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Unidade 1 Página inicial 
PLANEJAMENTO E 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
Professor (a) : 
Me. Paulo Sampaio 
Objetivos de aprendizagem 
• Levar ao conhecimento do(a) aluno(a) o que é e qual a importância da gestão de riscos em projetos. 
• Abordar os conceitos e os métodos a serem utilizados na estratégia de gerenciamento de riscos. 
• Identificar as possíveis categorias de riscos observando-se a natureza do projeto. 
• Compreender a importância do formato causa-risco-efeito na apresentação do risco do projeto. 
• Identificar as pessoas que possam contribuir no processo de identificação de riscos. 
• Conhecer as principais técnicas e ferramentas de identificação de riscos. 
• Abordar as boas práticas de gestão de riscos em projetos. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Plano de gerenciamento de riscos 
• Categorias de riscos 
• Formas de identificação de riscos 
• Técnicas de identificação de riscos 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), nosso estudo baseia-se nos conceitos, ferramentas, técnicas e boas práticas de gestão de riscos em projetos, independentemente da sua natureza ou origem. 
Dizemos isso, porque não importa qual seja o projeto, se simples ou complexo, breve ou extenso, sempre haverá riscos associados que poderão representar alguma condição 
indesejada ou inesperada e que serão passíveis de gerenciamento para que seu projeto obtenha o sucesso desejado e apresente os resultados esperados. 
Primeiramente, abordaremos as estratégias necessárias e pertinentes à gestão de riscos, baseadas fundamentalmente no planejamento, para que seu projeto não seja baseado 
somente no empirismo, aumentando assim de forma significativa as chances de sucesso. Será a partir delas que teremos a habilidade de formular as diretrizes essenciais do 
planejamento e tratamento dos riscos, compreendendo os conceitos básicos e a importância por meio da análise de probabilidade e impacto de cada evento incerto. 
Aprenderemos a definir alguns padrões que serão utilizados ao longo do ciclo de vida do projeto, como as escalas de probabilidade e impacto que nos auxiliarão a analisar o risco de 
forma apropriada, além de conhecer a estrutura de uma matriz de riscos, possibilitando o mapeamento prévio dos principais eventos incertos que podem comprometer o sucesso 
do projeto, muitas vezes de forma até irreversível. 
Em seguida, aprenderemos a trabalhar com as categorias distintas de riscos. Podemos agrupar certos riscos em categorias, facilitando o trabalho de gestão e controle, pois dessa 
forma, obteremos uma forma bem organizada de manuseio e tratamento de eventos incertos que podem ser correlacionados entre si ou até mesmo similares a outros projetos 
correntes na companhia. Para tanto, vamos conhecer uma ferramenta (conceitual) de estruturação dos riscos chamada Estrutura Analítica dos Riscos, uma maneira relativamente 
simples, visual e eficaz de organizar os eventos com o intuito de mantermos o controle sobre os riscos, classificando-os dentro das categorias corretas. 
Prosseguindo com nossos estudos, aprenderemos a identificar quem poderá nos auxiliar no projeto com os processos de identificação de riscos, envolvendo-os e engajando-os no 
time de projeto. 
Demonstraremos ainda a importância e relevância da apresentação dos riscos no formato causa-risco-efeito, que proporciona, dentre outros aspectos, levantarmos e tratarmos as 
causas-raiz dos problemas, proporcionando a diminuição ou até a eliminação das chances desse tipo de evento ocorrer de forma recorrente. 
Por fim, teremos contato com as principais técnicas de identificação de riscos, as mais utilizadas como prática de mercado nos projetos reais nas empresas. Apresentaremos as 
principais ferramentas homologadas e consagradas que, sem dúvida, auxiliam – e muito – no processo de identificação de riscos, após sua compreensão e uso na prática. 
Compreenderemos ainda a importância do registro de riscos como uma boa prática não só para o projeto que estaremos eventualmente gerenciando e também como forma de 
consulta prévia para projetos futuros, uma vez que muitos riscos se apresentam como comuns à maioria deles. 
Temos certeza de que sua curiosidade foi aguçada. Então, vamos iniciar nossa viagem. Seja bem-vindo(a) a bordo! 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/gdrep1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
https://sites.google.com/fabrico.com.br/gdrep1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
https://sites.google.com/fabrico.com.br/gdrep1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
https://sites.google.com/fabrico.com.br/gdrep1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1?authuser=0
Unidade 1 Página inicial 
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 
Olá! Seja bem-vindo (a) ao início dos nossos estudos sobre gestão de riscos em projetos. Espero que você aproveite ao máximo o conteúdo aqui abordado. 
Será nesta etapa da gestão de riscos como um todo que o profissional e especialista de projetos deverá determinar qual a abordagem mais adequada para o planejamento das 
atividades de gerenciamento dos riscos do projeto. Isso envolve tomada de decisões de como se deve proceder, se existem modelos prontos que possam ser utilizados, se há uma 
divisão (ou departamento) da companhia que trata das conformidades para riscos comuns à maioria dos projetos, quem deve ser inicialmente envolvido no planejamento, além de 
outras considerações não menos importantes. 
Conceitos importantes para o plano de gerenciamento de riscos 
É importante que iniciemos nossos estudos compreendendo os conceitos sobre riscos. O que vem a ser riscos? Segundo Mulcahy (2010), são incertezas inerentes a todo e qualquer 
tipo de projeto. Entretanto, essas incertezas podem se apresentar como eventos bons ou eventos ruins, que trataremos aqui como oportunidades e ameaças, respectivamente. 
Podemos tomar como exemplos de ameaças eventos que impactam negativamente como um incêndio em um projeto de construção civil, e de oportunidades eventos que impactam 
positivamente, como a obtenção de descontos inesperados na aquisição de materiais de construção. De qualquer forma, ambos são tratados como riscos. 
Muitas incertezas começam a ser mapeadas ainda na etapa de concepção e iniciação do projeto, quando não temos muita informação sobre ele. Nesse momento é muito comum 
que sejam estabelecidas algumas premissas alinhadas aos objetivos, as quais irão nos direcionar durante todo o ciclo de vida do projeto. Mas, então, o que são premissas? 
De acordo com o PMI (2013), premissa do projeto é “um fator do processo de planejamento considerado verdadeiro, real ou certo, desprovido de prova ou demonstração”. São 
como ‘verdades’ que assumimos para que o projeto aconteça (e que esteja mais próximo do sucesso). E por que as premissas seriam desprovidas de prova ou demonstração? Pelo 
simples fato de que as premissas podem se tornar instáveis (ou ‘inverdades’) ao longo do ciclo de vida, comprometendo os resultados parciais ou finais do projeto. 
De acordo com Mulcahy (2010), uma das boas práticas de gestão de riscos é aplicar o teste de estabilidade das premissas . Opa! O que é isso? Vamos compreender juntos um pouco 
desse conceito. 
Como as premissas são as “verdades” que assumimos para que os projetos aconteçam (e sejam um sucesso), as quais são registradas nas documentações iniciais do projeto antes 
mesmo do mapeamento dos riscos preliminares, elas seriam fontes em potencial de riscos. Mas, por quê? Porque se assumirmos no início que algo deva ser verdadeiro até que o 
projeto seja finalizado, caso sua estabilidade esteja abalada, tal premissa se tornou falsa, comprometendo os resultados satisfatórios. Muitas vezes as premissas são também 
condicionais. 
Vamos exemplificar? Suponhamos que você tenha sido designado gerente de projetos para a construção de uma ponte sobre um rio de proporções medianas em uma cidade do 
interior. A ponte terá uma extensão de 600 metros sobre o rio, e uma das premissas é que haja umposte de iluminação pública a cada 50 metros de cada lado das pistas. Ora, se ao 
final (ou mesmo no decorrer) da construção da obra não houver um poste de iluminação pública conforme o especificado, o projeto falhou nesse quesito e se tornou uma ameaça de 
atendimento ao escopo (ou ainda de qualidade) previamente determinado. Portanto, toda e qualquer premissa já pode fazer parte da sua lista inicial de riscos. 
Segundo Dinsmore e Cooke-Davies (2006), a elaboração do Plano de Gerenciamento de Riscos é proporcional à dificuldade que os gerentes de projetos têm em demonstrar à 
maioria das partes interessadas ( stakeholders ), assim como aos patrocinadores do projeto ( sponsors ), o valor agregado que esses processos podem prover. 
É uma etapa que se for negligenciada pode gerar sérias consequências, como retrabalho e perda de qualidade na gestão de riscos do projeto, ocasionando muitas vezes o não 
cumprimento dos prazos e do orçamento previamente definidos. Muitos projetos, até os menos complexos e de curta duração, fracassam por não terem uma gestão de riscos 
adequada, na qual cada evento incerto se apresenta como uma surpresa que precisa ser solucionada de forma emergente. Dessa forma, perdemos ótimas oportunidades de aplicar 
as estratégias e técnicas mais apropriadas, além de não podermos garantir o controle necessário para que o projeto seja finalizado com sucesso (PMI, 2013). 
Precisamos conhecer melhor aqui a definição de stakeholders. As versões em português do PMBOK® os denominam como “partes interessadas” do 
projeto. Porém, o conceito vai um pouco, além disso. Independentemente da natureza (origem) do projeto, os stakeholders são aqueles afetados 
direta ou indiretamente e que podem também impactar de forma direta ou indireta os resultados do projeto. São classificados muitas vezes de 
acordo com seu nível de poder (autonomia e autoridade) e de interesse (nos resultados satisfatórios) do projeto. Além disso, se não forem 
gerenciados de maneira adequada podem se tornar uma potencial fonte de riscos para o projeto. Os stakeholders têm um papel fundamental na 
Gestão de Riscos. Muitos farão parte do ‘time de riscos’ do projeto e contribuirão não só na identificação como nas possíveis soluções propostas por 
eles mesmos. É muito comum que alguns stakeholders se apresentem muitas vezes como os especialistas nos assuntos referentes a determinados 
riscos do projeto. 
Fonte: PMI (2013). 
Os riscos são caracterizados como as incertezas (ou eventos incertos) existentes em todo e qualquer projeto e mudam no decorrer do ciclo de vida. 
Assim, faz-se necessário seu constante monitoramento. Os eventos incertos podem ou não ocorrer durante o desenvolvimento do projeto e podem 
ter consequências más ou boas que chamamos de ameaças e oportunidades, respectivamente. Portanto, é uma boa prática de gestão desenvolver o 
plano de gerenciamento de riscos, que servirá de referência durante todo o ciclo de vida e conterá os elementos fundamentais para que os riscos 
sejam identificados e recebam seus devidos tratamentos, aumentando as chances de sucesso do projeto. Nesse ínterim, entram os stakeholders e os 
papéis desempenhados por eles, que serão primordialmente necessários tanto na identificação dos riscos como na elaboração de propostas para que 
eles sejam devidamente tratados, mantendo assim o controle sobre as situações adversas inerentes a todo e qualquer projeto. 
Fonte: PMI (2013). 
De acordo com Greene e Stellman (2010), a finalização do Plano de Gerenciamento de Riscos norteará todo o desenvolvimento do plano e tratamento dos riscos que podem (e irão) 
afetar o projeto. Tem ainda o intuito de auxiliar a identificar quem serão os responsáveis por fazer isso e com qual frequência os riscos serão identificados e tratados. 
Resultados do plano de gerenciamento de riscos 
O plano de gerenciamento de riscos proporciona itens úteis para a gestão deles no projeto. Vamos destacar alguns, a seguir, segundo Kerzner (2009): 
• Método : definição de quais serão as estratégias para identificação, análise e tratamento dos riscos, bem como se a gestão será conduzida por membros do projeto ou a parte por 
funcionários da empresa ou ainda por uma consultoria externa especializada em gestão de riscos. Contempla ainda o uso de padrões, políticas, processos e técnicas desenvolvidos e 
disponibilizados pelo departamento ou divisão de gestão de riscos da companhia, quando este existir. Outro aspecto não menos importante é a identificação da necessidade de 
treinamento de gerenciamento de riscos aos principais stakeholders envolvidos e comprometidos com o projeto. Essa iniciativa deve ser focada e acondicionada aos distintos grupos 
envolvidos e às necessidades peculiares de cada projeto (o direcionamento pode variar se for aplicado a membros da alta administração, que serão os tomadores de decisão, ou se 
for aplicado aos membros do time, que serão os executores). 
• Orçamento e periodicidade: necessidade de identificar quanto custará o gerenciamento dos riscos do projeto, assim como quando realizá-lo. Porém, vale lembrar que realizar a 
gestão de riscos pode proporcionar redução de custos efetivos do projeto, bem como otimizar os prazos, apenas reduzindo ou eliminado as ameaças e enaltecendo as 
oportunidades. Também é preciso que se repitam os processos de identificação, análise e tratamento de riscos ao longo do ciclo de vida do projeto, uma vez que os cenários se 
modificam durante o desenvolvimento dele. 
• Rastreabilidade: definição de como serão instauradas as auditorias nos processos de gestão dos riscos, quais serão as documentações necessárias e como deverão ser registradas 
as lições aprendidas durante todo o ciclo de vida do projeto. Para tanto, e como exemplo, devemos manter um repositório de registro de riscos que podem ser consultados tanto 
durante o desenvolvimento do projeto (como evidências sobre os procedimentos executados) como para consultas futuras a serem utilizados por outros projetos futuros. 
• Nível de tolerância das partes interessadas : é natural que as expectativas dos stakeholders não estejam necessariamente alinhadas em relação aos resultados esperados (parciais 
ou finais) do projeto. Da mesma maneira, a tolerância aos riscos tende a apresentar o mesmo comportamento, ou seja, pode haver aqueles que possuem baixa tolerância a riscos que 
envolvam o não cumprimento de prazos, já outros não admitem riscos relacionados ao não cumprimento do orçamento pré-estabelecido. Essas tolerâncias não devem ser inferidas, 
e sim identificadas já no início do planejamento, além de ser refinadas continuamente no ciclo de vida do projeto. 
• Categorias de riscos: baseadas nos registros históricos e/ou outras fontes de informações utilizadas na elaboração de uma lista de riscos classificados por categorias distintas. 
Podem ser classificados como riscos organizacionais, de ordem técnica ou tecnológica, riscos associados à Política da Qualidade da companhia, Riscos Externos, de ordem 
econômica e estratégica da empresa etc. Essa forma de classificação de riscos (relacionados sempre às ameaças e/ou oportunidades) será tratada com mais detalhes a seguir. 
• Formatos de relatórios: descrição de relatórios (formato, padrão, conteúdo, periodicidade etc.) que serão utilizados para reportar os riscos às partes interessadas durante o 
desenvolvimento do projeto. Algumas empresas preferem estabelecer um padrão próprio de relatórios, geralmente a serem apresentados para a alta administração da companhia. 
O intuito principal é levar as informações sobre os riscos de forma objetiva e sucinta, inclusive solicitando auxílio dos dirigentes para determinados riscos, quando isso for 
realmente necessário. Um exemplo seria o ‘registro de riscos’ que nada mais é do que um local repositório no qual será armazenada a maior quantidade de informações dos riscos 
identificados. Pode ser de forma eletrônica, em planilhas ou arquivos digitais, repositórios compartilhados dedados, papéis e formulários impressos ou até manuscritos. O que 
realmente interessa é que se tenha acesso às informações tão logo sejam solicitadas. Diretrizes de probabilidade e impacto: elaboração das escalas de probabilidade e impacto 
para que os riscos (tanto ameaças quanto oportunidades) possam ser classificados de acordo com sua prioridade e severidade. A definição de uma matriz de probabilidade e 
impacto tem o intuito de “padronizar” as possíveis interpretações por parte do time de gestão de riscos, além de assegurar a compreensão dos riscos pelo time como um todo. 
Podemos analisar, a seguir, exemplos de escalas de probabilidade e de impacto, bem como um modelo de matriz de classificação de riscos. De acordo com Mulcahy (2010) faz-se 
necessário que tanto as escalas quanto a matriz sejam definidas e elaboradas ainda na fase de desenvolvimento do plano de gerenciamento de riscos. 
Figura 1 - Escala de probabilidade de riscos 
Fonte: Adaptado de PMI (2013). 
Geralmente, a escala de probabilidade não é maior do que 8 em uma escala de 1 a 10. Isso porque se a probabilidade for maior que 8 (ou 80%), você 
estará lidando não com uma probabilidade de algo acontecer, e sim com um fato (algo que muito provavelmente já aconteceu!). 
Fonte: Mulcahy (2010, p. 131). 
Figura 2 - Escala de impacto de riscos 
Fonte: Adaptado de PMI (2013). 
Os quadros, descritos anteriormente, são apenas uma referência, modelos sugeridos pelo PMI (2013). Você poderá construir sua própria tabela de probabilidade e impacto, 
utilizando a numeração que achar adequada para elaborar suas escalas, podendo, por exemplo, reduzir para simplesmente baixo, médio ou alto grau de impacto. 
Apenas não se esqueça de contemplar as dimensões de escopo, prazos, custos e qualidade, pois se qualquer uma destas áreas de conhecimento for afetada poderá comprometer os 
resultados parciais ou totais do seu projeto. Conforme, o grau de tolerância do projeto ou dos stakeholders , você poderá ainda alterar os percentuais constantes nos quadros para 
que reflitam a realidade dos principais interessados nos resultados do projeto. 
Figura 3 - Modelo de Matriz de riscos 
Fonte: Adaptado de PMI (2013). 
A tabela de riscos, citada anteriormente, também se trata de um template , podendo ser ajustada de acordo com as necessidades de cada projeto. Qualquer zona (vermelha, verde, 
azul ou cinza) poderá ser expandida ou contraída, refletindo os graus de tolerância a riscos por parte dos principais interessados nos resultados do projeto, os stakeholders . Ao 
alterar o valor das escalas de probabilidade e impacto (consequências) os valores resultantes do produto também serão alterados, reclassificando dessa maneira os níveis de riscos 
do projeto. 
Encerramos essa parte com as abordagens sobre os conceitos básicos sobre riscos, a importância do estabelecimento e reconhecimento das premissas do projeto, os papéis e 
responsabilidades dos stakeholders na gestão de riscos, as vantagens de se elaborar um plano de gerenciamento de riscos eficaz e as técnicas de definição e elaboração das escalas 
de probabilidade e impacto, além da matriz referencial de riscos. Uma sugestão importante: não se prenda somente a ele, tome o cuidado de realizar as pesquisas sugeridas e as 
leituras complementares, aumentando significativamente dessa maneira as chances de aprendizado sobre o tema. 
Espero que você tenha aproveitado o conteúdo abordado, pois há muito mais coisas interessantes por vir! 
CATEGORIAS DE RISCOS 
Olá! Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre gestão de riscos. Sua dedicação e entusiasmo farão toda a diferença nesta nossa caminhada. Vamos demonstrar agora um 
dos métodos de se trabalhar com riscos – tanto as oportunidades quanto as ameaças –, elaborando uma lista de riscos classificados e que podem ser agrupados em categorias de 
riscos por terem características similares entre si, gerando assim várias categorias distintas. 
Podemos tomar como exemplo de categorias os fornecedores, a tecnologia, o meio ambiente, legislações, condições econômicas, recursos etc. É possível utilizar uma ferramenta 
denominada Estrutura Analítica de Riscos traduzido do inglês Risk Breakdown Structure (RBS ) como forma de representação de categorias de riscos. Na Figura 4, temos uma 
representação gráfica de uma RBS em formato de mapa mental: 
Figura 4 - Estrutura Analítica de Riscos 
Fonte: Adaptado de PMI (2013). 
Vamos entender aqui um pouco do conceito aplicado em uma RBS. Você verá que o nome do projeto está no centro do diagrama. Posteriormente, poderá decompor o que 
chamaremos de categorias de riscos principais (no caso do exemplo citado, Gerenciamento de Projetos, Externo, Técnico e Organizacional). Vamos tomar alguns exemplos sobre 
cada categoria que aparece na figura 4. 
Na categoria de Gerenciamento de Projetos é muito comum que riscos referentes às estimativas de prazos e custos das atividades sejam identificados, além de problemas de 
comunicação entre as equipes e os stakeholders . Na categoria ‘Externo’, os órgãos reguladores e outros fatores (como até o climático) podem influenciar e gerar riscos que precisam 
ser tratados ao longo do desenvolvimento do projeto. 
Já na categoria técnica, explorar uma nova tecnologia pode gerar inúmeras incertezas que, se não forem tratadas e gerenciadas, podem gerar riscos que venham inclusive a 
comprometer a continuidade do projeto. Por fim, a categoria organizacional pode influenciar e muito os resultados do projeto. Conflitos de interesse, diferentes expectativas por 
parte dos stakeholders e a disputa por recursos funcionais dedicados aos projetos podem gerar sérios riscos que acabam por se tornar grandes desafios para a equipe de riscos do 
projeto. 
De acordo com Greene e Stellman (2010), uma vez que você tenha criado as categorias principais, deve agora decompor a estrutura em outras mais detalhadas (Técnico/Tecnologia, 
Externo/Mercado, Organizacional/Recursos e assim por diante). Isso deve ser feito justamente para que trabalhe com riscos que podem impactar direta ou indiretamente o seu 
projeto, contemplando várias categorias correlacionadas às principais. 
Observe como essa forma gráfica de representação das categorias de riscos poderá auxiliá-lo a organizar melhor a lista de riscos identificados, classificando-os e relacionando-os 
com as áreas, departamentos ou divisões da companhia. Isso servirá, ainda no processo de tratamento de riscos, de grande ajuda para identificar quem serão os responsáveis por 
tomar uma ação caso o evento incerto ocorra. 
Outro aspecto interessante que você deve considerar é a forma gráfica de representação das categorias de riscos em uma estrutura hierárquica, o que lhe proporciona maior 
visibilidade dos problemas (ameaças) e oportunidades que estão rondando seu projeto, assim como também permite a mesma visualização e inteligibilidade ao seu time de riscos. 
Podemos ainda associar esse método a algumas técnicas, por exemplo: 
• Brainstorm, que é uma técnica na qual o time de riscos se reúne em um ambiente e uma rodada de ideias é iniciada. Cada membro poderá dizer qual risco consegue visualizar, sem 
se preocupar muito nesse momento com a qualificação dos dados (análise de chances de ocorrer ou ainda o impacto causado caso ocorra). 
• Delphi, relativamente parecida com o brainstorming , porém com a vantagem de os participantes permanecerem anônimos. 
• Análise Strengths , Weaknesses , Opportunities and Threats (SWOT) que em português significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças – é uma técnica que permite 
explorar os pontos fortes e pontos fracos assim como as oportunidades e ameaças inerentes ao projeto e/ou a companhia patrocinadora dele. 
• Diagrama de causa e efeito, que também é conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe, que se apresenta como uma ferramenta de extremo auxílio na 
identificação de possíveis causas para um único problema. 
• Failure Mode Effects Analysis (FMEA) cuja funçãoseria descobrir as origens de defeitos responsáveis pelas falhas internas e/ou externas aplicadas na gestão da qualidade. Além 
de ser uma ótima ferramenta, é um método que trata as falhas como problemas potenciais e que podem ter suas origens identificadas. 
• Obtenção da opinião dos especialistas, que é baseada em entrevistas com o cliente, com a alta administração da companhia patrocinadora do projeto, com os especialistas 
técnicos e de negócio, com os consultores que emprestam (e prestam) seus conhecimentos ao projeto, enfim, com todo e qualquer stakeholder que venha agregar valor ao processo 
de identificação de riscos. 
Todas estas técnicas de identificação de riscos serão abordadas mais a frente e com mais detalhes e exemplos sobre cada uma delas. 
Categorias de riscos sempre existirão na maioria (para não dizer todos) dos projetos, por exemplo, riscos associados aos custos e prazos preestabelecidos e acordados com o cliente. 
Para exemplificar melhor, há aquelas que são clássicas e devem ser contempladas pela equipe de riscos do projeto. De acordo com Mulcahy (2010), podemos relacionar algumas, 
porém sem nos limitar somente a elas: 
• Técnica : relacionadas geralmente à engenharia ou à tecnologia, na qual pode haver dificuldades técnicas de se atender a algum requisito técnico ou de desempenho de materiais 
(Ex.: obras de engenharia civil ou projetos de Tecnologia da Informação). 
• Produção : riscos associados a problemas de embalagens, logística de matéria-prima, maquinário, armazenamento etc. 
• Fornecedor : podem ser fornecedores de matéria-prima, produtos acabados, módulos intermediários ou ainda mão de obra especializada. Geralmente, os riscos associados a 
fornecedores impactam o projeto de forma parcial ou total, dependendo da sua influência. Por exemplo, um projeto no qual 70% dos resultados dependem de um único fornecedor 
de produtos e de mão de obra qualificada). 
• Fatores internos : riscos associados à capacitação do corpo operacional, instalações, equipamentos, recursos materiais etc. 
• Influências externas: perigos relacionados às mudanças de legislações, indisponibilidade de materiais, notificações de órgãos regulamentadores, instituições burocráticas 
governamentais etc. 
• Segurança: ameaças e oportunidades inerentes a vulnerabilidades, segurança pessoal, confidencialidade, conformidades legais, condições ergonômicas, condições climáticas, 
sabotagens etc. 
• Gestão de projetos: falta de capacitação técnica e gerencial por parte do time de projeto, processo de comunicação ineficaz entre os stakeholders , falta de uma metodologia de 
gestão de projetos definida, requisitos de qualidade mal definidos, escopo do projeto incompleto ou indefinido etc. 
No momento em que você se reunir com a sua equipe para elaborar uma lista de riscos, a RBS se apresentará como uma ferramenta muito útil. As 
categorias previamente definidas, além de outras que podem ser criadas, servirão de um eficaz lembrete quando vocês estiverem em uma sessão de 
brainstorming . Não acha? 
Fonte: Greene e Stellman (2010, p. 548). 
Apesar de a RBS ser uma ferramenta bem interessante e eficaz na identificação de riscos, Mulcahy (2010) recomenda que o uso de categorias e agrupamento de riscos seja aplicado 
somente após um número significativo de riscos terem sido identificados pelo time de riscos do projeto, geralmente para que novas ideias surjam por meio do emprego da RBS. Não 
obstante, não é muito raro que em alguns projetos uma categoria completa de riscos tenha sido negligenciada, muitas vezes por falta do uso de uma RBS bem elaborado. 
Uma lista de categoria de riscos faz parte de uma base histórica de projetos. Ela pode ser originada de lições aprendidas, repositórios de registros de riscos, relatórios de 
encerramento, relatos de especialistas, enfim, qualquer formato que permita registrar informações e dados consolidados de projetos passados (que podem ainda ser internos ou 
externos à companhia). 
Deve-se tomar muito cuidado com o uso de listas de categorias de riscos, principalmente se forem aplicadas logo no início do tratamento (e 
identificação) deles. Isso porque, não raramente, podem gerar uma falsa sensação de segurança ao gerente de projeto em achar que todos os riscos 
inerentes ao projeto foram já cobertos nessa etapa. 
Fonte: Mulcahy (2010, p. 363). 
A indústria petrolífera brasileira se tornou nos últimos anos referência internacional no emprego de novas tecnologias no manuseio e extração de 
óleo presente em águas profundas. Em 2011, uma empresa de grande porte desse setor investiu na implementação de uma tecnologia denominada 
Separação Submarina de Água e Óleo (SSAO). Para tanto, uma das boas práticas de gestão de projetos aplicada foi a gestão de riscos, pois essa era 
uma tecnologia pouco explorada até então. A utilização de uma RBS foi crucial para o sucesso da iniciativa, pois serviu como fonte de dados dos 
documentos registrados na companhia, um banco de dados com histórico de projetos anteriores e a experiência da equipe. 
De posse dessa documentação, elaborou-se uma RBS detalhada (pela primeira vez no histórico da empresa) que foi fundamental para o mapeamento 
dos potenciais riscos que poderiam prejudicar os resultados esperados, principalmente financeiros, pois os investimentos estavam na ordem de 
milhões de dólares. Depoimentos posteriores da equipe do projeto corroboraram a teoria, pois reconheceram que a ferramenta os auxiliou de forma 
extrema no tratamento dos principais riscos (e inéditos nesse caso) até a finalização do projeto. 
Fonte: Palma et al. (2011). 
Vimos à técnica de identificação de riscos por agrupamentos e por categorias, por meio da utilização de uma RBS que pode ainda ser associada a outras técnicas e ferramentas de 
identificação de riscos. Discorremos sobre algumas categorias mais usuais de riscos, porém, lembrando que não devemos nos limitar somente a elas e que, dependendo de cada tipo 
de projeto, novas categorias e formas de agrupamento de riscos vão surgindo para suprir as necessidades de abrangência dos riscos do projeto. Vamos seguir em frente, porque isso 
está ficando cada vez mais interessante! 
FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
Olá! Vamos dar continuidade aos nossos estudos. Até aqui já aprendemos, basicamente, a definir o que é um risco (ameaça ou oportunidade) por meio da análise dos impactos com 
efeitos positivos e negativos e de suas escalas previamente elaboradas no plano de gerenciamento de riscos, qual é a melhor forma de representá-lo, além de outras características 
importantes sobre classificação de riscos em categorias. Mas, a diversão começa exatamente agora! Pois, é a partir daqui que você colocará a criatividade em prática. Dizemos isso 
porque é na fase de identificação de riscos que temos que exercer nossa capacidade criativa, sempre em busca de ameaças ou oportunidades inerentes ao projeto. 
Existem inúmeras formas, técnicas, dinâmicas e boas práticas para se identificarem riscos, tanto das oportunidades quanto das ameaças que rondam seu projeto. Técnicas 
individuais como uso de entrevistas e preenchimento de formulários, técnicas em grupo como brainstorm e técnica Delphi, além de outras que serão abordadas com bem mais 
detalhes no capítulo seguinte. 
O mais importante, no final, é possuir o discernimento de qual a mais apropriada forma de identificação se aplicará, ou melhor, em que momento isso deverá ocorrer, pois esse 
processo de identificação deve ocorrer durante todo o ciclo de vida do projeto (KERZNER, 2009). 
Formato causa-risco-efeito 
Uma forma complementar e bem eficaz de se trabalhar com listas de categorias de riscos e, consequentemente, a elaboração de uma RBS, é a utilização do formato de causa-risco- 
efeito, sugerido por Mulcahy (2010). A autora ainda afirma que essa seria a melhor maneira de se definir um risco – tanto como ameaça quanto como oportunidade. Vamos analisar 
como seria a definição de um risco na categoria “Fornecedor”,primeiramente reportando-o de maneira, digamos, “convencional” e, posteriormente, usando o emprego do formato 
causa-risco-efeito sugerido por Mulcahy: 
Modo “convencional” 
• O fornecedor de mão de obra específica e qualificada pode atrasar uma entrega importante, comprometendo a data final do projeto. 
Notem que no modo que chamamos de “convencional”, o risco é reportado genericamente e não sugere sequer uma forma de resolver o problema. Inúmeras seriam as razões pelas 
quais o fornecedor poderia atrasar uma entrega importante do projeto, ficando assim mais complexo de se indicar uma alternativa de solução. 
Modo causa-risco-efeito 
• Por conta do não conhecimento por parte do fornecedor do cronograma completo do projeto. 
• Pode haver distorções na compreensão das entregas principais (envolvendo escopo e prazo) do projeto. 
• Comprometendo a data de entrega atribuída ao fornecedor e, por consequência, a data final do projeto. 
Já no formato de causa-risco-efeito, tratamos de identificar não somente as consequências (dificultando uma proposta de solução), mas também a potencial origem do problema. 
Nesse exemplo, se atuarmos na origem, ou seja, se levarmos em tempo hábil ao conhecimento do fornecedor o cronograma completo do projeto e demonstrarmos em que momento 
suas atividades se encaixam nele, evidenciando a importância do cumprimento dos prazos preestabelecidos, aumentamos significativamente as chances de que esse tipo de ameaça 
não ocorra. 
Essa não é uma forma muito simples de reportar ameaças e/ou oportunidades nos projetos, porém, o importante é buscarmos sempre pela raiz principal dos potenciais riscos. É 
necessário bastante treino para não confundir e priorizar as consequências e não a causa-raiz, que se apresenta como a verdadeira ameaça ao projeto. A causa- -raiz é a origem do 
problema, no qual ele realmente se manifesta. Se não tratarmos sua origem, estaremos, na verdade, cuidando de seus sintomas e não o resolvendo por definitivo. Essa seria a 
principal razão pelas quais diversas ameaças ocorrem mais de uma vez, com reincidências. 
Dessa maneira, ao nos esforçarmos para remediar uma situação que se apresenta em primeira instância como inevitável, podemos sim diminuir (ou até eliminar) as chances de que 
ela se manifeste. De acordo com Greene e Stellman (2010), utilizando esse formato podemos distinguir até mesmo uma única fonte (causa-raiz) que pode causar inúmeras 
consequências (efeitos) e que, se bem tratada, permite que eliminemos vários riscos inerentes ao mesmo tempo no projeto que estamos gerenciando. 
Olhe para o exemplo acima do fornecedor e faça um exercício mental: Quantas consequências poderiam ser evitadas (ou terem os impactos 
diminuídos) se o fornecedor tivesse conhecimento prévio e plena compreensão do cronograma completo do projeto e se soubesse exatamente qual a 
importância do cumprimento dos seus e de outros prazos preestabelecidos e registrados nessa ferramenta? 
Em se tratando de fornecedores (de serviços, produtos, mão de obra qualificada etc.), Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009) recomendam que sejam tratados também como 
stakeholders . Ou seja, precisam participar do projeto e não simplesmente “fornecer” ou serem cobrados por entregar isso ou aquilo em determinado momento, fase ou etapa. Assim 
como as demais partes interessadas têm necessidades de comunicação, de gerenciamento de expectativas, de participar até mesmo da gestão de riscos efetivamente. 
Obviamente não necessitam conhecer toda a estratégia e outras informações muitas vezes confidenciais pertencentes somente à companhia patrocinadora do projeto, mas devem 
saber o suficiente para que se reconheçam como “parte participativa” do projeto, observando a importância que suas entregas oferecem ao projeto e quanto agregam valor aos 
resultados parciais e finais. Se não forem bem gerenciados e engajados (comprometidos) com as entregas parciais e finais, podem se tornar fonte de riscos em potencial. 
Podemos compreender que o engajamento não só dos fornecedores, mas de todos os stakeholders do projeto, é de suma relevância até para o seu sucesso. Em outras palavras, e de 
acordo com Kerzner (2009), determinar quem fará parte da equipe de riscos ao longo do ciclo de vida do projeto é comumente visto como um “removedor de obstáculos” nos 
processos de gestão de riscos. Envolver – e de certa forma engajar, comprometer – as pessoas certas durante o processo de identificação de riscos (ameaças e oportunidades) pode 
ser crucial e determinante para o sucesso ou fracasso da iniciativa. 
Alguns stakeholders , por si próprios, podem representar riscos (principalmente ameaças) para os projetos sob seu gerenciamento. Isso se deve ao fato de que existe a possibilidade 
de haver conflito de interesses e também expectativas distintas dentre as partes interessadas com relação aos resultados parciais e finais do projeto. Nível de exposição, 
comprometimento com os benefícios adquiridos e mudanças organizacionais, entre outros, são fatores que podem contribuir com essa situação. 
Convidar o cliente a participar do time de riscos também pode ser uma boa ideia. Em um projeto de uma rede de restaurante fast food nos Estados 
Unidos, em 2009, a empresa fornecedora das janelas de contato com os clientes (balcão de atendimento por meio de uma janela de vidro) convidou 
os principais clientes e patrocinadores para serem membros do time de riscos. Como resultado, onze novos riscos foram identificados, os quais o 
time de projetos não havia sequer considerado. Isso foi possível porque essas pessoas utilizaram antecipadamente as janelas de atendimento 
(protótipos), como clientes do restaurante, e verificaram na prática quais eram os riscos associados que poderiam afetar principalmente a qualidade 
e a pontualidade dos atendimentos. 
Fonte: Mulcahy (2010, p. 71). 
Devemos aqui reforçar a importância da determinação de quem fará parte do time de riscos do projeto, seja de maneira circunstancial, seja durante todo o seu ciclo de vida. Para 
sua melhor compreensão, nenhum stakeholder em potencial deveria ficar de fora desse processo, desde o membro representante da mais alta administração até mesmo o aprendiz 
do departamento X da companhia, contanto que este se encontre no contexto do projeto. Todo aquele que vier a ter uma mínima contribuição deve ser considerado e consultado, 
pois pode revelar novas ideias e surpreender até mesmo os mais experientes do time do projeto. 
Para a coleta de informações e identificação dos riscos, o ideal é que toda a equipe esteja reunida em um único local e de forma presencial. Essa condição facilita bastante, pois evita 
ruídos na comunicação, dado que as interações face a face são muito mais eficientes por meio da leitura corporal e expressões faciais, enquanto, ocorrem as interlocuções. 
Obviamente, isso nem sempre é possível, pois haverá situações em que estarão envolvidas equipes remotas. 
Para aumentar as chances de sucesso na identificação de riscos nessa condição de time “dispersado” de riscos, destacam-se algumas dicas, dentre as quais: 
• Prover uma comunicação eficaz, garantindo que todos tenham acesso aos mesmos níveis de informação. 
• Deixar bem claro quais são os objetivos e resultados esperados para que todos tenham as expectativas alinhadas. 
• Utilizar a técnica do anonimato, isto é, fazer com que os stakeholders contribuam com suas considerações de forma anônima, via website , com uma conta de usuário genérica (em 
que todos tenham o mesmo usuário e senha), por exemplo, para contribuir com suas colocações. 
Reuniões virtuais utilizando audioconferência e troca de e-mails têm demonstrado pouca eficácia no processo de identificação de riscos, dada à exposição que os membros do time 
possam sentir, comprometendo a qualidade e a quantidade de riscos identificados. Porém, não devem ser simplesmente descartadas, e podem ser complementadas com outras 
técnicas, dinâmicas e boas práticas que vamos discutir na sequência. 
Fechamosassim este conteúdo compreendendo a importância de fazermos a identificação de riscos no formato causa-risco-efeito, pois somente assim podemos garantir que os 
eventos incertos foram resolvidos na sua origem, evitando que sejam reincidentes. Vimos ainda que a comunicação é fundamental para todo e qualquer processo onde os 
stakeholders (sejam eles internos ou externos ao projeto) estejam envolvidos, para inclusive aumentar o comprometimento deles com a gestão dos riscos nos projetos. Espero que as 
informações apresentadas até aqui tenham agregado valor ao seu conhecimento. E vamos prosseguir, pois há bastante informação relevante mais à frente. 
TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
Olá, caro(a) aluno(a). Até aqui já elaboramos a metodologia e a estratégia de planejamento dos riscos do projeto. Tomamos o cuidado de estabelecer os indicadores (escalas de 
probabilidade e impacto), observamos a apresentação dos riscos no formato causa-risco-efeito e envolvemos (e comprometemos) os stakeholders que poderão contribuir e agregar 
valor aos processos de identificação de riscos. Agora, vamos conhecer as melhores técnicas, ferramentas e boas práticas aplicadas a esse processo de extrema importância no 
gerenciamento de riscos. Você está convidado(a) para ver isso de perto. 
Segundo Kerzner (2009), os riscos – tanto as ameaças quanto às oportunidades – deveriam ser identificados por meio da perspectiva do “E se...”, criando assim uma ideia 
inicialmente condicional para posteriormente concretizá-la como um potencial risco aos acontecimentos do projeto. Para você ter uma ideia, seria se perguntar inicialmente “O que 
poderia dar errado no meu projeto?”, não apenas na fase inicial (chamados de riscos preliminares) como ao longo do ciclo de vida dele. 
Assim como acontece com as categorias de riscos, existem inúmeras maneiras, técnicas e dinâmicas de identificá-los, por exemplo, as técnicas de Brainstorming , a técnica Delphi, 
Diagrama de Causa e Efeito, além de outras. Diante disso, vamos abordá-las com mais detalhes, das mais às menos utilizadas, das mais complexas às mais simples. Como relatado 
anteriormente, cabe ao gerente de projeto e ao time de riscos o discernimento de qual delas e em qual momento utilizá-las. 
Brainstorming 
Greene e Stellman (2010) sugerem que a técnica de brainstorm seja utilizada como a opção inicial para identificação de riscos do projeto. Com o time de riscos reunido em um 
ambiente, uma rodada de ideias é iniciada, e cada membro poderá dizer qual risco consegue “enxergar”, sem se preocupar muito nesse momento com a qualificação dos dados 
(análise de chances de ocorrer ou ainda o impacto causado caso ocorra). Uma pessoa do time vai anotando todas as ideias expressas, enquanto outra, denominada facilitador, vai 
mediando as rodadas e organizando-as; cada elemento deverá dizer apenas uma ideia, passando a vez ao próximo. 
Para facilitar as anotações, o próprio time pode escrever suas ideias em pequenos papéis adesivos ( post - it ) e colocá-los em um flip - chart ou quadro branco, por exemplo. Note que 
essa técnica permite que novas ideias sejam “contaminadas” pelas que já foram relatadas, aumentando a profundidade de um assunto abordado pelo time. A dinâmica deverá 
continuar até que o grupo se certifique de que esgotou as possibilidades. É importante que o time de riscos seja bem heterogêneo. 
Isso significa que deve ser composto por profissionais de áreas distintas, porém, relacionadas ao projeto. Vamos dar um exemplo: se o seu projeto for um novo produto de uma 
empresa do setor de agronegócio, é interessante que o time de riscos seja formado por engenheiros agrônomos, especialistas do meio, analistas financeiros, profissionais com 
conhecimento em questões ambientais, experts em agrotóxicos etc . 
Se mantivermos apenas um grupo de especialistas, como os engenheiros agrônomos, a lista de riscos será muito pobre para um projeto dessa envergadura. 
Em nosso exemplo, a equipe do projeto pensará na construção e elaboração do novo produto, enquanto, representantes da área que irão utilizá-lo (ou comercializá- -lo, se for o 
caso) pensarão em quão difícil será trabalhar com ele, e assim por diante. Dessa forma, podemos perceber que riscos distintos, porém correlacionados, serão identificados pelo time. 
Técnica Delphi 
Trata-se de uma técnica relativamente parecida com o brainstorming , porém com a vantagem de os participantes permanecerem anônimos. Dizemos vantagem porque quando se 
está no anonimato normalmente os membros do time se sentem com mais liberdade para tocar em assuntos considerados críticos e que podem gerar polêmica, apesar de serem de 
extrema importância na coleta e registro de riscos. E como se dá esse anonimato? Bem, de acordo com o PMI (2013), a técnica envolve o uso e envio de requisições específicas – com 
riqueza de detalhes – a alguns especialistas da área em questão. O facilitador recebe o parecer dos especialistas, compila essas informações em uma única lista (tomando o cuidado 
de manter o anonimato dos participantes) e a envia a todos para que expressem novamente as opiniões. 
Note que dessa maneira não há “contaminação” de ideias (pelo menos não tão direta, se comparado com o brainstorming ), e o intuito principal é a busca pelo consenso de um 
assunto considerado complexo e polêmico no projeto. Podemos utilizar como exemplo os riscos associados ao uso de uma tecnologia ainda não explorada pela companhia em um 
projeto de engenharia para um novo produto de manufatura. A técnica Delphi ao colher anonimamente as opiniões dos especialistas e buscar um consenso entre elas, vem com o 
intuito de cobrir os possíveis riscos (ameaças e oportunidades) inerentes a esse tipo de projeto. 
A técnica pode ser muito bem aplicada a times remotos (distantes geograficamente) e se mostrar eficaz. Em contrapartida, um efeito colateral é tomar demasiado tempo para que os 
especialistas respondam às requisições enviadas pelo facilitador. 
Uma das boas práticas que pode (e deve) ser aplicada na fase de identificação de riscos é ter listas separadas: uma com ameaças e outra com 
oportunidades – e o registro de riscos que representam as oportunidades deve vir primeiro. Não parece muito fácil identificá-las primeiro, porém 
essa prática pode levantar o moral do time e deixá-lo mais à vontade com as técnicas, uma vez que não parecerão tão negativos em relatar somente o 
que pode dar errado no projeto. É muito provável que um membro do time, ao relatar sua quarta ou quinta ideia somente de ameaças e catástrofes 
aos resultados, poderá ficar constrangido perante os demais integrantes do grupo, o que fica mais difícil de acontecer com as oportunidades. Outra 
dica importante é que a lista de oportunidades deve ser revisitada após a lista de ameaças estar (relativamente) completa. Assim, será menos 
complexo descobrir novas oportunidades, bastando para tanto pensar inversamente às ameaças. 
Fonte: Mulcahy (2010, p. 78). 
Análise SWOT 
A análise Strengths , Weaknesses , Opportunities and Threats (SWOT) traduzida em português para Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças – constitui uma técnica que 
permite explorar os pontos fortes e pontos fracos (do projeto ou até mesmo da companhia patrocinadora dele), assim como as oportunidades à vista e as ameaças evidentes no 
momento da análise. Segundo Dinsmore e Cabanis-Brewen (2009), é possível analisar os pontos fortes para encontrar as oportunidades correspondentes e, posteriormente, utilizar 
os pontos fracos para auxiliar na identificação das ameaças aos resultados parciais e/ou totais do projeto. Esse tipo de análise tende a ser mais bem-sucedido quando aplicado em 
um workshop do tipo imersão. 
Para termos uma ideia do que isso representa, basta imaginar sessões de brainstorming sucessivas e em território neutro, ou seja, com os participantes desprovidos de desvio de 
atenção como aparelhos de telefone celular, computadores, telefones fixos na mesa de trabalho, intervençõespor colegas etc. Assim, os esforços são concentrados na identificação 
dos riscos, enquanto há registros e documentação sendo preparados durante o workshop , os quais farão parte posteriormente da documentação de riscos. 
Essa técnica de imersão pode ser aplicada também para outras instâncias, como na fase de determinação e delimitação do escopo total ou parcial do projeto. 
Diagrama de Causa e Efeito 
Também conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe trata-se de uma ferramenta do Gerenciamento da Qualidade Total – em inglês Total Quality Management 
(TQM) – que, segundo Seleme e Stadler (2008), é de extremo auxílio na identificação de possíveis causas para um único problema. Alinhada com o formato causa-risco-efeito, foi 
criado em 1953 por Ishikawa e busca a origem do problema, para que se evite atuar no sintoma (efeito), e sim identificar a causa-raiz dele, tornando bem mais eficaz o tratamento do 
risco. 
Utilizamos o Diagrama de Causa e Efeito para obtermos um levantamento sistemático das causas, em que o foco deve estar em estruturar o problema e visualizar preliminarmente 
as possíveis alternativas de resolução, antes mesmo que o evento aconteça. Na Figura 5, temos um diagrama básico de Ishikawa, demonstrando os 6 M’s (materiais, máquinas, 
método, meio ambiente, mão de obra e medida), muito utilizados nos processos de controle da qualidade total. 
Figura 5 - Diagrama de Ishikawa (ou Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito 
Fonte: Adaptado de Seleme e Stadler (2008, p. 91). 
Por ser uma ferramenta que visa buscar a origem dos problemas – ou pelo menos algumas alternativas de solução para uma situação apresentada –, pode ser perfeitamente 
adaptada para a identificação de riscos. Vamos demonstrar um exemplo prático do uso dessa técnica. 
Imaginemos agora que você é o gerente de projetos de um novo sistema para a área de Marketing de uma empresa do setor de cosméticos. Sua equipe de riscos identificou a 
possibilidade de um atraso na entrega de um dos módulos de desenvolvimento do programa, de responsabilidade de um fornecedor contratado para esse fim. 
Você, então, decide utilizar uma ferramenta visual para auxiliar o time a descobrir as possíveis causas desse atraso, apresenta o Diagrama de Ishikawa a todos e pede para que 
indiquem algumas potenciais causas-raiz. Após debaterem, apresentam algumas alternativas, como segue: 
• Houve muitas mudanças de escopo durante o desenvolvimento. 
• Alguns membros do time de desenvolvimento saíram do projeto, uns foram substituídos e outros tiveram as atividades distribuídas para outros membros do time. 
• Esse tipo de programa de computador nunca havia sido desenvolvido antes. 
• Descobriram falta de conhecimento técnico por parte do time sobre um software de desenvolvimento utilizado no projeto. 
Muito provavelmente a adaptação do Diagrama de Ishikawa para esse problema em específico ficaria conforme ilustrado na Figura 6: 
Figura 6 - Diagrama de Ishikawa para o problema de atraso na entrega do fornecedor 
Fonte: Adaptado de Seleme e Stadler (2008, p. 91). 
O time de projetos pode continuar a inserir algumas possibilidades de causas-raiz até que chegue a um consenso de quais são as causas mais prováveis. Se alguma causa- -raiz tiver 
uma chance maior do que 80% de acontecer serão tratadas como um fato e gerenciada como parte do escopo do projeto. Caso o grupo determine que a probabilidade seja menor do 
que 80% serão tratadas como um risco potencial e deve ser incluída no plano de gerenciamento de riscos. 
Failure mode effects analysis (FMEA) 
Outra ferramenta do Gerenciamento Total da Qualidade cujo objetivo é buscar as causas-raiz de determinados problemas, recorrentes ou não, é a Análise do Modo e Efeito da 
Falha – em inglês, Failure Mode Effects Analysis –, mais conhecida pela sigla nesse idioma FMEA (leia-se Fêméa). Segundo Mello (2011), a função é descobrir as razões de defeitos 
responsáveis pelas falhas internas e/ou externas na gestão da qualidade. Além de uma ferramenta, é um método que trata as falhas como problemas potenciais e que podem ter as 
origens identificadas. 
Como o intuito é identificar as causas possíveis desse problema e eliminá-las – ou pelo menos reduzir drasticamente a chance de acontecerem ou voltar a acontecer, além de prever 
a redução de impactos negativos e indesejáveis –, estamos falando de um método de prevenção, e, como tal, pode ser perfeitamente “emprestado” para a gestão de riscos em 
projetos, dada sua similaridade com o formato causa-risco-efeito. 
O método sugere, segundo Sbragio (2009), analisar os modos de falhas – tanto as novas como as recorrentes – e mapear os efeitos delas. Isso implica que pode haver mais de um 
efeito para um único modo de falha e, sendo assim, podemos determinar alternativas de solução (de prevenção) e de tratamento dos impactos (de correção, quando o evento incerto 
já ocorreu) por meio de formulários-padrão. 
Para demonstrarmos um exemplo mais prático e compreender melhor o conceito desse método, vamos utilizar o mesmo exemplo dado na ferramenta anterior, o Diagrama 
Ishikawa. Para tanto, vamos reescrever uma das potenciais causas-raiz no formato de causa-risco-efeito, como segue: 
• Causa da falha: houve muitas mudanças de escopo durante o desenvolvimento. 
• Risco: o escopo original não pôde ser atendido conforme o previsto. 
• Efeito da falha: ocorreu atraso em uma das entregas de desenvolvimento do sistema. 
Essa análise determina os pontos-chave do método, que utiliza um formulário-padrão e sugere um detalhamento muito maior e completo para o tratamento da falha. 
Apresentaremos, aqui, um formulário básico, porém a ferramenta se apresenta flexível e pode se adequar a praticamente qualquer tipo e natureza de projeto, basta compatibilizar 
as colunas de medidas às necessidades do projeto. 
Apesar dessa flexibilidade e adaptabilidade, o método muitas vezes é considerado um processo deveras lento e custoso, uma vez que vários stakeholders precisam ser mobilizados 
para sua elaboração. Contudo, não podemos nos esquecer dos benefícios da ação preventiva, quando nos antecipamos aos problemas e conseguimos resolvê-los antes mesmo que a 
atividade pertinente seja executada. 
Podemos tomar como exemplo um membro do time que em determinado momento deseja se desligar do projeto. Não podemos nos antecipar a todo e qualquer evento, mas 
suponhamos que esse profissional deseje sair do time por achar que está sendo subutilizado e que suas habilidades não estão sendo aproveitadas como ele gostaria. Se esse 
potencial evento for mapeado em um FMEA, alguma ação preventiva pode ser considerada, como identificar essa negligência no time e mobilizar esse recurso para que tenha mais 
responsabilidades e desafios à altura, componentes partes do incentivo e da motivação. A Figura 7 ilustra a utilização do formulário-padrão para o caso analisado. 
Figura 7 - Formulário básico do FMEA 
Fonte: Adaptado de Sbragio (2009). 
Seguem, a seguir, as tabelas de apoio para compreender as pontuações atribuídas aos níveis de severidade, ocorrência e detecção presentes no formulário-padrão do FMEA. 
Tabela 1 - Classificação da Severidade (SEV) 
Fonte: Adaptado de Sbragio (2009) 
Tabela 2 - Classificação da Ocorrência (OCO) 
Fonte: Adaptado de Sbragio (2009). 
Tabela 3 - Classificação da Detecção (DET) 
Fonte: Adaptado de Sbragio (2009). 
Para melhor compreensão do formulário padrão do FMEA, vamos olhar mais atentamente as colunas que recebem pontuações e seus impactos no risco que está sendo analisado: 
• Primeiro, avaliamos o risco apresentado e seus possíveis efeitos, aplicando- -lhe uma pontuação referente à sua severidade e de acordo com a Tabela 1 (em nosso caso foi 
aplicado o valor 3, ou seja, não atender o prazo estipulado para uma entrega do projeto afeta inicialmente as áreas administrativas relacionadas ao projeto). 
• Posteriormente, avaliamos a frequência com que a potencial causa ocorre (ou poderá ocorrer) duranteo ciclo de vida do projeto de acordo com a Tabela 2 (aqui, demos a 
pontuação igual a 3, o que significa que mudanças ocorrem pelo menos uma vez por mês). 
• Em seguida, atribuímos uma pontuação de acordo com a Tabela 3 para identificarmos o grau de detecção ao qual o risco está sujeito (demos, um valor igual a 3, o que equivale 
dizer que o time do projeto detecta problemas dessa natureza antes que o cliente os perceba). 
• Isso feito, multiplicamos as três colunas e identificamos o Nível de Prioridade do Risco (NPR), que em nosso caso é igual a 27 (3 x 3 x 3). 
• Após identificarmos o NPR, trabalhamos com um plano de ações (ou um plano que responda ao risco), diminuindo a chance de ele ocorrer ou ainda reduzindo os impactos se 
ele for inevitável, mantendo-o sob nosso controle. 
• Com o plano de ações definido e pronto para ser colocado em ação caso o risco venha a ocorrer, classificamos novamente os níveis de severidade, ocorrência e detecção, 
identificando o novo NPR para esse evento. 
Observe que após esse tratamento, demos a pontuação igual a 2 para o quesito severidade (reduzindo o efeito do impacto somente ao projeto); atribuímos um valor igual a 2 para o 
nível de ocorrência (para pelo menos uma vez a cada trimestre no projeto); e um valor igual a 2 para o nível de detecção (correspondendo a uma probabilidade moderada, ou seja, 
com monitoração mais acirrada, porém ainda reativa). Com isso, obtemos um NPR igual a 8 (2 x 2 x 2), bem menor que o nível inicial que tinha um valor igual 27. 
O método do formulário-padrão, segundo Sbragio (2009), deve ser aplicado com o intuito de prevenirmos ou detectarmos possíveis alterações nas variáveis dos processos 
pertinentes ao projeto, as quais venham conduzir a um desvio das especificações iniciais do planejamento. 
Dessa forma, temos a flexibilidade de aplicarmos esse método antes de o evento ocorrer, de forma preventiva e durante o processo de identificação dos riscos, ou mesmo após a 
ocorrência dele de forma reativa, porém, diminuindo consideravelmente as chances que se dê novamente, uma vez que o problema é tratado diretamente na sua causa-raiz. 
Opinião dos especialistas 
A técnica de obtenção da opinião de especialistas pode ser utilizada a qualquer momento no ciclo de vida do projeto no intuito de agregarmos valor aos processos de identificação 
de riscos. Podemos entrevistar o nosso cliente (que é quem demanda o projeto), a alta administração da companhia patrocinadora do projeto, os especialistas técnicos e de negócio, 
os consultores que emprestam (e prestam) seus conhecimentos ao projeto, enfim, todo e qualquer stakeholder que venha agregar valor ao processo de identificação de riscos. 
Segundo Mulcahy (2010), há a vantagem de essa técnica ser aplicada até para times remotos por meio de preenchimento de formulários, respostas por e-mail, conference calls 
(ligações telefônicas), videoconferência ou outro meio de comunicação para esse fim. 
Porém, apesar de parecer simples, é necessário todo um planejamento e organização prévios para aplicá-la, além de termos de manter o controle sobre os resultados esperados. 
Como o método é bem similar a uma pesquisa de campo, a preparação preliminar da metodologia a ser usada se faz extremamente necessária: é preciso identificar o que realmente 
se espera obter das entrevistas e quais serão as perguntas específicas a serem apresentadas ao público-alvo. É importante fazer com que o seu interlocutor perceba a importância 
desse procedimento (veja, isso não é lá muito fácil!), explicando-lhe de maneira bem objetiva por que ele (ou ela) tem papel relevante para o processo e quais são as expectativas 
sobre os resultados, antes de iniciar a entrevista para a coleta de potenciais riscos do projeto. 
Tenha o cuidado de envolver somente as pessoas necessárias do seu time de riscos do projeto para auxiliá-lo a conduzir uma entrevista para coleta 
de potenciais riscos – ameaças ou oportunidades. Organizar uma reunião com o time todo e convidar um ou mais especialistas para ser(em) 
entrevistado(s) é uma técnica que muito provavelmente terá pouca chance de sucesso. Selecione apenas as pessoas-chave, as quais poderão auxiliá- 
lo com as perguntas de foro técnico ou de negócios, os quais realmente agregarão valor a esse processo de identificação de riscos. 
Uma boa abordagem para essa técnica, segundo Kerzner (2009), é deixar inicialmente o interlocutor bem à vontade, com perguntas abertas que façam com que ele reflita sobre o 
projeto e sua complexidade. Somente então direcione suas perguntas objetivas previamente elaboradas. Note que o sucesso da entrevista dependerá muito da habilidade do 
entrevistador em conduzi-la, pois se o interlocutor for interrompido abruptamente, por exemplo, provavelmente a eficácia da entrevista terá sido comprometida nesse momento. 
Mantenha o foco nos resultados esperados e cativar a participação dos colaboradores, de modo a obter a maior quantidade e qualidade das informações que serão utilizadas. 
Outras perguntas que não estavam na sua lista preliminar podem surgir. Nessas situações, as habilidades do entrevistador devem vir à tona para que os resultados sejam mais 
satisfatórios. Observe os aspectos da linguagem corporal do interlocutor para perceber se a entrevista está sendo agradável ou se está se mostrando uma perda de tempo para o 
entrevistado (nesse caso será hora de mudar de estratégia ou até mesmo mencionar a possibilidade de remarcar a entrevista). 
Você poderá, ao perceber que a entrevista está próxima do final, dizer que irá procurá-lo(la) posteriormente para complementar algumas informações, enfatizando a importância 
que ele(ela) representa para o projeto. Permita que o interlocutor faça algumas considerações finais e deixe bem claro que você estará à disposição. Deixe todas as formas de 
contato possível e tenha o cuidado de ser solícito quando for abordado, para manter sua credibilidade. Por fim, agradeça cordialmente a participação do interlocutor e, se possível, 
lhe dê algum feedback sobre como as informações foram tratadas durante o desenvolvimento do projeto. 
Você consegue imaginar o quanto um stakeholder ficaria satisfeito – e poderia colaborar ainda mais em uma suposta nova abordagem – caso você 
levasse ao seu conhecimento que alguns itens importantes levantados durante a entrevista foram fundamentais para o sucesso parcial ou mesmo 
total do projeto? 
Registro de riscos 
O registro de riscos nada mais é que um local onde será armazenada a maior quantidade de informações dos riscos identificados. Pode ser de forma eletrônica, em planilhas ou 
arquivos digitais, repositórios compartilhados de dados, papéis e formulários impressos ou manuscritos etc. O que importa, na verdade, é que se tenha acesso às informações tão 
logo sejam solicitadas. O registro de riscos, ao longo do ciclo de vida do projeto, torna-se também o histórico do projeto que pode ser consultado para a elaboração do planejamento 
em projetos futuros, uma vez que tanto as ameaças como as oportunidades são muitas vezes recorrentes em projetos similares da companhia. 
Manter o hábito de registrar todos os riscos em um repositório único é uma boa prática de gestão de riscos em projetos, segundo Mulcahy (2010). Para tanto, apresentamos na 
Figura 8 uma sugestão de um modelo de registro de riscos, lembrando apenas de que se trata de um documento vivo, ou seja, precisa ser revisitado e atualizado periodicamente 
para manter o controle dos riscos no projeto. 
Figura 8 – Modelo de registro de riscos em projetos 
Fonte: Adaptado de Mulcahy (2010, p. 109). 
Alguns termos novos apresentados na Figura 8 precisam de esclarecimentos. De acordo com Valeriano (2004), são os seguintes: 
• Proprietário do risco em potencial: Todo e qualquer risco precisa de um proprietário, que é a pessoa que tomará alguma ação caso ele aconteça ou esteja na iminência de 
acontecer. Geralmente, é aquele que identifica o risco, pois se o stakeholder percebeu a ameaçaou oportunidade, muito provavelmente poderá sugerir alternativas de solução e 
tomar as devidas ações quando necessário. Podemos tomar como exemplo um stakeholder que identificou a ameaça de a empresa de transporte não enviar recursos suficientes 
para embalar e carregar os equipamentos, mesas, cadeiras e outros materiais em um projeto de mudança de prédio da companhia. Caso essa ameaça ocorra, mesmo após o risco 
ser tratado, muito provavelmente o stakeholder ficará incumbido de providenciar recursos para executar a tarefa e será identificado no registro de riscos como o proprietário do 
risco. Ele também poderá delegar essa função, e tal informação deverá ser inserida no campo em questão. 
• Provável resposta ao risco: Da mesma forma que o stakeholder identificou a ameaça ou oportunidade, poderá sugerir alternativas de solução do problema ou mesmo participar 
da construção da solução junto com outros membros do time. As possíveis alternativas devem ser registradas, pois serão muito úteis no processo de gerenciamento dos riscos ao 
longo do ciclo de vida do projeto. 
• Gatilhos: São geralmente avisos ou pequenos eventos que sinalizam que o risco está prestes a acontecer ou que já aconteceu. Os proprietários dos riscos devem observar 
esses sinais ao longo do ciclo de vida do projeto e tomar a ação correta e necessária tão logo se tornarem evidentes. Para exemplificarmos, imaginemos que o gatilho de uma 
ameaça em um projeto seja o não atendimento de uma reunião de status e verificação de entregas parciais de um fornecedor do projeto. Ora, se o fornecedor não atendeu à 
reunião e não enviou nenhuma informação prévia, muito provavelmente está com a data das entregas comprometida, sinalizando que a ameaça está prestes a acontecer. 
Se a ação necessária for estabelecer uma auditoria no fornecedor (e se essa condição estiver em cláusula contratual), esse é o momento de o proprietário do risco seguir os 
procedimentos preestabelecidos como resposta a essa ameaça. 
• Riscos por atividade: Você poderá gerenciar os riscos do projeto como um todo; se atividade for muito complexa e apresentar mais de um risco, poderá mapeá-los de forma 
isolada, conforme demonstrado na Figura 8. 
Outras técnicas de identificação de riscos podem ser utilizadas pela equipe de projeto. Podemos utilizar formulários a serem preenchidos, que são 
eficazes quando as equipes são remotas e distantes. Podemos fazer uso da análise de ‘pre-mortem’ que seria uma sessão na qual os stakeholders 
imaginariam que o projeto já tivesse terminado e fracassado. Então, poderiam avaliar o que deu errado e por que, identificando novas ideias para 
eventos incertos. Há ainda a técnica do ‘Focus Group’ na qual podemos obter opinião de um grupo ao invés de opiniões individuais. Geralmente são 
aplicadas a um departamento por completo (Marketing, por exemplo) que detém o maior conhecimento sobre a área e os riscos relacionados à ela. A 
técnica da árvore de decisão também pode ser utilizada, pois por se tratar de uma ferramenta visual pode contribuir para que os stakeholders 
possam visualizar novas possibilidades de eventos incertos no projeto. 
Fonte: Mulcahy (2010). 
Tivemos oportunidade desta parte dos estudos de abordarmos as principais ferramentas de identificação de riscos, desde as mais comuns utilizadas até as mais complexas e 
específicas. O emprego de cada uma delas deverá ser de discernimento do Gerente de Projetos junto a sua equipe, adequando-as às necessidades da gestão dos riscos do projeto. 
Vimos ainda à importância de se ter um repositório como o registro de riscos, para manter sempre à mão informações úteis relacionadas aos eventos incertos do projeto. 
Informações, por exemplo, de quem seria o responsável por monitorar o risco e quais seriam os ‘avisos’ que alertariam que o risco está prestes a acontecer – ou que já aconteceu – 
para que as ações cabíveis possam ser tomadas. 
Chegamos ao final do nosso estudo preliminar sobre gestão de riscos em projetos. Espero que tenham aproveitado os assuntos abordados, além de terem aproveitado os exercícios 
de fixação. Nossa recomendação é que você tome por hábito a pesquisa sobre o tema para que possa enriquecer o seu conhecimento e buscar cada vez mais a aplicabilidade em 
projetos reais. Desejamos que este conteúdo possa ter contribuído com os seus estudos. 
• Formato de causa-risco-efeito. 
• Categorias de riscos. 
• Técnicas, ferramentas e boas práticas. 
• Causa-raiz. 
• Registro de riscos. 
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ATIVIDADES 
1. Das alternativas, a seguir, qual delas apresenta a melhor definição de risco? 
a) Uma limitação do projeto. 
b) Um problema que já aconteceu no projeto. 
c) Uma oportunidade ou ameaça que pode afetar o projeto. 
d) Um problema que requer atenção do patrocinador para ser resolvido. 
e) Uma incerteza que eu espero acontecer para tomar uma ação corretiva. 
2 . Caso você decida por não fazer o gerenciamento de riscos em projetos, qual das seguintes consequências seria a mais provável de acontecer? 
a) Seu cliente ficaria muito satisfeito, pois você estaria reduzindo os prazos do projeto. 
b) Os membros do time de projeto ficariam insatisfeitos. 
c) O projeto custaria mais e levaria mais tempo para ser entregue. 
d) O escopo total do projeto seria entregue com mais qualidade. 
e) Haveria redução no orçamento, pois um menor número de pessoas estaria envolvido no planejamento. 
3. Os dois componentes principais de um risco são: 
a) Tempo e custo. 
b) Qualidade e prazo. 
c) Incertezas e dano causado. 
d) Custos e tomadas de decisões constantes. 
e) Análise de escopo e de impactos. 
4 . Qual das seguintes ações NÃO faz efetivamente parte do Plano de Gerenciamento de Riscos: 
a) Definir papéis e responsabilidades dos membros do time de riscos do projeto. 
b) Estabelecer as estimativas de prazos e custos das atividades do projeto junto aos especialistas. 
c) Estabelecer o formato dos relatórios de riscos a serem utilizados periodicamente. 
d) Definir as escalas de probabilidade e impacto a serem utilizadas no plano de gestão dos riscos. 
e) Desenvolver uma lista de categoria de riscos por meio da elaboração de uma estrutura analítica de riscos 
5. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas sentenças a respeito do Plano de Gerenciamento de Riscos em projetos: 
( )As categorias de riscos podem ser definidas como áreas comuns ou fontes de riscos que podem ser agrupados, inclusive em projetos similares. 
( )O emprego da RBS deveria ser a primeira técnica a ser utilizada na identificação de riscos. 
( )Os riscos deveriam ser identificados em todas as categorias mais relevantes de riscos. 
( )Categorias de riscos são utilizadas apenas para identificar ameaças em projetos, não se aplicando na identificação de oportunidades. 
a) F, F, V, V 
b) V, V, F, F 
c) V, F, V, F 
d) V, V, V, F 
e) F, F, V, F 
6. Qual das ferramentas e técnicas, a seguir, não poderia ser associada a uma categoria de riscos nem utilizada para identificar riscos? 
a) Diagrama de causa e efeito 
b) Brainstorm 
c) Análise SWOT 
d) Diagrama e Rede de Precedências 
e) Técnica Delphi 
7. Associe os termos relacionados ao gerenciamento de riscos, a seguir, com as respectivas descrições: 
a) Formato causa-risco-efeito 
b) Lista de categorias de riscos 
c) Causa-raiz 
d) Processo de identificação de riscos 
e) Identificar e mobilizar stakeholders 
( )Áreas comuns ou fontes de riscos similares em projetos 
( )Principal elemento objeto de busca para quem gerencia riscos em projetos. 
( )Parte do processo de designação de papéis e responsabilidadesna gestão de riscos. 
( )Como resultado de uma origem, um fato pode ocorrer, o que poderia levar até a uma consequência indesejada. 
( )Determinar riscos específicos por projeto ou por atividade. 
Marque a alternativa correta: 
a) B-C-E-A-D 
b) C-E-A-B-D 
c) A-B-C-D-E 
d) E-A-D-C-B 
e) D-A-E-B-C 
8 . A MELHOR definição de gerenciamento de riscos é: 
a) ( ) O processo de identificar, analisar e responder proativamente a riscos. 
b) ( ) O processo de redução do risco a um nível aceitável para o projeto. 
c) ( ) O processo de garantir que a maioria dos riscos do projeto estejam apenas documentados e controlados. 
d) ( ) Criação do registro dos riscos. 
e) ( ) O processo necessário somente para redução de custo e tempo no projeto. 
9. Qual das sentenças, a seguir, NÃO é verdadeira sobre os processos de gerenciamento de riscos? 
a) Riscos devem ser discutidos em todas as reuniões que a equipe do projeto realizar. 
b) Os riscos devem ser sempre analisados e tratados de acordo com seu impacto e com sua prioridade. 
c) O gerente de projetos é o único profissional responsável pela identificação dos riscos. 
d) Todos os riscos conhecidos e identificados devem ser acrescentados ao registro de riscos. 
e) O projeto pode ter uma equipe de riscos separada do time executor dele. 
10. Trata-se de uma técnica de avaliação de riscos que utiliza como recurso questionários, algumas rodadas, relatórios emitidos de forma anônima que são compartilhados com os 
stakeholders sem que conheçam a fonte da informação. Estamos falando da técnica chamada: 
( )Times remotos 
( )Delphi 
( )FMEA 
( )Entrevistas com especialistas 
( )Grupos de afinidades 
11. Você é o gerente de um projeto em uma empresa do setor alimentício. Durante as sessões de identificação de riscos, alguns stakeholders garantem que há um risco de categoria 
técnica evidente no projeto. Outros stakeholders discordam, apontando que as possibilidades são praticamente nulas. Um dos membros do primeiro grupo vem lhe procurar 
pessoalmente e tenta convencê-lo de que o risco realmente existe. Quais das seguintes ações você deve fazer primeiro? 
a) Incluir o risco na sua lista de riscos, apesar de tudo. 
b) Conversar com o stakeholder para acalmá-lo, mas não incluir nada de forma indiscriminada na lista de riscos. 
c) Tentar obter mais informações, principalmente sobre a razão pela qual o risco precisa ser incluído na lista. 
d) Solicitar ajuda aos patrocinadores do projeto. 
e) Não incluir o risco e deixar claro para todos que o gerenciamento de riscos está sob sua responsabilidade, por isso, cabe a você a última palavra. 
12 . Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as sentenças abaixo: 
( ) Failure Mode Effects Analysis (FMEA) é um processo que busca o consenso de alguns stakeholders de forma anônima. 
( ) Brainstorming é feito por meio de reuniões com o intuito de obter ideias diversas ou para solucionar problemas. 
( )Diagrama de Ishikawa é uma técnica usada para determinar riscos específicos por projeto ou por atividades. 
( )Registro de riscos é uma lista de riscos identificados – ameaças ou oportunidades – muito importante para o processo de gerenciamento de riscos. 
a) V, V, F, F 
b) V, F, V, F 
c) F, F, V, V 
d) F, V, F, V 
e) F, F, F, V 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Este estudo permitiu-nos compreender a importância da abordagem do gerenciamento dos riscos em projetos, pelo simples fato de que se nada fizermos com relação aos eventos 
incertos aos quais todo e qualquer projeto está sujeito, certamente as ameaças acontecerão e comprometerão os resultados parciais ou finais esperados, ao passo que as 
oportunidades não acontecerão sem que nada seja feito. 
A gestão de riscos deve ser feita para manter, em primeira instância, a “saúde” do seu projeto (assim como a de seus colaboradores). A palavra de ordem para tanto é planejamento, 
que permitirá definir indicadores (de saúde do projeto) e persegui-los da maneira mais eficaz possível. As técnicas, ferramentas e boas práticas abordadas nesta unidade vêm ao 
encontro dessa gestão eficaz, pois o domínio desses elementos visa a garantir o sucesso do projeto, atingindo seus objetivos com a menor perda possível, seja financeira, seja de 
prazos, seja de qualidade do trabalho a ser realizado. 
A apresentação dos riscos de forma clara ao time de riscos do projeto (e aos demais stakeholders ) permite um controle mais rígido dos possíveis desvios a que todo e qualquer 
projeto está sujeito. Os passos iniciais aqui descritos são a base para a compreensão das estratégias envolvidas, que regerá todo o processo de maneira organizada, dando 
visibilidade e credibilidade a quem lida com os eventos incertos, sejam eles prejudiciais, sejam benéficos aos projetos. Basta compreendermos os conceitos teóricos e a forma mais 
apropriada de aplicabilidade das ferramentas e técnicas aqui descritas e tentar ao máximo colocá-las em prática, pois somente assim as dúvidas surgirão e poderão ser sanadas. 
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Material Complementar 
Leitura 
Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (PMBOK) 5ª edição 
Autor: PMI – Project Management Institute 
Editora: Saraiva 
Sinopse : uma ferramenta considerada essencial para todo gerente de projetos. Por quase 3 décadas, 
Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (PMBOK® Guide) tem sido uma 
ferramenta primordial para gerenciamento de projetos e uma referência fundamental que deve estar 
na biblioteca de todo gerente de projetos. Nessa edição, há um apêndice que trata das habilidades 
interpessoais que um gerente de projetos utiliza ao gerenciar um projeto. Recomendamos a leitura do 
capítulo 11 ‘Gerenciamento dos riscos em projetos’ páginas 309 a 353. 
Na Web 
O especialista brasileiro em gerenciamento de projetos Ricardo Vargas apresenta um podcast 
explanando as principais ferramentas para que os riscos do projeto possam ser devidamente 
identificados. Baixe o arquivo e ouça-o (necessário recursos de áudio, caixas de som multimídia ou 
fone de ouvido no computador ou tablet) 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
DINSMORE, P. C.; CABANIS-BREWIN, J. AMA manual de gerenciamento de projetos .Rio de Janeiro: Brasport, 2009. 
DINSMORE, P. C.; COOKE-DAVIES, T. J. The right projects done right ! First edition. San Francisco: Jossey-Bass, 2006. 
GREENE, J.; STELLMAN, A. Use a Cabeça, PMP ! 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Alta Books, 2010. 
KERZNER, H. Project Management: A systems approach to planning, scheduling and controlling. 10. ed. New York: John Wiley & Sons Inc., 2009. 
MAXIMIANO, A. C. A. Administração de Projetos : como transformar ideias em resultados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
MELLO, C. H. P. Gestão daQualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. 
MULCAHY, R. Risk Management: Tricks of the Trade for Project Managers and PMI-RMP Exam Prep Guide. 2.ed. Minnetonka: RMC Publications Inc., 2010. 
PALMA, M. A. M.; ANDRADE, J. L. P.; PEDRO, J. da S. Gestão de riscos em projeto: contornando incertezas para viabilizar a implantação de nova tecnologia em uma indústria 
petrolífera de E&P. Revista de Gestão e Projetos - GeP, São Paulo, v. 2, n. 2, p 102-122, jul./dez. 2011. Disponível em: http://www.revistagep.org/ojs/index.php/gep/article/view/43 
. Acesso em: 12 jul. 2016. 
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). A guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide) . Fifth Edition. Newtown Square, 2013. 
SELEME, R.; STADLER, H. Controle da Qualidade : as ferramentas essenciais. Curitiba: IBPEX, 2008. 
SBRAGIO, R. Engenharia Econômica e Análise de Riscos. São Paulo: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2009. 
VALERIANO, D. L. Gerência em projetos: pesquisa, desenvolvimento e Engenharia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004. 
VARGAS, R. V. Manual prático do plano de projeto utilizando o PMBOK Guide . 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Brasport, 2007. 
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APROFUNDANDO 
PROJETO CALEIDOSCÓPIO 
O projeto aqui descrito trata de um Trabalho de Conclusão de Curso de uma equipe do curso de Cinema, cuja tarefa era produzir um curta-metragem como produto final do TCC. 
Ele foi planejado para ser finalizado em nove meses, com um orçamento total em torno de R$ 322.000,00. Entretanto, a gestão de riscos do projeto foi mal planejada e elaborada, 
custos de transporte e alimentação foram subestimados, e uma “análise do que poderia dar errado” em relação às fases do projeto não foi levada em consideração. 
Não havia uma lista de riscos que evidenciassem ameaças que inevitavelmente poderiam acontecer, e tampouco um plano de remediação havia sido elaborado, prejudicando 
financeiramente nesse caso o projeto. Os resultados esperados foram comprometidos e ainda tiveram que tratar dos riscos às pressas, sem uma avaliação prévia dos impactos no 
projeto como um todo e sem nenhuma metodologia previamente definida, o que ocasionou em mais perdas financeiras ao projeto. 
O que puderam levar dessa situação foi tão somente às lições tiradas para projetos futuros, aprendendo de maneira crítica que burlar certas etapas da gestão de riscos em projetos 
pode causar situações irreversíveis. 
Fonte: Adaptado de Maximiano (2014, p. 344). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SAMPAIO , Paulo. 
Gestão de Riscos em Projetos. Paulo Sampaio . 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
58 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Projetos. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Produção de Materiais 
Fotos : Shutterstock 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Retornar 
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Unidade 2 Página inicial 
ANÁLISES QUALITATIVA E 
QUANTITATIVA DE RISCOS 
Professor (a) : 
Me. Paulo Sampaio 
Objetivos de aprendizagem 
• Levar ao conhecimento do(a) aluno(a) acerca do que é e qual a importância da qualificação dos dados sobre os riscos 
• Garantir que haja o nivelamento de informações sobre a probabilidade e impacto dos riscos entre os principais stakeholders do projeto. 
• Abordar sobre o teste de estabilidade e veracidade das premissas do projeto, potenciais fontes de riscos. 
• Conhecer como obter uma lista priorizada de riscos. 
• Compreender os processos pertinentes à Análise Qualitativa dos riscos. 
• Aprender como calcular as reservas de contingência de prazos e custos de acordo com o grau de riscos do projeto. 
• Explorar técnicas e ferramentas de gestão de riscos que proporcionem informações válidas para a tomada de decisões nos projetos. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Testes de premissas e qualificação dos dados 
• Priorização e classificação dos riscos 
• Cálculo da reserva de contingência de prazos e custos 
• Técnicas de Modelagem e análise quantitativa dos riscos 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, partiremos de uma lista com os riscos já identificados por meio de boas práticas de gestão de riscos, aplicadas pelo gerente de projeto, pelo seu time 
de apoio e pelos principais stakeholders do projeto. Há inúmeras técnicas específicas para esse processo, porém para garantir que seja eficaz é necessário que esse processo seja 
replicado ao longo do ciclo de vida do projeto, uma vez que quanto mais avançamos e progredimos com a realização das tarefas maior a chance de ocorrência de eventos incertos. 
Primeiramente, vamos discutir algumas técnicas a serem utilizadas para que não ocorram muitas divergências nas pontuações das escalas para cada risco por parte dos stakeholders , 
buscando passar por um processo de qualificação dos dados e nivelamento das informações entre os mesmos. Compreenderemos a importância do teste de estabilidade e 
veracidade das premissas do projeto, estas que são fontes em potencial de riscos, pois se não se mantiverem estáveis passam a se tornar ameaças para o projeto. 
Em seguida, abordaremos o tratamento da lista de riscos previamente identificados. De posse dessas informações, descobriremos como analisar os riscos de forma qualitativa, de 
maneira ainda um tanto quanto subjetiva, utilizando escalas numéricas de probabilidade e impacto previamente definidas. O intuito maior com a realização desse processo é a 
elaboração de uma lista priorizada de riscos, com os mais significativos (maior chance de acontecerem e/ou com maior impacto ao projeto) no topo da lista e onde maiores esforços 
deverão ser empregados. Não podemos esquecer que tanto as ameaças quanto às oportunidades precisam ser mapeadas e receberem os benefícios da utilização da Análise 
Qualitativa. 
Dando prosseguimento aos nossos estudos, aprenderemos a utilizar métodos confiáveis de cálculo de reservas de contingência em projetos nos baseando na complexidade e no 
grau de riscos do projeto. Estas reservas de contingência,tanto de prazos como de custos, poderão ser utilizadas justamente para o devido tratamento dos eventos incertos no 
projeto e, se utilizadas, deverão ser justificadas pelo Gerente do Projeto que prestará conta dos recursos utilizados aos patrocinadores do projeto. 
Por fim, abordaremos a Análise Quantitativa dos riscos, apresentando suas melhores e mais eficazes técnicas e ferramentas já consagradas que podem proporcionar inúmeros 
benefícios aos projetos. Apesar de serem bem eficazes, aprenderemos que nem sempre será viável aplicá-las, vários fatores poderão influenciar na realização ou não da Análise 
Quantitativa de riscos. As decisões a serem tomadas quase sempre envolverão questões de prazos e custos, recursos muitas vezes escassos na ciência e arte de gerenciar projetos. 
Tenho plena certeza de que sua curiosidade já foi despertada. Então, embarquemos juntos nessa jornada que está pra lá de motivadora! 
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Unidade 2 Página inicial 
TESTES DE PREMISSAS E QUALIFICAÇÃO DOS DADOS 
Olá! Seja bem-vindo (a) aos nossos estudos sobre gestão de riscos em projetos, mais especificamente sobre as análises qualitativas e quantitativas de riscos. Espero que você 
aproveite muito o conteúdo que aqui será abordado. 
Para que a Gestão de Riscos nos projetos que você gerenciará (ou que já esteja gerenciando nesse momento) seja bem-sucedida, faz-se necessário o consenso e a estabilização das 
premissas do projeto entre os stakeholders , além de termos como garantir que estes mesmos stakeholders possuam o mesmo alinhamento de informações e compreensão acerca dos 
dados que envolvem e são pertinentes a cada evento incerto mapeado previamente no planejamento de riscos. Trataremos destes dois importantes assuntos na abertura desta 
unidade. 
Testes de validade e estabilidade das premissas do projeto 
De acordo com o PMI (2013, p. 124), a definição de premissa do projeto é “[...] um fator do processo de planejamento considerado verdadeiro, real ou certo, desprovido de prova ou 
demonstração”. Seriam como ‘verdades’ que assumimos para que o projeto aconteça (e que esteja mais próximo do sucesso) e são registradas nas documentações iniciais do projeto. 
E por que, oras, são desprovidas de prova ou demonstração? Bem, pelo simples fato de que as premissas podem se tornar instáveis e/ou ‘inverdades’ ao longo do ciclo de vida do 
projeto, comprometendo os resultados parciais ou finais do projeto. 
Podemos assumir que toda premissa por definição é uma fonte em potencial de riscos. E sabe por quê? Porque se assumirmos logo no início que algo deva ser verdadeiro até que o 
projeto seja finalizado, caso sua estabilidade e/ou validade estejam abaladas, ela se tornou falsa e, portanto uma ameaça, comprometendo os resultados satisfatórios esperados 
pelos stakeholders do projeto. Dessa maneira, toda e qualquer premissa do projeto já deve ser inserida na sua lista de riscos potenciais e ser tratada assim como os outros eventos 
incertos levantados durante o processo de identificação de riscos no projeto (tanto oportunidades quanto ameaças). 
Vamos deixar mais fácil o entendimento nesse momento com alguns exemplos de premissas em projetos: 
Exemplo 1: Suponhamos que você tenha sido designado como Gerente de Projetos de desenvolvimento de um sistema (programa de computador) para o departamento de Finanças 
– Contas a Pagar – da companhia a qual trabalha. O resultado esperado desse projeto é o sistema desenvolvido, testado e homologado e promovido à produção (usuários das 
Contas a Pagar utilizando o programa por meio de seus computadores). Porém, após um levantamento inicial, descobriram que o Hardware disponível para ‘hospedar’ essa 
aplicação não suportava mais a implantação de nenhum sistema dessa complexidade e magnitude. Podemos associar, nesse momento, o estabelecimento de uma premissa, ou seja, 
o sucesso do projeto de desenvolvimento só poderá ocorrer caso haja a readequação da infraestrutura necessária (novos servidores de aplicação ou remanejamento de aplicações 
nos existentes) para hospedagem da nova aplicação. Caso essa ‘verdade assumida’ no início não seja atendida até o final – não existir Hardware disponível para instalação do 
sistema ou se ainda não houver mais nenhuma alternativa considerada – todo o projeto de desenvolvimento do Software está totalmente comprometido. 
Exemplo 2: Novamente, você é o Gerente de Projetos da área de manufatura em uma indústria de transformação. Você está trabalhando arduamente para deixar o planejamento 
do projeto o mais realista e mais enxuto possível, pois sua equipe de trabalho é relativamente pequena e não há a possibilidade de aprovações para novas contratações por conta do 
cenário econômico que a empresa está enfrentando. Você e sua equipe decidem elaborar uma premissa na documentação inicial, assumindo que o trabalho cotidiano de três 
profissionais da empresa não interfira no tempo de dedicação ao projeto. Em outras palavras, os recursos terão que trabalhar no projeto em full time, possivelmente, delegando as 
funções operacionais para outros recursos da empresa. Caso essa condição não aconteça, ou seja, se os trabalhos operacionais influenciarem negativamente o tempo de dedicação 
destes funcionários ao longo do ciclo de vida do projeto, os resultados esperados estarão, em médio ou longo prazo, totalmente comprometidos. Teremos outra condição, na qual a 
premissa inicial transformou-se em um risco potencial para o projeto, uma ameaça que poderá levar os recursos humanos do projeto a não cumprirem suas tarefas em tempo hábil, 
justamente por falta de dedicação e concorrência com atividades operacionais que, para o projeto em si, pouco agregará. 
Neste ínterim, Mulcahy (2010) sugere que o teste de estabilidade e validade das premissas seja feito por meio de escalas e pontuações dadas pelo time do projeto. A sugestão é que 
ambas as instâncias (estabilidade e consequência) da premissa sejam escalonadas de 0 a 10. Um valor entre 5 e 10 para a estabilidade significaria que a premissa ainda é válida. Já 
uma pontuação entre 5 a 10 para as consequências significaria que essa premissa, caso não seja atendida, causaria um grande impacto no projeto. Logo, segue um exemplo de 
análise de estabilidade e validade de premissas utilizando o método sugerido, na tabela 1: 
Tabela 1 - Teste de estabilidade e validade de premissas em projetos 
Fonte: Adaptado de Mulcahy (2010, p. 129). 
Notem que para a premissa que está sendo testada no exemplo, em determinado momento do projeto, sua estabilidade está ameaçada (sua nota é igual a 3, fora do intervalo de 5 a 
10, portanto, com baixa probabilidade de ser verdadeira). Significa que a condição inicial não está sendo atendida, ou seja, não haverá servidor de programas com recursos 
disponíveis para hospedar a aplicação ao final de seu desenvolvimento e homologação. As consequências foram pontuadas como alto impacto (nota 9), alertando que o projeto 
como um todo sofre uma séria ameaça caso essa premissa não se torne estável e verdadeira. Portanto, deve ser inserida na sua lista de riscos (ameaças) e ser tratada como tal, com 
análises mais profundas a serem discorridas até o final desta unidade. 
Podemos utilizar esse modelo de análise e teste de premissas iniciais em nossos projetos, ou ainda adaptá-lo para as nossas necessidades, utilizando outra pontuação de escala ou 
tomando essa sugestão como base para desenvolvermos uma análise customizada. 
Assim como as premissas iniciais são importantes para a avaliação dos riscos nos projetos, temos ainda as restrições e exclusões do projeto, que em 
muitas das vezes também são elaboradase declaradas no documento inicial do projeto. As restrições são as limitações às quais o projeto está sujeito, 
podendo ser de caráter de tempo (o projeto não poderá ser finalizado após uma determinada data) ou de fundos (o projeto não poderá exceder certa 
quantia no seu orçamento final), além de outras naturezas. As exclusões são determinadas durante a elaboração do escopo (o que precisa ser feito e 
entregue no projeto) e são registradas como parte do escopo que não será mais contemplado. Para entendermos melhor, seria um relatório de ordem 
tributária no nosso exemplo do sistema do departamento de Contas a Pagar, que por algum motivo foi excluído do escopo original, mas precisa ser 
registrado. Temos que nos atentar, porém, que ambos podem tornar-se riscos potenciais para o projeto, caso não tenham sido devidamente 
discutidos, registrados e negociados com os principais patrocinadores do projeto, ou em outra circunstância, com o próprio cliente. 
Fonte: PMI (2013, p. 123). 
Qualificação dos dados sobre os riscos 
Muito bem, já adicionamos nossas premissas iniciais (observado com cuidado também as restrições e exclusões do documento inicial do projeto) à nossa lista de riscos identificados, 
que devem ser analisados com mais profundidade. Para tanto, devemos cuidar em primeira instância da Análise Qualitativa dos riscos identificados (ameaças e oportunidades). 
Usando para isso escalas de probabilidade e impacto (características principais dos riscos) previamente estabelecidas para avaliá-la de acordo com as chances que eles, os riscos, 
têm de ocorrer durante o ciclo de vida e, se ocorrerem, que tipo ou grau de impacto ocasionarão nos resultados parciais e totais do projeto. 
Podemos compreender que os riscos são constituídos de incertezas, que podem não ser necessariamente ruins, mas que efetivamente afetam o projeto. Ou seja, segundo o PMI 
(2013), são eventos incertos que, se ocorrerem, podem impactar tanto de maneira positiva como negativa os resultados de um projeto. Assim sendo, os riscos podem ser 
classificados como ameaças (eventos que impactam negativamente, como um período extenso de chuvas prejudicando uma obra de construção civil) ou como oportunidades 
(eventos que impactam positivamente, como a obtenção de descontos inesperados na aquisição de materiais de acabamento na mesma obra de construção civil). De qualquer 
forma, ambos os eventos são tratados como riscos. 
Pois bem, se estamos falando de eventos incertos, significa que podem ou não ocorrer durante o ciclo de vida do projeto. Assim, dizemos que existe certa chance do evento 
acontecer, ou segundo Vargas (2007), uma probabilidade de o evento ocorrer. Caso o evento incerto ocorra, isso poderá trazer consequências más ou boas que podemos chamar de 
impacto positivo ou negativo. Dessa maneira, os riscos e suas intensidades são mensurados de acordo com a probabilidade de acontecerem e o impacto que podem ocasionar no 
projeto como um todo. 
Os riscos são caracterizados como as incertezas (ou eventos incertos) existentes em todo e qualquer projeto e mudam no decorrer do ciclo de vida. 
Assim se faz necessário seu constante controle e monitoramento. Os eventos incertos podem ou não ocorrer durante o desenvolvimento do projeto 
e podem ter consequências más ou boas que chamamos de ameaças e oportunidades, respectivamente. Às eventuais chances de ocorrerem 
denominamos como as ‘probabilidades’ do risco acontecer, com conotação estatística mesmo. Às consequências que os eventos incertos podem 
causar ao projeto dá-se o nome de ‘impacto’ que o risco pode causar no projeto, podendo ser positivo ou negativo, dependendo de sua natureza e 
abordagem. 
Fonte: PMI (2013). 
De acordo com o PMI (2013), devemos utilizar escalas (geralmente com intervalos de zero a dez) tanto para pontuarmos as probabilidades quanto os impactos dos riscos (ameaças 
e oportunidades) nos projetos que gerenciamos e independente de sua natureza. Essas escalas de probabilidade e impacto se reduzem a uma matriz de riscos que podemos 
classificar o risco de acordo com sua prioridade (assunto que trataremos com mais propriedade um pouco mais a frente). O que devemos ter como ponto de atenção aqui é a 
suposta subjetividade do método. Ora, por que o método se demonstra subjetivo? Bem, pelo simples fato de que cada membro do time de riscos deve dar sua pontuação – de 
acordo com as informações que possui – para cada evento incerto, a respeito da chance do mesmo acontecer e, caso ocorra, outra pontuação para o impacto que, conclui, venha 
causar no projeto. 
Note que essas pontuações são dadas, muitas vezes, de forma arbitrária (o que não significa aleatório ou ainda de forma insensata) e podem variar de acordo com a compreensão 
que o membro do time de riscos tenha sobre o evento incerto que está sendo avaliado. O entendimento que um stakeholder do projeto tem (baseado na informação que possui) pode 
levá-lo a dar uma pontuação bem divergente em relação a outro stakeholder , que pode ter uma informação ou compreensão também divergente sobre o mesmo evento. 
Segundo Kerzner (2009), para que isso não ocorra, ou ainda para que possamos diminuir a chance disso acontecer, devemos trabalhar na qualificação dos dados sobre o evento. 
Trabalhar na qualificação dos dados significa que você deva garantir que todos os stakeholders que façam parte do time de riscos tenham o mesmo grau e nível de informação sobre o 
evento para poder pontuar (mesmo de maneira subjetiva) por meio de escalas numéricas, as chances do mesmo acontecer e os impactos a ele relacionados. 
Geralmente, a escala de probabilidade não é maior do que 8 em uma escala de 1 a 10. Isso porque se a probabilidade for maior que 8 (ou 80% ) você 
estará lidando não com uma probabilidade de algo acontecer e sim com um fato (algo que muito provavelmente já aconteceu!). 
Fonte: Mulcahy (2010, p. 131). 
Essa qualificação (nivelamento de informações) dos dados do risco deve pelo menos incluir o atendimento a três aspectos importantes. São eles: 
• Confiabilidade e integridade dos dados. 
• Quantidade de dados disponível a respeito do risco. 
• Nível de compreensão do evento por parte dos envolvidos. 
Principalmente, com relação às probabilidades dos eventos incertos acontecerem, Kerzner (2009) sugere o uso de uma escala mais refinada (que pode até se tornar como um item 
de consulta) para a pontuação a ser dada pelo stakeholder no momento desse tipo de análise. Observe a tabela 2, a seguir, com as informações pertinentes à classificação das chances 
de um evento ocorrer, após a qualificação dos dados e no intuito de se obter um consenso entre os stakeholders do projeto: 
Tabela 2 - O que declarações incertas significam para pessoas diferentes 
Fonte: adaptado de Kerzner (2009, p. 764). 
Observe que por meio da tabela 2, podemos compreender que não se trata de exatidão quando trabalhamos com possibilidades de algo ocorrer. Vamos tomar como exemplo as 
linhas de declarações ‘provável’, ‘pouco provável’ e ‘acredito que possa acontecer’. Todas elas, apesar de serem declarações distintas e ainda segundo a própria tabela, variam entre 
55% e 85% de chance do evento ocorrer e podem refletir a interpretação de um stakeholder a cerca do evento analisado. 
Ora, esse é um intervalo muito grande entre as extremidades, pois se alguém pontua o evento com 5,5 (55% de chance de o evento ocorrer) e outra pessoa pontua como 8,0 (80%), 
haverá com toda certeza uma discrepância muito grande nos resultados das análises. Portanto, de acordo com Kerzner (2009), podemos perceber que a qualificação dos dados 
nesse momento se faz muito importante. 
Vamos aqui tomar um exemplo um pouco mais prático. Suponhamos que em um projeto importante na empresa a qual você trabalha estejam trabalhando nesse momento na análise 
dos riscos identificados previamente. Um dos riscos identificado se trata de um fornecedor responsável por 25% das entregas totais do projeto e a ameaça associada é de que ofornecedor não faça a entrega dessa importante etapa do projeto na data especificada. 
A empresa fornecedora é conhecida pelos stakeholders do projeto, mas poucos detêm informações relevantes sobre ela. Na primeira rodada, avaliaram esse risco com uma 
possibilidade de 40% de ocorrer (com alto impacto, devido à porção grande de responsabilidade do fornecedor). Essa avaliação foi feita de acordo com as informações que os 
stakeholders possuíam até o momento. 
Porém, ao consultarem outro departamento da companhia que já tinha feito negócios com essa empresa fornecedora, identificaram que essa mesma empresa teve problemas de 
atraso de entregas nos dois últimos projetos aos quais participaram, por razões obviamente injustificáveis. Apesar disso, a empresa fornecedora detém uma tecnologia muito 
peculiar no mercado de trabalho e não seria viável sua substituição em tempo hábil para o projeto. 
De posse dessa informação, o time de trabalho certamente avaliaria com muito mais cuidado essa ameaça, atribuindo-lhe uma pontuação mais condizente com a realidade, 
permitindo que um plano bem mais elaborado de solução de um potencial problema pudesse ser desenvolvido pelo time de riscos. 
Percebam ainda que após a análise mais detalhada ficou muito mais evidente o atendimento dos três aspectos importantes relatados um pouco mais acima. Esse seria, então, um 
dos principais benefícios da qualificação dos dados entre os stakeholders do projeto no momento das análises das ameaças e oportunidades identificadas. 
Foi apresentado em um simpósio sobre Gerenciamento de Riscos em Los Angeles, nos EUA, em Fevereiro de 2008, os resultados de uma pesquisa 
feita a respeito das declarações mais comuns e mais subjetivas acerca das probabilidades de eventos incertos ocorrerem em projetos sobre sistemas 
e engenharia espacial. Os resultados compilados indicaram que em mais de 90% dos casos analisados, logo, na primeira instância, havia respostas tão 
distintas entre os stakeholders que acabou por gerar um intervalo (entre pontuações mínimas e máximas) de cerca de 0,7 pontos percentuais. Isso 
significa que se um stakeholder deu uma pontuação de 20%, outro deve ter apresentado algo em torno de 90% de chance de o evento ocorrer. A 
conclusão foi que declarações muito subjetivas geram com toda certeza discrepâncias enormes e não devem nunca ser uma das primeiras 
metodologias a ser aplicada na análise de riscos. Ou seja, quanto mais for qualificada e nivelada a informação sobre o evento, maior será a eficiência 
do método de avaliação por parte dos stakeholders. 
Fonte: Kerzner (2009, p. 763). 
Muito bem, encerramos essa parte com a compreensão de que os testes de premissas – estabelecidas no início do projeto – são de muito valor, pois se não forem atendidas até a 
finalização do projeto poderão se tornar sérias ameaças aos projetos. Compreendemos os conceitos de ameaças e oportunidades, além das probabilidades e impactos que são 
características de todo e qualquer evento incerto do projeto. Além disso, vimos à importância da qualificação dos dados sobre os riscos para que todos os stakeholders tenham as 
mesmas condições de avaliá-los, diminuindo a disparidade entre as avaliações utilizando as escalas de probabilidade e impacto. 
Espero que você esteja aproveitando todo o conteúdo abordado até agora, porque há muito mais coisas interessantes por vir! 
PRIORIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 
Olá, vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre gestão de riscos. Sua dedicação e entusiasmo farão toda a diferença nessa nossa jornada juntos! 
Agora, aprenderemos que nem todos os riscos precisam ter um plano elaborado e arrojado para respondermos a eles (entenda aqui que ‘responder’ ao risco significa criar um plano 
de ação para sabermos o que fazer caso o mesmo ocorra). Mesmo porque, nem todos têm uma alta chance de ocorrer, ou mesmo que venha a acontecer, o impacto gerado por ele 
pode não ser assim tão significativo. Dessa maneira, vamos estudar como fazemos para priorizar os riscos mais importantes e aprender a aplicar esforços onde realmente agregará 
valores ao projeto. Mas, que nenhum risco, por mais insignificante que seja, pode ser negligenciado. 
Lista priorizada de riscos 
Segundo Greene e Stellman (2010), existem riscos e riscos. Alguns causarão inúmeros prejuízos caso aconteçam, porém outros, mesmo que ocorram não proporcionarão impactos 
significativos ao seu projeto. Dessa forma, você precisa priorizar a sua lista de riscos identificados, de modo que seja possível classificá-los – de preferência do mais para o menos 
significativo – em termos de probabilidade e impacto, já discutidos anteriormente. Para tanto, realizamos a Análise Qualitativa de Riscos, processo da gestão de riscos no qual 
analisamos de forma subjetiva (porém, não de forma aleatória nem tampouco arbitrária) as chances que as ameaças e/ou oportunidades têm de acontecer e os impactos (positivos 
ou negativos) que causarão nos resultados parcial ou total do projeto . 
Como já sabemos que esse tipo de análise é um tanto quanto subjetiva – do ponto de vista determinístico – por não ser uma ciência exata e sim baseada em fatos e/ou outras fontes 
de dados, vale a pena ressaltar algumas boas práticas, técnicas e ferramentas para se analisar qualitativamente eventos incertos em projetos: 
• Qualificação e equalização dos dados entre os stakeholders, amplamente discutidas anteriormente. 
• Determinar a frequência e o tempo de certos riscos também pode ser de grande valia, pois é certo que quanto mais tarde o risco tende a ocorrer, maior será o impacto que 
poderá causar, e vice-versa. 
• Obtenção da opinião de especialistas, que podem ser tanto os ‘experts’ no assunto em questão (uma tecnologia aplicada ao projeto, por exemplo) ou componentes do time que 
já tiveram uma experiência similar no passado. 
• Utilização das escalas numéricas de probabilidade e impacto de riscos (tanto as ameaças quanto as oportunidades) para poder determinar o quão ruim (ou bom) será o impacto 
caso o evento atinja sua chance máxima de ocorrer. Alinhada à qualificação dos dados, essa técnica reduz consideravelmente a ocorrência de tendências, a um viés de 
subestimarmos os eventos incertos. Veja que se utilizarmos escalas mais simples com graus de variação como ‘baixo, médio e alto’ podemos muitas vezes negligenciar a eficácia 
da análise qualitativa, colocando seu projeto em perigo. 
Veja abaixo um modelo exemplo de escalas de probabilidade e impacto que podem ser utilizadas para classificar e priorizar os eventos incertos em seus projetos: 
Tabela 3 - Escala de probabilidade de riscos 
Fonte: adaptado de PMI (2013). 
Note que no exemplo anterior a escala utiliza valores numéricos para que sejam designados aos eventos incertos classificados pelos stakeholders do time de riscos. Essa técnica 
tende a cobrir mais intervalos em relação a uma escala com graus de ‘baixo’, ‘médio’ ou ‘alto’simplesmente. Basta identificar que para um valor ‘médio’ teríamos nessa escala um 
intervalo de 40 a 59% de chance de ocorrência, ao invés de simplesmente o valor 5 (50%). 
Tabela 4 - Escala de impacto de riscos 
Fonte: adaptado de PMI (2013). 
Assim como na escala de probabilidades, utilizamos valores numéricos para a escala de impactos nos riscos do projeto, demonstrada anteriormente. Note que para cada valor 
numérico atribuído há uma referência do quão significativo será o impacto para os quesitos de custo, prazo, escopo e qualidade do projeto. As referências descritas nesta tabela 
poderão até mesmo ser utilizadas como argumentação para o time de riscos convencer os demais stakeholders , bem como a alta administração da companhia, acerca dos eventos 
incertos que, se ocorrerem, podem trazer impactos significativos ao projeto. 
O emprego de uma matriz de riscos pode também ser muito útil, uma vez que se trata de uma tabela na qual os seus riscos estão mapeados de acordo com as pontuações que 
receberam do seu time de riscos. De maneiravisual você poderá identificar quais riscos têm números maiores (probabilidade x impacto ou a classificação do risco), ou seja, aqueles 
que têm mais chances de acontecer com impactos (tanto positivos quanto negativos) significativos ao projeto. Estes, sem dúvida, merecem maior atenção sua e do time do projeto. 
Vamos agora fazer uma ponderação significativa com relação à matriz modelo de riscos apresentada a seguir. Segundo o PMI (2013), você pode muito bem estabelecer uma 
convenção com a sua equipe de riscos do projeto para determinar os esforços que deverão ser empregados no tratamento dos riscos gerais do projeto (ameaças e oportunidades). 
Como seria essa convenção? Bem, apenas como exemplo, podemos estabelecer um padrão no qual todo e qualquer evento incerto que tivesse uma classificação ( risk score ) maior ou 
igual a 0,16 (probabilidade de 80% e impacto igual a 20%) deveria ser movido diretamente para a Análise Quantitativa e para a elaboração do plano de respostas aos riscos. 
Eventos incertos que se situassem na zona amarela, ou seja, com classificações ( risk score ) entre 0,06 e 0,14 passariam por uma reunião de tomada de decisão da equipe para 
verificar se deveriam ou não ser movidos para o processo de Análise Quantitativa. Finalmente, os eventos que estivessem na zona verde com classificações entre 0,01 e 0,05 
deveriam apenas ser documentados e fazer parte da lista de observação ( watch list ) durante todo o ciclo de vida do projeto (observe que riscos que tenham pouca 
representatividade hoje podem tomar proporções impactantes à medida que o projeto progride e, por essa razão, devem ser monitorados constantemente). 
Cada vez que você analisa um evento de acordo com sua probabilidade e impacto, gera um risk score para ele. Dessa forma, muitos riscos que foram identificados – em primeira 
instância sem nos preocuparmos com sua qualificação – podem ‘descer’ ou ‘subir’ na lista conforme sua pontuação obtida e ocupando um posicionamento distinto na lista. A esse 
posicionamento damos também o nome de risk ranking . 
Entretanto, a ideia geral aqui não seria gerar uma simples lista com atribuições numéricas que tornasse possível classificar os riscos de forma literal e sair distribuindo-os em uma 
lista priorizada. De acordo com Mulcahy (2010), mais importante que isso é a obtenção de um panorama geral dos eventos incertos que ameaçam (ou que podem contribuir para o 
sucesso do projeto) e saber discernir quais são os que merecem mais atenção e esforços do time de riscos e quais deveriam ser registrados e documentados – como uma forma 
eficaz de controle sobre os eventos incertos do projeto. 
Dessa forma, poderíamos garantir que o time estaria realmente desprendendo energia e trabalho naquilo que agregaria muito mais valor aos resultados esperados pelos 
stakeholders . 
Veja, a seguir, um modelo exemplo de matriz de riscos que pode ser utilizado para mapear os eventos incertos em seus projetos: 
Tabela 5 - Modelo de Matriz de riscos 
Fonte: adaptado de PMI (2013). 
Algumas considerações ainda sobre a matriz modelo de riscos: 
• Note que ela específica as combinações de probabilidade e impacto, resultando em uma classificação dos riscos (também denominada de risk score ) como de prioridade baixa 
(área verde), moderada (área amarela) ou alta (área vermelha). Porém, mantendo a escala numérica como padrão de pontuação. 
• Em seu projeto você pode classificar um risco separadamente para cada objetivo (escopo, tempo, custo) ou determinar uma classificação geral para cada risco. 
• As ameaças que estão na zona de baixo risco (área verde) podem ser incluídas em uma lista de observação (também chamada de watch list), pois ou possuem bem pouca chance 
de acontecer ou se ocorrerem seus impactos são na maioria das vezes desprezíveis (gerenciáveis). 
• Observe que a matriz está utilizando escalas numéricas de probabilidade e impacto diferentes das sugeridas nas tabelas 1 e 2. Por se tratar de um modelo exemplo – portanto, 
perfeitamente adaptável – essa convenção e padronização deverão ser feitas no momento em que a equipe estiver planejando e definindo as estratégias de tratamento de riscos, 
logo no início do planejamento de riscos do projeto. 
O ideal em relação à classificação e uso de escalas de probabilidade e impacto para a análise qualitativa dos riscos é que você evite usar termos como 
‘baixo’, ‘médio’ e ‘alto’, simplesmente. Primeiro porque se você utilizar escalas numéricas (de 0 a 10, por exemplo) com interpretação em porcentagens 
intermediárias (65%, por exemplo, de chance de um evento ocorrer), ainda que se demonstrem subjetivas podem te proporcionar intervalos mais 
seguros para poder trabalhar tanto as probabilidades quanto os impactos. Em segunda instância, pode também diminuir as chances de ambiguidades 
acontecerem pela interpretação dúbia ou equivocada de alguns stakeholders com relação ao que ‘baixo’, ‘médio’ e ‘alto’ realmente representa na 
classificação de riscos. Principalmente se você tiver uma lista enorme de riscos no mesmo projeto. 
Fonte: Greene e Stellman (2010, p. 559). 
Risk Score do projeto 
Há uma frase muito interessante utilizada principalmente nos estudos sobre a Administração Científica, na qual diz que não é possível controlar algo que não possa ser medido. Pois 
bem, podemos muito bem aplicar essa máxima também na gestão de riscos em projetos. O risk score (pontuação de riscos) do projeto se apresenta como um indicador que deve ser 
monitorado durante todo o ciclo de vida do projeto. Segundo Kerzner (2009), ele é obtido a partir da somatória de todos os risk scores (lembrando que obtemos o risk score de um 
evento incerto multiplicando sua probabilidade pelo impacto atribuído a ele) e depois a dividindo pelo número total de riscos identificados e analisados qualitativamente. 
Para termos uma ideia melhor, segue o quadro explanatório, a seguir: 
Quadro 1 – Cálculo do risk score total do projeto 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 139). 
Algumas ponderações sobre o quadro 1 e sobre o cálculo do Risk Score total do projeto: 
• Se já tivermos decidido como será a convenção sobre a classificação de riscos, aqueles que têm baixo score não entram no cálculo do Risk Score do projeto (exemplos #3 e #6 do 
quadro). 
• Note que a sequência de riscos está classificada pelo seu número de identificação (1ª coluna) e não por seu posicionamento na lista de riscos. 
• Riscos que tratam de oportunidades têm seu risk score negativo (#7) e devem ter seu valor subtraído e não somado como acontece com as ameaças. Porém, deve ser incluído ao 
número total de riscos no cálculo do Risk Score do projeto. 
• O Risk Score total do projeto pode diminuir em relação à Análise Qualitativa aplicada aos eventos incertos. Isso porque após a Análise Quantitativa (se aplicável) e a elaboração 
de um plano de respostas aos eventos mais críticos pode fazer com que suas pontuações de probabilidade e impacto diminuam consideravelmente, consequentemente, seus 
posicionamentos na lista, afetando o Risk Score final de maneira positiva. 
• Caso o projeto tenha um Risk Score muito alto (acima de 70, por exemplo) mesmo após o processo de Análise Quantitativa e do plano de respostas aos riscos, uma análise de 
Go/No-Go deve ser feita, ou seja, decisões devem ser tomadas (geralmente pela alta administração da companhia) se há viabilidade ainda de continuar investindo no projeto ou 
encerrá-lo prematuramente. Medidas de contenção (diminuição do escopo ou do grau de qualidade, por exemplo) podem ser também tomadas no intuito de reduzir o Risk Score 
total do projeto, para que continue sendo viável sua finalização. 
Vimos aqui os benefícios obtidos ao se criar uma lista priorizada de riscos, baseando- -se na probabilidade do evento acontecer e no impacto que poderá causar ao projeto. Com a 
lista priorizada e os riscos classificados, aumentamos as chances de dar foco naquilo que realmente agregará valor, diminuindo desperdícios de tempo e dinheiro.Aprendemos a 
interpretar uma matriz de riscos e a classificar riscos também utilizando esta técnica. Estudamos ainda como calcular o ‘ risk score ’ dos riscos, outro índice que nos auxilia a dar 
prioridades aos riscos de acordo com seu grau de impacto no projeto versus a probabilidade de ocorrerem. Mas, vamos seguir em frente, porque isso está ficando cada vez mais 
interessante! 
CÁLCULO DA RESERVA DE CONTINGÊNCIA DE 
PRAZOS E CUSTOS 
Olá, vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre gestão de riscos. 
O tratamento de riscos em projetos muitas vezes pode gerar custos, pois as ações necessárias para responder aos riscos (ou prevenir que aconteçam) podem incidir no orçamento 
do projeto devido à contratação de maquinário extra, mão de obra qualificada, produtos substitutos, contratos, etc. Porém, qual deveria ser a porção do orçamento que deveria ser 
designada para esse fim? Qual a percentagem do montante que deve ser reservada para responder aos eventos incertos? Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo deste 
estudo que trata desse cálculo com base na magnitude e na complexidade do projeto. 
O valor monetário esperado em projetos 
Muito bem, até aqui você aprendeu a estimar a probabilidade e o impacto de cada um dos possíveis eventos inesperados previamente identificados – mesmo que subjetivamente, 
por meio inclusive da qualificação e equalização dos dados entre os stakeholders – e a priorizar sua lista de acordo com a importância e relevância de cada evento, utilizando as 
técnicas e boas práticas da Análise Qualitativa dos riscos. Mas, analisando bem, será que todos os eventos, sejam ameaças ou oportunidades, irão mesmo acontecer? Pense bem, 
muito provavelmente não! 
Sendo assim, mesmo possuindo uma lista priorizada dos riscos (por ordem de chances de acontecer e o impacto gerado caso ocorra), precisamos de mais informações para conhecer 
em quais eventos incertos devemos realmente dar mais atenção e prover o devido tratamento. Segundo Sbragio (2009), os impactos que mais prejudicam os projetos, independente 
do momento de seu ciclo de vida, são aqueles relacionados a prazos, custos e qualidade. Os stakeholders podem se demonstrar (e com toda razão) muito intolerantes a ameaças que 
causem impactos significativos nessas áreas de conhecimento, bem como apreciarem ganhos (valores agregados) advindos de oportunidades que venham maximizar as chances de 
reduzir custos, garantir qualidade satisfatória ou atingir metas arrojadas de prazos em projetos. 
Utilizaremos para tanto o método de cálculo do valor monetário esperado, em Inglês Expected Monetary Value (EMV) sobre os riscos do projeto, no qual se torna possível determinar 
quais seriam as prováveis circunstâncias resultantes dos eventos incertos previamente mapeados, tanto do ponto de vista de custos como de prazos. Esse método, de acordo com 
Mulcahy (2010), possibilita a vantagem do time de projetos em ter uma visão sistêmica dos riscos proporcionando oportunidades de economia financeira, bem como o cálculo de 
reservas de contingência do montante orçamentário e das estimativas de prazos, relacionando-as com a complexidade dos riscos e por consequência do próprio projeto. É um 
método que leva certo tempo para ser empregado pela equipe de riscos, porém, segundo o PMI (2008), para cada hora que o time de projetos se dedica ao planejamento pode-se 
evitar até dez horas de retrabalho nas atividades do projeto. 
Como funciona esse método? Basicamente, analisa os custos potenciais que podem incorrer ou no impacto nos prazos pré-estabelecidos caso ocorra uma ameaça e, em 
contrapartida, a potencial economia de custos e prazos caso as oportunidades sejam maximizadas e se tornem realidade. A tabela, a seguir, exemplifica o método, de acordo com a 
análise de probabilidade e impacto de cada evento previamente mapeado. 
Tabela 5 – Exemplo de cálculo de valor monetário esperado 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 168). 
Bem, inicialmente, devemos fazer a somatória de todos os resultados dos produtos entre as probabilidades e os impactos dos eventos mapeados. Por exemplo, para o risco #7 há 
uma probabilidade de 30% de ocorrer um custo extra de R$ 60.000,00 por alguma razão que foi mapeada. Isso representa um valor de R$ 18.000 como valor monetário esperado 
(0,30 x 60.000 = 18.000) para esse risco do projeto e, por se tratar de uma ameaça deve ser somado ao montante total. Para as oportunidades o raciocínio é o mesmo, porém, são 
subtraídas do montante obtido (valor representado como negativo, entre parênteses), uma vez que representam potenciais economias ao orçamento. 
Você pode perceber neste exemplo que nem todos os riscos foram considerados para serem devidamente tratados com seus devidos planos de respostas, mas sim somente aqueles 
que têm um valor monetário esperado acima de R$ 3.750,00. Todavia, como boa prática de gestão de riscos, e de acordo com Mulcahy (2010), não podemos nos esquecer de 
documentar esses riscos que não foram considerados em seus devidos tratamentos para que possam ser revisitados mais à frente no projeto. Outra observação importante é que há 
a possibilidade de se fazer agrupamentos de riscos. Perceba que há três riscos (ameaças) relativos à mesma atividade B, e que para a atividade C há uma oportunidade e uma 
ameaça associada. 
Depois de fazermos todas as somas (ameaças) e subtrações (oportunidades) de todos os riscos identificados e analisados qualitativamente, chegamos ao resultado final do EMV. No 
exemplo acima, o valor total é R$ 47.500. Mas, o que esse número representa? 
Se assumirmos, no exemplo, que todos os riscos do projeto que foram mapeados (note: ainda na fase de planejamento do projeto) estão aqui representados, esse valor significa, 
segundo as definições de Greene e Stellman (2010), a reserva de contingência para esse projeto calculada no momento final do planejamento. Ou seja, para que o orçamento 
original seja mantido, precisaremos de uma reserva com esse montante disponível ao longo do ciclo de vida do projeto. O mesmo conceito vale para as oportunidades e ameaças 
relacionadas aos prazos das atividades. 
Cálculo das reservas de contingência de prazos e custos em projetos 
Para podermos compreender melhor esse método, vamos dar um exemplo a seguir com um exercício que possa refletir a realidade e ilustrá-lo melhor: 
Você é o Gerente de Projetos e está planejando a construção de um novo prédio em um dos campi de uma renomada universidade. Suas estimativas resultaram em um orçamento 
de R$ 3,5 milhões e o prazo total de 224 dias. Entretanto, suas análises mais detalhadas dos riscos (no caso, Análise Qualitativa) trouxeram as seguintes situações: 
a) Uma probabilidade de 10% de que um stakeholder (patrocinador) venha a solicitar uma mudança considerável, resultando em um custo de R$ 55.000,00 e atraso de 32 dias. 
b) Uma probabilidade de 15% de que o cimento a ser utilizado na obra seja entregue no custo orçado (devido à estabilidade de mercado, conturbado nos últimos meses), 
resultando em uma economia de R$ 75.000,00 e adiantamento do prazo em 28 dias. 
c) Uma probabilidade de 25% de que boa parte do aço e vergalhões a serem utilizados na obra sofra uma escassez devido à falta de matéria-prima no mercado, resultando em um 
custo extra de R$ 175.000,00 e um atraso de 36 dias. 
d) Uma probabilidade de 20% de que a fase de acabamento possa ser mais simples do que o especificado, resultando em R$ 25.000,00 de economia no projeto e adiantamento 
do prazo em 14 dias. 
e) Uma probabilidade de 60% de que haja um defeito de especificação técnica no projeto de arquitetura, o que poderá causar cerca de R$ 95.000,00 de retrabalho e um atraso de 
40 dias. 
Observação: Note que se faz necessária a interpretação do evento incerto para que identifiquemos de que se trata de uma ameaça ou de uma oportunidade para o projeto. No 
exercício anterior, algumas palavras-chave foram grifadas para auxiliar na identificação. 
Pois bem, de acordocom a análise feita, qual seria o Valor Monetário Esperado de custos e de prazos destas ameaças e oportunidades? Vamos analisar o seguinte quadro: 
*) Para efeito de cálculos, a fração foi mantida. Porém, podemos considerar nesse caso um EMV de prazos de 30 dias. 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 171). 
Existem algumas maneiras de se apresentar as reservas de contingência, principalmente de custos em projetos. Você pode simplesmente aplicar um 
percentual aleatório (10%, por exemplo) em relação ao orçamento total do projeto. Essa prática pode te prover uma reserva financeira, mas será 
difícil de defendê-la perante a alta administração, simplesmente por não ser suportada por nenhum método. Não seria mais interessante defender 
uma reserva de aproximadamente 2,6% (percentual do EMV sobre o orçamento original) apresentando tais argumentos descritos no nosso exercício 
exemplo para a alta administração? 
Ainda sobre o exemplo do quadro anterior, outras análises podem ser feitas para a compreensão da importância do uso do cálculo de EMV de custos e prazos. Se assumirmos que 
estes seriam os únicos riscos deste projeto, podemos observar: 
a) Qual seria o melhor caso de custos e prazos (se somente as oportunidades acontecessem?). R$ 3.500.000,00 – 75.000,00 – 25.000,00 = R$ 3.400.000,00 224 – 28 – 14 = 182 
dias 
Neste caso, deveríamos considerar que a gestão de riscos foi tão eficaz que todas as ameaças foram eliminadas e os esforços proporcionaram que as oportunidades acontecessem. 
Note que o time de riscos ao criar meios para que as oportunidades acontecessem, suas probabilidades foram elevadas a 100% (não mais a 15% e 20% respectivamente). Como as 
oportunidades representavam economias de 75 mil e 25 mil e antecipação de 28 dias e 14 dias de maneira respectiva, foi feita uma economia de R$ 100.000,00 e uma antecipação 
de prazo de 42 dias devido à eficácia da gestão de riscos. 
a) Sem que nenhuma análise detalhada fosse feita, qual seria o valor total do projeto segundo as expectativas dos patrocinadores do projeto? R$ 3.500.000,00 e 224 dias 
Imagine que na apresentação do projeto fossem divulgados esse valor e prazo de finalização do projeto aos patrocinadores e demais stakeholders. Se esse tipo de análise não fosse 
feita, a expectativa de gastos e de tempo seriam as que tivessem sido divulgadas no início do projeto. 
a) Qual é o EMV do projeto? 
R$ 90.000,00 (soma e subtração dos valores calculados de acordo com a probabilidade e impacto de cada evento incerto do projeto). ~30 dias (soma e subtração dos dias 
calculados de acordo com a probabilidade e impacto de cada evento incerto do projeto). 
Estas seriam as reservas de contingência de prazos e custos calculados de acordo com os riscos identificados e analisados do projeto. Ou seja, seria necessário manter esse 
montante disponível (além do orçamento original) para que os riscos fossem devidamente tratados e a reserva de custo cobriria esses gastos. O mesmo conceito se aplica para os 
prazos, uma reserva de 30 dias deveria ser contemplada no cronograma do projeto para cobrir o tratamento dos eventos incertos pela equipe do projeto, proporcionando assim o 
cumprimento dos prazos previamente estabelecidos. 
a) Qual seria o pior caso de custos e prazo (se somente as ameaças acontecessem?). 
3.500.000,00 + 55.000,00 + 175.000,00 + 95.000,00 = R$ 3.825.000,00 224 + 32 + 36 + 40 = 332 dias 
Aqui, podemos compreender que nada foi feito. Ou seja, não houve a devida e justa preocupação com os riscos do projeto nem por parte da equipe, do gerente do projeto ou de 
qualquer outro stakeholder . Note que se as ameaças não forem devidamente tratadas suas respectivas probabilidades elevam-se a 100%, ocasionando o impacto inicialmente 
previsto. No nosso exemplo, as ameaças representam 55 mil, 175 mil e 95 mil, além dos atrasos de 32, 36 e 40 dias, respectivamente. Neste caso, tivemos o orçamento original 
excedido em 325 mil e o prazo final postergado em 108 dias (contando os dias úteis de trabalho, em meses isso representaria algo em torno de cinco meses e meio!). 
O método EMV auxilia o Gerente de Projetos e sua equipe a coletar dados a respeito dos custos e prazos e os riscos inerentes às atividades, 
baseando- -se na complexidade e grau não só do risco, mas do projeto como um todo. É importante ressaltar que esses dados devem servir como uma 
base para argumentação e negociação com os patrocinadores do projeto, demonstrando que houve um método aplicado e que as informações 
provenientes do método, apesar de um tanto quanto subjetivas, não foram adquiridas de forma empírica (tentativa e erro). Pode ser utilizado com 
uma ótima fonte de informação para que a alta administração possa tomar decisões tendo como base as argumentações apresentadas pelo método. 
Jamais deve ser encarada como a famosa ‘gordura’ e/ou utilizada para encobrir deficiências, atrasos e principalmente retrabalhos nas atividades do 
projeto! Fonte: o autor. 
O método do cálculo de EMV nos projetos, segundo Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009), visa à economia no orçamento e o atendimento dos prazos pré-estabelecidos durante a 
fase de planejamento do projeto. Obviamente que esse método é aplicado no final da fase de planejamento, quando os riscos foram identificados e analisados antes (ou no início) da 
fase de execução. Portanto, o método precisa ser revisitado ao longo do ciclo de vida para que os valores possam ser reajustados frente aos novos riscos que vão surgindo. 
Mas, o ponto mais interessante que devemos ressaltar aqui é que o método nos dá uma visão panorâmica do projeto no momento de maior visibilidade por parte dos stakeholders . 
Note que as previsões de prazos e custos não são determinísticas, e sim estimativas que culminaram nesses valores por meio de técnicas e boas práticas. O importante é denotar 
que, por se tratar de uma ciência inexata e repleta de incertezas, a mensagem que deveria ser percebida é que o projeto, no nosso exemplo, poderia custar algo entre R$ 
3.400.000,00 e R$ 3.825.000,00. Imagine que por conta de uma estratégia da alta administração da empresa haja uma restrição na qual o projeto não possa custar mais do que R$ 
3.600.000,00 ou não ultrapassar 240 dias úteis de projeto. A análise que foi feita no exercício nos mostra que se nada a respeito dos riscos for feito de maneira séria e profissional 
essas restrições se tornam totalmente irreais. 
Seria necessário contra argumentar com a alta administração em relação a tais restrições, obviamente que posteriormente à realização das análises por meio do método EMV e, os 
dados obtidos após a aplicação do método poderiam ser utilizados como argumentação para demonstrar que certas restrições podem ser assumidas de maneira mais segura e 
realística. 
Além das reservas de contingência de prazos e custos, devemos ainda contemplar no projeto as Reservas Gerenciais. Mas, o que as difere, afinal? 
Reservas de contingência são calculadas por meio do método EMV e se referem aos riscos desconhecidos conhecidos, ou seja, aqueles identificados 
e tratados pela equipe de riscos e outros stakeholders. Já as reservas gerenciais se referem aos riscos desconhecidos, ou seja, aqueles tão absurdos 
(muitas vezes trágicos) que não seria possível prevê-los ou mapeá-los durante os processos da Gestão de Riscos. Podemos tomar como exemplo, o 
evento das torres gêmeas, em New York do episódio conhecido como Onze de Setembro de 2001. Imagine que uma empresa tivesse uma filial em 
uma das torres, isso provavelmente não estaria no plano de riscos. Ou ainda, imagine você outro exemplo, um aumento irrefreável na cotação do 
dólar em um projeto no Brasil baseado nessa moeda. Portanto, para que seja possível recuperar parte ou a totalidade de um projeto, fatalmente será 
necessário utilizar as Reservas Gerenciais – um montante que a alta administração da companhia empregará para sustentar o projeto (desde que 
viável) e permitir sua continuidade. Em ambos os casos, se houvernecessidade de utilizar um valor parcial ou o total das reservas, o Gerente de 
Projetos deverá prestar contas sobre seu emprego. Caso contrário, os montantes serão devolvidos (parcial ou total) no encerramento do projeto. 
Fonte: Maximiamo (2014). 
Fechamos aqui esse conteúdo conhecendo os cálculos da reserva de contingência a ser utilizada nos planos de respostas aos riscos, utilizando o método do valor monetário 
esperado. Compreendemos que estas reservas, tanto de prazos quanto de custos, são provenientes da análise mais aprofundada dos riscos e que o montante a ser requisitado será 
proporcional ao grau de complexidade do projeto e não mais de forma aleatória e difícil de ser defendida. Espero que as informações apresentadas até aqui tenham agregado valor 
ao seu conhecimento. E vamos prosseguindo, pois há bastante informação interessante mais à frente. 
TÉCNICAS DE MODELAGEM E ANÁLISE 
QUANTITATIVA DOS RISCOS 
Olá, caro(a) aluno(a). Até aqui já compreendemos os conceitos sobre a qualificação de dados, testes de premissas, classificação e priorização dos riscos e cálculos de reservas de 
contingência. Vamos nos aprofundar um pouco mais na análise quantitativa agora. 
O principal intuito da Análise Quantitativa é deixarmos de ser um tanto quanto subjetivo nas análises de probabilidade e impacto em relação às Análises Qualitativas dos riscos. 
Nesse tipo de análise devemos procurar ser mais numéricos. Para termos uma ideia, seria como ao invés de atribuirmos uma chance igual a 2 na escala, atribuirmos uma chance de 
40% de alguma ameaça ou oportunidade ocorrer. Ou ainda atribuirmos ao impacto algo como 3 semanas de atraso ou R$ 100.000,00 de custos extras ao invés de designar, de 
maneira subjetiva, o grau 5 em uma escala de impacto. Porém, perceberemos que nem para todos os riscos esse tipo de análise necessita ser realizada. 
A análise quantitativa de riscos 
podemos iniciar a compreensão dos processos da Análise Quantitativa de riscos falando sobre a Análise Qualitativa de riscos. Nessa última, trabalhamos com uma lista de 
potenciais riscos (ameaças e oportunidades) já identificados e atribuímos a cada um deles uma pontuação – subjetiva sim, porém com a preocupação da qualificação dos dados e 
nivelamento de informações entre os stakeholders – baseada em escalas simples de probabilidade e impacto. Nesse ínterim, de acordo com Greene e Stellman (2010), devemos 
tomar a decisão se será necessário analisar com mais profundidade não todos, mas determinados riscos, geralmente aqueles que são mais impactantes se acontecerem e têm 
maiores chances de ocorrer ao longo do ciclo de vida do projeto. Devemos aqui compreender que os riscos no projeto não têm um comportamento linear, ou seja, não irão todos 
acontecer e muito menos na sequência e intensidade definidas pela equipe. 
De fato, muitos riscos interagem entre si ou em grupos tornando alguns muito mais prováveis e outros simplesmente impossíveis de acontecer. Dinsmore e CabanisBrewin (2009) 
afirmam que a análise quantitativa tem o propósito de ‘olhar’ para cada risco de maneira individual, além de compreender interações entre eles, analisando inclusive tendências e 
efeitos combinados que podem interferir ainda mais nos resultados esperados. Para tanto, muitos modelos matemáticos e estatísticos (que muitas vezes se apresentam como 
Software de computadores) estão disponíveis para auxiliar nesse tipo de análise mais aprofundada. 
Portanto, segundo Mulcahy (2010), executar a análise quantitativa muitas vezes requer investimentos tanto de tempo como de dinheiro, seja na aquisição de programas específicos 
e licenciados de computador ou no treinamento de pessoas para utilização dessas ferramentas. Você, como Gerente de Projetos e suportado por sua equipe, deverá tomar a decisão 
de realizar ou não essa análise e em qual proporção dos riscos do projeto. Um meio para tomar essa decisão é avaliar inicialmente o esforço que será aplicado frente às necessidades 
do projeto. Aqueles mais complexos, com longa duração e com diversas decisões difíceis a serem tomadas deveriam passar pela análise quantitativa dos riscos elegíveis aos seus 
processos. 
Já os de curta duração, com menor importância para a companhia e com menor grau de complexidade podem ter seus riscos muito bem gerenciados e tratados executando apenas 
os processos da análise qualitativa. 
Você e sua equipe podem julgar quais riscos identificados e analisados qualitativamente devem passar pelos processos da análise quantitativa, baseando-se na sua experiência e da 
sua equipe, além de ter a chance de poder consultar o histórico de outros projetos para poderem tomar tal decisão. Entretanto, seguem, a seguir, algumas dicas e informações 
complementares que podem lhes auxiliar na decisão se devem ou não executar os processos da análise quantitativa: 
• Identifique quais riscos da sua lista que já tiveram a probabilidade de acontecerem – ou o impacto caso aconteça – reduzidos após executar os processos da análise qualitativa. 
• Identifique o Risk Score do projeto (mencionado na aula 2 deste estudo) e verifique com a companhia/cliente se o projeto está em um nível aceitável de risco, ou seja, se os 
riscos mapeados estão dentro de um padrão esperado com relação ao produto ou serviço específico resultado do projeto. 
• Identifique quais riscos não foram eliminados – ou tiveram sua probabilidade e/ou impacto reduzidos – e requerem tratamento específico relacionado a um plano de respostas 
de riscos. 
• Identifique (faça uma simulação) junto a sua equipe quanto tempo durará e quanto o projeto custará se a análise quantitativa não for executada e nenhuma outra iniciativa de 
reduzir os riscos for tomada. Caso estes índices estejam satisfatórios é um bom indício de que seu projeto está, neste momento, sob controle. 
Qualquer que seja a decisão tomada por você e por sua equipe tome sempre o cuidado de manter o seu repositório de registro de riscos o mais 
atualizado possível. Nunca se sabe quais e quando serão as decisões a serem tomadas. Afinal, tornar-se refém de dados desatualizados ou 
inexistentes está muito longe de ser uma boa prática de gestão de riscos, não acha? 
Abordaremos, a partir de agora duas das principais técnicas mais empregadas em análise quantitativa de projetos complexos. São elas a árvore de decisão e a análise de Monte 
Carlo. 
A técnica da árvore de decisão aplicada como análise quantitativa de riscos 
A técnica da árvore de decisão te conduzirá a um processo de análise de alternativas e/ou cenários distintos e as consequências associadas a qual alternativa (caminho) você e sua 
equipe decidir tomar. Geralmente, o modelo trata da dimensão de custos (podendo também ser adaptado para prazos e qualidade) e a obtenção do maior valor agregado esperado. 
Alguns modelos apresentam informações para a tomada de decisão sobre custos (ou outra dimensão) apenas no final das ‘ramificações’ da árvore, outros podem apresentar essas 
informações já no meio da árvore. 
Segundo Damodaran (2009), as árvores de decisão são geralmente utilizadas em cenários discretos, ou seja, quando o período de avaliação é relativamente curto e quando a 
recorrência do evento não se apresenta como algo significativo. São compostas por nós (nodes), sendo estes os nós raiz, nós de decisão, nós de eventos e nós de fim. Classificam-se 
na estrutura da árvore como segue a descrição: 
• O nó raiz representa o elemento no qual o tomador de decisão se encontrará diante de uma decisão sobre a solução de um problema ou de um resultado incerto. 
• Os nós de evento são as ramificações do início da árvore e simbolizam as possibilidades dos desfechos, demonstram as possibilidades de escolhas a serem feitas pelo tomador 
de decisão. 
• Os nós de decisão representam efetivamente as escolhas que o tomador de decisão poderá tomar, baseando-se em informações pertinentes a cada tipo de escolha a ser 
tomada, bem como suas respectivas consequências. 
• O nós de fim demonstramos desfechos finais de acordo com as escolhas feitas e relativos aos desfechos previamente ocorridos. 
Damodaran (2009), afirma que seriam inúmeras as vantagens de se utilizar esse modelo para análises de riscos. Uma delas seria a obtenção de respostas dinâmicas aos riscos, pois 
vincula ações e escolhas aos desfechos da análise dos eventos incertos. Os valores obtidos por meio das informações pertinentes aos nós de evento também seria uma vantagem 
significativa, pois se vislumbram novas perspectivas a cada nova escolha presentes em suas ramificações. 
As árvores de decisão se demonstram flexíveis e como uma ferramenta poderosa de análise de riscos, uma vez que lidamos com estes riscos por etapas, nas quais as decisões para 
cada uma delas dependem do desfecho das escolhas anteriores. Uma possível desvantagem seria a aplicabilidade de tal modelo para cenários regularmente discretos com eventos 
dicotômicos (divisão de um evento em duas probabilidades distintas), dificultando seu uso em cenários contínuos e sequenciais, aos quais seriam necessárias mais variáveis para se 
tomar uma única decisão (ou escolha). 
Porém, de acordo com Sbragio (2009), qualquer que seja o modelo aplicado, o intuito sempre será a simulação de eventos futuros quando tomamos as decisões no presente. Deveria 
ser aplicado para situações mais complexas de cálculo de valor monetário esperado, inclusive em relação ao método EMV apresentado anteriormente. Outra característica 
importante é que esse modelo trabalha com a máxima da exclusividade mútua, ou seja, dois eventos em julgamento não podem acontecer ambos ao mesmo tempo. Podemos tomar 
como um simples exemplo a escolha de um roteiro de viagem de turismo: podemos ir para a Europa ou para a Austrália escolhendo até para qual destino iremos primeiro, mas nunca 
para os dois lugares ao mesmo tempo. 
Para podermos compreender melhor esse modelo trabalharemos com um exercício prático simulando uma situação real de tomada de decisão, analisando cada passo dado. 
Uma empresa do setor industrial de transformação precisa definir qual o melhor processo de produção a ser aplicado em um novo produto cujo preço final no mercado será 
praticado a R$ 10.000,00 (dez mil reais). A área de manufatura junto ao departamento financeiro levantou as informações de que pelo processo ‘A’ o produto teria como custo 
unitário o valor de R$ 1.200,00 e junto ao departamento de Qualidade foi levantado que a probabilidade de sucesso seria de 90%. Para o processo ‘B’, teria um custo unitário de R$ 
700,00 e a probabilidade de sucesso de 80%. 
O primeiro passo para desenvolvermos uma solução é desenhar a árvore de decisão com os dados da empresa, como segue na figura 1: 
Figura 1 - Desenho da árvore de decisão 
Fonte: adaptado de Sbragio (2009). 
O próximo passo é identificar as probabilidades de cada processo e o retorno esperado de cada evento, ainda de acordo com os dados levantados pela empresa, como demonstra a 
figura 2: 
Figura 2 - Árvore de decisão com os dados da empresa 
Fonte: adaptado de Sbragio (2009). 
Para chegar aos valores finais simplesmente multiplicamos a percentagem da chance de cada processo pelo valo final do produto, se aprovado. Os valores obtidos para os produtos 
reprovados representam o complemento do valor de cada processo. 
Uma vez determinados os dados da empresa na árvore de decisão, calculamos o valor esperado (VE) de cada decisão tomada, de acordo com os dados dispostos. A figura 3 
demonstra os resultados dos cálculos: 
Figura 3 - Cálculo do valor esperado (VE) de cada decisão a ser tomada 
Fonte: adaptado de Sbragio (2009). 
Como chegamos aos cálculos dos valores esperados referentes a cada decisão sobre qual processo de produção a ser aplicado? Bem, muito parecido com o cálculo de EMV 
abordado anteriormente. 
Para o processo ‘A’: 
Calculamos as oportunidades (produto aprovado) e ameaças (produto reprovado) de acordo com sua probabilidade e impacto e chegamos ao resultado do valor esperado, 
utilizando o mesmo conceito do EMV – oportunidades evitam custos e ameaças geram custos. Nesse caso, teríamos: 
Para o processo ‘B’, utilizamos o mesmo conceito: 
Note que inicialmente o valor esperado se apresenta mais atrativo no processo ‘B’ (R$ 9.300,00). Ao realizarmos a análise da probabilidade versus o potencial impacto causado em 
ambos, o processo ‘A’ passa a ser o mais atrativo ao final da análise (R$ 7.800,00 ao invés de R$ 7.300,00). Se uma análise mais aprofundada não tivesse sido realizada, muito 
provavelmente a empresa tomaria a decisão não mais lucrativa na escolha do processo produtivo. Obviamente que outros fatores, se pertinentes, deveriam ser incluídos como 
dados da empresa para a tomada de decisão. O efeito colateral disso é que a árvore de decisão vai ficando cada vez mais complexa, com outros ‘ramos’ adicionados na sua estrutura 
hierárquica. 
Em alguns modelos de árvore de decisão os custos incorridos aparecem somente no final de sua estrutura, enquanto em outros modelos eles podem 
aparecer no meio ou até no início. Como o intuito dessa ferramenta é estruturar todas as possibilidades para se resolver um problema (ou o impacto 
de um risco), os custos e pesos podem aparecer em qualquer parte de sua estrutura, e não somente no final. 
Fonte: Mulcahy (2010). 
A análise de monte carlo 
Você já deve ter ouvido em algum noticiário ou telejornal durante as campanhas eleitorais que o candidato X tem, por exemplo, 45% de intenção de votos com margem de erro de 
dois pontos percentuais. Isso significa que, de acordo com as pesquisas realizadas a probabilidade de votos que o candidato receberá está entre 43% ou 47% do eleitorado, segundo 
as estimativas dos especialistas em Estatística. Pois bem, segundo Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009), a técnica de análise Monte Carlo é a ferramenta quantitativa mais famosa e 
disseminada de análise de riscos, utilizando modelos matemáticos e estatísticos para isso. 
Historicamente, essa técnica foi desenvolvida e utilizada inicialmente pelos cientistas que eram responsáveis pelos projetos da bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial, 
e foi batizada com esse nome por causa da cidade de Mônaco na Itália e seus cassinos na época. 
Esse método trabalha com a construção de modelos matemáticos que simulam, de acordo com os dados de entrada, os possíveis resultados utilizando para isso uma distribuição de 
probabilidades. Ou seja, não se trata de uma análise determinística, na qual se você fosse perguntado qual seria a chance de algo acontecer e pudesse responder algo como ‘sete’ em 
uma escala de zero a dez. De acordo com Mulcahy (2010), para termos uma ideia de como funciona o método, seria você respondendo algo como ‘há uma chance de 20% de que o 
impacto de custo seja de R$ 3.000,00, uma chance de 30% de que o impacto seja de R$ 5.000,00 e etc.’. Só que para que isso seja possível de responder teríamos que fazer uso deste 
modelo matemático e probabilístico, que na maioria das vezes é representado e calculado por software de computadores específicos para essa finalidade. 
Vamos utilizar aqui um exemplo para deixar mais claro como funciona o método. Imagine que você é o gerente de projetos em uma companhia e pergunta a um dos membros de seu 
time quanto tempo durará determinada atividade sob a responsabilidade dele. Ele pode responder ’80 horas’, demonstrando segurança ao afirmar tal estimativa. Acontece que em 
projetos, por se tratar exclusivamente de estimativas que geram incertezas, não é possível ser tão preciso assim. Pois bem, usando uma boa prática de gestão de prazos, você pede a 
ele que lhe dê uma estimativa de três pontos representada por uma pessimista, uma otimista e uma terceira mais provável. Ele, conhecendo a boa prática lhe apresenta como 
otimista 70 horas, 100 horas como pessimista e mantém como 80 a mais provável. Vamos representar essas estimativas em um plano cartesiano para uma compreensão mais visual, 
como segue na figura 4: 
Figura 4 -Representação gráfica da estimativa de três pontos 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 176). 
Como podemos observar no gráfico, há uma probabilidade da atividade ser executada e finalizada a qualquer momento entre 70 e 100 horas. Mas, se você prestar atenção verá que 
há um intervalo de probabilidades, não apenas três estimativas distintas. Isso sugere um grau de incerteza considerável, pois o intervalo é muito grande. A propósito, quanto maior o 
intervalo entre as extremidades, maior será o grau de incerteza e, provavelmente, de maior grau será o risco dessa atividade. Se multiplicarmos esse conceito para várias atividades 
do projeto o seu grau de risco será gradativa e proporcionalmente maior. Nesse ínterim, a Análise de Monte Carlo é utilizada, principalmente para realizar o cálculo de possíveis 
impactos no projeto, por meio de uma simulação. De acordo com Greene e Stellman (2010), para executar esse tipo de simulação você deverá utilizar inevitavelmente um programa 
de computador específico para isso. 
O software de computador acumulará todas as informações referentes às estimativas de prazo de todas as atividades do projeto e processará esses dados por meio de um número 
enorme de iterações, da ordem de milhares de vezes em muitos casos. Cada iteração – ou repetição da simulação – devolverá um resultado diferente, até que encontre uma 
possibilidade mais provável de finalização das atividades em conjunto, consequentemente, do cronograma do projeto. O mesmo conceito se aplica para as estimativas de custos do 
projeto. 
O principal objetivo da execução da simulação de Monte Carlo é obter informações, como as citadas, a seguir: 
• O grau de probabilidade de que o projeto finalize na data planejada. 
• O grau de probabilidade de que o projeto seja completado com o orçamento previamente dimensionado. 
O programa de computador ainda pode lhe prover o grau de confiabilidade de suas simulações para que decisões possam ser tomadas pelos patrocinadores do projeto. Podemos 
tomar como exemplo um resultado do software que assegura após as simulações que o cronograma do projeto tem 65% de chances de ser completado na data especificada. Esse é 
um grau de certeza muito baixo e poucas empresas arriscariam prosseguir com o projeto nessas condições. Se a data do projeto não puder ser prorrogada, o plano de 
gerenciamento de riscos deve ser revisado para auxiliar na redução do prazo total do projeto. Então, novas simulações do programa de computador deverão ser realizadas para 
identificar se a probabilidade do projeto ser completado na data especificada aumentou e se tornou mais factível. Novamente, o mesmo conceito se aplica aos custos do projeto. 
Por essa razão, e segundo Dinsmore e Cooke-Davies (2006), a Análise Quantitativa muitas vezes se apresenta como dispendiosa, pois essas simulações levam um tempo 
considerável e o ajuste no plano de riscos pode levar mais tempo ainda e custar muito dinheiro. Como vimos que é necessário avaliar muito bem a necessidade de se realizar a 
Análise Quantitativa de riscos nos projetos. Isso dependerá muito do grau de complexidade e incertezas que há no projeto, sua magnitude e extensão, além do montante empregado 
e outros fatores determinantes na decisão. 
É importante que você note, porém, que com os dados obtidos por meio desse tipo aprofundado de análise você poderá obter argumentos para demonstrar à alta administração da 
empresa ou aos patrocinadores que a data ou os custos desejados para o projeto são realmente infactíveis. 
O gerente de projetos e sua equipe devem estar preparados para lidar com os dados e informações provenientes da Análise Quantitativa de riscos, 
pois independente do método empregado não será proporcionado ao gerente ou a equipe qual a melhor decisão a ser tomada. Além disso, conduzir 
os processos da Análise Quantitativa requer investimentos em tempo e dinheiro, e até mesmo sua aplicabilidade é muito questionada em projetos de 
menor complexidade (de acordo com a classificação do Risk Score do projeto). 
Fonte: o autor. 
Encerramos aqui nosso conteúdo especificando com mais precisão os conceitos sobre a análise quantitativa dos riscos em projetos. Apresentamos e discutimos duas ferramentas 
importantes aplicadas às análises quantitativas, a árvore de decisões e a análise de Monte Carlo, ambas baseadas em preceitos da estatística aplicada. Estas ferramentas quando 
bem aplicadas podem proporcionar uma grau maior de confiabilidade, inclusive para se tomar decisões de continuar ou não com o projeto, devido sua alta complexidade e alto grau 
de risco. 
Esperamos que tenham aproveitado os assuntos abordados, além de terem aproveitado os exercícios de fixação. Nossa recomendação é que você tome por hábito a pesquisa sobre 
o tema para que possa enriquecer o seu conhecimento e buscar cada vez mais a aplicabilidade em projetos reais. 
Desejamos sinceramente que este conteúdo possa ter contribuído com os seus estudos e aprendizado. 
Avançar 
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Unidade 2 Página inicial 
ATIVIDADES 
1. Assinale a opção que não contém uma premissa de projeto: 
a) A lista corporativa de fornecedores pré-habilitados possui, no mínimo, três fornecedores que já trabalharam com a tecnologia a ser usada no projeto. 
b) O acesso físico ao local da obra será disponibilizado para a plena realização das atividades. 
c) O projeto precisa estar pronto até o final de junho. 
d) Não haverá desvalorização do câmbio do real em relação ao dólar maior que 10% entre janeiro e outubro. 
e) O time interno da empresa contratante deverá prestar suporte às atividades chaves do projeto durante seu desenvolvimento. 
2. A MELHOR definição de gerenciamento de riscos é: 
a) O processo de envolver e comprometer os componentes-chaves para uma identificação de riscos mais eficaz. 
b) O processo de garantir proativamente que todos os riscos do projeto estão documentados e controlados. 
c) Criação do registro dos riscos. 
d) O processo de identificar, analisar e responder aos riscos. 
e) O processo de redução do risco ao mínimo nível possível para o projeto. 
3. Durante o processo de análise prévia de uma lista de riscos identificados, um dos potenciais riscos recebeu baixa pontuação e provocou questionamentos entre os membros do 
time de riscos. O que o Gerente de Projetos deveria fazer? 
a) Executar os testes de estabilidade das premissas do projeto 
b) Aplicar uma sessão completa de brainstorm ao time de riscos 
c) Equalizar a compreensão sobre o risco entre os stakeholders 
d) Não incluir este risco no processo de análise prévia dos riscos 
e) Continuar com o projeto e resolver este problema, se ocorrer, um pouco mais tarde no ciclo de vida do projeto. 
4. Você é o gerente de projetos de uma empresa que tem como cliente uma indústria do setor siderúrgico. Você está no meio da execução do projeto, que deve cumprir um contrato 
de grandes proporções. O departamento jurídico da sua empresa lhe informa que um dos fornecedores do projeto – do qual você depende, sofreu um grande pênalti e perdeu o 
contrato de fornecimento de uma etapa crítica do projeto. Ao consultar seu plano de riscos você descobre que nem você e nem seu time se prepararam para essa situação. Qual 
seria então a MELHOR forma de lidar com essa situação? 
a) Recomendar ações preventivas ao time do projeto. 
b) Providenciar a contratação de um novo fornecedor qualificado. 
c) Aplicar a análise qualitativa para esse evento. 
d) Consultar a matriz de riscos, identificando a probabilidade e o impacto causado. 
e) Escalar esse problema para a alta administração da empresa. 
5. Assinale V (verdadeiro)ou F (falso) nas sentenças a respeito da Análise Qualitativa de Riscos em projetos: 
( )Risk Score é um valor numérico de um risco calculado por meio do produto entre probabilidade e impacto atribuídos subjetivamente. 
( )Qualificação dos dados se dá quando há uma compreensão nivelada das informações por parte dos stakeholders do projeto. 
( )Classificação dos riscos seria a priorização dos riscos baseando-se no risk score de cada risco. 
( )Escalas de probabilidade e impacto são utilizadas para determinar a estabilidade e validade das premissas do projeto, fontes potenciais de ameaças se não forem bem 
gerenciadas. 
a) F, F, V, V 
b) V, V, F, F 
c) V, F, V, F 
d) V, V, V, F 
e) F, F, V, F 
6. Qual dos seguintes procedimentos, a seguir, aumentaria as chances de riscos, caso o gerente de projetos o fizesse (ou não o fizesse)? 
a) Manter-se envolvido nas negociações de contratos. 
b) Não se envolver nos processos de contratações de fornecedores do projeto. 
c) Procurar por novos riscos baseando-se nas suas próprias experiências. 
d) Fazer uso de ferramentas de software para gerenciar eventos incertos. 
e) Não aplicar técnicas de resolução de conflitos constantemente. 
7. Você, como um ótimo Gerente de Projetos, durante o planejamento de riscos calculou as reservas de contingência de custos utilizando o método de cálculo pelo EMV. 
Entretanto, um dos patrocinadores observou esse montante ‘extra’ no orçamento e simplesmente o retirou do plano de custos por achar que se tratava de ‘gordura’ sem nenhuma 
base de sustentação. O que você deveria fazer nesse momento? 
a) Dar andamento no projeto mesmo sem a reserva de contingência de custos. 
b) Convocar uma reunião extraordinária com seu time e definir uma estratégia para conduzir o projeto sem a reserva de contingência de custos. 
c) Descobrir uma maneira de incluir e ‘esconder’ a reserva de contingência de custos distribuindo-a nas atividades do projeto. 
d) Explicar ao stakeholder o método EMV e a forma de calcular a reserva de contingência, utilizando os dados gerados como base para a argumentação e obter a aprovação da 
reserva. 
e) Escalar o problema no intuito de identificar um stakeholder com maior poder de decisão para aprovar a reserva de contingência inicial de custos. 
8. Qual a principal diferença entre reservas de contingência e reservas gerenciais: 
a) Reservas gerenciais são aplicadas para os riscos desconhecidos desconhecidos, enquanto que as reservas de contingências são para lidar com riscos desconhecidos 
conhecidos. 
b) Reservas gerenciais são utilizadas para lidar com riscos desconhecidos conhecidos, e as reservas de contingência lidam com os riscos desconhecidos desconhecidos. 
c) Ambas são utilizadas para lidar tanto com riscos desconhecidos desconhecidos como com riscos desconhecidos conhecidos. 
d) Reservas gerenciais são utilizadas para lidar com riscos de alta severidade, enquanto que as reservas de contingência lidam com riscos de baixa complexidade. 
e) Reservas gerenciais são utilizadas para lidar com riscos de baixa complexidade, enquanto que as reservas de contingência lidam com riscos de alta severidade. 
9. Você é o gerente de projetos de um projeto de readequação de uma linha de montagem de eletrodomésticos. Após análises dos riscos, sua equipe chegou à conclusão de que há 
30% de chance de aumento de R$20.000,00 de um equipamento a ser utilizado, antes que você possa emitir o pedido de compra. Isso ainda poderá gerar 15 dias de atraso, para 
poder obter a aprovação de comprá-lo. Há ainda 25% de chance de sua empresa ter que pagar R$150.000,00 por uma apólice de seguros de outro equipamento importado, porque 
seu fornecedor não emite apólices para casos de importação. Por conta do fornecedor não poder emitir a apólice, ele irá te oferecer um desconto de R$20.000,00 no preço final do 
equipamento. Qual é o valor monetário esperado para esse risco? 
a) R$15.500,00 
b) R$210.000,00 
c) R$38.500,00 
d) R$14.500,00 
e) R$21.200,00 
10. Assinale, a seguir, dentre as sentenças, qual delas não seria uma declaração correta: 
( ) O Gerente de Projetos e sua equipe deveria ter completado as etapas de definição de escopo do projeto antes de iniciar o plano de gestão de riscos. 
( ) A avaliação numérica dos riscos é a parte mais importante do gerenciamento de riscos. 
( ) Você deveria realizar os processo da Análise Qualitativa dos riscos antes de realizar os processos da Análise Quantitativa. 
( ) Os patrocinadores do projeto não deveriam se envolver com questões relacionadas ao plano de gestão de riscos do projeto. 
( ) Os resultados da Gestão de Riscos podem ser utilizados para se tomar a decisão de continuar ou não com o projeto. 
11. Qual ferramenta de análise de riscos pode ser utilizada para elaborar um modelo de seus riscos por meio de simulações que calculam diferentes resultados e grau de 
probabilidades? 
a) Árvore de decisão 
b) Diagrama de Ishikawa 
c) Análise de Monte Carlo 
d) Análise de Probabilidade e Impacto 
e) Análise de Valor Monetário Esperado 
12. A classificação de riscos do projeto ocorre em qual dos processos, a seguir? 
a) Planejamento de Riscos do projeto 
b) Realizar a Análise Qualitativa de riscos 
c) Processo de Identificação dos riscos 
d) Realizar a Análise Quantitativa de Riscos 
e) Qualificação dos dados e nivelamento das informações aos stakeholders. 
Resolução das atividades 
1. c) O projeto precisa estar pronto até o final de junho. 
2. d) O processo de identificar, analisar e responder aos riscos. 
3. c) Equalizar a compreensão sobre o risco entre os stakeholders 
4. b) Providenciar a contratação de um novo fornecedor qualificado. 
5. d) V, V, V, F 
6. b) Não se envolver nos processos de contratações de fornecedores do projeto. 
7. d) Explicar ao stakeholder o método EMV e a forma de calcular a reserva de contingência, utilizando os dados gerados como base para a argumentação e obter a aprovação da 
reserva. 
8. a) Reservas gerenciais são aplicadas para os riscos desconhecidos desconhecidos, enquanto que as reservas de contingências são para lidar com riscos desconhecidos conhecidos. 
9. c) R$38.500,00 
10. b) A avaliação numérica dos riscos é a parte mais importante do gerenciamento de riscos. 
11. c) Análise de Monte Carlo 
12. b) Realizar a Análise Qualitativa de riscos 
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RESUMO 
Ao final desta unidade, compreendemos a importância da qualificação dos dados e a preocupação com o nivelamento das informações entre os stakeholders , principalmente para 
garantirmos que as pontuações de probabilidade e impacto dos riscos não sejam tão divergentes. Observamos a necessidade dos testes das premissas quanto a sua estabilidade e 
veracidade, pois se não bem gerenciadas acabam por tornarem-se ameaças iminentes ao projeto. Percebemos que nem todos os eventos incertos acontecerão no projeto e que se 
acontecerem não obedecerão a um padrão linear de ocorrência. Daí a importância de obtermos uma lista priorizada de riscos por meio dos processos da Análise Qualitativa, 
justamente para conhecermos em quais riscos devemos concentrar nosso esforços, gerando dessa maneira uma sinergia e eficácia na gestão e tratamento dos eventos incertos mais 
significativos. 
Aprendemos a como calcular de maneira mais acurada – e de acordo com a magnitude, duração e grau de complexidade dos riscos – as reservas de contingência de prazos e custos, 
que serão muitas vezes utilizadas para o próprio e devido tratamento dos riscos do projeto, uma vez que muitos deles podem gerar custos e levar certo tempo para serem 
trabalhados de formaadequada. 
Vimos que existem algumas ferramentas e técnicas muito eficazes e pertinentes aos processos da Análise Quantitativa dos riscos, que podem prover informações cruciais para a 
tomada de decisões complexas no projeto. Porém, como tudo tem seu preço, a decisão também de se realizar ou não esse tipo de análise mais aprofundada dependerá de fatores 
relacionados aos prazos e custos do projeto, sem que comprometam a qualidade planejada, recursos estes que na maioria das vezes são escassos e limitados aos projetos. 
Basta, compreendermos os conceitos teóricos e a forma mais apropriada de aplicabilidade das ferramentas e técnicas aqui descritas e tentar ao máximo colocá-las em prática, pois 
somente assim as dúvidas surgirão e poderão ser sanadas. Experimentem explorar os materiais complementares, as leituras indicadas, os livros recomendados, materiais 
disponíveis na Web e afins, no intuito de obterem melhor compreensão, além de terem contato a respeito dos mesmos temas, porém de um prisma, um aspecto diferente, visando à 
complementaridade dos conceitos aqui disseminados 
Uma ótima jornada a todos! 
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Material Complementar 
Na Web 
O especialista brasileiro em gerenciamento de projetos Ricardo Vargas apresenta um podcast de 
janeiro de 2009 explicando como os stakeholders possuem visões divergentes sobre um mesmo risco 
e o que pode influenciar para o acontecimento desse fenômeno. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
DAMODARAM, A. Gestão estratégica do risco : uma referência para tomada de riscos empresariais. Porto Alegre: Bookman, 2009. 
DINSMORE, P. C.; CABANIS-BREWIN, J. AMA manual de gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2009. 
DINSMORE, P. C.; COOKE-DAVIES, T. J. The right projects done right ! 01. ed. Jossey-Bass, 2006. 
GREENE, J.; STELLMAN, A. Use a Cabeça, PMP !. 02. ed. Rio de Janeiro, editora Alta Books, 2010. 
KERZNER, H. Project Management: A systems approach to planning, scheduling and controlling. 10.ed. New York: John Wiley & Sons Inc., 2009. p. 753-788. 
MAXIMIANO, A. C. A. Administração de Projetos : como transformar ideias em resultados. 05. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
MULCAHY, R. Risk Management: Tricks of the Trade for Project Managers and PMI-RMP Exam Prep Guide. 02. ed. RMC Publications, Inc. 2010. 
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). A guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide ). Fifth Edition. Newtown Square, 2013. 
SABBAG, J. O.; COSTA, S. M. A. L. Análise de Custos da Produção de Leite: Aplicação do Método de Monte Carlo. Revista Extensão Rural , DEAER – CCR – UFSM, Santa Maria, v.22, 
n.1, jan./mar. 2015. Disponível em: < http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/extensaorural/article/view/14153 >. Acesso em: 12 jul. 2016. 
SBRAGIO, R. Engenharia Econômica e Análise de Riscos . Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2009. 
VARGAS, R. V. FIVE minutes podcast . Disponível em: < http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/ >. Acesso em: 12 jul. 2016. 
VARGAS, R. V. Manual prático do plano de projeto utilizando o PMBOK Guide. 03. ed., Rio de Janeiro, Editora Brasport, 2007. 
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APROFUNDANDO 
APLICAÇÃO PRÁTICA DO MÉTODO DE MONTE CARLO 
Em 2012 foi aplicado o método de Análise de Monte Carlo por dois pesquisadores da UNESP da região de Dracena/SP para a análise dos custos e rentabilidade da produção de leite 
da região. Foram utilizadas estimativas para a construção de cenários de parâmetros reincidentes de produção do leite, no intuito de descobrirem relações iterativas entre os custos 
de produção e a rentabilidade esperada pelos produtores, com a premissa de compreensão do modelo e maximização dos lucros mitigando os riscos e reduzindo as perdas inerentes 
aos processos de produção. 
Foram consideradas as distribuições de probabilidades, ou os chamados métodos estocásticos, que pudessem acrescentar informações relevantes para os processos de tomada de 
decisões em condições de riscos. E que ainda fossem permitidas análises simultâneas utilizando variáveis distintas como preço final, custos de produção e rentabilidade. 
Inicialmente partiram das premissas que produtores rurais pequenos com produção modesta tendem a obter rentabilidades menores e que as variáveis que mais poderiam 
impactar os resultados de rentabilidade seriam o preço da venda do leite versus o volume produzido, em função da tecnologia escassa empregada no sistema produtivo. 
Com a utilização do método de Monte Carlo por meio da análise de iterações em variáveis distintas, chegou-se à conclusão de que os maiores custos incorridos para os produtores 
estavam relacionados aos insumos (ração para o gado, maquinário, vacinas, etc.) e à mão de obra de ordenha. Concluíram, por meio do método, que a maioria dos produtores da 
região levava prejuízo, principalmente quando a produção era de dimensões modestas. Se produzissem de maneira isolada não teriam competitividade frente aos preços praticados 
de compra e venda de leite na região, portanto, um sistema de cooperativa e produção coletiva dos pequenos produtores foi sugerido para que os riscos fossem minimizados e o 
sistema produtivo fosse ao menos viabilizado, porém com margens de rentabilidade ainda modestas. 
Fonte: Sabbag e Costa (2015). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SAMPAIO , Paulo. 
Gestão de Riscos em Projetos. Paulo Sampaio. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
57 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Projetos. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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Equipe Produção deMateriais 
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PLANO DE RESPOSTA AOS 
RISCOS 
Professor (a) : 
Me. Paulo Sampaio 
Objetivos de aprendizagem 
• Levar ao conhecimento do(a) aluno(a) sobre a importância das estratégias de tratamento de ameaças e oportunidades no planejamento de respostas aos riscos do projeto. 
• Compreender as características e implicações dos chamados riscos residuais e riscos secundários na gestão de riscos dos projetos. 
• Identificar as melhores técnicas para lidar com os riscos secundários e suas inter-relações com outros riscos do projeto. 
• Reconhecer os gatilhos (alertas) que sinalizarão a incidência de um risco ou a sua iminência de ocorrer muito em breve. 
• Compreender a importância do proprietário do risco e suas principais responsabilidades frente aos planos de respostas aos riscos. 
• Perceber os resultados satisfatórios do emprego correto de repositórios centralizados de registro de riscos do projeto. 
• Conhecer a diferença e a aplicabilidade correta dos planos de contingência e de backup como planos de respostas aos riscos do projeto. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Plano de Respostas aos Riscos 
• Riscos Residuais e Riscos Secundários 
• Gatilhos (triggers) e proprietários dos riscos (risk owners) 
• Planos de contingência e de backup 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, partiremos das definições e conceitos relacionados às ameaças e às oportunidades, características dos eventos incertos, que podem ou não ocorrer 
nos projetos, pois isso dependerá do sucesso na gestão de riscos do seu projeto. Você perceberá que há estratégias distintas de tratamento e de respostas aos riscos, dependendo se 
o evento adverso poderá causar impactos positivos ou negativos no seu projeto. Afinal, em se tratando de riscos, não haveria dúvidas de que o mais importante seria eliminar ou 
reduzir ao máximo os eventos com impactos negativos e maximizar as possibilidades de benefícios aos resultados do projeto por meio das oportunidades. 
Em seguida, trataremos com detalhes sobre os riscos chamados residuais, que são aqueles que basicamente permanecem oferecendo ameaças mesmo após algumas análises 
prévias e mudanças no plano original do projeto para reduzir ou eliminar as chances de que algum evento com impacto negativo ocorra. 
Da mesma forma, estudaremos sobre os riscos secundários, que muitas vezes aparecem como efeito colateral de alguma estratégia ou resposta aplicada ao risco original. Veremos 
com detalhes como identificar e tratar ambas as situações. 
Prosseguindo com nossos estudos, discorreremos sobre a importância da designação do proprietário do risco para cada risco mapeado do projeto, com o intuito de tomar as ações 
necessárias e, previamente, planejadas como respostas aos riscos que vierem a ocorrer. Este importante ‘ator’ da gestão de riscos tem a missão de verificar os gatilhos, ou sinais de 
alerta que permitem reconhecer se o risco já aconteceu ou se encontra na iminência de ocorrer, para que as devidas providências sejam tomadas. 
Neste momento, poderemos observar também a importância da devida documentação dos eventos incertos, identificando como principal conceito e ferramenta o repositório único 
de registro de riscos, que deve ser atualizado durante todo o ciclo de vida do projeto. 
Por fim, estudaremos as boas práticas de elaboração dos planos de contingência e de backup, iniciativas fundamentais para pôr em prática as estratégias de tratamento e de 
respostas aos riscos do projeto. Entender como elaborar planos de respostas eficazes que venham contribuir com a boa gestão de riscos e agregar valores aos resultados e objetivos 
do projeto. Estas boas práticas muitas vezes podem trazer o benefício de eliminar possíveis ameaças a elementos vulneráveis do projeto, como o orçamento e o cumprimento de 
prazos previamente estabelecidos. 
Bem, tenho plena certeza de que sua curiosidade já foi despertada. Então, vamos juntos embarcar nesta jornada que está pra lá de motivadora. 
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PLANOS DE RESPOSTAS AOS RISCOS 
Olá! Seja bem-vindo(a) aos nossos estudos sobre gestão de riscos em projetos, mais especificamente sobre o plano de respostas aos riscos. Espero que você aproveite ao máximo o 
conteúdo aqui abordado. 
Ao contrário do que muitos gestores e stakeholders possam pensar, quando falamos sobre eventos incertos (riscos) pertinentes a toda e qualquer natureza de projeto, não 
exatamente deveríamos contemplar apenas ameaças ou algo que supostamente possa dar errado ao longo do desenvolvimento do projeto. Riscos em projetos podem (e devem) ser 
encarados também como potenciais oportunidades que propiciem benefícios aos resultados esperados. 
Obviamente, ao identificarmos supostas ameaças e potenciais oportunidades devemos, então, esperar que haja um tratamento diferenciado para cada uma das situações, nas quais 
– no final das contas – desejamos que as ameaças sejam praticamente eliminadas e que as oportunidades aconteçam, proporcionando benefícios inúmeros aos resultados finais dos 
projetos. Trataremos do planejamento das respostas aos riscos, processo no qual a equipe do projeto pode fazer toda a diferença, principalmente por estarem na linha de frente da 
Gestão de Riscos do projeto. 
Definições de ameaças e oportunidades relativas aos riscos em projetos 
Basicamente, e segundo Maximiano (2014), podemos definir os eventos incertos que representam as ameaças como os que proporcionam impactos negativos, enquanto que os 
eventos incertos que representam as oportunidades são aqueles que proporcionam impactos positivos aos projetos. Toda essa informação deveria estar compilada e agrupada em 
um repositório denominado ‘Registro de Riscos’ (que pode ser composto por arquivos em papel impresso ou manuscrito, representado como registros eletrônicos armazenados em 
servidores de arquivos compartilhados ou até mesmo alocados ‘na nuvem’ em servidores virtuais de arquivos digitais). Para definirmos melhor o conceito de ameaças e 
oportunidades em projetos, vamos citar dois exemplos aleatórios de cada um deles: 
• Um exemplo de ameaça em um projeto de construção de um shopping center em uma área urbana seria um grande atraso por parte dos órgãos públicos competentes locais na 
emissão da permissão de construção para a construtora responsável pelas obras civis do projeto. 
• Outro exemplo de ameaça pode ser em um projeto de readequação de sistemas de computadores para atendimento – por parte de uma empresa – a uma legislação fiscal 
estadual, na qual o governo decide por alterar algumas regras no meio do projeto, proporcionando a princípio um não cumprimento do prazo pré-determinado de atendimento 
às leis locais. 
• Um exemplo de oportunidade em um projeto de manufatura de um novo produto a ser comercializado por uma empresa do setor de cosméticos seria a redução de custos na 
matéria-prima, por conta de um novo fornecedor entrante no mercado e constante na lista de fornecedores homologados pela empresa. 
• Outro exemplo de oportunidadeseria a possibilidade de envio de dois profissionais de uma empresa a um país estrangeiro para treinamento e capacitação em uma tecnologia 
emergente, totalmente custeado por um fornecedor detentor desse tipo de tecnologia na sua matriz no exterior. 
Poderíamos citar inúmeros exemplos de ambos os casos, porém já podemos ter uma boa ideia do que vem a ser ameaças e/ou oportunidades em projetos. Podemos ainda perceber 
que cada tipo de abordagem requer uma resposta adequada às suas características peculiares, quase que exigindo um tratamento exclusivo para todo e qualquer evento incerto 
identificado no projeto. Bem, também é certo que muitos riscos podem ser tratados por meio de um único plano de respostas. Mas, isso nós veremos mais à frente nesta mesma 
unidade. 
Tanto as ameaças quanto às oportunidades precisam ser analisadas, quando identificadas, de acordo com a sua probabilidade e impacto. 
Probabilidade relacionada à chance que o evento tem de acontecer e os impactos que serão causados caso aconteçam, se serão positivos ou 
negativos em relação aos resultados esperados no projeto. As razões principais da Gestão de Riscos em projetos seria a redução ao mínimo (ou a 
eliminação) das chances dos eventos incertos com impactos negativos acontecerem, a minimização dos impactos negativos – caso uma ameaça 
ocorra inevitavelmente – ou ainda a maximização das chances dos eventos incertos com impactos positivos acontecerem, proporcionando benefícios 
aos resultados esperados no projeto. 
Fonte: Dinsmore e Cooke-Davies (2006) 
Como fazer com que possamos atribuir um plano de respostas mais adequado aos tipos de riscos que podem acontecer nos projetos que gerenciamos? Bem, antes de responder a 
essa pergunta, precisamos estabelecer alguns critérios baseados na complexidade dos projetos. A complexidade, de acordo com Maximiano (2014), muitas vezes está associada ao 
número e categoria de stakeholders direta e indiretamente impactados, ao número e diversidade de fornecedores externos envolvidos, à tecnologia associada ao projeto, dentre 
outros critérios. 
Pode também estar associada à duração do projeto, pela qual compreendemos que quanto maior for a duração mais complexo será o projeto. Segundo ainda o autor, a duração do 
ciclo de vida de um projeto e sua complexidade também estaria associada aos recursos disponíveis (recursos humanos, financeiros e o próprio tempo), além de outros critérios que 
tornariam os objetivos do projeto mais difíceis de serem alcançados em sua plenitude. 
Se nos basearmos nessas definições, podemos compreender que para projetos pequenos e de curta duração, se você fizer reuniões regulares e periódicas com o seu time e com 
alguns stakeholders chaves, e utilizar algumas técnicas como brainstorm ou preenchimento de formulários, por exemplo, poderá obter ótimos resultados com relação às respostas 
que cada risco necessita para ser tratado ao longo do ciclo de vida do projeto. 
Já para os projetos mais complexos e com durações longas, envolvendo um número considerável de stakeholders , talvez essa não seja a melhor alternativa. Seria interessante se você 
pudesse utilizar técnicas diversificadas, como agrupamento de riscos por categorias e times específicos (categoria de Engenharia aos engenheiros, assuntos relacionados às 
finanças ao departamento financeiro, por exemplo), além de poder delegar funções de coordenação a membros específicos do seu time para organizar as sessões de planejamento 
de respostas aos riscos identificados. Com essas práticas, e segundo Mulcahy (2010), há um aumento significativo das chances de sucesso na elaboração dos planos de respostas por 
parte dos stakeholders comprometidos com o projeto. 
Lembra-se do repositório chamado ‘Registro de Riscos’ que comentamos no início deste estudo? Pois é, lá é o local ideal para registrar não só as estratégias a serem utilizadas como 
também quais serão as ações a serem executadas caso uma ameaça ocorra, quem deverá ser acionado, em que momento do ciclo de vida, além de outras informações pertinentes ao 
plano de respostas aos riscos. Por fim, planejar estas respostas aos potenciais riscos seria analisar o que deve ser feito (sempre em busca da melhor alternativa) caso o risco 
mapeado venha a acontecer de fato. 
Pois bem, conforme comentamos anteriormente algumas respostas planejadas podem servir para várias origens de riscos. Podemos tomar como exemplo uma série de ameaças 
relacionadas a uma nova tecnologia a ser explorada pela companhia em um projeto. 
Se o uso desta nova tecnologia trouxer muitas ameaças e o projeto começar a se tornar inviável do ponto de vista da complexidade atribuída aos riscos, os stakeholders dirigentes 
podem optar por utilizar uma tecnologia convencional e já homologada. 
Dessa maneira, podem eliminar ou reduzir inúmeras ameaças inerentes ao projeto e relacionadas a esta categoria, desde que, obviamente, os objetivos iniciais possam ser mantidos 
e os resultados esperados do projeto sejam ainda satisfatórios. 
Estratégias de tratamento de riscos 
Por outro lado, quando a estratégia de eliminar ou reduzir riscos com apenas uma ação de resposta aos riscos não for possível de ser utilizada, devemos analisar cada risco e 
identificar qual seria a melhor estratégia de resposta, de forma bem individual mesmo. 
Para tanto, precisamos primeiramente identificar se o evento incerto é relacionado a uma ameaça ou a uma oportunidade. Bem, isto já foi comentado no início deste capítulo. 
Definido então o tipo de risco precisamos abordar, segundo Kerzner (2009), as estratégias recomendadas pelas boas práticas de gestão de riscos, tanto as relacionadas às ameaças 
quanto às oportunidades. São elas: 
Estratégias relacionadas às ameaças: 
• Evitar ( avoidance ) : mudança no plano de projeto para eliminar a ameaça do risco. Geralmente, devemos atuar na origem do risco. Ex.: eliminação ou substituição de uma tarefa 
arriscada do projeto. 
• Transferir ( transference ) : transferir o impacto negativo de um risco a um terceiro. Ex.: contratar um seguro para o transporte de equipamentos ou transferir uma atividade 
crítica do projeto para uma empresa mais qualificada (um fornecedor de serviços) poder executá-la. 
• Mitigar ( mitigate ) : tomar medidas para reduzir a probabilidade e/ou impacto do risco a um nível aceitável pelos stakeholders do projeto. Ex.: usar equipamentos de proteção 
individual em uma operação manual com alto risco (mitigar a probabilidade) ou distribuir as atividades de um membro da equipe para outros membros após sua saída do projeto 
(mitigar o impacto). 
• Aceitar ( acceptance ): pode ser passiva (não fazer nada, quando o impacto não é significativo e pode ser absorvido no projeto) ou ativa, lançando mão do plano de contingência 
como resposta ao risco (a ser descrito mais adiante). 
Estratégias relacionadas às oportunidades: 
• Explorar ( exploit ): explorar a oportunidade fazendo com que a probabilidade da oportunidade aumente. Ex.: examinar com maior detalhe o perfil técnico de um potencial 
fornecedor. 
• Compartilhar ( share ): reter a oportunidade apropriada ao invés de transferi-la para outros. Ex.: mobilizar um recurso humano com perfil apropriado para determinada 
atividade. 
• Intensificar ( ehance ) : aumentar o tempo esperado, a qualidade ou designar o recurso mais adequado aumentando a probabilidade ou o impacto da ocorrência. Ex.: remanejar 
atividades críticas no cronograma coincidindo com o período de disponibilidade de um recurso chave, possibilitando sua atuação no projeto. 
• Aceitar ( acceptance ): pode ser passiva (não fazer nada, quando o impacto não é significativo e pode ser absorvido no projeto) ou ativa, lançando mão do plano de contingência 
como resposta ao risco (a ser descrito mais adiante). 
Observem que a estratégia de ‘aceitar’ um risco pode ser utilizada tanto para o tratamento de uma ameaça quanto de uma oportunidade, pois em ambos os casos o impacto pode 
não ser tão significativo aponto de ter de ser gerenciado, podendo ser absorvido sem que nenhuma ação precise ser tomada. 
Para que possamos fixar bem quais são as estratégias de tratamento dos riscos, devemos associar as pertinentes às ameaças com aquelas 
relacionadas com as oportunidades. Devemos evitar uma ameaça atuando de preferência na sua origem, mas explorar uma oportunidade quando 
esta tiver mesmo que uma mínima chance de ocorrer. Transferir uma ameaça quando esta gerar um ônus que deva ser gerenciado por terceiros e 
compartilhar o máximo possível quando o ganho potencial de um efeito positivo venha a ser uma recompensa para os resultados do projeto. 
Intensificar uma oportunidade ampliando as chances de ela acontecer ao invés de mitigar as chances ou o impacto de eventos incertos com efeitos 
negativos. E, por fim, aceitar tanto ameaças quanto oportunidades quando estas não requerem ações proativas, não sejam racionais em termos de 
custos ou seus impactos possam ser absorvidos pelo planejamento do projeto sem que haja interferências significativas nos resultados do projeto. 
Fonte: Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009). 
Para podermos compreender melhor como seriam aplicadas as estratégias de tratamento de ameaças e oportunidades, utilizaremos um exemplo de cada circunstância, 
apresentando, a seguir, algumas sugestões de formulários a serem preenchidos de acordo com o mapeamento dos riscos e com as interpretações realizadas pelo time do projeto. 
Observem, para tanto, as tabelas 1 e 2, a seguir: 
Tabela 1 - Exemplo de formulário de tratamento de ameaças 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010). 
Tabela 2 - Exemplo de formulário de tratamento de oportunidades 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010). 
Segundo Mulcahy (2010), para ambos os exemplos temos a chance de escolher mais de uma ação para um mesmo evento incerto. Para nossa melhor compreensão, vamos tomar 
primeiramente o exemplo de uma ameaça ao projeto. Imagine que haja uma chance de ocorrer uma falha no desenvolvimento de um módulo mecânico específico de uma máquina a 
ser construída em um determinado projeto. Podemos tanto identificar ações para evitar que isso aconteça, mobilizando recursos capacitados e habilitados para essa atividade no 
cronograma quanto planejar ações para transferir essa ameaça para uma empresa especializada neste tipo de desenvolvimento, a qual prestará serviços ao projeto. 
Da mesma maneira, porém em outro exemplo, imagine agora que haja uma oportunidade de aproveitar a expertise (conhecimento) pertinente a um fornecedor sobre uma 
tecnologia ainda não explorada pela empresa patrocinadora do projeto. Podemos tanto explorar esta oportunidade fazendo com que as chances de que este fornecedor possa vir a 
prestar serviços ao projeto aumentem e/ou ainda intensificá-la de modo que o grau de qualidade dos resultados esperados também seja maximizado. 
A decisão de qual a melhor alternativa a ser escolhida irá por muitas vezes depender não só dos melhores resultados possíveis como também de fatores financeiros que possam a vir 
impactar o orçamento do projeto. 
Todo cuidado deve ser tomado para que o planejamento de respostas aos riscos não seja, posteriormente, arquivado e esquecido, algo relativamente 
(e infelizmente) comum de acontecer. Afinal, não seria nada interessante ter todo esse trabalho e ainda presenciar seu projeto fracassar por ações 
importantes que deveriam ter sido e não foram apropriada e oportunamente tomadas, correto? 
Fonte: o autor. 
Encerramos esta primeira parte com conceitos sobre o discernimento entre os tratamentos e estratégias para as ameaças e para as ameaças em projetos. Vimos que para cada 
situação de risco, podemos utilizar várias estratégias distintas, sempre com o intuito de eliminar (ou reduzir) as chances de algo ruim acontecer, reduzir o impacto de forma 
gerenciável após o evento ter ocorrido ou ainda intensificando as possibilidades de coisas boas acontecerem no projeto. 
Espero que você tenha aproveitado o conteúdo abordado, pois há muito mais coisas interessantes por vir. 
RISCOS RESIDUAIS E RISCOS SECUNDÁRIOS 
Olá! Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre gestão de riscos. Sua dedicação e entusiasmo farão toda a diferença nesta nossa jornada. 
Neste momento, abordaremos as diferenças existentes entre riscos residuais e riscos secundários, classificando-os quanto ao momento da sua ocorrência, quais as circunstâncias 
propícias em que ambos possam ser evidenciados e ainda quais seriam as melhores estratégias e táticas para tratá-los – se e quando ocorrerem. 
Riscos residuais 
Segundo Greene e Stellman (2010), você, enquanto gerente do projeto, e sua equipe deverão implantar as ações planejadas como respostas aos riscos mapeados e analisados 
previamente. 
Inúmeros esforços poderão ser empregados no intuito principal de planejar como reduzir ou eliminar todas as ameaças inerentes ao projeto, porém em algum momento uma 
decisão deverá ser tomada sobre quando devemos interromper o planejamento de respostas aos riscos. Essa decisão poderá ser baseada, por exemplo, na lista de riscos priorizados, 
de acordo com sua classificação quanto à probabilidade de ocorrerem e o impacto (ou dano) que podem causar aos resultados do projeto. Ou seja, devemos empregar nossos 
esforços naqueles riscos que realmente podem prejudicar o projeto. 
Para compreendermos melhor esse conceito vamos utilizar um exemplo um pouco mais prático. Em todo e qualquer projeto haverá riscos (no caso ameaças) que terão maiores 
chances de ocorrerem, por qualquer que seja o motivo, em relação a outros riscos também identificados. Em contrapartida, devemos analisar também o impacto (ou dano) causado 
caso o evento ocorra. 
Na prática, os riscos com maior prioridade serão aqueles que possuem maiores chances de ocorrerem e que causam maiores impactos e prejuízos quando ocorrem. No final, são 
estes que devem merecer nossa atenção e a elaboração do tratamento mais adequado. 
Em determinado momento do planejamento de resposta aos riscos, a equipe e o gerente de projetos deverão ter o discernimento se os riscos considerados os mais críticos já foram 
cobertos e ainda decidirem o que fazer com os riscos remanescentes, geralmente menos prioritários, porém não menos importantes. 
De acordo com Mulcahy (2010), alguns riscos (eventos incertos) podem permanecer mesmo após a implantação de mudanças no plano original do projeto, após a execução de 
análises prévias (como exemplo de mudanças no plano por conta de eventos incertos, temos o citado anteriormente, no qual os stakeholders dirigentes decidiram por utilizar uma 
tecnologia convencional ao invés de arriscar em uma nova tecnologia?), os quais são denominados de ‘riscos residuais’. Adicionamos a essa classe de riscos àqueles considerados 
menos prioritários, citados no parágrafo anterior. A estes riscos inevitavelmente, deveremos criar os planos de contingência e de backup , assuntos que serão abordados mais à 
frente. 
Para que seja melhor nossa compreensão sobre riscos residuais, vamos tomar um exemplo segundo Vargas (2007), no qual você deva considerar um projeto de atendimento e 
readequação às exigências do governo local nos âmbitos legal e fiscal por uma empresa. A equipe do projeto, junto ao Gerente de Projetos e os principais stakeholders , poderá tomar 
todas as ações consideradas necessárias para tratar toda e qualquer ameaça inerente a essa natureza de projeto, por meio de mudanças no plano original, como a contratação de 
um consultor ‘ expert ’ em legislação fiscal que poderá sugerir modificações significativas no levantamento de dados a serem atendidos. 
Estas medidas podem ter proporcionado a eliminação total de alguns riscos e/ ou à diminuição das chances de outros ocorrerem, trazendo inúmeros benefícios aos resultados do 
projeto. Mesmo assim, haverá sempre a possibilidade de um ou mais eventos incertos (ameaças) permanecerem após essas medidas de prevenção, os quais deverão ser tratados 
como riscos residuais. Para estesriscos, os quais as medidas preventivas não surtiram efeitos, devemos obrigatoriamente criar planos estratégicos de respostas os quais 
compreendem os planos de contingência e de backup, planos estes que serão abordados mais à frente. 
Os riscos residuais podem ser classificados também como aqueles que, durante o processo de planejamento de respostas aos riscos, decidimos pela 
estratégia de ‘aceitar’ passivamente, provavelmente pelo seu impacto não ser tão significativo aos resultados do projeto naquele momento. Porém, 
para que o plano de Gestão de Riscos seja o mais eficaz possível, devem ser devidamente tratados e comunicados aos principais stakeholders do 
projeto. Esse processo deve se repetir durante todo o ciclo de vida, pois podem ter sua importância e severidade alteradas conforme o andamento do 
projeto. Por outro lado, os riscos residuais podem tanto não se manifestar durante o ciclo de vida do projeto como podem gerar até mesmo uma 
necessidade de mudança no escopo, orçamento, prazos ou grau de qualidade, previamente planejados pela equipe do projeto. 
Fonte: Vargas (2007). 
Riscos secundários 
Um risco secundário é aquele que, segundo Kerzner (2009), é gerado por uma estratégia de reposta implantada em outro risco. Ou seja, responder a um risco pode gerar um novo 
risco (geralmente ameaças aos resultados esperados). De qualquer forma, o gerente de projetos e sua equipe devem considerar e incluir os riscos secundários nos processos de 
planejamento de respostas aos riscos. Deverão ser analisados e terem suas (novas) probabilidades e impactos avaliados, para que tenham também suas prioridades e grau de 
severidade definidos. 
Novas estratégias de tratamento devem ser atribuídas aos riscos secundários, no intuito de reduzir ou eliminar as chances de ocorrerem (se houver tempo hábil para essa ação) ou 
ainda para que seus impactos sejam mitigados, evitando maiores danos aos resultados esperados. No entanto, segundo ainda o próprio Kerzner (2009), os riscos secundários não 
deveriam ter um impacto maior do que os riscos iniciais pelos quais foram derivados. 
Geralmente, os riscos secundários podem ser mapeados se fizermos uma comparação entre as respostas de cada risco em relação às estratégias adotadas para outros riscos. Para 
compreendermos melhor esse conceito, vamos analisar a figura 1 que trata dessa comparação entre três riscos analisados: 
Figura 1 - Análise de riscos secundários 
Fonte: Adaptado de Mulcahy (2010). 
Para termos uma melhor compreensão, abordaremos com um exemplo mais prático sobre como devemos analisar a sugestão do quadro citado anteriormente. Para tanto, vamos 
imaginar um cenário no qual temos um projeto de construção de um edifício residencial de 20 andares, com quatro apartamentos por andar. Neste projeto de obra civil, foram 
identificados e mapeados, dentre outros, os seguintes riscos que compõem nossa análise de riscos secundários: 
• Risco 1: Por conta de um fornecedor de tijolos e blocos de cimento se declarar em más condições financeiras, as entregas desse insumo podem se atrasar, comprometendo o 
cronograma do projeto. 
• Risco 2: Os órgãos de controle e liberação de alvará e licença de construção da prefeitura local encontram-se em greve, podendo comprometer os prazos de início das obras. 
• Risco 3: Por complicações de documentação incompleta e excesso de burocracia, os recursos financeiros provenientes de financiamento junto a uma instituição bancária 
podem ter sua aprovação postergada. 
Para que a análise seja completa, incluiremos nesse cenário as estratégias de respostas para cada risco, como segue: 
• Estratégia para o risco #1: Homologar um novo fornecedor em tempo hábil para fornecer os insumos sem comprometer os prazos do projeto. 
• Estratégia para o risco #2: Aguardar o final da greve e obter a licença de construção. Por ser uma restrição externa não há outro tipo de controle para esse risco. 
• Estratégia para o risco #3: Utilizar recursos financeiros próprios da incorporadora até que a documentação esteja regularizada e o financiamento pela instituição bancária seja 
liberado. 
De acordo com as descrições dos riscos (nesse caso, somente ameaças) quais seriam outras estratégias de respostas possíveis de serem aplicadas 
para cada um deles? Será que adotando outras estratégias de respostas aos riscos, os resultados referentes aos riscos secundários seriam alterados? 
Avalie. 
Pois bem, seguindo o quadro de análises de riscos secundários, temos o seguinte cenário: 
• Caso o risco #1 ocorra, sua estratégia de tratamento não causará nenhum dano ou outro efeito ao risco #2 e nem ao risco #3. 
• Já o risco #2 e sua devida resposta provocaria um impacto de efeito negativo tanto no risco #1 como no risco #3, pois o fato de a empresa estar impedida de iniciar a obra no 
prazo pré-determinado não implica que outros compromissos demandados pelo projeto não devam ser cumpridos. 
• Para o risco #3 e sua estratégia de resposta, os efeitos causados nos riscos #1 seriam positivos, pois significa que a companhia teria recursos financeiros suficientes para honrar 
quaisquer compromissos gerados pelas demandas do projeto. Para o risco #2 não haveria qualquer impacto significativo, pois o início das obras, sob o aspecto do risco #2, 
independe de qual for a origem do recurso financeiro empregado no empreendimento. 
Dessa maneira, e por meio dessa análise segundo Mulcahy (2010), podemos observar as interdependências entre os riscos dos projetos e identificar os riscos secundários. 
Riscos secundários podem ainda ser gerados de forma que não seja possível correlacioná-los com as estratégias de respostas de outros riscos, ou 
seja, com antecedência e tempo hábil de manobra como nos exemplos aqui citados. Eles podem simplesmente ocorrer após a implantação de uma 
resposta a um risco, apresentando-se como um elemento surpresa (como no caso de uma estratégia de resposta a uma determinada ameaça ter 
consumido mais dinheiro que o planejado, colocando em risco as reservas de contingência previamente definidas no projeto). Nestes casos, o ideal 
seria fazer uso do processo formal de Controle de Mudança Integrada, para que uma nova reserva de contingência complementar fosse aprovada, 
após justificada, pela alta administração da companhia. 
Fonte: Maximiano (2014). 
Vimos aqui a importância do mapeamento dos riscos residuais, aqueles que não conseguimos eliminar fazendo mudanças no plano original do projeto, por conta de análises que 
demonstraram que seria possível tomar estas ações prévias. Para estes riscos se torna inevitável planejar os planos de respostas pertinentes a cada evento incerto avaliado, 
utilizando a melhor estratégia para tratá-los de maneira adequada. 
O mesmo pode se aplicar aos riscos secundários, aqueles que são gerados quando da implantação de uma resposta ao risco. Estes precisam ser avaliados no momento de sua 
ocorrência e decisões precisarão ser tomadas, muitas vezes em caráter de emergência, pois estes não puderam ser avaliados com a devida antecedência. 
Mas, vamos seguir em frente, porque isso está ficando cada vez mais interessante. 
GATILHOS (TRIGGERS) E PROPRIETÁRIOS DOS 
RISCOS (RISK OWNERS) 
Olá, daremos continuidade aos nossos estudos sobre as melhores práticas de tratamento de eventos incertos, bem como as estratégias adequadas a serem implantadas de acordo 
com o grau de ameaça ou de oportunidade oferecida ao projeto. 
Todo e qualquer risco, quer seja ele classificado como ameaça ou oportunidade, pode revelar indícios que está prestes a acontecer ou que já aconteceu. Para estas ocasiões 
precisamos que alguém esteja atento a esses acontecimentos e saiba exatamente o que fazer com antecedência. Estas são as importâncias dos gatilhos ( triggers ) e dos proprietários 
dos riscos ( risk owners ) perante o planejamento e gestão de riscos em projetos que discutiremos neste capítulo. 
Gatilhos (triggers) dos riscos 
Segundo Mulcahy (2010), podemos chamar de gatilho – fazendoalusão ao dispositivo responsável pelo disparo de uma arma de fogo, uma vez que seu acionamento preceda o 
disparo do projétil, não sendo possível nesse momento reverter o processo algum sinal de alerta, pequeno evento ou indício de que um risco previamente mapeado esteja prestes a 
acontecer ou ainda que indique ao Gerente de Projetos ou à sua equipe que o risco acabou de acontecer (obviamente, com tempo hábil para que se tome uma ação de mitigação do 
impacto, já que nesse momento não seja mais possível atuar na sua probabilidade de acontecer). 
Os gatilhos são geralmente identificados e associados aos riscos que foram aceitos (ativamente e não de forma passiva), ou seja, fazem parte dos riscos – na maioria das vezes 
ameaças – que requerem um plano de resposta adequado e apropriado para que sejam controlados no projeto. Podem ser identificados ao mesmo tempo em que os próprios riscos 
são identificados, porém devem ser registrados no momento em que você estiver planejando (e como parte do) plano de respostas aos riscos mapeados. 
Geralmente é possível – e muito produtivo, além de recomendável – identificar o risco e seu respectivo gatilho no momento em que seu time de riscos estiver atuando nesse 
processo. 
De acordo com Greene e Stellman (2010), existem algumas dicas – na forma de questionamentos – que podem ser respondidos no intuito de auxiliar no processo da identificação 
dos gatilhos junto aos riscos identificados. Seriam os seguintes questionamentos norteadores, que podem ser feitos pelo Gerente de Projetos, pelo time de riscos ou ainda por 
algum stakeholder que detenha um conhecimento específico a respeito do risco identificado: 
• Como saberemos exatamente quando o risco pode ocorrer? 
• Como poderemos estabelecer alguns indicadores para descobrirmos se determinado risco está prestes a ocorrer ou se já aconteceu? 
• Que eventos ou ocasiões serão utilizados como parâmetros para determinarmos o momento imediato antes de o risco acontecer? 
Os gatilhos devem ser monitorados constantemente durante a execução do projeto, mesmo porque se em determinado momento se manifestarem, devem ser identificados como o 
‘disparo’ necessário para o plano de ação que deve ser posto em execução. 
É importante que este sinal de alerta seja registrado de forma clara, para que não haja subjetividade quanto a sua ocorrência. Assim, não restará dúvidas de que o plano de ação 
deverá ser acionado no momento exato, proporcionando tempo hábil para manejar a situação e lidar com os impactos de maneira mais eficaz. 
Para melhor compreensão vamos apresentar alguns exemplos de riscos (tanto ameaças quanto oportunidades) e seus respectivos gatilhos associados, segundo Sbragio (2009) para 
que tenhamos mais facilidade de identificá-los durante o processo de identificação de riscos e de reconhecê-los quando se manifestarem durante a execução dos projetos: 
• Em um projeto nacional que envolva empresas estrangeiras e que parte do orçamento seja expresso em dólares, há uma restrição com relação à cotação máxima dessa moeda 
em relação à conversão para o Real. Foi identificado como gatilho de um risco de comprometimento dos limites do orçamento a cotação do dólar ultrapassar a marca de três 
reais e cinquenta centavos. Ao atingir esse patamar (ou muito próximo dele) a ameaça iminente já se manifestou, solicitando que o plano de respostas e esse risco seja posto em 
ação. 
• Você, que é o Gerente de Projetos, faz uma visita de auditoria a um fornecedor e constata que ele não conseguirá cumprir uma entrega do projeto na data especificada. Esse 
fato será o gatilho para que medidas de contingência sejam tomadas em relação aos resultados esperados para essa entrega do projeto. 
• O Gerente de Projetos recebeu a informação durante uma reunião executiva de que a alta administração da companhia reduziria o grau de qualidade de um entregável, 
aceitando um produto nacional em substituição a um material importado, porém mantendo o projeto em nível aceitável de qualidade. Esse foi um gatilho de um risco que 
comprometia seriamente os prazos por conta dos processos burocráticos de importação, manifestando-se como uma oportunidade para os resultados do projeto. 
• O relatório final dos testes de um protótipo de um dispositivo industrial indicaram que a qualidade dos resultados esperados aumentou significativamente, após a contratação 
de serviços especializados de um fornecedor externo. As atividades consideradas críticas relacionadas a essa entrega tiveram seu grau de risco diminuídos no projeto por conta 
do relatório final dos testes que funcionou como um gatilho para uma oportunidade de ocorrer nessa entrega do projeto. 
Baseando-se nos exemplos abordados, você seria capaz de identificar os gatilhos dos riscos e seus respectivos e possíveis indicadores de que 
estariam prestes a acontecer ou que já teriam acontecido? Seria ainda capaz de exercitar mentalmente algumas situações de risco nas quais poderia 
identificar e mensurar os gatilhos para estar alertas a eles e tomar as ações necessárias e previamente planejadas? Pense bem. 
Responsáveis pelos riscos (risk owners) 
De acordo com Mulcahy (2010), os proprietários dos riscos são aqueles que foram designados a estarem de sobreaviso e de alerta em relação aos gatilhos dos riscos sob sua 
responsabilidade e ainda a tomarem quando preciso as ações necessárias para cada um dos riscos, previamente planejadas. Geralmente, são parte do time do projeto ou 
stakeholders específicos que detém o conhecimento necessário para tomar as ações corretivas, em caso do risco inevitavelmente ocorrer. 
É muito comum que o proprietário de um ou mais riscos do projeto tenha sido aquele que identificou o potencial risco (ameaça ou oportunidade) durante o processo de 
identificação e qualificação dos dados (nivelamento de informações entre os stakeholders a respeito do evento incerto). 
Outro fator que pode designá-lo como proprietário do risco é o seu conhecimento acerca do assunto relacionado ao risco. Por exemplo, riscos em relação ao cumprimento (ou não) 
de cláusulas contratuais do ponto de vista do jurídico em contratos com fornecedores podem ter sido identificados por especialistas dessa área. Inevitavelmente serão os 
proprietários destes riscos, tomando as ações necessárias previamente planejadas, alertando ao Gerente de Projetos sobre os resultados obtidos após a implantação da resposta ao 
risco. 
Segundo Kerzner (2009), os proprietários dos riscos teriam ainda um valor inestimável durante os processos de análise de cada evento incerto, tanto na forma qualitativa como na 
quantitativa de análise desse risco. Sobretudo, seriam ainda indispensáveis durante o processo de planejamento das respostas aos riscos, pois em muitas vezes essas respostas 
requerem ações específicas de cada área, as quais somente um especialista poderia auxiliar na elaboração de uma resposta eficaz. 
Para uma melhor gestão do plano de riscos, e de acordo com Kerzner (2009), o ideal seria identificar os potenciais proprietários dos riscos ainda no processo de identificação dos 
riscos e seus respectivos gatilhos, e oficializar o posto de proprietário do risco no processo de elaboração das respostas aos riscos. Isso porque, é nesse processo que o plano de ação 
será criado, com datas devidas, ações a serem executadas, pessoas, grupos ou empresas a serem acionadas pelo proprietário do risco. 
Kerzner (2009) relata que a responsabilidade da divulgação e disseminação do plano de respostas aos riscos com seus devidos proprietários de riscos designados é do Gerente de 
Projetos, por meio de um plano de comunicação do projeto bem elaborado e eficaz, para levar ao conhecimento de todos os stakeholders do projeto sobre as ações a serem tomadas 
e quem seria o responsável por colocá-las em prática. Dessa maneira, caso o evento incerto ocorresse não haveria razões para que dúvidas viessem à tona sobre o que fazer, como 
fazer, quem deveria ser acionado e quem tomaria as iniciativasa respeito do evento incorrido. 
Vamos agora exemplificar o emprego dos gatilhos inerentes a todo e qualquer risco, bem como a designação dos proprietários dos riscos utilizando para tanto um modelo de 
registro de riscos a ser atualizado constantemente durante não só o planejamento como também durante a execução do projeto, na figura 2, a seguir: 
Figura 2 – Modelo de Registro de Riscos em projetos 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 109). 
O modelo sugerido acima por Mulcahy (2010) pode ser interpretado como a base de um plano de resposta a um risco, bastando acrescentar outras informações pertinentes, por 
exemplo, as datas devidas dos acontecimentos, dados de quem precisaria ser acionado, stakeholders envolvidos, bem como outras informações que se fizerem necessárias. 
Alguns proprietários de riscos não precisam necessariamente ser o executor de uma ação de mitigação do impacto caso um evento incerto 
(principalmente ameaças) tenha incorrido. Muitas vezes lhes faltarão autonomia (poder de decisão) e/ou autoridade (liderança hierárquica) para 
poderem por em prática as ações necessárias para tratar devidamente o risco. Porém, serão eles os responsáveis por monitorar os gatilhos e acionar 
devidamente o stakeholder (ou um grupo deles) para que decisões sejam tomadas ou ações específicas sejam tomadas. Seria de sua responsabilidade 
ainda reportar ao Gerente de Projetos sobre os resultados obtidos se foram eficazes ou se necessitam de atenção e alerta mesmo após a implantação 
das respostas previamente planejadas. 
Fonte: Valeriano (2004). 
Proprietários das ações sobre os riscos (risk action owner) 
Alguns projetos podem ser demasiado complexos e terem várias atividades associadas a muitos e críticos riscos, com sérios impactos caso ocorram. De acordo com Sbragio (2009), 
nestes casos, os proprietários dos riscos podem ter pessoas que irão os auxiliar a lidar com os riscos e a implantar respostas pré-aprovadas aos riscos (principalmente ameaças) 
considerados mais críticos e emergentes. A esses stakeholders chamamos de proprietários das ações sobre os riscos. Eles não possuem necessariamente as responsabilidades sobre 
os riscos, função essa que é designada sempre ao proprietário do risco. 
Porém, segundo Sbragio (2009), podem ser responsabilizados por executar ações, geralmente operacionais, aprovadas previamente no intuito de mitigar os impactos causados pelo 
evento incerto. Um bom exemplo para essa situação seria a execução de um plano de ação, no qual um proprietário das ações sobre os riscos acionaria a contratação temporária de 
um operário em uma obra civil para auxiliar na execução da pintura de uma fachada de um prédio, na fase de acabamento do edifício. A contratação e o acompanhamento das 
atividades seriam de responsabilidade do proprietário das ações sobre esse risco e o reporte ao Gerente de Projetos seria feito pelo Engenheiro de Obras, designado previamente 
como o proprietário do risco de não concluir as obras de acabamento da fachada do edifício em tempo hábil. 
Você pode ter vários proprietários de riscos para uma mesma ou várias atividades do projeto e vários proprietários de ações sobre os riscos que irão os auxiliar com relação à 
implantação do plano de respostas aos riscos, desde que tudo seja documentado e registrado de maneira apropriada, permitindo que esteja tudo sob o controle do Gerente de 
Projetos. Novamente, o registro de riscos é o local (e documentação) mais recomendado para armazenar essas informações e dar visibilidade aos stakeholders acerca do plano de 
respostas aos riscos e seus atores a serem acionados, caso seja necessário. 
Os proprietários dos riscos e os proprietários das ações sobre os riscos explanados acima não devem ser confundidos com os responsáveis pela 
execução das atividades do projeto. Isso pode até acontecer, porém não é uma regra. O recurso designado para executar as atividades não deveria 
ser responsabilizado pelo reporte caso um ou mais risco inerente às atividades sob sua responsabilidade ocorram e não tenha a função de 
proprietário do risco acumulada. Todavia, nesse caso, o proprietário do risco deve prestar contas ao Gerente de Projetos com relação aos riscos 
ocorridos e sobre os resultados obtidos após a implantação das respostas previamente planejadas. Para tanto, é necessário que haja um processo de 
comunicação robusto e eficaz entre os atores aqui referenciados, para que os resultados da Gestão de Riscos seja a mais eficaz possível e os 
resultados obtidos sejam também os mais satisfatórios possíveis. 
Fonte: o autor. 
Os benefícios de um plano de respostas eficaz 
Vamos pensar por um momento em um projeto que você esteja gerenciando no momento (ou, se não for esse o caso, tente imaginar que estivesse gerenciando um projeto bem 
importante na sua carreira). O que aconteceria se eventos incertos críticos aparecessem no seu projeto? Provavelmente, você convocaria uma reunião de emergência com seus 
principais stakeholders no intuito de encontrar as melhores alternativas de solução para os problemas em questão. 
Todavia, explorando um pouco mais esse cenário, pense que cada minuto que você estivesse com os stakeholders do projeto seria precioso, pois seu projeto estaria sendo impactado 
quanto aos recursos que muitas vezes já são escassos, como prazos e custos, por exemplo. O fato de você ser rápido e reunir os interessados em busca de uma solução seriam 
louvável, do ponto de vista do gerenciamento de riscos em projetos. 
Mas, não se esqueça de que essa situação seria (muito provável) bem recorrente. Então, os esforços empregados na Gestão de Riscos seriam enormes, pois estaríamos agindo em 
uma condição reativa ao invés de buscarmos pró-atividade. 
Por outro lado, e de acordo com Sbragio (2009), podemos analisar esse cenário com um pouco mais de senso crítico e organização. Imagine a mesma situação descrita 
anteriormente, porém assuma que estes mesmos eventos incertos críticos tivessem sido já identificados, analisados e planos de respostas tivessem sido elaborados para cada um 
deles. O plano de ação adequado e apropriado seria posto em execução pelo proprietário do risco (ou pelo proprietário de ações sobre os riscos, se fosse este o caso), as reuniões 
seriam desnecessárias e os impactados seriam devidamente mitigados. Daria para imaginar quantas reuniões seriam evitadas e quanto o tempo dos stakeholders e os prazos do seu 
projeto poderiam ser otimizados. 
Este seria o verdadeiro intuito pelo qual os esforços empregados nos processos de planejamento do plano de gestão dos riscos se autojustificariam. Os riscos majoritários já 
estariam endereçados e seus respectivos gatilhos e proprietários estariam designados, bastando por em ação os planos de respostas que haviam sido planejados previamente. 
Dessa maneira, segundo Sbragio (2009), podemos assumir que atuaríamos em condições pró-ativas e não mais reativas, proporcionando maior efetividade e eficácia ao lidar com os 
eventos incertos do projeto. 
Muito bem, ao final deste estudo pudemos perceber que realmente há a necessidade do comprometimento dos stakeholders para a realização da Gestão de Riscos em projetos. O 
proprietário do risco ( risk owner ) e o proprietário das ações sobre os riscos exercem um papel fundamental na execução dos planos de respostas aos riscos, não só na implantação 
dos planos de respostas aos riscos, como também no monitoramento constante dos sinais de alerta – os gatilhos – que lhes fornecerão informações preciosas de quando devem 
efetivamente entrar em ação. Tudo isso sob a supervisão do Gerente de Projetos, que deverá monitorar a efetividade dos resultados dos planos de ação e, caso necessário, tomar 
outras ações corretivas para garantir a qualidade nos resultados alinhados aos objetivos iniciais do projeto. 
Vamos seguir em frente, porque o próximo assunto é muito interessante. 
PLANOS DE CONTINGÊNCIA E DE BACKUP 
Olá, depois de percebermos a importância em designar os proprietáriosdos riscos, vamos aqui estudar mais algumas responsabilidades destes stakeholders, no que consta sobre os 
planos de ação que devem ser implantados, caso algum evento incerto ocorra. 
Eventos incertos em projetos podem ser eliminados ou terem suas chances de acontecerem bem diminuídas, caso sejam susceptíveis à mudança nos planos originais do projeto. 
Para aqueles eventos incertos que não comportam essa possibilidade, temos que desenvolver os planos de contingência como respostas e que devem ser aplicados de acordo com a 
estratégia escolhida como tratamento ao risco. Devemos ainda contemplar um plano backup para quando o tratamento ao risco (contingência) não surtiu os efeitos desejados. 
O plano de contingência 
Segundo Mulcahy (2010), os planos de ação – ou planos de respostas aos riscos – que são colocados em execução caso aconteça uma ameaça ou uma oportunidade são chamados de 
Planos de Contingência. Estes planos são desenvolvidos com antecedência, ou seja, são planejados pelo time do projeto bem antes de o evento incerto ocorrer. Podem ser 
desenvolvidos tanto para as ameaças como para as oportunidades, bastando para isso que seja escolhida uma ou mais estratégias de tratamento de riscos, discutidas no início do 
capítulo 1. 
De acordo com Greene e Stellman (2010), cada evento incerto no projeto deve ter pelo menos um plano de contingência atribuído a ele. Obviamente, um mesmo evento incerto 
poderá ter mais de um plano de contingência como resposta, não importando se tratamos de uma ameaça ou de uma oportunidade. Alguns fatores críticos como custos, prazos, 
qualidade e cumprimento do escopo precisam ser analisados criteriosamente durante a elaboração e/ou execução do plano de respostas a um ou mais eventos incertos, pois 
devemos atribuir ao risco o plano de contingência que traga mais benefícios e menor (ou de preferência nenhum) efeito colateral. Na elaboração do plano de contingência, segundo 
ainda Greene e Stellman (2010), alguns quesitos precisam ser observados, como segue: 
I) Tome o devido cuidado para que haja um proprietário do risco (risk owner) atribuído ao evento incerto e ao respectivo plano de contingência. Mesmo se houver mais de um 
plano de contingência para o mesmo evento, tenha certeza de que apenas um proprietário do risco seja designado para observar os gatilhos e colocar o plano de ação em prática. 
II) Os planos de contingência podem ser desenvolvidos pelo time do projeto, pelo proprietário do risco que muitas vezes detém o conhecimento sobre o tema, por stakeholders 
que venham a contribuir para a estratégia de tratamento de cada evento ou ainda por especialistas na área de assunto do risco, que podem agregar muito valor nos planos que 
responderão aos riscos mapeados. 
III) Os planos de contingência devem estar devidamente documentados e registrados, para que haja um controle eficaz sobre eles e para que seja possível divulgá-los aos 
stakeholders e acompanhar seus andamentos, se foram implantados, se estão em execução e quais foram os resultados obtidos. O repositório de registro de riscos apresentado 
no capítulo anterior é uma boa sugestão de documentação destes planos. 
IV) Para projetos mais complexos e riscos que envolvam muitas áreas poderá ser contemplado o proprietário das ações sobre os riscos, aquele que deverá auxiliar o proprietário 
do risco implantando soluções já previamente aprovadas e reportar a ele sobre os resultados obtidos. 
V) Um bom plano de contingência deve conter pelo menos as informações do risco, qual a ação estratégica considerada a mais adequada foi adotada, quem seria o proprietário 
do risco, o eventual proprietário das ações sobre os riscos – se aplicável –, quem ou qual empresa/fornecedor deverá ser acionado em caso de necessidade, a devida data de 
ocorrência e se haveria algum risco correlacionado com o evento incerto em questão. Outras informações que forem consideradas pertinentes pelo time do projeto deverão ser 
agregadas ao plano. 
Para nossa melhor compreensão, vamos elucidar aqui alguns exemplos do que seria um plano de contingência elaborado a partir de um evento incerto previamente mapeado 
durante o planejamento dos riscos em um projeto. 
Exemplo 1: Para um pequeno projeto que seria um evento de premiação a pesquisadores acadêmicos reconhecidos pela comunidade científica nacional e internacional, há um risco 
de chover no dia do evento e comprometer a cerimônia, uma vez que a mesma acontecerá em espaço aberto por conta de atrações externas. O plano de contingência adotado foi a 
mitigação do impacto por meio da contratação de uma empresa especializada em coberturas temporárias e eficazes contra chuvas moderadas, que seria suficiente para garantir o 
sucesso do evento. Essa empresa permaneceria de sobreaviso e, próximo à data do evento, seria acionada para montagem da estrutura, caso houvesse uma alta probabilidade de 
chuva no período. 
Exemplo 2: Para um projeto de desenvolvimento de um novo produto de uma indústria química foi identificado um risco de uma empresa importadora não conseguir entregar a 
quantidade suficiente de um componente químico importado e específico, considerado como matéria-prima base para a produção na escala desejada. O plano de contingência 
adotado foi evitar que o evento ocorra, cadastrando e homologando um fornecedor local de um componente nacional e compatível, com perdas aceitáveis no padrão de qualidade 
exigido pela companhia. Dessa forma, haveria como garantir o fornecimento contínuo do componente substituto caso o importador não conseguisse atender à demanda. 
O plano de backup 
Imagine agora uma situação crítica: o que aconteceria se o plano de contingência não funcionasse de acordo com o planejado? Temos que lembrar que nesse momento do projeto 
estamos lidando com eventos incertos que muito provavelmente causarão impactos consideráveis no seu projeto. De acordo com Kerzner (2009), caso o plano de contingência não 
funcione conforme desejado devemos ter um plano alternativo caso este venha a falhar. A este plano chamamos de plano de backup . 
Seria algo como o plano ‘A’, ou o planejamento original da atividade (ou um conjunto delas), que precisou de um plano ‘B’, ou o de contingência para garantir que obtivéssemos 
sucesso e, em caso de falha deste, fosse necessário ainda utilizarmos o plano ‘C’ para que aumentássemos ainda mais a chance de sucesso não só das atividades, mas de uma forma 
contínua e iterativa, o sucesso do projeto como um todo. 
Caso o plano de backup deva ser colocado em prática, a responsabilidade por fazê-lo continua sendo do proprietário do risco, que observou o gatilho relacionado ao evento incerto, 
colocou em execução o plano de contingência correspondente, mensurou sua eficácia e, como não obteve o resultado esperado lançou mão do plano de backup previamente 
elaborado e aprovado pelo time do projeto. Em alguns casos, conforme comentado anteriormente, essa função pode ser desempenhada pelo proprietário das ações dos riscos, que 
irá executar o plano backup e reportar ao proprietário do risco os efeitos decorrentes de tal ação. 
Compreenda que o ‘gatilho’ nesse caso seria a constatação de que os resultados obtidos pela execução do plano de contingência não surtiram os efeitos desejados e, previamente, 
planejados. O plano de backup deve ser elaborado de uma maneira bem similar ao plano de contingência, inclusive observando-se os quesitos de I a V descritos anteriormente. Para 
uma melhor compreensão, vamos tomar os exemplos dos planos de contingência descritos anteriormente e avaliar como seriam elaborados os planos backup de cada um como 
resposta aos riscos: 
Exemplo 1 : Imagine que no dia do evento as coberturas temporárias para chuvas moderadas já tivessem sido instaladas pela empresa contratada, pois as probabilidades de chuvas 
no dia do evento eram muito altas. Porém, horas antes do início do evento, fortes chuvas e ventos comprometessem inclusive as estruturas previamente montadas para acomodaros convidados, impossibilitando a cerimônia ao ar livre. Como o plano de contingência falhou, o plano backup seria acionado e a cerimônia aconteceria em um salão previamente 
reservado, abrindo mão nesse caso das atrações externas. Houve mudanças em relação ao plano original, porém sem comprometer o objetivo principal do projeto que era a 
cerimônia de premiação dos pesquisadores acadêmicos. 
Exemplo 2: Imagine agora a situação em que o importador não consiga atender à demanda do componente importado específico e o fornecedor do produto substituto compatível 
também sinalize que não poderá efetuar as entregas dos lotes adquiridos do componente nacional. O plano de contingência – dessa vez com um impacto absorvível de qualidade do 
produto – falhou e um plano de backup deverá ser posto em ação. Para tanto, a equipe do projeto considerou o cadastro e homologação de um segundo fornecedor local do 
componente substituto. Mesmo os preços do segundo fornecedor sendo mais altos, os objetivos do projeto foram alcançados e o impacto de custos foi absorvido no projeto, após os 
estudos de viabilidade demonstrar que essa seria uma saída alternativa. 
Note que, em ambos os casos houve impacto de custos após a implantação dos planos de respostas aos riscos (levando em consideração também o impacto na qualidade, pois não 
houve atrações externas no primeiro caso e perda absorvível de qualidade no novo produto químico). Segundo Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009), os custos das alternativas de 
respostas devem ser calculados e registrados com antecedência, ou seja, ainda na fase de planejamento do projeto e da gestão de riscos. Nos exemplos citados, tanto a reserva e 
utilização do salão como pagar mais caro por lotes de matéria-prima do componente químico substituto gerariam custos que não estavam previstos no orçamento original do 
projeto. 
Para que seja possível implantar os planos de respostas – tanto o plano de contingência como o plano backup – e por em prática as ações pertinentes a cada um deles que possam 
gerar custos, devemos fazer uso da reserva de contingência, ou seja, um montante a ser acrescentado no orçamento original. Existem algumas formas de cálculo dessa reserva, 
porém a mais recomendável segundo Mulcahy (2010) é a que é determinada de acordo com o grau de riscos do projeto. Dessa maneira, quanto mais complexo e longo for o projeto, 
maiores serão os riscos e suas complexidades, aumentado o montante da reserva de contingência. 
Devemos lembrar ainda que a reserva de contingência é um montante que deverá ser utilizado em caso de implantação de um plano de contingência ou de backup e que, após a 
utilização deste recurso, o Gerente de Projetos e sua equipe deverão prestar contas do dinheiro utilizado aos investidores. Caso nem todos os planos de respostas sejam 
implantados, por conta de alguns eventos incertos não terem se manifestado, esta reserva deverá ser parcial e, proporcionalmente, devolvida aos patrocinadores do projeto. 
Cuidado com os planos de contingência e de backup. Eles podem gerar impactos maiores que os próprios riscos. Pode até parecer estranho, porém 
alguns gerentes de projetos ou mesmo o próprio time de trabalho podem criar planos de respostas que podem gerar impactos financeiros – ou até 
mesmo impactos nos prazos – maiores do que os riscos (ameaças) originais. É necessário que o gerente de projetos tome alguns procedimentos para 
garantir que este erro crasso não seja cometido no seu projeto. 
Fonte: Kerzner (2009). 
Segundo Mulcahy (2010), uma das boas práticas de gestão de riscos é registrar os eventos, suas características e toda e qualquer informação pertinente que venha a auxiliar na 
gestão e tratamento dos eventos incertos. Portanto, os registros dos planos de contingência e de backup são também elegíveis a fazerem parte do registro de riscos do projeto. Na 
figura 3, podemos observar a inclusão destas informações, complementando os registros iniciais da gestão de riscos do projeto: 
Figura 3 – Modelo de Registro de Riscos com planos de contingência e de backup acoplados 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010, p. 219). 
Note que neste momento de registro de riscos, a coluna de ‘provável resposta ao risco’ foi complementada pelas colunas de ‘plano de contingência’ e de ‘plano de backup ’, que são 
efetivamente as colunas nas quais se deverão detalhar os planos de tratamento do evento incerto com as informações necessárias para esse fim. 
Este modelo poderá tanto ser usado no mapeamento e planejamento dos planos de respostas aos riscos quanto durante as reuniões de andamento e status do projeto com a alta 
administração da companhia. De acordo com Dinsmore e Cooke-Davies (2006), os registros dos riscos deverão se tornar um pequeno banco de dados com informações sobre os 
eventuais riscos inerentes ao projeto, que deverá ser alterado e atualizado sempre que houver mudanças significativas. Novos riscos deverão ser adicionados, analisados e tratados 
como em um processo contínuo até a realização completa do projeto. 
Perceba ainda que para os planos de contingência e de backup os gatilhos deverão ser identificados e monitorados, pois estes alertas servirão como indicadores de que os devidos 
planos deverão ser postos em ação. Podemos identificar os gatilhos que estavam sendo monitorados observando os exemplos 1 e 2 em ‘O plano de backup’. No exemplo 1, o gatilho 
do plano de backup seria a incidência de fortes chuvas e ventos, comprometendo a realização do evento nas áreas externas e no exemplo 2 seria o fornecedor homologado pelo 
plano de contingência sinalizar que não poderia cumprir como os acordos de entregas da matéria-prima necessária para o projeto. Nos dois casos, como já vimos, os planos de 
backup (ou planos ‘C’) tiveram de ser implantados, pois os respectivos planos de contingência (planos ‘B’) fatalmente falharam. 
Segundo Greene e Stellman (2010), a gestão de riscos em projetos requer, principalmente em projetos mais complexos, um plano meticuloso e detalhado, às vezes até 
contemplando a redundância da contingência como respostas aos eventos incertos, para que as ameaças sejam tratadas e as oportunidades elevadas, e o seu projeto se aproxime 
mais da possibilidade de ser implantado com sucesso. 
As boas práticas de gestão riscos sugerem que haja um planejamento prévio e um plano de ação elaborado e associado a cada um dos eventos 
incertos que necessitem de solução durante o ciclo de vida do projeto. Você poderia se imaginar como gerente de projetos de um projeto no qual não 
houvesse preocupação nenhuma com mapeamento de riscos e cada evento – por menor que fosse – se apresentasse como uma surpresa pronta para 
ser trabalhada, e ainda de maneira bem recorrente? 
Fonte: o autor. 
Chegamos ao final do nosso estudo preliminar sobre os planos de respostas aos riscos em projetos. Ao final deste estudo podemos observar que a elaboração dos planos de 
contingência e de backup é uma tarefa nada fácil e que se faz necessário o auxílio de especialistas, muitas vezes da área da companhia pertinente aos eventos incertos, para que a 
eficácia dos planos seja satisfatória. Aliado a estas práticas, o registro constante dos riscos e a manutenção da informação se mostra crucial para uma gestão de riscos a qual venha 
agregar valor aos resultados do projeto. 
Espero que tenham aproveitado os assuntos abordados, além de terem aproveitado os exercícios de fixação. Nossa recomendação é que você tome por hábito a pesquisa sobre o 
tema para que possa enriquecer o seu conhecimento e buscar cada vez mais a aplicabilidade em projetos reais. Desejamos que este conteúdo possa ter contribuído com os seus 
estudos. 
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ATIVIDADES 
1. A estratégia de tratamento de riscos que geralmente reduz as chances ou o impacto de um evento incerto sem que os objetivos do projeto sejam alterados, é chamada de: 
a) Evitar 
b) Aceitar 
c) Mitigar 
d) Explorar 
e) Transferir 
2. Eventos futuros que podem prover efeitos positivos e valores agregados aos resultados do projeto quando bem tratados são chamados de: 
a) Riscos favoráveis 
b) Elementos surpresas 
c) Relações risco-benefício 
d) Oportunidades 
e) Contingências 
3. Qual das seguintes alternativas melhor descreve a estratégia de evitar os eventos incertos durante o planejamento de respostas aos riscos? 
a) Reduzir as chances de o evento ocorrer. 
b) Delegar as responsabilidades para um terceiro. 
c) Eliminar a ameaça atuando na sua causa raiz. 
d) Não tomar nenhuma ação proativa e registrar o ocorrido. 
e) Compartilhar o ocorrido com o maior número de stakeholders quanto possível. 
4. Você, que é o gerente de projetos de uma empresa, está analisando junto à sua equipe alguns riscos que ocorreram por conta das respostas de outros riscos do projeto. Estamos 
falando de qual tipo de riscos? 
a) Riscos identificados e mapeados 
b) Riscos secundários 
c) Riscos complementares 
d) Riscos residuais 
e) Riscos cumulativos 
5 . Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas sentenças a respeito dos riscos residuais e secundários nos projetos: 
( )Riscos residuais são aqueles que permanecem mesmo após estratégias aplicadas segundo o plano de respostas aos riscos. 
( )Riscos residuais são aqueles causados após uma estratégia de resposta a um risco primário ter sido implantada. 
( )Riscos secundários são aqueles que permanecem mesmo após estratégias aplicadas segundo o plano de respostas aos riscos. 
( )Riscos secundários são aqueles que a equipe decidiu por aceitar passivamente, uma vez que seus impactos eram insignificantes aos resultados esperados do projeto. 
a) F, F, V, V 
b) V, V, F, F 
c) V, F, V, F 
d) V, F, F, F 
e) F, F, V, F 
6 . Você (gerente do projeto) e sua equipe e mais alguns stakeholders estão discutindo sobre os riscos de uma lista recém-revisada, quando percebem e identificam alguns riscos 
considerados residuais dentre outros na lista. O que seria mais recomendado que vocês fizessem com estes riscos residuais? 
a) Absolutamente nada. São riscos que a própria equipe decidiu por aceitá-los passivamente. 
b) Implantar os planos de contingência ou de backup, caso os riscos ocorram. 
c) Deixar estes riscos em uma lista de espera. 
d) Como eles foram gerados por meio de um risco primário, tratá-los com baixa prioridade. 
e) Reunir-se com mais stakeholders e solicitar a opinião deles. 
7 . Associe cada sentença com seu respectivo significado, a seguir: 
I. Proprietário do risco 
II. Riscos secundários 
III. Proprietário das ações sobre os riscos 
IV. Gatilhos 
V. Riscos residuais 
( )Alertas ou sinais que demonstram que o risco está prestes a ocorrer ou que acabou de ocorrer. 
( )Riscos que são gerados por meio da implantação de uma resposta a um outro risco. 
( )Pessoa designada pelo proprietário do risco para implantar soluções e respostas pré-aprovadas aos riscos. 
( )Riscos que permanecem mesmo após mudanças terem sido feitas no plano original do projeto. 
( )O stakeholder designado pelo Gerente de Projetos que deverá monitorar os alertas e possíveis sinais de que o risco está prestes a acontecer ou que acabou de acontecer e 
tomar as devidas ações previamente planejadas. 
Assinale a alternativa correta. 
I. I – II – III – IV – V. 
II. II – I – IV – III – V. 
III. IV – II – III – V – I. 
IV. III – II – I – V – IV. 
V. V – III – I – IV – II. 
8. Qual das alternativas, a seguir, NÃO deveria fazer parte do registro de riscos? 
a) Matriz de probabilidade e impacto 
b) Causas raiz 
c) Potencial proprietário do risco 
d) Gatilhos 
e) Categoria do risco 
9. O gatilho de um risco pode ser interpretado como: 
a) Um evento incerto que ainda não ocorreu. 
b) Documentação exclusiva para o proprietário do risco reportar os resultados ao Gerente de Projetos. 
c) Um alerta ou sinal prévio indicando que um risco ocorreu recentemente ou que está prestes a ocorrer. 
d) Um esboço do planejamento de riscos indicando quando e o que fazer caso um risco mapeado ocorra. 
e) Um aviso de que o proprietário de um risco recém reportou os resultados obtidos ao Gerente de Projetos, após a implantação de uma resposta previamente aprovada para um 
risco. 
10. O plano de contingência se difere do plano de backup, pois o plano de backup: 
a) É posto em ação depois do plano de contingência. 
b) Pode ser criado antes do plano de contingência. 
c) Pode requerer aprovação da alta administração, ao passo que o plano de contingência já é previamente aprovado. 
d) É gerenciado pelo Gerente de Projetos enquanto que o plano de contingência é gerenciado pelo proprietário do risco. 
e) É de responsabilidade do proprietário do risco e o plano de contingência é de responsabilidade do proprietário das ações sobre os riscos. 
11. Durante a execução de um projeto um risco que havia sido identificado de fato ocorreu e o plano de contingência foi acionado. Quais das seguintes ações o gerente de projetos 
deveria fazer enquanto o proprietário do risco coloca em ação o plano de contingência? 
a) Fazer a análise qualitativa do risco. 
b) Criar o plano de backup. 
c) Auxiliar o proprietário do risco. 
d) Verificar se o plano de contingência é adequado e, caso não seja, ajustá-lo adequadamente. 
e) Levar ao conhecimento da alta administração sobre o gatilho que disparou o plano de contingência. 
12. Um risco (ameaça) previamente identificado e mapeado ocorreu em um projeto, porém, o gerente de projetos deste projeto não pôde ser localizado. Qual seria a melhor das 
alternativas a ser colocada em prática nesse caso? 
a) Solicitaria auxílio da alta administração da empresa. 
b) Tentaria improvisar uma medida paliativa até que o gerente de projetos fosse encontrado. 
c) Implantaria o plano de contingência. 
d) Implantaria um plano de contingência que foi utilizado em um projeto similar, e prepararia um relatório completo sobre os resultados para quando o gerente de projetos fosse 
localizado. 
e) Acionaria o time do projeto para discutir sobre uma possível solução. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao final desta unidade, compreendemos o quão é importante termos o discernimento de que eventos incertos em projetos podem se apresentar tanto na forma de ameaças como 
de oportunidades. Para tanto, torna-se altamente recomendável que você monitore durante o ciclo do projeto não só os eventos incertos com impactos negativos e domine as 
técnicas e ferramentas utilizadas para tratá-los, como também poder identificar e fazer acontecer os eventos com impactos positivos, muitas vezes benéficos aos resultados do 
projeto. 
Vimos que, ao se deparar com as ameaças do projeto devemos ter o discernimento correto para identificar e aplicar de maneira eficaz qual a estratégia de tratamento mais 
adequada. Teremos que decidir se atuaremos na sua origem e evitaremos que a ameaça ocorra, se poderemos atuar na redução da chance do evento ocorrer ou somente no impacto 
após ter ocorrido ou ainda se iremos transferir este risco de maneira que o conjunto de atividades de alto risco possa ser executado por profissionais mais qualificados para tal 
tarefa. Da mesma maneira, percebemos que as estratégias de tratamento de oportunidades, depois de aplicadas, devem elevá-las às condições necessárias para que ocorram etragam ótimos resultados aos objetivos do projeto. 
Aprendemos ainda que os riscos residuais são aqueles que permanecem mesmo depois de os planos do projeto terem sido alterados por meio das análises prévias e que carecem de 
um plano de resposta adequado para que não comprometam os resultados do projeto. Vimos ainda que, mesmo depois de implantarmos um plano de contingência (ou o plano ‘B’) 
como resposta a um evento incerto, outros riscos podem ser gerados e necessitam de ser tratados com a mesma eficácia. A estes chamamos de riscos secundários. 
Estudamos também a importância de um ‘ator’ importante na gestão de riscos, o proprietário do risco, que deverá monitorar os eventos do projeto e perceber se o gatilho (ou sinal 
de alerta) se manifestou e demonstra que o risco está na iminência de acontecer ou se já aconteceu. Para tanto, deverá executar o plano de contingência previamente elaborado e, 
caso não tenha obtido sucesso, aplicar o plano de backup (ou plano ‘C’) para garantir a eficácia das estratégias de tratamento de riscos, minimizando ao máximo os danos no projeto. 
Você também deve ter percebido a importância da utilização e atualização dos registros dos riscos, repositório responsável por dar visibilidade e controle sobre os riscos 
identificados e mapeados, de forma que possam ser tratados de maneira adequada pelo time do projeto, sem que haja muitas possibilidades de perda ou de comprometimento das 
informações manipuladas sobre os eventos incertos do projeto. 
De posse destas e de outras técnicas, ferramentas e boas práticas de gestão de riscos, além de muita dedicação ao planejamento adequado e ao controle na execução dos planos 
elaborados, tenha certeza de que você contribuirá e muito para que os resultados dos projetos estejam o mais próximo e fiel possível aos objetivos previamente traçados. 
Uma ótima jornada a todos. 
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Material Complementar 
Na Web 
O especialista brasileiro em gerenciamento de projetos Ricardo Vargas apresenta um podcast de 
dezembro de 2007 explicando as mais variadas respostas que podem ser dadas aos riscos em 
projetos, visando reduzir ao máximo os impactos negativos do projeto, bem como alavancar os seus 
resultados favoráveis. Baixe o arquivo e ouça-o (necessário recursos de áudio, caixas de som 
multimídia ou fone de ouvido no computador ou tablet) 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
DINSMORE, P. C.; CABANIS-BREWIN, J. AMA manual de gerenciamento de projetos . Rio de Janeiro: Brasport, 2009. 
DINSMORE, Paul C.; COOKE-DAVIES, Terence J. The right projects done right !.01.ed. JosseyBass, 2006. 
GREENE, J.; STELLMAN, A. Use a Cabeça, PMP !. 02. ed. Rio de Janeiro, editora Alta Books, 2010. 
KERZNER, H. Project Management: A systems approach to planning, scheduling and controlling. 10. ed. New York: John Wiley & Sons Inc., 2009. p. 753-788. 
MAXIMIANO, A. C. A. Administração de Projetos : como transformar ideias em resultados. 05. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
MULCAHY, R. Risk Management: Tricks of the Trade for Project Managers and PMI-RMP Exam Prep Guide. 02. ed. RMC Publications, Inc. 2010. 
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). A guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide) . Fifth Edition. Newtown Square, 2013. 
SBRAGIO, R. Engenharia Econômica e Análise de Riscos. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2009. 
SECRETARIA de Estado da Defesa Civil, Governo de Santa Catarina. Disponível em: http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php/gestao-de-risco-2013/plano-de-contigencia- 
2013.html . Acesso em: 12 jul. 2016. 
SILVA, L. F. C. P. Gestão de riscos em tecnologia da informação como fator crítico de sucesso na gestão da segurança da informação dos órgãos da administração pública federal: 
estudo de caso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/7473 . Acesso em: 12 jul. 2016. 
VARGAS, R. V. FIVE minutes podcast . Disponível em: http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/ . Acesso em: 12 jul. 2016. 
VARGAS, R. V. Manual prático do plano de projeto utilizando o PMBOK Guide . 3. ed., Rio de Janeiro, Editora Brasport, 2007. 
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APROFUNDANDO 
GESTÃO DE RISCOS DE UM PROJETO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA A 
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT – DE BRASÍLIA DISTRITO 
FEDERAL 
Em 2010 foi feito um estudo de caso sobre a Gestão de Riscos aplicada a um projeto de Segurança da Informação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Distrito Federal. 
O intuito principal, ou a hipótese apresentada por Silva (2010), era de demonstrar a eficácia da aplicabilidade das boas práticas de Gestão de Riscos associada aos preceitos da 
Segurança da Informação em sistemas de Tecnologia da Informação para a companhia. 
Segundo Silva (2010), um dos processos que contribuiu significativamente para corroborar com a hipótese levantada foi o processo de tratamento dos riscos, no qual se estabelecia 
ações específicas acerca dos eventos incertos que haviam sido mapeados previamente. Estas ações específicas se traduziam nos planos de contingência e de backup para o devido 
tratamento e aplicação das estratégias de respostas aos riscos relacionados à Segurança da Informação dos sistemas correntes da companhia. 
De acordo com Silva (2010), foi feita uma comparação entre dois projetos distintos, porém da mesma natureza, ou seja, implantação da Segurança da Informação em sistemas de TI. 
Dentre os projetos, apenas um contemplava as boas práticas de gestão de riscos em projetos associadas aos elementos de Segurança da Informação e suas possíveis ameaças e 
vulnerabilidades. Silva (2010) afirma que as hipóteses iniciais foram confirmadas, pois se admitiu a proposição de que a Segurança da Informação aplicada a sistemas de Tecnologia 
da Informação é mais eficiente e eficaz quando adotada a Gestão de Riscos em projetos desta natureza. 
O ponto mais significativo gerado pela inserção da Gestão de Riscos neste tipo de projeto foi a mudança de paradigma gerada nos principais stakeholders do projeto, os quais 
mudaram seus conceitos com relação ao grau de tolerância aos eventos incertos.Ao serem submetidos aos processos de análise de probabilidade e impacto das possíveis ameaças e 
vulnerabilidades, bem com o devido tratamento das oportunidades a serem exploradas no projeto, estes stakeholders obtiveram o aprimoramento de seus conceitos não só à 
tolerância aos graus de riscos como também a devida importância à elaboração dos planos de respostas aos eventos incertos previamente identificados e mapeados, 
proporcionando benefícios inúmeros nos resultados esperados ao término do projeto. 
Fonte: Silva (2010, on-line). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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Unidade 3 Página inicial 
EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; SAMPAIO , Paulo. 
Gestão de Riscos em Projetos. Paulo Sampaio. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
51 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Projetos. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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Unidade 4 Página inicial 
MONITORAMENTO, 
CONTROLE E GOVERNANÇA 
DE RISCOS 
Professor (a) : 
Me. Paulo Sampaio 
Objetivos de aprendizagem 
• Levar ao conhecimento do(a) aluno(a) sobre a importância do estabelecimento de métricas e indicadores para auxiliar no diagnóstico de execuçãodos planos de respostas aos 
riscos. 
• Compreender as necessidades de se estar em conformidade com os planos de gestão dos riscos durante os processos de execução do projeto. 
• Identificar as melhores técnicas para se tomar as devidas decisões e implantar as ações corretivas para trazer o projeto ao seu curso natural. 
• Reconhecer as melhores políticas, procedimentos, padrões e boas práticas de gestão de riscos a serem implantadas nas organizações. 
• Compreender a importância da instauração de auditoria de riscos no intuito de buscar a melhoria contínua nos processos de gestão de riscos dos projetos. 
• Entender a importância do estabelecimento da governança de riscos, incentivando uma cultura de gestão de riscos nas companhias. 
• Reconhecer e compreender os benefícios providos pelo uso de uma base de dados histórica de riscos, proveniente das lições aprendidas sobre os riscos nos projetos das 
organizações. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Garantia da conformidade e métricas 
• Tomada de ações corretivas e avaliação da efetividade 
• Padrões, procedimentos, políticas e boas práticas 
• Auditorias, lições aprendidas e comprometimento dos stakeholders 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), nosso estudo baseia-se nas abordagens sobre as boas práticas, técnicas e ferramentas aplicadas à gestão de riscos em projetos, independentemente da sua 
natureza ou origem. Na verdade não importa qual seja o projeto, se simples ou complexo, breve ou extenso, sempre haverá riscos associados que poderão representar alguma 
condição indesejada ou inesperada e que serão passíveis de gerenciamento para que seu projeto obtenha o sucesso desejado e apresente os resultados esperados. 
Primeiramente, abordaremos a efetividade dos planos de respostas aos riscos previamente elaborados para cada risco identificado no projeto. Observaremos ainda as implicações 
e impacto da implantação destes planos de ação, buscando sempre gerenciar e controlar o progresso do plano de riscos. Estudaremos a elaboração e aplicação de métricas 
apropriadas que irão nos auxiliar a identificar se o planejamento de riscos está sendo executado de acordo com o que foi planejado e se está em conformidade com os planos iniciais 
do projeto. Estudaremos como fazer o uso correto das reservas de prazo e de custo que são utilizadas como reservas de contingência no caso da ocorrência do risco já mapeado, 
analisado e com seu devido plano de resposta desenvolvido. 
Em seguida, compreenderemos como os processos de medição do status do projeto podem nos auxiliar na aplicação das ações corretivas e/ou alternativas de solução, quando 
aplicáveis, com o intuito de trazer o projeto de volta ao seu curso original. Estudaremos o emprego da análise de valor agregado em projetos, uma ferramenta prática que pode nos 
auxiliar a reavaliar os planos de respostas aos riscos desenvolvidos previamente. Poderemos ainda observar que nem todo risco pode se mapeado durante a fase de planejamento. 
Para estes riscos que certamente surgirão ao longo do desenvolvimento do projeto teremos que – após analisar a intensidade do impacto que poderão causar – criar novos planos 
de respostas a estes riscos. 
Prosseguindo, abordaremos quais seriam as melhores políticas, procedimentos, padrões e boas práticas relativas à gestão de riscos em projetos que deveriam ser implantadas nas 
organizações que desenvolvem projetos frequentemente. Veremos que, uma vez que o plano de gestão de riscos esteja desenvolvido, não significa que ele não deva ser revisitado e 
reavaliado. 
Compreenderemos que o plano do projeto não pode ser ‘engavetado’ depois de pronto, temos que encará-lo como um documento vivo com processos que precisam ser revisados 
constantemente para, inclusive, aumentarmos as chances de que o plano seja implantado de maneira correta e eficaz. Analisaremos o grau de tolerância de riscos por parte dos 
stakeholders do projeto e da companhia como um todo. 
Por fim, avaliaremos a importância do estabelecimento de auditorias periódicas nos processos de gestão dos riscos, bem como entender a necessidade de processos 
comunicacionais eficazes ao longo do ciclo de vida e os benefícios propostos pela implantação de uma governança de riscos. Estudaremos como a utilização das informações 
provenientes das lições aprendidas registradas a partir de experiências obtidas dos processos de gestão de riscos pode fazer grande diferença em projetos posteriores nas 
organizações. 
Bem, tenho plena certeza de que sua curiosidade já foi despertada. Então, vamos juntos embarcar nessa jornada que está pra lá de motivadora. 
Avançar 
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Unidade 4 Página inicial 
GARANTIA DA CONFORMIDADE E MÉTRICAS 
Olá! Seja bem-vindo (a) aos nossos estudos sobre gestão de riscos em projetos, mais especificamente sobre o controle e monitoramento de riscos, dando ênfase nas boas práticas 
de estabelecimento de métricas e da garantia de estar em conformidade com o planejamento original e inicial. Espero que você aproveitemuito o conteúdo que aqui será abordado. 
Os processos de controle e monitoramento de riscos requerem não só a aplicabilidade do plano de respostas aos riscos, a observação das suas implicações e o gerenciamento do 
progresso do plano de riscos previamente elaborado, mas também o estabelecimento e aplicação de métricas para garantir que o plano de riscos seja executado de acordo com o 
que foi planejado. É a partir destes processos que será possível a identificação da eficácia do plano de riscos, se estes planos estariam sendo executados em conformidade com o 
planejamento prévio pela equipe de projetos. É por meio do controle e monitoramento de riscos que você perceberá se os planos foram bem elaborados ou se precisam de ajustes 
para se tornar eficazes. 
Aplicação dos planos de respostas aos riscos e a garantia da conformidade 
Nessa fase do projeto é que poderemos realmente perceber o quanto o planejamento elaborado terá um real efeito positivo (ou não) sobre os riscos identificados e tratados pela 
equipe do projeto. De acordo com Dinsmore e Cabanis-Brewen (2009), existe uma grande necessidade em atender a todos os riscos identificados na fase ainda de planejamento, 
pois somente assim será possível responder a novos riscos e desenvolver novas respostas, durante todo o ciclo de vida do projeto. 
Isso porque a gestão de riscos se apresenta como um processo cíclico, ou seja, não deveria ser feito apenas uma vez no projeto. Se você e sua equipe elaborarem um excelente plano 
de gestão de riscos ainda na fase de planejamento do projeto e, estando pronto este plano, encerrar as atividades de monitoramento de novos riscos e engavetar seu plano para uso 
somente caso aconteçam os eventos ali mapeados, estará perdendo inúmeras chances de identificação e tratamento de novos riscos que certamente ocorrerão durante o 
desenvolvimento do projeto. Todos os seus esforços até então terão resultados parcialmente satisfatórios e seu projeto estará inevitavelmente ameaçado. 
Segundo Dinsmore e Cabanis-Brewen (2009), a etapa de monitoramento e controle requer atenção exclusiva às aplicações dos planos de respostas previamente elaborados aos 
riscos mapeados, assim como a observação de novos eventos incertos que aparecerão regularmente no projeto. É muito importante estabelecer um processo robusto de 
comunicação em diferentes níveis para os diferentes stakeholders por meio da produção de modelos de relatórios de riscos continuamente elaborados e revisados pela equipe do 
projeto. Afinal, o propósito maior seria gerenciar efetivamente os eventos incertos que, muito provavelmente, envolveria não só a equipe direta do projeto assim como outros 
stakeholders de outras áreas e departamentos da companhia. 
Nesse ínterim, uma boa prática que se faz comum nos processos de monitoramento e controle de projetos é o estabelecimento de reuniões de avaliação periódicas – também 
chamadas de reuniões de andamento, reuniões executivas ou de apresentação de status do projeto – para que sejam revisados os pontos de controle e para que seja atualizado o 
registro de riscos (repositório único e acumulativo de registro dos eventos incertos do projeto, de responsabilidade de controle pelo gerente de projetos). A revisão do registro de 
riscos faz parte do processo de controle dos riscos, pois aumenta as chances de avaliação da implantação dos planos de respostas, bem como auxilia nos processos de identificação 
de novos riscos. As reuniões de andamento. 
A exposição aos riscos varia constantemente seja por fatores internos e/ou externos, por ações – ou inações – dos diferentes stakeholders, incluindo fornecedores, colaboradores e 
até mesmo os patrocinadores e maiores interessados nos resultados do projeto. Portanto, o monitoramento constante sobre novos eventos é uma boa prática que permite 
identificar tanto novas ameaças quanto oportunidades ao longo de todo o ciclo de vida do projeto. Para os processos de gestão de riscos, permanecer inerte e reativo significa 
“andar para trás”. 
A maioria dos gerentes de projetos sabe que devem permanecer em constante observação sobre as atividades que pertencem ao caminho crítico do 
projeto, ou seja, aquelas atividades que se sofrerem atraso poderão comprometer a data final de entrega do projeto. Dessa forma, seria também 
interessante determinarem no conjunto de atividades que compõem o escopo aquelas que representariam um novo ‘caminho crítico’, mas dessa vez 
com os riscos que tivessem os maiores níveis de ‘risk score’ (maior chance de acontecer com o maior impacto aos resultados esperados). Isso não 
significaria que os eventos incertos ocorreriam em sequência como as atividades do caminho crítico e sim que o caminho das atividades com os 
maiores ‘risk score’ deveriam ser gerenciado tão de perto quanto as do caminho crítico. Fonte: Mulcahy (2010). 
A garantia da conformidade na gestão de riscos, segundo Greene e Stellman (2010), pode ser compreendida como o atendimento pleno durante a execução de um plano de resposta 
a um evento incerto que tenha ocorrido, eliminando os impactos negativos produzidos por ele ou, na pior das hipóteses, deixando-o gerenciável. A simples análise dos resultados 
após a implantação da resposta ao risco pode prover esse grau de informação. 
O estabelecimento de métricas também pode ser uma boa prática para identificar o atendimento à conformidade dos processos de gestão de riscos. Podemos tomar como exemplo 
a comparação que pode ser feita entre o real desempenho do projeto com o planejado, por se tratar de uma forma de dizer se um ou mais riscos já aconteceram ou têm grandes 
chances de acontecer. Se você por acaso descobrir que está acima do orçamento planejado para uma data específica de medição, um risco que você não previu pode estar surgindo. 
De acordo com Greene e Stellman (2010), procurar por tendências e/ou padrões nas variações de prazos e custos durante o desenvolvimento do projeto pode muitas vezes indicar 
que riscos aconteceram antes que você pudesse tê-los mapeados com antecedência. De qualquer forma, esta seria uma ação proativa e o isentaria de ser um gerente de projetos e 
riscos que age de forma sempre reativa a problemas inerentes a todo e qualquer projeto de qualquer natureza. 
Fatores que podem influenciar na eficácia da gestão de riscos do projeto 
Segundo Dinsmore e Cabanis-Brewen (2009), existem algumas questões que precisam ser consideradas para que a gestão de riscos esteja mais próxima de ser eficaz. O principal 
deles seria o fato de que o gerenciamento de riscos (e mesmo outros planos do projeto) é feito e executado por pessoas. Pode parecer óbvio, mas deve ser relevado o fato de que 
introduzir o fator humano no quadro requer gerenciamento proativo, pois as atitudes (ou a falta delas) das pessoas exercem influências significativas sobre os processos do risco, 
que deve ser reconhecido e gerenciado. 
A situação pode ainda ser agravada quando há conflitos de interesses múltiplos nos resultados dos objetivos traçados, comprometendo ainda mais o panorama de riscos do projeto. 
Outro fator que tem influência significativa é a cultura da organização patrocinadora do projeto, também conhecido pelos ativos de processos organizacionais ou ainda o ‘ modus 
operandi ’ característico da companhia. A falta de respaldo da alta administração que pode não dar a devida credibilidade aos processos de gestão de riscos, que considera a alocação 
de recursos para tratamento dos riscos como desperdício ou que considera a existência de uma ameaça como um sinal de fraqueza, além de outras condutas similares, pode ser 
determinante no sucesso ou não da gestão de riscos, aproximando ou afastando os resultados dos processos da eficácia desejada. 
Mais um fator que pode ter influências (positivas ou negativas) é a existência (ou não) de uma infraestrutura apropriada que dê suporte aos processos de gestão de riscos na 
companhia. As ferramentas de software adequadas, a capacitação dos colaboradores, elaboraçãode modelos, contratação de serviços especializados etc. exercem uma papel 
fundamental na eficácia da gestão de riscos. Estes recursos aliados à integração de outros elementos de gestão do projeto contribuem e muito para os fatores de sucesso do 
gerenciamento de riscos nos projetos 
A intenção de observar estes fatores é a de identificar, buscar e promover nas organizações a maturidade necessária para uma gestão de riscos eficaz. Dinsmore e Cabanis-Brewen 
(2009) nos alerta que o desenvolvimento de uma cultura de gestão de riscos nas empresas sugere pró-atividade e eficácia nos processos de tratamento dos eventos incertos, 
proporcionando pessoas capacitadas que utilizam ferramentas adequadas e apropriadas para lidar com as incertezas nos projetos. A união destes fatores em caráter positivo leva a 
crer que não haveria motivos para que os riscos fossem temidos, muito ao contrário, seriam até bem vistos como uma oportunidade de poder trabalhar e fortalecer as fraquezas e 
de explorar os eventos incertos com impactos positivos, no intuito de beneficiar os resultados esperados. 
Segundo o que nos diz Kerzner (2009), subestimar a complexidade de um projeto e de seu conjunto de incertezas pode ser um erro fatal e irreversível. Por mais simples que possa 
parecer em primeira instância, todo e qualquer projeto é inerente a eventos incertos que podem vir tanto a prejudicar como trazer coisas boas que devem ser aproveitadas a 
qualquer momento . 
Mas isto se torna possível apenas quando incutirmos, além das boas práticas de identificação, análise e tratamento dos riscos, o controle e o monitoramento constante para 
concluirmos se as ações planejadas e implantadas surtiram (ou não) os efeitos esperados ou se necessitam de ajustes para que haja melhoria contínua nos processos de gestão de 
riscos. 
Os benefícios obtidos a partir da utilização de uma abordagem estruturada de gerenciamento de riscos são, segundo Kerzner (2009), evidentes. Proporcionam projetos mais bem 
sucedidos, menor número de surpresas, menos desperdícios e retrabalhos, uma equipe mais motivada, menos amadorismo e empirismo nos processos, mais credibilidade por parte 
da alta administração, eficácia elevada, além de outros tantos. Dessa maneira, para termos uma melhor compreensão, Kerzner (2009) arrisca dizer que o conjunto de processos de 
gestão de riscos está, dentre os elementos da gestão de projetos, como a mais importante área de conhecimento aplicada no gerenciamento de projetos. 
Para que possamos fixar bem quais são os fatores de influência na eficácia da gestão de riscos vamos apresentá-los de forma sintetizada e resumida. 
Gerenciamento de riscos é feito por pessoas e, portanto, tem caráter humano inserido no contexto e exige o gerenciamento proativo de recursos 
humanos. A cultura da organização e seus processos internos influenciam significativamente os resultados da gestão de riscos, principalmente por 
refletir a identidade da empresa nos processos e resultados esperados na gestão dos eventos incertos do projeto. A utilização de uma estrutura e 
ferramental adequado, além da formação e capacitação do pessoal envolvido é outro fator de relevância para a eficácia, pois a falta da abordagem 
estruturada leva a deficiências que levam ao fracasso as tentativas de se fazer uma gestão de riscos com resultados satisfatórios. A união destes 
fatores em caráter positivo sugere que os riscos não deveriam ser temidos, e sim encarados como oportunidades para que a organização pudesse 
lidar com suas fraquezas e forças, tratando as ameaças e aproveitando os eventuais benefícios que possam surgir ao longo do ciclo de vida do 
projeto. Fonte: Dinsmore e Cabanis-Brewin (2009). 
A gestão das reservas de contingência e de gerenciamento 
De acordo com Mulcahy (2010), o gerente de projetos trabalhou muito durante a fase de planejamento para conseguir aprovação da reserva de contingência (reservas de prazos e 
custos para lidar com os riscos conhecidos e mapeados) e da reserva de gerenciamento (reservas geralmente de custos e muitas vezes também de prazos para lidar com os riscos 
desconhecidos, ou aqueles que não foram possíveis de serem mapeados durante o planejamento dos riscos). Mas é na fase de execução, controle e monitoramento do projeto que 
estas reservas devem ser utilizadas, protegidas e na qual o gerente de projetos deve prestar conta do destino de tais reservas. 
Seria natural então que a utilização principalmente da reserva de contingência fosse encarada como uma forma de parametrizar, ou estabelecer métricas, de como e quando foi 
utilizada e primordialmente se ocorreu conforme o planejado. Apesar de não existir como padronizar o uso de reservas de contingência, pois cada projeto é sempre único e 
específico, podemos identificar maneiras de medir a eficácia de seu emprego, simplesmente comparando sua utilização com os resultados esperados determinados durante a fase 
de planejamento. 
Para melhorar nossa compreensão, vamos trabalhar com os seguintes exemplos: 
Exemplo 1: O gerente de projetos durante o processo de verificação de escopo de uma entrega do projeto por um fornecedor identificou um risco de que haveria atrasos, pois o 
escopo não havia sido ainda completado, custando ao projeto vinte mil reais a mais por esse atraso. Esse risco tinha sido previamente mapeado e tratado, desta maneira este 
montante estava disponível nas reservas de contingência o qual foi empregado e mitigou o risco iminente. 
Exemplo 2: Durante o desenvolvimento do projeto, a alta administração da companhia determinou que o projeto devesse ser abreviado em três semanas, em relação ao prazo 
planejado, por questões estratégicas para que a empresa se sobressaísse no mercado. Para tanto, estaria liberando o uso de horas extras ao time do projeto para completá-lo na 
nova data especificada pelos patrocinadores. Essa condição havia sido mapeada e contemplada nas reservas de contingência. Dessa forma, o montante reservado atendeu as 
expectativas dos stakeholders com relação aos resultados esperados. 
Exemplo 3: A alta administração da empresa solicitou uma adição e mudança de escopo no projeto, acrescentando novas funcionalidades no produto final. Nesse caso, como não se 
trata especificamente de um risco, deve ser tratado como uma solicitação de mudança e deve passar por um processo formal de Controle Integrado de Mudanças, que requer novas 
aprovações de prazo e custos frente às novas condições de escopo do projeto. Portanto, não deve utilizar da reserva de contingências para esse fim. 
Exemplo 4: Um novo risco de origem externa ao projeto foi identificado, porém sua probabilidade ainda se apresenta como incerta e os impactos ao projeto não puderam ser 
determinados pela equipe de riscos, principalmente por falta de informação adequada. O risco ocorre e se lança mão da reserva de gerenciamento, uma vez que não estava previsto 
nas reservas de contingência (utilizadas apenas para riscos conhecidos). 
Note que nos exemplos descritos, podemos identificar sem muitas dificuldades o emprego das reservas de contingência e de gerenciamento, e até mesmo quando não devemos 
utilizar das reservas para propósitos inadequados. Essa seria, segundo Mulcahy (2010), uma forma de estabelecer métricas comparativas que viessem a auxiliar na evidência da 
conformidade da execução em relação ao planejamento de riscos. 
O monitoramento e controle das reservas de contingência e gerenciamento é um processo de muita importância. A compreensão dos stakeholders 
sobre os conceitos das reservas também se faz importante e deve ocorrer ainda na fase de planejamento. Essa boa prática auxilia e muito para que as 
reservas não sejam utilizadas de maneira inadequada, como para cobrir adições incontroladas de escopo ou para acobertar ineficiência no 
desempenho das equipes, sendo utilizadas para cobrir gastos com retrabalho nas atividades do projeto. Fonte: o autor. 
Encerramos esta primeira parte com conceitos sobre os processos degarantia da conformidade e do estabelecimento das métricas que possam vir a colaborar com o controle sobre 
o andamento do projeto. Muitas são as ações que contribuem significativamente para a eficácia dos planos de riscos implantados, assim como seu emprego de maneira adequada 
contribuem com a obtenção da maturidade de gestão de riscos na empresa, aumentando as chances de sucesso de seus projetos. 
Espero que você tenha aproveitado o conteúdo abordado, pois há muito mais coisas interessantes por vir. 
TOMADA DE AÇÕES CORRETIVAS E AVALIAÇÃO DA 
EFETIVIDADE 
Olá! Daremos continuidade aos nossos estudos sobre gerenciamento de riscos. Sua dedicação e entusiasmo farão com certeza toda a diferença nessa nossa jornada. 
Neste momento, abordaremos a aplicabilidade, por meio da medição de desempenho, das ações corretivas e/ou soluções alternativas para trazer o projeto de volta ao seu curso 
original, caso algum desvio significativo seja identificado durante as verificações dos processos de monitoramento e controle dos riscos no projeto. 
Mantenha o controle sobre os riscos do projeto 
Os processos de monitoramento e controle dos riscos incluem não só o estabelecimento de métricas e avaliações de desempenho, como também a aplicabilidade de ações 
corretivas para trazer o projeto no curso correto, além de prever a medição dos efeitos surtidos para conhecer se há ou não necessidade de tomar ainda mais medidas corretivas. 
Maximiano (2014) considera importante a elaboração de planos para que o desempenho de execução do projeto seja medido e confrontado com o que foi planejado 
constantemente. Essa seria, segundo o autor, a melhor forma de garantir a avaliação constante dos riscos do projeto. 
Como sugestão, Maximiano (2014) afirma que a medição do desempenho durante a execução do plano de gestão dos riscos deveria analisar, inicialmente, o número de novos riscos 
identificados que não constavam na avaliação de riscos original e o número de soluções de contorno implantadas até o momento presente da avaliação. 
Compreenda como soluções de contorno as ações que devem ser tomadas com relação a novos riscos que poderão surgir no projeto e que não puderam ser identificadas durante o 
processo de identificação dos riscos. Caso o número de riscos identificados durante a execução do projeto seja muito significativa, este seria o momento do time do projeto junto ao 
Gerente de projetos questionarem a eficácia dos processos de identificação e análise dos riscos durante o início do planejamento. 
Como consequência, um número também significativo de soluções de contorno indicaria a falta de planejamento adequado de riscos e provavelmente você teria vários problemas 
para cuidar durante a execução do projeto. 
Contudo, e segundo Maximiano (2014), as soluções de contorno acabam por ter seu valor agregado, pois sem a elaboração e implantação de planos emergentes de tratamento de 
riscos identificados e até então desconhecidos ficaria muito difícil trazer o projeto de volta ao seu curso planejado. Essa prática requer muitas vezes o uso de criatividade e 
maturidade na gestão de riscos em projetos, pois muitas vezes se faz necessário desenvolver soluções imediatas buscando a mesma eficácia proposta nos planos de respostas aos 
riscos que puderam ser planejados com mais tempo e dedicação pelo time de riscos do projeto. 
Os processos de revisão de riscos, por meio de reuniões periódicas de avaliação de desempenho, são uma maneira eficaz de controlar os riscos e gerenciar as mudanças e ajustes 
que se fizerem necessários ao longo do ciclo de vida do projeto. Podem também ser um meio relativamente rápido e eficiente de identificar novos eventos incertos e de dar 
visibilidade acerca do gerenciamento e controle sobre os riscos aos principais stakeholders. 
Segundo Sbragio (2009), as boas práticas de gestão de riscos sugerem que as reuniões de andamento do projeto e de revisão de riscos sejam feitas com a periodicidade de acordo 
com a complexidade do projeto e que deveriam estar pelo menos presentes os proprietários dos riscos (responsáveis por colocarem em práticas os planos de respostas aos riscos), o 
time de projetos – ou time riscos, se houver – e outros stakeholders pertinentes, além do próprio Gerente de Projetos. 
Algumas perguntas norteadoras podem ser utilizadas durante as reuniões de revisão de riscos, por exemplo, quais foram os riscos adicionais encontrados desde a última reunião de 
revisão, quais planos de respostas aos riscos precisam ser revistos e quem poderia ser agregado ao time de riscos que pudesse contribuir com a identificação e avaliação de novos 
riscos. 
Outra prática que pode ser empregada é a utilização de um comitê de riscos, que pode ser formado por stakeholders que não necessariamente fazem parte do time usual de revisão 
de riscos. Membros da alta administração, especialistas de áreas específicas da companhia (finanças, tributário, jurídico etc.), e até outros gerentes de projetos podem contribuir e 
muito nos processos de revisão de riscos com novas perspectivas, principalmente em projetos de alta complexidade. 
Muitos estudos sobre gestão de riscos em projetos indicam que, em média, solucionar os problemas fica entre 75 e 100 vezes mais dispendioso do 
que planejar para preveni-los. Essa informação nos faz refletir sobre quanto tempo e dinheiro estariam disponíveis caso os eventos incertos tenham 
sido propriamente identificados e mapeados durante a fase de planejamento dos riscos. Dessa maneira, o Gerente de Projetos deveriam dedicar seu 
tempo implantando os planos de respostas aos riscos ao invés de criar e implantar soluções de contorno para riscos não previamente identificados. 
Fonte: Vargas (2007). 
O uso da análise de valor agregado como controle de riscos 
A análise de valor agregado é sem dúvida uma poderosa ferramenta de controle e monitoramento aplicada aos projetos e, segundo Mulcahy (2010), há inúmeras vantagens em 
utilizá-la como ferramenta de controle na gestão de riscos. A análise de valor agregado é uma ferramenta utilizada para medir quantitativamente e monitorar o desempenho do 
projeto como um todo durante a execução, sempre em comparação com os valores planejados. Ela mede o quanto de valor tem sido agregado ao projeto e à empresa (em termos de 
trabalho realizado e entregue), porém sempre de olho nos requisitos de desempenho de prazos e custos previamente orçados. 
A análise de valor agregado traz um panorama geral do projeto, proporcionando o conhecimento do status atual do projeto baseado nas métricas de desempenho principalmente de 
prazos e de custos. Note que na 2ª coluna do Quadro 1, que será mostrado a seguir, há valores numéricos provenientes de cálculos pertinentes ao método. 
Note ainda que estes índices de desempenho demonstrados podem auxiliar e muito na gestão de riscos, pois há sempre vários deles relacionados aos prazos das entregas e aos 
custos previstos no orçamento original do projeto. Eles estão relacionados com o quanto se agrega de valor ao projeto, ou seja, integra em um único método de medida de 
desempenho os custos, prazos e escopo do projeto. 
Para melhor compreensão, podemos tomar os seguintes exemplos didáticos, para cada um dos índices de desempenho (custo e prazo): 
• Imagine um projeto de construção de quatro muros ao redor de um terreno quadrado, no qual teremos apenas um recurso construindo os muros e cada lado tendo a duração 
de um dia de trabalho (8 horas) para ser construído ao custo de 1.000 reais (cada um dos lados). Logo, o projeto terá duração de quatro dias. Ao final do terceiro dia (ponto de 
medição do projeto), temos a seguinte situação: 
º Primeiro muro completo com custo de 1.000 reais. 
º Segundo muro completo com custo de 1.200 reais. 
º Terceiro muro com 50% completo e custo de 600 reais. 
º Quarto muro com construção ainda não iniciada. 
º Os custos incorridos até o momento são de 2.800 reais (1.000 + 1.200+ 600, respectivamente). 
º O valor planejado até o momentoseria de 3.000 reais, ou seja, deveriam estar prontos três muros custando 1.000 reais cada um ao final do terceiro dia. 
º O valor agregado ao projeto até o momento foi de 2.500 reais, pois foram entregues dois muros e meio, representando, respectivamente, 1.000 reais (1º muro completo) 
mais 1.000 reais (2º muro completo) e mais 500 reais (metade apenas do 3º muro está pronta). 
O método da Análise de Valor Agregado, segundo Mulcahy (2010), calcula os índices de custo e prazo da seguinte forma: 
• Índice de desempenho de custo: divide-se o valor agregado (2.500 reais) pelo custo incorrido até o momento da medição (no caso, 2.800 reais). Chega-se ao valor de 0,89, o 
qual representa que para cada Real investido no projeto somente 89 centavos é aproveitado e 11 centavos é o custo da ineficiência das atividades do projeto. 
• Índice de desempenho de prazo: divide-se o valor agregado (2.500 reais) pelo valor planejado até o momento da medição (no caso, 3.000 reais). Chega-se ao valor de 0,83, o 
qual representa que o projeto tem um andamento igual a 83% da velocidade planejada. 
• O ideal é que cada índice esteja próximo a 1, ou seja, que cada Real empregado seja aproveitado e que esteja a 100% da velocidade planejada. 
• Qualquer índice acima de 1 significa que o projeto está provendo economias e/ou está mais veloz que o planejado, podendo até ser entregue antes. 
• Tudo indica que se o projeto continuar neste ritmo e com estes gastos, teremos atrasos e o orçamento original será excedido. 
Podemos reconhecer facilmente estes índices no Quadro 1 para nossa melhor compreensão: 
Quadro 1 - Análise de Valor Agregado do projeto 
Fonte: adaptado de Mulcahy (2010). 
(*) Número não proveniente dos cálculos da análise de valor agregado e sim das estimativas de custos que incidem no projeto como um todo. 
A análise de valor agregado traz um panorama geral do projeto, proporcionando o conhecimento do status atual do projeto baseado nas métricas de desempenho principalmente de 
prazos e de custos. Note que na 2ª coluna do quadro há valores numéricos provenientes de cálculos pertinentes ao método, que não se trata do nosso foco no momento. Note que 
Porém, estes índices de desempenho demonstrados podem auxiliar e muito na gestão de riscos, pois há sempre vários deles relacionados aos prazos das entregas e aos custos 
previstos no orçamento original do projeto. Eles estão relacionados com o quanto se agrega de valor ao projeto, ou seja, integra em um único método de medida de desempenho os 
custos, prazos e escopo do projeto. Para melhor compreensão, podemos tomar os exemplos abaixo, para cada um dos índices de desempenho (custo e prazo): 
• Imagine um projeto de construção de quatro muros ao redor de um terreno quadrado, no qual teremos apenas um recurso construindo os muros e cada lado levará um dia de 
trabalho (8 horas) para ser construído ao custo de 1.000 reais cada um. Logo, o projeto terá duração de quatro dias. Ao final do terceiro dia (ponto de medição do projeto), temos 
a seguinte situação: 
º Primeiro muro completo com custo de 1.000 reais. 
º Segundo muro completo com custo de 1.200 reais. 
º Terceiro muro com 50% completo e custo de 600 reais. 
º Quarto muro com construção ainda não iniciada. 
• Os custos incorridos até o momento são de 2.800 reais (1.000 + 1.200 + 600, respectivamente). 
• O valor planejado até o momento seria de 3.000 reais, ou seja, deveriam estar prontos três muros custando 1.000 reais cada um ao final do terceiro dia . 
• O valor agregado ao projeto até o momento foi de 2.500 reais, pois foram entregues dois muros e meio, representando, respectivamente, 1.000 reais (1º muro completo) mais 
1.000 reais (2º muro completo) e mais 500 reais (metade apenas do 3º muro está pronta). 
• O método da Análise de Valor Agregado, segundo Mulcahy (2010), calcula os índices de custo e prazo da seguinte forma: 
º Índice de desempenho de custo: divide-se o valor agregado (2.500 reais) pelo custo incorrido até o momento da medição (no caso, 2.800 reais). Chega-se ao valor de 0,89, o 
qual representa que a cada Real investido no projeto somente 89 centavos é aproveitado e 11 centavos é o custo da ineficiência das atividades do projeto. 
º Índice de desempenho de prazo: divide-se o valor agregado (2.500 reais) pelo valor planejado até o momento da medição (no caso, 3.000 reais). Chega-se ao valor de 0,83, o 
qual representa que o projeto tem um andamento igual a 83% da velocidade planejada. 
º O ideal é que cada índice esteja próximo a 1, ou seja, que cada Real empregado seja aproveitado e que esteja a 100% da velocidade planejada. 
º Qualquer índice acima de 1 significa que o projeto está provendo economias e/ou está mais veloz que o planejado, podendo até ser entregue antes. 
º Tudo indica que se o projeto continuar neste ritmo e com estes gastos, teremos atrasos e o orçamento original será excedido. 
Podemos reconhecer facilmente estes índices no Quadro 1 já citado para nossa melhor compreensão. 
Segundo Mulcahy (2010), se há uma ameaça de atraso de uma importante entrega de escopo em um projeto, muito provavelmente ela foi mapeada durante o planejamento dos 
riscos. Uma avaliação mais detalhada pode auxiliar no levantamento de quais atividades estariam levando mais tempo que o planejado e as ações de correção podem perfeitamente 
coincidir com os planos de respostas aos riscos já previamente elaborados. 
Estes planos deveriam ser implantados e uma nova medição dos índices de desempenho de prazos deveria ser feita, para descobrir se as ações corretivas surtiram os efeitos 
desejados. O mesmo conceito pode ser aplicado às ameaças relacionadas aos custos do projeto e ao índice de desempenho de custos, sugerindo pequenos ajustes e/ou a 
implantação dos planos de respostas aos riscos relativos a essa dimensão do projeto. 
Os planos de gerenciamento do projeto, bem como os planos de respostas aos riscos devem ser avaliados, reavaliados e atualizados (quando aplicável) durante todo o ciclo de vida 
do projeto. 
De acordo com Mulcahy (2010), conforme o projeto progride e avança em direção ao cumprimento dos objetivos, o time de riscos vai se tornando mais familiar com os padrões e 
tendências do projeto e podem até conseguir identificar que determinado ‘ risk score ’ de um risco ou que o número de riscos não identificados durante o planejamento podem ser um 
importante sinal de alerta. Assim como um número significativo de soluções de contorno e um grande número de solicitação de mudanças no plano também podem ser sinais de 
alerta de que o projeto não vai bem e precisam ser interpretados, principalmente pelo Gerente de Projetos. 
Este tipo de situação requer uma reavaliação do plano de gerenciamento do projeto e a revisão detalhada e possível atualização do registro de riscos. 
Mulcahy (2010) relata que todo e qualquer projeto possui requerimentos técnicos que precisam ser atendidos, pois está embutido no atendimento aos objetivos e nos fatores de 
sucesso do projeto. Podemos utilizar como exemplos a funcionalidade dos sistemas desenvolvidos para computadores, a robustez e resistência da estrutura de um prédio comercial 
ou ainda a durabilidade e ciclo de vida de produtos manufaturados. Se estes requerimentos sofrerem desvios em relação ao plano original, os processos de identificação, análise e 
tratamento de riscos devem ser revisados e alterados durante a execução das ações corretivas para trazerem o projeto ao seu curso original. Dependendo do grau de desvio os 
riscos podem ser tão graves que podem impedir o atendimento aos requerimentos de escopo do projeto. Como um novo exemplo, podemos citar que mudanças significativas no 
desempenho de custos podem comprometer seriamente os requisitos de qualidade, prazos ou atendimento às expectativas do cliente (ou patrocinador) do projeto. 
Segundo Mulcahy (2010), uma atenção especial também deve ser dada às restrições iniciais ao implantarmos as soluções de contorno ou os planos de respostasaos riscos, 
restrições estas que impõem algumas limitações ao desenvolvimento do projeto. Podemos tomar como exemplo alguma restrição orçamentária, de prazos e datas que não admitem 
negociações (como datas relacionadas a eventos comemorativos, festas, lançamento de produtos novos etc.), de origem tecnológica ou até mesmo de disponibilidade de recursos 
humanos. 
Segundo Sbragio (2009), estas restrições precisam ser observadas durante as implantações das respostas aos riscos, pois se houver, por exemplo, uma limitação orçamentária, os 
resultados obtidos após a aplicação do plano de respostas não deveria, em hipótese alguma, ferir ou comprometer essa restrição, ou seja, uma medida de correção de um risco não 
poderia impactar os custos do projeto causando uma nova ameaça aos resultados esperados. O mesmo conceito se aplica aos prazos, nos casos em que as limitações sejam 
relacionadas às datas de entregas parciais e/ou totais que não possuem flexibilidade de negociação. 
A gestão de riscos, mais precisamente o controle e monitoramento de riscos, deveria ser implantada sob os princípios das tomadas de decisão, 
procurando encorajar os participantes a prover suas opiniões com o intuito de contribuir significativamente para o desempenho do gerenciamento 
dos riscos. Além disso, a alta administração da empresa deveria não somente participar como também prover uma atmosfera apropriada aos demais 
colaboradores da companhia e dos projetos, para que se sintam a vontade em poder executar suas funções com desempenho e qualidade. Com o 
respaldo e participação efetiva da alta administração nas tomadas de decisões baseadas nas boas práticas de gestão de riscos se torna possível 
demonstrar aos demais stakeholders a devida importância dos processos de identificação, análise e tratamento de riscos, disseminando uma cultura 
de gerenciamento dos eventos incertos dos projetos na companhia. Fonte: Kerzner (2009). 
Vimos aqui a importância das análises de desempenho do projeto e dos planos de respostas aos riscos, para que as devidas ações corretivas sejam tomadas e nova análise de 
desempenho seja feita, para observar se surtiram os efeitos desejados. Certamente seu projeto, por menos complexo que seja, apresentará desvios durante a execução e as boas 
práticas de monitoramento e controle dos riscos serão imprescindíveis para trazer seu projeto ao curso natural novamente. Vimos também que a análise de valor agregado pode 
trazer inúmeros benefícios à gestão de riscos, desde que utilizada de forma apropriada. Mas, vamos seguir em frente, porque o assunto está ficando cada vez mais interessante. 
PADRÕES, PROCEDIMENTOS, POLÍTICAS E BOAS 
PRÁTICAS 
Olá, daremos continuidade aos nossos estudos sobre as melhores práticas de monitoramento e controle dos riscos em projetos. 
Veremos agora quais são os processos de estabelecimento da política de tolerância aos riscos na Organização, bem como os processos de identificação das melhores práticas e 
métodos de identificação e qualificação de novos riscos durante a execução do projeto. Compreenda que estes são os riscos que não puderam ser identificados e mapeados durante 
os processos de identificação e de planejamento do tratamento adequado aos riscos. 
Reavaliação dos riscos do projeto 
De acordo com Kerzner (2009), os processos de monitoramento e controle dos riscos requerem também a identificação, análise, tratamento e a elaboração dos planos de respostas, 
exatamente como deve acontecer durante os processos de planejamento referente aos riscos. 
Existem duas razões principais para que haja a reavaliação dos riscos no projeto. Uma delas deveria acontecer quando novos riscos são identificados e a outra é quando ocorrem 
mudanças – mesmo que controladas – nos planos originais do projeto. 
Os processos de identificação de novos riscos podem acontecer durante sessões de ‘ brainstorm ’ (rodada de sugestões, opiniões e ponderações por parte do time de riscos), durante 
as reuniões de andamento e de solução de problemas ou ainda durante a execução do projeto, sempre em alerta para novas ameaças ou oportunidades que possam aparecer no 
caminho. Seria de responsabilidade do Gerente de Projetos observar novos possíveis riscos como fomentar e incentivar ao seu time a fazer o mesmo, além de convocar reuniões de 
identificação de novos riscos, de acordo com o andamento do projeto. 
Vargas (2007) afirma que não importa o quão completo esteja seu planejamento de riscos, os riscos não identificados aparecerão e as necessidades de mudanças existirão. Não é 
por acaso que o processo é denominado de ‘Controle Integrado de Mudanças’, pois qualquer solicitação de mudanças em relação ao plano original de custos, prazos, qualidade ou de 
escopo deve ter seus impactos avaliados em todas as outras áreas de conhecimento do projeto. Por essa principal razão é que o Gerente de Projetos precisa estar alerta e utilizar 
das técnicas de identificação e tratamento de riscos toda vez que uma mudança significativa ocorrer em qualquer instância do projeto. 
Isso implica na revisão e reavaliação dos riscos existentes já mapeados, ajustes (se necessário) e criação de novos planos de respostas e atualizações constantes no registro de 
riscos. Caso o Gerente de Projetos ignore novos riscos durante a execução e/ ou monitoramento ou perca o controle dos riscos previamente mapeados, estará ele inserindo riscos 
no projeto e comprometendo todos os benefícios obtidos durante a fase de planejamento. Não só os resultados parciais ou totais estarão ameaçados como muito provavelmente 
sua reputação e carreira profissional também estará em jogo. 
Identifique mais riscos durante os processos de verificação do escopo 
Os processos de verificação do escopo ocorrem quando o Gerente de Projetos analisa as entregas parciais e as confronta com os requisitos iniciais 
do projeto para identificar se estão em conformidade e se atendem às expectativas do cliente, no intuito de obter aceitação e aprovação formal 
sobre estas entregas. Riscos adicionais podem ser identificados durante esse processo por meio de questionamentos ao cliente a respeito do 
cumprimento do escopo, se estão conforme suas expectativas e se atendem às demandas dos departamentos ou da divisão da companhia ou ainda 
alguma outra questão de ordem técnica ou gerencial que auxilie na identificação de novos riscos dessa natureza. Esteja preparado e prepare seu time 
para realizar os questionamentos e estarem aptos a identificar novos riscos sob a perspectiva de seus clientes. Fonte: Dinsmore e Cookie-Davies 
(2006). 
Maximiano (2014) nos dá algumas sugestões a respeito das necessidades de reestimativas relativas aos planos de gestão de riscos. Faz-se necessário reavaliar e, caso necessário, 
reestimar atividades, fases ou o projeto como um todo quando novos riscos são identificados, novas análises determinarem que o ‘ risk score ’ de algumas atividades modificaram-se, 
caso a prioridade de alguns riscos tenham sido alteradas, reservas de contingência foram utilizadas mais cedo do que se esperava, quando há muitas mudanças no projeto, quando 
muitos riscos não identificados aparecem no projeto e, ainda, quando há substituição do Gerente de Projetos do projeto. 
A própria ação de reestimar atividades ou fases pode gerar novos riscos, pois existe a possibilidade de impactar prazos pré-determinados ( milestones ) e comprometer o orçamento 
do projeto, além dos quesitos tangíveis de qualidade. Nestes casos, conforme mencionado anteriormente, é de responsabilidade do Gerente de Projetos junto ao seu time e 
stakeholders chaves reavaliar os impactos no projeto como um todo, sempre com o intuito de preservar o atendimento aos objetivos iniciais do projeto. 
Neste ínterim e de acordo com Maximiano (2014), não podemos nos esquecer de que o projeto – qualquer que seja sua natureza ou propósito – é repleto de incertezas, por conta 
das estimativas de prazos e custos. A própria definição de estimativas já nos diz quenão se trata de uma ciência exata, que podem mudar baseadas na experiência e no 
conhecimento técnico do projeto, por causa de mudanças no projeto e até por causa das mudanças nos planos de gestão de riscos. 
Dessa forma, durante a execução do projeto as estimativas deveriam ser reavaliadas e alteradas (caso houvesse necessidade) durante todo o ciclo de vida do projeto. Afinal, seria 
bem menos impactante se o time de projetos identificasse uma ameaça a uma atividade ou fase do projeto reavaliando suas estimativas de prazos e custos e tomando ações pró- 
ativas do que se as descobrissem tardiamente e tivessem que elaborar planos emergenciais de solução de contorno. O papel do Gerente de Projetos, aliado ao estabelecimento de 
procedimentos e políticas internas de tratamento de riscos da companhia, não deveria ser estático e nem agir reativamente a situações surpresa, e sim interagir proativamente com 
sua equipe, visando garantir que os requisitos necessários para o sucesso do projeto fossem sempre alcançados. 
Segundo Greene e Stellman (2010), exemplos de políticas e procedimentos podem ser compreendidos como aqueles aplicáveis a todo e qualquer projeto da companhia e que 
incluem tolerância a riscos (que será visto com mais detalhes à frente), métodos específicos de identificação de riscos, além de escalas padrão de probabilidade e de impacto 
utilizadas nas análises de ‘ risk score ’ dos eventos incertos do projeto. Podem ainda ser definidos como: 
• A padronização na participação de fornecedores externos nos processos de gerenciamento dos riscos. 
• A definição de quem deveria ser capacitado a respeito das boas práticas de gestão de riscos. 
• A devida atenção e documentação dos quesitos financeiros e tributários dos projetos comuns à companhia. 
• A definição de qual deveria ser a periodicidade na qual os riscos seriam revisados e outras políticas e padrões que venham agregar valor aos projetos desenvolvidos pela 
companhia. 
Baseando-se nessas informações o gerente de projetos deveria iniciar os levantamentos primários sobre os riscos tomando o devido cuidado em atender a estas políticas e 
procedimentos comuns aos projetos da organização. Tais políticas e boas práticas deveriam ser elaboradas no intuito de aumentar as chances de sucesso do projeto e da eficácia nos 
processos de gestão de riscos. 
O estabelecimento de políticas, procedimentos, padrões e boas práticas na organização podem auxiliar e muito nas abordagens iniciais sobre o plano 
de gerenciamento de riscos de um projeto. Seja um departamento, uma divisão ou uma área que tenha por missão gerenciar uma base histórica de 
projetos e aperfeiçoar continuamente as informações pertinentes aos riscos mais comuns e torná-las utilizáveis aos projetos da empresa. Caso sua 
empresa ainda não possua essa cultura, já imaginou os benefícios provenientes dessa iniciativa? Não seria agora o momento de estruturar algo 
parecido na sua área de gerenciamento de projetos? 
Grau de tolerância aos riscos do projeto 
Sbragio (2009) nos alerta com relação ao grau de tolerância aos riscos por parte dos stakeholders do projeto. O grau de tolerância aos riscos não está somente e efetivamente 
associado ao bom humor, crenças ou estado de espírito do stakeholder no momento da avaliação. Está mais associado com o grau de impacto com o qual o stakeholder terá que lidar 
caso o risco ocorra e quais as medidas corretivas terão de ser aplicadas e o seu envolvimento nestas ações. Implica também na intensidade que afetará sua rotina e suas 
responsabilidades perante os resultados do projeto. 
O grau de tolerância também está associado às atividades e ao papel desempenhado no projeto por parte do stakeholder , pois se uma ameaça previamente mapeada comprometer 
suas ações rotineiras e exigir esforços além do planejado, ou seja, deixá-lo desconfortável e em exposição desnecessária, certamente seu grau de tolerância a determinado risco será 
menor, em comparação a outro stakeholder do projeto. 
Podemos tomar como exemplo uma ameaça inerente ao departamento de Logística da empresa, como o não cumprimento do prazo de uma entrega parcial do novo sistema de 
computador para essa área. O grau de tolerância a essa ameaça é bem menor para o operador de Logística do que para outro stakeholder do projeto, do departamento de RH por 
exemplo. 
A consequência é que, se ambos pertencerem ao mesmo time de riscos, cada um terá uma abordagem diferente das probabilidades e impactos dos riscos pertinentes às operações 
logísticas. Uma forma de contornar essa situação seria fazer uso da qualificação dos dados ainda nos processos de análise, ou seja, levar ao conhecimento de todos sobre as 
informações referentes ao evento incerto, buscando o nivelamento do grau de informação para que o grau de tolerância a uma ameaça em específico fosse menos díspar e 
desencontrada possível. 
De acordo ainda com Sbragio (2009) podemos compreender também como grau de tolerância de riscos o quanto a companhia está disposta a correr determinados riscos, 
principalmente por conta da sua estrutura organizacional, cultura ou segmento de atuação. Como exemplos, uma companhia do setor financeiro teria um grau de tolerância muito 
baixo aos riscos externos relacionados ao mercado financeiro ou uma companhia do segmento da construção civil estaria menos apta a correr riscos relacionados ao mercado 
imobiliário. Esse tipo de análise permite que alguns procedimentos e políticas de gestão e tratamento de riscos já possam ser estabelecidos nas empresas para que sejam seguidos, 
se não por todos, pelo menos pela maioria dos projetos desenvolvidos pela companhia. A análise do grau de tolerância aos riscos do projeto é um processo que deve ocorrer na fase 
de desenvolvimento dos planos de gestão dos riscos. 
Apesar do grau de tolerância aos riscos parecer algo bem peculiar e relativo a um stakeholder isoladamente, essa não seria a abordagem mais correta 
a ser considerada. A melhor prática aplicada a este conceito seria analisar os impactos causados por um determinado risco do ponto de vista de uma 
posição de trabalho, responsabilidade ou determinada operação, porém não de forma isolada. As atividades do projeto são constituídas de processos 
encadeados que precisam ser analisados de forma sistêmica. Dessa maneira, mesmo quando mencionamos o grau de tolerância de um stakeholder 
ou área específica estamos avaliando a tolerância aos riscos de forma mais abrangente, envolvendo na solução não só o time de projetos como 
também outros stakeholders que podem ser afetados direta ou indiretamente e que possam ser impactados pela ocorrência de um risco em 
específico. Fonte: Sbragio (2009). 
Muito bem, ao final deste estudo pudemos perceber a importância do estabelecimento de padrões, procedimentos, políticas e boas práticas relacionadas aos planos de gestão de 
riscos do projeto. Avaliamos os benefícios e resultados esperados na utilização dessa abordagem e a proposta da disseminação dessa cultura nas empresas. Pudemos ainda 
compreender o quanto essa abordagem aliada à compreensão sobre o grau de tolerância aos riscos por parte dos stakeholders e da própria organização podem contribuir para a 
identificação de novos riscos e o estabelecimento do controle sobre a gestão de riscos, consequentemente do projeto como um todo. 
Vamos seguir em frente, porque o próximo assunto é também muito interessante. 
AUDITORIAS, LIÇÕES APRENDIDAS E 
COMPROMETIMENTO DOS STAKEHOLDERS 
Olá, depois de descobrirmos a importância da elaboração e implantação dos procedimentos, políticas e boas práticas de gestão de riscos vamos discorrer agora sobre os processos 
de encerramento, comunicação e a utilização das lições aprendidas oriundas do gerenciamento de riscos. 
No nosso último estudo sobre Monitoramento e Controle de Riscos, vamos explorar os processos que levam à execução de auditorias para medição de desempenho do plano de 
riscos. Vamos abordar como a captura das lições aprendidasrelacionadas aos riscos envolvendo os principais stakeholders ajuda a estabelecer um processo de melhoria contínua. 
Vamos ainda compreender os processos de comunicação e de encerramento de riscos e como a aplicabilidade da Governança de riscos auxilia na elaboração do planejamento de 
riscos para novos projetos, sem que haja necessidade de o iniciarmos do zero. 
A medição de desempenho por meio da auditoria de riscos 
Uma das maneiras de se medir o desempenho do plano de riscos e ainda com uma visão diferenciada, pois permite uma análise sobre as atividades e ações do time de projeto e se 
elas estão funcionando da maneira esperada. Segundo Vargas (2007), a auditoria de riscos permite e proporciona a revisão sobre os riscos, se os proprietários dos riscos adequados 
foram designados corretamente para cada risco – determinando ainda sua eficiência – e analisa a efetividade dos planos de contingência (plano ‘B’) e de backup (contingência do 
plano ‘B’, caso esse venha a falhar) implantados como plano de respostas aos riscos. 
É um processo que deve ser aplicado no projeto durante sua execução e os resultados das auditorias podem sugerir a substituição do proprietário do risco, bem como ajustes e 
mudanças significativas nos planos de contingência e de backup de respostas aos riscos. Pode ser elaborado e executado pelo Gerente de Projetos, por ele junto ao seu time de 
projetos ou, em projetos mais complexos e longos, por empresas especializadas nessa atividade. De acordo com Vargas (2007), baseia-se nas medidas de desempenho e conversas 
com os proprietários dos riscos e na avaliação dos resultados provenientes das ações corretivas tomadas ao longo da execução do projeto. 
Podemos compreender como medida de desempenho toda e qualquer análise sobre as ações corretivas tomadas para trazer o projeto ao seu curso original. É esperado que estas 
medidas tenham a eficácia necessária para realmente corrigir os desvios e trazer as atividades e demais funcionalidades do projeto sob controle novamente. 
Para tomarmos um exemplo prático, imagine que ao ser realizada uma auditoria de riscos em determinado período do projeto, apurou-se gastos excessivos de acordo e em relação 
ao planejamento prévio para o período analisado. Estes gastos foram provenientes de eventos incertos que ocorreram, não haviam sido mapeados e tratados pelo time de riscos e 
causaram impactos financeiros significativos ao desempenho de custos do projeto. Neste caso a auditoria de riscos, infelizmente, detectou que o plano original de gestão de riscos 
estava falho e medidas emergenciais de revisão e análise mais profunda do plano de gestão por parte do time de riscos se fizesse necessária. 
A auditoria de riscos pode sugerir mudanças nos planos do projeto e, depois de implantadas estas melhorias, novas medições são realizadas para se descobrir se os resultados foram 
satisfatórios. Além de serem utilizadas durante a execução do projeto são também registradas para serem utilizadas como lições aprendidas posteriormente. A máxima sobre este 
processo seria ‘Nunca pare de procurar por novos riscos e de adaptar suas estratégias para lidar com eles’ (GREENE; STELLMAN, 2010). 
Auditorias de riscos são diferentes dos processos de revisão de riscos, apesar de muita gente confundir o conceito sobre ambas. A melhor maneira 
para termos um discernimento mais seguro entre elas é que a auditoria de riscos tem um olhar sobre o passado para descobrir o que deu certo e o 
que deu errado, enquanto que a revisão de riscos olha para o futuro com o intuito principal de descobrir o que de errado ou certo poderia acontecer 
de acordo com os planos e informações até o presente momento. Fonte: Mulcahy (2010). 
Processos de comunicação e a gestão de riscos 
De acordo com o PMI (2013), o Gerente de Projetos deveria despender cerca de 90% de seu tempo nos processos comunicacionais que permeiam por todas as áreas de 
conhecimento assim como por todo o ciclo de vida do projeto. Podemos observar a seguinte definição sobre a comunicação em projetos: 
O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam planejadas, 
coletadas, criadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas, gerenciadas, controladas, monitoradas e finalmente dispostas de maneira oportuna e 
apropriada. (PMI, 2013). 
Não poderia ser diferente com relação aos processos de gestão de riscos. De acordo com Kerzner (2009), os processos comunicacionais aplicados à gestão de riscos são cruciais 
como fator de contribuição no sucesso do projeto e o Gerente de Projetos eficaz deveria manter os stakeholders muito bem atualizados acerca do status das atividades e do 
andamento do plano de riscos do projeto. 
Cabe ao Gerente de Projetos o papel de identificar corretamente os stakeholders e previamente identificar suas necessidades, bem como a forma de engajá-los para que possam 
também contribuir para que os resultados dos objetivos sejam satisfatórios, incluindo os resultados dos planos de gestão dos riscos. Kerzner (2009) relata ainda que o Gerente de 
projetos deveria prover regularmente as informações necessárias aos stakeholders para que possam exercer suas funções no projeto e contribuírem para as realizações. Dessa 
forma haveria motivação e cooperação, aumento de desempenho e outros benefícios provenientes de uma gestão eficaz da comunicação por parte do Gerente de Projetos. 
Segundo Sbragio (2009), os riscos deveriam ser encarados como atividades normais do projeto, pois não seriam parte do projeto e poderiam impactar o projeto caso viessem a 
ocorrer? Pois então, os riscos também podem ser comunicados aos stakeholders por meio do conhecimento do plano de gerenciamento do projeto, dos relatórios periódicos sobre o 
andamento do projeto, dos relatórios de status das atividades, da visibilidade do registro de riscos e dos relatórios de auditoria de riscos. Podemos ainda compreender melhor a 
importância da comunicação na gestão dos riscos (e do projeto) observando a falha ou falta dela junto aos stakeholders . 
Segundo o PMSURVEY (2014) – banco de dados sobre estatísticas de projetos que tem como colaboradoras empresas de médio e grande porte em vários países do mundo – a falha 
(ou falta) da comunicação em projetos tem responsabilidade em mais de 60% das causas de fracassos em projetos. 
Segundo Mulcahy (2010), é importante observar duas coisas importantes ao comunicar status sobre a gestão de riscos em projetos: a primeira delas é que um bom relatório de 
status não seria simplesmente um ‘ print ’ de tela de um software de computador. Para termos uma melhor compreensão, seguem, a seguir, dois exemplos de ‘ print ’ de tela de software 
de gestão de riscos nas figuras 1 e 2 e seus respectivos comentários: 
Figura 1 – Exemplo 1 de ‘print’ de tela como relatório de status 
Fonte: SoftExpert (on-line). 
Os programas de computador de Gestão de Riscos são desenvolvidos – na maioria das vezes – para contemplar os principais processos de gestão durante o ciclo de vida dos 
projetos. O Gerente de Projetos utiliza suas funcionalidades e características para gerenciar não somente os eventos incertos inerentes a todo e qualquer projeto, como também 
para organizar a equipe de riscos, suas tarefas relacionadas às estratégias de respostas, bem como os recursos designados para esse fim. No entanto, não seria tão eficaz para 
comunicar, dar visibilidade ou incentivar discussões em busca de soluções por parte dos stakeholders. 
As figuras 1 e 2 demonstram algumas telas de programas de gerenciamento de riscos que são muito eficientes para a identificação e visualização dos eventos mapeados, as quais 
permitem a navegação e detalhamento de cada item levantado. Porém, seria quase que impraticável ‘navegar’ as telas de programas de computador durante uma reunião de status 
de projetos com vários stakeholders presentes, dada sua complexidade e morosidade. Além disso, nem sempre é possível ter os programasde gestão de riscos instalados nos 
computadores das salas de reunião . 
Figura 2 – Exemplo 2 de ‘print’ de tela como relatório de status 
Fonte: Stex Tecnologia (on-line). 
Figura 3 – Exemplo de relatório de status gerenciável de riscos 
Fonte: o autor. 
Para que uma reunião de status fosse mais produtiva e eficaz seria bem mais interessante sintetizar as informações em formatos de relatórios mais gerenciáveis, com foco nas 
informações que realmente interessam e comunicam bem ao stakeholder . A figura demonstra um exemplo de relatório de status gerenciável, com dados extraídos dos programas de 
computador de gestão de riscos. Note que as informações expostas levam ao conhecimento dos participantes sobre o real problema, se são de natureza interna ou externa à 
companhia, sobre o grau do risco (alto, médio ou baixo, para efeitos de visibilidade), a possível alternativa de solução e a quem deve ser endereçado. Ou seja, em um único quadro 
você pode comunicar os principais riscos de um projeto dando visibilidade a todos sobre quais medidas estão sendo tomadas para que sejam devidamente tratados. 
Caso seja necessário, você pode até levar consigo informações mais detalhadas para serem apresentadas. Porém, reuniões deste tipo costumam ser rápidas, objetivas e diretas, o 
que não deixa muito espaço para apresentações longas e complexas. 
A segunda coisa importante é que deveria obrigatoriamente incluir uma lista dos riscos correntes considerados como altamente prioritários. Os status de riscos, bem como custos e 
prazos, poderiam ser indicados como as cores do semáforo (uma comum convenção), com a cor vermelha para indicar problemas sérios, a cor amarela para indicar situações de 
perigo e a cor verde para sinalizar que tudo está correndo muito bem. 
Mulcahy (2010) nos alerta que, se você tem intenção de incluir os status dos riscos no seu relatório periódico você deveria se preocupar em coletar o máximo possível de 
informações sobre os riscos do projeto. Estas informações podem ser coletadas via e-mail ou formulários específicos de coletas de dados. Mas, o mais importante é que quanto mais 
consistentes forem as informações apresentadas, melhor será o desempenho do time de trabalho e maiores serão as chances de fazerem bem o trabalho logo da primeira vez, 
reduzindo e muito o retrabalho nas suas atividades. 
Pode parecer incrível, mas o simples fato de você listar os riscos mais prioritários em um relatório periódico durante uma reunião pode diminuir 
significativamente a chance de eles ocorrerem. Isso acontece porque a equipe de projetos e os principais stakeholders tendem a manter o foco 
nestes riscos, pois todos conhecerão sobre eles e todos estarão, mesmo que não diretamente, observando se têm chance de ocorrer ou não. Se você 
teve o cuidado ainda de incluir as possíveis origens do risco, maior a possibilidade de manterem mais foco nesta lista. Esta boa prática pode ainda ser 
melhorada se você tiver o hábito de, durante suas reuniões de andamento do projeto, incluir discussões sobre os riscos mais prioritários, revelar suas 
origens e os impactos que poderão causar caso ocorram. Não seria apenas uma dramatização de um evento, mas uma forma eficaz de comunicar 
eventos incertos em projetos. Fonte: Kerzner (2009). 
As lições aprendidas do plano de gestão de riscos 
Presente em quase todos os processos de Gestão de Projetos, esta é uma prática que tem um efeito muito produtivo, se e quando aplicada de maneira correta. Segundo o PMI 
(2013), faz parte inclusive dos ativos de processo organizacionais, como está definido abaixo: 
Ativos de processo organizacionais [...] informações históricas e base de conhecimento de lições aprendidas (por exemplo, projetos, registros e 
documentos; todas as informações e documentação de encerramento do projeto, informações a respeito de resultados de projetos e de decisões de 
seleção de projetos anteriores, e informações de desempenho dos mesmos; e informações sobre as atividades de gerenciamento dos riscos). 
Como podemos notar, presente também na gestão de riscos do projeto. 
De acordo com Vargas (2007), as lições aprendidas em gestão de riscos deveriam incluir uma avaliação bem apurada do registro de riscos. Mesmo porque esta avaliação teria o 
principal propósito de identificar o que foi feito que deu bons resultados e o que deu de errado, e ainda o que poderia ser feito de maneira diferente no próximo projeto. São 
registros valiosos que podem ser elaborados pelo Gerente de Projetos e pelo seu time – com contribuição de outros stakeholders – e que deveriam ser armazenados para consulta 
em projetos futuros. Como se fosse uma base de dados de históricos de projetos disponível para outros Gerentes de Projetos utilizarem como dados iniciais para a elaboração do 
plano de gestão de riscos em seus projetos. 
As lições aprendidas, como você deve ter percebido, pode ser proveniente dos processos de auditoria de riscos, comentada anteriormente. Vargas (2007) afirma que a formalização 
dessa base de dados histórica de projetos tem por objetivo prevenir que os mesmos erros sejam cometidos em projetos posteriores, implicar melhorias contínuas nos processos de 
gestão de riscos e até evitar desperdícios de tempo e dinheiro em projetos futuros. A avaliação das lições aprendidas deveria ainda contemplar as áreas de gestão do projeto como 
um todo (não só se atendo à gestão de riscos), de gerenciamento incluindo os processos de comunicação e liderança e as questões técnicas envolvidas no projeto. 
De acordo com Greene e Stellman (2010), uma das melhores formas de se adquirir lições aprendidas a respeito da gestão de riscos é você mesmo promovê-la. Fomentar novas 
ideias e reconhecê-las, criar um ambiente de entusiasmo (não de competição) e incitar a criatividade são atitudes que podem incentivar os stakeholders não só em querer colaborar 
mais com o projeto, mas também em criar uma cultura de registros dos acontecimentos para que sejam utilizados posteriormente em outros projetos. 
Processos finais de controle e monitoramento de riscos 
De acordo com Vargas (2007), um dos processos importantes do controle e monitoramento de riscos é a manutenção constante do registro de riscos, de maneira que proporcione o 
rastreamento do evento incerto desde sua identificação, análise e tratamento adequado até o seu fechamento. Informações como os resultados das reavaliações e da auditoria de 
riscos, o fechamento dos riscos que tiveram seus planos de respostas implantados de modo eficaz, detalhamento do que aconteceu quando o risco se manifestou e as lições 
aprendidas deveriam estar presentes no registro de riscos do projeto. 
De acordo com Mulcahy (2010), o principal propósito da governança de riscos é estar o tempo todo alinhado com os princípios do controle e monitoramento dos riscos. A 
governança deveria estar presente durante todo o ciclo de vida do projeto e abordar a supervisão de todos os processos de gestão de riscos, buscando garantir que as atividades de 
gestão de riscos sejam consistentes e agreguem valor não só ao projeto como também à companhia. A governança de riscos deveria ser estabelecida na gestão de riscos para que 
fosse possível oferecer ao Gerente de Projetos subsídios para que ele pudesse iniciar o planejamento de gestão de riscos do seu projeto não do zero, mas de uma base já 
consolidada com informações sobre as principais falhas e acertos de projetos anteriores. 
Mulcahy (2010) afirma que o gerenciamento de riscos deveria ser, na sua essência, a somatória de processos otimistas, mesmo quando se está identificando ameaças graves ao 
projeto. Trata-se de tomar o controle da situação e estar no comando, quando bem aplicadas às boas práticas de gestão de riscos. 
Quando este comportamento e atitude são tidos como exemplo, principalmente pela figura do Gerente de Projetos, há uma forte tendência em se criar um ambiente amistoso e 
produtivo entre os stakeholders do projeto. Dessa maneira, mesmo com osproblemas pertinentes a todo e qualquer projeto, estima-se que o time buscará sempre a sinergia 
necessária para desempenhar seus papéis e responsabilidades de forma profissional, buscando resultados cada vez mais satisfatórios nos projetos. 
Chegamos ao final do nosso estudo a respeito do controle e monitoramento de riscos, mais precisamente sobre os processos de auditoria de riscos, os processos comunicacionais 
necessários para a compreensão dos riscos por parte dos stakeholders e os benefícios gerados pela criação e manutenção da base de dados histórica por meio do registro das lições 
aprendidas sobre os riscos do projeto. 
Espero que tenham aproveitado os assuntos abordados, além de terem aproveitado os exercícios de fixação. Nossa recomendação é que você tome por hábito a pesquisa sobre o 
tema para que possa enriquecer o seu conhecimento e buscar cada vez mais a aplicabilidade em projetos reais. 
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ATIVIDADES 
1. A gestão das reservas de contingência seria de responsabilidade principal: 
a) Do proprietário do risco associado 
b) Da alta administração do projeto 
c) Do Gerente de Projetos do projeto 
d) Do principal stakeholder do time de riscos 
e) Do auditor externo ao projeto e à companhia 
2. Assinale nas sentenças, a seguir, a única que se apresenta como incorreta: 
( ) A gestão de riscos em um projeto deve ser tratada como um documento vivo e cíclico que não deveria ser feita uma única vez. 
( ) Reuniões de avaliações periódicas dos riscos faz parte dos processos de monitoramento e controle dos riscos. 
( ) Não há uma regra específica que padronize o uso de reservas de contingências na gestão de riscos em projetos. 
( ) Eventos incertos nos projetos ocorrem na mesma sequência que as atividades do caminho crítico do projeto. 
( ) Os ativos de processos organizacionais de uma empresa podem influenciar na eficácia da gestão de riscos nos projetos. 
3. Qual das seguintes alternativas NÃO seria uma verdade sobre a gestão de riscos? 
a) Riscos devem analisados de acordo com seu impacto e sua chance de ocorrer 
b) A equipe de projetos e o Gerente de Projetos devem elaborar relatórios de riscos distintos para diferentes stakeholders. 
c) O gerente de projetos deveria ser o único responsável por identificar novos riscos no projeto. 
d) Na gestão de riscos estar em conformidade significa implantar o plano de resposta ao risco de acordo com as ações planejadas. 
e) Reservas de contingência deveriam ser aplicadas somente aos riscos conhecidos e previamente mapeados. 
4. Associe os termos com suas respectivas definições, assinalando nos parênteses a letra correspondente ao termo específico: 
I. Processos de monitoramento e controle de riscos 
II. Soluções de contorno 
III. Análise de Valor Agregado 
IV. Revisão de riscos 
V. Ações corretivas 
( ) Método de medição quantitativa e monitoração de desempenho de execução geral do projeto em relação ao planejamento inicial. 
( ) Mudanças implantadas para trazer o projeto de volta ao seu curso natural. 
( ) Implantação dos planos de respostas aos riscos, caso o mesmo ocorra, identificar novos riscos e avaliar a efetividade das respostas aos riscos. 
( ) Respostas não planejadas aos riscos não identificados que ocorreram no projeto. 
( ) Análise dos planos de gestão dos riscos elaborados pelo time de riscos para determinar se ainda são apropriados. 
a) III – V – I – II – IV. 
b) I – V – II – IV – III. 
c) IV – V – III – I – II. 
d) V – II – I – III – IV. 
e) II – I – IV – III – V. 
5. Qual a periodicidade adequada pela qual o Gerente de Projetos deveria discutir sobre os riscos com sua equipe de projeto? 
a) Durante o desenvolvimento dos planos de respostas aos riscos. 
b) Durante a aplicação da análise de valor agregado. 
c) Em toda reunião de andamento e de status do projeto. 
d) Duas vezes por semana. 
e) Somente na presença na alta administração da companhia. 
6. Qual das sentenças abaixo você consideraria como FALSA? 
a) Índice de desempenho de custos acima de 1,0 significa boa situação do projeto. 
b) A implantação de soluções de contorno pode prejudicar o desempenho do projeto. 
c) Reuniões de andamento do projeto devem ser periodicamente conduzidas pelo Gerente de Projetos. 
d) As restrições iniciais do projeto devem ser analisadas ao se implantar um plano de resposta ao risco. 
e) A alta administração de uma empresa deveria participar efetivamente dos processos de gerenciamento de riscos. 
7. A revisão e reavaliação dos riscos já mapeados no projeto incluem todas as sentenças seguintes, EXCETO: 
a) Avaliação da alteração na lista de prioridade dos riscos. 
b) Monitoramento dos riscos presente no registro de riscos. 
c) Ajustes no ‘risk score’ de riscos que ainda não ocorreram no projeto. 
d) Análise das solicitações e implantações de mudanças no projeto. 
e) Registro da efetividade dos planos de contingência e de backup. 
8. O grau de tolerância aos riscos deveria ser identificado durante qual processo da gestão de riscos? 
a) Análise Quantitativa dos riscos. 
b) Elaboração dos planos de respostas aos riscos. 
c) Revisão e reavaliação do registro de riscos. 
d) Elaboração do planejamento dos riscos do projeto. 
e) Controle e monitoramento dos riscos 
9. Associe os termos com suas respectivas definições, assinalando nos parênteses a letra correspondente ao termo específico: 
I. Avaliação da efetividade 
II. Reavaliação dos riscos 
III. Grau de tolerância aos riscos 
IV. Revisão de riscos 
V. Política e procedimentos na gestão de riscos 
( ) O quanto um stakeholder ou a organização como um todo está disposta a correr certos riscos. 
( ) Muito produtivo para as abordagens iniciais de todo e qualquer projeto da companhia. 
( ) Medições para avaliar e determinar os resultados da ações tomadas. 
( ) Processo de identificação de novos riscos quando mudanças são feitas no projeto. 
( ) Análise dos planos de gestão dos riscos elaborados pelo time de riscos para determinar se ainda são apropriados. 
a) I – III – V – IV – II. 
b) III – V – I – II – IV. 
c) II – V – IV – III – I. 
d) V – IV – I – III – II. 
e) IV – II – III – V – I. 
10. Qual das alternativas tem a MELHOR descrição dos processos de auditoria de riscos: 
a) O gerente de projetos tem a responsabilidade de auditar sozinho cada risco do projeto. 
b) Um auditor interno revisa cada processo para descobrir se a equipe não está gerando novos riscos. 
c) Os stakeholders se reúnem e discutem como tratarão os resultados da auditoria de riscos. 
d) Os processos de auditoria de riscos olham para o passado para descobrir o que deu certo ou errado, enquanto que a revisão de riscos olha para o futuro. 
e) O time de projetos nomeia um auditor de riscos que responderá diretamente ao Gerente de Projetos. 
11. Com qual propósito se deveria garantir a existência da governança de riscos no projeto? 
a) Determinar as responsabilidades dos proprietários de cada risco. 
b) Dar subsídios para que o time de projetos possa compreender melhor as necessidades do cliente. 
c) Garantir a consistência das práticas de gestão de riscos ao longo do ciclo de vida do projeto e na companhia como um todo. 
d) Verificar se o plano de contingência é adequado e, caso não seja, ajustá-lo adequadamente. 
e) Levar ao conhecimento da alta administração sobre determinados riscos com alto impacto para o projeto. 
12. Qual das seguintes sentenças você consideraria como NÃO correta? 
a) Os processos comunicacionais são importantes para o Gerente de Projetos poder passar informações aos stakeholders. 
b) Lições aprendidas de gestão de riscospodem ser representadas por um repositório de dados na forma de documentos eletrônicos. 
c) Post Mortem é uma técnica que simula o projeto já encerrado para identificar possíveis problemas que poderiam ter acontecido. 
d) A maioria dos riscos pode ser fechada antes mesmo do encerramento total do projeto. 
e) Auditoria de riscos é realizada para se identificar novos riscos. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao final desta unidade compreendemos o quão importante se mostra o estabelecimento de métricas e indicadores que auxiliam na identificação se os planos de gestão de riscos 
estão sendo executados de acordo com o que planejamos e se encontram em conformidade, ou seja, se há desvios e se estão sendo controlados adequadamente. 
Aprendemos em quais circunstâncias devemos empregar as reservas de contingência (aquelas obtidas a partir das análises mais detalhadas dos riscos conhecidos pelo time do 
projeto) e das reservas de gerenciamento (providas pela alta administração das companhias, para os riscos que não puderam ser identificados durante o planejamento). 
Pudemos aprender como as ações corretivas se fazem necessárias na gestão de riscos, pois devemos estudar sempre cenários possíveis e simular situações para encontrar as 
melhores alternativas de solução e então aplicá-las. 
Abordamos a efetividade de uma ferramenta muito útil, a análise de valor agregado, como indicador de desempenho dos processos de gestão dos riscos. Pudemos avaliar que os 
resultados desse tipo de análise, principalmente com relação aos indicadores de custos e prazos, são de muita utilidade enquanto avaliamos os riscos do projeto associados a estes 
recursos. 
Vimos que nem todo risco pode ser identificado e tratado na fase de planejamento e que para os riscos desconhecidos que vão surgindo durante o desenvolvimento do projeto 
precisamos também responder a eles, criando estratégias de tratamento para diminuir os impactos causados por eles. 
Abordamos o estabelecimento das melhores políticas, procedimentos e boas práticas de gestão dos riscos, como a criação de uma base de dados histórica de projetos e de gestão de 
riscos baseada em lições aprendidas a serem utilizadas em projetos posteriores nas organizações. Vimos ainda a importância da implantação de uma governança de riscos, que 
contemplam inclusive auditorias periódicas nos processos de gestão dos riscos, buscando sempre a melhoria contínua nestes processos. 
Por fim, pudemos compreender o quão importante é a atuação e postura tanto do Gerente de Projetos e de seu time quanto dos integrantes da alta administração das organizações 
frente às boas práticas de gestão de riscos. Este engajamento associado às ferramentas, técnicas e boas práticas de gestão de riscos nos mostrou que o intuito principal seria o 
implantar uma cultura de gestão de riscos na companhia, disseminando-a aos seus colaboradores e incentivando a aplicação de bons hábitos de gestão de riscos. Aprendemos que 
estas iniciativas podem proporcionar aos stakeholders do projeto ser cada vez mais colaborativos e voltados a prover ótimos resultados aos objetivos dos projetos. 
De posse destas e de outras técnicas, ferramentas e boas práticas de gestão de riscos, além de muita dedicação ao planejamento adequado e ao controle na execução dos planos 
elaborados, tenha certeza de que você irá contribuir e muito para que os resultados dos projetos estejam o mais próximo e fiel possível aos objetivos previamente traçados. 
Uma ótima jornada a todos. 
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Material Complementar 
Na Web 
O especialista brasileiro em gerenciamento de projetos Ricardo Vargas apresenta um podcast de 
dezembro de 2010 discute a importância do monitoramento e controle dos riscos no processo de 
gerenciamento de riscos. Ricardo afirma que os riscos são “vivos” e que o monitoramento é a única 
garantia de que a resposta a ser dada será realmente efetiva. Baixe o arquivo e ouça-o (necessário 
recursos de áudio, caixas de som multimídia ou fone de ouvido no computador ou tablet) 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
DINSMORE, P.C.; CABANIS-BREWIN, J. AMA manual de gerenciamento de projetos . Rio de Janeiro: Brasport, 2009. 
GREENE, J.; STELLMAN, A. Use a Cabeça, PMP !. 2. ed. Rio de Janeiro, editora Alta Books, 2010. 
KERZNER, H. Project Management : A systems approach to planning, scheduling and controlling. 10. ed. New York: John Wiley & Sons Inc., 2009. p. 753-788. 
MAXIMIANO, A. C. A. Administração de Projetos : como transformar ideias em resultados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
MULCAHY, Rita . Risk Management : Tricks of the Trade for Project Managers and PMI-RMP Exam Prep Guide. 2.ed. RMC Publications, Inc. 2010. 
PMSURVEY, World Report 2014. A Global initiative of PMI Chapters . Disponível em: . Acesso em: 13. Jul. 2016. 
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI). A guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide) . Fifth Edition. Newtown Square, 2013. 
SBRAGIO, R. Engenharia Econômica e Análise de Riscos. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2009. 
SILVA, A. F. de A.; ARAÚJO, R. Â.; CABRAL, S. Integração da gestão estratégica, governança e gestão de riscos : Impacto da crise de 2008 em duas companhias de alimentos. 
Disponível em: www.spell.org.br/documentos/download/18404 . Acesso em: 13. Jul. 2016. 
SOFTEXPERT, Software para Análise e Gestão de Riscos Corporativos – ERM. Disponível em: http://www.tgnbrasil.com.br/gestao-de-riscos-corporativos-erm/ . Acesso em: 13. Jul. 
2016. 
STEX, Tecnologia para Execução da Estratégia. Disponível em: http://www.stex.com.br/ . Acesso em: 13. Jul. 2016. 
VARGAS, Ricardo V. FIVE minutes podcast. Disponível em: . Acesso em: 13. Jul. 2016. 
VARGAS, Ricardo V. Manual prático do plano de projeto utilizando o PMBOK Guide . 3. ed., Rio de Janeiro, Editora Brasport, 2007. 
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APROFUNDANDO 
INTEGRAÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA, GOVERNANÇA E GESTÃO DE RISCOS: 
IMPACTO DA CRISE DE 2008 EM DUAS COMPANHIAS DE ALIMENTOSO relato de caso a seguir traz à luz a importância da implantação de uma política de riscos e da governança aplicada à gestão de riscos em duas companhias do segmento alimentício. 
Trata-se da empresa Sadia, que à época da avaliação – 2008 – apresentava dificuldades financeiras e prejuízos nas suas operações e da empresa Perdigão, que no mesmo período 
apresentava resultados mais satisfatórios. 
Porém segundo Silva, Araújo e Cabral (2013), estes resultados não eram suficientes para se sustentarem em um mercado tão competitivo frente à crise de 2008. A empresa 
Perdigão empregava processos mais robustos de análise e gestão de riscos e exercia algumas políticas de riscos em seus projetos, principalmente de natureza financeira, enquanto 
que a Sadia, apesar de ser uma empresa de grande porte, não aplicava políticas robustas de riscos. Nesse quesito, a Sadia tinha uma gestão familiar e pouco aderente à gestão de 
riscos em seus projetos. 
A Sadia era uma empresa que buscava diversificar sua linha de produtos buscando sempre a inovação e a Perdigão era uma companhia que buscava excelência nas suas operações, 
objetivando a sua eficiência produtiva e comercial. As duas empresas se fundiram em meados de 2009 dando origem à BRF Brasil Foods, na qual as políticas, procedimentos e 
governança de riscos antes aplicada somente a Perdigão, tiveram seus processos revistos e foram incorporadas à nova empresa criada na fusão. 
Com as novas políticas de gestão de riscos elaboradas para a nova empresa os resultados financeiros começaram a se estabilizar e se tornaram competitivos no segmento 
novamente. Houve um processo de lição aprendida, porém ao custo de uma elevada perda financeira e administrativa enfrentada pela Sadia. Após a fusão das companhias, a política 
financeira para o mercado de câmbio se manteve próxima das orientações aplicadas anteriormente pela Perdigão, porém com índices ainda mais conservadores. 
Compreendemos que as práticas de governança de riscos são constituídas por diversos procedimentos característicos. Portanto, se torna crucial não apenas analisar a 
aplicabilidade dessas práticas, mas também analisar como estão sendo monitoradas na companhia. O fato nos revelou a necessidade de se revisarem as estratégias de gestão e 
governança de riscos nos projetos das organizações, principalmente de natureza financeira, para que possam manter ou, na melhor das hipóteses, aumentar seu poder de 
competitividade no segmento de atuação. 
Fonte: Silva, Araújo e Cabral (2013, on-line). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; SAMPAIO , Paulo. 
Gestão de Riscos em Projetos. Paulo Sampaio. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
54 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Projetos. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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