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FR602 – Farmacotécnica
Emulsões
10/09/15
Emulsões
	- Forma farmacêutica muito comercializada (medicamentos e cosméticos).
	- Indústria de alimentos também utiliza (ex: maionese – proteínas do ovo servem de emulsificantes. É uma emulsão de água em óleo. Fase interna é aquosa e externa é oleosa; leite; mousse – gelatina é o emulsificante).
	
Definição
	- Emulsão é uma dispersão em eu a fase dispersa é composta por pequenos glóbulos de líquido que encontram-se distribuídos em um veículo no qual são imiscíveis – formam uma fase só, mas se adicionar algo, pode separar as fases.
Agentes emulsificantes
	- Reduzem tensão interfacial entre FA e FO
	- Favorecem emulsificação
	- Também são agentes de consistência.
->Classificação
	- Aniônicos
	- Catiônicos
	- Não iônicos
	- Anfóteros
	- Bases auto-emulsionáveis aniônicas
	- Bases auto-emulsionáveis não-iônicas.
Fase interna/Fase externa
	- A fase interna é também chamada de fase dispersa
	- A fase externa é contínua e também chamada de fase dispersante
	- Emulsões que apresentam fase interna aquosa e fase externa oleosa são emulsões A/O
	- Emulsões que apresentam fase interna oleosa e fase externa aquosa são emulsões O/A
Identificação de emulsões
	- As emulsões geralmente adquirem as características de sua fase externa ou contínua – a característica macroscópica é da fase externa (ex: miscível em água – aquosa; imiscíveis – oleosas; ou aquosas permitem condução elétrica).
	- Teste de miscibilidade em água ou óleo: as emulsões são miscíveis apenas com líquidos da fase contínua
- Condutividade: sistemas com fase contínua aquosa conduzem eletricidade
- Coloração: utilização de corantes hidrossolúveis (coram FA) e corantes lipossolúveis (coram FO) seguido de observação em microscópio.
Finalidades
	- Via oral (emulsões líquidas)
		* mascarar sabor e odor desagradável de alguns fármacos oleosos, através de sua dispersão em meio aquoso edulcorado e flavorizado.
		* Favorecer rápida absorção de óleos emulsionados e sob a forma de gotículas reduzidas.
	- Via tópica (emulsões líquidas e semi-sólidas)
		* Podem ser do tipo A/O ou O/A, dependendo da natureza dos agentes terapêuticos, necessidade de efeito emoliente e das condições da pele.
		* Ativos naturalmente irritantes para a pele são menos irritantes se veiculados na fase interna de uma emulsão.
		* Na pele íntegra uma emulsão A/O pode ser aplicada com mais uniformidade devido a camada de sebo que recobre a pele.
		* Uma preparação A/O também produz maior efeito emoliente sobre a pele, pois resiste a secagem e remoção de água.
	- Via Parenteral ( emulsões líquidas)
		* Emulsões lipídicas podem ser injetadas IV para pacientes que recebem nutrição parenteral, quando as necessidades calóricas não podem ser supreidas por glicose. Pode ser administradas por via periférica ou cateter central.
Teorias da Emulsificação
	1.Tensão superficial
		-> Todos os líquidos tendem a forma que produza a menor área superficial exposta.
		-> Para os líquidos esta forma é de uma gota. Se duas gotas de um mesmo líquido entram em contato, a tendência é que elas coalesçam, formando uma gota maior, que tem área superficial menor que a soma das áreas das duas gotas.
		-> Líquido em contato com o ar → tensão superficial
		-> Líquido em contato com líquido → tensão interfacial (força que resiste à fragmentação em partículas menores).
		-> Emulgentes ou emulsificantes:
			= diminuem a tensão interfacial, facilitando a fragmentação em partículas menores.
			= diminuem a força repelente entre os líquidos.
			= diminuem a atração entre as próprias moléculas.
			= facilitam a fragmentação em glóbulos menores, os quais apresentam menor tendência a agregar-se ou coalescer.
	2.Cunha orientada
		-> Camadas monomoleculares de emulgente estão dispostas ao redor de uma gotícula da FI da emulsão
		-> As moléculas do tensoativo que estabilizam uma emulsão são vistas como uma cunha, com uma extremidade mais larga que a outra.
		-> Adsorvida em uma interface, se o seu lado mais volumoso for hidrofílico, a cunha irá estabilizar emulsões óleo em água, e vice-versa.
		-> Em outras palavras, a fase em que o emulgente for mais solúvel se tornará a fase contínua da emulsão.
	3.Filme interfacial
		-> Descreve que o emulgente se encontra na interface, ao redor das gotículas da FI, como um filme adsorvido na superfície das mesmas.
		-> O filme evita o contato e a coalescência da fase dispersa.
		-> Quanto mais resistente e flexível for o filme, mais estáveis serão as emulsões.
	- É improvável que apenas uma teoria possa explicar como a enorme variedade de emulgentes promovm a formação das emulsões e garantam sua estabilidade.
	- Por exemplo, a diminuição da tensão superficial é importante na formação inicial das emulsões, mas a formação de uma cunha de moléculas ou de um filme é importante para a manutenção da estabilidade.
Preparo de emulsões
	- Emulgentes
		* compatível com os outros componentes da formulação e não interferir na eficácia e estabilidade do agente terapêutico.
		* estável e não deterioras na formulação
		* Atóxico no uso pretendido e na quantidade presente na formulação.
		* Pouco ou nenhum sabor e cor.
		* Ser capaz de promover a emulsificação e maner a estabilidade da emulsão durante o prazo de validade previsto.
		* Carboidratos: agentes naturais (goma arábica, ágar, pectina, etc). Formam colóides hidrofílicos em contato com água e em geral produzem emulsões O/A.
		* Substâncias proteicas: gelatinas, caseína, gema de ovo. Formam emulsões O/A
		* Álcoois de alto PM> álcool ..........................
		* Tensoativos: (aniônicos, catiônicos e não-iônicos) apresentam porção hidrofílica e lipofílica. Uma mistura de tensoativo pode ser empregada para obtenção de emulsões estáveis.
		* Observar que cargas opostas de tensoativo neutralizam-se ..................
	- O volume relativo das FI e FE é importante, independente de qual agente emulsificante vai ser usado. Quando o volume da FI de uma emulsão aumenta, sua viscosidade aumenta até certo ponto, diminuindo rapidamente em seguida. Nesse ponto a emulsão sofreu inversão (............)
Sistema EHL
	-Um método foi desenvolvido para classificar o emulgente ou tensoativo com base em sua composição química, sendo denominado Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico.
	- Por esse método, a cada emulgente atribui-se um valor de EHL ( de 1 a 40, sendo a faixa usual de 1 a 20) .......................................
	- Escala de Griffin 
	Finalidade
	Valor de EHL
	Agentes anti-espuma
	1 3
	Emulsificantes A/O
	3 6
	Agentes molhantes
	7 9
	Emulsificantes o/A
	8 18
	Detergente
	13 15
	Solubilizantes
	15 20
* Os emulgente escolhidos são aqueles que apresentam valores de EHL próximos aos da fase oleosa da emulsão pretendida
* Quando necessários 2 ou mais emulgentes podem ser combinados para se obter valores de EHL apropriados.
Ex:
Álcool cetílico....................Fase oleosa................. 15 g
Cera branca...................... Fase oleosa ..................1 g		18 partes
Lanolina anidra................ Fase oleosa................... 2 g
Agente emulsivo ....................................................5 g
Glicerina ......................... Fase aquosa .................. 5 g
Água destilada q.s.p.........Fase aquosa................. 100 g
Fração da FO x Valor de EHL (Tabelado)
	Componentes de FO
	Fração de FO
	Fração x Valor
	
	Álcool cetílico
	15g+18=0,830
	0,830x15
	12,5
	Cera branca
	1g+18=0,055
	0,055x15
	0,7
	Lanolina
	2g+18=0,110
	0,110x10
	1,1
	
	Total EHL da emulsão
	
	14,3
Para que o agente emulsivo eficaz, seu EHL deverá ser o mais próximo do EHL da emulsão estudada: EHL=14,3
Tabela: Valores de EHL de alguns agentes emulsivos
Trioleato de sorbitano (Span 85) 1,8
Monoesterato de glicerina 3,8
Polissorbato 60 (Tween 60) 14,9
Polissorbato 80 (Tween 80)	15
Cálculo para mistura de agentes emulsivos
Vaselina líquida ..........(EHL=10,5).......30g
Agente emulsivo..................................5 g
Água destilada q.s.p............................100 mL
O agenteemulsivo é constituído por uma mistura de Span 40 (EHL=4,3) e Tween 40 (EHL=14,9) em porções tais para se obter um EHL=10,5, correspondente ao EHL da emulsão. Como calcular?
EHLFO = EHL A x A + EHL B x B A e B = quantidade em gramas
		A+B
Sendo: A= Span 40 com EHL = 4,3
	B=Tween 40 com EHL= 14,9
	A+B =5g -> A=5-B
	EHLFO=10,5
Note que 5g = quantidade de tensoativo da fórmula
10,5= 4,3 x (5-B) + 14,9 x B
		5
52,5 = 21,5 – 4,3 B + 14,9 B
B=2,92 g
A=2,08 g
Método de preparo das emulsões
	-As emulsões não se formam espontaneamente apenas pela mistura de dois líquidos imiscíveis.
	- É necessário a energia gerada pela agitação mecânica, vibração mecânica e calor
	- Há diversas maneiras de se preparar as emulsões de acordo com a natureza doe seus componente e dos equipamentos disponíveis.
	Em escala industrial
		-> Uso de equipamentos , pás e velocidade ..............
	Em escala magistral
		-> Podem ser preparadas usando gral e pistilo, misturador mecânico de menor capacidade ou mixer.
Aquecimento da FO a 70-80ºC
Aquecimento da FA a 75-85]C
Adição lenta, contínua e sob agitação de uma fase à outra (fase de maior quantidade sobre a de menor quantidade) na mesma temperatura
Adição de corantes, princípios ativos, essências ,(30-40ºC)
........................
		->Método continental ou goma seca: adiciona-se 1 parte do tensoativo em 4 partes da fase oleosa, mistura-se e adiciona-se em seguida 2 partes de água e agita-se até que a emulsão fique estável
		-> Método inglês ou goma úmida.................................
Microemulsões
	-São misturas isotrópicas, opticamente transparentes e termodinamicamente estáveis, de um sistema bifásico O/A ou A/O estabilizados com tensoativo
	- O diâmetro das gotas encontram-se entre 100 A-1000 A, enquanto os diâmetros de uma emulsão pode chegar a 5000 A
**** Isotropia é a propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas propriedades físicas.
	-Entre as vantagens das microemulsões estão a capacidade em aumentar a eficácia terapêutica de fármacos, permitindo a redução de dose administrada e minimizando os efeitos colaterais potencias dos fármacos.
	-Do ponto de vista microestrutural, as ME podem ser do tipo água em óleo, óleo em água ou estruturas bicontínuas
	- Nas microemulsões do tipo a/o, o componente hidrofílico é disperso na forma de gotículas coloidais no componente lipofílico
	-nas ME do tipo O/A, o componente lipofílico é disperso na forma de gotículas coloidais no componente hidrofílico e ambas podem ser invertida de A/O para A/O oi vice versa ao variara s condições ..............
	-Microemulsões lipídicas do tipo ao são alternativas interessantes como sistemas de liberação de fármacos
	- A estrutura básica da microemulsão lipídica é um lipídio neutro na região interna, como, por exemplo, um triglicerídeo liquido, estabilizado por lipídeos anfifílicos, como os fosfolipídios.
	-Esse sistema pode solubilizar quantidades consideráveis de fármacos lipossolúveis no domínio hidrofóbico da fase interna oleosa e, portanto, apresenta potencial de aplicação terapêutica como transportadores de fármacos lipossolúveis.
Estabilidade das emulsões
	-Uma emulsão é considerara fisicamente instável quando:
		* A fase interna tende a formar agregados de gotículas.
		* Grandes gotículas ou agregados de gotículas surgem na superfície ou se depositam no fundo, formando uma camada concentrada de fase internas
		* Todo ou parte do liquido da fase interna separa-se , formando camada distinta na superfície ou findo do frasco, resultando na coalescendo dos glóbulos da fase interna.
Agregação e Coalescência
	- Agregados da fase interna tem maior tendência a subir para a superfície ou sedimentar, esse fenômeno é chamado de cremagem.
	- Cremagem na superfície ocorre em emulsões instáveis do tipo ao ou ao em que a fase interna apresenta menor densidade que a fase externa. Na cremagem no fundo do frasco, o oposto ocorre.
	- A velocidade de separação das fases dispersa pode estar relacionada com o tamanho da partícula da fase dispersa, diferença de densidade entre as fases e com a velocidade ...................
	- Presença de microorganismos: mesmo que o emulgente não seja afetado, o produto pode apresentar aparência e odor desagradáveis e não ser eficaz do ponto de vista terapêutico
	- Emulsões fotossensíveis devem ser embaladas em frasco resistente à luz
	- Emulsões susceptíveis â oxidação devem receber antioxidantes como adjuvantes e aviso no rótulo para manter o frasco bem fechado.

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