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PROVA II DE BIOQUÍMICA GABARITO 1) O glicogênio é um polissacarídeo, formado por glicoses unidas com ligações α 1-4 e α 1-6, de reserva no tecido animal. Apresenta inúmeras funções no metabolismo celular, sendo utilizada dependendo do estado metabólico do indivíduo. Baseado na importância biológica da reserva de glicogênio, responda as questões abaixo: a) Um bebê recém nascido pode evitar a hipoglicemia neonatal se utilizar reservas energéticas. Explique como o metabolismo celular do recém nascido evita a hipoglicemia nas primeiras horas de vida. (1,0 ponto) Durante o período de gestação, o suprimento de glicose (e outros nutrientes) para o feto é realizado através do cordão umbilical. Este fornecimento de açúcares é intensificado nas últimas semanas que antecedem o parto para que o bebê consiga armazenar essas “doses” a mais de glicose na forma de glicogênio no fígado. Isso ocorre porque, no momento em que o cordão umbilical é cortado, o neonato para de receber glicose da mãe e seus níveis de glicose, em consequência, diminuem. Esse processo, então, é um sinal fisiológico para a liberação gradativa do hormônio glucagon, que é um ativador em processos metabólicos ocorrentes quando o indivíduo está no estado de jejum, conforme os níveis glicêmicos diminuem no indivíduo. O glicogênio armazenado no tecido hepático de um bebê saudável nas primeiras 4-6 horas de vida é mobilizado por um processo denominado glicogenólise, onde há a quebra do glicogênio e a liberação de glicose para o tecido sanguíneo e, posteriormente, todos os tecidos do corpo. É importa salientar que, como trata-se de um processo que atua em períodos de jejum curto, torna-se imprescindível a amamentação nas primeiras horas de vida de uma criança, pois o leite materno é o principal suprimento alimentar nesses casos. b) Um indivíduo entra em um período de jejum de 6 horas e necessita utilizar as reservas de glicogênio do tecido hepático e do tecido muscular. Explique porque a utilização das reservas de glicogênio é necessária durante o jejum e de que maneira os tecidos utilizam a glicose proveniente dessas reservas. (1,0) O glicogênio é um polissacarídeo produzido através da união de moléculas de glicose em excesso na corrente sanguínea através da glicogênese que ocorre em alguns tecidos. O mesmo é uma reserva de glicose em situações de jejum em que o sinal emitido pelo hormônio glucagon aciona a quebra das cadeias de glicose para que esse nutriente seja novamente disponibilizado para as células do organismo através da corrente sanguínea. A glicose é uma das principais moléculas envolvidas no fornecimento de energia para o organismo animal. A utilização das reservas de glicogênio, portanto, é extremamente importante para que a razão desse nutriente esteja controlada na circulação a fim de manter o fornecimento às células dos tecidos corporais e para os neurônios do cérebro - que é um dos grandes consumidores de glicose. O glicogênio é um polissacarídeo, formado por moléculas de glicoses unidas através ligações α 1-4 e α 1-6 e quando o organismo está influenciado pela alta razão glucagon/insulina, essa molécula é quebrada através da glicogenólise. Essa via é realizada pela atuação de três enzimas: a glicogênio-fosforilase, a enzima desramificadora oligo α 1-4) ( α 1-6)-glicano-transferase e a fosfoglicomutase. A glicogênio-fosforilase age separando as moléculas de glicose a partir de uma extremidade não redutora do glicogênio e introduz uma molécula de fosfato no carbono 1 desses sacarídeos - até sobrarem quatro resíduos de glicose na molécula. Nesse momento, a enzima desramificadora catalisa reações que permitem a desramificação completa da molécula de glicogênio. A fosfoglicomutase, por sua vez, muda a posição do fosfato introduzido no carbono 1 das moléculas de glicose e o transfere para o carbono 6, formando a glicose-6-fosfato. Nos músculos, a glicose-6-fosfato é logo utilizada na Via Glicolítica e serve como fonte de energia aos movimentos musculares. No fígado, porém, a ação do tecido hepático na glicogenólise é liberar essas moléculas de glicose na corrente sanguínea. Dessa forma, uma última enzima importante age, a glicose-6-fosfatase que retira o fosfato da molécula e permite a formação da molécula de glicose a ser destinada aos demais tecidos corporais. 2) Quando a razão insulina/glucagon diminui a célula necessita aumentar a glicemia. Explique como o pâncreas o fígado e o tecido adiposo trabalham de forma integrada para aumentar a glicemia? (1,0) O glicogênio é uma molécula formada pela união de glicoses em cadeias longas, que está presente no organismos dos animais, principalmente nos músculos e no fígado. Sua importância para os músculos esqueléticos está relacionada com a função dos mesmos na movimentação locomotora dos indivíduos. Já no fígado, o glicogênio possui importância pois é a partir da quebra dos mesmos que inúmeros tecidos corporais receberão fornecimento de glicose durante períodos de jejum curto. Ademais, quando reserva se esgota, há a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo para suprir a falta de energia. Quando a razão insulina/glucagon diminui o indivíduo entra para o estado metabólico de jejum, onde órgãos como o pâncreas, o fígados e o tecido adiposo atuam para a manutenção dos níveis glicêmicos na corrente sanguínea de forma a prover nestas circunstâncias e energia necessária para as células. Primeiramente, quando a razão insulina/glucagon diminui as células alfa do pâncreas são ativadas para a liberação de glucagon na corrente sanguínea. Esse hormônio é responsável pelas vias que atuam nesta situação, como a glicogenólise, a gliconeogênese e a oxidação de ácidos graxos. No fígado (e nos músculos) esse hormônio ativa o processo de degradação de glicogênio. As moléculas de glicose desse polissacarídeo são degradadas em glicose-1-fosfato, posteriormente em glicose-6-fosfato - nos músculos a glicose-6-fosfato é utilizada diretamente na Via Glicolítica para a manutenção dos movimentos - que no fígado é transformada em glicose livre na corrente sanguínea para ser utilizada pelas células dos demais tecidos. Esta reserva de glicogênio, contudo é limitada com uma duração de 4-6 horas. Após esse período, há a mobilização do tecido adiposo que, diferentemente do glicogênio, é uma reserva ilimitada de energia. Nesse caso há a mobilização dos ácidos graxos presentes nos adipócitos que são liberados na corrente sanguínea até chegarem no fígado. No tecido hepático os ácidos graxos são utilizados como combustível deste órgão enquanto o excesso de Acetil-CoA proveniente das reações metabólicas é transformado em corpos cetônicos com destino às demais células dos tecidos corporais que possuem uma enzima, a tioforase, responsável pelo transporte desse composto para ser utilizado como ativador do Ciclo de Krebs e as demais vias da respiração celular. 3) A gliconeogênese é a síntese de glicose a partir de compostos não glicídicos. Alguns fatores podem afetar o funcionamento desta via. Baseado nessa informação responda as questões abaixo: a) Explique o que acontece com o funcionamento da via quando aumenta a razão ATP/ADP citosólica. (0,5) Os níveis elevados de adenosina trifosfato, quando o organismo está sob influência da insulina (estado alimentado; alta taxa de glicose sanguínea indica que processos estimulados pelo hormônio insulina, como a glicólise (Ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa, consequentemente) está funcionando. Contudo, quando a razão ATP/ADP citosólica está muito elevada, o ATP age como um efetor alostérico negativo da Via Glicolítica. Por outro lado, quando o organismo está sob influência do glucagon (estado de jejum; baixa taxa de glicose no sangue), o mesmo age como um regulador negativo das enzimas que atuam na glicólise e, consequentemente, ativa as enzimas da gliconeogênese. Essa via, por sua vez, precisa dessa razão ATP/ADP elevada no citosol para a conversão do composto 3-fosfogliceratoem 1,3-bifosfoglicerato na quinta reação da via. Portanto, na gliconeogênese que ocorre no citosol, os níveis elevados de ATP atuam como efetores alostéricos positivos. b) Explique o que acontece com o funcionamento da via quando aumenta a razão NADH/NAD+ citosólica. (0,5) Em um metabolismo influenciado pelo hormônio glucagon/adrenalina, o NADH citosólico é consumido na gliconeogênese na reação de conversão do 1,3-bifosfoglicerato em gliceraldeído-3-fosfato (sexta reação da gliconeogênese a partir das reações ativadas pelo piruvato). Através disso, a síntese de glicose a partir de moléculas que não são carboidratos não pode ocorrer sem a presença de NADH disponível. Dessa forma, a elevada concentração NADH/NAD é um efetor alostérico positivo para a via da gliconeogênese. c) Explique como estaria o funcionamento da via no estado alimentado, no estado de jejum e sobre influência do estresse. (1,0) No estado alimentado a alta taxa de glicose sanguínea estimula a liberação do hormônio insulina a partir da célula β no pâncreas. Este hormônio estimula a atividade das vias como a glicólise (quebra da molécula de carboidrato para fornecer energia aos tecidos); glicogênese (reserva energética) e a síntese de ácidos graxos. Nesse estado, as enzimas que atuam na glicólise inibem a atuação da gliconeogênese. No estado de jejum em que a glicose sanguínea é diminuída, o pâncreas recebe a sinalização e libera glucagon. Esse hormônio ativa vias que mobilizam reservas de energia para a manutenção do funcionamento do organismo (glicogenólise, gliconeogênese e oxidação de ácidos graxos). Nesse caso a via da gliconeogênese é ativada após o estoque de glicogênio no fígado e nos músculos já foi utilizado. Essa via é importante, pois através dela é possível transformar substâncias como o piruvato e o lactato em glicose. Ademais, em uma situação de estresse físico o hormônio cortisol é liberado no organismo, na tentativa de diminuir os impactos dessa situação para o metabolismo. Contudo, o mesmo promove a ativação da enzima-chave da gliconeogênese (fosfoenolpiruvato carboxicinase, que converte oxalacetato em fosfoenolpiruvato no primeiro contorno desta via) e, consequentemente, aumenta os níveis de glicose na corrente sanguínea pelo funcionamento da via da gliconeogênese. 4) Ricardo ganhou muito peso nas últimas semanas devido a dieta baseada em pouca gordura, adequada quantidade de proteína, mas excessiva em glicídios, especialmente açúcares refinados. Esse excesso de glicídios foi convertido em lipídeos (gorduras) contribuindo para o ganho de peso de Ricardo. Com seus conhecimentos bioquímicos como você poderia explicar o aumento de gordura corporal observado no Ricardo. (1.0) O caso de Ricardo está relacionado com a questão de que o excesso de nutrientes que não são lipídios (como proteínas e, nesse caso, carboidratos) também podem ser armazenados no organismo no tecido adiposo. Durante o estado alimentado, pelo excesso de glicose na dieta desse paciente, a insulina estava ativando processos como a glicólise, o armazenamento da glicose restante como forma de preparar o metabolismo para situações de jejum e, nesse caso, lipogênese através do excesso de açúcar circulante. Bioquimicamente, altos níveis de glicose na corrente sanguínea estimulam consideravelmente processos metabólicos como o Ciclo de Krebs. Nesse caso, a grande produção de energia que está acontecendo aumenta a razão NADH/NAD na célula e inibe as enzimas do Ciclo de Krebs. Dessa forma, o citrato que está sendo excessivamente produzido na primeira etapa do ciclo do ácido cítrico sai da mitocôndria e vai para o citosol. No citosol essa molécula sofre degradação pela enzima citrato-liase em oxaloacetato e Acetil-CoA no meio intracelular. O excesso de Acetil-CoA no citosol é precursor da produção da molécula de ácido graxo. O aumento da produção de ácidos graxos estimula a formação de triglicerídeos que serão depositados no tecido adiposo (uma reserva ilimitada de energia). Dessa forma, o aumento do nível de gordura corporal de Ricardo através de uma dieta rica em carboidratos pode ser explicado. 5) Lofata Burne é uma garota de 16 anos que foi diagnosticada com uma deficiência genética na enzima acil-CoA-desidrogenase de ácidos graxos de cadeia média (MCAD). Essa enzima é chave para realização da β-oxidação de ácidos graxos de cadeia curta, média e longa. Responda abaixo: a) Qual a importância da β-oxidação de ácidos graxos para o metabolismo celular? (0,5) A β-oxidação é um mecanismo essencial envolvido na oxidação dos ácidos graxos em situações de jejum prolongado ou intensas atividades físicas, onde a reserva de glicogênio já foi utilizada. A β-oxidação ocorre a nível mitocondrial e está dividida em três etapas de funcionamento, onde sequencialmente ocorre a quebra da cadeia longa de ácido graxo de 2 em 2 carbonos, liberando uma molécula de Acetil Coenzima-A a cada reação de quebra. Essas moléculas de de Acetil-Coa são precursoras das voltas do ciclo do ácido cítrico, onde, ao longo do processo, serão liberadas coenzimas (NADH e FADH2) que posteriormente serão utilizados no processo de respiração celular na geração de adenosina trifosfato (ATP). Exemplo: na oxidação de um ácido graxo de 16 carbonos, a β-oxidação através de suas reações irá liberar 8 moléculas de Acetil-CoA que irão acionar 8 voltas no Ciclo de Krebs, resultando, por volta, em: 3 moléculas de NADH (9 ATPs na fosforilação oxidativa); 1 molécula de FADH2 (que resulta em 2 ATPs) e 1 GTP que resulta em 1 ATP na respiração celular. Ao todo, serão 96 moléculas de adenosina trifosfato na β-oxidação de um ácido graxo de 16C. Além disso, durante as reações de oxidação também são liberados 1 molécula de FADH2 e uma de NADH a cada quebra de dois carbonos na cadeia. Posteriormente a fosforilação utiliza a energia proveniente dessas coenzimas para a produção de aproximadamente 35 moléculas de adenosina trifosfato - considerando um saldo de 2 ATPs por FADH2 e três ATPs a partir de NADH, contabilizando as 7 reações de quebra de dois carbonos em uma cadeia de ácido graxo com 16C. Total: 131 ATPs. b) Explique porque a Lofata se sente fatigada quando realizou um exercício físico aeróbico em jejum. (0,5) Nas reações que compõem a β-oxidação várias enzimas são mobilizadas e ativadas para a quebra das cadeias médias e longas de ácido graxo. Uma dessas enzimas, envolvida numa etapa, a Acil-Coa-desidrogenase. A ação dessa enzima é essencial para a ativação das reações de oxidação dessas cadeias. No caso de Lofata, foi descoberto posteriormente, a deficiência dessa enzima, o que tornava seu organismo incapaz de oxidar ácidos graxos em situações de jejum prolongado (após a utilização das reservas de glicogênio) ou durante exercícios físicos de considerável demanda metabólica. Isso explica, por exemplo, as altas taxas de ácidos graxos de cadeia média e longa não oxidados na sua corrente sanguínea. Ademais, como a mobilização de gorduras a partir da oxidação de ácidos graxos compreende uma ferramenta metabólica que permite a produção de ATP durante períodos de déficit calórico (e de glicose), como Lofata não consegue utilizar essa reserva de energia, a mesma sentia-se fatigada durante seus exercícios aeróbicos pois suas células, sem uma fonte de alimento ou Acetil-CoA para a mobilização do ácido cítrico e, posteriormente, a produção de adenosina trifosfato, encontravam-se em estado de estresse pela falta de ATP. 6) Durante o estado alimentado ocorre um aumento de malonil-COA no citosol das células induzindo maior lipogênese. Nesse sentido, o aumento de malonil-COA inibe a enzima carnitina acil transferase-1. Explique o que representa essa inibição enzimática para o metabolismo dos ácidos graxos de cadeia média e longa. (1,0) No processo de lipólise, a β-oxidação ocorre dentro da mitocôndria, porém, para que isso seja possível os ácidos graxos devem transportados do citosol para dentro da matriz mitocondrialatravés da ação da enzima carnitina acil-transferase-I. Contudo, esse processo só é necessário em casos onde o organismo está em jejum. Durante o estado alimentado, no entanto, a ação do composto químico malonil-CoenzimaA, é essencial no processo de lipogênese (síntese de ácido graxo), no qual o aumento de Acetil-CoA (que indica excesso na ingestão de alimentos acima das necessidades celulares de metabolismo) é o precursor para a ativação desse processo e inibição dos processos de lipólise. 7) A patologia do Diabetes Mellitus é caracterizada por uma alteração no metabolismo da glicose. De acordo com as alterações bioquímicas observadas nessa patologia responda as questões abaixo: a) Por que o diabético do tipo 1 pode apresentar cetogênese? (1.0) A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas em resposta ao altos níveis de glicose na corrente sanguínea, normalmente após a ingestão de alimentos ricos em carboidrato. Tal hormônio é um sinal para que vias como a glicólise (quebra da glicose no citosol das células) e a glicogênese (formação de reserva de glicose nos tecidos através do glicogênio) sejam ativadas e, consequentemente, a glicose seja digerida pelo organismo. De acordo com isso, o organismo de uma pessoa com diabetes tipo 1 não realiza processos metabólicos que necessitam de glicose, nesse caso, há o metabolismo de outros nutrientes, como proteínas e gorduras. A diabetes tipo 1 é uma comorbidade que inibe a produção das células beta no pâncreas, as quais secretam insulina nas situações de alta glicose sanguínea. Em consequência a falta desse hormônio, a célula não recebe a sinalização de que a proteína GLUT4 (responsável pela entrada de glicose na célula) cumpra sua função transportadora. A glicose em excesso, portanto, é transportada até o fígado, o qual, nessa situação entende que os níveis desse carboidrato estão elevados e o oxida em Acetil-CoA que, posteriormente, o Acetil-CoA presente em excesso no fígado é utilizado na síntese de corpos cetônicos que serão enviados aos tecidos do corpo para serem utilizados como fonte de energia. O fígado não consegue utilizar a energia contida nos corpos cetônicos pois não tem a enzima tioforase que transporta esses compostos para o citosol das células dos outros tecidos corporais. O paciente diagnosticado com diabetes tipo 1, portanto, não possui reservas de glicogênio e não degrada a glicose na Via Glicolítica, nesses casos, o organismo oxida os ácidos graxos e sintetiza corpos cetônicos para suprir essa necessidade constante de energia para as células dos tecidos. b) Uma característica do diabético do tipo 2 é a resistência à insulina. Quais seriam as alterações bioquímicas observadas? Escolha umas dessas alterações e explique como atuaria no metabolismo celular desse indivíduo. (1,0) Em um paciente diagnosticado com diabetes do tipo 2, a produção de insulina continua acontecendo no pâncreas em razão aos elevados níveis de glicose na corrente sanguínea, porém, o organismo adquire certa resistência aos efeitos desse hormônio por parte dos receptores. Esses receptores são importantes no envio de sinal para que as proteínas envolvidas no transporte de glicose na célula. Entre as alterações químicas observadas nessa comorbidade estão a dificuldade de manutenção dos índices glicêmicos no sangue; a diminuição da inibição de enzimas atuantes na gliconeogênese - o que torna tal processo consideravelmente ativo no organismo; diminuição da ação antilipolítica - contrária ao processo de lipólise - aumentando a lipólise); Em um indivíduo saudável, a liberação da insulina frente ao aumento de glicose na corrente sanguínea estimula processos como a glicólise (o que, consequentemente, inibe a ação da gliconeogênese), porém quando há a diminuição da manutenção da glicose sanguínea em casos em que há distúrbios na produção ou recepção de insulina não há a inibição da gliconeogênese, o que torna essa vida mais ativa. Ademais, o hormônio insulina estimula o processo de lipogênese em um organismo saudável. No caso da diabetes tipo 2, esse processo fica inibido e consequentemente há maior ativação da lipólise. Nesse caso, o indivíduo não emagrece como era de se esperar, isso acontece devido a quantidade de gordura circulante na corrente sanguínea devido ao excesso de lipólise.