento da bacia pela subsidência, logo ao gerar uma quebra gera um espaço. Ciclo de deposição 1 Ciclo de deposição 2 ➔ Ciclos e eventos no registro sedimentar – O que é um ciclo, evento e um ciclo periódico e não periódico. – O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro sedimentar, estado intimamente ligados, ou seja, o aumento/ redução da quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento / redução do espaço deposicional da bacia. – O espaço deposicional varia por meio de subsidência e por eustasia (variação do nível do mar). – Dentro do ciclo de sedimentação existem vários outros ciclos menores onde podem existir deposição, erosão, registro nos sedimentos ou não, que compõem esse ciclo maior. O espaço de acomodação que é influenciado pelo nível eustático, numa bacia, quando o nível eustático cai e ele é compensado pela subsidência gera um espaço positivo de crescimento de espaço de acomodação. Quando esse nível cai, mas mesmo assim a subsidência compensa essa queda eustática, onde está em vermelho a queda eustática tem uma taxa de queda que não é compensada pela taxa de espaço criado pela subsidência, logo irá acabar o espaço para depositar sedimento gerando assim a interrupção do depósito. Ver 4. Subsidência 4. Interrupção do depósito. Se tem interrupção irá gerar uma discordância. – Evento é algo que acontece eventualmente (pode ocorrer num tempo e depois fica um tempo sem ocorrência). É quase instantâneo e tem um impacto enorme no registro sedimentar devido ter uma magnitude grande e o sedimento tende a acumular. Tende a levar muito sedimento para a bacia. Onde pode ser um grande fluxo de turbidito, fluxo de massa, tempestade, inundação fluvial. É importante para a escala de bacia devido mudar a dinâmica deposicional. Sendo um ciclo autóctone que tem a ver com a própria dinâmica da sedimentação. – Periódico de tempos em tempos volta a ocorrer. O fato de ocorrer a cada tempo, não significa que será rítmico (no sentido exatamente igual). Os ciclos de Milankovitch são periódicos. – Quase periódico é como uma variação de maré, tem certa periodicidade. – Não periódico pode ter algo rítmico (que se repete sempre), mas sem uma escala de tempo. São de maior magnitude como variações eustáticas grandes e a curva global tectônica que são não periódicos. Embora gere ciclos, esses ciclos não serão periódicos. Impactam na geração de espaços de acomodação, a tectônica e a eustasia global impactam na chegada de sedimento na bacia. Para saber o tempo envolvido é através de fósseis, datação, relação estratigráfica (algo que tem informação de tempo). Muito sedimento pode até achar que é algo demorado para gerar uma grande acumulação, porém pode ter muito sedimento num evento quase instantâneo. Conjunto de sedimento preservado no registro sedimentar formando um evento. Ocorreu em um dado momento, chegou um grande volume de sedimento e ficou preservado. ➔ AB1, AB2 e AB3 ocorrem no mesmo arranjo, sendo um ciclo. Com uma intercalação de material fino e grosso. Um ciclo assim é chamado de ciclode engrossamento do topo. Existe três tipos de ciclo de engrossamento do topo. – Na figura B, esses ciclos são não periódicos, pois o tempo de cada triângulo (de sedimento fino) é diferente. – Figura C, é periódico, com as mesmas espessuras. – Na figura D, é periódico com espessuras diferentes, pois cada ciclo durou 1000 anos. – Pode ter periódico com espessuras diferentes e com espessuras iguais. Tem a ver com tempo. – Todas as colunas são rítmicas (ocorrem com repetição), porém não são periódicas. – Não é porque a espessura é diferente que será periódico ou não periódico. O que determina se será periódico ou não é a duração do tempo. A taxa de sedimentação, o espaço de acomodação pode ter sido mudado, porém o tempo que levou para depositar foi o mesmo. ➔ O registro sedimentar é dado pelos dois conjuntos (alóctones e autóctones), que gera uma dificuldade de interpretação, pois podem ocorrer no mesmo registro. Tendo superfícies que serão coincidentes com alóctones e autóctones e terão superfícies que não serão coincidentes. 1. Ciclo alóctone os espaços de paradas na superfície de sedimentação têm a ver com a composição do espaço de acomodação (bacia). Ocorre fora da bacia. Variação do espaço de acomodação que tem na bacia (não periódico). De caráter global e impactam no registro que irá ficar registrado na bacia. 2. Ciclo autóctone a repetição/recorrência é dada pela dinâmica interna da sedimentação. Se o contexto for deposicional é autóctone, que seria um evento. Ciclo alóctone, possui uma ritmicidade entre material grosso e fino. Uma ritmicidade pode ter ou não uma periodicidade, nesta foto a ritmicidade não é homogênea ao longo do afloramento, possui variações de arranjo distintas. Está em meso escala. Varvitos, onde camadas escuras são depositadas quando está num período glacial, devido chegar pouca areia no lago, terá areias com sedimentos finos hemi pelágicos. No verão chega mais areia no lago, logo está num período de deglaciação. Na foto terá períodos glaciais e interglaciais/deglaciação. Esse paredão pode ser sub dividido em macro escala e meso escala. Conseguindo definir que existe ciclos, houve deposição, depois pausa, depósito novamente e teve pausa, assim sucessivamente. Nessa imagem o sedimento é basicamente areia, não tem sísmica. Para calcular o tempo envolvido, embora não tenha como saber se houve periodicidade ou não. Se não tem um padrão de tempo/ferramenta temporal pode trabalhar com escala. Se a superfície mapeada na bacia como um todo tem a ver com o espaço de acomodação, sendo alóctone, tendo uma relação com a história da evolução da bacia. Se algo que observa num afloramento e em outro ponto não é possível observar mais, é provável que esteja associada a variação do sistema deposicional. → Ciclos autóctones e alóctones são ciclos de diminuição da espessura para o topo. – Cada seta vermelha representa um arranjo, intercalação entre material lamoso e arenoso, o que muda é a espessura. Nessa imagem há dois ciclos autóctone e alóctone. A linha verde é uma descontinuidade, uma quebra, devido ao nível do mar (nível eustático) não subir mais, a bacia entupiu/parou. – Os ciclos são de engrossamento para o topo, ficam granulometricamente mais grossos ou arenosos e mais espessos a tendência é que os níveis mais arenosos sejam mais espaços no topo do que na base. – A linha verde representa uma quebra no ponto. Não há mudança no tipo de sedimentação, apenas mudou o padrão de espessamento ou a taxa de sedimentação. Sendo um ciclo alóctone, não tem a ver com a sedimentação e sim deve haver algum fator atuando sobre a bacia. Se aumenta o nível de base, aumenta o espaço de acomodação da bacia para conseguir depositar mais sedimento. Superfície transgressiva ou de afogamento. – Na imagem está na escala de bacia. – Se não chega sedimento na bacia é depositado sedimento muito fino, pelágico, hemi pelágico (material pelágico + material inorgânico) e bichos mortos. Ciclo autóctone Tem fluxo gravitacional canalizado, depósito de uma carga. Ciclo de granodecrescência ascendente – Ciclo autóctone Sequência de Balman Intercalação entre as camadas Ciclo de deposição autóctone com relação com fluxo turbulento. – Ciclos de caráter alóctone, marcam os eventos que ocorrem na bacia. Com um caráter associado a criação de espaço. – O que dá a magnitude não é a espessura da rocha e sim o tempo que está envolvido em na superfície de baixo e na superfície de cima. Na imagem acima é um Travertino. É possível dividi-lo em 3 camadas, como as linhas amarelas, na segunda camada amarela ela pode ser subdivida em 4 camadas vermelhas que estão dentro da amarela. Tem uma frequência que é o ciclo amarelo e tem mais um outro conjunto de alta frequência. Nos ciclos amarelos há variação climática, quando a bacia seca gerando uma escavação bem forte. No topo dos ciclos amarelos a bacia tem água, fica cheia na base resseca. Sendo algo alóctone. Quando está com água tem como depositar os travertinos, quando ressecada gera uma escavação. O ciclo vermelho seria autóctone devido ter relação com o hidrotermalismo, fumarola. Nos espaçamentos escuros do travertino são bons reservatórios de óleos. Tendo de 30 – 40% de porosidade, como as rochas do pré sal. ➔ Influxo sedimentar estão associadas a fenômenos atmosféricos muito grandes e eventos como sedimentação episódica e catastrofismo. Não está associado a deposição do dia a dia, pois não mantem nada preservado. Influxo sedimentar = catastrofismo e sedimentação episódica. Catastrofismo – São eventos catastróficos para explicar o registro rochoso. Assim, mudanças súbitas provocam extinções. Sedimentação episódica – Segundo Ager “A história da Terra se assemelha a vida dos soldados, com longos períodos de tédio e breves instantes de terror”. – Hsu & Dott “O registro sedimentar será formado por episódios de sedimentação, alternados por períodos de não deposição ou erosão, estes marcados nos planos de estratificação. Só preservando as fácies geradas por processos bruscos, de alta energia. As principais evidências sedimentológicas dessa sedimentação são: – Fenômenos ligados a correntes turbulentas turbiditos, inunditos, tempestitos sismitos e tsunamitos. – Depósitos ligados a explosões vulcânicas sedimentos ejecta e cinzas vulcânicas que se espalham sobre uma grande área. – Depósitos ligados a inundações catastróficas modelo de sistemas deposicionais flúvio- deltáicos. Ciclo 3 amarelo fino fino grosso Ciclo 2 amarelo dentro dele há ciclo 5 ciclos vermelhos No amarelo há 3 ciclos (conta topo e base) Ciclo 1 amarelo – O registro sedimentar de uma bacia é mais dependente dos eventos de grande magnitude, seja catastrófica ou episódica do que a sedimentação do dia a dia. – O que faz o registo sedimentar ficar preservado é a mudança abrupta na taxa de sedimentação. – Deve ter quantidades catastróficas de material chegando para quando vier o retrabalhamento por ondas parte do sedimento será jogado fora, mas parte será preservado como barras. Frequência dos eventos é inversamente proporcional ao porte do depósito – Quanto maior a magnitude do evento, menos frequente ele será. Entretanto, maior será seu potencial de preservação (devido a violência da sua sedimentação ele pode erodir o evento anterior) – O mecanismo episódico da deposição indica um registro sedimentar altamente descontínuo. – O registro sedimentar é composto por momentos de deposição (Registro) e momentos de não deposição ou erosão (onde não há registro). – Evidências sedimentológicas da sedimentação episódica no registro sedimentar: 1. Turbiditos– Depósitos episódicos por natureza. – Formados em contexto marinho e lacustre. – Transporte rápido (~minutos a horas), sedimentando espessas camadas. – Tempestades catastróficas: Hummocky, com estratificação gerada numa combinação de fluxo unidirecional e oscilatório 2. Tempestitos – Tempestades no ambiente marinho e lacustre. – Grande liberação de sedimentos. – Formação de estruturas sedimentares específicas (Hummocky). – Sedimentação pode levar apenas algumas horas, em contraste com longos períodos de não deposição. 3. Inunditos – Inundações violentas em contextos fluviais e marinhos. – Depósitos fluviais de maior expressão estariam relacionados a inundações catastróficas; – Conceito de inundações catastróficas são pouco uniformitarista, com raros exemplos atuais. Inundações de Bretz – Idade - 15 mil de anos b.p. (Pleistoceno). – Ocorreu na Bacia do Rio Columbia, Spokane EUA. – Feições incomuns com barras fluviais de 120 metros, ondulações de 100m de espaçamento e 9m de altura. – Bretz considerou como inundações catastróficas – rejeição da comunidade geológica (na sua maioria gradualistas). – Reconhecimento posterior: “We are now all catastrophists!” → O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro sedimentar, estando intimamente ligados, ou seja, o aumento / redução da quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento / redução do espaço deposicional da bacia. → O espaço deposicional varia por dois meios, subsidência (rebaixamento da bacia sedimentar) e eustasia (variação do nível do mar, que podem ser glacioeustáticas, tectonoeustáticas, por eustasia do geóide e por esforços intraplacas), sendo o somatório das variações positivas e negativas desses dois parâmetros que se chama de nível relativo do mar. ➔ Tempo geológico tem a ver com os ciclos de deposição a ideia de dividir em ciclos veio de Sloss, 1963. Na imagem amarelo e branco são depósitos de registro sedimentar e preto são buracos de não deposição/sem registro sedimentar. – Ciclos de primeira ordem (mais de 100 milhões de anos) seriam conjuntos de sedimentos depositados ao longo desse tempo e limitado por grandes erosões. – Uma seção geológica num eixo terá metros ou profundidade ou espessura e no outro eixo é a distância (Km). – Uma seção cronoestratigráfica é tempo (quando depósito a rocha nessa posição) por distância. – O que é visto no registro sedimentar é o conjunto de sedimentos que estão limitados por descontinuidades. Esses conjuntos de sedimentos marcam o momento do tempo geológico onde tinha um espaço de acomodação apto a receber sedimento e uma capacidade de chegar sedimentos para preencher esse espaço. – Essa condição muda, vira uma descontinuidade e irá criar outro momento a partir da mudança do espaço de acomodação, que pode ter sido modificado por questões tectônicas ou questões eustáticas ou pelos dois trabalhando juntos, dessa forma é possível analisar a origem desta continuidade. ➔ Nomenclatura estratigráfica (histórico) – Unidades estratigráficas (Código Brasileiro – 1986) essas quatro fazem parte do código estratigráfico brasileiro. – As 3 unidades (litoestratigráfica, bioestratigráfica e cronoestratigráfica) são materiais, devido ser possível de tocar essa amostra/unidade que está definindo. – Conjunto de regras que devem ser obedecidas para classificar os estratos em categorias materiais e imateriais. – Contemporaneidade (tempo) ≠ Similaridade (litologia) – Os estratos apresentam relações temporais em suas bases e topos. 1. Litoestratigráfica/litoestratigrafia; 2. Bioestratigráfica/bioestratigrafia; 3. Cronoestratigráfica/cronoestratigrafia; 4. Geocronológica/geocronoestratigráfica. 1. Litoestratigrafia é uma unidade de um corpo rochoso. Podendo ser acamado (com estratos) ou não estratificado/unbedded (maciço). – Uma unidade litoestratigráfica consiste num conjunto de rochas que se distinguem e se delimitam com base em seus caracteres litológicas. – É definido em função da sua unidade litológica ou característica litológica. – É uma unidade básica que só serve para mapeamento. – Não correlaciona formação (formação se mapeia). – Não tem caráter temporal e sem relação com o ambiente de sedimentação. – Respeitam as leis de Steno. As rochas variam no espaço e no tempo. Os limites são subjetivos e não físicos, uma vez que as alterações da face lateral são graduais. – Não dá pra usar litoestratigrafia no mapeamento sísmico. – Não pode usar esse termo em rochas metamórficas. – Reconhece, estuda, subdivide e correlaciona os conjuntos de rochas sedimentares por meio de seus caracteres litológicos, como o tipo de rocha (arenitos, calcários, basaltos, etc), cor, textura, composição mineral e granulometria. Os pacotes de rocha assim discernidos são denominados unidades litoestratigráficas. – A litoestratigrafia é semelhante à aloestratigrafia (corresponde a um corpo sedimentar estratiforme, mapeável e em escala menor de deposição, definido pelo reconhecimento de descontinuidades limitantes, distinguindo depósitos de litologia similar superpostos, contínuos ou descontínuos geograficamente). – As unidades litoestratigráficas são corpos de rochas sedimentares, ígneas extrusivas, metassedimentares ou metavulcânicas distinguidas por suas características litológicas. São geralmente, estruturas estratificadas ou tabulares. – É dividida com base na sua litologia: 1.1. Grupo duas ou mais formações agrupadas. Divisível em subgrupo ou agrupado em supergrupo. 1.2. Formação/formation é a unidade primária da litoestratigrafia. É uma nomenclatura para um conjunto de rocha ou corpo rochoso que tem características litológicas específicas, que consegue separar dos demais através das suas características litoestratigráficas. Conjunto de rocha que consegue individualiza-lo. Unidade de mapeamento básica. Unidade litoestratigráfica fundamental. 1.3. Membro parte de uma formação. Os mais importantes são os três acima. 4. Camada não tem uma extensão para ser mapeavél pontos, porém é bem definida em alguns pontos. É uma camada distinta dentro de um membro ou formação. Parte de uma formação ou de um membro. 5. Derrame/flow é a camada distinta de menor espessura dentro de uma sequência vulcânica. 6. Complexo para uma associação de rochas de várias classes. 7. Suíte para rochas magmáticas ou metamórficas de alto grau, equivalente ao grupo. 8. Corpo subdivisão da suíte, equivalente à formação. – Os limites de unidades litoestratigráficas são colocados em posições de mudanças litológicas ou colocados arbitrariamente dentro de zonas de gradação. Tanto os limites verticais quanto os laterais são baseados nos critérios líticos que fornecem a maior unidade e utilidade. Unidade Litodêmica consiste predominantemente de rochas intrusivas, muito metamorfizadas e deformadas, que geralmente não concordam com a lei da Superposição. → As categorias de classificação estratigráfica (nomenclatura internacional) – Categorias físicas: litoestratigrafia, unidade litodêmica, magnetopolaridade, bioestratigrafia, pedoestratigrafia e aloestratigrafia. – Categorias temporais: cronoestratigrafia e geocronologia. – Os corpos rochosos podem ser classificados com base em muitas propriedades intrínsecas. – Cada classificação exige uma nomenclatura própria. Os seguintes tipos de unidades formais são bem conhecidos e muito usados: 1. Unidades litoestratigráficas são unidades baseadas nas propriedades litológicas dos corpos rochosos. 2. Unidades delimitadas por discordânciassão corpos rochosos limitados no topo e na base por discordâncias significativas na sucessão estratigráfica. 3. Unidades bioestratigráficas são unidades baseadas no conteúdo fossilífero dos corpos rochosos. 4. Unidades de polaridade magnetoestratigráfica são unidades baseadas em mudanças na orientação da magnetização remanescente dos corpos rochosos. 5. Unidades cronoestratigráficas são unidades baseadas no tempo de formação de corpos rochosos. Synthem/sintema usa sequência no lugar. O termo sintema não foi muito bem recebido. 2. Bioestratigráfica/bioestratigrafia uma unidade bioestratigráfica é um pacote de camadas caraterizado por um determinado conteúdo fossilífero, que permite diferencia-la das camadas adjacentes. – Baseado no princípio da sucessão Faunal e da superposição das rochas de Steno em que estratos mais jovens estão por cima e os estratos mais velhos estão por baixo. – Uma unidade bioestratigráfica é um corpo de rocha que é definido ou caracterizado pelo seu conteúdo fóssil. 2.1. Bioestratigrafia é o elemento da estratigrafia que aborda a distribuição dos fósseis no registro geológico e a organização dos estratos em unidades com base nos fósseis contidos. – Visando o reconhecimento e a organização dos estratos e unidades baseadas no conteúdo, distribuição, frequência e\ou associação dos fosseis nela contidos, contemporâneos à acumulação. – As unidades bioestratigráficas são denominadas biozonas. – São biohorizontes determinados pelo aparecimento e desaparecimento de táxons. – Os fósseis ou conteúdo fossilífero utilizados são os fósseis-guias (ampla distribuição espacial, pequena amplitude temporal, abundantes por amostras, facilmente identificáveis, de ocorrência independentemente do tipo de rocha microfósseis de organismos planctônicos, pólens e esporos são os que melhor preenchem esses requisitos) 2.2. Classificação bioestratigráfica é a subdivisão e organização sistemática da seção estratigráfica em unidades nomeadas com base em seu conteúdo fossilífero. 2.3. Zona bioestratigráfica (Biozona) é a unidade básica. Um termo geral para qualquer tipo de unidade bioestratigráfica independentemente de espessura ou extensão geográfica. – Biozonas variam muito em espessura, extensão geográfica e amplitude de tempo representado. A biozona é dada pela composição de todos os táxons. A tendência da biozona é ter um limite de aparecimento e desaparecimento compatível com uma linha de tempo. Um fóssil aparece, se adapta e some. Os limites dos táxons bem defendidos permitem definir uma idade temporal. 2.4. Horizonte bioestratigráfico (Bio-horizonte) é um limite, superfície ou interface estratigráfico, através do qual ocorre uma mudança significativa no caráter bioestratigráfico. Um bio-horizonte não tem espessura e não deveria ser utilizado para descrever unidades estratigráficas muito finas e que sejam especialmente distintas. 3. Cronoestratigrafia/cronoestratigráfica é o elemento da estratigrafia que aborda as relações de tempo relativo e as idades de corpos rochosos. – Uma unidade cronoestratigráfica é constituída por um conjunto de estratos formados durante determinado intervalo de tempo geológico. – É um conjunto de rocha de unidade cronoestratigráfica depositada num determinado tempo. – Visa a organização dos estratos de rochas em unidades que correspondem a intervalos de tempo geológico, formando um sistema de referência para o registro da história geológica. – Separa o registro pelas unidades temporais. – Os limites das unidades cronoestratigráficas são definidas por fósseis-guias ou pelas propriedades físicas da rocha. – A princípio, as unidade são isócronas e podem ser reconhecidas mundialmente. 3.1. Classificação cronoestratigráfica é a organização das rochas em unidades baseadas na sua idade ou tempo de formação. O objetivo da classificação cronoestratigráfica é a organização sistemática das rochas constituintes da crosta da Terra em unidades nomeadas (unidades cronoestratigráficas) e que correspondem a intervalos de tempo geológico (unidades geocronológicas), para servir de base para correlação de tempo e para um sistema de referência para o registro de eventos da história geológica. 3.2. Unidade cronoestratigráfica é um corpo rochoso que inclui todas as rochas formadas durante um intervalo específico de tempo geológico e somente aquelas rochas formadas durante esse intervalo de tempo. São delimitadas por horizontes sincrônicos. O escalão e magnitude relativa das unidades na hierarquia cronoestratigráfica são uma função da extensão do intervalo de tempo que as rochas englobam, e não sua espessura física. 3.3. Horizonte cronoestratigráfico (Crono horizonte) é uma superfície ou interface estratigráfica que é sincrônica, tendo a mesma idade em todos os lugares. 4. Geocronológica/geocronoestratigráfica as unidades geocronológicas são divisões do tempo distinguidas em base de elementos geocronológicos. Conceito um objetivo principal da classificação cronoestratigráfica é o estabelecimento de uma hierarquia de unidades cronoestratigráficas de alcance mundial, que irão servir de escala de referência padrão para a datação de todas as rochas em todos os lugares e para correlacionar todas as rochas em todos os lugares com a história geológica mundial. – Unidades cronoestratigráficas (são camadas reais de rocha selecionadas para servir de referência para todas as rochas formadas durante o mesmo intervalo de tempo); unidades geocronológicas (são divisões imateriais do tempo baseadas nas unidades cronoestratigráficas). – Separa o registro por datações diretas da rocha. – Todas as unidades da hierarquia cronoestratigráfica padrão são teoricamente de extensão mundial, e também suas abrangências de tempo correspondentes. – Essa unidade é imaterial. – Não afirma que tão rocha de por exemplo 200 M.a e sim que a rocha é relativa a uma idade como por exemplo 200 M.a. Através da avaliação pode estipular uma idade, sem ter a rocha/amostra para tocar. → Mapeamento de unidades cronoestratigráficas – Na imagem a escala é feita em tempo por distância da imagem acima. cada linha vermelha possui um número que foi usado para fazer os traços na imagem abaixo. – Em azul seria a unidade 1, sendo um conjunto de estratos, que é limitado por uma descontinuidade, em amarelo seria a unidade 2, sendo um conjunto de estratos, limitado por uma descontinuidade, em verde a unidade 3, sendo um conjunto de estratos, limitado por uma descontinuidade e em azul escuro a unidade 4, sendo um conjunto de estratos, limitado por uma descontinuidade. 5. Unidade aloestratigráfica unidades delimitadas por discordância. – Unidade aloestratigráfica (do grego állos = outro, diferente) corresponde a um corpo sedimentar estratiforme, mapeável, definido pelo reconhecimento de descontinuidades limitantes (discontinuity-bounded unity). Distingue depósitos de litologia similar superpostos, contíguos ou descontínuos geograficamente, limitados por descontinuidades, permite distinguir ainda como unidade única, depósitos caracterizados por heterogeneidade lítica limitados por descontinuidades. – Usada para escala de afloramento e específica para depósitos do Quaternário (que não usa formação e sim unidade aloestratigráfica). 6. A natureza das unidades litodêmicas – Unidade litodêmica é um corpo definido de rocha predominantemente intrusiva, altamente deformada e (ou) altamente metamorfizada, distinguida e delimitada com base nas características da rocha. Seus contatos com outras unidades rochosas podem ser sedimentares, extrusivos, intrusivos, tectônicos ou metamórficos. Unidadealoestratigráfica A aloestratigrafia é muito utilizada na Noruega para mapeamento de risco, geoengenharia para saber onde por um gasoduto, túnel etc. Mapeamento das unidades pelas suas características deposicionais no tempo. – Não respeita a lei de Steno, como por exemplo rochas ígneas ou rochas de alto grau metamórfico, deformada. – Divisão de litodemas as unidades abaixo da classificação de litodema são informais, são litodema/corpo, supersuíte, suíte e complexo. 1.1. Litodema/corpo é uma unidade fundamental na classificação litodêmica. Um litodema é um corpo de rocha intrusiva, amplamente deformada ou altamente metamorfizada, geralmente não tabular e sem estruturas deposicionais primárias e caracterizada por homogeneidade lítica. É mapeável na superfície da Terra e rastreável em subsuperfície. 1.2. Suíte a propriedade litológica que muda progressivamente. – Quando há uma caraterística de mudança progressiva/variação de composição de uma rocha que não respeita a lei de Steno, para rochas metamórficas, plutônicas e intrusivas, onde não é possível mapear as diferenças composicionais. – Por exemplo uma suíte granítica que é mais félsica, uma rocha metamórfica de alto, médio e baixo grau. Sendo chamada de suíte metamórfica ou suíte ígnea plutônica/intrusiva. – Suíte (suíte metamórfica, suíte intrusiva, suíte plutônica) é a unidade litodêmica imediatamente superior ao litodema. Compreende dois ou mais litodemas associados da mesma classe (por exemplo, plutônico, metamórfico). Para fins cartográficos e hierárquicos, o conjunto é comparável ao grupo. 6.3. Supersuíte é um conjunto de uma ou duas suítes. É a unidade imediatamente superior a uma suíte. Compreende duas ou mais suítes ou complexos com um grau de relação natural entre si, seja no sentido vertical ou lateral. Para fins cartográficos e hierárquicos, o supersuíte é semelhante em classificação ao supergrupo. 6.4. Complexo é quando não consegue separar dois ou mais conjuntos de rocha que não respeitam a lei de Steno. Um conjunto ou mistura de rochas de duas ou mais classes genéticas, ou seja, ígneas, sedimentares ou metamórficas, com ou sem estrutura altamente complicada, pode ser chamada de complexo. 6.5. Corpo é quando um corpo é bem delineado e consegue definir. → Pode usar as nomenclaturas estratigráficas normais (litoestratigráfica, bioestratigráfica, cronoestratigráfica e geocronológica) para os corpos de rocha que respeitam a lei de Steno e para o granito terá que utilizar o litodema. Unidades litodêmicas ➔ Identificação de estruturas sedimentares e geometrias deposicionais – Estruturas sedimentares são produzidas pela ação dos processos físicos, químicos e biológicos (modificadas pelos processos diagenéticos). 1. Processos físicos estão relacionados ao tipo de transporte. – Parâmetros físicos incluem tamanho, força da corrente, intensidade das ondas, viscosidade do meio, etc. 2. Processos químicos precipitação de material a partir de soluções – Função temperatura, PCO2, concentração etc. – Compressão é sin deposicional/sin genética, associada a uma interface água-sedimento, água de poro. – Nódulo é pós deposicional, sendo uma feição digenética. 3. Processos biológicos – Em função da atividade dos organismos (bioinduzidos ou bioinfluenciados). – Atividades geração de CaCO3, sílica, fosfato por processo metabólico, destruição do acamamento original por atividades de alimentação e modo de vida. 4. Processos diagenéticos – Associados a história do soterramento (ou após a deposição). ➔ Classificação de Estruturas Sedimentares – São produzidas por ação dos processos físicos, químicos e biológicos e que podem ser modificadas por processo diagenéticos. – Obs: As rochas podem ser detríticas (clastos – conglomerado, brecha, siltito, arenito, folhelho – rocha de argila com laminação e argilito) e químicas (biológicas e inorgânicas – calcáreo, coquina, chalk, dolomito, chert – rocha de sílica, rochas de sal, gipsita, carvão). → Elementos Litológicos são as litologias. → Base de dados para o estudo estratigráfico: São produzidas por ação dos processos físicos, químicos e biológicos e que podem ser modificadas por processos diagenéticos. – Estruturas aerodinâmicas – Hidrodinâmicas geradas por corrente: Resultam da interação da água ou vento em fundo arenoso. A relação entre o tamanho do grão transportado, velocidade da corrente e o fundo do leito é expressa como número de Froude, que se traduz m dois regimes de fluxos: superior e inferior, outro parâmetro é a profundidade do leito do rio. Esses parâmetros também influenciam no fluxo gravitacional. 1. Arenito fino com estratificação cruzada tabular de pequeno porte, ocorre como ripples de crista reta no regime de fluxo inferior com baixa velocidade de fluxo (subcrítico). 2. Arenito de granulometria fina, apresentando crista ondulada (3D) e estratificação cruzada cavalgada (Climbing ripple) no corte longitudinal e estratificação suavemente ondulada a plano paralela a no corte transversal, regime de fluxo inferior. 3. Arenito grosso estratificação cruzada tabular 50cm de espessura, ocorre com ripples de crista reta com regime de fluxo inferior, número de Froude<1. 4. Arenito grosso estratificação cruzada acanalada 60cm de espessura, ocorre com ripples de crista lingóide o regime de fluxo inferior, número de Froude<1. 5. Arenito fino com laminação plano paralela 15cm de espessura, ocorre no regime de fluxo superior com granulometria fina, sujeito a alta velocidade de fluxo, número de Froude>1, ocorre em ambiente subaquoso. → Estruturas Aerodinâmicas – Correntes eólicas – Fluxos gravitacionais subaéreos → Hidrodinâmicas (modelas as camadas) A. Transporte de massa (gravitacional) Camada com gradação normal ou inversa. B. Fluxo (noncohesive/não coesivo) Laminação, laminação cruzada (<5cm), estratificação cruzada (>5 cm), imbricação de clastos, lineação primária por corrente, orientação de fósseis. Se tiver algo plano paralela que tenha mais que 5 cm, será uma estratificação cruzada plano paralela. Obs: As estruturas aerodinâmicas e hidrodinâmicas geradas por corrente são formadas pela migração de formas geradas pela ação de correntes sobre a areia solta da superfície deposicional. Estas formas são denominadas de formas de leito (bedforms) e resultam da interação entre a água ou o vento e o fundo arenoso. → Hidrodinâmicas (erosão das camadas) – Correntes aquosas – Fluxos gravitacionais subaquosos – Camadas planas → ripples → dunas ou megaripples (regime de fluxo inferior) camada plana → antidunas (regime de fluxo superior) – Que modelam as camadas: transporte de massa gravitacional (camadas com gradação normal ou reversa) e fluxo não coeso (laminações plano-paralela e cruzada, estratificação cruzada, clastos imbricados, lineação primária por corrente, orientação de fósseis). – Erosão das camadas A. Macroscópica Scours, canais, superfícies de erosão de baixo relevo. B. Mesoscópica Intraformational breccias, hardgrounds, lag concentrates, flute, tool markings, impressões de chuva. C. Microscópicas (brechas intraformacionais, hardgrounds, lag concentrates, flute, tool marks, rain prints). – Estruturas de liquefação, carga e escape de fluídos tem deformação física. Marca de cargas, slumps, falhas deposicionais e de crescimento, fluxo de injeção de lama, gretas de ressecamento, escape de fluídos. Load cast, flame structures, ball, pillow and pseudo nodule, convolute beds, slumps, syn depositional faults, grow faults, deformed crossbedding, dish and pillar structures, sand volcanoes, injection features (dikes, mud lumps, diapirs), synaeresis features, desiccation cracks, teepee structures. → Estruturas geradas por fluxosgravitacionais de sedimentos – Os fluxos gravitacionais e seus respectivos mecanismos de suporte são: o fluxo de detritos/ força da matriz, a corrente de turbidez/turbulência, fluxo granular/tensões dispersivas e o fluxo fluidizado/fluxo de fluído ascendente. – Evolução do fluxo e depósitos relacionados, partindo de um fluxo de alta densidade, incorporando água, até evoluir para uma corrente de turbidez (modificado de Middleton & Hampton, 1973). São aqueles que ocorrem por ação da gravidade e podem ser: 1. Fluxo de grãos/granular ocorre deslizamento dos grãos em superfície normalmente arenosas. – Gerado por tensão dispersiva durante o choque entre os grãos, formando fácies de gradação inversa, ocorre próximo da área fonte. – São encontrados em depósitos de correntes de turbidez, canais de leques aluviais e sedimentos eólicos. – Estruturas produzidas por fluxo granular arranjo de grãos onde os mais grossos estão sobre os mais finos. – Ocorre deslizamento dos grãos na superfície, podendo ser entendido como suporte dos grãos. – Conglomerados de clasto suportados e conglomerado de matriz arenosa. 2. Fluxo fluidizados e liquefeitos pode ser entendido como mecanismo de suporte dos grãos. – O escape de fluidos coloca o sedimentos em suspensão, deixando a massa arenosa fluidizada. É gerado por fluxo de AGU ascendente. – Estruturas produzidas por fluidização a água sustenta a coluna de grãos, gerando uma “pressão neutra”, tornando o pacote liquefeito, por alguma perturbação a água escapa e deforma os sedimentos. – Não transportam sedimentos grossos por longas distâncias. – Formam-se estruturas como dobras convolutas, dish, pilares e chaminés de fluidização. – Ocorre quando o pacote se encontra saturado e a argila que sustenta os grãos exerce pressão neutra. – Quando há alguma perturbação, a água escapa por fluxo intergranular ascendente, que coloca o sedimento em suspensão. Turbiditos proximais e conglomerados clasto suportados. 3. Fluxo de detritos à medida que desce, o fluxo de detritos absorve água, ficando cada vez mais diluído, podendo passar para correntes de turbidez. – Gera fácies com estruturas desorganizadas. – Grãos maiores inseridos numa matriz fina. – Não há acamamento ou laminação. – sMassas de sedimentos pobremente selecionados. – Região íngreme. – Abundância de detritos clásticos e alta descarga. – Se forma através da força propulsora da matriz lamosa, que carrega sedimentos finos de todos os tamanhos, ou seja, pobremente selecionados. Conglomerado de matriz arenosa e conglomerados matriz suportado (diamictitos). – Depósito associado ao fluxo de detritos é diamictito, detritos ou lamitos seixosos, sedimento totalmente desorganizada. Se o diamictito tiver uma carateristíca especial, será um tilito. – O que diferencia um tilito de um diamictito é que o tilito é composto por uma matriz de fragmento/pó de rocha e detritos (pelo esmagamento das rochas pela geleira). Um diamictito pode ser de origem glacial, porém sua matriz é lamosa. 4. Fluxo/corrente de turbidez fluxo onde as particular são mantidas em suspensão turbulenta. – Possui comportamento viscoso e as gerados através de mecanismos de ignição, como, sismos, tempestades e alivio de tensão. – Formam fácies turbidíticas, tempestitos (hummockys) e inunditos. – Gerada por fluxo com alta concentração de sedimentos num curto intervalo de tempo. – Turbiditos distais e proximais. 5. Lobos sigmoidais e Climbing ripples são estruturas produzidas em condições de fluxo homopicnal, requerendo abundante material em suspensão que vai depositando à medida que o fluxo decresce em velocidade. – Contextos deltaicos e planícies de inundação. 6. Estratificação cruzada hummocky estrutura de fluxo gravitacional produzida por uma corrente de gradiente carregada de sedimentos que desce ao longo de uma praia ou plataforma, derivada do escoamento do setup costeiro após ou durante uma tempestade. Fluxo de detritos 1. Fluxo granular/grãos Matriz fina Material mais grosso Gradação inversa. Tem matacões e blocos. Com uma intercalaçao de material fino, grosso e fino. Matriz fina Material mais grosso Gradação inversa. Começa com material fino e vai ficando grosso. 2. Fluxo fluidizado e liquefeitos 3. Fluxo de detritos – Nesta foto há um fluxo de detritos que gerou o diamictito (em cinza), possuindo uma carateristíca especial, sendo um tilito. Seguido de um fluxo de grãos que levou a rocha mais clara a ficar presa na parte cinza. Depósito sem orientação. Sendo um conglomerado, de tilito. → Estruturas geradas pelos ventos – Queda de raros (deposição das dunas de grãos por saltação). – A acumulação de areia se faz em laminas muito bem selecionadas, obedecendo ao ângulo de repouso da areia seca de 33°. Formam-se fácies de laminação plano-paralela), fluxo de grãos e climbing ripples transladantes subcríticos (estratificações aparentemente plano-paralelas). → Estruturas geradas por corrente de maré – Depósitos de maré dominante. – Estruturas flaser predominantemente arenosa. – Estruturas lenticulares predominantemente argilosa. – Estratificação ondular do tipo wavy. – Estratificação cruzada espinha de peixe. → Estruturas deformacionais geralmente estão associadas ao escape de fluidos e a uma lubrificação das superfícies pelos fluidos durante o deslocamento. São estruturas produzidas por processos pós-deposicionais ou quase deposicionais. Exemplo dobras de escorregamento e microfalhas. → Estruturas diagenéticas são estruturas formadas após a deposição, incluindo as estruturas tepee (antiformas ou pseudo-anticlinais produzidas por processos químicos durante a dessecação em sedimentos carbonáticos e evaporíticos), septárias e estruturas cone-em-cone. → Estruturas biogênicas são as geradas por atividade orgânica e são conhecidas como bioturbações, perturbações no substrato por ação de organismos que geram as icnofácies. → Estruturas geradas pelo vento queda de raros (deposição das dunas de grãos por saltação. A acumulação de areia se faz em laminas muito bem selecionadas, obedecendo ao ângulo de repouso da areia seca de 33°. Forma fácies de laminação plano-paralela, fluxo de grãos e Climbing ripples transladantes subcríticos (estratificações aparentemente plano-paralelas). Os processos que atuam na deposição eólica são: – Queda de grãos deposição na frete das dunas de grãos provenientes por saltação. A acumulação de areia se faz em lâminas muito bem selecionadas, obedecendo ao ângulo de repouso da areia seca de 33°. Formam-se fácies de laminação plano-paralela inclinada; – Fluxo de grãos; – Climbing ripples transladantes subcríticos estratificações aparentemente plano- paralelas; → Estruturas geradas por corrente de maré – Depósito de maré dominante – Estrutura flaser predominantemente arenosa – Estrutura lenticular predominantemente argilosa – Estratificação ondular do tipo wavy – Estratificação cruzada espinha-de-peixe → Tipos de estruturas – Estratificação plano-paralela; – Estratificação cruzada planar ou tabular; – Estratificação cruzada tangencial à base; – Estratificação cruzada de onda simétrica (wave ripples) cristas simétricas, são formadas em ambiente subaquoso – Estratificação cruzada de onda assimétrica ocorrem em ambiente subaquosos em regime de fluxo inferior com baixa energia, granulometria de areia média a grossa e cristas retilíneas – Estratificação cruzada acanalada e por acanalamento múltiplo.– Estratificação sigmoidal – Climbing ripples transladantes subcríticas – Hummocky ambiente de alta energia (tempestades), estruturas com tamanho superior a 5 m. – Flaser mais areia com filmes de lama. – Linsen estratificação lenticular – Wavy estratificação ondular → Estruruas de chama → Mud black associadas a evaporação. → Escape de fluídos (deformação física) → Canais = macroscópicas – Quando escava algo, não há depósito. O preenchimento do canal ocorre depois que o canal é formado – No momento 1 é escavação, quando o nível de base abaixa. No momento 2 é preenchido, quando o nível de base estabiliza. O escape de fluídos aqui são perpendiculares aos planos de deposição. → Arenito em: – Arenito em fita (ribbon) – Arenitos em lençol (fluxo canalizado, fluxo fracamente canalizado e fluxo não confinado) – Complexo amalgamado. → Marcas de sola = mesoscópicas ➔ Tabela de classificação de rochas sedimentares ➔ Sequência de Bouma – Fácies de posição mais distal de um fluxo turbulento, sendo o elemento definidor de fácies turbidíticas. – Unidade turbidíticas completa caracterizada por uma sucessão vertical de cinco intervalos, diferenciados por litologias e estruturas sedimentares, representadas da base para o topo como: A divisão maciça ou com estratificação gradacional; B divisão inferior com laminação paralela; C divisão com laminação cruzada em marcas onduladas de corrente; D divisão superior com laminação paralela; E divisão pelítica. Entre as divisões ocorre uma granodecrescência ascendente. → Fluxo gravitacional turbulento → Fluxo: transição granular – turbulento → Fluxo turbulento Fluxo turbulento é mais favorável de que tenha retirada e transporte de sedimento. ➔ Relação entre ângulo de cavalgamento (α) e a inclinação do dorso de formas de leito (β) – Se o ângulo é muito alto é supercrítico. Visível em transportes subaéreos, dunas. – Se o ângulo é muito baixo é subcrítico. Fácies distais = hiperpicnitos = F9 ➔ Dinâmica de fluídos – N° de Froude é a relação entre as forças da inércia e as forças viscosas do escoamento. Dado pela razão entre as forças inerciais e gravitacionais, classificando o tipo de escoamento, que pode ser: 1. Lento (Fr < 1); 2. Crítico (Fr = 1); 3. Rápido e torrencial (Fr > 1). Fr = 𝑼 √g.D D = profundidade do canal U = velocidade média da corrente g = gravidade Regime – Regime inferior <1. Quando menor que 1 pode começar a acumular areia no fundo. – Regime superior >1. Se maior que 1 ou muito alto pode começar a destruir o canal. Número de Froude Classificação de escoamento Fr < 1 Escoamento lento (ou tipo fluvial) Fr = 1 Escoamento crítico Fr > 1 Escoamento rápido ou torrencial → Origem e transporte dos sedimentos – Os sedimentos são produzidos por intemperismo e erosão, por meio de processos de decomposição química e desintegração física, podendo ou não ser transportados. O transporte de sedimentos pode ser por fluxo de fluídos, por gravidade, por fluxo de grãos e fluxo de detritos. – Os sedimentos são transportados até que as forças atuantes no transporte se igualem ao atrito, e eles são transportados segundo sua granulometria ascendente por suspensão, saltação e tração. – Densidade (quantidade de massa por volume de fluido) x Viscosidade (capacidade de fluidez de um fluido). – Numero de Reynolds (Re) número adimensional que expressa a razão entre as forças inerciais relacionadas à escala, à velocidade do fluxo, as quais tenderão a promover a turbulência, e às forças viscosas, que tendem a suprimir a turbulência. Se Re < 500 o fluxo é laminar, já se Re > 750, o fluxo é turbulento. Re = 𝑼𝒅𝒑 w – U = velocidade média da partícula; d = diâmetro da partícula; p = densidade de fluído; w = velocidade do fluído. ➔ Dunas → Dunas 2D com velocidades moderadas e estratificação cruzada tabular. Número de Froude ~ 1 → Dunas 3D dunas com velocidades mais altas, perpendicular ao fluxo e com estratificação acanalada. → Antiduna → Regime de fluxo superior → Regime de fluxo inferior – Estratificação cruzada acanalada. Indica duna. Regime de fluxo inferior – Estratificação cruzada tabular ➔ Fluxo bidirecional ocorre em duas direções. ➔ Dinâmica subaérea Ordem Comprimento de onda Altura Classificação 1ª 300 – 5500 m 20 – 450 m Draas 2ª 3 – 600 m 0,1 – 100 m Dunas 3ª 15 – 250 cm 0,2 – 5 cm Marcas onduladas → Morfologia das dunas ➔ Dinâmica oscilatória partículas oscilam dentro do mesmo local. ➔ Estruturas biogênicas – São as geradas por atividade orgânica e são conhecidas como bioturbações, perturbações no substrato por ação de organismos que geram as icnofácies. – As principais icnofácies incluem skolitos, cruziana, zoophycos e nereites. – Zoneamento batimétrico: f. glossifungites f. cruziana f. zoophycus f. nereites f. skolitos → Icnofácies Skolitos são de ambientes de alta energia, raso. O relevo tem partes côncavas e convexas. → Icnofácies Cruziana ambiente de baixa energia. Os buracos podem ser de ophimorpha ou monocraterion. As marcas podem estar associadas a Skolitos. → Icnofácies Zoophycos ocorre no limite do on shore. → Icnofácies Nereites nas zonas profundas, planícies abissais. Aulichnites → Quanto mais energia, mais icnofósseis. Se tiver muita lama e menos oxigênio será provável que tenha menos icnofósseis, tendo uma ausência de icnofósseis. ➔ Imbricação de clastos Pebble imbrication ➔ Macroformas Geometria externa: Sandwaves e sigmoides – Sandwaves – Sigmoides o parâmetro importante da geometria sigmoidal é que seu topo irá definir a superfície de by pass. ➔ Análise faciológica é individualizar rocha em termos de fácies. ➔ Tipos de depósitos e ambientes de deposição, S1, S2, S3, S4 e S5 ➔ Código de Fácies (Miall 1996) → Fácies Código de Fácies Para a rocha: Para estruturas: Conglomerado – G Arenito – S Finos – F Diamictitos – D Maciço – M Acanalado – T Planar cruzada – P (Wxb – arenito com estratificação cruzada por onda) Laminar – L – Partes de uma determinada unidade estratigráfica com caracteres diferentes de outras partes da unidade, como a presença de fósseis,icnofósseis, estruturas sedimentares, espessura, geometria e paleocorrentes, que são fundamentais para o reconhecimento da sucessão lateral de camadas e para a interpretação paleoambiental. – São atributos físicos (geometria externa, granulometria e estrutura sedimentar), químicos, biológicos e diagenéticos que estão associados a processos ativos e que permitem individualizar uma unidade de rocha, buscando interpretar a gênese da rocha. Diferentes tipos de fácies: 1. Palinofácies: Lâminas para análise microscópica dos palinomorfos e da matéria orgânica particulada através das técnicas de palinologia e de palinofácies 2. Biofácies: Caracterizadas pelos conteúdos fossilíferos. 3. Icnofácies: Caracterizadas pela assembleia dos traços fósseis. 4. Fácies sísmicas: Caracterizada pela amplitude da reflexão sísmica e continuidade. – Podem ser agrupadas em conjuntos. Esses três conjuntos são a base da interpretação estratigráfica, que são a sucessão de fácies, associação de fácies e modelo de fácies. 1. Sucessão de fácies (Lei de Walther) – Empilhamento das fácies em A, B e C em função das variações progressivas e sistemáticas em termos de granulometria, textura, coloração, conteúdo de algum mineral. Tanto na vertical quanto na horizontal. – Princípio da sucessão de fácies de Walther, este princípio estabelece que os processos e os ambientes que ocorrem lateralmente, adjacentes uns aos outros, podem ser representados por Fácies que se sucedem uma à outra, de forma gradativa em uma coluna geológica vertical. As propriedades das fácies mudam progressivamente e sistematicamente na vertical e na horizontal. Uma determinada sucessão vertical representa a projeção dos ambientes deposicionais contíguos existente ao tempo da formação da sucessão. A variação lateral permite o empilhamento vertical. 2. Associação de fácies – A análise pode ser seguida através de quatro associações de fácies. – Quando correlaciona esse grupo de fácies a um determinado ambiente, condição deposicional específica. – Grupo de fácies geneticamente relacionado e com significado ambiental, ou seja, características de um conjunto de fácies típicas de um ambiente. 1. Fa ou associação de fácies de preenchimento do canal. Esta associação de fácies consiste em fácies arenito com estratificação espessa (F2) e fácies arenito com estratificação fina (F3). 2. Fb ou associação de fácies de lobo deposicional. Esta associação de fácies é composta pela fácies F3 na parte inferior e pela fácies F2 na parte superior. 3. Fc 4. Fd – Associação de fácies indicada por potencial espontâneo e curvas de resistividade na depressão Sava. 3. Modelo de fácies – Quando tem uma sucessão de fácies bem definida, que representa também uma situação deposicional bem definida, pode concluir que o que está mapeando é um modelo de fácies. – Quando há um resumo geral de um ambiente específico de deposição, incorporando informações de sedimentos recentes e rochas antigas. – Identificação das fácies: Gt, St e Fl – Gt conglomerados sustentados por matriz arenosa, com estratificação cruzada acanalada de grande a médio porte e, subordinadamente, conglomerados clastos suportados. – St arenitos de textura muito grossa, grossa e média, estratificação cruzada acanalada e tabular, mostrando eventualmente seixos dispersos. – Fl lamitos com diferentes proporções de argila, silte e areia mostrando coloração avermelhada, com intercalação de arenito fino e muito fino. Associações de Fácies: Gt e St – Conglomerados clastos suportados. – Depósitos do tipo “lag” residual. – Conglomerados suportados por matriz arenosa, arenitos conglomeráticos e arenitos grossos a muito grossos. – Depósitos de preenchimento de canal gerados pela migração de barras longitudinais – Arenitos de textura grossa e média com cruzadas acanaladas e tabulares. – Barras de acreção frontal e lateral. – Depósitos de preenchimento de canal. Associação de fácies: Canal turbiditos Fl – Lamitos bioturbados e laminados, intercalados com arenitos finos a médios. – Depósitos de planície de inundação. Alta energia: Fluvial entrelaçado Baixa energia: Fluvial meandrante entrelaçado – Modelo de fácies → sistemas deposicionais – Processos sedimentares → geração de fácies – Interpretação genética em conjunto com outras fácies → intepretação paleoambiental ➔ Ambiente e sistema deposicional – Definição de ambiente deposicional é o arranjo tridimensional de sedimento que preenche uma bacia. A partir dos processos e eventos dos ambientes aonde houve a deposição dos sedimentos. O sistema deposicional é a resposta preservada no tempo dos ambientes e processos que foram atuantes numa determinada região da bacia. – Sistema deposicional assembléia tridimensional de litofácies, geneticamente associadas pelos processos e ambientes ativos ou inferidos. Envolve os ambientes deposicionais e os processos ativos nos mesmos. – Sistemas deposicionais são depósitos sedimentares, vistos em terceira dimensão. É importante não confundir sistemas com ambientes sedimentares, no primeiro tem-se os produtos e no segundo os processos sedimentares. – Sistema deposicional sedimentar a história do desenvolvimento da compreensão geológica do sistema deposicional evoluiu e como os sistemas deposicionais podem agora ser relacionados à sua posição geomórfica, sua relação com tratos de sistemas, litologia composicional, geometrias e os processos que os formam ➔ Técnicas de superfície: Perfis de solo – Sonda de perfuração Sistema deposicional Modelo de fácies Ambiente de sedimentação A sonda é composta pelos seguintes equipamentos: 1. Tanque de lama 2. Agitador de argila 3. Linha de sucção de lama 4. bomba do sistema de lama 5. Motor 6. Mangueira vibratória 7. Draw works 8. Standpipe 9. Mangueira de perfuração 10. Goose neck (pescoço de ganso) 11. Traveling block 12. Linha de perfuração 13. Crown block 14. Derrick 15. Monkey board 16. Stand de duto de perfuração 17. Pipe rack 18. Swivel 19. Kelly drive 20. Mesa rotatória 21. Superfície de perfuração 22. Bell nipe 23. Anulo de Blowout preventer (BOP – sistema de prevenção de fluxo descontrolado) 24. Dutos do Blowout preventer 25. Linha de coluna de perfuração. 26. Broca de perfuração 27. Cabeça do Casing 28. Duto de retorno de lama – Ferramenta de perfilagem ➔ Registros comuns/common logs e o que eles medem ou Técnicas de Subsuperfície (perfis de poços) – Raio gama mede a emissão natural de raio gama dos vários estratos perfurados no poço, o qual está relacionado ao conteúdo de K, Th e U presentes nesses estratos. Os valores estão associados a proporção dos elementos radioativos, que pode ser relacionada a argilosidade/ material de argila dos sedimentos. – Potencial espontâneo (SP) registra o potencial elétrico entre um eletrodo que está sendo puxado no furo e um eletrodo de referência na superfície. Este potencial existe em função das diferenças eletroquímicas entre a água de formação e a lama de perfuração e também pela seletividade iônica existente nos folhelhos (as superfícies dos minerais permitem seletivamente a passagem de cátions em relação aos ânions). – Resistividade registra a resistência de um fluído intersticial ao fluxo de uma corrente elétrica,transmitida diretamente a rocha por meio de um eletrodo ou magneticamente induzida e a partir de um furo. – Perfil sônico engloba todos os perfis que investigam as velocidades de propagação de ondas de deformação de um meio elástico. O nome “sônico” provém do perfil de onda P que corresponde à onda sonora. A velocidade do som varia segundo o meio no qual ele se propaga, sendo mais rápida nos sólidos, que nos líquidos que nos gases. Velocidade de propagação maior é igual a tempo menor. A velocidade de propagação da onda está inversamente relacionada à porosidade, sendo menor quanto maior for à porosidade. – Perfil de nêutrons se baseia no choque de nêutrons artificiais com os núcleos dos elementos presentes nas rochas. Os nêutrons se comportam como se estivessem “vendo” uma grande quantidade de partículas de vários tamanhos e massas. Verifica-se que existe uma grande influência das partículas de hidrogênio, independentemente do local onde elas estejam alojadas, seja nas moléculas de óleo, gás, água livre, águas adsorvidas aos argilominerais ou nas águas de cristalização. A função deste perfil é identificar o hidrogênio presente nas rochas e determinar a porosidade. – Perfis de imagem são aqueles que fornecem imagens obtidas a partir do mapeamento de uma dada propriedade física (resistividade e perfil sônico) na parede do poço. – Dipmeter é a precursora dos perfis de imagem. Embora o seu produto não seja exatamente o que se entende atualmente por perfil de imagem, ela é assim classificada porque as ferramentas de imagem que explora o mapeamento da resistividade elétrica herdaram a sua filosofia de construção ferramental. É uma ferramenta do tipo patim que registra propriedades elétricas das formações, na parede do poço, com uma resolução muito alta, de modo que a correlação destas propriedades, ao longo do poço, de patim para patim, permite o cálculo da direção e mergulho das camadas. – Caliper aparelho que mede o diâmetro do furo. → Registros de litologia/lithology logs – Raio gama/gamma ray um detector de cintilação (semelhante a um contador Geiger) que mede a radiação natural de uma formação. – SP (potencial espontâneo) uma medição vs profundidade da diferença de potencial entre a voltagem no poço e um eletrodo na superfície. Para ambos os registros: – Deflexões para a direita = xisto/folhelho. Quando diminui é folhelho. – Deflexões para a esquerda = areia/arenito. Quando aumenta é arenito. → SP (potencial espontâneo) → Raio gama Uso: SP e Raio gama Interpretação paleoambiental → Resistivity logs/Registros de resistividade – Resistividade profundamente alta, significa: Hidrocarbonetos Estrias apertadas/Tight streats (baixa porosidade). – Resistividade profundamente baixa, significa: Xisto/folhelho (rocha com baixa resistividade) Areia molhada. – A separação entre resistividades significa: O fluído de formação é diferente do fluído de perfuração. A formação é permeável ao fluído de perfuração. Profundo, médio e raso refere-se a quão longe na formação a resistividade está lendo (4 pés, 2 pés ou poucos pés). → Resistividade → Densidade de Nêutron Fluído de formação diferente do fluído de perfuração Fluído de formação semelhante ao fluído de perfuração → Registros sônico (velocidade) Sônico (DT) – A energia acústica emitida por um transmissor percorre a formação/fluidos, detectada por vários detectores. – O registro exibe o intervalo de tempo de trânsito (Dt) em ms/ft (na verdade, uma velocidade inversa). → Caliper → Dipmeter → Novas ferramentas → Borehole size/Tamanho do furo é definido pela broca, mas é influenciado por: – Mudanças no estado de estresse: Fuga/saída do poço Fraturamento induzido Creme de sal/Creep of salt – Reações químicas Argilas inchadas em xistos/folhelhos Dissolução de sal – Processo de perfuração Furo espiral Marcas de broca/bits → Métodos exploratórios (Petrofísicos) → Métodos Diretos: amostras de calha e amostra lateral. ➔ Correlação estratigráfica Como correlacionar esses registros? Poço/well A Poço B Poço C Poço D Espectroscopia Induzida → Litoestratigrafia aqui a correlação é baseada em unidades litológicas comuns. Poço/well A Poço B Poço C Poço D → Cronoestratigrafia aqui a correlação é baseada em uma interpretação de pacotes de estratos equivalentes ao tempo, ou seja, parasequências. Poço/well A Poço B Poço C Poço D → Talvez não para encontrar um arquivo, mas pode afetar as estimativas de reservas, planos de desenvolvimento e recuperação aprimorada. ➔ Seções geológicas X Seções estratigráficas Datum – Correlação estratigráfica ➔ Mapas geológicos comumente utilizados na estratigrafia – Mapas estratigráficos são mapas geológicos que representam a distribuição de diferentes propriedades de caráter estratigráfico de um pacote de rochas. Os principais são: – Mapas de isópacas expressa a distribuição das espessuras de um determinado intervalo. – Mapas de isólitas expressa a distribuo-a de uma determinada litologia. – Mapas de percentagem expressa a distribuição de uma determinada litologia em relação a espessura total, segundo a fórmula: % litologia = isólita isópaca x 100 → Isópacas, isócores e isócronas – Isópacas e isócores descrevem um mapa que mostra a espessura de uma unidade na subsuperfície. Ambos os tipos de mapas mostram a espessura entre duas superfícies mapeadas, mas diferem na forma como a espessura é medida. – Os mapas de isócores medem a espessura de um ponto na superfície superior até o ponto correspondente na superfície inferior. – Os mapas de isópacas exibem a espessura estratigráfica entre um horizonte superior e inferior. É medido como a distância mais curta entre as duas superfícies. Fornece uma imagem mais precisa da espessura estratigráfica, pois refletem a espessura do leito/acamamento depositado. – Para calcular a isócrona, ou mapa de intervalo de tempo, subtraia o tempo do horizonte superior do tempo do horizonte base. Para a estratigrafia plana, isso também resultaria na isopáca: a espessura vertical é igual à espessura estratigráfica. Com o aumento do mergulho, a diferença entre as medidas de espessura vertical e estratigráfica torna-se maior. – Após os dados terem sido convertidos em profundidade. Os mapas de isópacas mostram um retrato geologicamente mais preciso da espessura do intervalo estratigráfico. – Linha de contorno → Superfícies estruturais: mapas de isópacas → Mapa de contorno estrutural: expressa a estrutura atual da área em estudo após a última modificação sofrida pela mesma. Este mapa é construído a partir de valores relativos ao nível do mar. Tanto para trabalhos de superfície como de subsuperfície, é necessário retirar a topografia para se obter o datum, neste caso, o nível do mar. → Mapa estratigráfico – O mapa de contorno da estrutura traça a superfície de uma unidade de litologia de subsuperfície. – Determinar a atitude estrutural regional das rochas, e a presença de feições estruturais locais. – Pontos de igual elevaçãoacima ou abaixo de um datum são mapeados e contornados. – Altos estruturais (domos/anticlinais) e baixos (bacias/sinclinais) são óbvios. – As falhas são indicadas por contornos bem agrupados ao longo de uma linha reta. → Contorno de mapas ➔ Embarrigamento/formato de cunha faz uma curvatura e afina para o final em relação ao ambiente continental. Quanto mais grosso está mais próximo do continente e quanto mais afinado está longe do continente. ➔ Depocentro é formado por duas áreas de maior concentração de sedimento e essas duas áreas estão alinhadas. Tendo um controle estrutural. ➔ Transgressivo e Regressivo 1. Transgressivo – Trabalha o sedimento pela ação de onda e maré. – Sedimentação marinha vem da deriva litorânea. – Laguna, barreira e planície e maré, estuário dominado por onda ou maré, significa que a chegada de sedimento no fundo do continente é nula ou muito baixa. Caso o sedimento seja depositado e perseverado no registro sedimentar, é um sedimento ligado à deriva litorânea. – Logo, são sedimentos marinhos tirando de um local e depositados em outro local, por ação da maré ou por ação de ondas. – Praia pode ser normalmente transgressiva devido ter a deriva litorânea com espaço para se desenvolver, ação de onda para retirar o material, maré pode transportar o sedimento. Entretanto, se a praia terá um caráter de ser transgressiva ou regressiva, depende da fisiografia. – Transgressão linha de costa avança em direção ao continente. Empilhamento retrogradacional. – Na transgressão, se a subida é muito rápida ou muito efetiva, o sedimento antigo será jogado para trás. Mudando a linha de costa. Tem muito espaço de acomodação e pouco sedimento, terá transgressão. – Balanço entre espaço que é criado e espaço que chega. 2. Regressivo – Feição deltaica que pode ser retrabalhada por onda e por maré. – O que gera o lobo ou delta é o sedimento que vem do continente. – Se a deriva litorânea for muito significativa (rio retilíneo), com o aumento da chega de sedimento na costa ou com uma barreira que inibe a dinâmica de corrente/deriva litorânea, poderá ter praia num contexto regressivo. – Litoral do Rio de Janeiro com praias regressivas. – Regressão linha de costa avança em direção ao mar/ centro da bacia. – Empilhamento progradacional. – Na regressão normal o espaço de acomodação é pequeno e tem muita sedimentação. O sedimento da linha de costa do fundo veio para a frente. Linha de costa e as fácies migram em direção ao oceano. – Balanço entre espaço que é criado e espaço que chega. – Influência no padrão de preenchimento da bacia. – Outra maneira de ter regressão. Quando o nível do mar cai, depende do aporte, será chamada de regressão forçada, ou seja, espaço diminui. Pode ter regressão de duas formas: 1. Regressão normal. 2.Regressao forçada é outra maneira de ter regressão. Quando o nível do mar cai, não depende do aporte, a linha de costa avança em direção ao oceano, será chamada de regressão forçada, ou seja, espaço diminui. Situação específica. → Nível relativo de subida e descida do nível de base/Padrão de empilhamento – Progradação nível de base baixa. A sedimentação empurra a linha de costa em direção a bacia, a criação de espaço é menor que o volume de sedimento que está aportando. – Agradação pacote mantém a mesma espessura, se espessar significa que está gerando espaço pra acomodar. – Retrogradarão nível de base sobe. → Hierarquia de ciclos – No registro sedimentar terá vários ciclos de várias hierarquias. Com isso empilha as praias. ➔ Transporte de sedimento eficiente através da ação de onda, tempestade e de maré que irá retrabalhar e redistribuir o sedimento que chega nessa zona costeira/transicional. – O registro sedimentar preservado desses sistemas deposicionais, além da necessidade de ter um nível de base positivo de forma que permita o acúmulo, também deve ter uma relação onde a carga de material que chega não pode ser totalmente destruída ou retrabalhada. – Transgressão e regressão é linha de costa. – O nível do mar não avança ou recua, o nível de base sobe ou desce. O que avança e recua é a linha de costa. O avanço e recuo do equilíbrio da chega e redistribuição de sedimento, que pode chegar pelo delta e deriva litorânea, que é redistribuído por marés e ondas. ➔ Litofácies – Eyles et al., 1983 – Diamictito – Estratificado – Ressedimentação Diamictitos (D) Finos (F), Ritmitos (Rg) e Fácies heterolíticas (H) Diamictito maciço (Dm) Pelito maciço (Fm) Diamictito com gradação normal (Dg) Pelito laminado (Fl) Diamictito com gradação inversa (Di) Pelito laminado com clastos caídos (Fl-d) Diamictito estratificado (Ds) Ritmito com gradação normal (Rg) Diamictito estratificado com feições de ressedimentação (Ds-r) Ritmito com gradação normal com clastos caídos (Rg-d) Diamictito estratificado com retrabalhamento por corrente (Ds-c) Fácies heterolíticas com wavy e linsen (Hw) Fácies heterolíticas com wavy e linsen; clastos caídos (Hw-d)