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PSA Pergunta 1 Leia a charge. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I- O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas específicos. II- A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os habitats naturais. III- A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. É correto o que se afirma apenas em a. I e III. b. II. c. III. d. II e III. e. I e II. Pergunta 2 Leia a tirinha. O objetivo da tirinha é: a. criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. b. evidenciar positivamente as novas oportunidades surgidas com a internet. c. enaltecer a diversidade de opiniões nas redes sociais. d. criticar a intolerância contra aqueles que expõem suas opiniões. e. mostrar a importância da profissionalização para atuar nas redes sociais. Pergunta 3 Leia a charge O objetivo da charge é a. mostrar que a inteligência artificial no Brasil não está desenvolvida, pois baseia- se em formas arcaicas de conhecimento. b. evidenciar a importância da concentração e do esforço pessoal na busca de informações. c. valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas importantes para a construção do conhecimento. d. valorizar os novos dispositivos tecnológicos, que são acessíveis a todos e produzem inteligência. e. mostrar que a mente humana continua superior à da máquina Pergunta 4 Leia o texto. Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive indivíduos com mais de 80 anos Publicado em 04/03/2022 Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase três vezes maior entre os não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687 mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 48.217 foram de pessoas que não tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos vacinados que foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e o número de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos participantes, com o status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e vacinação). No primeiro modelo, quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa de letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas etárias", afirmam os autores do artigo. Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um estudo observacional com dados de 90 países que mostrou que, a cada aumento de 10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das- mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19. II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, entre os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do que a observada entre os não vacinados. III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. É correto o que se afirma em a. I, apenas. b. I e II, apenas. c. II, apenas. d. I e III, apenas. e. I, II e III. Pergunta 5 Leia o texto. Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a apneia, e o maior risco cardiovascular Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em razão do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir eventos cardiovasculares. Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas provocadas por apneia ouinsônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023- dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios de sono tendem a ser maiores. PORQUE II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não depende de outros fatores do cotidiano. Assinale a alternativa correta. a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I. b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I. c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. d. A asserção I é falsa, e a II é verdadeira. e. As asserções I e II são falsas. Pergunta 6 Leia a charge e o texto. Pobreza e extrema pobreza batem recorde no Brasil em 2021, diz IBGE O equivalente a 29,4% da população brasileira estava na pobreza no ano passado; ponta extrema alcança 8,4% da população - Reuters – 02/12/2022 A pobreza e a extrema pobreza bateram recordes no Brasil em 2021, como consequência dos efeitos negativos da pandemia de covid-19, informou nesta sexta-feira (02/12/2022) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pobreza no País em 2021 alcançou 62,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 29,4% da população do país, enquanto 17,9 milhões de brasileiros se encontravam na extrema pobreza no ano passado (8,4% da população). Nos dois casos, os níveis são os mais altos da série do IBGE iniciada em 2012. “Esse aprofundamento da pobreza e extrema pobreza tem a ver com os impactos da pandemia de covid-19 e seus efeitos sobre o mercado de trabalho“, disse João Hallak, gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE. “A situação dos trabalhadores no mercado de trabalho foi bem difícil em 2021, e isso tem reflexos nos indicadores sociais”. Disponível em <https://www.infomoney.com.br/economia/pobreza-e-extrema-pobreza- batem-recorde-no-brasil-em-2021-diz-ibge/>. Acesso em 11 mar. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A charge tem por objetivo criticar as pessoas que vivem em condição de pobreza e não tentam mudar sua situação, conformando-se em ser meros números nas estatísticas. II. De acordo com o texto, em 2021, em média, 1 em cada 12 brasileiros vivia em condições de extrema pobreza. III. Segundo o gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE, o aprofundamento da pobreza no Brasil em 2021 está vinculado aos impactos da covid-19 sobre o mercado de trabalho. É correto apenas o que se afirma em a. I. b. II. c. III. d. II e III. e. I e II. Pergunta 7 Leia o texto. Mas o que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder excepcional que lhe advém do fato de a sua linguagem funcionar a partir da reprodução fotográfica da realidade. Com efeito, com ele, são os próprios seres e as próprias coisas que aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e falam à imaginação: a uma primeira abordagem parece que qualquer representação (o significante) coincide de forma exata e unívoca com a informação conceptual que veicula (o significado). MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Lisboa: Dinalivros, 2005, p.24. A seguir, temos a foto de uma cena do filme “O Poderoso Chefão” (1972). Essa obra- prima do cinema, ganhadora de diversos Oscars, inclusive o de Melhor Filme, mostra a trajetória de uma família mafiosa de Nova York de uma maneira que jamais havia sido vista antes. O roteiro do diretor Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo do escritor ítalo-americano Mario Puzo, apresenta o crime organizado como uma empresa capitalista qualquer e, ao fazer isso, põe no mesmo nível os capitalistas e os mafiosos. Em vez de apelar para os diálogos ou a atuação dos atores para evocar a onipresença do mal no universo de crimes e assassinatos perpetrados pela máfia, o filme emprega uma fotografia contrastada em claro/escuro, predominantemente sombria. Trata-se de uma maneira estritamente visual de trabalhar um tema, a característica essencial do cinema como linguagem autônoma. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. De acordo com o texto, o cinema é uma forma de arte exclusivamente imagética, que independe das palavras. PORQUE II. Os recursos visuais, como iluminação e fotografia, são importantes na construção da mensagem cinematográfica. Assinale a alternativa correta. a. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. b. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. c. A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. d. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. e. As duas asserções são falsas. Pergunta 8 Leia os quadrinhos e o texto. Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, grades no entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções sem marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos e materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam influenciando a maneira como os indivíduos convivem e vivenciam os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem dizer “não se sinta em casa” — como define a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem despertando debates sobre o impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova York, Setha Low, afirmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre com esse tipo de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de locais públicos administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando pouca área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar algo”. Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares como Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York. Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação pelos centros urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e tentar amenizar os seus reflexos. Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao- sao-para-todos/? gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são planejadas, ideia também afirmada no texto. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de consumidor do que ao de cidadão. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o texto, é uma solução para que eles se tornem mais inclusivos. É correto o que se afirma em a. I, II e III. b. I e II, apenas. c. II e III, apenas. d. I e III, apenas. e. I, apenas.Pergunta 9 Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com falência da medula óssea Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de síndromes de falência da medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores norte-americanos. Os resultados foram divulgados na revista Blood, da American Society of Hematology. Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo consegue predizer se a condição é hereditária ou adquirida, o que tem implicações principalmente no manejo de casos graves de pancitopenia – condição em que há redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do sangue quanto das plaquetas, resultando em anemia [deficiência de glóbulos vermelhos do sangue que pode causar fraqueza, cansaço, sonolência, falta de ar, entre outros problemas], leucopenia [menor capacidade de combater infecções por deficiência de glóbulos brancos do sangue] e trombocitopenia [maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas]. “A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode resultar em atraso significativo no tratamento de pacientes gravemente pancitopênicos. Por outro lado, o diagnóstico errado de insuficiência hereditária da medula óssea [BMF, na sigla em inglês] pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família afetado como doador de células-tronco”, afirmam os autores no artigo. Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas e outros profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, auxiliando na tomada de decisão clínica. O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Um dos coordenadores da pesquisa foi Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP- USP, diretor-presidente-executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC. Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana. Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o- diagnostico-de-pacientes-com-falencia-da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. I. O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de síndromes de falência da medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos de análises. II. O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of Hematology, com base na inteligência artificial, que é um ramo do machine learning. III. A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula óssea é hereditária ou adquirida. É correto o que se afirma em a. III, apenas. b. II, apenas. c. I, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Pergunta 10 Leia o texto. Por que algumas pessoas são gênios esquecidos Diversos fatores psicológicos contribuem para que as pessoas atinjam níveis assombrosos de percepção e criatividade David Robson, BBC- 04/12/2022 No final dos anos 1920, um jovem de classe média conhecido como Ritty passava a maior parte do tempo mexendo no seu "laboratório", na casa dos pais em Rockaway, Nova York, nos Estados Unidos. O laboratório era uma velha caixa de madeira, equipada com prateleiras que continham uma bateria e um circuito elétrico com lâmpadas, chaves e resistores. Uma das suas invenções mais notáveis era um alarme doméstico contra intrusos que o alertava sempre que seus pais entrassem no seu quarto. Ele também usava um microscópio para estudar o mundo natural e, às vezes, levava seu conjunto de química para a rua, para fazer truques para as outras crianças. Mas o registro escolar de Ritty no ensino fundamental era comum. Ele tinha dificuldades com literatura e línguas estrangeiras. E, em um teste de QI quando criança, a pontuação dele teria sido de cerca de 125, que é acima da média, mas longe do espectro dos gênios. Na adolescência, Ritty demonstrou talento para a matemática e começou a estudar sozinho com livros elementares. No final do ensino médio, ele conseguiu o primeiro lugar no concurso anual de matemática do estado. Ritty é parte da história da Ciência. Ele tornou-se o físico Richard Feynman (1918- 1988), vencedor do Prêmio Nobel em 1965. Sua teoria da eletrodinâmica quântica revolucionou o estudo das partículas subatômicas. Outros cientistas consideravam o funcionamento da mente de Feynman algo impenetrável. Para os colegas, ele parecia ter um talento quase sobrenatural, que levou o matemático polonês-americano Mark Kac a declarar, em sua autobiografia, que Feynman não era apenas um gênio comum, mas "um mágico do mais alto calibre". A psicologia moderna pode nos ajudar a decodificar essa magia e compreender, de forma mais geral, o que torna uma pessoa um gênio? A simples definição do termo já é uma dor de cabeça. Não existem critérios claros nem objetivos. Mas a maior parte das definições identifica que o gênio tem realizações excepcionais em pelo menos um domínio, com originalidade e talento que são reconhecidos por outros especialistas na mesma disciplina e podem impulsionar muitos outros avanços. Disponível em <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/12/04/por-que-algumas- pessoas-sao-genios-esquecidos.ghtml>. Acesso em 06 dez. 2022 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. Richard Feynman mostrava traços de genialidade desde a infância, principalmente no ambiente escolar, embora seu teste de QI tenha apresentado resultado mediano. Os critérios para identificar a genialidade são bem definidos e incluem a realização de feitos excepcionais e o bom desempenho escolar. Para se tornar um físico famoso, Richard Feynman recebeu intenso apoio da família e da escola, que lhe promoveu condições diferenciadas de estudo. Assinale a alternativa correta. a. Nenhuma afirmativa é correta. b. Todas as afirmativas são corretas. c. Apenas a afirmativa I é correta. d. Apenas a afirmativa II é correta. e. Apenas a afirmativa III é correta. Pergunta 11 Leia o fragmento de texto abaixo, que é um trecho da Constituição da República Federativa do Brasil. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada,nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2020. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 4 fev. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. De acordo com o texto da Constituição, a liberdade religiosa é garantida no Brasil. II. A Constituição proíbe o uso da tortura no Brasil e a utilização de meios degradantes ou desumanos. Essa proibição inclui ações tomadas pelo próprio Estado brasileiro. III. O texto da Constituição garante a liberdade de expressão, destacando especialmente trabalhos de naturezas artística, intelectual e científica. É correto o que se afirma em a. I e II, apenas. b. I, apenas. c. I e III, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Pergunta 12 Leia o texto e observe a imagem. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica “As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”. Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada. EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de selfies perfeitas. II. O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os verdadeiros rostos. III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e não com as redes sociais. É correto o que se afirma apenas em a. I. b. II. c. III. d. I e II. e. I e III. Pergunta 13 Leia o texto. Desmatamento na Amazônia chega a quase 8 mil km2 em 2022, pior acumulado em 15 anos. Apenas em agosto, foram derrubados 1.415 km². Além disso, a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu 54 vezes. Em 2022, o desmatamento acumulado na Amazônia já chegou a quase 8 mil km² apenas em oito meses, sendo o maior dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), somente em agosto foram derrubados 1.415 km² de floresta, uma área quatro vezes maior do que Belo Horizonte. Outro problema foi a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas, que cresceu 54 vezes na região em relação ao mesmo mês do ano passado. A área degradada passou de 18 km² em agosto de 2021 para 976 km² em agosto de 2022. Além de ameaçar diretamente a vida de povos e comunidades tradicionais e causar perdas na biodiversidade, esse aumento na destruição também afeta a camada de ozônio e contribui para o aquecimento global em um momento de emergência climática. Por isso, neste Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, é importante olhar para a floresta em pé como uma das soluções para proteger as populações das consequências desse desequilíbrio do clima, entre elas a maior frequência e intensidade de eventos extremos como secas e tempestades. “Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na degradação florestal. E infelizmente temos visto ações insuficientes para combater esse problema”, lamenta a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon. O instituto classifica como desmatamento quando a vegetação foi totalmente removida, o chamado “corte raso”, e como degradação florestal quando parte da mata foi retirada por causa da extração de madeira ou afetada pelo fogo. Por isso, é comum que uma área classificada como degradada seja posteriormente desmatada. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O desmatamento da Amazônia tem implicações sociais e ambientais, pois afeta comunidades da região e contribui para o aquecimento global. II. Pelo gráfico, observa-se que a área degradada na Amazônia foi maior durante o ano de 2021 do que durante o ano de 2022. III. Desmatamento e degradação florestal são termos sinônimos, que se referem à destruição das áreas verdes. Assinale a alternativa correta. a. Nenhuma afirmativa é correta. b. Apenas as afirmativas I e II são corretas. c. Apenas a afirmativa I é correta. d. Apenas a afirmativa II é correta. e. Apenas a afirmativa III é correta. Pergunta 14 Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida,Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados. A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do grupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês (18,03%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de- noticias/noticias/36051-inflacao-sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5- 79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação acumulada no país. II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do grupo “alimentação e bebidas”. III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. É correto o que se afirma em a. I, apenas. b. II, apenas. c. I e II, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Pergunta 15 Leia a charge e o texto. As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a oferta de mão de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por isso. Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Segundo o relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Brasil figura na 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países. Isso significa que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do país. Mas por que isso ainda acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos suficientes para proteger as mulheres dessa situação? Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entre 17 e 70 anos empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 pontos percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina no mercado de trabalho tende a cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992. Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente entre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e cultural imposto às mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos. Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é significativa no Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário. Isso significa que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das desigualdades profissionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte dos empregos formais femininos está concentrada em setores e cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas atividades profissionais. Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência Patrícia Galvão (2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens. Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentais à mulher em relação ao trabalho, prevendo formalmente a proteção e a promoção das mulheres na esfera profissional. Mas apenas a existência de regras não acarreta, necessariamente, mudanças comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo, pois, por mais que essa norma esteja vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada à dos homens. Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado- de-trabalho/?https://www.politize.com.br/ &gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4XLRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqT G75Hli0Uk52LuAYoaAokVEALw_wcB>. Acesso em 16 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura da charge e do texto, avalie as afirmativas. I. Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desiguais em relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções semelhantes. II. Segundo o IPEA (2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992. III. A charge sugere que as mulheres enfrentam mais dificuldades do que os homens para estabelecer sua carreira profissional. De acordo com o texto, essas dificuldades decorrem, entre outros fatores, do papel social e cultural imposto às mulheres. É correto apenas o que se afirma em a. I e II. b. II e III. c. I e III. d. I. e. II. Pergunta 16 Leia o artigo e a charge, de Laerte. O que anima e o que assusta no ChatGPT, a nova inteligência artificial Nas últimas semanas, a emergência do ChatGPT, novo chatbot desenvolvido pela OpenAI, chamou a atenção internacional. Essa nova ferramenta de inteligência artificial (IA) pode revolucionar um leque extremamente amplo de atividades humanas, mas não deixou de despertar também um considerável número de preocupações entre especialistas de tecnologia. É altamente provável que reguladores sejam os próximos a se interessar por esta tecnologia. O ChatGPT é uma das últimas aplicações do modelo algorítmico Generative Pretrained Transformer 3 (GPT-3). Este modelo de processamento de linguagem natural de última geração foi apresentado pela primeira vez em 2020, levantando diversos questionamentos éticos em relação ao seu uso. O ChatGPT é capaz de entender a linguagem humana natural e gerar uma resposta semelhante ao fruto do intelecto humano após receber um pedido. A ferramenta ganhou destaque por três razões principais. Primeiramente, pelo nível extremamente refinado de suas respostas. A sua simulação quase fiel de textos escritos por humanos e suasrespostas precisas e coerentes na enorme maioria de perguntas, mesmo as mais complexas, é impressionante. Tal evolução torna-se extremamente útil para facilitar uma miríade de tarefas e, consequentemente, extremamente lucrativa para quem conseguir alcançar este nível de sofisticação. Neste sentido, a segunda –mas talvez deveríamos considerá-la a primeira– razão pela qual o ChatGPT chamou a atenção dos especialistas foram os incessantes rumores sobre o vultoso investimento de US$ 10 bilhões que a OpenAI, liderada por Elon Musk e Sam Altman, estaria negociando com a Microsoft, depois de já ter recebido um investimento de US$ 1 bilhão da Microsoft em 2019. Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT já teria atingido a marca de 1 milhão de usuários, mesmo tendo sido lançado há menos de um mês. Por enquanto, o sistema de IA está sendo disponibilizado "gratuitamente", alistando usuários numa gigantesca operação de propaganda e teste da tecnologia. Em terceiro lugar, e em perspectiva mais geral, o ChatGPT destaca a chegada de uma nova fase de automação na qual a IA não desempenha somente uma tarefa limitada, mas pode interagir de maneira muito mais refinada com o usuário, assistindo de maneira muito mais elaborada, desde a redação de um artigo, até a correção de código de software, no espaço de alguns segundos. Por exemplo, o chamado "debug de código" é o primeiro exemplo oferecido no seu site oficial sobre como o ChatGPT pode contribuir para examinar e melhorar os códigos, a partir de um "diálogo" com o programador. Essa capacidade de gerar respostas para qualquer tipo de pergunta é extremamente promissora, mas também assustadora. Quando um usuário pede a elaboração de malware (ou seja, software malicioso tipicamente usado para ataques de hackers), o ChatGPT entrega rapidamente um ótimo rascunho de código que permitiria – ou pelo menos facilitaria enormemente – ataques particularmente perniciosos, mesmo se o perpetrador fosse um novato. Por enquanto, ninguém parece ainda ter pedido ao ChatGPT para elaborar uma série de notícias falsas para causar danos a personalidades ou instituições públicas, mas o sistema performou muito bem na redação de emails de phishing a ser enviados para golpes online. Pode-se imaginar que o mesmo tipo de performance de alto nível possa ser alcançado com a elaboração de fake news. Talvez uma das aplicações de maior sucesso do chat poderia ser a pesquisa acadêmica, que nos obriga a repensar radicalmente como as competências intelectuais dos indivíduos são avaliadas. Que sentido pode fazer avaliar um estudante com um trabalho de conclusão de curso ou um ensaio se tais trabalhos podem ser elaborados em poucos segundos pelo ChatGPT? A ICML (International Conference on Machine Learning), uma das mais prestigiadas conferências de IA do mundo, já proibiu o uso de ferramentas como o ChatGPT para escrever ou corrigir artigos científicos. Essa decisão deu ensejo a um debate ético na academia e entre os profissionais de machine learning. Algumas das questões éticas levantadas pela conferência foram a dificuldade em distinguir textos escritos pelo chat de textos de autoria humana e que seu uso permite a reformulação de textos disponíveis na internet, sem creditar os autores originais. O plágio é considerado um problema grave nas instituições de ensino, mas sistemas como o ChatGPT tornam a prática extremamente mais fácil e, ao mesmo tempo, difícil de se detectar. Embora a proibição estabelecida pela ICML seja totalmente compreensível, sua implementação parece extremamente difícil. Ainda não está claro como o comitê organizador da ICML –ou qualquer outra pessoa– poderia determinar se um texto foi elaborado com o auxílio dessas ferramentas. As aplicações do ChatGPT podem ser extremamente valiosas e poupar milhões de horas de trabalho em redação de emails, notas, planos, projetos, software etc. Porém, ao lado de usos amigáveis e de boa-fé vêm muitos outros potenciais (ab)usos muito menos nobres. A finalidade pela qual qualquer tecnologia é usada depende de seu usuário. Mas o desenvolvedor não pode ser totalmente isento de responsabilidade e deve ter um dever de cuidado quando a tecnologia pode facilmente ser utilizada para finalidades nocivas. O ChatGPT levanta questões muito relevantes de cibersegurança, de proteção de dados, de pedagogia e de ética. Nos obriga a repensar nossa relação com IA a fim de começar a considerar a necessidade de evoluir com ela, nos tornando mais inteligentes e preparados graças a ela. A outra opção, mais preguiçosa, e muito mais perniciosa: nos tornar dependentes ao invés de protagonistas da IA. A chegada de um tipo de IA mais complexo e desafiador nos obriga a analisar todos os efeitos, sejam positivos ou negativos, de tais avanços, a nos preparar de maneira séria e entender como regular de forma eficiente. (*) Luca Belli é professor e coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio. Nina da Hora é pesquisadora especialista em IA e cibersegurança no CTS- FGV. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/01/chatgpt-o-que-anima-e-o- que-assusta-na-nova-inteligencia-artificial.shtml>. Acesso em 28 fev. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O objetivo da charge é evidenciar os benefícios da tecnologia, especialmente da inteligência artificial, que supera a capacidade humana na elaboração de textos, aspecto também abordado pelo artigo de opinião. II. Segundo o artigo, as finalidades nocivas de qualquer tecnologia dependem dos usuários e, por isso, os desenvolvedores de novas ferramentas devem ser isentos de qualquer responsabilidade. III. O artigo e a charge revelam questões éticas no uso do ChatGPT, pois abordam o problema da autoria no uso da ferramenta na produção de textos. Assinale a alternativa correta. a. Todas as afirmativas são corretas. b. Nenhuma afirmativa é correta. c. Apenas a afirmativa I é correta. d. Apenas a afirmativa II é correta. e. Apenas a afirmativa III é correta. Pergunta 17 Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia. Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência da violência de gênero. Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser registrados. Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos. Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. "O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um movimento nos Estados de adaptação à nova legislação”. Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic %C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houveaumento de cerca de 10% nos casos de feminicídio registrados. II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. III. Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo. É correto o que se afirma em a. I, apenas. b. I e II, apenas. c. I e III, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Pergunta 18 Leia o texto. Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório “Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que são focados no desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental (ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo garimpo desde 2016. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária estão inversamente relacionados desde 2016. II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças e a destruição ambiental. Assinale a alternativa correta. a. Todas as afirmativas são corretas. b. Nenhuma afirmativa é correta. c. Apenas as afirmativas I e III são corretas. d. Apenas as afirmativas II e III são corretas. e. Apenas a afirmativa III é correta. Pergunta 19 Leia os textos. As fortes chuvas, os alagamentos, as inundações, as enchentes trazem, no correr da água, o risco da leptospirose. Quem vive em condições precárias de moradia e de saneamento básico também é aquele que costuma ser mais afetado por um problema de saúde pública muitas vezes negligenciado. De 2021 a 2022, o número de casos aumentou 52% e, de mortes, 70%. Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de- mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml>. Acesso em 21 fev. 2023. Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensificam, podendo causar inundações e enchentes. Com isso, as populações podem ficar suscetíveis ao contato com a urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria causadora da leptospirose, doença considerada zoonose de importância mundial. Um amplo espectro de animais serve como reservatório para a persistência de focos de infecção, sendo os principais, roedores, especialmente o rato-de-esgoto. Além dele, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães também podem transmitir a doença. A leptospirose apresenta como principais sintomas febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), e podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas, mas a confirmação vem através de um exame de sangue. Já o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/aumento-das-chuvas-no-verao-e-o-risco-da- leptospirose-saiba-mais-sobre-a-doenca/>. Acesso em 21 fev. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. As águas das enchentes podem estar contaminadas com o agente transmissor da leptospirose, o que explica sua ocorrência exclusiva em áreas periféricas dos centros urbanos. II. As condições precárias de moradia e de saneamento básico aumentam o risco de infecção por leptospirose. III. Em 2021, cerca de 10% das pessoas infectadas por leptospirose morreram. É correto o que se afirma em a. I, II e III. b. I e II, apenas. c. II e III, apenas. d. I e III, apenas. e. II, apenas. Pergunta 20 Leia o texto. Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base em anúncios na internet. O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice desde 2011 (17,30%). Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a escalada de preços, estão: o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel; a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização imobiliária. Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado,uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da inflação. Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. Goiânia (GO): 32,93% Florianópolis (SC): 30,56% Curitiba (PR): 24,47% Fortaleza (CE): 21,33% Belo Horizonte (MG): 20,01% Rio de Janeiro: 17,93% Recife (PE): 17,07% Salvador (BA): 16,56% São Paulo: 14,63% Porto Alegre (RS): 11,14% Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio- aluguel-2022-fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia. II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média registrada no país. III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. É correto o que se afirma em : a. II e III, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. I e II, apenas. e. I, II e III.